Está en la página 1de 729

M A N U A L S

Economía

P HI L I P A R E S T I S ■ M I C H E L B E A U D • J O H N C A M E R O N

J A M E S A . C A P O R A S O • B A R R Y C L A R K • KEN C O L E

GILLES D O S T A L E R ■ S T E P H E N P. D U N N • C H R I S

EDWARDS ■G EO RG E R. F E I W E L ■ B E R N H A R D

FELDERER • J O A N GARCIA GONZÁLEZ • BERNARD

G U E R R I E N ■ O . F. H A M O U D A • G . C. H A R C O U R T

G E O F F R E Y M. H O D G S O N • STEFAN H O M B UR G

O S C A R L A N G E • M A R C L A V O I E • D A V I D P. L E V I N E

ALAN M A R I N • K A R L M A R X ■ R O N A L D L. M E E K

J O S É M A N U E L N A R E D O ■T H O M A S l. P A L L E Y

G E O F F R E Y PI LLING ■J O A N ROBINSON • CLAUDIO

SARDONI • MALCOM S A W Y E R • RI CHARD STARTZ

P A U L M. S W E E Z Y ■T H O R S T E I N V E B L E N • B E R N A R D

WALTERS ■DAVID Y O U N G

Seminario de Economía Crítica TAIFA


Miren Etxezarreta (coord.)

Crítica a la
economía ortodoxa

Universitat Autónoma de Baldona


S e r v e i d e P u b li c a c i o n s
M A N U A L S
Economía

Esta obra reco ge una colección de artículos que plantean una revisión
crítica de la e co n o m ía co n v e n cio n a l, la que es e n se ñ a d a en las
universidades y la utilizada en el m undo académ ico, en los negocios
e incluso en la econom ía pública. Por cada escuela de pensam iento
convencional se ha recogido una selección de textos de reconocidos
eco n o m istas, p ertenecien tes a distintos ám bitos del pensam iento
e co n ó m ico , qu e proporcionan una am plia visión crítica de la e c o ­
nom ía convencional, de sus lim itaciones, exageraciones y carencias.

Según las circunstancias sociales de cada m om en to, el pensam iento


eco n óm ico ha ido desarrollando unas u otras líneas de expresión.
En la evolución de estas ideas han ido sobreviviendo las m ás afines
con los intereses dom inantes de cada ép oca, m ientras se iban m ar­
gin an d o las m enos acordes con aq u éllo s, hasta dar lugar a la c o n ­
fo rm ació n de un cu erp o de ideas y doctrinas que a ctu a lm e n te se
co n o ce co m o la econom ía convencional, la econom ía ortodoxa o,
sim p lem en te, co m o eco nom ía , usurpando e ign o ran d o con esta
d en o m in ació n cualquier otra fo rm a de p en sam ie n to e co n ó m ico .
Todavía m ás, en las últimas tres décadas, sólo una de estas escuelas,
la n eo clá sica, ap o y ad a por los g ran d es intereses e co n ó m ico s del
m undo, y por los no m enos corporativos, co m o los académ icos, se
ha convertido ap arentem ente en el único paradigm a riguroso, cien­
tífico y políticam en te válido; tod o un espléndido ejercicio de pensa­
m iento único.

El objetivo de este libro es m últiple : en primer lugar, pretendem os


poner de relieve el relativismo del pensam iento eco n óm ico y cóm o
éste dep en d e en cada época de los intereses eco n óm icos do m in an ­
tes; en se gu n d o lugar, estim ular el co n o cim ien to profu n do de sus
lim itacion es; y en tercer lugar, y el m ás im p o rta n te, estim ular el
estudio y la bú squ ed a de otras interpretaciones en el m u nd o de la
econom ía, que sirvan de ayuda para la comprensión y transform ación
de esta so cie d a d . A sim ism o , d e s e a m o s y esp eram o s que pu ed a
servir de in stru m en to para m u ch o s eco n o m istas y estu dian tes de
eco n om ía q u e, bu scan d o una aproxim ación crítica a la eco n om ía
convencional, no encuentran m ateriales ad e cu a d o s para estudiarla.

ISBN 84-490-2384-X

P e d id o s :
s p @ u a b .e s

9 788449 023842
POOZ ‘eiraigpg
suoioBoqqny sp t s a js s
m io p areg sp B m ou o jn y jBjTSJSATUfp
3 un oa piABQ
a n iq u io H u u p i s
S.ID1[U\\ pjUlUDa u o sS p o H ' JAJ a d jjjo d q
uD[qD/\ uiDisjoqx pnocuBH J O
ÁZ99M.S ' IAJ piuy BpnoureH 3 O
zjjbjs pjuqom UDMJDUQ p u a u o g
J9ÁAVBS lUODpqAJ /D[U/UOQ UIDJUQ UUOf
mopius oipmqy ja io p p q pjuqiuog
uosiuqoy ireof pAVpq y DUJODQ
Suqpd ADJJjODO spjBA vpg s u q 3
A'oipy q suiuoqi u u iiQ y u oqdD is
opaiUN pnxrejAj osof ja p q so a SD[[!0
q a a iA j'lP P u o a 3[03 UD>|
\.uqAj [.u;>| qiu [3 Vi.reg
UMUIAJ UU[V osujoduy ■ y souiuf
DlUADq X piAUQ UO.1DIUU3 uqof
DIOAUq OJBJAJ pnuog pqoqAj
D U uuqjU D SO sq sa iy dqiqy
V X O Q O I X O V IW 0 N 033 v iv v o u r a o
( p jo o o ) u iauu/D X'ig uauiAj
V d I V X tí3[1u 3 B im o u o o g op oum u iu os
3 I 6 T z u t ?6
ganz1912
D A D E S C A T A L O G R Á F IQ U E S R E C O M A N A D E S P E L S E R V E I DE B IB L IO T E Q U E S
DE L A U N IV E R S IT A T A U T Ó N O M A DE B A R C E L O N A

Crítica a la economía ortodoxa / Seminario de Economía Crítica TAIFA ; Miren Etxezarreta. — Bellaterra :
Umversitat Autónoma de Barcelona. Servei de Publicacions, 2004. — (Manuals de la Universitat Autónoma
de Barcelona; 40)

ISBN 84-490-2384-X

l. Etxezarreta, Miren.
n. Seminario de Economía Crítica TAIFA.
111. Col lecció
1. Economía
2. Escola neoclassica d’economia
330.1

Seminario de Economía Crítica TAIFA:


Josep Manel Busqueta Joan García
Alex Esteban Núria Pascual
Joan Bautista Ferri Ramón Ribera
Guillem Fernández Josep Sabater
Coordinadora: Miren Etxezarreta

Muchos otros compañeros y compañeras han participado parcialmente en este seminario y a ellos se debe
también una parte del trabajo conjuntamente realizado; pero ante la dificultad de nombrar a todos sin
olvidar a nadie, sólo se menciona a los miembros del seminario que han participado activamente
en la preparación del trabajo para su presentación pública.

Edición :
Universitat Autónoma de Barcelona
Servei de Publicacions
08193 Bellaterra (Barcelona)
Tel.: 93 581 10 22. Fax: 93 581 32 39
sp@uab.es
http: //blues.uab.es/publicacions

Composición:
Medusa

Impresión:
Gramagraf
d Corders, 22-28
08911 Badalona

ISB N 84-490-2384-X
Depósito legal B. 51.537-2004

h t t p s :/ / t in y u r l .c o m / y 7 9 4 d g g v
h t t p s :/ / t in y u r l .c o m / y 9 m a l^ m m
g a n z1 9 1 2
C R ÍT IC A A L A E C O N O M ÍA O RTO D O XA 5-10

Índice

P r e s e n t a c ió n .......................................................................................................................................................................... 11

UNA VISIÓN GENERAL

I n t r o d u c c i ó n .......................................................................................................................................................................... 21

L a e co n o m ía , h o y , por Jo a n R o b in so n .................................................................................................... 23

L a crisis de la c ie n c ia e c o n ó m ic a e s ta b le cid a , p o r J o s é M a n u e l N ared o ................ 29


1. A lg u n o s sín to m as de c r i s i s ........................................................................................................................ 29
2. C r ític a s extern as a lo s en fo q u e s u su ales de lo s e c o n o m is t a s ................................... 30
3. C r ític a s internas a la p ro fe sió n : c ircu la rid a d v ersu s in s a tisfa c c ió n
y r u p t u r a ....................................................................................................................................................................... 33
4. L a crisis de la c ie n c ia e c o n ó m ic a y las re v o lu cio n e s c i e n t í f i c a s ......................... 43

P ró lo g o a la se g u n d a e d ició n . E v o lu c ió n re cie n te d el p en sam ie n to e co n ó m ico :


entre la re co n stru cció n in te le ctu a l y la c o n g e la c ió n co n ce p tu a l,
por J o s é M a n u e l N a red o ................................................................................................................................. 49

E l a b so lu tism o d el in d iv id u a lis m o d e m e rca d o , p o r G e o ffr e y M . H o d g so n . . . . 67


1. L o s lím ites de lo s co n tra to s y de los m e r c a d o s ..................................................................... 70
2. E l in d iv id u o es el m e jo r ju e z de sus n e ce s id a d e s ............................................................... 74
3. E l a p re n d iz a je , un d e s a fío a l in d iv id u a lis m o de m ercad o ......................................... 79
4. E l in d iv id u a lis m o de m ercad o y la ja u la de hierro de la lib e r t a d ......................... 85
5. L a su p u esta o m n ip re se n cia d el m e r c a d o ..................................................................................... 90
6. L a s o rg a n iz a cio n e s y las c o n d ic io n e s para la in n o v a c ió n y el ap re n d iz a je . 93
7. E l in d iv id u a lism o de m ercad o y la in to le ra n cia de la d iv e rsid a d estructural . 95
8. E v a lu a n d o d iferen tes tip o s de in stitu cio n e s de m ercad o ............................................ 97

P r e fa c io , por K e n C o le , Jo h n C a m ero n , C h r is EEdwards ........................................................ 111


1. L a teo ría d el v a lo r de la p re fe re n cia s u b je t iv a ........................................................................ 111
2. L a teo ría d el v a lo r del co ste de p r o d u c c ió n ............................................................................... 113
3. L a teo ría d el v alo r-tra b a jo ab stracto .............................................................................................. 115
4. ¡T en er que aprender u n a teoría e c o n ó m ic a y a es lo bastan te m alo ! ................ 117

In tro d u cció n a « C o n tr ib u c ió n a la crítica d e la e co n o m ía p o lític a » ,


por K a r l M a r x ............................................................................................................................................................. 121
1. L a p ro d u cció n en g e n e ra l ........................................................................................................................... 121

A lg u n a s re fle x io n e s so bre e co n o m ía y e c o lo g ía , por .lo a n G a r c ía G onz¿ilez . . . 125


R e fle x io n e s en torn o a có m o se ha u tiliz a d o la h ip ó te sis e v o l u c i o n i s t a ............. 125
R e fle x io n e s a ce rca de có m o se h a u tiliz a d o la m e c á n ic a n e w to n ian a
y otras ap o rtacio n e s de las c ie n c ia s fís ic a s .............................................................................. 126
ZLZ ......................................................................................... ofnqng ap opnaiaui Á ouqquibg
\LZ ............................................. puauaS ouqqmba pp nuoai tq ud o lnqn.il pp jnSiq jg
0 LZ ............................................................................................................................snuaSopua
sajqnpnA Á snuaSoxa sapnunA maiqaQ-Avouy ap opporn pp nnqanqsa ng
692 ..............................sauopupp stq Á ntítojouaai tq ‘sojsng so[ aiqos sisajodiq snq
892 ......................................................... sopnaiaui soj ap snuuoj snj ajqos sisajodiq sng
892 ................................ najqaQ n snqn\\ ap qniauaS opqquiba un ap npuaistxa ng
¿92 ............................................. jmaua§ ouqqmba un ap upuajsixa tq ap niua[qo.id [g
¿92 ..................................................................... uaiManc) puoudag jod ‘jniaua§ ouqqmba ja
81?2 ............................................................................... naisnpoau uuoaj nj ap saquiq sog 9
21?2 ..................................................naisnpoau nuuouoaa nj Á soautduia soiptqsa sog g
8£2 ........................................................................naisnpoau nuuouoaa nj ap oiuuuop jg g
\£Z ...................... soatsnpisod a soatsnpoau snuiSipnind so[ ap sauoptsodnsaiq g
62Z ..................................................................... osa opoi ÁuopnSgsaAui ap snuiuiSoiq g
LZZ ............................................................................................................... ojqq pp soAqafqo ’ I
¿22 ......................................................... 3/0,107 ouDjA[ioá BAgniuaqB nun ap pnptsaaau ng
SZ Z ...................................................................................................................................................................... sninpag g
t?22 ............................................................................................................. ragua nj ap naiaay g
t>22 .................................................................................................................. snisunpuoui sog g
ZZ Z .......................................................................................................... oppoui pp snsuuaig g
IZ Z .............................................................................................................................. ojxajuooigg
\ZZ .............................................................................................................................. soatsnpoau sog
£02 .............................................dSuoj uñoso Jod ‘nogua A uopnpiuuqpj :Áns ap adj ng
961 ...................... sau A'ag ap \ xmjAj ap «jnunsaiduia nuuouoaa» tq moisnpuog g
£61 .............................................................................Xbs ap Áaj nj n sauÁag ap ragua n g ' £
£81 .............................................................................................. Xbs ap Áaj nj b xiujaj ap nagua ng g
£81 ............... xjbjaj ap sauoisiAajd stq Á sauA'ag ap uoptqoAai ng m opanpogui' [
£81 ..............................tuopuDs oipnojj jod ‘ áb§ ap adj tq ap nagua tq :sau A'ag \ xtnjAj
6LX .......................................................................................................... xuop£ ¡uo^fioá ‘jnqdng jg
6£ [ ............./»/c/31 ui3;suoi¡x tod ‘soaisnp spsimouoaa so[ ap sauopdaauoaaid sng
pg \ .................................................................................................puai nj ap uopnqigsip ng g
2£l uopnqigsipÁ jopA 'Z
\Pl ........................................................... naisnp uopipug tq ua nagqod nuuouoaa n g ' [
IPX ................................... 3uiA37 7 ¿>/aü(7 ‘osojodoj ysa w ofio á ‘oaisnp anbojua [g
6£T snugaag g
g£X ............................................................................................................. nagua nj ap naiaay'£
££j ........................................................................................................ snaisnq snapi snunSjy g
££T .............................................................................................................................. ojxajuoa j g ' \
££j ...................................................................................................................................... soaisnp sog
saivNoioiavux saiNaiuaoo sva
821 .............................................................................oauuouoaaopos nmajsis ogsanu ua
snaistj sauopmoan stq opnfaunm unq as omoa n opadsai sauoixagay
vxoaorao viwoNooa va v vourao 9
6L í ................................................................................................................ BI3U3J3JJP 9p SOJUUq £
$ i£ .................................................... souAoq ap puauaS ou oaj iq b [qoojnq ap BOijjjg z
£L£ ......................... souAoq A [qoojnq op sojmooopun soo |3ojbouo3 sojoqjt; sog ■ j
£¿£ ................................................................................................. ¡3*U3¿¡ '¡y dSuOdQ JO d ‘S3UÁ3qj Á iq03JBq[
6££ >pa¡\-jppuo}¡ioá oouuouooa oiuauiiBSuad pp Bjjojsiq iq ud souAoq op jb Suj jg
£££ ........................................................................................ ÚZ33M.S JA [¡n D J1 0 d ‘S3UÁ3qj pjBUÁBJAJ UqOJ-
Z í£ ...................................................................................................................................................................... S B Jiq o a g y
J ££ ............................................................................................................. BOIJIJO BJ ap B0J30y '£
6p£ ........................................................................................................................ SBOispq SBapi SBg 'z
LVÍ .............................................................................................................................. ojxaju oojgg
¿j?£ ............................................................................................................................ouisiuBisauÁag jg
£1?£ ......................................................................................................................................uoisnjouog y
pp£ ............................. ouisiaijob snsjaA oiusuBiauoiu :o ‘sBoijqod sbiou 3J3ju i sug £
\p£ .............o u isijbo sij b aiua.ij oiusuBiauoiu: o SBOuidwa s 3uoiob § ijs 3aui sug ■ z
£££ ............................. omsiuBisauÁaq b ajuajj omsiJBjauom: o ‘sBouoaj sasBq SB q' I
[ ££ ..................................................Sunqwofj uofajs Uajapp.j¡ximpuaff jod ‘ouisiJBjauojAj
<jZ£ ..........BAipfqns Biouajajajd iq ap Buoaj iq ap bo ijijo buu BpBq iuoisnjouog y
IZ£ '' oiusuBiauoiu p :BAijafqns Biouajajajd iq ap bijo o j a boiuiouooo Boqqog £
8J £ '' jinauaS oiiqijinba pp sisijbub p :sopBOjam soqonui ornoo Biuiouooa Bg z
£j£ ' BAnalqnsupuaiajaidiq apBuoaibjbbjjiuoosb juianaS BoqqodBiSaiiuisaug g
C[ £ ............................................................... spjDMpg sui{[) ‘uojauiDj ui¡of ‘app) ua y jod
qnqjoqq iq BJBd oojbui un :BAijafqns Biouajajajd iq ap Buoaj iq ap Boijqod Bg
60£ ' " ' pBpqiqBjsa uis sopBOjaui ‘sajopijaduioo uis soiJBsajduia 'sosaina; uis
sajopiuinsuoo :BAipfqns Biouajajajd iq ap Buoaj iq ap sBiuajqojd soungy 'p
90£ ' ' ' ¿pBpapos B[ auuaoajjo apand anb? jb io o s uoiobziub Sjo bj ap asBqng £
£0£ .......................................... BAnalqns Biouajajajd iq ap Buoaj iq ap bzojbiiijbu Bg z
66Z .......................................................................................................................................................................BAijafqns
Biouajajajd iq ap buooi iq b ofequij p jod «BpBinS» jo jb a pp buooi b j aQ y
662 ............................................................... spjDMpg sui{[) ‘uojauiDj ui/op ‘app) jod
‘BAijafqns Biouaiajaid b j ap jo jb a pp b ijo o j bj :opB0J3ui ja sa joBjioqq Bg
X6Z ..................................................................................................................Bjnjolijjsa Á jojo y '£
882 ............................................................................. JBIIJOBJJUOO SISIJBUB J3p S3JTUIIJ sog -p
£82 ................................................................... SBJJUOO SBOIOOJOOpi S3pBpi0IJI03dS3 SBg '£
£82 ................................ gaÁBjg ap iqiuouooa bj U3 ouisijBai susjda ouisijBSJ3Aiujq z
082 ........................JBUOIOU3AUOO BTUIOUO03 BJ 3p SBJSIJBSJ3AIUU SOUOIOBUUIJB SBg ' J
6¿2 ' " ' UOsSpOfp -Jfl[úauffoary jod ‘JBUOIOU3AUOO BIUIOUO03 BJ 3p pBpiJBSJ3AIUU Bg
8¿2 .................................................................................. ozBjd b S3ju3§uijuoo sopB0J3iu sog
ZZZ .......................................................................................¿OIJBS3jdlU3 J3p J3dBd J3 S3 JBUQ ?
9¿2 .............................................................................................. SOJU3IUIipU3J SOJ 3p BJU3JJP jg
5¿2 .......................................................B0ISBJ0O3U BIJ03J BJ U3 OIOIJ3U3q J3p BUI3jqOjd jg
j7¿2 .............................................................................P 119 oioipuaq j3 ojnu sg?
£22 ................................... U3jq3Q-AVOJiy 3p oppoiu J3 U3 SBS3jdlU3 SBJ 3p SPBJS3 jg
L 30IQNI
X617 BOiSBpoauBiuiouooaojOBaiBAsnuBTX
68b .................................................................................................... uoiob §9j § b v\ ap Buraxqoid j g q
68b ............................................................¿puauaS ouqijmba ap anbojuaun b jda [OA? ' x
68b .................................................................................... uaiuuariQ puoud3gcjod ‘uoponpojjui
¿ 8b ................................................................................................................................................... SB jnpaq q
£8b B0IJU0 B p p B 0J 90y ' £
X8b ..............................................................................................«sooxsBposM S0A9U|q» soq q
£8b o jx a ju o o ia i
£8b ............................................................................................................... sooisBpoau soasuu soq
691? .................OOUUOUOOaOJOBUI OSDDOJCl p p B3.I33B SBAIJBUJ9J P SDUOmnjlSUOq 'X
69X .................................................................................... ^3¡¡DJ JSDUIOÍIJ jod ‘SBAIJBUÍ91JB
SBOiuiouooaojOBui sauoiaqaB.il siq ud SBzuBuij Áuoianqi.qsip o p q jiio q
(¡gp ....................................................O0UUOUO09 oiuaiuresuadxap oxoj optiA ¡a :ojboj q
fc f ..................................................Bixopojapq iq auiauiBiuap opuaÁuqsuooaj : o jis i § q
(ypp ..................................................................................................................axqisodun ouud ¡a
opuailb) pqpimui pi;p[lb[diuoD bj b ooijoai j o 3 u p p iadopuaq q
ipp ........................................................... opunrn OAanu ns ua spsimouo33 soj :p q B g'\
Lpp ....................................................................................¿apisoQ S3¡H£) ‘p nodq pi¡DijA¡lod
[B11PB 03IUI0U033 01U3[lUBSU3d p p SBJUSlJ S3.I) Á pqBQ 3.1qO§
gpp ...................................................................................................................................................................... SBuqaaq q
ppp ..................................................................... SOUBIS3UÁ3qjSOd Á S03ISBP03U SOA3U|q q
gpp .................................................................................................................... S31U3IU 03 SBA3UU SBq
6£b ................................................................................................. «iÍBS 3p Á3|» B| Á S3UÁ3q[ ¿
8£ f .................................... S3UA3>| U3 OMB[BS p A OlBqB.Il p UBdllDO 311b UOIDISOd Bq <j
igp ............................................................................... ¿«saxqixag» o «sopi§u» so ubjbs ? 'g
ggp .................................................... «soaistqa so[ ap opBpqsod jamijd» ¡a A sauA'aq q
pgp ............................................................................... S3uÁ3q[ 3p oijqixinba 3p uoiaou Bq q
ggp ............................................................. OMBimqoAui arad A 03[dui3qns ap souqqm bg q
Zgp .........................................................aiqumpiijaoui B[ :sau.\a>| u 3 [b.iiu 3d buioi u jq ' [
\gp ................................... uauMUí)p.tmuaq jod sauA'aq A p?npB Baistqaoau buo diBq
8Zb ......................................................................................................................... sauoisnpuoq ¿
QZV ............................................................................. UOI3BZIXiqpS3S3p Á S03IUI0U033 SO ja iq '9
811? ............................................................ oijqixinb3S3p 3p o oijqixinba 3p oaxdraasoQ -g
ZIP ............................................................................................ 03jdui3S3p Á S3JB3J SOIJB|BS 'p
90b ........................................................................¿oiJEiunjoA ajdraais 03jdui3S3p ¡3 sq? 'g
20b ........................................................................S3JBUIUIOU SOIJBXBS SO| 3p pBpi3U3§OX3 Bq q
XOb ............................................................................................................................uopaupoqui q
XOb .......................................................................... uudja[ u d iy jod ‘B3imouo33 Baiiqod 3p
SBisandojd sus U3 A BUBisauAaq uopBaqd.va B[ U3 SBiauaiaijOQ
¿6 £ .................................................................................... XPidBa ¡3p xBuoiaipBijuoisiABq q
c¿q ..................................................¿Bii3u§sod iq 3p rnooq p ouisuiBisauXaq ¡a osiiBq? q
¿8 £ ................................................................... oppsq |3p |OJ |3 Á 3JIBJ Z3SSIBX :S3UÁ3q[ ' X
¿8£ ...............................jo d BUBisauAbq uoioiqoAai B[ ap ojJBoyuiSis [g
vxoaoiíio viwoNooa v i v vourao
629 ..............................................................................................................................sa u o istq o u o o Áuaran saxx 'S
¿29 .......................................................................................................................................SBOTUIOUOOa SBOIJJPcJ ' f
gX 9 ......................................................................................... soouoax scqoadsB saxBdiouuq £
X19 .................................................... BireisauÁaqxsod iqiuouooa iq ud BiSoppopm Bq z
¿09 ............................................................................................................................................................. u o p o n p o jju i q
¿09 ......................... sp s a u y d t jt t jj jod Bpuajaqoa iq Bioaq rmnusDuADqisod Buuouoog
g09 ....................................................................................................................................................................... SBitqoaq 'g
X09 ........................................................................................................... boixjío ap ozoqsa ujq q
209 ........................................................................................................ SBOisEq SBapi SBim§xv q
109 ................................................................................................. SBireisauÁaqxsod saxuBiiBA SB im §xv Z
66S ................................................................................................................................................................ o p a j u o o i a q
66S .................................................................................................................................................... soireisauÁ aqxsod s o q
¿ 6S .............................................................................................................................. uoisiqouoq £
26S .............................................................................................. Biouaxsisuoo Á papqiqipap) '2
g8g ......................... B oiraouooa r a p q o d iq ap B io u aio ijaiq a s a p u o p m SB A ix B p ad x g ■[
g8g ...............................................uunfx /./o/[ ’jod ‘Boiuiouooa Boixqod iq ap Biouaioija Bq
¿¿S uoisiqouoq £
¿cc ........................................ BoijipdBppsBoraiouooa sraoaj sbj apsauopBoqdy'2
£gg ....................................................Boixqod v\ ap ooraiouooa anbojua p opuaiuijaQ' j
Xgg ......................................................................................................................... 3UÍA3J ¿ piADQ
‘os-D uodoj ■ y s a u t o f io á ‘Boixqod iq ap sooiraouooa sanbojug
8XS ......................................................................................................................... sauoisiqouoq £
8£c ..................................................mimsauA'aq Biraouooa BAanu iq ap sajuamoo SBq z
g£g ..............................................................................................................................uoponpojjui q
g£g .................................................................................................................... zi-tmsp-toiloVHJod
innnsauA'aq Biuiouooa BAanu iq Á apajiaduii apuapduioo ajqos spoiq
X£g ................................................................................................................................................................... u o is n p u o q 9
92£ ............................................................................... Boiraouooa Boixqod ap SBiouajajux 'g
22S ........................................................................................................s o o is e p soA anu scq ap opporn x a q
\Z9 ........................................................................................................... sooisep soAanu scq a p u o isia Bq £
9 Xg ......................................................................uopB]juBjsa B q ' sdqpqq ap baíuo B q '2
2 ig ........................................................................................ s a p u o p B j S B A ijp o a d x a \' s B A ijp o a d x q ■[
TTg ...................... S u n q u io jg u o fa js UdAdppg puDquddg jo d ‘BOisppBiuiouooabadii^
60S ...........................................................................................................................u o p B z q iq p s a ap S B o q ip q ' x
90g .................................................................................................................. oa^duiasap ÁuopB]jui
gOg ................................................................................................................. B iiB isau Á a q p o d B iraou ooa B q q
gOg .................................................................................................Biuapoui pjaqq BAipadsjad Bq
20S ...........................................................................................................................Áoq oaxsB p o m s q B ja q q x a 2
XOS ........................................................................ooisigo omsixBjaqix ¡ap soidiouud s o q ' x
XOS ..................................................................................duuoQ jo d ‘bo isb xo xa.iaqq BAixoadsjad B q
86P ......................................................................................................¿axqisod oxsa sa oraoq ? ' x
¿ 6p ....................................................................................................................................................... XBJ9U9^ u o isn x o u o q
6 30IQNI
UZL ....................................................................................SunOj[ piáDQ ‘sj3f¡Dyp¡ puDiuaq jod
MDAAM’s a umiQ 'snsaiv i; Bisondsai buu uuauaioqoa a oiusunnsDuADq-isoj
ZZ i .................................................................................................sauoisnpuoo Áuaumsa^i '6
\ZL ..............................oinupjBauoouonbojuopÁlunusDuADqisodBiuiouooauq g
61L ................................................................................................. sauÁa^q Á iqoaprq aiqos ¿
L \L ..................................................................................................... Bouuouooa Boqqod Bq 9
9\z ..................................................................... cuamp pp ouBisauÁaqjsodsisqpuB jq g
c [¿ ................................ soioaidso[ opBzajBnqBuiq ÁopBOiarappBinpnqsauq q
\\L ..................................................................... odiuaq Á D.iqump[).iDDU[ ‘sBAippadxq '£
OIL .................................................................................................sooiSoppopra sopadsy 'z
80L ................................ Bpuajaqoa op Á [bjiuod jopu/ureaio huid) un op uqBj uq ' [
¿0¿ .............................................udí(iw.DqmoojDjA[ ‘uuriQ ¿ udi/ddfs ‘spsduy d ip q j loá
sooquo sus Abubisou A'aqisod buuouodo uq
£0¿ ......................................................................................................................... sauoisnpuoq ¿
969 .................................................................................... SBiuai soj b opadsai Bpuajaqoq 9
569 ....................................................... opBOijum BiuB.i3o.id un b oioodsai BiDuaioqoq ■ 5
069 oiuouuBSuod op opora/EiSoppopui jepopjBd buu op souuu.pi ud BiDuaioqoq ■ \
889 ................. saqiapixa oiuouuBSuod op SBpnosa sb [ b uoiaiqai ud BiDuaioqoq ■ £
¿89 .................................................................................... Bpuaiaqoo bj ap BpuBpodun Bq q
589 ............................................................................................................................uoponpojjui q
589 .................................................................................... 8utlOj[ piADQ ‘SU3fJDy^[ pUDIUdQ jod
'BUBISDUADqiSOd BllUOUODO B[ Dp BIDUO.IOqOD B[ O.IqO§
089 ................................................................................................... sauoisnpuoo Áuaumsa^i 9
6¿9 .................................................................................................saqiaipuad SBiuai soungjy 5
£¿9 ...........................................................................................................SBUBisauÁaq SBoqqoq q
X¿9 ..................................................................................oajdraa ouajd jb sauopBjuuq suq £
0¿9 ..................................................OpBDJDUl Dp SBUUOUODO SB[ Dp OIUOIlUBUOIDUnj [q Z
699 ............................................................................................................................uoponpojjui' j
699 .................................................................................. J3ÚM.DS moo¡DjA[ ‘spsduy d ijiq j jod
‘OIU9JUU OADUU [D BJBd SBUBISOUAOq SBDIIUOUODO SBDIiqOq
6S9 ............................................................................................................................u oisn p u oq qi
859 ..................................... a y a PP SB§ajoo sus Á ÁajpoQ ap sauopnqijjuoo SBq oí
559 ................. uiA\pooQ Á rpauisBd uosiuqoy uBOf :bouueuip a ojuanupajq '6
f 59 .......................................................................................Joppq[ ap sauopnqijjuoo SBq '8
I £9 ................................................................................................................................... sopajq ¿
81?9 ........................................................................................................... ajuauioo Bjaojaj Bq 9
51?9 ........................................................................................................ ajuamoo BpunSas Bq 5
IP9 ............................................................................................................................ I 9JU9UI03 q
6£9 ............... sauA'aq b [[Bqs.nqAj ap sdab.ii b BDisup BDiiqod buuouodo iq oq £
8£9 ..................................... BOispp Boqqod Biuiouooa bj ap uBAuap as anb SBauiq
¿£9 ..........................................................................................................................uopoupoqui q
¿£9 ..................................................................................fMODJDfp 'q '£) ‘DpnOUlDfp 'Q JOd
‘¿Bpuajaqoa B[ b boijuo b [ ap? :ouisiuBisauÁaqisoq
vxoaoiíio viwoNooa v i v vourao 01
P r e s e n ta c ió n

T o d o s sa b em o s qu e estu d iar e c o n o m ía en la actu a lid a d su p on e estu d iar u n tip o de e c i


n o m ía : la e c o n o m ía n e o c lá s ic a q u e se in ic ió a fin e s d e l s ig lo X IX c o m o e l m a rg in a l»
m o y q u e , c o n distin tas v ariantes y m a tic e s , d o m in a e l p e n sa m ie n to e c o n ó m ic o hast
n u estro s d ía s (y e s d e te m e r q u e du ran te m u ch o tie m p o to d a v ía ).
D e s d e su in ic io p o r lo s au tores d e n o m in a d o s p rim ero m a rg in a lis ta s, esta escu el
fu e re c ib id a c o n g ran interés p o r la s c la s e s d o m in an tes y e l esta b lish em en t aca d ém
c o . V e n ía n a d a m e n o s q u e a ju s t ific a r « c ie n tífic a m e n te » e l b e n e fic io a l ca p ita l y a mm
trar la p o sib ilid ad d e co ntin uidad d e l sistem a e co n ó m ico -s o cia l, frente a lo s au gu rios m í
pesim ista s d e lo s c lá s ic o s q u e la ^ ^ ^ e r o n y esp ecialm en te d e M a r x . R áp id am en te *
c o n v ir t ió e n e l p e n s a m ie n to e c o n ó m ic o d o m in a n te e in c lu s o e l p o te n te ataq u e qu
K e y n e s re a lizó d e a lg u n o s d e su s a sp ecto s n o c o n s ig u ió sa cu d ir sus c im ie n to s. K e y n t
n u n ca ro m p ió c o n e l e s q u e m a n e o c lá s ic o y p ron to se d e scu b rió q u e cie rto tratam ienl
d e l k e y n e s ia n is m o p e rm itía in t e ^ a s lo den tro d e la e s c u e la p rin cip a l c o m o sín tesis nei
c lá s ic a . S ó lo m u ch o m á s tarde, en lo s o c h e n ta , se co n v e rtirá e l k e y n e s ia n is m o en ur
vertien te d e p e n sam ie n to m u y in c ó m o d a y , e n c o n s e c u e n c ia , r e c h a z a d a p o r lo s ne<
c lá s ic o s .
A p e sar d e esta p o sició n d e p re d o m in io , a m ed iad o s d el sig lo X X e x is tía a lg ú n d e b
te en econo^m ía E l k ey n e sia n ism o en to n ce s d o m in a n te se en frentaba a l m on etarism o i
F r ie d m a n , qu e y a e n lo s cin cu e n ta p u so en cu e stió n la interp retación teó rica y las pre
crip e io n e s d e p o lític a e c o n ó m ic a d e l k e y n e s ia n is m o , an u n cia n d o y a la re cu p e ra d a
d e la s v e rsio n e s m ás o rto d o x a s d e lo s n e o c lá s ic o s . A l m is m o tie m p o , la otra lfm
d e p e n sam ie n to e c o n ó m ic o , la m a rx ista , q u e y a d esd e an tes d e la se g u n d a gu erra m u
d ia l h a b ía q u e d a d o re le g a d a a q u ie n e s ten ía n u n a v is ió n d istin ta d e la le g itim id a d d
siste m a ca p ita lista , in ic ia b a u n a recu p eració n y durante lo s ú ltim o s cin cu en ta y la déi
d a d e lo s sesen ta tu v o u n a p re se n cia s ig n ific a tiv a , si b ie n m in o rita ria , en los plante
m ie n to s teó rico s d e la eco n o m ía , e ^ e c ia lm e n t e en lo s países ^periféricos. Q u ie n ' •Miulml
e c o n o m ía ^poda, si se e s fo rz a b a u n ^ r c o , p e rc ib ir u n p a n o ra m a d e d iv e rsid ad o hit
c o n d istin to s p e so s d e la s d ife re n te s in te ^ r e ta c io n e s .
E l p re d o m in io d e la in terp retació n n e o c lá s ic a c o n v e n c io n a l se ha refor/m lo mi
a ce n tu ad a m e n te d esd e m e d ia d o s d e lo s setenta. C o n la im p o te n cia de lu" r n o m l'n d
c io n e s k e y n e s ia n a s p a ra re s o lv e r la c r is is d e lo s sesenta/setenta1 y los d e sa rro llo s le
ric o s d e lo s « n u e v o s m a cro e co n o m ista s» d e m e d ia d o s d e lo s setenta, el i uudeo c!ltal

1. Es impo^rtante tener en cuenta que la crisis se inició ya a fines de los se!.Cntu y i(Uc lo» munenh» de
aprecios del ^ ^ l e o no fueron más que un catalizador de las tendenciu» que ya i-slahun l'n opernt i
desde la década anterior.
12 CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

com pleto para que la llegada al poder de Tatcher y Reagan y !a correlación de fuerzas
políticas y sociales que ello implicaba, supusieran el rechazo total del keynesianismo
y la consolidación y potenciación de las versiones más conservadoras del pensam ien­
to económ ico neoclásico. Casi no es necesario añadir que el conservadurismo vigente
en el mundo occidental desarrollado y los problemas económ icos y políticos que se
manifestaban en los países del Este relegaron totalmente al pensamiento marxista al
limbo intelectual; situación que se fue acentuando durante los ochenta para aparente­
mente recibir el golpe de gracia con la caída del muro y el desm oronam iento de la
U R S S desde 1989.
E l predom inio de la escuela neoclásica en la actualidad es de tal m agnitud que
prácticamente no se reconoce ningún otro tipo de pensam iento económ ico. E l pensa-
núento económ ico neoclásico se ha convertido en «la ciencia económ ica» y es el único
que se considera «serio, riguroso y cien tífico ». Todo intento de utilizar otros esque­
mas alternativos, incluso sólo de aproximarse a otras escuelas para explorar su poten­
cialidad, es rechazado con una mezcla de acritud y desprecio com o retrasado y obsoleto.
N i siquiera se le concede un lugar en el debate científico. S e postula su invalidez y se
le condena al ostracismo. En el mejor de los casos se le considera com o una curiosidad
del pasado para aquellos que quieran revisar la evolución del pensamiento económ i­
co. Pero incluso en esta consideración las demás escuelas sólo suponen construccio­
nes previas más im perfectas que han venido ev olu cion an d o hasta dar lugar a la
construcción hoy definitiva: las ideas neoclásicas, principalm ente en su versión de
equilibrio general y sus diversas variantes. Incluso las ideas keynesianas, que nunca
constituyeron una ruptura radical del esquema neoclásico, son incluidas actualmente
entre la heterodoxia. L a interpretación neoclásica se ha convertido en el «pensamien­
to único» de la economía, constituye la única versión ortodoxa, engloba a toda la «cien­
cia» econórrúca convencional. N o hay ni siquiera debate, sólo ignorancia, descalificación
y desprecio hacia las demás interpretaciones.
Pero quien se aproxime a este pensamiento con la intención de entender el fu n ­
cionam iento de la sociedad actual se encontrará con grandes dificultades. E l pensa­
miento neoclásico presenta insuficiencias insalvables tanto para explicar teóricamente
la dinám ica de la sociedad actual com o para enfrentar los m últiples y graves proble­
mas que existen en esta sociedad y orientar una acción transformadora de la m ism a.
Sus insu ficiencias son palpables com o se verá en este trabajo. U n a visión crítica y
transformadora de la econom ía o de la sociedad actual son difíciles de interpretar, por
no decir im posible, con la ciencia económ ica convencional.
Q uien, insatisfecho con las explicaciones que obtiene de esta visión convencional,
trata de explorar otras posibilidades se encuentra con grandes dificultades: no hay
mucha bibliografía al respecto, es poco conocida y menos accesible. Tampoco se hallan
con facilidad interlocutores para contrastar ideas y opiniones en esta dirección. Explorar
j
el pensamiento económ ico con una visión crítica de la interpretación neoclásica se ha
convertido en una tarea que desafía las posibilidades de muchas personas a quienes les
interesaría hacerlo.
N o solam ente esto, sino que m uchos profesionales de la econom ía, y en especial
los profesores de esta disciplina en sus diversas ramas, en las universidades españolas
tienen grandes dificultades para poder proporcionar una orientación concreta sobre el
estudio de la econom ía desde una óptica crítica a los estudiantes de nuestras faculta-
PRESENTACIÓN 13

des. Bastante profesores realizan aproximaciones críticas a sus materias, pero cuando
se trata de ayudar a los estudiantes a estudiar sistemáticamente las insuficiencias de la
econom ía ortodoxa se les presentan bastantes dificultades para orientarles sobre las
lecturas que les pueden ayudar. Es más fácil tener un enfoque individual crítico que
enseñar a otros acerca de com o adquirirlo.
D e aquí que algunos jóvenes licenciados en Econom ía con inquietudes por tener
una visión más amplia de la disciplina que recogiera su vertiente crítica, tanto en sus
aspectos teóricos com o aplícados, iniciaron, con la colaboración de algunos econo­
m istas más veteranos, un seminario sobre econom ía crítica en B arcelona. E n las V I
Jornadas de Econom ía Crítica la formación de un grupo de trabajo sobre el tema esti­
m uló su interés y reforzó el intento de realizar un estudio sistemático de la econom ía
desde una vertiente crítica.
S e decidió dedicar una primera etapa de este seminario a revisar la teoría conven­
cional que todos hemos estudiado. S e pretendía, primero, entender lo que significa en
su conjunto la teoría convencional y profundizar en su análisis crítico, antes de iniciar
una segunda etapa en la que se trabajarían aquellos aspectos teóricos que parecen más
prometedores para entender la sociedad actual y colaborar a transformarla.
C o n este objetivo hemos venido reuniéndonos regularmente después de nuestras
horas de trabajo, de forma voluntaria e inform al. Nuestra tarea ha consistido en bus­
car bibliografía crítica sobre el pensamiento económ ico ortodoxo, leerlo y comentar y
debatir sobre el m ism o con el objetivo de evaluarlo com o instrumento para entender
la organización económ ica de la sociedad actual.
Nuestra visión crítica parte de considerar que el enfoque adecuado para el estudio
de la organización material de la sociedad, que es para nosotros el objetivo de análi­
sis de la econom ía, requiere una aproxim ación en términos de econom ía política; es
decir, integrador de la consideración de las diversas facetas de la vida social. Asim ism o,
el objetivo de nuestra tarea es entender cuáles son las variables que rigen la dinám ica
de esta sociedad para poder participar en transformarla en una sociedad más justa y
satisfactoria para todos. N o es sorprendente, por tanto, que nuestro trabajo se quiera
colocar desde el principio en la línea que P. Baran situaba al señalar: <<. . .ciertamente
parece deseable romper con la larga tradición de la economía académ ica de sacrificar
Ja relevancia de la materia a la elegancia del método analítico; es m ejor tratar imper­
fectam ente lo que es importante que ejercer el virtuosismo en el tratamiento de lo que
no importa» (Baran, 1962, 22). Hem os pretendido realizarlo con la máxim a seriedad y
rigor del que somos capaces.
A l final de 1999 creemos que algo hemos avanzado en la revisión, desde una ópti­
ca crítica, del pensamiento económ ico ortodoxo. A com ienzos de 2000 nos propone­
rnos em pezar a explorar las comientes más heterodoxas con la esperanza de encontrar
en ellas elementos más adecuados para interpretar la sociedad en que vivim os e inten­
tar su transformación. Nuestros planes de trabajo inmediato consisten en continuar pro­
fundizando en el pensamiento postkeynesiano, principalm ente en las versiones más
kaleckianas del m ism o, porque nos parece que tiene un gran potencial para orientar
un enfoque crítico de algunos aspectos de la econom ía, e iniciar un estudio riguroso
de la econom ía marxista que evalúe su potencialidad para el análisis de las sociedades
modernas, los problemas teóricos que plantea y la evolución de sus diversas corrientes.
Querríam os también realizar una revisión de Ja Escuela de la Regulación. Esperemos
14 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

que una segunda edición de estas Notas pueda presentar el trabajo que nos propone­
mos realizar en el futuro. '
Aunque estamos en m edio de una tarea que dista m ucho de estar acabada, hemos
pensado que pudiera ser útil para otras personas que pretenden también un acerca­
m iento crítico a la econom ía, mostrar públicamente parte del trabajo que hem os rea­
lizado hasta ahora. Creem os que puede ser de interés el presentar aquellas lecturas que •
nos han ayudado en nuestro objetivo. Co n la esperanza que pueda ayudar tam bién a 1
otras personas, especialmente estudiantes y jóvenes licenciados en Econom ía.
En el cuerpo de este libro presentamos parte de Jos materiales críticos de la econo­
mía ortodoxa que hemos trabajado en nuestro seminario. Tras una recopilación de algu­
nos artículos que se refieren al pensamiento económ ico en su conjunto, recogem os }
algunos de los materiales críticos utílízados clasificados por grandes escuelas de pen­
samiento económico. Hem os revisado el pensamiento convencional básico: los auto­
res clásicos, los neoclásicos, Keynes y el keynesianismo, y hacemos también un intento
de recoger algunas de las escuelas ortodoxas más recientes (nuevos m acroeconom is- *
tas y otros), además de realizar una incursión en los postkeynesianos. A lgú n material v
como el de C ole, Cameron y Edwars (1983) utiliza otras clasificaciones y denominaciones
menos habituales pero nos ha parecido que, de todos modos, ayudaba a situar las escue­
las que hemos estudiado^ D e forma limitada y con variados grados de intensidad, hemos
intentado revisar las distintas escuelas que se presentan en el gráfico 1. Sin ninguna ■f .
pretensión de que sea una recolección com pleta, erudita o que recoja los muy diversos :~
matices que existen en cada una de estas escuelas y sus autores principales.
Aunque hem os revisado todas las escuelas con el mismo interés, no hem os inten­
tado conceder a todas ellas el mismo peso en cuanto al material de lectura. L a propia
importancia actual de las distintas escuelas ha llevado a que ocupasen diferente tiem ­
po y volumen de lecturas, lo que se refleja en la selección que presentamos.
Presentamos artículos o partes de artículos críticos correspondientes a las distin­
tas escuelas con el objetivo de que de su lectura el lector obtenga los elementos críti­
cos principales. Estos artículos vienen precedidos de unas brevísimas notas nuestras
para situar las escuelas en cuestión y destacar algunos aspectos que han atraído nues­
tra atención en el seminario (sin que ello signifique que son los más importantes entre
los que presentan los artículosrecogidos). Estas notas se han ido construyendo en sesio­
nes separadas en el tiempo y coordinadas por distintos participantes del seminario, por
lo que se puede observar en ellas una cierta heterogeneidad, que ha sido m antenida
deliberadamente. i
En principio, no hemos recogido materiales que expliquen los esquemas que hemos
revisado. Existen multitud de referencias en las que puede encontrarse el pensamiento
tradicional convencional y no nos ha parecido procedente incluirlo. En teoría, todo eco ­
nomista debería conocerlos y partimos de que han sido estudiados. E n las corrientes 2

2. Llaman «teoría subjetiva del valor» a lo que tradicionalmente se denomina neoclásicos, «leorfa del '
coste de producción» a lo que se considera keynesianismo, y «teoría del valor trabajo» a la escuela
marxista, que aquí no consideraremos. Oíros autores como Caporaso y Levine también utilizan una j
clasificación similar. Esta clasificación tiende a ser utilizada por los autores que conceden más aten- t
ción a e&<:uelas derivadas de los clásicos y los marxislas, como Kalecki y Ja escuela de la reproducción
que se inicia con Sraffa. .
PRESENTACIÓN 15

Gráfico l . Escuelas de Pensamiento. Fuente: Felderer y Homburg, 1992


16 CRÍTICA A LAECONOMfA ORTODOXA

más recientes -n uevo s desarrollos neoclásicos y potkeynesianism o- concedem os algo


más de atención a lo que constituye su propia interpretación, porque hem os pensado
que muchos econom istas jó ven es no conocen siquiera estos desarrollos y porque no
hemos encontrado mucho material crítico al respecto. Este libro recoge un material de
trabajo e insistimos en que som os conscientes que no es una obra acabada y erudita
N o hemos entrado, tam poco, en el análisis de las diversas ramas del pensamiento
económico -teoría del com ercio internacional, economía del desarrollo, econom ía labo­
ral, econom ía regional y un innum erable e tc .-. Hem os sentido tener que tom ar esta
decisión, especialm ente en relación con la teoría del com ercio internacional que nos
parece form atam bién parte central el pensamiento económ ico, pero es im posible abar­
carlo todo. Primero, porque con el poco tiempo que tenemos hemos considerado prio­
ritario el análisis general frente al más com partam entalizado y, segu ndo , porque
pensamos que si se observan las insuficiencias d e l pensam iento general es más fá cil
que cada persona construya su pensamiento en ramas específicas. Q uizá en el futuro
podamos abordar Ja crítica de algunas de estas ramas.
Recogem os, principalmente, los aspectos críticos más generales, referentes al con­
junto de cada escuela y a sus planteamientos m etodológicos e ideológicos. N o es nues­
tra intención entrar en las críticas de carácter más «técnico» realizadas desde dentro
del corpus del pensamiento ortodoxo y que corresponden a partes específicas de los
esquemas analizados. N o porque carezcan de interés, ya que a menudo estas críticas
invalidan muchas de las conclusiones generales sostenidas por los respectivos enfo­
ti:
ques, sino porque en la necesidad de delimitar nuestro trabajo, hemos preferido con­
ceder prioridad a revisar las ideas básicas desde un enfoque crítico general. 1
A p esar de ello, en algunos casos se encontrarán algunos tratamientos m ás técnicos :;x
(por ejemplo, en el caso de la crítica de L a n g e a la ley de Say) que nos han parecido de
interés. Nos hemos visto obligados a hacerlo así, también, en aquellas escuelas más
■.M
recientes donde los materiales críticos son escasos (crítica a los postkeynesianos, por

ejemplo).
H ay que precisar, también, que los materiales que presentamos no significan que este­ íil
mos de acuerdo con todos los aspectos que los mism os tratan. En conjunto, nos pare­ ís
cen válidos y útiles, pero eso no quiere decir que coincidamos con todo lo que dicen los
'i | í
artículos recogidos. S e comprobará que los materiales suponen un conjunto de apor­
taciones bastante ecléctico , en los que deliberadamente hem os procurado recurrir a m
diversos enfoques y no limitarnos a una línea de crítica en exclusiva. Creem os impor­
tante que en un proceso de form ación se dé cabida a diferentes percepciones siempre
que éstas se encuadren en las coordenadas básicas que hem os señalado más arriba.
Este material no es más que el que nos ha parecido más útil entre las lecturas que M.
hemos utilizado. Le jo s de nosotros la pretensión de pensar que son las mejores lectu­
ras que puedan seniir para esta tarea. Son las que nosotros hem os encontrado, que nos #
parecen útiles y como tales las ofrecem os. Seguro que están llenas de lim itaciones e -II
insuficiencias. Ninguno de nosotros es experto en el tema, ni siquiera en pensamiento eco­ v.^
nómico. Hemos ido buscando nuestro camino muy intuitivamente y a través de un tra­ :l!
bajo común. Hem os utilizado materiales que teníamos asequibles y disponibles, aunque
probablemente personas que conocen más el tema hubieran hecho otra selección. Desde
luego y sobre todo, no es un survey de econom ía crítica. Som os totalmente conscientes
de que es un material lim itado y seguramente muy im perfecto. Pero es el que hemos

I
PRESENTACIÓN n

utilizado y a nosotros nos ha ayudado. Y a hemos dicho que lo presentamos porque nos
parece que puede ayudar a otras personas que pretenden iniciar la misma tarea. Com o esto
es un documento de trabajo nos proponemos ir revisándolo. Sería muy útil si cualquier
persona que lea este trabajo y tenga referencias bibliográficas que crea pueden m ejo­
rarlo nos lo hiciera saber. Contribuiría a una tarea com ún y se lo agradeceríamos mucho.
Faltan muchas cosas, pero algunas faltan más que otras. Entre las carencias, sin
duda destaca la falta de integración de la crítica que se refiere a la limitada considera­
ción de los aspectos ecológicos de la economía convencional, que para algunos autores
descalifica toda la econom ía actual. Para estos, la econom ía tiene que rehacerse com­
pletamente partiendo de una base mucho más am plia e integrada con otras disciplinas.
Nosotros, aceptando la importancia que tiene la integración de los aspectos de la natu­
raleza en el análisis económ ico, no nos sentimos capacitados para intentarla por noso­
tros m ism os, y creemos que hay ya m uchos autores que están realizando esta tarea.
So m os conscientes que los materiales que presentamos se refieren sólo a una visión
crítica de la econom ía en su versión más lim itada y tradicional. P ero pensam os que,
dada la situación social y de la disciplina en la actualidad, también es necesaria y útil una
tarea así de modesta. Ojalá sea posible ampliarla a otros objetiva! más ambiciosos, pero
no nos parece que nosotros podemos abarcarlos en las condiciones en que trabajamos.
L a segunda carencia importante consiste en la falta de consideración de los aspec­
tos m etodológicos. Cuanto más vam os estudiando más percibim os la necesidad de
detenemos en algún momento en la revisión de los aspectos m etodológicos. Pero como
todavía no nos ha dado tiempo de hacerlo no podem os incluir una selección de artícu­
los bien trabajados.
P o r supuesto, tampoco la form a en que hemos procedido es la única útil o adecua­
da. Otras personas y gm pes preferirán otra fo n na de hacerse con el acervo crítico que ju z ­
gan necesario. Entre las distintas formas posibles, una muy frecuente consiste en recurrir
a la lectura de libros completos con una visión crítica de la economía. Por ello, nosotros
incluim os una breve lista con libros recientes sobre economía crítica que, aunque han
sido utilizados en el seminario, no los hemos incluido en las lecturas porque constituyen
mtaterial fácilm ente accesible que puede completar o sustituir nuestras lecturas.
Insistim os en que únicamente presentamos aquí el com ienzo de un trabajo que a
nosotros nos ha ayudado en medio de un proceso de estudio que auguramos todavía
muy largo. S o lo el pensar que puede ser útil nos anim a a arriesgarnos y a presentar
públicam ente un trabajo todavía muy incipiente. Som os conscientes de este riesgo y
esperam os que el lector interprete este trabajo en el contexto que aquí explicam os.

SOBRE NUESTRA EDICIÓN


L a procedencia tan heterogénea de los textos que publicam os, así como la separación
en el tiempo entre ellos, hace que las preferencias y las convenciones en cuanto a citas,
notas, bibliografías y otros aspectos form ales adoptados por los diferentes autores en los
originales sean muy variadas. En nuestra edición hemos optado por m antenemos lo
m ás fieles posible a las formas originales de cad a uno de los autores; p o re llo , el lector
encontrará maneras disímiles de citar y de dar las noticias bibliográficas; nosotros sola­
mente hem os intervenido cuando nos ha parecido imprescindible para evitar posibles
confusiones del lector. Igualm ente, en algunos textos hay remisiones a otras partes de
CRÍTICA A L A ECONOMÍA ORTODOXA

las obras no seleccionadas para nuestra antología, en estos casos hemos preferido no eli­
minar las referencias, aunque quien esté interesado deberá acudir a las obras origina­
les; en cam bio, cuando las rem isiones se refieren a partes que s í están incluidas en
nuestra selección, hemos introducido las m odificaciones necesarias para hacerlas coin­
cidir con nuestra paginación.
A pesar de que hemos intentado respetar las preferencias de ios autores, no había
unanimidad en las formas de transcribir los nombres de escuelas de pensamiento o de
corrientes como «keynesianismo», «escuela clásica», «escuela neoclásica», etc., a veces
en m ayúsculas y otras en m inúscula; nosotros hemos preferido, tanto en estos casos
com o en el de otros sustantivos, Ja m inúscula, que nos parece m ás en consonancia con
las normas ortotipográficas del castellano.
L as notas a pie depágina son siempre de los autores de los textos; en las ocasiones
en que son nuestras las marcamos com o [Nota de los editores] o [Nota de la traduc­
ción].
Finalmente, advertimos al lector de que no siempre hem os reproducido capítulos o
artículos completos, sino que cuando nos pareció que algunos pasajes podían ser eli­
minados para aligerar el libro (ya de por sí bastante voluminoso) lo hemos hecho indi­
cándolo con la siguiente m arcación:

- cuando la parte eliminada es uno o mas párrafos antes del fragmento que nosotros
reproducim os, hemos colocado tres puntos entre corchetes [ . . .] seguidos de una
línea blanca y a continuación el inicio de nuestra selección (ver p. l l l ) ,
- si las partes elididas son del fin al del texto lo marcamos con [ ...] precedido de una
línea blanca (p. 119),
- en lo s casos en que se han suprimido párrafos completos en m edio de nuestra selec­
ción, los puntos entre corchetes [ ...] están precedidos y seguidos por sendas líneas
blancas (p. 146),
- cuando la supresión afecta al inicio, al fin al o a alguna parte dentro de un párrafo,
se indica colocando la marca [ ...] bien al inicio, bien al final o en la parte del párra­
fo eliminada, según corresponda.

Nótese que en algunos casos se produce la acum ulación de diferentes marcas de


elisión, com o por ejemplo cuando un párrafo está truncado en su final, seguido de la indi­
cación de elim inación de algún párrafo com pleto, seguido a su v ez por un párrafo al
que le falta el inicio, com o puede verse en la página 154. •

Queremos agradecer su colaboración a todas las editoriales y a los autores qu en os han


autorizado la reproducción de sus trabajos. Tam bién a Ecoconcern, institución que nos
ha cobijado y nos recibe en sus locales, por su total y gratuita hospitalidad, y a E m ilio
Padilla, compañero de profesión y para m uchos compañero de estudios, por la ingen­
te tarea que ha llevado a cabo para obtener los permisos de edición necesarios.

Seminario de Econom ía Crítica TAIFA


■ Barcelona

■ r::\
m
Una visión general

i
CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA 21-22

In tr o d u c c ió n

En este primer apartado presentamos un grupo de lecturas que se refieren al pensa­


miento económ ico en su conjunto. N os ha parecido que podían cum plir un buen papel
introductorio sobre e l tema. A d em ás, hem os considerado que puede tener interés el
incluirlas ya que, dado que en el resto del trabajo se recogen los materiales clasificados
por escuelas, hay una serie de elementos que afectando a todas ellas en mayor o menor
grado no quedan reflejadas en ninguna escuela específica.
A continuación señalamos el orden de presentación así com o las razones para el
mismo. Desde luego, este es altamente opinable y pensamos que, aunque sea conve­
niente explicar las razones que nos han hecho organizarías así, el orden específico en
que se presentan no tiene excesiva importancia. En este apartado hemos situado los
artículos en orden de generalidad decreciente:

- iniciam os estas lecturas con una conferencia de J . Robinson. N o sólo porque sitúa
de form a m uy adecuada las escuelas principales de pensam iento económ ico, sino
también porque, aunque está escrita hace más de treinta años, refleja perfectam en­
te la situación actual de la disciplina de la Econom ía;
- el trabajo de Naredo, a continuación, sistematiza los distintos tipos de críticas que
se pueden realizar e in clu y e y sitúa los aspectos de la crítica ecológica y la necesi­
dad de integrar el ámbito del mundo físico con el económ ico;
- el capítulo recogido de H odgson se concentra sobre todo en la crítica al individua­
lism o m etodológico del sistema de análisis económ ico;
- los materiales de C o le, Cam eron & Edw ards (C C E ) clasifican las diversas escuelas
relacionándolas con las teorías del valor en que se basan;
- las páginas recogidas de M a rx se concentran en expresar la necesidad de conside­
rar al individuo en su dimensión social, y a la econom ía en un marco histórico espe­
cífico ;

A estos materiales nos hem os permitido anadirunas pocas páginas d e Joan G arcía
G onzález que reflejan una parte de la discusión que hemos tenido en el seminario acer­
ca de las dificultades del trabajo interdisciplinar, m uy especialm ente en relación con
las ciencias naturales y con aspectos metodológicos. Las hem os incluido aquí puesto que
plantean problemas que afectan de fo n n a general a todo nuestro trabajo y que era difí­
cil integrar en otros apartados.
22 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

l. L ecturas

R o b in s o n , Jo a n . « L a econom ía, hoy>>. En: La relevancia de la teoría económ ica.


Barcelona: M artínez R o ca, 1976, p. 165-173.
N a r e d o , Jo s é M anuel. «L a crisis de la ciencia económ ica establecida». En: L a eco­
nomía en evolución. 2“ ed. Madrid: S ig lo X X I , 1996, p. 441-460.
— . «Prólogo a la segunda edición. E volución reciente del pensamiento económ ico:
entre la reconstrucción intelectual y la congelación conceptual». En: L a economía
en evolución. 2 ed. Madrid: S ig lo X X I , 1996, p. x v u -x x x v i.
H o g s o n , Geoffrey M . «El absolutismo del individualismo de mercado». En: Economías
and utopia. Why the leaming economy is not the end ofhistory. Londres: Routledge,
1999, p. 62-97.
C o l e , K en; C a m e r ON, John; E d w a r d s , C h ris. «Prefacio ». En: Why economist disa-
gree: the political economy o f economías. Londres: Longm an, 1983, p. 7-17.
M arx, KarL «Introducción». E n : Contribución a la crítica de la economía política.
1857.
G a r c ía , Joan . «A lgunas reflexiones sobre econom ía y ecología», 2000 (mimeo).

i
CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA 23-28

L a e c o n o m ía , h o y
Jo a n R o b in s o n

L a actual situación de la econom ía teórica resulta muy descorazonadora. S e están desa­


rrollando profundas y extensas controversias sobre aspectos puramente lógicos. E n el
terreno político siem pre habrá diversidad de pareceres; estos responden a difurentes
form as de ju zgar los acontecim ientos y a distintas escalas de valores. N o deberían
influir sobre el análisis lógico. Sin embargo, por desgracia, en econom ía las opiniones
corrompen la lógica. S e ju z g a los argumentos por sus conclusiones, no por su coh e­
rencia. S e em plean términos no definidos, de m odo que las proposiciones basadas en
los m ism os se reducen a meros sortilegios. L a econom ía es una rama de la teología.
Y o m ism a llevo más de quince años m etida en una controversia sobre el sign ifi­
cado de la acum ulación de cap ital. Después de diez años de discusiones, el profesor
Solow del Massachusetts Institute o f Technology (M IT ) declaró que «todo el mundo
excepto Jo a n R obinson acepta Ja teoría d el capital»3. Pero no especificó en absoluto
qué era lo que todos los demás aceptaban, con que resulta d ifícil replicarle. Poco des­
pués tuvo lugar un nuevo round del debate, en el curso del cual el profesor Sam uelson
se vio obligado a reconocer que toda la línea del M I T se basaba en un error.2 Pero no
hemos pasado de ahí. H ace poco, un tal profesor Ferguson publicó un libro3 en el cual
acepta esa crítica, pero sigue firm e en su opinión. D ice que es cuestión de fe . Visto lo
cual, ¿qué puedo hacer?
L a teoría económ ica moderna partió del problema de la acum ulación de capital.
Adam Sm ith y Ricardo se interesaron por lo que actualmente denominamos crecimiento.
Ricardo deseaba justificar una conclusión política -qu ería reducir el nivel de la renta
de Ja tierra-, pero no recurrió a argumentos teológicos. Consideró que para ello era
necesario comprender e] funcionam iento de la econom ía. M arx recogió sus plantea­
m ientos y les dio un giro desagradable y peligroso. L as escuelas neoclásicas -h u b o
varias- se pusieron de m oda com o un antídoto contra M arx. Keynes, impaciente, des­
cartó en bloque toda la econom ía desde A d am Smith hasta Pigou y los puso a todos en
un mismo saco con la etiqueta de «clásicos». Para él todos se parecían, pues no tenían
en cuenta su problema: la influencia de la demanda efectiva sobre el nivel de empleo.

* Conferencia pronunciada en la Universidad de Basilea en diciembre de 1969. Publicada en: «Basel


W¡rsc!mftswissenschaftliche Vortriige», 1970. Versión española publicada en: Robinson, Joan. eco­
nomía, hoy». En: La relevancia de la teoría económica. Barcelona: Martínez Roca, 1976, p. 165-173.
1. Robert M . Solow, Capital Theory and lite Rate of Return. Amsterdam: North Holland Publishing
Cornpany, 1963. Después reconsideró su afirmación y la suprimió en la segnnda edición.
2. Paul A. Samuelson, «Paradoxes of Capital Theory», Quaterly Journal ofEconomics, noviembre 1966.
3. C. E. Ferguson, The Neoclassical Theory of Production and Distríbution. Cambridge, 1969.
24 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

Pero su actitud es incongruente. Existe una gran diferencia entre los clásicos, con su
deseo de comprender la econom ía capitalista, y los neoclásicos, que intentaban justi­
ficarla.
Los neoclásicos (a excepción de M arshall, que m ezcló una cierta dosis de Ricardo
con las nuevas ideas en boga) no se ocuparon del problema clásico. S e concentraron
en un aspecto que M arx no había concretado demasiado: la teoría de los precios rela­
tivos de los distintos productos. S e elaboró con gran detalle el tema de la oferta y la
demanda, el funcionamiento de los mercados, la competencia y los monopolios, dejan­
do en términos sumamente imprecisos lo que ahora se llama m acroeconom ía, el estu­
dio global del sistema.
Cuando yo com encé a estudiar economía,"en los años veinte, la escuela neoclási­
ca seguía representando la ortodoxia dominante. L a entiendo muy bien, incluso escri­
b í un libro en ese estilo. S e trataba de un sistema de planteamientos apriorísticos. S e
escogen unos supuestos, a partir de los cuales sededucen conclusiones. N adie intenta
constatarlas a través de observaciones de lo que en realidad sucede.
E l único motivo de que prosperase una materia com o esa es que gracias a ella la
econom ía pudo pasar sin un contenido real. S e trataba de difundir la doctrina del lais-
serfaire. N o había oportunidad de ofrecer asesoramiento político, y a que los gobiernos
no debían tener política económ ica alguna. Bastaba permitir la libre actuación de las fuer­
zas del mercado, evitar la protección y mantener un presupuesto equilibrado. Dadas *
estas circunstancias, la com petencia ya asignaría los recursos de form a que se obtu­
viese e l resultado óptimo.
Después de la guerra de 1914-18, este sistema ortodoxo siguió flotando entre las
nubes, mientras a ras de suelo G ran B retaña sufría graves perturbaciones. A ú n subsis­
tía cuando todo el mundo capitalista se hundió en la gran depresión. E l profesor (ahora
lord) Robbins publicó la fam osa definición de la econom ía com o el estudio de la asig­
nación de medios escasos entre usos alternativos en 1932, cuando Gran Bretaña tenía
tres millones de parados y la renta nacional de los Estados Unidos se había reducido
a la mitad de su nivel anterior. Sin duda, el problema no era de medios escasos.
Todo esto resultó un poco excesiv o , incluso tratándose de econom istas. L a depre­
sión acabó con la antigua ortodoxia com placiente. Parecía que con Keynes habíamos
logrado romper el cascarón de la teología. Durante cierto tiempo pareció haberse ini­
ciado una nueva era de la eco n o m ía. E sta em p ezaba a tratar problem as reales.
Com enzaba a exponer el funcionam iento del sistema económ ico real. E l debate fue
incisivo. L a ortodoxia aún no se había rendido cuando estalló la guerra. Todos reci­
bieron entonces una buena lección de econom ía. Después de esa experiencia, ya no
era posible alegar que el gasto público no podía influir sobre el empleo; el keynesianismo
vulgarizado pasó a ser ortodoxo. L o s gobiernos aceptaron la responsabilidad de m an­
tener el nivel de empleo de su propia población. (E n Suiza tienen un buen método de
m antener el empleo de los suizos: cuando hay una recesión despiden a los obreros
extranjeros.)
Sin duda se iniciaba una nueva era de la vida económ ica con nuevos problemas
que requerirían nuevas soluciones. Pero, por lo que respecta a Ja teoría económ ica, la
nueva era no duró m ucho. L a escuela neo-neoclásica pronto com enzó a ahogarla otra
vez y volvió a meterla en el cascarón de la teología. ¿C óm o ocurrió esto? En ello inter­
vino el problema del significado del capital.
LA ECONOMÍA, HOY 25

Keynes limitó deliberadamente su teoría a la situación a corto plazo, aquí y ahora.


(Solía decir: «el Sargo plazo es un tema para subgraduados>>.) Pero una vez compren­
dido el mecanismo del corto plazo y cumplida la promesa de un casi pleno empleo
continuado, debía pasarse a discutir la teoría del largo plazo. Harrod fue el primero en
plantear la cuestión. Proyectó la teoría de Keynes al largo plazo y demostró posibilidad
lógica, bajo ciertas circunstancias, de un crecimiento global de la economía en condi­
ciones de equilibrio y con una acumulación continua de capital a una tasa uniforme,
pero también anotó que una economía de libre empresa no regulada carece de los meca­
nismos necesarios para asegurar que esto suceda.
L a Teoría general de Keynes puede pasar sin una definición de capital. El stock
de medios de producción en existencia es el que se ha creado en el curso de la historia
pasada: una gran lista de artículos específicos. L a tasa de beneficio sobre el capital en
vigor no tiene ningún significado preciso. Se están percibiendo cuasi-rentas (benefi­
cios brutos), pero la amortización adecuada para reducirlas a beneficios netos y el valor
de los stocks de capital, que permitirá presentarlas como tasa, dependen de las ganan­
cias que se obtengan en el futuro desconocido. Las perspectivas de ganancias de una
nueva inversión pueden representarse como una tasa de beneficio esperada -lo que
Keynes denominaba eficiencia marginal del capital-. Se conoce el coste de capital de
la inversión y se estiman las futuras ganancias del proyecto. Pero las estimaciones rea­
lizadas cuando se creó el presente stock de equipo están fallando.
Para tratar problemas a largo plazo es preciso considerar el significado de la tasa de
beneficio sobre el capital. En una trayectoria de equilibrio imaginaria, en la que se
cumplen las expectativas, el valor del equipo de capital, calculado como sus ganan­
cias futuras descontadas a un tipo de interés igual a la tasa de beneficio, es igual a su
coste inicial, el cual depende de unos precios que incluyen la misma tasa de beneficio
sobre el valor del capital necesario para su producción, deducida la tasa de amortiza­
ción adecuada desde que entraron en funcionamiento hasta la fecha.
En consecuencia, el valor de un stock de equipo de capital depende de la tasa de
beneficio. Una «cantidad de capital» no tienesentido si no se conoce la tasa de beneficio.
Siguiendo el camino trazado por Harrod, me lancé a la empresa de generalizar la
Teoría general, para lo cual tuve que ocuparmedel problema del significado del capi­
tal. Las escuelas neoclásicas se habían mostrado muy vagas al respecto. Para Walras,
todos los factores de producción vienen dados en cantidades físicas -categorías espe­
cíficas de mano de obra, superficies específicas de terreno y stocks específicos de diver­
sos tipos de medios de producción-. En Marshall existe una tasa normal de beneficio,
pero no se explica cómo se determina su nivel. Wicksell intentó resolver el problema
a partir del período de producción de Bohm-Bawerk, pero comprobó que no era posi­
ble. A l contrario de lo que su cede con Marshall, quien cuando llega a un punto flaco de
su planteamiento intenta desviar la atención con reflexiones como: «Hay muchos cria­
dos estupendos» o el caso del aprendiz que se casó con la hija del amo, Wicksell es
muy cándido. Cuando no logra hallar una solución, reconoce que está en dificultades.
Lo considero muy útil; tengo un gran respeto por Wicksell, no porque haya encontra­
do una solución, sino porque identificó el problema. La interpretación de Ricardo por
Piero Sraffa me aportó la clave más importante y la largo tiempo pospuesta publica­
ción de su obra, La producción de mercancías p o r medio de mercancías, puso de relie­
ve las ideas que yo había estado buscando a tientas.
26 CRÍTICA A LA ECONOMÍAORTODOXA

Pero entre tanto la escuela neo-neoclásica había conquistado un lugar dominante en


los Estados Unidos y comenzaba a difundir rápidamente su influencia por todo el
mundo. Sin duda los profesores del M IT no sabían que los neoclásicos no tenían una teo­
ría del capital. Simplemente dieron por sentado que el «capital» es un factor de pro­
ducción que recibe una «remuneración» igual a su producto marginal. Comenzaron a
trazar isocuantas y funciones de producción en términos de cantidades de trabajo y de
capital. Ahora bien, todos sabemos que el trabajo no es una cantidad homogénea. Sin
embargo, en este pripier paso del análisis consideraremos un trabajo de una calidad
dada en términos de un número de horas-hombre. ¿Cuál es la unidad de capital? ¿Es una
cantidad de dinero o un stock de equipo específico? En uno u otro caso, ¿qué signifi­
cado tiene su producto marginal?
Cuando hice esta pregunta, los neoclásicos se me echaron encima como un enjam­
bre de avispas. El capital es el capital, zumbaban. Todo el mundo excepto usted sabe per­
fectamente qué es el capital.
Algunos, en particular el profesor Trevor Swan, y también el profesor Meade, ofre­
cieron una solución que más bien parece una broma. El capital está hecho de una mate­
ria física homogénea. El profesor Meade la llamó acero. Y o sugerí que la denominásemos
oreca, ya que no sabemos lo que es. Este oreca puede expresarse en una función de
producción -e l output por trabajador es una función del oreca por trabajador-. Pero
sigue subsistiendo el problema de los precios de los bienes de capital. Lo resolvieron
considerando que el output también consiste en oreca -redujeron todo el plantea­
miento a un «mundo de una mercancía»-. En teoría económica, los modelos sirven para
eliminar las complicaciones no esenciales del análisis de los problemas concretos, a
fin de poderse concentrar en el aspecto principal; este modelo sólo sirve para eliminar
el problema.
Con ayudadel concepto de un capital consistente en oreca, los neoclásicos redujeron
la Teoría general a cero, en vez de generalizarla. En el mundo de una mercancía no
hay problema de paro. Sea cual sea la cantidad de capital-oreca disponible en cual­
quier momento, es posible contraerla o expandirla a fin de proporcionar empleo a toda
la mano de obra disponible. Los trabajadores desocupados, si los hay, se ofrecerían
por unos salarios más bajos en ténninos de oreca. Esta competencia hará bajar todos los
salarios y el capital-oreca se expandirá y permitirá emplear un número superior de tra­
bajadores, con una tasa de beneficio más elevado. En resumen, se había restaurado el
dogma prekeynesiano. La única causa posible del paro son unos salarios demasiado
altos.
Por otra parte, en el mundo de una mercancía tampoco existe el problema del nivel
de la demanda efectiva. Con el stock de capital-areca y pleno empleo de la fuerza de
trabajo se está produciendo una cantidad determinada de oreca. Se consume parte del
output de oreca y se ahorra la otra parte. Esta parte que se ahorra se añade al montón
de capital-oreca y se d e s p e a r a con objeto de emplear la mano de obra que va quedando
disponible. Se ha restaurado la teoría prekeynesiana según Ja cual el ahorro rige la
inversión.
Y a nada impedía a los neo-neoclásicos seguir enseñando alegremente a sus discí­
pulos a ^trazar funciones de producción en ténninos de capital y trabajo, y explicar la dis­
tribución de la rentaentre trabajo y propiedad en razón de la productividad marginal del
oreca y del trabajo.
LAECONOMÍA, HOY 27

Tal vez los Estados Unidos puedan pennitirse el lujo de una profesión com o ésta -e s
una form a más de consumir el excedente-, pero estas doctrinas se han difundido tam­
bién en la lndía y en otros de los llamados países en vías de desarrollo con problemas
económicos importantes y urgentes.
¿C ó m o se ha logrado hacer aceptar a varias generaciones de estudiantes estos con­
juros sin sentido? E l ardid es ingenioso. E l planteamiento se expone en ténninos mate­
máticos. K es una cantidad de capital, es preciso integrarla, diferenciarla y efectuar todo
tipo de hermosas y complicadas operaciones matemáticas. Ahora bien, la m ayoría de los
estudiantes no comprenden de qué va la cosa; piensan que tal vez no sean lo suficiente­
mente inteligentes para entenderlo y se callan. Pero los inteligentes aprenden el truco;
empiezan a tener un interés en creer que han aprendido algo importante. Dedicarán el
resto de sus vidas a enseñarlo a nuevas generaciones. A s í se va perpetuando el sistema.
Evidentemente, las matemáticas pueden ser muy útiles. Pero los buenos matemá­
ticos evitan los cam elos. S i no quieren dejarse embaucar, voy a darles un consejo muy
simple: cada vez que sus profesores escriban K en la pizarra, pregúntenles en qué uni­
dades vien e expresado. Es posible que se m olesten; pero si se enfadan en vez de dar
una respuesta, no les quepa duda de que van por el buen cam ino.
Desde luego el problem a de la definición de cap ital en sí es una cuestión pura­
mente form alista, pero sus im plicaciones no son desdeñables. G racias a su oreca, los
neo-neoclásicos han restablecido la defensa del laisserfaire, han mutilado la Teoría
general y han restaurado la doctrina según la cual la libre actuación de las fuerzas del
m ercado no sólo garantiza la eficiencia, sino tam bién la ju sticia social.
Todo esto m e duele m ucho. Se ha empañado la nueva claridad que parecía haber lle­
gado con Keynes. L a economía vuelve a ser lo que era, una rama de la teología. Entre
tanto, lo s problem as de la v id a eco n ó m ica real están entrando en u n a nueva fase.
Después de la guerra, por un tiempo el mero hecho de evitar una depresión parecía un
gran triunfo. E l capitalism o moderno daba la impresión de ser un nuevo sistema eco­
nóm ico. L o s economistas marxistas quedaron desconcertados al comprobar que el nivel
de salarios reales iba subiendo en todas las economías industriales. U n a economía com­
puesta de meros conjuros no planteaba m ayor problema. Pero ahora la conciencia públi­
ca com ienza a identificar tres grandes y amenazadores dilemas.
En primer lugar, el capitalismo moderno está administrado por los gobiernos nacio­
nales. C a d a gobierno se ocupa de evitar el paro, de controlar la inflación, de equilibrar
su balanza de pagos y de mantener una tasa de crecim iento sostenida del P N B esta­
dístico. (En Alem ania occidental ello está incluso legislado.) Co m o han descubierto
los alem anes, la form a más adecuada de conseguir estos objetivos es contar con una
balanza com ercial excedentaria. Pero, por desgracia, la sum a de las balanzas comer­
ciales de todas las naciones es igual a cero. Las relaciones exteriores de la comunidad
com ercial resultan más caóticas aún, si cabe, por el hecho de que las econom ías inter­
nas están sometidas al control de la política nacional. D e vez en cuando, los proble­
mas internacionales del capitalism o moderno explotan en una crisis financiera, la cual
se sofoca con reformas financieras. Pero en el trasfondo subsisten los problemas rea­
les que no es posible resolver con artilugios financieros. Por otra parte, tenemos todo
el problema del Tercer M undo, con un hambre y una miseria crecientes, pues el desarrollo
no logra seguir el ritmo del crecim iento dem ográfico, lo cu al em paña los logros del
capitalism o moderno y hace tam balear su engreimiento.
28 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

Por último, los problemas internos de las economías boyantes comienzan a resul­
tar inquietantes. Los economistas han vuelto a caer en ios eslóganes del laisserfaire :
lo que es rentable contribuye al crecimiento; lo más rentable es lo óptimo. Pero Ja gente
ha comenzado a advertir que crecimiento del PNB estadístico no equivale a mayor
bienestar. La existencia de una negra miseria en las naciones más ricas quejamás han
existido en el mundo constituye una verdadera desgracia. Los costes del llamado cre­
cimiento en términos devolución y de destrucción están alcanzando un nivel crítico.
Y lo más grave es que la política keynesiana de mantener la prosperidad a base de
inversiones públicas se ha concretado en la carrera de armamentos y en guerras frías y
calientes.
Estos son los problemas que deberían preocupar a los economistas. E l pleno empleo
no basta; deberíamos preguntarnos: «¿Para qué sirve el empleo?».
Los economistas han abdicado y han dejado la explicación a la sociología y la psi­
cología. Pero estas ciencias no pueden hallar las respuestas por sí solas. Sigue siendo
necesario comprender el funcionamiento del sistema económico. Es una buena opor­
tunidad para que una nueva generación de economistas realice una importante e indis­
pensable aportación a las cuestiones críticas para las que toda la opinión pública
consciente está exigiendo una respuesta.
Los estudiantes no pueden desperdiciar unos años preciosos aprendiendo sólo a
recitar conjuros.
CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA 29-47

L a crisis de la ciencia económica establecida*


Jo s é M a n u el N ared o

l. A l g u n o s s ín t o m a s d e c r i s i s

En los últimos tiempos Jos econom istas hablan con frecuencia de «crisis de la ciencia
económ ica». Aunque atribuyan a ]a palabra crisis sentidos diferentes1ello es indicati­
vo de que de alguna m anera, la cien cia econ óm ica está atravesando una situación crí­
tica cuyo significado trataremos de aclarar en el presente capítulo.
E l tratamiento que ha recibido recientemente la crisis de la ciencia económica en
los medios de difusión ha estado m ediatizado por los mecanismos típicos de la llam a­
da «sociedad de consum o». A la anorexia intelectual propia de este país se responde
vendiendo alimentos nredigeridos, de poco peso y coste y presentándolos con envol­
turas artificialm ente llamativas y novedosas. S e apela así a lo insólito, a lo sorpren­
dentemente nuevo. Hacen falta, por ejemplo, «nuevos filósofos» para resucitar viejas ideas
y vender cócteles más o menos fuertes de egoísm o stirneriano, de pesimismo spengle-
riano o de los rasgos de otros autores escasamente leídos e incluso tiempo atrás estig­
matizados de forma global e ínapolable com o «reaccionarios». L o m ism o que se requieren
«nuevos economistas» para actualizar los viejos cantos de sirena del liberalismo o para
redescubrir a estas alturas, una vez más, las virtudes del marxismo o de la econom ía
política clásica, a la vez que se habla profusamente de la ruptura de «paradigmas» y se
elevan a la categoría de «revoluciones» las inflexiones diversas que han tenido lugar
en ia historia de la ciencia económ ica, escamoteando así, bajo la imagen de un cam bio
permanente, el hecho cierto de que la idea del sistema económico sobre la que se levan­
ta esta ciencia, o el objeto de estudio que hace su unidad, han permanecido en lo fun­
damental invariables desde Adam Sm ith, nevándola a la situación crítica que nos ocupa.
Entre el clam or de estos falsos portavoces de cam bio, se acusa, sin pregones, un
desplazamiento sordo en la ya vieja idea del sislema económico, que está originando pro­
blemas al edificio cien tífico que se asentaba sobre ella. L a presente obra responde a
estos problemas. Siendo ella mism a un exponente de esta situación crítica, puede pare­
cer redundante que se destine a la crisis de la ciencia económ ica un capítulo específi­
co cuando el tema aflora a lo largo de todo el texto. Pero se ha estimado pertinente
incluir en el plan de la obra un capítulo que recoja con ánimo de síntesis, amplíe o pun-

* Publicado en: Naredo, José Manuel. «La crisis dela ciencia económica establecida». En: La economía
en evolución. 2.‘ eá. Madrid: Siglo XXI de España, 1996, p. 441-460.
l. Véase, por ejemplo, entre los autores españoles, José María Fernández Pirla, «La crisis de las concep­
ciones económicas», Revista de Hacienda Pública, n. 074, 1982; Enrique Lozano, «La crisis de la teo­
ría económica», en CECA & UNED, Económicas y Empresariales, cuaderno n.“ 19 (sin fecha), o Luis
Angel Rojo, «Sobre el estado actual de la macroeconomía», Pensamiento Iberoamericano, n.° 1, 1982.
30 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

tualice los hilos que han ido quedando sueltos en Jos capítulos precedentes, para ofre­
cer una perspectiva general de esta crisis. En este contexto hem os evitado dispersar­
nos en discutir temas que aun siendo de actualidad los consideramos poco relevantes
y en reseñar novedades, máxim e cuando algunas de las obras básicas a las que hemos ;
hecho cum plida referencia no se han traducido todavía o duermen el sueño de los jus­
tos enterradas, en parte, por «novedades» que ni siquiera las citan2.
L o expuesto en capítulos precedentes denota que la hoy llam ada cien cia econó­
m ica ha estado vinculada desde sus orígenes a problemas de índole manifiestam ente i
filosófica y que los axiom as y conceptos que le permiten delimitar, clasificar y elabo- :
rar su objeto de estudio - l o económ ico- son claramente tributarios de la ideología y :
las instituciones dominantes en la civilización industrial. D e ahí que la ciencia econó- :■
m ica haya sido teatro no sólo de discusiones internas, sino también de frecuentes ata­
ques externos de autores que partían de enfoques distintos de lo económico. L a novedad ;
que permite hablar últimamente de crisis de la ciencia económ ica estriba en que estos
ataques externos no sólo han ganado en número, am plitud y profundidad, sino que
están empezando a encontrar eco entre los propios economistas que hasta ahora habían
perm anecido, por lo com ún, insensibles a ellos, exacerbando además las contradic- •
ciones y polém icas internas a esta ciencia. ■
L a literatura crítica sobre la econom ía y los economistas se hizo más prolífica en los ::
últimos tiempos al calor de la crisis económ ica y de la inoperancia de las viejas re<ie- í
tas para resolverla. Aunque esta crisis haya contribuido en cierta dirección a extender
y a profundizar la otra, la teórica, que sólo recientemente ha trascendido al mundo aca- j
démico para saltar hasta las páginas de la prensa3, hay que advertir que la cosa venía de
antes en un doble sentido. í<

2. C r ít ic a s e x t e r n a s a l o s e n f o q u e u su a l e s d e l o s e c o n o m is t a s í

Por una parte, hay que hacer notar la existencia de una larga cadena de pensadores que
se han ocupado de la economicidad de la gestión de los recursos y del comportamien- í
to humano al respecto, desde presupuestos ajenos a los que inspiran el edificio con- j
cep tu al que se afia n zó a partir de las elaboraciones de los econom istas clá sico s y i
neoclásicos de principios y finales de siglo pasado y que han señalado las lim itacio- í
nes de ese edificio, sin que sus análisis y críticas tuvieran apenas influencia entre los eco- |
nom istas. Por otra, cabe advertir que la situación crítica de la cien cia económ ica se ;■
planteó ya por economistas de reconocido prestigio académ ico antes de que se amplia- j
ran ciertas líneas de debate a raíz de la crisis energética. j

2. Porejemplo, la obra de MarioBunge, Economía yfilosofía, Madrid, Tecnos, 1982, reproduce su ponen- j
cia cuya presentación en la Universidad de Oviedo levantó airadas protestas por parte de algunos eco- j
nomistas, recogidas, en su día, por la prensa. Sin embargo, la violencia formal de la polémica no debe j
ocultar el hecho de que este autor acepta sin discusión los aspectos esenciales del aparato conceptual de 3
la ciencia económica y que entre el centenar de obras que presenta como bibliografía no aparece ninguno ¡
de los textos básicos de Georgescu-Roegen ni de la mayoría de los autores que han tomado posiciones '
cnticas sobre ella, a los que nos hemos venido refiriendo, . i
3. Un artículo que denota la pérdida de respeto que está sufriendo la profesión de economista es el publi- - j
cado en el Herald Tríbune con el título de «An overdose of economists» de George W. Ball el 16 de í
abril de 1980 (reproducido después en£f País, el 29 de abril de 1980). :
LA CRISIS DE LA CIENCIA ECONIDMICA ESTABLECIDA 31

Excede a las posibilidades d e e ste capítulo hacer una enumeración mínimamente


completa de los autores que participaron en uno y otro de los procesos apuntados. Valga
esquematizar, respecto al primero de ellos, que cuando la ciencia económ ica se afian­
zó y cobró unidad echando por la borda las preocupaciones sobre los aspectos físicos
de la gestión de recursos, que culminaron en el siglo xv iii con la escuela fisiocrática, este
género de preocupaciones siguió siendo cultivado, ya al margen de la ciencia económica
establecida, por otra serie de autores que fueron perfilando un aparato conceptual más
adecuado para ello. El tratamiento de este tema corrió paralelo a la creación, en el siglo
XIX de esa economía de la física que es la termodinámica y de esa economía de la na­
turaleza que es la ecología4 encontrándose textos que recaen inequívocam ente so­
bre tem as económ icos de físicos, quím icos o biólogos com o S . Carnot, R . Clausius,
S . Podolinski, P. Geddes, W . Ostw ald, F. Soddy, etc., y que adoptan com únm ente un
sentido crítico respecto a los enfoques propios de Ja econom ía política5. L o s econo­
mistas más nombrados hoy permanecieron generalm ente al margen de estas elabora­
ciones, con Ja excepción de Cournot, que com o hemos visto supo apreciar su interés
para trascender los enfoques convencionales que se circunscribían al campo de Jo que
él denominó «crematología» (siendo él m ism o competente «crematólogo», com o mos­
tró en su análisis del monopolio) y, en cierta m edida, Jevons, cuya honda preocupa­
ción por la escasez objetiva de recursos naturales le llevó a escribir sobre las dificultades
físicas a las que se enfrentaba el crecimiento económ ico.
E s de todos conocido que estos enfoques han llegado hasta nuestros días y que ya
antes de la llamada crisis energética, pero sobre todo a ra íz de ella, se ha producido
una avalancha de literatura sobre los aspectos energético-ecológicos relacionados con
la actuación de los hombres en la sociedad industrial. O bras com o las de Fred Cottrell,
los hermanos Odum , Commoner, Slesser, e tc ., que opinaban sobre la economicidad de
la gestión de recursos naturales desde fuera de la cien cia económ ica, no han podido
ya ser ignoradas por los econom istas, que finalm ente se han visto obligados a tomar
cartas en el asunto, tratando ahora de reintroducir dentro del objeto de su ciencia los
problem as físicos y biológicos que originariam ente se habían desterrado, lo cual ha
influido en la crisis actual de esta disciplina.
E l m ovim iento romántico constituyó otra fuente de críticas a la ciencia económ i­
ca establecida en el siglo XIX, que fu e estrechando sus vínculos con la corriente que
acabam os de indicar. Pues no sólo los padres de la term odinám ica y de la ecología
tuvieron que ver con estem ovim iento (Cam ot, Hum boldt, . . .) sino que, pongamos por
caso, las censuras éticas y estéticas que en su día hizo John Ruskin a la econom ía polí­
tica y a las realizaciones de Ja sociedad industrial, adquirieron un mayor respaldo cien­
tífico con la ayuda de estas disciplinas en su discípulo Patrick Geddes y ganaron más
solvencia todavía en Lew is M um ford, discípulo de este último. Estas críticas estuvie-

4. Nótese que e! término ecología se construyó sobre la misma raízgriega -oikns-que la economía, diver­
giendo en los principios que en uno y otro sentido inspiran el «gobierno de la casa» y en las caracte­
rísticas de la casa misma.
5. Juan MartínezAlicr, en su libro L'ecologisme i !’ economía. Historia d'unes relacions amagades,
Barcelona, Ed. 62, 1984, ha realizado una fértil labor de desbroce de este campo inexplorado, ofre­
ciendo abundantes referencias y bibliografía sobre esta corriente de autores. Dado el carácter de sínte­
sis del presente capítulo evitaremos dar las referencias de las obras de los autores que ya se lian dado en
capítulos precedentes.
32 CRÍTICA A LA ECONOMÍAORTODOXA

ron relacionadas con otras de pensadores com o Ow en, M o n is , Kropotkin y Gandhi,


que recaen, con radicalidad diversa, sobre la Lecnología y la organización social cen ­
tralizada que trajo consigo la revolución industrial. ,
Otra línea crítica de origen más reciente que acabó convergiendo también con estas
tendencias fu e la que se operó desde el campo de la antropología y de la historia anti­
gua, despojando a las categorías de la ciencia económica de su presunta generalidad. Los
análisis de M alinowski sobre los intercambios en comunidades primitivas y, sobre todo,
el Ensayo sobre el don publicado por Marce] M auss en 1925, mostraron que la circu­
lación de objetos podía regirse en las sociedades humanas por m otivaciones radical­
mente distintas de aquellas directamente utilitarias que la econom ía estándar tomaba
com o las únicas dignas de ser estudiadas. Una vez abierto este cam ino, los análisis de
lo prim itivo llevaron a la antropología a ejercer una revisión radical que culm inaría
con obras com o las de Pierre Clastres y M arshall Sahlins. En un sentido más lim itado
y específico de relativización de las categorías de la ciencia económica, cabe señalar las
críticas a su aplicación indiscriminada en el espacio y en el tiempo ejercidas por un
amplio grupo de historiadores cuya figura más representativa es K arl Polanyi. Y , en
parte com o consecuencia de estas críticas, se ha desabollado una lín ea de investiga­
ción histórico-antropológica que utiliza el instrumental de la termodinámica y la eco­
logía para analizar las relaciones de las sociedades humanas en su entorno físico y
enjuiciar su eficiencia y su estabilidad, junto con el m arco ideológico e institucional
en el que se desenvuelven. Este tipo de estudios alcanzan desde los de L e slie W hite
hasta los más recientes de R o y Rappaport y Richard L e e y entroncan con los numero­
sos trabajos que enjuician la gestión de recursos que tiene lugar en las sociedades
actuales a partir de la ecología y la termodinámica, a los que nos hem os referido ante­
riormente. Esta confluencia es particularmente clara en los análisis sobre los sistemas
agrarios practicados desde tales enfoques por autores com o G . Leach, D . y M . Pimentel,
P Cam pos y yo m ism o.
U n claro exponente de la convergencia e interrelación que se fu e operando entre
las corrientes críticas apuntadas lo constituyen los trabajos de B ataille L a noción de
gasto (1933), La parte maldita (1949)6 que enmarcan las elaboraciones críticas de la eco ­
nom ía convencional procedentes del campo de la antropología, con un capítulo sobre
la «dependencia de la economía del recorrido de la energía en el globo terrestre». Esta
obra, en la que el autor trabajó durante dieciocho años, resultó tan ignorada por los
econom istas com o lo fueron, hasta hace p o co , la s corrientes de pensamiento a las que
nos estamos refiriendo. Recientem ente un número m onográfico de la revista francesa
L ’A R C recae sobre este tema e incluye un artículo de un econom ista tan consagrado
como Pérroux sobre «el silencio» que siguió a los citados trabajos de Bataille.
A la vez que se entrelazan las corrientes críticas indicadas, en los últimos tiempos
em piezan a observarse esfuerzos puntuales de análisis de la ciencia económ ica desde
un ángulo epistem ológico que sientan las primeras piedras para hacer una historia de
las doctrinas económ icas desde fuera del «paradigm a» dominante en esa ciencia. E n
este sentido apunta la presente obra, siguiendo el cam ino abierto por esa «arqueología
de las ciencias sociales» iniciada por Foucault y por el estudio sobre «génesis y expan­
sión de la ideología económ ica» realizado por D um ont. A n álisis que entroncan con 6

6. George Bataille, La parí maudite (prccédé de La noíion de dépense), París: “De Minuit, 1967.
LA CRISIS DE LA CIENCIA ECONÓMICA ESTABLECIDA 33

trabajos com o los de Baudrillard, en los que se une la revisión de las categorías de base
de Ja cien cia económ ica al em peño de desvelar los rasgos esenciales del funciona­
miento del capitalismo industrial y en especial de Ja llamada «sociedad de consum o»,
normalmente ignorados en los círculos académ icos de los economistas78
-

3. C ríticas internas a la profesión:


CIRCULARIDAD VERSUS INSATISFACCIÓN Y RUPTURA

Paralelamente a esas críticas externas, en los últimos tiempos también se ha desarrollado


un volum en importante de críticas en el seno de la profesión, con grados de integrabi-
lidad e interés muy variables, que buscan adecuar el aparato conceptual de la ciencia eco­
nómica a la resolución de nuevos problemas o discutir ciertas contradicciones internas.
Algunas de estas críticas tratan de acercar la noción abstracta de mercado a la realidad
de los intercambios en las sociedades modernas, incluyendo sus manifiestas «imper­
feccion es» o haciendo intervenir explícitam ente las relaciones de poder en el inter­
cam bio o en el m anejo del aparato estatal. Otras discuten la teoría neoclásica de la
distribución al advertir que la distribución del ingreso, en vez de ser una consecuen­
cia del proceso de form ación de los precios, es anterior a él desde un punto de vista
lógico . O bien, detectan graves insuficiencias en ese keynesianismo hasta hace poco
dominante en la macroeconomía y buscan alternativas más ajustadas. Por no hablar de
aquellas otras a las que nos referimos en capítulos anteriores, relacionadas con la preo­
cupación de «corregir» los agregados económ icos y de extender valoraciones y crite­
rios maxim izadores a los cam pos más diversos.

3.1. E l irrealism o de los supuestos d el intercam bio


sobre los que fo rm u la el e q u ilib rio general

U n artículo de Sraffa publicado en 1926® abrió el primer grupo de críticas menciona­


do: en el que señala la escasa representativídad de las dos formas extremas de merca­
do -co m p e te n cia perfecta y m o n o p o lio - que permitieron a los autores neoclásicos
construir sus teorías del equilibrio. Según la teoría tradicional, para Ja empresa com­
petitiva el precio es un dato y, suponiendo que los costes medios y marginales crecen
a partir de un cierto nivel con el número de unidades producidas, para cada precio se
obtiene una oferta de equilibro que iguala el costo marginal de la empresa a su ingre­
so m arginal (que en el supuesto de libre competencia es igual al ingreso medio) maxi-
m izando, por tanto, e l beneficio. En el caso en el que, por existir un mayor grado de
m onopolio, la empresa pu ed ainflu ir sobre el precio variando las cantidades ofrecidas,
se sigue suponiendo que toma la demanda corno un dato para buscar la oferta de equi­
libro que m axim ice su beneficio. Tanto en el caso de libre com petencia com o de mono­
polio se razona exclusivamente sobre precios y cantidades deproductos que se mantienen

7. Por ejemplo, ni en la biblioteca de la Facultad de Ciencias Económicas de la Universidad Complutense


deMadrid, ni en la propia bibliotea de Ministerio de Economía y Hacienda se encuentra ninguna obra
de Baudrillard.
8. Piero Sraffa, «The laws of returns under comptetilive conditions», Economic Journal, diciembre de
1926.
34 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

homogéneos para consumidores y empresas. El trabajo de Sraffa objeta que, no sólo


lo norm al es que no puedan considerarse ni los precios ni ía demanda com o indepen­
dientes de la actuación de las empresas, sino que tampoco se cum ple la condición de
hom ogeneidad de los productos, operándose la com petencia m ediante Ja diferencia­
ción de éstos.
L a crítica de Sraffa afectó a los supuestos sobre los que se levantaba la construcción
del equilibrio general walrasiano, empujando al razonamiento económico hacia el tra­
tamiento específico de una relación innumerable de casos particulares. D esde enton­
ces el análisis económico del intercambio se ha m ovido en el conflicto de, o bien razonar
sobre formas de mercado que no se estiman representativas de la realidad capitalista
pero que permiten -m ediante un razonamiento lógicamente coherente basado en el iso-
m orfism o del equilibrio estático de la palanca (véase cap. 20. I V ) - definir una confi­
guración de equilibrio general, o bien sacrificar esta posibilidad en aras de un m ayor
realismo en las hipótesis de partida.
A raíz de la crítica de Sraffa surgieron varios intentos orientados a reconstruir Ja
teoría e l equilibrio general sobre bases más realistas, siendo los m ás conocidos los de
Robinson y Cham berlain9 En el primero de ellos se razona sobre la «im perfección»
que introduce en el mercado el hecho de que los compradores atienden a toda una serie
de peculiaridades de cada oferente -lo ca liza ció n , confianza que inspira respecto a la
calidad, trato y servicios a los clientes, etc. . . - distintas del precio de venta de los pro­
ductos. E n e l segundo se considera com o hecho determinante la falta de homogeneidad
real o im aginada de los productos de los distintos oferentes, cuya diferenciación frac­
ciona el mercado e impide, al igual que el supuesto anterior, que Ja com petencia recai­
ga exclusivam ente sobre los precios. Tanto la «im perfección el m ercado» com o la
«diferenciación monopolística del producto» influyen de modo similar rompiendo la uni­
dad de los mercados y, con ello, la posibilidad de alcanzar la configuración de equili­
brio de libre com petencia. E n ese m ercado de clientelas o en esa co m peten cia
monopolista la configuración de equilibrio reclam aba un cúm ulo de hipótesis tanto o
más irreales que las que se habían rechazado cib initio. E n consecuencia, los nuevos
supuestos conducen más verosím ilm ente a situaciones de permanente inestabilidad
que a configuraciones de equilibrio.
V ista la im posibilidad de reconstruir la teoría del equilibrio general sobre bases
más realistas, las elaboraciones de los teóricos se orientaron más bien aju stificar desde
el m ayor pragm atism o que em anaba de la moderna econom ía positiva, la validez de
las viejas construcciones neoclásicas de la libre com petencia y del monopolio. Autores
com o D em setz y Stigler hicieron hincapié en que al no existir en la realidad una fron­
tera clara entre la libre com petencia y la com petencia m onopolística, en el límite se
disolvía la diferencia em pírica entre ambos tipos de m ercados, resultando perfecta­
mente lícita la aplicación de los modelos extremos del monopolio y de Ja competen­
cia perfecta. M odelos que ponderaban no sólo por ser más m anejables, sino también
más eficaces en la predicción, apelando para ello a la evidencia empírica. E n favor de9

9. J. Robinson, Economics of imperfect copmtetiton, Londres, ¡933 y E. H. Chamberlain, Tile tiieo10)' of


monopolistic coinpetition, Cambridge Mass, 1933. [Hay traducción de ambos respectivamente en
Madrid: Aguilar, 1947 y en México: FCE, 1953, bajo los títulos La economía de la compeleiicia imper­
fecta y Teoría de la competencia monopólica].
LA CRISIS DE LA CIENCIA ECONÓMICA ESTABLECIDA 35

esta defensa pragmática de status quo neoclásico apunta el alegato que h izo Friedman
de la conveniencia de utilizar supuestos irreales a la que nos referimos con anterioridad
(cap. 23) dando la razón a la sospecha de N agel de que la peculiar «aportación» de
Friedman traslucía más bien «tensiones no resueltas» en el seno de la propia ciencia
económ ica, que preocupaciones generales sobre la m etodología cíentífica.

3.2. Problemas de agregación


A l tipo de críticas indicado sobre el realismo de los supuestos propios del equilibrio
walrasiano, se añaden aquellas otras de orden lógico que muestran que sus form ula­
ciones en términos de agregados no pueden evitar que la arbitrariedad estadística eclip­
se el contenido teórico de los planteamientos microeconómicos originarios (véase supra
cap. 24, ref. O. Arkhipoff). Crítica esta que entronca con lo señalado en el capítulo 24
sobre la naturaleza de los agregados económicos usuales que, al incumplir los requisitos
matemáticos de las magnitudes físicas, dan lugar a seudomedidas sobre las que no cabe
levantar una cien cía cuantitativa en el estricto sentido que se confiere a este término
en las ciencias de la naturaleza.
Recordem os, por otra parte, la larga serie de objeciones que han ido desinflando
las desmesuradas pretensiones originarias de conseguir m edidas independientes de la
utilidad que permitieran acom eter agregaciones (véanse su pra caps. 14, 15 y 20) y
obtener m áxim os colectivos. C o m o colofón de estas críticas el teorema de A rro w !0,
al señalar las condiciones tan restrictivas que exigiría la agregacíón de preferencias
para conseguir una elección colectiva que no acarreara contradicciones internas, mos­
tró de hecho su invíabilidad. Las consecuencias de este teorem a no han sido todavía
debidam ente acusadas por Jos teóricos de la econom ía, aunque poco a poco se van
abriendo cam ino. C o m o ha advertido A r k h ip o fflo
.11 resulta ilustrativo al respecto un
artículo de Jam es Buchanan, en el que tras discutir estas cuestiones co n c lu y e que
«im poner a los modelos un esquema de m axim ización co m o ayu da a la decisión polí­
tica es garantizar la esterilidad de los resultados. ¿C óm o ha podido extraviarse así la
E co n o m ía?»12. Esta especie de teorema de G odel de las ciencias sociales vien e a evi­
denciar que las técnicas de agregación (y m axim ización) de preferencias o de opi­
niones no pueden evitar el carácter norm ativo que com porta la tom a de decisiones
políticas o económ icas.

3.3. Críticas a los fundamentos de la construcción neoclásica del equilibrio


Existen otras críticas a la form ulación neoclásica del intercambio que, quizá por ser
más profundas que las que discuten el realismo de Jos supuestos, han tenido menos
eco dentro de la profesión. Son aquellas que recaen sobre los fundamentos m ism os de
la construcción neoclásica del equilibrio y no sólo sobre las características de los mer­

lo. K. J. Arrow, Social choice and individual valúes, Wiley & Sons, Cowíes Commision for Research in
Economics, monografía, n.° 12, 1951.
11. «Sur quelques paradigmes... » ob. cil.
12. J. M. Buchanan, «Microeconomic lhcory; conflict and contracl; a contractarian paradigm for applying
economic theory», AmcricanEconomicRei'iew, v. LXV, n° 2, 1975, p. 225.
36 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

cados a los que pueda aplicarse. E s el equilibrio estático del intercambio, construido
-c o m o vim os en el cap . 20. I V - a partir de un isom orfism o con el equilibrio de la
palanca, lo que se pone en cuestión en estas críticas. Para que el precio de equilibrio
de una m ercancía se determine inequívocamente com o resultado del enfrentamiento
de las funciones contrapuestas de la oferta y la demanda hay que suponer, no sólo que
ambas son independientes entre sí, sino que también lo son de las ofertas y demandas
de las otras mercancías y que permanecen invariables todos los factores que podrían
alterar su estabilidad. En ausencia de estas hipótesis,

las curvas de oferta y demanda no determinan equilibrio alguno; dado como mag­
nitud exógena un equilibrio, puede construirse siempre un par de curvas que se cru­
cen en ese punto; pero así las cosas, parece legítima mi curiosidad -señala un
economista teórico cuyas críticas van más allá de lo habitual e n la profesión ’3- por
saber la utilidad de esas curvas de oferta y demanda que necesitan para su cons­
trucción el punto de equilibrio, y que, por tanto, no pueden utilizarse para su fina­
lidad tradicional que es, precisamente, la de determinar el precio de equilibrio. Que
no exista -dice el autor-una curva de oferta de buenos modos, no quiere decir que
la relación entre precio y cantidad de una mercancía sea contraria a la que dicen
los manuales de economía, sino que no existe u na relación bien definida entre ambas
variables. [ ...] Dentro del saber económico no puede, al menos por el momento,
establecerse una relación unívoca y estable entre cantidad y precio de una mer­
cancía. Por tanto, no postular estas dependencias no puede sino ayudar a replantear
las dimensiones políticas que la economía tuvo en los clásicos. Si las cantidades
dependen de los precios de forma no deductíble a priori, a romper esa dependencia
funcional no sólo no cierra la posibilidad de discutir sobre la determinación de las
cantidades, sino que reenvía el problema de la determinación de las cantidades al cen­
tro de las ciencias sociales; no se dice -insiste- los precios no influyen en las can­
tidades, son independientes de las cantidades, sino que su influencia no es tan
definida como gusta a la teoría económica vigente. Según lo dicho, la responsabi­
lidad en alguna medida del fracaso de la necesidad de «integrar» los análisis socio­
lógicos, políticos y de otro tipo con la economía, habría que buscarla en el carácter
omnicomprensivo que la ciencia económica ha adquirido en lo que considera su
territorio [ . . .] 1
34.

L a idea de que las funciones de dem anda y de oferta constituyen los elementos
determinantes del precio a través del isomorfismo mecánico antes anunciado ha llegado
a constituir uno de esos planteamientos que se aplica con generalidad sin recordar en
cada caso si se cumplen las condiciones bastante restrictivas que harían lícita su ap li­
cación, pues tal idea «ha arraigado en la mente del econom ista de nuestros días tan
profundamente que se considera com o un reflejo inm ediato de los hechos y no com o
lo que es en realidad el resultado de una elaboración teórica bastante sofisticad a»15.
Valgan las anteriores referencias para señalar q u e e ste presupuesto está siendo actual­
mente objeto de reflexión. L o cual revaloriza las advertencias sobre sus lim itaciones
que hicieron algunos de los propios autores n eoclásicos y las críticas más o menos

13. E. Lozano, «La crisis de la teoría económica» ob. cii., p. 5.


14. /¿id., p. 5-6.
15. lbid., p. 4.
LA CRISIS DE LACIENCIA ECONÓMICA ESTABLECIDA 37

implícitas de otros autores que, como Sraffa, evitaron recurrir a él en sus elaboracio­
nes15 o que, como Schumpetern, Perroux1*, u O ’ Connor1 89 estimaron que los factores
7
1
6
a su juicio más relevantes y característicos del proceso económico, -la innovación,
el poder en el intercambio y en el manejo del Estado, respectivamente- transcurrían
al margen del mismo. D e todos modos hay que advertir que tal presupuesto ocupa un
lugar importante en lo que se refiere al instrumental analítico de la ciencia económi­
ca, pero no a la axiomática que define su objeto de estudio y su forma habitual de
contemplar e¡ proceso económico (tratadas en el cap. 24).
Este género de críticas, lejos de serel fruto aislado de los excesos de un purismo teó­
rico que condenaría a los economistas a la inacción, constituyen el telón de fondo que
enmarca un cúmulo de fracasos e inoperancias de los viejos esquemas explicativos
empleados por los economistas. Cúmulo que se ha manifestado bien a las claras en el
terreno de lo empírico a la hora de ofrecer soluciones a la actual crisis económica: el
hecho de que toda una serie de relaciones de dependencia, hasta hace poco considera­
das de modo mecánico y causal, se mostraran bastante más borrosas de lo previsto,
alimentó dudas más generales sobre la pertinencia de tratar las propias nociones de
oferta y demanda, con todos sus derivados analíticos como funciones independientes
y, por lo tanto, manipulabas separadamente. En este sentido encajan tanto ¡a quiebra
de la teoría neoclásica de la distribución, como aquella otra de la macrocconomía de corte
keynesiano con su epílogo de «síntesis neoclásica», sin que en ninguno de los dos casos
haya aflorado su sustitutivo capaz de restablecer Ja confianza generalizada de los eco­
nomistas.

16. Cfr. P. Sraffa, Producción de mercancías por medio de mercancías, Barcelona, Oikos-Tau, 1965.
«Cualquier persona acostumbrada a pensar en términos del equilibrio de demanda y de oferta, puede
inclinarse a suponer, al leer estas páginas -señala Sraffa en el prefacio de esta obra- que la argumentación
descansa sobre et supuesto teórico de rendimientos constantes en todas las industrias [...] De hecho,
sin embargo no se hace tal supuesto».
17. Cfr. J. Schumpeter, Teoría del desenvolvimienlo económico, ob. cit. Este autor señala que el estricto
cumplimiento de las hipótesis de constancia de los gustos, de la tecnología, etc. que harían la estabili­
dad de las funciones de oferta y de demanda, la uniformidad de las mercancías y definirían la compe­
tencia sobre las bases estáticas propias del equilibrio walrasiano, cerrarían las puertas del progreso
económico. Por el contrario, lo caractcrístio de éste son los cambios tecnológicos producidos por
«empresarios innovadores» para reducir costes o introducir nuevos productos haciendo obsoletos los
antiguos. En este proceso de «destrucción creadora» reside, según Schumpeter, Sa verdadera compe­
tencia fuente del progreso económico y no en aquella que se ejerce entre empresas que producen las
mism35mercancías.
18. Ya hemos visto cómo Perroux: (cap. 20.1V) retoma la idea de Pareto de integrar el equilibrio económi­
co dentro de un equilibro social mucho más amplio, introduciendo en su elaboración aspectos tales
corno el poder o la información que pueden ser mucho más definitorios de una situación de intercam­
bio que las consideradas en el equilibrio walraso-paretiano en sentido estricto.
19. Cfr. J. O'Connor, La crisisfiscal del Estado, Barcelona, Península, 1979. En vez de razonar, como
venía haciendo la literatura hacendística corriente, sobre la ¡dea de un Estado neutral, cuya gestión bus­
caba el interés colectivo por encima de los intereses de personas, grupos o citases sociales, O’Connor torna
estos intereses como elemento condicionante de dicha gestión. La política fiscal aparece así definida
más bien por el peso que ejercen unos u otros intereses en el manejo del aparato estatal, que atendien­
do a los presupuestos teóricos de la neutralidad y la flexibilidad o a los objetivos abstractos de la equi­
dad y Ja estabilidad económica.
38 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

3.4. C rític a s a la teoría n eoclásica de la distribu ción

E n lo que concierne a la teoría de la distribución, podemos resumir con Martínez Alier2n


que a

los estudiantes de economía se les ha venido enseñando que la distribución del ingre­
so (es decir, que haya ricos y pobres, tanto dentro de cada país como internacional­
mente) podía explicarse por Ja lógica del mercado tal como es analizada por la teoría
económica. Todos los libros de texto, al llegar al capítulo sobre la distribución del
ingreso, afirman, más o menos, lo que sigue: «Los precios de los factores de la pro­
ducción y en consecuencia la distribución del ingreso son una mera consecuencia deí
sistema de asignación de recursos a través de los mercados» (Lipsey y Steiner,
Economics (tercera edición), Herper & Row, 1972, p. 386). La crítica moderna demues­
tra que esto no es así, reivindicando la superioridad teórica, como economistas, de
la tradición clásica de Ricardo y Marx Gunto con la aportación reciente de Sraffa y
otros) frente a la tradición neoclásica o contraclásica que se remonta a la década de
1870 con Jevons, Menger y Walras. El que haya ricos y pobres es cuestión sociopo-
lírica, cuestión de fuerza y de hegemonía ideológica. Este hecho quedaba oculto (para
los economistas) al estudiar la distribución del ingreso como formación de precios
de los factores o servicios productivos. Sin embargo, entre otras cosas la nueva tesis
explica que los lucros de los capitalistas no pueden lógicamente ser considerados una
remuneración del «capital», puesto que el valor del «capital» depende precisamente
del nivel de beneficios -es decir, de la distribución del ingreso, determinada extrín­
secamente al sistema económico- [ ...] En Jos círculos de economistas se reconoce
ahora cada vez más la validez científica de la crítica moderna, que ataca el meollo
mismo de la teoría económica ortodoxa: la teoría de la formación de precios y de la
distribución del ingreso. La crítica moderna es pues mucho más incisiva que críticas
como las de Galbraith o Myrdal que Jos propios economistas consideran más bien
como sociólogos, y que criticaban la incapacidad de ía teoría económica ortodoxa
para analizar fenómenos no previstos en una economía de mercado que funcionara
«bien»... La ortodoxia de los libros de texto está siendo derrotada: ningún econo­
mista va a poder ya recomendar niveles de salarios adecuados, porque en vez de pen­
sar que los salarios se determinan (o deben determinarse) en virtud de principios de
teoría económica, los economistas están reconociendo que Ricardo y Marx tenían
razón, y que la teoría económica (por razones de coherencia interna) debe incorporar
el hecho de que los salarios son determinados por factores extraeconómicos y que la
distribución del ingreso es lógicamente anterior a la formación de precios. A medi­
da que esta crítica moderna se difunda y ante el descrédito científico (y por tanto tec-
nocrático) de las políticas de salarios y precios, tanto puede esperarse una reacción
socialista como una reacción corporativista.

En lo p olítico fue, ciertam ente, la reacción corporativista y no la socialista, la que


predominó en el Occidente europeo en los años de crisis económ ica que siguieron a2
0

20. J. MartínezAlier, «El fin de la ortodoxia en la teoríaeconómica y sus implicaciones políticas», Cuadernos
de Ruedo Ibérico, n.° 41-42, 1973. El lector interesado puede encontrar una exposición, más amplia
que la recogida en esle artículo, de la critica moderna a la teoría neoclásica de la distribución en el libro
de M. Dobb, Theories o/value and distribution sílice Adam Smith, Cambridge, 1973 [Hay traducción
en castellano en Siglo XXI].
LA CRISIS DE LA CIENCIA ECONÓMICA ESTABLECIDA 39

estos vaticinios e incluso se experimentó una reacción neoliberal de exaltación del fun­
cionam iento de la econom ía de m ercado. Y en lo académ ico, me temo que la crítica
interna a la que nos estamos refiriendo resultó menos revolucionaria de lo que inicial­
mente se suponía. L a calificación de incoherente a la pretensión de que el «m odelo
neoclásico» determinara por sí mismo la distribución del ingreso, obligó, por una parte,
a matizar la presentación de tal m odelo a los estudiantes, advirtiendo que el sistema
de precios resultante correspondía a una cierta distribución originaria del ingreso, y,
por otra, a introducir el «m odelo marxista» en la enseñanza universitaria, cosa que no
planteó mayores problemas al responder a la mism a idea general de sistema económi­
co que dominaba el mundo de la econom ía académ ica. Pero lo importante no es con­
siderar el impacto de esta u otra crítica aislada, sino apreciar que la crítica a la teoría
neoclásica de la distribución contribuyó, junto con aquellas otras a las que estamos
haciendo referencia, a fomentar entre los economistas un clim a de insatisfacción y de
pérdida de confianza en el aparato analítico de su propia disciplina.

3.5. L a s críticas a la s políticas de co rte keyn esiano y la «n u eva m acroeconom ía»

E l ataque a las políticas anticíclicas de corte keynesiano que se desarrolló desde fina­
les de la década del sesenta a medida que tales políticas cosechaban decepciones y fra­
casos, constituyó un factor importante en la referida pérdida de co n fian ia. Pues esta
críticadestruyó representaciones, como la curva de Phillips y las curvas de I S - L M 212
, y
de las posibilidades de actuación de la política económ ica. Hasta las propias políticas
discrecionales de estabilización fueron blanco de la crítica no ya por ineficaces, sino por
considerarlas una fuente importante de inestabilidad económ ica. L a crítica a las polí­
ticas discrecionales de estabilización se han reforzado «al articular el supuesto de equi­
librio continuo en los mercados y la hipótesis de expectativas racionales; porque, en
último término, el resultado de tal articulación es la negación de que políticas econó­
micas sistemáticas, esperadas y entendidas, puedan generar efectos reales, y a que los
agentes (económ icos) racionales, al anticiparlas, reaccionan de m odo que las com ­
pensarán y neutralizaran»2^ Igualm ente se critica el em pleo de modelos econométiicos
en la evaluación de políticas económ icas advirtiendo «la improbabilidad de que los
parámetros que reflejan la form ación de expectativas no cambien cuando se alteran las

21. La curva de Phillips establecía una relación inversa entre la tasa de inflación y Ja tasa deparo registra­
das en un sistema económico, relación que ios aumentos simultáneos del paro y de la inflación registrados
en la última década en el mundo occidental se encargaron de destruir irremisiblemente, dando la razón
a quienes, como Friedman, la habían criticado con anterioridad. Las curvas IS-LM representan los luga­
res geométricos de los puntos de equilibrio que igualan, respectivamente, el ahorro y la inversión y la
oferta y la demanda de dinero en función del tipo de interés y del nivel de renta nacional. Mientras que
se supone que la curva IS establece una relación inversa entre el tipo de interés y la rema nacional, se
considera que la curva LM describe una relación directa entre ellas, cortándose ambas curvas en un
punto de equilibrio del sistema económico. Sin embargo, hoy se sabe que estas curvas no existen de
fonna estable e independiente y que la manipulación de unadeellas entraña modificaciones y despla­
zamientos en la otra que arrojan un resultado final tan incierto como inválido para la política econó­
mica. Aparece así desinflada la ingenua creencia en que la estabilidad e independencia de estas curvas
hacían de tal representación un instrumento analítico muy didáctico y útil para la política económica.
22. L. A. Rojo, «Sobre el estado actual de la Macroeconomía», Pensamiento iberoamericano, n.°l, 1982,
p. 63.
40 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

normas de política económ ica»” C o m o resultado de estas y otras críticas a los que
hasta hace poco se tenía por base sólida del quehacer de los macroeconom istas, «no
es de extrañar -co n clu y e el autor citad o - que h aya tendido a crearse, en consecuen­
cia, durante los últimos años, una zona de insensibilidad o de indecisión respecto de
la utilización de las políticas de estabilización: una zona de perplejidad q u erefle ja la
actual crisis d e la m acroeconom ía»”
Aunque este cúmulo de críticas ha inducido a hablar de la aparición de una «nueva
m acroeconomía», tal calificación parece engañosa en un doble sentido. E n primer lugar,
porque estas críticas no forman un cuerpo teórico capaz de ofrecer una alternativa aca­
bada a la «antigua m acroeconom ía» de origen keynesiano, ni en lo referente a la inter­
pretación ni a las propuestas de regulación del sistema económ ico. Y en segundo lugar,
porque la calificación de «nuevo» viene a designar en este caso lo que es, en buena
medida, un retorno a los más rancios supuestos de la tradición neoclásica, ejem plifi­
cando la tendencia apuntada al principio de este capítulo de revender las viejas ideas con
envolturas artificialm ente novedosas y de ocultar bajo las apariencias de cambios y
revoluciones, la invariabilidad de los supuestos. Y a hem os indicado que la «nueva
m acroeconom ía» se levanta con renovado ahínco sobre los viejos supuestos de co m ­
portamiento racional de los agentes económicos y de continuo equilibrio de los mercados,
eclipsando las diferencias entre el corto y el largo plazo introducidas por Keynes pre­
cisam ente ^ara salir al paso del incumplimiento de tales supuestos y revalorizando, en
sum a, e l enfoque m icroeconóm ico cuyas insuficiencias pararazonar y actuar sobre el
sistem a eco n óm ico en su conjunto habían originado en su día el n acim iento de la
«m acroeconom ía».
En lo que concierne a las propuestas de política económ ica, podemos resumir con
R o jo que «las nuevas orientaciones m acroeconóm icas acaban proponiendo normas
frente a discrecionalidad; la renuncia a políticas sistemáticas anticíclicas [ ...] ; el aban­
dono de políticas sorpresivas, por perturbadoras, y un esfuerzo por difundir lo más
posible la inform ación en la econom ía. L a principal tarea de la política monetaria y la
política fiscal habrá de consistir en proporcionar al sector privado un entorno estable y
predecible»” .
Es un triste sino para los economistas habituados a empuñar, aunque sólo fuera
en el pensam iento, lo que se tenían por firm es timones keynesianos, tener ahora que
desecharlos por ineficaces e incluso contraindicados, sin que hayan aparecido otros
nuevos. Es lógico que con la quiebra del intervencionism o keynesiano haya ganado
terreno la idea de que más vale abstenerse de intervenir y confiar en que las cosas se
resuelvan por sí mism as. En este sentido va la idea de que la política económica debe
sobre todo «proporcionar al sector privado un entorno estable y predecible». Pero
difícilm ente pueden aceptarse con entusiasmo «normas» tales como el equilibrio pre­
supuestario, el crecimiento a un ritmo estable de la cantidad de dinero y la libre flu c- 2
5
4
3

23. !bid. Véase R. E. Lucas, «Econometric policy evaluation: a critique», Joumal ofMonetary Economics,
suplemento 2, Camegie-Rochester Conference Series, v. I, 1976.
24. !bid., p. 69. «Thedeath ofmacroeconomics» reza un artículo del Financial Times (19-IX-1984) en el
momento de corregir estas páginas. Este título hubiera sido insólito hace pocos años. El artículo que
lo emplea reseña críticamente la obra de Robert Barro, Macmeconomics, John Wiley & Sons, 1984,
representativa de las nuevas corrientes neoliberales.
25. lbid., p. 65-66.
LA CRISIS DE LA CIENCIA ECONÓMICA ESTABLECIDA 41

tuación del tipo de cambio propuestas por Friedman, com o sustitutivo eficaz de las
recetas keynesianas. Sólo una fe renovada en los beneficios de la «mano invisible»
puede provocar tal entusiasmo y devolver a los economistas el confort intelectual que
en su día les ofreció la fe en los instrumentos analíticos y las recetas de un keynesia-
nismo ingenuo.
Resulta, pues, comprensible que los economistas busquen de nuevo un refugio
tranquilizador en ese universo autosuficiente e irrefutable de la utopía liberal, dando
lugar al auge del neoliberalismo doctrinario que impregna a la «nueva macroecono-
mía». Aunque la luz de la lógica más elemental no deje de resultar chocante que, habien­
do nacido el intervencionismo keynesiano para corregir las insuficiencias del laissez
faire , pretenda ahora invocarse al laissezfaire para paliar los fracasos del keynesia-
nismo; como lo es también el que se invoque a la contrastación empírica con el fin de
resucitar de nuevo interpretaciones que se enterraron hace tiempo en aras de un mayor
realismo26. Esta circularidad en los razonamientos, ya apuntada anteriormente, dice
muy poco a favor de la economía como ciencia positiva y lleva la polémica entre libe­
rales e intervencionistas a posiciones irreductibles que contribuyen, más que a resolver,
a perpetuar la crisis de la macroeconomía y el descrédito de los economistas en su
imposibilidad de dar respuestas unánimes para el tratamiento de la actual crisis eco­
nómica. El tono en el que se expresaron economistas con prestigio y larga vida profe­
sional en el V I Congreso Mundial que tuvo lugar en México en 1980, recoge la gravedad
de la situación:

nos estamos reuniendo acá, en México, como hicimos en los treinta en Harvard, para
ver nuestras armas frente a la crisis; pero ahora Ja situación es bien diferente. En Jos
treinta reunimos a las gentes de todas partes -incluso los socialistas- y teníamos un
par de ideas pues recién había habido una hipótesis de revolución keynesiana o, al
menos, teníamos algunas ideas sobre hacia dónde podría ir la reforma del mundo,
teníamos algunas hipótesis sobre qué reformas había que hacer en las instituciones,
de cómo tener una banca central que actuara de una forma o de otra y que pudiera
funcionar, de cómo hacer una política de empleo y de ingreso que pudiera funcionar,
etcétera. Esas eran las hipótesis que teníamos en los treinta: si se hiciera una política
de empleo, de ingresos y una política monetaria en tal dirección obtendríamos tales
resultados [ ...] Y de ahí la gran síntesis. Pero ahora resulta que no tenemos hipótesis
ninguna [.. .]27-

Las críticas internas a las que nos hemos venido refiriendo pueden fomentar entre
los economistas esa pérdida de fe y esa insatisfacción sobre sus quehaceres profesio­
nales que suelen preceder a las «revoluciones científicas». Pero para que tales revolu­
ciones se produzcan hace falta someter a reflexión los presupuestos básicos que definen
y estructuran el objeto de estudio de la ciencia en cuestión, cosa que no ocurre con las
críticas a las que nos estamos refiriendo, limitadas en lo fundamental al aparato analí­
tico empleado y a las interpretaciones de la distribución y del funcionamiento de las

26. Vemos una vez más que la discusión suscitadapor Friedman sobre el realismo de los supuestos (véase
supra, cap. 23) no es una cuestión baladí en el devenir reciente de la ciencia económica.
27. Reseña de M. C. Tavares, Coloquio de la Granda sobre «El retomo de la ortodoxia», Pensamiento
Iberoamericano, n.° l, 1982, p. 95.
42 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

«m acrom agnitudes» de un sistema económico previa e im plícitam ente definido. En


efecto, estas críticas hacen referencia a la gestión y al funcionamiento del sistema eco­
nómico, pero no a la axiom ática que lo define (véase cap. 24) y tampoco ofrecen, menos
aún, opciones sobre las que pueda tomar cuerpo una «revolución científica» que, para
ser digna de tal nombre, tendría que entrañar m odificaciones en el objeto de estudio y
en los enfoques que lo sistematizan. L a permanencia de éstos es lo que propicia esa
reiteración de ideas y razonam ientos que em puja a ofrecer como nuevo lo antiguo,
dando a las discusiones entre economistas el carácter a la v ez escolástico y esotérico al
que nos referimos con anterioridad en este y otros capítulos.

3.6. C r ític a s internas a la pro fesión pero externas


a los en foques usuales d e l os econom istas

Sin em bargo, existe otro conjunto de críticas internas a la profesión -e n tanto que son
realizadas por econom istas- pero no a los presupuestos de la ciencia económ ica esta­
blecida. Críticas que, de forma más o menos directa y explícita, afectan a la axiom áti­
ca que define y sistematiza el objeto de estudio de la ciencia económ ica actual y llevan
a propuestas no asim ilables dentro de ésta. E l conservadurismo propio de las com uni­
dades científicas hace que aquella de los econom istas sea poco permeable a este con­
junto de críticas, que permanece así tanto más difuso y poco divulgado, com o incómodo
e irreductible resulta para la ciencia económ ica establecida. D ado que el presente libro
form a parte de tales críticas, que a su vez trata de sintetizar y divulgar, no vam os a
insistir ahora sobre el tema. Sería redundante volver a citar ahora a economistas com o
G eorgescu-Roegen, K app, D aly , M is h a n ... o Passet, a los que y a hem os hecho refe­
rencia. Estos autores retoman, desde dentro, las críticas tradicionalmente externas antes
indicadas, para proceder a una revisión a fondo de las carencias del aparato analítico de
la cien cia económ ica establecida, que m od ifica las fronteras de lo económico y los
conceptos que lo informan. L a mayoría de estas críticas hacen referencia a la gestión
de los recursos naturales, con sus derivados energéticos y m edioam bientales, y con­
trastan con la literatura que se orienta infructuosamente (véase cap. 19) a resolver estos
problem as en el terreno de los valores de cam bio. L a diversidad de posiciones que
abunda en estos temas28 permite detectar en ellos uno de los aspectos más críticos de
la ciencia económ ica actual, donde las críticas tradicionalmente externas están em pe­
zando a penetrar en la ciudadela teórica de los economistas abriéndole nuevas brechas.
A s í, por ejem plo, el problema que con vistas a la gestión de recursos plantea la segun­
da ley de la termodinámica al afirm ar que la creación de orden en un sistema im plica
la creación de un desorden superior en el m edio am biente que lo en vu elve, llevó a
Kapp a señalar pioneramente la necesidad de una «nueva ciencia económ ica» que con­
siderara no sólo los «costes internos» a la noción usual de sistema económ ico, sino
también aquellos que por ser exteriores al mismo quedan fuera del cóm puto económi­
co corriente. L o mismo que ha correspondido a un econom ista matem ático tan presti­
gioso corno Georgescu-Roegen, la tarea de enjuiciar el proceso económ ico a la luz de
la ley de la entropía y de señalar las graves lim itaciones que comporta una ciencia eco-

28. Véase H. E. Daly y A. F. Umaña, Elergy, economics aid íheeiivirom/iení. Coijlicíing views fa n e s -
ícnt/aí iwerrelatíonshrp, Boulder (Colorado), Weslview Press, 198L
LA CRISIS DE LA CIENCIA ECONÓMICA ESTABLECIDA 43

nóm ica que se ha desarrollado de espaldas a ella, poniendo, entre otras cosas, en cua­
rentena el contenido y la fo rm a analítica de la función de producción que venía repre­
sentando hasta el m om ento, al resguardo de toda crítica, la relación entre el sistema
económ ico y el mundo físico circundante (véase supra, cap. 20.III). Y que Passet supo
advertir las inconveniencias de la actual noción de sistema económ ico de corte m eca-
nicista y la necesidad de razonar sobre otros sistemas más aptos para captar los fenó­
menos de la vida y en juiciar la relación de las sociedades humanas con su entorno
habitable.
Pero no sólo es la noción de producción, de coste o de sistema, Jo que está empe­
zando a ponerse en cuestión por los economistas, sino también su presunta finalidad
inequívocamente utilitaria, que constituía Ja razón de ser del sistema económico. Alguien
con una posición tan sólida dentro de la profesión com o Jo an Robinson señalaba ya
en 1972 que, frente a la «primera crisis» de la teoría económ ica originada a raíz de la
G ran Depresión de 1929 por el «fracaso del laissezfaire ante el problema de la deman­
da efectiva», la «segunda crisis», la actual, «surge de una teoría que no puede expli­
car el contenido del em pleo»25. Y al poner en un primer plano Ja cuestión de «para qué
debía ser el em pleo», se arrastran obligadamente las preguntas de para qué la produc­
ción y para qué el consum o y la inversión en los que aquella se desdobla, dando la
mano -p o sib lem en te sin saberlo- a críticas com o las de Baudrillard que señalaban
desde fuera de la profesión esa crisis de la finalidad utilitaria de la producción. L a cri­
sis económ ica de los setenta, con el consiguiente aumento simultáneo del paro y de la
inflación , vino a eclipsar estas reflexiones fundam entales tendentes a desmontar Ja
axiom ática que lig a mecánicamente en la ciencia económ ica establecida la producción
a la satisfacción (de necesidades) y, por ende, al bienestar y a la felicidad de los hom­
bres. D e ahí que la crisis económ ica, al distraer la atención sobre este problema fun­
damental haya sido en este sentido, al decir de Baudrillard, «una verdadera bendición
para un sistema que se veía arrastrado por el espejismo de la producción hacia un vacío
enloquecedor».

4. L a CRISIS DE LA CIENCIA ECONÓMICA y LAS REVOLUCIONES CIENTÍFICAS


¿Estamos en los inicios de una revolución científica en economía? Contestar a esta pre­
gunta exige evitar el empleo ambiguo que se ha hecho de este término en econom ía, bien
para resaltar la invariabilidad del pensamiento económico, o bien para ensalzar su carác­
ter cambiante, presentándolo como una sucesión de revoluciones (margínalista, keyne-
siana, etcétera). Retomando las precisiones avanzadas al respecto (véase supra, cap. 1)
entendemos que una «revolución científica» en economía presupone un cam bio de enfo­
ques que llegue a afectar a ese núcleo teórico firme que constituye la actual noción de
sistema económico, bien m odificándola o bien apartándola del lugar central que ocupa
en esta disciplina. E n los capítulos precedentes hemos visto cóm o ha surgido esta noción
de sistema, la estructura conceptual que le es propia y su dominio de aplicación corrien­
te. E l hecho de que la idea usual de sistema económico se haya plasmado en la versión
cuantitativa corriente que nos ofrecen del mismo las contabilidades nacionales facilita 2
9

29. J. Robinson, «The second crisis of economic theory», American Economic Review, mayo de 1972.
[Hay traducción en hifomiación Comercia/ Española, n.° 498].
LA CRISIS DE LA CIENCIA ECONÓMICA ESTABLECIDA 45

esta tarea definitoria. Pues unavez expresada en el campo de los números reales positivos,
esta versión generalmente aceptada del sistema económico hemos visto que debe encon­
trar definición, no ya en el terreno de las palabras sino en aquel otro más estricto de la
lógica matemática. En ei capítulo 24 hemos ofrecido la axiomática que infonna el núcleo
teórico de esta representación y acotado las intuiciones que la hacen derivar hacia su
modelo de aplicación corriente. E s sobre la base de estas reflexiones previas y atendien­
do a la noción estricta de «revolución científica» antes apuntada, que cabe apreciar por
vez primera síntomas de una tal revolución en economía La confluencia indicada de crí­
ticas internas y externas está provocando el sentimiento, con el que al decir de Kuhn se ini­
cian las revoluciones científicas, de que los enfoques establecidos resultan inadecuados para
explorar ciertos aspectos de la realidad que ahora se hacen preocupantes. La insatisfac­
ción hacia la fonna de ver el mundo económico desde el prisma de ese sistema que había
permanecido en lo esencial invariable desde Adam Smith, ha encamado ya en una sub­
división de la comunidad científica de los economistas, cuyas elaboraciones están empe­
zando a trascender de la fase crítica inicial hacia otra más constructiva. Así, codo a codo
con científicos de otros campos, algunos economistas se preocupan de establecer otros
sistemas más económicos que el antiguo para resolver los problemas de gestión de recur­
sos que hoy parecen relevantes, a la vez que se dificulta su comunicación con sus cole­
gas que conservan la fe en las capacidades de los antiguos enfoques. Pues -com o ha
señalado K uhn - cuando un nuevo sistema se levanta al margen del antiguo ya no sir­
ven para enjuiciarlo el lenguaje y los procedimientos de evaluación que emplea nor­
malmente la ciencia establecida. Razonar desde lógicas y lenguajes diferentes a los
habituales de la comunidad científica no es tarea fácil para sus miembros. Ello exige
una reconversión mental tanto más ardua como importante sea lo que se está poniendo
en cuestión.
Com o su propio título indica, el gráfico adjunto30 trata de seguir el divorcio exis­
tente entre crematología y economía de la naturaleza que, tras la frustrada síntesis
fisiocrática, se soslaya al eliminarse esta última del campo de la ciencia económica
establecida, aflorando de nuevo con fuerza en el marco de la crisis actual. Después de
verse eclipsada por el dominio del dogma mecanicista, la economía de la naturaleza
renace lentamente durante el siglo pasado al margen de la ciencia económica, para irse
consolidando teóricamente en la segunda mitad del actual en el seno de disciplinas ta­
les como la física, la biología, la edafología, . . . e incluso la antropología. E l hecho de
que estos conocimientos todavía dispersos recurran a nociones y sistemas que difieren
en lo esencial de aquellos comúnmente utilizados en la ciencia económica, ocasiona
una de las rupturas más importantes que se observan en su edificio teórico y, con ello,
el distanciamiento de aquellos economistas que han decidido trabajar en este campo,
con relación a Ja mayoría de sus colegas que circunscriben sus razonamientos a la no­
ción establecida de sistema económico.
Este libro, además de esclarecer la situación crítica de la ciencia económica, espera
contribuir a la consolidación del grupo de economistas que, habiendo perdido la fe en la
capacidad de los antiguos planteamientos para resolver algunos de los problemas más

30. He construido este gráfico sobre un borrador de Jacqucs Grincvald, con la ayuda de Juan Martínez
Alier. Pese a las groseras simplificaciones que comporta representar el pensamiento económico en un
espacio euclídeo bidimensional, lo hemos estimado útil para promover la discusión.
s
46 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

importantes que plantea hoy la gestión de recursos, buscan abordarlos a partir de otros
enfoques y sistemas más apropiados^ Grupo que puede servir de aglutinante para que
se consolide esa economía crítica en la que trabajan, con m ayor o menor conciencia de
ello, científicos procedentes de ios cam pos más diversos, cuya representación aparece
recogida en la parte superior izquierda del esquema. Pues, no olvidemos, el desplaza­
miento del objeto de estudio hace que, entre otras cosas, la construcción de una nueva
economía de la naturaleza trascienda de la escasa información que tienen los econom is­
tas sobre lasciencias d e la naturaleza y del conocimiento especializado quecaracteriza a
los practicantes de estas últimas, reclamando la colaboración de ambos. E llo por no ha­
blar de Ja necesidad de superar también las barreras académ icas que separan hoy a los
economistas incluso de los campos de las disciplinas aparentemente más próxim as,
com o la geografía y la antropología.
Tras laescisión representada en el esquema entre «economía crítica» y «economía es­
tándar», cabe preguntarse por las posibles relaciones futuras entre ambas. E l desarrollo de
este punto se sale del plan del presente capítulo. N os limitaremos, pues, a avanzar que
mientras la mayor generalidad de Jos enfoques y versatilidad de los sistemas utilizados en
el campo de la «economía crítica» permitiría acoger en su seno las preocupaciones cre­
matísticas propias de la «economía estándar», lo contrario no parece posible. Aquella no
trata de sustituir el reduccionismo pecuniario propio del enfoque económico corriente por
otro cualquiera que se estime más eficiente, sino de dar paso a la multidímensionalidad
que impregna los planteamientos modernos de otras disciplinas. L a «economía crítica»
hace suya esta multidimensionalidad, negando la presunta generalidad de los «Óptimos»
que el enfoque económico corriente construye dentro de aquel reduccionismo.
En suma, la escisión que se ha producido en el tratamiento de los recursos natura­
les está rompiendo, por primera v ez desde Adam Sm ith, el monopolio que venía ejer­
ciendo entre los economistas la noción usual de sistema económico y m odificando su
cam po de aplicación en el sentido que ilustra el gráfico adjunto. Estos cambios en el
objeto de estudio, en el sistema que lo inform a y en el modo de orientar la investiga­
ción, ejem plificarían los primeros pasos de una revolución científica, en el sentido que
antes precisamos, siempre y cuando e l contexto social permita su desarrollo. Pues en
el caso de la ciencia económ ica hay que hacer especial hincapié en que el desencade­
namiento de una revolución científica exige, no sólo la aparición de sistemas que res­
pondan de form a convincente a los problemas que motivaron la crisis del antiguo sino
también que sereúnan condiciones psicológicas favorables a la aceptación generaliza­
da de los mismos.
Dada la estrecha vinculación de los axiom as y conceptos en que se basa la ciencia
económ ica actual con determinados presupuestos éticos, ideológicos o institucionales,
la revisión de aquellos ha de ir de la mano de la m odificación de éstos, encuadrándose
la crisis de esta ciencia en la crisis más amplia de Ja civilización que nos ha tocado vi- 3
1

31. El conjunto de trabajos editado por H. Da!y y R. Constanza (actualmente en prensa) bajo el título
Ecobgical economics, al que ya hicimos referencia, es un buen exponente de la existencia de economistas
preocupados por establecer puentes entre ecología y economía, o entre las ciencias de la naturaleza y la
gestión económica. Lograr este acercamiento constituye para estos autores «la principal tarca de nues­
tra generación, después de evitar la guerra nuclear», convergiendo con la esperanza de Margalef -a la
que nos referimos en el Prólogo- en que la ecología evolucione hacia una disciplina más amplia que
estudie la interacción del hombre con la biosfera.
LA CRISIS DE LA CIENCIA ECONÓMICA ESTABLECIDA 47

v ir. L o cual añade un interrogante sobre las perspectivas de tal revisión cuya discusión
abordaremos en el capítulo 27. Podríamos decir con Kapp32 que «servir com o una for­
ma de apologética sólo puede a la larga socavar el estatuto de una disciplina» (que se
pretende científica) no sin matizar que Ja velocidad de tal socavamiento depende en
gran parte de la salud que gocen las instituciones a las que sirve. En el caso que nos
ocupa bien pudiera ocurrir que el juego de tales instituciones llevara antes a la extin­
ción de la especie humana que a la quiebra generalizada de las elaboraciones que las
sostienen. Precisamente la revisión de los planteamientos de la ciencia económ ica
busca, en parte, evitar que tal cosa ocurra.
Pues hay que advertir que tal revisión no sólo se ve auspiciada hoy por argumenta­
ciones racionales o consideraciones morales, sino por acontecimientos que plantean
un divorcio cada vez más claro entre las categorías de la ciencia económ ica y aquellas
otras del lenguaje corriente o entre sus form ulaciones teóricas y el sentido com ún. Si
en otro tiempo fue la estrecha relación entre estas categorías y las del lenguaje corrien­
te la que favoreció su aceptación generalizada, asegurando el éxito de una ciencia eco­
nómica que acogió benévolamente la consideración vulgarmente pecuniaria de la ri­
queza que, com o señalaba Quesnay, es «asilo de sofism as», hoy resulta cada vez más
ostensible que bajo la divisa de la producción y la satisfacción de necesidades me­
diante el consumo se ocultan la destrucción y una ansiedad (o insatisfacción) crecien­
tes. L o mismo que se instituye la palabra bien para designar indiscriminadamente a to­
dos los objetos consum idos, cuando prolifera el consum o forzado de aquellos con un
valor vital m ás dudoso ya se aen razón de la carrera de armamentos, de la contam ina­
WM
ción ambiental, o de la propia degradación de la dieta alimenticia que dan lugar a los
envenenamientos y enfermedades modernas. Y , com o colofón, se generaliza la deno­
m inación de sistema económico para designar el sistema más antieconómico que j a ­
más haya existido en la historia de la humanidad que ni siquiera apunta a lograr el pri­
m er objetivo que debiera orientar una gestión de recursos mínimamente razonable: el
de asegurar la supervivencia de la especie humana. Divergencias éstas que no sólo se
plantean en los países del llamado Tercer M u n d o , sino también en las metrópolis in­
dustriales, haciendo tambalearse el axiom a que h astah ace poco identificaba la expan­
sión del modelo de sociedad ofrecido por éstas con el bienestar y la felicidad de Ja es­
pecie humana.
En consecuencia, no será tanto la globalidad y coherencia de unacrítica racional la
que provoque la revisión de los presupuestos en los que hoy se inspira la ciencia eco­
nóm ica, com o la fuerza de ciertos hechos que le preparen un contexto favorable. N o
obstante, la discusión explícita y razonada de tales presupuestos puede contribuir a in­
crementar la tensión mental que precede y m otiva los cam bios en las creencias y valo­
res establecidos. Pues también está claro que si no som etem os a reflexión los presu­
puestos que mientan implícitamente el quehacer de los economistas y las construcciones
de la ciencia económ ica, difícilm ente podrán m odificarse.

32. R. W. Kapp, Social cosis••., ob. cit., p. 282.


CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA 49-66

Prólogo a la segunda edición.


Evolución reciente del pensamiento económico:
entre la reconstrucción intelectual y la congelación conceptual*
José Manuel Naredo

1
Los siete años transcurridos desde la primera edición de este libro han sido pródigos
en acontecimientos históricos relevantes que revalorizan muchas de las reflexiones
contenidas en eí mismo. Aunque no es el propósito de esta nueva edición hacer un
repaso exhaustivo de tales acontecimientos desde las perspectivas del libro, tendre­
mos necesariamente que referirnos a ellos. E l derrumbamiento del antiguo «bloque
socialista» y la extensión ya generalizada y sin tapujos de una única idea de «siste­
ma económico»; el fracaso continuado de las políticas de desarrollo en buena parte
de los países pobres, agravado por las guerras, y la consiguiente ampliación del foso
que los separa de los ricos; la quiebra en éstos del «Estado de Bienestar» cuando se
hacían más agudos que nunca los fenómenos del paro crónico y la marginación so cial...;
unidos a la mayor amplitud del deterioro «ambiental» y de la conciencia que de éste
se tiene, son acontecimientos que no podemos ignorar, porque contribuyen a dar nue­
vas vueltas de tuerca a la disyuntiva entre «reconstrucción intelectual» y «congela­
ción conceptual» en la que, según W illiam K ap p 1, están llamados a debatirse los
economistas, demandando la revisión y relativización de los enfoques económicos
ordinarios que se propone en este libro. Sin embargo, aunque los nuevos aconteci­
mientos hacen cada vez más perentoria esta revisión, de hecho el viejo cuerpo doc­
trinal se resiste a ella, manteniendo un ranking de prestigio de la profesión que premia
e l solipsismo conceptual de seguir afinando su instrumental hasta la saciedad y exten­
diendo sus aplicaciones hasta los campos más inusitados, para generar tan invasora
bruma de redundantes y sofisticadas reformulaciones de los antiguos principios que,
al presentarse como novedades, llega a eclipsar los más contados intentos de verdadera
reconstrucción intelectual. Lo cual viene a proyectar también en este campo una espe­
cie de Ley de Gresham generalizada, según la cual, lo mismo que la mala moneda
expulsa a la buena del mercado, los sucedáneos expulsan a los productos de calidad en
la «sociedad de consumo», los mensajes banales y sensacionalistas ocultan a aque­
llos otros más relevantes en la «sociedad de la información» y ..., en el campo de las

* Publicado en: Naredo, José Manuel. «Prólogo a la segunda edición. Evolución reciente del pensamiento
económico: entre la reconstrucción intelectual y la congelación conceptual». En: La economía en evo­
lución. 2.2 cd. Madrid: Siglo X X ! de España, 1996, p. xvn-xxxvt.
l. K. W. Kapp, «Intellcctual reconsuuction or “conceptual freeze” ; Economics inthe Future», en C. K.
Dopfer (comp.), Economics in íhefiture, Londres: MacMillan, 1974. (Hay traducción en castellano
del FCE, México; 1978, bajo el título La economía delfuturo; el trabajo de Kapp aparece con el título
menos expresivo de «El carácter de sistema abierto de la economía y sus implicaciones»).
50 CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

elaboraciones económ icas, la «nueva» e incesante reiteración cierra el paso a la reno­


vación conceptual.
Resum iendo, podríamos sintetizar en cuatro grupos relacionados entre sí los
acontecim ientos que han dado un vuelco en el panorama mundial de los últimos
tiempos, revalorizando el interés de «desenredar - t a l y com o proponíamos en la pri­
mera edición de este lib ro - la inmensa maraña de valores y creencias que sostienen
la idea actual de lo económico». U n o es la crisis disolutiva de los regímenes político-
económ icos propios de los llamados países socialistas del Este europeo, que tuvo la
virtud de mostrar que la idea de sistema económ ico que ofrecía com o alternativa e!
marxismo era esencialmente la m ism a que la economía política, tal y com o habíamos
argumentado ya en este libro (capítulo 12): de hecho el m arxism o, al apoyar con ve­
hem encia la m ism a noción de producción que suscribía'la «econom ía p o lítica», al
perseguir objetivos tanto o más productivistas que aquélla, con m edios que sereve la -
ron menos eficaces, contribuyó a facilitar la hegem onía planetaria de esa idea de sis­
tema económ ico que someteremos a reflexión en los capítulos que siguen. Otro es el
conflicto que supone el generalizado afán de incluir el m edio am biente y los recursos
naturales en un razonamiento económ ico que se había alejado de estas cuestiones
para consolidarse com o cuerpo autónom o de conocim iento. E l tercero viene dado
porque la evolución de la econom ía mundial en los ochenta ha dado al traste con las
dulces promesas del desarrollo y las teorías que las sustentaban. Y ello no sólo por­
que la crisis ambiental muestra la inviabilidad de extender a escala planetaria los pa­
trones de vida propios de los países ricos del «N orte», tan exigentes en recursos y
pródigos en residuos, sino también porque en los últim os tiempos se han manifestado
con particular crudeza las relaciones de dominación económ ica y deterioro ecológico
y social sobre los que tales patrones se asientan. Por últim o, el cuarto, es el papel tan
determinante que h a alcanzado la esfera de lo financiero en el reparto del poder mun­
dial, soslayado por una noción de sistem a económ ico que, al permanecer an clada a la
vieja idea de producción de riqueza, ignora que las actividades que aseguran la hege­
m onía de las antiguas m etrópolis industriales están cad a vez más orientadas a la
adquisición de la m ism a mediante el m anejo del sistem a financiero y las empresas
m ultinacionales.2

2
Antes de referirnos a algunos aspectos relacionados con las áreas indicadas (que serán
retomadas en los capítulos correspondientes del texto y, en ocasiones, com pletadas
con breves epílogos o notas actualizadoras) vam os a detenernos en ciertos rasgos de
Ja evolución reciente de la econom ía académ ica, entre los que confluyen la fo b ia a la
transdisciplinaridad, el poco afán de revisar sus fundamentos y su creciente distan-
ciam iento de los problemas del mundo real. Rasgos que explican que ni este libro, ni
la m ayor parte de las obras de mis autores de cabecera, fueran recibidos con los bra­
zos abiertos en el mundo académ ico. E l caso quizá de más flagrante injusticia sea el
de N icholas G eorgescu-R oegen, que falleció en el otoño de 1994 sin que tal evento
pasara por las «autopistas de la inform ación» y ni siquiera a título póstumo la com u­
nidad de los econom istas rindiera el hom enaje que merece a sus contribuciones más
importantes sobre la relación entre econom ía y term odinám ica y sobre la construc-
PRÓLOGO A LA 2‘ EDICIÓN. EVOLUCIÓN RECIENTE DEL PENSAMIENTO ECONÓMICO 51

ción de la p o r él denominada «bioeconom ía»2. Creo que e llo se debe a q u e incurrió


en el doble pecado de la transdisciplinaridad y la crítica irrespetuosa de los funda­
mentos de la econom ía establecida, transgrediendo las fronteras y los enfoques admi­
tidos entre los practicantes normales de ésta, para relativizarlos y trascenderlos. C o n
el agravante de que esto no lo hizo desde fuera, desde planteamientos é tic o s ..., o socio-
políticos, cultivados por disciplinas consideradas secundarias por los economistas, sino
partiendo de una posición bien consolidada com o econom ista matemático y apoyán­
dose en la física.
L a figu ra de Georgescu-Roegen había sido bien valorada por sus contribuciones
iniciales a la teoría económ ica. Prueba de ello es que fue a él a quien se le encomendó
desarrollar la v o z «utilidad» en el m onum ental proyecto de la Enciclopedia de las
Ciencias Sociales 3 Adem ás su biografía aparece normalmente recogida, cargando la
mano en lo referente a la primera parte de su vida académ ica, en los diccionarios eco­
nómicos al uso: el Pdgrave; . . .o el Who’s Who, de B lau g. Por ejem plo, este último
apunta de m odo telegráfico entre sus «principales contribuciones»: «solución a la
paradoja de la no integrabilidad en teoría de la utilidad; prueba d e la imposibilidad de
derivar la función de utilidad solamente de las preferencias reveladas. Elección esto-
cástica, elección jerárquica {lexicografía) . . . Aspectos termodinámicos de la economía.
B ioeconom ía»^ Estos últimos aspectos habrían pasado todavía mucho más desaper­
cibidos entre los economistas si no llega a apareceren escena el primer informe Meadows
sobre Los límites del crecimiento en 1972 y la llamada «crisis energética» de los seten­
ta. E l hecho de que estos dos acontecimientos contribuyeran mucho más a agitar y a
ampliar el cam po de estudio de los econom istas que las fundadas sugerencias previa­
mente planteadas por G eorgescu -R oegen desde dentro de la profesión, dice m ucho
sobre la escasa disposición de esta com unidad cien tífica a alterar «desde dentro» su
sistema de h acercien cia y a revisar en serio sus fundam entos.
Sorprende que un libro tan relevante en el cam po de la m etodología y la historia
del pensamiento económ ico como es el de Georgescu-Roegen, L a ley de la entropía y
el proceso económico, aparecido en 19712345, no recibiera la atención que se merece en un
mundo académico en el que proliferan los encuentros y publicaciones orientados a dis­
cutir cuestiones menores. Veam os un caso significativo. Mientras los análisis desarro­
llados por Georgescu-Roegen en la obra mencionada sobre la epistemología mecanicista
que impregnó las elaboraciones de los padres de la econom ía matemática (matizados
en la primera edición del presente libro, en el que delimité lo que eran isomorfismos de
lo que eran simples analogías en este campo) fueron acogidos con desinterés en medios
académicos, ahora un suplemento de la revista History o f Political Economy y un núme-

2. Cfr. J. Grincvald, «Hommage a Nicolás Georgescu-Roegcn», Stratégies énergétiques, biosphire el


sociélé, abril, 1995.
3. Enciclopedia de tas Ciencias Sociales, versión castellana de Aguilar, Madrid, sin fecha, ll tomos.
4. El único diccionario que he visto que olorga a las contribuciones heterodoxas de Georgescu-Roegen
la importancia que creo que se merecen, es el incluido en la obra de M. Beaud y G. Doslaler, La pen-
sée économique depuis Kcynes (Hisiorique et Diclionnaire des principaux rtiríeiirj), París: Seui], 1993.
5. N. Georgescu-Rocgen, Tiiecntwpy lawand ¡he economic process, Cambridge, Mass. y Londres: Harvard
University Press, 1971. Como director del Programa Economía y Naturaleza de la Fundación Argentaría
he promovido la publicación en castellano de este libro en ¡a colección «Economía y Naturaleza», que
la Fundación Argentaría coedita con DistribucionesVisor de Madrid.
W:
1l:
52 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

ro de la revista Philosophy o f ¡he Social Sciences67


8recogen la docum entación sobre
encuentros promovidos para discutir el libro de M irow sky, More heat than light1, que
retomó el tem a posteriormente. ¿Por qué tras haber som etido a la obra de Georgescu-
Roegen a un intenso silencio en medios académ icos, éstos discuten y divulgan ahora la
obra de M irow ski que vuelve sobre los temas indicados, sin ahorrar reconocimientos a
aquél (le dedica incluso el lib ro ju n to con Veblen, com o a los dos «m ás profundos filó­
sofos económ icos del siglo x x » )?s N o conozco bien los detalles para responder con
pleno conocim iento de causa a esta pregunta, pero m e temo que la reconocida autori­
dad de Georgescu-Roegen como economista m atem ático, unida a su carácter, irreduc­
tiblemente crítico y, a v eces, mordazmente irónico, sobre temas y personajes centrales
de la profesión, contribuyeron bastante a ello: al resultar incómodas sus elaboraciones
en medios académicos, éstos lo acabaron arrinconando y aislando de sus antiguos cole­
gas. Sin embargo, la crítica de M irow ski es menos irrespetuosa para el slatu quo aca­
démico y sirve mejor para animar, en los confines de éste, discusiones localizadas entre
metodólogos e historiadores sobre temas considerados tan esotéricos por el núcleo duro
de la profesión, com o el de las relaciones entre el instrumental aplicado en la física y
el utilizado en la econom ía. También ha jugado en favor de M irow ski el m ayor inte­
rés que hoy despierta Ja econom ía desde el punto de vista de la filosofía de la ciencia,
cuando hace veinte años existía un claro v acío en este cam po9.
Estos y otros acontecimientos m e hicieron ver con brutal claridad que no son los
puros afanes investigadores y docentes, respetuosos de las reglas del ju ego científico,
los que agitan a la comunidad de los econom istas, sino más bien los conflictos entre
reinos de taifa académicos y las batallas ideológicas más o menos sordas que se desatan
en su seno, en las que este libro se ha de ver envuelto y en las que, por lo tanto, debo
reflexionar. Batallas que, com o no podía ser menos, dependen de las inquietudes del
conjunto de la sociedad. A s í, la receptividad de las propias comunidades científicas
hacia textos críticos en ciencias sociales se am plía con el afán generalmente sentido

6. Annual Supplcment lo Volumc 25, History ofPolitical Ecoitomy, Duke Univcrsily Press, 1993. Véase,
en este volumen, N. de Marchi, «Non-natural social scicnce: reflecting on the enterprisc of More heal
than light», p. 300-302, así como los trabajos publicados en el núm. 22 de Philosophy of ¡he Social
Scíencies, 1992, sobre el libro de Mirowski: A. Cohen, «Introduction to the review symposium on Philip
Mirowski’s morcheal than light», p. 78-82; A. Cohen, «Seeing the light despite on heal. Post-Mirowski
history of economic thought», p. 83-96; N. Wise, «Does the history of physics help him? », p. 122-130,
y la propia respuesta de Mirowski, «More bleat than bite. Rcsponses to Bames, Cohen, Hands and
Wise», p. 131-141. Ello además de las reseñas y artículos aparecidos en olras publicaciones sobre his­
toria y filosofía de la ciencia cuya referencia alargaría excesivamente esía nota.
7. P. Mirowski, More heat than light. Economics as social physics: Physics as nature's economics,
Cambridge Univcrsíty Press, 1989.
8. Además, Philip Mirowski tiene publicados sendos artículos sobre la figura de Nicholas Georgescu-
Roegen en el Journal of Economic Issues (1988) y en una Historia del pensamiento económico dirigi­
da por Warren J. Samuels (1992); P, Mirowski, «Nicholas Georgescu-Roegen», Journal of Economics
¡ssues, vol. 22, p. 820-828 y P. Mirowski, «Nicholas Gcorgcscu-Roegen», en W. J. Samuels (dir.),
Research in the history of economic thought and methodology, a research anmta/, Greewich, Conn., y
Londres: JAI Press, 1992, p. 86-l05.
9. Véase sobre este pumo la entrevista con Alexander Rosenberg publicada en el apartado «Second voya-
ger: írom economics So biology, back and forth», en W. Cal!cbaut (org.) y D. L. Hull (e<l.), Taking lile
naturalistic turn of how real philosophy o f science is done, Chicago y Londres: The University of
Chicago Press, 1993, p. 84-93.
PRÓLOGO A LA 2 ‘ EDICIÓN. EVOLUCIÓN RECIENTE DEL PENSAMIENTO ECONÓMICO 53

de impugnar el statu quo social e institucional. Habida cuenta que en los últimos tiem­
pos se ha acentuado el conformismo hacia el sistema político y económico dominan­
tes en el mundo, las comunidades académicas se muestran poco receptivas hacia las
críticas frontales a ambos sistemas. Pero también la propia fuerza de los aconteci­
mientos aniba apuntados abre nuevas áreas de discusión y reflexión sobre la natura­
leza de tales sistemas, planteando nuevas contradicciones entre conservación y cambio,
0 entre ciencia normal y ciencia renovada, que agitan una vez más a los círculos aca­
démicos e interesan a todo el cuerpo social.

3
En los años que siguieron a la primera edición de este libro, la ciencia económica dio
a luz un ingente volumen de literatura que no cabe reseñar aquí con exhaustividad,
pero del que tendremos que acusar recibo extrayendo sus enseñanzas más significati­
vas relacionadas con el propósito de esta obra. Tarea ésta difícil y comprometida, cuan­
do la inflación de textos publicados ha corrido paralela a su parcelación temática y
grupuscular, «transformando el mundo de los economistas en una especie de torre de
Babel, en la que son raros aquellos que escuchan a los otros y donde sólo una ínfima
parte del discurso emitido es entendido [ ...] » 10. A sí, la «torre de Babel de las especia­
lidades científicas», denunciada en el pn,Slogo a la primera edición, se extiende ahora
entre los propios economistas. Esta renovada «opacidad de los saberes», apoyada en
Ja formalización matemática y aderezada con los rasgos cambiantes de la moda, está mar­
cando el ranking de prestigio de la profesión y haciendo que Ja evolución de la ciencia
económica transcurra por caminos a veces tan exóticos como ajenos al mundo real,
que inducen a pensar en la inoperancia del saber científico11 desarrollado en este campo.
Bien es cierto que esa inoperancia para interpretar y predecir la marcha de los aconte­
cimientos económicos del mundo en' que vivimos, suele ir de la mano con la inocui­
dad crítica hacia el statu quo de intereses establecidos. Inoperancia del saber que corre
paralela a su ritualización12, a la vez que su inutilidad para comprender, corregir y
transformar la realidad, viene a ser el reverso de su utilidad apologética de un mundo
acorde con los deseos de los poderes establecidos, que puede así presentarse, con el
aval de la ciencia, como el menos malo y, por lo tanto, desde un punto de vista realis­
ta, el mejor de los mundos posibles.
En este contexto se produce una curiosa simbiosis entre dos aspectos aparente­
mente ajenos e incluso contradictorios. Por una parte, la literatura sobre temas econó­
micos acusa la aparición de términos de moda cuya ambigüedad induce a utilizarlos
más como conjuros que como conceptos útiles para comprender y solucionar los pro­
blemas del mundo real; por otra, esta literatura se ve cada vez más plagada de forma­
lismos matemáticos.

10. M. Beaud y G. Dostaler, La pensée cconamique depuis Keynes (Historique et Dictiannaire des princi-
paux mieurs), París: Seuil, 1993, p. 189.
11. Inoperancia que Jean-Franpoís Revel ha extendido al conjunto de la información que prodigan ios
modernos medios de comunicación de masas, planteando la paradoja de una sociedad incapaz de refle­
xionar sobre sí misma por el ruido que genera el volumen sin precedentes de información, tan rápida y
libremente comunicada de que dispone (J. F. Revel, La comaissance inulile, París: Grassct, 1988).
12. Véase Rafael Sánchez Ferlosio, «Acerca de ia ritualización de ios saberes», Archipiélago, núm. 56, 1993.
54 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

Con relación al primero de los dos puntos indicados, tanto en economía como en
otras ciencias sociales se aprecia que. en vez de acuñarse nuevos términos reflejo de
nuevas ideas, se suelen adjetivar sustantivos antiguos, encubriendo así sus carencias
y reforzando su pervivencia. Todo ello utilizando la especial predisposición para adje­
tivar sustantivos que ofrece ese scientific vernacular o f today que es el inglés^
Por ejemplo, se emplea el término «economía cuantitativa» para designar el que­
hacer de economistas que trabajan con Jos «agregados» al uso, que son seudomedidas
de seudomagnitudes, confundiéndolo con el proceder de Ja ciencia cuantitativa, que
se apoya en verdaderas medidas de verdaderas magnitudes. A la vez que cuando era
vox populi la insensibilidad de Jos agregados de Producto o Renta Nacional hacia e¡
«medio ambiente» (un árbol sólo podía figurar en el Producto cuando era cortado, etc.,
etc.), se empieza a hablar del Producto «verde», como si esa insensibilidad de fondo
se fuera a esfumar por el mero hecho de practicarle algunos afeites. Lo mismo que
veinte años después de que el l Informe de Club de Roma sobre Los límites del creci­
miento (1972) pusiera «contra las cuerdas» a las nociones de crecimiento y desarrollo
utilizadas en economía, se impone el afán de hacerlas «sostenibles» asumiendo acrí­
ticamente esas nociones. O que, cuando todos los manuales afirmaban la existencia de
un medio ambiente inestudiado compuesto por bienes «libres» o «no económicos»,
aparecieron corrientes de economía calificadas de «ambiental» o «medioambiental»,
que tratan de repescar los «bienes libres» que habían escapado a su añeja red analítica
sin revisarla, ni conectarla con otras más eficientes para ello.
Concluyamos enunciando la regla que suele informar los mencionados empeños
adjetivadores: solventar ciertas carencias o problemas de fondo inherentes a los tér­
minos principales, sin modificar Ja esencia de los mismos. A mi juicio, el principal
interés que ofrece el empleo de los nuevos adjetivos reside en su función implícita
como detectores de zonas problemáticas, al señalar a la vez las más graves insuficien­
cias que se observan en la economía establecida y la pretensión de abordarlas sin revi­
sar los enfoques y conceptos que les habían dado origen. Así, el objetivo del crecimiento
o desarrollo «sostenible» supuso reconocer implícitamente que ambos resultaban insos­
tenibles tal y como se venían dando. Pero el deseo de hacerlos «sostenibles» no está
induciendo hoy a revisar, sino a afianzar, las propias nociones de crecimiento o de­
sarrollo que, como acabamos de indicar, habían sido puestas en tela de juicio a prin­
cipios de la década de los setenta. Lo mismo pasa con la denominación de economía
«cuantitativa», que se aplica, en parte, para encubrir las diferencias que la separan de
las verdaderas ciencias cuantitativas, que no necesitan utilizar este adjetivo para desig­
narse. Pero tampoco el deseo de hacer de la economía una ciencia cuantitativa está

J3. Tan alegre adjetivación de sustantivos, además de originarcuriosas cacofonías y otros problemas de
importación al castellano. es fértil en ambigüedades y dobles sentidos que en ocasiones rozan el absur­
do: calificar determinadas ciencias de naturales, humanas o económicas, en vez de hablar de ciencias de
!a naturaleza, del hombre o de la economía, podría en buena lógica sugerir que hay otras ciencias artifi­
ciales, inhumanas o derrochadoras. Si en otro tiempo se recurría al latín y al griego, es decir, a lenguas
más elaboradas que las «Vulgares», para mejorexpresar el pensamiento abstracto, no es cuestión baiadí
que hoy se tenga que utilizar una lengua como el inglés, más escueta acomodaticia y, por lo tanto, equí­
voca que otras disponibles (alemán, francés, roso, español. ..) como vehículo del pensamiento científico.
Como tampoco lo es que los científicos con distintos orígenes lingüísticos tengan que esfo^=ecn escri­
bir en inglés sus elaboraciones para conseguir su divulgación y valoración en medios científicos.
PRÓLOGO A LA 2’ EDICIÓN. EVOLUCIÓN RECIENTE DEL PENSAMIENTO ECONÓMICO 55

induciendo a reflexionar sobre el m odo de encarar las diferencias que, desde el punto
de vista de la lógica matemática, separan los agregados económ icos de las magnitu­
des físicas, ni sobre la notoria ausencia de una metrología económica que vele por el rigor
de las medidas, como lo hacen desde antiguo la metrología básica y la metrología legal
en las ciencias verdaderamente cuantitativas y en las ingenierías vinculadas a ellas.
O con las denominaciones de econom ía «medioambiental» y de Producto «verde», que
buscan también paliar ciertas carencias sin poner en cuestión el aparato conceptual
que las había generado.
E n lo que concierne a la explicación de cóm o se puede conciliar la ambigüedad
conceptual de fon do que estamos comentando con el rigor que presume el creciente
empeño matematizador de los econom istas, hemos de rem itir a los apartados 20.111,
■ p. 289-290 y 23.11, p. 393-394, de este mismo volum en, en los que encuentra respuesta.
V En ellos se advierte que el lenguaje m atem ático puede resultar más cómodo que el
habitual para soslayar los problemas conceptuales relativos a la definición y clasifica-
v ción del objeto de la representación. Pues el form alism o matemático ayuda a asegurar
■ el rigor del razonamiento, pero también ayuda a perder de vista el significado de los
V conceptos correspondientes que lo vinculan al mundo real. D e ah í que cuando los for-
gghg malismos matemáticos se levantan sobre bases conceptuales am biguas, suelen añadir
gg: más confusión de la que se origina en el lenguaje ordinario. Y de a h que se haya dado
: l: ; pie a afirm ar que la econom ía es, a la v ez, «la ciencia social m atem áticam ente más
avanzada, y la ciencia social y humanamente más retrasada, pues se abstrae de las con-
tg j diciones sociales, históricas, políticas, psicológicas y ecológicas que son inseparables
: de las actividades económicas. Por ello sus expertos son cada vez más incapaces de
j t : interpretar las causas y las consecuencias de las perturbaciones monetarias y bursátiles,
I/''-'?.-,; de prever y predecir la evolución económ ica incluso a corto p lazo»'4
g jg g g A s i la s cosas, la matematización actual de la econom ía constituye en buena medi-
gggg da una reacción de defensa para evitar las reflexion es de fondo sobre el objeto y el
W&&- estatuto de la propia disciplina que pretendemos prom over en este libro. Es más, como
g ha sabido apreciar René Passet55 la teoría económ ica observa en los últim os tiempos
;:g : una especie de «deriva instrumental», al desplazar su discurso desde el objeto hacia el
P ife - instrumento (los modelos) y desde éste hacia el instrumento del instrumento (la mate­
' í m ática de los modelos). E l autor citado presenta en tres etapas esta huida de los pro-
¡ : :g blemas de mundo real y de la propia disciplina. En un primer momento, la abstracción
: :: aparece com o instrumento indispensable para llevar a buen fin el análisis de la realidad
g jg g - objeto de estudio. En una segunda etapa, la abstracción cobra vida propia y la refle-
.g .;.■
■■ xión económ ica se vuelca en la ló g ica de los m odelos, sin apenas referencia ya a la
■: realidad que los hizo nacer. En una tercera etapa, el aparato matemático requerido para
g L la elaboración de los modelos se convierte en el objeto principal y más valorado de
; ; reflexión '^ D e esta manera, el «núcleo duro» de la profesión se ha ido desplazando a

/ggg 14. E. Morin, «El desafío de la globalidad», An:ilÍpiélago, núm. 16, p. 67.
ggg: 15. R. Passet, «“Lechaínon manquant” du debatéconomique? », Traiuwwja/es Science Culture, número 28,
fg g 1994.
g a l' 16. Creo que esta «deriva instrumcnlal» puede detec^^ también en oiras disciplinas. Por ejemplo, Lewonlin
■g:g :. la había detectado y criticado en ese «núcleo duro» de la biología evolutiva que es la genética de pobla-
gg ciones, subrayando el desequilibrio observado enire el impresionante aparato teórico desplegado y la
i:; pobreza de los resultados que se derivaban de su aplicación, para concluir sobre la necesidad de recon-
56 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

un universo cada vez más desconectado, no ya de la econom ía real, sino incluso de la


propia econom ía abstracta o teórica.
«Este es un libro sobre técnica; y la técnica es, sin ninguna duda, su razón de ser.
A menudo se han escogido tema y ejemplos sin otro propósito que el de su valor ilus­
trativo para algunos aspectos relacionados con las técnicas de diferenciabilidad. Pero
el libro también utiliza la técnica como excusa para [ . . . ] reexaminar la teoría del equi­
librio económico general desde la óptica de la diferenciabilidad», precisa M a s-C o le ll17,
nuestro economista teórico posiblemente más valorado en la comunidad científica inter­
nacional, en una obra en la que sintetiza algunos de los desarrollos recientes más sig­
nificativos de la teoría económ ica. L a teoría de ju ego s y del equilibrio de Jos mercados
ocupan un lugar central en tales desarrollos de la teoría económ ica, pero apenas se
habla ya del comportamiento de los agentes, sino del tipos de estrategias y de equilibrios
que se configuran. Esta reflexión cada vez más sofisticada sobre el instrumental mate­
mático suele ir acompañada de ilustraciones simples y aplicaciones concretas que ocu­
pan buena parte de la literatura especializada. A sí, curiosamente, junto a la más elevada
y com pleja abstracción m atem ática, aparecen ilustraciones referidas a casos las más
de las veces tan esquemáticos que resultan de escasa utilidad práctica.

L a «deriva instrumental» de la teoría económ ica no resolvió ninguno de los proble­


mas de fondo que la econom ía tenía planteados cuando hicim os la primera edición de
este libro, e incluso contribuyó a agravar alguno de ellos. Es el caso del vacío que sigue
separando las elaboraciones m icroeconómicas de los problem as económ icos «macro»,
que la «nueva» m icroeconom ía no ha conseguido acortar. Pues, si bien los estudios de
casos antes m encionados buscan enriquecer la casuística del razonam iento «m icro»
para acercarlo a los niveles «m acro», siguen ignorando los cam bios referenciales que
suelen acompañar a los cam bios de escala y de organización. D e esta m anera, tal vez
se ha paliado algo la antigua discontinuidad entre micro y macroeconomía, pero ello ha
sido a costa de distanciar esta última del mundo de los negocios y de la política eco-

siderar la relación entre el cuerpo teórico y los hechos a investigar: «Durante muchos años -señala este
acreditado autor- la genética de poblaciones fue una teoría inmensamente rica y poderosa poro sin datos
adecuados sobre los que trabajar. Era como una compleja y exquisita máquina, diseñada para procesar
una materia prima que nadie había podido extraer con éxito [...] (salvo raras excepciones). El mante­
nimiento y desarrollo de la máquina se dejaba a ingenieros que incesantemente pensaban en elia y la
mejoraban con vislas al día en el que pudiera funcionar a plena producción. Un poco súbitamente la
situación cambió [...] la materia prima acabó siendo localizada y echada a los engranajes de ia maqui­
naria teórica. Pero por el otro extremo de la misma no salía nada. Y ello no fue debido a que la máquina
no funcionara, puestoque el gran estruendo de los engranajes eraclaramente audible, si no ensordecedor.
Por lo que sea, se vio que no podía transformar en productos terminados el gran valumen de materia
prima que se le había aportado. La relación entre la teoría y los hechos necesita ser, así, reconsiderada
en su conjunto» (R. C. Lewonlin, The geneticbasís of evoltmonary cliange, Nueva York y Londres:
Columbia Univcrsily Press, 1974, p. 189). Véase igualmente M. Rosenberg, «From reductionism to
instrumentalism?», en M. Ruse (cd.), Whal the philosophy of hiology ís: essays dedicated 10 David
Huil, Dordrecht, Kluwer, 1989, p. 245-265. Agradezco esta información a Carlos Castrodcza.
17. A. Mas-Colel!, La teoría del Equilibrio Económico General. Un enfot¡ue ¡Hfirenciable, Madrid: Fundación
Argentarla, 1992, p. 23.
nóm ica, haciéndola tributaria de la «deriva instrumental» antes mencionada. C o n lo
c u a l se acentuó la distancia entre la exigencia de orientaciones claras y aplicables para
la gestión rnacroeconórnica y las enseñanzas académ icas: la pérdida de fe en la con­
tundente caridad del recetario keynesiano que se venía a la vez impartiendo en las uni­
versidades y aplicando a la po lítica eco n óm ica, contribuyó sin duda a ello . A s í se
extendió también a los estudios macroeconómicos el papel de «sello en la educación de
un caballero» que venía desempeñando tradicionalmente la macroeconomía en la for­
m ación académ ica de los econom istas, tal y corno habíamos advertido en la primera
edición de este libro (23.II, p. 401 ): lo mismo que la ballestería y la esgrima se man­
tuvieron en la formación de los caballeros (cuando el uso de armas de fuego las hacía
poco prácticas) como medios eficaces de templar su carácter para afrontar los arriesgados
desafíos de la vida, podríamos decir que ocurre con una parte creciente del instrumental
teórico económ ico que se imparte en las universidades de prestigio. Se trata de confi­
gurar la mente de los economistas para que reaccionen ante los problemas de la vida (eco­
nóm ica) con la orientación y el arrojo propios de la com unidad cien tífica a la que
pertenecen, aunque a la hora de la verdad su instrumental se acabe la m ayoría de las
veces limitando al manejo diestro del cálculo contable informatizado, con sus simula­
ciones y proyecciones, y del medio en el que se desenvuelve su área de trabajo, todo ello
con la esperanza de acceder a las más «altas tareas de dirección», cuya generalidad
exim e de ejercitar tareas de especialista.
Varias son las consecuencias que se desprenden de este alejamiento entre el «núcleo
duro» del mundo académico y el mundo econ óm ico real. Por una parte, favoreció la
proliferación de «gurús»18delaem presa y las finanzas, que otorgan a gestores y políticos
las predicciones y los consejos que los nuevos teóricos, cada vez más aislados de la rea­
lidad, se ven en dificultades de darles. Por otra, rebajó los informes de empresas con­
sultoras o de departamentos de estudios, ora a trabajos que buscan com placer a las
entidades promotoras o solicitantes, ora a simples avales externos concertados para apo­
yar políticas en curso (de reconversión sectorial o empresarial, de apertura de nuevas
áreas o diseño de nuevos organigramas, etc., etc.). C o n lo que, por estos cam inos que
se extienden más allá del mundo académ ico, acabó rebrotando con fuerza la conside­
ración de las ciencias sociales com o «la brujena de los tiempos modernos» que Andreski19
había subrayado hace algún tiempo, con el consiguiente escándalo de sus practicantes.
Ju n to al núcleo así preservado, aparece una serie de áreas académicamente perifé­
ricas que se ocupan de los principales problemas económicos de mundo actual esbozados
al principio de este texto: los problem as de la pobreza y el desarrollo, del deterioro
ecológico o ambiental, del paro y la crisis del Estado asistencial o «de bienestar», de la
inestabilidad de los mercados financieros, etc., etc. E n cada una de ellas operan enfo­
ques «ortodoxos» y «heterodoxos», autores que se erigen en garantes de la «ortodo­
xia» y usan el área como campo de pruebas d e l «instrumentalismo» arriba mencionado,
y autores que abordan el tema desde perspectivas más amplias y abiertas, buscando
m ás la relación que la separación entre lo eco n óm ico y el resto de la experiencia.

18. Para orientarse en este nuevo campo C. Kennedy, Guide to 1/ie management gunis, Century Business,
1994. Tras una introducción titulada «La edad de los gurús», esta obra pasa revista a los perfiles biográ­
ficos, ideológicos y bibliográficos de los principales «management gurus» de nuestro tiempo.
19. S. Andreski, Les Sciences sociales: sorcellerie de temps modemes, París: PUF, 1979.
58 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

Salvando las peculiaridades propias del tratamiento de cada una de estas áreas, se obser­
va una situación paradójica común a todas ellas: por un parle se abren serias brechas en
el edificio de la «Ortodoxia», al evidenciar sus insuficiencias y romper el monopolio
de enfoques del que venía disfrutando hasta ahora, pero, por otra, esta «ortodoxia»
reacciona adaptando su instrumental para abarcar los nuevos problemas, con lo que
sale en cierta medida reforzada.
Esta adhesión a unos modos de interpretar el mundo contra los vientos y mareas
de la realidad, esta obstinada aplicación de los mismos enfoques a cualquier campo o
problema en busca de evidencias empíricas siempre triunfantes, nos recuerda más el
comportamiento de la alquimia que aquel otro acorde con los cánones tantas veces des­
critos de la ciencia experimental. Permítaseme recordar con esta larga cita que, el pen­
samiento alquímico, la experimentación es simplemente el despliegue de la teoría, su
manifestación. «Es imposible que el trabajo de laboratorio pueda poner en tela de ju i­
cio la teoría, y ello no por razones dogmáticas, sino porque las tareas del pensamien­
to y aquellas otras que se desenvuelven en torno al horno, la retorta o el matraz, se
consideran como dos aspectos de una actividad única: la teoría y el experimento son,
ambos, reflejo de la obra de la naturaleza, una en el pensamiento del alquimista, que
representa el principio originario del fuego que circula a través de todas las cosas, otro,
en el proceso de laboratorio donde el principio del fuego produce sus efectos. En estas
condiciones, jamás se constata en el pensamiento alquímico ninguna separación entre
la teoría y la experiencia. E l alquimista no encuentra fracasos, solamente negligencias
o dejadeces que le impiden llevar a buen fin los experimentos. Que no se vea en todo
esto la ceguera o la obstinación de un pensamiento irracional, sino simplemente la con­
vicción de que la teoría ofrece un marco inagotable, desde el que siempre podrán inten­
tarse nuevas prácticas. Y si, insensiblemente, a lo largo de múltiples e interminables
experiencias, la teoría acaba modificándose, ello ocurre sin que los actores de la inves­
tigación lleguen a tener sentimiento de crisis o ruptura epistemológica de ningún tipo:
ésta sólo resultará apreciable a los ojos de los historiadores, mucho más tarde»2(\
Así, lo mismo que ocurrió en su día con la alquimia, los enfoques desplegados en las
ciencias de la naturaleza y, con mucha mayor razón, en aquellas no experimentales que
se ocupan de la economía y la sociedad, acostumbran a generar «sistemas de positivi­
dades» capaces de renovarles el necesario respaldo empírico ante posibles eventos des­
favorables (en el presente texto se aportan múltiples ejemplos de este proceder). Lo cual
genera diálogos de sordos cuando aparte de los practicantes pierden la fe en la omni­
potencia de un enfoque y proponen otros diferentes: aparecen áreas de incomunicación,
y de crispación, entre los partidarios de uno y otro enfoque, mostrando que el fondo del
debate no puede resolverse mediante la simple aplicación de las reglas del juego cien­
tífico, aun cuando éstas sean profusamente invocadas por los contendientes.

5 -

La creciente compartimentación del pensamiento económico detectada por Beaud y


Dostaler (1993) a la que hicimos referencia creo que no es ajena a la progresiva ruptura
del monopolio de enfoques que venía ejerciendo la ortodoxia desde esa única idea de2 0

20. B. Joly, La ralionalitédel'olchimie au XVII siec/e, París: Librairie PhilosophiqueJ. Vrin, 1992, p. ¡11-112.
PRÓLOGO A LA 2’ EDICIÓN. EVOLUCIÓN RECIENTE DEL PENSAMIENTO ECONÓMICO 59

sistema económ ico que en este libro traíamos de relativizar poniéndola en perspecti­
va histórica. Tarea ésta que se revela cada vez más fundamental, si queremos trascen­
der la m encionada fragm entación cultivando maneras de pensar y perspectivas más
amplias y capaces de posibilitar la convivencia y el intercam bio constructivo entre
diferentes enfoques. Pongam os un ejem plo significativo. E l de la crisis eco lógica o
ambiental y su tratamiento económ ico. En la primera edición de este libro se postula­
ba que el tratamiento de los problemas ecológicos de nuestro tiempo reclam aba una
revísión a fondo de las categorías básicas del pensamiento económ ico. Esta necesidad
resulta para m í hoy mucho más evidente.
E n los capítulos que siguen se expone cómo la cien cia económ ica se consolidó
haciendo abstracción de la realidad física y social en la que transcurría la vida de los hom­
bres. Para lo cual desplazó la noción de sistema económico al universo aislado de los
valores pecuniarios o de cam bio, equiparó la noción de producción a la sim ple pro­
ducción de valor «añadido» a base de revender con beneficio y redujo la riqueza obje­
to de estudio a una única categoría unificada e intercam biable de la misma: el capital.
A h ora que los problemas ecológicos de nuestro tiem poinducen a estudiar y controlar
la incidencia que sobre ellos tiene la gestión económica, nos damos cuenta de que la idea
mism a de sistema económ ico y el aparato conceptual en el que se apoya, que apare­
cen recogidos en los manuales y cifrados en las Cuentas N acionales, no son un instru­
mento adecuado para ello. 1
Cuando una red analítica deja escapar el objeto de estudio propuesto, caben dos
opciones: remendar y estirar esa red para arrojarla de nuevo sobre el objeto que per­
manecía inestudiado o diseñar otras más apropiadas para capturarlo. E n lo referente a
los problemas ecológicos, ambos caminos están siendo practicados. En los manuales se
incluyen ya apartados sobre el tratamiento del «medio ambiente» y se propone hacer más
«sostenible» el desarrollo. Pero el «medio ambiente» no debe tomarse com o un aspec­
to más a analizar tras haber abordado las otras secciones. E l «medio ambiente» surge,
com o objeto de estudio, de la cortedad de miras del enfoque económ ico ordinario y se
diluye si adoptamos un enfoque económ ico más amplio y abierto: lo que normalmen­
te se entiende por «m edio ambiente» es, precisamente, el medio físico que permane­
ce inestudiado al escapar al universo del valor propio de la econom ía estándar y viene
dado por los recursos naturales que existían antes de haber sido valorados y utiliza­
dos en el proceso económ ico y por los residuos artificiales que éste devuelve al medio
físico cuando ya, por definición, carecen de valor.
Los dos cam inos antes mencionados se traducen en dos posibilidades de reflexio­
nar sobre ese m edio am biente inestudiado por el enfoque económ ico estándar: una,
estirando la vara de m edir del dinero para valorar las «externalidades>> y someterlas a
la conceptualización de este enfoque y, otra, aplicando sobre ellas el aparato conceptual
de las ciencias de la naturaleza que razonan desde la perspectiva de los propios recur­
sos (y residuos). E s decir, una busca extender la idea usual de sistema económico sobre
determ inados objetos «am bientales» supuestam ente erráticos y desordenados, otra
aborda directam ente el estudio de esos objetos desde la idea de la biosfera y de los
ecosistem as en los que se integran. Creo que ambos cam inos no deben excluirse ya
que, si bien sería pueril pensar q u e e l primero puede cubrir satisfactoriamente e l vacío
analítico que su propia red teórica había generado, tampoco el segundo debe perma­
necer ajeno a las valoraciones monetarias relacionadas con los procesos físicos que
60 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

estudia, si se quiere facilitar la incidencia práctica de sus análisis. A s í, más que susti­
tuir la vieja idea de sistema económ ico por otra que se estim e más acertada, se trata
de quebrar eí monopolio que venía ejerciendo en el campo de lo económico, para conec­
tarla con los otros sistemas explicativos del mundo físico . Pero esta nueva conexión
entre los análisis físicos y monetarios de los procesos supone un cambio de estatuto
de la propia ciencia económica, al hacer de lo económico un punto de encuentro con otras
disciplinas, abandonando el razonamiento en ciclo cerrado que los economistas venían
desarrollando en el campo del valor. En otras palabras, se trata de abrir la puerta de lo
económ ico hacia la multidimensionalidad de enfoques y la transdisciplinaridad de sus
practicantes y de desplazar el razonamiento desde el sistema económico hacia una eco ­
nom ía de sistemas.
E l afán de integrar en Ja econom ía el tratamiento de los problemas ecológicos o
ambientales abre una de las áreas más vivas y polém icas del pensamiento económ ico
actual, que genera una parte no despreciable del am plio volumen de literatura antes
mencionado. L a polém ica arranca de que el tema se aborda a partir de perspectivas y
sistemas diferentes: mientras, en general, los practicantes de la llamada «econom ía
ecológica» parten del punto de vista de los propios recursos y ecosistemas a gestionar,
los econom istas «ambientales» lo suelen hacer desde el universo del valor y la rela­
ción coste-beneficio que lo envuelve. L o razonable sería conectar ambos enfoques y
esto es lo que proponen, por ejem plo, Herm an D aly y R o b et C o n stan za en el libro
colectivo Ecoiogical Economics 21 (1991) y esto es lo que propuse en la primera edi­
ción de L a economía en evolución (1987), aunque en este último caso señalé la extre­
m ada redundancia que suponía adjetivar el térm ino econom ía co n la m ism a raíz
eco(lógica) (como si la econom ía normal fuera ecoilógica) y preferí emplear el térmi­
no ecointegrador para designar este enfoque. N o obstante, las barreras mentales e ins­
titucionales y el dogmatismo reinante dificultan hoy por hoy esa integración y crispan
las polém icas cuando se cierran los ojos a la posibilidad de razonar desde presupues­
tos diferentes y de apreciar la multidimensionalidad de los problemas.
E n el fondo oculto del debate se encuentra la cuestión no resuelta del cam bio de
estatuto de la cien cia económ ica arriba m encionado y la escasa referencia al hecho de
que esta polém ica ha abierto una profunda brecha en el edificio de la ciencia econó­
m ica «normal» que se venía impartiendo. E n vez de discutir estos temas de fondo, el
grneso de la literatura antes m encionada se entretiene en afinar hasta la saciedad los
instrumentos derivados de la economía estándar y desgranar su aplicación a casos con­
cretos, acusándose también en este cam po el desplazamiento observando en el interés
y el ranking de prestigio de la profesión, desde el objeto y el sistem a que lo define
hacia los instrumentos y desde éstos hacia la matemática en sí, com o instrumento de ins­
trumentos. A s í, aunque esta polém ica haya conseguido escindir ampliamente las filas
de los economistas, se corre el riesgo de que las nuevas ideas se vean eclipsadas por
la m asiva y redundante extensión y reform ulación de las antiguas, que se presentan
bajo envolturas novedosas, prolongando la am bigua situación actual y retrasando el
necesario cambio de estatuto de la disciplina.2
1

21. R. Constanza, (cd.), Ecoiogical economics. The science of managemcnl of sustainabiliiy; Nueva York
y Oxford: Columbia University Press, 1991.
PRÓLOGO A LA 2‘ EDICIÓN. EVOLUCIÓN RECIENTE DEL PENSAMIENTO ECONÓMICO 61

6
Pero el universo cerrado del valor en el que han venido razonando los econom istas
deja en la oscuridad otras muchas áreas con las que este universo interacciona en el
mundo real, cuyo estudio en profundidad reclam a también, desde ángulos diferentes,
l a revisión de las categorías básicas el pensamiento económ ico que se propugna en
este libro. C osa que quiero dejar clara, habida cuenta de que incluso las recensiones
más serias y equilibradas de que fue objeto la primera edición de este libro lo presen­
tan a mi ju ic io sesgadamente com o «una excelente contribución a las ciencias socia­
les desde postulados ecologistas» (A . Barceló, Recerques, núm. 22) o establecen como
punto de partida del mismo el hecho de que los enfoques económ icos usuales «no sir­
ven para expücar, ni para gestionar de manera racional los recursos naturales y el medio
am biente del planeta» (M . Santos, Revista de Historia Económica, año 7, núm. 1).
A claro que, al m enos, mis pretensiones com o autor eran bastante más am plias de lo
que sugieren estas lecturas. D e ahí que evitara en su título cualquier referencia a la
eco lo gía o el m edio am biente, pese a las sugerencias bienintencionadas que se me
hicieron en sentido contrario. L o mismo que acabamos de decir para el mundo físico y
biológico afecta de lleno al tratamiento del territorio habitualm ente desvinculado de
la econom ía. S e ha mantenido así el tradicional divorcio entre el «planteamiento» terri­
torial y la «planificación» económ ica, como si no incidieran ambos sobre una misma
realidad, al ig u al que el m anejo aislado de cartografías tem áticas y de cuadros con
datos monetarios, dando pie a actuaciones contradictorias y ocasionando graves des­
propósitos desde el punto de vista de la gestión.
En otro orden de ideas se acusan serias disfuncionalidades derivadas de la desco­
nexión entre econom ía, sociología y antropología, entre las que destaca la desatención
de la literatura económ ica hacia la génesis de las necesidades, que desemboca en el
fracaso de las teorías del desarrollo para elim inar la insatisfacción y la pobreza de la
fa z de la Tierra. L a econom ía estándar aparece así como una disciplina que dice ocu­
parse de la satisfacción de las necesidades mediante el consumo, pero que ignora el
origen de aquéllas, cuando de hecho está contribuyendo a expandidas incontrolada­
mente y provocando una mutación generalizada del homo economicus en homo mise-
rabilis, que pone en cuestión las promesas mismas del desarrollo, tal y com o argumenta
Ivan Illich 2^ D e ahí el fiasco de la promesa del «desarrollo» para eliminar la insatis­
facción y la pobreza en el mundo. Porque el desarrolloeconóm ico m ism o no intervie­
ne mejorando de entrada las condiciones de vida de las sociedades «periféricas» al
capitalism o, sino provocando su crisis sin garantizar alternativas solventes para la
m ayoría de la población im p licad a, institucionalizando primero la escasez y escati­
mando después los medios para colm arla, para desatar así el proceso de miserabiliza-
ción antes indicado. Y esta problem ática no sólo afecta al «Tercer M u n do» o a los
empobrecidos países del antiguo «bloque socialista», sino también a lo s países de capi­
talismo «avanzado» o «m aduro». U n a vez separado en éstos el individuo de sus anti­
guos medios de subsistencia y desaparecidas las instituciones tradicionales que le daban
cobijo, el Estado tuvo que crear las nuevas y más costosas redes asistenciales del !la-2

22. I. lllich, «Nccds», en W. Sachs (ed.), Tlw developmenl dictionary: A guide lo btowiedge as power,
L-Ondres y New Jersey: Zed Books, 1992.
62 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

m ado Estado del Bienestar, cuyo mantenimiento aparece cada vez más reñido con el
equilibrio presupuestario. En otras palabras, que una ve institucionalizada la escasez
hasta límites insospechados y cuando el capitalism o escatim a a una parte creciente de
la población los ingresos necesarios para paliarla, se observan también crecientes d ifi­
cultades para institucionalizar el m odo de h acerle frente con el apoyo del Estado.
Llegam os así al conflicto fáustico que plantea la crisis del Estado de Bienestar visto
desde la econom ía ordinaria, al enfrentar el recorte del gasto que dem anda el equili­
brio presupuestario a las consecuencias sociales desastrosas que tal recorte ocasiona­
ría. Ignorando que cualquier solución solvente exige llevar el razonamiento más allá
de este callejón sin salida, para revisar los propios m ecanism os de creación de nece­
sidades y de institucionalización de la escasez que nos han llevado a la presente situa­
ción, a fin de ofrecer de nuevo, a los individuos y a Ja sociedad civil, armas capaces
de invertir el proceso de mserabiUzación en curso.
Pero relativizar la noción usual de sistema económ ico no sólo es útil para facilitar
la emergencia de otros sistemas de representación más aptos para gestionar la relación
de los individuos con su entorno físico y social, sino para mejorar la comprensión de
lo que ocurre dentro de propio campo de lo monetario. Pues, en los últimos tiempos, se
observan fenómenos que están recortando seriamente la capacidad explicativa del sis­
tem a instaurado p o rA d am Sm ith para «investigar la naturaleza y causas que hacen la
riqueza de la s naciones». Desde m i punto de vista, este sistema no solo derivó hacia
una crematística insensible a los problem as ecológicos, sino hacia una crematística
incompleta que ignora también ciertas formas de hacer dinero que se han extendido
últim am ente. En efecto, la versión cifrada de este sistema que nos han venido o fre­
ciendo las contabilidades nacionales, sobre la que se apoyan los m odelos y las inter­
pretaciones de los macreoconomistas, adolece de una paradójica ambigüedad: por una
parte, afin n a su condición de crem atística, centrada en la generación, distribución y
aplicación de valores monetarios, pero, por otra, deja fuera de su red analítica los ingre­
sos derivados del trasiego de activos preexistentes (accion es, inm uebles, terrenos,
patentes, obras de arte.. .)23^L o cual es grave cuando la actividad de las metrópolis del
capitalism o se concentra cada v ez más en la adquisición de riqueza y no en la p ro ­
ducción de la misma. L a en oíros tiempos tan ponderada «producción material» aparece
relegada a la «periferia tercermundista», mientras los países ricos se orientan prefe­
rentemente hacia la compra de productos terminados o de piezas sueltas a ensamblar.
La tarea de estos últimos ya no se centra tanto en la producción y exportación de manu­
facturas, com o en la venta de «servicios» y en el com ercio de activos patrim oniales.
El equilibrio de las balanzas de pagos de los países ricos se desplaza, no ya desde la
balanza com ercial hacia la balanza de renta, sino desde esta últim a hacia la de capital
a corto y el funcionam iento del propio m ercado de divisas. E n suma, que el peso cre­
ciente de la econom ía financiera en la explicación del reparto de poder mundial per-

23. El nuevo Sistema de Contabilidad Nacional (SCN 93) elaborado en el marco de las Naciones Unidas (con
e! acuerdo de Jos principales organismos internacionales con competencias económicas) trata de poner
remedio a esta situación, incluyendo cuentas de patrimonioy cuadros de desarrollo que, cuando se
implanten, permitirán acometer, porvez primera, análisis sistemáticos de! comportamiento delos dis-
rintos tipos de activos patrimoniales en los países y relacionarlo con las informaciones habituales de
flujos.
PRÓLQG O A l a 2‘ EDICIÓN- EVOLUCIÓN RECIENTE DEL PENSAMIENTO ECONÓMICO 63

manece inestudiado a la sombra de la idea smithiana de sistema económico centrado en


la producción y comercio de mercancías. Si recordamos que el valor en dólares corrien­
t e de los activos financieros mundiales ha crecido durante los dos últimos decenios a
una tasa media anual que dobla la registrada por los agregados de Producto, podemos
apreCiar que el manejo de los activos financieros está llamado a ofrecer la llave del
poder y la capacidad de compra sobre el Planeta en mucha mayor medida que la pro­
ducción de mercancías. Pero esta llave de la adquisición de la riqueza planetaria, en
la que culmina de hecho la carrera de la «competitividad», presenta cada vez más a la
economía mundial como unjuego de suma cero en el que la opulencia de unos se apoya
en Ja pobreza de otros y en el que la dominación económica corre paralela al deterio­
ro ecológico, segregando cada vez más el territorio en áreas de acumulación de capi­
tales y recursos y zonas de apropiación y vertido.

V El enfrentamiento antes indicado entre la consideración de la economía como sistema


;:: v cerrado y unidimensional o como sistema abierto y multidirnensional, que recorre las
filas de los economistas, se solapa con aquel otro que enfrenta a los que ven el merca-
¿í'-'-if.:-': do como panacea con quienes lo toman como un simple instrumento.
: v ■: : Desde que Adam Smith nos habló de la «mano invisible del mercado», como parn-
cea capaz de emular a la Divina Providencia en la tarea de llevar a la humanidad por el
••buen camino siempre que se respeten sus reglas, esta idea providencialista ganó terre-.
no hasta erigirse, al decir de Polanyi24, en «la más violenta de las explosiones de fer­
vor religioso que haya conocido la historia» pues «lo que nació siendo una simple
; j • inclinación en favor de los métodos no burocráticos se convirtió en una verdadera fe que
• creía en la salvación del hombre aquí abajo gracias a un mercado autorregulador. Es
i e s t a fe en las propiedades benéficas del mercado la que alienta esa especie de «monis-
: i a ., mo transcendental» que induce al aislamiento de muchos economistas acostumbrados
' a encerrar sus reflexiones en el campo de los valores pecuniarios o de cambio. Sin
embargo, dentro del propio campo de los economistas se ha desarrollado una corrien-
i'f-ííyr' te neoinstitucionalista25 que se encarga de recordar que, tras la «mano invisible» de

: 24. K. Polanyi, The great transfomwlion, Nueva York, 1944. [La gran transformación, Madrid: La Piqueta,
B sM . 1989; véanse p. 66 y 223.]
ÍM a a 25. El lérmino «neo-institucionalismo» fue acuñado por A. G. Gruchy (en su libro Contemporary economía
lAffÁ thought: tire contribution of neo-insütutional economics, Clifton, New Jersey; Augustus M. Kelley,
AffA: 1972) para designar un conjunto amplio deautores que llevaron el análisis económico más allá del mer-
tAAf cado, conectándolo con otros campos de la realidad y áreas de conocimiento (instituciones, valores,
sí0 # ^ tecnologías...}. Esta corriente se agrupa en tomo a la Association far Evolutionary Economics, creada
en 1958, y a su revista, Jouma! of Economic Issues, creada en 1967. Recientemente, la publicación de
un diccionario de Economía Institucional (dedicado en honor de Veblen, Commons y Myrdal) apunta
a consolidar dicha corriente: G. M. Hodgson, W. J. Samuels y M. R. Tool (eds.), The Elgar Companion
to inslitulional and evolutionary economics, Hants (GB) y Vermont (EE UU): Edward Elgar, 1993. En
un sentido similar, poro desde una línea más radical, véase W. Sachs (ed.), Tite development dictionary.
A guide to knowiedge as power, Londres y New Jersey: Zed Books, 1992. Para mi gusto, el texto que
señala de forma más clara y escueta las diferencias entre el enfoque institucional y el estándar, sigue
siendo el de William Kapp, «In defense of institutional economics» (Sweedish Joumal of Economics,
^LX. (l}, S%8, p. 1-8) cuya primera traducción en castellano se incluye en la seleción de textos de Kapp
1
64 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

Adam Sm ith, se encuentra la mano bien visible de las instituciones26 que condiciona las
transacciones del m ercado. Y que por encim a de ésta transcurren las negociaciones,
presiones e influencias políticas para diseñar la estructura institucional y controlar su
funcionamiento. E n efecto, el mercado no es ninguna entelequia sino que ha de tomar
cuerpo en algún marco institucional, con unos derechos de propiedad atribuidos y dis­
tribuidos de form a concreta, que condicionan su extensión y sus resultados en precios,
costes, beneficios distribuidos, productos intercambiados y residuos em itidos. L a s ela­
boraciones de la teoría económ ica no podían y a permanecer insensibles a la creciente
avalancha de literatura que insistía en que las principales y más condicionantes d eci­
siones, que establecen las propias «reglas del ju ego » económ ico, se fraguan fu era del
m ercado y condicionan los resultados de éste. L a s elaboraciones de la teoría econó­
m ica fueron derivando insensiblemente, desde la identificación del m ercado con las
virtudes de la libre competencia y del equilibrio con el óptimo, hacia el estudio de las
im perfecciones de aquél y la ineficacia de su funcionam iento, que podían derivar a
situaciones nada óptim as. A s í, al tener en cuenta la am plia casuística que hace que las
transacciones mercantiles desemboquen en los resultados más diversos, las elabora­
ciones de ia teoría económ ica acabaron desem bocando también en e l estudio de un
rosario tan amplio de casos que incumplen las reglas de ese m ercado, libre, transpa­
rente y perfecto en el que concurren individuos igu ales, que - a l decir de Passet, en el
texto antes citado- recuerda a la larga lista de pecados que, debidamente clasificada, figu­
ra en los antiguos m anuales de confesores. Cuando, evidentemente, ni una lista ni la
otra encierran la explicación del comportamiento económ ico, o del com portamiento
humano.
Pudiendo el mercado arrojar tantas soluciones, reales o simuladas, com o m arcos
institucionales y distribuciones del patrimonio y de la renta se le im pongan, el institu-
cionalism o aplicado a temas ecológicos o ambientales trata de identificar aquellos mar­
cos cuyas soluciones se adapten mejor al entom o físico y a los estándares de calidad
deseados. Y lo m ism o que no hay «mano invisible» alguna capaz de guiar al sistema
hacia la estabilidad ecológica, también se sabe que no la hay para restablecer automá­
ticamente la equidad, cuando las dotaciones iniciales de personas, entidades o países son

y de Ciricy-Wantrup preparada por Federico Aguilera, recientemente publicada con el titulo Economía
de!os recursos naturales. Un enfoque institucional, en la colección «Economía y Naturaleza» que coe­
dita la FundaciónArgentaría con Dislribuciones Visor, Madrid, 1995. En cualquier caso hay que subra­
yar que las nuevas corrientes institucionalistas se alimentan de economistas de izquierda y de derecha,
intervencionistas y liberales..., rompiendo con las clasificaciones que se venían barajando, lo cual deno­
ta ¡a amplitud de esta corriente relativizadora de la vieja ortodoxia. Pero hay que advertir que, como
ocurre en otras áreas conflictivas, la ortodoxia reacciona utilizando también los aspectos instituciona­
les como campo de aplicación de sus propios enfoques e instrumentos. De ahí que North propusiera
llamar neo-institutionalists (de neo-clásicos) a los autores que buscan extender o complementar en el
institucional el modelo neo-clásico, y iiew-institutionalists a los que recurren al análisis institucional
porque impugnan dicho modelo y consideran que el comportamiento humano dista mucho de la racio­
nalidad del homo económicas. No obstante, esta distinción no ha cuajado sobre todo porque el propio
campo del análisis institucional es poco propicio para establecer fronteras tajantes entre ambos enfo­
ques: ello exigiría enjuiciar en todo caso las intenciones no explicitadas de sus practicantes.
26. Entendemos -de acuerdo con Bromley- por instituciones aquellos acuerdos y reglas colectivas que
establecen ¡o que es un comporiamienlo socialmente aceptable. (D. W. Bromley, Economic interests
and instilutions: the conceptuolfoundatíons of puhlic polícy, Oxford: Blackwell, 1989.)
PrÓLOGOa la 2‘ EDICIÓN. EVOLUCIÓNRECIENTEDELPENSAMIENTOECONÓMICO 65

desig uales en capitales y recursos. L a consecuencia lógica de este modo de razonar es


que el mercado deja de ser considerado como la panacea que por sí sola garantiza el ópti­
mo económ ico, para convertirse en un místrumento a utilizar sobre bases controladas para
conseguir soluciones que se adapten a determinados objetivos, estándares o escena­
rios socialmente acordados sobre el entorno físico, la equidad, etc. L o cual empuja a abrir
el rniverso hasta ahora aislado de lo económ ico a la realidad física, a sus m odelos pre-
dictivos, a las opciones tecnológicas y a Jos procesos de negociación so c ia l, trasla­
dand o el nú cleo de la discusión eco n óm ica desde e l interior del m ercad o hacia
ifoormociones e instituciones exteriores al mismo, para hacer de esa discusión un punto
de en cuentro obligadam ente transdisciplinar. Esperem os que la segunda edición de
este libro contribuya a ello en alguna medida, y a que entre sus propósitos figuraba el
de sacar el razonamiento económ ico de la torre de m arfil de los econom istas, ayudan­
do a dem ocratizar el pensamiento en este cam po.

8
Por últim o recordemos que tras los conflictos que enfrentan a los econom istas sobre
la consideración del mercado, la equidad o el tratamiento del medio am biente, subya­
cen posiciones ideológicas que los suelen hacer irreductibles a la discusión y el acuer­
do razo n ado s. D e ahí que las polém icas que originan los m en cion ados c o n flicto s
desemboquen con frecuencia en diálogos de sordos más propios de enfrentam ientos
religiosos que de intercam bios científicos. Sin em bargo, esto no es corriente apreciar­
lo , añadiéndose a la Torre de B abel entre especialistas, antes m encionada, otra inco-

rnunicación todavía más grave entre el pensamiento cien tífico y las otras form as del
conocim iento.
. Por ello este libro no sólo apunta a facilitar la conexión entre ciencias de la natu­
raleza y del hombre para mejor orientar la gestión económ ica, sino tam bién entre la
ciencia y las otras formas del conocim iento humano. Pues aunque la discusión sobre la
viabilidad y la econom icidad de los sistemas de vida de las sociedades hum anas deba
realizarse a la luz de los conocimientos científicos disponibles, hemos de subrayar que
tanto la orientación de éstos, com o la elección inherente a la toma de decisiones polí­
ticas y económ icas, serán siempre tributarias de consideraciones m etacien tíficas. L o
cual otorga renovada vigencia al propósito formulado por pensadores afines a los román­
ticos (Schellin g, Hum boldt, R u sk in ...) de buscar soluciones que concilien criterios éti­
cos, estéticos y utilitarios, para resolver las ambivalencias que suele com portar la toma

de decisiones y para diseñar marcos jurídicos e institucionales propicios para que tal
cosa ocurra. M á xim e viendo que la epistem ología moderna asume explícitam ente que
la torna de decisiones en condiciones de incertidumbre y con diferencias cualitativas
difícilm ente com parables, son m oneda com ún en la gestión política y eco n ó m ica27.
E s m ás, la propia form a de concebir la naturaleza, e l hombre y su m u tu a relación,
está llam ada a inform ar los dos enfoques económ icos antes m encionados que escin­
den la com unidad de los economistas en un m ism o conflicto ideológico y cien tífico .
U n enfoque que podríam os calificar de analítico-parcelario, en cuanto a l m étodo, e

27. Véase, S. O. Funtowicz y J. R. Ravetz, Uncertaimy and qualiry in scienceforpolicy, Dordrecht: Kluwer
Academic Publishers, 1990.
66 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

indivídual-competítivo, atendiendo a su filosofía, que confunde individualismo con


egoísmo para mantener la fe mandeviliana en el comportamiento individual insolida­
rio como el mejor medio para conseguir, por obra y gracia de la técnica y el mercado,
un enriquecimiento y bienestar generalizados. Otro, que podríamos identificar como
sistémico, en cuanto al método, y global-cooperativo, en su filosofía, que apunta a
cumplir simultáneamente objetivos utilitarios, éticos y estéticos. Ninguno de los dos
enfoques puede ser ya ajeno al deterioro de las condiciones de vida en la Tierra que
origina la civilización industrial, pero abordan los problemas de modo diferente, ya
que parten de dos ideas distintas de naturaleza. Para el primero de ellos la naturaleza
no es otra cosa que un «medio ambiente» que rodea al hombre, cuya calidad se desea
mantener tratando de paliar los impactos más negativos que se derivan de su uso. Para
el segundo, la naturaleza es la «biosfera» (a la que se devuelve más o menos metafó­
ricamente la condición de organismo: recordemos la hipótesis Gaia28) en la que el hom­
bre se ve integrado, siendo esta integración la que se propone revisar, para lograr una
simbiosis más acertada y acorde con el geocentrismo de este enfoque. Para el primero,
en suma, la naturaleza sigue siendo un simple conglomerado de recursos a explotar,
del que hay que ocuparse de mala gana dado que ejercen un papel limitante sobre las
actividades humanas. Para el segundo, la naturaleza no sólo es limitante, sino también
sugerente, al proporcionar al hombre intercambios lúdicos y creativos. Ciertamente
los motivos que nos inducen a inclinarnos hacia una u otra posición son irreductibles
a la discusión científica, pues dependen no tanto del conocimiento como de la sensibi­
lidad de cada cual, que además suele embotarse en situaciones de penuria, sufrimiento
o desvarío. Por lo que difícilmente se podrá mejorar la relación hombre-naturaleza sin
mejorar Ja relación entre los seres humanos mismos, evitando las situaciones de frus­
tración, de guerra y de pobreza que últimamente se han prodigado por el mundo.

28. La obra más representativa y extremada de esta nueva visión organicista de la biosfera es la de J. E.
Lovelock, Gaia, a new look al lije on Earth, Oxford University Press, 1979 [Gaia, una nueva visión
de la vida sobre la tierra, Barcelona: Orbis, 2‘ cd., 1987.]
CRÍTICA A LA E C O N O M O ORTODOXA 67-109

E l absolutismo del individualismo de mercado


G e o ffr e y M . H o d g so n

Jamás, en esta tierra, estuvieron las relaciones éntrelos hombres basadas sólo en el pago
en efectivo. Si, en cualquier momento, una filosofía de laissezfaiie, competencia y ofer­
ta y demanda, se erige en el exponente de las relaciones humanas, esperad que acabe
pronto (Thomas Carlyle, Past and Present, 1847).

La Nueva Derecha acepta el economicismo del pensamiento liberal clásico. Por ello,
ignora, o no puede enfrentarse, a ese «elemento no contractual del contrato» que
Durkheim, inspirándose de hecho en ideas conservadoras, identificó hace tiempo.
Las instituciones de mercado, tal como afirmaría también un conservador oakeshot-
tiano, no pueden prosperar de forma autónoma. Requieren de normas y mecanismos
de confianza, que pueden protegerse por ley, pero sólo hasta un límite, a través de
formulaciones legales (Anthony Giddens, Beyond Left and Right, 1994).

M uchas personas creen que un sistem a de «libre mercado» es más «natural» que cual­
quier form a de socialism o. E l socialism o es muchas veces considerado com o un sis­
tema peligrosam ente intervencionista, mientras que dejar las cosas al libre flu ir de los
mercados es dejar que éstas sigan su supuesto curso «natural». A pesar de su atracti­
vo, esta visión tiene un origen sorprendentemente reciente. L a idea de la m axim iza-
ción de la libertad individual dentro de un sistema basado en la propiedad privada y
coordinado por el m ercado, es m ucho m ás reciente que la antigua idea de la propie­
dad colectiva. Es verdad que la idea básica de la libertad individual tiene sus orígenes
en la antigüedad, pero esa libertad no siempre estuvo relacionada con la propiedad pri­
vada y los mercados.
Entonces, ¿cuándo se vincularon estos conceptos? Tal com o destacó C ra w fo rd B .
Macpherson, la primera fase fu e e l desarrollo, e n la Inglaterra del siglo x v n , d e la teo­
ría del «individualism o p osesivo». Según esta novedosa idea -fo rm u la d a origin al­
mente per Thomas Hobbes, Jam es Harrington y Jo hn Locke-, se concebía al «individuo
co m o, esencialm ente, el propietario de su propia persona y capacidades, sin deber
nada a la sociedad por ellos» (M acpherson, 1962: 3). Sin embargo, el «individualis­
m o posesivo» no im plicaba en sí m ism o la idea de que los derechos y libertades indi­
viduales debían estar sustentados y protegidos a través de la m axim ización del uso del
mercado y la minimización del poder estatal. Aunque eran partidarios del uso de los mer-

* Publicado en: Hodgson, Geoffrey, M. «The absolutism of market individualism». En: Economics and
utopia. \V/iy the íearaing economy is nol the end ofhistory. Londres: Routledge, 1999, p. 62-97.
Traducción: Gernrna Galdon.
68 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

cados, Hobbes, Harrington y L o ck e reconocieron el importante papel político y eco ­


nóm ico del Estado. L a idea de transferir toda la regulación económ ica al mercado y
minim izar el papel del Estado surgió más tarde. E l concepto de que el mercado podía
ser tan omnipresente y ju gar un papel regulador crucial en la sociedad apareció por
primera vez en el siglo x v iíi, mientras que la idea de la propiedad colectiva y de la
regulación de la sociedad con arreglo a algún tipo de plan tiene más de dos m il años de
antigüedad.
En 1714, fue una herejía - p o r la que el autor sufrió virulentos ataques y censura
le g a l- argumentar, com o hizo Bernard M andeville en The Fable ofth e Bees (La fá b u ­
la de la s abejas), que los vicios privados podían convertirse en virtudes públicas. Tras
ella, en 1776, apareció una «contribución decisiva» al individualism o basado en el
mercado: L a riqueza de las naciones de A d am Smith, un temprano «relato del orden
autogenerado que se forma espontáneamente si los individuos son contenidos por las
normas legales apropiadas» (H ay ek , 1978: 124-5). Igual que el socialism o, el ind ivi­
dualismo de libre mercado encuentra sus raíces en la Ilustración del siglo xvm , de la que
recogió los principios de la libertad individual, los derechos absolutos de la propiedad
y la igualdad bajo la ley, para tejerlos conjuntamente en su visionario tejido del siste­
m a de mercado.
T al com o se ha apuntado en el capítulo anterior, el término «individualism o» se
forjó en los añ o s2 0 d el siglo XIX, en la misma época en que la palabra «socialismo» apa­
reció en inglés. E l concepto del individualismo se ha alimentado de su adversario desde
entonces. Existiendo conjuntamente en una relación sim biótica, y com partiendo raí­
ces similares de la Ilustración, los dos términos muchas veces han compartido las m is­
mas, y a veces cuestionables, presunciones. Por ejemplo, mientras que uno ha enfatizado
la propiedad colectiva, el otro normalmente ha insistido en la importancia de la pro­
piedad individual. A pesar de esta diferencia evidente, los dos han compartido la pre­
sunción de que la propiedad absoluta de todos los bienes económ icos claves (o de otra
clase) es posible y que la form a de propiedad -se a individual o co le ctiv a - tiene una
importancia crucial. A u n pareciendo diametralmente opuestos, en m uchos aspectos
existen en el m ism o plano conceptual. O tros ejemplos de la sorprendente coinciden­
cia entre las suposiciones de gran parte del pensamiento «socialista» e «individualista»
se presentan más abajo, donde también se mostrará cóm o algunas de las razones que
hacen del socialism o y del individualism o de mercado teorías defectuosas son com u­
nes a ambos.
En este capítulo no se contemplan todas las variantes de la filosofía «individualis­
ta»’ . Se limita a la tradición moderna del «individualism o de m ercado» que, desde

1. Talcomo Lukes ( 1973) ha detallado, el término «individualismo» ha adquirido diferentes significados,


que no se limitan simplemente al «individualismo de mercado» examinado aquí. En otra tradición,
mayoritariamente alemana, desarrollada a finales del siglo X !X, el «individualismo» o la «individuali­
dad» significan la verdadera realización de las capacidades únicas del individuo. Además, en los escri­
tos de los años alrededor del cambio de siglo -por ejemplo, de Oscar Wllde y L. T. Hobhouse en Gran
Bretaña y de Thomas Mano en Alemania-, el «individualismo» en tal sentido se veía como algo total­
mente compatible con un tipo de socialismo (Lukes, 1973:. 17-22; 35-8). En cambio, en el presente
capítulo, nos referimos mayoritariamente a lo que fue descrito por Lukes como «individualismo eco­
nómico»: la idea de que la mayor parte de las disposiciones económicas y sociales están mejor media­
das a través de la propiedad individual, el contrato y el comercio.
EL ABSOLUTISMO DEL INDIVIDUALISMO DE MERCADO 69

Mandeville y Smith a los preñóos Nobel Fríedrich Hayek y M ilton Fiiedman, ha sido tes­
tigo de la extensión del uso del «mercado» com o solución a problemas políticos y eco­
nómicos fundamentales. Esta es una utopía individualista en la que la propiedad privada
es omnipresente y los mercados competitivos sirven de intermediarios en la mayoría o
la totalidad de la actividad económ ica. Esta utopía del «individualism o de mercado» es
criticada en este capítulo, en base a su inviabilidad así com o a su indeseabilidad.
En muchos manuales de economía convencional se discuten los límites de las solu­
ciones de libre m ercado a los problem as econ óm icos. Típicam ente, esta crítica de
manual a la dependencia universal en el mercado se basa principalmente en la idea de
la s «externalídades». Se nos invita a considerar el coste social y eco lógico impuesto
por un conductor de automóvil que contamina el aire y hace aumentar los atascos: el con­
ductor no sufre individualmente la mayor parte del coste ecológico que produce, sino
que lo im pone a otros. E l m ercado no penaliza al conductor de fo rm a equivalente al
coste social de su acción. L a decisión de utilizar el coche se tomará en relación a los
beneficios y a los costes que esto aporte al conductor, no a la sociedad. Este es un ejem­
plo de lo que se conoce com o «extem alidad».
Entre los economistas convencionales existen dos grandes grupos de política eco­
nóm ica para este problema. L a primera, basada en los supuestos «fallos del mercado»,
sigue las tesis del econom ista neoclásico Arthur Pigou (1920) y otros. E n este enfo­
que, se identifican las formas en que el sistema de m ercado fa lla al no tener en cuen­
ta los costes y beneficios sociales y ecológicos. E l enfoque de los fallos del mercado
pretende identificar las extem alidades y utilizar m edidas com o los impuestos sobre
carreteras, com bustibles, etc. en un intento de aliviar el problem a. En general, esta
visión se apoya en el uso de legislación gubernam ental, del sistema impositivo y de
expertos informados para calibrar los costes y beneficios correspondientes.
En los años 60 surgió un segundo enfoque que generalmente se asocia con la «escue­
la de Ch icago» (Coase, 1960; D em setz, 1967) y que se inspiró en miembros de la es­
cuela austríaca, particularmente Lu d w ig von M ises (1949). E n este caso, las políticas
se centran en la creación y distribución de «derechos de la propiedad» claramente defi­
nidos. Los defensores de este enfoque argumentan que la contam inación, la conges­
tión y el agotamiento de los recursos se pueden tratar a través de la creación de derechos
de la propiedad sobre esos recursos, y sobre el m ism o m edio ambiente, y dejando que
sea el mercado - y si es necesario, los tribunales- el que se encargue del problema. A sí,
el problema de la extemalidad pigouviana se entiende que surge primordialmente com o
consecuencia de la ausencia de derechos de la propiedad claramente definidos y eje­
cutables. L o que se remedia en la práctica «rescindiendo las barreras institucionales
q u e im piden la total operatividad de la propiedad privada» (Von M ise s, 1949: 658).
L a sobreutilización de las tierras com unales y la sobreexplotación de lo s mares, por
ejem plo, se entienden com o el resultado de la falta de una propiedad clara y significa­
tiva sobre estos recursos; si existieran derechos de propiedad bien definidos, en cam ­
bio, los propietarios de los ríos y de los espacios abiertos contaminados podrían recurrir
a los tribunales para obtener indem nizaciones. L a id ea, por lo tanto, es la internaliza-
ción de las extemalidades a través de la definición de los derechos de la propiedad pri­
vada sobre todos los recursos y servicios.
Existen severos problemas de información y aplicación en los dos enfoques: las solu­
ciones pigouvianas exigen una inform ación experta y detallada sobre las extemalidades
70 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

que es muy difícil de obtener, mientras que la «solución» de ios derechos de la propie­
dad se basa en un conocimiento específico de las infracciones y amplias medidas para su
cumplimiento que son muy difícíles de conseguir y problemáticas en la práctica.
Existe un paralelismo aquí con los problemas de información que aparecen en la
planificaci ón colectiva. Tanto el s ocialismo como el individualismo de mercado se
enfrentan a problemas de información, incentivos y ejecución. D e la misma forma que
algunos defensores del socialismo han propuesto soluciones de alta tecnología para
estos problemas, también lo han hecho algunos defensores del mercado líbre. Walter
B lock (1989), por ejemplo, ha propuesto el «cercado» de la atmósfera con rayos láser
para establecer y defender los derechos de la propiedad, de la misma forma que en el
siglo xix se cercaron los campos estadounidenses con alambre de espino. Encontramos
en estos casos la misma confianza inverosímil en un «arreglo» tecnológico que mues­
tran algunos defensores de la planificación completa y centralizada. En los dos casos,
la tecnología puede ser útil, pero es poco probable que resuelva todos los problemas
de información que surgen.
Existe mucha y muy controvertida literatura sobre estos temas, y no es posible ni
siquiera intentar hacer aquí un repaso rudimentario2. Sin embargo, sí se puede descar­
tar mucha de esta literatura porque se centra en concepciones y medidas limitadas sobre
la eficiencia económica. L o que nos interesa aquí es la posibilidad de una utopía indi­
vidualista de mercado en la que los contratos y la propiedad privada dominen la mayor
parte, si no toda, la vida económica y social. L a cuestión de la eficiencia es importante
y no debería pasarse por alto, aunque algunos de los defensores de la utopía individua­
lista definan Ja eficiencia en términos de maximización de la libertad individual, que
sólo los mercados y la propiedad supuestamente proveen. Además, la mayor parte de
la discusión convencional sobre la eficiencia económica invoca este término en un sen­
tido estático, ignorando la cuestión de la eficiencia dinámica, que es más importante.

1. L o s LÍMITES DE LOS CONTRATOS Y DE LOS MERCADOS

Una cuestión primordial relacionada con Ja evaluación de una economía basada en el


mercado son los límites de su sistema de coordinación de los contratos y los inter­
cambios3. Una de las críticas más importantes al individualismo de mercado al res-

2. Para las exposiciones convencionales sobre estos temas ene! contexto de los problemas ambientales, ver,
por ejemplo, Baumol y Oates (1988), Helm y Pearce (1991), Pearce y Tumer (1990).
3. Existe una distinción técnica entre los mercados y el intercambio que tiene una importania marginal para
el argumento planteado aquí. El intercambio de mercancías es definido como la transferencia contrac­
tual acordada de un derecho de propiedad a un producto o servicio (Commons, 1950: 48-9; Hodgson,
1988: 148-9). Un mercado es definidQ como un conjunto de intercambios institucionales y recurrentes
de un tipo específico (Hodgson, 1988: 174). Los mercados son intercambios inslitucionali:wdos, en los
que puede ser establecido un consenso sobre los precios y otras infonnaciones. Claramente, con esta
definición estricta, no todo el intercambio se produce en los mercados. Una importante excepción es
el «intercambio relacional», en el que el intercambio se basa en lazos duraderos de lealtad y no en tra­
tos competitivos y de mercado abierto (Dore, 1983; Goldberg, l 980b; Richaidson, 1972). Sin embar­
go, el término «mercado» es utilizado a veces para referirse de forma menos estricta a todos los
intercambios de mercancías. Para evitar incómodas fonnulaciones lingüísticas, el término «mercado»
es utiliudo a veces aquí en este sentido menos estricto. La definición más precisa, con su distinción
entre el intercambio de mercado y el no demercado, sólo se emplea cuando es estrictamente necesario.
ELABSOLUTJSMO DEL INDIVIDUALISMO DE MERCADO 7!

peCt0 Ja realizó e l so ciólo go francés E m ile Durkheim . E n su libro The D ivisió n o f


Labour in Society, publicado originalm ente en francés en 1893, Durkheim vio que las
lim itaciones de un sistema basado en el contrato residían en el propio contrato. Según
D urkheim , cada contrato depende de otros factores además del cálculo com pleto y
racional: «Porque en un contrato, no todo es contractual» (D urkheim , 1984: 158).
Explicaba que, siempre que existe un contrato, hay factores que no pueden reducirse a
las intenciones o acuerdos entre individuos y que tienen funciones reguladoras y vin­
culantes para el contrato mismo: estos factores son las reglas y normas que no se encuen­
tran necesariamente codificadas en la ley. E n un mundo com plejo, no se pueden redactar
contratos com pletos y totalmente especificados. Las partes contratantes se ven obli­
gadas a confiar en normas institucionales y patrones estándares de conducta que, por
razones prácticas, no pueden establecerse n i confirmarse a través de una negociación

v. ' detallada. Generalm ente, cada persona da por sentadas un conjunto de reglas y nor­
mas y asume que la otra parte hace lo m ism o.
Nótese que el argumento de D u rkh eim trata sobre la cuestión de la inform ación.
L a inform ación relevante inclu ida en un contrato típico es demasiado extensa, com ­
pleja e inaccesible para que no m ás que una pequeña parte de la misma pueda estar
sujeta a la deliberación racional y la estipulación contractual. Cuanto más com pleja
sea la situación a decidir, m ayor será la cantidad de inform ación relevante, y cuánto

• •: más tácita y dispersa sea la inform ación, más pertinente será Ja teoría de Durkheim .
Incluso las actividades económ icas más simples se basan en una red de apoyos ins­
titucionales que se dan por sentados. Lu d w ig Wittgenstein utilizó el ejemplo de firmar
un cheque: este acto depende de la existencia previa de muchas instituciones, rutinas y
convenciones -b an co s, créditos, leyes- que son los antecedentes prácticos y el marco
• de las acciones e interacciones socioeconóm icas. Sin estas instituciones, dich a activi-
w ^ dad no tendría ningún sentido. L a misma observación es válida para otras actividades
diarias, corno mandar una carta o esperar un autobús. En todos los casos, dependemos
IS í
de form a habitual e inconsciente de una densa red de instituciones y rutinas preesta­
9M & :
blecidas. Toda actividad socioeconóm ica form a parte de una «com pleja red de siste­
mas de interacción» (Boudon, 1981: 86).
Se argumenta que, en estas circunstancias, nos basamos hasta cierto punto en la
confianza. Por defin ición , si co n fiam os en la otra parte, nos embarcamos volunta­
riamente en un proceder cu yo resultado depende de las decisiones tom adas por esa
W :¥ . ■
otra parte. N o rm alm en te, e l resultado está fu e ra de nuestro control. M u ch os estu­
.............
dios han demostrado que la co n fian za es vital para el mundo del com ercio y el inter­
cam bio.
Tomemos, por ejem plo, la obra de Stew art M acaulay (1963) sobre las relaciones
no contractuales entre empresas. Se esperaría que en el mundo de los negocios, la con­
fianza y el compañerismo basados en las relaciones fueran eliminados en favor de las

Ife relaciones económ icas. Sin em bargo, M acau lay observó que las empresas capitalistas
se basan en valores como la «honestidad y la decencia norm al» a la hora de hacer nego­
cios. Incluso cuando existen grandes riesgos, las personas de negocios no responden
necesariam ente exigiendo un contrato form al que cubra todas las posibilidades. L a
encuesta de M acau lay demostró que en una gran mayoría de pedidos no existía co n ­
trato form al alguno, y que se basaban en la palabra o las relaciones establecidas entre
las personas involucradas.
72 CRÍTJCAALAECONOMÍAORTODOXA

L a consideración de la incertidum bre dom inante en las relaciones em presario-


empleado en la empresa capitalista llevó a A lan F o x ( 1974) a argumentar convincen­
temente que un elem ento de confianza supra-contractual es esencial en las relaciones
industriales, y que un sistema puramente contractual no es factible^ Hasta cierto punto,
las empresas establecen una «dinám ica de co n fian za». A s í mismo, Herbert Frankel
(1977) exam inó hasta qué punto el dinero m ism o se basa en la confianza.
E l papel funcional de la moralidad y de la confianza en un sistema capitalista ha
sido enfatizado por muchos autores. A ith u r Denzau y (el premio Nobel) Douglas North
(1994: 20) escribieron:

una economía de mercado se basa en la existencia de un conjunto de valores com­


partidos que permiten la existencia de la confianza. La moralidad de una persona de
negocios es un bien intangible crucial en una economía de mercado, y su inexisten­
cia incrementa de forma sustancial los costes de transacción.

W ill Hutton (1995: 20) ha elaborado un tema similar: «el grado de éxito de las ins­
tituciones de una econom ía en apuntalar la confianza y la continuidad, determinará la
capacidad de mantener la fortaleza competitiva a largo plazo». L o s lazos instituciona­
les y culturales cumplen una función esencial incluso en una econom ía individualista
y capitalista.
Sin embargo, todo el tema de la cooperación basada en la confianza, y el de la con­
fianza m ism a, es que ésta se ve empañada por el sobreuso de la negociación contrac­
tual y del cálcu lo de costes. Tal como rem arcó co n franqueza otro prem io N o b e l,
Kenneth Arrow (1974: 23): «la confian za es un im portante lubricante del sistem a
social. .. S i tienes que comprarla, ya tienes dudas sobre lo que has com prado».
Los econom istas neoclásicos ven estos fenóm enos de confianza y cultura com o el
resultado de la m axim ización de la utilidad, por los agentes individuales. Sin embargo,
definir la confianza com o un fenómeno resultante simplemente del cálculo racional de
los costes y beneficios realizado por un individuo no es la mejor form a de describir­
lo: hay algo más. N o es adecuado construir la « co n fia n za » , la «cooperación» y el
«altruismo» en base a la presunción de que los individuos actúan solamente como resul­
tado de la m axim ización de su utilidad individual. Desde este enfoque, si un individuo
incrementa su propia utilidad confiando, ayudando o cooperando con otras personas, no
está más que sirviendo a sus propios intereses, y no siendo genuinamente altruista en
el sentido m ás amplio y adecuado de la palabra.
Consecuentemente, tal com o han argumentado F o x (1974), E lias Khalil (1994) y
otros, la confianza no puede entenderse exclusivam ente dentro del marco de contrata­
ción universal de m axim ización de la utilidad e intercambio en el que se basa la eco­
nom ía neoclásica. T al enfoque ignora las características culturales y las relaciones
sociales específicas que intervienen en la generación y protección de la confianza, lo que
le impide entender algunas de las características esenciales y específicas de cualquier
sistema capitalista. D e nuevo, tal com o ocurrió al discutir el caso del socialism o en el4

4. Esto es negado por el enfoque de coste de transición desarrollado per Wüliamson (1975, 1985). Para crí­
ticas de Williamson y pruebas de que la confianza es importante ver Berger el al. (1995), Arrighctti et
al. (1997), Burchcll y Witkinson (1997), Lyons y Mehta (Í997), Nooteboom et al. (1997).
EL ABSOLUTISMO DEL INDIVIDUALISMO DE MERCADO 73

capítUlo anterior, tropezamos con las lim itaciones de la teoría económ ica estándar: su
incapacidad de encontrar un m arco conceptual adecuado que permita com prender las
características claves de los sistemas económ icos más importantes5.
Existe actualmente una opinión muy extendida, apoyada por un gran volum en de
literatura, según la cual la propia prosperidad del com ercio depende de un cierto grado
de confianza y compromiso moral. Esto significa que la búsqueda exclusiva del bene­
ficio, sin tener en cuenta la confianza y el com prom iso, llevaría al fracaso. A dem ás,
una evaluación exclusivam ente pecuniaria es perjudicial incluso para una sociedad
capitalista. E n 1962, Franr;:ois Perroux escribió que:

Para que una sociedad capitalista funcione adecuadamente, deben existir ciertos fac­
tores sociales que no estén sujetos al móvil económico o, por lo menos, a la búsque­
da del máximo beneficio. Cuando el beneficio económico ocupa el primer lugar en el
pensamiento de los funcionarios, los soldados, los jueces, los sacerdotes, los artistas
y los científicos, el resultado es la dislocación social y una amenaza real a cualquier
forma de organización económica. Los valores más elevados, los valores humanos
más nobles -el honor, el júbilo, el afecto, el respeto mutuo- no tienen que tener pre­
cio; dárselo significa minar los cimientos del conjunto social. Siempre existe un marco
más o menos duradero de valores morales preexistentes dentro de los que opera una
economía capitalísta, valores que pueden ser muy extraños al mismo capitalismo
, (Citado en Albert, 1993: 104).

M ucho antes, Joseph Schum peter (1909) planteó que incluso una econom ía ato­
místicam ente competitiva depende de valores sociales irreductibles. D e form a similar,
en los años 40, Schumpeter (1976: 423-4) argumentó agudamente que «ningún siste­
m a social puede funcionar si se basa exclusivam ente en una red de contratos libres
entre partes contratantes (legalmente) iguales entre las que se espera que cada cual se
guíe únicamente por sus propios fines utilitarios (a corto plazo)». M ás recientemen­
te, Joseph S tiglitz (1994: 271) advirtió que: «el capitalism o, al promover com porta­
m ientos basados en e l e go ísm o , pu ed e crear un am biente m enos p ro p icio a la
eficien cia». Para su propia supervivencia, e l capitalism o depende de una dim ensión
moral que es independiente del pago en efectivo y del desnudo interés propio (Etzioni,
1988).
Especialmente por depender de la existencia de un contrato legal y voluntario, e l ejer­
cicio de la autoridad empresarial depende en parte de la presunción de legitim idad de
las partes involucradas. Sin embargo, tal com o señaló Hannah Arendt (1958), la legi­
timidad de una fonna de autoridad sólo puede «demostrarse», a ojos de las partes invo­
lucradas, recurriendo a una fuente que va más allá de las mismas autoridades. D e esta
form a, el capitalism o a lo largo de su historia ha dependido hasta cierto punto - y en
cierto modo sigue dependiendo de la cultura lo ca l o nacional e sp e cífica - de normas
de com promiso no contractuales, ya fueran de origen religioso o secular. L a legitim i­
dad del sistema de contratación no puede establecerse a través del recurso a la fuerza

5. Para exposiciones y exploraciones sobie la confianza en este contexto verArrighetti et al. (1997), Barbcr
(1983), Beal y Dugdale (1975), Burchell yWilkinson (1997), Campbell y Harris (1993), Fukuyama
(1995), Gambetta ( 1988), C. Lañe (1997), Lyons y Mehta (1997), Misztai (1996), Sako (1992), Kramer
y Tyler (1996), Zucker (1986).
74 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

o la veracidad de! contrato, lo que tiene importantes im plicaciones para la productivi­


dad y durabilidad del sistema.
El capitalismo ha sobrevivido porque ha com binado, de formas y con suertes dife­
rentes, la flu id ez y los incentivos del intercam bio de propiedades con una cohesión
social y com promiso m oral suficientes para mantener el sistema de contratos operan­
do en un contexto co m p lejo . E n algunas de sus fo rm as - t a l com o han in d icad o
Schumpeter, Karl Polanyi y otros-, estaes una combinación precaria. E l sistema depen­
de de los incentivos en efectivo y de la adquisición individual. Sin em bargo, si una
cultura social de egoísmo e interés propio se convierte en dominante, amenaza los lazos
del deber y la lealtad que son también necesarios para el funcionamiento del sistema de
mercado. S i la cohesión social y la confianza se resquebrajan demasiado, el sistema
deja de ser capaz de sostener los vínculos sociales permanentes que son necesarios
para la cohesión y longevidad organizativa, tanto en la esfera productiva com o en todas
las demás.
E ste factor es de vital im portancia para la com prensión de la naturaleza del siste­
ma capitalista. Es importante apreciar las diferentes form as en que sistemas capitalis­
tas específicos com binan los m otivos pecuniarios con una cultura del orden social y
moral suficiente. E s esencial entender las posibilidades y lím ites de la tensión creativa
entre estos dos elementos del sistema. Estas cuestiones se ampliarán m ás adelante en
este libro. 1
N o obstante, el tema clave en este momento es mostrar que un mercado demasia­
do individualista no es viable, y que si el individualism o centrado en sí m ism o llega
demasiado lejos, acaba m inando el m ism o sistema que normalmente ensalza. Cuando
Friedman (1962: 11-2) argumenta que «el país es el conjunto de individuos que lo com ­
ponen, no algo que está arriba y por encim a de ellos», reveló su ceguera conceptual
hacia las propiedades em ergentes del sistem a que transciende a los in d iv id u os.
Propiedades, además, que son necesarias para la supervivencia misma del sistema capi­
talista que él estaba defendiendo.

2. E l INDIVIDUO ES EL MEJOR JU EZ DE SUS NECESIDADES

Norm alm ente, los individualistas de mercado encuadran tanto sus análisis com o sus
políticas en términos individualistas. Por lo tanto, en la raíz de su utopía reside la idea
de que el individuo es generalmente el m ejorjuez de su bienestar. H ayek (1944: 44), por
ejem plo, escribió:

Este es el hecho fundamental en el que se basa toda la filosofía del individualismo. No


asume, tal como se afinna con frecuencia, que el hombre es egoísta o interesado, o que
deba serlo. Parte dei hecho indiscutible de que los límites de nuestra capacidad de
imaginación imposibilitan la inclusión en nuestra escala de valores de más de una
parte de las necesidades de la sociedad en general, y que, como, en sentido estricto,
las escalas de valores sólo pueden existir en las mentes individuales, lo único que
existe en realidad son escalas parciales de valores, escalas que son inevitablemente dife­
rentes y muchas veces inconsistentes entre ellas. Esto lleva al individualista a con­
cluir que los individuos deberían poder, dentro de unos límites definidos, seguir sus
propios valores y preferencias y no los de otros, y que, dentro de estos ámbitos, el
sistema de objetivos del individuo debería prevalecer y no estar sujeto a ningún man-
EL ABSOLUTISMO DEL INDIVJDUALISMO DE MERCADO

dato ajeno. Es este reconocimiento del individuo como juez último de sus objetivos,
la creencia de que sus propias consideraciones deben gobernar sus actos tanto como
sea posible, lo que constituye la esencia de la posición individualista6.

E l importante germen de verdad presente en este párrafo no debería pasarse por alto.
El conocimiento, las percepciones y los valores personales varían mucho de un indi­
viduo a otro. E l individuo posee conocimientos y valoraciones íntimas de sus cir­
cunstancias que no son compartidos - y que no pueden ser totalmente compartidos-
por otros. Por esa razón, es razonable defender un cierto grado de autonomía personal
i ■ y posicionarse fuertemente en contra de las reivindicaciones universales de un legis­
■ ■"i: :-: . lador o un Estado paternalista. Hasta cierto punto, la autonomía personal debería refor­
f i-i:.:, zarse limitando los derechos de mantener o comerciar con la propiedad privada. Aunque
■■■■i'-..:-'
estos límites son motivo de controversia, el argumento general a favor de algún grado
de propiedad individual es hoy rechazado por muy pocos. E l hecho de que los indi­
viduos dispongan del conocimiento íntimo de su situación, y de que las circunstan­
m ?.
cias varíen de un individuo a otro, tiene implicaciones importantes para cualquier
proyecto utópico, especialmente en lo relacionado con la conservación de la libertad
M y la regeneración de Ja diversidad. Más tarde volveremos a este punto de forma más
amplia.
Lo que nos concierne en este momento es la idea de que el individuo, y su capacidad
para realizar valoraciones respecto a sus necesidades en un amplio e ilimitado espec­
'sí'í - ■ tro temático, puede darse por sentado. Dentro de un ámbito amplio y vagamente defi­
■ , ■ nido, y a través de su vida adulta, se asume que el individuo tiene un conocimiento
incuestionable sobre aquello que es mejor: es «el juez último de sus objetivos», y se
da por sentado que sus preferencias son completamente «suyas» y que «deben gober­
nar sus acciones» sin rival.
L a respuesta a estos dogmas individualistas ha existido durante tanto tiempo como
la misma palabra «individualismo». Es la respuesta asociada a Robert Owen, Marx y
lili otros socialistas: la idea de que el individuo no es un inocente aislado sino socialmen­
81 te conformado. E l individuo no es un átomo, sino una parte orgánica de la sociedad
que necesariamente adquiere interpretaciones, significados y valores a través de la
8: interacción con los demás. Este punto es importante incluso si rechazamos el socialis­
mo. Los individuos contratantes, primordiales en el individualismo de mercado, deben
adquirir la capacidad para buscar riqueza y realizar intercambios en la sociedad. La
misma autonomía que tanto apreciamos sólo llega a ser posible y viable a través de la
interacción social con otros seres humanos. Tal como observó John Dewey (1935: 39):

IJ:v:':- 6. Lo que es sorprendente, sin embargo, es el grado de cualificación que Hayek tuvo que introducir en su
,V misma retórica individualista aquí reproducida. Él escribió que «los individuos deberían poder, dentro
s; de unos límites.definidos, seguir sus propios valores y preferencias... dentro de estos ámbitos, e! sis-
;í;: . : tema de objetivos del individuo debería prevalecer y no estar sujeto a ningún mandato ajeno» (cursi-
:s: : : vas nuestras). Pareció además admitir que podemos valorar más aspectos que nuestras propias necesidades
í: j e incluso «Una parte de las necesidades de la sociedad en general». Después de todo, el mismo Hayck
proclamó la necesidad universal de libertad humana. Implícitamente, Hayek tuvo que afimar que en
í \ algunos aspectos él era supuestamente un mejorjuez de nuestros intereses que nosotros mismos sin la
j . ayuda de sus percepeiones.
7

7G CRÍTICA A LA ECONOMÍAORTODOXA

La filosofía y la psicología subyacentes en el liberalismo temprano llevaron a la con­


cepción de la individualidad como algo ya preparado y poseído por el individuo, que
sólo requería laeliminación de ciertas restricciones legales para entrar totalmente en
escena. No se concebía corno algo dinámico, que se consigue sólo a través del cre­
cimiento constante.

Para poder participar en la sociedad como individuo, tenemos que pasar por un
extenso periodo de aprendizaje y socialización. L a socialización es más que ia m era
incorporación a la sociedad: sign ifica la adquisición de categorías y hábitos de pensa­
miento y acción a través de los cuales entendemos el mundo y constituim os nuestra
propia individualidad. D esde el momento en que nacemos, experimentamos el mundo
a través de otros. Imitam os. Adquirim os un lenguaje. Em pezam os a asimilar un orden
sim bólico com ún. Nuestro sentido de la identidad y del ser depende de la interacción
social.
Y lo que es crucial: el conocim iento individual de las opciones disponibles tam ­
bién se genera a través de la interacción social. P ara que el individuo pueda utilizar
cualquier inform ación, debe usar m arcos y categorías conceptuales que le confieran
significado. Estos conceptos form an parte de la herencia de nuestra cultura 'y lengua­
je , y los adquirimos a través del aprendizaje y la socialización. Percibim os una gran
parte del mundo a través del lenguaje y los sím bolos que adquirimos a través de la
interacción social. L o s valores y propósitos que dan significado a nuestros deseos e
intenciones se form ulan necesariamente a través de ese lenguaje social. Esto es m ucho
más que decir que los gustos y preferencias individuales están influidos por institu­
ciones poderosas o por la publicidad m ediática. Nuestros gustos y preferencias reflejan
el carácter social de la individualidad misma.
Estamos moldeados por nuestra cultura so cial, con todas sus peculiaridades y lim i­
taciones. Por ejemplo, una cultura en la que prevalezca la creencia de que las mujeres son
inferiores a los hom bres, no v a a investir a las mujeres adultas de la suficiente confian­
za y autoridad para que aspiren a su emancipación. U n a sociedad que predique que todo i'§
el mundo tiene un lugar preestablecido en el orden social, probablemente no va a alen­
tar a los de las categorías más bajas a que persigan su propio desarrollo más allá de los
límites tradicionales. E l carácter social de la individualidad implica que las decisiones
individuales no están meramente limitadas por factores externos al individuo, sino par­
cialm ente formadas por ellos. En estas circunstancias, la política que defiende que el
individuo es generalm enteel mejor juez de sus objetivos, es incapaz ni siquiera de desa­
fiar, y mucho menos minar, fenómenos establecidos com o el sexismo y el elitism o. Si
aceptamos que e l individuo es generalmente el mejor juez de sus necesidades, estamos
dando por sentado no sólo al individuo, sino tam bién sus circunstancias culturales.
E l hecho de que estemos inmersos y socialicem os a través de una cultura social
común no niega el espacio a la individualidad y la diversidad. Nuestras experiencias
vitales y percepciones particulares son únicas. Sin embargo, entendemos y percibimos
esas experiencias ú n icas a través de filtros co gn itivo s adquiridos en sociedad. E sta
com unidad basada en la diversidad permite la com unicación y la interacción social
entre individuos diferenciados. ■
Nótese que estos argumentos no nos llevan necesariamente a una versión de deter-
m inism o cultural, institucional y estructural. A lgu n os críticos han reaccionado contra
EL ABSOLUTISMO DEL INDIVIDUALISMO DE MERCADO 77

el individualismo proponiendo estavisió n determinista. Sin embargo, es un error grave


y muy extendido suponer que cualquier oposición al individualism o lleva necesaria­
mente al deterninism o. S e puede mantener un espacio significativo para la discrecio-
nalidad y la elección in d iv id u al. N o estam os defendiendo que la s aspiraciones y
decisiones individuales estén totalmente condicionadas por las circunstancias, sino que
están parcialmente constituidas y guiadas por Ja cultura y las instituciones.
A lgu n os individualistas de mercado sofisticados aceptarán el argumento anterior,
siem pre que mantenga ese espacio significativo para la discrecionalidad y la elección
individual. Inmediatamente argumentarán que, dada la existencia de ese espacio real
de discreción, existe siem pre un agente subjetivo que filtra y evalúa las influencias
sociales, convirtiendo al individuo en un ser creativo y no únicamente reactivo. Este
autor no discrepa en nada de esta reacción.
L a disconform idad con el individualism o de m ercado tiene otro origen, junto a
algunas otras conclusiones que pueden establecerse. L a idea de que el individuo es «el
ju ez último de sus objetivos» es com patible con la posición argumentada en las pági­
nas anteriores sólo si se reconoce que esos ju icio s están socialm ente condicionados, y
no son «últim os» en el sentido de ser fin al o incontestables. Esto restringe severamente
cualesquiera conclusiones normativas que puedan establecerse al señalar que las deci­
siones individuales son en parte resultado de condicionantes y circunstancias (quizás
involuntarias) anteriores. D ebido a todo esto, las opiniones y preferencias de un indi­
viduo nunca son com pletam ente «Suyas», ya que el individuo no es su único autor7.
E l individuo puede que siem pre sea el ju e z últim o, pero eso no significa que sus
juicios nunca deban ser desautorizados. E n m uchos casos específicos, se puedereconocer
que las opiniones y preferencias del individuo «deberían regir sus acciones». Pero no
existe ninguna base para deducir un principio universal de este tipo a partir de las obser­
vaciones anteriores.
A d em ás, el argumento acerca de la subjetividad y discreción humanas no es ni
necesario ni suficiente para establecer la im portancia de los mercados. S e puede acep­
tar la noción del «libre albedrío» sin aceptar la utopía de los individualistas de merca­
do. A l fin y al cabo, muchos socialistas aceptan la realidad de la elección humana, pero
creen (equivocadamente) que los mercados pueden ser mayoritariamente o totalmen­
te reemplazados por la «planificación dem ocrática». T al com o hemos visto en el capí-

7. Consideremos brevemente la relación de este tema con el individualismo metodológico: «la doctrina
de que todos los fenómenos sociales (su estructura y su cambio) son en principio explicables sólo en
ténninos de individuos -sus propiedades, objetivos y creencias» (Elster, 1982: 453). De forma similar,
Lachmann (1969: 94) afirmó que el individualismo metodológico significa «que no estaremos satisfe­
chos con ninguna explicación de los fenómenos sociales que no nos acabe llevando a un plan huma­
no». En ouos lugares he defendido (Hodgson, 1988, 1993) que si las influencias culturales o institucionales
están siempre presentes en la explicación del comportamiento de todos los individuos, entonces nunca
podremos llegar a un nivel de la explicación en la que encontremos individuos dados, libres de cual­
quier influencia de este tipo. Además, si pudiéramos llegar a una explicación de los fenómenos socia­
les en términos de planes humanos, ¿por qué deberíamos entonces estar «satisfechos»? ¿estaríamos
evidentemente obligados como científicos sociales a considerar los términos y condiciones bajo las
cuales estos planes fueron concebidos y diseñados? Contrariamente a la creencia común, estas consi­
deraciones no nos llevan necesariamente a una valoración determinista de la agencia humana. Sin
embargo, esta fuente metodológica de desacuerdo no es el tema central de este capítulo, que se ocupa
de los argumentos teóricos de la utopía del individualismo de mercado.
78 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

tulo anterior, el argumento principal contra esta «planificación democrática» no se cen­


tra en la discreción y la subjetividad humanas, sino en la naturaleza del conocimiento.
D e aquí que el énfasis en la subjetividad humana no baste para defender el mercado.
Tam poco es que sea necesario. Incluso si el conocim iento pudiera ser considera­
do más «social» que subjetivo, el problema de la coordinación, el desarrollo y la ap li­
cación de ese conocimiento no desaparecería, y la solución debe incluir a los mercados
más que basarse en Ja confianza exclusiva en un plan colectivo. Incluso si la discre­
ción humana o el libre albedrío fueran ilusorios, seguiría habiendo razones para ju sti­
ficar los m ercados. H o y en día existe una fuerte corriente «Compatibílista» entre los
filósofos que defienden que el libre albedrío y el deterninism o son compatibles, debi­
do a que aunque nuestras decisiones estén evidentemente determinadas, a nosotros nos
parecen decisiones libres. Im aginem os que, en un futuro indeterm inado, e l trabajo
com binado de neurofisiólogos, psicólogos, antropólogos y sociólogos, demostrara que
tenemos m ucho menos control sobre nuestras decisiones de lo que creemos: que muchas
decisiones aparentemente libres pueden ser explicadas por mecanismos psicológicos
o culturales. ¿D ism inuiría esto un potente argumento a fa v o rd e l mantenimiento de los
mercados en los sistemas socioeconóm icos modernos? N o . A dem ás, la profesión eco ­
nóm ica actual está llena de deterministas pro-mercado. D e hecho, el «hom bre econó­
m ico» de los manuales de la econom ía neoclásica es poco más que una m áquina de
satisfacer deseos. Generalmente, un argumento fuerte que sostenga que los mercados
son importantes e inevitables en sistemas socioeconómicos com plejos es bastante inde­
pendiente del resultado del debate filosófico entre el deterninism o y el libre albedrío.
L a batalla política entre el socialism o y el individualism o tiene poco que ver con este
debate o con su resultado.
T a l como se ha planteado en el capítulo anterior, algunos mercados son esenciales
para una econom ía moderna y dinám ica. Donde m uchos individualistas de mercado
se equivocan es en ver un subjetivismo atomizado com o fundamento teórico necesario
de cualquier defensa de los mercados. Basando su alegato en estas presunciones filo ­
sóficas y de conducta supuestamente universales, tratan de saltar de ahí a la conclu­
sión universal de que e l m ercado es la solución a todos los problem as económ icos
importantes. N o sólo son sus presunciones cuestionables, sino que la conclusión tam ­
poco es ló g ica . L a argumentación económ ica a favo r del mercado, o de cualquier otra
institución, no surge de las características generales y permanentes de la m ente hum a­
na. Esta posición ignora la especificidad histórica y la efica cia de las instituciones.
Realm ente, la defensa teórica de la necesidad de algunos m ercados en los sistemas
socioeconóm icos es dem asiado importante para dejarla en manos de los individualis­
tas de mercado.
L o s proponentes neoclásicos y austríacos del individualismo de mercado se encuen­
tran divididos sobre algunas cuestiones filosóficas clave. L o que les une es su respuesta
general a la cuestión normativa sobre quién debe tomar las decisiones. Afirm an que la
m ayoría de las decisiones deben dejarse al individuo, sin ningún tipo de lim itación o
interferencia gubernamental. Pero esta postura está en entredicho por el hecho de que
todas las decisiones están socialm ente condicionadas y circunscritas. S i las decisiones
se dejan totalmente en manos del individuo, entonces tanto las circunstancias sociales
existentes com o el individuo deben considerarse com o dados también. E l contraargu­
mento se basa en que, aunque los individuos gozan genuinamente de discrecionalidad,
EL ABSOLUTISMO DEL INDIVIDUALISMO DE MERCADO 79

no podemos m o s ^ T O s indiferentes a todos los procesos a través de los cuales se for­


man las percepciones y las preferencias ni a las presiones del conformism o y la socia­
lización que encuadran y limitan sus opciones.
También es clave observar que, incluso enfatizando la capacidad de discreción y
objetividad humanas, los individualistas de mercado no se libran del problema de deci­
dir en qué momento se convierte el individuo en un juez adecuado de sus propios inte­
reses. Lógicam ente, la doctrina que sostiene que el individuo es el m ejo rju ez de sus
propios intereses debe trazar una línea por encima de la infancia y adolescencia y afilTilar
que los individuos que se sitúan por debajo de una cierta edad no disponen de esa capa­
cidad. Este mismo problema aparece con la asignación del derecho al voto en una demo­
cracia y ]a atribución de responsabilidad legal por las acciones propias. Los menores no
pueden comerciar, incluso cuando evidentemente entienden y aceptan con un « s í » la
transacción planteada. En estos casos se debe trazar una línea arbitraria, negando algu­
nos derechos o capacidades a un subeonjunto de la población, y suponiendo que todos los
demás tienen acceso a esos derechos en igualdad de condiciones y son totalmente res­
ponsables de sus acciones. Existen buenas razones a favor de trazar estas líneas arbitra­
rias, pero no podemos olvidar que son arbitrarias, y los individualistas de mercado se
ven obligados a trazarlas con el resto de nosotros, cuestionando así su aparente presun­
ción universal de que el individuo es siempre el m ejor juez de sus propios intereses.
i

3. E l a p r e n d iz a j e , u n d e s a f ío a l in d i v i d u a l is m o d e m e r c a d o

E n la sección anterior hemos destacado el proceso de socialización durante la infan­


cia; pero cierta forma de socialización sigue durante nuestra vida adulta. Especialmente
en sistemas socioeconómicos que se desarrollan rápidamente, los individuos se enfren­
a n a instituciones, normas y tecnologías cambiantes que obligan a adaptarse a una rea­
lidad en transformación. Se nos pide que aprendamos.
E l fenóm eno del aprendizaje es otro desafío a la doctrina de que el individuo siem­
pre es el m ejorju ez de sus intereses. E l tema principal se puede plantear de forma sim ­
ple: ¿cóm o es po sible que los individuos sean cap aces de ju ic io s tan com pletos y
superiores acerca de sus intereses en cada momento si se encuentran en un proceso de
aprendizaje? E l m ism o hecho de aprender im plica que no se posee toda la información
y que un ju icio totalmente informado no es posible. Adem ás, el aprendizaje es mucho
más que la adquisición de inform ación; es el desarrollo de los modos y medios de cál­
culo y evaluación. Esto agrava el problema. E l aprendizaje sign ifica no sólo que no
disponemos de toda Ja inform ación relevante, sino que las herramientas que utiliza­
mos para valorar cualquier inform ación y llegar a una valoración pueden mejorar con
el tiempo. Im aginem os que en el momento B , un individuo cam bia la percepción que
tenía sobre sus deseos y necesidades en el m om ento A . L o s razonamientos relaciona­
dos con los intereses y deseos elaborados en el momento A pueden ser posteriormen­
te revocados por el m ism o individuo en el m om ento B . O ■
sea que el fenóm eno del
aprendizaje es antagónico a la doctrina de que el individuo siempre sabe lo que es
mejor. Sorprendentemente, este mismo tratamiento inadecuado del aprendizaje es tam­
bién uno de los problemas cruciales de las propuestas socialistas a favor de la planifi­
cación total central o colectiva. Tanto el socialism o com o el individualismo de mercado
comparten este defecto.
80 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

L a cuestión del aprendizaje y de «la economía del aprendizaje» es uno de los temas
principales de este libro. E l aprendizaje está tratado de forma inadecuada en la econo­
m ía neoclásica. A l basarse en la idea del «hombre económ ico y racional», Ja econom ía
neoclásica se ve obligada a admitir que el individuo es capaz de evaluar todas las posi­
bilidades de elección conocidas. Adem ás, cada decisión se evalúa en base a una «fun­
ción de preferencia» fija que es misteriosamente otorgada al individuo al inicio de su
vida (¿adulta?). Generalm ente, la econom ía neoclásica entiende el aprendizaje com o
el descubrimiento acumulativo de una inform ación preexistente, com o estím ulo y res­
puesta, o como la actualización bayesiana de las estim aciones subjetivas de probabili­
dad a la luz de Ja nueva información. Con el input de esta nueva información, se supone (
que debemos determinar mecánicamente nuestras opciones en base a nuestra inmuta­
ble función de preferencia.
E n algunas versiones de esta historia, com o la avanzada por el premio N obel Gary
B eck er (1996), esta función ya está «ahí», preparada para enfrentarse a circunstancias
im predecibles y desconocidas. Por ejem plo, ya «sabe>> com o reaccionar ante la tecno- i
logia y los inventos del próxim o siglo. Milagrosamente, su espacio parametral y a inclu­
ye variables que representan ideas y productos del futuro. M isteriosam ente, y a ha .1
aprendido cóm o reconocerlos. L a cuestión es entonces qué se entiende por aprendiza- ,j
je en estas circunstancias, cuando esencialmente ya sabemos todo lo que hay que apren­
der. Esta concepción del aprendizaje debe ser terriblemente errónea^
En lugar del mero input de «hechos», el aprendizaje es un proceso reconstitutivo y
de desarrollo. Aprender es mucho más que un proceso de descubrimiento de un m ode­
lo, de estímulo-respuesta, de actualización del input o de corregir estadísticas. E l apren­
dizaje es un proceso de form ulación y solución de problem as, más que la adquisición
y acum ulación de «pedacitos» de inform ación de « a h í fuera». E l aprendizaje no es la
suma acumulativa de conocimientos en una tabula rasa: supone deshacerse de las vie­
jas ideas y adquirir nuevas. E l desarrollo de la capacidad para desaprender y aprender
de nuevo es en sí mismo una parte del proceso de aprendizaje. E n este proceso inter­
vienen la conjetura y el error, donde Jos fallos se convierten en oportunidades para
aprender, y no en meras perturbaciones fortuitas. L a econom ía neoliberal encuentra '
problemas fundamentales con el aprendizaje porque la m ism a noción del «aprendiza- ,
je racional» es problemática. El aprendizaje im plica adaptación a las circunstancias ■
cam biantes, en contraste al énfasis neoclásico en el equilibrio8
9. .

8. Se nos recuerda la teoría del conocimiento de Platón y su postulado de un alma inmortal. Tal como plan- ...
tcó Georgescu-Roegen (196: 25): «El punto central de la epistemología de Platón es que nacemos con un
conocimiento latente de todas las ideas... debido a que nuesto alma inmortal ha visitado su mundo en ¡
algún momento pasado. Por lo tanto, cada uno de nosotros puede aprender ideas por reminiscencia». j
9. La obra de Romer (1986, 1990, 1994) se aleja significativamente de la teoría del equilibrio. Un enfo- i
que similar sobre rendimientos crecientes y el desequilibrio ha sido rápidamente utilizado para soca- j
var las conclusiones no cualificadas sobre el mercado libre (Krugman, 1990, 1994). Romer corrige la |
«función de producción» neoclásica incluyendo los rendimientos crecientes y el cambiotécnico endó- i
geno a través del «aprendizaje». Sin embargo, la alabanza del aprendizaje se realiza mayoritariamente
a través de la formalización del «aprender haciendo» en la función de producción. Tal como han obser- s
vado Storper y SaSais (1997: 12), los teóricos del crecimiento endógeno han modelado el crecimiento :
sin realizar ninguna exploración sobre su sustancia: «La economía consiste de mecanismos pero no I
cuenta con prácticas; no hay ningún contenido en lo que se hace, cómo la gente lo hace o cómo pien- j
san o reaccionan ante el mundo que les rodea al hacerlo». t
EL ABSOLUTISMO DEL INDJVIDUALISMO DE MERCADO 81

E l tratamiento del aprendizaje por parte de H ayek y otros economistas d e la escue­


la austríaca supone una mejora notable del enfoque neoclásico. En lugar del tratamien­
to empiricista de la información, según el cua! la información flu ye simplemente hacia
los bancos de memoria del individuo, H a y e k en particular insistió en que la informa­
ción siempre se percibe a través de un marco cognitivo. Este marco puede ser único
para cada individuo, y personas diferentes pueden interpretar los datos de form as dis­
tintas. A l menos en este respecto, H ayek rompió con las concepciones empiricistas del
aprendizaje. Adem ás, H ayek reconoció que el aprendizaje no es únicamente la adqui­
sición progresiva de conocim iento codificable. So b re todo en sus últim os años, fue
influenciado por el trabajo sobre el conocimiento tácito de M ichael Polanyi (1958, 1967).
N o obstante, la m ejora austríaca del enfoque n eoclásico tam poco es adecuada.
Esencialm ente, H ayek trató el conocim iento com o un recurso escaso y disperso. Por
ejem plo, para H ayek (1948: 77-8), el «problem a económ ico de la so cie d a d ... es un
problema de la utilización del conocimiento que no es otorgado a nadie en su totalidad».
E s destacable que, p a ra H a y e k , el tema central fuera el de la «utilización» del conoci­
m iento, no su creación o construcción. Para H a y e k lo central era el descubrimiento
y uso del conocim iento existente, sobre todo el representado por la información pro­
porcionada por los precios. E s significativo que -in clu so en su obra más tardía- H ayek
tratara el aprendizaje sobre todo como un «procedim iento de descubrim iento». L a
metáfora del descubrimiento, repetida significativam ente por H ay ek y otros austría­
cos, sugiere que los hechos están «ahí fuera» y se dan de forma independiente, de la
misma form a que un explorador descubre nuevos rasgos top ográficos de la tierra.
Cuando H ay ek (1978: 181-8) argumentó que «la competencia econ óm ica... es un méto­
do de descubrimiento de hechos particulares» o «un proceso de exploración», lo hizo
utilizando form ulaciones totalmente compatibles con el em piricism o. D ío por sentado
que los hechos, igual que las montañas y las nuevas especies, estaban ahí fuera simple-
fuente para ser descubiertos. A sí, H ayek readmitió una noción empiricista del aprendi­
zaje en lugar de entenderlo como un proceso interactivo, adaptable y creativo resultante
tanto de circunstancias objetivas com o de cognición subjetiva10.
C '" E s irónico que H ayek haya reproducido el mismo error em piricista cometido por
algunos socialistas que, en sus argumentos a favor de la plan ificación, también han
subestimado los procesos y problem as relacionados con la atribución de significado a
. los datos y con el desarrollo y com unicación del conocimiento. En el capítulo anterior,
■destacamos el uso por parte de Fikret Adam an y Pat Devine (1994, 1996b) de la misma
m etáfora del «descubrim iento» en referencia al conocim iento en sus argumentos a
favor de la «planificación dem ocrática»1^

Para explicaciones sobre el carácter del aprendizaje, ver, por ejemplo, Argyris y Schon (1978), Berkson
y Wettcrsten (l 984}, Boicot (í 995), Campbell (1974), Cartier (1994), Choo (1998), Cohen y Lcvinthal
(1990), Cohen y Sproull (1996), Dosi y Marengo (1994}, Grcgg (1974), Lundvall y Jonson (1994), J.
Marquand (1989), Nonaka y Takcuchi (1995), Poppcr (1972), Rutherford (1988), Senge (! 990) Storper
y Salais (1997), Tomer (1987), Vincenti (1990).
Obsérvese que Lawson (1994, 1996, 1997) y Fleetwood (1995) interpretan a Hayek, a pesar de su sub­
jetivismo, como un tipo de positivista. El positivismo es una variedad del empiricismo relacionado con
la visión de que todo el conocimiento se basa en información sensorial. Hayek enfatizó que la interro­
gación a Sa realidad social debía basarse en las concepoiones subjelivas de los agentes humanos. La
concepción empiricista de Hayek del aprendizaje es coherente con su «positivismo subjetivizado».
I

82 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

E l premio N obel Jam es Buclianan y Viktor Vanberg (1991) han criticado a H ay ek


por este tema, afirmando que el mercado es un «proceso creativo», además de un «pro­
cedimiento de descubrimiento». Sin embargo, lo que Buchanan y Vanberg no han sabi­
do ver es que los sistemas socioeconóm icos no crean simplemente nuevos productos y
percepciones. También crean y recrean individuos. En una econom ía del aprendizaje,
el individuo no só lo c a m b ia su s propósitos y preferencias, sino que también revisa sus
habilidades y las percepciones de sus necesidades. Tanto en términos de capacidades
com o de creencias, el individuo cam bia en el proceso.
D e este importante hecho se desprende m ucho. E l aprendizaje es más que el des­
cubrim iento o la recepción de inform ación: es la reconstitución de las capacidades y
preferencias individuales, el equivalente a un cam bio en la personalidad ind ividu al.
H o y puede que no nos guste la ópera, pero después de estar expuestos a ella, quizás
empiece a gustamos esta forma de arte. E l aprendizaje reconstituye al individuo. Douglas
V ickers (1995: 115) identificó acertadamente que este hecho constituye una « d ificu l­
tad clave que el análisis económ ico ha sido reticente a confrontar». E l defendió que,
con conocim iento y aprendizaje cambiantes, «el individuo m ism o es, tanto económ ica
com o epistemológicamente, un individuo diferente». U n planteamiento sim ilares subra­
yado en un im po^m te estudio de Ikujiro Nonaka y Hirotaka Takeuchi (1995: 10) sobre
la innovación y el conocim iento en la empresa japonesa:

Una vez se es consciente de la importancia del conocimiento tácito, entonces uno


empieza a pensar sobre la innovación de forma totalmente nueva. No se trata sólo de
juntar diversas partes de datos e infonnación. Es un proceso altamente individual de
autorenovación personal y organizativa... En este sentido, la creación de nuevo cono­
' cimiento tiene que ver tanto con los ideales como con las ideas... L a esencia de la
innovación es la recreación del mundo según un ideal o una visión particular. Crear
nuevo conocimiento significa, casi literalmente, recrear la empresa y todos los que
la integran en un proceso continuo de autorenovación personal y organizativa.

E s decir, que el aprendizaje cam bia preferencias, objetivos, capacidades, h ab ili­


dades y valores. Todo esto socava la v isió n según la cual el individuo puede ser tom a­
do tal cual y que es siem pre el mejor ju e z de sus propios intereses. D eb ilita todas las
aproxim aciones a la econom ía del bienestar basadas en estas presuposiciones. E sto ,
en consecuencia, cuestiona la base teórica estándar de la teoría del bienestar y, por lo
tanto, de gran parte de la política eco n óm ica (G intis, 1972, 1974; Steedm an, 1980).
L o s economistas convencionales y los austríacos han tratado también e l fenóm eno
del desarrollo socioeconónúco: la evolución de la sociedad humana desde sus form as
más primitivas hasta las más com plejas. L o que han estado poco dispuestos a hacer,
sin embargo, ha sido a admitir la posibilidad del desarrollo reconstitutivo - a través del
aprendizaje- de cada individuo humano; la posibilidad de que los objetivos, preferen­
cias y personalidades humanas cam bien.
E xiste otro aspecto que hace del aprendizaje un desafío para el individualism o de
mercado. En una econ om ía capitalista no pueden existir m ercados de futuros para el
trabajo. L a existencia de estos mercados ataría al trabajador al empresario en un perio­
do futuro. Este lazo sería ilegal y, si se extendiera, podría acabar convirtiéndose en una
form a de esclavitud voluntaria. L a ausencia de mercados de futuros para el trabajo es
EL ABSOLUTISMO DELINDIVIDUALISMO DE MERCADO 83

un importante elem ento de protección de la libertad del empleado. Sin em bargo, cons­
tituye un «m ercado perdido» y un signo de in eficacia potencial, según los criterios
estándar, del sistema de m ercado. B ajo el capitalismo, no existen mercados de futuros
para las habilidades humanas. El riesgo, por lo tanto, es que el sistema no invierta lo sufi­
ciente en el aprendizaje y la educación. T al como señaló A lfred M arshall (1949: 470)
en sus Principios (publicado por primera vez en 1890):

: nos encontramos con la dificultad de que, cualquiera que incurra en los gastos de
. invertir capital para el desarrollo de las habilidades del trabajador, estas habilidades
i'.-"-:-:--- serán propiedad del propio trabajador: y, por lo tanto, la virtud de los que le han ayu­
dado será en gran parte su única recompensa.
l ? TÍ

Si las habilidades tienen que ser adecuadas, entonces, su desarrollo bajo e l capita-
■lism o deberá depender - d e form a m uy poco realista- según M arshall «en gran m edí­
. da del altruismo del empresario». Si los m ercados son una solución a este problema,
. tal com o pueden sugerir Jos individualistas de mercado, entonces estos m ercados de
futuros para la mano de obra sólo podrán establecerse a costa de la libertad humana®
W :- --
: Otra de las limitaciones en el tratamiento del aprendizaje por parte de la economía
austríaca y convencional es la falta de reconocim iento de su carácter so cial. H ayek
■Í.TTV, . afirmó correctamente que cada individuo es único y qúe el conocim iento individual se
construye a partir de cogniciones adquiridas en una historia de vida única y un entorno
B "

. particular. E l error consiste en pasar de esto a afirmar que el conocim iento es mera­
mente individual o subjetivo. Aun siendo único, cada individuo interacciona con otros,
m adquiere una lengua social y conceptos, valores y normas que son comunes en una cul-
,|Í 2 f;í:S
■tura social particular. Es además im posible aprender la m ayor parte de estas ideas si
\ V - -,j
no es a través de la interacción social.
.....p Este hecho es am pliam ente reconocido en la antropología moderna y Ja psicolo­
T T o gía cogn itiva. E n la literatura co gn itiva, tiene un lugar preeminente una dim ensión
social, cultural e institucional que es difícil de ignorar. Lo s teóricos cognitivos desta­
can que mientras vivim os y actuamos en el mundo recibimos continuamente una gran
cantidad de infonnación sensorial. L a atribución de un significado a esta masa de datos
i i;'.
aparentemente caótica requiere el uso de conceptos, sím bolos, normas y signos adqui­
ridos. L a percepción es un acto de categorización, y estas categorías normalmente son
aprendidas.
Au n qu e los teóricos cognitivos difieren en su interpretación de los fenómenos cog­
nitivos y en la importancia que atribuyen a la dimensión social de la adquisición de con­
ceptos, raramente lo excluyen. Generalm ente coinciden en que gran parte de nuestro
aparato conceptual es adquirido a través de nuestra interacción con otros individuos.
E stá ampliamente aceptado, por ejem plo, que la educación y socialización en los pri­
meros años nos ayuda a desarrollar nuestras aptitudes perceptivas innatas y a form ar
una base conceptual para entender y actuar en un mundo com plejo y cambiante.
D e Ja m ism a form a que nuestro conocim iento del mundo no surge repentinamen­
te cuando la inform ación sensorial llega al cerebro, sólo a través de la adquisición de1
2

12. La observación de Marshall fue desarrollada de fonnas diferentes por J. M. Clark (l923),Arrow (1%2b).
Ver también Stabile (1996).
84 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

un marco conceptual com plejo y culturalmente específico se puede llegar a entender


la información sensorial. L a adquisición de conocim iento sobre el mundo no es sim­
plemente un acto individual, sino un acto social. T al com o escribieron los psicólogos
cognitivos Ja c k M c L e o d y Steven Ch affee (1972: 50-51):

A todos nos gusta pensar en nosotros mismos como seres racionales y autónomos.
Nuestras ideas nos parecen particularmente nuestras. Nos es difícil entender cuán
poca de nuestra información proviene de la experiencia directa con el entorno físico
y cuánta nos llega solamente de formaindirecta, a través de otras personas... Nuestras
creencias, actitudes y valores previos conforman un marco de referencia -una espe­
cie de mapa cognitivo- para interpretar la realidad que precede y controla el inter­
cambio de información e influencia.

A lgunos desarrollos en filosofía apuntan en una dirección similar. E n sus escritos


tardíos, por ejem plo, Ludw ig Wittgenstein (1972) argumentó en contra de la noción
de ju egos privados de lenguaje. C o n esto reforzó el carácter social del lenguaje y el
significado, y consecuentemente de nuestro conocim iento del mundo. Estos argumen­
tos socavaron la idea de que el conocim iento es un tema que concierne sólo al indivi­
duo, y que la percepción y la comprensión son sólo relevantes para el individuo que
se enfrenta al mundo. E l aprendizaje no es la absorción de información sensorial porparte
de átomos individuales.
C h ris Argyris y D onald Schon (1978), entre otros, han señalado que el aprendiza­
je no es simplemente la absorción de información. E l aprendizaje em pieza cuando los
individuos descubren que sus modelos mentales, que indican las consecuencias que se
prevén ante acciones particulares en una variedad de condiciones supuestas, son un
error. A l aparecer discrepancias entre los resultados reales y los esperados, las perso­
nas pueden revisar sus modelos: es decir, aprenden. N uevos modelos deben ser adqui­
ridos, lo que se produce casi siempre a través de la interacción intensiva con los demás,
dentro de la cultura común de una organización o sociedad.
L o s individualistas de mercado se han posicionado en contra de estos argumentos,
considerando que promueven un Estado paternalista que «Sabe mejor» que el ind ivi­
duo. Sin embargo, en estas reacciones hay un malentendido. Argumentar que el individuo
no siempre sabe lo que es mejor para sus intereses no im plica necesariamente afirm ar
que sea el Estado quien lo sabe mejor. Adem ás, la idea de que el conocimiento es social
no debería entenderse com o una afirmación de que éste pueda ser fácilm ente adopta­
do o deliberadamente manipulado por la sociedad. E l conocim iento tiene dimensiones
tanto individuales com o sociales, reforzadas por el mismo carácter social de la indivi­
dualidad.
N i el individuo ni el Estado pueden ser omniscientes. L o extraordinario del socia­
lismo (en su significado tradicional) y del individualism o de mercado es que los dos
atribuyen un alto nivel de capacidad e ilustración a uno o a otro. E n el socialism o, a
los comités de planificación se les supone capaces de saber qué es lo mejor. E n el indi­
vidualismo de mercado, ésta capacidad sólo se le reconoce al individuo. Debernos esca­
par de esta falsa dicotom ía. ■
Todo conocim iento es parcial y provisional. L a sociedad, y los individuos que la
com ponen, se encuentran envueltos en un proceso interactivo y mutuamente interde-
EL ABSOLUTISMO DEL INDIVIDUALISMO DE MERCADO 85

pendiente donde todos aprenden en base a la conjetura, el error, la experiencia y la


experimentación. A q u í se plantea que este proceso experimental y de resultado abier­
to n0 puede encapsularse de form a adecuada en ninguno de esos dos sistemas. N i un sis­
tem a de planificación universal (democrático o no), ni un grupo de individuos-átomos
actuando solamente a través de los mercados y los contratos, pueden dar total libertad
a Ja experimentación y el aprendizaje. Estos procesos requieren unas estructuras eco­
nómicas variadas y plurales, rechazadas tanto por los socialistas centralistas como por
los individualistas de mercado.


: 4. E l in d iv id u a l is m o d e m e r c a d o y l a j a u l a d e h i e r r o d e l a l ib e r t a d

íp i: U n problem a com ún al individualism o de m ercado y a l socialism o centralista es la


:U dem arcación de sus propios lím ites. S i la propiedad colectiva y la planificación son
y ■^ moral y económ icam ente superiores, ¿con qué base pueden admitirse excepciones sin
: socavar esos dogm as? Igualm ente, las afirm aciones incondicionales de que los indi­
: ; viduos son siem pre los mejores jueces de su propio bienestar y que los mercados y los
í;) contratos son la m ejor form a de organizar la econom ía, tam poco admiten excepcio-
:nes. E l individualism o de mercado ensalza las virtudes del intercambio voluntario y
deja muy poco terreno a cualquier sistema alternativo. E n general, por ejem plo, los
;; economistas de la escuela austríaca han afirm ado normalmente que no es posible nin-
j-iíj gún tipo de econom ía m ixta. T a l com o expresó Von M ises (1949: 259):

La economía de mercado o capitalismo, como se le llama habitualmente, y la eco­


nomía socialista se excluyen mutuamente. No existe ninguna mezcla posible o ima­
ginable de los dos sistemas; no es posible una economía mixta, un sistema que fuese
en parte capitalista y en parte socialista.

Hayek: (1944: 31) argumentó de form a sim ilar que:

Tanto la competencia como la dirección centralizada se convierten en herramientas


pobres e ineficientes si están incompletas; son principios alternativos usados para
solucionar el mismo problema, y una mezcla de los dos significa que ninguno podrá
funcionar y que el resultado será peor que si se hubiera confiado consistentemente
sólo en uno de ellos.

Estos dos autores suponen que la extensión de los contratos com erciales y de los
derechos de la propiedad individual es posible, deseable e incluso necesaria para la
supervivencia de la civilización '^ Adem ás, cualquier paso hacia el socialism o y la di­
rección centralizada socavaría la libertad y orientaría a la sociedad moderna en la resba­
ladiza pendiente hacia el totalitarismo.
E l problema, sin embargo, es que no existe una división hermética entre «com pe­
tencia» y «dirección centralizada». T al com o observó Thom as Robert M althus hace ya
tiempo en sus Principios de economía política, la «línea» entre la interferencia y la no1
3

13. Sin embargo, Hayek (1944, 1960) aceptó de hecho un grado significativo de intervención pública en
el ámbito económico, y su postura política detallada no fue coherente con su propia retórica, contraria
a una economía mixta.
86 CRÍTICAA LAECONOMÍAORTODOXA

intervención en temas económ icos es, en la práctica, difícil de trazar. Por eso remar­
có que «para un gobierno, es im posible dejar estrictamente que las cosas fluyan de
forma natural» (M althus, 1836: 16). Significativam ente, la generación y extensión de
mercados requiere un gobierno actívo que cree y regule las nuevas instituciones y ruti­
nas. L a experíencia de los gobiernos que han intentado extender Jos «mercados libres»
y hacer «retroceder al Estado» lo confirm an. E l m arxista italiano A n tonio G ram sci
( 1971: 160) escribió en sus Cuadernos de la cárcel de 1929-1935:

tiene que aclararse que también el laissezfaire es una forma de “ regulación” estatal,
introducida y mantenida por medios legislativos y coercitivos. Es una política deli­
berada, consciente de sus propios fines, y no una expresión espontánea y automática
de los hechos económicos.

E l desarrollo inicial del propio sistema de m ercado moderno requirió también una
su bstan cial interven ción estatal y le g a l. E scrib ien d o a fin ales del s ig lo x i x , Jo h n
Com m ons (1965: 77-78) aceptó que:

Ja esclavitud y la servidumbre desaparecieron, no como consecuencia de la prohibi­


ción estatal, sino básicamente por el hecho económico del despilfarro que suponía el
trabajo forzado en competencia con el trabajo voluntario... Sin embargo, mientras
que esto lleva a la desaparición de la esclavitud y la servidumbre, no basta para pro-
ducír los derechos positivos de la libertad... Fue necesaria la interferencia positiva
del Estado en la creación de derechos legales como la libre industria, la libre circu­
lación, la libre contratación, Sa libre propiedad, para permitir a los siervos... liberar­
se de la coerción directa.

El economista neoclásico Léon Walras (1936: 476) también vio que el Estado ju g a ­
ba un papel esencial en la inauguración y el mantenimiento de la com petencia: «la ins­
titución y mantenimiento de Ja libre com petencia económ ica en Ja sociedad requiere
un trabajo de legislació n, de legislación muy co m pleja, que el Estado debe lle v ar a
cabo».
U n argumento parecido pero más extenso fue desarrollado por K a rl Polanyi (1944).
E n su clásico estudio sobre la Revolución Industrial británica y el nacimiento del capi­
talism o, planteó que la expansión inicial del m ercado fue en gran pai1e un acto del
Estado. L a expansión de los mercados durante el ascenso del capitalism o en el siglo
x ixno supuso la dísm inución de los poderes del Estado, sino que llevó a un incremento
de la intrusión, intromisión y regulación por parte de los gobiernos centrales. D e todas
partes surgieron grandes presiones para restringir los mercados a través de Ja legislación:
para limitar la jornada laboral, asegurar Ja salud pública, crear un seguro social y regu­
lar el com ercio. N o sólo para garantizar la cohesión social, sino también para asegu­
rar el desarrollo tranquilo del mercado, el Estado tuvo que proteger, regul ar, subsidiar,
estandarizar e íntervenir.
De la mism a form a, incluso en la Gran Bretaña victoriana, Ja introducción del mer­
cado libre, en Jugar de elim inar la necesidad de control, regulación e intervención,
incrementó enonnemente su alcance. Este fue e l caso, afortiori, en Francia y Alem ania,
donde los mercados fueron muchas veces impuestos desde arriba y fuertemente regu­
lados. Incluso en la supuestam ente m odélica econ om ía de «libre m ercado» d e los
EL ABSOLUTISMO DEL INDIVIDUALISMO DE MERCADO 87

E Stados Unidos, existió una intervención estatal sistemática tanto en el sig lo XIX como
en el x x (K ozul-W right, 1995).
A s í com o un Estado activo, el sistema de mercado «libre» necesita ciertas pre­
condiciones culturales sustanciales. Requiere la mentalidad racional y calculadora de
un sistema de mercado, el «estado mental que engendra el uso del dinero» (M itchell,
1937: 306). Necesita, además, normas culturales profundamente arraigadas que pro­
t e j a la santidad de la propiedad y el contrato. Para el mantenimiento y refuerzo de
esta cultura pecuniaria y de la propiedad, es necesario que actúen tanto el Estado como
el individuo. Consecuentemente, tal com o ha defendido Leszek Kolakowski (1993: 12):

El Estado radicalmente liberal es una utopía cuyos principios acaban volviéndose


contra ellos mismos. El Estado liberal no puede sobrevivir por la mera inercia de
una política neutral y de no intervención; le es necesaria -tal como se ha afirmado
ya muchas veces- la atención vigilante de sus ciudadanos, de todos los que se sien­
ten responsables de la causa común, la res publíca. Y las virtudes cívicas de las que
depende la viabilidad del Estado liberal no nacen de forma espontánea; necesitan
de una especie de “ adoctrinamiento". Un Estado liberal perfectamente neutral es
ínvíable.

Por eso no es ninguna casualidad que los gobiernos comprometidos con las ideas
: ■individualistas de ^mercado hayan adoptado muchas veces un tono autoritario, como
en Inglaterra en los años 80 bajo el liderazgo de Margaret Thatcher. Ese gobierno, con­
sagrado a las supuestas virtudes del mercado «libre» y «espontáneo», orquestó una
continua campaña ideológica y cultural y llevó a cabo una substancial extensión y cen­
tralización de la autoridad gubernamental institucionalizada (Hutton, 1995).
T odoesto c o n ffin a las percepciones anteriores de M althus, G ram sci y Polanyi. L a
creacion y mantenimiento de los derechos de la propiedad privada y de las institucio­
nes de mercado requiere la intervención prolongada del Estado para lim itar o expul­
sar las formas económicas e instituciones antagónicas a la propiedad privada y el sistema
de mercado. Los mercados «libres» tienen que ser protegidos por un Estado activo y efec­
tivo, Esto explica la aparente paradoja de que el «mercado libre» lleve a una centrali­
zación substancial del poder eco n óm ico y p o lítico . En la práctica, las po líticas
individualistas de mercado am enazan el pluralism o económ ico y político y dotan de
amplios poderes a la maquinaria estatal central. Incluso cuando es silenciosa, la ame­
naza del totalitarismo se esconde dentro del individualismo celoso y sin restricción. El
autoritarismo puede llegar a ser necesario para imponer el orden liberal. E sta es «la
jaula de hierro de la libertad» (G am ble, 1996).
Pero no acaba aquí. L a extensión general de las ideas del «mercado libre» crea un
sistema con un n ivel relativo de uniformidad estructural, dom inado por las relaciones
pecuniarias de contrato e intercam bio. En este punto es especialm ente relevante la
experiencia del capitalismo estadounidense. Esta cuestión ha sido discutida por Louis
: Hartz (1955) y Albert Hirschman (1982), que apreciaron un problema de estancamiento
potencial o real, tanto moral como económ ico, en el tipo de individualismo de m erca­
. do que se ha desarrollado más en los Estados Unidos de Am érica: «Habiendo “ nacido
en igualdad” , sin ninguna lucha prolongada co n tra ... el pasado feudal, a A m é rica le
falta lo que Europa tiene en abundancia: diversidad social e ideológica. Pero tal diver-
88 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

sidad es uno de los principales constituyentes de la libertad genuina)) (Hirschm an,


1982: 1479).
E l liberalism o llevado a l extremo puede convertirse en su contrario. U n ind ivi­
dualism o de mercado ferviente relega a los márgenes a las formas sociales e ideologías
diferentes al individualism o de libre mercado y la propiedad privada L a variedad de
estructuras e instituciones se ve amenazada. L a diversidad proclam ada por los devo­
tos de la edad de oro com petitiva e individualista aparece entonces com o una falacia.
Emerge así un orden m onolítico que adopta la uniformidad, tanto de la ideología como
de la estructura, la tiranía de la mayoría igual-pensante y un «absolutismo liberal co lo ­
sal» (Hartz, 1955: 285).
L a política del «libre mercado» no sólo amenaza la libertad personal: su retórica
del «libre mercado» muchas veces enturbia la diferencia entre la libertad personal y la
libertad de contratación. Tal com o observó Frank K n ig h t (1921: 351), c o n algunas
excepciones posibles,

es dudoso que exista una palabra de la que se haya abusado más que del término
«libertad»; y seguramente no existe confusión mayor en la ya confusa ciencia políti­
ca que la confusión entre «libertad» y «libertad de contratación». La libertad se refie­
re o debería referirse a! abanico de posibilidades a las que tiene acceso una persona,
y en su sentido más amplio e^ prácticamente sinónimo de «poder». La libertad de
contratación, en cambio, significa solamente la ausencia de límites formales a dis­
poner de «¡o que es de uno» ... El contenido real de la libertad de contratación depen­
de completamente en lo que uno posee.

L a confusión entre la libertad personal, por una parte, y la «libertad de contrata­


ción» y los «m ercados libres», por otra, ha llevado a un enfoque político basado en la
am pliación de los derechos de los propietarios, y no en el increm ento general de la
libertad, la autonomía y el poder personal verdadero. L a verdadera libertad de elec­
ción es restringida para todos si sólo existe un número lim itado de alternativas insti­
tucionales, y para m uchos si éstas están consignadas a una situación de im potencia
relativa debido a la pobreza, el desempleo y la exclusión social.
D ebería destacarse de nuevo que el objetivo incon dicion al del m ercado «libre»
ignora el hecho de que el com ercio y los mercados se basan en otras instituciones anti­
cuadas y muchas veces rígidas y en otras características tradicionales de la cultura
so cial. A pesar de sus diferencias políticas, tanto M a rx com o H ay ek ignoraron las
«impurezas» inevitables en un sistema de mercado, mientras que Schumpeter (1976: 139)
defendió convincentemente que esas instituciones más antiguas proporcionan una sim ­
biosis esencial con el capitalism o, convirtiéndose en «un elemento esencial del esque­
m a capitalista». L a capacidad de Schumpeter consistió en mostrar que el capitalism o
depende de normas de lealtad y confianza que son, en parte, herencia de otras épocas.
Las instituciones de contrato e intercambio no son suficientes.
Existen m uchos ejem plos de esferas de actividad esenciales pero no com erciales
dentro del capitalismo. U n buen ejemplo es la familia, aunque esta cuestión fue torpemente
dejada de lado por H ayek y otros pensadores de la escuela austríaca. N o sólo raramen­
te se realizaun análisis detallado de la familia, sino que otros temas normativos que pre­
sentan dificultades también son normalmente ignorados. Tal como señaló Jim Tomlinson
ELABSOLUTlSMO DEL INDIVIDUALISMO DE MERCADO 89

(1990: 131), las fam ilias «son extremadamente problemáticas por sus im plicaciones
sobre la libertad en el sentido utilizado por H ayek». H ayek ignora la cuestión del tipo
delibertad que se les ofrece a los niños en esta institución, así como las implicaciones para
el liberalismo de un contrato matrimonial vitalicio entre una pareja.
Norm alm ente, si el contrato y el intercambio son siempre la m ejor form a de orga­
nizar las cosas, entonces muchas funciones que se organizan tradicionalmente de forma
diferente deberían comercializarse. Esto implicaría el uso generalizado de Ja prostitu­
ción para obtener placer sexual, y la producción y venta de niños para obtener un bene­
ficio com ercial. Sin embargo, en las democracias modernas, la venta de personas se
considera esclavitud y es ilegal14, y la prostitución es frecuentemente vista con malos
v:.'. ojos y restringida legalm ente. También existen lím ites legales a la com ercialización de
: i, actividades tales com o el alquiler de las tareas parentales. Sin em bargo, la absoluta
libertad individual y de intercambio debe admitir la posibilidad de la prostitución, de
la venta de niños e incluso de la esclavización voluntaria. E n un asalto a nuestra «liber­
tad individual y de contratación», los poderes legislativos centrales de la mayoría de
países normalmente limitan o prohíben estas actividades.
: Sobre esta base, el individualismo de mercado no es una doctrina conservadora o
;;; tradicionaüsta: llevado a sus límites, el individualismo de mercado conlleva la comer­
ía cialización del sexo y la abolición de la fam ilia. U n individualista de mercado coheren­
te no puede ser un devoto de los «valores familiares», por lo que existe una contradicción
jgp'. interna en el pensamiento de importantes defensores del individualism o de mercado
S c o m o Thatcher y Hayek: su apoyo a la fam ilia com o una institución y su más amplia
devoción a la tradición, es incompatible con su individualismo de mercado15-
Los partidarios del individualism o de mercado no pueden pedirlo todo. Para ser
vi?-.; coherentes con sus propios argumentos, todas las disposiciones deben supeditarse a la
: propiedad, los m ercados y e l intercambio. N o pueden decir ahora que el mercado es
........... la m ejor form a de ordenar todas las actividades socioeconóm icas, y negarlo después.
Si les importan los valores familiares, entonces tienen que reconocer los lím ites prácti­
cos y morales a los imperativos del mercado y el intercambio pecuniario. L o s individua­
listas de mercado extremos pocas veces admiten la existencia de estos límites. Incluso
, los que, com o H ayek y Friedman, que cautelosamente lim itan en ciertos m omentos el
%-C poder y el ámbito del mercado, se abstienen de plantear una declaración general sobre
las lim itaciones de las disposiciones del mercado. Para ellos, el m ercado es un bien
puro, de la mism a form a que para muchos socialistas es un puro dem onio. L a verdad
' se encuentra en otra parte.

. *■ ■
f'-'-p. 14. Evidentemente, en algunas sociedades modernas los niños se pueden adoptar a cambio de un pago. Sin
SjíP -: embargo, tal como Posner (1994: 41O) ha señalado acertadamente: «La expresión venía de niños, aun­
que inevitable, es confusa. Una madre que entrega sus derechos parentales a cambio de una tasa no está
vendiendo a su hijo; los niños no son cosas, y no pueden ser comprados y vendidos. Ella vende sus
; ¡ i d e r e c h o s parentales». En cambio, Becker (1991: 362 ff.) fue más descuidado en su uso del lenguaje;
KpP: habló de venta niños cuando en realidad Jo que se producía era la venta de los derechos parentales.
spíV. 15. Muchos críticos han señalado que existe una tensión no reconciliada en la obra de Hayek «entre un
pp-T. conservadurismo aconsejado por una reverencia incondicional por lo tradicional y un refonnismo ins-
IpK i. titucional inspirado por la idea de un orden espontáneo» (Kley, 1994: 169). Para evaluaciones simila­
res, ver Forsyth (1988: 250), Gray (1980, 1984: 129-130), Ioannides (1992), Kukatlms (Í989: 206-215),
Paul (1988: 258-259), Roland (1990), Rowland (1988) y Tomlinson (1990: 64-65).
90 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

5. L a s u p u e s t a o m n ip r e s e n c ia d e l m e r c a d o

L a empresa también presenta un importante problema analítico para los individualistas


de m ercado. M arx observó en E l Capital que 3a división del trabajo estaba presente
tanto en la sociedad en general com o dentro de la empresa capitalista. En la prim era, la
división del trabajo mantiene el intercam bio del mercado; en la segunda, «el trabajo
se encuentra sistemáticamente dividido en cada fábrica, pero los trabajadores no gene­
ran esta división intercambiando sus productos individuales» (M arx, l 976a: 132). Esto
prefigura la observación similar realizada por el premio N obel Ronald Coase (1937:
388): «Dentro de la empresa, esas transacciones mercantiles son eliminadas, y la com ­
plicada estructura de m ercado con intercambios es sustituida por el em presario-coor­
dinador, que dirige la pro du cció n». A u n q u e desde perspectivas teóricas bastante
diferentes, tanto C o a s e com o M a rx subrayaron que el intercambio de productos y el
mecanism o de los precios están ausentes dentro de la empresa.
N o obstante, muchos individualistas de mercado han ignorado este hecho, com o
si estuvieran avergonzados de la obvia lim itación de los mecanism os del mercado que
se produce dentro de la propia ciudadela del capitalism o. Efectivam ente, es muy típi­
co que los individualistas de mercado ignoren el interior de la empresa y los talleres.
Según ellos, lo que importa es el conocim iento y la im aginación de los empresarios,
ignorando el conocimiento y la imaginación de los trabajadores. L o que les importa es
la libertad del empresario para comerciar en el mercado sin el m ínim o obstáculo, ign o ­
rando que la mism a em presacapitalista existe debido a la exclusión dentro de sus lím i­
tes de los mercados reales.
Las bases de la iniciativa empresarial son demasiado importantes para dejarlas en
manos de los individualistas de m ercado. Siguiendo su propia lógica, los individua­
listas de mercado se ven forzados a ignorar la estructura organizativa de la em presa,
o a imaginar falsamente que existen m ercados en su interior. N o hacerlo así sign ifica­
ría admitir que un sistema tan dinámico com o el capitalism o depende de un m odo de
organización del que los mercados están excluidos. T al com o apuntaron M a rx y Coase,
la esencia de la empresa capitalista es que, en su interior, el intercambio de productos
y el m ecanismo de los precios son sustituidos por un contrato de em pleo entre los tra­
bajadores y la empresa16.

16. Una empresa se define como una organización integrada y duradera de personas y otros activos, esta­
blecida con el propósito de producir bienes o servicios, con la capacidad de venderlos o alquilarlos a
dientes, y con derechos y responsabilidades legales reconocidas. Estos derechos y responsabilidades
incluyen et derecho a la propiedad legal de los productos como propiedad antes de que sean intercam­
biados, el derecho legal a obtener la remuneración contratada por los servicios y cualquier responsa­
bilidad legal en la que se incurra en la producción y suministro de esos bienes y servicios. Obsérvese que
e! término «legal» tiene siempre un fuerte elemento de costumbre, y que ¡a expresión «legal o por cos­
tumbre» podría muy bien reemplazar a «legal» en su definición. Un sentido en el que una empresa está
integrada es en que ella misma actúa, tácitamente o de otras formas, como una «persona legal» -en un
sentido legislativo o de costumbre-, que es propietaria de sus productos y contratante. El sentido en el
que una empresa es duradera es que constituye más que un contrato o acuerdo transitorio entre sus
miembros centrales e incorpora estructuras y rutinas de una prevista longevidad. Una empresa capita­
lista es una empresa de un tipo específico en el que los trabajadores establecen una relación de traba­
jo con la empresa. Esta importante definición será recordada y mejorada en varios momentos en este
volumen.
ELABSOLUTISMO DEL INDIVIDUALISMO DE MERCADO 91

Existe una gran confusión sobre esta cuestión, y m uchos autores sugieren que las
barreras entre la empresa y el m ercado se están erosionando. Esta confusión permite
a los individualistas de mercado ignorar Ja realidad de la organización no de mercado
del sector privado y situar todo lo relacionado con el mismo bajo el paraguas del aná­
lisis de mercado. Con eso pueden ignorar también la realidad del control y autoridad exis­
tente dentro de la empresa capitalista pero seguir siendo críticos con la burocracia del
sector público y la planificación estatal. Tales ideas falsas se alimentan de la falta de una
definición clara y adecuada de los términos «empresa» y «m ercado» en las ciencias
sociales.
Considerem os algunos ejem plos frecuentemente citados pero erróneos. Algunas
empresas utilizan indicadores de precios para la contabilidad interna, y los productos
pueden ser «intercam biados» entre un departamento interno y otro. D e ahí se puede
concluir que existe un «m ercado interno». Sin em bargo, habitualm ente, estos inter­
cam bios no im plican el intercambio de derechos de propiedad. L o s objetos «inter­
cambiados» siguen siendo propiedad de la empresa. L o que se produce son transferencias
contables, más que intercambios reales de productos. Incluso si se delega a una sub-
■ división de la empresa el poder de contratar con agentes externos, legalm ente es el
. conjunto de la empresa la que aparece com o parte contratante. L a subdivisión no hace
. m ás que ejecutar poderes delegados: actúa «en nombre» de la em presa, pero es la
empresa la que es legalmente responsable de las obligaciones del contrato.
■ Siguiendo un argumento típico, K en-ichi Imai y H iroyuki Itam i (1984) abordan la
í . supuesta «interpretación de la organización y el mercado» en Japón, pero definiendo tanto
el mercado com o Ja organización sin hacer ninguna referencia a los derechos de Ja pro­
. piedad o a los contratos y refiriéndose en cambio a factores com o la duración de la
I- ' relación y el uso o no del precio com o una señal principal de inform ación. Utilizando
i; . esta m etodología defectuosa, no es d ifíc il encontrar elem entos de una denom inada
f. : . «organización» en los altamente estructurados y regulados «mercados» japoneses, o
: encontrar elementos de un supuesto «mercado» dentro de muchas empresas. S in embar­
go, estas conclusiones son, en prim er lugar, el resultado de una definición inadecuada
?. del «m ercado» y la «organización». E n cam bio, definiciones más adecuadas de estos
í: ténninos llevarían a Ja conclusión de que los m ercados -e n Japón y en todas partes­
: .............. ' están con frecuencia más o menos organizados, pero que cualquier mercado es un tipo
i: diferente de organización de Ja entidad legal propietaria y contratante que constituye la
: empresa.
í Está también muy difundida la idea de que existen «mercados laborales internos»
■ dentro de la empresa. Sin embargo, incluso los padres de esta idea, PeterD oerin ger y
: M ichael P iore (1971: 1-2) admitieron que los «mercados laborales internos» no están
■ gobernados principalmente por el m ecanism o de los precios, sino por un «conjunto de
normas y procedimientos administrativos». David Marsden (1986: 162) fu e más lejos:
í «los mercados laborales internos ofrecen sistemas de transacción bastante diferentes,
; y existen dudas sobre si realizan el papel de los m ercados». M u ch a de la palabrería
sobre los «m ercados intem os» dentro de las empresas es consecuencia de un uso poco
i riguroso del término «mercado» que, desafortunadamente, impera en la econom ía con-
■ vencional actual. En términos de intercam bios genuinos, regulares y organizados de
í productos y servicios, los «m ercados» raramente, o nunca, se encuentran dentro de la
= empresa.

¡L,-
92 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

Repitam os: la confusión sobre la naturaleza de los mercados y el intercambio per­


mite a los individualistas de mercado ignorar la realidad de la organización no de mer­
cado en las empresas capitalistas y entenderlo todo en términos del «mercado». Adem ás,
permite que otros, muchas veces desde perspectivas ideológicas diferentes, ignoren las
realidades legales y contractuales y se centren exclusivam ente en cuestiones de con­
trol. «Mercado» y «organización» vuelven a confundirse. L a coordinación y el control,
y no el contrato legal o el precio, se convierten en el centro universal de atención co n ­
ceptual. D e la m ism a form a que los individualistas de mercado enfatizan el precio y
el contrato para ignorar otras relaciones, la posición contraria les olvida en favor de
las ideas de control y coordinación. L o s dos puntos de vista son inadecuados.
Com o ejem plo de la posición contraria, K eith C o w lin g y Roger Sugden (1993: 68)
definieron la empresa com o d a form a de coordinar la producción desde un centro de
decisión estratégica». Esta definición ignora totalmente el aspecto legaí de la empresa
y se centra exclusivamente en el tema del control estratégico. Para ilustrarlo, im agine­
mos el caso de una gran corporación -co m o Benetton o M arks and Sp en cer- que tiene
varios subcontratistas y proveedores menores. Según la definición de Cow ling y Sugden,
la gran corporación, más todos los proveedores subcontratados, son considerados com o
una sola empresa. Pero esto es simplemente - y confusam ente- el cambio de definición
de «empresa» de un tipo de fenóm eno a otro. Claram ente, necesitamos dos palabras,
una para describir las organizaciones productivas constituidas com o entidades legales,
y otrapara describir la compleja agrupación de una organización dominante por encim a
de una red de subcontratistas subordinados que están hasta cierto nivel bajo su control.
E s confuso trasladar la palabra «empresa» de la primera -c o n la que está normalmente
aso ciad a- a la segunda. Una razón equ ivocada para hacerlo, siguien do a G eorge
Richardson (1972) y otros, es para subrayar que la relación entre la gran corporación y
los contratistas subordinados es más duradera e intensiva que una típica relación de mer­
cado. Pero esta observación, válida e importante, no cambia el argumento: una relación
permanente entre una empresa dominante y un subcontratista subordinado no es una
relación de mercado libre, p ero s í es una relación de intercambio d e productos, que
supone la transferencia legal d e derechos de propiedad. Sigu e siendo una relación de
intercambio de productos entre dos empresas distintas. No prueba la existencia de inter­
cambio de productos ni de un «mercado» dentro de una sola empresa.
En las economía modernas existen muchos casos de formas complejas de interacción
entre agencias productivas (Ménard, 1996). Pero a! observar con detalle, la m ayoría de
estos casos «híbridos» se revelan com o relaciones o redes entrelazadas entre entidades
legales múltiples y distintas, y no organizaciones o empresas aglutinadoras únicas. Parte
del problema en este caso reside en la incapacidad de reconocer que los mercados son
un caso especial de intercambio de productos (Hodgson, 1988). Si nos adherimos a la falsa
dicotomía entre empresas y mercados, entonces claramente vamos a tener dificultades
para clasificar las relaciones de contratación no de mercado entre empresas. E l conjun­
to real de estas relaciones interactivas no es ni una empresa ni un mercado, por lo que -d e
. acuerdo con la lógica de esta dicotomía fa lsa -, debc tornar la «extraña» forma de «híbri­
do». E l primer error está en la presunción de una dicotom ía, ignorando la tercera posi­
bilidad (richardsoniana) del intercambio contractual no de mercado. E l segundo error
está en tener una definición erróneamente precisa de la empresa, hasta el punto de que
la diferencia entre «empresa» e «industria» puede llegar a disolverse.
EL ABSOLUTISMO DEL INDIVIDUALISMO DE MERCADO 93

Reconocer la exclusión de los mercados y del intercambio de productos dentro de


la empresa es importante por varias razones. En particular, es una importante ilustración
de có mo las formas de coordinación de mercado y no de mercado aparecen combina­
d as en todos los sistemas capitalistas existentes; sin embargo, esta idea de com bina­
ción es bastante diferente de la presunción de que se hayan convertido en un extraño
híbrido, com binando las cualidades de ambos. L a empresa existe com o una entidad
l eg al diferenciada: técnicam ente, es una «persona legal». E s propietaria de sus pro­
du ctos y los vende o alquila a otros. E stablece contratos con sus trabajadores y sus
clientes. D e la m ism a form a, sus relaciones externas están dominadas por los inter­
cambios de productos o mercados. Internamente, sin embargo, la em presa no se rige
por los precios, los mercados o el intercambio de productos, sino que es fundamentaí-
mente un ámbito de administración, organización y dirección.

6. L as organizaciones y las condiciona


PARA LA INNOVACIÓN Y EL APRENDIZAJE

La empresa capitalista ha sido tan exitosa y dinám ica durante lo s dos últim os siglos
predsamente porque combina estos dos atributos: externamente, el intercambio de pro­
ductos basado en los precios, e internamente, la m ovilización organizativa y el de­
sarrollo de la fuerza de trabajo. E l espectacular éxito histórico de esta combinación
■ simbiótica de diferentes plantea dificultades teóricas tanto a los individualistas de
"5"mercado como a los socialistas contrarios al meicado. Frente los preceptos de los indi­
vidualistas de mercado, la empresa capitalista internamente no es ni un m ercado ni una
simple colección de individuos que com ercian, y frente los socialistas antim ercado, la
' empresa depende de los m ercados y del intercambio de productos para gran parte de
. su ' autonomía y estímulo com petitivo.
Debem os considerar por qué la exclusión del mercado y de los contratos d e inter­
cam bio del interior de la empresa favorece su dinam ism o. L o s m ercados ju egan un
importante y flexib le papel de señalización y coordinación en las econom ías m oder­
nas. U na organización no se lim ita a coordinar. Tiene un cierto número de objetivos,
. m uchas veces m al definidos pero aun así explícitos. A l perseguir estos objetivos, la
dirección de la organización divide sus problemas y tareas en diferentes subtareas y
•las delega a sus subdivisiones (K a y , 1997). En cualquier contexto com plejo, incierto
y dinám ico, esto com porta innovación y aprendizaje para enfrentarse a lo nuevo y lo
inexplicado. Dentro de la empresa, tal com o ha afirmado M assim o E gid i (1992: 167):

la ejecución de los planes requiere la habilidad de interpretar y adaptar esas ideas


generales o de rechazarlas, y de resolver los nuevos problemas que surgen fruto de
los intentos de llevar los planes a la práctica; es necesario, pues, un proceso conti­
nuo de transmisión de información y conocimiento entre sujetos, y su coordinación
sólo es posible si se lleva a cabo un proceso de aprendizaje... 1a coordinación impli­
ca esencialmente un proceso de aprendizaje organizado.

Varios estudios de casos y otros análisis llevan a la conclusión de que la razón prin­
cipal para la existencia de la empresa, y no del mercado, es su capacidad de propor­
cionar un en clav e cultural relativam ente protegido en el que el ap ren dizaje tanto
94 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

individual com o del grupo puede producirse. En cam bio, una relación de mercado soca­
varía la com unicación interpersonal y el aprendizaje individual y de grupo. Tal com o
plantearon D avid Teece y Gary Pisano (1994: 539):

La esencia de la empresa... es que desplaza la organización de mercado. Y Jo hace


principalmente porque dentro de las empresas se pueden organizar ciertos tipos de
actividad económica de una forma que no es posible a través de los mercados. Esto
no se debe sólo a los costes de transacción... sino también a que existen muchas for­
mas de organización donde el inyectar incentivos muy poderosos puede ser destruc­
tivo para la actividad cooperativa y el aprendizaje.

Este es un argumento importante. Sugiere que gran parte del aprendizaje depende
de relaciones cooperativas y duraderas que pueden necesitar protección del poder poten­
cialmente corrosivo de los mercados.
Este argumento coincide con nuestra form a de entender lasjo in í ventures, las alian­
zas estratégicas y otros contratos cerrados y duraderos entre empresas. Esta «contra­
tación relacional» es una forma de intercambio de productos, pero no es un intercambio
de mercado (D ore, 1983; G oldberg, 1980b; Richardson, 1972). E l hecho de que estos
contratos relacionales sean beneficiosos para la empresa concuerda con la afirm ación
de que, en cam bio, el intercambi¿ de mercado situaría la cooperación y el aprendiza­
je sobre pilares mucho más precarios. L a contratación relacional puede proporcionar
m ayor flexib ilidad que la que encontram os dentro de la empresa, pero m antiene un
grado de cooperación duradera que podría ser socavado por los mercados libres.
Las relaciones entre empresas también pueden basarse en una cooperación inform al
y no contractual. M ucha innovación se basa en el diálogo informal y la negociación
continua. Existe una gran cantidad de intercambio inform al de know-how técnico. L a
palabra, las redes inform ales y la im itación son por lo tanto muy importantes en las
economías modernas (Czepiel, 1975; Von H ip p el, 1987, 1988; M artilla, 1971). Gran
parte de este diálogo no está ligado al contrato form al ni está motivado básicam ente
por indicadores de precios (Stiglitz, 1994: 85). E n una econom ía del aprendizaje, la
cultura de la cooperación dentro de la empresa rebasa este ámbito y afecta también a las
relaciones entre empresas.
Es de vital importancia entender que el conocim iento técnico es en gran m edida
contextual M uchas veces es imposible entender la naturaleza o valor de una innovación
si no se tiene un conocim iento íntim o o directo de la situación en la que se produce.
Esto pone lím ites tanto a la plan ificació n centralizada com o al sistema de m ercado
com o mecanism os para estimular la innovación. Norm alm ente es difícil o im posible
que una unidad transmita a otra qué es precisamente lo que se requiere. S i no existen
ideas compartidas y pautas de existencia comunes, pueden aparecer disonancias inm a­
nejables entre los marcos cognitivos utilizados por los dos grupos de agentes. Debido
a la inexistencia de estos hábitos y concepciones com unes es posible que, de hecho,
no hablen la misma lengua.
C o m o consecuencia, en un sistema de mercado se puede producir la integración
vertical entre empresas. L a integración vertical im plica hacer retroceder los límites del
mercado y del intercam bio de mercancías y ampliar el área de actividad organizada y
no com odificada. A l combinar al productor y al usuario en la misma organización per-
EL ABSOLUTISMO DEL INDIVIDUALISMO DE MERCADO__________________ 95

mite establecer lazos más estrechos y una com unicación más profunda en una cultura
organizativa compartida (Foss, 1993; H odgson, 1998b, 1998c; Sah, 1991).
■L a necesidad de innovar pone algunos lím ites al uso del mecanismo del mercado
y sus indicadores los precios. N o obstante, es necesario explicar porqué los mercados
siguen teniendo un papel y porqué no todas las fusiones entre empresas son ventajo­
sas; E l mercado puede alimentar un estím ulo com petitivo favorable a la invención,
mientras que sin la competencia de m ercado, las empresas pueden estancarse y perder
el ímpetu por el cambio y la innovación. Por otra parte, la innovación y el desarrollo deta-
liado de los productos normalmente exigen u n avin cu lación san ial sosten iday la cul-
fura organizativa común de un equipo integrado. L a empresa capitalista cum ple estos
dos'imperativos, con un i mportante grado de éxito. Pero al hacerlo, niega los precep-

tos universales del individualismo de mercado.
- ' Si este argumento es correcto, entonces fu individualismo de mercado es deficien­
te en loreferen ted ap ren d izaje y l a innovación, precisanieeteigual que el socialism o
cefuralista. L o s dos sistemas, aunque por diferentes razones, anularían el aprendizaje
y e l desarrollo tecnológico. Am bos sistemas, para superar este defecto, deben im po­
ner l im ites al área de aplicación de sus principios básicos y permitir un grado sustan­
cial de diversidad interna y estructural. Este tema se explora en la próxim a sección
• respecto al individualismo de mercado.

7. E l in d iv id u a l is m o d e m e r c a d o y l a in t o l e r a n c ia
DE LA DIVERSIDAD ESTRUCTURAL

E n la práctica, todos los sistemas socioeconóm icos contienen una diversidad de prin­
cipios reguladores. Incluso los sistemas capitalistas dominados por una ideología de
libertad y de libre mercado prohíben la com pra y venta de votos, desaprueban Ja pros-
tifución y la pornografía y lim itan la venta de drogas peligrosas. L a esclavitud y los
contratos laborales vitalicios sin posibilidad de rescisión son ilegales, incluso si dos
partes lo acuerdan. Tales transacciones voluntarias están prohibidas, a pesar de que la
econom ía convencional nos enseña que estas transacciones generalmente aumentan la

■utilidad y el llam ado «bienestar» de los vendedores y los compradores .
Tal com o se haobservado anteriormente, los individualistas de mercado com o Von
M ises y H ayek rechazan cualquier suavización del sistema basado en el mercado que
•■
defienden. Afirm an que si se socavan las prerrogativas de la propiedad y el mercado,
•ealsteelpelígro de quese pranluzcaun desabollo desbrcadodelsislem a hacia ladom i-
: nación estatal y e l totalitarism o. Sin em bargo, al no poner lim itaciones a su propia
■ética,elin d iv id u alism o de mancado vuelve a ser e l reflejo del socialism o cen im ista
que tanto quieren eliminar. Las dos filosofías buscan soluciones puras y extrem as, y
en l os dos casos, ello elimina la viabilidad de la utopía elegida. Jo hn M aynard Keynes
• hizo una crítica parecida del individualism o de mercado de Hayek. Com o respuesta a
•. la apanición del libro de Hayek, The R o a d to Seifdom , K eynes escribió a H a y e k el 28
de junio de 1944:

usted subestima en gran medida Ja viabilidad del término medio. Pero en el momen­
to en que admite que el extremo no es posible, y que debe marcarse un límite, ya está
perdido, siguiendo su propio argumento, ya que intenta persuadimos de que tan pron-
96 CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

to se produce un movimiento mínimo hacia la planificación, se cae necesariamente en


el camino resbaladizo que lleva, a su debido tiempo, al precipicio (Keynes, 1980:
386-7).

Un sistema socioeconómico puro, de cualquier tipo, es imposible. L os defensores


del capitalismo tienen que admitir un espacio para las instituciones no de mercado
como la familia o la empresa. En la práctica, todas las economías son mixtas. Los indi­
vidualistas de mercado han declarado muchas veces que son devotos de la diversidad,
la variedad y la experimentación en la vida económica. Sin embargo, la diversidad que
proclaman es una diversidad limitada de individuos trabajando bajo una cultura única,
común e increíblemente pecuniaria. Se niega la posibilidad de cualquier diversidad
estructural en las formas de organización económica -iniciativas de auto-empleo y
empresas capitalistas al lado de cooperativas obreras y empresas públicas, por ejem­
plo-. Sin embargo, tal diversidad estructural podría mantener un grado mucho mayor
de variedad cultural y de conducta que el sistema defendido por los individualistas de
mercado. L a ideología del individualismo de mercado se ha resistido tenazmente al
pluralismo económico genuino”
Uno de los mayores logros de Von Mises, Hayek y otros economistas de la escue­
la austríaca ha sido el explicar la función esencial de coordinación que ejercen los mer­
cados en la economía moderna. Es base a esto, han demostrado que un sistema
completamente dependiente de la planificación centralizada no funcionaría, al menos
no de forma racional o eficaz. Pero no han sido capaces de considerar las limitaciones
del extremo opuesto, ni la dependencia del mercado mismo de su contexto institucio­
nal y cultural.
Hayek y Von Mises se equivocaron al suponer que ningún tipo de planificación
centralizada es útil o viable. Demostraron que el conocimiento es tácito y disperso, y
que todo él no puede reunirse y procesarse desde el centro. Verdad. Pero no todo el
conocímiento es así. Por ejemplo, ciertos conocimientos pueden ser centralizados u
organizados de forma útil y funcional en red, para que estén a disposición de todos.
¿Qué sentido tienen, si no, las guías telefónicas o internet, por ejemplo? N o todo el
conocimiento se encuentra irrevocablemente disperso, y una autoridad central puede
tener al menos un papel indicativo o de coordinación, incluso en un sistema de mer­
cado. Los argumentos de Hayek y Von Mises contra una economía mixta no son con­
vincentes. Y contrariamente a lo que mantienen muchos economistas de la escuela
austríaca, la aceptación de gran parte del argumento del cálculo económico contra el
socialismo centralista es compatible con la creencia en la viabilidad de una economía
mixta1 18.
7
Los individualistas de mercado afirman que los éxitos de las economías capita­
listas modernas se deben a la fuerza motriz que ejercen la competencia y el aprove-

17. Incluso se ha resistido al suministro público de servicios médicos. Así, Friedman y Friedman (1980:
145) escribieron que «no existe ningún motivo favorable a una medicina socializada».
18. Es destacable que este hecho sea admitido por un importante miembro de la escuela austríaca. Tal como
Steele (1992: 22) pianleú en su enérgica -y por otra parte muy acrítica- exposición de los principios
de la escuela austríaca: «Contrariamente a lo que Von Mises y algunos de sus seguidores han parecido
suponer, es perfectamente razonable que un estadista del bienestar o un intervencionista acepten por
completo el argumento del cálculo económico. No hay ninguna inconsistencia en esto».
EL ABSOLUTISMO DEL INDIVIDUALISMO DE MERCADO 97

c ham íento de la iniciativa individual. Sin em bargo, cualquier econom ía moderna es


m ucho más que eso, y debe su dinam ism o a m ucho más que los individuos empren­
dedores y las operaciones de mercado. Tal com o ha defendido con gran elocuencia el
premio N obel Herbert Sim on (1991), la textura del capitalism o moderno está m ucho
más dom inada por las organizaciones no m ercantiles y sus relaciones internas que
por los m ercados y sus disputas con tractu ales. E n un potente y extenso trabajo,
W ílliam L a zo n ick (1991: 335) destaca «la creciente importancia de la organización
colectiva para el próspero desarrollo del capitalism o». D e form a sim ilar, en un pene­
trante estudio de las naciones industriales principales, Lane Kenw orthy (1995) atri­
buyó el éxito capitalista, no a los m ercados libres no regulados, sino a las instituciones
que combinan la com petencia con la cooperación. Tal com o W olfgang Streeck (1989,
1992) ha planteado, las econom ías m uy productivas son tan flex ib les com o «insti­
tucionalm ente ricas». U n a econ om ía capitalista es m ucho más que átomos in d iv i­
duales y las interacciones entre e llo s . L o s individualistas de m ercado m inim izan la
im portancia del arraigo institucional y cultural d e la co gn ició n y acción humanas
(incluyendo también la actividad com ercial). A l ignorar este arraigo del conocimiento
y las cap acidad es, cometen el m ism o error que los defensores de la p lan ificació n
centralizada.
E s evidente que el mercado siguejugando un papel indispensable en la era moder­
na, pero es engañoso sugerir que es el espacio príncipal para la interacción social para
la m ayoría de los agentes. En las econom ías contemporáneas, la m ayor parte de la acti­
vidad diaria es interna a las organizaciones y, por lo tanto, externa a los mercados. Es
verdad que el crecim iento del capitalism o se caracteriza por el desarrollo y extensión
de los mercados a escala global, pero en comparación con todos los sistemas socioe­
conómicos previos, el crecimiento en diversidad organizativa, complejidad y tamaño es
también una característica vital del orden capitalista. Igu al que muchos otros econo­
mistas modernos, los individualistas de m ercado esconden este hecho con su tendencia
individualista y contractual.

8. E v a l u a n d o d if e r e n t e s t ip o s d e in s t it u c io n e s d e m e r c a d o

Tal com o se ha mostrado en el capítulo anterior, los socialistas han creído tradicional­
mente que era posible apartar el m ercado del centro de la vida económ ica, relegarlo a
la periferia o eliminarlo completamente. S e creía que la competencia, la ambición, la
desigualdad y la explotación eran las consecuencias inevitables del sistema de m erca­
do. D esde una posición diametralmente opuesta, los defensores del individualismo de
mercado han sugerido que prácticamente todos los problemas sociales pueden resol­
verse a través de la institución del mercado y de los derechos de propiedad. Cada una
de estas posiciones es el reflejo de la otra: lo que debaten es la posibilidad de realizar
una evaluación global de todos los sistemas basados en el mercado, llegando a un único
conjunto de conclusiones universales, sean negativas o positivas. Las dos posiciones
absolutistas son aquí rechazadas.
En su lugar, es importante considerar cada sistema de m ercado en su contexto his­
tórico y cultural. Las experiencias de Gran Bretaña y Am érica no sólo contrastan entre
sí, sino también con las experiencias de, por ejem plo, A lem an ia, Japón y gran parte
del resto del mundo. E l capitalism o surgió en Gran Bretaña en una sociedad fractura-
98 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

da y dividida en clases, donde existía desde h acía tiempo una ideología individualista.
Los Estados Unidos de A m érica adoptaron muchas de las ideas políticas de pensado­
res individualistas ingleses com o Thom as Hobbes y John L o ck e . U n individualism o
aún más fuerte podía llevarse a cabo en las am plias llanuras, donde no existía ningún
remanente indígena de un pasado feudal. Con unas comunidades muy poco estructuradas
y unos individuos con una gran m ovilidad, Am érica desarrolló un tipo de capitalism o
particularmente individualista, donde el dinero -m á s que D io s, la nación o el d eber-
era el criterio más importante para m edir el éxito personal.
E l dom inio, durante más de un siglo , del individualismo angloam ericano ha lle ­
vado a la presunción de que esta cultura individualista es compañera necesaria del capi­
talismo. Pero debemos preguntarnos hasta qué punto las características de la am bición
y el individualism o com petitivo eran específicas a las culturas capitalistas imperantes
entonces, y no al sistema socioeconóm ico capitalista per se. Claram ente, los m erca­
dos y el capitalism o fomentan los valores pecuniarios y fonnas de conducta esp ecífi­
cas sobre otras. Sin embargo, el espacio para la variación cultural y de conducta dentro
de estas estructuras sociales ha sido muy infravalorado por los teóricos sociales de todo
tipo y m atiz político. L a rectificación de este error es uno de los temas principales de
este libro.
E s importante destacar que el mercado es en sí mismo una institución social. Son
posibles diferentes tipos de instituciones de mercado, con diferentes rutinas1
, procedi­
mientos de precios, etc. Adem ás, cada mercado en particular está entrelazado con otras
instituciones y una cultura social particular. Por lo tanto, no existe un solo tipo o co n ­
ju nto de mercados --quizás únicamente diferenciados por el tipo y grado de estructura
del mercado y de la competencia establecidos en las tipologías de m anual-, sino muchos
mercados diferentes, dependiendo cada uno de su contexto cultural e institucional.
Entre otros, W em er Som bart, el econom ista de la escuela histórica alem ana, recono­
ció este punto crucial. A firm ó que e l significado del concepto de intercambio dependía
del contexto social e histórico en el que se realizaba:

El «intercambio» en la economía primitiva (trueque silencioso), el «intercambio» en


la economía artesanal y el «intercambio» en la economíacapitalista son cosas muy dife­
rentes una de otra... El precio y el precio son cosas muy diferentes de un mercado a
otro. La formación de los precios en la feria de Vera Cruz en el siglo xvn o en el mer­
cado de trigo en la Bolsa de Chicago en 1930 son dos hechos totalmente incompa­
rables (Sombart, 1930: 211, 305)19.

A u n qu e es posible que Som bart sobreenfatizara en este pasaje el grado de especi­


ficidad histórica e ignorara las características genéricas com unes a todos los m erca­
dos, su declaración es un correctivo importante de la noción centrada en un mercado puro
e indiferenciado que promueven tanto sus críticos com o sus defensores20-

19. Esta cita es de la traducción de Sombart que aparece en Mises (1960: l 38). La precisión de la traduc­
ción ha sido revisada en el origina! en alemán.
20. Posiciones similares, mantenidas durante mucho tiempo por economistas de la escuela histórica ale­
mana, influyeron de forma importante a Walter Eucken, Wilhcm Ropke y otros arquitectos del con­
cepto de la «economía social de mercado» que apareció en la política de la Alemania de postguerra
(Tribe, 1995; Nicholls, 1994).
ELABSOLUTISMO DEL INDIVIDUALISMO DE MERCADO 99

Argumentos similares fueron utilizados por inslitucionalistas estadounidenses como


S ummer Slichter, un influyente economista laboral que fue presidente de Ja Am erican
Econom ic Association en 1941. Slichter (1924: 304-5) se quejó de la teoría neoclási­
ca de la siguiente forma: «se ignora la influencia de la organización y las instituciones
de mercado sobre el valor. N o se hace ninguna distinción, por ejem plo, entre formas
de organización del mercado» com o «la bolsa o el mercado de trigo», o el «mercado
laboral». D e forma similar, lamentó que las «teorías sobre el interés se construyan sin
ninguna referencia al sistema de crédito o al ahorro empresarial o gubernamental». En
estos y otros puntos, los institucionalistas tenían visiones muy parecidas a las de sus
predecesores de la escuela histórica.
A l menos en una cuestión, este rechazo al concepto del mercado no diferenciado es
contrario a las tesis de Karl Polanyi (1944), quien parecía ver el mercado como una
imposición ajena sobre la sociedad tradicional, «desvinculado» de las relaciones socia­
les. Bernard Barber (1977: 27) criticó correctamente a Po lanyi en los siguientes tér­
minos:

Polanyi describe el mercado como algo desarraigado [pero]... esta es una imagen
errónea. Aunque la economía de mercado moderna podría ser entendida como una
forma más diferenciada estructuralmente, más separada de forma concreta de los
otros subsistemas institucionales de la sociedad, esta imagen desvía la atención del
hecho sociológico básico de que todas las instituciones de intercambio son interde­
pendientes con los patrones de valores y otros subsistemas institucionales de su
entorno.

L a rectificación de la imagen errónea del mercado desvinculado no niega la impor­


tancia global y la categoría de la aportación de P olanyi. Polanyi también argumentó
que el desarrollo del mercado no era un hecho espontáneo, y que requería una inter­
vención y legislación deliberadas. Este punto crucial no es socavado por la crítica de
Barber. De hecho, el mensaje central de Polanyi podría verse reforzado por el recono­
cim iento de la dependencia del sistem a de m ercado de la cultura y el contexto. En
debates sobre la obra de Polanyi, M ark Granovetter (1985, 1993) afirmó que tanto las
estructuras institucionales específicas como las fuerzas generales de la oferta y deman­
da -com u n es a todos los m ercados- afectan a los resultados del mercado.
A u n aceptando la existencia de algunos principios generales del m ercado, debe
enfatizarse que la naturaleza del mercado depende siempre en cierta medida de su esen­
cia y contexto cultural e institucional. Este argumento choca con las visiones típicas
de los liberales promercado y los socialistas antimercado. L o s economistas marxianos
y austríacos, por ejem plo, a pesar de sus valoraciones diametralmente opuestas acerca
del mercado, tratan a los mercados como entidades simples, uniformes e independientes
del contexto. Los dos grupos fallan al no diferenciar lo s m ercados en base a sus carac­
terísticas institucionales y culturas dominantes2^2
1

21. Por esta razón, el concepto del «mercado socializado» avanzado por Elson (¡988) -ver más abajo-
puede crear confusión. Puede sugerir la posibilidad de que un mercado no esté enraizado en la sociedad.
Debe enfatizarse que todos los mercados están constituidos porinstituciones sociales y enraizados en
un contexto social. Elson claramente utilizó ei término «socializado» para decir más que esto, recono­
ciendo acertadamente a la vez que puede existir una diversidad potencial de instituciones de mercado.
100 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

En el mundo real, e incluso en un solo país, podemos encontrar muchos ejemplos dife­
rentes del mercado, y raramente los trataremos de manera uniform e. Encontramos mer­
cados de pescado y verduras, organizados y regulados por las autoridades locales, o
mercadillos con productos de origen dudoso. E ! uso de vales designados para comprar
servicios de cuidados de niños dentro de un colectivo organizado de cuidados de niños
es un ejemplo de mercado. También existen mercados para los servicios sexuales de las
prostitutas. Estos ejemplos de mercados son claramente diferentes en sustancia y con­
notaciones, por lo que no deberíamos juzgarlos con los mismos criterios morales.
Considerem os dos casos supuestos. E l prim ero se refiere a- una sociedad donde
existe una cultura individualista y un alto nivel de m ovilidad geográfica. L a s compras
y ventas entre los mismos participantes no se producen de form a frecuente. En conse­
cuencia, al participar en intercambios de m ercado, estarnos menos dispuestos a preo­
cupam os por el bienestar personal o los sentimientos de la persona con la que estamos
com erciando. E s poco probable que nos volvam os a encontrar con ella, y estamos dis­
puestos a centrarnos casi exclusivam ente en el precio y las características del produc­
to objeto de la transacción. En cam bio, en un sistema menos m óvil y con una cultura
menos individualista, puede existir una propensión por parte de las dos personas invo­
lucradas en el intercambio a desarrollar una relación personal más próxima. E n estas cir­
cunstancias, se puede desarrollar cierto grado de preocupación por la otra persona que
es independiente de los deseos relacionados con ei intercam bio. L a otra persona se
convierte en algo m ás que el m edio h acia un fin22^
E n lugar de reconocer el importante papel de culturas y costumbres com erciales
diferentes, los adversarios y los defensores del mercado se han centrado ex clu siva­
mente en sus características generales. D e esta form a, por ejem plo, los marxistas han
deducido que la m era existencia de la propiedad privada y los m ercados fom enta por
sí m ism a el com portamiento adquisitivo individual, sin hacer ninguna referencia al
papel de las ideas y la cultura en la form ación de las aspiraciones de los actores socia­
les. A esta visión desculturalizada le es difícil explicar, por ejem plo, el alto grado de

En cambio, en su crítica del neoliberalismo, Wainwright (1994) pareció más interesado en domesticar
«el mercado» con el uso de agencias reguladoras exógenas y no de mercado de lo que sugeriría un reco­
nocimiento pleno de la posibilidad de una variedad institucional interna. Además, vio «el mercado»
corno algo centrado solamente en la «coordinación ex po.fl» (: 273), ignorando el hecho de que iodos los
costes en el mercado implican cálculos (socialmente construidos) relacionados con el futuro. En con­
creto, los mercados de futuros son instituciones especialistas relacionadas mayoritariamente con los
ajustes exame. Waínwright ha rechazado correctamente la posibilidad de una planificación completa­
mente centrnlizada, pero su tratamiento general del mercado j^^nta un cierto grado de ambigüedad doc­
trinal. Pareció aceptar los mercados en una instancia y rechazarlos en otra. Para aumentar la confusión,
ofreció apoyo a las propuestas socialistas lanío de Elson (1988) como de Devine (1988), y no vio que
se basaban en presuposiciones muy diferentes y que llevaban a conclusiones muy diferentes. Algunas
de estas diferencias fueron admitidas por los mismos Adaman y Devine (1997).
22. El economista neoclásico Wicksteed (1933) definió «una transacción económica» como una en la que
cada persona involucrada en el comercio no considera a la otra más que como «un vínculo en la cade­
na» (p. 174). Una consecuencia desafortunada de esta definición demasiado restrictiva sería que gran paite
de la actividad comercial en muchas sociedades, incluyendo el contrato de empleo en la mayoría o en
todas las economías capitalistas, si se inspeccionara detenidamente, dejaría de tener un carácter «eco­
nómico». Sin embargo, mientras que la definición de la economía de Wicksteed es inaceptable, su aná­
lisis conceptual es revelador, ya que explicita !a posibilidad de que el intercambio incluya relaciones
personales basadas en algo más que rasgos solamente instrumentales.
EL ABSOLUTISMO DELINDJVJDUALISMO DE MERCADO 101

co diCia y fetich ism o de las m ercancías reinante en el supuestam ente «socialista»


B l0que del E ste m ucho antes de su colapso en 1989, a pesar de que la propaganda
oficia l ensalzara la cooperación y rechazara la avaricia. Tam bién tiene dificultad a la
hora de adm itir las versiones m uchas v eces lim itadas y opuestas del consum ism o
imperantes en sociedades capitalistas diferentes. H asta cierto punto, tanto los mar-
xistas com o los individualistas de mercado infravaloran el grado en que todas las eco-
n om fas de m ercado están in evitab lem en te com pu estas de institu cion es so ciales
densamente estratificadas2^
Aunque es razonable considerar y evaluar las características generales del merca­
d a este análisis tiene sus límites. U n a evaluación completa de cada mercado, y de cada
sistema de m ercado, exige tornar en consideración sus propias características y con­
textos institucionales y culturales. Esta tarea ha sido tradicionalmente desatendida tanto
por los socialistas como por sus adversarios, defensores del mercado «libre». Lo s socia­
listas denigran los mercados y las «fuerzas de m ercado» sin darse cuenta de que insti­
tuciones de mercado diferentes pueden funcionar de formas muy diferentes. Los niveles
de análisis general y específico se com binan, y cuando llegam os a las cuestiones de
evaluación y form ulación de políticas, esta confusión entre lo general y lo específico
resulta desastrosa.
Argum entos similares relacionados con la importancia general del contexto y la
cultura en sistemas socioeconóm icos son retomados más tarde en es(e libro. U n obje­
tivo importante e inmediato hasta ahora ha sido empezar a abrir la puerta a la posibi­
lidad de algún tipo de variante de lo que algunos podrían describir com o «socialism o
de mercado». Esta posibilidad se explora con más detalle en el capítulo 9.
D iane E lso n (1988) es una de los pocos escritores y escritoras socialistas que ha
explorado la posibilidad de reconstituir los mercados, en lugar de marginarlos o abolir-
los. E lla apoya la propuesta de una renta básica, pagada por el Estado a todos los adul­
tos de form a incondicional a través de los impuestos, en base a que esto civilizaría el
ethos y cambiaría el equilibrio de poder en el mercado laboral2^ U n sistema regulador
extensivo, que incluyera una am plia participación pública, haría respetar los estánda­
res ambientales y sociales en el proceso de mercado. L a propuesta se basa en transfor­
mar y «socializar» el mercado, y no en reivindicar que puede y debería ser eliminado
de la utopía socialista. Contrariamente a las nociones imperantes a la derecha y la izquier­
da del espectro político, Elson ha reconocido el hecho de que el mercado puede tomar
una gran variedad de formas, y que algunas de estas son más censurables que otras.
H ay algo de verdad en la acusación de que los sistemas socioeconóm icos basados
en el mercado pueden llevar a un aumento de la desigualdad de ingresos y riqueza. Tal 2
4
3

23. Kozul-Wright y Rayment (1997), y Grabher y Stark ( 1997) indicaron que este tema ha tenido una enor­
me trascendencia política desde 1989 en los antiguos países del Este. La idea de que las economías
están fonnadas por instituciones sodales densamente estratificadas y complejas se ignoró en las mal
concebidas políticas de la «terapia de shock». Las iniciativas políticas en las economías en transición están
obligadas a construirse firmemente sobre instituciones y rutinas existentes, incluso si el objetivo final
es la conslrucción de nuevas instituciones y el desmantelamiento de algunas de las viejas. Los merca­
dos, por ejemplo, no aparecen espontáneamente si no existen algunas instituciones, costumbres y nor­
mas previamente establecidas.
24. Para explicaciones sobre la propuesta de la renta básica, verAtkinson (1995), Parker (1989), Purdy
(1988), Van Parijs (1992).
102 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

corno Gunnar Myrdal (1957), Nicholas Kaídor (1967, 1972, 1978, 1985) y otros han afir­
mado, los procesos cumulativos de divergencia son típicos en las economías de merca­
do. Sin embargo, los grados y porcentajes de divergencia varían enormemente, de fonna
que el grado de desigualdad de ganancias, ingresos o riqueza puede variar en medi­
da de una economía a otra. Por ejemplo, un estudio ( O C D E , 1993) sobre la distríbución
de los ingresos en diversos países descubrió que en 1989-91 existían diferencias sustan­
ciales en la distribución de los ingresos salariales entre diferentes países industrializa­
dos, siendo los Estados Unidos el país más desigual. En esos años, la diferencia entre el
menor salario o porcentaje salarial en la primera décim a, y el menor salario o porcenta­
j e salarial en la novena décima era de un 5,6 en los Estados Unidos; 4,4 en Canadá; 3,2
en G ran Bretaña; 3,0 en Francia; 2,8 en Jap ón ; 2,4 en Alem ania; 2,1 en Italía y 2,1 en
Suecia2^ Por lo tanto, y según esto, los Estados U n id o s son una econom ía capitalista
mucho más desigual que Jap ón , Alem ania, Italia y Suecia. Este mismo estudio mostró
que la desigualdad salarial había aumentado de form a sustancial durante los años SO en
los Estados U n id os y en Gran Bretaña, pero de form a mucho menor en otros países.
Concretamente, en Alem ania no se observó ningún aumento de la desigualdad durante
los años 80 (Nickell y B ell, 1996). Las economías capitalistas muestran variaciones sus­
tanciales en la desigualdad, y en la evolución de la desigualdad, de ingresos y riqueza2^
L a moralidad de los mercados no puede ser evaluada adecuadamente independien­
temente de sus peculiaridades o de su contexto específico. E s sorprendente que tanto los
defensores corno los críticos extremos de los sistemas de mercado, com o H ayek por un
lado y M arx por el otro, presten poca atención al análisis de las variedades del capitalis­
mo. Los dos son pensadores de una gran profundidad analítica, pero cuando es necesaria
una evaluación de los problemas y de las cuestiones prácticas más inmediatas -c o m o el
enfoque político apropiado para los gobiernos nacion ales-, los dos nos pierden en los
tópicos grandilocuentes e inútiles del mercado puro, por un lado, y de la revolución socia­
lista, por el otro. Ninguno de los dos comprende que el mercado es un buen sirviente
pero un mal amo. N o reconocen Ja variedad de formas y la consiguiente discreción de
políticas dentro del mismo capitalismo. En este tema es en el que nos centraremos ahora.

9. BIBLIOGRAFÍA CITADA

A dam an , Fikret; D evin e , Patrick (1994). «Socialist Renewai: Lessons from the "Calculation
Debate” », Studies in Polilical Economy, n° 43, primavera, p. 63-77.
— . (I996b). «The Economic Calculation Debate: Lessons for Socialisís», Cambridge Joumal of
Economics, 20(5), setiembre, p. 523-537.
— . (1997). «On the Economic Theory o f Socialism», New Left Review, n° 221, enero-febrero,
p. 54-80.
A lbert , Michel. (1993). Capitalism Againsl Capitatism, traducido por Paul Haviland a partir
de la edición francesa de 1991, Londres: Whurr Publishers.
ARENDTRENDTHannah. (1958). «WhatWas Authority?». En Friedrich, Cari J. (ed.) Authority Cambridge,
MA: Harvard University Press, p. 81-112.

25. Conuna población de 100 asalariados, este sería el porcentaje entre los ingresos salariales del número
90 y del número 10. Con esta medida, cuanto mayor sea la cifra, mayor será el grado de desigualdad.
26. Para más dalos sobre la distribución de la renta en las economías desarrolladas y en transformación,
ver Bishop eí al. (1991) y Atkinson y Micklewright (1992).
... ....I:
1 EL ABSOLUTISMO DEL INDIVIDUALISMO DE MERCADO 103

t ic
A rgyris , Chris; S chon , Donald. ( 1978). Organizational Leaming: A 11eory ofAction Perspectiva,
k ■
Reading, M A : Addison-Wesley.
t ::V: A r w gh e '11, Alessandro; B achman , Reinhard; DEAKtN, Símon. (1997). «ContractLaw, Social Nonns
and Inter-Firm Cooperation», Cambridge Journal ofEconomics, 21(2), marzo, p. 171-195.
A rrow Keneth. (1962b). «The Economic Implications o f Learníng by Doíng», Review of
Economic Studies, 29(2), junio, p. 155-173.
.—. (1974). The limits of Organization, Nueva York: Norton.
K- Atwnson , Anthony B. (1995). Public Economics in Action: The Basic Income/Fla Tax Pivposal,
m 0 Oxford: Clarendon Press.
ATKiNSON, Anthony B .; MlCKLEWRIGHT, John. (1992). Economic Transformation in Eastem
Europe and the Distribution o f Income, Cambridge: Cambridge University Press.
p p j
rr*,-?-, ' B a rber , Bernard (1977). «The Absolutization o f theMarket: Sorne Notes on How We Got from

líf
í: ^
There to Here>>. En Dworkin, G .; Bennant, G .; Brown, R. (eds.). (1977). Markets and Moráis,
Washington, DC: Hemisphere, p. 15-31.
— (1983). The Logic and Limits o f Trust, New Brunswick, N J: Rulgers University Press.
Ba u m o l , William J.; OATES, Wallace E . (1988). The Theory of Environmental Policy, 2’ ed.,
.. . Cambridge y Nueva York: Cambridge University Press.
!#■■- B e a l , H .; D ugdale , T. (1975). «Contracts Between Businessmen: Planning and the Use of
¡M Y .:, Contractual Remedies», British Journal ofLow and Society, 2, p. 45-60.
......: B ecker , Gary S. (1991). A Treatisefin the Family, 2aed., Cambridge, M A : Harvard University
.... Press.
PM - — (1996). Accountingfor Tastes, Cambridge, M A : Harvard Universitv Press.
V - :. A T
B erger , Hans; N m rd erh aven , Niels G .; NOOTEBOOM, Bart. (1995). «Determinants o f Supplier
Dependence: An Ernpirical Study». En Groenewegen, John; Pitehs, Christos; Sjostrand,
Sven-Erik (eds.). (1995). 0n Economic lnstitutions: Theory and Applications, Aldershot:
Edward Elgar, p. 195-212.
Í:. BERKSON, William; WETTERSTEN, John. (1984). Learningfrom Error: Kari Popper’s Psychology
f. .
o f Loarning, L a Salle: Open Court.
p m B ishop John A.; F o r m by , John P.; S m ith , W. James. (1991). «International Comparisons of
..... ■ Income Inequality: Tests for Lorenz Dominance Across Nine Countries», Economica, 58(4),
:M;w: noviembre, p. 461-477.
B^LOCK, Walter (ed.). (1989). Economics and the Environment: A Recondliation, Vancouver, BC:
m ■ Fraser Institute.
i'M '- BouDON, Raymond. (1981). The Logic of Social Action, Nueva York: Routledge and Kegan Paul.
B U C^IA N , JlUTies M .; VANBERG, Viktor J. (1991). <<The Market as a Creative ^ ^ ^ s » , Economics
ÍP P
and Philosophy, 7(2), octubre, p. 167-186.
BURC^HEL, Brendan; Wn.KJNSON, Frank. (1997). «Trust, Business Relationships and the Contractual
Environment», Cambridge Journal ofEconomics, 21(2), marzo, p. 217-237.
C ampbell , David; H arris, Donald. {1993). «Flexibility in Long-Tenn Contractual Relationships:
The Role o f Cooperation:», Joumal ofLaw and Society, 20, p. 166-191.
C ampbell , Donald T. (1974). «Evolutionary Epistemology». E n P .A . Schilpp (ed.) (1974). The
Philosophy o f Karl Popper (vol. 14, I y 11). The Library ot Living Philosophers, La Salle,
IL: Open Court, p. 413-463.
C arlyle , Thomas. (1847). Past and Presera. Londres: Chapman and Hall. ’
C artier , Kate. (1994). «The Transaction Costs and Benefits o f the Incomplete Contract of
Employmenb>, Cambridge Jou m a lo f Economics, 18(2), abrí!, p. 181-196.
CHOO, C . W . (1998). Knowing Organization: How Organizations Use Information, Oxford:
Oxford University Press.
CLARK, John Maurice. (1923). Studies in the Economics o f Overhead Costs, Chicago: University
o f Chicago Press.
104 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

C oa se , Ronald H. (1937). «The Nature o f the Firm», Económica, 4, noviembrer, p. 386-405.


Reimpreso por Buckley and Michie (1996) y Williamson, invierno (1991).
— . (1960). «The problem of social cost». Journal of Law and Economics, 3, octubre, p. 1-44.
COHEN, Michael D.; S proull , Lee S. (eds.). (1996). Organizalional Leaming, Londres: Sage.
C ohen , Wesley M .; L evinthal , Daniel A. (1990). «Absorptive Capacity: A N ew Perspective on
Learníng and Innovation», Adminisirative Science Quarterly, 35, p. ¡28-152.
C ommons , Jo h n R . (1950). The Economics of Collective Action, editado por Kenneth H . Parsons,
Nueva York: Macmiüan.
— . (1965). A Sociological View of Sovereígnty, reimpreso a partir de American Journal of
Sociology (1899-1900) editado con una introducción, por Joseph Dorfman, Nueva York;
Augustus Kelley.
C owling , Keith; SUGDEN, Roger. (1993). «Control, Markets and Firrns». En: Pitelis, Christos (ed.)
(1993). Transaclion Costs, Markets andHierarchies, Oxford: Basil Blackwell, p. 66-76.
C zepiel , John A . (1975). «Patterns of Interorganizational Communications and the Diffusion o f
a Major Technological Innovation in a Competitive Industrial Communiíy», Academy of
Management Journal, 18, p. 6-24.
DEMSB'l'Z, Harold. (1967). «Toward a theory of property rights», American Economic Review
(Papers and Proceedings), 57(2), mayo, p. 347-359.
D e n z a u , Arthur T.; N orth , Douglass, C . (1994). «Shared Mental Models: Ideologies and
Institutions», Kyklos, 47, fase. 1, p. 3-31.
D evjne , Patrick. (1988). Democracy and Economic Planning: The Political Economy of a Self-
Goveming Society, Cambridge: Polity Press.
D e w ey , John. (1935). Liberalism andSociaiAction, Nueva York: G . P. Putnam’s Sons.
D oeringer , Peter B .; PIORE, Michael J. (1971). Intemal Labor Markets and Manpower Analysis,
Lexington, M A : Heath.
DoRE, Ronald. (1983). «Goodwill aid lhe Spirit ofMruket Capitalisrn», British Joumal of Sociology,
34(4), p. 459-482. Reeditado en: Buck.leyy Michie(l996) y Granovettery Swedberg (1992).
Dost, Giovanni; M aren go , Luigi. (1994). «Sorne Elements o f an Evolutionary Theory of
Organizational Competences». En: England (1994), p. 157-178.
D urkheim , Emile. (1984). The División ofLabour in Society, traducción de la edición francesa
de 1893 por W. D . Halis con una introducción de Lewis Coser, Londres: Macmillan.
EGSDI, Massimo. (1992). «Organizational Leaming, Problem Solving and the Division ofLabour».
En Simon, Herbert A.; Egidi, Massimo; Marns, Robín; Viale, Riccardo (1992). Economics,
Bormded Rationalily and the Cognitive Revolulion, Aldershot: Edward Elgar, p. 148-173.
E lson , Diane. (1988). «Market Socialism or Socialization o f the Market?» New Laft Review,
n° 172, noviembre-diciembre, p. 3-44.
ELSTER, Jon. (1982). «Marxism, Functionalism and Game Theory», Theory and Society, 11(4),
p. 453-482. Reeditado en: Roemer, John E . (ed.) (1986). Analylical Marxism, Cambridge;
Cambridge University Press.
E'l'ZiONI, Amitai. (1988). The Moral Dimension: Toward a New Economics, Nueva York: Free
Press.
Ft^LEOOD, Steven. (1995). Hayek s Political Economy: Tiie Socio-Economics of Order, Londres:
Routledge.
F o r syth , Murray. (1988). «Hayek’s Bizarre Liberalism: A Critique», Political Studies, 36(2),
junio, p. 235-250.
Foss,.Nicolai Juul. (1993). «Theories or the Firm: Contractual and CompetencePerspectives»,
Joumal of Evolutionary Economics, 3(2), mayo, p. 127-144.
Fox, Alan. (1974). Be'ond Contract: Work, Power and Trust Relations, Londres: Faber and Faber.
F ran kel , S. Herbert. (1977). Money: Two Philosophies; The Conflict of Trust and Authority,
Oxford: Blackwell.
EL ABSOLUTISMO DEL INDIVIDUALISMO DEMERCADO 105

F r ie d m a n , Milton. (1962). Capitalism and Freedom, Chicago: University of Chicago Press.


F r ie d m a n , Milton; F r i e d m a n , Rose. (1980). Free to Choose: A Personal Statement,
Harmondsworth: Penguin.
F ukuy AMA, Francis. (1995). Trusl: The Social Virtues and the Creation of Prosperity, Londres
y Nueva York: Hamish HamiUon.
GAMBETIA, Diego. (ed.). (1988). Trust: Making and Breaking Cooperative Relations, Oxford:
Basil Blackwell.
G a m b l e , Andrew. (1996). Hayek: The /ion Coge o f Liberty, Cambridge: Polity Press.
G e o r G E S C U -R o e g e n , Nicholas. (1966). Analytical Economics, Cambridge, MA: Harvard
University Press.
— . (1994). Beyond Left and Right: The Future o f Radical Politics, Cambridge: Polity Press.
GIN11S, Herbert. (1972). «ARadical Analysis ofWelfare Economics and Individual Development»,
Quarterly Journal of Economics, 86(4), noviembre, p. 572-599.
— . (1974). «Welfare Criteria With Endogenous Preferences: The Economics of Education»,
/nternational Economic Review, 15(2),junio, p. 415-430.
G o l d b e r g , Víctor P. (1980b). «Relational Exchange: Economics and Complex Contracts»,
American Behavioial Scientist, 23(3), p. 337-352.
G r a b h e r , Gernot; S t a r k , David (eds). (1997). Restructuring Networks i l PoslSocialism: lega-
cies. Línkages andWcalilies, Oxford: Oxford University Press.
GRANOVETTER, Mark. (1985). «Economic Action and Social Structure: The Probiem of
Embeddedness», American Journal ofSociology, 91(3), noviembre, p. 481-510. Reimpreso
en; Granovetter y Swedberg (1992).
G r a y , John. (1980). «F. A. Hayek on Liberty and Tiadilion», Journal o f Libertarían Studies, 4,
p. 119-137.
— . (1984). Hayek on Liberty, Oxford: Basil Blackwell.
G r e g g , Lee W. (ed.). {1974). Knowledge and Cognition, Nueva York: Wiley.
HARTZ, Louis. (l 955). The Liberal Tradilion in America: An interprelation of American Political
Thought Since the Revolution, Nueva York: Harcourt, Brace, World.
HAYEK, Friedrich A. (ed.) (1944). The Road lo Seifdom, Londres: George Routledge.
— . (1948). individualism and Economic Order, Londres y Chicago: George Routledge y
University of Chicago Press.
— . (1960). The Conslitution of Liberty, Londres: Routledge and Kegan Paul.
— . (1978). New Studies in Philosophy, Polilics, Economics and the History of Ideas, Londres:
Routledge and Kegan Paul.
H e l m , Dieter; P e a r c e , David W. (1991). «Economic policy towards the environment: An over-
view». En: Helm, Dieter (ed.). Economic Policy Towaids the Environment, Oxford: Basil
Blackwell, p. 1-24.
HiPPEL, Eric von. (1987). «Cooperalion Between Rivals: Informal Know-How Trading», Research
Policy, 16, p. 291-302.
H i r s c h m a n , Albert O. (1982). «Rival Interpretations ofMarket Society: Civilizing, Destructive,
or Feeble?», Journal of Economic Lileraluie, 20(4), diciembre, p. 1.463-1.484. Reproducido
en ASbert O. Hirschman (1986). Rival Views ofMarket Society and Other Essais, Nueva
York: Viking.
HooosoN, Geoffrey M. (1988). Economics and Jnstitutions: A Manifestó for a Modern InslitWional
Economics, Cambridge y Filadelfia: Polity Press y University of Pennsylvania Press.
—. (1998b). «Evolutiomuy and Competence-Based Theories of the Firm», Journal of&:onomic
Studies, 25(1), p. 25-56. Reimpreso en Hodgson (1998e).
—. (1998e). «Competence and Contract in the Theory of iheFirm», Journal of Economic Behavior
and Organizadon, 35(2), abril, p. 179-201.
HlITON, Will (1995). The State We’ re ¡n, Londres: Jonathan Cape.
106 CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

Imai, Ken-ichí; I ta MI, Híroyuki. ( 1984). «Interpenetration o f Organization and Market: Japan’s
Firm and Market in Comparison with the U S», International Journal o f Industrial
Organisation, 6(4), p. 285-310. Reimpreso en Buckley y Midiie (1996).
IOANNIDES, Stavros. ( i992). Tire Market, Competition andDemocracy: A Critique of Neo-Austiian
Economics, Aldershot: Edward Eigar.
KALDOR, Nichoias. (1967). Strategic Factors in Economic Development, Nueva York: Cornell
University Press.
— . (1972). «The Irrelevance of Equilibrium Economics», Economic Journal, 82(4), diciembre,
p. 1,237-1.255. Reimpreso en Kaldor (1978).
— . (1978). Further Essays onEconomic Theory: Collected Economic Essays. vol. 5, Londres:
Duckworíh.
— . (1985}. Economics Wilhout Equilibrium, Cardiff: University Coilege Cardiff.
KAY, Neil M . (1997). Pattern in Corporate Evolution, Oxford: Oxford University Press.
KENWORTHY, Lane. (1995). In Search o f National Economic Success: Balancing Competition
and Cooperation, Thousand Oaks, C A , y Londres: Sage.
KEYNES, John Maynard. (1980). The Collected Writings ofJohn Maynard Keynes, vol. X X V I l,
Activities 1940-3946: Shaping thePost-War World: Employment and Commodities, Londres:
Macmillan.
K h a u l , Elias L . (1994). «Trust». En: Hodgson et al. (1994), vol. 2, p. 339-346.
KLEY, Roland. (1994). Hayek’s Social and Political Thought, Oxford: Clarendon Press.
K night , Frank H . (1921). Risk, Uncenainty and Profit, Nueva York: Houghton Mifflin.
KOLAKOWSKI, Leszek. (1993). «On the Practicabilíty ofLiberalism: WhatAbout the Children?»,
Critical Review, 1(1 ), invierno, p. 1-13.
K ozul -W r !Ght , Richard. (1995). «The M yíh ofAnglo-Saxon Capitalism: Reconstructing the
History o f the American State». En: Chang andRowthorn, 1995, p. 81-113.
K o zu l -W right , Richard; P aym eot , Paul. (1997). «The Institutional Hiatus in Economics in
Transition and its Policy Consequences», Cambridge Joumal o f Economics, 21(5), setiern-
brer, p. 641-661.
K ramer , Roderick M .; T yler , Tom R. (eds.) (1996). Trust in Organizations, Londres: Sage.
K rugman , Paul R. (1990). Rethinking International Trade, Cambridge, M A : M IT Press.
— . (1994), Peddling Prosperity: Economic Sense and Nonsense in the Age o f Diminisfied
Expectations, Nueva York y Londres: Norton.
K ukathas , Chandran. (1989). Hayek and Modern Liberalism, Oxford: Clarendon Press.
L achmann , Ludwig M . (1969). «Methodologica! Individualism and the Market Economy». En:
Streissler, Erich W . (ed.) (1969). Roads to Freedom: Essays in Honour of Friedrich A. van
Hayek, Londres: Routledge and Kegan Paul, p. 89-103. Reimpreso en Lachmann, Ludwig
M . (1911). Capital, Expectations and the Market Process, con una introducción de W . E.
Grinder, Kansas City: Sheed Andrews and McMeeL
L a w s o n , Antony. (1994). «Hayek and Realism: A Case o f Continuous Transfonnation». En:
Colonna, Marina; Hagemann, Harald; Hamouda, Ornar F, (eds.) (1994). Capitalism, Socialism
and Knowledge: The Economics of F. A Hayek, vol. 1, Aldershot: Edward Elgar.
— . {1996). «Developments in Hayek's Social Theorising». En: Stephen F. Frowen (ed.)
(1996). Hayek, the Economist and Social Philosopher: A Critical Retrospect, Londres:
Macmiilan.
— . (1997). Economics and Reality, Londres: Routledge.
L a zo n ic k , William . (1991). Business Organization and the Myth o f the Market Economy,
Cambridge: Cambridge University Press.
LUKES, Steven. (1973). Individualism, Oxford: Basil Blackwell.
LuNDVALL, Beng-Ake; J o h n s o n , Bjorn. (1994), «The l^Learning Economy», Joumal oflndusirial
Studies, 1(2), p. 23-42.
EL ABSOLUTISMO DEL INDIVIDUALISMO DE MERCADO 107

LYONS, Bruce; M eh t a , Judith. (1997). «Contracts, Opportunism and Trust: SeJt-Interest and
Social Orientation», Cambridge Journal of Economics, 21(2), marzo, p. 239-257.
M a ca ULAy , Stewart. (1963). «Non-Contractual Relations in Business: A Preliminary Survey»,
American Sociological Review, 28(1 ), p. 55-67. Reimpreso en: Buckley y Michie (1996).
M c L eod , Jack M.; CHAFFEE, Steven H. (1972). «The Construction o f Social Reality». En: J.T.
T edeschi, The Social Ittftuence Pmcesses, Chicago: Aldine-Atherton, p. 50-99.
M acpherson , Crawford B . (1962). The Political Theory o f Possessive fndividualisin: Hobbes
lo Locke, Oxford: Oxford University Press.
M altous , Thomas Robcrt. (1836) Principes o f Political Economiy, 2’ ed., Londres: Pickering.
Reimpreso en 1986 (Nueva York: Augustus Kellev).
M arquand , Judíth. (1989). Autonomy and Ghange: The Sources o f Economic Growth, Hemel
Hempstead: Harvester Wheatsheaf.
M arsd en , David. (1986). The End of Economic Man? Custom and Competition in Labour
Markets, Brighton: Wheatsheaf Books.
M ar Sh a l l , Alfred. (1949). The Principies of Economics, 8“ ed., ( l “ ed. en 1890), Londres:
MacmiHan.
M artilla , J. A . (1971). «Word-of-Mouth Communication in the Indusirial Adoption Process»,
Journal of Marketing Research, 8, p. 173-178.
M a r x , Karl. (1976a). E l capital, vol. 1, traducción de Ben Fowkes a partir de la 41edición ale­
mana de 1890 (Harmondsworth: Pelican).
M enard , Claude. (¡996). «On Clusters, Hybrids, and Other Strange Firms: The Case ofthe
Fiench Poultry Induslry», Joumal oflnstitutional and Theoretical Ecpnomics, 152(1), mano,
p. 154-183. '
MISES, Ludwig von. (1949). Human Action: A Treatise on Economics, Londres: William Hodge.
— . (1960). Epistemological Problems of Economics, Nueva York: Vein Nostrand.
MiSZTAL, Barbara A . (1996). Trust in Modem Societies: The Searchfor the Bases of Social Order,
Cambridge: Polity.
M itchell , Weslev C . (1937). The Backward Art ofSpending Money and Other Essays, Nueva
York: McGraw-Hil!.
M yrdal , Gunnar. (1957). Economic Theory and Uttderdeveloped Regions, Londres: Duckworth.
N icholls , Anthony J. (1994). Freedom with Responsibility: The Social Market Economy in
Germany, 1918-1963, Oxford y Nueva York: Clarendon Press.
N i c ^ ^ Stephen; BELI. Brian. (1996),«Changes in the Distribution of Wages and Unemployment
in O E C D Counlries», American Economic Review (Papers and Proceedings), 86(2), mayo,
p. 302-308.
NoNAKA, Ikujiro; TAKEUCHI, Hirolaka. (1995). The Knowledge-Creating Company: How Japanese
Companies Create the Dynamics o f limovation, Oxford y Nueva York: Oxford University
Press.
N oo tebo om , Bart; B er ger , Hans; N oorderhaven , Niels G . (1997). «Effects o f Trust and
Govemance on Relational R isk», Academy of Management Journal, 40(2), p. 308-338.
■y-yy y
.f i
O C D E . (1993). Employment Outlook, París: Organization for Economic Cooperation and
:: í Development.
[•i:’/: • :• '
P arker , Hermione. (1989). Instead o f the Dole: An Enquiry into Integration ofthe Tax and
Benefit Systems, Londres; Routledge.
P au l , Ellen Frankel. (1988). «Liberalism, Unintended Orders and Evolutionism», Political
Studies, 36(2), junio, p. 251-272.
PiGOü, Arthur C . (1920). The Economics ofWeifare, Londres: MacmiHan.
Polanyi , Karl. (1944). The Great Transfomation, Nueva York: Rinehart.
Polanyi , Michaei. {1958). Personal Knowledge: Towards a Post-Critical Philosophy, Londres:
Routledge and Kegan Paul.
108 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

Popper , Sir Karl R. (! 972}. Objective Knowledge: An Evolutionary Appmach, Oxford: Oxford
University Press.
PoSNER, Richard A . (l 994). Sex and Reasoit, Cambridge, M A : Harvard University Press.
P u ro y , David L. (1988). Social Power and the Labour Market: A RadicalApproach to Labour
Economics, Londres: Macmillan.
R icharoson , George B . (1972). «The Organisation oflndustry», Economic Journal, 82, p. 883­
896. Reimpreso en: Buckley y Michie (1996).
R o l a n d , Gerard. (1990). «Gorbachev and the Common European Home: The Convergence
Debate Revisited?>>, Kyklos, 43, fase. 3, p. 385-409.
R om er , Paul M . (1986). «Increasing Returns and Long-Run Growth», Journal o f Political
Economy, 94(5), octubre, p. 1.002-1.037.
— . (1990). «Endogenous Technological Change», Journal of Political Economy, 98 p. 71-102.
— . (1994). «The Origins o f Endogenous Growth», Journal o f Economic Perspectives, 8(1),
invierno, p. 3-22.
R ow land , Barbara M. (1988). «Beyond Hayek's Pessimism: Reason, Tradition and Bounded
Constructivist Rationalism», British Journal ofPolilical Science, 18, p. 221-241.
RUTIIERFORO, Malcolm C . (1988). «Learning and Decision-Making in Economics and Psychology:
A Methodological Perspective». En: P. E. Earl (ed.) (1988). Psyclwlogical Economics:
Development, Tensions, Prospects, Boston: Kluwer, p. 35-54.
S a h , Raaj. (1991) «Fallibility in Human Organizations and Political Systems», Journal of
Economic Perspectives, 5(1), enero, p. 67-88.
St.KO, Mari. (1992). Prices, Quality and Trust: lnter-Firm Relations in Britain and Japan,
Cambridge: Cambiidge University Press.
S chu m peter , Joseph A. (1909). «On the Concept o f Social Value», Quarterly Journal of
Economics, 23, febrero, p. 213-232. Reimpreso en: Richard V. Clemence (ed.) (1951). Essays
ofJoseph Schutnpcter, Cambridge, M A : Addison-Wesley, p 1-20.
— . Capitalista, Socialista and Democracy (1976). 5a ed., (l° ed. en 1942), Londres: George
Alien and Unwin.
SENGE, Peter M . (1990). The Fifih Discipline: The Art and Practice ojthe Leanting Orgairization,
NuevaYork: Doubleday.
S jm on , Herbert A . (1991). «Organizations and Markets», Journal o f Economic Perspectives,
5(2), primavera, p. 25-44.
S ü C ^ IT , Sunmer H. (1924). «The Organization and Control o f Economic Aclivity». En: Rexford
G . Tugwell (ed.). The Trettd of Economics, Nueva York: Alfred Knopf, p. 301-356.
S ombart , Wemer. (1930). Die drei Nationalokonomiett: Geschichte und System der Lelire von
der Winschaft, Munich: Dunker and Humbolt.
— . (1996) Work and Welfare: The Social Cost o f Labor in the History o f Economic Thought,
Westport, CO: Greenwood Press.
S teedman , Ian. (1980). «Economic Theory and Intrinsically Non-Autonomous Preferences and
Beliefs», Quademi Fondazione Feltrinelli, n° 7/8, p. 57-73.
S teele , David Ramsay. (1992). From Marx to Mises: Post-Capitalist Society andthe Challenge
of Economic Calculation, La Salle, IL: Open Court.
— . (1994). Whither Socialista?, Cambridge, M A : M IT Press.
S torper , Michael; S a la is , Robert. (1997). Worlds o f Pmduction: The Action Frameworks of
tlie Economy, Cambridge, M A: Harvard University Press.
S treeck , Wolfgang. ( 1989). «Skills and the Limits of Neo-Libera!ism: The Enterprise o f the
Future as a Place of Learning», Work, Employment and Society, 3(1), marzo, p. 89-104.
— . (í 992). Social Institutions and Economic Efficiency, Londres: Sage.
T eece , David J.; P isa n o , Gary. (1994). «The Dynamic Capabilities of Firms: An Introduction»,
Industrial and Corporate Change, 3(3), p. 537-556.
EL ABSOLUTISMO DEL INDIVIDUALISMO DE MERCADO 109

ToMER, John F. (1987). Organizational Capital: The Path ¡0 Higher Produclivity and Weil-Being,
Nueva York: Praeger.
— . (1990). Hayek and the Marhel, Londres: Pluto Press.
T ribe , Keith. (1995). Strategies of Economic Order: Germán Economic Discourse, 1750-1950,
Cambridge: Cambridge University Press.
VAN Parus , Philippe. (ed.). (1992). Aigttingfor Basic lncome: Ethical Foundationsfora Radical
Refonn, Londres y Nueva York: Verso.
ViCKERS, Douglas. (1995). The Tyranny ofthe Markel: A Critique ofTheoretica! Foimdations,
Ann Arbor: University o f Michigan Press.
VlNCENTl, Walter. (1990). What Engineers Know and How They Know ¡i: Analytícal Studies
from Aeronautical History, Baltimore: Johns Hopkins University Press.
W ajnw right , Hilary. (1994). Argumentsfor a New Left: Answering the Free-Market Right,
Oxford: Basil Blackwell.
W a lr a s , Leon. (1936). Études d'économie politique appliquée: Theorie de la production de la
richesse sociale, 2‘ ed., París: Pichon y R. Durand-Auzias.
W heeler , William M . (1930). Social LifeAmong the Insects, Nueva York: Harcourt.
W icksteed , Philip H. (1933). The Commonsense ofPolitical Economy, ed. por Lionel Robbins,
(Ia ed. en 1910), Londres: George Routledge.
W illtamson , Oliver E. (1975). Markets and Hierarchies: Analysis and Anti-Trust Implications:
A Study in the Economics of Intemai Organization, Nueva York: Free Press.
— . (1985). The Economic institutions of Capitalism: Firms, Markets, Relaiional Conlracting,
Londres: Macmillan.
W itigen stein , Ludwig. (1972). Philosophical Investigations, (1‘ ed. en 1953), Oxford: Basil
Blackwell.
ZucKER, Lynne G . (1986). «Production ofTrust: Instituiional Sources o f Economic Structure
1840-1920», Research in Organiscitíonal Behaviom; 8, p. 53-111. ' ’ •'

'wíh ■
CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA 111-119

P r e fa c io *

K e n C o l e , J o h n C a m e r o n , C h r i s E d w a r d s *l.

[ • .J

l. L a t e o r í a d e l v a l o r d e l a p r e f e r e n c i a s u b je t iv a

Adam Smith identificó el mercado com o el ámbito en el que los precios aparecen com o
Ja form a en que se expresan las valoraciones, pero fracasó en desarrollar una explica­
ción no ambigua del origen del valor y de la determinación de precios, a pesar de que,
en general, fue partidario de la libertad absoluta de las fuerzas del mercado. L o s esla­
bones perdidos entre la identificación del mercado com o el fo co primario de atención
y laju stificació n del libre intercam bio com o el medio para alcanzar la prosperidad,
han sido desarrollados por diversos autores desde los tiempos de Sm ith hasta nuestros
días. A la base com ún de su pensam iento la hem os llam ado Ja teoría del valor de la
preferencia subjetiva (analizada en los capítulos 3 y 4). Su punto de partida es el indi­
viduo dotado de gustos y recursos y que calcula sus acciones con el fin de maximizar
/a utilidad y el bienestar personal. Estos gustos del individuo definen las preferencias
entre modelos alternativos de consum o, incluyendo el ocio. E n cam bio, los recursos
del individuo determinan la habilidad para satisfacer estos deseos a través de la acti­
vidad productiva. En los casos en que la productividad aumenta a causa de la especia-
lización de los individuos en la producción de mercancías determinadas, o sea, a causa
de la división del trabajo, se produce una aparente separación entre el individuo com o
consumidor y com o productor. S e desarrolla una interdependencia económ ica entre
los individuos que necesitan intercam biar a través de los mercados, con las tasas de
intercambio o precios relativos determínados por la utilidad relativa obtenida por los indi­
viduos del consum o de productos y o cio . Las decisiones de consumir y los recursos
para producir se coordinan utilizando un recurso especial, el espíritu empresarial, a
través del cual se combinan los recursos productivos con el fin de satisfacer las dem an­
das de Jos consum idores. L o s propietarios de los recursos reciben una recom pensa
determinada por la utilidad derivada del producto por los consumidores, y estos recur­
sos productivos {trabajo - u ocio n egativo - y capital - o consumo aplazado-) son a su
vez suministrados según la recompensa ofrecida -salarios e intereses, respectivamen­
te - y los empresarios reciben un beneficio por su papel central. En consecuencia, lo
que determina la actividad económ ica es la m axim ización de la utilidad individual por
el consum o. Y com o cada persona tiene gustos y preferencias particulares, la sociedad

* Publicado en: Cole, Ken; Cameron, John; Edwards, Chris. «Preface». En: Why economists disagree:
the polirical economy of economías. Londres: Longnian, 1983, p. 7-17. Traducción: Gemma Galdón.
Ü

112 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

en genera] sólo puede conseguir esta m axim ización si existe un libre intercambio en
el que los individuos no suscriban contratos de com pra o venta a no ser que sea por su
propio interés. E n este contexto, los intereses del individuo (utilidad personal) se recon­
cilian con el interés social más am plio (la utilidad de todos los demás); por lo tanto,
no existe ningún conflicto fundamental de intereses en la sociedad, y la forma ideal de
gobierno es una asamblea representativa a través de la cual se puede alcanzar un con­
senso racional. Las políticas económ icas derivadas de este análisis se basan en la crea­
ción de un entorno que perm ita la m áxim a libertad en las decisiones de consum o
individual, siendo el papel del Estado el de eliminar la coerción en el mercado y exigir
el cum plimiento de los contratos voluntarios entre individuos.
E l rechazo de la intervención gubernamental activa en econom ía queda reflejada
en las anteriores citas de Friedman y Brittan. Lo s valores del mercado libre se revelan
en forma de precios a los que cada individuo tiene la libertad de responder indepen­
dientemente del poder de los otros individuos. Está claro que muchos economistas han
proclamado una confianzafundam ental en el proceso de mercado com o la mejor forma
de asegurar la m ayor felicidad para todos, pero han querido m atizarla en relación a
aspectos particulares com o la sanidad o la educación. Sin em bargo, y por las caracte­
rísticas de este texto, hemos querido centrarnos en mostrar la base de esta confianza
unificadora fundam ental. E s bastante atemorizador que, cada vez que un econom ista1■
habla de form a acrítica sobre la oferta y la demanda en el m ercado, siempre aparezca,
detrás de esos términos aparentemente no controvertidos, la aceptación de toda una;
filosofía de individualismo posesivo y política liberal. Pero ¿por qué tardaron tanto lasó
personas en descubrir esta «deseable» forma de organización de los asuntos económ i­
cos? L a experiencia humana hasta 1750 aparece básicam ente como una pérdida de
tiempo si el mercado libre es la clave del bienestar. L a respuesta, para la teoría subjeL
tiva del valor, reside en el cam bio de pensamiento, conocido com o la Ilustración, que;
se produjo en Europa y Norteam érica en esos tiempos. L a energía intelectual se dirigió.;
entonces a la comprensión de las posibilidades del presente en la tierra, y no a la recu-;
peración de un pasado glorioso o a los esfuerzos por ganar el cielo en el futuro. A L
dejar de preguntar «por qué» durante un tiempo y plantearse en su lugar «có m o», se
realizaron rápidamente enormes cam bios en el mundo físico y se descubrieron nuevas ;
posibilidades en la relación entre Jos individuos y la sociedad. E l problem a con pre­
guntarse «cóm o» y no «por qué» es que el cam bio provoca que el conocim iento se,
convierta en más tentativo y también más poderoso. A l hacer afirmaciones sobre cómo;
funciona el mercado al ser regido únicamente por sus propios mecanism os, se asume :
que Ja audiencia acepta que esas afirmaciones probablemente se harán realidad en e l
futuro y en lugares diferentes.
L a tesis de que el conocim iento actual es siem pre tentativo es central en la filoso-
fía d e Karl Popper, un maestro entre los partidarios m ás destacados de la teoría subje­
tiv a del v alor. S u posición es q u e, si una teoría puede ser expuesta a un test de:
falsificación m ediante la observación, entonces esa teoría se mantiene com o explica-;
ción de cóm o se generó la observación. S u posición sobre la naturaleza del co n o ci­
miento « c ie n tífic o » es consistente con la teoría subjetiva del valor, ya que quita
importancia a las incom probables suposiciones sDbre el individualism o, en las que se
basa la teoría del valor, frente a las predicciones sobre el comportamiento observable.
del mercado. Desgraciadam ente, existe la tentación de cruzar rápidamente la lín eaq u e ■
PREFACIO 113

hay entre afirmar que «el mundo actúa como s i estuviera com puesto por individuos
independientes» y afirmar que «el mundo está com puesto por individuos indepen­
dientes». Pero la utilización de las matemáticas y su relación con com plejos experi­
mentos estadísticos ha provisto a la teoría su b jetiva de una base m eto d o ló g ica
:iparentemente firme, que se suma a la proporcionada por sus raíces filosóficas. Además,
la mencionada independencia de los individuos para tomar decisiones de acuerdo con
sm intereses significa que se considera a Ja sociedad meramente com o Ja suma de los
¡ l Viduos que la componen.
¿ p or lo tanto, el problema de Ja política económ ica es el de intentar asegurar que
|0s gustos de los individuos puedan expresarse libremente y que sus capacidades pue­
dan. ejercerse independientemente. E l mercado debe poder operar sin los obstáculos
generados por la intervención estatal, a no ser que ésta sea necesaria para evitar e l
monopolio o preservar un marco monetario ordenado en el que los delicados indica­
dores de Jos m ovimientos en los precios relativos no se vean perturbados por el mur­
mullo de fondo de los incrementos en el nivel general de los precios. S e considera que
una parte importante de un gobierno responsable es la regulación estricta de la oferta
.. "monetaria para evitar la inflación.
Entendida de esta form a, la sociedad es el producto de individuos independientes
' 1y del gobierno ideal, la representación refleja de esos individuos. E l mantenimiento de
la le y y el orden es una precondición política de la libertad económ ica, y la libertad
económica es una condición necesaria, aunque no suficiente, para la libertad política.
Y com o los componentes de la libertad económ ica son atemporales, el análisis de las
fuerzas sociales o de la experiencia histórica del desarrollo social es irreleyante, de
f "mainéra que la econom ía puede considerarse así com o una disciplina autocontenida.
Estoptóvee a la teoría subjetiva de una fuerza permanente que va más allá de las modas
jilo s puntos de vista de ciertos econom istas, y le permite reivindicar una existencia
independiente por derecho propio.

2 . 1A TEORÍA DEL VALOR DEL COSTE DE PRODUCCIÓN

Reconocer que la valoración en el m ercado es un hecho relevante no lo convierte


..: necesariamente en deseable. E l optim ism o sobre los beneficios sociales del sistema
de mercado, que se convirtió en la teoría subjetiva del valor, fueinm ediatam ente con-
■ trarrestado por un profundo pesim ismo que acabaría dando a la econom ía la etiqueta
permanente de «cien cia deprim ente». Este pesim ism o hizo acto de presencia en la
obra de Smith en forma de preocupación por el impacto psicológico de la rutina y el
' trabajo m onótono en la mente humana. Pero fu e D av id R icardo, que escribió a prin­
cipios del siglo XIX, quien tuvo razones más serias para preocuparse, tal com o veremos
c n e l capítulo 5. Volviendo a la am bigua form ulación de la teoría del valor de Sm ith,
Ricardo desarrolló una línea argumental alternativa a la que se convirtió en teoría sub-
■ jetiva. :É l partió de la premisa según la cual, aunque el valor aparece en el m ercado, se
■ origina y está determ inado por la decisión de producir, y no por la de consum ir. Y
añadiendo dos supuestos más sobre la naturaleza del mundo físico -q u e a m edida que
la oferta de productos de subsistencia aumenta, también lo hace el tam año de la pobla­
ción trabajadora, y que a mayor cantidad de tierras cultivadas, la productividad agrí­
co la d ism in u y e- lle g ó a la conclusión de que el funcionam iento del m ercado libre
]]4 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

eventualm ente lleva al estancam iento eco n óm ico, con una m ayoría de la población
viviendo a un nivel mínimo de subsistencia frente a una minoría de terratenientes con­
sumiendo de forma conspicua el excedente económ ico. Sin em bargo, Ricardo, al igual
que Sm ith, nunca consiguió resolver totalmente la cuestión de la determinación del
valor, incluso para sí m ism o, lo que llevó, por un lado, a través de las interpretaciones
de M ili y M arshall, al desarrollo de la teoría del valor-coste de producción (veánse
capítulos 6 y 7) y , por el otro, al desarrollo de la teoría del valor del trabajo abstrac­
to por M arx y En gels. L o s rasgos distintivos de la escu ela del coste de producción
son los siguientes:

- la preocupación central por la decisión de producir;


- la subsiguiente distribución de la producción entre los «contribuyentes»; (a la misma);
- y la creencia que las fuerzas del m ercado regidas únicamente por sus propios m eca­
nismos conducirán, en el mejor de los casos, a la ineficiencia, y en el peor, al estan­
camiento.

E l entorno material y el estado del conocim iento sobre como controlar ese entor­
no, o la tecnología, son su punto de partida, y no los gustos y recursos individuales.
L a tecnología existente dicta qué se puede producir y cóm o se produce, y por lo tanto
determina la división técnica del trabajo. E sta división técnica del trabajo necesita a
su vez del intercambio de productos, cuyas tasas de intercambio o precios serán deter­
minados por el coste de producción de cada producto. S in em bargo, el coste de pro­
du cción de cualquier producto en concreto no vien e determ inado únicam ente por
factores técnicos, como la cantidad de tiempo empleado en su producción o la cantidad
de materia prima requerida por cada unidad de producto, sino que se ve también afec­
tado por la distribución del producto social entre salarios y beneficios. Y aunque puede
existir una comunidad de intereses en la esfera de la producción para m axim izarla (ya 's4
que cada persona depende de todos los demás en una división técnica del trabajo), la divi­
sión subsiguiente de ese producto dependerá de la fuerza negociadora relativa de los
diferentes grupos de interés existentes en la sociedad, lo que llevará, posiblem ente, al
conflicto social. Cuando la subsistencia de gmpos enteros de personas es amenazada por
el cam bio técnico, puede existir oposición sectorial a la introducción de nuevas técni­
cas, privando así a la sociedad del beneficio de una mayor productividad.
Por ejem plo, la tecnología del «chip de silicona» ofrece a la vez nuevas oportuni­
dades de aumentar la producción y de aumentar el desem pleo, y también de mayores
beneficios y de mayores salarios. E l resultado preciso dependerá del poder de los inte­
reses creados. Si la nueva tecnología está bajo el control de unos pocos industriales o
choca con la oposición activa de un pequeño grupo de trabajadores, entonces los bene­
ficios distributivos para estas personas pueden m inim izar las ventajas para el conjun­
to social. Adem ás, la redistribución de los recursos por la introducción de una tecnología
nueva -p o r ejem plo, la form ación y recolocación de los trabajadores desplazados por
las máquinas n u evas- no puede dejarse en manos de las fuerzas de mercado, y a que,
según la teoría del coste de producción, las fuerzas de mercado siempre van por detrás
de los cambios en las condiciones de la producción.
Pero si e l desarrollo técnico no puede lograrse a través de las anónimas fuerzas del
mercado sin exponerse a altas tasas de desempleo, y es además susceptible de ser dis- j
PREFACIO 115

torsi0nado a favor de los intereses de grupos reducidos de personas, ¿cóm o puede una
sociedad beneficiarse de Ja nueva tecnología? Para la teoría del coste de producción, el
antídoto a esta situación reside en Ja existencia de una política pluralista que permita la
llegada a compromisos por parte de intereses en competencia, y en una burocracia neu­
tral que elimine los obstáculos al progreso técnico a través del establecimiento de un
marco institucional adecuado que m edie en los conflictos y prom ueva nuevas ideas e
^versiones. Por consiguiente, la intervención estatal sistemática se considera esencial
y deseable, tal como hemos visto en los escritos sobre inflación y crecimiento de Balogh
y K uznets citados anteriormente.
Aunque e! principio general de la teoría del coste de producción sí muestra conti­
nuidad, su formulación concreta ha ido cambiando con el tiempo. Co n los nuevos avan-
^ tecnológicos, ha surgido la necesidad de nuevas instituciones sociales para coordinar
la creciente división del trabajo y reconciliar grupos de interés en conflicto. A s í, para-
■ lela y complementariamente a la teoría del coste de producción, se ha desarrollado la teo­
ría pluralista de la política y las teorías sociológicas de la burocracia. L a econom ía ya
no es entonces una disciplina aislada, sino parte de una ciencia social multidisciplinar.
L a teoría, pues, evoluciona con Ja sociedad, a diferencia de lo que ocurre con el enfo-
; que universalista de la teoría de la preferencia subjetiva.
. . Sin em bargo, para esta escuela, la ciencia social en sí misma es también una ins­
titución social con sus propios intereses creados, especialmente en la form a en que se

practica en las universidades, y tam bién posee el m ism o conservadurism o de otras
instituciones al enfrentarse al cam bio. Este conservadurism o ha sido definido for-
■.malrnente en el concepto de «paradigmas» desarrollado por Thom as Kuhn. E n líneas
generales, este concepto señala la tendencia de ios grupos de intelectuales a ser total­
m ente absorbidos por los puzzles lógicos de una teoría particular. Cuando se produ­
ce un cam bio exterior, estos intelectuales tienen que ser arrancados a regañadientes
de la especulación m etafísica para devolverlos a Jos problemas del mundo real, y una
■nueva form ulación teórica, o paradigm a, se convierte en dominante. Por ejem plo, la
1 form ulación de una teoría adecuada para una econom ía basada en la tecnología del
vapor con empresas pequeñas gestionadas por el propietario, no será apropiada para
Utun; sistema de grandes m ultinacionales y sociedades anónimas en la era nuclear. Por
lo tanto, el cam bio y la adaptabilidad son necesarios, y el pragm atism o es una vir­
tud, en tanto que la reforma podrá evitar la confrontación y prevenir el colapso social.

3. L a teoría del valor-trabajo abstracto


L a falta de confian za de Ricardo en el sistem a de mercado coexistió históricamente
x o n el desarrollo del «socialism o» com o un conjunto de ideas y de actividades políti­
cas. E n este entorno, Ja valoración positiva del capitalismo de Smith era criticada desde
un punto de vista moral, debido al efecto adverso que estaba teniendo sobre la mayoría
de los obreros en las fábricas, y desde un punto de vista político, por el incremento en
la represión . que parecíarequerir el mantenimiento de sistema. Fu e el trabajo de Karl
M arx el que vinculó la valoración en el mercado con la anteriormente utópica crítica
socialista del capitalism o, a través de lo que hemos llam ado la teoría del valor-trabajo
abstracto (véanse capítulos 8 y 9). E l riguroso aspecto del pensamiento d e M a rx con­
sistía en rechazar el supuesto de que cualquier aspecto de la actividad humana pudie-
116 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

ra considerarse como algo dado -p or ejemplo, los gustos y la tecnología-, y que toda­
vía pudiera decirse algo acerca de la naturaleza de la valoración a medida que cam­
biaba la sociedad.
A sí, Marx no empezó por el individuo, ni por las relaciones técnicas de produc­
ción, sino que partió de la tesis de que, en toda sociedad, el entorno material es trans­
formado a través de la producción de bienes que los individuos desean utilizar. E l tipo
de tecnología utilizada determinará, igual que en la teoría del coste de producción, la
división técnica del trabajo, pero también coincidirá y, de hecho se basará, en la rela­
ción de poder existente acerca del uso del excedente económico, siendo el oiigen de
ese poder el control sobre los medios de producción o los recursos económicos de la
sociedad por un colectivo concreto o clase. Toda la estructura de producción, distri­
bución, intercambio y consumo reflejará esas relaciones sociales de producción y, por
lo tanto, la teoría económica deberá ser históricamente específica a la hora de tratar
esas condiciones particulares.
En consecuencia, existen dos relaciones interdependientes que deben tenerse en
cuenta: la relación entre el productor y el consumidor que resulta de la división técni­
ca del trabajo, a través de la cual el entorno material se convierte en productos para el
consumo; y la relación de clase existente entre los que controlan los medios de pro­
ducción y, por consiguiente, el uso del excedente económico, y los que dependen de
esa clase dominante para tener acceso a los medios de subsistencia. Una de las formas f
adoptadas por esas relaciones es el intercambio de mercancías, mediante el que las per­
sonas se relacionan entre sí a través de los mercados y del uso del dinero. Esta forma espe­
cífica se impuso con el auge del capitalismo, cuando la mayoría de personas dejaron
de poder producir y fueron obligadas a ganarse la subsistencia a través de la venta de su
capacidad para trabajar a los poseedores de los medios de producción. En esa socie­
dad, tanto las relaciones técnicas de producción como las relaciones sociales de pro­
ducción (o relaciones de clase) se expresan a través de los precios de mercado. Por lo
tanto, la teoría del valor-trabajo abstracto es una teoría del poder en la sociedad capitalista.
La teoría del valor-trabajo abstracto, sin embargo, no sólo es históricamente espe­
cífica, sino también dinámica. En todas las sociedades existen contradicciones entre
las relaciones técnicas de producción y las relaciones sociales de producción que pro­
porcionan el potencial para un conflicto social que lleva al cambio social. Bajo el capi­
talismo, la dinámica para el cambio social proviene de la competencia existente entre
los capitalistas por apropiarse de una parte del excedente económico en forma de bene­
ficios; si no son capaces de innovar, se enfrentan a la bancarrota. Sin embargo, esta
carrera por aumentar la productividad del trabajo y, por consiguiente, la rentabilidad
de una empresa particular, crea una tendencia a la disminución de la rentabilidad del capi­
tal en general y, por lo tanto, provoca la caída de los ingresos de los capitalistas como
clase social. L o que, a su vez, lleva al incremento de la presión de los capitalistas sobre
la fuerza de trabajo para conseguir incrementar más los beneficios, lo que sólo con­
duce a exacerbar la situación. D e esta forma, la aparente paradoja entre el incremento
de la producción y el incremento del conflicto en la sociedad capitalista queda resuel­
to (un punto de vista subyacente en las citas anteriores de Arighi y Bullock y Yaffe).
La teoría abstracta del valor-trabajo, por lo tanto, no es sólo una teoría sobre el poder
en la sociedad capitalista, sino también una teoría del cambio social dentro y alrede­
dor del capitalismo.
PREFACIO 117

E l conflicto de clases es, por lo tanto, fundamental al capitalism o, y eso no puede


resolverse por la acción de Estado, tal com o sugiere la teoría del coste de producción.
En realidad, el Estado refleja el desequilibrio de fuerzas existente entre clases y actúa
a fa vo r de los intereses de la clase dominante. E l capitalismo nunca puede dormirse
en los laureles y está siempre en peligro de autodestruirse, pero el proceso de destruc­
ción siempre prepara los cimientos de un nuevo orden social. Nótese que un punto cen­
tral del rigor materialista de esta teoría del valor es el argumento de que no hay nada más
allá de la experiencia so cial, y a sea D io s , el Séptim o de C a b a lle ría o el Partido
Bolchevique. Esto nos lleva a la cuestión de las prescripciones de política económ ica
del valor-trabajo. E l progreso se define en términos de m ayor control del entorno por
parte de las personas gracias al desarrollo de las relaciones técnicas de producción, o
lo que los marxistas llaman fuerzas de producción. Sin em bargo, el control del entor­
no sólo será posible cuando los individuos sean capaces de controlar sus relaciones
sociales y , consecuentemente, de eliminar el conflicto creado por los intereses de clase
antagónicos, lo que a su vez exigirá un cambio revolucionario en los intereses sociales.
Fueron M arx y Engels los que se mofaron de los filósofos por lim itarse a interpretar
el mundo. L o importante, tal y como argumentaron en L a ideología alemana (M arx y
E n gels 1974: 123) es cam biarlo. Y efectivam ente, marxistas autodeclarados com o
Lenin y M a o Tse-Tung han intentado hacerlo. D e hecho, la validación de la teoría mar-
xista y su autojustificación com o conocim iento cien tífico depende de su efectividad
com o g u ía a la acción política. E n este contexto, la teoría del valor-trabajo abstracto
form a parte claramente de una teoría del cambio social general e interdisciplinar. E l
concepto de «praxis» expresa esta tensión entre teoría y práctica, y para la teoría del
:valor-trabajo abstracto, esta praxis ha consistido en el reto de unir la experiencia de la
clase trabajadora con lap o lítica de la clase trabajadora. En la medida en que este pro­
yecto puede ser considerado un éxito al explicar el desarrollo del capitalismo a través
de las guerras imperialistas y las crisis económ icas, la teoría abstracta del valor-traba­
jo gana credibilidad. En la medida en que sus partidarios no han podido establecer una
sociedad que trascienda las relaciones mercantiles, tiene aún un largo camino por delan­
te antes de alcanzar el éxito según sus propios criterios.4

4. ¡T e n e r q u e a p r e n d e r u n a t e o r ía e c o n ó m ic a y a e s l o b a s t a n t e m a l o !

E l título de esta sección es una respuesta com prensible a este libro visto com o texto
introductorio. E l lector probablemente hubiera preferido que nos hubiéramos decidi­
do por la «mejor» teoría hasta el momento y hubiéram os dedicado nuestros limitados
talentos a la exposición de esa teoría. Nuestra réplica a ello va más allá de los crite­
rios de credibilidad básicos del racionalismo, el realismo y el activismo, y se aproxima
a un marco más com parativo. Las ideas de estas tres escuelas no se desarrollaron en
la nada, sino en relación mutua. L a teoría económ ica es esencialmente una racionali­
zación de experiencias históricas particulares. U n intento de explicar e interpretar datos
observables mediante un m ecanism o causal o una teoría de la m otivación. A sí, la teo­
ría económica debe ser entendida tanto en términos del contexto histórico en el que se
sitúa com o en térm inos de la teoría de las relaciones sociales a través de la cual se
interpreta ese contexto. N o es ninguna casualidad que la econom ía entendida com o
pensam iento diferenciado apareciera con el nacim iento de la econom ía de mercado
J 18 CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

com o expresión dom inante de las relaciones sociales. Y tam poco es casualidad que la
aparición de estas tres escuelas de pensamiento coincidiera con el nacimiento del capi­
talismo industria! a mediados del x ix . En esa época, con el desarrollo de las sociedades
anónim as, se establecieron las principales relaciones sociales de la econom ía desarro­
llada actual - e n concreto, las existentes entre los propietarios de los recursos produc­
tivos (accionistas), Jos organizadores de la producción (gestores, planificadores, etc.)
y jos trabajadores-. Y nuestra tesis es que cada una de nuestras tres teorías del valor
reconstruye la realidad económ ica desde el punto de vista de cada uno de estos gru­
pos de interés: respectivamente, la teoría de Ja preferencia subjetiva, la teoría del coste
de producción y la teoría del valor-trabajo abstracto. A s í, podem os observar que cada
teoría tiene una serie de proposiciones básicas a defender de la crítica, que se crean
barreras para protegerse de los ataques y que el desarrollo teórico se desarrolla m ayo-
ritariamente de form a interna.
L o s diferentes autores han estimulado y se han provocado mutuamente para refor­
zar y desarrollar sus teorías en direcciones particulares, y la feroz energía utilizada en
los debates (que pueden parecer algo esotéricos para los no economistas) sólo puede
entenderse sobre esta base. Por lo tanto, la historia es importante en este libro, pero
este no es un libro sobre la historia del pensamiento económ ico, sino que la historia
nos sirve para establecer el contexto ep el que los argumentos teóricos se hacen inte­
ligibles. (Para una representación esquemática del desarrollo histórico del pensamien­
to eco n ó m ico , véase gráfico I ). L a lucha por avanzar y evitar que las retiradas se
conviertan en derrotas totales forirma las teorías y, con e l paso del tiem po, las proposi­
ciones centrales de cada una de ellas tienen más posibilidades de aparecer de form a
más explícita a medida que cada escuela intenta afirmar su superioridad a través de la
declaración de sus principios «fundamentales». Por lo tanto, y bajo nuestro punto de
vista, Ja com prensión de una teoría es facilitada por el conocim iento de las dem ás.
P ero incluso si tuviéram os que entender todas las teorías, ¿podríam os elegir la
correcta? L a respuesta es sí y no. N o , porgue las proposiciones básicas no pueden ser
som etidas a una investigación em pírica, de form a que la observación no basta para
separar las teorías. Y sí, porque es posible afirm ar que si las suposiciones de fondo
sobre la naturaleza de las relaciones sociales no pueden ser probadas, al menos los
«hechos» sí pueden ser recogidos con el objetivo de determinar la eficacia relativa de
las prescripciones de política económ ica de cada teoría. Sin em bargo, la elecció n de
los «hechos» a recoger exige algunas preconcepciones sobre dónde y qué buscar. E sta
organización prelim inar de los datos consiste de hecho en una teoría prim itiva que a
su vez insinúa otra teoría más sofisticada que acabará pareciéndose a una de las teo­
rías ya existentes. L a observación y el cálculo no ofrecen, por lo tanto, una solución
obvia al problem a de elegir una teoría. Y , sin embargo, estas mismas teorías no fallan
el test de la lógica.
Llegados a este punto, el lector interesado puede sentirse tentado a considerar la
cuestión de la naturaleza esencial de la s proposiciones de cada teoría com o bases del
conocim iento cien tífico . Desgraciadam ente, e l concepto de «cien cia» es tan elusivo
com o el concepto de «econom ía». E n m edio de u n aju n gla filosófica de bases episte­
m ológicas, estatus ontológicos y determinaciones teológicas, un estudiante puede sen­
tir nostalgia del am able bosque de la econom ía. Nuestras investigaciones sobre las
teorías del conocim iento utilizadas actualmente nos han convencido de que éstas ofre-
lili
PREFACIO 119

fisiocracia
Jevons Parcto Fricdrnan , Teoría de
/ Menger Fishcr Brillan la preferencia
.. , , ' Walras Arrow subjetiva
Malthus
Mercantilismo
Smith^ Vcblcn Keynes Robinson Teoría del
/ Marshall Chamberlm Sraffa coste de
^ Ricardo Galbraich producción

Marx Sweezy Mande! Teoría


Engels ------ Bukharin - - Fine abstracta
Bettelhcim del trabajo
Siglo 17 Siglo 18 Siglo 19 1860-1919 1919-1945 1945-

Gráfico 1. Evolución histórica de la teoría económica

cen poca ayuda a la hora de decidir entre las tres teorías del valor. L a filosofía puede pro­
porcionar un lenguaje preciso para la descripción, pero se queda corta a la hora de pro­
porcionar criterios claros para la calificación de un subconjunto de conocimientos como
(«científico», más allá de los criterios de racionalism o, realismo y activismo en los que
coinciden las tres teorías del valor.
N o obstante, y siguiendo nuestra tesis de que cada perspectiva teórica sirve explí­
citam ente a un interés seccional, todas las teorías son correctas en la medida en que
hacen pmgresar tales intereses. Esto inmediatamente saca a relucir la cuestión de nues­
tra propia pretensión de ver las divisiones dentro de la teoría económ ica. E sla arro­
gancia aparente puede muy bien ser debida a las personalidades de los autores, pero
existen también otras explicaciones que sitúan este libro en un contexto más amplio. Y a
hemos sugerido anteriormente que a m edida que pasa el tiempo, el conflicto entre teo-
(nas se agudiza, revelando de form a más clara sus diferencias fundamentales y refle­
jan d o una lu ch a más general entre grupos de interés en la sociedad. A d e m á s, el
empeoramiento progresivo de la situación económ ica mundial, en general, y de Gran
Bretaña, en particular, desde mediados de los años 60, ha agudizado y clarificado estas
•diferencias. E n los últimos años, la política y su legitim ación a través de Ja teoría eco­
nómica ha aumentado claramente su contenido ideológico si lo comparamos con el
reformismo pragmático de los años 50 y principios de los años 60. Por lo tanto, y en Jo
referente al tiempo y lugar, los autores estamos en una situación particularmente pri­
vilegiada, y los argumentos de este libro quieren, en parte, contribuir a este debate. Por
eso, cada caso teórico es presentado en su form a más agudizada, y para revelar de
forma clara la significación política de cada perspectiva, el último capítulo trata sobre
un amplio abanico de aspectos de política económ ica presentes en la agenda política
actual, pero intentando plantearlos de form a que indiquen explícitam ente los puntos
generales de principio que suponen.
Pero primero volvamos al concepto central de valoración, viendo com o éste se fue
acercando al mercado a la vez que retuvo aspectos de valoración moral y política aún
presentes hoy en día.

[ •■ •}
CRÍTJCAA LA ECONOMÍA ORTODOXA 121-124

I ntroducción a «Contribución a la crítica de la economía política»*


K arl M arx

1. L a PRODUCCIÓN EN GENERAL

El tema que tratamos en primer lugar es la producción material.


Como los individuos producen en sociedad, la producción de los individuos, social­
mente determinada, es, naturalmente, el punto de partida. E l cazador o pescador indi­
vidual y aislado, por el cual comienzan Smith y Ricardo, pertenece a las triviales
imaginaciones del siglo xvin. Son robinsonadas que no expresan de ningún modo,
como se figuran los historiadores de la civilización, una simple reacción contra un
excesivo refinamiento y el retorno a una vida primitiva mal comprendida. Asimismo,
el Contrato social de Rousseau, que por medio de una convención relaciona y comu­
nica a sujetos independientes por naturaleza, tampoco reposasobre semejante natura­
lismo. Esa es la apariencia, y la apariencia estética solamente, 'dé las pequeñas y grandes
robinsonadas. En realidad, se trata más bien de la anticipación de la «sociedad bur­
guesa» que se preparaba desde el siglo x v i y que en el marchaba a pasos de gigan­
te hacia su madurez. En esta sociedad de libre competencia, el individuo aparece como
desprendido de los lazos de la naturaleza, que en épocas anteriores de la historia hacen
de él una parte integrante de un conglomerado humano determinado, delimitado. Para
los profetas del siglo xvm, en cuyos hombros gravitan Smith y Ricardo, este indivi­
duo del siglo xvm -por una parte, producto de la disolución de las formas de sociedad
feudales, por otra, resultado de las fuerzas productivas nuevamente desarrolladas a par­
tir del siglo x v i - aparece como un ideal cuya existencia pertenece al pasado. No como
un resultado histórico, sino como el punto de partida de la historia.
Como este individuo parecía confonne a la naturaleza y [respondía]1 a su concep­
ción de la naturaleza humana [no se presentaba] como producto histórico, sino como
puesto por la naturaleza. Toda época nueva ha compartido hasta ahora esta ilusión.
Steuart, que por su cualidad de aristócrata se coloca en ciertos extremos y en oposi­
ción con el siglo xvm sobre un terreno más histórico, ha escapado de esta simpleza.
Cuanto más nos remontamos en la historia, mejor se delimita el individuo y, por con­
siguiente, también el individuo productor, como dependiente y formando parte de un todo
más grande; en primer lugar, de una manera todavía muy natural, de una familia y de
una tribu, que es la familia desarrollada; después, de una comunidad bajo sus diferen­
tes formas, resultado del antagonismo y de Ja fusión de la tribu. Y solamente al llegar
al siglo xvm y en la «sociedad burguesa» es cuando las diferentes formas de las rela-

* Publicado en: Marx, Karl. Contribución a la crítica de la economía política. 1857.


l. Las palabras entre corchetes [] han sido añadidas porKautsky.
122 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

ciones sociales se yerguen ante ei individuo com o un sim ple medio para sus fines pri­
vados, com o una necesidad exterior. Pero la época que produce este punto de vista, el
del individuo aislado, es precisamente aquella en la que las condiciones sociales (gene­
rales de este punto de vista) han alcanzado el más alto grado de desarrollo.
E l hombre, en el sentido más literal, es un zoon politikon, no solamente un animal
sociable, sino tam bién un animal que no puede aislarse sino dentro de la sociedad. L a
producción por individuos aislados, fuera de la sociedad -h ech o raro que bien puede pro­
ducirse cuando un civilizado, que dinámicamente posee ya en sí las fuerzas de la socie­
dad, se extravía accidentalmente en una comarca sa lv a je - es algo tan insensato com o
el desarrollo del lenguaje durante Ja ausencia de Jos individuos que viven y hablan ju n ­
tos. E s inútil detenerse más tiempo sobre esto. N i siquiera habría que tocar este punto
si esta insulsez, que tenía un sentido y una razón entre los hom bres del siglo XVIII, no
hubiese sido introducida seriamente en p len a econom ía p o lítica por B astiat, Carey,
Proudhon, etc. Para Proudhon y algunos otros resulta naturalmente agradable recurrir
a la m itología con el pretexto de dar explicaciones histórico-filosóficas de una rela­
ción económ ica cu ya génesis histórica ignoran. D e acuerdo con sus explicaciones fue­
ron Adán o Promoteo quienes de repente tuvíeron la idea, y entonces fue aplicada, etc.
N ada más áridamente fastidioso que el locus communis que se hace fantasía. Cuando
se trata, pues, de producción se trata de la producción en un grado determinado del
desarrollo social, de la producción de individuos sociales. Por eso podría creerse que
al hablar de la producción fuera preciso, o bien seguir e l proceso de desarrollo en sus
diferentes fases, o declarar desde el primer momento que se trata de una determinada
ép oca histórica, por, ejem plo, de la producción burguesa moderna, que en realidad es
nuestro auténtico tema. Pero todas las épocas de la producción poseen ciertos rasgos dis­
tintivos en com ún, determinaciones com unes. L a producción en general es una abs­
tracción, pero una abstracción razonable, por lo mismo que pone realmente de relieve
y fija el carácter común y, por consiguiente, nos evita las repeticiones. Sin em bargo,
este carácter general, o este elemento común, discernido por la comparación, está orga­
nizado de una m anera com pleja y diverge en diversas determ inaciones. A lgu n o s de
estos elementos pertenecen a todas las épocas; otros son com unes a algunas de ellas.
Ciertas determinaciones serán com unes a la ép o ca más m oderna y a la más antigua.
Sin ellas no podría concebirse ninguna producción, pues si los idiom as más perfec­
cionados tiene leyes y caracteres determinados que son com unes a los menos desarro­
llados, precisamente lo que constituye su desarrollo es lo que les diferencia de estos
elementos generales y com unes. Las determinaciones que valen para la producción en
general deben precisam ente ser separados, a fin de que no se pierda de vista la dife­
rencia esencial en razón de la unidad, la cual se desprende y a del hecho de que el suje­
to, la humanidad y el objeto, la naturaleza, son los m ism os. E n este olvido reside toda
la sabiduría de los modernos economistas políticos que demuestran la eternidad y armo­
nía de las condiciones sociales existentes; que exponen, por ejem plo, que ninguna pro­
ducción es p osible sin un m edio de producción, aunque fuera la m ano; sin trabajo
pasado, acum ulado, aunque este trabajo fuese solamente la destreza que el ejercicio
repetido ha desarrollado y concentrado en la mano el salvaje. E l capital, entre otras
cosas, es también un instrumento de trabajo, es trabajo pasado, objetivado. L u eg o el
capital es una relación natural, general, puesto que separó precisamente lo que es espe­
cífico y lo que del «medio de producción», del «trabajo acum ulado», hace capital. A sí,
INTRODUCCIÓN A «CONTRIBUCIÓN A LA CRÍTICA DE LA ECONOMÍA POLÍTICA» 123

F K í ■ toda la historia de las relaciones de producción de Carey, por ejemplo, aparece com o una
f alsificación hecha por instigación m alévola de los gobiernos.
S í no existe producción en genera!, tampoco hay producción general. L a producción
;■ es siempre una rama particu lar de la producción, o bien es una totalidad; por ejemplo,
P jj® -í. la agricultura, la cría del ganado, la manufactura, etc. Pero Ja econom ía política no es la
■ tecnología. L a relación de las determinaciones generales de la producción, en un grado
■■ soclal dado, con las formas particulares de producción debe desarrollarse en otro lugar.
i;- ■ : . F inalmente, la producción tampoco es solamente particular. E s siem pre, por el con-
fc : ■ ttario , un cuerpo social dado, un sujeto social, que ejerce su actividad en un agregado
l más o menos considerable de ramas de producción. N o es éste el lugar adecuado para
ilsi-'jl'iilj;::!;'"''/ Considerar la relación que existe entre la representación científica y el movimiento real.
| =' Tsnemos, pues, que distinguir entre la producción en general, las ramas de producción
g | | U íj; particulares y la totalidad de la producción.
¿ Está de m oda entre los economistas comenzar por una parte general, que es preci-
fe F \1 ;L V i á m e n te la que figura bajo el título de Producción (véase, por ejem plo, J . Stuart M ili)
.. y trata de las condiciones generales de toda producción.
' Esta parte general expone o debe exponer:

Las condiciones sin las cuales no es posible la producción. L o que en realidad se


reduce solamente a indicar los factores esenciales necesarios para cualquier tipo de
producción. S e lim ita, en efecto, com o veremos, a cierto número de sencillísim as
determinaciones que se diluyen en vulgares tautologías.
Las condiciones que expanden más o menos la producción, com o por ejem plo los
desarrollos de A d am Sm ith sobre el estado progresivo o estancado de la sociedad.

Para dar a esto, que en el trabajo de Smith tiene su valor com o cálculo, un carác­
ter científico, habría que hacer un estudio sobre los gradas de la productividad en dife­
rentes periodos, en el desarrollo de ciertas naciones específicas, estudio que excedería
de los lím ites propios de nuestro tema, pero que, en la m edida en que nos conciernan,
han de afrontarse cuando se desarrolle el tema de la competencia, la acum ulación, etcé­
tera. L a respuesta en su form a general consiste en la afirm ación generalizada de que
una nación industrial alcanza su máxima productividad cuando se encuentra en la cima
de su desarrollo histórico. (D e hecho, una nación está en la cim a de su desarrollo indus­
trial en tanto en cuanto, no el beneficio, sino su búsqueda constituya su objetivo prin­
cipal. En este sentido los yanquis son superiores a los ingleses.) O si no que por ejempl o
ciertas razas, formaciones, clim as y condiciones naturales, tales com o la situación marí­
tima, la fertilidad del suelo, etc., son más favorables que otras para la producción. L o
cual conduce de nuevo a la tautología de que la riqueza se produce con más facilidad
según que, subj etiva y objetivam ente, sus elem entos existan en mayor proporción.
Pero no es todo esto lo que preocupa en realidad a los econom istas en esta parte
general. S e trata más bien de presentar la producción -v é a se M ili, por ejem plo -, a dife­
rencia de la distribución, com o regida por leyes naturales eternas, independientes de
la historia; y al mismo tiempo se introducen clandestinamente las relaciones burguesas
como leyes naturales, irrefutables, de la sociedad in abstracto. Esta es la finalidad más
o menos consciente de todo el procedimiento. En la distribución, por el contrario, se
diceque los hombres se habrían permitido un cierto grado de opeiones libres. Hecha abs-
124 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

tracción de la cruda separación de la producción y de la distribución a despecho de su


relación real, es del todo evidente, desde el primer m om ento, que por desigual que
pueda ser la distribución en los diferentes grados de la sociedad, ha de ser posible, lo
mismo para aquélla que para la producción, hacer resaltar caracteres com unes, y no
menos posible confundir o extinguir todas las diferencias históricas en leyes humanas
generales. Por ejem plo, el esclavo, el siervo, el obrero asalariado recíben todos una
parte de alimentos que les permite existir com o esclavo , com o siervo, com o obrero
asalariado. E l conquistador que vive del tributo, el funcionario que vive de los impues­
tos, el propietario que viv e de las rentas, el fraile que vive de las limosnas o el sacer­
dote de los diezm o s, todos reciben una porción de la producción so cia l que está
determinado por leyes distintas que la de los esclavos. L o s dos puntos principales que
todos los economistas colocan bajo esta rúbrica son: 1) la propiedad y 2) la protección
de ésta por laju sticia , la po licía, etc. Esto sólo requiere una breve respuesta:

1. Toda producción es apropiación de la naturaleza por el individuo, en el interior y


por medio de una determinada form a de sociedad. En este sentido es una tautolo­
gía decir que la propiedad (apropiación) es una condición de la producción. Pero
es ridículo saltar de ahí a una forma determinada de la propiedad, por ejemplo, la pro­
piedad privada (lo que además supone también una form a antagónica, la no-pro­
piedad, como condición). L a historia nos m uestra más bien la propiedad com ún
(por ejem plo, entre los indios, los eslavos, los antiguos celtas, etc.) com o la form a
prim itiva, forma que durante largo tiempo todavía desempeñó un papel importante
en forma de propiedad comunal. L a pregunta de si la riqueza se desarrolla m ejor
bajo esta form a de la propiedad o bajo otra no corresponde todavía hacerla aquí.
Pero decir que no hay por qué hablar de produ cción, ni, por tanto, de sociedad,
donde no exista propiedad, es una tautología. U n a apropiación que no se apropia
nada es una contradictio in subjecto.
2. Salvaguardia de la propiedad, etc. Cuando se reducen estas trivialidades a su con­
tenido real expresan más de lo que creen sus autores. Es decir, que cada fotm a de pro­
ducción crea sus predicadores. E s decir, que cad a form a de producción crea sus
relaciones de derecho, sus formas de gobierno, e tc. E s un signo de crudeza (de aná­
lisis) e incomprensión que factores oganicamente coherentes se consideren en rela­
ción fortuita entre sí, en una sim ple conexión refleja. Los economistas burgueses
piensan solo que la producción se desarrolla m ejor con la policía moderna que con
los acuerdos de club. Olvidan, sin em bargo, que ía ley del club también es ley, y
que la ley del más fuerte, todavía sobrevive incluso en su «Estado constitucional».

Cuando las condiciones sociales que responden a una etapa determinada de la pro­
ducción se hallan en vía deevolución ocuando están en trance de desaparecer, se manifiestan
naturalmente perturbaciones en la producción, aunque en distintos grados y amplitud.
Recapitulando: hay categorías que son comunes a todas las etapas de la producción
y han sido establecidas razonando como categorías generales; las llamadas condiciones
generales de toda y cualquier producción, sin embargo, no son más que condiciones abs­
tractas que no definen ninguna de las etapas históricas de la producción.

[. . . ]
CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA 125 -12 9

A lg u n a s r e fle x io n e s s o b r e e c o n o m ía y e c o lo g ía
Jo a n G a r c ía G o n z á le z

L a necesidad de una metodología científica es un elemento com ún a las ciencias socia­


les y a las ciencias naturales. Basándose en este criterio es posible establecer líneas de
com unicación que faciliten los encuentros interdisciplinares entre estas dos áreas. Una
experiencia de este tipo está siendo el seminario de econom ía política multidisciplínar
que ha dado origen a estas lecturas. Tanto en nuestro seminario com o en otras expe­
riencias multidisciplinares no siempre es fá cil el trabajo en com ún, pues la proceden­
cia de los participantes de diferentes campos obliga a sincronizar conocim ientos y/o
lenguajes. Tal esfuerzo es siempre provechoso por la riqueza de los resultados obteni­
dos al poner en contacto sectores no siempre conectados. t
D esd e la perspectiva de una form ación en ciencias naturales, al participar en el
análisis de las distintas escuelas del pensamiento económ ico, surgen ciertas reflexiones
o críticas. U na de ellas es la apreciación de un cierto comportamiento autárquico en
las investigaciones económicas. Ciertos economistas, de modo autocrítico, lo han deno­
minado espíritu aütista. E n dirección opuesta se encuentran tendencias de sintoniza­
ción con m odelos y teorías muy específicos, en torno a las cuales se pasa a elaborar
todo un cuerpo doctrinal. También se observa el retraso en actualizar las aportaciones
procedentes de otras ciencias.
L a s anteriores reflexiones pueden materializarse en una visión crítica alrededor de
tres núcleos específicos.

Reflexiones en torno a cómo se ha utilizado


LA HIPÓTESIS EVOLUCIONISTA
L a s aportaciones evolucionistas han marcado una gran impronta en e l pensamiento
económ ico, com o lo han hecho también en otras m uchas áreas del conocimiento huma­
no. E n honor a la verdad, hemos de resaltar que, a su vez, las elaboraciones de los padres
de la econom ía clásica influyeron muy significativam ente en Darwín. Posteriormente
el mundo de la econom ía ha permanecido excesivam ente fie l a los criterios darwinis-
tas iniciales, sin proceder a actualizarlos y además en una línea de darwinismo social
m uy estrecha. Q uizá esto pueda explicarse porque este tipo de utilización concordaba
perfectamente con las necesidades de determinadas ideologías políticas condicionantes
de los estudios económ icos.
E l egoísm o individualista, la lucha por la supervivencia, la competitividad, e inclu­
so un m odelo de progreso basado en el crecim iento, son criterios comunes tanto del
evolucionism o como de la econom ía clásica y de sus variantes ortodoxas que la han
126 CRÍTICA A L A ECONOMÍAORTODOXA

sucedido. Sólo algunos elementos minoritarios y heterodoxos han cuestionado la ido­


neidad o la sobrevaloración de estos principios.
E l progreso gradual a través de! azar y de la necesidad en el mundo biológico se
calca en el mundo social; así se plantea la adaptación de los sistemas más competitivos
vía el egoísm o individual, con la pretensión de que la «mano invisible» logrará trans­
mutarlo en bien colectivo. D esde el punto de vista social parece aceptarse com o un
mal inevitable lo que se va perdiendo por el camino. Para paliar tales secuelas, ya en sus
inicios fu e necesario introducir medidas correctoras para no caer en las desastrosas
consecuencias de sistemas sociales basados en tales criterios. U n ejem plo paradigm á­
tico de ellos es el capitalista.
L a utilización de estos m odelos evolucionistas estrictos olvida actualizaciones
más m odernas del paradigm a evolutivo, donde aparte de la com petitividad se tienen
en cuenta los m ecanism os de sim biosis, coop eración, coexisten cia, altruism o, etc.
Todo ello no sólo en el cam po so cial, sino tam bién en cualquier sistem a d el reino
animal o vegetal, pues, com o se ha dicho, a la par del gen egoísta está e! gen altruis­
ta que tam bién opera dentro del fenóm eno evolutivo. P ara ello basta estudiar deter­
minadas aportaciones de la antropología, de la zo olo gía o de la botánica, entre otras
ciencias.
No entramos aquí en la crítica de las hipótesis evolucionistas ancladas en los supues­
tos del darwinismo social, pues se encuentran y a desarrolladas en !a bibliografía. En
cam bio, es posible añadir algunos comentarios sobre las aportaciones de la teoría de
los cam pos m orfogénicos, que ha introducido un giro de 180 grados en los supuestos
evolucionistas clásicos. Según tales aportaciones, la flecha evolutiva avanza en la com ­
plejidad siguiendo pautas m arcadas físicam ente, vía atractores en puntos de bifurca­
ción, donde las form ulaciones de Lyapunov nos ofrecen previsiones de estabilidad de
los sistemas estacionarios emergentes de las nuevas form as evolutivas. En lugar de la
v ía ensayo y error guiados por microprocesos aleatorios, que en el m ejor de los casos
servirán para los ajustes finos, aquí se nos abren nuevas v ía s para prever los procesos
evolutivos que y a no vendrán m arcados por la supervivencia a través d e m od ificacio ­
nes adaptativas individuales, donde se sitúa un progreso a salto de m ata, sino que cabe
el manejo de previsiones basadas en principios fisicomatemáticos bien definidos. Estas
nuevas aportaciones entre otras ventajas pueden situar los saltos de especie y la cro­
nología evolutiva. En su aplicación en el cam po de las ciencias sociales, nos ofrecen
poder investigar previsiones sostenibles con m ayor rigor que los criterios parciales ya
comentados de lucha, actuación egoísta, crecimiento, donde la supuesta ley de la selva
es sólo y a una observación parcial de la realidad.

R e f l e x io n e s a c e r c a d e c ó m o s e h a u t il iz a d o l a m e c á n i c a n e w t o n ia n a
Y OTRAS APORTACIONES DE LAS CIENCIAS FÍSICAS

L a teoría newtoniana subyace com o uno de los núcleos centrales del pensamiento eco ­
nóm ico neoclásico, fenóm eno lógico pues era un elemento paradigm ático del cam po
científico y de la sociedad en general en tiempos de A d am Smith. Pero, el anclarse en
tal modelo por parte de la m ayoría de los econom istas posteriores fu e negativo y en
especial al no incorporar nuevos m odelos científicos. Ejem plo de ello fu e el descono­
cimiento de las aportaciones que la termodinámica ya form ulaba en el siglo x ix .
ALGUNAS REFLEXIONES SOBRE ECONOMÍA Y ECOLOGÍA 127

Adam Sm ith tuvo contactos con los m iembros de Ja Ilustración, por eso no es de
extrañar que conceptos clave de su pensamiento económ ico, com o e l laissezfaire, su
«mano invisible», el m óvil egoísta y la com petitividad aparecieran co m o elem entos
clave para organizar la sociedad, pues eran una extrapolación de los criterios que el
pensamiento ilustrado extraía de su interpretación de cóm o la naturaleza regulaba sus
sistemas. Recordem os que a la naturaleza se la veía siguiendo las inexorables leyes
físicas cual autómata, al igual que el mundo inerte seguía las leyes de la m ecánica new-
toniana, y así siempre se reconducía a mantener un equilibrio arm ónico, donde el tiem­
po no entraba com o variable.
E n realidad, los conceptos de equilibrio y armonía se han m anejado desde tiem­
pos muy remotos. A s í, los encontramos entre la m ayoría de los filósofos griegos y en
otras culturas orientales. Y a modernamente entre los econom istas encontram os a los
mercantilistas, que nos hablan de su «balance com ercial», y a los fisiócratas, que nos
hablan de su equilibrio con los elementos de la naturaleza. En tre los clásico s, aparte
de A d am Sm ith, tenemos a M althus, que preveía la pérdida del equilibrio y la necesi­
dad de los frenos preventivos o destructivos. Ricardo, junto a su esperanza en el pro­
greso ilim itado de la producción industrial, prevé los límites de la producción agraria
y la posibilidad de llegar a un estado estacionario, por otra parte previsto d e form a
negativa. Sólo J . S . M íll formula un equilibrio ordenado v ía estados estacionarios según
formulaciones cualitaóvas, como un modo de lograr una situación de verdadero progreso;
así ofrece unas previsiones muy en consonancia con los m odos de resolver los pro­
blemas actuales de los límites del crecimiento. E l concepto de equilibrio continúa omni­
presente en las form u lacion es eco n óm icas: el equ ilibrio gen eral d e W alras o los
equilibrios parciales de M arsh all ya dentro de los neoclásicos. C o n K eynes tenemos
las estrategias de intervención para recuperar el equilibrio a través de fluctuaciones.
Aunque la búsqueda de las condiciones de equilibrio es un leitm otiv dentro de las
escuelas económicas, también encontramos ciertas voces discordantes que darán origen
a la teoría del desequilibrio así como múltiples críticas al enfoque del equilibrio gene­
ral walrasíano.
Y a desde el cam po de las ciencias físicas cabe observar que las propias form ula­
ciones newtonianas han sido utilizadas de un modo parcial y muy idealizado, por ejem­
plo las idealizadas hipérbolas equiláteras m anejadas en las relaciones entre oferta y
dem anda, donde por ejem plo no se introducen factores de corrección previsibles.
Tampoco parece ser que se investiguen junto a las situaciones de equilibrio las situaciones
de equilibrio inestable e indiferente, o las posibles relaciones entre el equilibrio estático
y el dinám ico. C a b e recordar que, ya desde 1743, D ’ Alem bert buscó estas relaciones
entre el equilibrio dinámico y el equilibrio estático y L e Chatelier form uló en 1884 las
condiciones de equilibrio dinám ico. Finalm ente, cabe observar que Carnot desde 1824
y a form uló los criterios que nos m arcan Ja evolución entrópica de los sistem as y la
estabilidad de los equilibrios verdaderos. Todo ello , y en especial las fonnulaciones
termodinámicas, no ha sido manejado desde los m odelos económicos. Verem os a con­
tinuación que, desde las aportaciones de lo que se ha convenido en llamar econom ía
ecológica, se dan alternativas para pasar de una sociedad preocupada por buscar un
previsible equilibrio, a una sociedad centrada en un estado estacionario, única form u­
lación de un sistema económ ico estable inmerso en un sistema natural finito, siempre
dependiente de un flujo de energía y de recursos materiales y generadora de entropía.
128 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

Reflexiones respecto a cómo se han manejado las acotaciones físicas


EN NUESTRO SISTEMA SOCIOECONÓMJCO

E l olvido de los lím ites de nuestro mundo físico en Sos sistemas económ icos ha sido
casi una constante. Si bien dentro de la escuela económ ica de los fisiócratas en el siglo
x v m siem pre se tuvieron presentes y se respetaron los lím ites de la naturaleza, nos
encontramos que la escuela inglesa de los fundadores de la econom ía clásica se olvidan
estos supuestos y sólo hay breves referencias. A s í, T. R . M althus, al estudiar la rela­
ción entre el crecim iento exponencial de las poblaciones y la previsión de producción
de alimentos de forma aritmética, ya nos aportó una cierta reflexion a través del problema
de la seguridad alimentaria. D . Ricardo también dentro de la escuela clásica de la eco­
nomía nos plantea la ley de los rendimientos decrecientes en la misma línea, pero no ve
deseable resolver tal situación a través de un estado estacionario. En cam bio, J . S. M ili,
com o y a hem os com entado, en la m ism a época establece claram en te los lím ites
medioambientales y prevé una sociedad sostenible según un modelo estacionario, todo
ello com o culm inación de la propia Revolución Industrial, y así se erije en uno de los
pioneros del tema de la sostenibilidad. Su modelo de lo s estados estacionarios no sólo
aparece com o un medio para evitar los problemas que conlleva e l m odelo de la eco­
nom ía de mercado, sino que nos ofrece un modo de construir una sociedad hum ana
viable y de calidad, donde también se avanza ya en su época a las preocupaciones con­
servacionistas.
Son pocas las voces en el cam po de los economistas que continúan las tesis de J . S .
M ili. E l mundo de los econom istas a mi entender v iv e encerrado en una torre de mar­
fil, lejos de la realidad del mundo físico e incluso de las aportaciones de otras ramas
de la ciencia, como ya se ha comentado. En el m ejor de los casos, sólo hay reflexio­
nes puntuales; así, W . S. Jevons nos hace reflexionar acerca de los lím ites en el con­
sumo de carbón. Inclu so desde otros cam pos, L ie b ig , que nos abre las puertas a la
agricultura industrializada vía abonos inorgánicos, también reflexionaba sobre el peli­
gro de no respetar los ciclos naturales de los nutrientes y sobre la im portancia de lo s
elementos limitantes. S i bien el propio M arx también recoge las anteriores preocupa-
dones de L ieb ig , dentro de la colaboración con Engels se sumerge en el paradigma de
una sociedad basada en el crecim iento ilim itado, todo cimentado en los poderes tau­
maturgos de la ciencia y la tecnología y no aceptó las voces de Podolinsky, que dentro
del campo del socialism o quiso introducir los lím ites term odinám icos. Investigadores
de otros campos, com o los físicos W . Otwald y F. Soddy, con poca fortuna recordaron
los lím ites term odinám icos de los m odelos socioecon óm icos o ficia le s im perantes.
Vemadsky investigó la necesidad de resituarnos dentro de los ciclosbiogeoquím icos de
la biosfera.
Todos ellos aparecen com o precursores del discurso ecológico actual, que en nues­
tro siglo h aofrecido distintas aportaciones, pero no fueron aceptadas por el mundo o fi­
cial. Entre ellas tenemos a autores procedentes de cam pos de investigación diversos.
E . F. Schumaker, autor de L o pequeño es hennoso, elabora la tecnología apropiada y un
m odelo económ ico a escala hum ana. K . E . B ou dling nos introduce los lím ites de la
biosfera, la humanidad se presenta ocupando y pilotando una nave espacial, que en
nuestro caso es el planeta Tierra viajando por el espacio. J . Lovelock recupera e l m ode­
lo G a ia , donde en un modelo global nos sitúa dentro de un planeta que actúa com o un
ALGUNAS REFLEXIONES SOBREECONOMÍAY ECOLOGÍA 129

organismo vivo y donde nosotros somos una simple parte suya integrante. R . B . Norgaard
nos aporta el potencial de un desarrollo coevolutivo. M . M esorovic y E . Pestel, el para­
digm a del desarrollo orgánico. Por citar otras aportaciones dentro del cam po ecolo­
gista, tenemos a los hermanos Odum y a B . Com m oner.
Pero, probablemente com o aportación individual más acusada dentro del campo
de la econom ía, ha sido G eorgescu-Rogen quien elaboró en profundidad una crítica al
m odelo neoclásico. Este autor nos hace observar los lím ites entrópicos que curiosa­
mente habían pasado desapercibidos para los econom istas, a diferencia de ser un prin­
cipio de universa! aplicación en el resto de las áreas de conocimientos y de las actividades
humanas. H . D aly ha ampliado esta aportación y junto a otros econom istas, como por
ejem plo Boulding y Costanza, ha sido uno de los padres de lo que se ha convenido en
llamar «econom ía ecológica», donde se resitúa la econom ía dentro de la realidad del
mundo físico del cual la humanidad form a parte indivisible.
Estos autores, aparte de criticar el pensamiento económ ico oficial, también elabo­
ran un listado de propuestas concretas correctoras. Por ejem plo, H . D a ly establece un
criterio de sostenibilidad centrado en los tres principios siguientes:

1. Igualar las tasas de consumo de recursos renovables a sus capacidades de reno­


vación.
2. A d ecu ar los niveles de contam inación a las capacidades de regeneración de los
sistemas naturales.
3. Cuidar que la explotación de los recursos no renovables se adecúe a su sustitu­
ción por recursos renovables.

E n España, M artínez A llier ha estudiado e l fenómeno y Naredo, entre otros pocos


autores, ha formulado aportaciones en la línea de la econom ía ecologista. ;
En resumen: parece necesaria una actualización de las aportaciones evolucionis­
tas manejadas dentro del área de los m odelos económicos. Esto chocará con el sistema
neoliberal y las pretensiones del pensamiento único y el fin de la historia, todo ello
m uy anclado en el modelo darwinista social, que va com o anillo ai dedo en la estrate­
gia de la globalización actual.
Com o se ha apuntado aquí, abogam os por superar estas formulaciones y estudiar Ja
capacidad y validez de los m odelos de los estados estacionarios. S i bien se observa
una progresiva concienciación universal sobre la necesidad de adecuar m edidas correc­
toras para evitar la insostenibilidad de nuestra sociedad, y que tales actitudes son inte­
resantes e incluso urgentes, es necesario avanzar hacia la elaboración de propuestas
más generales.
L a s c o r r ie n t e s t r a d i c i o n a l e s
S:
Í E
¿-;-
I?
'■ % :

m
m
m.

i l

.11
ií;:-
...
V S é.

3
CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA 133-139

L o s c lá s ic o s

l. E l contexto

La época estudiada comprende aproximadamente desde lo que se considera el princi­


pio de la ciencia económ ica con A . S m ith (L a riqueza de las naciones, 1776), hasta el
ú ltim o cuarto del sig lo XIX. D e los autores considerados normalmente dentro de este
periodo, no hemos incluido a M arx, pues consideramos que aun siendo el últim o de
los grandes clásico s, rompe con éstos y crea su propia escuela. A d em ás, en nuestro
programa de trabajo, el estudio de M arx, com o gran heterodoxo que es, lo reservamos
para una segunda parte en la que intentaremos analizar las escuelas heterodoxas más
sugerentes de cara a la elaboración de un ideario crítico coherente.
E l periodo analizado se caracterizaría por abarcar el proceso de consolidación del
capitalism o y, con ello, de descom posición del feudalismo. En este periodo, sobre todo
durante el siglo x v m , se produce la expansión de las ideas utilitaristas que culminaron
con el tratamiento sistemático del tem a en el trabajo de J . Bentham (los principios
morales). E l principio básico de esta teoría era el principio normativo d e conseguir la
felicidad m áxim a para el m áxim o número de personas y, lo que es m ás relevante para
la econom ía política que se construirá después, el bien com ún resultaba de agregar las
sensaciones individuales de placer y dolor que constituían la realidad última goberna­
da por el principio del interés propio, que ejercía en el mundo social un papel com pa­
rable a la gravitación en el mundo físico .
E l pensamiento clásico se elabora en un período de conflicto entre los terratenien­
tes que luchan por mantener su status quo de clase social dominante y una burguesía
pujante que, com o clase social em ergente, pretende, y lo conseguirá, convertirse en
clase social dominante. Respondiendo, en términos generales, el pensamiento clásico,
con la excepción de M althus que apoyará a los terratenientes, a los intereses de la inci­
piente burguesía.
E ste proceso supone según M arx: «el divorcio entre los obreros y la propiedad
sobre las condiciones de realización de su trabajo». Esta característica, con el afian­
zam iento del capitalism o, se acentuará y reproducirá a una escala cada vez mayor. El
antiguo siervo, una vez despojado de todos sus m edios de producción y de todas las
garantías de vida que le aseguraban las instituciones feudales, pasa a convertirse en
vendedor libre de fuerza de trabajo, que acude con su m ercancía dondequiera que
encuentra m ercado para ella.
L a abolición de significativas estructuras pertenecientes al antiguo régimen com o
los gremios, las ordenanzas sobre aprendices y oficiales, así com o los procesos de expro­
piación y eliminación de la propiedad com unal, juntamente con las nuevas y sucesivas
134 CRÍTICA A LA ECONOM U ORTODOXA

legislaciones sobre vagos y m endigos, que adquieren un carácter propio en cada una
de las diferentes naciones, traerán com o resultado lo que M arx llama «la esclavización
del obrero», punto de partida de donde nacen el obrero asalariado y el capitalista.*
Las preocupaciones fundamentales del mundo clásico, ante el debilitamiento de las
instituciones feudales que observan, giran en tomo a dos grandes cuestiones: ¿cóm o se
mantendría el orden social si se disolvía la autoridad basada en la estructura jerárquica?
y ¿cóm o se ju z g a ó a la actuación económ ica en una econom ía de intercambio?
Cuestiones a las que va a intentar responder con dos nuevas form as de entender
la econom ía y la sociedad. P o r una parte, frente a los mercantilistas, con el liberalis­
mo basado en la teoría de que «el modo m ejor de prom over el desarrollo económ i­
co y el bienestar general co nsiste en rom per las cadenas que traban la eco n om ía
empresarial privada y dejar que siga su cam in o» (Schumpeter, 1982)1
2. Por otra parte,
el liberalism o p olítico entendido com o la adhesión al régim en parlamentario, a la
libertad de voto y a la am pliación de este derecho, a Ja libertad de prensa, a la sepa­
ración de la lg le s ia y el Estado, etc. En el ámbito práctico estas concepciones se plas­
marán en la hegemonía del librecambio en las relaciones comerciales internacionales.
A nivel de política interior, en la reducción de las funciones del Estado al m ínim o,
inexistencia de progresividad a nivel fiscal y una constante búsqueda del equilibrio pre­
supuestario.
Es en este contexto socio-político en el que se enmarcan las elaboraciones de los con­
siderados economistas clásicos. A pesar de que realizan su análisis en términos de eco­
nom ía política, su trabajo condujo a singularizar y separar el ámbito de lo económ ico
del resto de la vida social y, particularmente, a desgajar lo económ ico, vinculándolo a
los intereses privados, del ámbito de lo político. Según Schumpeter (1982), todas las defi­
niciones de la econom ía formuladas en este período acentúan la autonomía de la eco­
nomía respecto a las demás ciencias sociales o morales.
L a econonúa política se convierte en disciplina autónoma que se pretende ciencia.
Esta consolidación de un pensamiento económ ico independiente de las demás disci­
plinas m orales y filosóficas que se em pieza producir en este período, debe entenderse
en un contexto ideológico caracterizado por la sacralización de la ciencia. L a m ayoría
de las definiciones subrayan el carácter analítico y científico de la economía. Por ejem­
plo, J . B . Say definía la econom ía política como «la cien cia de las leyes que regulan
la producción, Ja acum ulación, la distribución y el consum o de los artículos necesa­
rios, útiles o agradables para el hombre y que al m ism o tiempo poseen valor cambia­
ble». L a ciencia se constituye en el arma eficiente para derrocar las antiguas creencias
y atacar las formas de autoridad que aquéllas justificaban. A partir de ahora todo puede
ser explicado a través de la ciencia. S e ofrecía a través de ella la liberación del hombre
de la cadena de la providencia m ostrando que con el uso de la razón podía hacerse
dueño de su propio destino. En este sentido Schum peter (1982) señala que «la m ayo­
ría de los economistas del periodo, y en particular, J . B . Sa y y J . S . M ili, exageraron

1. Resulta importante destacar el carácter brutal y violento de este proceso de expropiación y eliminación
de las tierras comunales, así como de creación de obreros asalariados, en que el Estado con sus legisla­
ciones, que Marx caracteriza de «leyes grotescamente terroristas, a fuerzas de palos, de marcas de fue­
go y de tonnentos...», participa de forma activa.
2. Schumpeter, Joseph A. Business cycles: A theorical, historical, andstatical analysis of the capitalist
process. Filadefia: Porcupine Press, 1982.
LOS CLÁSICOS 135

Ja analogía con las ciencias físicas, que el último consideró verdaderos modelos para la
teoría económica. A s í, al final del período, los economistas consideraban sus reco­
mendaciones de política económica como resultados científicos resultantes de un aná­
lisis científico».
Durante este periodo histórico, para Schumpeter (1982) «la ciencia económica pro­
fesional se consolidó definitivamente. La ciencia económica sustanció su reivindicación
de un campo de investigación determinado, se convirtió en una especialidad perfila­
da; utilizó métodos determinados; sus resultados ganaron en precisión; y los econo­
mistas aun siendo personalidades fraccionales se reconocieron sus títulos recíprocamente
y fueron reconocidos todos ellos por el público más inequívocamente que hasta enton­
ces. Se fundaron nuevas sociedades de economía política, aparecieron nuevas revis­
tas, nuevos diccionarios y nuevos biógrafos. E l estudio de la historia del pensamiento
económico arrancó vigorosamente».

2. A l g u n a s id e a s b á s ic a s

Sin ahondar en los diferentes puntos del análisis clásico, puesto que ya se ha dicho que
este no es el objetivo del trabajo, sólo destacaremos que, en el esquema clásico del
proceso económico, los actores eran empresas y economías familiares, no clases socia­
les. Estos actores se identificaron por el procedimiento de convertir las clases sociales
conocidas por la experiencia común en tres categorías de tipo económico o grupos «fun­
cionales»: terratenientes, trabajadores y capitalistas. Estas categorías se caracterizaban,
según Schumpeter (1982), «por un rasgo puramente económico. Son respectivamente,
suministradores y oferentes de servicios de la tierra, del trabajo y de un acervo de bie­
nes llamado "capital"... Aparece una tríada de rentas correspondiente a la de los facto­
res: renta de la tierra, salarios y beneficios». En esta dirección, a diferencia de los
fisiócratas, los clásicos «hacen que el capitalista sea la única fuente de los avances o anti­
cipos, y por ello el valor de los bienes así anticipado se hincha en el proceso industrial
no sólo en la agricultura». Muy oportunamente esta clasificación justifica el beneficio
del capital.
En su análisis del largo plazo, en lo que respecta al desarrollo económico, los eco­
nomistas clásicos sostenían diversas posiciones. Por una parte, pensadores como J . S.
M ili, D . Ricardo o T . R. Malthus sostenían la tesis del estancamiento, ya que todos
ellos esperaban, a partirde sus análisis económicos, el advenimiento de un estado esta­
cionario como realidad futura. Por otra parte, también existía una visión «optimista»
como Ja mantenida por autores como Carey o List. Estos percibieron intuitivamente,
según Schumpeter (1982), que el factor dominante en el capitalismo era la potencia
que éste tiene de crear capacidad productiva con las posibilidades de crecimiento futu­
ro que esto conlleva.

3. A c e r c a d e l a c r ít ic a

A partir de las diversas lecturas realizadas en torno a este primer bloque temático, uno
de los planteamientos a los que llegamos bastante rápidamente, es que Ja visión de la
economía mantenida por los clásicos presentaba bastante interés y nos parecía más
satisfactoria que Ja concepción de Ja disciplina de la escuela neoclásica. Esto se debía,
136 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

sobretodo, a: primero, que su consideración de los fenómenos económ icos com o eco- |
nomía política suponen un carácter mucho más integrador de las diversas esferas que
componen la vida social; segundo, su interés y el lugar central que concedían al estu- í
dio del proceso de producción y la vinculación de éste con la distribución; y, tercero, j
el interés por desvelar las leyes de crecimiento y evolución del sistema a largo plazo. >
N o obstante, se plantearon algunos elementos críticos de importancia que sintetizamos }
a continuación. >
Para autores com o J. M . Naredo (1996)3 el ideario clásico ju ega un papel clave j
en el afianzamiento de los valores que sirven de punto de apoyo para el desarrollo del í
sistema capitalista, y ello a pesar de que algunos de los pensadores más significativos ¡
del periodo com o J . S. M ili se enmarcaran en posiciones próximas al socialismo evo- j
lucionista. jH
Puede verse a los clásicos com o los edulcorantes teóricos del salvaje proceso social ?
de afianzamiento del capitalism o. E n esta dirección, M arx señala: «Se ve la im pasibi- [
lidad estoica con que los econom istas contemplan las violaciones más descaradas del i
“ sacrosanto derecho de la propiedad" cuando estas violaciones son necesarias para !
establecer los cimientos del régim en capitalista de producción. Toda la serie de des­
pojos brutales, horrores y vejaciones que lleva aparejados la expropiación violenta del
pueblo desde el último tercio del siglo x v hasta finales del x v h ¡». '•&
E n cierta medida, esta v isió n parcial de los clápicos, en la que e l respeto a la pro­
piedad se traduce al respeto de la propiedad acumulada violando este m ism o respeto,
atentando contra las formas de propiedad preexistentes y privatizando las propiedades
comunales, puede analizarse com o una traición a la utopía liberal que estaba en la base ■
■jv
de las elaboraciones clásicas. C o m o señala Naredo (1996), «el respeto a la libertad se
redujo fundam entalm ente al respeto a la libertad de quienes disponían de propiedad
para originar una concentración creciente de la misma buscando, libres ya de frenos .^vi-
m orales, un enriquecimiento rápido». ■
En la funcionalidad de la s teorías clásicas para con e l régim en capitalista resulta
totalmente relevante la inexistencia del conflicto de clase en las diferentes elaboracio­
nes teóricas clásicas que se ha logrado con la transformación de las clases en factores
funcionales que hemos señalado más arriba Tal y com o señala M . Dobb (1944), «en las
relaciones de producción entre los hombres se halla incluida la relación de clase entre
capitalistas y trabajadores. L a econom ía política daba esto por sentado, pero no pro­
fundizó el estudio de esas relaciones; se conform ó con describirlas y co n incluirlas
entre sus condiciones, pero sin analizarlas. Consideraba la división de clases, bien
com o parte del orden de la naturaleza, o simplemente com o una forma que adoptaba
espontáneamente la división del trabajo en una sociedad libre, y no com o un produc­
to histórico de tipo especial».
Su aceptación com o agentes económ icos relevantes de lo s grupos sociales cono­
cidos va claramente en esta dirección: «M arx tenía toda la razón al encenderse de ira
contra la tríada de factores y condenarla por elem ento de v il apologética que, redu­
ciendo la viv a lucha de clases sociales a un gris sistema de asignación de rendimientos
a los factores cooperantes, desdibujaba la realidad capitalista» (Schum peter, 1982).

3. Naredo, José Manuel. La economía en evolución. Hisloria y perspectivas delas categorías básicas del
pensamiento económico. 2‘ ed. Madrid: Siglo XXI, 1996.
LOS CLÁSICOS 137

A sim ism o , de nuevo Naredo (1996) señalará que: «Sm ith, Ricardo, Say, M althus,
dan el primer paso hacia el actual orden de ideas ocupándose de cortar el cordón umbi­
lic a l que unía la noción de producción al m undo fís ico » , y idas teorías utilitaristas
m anejadas por los clásicos contribuyeron a establecer la identidad entre bienestar y
felicidad de los humanos y la indiscriminada m ultiplicación de mercancías en que esta­
ba interesada la empresa capitalista. L a expresión monetaria de estos nuevos “ bienes”
se im puso com o indicador eficiente de progreso haciendo que los valores pecuniarios
dominaran en la sociedad en detrimento de los valores vitales». Este paso dio lugar a
una noción más ambigua que permitió cifrar el progreso, y en cierta medida la riqueza,
mediante la simple multiplicación de mercancías con independencia ya de los procesos
que les habían dado origen y ensalzar las cualidades productivas de la industria capita­
lista.
N o nos detuvimos a estudiar las lim itaciones de la teoría del valor trabajo porque
la mayoría de nosotros no estábamos suficientem ente familiarizados con ella. Se pensó
que la m ayoría de relaciones que plantean los clásicos pueden ser estudiadas sin tener
una posición previa respecto a la teoría del valor, por lo que se decidió continuar nues­
tra revisión sin detenernos aquí en ella, ya que nos proponemos revisarla en detalle
más adelante al estudiar el pensamiento marxista.
U n o de los aspectos que hem os tratado m ás am pliam ente en el debate surgido a
propósito del estudio de la escuela clásica es el referente a la ley de Say. L a amplitud
concedida a este tema se debe también a la relevancia de dicha ley com o uno de los
pilares fundamentales de la teoría neoclásica y la actual econonúa de oferta y en que,
tal y com o señala Pedro M ontes (1996)4 «en el fondo, los neoclásicos siguen con­
fiando en que la econom ía se com porta según dicha ley. En efecto, el paro no se debe
a ninguna pretendida debilidad de la demanda, sino que existen obstáculos para que la
oferta sea la d e p le n o empleo».
Enunciada por J . B . Say en uno de los capítulos de su Traite d ’Économie Politique,
com o que «toda oferta crea su propia demanda» era plenamente admitido por la mayo­
ría de los clásicos. N o obstante, es importante señalar que algunos clásicos se mostra­
ron en desacuerdo con la ley de Say. A s í, por ejem plo, J . S. M ill «adm ite que hay
tiempos de crisis en los cuales existe realmente un exceso de todas las mercancías res­
pecto a la demanda monetaria, dicho de otro modo hay suboferta de dinero ...p o r eso casi
todo el mundo quiere vender y hay pocos compradores, de modo que se puede produ­
cir realm ente...una depresión extrema de los precios generales partiendo de lo que se
puede llamar indiferentemente plétora de m ercancías o escasez de dinero». También
M althus sostenía importantes objeciones a la ley de Say basadas en que «rebasado cier­
to punto el ahorro produce una situación insostenible: la demanda efectiva de bienes
de consumo procedente de los capitalistas y de los terratenientes no aumentaría lo sufi­
ciente para absorber la creciente oferta de productos resultante de una creciente con­
versión de renta en capital».
Quizás la crítica más contundente a la ley de S a y fa e la formulada por J. M . Keynes.
Según éste, el cum plimiento de la ley de Say se v e impedido por determinados facto­
res que podem os enunciar brevem ente, a m odo de resumen, señalando que: en una
econom ía monetaria la gente no gasta toda su renta en consum o, ni invierte necesa- 4

4. Montes, Pedro. El desorden neoliberal. Madrid: Trotta, 1996.


138 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

riamente el resto. En una econom ía monetaria, donde el dinero se acepta como medio
general de pago y puede atesorarse como depósito de valor, la oferta no tiene porqué tra­
ducirse automáticamente en demanda.
Fruto del debate, en el seno del seminario, surgía la duda acerca de si en un contexto
económ ico com o el actual, dónde las opciones de realización de inversión están domi­
nadas por los flujos financieros, dotados de movilidad instantánea y dominadores de
gran parte de la liquidez del sistema, y dado que el dinero que se encuentra fuera de
las instituciones financieras y de los mercados de capitales es relativam ente p o co ,
pudiera parecer que el argumento del carácter del dinero com o elemento de atesora­
miento pudiera perder relevancia ante las posibilidades de inversión de las que está
dotada la actual esfera financiera. Pero, por el otro lado, precisam ente las ingentes
sumas de flujos financieros que circulan por el mundo sin que conduzcan a la inver­
sión real reforzarían el argumento de que la presencia de la moneda genera dificultades
insolubles para el cumplimiento de dicha ley. No cabe duda que la ley de Say y su vali­
dez puede requerir más clarificación en nuestro estudio futuro.
Finalm ente, Schumpeter (1982) sostiene que la polém ica suscitada a propósito del
enunciado de Say parte de una deficiente comprensión de éste que ha llevado a muchos
pensadores a considerar la ley de Say com o una identidad cuando no lo es. Una inter­
pretación de la ley com o identidad es, por ejem plo, la mantenida por J. M . K eyn es.
Según Schumpeter (1982), la proposición quedefine de manera certera la ley de Say sería
«la demanda y la oferta agregadas no son independientes la una de la otra, pues las
demandas que com ponen la demanda total del producto de una industria (empresa o
individuo) proceden de las ofertas de todas las demás industrias (o empresas o ind ivi­
duos) y , por lo tanto, aquella aumentará en la mayoría de los casos (aumento real) si
aumentan esas ofertas y dism inuirá si ésas dism inuyen».
N o nos conven ció dem asiado esta explicación . Para que la ley de S a y tenga los
efectos equilibradores que lo s clásico s le atribuyen tendría realm ente que operar
com o una identidad, es decir, que se cumpliera siempre. S i se plantea com o una ecu a­
ción de condición que puede o no cum plirse, quiere decir que cuando no se cum pla
no hay equilibrio, con lo que dejaría de realizarse que «la oferta crea su propia deman­
da», que es el sign ificado equilibrador de la ley de Say.
Estas son las principales críticas que hemos encontrado. Para acabar de situarlas
y com pletarlas, pensam os que las siguientes lecturas son de gran interés. L a lectura
de J . A . Caporaso y D . P . L e vin e presenta de manera crítica algunos elem entos cen ­
trales de la concepción clásica com o la naturaleza del m ercado y la teoría del valor
y la distribución. D ad a la im portancia de la ley de S a y en la teoría clásica y poste­
riormente com o uno de los ejes principales de la teoría neoclásica y la econom ía de
oferta nos parecen de interés el análisis crítico de C . Sardoní y el de O . L a n g e en
relación a la ley de Say; este últim o m uestra que tam poco form alm ente esta «ley »
es operativa. L a lectura de V eblen aporta una visión sugerente de la evolución de
los presupuestos que subyacen bajo la interpretación de la econom ía por parte de los
clásicos.
LOS CLÁSICOS 139

4. L e c t u r a s

C a p o r a s o , Jam es A .; L e v in e , D avid P. « E l enfoque clásico ». En: Theories ofpoliti-


cal economy. Cam bridge: Cam bridge University Press, 1992, p. 33-55.
V e b l e n , Thorstein. «Las preocupaciones de los econom istas clásico s». En: Lem er,
M a x (ed.). The portable Veblen. N ueva York: Viking Press, 1948, p. 241-274.
M a r x , Kari. E l capital. 22a ed. Madrid: S ig lo X X I de Españ a, 1988. B iblioteca del
pensamiento socialista, torno l , vol. 1, p. 97-100.
S a r d o n i , C lau d io . «M a rx y Keynes: la crítica a la ley de Sa y». En: C aravale, G . A .
(ed.). Thefuture ofcapitalism and the history ofthought. Aldershot: Edward Elgar,
1991, p 219-237.
L a n g e , Osear. « L a ley de Say: reformulación y crítica». En: L a n g e, O .; M cintyre, F.;
Y n tem a, T . O . (eds.). Siudies in Mathematical Econom ics and Econom etrícs in
memory o fH em y Schultz. Freeport, N u evaYork: Books Fo r Líbrarians Press, 1942,
p. 49-68.
CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA 141-157

E l e n f o q u e c l á s ic o *

Ja m e s A . C a p o ra s o , D a v id P . L e v in e

l. L a e c o n o m ía p o l ít ic a e n l a t r a d ic ió n c l á s ic a

En este capítulo exploraremos el enfoque clásico de Ja econom ía política. Los econo­


mistas clásicos de los siglos xvm y x i x fueron los primeros en utilizar el término «eco­
n o m ía p o lític a » 5. E l periodo estudiado por la eco n om ía p o lítica clá s ica no puede
concretarse de form a exacta. U n a definición restringida iría desde la publicación de
L a riqueza de las «aciones de Adam Smith en 1776, a los Principios de economía polí­
tica de John S . M ili en 1848. U n a periodización más am plia abarcaría desde los fisió ­
cratas de mediados del siglo xvm hasta la muerte en 1883 de K arl M arx, al que muchos
consideran el último economista político clásico importante. A él se le atribuye Ja acu­
ñación del término «econom ía política clásica» (Dasgupta, 1985: 12), que considera
que existe desde los tiempos de W illiam Petty.
Dividiremos nuestra consideración de la econom ía política clásica en dos paites: el
argumento de la autorregulación del mercado y la teoría del valor y la distribución. L a
primera parte se cenU<t en la naturaleza del sistema de mercado y su relación con el R tad o .
La segunda se refiere a la producción y el uso del excedente económico. L a segunda parte
recoge contribuciones más recientes dentro de ]a tradición económ ica clásica. Aunque
utilizan elementos del marco analítico clásico, estas teorías recientes sugieren un enfo­
que de econom ía política que, en algunas cosas, difiere del de los economistas clásicos.
E l enfoque clásico formula los temas centrales de la economía política de una forma
característica. Fundam entalm ente, los econom istas clásico s jugaron un papel muy
importante en la introducción y elaboración de dos ideas clave: la de la separabilidad
de Ja econom ía y la de la prim acía de lo económ ico. L a prim era parte de este capítulo
en fatiza este aspecto de la teoría clásica , que tiene una relevancia especial para los
temas de este libro. '
Los teóricos modernos inscritos en Ja tradición clásica (verW alsh y G ram , 1980),
sin em bargo, no han formulado Sos temas de la econom ía política de esta form a. En la
segunda parte de este capítulo, consideraremos las im plicaciones de la teoría del valor
y la distribución para las preocupaciones centrales de la econom ía política tal com o
las definim os en este libro.
Los fundadores de la econom ía política observaron un cam bio en la relación entre
la vida política y las actividades no políticas, llamadas imprecisamente la satisfacción

* Publicado en: Caporaso, James A.; Levine, David P. «The classical approach», En: T/ieorieí ofpoliii-
cal economy. Cambridge: Cambridge Univcrsily Press, 1992, p, 33-55. Traducción: Gemma Galdón,
l. Para un debate histórico sobre el término «economía clásica» o «economía política clásica», ver Roll
(1953: cap. 4) y Walsh y Gram (l 980: caps. 2-4).
142 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

de los deseos privados. Esta percepción condujo a una redefinición y reordenación de


los términos utilizados para hablar del orden social, términos com o sociedad política y
sociedad c iv il; privado y público; econom ía y Estado. Esta reordenación acarreó un
cambio de énfasis, acercándose a la idea de que la sociedad se organiza a sí misma y se
desarrolla de acuerdo a sus propias leyes, procesos e im perativos. L a s instituciones
sociales de vital importancia no se desarrollan de acuerdo a planes articulados e insti­
tuidos a través de decisiones políticas, sino que lo hacen de acuerdo a imperativos sub­
yacentes e involuntarios de la vida en grupo. Si esto es verdad, entonces la historia
constituye menos un relato de los procesos políticos, los conflictos y las deliberaciones,
y se convierte más en un relato de las consecuencias involuntarias de las actividades
privadas. E l libro de Adam Ferguson, Essay on the H istoiy o f C ivil Society , publica­
do en 1773, m arcó un momento importante en este cam bio de perspectiva. Ferguson
expresó nuestra idea en las siguientes palabras:

Si Cromweil dijo que el hombre nunca llega tan lejos como cuando no sabe adónde
va; esto se puede afirmar aún con más razón de las comunidades, que penniten las
mayores revoluciones cuando no se pretende ningún cambio y cuando los políticos más
refinados no siempre saben adonde llevan al Estado con sus proyectos (p. 205).
1
La econom ía política dio un im pulso considerable al alejam iento de Ja política en
Ja comprensión de las fuerzas responsables de los grandes m ovimientos históricos que
m oldean el m undo so cial. A d am Sm ith vio el nacim iento de la sociedad civ iliz a d a
como el resultado de Ja búsqueda del beneficio, más que por ningún plan conocido o ins­
tituido, por un proceso político o una autoridad pública. L a transición del «estado sal­
v aje del hom bre» a la sociedad c iv iliz a d a fu e , para S m ith , la tarea histórica del
capitalismo. Y , sin embargo, fu e la consecuencia involuntaria de una multitud de accio­
nes llevadas a cabo por razones puramente privadas.
M arx llevó esta idea mucho más lejos. D escribió el proceso por el cual los cam ­
bios de época se generan en los métodos de producción, las relaciones sociales y las
formas de vida, todo ello com o consecuencias involuntarias de Ja búsqueda del bene­
ficio privado. L a concepción materialista de la historia, de M arx, expresa con una fuer­
za especial la subordinación de la política y de las decisiones de una autoridad pública
a las fuerzas inmanentes e inexorables liberadas que operan en la sociedad. •
L a em ergencia de la econom ía política contribuyó a m arcar la degradación de la
política y la elevación de la parte no política de la vida civil. D e hecho, contribuyó a la
redefinición de la v id a civil alejándose de la política y orientándose en la moderna
dirección de los temas privados que se pretenden fuera del hogar, en el mundo de los
negocios. E l auge de la economía política significó el auge de la sociedad c iv il en con­
tradicción con la sociedad política.
L a degradación de la política no pudo expresarse m ejor que con la m etáfora de la
mano invisible de Adam Smith. Aunque e l punto de vista de Sm ith es extremo en algu­
nos casos, articula de form a muy clara una nueva relación entre la sociedad política y
la sociedad civil (o entre la política y la economía). Esta nueva relación surge, en parte,
de una reflexión sobre el propósito posible y razonable del Estado. Para observar esto
claramente, veamos la siguiente descripción del gobierno proporcionada por Steuart, más
acorde con formas de pensamiento más antiguas:
f
K'

EL ENFOQUE CLÁSICO 143

el gran arte del gobierno es despojarle a uno de los perjuicios y ataduras a opiniones
particulares, a clases específicas y, sobre todo, a personas particulares; consultar el
espíritu del pueblo, cederle el paso en apariencia y, al hacerlo, darle un giro capaz de
inspirar esos sentimientos que pueden inducirle a desear el cambio, que una altera­
ción de las circunstancias ha hecho necesario ([1767] 1966: 26).

Steuart intenta com binar dos ideas importantes. E n primer lugar, expresa la idea
(que hemos enfatizado) que el cam bio surge de fuerzas y procesos inmanentes en la
sociedad y no decididos por el Estado. E n segundo lugar, y a la vez, vislumbra un papel
principal para el Estado al reconocer la necesidad de estos cambios y liderar a la socie­
dad a través de ellos. Los cam bios en lo que Steuart llama el «espíritu del pueblo» son
graduales e inmanentes y no planificados. Debido a que estos cam bios son graduales e
inmanentes, pueden escapar a la percepción del pueblo. Este error puede llevar a los
individuos a ju zgar m al sus propios intereses y los de la sociedad. E l Estado debe asu­
m ir un papel de liderazgo en la educación de los individuos sobre sus intereses reales,
tanto los privados com o los públicos.
Sm ith y Steuart, aunque escribieron aproximadamente durante la m ism a época,
valoraron Ja funciones posibles y deseables del gobierno de form a bastante diferente.
Steuart no participó directamente en Ja devaluación de Ja política, aunque su acepta­
ción de la necesidad de leyes de economía política Je mienta en esa dírecelón. Smith reco­
rrió todo el cam ino, pero su valoración de los políticos, a quienes consideraba «animales
insidiosos e ingeniosos» ([1776] 1937: 435), Je llevó a hacerlo de form a m ucho más
rápida. Esta diferencia es importante para entender el significado de la econom ía polí­
tica y la trascendencia de su aparición a finales del siglo x vm .
E l juicio de Smith se basa en su ahora ampliamente conocida solución al problema
del orden económ ico. La solución tiene dos partes. Primeramente, la vida de grupo no
política (la sociedad civil) deber organizarse y perpetuarse más o menos independien­
temente de la toma de decisiones políticas. L a unidad que incorpora la tarea de satis­
facer los deseos privados es una unidad política, pero dentrode esta unidad, la producción
y distribución de las cosas necesarias para perpetuar la vida privada no es política. En
segundo lugar, tal com o vem os que argumenta Steuart, las leyes e imperativos de la
sociedad deben dominar Ja política. L a s leyes económicas limitan a l hombre de estado
o político. Llevadas al lím ite, estas leyes reducen al hombre de estado a un papel de
vigilante (por ejem plo, que la adm inistración deju sticia se centre en la protección de
Jos derechos de la propiedad).
En el enfoque clásico, el término econom ía política se refiere a un sistema de satis­
facción de deseos privados constituido por agentes privados independientes. E n la eco­
nom ía p o lítica clásica se han u tilizado térm inos diferentes pero relacionados para
referirse a este sistema de satisfacción de deseos: sociedad civil, econom ía de merca­
do, sociedad burguesa, capitalism o, etc. C ad a término describe la form a en la que la
sociedad se convierte en un sistema básicamente económ ico y no po lítico . A medida
que se fortalece, este sistema tiende a desplazar a Ja p o lítica, a pesar de que inicial­
mente aparezca bajo una designación política. Establece un principio ordenador para la
sociedad que, al no ser político, desafía la idea de la sociedad entendida com o un sis­
tema político. E n la próxim a sección exploraremos con más detalle la idea clásica de
un sistema de relaciones económ icas.
144 CRÍTICAALAECONOMÍAORTODOXA

1.1 L a so ciedad civil

En las sociedades en las que la producción de la subsistencia tiene lugar dentro de la


fam ilia (o del linaje) y en base a la división del trabajo en la fam ilia, ésta debe subor­
dinarse a los objetivos y relaciones que conforman la vida familiar. Estos objetivos y
relaciones pueden incluir la reproducción biológica, la autoridad paterna, la crianza de
los hijos y el crecim iento de la personalidad, nutrición, etcétera. E l aprovisionamien­
to de las necesidades de subsistencia se produce, pero en coordinación con los objeti­
vos no económicos de la familia. Estos objetivos limitan también la actividad económica:
la escala y la com posición del output están lim itados por las necesidades de la fam i­
lia, por la mano de obra de que dispone y por la división de trabajo apropiada. D e esta
manera, no podemos imaginar de form a razonable que una fam ilia organice su activi­
dad productiva com o si fuera una fábrica, en parte por razones de escala y en parte por
razones de organización social. L a s fam ilias lo suficientem ente grandes com o para
proporcionar la mano de obra necesaria para la producción industrial son demasiado
grandes para ser fam ilias de verdad - e s decir, para poder satisfacer de form a conti­
nuada los objetivos sociales de la vida fam iliar-. D e forma similar, las familias cuya orga­
nización social es parecida a la de una fábrica, deben tratar a sus m iembros (com o
trabajadores asalariados) de form as que no se corresponden con la lógica de fondo de
la vida en fam ilia (en relación a la crianza de los hijos y la nutrición, por ejem plo).
L a integración de lo económ ico en las instituciones no económ icas (ver Polanyi,
1957: 71) significa que los elementos de la reproducción material (las actividades que
forman la división del trabajo) están unidos por vínculos no económ icos. Si la divi­
sión del trabajo se lim ita a la fam ilia, esto sign ifica que las tareas se distribuirán entre
los miembros de la fam ilia de acuerdo con su estatus dentro de ésta (si son hombres o
mujeres, niños o adultos, por ejemplo). Esta división también permite que el producto
del trabajo de cada uno de ellos se ponga en común de form a directa a través del contac­
to personal. N o existe ningún contrato. Los problemas de la división y la reunificación
se resuelven directamente en base a la estructura y la ló gica de la vida en fam ilia.
Si ahora pasamos a considerar las actividades económ icas com o ajenas a la fam i­
lia, debemos tener un método para ilevar a cabo esta división y reunificación en el caso
de todas las instituciones sociales. Este método debe tener lugar dentro de, y corres­
ponderse con, una nueva institución: la economía. Com o las actividades que constitu­
yen la reproducción social no se producen dentro de la fam ilia, ni están aseguradas por
normas de autoridad política directa, deben conectarse a través de un vínculo social
que relacione a productores por otra parte independientes. Este vínculo es el contrato
de intercam bio. T al como ha afirm ado K arl Po lanyi, «no es ninguna so rp resa... que
una sociedad basada en el contrato tenga que poseer un ámbito institucionalmente sepa­
rado y una esfera de intercambio motivacional mente diferenciada, es decir, el merca­
do» (1957: 70). Cuando el contrato sustituye al parentesco, el matrimonio, la autoridad,
las asociaciones religiosas y otras instituciones sociales com o vínculo social que conec­
ta ías diferentes partes del proceso de reproducción, el resultado es el surgimiento de la
econom ía com o institución diferenciada. E n este caso, la producción social está en
manos de productores privados y legalmente independientes, el stock social se con­
vierte en tal cantidad de propiedad privada, y el trabajo se convierte en una m ercancía
propiedad del trabajador hasta ser vendida a cam bio de dinero al propietario del capi-
■IlB EL ENFOQUE CLÁSICO 145

tal. Co m o resultado de este proceso, aparece una idea de gran importancia para la eco­
nomía política: la idea de un sistema de propiedad privada puro en el que todas las per-
sanas son propietarias y sus relaciones consisten en relaciones contractuales para el
intercambio de propiedad.
Cuando la econom ía está arraigada en las instituciones no económ icas, los indivi­
duos realizan sus actividades económ icas en base a m otivaciones trasladadas desde
(derivadas de) esas instituciones. Los miembros de una fam ilia participan en la acti­
v idad productiva como parte de su participación en la fam ilia. Su m otivación provie­
ne del vínculo familiar: el reconocimiento y la subordinación a la autoridad paterna (o
materna), el deseo de educar a los hijos, etcétera. E l desarraigar lo económ ico de lo no
económ ico e x ig e que los individuos participen en la actividad econ óm ica en base a
motivaciones propias de la econom ía misma. A estas m otivaciones se las ha llamado
«egoístas», «de autorrealización» y otras cosas parecidas.
Es ciertam ente creíble que este tipo de motivos dominen a personas liberadas de
cualquier conexión con sus semejantes que no esté asociada a un contrato. Bajo estas
condiciones, los individuos recurren a sí m ism os. S e consideran personas separadas,
independientes y autónomas. Separadas de las lealtades institucionales, encuentran que
la única lealtad que les queda es a s í mismos. E l término «sociedad civil» describe no
sólo un sistema de satisfacción de los deseos privados no regulado por la fam ilia ni
por el Estado, sino un sistema motivado por el interés propio, en e l que «cada m iem ­
bro es su propio fin , el resto nd es nada para él» (H egel, [1821] 1952: 267)2. Shlom o
Avineri resum e esta idea de la siguiente forma:

La sociedad civil es el ámbito del egoísmo universal, donde trato a todo el mundo
como un medio para mis fines. Su expresión más aguda y típica es la vida económi­
ca, donde vendo y compro no para satísfacer los deseos del otro, su hambre o su nece­
sidad de refugio, sino que utilizo la necesidad sentida por el otro como un medio para
satisfacer mis propids fines. Mis propósitos están mediatizados por las necesidades de
Jos demás: cuantas más personas dependan de un recurso que yo puedo proporcio­
nar, mejor es mi posición. Este es el ámbito en el que todo el mundo actúa de acuer­
do con lo que percibe como su inteligente interés propio (1972: 134).

Este párrafo, represente o no las m otivaciones de los actores en la econom ía (y


probablemente en muchos puntos lo hace), le será muy fam iliar a cualquiera que haya
estudiado teoría económ ica. Durante, por lo m enos, los últim os doscientos años, el
desarrollo del análisis económico ha sido simultáneo a la investigación de las im pli­
caciones ló gica s del supuesto que los individuos actúan en base a su interés propio
(definido com o búsqueda del beneficio, m axim ización de la utilidad y otros términos
parecidos). Gran parte de la agenda de la teoría económ ica ha consistido en investigar
las propiedades lógicas de un sistema de propietarios independientes y autónomos,
cada uno persiguiendo su interés propio y cada uno lim itado por una única condición:
el respeto a lo s derechos de la propiedad de los demás (incluyendo su derecho a la pro­
piedad de sus propias personas). Esta agenda se centra en la validez de proposiciones

12. Para una exposición del concepto desociedad civil, ver los artículos recopilados en The Slate and Civil
Socicty (Pelczynski, 1984, y Avineri, 1972: 141-154).
146 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

importantes sobre la econom ía de mercado. L a proposición más importante es que el


mercado debe poder asegurar un proceso razonablemente estable de reproducción y
distribución de m ercancías que pueda satisfacer los deseos de los que dependen del
m ism o. Exam inaremos esta proposición en la próxima sección.

1.2. E l m ercado au torregu lado

Debido a su tendencia utilitarista, muchos economistas tienden a asumir que si el mer­


cado es capaz de satisfacer los fines privados de los participantes, dados esos fines y los
medios disponibles para satisfacerlos, entonces ya ha cum plido, ipso facto, su función
humana y social. L a consecución de los fines privados es lo mismo que la consecu­
ción del bien público. L a pregunta sobre el mercado, entonces, es la siguiente: un sis­
tema de personas privadas en busca de su interés propio sin ningún tipo de regulación
general, ¿podrá provocar un conjunto de transacciones voluntarias (intercambios) que
satisfagan en la m ayor medida posible los deseos de esas personas teniendo en cuenta
la productividad de los activos de capital y la distribución original de la propiedad?
Existe ya un gran volum en de literatura sobre esta cuestión desde diferentes perspec­
tivas3. E l siguiente resumen debería dar un sentido intuitivo a los puntos en cuestión.

i
[ ... ]

Cuando cada participante actúa com o comprador y com o vendedor, el dinero y las
m ercancías «circulan» a través del m ercado. E l mercado simplem ente facilita el rea­
juste de la propiedad según los deseos de los propietarios. Es un mecanismo social que
asegura la satisfacción de los deseos privados. También es un m ecanismo pasivo por­
que no afecta a la propiedad o a los deseos que satisface. A l trabajar para sí m ism o
(comprando y vendiendo), cada persona trabaja para las demás. Cada uno proporcio­
na productos a los demás y dinero con el que los otros pueden com prar productos.
Cuandoeste circuito funciona adecuadamente, la venta de mercancías lleva a la compra
de otras mercancías. A l mismo tiempo, no existe ninguna garantía de que una mercan­
cía concreta encontrará un comprador. D e forma que un vendedor individual que no
encuentre demanda para sus productos no podrá adquirir las cosas que necesite. E sto es
así también en el caso de los trabajadores. N o existe ninguna garantía de que un tra­
bajador individual o un grupo de trabajadores encuentren un empleo. Pueden no existir
compradores para el tipo de trabajo que ellos venden. S i sólo disponen de ese tipo de
trabajo, y nada más, no podrán conseguir los salarios necesarios para com prar sus
medios de consumo.
A l no tener ningún otro recurso al que recurrir más que el m ercado, el sufrimien­
to individual es inevitable. L o s econom istas clásicos no consideran esto com o un fa c ­
tor negativo del mercado. Sin este sufrim iento, el mercado no podría crear incentivos
para estimular a los individuos a adaptar sus habilidades y m edios de producción a las
necesidades de los demás.
Lo s economistas clásicos afirman que el m ercado sólo puede provocar el sufri­
miento individual. E s decir, que la renta y el bienestar de un vendedor pueden sufrir

3. Ver, por ejemplo, Weintraub (1979) y Sowell (1972).


EL ENFOQUE CLÁSICO 147

debido a la falta de demanda de su producto, pero que no es así en el caso de la renta


......... y el bienestar del conjunto de vendedores. Los economistas clásicos tam bién afirman
j. : que los problemas individuales son temporales y duran sólo , el tiempo necesario para
: que el individuo adapte sus habilidades y su capital a la producción de productos con
: demanda. D avid Ricardo, una de las figuras más importantes de la econom ía política
durante la prim era mitad del siglo x ix , resumió Jo que hemos dicho hasta ahora sobre
el mercado:

■ Ningún hombre produce si no es con el objetivo de consumir o vender, y nunca vende


: si no es con la intención de comprar alguna otra mercancía que le sea de utilidad
. :jv : inmediata o que contribuya a la producción futura. Al producir, entonces, se convierte
■: necesariamente en el consumidor de sus propios productos o en el comprador y con-
■ sumidor de los productos de alguna otra persona. No es presumible que, en ningún
momento, él ignore cuales son las mercancías que puede producir de forma más ven-
:v tajosa para conseguir el objetivo que tiene en mente, es decir, la posesión de otros
productos; y, por lo tanto, tampoco es probable que produzca por mucho tiempo una
íf:: mercancía para la que no hay demanda ([1821] 1951: 290).

::: i E ste argumento proporciona un importante apoyo a la idea clásica de que, aunque
D ;] ;vv í: los individuos pueden fallar en encontrar compradores para sus productos, el merca-
:{¡ do en su conjunto nunca fallará:

" 1 Puede ser que se produzca demasiado de una mercancía concreta, de la que exista tal
exceso en el mercado que no llegue a reembolsar el capital empleado en ella; pero
: esto no puede producirse con respecto a todas las mercancías; la demanda de maíz
está limitada por el número de bocas que lo pueden comer, la de zapatos y abrigos
por las personas que los pueden llevar; pero aunque una comunidad, o parte de una
: comunidad, puede tener tanto maíz y tantos sombreros y zapatos como pueda o quie­
ra consumir, esto no puede decirse de todas las mercancías producidas por la natu-
v raleza o por el arte (Ricardo, [1821] 1951: 292).

L a idea de un fallo general del m ercado tiene un significado muy diferente a Ja de


un fa llo individual. Sign ifica que el conjunto de productos que la gente necesita están
disponibles pero que no pueden comprarse y venderse porque el mecanismo de mercado
que hace que el dinero llegue a las manos de aquellos que necesitan los productos se ha
roto. E sta idea, a los econom istas clásicos les pareció paradójica. E l econom ista fran­
cés J . B . Say llegó a afirmar (con la posterior aprobación de Ricardo) la imposibilidad
lógica de un fa llo general del mercado (una idea conocida ahora com o la ley de Say).
E l fallo particular es el resultado del desacierto o la desgracia individual; el fallo sistémico
sign ifica que el m ecanismo de mercado es inherentemente defectuoso. E l fa llo sisté­
m ico sign ifica que ej m ercado frustra a los individuos incluso cuando éstos han tom a­
do las decisiones «correctas» sobre qué productos llevar al mercado.
Durante una depresión (com o, por ejem plo, la que 'experimentó la econom ía mun­
dial durante los años 30), existe la capacidad productiva para producir los productos
que la gente quiere, pero no se utiliza. L o s trabajadores están disponibles para poner
en m archa esa capacidad productiva, pero están en paro. E l cap ital y el trabajo per­
manecen ociosos porque el dinero no está en manos de aquellos que necesitan sus pro-
148 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

ductos. S i los trabajadores estuvieran em pleados, recibirían una renta que les permiti­
ría comprar los productos que necesitan pero que no están produciendo. A s í, los pro­
ductores tendrían ingresos, incluyendo unos beneficios que justificarían la contratación
de trabajadores. S i no es así, la capacidad productiva permanece ociosa debido a una
demanda insuficiente, pero Ja demanda es insuficiente a consecuencia de la capacidad
productiva ociosa. D e este modo, los trabajadores están desempleados y no disponen
del poder de com pra suficiente p araju stificar el uso de la capacidad productiva o cio ­
sa. Esto es un ejem plo de fallo del mercado si es el resultado de Ja operación del mer­
cado trabajando en sí mismo y no de los esfuerzos del gobierno para regular el mercado.
E l permanente debate económ ico se centra en si Ja causa del fallo del mercado está en
el mercado o fuera de él. Los economistas clásicos tendieron a mostrarse a favor de la
segunda interpretación. Y lo hicieron p o rla razón siguiente.
M ientras que quienes venden sus m ercancías utilicen sus ingresos pecuniarios
para com prar m ercancías, la dem anda efectiv a (la necesidad v in cu lada al dinero)
nunca desaparecerá del m ercado. L o s econom istas clásicos pensaron que sería irra­
cional que los vendedores guardaran un dinero que, en su opinión, no satisfacía nin­
guna necesidad, cuando podían obtener m ercancías. Los trabajadores, evidentemente
(y rápidamente), utilizan sus salarios en la adquisición de bienes de consum o. L o s
productores, m otivados por el deseo de expandir su capital y su riqueza, utilizan sus
ingresos en m etálico para comprar inputs productivos capaces de producir beneficios
(lo que, en general, el dinero no proporciona). S i suponemos que esto es correcto, y que
los agentes actúan de form a racional, el dinero seguirá circulando y la demanda agre­
gada no fallará.
L a clave, entonces, del argumento clásico es la suposición de que ningún m otivo
razonable puede llevar al vendedor a atesorar el dinero en lugar de disponer de los pro­
ductos que el dinero puede comprar. A l comprar estos productos con sus ingresos mone­
tarios, los ind ividu os co m o grupo, aunque no en todos los casos, van a encontrar
compradores para sus productos y podrán adquirir aquello que quieran en proporción
a la cantidad y valor de lo que tienen para vender.
U n problema importante del argumento a favor de la autonegulación del mercado
que acabamos d e resumir es que, incluso si el mercado fuera autorregulador, la satis­
facción que el individuo obtiene del m ercado depende de la propiedad que lleva con­
sigo al mercado. N o es su necesidad lo que determina lo que consum e, sino su capacidad
de satisfacer las necesidades de los demás.
E n cierta m anera, se puede pensar en esta característica del mercado libre com o
una virtud. E l mercado disciplina el interés propio para trabajar para el interés de otros.
E n otro sentido, esta característica del m ercado libre suena com o un vicio. Sig n ifica
que el bienestar depende de circunstancias que pueden estar fuera del alcance del indi­
viduo. E l interés propio puede no proporcionar al individuo la habilidad de satisfacer
los deseos de los demás incluso si le proporciona el motivo para hacerlo. L o que llevarnos
al mercado puede depender tanto de accidentes de nacimiento y otras circunstancias
com o de los incentivos y del interés propio. E l mercado confirm a estos accidentes y
sólo nos permite satisfacer nuestros deseos mientras ellos lo permitan.
El filósofo alemán G . W . F. H egel fue rápido en Subrayar esta lim itación del m er­
cado autorregulador y en ver en ella un argumento a favor de la intervención guber­
namental.
m
ELENFOQUE CLÁSICO 149

Pero no sólo el capricho, sino los im previstos, las condiciones físicas y factores debi­
dos a circunstancias externas pueden reducir a los hom bres a la pobreza. L o s pobres
siguen teniendo las necesidades típicas de la sociedad civ il, pero co m o la sociedad
les ha quitado los m edios naturales de adquisición y h a roto el vínculo fam iliar [ ...]
su pobreza les deja más o m enos desprovistos de todas las ventajas de la sociedad,
de la oportunidad de adquirir educación de ningún tipo , así co m o de la adm inistra­
ción de justicia [ ...] etcétera. L a autoridad pública toma el lugar de la fam ilia en lo que
se refiere a Sos pobres, y no só lo en relació n a sus deseos inm ediatos, sino tam bién
a su falta de disponibilidad por ho lgazan ería, su m align idad, y los otros vicios que
resultan de su d ifíc il situación y de su sentido de agravio ([1821) 1852: 148-9).

1 .3 . E l in t e r é s p r iv a d o y e l b i e n p ú b l i c o

E l a r g u m e n to r e s u m id o en la s e c c ió n a n te rio r tie n e im p lic a c io n e s im p o rta n te s p a ra la


r e la c ió n e n tre e l a g e n te p ú b lic o (el E s ta d o ) y e l s is te m a d e r e la c io n e s p r iv a d a s ( la e c o ­
n o m ía ). N o s ce n tr a re m o s a h o ra e n e s a s im p lic a c io n e s .
L a y a c lá s ic a fo r m u la c ió n d e A d a m S m it h s o b r e la r e la c ió n e n tre e l in te r é s p r iv a -
•. d o y e l b ie n p ú b lic o e n u n a e c o n o m ía d e m e r c a d o d e p e n d e e n g ran p a rte d e l a r g u m e n to
” d e q u e lo s m e rc a d o s , si s e le s d e ja , s e r e g u la n a s í m is m o s . S m ith d e s a r r o lló e s te arg u ­
m e n to c o m o parte d e u na c r ític a a la p o lític a d e im p o n e r « r e s tr ic c io n e s a la im p o rta ció n
d e sd e p a ís e s e x tr a n je r o s d e p r o d u c to s q u e p u e d e n s e r p r o d u c id o s e n e l p a ís » . S m ith
e m p e z ó r e m a r c a n d o q u e e l « m o n o p o lio d e l m e r c a d o in te r io r » r e s u lta n te d e la s r e s ­
fr ic c io n e s a la s im p o r ta c io n e s r e fo r z a b a a c ie r ta s in d u str ia s d o m é s tic a s y a u m e n ta b a
la p r o p o r c ió n d e tr a b a jo y d e c a p ita l d e d ic a d o a e s a s in d u s tr ia s ( [1 7 7 6 ] 19 3 7 : 4 2 0 ) .
• P e r o c u e s tio n ó s i e s to s e r v ía a l b ie n p ú b lic o . S e r v ir a l b ie n p u b lic o s ig n if ic a a u m e n -
. ta r « la in d u s tr ia g e n e r a l d e la s o c ie d a d » o e n c a u z a r e s a in d u stria « e n la d ir e c c ió n m á s
v e n ta jo s a » . (

[ . . . ] S m it h re s u m ió e s ta s id e a s d e la s ig u ie n t e fo r m a : '

N in gu n a regulación del co m ercio puede aum entar la cantidad d e industria en una


sociedad m ás allá de lo que su capital puede mantener. S ó lo puede desviar una parte
de ésta h ac ia una d irecció n en la que, de otra form a, no habría id o ; y de n ingu n a
m anera es cierto que esta direcció n artificial vaya a ser más ventajosa para la so cie­
dad que aquella en la qu e h u biera ido po r im pulso propio.
Todo individuo se esfuerza de fo rm a permanente para encontrar e l uso m ás ven ­
tajoso para sea cu a l sea e l capital de q u e dispone. C laram ente, es su propio prove­
ch o , y no el de Sa so cied ad , lo que tiene en m ente. P ero e l estu dio d e So que le es
ventajoso le llev a naturalm ente, o de h ech o necesariam ente, a preferir el uso que sea
m ás ventajoso para la so cie d ad ([1776] 1937: 421).

P a r a S m it h , e l b e n e fic io m id e l a v e n t a ja q u e s u p o n e n p a r a e l in d iv id u o lo s d if e ­
ren tes u so s d e su c a p ita l:

Pero es sólo por el beneficio que un hom bre utiliza un capital para apoyar a la indus­
tria; y, por lo ta n to , siem pre intentará u tilizarlo para apoyar aq u ella industria cu yo
producto es probable que sea m ayor en términos de dinero o de otros bienes (p. 423).
150 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA I
II
A l dejar la decisión sobre la dirección del flu jo de trabajo y de capital en manos .;is
del individuo (capitalista), permitimos que el beneficio determine el desarrollo de la ■^ja-
industria. E l capitalista es el agente, y no la fuerza orientadora. En realidad, ningún !>•
grupo ni individuo es responsable de la dirección del desarrollo económ ico. E l interés V
por el beneficio canaliza la inversión de la form a más ventajosa socialmente. Asegura ^
que la renta y la industria crecerán lo más rápido posible.
■ •É
El individuo busca sólo su propio beneficio, y en este, corno en muchas otros casos, _"£*
está guiado por una mano invisible para promover un fin que no forma parte de su
intención (p. 423).

Para resumir el enfoque clásico en lo referente a la relación entre el interés priva­


do y el bien público: siguiendo su funcionam iento normal, y en ausencia de regula­
ción desde el exterior, el mercado asegurará la plena utilización de las existencias de
capital de la sociedad. Dada la cantidad general de capital y de trabajo disponible en la ■
sociedad, las proporciones destinadas a las diferentes industrias dependerán de la ren­
tabilidad, ya que la rentabilidad m ide la contribución que cada industria puede reali- •
zar al total de los ingresos sociales y al crecimiento de la riqueza social. La única form a
de asegurar que el beneficio dirija la inversión es poniendo esta inversión en manos
privadas y sometiéndolo a decisiones basadas en el interés propio. Esto funciona por­
que el interés propio está mejor servido por la búsqueda del beneficio. Com o la búsqueda _
del beneficio es un motivo privado y no público, este enfoque se opone al control públi­
co de la inversión. Para los economistas clásicos, la regulación pública sign ifica que
algo que no es la rentabilidad determina la inversión. E l mercado desregulado pero
autoordenado prom overá el crecim iento del capital de la sociedad y logrará el bien
público.
Esta definición del bien público es la base de un fuerte argumento a favor del m er­
cado libre, un argumento que tanto Sm ith como M arx, economistas por lo demás enfren­
tados, reconocen. Tanto Smith com o M arx afirmaron que el mercado libre encuentra su
motivación histórica en el desarrollo de las bases materiales y las técnicas productivas
de la sociedad, es decir, de su stock de capital. L a «mano invisible» organiza la bús­
queda del beneficio privado dentro del proyecto históricamente significativo del de­
sarrollo de la iiquezasocial. Smith vio esto com o una transición desde el «estado salvaje
del hombre», en el que los hombres eran «miserablemente pobres», a la «sociedad civi­
lizada» en la que «todos están abundantemente abastecidos» ([1776] 1937: L V III).
M a rx argumentó que el capitalismo tiene como «misión histórica» el desarrollo de las
«fuerzas materiales de producción» y la creación de un «m ercado mundial adecuado»
([1894] 1967b, vol. III: 250). En esta concepción, la econom ía desarraigada de otras
instituciones sociales tiene una raison d'éíre. Esta raison d ’etre es: 1) una consecuen­
cia involuntaria del egoísm o, de forma que puede ser tratada com o un objetivo social
oculto o im p lícito y 2) lograda a través de la acum ulación de capital por parte de los
poseedores independientes de la riqueza.
L a econom ía clásica presupone la existencia de un bien público conectado con,
pero distinto de, los fines privados: el crecim iento del stock de capital de la sociedad.
Sin em bargo, el enfoque clásico afirm a que el bien público, tal com o se ha definido,
se conseguirá m ejor sin la intervención de un agente público. E sta valoración, si es
EL ENFOQUE CLÁSICO 151

correCta, resuelve e l problema de orden económ ico evocado anteriormente en este capi­
l l a E l m ercado autorregulador desplaza las decisiones del agente político. D e hecho,
si el Estado tuviera que tomar decisiones bien formuladas de acuerdo con las leyes de
1a oconomía política, guiaría a la sociedad ju sto hacia esos fines que se consiguen mejor
cuando el Estado no actúa. N o puede hacer m ás. Y lo más probable, sin embargo, es
que haga considerablemente menos. D ada la incertidumbre respecto al acierto de las
decisiones políticas, es m ejor hacer del desarrollo de la sociedad una consecuencia
involuntaria de actos y decisiones privadas, para permitir y fomentar el desplazamiento
de la sociedad política por la sociedad civil.

1.4. E l E s ta d o y la sociedad

E n la econom ía clásica, por lo tanto, ¿qué funciones le quedan al Estado, especial­


mente en referencia al mundo de los negocios privados? Volvemos a remitirnos a Adam
Smith:

Según el sistema de la libertadnatural, el soberano tiene sólo tres deberes que aten­
; . der; tres deberes de gran importancia, evidentemente, pero sencillos e inteligibles
■ para el entendimiento común: primero, e! deber de proteger a la sociedad de la vio­
;: lencia y Ja invasión de otras sociedades independientes; segundo, el deber de prote-
g ger, tanto como sea posible, a todos los miembros de la sociedad de la injusticia y Ja
opresión por parte de cualquier otro de sus miembros, o el deber de establecer una
;■ administración dejusticia exacta; y tercero, el deber de erigir y mantener ciertas obras
: públicas y ciertas instituciones públicas, que nunca pueden erigirse ni mantenerse
según el interés de un individuo, o de un pequeño grupo de individuos; porque el
beneficio jamás podrá devolver el gasto a ningún individuo o pequeño número de
individuos, aunque frecuentemente sí puedehacer mucho más que devolverlo a una
: gran sociedad ([1776] 1937: 651).

. ■ E n este último apartado, e l de las obras y las instituciones públicas, Sm ith tiene en
mente básicamente aquellas orientadas a facilitar el comercio (carreteras, puentes, cana­
les) y a «prom over la instrucción de la gente» (p. 681).
Im aginem os un Estado preocupado exclusivam ente por la defensa n acion al, la
administración de justicia, las obras públicas y la educación. Tomando una definición
dejusticia lo suficientemente lim itada, y asumiendo que esta definición estuviera bien
establecida y ampliamente aceptada, las decisiones políticas se centrarían com o m áxi­
mo en un abanico lim itado de tem as referentes a la amplitud de estas actividades. D e
hecho, un Estado así financiaría y mantendría un ejército permanente, algunas escue­
las, los tribunales y las autopistas. N o se preocuparía por las fonnas apropiadas de vida
en una sociedad bien ordenada; no se ocuparía de los razonamientos colectivos sobre
la naturaleza del bien público; no se responsabilizaría del bienestar de aquellos cuyas
actividades privadas no pudieran mantenerlos adecuadamente. D e la mism a form a en
que la sociedad civ il desplaza a la so ciedad política, la administración sustituye a la
política.
Y sin embargo, los economistas clásicos no llegaron tan lejos com o a negar la exis­
tencia de una bien público irreducible a (por ejem plo la suma de) los fines privados.
Smith identificó este bien público con la magnitud (y la tasa de crecim iento) del pro-
152 CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

dueto nacional. Claram ente, un producto nacional am plio y creciente normalmente


beneficiará tanto a los individuos com o al Estado. C o n todo, el beneficio de un gran
producto nacional es tanto para los individuos como para el Estado en su conjunto. Si
consideráramos algo m ás que solamente el volum en d el producto, entonces la ecua­
ción de los fines públicos con los privados sería menos evidente. Incluso con esta divi­
sión, todavía se puede afirm ar, para ciertas defin icion es del bien público, que una
econom ía de mercado privada obtiene mejor dicho bien (aunque sea inintencionada­
mente). Este es el argumento que definim os com o claram ente clásico.
E l argumento clásico ha cedido el paso recientemente a otro (asociado al enfoque
neoclásico) que define el bien público equiparándolo a una suma (u otro agregado) de
intereses privados. Sin embargo, no deberíamos lanzarnos demasiado rápido a adoptar
una interpretación del enfoque clásico de la economía política que la equipare con este
método más reciente. Hacerlo es perder de vista una tensión impop01tante en el enfoque clá­
sico que está ausente en el moderno. Esta tensión existe en el esfuerzo por mantener
una versión más antigua del bien público, a la vez que se niega la necesidad de un agen­
te público responsable de asegurar que los temas privados contribuyen a la agenda públi­
ca. A Smith le gustaría ver los fines públicos realizados sin (o con un mínimo de) vida
pública. Esta aspiración es una parte importante del pensamiento clásico. Presenta un
problema para las teorías subsiguientes, uno que lleva a direcciones diferentes.
Recordem os el contraste esbozado anteriormente en este capítulo entre Sm ith y
Stewart. E l primero es partidario de la degradación de la política mientras que el últi­
mo intenta mantener la idea de que la política y el Estado tienen un papel importante
más allá de la administración pública y la defensa nacional. Para Steuart, el Estado tiene
un papel de liderazgo en el ámbito privado: modelando los intereses privados, limitan­
do el egoísmo, educando a las personas para que tengan un punto de vista «más eleva­
do» (el interés público). Tal com o verem os en los capítulos siguientes, ninguno de los
enfoques modernos de la econom ía política se encuentra completamente cóm odo con
esta idea.Algunos la rechazan totalmente, y esto es típico de la economía política. Otros ■

le conceden sólo un papel m uy lim itado. E n esto, la econom ía política se inscribe en
gran medida en el temperamento m oderno, que, siguiendo a Sm ith, duda tanto de la:
necesidad de que el Estado asuma un papel de liderazgo com o de su capacidad de hacer­
lo. L a economía política v e a l Estado más y más com o un agente actuando al servicio de
los intereses privados, más que com o un agente al que se le confía la responsabilidad
de un bien público irreducible a lo s intereses privados. ¿C óm o puede e l Estado, actuan­
do com o agente de los intereses privados, responsabilizarse de Ja elevación de los in d i­
viduos hacia un estadio superior? Evidentem ente, no podem os esperar que lo haga, ■

2. V a l o r y d is t r ib u c ió n

2.1. L a división del tra b a jo y el in tercam b io

L a teoría de la autorregulación del mercado es claramente el logro central del enfoque •


clásico de la econom ía política y la clave para entender com o puede un econom ista
influido por la teoría clásica entender la interrelación entre lo económ ico y lo político.
Sin embargo, no todos los teóricos modernos inscritos en la tradición clásica han adop­
tado este punto de vista. Aportaciones recientes se han basado en un elemento diferen-
EL ENFOQUE CLÁSICO 153

te al análisis clásico de la economía de mercado, uno centrado más en el sistema de pre­


CioS y su relación con la determinación de los salarios y los beneficios, y menos en sus
im plicaciones para la autorregulación del mercado. Vam os a centrarnos ahora en esta
otra dimensión de la teoría clásica. Esta dimensión em pieza con la consideración de la
relación entre la división social del trabajo y el intercambio de mercancías.
L a división del trabajo está muy estrechamente asociada al intercambio. En ausen­
cia de un mercado para el producto, no tiene mucho sentido para un individuo, por lo
demás aislado, especializarse de la forma establecida por la división del trabajo. A la vez,
la participación en la división del trabajo requiere que el productor individual inter­
cam bie para así obtener los elementos de subsistencia que no produce. A d am Sm ith
situó esta doble relación mutua entre el mercado y la división del trabajo en el centro
de su análisis. C o n la división del trabajo, cada hombre «se convierte de alguna mane­
ra en comerciante» (1937: 22). Nuestra participación en la división del trabajo nos obli­
ga a intercambiar. E l tipo de dependencia mutua asociado a la división del trabajo da
lugar al sistema de intercambio. A la vez, d a división del trabajo está lim itada por la
dimensión del mercado» (1937: 17). E l m ercado también ju ega un papel importante,
estimulando el desarrollo de la división del trabajo.
L a división del trabajo ocupa en el tratamiento clásico del intercambio una posi­
ció n an áloga a la que ocupa la m axim ización de la utilidad en la teoría neoclásica.
Representa la participación del individuo en una realidad social más amplia. Y , de la
misma form a en que las tasas de intercambio entre maxim izadores de la utilidad indi­
vidual dependen de sus preferencias y capacidades, las tasas de intercambio derivadas
d é la ■
división social del trabajo dependen de atributos de la estructura de la produc­
ción en su conjunto. L a integración de los precios en una estructura de producción en
al enfoque clásico se ha interpretado de dos form as diferentes pero relacionadas: la
terrría del valor trabajo y la teoría de los precios de producción.
.‘ i Sm ith, Ricardo y M arx establecieron una relación directa entre la división del tra­
bajo y el precio, argumentando que los precios dependen de las cantidades relativas
de.trabajo social utilizadas en Ja producción de mercancías^ L a reproducción de los
bienes que componen el producto social se considera como un conjunto de «procesos
de trabajo» (M arx, 1967a: cap. 7) relacionados a través de inputs y outputs. L a suma de
los trabajos de los individuos proporciona a la sociedad sus recursos productivos. L a
suma de trabajos debe asignarse a los diferentes procesos que producen los bienes nece-

■trfePara una discusión más completa de la teoría del valor trabajo, ver Meek (1973)
g jj [Nota de los editores] Para visualizar más claramente las posibles interpretaciones de la teoría del valor
. clásica puede ser de utilidad el siguiente esquema sobre la percepción de la leoríadel valorde Adam Smith
y sus futuras implicaciones teóricas, tomado de: Cameron, Cole C.; Edwards, C. Why economías disa-
rí -r gree: Tlie polilical economy of economics. Londres: Logman, 983:38.
Teoría de ia preferencia subjciiva
"(Caps. 3y4)
TC<Jrías del valor
basadas en el trabajo
' S mith TC<Jría del coste de producción
(Caps. 6y7)
David Ricardo
eoría del vatorarabajo -
“ (Cap. 5)
■Teoríadel trabajo abstracta
(Caps. 8 y 9)
154 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

sarios como inputs para la reproducción social. Este marco clásico nos lleva a visuali­
zar un solo depósito de trabajo social, dividido entre tareas particulares y vuelto a reu­
nir por el intercambio. Las proporciones definidas por las necesidades de la reproducción
social, tomadas en su conjunto, determinan las tasas de intercam bio adecuadas. Estas
tasas aseguran que cada productor recibirá, de la venta de su output, un valor suficiente
para renovar sus medios de producción. [ ...]

[ ...] L a teoría del valor trabajo proporciona un vínculo directo entre Ja división del
depósito del trabajo social y el intercambio de m ercancías. Esta teoría, sin embargo,
encuentra varias dificultades analíticas, que han convencido a los economistas moder­
nos inscritos en la tradición clásica de la necesidad de construir una base materialista
para el intercambio utilizando un punto de partida diferente, aunque presente también
en las teorías clásicas: el precio de la producción. Estos autores, en lugar de radicar el
precio en la división de un depósito de trabajo social, lo radican en la especificación
técnica de una estructura de producción5- [ ...]

[ ...]

[ ...] cuando la sociedad produce un excedente, Jos costes de producción (inclu­


yendo el salario de subsistencia) no pueden determinar completamente los precios. E l
margen entre el precio y el coste es el excedente medido en valor y asignado al pro­
ductor com o su beneficio o renta. Para decirlo de otra form a, los precios de las m er­
cancías dependen tanto de su coste (empleo de otras m ercancías e inputs) com o del
beneficio que resulta para su productor, normalmente en relación a los costes. E l pre­
cio de una m ercancía es igual a la suma de sus costes de producción y al excedente
que resulta para el productor com o beneficio.
Esta conclusión tiene una interpretación sorprendente. L o s precios de m ercado, ■
conectados a las instituciones sociales de propiedad y contrato, expresan una realidad
más profunda que comparten con las fonnas de asignación y distribución no de mercado.
Según la visión clásica, todas las sociedades deben reproducirse reproduciendo Ja sub­
sistencia de sus trabajadores, y deben también distribuir su excedente de acuerdo con
los requerimientos de sus instituciones sociales particulares. L o que varía en cada socie­
dad es la form a que adoptan estos procesos. E l m ercado es uno entre m uchos m eca­
nismos sociales para satisfacer una necesidad material de la vida. Esto sign ifica que
lo económ ico (entendido com o el abastecimiento material) existe, exista o no el mer­
cado, y por lo tanto, aunque nuestras actividades económ icas se produzcan en una esfe­
ra separada a la que podemos llamar o no econom ía.

3. L a DISTRIUUCIÓN DE LA RENTA

L a versión de la teoría clásica del valor trazada brevemente en los párrafos anteriores
mantiene el supuesto clásico que el nivel de los salarios depende de la especificación
de los bienes que comprende el nivel de subsistencia. B a jo este supuesto, la magnitud

5. Sraffa (1960) ha analizado la relación entre el precio y la estructura técnica de la producción; ver tam­
bién Walsh y Gram (1980).
ELENFOQUE CLÁSICO 155

del excedente depende de la tecnología, que determina la productividad del trabajo, y


del importe de la subsistencia. El excedente es un tipo de residuo, el importe que queda
una vez se han cubierto los costes de producción. Este excedente es, entonces, el fondo
del cual sale el beneficío y Ja inversión.
L a idea de que los salarios se determinan de esta form a ha perdido credibilidad
desde la publicación de los grandes textos de los econom istas clásicos en el siglo xvm
y principios del x i x . Los teóricos modernos han modificado este elemento de la teoría y,
al hacerlo, han llegado a una conclusión sorprendente.
S i tratamos el salario como una variable y no como una magnitud fija, esto signi­
fica que el sistema de mercado contiene un elemento de indeterminación. L a variabi­
lidad del salario implica la variabilidad del excedente y, por consiguiente, del beneficio
p ra una estructura productiva dada. A s í, dada la productividad del trabajo y la divi­
sión social del trabajo, la distribución del producto entre el trabajo y los propietarios del
capital aún está por determinar.
Sería posible, entonces, considerar la distribución de la renta com o el resultado de
una lucha entre solicitantes que compiten por ella y no com o algo que form a parte de
la estructura de reproducción misma, tal com o planteó originalm ente el m odelo clási­
co. Esta estructura establece límites a la distribución m arcados, por un lado, por el
nivel de beneficio o excedente si el salario fuera cero, y , por el otro, por el nivel del
salario real si el excedente fuera igual a cero. Pero entre estos niVeles, las condiciones
de reproducción no fijan la distribución de la renta.
L a siguiente etapa es identificar a quienes compiten por la renta com o clases socia­
les definidas por su relación con los medios de producción. H acer esto encaja bien en
el espíritu del enfoque clásico. Entonces, la distribución de la renta se convierte en una
materia de lucha entre clases sociales por el producto del trabajo.
L a atención a esta lucha lleva a Ja econom ía política a un terreno diferente al des­
tacado en la primera sección de este capítulo. A llí, la representación de la econom ía
política en e l sentido clásico se refería al estudio de la capacidad de la econom ía de
.■
automantenerse. L o económ ico nos lleva a una realidad institucional, el mercado; lo
político nos lleva al Estado, también una realidad institucional. L a economía política se
centra en la ló gica de la relación entre estas dos instituciones. E l tema de la separabi-
lidad es fundamental.
Cuando pasamos al terreno de la lucha entre clases sociales por la distribución de
la renta, la idea de qué es la econom ía política cam bia. A q u í lo económico no es pri­
meramente un ámbito, la econom ía; es el proceso de reproducción material de bienes
y de aprovisionamiento de necesidades. L o político nos lleva primeramente no al Estado,
sino a la configuración de las clases sociales y las relaciones de clase. M aurice Dobb
(1936) puso un énfasis especial en esta interpretación de lo político en Ja econom ía
política clásica.
Evidentemente, se puede plantear una cuestión sobre en qué sentido Ja interrela­
ción de clases puede ser la dim ensión p olítica. D e hecho, en las aportaciones más
recientes de aquellos influidos por el modelo clásico, el elemento explícitam ente polí­
tico raramente aparece de manera sistemática. E l tema se deja colgado.
En muchos casos, la identificación de lo político con las relaciones de clase es más
una alusión a un debate que un debate en sí. E n el capítulo 3, sobre el enfoque mar-
xiano, veremos cómo puede desarrollarse este debate. De hecho, el problema plantea-
~7t

156 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

do aquí no puede sino guiarnos hacia la teoría m arxiana com o heredera de la clásica.
D e momento, sólo plantearemos el tema e identificaremos sus raíces clásicas: el senti­
do en que depende de la teoría clásica y e l momento en el que va más allá de esa teoría
E s sorprendente que los economistas más próximos a la escuela clásica en su marco
analítico, utilicen este marco para apoyar un enfoque de la economía política muy dife­
rente al de los economistas clásicos. Este fu e el método de M arx. É l examinó el marco
analítico de la economía política clásica y lo utilizó para llegar a conclusiones radica­
les, im plícitas seguramente en ese marco, pero muy alejadas de las intenciones y del
espíritu de los economistas clásicos.
Para nosotros, una de las dimensiones del cam bio tiene una importancia especial.
Los economistas clásicos utilizaron su m arco para defender la separatividad de la eco­
nomía. L o s economistas modernos influenciados por ese marco analítico lo utilizan
tan frecuentemente para minar esta separación com o para apoyarla. En sus trabajos, la ■
dimensión política identificada con la distribución de clase de la renta form a parte del
propio m ecanismo de mercado.
Tal com o hemos visto, la magnitud y distribución del excedente está relacionada con 111
la determinación de los precios de las m ercancías. Cuando esta magnitud y distribu­ '■I!
ción dependen de la lucha entre grupos sociales, la economía no está lógicamente sepa" ■
rada del sistema político. P o r lo tanto, hay m ucho en juego en la afirm ación de que la:
'distribución de la renta depende del conflicto de clases y que la lucha de clases es u n
proceso político y no económ ico.
En consecuencia, e l pensamiento moderno tiende a invertir la dirección del m o v i-.
miento asociado a los econom istas clásicos. D onde los economistas clásicos alzaron':
a lo económ ico a un nivel preeminente, algunos economistas modernos han utilizado ■
el marco clásico para erosionar la separación de la econom ía y elevar la lucha política:
a la preeminencia en el ámbito económ ico.
H ay que m encionar que esto sólo es así para un grupo de econom istas clásicos1:
modernos. Otros utilizan el enfoque clásico del valor y la distribución sin tratar e l p ro -
biem a de la distribución entre clases com o parte de la lucha, patente o abiertamente':
política (ver Robinson, 1962). E l enfoque clásico también se ha fundido con percep::
ciones keynesianas para producir una teoría moderna con un toque clásico no orienta^:
da a la politización de la econom ía.
M uchos caminos salen de la econom ía política clásica. Los principales que estu­
diaremos seguidamente s o n e l marxiano, e l neoclásico y e l keynesiano. Cada uno trata'
losproblem as de la separabilidad de la econom ía de forma diferente, y despliega nocio­
nes diferentes de lo económ ico y de lo político, combinándolos de fo n nas que llevan ■
a diferentes enfoques de la econom ía política.

B ib l i o g r a f í a

AvINERI, Shlomo. (1972). Hegel's Tlteory ofthe Modem State. Cambridge: Cambridge Universily .■
T
Pres s. .
DASGUl'TA, A . K . (1985). Epochs ofEconomic Theory. Nueva York: Basil BSackwell.
D obb , Maurice. (1936). Political Economy and Capitalism. Londres: Routledge. 1973.
FERGUSON, Adam. (1773). An Essay 011the History of Civil Society. Londres.
EL ENFOQUE CLÁSICO 157

H egel , G . W .F . [1821] (1952). Hegel's Philosophy ofRight. Traducción deT. M . Knox. Oxford:
Oxford University Press.
M a r x , Karl. [1867) (1967a). Capital, vol. J. Nueva York: lntemational Publishers.
— . [1894] (l967b) Capital, vol. Ill. Nueva York: lntemational Publishers.
MEKK, Ronald L . (1973). Studies in the Labour Theoiy ofValue, 2' ed. Londres: Lawrence and
Wishart.
PELCZYNSKI, Z . A . (1984). The State and Civil Society. Cambridge: Cambridge University Press.
PoEANY], Karl. (1957). «Arisíotle Discovers the Economy». En: K . Polanyi, C . Arensber,
t). H . Pearson (eds). Trade and Market in the Early Empíres. Chicago: Gateway Editions.
í;; R icardo , David. [1821] (1951). The Principies ofPolitical Ecorwmy and Taxation. En: Works
; : and Correspondence of David Ricardo, vol. I, ed. P. Sraffa. Cambridge: Cambridge University
lo ) ' Pres s.
H R ob INSOn , Joan. (1962). Essaysín the Theory ofEconomic Growth. Nueva York: St. Martin’s.
R 0LL, Eric. (1953). A History ofEconomic Thought. Englewood C liffs, N . J.: Prentice-Hall.
pjSMrrH, Adam. [1776] (1937). The Wealth ofNations. Nueva York: Modem Library.
0; ' SowELL, Thomas. (1972). Say'sLaw. Princeton, N. J.: Princeton University Press.
; ; -I SteuarT, [Sir] James. [17671 (1966). An fiquiry into the Principies ofPolitical Economy.
O;:-:. Edimburgo: Oliver and Boyd.
ÍOOWa lsh , Vivian; H a r v ey Gram. (1980). Classical and Neoclassical Theories of General
¥ :] Equilibrium. NuevaYork: Oxford University Press.
\VE!NTRAUB, E. Roy. (1979). Microfoundatiois. Cambridge: Cambridge University Press.

te ■

S il
CRITICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA 159-177

L a s p r e c o n c e p c i o n e s d e l o s e c o n o m i s t a s c l á s ic o s *
T h o r s t e in V e b le n

flil

: La historia recoge instancias más frecuentes y más espectaculares del triunfo de las
instituciones imbéciles sobre Ja vida y la cultura que de las de los pueblos que, por
$ L i;: fuerza del instinto, se han salvado a sí mismos de una situación desesperada frente a
instituciones precarias, tales como, por ejemplo, las que enfrentan ahora a los pue-
, blos de la Cristiandad. (\feblen, The Instinct of workmanship and the state of the

' ■ industrial arts, 1914)

illiíc lin a c ió n animísta de Adam Sm ith se afirm a de fo rm a m ás clara y efectiva en la


: I S e n c i a general y en el objetivo de su discusión que en los detalles de la teoría. «L a
I S r a L a riqueza de las naciones de A d am Sm ith es, de h ech o, en la m edida en que
tiene una única finalidad, una reivindicación de la ley inconsciente presente en las dis­
ientas acciones de los hombres cuando estas acciones están dirigidas por un fuerte moti­
vo personal». 1Tanto en L a teoría de los sentimientos morales com o en L a riqueza de
Has<naciones hay muchos pasajes que demuestran su inalterable convicción de que exis­
te una 'tendencia saludable en el curso natural de las cosas, y el tono optimista que le
taracteriza cuando habla en favor de la libertad natural no es sino una expresión de
íestaponvicción. U n recurso extremo a esta base animista se halla en su alegato en favor
rclela'Jibertad de inversión2.
" E n la proposición que afirm a que los hombres «están guiados por una mano invi­
sible», Sm ith no recurre a una providencia entrometida que quiere corregir los asuntos
humanos cuando éstos se hallan en peligro de torcerse. C o n cibe al Creador como sien­
do rnuy comedido en materia de interferencia en el curso natural de las cosas. El Creador
íha establecido el orden natural para servir los fines del bienestar humano; y ha adapta­
ndo muy bien las causas eficientes comprendidas en el orden natural, incluyendo los obje-
itiYpsy los m otivos humanos, a este trabajo que tienen que efectuar. L a guía de la mano

* Publicado en: Veblen, Thorsleín. «The preconceptions of the classical economisls», En: Lcrner, Max
1: '%(ed,). The portable Veblen. NuevaYork VikingPress, 1948, p. 241-274. Traducción: Bcatriu Krayenbühl.
1. Bonar, Philosohy and Polltical Economy, p. 177, 178.
2. «Todo individuo se esfuerza continuamente por encontrar Ja utilización más venlajosa de todo capital
ifeyideS que pueda disponer. Es su propio beneficio y no el de la sociedad el quetiene presente. Pero el estu-
¿L:. dio de su beneficio le lleva, naturalmente, o más bien necesariamente, a preferir aquel uso que resulte
, más beneficioso para Ja sociedad [...]. Al dirigir este esfuerzo de tal manera que su producto tenga un
ir' valor máximo, intenta únicamente su propia ganancia. Y en esto está dirigido, como en muchos otros
casos, por una mano invisible para favorecer un fin que no formaba parte de su intención. Ni tampoco
resulta ser siempre ío peor para la sociedad que no sea parte de ello. Al perseguir su propio interés, fre-
. OKntemente favorece el de Ja sociedad de modo más efectivo que cuando realmente se propone hacer-
if:.:.:..: lo» La riqueza de las naciones, Libro IV, cap. 2.
160 CRÍTICAA LAECONOMÍA ORTODOXA

invisible tiene lugar, no por vía de interposición, sino a través de un amplio plan de ele- M
mentos diseñados para ello desde su origen. A efectos de la teoría económica, se concibe íff
que el hombre es consistentemente egoísta; pero este hombre económ ico es parte del í;:|
mecanismo de la naturaleza y su actividad egoísta no es sino una manera a través de la
cual, en el curso natural de las cosas, se logra el bienestar general. El plan en su co n ­
junto está guiado por la finalidad a alcanzar, pero la secuencia de acontecimientos a tra­
vés de las cuales se alcanza el objetivo es una secuencia causal que no se ve interrumpida
de form a episódica. E l trabajo benévolo de guía se efectuó creando primero un inge­
nioso mecanismo de fuerzas y motivos capaz de conseguir un resultado programado, y
no queda nada m ás que la fuerza permanente de una tendencia establecida para forzarel
propósito divino mediante el curso natural de las cosas.
L a secuencia de acontecimientos, incluyendo los m otivos humanos y la conducta
humana, es una secuencia causal; pero es también algo más o, más bien, existe tam­
bién otro factor de continuidad además del de la pura causa y efecto, presentes inclu­
so en e l proceso gradual por el cual el curso natural de las cosas alcanza su fin último.
L a presencia de este elemento, casi espiritual o no causal, resulta evidente a partir de
dos (presuntos) hechos. l) E l curso de las cosas puede verse desviado de la línea direc­
ta de logro del bienestar humano que constituye su fin legítim o. L a tendencia natural
de las cosas puede ser dominada por una coyuntura adversa de causas. E xiste una dis­
tinción, a menudo penosamente real y continua,,entre el curso legítim o de las cosas y
el observado. Si por «natural», según la utilización del término por Adam Sm ith, se
entendiese necesario en el sentido de casualmente determinado, entonces no sena posi­
ble ninguna divergencia de los acontecimientos del curso natural o legítimo d e la cosas. í
Si el m ecanismo de la naturaleza, incluyendo al ser humano, fuese un dispositivo mecá­
nicamente diseñado para alcanzar el propósito del gran artífice, entonces no podrían
existir estos episodios de alejamiento torpe y contum az del cam ino directo que Adam
Sm ith halla en casi todos los órdenes existentes. Los hechos institucionales serían pues
«naturales»3. 2) Si las cosas resultan mal, se corregirán por sí mism as si cesa la inter- 11
ferencia con el curso natural; en cam bio, en el caso de que se trate simplemente de una '
secuencia cau sa l, la mera suspensión de la interferencia no dejará el resultado igual
que si no hubiese tenido lugar interferencia alguna. Este poder de recuperarse de la
naturaleza tiene un carácter extramecánico. L a continuidad de la secuencia por la cual ' "v
prevalece el curso natural de las cosas no es, por lo tanto, de carácter de causa y efec­
to puesto que salva los intervalos y las interrupciones de la secuencia causalL L a uli- ■■
lización d eA dam Smith del término «real» en afirmaciones teóricas -co m o , por ejemplo,
«valor real», «precio real»5- es una evidencia en este sentido. Norm alm ente, «natu- 3
5
4

3. La discrepancia entre Sa situación real, causalmcntc determinada, y el logro de aquello deseado por la
divinidad constituye la base metafísica de toda !a orientación de moralidad y política ilustrada que cons­
tituye una parte tan importante del trabajo de Adam Smith. Evidentemente, lo mismo es cierto para
todos los moralistas y reformadores que parten del supuesto de un orden providencial.
4. «Sin embargo, en el cuerpo político, la sabiduría de la naturaleza ha hecho afortunadamente una amplia
provisión para remediar muchos delos efectos negativos dela locura y la injusticia del hombre; dela
misma manera en que lo ha hecho en ei organismo natural.para curar a aquellos de su pereza y falta de
moderación» La riqueza de las naciones, Libro IV, cap. 9.
5. Por ejemplo, «la medida real del valor intercambiable de todos los productos», La riqueza de las nado-
lies, Libro !, cap. 5, repetidamente en aspectos similares. "S
LAS PRECONCEPCIONES DE LOS ECONOMISTAS CLÁSICOS 161

r a » tiene el mismo significado que «real» a este respecto6. Tanto «natural» como «real»
se sitúan por contraste con presente; y, en la interpretación de Adam Sm ith, los dos tie-
ne¡n una substancialidad distinta de, y superior a, los hechos. Esta visión implica una dis­
tinción entre realidad y hecho, que sobrevive bajo una form a debilitada en las teorías
de precios, salarios, beneficios y costes «normales» de los sucesores de Adam Sm ith.
E sta inclin ación anim ista parece im pregnar la prim era de sus dos obras monu­
mentales en un grado m ayor que la segunda. E n Sentimientos m orales se recurre al
fundamento teleológico del orden natural más libremente y , de fo rm a perceptible, con
mayor insistencia. Parece haber motivo para sostener que la preconcepción animista
se debilitó o por lo menos que pasó más bien a un segundo plano a medida que avan­
zaba su posterior trabajo de reflexion e investigación. E l cam bio se m anifiesta tam­
bién en algunos detalles de su teoría económ ic , tal com o la expuso por primera vez
en Lecturas y desarrolló más tarde de form a más com pleta en L a riqueza de las nacio­
nes. A s í, por ejem plo, en la primera presentación del tema, «la división del trabajo es
la causa inm ediata de la opulencia»; y esta división del trabajo, que es la condición
principal del bienestar económ ico, «surge de una inclinación directa de la naturaleza
humana hacia el trueque entre unos y otros»7, L a «propensión» en cuestión se presen­
.ta com o un don natural otorgado al hombre con miras al bienestar de la sociedad huma­
na y no se intenta ofrecer ninguna otra explicación sobre cómo el hombre la posee.
N o se ofrece ninguna explicación causal de su presencia o su naturaleza. Pero la sec­
ción correspondiente en L a riqueza de las naciones trata la cuestión de forma más pru­
d e n te 8. S e podrían comparar otros pasajes paralelos con los m ism os resultados. L a
mano invisible se ha alej'ado del alcance de la visión humana.
Sin embargo, estas y otras expresiones derivadas de un sincero optimismo no debie-
r n ser consideradas quizás com o características integrales de la teoría económ ica de
|A dam Sm ith, o que hayan afectado seriamente la naturaleza de su trabajo com o eco­
nom ista. Son expresiones de sus opiniones filosóficas y teológicas generales que resul­
t a n significativas para nuestros propósitos, sobre todo en tanto que evidencias de una
in clin ació n animista y optimista. Contribuyen a mostrar cuál es e l concepto de finali­
d a d de Adam Sm ith - l a base en la que convergen todas sus reflexiones sobre los asun­
tos h u m a n o s-; pero no m uestra en grado sig n ifica tiv o alguno la predisposición
teleológica que guía la form ulación en detalle de su teoría económ ica.

; 6.7; Por ejemplo, Libro 1, cap. 7: «Cuando el precio de cualquier mercancía no es ni más ni menos que lo
■ i1:;<■ necesario para pagar la rema de la tierra, los salarios del trabajo y los beneficios del capital empleado
'iti: en producirla, prepararla y ponerla en el mercado, de acuerdo con sus tasas naturales, la mercancía se
7 vende al precio que se podría llamar su precio natural». «El precio real al cual todo producto se vende
jv normalmente se llama precio de mercado. Puede estar por encima o por debajo o puede ser exacta­
mente el mismo que su precio natural».
7. Lectures, de Adam Srnith (Ed. Cnnnan, 1896), p. 169.
8., «Estadivisión del trabajo, de la cual se derivan tantos beneficios, originariamente no es el efecto de la
sabiduría humana que prevé y se propone la opulencia general a la cual da lugar. Es la consecuencia
’ : necesaria, aunque muy lenta y gradual, de una cierta propensión de la naturaleza humana que no tiene
en consideración ninguna utilidad tan amplia como ésta -la propensión a cambiar, trocar e intercam­
biar una cosa por otra-. Si tal propensión es uno de aquellos principios originarios de la naturaleza
7■ . humana de los cuales no se puede proporcionar ninguna explicación adicional, o si, como parece más
probable, es la consecuencia necesaria de las facultades de la razón y el lenguaje, no corresponde a
nuestro tema actual investigarlo». La riqueza de las naciones, Libro I, cap. 2.
162 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

E l impacto de la predisposición teleológica se puede observar m ejor en e l trato


más detallado que Smith da a los fenómenos económ icos -e n su discusión de lo que
se podría llam ar de form a im precisa las instituciones e co n ó m icas- y en los criterios
y principios de procedimiento mediante los cuales se guía para incorporar estas carac­
terísticas de la vida económ ica a la estructura general de su teoría. U n ejem plo acer­
tado, aunque quizás no el más evidente, lo proporciona la discusión sobre el «precio
real y nom inal» y sobre el «precio natural y el de m ercado» de los productos, a los
cuales nos referíam os antes9 E l precio «real» de los productos es su valor en térmi­
nos de vida hum ana. En este punto Sm ith difiere de Jos fisiócratas, para los cuales
las condiciones últim as de valor se desprenden de la sustancia humana, considerada
como un producto del funcionam iento de la naturaleza; hallándose la causa de la dife­
rencia en el hecho de que los fisiócratas concebían que el orden natural que conduce
ai bienestar material del ser humano abarca sólo el entorno no humano, mientras que
Adam Sm ith inclu ye al hom bre dentro de este concepto del orden natural e incluso,
lo convierte en la fig u ra central del proceso de producción. Segú n los fisiócratas, la
producción es obra de la naturaleza; según Adam Sm ith , se trata de la obra del hom ­
bre y la naturaleza, con el hombre en el primer plano. Por lo tanto, para A d am Sm ith
el trabajo es la condición últim a de valorizacion. Este valor «real» de los productos
es el valor imputado a éstos por el econom ista bajo la presión de su preconcepción
1 teleológica. Tiene poco lugar, si tiene alguno, en los acontecim ientos económ icos y
no influye en los asuntos hum anos, aparte de la influencia sentim ental que tal pre­
concepción a favor de un «valor real» de las cosas pueda ejercer sobre las nociones
de los seres humanos sobre cu ál es la dirección buena y equitativa que deben seguir
en sus transacciones. Resulta im posible medir este valor real de las m ercancías; no
se puede m edir o expresar en térm inos concretos. Y , sin em bargo , si el trabajo se
intercambia por una cantidad diversa de bienes, «es el valor de éstos el que v aría, no
el del trabajo que los adquiere»9
10^ L o s valores que en la práctica asignan los hom ­
bres a las m ercancías se conciben com o siendo determinados sin considerar el valor
real que A d am Sm ith imputa a los bienes; pero, en todo esto, el hecho substancial
respecto a estos valores de m ercado es su presunta aproxim ación a los valores rea­
les teleológicam ente imputados a los bienes guiados por leyes naturales inviolables.
E l valor real, o natural, de los artículos no guarda una relación causal con el valor por
el cual se intercambian. L a discusión sobre de qué manera se determinan los valores
en la práctica versa sobre los motivos de los compradores y vendedores, y la ventaja rela­
tiva de la que disfrutan las partes en la tran sacció n ^ S e trata de una discusión sobre
un proceso de valoración que guarda bastante poca relación con el precio «real», o
«natural», de las cosas, así com o con los fundamentos a partir de los cuales se m an­
tiene que las cosas se expresan por su precio real o natural; y, sin em bargo, cuando el
com plejo proceso de valoración se ha com pletado en térm inos de m otivos humanos
y exigencias del m ercado, A d am Sm íth siente que solamente ha despejado el terreno.
Se vuelve entonces al im portante tema de justificar teóricamente el valor y el precio,

9. la riqueza de las naciones, Libro J, capítulos 5-7.


10. la riqueza de las naciones, Libro J, cap. 5. '
l I. Como, por ejemplo, la discusión completa sobre Ja determinación de salarios, beneficios y rentas en el
Libro I, capítulos 8-l l.
LAS PRECONCEPC1ONES DE LOS ECONOMISTAS CLÁSICOS 163

y en hacer que los hechos observados se articulen con su teoría teleológica d e la vida
econ óm ica1^
L a utilizacion de las palabras «ordinario» y «medio» a este respecto no debe tomar­
se dem asiado rigurosam ente. E l contexto deja claro que la igualdad que frecuente­
mente subsiste entre las tarifas ordinarias o medias y las tarifas naturales es una cuestión
de coincidencia, no de identidad. N o sólo hay desviaciones temporales, sino que puede
existir una divergencia permanente entre el precio ordinario y el precio natural de un pro­
ducto; tal com o sucede en el caso de un monopolio o de un producto agrícola cultiva­
do en circunstancias peculiares de suelo o de clim a1
13.
2
E l precio natural coincide con el precio que la competencia establece, ya que la com­
petencia significa el ju ego libre de obstáculos y trabas de aquellas fuerzas eficientes a
través de las cuales e l mecanismo finamente ajustado de la naturaleza com pleta el dise­
ño para el que se ideó. E l precio natural se alcanza a través de la libre interacción de los
factores de producción y es en sí mismo un resultado de la producción. L a naturaleza,
incluyendo el factor hum ano, actúa para fabricar los bienes; y e l valor natural de los
bienes es su valoración desde el punto de vista de este proceso productivo de la natura­
leza. E l valor natural es una categoría de la producción; mientras que, de forma notoria,
el valor de cam bio o el precio del mercado es una categoría de la distribución. Y el trato
teórico queAdam Smith da al precio del mercado tiene como objetivo mostrar como los
deseos y las necesidades humanas que operan en el mercado producen un resultado en con­
sonancia con las leyes naturales que se concibe que rigen la producción.
E l precio natural es un resultado com puesto por la m ezcla de las tres «partes que
componen el precio de los productos» - lo s salarios naturales d el trabajador, los bene­
ficio s naturales del capital y la renta de la tierra-; y cada uno de estos tres com po­
nentes es a su v ez la m edida de! efecto productivo del factor al cu al pertenece. L a
discusión com plem entaria sobre la participacion en la distribución intenta explicar
los hechos de la distribución sobre la base d e la productividad de los factores que se
considera com parten el producto entre e llo s. Es decir, la preconcepción de A d am
Sm ith de un proceso productivo natural com o la base de su teoría económ ica domina
sus objetivos y su procedimiento cuando trata los fenómenos que no se pueden expli­
car en términos de producción. L a secuencia causal del proceso de distribución, según
el propio A d am Sm ith muestra, no guarda relación con la secuencia causal del pro­
ceso de producción; pero, puesto que este últim o es el hecho substancial, tal com o se
considera desde el punto de vista del orden natural teleoló gico, se debe exp licar el

12. «Existe en toda sociedad o vecindario una tasa normal o medía tanto en Jos salarios como en los bene­
ficios en cada uso distinto del trabajo y del capital. Esta tasa se regula de fonna natural, [ ...] en parte por
las circunstancias generales de la sociedad [ ...] . D el mismo modo existe en toda sociedad o vecindario
una tasa de renta nonnal o media, que también está regulada [ ...] . Estas tasas ordinarias o medias pue­
den llamarse tasas naturales de salarios, beneficio y rentas, en el tiempo y lugar en que comúnmente
imperan. Cuando el precio de una mercancía cualquiera no es ni más ni menos que lo suficiente para pagar
la renta de la tierra, los salarios del trabajo y los beneficios del capital empleado en producirla, prepa­
rarla y traerla al mercado, conforme a sus tarifas naturales, el producto se vende por lo que se puede
llamar su precio natural.» La riq u e za d e las n a cio n e s, Libro I, cap. 7.
13. «Tales mercancías pueden seguir vendiéndose durante siglos enteros a este alto precio; y aquella parte
de éste que se convierte en la renta de la tierra es, en este caso, la parte que se paga generalmente por
encima de su tasa natural.» Libro 1, cap. 7.
164 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

primero en términos del últim o, antes de que el sentido de la substancialidad, o «rea­


lidad» en Adam Sm ith, se haya satisfecho. A lg o sim ilar se puede observar, evidente- i
mente, en los fisiócratas y en Cantillon. Equivale a una ampliación de la preconcepción i
de los derechos naturales a la teoría económ ica. L a discusión de Adam Sm ith sobre
la distribución com o una función de la productividad puede seguirse en detalle a tra- j
vés de su tratamiento de los salarios, beneficios y rentas; pero puesto que el objetivo
aquí es sólo llevar a cabo una breve caracterización, y no una exposición, no conli- ]
nuaremos en este punto. j;
Sin embargo, vale la pena apuntar otra línea de influencia junto al predominio de ■j
la preconcepción teleológica en A d am Sm ith. S e trata de la norm alización de datos, j
con objeto de ponerlos en consonancia con su aproximación al supuesto fin natural de j
la v id a económica y el desarrollo. El resultado de esta normalización de los datos es,p o r 1
un lado, la utilización de lo que Jam es Steuart llam a «historia conyuntural» al tratar
de las etapas anteriores de la vida económ ica y, por el otro, una exposición de fenó­
menos actuales, más en términos de lo que legítim am ente debería suceder según los
objetivos de la vida dados por D ios, que en términos de observación no m anipulada.
Se tienen en cuenta los hechos (supuestos u observados) ostensiblemente en términos
de secuencia causal, pero la secuencia causal imputada se construye para seguir la línea
de la legitim idad teleológica.
U n ejem plo conocido de esta «historia conyuntural», en form a alta y eficazm ente
normalizada, es la explicación de «aquel estado de la sociedad temprano y rudo que .
precedió tanto a la acumulación de capital com o a la apropiación de la tierra»1! Resulta :
innecesario observar hoy que este «estado temprano y rudo» en el cual «el producto
total del trabajo pertenece al trabajador» es en conjunto un producto de la im agina­
ción. Toda la narración, desde el origen hacia adelante, no es sólo hipotética sino que .
es una mera presentación esquemática de lo que hubiera debido ser el desarrollo en el '.
pasado para llegar a la situación económica ideal que respondería perfectamente a la pre- :
concepción de A d am Sm ith 1! C u an do la narrativa se acerca a los hechos recientes
conocidos, la norm alización de los datos se vuelve más d ifíc il y recibe una atención .
más detallada; pero el cambio en el método es más un cam bio de grado que un cam bio y
de naturaleza. E n el «estado temprano y rudo», la coincidencia del curso «natural» y real
de los acontecimientos es inmediata y directa, ya que no existen datos contrarios dis­
ponibles; pero en las etapas posteriores y en la situación presente, que abunda en hechos
contraríos, la coordinación resulta difícil y la coincidencia sólo puede mostrarse median­
te una abstracción libre a partir de fenómenos que son irrelevantes para la tendencia
teleológica y mediante una laboriosa interpretación del resto. L o s hechos de la vida
moderna son intrincados y se prestan a su expresión en los términos de la teoría sólo des­
pués de haber sido sometidos a una «crítica más severa».
E l capítulo «D el origen y uso del dinero»1
16es una explicación elegantem ente nor­
5
1
4
m alizada del origen y la naturaleza de una institución econ óm ica, y la discusión de

14. La riqueza de las naciones, Libro I, cap. 6; también cap. 8.


15. Para un ejemplo decómo aparecen estas fases tempranas del desarrollo industrial cuando no son per-
cíbidas a la luz de la preconcepción de Adam Smith, ver, entre otros, Bücher, Enisielwng dcr
\.blkvirtsckaf¡.
16. Libro L cap. IV.
LAS PRECONCEPCIONES DE LOS ECONOMISTAS CLÁSICOS 165

A d a m S m it h s o b r e e l d in e r o s e d e s a r r o lla en la s m is m a s lín e a s . E l o r ig e n d e l d in e r o
s e fo r m u la e n té r m in o s d e l o b je t iv o p a r a e l cu a l e l d in e ro p o d r ía s e r v ir le g ítim a m e n te
en u n a c o m u n id a d q u e A d a m S m it h c o n s id e r a b a ju s ta y b u e n a , y n o e n té r m in o s d e
m o tiv o s y e x ig e n c ia s q u e h an resu lta d o en la u tiliz a c ió n d e l d in ero y en la g r a d u a l a p a ­
r ic ió n d e l m é to d o e x is te n te d e p a g o s y cu e n ta s. E l d in e ro e s « la g ra n r u e d a d e la c ir ­
c u la c ió n » q u e e fe c tú a la tr a n s fe r e n c ia d e b ie n e s e n lo s p r o c e s o s d e p r o d u c c ió n y e n la
d is tr ib u c ió n d e Jo s b ie n e s a c a b a d o s a lo s c o n s u m id o r e s . S e tr a ta m á s d e u n ó r g a n o d e l
b ie n e s ta r c o m ú n q u e d e u n r e c u r s o d e c o n t a b ilid a d y u n d e p ó s ito c o n v e n c io n a l d e
r iq u e z a .
Q u i z á r e s u lte s u p e r flu o o b s e r v a r q u e p a ra e l « h o m b r e s e n c illo )) q u e n o s e p r e o c u ­
p a p o r e l « c u r s o n a tu ra l d e la s c o s a s » e n u n a G e l d w i r t s c h f t c o n s u m a d a , e l d in e r o q u e
p a s a p o r s u s m a n o s n o e s u n a « g r a n r u ed a d e la c ir c u la c ió n » . P a r a e l s a m o y e d o * , p o r
e je m p lo , e l r e n o q u e le s ir v e c o m o u n id a d d e v a lo r e s r iq u e z a e n la fo r m a m á s c o n ­
creta y ta n g ib le p o s ib le . L o m is m o o cu rre en gran parte c o n la m o n e d a o in c lu s o c o n lo s
b ille te s d e b a n c o d e a c u e r d o c o n la p e rc e p c ió n a c tu a l d e la g e n te s e n c illa . Y , s in e m b a r­
g o , será e n té n n in o s d e lo s hábitos y las co n d icio n e s d e v id a d e estas « p crs o n a s s en cillas»
en lo s q u e s e d e b e rá e x p lic a r e l d esarro llo d e l din ero si s e v a a p rese n ta r en térm in o s d e
c a u s a y e f e c to .
L o s p o c o s y d is p e r s o s p a s a je s y a c ita d o s p u e d e n s e r v ir p a r a ilu s tr a r d e q u é fo r m a
la in c lin a c ió n a n im is ta o t e le o ló g ic a d e A d a m S m it h c o n fig u r a la e s tr u c tu r a g e n e r a l d e
su te o r ía y le d a s u c o n s is t e n c ia . E l p r in c ip io d e fo r m u la c ió n d e f in it iv a d e l c o n o c i­
m ie n to e c o n ó m ic o d e A d a m S m it h !o p r o p o r c io n a un o b je t iv o q u e n o e n tra e n a b s o ­
lu to d e fo r m a c a u s a l e n e l p r o c e s o d e la v id a e c o n ó m ic a q u e é l in ten ta c o n o c e r . E s t e
o b je t iv o o fin a lid a d fo r m a t iv a o n o rm a tiv a n o s e c o n c ib e lib r e m e n te c o m o to m a n d o
p a r te en c a lid a d d e a g e n t e e f ic ie n t e e n lo s a c o n te c im ie n to s d is c u tid o s o q u e e s tá d e
a lg u n a m a n e r a p re se n te d e fo r m a c o n s c ie n t e e n e l p r o c e s o , A p e n a s s e le p u e d e c o n s i­
d e ra r c o m o u n a g e n te a n im is t a q u e to m a p arte-en e l p r o c e s o . A p r u e b a e l cu rs o d e la s
c o s a s y d a le g it im id a d y s u b s ta n c ia a la s e c u e n c ia d e a c o n te c im ie n to s e n la m e d id a en
qu e e s ta s e c u e n c ia s e p u e d a a ju s ta r a los r e q u is ito s d e l fin a tr ib u id o . P o r lo tan to, s ó lo
tie n e u na fu e r z a c e r e m o n ia l o s im b ó lic a y c o n fie r e a la d is c u s ió n u n a c a p a c id a d c e r e ­
m o n ia l; in c lu s o lo s e c o n o m is t a s q u e h a n estado b a s ta n te d e a cu e rd o co n A d a m S m it h
e n l o q u e r e s p e c ta a l fin le g ít im o d e la v id a e c o n ó m ic a h an a c e p ta d o e s t a c o n s is te n c ia
c e r e m o n ia l, o c o n s is t e n c ia d e j u r e , a m u c h o s e fe c to s c o m o la fo r m u la c ió n d e u n a c o n ­
tin u id a d c a u s a l e n l o s fe n ó m e n o s q u e h a s id o in te rp re ta d a en su s té r m in o s . L a s e lu c u ­
b r a c io n e s r e s p e c to a lo q u e d e b e r ía o cu r r ir n o rm a lm e n te , c o m o u n te m a d e n e c e s id a d
c e r e m o n ia l, h a n lle g a d o a s e r c o n s id e r a d a s c o m o u n a e x p lic a c ió n d e c u e s t io n e s d e
h ech o.
P e r o t a l c o m o y a se h a d e s ta c a d o , en la e x p o s ic ió n d e la te o r ía d e A d a m S m ith h a y
m u c h o m á s q u e u n a fo r m u la c ió n d e lo q u e d e b e r ía s e r . U n a g r a n p a r te d e l p r o g r e s o
q u e é s te c o n s ig u ió s o b r e s u s p r e d e c e s o re s c o n s is te en u n e x a m e n m á s a m p lio y c o n ­
c ie n z u d o d e lo s h e c h o s y en u n a b ú s q u e d a m á s c o n s is te n te d e la c o n tin u id a d c a u s a l
d e lo s h e c h o s tra ta d o s. S i n d u d a a lg u n a , su su p e r io r id a d re s p e c to a lo s fis ió c r a ta s , a q u e ­
lla c a r a c te r ís tic a d e s u tr a b a jo e n v ir tu d d e l a c u a l lo s s u b s titu y ó e n e l d e s a r r o llo d e la
c ie n c ia e c o n ó m ic a , s e h a lla e n c ie r ta m e d id a e n su re cu rs o a u n c o n c e p to d e n o r m a li-

* Ciudadano de Samoya como ejemplo de sociedad primitiva [nota de los editores].


166 CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

dad diferente, más moderna -u n concepto más en consonancia con el conjunto de pre­
concepciones más en voga en las generaciones posteriores-. E s un cambio del punto de
vista a partir del cual se tratan los hechos; pero en gran medida consiste en una subs­
titución del viejo sistema de preconcepciones por uno nuevo, o en una nueva adapta­
ción del antiguo concepto de finalidad, más que en una elim inación de toda norma de
valuación m etafísica o animista. E n Adam Sm ith, com o sucede en los fisiócratas, la
cuestión fundamental, la respuesta a Ja cual proporciona el punto de partida y la norma
de procedimiento, es una cuestión de substancialidad o de «realidad» económ ica. Co n
ambas, la respuesta a esta pregunta se da ingenuamente, como un resultado de senti­
....:i
do com ún. Ninguna de las dos se ve dificultada por dudas respecto a este resultado del ■ JÍ
sentido com ún o por necesidad alguna de exam inarlo. Para los fisiócratas, esta base
substancial de la realidad económ ica es el proceso nutritivo de la naturaleza. P araA dam
Sm ith, lo es el trabajo. Su realidad presenta la ventaja de ser el resultado del sentido w
común de una com unidad más moderna, de una que se ha mantenido en vigor más
generalm ente y en mayor consonancia con los hechos de la industria m oderna. L o s
fisiócratas deben su preconcepción de la productividad de la naturaleza a los hábitos
de pensamiento de una com unidad en cuya vida económ ica el fenóm eno predominan­ íl p í
te era el propietario de la tierra agrícola. Adam Sm ith debe su preconcepción a favor del mi
'MUI!
trabajo a una comunidad en la cual la característica económ ica prominente del pasa­
do inmediato era la artesanía y la agricultura, siendo el com ercio un fenóm eno apenas ai#i
secundario. 1S!
En la medida en que las teorías económ icas de A d am Sm ith son una búsqueda de
la secuencia causal de los fenóm enos económ icos, seelaboran en los términos pro­ ■ m-
porcionados por éstas dos direcciones principales de Ja actividad humana - e l esfuer­ Ü
zo humano dirigido a la configuración de los m edios de vida materiales, y el esfuerzo
y los deseos humanos dirigidos a una ganano:ia pecuniaria-. L a primera es la gran fuer­
za productiva substancial; la segunda no es inmediatamente o aproxímadamente pro-
■ü
ductíva17. Adam Smith todavía tiene un sentido demasiado vivo del objetivo nutritivo I
del orden de Ja naturaleza para poder am pliar libremente el concepto de la productivi­ m
dad a toda actividad que no produzca un aumento importante de las comodidades mate-
riaJes. Su apreciación instintiva de la virtud substancial de cualquier cosa que favorezca
la nutrición de forma efica z le lleva incluso a la concesión que «en la agricultura, la
naturaleza trabajajunto con el hombre», a pesar de que la tendencia general de su argu­ ■m
mento es que la fuerza productiva con la cual el economista siempre debe contar es el ■m
trabajo hum ano. E s ta substancialidad reconocida del trabajo com o productivo expli­ -w
ca, com o ya se ha observado, su esfuerzo por reducir a términos de trabajo productivo
una categoría de distribución com o el valor de cam bio.
C o n una ligera cualificación solamente se puede sostener que, en la secuencia cau­
sal que Adam Sm ith persigue en sus teorías económ icas propiamente dichas (conteni­
das en los tres primeros libros de L a riqueza de las naciones), el factor causalm ente
eficiente es la naturaleza humana en estas dos relaciones - l a de la eficiencia producti­
va y la de la ganancia pecuniaria a través del intercam bio-. L a ganancia pecuniaria
-gan an cia en los medios materiales de vida a través del trueque- proporciona la moti­
vación a la actividad económ ica del individuo, aunque la eficiencia productiva es el

17. Ver L n riqueza de las n a ciones, Libro I l, cap. 5, «O f the Different Employment o f Capitals»,
LAS PRECONCEPCIONES DE LOS ECONOMISTAS CLÁSICOS 167

fin legítim o y normal de la vida económ ica de la comunidad. Este concepto del hom ­
bre que busca sus fines a través del «trueque, cam bio e intercambio» impregna hasta tal
punto el tratamiento de Adam Sm ith respecto a lo s procesos económ icos que incluso
explica la producción en dichos términos y dice que el «trabajo fue el primer precio, el
dinero para comprar primitivo con el que se pagaban todas las cosas»18- L a naturaleza
humana dedicada a este tráfico pecuniario es considerada en términos en cierto modo
hedonistas, y lo s motivos y movimientos de los hombres se normalizan para que enca­
jen en los requisitos de un orden natural concebido de modo hedonista. Los hombres son
en gran m edida iguales en sus aptitudes y propensiones innatas19, y en la m edida en
que la teoría económ ica necesita tener en cuenta estas aptitudes y propensiones, son
aptitudes para la producción de las «cosas necesarias y comodidades de la vida» y pro­
pensiones para procurarse una proporción tan grande de estas com odidades como sea
posible.
L a concepción de Adam Sm ith de la naturaleza humana normal -e s decir, del fa c­
tor humano que participa causalmente en el proceso que la teoría económ ica discute-
viene a ser en conjunto lo siguiente: los hombres ejercen su fuerza y habilidad en un pro­
ceso mecánico de producción y su habilidad pecuniaria en un proceso com petitivo de
distribución con miras a la ganancia individual en los m edios materiales de vida. Se
buscan estos medios materiales a fin de satisfacer los deseos naturales del hom bre a
través de su consumo. Es cierto que otras muchas cosas forman parte de los esfuerzos
humanos en la lucha por la riqueza, tal com o Adam Sm ith destaca; pero este consumo
com prende la serie legítim a de incentivos, y una teoría que se preocupa por el curso
natural de las cosas tendría que tener en cuenta lo que no ocurre legítim am ente en el
curso natural. En realidad, existen desviaciones «presentes» apreciables, aunque poco
«reales», de esta norma. S e trata de desviaciones espurias e insustanciales, y no for­
man parte estrictamente de Ja teoría. Y , puesto que la naturaleza humana es sorpren­
dentem ente uniform e, según la interpretación de Adam Sm ith , tanto los esfuerzos
empleados corno los resultados obtenidos pueden expresarse en términos cuantitati­
vos y tratados algebraicamente, con el resultado de que todo el conjunto de fenóm e­
nos com prendidos dentro del apartado de consum o sólo deberían ser considerados
incidentalmente; y la teoría de la producción y distribución está com pleta cuando se
ha seguido la pista de los bienes o valores hasta su desaparición en m anos de sus pro­
pietarios últimos. En conjunto, el efecto reflejo del consumo sobre la producción y la
distribución es únicamente cuantitativo.
L a preconcepción d eA dam Smith de un orden teleológico normal de procedimiento
en el curso natural afecta, por lo tanto, no sólo a aquellas características de Ja teoría en
que Smith se declara abiertamente preocupado por la construcción de un esquema nor­
mal del proceso económ ico. A través de su norm alización del factor causal principal
que toma parte en el proceso, esta preconcepción afecta también a sus argumentos de

18. La riqueza de las naciones, Libro I, cap. 5. Ver también el alegato favorable al libre comercio, Libro
IV, cap. 2: «Pero la renta anual de toda sociedad siempre es precisamente igual al valor intercambia­
ble del producto anual total de su industria o, más bien, es precisamente lo mismo que aquel valor inter­
cambiable».
19. «La diferencia de talentos naturales en distintos seres humanos es en realidad mucho menor de lo que
creemos.» La riqueza de las naciones. Libro I, cap. 2.
168 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

causa a efecto™ L o que hace que esta última característica sea merecedora de una aten­
ción particular es el hecho de que sus sucesores llevaron esta normalización más lejos,
e hicieron menos referencia a las excepciones atenuantes que Adarn Sm ith observaba.
L a razón para esta norm alización m ayor y más consistente de la naturaleza huma­
na que nos proporciona al «hombre económ ico» por obra de los sucesores de A d am
Sm ith se encuentra, en gran parte, en la filosofía utilitarista que lle g ó con fuerza y en
forma consumada alrededor de finales de siglo. Cierto mérito del trabajo de normali­
zación se debe también a la posterior substitución de la artesanía por la industria «capi­
talista» que llegó al m ism o tiempo y en estrecha relación con las ideas utilitaristas.
Después de la é p o c a de A dam Smith, la econom ía cay ó en manos profanas. Aparte
de M althus que, de todos los grandes econom istas, es el que se h alla más cercano a
A d am Sm ith en estos aspectos m etafísicos que guardan una relación directa con las
premisas de la ciencia económ ica, la generación siguiente no en focó el tema desde el
punto de vista de un orden divinamente instituido; tampoco debatieron sobre los inte­
reses humanos con aquel espíritu amablemente optimista de sumisión propia del eco­
nomista que va a su trabajo con el miedo a D ios ante sus ojos. Incluso en Malthus, el
recurso al orden de la naturaleza aprobado por la divinidad es en cierto modo limitado
y moderado. Pero resulta significativo para la evolución posterior de la teoría económica
que, aunque se puede considerar realmente a M althus como el seguidor más auténti­
co de A d am Sm ith, fueron los utilitaristas no devotos Jos que se convirtieron en los
portavoces de la ciencia después de la época de A d am Sm ith.
N o existe una ruptura importante entre A d am Smith y los utilitaristas, ni en lo s
detalles de la doctrina, ni en las conclusiones concretas a las que se llegó respecto a
cuestiones de políticaeconóm ica. En estos aspectos, verdaderamente se podría clasificar
a Adam Sm ith como un utilitarista moderado, especialmente en lo que concierne a su
trabajo en econom ía. M althus tiene todavía un aire más utilitarista -tanto, que fre­
cuentemente se habla de él corno de un utilitarista-. Esta opinión, expuesta de forma con­
vincente por el Sr. B on arí1, está sin duda bien corroborada por un análisis detallado de
las doctrinas económicas de Malthus. Su inclinación humanitaria es evidente en toda su
obra, y su debilidad por la s consideraciones de eficiencia constituye e l gran defecto de
su trabajo científico. Pero, a pesar de todo ello y a fin de apreciar el cam bio que inva­
dió la econom ía clásica con el avance del «benthamismo», es necesario observar que
el acuerdo en este tem a entreAdam Smith y los discípulos de Bentham , y menos deci- 2
1
0

20. «Mil diesen philosphischen Ueberzeugungen tril) mmAdam Smith an die Wdt der Eiifahrung iteran,
und es ergiebt sich ihm die Richtigkeit der Principen. Der ReizderSmith’schen Scltrifien beritht i;um
giossen Teile dararif, dass Smilh die Principien in so innige Verbindung mir dem Tltalsac/tlichen gebraciil.
Hie und da werden danii auclt die Principien, was durch diese Verbindung veranlassl wird, aii ihren
Splizen ewas abgeschliffen, ihre alizascharfe Aiispriigtmg dadurch vennieden. Nichlsdestoweniger aber
bleiben sie slels die ieilenden den Gnmdgedanken.» («Con estas concepciones filosóficas, Adam Smilh
se aproxima al mundo de laexperiencia, que le confinna lo bien fundado de los principios. El gran inte­
rés de los escritos de Smidt se basa ante lodo en el hecho de que ha mostrado que los principios están ínti­
mamente vinculados con los hechos. A veces, los propios principios se han tenido que limar un poco
para evitar expresiones demasiado bruscas. A pesar de todo, no se alejan jamás de las bases directri­
ces.») Richard Zeyss, Adam Smidt und der Eigemmlz, Tubinga, .1889, p. 110.
21. Ver, por ejemplo, Malthus and Iris Work, especialmente elLibro III, así como el capítulo sobre Malthus
en Philosophy and Polilical Economy, Libro III, Modem Philosophy: Ulilitarian Economics, cap. l,
«Malthus».
LAS PRECONCEPCLONES DE LOS ECONOMISTAS CLÁSICOS 169

didam ente entre M althus y éste último, consiste más en una coincidencia de conclu­
siones que en una identidad de preconcepciones22
E n Adam Sm ith, la base fundamental de la realidad económ ica es el designio de
D io s , el orden teleológico; y sus generalizaciones utilitaristas, así como el carácter
hedonista de su hombre económ ico, no son sino métodos de operación de este orden
natural y no la base substancial y autolegitimadora. A pesar de las variaciones en la
m etafísica de M althus, casi se puede decir lo mismo de él. D e los utilitaristas propia­
mente dicho se puede decir lo contrario, aunque aquí, de nuevo, no existe ni mucho
menos una consistencia absoluta. L a base económica substancial es el placer y el dolor:
el orden teleológico (incluso el diseño de D ios, cuando se admite) es el método de su
operación.
A q u í puede resultar innecesario entrar en las im plicaciones adicionales, psicoló­
gicas y éticas que esta preconcepción de los utilitaristas im plica. Incluso lo ya plan­
teado puede parecer un esfuerzo excesiv o para una distinción que no im p lica una
diferencia tangible. Pero una lectura de las doctrinas clásicas, con un poco de esta meta­
física de economía política en mente, mostrará cómo, y en gran parte porqué, los eco­
nomistas de la línea clásica posteriores divergieron de los principios de A d am Smith
en los primeros años del siglo, hasta tal punto que ha sido necesario interpretar a Adam
Smith con cierta sutileza a fin de salvarlo de la herejía.
L a econom ía post-Benham es substancialm ente una teoría del valor. É sta es en
conjunto la característica dominante ctel cuerpo de sus doctrinas; el resto se deriva de,
o se ha adaptado a, esta disciplina central. L a teoría del valor es extremadamente impor­
tante también en Adam Sm ith; pero la econom ía de A dam Sm ith es una teoría de la
producción y la distribución de los m edios materiales de vida2\ En A d am Sm íth, el
valor se discute desde el punto de vista de la producción. E n los utilitaristas, la pro­
; ducción se discute desde el punto de vista del valor. E l primero hace del valor un resul­
tado del proceso de producción; Iqs últimos hacen de la producción el resultado de un
proceso de valoración.
E l punto de partida en A d am Sinith es e l «poder productivo del lrabajo»24 En
Ricardo se trata de un problema pecuniario respecto a la distribución de la propiedad2
25;
4
3
2
pero los escritores clásicos son seguidores de Adam Smith y perfeccionan y corrigen los
resultados a los que éste llegó; por lo tanto, la diferencia de puntos de vista se hace
evidente en su divergencia de aquél y en la distinta distribución del énfasis, más que
en una nueva y antagónica orientación.

22. Aquí se considera a Ricardo como un utilitarista de la tendencia de Bcntham, a pesar de que no se le
puede clasificarcom o un discípulo de Bentham. Su hedonismo no es sino la metafísica aceptada aór­
ticamente en el sentido común de su tiempo, y su coincidencia substancial con Bentham viene a mos­
trar cuán bien difundida estaba en aquella época la preconcepción hedonista.
23. Su trabajo es una investigación en «la naturalew y las causas de la riqueza de las naciones».
24. «El trabajo anual de toda nación es el fondo que originariamente le provee de todas las cosas necesarias
y las comodidades de la vida que anualmente con sume, y que consiste siempre, sea en el producto inme­
diato de aquel trabajo, o en lo que se compra con aquel producto de otras naciones», L a riqueza de las
¡¡aciones, «Inlroduction and Plan», primer párrnfo.
25. «El producto de la tierra -todo lo que se deriva de su superficie mediante la aplicación conjunta del
trabajo, la maquinaria y el capital- se divide entre tres clases de la comunidad [ ...] . Determinar las
leyes que regulan esta distribución constituye el principal problema de la economía política», P o litica l
E c o n o m y , prólogo.
170 CRÍTICA A L A ECONOMÍA ORTODOXA

La razón para este cambio del centro de gravedad de la producción a Ja valoración


se halla, aproximadamente, en la revisión de Bentham de los «principios» de la moral.
L a postura filosófica de Bentham no es, evidentemente, un fenómeno que se explica
por sí mismo, tampoco el efecto del benthamismo se extiende sólo a aquellos que son
seguidores declarados de Bentham; porque Bentham es el exponente de un cambio cul­
tural que afecta los hábitos de pensamiento de toda la comunidad. El efecto inmedia­
to del trabajo de Bentham, al afectar los hábitos de pensamiento de la comunidad culta,
es la substitución por el hedonismo (utilidad), en lugar del logro de los objetivos, como
base de legitimidad y guía para la normalización del conocimiento. Su efecto resulta más
patente en las reflexiones sobre la moral, donde se inculca el deterninismo. Su fuerte
conexión con el determinismo en la ética indica el camino hacia lo que se puede espe­
rar de su tratamiento de la economía. En ambos casos, el resultado es que la acción
humana se construye en términos de las fuerzas causales del entorno, siendo el agen­
te humano, como mucho, considerado un mecanismo de transformación a través de
cuyo funcionamiento los efectos concretos causados por el conjunto de las fuerzas del
entorno son, por un proceso de valoración obligado, transmutados tanto en una con­
ducta moral como económica, sin discrepancia cuantitativa. Tanto en la ética como en
la economía, el contenido central de la teoría es este proceso de valoración que se
expresa en la conducta, resultando, en el caso de la conducta económica, en la bús­
queda del máximo beneficio o de la mínima pérdida.
Considerada de modo metafísico o cosmológico, la naturaleza humana, cuyo fun­
cionamiento investigan la ética hedonista y la economía, es un término intermedio en
una secuencia causal, de la cual los miembros iniciales y finales son impresiones sen­
soriales y los detalles de la conducta. Este término intermedio transmite el impulso
concreto sin pérdida de fuerza a su comportamiento. A efectos del proceso de valora­
ción a través del cual se transmite el impulso, la naturaleza humana puede ser acepta­
da como uniforme; y la teoría del proceso de valoración puede ser formulada
cuantitativamente, en términos de las fuerzas materiales que afectan al sistema huma­
no y de sus equivalentes en la actividad resultante. En lenguaje económico, Ja teoría
del valor puede expresarse en términos de los bienes de consumo que proporcionan el
incentivo al esfuerzo y el gasto ocasionado a fin de obtenerlos. Entre estos dos ele­
mentos subsiste una igualdad necesaria; pero las magnitudes entre las cuales subsiste
la igualdad son magnitudes hedonistas, no magnitudes de energía cinética ni de fuer­
za vital, puesto que los términos manejados son términos sensoriales. Es cierto, dado
que la naturaleza humana es substancialmente uniforme, pasiva e inalterable respecto
a la capacidad del hombre para el afecto sensorial, se puede suponer también que sub­
siste una igualdad substancial entre el efecto psicológico causado por el consumo de
bienes, por un lado, y el gasto resultante de la fuerza cinética o vital, por el otro; pero,
después de todo, tal igualdad tiene Ja naturaleza de una coincidencia a pesar de que
debería existir una fuerte presunción a favor de su predominio en general y por térmi­
no medio. Sin embargo, el hedonismo no postula la uniformidad entre los seres huma­
nos excepto en lo que se refiere a Ja causa y al efecto.
L a teoría del valor que el hedonismo proporciona es, por lo tanto, una teoría del
costo en términos de incomodidad. En virtud del equilibrio hedonista conseguido a
través del proceso de valoración, el sacrificio o la desutilidad implicada en la adquisi­
ción equivale a Ja utilidad obtenida. Quizá se podría hacer una afirmación alternativa,
LAS PRECONCEPCIONES DE LOS ECONOMISTAS CLÁSICOS 171

en el sentido de que Ja m edida del valor de los bienes no la constituye e l sacrificio


aceptado o el m alestar sufrido, sino la utilidad que se deriva de la adquisición de los
bienes; pero esto es, sencilla y únicam ente, una m anifestación alternativa, y existen
razones especiales en la vida económ ica de la época que explican porqué la form ula­
ción en términos de costo, más que en términos de «utilidad», era preferida por los
economistas clásicos anteriores.
A l comparar la doctrina utilitaria del valor con teorías anteriores, el argumento se
presenta en cierto modo com o sigue. L o s fisiócratas y Adam Sm ith consideran e l valor
como una medida de la fuerza productiva que se encarna en el artículo valioso. Según
los fisiócratas, esta fuerza productiva es el «anabolism o» de la naturaleza (recurriendo
a un término fisiológico); según Adam Srnith, se trata sobre todo del trabajo humano diri­
gido a aumentar la utilidad de los materiales que emplea. E n cada caso, Ja producción
origina el valor. L a econom ía post-Benham considera el valor com o una m edida de, o
com o estando m edida por, la m olestia del esfuerzo hecho para procurarse los bienes
que tienen valor. Tal com o E . C . K . Gonner ha destacado de forma admirable26, Ricardo
- y lo m ism o es cierto para la econom ía clásica en g en eral- convierte el costo en la
base del valor, no e n s u causa. Este fundamento del valor en el costo tiene lugar a tra­
vés de una valoración. Cualquiera que lea la exposición teórica d e A d a m Sm ith con
tan buena intención com o Gonner leyó a Ricardo no tendrá mucha dificultad en darse
cuenta de que lo contrario es cierto en el caso de A d am Sm ith. Pero la relación causal
del costo al valor únicamente se sostiene en lo que respecta al valor «natural» o «real»
en la doctrina de Adam Sm ith. Respecto al precio de mercado, la teoría de A d am Smith
no difiere mucho de la de Ricardo en este aspecto. N o pasa por alto el proceso de valo­
ración mediante el cual se ajusta el precio de mercado y se gufa el curso de la inver­
sión, y su discusión sobre este proceso tiene lugar en ténninos que debieran resultar
aceptables para cualquier hedonista.
E l cam bio de punto de vista que aparece en la econom ía con la aceptación de la
ética utilitarista y su correlato, la psicología asociacionista, es en gran parte un cam ­
bio h acia una base de secuencia causal en contraste con la de la validez para un fin
preconcebido. Esto lo indica incluso e l hecho principal y a citado -q u e los economistas
utilitaristas hacen del valor de cam bio la característica central de sus teorías, más que
el papel de la industria para el bienestar m aterial de la com unidad-. E l valor de cam ­
bio hedonista es el resultado de un proceso de valoración impuesto por la capacidad
percibida para producir placer de los artículos valorados. Y en las teorías utilitaristas de
producción, a las que se llega desde el punto de vista del valor de cam bio, la obten­
ción del bienestar no constituye el punto objetivo del argumento. Este punto objetivo
es más bien la relación de la empresa productiva con las fortunas individuales de los
agentes implicados, o con las fortunas de las diversas clases diferenciables de lo s bene­
ficiarios comprendidos en la comunidad industrial; porque el gran impacto inm ediato
de los valores de cam bio en la vida de la colectividad lo constituye su relación con la
distribución de la riqueza. E l valor es una categoría de la distribución. E l resultado es
que, tal co m o bien se puede observar en la discusión de Cannan27, las teorías de la pro-

26. En el ensayo imroductorio a su edición de la obra de Ricardo, Política! Economy. Ver, por ejemplo,
párrafos 9 y 24.
27. Theories of Produclion and Distríbulion, 1776-1848.
172 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

d u c c ió n q u e lo s e c o n o m is ta s c lá s ic o s p re s e n ta n h a n s id o e s c a s a s y h an s id o e la b o r a ­
d a s te n ie n d o s ie m p r e en c u e n ta la s d o c tr in a s s o b r e la d is tr ib u c ió n . U n a d e m o s tr a c ió n -
in c id e n ta l p e r o e fic a z d e lo s m is m o s h e c h o s la p r o p o r c io n a e l p r o fe s o r B ü c h e r 28; y u n a
ilu s tr a c ió n d e é s to s s e p u e d e c it a r e n E s s a y o n t h e P r o d u c t i o n o f W e a l t h d e T o r r e n s ,
q u e e n b u e n a m e d id a s e d e d ic a a d is c u s io n e s s o b r e e l v a lo r y la d is tr ib u c ió n . L a s te o ­
r ía s c l á s ic a s d e la p r o d u c c ió n h a n s id o te o r ía s d e la p r o d u c c ió n d e « r iq u e z a » ; y la
« r iq u e z a » , e n e l le n g u a je c lá s ic o , c o n s is te e n c o s a s m a te r ia le s q u e tie n e n u n v a lo r d e 1
c a m b io . D u r a n te e l d o m in io d e la e c o n o m ía c l á s ic a , la c a r a c te r ís tic a a c e p ta d a p o r la
c u a l s e d e fin ía la « r iq u e z a » e r a e l q u e s e p u d ie r a a d a p ta r a s e r a p r o p ia d a p o r la p r o ­
p ie d a d . N i en A d a m S m it h , ni en lo s fis ió c r a ta s s e d io ta n ta im p o r ta n c ia a e s ta a d a p ­
t a b ilid a d a la p r o p ie d a d , c o m o t a m p o c o s e la a c e p t ó e n g r a d o s im il a r c o m o u n a
c a r a c te r ís tic a d e fin it iv a d e l c o n te n id o d e l a c ie n c ia .
T a l c o m o su p r e c o n c e p c ió n h e d o n is ta e x ig ir í a , lo s e c o n o m is ta s c l á s ic o s o to r g a n
s u m a y o r a te n c ió n a l la d o p e c u n ia r io d e la v id a , y e s e s ta r e la c ió n p e c u n ia r ia d e c u a l­
q u ie r fe n ó m e n o o in s titu c ió n la q u e n o r m a lm e n te c o n fig u r a lo s te m a s d e l d e b a te . L a . -
s e c u e n c ia c a u s a l s o b r e la q u e s e c e n tr a la d is c u s ió n e s u n p r o c e s o d e v a lo r a c ió n p e c u - i
n ia ria . V e r s a so b re la d istrib u ció n , la p ro p ie d a d , la a d q u is ic ió n , l a g a n a n c ia , la in v e rs ió n ,
e l in te r c a m b io 29. D e e s ta m a n e ra , la s d o ctrin a s s o b r e Ja p r o d u c c ió n lle g a n a ten er u n a
a p a r ie n c ia p e c u n ia r ia ; ta l c o m o s e p u e d e v e r en m e n o r g r a d o ta m b ié n e n A d a m S m ith
e in c lu s o e n lo s fis ió c r a t a s , a u n q u e e s to s e c o n o m is t a s a n te r io r e s m u y r a r a m e n te , si
a c a s o a l g u n a v e z , p e rd ie ro n c o n ta c to c o n e l c o n c e p to g e n é r ic o d e u tilid a d c o m o r a s g o 1
ca racte rístico d e la p ro d u cc ió n . L a trad ició n d e riv a d a d e A d a m S m ith , q u e h iz o d e la pro­
d u c tiv id a d y la u tilid a d lo s r a s g o s s u b s ta n c ia le s d e Ja v id a e c o n ó m ic a , n o fu e a b a n d o ­
n a d a d e m o d o repentino p o r su s su ce so re s, a u n q u e é sto s d istrib u y e ro n d e m o d o d iferen te
e l é n fa s is en l a lín e a d e in v e s t ig a c ió n q u e in d ic a b a la t r a d ic ió n . E n la e c o n o m ía c l á s i­
c a , la s id e a s d e p r o d u c c ió n y d e a d q u is ic ió n n o r m a lm e n te n o s e m a n tie n e n s e p a r a d a s ,
y g r a n p a rte d e lo q u e p a s a p o r ser u n a te o r ía d e p r o d u c c ió n s e d e d ic a a fe n ó m e n o s d e
in v e r s ió n y d e a d q u is ic ió n . E l E s s a y d e T o r r e n s e s u n e je m p lo p e rtin e n te , a u n q u e d e :
n in g ú n m o d o u n c a s o e x tr e m o .
E s t o e s c o m o d e b e r ía se r ; p o r q u e p a ra e l h e d o n is t a c o n s is te n te , e l ú n ic o m o tiv o
q u e le lle v a a l p ro ce s o in d u stria l es l a razó n e g o ís ta d e la g a n a n c ia p e c u n ia r ia , y la a c ti­
v id ad in d u s tr ia l n o es s in o un té r m in o in te r m e d io en tre e l g a s to in c u r rid o o e l m a le s ta r j
s u fr id o y la g a n a n c ia p e c u n ia r ia b u s ca d a . S i e ! fin y e l re s u lta d o so n u na g a n a n c ia in d i- t
v id u a l p a r a e l in d iv id u o (o p u e s to a , o a c o s ta d e , su s v e c in o s ) , o u n a m e jo r a en e l c o n - '
ju n t o d e la v id a h u m a n a , e s a lg o q u e c o n s titu y e e n g e n e r a l u n a p r e g u n ta s e c u n d a ria e n 1
to d a d is c u s ió n so b re la s e r ie d e in c e n tiv o s p o r lo s c u a le s lo s h o m b r e s s e v e n in c ita d o s
a su tr a b a jo o s o b r e l a d ir e c c ió n q u e to m a n su s e s f u e r z o s . L a u tilid a d d e la lín e a d e
a c tiv id a d d e te r m in a d a , p a r a lo s o b je tiv o s d e v id a d e la c o m u n id a d o p a r a lo s p r o p io s
v e c in o s d e l in d iv id u o , « n o c o n s titu y e la e s e n c ia d e e s te c o n tr a to » . E s ta s c a r a c te r ís ti- ¡

28. Enlsrehung der Volkwirtschafi (segunda edición). Comparar especialmente los caps. 2, 3, 6 y 7.
29. «Incluso si dejamos de lado todas las cuestiones que implican una consideración de ¡os efectos de las :
instituciones industriales en modificar los hábitos y el carácter de.las clases de la comunidad [.. . ] sigue
quedando lo suficiente para constituir una ciencia separada, la mera enumeración de los ténninos prin­
cipales de la economía -riqueza, valor, intercambio, crédito, dinero, capital y productG- bastará pata
mostrarlo», Shirrcs, Analysis of the Ideas of Economics, Londres, 1893, p. 8.
LAS PRECONCEPC1ONES DE LOS ECONOMISTAS CLÁSICOS 173

c a s d e u tilid a d v ie n e n a l c a s o s o b r e t o d o e n ta n to q u e a fe c t a n a l a v e n d ib ilid a d d e lo
q u e d in d iv id u o c o n cre to o ft e c e a l b u s ca r l a g a n a n c ia a través d e un n e g o c io v e n ta jo so 303
.
1
E n l a te o r ía h e d o n is ta , e l fin s u b s ta n c ia l d e la v id a e c o n ó m ic a es la g a n a n c ia in d i­
v id u a l; y a e s t e e f e c t o , la p r o d u c c ió n y la a d q u is ic ió n p u e d e n c o n s id e r a r s e b a s ta n te
c o in c id e n te s , c u a n d o n o id é n t ic a s . A d e m á s , l a s o c ie d a d , s e g ú n la f i l o s o f í a u tilita r is ta ,
es la s u m a a lg e b r a ic a d e lo s in d iv id u o s ; y e l in te r é s d e la s o c ie d a d e s la s u m a d e lo s
in te re s e s d e lo s in d iv id u o s . D e e llo s e d e d u c e fá c ilm e n t e q u e , tan to s i e s e s tr ic ta m e n ­
te c ie r t o c o m o si n o , la s u m a d e la s g a n a n c ia s in d iv id u a le s e s la g a n a n c ia d e l a s o c ie ­
d a d , y q u e , a l s e r v ir s u p r o p io in t e r é s e n fo r m a d e a d q u is ic ió n , e l in d iv id u o s ir v e e l
in terés c o le c t iv o d e la c o m u n id a d . P o r lo t a n t o , s e su p o n e la p r o d u c tiv id a d o l a u tilid a d
d e c u a lq u ie r o c u p a c ió n o e m p r e s a q u e b u s q u e u n a g a n a n c ia p e c u n ia r ia ; y a s í, p o r v ía
in d ir e c ta , v o lv e m o s a l a v ie ja c o n c lu s ió n d e A d a m S m it h d e q u e l a r e m u n e r a c ió n d e
la s c la s e s o la s p e rso n as im p lic a d a s en la in d u s tr ia c o in c id e c o n su c o n tr ib u c ió n p r o ­
d u c t iv a al o u tp u t d e lo s s e r v ic io s y d e lo s b ie n e s d e c o n s u m o .
U n a ilu s tr a c ió n a d e c u a d a d e l fu n c io n a m ie n t o d e e s ta n o r m a h e d o n is ta e n l a d o c ­
t r in a e c o n ó m ic a c l á s i c a l a p r o p o r c io n a la t e o r ía d e la s r e t r ib u c io n e s d e l a d ir e c c ió n
- u n e le m e n to d e la d is tr ib u c ió n q u e A d a m S m it h ú n ic a m e n te s u g ie r e , p e ro q u e r e c ib e
u n a a te n c ió n m á s a m p lia y c o n c ie n z u d a a m e d id a q u e e l c u e r p o d e la s d o c tr in a s c l á ­
s ic a s a lc a n z a u n m a y o r d e s a r r o llo -. L a s « r e trib u c io n e s d e l a d ir e c c ió n » s o n la s g a n a n ­
c ia s d e b id a s a l a g e s tió n p e c u n ia r ia . S e tr a ta d e la s g a n a n c ia s q u e r e c ib e e l d ire c to r <lp
la « e m p r e s a » - n o la s q u e v a n a l d íre c to r d e l p ro ce s o m e c á n ic o o a l e n c a r g a d o d e l a lm a ­
c é n - . E s ta s ú ltim a s s ó lo s o n s a la r io s . E n g e n e r a !, e s ta d ife r e n c ia no e stá c la r a e n lo s
a u to r e s a n te r io r e s , p e ro e s t á s u fic i e n t e y c la r a m e n t e c o n t e n id a e n e l d e s a r r o llo m á s
c o m p le t o d e la te o r ía .
E l tra b a jo d e l e m p re s a rio e s la g e stió n d e la in v e rs ió n . E n c o n ju n to , tiene un c a r á c ­
ter p e c u n ia r io y su o b je t iv o a p r o x im a d o e s « la p r in c ip a l o p o r t u n id a d » . E l h e c h o d e
q u e c o n d u z c a d e fo r m a in d ir e c t a a u n in c r e m e n to d e l a u tilid a d o a u n m a y o r o u tp u t
a g r e g a d o d e b ie n e s d e c o n s u m o es u n a c ir c u n s t a n c ia fo r tu ita in h e r e n te a a q u e lla v e n ­
d ib ilid a d m á s e le v a d a d e l a c u a l d e p e n d e n la s g a n a n c ia s d e l in v e rs o r . N o o b s ta n te , la
d o c tr in a c l á s ic a d e c la r a a b ie r ta m e n te q u e la s re tr ib u cio n e s d e la d ir e c c ió n s o n la r e m u ­
n e r a c ió n d e u n a m a y o r p r o d u c tiv id a d 3' , y l a te o r ía c lá s ic a d e l a p r o d u c c ió n e s e n b u e n a
p a rte u n a d o c tr in a d e la in v e rs ió n e n la c u a l la id e n tid a d d e la p r o d u c c ió n y d e la g a n a n ­
c i a p e c u n ia r ia s e d a p o r s u p u e s ta .
L a s u b s titu c ió n d e l a in d u s t r ia p o r la in v e r s ió n c o m o h e c h o c e n tr a l y s u b s ta n c ia l
d e l p r o c e s o d e p r o d u c c ió n n o s e d e b e a l a s im p le a c e p ta c ió n d e l h e d o n is m o , sin o m á s
b ie n a l a c o n ju n c ió n d e h e d o n is m o c o n u n a s itu a c ió n e c o n ó m ic a en l a q u e l a in v e r s ió n
d e c a p ita l y su g e s tió n p a ra e l b e n e fic io e r a n l a c a ra cte rís tica m á s c la r a . L a s itu a c ió n q u e

30. «Si un producto no fuese útil en modo alguno [...] estaría desprovisto de valor cambiable [...] (pero),
teniendo utilidad, los productos obtienen su valor de cambio de dos fuentes», etc. Ricardo, Política!
Economy, cap. 1, sección l.
31. Comparar, por ejemplo, Sénior, Political Economy (Londres, 1872), especialmente p. 88,89 y 130­
135, en dondelas retribuciones de la dirección están clasificadas, con cierta reticencia, como benefi­
cios; y el trabajo de la dirección se concibe por consiguiente como siendo, directa o remotamente, un
ejercicio de «abstinencia» y un trabajo productivo. El ejemplo del broker en bolsaresulta especialmente
adecuado. La visión similar de las retribuciones de la dirección es un artículo objeto de teoría en más
de uno de los descendientes posteriores de la línea clásica.
¡74 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

c o n fig u r ó la c o m p r e n s ió n r a c io n a l d e lo s h e c h o s e c o n ó m ic o s e n a q u e l tie m p o e s lo
q u e d e s d e e n to n c e s se h a c o n v e n id o e n lla m a r s is te m a c a p it a lis ta , e n e l c u a l la e m p r e ­
sa p e c u n ia r ia y e l fe n ó m e n o del m e r c a d o eran lo s h e c h o s p r e d o m in a n te s y m á s c a r a c ­
te r ís tic o s . P e r o e s ta s itu a c ió n e c o n ó m ic a tam b ién fu e la b a s e p r in c ip a l d e l d o m in io d e l
h e d o n is m o en la e c o n o m ía ; h asta tal pu n to q u e s e p u e d e co n sid e ra r a la e c o n o m ía h e d o -
n is ta c o m o u n a in te r p r e ta c ió n d e la n a tu r a le z a h u m a n a e n té r m in o s d e m e r c a d o . E l
m e rc a d o y e l « m u n d o e m p r e s a r ia l» , a los c u a le s e l h o m b r e d e n e g o c io s tu vo que a d a p ­
ta r s u s m ó v ile s e n su b ú s q u e d a d e g a n a n c ia s , y a se h a b ía n v u e lt o en e s ta é p o c a tan
r e le v a n te s q u e e l cu rs o d e lo s a c o n t e c im ie n t o s e m p r e s a r ia le s e s ta b a f u e r a d e l c o n tr o l
d e p e r s o n a a lg u n a ; y , a l m is m o tie m p o , a q u e lla s o r g a n iz a c io n e s d e c a p ita l in v e rtid o d e
g r a n a l c a n c e q u e m á s tard e lle g a r o n a p r e d o m in a r y a c o a c c i o n a r e l m e r c a d o n o se
h a lla b a n e n to n c e s p rese n te s. E l c u r s o d e lo s a c o n te c im ie n to s d e l m e r c a d o to m ó su fr ío
c a m in o s in u n a re la c ió n f á c i l d e e n c o n tr a r o d e fe r e n c ia p o r c u a lq u ie r c o n v e n ie n c ia
h u m a n a y s in d ir e c c ió n v is ib le h a c ia un fin u lterio r. E l p a p e l d e l h o m b r e en e s te m u n d o
p e c u n ia r io e r a e l d e r e s p o n d e r c o n p r o n titu d a la s it u a c ió n y a s í a d a p ta r s u s e fe c to s
v e n d ib le s a la d e m a n d a c a m b ia n t e a f in d e o b t e n e r a lg o c o m o r e s u lt a d o . L o q u e s e
g a n a b a e n e s t e tr a fic o s e g a n a b a sin p é rd id a p a r a a q u e llo s c o n lo s c u a le s tra ta b a , p u e s ­
to q u e n o p a g a b a n m á s q u e lo q u e la m e r c a n c ía v a l í a p a r a e llo s . L a g a n a n c ia d e u n
h o m b r e n o t ie n e p o r q u é ser u n a p é rd id a p a r a e l o tro ; y , si es a s í, e n to n ce s e s u n a g a n a n ­
c ia n eta p a r a la c o m u n id a d .
E n t r e lo s e fe c to s m á s a le ja d o s y s o rp ren d en tes d e la p r e c o n c e p c ió n h e d o n is ta y d e
s u e la b o r a c ió n en té rm in o s d e g a n a n c ia p e c u n ia r ia s e h a lla e l fr a c a s o d e lo s c lá s ic o s
en d is c r im in a r e n tr e c a p it a l en ta n to q u e in v e r s ió n y c a p it a l e n ta n to q u e a p lic a c ió n
in d u s tr ia l. E v id e n te m e n te , e s to g u a r d a u n a e s tr e c h a r e la c ió n c o n e l p u n to s o b r e e l q u e
y a h e m o s h a b la d o . L a a p lic a c ió n in d u s tr ia l f o m e n t a la p r o d u c c ió n d e b ie n e s ; p o r lo
ta n to , e l c a p it a l ( riq u e z a in v e rtid a ) e s p r o d u c t iv o ; y la ta s a d e su r e m u n e r a c ió n m e d ia
in d ica su g r a d o d e p r o d u ctiv id a d 3^ E l h ech o m á s e v id e n te q u e lim ita e l b e n e fic io p e c u ­
n ia r io c o n s e g u id o m e d ia n te la r iq u e z a in v e r tid a e s la s u m a in v e r tid a . P o r lo tan to , e l
c a p it a l lim it a la p r o d u c tiv id a d d e la in d u str ia ; y la c o n d ic ió n p r im e r a e in d is p e n s a b le
p a r a u na p r o g r e s ió n d e l b ie n e s ta r m a t e r ia l e s la a c u m u la c ió n d e r iq u e z a in v e r tid a .
C u a n d o s e d is c u te so bre la s c o n d ic io n e s d e la m e jo r a in d u s tr ia l, e s h a b itu a l a s u m ir q u e
« to d o lo d e m á s p e r m a n e c e c o n s ta n te » , lo c u a l e s , a to d o s lo s e f e c to s , u n a d o c tr in a d e
b e n e fic io s p o r c ie n t o , u n a e x c lu s ió n d e l h e c h o p r in c ip a l. A d e m á s , la s in v e r s io n e s p u e ­
d e n tran sferirse d e u n a em p resa a o tra. P o r lo ta n to y h asta e s te p u n to , lo s m e d io s d e p ro ­
d u c c ió n s o n « m ó v ile s » . ■
E n m a n o s d e lo s g r a n d e s e s c r ito r e s u tilita r is ta s , la e c o n o m í a p o lít ic a e v o lu c io n ó
h a c ia u n a c i e n c i a d e la r iq u e z a , e n te n d ie n d o e s t e té r m in o e n e l s e n tid o p e c u n ia r io , e s
d e c ir , e n ta n to q u e c o s a s s u s c e p tib le s d e s e r d e p r o p ie d a d . E l c u r s o d e la s c o s a s en la
v id a e c o n ó m ic a s e trata c o m o u n a s e c u e n c ia d e a c o n t e c in ú e n to s p e c u n ia r io s , y la te o ­
r í a e c o n ó n ú c a s e c o n v ie r te así en u n a te o r ía d e lo q u e s u c e d e r ía e n a q u e lla s itu a c ió n
c o n s u m a d a e n la q u e la p e rm u ta d e m a g n itu d e s p e c u n ia r ia s t ie n e lu g a r s in p e rtu rb a ­
c io n e s ni r e tr a s o s . E n e s ta s it u a c ió n c o n s u m a d a , e l m o t iv o p e c u n ia r io fu n c io n a p e r- 3
2

32. Comparar Bohm-Bawerk, Capital and ¡nterest, Libros II y IV, así como la Introducción y los cap. 4 y
5 del Libro I. La discusión de Bohm-Bawerk se refiere menos directamente a este punto que lo que 1a
similitud de los lénninos empleados sugeriría.
LAS PRECONCEPCIONES DE LOS ECONOMISTAS CLÁSICOS 175

fectamente y dirige todos los aspectos del hombre económ ico sin engaño, sin matices,
sin desviarse de una búsqueda del m ayor ben eficio posible con el menor sacrificio
posible. Evidentemente, este sistema de com petencia perfecta, con su «hombre eco­
nóm ico» no corrompido, es un logro de la im aginación científica, y no está pensado
como una expresión adecuada de la realidad. Se trata de un recurso del razonamiento
abstracto; y su reconocida validez alcanza solamente a los principios abstractos, a las
leyes fundamentales de la ciencia, que únicamente se sostienen en la medida en que
la abstracción se m antiene. Pero, com o sucede en tales casos, una vez aceptado y asi­
milado com o real, aunque quizás no com o verdadero, se vuelve un componente efec­
tivo de los hábitos de pensam iento del in v estigad or y acaba conform ando su
conocimiento de los hechos. L leg a a servir de norm a de substancialidad o legitimidad;
y hasta cierto punto, los hechos caen bajo su imperativo, tal com o aparece en los ejem­
plos de muchas aseveraciones relativas a la «tendencia» de las cosas.
L a evolución humana, por la fuerza del carácter hedonista de la naturaleza huma­
na, tiende hacia esta conclusión a la que Senior se refiere com o «el estado natura! del
hom bre»33; y , por lo tanto, es mejor que la situación real e inmadura se plantee en tér­
minos de su aproximación a este estado natural. L a teoría pura, la «ciencia hipotética»
de Cairnes, «traza los fenómenos de producción y distribución de la riqueza hasta sus
causas, en los principios de la naturaleza h um anay en las leyes y acontecimientos -fís i­
cos, políticos y sociales- del mdndo exterior»34. Pero puesto que los principios de la
naturaleza humana que resultan en la conducta económ ica de los hombres, en la medi­
da en que afecta a la producción y la distribución de riqueza, consisten sólo en la secuen­
cia sim ple y constante de la causa y el efecto hedonistas, el elemento de la naturaleza
humana puede ser justamente eliminado del problem a, con un gran beneficio en cuan­
to a sim plicidad y eficacia U n a vez elim inada la naturaleza humana, en tanto que tér­
mino intermedio constante, y habiendo sido eliminadas también todas las características
institucionales de la situación (en tanto que constantes similares bajo aquel régimen
pecuniario natural o consumado del cual se ocupa la teoría pura), las leyes de los fenó­
menos de riqueza se pueden form ular en términos de los factores restantes. Estos fac­
tores son artículos vendibles que los hombres manejan en estos procesos de producción
y distribución; y las leyes económ icas, por lo tanto, vienen a ser expresiones de las
relaciones algebraicas que subsisten entre los diversos elem entos de la riqueza y la
inversión -ca p ita l, trabajo, tierras, oferta y dem anda de uno y otro, beneficios, intere­
ses, salarios-. Incluso detalles tales como el crédito y la población llegan a ser diso­
ciados del fa cto r personal y figuran en el cóm puto com o factores elem entales que
actúan y reaccionan a través de una permuta de valores por encim a de la buena gente
cuyo bienestar están intentando.
Resum iendo: la econom ía clásica, que se ocupa en primer lugar de la cara p ecu -
niaria de la vida, es una teoría de un proceso de valoración. Pero dado que la naturaleza
humana, en cuyas manos y para cuyo provecho tiene lugar la valoración, es simple y
constante en sus reacciones al estím ulo pecuniario, y puesto que ninguna otra carac-

33. P o lític o ! E c o n o m y , p. 87.


34. C l/a racler a n d L o g ic a l M eth o d o f P o lítica ! E c o n o m y (Nueva York, 1875), p. 7L En conjunto, Cairnes
puede no ser representativo de la gran corriente de clasicismo, pero su caracterización de la ciencia es
no obstante pertinente.
176 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

te r ís tic a d e Ja n a tu r a le z a h u m a n a s e h a lla le g ít im a m e n t e p r e s e n te e n Jos fe n ó m e n o s


e c o n ó m ic o s q u e n o s e a e s ta r e a c c ió n a l e s t ím u lo p e c u n ia r io , e l e v a lu a d o r im p lic a d o
en e l a s u n to d e b e s e r ig n o r a d o o e lim in a d o ; y la t e o r ía d e l p r o c e s o d e v a lo r a c ió n se
c o n v ie r te e n to n ce s e n u n a te o r ía d e la in te r a c c ió n p e c u n ia r ia d e lo s h e c h o s v a lo r a d o s .
S e trata d e u n a te o ría d e la v a lo r a c ió n c o n e l e le m e n to d e la v a lo r a c ió n ig n o r a d o - u n a
te o r ía d e la v id a fo r m u la d a en té r m in o s d e la p a r a fe m a lia n o rm a l d e la v i d a - .
E n la s p r e c o n c e p c io n e s d e las q u e p a r tió la e c o n o m ía c lá s ic a e s ta b a n c o m p r e n d i­
d o s lo s re m a n e n te s d e lo s d e r e c h o s n a tu r a le s y d e l o r d e n d e la n a tu r a le z a , in fu n d id o s
c o n a q u e lla p e c u lia r t e o lo g ía m e c á n ic a q u e s e a b r ió c a m in o e n la m o d a p o p u la r e n
G r a n B r e ta ñ a d u ran te e l s ig lo x v m y q u e s e v io r e d u c id a a u n to n o m á s n eu tral a c a u s a
d e la p red ilecció n b r itá n ica p o r lo co m ú n - m á s fu e rte en e sta é p o c a q u e en c u a lq u ie r otro
p e río d o a n t e r io r -. L a r a z ó n de e s ta p r e d ile c c ió n c r e c ie n te por lo c o m ú n , por la e x p li­
c a c ió n d e la s c o s a s en térm in o s ca s u a le s , s e h a lla e n p a r te e n e l r e c u r s o c a d a v e z m a y o r
a lo s p r o c e s o s m e c á n ic o s y a la s m á q u in a s m o tr ic e s m e c á n ic a s e n la in d u str ia , en p arte
en e l c o n tin u o d e c liv e ( c o n s ig u ie n te ) d e la a r is to c ra c ia y d e l s a c e r d o c io , y en p a rte en
l a d e n s id a d c r e c ie n t e d e p o b la c ió n y l a c o n s ig u ie n t e y c r e c ie n te e s p e c ia liz a c ió n y Ja
m á s a m p lia o r g a n iz a c ió n d e l c o m e r c io y lo s n e g o c io s . L a e x te n s ió n d e Ja d is c ip lin a d e
la s c ie n c ia s n a tu r a le s , e n g r a n p a r te p r o p ia d e la in d u s tr ia m e c á n ic a , v a e n la m is m a
d ir e c c ió n ; y o tro s fa c to r e s m á s o s c u r o s d e Ja c u ltu r a m o d e r n a p u e d e n ta m b ié n h a b e r
te n id o su p arte e n e llo .
L a p r e c o n c e p c ió n a n im is ta n o s e p e r d ió , p e r o p e r d ió p e s o ; y en p a r te c a y ó e n d e ­
s u s o , e s p e c ia lm e n t e e n lo q u e r e s p e c t a a su r e c o n o c im ie n t o . E s t o r e s u lta s o b r e to d o
v is ib le e n la in c o n fe s a d a d is p o n ib ilid a d d e lo s c l á s ic o s p a r a a c e p ta r c o m o in m in e n te
y d e fin it iv o c u a lq u ie r r e s u lta d o p o s ib le q u e e l h á b it o o e l te m p e r a m e n to d e l e s c r ito r
le lle v a s e a a c e p ta r c o m o c o r r e c to y b u e n o . D e a h í la c l a r a in c lin a c ió n d e Jo s e c o n o ­
m is ta s c lá s ic o s h a c ia u n a d o c tr in a d e la a r m o n ía d e in te r e s e s y s u - e n c ie r t o m o d o -
im p r u d e n te d is p o n ib ilid a d p a r a e x p r e s a r s u s g e n e r a liz a c io n e s e n té r m in o s d e lo q u e
d e b e r ía s u c e d e r d e a c u e r d o c o n lo s r e q u is it o s id e a le s d e a q u e lla c o n s u m a d a
G e l d w i r t s c h a f t a la c u a l lo s h o m b r e s « s e v e n im p e lid o s p o r la s d is p o s ic io n e s d e la

n a t u r a le z a » ^ E n v irtu d d e s u s p r e c o n c e p c io n e s h e d o n is t a s , s u s h á b ito s a la s fo r m a s
d e u na c u ltu r a p e c u n ia r ia y su in c o n fe s a d a f e a n im is t a e n q u e la n a tu r a le z a lle v a la
r a z ó n , lo s e c o n o m is ta s c lá s ic o s s a b ía n q u e lo s r e s u lta d o s a lo s q u e , s e g ú n la n a tu r a le ­
z a d e la s c o s a s , tie n d e n to d a s la s c o s a s e s a l n o c o n f l ic t iv o y b e n é fic o s is te m a c o m p e ­
titiv o . A s í p u e s , este id e a l c o m p e t it iv o p r o p o r c io n a lo n o r m a l, y la c o n fo r m id a d co n
su s re q u is ito s p r o p o r c io n a la p r u e b a d e la v e rd a d e c o n ó m ic a a b so lu ta . E l punto d e v ista
a s í c o n s e g u id o g u ía d e fo r m a s e le c t iv a la a te n c ió n d e lo s a u to r e s c lá s ic o s en su o b s e r ­
v a c ió n y c o m p r e n s ió n d e lo s h e c h o s , y é s to s lle g a n a v e r e v id e n c ia d e c o n fo r m id a d o
e n fo q u e a lo n o r m a l e n ¡o s lu g a r e s m á s im p r o b a b le s . S u o b s e r v a c ió n e s e n g ra n p a rte
in te r p r e ta tiv a , c o m o n o r m a lm e n t e e s Ja o b s e r v a c ió n . L o q u e r e s u lta p e c u lia r en lo s
e c o n o m is ta s c lá s ic o s e n e s t e a s p e c t o es s u p a r tic u la r f o r m a d e p r o c e d e r e n e l tra b a jo
d e in te rp re ta ció n . Y en v irtu d d e h a b e r a lc a n z a d o u n p u n to d e v is ta d e n o rm a lid a d e c o ­
n ó m ic a a b s o lu ta , s e c o n v ir tie r o n en u na e s c u e la « d e d u c tiv a » , a s í lla m a d a , a pesar d e l
h e c h o fe h a c ie n te d e q u e s e d e d ic a r o n d e fo r m a b a s ta n te c o n s is te n te a u n a in v e s tig a ­
c ió n s o b r e la s e c u e n c ia c a u s a l d e lo s fe n ó m e n o s e c o n ó m ic o s . 3
5

35. Sénior, Polirical Economy, p. 87.


LAS PRECONCEPCtONES DE LOS ECONOMISTAS CLÁSICOS 177

L a generalización de los hechos observados se convierte en una normalización de


los mismos, una exposición de los fenóm enos en términos de su coincidencia con, o
divergencia de, aquella tendencia normal que conduce a la representación realista de
la realidad económ ica absoluta. Esta base total o definitiva de la legitim idad econó­
m ica está más allá de la secuencia causal en la que los fenómenos observados se con­
ciben com o interrelacionados. N o está relacionada con los hechos concretos, ni como
causa, ni com o efecto, de modo que la relación causal se puede trazar de form a con­
creta. Causalm ente, tiene poco que ver con los datos «mentales» o «físicos» de los que
se ocupa abiertamente el econom ista clásico. S u relación con el proceso que se está
discutiendo es la de una legitim ación externa - e s decir, cerem o n ial-. E l cuerpo del
conocim iento alcanzado con su ayuda y bajo su dirección es, por lo tanto, una ciencia
taxonóm ica.
A s í pues, a modo de ilustración final, se puede señalar que el dinero, por ejemplo,
se n onnaliza en términos de tendencia económ ica legítim a. S e convierte en una medi­
da de valor y un medio de intercambio. Se ha convertido ante todo en un instrumento
de conmutación pecuniaria, en vez de ser, com o en la anterior nonnalización de Adam
Sm ith, principalmente una gran rueda de circulación para la difusión de bienes de con­
sumo. Lo s términos en los cuales se formulan las leyes monetarias, así com o los otros
fenóm enos de la vida pecuniaria, son términos que connotan su función normal en la
historia de la vida de los valores objetivos, tal C(lmo viven y se mueven y existen en
los resultados pecuniarios del estado «natural». A un trabajo similar de normalización
debemos aquellas criaturas del fabricante de m itos, la teoría cuantitativa y el fondo de
salarios.
CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA 179-181

E l C a p ita l*
K arl M arx

[ ...]

A h o r a b i e n , e s in d u d a b le q u e la e c o n o m ía p o lít ic a h a a n a liz a d o , a u n q u e d e m a n e r a
in c o m p le t a 1, e l v a lo r y la m a g n itu d d e v a lo r y d e s c u b ie r to e l c o n te n id o o c u lto en e sa s
fo r m a s . S ó lo q u e n u n c a ll e g ó s iq u ie r a a p la n te a r la p r e g u n ta d e p o r q u é e s e c o n te n id o
a d o p ta d ic h a fo r m a ; d e p o r q u é , p u e s, e l tra b a jo s e r e p r e s e n ta e n e l v a l o r , d e a q u é s e
d e b e q u e ía m e d id a d e l tr a b a jo c o n fo r m e a s u d u r a c ió n s e re p r e s e n te en la i m g m t n d
d e l v a l o r a lc a n z a d a p o r e l p ro d u cto d e l tra b a jo 2. A fo r m a s q u e lle v a n escrita e n la fr e n -

* Publicado en: Marx, Karl. El capital. 22.acd. Madrid: Siglo XXI de España, 1988. Biblioteca del pen­
samiento socialista, tomo 1, vol. l, p. 97-100.
J. Las insuficiencias en el análisis que de la magnitud del valor efectúa Ricardo -y el suyo ese! mejor-
las hemos de ver en los libros tercero y cuarto de esta obra. En lo que se refiere al valor en general, la
economía política clásica en ningún lugar distingue explícitamente y con clara conciencia entre el tra­
bajo, tal como se representa en el valor, y ese mismo trabajo, tal como se representa en el valor de uso
de su producto. En realidad, utiliza esa distinción de manera natural, ya que en un momento dado con­
sidera el trabajo desde el punto de vista cuantitativo, en otro cualitativamente. Pero no tiene idea de
que la simple diferencia cuantitativa de los trabajos presupone su unidad o igualdad cualitativa, y por
tanto su reducción a trabajo abstractamente humano. Ricardo, por ejemplo, se declara de acuerdo con
Destutt de Tracy cuando éste afirma: «Puesto que es innegable que nuestras únicas riquezas origina­
rias son nuestras facultades físicas y morales, que el empleo de dichas facultades, el trabajo de alguna
índole, es nuestro tesoro primigenio, y que es siempre a partir de su empico como se crean todas esas
cosas que denominamos riquezas [...]. Es indudable, asimismo, que todas esas cosas sólo representan
el trabajo que las ha creado, y si tienen un valor, y hasta dos valores diferentes, sólo pueden deberlos
al del» (al valor del) «irabajo del que emanan». (Ricardo, On the principies ofPolitical Economy, 3.‘ ed.,
Londres, 1821, p. 334.} Limitémonos a observar que Ricardo atribuye erróneamente a Destutt su pro­
pia concepción, más profunda. Sin duda, Destutt dice por una parte, en efecto, que todas las cosas que
forman la riqueza «representan el trabajo que las ha creado», pero por otra parte asegura que han obte­
nido del «valor del trabajo» sus «dos valores diferentes» (valor de uso y valor de cambio). Incurre de
este modo en la superficialidad de la economía vulgar, que presupone e! valor de una mercancía (en
este caso del trabajo), para determinar por medio de él, posteriormente, el valor de las demás. Ricardo
lo Ice como si hubiera dicho que el trabajo (no el valor del trabajo) está representado tanto en el valor
de uso como en el de cambio. Pero él mismo distingue tan pobremente el carácter bifacético del tra­
bajo, representado de manera dual, que en todo el capítulo «Value and Riches, Their Distinctivc
Properties» [Valor y riqueza, sus propiedades distintivas] se ve reducido a dar vueltas fatigosamente
en torno a las trivialidades de un Jean-Baptiste Say. De ahí que al final se muestre totalmente perplejo
ante la coincidencia de Destutt, por un lado, con la propia concepción ricardiana acerca del trabajo
como fuente del valor y, por e! otro, con Say respecto al concepto de valor.
2. Una de las fallas fundamentales de ia economía política clásica es que nunca logró desentrañar, par­
tiendo del análisis de la mercancía y más específicamente del valor de la misma, la forma del valor, la
180 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

te su pertenencia a una form ación social donde el proceso de producción domina al


hombre, en vez de dominar el hombre a ese proceso, la conciencia burguesa de esa
econom ía las tiene por una necesidad natural tan manifiestamente evidente com o el
trabajo productivo m ism o. D e ahí que, poco más o menos, trate a las form as prebur­
guesas del organismo social de producción com o los padres de la Iglesia a las religio­
nes precristianas.*3

forma misma que hace de él un valor de cambio. Precisamente en el caso de sus mejores expositores, !
como Adam Smith y Ricardo, trata la forma del valor como cosa completamente indiferente, o incluso .
exterior a la naturaleza de la mercancía. Ello no sólo se debe a que el análisis centrado en la magnitud
del valor absorba por entero su atención. Obedece a una razón más profunda. La forma de valor asumida
por el producto del trabajo es la forma más abstracta, pero también la más general, del modo de pro- i
ducción burgués, que de tal manera queda caracterizado como tipo particular de producción social y
con esto, a la vez, como algo histórico. Si nos confundimos y la tomamos por la forma natural eterna de ■
la producción social, pasaremos también por alto, necesariamente, lo que hay de específico en la forma :
de valor y, por tanlo, en la forma de la mercancía, desarrollada luego en la forma de dinero, la de capi- .
tal, etc. Por eso, en economistas que coinciden por entero en cuanto a medir la magnitud del valor por :
el tiempo de trabajo, se encuentran las ideas más abigarradas y contradictorias acerca del dinero, esto I
es, de la figura consumada que reviste el equivalente general. Esto, por ejemplo, se pone de relieve, de i
manera contundente, en los análisis sobre la banca, donde ya no se puede salir del paso con definicio­
nes del dinero compuestas de lugares comunes. A ello se debe que, como antítesis, surgiera un mer-
cantilísmo restauthdo (Ganilh, etc.) que no se ve en el valor más que en la forma social o, más bien, su
mera apariencia, huera de sustancia. ¡
Para dejarlo en claro de una vez por todas, digamos que entiendo por economía política clásica
toda la economía que, desde William Petiy, ha investigado la conexión interna de las relaciones de pro- ,
ducción burguesas, por oposición a la economía vulgar, que no hace más que deambular estérilmente en *
torno de la conexión aparente, preocupándose sólo de ofrecer una explicación obvia de los fenómenos
que podríamos llamar más bastos y rumiando una y otra vez, para el uso doméstico de la burguesía, el
material suministrado hace ya tiempo por la economía científica. Pero, por lo demás, en esa tarea la
economía vulgar se limita a sistematizar de manera pedante las ideas más triviales y fatuas que se for­
man los miembros de la burguesía acerca de su propio mundo, el mejor de los posibles, y a procla­
marlas como verdades eternas. ;
3. «Los economistas tienen una singular manera de proceder. No hay para ellos más que dos tipos de ins­
tituciones: las artificiales y las naturales. Las instituciones del feudalismo son instituciones artificia­
les; las de la burguesía, naturales. Se parecen en esto a los teólogos, que distinguen también entre dos
clases de religiones. Toda religión que no sea la suya es invención de los hombres, mientras que la suya
propia es, en cambio, emanación de Dios [...]. Henosaquí, entonces, con que hubo historia, pero ahora
ya no la hay.» (Karl Marx, Misere de la philosophie. Réponse a la Philosophie de la misíre de M.
Proudhon, 1847, p. 113.) Realmente cómico es el señor Bastiat, quien se imagina que los griegos y
romanos antiguos no vivían más que del robo. Pero si durante muchos siglos sólo se vive del robo, es .
necesario que constantemente exista algo que robar, o que el objeto del robo se reproduzca de manera
continua. Parece, por consiguiente, que también los griegos y los romanos tendrían un proceso de pro­
ducción y, por tanto, una economía que constituiría la base material de su mundo, exactamente de la
misma manera en que la economía burguesa es el fundamento del mundo actuaL ¿O acaso Basliat quie­
re decir que un modo de producción fundado en el trabajo esclavo constituye un sistema basado eii el
robo! En tal caso, pisa terreno peligroso. Si un gigante del pensamiento como Aristóteles se equivo­
caba en su apreciación del trabajo esclavo, ¿por qué había de acertar un economista pigmeo como
Bastiat aljuzgar el trabajo asalariado?
Aprovecho la oportunidad para responder brevemente a una objeción que, al aparecer mi obra Zttr
Kritik derpolitischen Ókonomie (1859), me formuló un periódico germano-norteamericano. Mi enfo­
que -sostuvo éste- según el cual el modo de producción dado y las relaciones de producción corres­
pondientes al mismo, en suma, «la estructura económica de la sociedad es la base real sobre la que se
alza una superestructura jurídica y política, y a la que corresponden determinadas formas sociales de
ELCAPJTAL 181

conciencia», ese enfoque para el cual «el modo de producción d e la vida material condiciona en gene­
ral el proceso de la vída social, política y espiritual», sería indudablemente verdadero para el mundo
actual, en el que imperan los intereses materiales, pero no para la Edad Media, en la que prevaleía eí
catolicismo, ni para Atenas y Roma, donde era la política la que domiimba. En primer término, es sor­
prendente que haya quien guste suponer que alguna persona ignora esos archiconocidos Jugares comunes
sobre la Edad Media y el mundo antiguo. Lo indiscutible es que ni la Edad Media pudo vivir de catoli­
cismo ni el mundo antiguo de política. Es, a la inversa, el modo y manera en que la primera y el segun­
do se ganaban la vida, lo que explica por qué, en un ca'lO, la política y, en otro, el catolicismo desempeñaron
el papel protagónico. Por ío demás, basta con conocer someramente la historia de la república romana,
por ejemplo, para saber que la historia de la propiedad de la tierra constituye su historia secreta. Y a
Don Quijote, por otra parle, hubo de expiar el error de imaginar que la caballería andante era igual­
mente compatible con todas las formas económicas de la sociedad.
CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA 183-201

*
M a r x y K e y n e s : la c r ít ic a a la le y d e S a y

C la u d io S a r d o n i*

l . I n t r o d u c c ió n : l a r e v o l u c ió n d e K e y n e s y l a s p r e v i s io n e s d e M arx

U n año antes de la publicación de The General T heoiy (La teoría general), Keynes
escribió a G . B . Shaw: «C reo estar escribiendo un libro sobre teoría económ ica que
revolucionará en gran manera [ ...} la forma en que el mundo piensa acerca de los pro­
blem as econ óm icos». L a nueva teoría económ ica, en opinión de K eynes, eliminaría
(dos cim ientos ricardianos del m arxism o» (K eynes 1973a: 492-3). L a carta muestra
elocuentemente la falta de simpatía de Keynes por el marxism o. Sin embargo, tal como
ha señalado Jo an R obinson, una de las econom istas keynesianas más reconocidas:
« K e y n e s nunca pudo sacar nada en claro de M arx [ . . .] . Pero em pezar por M a rx le
hubiera ahorrado muchos problemas» (Robinson, 1965: 96).
E n este capítulo no voy a entrar en un estudio general de la relación entre la s teo­
rías económicas de M arx y de Keynes, sino que voy a centrar mi atención en un elemento
concreto, e importante, de estas teorías: las críticas realizadas por M arx y por Keynes
contra la ley de Say. Defenderé que existen sim ilitudes m uy importantes entre las dos
críticas. K eyn es, sin embargo, no fue consciente de estas sim ilitudes; si hubiera esta­
do más fam iliarizado con la obra de M arx, quizá hubiera reconocido que algunos ele­
mentos de su propia teoría revolucionaria ya estaban presentes en M a rx 1.
K e yn es intentó demostrar que la econom ía capitalista n o genera necesariamente
niveles de dem anda agregada lo suficientemente altos com o para asegurar la consecu­
ción de los equilibrios de pleno empleo. Para demostrar esto, era crucial para Keynes
rechazar la ley de Say, que define que el subempleo que se origina en la insuficiencia
de una dem anda efectiva es imposible.
K eyn es m antuvo que la ley de Sa y sólo podía ser aplicable a una econom ía de
características m uy alejadas de las de una economía capitalista. Para que la ley y sus coro­
larios fueran aplicables, el análisis debía presuponer una econom ía donde e l dinero
nunca estuviera inactivo, de form a que todos los ahorros fueran invertidos. Keynes

* Publicado en: Sardoni, Claudio. «Marx and Keynes: the crilique of Say's Law». En: Caravale, G. A.
(ed.). Thefuture of capitalism and Ihe history of ihonght. Aldershot: Edward E!gar, 199 l. Marx and
modern economic analysis, vol. 2, p. 219-237. Traducción: Gemma Galdón.
J. Ni los economistas marxislas ni los keynesianos han prestado mucha atención a la relación enlre Marx y
Keynes. La excepción más significativa es Joan Robinson. Durantelos años siguientes a la publicación de
Vie General Tlwoiy, se realizaron algunos intentos de comparar a los dos economistas de fonna bastante
sistemática (ver Fan-Hung, 1939; 57-63;Alexamlcr, 1939). Pnraconlribuciones más recientes, ver Dasgupta,
1983: 57-63; Dillard, 1984; Crotty, 1986; Heilbroncr, 1986; Mott, 1986. Para las apcrteciones de J. Robinson,
ver Robinson 1942; 1951: 133-45; 1960: 1-17; 1965: 148-81; 1973:264-8; 1980: 192-202.
!84 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

lla m ó a e s te tip o d e e c o n o m ía u na « e c o n o m ía n o m o n e ta r ia » . E n c a m b io , en u n a e c o ­
n o m ía c a p ita lis ta - u n a « e c o n o m ía m o n e t a r ia » - p u e d e e x is tir d e m a n d a d e d in e ro o c io ­ m
s o , lo q u e su p o n e q u e e l n iv e l d e d e m a n d a e fe c tiv a p u e d e ser in s u fic ie n te p a ra ase gu rar
e l p le n o e m p le o .
K e y n e s c o n s id e r a b a su c r ít ic a y su r e c h a z o d e la le y d e S a y c o m o una ru p tu ra rad i­
c a l c o n to d a s la s tr a d ic io n e s p r e v ia s d e l p e n s a m ie n to e c o n ó m ic o . P a ra é l, s ó lo M a lth u s
y o tr o s p o c o s e c o n o m is ta s m e n o r e s cu e stio n a ro n , a u n q u e sin é x ito , la v a lid e z d e la le y . : : :i
E n lo r e fe r e n te a M a r x , K e y n e s r e c o n o c ió q u e el « g ra n p u z z le de la d e m a n d a e f e c t i­
v a » v iv ió fu r t iv a m e n t e en e l s u b m u n d o d e M a r x , p e ro p r e fir ió m u c h o m á s e l tra b a jo
d e G e s e ll a la te o r ía del c a p ita lis m o d e M a r x ( K e y n e s , 19 3 6 : 3 5 5 ).
S i n e m b a r g o , la in t e r p r e t a c ió n d e K e y n e s d e la te o r ía e c o n ó m i c a a n te s d e T h e
G e n e r a l T h e o r y e s in s a tis fa c to r ia : K e y n e s s o b r e e s tim ó la im p o r ta n c ia a n a lític a d e lo s

in ten to s d e M a lt h u s d e re ch a z a r la le y d e S a y 2, a la v e z q u e in fr a v a lo r ó la a p o rta ció n d e


M a r x . L a c r ític a y e l r e c h a z o d e M a r x a la le y d e S a y s e b a s a n e n c o n c e p to s a n a lític o s
q u e d e h e c h o le a c e r c a n m u c h o a K e y n e s .
M a r x a fir m ó q u e R ic a r d o s ó lo p u d o d a r la le y d e S a y p o r v á lid a d e b id o a su in c o ­
r r e c ta c o n c e p c ió n d e l d in e r o y d e su p a p e l en u n a e c o n o m ía c a p it a lis t a . P a r a R ic a r d o ,
e l d in e r o e r a un m e r o m e d io d e c ir c u la c i ó n . S e g ú n e s ta id e a , la o fe r ta c r e a n e c e s a r ia ­
m e n te su p r o p ia d e m a n d a , y la d e m a n d a e f e c tiv a a g r e g a d a n u n ca puedt^ se r m e n o r q u e
la o fe r ta a g r e g a d a .
P e r o en u n a e c o n o m ía c a p it a lis t a , a r g u m e n tó M a r x , e l d in e r o n o e s s im p le m e n te
un m e d io d e c ir c u la c ió n . E í d in e r o es tam b ién u n a rese rv a d e v a lo r: p u e d e ser ate so rad o ,
p e rm a n e c e r in a c tiv o . L o s e m p re s a rio s ca p ita lis ta s p u e d en ser in d u c id o s a atesorar d in e ­
ro e n lu g a r d e u t iliz a r lo p a r a in ic ia r p r o c e s o s p r o d u c tiv o s y p a r a in v e rtir . S i e s to p a s a ,
la d e m a n d a a g r e g a d a e s m e n o r q u e la o fe r t a a g r e g a d a , y Ja e c o n o m ía s u fr e d e Ja e x is ­
t e n c ia s im u ltá n e a d e c a p a c id a d p r o d u c tiv a n o u t iliz a d a y d e tr a b a jo d e s e m p le a d o .
D e e s ta f u m a , M a r x h a b ía y a in tro d u c id o a lg u n o s d e lo s c o n c e p to s a n a lític o s fu n ­
d a m e n ta le s n e c e s a r io s p a r a u n a c r ít ic a c o h e r e n te a la le y d e S a y . E s t o s c o n c e p to s s e
p a r e ce n m u c h o a Jo s u t iliz a d o s p o r K e y n e s .
A n t e s d e en trar e n la e x p o s ic ió n m á s d e ta lla d a d e lo s p u n to s d e v is ta d e M a r x y d e
K e y n e s, verem o s otras d o s cu estio n es. P rim ero , q u e a pesar d e la s sim ilitud es que acab a m o s
d e m e n cio n a r, tan to M a r x c o m o K e y n e s a m e n u d o utilizaron te rm in o lo g ía diferente en su s
c r ític a s a la le y d e S a y . E n m i o p in ió n , e s t o s e d e b e a l h e c h o d e q u e s e e s ta b a n re firie n ­
d o a dos v e r s io n e s d ife r e n te s d e la le y : m ie n tra s q u e M a r x s e r e fe r ía a la fo r m u la c ió n
r ica rd ia n a d e la le y d e S a y , K e y n e s s e r e fir ió a la le y en su v e rsió n n e o c lá s ic a .
L a s d o s v e r s io n e s s o n d ife r e n te s e n a lg u n o s a s p e c to s fu n d a m e n ta le s y e s to , o b v ia ­
m e n te , h iz o q u e M a r x y K e y n e s a d o p ta r a n t e r m in o lo g ía s y p e r s p e c tiv a s d is tin ta s . S i n
e m b a r g o , y a p e s a r d e e s ta s d ife r e n c ia s , ta n to M a r x c o m o K e y n e s s ig u ie r o n la m is m a
m e to d o lo g ía y s e n d a a n a lít ic a en su r e c h a z o d e Ja le y . L o s d o s a fu m a r o n q u e la le y d e

2. La interpretación de Malthus realizada por Keyncs ha provocado un amplió debate. Por ejemplo, Robbins
(1952), Corry (1959), Garegnani (1978) y MiSgaie (1982: 53-4) han afirmado que Keynes básicamen­
te entendió mal la posición de Malthus y sobreestimó su carácter innovador. Ver, en cambio, Paglin
(1961), Eltis (1980) y Costabile (1983) para una interpretación diferente de Ja teoría de Malthus y su
relación con las ideas de Keynes. Ver también Sardoni (l 987: 11-20) para una reconstrucción de la
insatisfactoria crítica de Malthus a la ley de Say.
MARX Y KEYNES: LA CRÍTICA A LA LE Y DE SAY 185

Say sólo puede darse por válida si se eliminan algunas de las características esenciales
de las economías capitalistas; en concreto, sí se pasan por alto el papel del d inero y los
m otivos para !a producción y la acum ulación.
E n segundo lugar, aunque las críticas de M arx y de K eyn es a la ley de Say están
próxim as la una a la otra, es indudable que, a partir de estas críticas similares, tanto
M a rx com o Keynes llegaron a conclusiones diferentes respecto al análisis del funcio­
nam iento de la econom ía capitalista. L o s dos mantuvieron que es posible que se pro­
duzca el desempleo a la vez que la infrautilización de la capacidad productiva debido
a un nivel insuficiente de demanda agregada, pero este fenóm eno de hecho se produ­
ce de form as diferentes en los marcos analíticos de los dos autores.
Para M a rx, la econom ía sufre desempleo del trabajo e infrautilización de la capa­
cidad solamente durante, y com o consecuencia de, crisis generales de sobreproduc­
ción debidas a la caída de la demanda efectiva. E n otras palabras, el desempleo debido
a la falta de demanda efectiva sólo puede producirse durante momentos de perturba­
ción significativa del mercado.
En el contexto analítico de M arx, no es posible tener equilibrio con subempleo, es
decir, posiciones de reposo caracterizadas por el desem pleo del trabajo y la infrautili­
z a c ió n de la capacidad productiva.
E n la teoría de Keynes, aunque la econom ía pueda experimentar perturbaciones
del mercado del tipo descrito por M a rx, el equilibrio con subempleo también es posi­
ble. D e hecho, para Keynes, las econom ías capitalistas son propensas a experimentar
este tipo de equilibrio, más que perturbaciones violentas (ver, por ejem plo, Keynes,
1936: 249-54).
Y a he planteado en otras partes (Sardoni, 1987, sobretodo los capítulos 4, 5 y 7)
que esta importante diferencia entre M arx y Keynes encuentra su origen en sus dife­
rentes microfundaciones: clásicas en M arx y marshallianas en Keynes. Pero no vamos
a tratar aquí este tema. Este capítulo se ocupa de las críticas que M arx y Keynes diri­
gieron hacia la ley de Say con el fin de demostrar que la demanda agregada puede caer
por debajo de la oferta agregada. L a forma como esta fa lta de demanda efectiva se
m anifiesta en la economía no se toma en consideración. E n palabras de M a rx, m e cen­
traré solamente en la «posibilidad general» de la falta de demanda efectiva, más que
en la fo rm a en que esta posibilidad se convierte en un fenóm eno real.

2. L a c r ít ic a d e M ARX a la l e y d e Say

2 .1 . L a versión rica rd ia n a de la ley

M a rx criticó la ley en su formulación ricardiana3, Según Ricardo, la producción y venta


de mercancías genera unos ingresos que o se gastan para el consumo o se ahorran. Sin
em bargo, lo que se ahorra también se gasta: se invierte para emplear a más trabajado-

3. Ricardo definió la ley en los siguientes términos: «El Sr. Say ha [...] demostrado muy satisfactoria­
mente que no existe ninguna cantidad de capital que no pueda utilizarse en un país ya que la demanda
sólo está limitada )Xlr la producción. Ningún hombre produce, si no es con el objetivo de consumiro ven­
der, y nunca ven de, si no es con la intención de comprar alguna otra mercancía que pueda ser de utili­
dad inmediata para él oque pueda contribuir a su producción futura» (Ricardo, 1951: 290).
186 CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

r e s ! Todos los ingresos se gastan y, por consiguiente, es im posible que se produzca


una sobreproducción general de mercancías.
En el mundo de Ricardo, para cada venta existe una compra correspondiente, por
lo que es imposible que la producción y la inversión se vean limitadas por una dem an­
da efectiva insuficiente. En este contexto, el dinero es únicamente un m ecanism o que
facilita el intercambio de mercancías. Los ingresos monetarios obtenidos con la venta
de mercancías nunca quedan ociosos, y a que las personas no consiguen ninguna utili­
dad por m antenerel dinero inactivo. P ara R icard o , el intercambio por medio del dine­
ro no era conceptualm ente diferente del trueque: «L as producciones siem pre son
compradas por producciones, igual que por servicios; el dinero es sólo el m edio a tra­
vés del cual se efectúa el intercambio» (1951: 291-2).
La aceptación de R icardo de la ley de Say está relacionada con su teoría del dine­
ro y de los precios del dinero. E s útil profundizar en este tema, ya que fue a partir de ahí
que M a rx empezó a desarrollar su crítica.
Para Ricardo, existe una relación directa entre la cantidad de dinero presente en la
econom ía y el nivel de los precios nominales. S i a) el oro es dinero, b) la velocidad de
circulación de dinero está dada, y c) los outputs de todas las mercancías también son
dados, entonces la cantidad de dinero necesaria para el intercambio de todo el producto
nacional es ¡

M D = ( L x ¡Ps¡)/V ( i = I , 2, . . . ) (10.1)

Donde p s¡es e l precio de la m ercancía i expresada en términos del precio del oro5.
S i, por cualquier m otivo, la cantidad de oro (la oferta de dinero) cam bia, todos los
precios p g/i (y la tasa del salario nominal) también cam bian. Por ejem plo, si la oferta
monetaria aumenta, la gente posee entonces una m ayor cantidad de dinero que, según
el supuesto, no se mantendrá ocioso sino que se gastará en mercancías; el valor m one­
tario de Ja demanda agregada aumenta mientras que los outputs x-f permanecen igu al.
Com o consecuencia, los precios deben aumentar necesariam ente en proporción al
aumento de la cantidad de dinero6. L a teoría del dinero de Ricardo puede, por lo tanto,
describirse com o una «teoría cuantitativa del dinero»7.

2.2. L a crítica de M a r x a la «econ om ía d e l tru equ e»


y al concepto de atesoram iento

M arx em pezó su crítica a la ley de S a y señalando que Ja ley sería válida si el inter­
cambio de mercancías se realizara a través del trueque. En ese caso, un «exceso gen e­
ral de oferta» sería im posible.

4. Esta era también la opinión de Smith. Los ahorros se utilizan corno capital y los consumen los trabajadores
productivos. Ver Srnith, 1976: 359.
5. P g; = p/pg Pe es el precio del oro. ■
6. Los precios relativos,PjjÍpg¡(ij = 1,2, . . . ) , sin embargo, no cambian. Sólo es e! preciodel oro el que cae.
7. E l mismo razonamiento es aplicable si el papel del dinero ¡o juega un instrumento nominal -p o re je m ­
plo, el dinero de papel-. Para una exposición de la teoría clásica del dinero, ver también Green, 1982.
MARX Y KEYNES: LA CRÍTICA A L A LEY DE SAY 1S7

La única circunstancia que podría evitar la sobreproducción en todas las industrias


de forma simultánea sería [...] el hecho que las mercancías se intercambiaran por
mercancías -es decir, se recurriera a las supuestas condiciones del trueque-. Pero
esta sal ida queda bloqueada por el mísmo hecho de que el comercio (bajo las condi-
cíones capitalistas) no es trueque, y que por eso el vendedor de una mercancía no es
necesariamente al mismo tiempo el comprador de otra. Todo este subterfugio se basa
entonces en hacer abstracción del dinero y del hecho de que no nos concierne el inter­
cambio de productos, sino la circulación de mercancías, una parte esencial de la cual
es la separación de ia compra y la venta (Marx, 1968: 532-3).

E n una economía de trueque, los dos actos de compra y venta de cada mercancía ocu­
rren de form a simultánea. E n este contexto, la ley de Say sí se mantiene: la oferta crea
su propia demanda. Sin em bargo, si asumimos que e l dinero sólo se demanda como
medio de circulación, es d ecir, que nunca permanece inactivo, podem os obtener los
mismos resultados analíticos. Este es el mundo de Ricardo, donde el dinero es sólo un
medio de circulación.
Para M a rx, en cam bio, en una econom ía capitalista el dinero también se demanda
com o depósito de valor; puede ser dejado inactivo. En la term inología de M arx, el
dinero tam bién puede atesorarse. U n a vez se admite que el dinero puede estar ocioso,
ya no existe ningún m otivo por el que los actos de comprar y vender deban coincidir.
En algunas circunstancias, los poseedores del dinero pueden preferir no comprar m er­
cancías, sino mantener atesoramientos de dinero; en este caso, la demanda agregada
se sitúa necesariamente por debajo de la oferta agregada.
M a rx introdujo por primera vez el concepto del atesoramiento del dinero para rea­
lizar su crítica a la teoría de los precios nominales de Ricardo. M á s tarde, sin embargo,
M arx desarrolló el concepto de la demanda del atesoramiento de dinero, es decir, de
la demanda de dinero ocioso, para explicar porqué son posibles los «excesos generales
de oferta» en una econom ía capitalista. A sí, M arx introdujo un concepto más general
de la demanda de dinero. E l dinero se demanda no sólo com o un medio de circulación,
sino también com o una reserva de atesoramiento líquido:

MD = M T+M H (10.2)

donde M D es la demanda total de dinero, M T es la demanda de dinero com o medio de


circulación y M H es la demanda de atesoramiento de dinero.
Exam inem os primero la crítica de M a rx a la teoría de los precios nom inales de
Ricardo. Para M arx (1954: 115), la cantidad de dinero demandado para la circulación
de mercancías se establece por:

M T = ( Z x ¡P s¡)fV (i = 1 , 2, . . . ) (10.3)

que es form alm ente idéntico a la ecuación de Ricardo en (10.1).

E n e l análisis de M arx, sin embargo, la ecuación no im p lica que los cam bios en la
oferta monetaria, M S , provoquen cambios correspondientes en el nivel de precios. En
(10.3), los precios son independientes de la M S ; los precios dependen únicamente del
188 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

valor de las mercancías y del valor del oro8. S i la velocidad de circulación del dinero
está dada, la variable dependiente es entonces M T . M arx observó que «dada la suma
de los valores de las mercancías y la rapidez media de sus m etam orfosis, la cantidad
de metal precioso que opera como dinero depende del valor de ese metal precioso »
(1954: 123; cursivas nuestras)9.
E l hecho de que los precios sean independientes de la M S hacen surgir una cuestión.
Si los precios del dinero no dependen de la M S , ¿cómo se puede asegurar la igualdad
entre la demanda y la oferta de dinero? Para M a rx, esta igualdad siempre está asegu­
rada a través de los cam bios en el nivel de atesoramiento de dinero. Si, por ejem plo,
la M S es superior a la M T , la diferencia (M S - M 7) se atesora. M ás concretam ente, si
la circulación de mercancías ha de producirse sin com plicaciones, una cierta parte de
l a M S debe quedarse siempre o cio sa -atesorada:

Para que la masa monetaria, realmente corriente, pueda saturar constantemente el


poder de absorción de Ja circulación, es necesario que la cantidad de oro [ . ..] de un
país sea superior a la cantidad necesaria para funcionar como moneda. Esta condi­
ción se cumple cuando el dinero toma la forma de atesoramientos. Estas reservas sir­
ven como conductos para la oferta o la retirada de dinero hacia o de la circulación,
que de esta forma jamás desbordará sus límites (Marx, 1954: 134).

A s í, la necesidad de un proceso de circulación de mercancías sin complicaciones es


la primera razón de la existencia del atesoramiento de dinero. L a circulación requiere
que parte del dinero existente permanezca inactivo.
E l tipo de econom ía examinado en los párrafos anteriores es m uy sim ple. Incluso
podría ser una econom ía de mercado no capitalista, en la que las m ercancías fueran
producídas e intercambiadas por productores individuales e independientes. Pero M arx
fue más allá en sus análisis y consideró una econom ía más desarrollada con banca y
crédito; en una econom ía de este tipo, el atesoramiento es aun más necesario. L a gente
guarda reservas líquidas para poder afrontar pagos futuros en la fecha de vencim iento:

Cuando la producción de mercancías se ha extendido de forma suficiente, el dinero


empieza a servir como medio de pago más allá del ámbito de Ja circulación de mer­
cancías [...]. El desarrollo del dinero como medio de pago hace necesaria la acumu­
lación de dinero para las fechas fijadas para el pago de la suma que se debe [ ... ] . [L]a
formación de reservas de medios de pago crece con este progreso (Marx, 1956: 139-41).

U n a v ez reconocido que el dinero se atesora además de gastarse, la relación direc­


ta ricardiana entre el nivel deprecios nominales y la oferta de dinero ya no se mantiene.

8. Pt¡ = v.fvg, donde i'¡ y v{ denotan el valor de la mercancía i y del oro, respectivamente. Los valores de
las mercancías y también del oro dependen, a su vez, de las condiciones técnicas de !a producción; es
decir, que dependen de la cantidad de trabajo incorporado.
9. Marx prosiguió: «La opinión errónea de que son, en cambio, los precios los que están determinados
por Ja cantidad del medio en circulación y que este último depende de la cantidad de metales precio­
sos en el país; esta opinión la basaron, aquellos que primero la tuvieron, en la absurda hipótesis de que
las mercancías no tienen precio y que el dinero no tiene valor ál entrar en circulación, y que, una vez en
circulación, una parte alícuota de la mezcla de mercancías es intercambiada por una parte alícuota de la
cantidad de metales preciosos» (Marx, 1954: 124-5).
r MARX Y KEYNES: LA CRÍTICA A LA LEY DE SAY 189

D adas las cantidades de productos, sus valores y la velocidad de circulación del dine­
ro, la igualdad entre la oferta y la demanda de dinero (M S = M D = M T + M H ) ya no
se obtiene a través de los cam bios en el nivel de precios dei dinero, sino a través de
cambios en el nivel de atesoramiento del dinero

2 .3 . L o s c a m b io s e n la « p r o p e n s ió n a a t e s o r a r » d e lo s c a p it a lis t a s

Hasta ahora, la demanda de atesoramiento de dinero, M H , se ha considerado com o un


residuo que se ajusta a los cam bios en la cantidad total de dinero, M S . C o n una M T
dada, los cam bios en la M H son el resultado de los cam bios en la M S . Pero M a rx tam­
bién consideró la posibilidad de que las M H cambiaran por otros motivos; en particu­
lar, afirmó que las M H también pueden cambiar debido a variaciones en la «pmpensión
al atesoramiento» en el sistema económico. Esta posibilidad de aumento en la ten­
dencia al atesoramiento es un tema central en la crítica de M arx a la ley de Say.
Empecemos con la ecuación (10.3) anterior y supongamos que M S > M T , de forma
que una cierta cantidad de dinero es atesorado. Si V es constante, está claro que los
outputs x ¡s pueden cam biarse a los precios p gi (que se supone que son los precios que
aseguran una tasa de beneficios «normal» o «habitual» en todos los sectores)*1 sola­
m ente si la cantidad de dinero utilizada para la circulación es M T . S i la cantidad de
diner'jl destinada a la circulación fuera menos que M T , las mercancías no podrían cam ­
biarse a los precios p gl- Esto sign ifica que la cantidad de dinero atesorado debe ser
M H = M S - M T si las mercancías deben intercambiarse a los precios p gi
Si los que poseen el dinero decidieran atesorar una cantidad m ayor M H > M H ,
sería imposible que todas las mercancías producidas se vendieran a esos precios: o los
precios reales caerían o los stocks de mercancías no vendidas se amontonarían, o las dos
cosas. E n cualquier caso, se produciría una sobreproducción general; la demanda agre­
gada se situaría por debajo de la oferta agregada; es decir, que la ley de Say no se cum­
pliría.
Por tanto, es la posibilidad de aumentos en la demanda de dinero inactivo lo que
invalida la ley de Say. U n aumento en la demanda de atesoramiento de dinero puede con­
siderarse un aumento en la propensión a atesorar. L a cuestión consiste en qué factores
causan el aumento de la propensión al atesoramiento. L a respuesta de M arx se encuen­
tra en su análisis de las características esenciales del modo de producción capitalista.
Para M arx, en una econom ía capitalista, la ciase capitalista en su conjunto tiene el
monopolio del dinero12: la clase trabajadora recibe dinero solamente en form a de sala­
rios y lo gasta inmediatamente en bienes de consumo necesarios para la subsistencia.
Só lo la clase capitalista puede atesorar dinero y, por lo tanto, la posibilidad de una
sobreproducción general proviene de decisiones tomadas por e s ta cla se co n el fin de
aumentar sus existencias de saldos inactivos relativos a la cantidad de dinero gastado

!0. Marx, sin embargo, no fue completamenleconsistente en su rechazo a la teoría cuantitativa del dinero.
Al tratar el caso del papel moneda, Marx pareció aceptar la teoría cuantitativa ricardíana que había
rechazado en el caso de! dinero-oro. Ver Marx, 1954: 128. Para una crítica al tralamiento del papet
moneda de Marx, ver Sardoní, 1987: 30-1.
l 1. El molivo de esta suposición se clarificará más adelante.
12. Ver Marx, 1956: 425: «¡a clase capitalista [...] tiene el monopolio de los medios sociales de produc­
ción y del dinero» (cursivas nuestras).
190 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

en producción. E n otras palabras, los cam bios en ja propensión al atesoramiento son


cam bios en la propensión de los capitalistas al atesoramiento.
¿Por qué debería la clase capitalista en su conjunto aumentar su propensión al ate­
soramiento? L a respuesta se encuentra en el análisis de los motivos para la producción
y la acum ulación que caracterizan el comportamiento de los empresarios capitalistas.
E n una econom ía capitalista, los empresarios no producen m ercancías sim plem ente
con tal de satisfacer, directa o indirectamente, sus propias necesidades; inician proce­
sos de producción e inversión para obtener beneficios. Sólo teniendo en cuenta esta
característica fundam ental del m odo de producción capitalista podem os explicar por­
qué la propensión de los capitalistas al atesoramiento puede aumentar y desencadenar
una crisis general de sobreproducción. M arx lo explicó de la siguiente forma:

En la reproducción, igual que en la acumulación de capital, no se rata sólo de una


cuestión de sustituir la misma cantidad de bienes de uso de los que consiste el capi­
tal, en la escala anterior o en una escala mayor(en el caso de la acumulación), s in o d e
s u s t it u ir e l v a l o r d e l c a p it a l a d e la n t a d o j u n i o c o n la t a s a d e b e n e f i c io h a b it u a l [ . . . ].
Si, como consecuencia, [ ...] los precios demercado delas mercancías [...] caen muy
por debajo de su precio de coste, la reproducción del capital se limita al máximo. La ;íf:
acumulación, sin embargo, se estanca aún más. La plusvalía acumulada en forma de Ii #I
dinero (oro o billetes) sólo puede transformarse en capital con pérdidas. P o r c o n s i ­
g u ie n t e p e r m a n e c e in a c t iv o a l m a c e n a d o e n l o s b a n c o s o en f o r m a d e d in e r o d e c r é ­ ■ f i

d ito. L a c o m p r a y l a v e n ta s e e s t a n c a n y e l c a p it a l n o u t iliz a d o a p a r e c e e n f o r m a d e
d in e ro (1968: 494; cursivas nuestras).
1
m
M arx se refiere claramente a situaciones en las que una parte importante de la clase I l
capitalista es inducida a aumentar su demanda de atesoramiento. M arx centró su aten­
ción en este tipo d e’situaciones:

la oferta de todas las mercancías puede ser mayor a la demanda de todas las mer­
!l
is
cancías, ya que la demanda de la mercancía general, el dinero, el valor de intercam­
bio, es mayor que la demanda de todas las mercancías particulares, en otras palabras, 1
el motivo de convertir la mercancía en dinero, para realizar su valor de intercambio,
prevalece por encima del motivo para ransformar la mercancía otra vez en valor de
uso (1968: 505).
lll
A s í, según M a rx, las decisiones de los capitalistas de atesorar están relacionadas
con su capacidad para obtener la tasa de beneficio «habitual».
E l párrafo anterior, sin embargo, plantea una cuestión que merece una breve digre­
sión. En el párrafo citado, M arx no dice de forma explícita si se está refiriendo exclu ­
sivamente a los precios y a las tasas de beneficio reales o a los reales y a los esperados
a la vez. Sin em bargo, aunque M a rx no utilizara los términos «precios esperados» o
«expectativas» con mucha frecuencia, está claro que lo que M arx estaba diciendo im plí­
citamente era que una caída real en los precios de mercado induce a los empresarios a
esperar que los precios foturos estén «m uy por debajo» de su nivel habitual, de form a que
la tasa de beneficio esperada se sitúa también por debajo de su nivel habitual. D e hecho,
sólo si se introducen las expectativas tiene sentido eld e b a te sobre el atesoramiento.
Q u e una reducción de precios dism inuye el beneficio y que esto puede llevar a una
reducción en la tasa de acum ulación es obvio -m enores beneficios significan que hay
MARX Y KEYNES: LA CRÍTICA A LA LEY DE SAY 191

menos disponible para invertir- pero, en este caso, e l atesoramiento no tiene lugar
necesariamente. L a inversión puede disminuir, pero todo el capital dinero disponible se
gasta igualmente. Los capitalistas sólo atesoran el dinero y dejan de invertirlo sí espe­
ran una tasa de beneficios demasiado baja.
A d em ás, el concepto de M arx del m odo de producción capitalista es tal que todas
las decisiones importantes deben basarse en expectativas. Los capitalistas toman deci­
siones de producción e inversión dentro de un m arco de mercado que no puede cono­
cerse con certeza. L a misma división del trabajo evita que cualquier empresa individual
conozca con certeza cual es el mercado para sus productos. A s í, cada empresa debe
tomar sus propias decisiones en un escenario incierto13.
Por lo tanto, para M arx no es posible tratar el problema de la demanda efectiva y
de los «excesos generales de oferta» fuera del análisis de las características esenciales
del modo de producción capitalista. E l modo de producción capitalista es una econo­
m ía monetaria en la cual los procesos de producción e inversión se inician con el fin de
obtener beneficios. E l mercado capitalista constituye un escenario incierto, en el que
todas las decisiones importantes deben basarse en expectativas. Solamente abstrayén­
dose de todo esto es posible afirm ar que los «excesos generales de oferta» no pueden
ocurrir.

Para demostrar que la producción capitalista no puede llevar a crisis generales,


todas sus condiciones y formas distintas, todos sus principios y características espe­
cíficas [ ...] son negados. De hecho, se demuestra que si el modo de producción
capitalista no se hubiera desarrollado de una forma específica y se hubiera con­
vertido en una forma única de producción social, sino que fuera un modo de pro­
ducción que se remontara a las épocas más rudimentarias, entonces sus peculiares
contradicciones y conflictos y, por lo tanto, tampoco la erupción de las crisis, exis­
tirían (Marx, 1968: 501).

Algunas páginas después, M a rx repitió su crítica al enfoque de Ricardo de una


form a que anticipaba algunos rasgos de la posición de Keynes respecto a la ley de
Say:

Todas las objeciones que Ricardo y otros plantean contra la sobreproducción, etc.,
se basan en el hecho de que ellos entienden la producción burguesa bien como un
modo de producción en el que no existe distinción alguna entre compra y venta -true­
que directo- o como una producción social, que implica que la sociedad, como si

13. En el siguiente fragmento, Marx muestra cómo las empresas intentan defenderse de la incertidumbre y
cómo las decisiones individuales, tomadas en un escenario incierto, afectan a los resultados agregados:
«Como [ ...] la autonomización de! mercado mundial [...] aumenta con el desarrollo de las relaciones
monetarias [...] y viceversa, como el vínculo general y la interdependencia circular de la producción
y en el consumo aumcmanjuntamente con la interdependencia e indiferencia entre los consumidores y
los productores; como esta contradicción lleva a crisis, etc., de aquí [.,.] que se realicen esfuerzos
superarlo: aparecen instituciones por las cuales cada individuo puede conseguir infonnación sobre la
actividad de todos los demás e intentar ajustar la suya de acuerdo con esto [...]. Esto significa que, aun­
que la oferta y la demanda total son independientes de las acciones de cada individuo, todo el mundo
intenta informarse de ellas, y esteconocimiento afecta entonces en la práctica a la oferta y la demanda
total» (Marx, 1973: 160-1).
192 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

siguiera un plan, distribuye sus medios de producción y fuerzas productivas en el


grado y medida que se requiere para la realización de las diferentes necesidades socia­
les, de forma que cada ámbito de producción reciba la cuota de capital social necesaria
para la satisfacción de las correspondientes necesidades (1968: 529).

En un s is te m a e c o n ó m ic o en e l q u e la p r o d u c c ió n s e o r g a n iz a c o n e l fin d e a s e g u ­
rar la r e a liz a c ió n d e to d a s la s n e c e s id a d e s s o c ia le s , e l d in e r o n o p u e d e j u g a r otro p a p e l
q u e e l d e m e ro m e d io d e c ir c u la c ió n . E n e sta s c ir c u n s t a n c ia s , n o e x is te n in g u n a r a z ó n
p a ra q u e lo s a g e n te s s o c ia le s m a n te n g a n e l d in ero in a c t iv o .
T a l c o m o v e r e m o s , la c r ít ic a d e K e y n e s a la le y d e S a y s ig u e e l m is m o e n fo q u e
q u e la d e M a r x . P a r a K e y n e s , ig u a l q u e p a r a M a r x , la n a tu r a le z a m o n e ta ria d e la e c o ­
n o m ía c a p it a lis t a y lo s m o tiv o s q u e r ig e n la s d e c is io n e s y a c c io n e s d e lo s e m p r e s a r io s
so n lo s p u n to s d e p a r tid a d e la c r ít ic a a la le y d e S a y .
S in e m b a r g o , an tes d e in ic ia r u n an á lisis d e la p o s ic ió n d e K e y n e s , s e r ía útil to m a r
en c u e n ta o tra c u e s tió n p la n te a d a p o r la a c e p ta c ió n d e la le y d e S a y .

2.4. L a ley de S a y en R ica rd o y en la econ om ía n eoclásica

L a v a lid e z d e la le y d e S a y s ig n ific a b a , p a r a R ic a r d o , q u e c u a lq u ie r c a n tid a d d e c a p i­


tal p o d ía ser u t iliz a d a s in e n c o n tr a r n in g ú n o b s tá c u lo p o r e l la d o d e la d e m a n d a y q u e ,
p o r e s t a r a z ó n , la c a p a c id a d p r o d u c t iv a e x is te n te e n la e c o n o m ía s ie m p r e e s t a b a p l e ­
n a m e n te u tiliz a d a . P e r o R ic a r d o n u n c a a fir m ó q u e la le y d e S a y d e b ía im p lic a r e l p le n o
e m p le o d e l t r a b a jo 14.
A s í , M a r x n u n c a tu v o q u e p r e o c u p a r s e p o r d e m o s tra r q u e e l p le n o e m p le o d e l tr a ­
b a jo n o s e c o n s ig u e n e c e s a r ia m e n te en u na e c o n o m ía c a p ita lis ta . E n su c r ít ic a a R ic a r d o ,
M a r x s e c e n tr ó s ó lo e n la p o s ib ilid a d d e q u e la d e m a n d a e fe c tiv a c a y e r a p o r d e b a jo d e
la o fe r ta . C o m o c o n s e c u e n c ia d e e s to , p arte d e la c a p a c id a d p r o d u c tiv a e x is te n te p u e d e
q u e d a r in u t i liz a d a y e l d e s e m p le o d e l tr a b a jo p u e d e c r e c e r . S i e x is te u n a c a p a c id a d
in a c tiv a , e l n iv e l d e d e s e m p le o e s , e v id e n te m e n te , m á s a lt o q u e e n e l c a s o d e la p le n a
u tiliz a c ió n d e la c a p a c id a d .
K e y n e s tra tó la le y d e S a y e n s u fo r m u la c ió n n e o c lá s ic a . E n e s ta fo r m u la c ió n , la
le y im p lic a q u e la e c o n o m ía lo g r a n e c e s a r ia m e n te e l e q u ilib r io d e p le n o e m p le o , y s e
b a sa en la id e a d e q u e la ig u a ld a d e n t r e l a in v e rs ió n y e l a h o rro e s tá a s e g u r a d a p o r lo s
c a m b io s e n la ta s a d e in te r é s .
E s t o p u e d e e x p lic a r , en p a r te , p o r q u é a v e c e s la s s im ilitu d e s en tre M a r x y K e y n e s
p e r m a n e c e n o c u lt a s . L a s d ife r e n te s fo r m u la c io n e s d e la le y p o r p arte d e lo s e c o n o ­
m is ta s c lá s ic o s y d e lo s e c o n o m is t a s n e o c lá s ic o s lle v a r o n a M a r x y a K e y n e s a u t ili­
z a r te r m in o lo g ía d ife r e n te en su s c r ít ic a s , a p e s a r d e e s t a r u t iliz a n d o c o n c e p to s m u y
s im ila r e s .

14. Quizás la evidencia más convincente de que Ricado no asociaba la ley de Say con el pleno empleo es
su análisis de la maquinaria y del desempleo en el famoso capítulo 31 de Principios (Ricardo, 1951:
386-97). Aunque Ricardo asumió sin lugar a dudas que la ley era válida, señaló que el proceso deacu­
mulación podía provocar el aumento del desempleo del trabajo. Para la relación entre la plena utiliza­
ción de lacapacidad productiva y el pleno empleo del trabajo en Ricardo, ver también Garegnani, 1978:
338-41 y Milgatc, 1982: 39-40.
MARX Y KEYNES: LA CRÍTICA A LA LEY DE SAY 193

3. L a c r ít ic a de K eynes a la le y de Say

3.1. D e una «econom ía n eu tral» a una «econom ía em presarial»

Keynes incluyó a todos sus predecesores bajo la denominación de «economistas clásicos»,


considerando el enfoque de Ricardo com o fundamentalmente idéntico al de la escuela
neoclásica. A s í, para K eynes, la crítica a la versión neoclásica de Ja ley era aplicable
directamente también a la versión clásica^. Sin embargo. tal y com o ya hemos señala­
do, la interpretación de los clásicos de Keynes es incorrecta y, por lo tanto, su argumento
debe entenderse como aplicable sólo a la formulación neoclásica de la ley de Say.
Según los economistas neoclásicos criticados por Keynes, la com petencia llevaría
a Ja expansión de Ja producción y del empleo hasta el nivel al que la oferta de output sea
perfectam ente inelástica, es decir, hasta el pleno em pleo. N o obstante, para Keynes
sólo existe un nivel de em pleo que puede ser consistente con el equilibrio. D e hecho,

cualquier otro nivel llevará a la desigualdad entre el precio de la oferta agregada del
output en su conjunto y el precio de su demanda agregada. Este nivel no puede ser
mayor que el pleno empleo [...]. Pero no existe ninguna razón, en general, para espe­
rar que sea igual al pleno empleo. La demanda efectiva asociada al pleno empleo es
un caso especial, sólo realizado cuando la tendencia a consumir y el incentivo a inver­
tir se encuentran en una relación particular la una con la otra (1936: 28).

E n esta form a, sin em bargo, ¡a crítica de Keynes a la ley de S a y apenas guarda


relación alguna con la crítica de M a rx . Pero en sus escritos previos a The G eneral
Theory, Keynes criticó la ley de Say de form a bastante diferente. E n ese caso, las sim i­
litudes cqn M a rx aparecen de form a m ucho más clara.
En un artículo escrito en 1933 en honor a Arthur Sp ieth off (« A M onetary Theory o f
Production» en Keynes, 1973a: 408-11), Keynes criticó la ley introduciendo de forma
explícita el dinero y su esencial importancia. Tradicionalmente, el dinero ha sido consi­
derado por los econom istas solamente com o un instrumento útil que facilita el inter­
cambio, pero que es neutral en lo que refiere a sus efectos sobre el conjunto de la economía.
U n a economía en la que el dinero tiene estas características es lo que Keynes llamó una
«econom ía del intercambio real», que es muy diferente a su concepción de una «econo­
m ía monetaria». En una economía monetaria, e l tipo de economía en Ja que vivimos, el
dinero juega un papel específico; influye sobre motivos y decisiones y afecta a la tasa de
interés así com o a la relación entre el output y e l gasto total (ver Keynes, 1973a: 408-9).
Según Keynes, la mayoría de los economistas, a pesar de ser conscientes del hecho
de que vivim os en una econom ía monetaria, escribieron sus tratados bajo la suposi­
ción de que una econom ía capitalista de mercado se comporta com o si fu era una eco ­
n om ía del intercambio real.1
5

15. «La teoría clásica supone [ ...] que el precio {o ingresos) de la demanda agregada siempre se acomoda
al precio de laoferta agregada; de forma que, sea cual sea el volumen de N , los ingresos D suponen un
valorigual al precio de la oferta agregada Z que corresponde a N . E s decir, que la demanda efectiva,
en lugar de tener un valor de equilibrio único, es un abanico infinito de valores admisibles todos por
igual; y la cantidad de empleo es indeterminada excepto en la medida en que la desutilidad marginal
del trabajo fije un línute superior (Keynes, 1936:26).»
194 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

Keynes desarrolló muchas de estas cuestiones de form a más com pleta en el borra­
dor de 1933 de varios capítulos de The General Theoty 16 A q u í, Keynes cambió par­
cialm ente la term inología, llamando a la economía del intercam bio real, «econom ía
cooperativa», y a la econom ía monetaria, «econom ía empresarial». A d em ás, K eynes
introdujo el concepto de la econom ía empresarial neutral o «econom ía neutral».
U n a econom ía cooperativa, aunque utiliza el dinero para el intercam bio, es esen­
cialm ente equivalente a una econom ía del trueque en la que los factores de la produc­
ción se ven recompensados por una participación en el output real.

Y o defino una economía del trueque como una economía en la que los factores de
producción se ven recompensados por la división del output real de sus esfuerzos
cooperativos en proporciones acordadas. No es necesario que reciban su parte de out­
put en especie; la posición es Ja misma si comparten Jos ingresos de la venta del
output en proporciones acordadas. Como esta economía no excluye el uso del dine­
ro para objetivos de conveniencia transitoria, quizá es mejor llamarla economía de
salarios reales, o una economía cooperativa, diferenciada de la economía empresa­
rial. En una economía del trueque (o cooperativa), sólo el cálculo erróneo o la obs­
tinación estúpida pueden interrumpir el camino de la producción, si el valor del
producto real previsto supera los costes reales (Keynes, 1979: 66-7).

En la m edida en que los factores de producción son recom pensados con propor­
ciones acordadas, el dinero es utilizado únicamente com o una «conveniencia transito­
ria» para comprar una parte predeterminada del output. En esta econom ía, parecida al
caso de la «producción social» mencionado por M arx (ver p. 227), se asegura el pleno
empleo de todos los factores: tanto la demanda com o la oferta de cada factor depen­
den de su recompensa prevista en términos de output, y mientras el output previsto
exceda su coste, la producción se llevará a cabo. Cuando e l valor esperado del output
deja de ser m ayor que su coste, se ha alcanzado el pleno em pleo17-
S e puede llegar a los m ism os resultados analíticos incluso si se realizan suposi­
ciones menos restrictivas. D e hecho, incluso si algunos factores no utilizan todas sus
recompensas para adquirir una parte del output existente sino que desvían parte de ellas
a la compra de una parte de la riqueza preexistente, se sigue logrando el pleno empleo,
siempre que los vendedores de la riqueza preexistente utilicen a su vez sus ingresos
para com prar el output actual (ver K eynes, 1979: 77). Esta últim a situación represen­
ta una econom ía en la que los ingresos pueden ser gastados en productos o ahorrados
por cada factor individual; sin embargo, lo que se ahorra se gasta.
Llegados a este estadio, es fácil im aginar una econom ía a la que se le puedan apli­
car las mismas condiciones descritas más arribapero donde exista una clase de empre-

16.' En 1933, Keynes elaboró dos borradores de! índice y esbozó varios capítulos del segundo. Todo este
material no se publicó hasta 1979. Sobre este tema, ver la «Editorial Note» del volumen X X IX de
Collccled Writings (Keynes, 1979: XIII-IV). En los borradores del primer capítulo (Keynes, 1979:
66-8), del segundo capítulo (p. 76-87) y del tercer capítulo (p. 87-111), Keynes trató los temas deba­
tidos aquí. Sobre la importancia teórica de los borradores deKeynes, ver también Rotheim, 1981 y
Tarshis, 1989.
l 7. En otras palabras, el «segundo postulado» de la economía clásica (y neoclásica) se mantiene. Ver Keynes,
1936: 5-7.
MARX Y KEYNES: LA CRÍTICAA LA LEY DE SAY 195

sarios que inicien los procesos productivos con el fin de vender el output a cam bio de
dinero. A esta econom ía, Keynes la llama economía neutral. E s una econom ía

donde la puesta en marcha de los procesos productivos depende en gran medida de una
clase de empresarios que alquilan Jos factores de producción a cambio de dinero y
buscan recuperarlo a través de la venta del output a cambio de dinero, a condición
de que el conjunto de ingresos corrientes de ios factores de producción sean necesa­
riamente gastados, directa o indirectamente, en la compra del propio output corrien­
te de ios empresarios» (Keynes, 1979: 77).

E n esta econom ía, existe un m ecanism o que asegura que el valor de intercambio
de los ingresos monetarios de los factores es siempre igual, a nivel agregado, a la pro­
porción de output que hubiera sido la parte de los factores en una econom ía coopera­
tiva (ver Keynes, 1979: 78). D e esta form a, una econom ía capitalista se comporta como
una econom ía cooperativa sólo si se cumplen estas restrictivas condiciones.
E s evidente que las definiciones de Keynes de la econom ía cooperativa y la eco­
nom ía neutral corresponden a conceptos pertenecientes a la econom ía neoclásica. Sin
embargo, si hacemos un par de m atizaciones, las críticas de Keynes son también apli­
# cables a Ricardo. Si eliminamos la idea de que la validez de la ley de Say im plica nece­
sariamente el pleno empleo del trabajo y que la igualdad entre ahorros e inversiones
está asegurada por un mecanismo particular de mercado, es correcto afirmar que' tam­
bién Ricardo llevó a cabo su análisis en el contexto de una econom ía empresarial neu­
tral. Para Ricardo, el dinero también era una «com odidad transitoria».

3.2. L a s características esenciales d e una «eco n om ía em presarial»

D esde un punto de vista m etodológico, los enfoques de M arx y de Keynes son muy
parecidos: se puede afirmar que la ley de Sa y es aplicable a una econom ía capitalista
sólo si se postulan características que en realidad no se encuentran en el capitalism o.
Keynes se aproximó todavía m ás a M arx cuando describió los rasgos esenciales de una
m econom ía empresarial, es decir, de una econom ía capitalista. Keynes incluso utilizó
términos m arxianos18:

La distinción entre una economía cooperativa y una economía empresarial guarda


cierta relación con una valiosa observación realizada por Kari Marx [...] . Él seña­
ló que la naturaleza de la producción en el mundo real no es, tal como muchas veces
suponen los economistas, un caso de C -M -C ’, es decir, de intercambio de mercan­
cías (o esfuerzos). Este puede ser el punto de vista del consumidor privado. Pero
no es la actitud de los negocios que es el caso del M -C -M ', es decir, de intercambio
de dinero por mercancía (o esfuerzo) con el fin de obtener más dinero (Keynes,
1979: 81).

E n e l mundo de M a rx, es la rentabilidad d e l gasto de los empresarios lo que deter­


mina la dinámica de las econom ías capitalistas. Los empresarios inician procesos pro-

18. Sin embargo, no se refirió directamente a la obra de Marx sino a un libro de McCracken sobre los ciclos
empresariales (1933).
196 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

d u c tiv o s n o p a ra p r o d u c ir u n m a y o r o u tp u t s in o para o b ten er u n b e n e fic io , un b e n e fi­


c io q u e to m a n e c e s a r ia m e n te una fo r m a m o n e ta r ia . K e y n e s a r g u m e n tó lo m is m o .

A un em presario le interesa. no Ja cantidad de producto, sino la cantidad de dinero


que le corresponderá en su participación. A u m en tará su producción si al hacerlo prevé
increm enlar su b en eficio m onetario, aunque este b e n e ficio represente u na cantidad
m enor de producto que antes (K eyn es, 1979: 82).

L o s e m p r e s a r io s d e stin a rá n d in e r o a la p r o d u c c ió n si e s p e ra n q u e s e a r e n ta b le ( e n
té r m ín o s m o n e ta rio s ) h a c e r lo . S i s e p r e v é q u e la p r o d u c c ió n n o s e a r e n ta b le , e l d in e r o
s e m a n te n d rá in a ctiv o y , c o rn o c o n s e c u e n c ia , lo s e m p r e s a r io s o fre ce rá n m e n o s e m p le o :
« L a e le c c ió n ( . . . ] d e d e c id ir s i o f r e c e r e m p le o o n o e s u n a e le c c ió n e n tre u t iliz a r e l
d in ero d e esta o d e otra fo r m a o d e n o u t i l i z a r l o p a r a n a d a » ( K e y n e s , 1979: 8 2; cu rs iv a s
I¡1
n u e stra s).
K e y n e s ta m b ié n e x p r e s ó s u p o s tu r a d e fo r m a m u y s im ila r d e sp u é s d e Ja p u b lica.:. '
c ió n d e T h e G e n e r a l T l r e o r y ; e n s u a r t íc u lo d e 1 9 3 7 « T h e G e n e r a l T h e o r y o f
II
11
E m p lo y m e n t » , K e y n e s s e ñ a ló q u e la in v e r s ió n

depen de de dos tipos de ju icio s sobre e l fu tu ro , ninguno de los cu a les se b a sa en


unos fundam entos adecuados o seguros - e n la propensión al atesoram iento y en
las o p in io n es sobre lo s rendim ientos fu tu ro s de lo s bienes d e c a p ita l-. T a m p o co
existe ningún m o tivo para suponer qu e las flu c tu a cio n e s en uno de estos factores
tenderán a co m p en sar la s flu c tu a c io n e s en el otro. C u a n d o se tom a un punto de
v ista m ás p e s im is ta sobre lo s ren d im ie n to s fu tu r o s , esta no es razón p o r la qu e
debiera dism in u ir la propensión al ateso ram iento . D e h ech o , las co n d icio n e s que
agravan a un factor tienden, po r norm a gen eral, a agravar a l otro. D e b i d o a q u e l a s
m is m a s c i r c u n s t a n c ia s q u e lle v a n a l a s v i s i o n e s p e s i m is t a s s o b r e l o s r e n d im ie n t o s
f u t u r o s lle v a n a a u m e n ta r l a p r o p e n s ió n a l a l m a c e n a m ie n t o ( E n K e y n e s , 1973b:
118; cursivas nuestras). ■fifi
lilis
illl

4. C o n c l u s ió n : la « e c o n o m í a EMPRESARIAL» de M a r x y de KEYNES

A p e sar d e su s d ife r e n c ia s o c a s io n a le s e n la t e r m in o lo g ía , tan to M a r x c o m o K e y n e s


o fr e c ie r o n a r g u m e n to s s u s ta n c ia lm e n te s im ila r e s p a r a r e c h a z a r la le y d e S a y . A d e m á s ,
s u s d e s c r ip c io n e s d e la s c a r a c te r ís tic a s fu n d a m e n t a le s d e la e c o n o m ía c a p ita lis ta t a m ­
b ié n está n m u y p r ó x im a s . A q u í, co n e l fin d e s u b r a y a r su s s im ilit u d e s , r e s u m ir é s u s
p u n to s d e v is t a u tiliz a n d o u n a t e r m in o lo g ía u n ifo r m e .
L a le y d e S a y e s a p lic a b le a u n a e c o n o m ía e n la q u e e l d in e r o e s s ó lo u n m e d io d e
in te r c a m b io , u n a « c o n v e n ie n c ia tr a n s ito ria » . P e r o e n u n a e c o n o m ía c a p ita lis ta , e l d in e ­
ro ta m b ié n s e u t iliz a c o m o d e p ó s ito d e v a lo r . L o s e m p r e s a r io s c a p ita lis ta s p u e d e n g a s ­
tar dinero para iniciar procesos p ro d u ctiv o s o p u e d en m antenerlo in a ctiv o . L a ren tabilidad
d e la p r o d u c c ió n y d e la in v e r s ió n e s e l fa c to r e s e n c ia l q u e d e te r m in a c ó m o s e u t iliz a
e l d in e r o . .
S i las e x p e c t a t iv a s d e lo s c a p it a lis t a s r e fe r e n t e s a la r e n ta b ilid a d d e s u s p r o c e ­
s o s p r o d u c t iv o s s e v u e lv e n p e s im is t a s , la d e m a n d a d e d in e r o o c io s o ( a te s o r a m ie n ­
to ) c r e c e , m ie n tr a s q u e la d e m a n d a d e m e r c a n c ía s y d e tr a b a jo s e r e d u c e . E l d in e r o
MARX Y KEYNES: LA CRÍTICA A LA LEY DE SAY 197

e s e l m e j 0r d e p ó s ito d e v a lo r en u n s is t e m a en e l q u e to d a s la s t r a n s a c c io n e s e x ig e n
d in e r o . E l d in e ro p u e d e c o n v e r tir s e e n m e r c a n c ía s , o e n tr a b a jo , en c u a lq u ie r m o m e n ­
to fu tu r o .
U n a u m e n to en la d e m a n d a d e d in e r o es d ife r e n te d e u n a u m e n to en la d e m a n d a
d e c u a lq u ie r o tro p r o d u c to . U n a m a y o r d e m a n d a d e u na m e r c a n c ía d e te r m in a d a , a l
la d o d e u n a m e n o r d e m a n d a d e o tra s m e r c a n c ía s , p r o v o c a u n c a m b io en e l e m p le o p ero
n o n e c e s a r ia m e n te u n a d is m in u c ió n a n iv e l a g r e g a d o . E n c a m b io , una m a y o r d e m a n ­
d a d e d in e r o , a l la d o d e u n a m e n o r d e m a n d a d e o tro s p r o d u c t o s , p r o v o c a u n a d is m i­
n u c ió n en la d e m a n d a d e tr a b a jo p a r a l a p r o d u c c ió n d e b ie n e s . D e h e c h o , e l a u m e n to
d e la d e m a n d a d e d in e ro p r o d u c e e l n o a u m e n to (o u n a u m e n to m u y p o c o s ig n ific a t i­
v o ) d e l n iv e l d e e m p le o en l a p r o d u c c ió n d e d in ero . E s t o e s v e rd a d tan to si e l d in e r o es
u n a m e r c a n c ía (o ro ) c o m o si es un in s tru m e n to n o m in a l. L a m a y o r c a n tid a d de d in e r o
q u e s e d e m a n d a p a ra ten erlo in a c t iv o (a te so r a d o ) n o tie n e q u e ser p r o d u c id o . E s t á d is -
p o n ib le d e b id o a la d is m in u c ió n d e la d e m a n d a d e « d in e ro a c t iv o » , es d e c ir , d e d in e r o
c o m o m e d io d e c ir c u la c ió n .
F in a lm e n t e , to d o s e s t o s p u n to s p u e d e n r e s u m ir s e u tiliz a n d o la s p a la b r a s d e J o a n
R o b in s o n . U n a u m e n to en e l a te s o r a m ie n to s e p r o d u c e c o m o r e s u lta d o d e u n « c a m b io
d e s e n tim ie n to » , es d e c ir , u n c a m b io e n la s e x p e c ta tiv a s d e lo s c a p ita lis ta s . L o s a te s o ­
r a m ie n to s so n

la cantidad total de dinero menos la circulación activa (“ saldos inactivos” ). Cuando


la cantidad de dinero permanece constante, se produce un “ aumento del atesora­
miento” , debido a un declive de los ingresos y de la actividad comercial, lo que libe­
ra dinero de la circulación activa del dinero (Robinson, 1938: 232).

A u n q u e ta n to M a r x c o m o K e y n e s d ir ig ie r o n su s c r ític a s ^ e s c e n a r io s te ó r ic o s s ig ­
n ific a tiv a m e n t e d ife r e n te s , d e s ta c a r o n e le m e n to s q u e so n fu n d a m e n ta lm e n te lo s m is ­
m o s . A m b o s ac u sa ro n a sus p r e d e c e s o r e s d e fa lt a d e « r e a lis m o » , en e l s e n tid o d e qu e
s u p o n ía n un tip o d e e c o n o m ía c u y a s c a r a c te r ís tic a s e s e n c ia le s n o se c o r r e s p o n d ía n co n
la s d e la s e c o n o m ía s c a p it a lis t a s r e a le s .
■ E l r a z o n a m ie n to te ó r ic o , en c u a lq u ie r d is c ip lin a , n o e s y n o p u e d e s e r r e a lis ta en
e l s e n tid o d e o fr e c e r u n a d e s c r ip c ió n c o m p le t a d e l o b je t o in v e s t ig a d o . L a te o r ía n o
p u e d e re p r o d u cir la re a lid a d e n u n a e s c a la « u n o a u n o » ; t ie n e q u e c o m p r e n d e r lo s e le ­
m e n to s e s e n c ia le s y b á s ic o s d e s u o b je t o d e in v e s t ig a c ió n a tr a v é s d e u n p r o c e s o d e
a b s tr a c c ió n . E n e s t e p r o c e s o , lo s e le m e n t o s a c c id e n t a le s y c o n tin g e n te s n o s e to m a n
en c o n s id e r a c ió n . E s t a e s J a fo r m a e n q u e l a te o r ía « r e p r o d u c e » la realidad*® .
P e r o e l p r o c e s o d e a b s tr a c c ió n e s m u y d i f í c i l . M ie n t r a s q u e lo s a s p e c to s c o n t in ­
ge n te s d e l o b je to d eben e lim in a r s e , n in g u n a c a ra cte rís tica fu n d a m e n ta l d e b e c o n fu n d ir se
c o m o u n a a c c id e n t a l o ir r e le v a n t e , y s e r p o r e s o ig n o r a d a . S i , e n e l p r o c e s o d e a b s ­
tr a c c ió n , s e p ie rd en a s p e c to s fu n d a m e n ta le s d e l o b je to , la te o r ía d e ja d e se r « r e a lis ta » , 1
9

19. Marx lo expresó en estos términos. La realidad «aparece ene! proceso de pensar [ ...] como un pro­
ceso de concentración, como un resultado, no como punto de partida, aunque es el punto de partida
en la realidad y, por lo tanto, también el punto de partida para la observación y Ja concepoión [...]. [L]a
determinación abstracta lleva a la reproducción de lo concreto a través del pensamiento» (Marx,
1973: 101).
198 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

es d e c ir , o fr e c e u n a « r e p r o d u c c ió n » d e l o b je to q u e y a n o e n c a ja c o n e l o b je to « c o n ­
c r e to » re a l.
L a c r ít ic a d e M a r x a l a n á lis is d e la d e m a n d a e f e c t i v a d e R ic a r d o e s u n a c o n s e ­
c u e n c i a ló g ic a d e su e n fo q u e m e t o d o ló g ic o . A l d e s a r ro lla r su c o n c e p c ió n d e la e c o n o ­
m ía c a p it a lis t a , R ic a r d o fr a c a s ó e n e n te n d e r q u e e l d in e r o , y su p a p e l e s p e c íf ic o , n o
p u e d e d e ja rs e fu e r a d e c o n s id e r a c ió n . A l d e s c u id a r e l d in e r o , R ic a r d o p u d o ig u a la r e l
p r o c e s o c a p it a lis t a d e in te r c a m b io c o n e l tr u e q u e y , e n c o n s e c u e n c ia , n o v io q u e la
d e m a n d a a g r e g a d a p u e d e c a e r p o r d e b a jo d e l a o fe r ta a g r e g a d a y d a r lu g a r a to d a s la s
c o n s e c u e n c ia s q u e M a r x a n a liz ó .
K e y n e s n o e s t a b a fa m ilia r iz a d o c o n la m e t o d o lo g ía d e M a r x , p e r o e s tá c la r o q u e
su c r ít ic a m e t o d o ló g ic a a s u s p r e d e c e s o r e s e s p a r e c id a a la c r ít ic a d e M a r x r e s p e c to
a R ic a r d o . K e y n e s , a l ig u a l q u e M a r x , d e s ta c ó q u e s u s p r e d e c e s o r e s n o h a b ía n e n te n ­
d id o q u e e l a n á lis is d e u n a e c o n o m í a c a p ita lis ta n o p u e d e lle v a r s e a c a b o s u p o n ie n ­
d o q u e s e c o m p o r t a c o m o u n a « e c o n o m ía n e u t r a l» e n la q u e e l d in e r o n o j u e g a u n
p a p e l r e le v a n t e . L a s u p o s ic ió n d e u n a e c o n o m ía n e u tr a l e s u n a a b s tr a c c ió n « n o r e a ­
lis t a » .
A s í , u n p r o c e s o d e a b s tr a c c ió n d e fe c t u o s o ll e v ó a l e r r o r a lo s e c o n o m is ta s n e o c lá ­
s ic o s y c lá s ic o s y le s im p id ió c o m p r e n d e r la n a tu rale za re a l d e runa e c o n o m ía ca p ita lis ta ,
u n a « e c o n o m ía e m p r e s a r ia l» e n la q u e e l d in e r o n o e s « n e u t r a l» .
M a r x y K e y n e s ju g a r o n p a p e le s m u y p a r e c id o s r e s p e c to a la s d o c tr in a s q u e fu e ­
r o n d o m in a n te s en su t ie m p o . L o s d o s p r o v o c a r o n u n a r u p tu r a r a d ic a l c o n e l p a s a d o y
p r o p o r c io n a r o n u n a n u e v a p e r s p e c tiv a d e s d e la q u e o b s e r v a r y e x p lic a r e l fu n c io n a ­
m ie n to d e la « m á q u in a e c o n ó m ic a » - u n c o n c e p t o d e s a r r o lla d o y u t iliz a d o p o r p r im e ­
ra v e z p o r lo s e c o n o m is ta s p o lít ic o s c l á s i c o s - 20.
D i c h a m á q u in a está r e g id a p o r le y e s q u e p u e d e n e s tu d ia r s e d e fo r m a c ie n t í f ic a .
E s ta s le y e s r e g u la n e l p r o c e s o p o r e l c u a l la m á q u in a p u e d e r e p r o d u c irs e y cr e c e r . E s te
p r o c e s o p r o m u e v e fu n d a m e n ta lm e n te e l in terés g e n e r a l, y a q u e to d o s lo s acto re s s o c ia ­
le s ( in d iv id u o s o , m e jo r d ic h o , c la s e s ) d e l s is te m a s e b e n e fic ia n d e é l.
E n e s te m a r c o , c a d a c la s e p e rs ig u e s u s p ro p io s in te r e s e s e s p e c íf ic o s y , a l h a c e r lo ,
a c tú a ta m b ié n en f a v o r d e l in te r é s g e n e r a l. E n p a r tic u la r , la c la s e c a p ita lis ta , a l p e rs e ­
g u ir su s in tereses p ro p io s , h a c e p o s ib le q u e la m á q u in a s e r e p r o d u z c a y c r e z c a d e fo r m a
q u e p u e d a p r o p o r cio n a r v e n ta ja s p a ra todas la s c la s e s . L a s le y e s q u e r e g u la n la m á q u i­
n a fu e r z a n a lo s c a p ita lis ta s in d iv id u a le s a c o m p o r ta r s e d e e s ta fo r m a .
A d a m S m it h fu e e l e c o n o m is ta c lá s ic o m á s fir m e m e n te c o n v e n c id o d e e s ta p o s ic ió n
(v e r, p o r e je m p lo , S m it h , 1 9 7 6 : 4 7 5 ). R ic a r d o e s tu v o m e n o s c o n v e n c id o q u e S m it h d e
Ja c o m p a tib ilid a d d e lo s in te re se s d e to d a s la s c la s e s s o c ia le s 21, p e ro , n o o b s ta n te , cre y ó
qu e lo s e m p r e s a r io s c a p it a lis t a s , en la b ú s q u e d a de su in te r é s p r o p io , ta m b ié n o p e ra ­
b a n e n fa v o r d e in te r é s g e n e r a l.

20. El concepto clásico de la «máquina económica» ha sido descrito vividamente por Meek: «[F]ueron los
que primero empezaron a visualizar, consciente y coherentemente, la sociedad como un tipo de máqui­
na gigante, un mecanismo vasto e intrincado cuyas innumerables ruedas dentadas, cintas y palancas se
relacionaban entre sí de ciertas fonnas definidas [...).Así nació la noción verdaderamente revolucionaria
de que las cosasque pasan realmente en la sociedad reflejan el funcionamiento de unos procesos gober­
nados por leyes y mecánicos, que son “autónomos” y "objetivos” en el sentido de que operan inde­
pendientemente de los deseos de los hombres individuales» (1977: 177).
21. El ejemplo más obvio es su análisis del conflictoentrerentistas y capitalistas.
MARX Y KEYNES: LA CRÍTICA A LA LEY DE SAY

En este punto, M arx hizo acto de presencia y aportó una nueva percepción funda­
mental. L a máquina no puede, en ningún caso, operar sin utilizar dinero, un dinero que
tiene que desempeñar varios papeles diferentes. E s im prescindible utilizar el dinero,
porque los individuos y las clases sociales están organizadas de form a que e l inter­
cam bio (y, consecuentem ente, la producción, la reproducción y el crecim iento) no
puede producirse sin él.
U n a vez que el dinero entra en escena, e l m arco analítico se altera radicalmente.
M ientras el dinero n oju ega un papel importante, los empresarios se ven «forzados» a
actuar en fa vo r del interés general. Cuando el dinero recibe un papel más general y
fundamental, los empresarios tienen, para decirlo de alguna form a, un m ayor grado de
«libertad». Y a no se ven obligados a actuar en fa vo r del interés general. L a búsqueda
de su interés (la maxím ízación de los beneficios) deja de estar necesariamente asocia­
da a la producción y a la inversión al mayor nivel posible. L a existencia del dinero, y
la posibilidad de mantenerlo inactivo, les da la opción de decidir no producir ni inver­
tir, de form a que los niveles de ingresos y em pleo de la clase trabajadora se ven afec­
tados negativamente.
L a visión neoclásica de la máquina económ ica era muy diferente a la clásica. Pero
los econom istas neoclásicos com partieron con los econom istas políticos clásicos la
confianza en la convergencia del interés individual y general. D e hecho, los econo­
mistas neoclásicos fueron más allá que la económ ía política clásica y afirmaron que
todos y cad a uno de los individuos se comportan de manera que el interés general se
alcanza en la form a de una posición de equilibrio general, en la cual todo el mundo
m axim iza los beneficios y nadie puede mejorar. L o s conceptos d el interés general de
Sm ith y Ricardo fueron ciertamente menos restrictivos. .
K e yn es, en su crítica de la visión neoclásica de la m áquina económ ica, ju g ó un
papel m uy sim ilar aí jugado por M arx con respecto a la econom ía clásica. L a m áqui­
na capitalista no puede funcionar sin dinero; y una vez que el dinero se convierte en
una parte integral del m arco analítico, las acciones de los individuos pueden tener con­
secuencias contrarias al interés general. Mientras que aseguran Ja consecución de Jos inte­
reses privados, las acciones individuales pueden evitar que la economía encuentre su
equilibrio en el lím ite del equilibrio óptim o posible (ver Boland, 1985: 185-92). E l
dinero es, una vez más, Ja «herramienta» científica utilizada por Keynes para descar­
tar las teorías de sus predecesores.
M arx y Keynes, al igual que sus respectivos predecesores, creyeron que el siste­
m a económ ico puede entenderse com o una máquina y que, por consiguiente, es posi­
ble estudiarlo de forma científica. Pero afirmaron que la máquina y su funcionamiento
no podían estudiarse sin tener en cuenta el dinero y su papel específico. A l tener en
cuenta el dinero, es decir, al construir un conjunto diferente de abstracciones científi­
cas, permitió a M arx y a Keynes explicar cóm o los intereses individuales y el interés
general pueden entrar en conflicto.
L o s conceptos del dinero desarrollados por M a rx y por Keynes constituyen des­
cubrimientos científicos: innovaciones teóricas que produjeron una nueva visión del
objeto investigado. M arx y Keynes construyeron teorías basadas en abstracciones que
explicaban las características fundamentales de la «máquina», características que sus
predecesores respectivos consideraron com o meramente secundarias o totalmente irre­
levantes.
200 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

5. Bibliografía

A lexa n d er , G. (! 939). «Mr. Keynes and Mr. Marx». Review ofEconomic Sludies, VII.
B oland , L. A . (1985). «The Foundations o f Keynes' Methodology: the General Theory». En: :::
Lawson y Pesaran (1985).
CoRRY, B . A . ( l 959). «Malthus and Keynes: A Reconsideraron». Economic Journal, L X IX .
C o sta b ile , L . (1983). «Natural Prices, Market Prices and Effective Demand in Malthus».
Auslralian Economic P a p m ju n io .
CROTTY, J. R . (1986). «Marx, Keynes, and Minsky on the Instability o f the Capitalist Growtb
Process and the Nature ofGovernment Economic Policy». En: Heiburn y Bramhall (1986).
D asgrupta , A . K. (1983). Pitases o f Capitalista and Economic Theory. Oxford: Oxford University
Pres s.
D illard , D. (1984). «Keynes and Marx: A Centennial Appraisal». Journal o f Post-Keynesian
Economics, VI, (3).
Erns, W. (1980). «Malthus' Theory ofEffective Demand and Growth». Oxford Economic Papers,
marzo.
Fa n -H u n g (1939). «Keynes and Marx on !he Theory o f Capital Accumulation, Money and
Interest». Review ofEconomic Studies, VII.
GAREGNAN!, P. (1978). «Notes on Consumption, Invesünent and Effective Demand: 1». Cambridge
Journal of Economics, II.
G reen , R . (1982). «Money, Output and Inflation in Classical Economics». Contributions to
Political Economy, I.
1
HEILBRONER, R. L. (1986). «Economics and Political Economy: Marx, Keynes, and Schumpeter».
En: Helburn y Bramhall (1986).
H elburn , S. W.; B r am h all D. F. (eds.) (1986). Marx, Schumpeter, & Keynes. A Cemenary
Celebration ofDissem. Armonk; M . E. Sharpe Inc.
K e y n e s , J . M . (1936). The General Theory o f Employment, Interest and Money. Londres:
Macmiilan.
— . (1937). «The General Theory ofUnemploymenl». Quarterly Journal o f Economics, febre­
ro. Reproducido en Keynes (1973b). II
:aK-
— . (1973a). Collected Writings, vol. X III. Londres: Macmillan.
— . (1973b). Collected Writings, vol. Londres: Macmillan. 1
— . (1979). Collected WW/ings, vol. X X I X . Londres: Macmillan.
L awson , T .; Pesaran H. (eds.) (1985). Keynes' Economics. Metlwdological ¡ssues. Beckerham:
ti
Croom He!m.
M a r x , K . (1954). Capital, vol. I. Moscú: Progress Publishers.
— . (1956). Capital, vol. II. Moscú: Progress Publíshers.
— . (1968). Theories of Surplus Valué, parte II. Moscú: Progress Publishers.
— . (1973). Grwu/ráje. Londres: Penguin.
M c C racken , H. L . (1933). Volite Theory and Business Cycles. Nueva York.
M eek , R. L . (1977). Smith, Marx and After. Londres; Chapman and Hall.
M ilgate , M . (1982). Capital and Employment. Londres: Academic Press.
M otT, T. (1986). «Marx, Keynes, and Schumpeter: A Synthesis wíth Special Emphasis on the
Contributions of Michal Kalecki». En: Helbum y Bramhall (1986).
PAGLIN, M . (1961). Malthus andI.uderdale: The Anti-Ricardian Tradition. Nueva York: Augustus
M. Kelley.
P heby , J. (1989). New Directions in Post-Keynesian Economics. Aldershot: Edward Elgar.
R icardo , D. (1951). Principies o f Political Economy. Cambridge: Cambridge University Press.
R obbins , L . (1952). The Theory of Economic Policy in English Classical Political Economy.
Londres: Macmillan.
MARX Y KEYNES: LA CRÍTICAA LA LEY DE SAY 201

RosiNSON, J. (1938). «The Conccpt o f Hoarding». En: Economic Journal, X L V llI.


— . (1942). An Essay on Marxian Economics. Londres: Macmillan.
— . (1951). Collected Economic Papers, vol. ]. Oxford: Basil Blackwell.
— . (1960). Collecied Economic Papers, vol. II. Oxford: Basil Blackwell.
-—. (1965). Collected Economic Papers, vol. Ill. Oxford: Basil Blackwell.
— . (1973). Co/lected Economic Papers, vol. IV. Oxford: Basil Blackwell.
— . (1980). Further C o n tr ib u io s to Modern Economics. Oxford: Blackwell.
R otheim , R. J. (l 981 ). «Keynes’ Monetary Theory o f Value (1933)». Journal o f Post-Keynesian
Economics, verano.
SARDONi, C . (1987). Marx and Keynes on Economic Recession. Brighton: Wheatsheaf.
S m ith , A . {1976). An Inquiry imo the Nawre and Causes o fth e Wealth ofNations. Chicago:
Chicago University Press.
T arshis , L . {1989). «Keynes's Co-operative Economy & His Aggregate Supply Funclion». En:
Pheby (1989).
a

fifi

ai
'■3|S*
■111®
■¿ms
;§ g ¡

W
■m
m
Mi'-

i
fe i CRÍTiCAA LA ECONOMÍA ORTODOXA 203-220

fe :

L a le y d e S a y : r e f o r m u l a c i ó n y c r í t i c a *

fe O scar L an ge

L a Ley de Say consiste en la proposición de que no puede haber un exceso de oferta total
de mercancías (sobre oferta general) puesto que Ja oferta total de todas las mercancías
es idénticamente igual a la demanda total de todas las m ercancías. B ajo ciertos supues­
tos respecto a la naturaleza de Ja demanda de dinero, esta proposición em erge como
un sim ple corolario de la teoría general de precios. Asociada a ella se encuentra la pro­
posición de que no puede haber una escasez de ingresos empresariales totales en rela­
ción al coste empresarial total que cause pérdidas en toda la econom ía (sobreproducción
general). E l presente artículo pretende investigar la relación existente entre estas pro­
posiciones y estudiar las im plicaciones de la L e y de S a y respecto del problem a del
desem pleo, de Ja teoría general de precios y de la teoría del dinero.

Considerem os un sistema cerrado en el cual se intercambian n mercancías, con una de


ellas -d igam o s la m ercancía n -ésim a- funcionando como medio de cam bio así como
numéraire, es decir, com o dinero. Designem os por p¡ el precio de la i - ésim a mercan­
cía. Tenernos p,, = l . Sean D ,. = D ,( p s, p 2, •••, p ,,_ „ y S , = S,. (pi> Pi> • • .P ,,_ 1) Ja función
de demanda y la función de oferta, respectivamente, de la mercancía i - ésima. Los pre­
cios de equilibrio están determinados por las n - 1 ecuaciones

D i (p ,, P2, - . . , P „ - 1) = S; p 2,
(i = l , 2 , . .. , n - 1) (1.1)
•i:*---

L a condición de estabilidad del equilibrio del sistema de precios se expresa median­


te las (n - 1)2 desigualdades y ecuaciones*1
dD- dS. .
dp¡ dp,.
( iy j " ' 1, 2 , . . . , n - 1 ) (1.2)

d D ¡ = d S j_
cuando i
dp¡ dp¡

* Publicado en.- Lange, Osean «Say's law: A restatement and criticism». En: Lange, O.; Mclntyre, F.;
Yntema, T.O. (cds.). S/rldics in Mathematical Ecomics and Economelrics in memory ofHenry Sclmltz.
Freeport, Nueva York: Book for Librarians Press, 1942, p. 49-68. Traducción: Beatriu Kragenbühl.
l. Ver J. R. Hicks, Value and Capital. Londres: Oxford University Press, 1939, p. 66-67, Esto condición
es suficiente. Hicks proporciona condiciones adicionales para lo que él llama «estabilidad perfecta».
Sin embargo, el concepto de estabilidad perfecta se refiere a la manera en que la estabilidad del siste­
ma se mantiene; pero esto no debe ocupamos aquí.
204 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

H ay solamente 11- 1 funciones de demanda independientes, así com o también 11- 1


funciones de oferta independientes, siendo la función de demanda y oferta para Ja mer­
cancía que funciona com o dinero deducible de las otras. Tenemos

% A - = Sn (1.3) :
í=1 •

y i

x P s ^ D ,. (1.4)
i= i

Teniendo en cuenta las dos últim as relaciones, obtenemos la demanda total (medida
en valor monetario) para todas las 11mercancías t

+ D ^ S ' + D '. (1.5)


í- \ i= I

D e la mism a form a, la oferta total (medida en valor monetario) para todas las 11mer­
cancías es

I .P ¡ S í = . I . M + S„ = D „ + S„ (1.6) :
i= i í =í

. I
Entonces

(1.7)
1—1 J- ]

es decir, la demanda total y la oferta total son idénticamente iguales.


Propongo llamar L e y d e Walras a esta identidad, porque Walras fue el primero en
reconocer su importancia fundamental en la form ulación de la teoría matemática de
los precios. Obsérvese que la L e y de Walras no requiere que la demanda y la oferta de
cada mercancía, o de cualquiera de ellas, estén en equilibrio. L a identidad (1.7) se cum ­
ple independientemente de si las ecuaciones ( l . l ) se satisfacen o no2

2. La Ley de Walras se cumple también en ausencia de un medio de cambio uniforme, es decir, en un sis­
tema sin dinero. Sean Dij y S¡¡ aquellas partes de la demanda u olería, respecsivameníe, de la mercancía
i por la cual se ofrece o se demanda la mercancía j. Además, sea P¡¿ el precio de la mercancía i en tér­
minos de la mercancía,/. Tenemos entonces
=j . (l)
y ( iy j= i. 2........ii)
Dj E SijPj (2)
Tomando (arbitrariamente) una de las mercancías como nüméraírc y expresando todos ios precios en tér­
minos de ésta, tenemos

donde p¡ y son el precio de Ja mercancía i y de la mercancía j en términos de numéraire. Entonces


PflJi '=P¡D¡¡ ' (3)
y
/pj¡=P.Sr (4)
LA LEY DE SAY: REFORMULACIÓN Y CRÍTICA 205

Considerem os ahora todas las m ercancías excluyendo e l dinero. Para sim plíficar la
exposición, a partir de ahora se entenderá que el término «mercancía» excluye el dinero.
A s í pues, oponemos «m ercancía» a «dinero». t
L a demanda total de mercancías (excluyendo el dinero) es I- p p ¡ y la oferta total
n -l l= l
de m ercancías (excluyendo e! dinero) es I- p S ; . D e (1.3) y (1.4) se sigue directamente
<= l
que
11- l M-l
(2.1)
1= l i=l

cuando y só lo cuando
D ,,= S n , (2.2)

es decir, cuando la demanda de dinero es igual a la oferta de dinero.


Pero D . y S , son la demanda y la oferta de dinero en un sentido específico, a saber,
el dinero demandado a cambio de las mercancías ofrecidas y el dinero ofrecido a cam ­
bio de las mercancías demandadas. E s más conveniente expresar (2.2) en relación al
stock de dinero existente y a la demanda de saldos líquidos. U na diferencia entre el
dinero demandado a cam bio de las mercancías y el dinero ofrecido a cambio de mer­
cancías implica el deseo de cambiar los saldos líquidos relativos a la cantidad de dine­
ro disponible. E l cam bio deseado es igu al a esta diferencia. D esignem os por A M el
incremento total de los saldos líquidos (en exceso de un posible incremento en la can­
tidad de dinero) deseado por todos los individuos. Tenem os pues que3

D ,, - S . = ¿ j M . (2.3)

L a condición (2.2) puede ahora escribirse de la forma:

AM =O, (2.4)

La demanda total, expresada en unidades de ™mérairc, para todas las 11mercancías es i i p¡0.¡ y la
n n 1
oferta total, expresada similarmente, para todas las 11mercancías es i i . Teniendo en cuenta
,,v l =1j=l 1
(4), tenemos
n n: n r
L í: PiSiJ= ' L Z p f l ,. (5)
I: S i: |J= '
Debido a la simetría de los subíndices (i =1 ,2 , ..., n\j = 1 ,2 , ... , n) tenemos también
i i pD,. , , i i p D
J::lj =l J J l j : I 1 IJ
y susti luyendo esto en (5) obtenemos
i i P A ¡= i I p¿S¡¡, (6)

es decir, la Ley de Walras. La demostración deWalras es algo distinta. Éste demuestra el teorema de
que si la demanda iguala a la oferta para las n-l mercancías, lo mismo ocurre para la mercancía n (ver
Élémenls d’éconoimc polilique pure [«édition définitive»; París y Lausana, 1926], p. 120-21). Esto
implica que la demanda total iguala idénticamente a la oferta total de todas las n mercancías y es, por
lo lanto, equivalente a (6).
3. D. y S „, así como todas las cantidades demandadas u ofertadas, se miden por unidad o período de tiem­
po. Consecuentemente, se mide de la misma manera.
l
206 CRÍTlCAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

es d e c ir , n o existe un d e se o d e ca m b ia r la s u m a to tal d e s a ld o s líq u id o s relativ os a la c a n - :


tid a d d e din ero . E s t o q u ie r e d e c ir q u e la d e m a n d a to ta l d e Jo s s a ld o s líq u id o s es ig u a l ;
a l s to c k d e d in e r o e x is t e n t e . A s í p u e s , la c o n d ic ió n n e c e s a r ia y s u fic ie n te p a r a q u e la :
d e m a n d a to tal d e m e r c a n c ía s se a ig u a l a la o fe r ta to ta l d e m e r c a n c ía s e s q u e Ja d e m a n - : . :
d a to ta l d e s a ld o s líq u id o s s e a ig u a l a la c a n tid a d d e d in e r o e x is te n te . A l c u m p lim ie n ­
to d e e s ta c o n d ic ió n lo p o d e m o s lla m a r e q u i l i b r i o m o n e t a r i o . :
L a d e m a n d a t o ta l d e m e r c a n c ía s e s ig u a l a la o fe r ta to ta l d e m e r c a n c ía s s o la m e n - ;
te en u n e s ta d o d e e q u ilib r io m o n e ta rio .

L a L e y d e S a y im p lic a u na c o n c lu s ió n m u c h o m á s fu e r t e q u e la le y d e W a lr a s o la d e ■ 1
la ig u a ld a d en tre la d e m a n d a to ta l d e m e rc a n cía s y la o fe rta to ta l d e m e rc a n c ía s en c o n - ■
d icio n e s d e eq u ilib rio m o n etario . A fir m a q u e la d e m an d a to ta l d e m e rca n cía s (e x clu y e n d o
e l d in e ro ) e s i d é n t i c a m e n t e ig u a l a su o fe r ta to ta l: L

n -1 n —I de \
Z p P ^ Z P ¡S ; . ( 3 .1 ) :( :
i= l ¿= ] -.de.de

D e (1 .3 ) y (1 .4 ) v e m o s in m e d ia ta m e n te q u e , p a ra q u e la L e y d e S a y s e a c ie r ta , e s ; : ::
n e c e s a r io y s u fic ie n t e q u e
:-v:
D K = Sn , (3 .2 )
Vdede
q u e , d e b id o a ( 2 .3 ) , s e p u e d e e s c r ib ir ta m b ié n c o m o : Lde

L1M = O , ( 3 .3 ) pde:

e s d e c ir , la d e m a n d a to ta l d e liq u id e z tie n e q u e s e r i d é n t i c a m e n t e ig u a l a la c a n tid a d L


d e d in e r o e x is te n te . )
P o r lo ta n to , la L e y d e S a y im p lic a u n a n a tu r a le z a p e c u lia r d e la d e m a n d a d e d in e - :
r o , a saber, q u e lo s in d iv id u o s d e e s te s is t e m a , c o n s id e r a d o s co n ju n ta m e n te , e s tá n s ie m - :
p r e sa tis fe ch o s co n la c a n tid a d d e d in e ro e x is te n te y n u n ca q u ie r e n p o s e e r m ás o m e n o s . L
N u n c a h a y u n d e s e o d e ca m b ia r lo s s a ld o s líq u id o s to tales m á s q u e p a ra ad ap ta rlo s a lo s
c a m b io s en la c a n tid a d d e d in ero d is p o n ib le . E n e s ta s c ir c u n s t a n c ia s , las c o m p r a s d e
m e r c a n c ía s n u n c a s e fin a n c ia n a p a r tir d e lo s s a ld o s líq u id o s n i ta m p o c o la s v e n ta s d e :
m e r c a n c ía s s ir v e n p a r a in c r e m e n ta r lo s s a ld o s líq u id o s .
E s t a n a tu r a le z a p e c u lia r d e la d e m a n d a d e d in e r o q u e im p lic a la L e y d e S a y fu e
cla r a m e n te e n te n d id a p o r su s p r o p o n e n te s o r ig in a le s . L a a s u m ie ro n e x p líc ita m e n te al
a fir m a r q u e e l d in e r o e s s o la m e n te u n m e d io d e c a m b io y a b s tr a y e n d o lo d e su fu n c ió n
d e « d e p o s ito d e v a lo r » . E n su T r a i t e d ' é c o n o m i e p o l i t i q u e 4, S a y s e ñ a la e x p líc ita m e n ­
te q u e c u a n d o h a y e x c e s o d e o fe r ta d e c ie r ta s m e r c a n c ía s , la d if ic u lt a d p a ra v e n d e r la s
a p a r e n te m e n te e s s ó lo la f a lt a d e d in e r o p a r a c o m p r a r la s . L a fa lt a d e d in e r o , d ic e S a y ,
n o e s m á s q u e u n a e x p re s ió n d e la f a lt a d e o tra s m e r c a n c ía s p o r q u e e l d in e ro qu e se

4. Ver p. 347-48 del Traite (París, 186 1).


LA LEY DE SAY: REFORMULACÍÓN Y CRÍTICA 207

tendría que ofrecer por la com pra de las m ercancías de las que hay exceso de oferta
sólo puede ser adquirido a través de la venta de otras m ercancías. Este punto de vista
excluye el uso de saldos líquidos para financiar Ja com pra de mercancías. Ricardo tam­
bién expresa el mismo punto de vista: «los productos siempre son comprados por pro­
ductos, o por servicios; e l dinero es solam ente el m edio por el cu al se e fectú a el
intercambio»56
.

Desde su primera fonnulación, se ha asociado la L e y de Say a la proposición de que no


puedehaber una «saturación universal» o «sobreproducción general» en el sentido de
que todos los empresarios experimenten pérdidas. Tal como Ricardo lo form ula en una
continuación del párrafo que se acaba de citar: «Se puede producir demasiado de una
m ercancía concreta, de la cual pueda haber una saturación tal en el m ercado que no se
reem bolse el capital gastado en ella; pero esto no puede suceder respecto a todas las
m ercancías»^ L o s ingresos empresariales totales se consideran idénticamente iguales
al coste total más cierta medida de beneficio (que se discutirá más adelante); y un défi­
cit de ingresos respecto a una m ercancía debe, por consiguiente, ir acompañado de un
exceso de ingresos con respecto a alguna otra m ercancía (o m ercancías). L a «sobre­
producción» solo puede ser «parcial», y toda sobreproducción parcial irá acom paña­
da de una producción parcial insuficiente en algún otro lugar del sistema económ ico.
Investigarem os la relación de esta proposición con la L e y de Say, poniendo especial
atención a la naturaleza de la «medida de b eneficio» implicada.
Distingam os entre m ercancías compradas por empresarios y m ercancías vendidas
por empresarios. Vamos a llam ar a las primeras «factores» y a las segundas «produc­
tos». U n a mercancía puede ser a la vez factor y producto, o puede no ser ninguna de las
dos cosas. Tenem os pues las siguientes cuatro clases de m ercancías: m ercancías que
son sólo factores, m ercancías que son a la v e z factores y productos, m ercancías que
son sólo productos y , finalmente, mercancías q u en o son ni factores ni productos. Vamos
a llam ar a estas cuatro clases «factores prim arios», «productos interm edios», «pro­
ductos fin ales» y «servicios directos» respectivamente. Para sim plificar la notación,
denotemos la demanda total y la oferta total (ambas medidas en dinero) de una clase de
mercancías por D y S con un subíndice que indique la clase. Usem os los subíndices F ,
!, P y e para denotar factores primarios, productos intermedios, productos finales y
servicios directos, respectivamente. Adem ás, dividamos la demanda deproductos inter­
m edios en la demanda para reemplazar los productos intermedios usados durante el
período en cuestión (es decir, el período en términos del cual se mide la demanda) y
la demanda para el increm ento neto de los stocks de productos interm edios (nueva
inversión)7, usando los subíndices IR y !N para indicar los dos tipos de dem anda de

5. Principies of Polillcal Economy and Taxaíion, cap. XXI.


6. /bid.
7. Así pues, si se reemplaza menos que la cantidad de productos intermedios utilizados durante el perío­
do, la demanda de incremento neto de stock (nueva inversión) es negativa. La demanda de reemplazo
representa lo que Keynes llama «coste del usuario» y «coste suplementario» (ver J. M. Keynes, The
GeJieral Theory of Eiplayment [Nueva York: Harcourt Brace & Ca., 1936], p. 53 y 56). La demanda
real de productos intermedios es la demanda de reemplazo más la demanda de incremento neto de stock.
208 CRITICA A LA ECONOMIA ORTODOXA

p r o d u c to s in te r m e d io s . F in a lm e n t e , c o m o a n te s , d e n o te m o s p o r D , y S . la d e m a n d a y
la o fe r ta d e d in e r o e n e l in te r c a m b io d e m e r c a n c ía s . ,
C o m o n u e stra c la s ific a c ió n es e x h a u s t iv a , te n e m o s

1 p ¡D ¡ = D f + D IR + D IN + D p + D c + D ,,
i= i

I . p lS ¡ = . S F + S ¡ + Sp + S c + S „ .
¡= i

P o r la le y d e W a lr a s , te n e m o s

( D p + D ¡ i¡) + D ¡t} -i- D p -i- D q + ¿1M = S p + ( S ¡ + S p ) + , (4 .1 )

i
d o n d e '1.M = D ,, - S ,, , c o m o a n te s. L a p a r te e n tr e p a r é n te s is en e l la d o iz q u ie r d o d e
esta e c u a c ió n es la d e m a n d a , m e d id a e n d in e r o , p o r parte d e lo s e m p re s a rio s , d e fa cto re s
p r im a r io s y d e la r e p o s ic ió n d e lo s p r o d u c to s in te r m e d io s u t iliz a d o s , e s d e c ir , e l c o s te
to ta l en e l q u e lo s e m p r e s a r io s está n d is p u e s to s a in cu rrir. L a p a rte e n tre p a r é n te s is e n
e l la d o d e re ch o d e e s ta e c u a c ió n re p r e s e n ta la o fe r ta d e p r o d u c to s , m e d id a en d in e r o , . . ■
e s d e cir, lo s in g r e s o s to ta le s p la n e a d o s p o r lo s e m p r e s a r io s . L a d ife r e n c ia e n tre lo s d o s , *

n E ( S , + y - ( £ ) f + D , fl) ( 4 .2 )

e s e l b e n e f ic io t o ta l q u e lo s e m p r e s a r io s e s p e r a n r e c i b ir 8. É s t e e s e l b e n e f i c i o t o t a l
im p lic a d o en la d e c is ió n d e lo s e m p r e s a r io s d e o fr e c e r ( S ¡ + Sp ) d e im p o r te d e p r o ­
d u c to s y u t iliz a r u n im p o r te ( D F + D JR ) d e fa c t o r e s 9. V a m o s a lla m a r lo b e n e fic io to ta l
planeado.
T e n ie n d o en c u e n ta ( 4 .2 ) , p o d e m o s r e e s c r ib ir (4 .1 ) e n la fo r m a

{ . n - D m ) - ( D P - S F) = ¿ M - A C , (4 .3 )

donde

A C = SC - D C .

8. Se asume aquí que los empresarios suministran exactamente las cantidades indicadas, es decir, !as
cantidades indicadas por las funciones de oferta. Si la oferta de los empresarios es diferente de lo que
éstos planearon (como, por ejemplo, en caso de fluctuaciones en las cosechas), 11difiere del benefi­
cio que los empresarios planean recibir por la diferencia entre la oferta real y la oferta originalmente
planeada.
9. S, y Spson expresiones del tipo , con el sumatorio aplicado a rodos los productos intermedios y todos
los productos finales, respoctivamente. Dp y DJS son expresiones del tipo I p p , con el sumatorio apli­
cado a la respectiva clase de mercancías. Los S, y los D, son funciones de ios precios. Los precios se
toman como (arbitrariamente) dados.
LA LEY DE SAY: REFORMULACIÓN Y CRíTICA 209

C a d a uno d e los té r m in o s d e esta id e n tid a d , e x c e p t o L iM , r e p r e s e n ta u n c o n ju n to


in d e p e n d ie n te d e d e c is io n e s . L o s té r m in o s en e l p r im e r p a r é n te s is re p re s e n ta n d e c i­
s io n e s e m p r e s a r ia le s , y lo s té r m in o s d e l s e g u n d o p a r é n te s is r e p re se n ta n d e c is io n e s d e
c o m p r a r a l o s e m p r e s a r io s y d e v e n d e r a l o s e m p r e s a r io s . L la m a r e m o s a e s ta s d e c i­
s io n e s la e s f e r a c a p i t a l i s t a d e d e c is io n e s . E n e l la d o d e r e c h o , e l té r m in o L iC rep re sen ­
ta la s d e c is io n e s d e v e n d e r y c o m p r a r s e r v ic io s d ir e c t o s . P u e s t o q u e la s o fe r ta s d e
v e n d e r y c o m p r a r s e r v ic io s d ir e c to s n o está n d ir ig id a s a l o s e m p r e s a r io s , lla m a r e m o s
a e s ta s d e c is io n e s la e s f e r a n o c a p i t a l i s t a d e d e c is io n e s . D e b id o a ( 4 .2 ) ,

q u e e s la d ife r e n c ia e n tre e l f l u j o d e d in e r o d e m a n d a d o y e l f l u j o d e d in e r o o fr e c id o
p o r lo s e m p r e s a r io s . E s e l f l u j o n e t o d e d in e r o d e m a n d a d o p o r lo s e m p r e s a r io s . L a
e x p re s ió n D p - S p e s l a d ife r e n c ia en tre e l f l u j o d e d in e ro o fr e c id o a lo s e m p re sa rio s
y e l f lu jo d e d in e r o d e m a n d a d o d e lo s e m p r e s a r io s . E s e l f l u j o n e t o d e d in e ro o fr e c id o
a lo s e m p r e s a r io s . E n la p a rte d e r e c h a , L iC = S C - D c e s la d ife r e n c ia e n tre e l f l u j o de
d in e r o d e m a n d a d o y e l f lu jo d e d in e r o o fr e c id o a c a m b io d e lo s s e r v ic io s d ir e c to s , o
la d e m a n d a d e in c r e m e n t o d e s a ld o s líq u id o s q u e s u r g e en la e s f e r a n o c a p ita lis ta d e
d e c is io n e s . C o m o e l L iM e s la d e m a n d a to ta l d e in c r e m e n to d e s a ld o s líq u id o s (re la ti­
v o s a la c a n tid a d d e d in e ro d is p o n ib le ) , L iM - L iC es la d e m a n d a d e in c r e m e n to d e s a l­
d os líq u id o s (relativo s a la ca n tid ad d e din ero d isp o n ib le ) q u e su rg e en la esfera capitalista
d e d e c is io n e s . D ir e m o s q u e h a y e q u ilib r io m o n e ta r io e n la e s fe ra c a p ita lis ta d e d e c i­
s io n e s c u a n d o L iM - L iC "" O.
C u a n d o ( D p - S F) ; ; ( n - Ü ¡ N)> e l f lu jo n e t o d e d in e r o o fr e c id o a lo s e m p re s a rio s
e s ig u a l a l f l u j o n e t o d e d in e r o d e m a n d a d o p o r é s t o s , y lo s e m p r e s a r io s p u e d e n r e a li­
z a r s u b e n e f i c i o to ta l p la n e a d o y su d e m a n d a d e n u e v a s in v e r s io n e s . S i n e m b a r g o ,
cuando ( D p - SF) < ( n - D I N ) , e l f l u j o n e to d e d in e r o o fr e c id o a lo s e m p r e s a r io s es

m e n o r q u e e l f l u j o n e to d e d in e r o d e m a n d a d o p o r e llo s . D a d a su d e m a n d a d e n u e v a s
in v e r s io n e s , lo s e m p r e s a r io s n o p u e d e n r e a liz a r s u b e n e f ic io t o t a l p la n e a d o . O b ie n
d e b e n a c e p ta r u n b e n e fic io t o t a l in fe r io r a l p la n e a d o o , en s u lu g a r , in c r e m e n ta r D I N ,
es d e c ir , su d e m a n d a d e n u e v a s in v e r s io n e s . L a d e m a n d a d e n u e v a s in v e r s io n e s e s u n a
o fe r ta d e lo s e m p r e s a r io s p a r a c o m p r a r s e a s í m is m o s . P o r c o n s ig u ie n te , u n in c r e m e n to
en la d e m an d a d e n u e v a s in v e rs io n e s d is m in u y e e l flu jo n e to de d in e r o d e m a n d a d o por
lo s e m p r e s a r io s . F in a lm e n t e , c u a n d o (D p - S p ) > ( If- D I N ) , e l f l u j o n eto d e d in e ro

o fr e c id o a lo s e m p r e s a r io s e s m a y o r qu e e l f l u j o n e to d e d in e r o d e m a n d a d o p o r é s to s .
L o s e m p r e s a r io s p u e d e n , o b ie n o b te n e r un b e n e fic io t o t a l m a y o r q u e e l p la n e a d o o ,
a lte r n a tiv a m e n te , d is m in u ir su s n u e v a s in v e r s io n e s .
P o r lo t a n t o , d a d a la d e m a n d a d e lo s e m p r e s a r io s d e n u e v a s in v e r s io n e s , D I N ,
s e p u e d e r e a liz a r un b e n e f ic io m e n o r , ig u a l, o m a y o r a l p la n e a d o d e p e n d ie n d o d e s i
( D p - S p ) > ( I T - D I N ) o , d e b id o a ( 4 .3 ) , s e g ú n s i L iM - L iC < O. N ó te s e q u e la c o n d i­

c ió n q u e p e r m it e a lo s e m p r e s a r io s o b te n e r e x a c ta m e n te s u b e n e f ic io to ta l p la n e a d o y
su d e m a n d a d e n u e v a s in v e r s io n e s n o es e q u iv a le n t e a l e q u ilib r io m o n e ta rio p a r a e l
s is te m a c o m p le to (L iM "" 0 ) sin o a l e q u ilib r io m o n e ta rio e n la e s fe r a c a p ita lis ta d e d e c i­
s io n e s (e s d e c ir , L i M - L iC = 0 ). S in e m b a r g o , e n u n s is te m a p u r a m e n te c a p ita lis ta (es
d e c ir , e n u n s is te m a d o n d e n o h a y s e r v ic io s d ir e c to s ), L iC d e sa p a re c e y L iM "" O es la
210 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

condición equivalente a la igualdad entre el flujo neto de dinero ofrecido a los empre­
sarios y el flujo neto de dinero solicitado por éstos. L
Conform e a la ley de Say: M í = O, y si el sistema económ ico es puramente capi- ■
talista, tenemos que

(DP- S F) ^ ( n - D IN). (4 .4 ) ■ .[

El flu jo neto de dinero ofrecido a los empresarios es siem pre igual al flu jo neto de
dinero solicitado por éstos. Sea cual fuere el beneficio total y las nuevas inversiones
planeadas por los empresarios, el flujo neto de dinero que se les ofrece es siempre el sufi­
ciente para permitirles obtener su beneficio planeado y realizar nuevas inversiones,
con independencia de sí hay equilibrio entre demanda y oferta de cada mercancía por .
separado. A s í pues, el total de los ingresos empresariales son, de acuerdo con la L e y :
de Say, idénticamente iguales al coste total más el beneficio total planeado101
. Por con- . j
siguiente, la imposibilidad de obtener el beneficio planeado en una parte del sistema |
tiene que ser compensada por la posibilidad de obtener más de lo planeado en alguna ¡
otraparte del sistema. Es en este sentido que la «sobreproducción» sólo puede ser «par- :
cial». ■ j
Sin embargo, esto esicierto sólo para un sistema puramente capitalista. Si existen i
servicios directos, la condición M í = O no es suficiente para hacer que el total de los
ingresos empresariales sea igual al coste total más el beneficio total planeado. Es nece- i
sario, además, que .1 C = O, es decir, que el mercado de servicios directos esté en equi- j
librio. E l desequilibrio en el mercado de servicios directos puede causar una discrepancia i
entre el flujo neto de dinero ofrecido a los empresarios y el flujo neto de dinero deman- ;
dado por los em presarios. A s í pues, la L e y de Say im plica la im posibilidad de una
«saturación universal», sólo en un sistema puramente capitalista.

5
Sin embargo, la L e y de Say no im plica que la demanda total y la oferta total de pro- í
ductos sea idénticamente igual. Tam poco im plica la identidad entre la demanda total
y la oferta total de factores primarios y servicios directos.
Podemos reescribir (4 .1 ) de la form a

{SF + Sc) - (Ü F -f D c) = (D ir + D m + D P) - (S, + S P) + M í. (5.1)

La parte izquierda refleja el exceso de oferta de factores y servicios directos (medi­


da en valor monetario). En la parte derecha, las dos partes entre paréntesis expresan el
exceso de demanda de productos (íntennedios y finales) (también medido en dinero)1^

10. Esto está sujeto a la matización señalada en la nota S. Nólese también que laLey de Say no implica
nada respecio al nive! del beneficio total planeado. El beneficio total planeado puede incluso ser nega- .
tivo, como, por ejemplo, cuando hay un gran equipamiento de capital fijo. :
11. Por «exceso de oferta» interpretamos ei exceso de oferta sobrela demanda; por «exceso de demanda», :
el exceso de demanda sobre la oferta. :
LA LEY DE SAY: REFORMULACfÓN Y CRÍTICA 211

L a identidad (5.1) muestra que los factores primarios y lo s servicios directos se ofre­
cen a cambio de productos y dinero, mientras que los productos y el dinero se ofrecen
a cambio de factores primarios y servicios directos. En condiciones de equilibrio mone­
tario = O, y una oferta excesiva de factores im plica una demanda excesiva de la
misma dimensión para los productos, y viceversa. Esto está claro ya que, cuando exis­
te el equilibrio monetario, se ofrecen factores primarios y servicios directos a cam bio
de productos solam ente, y solam ente ios productos se ofrecen a cam bio de factores
primarios y servicios directos. En este caso, un exceso de oferta de unos sign ifica un
exceso de demanda de los otros.
Según la ley de Say A M ; ; O, y obtenemos

(SF + Sc ) - (D f + D c) s ( D „ + D m + D P) - (S, + S P). (5.2)

Los dos lados de esta identidad no tienen por qué ser cero. L a oferta total de factores
primarios y servicios directos puede, por lo tanto, diferir de la demanda total de fa c ­
tores primarios y servicios directos. Sim ilannente, la demanda total de productos puede
diferir de la oferta total de productos. L a L e y de Say no impide ninguna de estas dos dis­
crepancias. Pero (5.2) muestra que, según la L e y de Say, una oferta excesiva de facto­
res prim arios y servicios directos siempre im p lica una dem anda excesiva ig u a l de
productos, y viceversa. L o que tiende directamente a restaurar el equilibrio. U n exce­
so de demanda de productos ocasiona un aumento de los precios de los productos. L o
que estimula una dism inución de la demanda y un aumento de la oferta de productos.
U na disminución en la dem anda de productos es, sin em bargo, equivalente a una dis­
minución de la oferta de factores primarios y servicios directos; y un increm ento de la
oferta de productos equivale a un increm ento en la dem anda de factores primarios y
servicios directos. A s í pues, el equilibrio entre demanda y oferta de productos y entre
demanda y oferta de factores primarios y servicios directos se restablece sim ultánea­
mente. D e manera similar, en caso de un exceso de oferta de productos, el equilibrio se
restablece inmediatamente.
Cuando la ley de Say no se cum ple, un exceso de oferta de factores primarios y ser­
vicios directos no se asocia necesariamente a un exceso de demanda de factores. De
(5.1) vemos inmediatamente que un exceso de oferta de productos puede coexistir con
un exceso de oferta de factores y servicios directos, y viceversa, con tal que > O.
Tal coexistencia ocurre cuando

es decir, cuando hay el deseo de aumentar los saldos líquidos (en relación a la canti­
dad de dinero disponible) por encima del exceso de oferta de productos, y también
por encim a del exceso de oferta de factores y servicios directos. En este caso no hay
una tendencia directa a recuperar el equilibrio a través del simple mecanismo de inter­
cam bio entre factores primarios y servicios directos, por una parte, y productos, por
la otra. E l equilibrio sólo puede ser restablecido m ediante la dism inución del deseo
212 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

d e a u m e n ta r lo s s a ld o s líq u id o s en re la c ió n c o n la ca n tid a d d e d in e r o (e s d e c ir , a tr a ­
v é s d e q u e lo s l J .M v u e lv a n a se r c e r o ) . E s t o p a s a r á ú n ic a m e n te si la c a íd a d e lo s p r e ­
c io s r e s u lta n te d e l e x c e s o d e o fe r ta tie n d e a h a c e r 1J.M = O. P o d e m o s d e c ir q u e , e n e s te
c a s o , la s c o n d ic io n e s d e l e q u ilib r io m o n e ta r io e s ta b le s e s a t is fa c e n . D e o tr o m o d o n o
e x i s t e u n a te n d e n c ia a a lc a n z a r e l e q u ilib r io , y la s c o n d ic io n e s g e n e r a le s d e e s t a b ili­
d a d (1 .2 ) n o s e s a t is fa c e n . S i n e m b a r g o , e l c u m p lim ie n t o d e todas la s c o n d ic io n e s d e
e s ta b ilid a d (1 .2 ) n o e s t á im p lic it ó e n la le y d e S a y . L a l e y d e S a y im p li c a s o la m e n te
q u e , s e c u m p le u n n ú m e r o s u fic ie n t e d e la s c o n d ic io n e s d e e s ta b ilid a d d e l s is t e m a
p a r a g a r a n tiz a r Ja e x is t e n c ia d e u n e q u ilib r io e s t a b le r e s p e c to a d o s a m p lia s c la s e s d e
m e r c a n c ía s , a sa b e r , la c la s e d e p r o d u c to s y la c l a s e d e fa c to r e s p r im a r io s y s e r v ic io s
d ir e c to s .
E s t a d is c u s ió n n o s l l e v a a la c o n t r o v e r s ia o r ig in a l e n tr e M a l t h u s y R ic a r d o . E n
sus P rin cip ies o f P o litica l Econom y, M a lt h u s a fir m a b a : « S i la s m e r c a n c ía s s e c o m ­
p a ra ra n e in te r c a m b ia r a n ú n ic a m e n t e e n tre s í, e n t o n c e s r e a lm e n te s e r ía c ie r t o q u e si
to d a s fu e r a n a u m e n ta d a s en s u c o r r e c ta p r o p o r c ió n , en c u a lq u ie r m e d id a , é s ta s c o n ­
t in u a r ía n te n ie n d o e n tre s í e l m is m o v a lo r r e la t iv o .» 121
3P e r o M a lt h u s a r g u m e n ta b a q u e
é s ta n o e s u n a e x p li c a c i ó n c o r r e c ta p o r q u e « d e h e c h o , n o e s e n a b s o lu to c ie r to q u e
la s m e r c a n c ía s s ie m p r e so n in te r c a m b ia d a s d ir e c ta m e n te p o r m e r c a n c ía s . L a m a y o ­
r ía d e m e r c a n c ía s s o n in te r c a m b ia d a s d ir e c ta m e n te p o r t r a b a jo , b ie n s e a p r o d u c tiv o
o im p r o d u c t iv o ; y e s b a s ta n te o b v io q u e e s ta m a s a d e m e r c a n c ía s , c o m p a r a d a c o n e l
tr a b a jo p o r e l q u e s e in t e r c a m b ia p u e d e d is m in u ir e n v a lo r d e b id o a u n a s a tu r a c ió n ,
c o r n o c u a lq u ie r m e r c a n c ía d is m in u y e d e v a lo r d e b id o a u n e x c e s o d e o fe r ta , b ie n s e a
c o m p a r a d a c o n e l tr a b a jo o c o n e l d i n e r o » ^ A q u í , M a l t h u s , c o n la p a la b r a « m e r c a n ­
c ía » (d is tin ta d e « t r a b a jo » ) q u ie r e e x p r e s a r lo q u e e n e l p r e s e n te a r tíc u lo s e d e fin e
c o m o « p r o d u c t o » . R e c o r d a n d o e s te h e c h o , y s u s titu y e n d o « fa c t o r e s p r im a r io s y s e r ­
v ic io s d ir e c to s » p o r e l c o n c e p t o m á s r e s tr in g id o d e « t r a b a jo » u t iliz a d o p o r M a lt h u s ,
la fr a s e c it a d a e x p r e s a la r e la c ió n e s ta b le c id a e n (5 .1 ) c u a n d o O. S e ñ a la q u e lo s
p r o d u cto s s o n in te r c a m b ia d o s n o s o la m e n te p o r p r o d u cto s sin o q u e « l a in m e n s a m a y o ­
r ía » d e p r o d u c to s e s in t e r c a m b ia d a p o r fa c t o r e s p r im a r io s y s e r v ic io s d ir e c to s . P o r
c o n s ig u ie n t e , p u e d e h a b e r u n e x c e s o d e o fe r t a g e n e r a l d e p r o d u c t o s , q u e ll e v a a un
d e s c e n s o d e lo s p r e c io s d e lo s p r o d u c to s c o m p a r a d o s c o n lo s p r e c io s d e lo s fa c to r e s
p r im a r io s y lo s s e r v ic io s d ir e c to s .
E s t a a fim r a c ió n es co rre c ta p u e sto q u e u n e x c e s o d e o fe r ta d e p ro d u cto s im p lic a , en
e s ta s c o n d ic io n e s , u n e x c e s o d e d e m a n d a d e fa c t o r e s p r im a r io s y s e r v ic io s d ir e c to s .
S i n e m b a r g o , M a lt h u s p e n s a b a q u e a l señ alar e s ta r e la c ió n c o r r e c t a h a b ía d e m o s tr a d o
eo ipso la p o s ib ilid a d d e u n a « s o b r e p r o d u c c ió n g e n e ra l» (tal c o m o s e h a d e fin id o a n te ­
rio rm e n te e n la p á g in a 2 0 6 ). E l e f e c to d e u n e x c e s o d e o fe r t a d e p r o d u c to s s e ría , s e g ú n
M a l t h u s , q u e « la s m e r c a n c ía s [ e s d e cir, lo s p r o d u cto s ] n e c e s a r ia m e n te p e rd erían v a lo r ,
en co m p a r a c ió n c o n e l tra b a jo [facto re s p rim a rio s y s e r v ic io s d ir e c to s ], h asta r e d u c ir lo s
b e n e fic io s a c a s i n a d a , y a c o n te n e r d u ran te u n cie r to tie m p o la n u e v a p r o d u c c ió n . P e r o
e s to e s p r e c is a m e n te lo q u e s e q u ie r e e x p re s a r co n e l té rm in o s a tu r a c ió n q u e e n e s te
c a s o e s e v id e n te m e n te g e n e r a l y n o p a r c ia l » 14. C o m o h e m o s v is t o , es c ie r to q u e Jo s

12. Londres, 1820, p. 355.


13. Ibid. p. 353-354. Ver también In nota en lasp. 317-318 de la segunda edición (Londres, 1836).
14. Op. cit. (1820) p. 354.
LA LEY DE SAY: REFORMULACIÓN Y CRÍTICA 213

precios de lo s productos disminuirían relativamente a lo s precios de lo s factores pri­


marios y servicios directos. Pero, com o se ve claramente en (4.3), esto no implica «satu­
ración general» en el sentido de un b en eficio realizado inferior al b e n e ficio total
planeado, a menos que A M - .1 C > O.
L a respuesta de R ic a rd o 15 a M althus fu e la siguiente: «E s cierto qu e las m er­
cancías pueden existir en tal cantidad, com paradas con el trabajo, com o para que su
valor c a ig a [evaluado] en trabajo, co m o para no perm itir ningún in cen tiv o a una
m ayor producción de éstas. En este caso e l trabajo demandará una m ayor cantidad
de m ercan cías»1^ Recordando nuestra observación anterior relativa a la term inolo­
gía, este pasaje sim plem ente afirm a que un exceso de oferta de productos va acom ­
pañada de un exceso de dem anda de factores primarios y servicios directos, lo que
causa un aumento de sus precios. Esto es correcto según los supuestos de la ley de
Say. M alth u s, sin em bargo, negaba que un exceso de oferta de productos tenga que
ir a so cia d a a un exceso de dem an d a de factores prim arios y se rv icio s d irecto s.
M antenía que habría tam bién una oferta excesiva de factores primarios y servicios
directos, es decir, desem pleo.17 C o m o hem os visto, esto requiere la ausencia de equi­
librio m onetario, a saber, un deseo de aumentar los saldos líquidos(en relación a la
cantidad de dinero disponible) por en cim a del exceso de oferta de productos, y por

1
15. L a respuesta de Say a la misma cuestión planteada por Mallhus fue meramente una evasiva termi­
nológica: «Las mercancías, dice usted, no solamente se intercambian por mercancías: se intercam­
bian también por trabajo. Si este trabajo es un producto que algunas personas venden, que otras
compran, y que éstas últimas consumen, me costaría muy poco llamarlo m erca n cía , y le costará a
usted muy poco más asimilarlo a otras mercancías, ya que también son productos. Entonces, inclu­
yendo ambos bajo el nombre genérico de p ro d u cto , quizás podrá admitir usted que los productos se
compran solamente con productos-» (Ver L e tte rs ¡ o T h o m a s M a lth u s o n P o lit ic a l E c o n o m y an d
Sta g n a tio n o f C o m m e rc e [Londres. 1821 (reimpreso en 1936 por Harding Ltd], carta 1, p. 21-22).
En esta traducción se omite la palabra «no» de la primera frase. Esto, obviamente, es una erraia (ver
el original francés en Oeuvres diversas d e J . B . Say, P etit volunte, Éd. Gui llaumin [París, 1848], p. 456).
Obviamente, aquí, la palabra «producto» significa mercancías en general, es decir, factores prima­
rios y servicios directos, así como productos,
En un estadio posteriores de la controversia, Say aún cayó más hondo en su tautología termino­
lógica y definió «producto como un producto cuyos ingresos cubren los costes» (ver la carta a Mallhus
de julio de 1827 en O eu vre s diverses, p. 513, y C o it r s com plet d 'é co n o m íe p olitiq u e p ra tiq u e [2" ed.,
1840], !, p. 347-48); ver también E . von Bcrgmann, G esch 'ch le der m tionaldkonom ischen Krisem heorien
[Stuttgart: Kohlkammer, 1895], p. 74-76). Por lo tanto, la proposición de que el coste total del «pro­
ducto» no puede exceder el total de los ingresos de los empresarios se convirtió con Say en una mera
tautología.
16. N o te s 011 M a llh u s' «P rin cip ie s o f P o litic a l E con o m y » , ed. Jacob Hollander y T. E . Gregory (Baltimore:
Johns Hopkins University Press, 1928), p. 163.
17. lbíd., p. 361-62. E l exceso de oferta de factores pmrinmrios y servicios directos noes lo mismo sin embar­
go, que el «desempleo involuntario» en el sentido kcynesiano. E l «desempleo involuntario», tal como
se define en la teoría keynesiana, no es un exceso de oferta de trabajo, sino una p o sició n d e eq uilibrio
obtenida por la intersección de una curva de demanda y una curva de oferta; siendo, sin embargo, In
curva de la oferta infinitamente elástica respecto de los salarios nominales en un extenso intervalo y
estando el punto de intersección a la izquierda de la zona donde la elasticidad de la oferta de trabajo
respecto de los salarios nominales se vuelve finita. A sí pues, en la teoría keynesiana, la parte izquierda
de (5.1) es siempre cero. Los di ferenles niveles de empleo se refieren a los diferentes niveles de demanda
y oferta de trabajo (ver Keyncs, o p . c i i., p. 15; y también mi artículo «The Rate oflnterest and the
Optimum Propensity lo Consume», E c o n ó m ica , febrero de 1938, p. 31).
214 CRÍTICA A LAECONOMÍA ORTODOXA

encim a del exceso de oferta de factores primarios y servicios directos. En tal caso,
realmente puede tener lugar una «saturación universal», siempre y cuando una parte
de la demanda de aumento de liqu id ez surja en la esfera capitalista de decision es
(es d ecir, que d M - d C > 0).
Claramente, M althus tenía algo a síe n mente com o lo muestra la siguiente afirm a­
ción de una nota a pie de página:

Los teóricos de la Economía Política, por miedo a parecer que concedían demasia­
da importancia al dinero, han sido quizás demasiado propensos a excluirlo de su con­
sideración en sus razonamientos. Es una verdad abstracta que deseamos mercancías,
y no dinero. Pero, en realidad, ninguna mercancía mediante la cual sea posible ven­
der nuestros bienes inmediatamente puede ser un substituto adecuado para un medio
de circulación y permitimos de igual manera asegurar a los hijos la compra de una
propiedad, o contratar trabajo y provisiones en el plazo de uno o dos años. Un medio
de circulación es absolutamente necesario para cualquier ahorro; e incluso un fabri­
cante progresaría sólo lentamente si se viese obligado a acumular en especie todos
los salarios de sus trabajadores. Por lo tanto, no debemos estar sorprendidos porque
desee más el dinero que las mercancías18.

Pero el hecho de que relegase a un pie de página esta consideración crucial sobre
el dinero hizo que su argumento no convenciera a Ricardo, que argumentaba de prin­
cipio a fin sobre la base del supuesto que el dinero es solamente un medio de cam bio
(es decir, iJM = 0). Puesto que M althus no había explicitado completamente su hipótesis
relativa a la demanda de dinero, la discusión entre él y Ricardo prosiguió por vía de
malentendidos.

Estudiemos ahora las im plicaciones de la ley de Say para la teoría de los precios. En
general, los n - 1 precios de equilibrio están determinados por las n - 1 ecuaciones
(1.1) que expresan, para cada m ercancía, la igualdad de demanda y oferta. Si las con­
diciones de estabilidad (1.2) se satisfacen, los precios reales tienden hacia los precios
de equilibrio dados por (1.1). Sin em bargo, cuando la L e y de Say es válida, el núme­
ro de ecuaciones independientes se reduce en una. D e acuerdo con la L e y de Say,

L p P ¡ + P „ - ¡ D n - ,= ¿ p ^ + p , , - ^ , - , (6.1)
i =i i=i

(donde la m ercancía n - 1 se escoge arbitrariamente). Esta expresión muestra qu e,


si D¡ = S¡ para las n - 2 primeras mercancías, tenemos necesariamente que D 11_ | = S„ _ ,•
Por la ley de Say, tenemos también que D 11= S„. E l número de ecuaciones indepen­
dientes es solamente n - 2, mientras que el número de precios de equilibrio a deter­
minar es n - l . A s í pues, cuando la ley de Say se cum ple, los precios de equilibrio son
indeterminados. Las ecuaciones ( L l ) determinan en este caso los n - 2 precios com o

18. P rincip ies o f P o lilic a l E c o n o m y (1820), p. 361-362.


LA LEY DE SAY: REFORMULACIÓN Y CRÍTICA 215

fu n c io n e s d e l p r e c io d e l a m e r c a n c ía n - l (q u e se h a e s c o g id o a r b itr a r ia m e n te ), es
d e cir, p ¡ = f . { p _ , ) . (i = 1, 2 ...........n - 2 ) »
S in e m b a r g o , e s t a in d e te n n in a c ió n d e lo s p r e c io s d e e q u ilib r io q u e r e s u lta d e a c e p ­
tar la le y d e S a y s e re d u ce c o n s id e r a b le m e n te s i te n e m o s en c u e n ta las c o n s e c u e n c ia s
d e la n a tu r a le z a p e c u lia r d e la d e m a n d a d e d in e r o q u e im p lic a la le y d e S a y . L a le y de
S a y e x c lu y e la s u s titu c ió n e n tr e e l d in e ro y la s m e r c a n c ía s p o r q u e im p lic a q u e la c o m ­
p r a d e m e r c a n c ía s n o s e p u e d e fin a n c ia r a p a rtir d e lo s s a ld o s líq u id o s y q u e lo s s a l­
d o s líq u id o s n o s e p u e d e n in cre m e n ta r a c o s ta d e lo s in g r e s o s q u e p r o v ie n e n d e la v en ta
d e m e r c a n c ía s 2® E s t o tie n e u n a c o n s e c u e n c ia im p o rta n te p a r a la e s tru ctu ra d e la s fu n ­
c io n e s d e m a n d a y o fe r t a d e la s m e r c a n c ía s . E s ta s fu n c io n e s s e d e r iv a n d e la te o r ía d e
la s u s titu c ió n . D e a c u e r d o c o n lo s p r in c ip io s d e la te o r ía d e la s u s titu c ió n , u n c a m b io
en la s r e la c io n e s d e lo s p r e c io s d e la s d ife r e n te s m e r c a n c ía s c o n d u c e , p o r r e g la g e n e -
ral2 ', a la s u s titu c ió n d e m e rc a n c ía s c u y o s p r e c io s in c r e m e n ta n r e la tiv a m e n te p o r m e r-

í9. Llamando F¡ (p ,, p 2 ,•••, p„r i ) " ' Dí - S¡, las n-2 ecuaciones de equilibrio independientes del conjunto
(1.1) pueden escribirse en !a forma:

= (i = 1 ,2 ......... » - 2 ) (1)

Una solución con respecto a pi, p ¡. . . . p„-2 existe si

.....
3(Pi.Pí....... P - 2) ’

p |, p 2, •••, p 11_ j siendo entonces funciones de p . _ ¡. El jacobiano tiene la propiedad requerida cuando
las condiciones de estabilidad se satisfacen. Las condiciones de estabilidad del sistema ( l) son (ver
ec. [1.2] arriba y también Hicks, op. cit., p. 315):

- ; ¿ 2- - = 0,
dp¡ r-i 3pr dp¡

dF, dp,
— = — <0 , (i = l, 2 , .. . , 11 - 2 ) (2 )
dp¡ ,= ,5 ?, ¿P¡

_ 2 _ J;2 — — ■= 0
dpi iJP , dp¡

Resolviendo el sistema (2) con respecto a d F / d p ¡ , obtenemos

^ _ a ( F ,.f a.......F „_2) 3(F...........F ,_ ,,F k...........F . . J


<¡P¡ 3(P|.Pí....... P,-i> .......Pít¡,
(i = 1, 2, ..., n - 2)

Dado que esto tiene que ser negativo, el numerador tiene que ser diferente de cero.
20. Ver p. 204.
21. Esta regla puede ser contrarrestada por complementariedad.
216 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

c a n d a s c u y o s p r e c io s b a ja n r e la t iv a m e n t e 22. U n c a m b io p r o p o r c io n a l d e lo s p r e c io s ;
d e to d a s la s m e r c a n c ía s , e s d e c ir , p h p 2, •••, p , , _ h im p lic a u n c a m b io d e la r e la c ió n d e i
in te r c a m b io d e m e r c a n c ía s p o r d in e r o ( e l p r e c io d e l d in e ro p ,, = 1 p o r d e fin ic ió n ) . E n j
g e n e r a l, e s to d a ría lu g a r a una s u s titu c ió n d e d in e r o p o r m e r c a n c ía s o v ic e v e r s a . S i n *
e m b a r g o , la l e y d e S a y im p id e t a l s u s t it u c ió n . E n t o n c e s , e n e l c a s o e n q u e la l e y d e í
S a y s e c u m p la , u n c a m b io p r o p o r c io n a l d e lo s p r e c io s d e to d a s la s m e rc a n c ía s n o p u e d e ,
a fe c ta r la o fe r ta y Ja d e m a n d a d e la s m e r c a n c ía s c o n r e la c ió n a Ja o fe rta y Sa d e m a n d a ;
d e d in e ro . P e r o un c a m b io p r o p o r c io n a l d e to d o s lo s p r e c io s ta m p o c o p r o v o c a u n a su s- :
titu c ió n e n tre la s d is tin ta s m e r c a n c ía s . P o r lo ta n to , la s fu n c io n e s d e o fe r ta y d e m a n - :
d a d e m e r c a n c ía s , c u a n d o la L e y d e S a y es v á lid a , so n h o m o g é n e a s d e g r a d o c e r o ; e s *
d e c ir , u n c a m b io p r o p o r c io n a l d e t o d o s lo s p r e c io s n o a fe c t a la s c a n tid a d e s d e m a n d a - i
d a s u o fr e c id a s . E s ta s ca n tid a d e s d e p e n d e n m e ra m e n te d e lo s p r e c i o s r e l a t i v o s , es d e c ir , :
d e la s r a z o n e s en tre p r e c io s L ■

p\ p2 Pu- 2 ;
Pn- 1 P „-\ Pn- 1 ,J

d o n d e la m e r c a n c ía n - 1 h a s id o e s c o g id a a r b itra r ia m e n te . ■
d '
Pí ’
S e ñ a la n d o lo s p r e c io s re la tiv o s p o r 'TC = —— 1( i = 1, 2 , . . . , n - 2 ) , la s e c u a c io n e s q u e • |v

e x p re sa n , p a ra c a d a m e rc a n c ía , e l e q u ilib r io d e la d e m a n d a y la o fe rta, p u e d en e sc rib irse ;


co m o .

Z J,-(jt], K j , . . . , = 5 ,-( jt j , Ttj, . . 0 " = 1 > 2, . . . , n - 2 ) (6 .2 ) :

S u s titu y e n a la s n - 2 e c u a c io n e s in d e p e n d ie n te s d e e n tr e la s e c u a c io n e s d e e q u i-
líb r io ( l . l ) , y lo s v a lo r e s d e e q u ilib r io d e Jo s n - 2 p r e c io s r e la tiv o s s o n d e te n n in a d o s . ;
A s í p u e s , es p o s ib le d e te r m in a r io s v a lo r e s d e e q u ilib r io d e lo s p r e c io s r e la t iv o s ,
e s d e cir, d e la s ra z o n e s d e lo s p r e c io s m o n e ta rio s d e la s m e r c a n c ía s . L o s p r e c io s m o n e ­
ta r io s , sin e m b a r g o , p e r m a n e c e n in d e te r m in a d o s . /

B a j o la le y d e S a y , s e o b s e r v a q u e lo s p r e c io s r e la tiv o s d e la m e r c a n c ía s s o n in d e p e n ­
d ie n te s d e la ca n tid a d d e d in e r o d e l s is t e m a . E l d in e r o es « n e u tr o » 23 o , u s a n d o la e x p r e - 1
sión d e los e c o n o m is ta s c lá s ic o s , e s m e r a m e n te u n « v e lo » q u e s e p u e d e e lim in a r , y lo s
p r e c io s r e la t iv o s p u e d e n ser e s t u d ia d o s c o m o si e l s is t e m a s e b a s a r a e n e l tr u e q u e . i
V e r d a d e r a m e n te , a l e x c lu ir Ja s u s titu c ió n d e d in e r o p o r la s m e r c a n c ía s o v ic e v e r s a , la ;
le y d e S a y c o n s tr u y e u n s is te m a q u e e q u iv a le a u n a e c o n o m ía d e tru e q u e . E l d in e r o e n ¡
u n s is te m a c o m o é s te e s m e r a m e n te u n m e d io d e c a m b io s in v a lo r y u n a m e d id a d e l
v a lo r .

22. Esto se cumple también para la sustitución entre factores y productos si ¡os factores son considerados ■
,
como productos negativos (ver Hicks, op . c it ., p. 93 y p. 319-22).
23. Ver la definición de dinero «neutro» en J . Koopmans, D a s ueutra/e G c ld («Beitriigc zur Geldthcorie» ),
ed. F. A . Hayek (Viena: Springer, 1933), p. 228.
LA LEY DE SAY: REFORMULACIÓN Y CRÍTICA

E n un s is te m a e n e l q u e s e s a t is f a c e la le y d e S a y , lo s p r e c io s m o n e ta r io s d e la s
m e r c a n c ía s s o n in d e t e r m in a d o s , P a r a d e t e r m in a r lo s , n e c e s it a m o s c o n o c e r e l p r e c io
p n _ l (e líg ie n d o arb itrariam en te la m e r c a n c ía n - 1 ) , S i é s te s e c o n o c e , lo s p re c io s m o n e ­
ta rio s se p u e d e n o b te n e r d e los p re c io s re la tiv o s p o r la r e la c ió n p ¡ = p ,, _ (i = 1, 2 , , . . ,
n - 2 ). S in e m b a r g o , e l p r e c io p ,, _ , n o p u e d e s e r o b te n id o m e d ia n te la le y d e S a y y a
q u e te n e m o s s o la m e n t e n - 2 e c u a c io n e s in d e p e n d ie n t e s d e e q u ilib r io d e o f e r t a y
d e m a n d a . E s t o h a lle v a d o a la te o r ía m o n e t a r ia t r a d ic io n a l a d e te r m in a r e l p r e c io
p n_ I m e d ia n te u n a e c u a c ió n s u p le m e n ta r ia in tr o d u c id a e n e l s is te m a - l a « e c u a c ió n d e
in t e r c a m b io » - . E sta e c u a c ió n pu ed e e s c r ib ir s e d e la fo r m a

k ""LpSt = M . (7 .1 )
i= l

d o n d e k es u n a c o n s ta n te q u e e x p r e s a l a p r o p o r c ió n d e la o fe r ta to ta l d e m e r c a n c ía s ,
m e d id a e n v a lo r m o n e ta r io , q u e lo s in d iv id u o s q u ie r e n m a n te n e r e n s a ld o s líq u id o s ,
e s d e c ir , k e s e l r e c íp r o c o d e la v e lo c id a d d e c ir c u la c ió n d e l d in e r o . M es la c a n tid a d
d e d in e r o .
C o m o q u e p ¡= p . _ (para i = 1 , 2 , . . . , n - 2 ; para i = n - 1 p o n e m o s 1t¡ = 1 por d e fi­
n ic ió n ) , la e c u a c ió n (7 .1 ) s e tr a n s fo r m a en

k P - i.'"L = M. (7 .2 )
i=i

L o s v a lo r e s d e e q u ilib r io d e lo s p r e c io s r e la t iv o s 1t¡ e s tá n d e te r m in a d o s p o r la s
e c u a c io n e s (6 .2 ), y la s c a n tid a d e s d e e q u ilib r io d e la s m e r c a n c ía s o fe r ta d a s S ¡ (i = l ,
2 , . . . , n - 1 ) se o b tie n e n su b s titu y e n d o la s n ¡ e n la s fu n c io n e s d e o fe r t a 2L A s í o b te n id o s
lo s 1t¡ y la s S ¡ , p ,,_ , q u e d a d e te r m in a d o p o r (7 .2 ) .
E s t e e s e l p r o c e d im ie n to d e la te o r ía d e l d in e r o t r a d ic io n a l. I m p lic a u n a d iv is ió n
d e la te o r ía d e lo s p r e c io s e n d o s p a rtes d is tin ta s : ( 1) la d e te r m in a c ió n d e lo s p r e c io s
r e la t iv o s y (2) la d e t e r m in a c ió n d e u n m u lt ip lic a d o r ( e l « n i v e l d e p r e c io s » ) p o r u n a
e c u a c ió n m o n e ta r ia d is tin ta d e l s is te m a d e e c u a c io n e s d e e q u ilib r io . D a c o m o r e s u lta ­
d o q u e e l d in e r o es « n e u tr o » 2
25.
4
S in e m b a r g o , e s te p r o c e d im ie n to e s c o n tr a d ic to r io e n s í m is m o . L a e c u a c ió n (7 .2 )
n o e s c o m p a t ib le c o n l a l e y d e S a y . L a p a rte iz q u ie r d a d e e s ta e c u a c ió n e s la d e m a n d a
to ta l d e s a ld o s líq u id o s y la p a rte d e r e c h a es e l s t o c k d e d in e r o e x is te n te . L a d ife r e n c ia
e s e l c a m b io d e s e a d o e n s a ld o s líq u id o s ( r e la tiv o s a la c a n tid a d d e d in e r o ). T e n e m o s
e n t o n c e s :26

k p ,, , = (7 .3 )
i.=i

24. S e obtiene también S„_¡ porque tenemos ii-l funciones de oferta de mercancías, aunque solamente hay
n -2 ecuaciones de equilibrio independientes.
25. Excepto por «fricciones» y retrasos en.el tiempo, que en este caso es la única manera a través de la cual
el dinero puede afectar los precios relativos de las mercancías.
26. Para que iJM aquí sea el mismo que iJM en (2.3), es necesario que la unidad o período de tiempo en
que se considera el cambio sea el mismo que la unidad o período de tiempo por el cual se miden la can­
tidades demandadas u ofertadas. Ver nota 3 más arriba.
CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA i
218

S i p n - i tie n e u n v a lo r q u e n o s a t is f a c e ( 7 .2 ), e x is t e u n a d is c r e p a n c ia e n tre la c a n - !
tid a d d e d in e ro q u e la s p e rso n as q u ie r e n p o s e e r y la ca n tid a d d e d in e r o e x is te n te . E s t o
im p lic a u n a d is c r e p a n c ia e n tr e la d e m a n d a to ta l y la o fe r t a to ta l d e m e r c a n c ía s ( v e r •
e c u a c ió n [2 .3 ]). S in e m b a rg o , la le y d e S a y req u ie re A M = O ( v e r e c u a c ió n [2 .4 ] m á s a r - 1
b a ). E n e s te c a s o o b te n e m o s |

= M. ( 7 .4 ) ;
i= 1 ;■

e s d e c ir , u n a id e n tid a d v á lid a p a ra c u a l q u i e r v a lo r d e , y , q u e p o r c o n s ig u ie n te , no
s ir v e p a r a d e te rm in a r p ,, _ ^ P e r o k n o p u e d e s e r c o n s ta n te y tie n e q u e se r in d e te r m in a - ■
d o p a r a a ju s ta r s e a c u a lq u ie r v a lo r d e p „ _ ¡, d e f o r m a q u e la id e n tid a d s e s a tis fa g a . L a j
L e y d e S a y im p li c a u n a v e lo c id a d d e c ir c u la c ió n in d e t e r m in a d a (1/k) y lo s p r e c io s '
m o n e ta r io s s o n in d e te r m in a d o s . |
P o r ta n to , e l p r o c e d im ie n t o t r a d ic io n a l d e la teo ría d e l d in e r o im p lic a u n a c o n tr a ­
d ic c ió n . O b ie n se a c e p ta l a l e y d e S a y y lo s p r e c io s m o n e ta rio s s o n in d e te n n in a d o s , o j
b ie n lo s p r e c io s m o n e ta r io s s e d e te r m in a n p e r o e n to n c e s la le y d e S a y , y p o r c o n s i- ■
g u ie n te la « n e u tr a lid a d » d e l d in e r o , s e tie n e n q u e a b a n d o n a r . L a l e y d e S a y e x c l u y e \

c u a lq u ie r te o r ía d e l d in e r o . \

H e m o s v is t o q u e la le y d e S a y e x c lu y e c u a lq u ie r te o ría d e l d in e r o . P o r c o n s ig u ie n te ,
la te o r ía d e l d in e ro tie n e q u e e m p e z a r p o r r e c h a z a r la le y d e S a y . E n lu g a r d e a c e p ta r
q u e la d e m a n d a to ta l y la o fe r ta to ta l d e la s m e r c a n c ía s s o n id é n tic a m e n te ig u a le s o ,
lo q u e e s e q u iv a le n t e , q u e la d e m a n d a to ta l d e lo s s a ld o s líq u id o s e s id é n t ic a m e n t e
ig u a l a la c a n tid a d d e d in e r o d is p o n ib le , e s ta s id e n tid a d e s tie n e n q u e se r r e e m p la z a ­
d a s p o r v e r d a d e r a s e c u a c io n e s . E l o b je t iv o d e la te o r ía d e l d in e ro e s e n to n c e s e l d e
estu diar la s co n d ic io n e s b a jo las cu a le s se lle g a a l eq u ilib rio d e la d e m a n d a to ta l y la o fe r­
ta to ta l d e m e r c a n c ía s (o , en su lu g a r , al e q u ilib r io de la d e m a n d a to ta l de los s a ld o s
líq u id o s y la c a n tid a d d e d in e r o d is p o n ib le ) y c o m p r e n d e r lo s p r o c e s o s p o r lo s c u a le s
s e a lc a n z a ta l e q u ilib r io .
W ic k s e ll e x p re só c la ra m e n te e s te o b je tiv o : « C u a lq u ie r teoría d e l d in ero d ig n a d e e s te
n o m b r e tie n e q u e ser c a p a z d e d e m o stra r c ó m o y p o r q u é la d e m a n d a m o n e ta ria o p o c u -
n ia r ia d e m e r c a n c ía s e x c e d e a , o q u e d a p o r d e b a jo d e , la o fe r t a d e b ie n e s en c o n d ic i o ­
n e s d a d a s » 27^ W ic k s e ll ta m b ié n o b s e r v ó la d if ic u lt a d d e c o n c il ia r e s to c o n la le y d e
S a y . P o r ú lt im o , tr a n q u iliz ó su c o n c ie n c ia a fir m a n d o q u e la d e m a n d a to ta l y la o fe r ta
to ta l tie n e n q u e ser ig u a le s « fin a lm e n t e » p e ro p u e d e n d ife r ir « e n p r im e r lu g a r » 2^ C o n ••
e s ta o b s e r v a c ió n , W ic k s e ll, y c o n é l to d o s lo s te ó r ic o s d e l d in e r o , a b a n d o n a r o n la le y
d e S a y su stitu y en d o ¡a id e n tid a d p o r u n a e c u a c ió n q u e es v á lid a s o la m e n te en e q u ilib r io . ¡
L a a fir m a c ió n q u e la d e m a n d a to ta l y Ja o fe r t a to tal t i e n d e n a s e r ig u a le s « f in a lm e n - :
te » n o es s in o a fir m a r q u e la s c o n d ic io n e s d e e s t a b ilid a d d e l s is te m a tie n e n q u e s e r
s a tis fe c h a s . S i la s c o n d ic io n e s d e e s ta b ilid a d (1 .2 ) s e s a t is f a c e n , c u a lq u ie r a lte r a c ió n

21. Lectures on Polilical Economy, II (Londres; Routledge & Sons, 1935), p. 159-160.
28. Ibíd, p. 159. ;
LA LEY DE SAY: REFORMULACIÓN Y CRÍTICA 219

del equilibrio hará que la dem anda y la oferta de cada m ercancía tiendan de nuevo
hacia la igualdad; y com o esto sucede para cada m ercancía en el sistem a, también
implica que la demanda total y la oferta total de mercancías tienden hacia la igualdad.
Pero esta tendencia hacia el equilibrio, im plicada en las condiciones de estabilidad, no
debiera confundirse con Ja ley de Say.
Dado que la homogeneidad de las funciones de dem anda'y de oferta de las mer­
cancías desaparece cuando se abandona la ley de Say, vemos que la teoría del dinero no
puede separarse de la teoría de los precios relativos. L a base m ism a de la teoría del
dinero es incom patible con la «neutralidad» del dinero. L o s precios monetarios de
todas las mercancías tienen que ser determ inados directam ente a partir del sistema
general de las ecuaciones de equilibrio (1.1) .

Las anteriores im plicaciones de la ley de Sa y para la teoría de los precios y la teoría


del dinero también son válidas respecto a una teoría dinámica de precios que esté basa­
da en considerar la sustitución de bienes en diferentes momentos del tiempo, así como
la sustitución de diferentes bienes en un momento dado del tiempo
En arás de la simplicidad, dividamos el período total de tiempo considerado en m + 1
intervalos pequeños e iguales, indicados por los subíndices O, 1, 2, . . . , m, donde el índi­
ce O se refiere al intervalo «presente», y los otros índices se refieren a intervalos <d'uturos».
Señalemos, además, al precio de la mercancía i esperado en el intervalo tpor pr-,, y enten­
damos que p ro (í = 1, 2, . . . , n - 1) son los precios obtenidos realmente en el intervalo
«presente». Llamaremos a estos últimos los «precios corrientes». Sea r, el tipo de interés
(por intervalo) en préstamos de una duración de t intervalos. E l valor descontado del pre­
cio esperado p ¡ , es q¡¡ = p ¡ ¡ ! (1 + r¡)'. Esta definición lleva a q ;o = p ;o para i = l , 2 , . . ., n -
1. L a demanda y oferta corrientes de una m ercancía, es decir, la demanda y oferta en el
intervalo «presente», es una función de todos los precios corrientes, así como de los valo­
res descontados de todos los precios futuros esperados.29

DiO= ( q io > q io > •.. , q « - 1, 0 ; q rv» Q w •• ., u ; ••• ; qim> q w ■ % - j ,™)


(i = l , 2, . . . , n - 1)

y
s®" ^ÍO 0ílO> ‘ha ’ Í r- 1,0 ' ill> Í2I' in - 1,1 > ilIt Í2m> ir :

L as ecuaciones de equilibrio son

D o (pía’ P 20’ . . p . . - i ,o; q u > q ^ ■••> q « - u ; •••■ m, q * ,,,, ••- , q « - i , J =


S ¡0 (plO, P20> • . . >Pn-l,o ">q i l , q 21. •■•’ q « - l , ! ’ •••’ qim> q2m> >q n - l j J ■
(i = 1 , 2 , . . . , n- i) (9.1).

29. Ver Gerhard Tintner, «The Theoretica! Derivation ofD ynam ic Demand Curves», E c o m m e ír ic a , octu­
bre de 1938; y Hicks, op. c it., cap. X V III.
frV":

220 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA :

É s t a s d e te r m in a n lo s v a lo r e s d e e q u ilib r io d e lo s n -1 p r e c io s c o r r ie n te s pnJ ( í = l , 2 ,
. . . , n - l . ) c o m o fu n c io n e s d e lo s v a lo r e s d e s c o n ta d o s d e lo s p r e c io s fu tu r o s e s p e r a ­
dos. É s to s ú ltim o s p u e d e n ser c o n s id e r a d o s c o m o fu n c io n e s d e lo s p r e c io s c o rrie n te s

í ?íí = fí¡ (Pio> Pio> •••tPn-if)) (i = í , 2, . . . , n — 1; t = l , 2 , . . . , m ) (9.2)

lla m a r e m o s a e s ta s fu n c io n e s , « la s fu n c io n e s d e e x p e c t a t iv a s » , y a su s e la s tic id a ­
d e s p a r c ia le s , « e la s t ic id a d e s d e e x p e c t a t iv a s » 30. E n t o n c e s , ju n to a la s fu n c io n e s d e
e x p e c ta tiv a s q u e s o n (n - 1) m e n n ú m e r o , la s e c u a c io n e s ( 9 .1 ) d e te r m in a n lo s v a lo ­
re s d e e q u ilib r io d e io s p r e c io s c o r r ie n te s .
C u a n d o la le y d e S a y s e c u m p le te n e m o s , c o m o a n te s ,s ó lo n - 2 e c u a c io n e s in d e ­
p e n d ie n te s e n tr e la s e c u a c io n e s ( 9 .1 ) , y la s fu n c io n e s d e d e m a n d a y o fe r ta s o n h o m o ­
g é n e a s d e g r a d o c e r o p o r q u e la L e y d e S a y im p id e Ja s u s t it u c ió n e n tr e d in e r o y
m e r c a n c ía s . S in e m b a r g o , en la t e o r ía d in á m ic a d e lo s p r e c io s , s e tr a ta d e t o d o s lo s
p r e c io s m o n e t a r io s q¡„ lo s v a lo r e s d e s c o n ta d o s d e lo s p r e c io s e s p e r a d o s e n e l fu tu r o
a s í c o m o lo s p r e c io s co rrien tes c u y o c a m b io p r o p o r c io n a l n o a f e c t a la s ca n tid a d e s p e d i­
das y o fr e c id a s . L a s fu n c io n e s d e d e m a n d a y o fe r ta d e p e n d e n p u e s ú n ic a m e n te d e lo s
p r e c io s r e la t iv o s , e s d e c ir , d e la s r a z o n e s e n t r e lo s q (> S i n e m b a r g o , e s to n o es s u f i­
c ie n te p a ra d e te m iin a r lo s p r e c io s re la tiv o s d e b id o a la s fu n c io n e s d e e x p e c ta tiv a s (9.2).
P a r a q u e lo s p r e c io s r e la tiv o s se a n d e te r m in a d o s , la s fu n c io n e s d e e x p e c ta tiv a s ta m ­
b ié n d e b e n im p lic a r s o la m e n te lo s p r e c io s r e la t iv o s y n o lo s p r e c io s m o n e ta r io s . P o r
lo tan to la s fu n c io n e s d e e x p e c ta tiv a s d e b e n ser h o m o g é n e a s d e p r im e r g r a d o ; e s d e c ir ,
un c a m b io p r o p o r c io n a l d e to d o s lo s p r e c io s c o r r ie n te s d e b e c a m b ia r lo s v a lo r e s d e s ­
c o n ta d o s d e lo s p r e c io s fu tu r o s e sp e r a d o s e n la m is m a p r o p o r c ió n . E n este c a s o , u n
c a m b io p r o p o r cio n a l de todos lo s p r e c io s co rrien tes n o altera la s ca n tid a d e s d e m an d ad a s
y o fr e c id a s . L a s f u n c io n e s d e d e m a n d a y o fe r t a d e la s m e r c a n c ía s d e p e n d e n a h o r a
s o lo d e la s r a z o n e s d e lo s p r e c io s c o r r ie n te s , y lo s p r e c io s r e la tiv o s e s tá n d e te r m in a ­
d o s p o r la s n - 2 e c u a c io n e s in d e p e n d ie n te s d e l s is te m a ( 9 .1 ) y p o r la s f u n c io n e s d e
e x p e c t a t iv a s ( 9 .2 ) . S i n e m b a r g o , lo s p r e c io s m o n e ta r io s p e r m a n e c e n in d e te r m in a d o s .
E n la teo ría d in á m ic a d e lo s p r e c io s , la le y d e S a y im p lic a p u e s , a d e m á s d e la h o m o ­
g e n e id a d d e la s fu n c io n e s d e d e m a n d a y o fe r ta d e la s m e r c a n c ía s , fu n c io n e s d e e x p e c ­
ta tiv a s h o m o g é n e a s . E s t e su p u esto a d ic io n a l h a c e q u e la le y d e S a y s e a m u c h o m e n o s
r e a lis ta e n e l c o n t e x t o d e u n a teo ría d in á m ic a d e lo s p r e c io s q u e en e l c o n te x to d e u n a
te o r ía e s t á t ic a . E n a m b a s te o r ía s , e s t á t ic a y d in á m ic a , la l e y d e S a y d e ja lo s p r e c io s
m o n e ta r io s in d e te r m in a d o s .

30. E! último término fue introducido por Hicks (op. c i l., p. 205).
CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA 221-226

L o s n e o c lá s i c o s l.

l. E l contexto .

D u r a n te la s e g u n d a m ita d d e l s ig lo X IX s e v a g e s ta n d o lo q u e , h a c ia fin a le s d e s ig l o ,
c o n s titu ir á la r e v o lu c ió n m a r g ín a lis ta . L a s id e a s o r ig in a r ia s d e lo q u e h o y c o n o c e m o s
c o m o te o ría n e o c lá s ic a se c o n s o lid a r á n e n e l p e rio d o c o m p r e n d id o en tre fin e s d e l s ig lo
X IX y la s d o s p r im e r a s d é c a d a s d e l x x a l c o n v e r g e r to d a u n a s e r ie d e e le m e n to s q u e
h a c ía n « n e c e s a r ia » u n a n u e v a t e o r ía s o c ia l. E n t r e e llo s p o d e m o s d e sta ca r:

- la p r e o c u p a c ió n d e lo s e c o n o m is t a s c lá s ic o s p o r la te n d e n c ia a l e s ta n c a m ie n to d e l
s is te m a ,
- e l a u m e n to d e im p o r t a n c ia d e lo s m o v im ie n t o s s o c ia lis t a s - s o c ia lis m o u t ó p i c o - y ,
e n p a r tic u la r, p o s te rio r m e n te , d e lo s p la n t e a m ie n t o s d e K . M a r x (en 1867 s e p u b lic ó
e l p r im e r v o lu m e n d e E l C a p i t a l ) q u e p o n ía n e l a c e n to e n la n a tu r a le z a e x p lo ta d o r a
d e l c a p it a lis m o , lo s c o n flic t o s e n tr e la s c la s e s s o c ia le s y p r e d e c ía n Ja d e s a p a r ic ió n
v io le n t a d e l s is te m a p o r lo s m o v im ie n t o s r e v o lu c io n a r io s d e la s c la s e s e x p lo ta d a s ,
- Ja e x is te n c ia d e im p o rta n te s m o v im ie n t o s r e v o lu c io n a r io s e n la E u r o p a d e la é p o c a .
H a y q u e r e c o r d a r q u e en 1871 s e e s t a b le c ió l a C o m u n a d e P a r ís y , a u n q u e fu e r á p i­
d a y c r u e lm e n t e r e p r im id a , a s u s tó h a s t a e l fo n d o a to d a s la s b u r g u e s ía s e u r o p e a s ,
- la fü e r te d e p resió n d e 1873 c o n su s s e c u e la s d e m is e r ia y fo r ta le c im ie n to d e lo s m o v i­
m ie n to s s in d ic a le s . A p a r t ir d e 1 8 7 0 s e in ic ia u n a e ta p a en la q u e e l c a p ita lis m o c o m ­
p e titiv o , por su p ro p ia te n d e n cia a la c o n ce n tra c ió n e im p u ls a d o p o r la s n u e v a s té c n ic a s
p r o d u c tiv a s q u e é l m is m o g e n e r a , qu e r e q u ie r e n g r a n d e s c a n tid a d e s d e c a p it a l, v a
s ie n d o s u s titu id o p o r u n c a p it a lis m o m o n o p o lis t a qu e c o n c e n tr a lo s m e d io s d e p r o ­
d u c c ió n e n p o c a s m a n o s c o n a lto s p r e c io s d e l p r o d u c t o y g r a n d e s b e n e fic io s ,
- t r a s e s ta e ta p a d e p r e s iv a , e l c a p it a lis m o in ic ia u n p e rio d o d e e x p a n s ió n q u e n o s ó lo
d a r á lu g a r a l fe n ó m e n o d e l im p e r ia lis m o , sin o q u e c o n d u c ir á a a b a n d o n a r la p r e o ­
c u p a c ió n d e lo s c lá s ic o s p o r e l c r e c im ie n t o y la d is tr ib u c ió n q u e lo f a c ilit e , y a d ir i­
g ir s e a u n a n á lis is m á s o r ie n t a d o a d e s t a c a r l a p o te n c ia lid a d d e l s is te m a , la a r m o n ía
p o s ib le e n tr e su s co m p o n e n te s , y la c o n v e n ie n c ia d e p r e o c u p a rs e p o r l a a s ig n a c ió n d e
r e c u r s o s e s c a s o s y s u m á x i m a e f ic ie n c ia .

P o r t a n t o , s e im p o n ía la a p a r ic ió n d e u n a n u e v a te o r ía s o c ia l p a r a d e fe n d e r e l ord en
d o m in a n te y c o m b a t ir a u n a b a t a lla d o r a c la s e tra b a ja d o ra .
E s t a n u e v a te o r ía s o c ia l s e g e s ta r á e n u n p e rio d o en e l q u e se esta b an p r o d u c ie n d o
to d a u n a s e r ie d e a v a n c e s en e l c a m p o c ie n t ífic o q u e c o n d u cir ía n a lo s c ie n t ífic o s s o c ia ­
le s a e n tu s ia s m a r s e p o r lo s m é to d o s d e la s c ie n c ia s n atu ra le s y lo s in s tru m e n to s m a te -
222 CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

m á tic o s y a in ten tar a p lic a rlo s a las c ie n c ia s so cia les. D e s d e su ó p tic a , éstas a lc a n z a ría n ,
m e d ia n te la u t iliz a c ió n d e s o fis t ic a d a s e x p r e s io n e s m a te m á tic a s c o m o p o d e r o s o in s ­
tru m e n to c o n c e p t u a l y m e t o d o ló g ic o , e l m is m o n iv e l d e p r e c is ió n , r ig o r c ie n t í fic o y
p r e s tig io q u e el d e la s c ie n c ia s n atu rales. A d e m á s , e s ta m á s c o m p lic a d a e x p re s ió n h a c ía
m á s d if íc il Ja c o m p r e n s ió n d e la to ta lid a d d e s u s is te m a a la s c la s e s p o p u la r e s y s u s
d ir ig e n te s .
S e in ic ia a s í la d e n o m in a d a r e v o lu c ió n m a r g in a lis ta , c u y o s p r o ta g o n is ta s in ic ia le s
fu e ro n J e v o n s (1 8 3 5 -1 8 8 2 ) y lo s au stría c o s M e n g e r (1 840-1921 ), B o h m - B a w e r k (1 8 5 1 ­
1914) y W ie s e r ( 1 8 5 1 -1 9 2 6 ). P e r o , s in n in g u n a d u d a , la a p o r ta c ió n p r in c ip a l c o r r e a
c a r g o d e L . W a lra s ( 1 8 34-191O ) c o n s u in terp reta ció n m á s in te g r a d a y su s is te m a g e n e ­
r a l d e e q u ilib r io c o n p r e c io s d e ta n te o y un s u b a s ta d o r g e n e r a l. T a m b ié n p a r tic ip a n e n
e ste p r o c e s o e c o n o m is t a s c o m o E d g e w o r t h , C a s s e l, P a r e to y W i c k s e ll. E s ta p r im e r a
e ta p a p a r e c e c o n c lu ir c o n A . M a r s h a ll (1 8 4 2 -1 9 2 4 ) y e l e q u ilib r io p a r c ia l. L a p r e e m i­
n e n te p o s ic ió n d e In g la te r r a e n la e s c e n a m u n d ia l c o n s o lid a r á a e ste p a ís y s u s a u to ­
res c o m o c e n tr a le s e n e l d e s a r ro llo d e la c ie n c ia e c o n ó m ic a .
D e s d e M a r s h a ll e l m a r g in a lis m o s e c o n v ie r t e en la t e o r ía e c o n ó m ic a d o m in a n te
h a s ta K e y n e s , q u e la critic a rá , p e ro in c lu y e n d o en su c rític a e le m e n to s d e lo s au tores c lá ­
s ic o s y sin d ife r e n c ia r lo s en su d e n o m in a c ió n . L o q u e , e n m u c h o s c a s o s , lle v a a la c o n ­
fu s ió n .
N o e s tá d e m a s ia d o c la r o c u á n d o la r e v o lu c ió n m a r g in a lis ta p ie rd e e s te n o m b r e y s e
c o n v ie r t e en lo q u e h o y c o n o c e m o s c o m o s is t e m a n e o c lá s ic o . D u r a n te m u c h o s a ñ o s
e l m a r g in a lis m o e r a la d e n o m in a c ió n h a b it u a l. E s m u y p o s ib le q u e h a y a s id o e l d e ­
s a r r o llo d e la te o r ía d e l e q u ilib r io g e n e ra l p o r A r r o w y D e b r e u la q u e h a c o n s o lid a d o e l
c a m b io d e d e n o m in a c ió n d e l m a r g in a lis m o a e q u ilib r io g e n e r a l. D e to d a s fo r m a s , lo s
e le m e n to s e s e n c ia le s s o n lo s m is m o s in d e p e n d ie n te m e n te d e la m a y o r a c tu a lid a d d e
la s d e n o m in a c io n e s r e s p e c tiv a s .
E n 1 9 5 4 , A r r o w y D e b r e u 1 s e c o n v e r tirá n e n lo s p a d re s m o d e r n o s d e la te o r ía d e l
e q u ilib r io g e n e r a l q u e d e sa r ro lló in ic ia lm e n te W a lr a s , a l s e r q u ie n e s r e a liz a n la d e m o s ­
tr a c ió n m a te m á tic a d e la m is m a y le p r o p o r c io n a n u n c a r á c te r d e fin it iv o y c ie n t í f ic o .
A p a r tir d e e s ta é p o c a la e s c u e la n e o c lá s ic a r e v a lid a s u c ie n t ific id a d , a u n q u e a n iv e l
d e m a c r o e c o n o m ía y p o lít ic a e c o n ó m ic a e ra n to d a v ía lo s a n á lis is d e K e y n e s lo s d o m i­
n an tes. N o s e r á h a s ta la crisis d e l k e y n e s ia n is m o en lo s setenta y la s in terp reta cio n es m á s
a v a n z a d a s d e l e q u ilib r io g e n e r a l y la s d e lo s n u e v o s m a c r o e c o n o m is ta s q u e r e f o r z a ­
rán e l p a p e l, d e n u e v o d o m in a n te , d e l p e n s a m ie n to m a r g in a lis ta -n e o c lá s ic o -e q u ilib r io
g e n e r a l e n s u s d is t in t a s v e rtie n te s .

2. P r e m is a s del m odelo

L a te o ría n e o c lá s ic a s u p o n e q u e la s o c ie d a d e s tá fo r m a d a p o r in d iv id u o s lib r e s , q u e s e
d e fin e n s e g ú n u n a s su p u e s ta s fu n c io n e s d e u tilid a d y p o r u n a s d o ta c io n e s in ic ia le s d e
r e c u r s o s . L o s in d iv id u o s d ifie r e n r e s p e c to a s u s p r e fe r e n c ia s y d o ta c io n e s i n ic ia le s ,
p e r o se c o n s id e r a n ig u a le s en c u a n t o a su co m p o r ta m ie n to en la e c o n o m ía . E s t o s a g e n - 1

1. Kenneth J . Arrow y Gerard Debreu, «Existence o f an Equiübrium for a Compctitive Economy» en


Econometrica. Journal of lhc Economelrtc Socíely, vol. 22, n ° 3, julio 1954. Este artículo se presentó
en el encuentro de la Econometric SocicLy, Chicago, 27 diciembre 1952.
LOS NEOCLÁSICOS 223
i y ■■ —

tes in te r c a m b ia n e n tr e e llo s lo s r e cu rs o s y a d a d o s , s ig u ie n d o u n c o m p o r ta m ie n to r a c io ­
n a l, c o n e l o b je t iv o d e m a x im iz a r la s fu n c io n e s d e u t ilid a d y d e b e n e fic io s , te n ie n d o
e n c u e n t a la s r e s tr ic c io n e s d e r e c u r s o s y t e c n o ló g ic a .
L o s d e s e o s d e lo s a g e n te s se tra d u ce n en fu n c io n e s d e o fe r ta y d e m a n d a q u e , s e g ú n
u n p r o c e s o d e tan teo q u e g a r a n tiz a e l r e s u lta d o , lle g a rá n a u n e q u ilib r io , en e l q u e o fe r ­
ta y d e m a n d a se ig u a la r á n e n to d o s los m e r c a d o s d e r e c u r s o s .
E n e s te m o d e lo , la p r o d u c c ió n j u e g a u n p a p e l p o c o im p o r ta n te , p u e s e s en e l m e r­
ca d o d o n d e s e d e te rm in a rá n lo s p r e c io s y la s c a n tid a d e s d e m a n d a d a s y o fe r ta d a s e n la
e c o n o m ía . E l p r in c ip io d e a s ig n a c ió n ó p t im a d e m e d io s e s c a s o s e n tre u s o s a lte r n a ti­
v o s , b a s a d o e n e l c o n c e p to d e e s c a s e z d e lo s r e c u r s o s - e le m e n t o a b s o lu ta m e n te c r u ­
c ia l en J a te o r ía n e o c lá s ic a y b a s e d e l a im p o r ta n te d e fin ic ió n d e R o b b in s 2 ( 1 9 3 2 ) - ,
h a c e q u e to d a s la s c u e s tio n e s g ir e n e n t o r n o a l m e jo r u s o d e lo s r e c u r s o s ( e fic ie n c ia ) ,
y n o d e l a c r e a c ió n d e é s t o s ( p r o d u c c ió n ) . .
D e h e c h o , e l m o d e lo n a c e d e l s u p u e s to fu n c io n a m ie n t o - d e u n a e c o n o m ía d e in ter­
c a m b io , d e l a q u e p o s te rio r m e n te s e d e riv a r á n e l fu n c io n a m ie n to d e lo s d is tin to s m e r ­
c a d o s d e lo s r e c u r s o s e x is te n te s e n la e c o n o m í a q u e e l m o d e lo c o n t e m p la , q u e so n
fu n d a m e n t a lm e n t e l a tie rr a , e l c a p ita l y l a fu gr^ za-d e-trab ajo . L a o fe r ta y l a d e m a n d a
d e d ic h o s fa c t o r e s d e te r m in a r á n e l p r e c io d e e q u ilib r io d e c a d a fa c to r , lo s c u a le s s o n
tr a ta d o s c o m o m e r c a n c ía s , p u d ié n d o s e s u s titu ir u n o s p o r o t r o s s in n in g ú n in c o n v e ­
n ie n te . 1
s e s u p e r a l a co n tro v e rs ia c lá s ic a en tre v a lo r d e c a m b io y v a lo r d e u s o . A d e m á s ,
e v ita la cu e stió n d e la d istrib u ció n d e la ren ta, p u e sto q u e c a d a fa c to r s e retrib u y e e n fu n ­
c ió n d e su a p o r ta c ió n a l p r o c e s o p r o d u c t iv o , d e ja d o a u n la d o l a te o r ía d e l v a lo r -tr a ­
b a jo y e l e s q u e m a b a sa d o e n la s c la s e s s o c ia le s d e lo s m o d e lo s c lá s ic o y m a r x is ta . L a
d is tr ib u c ió n d e l a r e n t a a p a re c e c o m o a lg o in d e p e n d ie n te d e la s in s titu c io n e s d e p r o ­
p ie d a d y d e la s r e la c io n e s s o c ia le s .
P a r a q u e e s t e m e c a n is m o s e a ju s te d e f o r m a n a t u r a l - l l e g a n d o a l e q u ilib r io e n e l
q u e s e d a u n a s it u a c ió n ó p tim a d e P a r e to y , p o r ta n to , a r m o n io s a - , s e i n c l u y e la h ip ó ­
te s is d e c o m p e t e n c ia p e r fe c ta , e v ita n d o l a d ific u lt a d q u e s u p o n d r ía fo r m a liz a r la e x is ­
te n c ia , e n la re a lid a d , d e m o n o p o lio s , o lig o p o lio s , ag ru p a ció n d e co n s u m id o re s , e t c ., pues
tod o e l lo im p lic a in c e r tid u m b r e , q u e n o s ó lo p r o v ie n e d e c h o q u e s n a tu r a le s s in o ta m ­
b ié n d e tá c tic a s y e stra te gia s d e lo s a g e n te s . L o s p r e c io s s e co n s id e r a n d a d o s, p o r tan to ,
n o s e c o n t e m p la l a p o s ib le in f lu e n c i a d e l a a c c ió n d e lo s a g e n te s s o b r e lo s p r e c io s ;
é s to s ú lt im o s s o n la ú n ic a s e ñ a l e m it id a p o r e l m e r c a d o .
L a e x i s t e n c i a , l a e s t a b ilid a d y l a o p t im iz a c ió n d e l e q u ilib r io g e n e r a l r e q u ie r e n
s u p u e s to s m u y r e s t r ic t iv o s , y h a b itu a lm e n te s e tr a ta n s in t e n e r e n c u e n ta n i e l tie m p o ,
n i la m o n e d a . L o s n e o c lá s ic o s a c tu a le s so n c o n s c ie n t e s d e l a d if ic u lt a d d e in tr o d u c ir
l a in c e r tid u m b r e (tie m p o y m o n e d a , o l a e x is t e n c ia d e c o s te s fijo s ) a l m o d e lo fo r m a l,
y a q u e c o n e s to s e le m e n to s lo s r e s u lta d o s a n te rio re s s e p o n e n s e r ia m e n te e n c u e s tió n .
L o s n u e v o s d e s a r r o llo s d e lo s a u to r e s d e b a s e n e o c lá s ic a tra ta n d e r e s o lv e r e s ta s c u e s ­
tio n e s sin s a lir d e l m a r c o d e lo s p r in c ip io s fu n d a m e n ta le s d e e s ta e s c u e la . V e r ap arta­
d o s o b re « L a s n u e v a s co r r ie n te s » .

2. Es bien conocida la definición deeste autor, según la cual, ia economía es la ciencia que estudia la asig­
nación de recursos escasos para necesidades ilimitadas.
224 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

3. LOS MONETARISTAS

U n a r a m a p a r t ic u la r y m u y d e s t a c a d a d e l p e n s a m ie n t o o r t o d o x o lo c o n s t it u y e e l
m o n e ta r is m o . I n ic ia d o p o r M ilt o n F r ie d m an en lo s c in c u e n t a , s e m a n tu v o p o r la r g o s
a ñ o s e n la o p o s ic ió n a l k e y n e s ia n is m o t r iu n f a n t e , p a r a r e s u r g ir c o n f u e r z a e n lo s
s e te n ta p r in c ip a lm e n t e e n la U n iv e r s i d a d d e C h i c a g o . L a s d ic t a d u r a s d e C h i l e y
A r g e n t in a e n d ic h a d é c a d a a y u d a r o n a im p u ls a r Ja p r á c t ic a d e s u s p o s ic io n e s r e s ­
p e c to a J a p ° li't ic a e c o n ó m i c a . D e s d e lo s s e te n ta , s u p e n s a m ie n t o c o n s titu y e u n o d e
Jo s p u n ta le s d e la e x p a n s ió n d e I a e c o n o m ía n e o c l á s ic a y s u s v a r ia n te s p o s te r io r e s ,
s i b ie n s ie m p r e s e h a m a n t e n id o d if e r e n c ia d a p a r c ia lm e n t e d e la m is m a . E l m o n e -
ta ri s m o y lo s n e o c l á s ic o s p e r t e n e c e n , sin e m b a r g o , a la m is m a f a m ili a , p a r tic ip a n
d e lo s m is m o s p r in c ip io s , u t iliz a n in s tru m e n to s a n a lít ic o s s im ila r e s , m a n tie n e n p o s i­
c io n e s d e p o lít ic a e c o n ó m ic a an á lo g a s , p ero c o n s titu y e n b lo q u e s d ife r e n c ia d o s d e p e n ­
s a m ie n t o .
P o r e l lo lo s in c lu im o s e n e s te a p a r t a d a P a r a n o s o tr o s , p e s e a su s d ife r e n c ia s , f o f -
m a n p a r te d e la m is m a lín e a d e p e n s a m ie n to , a u n q u e t a m b ié n c r e e m o s q u e re q u ie re n
u n tr a ta m ie n to lig e r a m e n t e d ife r e n c ia d o .

i 4. Acerca de la crítica
S o n m u c h a s y m u y d iv e r s a s la s ó p t ic a s d e s d e la s q u e s e h a c r it ic a d o a la te o r ía n e o ­
c lá s ic a . A d ife r e n t e s n iv e le s , p o d e m o s e n c o n tr a r s e r ia m e n te c u e s tio n a d o s :

- lo s s u p u e s to s e n q u e s e b a s a n p a r a c o n s t r u ir e l m o d e lo , c o m o la r a c io n a lid a d d e l
h o m o s e c o n o m ic u s ,

- l a s m is m a s i n c o n g r u e n c i a d e l m o d e lo q u e c o n d u c e n a c ír c u l o s v ic io s o s te ó r ic o s
( c o m o en e l c a s o d e la m e d ic ió n d e l c a p it a l o d e la d e t e r m in a c ió n d e las p r e fe r e n ­
c ia s s e g ú n e l g a s t o e f e c t i v o q u e a s u v e z v ie n e d e t e r m in a d o p o r é s ta s ),
- e l c a r á c te r e s t á t ic o y , p o r t a n to , lim it a d o y a le ja d o d e la r e a lid a d d e l m o d e lo ( p la n ­
te a n d o , en tre o tr o s , p r o b le m a s d e a s ig n a c ió n in te r te m p o r a l de lo s r e c u r s o s ),
- la s v a r ia b le s r e c o g id a s e n é l y la a u s e n c ia d e u n a d e fin ic ió n d e é s ta s ,
- la to tal a u s e n c ia d e l p a p e l d e in s titu c io n e s s o c ia le s y d e p o d e r q u e e x is te n en la e c o ­
n o m ía ,
- e l m e c a n ic is m 0 q u e a ú n m a n tie n e la t e o r ía n e o c lá s ic a c u a n d o la s o tras c ie n c ia s y a
lo h a n id o a b a n d o n a n d o ,
- e l in d iv id u a li s m o m e t o d o ló g ic o e n q u e s e fu n d a m e n t a ,
- e l c o n c e p to d e e s c a s e z d e re c u r s o s , a p a rtir d e ! c u a l s e d e r iv a la p r e o c u p a c ió n p o r l a
e fic ie n c ia y p o r e l m e r c a d o .

N o es e l ob j e to d e e s t e e s c r it o m e n c io n a r la s to d a s , p u e s s e r ía in a c a b a b le y s o b r e ­
p a saría n uestras p o s ib ilid a d e s . E n la b ib lio g r a fía a d ju n ta se e n c u e n tr a n , e x p lic a d a s c o n
d e ta lle y r ig u ro s i d a d , a lg u n a s d e e sta s c r ít ic a s . R e s p e c t o a la c r ít ic a d e lo s s u p u e s to s
e n lo s q u e se b a s a la t e o r ía g e n e r a l n e o c l á si c a p o d r ía m o s r e m itir n o s a la c r ít ic a d e
M a r io B u n g e , r e c o g id a e n s u lib r o F i l o s o f í a y E c o n o m í a . T a m b ié n p o d r ía m o s c ita r lo s
a n á lis is d e N a r e d o , e n s u lib r o L a e c o n o m í a e n e v o l u c i ó n y o tr o s m u c h o s . P a r a u n a
c r ític a m á s g lo b a l d e lo s s u p u e s t o s n e o c lá si c o s c l a s i f i c a d o s c o m o in s tr u m e n ta lis m o
LOS NEOCLÁSICOS 225

m etodológico, individualismo m etodológico, racionalidad del hamo economicus y res­


pecto a su fo co de análisis - e l intercam bio-, sugerimos la lectura del artículo adjunto
de M a rc L a v o ie . También contemplamos muy positivam ente para aspectos específi­
cos de la teoría la lectura de Bem ard Guerrien.
S in em bargo, sí queremos destacar, dada la multitud de críticas encontradas que
sin duda harían caer en el más profundo desprestigio a cualquier teoría, el papel de
legitim ación ideológica desempeñada por dicha teoría, única explicación de que ésta,
a pesar de las críticas, siga aún en pie y en plena vigencia en la docencia de la econo­
m ía en la actualidad.
U n a de las características de los enfoques modernos de la teoría neoclásica, espe­
cialm ente en su versión de equilibrio general, consiste en la abundante utilización de las
m atem áticas con un alto grado de sofisticación com o elem ento de expresión de sus
planteam ientos. En el ámbito académico y de la d o cen cia, e llo h ace que, con m ucha
frecuencia, la dificultad en dominar el medio matem ático de expresión absorbe todo
el trabajo y se concede muy poca atención a las conclusiones económ icas y sociales
que se derivan de las premisas fundamentales de otros enfoques.
A sim ism o, Naredo apunta que « sí en la actualidad la creencia en la universalidad
de las categorías y principios en que se basa la ciencia económ ica todavía disfrutan de
buena salud, no es por sus cualidades intrínsecas sino porque ocupan un lugar central
en la ideología que domina el mundo industrial».
L a fo rm a en que la econom ía neoclásica interpreta los hechos económ icos revela
una concepción de un funcionamiento «ideal» de la sociedad, en la que aparece ética­
mente legítim o que cada clase obtenga de form a «natural» el equivalente a su contri­
bución en el proceso productivo, contexto en el que la noción de explotación no tiene
cabida algu n a A partir del individualismo metodológico y destacando la existencia de
un equilibrio que supone armonía, y un ajuste automático vía precios, se intuye la nece­
sidad de obviar la existencia de cualquier tipo de desigualdad o conflicto entre clases,
rechazando a s í no sólo otros análisis que cuestionaban de raíz el status quo sino, y prin­
cipalm ente, alejándose de toda relevancia para interpretar la problem ática real.
Por ello, quizá la crítica más obvia es la que se hace a los seguidores de la teoría neo­
clásica, cuando pretenden a partir de un modelo teórico estático alejado de la realidad,
no sólo describirla sino deducir de éste proposiciones normativas que afectan de forma
m uy real a las vidas de millones de personas.5

5. LECTURAS

L a vo ie , M a rc. « L a necesidad de una alternativa». En: Foundations o f post-Keynesian


economic analysis. Aldershot Edward E lg a r, 1992, p. 1-41.
G u E R R IE N , Bernard. «El equilibrio general)). En: L a theorie neo-classique. 3° ed. París:
Econom ica, 1989, p . 129-151.
H o d g s o n , G e o ffr e y M . « L a u n iversalidad de la e co n o m ía c o n v e n c io n a l» . E n :
E con om ics an d utopia. Why the learning econom y is not the end o f history.
Lon dres: R o u tled ge, 1999, p. 101-116
CoLE , K e n ; C a m e r o n , John; E dwards , C h ris. « L a libertad es el mercado: la teoría del
valor de la preferencia subjetica». En: Why economists disagree: the political eco­
nomy o f economics. Londres: Longm an, 1983, p. 43-80.
226 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

C ole , K e n ; C ameron, Jo h n ; E dwards, C h r is . « L a p o l ít ic a d e Ja te o r ía d e l a p r e fe r e n ­


Why economists disagree: íhe poliíical
cia su b je tiv a : u n m a rc o p a r a l a lib e r ta d » . E n :
economy o f economics. L o n d r e s : L o n g m a n , 198 3, p . 8 8 -1 0 8 .
F elderer, B e r n h a r d ; H omburg , S t e f a n . « M o n e t a r is r r io » . E n : M acroeconom ics and
new macroeconomics. 2 .a ed . B e r lín : S p r in g e r -V e r la g , 1 9 9 2 , p . 1 7 1 -1 8 5 .

I I

Iv :
m
CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA 227-266

L a n e c e s id a d d e u n a a lt e r n a t iv a *

M a r c L a v o ie 1

1 . O b je t iv o s d e l l ib r o

E l o b je tiv o p r in c ip a l d e este lib r o es p r o p o r cio n a r u na sín tesis ú til d e la e c o n o m ía post-


k e y n e s ia n a , m o s tr a n d o q u e c o n s t it u y e un c o n ju n to c o h e r e n te d e te o r ía s q u e p u e d e n
p r o p o r c io n a r u n a alte rn a tiv a a l p a r a d ig m a n e o c lá s ic o d o m in a n te . C r e o q u e la e c o n o m ía
p o s tk e y n e s ia n a p u e d e p r e s e n ta r se en un m a r c o tan c o h e r e n te c o m o e l m a r c o n e o c lá ­
s ic o , y q u e , e n c o n s e c u e n c ia , p u e d e o fr e c e r u n a a lte r n a tiv a v ia b le p a r a a q u e llo s q u e
e s tá n d e s e n c a n t a d o s c o n J a e c o n o m ía o r to d o x a . P a r a e l lo , s e m o s tr a r á q u e la s b a s e s
m ic r o e c o n ó m ic a s p u e d e n a s o c ia r s e c o n la e c o n o m ía p o s tk e y n e s ia n a , y q u e é s ta s so n
c o h e r e n t e s c o n s u m a c r o e c o n o m ía . M i o b je t iv o e s , p o r t a n t o , id é n tic o a l d e E íc h n e r
( 1 9 8 6 a : 3 ) , q u ie n q u is o p r e s e n ta r la t e o r ía p o s t k e y n e s ia n a « c o m o un to d o in t e g r a l,
d e m o s tr a n d o a s í q u e e s ta n c o m p le t a y c o h e r e n te c o m o la s ín te s is n e o c lá s ic a » .
D e b e r e c o n o c e r s e d e s d e e l p r in c ip io q u e e l m is m o t é r m in o « p o s tk e y n e s ia n o » es
b a sta n te v a g o y h a s id o u tiliz a d o p a ra d e fin ir d ife r e n te s tip o s d e e c o n o m ía y d e e c o n o ­
m ista s. C o m o p r im e r a a p r o x im a c ió n , d e fin ir é c o m o p o s tk e y n e s ia n o s a a q u e llo s e c o ­
n o m is ta s q u e e s tá n e x te n d ie n d o y g e n e ra liz a n d o la s id e a s s e m in a le s d e lo s e c o n o m is ta s
n o o r to d o x o s d e C a m b r id g e d e lo s a ñ o s 5 0 , s o b r e to d o la s id e a s d e J o a n R o b in s o n ,
R ic h a r d K a h n y N i c h o la s K a ld o r . E v id e n t e m e n t e , h u b o o tro s e c o n o m is ta s n o o r to d o ­
x o s d e C a m b r id g e e n e so s d ía s , c o m o M a u r ic e D o b b y P ie r o S r a f f a . S in e m b a r g o , a
é s to s s ó lo le s c o n s id e r a r e m o s e n la m e d id a en q u e in flu y e r o n e n la e c o n o m ía d e lo s
a u to re s a n te s m e n c io n a d o s , o e n l a m e d id a e n q u e su e c o n o m ía p u e d e e n g r a n a r s e c o n
la d e lo s p o s t k e y n e s ia n o s . E s , a d e m á s , e v id e n t e q u e e s to s a u to r e s d e C a m b r id g e e s tu ­
v ie r o n in f lu id o s p o r o tr o s e c o n o m is t a s c o n te m p o r á n e o s o a n te r io r e s . E n c o n c r e to , la
e c o n o m í a d e K e y n e s f u e la in s p ir a c ió n o b v ia p a r a K a l d o r y R o b in s o n .
N o o b s ta n te , h o y e n d ía e s e v id e n te q u e , a u n q u e a la e c o n o m ía d e K a l e c k i n o s e le
re co n o ció in icia lm e n te la m is m a in flu e n c ia p rim o rd ia l, ésta h a s id o fin a lm e n te id e n tifica d a
c o m o u na b a se p r e fe r ib le p a r a u na a ltern a tiv a a la teo ría n e o c lá s ic a . E s ta es, p o r e je m ­
p lo , la o p in ió n d e B h a d u r i (1986: ix ) , q u ie n c r e e q u e e l c o n te n id o r a d ic a l d e l k e y n e s ia -
n is m o d e b e a p r e n d e r s e d e K a l e c k i . D e fo r m a s im ila r , D o s t a le r (1 9 8 8 : 134) m a n tie n e
q u e « K a le c k i p u e d e s e r co n sid era d o e l fu n d a d o r r e a l d e la teo ría p o s tk e y n e s ia n a » . In clu so
a q u e llo s q u e c o n tr ib u y e r o n a l d e s a r r o llo d e la r e v o lu c ió n k e y n e s ia n a h a n e x p r e s a d o
o p in io n e s sim ila r e s . K a ld o r h a o b s e r v a d o q u e « e l m o d e lo o r ig in a l d e e q u ilib r io co n d e ­
s e m p le o d e K a l e c k i , q u e to m a la c o m p e te n c ia m o n o p o lis ta c o m o p u n to d e p a r tid a , es

* Publicado en: Lavoie, Marc. «The need for an altemative». En: F o u n d a lio n s o f p o st-K e y n e sía n e c o
n o m ic a n a lysis. Aldcrshot: Edward Elgar, 1992, p. 1-41.Traducción: Gemma Galdón.
228 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

claramente superior al de Keynes» (1983a: 15). Cuando Kaldor ( 1983b: 2) describe el


principio de la demanda efectiva en sus valoraciones más tardías, utiliza una presenta- :
ción similar a la de Keynes en el Tratado del dinero que se parece m ás a la de K alecki ■
. .(!■
que a la de la Teoría G en era l. Puede decirse que, con el tiempo, tanto K ald or com o
Robinson se alejaron de K eynes y se acercaron a K alecki. Robinson ha afirm ado que, |
com o «Kalecki no estaba atado a los restos de la anticuada teoría que Keynes no pudo ■
■j
quitarse de encim a», fue más capaz «de ligar el análisis de la competencia imperfecta con :: ■
|
el de Ja demanda efectiva, y esto fue lo que abrió el camino a Jo que se conoce com o m í!
teoría postkeynesiana>> (1977: 14-5). L a economía de Kalecki no es, com o pensó Keynes ; -¡
en algún momento (1973, xii: 831), un «abracadabra esotérico». ;
M ás tarde entenderemos las razones de estas valoraciones sobre la importancia de ..:y j
K alecki, ya que estaremos mejor preparados para indicar con precisión cóm o se debe- ;1
ría definir la econom ía postkeynesiana. Verem os que diferentes corrientes de la eco- .mí
nom ía no ortodoxa pueden reagruparse bajo el m ism o paraguas, sobre todo los j
postkeynesianos, los neoricardianos, los (marxistas) radicales y los institucionalistas. i
Mientras que Saw yer (1989) se refiere a la com binación de estas cuatro escuelas de mí
pensamiento com o econom ía p olítica radical, yo llamaré a los elementos comunes de mí
estos cuatro enfoques el programa de investigación postclásico, un término utilizado mí
por otros en el mismo contexto (Henry, 1982; Eichner, 1986a: 3). mí
T a l com o ha señalado Pasinetti (1990: 16), los econom istas de Cam b rid ge que 1 mí
intentaron revolucionar la econom ía no emplearon m ucho tiempo intentando construir mí
puentes entre ellos. C ad a uno de ellos era demasiado celoso de su independencia inte- mí
lectual. Pero esto no debería disuadirnos de intentar relacionar aportaciones que eran bas- mí
tante diferentes pero que se realizaron con el m ism o espíritu. N uestra tarea es ;(
generalizarlas y encontrar extensiones. U n o de los objetivos de este libro es mostrar :
que es posible una síntesis de las diferentes corrientes1de la econom ía postclásica, así :;
como de las diversas aportaciones a Ja economía postkeynesiana. Se reconoce que algu- 1 r
nas de las contribuciones no son fáciles de integrar, o que algunos de los autores pue- ■
:
den formar parejas extrañas. En lugar de seguir las idiosincrasias de uno u otro, Ja tarea •:
que me he asignado es la de presentar los puntos de vista de una especie de postkeyne- mí
sianismo representativo. Aunque no trataremos aquí ninguna de las preocupaciones de i
los neoricardianos por el análisis multisector, creo que el marco teórico del postkey-
nesianismo representativo debería estar fuertemente influido por muchas de las per­
cepciones suscitadas por la escuela neoricardiana.
L a posición adoptada aquí, por lo tanto, es diferente a la de Hamouda y Harcourt
(1988), quienes creen que la búsqueda de un punto de vista coherente es un esfuerzo
inútil. M i posición se acerca m ás a la de Eichner y Kregel (1975), quienes defendie­
ron la adopción de un nuevo paradigm a que unificara los principales conceptos neo-
ricardianos y postkeynesianos. Ig u a l que K re gel (1973: x v ), creo que es po sible
reconstruir la economía política relacionando la teoría d e la demanda efectiva deK eynes,
planteada a corto plazo y en una econom ía monetaria, con la de los autores clásicos,
que se centraron en la distribución de la renta y en la acumulación a largo plazo. Nótese
que esta fue también la creencia de Robinson, quien, incluso después de negar la impor­
tancia de las controversias sobre el capital, defendió que la tarea de los postkeynesia­
nos era reconciliar a Keynes y S ra ffa y afirm ó que la teoría postkeynesiana tenía «un
m arco general de análisis a corto y largo plazo» que hacía posible el «dar a las per-
LA NECESIDAD DE UNA ALTERNATIVA 229

c e p c io n e s d e M a r x , K e y n e s y K a le c k i u n a fo r m a c o h e r e n te » (1 9 7 8 : 1 4 ,1 8 ). D e s p u é s
d e t o d o , e s ta p u e d e s e r la d e fin ic ió n a p ro p ia d a d e lo q u e e s e l p o s tk e y n e s ia n is m o . T a l
p o s ic ió n , s in e m b a r g o , e x ig e la re n u n cia a la s c o n c e p c io n e s m á s e x tr e m a s , q u e n o p u e ­
d e n se r in te g r a d a s d e n tr o d e !a s ín te s is , a p e s a r d e lo fu n d a m e n ta le s q u e e sta s c o n c e p ­
c io n e s p u e d a n p a r e c e rle s a s u s d e fe n s o re s .
U n e je m p lo e s e l tra ta m ie n to d e K e y n e s d e la t e o r ía d e lo s p r e c io s , q u e , c o m o y a
h e m o s s e ñ a la d o , se co n sid era q u e está d e m a sia d o a s o c ia d a a la s c o n c e p c io n e s n eo clásica s
p a ra m a n te n e rla dentro d e la sín tesis. E n realid ad , lo s in ten n in ab les d eb ates so b re la repre­
s e n ta c ió n a p r o p ia d a d e la fu n c ió n d e o fe rta a g r e g a d a d e K e y n e s , así c o m o lo s d eb ates
recurrentes y n o co n clu y en tes so b re lo s p o stu la d o s clá s ic o s d e K e y n e s referentes a la deter­
m in a c ió n del e m p le o , d em u estran q u e la a d o p c ió n d e s u p o s ic io n e s n e o c lá s ic a s centrales
por p a rte d e la e c o n o m ía p o stk e y n e sia n a s ó lo lle v a n a c o n tr o v e rs ia s e s té rile s , in c lu s o si
e sta s s u p o s ic io n e s se in v ie rte n . T a l co m o plan teó co n d u r e z a K a ld o r ( l 9 8 3 a : 1O), « m ie n ­
tras u n o s e aferre a la m icro e co n o m ía n eo clásica, la m a cro e co n o m ía k e y n e sia n a s u p cn e m u y
p o c a c o s a » . L o s m is m o s in co n v e n ie n te s a p a re c e n en a lg u n a s pa rtes d e la te o r ía m on eta­
ria d e K e y n e s , p o r lo m e n o s tal c o m o se presentan en la T e o r í a G e n e r a l , que es u n a m o d i­
fic a c ió n m á s q u e una re n u n cia a la te o r ía c u a n tita tiv a . K e y n e s es d e m a s ia d o m on eta rista
p a r a lo s p o s tk e y n e s ia n o s , ta l c o m o h a n s e ñ a la d o K a ld o r (1 9 8 2 a : 2 1 ) y e l r e co n v e rtid o
H ic k s (1982: 26 4 ). In c lu s o {podríamos co n clu ir q u e « e l a u to r real d e la lla m a d a “ sín tesis neo­
c lá s ic a ” n o fu e P a u l S a m u e ls o n , s in o e l m is m o K e y n e s » ( K a ld o r , 1 9 8 3 a: 4 7 ) . K e y n e s
p u d o h a b e r te n id o b u en as ra zo n e s e stra té g ic a s p a r a p rese n ta r su a n á lis is d e la fo r m a en
q u e lo h iz o . E s a s ra zo n e s y a n o so n v álid as. E n ese sen tido, e l té n n in o « p o s tk e y n e sia n o »
p u e d e n o ser to ta lm e n te a d e c u a d o , p e ro es u n t é m i n o e s ta b le c id o p o r tra d ic ió n .
Y o m is m o c r e o q u e la e c o n o m ía p r o c e d e n te d e K a l d o r y K a l e c k i , y , d e b id o a e ste
ú lt im o , d e R o b in s o n , e s e l m e jo r p u e n te e n tr e lo s a n á lis is c l á s ic o y p o s tk e y n e s ia n o .
U n o p o d r ía p u e s d e c ir q u e la in te n c ió n d e e s t e lib r o es p r e s e n ta r u n a m e z c la d e e c o ­
n o m ía k a ld o r ia n a y k a le c k ia n a . 2

2. P r o g r a m a s d e in v e s t ig a c ió n y t o d o ESO

L le g a d o s a e s te p u n to , e l le c to r p u e d e esta r y a m á s b ie n c a n s a d o d e l d e s f ile d e e s c u e ­
la s d e p e n s a m ie n t o , se a n n e o c lá s ic a s , p o s tc lá s ic a s , p o s tk e y n e s ia n a s o n e o r ic a rd ia n a s .
E l o b je t iv o d e e s ta s e c c ió n y d e la s ig u ie n te e s a c la r a r c u a lq u ie r m a le n te n d id o a lre d e ­
d o r d e e s to s té r m in o s . M i v is ió n d e la c ie n c ia e c o n ó m ic a es q u e e s tá c o m p u e s ta p o r
d o s g r a n d e s p r o g r a m a s d e in v e s t ig a c ió n . S i a a lg u ie n n o le g u s ta e l m a rc o d e L a k a t o s ,
le s p u e d e lla m a r p a r a d ig m a s ( á la K u h n ) , o tr a d ic io n e s d e in v e s tig a c ió n ( á l a L a u d a n ).
S o n lo s p r o g r a m a s d e in v e stig a c ió n n e o c lá s ic o y p o s tc lá s ic o . N o es m á s f á c i l d e fin ir e l
p r im e r o q u e e l s e g u n d o . A m b o s p r o g r a m a s d e in v e s t ig a c ió n a b a r c a n to d o s lo s c a m ­
p o s y d o m in io s d e la e c o n o m ía ; d e n tro d e c a d a c a m p o , c a d a u n o d e e sto s p r o g r a m a s de
in v e s tig a c ió n se re fie re a d ife re n te s teo rías o e s c u e la s d e p e n s a m ie n to ; c a d a te o r ía to m a
e n c o n s id e r a c ió n v a r io s m o d e lo s .
P o r lo t a n to , d e fin ir la e c o n o m ía n e o c lá s ic a e s u n a ta r e a d i f í c i l . E x is t e u n n ú m e r o
c a s i in f in it o d e m o d e lo s q u e tratan c o n un v a s to n ú m e r o d e te m a s d e s d e v a r io s p u n to s
d e v is ta . A lg u n o s m e to d ó lo g o s h an a fir m a d o q u e lo s c o n c e p to s la k a to s ia n o s d e l n ú c le o
d u r o y d e l c in tu r ó n p r o te c to r n o p u e d e n ser c o r r e c ta m e n te a p lic a d o s a la e c o n o m ía y a
q u e fu e r o n d is e ñ a d o s p a r a tratar m o d e lo s fo r m a le s . E x is t e n m o d e lo s fo r m a le s e n la
4
-3
:4-|
230 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

e c o n o m ía n e o c lá s ic a , p e ro a b o rd a n u n c o n ju n t o d e t ó p ic o s d e m a s ia d o d iv e r s ific a d o s
p a r a q u e s u s n ú c le o s te n g a n u n a a p lic a c ió n p r á c t ic a . D e e s ta fo n n a , s e h a s u g e r id o q u e w
c a d a c a m p o d e b e r ía te n e r su p r o p io n ú c le o , o lo q u e R e r n e n y i (1 9 7 9 ) h a lla m a d o u n
« s e m i-n ú c le o » . A s í , l a m a c r o e c o n o m ía te n d r ía s u p r o p io s e m i-n ú c le o , y la te o r ía d e l
e q u ilib r io g e n e r a l te n d r ía o tr o .
M i p e r c e p c ió n d e la e c o n o m ía n e o c lá s ic a es s im ila r a l a d e E . R . W e in tra u b (1 9 8 5 : .v;;í£!
134-5). L a s teorías d e l eq u ilib rio g e n e ra l p ro p o rcio n a n r ig o r c ie n tífic o a la s teorías rnacro-
e c o n ó m ic a s , a la s teo rías d e l e q u ilib r io p a r c ia l o a o tro s trab a jo s d e m ic r o e c o n o m ía a p li­
É
c a d a . C o m o c o n s e c u e n c ia , d ir ía q u e e l n ú c le o d e la e c o n o m ía n e o c lá s ic a e s tá d e fin id o por

3
e l n ú c le o d e l a e c o n o m ía w a lr a s ia n a . Y c o m o s e p u e d e s a c a r m u y p o c o p r o v e c h o p r á c ­
tic o d e la s teo ría s d e l e q u ilib r io g e n e r a l d e W a lr a s , s e p u e d e c o n s id e r a r q u e lo s trab a jo s
m e n o s r ig u r o s o s y la s e c o n o m ía s a p lic a d a s s e s itú a n d e n tr o d e l cin tu ró n p ro te c to r d e la
e c o n o m ía w a lr a s ia n a . P a r a ju s t if ic a r su e n fo q u e , lo s p r a c tic a n te s d e l n e o c lá s ic is m o se
refie re n d e h e c h o a lo s r e s u lta d o s d e l e q u ilib r io g e n e r a l, m ie n tr a s q u e lo s te ó r ic o s d e l
e q u ilib r io g e n e ra l s e referirán a l tr a b a jo e m p ír ic o re a liz a d o dentro d e l cin tu ró n p r o te c to r
p a ra ju s t if ic a r l a v a lid e z d e sus m u y a b stra cta s te o r ía s . L o s s e m i-n ú c le o s d e R e m e n y i
s o n , p o r lo tan to , lo s n ú c le o s d e la s te o r ía s n e o c lá s ic a s q u e están m á s b a ja s en la je r a r ­
q u ía; es d e cir, las q u e son m e n o s rig u r o s a s (segú n Jo s está n d a res n e o w a lra s ia n o s ) y m á s
a p lic a d a s . L o s e le m e n to s c o m u n e s d e e s to s s e ^ r i-n ú c le o s p u e d e n r e u n ir s e e n un s o lo
c o n ju n to , a l q u e lla m o c in tu r ó n p r o te c to r . E s t e ú lt im o b á s ic a m e n te d e fin e la s te o r ía s
n e o clá s ica s d e l e q u ilib rio p a r c ia l, a s í c o m o la s teo ría s n e o c lá s ic a s a g re g a d a s .
E l n ú c le o y la h e u r ís tic a d e l a e c o n o m ía n e o c lá s ic a so n a s í la s n o n n a s q u e lo s n e o ­ fi
w a lr a s ia n o s s e a u t o im p o n e n , m ie n tr a s q u e lo q u e y o lla m o e l s e m i-n ú c le o p r o te c to r
r e ú n e Jos su p u esto s e stá n d a res d e m a n u a l (re n d im ien to s d e c r e c ie n te s , s u s titu c ió n , m a x i-
m iz a c ió n d e l a u t ilid a d , p r e c io s q u e ig u a la n la o fe r ta y la d e m a n d a , e t c .) . L a h e u r ís ti­
i
c a d e e ste s e m i-n ú c le o b á sic a m e n te fo r m a liz a e l v ín c u lo je r á r q u ic o entre la te o ría v u lg a r
y la d e a lto n iv e l, y l a fo n n a en qu e e sta ú lt im a s e u t iliz a c o m o g a ra n tía c ie n t ífic a d e la
v a lid e z d e l a p r im e r a . P o r e j'e m p lo , s e p o d r ía s u p o n e r q u e la s fu n c io n e s d e p r o d u c c ió n
a g r e g a d a so n u n a s im p lific a c ió n a d e c u a d a , y q u e l a u n ic id a d y e s ta b ilid a d d e l e q u ili­
b rio h a n s id o d e m o s tra d a s .
L le g a d o s a e s t e p u n t o , s e r ía p o s ib le s u b r a y a r lo s d ife r e n te s e le m e n to s d e l s e m i-
n ú c le o n e o w a lra s ia n o o lo s d e l s e m i-n ú c le o p ro te c to r ( L a v o ie , 1991). S in e m b a r g o , e s te
e je r c ic io n o d ilu c id a r ía lo fu n d a m e n ta l d e l p r o g r a m a d e in v e stig a c ió n n e o c lá s ic o . D e ja r ía
d e la d o lo q u e L e ijo n h u fv u d h a lla m a d o p r e s u p o s ic io n e s d e l a e c o n o m ía n e o c lá s ic a ; es
d e c ir , e l co n ju n to d e c r e e n c ia s m e ta fís ic a s c o m u n e s q u e n o p u e d e n p la n te a rs e d e m a n e ­
r a fo r m a l y q u e e ra n a n te r io r e s a la c o n s t it u c ió n d e lo s n ú c le o s d u r o s . S o n lo s e l e ­
m e n to s e s e n c ia le s d e l p r o g r a m a d e in v e s t ig a c ió n . S o n « g r a n d e s g e n e ra lid a d e s q u e , d e
a lg u n a fo r m a , tienen la n a tu ra le za d e la s c r e e n c ia s c o s m o ló g ic a s » ( L e ijo n h u fv u d , 1976:
7 2 ). E s to s s o n e l tip o d e e le m e n to s e s e n c ia le s q u e y o p r e fe r ir ía d e fin ir .
A n te s d e h a c e r lo , aú n d e b em o s tratar e l te m a d e la d e fin ic ió n d e l p ro g ra m a d e in v e sti­
g a c ió n p o s t c lá s ic o . C o m o en e l c a s o n e o c lá s ic o , e l p a r a d ig m a p o s tc lá s ic o c o n tie n e u n a
a m p lia se rie d e e s c u e la s d e p e n s a m ie n to y te o r ía s q u e s e e x tie n d e n p o r d ife r e n te s c a m ­
p o s . E n m i o p in ió n , e l p r o g r a m a p o s tc lá s ic o a g r u p a a u n g r a n n ú m e ro d e teo ría s e c o n ó ­
m ic a s no o rto d o x a s. M a r x is ta s , r a d ic a l e s , i n s t it u c io n a lis t a s , e s t r u c t u r a lis t a s ,
e v o lu c io n a r is ta s , s o c io e c o n o r n is ta s , la s e s c u e la s fr a n c e s a s d e J a r e g u la c ió n , lo s n e o r i-
ca rd ia n o s y lo s p o s tk e y n e s ia n o s ( c o n o sin e l g u ió n ) , to d o s p e r te n e c e n a¡ p r o g r a m a d e
LA NECESIDAD DE UNAALTERNATIVA 231

investigación postclásico. Aunque pueden tener opiniones sustancialmente diferentes


sobre varios temas, com o la teoría del valor o la importancia del análisis a largo plazo,
creo que mantienen las mismas creencias metafísicas previas a los elementos que cons­
tituyen el núcleo duro de sus teorías respectivas. Estos economistas postdásicos están
pues relacionados por algo más que su aversión a Ja economía neoclásica. S i sienten
aversión por la teoría neoclásica es precisamente porque la economía neoclásica rezuma
presupuestos que son contrarios a las creencias metafísicas de algunos de estos econo­
mistas no ortodoxos. E s por eso que se han hecho no ortodoxos. D e otra form a, como
algunas versiones de Ja economía neoclásica, como por ejemplo la de los nuevos keyne-
sianos, pueden llevar a recomendar muchas de las políticas económicas defendidas por los
economistas no ortodoxos, sería irracional no formar parte del paradigma dominante.
Dem ostrar que la economía postclásica tiene suposiciones, es decir, creencias funda­
mentales, diferentes a las mantenidas por los tradicionales, ayudará a responder a !a mayor
objeción a la concepción de una alternativa a la economía neoclásica. Los economistas
tradicionales raramente entienden porqué quenía un economista trabajar fuera del marco
de la teoría neoclásica Muchas veces se cree que la teoría neoclásica ofrece el único enfo­
que viable para los problemas económ icos. S e dice que los que no se encuadran dentro
de Ja tradición no se sitúan exactamente dentro del reino de la ciencia. L o que se defien­
de aquí es que existen dos tradiciones de investigación en economía, cada una con sus
propias presuposiciones, y que no se puede afürnafürnarque una sea más científica que la otra.
E n la próxim a sección plantearé lo esencial que caracteriza y da unidad al progra­
ma de investigación postclásico. Para ejem plificar estos elementos esenciales, igual
que en el resto del libro, m e basaré sobre todo en elementos de las teorías neoricar-
dianas y postkeynesianas.3

3. P r e s u p o s ic io n e s d e l o s p a r a d ig m a s n e o c l á s i c o s y p o s t c l á s i c o s

M i posición es Ja de asociar cuatro presuposiciones a la econom ía neoclásica. Dos de


ellas son metodológicas; las otras dos son más técnicas. Estas presuposiciones son el ins-
trumentalísmo y el individualismo, por una parte, y Ja racionalidad sustantiva y el inter­
cam b io , por el otro. Evidentem ente, algunos pueden encontrar que m i elección es
insatisfactoria y proponer otras presup osiciones o esenciales. Es importante señalar,
sin embargo, que algunas de las descripciones recientes de los esenciales del programa
neoclásico se acercan a las presentadas aquí. Por ejemplo, Heijdra y Lowenberg (1988:
275), en su llamado en favor de una definición unificada del programa neoclásico, tam­
bién han subrayado el individualism o m etodológico y la racionalidad individual.
D e fo rm a similar, al comparar Ja m etodología y alcance de la econ om ía neoclási­
ca y postclásica, Sawyer (1989: 18-28) subraya los temas de racionalidad, no realis­
mo e intercambio versus producción.
E l realism o, el organicism o, la racionalidad del procedim iento y la producción
(tabla 1.1) son, entonces, las cuatro presuposiciones correspondientes al análisis post­
clásico (L avoie, 1992a). Esas divisiones son m uy coherentes con las sugeridas por
Baranzini y Scazzierí (1986: 30-47). E llo s sugieren dos líneas de investigación per­
manentes, los programas de producción e intercam bio. Sus m arcos son, respectiva­
mente, la escasez, la producción lineal, una visión individualista, la viabilidad y la
simultaneidad, por una parte; y la producción, la producción circular, la visión de clase
232 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

Tabla 1.1. Presuposiciones de los programas de investigación neoclásico y poslclásico

Paradigma

Presupuesto Teoría neoclásica Teoría postelásica

Epistemología Instrumentalismo Realismo


Ontología Individualismo Organicismo
Racionalidad Racionalidad sustantiva Racionalidad procesal
Centro del análisis Intercambio Producción

social, la viabilidad y la causalidad, por la otra. Co m o la causalidad puede asociarse :■


en gran parte al realism o, los esenciales de Baranzini y Scazzieri son idénticos a los
que se definirán aquí. L o s esenciales propuestos, pues, tienen alguna base, no son arbi- : i
trarios; tienen una sign ificación propia. Pasamos ahora a debatir cada uno de los cua- :
tro grupos de presuposiciones.

P U ;
3.1. In stru m en talism o frente a realism o :

E l instrumentalismo es la epistemología dominante en la economía neoclásica. Aunque LL


se h anproducido interminables debates sobre el ensayo de M ilton Friedm an sobre A>L-,
metodología (1953), creo que ahora existen dos consensos sobre el tema. Prim ero, que :■:!
Friedman básicamente adoptó una sofisticada postura instrumentalista; y segundo, que >; •
la posición de Friedman ha sido ampliamente ratificada por sus compañeros econo­
mistas neoclásicos. E l segundo punto, si el primero es correcto, no es difícil de enten- l| g :í
der. En la economía neoclásica, el trabajo empírico realizado en las partes más «vulgares» y
de la teoría son las predicciones del program a neow alrasiano más abstracto. Y sin :■
embargo sabemos, ya que sus defensores no han intentado negarlo, que la teoría neo- W, y
walrasiana no es descriptiva. N o incluye ningún esfuerzo por plantear hipótesis rea- yf y
listas. L o s axiom as se eligen no por su posibilidad, sino por su capacidad de permitir |-
la existencia de un equilibrio o su unicidad. L o s neowalrasianos describen el mundo
tal y com o debería ser, más que com o es. Co m o los economistas neoclásicos más «vul- fy
gares» se basan en la teoría del equilibrio general para su seguridad científica, se ven :
forzados a partir de hipótesis no realistas y no descriptivas. Esta metodología se extien- ‘
de a los estudios del equilibrio parcial. Por ejem plo, cuando Walters (1963: 40) eva­
lúa la posibilidad de la existencia de las curvas de coste m arginal constantes, se queja ¡
d eq u e sus defensores no han demostrado que sea «una consecuencia necesaria de algu- i
nos conjuntos de postulados fundamentales y evidentes en sí m ism os». D eb em os por ■
:
lo tanto concluir que el programa neoclásico se basa en un no realismo m etodológico )’
aderezado de instrumentalismo. i
E n su contribución a la m etodología postkeynesiana, Caldw ell (1989: 55), pareció ■
impresionado por el hecho de que la m ayor crítica de los postkeynesianos a la teoría i
neoclásica fuera que le falta realism o. Por ello, recomendó a los postkeynesianos que ;
desarrollaran una posición epistem ológica basada en el realism o. En mi opinión, ésta y
es una correcta valoración descriptiva y prescriptiva (cfr. Eichner y Kregel, 1975: 1309; j
Law son, 1989; R ogers, 1989: 189-92; D o w , 1990). Para los postclásicos, una teoría
no puede ser correcta a menos que incorpore hipótesis realistas. L a necesidad de la ■
LA NECESIDAD DE UNA ALTERNATIVA 233

a b str a c c ió n para c u a lq u ie r te o r iz a c ió n e x ito s a n o le lib e r a a u n o d e la n e c e s id a d d e ser


a lg o d e s c rip tiv o . M ie n tr a s q u e e l a n á lis is n e o c lá s ic o s ó lo p u e d e ser r e a lis ta en su s h ip ó ­
te s is a u x ilia r e s , lo s p o s t c lá s ic o s r e q u ie r e n d e l r e a lis m o a l n iv e l d e s u s h ip ó te s is in i­
c ia le s y e s e n c ia le s . E s t o e x p lic a r ía e l a lt o in te r é s d e lo s p o s t c lá s ic o s p o r lo s h e c h o s
e s t i l i z a d o s ( c o e fic ie n t e s f ij o s d e p r o d u c c ió n , p r o c e d im ie n t o s d e p r e c io d e c o s t e m á s

b e n e fic io o d e p r e c io s a d m in is tr a d o s , c o s te s m a r g in a le s c o n s ta n te s , d in e r o e n d ó g e n o ,
d e s e m p le o in v o lu n ta r io , e tc é te ra ).
A h o r a d e b e r ía m o s s e ñ a la r q u e ex iste n v a ria s c a r a c te r ís tic a s r e a lis ta s qu e s e en m a r­
c a n d e n tr o d e u n a m u ltitu d d e m o d e lo s n e o c lá s ic o s . S e h a n r e a liz a d o g r a n d e s e s fu e r ­
z o s e n este s e n t id o . P e r o é s t a s so n h ip ó t e s is a u x il ia r e s , d e im p o r t a n c ia s e c u n d a r ia .
C u a n d o , e n e l tr a b a jo a p lic a d o , lo s a u to r e s n e o c l á s ic o s h a c e n te n ta tiv a s d e v e r if ic a ­
c ió n o fa ls a c ió n , la s h ip ó te sis b á s ic a s (p o r e je m p lo , lo s r e n d im ie n to s d e c r e c ie n te s o la
m a x im iz a c ió n d e b e n e fic io s ) n u n c a s o n o b je t o d e fa ls a c ió n . L o s a u to r e s n e o c lá s ic o s
e la b o r a n su ir r e a l m o d e lo b á s ic o c o n h ip ó te s is a u x ilia r e s r e a lis ta s , s ie n d o la p r e d ic ­
c ió n e l m e d io p a r a e v a lu a r la v a lid e z d e la s h ip ó t e s is a u x ilia r e s . L a c u e s t ió n , e n to n ­
c e s , e s d e fin ir s i e s p o s ib le lle g a r a u n m o d e lo q u e d e s c r ib a a d e c u a d a m e n te e l m u n d o
real a tr a v é s d e l a a d ic ió n d e c a r a c te r ís tic a s a u x ilia r e s r e a lis t a s . K a l d o r (1 9 6 6 : 3 1 0 ) ,
p o r m e n c io n a r a u n a u to r, p e n s ó q u e n o e r a p o s ib le : u n in te n to d e e lim in a r d e l p r o ­
g r a m a su s c im ie n t o s n o r e a lis ta s d e rr u m b a ría to d o e l e d ific io . L o s e c o n o m is ta s n e o ­
c lá s ic o s a fir m a n q u e su s h ip ó t e s is b á s ic a s n o r e a lis ta s son n e c e s a r ia s p o r u n a c u e s tió n
d e s i m p l if ic a c i ó n , c o m o u n a p r im e r a a p r o x im a c ió n ; p e ro c u a n d o e s ta s s u p o s ic io n e s
se r e la ja n , s e r e q u ie re n s u p o s ic io n e s in c lu s o m e n o s r e a lis t a s p a r a q u e lo s r e s u lta d o s
o b te n id o s a n te rio rm e n te s e -m a n te n g a n .
L a a d o p c ió n d e l r e a lis m o c o m o u n a m e t o d o lo g ía e x p líc it a o im p líc it a tie n e v a ria s
c o n s e c u e n c ia s im p o rta n te s . E v id e n te m e n te , la s s u p o s ic io n e s e stá n d a r d e v ie n e n s u je tas
a u n escrutinio m u ch o m ás em p írico q u e Ja ev alu a ció n d e la s p red iccio n es. A d e m á s , s e tiene
q u e e x p lic a r u n a h isto ria. S o s p e c h o q u e esto es lo q u e q u iso d e cir Jo a n R o b in s o n a l h ablar
d e tie m p o h is tó r ic o . C a ld w e ll (1 9 8 9 : 58) ta m b ié n lo h a s e ñ a la d o : «lo s p o s tk e y n e s ia n o s
v a lo r a n la e x p lic a c ió n en e c o n o m ía m á s q u e la s p r e d ic c io n e s » . E s p re c is a m e n te e l e n fo ­
q u e q u e su brayan lo s filó s o fo s d e la c ie n c ia q u e ap o y a n e l re a lis m o c o m o u n a m e to d o lo g ía
seria y le g ít im a ( S a y e r , 19 8 4 : ca p . 3). L o q u e s e e n fa t iz a e s la ca p a c id a d d e u na te o ría
para e x p lic a r la g e n e ra c ió n d e a c o n te c im ie n to s o e stru ctu ras y en ten d er lo s m e c a n is m o s
en fu n c io n a m ie n to ( L a w s o n , 1 9 8 9 : 6 3 ) . D e u n a fo r m a a lg o d is c u r s iv a , B la u g (1 9 8 0 b :
16) h a a tr ib u id o e s te m é to d o « d e c o n ta r h is to ria s » a lo s in s titu c io n a lis ta s , a lo s q u e h a
v in c u la d o a su lla m a d o e n fa v o r d e m á s rea lism o . C ie rta m e n te , s e p od ría afirmafirmar lo m ism o
d e lo s p o s tk e y n e s ia n o s . P e r o p a ra p lan tea r u n a h isto ria a d e c u a d a d e b e p resen tarse a lg ú n
m e c a n is m o c a u s a l, d e b e r e c o n s tr u ir s e a lg ú n p r o c e s o c a u s a l. D e c ir q u e la o fe r ta o la
d e m a n d a h a n c a m b ia d o n o e s s u fic ie n t e ( S im o n , 1 9 8 6 : 2 0 ). U n a c o n s e c u e n c ia n atu ral
d e este e n fo q u e r e a lis ta e s q u e la c a u s a lid a d s e c o n v ie r te e n u n a p r e o c u p a c ió n p r in c ip a l.
V a r io s e c o n o m is ta s n e o c lá s ic o s e v ita n to ta lm e n te e l c o n c e p to o a s o c ia n la c a u s a lid a d a l
o r d e n a m ie n to t e m p o r a l, c o r n o e n a lg u n a s d e su s v a lo r a c io n e s e m p ír ic a s m od ern as. P o r
o tra parte, lo s p o s tk e y n e s ia n o s han sid o p a rticu la rm e n te cu id a d o s o s en m a n te n e r las r e la ­
c io n e s ca u sa le s y a s im é tr ic a s , c o m o e n lo s m o d e lo s r e c u r s iv o s .
A u n q u e p u e d e p a r e c e r o b v io q u e lo s p o s t c lá s ic o s d e la r a m a p o s tk e y n e s ia n a h a n
h e c h o re p e tid o s lla m a m ie n t o s a un m a y o r r e a lis m o e n la e c o n o m ía , a lg u n o s p u e d e n
d u d a r d e q u e e x is t a a lg ú n v ín c u lo e n tr e e l r e a lis m o y lo s n e o r ic a r d ia n o s . P e r o n o es
234 CRÍTICAALA ECONOMÍAORTODOXA

así. Por ejem plo, M ilgate (1982: 11) define el método neoricardiano com o «la carac- .
terización abstracta de la economía real [ ...] con el fin de capturar las fuerzas sistemá- t
ticas, regulares y persistentes que operan en el sistema». Esta búsqueda de los elementos ;
persistentes del sistema puede asociarse con el enfoque postkeynesiano más centrado
en los elementos más esenciales que en Jos más generales de la econom ía. Adem ás,
algunos neoricardianos describen el m odelo sraffiano com o una instantánea, una foto- , ^
grafía, del sistema económ ico existente. Consecuentemente, pocas hipótesis se sobre- ■,!
ponen a los hechos tecnológicos observados. Los coeficientes técnicos son los que
están siendo observados. N o son necesariamente el resultado de un proceso de m axi-
mización. D e hecho, las hipotéticas curvas estándar de oferta y demanda neoclásicas son
criticadas por los neoricardianos en parte porque no pueden ser observadas (Roncaglia, ,
1978: 104). Son contradictorias (Dutt, 1990a: 136). Existe una fuerte opinión entre los ■
neoricardianos favorable a exigir que los elementos teóricos sean observables y obje­
tivos, y no metañsicos y subjetivos. Podem os interpretar esto como un deseo de realismo.

3.2. In d iv id u alism o frente a o rgan icism o 1

E l segundo objeto de oposición es la distinción entre los enfoques individualista y


holístico. E n la econom ía neoclásica, el análisis parte del comportamiento de los agen- (
tes individuales (Boland, 1982: cap. 12). E l individuo se encuentra en el corazón de la '
econom ía neoclásica. A h í es donde se puede establecer la ideología. L o s deseos y pre­
ferencias de Jos individuos son sagrados. Deben por lo tanto estar en el primer plano de
la teoría, tal como lo están en la economía neowalrasiana. Las instituciones, las empre­
sas y los bancos son una fachada de las preferencias de los individuos. L o s individuos,
a pesar de ser diferentes debido a sus diferentes preferenci\!S, son todos iguales en lo refe­
rente a su impacto en la economía. N o existen clases de individuos. Este punto de vista
filosófico tiene un impacto en la teoría neoclásica del valor. Co m o las preferencias de
los individuos son sagradas, tienen que tener un efecto sobre los precios, tal com o sabe­
mos que tienen en la teoría neoclásica. Esta fascinación por los derechos de los individuos
puede encontrarse en su form a más extrema entre los neoaustríacos. N o es ninguna
sorpresa que e l subjetivismo aparezca a llí con tanta fuerza.
L a preocupación obsesiva de los teóricos neoclásicos por el individualism o expli­
ca su poco interés por los temas de la distribución m acroeconóm ica. Co m o el com - ::
portamiento de los individuos está relacionado con sus características personales y no
con su entorno social, la distribución de clase de la renta no es un determinante de 1a acti­
vidad económ ica, sino un agregado no esencial resultante de las condiciones técnicas
y las dotaciones individuales previas. E n cam bio, en todos los enfoques postclásicos,
la distribución de la renta es un determinante crucial de la actividad económ ica, así
com o un centro de reivindicaciones en conflicto sujetas a la negociación y a las demos­
traciones de poder económ ico basadas en los intereses de clase. :
E n la econom ía postclásica, aunque no se niega necesariamente la elección indi­
vidual, ésta se lim ita severamente por m edio de las instituciones existentes, de las cla­
ses sociocconóm icas, de las normas sociales y de las presiones sociales, e incluso de los
acontecimientos m acroeconóm icos. E l comportamiento individual es interdependien­
te. E l contexto social ju ega un importante papel en la manera en que se forman las cre­
encias. Las instituciones incorporan valores a los que los individuos están habituados.
IIP
LA NECESIDAD DE UNA ALTERNATIVA 235

L o S in d iv id u o s p u e d e n in flu ir y s o n in flu id o s p o r s u e n to r n o s o c ia l. C a d a e n tid a d es


« e l re s u lta d o d e su re la c ió n c o n o tra s e n tid a d e s » ( W in s lo w , 1989: 1173). A lg u n o s p u e ­
d en h a b la r d e u n tip o d e e n fo q u e h o lís tic o o d e o r g a n ic is m o .
E n to d o s lo s m o d e lo s p o s t c lá s ic o s h a y c la s e s s o c ia le s , tr a b a ja d o r e s , c a p ita lis ta s ,
r n p r e s a r io s y rentistas. L a c o n s id e ra ció n d e e s ta s c la s e s , p o r e je m p lo , p a r a te m a s d e d is ­
tr ib u c ió n d e Ja r e n ta o p a r a l a te o r ía d e la d e m a n d a e f e c t i v a , n a c e d e la p r e s u p o s ic ió n
d e q u e Ja d e fin ic ió n d e la s p r e fe r e n c ia s in d iv id u a le s n o e s s u fic ie n te p a r a p e rm itir n o s
e n te n d e r la s o c ie d a d . L a c o n s id e r a c ió n d e lo s in d iv id u o s c o m o seres s o c ia le s m á s q u e
c o m o seres a to m iz a d o s , p e rm ite n o s ó lo Ja in t r o d u c c ió n e x p líc ita d e la s in s titu c io n e s
d o m in a n te s y d e lo s m e r c a d o s im p e r fe c t o s , s in o ta m b ié n la a p a r ic ió n d e p a r a d o ja s
r n a c r o e c o n ó m ic a s ( D o w , 1 9 8 8 : 9 ) . E n e l m a r c o p o s t c lá s ic o s e p r o d u c e n to d o tip o d e
p a r a d o ja s y e n fr e n ta m ie n to s d e ló g ic a s m ic ro y r n a c r o e c o n ó m ic a s , en tre e lla s e l fa m o ­
so p r in c ip io d e la d e m a n d a e f e c t i v a co n su p a r a d o ja d e l a h o r r o . L a r e la ja c ió n d e l in d i­
v id u a lis m o p e r m ite a b a n d o n a r l o s p r o c e d im ie n to s d e o p t im iz a c ió n in d iv id u a l d e b id o
a la e x is t e n c ia d e lim it a c io n e s r n a c r o e c o n ó m ic a s s u p e r io r e s .
E l a b a n d o n o d e l e n fo q u e in d iv id u a lis t a p e r m it e a l o s p o s tc lá s ic o s c e n tr a rs e e n la s
fo r m a s in s t it u c io n a le s d e c o m p e t e n c ia y n o e n J a a t o m iz a d a n e o c lá s ic a . A u n q u e n o
e x is te u n a m u ltitu d in fin it a d e a g e n te s o p r o d u c to r e s , l a c o m p e te n c ia e x is t e e n e l a n á ­
lis is p o s tc lá s ic o . M ie n tr a s q u e Jo s ( e c o n o m is ta s ) c o n v e n c io n a le s v e n a la s in s titu c io n e s
c o rn o im p e r fe c c io n e s q u e d ific u lt a n J a p e r f e c t a c o m p e t e n c ia , lo s a u to r e s p o s tc lá s ic o s
la s v e n c o m o p r o v e e d o ra s d e c ie r ta e s t a b ilid a d ( H o d g s o n , 19 8 9 : 116). E s t o e s p a r ti­
c u la r m e n te im p o r ta n te e n u n m u n d o d e in c e r tid u m b r e , d o n d e la s re s p u e sta s r a c io n a ­
le s s e d e sa r ro lla r á n e n l a lín e a d e la in te r d e p e n d e n c ia o r g á n ic a , y d o n d e la e s ta b ilid a d
la p r o p o r c io n a rá n n o r m a lm e n te la s c o n v e n c io n e s s o c ia le s , h a s ta q u e s e r o m p e n , ta l y
c o m o v e r e m o s en la s ig u ie n t e s u b s e c c ió n .

3.3. R a cio n a lid a d sustantiva fre n te a ra cio n a lid a d d e procedim iento

C a ld w e ll (1 9 8 9 : 59) h a s e ñ a la d o r e c ie n te m e n te q u e e l p r in c ip io d e r a c io n a lid a d e s u n
in s tru m e n to m u y p o d e r o s o , s i n o u n a n e c e s id a d a b s o lu ta p a r a c u a lq u ie r te o r ía d e la s
c ie n c ia s s o c ia le s . L o q u e d e b e r ía d e ja rs e c la r o , s in e m b a r g o , e s q u e e l p r o g r a m a n e o ­
c lá s ic o n o s e b a sa e n c u a lq u ie r tip o d e p r in c ip io d e ra c io n a lid a d . L a e c o n o m ía n e o c lá s ic a
s e b a s a e n la r a c io n a lid a d s u s ta n tiv a , u n tip o m u y p e c u lia r d e r a c io n a lid a d . L a c a r a c te ­
r ís tica p r in c ip a l d e l a r a c io n a lid a d s u s ta n tiv a es q u e e s tá c a r g a d a d e in fo r m a c ió n y f a c i­
lid a d e s p a r a la c o m p u ta c ió n . E l h o m b r e e c o n ó m ic o ra c io n a l d e la e c o n o m ía n e o c lá s ic a
p u e d e ser c a p a z d e p r e d e c ir to d o s lo s a c o n te c im ie n to s fu tu r o s , o d e u tiliz a r u n a d istri­
b u c ió n d e p ro b a b ilid a d e s p a r a t r ^ a r to d a s las a lte r n a tiv a s p o s ib le s , o d e fo r m a r e x p e c ­
tativ a s in te g ra n d o to d o e l c o n o c im ie n to d is p o n ib le . E l e n to r n o q u e se s u p o n e e n v u e lv e
a l a g e n te e c o n ó m ic o será ta l q u e esta r a c io n a lid a d s u s ta n tiv a s ie m p r e p u e d e u tiliz a r s e .
S e p u e d e n im p o n e r a lg u n o s lím it e s a l a in fo r m a c ió n d is p o n ib le c u a n d o a lg ú n rea­
lis m o o a lg u n o s r e s u lta d o s d e p o l ít ic a e c o n ó m i c a ju s t if iq u e n tal in tr o m is ió n ; p e ro e l
p r in c ip io b á s ic o d e la r a c io n a lid a d s u s ta n tiv a s e m a n tie n e . S e p u e d e a r g u m e n ta r q u e ,
c u a n d o lo s a u to r e s n e o c lá s ic o s m o d e la n p r o b le m a s d e d e c is ió n m á s r e a lis ta s , lo h a c e n
a tra v é s d e e le v a r lo s r e q u e r im ie n to s c o m p u t a c io n a le s y d e c o n o c im ie n to d e lo s a g e n ­
tes e c o n ó m ic o s , a p a r tá n d o s e a s í d e l c o m p o r t a m ie n t o o b s e r v a d o . L a r a c io n a lid a d s u s ­
t a n t iv a e s m u y c o m p a t ib le c o n e l in s tr u m e n ta lis m o . S u s d e fe n s o re s c o n s id e r a n q u e e s
236 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

le g ítim o s u p o n e r q u e to d o s lo s a c o n te c im ie n to s p o s ib le s s o n c o n o c id o s y qu e sus c o n ­
s e c u e n c ia s p u e d en ser e v a lu a d a s , in c lu s o si e s to su e n a p e r fe c ta m e n te ir r e a l, s ie m p r e
q u e s e p u e d a n r e a liz a r a lg u n a s p r e d ic c io n e s .
P o r o tra p a r te , lo s a u to r e s p o s t c lá s ic o s p r o p o n e n u n t ip o d e r e a lis m o c o g n it iv o , el
d e la r a c io n a lid a d d e p r o c e d im ie n to , ta l c o m o lo d e fin ió S im o n (1 9 7 6 ). L a r a c io n a lid a d
d e p r o c e d im ie n t o e s u n a r a c io n a lid a d lim it a d a , c o n u na c a p a c id a d r e s tr in g id a p a r a
a d q u ir ir in fo r m a c ió n , trata rla, y c o m p u t a r lo s d is tin to s r e s u lta d o s . L o s in d iv id u o s n o
s o n o m n is c ie n t e s ; tie n e n q u e a p o y a r s e e n e l c o m p o r t a m ie n t o d e l g r u p o , p o r q u e e l
n ú m ero ap o rta co n fia n z a . L a r a c io n a lid a d lim ita d a es co m p a tib le c o n e l o r g a n ic is m o por­
q u e , c o m o c o n s e c u e n c ia d e esas d e fic ie n c ia s en la v id a r e a l e n la lo g ís tic a d e la e le c ­
c ió n , d e b e n s e g u ir s e los p r o c e d im ie n t o s y la s r e g la s b a s a d a s en la e x p e r ie n c ia y la
p r á c tic a ( W in s lo w , 1 9 8 9 : 1 1 8 0 ). E s t a s n o r m a s s o n c o m u n e s a u n a m p lio a b a n ic o de
in d iv id u o s , e m p r e s a s o b a n c o s . E s ta b le c e n n o rm a s y c o n v e n c io n e s q u e tie n e n q u e se r
s e g u id a s y tie n e n e f e c t o s s o b r e la e c o n o m ía r e a l. B la u g ( l9 8 0 b : 15) h a c o n je tu r a d o
q u e lo s in s titu c io n a lis ta s p u e d e n ser co n s id e ra d o s c o m o p a r tid a r io s d e la id e a d e l « c o m ­
p o r ta m ie n to d e g r u p o b a jo la in flu e n c ia d e la c o s t u m b r e y e l h á b ito » . E s t o e s c ie r ta ­
m e n te a p lic a b le ta m b ié n a lo s p o s tk e y n e s ia n o s .
E l e n t o r n o e n e l q u e la r a c io n a lid a d lim it a d a p u e d e se r u t iliz a d a e s m u y d ife r e n te
a l q u e p e rm ite la r a c io n a lid a d s u s ta n tiv a . N o e x is te la n e c e s id a d d e c o n o c e r la d is tr i­
b u c ió n d e p r o b a b ilid a d d e to d o s lo s e v e n t o s fu tu r o s p o s ib le s . L a in c e r tid u m b r e v e r ­
d a d e r a , d e la v a r ie d a d K n ig h Ú K e y n e s / S h a c k le , s e p u e d e m a n te n e r. N o s e s u p o n e q u e
n i lo s in d iv id u o s ni la s em p re sa s o p tim ic e n . E s s u fic ie n te c o n s a b e r q u e s ig u e n la s n o r­
m a s e s ta b le c id a s p o r lo s d iv e r s o s s u b g r u p o s d e la s o c ie d a d lo m e jo r qu e p u e d e n . L a s
e x p e c ta tiv a s n o n e c e s ita n ser d e l tip o r a c io n a l n e o c lá s ic o . L a s c o n v e n c io n e s d o m in a n .
D e h e c h o , O 'D o n n e l l (1 9 8 9 ) m u estra q u e , e n su s d o s tr a b a jo s p r in c ip a le s s o b r e la p r o ­
b a b ilid a d y la e c o n o m ía , K e y n e s in te n tó d e m o s tra r q u e la v e r d a d e r a in c e r tid u m b r e lle ­
v a b a n e c e s a r ia m e n t e a la a d o p c ió n d e u n tip o d if e r e n t e d e r a c io n a lid a d , q u e a h o r a
lla m a m o s r a c io n a lid a d d e p r o c e d im ie n to .
A lg u n o s p u e d e n a fim ia r q u e lo s n e o r ica rd ia n o s h an e x p re s a d o c o n fr e c u e n c ia a v e r ­
s ió n a l c o n c e p to d e in ce r tid u m b r e . T o m a n d o en p r im e r lu g a r e l p r in c ip io d e r a c io n a li­
d a d lim it a d a , s e d e b e r ía o b s e r v a r q u e é s ta e s tá im p líc it a e n la id e a in s ta n tá n e a d e lo s
m o d e lo s s r a ffia n o s : n o e x is t e n in g u n a p r e s u n c ió n d e q u e la t é c n ic a ó p tim a s e a la e le ­
g id a ; lo s c o e fic ie n t e s té c n ic o s s o n lo q u e s o n ; n o so n n e c e s a r ia m e n te lo s ó p tim o s ( N e ll,
1 967a: 2 2 ) . E n lo r e fe r e n te a la in c e r tid u m b r e , E a t w e ll (1 9 8 3 a: 127) s e ñ a la q u e e s « u n
e le m e n to , ju n t a m e n t e c o n la “ c o n v e n c ió n ” , d e l e n to r n o g e n e r a l, e n e l q u e lo s p r o c e ­
s o s s is te m á tic o s d e p r o d u c c ió n y a c u m u la c ió n d e b e n fu n c io n a r » . R o n c a g lia (1 9 7 8 : 2 4 )
h a c e u n a a f ir m a c ió n s im ila r . D e h e c h o , s e p o d r ía a fir m a r q u e la s r e g u la r id a d e s y la s
c a r a c te r ís tic a s p e rm a n e n te s d e la e c o n o m ía a la s q u e lo s n e o r ic a r d ia n o s e s tá n ta n a f i­
c io n a d o s son p r e c is a m e n te e l r e s u lta d o d e la e x is t e n c ia d e una in c e r tid u m b r e fu n d a ­
m e n ta l y d e l c o n s ig u ie n t e c o m p o r ta m ie n to g o b e r n a d o p o r la s n o rm a s ( H e in e r , 1 9 8 3 ).
L o s n e o rica rd ia n o s m in im iz a n e l p a p e l d e la s e x p e c ta tiv a s y d e la in ce rtid u m b re p o r q u e
les a s u s ta q u e é s ta s p u e d an co n s id e ra rs e c o m o im p e r fe c c io n e s en s u c r ític a d e la e c o n o ­
m ía n e o c lá s ic a . S i n e m b a r g o , u na v e z q u e la p arte n e g a t iv a d e l tr a b a jo h a s id o r e a li­
z a d a , tan to lo s n e o r ic a r d ia n o s c o m o lo s p o s t k e y n e s ia n o s r e c o n o c e n q u e la s te o r ía s
d e b e n c o n s t r u ir s e d e n tro d e u n m u n d o in c ie r t o , c o n r a c io n a lid a d d e p r o c e d im ie n t o
( M ilg a t e y E a t w e l l , 1983: 2 7 3 ).
LA NECESIDAD DE UNA ALTERNATIVA

3 .4 . E l i n t e r c a m b i o y l a p r o d u c c ió n

L le g a m o s a h o r a a l ú lt im o d is tin tiv o e s e n c ia l, e l d e l in te r c a m b io fr e n te a la p r o d u c c ió n ,
tal c o m o lo h a n p la n t e a d o a u to r e s c o n d ife r e n t e s p e r s p e c t iv a s ( H i c k s , 1 9 7 6 a : 2 1 3 ;
H e n r y y S e c c a r e c c ia , 19 8 2 : 6 ; B a r a n z in i y S c a z z i e r i, 1 9 8 6 ) y q u e n o s o tr o s lla m a r ía ­
m o s e l d e la e s c a s e z fr e n te a la p r o p o s ic ió n d e la p r o d u c c ió n .
Y a e n la p r im e r a c l a s e d e e c o n o m ía e l e s tu d ia n te d e e c o n ó m i c a s e s c o n fr o n ta d o
co n la d e fin ic ió n b á s ic a d e l p r o g r a m a d e in v e s tig a c ió n n e o c lá s ic o , q u e s e a tr ib u y e e r r ó ­
n e a m e n te a la e c o n o m ía e n su c o n ju n to (es d e c ir , a to d a s la s e s c u e la s d e p e n s a m ie n to
e c o n ó m ic o ) . L o s m a n u a le s u tiliz a n d e d e fin ic ió n d e e c o n o m ía d e L io n e l R o b b in s , ll a ­
m á n d o la la c ie n c ia d e la ó p tim a a s ig n a c ió n d e r e c u r s o s e s c a s o s (1 9 3 2 : 1 6 ). E l c o n ­
c e p to d e e s c a s e z e s , en m i o p in ió n , e l cu a rto p rin cip io e s e n c ia l d e l p r o g r a m a n e o c lá s ic o .
L a e s c a s e z es la p ie d r a a n g u la r d e la e c o n o m ía n e o c lá s ic a . S e e s ta b le c e r á n d ife r e n te s
c ir c u n s ta n c ia s p a r a m a n te n e rla fu e r a d e la s c o n d ic io n e s están d ar d e la s e c o n o m ía s d e
in te r c a m b io : e l p le n o e m p le o , u n s t o c k d e d in e r o d a d o , e tc é te ra . L a e s c a s e z j u s t i f i c a
e l a n á lis is d e la o fe r t a y l a d e m a n d a . D a a lo s p r e c io s su p a p e l c r u c ia l. G o b ie r n a e l
c o m p o r ta m ie n to d e la e c o n o n ú a E x p lic a p o r q u é lo s e c o n o m is ta s n e o c lá s ic o s d an ta n ta
im p o r ta n c ia a l a a s ig n a c ió n d e r e c u r s o s y p o r q u é tan to s d e e llo s d e fin e n la s té c n ic a s
d e la o p tim iz a c ió n c o n d ic io n a d a c o m o e l e p ít o m e d e l a e c o n o m ía n e o c lá s ic a . C u a n d o
to d o s lo s r e c u r s o s so n e s c a s o s y e s tá n to ta lm e n te u tiliz a d o s , a s í to d a s la s c u e s tio n e s
g ir a n a lre d e d o r d e l u s o a d e c u a d o d e lo s r e c u r s o s e x is te n te s , m á s q u e a c e r c a d e la fe re a -
c ió n d e n u e v a s m e r c a n c ía s .
L a e s c a s e z e s p a r tic u la r m e n te e v id e n te e n lo s m o d e lo s p u ro s d e in te r c a m b io . L a s
h ip ó te s is c o m p le m e n ta r ia s q u e s e p u e d en e n c o n tr a r en lo s d iv e rs o s m o d e lo s s o fis t ic a ­
d o s d e p r o d u c c ió n n e o c lá s ic o s h a n s id o in tro d u c id a s p re c is a m e n te p a ra g a ra n tiz a r to d a s
l a s c o n d ic i o n e s y r e s u lt a d o s p r in c ip a le s d e l m o d e lo d e in t e r c a m b io p u r o ( W a ls h y
G r a m , 1 9 8 0 : 1 7 1 ; R o g e r s , 1 9 8 3 ) . L a p r o d u c c ió n e n la e c o n o m í a n e o c l á s i c a e s u n a
f o r m a d e in t e r c a m b io in d ir e c to e n t r e a g e n te s c o n s u m id o r e s in d iv id u a le s d e sp u é s l l a ­
m a d a s p r o d u c to r e s . P r o d u c to r e s q u e s o n s ó lo in te rm e d ia rio s q u e in te n ta n b e n e fic ia r s e
d e la e s c a s e z e x is te n te .
E n e l p r o g r a m a d e in v e s t ig a c ió n p o s t c lá s ic o , la c u e s tió n d e la e s c a s e z s e d e ja a un
la d o , m ie n tr a s q u e la d e la r e p r o d u c c ió n se sitú a e n p r im e r a lín e a ( R o n c a g lía , 19 7 8 :
5 ) . C o n s u é n fa s is e n l a p r o d u c c ió n , lo s e c o n o m is ta s p o s t c lá s ic o s s e e m b a r c a n e n l a
tr a d ic ió n d e l o s e c o n o m is t a s c l á s ic o s , c o n su p r e o c u p a c ió n p o r l a s c a u s a s d e l p r o g r e ­
s o y d e la a c u m u la c ió n . E n s u r e v is ió n d e la c r ít ic a c a m b r id g ia n a , R y m e s ( 1 9 7 1 : 2)
d e ja c la r o q u e l a p r e o c u p a c ió n n e o r ic a r d ia n a p o r l a r e p r o d u c c ió n e s tá e n la lí n e a d e l
p e n s a m ie n t o e c o n ó m ic o d e R o b in s o n , K a ld o r e in c lu s o H a r r o d . N o e s n in g u n a s o r ­
p r e s a q u e P a s in e tti ( 1 9 8 1 : 2 4 ) y R y m e s , q u e h a n e s tu d ia d o m u y d e te n id a m e n te e c o ­
n o m ía s c o n u n o u tp u t p e r c á p it a c r e c ie n t e c o m o c o n s e c u e n c ia d e l p r o g r e s o t é c n ic o ,
h a y a n p u e s to ta n to é n fa s is e n la c u e s t ió n d e la r e p r o d u c c ió n .
E n lo s m o d e lo s p o s tk e y n e s ia n o s , d o n d e e l o u tp u t n o e s t á d e s a g r e g a d o , e l é n fa s is e n
l a p r o d u c c ió n a p a r e c e a tr a v é s d e l su p u e sto d e q u e , en g e n e r a l, n i lo s b ie n e s d e c a p ita l
n i e l tr a b a jo se u tiliza n to ta lm e n te . E n e s te s e n tid o , lo s re cu rs o s n o so n e sc a so s. E l p ro ­
b le m a p r in c ip a l n o es c o m o a s ig n a r lo s s in o c o m o in c r e m e n ta r la p r o d u c c ió n o l a ta s a
d e c r e c im ie n to . E l p r in c ip io d e e s c a s e z s e d e ja a u n la d o , y a q u e g e n e ra lm e n te es p o s i­
b l e in c r e m e n ta r la ta s a d e u t iliz a c ió n d e la c a p a c id a d y e x is te n r e s e r v a s d e tr a b a jo . E l
238 CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

p r in cip io d e la e s c a s e z es r e e m p la z a d o p o r e l p r in c ip io d e la d e m a n d a e fe c tiv a . L a ver­


d a d e ra lim it a c ió n n o es la o fe r ta , s in o la d e m a n d a e f e c t iv a . T a l c o m o K a ld o r (1 9 8 3 b :
6) d ic e , « p a r a q u e la p r o d u c c ió n e s t é d e te r m in a d a p o r l a d e m a n d a , d e b e e x is tir e x c e s o
d e c a p a c id a d y tr a b a jo d e s e m p le a d o » .
E n c o n s e c u e n c ia , a p e s a r d e q u e lo s n e o rica rd ia n o s h a n p u e s to m u c h o é n fa s is e n la
relación in v e rsa e n tr e Ja ta s a d e salario s re a le s y Ja ta s a d e b e n e fic io s , y o estaría d isp u e sto
a d e fe n d e r q u e , si la e c o n o m ía n e o c lá s ic a es e l p r o g r a m a d e in v e s tig a c ió n d e u n m u n d o
d e e s c a s e z , la e c o n o m ía p o s tc lá s ic a e s e l p r o g r a m a d e in v e s t ig a c ió n d e u n m u n d o d e
a b u n d a n c ia . E v id e n t e m e n t e , a lg u n a s m e r c a n c ía s , in c lu s o a lg u n a s m e r c a n c ía s p r o d u ­
c id a s , p u e d e n e s c a s e a r . P e r o tal c o m o h a s e ñ a la d o P a s in e tti ( 1 9 8 1 : 7 ) , lo s a u to r e s c l á ­
s i c o s , y p r ín c ip a lm e n t e R i c a r d o , s e c e n tr a r o n e n Ja c a r a c t e r ís tic a p e r m a n e n te d e l a
r e p r o d u c c ió n , c o n s id e r a n d o q u e la s m e r c a n c ía s p r o d u c id a s p o d ía n m u lt ip lic a r s e sin
lím ite s y , p o r ta n to , o p in a n d o q u e , a p arte d e l c a s o d e Ja tie rra , la s c o n d ic io n e s d e e s c a ­
s e z s ó lo p o d r ía n se r te m p o r a le s . A q u í e s d o n d e lo s n e o r ic a r d ia n o s y lo s p o s tk e y n e s ia -
n o s u n e n su s fu e r z a s , y a q u e H a y e k , a l rech a zar Ja e c o n o m ía d e K e y n e s e n 1940, recu rre
p r e c is a m e n te a la im p o r ta n c ia b á s ic a d e la e s c a s e z ( P a r g u e z , 1 9 8 8 : 1 4 4 ). L a e s c a s e z
es la e s e n c ia d e la e c o n o m ía n e o c lá s ic a . P r o c la m a r la e x is t e n c ia d e u n a e c o n o m ía d e la
a b u n d a n c ia e s n e g a r l o s c im ie n t o s d e la o r to d o x ia .

4. E l d o m in io d e l a e c o n o m ía n e o c l á s ic a

A h o r a q u e s a b e m o s q u e e x is te n c o m o m ín im o d o s lín e a s d e in v e s t ig a c ió n e n e c o n o ­
m ía , c a d a u n a c o n s u p r o p io c o n ju n t o d e p r e s u p o s ic io n e s , c a d a u n a d e la s c u a le s es
p r e s u m ib le m e n te ta n p o te n c ia lm e n te a tr a y e n te c o m o la o tr a , e l a lu m n o d e e c o n o m ía
n o o r to d o x a p u e d e p re g u n ta rs e p o r q u é la e c o n o m ía n e o c lá s ic a h a s id o a p a r e n te m e n te
tan d o m in a n te en lo s añ o s p a s a d o s . U n a respu esta o b v ia s e r ía q u e e l p r o g r a m a d e in v e s ­
tig a c ió n n e o c lá s ic o e s p r o g r e s iv o , en e l s e n tid o la k a to s ia n o , m ie n tr a s q u e e l p r o g r a m a
p o s t c lá s ic o , e n sus d ife r e n t e s e n c a r n a c io n e s , s e r ía d e g e n e r a tiv o . E s ta e s sin d u d a la
r e s p u e sta qu e o fr e c e r ía n la m a y o r ía d e lo s p r a c tic a n te s n e o c l á s ic o s . A f ir m a r ía n q u e ,
en lo s ú ltim o s c ie n a ñ o s , e! m a rc o n e o c lá s ic o h a p e rm itid o r e c o p ila r u n a ca n tid a d n o to ­
r ia d e h e c h o s y te o r ía s , u n a p r o e z a s in p a r a n g ó n e n tre lo s o t r o s p r o g r a m a s d e in v e s ti­
g a c ió n . S i n q u it a r im p o r ta n c ia a e s to s g r a n d e s lo g r o s d e la te o r ía n e o c lá s ic a , e x is te n
o tras r a z o n e s q u e e x p lic a n c ó m o h a lle g a d o la e c o n o m ía n e o c lá s ic a a d o m in a r la e c o ­
n o m ía p o lít ic a , ta l c o m o s e lla m a b a a n te s , y p o r q u é s ig u e d o m in á n d o la a h o r a .
E x p l i c a r p o r q u é la e c o n o m ía n e o c lá s ic a d o m in a e l c a m p o d e la e c o n o m í a , a h o r a
qu e está atrin ch era d o c o m o el p a ra d ig m a d o m in a n te , es u n a ta r e a b a sta n te f á c il. D iv e r s o s
e s tu d io s h a n s u b r a y a d o lo s c o n d ic io n a n te s s o c io ló g ic o s d e la p r o fe s ió n e c o n ó m i c a , y
d e la c o m u n id a d c ie n t í f i c a e n g e n e r a l ( C a n t e r b e r y y B u r k h a r d t , 1 9 8 3 ; E a r l , 1 9 8 3 b ;
E ic h n e r , 1 9 8 3 : 2 2 5 -3 5 ; K a t o u z ia n , 1 9 8 0 : c a p . 5 ) . N o o b s t a n te , n o e s n e c e s a r io s e r un
p e r s p ic a z s o c ió l o g o p a ra e n te n d e r lo qu e e s tá p a s a n d o e n n u e s tra s in s t it u c io n e s d e l
c o n o c im ie n t o . L a s p r e s io n e s p a r a a ju s ta r s e a lo s c á n o n e s o r t o d o x o s está n p r e s e n te s
d e sd e e l p r in c ip io , c o n la im p o s ic ió n d e lo s m u y c o n o c id o s y v o lu m in o s o s m a n u a le s d e l
p rim e r añ o d e u n iv e r s id a d . L a m u ltip lic id a d d e a sig n a tu ra s m ic r o e c o n ó m ic a s y m a c r o -
e c o n ó m ic a s o b lig a t o r ia s , en la s q u e s e r e p ite n in v a r ia b le m e n te lo s m is m o s c o n te n id o s
d e sd e e l p r im e r c i c lo h a s ta Jo s n iv e le s d e d o c to r a d o , s ó lo q u e c o n u n a c r e c ie n t e s o fis ­
t ic a c ió n m a t e m á t ic a , a s e g u r a q u e to d o s lo s a lu m n o s c r e a n q u e e l e n fo q u e c lá s ic o e s e l
LA NECESIDAD DE UNA ALTERNATIVA 239

ú n ic o q u e e s c ie n t í fic o , o a l m e n o s e l ú n ic o q u e m e r e c e q u e s e le d e d iq u e tie m p o d e
e s tu d io . P a r a c o n s e g u ir sus t ít u lo s , lo s e s tu d ia n te s d e E c o n o m ía tie n e n q u e a p r o b a r
e s ta s a s ig n a tu r a s y a p r o b a r e x á m e n e s c o m p le t o s q u e pon en - a p r u e b a su c a p a c id a d d e
c o m p r e n d e r o m e m o r iz a r lo s d e s a r r o llo s te ó r ic o s n e o c lá s ic o s m á s fú tile s o m á s n u e ­
v o s . L o q u e s e c o n v ie r te e n m á s im p o rta n te , tal c o m o h a n d e m o s tra d o la s e n tr e v is ta s a
g r a d u a d o s r e a liz a d a s p o r K la m e r y C o la n d e r (1 9 9 0 ), n o e s ta n to e l c o n o c im ie n to d e la
e c o n o m ía o d e l c o n ju n to d e la b ib lio g r a f ía e c o n ó m ic a , s in o la h a b ilid a d p a r a ap ren d er
té c n ic a s m a te m á tic a s d e o p t im iz a c ió n c o n d ic io n a d a , u na p a n a c e a v in c u la d a a la p re ­
s u p o s ic ió n n e o c lá s ic a d e la e s c a s e z u n iv e r s a l.
A l f i n a l, lo s a lu m n o s a c a b a n te n ie n d o u n « in te r é s p e r s o n a l» e n p e n s a r q u e e sto s
a s p e c to s so n im p o rta n te s , y a q u e « v a n a d e d ic a r sus v id a s a e n s e ñ a r lo s a la s n u e v a s
g e n e r a c io n e s . A s í e l s is t e m a s e p e r p e tú a a s í m is m o » ( R o b in s o n , 1 9 7 3 : 1 2 7 ). S i un
a lu m n o h a d e m o s tr a d o u n a fu e r z a m o r a l s u fic ie n t e p a r a a p r o b a r e s to s e x á m e n e s sin
c r e e r q u e e l te m a c e n tr a l e s a lt a m e n t e r e le v a n t e , e s d e s p u é s s o m e tid o a l e x a m e n d e
u n a d is e r ta c ió n o u n a t e s is , d o n d e s ó lo la s h ip ó te s is n e o c lá s ic a s e s tá n d a r p u e d e n ser
m a n te n id a s sin r ie s g o , y a q u e trib u n a l está n o rm a lm e n te co m p u esto p o r u n a m a y o r ía de
e c o n o m is t a s c o n tr a r io s a las o p in io n e s n o o r to d o x a s . L le g a d o s a este p u n to , la m a y o ­
r ía d e lo s a lu m n o s c u y a s p r e s u p o s ic io n e s n o c o n c u e r d a n c o n la s d e l p a r a d ig m a n e o ­
c l á s ic o y a h a n tir a d o la t o a lla , y a s e a n o c o m p le t a n d o u n a te s is q u e s a b e n q u e tie n e
m u y p o c a s p o s ib ilid a d e s de^ser a c e p ta d a , o c a m b iá n d o s e a u n d e p a r ta m e n to m á s to le ­
r a n te - e l d e c ie n c ia s p o lít ic a s , p o r e j e m p lo - .
L o s q u e c o n s ig u e n e s c o n d e r su s v e r d a d e r a s o p in io n e s d e já n d o s e « s o c ia liz a r n en
la rutina c o n v e n c io n a l, o lo s q u e h a n s id o lo bastan te afo rtu n ad os c o m o para ser fo rm a d o s
en d e p a r ta m e n to s m á s e c lé c t ic o s , s e e n fr e n ta n d e sp u é s a la d if íc il ta re a d e e n c o n tr a r a
a lg u ie n q u e le s e m p le e . S e p r o d u c e e l m is m o c ír c u lo v ic io s o si e l m e rc a d o e le g id o es
e l a c a d é m ic o . L a c o n t r a t a c ió n in ic ia l d e p e n d e d e l te m a d e la te s is y d e la s o p in io n e s
d e lo s m ie m b r o s d e l ju rq .d o . E l e m p le o f i j o e s tá a s e g u r a d o s i s e p u b lic a en la s re v is ta s
a p r o p ia d a s d e la p r o fe s ió n . C o m o s a b e m o s , e s ta s r e v is ta s e s tá n e d ita d a s p o r e c o n o ­
m ista s d e l p e n s a m ie n to c o n v e n c io n a l. L o s jó v e n e s in v e s tig a d o r e s se e n fr e n ta n e n to n ­
c e s a u n d ile m a : p u e d e n in te n ta r p u b lic a r t r a b a jo s n e o c l á s ic o s , a u m e n ta n d o a s í su s
p o s ib ilid a d e s d e c o n s e g u ir l a p e r m a n e n c ia e n Ja u n iv e r s id a d , s o b re to d o d e b id o a q u e
su fo r m a c ió n an terio r h a s id o p ro b a b le m e n te c a n a liz a d a e n e s a d ir e c c ió n , p e ro co r r ie n ­
d o e n to n ce s e l r ie s g o d e a d q u irir u nos c o n o c im ie n to s d e la te o r ía n e o c lá s ic a q u e h a g a n
d e s p u é s q u e e l c o s t e d e e n tr e g a r ese c a p ita l h u m a n o a la e c o n o m ía n o o r t o d o x a s e a
d e m a s ia d o a lt o ; o p u e d e n in te n ta r p u b lic a r f u e r a d e la e c o n o m ía c o n v e n c io n a l, q u e en
g e n e r a l s u p o n e fu e ra d e las r e v is ta s d e p r e s t ig io , e n c u y o c a s o la p r o b a b ilid a d d e c o n ­
s e g u ir u n a p o s ic ió n fij a e s m u c h o m e n o r , a l m e n o s en la s u n iv e r s id a d e s m á s c o n o c i­
d a s . E l m is m o d ile m a s e p r o d u c e p a r a la s p r o m o c io n e s fu tu r a s . .
E l h e c h o d e q u e , q u iz á e n o p o s ic ió n a lo q u e p o d ía h a c e r s e h a c e u n o s a ñ o s , n o es
p o s ib le , o es c a s i im p o s ib le , p u b lic a r u n a r tíc u lo q u e tr a te d e te m a s p o s tc lá s ic o s e n u n a
g r a n r e v is ta c o n v e n c io n a l, n o e s n e c e s a r ia m e n te d e b id o a u n a a b ie r ta d is c r im in a c ió n
p ú b lic a h a c ia lo s e c o n o m is ta s n o o r to d o x o s . T a l c o m o n o s r e c u e r d a E a r l (l 9 8 3 b : 110),
lo s e d ito re s y lo s c o n s e jo s d e r e d a c c ió n d e la s r e v is ta s tie n d e n a r e s p o n d e r fa v o r a b le ­
m e n te a lo s m é to d o s y la s o rien tacio n e s teó ricas q u e en ca ja n c o n aq u e lla s en la s q u e ellos
m is m o s s e h a n fo rm a d o , o e n las q u e fo rm a n a sus pro p io s alu m n o s. L o s trab a jo s n o orto ­
d o x o s n o se p u b lic a n e n la s r e v is ta s c o n v e n c io n a le s p o r q u e e l le n g u a je es d ife r e n te ,
240 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

s e b a sa en p r e s u p o s ic io n e s d ife r e n te s , y p o rq u e la s c u e s t io n e s te ó r ic a s q u e a b o rd a n
e s o s e c o n o m is ta s no o r to d o x o s n o está n d e m o d a . L o s e c o n o m is ta s n e o c lá s ic o s q u e
n o p e rte n e ce n a lo s d e p a r ta m e n to s m á s im p o rta n te s s e e n fr e n ta n a u n p r o b le m a s im i­
la r , y a q u e la s r e v is ta s p r e s tig io s a s está n c o n tr o la d a s p o r u n p u ñ a d o d e d e p a r ta m e n ­
to s . L o s m ie m b r o s d e m á s r e n o m b re d e e s to s d e p a rta m e n to s s o n lo s q u e d e c id e n s o b r e
la s n o v e d a d e s y la s te n d e n c ia s d e la fo r m a c ió n en e c o n o m ía . L o s m ie m b r o s n e o c lá s i­
c o s m e n o s a fo r tu n a d o s d e la p r o fe s ió n tie n e n p u e s q u e s a b e r c u á le s so n la s r e g la s d e l
ju e g o en c a d a m o m e n to - c u á l e s so n lo s te m a s c a n d e n te s , lo s e n fo q u e s m á s d e m o d a ,
lo s e n ig m a s m á s u lt r a m o d e r n o s -. « L o s m o d e lo s s e e lig e n e n b a se a s i c o n d u c ir á n a un '
a r tíc u lo p u b lic a b le , n o en b a s e a lo r e le v a n te s q u e so n » ( C o la n d e r , 1 9 9 0 : 192).
L a s r e g la s d e l j u e g o , s in e m b a r g o , n o s e a p lic a n s o la m e n t e a la p u b lic a c ió n e n
r e v is ta s . T a m b ié n s e p o n e n en p r á c t ic a d e fo r m a im p la c a b le e n la a s ig n a c ió n d e f o n ­
d o s d e in v e s t ig a c ió n . A lg u n o s d e n o so tro s n o n e c e s it a m o s m u c h a a y u d a e c o n ó m ic a
p a ra in v e stig a r: a c c e s o a u n a b ib lio t e c a , u n b o líg r a fo y u n p o c o d e p a p e l es to d o lo q u e

n o s h a c e fa lt a . N o o b s ta n te , la in v e s t ig a c ió n p u e d e o c u p a r m u c h o tie m p o sin la a y u d a
d e c o la b o r a d o r e s , y Ja o b te n c ió n d e la in fo r m a c ió n p e r tin e n te p u e d e s e r m u y c a r a . E l
d in e r o , p u e s , es la fu e r z a m o t r iz d e la g u e r r a , s i la c o n d ic i ó n d e « p u b lic a o m u e r e »
p u e d e ser c o n s id e r a d o c o m o un tip o d e g u e r r a . E l te m a fin a n c ie r o e n la in v e s tig a c ió n
p o n e en p rim e ra lín e a la c u e s tió n d e la id e o lo g ía . L o s c o n s e jo s d e in v e s t ig a c ió n fin a n ­
c ia d o s c o n d in e ro p ú b lic o e s tá n n o r m a lm e n t e b a jo la in f lu e n c i a d e l d e p a rta m e n to in v i­
s ib le , es d e cir, d e lo s m ie m b r o s m á s p r e s tig io s o s d e la c o m u n id a d n e o c lá s ic a . P o r tan to,
c o n s e g u ir fo n d o s d e e s ta fu e n t e e s n o r m a lm e n te d i f í c i l . C o n s e g u ir fo n d o s d e l s e c to r
p r iv a d o e s ig u a l d e c o m p lic a d o , y a q u e in clu s o si n o s e s o lic ita la o p in ió n d e lo s m ie m ­
b ro s d e l d ep arta m en to in v is ib le , la s id e as y te o ría s d e l in v e s t ig a d o r n o o r to d o x o n o se
c o r r e s p o n d e r á n co n e l sa b e r c o n v e n c io n a l. A d e m á s , lo s in te r e s e s d e l s e c to r p r iv a d o
p u e d e n m u c h a s v e c e s e s ta r e n c o n f l i c t o c o n lo s d e l i n v e s t i g a d o r n o o r t o d o x o .
C o n c r e ta m e n te , g ra n p a rte d e l tr a b a jo n o o r to d o x o s ó lo p o d r ía r e c ib ir e l a p o y o d e lo s
sin d ica to s y otras o r g a n iz a c io n e s p o p u la r e s . S i n e m b a r g o , e s ta s in s titu c io n e s n o se o c u ­
p a n d e la s c u e s t io n e s a lta m e n te a b stra cta s q u e lle n a n la s p á g in a s d e la s r e v is ta s e r u d i­
tas. S u s re cu rso s e c o n ó m ic o s s o n , a d e m á s , m u c h o m e n o r e s q u e lo s d e la s e m p r e s a s
p r iv a d a s o lo s d e la s a s o c ia c io n e s d e e m p r e s a r io s , q u e p u e d e n c r e a r in stitu to s d e in v e s ­
tig a c ió n p r iv a d o s d e lo s q u e d e sp u é s lo s e c o n o m is t a s n e o c lá s ic o s p u e d e n o b te n e r f o n ­
d o s y co n trato s d e in v e s tig a c ió n q u e tie n e n u n e fe c to fa v o r a b le s o b r e su tra b a jo te ó r ic o .
E s to s v ín c u lo s q u e s e p r o d u ce n d en tro d e u n p a ís e n tre la e c o n o m ía n e o c lá s ic a y lo s
p o d e res e c o n ó m ic o s d o m in a n te s c o n tr ib u y e n a e x p lic a r p o r q u é e l p r o g r a m a d e in v e s ­
tig a c ió n n e o c lá s ic o h a lle g a d o a s u p e ra r a la e s c u e la c lá s ic a d u r a n te e l ú ltim o s ig lo [ e l
s ig lo XIX, n . t r a d .\ C o m o h e m o s v isto en la s e c c ió n a n te rio r, la e c o n o m ía n e o c lá s ic a se
ce n tr a e x c lu s iv a m e n t e e n e l in d iv id u o , m ie n tra s q u e e l p r o g r a m a p o s tc lá s ic o , s ig u ie n ­
d o a lo s c lá s ic o s , s e c e n t r a en la s c la s e s s o c io e c o n ó m ic a s . E n m e d io d e la s d ife r e n te s
o le a d a s r e v o lu c io n a r ia s q u e s a c u d ie r o n E u r o p a d u ra n te la s e g u n d a m ita d d e l s ig lo x i x ,
la a p a r ic ió n s im u lt á n e a d e lo s tr a b a jo s m a r g in a lis ta s , q u e r o m p ie r o n c o n v a r ia s d e la s
p r e o c u p a c io n e s y c o n c e p to s c l á s i c o s , p r o p o r c io n a r o n u n a b o c a n a d a d e a ir e fr e s c o a l
a m e n a z a d o e s t a b l i s h m e n t p o lít ic o y e c o n ó m ic o . A d e m á s , e l m a r g in a lis m o , t a l c o m o
s e le lla m ó e n t o n c e s , o fr e c ía u n a a lte r n a tiv a a la e x t e n s ió n d e M a r x d e la e s c u e la c l á ­
s ic a ( D e V r o e y , 19 7 5 ; P a s in e tti, 19 8 1 : 1 1 -1 4 ). D e b id o a q u e la s p r e m is a s d e M a r x eran
iS:
s im ila r e s a la s d e lo s c lá s ic o s en m u c h o s t e m a s , e r a d i f í c i l r e c h a z a r s u a n á lis is y sus

VA
LA NECESIDAD DE UNA ALTERNATIVA 241

c o n c lu s io n e s c o n ju n ta m e n te . D e s h a c e r s e d e la te o r ía d e l v a lo r c lá s ic a y d e la e x p lic a ­
c ió n c lá s ic a d e l o rig e n d e l b e n e fic io la n z á n d o s e a la s e n d a d e l m a r g in a lis m o fu e la re s ­
p u e sta d e la b u r g u e s ía eu ro p e a . L o s e c o n o m is ta s ta m b ié n s e su bieron a l ca r ro , d e fo r m a
q u e a l lle g a r a 1900, e l m a r g in a lis m o y a h a b ía a r r a s a d o la e c o n o m í a . E n e s o s d ía s , y
q u iz á s a ú n h o y , s e p r o d u jo u n a c o n v e r g e n c ia e n tr e la s p r e s u p o s ic io n e s y la a g e n d a d e
la e c o n o m ía n e o c lá s ic a y lo s in te r e s e s d e l e s t a b l i s h m e n t p o lít ic o e in d u s tr ia l. A u n q u e
a lg u n a s v e r s io n e s d e l m a r g in a lis m o s e h a b ía n e x p u e s t o a n te s d e lo s añ os 7 0 d e l s ig lo
X íX , s ie n d o la d e C o u m o t la m á s c o n o c id a , lo s e c o n o m is ta s n o p a r e c ie r o n v e r en e lla s
n in g u n a in d ic a c ió n d e s u p e r io r id a d . P e r o c o n l a lle g a d a d e M a r x , s e h iz o im p e r a tiv o
p a r a e l e s t a b l i s h m e n t , p r e o c u p a d o d e s d e h a c ía tie m p o p o r a lg u n a s d e la s c o n c lu s io n e s
fo r m u la d a s p o r la e c o n o m ía c lá s ic a , e l e n c o n tr a r u n a a lte r n a tiv a m e n o s c o n s c ie n te d e
la s c la s e s y m á s a p o lo g é tic a .
E s t o n o s ig n ific a q u e la id e o lo g ía s e a e l e le m e n to c r u c ia l q u e s e p a r a e l p r o g r a m a
n e o c lá s ic o d e l p o s tc lá s ic o , ta l c o m o a lg u n o s c r e e n ( M a r g lin , 1 984a: 4 8 1 ). T a l c o m o se
h a a fir m a d o a n te s , la teo ría n e o c lá s ic a e s lo b a sta n te fle x ib le , c o n la in tro d u c c ió n d e la s
h ip ó te s is a u x ilia r e s ( e x te m a lid a d e s , im p e r fe c c io n e s ) , c o m o p a r a p e r m itir c a s i c u a lq u ie r
tip o d e p o lít ic a e c o n ó m ic a . E s t o e x p lic a p o r q u é m u c h o s lic e n c ia d o s c o n in c lin a c io n e s
d e izq u ie rd as n o presentan o b je c io n e s a ser fo m ia d o s en e c o n o m ía n e o c lá s ic a . S in em b ar­
g o , y o esta ría d isp u e sto a a fir m a r q u e a lg u n o s d e lo s su b p ro g ra m a s d e n tro d e c a d a u n o
d e l o s d o s p r o g r a m a s d e in v e s t ig a c ió n p r in c ip a le s , n e o c lá s ic o y p o s t c lá s ic o , p u e d e n
e s ta r o r ie n ta d o s p o r la id e o lo g ía ( m o n e ta r is m o , n e o m a r x is ta s ), y q u e la id e o lo g ía j u g ó
u n p a p e l m u y im p o rta n te e n e l d e sa r ro llo c o n é x it o d e la r e v o lu c ió n m a r g in a lis ta .
E v id e n te m e n te , h u b o o tra s r a z o n e s q u e in te rv in ie ro n a fa v o r d e l p r o g r a m a d e in v e s ­
t ig a c ió n e n to n c e s e m e r g e n te . E n c o n c r e t o , lo s d e fe n s o r e s d e l m a r g in a lis m o a p o rta ro n
u n a p a r a to m a te m á tic o q u e a y u d ó a p e rs u a d ir d e q u e la n u e v a e c o n o m ía e ra m á s c ie n ­
t ífic a q u e la a n tig u a e c o n o m ía c lá s ic a , y a q u e se p o d ía n h a c e r a n a lo g ía s o b v ia s en tre la s
le y e s im p e r s o n a le s d e l m e r c a d o y la s r e c ié n d e s c u b ie r ta s le y e s n a tu r a le s d e la f ís ic a
( M ir o w s k i, 1 9 9 0 ). E l c á lc u lo , la s d if e r e n c ia le s y la s in t e g r a le s fu e r o n im p o r ta d a s a l
á m b ito d e la e c o n o m ía . P o r o t r a p a r t e , e l p r o b le m a d e la tr a n s fo r m a c ió n d e M a r x y e l
p r o b le m a d e la m e d id a in v a r ia b le d e l v a l o r d e R ic a r d o p a r e c ía n in s o lu b le s . A u n q u e
a lg u n o s e c o n o m is ta s , tan to d e d e n tro c o m o d e fu e r a d e la e s c u e la n e o c lá s ic a , a fir m a ­
r o n q u e la s m a te m á tic a s en e l m a r g in a lis m o lo d e s a c r e d ita b a n , e l m a r g in a lis m o a c a b ó
im p o n ié n d o s e d e b id o a la p r e s e n c ia d e la s m a t e m á t ic a s . H o y q u e d a n a ú n a lg u n o s re s­
to s d e e sta tem p ran a c r e e n c ia en la s u p e r io r id a d d e la e c o n o m ía m a te m á tic a m a n te n i­
d a p o r lo s p rim e ro s e x p o n e n te s d e l m a r g in a lis m o : c o m o r e c u e rd a L e ijo n h u fv u d (1 9 7 3 :
3 2 9 ) , la c a s t a s a c e r d o ta l d e l o s e c o n o m is t a s m a te m á tic o s o c u p a e l r a n k in g m á s a lto e n
la c a s t a . S u s h a b ilid a d e s s o n a d m ir a d a s d e fo r m a r e v e r e n c ia l p o r s u s c o le g a s . E n la s
r e v is ta s , e s p e c ia lm e n t e e n la s m á s p r e s t ig io s a s , s e p r e s ta m u c h a a te n c ió n a la s t é c n i­
c a s m a te m á tic a s y a lo s r o m p e c a b e z a s im a g in a r io s s ie m p r e q u e su r e s o lu c ió n r e q u ie ­
ra d e a lg u n a v ir tu o s id a d t é c n ic a . A p e s a r d e q u e , e n a lg u n a s e n c r u c ija d a s h is tó r ic a s d e
la e c o n o m ía , la in tr o d u c c ió n d e la s m a te m á tic a s p e rm itió q u e im p erara u n c ie r to r ig o r,
h o y e n d ía la s m a te m á tica s ju e g a n u n p a p e l d e d e fe n s a d e l p a r a d ig m a . F u e r z a n e l c a m ­
b io d e l c e n tr o d e a te n c ió n d e lo s te m a s g e n e ra le s a lo s p e q u e ñ o s d e ta lle s . S u im p o r ­
ta n c ia es ta l q u e lo s lic e n c ia d o s d e lo s d e p a r ta m e n to s d ir ig id o s p o r e l d e p a r ta m e n to
in v is ib le , h o y e n d ía c o n s id e r a n q u e e l s e r b u e n o e n la r e s o lu c ió n d e p r o b le m a s y la
e x c e le n c i a e n la s m a te m á tic a s e s m á s im p o r ta n te p a r a u n a ca r re r a a c a d é m ic a d e é x ito
242 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

qu e e l c o n o c im ie n t o d e la e c o n o m ía y d e l co n ju n to d e la lite r a tu r a e c o n ó m ic a ( K la m e r
y C o la n d e r , 1 9 9 0 : 18).
E l le c t o r p u e d e p r e g u n ta rs e si la s a fir m a c io n e s r e a liz a d a s h a s ta a h o r a s o n a c u s a ­
c io n e s a la e c o n o m ía fo r m a liz a d a . R o tu n d a m e n te n o . L o s m o d e lo s fo r m a le s so n n e c e ­
s a rio s e n c u a lq u ie r e s c u e la d e e c o n o m í a , y a q u e a p o r t a n u n c ie r t o r ig o r y p u e d e n
fa v o r e c e r la c o m p r e n s ió n . T o d a s la s e s c u e la s d e e c o n o m ía n o n e o c lá s ic a in c lu y e n a
e c o n o m is ta s fo r m a d o s e n m a te m á tic a s . L o s e c o n o m is ta s n o o r to d o x o s h a n a b ie r to e l
c a m in o e n a lg u n a s á re a s d e in v e s t ig a c ió n , c o m o la s d in á m ic a s n o lin e a le s . S i n e m b a r ­
g o , e l fo r m a lis m o m a te m á tic o n o d e b e r ía ser un fin en s í m is m o . N o d e b e r ía n p e rd er­
s e lo s c o n te n id o s en p ro de la fo r m a . L a s té c n ic a s a lta m e n te s o fis t ic a d a s n o d e b e r ía n
p r o d u c ir e n ú lt im a in s t a n c ia r e s u lta d o s sin s e n tid o . E s v e rd a d q u e m u c h o s e c o n o m is ­
tas n o o r t o d o x o s s o n r e a c io s a l u s o d e la s m a te m á tic a s o a la r e a liz a c ió n d e tr a b a jo
e c o n o m é t r ic o c u a n d o r e a liz a n in v e s t ig a c io n e s e m p ír ic a s . E s to n o e s n in g u n a sorp re­
sa. E x is t e u na m a y o r p r o p e n s ió n a l r e c h a z o d e la e c o n o m ía n e o c lá s ic a e n tre a q u e llo s
q u e e s tá n m á s in te r e s a d o s e n lo s c o n c e p to s q u e e n lo s m o d e lo s . E l r e c h a z o a lo s p a ra ­
d ig m a s , e l r e c h a z o a lo s c o n c e p t o s , lle v a a la b ú s q u e d a de c o n c e p t o s n u e v o s y d if e ­
r e n te s , a v e c e s a p r e s u p o s ic io n e s d ife r e n te s . L o s q u e lo h a c e n s e u n e n a la s fila s d e lo s
n o o r to d o x o s .
E s t o p u e d e a y u d a r a e x p lic a r p o r q u é lo s e c o n o m is t a s p o s t c lá s ic o s p a r e c e n e s ta r
e x c e s iv a m e n te o c u p a d o s e n c r itic a r s e u n o s a o tro s o a lo s e c o n o m is ta s c o n v e n c io n a le s ,
e in c lu s o a ios a u to r e s m u e r to s , m á s q u e en r e a liz a r a p o r ta c io n e s c o n s tr u c tiv a s e n sus
c a m p o s r e s p e c tiv o s . H a s t a c ie r to p u n to , e stá en la n a tu r a le z a d e lo s c ie n tífic o s n o o r to ­
d o x o s e l s e r c r ític o s m á s q u e c o n s tr u c tiv o s . A d e m á s , e l p r o g r a m a d e in v e s tig a c ió n post­
c lá s ico h a s ta cie rto pu n to fu e s itu a d o e n e l lim b o c o n e l é x it o de Ja r e v o lu c ió n m a rg in a l,
d e fo r m a q u e , m ie n tr a s q u e m u c h ís im a s m e n te s h a n a y u d a d o a d e fin ir e l p r o g r a m a de
in v e s t ig a c ió n n e o c l á s ic o e n la s ú ltim a s d é c a d a s , c o n s u s n ú c le o s , su s n o n n a s y s u s
c o n v e n c io n e s , s ó l o u n r e la t iv o p u ñ a d o d e e c o n o m is ta s h a n c o n tr ib u id o a l d e s a b o llo
d e la e c o n o m ía p o s t c lá s ic a . A s í , la e c o n o m ía n e o c lá s ic a s e b e n e fic ia d e u n a c a n tid a d
m a s iv a d e m a n u a le s , q u e o fr e c e n a l m e n o s u n a c o h e r e n c ia p e d a g ó g ic a , y d e u n a m u l­
titu d d e e s tu d io s e m p ír ic o s , q u e o fr e c e n la ilu s ió n d e u n p r o g r a m a c o r r e c ta m e n te v e r i­
fic a d o . E s t o , d e s a fo r t u n a d a m e n te , e s a lg o qu e lo s e c o n o m is t a s p o s t c lá s íc o s a ú n no
pu eden o fr e c e r .

s . L o s E ST U D IO S E M P ÍR IC O S Y L A E C O N O M ÍA N E O C L Á S IC A

L a g r a n c a n tid a d d e e s tu d io s q u e s u p u e s ta m e n te d e m u e s tra n Ja v a lid e z d e e s ta o a q u e ­


lla te o r ía n e o c lá s ic a e n v a r io s á m b it o s d e la e c o n o m ía e s u n o d e lo s a s p e c to s m á s in tri­
g a n te s c o n q u e s e e n c u e n tr a n lo s a lu m n o s in s a tis fe c h o s c o n e l e n fo q u e c o n v e n c io n a l.
M ie n tr a s c o n fu s a m e n t e p e r c ib e n q u e a v a ria s d e la s h ip ó te s is e n la s q u e s e b a s a n lo s
m o d e lo s n e o c lá s ic o s e x a m in a d o s le s f a lt a s u s t a n c ia o r e a lis m o , lo s a lu m n o s s e v e n
a b ru m a d o s c o n r e s u lta d o s v á lid o s d e e s to s m o d e lo s . P a r e c e q u e e l m u n d o r e a l s e c o m ­
p o rta d e a c u e r d o a estas h ip ó te s is a b s u r d a s . L a in trig a s e r e fu e r z a c u a n d o , e n la s a s ig ­
n a tu ra s q u e tra ta n s o b r e la s c o n t r o v e r s ia s s o b r e e l c a p it a l, s e le s d ic e a lo s a lu m n o s
q u e la fu n c ió n d e p r o d u c c ió n a g r e g a d a n e o c lá s ic a n o t ie n e b a s e . E n e s a s c ir c u n s ta n ­
c ia s , ¿ c ó m o p u e d e n lo s e c o n o m e tr is ta s e n c o n tr a r e s ta d ís tic a s c o n R 2 y t ta n b u e n a s ?
A lg u n a s d e la s re s p u e s ta s la s o b tie n e n en la a s ig n a tu ra d e e c o n o m e tr ía , p e r o m á s b ie n
LA NECESIDAD DE UNA ALTERNATIVA 243

de form a im plícita. A l alumno crítico se le deja perplejo. Con toda su falta de realis­
m o, parece que la econom ía neoclásica es m ejor que otras escuelas de pensamiento ya
que Ja mayoría de las teorías neoclásicas se presentan como verificadas de una u otra
manera, una hazaña que los programas de investigación rivales no pueden afinnar. Esto
se refuerza aún más por el hecho de que muchos de los economistas no ortodoxos son
tan conscientes de las dificultades m etodológicas que se encuentran en la investiga­
ción em pírica, que dudan de llevarla a cabo.
L a creencia en el veredicto de la econom etría se ha visto generalmente reforzada
desde el primer día en el departamento de econom ía cuando, en las primeras páginas del
manual introductorio, el alum no lee que «Una teoría se comprueba confrontando sus
predicciones con los hechos reales», y que «la aproxim ación cien tífica a cualquier
cuestión básica consiste en establecer una teoría que la explique y en ver después si
esta teoría puede ser refutada por los hechos reales (Lipsey, et al., 1988: 23). E n estas
dos afirmaciones de manual se encuentran las semillas del instrumentalismo, que es
Ja epistem ología dominante del program a de investigación neoclásico, tal com o ya he
afirm ado, y las del falsacionism o, la m etodología que los economistas convenciona­
les a menudo afirman utilizar, o que se propone en lugar del verificacionism o (Blaug,
1980a). Se deja así al alum no ingenuo con la convicción de que los econom istas con­
vencionales que realizan investigación em pírica intentan sin cesar falsar l^s teorías
propuestas por ellos mismos o por sus mentores; o se le realiza un lavado de cerebro para
que crea que las hipótesis realistas no son importantes si el modelo es capaz de gene­
rar predicciones con éxito. D e hecho, m uchas veces se le dice al alumno que cuanto
menos realistas sean las hipótesis, mejor, y a que así el m odelo es más general.
H ay que dejar claro, sin embargo, tal com o reconocen incluso los defensores del
falsacionism o (Blaug, 1980a: 128), que la práctica de los economistas neoclásicos es,
en el m ejor de los casos, una versión inocua del falsacionismo M ás bien están aún com­
prometidos con el verificacionism o, es decir, con el intento de encontrar 'pruebas que
confinnen sus teorías. E n su revisión de más de quinientos estudios empíricos publicados
en las revistas ortodoxas más importantes, Canterbery y Burkhardt (1983: 31) han
encontrado que sólo en tres de ellos intentaban realmente fa ls a ra lg o . E s ta es una de
las razones por las que el instrumentalismo es tan popular entre la m ayoría de econo­
mistas convencionales, sea cual sea su grado de interés por las cuestiones metodoló­
gicas. E l instrumentalismo ju stifica la com binación de hipótesis muy poco realistas,
inherentes al núcleo duro neowalrasiano del program a neoclásico, con el deseo de ser
asociado a una visión positivista de la ciencia, según la cual lo científico debe ser nece­
sariamente verificable. Que una teoría pueda ser confirmada empíricamente bajo algu­
nas circunstancias parece ser. suficientemente satisfactorio.
L o s filósofos de la ciencia han dado m uchas razones por las cuales la verificación
de una teoría es insuficiente para confirm arla. Tam bién ha habido importantes críticas
a la posibilidad de falsación debido a la realpolitik de los programas de investigación
(Caldw ell, 1982: cap. 5 y 12). Teniendo en cuenta estas críticas m etodológicas, ¿cómo
es que las teorías neoclásicas siempre parecen estar apoyadas por pruebas empíricas?
Los que han trabajado con datos em píricos saben que no siempre es fá c il obtener una
relación econom étrica satisfactoria. A lg u n o s alum nos presentan tesis en las que los
R2s tienden a cero. ¿C óm o es entonces que, en las revistas económ icas ortodoxas, los
datos empíricos siempre parecen verificar la teoría ortodoxa?
244 CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

L o p rim e ro q u e h a y q u e r e c a lc a r e s q u e la s r e v is ta s n o n n a lm e n le n o p u b lic a n re su l­
tad o s p o c o c o n c lu y e n te s , a e x c e p c ió n d e c u a n d o p ro p o rcio n a n u n a c a b e z a d e tu r co q u e
p u e d a d e s p u é s s e r u t iliz a d a p a r a d e s ta c a r la te o r ía r iv a l, fa v o r it a d e s u s e d ito r e s . E n
c o n s e c u e n c ia , lo s a u to res n o s e m o le s ta n en h a c e r le s ll e g a r r e s u lta d o s p o c o c o n c lu ­
y e n te s . P o r lo ta n to , s ó lo s e p u b lic a u na m u estra s e s g a d a d e l tr a b a jo e m p ír ic o q u e s e rea­
l iz a . L a m a y o r ía d e lo s in te n to s in fr u c tu o s o s d e v e r ific a c ió n p a s a n d e s a p e r c ib id o s , y
m u c h o s d e lo s in te n to s in fr u c tu o s o s d e r e p r o d u c ir m o d e lo s e m p ír ic o s p u b lic a d o s no
a c a b a n p u b lic á n d o s e en las r e v is ta s a c a d é m ic a s .
L a s e g u n d a c a u s a d e e s t a p r o life r a c ió n d e a f o r t u n a d o s e s tu d io s e m p ír ic o s es la
f o r m a e n q u e s e lle v a a c a b o la in v e s t ig a c ió n e m p ír ic a . E s t o e s a p lic a b le ta n to a lo s
in v e s tig a d o r e s n e o c lá s ic o s c o m o a lo s in v e s t ig a d o r e s d e o tr a s o r ie n ta c io n e s . E l e c o ­
n o m is t a t íp i c o e la b o r a u n a t e o r ía , d is e ñ a u n a fo r m a f u n c io n a l s im p l if ic a d a q u e s e a
e m p ír ic a m e n te v e r ific a b le y a ñ a d e u n a s c u a n ta s v a r ia b le s s e c u n d a r ia s q u e p u e d a n ser
r e le v a n te s . C o n la a y u d a d e l o rd e n a d o r y d e a lg u n o s a lg o r it m o s a r b itr a r io s , e l a n a lis ­
ta b u s ca e n to n c e s la m e jo r e c u a c ió n . S e p u e d e n n e c e s ita r v a r ia s r o n d a s p a r a e n co n tra r
re g r e sio n e s q u e e n c a je n d e a lg u n a f o n n a , y d u ra n te e l p r o c e s o s e e x a m in a r á n y s e d e s ­
ca rta rá n d is tin ta s v a r ia b le s y e s p e c if ic a c io n e s , r e a liz a n d o a l m is m o tie m p o u n a r e v i­
sió n d e la te o r ía . A d e m á s , la in fo r m a c ió n p u e d e d iv id ir s e en s u b p e r io d o s , u na p a rte d e
la in fo r m a c ió n p u e d e d e s c a r ta r s e , s e p u e d e n in tr o d u c ir v a r ia b le s « d u m m y » * , e tc é te ­
r a . A l fin a l, la te o ría q u e s e a fir m a h a b e r v e r ific a d o p u e d e te n e r s ó lo u n a r e la c ió n r e m o ­
ta c o n la p o s t u la d a o r ig in a lm e n te . E s t o e s lo qu e s e lla m a in t e r a c c ió n e n tre lo s d a to s
y la te o r ía . A lg u n o s p refiere n h a b la r d e « e x tr a c c ió n d e d a t o s » , d e « p e s c a d e d a to s» o d e
« m a s a je d e d a to s » .
E l r e s u lt a d o f in a l d e e s ta in te r a c c ió n it e r a tiv a , s in e m b a r g o , e s q u e lo s te s ts e s ta ­
d ís tic o s e s tá n d a r n o s ir v e n ; es d e c ir , q u e « p r o p o r c io n a n e s t im a c io n e s e n g a ñ o s a s s o b re
la c o n fia n z a q u e u n o p u e d e d e p o sita r en la s r e la c io n e s e c o n o m é tr ic a s » (T h u r o w , 1983:
107). L a r a z ó la b á s ic a m e n te , e s q u e e l n ú m e ro d e g r a d o s d e lib e r ta d , q u e a y u d a a .d e c i­
d ir si la fo r m a v e r ific a b le d e la te o r ía e s s ig n ific a t iv a o n o , d is m in u y e d e f o m ia im p o r ­
ta n te s i s e r e a liz a n r e g r e s io n e s te n ta tiv a s y s e a d o p ta n n u e v a s e s p e c if ic a c io n e s , d a d o
q u e e l n ú m e r o d e g ra d o s d e lib e r ta d es ig u a l a l n ú m e r o d e o b s e r v a c io n e s m e n o s e l
n ú m e r o d e v a r ia b le s e x p lic a t iv a s u t iliz a d a s . E l a n a lis t a d e b e r ía d e c id ir la fo r m a fin a l
d e la e c u a c ió n a v e r ific a r a n te s d e r e a liz a r la s r e g r e s io n e s . O t r o s c r ít ic o s d e la s p r á c ­
tic a s e c o n o m é t r ic a s está n d a r p r e fie r e n h a b la r d e filt r a c ió n d e la in fo r m a c ió n ( D e n ta n ,
1988) o d e p r e v e r ific a c io n e s s e s g a d a s ( D a r n e ll y E v a n s , 1 9 9 0 : c a p . 4 ). S e a c u a l se a
e l p u n to d e v is t a a d o p ta d o , la s c o n s e c u e n c ia s so n id é n tic a s . N o e x is te n s o lu c io n e s te ó ­
r ic a s fá c ilm e n t e d is p o n ib le s a e s te p r o b le m a , a p arte d e la p r u d e n c ia a la h o ra d e in te r­
p reta r lo s r e s u lt a d o s . L a s e c u a c io n e s q u e p a re ce n e s ta r v a lid a d a s o c o n fir m a d a s d e
a c u e r d o a lo s te s ts e s ta d ís tic o s está n d a r n o lo e s ta ría n s i s e d e c id ie r a s e g u ir lo s c á n o ­
n e s d e la e s t a d ís t ic a c lá s ic a . N o d e b e r ía s e r n in g u n a s o r p r e s a , e s p e c ia lm e n te c o n lo s
o r d e n a d o r e s d e a lta v e lo c id a d d is p o n ib le s p a r a to d o s h o y e n d ía , q u e a tr a v é s d e un
p r o c e d im ie n to d e p ru e b a y error se p u e d a lle g a r a v e r ific a r a lg u n a s e s p e c ific a c io n e s d e
la te o r ía p r o p u e s t a , in c lu s o si la te o r ía e s e r r ó n e a . L a s o p in io n e s te ó r ic a s a p r io r i d e
la m a y o r ía , e s d e c ir , d e la e s c u e la n e o c lá s ic a , a p a r e c e r á n a s í c o m o la o p in ió n m á s c o n ­
fir m a d a . '

Variables artificiales instrumentales [nota de los editores].


LA NECESIDAD DE UNA ALTERNATIVA 245

L a e la b o r a c ió n d e d a to s o « e l m a s a je de e c u a c io n e s » n o s o n la ú n ic a c a u s a d e
las p r u e b a s c o n e x c e s i v o é x it o . L a m a c r o e c o n o m ía h a c e a m p lio u s o d e la s s e r ie s
te m p o r a le s . S e h a d e m o s tr a d o r e p e tid a m e n te q u e lo s p a s e o s a le a to r io s q u e s o n to ta l­
m e n te in d e p e n d ie n te s u n o s d e o tr o s p u e d e n p r e s e n ta r a lto s c o e f ic ie n t e s d e c o r r e la ­
c i ó n . G r a n g e r y N e w b o ld ( 1 9 7 4 ), p o r e je m p lo , h a n d e m o s tr a d o q u e , c o m o m e d ia , es
p o s ib le o b te n e r un R 2 d e 0 ,5 9 a l r e a liz a r la r e g r e s ió n d e u n p a s e o a le a to r io d e c in c o
v a r ia b le s q u e e x h ib a n t a m b ié n un p a s e o a le a t o r io . E n e l 3 7 % d e la s s im u la c io n e s ,
¡e l c o e f ic ie n t e d e d e t e r m in a c ió n s u p e r ó e l 0 ,7 ! E s t o m u e s t r a q u e s e p u e d e n o b te n e r
fá c ilm e n t e c o r r e la c io n e s esp u ria s en e l c a s o d e la s s e r ie s te m p o ra le s. L a s v a r ia b le s q u e
n o tie n e n n a d a q u e v e r e n tre e lla s p u e d e p a r e c e r q u e t e n g a n a lg ú n tip o d e r e la c ió n
e c o n ó m ic a .
O t r a b u e n a ilu s tr a c ió n h is tó r ic a d e lo d ic h o e s e l u s o y e l a b u s o d e l test d e D u r b in -
W a t s o n , a h o r a d is p o n ib le en t o d o s lo s p r o g r a m a s in fo r m á t ic o s d e r e g r e s ió n , a p e sar
d e l a e x is te n c ia d e tests m u c h o m á s p o d e r o s o s . E s t e te s r a y u d a a d is c e r n ir c o r r e la c io ­
n e s fa ls a s b a jo c ie r ta s c o n d ic io n e s y s ó lo c u a n d o lo s r e s id u o s d e p r im e r g r a d o está n
a u to c o r r e la c io n a d o s . D e b e r ía m o s re co r d a r q u e lo s fa m o s o s d e b a te s e m p ír ic o s d e lo s
a ñ o s 6 0 en tre lo s k e y n e s ia n o s n e o c lá s ic o s y lo s m o n e ta ris ta s , q u e m á s tarde lle n a r o n las
p á g in a s d e lo s m a n u a le s d e m a c r o e c o n o m ía , s e lle v a r o n a c a b o c o n s e r ie s te m p o r a le s
y s in h a c e r n in g ú n u s o d e e s te test a h o r a e le m e n ta l ( D e s a i, 19 8 1 : 125). T a m b ié n d e b e ­
r ía m o s r e c o r d a r q u e e l te s t d e D u r b in - W a t s o n e s tá s e s g a d o h a c ia la a c e p ta c ió n d e Ja
h ip ó te s is d e n o c o r r e la c ió n e n la s c ir c u n s t a n c ia s e n la s q u e J o s e c o n o m is ta s c o n v e n ­
c io n a le s a m e n u d o h a n p r o b a d o s u s m o d e lo s , m á s e s p e c íf ic a m e n t e c u a n d o u n v a lo r
r e ta r d a d o d e la v a r ia b le d e p e n d ie n te s e in c lu y e e n tr e lo s e le m e n to s d e Ja r e g r e s ió n .
E s t e e s e l c a s o e s p e c ia lm e n te c u a n d o s e re q u ie re n m a n ip u la c io n e s m a te m á tic a s p a ra
tr a n s fo r m a r la e c u a c ió n a c o m p r o b a r e n u n a e c u a c ió n m á s f á c i l d e e s tim a r , y d o n d e
a c a b a m o s c o n v a r ia b le s e n d ó g e n a s r e ta r d a d a s . L o s e je m p lo s in c lu y e n e x p e c ta tiv a s
a d a p ta tiv a s , e l m o d e lo d e l d is tr ib u c ió n r e ta rd a d o d e K o y c k , q u e p e r m ite la in tro d u c ­
c ió n d e u n a in fin id a d d e re ta rd o s c o m p le jo s , y la e s tim a c ió n d e u n a v a r ia b le d e se a d a ,
c o m o p o r e je m p lo e l n iv e l d e se a d o d e l s to c k d e c a p ita l en v a r ia s te m ía s d e in v e rsió n n e o ­
c l á s ic a s . C o m o lo s a u to re s n e o c lá s ic o s a m e n u d o b u s c a n c ie r ta fo r m a de e s ta d o e s ta ­
c i o n a r i o , e l n iv e l d e se a d o d e a lg u n a v a r ia b le c la v e e s un c o m p o n e n t e c r u c ia l d e su
p r o c e s o d e c r e a c ió n d e m o d e lo s . T o d o s e s to s u s o s traen c o n e llo s J a p o s ib ilid a d , a d e ­
m á s , d e q u e la s c o r r e la c io n e s p u e d a n ser e s p u r ia s , y p o s ib le m e n te m u c h o s d e Jo s e s tu ­
d io s c o n é x it o d e l p a s a d o q u e s e b a s a r o n e n n iv e le s d e s e a d o s , re ta rd o s te m p o r a le s o
e x p e c ta tiv a s a d a p ta tiv a s fu e r o n en r e a lid a d e s p u r io s .
H o y e n d ía e x is t e n n u m e r o s o s tests e c o n o m é t r ic o s m á s s o fis tic a d o s q u e a y u d a n a
e v ita r e s ta s c o r r e la c io n e s fa ls a s . S i n e m b a r g o , Jo s e d ito re s d e la s r e v is ta s a c a d é m ic a s
r a r a v e z r e q u ie r e n la r e a liz a c ió n de- e s to s tests m e n o s e le m e n ta le s y , c o m o c o n s e c u e n ­
c i a , s o n m u y p o c o s lo s a u to re s q u e s e m o le s ta n e n u tiliz a r lo s o p r o p o r c io n a r lo s . A s í
q u e n o h a y n in g u n a id e n t ific a c ió n d e c ó m o s e l l e g ó a l c á lc u lo a d e c u a d o . U n o p u e d e
s o s p e c h a r q u e , si se in te n ta r a h a c e r lo , v a rio s re s u lta d o s n o p o d ría n p u b lic a r s e n i s iq u ie ­
ra h o y e n d ía . H e n d r y (1 9 8 0 ) m o stró q u e p o d ía p la n te a r u n a te o r ía só lid a d e la in fla c ió n
p o n ie n d o e n r e la c ió n e l ín d ic e d e p r e c io s P en G r a n B r e t a ñ a c o n una v a r ia b le e x ó g e -
n a C , c o n o c id a p o r t o d a l a p o b la c ió n y c u y o s d a to s so n p u b lic a d o s r á p id a m e n te p o r e l
g o b ie r n o . C o n la a y u d a d e u n a s p o c a s h ip ó te s is s o b r e Ja e s p e c if ic a c ió n d e Ja r e la c ió n
e n tr e P y C , p u d o e n c o n tr a r u n a ju s te p e r fe c t o , sin n in g u n a a u to c o r r e la c ió n r e s id u a l
246 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

o b v ia . A d e m á s , e l m o d e lo p u e d e r e a liz a r p r e v is io n e s co r r e c ta s a l a p lic a r lo a lo s añ o s
s ig u ie n t e s . P a r e c e q u e C , a l s e r la v a r ia b le e x ó g e n a , es r e a lm e n te la c a u s a d e la in f la ­
c ió n q u e t o d o e ! m u n d o h a e s ta d o b u s ca n d o . P e r o r e s u lta q u e C es Ja llu v ia a c u m u la ­
d a e n G r a n B r e t a ñ a . E s t a r e g r e s ió n n o h u b ie r a s o b r e v iv id o u n p a r d e te s ts d e
e s p e c if ic a c ió n m á s s o fis t ic a d o s . U n o s e e s t r e m e c e a l p e n s a r en to d o s l o s r e s u lta d o s
e s p u r io s d e te m a s m e n o s o b v io s q u e fu e ro n a c la m a d o s c o m o g r a n d e s le y e s e m p ír ic a s
resu lta n te s d e la teo ría n e o c lá s ic a . L a le c c ió n q u e h a y q u e s a c a r, e s p e c ia lm e n te c o n la s
series te m p o ra le s, es q u e , c u a n d o u n a teo ría s e c o n fir m a , h a y a lg u n a p ro b a b ilid a d d e q u e
lo s r e s u lta d o s s e a n e r r ó n e o s : m u c h o m á s c u a n d o s e r e a liz a n s o fis t ic a d a s m a n ip u la ­
c io n e s e c o n o m é tr ic a s o m a te m á tic a s p a ra lle g a r a la s e s p e c ific a c io n e s v á lid a s , y m e n o s
c u a n d o s e r e a liz a n a lg u n o s te s ts m á s p o te n te s .
L o s e c o n o m e tr is ta s y la m a y o r ía d e q u ie n e s e je r c e n la e c o n o m ía a p lic a d a s o n e v i­
d en tem en te co n scie n te s d e to d o s lo s in co n v e n ie n te s y lim ita c io n e s d e la v e r ific a c ió n e c o -
n o m é tr ic a p la n te a d o s h a s ta a h o r a , p o r n o m e n c io n a r o tr o s . S e h a n s u g e r id o a lg u n a s
s o lu c io n e s . S e h a in s ta d o a lo s e c o n o m is ta s a d a r c u e n ta d e lo s p r o c e s o s d e b ú s q u e d a
q u e fin a lm e n t e lle v a r o n a la e s p e c if ic a c ió n v á lid a . S e h a n s u g e r id o a lg u n o s p r o c e d i­
m ie n to s d ir ig id o s m á s a u n a e s t r a te g ia d e fa ls a c ió n e n lu g a r d e a u n a d e v e r ific a c ió n
( D a r n e ll y E v a n s , 1990: c a p s . 4 -6 ) . L a s s o lu c io n e s m á s p o p u la r e s , s in e m b a r g o , p a r e ­
c e q u e h a n s id o a q u e lla s q u e a b a n d o n a n c u a lq u ie r p r e te n s ió n d e m e z c la r la e c o n o m e -
ttía c o n la teo ría e c o n ó m ic a . E s to s m é to d o s m á s n u e v o s , lo s m o d e lo s V A R y la s té c n ic a s
de c o in te g r a c ió n a s o c ia d a s a S im s y G r a n g e r , c u y o s tests d e c a u sa lid a d , a h o r a fa m o s o s
y a m p lia m e n te u tiliz a d o s , fo r m a n p a rte , in ten tan im it a r la s series te m p o r a le s y so n ate ó ­
r ic o s . S o n i n s t r u m e n t i s t a s e n e l s e n tid o m á s p u ro . S o lu c io n a n e l d i f í c i l p r o b le m a d e
m e z c la r Ja te o r ía e c o n ó m ic a c o n lo s h e c h o s a b a n d o n a n d o la te o ría e c o n ó m ic a . A d e m á s ,
ta l c o m o h a n in d ic a d o R o w l e y y R e n u k a ( 1 9 8 6 ), e n e l c a s o d e lo s lla m a d o s te sts d e
c a u s a lid a d d e G r a n g e r - S im s , a lg u n o s d e lo s m é t o d o s m á s n u e v o s so n e c o n o m e t r ía
b la n d a , e n e l s en tid o d e n u e v o d e q u e la v a lid e z d e la s c o n c lu s io n e s a las q u e s e lle g a
(en e s te c a s o la p r e s e n c ia o a u s e n c ia d e la c a u s a lid a d te m p o r a l y su d ir e c c ió n ) d e p e n ­
d e d e lo s p r o c e d im ie n to s r e a lm e n te s e g u id o s p o r e l in v e s tig a d o r , y en p a r tic u la r d e lo s
filtr o s u tiliz a d o s . C o m o e x is t e u n a g r a n v a r ie d a d d e filtr o s p o s ib le s , lo s r e s u lta d o s o b te ­
n id os p u e d e n r e fle ja r la s o p in io n e s t e ó r ic a s d e l in v e s tig a d o r .
I n c lu s o si u n o a c e p ta r a a lg u n a s d e las r e la c io n e s d e s c u b ie r ta s p o r a lg u n a s d e las
n u e v a s t é c n ic a s , a ú n f a lt a p o r e x p lic a r c ó m o s e p r o d u c e n esas r e la c io n e s . P a r a e s o
n e c e s ita m o s u n a teo ría e c o n ó m ic a , p a r a la q u e la s n u e v a s té c n ic a s e c o n o m é tr ic a s son
in ú tile s , y a q u e e x is t e n d ife r e n te s tip o s d e te o r ía e c o n ó m ic a q u e p u e d e n e s ta r e n la
b a s e d e la in fo r m a c ió n . P o r e je m p lo , es p r á c t ic a m e n t e im p o s ib le d is tin g u ir lo s s to c k s
a le a to r io s d e la s te o r ía s d e l c ic lo i'i l a L u c a s d e l c o m p o r t a m ie n to c a ó t ic o (n o e s a le a ­
torio) d e la s e c u a c io n e s d ife r e n c ia le s n o lin e a le s ( K e ls e y , 1 9 8 8 : 2 0 ). E l h e c h o d e q u e
la m a y o r ía d e m o d e lo s s e v e r ifiq u e n fr e n t e a la h ip ó t e s is n u la y n o c o m p a r á n d o lo s
e n tr e s í, ta m b ié n c o n tr ib u y e a e x p lic a r p o r q u é lo s m o d e lo s n e o c lá s ic o s s ie m p r e p a r e ­
c e n e s t a r v a lid a d o s ; lo s p a r tid a r io s d e la c o m p e t e n c ia d e lib r e m e r c a d o r a r a m e n te la
p r a c tic a n e n su in v e s t ig a c ió n c i e n t í f i c a . N o p ru e b a n t e o r ía s a l t e r n a t iv a s . E n c o n t r a r
fo r m a s p a r a d ife r e n c ia r r e a lm e n t e te o r ía s d is tin ta s e s c la r a m e n te un p r o b le m a a n t i­
g u o y d i f í c i l . C o n s t it u y e o tr a r a z ó n p o r Ja c u a l e l a lu m n o n o o r t o d o x o n o d e b e r ía
in q u ie ta r s e p o r la a p a r e n te g r a n c a n tid a d d e p r u e b a s q u e c o n fir m a n la te o r ía c o n v e n ­
c io n a l.
fy:,:;-

LA NECESIDAD DE UNAALTERNATIVA 247

E x is te n m u c h o s e je m p lo s d e e s te erro r m e t o d o ló g ic o , e s p e c ia lm e n te en e l c a m p o
d e la te o r ía d e l c a p ita l h u m a n o y en la m a c r o e c o n o m ía . U n e je m p lo t íp ic o e s la h ip ó te ­
sis de la ren ta p erm an en te de F r ie d m a n , q u e ha sido a c la m a d a c o m o una a p o rta ció n n eo­
c lá s ic a p r in c ip a l y una qu e h a a p r o b a d o e l te s t de c o n fir m a c ió n d e fo r m a tr iu n fa l. E l
p r o b le m a co n e s ta a fir m a c ió n es q u e , c u a n d o se p r o c e d e a c o m p r o b a r r e a lm e n te la te o ­
r ía d e F r ie d m a n , n o s e h a c e n in gú n intento p o r d iferen cia rla d e una teoría, m u ch o m á s s im ­
p le e in tu itiv a , c o m o la d e la p e rsiste n cia d e l h á b ito ( G r e e n , 1 9 8 4 ). C u a n d o s e in te n ta , se
c o m p r u e b a q u e es esta ú lt im a la q u e se m a n tie n e m ás qu e la h ip ó te s ís d e F r ie d m a n (o,
ig u a lm e n t e , qu e la h ip ó te s is d e l c ic lo d e la v id a d e M o d ig lia n i) ( M a r g lin , 1 9 8 4 a: c a p .
18). E l p r o b le m a en e s te c a s o e s q u e lo s au to res n e o c lá s ic o s a fir m a n e s ta r c o m p r o b a n ­
d o la te o r ía A c u a n d o en r e a lid a d está n c o m p r o b a n d o la te o r ía B . E n este c a s o , la s h ip ó ­
tesis d e F r ie d m a n y M o d ig lia n i de b erían b a sa rse en ren tas fa tu r a s , p e ro se co m p ru e b a n
u tiliz a n d o un « p r o x y » [in d ic a d o r artificia l] de cie rta c o m b in a c ió n de rentas p a s a d a s . L a s
d u d a s so b re la v a lid e z d e esto s tests au m entan c u a n d o uno s e d a cu e n ta de q u e esta c o m ­
b in a c ió n d e re n ta s p a s a d a s p o d r ía te n er p r á c tic a m e n te c u a lq u ie r e s tru ctu ra d e retrasos
tem p o rale s. E x is t e n in fin id a d d e p o s ib ilid a d e s . P o r e s o n o e s n in g u n a so rp resa q u e estas
te o r ía s s e h a y a n v a lid a d o . T a l c o m o s e ñ a ló P e s e k ( 1 9 7 9 : 66), c o n la u tiliz a c ió n d e lo s
o r d e n a d o r e s m o d e r n o s es im p o s ib le n o v e r ific a r la h ip ó te s is d e r e n ta p e rm a n e n te y la
te o ría d e la d e m a n d a d e d in e ro b a s a d a en e l l a , u otras v a r ia c io n e s d e la m is m a .
E s t o ll e v a a u n p r im e r p la n o e l h e c h o d e q u e e l o b je t iv o d e g r a n p a r te d e l tra b a jo
a p lic a d o e s e l c á lc u lo e c o n o m é tr ic o d e lo s p arám etro s d e l m o d e lo e le g id o , y n o e l in ten ­
to d e fa ls e a r la te o r ía s o b re la c u a l s e h a c o n s tru id o e l m o d e lo . E v id e n te m e n te , las e s ti­
m a c io n e s t a m b ié n m e r e c e n in te r é s , p a r a s im u la c io n e s d e p o l ít ic a , p o r e j e m p lo , p e ro
d e b e r ía m o s a s e g u r a m o s p rev ia m en te d e q u e la te o r ía su b y a ce n te e s v á lid a . D e b e r ía m o s ,
p o r lo ta n to , s e r c o n s c ie n te s d e q u e u n a p arte s u b s ta n c ia l d e l tr a b a jo e m p ír ic o , r e la c io ­
n a d o p o r e je m p lo c o n la s fu n c io n e s d e p r o d u c c ió n , es s im p le m e n te u n e je r c ic io d e e s ti­
m a c ió n d e p arám etro s. E n esto s ca so s, lo s d a to s n o p u e d e n p ro b a r o d e sa p ro b a r la teo ría
s u b y a c e n t e , a n o ser q u e e x is t a a lg u n a lim it a c ió n t e ó r ic a d e lo s v a lo re s qu e los p a r á ­
m e tro s p o d r ía n to m a r. L o s d a to s n o p u e d e n se r in c o n s is te n te s c o n la t e o r ía . E s o es lo
q u e P e n c a v e l {1 9 8 6 : 5 ) h a lla m a d o , ir ó n ic a m e n te , « la m e d id a s in c o m p r o b a c ió n » , a p li­
c a n d o la e x p re s ió n a lo s m u c h o s e s tu d io s q u e tratan so b re la o fe r ta d e tra b a jo . L a m e d i­
d a sin c o m p r o b a c ió n h a sid o d e n u n c ia d a a p r o p ia d a m e n te p o r K a ld o r :

En economía, las observaciones que contradicen las hipótesis básicas de la teoría


dominante son generalmente ignoradas [ ... ]. Y cuando el material empírico se une
con un modelo teórico, como en el caso de la econometría, el papel de la estimación
empírica es el de«ilu s¡^> o «decorar» la teoría, no el de darvalidez a la hipótesis bási­
ca (como por ejemplo en el caso de muchos estudios que pretenden estimar los coe­
ficientes de las funciones de producción) (Kaldor, 1972: 1239).

A ú n c o n f u n d id o p o r la r iq u e z a d e e s ta s e s t im a c io n e s ilu s t r a t iv a s , e l a lu m n o n o
o r to d o x o p u e d e p r e g u n ta r: s i la s fu n c io n e s d e p r o d u c c ió n a g r e g a d a s n e o c lá s ic a s tie ­
n e n ta n p o c o s e n tid o , y si la s co n tr o v e rs ia s s o b r e e l c a p it a l, q u e s e g u id a m e n te d is c u ­
tir e m o s , t ie n e n a lg ú n im p a c to e n e l m u n d o r e a l, ¿ c ó m o es q u e la m a y o r ía d e lo s estu d ios
p a r e c e n d e m o s tr a r q u e la p a r tic ip a c ió n r e a l d e l tr a b a jo e s e n r e a lid a d e l e x p o n e n te d e l
f a c t o r tr a b a jo e n la fu n c ió n C o b b - D o u g la s e s t im a d a ? , y ¿ p o r q u é la s u m a d e lo s p o r-
248 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

ce n ta je s d e tra b a jo y c a p it a l e s ig u a l a u n o , lo q u e s u p o n e q u e la fu n c ió n e s c a s i h o m o ­
g é n e a d e p rim e r g r a d o ? S i la fu n c ió n d e p r o d u c c ió n n e o c lá s ic a n o tu v ie ra n in g u n a v a li- ;
d e z e m p ír ic a , lo s c o e f i c i e n t e s e n c o n t r a d o s e n l a e s t im a c ió n d e la s f u n c io n e s d e
p ro d u cc ió n n o serían co h ere n te s c o n la s p a rtic ip a c io n e s r e a le s d e c a p ita l y tr a b a jo o b te - :
n id o s d e las cu entas n a c io n a le s . E s to e s cie rtam e n te c o n fu s o p a r a e l n o o r to d o x o , a d ie s - :
tr a d o en su s c la s e s o b li g a t o r ia s a tr a v é s d e in n u m e r a b le s a ju s t e s d e f u n c io n e s
C o b b - D o u g la s , q u e t ie n e n e sta s p r o p ie d a d e s y a lto s g r a d o s d e d e te r m in a c ió n . H a ll e - i'"
g a d o e l m o m e n to d e a b o rd a r lo s lím it e s d e la e c o n o m ía n e o c lá s ic a . i

6 . L o s L ÍM IT E S D E L A T E O R ÍA N E O C L Á S IC A : j

D u r a n te lo s ú lt im o s v e in te a ñ o s , la te o r ía n e o c lá s ic a s e h a e n fr e n ta d o a d o s g r a n d e s '■ ■ 'i.fi-:.-

r e v e s e s . E l p r im e r o h a s id o m u y p u b lic it a d o e n lo s c ír c u lo s n o o rto d o x o s .: e s tá p r in c i- 1
p a lm e n te r e la c io n a d o c o n la te o r ía d e p r o d u c c ió n en lo s m o d e lo s a g r e g a d o s y s e c o n o - I?
c e c o n e l n o m b r e d e las co n tro ve rsia s d e C a m b r id g e s o b r e l a t e o r ía d e l c a p ita l (H a rco u rt, . ::
1972; B im e r , 1 9 9 0 ; A h m a d , 1 9 9 1 ). E f s e g u n d o e s m e n o s c o n o c id o , e s p e cia lm e n te entre
lo s autores n o o rto d o x o s (co n e x c e p c io n e s , c o m o E a tw e ll y M ilg a te , 1983b: 2 y S c h e fo ld ,
1985: 112 ), d e b id o a q u e lo s e c o n o m is t a s n o o r to d o x o s n o e s tu v ie r o n in v o lu c r a d o s en ¡i.
su d e s e n la c e , y d e b id o t a m b ié n a q u e lo s r e s u lta d o s s o n tan d e s tr u c tiv o s q u e p o c o s
econorrústas o r to d o x o s s e h a n a tr e v id o a s a c a r la s c o n c lu s io n e s a p ro p ia d a s . E s t e s e g u n - -iíC j)
d o revés e s tá r e la c io n a d o c o n la e s ta b ilid a d d e la teo ría d e l e q u ilib r io g e n e ra l y s e c o n o - í i
c e c o m o e l te o r e m a d e S o n n e n s c h e in -M a n t e l- D e b r e u . N o s o tr o s ta m b ié n lo lla m a r e m o s \M ñ \

te o r e m a d e la im p o s ib ilid a d . C■

6 .1 . L a s c o n t r o v e r s ia s d e C a m b r i d g e '?

C o m o lo s d e ta lle s d e la s c o n tr o v e rs ia s d e C a m b r id g e s o n g e n e r a lm e n te b ie n c o n o c id o s :■
(v e r H a r r is , 1 9 7 8 y M o s s , 1980 p a r a p r e s e n t a c io n e s p e d a g ó g ic a s ) , su s c o n s e c u e n c ia s ;■
serán e l ce n tro p r in c ip a l d e l d e b a te a q u í. M ie n tr a s q u e lo s e c o n o m is ta s c o n v e n c io n a le s :
g e n e ra lm e n te v e n la s c o n tr o v e r s ia s s o b r e e l c a p it a l c o m o u n tip o d e p r o b le m a d e a g r e - W ¡:

g a c ió n , e ste n o es e l p u n to d e v is ta d e los e c o n o m is ta s p o s t c lá s ic o s , a u n q u e c o n c e n tr a ­
r e m o s n u e stra a te n c ió n en lo s m o d e lo s a g r e g a d o s d e p r o d u c c ió n . R o b in s o n (1 9 7 5 : v i),
p o r e je m p lo , h a in d ic a d o cla ra m e n te q u e « e l c o n flic to r e a l n o es s o b r e c o m o m e d ir d e l '¿i

c a p ita l, sin o so b re e l s i g n i f i c a d o d e l c a p it a l» . E n to d a s s u s ap o rta cio n e s a l d e b a te , s o b re W-


to d o e n la s p rim e ra s y la s ú ltim a s , R o b in s o n h a s u b r a y a d o e l h e c h o d e q u e la fu n c ió n :
d e p ro d u cc ió n n e o c lá s ic a c o n s u s titu c ió n d e fa cto re s está e s ta b le c id a en u n m u n d o a te m - :
p o ra l ( R o b in s o n , 1 9 5 3 -4 , 1 9 7 5 a). C u a n d o e l tra b a jo e s s u b s titu id o p o r c a p ita l, s e s u p o - i:
n e q u e la s n u e v a s m á q u in a s , co r r e s p o n d ie n te s a la n u e v a t e c n o lo g ía , p u e d e n in s ta la rse
d e fo r m a in s ta n tá n e a y s in c o s t e s . A u n q u e n o r m a lm e n t e s e c r e e q u e K a l d o r n o te n ía v
n in g ú n in terés p o r la s co n tro v e rs ia s s o b r e e l c a p it a l, s e d e b e r ía m e n c io n a r q u e p la n te ó :■
u n a rg u m e n to s im ila r a l a fir m a r q u e la d is tin c ió n e n tr e e l m o v im ie n to a lo la r g o d e u n a
fu n ció n d e p ro d u cció n y e l d e sp lazam ie n to d e la fu n c ió n d e p ro d u cc ió n es totalm en te arbi­
trario (1 9 5 7 : 5 9 5 ). E l c a r á c te r a r t ific ia l d e e s ta d is t in c ió n q u e d a claro a l c o n s id e r a r e l
c a p ita l c o m o u na m e r c a n c ía p r o d u c id a y n o c o m o u n a d o t a c ió n d a d a . ;
L a r e p r o d u c ib ilid a d d e l c a p it a l en o p o s ic ió n a l c a p it a l c o m o in p u t p r im a r io e s , ■
c r e o , e l m e n s a je q u e lo s e c o n o m is t a s d e C a m b r id g e , In g la t e r r a , in te n ta r o n tra n sm itir.
LA NECESIDAD DE UNA ALTERNATIVA 249

E v id e n t e m e n t e , Sos au to res n e o c lá s ic o s h a c e tie m p o q u e so n c o n s c ie n te s d e la n e c e s i­


dad d e d is t in g u ir e l c a p it a l d e la tie r r a o d e lo s r e c u r s o s n a t u r a le s ( c fr . M a l in v a u d ,
1 9 5 3 ), p e ro en la p r á c tic a , e s ta d is tin c ió n h a s id o ig n o r a d a . E l h e c h o d e q u e e l c a p ita l
s e a r e p r o d u c ib le e s m á s o b v io e n s itu a c io n e s d e c r e c im ie n t o y p r o g r e s o t é c n ic o q u e
e n e s t a d o s e s ta c io n a r io s . E s t o p u e d e e x p lic a r p o r q u é lo s p o s tk e y n e s ia n o s fu e r o n tan
c o n s c ie n te s d e la r e p r o d u c c ió n del c a p it a l, y a q u e c e n tr a r o n su a te n c ió n en e l c r e c i­
m ie n to . H a r r o d , R o b in s o n , K a l d o r y P a s in e tti (y e v id e n te m e n te S r a ffa ) tu v ie r o n to d o s
la m is m a o p in ió n d e l c a p ita l m e r c a n c ía . T a m b ié n s e p o d r ía a ñ a d ir K a l e c k i a e s te g ru p o .
R e s u lt a , d e h e c h o , q u e la m e d ic ió n a p r o p ia d a d e l p r o g r e s o t é c n ic o c o n c a p ita l rep ro ­
d u c ib le p r o p u e s ta p o r R y m e s ( 1 9 7 1 ), s e in s p ir ó en e l tr a b a jo d e u n c o l e g a ( L a w r e n c e
R e a d , ¡d e l d e p a r ta m e n to d e r e lig ió n !) , q u ie n , a su v e z , r e c ib ió s u g e r e n c ia s d e K a l e c k i
c u a n d o tr a b a ja b a e n la s N a c io n e s U n id a s . E x is t e , p u e s, u n a c o n c e p c ió n h o m o g é n e a d e
la n a tu r a le z a d e la p r o d u c c ió n y d e Ja d e l c a p it a l e n tre lo s p o s tk e y n e s ia n o s y lo s n e o -
r ic a r d ia n o s . L a s c o n tr o v e rs ia s d e C a m b r id g e s o n s ó lo u n o d e lo s c a s o s , e n tre m u c h o s ,
q u e d e s t a c a n e s t a v is ió n c o m ú n . T a l c o m o s e ñ a ló R y m e s (1 9 7 1 : 1 8 0 ), « lo s p r o b le m a s
d e a g r e g a c ió n y la s s u p e r fic ie s d e p r o d u c c ió n n o c o n tin u a s s o o m o tiv o s s e c u n d a rio s
d e c o n tr o v e r s ia . L a s u g e r e n c ia m u c h a s v e c e s r e p e tid a en la lite r a tu r a d e q u e la a g r e ­
g a c ió n c o h e r e n te d e b ilita ría lo s a ta q u e s a la e s tr u c tu r a n e o c lá s ic a s e e q u iv o c a c la r a ­
m e n te e n e l p u n t o p r in c ip a l» . S i n e m b a r g o , c e n t r a r e m o s n u e s t r a a t e n c ió n e n la s
c o n s e c u e n c ia s d e la s c o n tr o v e rs ia s d e C a m b r id g e p a r a Ja v e r s ió n a g r e g a d a d e l m o d e ­
lo n e o c lá s ic o .
D e b e r ía m o s q u iz á re co r d a r q u e e l c o u p d ' e n v o i , d e s d e e l la d o n e o c lá s ic o , lo p r o ­
p in ó e l in te n to d e S a m u e ls o n (1 9 6 2 ) d e d e m o s tra r q u e la s m a n ip u la c io n e s e m p ír ic a s
d e S o l o w d e la fu n c ió n d e p r o d u c c ió n d e C o b b - D o u g la s e r a n p e r fe c ta m e n te le g ítim a s .
S a m u e l s o n e s ta b a ta m b ié n in te n ta n d o r e s p o n d e r a J o a n R o b in s o n , d e s p u é s d e su v i s i ­
ta a l M I T [M a s s a c h u s s e ts In s titu te o f T e c h n o l o g y ] . U n o p o d r ía s o s p e c h a r q u e e s ta rara
o p o r tu n id a d d e in te r c a m b io en tre p r o g r a m a s d e in v e s t ig a c ió n riv a le s la p r o p o r c io n a ría
e l h e c h o d e q u e tanto R o b in s o n c o m o S a m u e ls o n esta b an e s tu d ia n d o m o d e lo s d e p r o ­
d u c c ió n lin e a l, d e f o r m a q u e lo s e c o n o m is ta s c o n v e n c io n a le s p u d ie ra n c o m p r e n d e r d e
a l g u n a f o r m a lo q u e e s ta b a n h a c ie n d o lo s e c o n o m is t a s n o o r to d o x o s . S a m u e ls o n a f ir ­
m ó q u e l a m a c r o e c o n o m ía d e la s fu n c io n e s d e p r o d u c c ió n a g r e g a d a e r a n d a v e r s ió n
e s t iliz a d a d e u n c ie r to y c u a s i r e a lis ta m o d e lo M I T d e d iv e r s o s p r o c e s o s (d e p r o d u c ­
c ió n ) d e b ie n e s d e c a p it a l h e te r o g é n e o s » ( 1 9 6 2 ; 2 0 1 -2 ) .
L a s c o n tr o v e rs ia s fin a lm e n te r e s o lv ie r o n , e n tr e o tr a s c o s a s , q u e la s p r in c ip a le s pro­
p ie d a d e s d e la s fu n cio n es d e p ro d u cció n a g re g a d a n o p o d ía n d eriv arse d e u n m o d e lo m u l-
tis e c to r ia l c o n c a p ita l h e te ro g é n e o , ni s iq u ie r a d e un m o d e lo d e d os s e c to re s c o n u n a
m á q u in a p e r o c o n v a r ia s t é c n ic a s d is p o n ib le s . M á s e s p e c ífic a m e n te , q u e n o s e p o d ía
d e c ir q u e , en t o d a la e c o n o m ía en g e n e r a l, la ta s a d e b e n e f ic io fu e r a ig u a l a la p r o ­
d u c tiv id a d m a r g in a l d e l c a p it a l. T a m p o c o p o d ía d e c ir s e q u e e x is tie r a u n a r e la ció n in ve r­
sa e n tr e la r e la c ió n ca p ita l/ tra b a jo y la r e la c ió n en tre la t a s a d e b e n e fic io s y la tasa del
s a la r io r e a l a n iv e l d e to d a l a e c o n o m ía . E n l a fig u r a 1 .1 , (a) y (b) ilu s tr a n r e s p e c tiv a ­
m e n te la s u p u e sta r e la c ió n n e o c lá s ic a y l a q u e g e n e r a lm e n te s e p r o d u c ir á .
A e f e c t o s d e n u e s tro a r g u m e n t o , l a r e s p u e s t a d e lo s c o n v e n c io n a le s fu e b á s ic a ­
m e n te d o b l e . M u c h o s a u to r e s o r t o d o x o s o p in a r o n q u e la t e o r ía n e o w a lr a s ia n a d e ­
s a g r e g a d a e s ta b a a s a lv o d e la c r ít ic a n e o r ic a r d ia n a y q u e , p o r lo t a n t o , e l n ú c le o d e l
p r o g r a m a n e o c lá s ic o ( la te o r ía d e l e q u ilib r io g e n e r a l) h a b ía q u e d a d o in ta c to . A lg u n o s
250 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

Figura 1.1. Relación entre capital por unidadde trabajo y relación tasa de beneficios/salarios
reales: (a) en la versión neoclásica «vulgar»; (b) en la versión neoricardiana

C a p ita l!T ra b a jo

C a p ita V fr a b a jo

(b) T a sa d e b e n eficios/salarios reales


LA NECESIDAD DE UNAALTERNATIVA 251

d e e llo s r e c o n o c ie r o n q u e l a v e r s ió n a g r e g a d a d e l p r o g r a m a n e o c lá s ic o e s ta b a e n p a lN
g r o . E l re s to c r e y ó q u e la s c o n s e c u e n c ia s n o e ra n m u y p r o fu n d a s . E s t a ú ltim a r e a c c ió n
p u e d e e s ta r r e la c io n a d a c o n l a s e g u n d a r e s p u e sta n e o c lá s ic a m á s im p o r ta n te , q u e fu e
n e g a r l a im p o r t a n c ia e m p ír ic a d e l a c r ít ic a d e C a m b r id g e , a fir m a n d o q u e e l m o d e lo
n e o c lá s ic o « fu n c io n a b a » . C o n la p r im e r a r e s p u e sta , s e a s o c ia p r in c ip a lm e n te a F r a n k
I ,r - H a h n ( 1 9 8 2 ), q u e p a r e c e h ab e r c a m b ia d o su o p in ió n s o b re las c o n s e c u e n c ia s d e su res­
I - p u e sta , s ie n d o in ic ia lm e n t e b a s ta n te c r ític o c o n l a te o ría a g r e g a d a p a r a d e s p u é s c o n ­
tPi v e r tir s e en d e fe n s o r d e l a v is ió n p r a g m á tic a .
ü
Cuando se utiliza Ja versión agregada de la teoría [neoclásica], la simplicidad se obtie­
m
m ne a costa de la coherencia lógica, y, en general, estas teorías proporcionan respues­
tas erróneas [ ... ) . La opinión de que, a posar de todo, «puede funcionar en la práctica»,
suena un poco fraudulenta, y en cualquier caso, la responsabilidad de aportar pruebas
l|s recae en los que mantienen esto (Hahn, 1972: 8).

I i :
Dudo que ellos [los sraffianos] estén en lo correcto al opinar que los modelos sim­
ples (esencialmente los de un bien capital) no tienen ninguna utilidad [ ...] . Nosotros
utilizamos modelos simples (es decir, macroeconómicos) para obtener percepciones
de un cierto tipo. La simplificación siempre tiene un coste, y este a veces es la pérdida
de rigor. Aún queda por mostrar que el coste en este caso sea demasiado alto, es decir,
que en la aplicación real del problema, la posibilidad de cometer grandes errores sea
alta. No conozco a ningún sraffiano que lo haya demostrado» (Hahn, 1982: 370).

M ie n t r a s q u e e n 1 9 7 2 la r e s p o n s a b ilid a d d e d e m o s tr a r q u e la s c o n tr o v e r s ia s d e

I
C a m b r id g e te n ía n c o n s e c u e n c ia s p r o fu n d a s p a r a l a v e r s ió n n e o c lá s ic a a g r e g a d a r e c a ía
s o b r e la s e s p a ld a s d e lo s e c o n o m is ta s c o n v e n c io n a le s , en 1 9 8 2 e l p e s o d e l a p r u e b a se
trasla d ó ¡ a lo s n e o r ic a rd ia n o s l E s to p u e d e se r d e b id o a l h e c h o d e q u e , lle g a d o s a 1 9 82,
la s c o n s e c u e n c ia s d a ñ in a s d e la s c o n tr o v e r s ia s p a r a l a te o r ía n e o c lá s ic a y a s e h a b ía n
d e ta lla d o m e jo r . C o m o la s teo ría s n e o c lá s ic a s d e l v a lo r y d e l o u tpu t so n in te r d e p e n d ie n ­
'■S tes p o r d e fin ic ió n , c u a lq u ie r f a llo en l a te o r ía d e l v a lo r d e b e te n e r c o n s e c u e n c ia s p a ra
la te o r ía d e l o u tp u t. « L a te o r ía d e l v a lo r , b a sa d a en la o fe r ta y l a d e m a n d a , e s in s e p a ­
r a b le d e y l a m is m a c o s a q u e la t e o r ía d e l o u t p u t » ( E a t w e ll y M i l g a t e , 1 9 8 3 b : 2 ). L a
m a c r o e c o n o m ía e stá n d a r, q u e tra ta l a t e o r ía d e l o u tp u t b a s á n d o s e en la d e s a c r e d ita d a
te o r ía a g r e g a d a n e o c lá s ic a d e l v a lo r e s tá , p o r lo ta n to , e n p e lig r o . E l a r g u m e n to h a sido
c la r a m e n t e r e s u m id o :

Las bien conocidas deficiencias de la teoría ortodoxa del capital aseguran que no hay
ningún fundamento lógico para la idea de una curva de demanda de trabajo elástica
con respecto al salario real, ni una curva de demanda para el capital, ni, realmente,
ninguna curva para las mercancías individuales. De aquí que el ajuste de la demanda
a la capacidad en el consumo y en la producción como una función de precios rela­
tivos esté privada de fiabilidad teórica (Eatwell, l 983b: 280).

E s ta s c o n s e c u e n c ia s p a r a la e c o n o m ía n e o c lá s ic a la s h a b ía e n te n d id o G a r e g n a n i y a
e n 1 9 6 4 , p e r o s u o b r a n o f u e t r a d u c id a a l in g lé s h a s t a m u c h o m á s ta r d e ( G a r e g n a n i,
1 9 7 8 ). D e s d e e n to n c e s , d iv e r s o s a u to r e s h a n e n fa t iz a d o la s d e fic ie n c ia s d e l m o d e lo
n e o c l á s ic o a g r e g a d o e n s u s d ife r e n t e s e n c a r n a c io n e s , debido a l a im p o s i b ilid a d d e
252 CRÍTICA A L A ECONOMÍA ORTODOXA

e n c o n tr a r u n a r e la c ió n in v e r s a e n tr e la r a zó n c a p ita l/ tra b a jo y la r a z ó n ta s a d e b e n e -
fic io s / ta s a d e s a la r io s . L o s e c o n o m is t a s so n g e n e r a lm e n te c o n s c ie n te s d e q u e e l v a lo r
d e l c a p ita l n o r m a lm e n t e n o e s u n a f u n c ió n in v e r s a y c o n tin u a d e la ta s a d e b e n e f i­
c i o s , ta l c o m o q u e d ó c la r o d u r a n te la s c o n t r o v e r s ia s . S i n e m b a r g o , m u c h o s o tr o s
su p u e sto s está n d a r c a e n a l r e c h a z a r la te o r ía n e o c lá s ic a d e l v a lo r a g r e g a d o . E n e l m e r­
cad o la b o r a l, p o r e je m p lo , n o s e p u e d e su p o n er q u e la d e m a n d a d e tr a b a jo e s té in v e r ­
s a m e n te r e la c io n a d a c o n la ta s a d e l s a la r io r e a l ( R o n c a g lia , 1 9 8 8 a ). E n lo s m o d e lo s
n e o c lá s ic o s c o n d in e ro y a c tiv o s fin a n c ie r o s , n o s e p u e d e s u p o n e r la e x is te n c ia d e u n a
;i
ta s a n a tu r a l d e in t e r é s . E s t o s m o d e lo s m o n e ta r io s , ig u a l q u e lo s r e a le s , s u c u m b e n a
la c r ític a d e C a m b r id g e ( R o g e r s , 1 9 8 9 ). T a m p o c o p o d e m o s a c e p ta r la e x is t e n c ia d e
la cu rva está n d a r d e la e fic ie n c ia d e l ca p ita l (Petri, 1 9 9 2 ). E s to resu lta d e l h e c h o d e q u e £
la re la c ió n n e g a t iv a c o n t in u a e n tr e la d e m a n d a d e in v e r s ió n y la ta s a r e a l d e l in te ré s
m o n e ta rio d e p e n d a e n ú ltim a in s t a n c ia d e la c r e e n c ia d e q u e u n a s tasa s m á s b a ja s d e .J:;.;-: i
in te r é s r e a l s u p o n e n in v e r s io n e s e n t e c n o lo g ía s m á s c a p it a l- in t e n s iv a s q u e lle v a n a
u na d is m in u c ió n d e l p r o d u c to m a r g in a l f í s i c o d e l c a p it a l h a s ta q u e i g u a le la ta s a d e
ren ta r e a l. E l le c t o r s ó lo t ie n e q u e c o m p a r a r e s ta s d e s a c r e d ita d a s r e la c io n e s c o n la s FR
q u e r e a lm e n t e r e s u lta n d e la s h ip ó t e s is d e lo s m o d e lo s e s tá n d a r d e m a c r o e c o n o m ía
p a r a d a r s e c u e n t a d e lo p o c o q u e d e b e r ía m a n te n e rs e d e la m a c r o e c o n o m ía n e o c lá s i­ .•>;:>
i1’-
c a . E l c a s o d e l e m p le o e n e l m e r c a d o la b o r a l s e ilu s t r a e n la f i g u r a 1 .2 , d o n d e (a) W--1’
• :r €
re p re se n ta e l c a s o e s tá n d a r s u p u e s t o , m ie n tr a s q u e (b ) e s un c a s o p o s ib le . U n o p u e d e
a p re cia r q u e u n a c a íd a e n la t a s a d e l s a la r io r e a l n o im p lic a n e c e s a r ia m e n te u n a m a y o r
d e m a n d a d e tr a b a jo . ɧ
A d e m á s , e s ta s r e la c io n e s « p a r a d ó jic a s » n o s e lim it a n a a fe c ta r a la e c o n o m ía e n
g e n e ra l. S te e d m a n (1 9 8 5 , 1988) m u e s tr a q u e n o s e e n cu en tra n e c e s a r ia m e n te u n a c u r v a \ :
•:• í
d e d e m a n d a d e s c e n d e n te p a r a c u a lq u ie r in p u t, in c lu s o a n iv e l d ir e c to d e la in d u s tr ia ,
c u a n d o s e to m a n en c o n s id e r a c ió n to d o s lo s a ju s te s . E s t o s d e s c u b r im ie n to s so n c r u ­
c ia le s p o r q u e m u e s t r a n q u e la s p a r a d o ja s id e n tific a d a s a n iv e l d e la e c o n o m ía e n g e n e ­
ra l p a ra la r e la c ió n e n tr e e l v a lo r d e l c a p it a l y la tasa d e b e n e f ic io s so n ig u a lm e n t e
a p lic a b le s a n iv e l d e la in d u s tr ia y a o tr o s in p u ts . P o r e je m p lo , en u n a in d u s tr ia , u n a
m a y o r r e la c ió n tra b a jo / o u tp u t p u e d e a s o c ia r s e c o n u n a m a y o r ta s a d e s a la r io r e a l. D e
m o d o q u e p o c o q u e d a d e la m a c r o e c o n o m ía , o d e la m e s o e c o n o m ía . A d e m á s , s e m u e s ­
tra q u e e l a n á lis is e s tá n d a r d e l e q u ilib r io p a r c ia l e s j u s t o e s o , m u y p a r c ia l y c o n m u y
p o c o s fu n d a m e n to s . A s í , lo s e c o n o m is t a s n e o c lá s ic o s s e q u e d a n c o n la s d o s lín e a s d e
d e fe n sa q u e h e se ñ a la d o a n terio rm e n te : la teo ría d e l e q u ilib r io g e n e ra l y la v ía e m p ír ic a .
C o n s id e r e m o s a h o r a e s ta s e g u n d a .
V a r io s e c o n o m is ta s o r to d o x o s h a n a d o p ta d o e l p u n to d e v ista s e g ú n e l c u a l la v a li­
d e z de la te o r ía n e o c lá s ic a e s u n a c u e s tió n e m p ír ic a , y n o ló g ic a . U n o s u p o n e q u e la
p o stu ra a d o p ta d a im p líc it a m e n t e e s q u e la te o r ía n e o w a lr a s ia n a n o tie n e m u c h o q u e
o fr e c e r c u a n d o trata d e lo s te m a s m á s p r á c tic o s , y q u e h ay q u e b a sa r s e e n la s v e r s io n e s
m á s p r o s a ic a s d e la te o r ía n e o c l á s ic a p a r a p o d e r lle g a r a r e a liz a r a lg u n a r e c o m e n d a ­
c ió n p r á c tic a . L o q u e e s to s au to re s están a r g u m e n ta n d o , e n to n c e s , e s q u e la c r ít ic a de
C a m b r id g e es c o r r e c t a en se n tid o fo r m a l, p e ro n ie g a n q u e te n g a a lg u n a c o n s e c u e n c ia
en e l m u n d o rea l. L a p r u e b a e m p ír ic a q u e n o rm a lm e n te se u tiliz a p a r a resp a ld a r e s ta p o s i­
c ió n la d a n la s n u m e r o s a s r e g r e s io n e s v á lid a s r e a liz a d a s c o n d ife r e n te s fu n c io n e s d e
p r o d u c c ió n n e o c lá s ic a s , en la s q u e la s r e g re sio n e s h a n p r o d u c id o lo s c o e fic ie n te s e s p e ­
r a d o s . V o lv e m o s a e s ta r d o n d e e s t á b a m o s a l fin a liz a r la s e c c ió n an terior.
LA NECESIDAD DE UNA ALTERNATIVA 253

Figura i.2 . Curva de demanda de trabajo: (a) supuesto de la relación neoclásica; (b) relación
neorkardiana posible

T r a b a jo

T ra b a jo

(b) T a sa d e l salario rea l


254 CRÍTICAALAECONOMÍAORTODOXA

Se afirma que no es un mundo tan pequeño aquel para el que el postulado neoclási­
co es perfectamente válido. Mientras vivamos en ese mundo, no necesitamos abandonar
el postulado neoclásico. Para rechazarlo, es necesario demostrar que este mundo es ima­
ginario. Esta demostración no ha sido proporcionada por la literatura [ . ..]. M i argu­
mento es que el estado de la cuestión en este momento tiende a establecer el mundo
en el que el postuladoneoclásico domina [ . . .]. Además, eí mismo postulado neoclá­
sico es en principio comprobable empíricamente en forma de estimaciones de la fun­
ción de producción C E S y otras variedades. Esto puede hacernos ir más allá de las
especulaciones puramente teóricas sobre este tema (Sato, 1974: 383).

J u s t o m ie n tr a s S a t o r e a liz a b a e s ta s e n é r g ic a s e x ig e n c ia s a l a in v e s tig a c ió n e m p í­
r ic a , F is h e r (1 9 7 1 ) d e s c u b r ía q u e , au n q u e e s ta b a e s ta b le c ie n d o c o n d ic io n e s q u e r o m ­
p ía n c o n to d o s lo s r e q u is ito s d e l a a g r e g a c ió n , su s s im u la c io n e s d e la s fu n c io n e s d e
p r o d u c c ió n a g r e g a d a s d e l tip o C o b b - D o u g la s o C E S te n ía n é x it o . E s t o lle v ó a F is c h e r
a c o n c lu ir c o n lo s s ig u ie n te s m u y c it a d o s c o m e n ta r io s :

La sugerencia es clara, sin embargo, que la participación del trabajo no es aproxi­


madamente constante porque las diversas relaciones técnicas de la economía moder­
na sean verdaderamente representables por un agregado Copb-Douglas, sino más
bien queestas relaciones parecen ser representables por un agregado Cobb-Douglas
porque la participación del trabajo resulta aproximadamente constante [ ... ]. Si se
rechaza la forma Cobb-Douglas en favor de una función de producción agregada
diferente, la sugerencia [ ... ] permanece de que el éxito aparente de esta función al
explicar Jos salarios se produce no porqueestas funciones representen realmente el ver­
dadero estado de 1<3tecnología, sino porque sus implicaciones respecto a los hechos
estilizados del comportamiento de los salarios concuerdan con lo que está ocurrien­
do de todas maneras. El desarrollo de la C E S, por ejemplo, empezó con la observa­
ción de que los salarios son una función creciente del output por persona y que la
función asociada puede ser aproximada por una logarítmica lineal. Los resultados
actuales sugieren [ . . . ] que la explicación de esa relación salarios-outpot por persona
puede no existir en la C E S como agregado, sino que la aparente existencia de un agre­
gado en la C E S puede explicarse a partir de tal relación (Fisher, 1971: 325).

P a r a a h o r a , e l le c t o r d e b e r ía h a b e r p e r d id o t o d a l a fe en l a c a p a c id a d d e l a te o r ía
n e o c lá s ic a p a r a r e d im ir s e a t r a v é s d e la s v e r ific a c io n e s y c o n fir m a c io n e s e m p ír ic a s .
S in e m b a r g o , t o d a v ía s e le in flig ir á u n a ú lt im a p r u e b a a l le c t o r in c r é d u lo . E m p e c e m o s
c o n la fu n c ió n C o b b - D o u g la s d in á m ic a , c o n r e n d im ie n to s c o n s ta n te s a e s c a la , s ie n d o
q , K y L , c o m o s ie m p r e , e l o u tp u t, e l c a p it a l y l a fu e r z a d e t r a b a jo , y t y |x lo s ín d ic e s

d e tie m p o y d e p r o g r e s o t é c n ic o :

q ^ e ^ I P L '- * ( 1 .1 )

S a b e m o s q u e s i la s tasa s d e p a r t ic ip a c ió n d e l c a p ita l y d e l tr a b a jo son ig u a le s a su s


p r o d u c to s m a r g in a le s fís ic o s , e l c o e fic ie n t e a e s la p a r tic ip a c ió n d e lo s b e n e fic io s y e l
c o e fic ie n t e (1 - a ) es l a p a r tic ip a c ió n d e l tr a b a jo e n e l p r o d u c t o n a c io n a l. L o d e s c o n ­
c e rta n te d e la s e s tim a c io n e s d e la s f u n c io n e s C o b b - D o u g la s e s q u e e l c o e fic ie n t e c a l­
c u la d o a es g e n e r a lm e n te ig u a l a la p a r tic ip a c ió n re a l d e lo s b e n e fic io s en la s c u e n ta s
n a c io n a le s . P e r o e s to y a n o d e b e r ía d e s c o n c e r ta r n o s , ta l c o m o m o s tr ó S h a ik h (1 9 7 4 ,
LA NECESIDAD DE UNAALTERNATIVA 255

1 980). S i r e e s c r ib im o s l a fu n c ió n C o b b - D o u g la s c o m o o u tp u t p o r u n id a d d e tr a b a jo ,
e s d e c ir , d iv id ie n d o (1 .1 ) p o r L , o b te n e m o s :

y, = ( 1 .2 )

D o n d e y y k s o n e l o u t p u t p e r c á p it a y e l c a p it a l p e r c á p i t a S i to m a m o s l a d e r iv a ­
d a lo g a r ít m ic a d e ( 1 .2 ) , o b te n e m o s la fó r m u la e s tá n d a r b a jo l a q u e la s fu n c io n e s d e
p r o d u c c ió n C o b b - D o u g la s d in á m ic a s s o n e s tim a d a s e m p ír ic a m e n te , sien d o y y k la s
tasa s d e c r e c im ie n to d e l o u tp u t p e r cá p ita y d e l c a p it a l p e r c á p ita :

y = ]l+ak ( 1 .3 ) .

S e p u e d e obtener, sin e m b a r g o , u n resu ltado m u y sim ilar d e la s id en tid ad es de la c o n ­


ta b ilid a d n a c io n a l. S i ro e s e l s a la rio r e a l y r la tasa d e b e n e fic io s , Ja r e n ta n a c io n a l e s:

Y = CO L + rK (1 .4 )

E n t o n c e s e l o u tp u t p e r c á p it a e s:

y = tú + r k (1 .5 )

S i to m a m o s l a d e r iv a d a d e l a e c u a c ió n ( 1 .5 ) c o n r e s p e c to a l o s r e n d im ie n to s e n e l
tie m p o :

dy/dt = dCO /dt + k -d r / d t + r -d k / d t

E s to p u e d e r e e s c r ib ir s e c o m o :

dy/dt = CO (d C O /d t)/C O + k r ( d r / d t ) / r + r k ( d k / d t ) / k

A h o r a d iv id im o s t o d a e s ta e x p r e s ió n p o r y . S i r e c o r d a m o s q u e ( d y / d t ) / y e s la tasa
de c r e c im ie n t o d e l o u tp u t p e r c á p ita , q u e in d ic a m o s c o n y , s ie n d o e l s ím b o lo " g e n e ­
r a lm e n te e l in d ic a d o r d e l a tasa d e c r e c im ie n to d e una v a r ia b le , lle g a m o s a la s ig u ie n ­
te e c u a c ió n :

y = (CO /y)/CÜ + ( r k / y ) / r + ( r k l y ) / k (1 .6 )

E s t o p u e d e r e e s c r ib ir s e c o m o :

y = i + nk (1 .7 )

S ie n d o l a p a r t ic ip a c ió n r e a l d e b e n e fic io s n: i g u a l a:

= rk/y (1 .8 )

y:

i = ( l - n )ro + 1tr
256 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

D e esta forma, las ecuaciones (1.3) y (1.7) son similares, con ambos los parámetros
a com o re representando el porcentaje de beneficios. Sin embargo, la primera ecuación
se deriva de la peculiar función de producción Cobb-Douglas y sus compl icados supues­
tos, mientras que la segunda no es más que una expansión dinám ica de las cuentas
nacionales. Consecuentem ente, no es ninguna sorpresa que, cuando las participacio­
nes en la renta son aproximadamente constantes en el tiem po (datos de series tempo­
rales) o en ios sectores (datos sectoriales transversales), la Cobb-D ouglas presente un
buen ajuste: puede ser derivado de las identidades de renta. Y las mismas observacio­
nes pueden dirigirse a los usuarios de la popular función C E S , tal com o ha mostrado
Herbert Simon (1979). Irónicamente, Simon no mencionó el trabajo de Shaikh de 1974,
a pesar de su reconocimiento a los comentarios de Solow. Solow había sido uno de los
proponentes originales de la función C E S , y había publicado una tentativa de rechazo
de los argumentos de Shaikh. Esto nos lleva a concluir que Solow no llamó la aten­
ción de Simon sobre el trabajo de Shaikh que había tratado el mismo tema similar con
anterioridad. Sim on argumenta que los defensores de las funciones de producción C E S
estiman básicamente la siguiente función:

log 0 ) = log (a) + b log (ro) (1.9)

Volviendo a la ecuación (1.6) de las cuentas nacionales, y recordando de (1.8) que


rk puede escribirse como rey, tenemos:

y = w + rey
y (1 - re) = (ú

S i tomamos los logaritmos, las cuentas nacionales se convierten en:

lo g (y) = - lo g (1 - n ) + log (ro) (1.10)

Volvem os así a encontrar que la ecuación (1.9), derivada de las funciones de pro­
ducción agregada neoclásicas, y la ecuación (1.10), derivada de las cuentas naciona­
les, son casi idénticas. Las dos ecuaciones son idénticas cuando la participación de los
beneficios es una constante (o casi, en términos estadísticos) y cuando el coeficiente
b e n la ecuación (1.9) es igual a uno. L a primera condición es similar a la que encon­
tramos para que la función C o b b -D o u g la s se ajustara a las identidades co ntab les.
Recordem os que fue también bajo estas condiciones que las sim ulaciones de Fisher
dieron buenos resultados. Co n respecto a b , Simon (1979: 467) recuerda que, cuando
se utiliza una buena m etodología estadística, los mejores ajustes obtenidos con la fun­
ción C E S son aquellos en los que la elasticidad de substitución es próxima a uno. Esto
significa que la función C E S es, de hecho, del tipo Cobb-D ouglas, y que el coeficien ­
te b es igual a uno.
D e form a sim ilar, form as más com plejas de funciones de producción producen
resultados Cobb-D ou glas bajo ciertas condiciones. L a razón por la cual los parám e­
tros de esas funciones de producción más generales siempre parecen corresponderse
a aquellos que producen las funciones sim ples de Cobb-D ou glas con rendim ientos
constantes a escala, es que, al final, una multitud de sofisticadas manipulaciones mate-
LA NECESIDAD DE UNA ALTERNATIVA

m á t ic a s a c a b a n p r o d u c ie n d o n a d a m á s q u e r e la c io n e s d e c o n t a b ilid a d m o d i f i c a d a s .
C o n o c id o s e c o n o m is t a s n e o c lá s ic o s a ú n c r e e n q u e « la s e la s t ic id a d e s e s t im a d a s q u e
p a r e c e n c o n fir m a r la p r e d ic c ió n c e n tr a l d e la te o r ía d e la d e m a n d a d e tr a b a jo n o so n
to ta lm e n te u n a r t e fa c t o » , y s e m a r a v illa n a n te e l d e s c u b r im ie n to e m p ír ic o d e q u e la
fu n c ió n C o b b - D o u g la s c o n r e n d im ie n t o s c o n s ta n te s a e s c a la « n o e s u n a d e s v ia c ió n
m u y s e v e r a d e Sa re a lid a d p a r a d e s c rib ir r e la c io n e s d e p r o d u c c ió n » ( H a m e r m e s h , 1986:
4 5 4 , 4 6 7 ) . N o d e b e r ía n . T a l c o m o h a n m o s tra d o S h a ik h y S i m o n , lo s d a to s d e p r o d u c ­
c ió n s u fic ie n t e m e n t e c o n s ta n te s e n l a p a r t ic ip a c ió n d e l tr a b a jo s ie m p r e p u e d e n a p r o ­
x im a r s e a trav és d e u n a fó r m u la fu n c io n a l q u e es m a te m á tica m e n te id é n t ic a a l a fu n c ió n
d e p r o d u c c ió n C o b b - D o u g l a s c o n lo s p r o d u c t o s m a r g in a le s a d e c u a d o s , ta n to s i lo s
d a to s p r o v ie n e n d e u n a s e r ie te m p o r a l c o m o si p r o v ie n e n d e u n a tr a n s v e r s a l. C u a n d o
la p a r tic ip a c ió n d e l trab a jo n o es c o n sta n te , e l a ju ste n o es tan b u e n o , y fu n c io n e s d e p ro ­
d u c c ió n m á s s o fis tic a d a s d e b e n a c u d ir a l rescate. A u n a s í, só lo so n v e r ific a d a s la s id e n ­
tid a d e s c o n t a b le s , in c lu s o e n este ca s o ( M c C o m b i e y D i x o n , 1 9 9 1 ).
E n c o n s e c u e n c ia , p o d e m o s c o n c lu ir q u e la s e s t im a c io n e s d e C E S o d e o tr a s fu n ­
c io n e s d e p r o d u c c ió n n o h a n p ro b a d o e n m o d o a lg u n o l a v a li d e z e m p ír ic a d e l p o s tu la d o
n e o c lá s ic o , c o m o a S a t o y a o tr o s le s g u s ta r ía q u e c r e y é r a m o s . A l c o n tr a r io , s ó lo h a n
v e r ific a d o la s id e n tid a d e s c o n t a b le s q u e n o tie n e n n in g u n a r e la c ió n c o n l a te o r ía n e o ­
c l á s i c a a g r e g a d a . M ie n t r a s q u e la s c o n tr o v e r s ia s d e C a m b r id g e d e m o s tr a r o n q u e la
m a c r o e c o n o m ía n e o c lá s ic a n o t e n ía fu n d a m e n to s te\)ricos, l a r e v is ió n d e lo s a s p e c to s
e m p ír ic o s m e n c io n a d o s a q u í m u e s tr a q u e , si ten em o s' q u e c r e e r a l F r a n k H a h n d e 1972,
la m a c r o e c o n o m ía n e o c lá s ic a t a m p o c o t ie n e fu n d a m e n to s e m p ír ic o s .

6 .2 . L a p e s a d il la d e l a e s t a b i li d a d

L a s c o n s e c u e n c ia s d e la s c o n t r o v e r s ia s d e C a m b r id g e d e s c r ita s a q u í h a s t a a h o r a ta m ­
b ié n h a n s id o a v e c e s p e r c ib id a s c o m o u n p r o b le m a d e e s t a b ilid a d q u e p e r ju d ic a r ía
lo s r e s u lta d o s d e u n a e c o n o m ía a g r e g a d a d e p r o d u c c ió n . L o s m is m o s n e o r ic a r d ia n o s
h a n m o t iv a d o e s t a in t e r p r e t a c ió n c o n a l g u n a s d e s u s d e c la r a c io n e s . P o r e j e m p lo ,
G a r e g n a n i a f i r m a q u e la s c o n t r o v e r s ia s d e C a m b r id g e « n ie g a n l a c r e d i b i li d a d d e l
a r g u m e n to t r a d ic io n a l a c e r c a d e l a t e n d e n c ia a l a r g o p l a z o h a c i a e l p le n o e m p le o d e l
tr a b a jo » ( 1 9 8 3 : 7 3 ) . R o g e r s ( 1 9 8 9 : 3 3 ) h a b la d e « l a p r o b le m á t ic a e s t a b ilid a d » d e la
s o lu c ió n d e e q u ilib r io a la r g o p la z o . N o o b s ta n te , los m is m o s n e o r ic a r d ia n o s h an p r e ­
fe r id o g e n e r a lm e n t e d e s t a c a r e l h e c h o d e q u e , si la c u r v a g e n e r a l d e e m p le o e s c o m o
l a d e l a fig u r a l .2 ( b ) , e n to n c e s n o s e p u e d e h a b la r v e r d a d e r a m e n te d e u n a d e m a n d a
d e tr a b a jo c o m o ta l ( G a r e g n a n i, 1 9 8 3 : 7 3 ) . S e a f ir m a e n t o n c e s q u e la s c o n d ic io n e s
d e la o f e r t a y la d e m a n d a , b a s a d a s e n la f l e x ib ilid a d d e lo s p r e c io s , n o p u e d e n e x p li­
c a r la ta s a d e s a la r io s d o m in a n t e n i e l n iv e l d e e m p le o ( M o n g i o v i , 1 9 9 1 : 2 8 ) . D e
m o d o q u e tie n e q u e se r o t r a e x p lic a c ió n , n o b a s a d a e n e s ta s f u n c io n e s d e p r e c io s , la
q u e d e b e s e r l a p e r t in e n t e ; q u i z á r e la c io n a d a c o n la s n o r m a s , la s c o n v e n c io n e s o
n o c io n e s d e j u s t i c i a . O t r a f o r m a d e p r e s e n ta r e s to e s d e c ir q u e , c o m o lo s n e o r ic a r ­
d ia n o s h a n d e m o s tra d o q u e p u e d e n p r o d u c ir s e e q u ilib r io s in e s ta b le s , m ir á n d o lo d e s d e
e l p u n to d e v is t a d e l a n á lis is e s tá n d a r d e o fe r ta y d e m a n d a , y d a d o q u e n o s o tr o s n o
o b s e r v a m o s t a l e s tr e p ito s a in e s t a b ilid a d e n e l m u n d o r e a l, lo s m e c a n is m o s q u e o p e ­
r a n d e b e n ser d is tin to s d e lo s d e l a te o r ía e s tá n d a r d e lo s p r e c io s b a s a d a e n l a o fe r ta
y la d e m an d a.
258 CRÍTfCA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

L a p r o s a ic a re s p u e sta n e o c lá s ic a es a fir m a r q u e , c o m o ra ra m e n te s e o b s e r v a in e s ­
ta b ilid a d , o b ie n e l s is te m a e s tá s ie m p r e e n e q u ilíb r io a p e s a r d e la in e s ta b ilid a d ( d e b i­
d o a la s e x p e c t a t iv a s r a c io n a le s ) , o q u e , e n r e a lid a d , s ó lo s e p r o d u c e n e q u ilib r io s
e s ta b le s , r e c h a z a n d o a s í la im p o r t a n c ia p r á c t ic a d e la c r ít ic a n e o r ic a r d ia n a . L a r e s ­
p u e sta m á s s o fis t ic a d a e s , o tr a v e z , la v u e lta a l m o d e lo n e o w a lr a s ia n o , a fir m a n d o q u e
e l m o d e lo c o m p le t o d e e q u ilib r io g e n e r a l n e o c l á s ic o n o r e q u ie r e la a g r e g a c ió n y no
trata n e c e s a r ia m e n te c o n p o s ic io n e s a la r g o p la z o . E l p r o b le m a d e in e s ta b ilid a d d e s ­
cu b ie r to p o r lo s n e o rica rd ia n o s tie n e , p o r 1o ta n to , p o c o in terés p a r a lo s n e o w a lra s ia n o s ,
y a q u e c o n c ie r n e a e c o n o m ía s a g r e g a d a s y s u p o n e p r e c io s d e o fe r ta n o rm a le s . L o q u e
h u b ie ra s id o d e m a y o r im p o r ta n c ia h u b ie r a s id o la p r u e b a d e q u e , en g e n e r a l, e l m o d e ­
lo n e o w a lr a s ia n o n o o fr e c e resu lta d o s d e e s t a b ilid a d . E s t a e s la p o s ic ió n a d o p ta d a p o r
H a h n en lo s añ o s 7 0 :

L o s neoricardianos [ . .. ] han demostrado que la agregación d e capital e s teóricam en­


te incorrecta. E stá bien [ . . . J . E l resultado no tiene nada que ver co n la teoría n eo clá­
sica convencional sen cillam ente porque no utiliza agregados. Tiene que ver co n las
vulgares teorías de los m anuales ( ...) . L o s resultados más dañinos para la teoría neo­
clásica han sido demostrados recientem ente por D ebreu, Sonnenschein y M a s -C o lle l
(H ah n , 1975: 363).

E l d a ñ in o r e s u lt a d o c o n f i r m a d o p o r S o n n e n s c h e in y o tr o s e s e l s ig u ie n t e ( c fr .
K ir m a n , 1 9 8 9 ; G u e r r ie n , 1 9 8 9 ). E m p e z a n d o p o r el u s u a l c o m p o r ta m ie n to m a x im iz a -
d o r d e lo s in d iv id u o s , y c o m o r e s u lta d o d e lo s s u p u e s to s r e q u e rid o s p a r a la d e m o s tra ­
c ió n d e la e x is te n c ia d e u n e q u ilib r io g e n e r a l d e l tip o A r r o w -D e b r e u , s e d e m u e s tr a q u e
la s fu n c io n e s d e e x c e s o d e d e m a n d a q u e s a tis fa c e n la le y d e W a lra s en u n a e c o n o m ía
d e in te r c a m b io p u e d e n to m a r c a s i c u a lq u ie r fo r m a . E s t o d a ñ a a la te o r ía n e o c l á s ic a
p o r q u e u n o h u b ie r a e s p e r a d o q u e la s fu n c io n e s d e e x c e s o d e d e m a n d a s ie m p r e t u v ie ­
ran p e n d ie n te n e g a tiv a . E s t o a s e g u r a r ía q u e , c u a n d o e l p r e c io d e u n p r o d u cto es d e m a ­
s ia d o b a jo y , c o n s e c u e n t e m e n t e , e l e x c e s o d e d e m a n d a e s p o s it iv o , e l p r o c e s o d e
t á t o n n e m e n t lle v a r a a u n a r e d u c c ió n d e l e x c e s o d e d e m a n d a c o m o r e s u lta d o d e l ll a ­

m a m ie n to a l a lz a d e lo s p r e c io s d e l c o m m i s s a i r e - p r i s e u r . L a fig u r a l.3 ( a ) , q u e e n un
s e n tid o c o r r e s p o n d e a la fu n c ió n d e e m p le o h a b it u a l d e la fig u r a l .2 ( a ) , ilu s tr a e s te
h e c h o . L o q u e d e m u e s tr a e l lla m a d o te o r e m a d e S o n n e n s c h e in -M a n te l- D e b r e u , o te o ­
r e m a d e la im p o s ib ilid a d , e s q u e n o h a y n a d a e n la h ip ó te s is e s tá n d a r d e l c o m p o r ta ­
m ie n to d e e le c c ió n in d iv id u a l q u e im p o s ib ilite q u e la s fu n c io n e s d e e x c e s o d e d e m a n d a
s e a n c o m o la s d e l a fig u r a l.3 ( b ) , lo q u e , d e n u e v o , p u e d e r e la c io n a r s e c o n la p o s ib le
fu n c ió n n e o r ic a r d ia n a d e e m p le o a la r g o p la z o ilu s tr a d a en la fig u r a l.2 ( b ) . T a l c o m o
se p u e d e o b s e r v a r , e x is te n v a r io s e q u ilib r io s , y a u m e n ta r e l p r e c io e n e l p u n to A h a r ía
a u m e n ta r in ic ia lm e n t e e l e x c e s o d e d e m a n d a e n e l p u n to B . L a ú n ic a lim ita c ió n en la
f o r m a d e la fu n c ió n es q u e , p a r a a lg ú n p r e c io a lt o , e l e x c e s o d e d e m a n d a fu e r a n e g a ­
tiv o , y a m e d id a q u e e l p r e c io s e a p r o x im a r a a c e r o , la c u r v a te n d e ría a l in fin ito .
E v id e n t e m e n t e , e l t e o r e m a d e la im p o s ib ilid a d p u e d e r e la c io n a r s e c o n e l s ig u ie n ­
te c o n o c id o r e s u lta d o d e l e q u ilib r io g e n e r a l: la d is m in u c ió n e n e l s to c k d e u n d e te r­
m in ad o recu rso p u e d e in d u cir a u n a c a íd a (y n o a un au m e n to ) en la tasa d e alquiler/renta
d e l re cu rso . E s t o e s d e b id o a qu e lo s p r o p ie ta r io s d e l recu rso , c o m o c o n s e c u e n c ia d e la
c a íd a d e su s d o ta c io n e s in ic ia le s , p u e d e n d e c id ir r e d u c ir su d e m a n d a d e p r o d u c to s q u e
m
LA NECESIDAD DE UNA ALTERNATIVA 259

F igu ra 1.3. C u r v a d e e x c e s o d e d e m a n d a e n la t e o r ía d e l e q u ilib r io g e n e r a l: (a ) r e la c ió n n e o ­


c l á s i c a d e s e a d a ; (b ) r e la c ió n p o s i b l e r e s u lta n te d e l teo re m a d e la im p o s ib ilid a d

W-

Í:f;:

':
•;

■ :V.

•S:' V-.
•'' . : '
w ,.- .

‘v:
:
'•

y_ '
K/'
260 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

requieran el uso intensivo de este recurso. L a disminución de la demanda del recurso


podría superar la dism inución inicial de su oferta. Este tipo de resultado paradójico,
debido a la existencia de efectos de renta que dominan a los de substitución, a pesar
del poderoso y ampliamente utilizado axiom a de la sustitución bruta (frecuentemente
un objetivo de la crítica de Davidson a la teoría del equilibrio general [1980a]), moles­
taba a los teóricos neoclásicos porque les impedía predecir el signo de los cam bios en
los precios resultantes de un aumento en la cantidad de una dotación única, mientras
todas las demás dotaciones se suponían constantes. Así, los precios no podían consi­
derarse com o simples índices de escasez, m edidos desde el lado de la oferta. N o obs­
tante, el análisis de la escasez se mantuvo, ya que la presencia de un exceso de demanda
llevaba a un incremento de los precios. E l teorema de la imposibilidad niega que estos
precios sean siempre estables o que sean únicos. Pequeños cambios en el valor de los
datos pueden llevar a grandes cam bios en los precios, precisamente lo que las contro­
versias de Cam bridge subrayaron en el contexto de las posiciones a largo plazo de las
econom ías de producción agregadas.
L o s neowalrasianos pueden, pues, demostrar la existencia de un equilibrio, pero
no pueden demostrar su unicidad ni su estabilidad incluso en el sim ple caso de una
econom ía de intercam bio sin producción. E l mismo problem a importuna al m odelo
intertemporal ii la Arrow -Debreu y a los m odelos de equilibrio tem poral, donde las
exp ectativas sobre los precios futuros añaden una dim ensión arbitraria adicio nal
(Polemarchakis, 1983). Todos estos resultados son com o una «pesadilla» para los eco ­
nomistas neowalrasianos (Ingrao e Israel, 1990: 317). Significan que todos los resultados
comparativos son inútiles. También suponen que la mano invisible, incluso si los pre­
cios son perfectamente fle x ib les, puede no ser de ninguna ayuda para conseguir un
equilibrio, para no hablar de uno óptimo. E l programa neoclásico está por lo tanto en
peligro, ya que las cuestiones principales que se incorporan a la heurística del progra­
ma no pueden ser probadas. Adem ás, y quizás aún más perjudicial, la única form a de
evitar estos resultados negativos en la estabilidad parece que pasa por la renuncia a al
menos una de las cuatro presuposiciones en las que se basa todo el programa de inves­
tigación, la del individualism o m etodológico.
Se han hecho varios intentos de salir de este impasse, tal com o el lector habrá podi­
do suponer. S e ha sugerido que los m odelos que incorporan la producción cóm o no
están limitados al intercambio podrían ayudar a librarse de la arbitrariedad de las cur­
vas del exceso de demanda. Estas esperanzas pueden tener cierta base, pero se debería
ser consciente de que, incluso si se sobrepone un sector de la producción a una e co ­
nomía de intercambio en la que, se supone que ha sido elim inada la arbitrariedad de
las funciones de exceso de demanda, con la introducción de un axiom a de sustitución
bruta en la demanda pueden aparecer diversos equilibrios.
Se han realizado otros intentos desde dentro del modelo de intercambio. Sin embar­
go, estos intentos, cuando tuvieron éxito, sólo resaltaron la arbitrariedad de los supues­
tos necesarios para llegar al resultado deseado. Por ejem plo, a menos que exista un
número infinito de consum idores, las funciones de exceso de demanda pueden tomar
cualquier forma, a pesar de que todos los agentes tengan los m ismos mapas de prefe­
rencias y que sus dotaciones iniciales sean iguales hasta Un factor m ultiplicador cons­
tante. B ajo estas condiciones, el teorema de Sonnenschein-M antel-Debreu sólo falla
si todos los agentes tienen preferencias idénticas y rentas iguales. Esto sign ifica que
LA NECESIDAD DE UNA ALTERNATIVA 261

Ja e s tr u c tu r a del c o n s u m o n o d e p e n d e r á de la re n ta , u n a s im p lific a c ió n no m uy r e a lis ­


ta n i m u y p r o m e te d o r a . A s í v o lv e m o s a l a g e n te r e p r e s e n ta tiv o ú n ic o , tan u tiliz a d o en
la m a c r o e c o n o m ía n e o c lá s ic a . S ig n i f ic a , a d e m á s , e l a b a n d o n o d e l r e in o d e Ja m ic r o e -
c o n o m ía y d e la m e to d o lo g ía d e la c o n s tr u c c ió n d e Jo s c im ie n to s d e Ja e c o n o m ía a p a r­
tir d e in d iv id u o s in d e p e n d ie n te s . L a s c o n s e c u e n c ia s h an sid o m u y b ie n re s u m id a s por
a lg u ie n q u e p a r tic ip a d e e s to s te o r e m a s n e g a tiv o s :

L a independencia del comportamiento de los in d iv id u o sju e g a un papel esencial en la


con strucción de econom ías que generen fu n cio n es arbitrarias de exceso de dem an­
da. Tan pronto com o aquella se elim in a, la clase d e fu n cion es que se pueden generar
queda limitada [ . . . ]. S i queremos seguir progresando, podem os muy bien vem os obli­
gados a teorizar en términos de grupos que tienen un comportamiento colectivo cohe­
rente. L a idea de que debemos em pezar a nivel del individuo aislado es una que quizás
tengamos que abandonar (K irm an , 1989: 138}. ,

O t r o o b s e r v a d o r , c r ít ic o d e e s ta s c o n tr o v e r s ia s n e o w a lr a s ia n a s , ll e g ó a la m is m a
c o n c lu s ió n ;

E n to d o el lib ro , hem os adoptado un punto d e vista n eo clásico, intentando demostrar


que in clu so los más fervientes adeptos a la “ flex ib ilid ad " no pueden apoyar sus afir­
m a cio n es con sus propios m o d elo s. U n a co n se cu e n c ia d e nuestro estudio ha sido 1
mostrar lo s lím ites del in dividualism o m etodológico; la construcción axiom ática de
la so ciedad, partiendo d e lo s agentes y del principio de m a xim izació n , lleva a situa­
ciones inextricables, que le quitan al m odelo cualquier contenido predictivo (o inclu­
so ex p lica tivo ) (Guerrien, 1989: 290}.

L a s c o n s e c u e n c ia s d e la s c o n tr o v e r s ia s d e C a m b r id g e fu e r o n un r e v é s p a ra e l p r o ­
g r a m a d e in v e s t ig a c ió n n e o c lá s ic o , p e ro s ó lo e r a n a p lic a b le s a las v e r s io n e s a g r e g a ­
d a s d e la te o r ía n e o c l á s ic a . S e r e fe r ía n a e c o n o m í a s d e p r o d u c c ió n e n p o s ic io n e s
to ta lm e n te a ju s ta d a s . L o s te o re m a s d e Ja im p o s ib ilid a d d e m o s tra d o s p o r S o n n e n s c h e in
y o tr o s so n u n r e v é s p r in c ip a l para e l p r o g r a m a n e o c lá s ic o . Y so n a p lic a b le s co n ig u a l
ftie r z a a la s d o s ram a s p r in c ip a le s d e l n ú c le o d e la te o ría , las v e r s io n e s in te r le m p o r a -
Je s y te m p o r a le s d e la te o r ía d e l e q u ilib r io g e n e r a l, in c lu s o e n e l c a s o m á s s im p le d e
la s e c o n o m ía s d e in te r c a m b io . E s d e c ir , la e s ta b ilid a d d e l m o d e lo n e o c lá s ic o , s e a c u a l
s e a s u g r a d o d e s o f is t ic a c i ó n , Ja v e r s ió n c u lt a o la v u lg a r , n o p u e d e s e r d e m o s tr a d a .
E s t o s ig n ific a q u e lo s a n á lis is co m p a r a tiv o s n o p u e d e n r e a liz a r s e d e n tro d e l m a rc o n e o ­
c lá s ic o están d ar d e la o fe rta y la d e m an d a q u e respo n den a la s ftierzas d e m e rc a d o , a c u a l­
qu ier. n iv e l d e a g re g a c ió n . A d e m á s , lo s su p u esto s están d ar r e a liz a d o s en m a c r o e c o n o m ía
o e n la m ic r o e c o n o m ía d e l e q u ilib r io p a r c ia l n o tie n e n n in g ú n tip o d e ju s t if ic a c ió n .
S a lv o im p e r fe c c io n e s d e to d o t ip o , l a fle x ib ilid a d d e lo s p r e c io s n o g a ra n tiza rá l a obten ­
c ió n d e l ó p t im o e q u ilib r io w a lr a s ia n o E l p r o b le m a n o son la s im p e r fe c c io n e s , s in o la
e s tr u c tu r a . E s m á s , m u c h a s d e la s r e s t r ic c io n e s q u e s e im p o n e n a l s i g n o d e lo s p a r á ­
m e tr o s en la s v e r ific a c io n e s e c o n o r n é tr ic a s n o tie n e n n in g u n a b a s e . Y a h e m o s v is to
q u e la s fu n c io n e s d e p r o d u c c ió n C o b b - D o u g la s e n e sto s m o d e lo s n o tie n e n a p o y o c ie n ­
t íf i c o . A h o r a s a b e m o s q u e la s ftm c io n e s d e u tilid a d C o b b - D o u g la s e n m o d e lo s d e inter­
c a m b io n o e s tá n m e jo r j u s t i f i c a d a s , y a q u e su o b je t iv o es a s e g u r a r e l a x io m a d e la
s u s titu c ió n b r u ta y e v ita r la s fu n c io n e s c o n tr a -in tu itiv a s d e l e x c e s o d e d e m a n d a .
262 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

N o hay ninguna duda de que muchos economistas neoclásicos están actualmente bus- ■
:
cando a tientas un program a alternativo, y que algunos m ás harán lo mismo cuando i
las consecuencias de ios teoremas de Ja imposibilidad mencionados anteriormente sean
totalmente com prendidas. E s necesario, pues, un programa de investigación alternati- 1
vo. El objetivo de los siguientes capítulos es mostrar que, en gran medida, tal progra- |
m a de investigación coherente y alternativo ya existe. E se program a no se basa en ,
principios de substitución basados en precios relativos, o en las fuerzas de mercado de *
la oferta y la dem anda. L a fuerza explicativa más importante serán los efectos sobre
Ja renta que tanto perjudican al m arco neoclásico. !

B IB LIO G R A FÍA {
i
A hmad , S. (1991). Capital in Economic Theory: Neo-classical, Cambridge and Chaos. Aldershot:
Edward Elgar.
BARANZ!Nl, A.; SoAZERI, R . ( 1986). ««!Cnowledge in Economics: A Framework». En: M . Baranzini;
R. Scazzieri (eds.). Foundatiois o f Economics: Structures oflnquiiy and Economic Theory, |'
Oxford: Basil Blackwell. ■
B h a d u r i , A. ( 1986). Macro-Economics: The Dynamics of Commodity Production. Armonk: ;
M . E. Sharpe.
B!RNER, J. (1990), Stralegies and Programmes in Capital Theory: A Contribution to the
Methodology o f Theory Development (tesis dodctoral). Amsterdam: University ofArnsterdam. j
B l a u g , M . (1980a), The Methodology of Economics. Cambridge: Cambridge University Press. i
— . (1980b) «Economic methodology in one easy lesson». British Review ofEconomic Issues, 2 .
(6), mayo, p. 1-16. .
B ola n d , L . A . (1982). The Foundations ofEconomic Method. Londres: Alienand Unwin.
C aldw ell , B. J . (1982). BeyondPositivism: Economic Methodology in the Twentieth Century.
Londres: George Alíen & Unwin.
— . (1989). «Post-Keynesian methodology: an assessment». &view o/Political Economy, I (1),
marzo, p. 43-64.
CANTERBERY. E. R.',BuRW^HARDL. R. J. (1983). «What Do W e Mean byAskingWhether Economics
is a Science». En: A. S. Eichner (ed.). Why Economics is noí yet a Science. Armonk (NY):
M . E. Sharpe.
C olander , D. (1990). «Workrnanship. Incentives, and Cynicism». En: A. Klamer; D. Colander,
The Making ofan Economist, p. 187-200.
D arnell , A .; E vans , J. (1990). The Limits o f Econometrics. Aldershot Edward Elgar.
D avidson , P. (1980). «The dual-faceted Keynesian revolution: money and rnoney wages in
unernployrnent and production flow pnces». Journal of Post Keynesian Economics 2 (3),
primavera, p. 291-307.
DENTON, F. T. (1988). «The Significance of Sifnificance: Retorical Aspects o f Statistical Hypothesis
' Testing in Economics». En: A. Klamer, D . N. McCloskey; R. Solow (eds.). The Consequences
ofRhetoric. Cambridge: Cambridge University Press, p. 163-183.
DESAT, M . (1981). Testing Monetarism. Londres: Frances Pinten Nueva York: St. Martin’s Press
(1982).
D e V r o e y , M . (1975). «The transition from classicai to neoclassical economics: a scientific
revolution». Journal o f Economics Issues, 9 (3), setiembre, p. 415-439. J
DoSTALER, G . (1988). «La théorie post-keynésienne, ía “ Théorie Genérale” et Kalecki», Cahiers
d’Economie Politique, p. 14-15, p. 123-142. ’ i
Dow, S. C . (1988), «Post Keynesian economics: conceptual underpjnnings», British Review of
Economic Issues, 1O (23 ), otoño, p. 1-18.
.;t:: ^ ______________________LA NECESIDAD DE UNA ALTERNATIVA____________________________ 263

'
; DoW, S. C .. (1990). «Post Keynesian economics: conceptual underpinnings», British Review of
Political Economy, 2 (3), p. 345-358.
Dow, A . C.; Dow, S. C. (1989). «Endogenous Money Creation and Idle Balances». En: J. Pheby
jt (ed.), New Directiom in Post-Keynesian Economics. Aídershot: Edward Elgar, p. 147-164.
||. Durr, A . K. (l990a). Growth, Distribulion and Uneven Development, Cambridge: Cambridge
||-. University Press.
Tí EARL. P. E. (1983b). «A Behavioral Theory of F.conomics’ Behavior». En: A. S. Eichner (ed.), Why
||: Economics is not yet a Science, Armonk (NY): M . E Sharpe, p. 90-125.
H. EATWELL, J. ( l 983a). «Theories of Value, Output and Employment». En: Eatwell y Milgate,
I'. Keynes’s Economics, 93-128.
fl) — . «The long-period theory of employment», Cambridge Joumal of Economics, 7 (4), diciem-
:■
-y bre, p. 269-285.
I| EATWELL, J.; MILGATE, M . (l 983b). «Introduction». En: Eatwell; Milgate, Keynes's Economics,
p. 1-17.
vi E ich er , A . S. (1983). «Why economics is not yet a science». Joumal ofEconomic Issues, 17
í (2),junio, p. 507-520.
) l| — . (1986a). Toward a New Economics: Es.mys in Post-Keynesian and Institutionalist Theory,
Londres: Macmillan, Armonk (NY): M. E. Sharpe (1985).
|||-. E icher , A . S.; K regel , J . A . (1975). «An essay on post-Keynesian theory: a new paradigm in
t |;l economics», Journal ofEconomi Literature, 13 (4), diciembre, p. 1.293-1.311.
i .■( FisHER, F. M . (1971). «Aggregate production functions and the explanation o f wage», Review
s il o f Economics and Statistics, 53 (4), noviembre, p. 305-3li5.
: F riedman , M . (1953). «The Methodology od Positive Economics». En: Essays in Positive
£ || Economics, Chicago Press, p. 3-43.
I I G are Gnanj, P. (1978). «Notes on consumption, investment and effective demand: I» , Cambridge
|| Journal of Economics, 2 (4), diciembre, p. 335-351
■: — . (1983). «Two Routes to Effective Demand». En: J. A. Kregel (ed.), Distribulion, Effective
Demand andtfmernarional Economic Relations, Londres: Macrnillan, p. 69-80.
¿I: G ran ger , C . W . J .; NEWBOLD, P. (1974). «Spurious reg^essions in econometrics», Journal of
|| Econometrics, 2 (2), mayo, p. 220-225.
i G renn , F. (1984). «A critique o f the neo-Fisherian consumption function», Review o f Radical
| Political Economics, 16 (2-3), verano y otoño, p. 95-114.
I GUERRTEN, B . (1989). Concurrence, flexibilité et stabilité. París: Economica.
I; H ahn , F. H. (1972). The Share ofWages in National Income. Londres: Weídenfeid & Nicolson.
— . (1975). «Revival of political economy: Üie wrong issues and the wrong arguments». Economic
Record, 51, setiembre, p. 360-364.
H ahn , F. (1982). «The neo-Ricardians». Cambridge Joumal o f Economics, 6 (4), diciembre,
p. 353-374.
H a m erm esh , D. S. (1986). «The Demand for Labor in the Long Run». En: O . Ashenfelter;
R. Layard (eds). Handbook o f Labor Economics. Amsterdam: North Holland, vol. 1,
p. 429-471.
H am ouda , O .F .; H arcourt , G . C . (1988). «Post Keynesiamsrn: from criticism to coherence?»
Bulletin of Economic Research. 40 (1), enero, p. 1-33.
H arcourt , G . C . (1972). Sorne Cambridge Comroversies in the Theory o f Capital. Cambridge:
Cambridge University Press.
H arris, D. J. (1978), Capilal Accumulation and Income Distribution, Stanford: Stanford University
Press.
H emdra, B . J.; LoWENBERG, A . D . (1988). «The Neoclassical economic research program: sorne
Lakatosian and other considerations». Australian Economic Papers, 27, diciembre, p. 272­
284.
264 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

H esner, R. A. ( 1983). «The origin of predictable behavior». American Economía Review, 73


(4), setiembre, p. 560-595.
HENDRY, D. F. ( 1980). «Econometrics-alchemy or sdence?». Económica, 47, noviembre, p. 387-406.
H enry , J. (1982). «Les méthodes “post-keynésiennes” et l’approche post-classique». Acinalité
Economique, 58 (1-2), enero-junio, p. 17-60.
H enry , J.; Secca RECCIA, M. (1982). «Introduclion: la théorie post-keynesienne: contributions
et essais de synthese». Actualité Economique, 58 (1-2), enero-junio, p. 5-16.
HiCKs, J. R. (l 976a). «Revolutions in Economics». En: S. J. Latsis (ed.). Methods andAppraisal
in Economice Cambridge: Cambridge University Press, p. 207-218.
H ick s , J. ( 1982), Money, Inteiest and Wages. Cambridge (Mass.): Harvard University Press,
p. 207-218.
! H odgson, G. M. (1989). «Post-Keynesianism and Instituíionaiism: the Missing L in h . En:
J. Pheby (ed.), New Direciions in Post-Keynesian Economics, Aldershot: Edward Elgar.
, I ngrao , B.; I srael, G. (1990). The Invisible Hand, Cambridge (Mass.) y Londres: MIT Press.
’ KALOOR, N. (1957). «Amodel ofeconomic growth». EconomicJournal, 67, diciembre, p. 591-624.
—. (1966). «Marginal productivity and the macro-economic theories of distribution». Review
; ofEconomic Studíes, 33, octubre, p. 309-319.
: — . (1972). «The irrelevance of equilibríum economies». Economic Journal, 82, diciembre,
; p. l. 237-1.252.
! —. {1982a). The Scourge of Monetarism, Oxford: Oxford University Press.
: 1—■ . (1983a). «Keynesian Economics Afler Fifty Years». En: D. Worswick; J. Trevithick (eds).
Keynes and the Modern World. Cambridge: Cambridge University Press, p. 1-28.
K atouzian , H. (1980). Ideology and Metlwd in Economics. NuevaYork: New York University
Press.
C K elsey , D. (1988). «The economics of chaos or the chaos of economies», Oxford Economic

vi-;:
Papers. 40 (!), marzo, p. 1-31.
v KEYNES, J. M . (1973). The Collected Writings of John Maynard Kaynes, Londres: Macmillan,
; ! St. Martin's.Press y Cambridge University Press.
’ — . VII: The General Theory (1936).
> KlRMAN, A. (1989), «The intrinsic limits of modero economic theory: Üre emperor has no clothes».
Economic Journal, 99, suplemento, p. 126-139.
i K lamer , A .; CoLANDER, D. (1990), The Making ofan Economist, Boulder (Col.): Westview Press.
■ K r e g e l , J. A. (1973). The Reconstruction od Políticaí Economy: An Imroduction lo Posi-
Keynesian Economic. Londres: Macmillan.
L avoie , M. (1991). «Noyau, demi-noyau et heuristique du programme de recherche néoclassi-
que», Economic Appliquée, 44 (1), 51-69.
—. (1992a). «Towards a new research progranmme for post-Keynesíanism and neo-Ricardianism»,
Review ofPolitical Economy, 4 (1), 1992.
L aWson , T. (1989). «Abstraction, tendencies and stylised facts: a realist approach to economic
. analysis». Cambridge Joumal o f Economics, 13 (1), marzo, p. 59-78.
LEOONHUFVUD, A. ( 1976). «Schools. Revolutions and Research Programmes in Economic Theory.
En: S. Latsis (ed.), Metlwd andAppraisal in Economics, Cambridge: Cambridge University
Press, p. 65-108.
L ipsey, R G.; PURvis, D. D.; S toner , P. 0 . (1988), Economics, 6‘ ed., Nueva York: Harper & Row.
MALtNVAUD, E. (1953). «Capital accumulation and efficient allocation of resources», Econometrica,
21 (2), abril, p. 233-268. .
^MARGUN, S. A. (1984a). Growth, Distiibution and Prices, Cambridge (Mas.): Harvard Univetsity Press.
M c C om bje . J. S. L.; D ixon , R. (1991). «Eslimating technical change in aggregate production
functions: a critique». International Review o f Applied Economics, 5 (1), 24-46.
M ilgate , M. (1982), Capital and Employment. Londres: Academic Press.
LA NECESIDAD DE UNA ALTERNATIVA 265

M il g a t e . M .; EATWELL. J. (1983). «Unemployment and the Markel Mechanism». En: Eatwell


y Milgate. Keynes's Economics, p. 260-279.
M irdwski, P. (1990). More Heat than Light. Nueva York: Cambridge University Press.
M ongj Ovi, G. (l 99 1). «Keynes, Sraffa and the labour market», Review o f Political Economy, 3
(1}, 25-42.
M oss, S. J. (1980). «The End of Orthodox Capital Theory». En: J . Neil (ed.}, Growth, Profits
& Property: Essays in the Reviva/ ofPolitical Economy, Cambridge: Cambridge University
Press, 64-79.
N e i x , E. J . (l 967a). «Theories o f growth and theories o f value». Economic Development and
Culiural Clm ige, 16 (1), octubre, 15-26,
O 'D onnell , R . M . (1989). Keynes: Phüosophy, Economics and Polines, Londres: Macmillan.
P a r g u e z , A . (5988). «Hayek et Keynes face a l’ austérité. En: G . Dostaler; D . Ethier (eds).
Friedrich Hayek Philosophie, économie etpolitique , Montreal: A C FA S; París: Economica
(1989), p. 143-160.
PASlNETri, L . L . (1981). Structural C/wnge and Economic Growlh . Cambridge: Cambridge
University Press.
— . (1990). «A la mémoire de Piero Sraffa, économiste italien a Cambridge». En: R . Arena;
J.-L . Ravix (eds). Sraffa Trente Ans Apres . París: Presses Universitaires de France y C N R S,
p. 3-18.
P encavel , J . (1986). «Labor Supply o f Men: A Survey». En: O . Ashenfelter; R. Laynrd (eds).
Handbook o f Labor Economics, Amsterdam: North Holland, vol. 1, p. 3-102.
Pe se k , B. P. (1979), «A note on the theory of permanent income». Journal o f Post Keynesian
Economics, 1 (4), verano, 64-9.
P etri, F. (1992), «Notes on RecentTheories ofAggregate Investment as a Decreasing Function
of the Interes! Rate». En: G . Mongiovi; C . Ruhl (eds.) Macroeconomic Theory: Diuersity
and Convergence, Aldershot: Edward Elgar.
PoLEMARCHAKtS, H. M. (1983). «Expectations, demand, and observability». Econometrica, 51 (3),
mayo, 565-574.
R em enyi , J. V. (1979). «Core demi-core interaction; toward a seneral theory of disciplinary and
subdisciplinary growth». Histoiy o f Political Economy, 11 (!), p. 30-63.
R obbin s , L . (1932). An Essay 011 tire Nature and Significance o f Economic Science, Londres:
Macmillan.
R obinson , J. (1953-4). «The production function and the theorv of capital». Review o f Economic
Studies, 21, 81-106. '
— . (1973). Collected Economic Paper; IV, Oxford: Basil Blackwell.
— . (1975a). «Theunimportance ofreswitching». Quarterly Journal of Economics, 89 (1), febrero,
p. 32-39.
— . (1975b), Collected Economic Papers, l l , 2‘ ed., Oxford: Basil Blackwell.
— . (1977). «Michal Kalecki on the economics o f capitalism», Oxford Bulletin o f &onom ics
and Statistics, 39 (1), febrero, p. 7-17.
— . (1978), «Keynes and Ricardo», Journal o f Post Keynesian Economics. 1 (1), otoño, p. 12-18.
R o g e r s , C . (1983). «Neo-Walrasian macroeconomics, microfoundations and pseudo-produc-
tion models». Australian Economic Papers, 22,junio, p. 201-220.
— . (1989). Money. Interest and Capital: A Study in the Foundations ofM onetary Theoiy.
Cambridge: Cambridge University Press.
R o n cag lia ,A . (1978). Sraffa and the Theory o f P n ces. Nueva York: John Wiley.
R o w e y , R.; RENJUKA. J. (1986). «Síms on causality; an illustration of soft econometrics». Scottish
Journal o f Political Economy. 33 (2), mayo, p. 171-181.
RYMES, T . K . (1971). On Concepis o f Capital and Technical Change. Cambridge: Cambridge
University Press.
266 CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

S a m uelson , P. (1962). «Parable and realism in capital theory: the surrogate production func-
tiom>, Review of Economía Studies, 29,junio, p. 193-206.
S ato , K . (1974). «The neoclassical postúlale and the technology frontier in capital theory».
Quarterly Journal of Economics. 88 {3), agosto, p. 353-384.
Sayer , A. (1984). Method iii Social Science: A Realist Approach. Londres: Hutchinson.
S c h e fo ld , B. (1985). «On Changes in the Composition o f Output>>. Political Economy, l (2),
p. 105-142.
S im o n , H. A . 1976). «From Substantive to Procedural Rationality». En: S . J. Latsis (ed.). Method
and Appraisal in Economics. Cambridge: Cambridge University Press, p. 129-148.
— . (1979). «On parsimonious explanations o f production relations», Scandinavian Joumal of
Economics, 8l (4), p. 459-474.
S jm on , H. A . (1986). «Interview: the failure o f armchair economies». Challenge, 29 (5), noviem­
bre-diciembre, p. 18-25.
STEEDMAN, I. (1985). «On input demand curves». Cambridge Joumal o f Economics. 9 (2), junio,
p. 165-172.
S teedm an , I. (1988). «SratTian interdependence and partíal equilibrium analysis». Cambridge
Journal o f Economics, 12 (1), marzo, p. 85-95.
T hurow , L . C . (1983). Dangemus Curreni: The State o f Economics. Oxford: Oxford University
Pres s.
Walsh , V . C .; G ram , H. ( 1980), Classical and Neoclassical Theories o f General Equilibrium.
Historical Origins and Mathematical Structures. Nueva York: Oxford University Press.
W alterS, A . A. (1963). «Production and costs: an econometric survey», Econometrica, 31 (1-2),
enero-abril, p. 1-66.
W ein traub , E . R. (1985). General Equilibrium Analysis: Studies in Appraisal. Cambridge:
Cambridge University Press.
W inslow , E. G . (1989). «Oiganic interdependence, uncertainty and economic analysis». Economic
Journal, 99, diciembre, p. 1.173-1.182.
C R ÍT IC A A L A E C O N O M ÍA O R T O D O X A 267-278

E l e q u ilib r io g e n e r a l*

B e r n a r d G u e r r ie n

[ ... ]

E l PROBLEMA DE LA EXISTENCIA d e un e q u il ib r io g e n e r a l

H e m o s e s tu d ia d o e n lo s ca p ítu lo s n y m d e q u é m a n e r a lo s a g e n te s e s ta b le ce n sus o fe r­
tas y s u s d e m a n d a s a p lic a n d o e l p r in c ip io d e m a x im iz a c ió n . L a s ig u ie n te e ta p a ló g ic a
c o n s is t e e n in v e s tig a r si existen s itu a c io n e s ta le s q u e e s ta s o fe r t a s y e s ta s d e m a n d a s
s e a n c o m p a tib le s la s u n a s co n la s o tra s , d e m a n e r a q u e lo s a g e n te s p u e d a n r e a liz a r su s
p la n e s .
Y a h e m o s a b o rd a d o e l p r o b le m a d e la e x is t e n c ia d e a l m e n o s u n e q u ilib r io , p e ro
en u n m a r c o « p a r c ia » , a l e s tu d ia r lo q u e p a s a c u a n d o s e « a ís la » e l m e rc a d o d e u n p r o ­
d u c to c u a lq u ie r a (v e r c a p ít u lo i v ). A q u í , n o s in t e r e s a m o s p o r lo q u e s u c e d e sim ultá­
neam ente e n todos lo s m e r c a d o s ; es p o r e s to q u e h a b la r e m o s d e u n e q u ilib rio general.
E l p r o b le m a d e l a e x is t e n c ia d e l e q u ilib r io g e n e r a l f u e e x p u e s to c la r a m e n te p o r
W a lr a s a fin a le s d e l s ig l o x i x ; p e r o n o se r e s o lv ió fo r m a lm e n t e h a s ta la m ita d d e l
s i g l o x x 1: e l o b je t iv o d e este c a p ít u lo e s m o s tr a r c o m o e sto s e lle v ó a c a b o .
W a lr a s y s u s s u c e s o r e s s e s it u a r o n e n u n m a r c o d e co m p eten cia p er fecta .
R e c o r d e m o s la s p r in c ip a le s c a r a c te r ís tic a s d e e s t a ú lt im a , y a d e sc rita s e n e l c a p ítu lo
m : lo s a g e n te s e s ta b le ce n su s p la n e s c o n s id e r a n d o lo s p r e c io s c o m o « d a d o s » , s in ten er
e n c u e n t a la p o s ib le in flu e n c ia d e e s to s p la n e s s o b r e lo s p r e c io s ; n o p r e v é n e l e s ta r
s o m e tid o s a e v e n tu a le s lim ita c io n e s e n la s c a n tid a d e s (m e rca d o s in s u fic ie n te s o n o dis­
p o n ib ilid a d d e c ie r to s p r o d u c to s ). E s lo q u e a v e ce s s e re s u m e d ic ie n d o q u e , en c o m ­
p e te n c ia p e r fe c ta , lo s p re c io s so n la s ú n ic a s « s e ñ a le s » e m itid a s p o r e l m e r c a d o q u e lo s
a g e n te s tie n e n en c u e n ta p a ra s u s d e c is io n e s .
L o s p r e c io s re p re s e n ta n , p o r lo t a n to , u n p a p e l c e n tr a l e n l a te o r ía d e l e q u ilib r io
g e n e r a l. L a c u e s tió n d e sab e r c ó m o y p o r q u ié n é s to s s e e s ta b le c e n s e p la n te a e n to n ce s
n a tu r a lm e n te : y a n o s h e m o s r e fe r id o a este p r o b le m a e n e l c a p ítu lo an terio r. L o tra ta ­
rem os d e fo n n a d e ta lla d a e n e l c a p ítu lo v ii i . P o r a h o r a s o la m en te b u s ca m o s d e te n n in a r
s i, d e to d o s lo s s is te m a s d e p r e c io s p osib les, e x is t e a l m enos u n o q u e p e r m ita ig u a la r
la s o fe r ta s y la s d e m a n d a s d e lo s a g e n t e s en to d o s lo s m e r c a d o s . [ . . . ]

[ ...]

* Publicado en: Gücrrien, Bernard. «L ’equilibre general». En: Ú l ih e o r ic neo-c!asstqu e. 3." ed. París:
Económica, 1989, p. 129-151. Traducción: Beattiu Krnyenbühl.- .
1. Por Arrow y Debreu, lo que les valió el Premio Nobel.
268 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA
. viSs

L a e x is t e n c ia d e u n e q u il iu r io g e n e r a l : d e W a l r a s a D e b r e u

: W a lr a s h a b ía d e fin id o c o r r e c t a m e n t e e l e q u ilib r io g e n e r a l a p a rtir de un s is te m a d e


e c u a c io n e s e s p e c íf ic o - e n e l c a s o p a rticu la r, e s v e r d a d , d e la s fu n c io n e s d e p r o d u c c ió n
c o n c o e fic ie n t e s té c n ic o s c o n s t a n t e s - y h a b ía trata d o la c u e s tió n d e ! n u m e r a r io . P o r el
c o n tra rio , n o h a b ía d e m o s tra d o !a e x is te n c ia d e a l m e n o s un s is te m a d e precios d e e q u i-
í lib r io ; s e h a b ía c o n te n ta d o c o n a d m itir lo .
| A p r io r i n o e x is te n in g u n a r a zó n p a r a q u e e l s is te m a d e e c u a c io n e s d e W a lra s te n g a
i siem p re u n a s o lu ció n n o n e g a tiv a , cu a lq u iera q u e s e a la fo r m a d e las fu n cio n e s d e d e m a n -
■ d a neta, es d e cir, d e la s fu n c io n e s d e oferta y d e m a n d a d e lo s ag en tes. S e r á en ton ces n e ce -
: sario im p o n e r u n cierto n ú m ero d e c o n d icio n e s a estas ú ltim a s , d e m a n e ra q u e s e ga ra n tice
; q u e ta l s o lu c ió n e x is te : es lo q u e h an h e ch o A r r o w y D e b r e u . L a p re se n ta ció n m á s g e n e -
i r a l d e este m o d e lo se en cu en tra en la o bra d e D e b re u : Théoriede la valeur ( D u n o d , 1 9 6 ) .
j E n la s p á g in a s s ig u ie n t e s y h a s ta e l f i n d e e s t e c a p ít u lo v a m o s a e s tu d ia r la s p rin -
; c ip a le s h ip ó te sis h e c h a s p o r A r r o w y D e b r e u , la e s tr u ctu r a d e su m o d e lo y c ie r to s p r o ­
; b le m a s q u e é s te s u s c it a . S i in s is tim o s tan to en e s te m o d e lo e s p o r q u e c o n s titu y e e l
m o d e lo d e r e fe r e n c ia d e la te o r ía n e o c lá s ic a a c t u a l.
s S in e m b a r g o , c o n v ie n e s u b ra y a r a q u í un p u n to im p o rta n te : s i b ie n A r r o w y D e b r e u
: res­
han m o s tr a d o q u e e x is t e u n s is te m a d e p r e c io s d e e q u ilib r io , n o h an d ic h o n a d a
, pecto a la manera cómo se efectúan lasi transacciones entre los agentes c u a n d o é sto s
i c o n o c e n lo s p r e c io s . D e h e c h o , s e trata d e un p r o b le m a m u y d e lic a d o y a q u e , si a ta íe s
i p r e c io s lo s p la n e s d e lo s a g e n te s s o n « g lo b a lm e n t e c o m p a tib le s » ( ig u a ld a d d e la o fe r -
í ta y la d e m a n d a d e c o n ju n t o ) , le s c o r r e s p o n d e a c a d a u n o d e e llo s e n c o n tr a r los in te r -
f - lo c u to r e s c o n lo s cu a le s p o d rá n p r o c e d e r a lo s in te r c a m b io s d e se a d o s . D a d o q u e e s ta
f b ú s q u e d a e s c o s to s a , te n d r á in c id e n c ia s o b re lo s p r e c io s , h a s ta e l p u n to d e p o d e r c u e s -
j tio n a r e l e q u ilib r io « d e s a lid a » . P a r a e v it a r e s te t ip o d e d if ic u lt a d , W a lr a s s u p o n e q u e
; e x is te u n a « c á m a r a d e c o m p e n s a c ió n » d o n d e lo s in te r c a m b io s p u e d e n e fe c tu a r s e f á c il -
í cos-
m e n te y s in c o s t e . P ero s e trata d e u n a r tific io , s ie n d o e l p r o b le m a d e fo n d o e l d e lo s
f les de transacción y e l p a p e l d e l d in e r o e n la e c o n o m í a ; tr a ta r e m o s d e e s ta d i f í c i l
I c u e s tió n e n e l c a p ít u lo x i v : p o r a h o ra r e te n g a m o s s o la m e n te q u e e l m o d e lo d e A r r o w -
* D e b re u n o se o c u p a d e e s to e n ab so lu to ( s e d ic e a v e c e s q u e e s te m o d e lo s e refiere a u n a
¡ e c o n o m ía d e « t r u e q u e » , y a q u e n o c o m p o r ta d in e r o ; p e ro , d e h e c h o , e s t a a fir m a c ió n
j e s e rró n e a , y a q u e n o d ic e n a d a s o b r e la m a n e r a c ó m o s e e fe c tú a n lo s in te r c a m b io s en
{ e l e q u ilib r io ) . D e s p u é s d e h a b e r h e c h o e s ta p r e c is ió n im p o r ta n te , v o lv a m o s a !a c u e s -
j tió n d e la s hipótesis fo r m u la d a s p o r A r r o w y D e b r e u . E s t a s h ip ó te sis fo r m a n u n to d o ;
¡ s in e m b a r g o , la s h e m o s d iv id id o en d o s c a t e g o r ía s : a q u e lla s q u e fija n s u a te n c ió n en
j Jaforma de los mercados y a q u e lla s q u e fija n su a te n c ió n e n lafon n a de los conjuntos
; de consumo y de producción, a s í c o m o en la s d o t a c io n e s in ic ia le s .

L a s H IP Ó T E SIS SO B R E L A f o r m a d e l o s m e r c a d o s

un
In d u d a b le m e n te , la h ip ó te sis m á s fu e rte d e l m o d e lo es la q u e e s tip u la la e x is t e n c ia d e
sistema completo de mercados. H e m o s v isto en e l ca p ítu lo n q u e un produ cto se caracteriza
n o s o la m e n te por su « n a tu r a le z a fís ic a » s in o tam b ién p o r su lo c a liz a c ió n y por la fe c h a
en q u e e s tá d is p o n ib le . S u p o n e r q u e e x is te u n s is t e m a c o m p le to d e m e rc a d o s e q u iv a le a
s u p o n er q u e e x is te un m e rc a d o p ara to d o s lo s p r o d u c to s , presentes y futuros. D ic h o d e
EL EQUILIBRIO GENERAL 269

o tra m a n e r a , lo s ag e n te s e s ta b le ce n su s p la n e s , n o s o la m e n te p a ra e l p e río d o en cu r s o ,
sino ta m b ié n p a ra todos lo s p e río d o s fu tu ro s, c u b r ie n d o la « d u r a c ió n d e la v id a » d e la
e c o n o m ía . D e a h í la e x is te n c ia d e o fe rta s y d e m a n d a s p a ra e s to s p r o d u cto s fu tu ro s.
E s t a h ip ó te s is tie n e c o m o o b je tiv o e s e n c ia l e l e lim in a r la in c e r tid u m b r e d e l m o d e ­
lo . T a m b ié n v u e lv e in ú til la r e te n c ió n d e d in e ro en tan to q u e m e d io d e r e s e rv a p ara
« h a c e r fr e n t e a lo s avatares d e l fu tu ro». E n e f e c to , e l m o d e lo s u p o n e q u e lo s agentes enta­
b la n , en e l e q u ilib r io , c o n tr a to s d o n d e se e s t ip u la n , d e fo r m a d e t a lla d a , s u s fu tu r o s
in te r c a m b io s . T o d o está r e g u la d o d e s d e e l p r in cip io : s e d ic e q u e h a y equilibrio g en e­
ra l intertem p oral (p e ro n o s o tr o s s e g u ir e m o s h a b la n d o s ó lo d e e q u ilib r io g e n e r a l) .
V o lv e r e m o s a e s ta h ip ó te sis en lo s c a p ít u lo s x y x m , p e ro d ig a m o s en s e g u id a q u e é sta
r e s u lta in d is p e n s a b le p a r a e l m o d e lo p u e s , c o m o v e r e m o s e n to n c e s , a partir d e l m o m e n ­
to e n q u e s e la r e la ja , p o r p o c o q u e s e a , s u r g e n p r o b le m a s m u y d if íc ile s , p r o b le m a s
q u e está n le jo s d e esta r re s u e lto s .
O t r a im p o rta n te h ip ó te sis d e l m o d e lo n o s r e s u lt a m á s fa m ilia r : s e tr a ta d e la d e la
com p eten cia perfecta. R e c o r d e m o s q u e c o n s is t e e n s u p o n e r q u e lo s a g e n te s , c o n s u ­
m id o r e s y p ro d u cto re s co n s id e r a n lo s p r e c io s c o m o dados y q u e e s ta b le c e n su s p la n e s
b a s á n d o s e únicam ente en e llo s : lo s p r e c io s s o n la ú n ic a in fo r m a c ió n te n id a en c u e n ta
p o r lo s a g e n t e s ; so n ú n ic o s y lo s m is m o s p a r a t o d o s 2 E n p a r tic u la r , n a d ie s e s ie n te
lim ita d o r e s p e c to a la s c a n tid a d e s ( n in g u n a r e s tr ic c ió n r e s p e c to a la e x is te n c ia d e m e r ­
c a d o s , p o r e je m p lo ) . E s t a h ip ó te sis e q u iv a le a su p o n e r q u e to d o s lo s a g e n te s e s tá n p e r ­
fec ta m en te inform ados s o b r e lo s p r e c io s , p e r o ta m b ié n q u e n o in te n ta n a s o c ia r s e o
f o r m a r g r u p o s d e p r e s ió n d e m a n e ra q u e in flu y a n en lo s p r e c io s e n e l s e n tid o q u e le s
c o n v e n g a ( p r in c ip a lm e n te fo r m a n d o m o n o p o lio s ) . In d e p e n d ie n te m e n te d e l r e a lis m o
d e e s ta h ip ó t e s is , s e p la n te a la c u e s tió n d e s a b e r si é s ta e s lógicam ente c o m p a tib le co n
u n a d e la s p r e m is a s d e l m o d e lo , la q u e e s t ip u la q u e lo s a g e n te s tie n e n u n c o m p o r ta ­
m ie n to « m a x im iz a d o r » (o « r a c io n a l» ) . P o r q u e p u e d e s u c e d e r p e r fe c ta m e n te q u e en
c ie r ta s s itu a c io n e s ( ¿ la s m á s fr e c u e n t e s ? ) , e l h e c h o d e a g r u p a r s e p a ra in flu ir s o b r e lo s
p r e c io s s e a « r a c io n a l» . S o b r e to d o q u e , p u e sto q u e lo s p r o d u cto s está n fe c h a d o s y lo c a ­
liz a d o s , e x is t e u n g r a n n ú m e r o d e m e r c a d o s . D a d o q u e lo s a g e n te s ( lo s p r o d u c to r e s ,
p o r e je m p lo ) s o n fo r z o s a m e n te p o c o n u m e r o s o s e n a lg u n o s d e e sto s m e rc a d o s , la « te n ­
t a c ió n » d e c o n s titu ir u n a c o a lic ió n s e r á m u y fu e r te .
C o n la s h ip ó te s is a n te r io r e s q u e s u m in istr a n e l m a r c o e n e l c u a l s e s itú a e l m o d e ­
lo , v a m o s a v e r a h o ra la s c o n d ic io n e s q u e h a c e fa lt a im p o n e r a lo s g u s to s y a la s d o ta ­
c io n e s d e lo s a g e n te s , a s í c o m o a la t e c n o l o g ía , a f in d e a s e g u r a r q u e , e n un m a rc o
c o m o é s te , e x is t e , p o r lo m e n o s , u n e q u ilib r io g e n e r a l.

L as HIPÓTESIS SOBRE LOS GUSTOS, LA TECNOLOGÍA Y LAS-DOTACIONES

S e lla m a dem anda neta asociada a l vector P a l v e c t o r E ( P ) c u y a s c o m p o n e n te s son


la s d e m a n d a s n e ta s d e c a d a u n o d e los p r o d u c to s . E s d e c ir ,

E (P ) = (e,(P), e f P ) , ..., e .,(P ) ) 2

2. Esta hipótesis seasocia a menudo a la noción imprecisa de «atomicidad» que estipula que hay un «gran
número» de agentes en cada mercado. Puesto que cada uno tiene un «peso desdeñable», ninguno de
ellos podrá influir sobre los precios del mercado.
ij| j
sil
270 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

V e re m o s m á s ad e la n te q u e la d e m o stra ció n d e Ja e x is te n c ia d e al m e n o s u n eq u ilib rio


s e a p o y a e s e n c ia lm e n te en la continuidad en fu n c ió n d e P de la d e m a n d a n e ta . E s p o r ,
esto q u e A r r o w y D e b re u se e m p e ñ a ro n en e s ta b le ce r la s c o n d ic io n e s ( suficientes) sobre
lo s c o n ju n to s de c o n s u m o y d e p r o d u c c ió n d e los a g e n te s qu e a s e g u r a n e s ta c o n tin u i­
d a d . D e e sta s c o n d ic io n e s , la s d o s m á s im p o rta n te s s e refie re n a la c o n v e x id a d d e l c o n ­
ju n to d e p r o d u c c ió n ( o d ic h o d e o tra m a n e ra , a la ausencia de rendimientos crecientes)
y a lo q u e n o s o tr o s h e m o s lla m a d o la h ip ó te s is d e « s u p e r v iv e n c ia d e l c o n s u m id o r » . r i

- la convexidad de los conjuntos de producción im p lic a e s e n c ia lm e n te la ausencia de


productividades marginales y de rendimientos de escala crecientes, a s í c o m o la ausen­
cia de costesfijoi3. H e m o s d is c u tid o y a e sta h ip ó te sis en e l ca p ítu lo n: re co rd e m o s que
ésta im p lic a e x c lu ir el ca so tr a d ic io n a l d o n d e la c u r v a de costes m e d io s tiene la fo r m a
«en U » .
- la h ip ó te s is «de supervivencia del consumidor» a m e n u d o p a s a r e la tiv a m e n te d e s ­
a p e r c ib id a , in c lu s o en la s b u e n a s p r e s e n t a c io n e s d e l m o d e lo d e e q u ilib r io g e n e r a l4-
E s un p o c o d e l m is m o tip o q u e la a n te r io r : a f in d e e v ita r q u e , p a r a c ie r to s p r e c io s , i
e l v a lo r d e la d o t a c ió n in ic ia l d e l c o n s u m id o r - q u e c o n s t it u y e s u ingreso- s e a n u lo
(o n o le p e r m ita s o b r e v iv ir ) , e s d e c ir , p a r a e v ita r la « d is c o n tin u id a d » q u e r e s u lta d e l
p a s o d e la v id a a la m u e r te , A r r o w y D e b r e u s u p o n e n q u e to d o s lo s c o n s u m id o r e s
tie n e n u n a d o t a c ió n in ic ia l q u e le s p e rm ite s o b r e v iv ir sin que tengan necesidad de
efectuar intercambios. 1

M á s fo r m a lm e n te : s i Q j e s la d o ta c ió n in ic ia l d e l co n s u m id o r j , se s u p o n e q u e e x is ­
te en su c o n ju n to d e c o n s u m o u n a c e s t a d e p r o d u c to s Q j (q u e le p e rm ite n s o b r e v iv ir )
ta l q u e Q J s e a e s tr ic ta m e n te p r e fe r id o ( Q j > Q j ) ; y q u e e s t o e s c ie r to p a r a to d o s lo s
c o n s u m id o r e s .
U n a h ip ó te s is c o m o é s ta , n e c e s a r ia p o r r a z o n e s « t é c n ic a s » , n o e s tá e n c o n tr a d ic ­
c ió n c o n la v is ió n d e l m u n d o n e o c lá s ic a d e sc rita e n e l p r im e r c a p ítu lo : la s o c ie d a d está
fo r m a d a p o r a g e n te s lib r e s e ig u a le s q u e se c o m p o r ta n c o m o p e q u e ñ o s p r o d u c to r e s q u e
p r o c e d e n a in te r c a m b io s , te n ie n d o r e c u r s o s s u fic ie n te s p a r a p o d e r s o b r e v iv ir sin n e c e ­
sid a d d e e fe c tu a r e s to s in te r c a m b io s . A s í , n ad ie e s tá o b lig a d o a v e n d e r su fu e r z a d e tra­
b a jo p a ra s o b r e v iv ir : n o h a y n e c e s id a d d e s a la r io m ín im o ( p o d e m o s ten er in c lu s o un
eq u ilib rio c o n sa la rio s n u lo s). E n e l ca p ítu lo XIII v e r e m o s la im p o rta n c ia d e e s ta h ip ó te sis.
D e s p u é s d e h a b e r r e v is a d o la s p r in c ip a le s h ip ó te s is h e c h a s p o r A r r o w y D e b r e u ,
v a m o s a in te r e s a rn o s p o r la e s tr u c tu r a m is m a d e s u m o d e lo , a s í c o r n o p o r e l p a p e l q u e 1
o c u p a n e l tr a b a jo , e l b e n e fic io y lo s e m p r e s a r io s .

L a ESTRUCTURA DEL MODELO DE ARROW-DEBREU:


VARIABLES EXÓGENAS Y VARIABLES ENDÓGENAS

L a s r e la c io n e s q u e c o n s titu y e n e s te m o d e lo p r o v ie n e n dés p r in c ip io d e m a x im iz a c ió n :
p a r a u n o s p r e c io s d a d o s , lo s p r o d u c to r e s e s c o g e n la s c a n tid a d e s d e in p u ts q u e le s p e r-

3. Por supuesto, suponiendo siempre que todos los productos son perfectamente divisibles.
4. La otras no hablan de ella... Se encuentra en la página 91, sección c) de Debreu, página 94 de Saposnik
y Quirk, y página 77 de Atrow y Hahn (hipótesis 2).

i
ELEQUILIBRIO GENERAL 271

m ite n o b te n e r e l m á x im o b e n e fic io ( te n ie n d o en c u e n t a e l e s ta d o d e l a te c n o lo g ía ) ,
m ie n tr a s q u e la s fa m ilia s d e te rm in a n e l c o n s u m o ó p tim o d e n tr o d e lo q u e le s p e rm ite
su lim it a c ió n d e in g r e s o s .
Q u e d a p o r p r e c is a r la f o r m a d e e s ta ú lt im a , p u e sto q u e lo s in g r e s o s y a n o s o n a q u í
u n d a to , c o m o en e l c a p ítu lo n: so n e n s í m is m o s u n a f u n c ió n d e lo s p r e c io s y c o n s ti­
tu y e n p o r lo tan to u n a in c ó g n it a d e l m o d e lo .
S u p o n g a m o s q u e e l v e c to r p r e c io e s P = ( p ¡ , p 2, .••, P m); lo s in g r e s o s d e u n c o n ­
s u m id o r c u a lq u ie r a ./ está n d a d o s p o r la s u m a de:

- e l v a lo r q'(j d e su d o ta c ió n in ic ia l Q J = (q_ij, • .., t f . , ) y d e

- l a p a r t e d e lo s b e n e fic io s d e la s e m p r e s a s q u e o b t ie n e e n ta n to q u e « a c c io n is t a » .
S i ü jk e s l a p a r t e d e l a e m p r e s a k d e t e n t a d a p o r e l c o n s u m i d o r j ( s e tie n e e n to n c e s
O $ a jt $ 1 y 'í;.a¡k = 1) y s i e s e l b e n e f ic io d e la e m p r e s a k , lo s in g r e s o s q u e
p r o p o r c io n a n a'l c o n s u m id o r e l c o n ju n t o d e la s a c c io n e s q u e d e te n ta v ie n e d a d a

p o r Ek 0 , * %

D e a q u í lo s in g r e s o s t o t a l e s d e l c o n s u m id o r j :

E s t o s in g r e s o s son rea lm e n te u na fu n c ió n d e los p r e c io s , y a q u e lo s p r o p io s b e n e­


fic io s 1tk so n fu n c io n e s de lo s p r e c io s (q u e d e term in an a l a v e z la s ca n tid ad e s d e outpu ts
p r o d u c id o s y la ca n tid ad d e in p u ts d e m a n d a d o s ) . O b s e r v e m o s q u e e sta d e p e n d e n c ia
d e lo s in g r e s o s r e s p e c to d e lo s p r e c io s - d if e r e n c ia e s e n c ia l c o n e l e n fo q u e d e l e q u ili­
b r io p a r c i a l - s e h a lla en e l o r ig e n d e la h ip ó te s is « d e s u p e r v iv e n c ia d e l c o n s u m id o r » .
E n e f e c t o , p a ra cie rto s v e cto re s p r e c io P, lo s in g r e s o s d e u n a p a r te d e la s fa m ilia s p u e d e
ser m u y p e q u eñ a, o in c lu s o n u la , d e b id o a l e sc a so v a lo r , a esto s p r e c io s , d e sus d otacion es
in ic ia le s ; es po r esto q u e s e s u p o n e q u e p u e d e n s o b r e v iv ir a p e s a r d e to d o s in h a c e r
in te r c a m b io s (y ev ita r a s i l o s p ro b le m a s q u e s e o r ig in a r ía n a c a u s a d e su e v e n tu a l d e sa­
p a r ic ió n ) .
R e s u m ie n d o :

- la s i n c ó g n i t a s d e l m o d e l o ( s u s v a r ia b le s e n d ó g e n a s ) s o n lo s p r e c io s , la s ca n tid a d e s
in te r c a m b ia d a s y lo s in g r e s o s ; e l c o n o c im ie n t o d e lo s p r e c io s p e r m ite d e d u c ir d e
e llo s c a n tid a d e s e in g r e s o s ;
- lo s p a r á m e t r o s d e l m o d e l o ( s u s v a r ia b le s e x ó g e n a s ) v ie n e n d a d o s p o r la s d o ta c io n e s
in ic ia le s Q j . lo s c o e fic ie n t e s a ^ , la t e c n o lo g ía y lo s g u s to s d e lo s c o n s u m id o r e s .

E l lu g ar del trabajo en la teoría del equilibrio general

H e m o s v is t o e n e l c a p ítu lo 11 q u e e l tr a b a jo , q u e p a r a l a t e o r ía n e o c lá s ic a e s u n « s e rv i­
c io » c o m o o tro c u a lq u ie r a , r e q u ie re u n tra ta m ie n to u n p o c o p e cu lia r. Y a q u e e s s u m i­
n is tr a d o p o r lo s agen tes s in q u e le s p ro cu re u n a u tilid a d d ire c ta . P a r a ten er en c u e n ta este
a s p e c to , s e in tro d u c e n la s n o c io n e s d e t ie m p o d is p o n ib le y d e o c io . Y a q u e e l a g e n te j
d is p o n e d e u n tie m p o lim ita d o T p o r p e río d o , se c o n s id e r a q u e p a r a u n p e rio d o d e tie m ­
p o d e te r m in a d o , é l tie n e u na « d e m a n d a d e o c io Ip » , y así su o fe rta d e tr a b a jo está d a d a
272 c r í t i c a a l a e c o n o m ía o r t o d o x a

p o r la d ife r e n c ia T - h j S i e l s a la r io es s , e l v a lo r d e la « d o t a c ió n » e n tie m p o d e tra­


b a jo a s a la r ia d o d e l a g e n te es ig u a l a s T ,y la d e la s h o ra s d e o c io v ie n e d a d a p o r sh;-; la
d ife r e n c ia s T - s / j, q u e m id e e l v a lo r d e l tr a b a jo s u m in is t r a d o , está c o n s a g r a d a a la
c o m p r a d e b ie n e s (p re se n te s o fu tu r o s ).
E n e l c a s o d e q u e e x is ta n v ario s tip o s d e tr a b a jo , lo s te ó r ic o s d e l e q u ilib r io g e n e ­
ra l c o n s id e r a n q u e e l c o n s u m id o r j d is p o n e d e la d o ta ció n in ic ia l T j e n tie m p o d e tra­
b a jo d e l tip o r ( c o m o Jos d ife r e n te s tip o s d e tr a b a jo r e q u ie re n e s fu e r z o s d ife r e n te s , lo s
Trj p u e d e n se r d ife r e n te s ). Si e l tr a b a jo d e l tip o r c o r r e s p o n d e a u n a c u a lífic a c ió n q u e
e l c o n s u m id o r j n o p o s e e , e n to n c e s se tie n e q u e T j = O.
E l c o n s u m id o r j d e c id e la a s ig n a c ió n d e su tie m p o d e l tr a b a jo d e tip o r (si Trj t . O)
en fu n c ió n d e l s a la r io s , y d e l p r e c io d e lo s p r o d u c to s 5^ S ie m p r e r e s p e ta n d o la e x ig e n ­
c i a d e tie m p o : la s u m a d e la s h o r a s co n s a g r a d a s a lo s d iv e r s o s tip o s d e tr a b a jo n o d e b e
se r s u p e rio r a T .
A s í , e l n iv e l d e c u a lific a c ió n d e u n in d iv id u o ta m b ié n fo r m a p a r te d e su d o ta c ió n
in ic ia l; e l p ro b le m a d e la e d u c a c ió n - y p o r lo tanto e l d e la « ig u a ld a d d e oportunidades>>-
a p a r e c e d e e s ta m a n e ra e n e l m o d e lo . E s ta c u e s tió n a ta ñ e a la d i s t r i b u c i ó n , te m a d e l
c a p ít u lo i x .

E q u il ib r io y m ercado de TRABAJO

E l s a la r io d e e q u ilib r io e n e l « m e r c a d o d e tr a b a jo » d e b e , p o r d e fin ic ió n , s e r ta l q u e la
o fe r ta s e a ig u a l a la d e m a n d a , p r o c e d ie n d o e s ta ú lt im a d e la s e m p r e s a s q u e f i j a n e l
n iv e l d e p r o d u c c ió n d e m a n e ra q u e e l p r o d u c to m a r g in a l d e l tr a b a jo s e a ig u a l a l s a la ­
r io ( c o n d ic ió n n e c e s a r ia p a r a o b te n e r e l m á x im o b e n e fic io : v e r c a p ít u lo m ). A s í , s i la
p r o d u c tiv id a d m a r g in a l d e l tr a b a jo en u n a e m p r e s a e s d e c r e c ie n te , e n to n c e s su d e m a n ­
d a d e tr a b a jo e s una fu n c ió n d e c r e c ie n te d e l s a la r io « r e a l» (e x p r e s a d o e n d in e ro , p o r
e je m p lo ) . !
L a o fe r t a d e tra b a jo p r o v ie n e d e la s fa m ilia s q u e fija n su n iv e l d e m a n e r a ta l q u e la
ta s a m a r g in a l d e s u b s titu c ió n b ie n e s -o c io y la r e la c ió n d e l p r e c io d e e s t o s b ie n e s y d e l
s a la r io s e ig u a le n (v e r c a p ítu lo n ). A s í , e l s a la r io d e e q u ilib r io es ta l q u e to d a s la s ffam i-
lia s d is tr ib u y e n d e m a n e r a ó p tim a s u tie m p o d is p o n ib le e n tr e t r a b a jo y o c io . E n p a r ti­
c u la r : to d o s lo s q u e q u ie r a n tr a b a ja r c o n e s te n iv e l d e s a la r io p u e d e n h a c e r lo ( y a q u e ,
en e q u ilib r io , la o fe r ta d e t r a b a jo d e b e ser, p o r d e f in ic ió n , i g u a l a la d e m a n d a ) . P o r
c o n s ig u ie n te , n a d ie d e s e a trab a ja r m á s c o n e l s a la r io e x is te n te : h a c e r lo s e r ía « s u b -ó p ti-
m o » . E n e q u ilib r io , p u e s , n o p u e d e h a b e r p a ro in v o lu n ta r io . S i lo s a g e n te s n o trab a ja n
m á s e s p o r q u e n o q u ie r e n , y n o p o r q u e n o p u e d e n .
E l r a z o n a m ie n to a n te r io r se a p lic a d e la m is m a m a n e r a c u a n d o s e t ie n e en c u e n ta
la e x is te n c ia d e d iv e r s o s tip o s d e tra b a jo . A s í , en e q u ilib r io , to d o s lo s a g e n te s e n c u e n ­
tran e m p le o s e n la c u a l i f i c a c i ó n q u e q u i e r e n ( a c o n d ic ió n , p o r s u p u e s to , d e te n e r e s ta
c u a lific a c ió n ) . U n a s it u a c ió n d o n d e a lg u n o s e s tu v ie s e n o b lig a d o s a e je r c e r u n tr a b a jo
p o r d e b a jo d e s u c u a lif ic a c ió n , p o r f a l t a d e e m p le o e n e s ta ú lt im a , n o s e r ía u n a s itu a ­
c ió n d e e q u ilib r io e n e l s e n tid o en q u e a q u í s e e n tie n d e .
S i d irig im o s n u e stra a te n c ió n h a c ia la p r o d u c c ió n , e l estatu s d e las em p re sa s y la e x is ­
te n cia d e u n b e n e fic io n o n u lo en e l e q u ilib rio p la n te a n u n cie r to n ú m e r o d e p r o b le m a s.

5. s , mide ¡ambién el valor de una hora de «ocio y no-trabajo del tipo r».
EL EQUILIBRIO GENERAL 273

El estatus d e la s em pr esa s e n e l m o d e l o d e A r r o w -D e b r e u

E l m o d e lo s u p o n e q u e e x is te n p e m p re s a s c a r a c te r iz a d a s p o r e l ín d ic e k . P o r su p u e s to ,
la s p o s ib ilid a d e s té c n ic a s d e e s ta s e m p r e s a s p u e d e n e v o lu c io n a r e n e l cu rs o d e l tíe m -
p o - s ie m p r e s ie n d o c o n o c id a s p o r lo s a g e n te s , d e b id o a la h ip ó te sís s o b r e la e x is te n c ia
d e u n s is te m a c o m p le to d e m e r c a d o s - . L a lis ta d e la s e m p r e s a s e s tá d a d a , a s í c o m o lo s
c o e fic ie n t e s (p a r te d e la f a m i l i a j e n la e m p r e s a k): n o e x is t e p u e s n i c r e a c ió n , n i
d e s a p a ric ió n d e em p re sa s d u ra n te t o d a la «vida>> d e la e c o n o m ía , n i n ad a q u e s e p a re z­
c a a u n a b o ls a d e v a lo r e s , d e b id o a q u e lo s c o e fic ie n t e s a s o n fijo s . L o q u e es u n p o c o
c o n tr a d ic to r io p a ra u n m o d e lo q u e b u s c a d e s c r ib ir u n a e c o n o m ía d e lib r e c o m p e te n ­
c ia , p e ro q u e s e e x p lic a d e n tro d e l m a r c o e s t a b le c id o ( p r e v is io n e s p e r fe c ta s ) . U n o d e
lo s m e jo r e s te ó r ic o s d e l e q u ilib r io g e n e r a l, F . H a h n , a d v ie rte a e s te r e s p e c to 67
:

...a u n q u e se puede sostener que es razonable considerar que el número de fam ilias es
ex.ógeno, no sucede lo m ism o cuando se considera el núm ero de empresas. D e hecho,
aq uí se plantea o tra dificu ltad con la teoría, independientem ente de su realism o y de
su pertinencia.
Y es que la em presa es una fig u ra im precisa en la teo ría del eq uilibrio general.
E s sim plem ente un agen te qu e transform a inputs en outputs. ¿P ero por qu é cada
fa m ilia no es su propia empresa cu an d o se han descartado lo s rendimientos crecien­
tes? ¿Por qué cada em presa no produce todos lo s productos ex.islentes? ¿P or qué el
número de em presas es fin ito ? P arece que para que tenga sentido hablar de empresas
debem os al m enos admitir la existencia d e costes de instalación y, por consiguiente,
perm itir la existencia de ciertos rendimientos crecientes. U n a v ez m ás, si se exclu ye
lo anterior, la teoría existente se halla peligrosam ente cerca de la in consistencia. L a
teoría ciertam ente no ha respo n dido a la cu estió n de saber por qu é e l número de
em presas es el qu e es7

A s í , e l to m a r en c u e n ta lo s c o s t e s fijo s - l o s « c o s te s d e in s ta la c ió n » d e lo s q u e h a b la
H a h n - no e s so la m e n te n e ce sa rio d e sd e e l p u n to d e v is ta d e l « r e a lis m o » , s in o tam b ién
d e s d e un p u n to de v is t a ló g ic o . S in e m b a r g o , la d e m o s tr a c ió n d e la e x is te n c ia d e u n
e q u ilib r io g e n e r a l lo s e x c lu y e p o r h ip ó t e s is . E l p r o b le m a d e lo s r e n d im ie n to s d e e s c a ­
la in te r v ie n e t a m b ié n d e m a n e ra d e te r m in a n te c u a n d o u n o s e in te r e s a p o r la n a tu r a le ­
z a d e l b e n e fic io en e l e q u ilib r io .

6. F. Hahn, «General Equilibrium Theory» en The Crisis in Economic Theory, editado por D. Bell y l.
Kristol, Basic Books, Nueva York, 1981. '
7. A propósito del papel de la empresa en la teoría del equilibrio general, citemos otro de los teóricos neo­
clásicos más famosos, J. Dretó, que en un artículo aparecido en 1986 escribía:
«La “teoría del valor" de la empresa es un ordenador anónimo, tiene la profundidad de compor­
tamiento de un globo desinflado, es la negación de la capacidad de gestión y de la educación geren-
cial (mauagerial ski/ aid managerial educariou).»
o aún:
«. ..a medida que las empresas nacen, se ajustan menos fácilmente al marco de la teoría general
del equilibrio: hoy por hoy, no existe una descripción formal de empresas “vivas” que sea a la vez
aceptada y adecuada para los propósitos de la teoría del equilirio general.” J. Dré?.c, “The finn in
general equilibrium theory», Economic Journal, mayo de 1986.
274 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

¿ E s NULO EL BENEFICIO EN EL EQUILIBRIO?

R e c o r d e m o s q u e lla m a m o s b e n e fic io d e u n a e m p r e s a a la d ife r e n c ia en tre su s in g r e ­


s o s (p ro ce d e n te s d e la v e n ta d e lo s a r tíc u lo s q u e p r o d u c e ) y su s g a s to s (re su ltan tes d e
Ja c o m p r a d e in p u ts , « C o ste s f ij o s » in c lu id o s , q u e s o n n e c e s a r io s p a r a u n a ta l p r o d u c ­
c ió n ) .
H e m o s v is to a n te r io r m e n te q u e e l m o d e lo d e A r r o w -D e b r e u e x c lu ía , p o r h ip ó te ­
s is , ¡o s r e n d im ie n to s c r e c ie n te s ( a l s u p o n e r q u e lo s c o n ju n to s d e p r o d u c c ió n s o n c o n ­
v e x o s ) . Q u e d a p o r d e te r m in a r lo q u e p a s a en lo s d o s o tro s c a s o s , e s d e c ir , c u a n d o lo s
r e n d im ie n to s s o n c o n s ta n te s o d e c r e c ie n te s .
P a r a e llo , c o n s id e r e m o s u n a e m p r e s a cu a lq u ie r a :

- si su s r e n d im ie n to s s o n c o n s ta n te s en to d o s s u s e le m e n to s (sin c o s te s f ij o s , c o n ren ­
d im ie n to s d e e s c a la c o n s t a n t e s , a c u a lq u ie r n iv e l d e p r o d u c c ió n ) , e n to n c e s su b e n e­
f ic io tie n e q u e se r n u lo e n e q u ilib r io , c o n su fu n c ió n d e o fe r t a re p r e s e n ta d a p o r una
r e c ta c o n u n « c o d o » ( v e r c a p ít u lo m ). E n este c a s o , si h a y p r o d u c c ió n y si e l p r e c io
d e v e n ta d e l p ro d u cto p e r m ite c u b r ir e x a cta m e n te e l c o s te d e c a d a u nid ad p r o d u c id a ,
e l n iv e l d e esta p r o d u c c ió n e s i n d e t e r m i n a d o . E n r e a lid a d , p a r a q u e h a y a e q u ilib r io ,
e s te n iv e l d e b e s e r t a l q u e la d e m a n d a s e s a t is fa g a . P e r o , ¿ c ó m o v a a c o n o c e r e l p r o ­
d u c to r esta ú ltim a , d a d o q u e en c o m p e te n tia p e rfe c ta lo s p r e c io s son la s ú n ic a s « s e ñ a ­
le s » q u e g u ía n la e l e c c i ó n d e lo s a g e n t e s ? N o l e b a s t a c o n c o n o c e r e l p r e c io d e
EL EQUILIBRIO GENERAL 275

equilibrio p , para saber qué cantidad debe producir para satisfacer la demanda q, a
este precio. H ay, pues, una incompatibilidad entre rendimientos constantes en todos
sus elem entos y com petencia perfecta. Hem os tratado y a esta cuestión en e l capítu­
lo IV: lo que se dijo entonces, en el contexto de un equilibrio parcial, sigue siendo
válido cuando se adopta el punto de vista del equilibrio general;
. . en el caso en que los rendimientos no sean constantes en todos los elem entos8, el
beneficio de equilibrio puede ser estrictamente positivo (ver ejercicio 4 , capítulo m).
E s lo que sucede, por ejem plo, cuando el conjunto de producción de la em presa es
estrictamente convexo. En este caso, la función de oferta es creciente y continua (no
presenta «saltos») y se la puede suponer derivable. Tales funciones de oferta son pues
de un gran interés desde un punto de vista «técnico» ya que penniten la utilización del
cálculo diferencial en el estudio de cuestiones tan importantes com o la estática com ­
parativa, la estabilidad, etc. Adem ás, evitan los problemas de indeterminación que
surgen cuando hay rendimientos constantes en el equilibrio (ver apartado anterior).

L a existencia de funciones de oferta derivables requiere pues rendimientos decre­


cientes en todos los elementos. En este caso, el beneficio es estrictamente positivo en
el equilibrio; ¿cómo se puede explicar esto desde un punto de vista neoclásico?

E l p r o b l e m a d e l b e n e f ic io e n l a t e o r ía n e o c l á s ic a

E l modelo de Arrow-Debreu no excluye la existencia de beneficios (no nulos) en el


equilibrio, y a que precisa incluso la manera en que éstos son distribuidos a las fam i­
lias (en las proporciones dadas por los coeficientes o^). Y , sin embargo, estos ben efi­
cios plantean un problem a de interpretación en el m arco neoclásico tradicional. E n '
efecto, éste últim o considera que los ingresos obtenidos de la producción sirven para
remunerar los inputs (o «factores de producción») que han aportado su «contribución»
a esta producción. Y , sin em bargo, el beneficio es una especie de «residuo» que no
remunera ningún «factor de producción» concreto.
S e dan a menudo dos tipos de explicación, no necesariamente independientes, a
este propósito:

- la existencia de un «factor oculto». E l beneficio sería una especie de «renta» que


retribuye un «factor oculto» que la fun ción de producción no tiene en cuenta. Pero
entonces sería necesario explicar por qué no la tiene en cuenta. Porque en e l nivel
de abstracción en que nos situamos no se ven las razones para tal olvido. A veces se
señala que refleja las situaciones del tipo monopolístico («renta de situación»), pero
entonces se sale del modelo competitivo; o que corresponde a la «remuneración del
empresario» que no es el caso en el m odelo de Arrow -Debreu com o más adelante
verem os;
- la «entrada libre». Es la explicación tradicional de los m anuales que, situándose en
un marco de equilibrio parcial, señalan que la existencia de beneficios positivos en cier­
tas ramas de la econom ía atrae nuevas empresas, lo que «a largo plazo» h aría bajar

8. Evidentemente, el conjunto de Ja producción es siempre convexo; es decir, no hay rendimientos cre­


cientes.
276 CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

los precios hasta que los beneficios desapareciesen^. Ta! argum ento, en realidad muy
impreciso, no se aguantaen el modelo de Arrow-Debreu. Porque introduce un proceso
temporal de creación de empresas, mientras que hem os visto que este m odelo supo­
ne que el número de empresas está dado desde el p r in c ip io ^ Evidentem ente, se
puede considerar que las empresas existentes se dirigen a los mercados que propor­
cionan importantes beneficios, dispuestas incluso a abandonar otras actividades. Pero
aun en este caso, no hay ninguna razon para que los beneficios se anulen «al cabo
de un cierto tiempo» en todos los mercados. Y esto incluso si todas las empresas tie­
nen el mismo conjunto de producción. En realidad, nos enfrentamos aquí al delicado
problema de la creación y de la desaparición de las empresas, problema que no se
toma en cuenta en el modelo debido a su com plejidad (papel de la incertidumbre).

Observem os finalm ente que, en el caso de que los conjuntos de producción sean
estrictamente convexos, el beneficio no se anula nunca (salvo si hay producción nula)
y que, al contrario, el beneficio p o r unidad producida aumenta cuando varias empre­
sas entran en el mercado. Porque cada una produce menos y se sitúa así en una zona en
la que lo s rendimientos son m ás elevados (un ejem plo sencillo se encuentra en la pre­
gunta t) del ejercicio 5). En este caso, teóricamente las empresas tienen interés en divi­
dirse indefinidam ente9 11 (pero en e l modelo de Arrow -Debreu no lo pueden hacer, ya
0
1
que su número está fijado).

E l dilema de los rendimientos


En estas condiciones, nos enfrentamos al siguiente dilem a (excluyendo siem pre los
rendimientos crecientes):

- o se supone que todas las empresas de la econom ía tienen rendim ientos de escala
constantes con, por consiguiente, un beneficio nulo en el equilibrio. Pero en este caso
los precios no bastan en tanto que «señales» que permitan a los productores deter­
minar la oferta que puede satisfacer la demanda. Necesitarán pues «Señales» de «can­
tidad», lo que lleva a salir del marco de la com petencia perfecta. A d em ás, en este
caso, las demandas netas no son ya funciones sino correspondencias (ver capítulo
III) de uso difícil para el estudio de la m ayoría de las cuestiones que giran alrededor
del equilibrio general (ya que no son derivables). Esta últim a razón probablemente
explica porqué la m ayoría de trabajos form alizados neoclásicos excluyen esta pri­
mera alternativa;
- o se supone la existencia de empresas que tienen rendimientos de escala decrecientes.
D e Jie ch o , casi siempre se supone, por las razones «técnicas» anteriormente citadas,
que los rendimientos son decrecientes en todos sus elementos (conjuntos de produc-

9. E! beneficio se torna entonces, de forma un tanto misteriosa, en «sobrcbeneficio» («surprofií»). Pero


este cambio de tenninología no resuelve para nada el problema.
10. Debren, en su Théorie de la valeur, introduce una hipótesis de «entrada libre», pero luego no ¡a utiliza.
11. Tornemos un ejemplo sencillo. Sea una empresa quetiene la función de producción y= xf.! y sin cos­
tes fijos. Los rendimientos son decrecientes. Para producir 1O, necesita 104 = 100 en input. Si se divi­
de en dos unidades, produciendo cada una 5. será necesario 2(52) = 50 en inputs (la mitad que antes). Si
se divide en 4 unidades produciendo cada una 2,5 será necesario 4(2,5)2= 50, etc.
EL EQUILIBRIO GENERAL 277

c i ó n estrictamente c o n v e x o s ) . P e r o e n to n c e s u n o s e e n c u e n t r a e n p r e s e n c ia d e u n b e n e -
fic i 0 p o s it iv o q u e la te o ría n e o c l á s ic a n o l l e g a a e x p l i c a r d e f o r m a s a t is f a c t o r i a 12.

D e h e c h o , e s t e d ile m a a m e n u d o s e r e s u e lv e d e la f o r m a s ig u ie n t e : la s o b r a s d e
« d i v u l g a c i ó n » , p r i n c ip a l m e n t e lo s m a n u a l e s , d e f i e n d e n l a t e s i s d e l b e n e f i c i o « t e m p o ­
r a l » q u e d e s a p a r e c e a « la r g o plazo>> c u a n d o h a y « e n t r a d a l i b r e » ( e n f o q u e d e l e q u i l i ­
b r i o p a r c ia l) ; e n c a m b i o , la s o b r a s « a v a n z a d a s » y lo s a r t íc u l o s p u b li c a d o s e n l a s r e v is t a s
e s p e c i a l i z a d a s p la n t e a n l a h i p ó t e s is d e q u e l o s « c o n j u n t o s d e p r o d u c c ió n s o n e s t r i c t a ­
m e n t e c o n v e x o s » ( e s d e c ir , q u e l o s r e n d i m i e n t o s s o n d e c r e c i e n t e s e n t o d o s s u s e l e ­
m e n t o s ) y a d m it e n a s í la e x is t e n c i a d e b e n e f i c i o s p o s it iv o s , h e c h o q u e s e t ie n e e n c u e n ta
e n l o s c á l c u l o s p e r o d e l q u e n o s e p r o p o r c io n a n i n g u n a j u s t i f i c a c i ó n t e ó r i c a . E n e s t e
ú l t i m o c a s o , lo s a u to r e s c o n c e n t r a n s o b r e t o d o s u a t e n c i ó n e n lo s a s p e c t o s « t é c n i c o s » :
d e a l g u n a m a n e r a , e l f i n ( o b t e n e r d e m a n d a s n e t a s d i f e r e n c i a b a s ) j u s t i f i c a l o s m e d io s
( r e n d im ie n t o s d e c r e c ie n t e s y , p o r c o n s i g u i e n t e , b e n e f i c i o s n o n u l o s e n e l e q u i l i b r i o ) 13.
N o s q u e d a a h o r a p r e c is a r e l l u g a r q u e o c u p a e l e m p r e s a r io e n e l m o d e l o .

¿ C u á l ES EL PAPEL DEL EMPRESARIO?

H e m o s v i s t o q u e e n e l m o d e l o d e A r r o w - D e b r e u , e l b e n e f i c i o n o p u e d e s e r c o n s id e r a ­
d o c o r n o l a « r e m u n e r a c i ó n » q e l e m p r e s a r io , y a q u e se redistribuye enteramente a las
fam ilia s ( e n la s p r o p o r c io n e s d a d a s p o r l o s a ^ ) . P o r s u p u e s t o , s i e l e m p r e s a r io e s a c c i o ­
n i s t a d e l a e m p r e s a q u e d ir ig e , l e c o r r e s p o n d e r á u n a p a r t e d e e s t o s b e n e f i c i o s . P e r o
e s t o n o lo d i s t i n g u e d e l o s o tr o s a c c i o n i s t a s .
P e r o e n t o n c e s , ¿ c u á l e s l a r e m u n e r a c ió n d e l e m p r e s a r i o ? E n l a m e d id a e n q u e é ste
e s u n a e s p e c i e d e « t é c n i c o » c u y a t a r e a e s c o m b i n a r d e f o r m a ó p t i m a l o s in p u t s y e s t a ­
b l e c e r u n n iv e l d e p r o d u c c ió n q u e p e r m it a m a x i m i z a r e l b e n e f i c i o , s e p u e d e c o n s i d e ­
r a r q u e é l m i s m o e s u n a s a la r i a d o d e l a e m p r e s a , a l g u i e n c u y o s « s e r v i c i o s » p r e s t a d o s
s o n u n o d e lo s in p u t s q u e in t e r v ie n e n e n l a f u n c i ó n d e p r o d u c c i ó n . P e r o l a in t e r p r e t a ­
c ió n d e u n a e x p o s i c i ó n c o m o é s t a p la n t e a s e r io s p r o b le m a s : ¿ c u á l s e r á l a « p r o d u c t i v i ­
d a d m a r g i n a l » d e e s t e in p u t ? , ¿ s e r á d e c r e c i e n t e ? , ¿ q u é s e n t id o h a y q u e d a r a l h e c h o d e
q u e e s te in p u t s e « a u t o c o n t r a t e » ? , ¿ e x i s t e u n m e r c a d o l a b o r a l c o m p e t i t i v o p a r a ta le s
« e m p r e s a r io s -t é c n ic o s » ?
T o d a s e s t a s p r e g u n t a s p u e d e n p a r e c e r s in in t e r é s p u e s t o q u e , e n s u s d is c u r s o s d ir i­
g i d o s a l g r a n p ú b l i c o , lo s p a r t id a r io s d e l « d e j a r h a c e r » (« la issezfa ire» ) a s o c i a n e s t r e ­
c h a m e n t e Ja n o c i ó n d e b e n e f i c i o c o n la s d e « e s p í r i t u d e e m p r e s a » y « r i e s g o » . P e r o
r e c o r d e m o s q u e e s t e ú l t i m o n o e x is t e e n e l m o d e lo d e A r r o w - D e b r e u : l a h i p ó t e s is d e la
e x i s t e n c i a d e u n s i s t e m a c o m p l e t o d e m e r c a d o s ( p r e s e n t e s y fu tu ros) t ie n e p r e c i s a ­
m e n t e p o r o b j e t o e l e lim in a r lo d e l m o d e l o . E s t u d i a r e m o s e n e l c a p í t u l o xu lo q u e o c u ­
r r e c u a n d o s e h a c e d e s a p a re c e r e s ta h ip ó t e s is .

12. En su Foundations of EconomicAnalysis, una obra de referencia neoclásica, Samuelson reconoce que
en este punto existe un problema real, aunque io considera un «debate filosófico». En cuanto a su pos­
tura persona!, se sitúa abiertamente en el campo de los partidarios del beneficio no nulo en el equili­
brio, ya que hace un uso abundante de! cálculo diferencial.
l 3. Por el contrario, veremos en el capítulo Xii que ios modelos «neoclásicos» agregados que se interesan
por el problema de la distribución se refieren sistemáticamente a los rendimientos constantes.
278 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

P e r o a la v e z q u e e lim in a n e l r ie s g o d e su m o d e lo , A r r o w y D e b r e u in tro d u c e n en
é l u n a c ie r ta fo r m a d e in c e r tid u m b r e a l s u p o n e r la e x is t e n c ia d e mercados contingen­
tes a plazo.

L o s MERCADOS CONTINGENTES A PLAZO

A r r o w y D e b r e u 14 s u p o n e n q u e e n c a d a p e r ío d o s e p u e d e m a te r ia liz a r o n o u n c ie r to
n ú m e ro (fin ito ) d e a c o n te c im ie n to s resu lta n te s d e «Ja s e le c c io n e s d e la n a tu r a le z a » q u e
so n in d e p e n d ie n te s d e Ja a c c ió n d e lo s a g e n te s . P o r e je m p lo : e n e l a ñ o t, p u e d e llo v e r
o n o . L o s a g e n te s c o n o c e n co n a n te r io r id a d todos e sto s p o s ib le s a c o n te c im ie n to s c a li­
fic a d o s c o m o estados de la naturaleza ( c o n d ic io n e s a tm o s fé r ic a s , d esastres n a tu r a le s ,
p o s ib ilid a d e s t é c n ic a s . . . ) , a lo s c u a le s a s ig n a n p r o b a b ilid a d e s q u e p u e d e n d if e r ir d e
u n a g e n te a o tro .
A r r o w y D e b re u fo r m u la n su h ip ó te s is s o b r e la b a se d e la e x is t e n c ia d e un s is te ­
m a c o m p le to d e m e rc a d o s te n ie n d o en c u e n ta e s t e h e c h o ; s u p o n e n q u e lo s a g e n te s e s ta ­
b le c e n , p a r a to d a la « d u r a c ió n d e la v id a » d e la e c o n o m ía , contratos condicionales.
P o r e je m p lo : e l a g e n te k s e c o m p r o m e t e a lib r a r a l a g e n te j , en t, u n a c a n tid a d q d e un
cie r to p r o d u c to en e l c a s o d e q u e llu e v a en t, y u n a c a n tid a d q ’ d e l m is m o p r o d u c to en
e l c a s o d e q u e n o ll u e v a e n t. A s í p u e s, lo s a g e n te s e s ta b le c e r á n su s p la n e s ó p tim p s
e x a m in a n d o to d o s lo s c a s o s p o s ib le s . D e e s ta f o r m a e x is tir á p u e s u n m e r c a d o p o r p r o ­
d u c to , p o r p e río d o y p o r tip o d e a c o n te c im ie n to p o s ib le en e ste p e r ío d o . E s ta h ip ó te s is
e q u iv a le ^ a m u lt ip lic a r e l n ú m e r o d e m e r c a d o s fu t u r o s . P e r o d e s d e u n p u n to d e v is t a
fo r m a l, p e rm ite v o lv e r a l c a s o a n te rio r.
T e n e r en c u e n ta lo s m e r c a d o s c o n tin g e n te s a p la z o - l o s c o n tr a to s d e seg u ro s p u e ­
d e n p r o p o r c io n a r n o s u n a id e a d e lo s m i s m ó s - in tr o d u c e u n a c ie r ta d o s is d e in c e r t i­
d u m b r e e n la m e d id a e n q u e lo s a g e n te s n o sa b e n q u é e s ta d o s e r e a liz a r á e n t.¡ P e r o
e s ta in c e r tid u m b r e e s m u y lim it a d a , y a q u e sab e n c o n a n te r io r id a d to d o s lo s e s ta d o s
fu tu r o s p o s ib le s . E s p o r e s to q u e la in tr o d u c c ió n d e lo s m e r c a d o s c o n tin g e n te s a p la z o
n o m o d ific a r e a lm e n t e e l m o d e lo . S u c e d e p u e s q u e un v e c to r p r e c io d e e q u ilib r io es
tal q u e lo s p la n e s ó p tim o s d e lo s a g e n te s s o n , a e sto s p r e c io s , c o m p a tib le s e n tre s í, s e a
c u a l f u e r e e l e s ta d o q u e s e r e a liz a e n c a d a u n o d e lo s p e r ío d o s ( e v id e n te m e n te , lo s
b e n e fic io s y u tilid a d e s m á x im a s v a r ia r á n en fu n c ió n d e e s to s e s ta d o s ) 1^

[...]

14. Ver Debreu, T h é o r ie d e la v a le t ir , capítulo 7.


15. A condición de formular ciertas hipótesis suplementarias sobre el comportamiento de los agentes ante
esta nueva situación.,
16. De ahora en adelante, cuando hablemos de «sistema completo de mercados» o de «previsiones perfec­
tos», no excluiremos el caso en el que hay mercados contingentes a plazo.
■ CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA 279-297

L a u n iv e r s a lid a d d e la e c o n o m ía c o n v e n c io n a l*
G e o ffr e y M . H o d g s o n

La economía política no es realmente un corpus de leyes naturales, o de verdades


universales e inmutables, sino un conjunto de especulaciones y doctrinas que son el
resultado de una historia particular (Thomas E C liffe Leslie, Essays in Polítical
Economy, 1888).

Hemos pagado un precío muy alto por la aceptación acrítica de la teoría neoclásica
(Douglas North, Institmions, Institucional Change and Economic Performance, 1990).

L a segunda parte de este libro cuestiona aún más la idea de que hemos llegado al «fin
de la historia». Pero no argumentando a favor de la viabilidad o superioridad de cual­
quier alternativa al capitalism o, sipo afirm ando que las declaraciones del «fin de la
historia» ignoran la increíble variedad de form as del m ism o capitalism o. Adem ás, la
ceguera teórica referente a la inmensa variedad existente dentro d el sistema moderno
es curiosamente engendrada por teóricos influyentes sobre la econom ía, tanto de dere­
chas com o de izquierdas. En particular, aunque tanto K arl M arx como Friedrich Hayek
han realizado una importantísima contribución a nuestra comprensión acerca de como
funcionan los sistemas capitalistas, los dos mantuvieron la idea de un capitalism o sin­
gular y puro. Los dos ignoraron e l hecho de que las variables impurezas sistémicas son
esenciales para el funcionam iento y el desarrollo del sistema. En general, existe un
hueco incluso en los más inspirados análisis teóricos de los sistemas capitalistas.
A d em ás, no existe ninguna com binación de subsistemas e instituciones única u
óptima dentro del capitalismo que vaya a triunfar necesariam ente sobre otras com bi­
naciones. Aunque no todos los capitalism os logran los m ism os resultados, las venta­
jas o eficien cias de un tipo de capitalism o sobre otro dependen norm alm ente de su
trayectoria histórica y de su contexto, por lo que no se puede afirmar, en últim a ins­
tancia, que uno sea superior a todos los demás.
N o se intenta aq u í repasar la variedad de formas que el capitalism o presenta hoy
en día, o las que ha presentado durante los últim os doscientos años. Este artículo no
es un estudio comparativo de las instituciones, las estructuras y las culturas. A l con­
trario, esta parte es un exam en de los diferentes enfoques teóricos al análisis del capi­
talism o, incluyendo una explicación de porqué algunos están esencialm ente ciegos
ante esta variedad y porqué otros ofrecen algunos métodos para percibir y entender las
diferencias que existen en el mundo real.
i
* Publicado en: Hodgson, Gcoffrey M. «The universality of mainstream economics». En: Economics and
utopia. Wliy the leaming ecomnmy is nat the end of ¡ñstory. Londres: Routledge, 1999, p. 101-116.
Traducción: Gemma Galdon.
280 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

E n e s to s tres c a p ítu lo s b u s c a r e m o s le n te s te ó ric a s y c o n c e p tu a le s q u e n o s a y u d e n


a p e rcib ir y en ten d er la v aried a d d e d ife re n te s fo r m a s d e ca p ita lis m o r e lím e n te ex iste n te s.
E s te c a p ít u lo e x a m in a las lim it a c io n e s d e la e c o n o m ía n e o c lá s ic a y a u s tr ía c a en e s te :; ; L í |
á r e a . L a e c o n o m ía n e o c lá s ic a s e d e fin e c o m o un e n fo q u e q u e s u p o n e un c o m p o r ta - S i l
m ie n to r a c io n a l y m a x im iz a d o r p o r pa rte d e u n o s a g e n te s c o n fu n c io n e s d e p r e fe r e n - ■
A .
c i a d a d a s y e s t a b le s , s e c e n t r a e n la c o n s e c u c ió n , o en e l c a m in o h a c ia , e s ta d o s d e
. e q u ilib r io , y e x c lu y e lo s p r o b le m a s c r ó n ic o s d e in fo r m a c ió n 1• i : !
A la e c o n o m ía d e M a r x n o s r e fe r ir e m o s en e l p r ó x im o c a p ítu lo . E l c a p ítu lo 6 e x a - |
m in a la e c o n o m ía in stitu cio n a l d e la tradición v e b le ñ a n a . L a c o n c lu s ió n s e r á q u e las id eas ;L |
« e v o lu c io n is ta s » d e l e c o n o m is t a in s titu c io n a l a m e r ica n o T h o r ste in V e b le n y d e lo s in s - vSÉ
titu c io n a lis ta s p o ste rio re s p r o p o r c io n a n u n im p o rta n te co n tra p u n to a lo s e n fo q u e s a n a - ■
S S
lít i c o s d iv e r s o s d e M a r x , H a y e k y o t r o s . S e c o n s id e r a q u e e l e n fo q u e in s titu c io n a lis ta |
d e V e b le n y o tro s tie n e u n a p o s tu r a p o te n c ia lm e n te s u p e r io r , a u n q u e s u b d e s a r r o lía d a , :f
en r e fe r e n c ia a lo s tr e s p u n to s . i j
C a d a c a p ítu lo e s t á d e d ic a d o a su v e z a tr e s te m a s : en p rim e r lu g a r , h a s ta q u é p u n to : j
c a d a s is te m a te ó r ic o s e b a s a e n s u p o s ic io n e s te ó ric a s u n iv e r s a le s o e s p e c íf ic a s ; s e g u n - j
d o , e l lu g a r d e la s r e la c io n e s n o d e m e r c a d o y n o c o m e r c ia le s e n e l a n á lis is te ó r ic o ; y v
te r c e r o , la c o n c e p c ió n g e n e r a l d e l v ín c u lo e n tre lo s a c to r e s h u m a n o s y la s es tru ctu ra s S *
s o c ia le s en la te o r ía . A f;
A u n q u e en m u c h o s a s p e c to s son b a sta n te d ife r e n te s , es p o s ib le trata r la e c o n o m ía S
au stría c a y la n e o c lá s ic a d e fo r m a c o n ju n ta en este c a p ítu lo . E s im p o rta n te ser c o n s c ie n - vS i
tes de q u e la e c o n o m ía a u s tr ía c a y la n e o c lá s ic a d ifie r e n en te m a s tan im p o rta n te s c o m o A 1# :
e l prop ó sito y la n atu raleza d e la teo ría e c o n ó m ic a ; s in e m b a rg o , es sorp ren d en te q u e c o m - ÍSí;
partan afirm acio n e s u n iv e rsa lista s sim ila re s re la cio n ad as con su s su p u esto s cen trales. L a s S i­
d os sitú a n a l in d iv id u o c o n s c ie n te y (en u n sen tid o ) « r a c io n a l» , en la b a se d e l an á lis is d e 1 ||
to d o s lo s fe n ó m e n o s e c o n ó m ic o s . A d e m á s , e n e l cru cia l M e t h o d e n s t i e i t (c h o q u e d e m é to - i i ’M;
d os) d e lo s añ o s 8 0 d e l s ig lo x i x , e l eco n o m ista au striaco C a r ] M e n g e r a ta c ó la n e g a c ió n ,
p o r p arte d e m ie m b r o s d e la e s c u e la h is tó ric a a le m a n a , d e la e x is te n c ia d e s u p o s ic io n e s i;
u n iv e rs a le s y le y e s e n la e c o n o m ía . A su v e z , e l a ta q u e d e M e n g e r r e fo r z ó la c r e e n c ia d e ■>
m u c h o s e c o n o m ista s n e o c lá s ic o s - in c lu y e n d o A lfr e d M a r s h a ll y L io n e l R o b b in s - e n u n a
c o n c e p c ió n u n iv e r s a lis ta d e la n a tu ra le z a y e l a lc a n c e d e la teo ría e c o n ó m ic a . 'M

O tr o s im p o rtantes teó rico s n e o c lá s ic o s fu e ro n L é o n W a lra s , W illia m S ta n le y J e v o n s , |i


P h ilip W ic k s t e e d y W ilf r e d o P a r e to . C o m o e je m p lo m á s s o fis tic a d o d e l e n fo q u e a u s - I)
tr ia c o , la s o p in io n e s d e H a y e k s o b r e e s to s te m a s s e d is c u te n c o n m á s d e ta lle q u e la s -'A;
de o tr o s te ó r ic o s a u s tr ia c o s c o m o C a r i M e n g e r y L u d w ig v o n M is e s . N o s c e n tr a r e m o s %

a h o ra en la c u e s tió n d e la u n iv e r s a lid a d v e r s u s la e s p e c ific id a d d e la te o r ía e c o n ó m ic a . ■%

l. L as a f i r m a c i o n e s u n iv e r s a l is t a s d e l a e c o n o m í a c o n v e n c i o n a l |

D e s d e s u s c o m ie n z o s , a fin a le s d e l s ig lo x v m , y a p e s a r d e su d e s a r r o llo t e ó r ic o , la i
e c o n o m ía c o n v e n c io n a l s ie m p r e h a te n id o u n a im p o rta n te lim ita c ió n . L o s e c o n o m is ta s :

l. Tal como se ha señalado antes, esta definición puede excluir algunos desarrollos recientes en la teoría
económica convencional, como en la teoría de juegos. Sin embargo, la suposición del hombre econó­
mico racional y la predicción por la teorización del equilibrio aún es típica de la tradición neoclásica,
como se ejemplifica en los manuales convencionales. Aunque algunos pájaros no pueden volar, la habi­
lidad dehaccrlo es aún característica del género en general.
LA UNIVERSALIDAD DE LA ECONOMO CONVENCIONAL

clásicos com o Adam Smith y D av id Ricardo, los teóricos neoclásicos com o W alras,
Jevon s y M arshall, y los economistas de la escuela austríaca com o M enger, Von M ises
y H ayek, todos ellos vieron la economía com o un sistema interrelacionado. Sin em bar­
go, y a pesar de esto, dieron un reconocim iento teórico inadecuado a Ja posibilidad o a
las im plicaciones de diferentes tipos de sistemas a través de la historia. En sus análisis,
el punto de partida es universal más que particular. E s la idea general de la naturaleza
humana y de los «sentimientos morales» (Adam Smith), o una concepción ahistórica del
individuo con «gustos y preferencias» determinados de form a exógena (la teoría neo­
clásica), o con igualm ente dados «objetivos y conocim iento individual» (la escuela
austriaca). E l análisis se basa en estos factores universales para la búsqueda de verda­
des generales y ahistóricas.
Después del establecimiento de la econom ía neoclásica por W alras, Jev on s y otros
en los años 70 del siglo x i x , este defecto fue explícitamente codificado en la teoría for­
mal y es reproducido hasta los manuales actuales. E l punto de partida de la teoría neo­
clásica, en lu gar de ser los rasgos característicos de un sistema socioeconóm ico dado,
es el individuo ahistórico y abstracto. L o s axiom as sobre e l comportamiento humano
se derivaron a través de la «introspección» y no de la investigación, llevando a la cons­
trucción de teorías generales, empobrecidas en términos de su concreción, relevancia
y aplicación práctica. L o s rasgos e instituciones que caracterizan una econom ía deter­
minada no fonnan parte del núcleo del análisis. Las instituciones y las relaciones socia­
les e sp e cífica s fueron o bien olvidadas o enm arcadas en térm inos de conceptos
universales previos.
A l partir decon cep tos supuestamente universales y ahistóricos, la econom ía neo­
clásica fracasa en vincularse suficientemente con ningún sistema socioeconómico espe­
cífico. Su m ism a generalidad se convierte en una bmxera que impide una comprensión
más profunda del capitalism o o de otros sistemas. E n lugar de intentar confrontar una
econom ía particular, o a un objeto real, se lim ita a una idea de la econom ía remota­
mente abstracta y artificial; la econom ía en general.
Influido tanto por los neoclásicos como por los austríacos, Robbins (1932) resu­
m ió este enfoque con su influyente pero ahistórica definición de la economía com o la
«ciencia de la elección». E l «problema económ ico» se convirtió en un problema de la
asignación de medios escasos para alcanzar unos fin es establecidos. Se supone que los
individuos tienen funciones de utilidad fijas y dadas y que intercambian los recursos
entie ellos para m axim izar su propia utilidad. Este marco universaliza los conceptos
de «intercam bio» y «precio» relativo. S e afirm a que una am plia variedad de fenóm e­
nos sociales y económicos - y en todos los tipos de econom ía presente, pasada y futu­
ra, siem pre que sufran el aparentemente omnipresente problem a de la « e s c a s e z » -
pueden ser analizados en estos térm inos. T a l com o el m ism o Robbins (1932: 20) lo
expresó: «L as generalizaciones de la teoría del valor son tan aplicables al comporta­
miento del hombre aislado o de la autoridad ejecutiva de una sociedad comunista, como
al comportamiento del hombre en una econom ía de intercam bio». Todas las diferen­
cias entre estos sistemas son «subsidiarias al elemento principal de la escasez>>22

2. Una tendencia unlversalizante similar ha sido adelantada por muchos sociólogos. Por ejemplo, la «teo­
ría del intercambio» (Homans, 1961) propone que un amplio abanico de actividades -incluyendo el
regalar y las comunicaciones interpersonales-son «interctunbios». Este concepto universal dei intercambio
;i( :1 1

282 CRÍTICA A LA ECONOMÍAORTODOXA

D e s d e R o b b in s , la u n iv e r s a lid a d d e la s s u p o s ic io n e s n e o c lá s ic a s h a s id o lle v a d a a
e x tr e m o s h a s ta a h o r a n o e x p lo r a d o s . E l tr a b a jo e x p e r im e n t a l c o n ra ta s y o tro s a n im a ­
le s ( K a g e l e t a l . , 1 9 8 1 , 1995) h a « r e v e la d o » q u e lo s a n im a le s tie n e n c u r v a s d e d e m a n ­
d a d e c r e c ie n t e s , i g u a l q u e lo s h u m a n o s . G a r y B e c k e r ( 1 9 9 1 : 3 0 7 ) h a a r g u m e n ta d o
a m p lia m e n t e q u e : « E l a n á lis is e c o n ó m ic o e s u n a p o d e r o s a h e r r a m ie n ta n o s ó lo p a r a la
c o m p r e n s ió n d e l c o m p o r ta m ie n to h u m a n o , s in o ta m b ié n p a r a la c o m p r e n s ió n d e ! c o m ­
p o r ta m ie n to d e o tras e s p e c ie s » . D e fo r m a s im ila r , G o r d o n T u llo c k (1 9 9 4 ) h a d e fe n d i­
d o q u e la m a y o r ía o to d o s lo s o r g a n is m o s - d e la s b a c te r ia s a la s a b e j a s - p u e d e n s e r
tra ta d o s c o m o s i tu v ie r a n e l m is m o tip o d e fu n c ió n d e p r e fe r e n c ia q u e s e le s a tr ib u y e
a lo s h u m a n o s e n lo s m a n u a le s d e e c o n o m ía . P o r e llo , lo s e c o n o m is t a s n e o c lá s ic o s
s u p o n e n q u e o t r o s a n im a le s y o r g a n is m o s ta m b ié n s o n « r a c io n a le s » . D e e s ta fo r m a , e l
n ú c le o d e lo s c o n c e p to s n e o c lá s ic o s n o s ó lo s e a p lic a n a to d a s la s fo r m a s d e s o c ie d a d (S í

h u m a n a d e s d e q u e e v o lu c io n a m o s d e lo s s im io s , s in o t a m b ié n a g r a n p a rte d e l re in o
a n im a l. S e g ú n p a r e c e , a c tu a lm e n te d is p o n e m o s d e « p r u e b a s » d e la « r a c io n a lid a d » d e
to d o , ¡d e s d e la s a m e b a s h a c ia arrib a !
In c lu s o si la lim ita m o s a la s s o c ie d a d e s h u m a n a s , e s ta b ú s q u e d a in c e s a n te d e u n i­
v e r s a lid a d p r o v o c a lo q u e su s p ra c tic a n te s d e s c r ib e n a fe c t u o s a m e n te c o m o « im p e r ia ­
lis m o e c o n ó m ic o » . S e r e f i e r e a la in v a s ió n d e o tr a s c ie n c ia s s o c ia le s p o r lo s m é to d o s
te ó r ic o -e le c t iv o s d e la e c o n o m ía n e o c lá s ic a . S e a f ir m a q u e la s s u p o s ic io n e s ce n tr a le s
d e la e c o n o m ía n e o c lá s ic a p u e d e n y d e b e n a p lic a r s e a u n a m p lio a b a n ic o d e c a m p o s
M
d e e s tu d io , in c lu y e n d o la p o lít ic a , la s o c io lo g ía , la a n t r o p o lo g ía , la p s ic o lo g ía , la h is ­
to r ia e in c lu s o la b io lo g ía , a s í c o m o a la m is m a e c o n o m ía . S e b a s a en la c r e e n c ia d e
q u e la id e a d e l « h o m b r e e c o n ó m ic o r a c io n a l» es a p r o p ia d a p a r a la c ie n c ia s o c ia l en su
c o n ju n to . E l a r g u m e n to e n fa v o r d e la c o n q u is ta d e o tra s c ie n c ia s s o c ia le s y d e la b io ­
lo g ía p o r p a r te d e lo s e c o n o m is ta s n e o c lá s ic o s s e b a s a en l a p r e s u n ta u n iv e r s a lid a d d e
id e a s ta le s c o m o l a d e la e s c a s e z , l a c o m p e te n c ia y e l in te r é s p r o p io r a c io n a l3.
T a l c o m o s e discu tirá m á s ad ela n te , esta s s u p u e sta s s u p o s ic io n e s u n iv ersales h an sido
c o n tr o v e rtid a s d e s d e e l p r in c ip io . D e h e c h o , e l e s q u e m a d e d u c tiv o b a s a d o e n a x io m a s
u n iv e r s a le s u tiliz a d o p o r M a r s h a ll en su s P r i n c i p i e s e n c o n tr ó la o p o s ic ió n d e u n g ru p o
d e e c o n o m is t a s y d e h is to ria d o r e s e c o n ó m ic o s d e fin a le s d e l s ig lo x i x , in c lu y e n d o a
W illia m C u n n in g h a m (1 8 9 2 : 4 9 3 ):

L a suposición subyacente contra la que quiero protestar es [ ...] la deque los mismos
motivos han funcionado en todas las épocas y han producido resultados similares, y
que, consecuentemente, es posible fonnular leyes económicas que describan la acción
de las causas económicas en todos los tiempos y en todos los lugares

E s t a m is m a c r ít ic a r e s u e n a a ú n h o y . S i g u e s ie n d o r e le v a n t e d e b id o a l a p a r e n te ­
m e n te im p e r e c e d e r o e n fo q u e u n iv e r s a lis ta ta n to d e la e c o n o m ía c o n v e n c io n a l c o m o
d e Ja a u s tr ia c a .

esconde su fonna específica en una sociedad de mercado: en particular, el intercambio de Jos derechos
d e p ro p ie d a d dentro de un sistema de rela ciones d e p ro p ie d a d p riv a d a (Commons, 1924, 1934). En
contraste con los sociólogos universalistas, Weber ( 1949) reconoció el problema de la especificidad
histórica y desarrolló su metodología de los «tipos ideales» para hacerle frente.
3. Algunos practicantes importantes incluyen a Becker (1976b) y Hirshieifcr (1977, 1985). Ver también
Radnitzky y Bernholz (1987) y Radnitzky (1992) y las críticas en Nicolaídes (1988} y Udéhn (1992).
LA UNIVERSALIDAD DE LA ECONOMÍA CONVENCIONAL
283

2. U n i v e r s a l i s m o v e r s u s r e a l is m o en l a e c o n o m ía d e lIAYEK

H a y e k , p o r e je m p lo , a p e s a r d e s u s in c is iv a s c r ític a s a ■
g ra n p a r te d e l a te o r ía e c o n ó ­
m ic a c o n v e n c io n a l, s ig u ió a lo s e c o n o m is ta s n e o c lá s ic o s y a o tr o s e c o n o m is t a s d e la
e s c u e la a u s tr ía c a al in s is tir e n q u e e l p u n to d e p a r tid a d e la te o r ía e c o n ó m ic a e ra n lo s
r a s g o s s u p u e s ta m e n te u n iv e r s a le s d e la s itu a c ió n e c o n ó m ic a , m á s q u e lo s r a s g o s e s e n ­
c ia le s d e u n tip o e s p e c íf ic o d e s is te m a s o c io e c o n ó m ic o . R e fir ié n d o s e a l a e s c u e la h is ­
tó r ica a le m a n a (que h a b ía in flu e n c ia d o a C u n n in g h a m , L e s lie y o tro s ), c r itic ó su e n fo q u e
a lte r n a tiv o d e la fo r m a s ig u ie n te :

Em pezar aquí, en el extrem o equivocado, buscando regularidades de fenóm enos com ­


plejo s que nunca podrán ser observados dos v eces b ajo co n d icio n e s id é n ticas, no
po día sino llevar a la con clu sión de que no existen leyes ge n e ra le s, ni necesidades
inherentes determinadas por la naturaleza p e rm an en tede los elem entos constituyen­
tes, y que la única tarea de la ciencia eco nó m ica en particular era la descrip ción del
cam bio histórico. F u e sólo a partir de este abandono de lo s m étodos de proceder ade­
cu ados, bien establecidos durante el período clásico , que se em pezó a pensar que no
había otras leyes d e la vida so cia l que no sean aquellas hechas por los hom bres, que
todos Jos fenómenos observados son sólo el producto de instituciones socia les 0 lega­
les, meras “ categorías históricas" que en ningún c a s o son fruto de los problem as eco ­
nóm icos básicos a los que la hum anidad debe enfrentarse (H a y e k , 1935: 12)1

P r e s u m ib le m e n t e , e n la c o n c e p c ió n d e H a y e k , lo s « p r o b le m a s e c o n ó m i c o s b á s i ­
c o s a lo s q u e Ja h u m a n id a d d e b e e n fr e n ta r s e » s e r e fie r e n a la e l e c c i ó n y la e s c a s e z .
P e r o p o r s í m is m o s , e s to s c o n c e p t o s s u p u e s ta m e n te u n iv e r s a le s n o s d ic e n m u y p o c o
s o b r e la s in s titu c io n e s e s p e c ífic a s c o m o la p r o p ie d a d p r iv a d a y e l m e r c a d o . A d e m á s , n o
n o s d ic e n n a d a d e lo s d ife r e n te s tip o s d e s is te m a s s o c io e c o n ó m ic o s . D e h e c h o , n in g ú n
« p r o b le m a e c o n ó m ic o b á s ic o » e s n u n c a a je n o a la s in s titu c io n e s . P o r lo ta n to , c u a n d o
h a b la n d e e s to s p r o b le m a s , m u c h o s e c o n o m is t a s n e o c lá s ic o s y l a m a y o r ía d e lo s e c o ­
n o m is ta s de la e s c u e la a u s tr ía c a su p o n e n q u e lo s « p r o b le m a s e c o n ó m ic o s b á s ic o s » d e
e le c c ió n y e s c a s e z s ó lo p u e d en s e r r e s u e lto s a tra v é s d e la in te r v e n c ió n d e lo s m e r c a ­
d o s y d e la p r o p ie d a d p r iv a d a . D e b e p o r lo ta n to s u p o n e r s e q u e e sta s in s titu c io n e s h an
e x is t id o , d e a lg u n a fo r m a , d e s d e lo s a lb o r e s d e la h u m a n id a d !
E s t a c o n fu s ió n so b re la s ca te g o r ía s u n iv e r s a le s e h is tó rica m e n te e s p e c ífic a s s e m a n ­
tie n e e n to d o s lo s e s c r ito s d e H a y e k , a p e s a r d e lo s im p o rta n te s g ir o s e n su s p o s ic io n e s 4
5

4. Obsérvense también las afirmaciones discutibles y non sequiturs en esle pasaje. Contra la posición de
Hayek, no existe ninguna buena razón en principio por la cual no puedan observarse regularidades en sis­
temas complejos (Cohen y Stewart, 1994). Como resultado, la observación empírica de los fenómenos
complejos no es necesariamente incapaz de revelar regularidades, ni lleva necesariamente a la fatra afir­
mación metodológica de que la única tarea de la ciencia económica es la descripción, Además, los estu­
diantes modernos de la complejidad son conscientes de que este tipo de regularidades no deben emanar
necesariamente de ninguna supuesta «naturaleza permanente de los elementos constitutivos». Finalmente,
si existieran este tipo de elementos perdurables, entonces seguramente estos también serían «el producto
de instituciones sociales y legales». Igual que otros teóricos de la escuela austríaca, Hayck está demasía-
do dispuesto a tirar al niño dela escuela histórica junto con el agua sucia del baño, como dice el cuento.
5. Ioannides (1992: 38) señaló acertadamente que: «El mecanismo de los precios no es el único sistema de
dispersión del conocimiento [ ...] las nonnas de conducta y las ínstiruciones sociales que han evoluciona­
do a lo largo de los siglos [ ...] conslituyen en sí mismas un sistema de diseminación del conocimiento».
284 CRITICA A LA ECONOMIA ORTODOXA

metodológicas a través de los años (Caldw ell, 1988; Pleetwood, 1995; Law son, 1994, : ■
1996, 1997). Probablemente, el rechazo a ligarse a lo específico es en parte el respon- i ■

sable del rechazo de Hayek a la palabra «capitalism o» para describir la sociedad exis­
tente o su sociedad ideal. Escribió, con cierta vaguedad, acerca del «sistema libre» y de : V
la «gran sociedad», pero está claro que se refería a un sistema dominado por los ínter-
cam bios de mercado y la propiedad privada individual. Sin em bargo, a su vez, estos .
términos no fueron definidos adecuadamente.
L a confusión se ejem plifica en el tratamiento de H ayek del mercado. D e hecho, v
en su trabajo encontramos dos concepciones diferentes del mercado. En algunos pasa- : ■
jes, H ayek (1982, vol. 3: 162) mantiene una concepción del mercado com o el contex- :
to general en e l que produce la selección com petitiva. E n esta visión, el mercado es ■i
simplemente el foro en el que colisionan los propietarios individuales. E l mercado es
visto en sí m ism o como desprovisto de instituciones o normas: éstas aparecen en el :
mercado simplemente a través de los intercambios de los individuos involucrados. L a :
cuestión crucial sobre cóm o se originó este viejo contexto general de competencia y ¡
el propio intercambio se dejó abierta.
Criticando a H ayek por este tema, V ícto r Vanberg ( 1986: 75) señaló que el mer- L :¡
cado «es siempre un sistema de interacción social caracterizado por un m a r c o i n s t i t u - ;;
c i o n a l específico, es decir, por un c o n j u n t o d e n o r m a s que definen ciertas restricciones v:
al comportamiento de los que participan en e l m ercado». Tanto si estas normas son
formales com o inform ales, el resultado es que no existe tal cosa com o un «mercado /L
auténtico y sin obstáculos» que opere en un vacío institucional. «Esto plantea la cues­
tión de qué normas pueden ser consideradas “ apropiadas” en el sentido de permitir un
funcionamiento beneficioso del mecanismo de m ercado» (íbid: 97).
En especial, el mercado en sí no es un dato natural o éter, sino que es en sí m ism o
una i n s t i t u c i ó n s o c i a l gobernada por un conjunto de normas que definen restricciones
sobre algunos comportamientos y legitim an a otros. A d em ás, el m ercado está necesa­
riamente vinculado a otras instituciones sociales como el Estado, y es prom ovido, e
incluso a veces creado, a partir de un diseño consciente6. D ado que los m ercados son ■
en sí mismos instituciones, pueden crecer o decaer igual que otras instituciones y com ­
petir con ellas por los recursos y la hegemonía.
En su último libro, H ayek (1988: 38-47) presentó e l mercado com o una institución
entre otras, más que com o en el contexto supremo de la com petencia. Esto pudo corre­
gir su error anterior, pero creó otros problemas teóricos. H ayek afirmó que el mercado
no es en sí m ism o el contexto de la evolución, sino una estructura o un orden evoluti­
vo: un resultado específico de Ja evolución. Sin embargo, esta interpretación dejó abier­
ta la naturaleza del contexto en el que emerge el m ercado. Suponer que el mercado
emerge en un entorno de mercado sugirió la posibilidad no reconocida de la existencia
de un embrión de un conjunto de estructuras de mercado en las que se produce la selec­
ción competitiva: un mercado para los m ercados7- Pero si este fuera el caso, entonces :

6. Para argumentos similares y relacionados, ver Commons (1934: 713), Dosi (1988a) y Hodgson ( 1988:
cap. 8). .
7. Un problema similar aparece en un trabajo anterior de North (1978: 970), donde sugirió que losEstados
Unidos han adoplado la regulación política de liIS transacciones económicas y no los mercados puros debi­
do al precio relativo de estas dos opciones. North no describe el contexto estructural en el que se pro-
LA UNIVERSALIDAD DE LA ECONOMÍA CONVENCIONAL 285

d e b e e x is t ir a lg ú n otro m e rc a d o en e l q u e s e p r o d u z c a la s e le c c ió n p a ra e s te m e rc a d 0
p a r a lo s m e rc a d o s , y a s í s u c e s iv a m e n te d e f o n n a in d e f in id a C la r a m e n te , e s to n o p u e d e
s e r s ie m p r e así: d e b e lle g a r un m o m e n to e n e l q u e e l m e r c a d o s e a s o b r e p a s a d o . D e b e
e x is tir un co n tex to d iferen te al d e l m e rc a d o , en e l q u e se p ro d u ce la s e le c c ió n . S i , en c a m ­
b io , su p o n e m o s q u e e l m e r c a d o e s tá s ie m p re a h í c o m o un c o n te x to p ara la b a ta lla c o m ­
p e titiv a , e n to n c e s H a y e k e s c u lp a b le d e l m is m o e rro r q u e lo s e c o n o m is ta s n e o c lá s ic o s :
e l d o ta r a l fe n ó m e n o e s p e c íf ic o d e l m e r c a d o d e u n a f a ls a u n iv e r s a lid a d .
S i e l m e rc a d o m is m o e v o lu c io n a , e n to n ce s es r a z o n a b le prestar u n a a te n c ió n im p o r­
tan te a la p o s ib ilid a d d e la e m e r g e n c ia d e d ife r e n te s tip o s d e m e r c a d o s , c o n d ife re n te s
estru ctu ra s y n o rm a s c o n s titu y e n te s . P e r o J i m T o m lin s o n en co n tró q u e H a y e k , ig u a l
q u e m u c h o s otros e c o n o m is ta s , in c lu y e n d o a n e o c lá s ic o s y m a r x is ta s , tra ta b a n e l m e r­
c a d o c o m o un p r in cip io a b stra cto , in d e p e n d ie n te d e su c o m p o s ic ió n in s titu c io n a l y c u l­
tu ra l. S in e m b a r g o , ta l y c o m o h e m o s s e ñ a la d o e n e l c a p ítu lo a n te r io r , lo s m e r c a d o s
so n fe n ó m e n o s a lta m e n te v a r ia d o s . C o n s e c u e n t e m e n t e , ta l y c o m o p la n te ó T o m lin s o n
( 1 9 9 0 : 1 2 1 ): « la d e s e a b ilid a d p o l ít ic a d e lo s m e r c a d o s n o p u e d e j u z g a r s e s e p a r a d a ­
m e n te d e la p e cu lia rid a d e s d e l m e r c a d o a fe c t a d o » .
A d e m á s , e s r a z o n a b le a fir m a r q u e n iv e le s t a n a lto s d e s e le c c ió n c o m p e titiv a c o m o
é s to s d e b e n s u p o n e r la s e le c c ió n d e d ife r e n te s tip o s d e in s t it u c ió n , in c lu y e n d o fo r m a s
ta n to d e m e r c a d o c o m o n o d e m e r c a d o , c o e x is t ie n d o m u c h a s v a r ie d a d e s . P a r a fu n c io ­
n a r a n iv e le s tan a lto s , la c o m p e t e n c ia in s t it u c io n a l d e b e in c lu ir d ife r e n te s tip os d e
e s tr u c tu r a s d e p r o p ie d a d y d e m e c a n is m o s d e a s ig n a c ió n d e r e c u r s o s , to d o s c o e x is ­
tie n d o e n u n a e c o n o m ía m ix t a . E s t o e s b a s ta n te c o n tr a r io a la p o s tu ra p o lít ic a p r e fe r i­
d a de H a y e k .
E n la r a íz , e n c o n tr a m o s un p r o b le m a m e t o d o ló g ic o en e l e n fo q u e d e la e s c u e la
a u s tr ía c a . P o r u n a p a rte, in ten tan r e p r o d u c ir la m e to d o lo g ía n e o c lá s ic a d e p a a l r d e ra s­
g o s s u p u e s ta m e n te p e rm a n e n te s y u n iv e r s a le s d e la « s itu a c ió n e c o n ó m i c a » . P o r o tra
p a r te , s e r e fie r e n -a l fu n c io n a m ie n t o d e los m e r c a d o s r e a le s y e x a m in a n la fo r m a c ió n
d e c r e e n c ia s y e x p e c t a t iv a s e n e s e c o n t e x t o . P e r o p a r a r e c o n c ilia r e s to s p r in c ip io s ,
m a n tie n e n u n a n o c ió n d e l m e r c a d o m e d io fo r m a d a y d e s in s t itu c io n a liz a d a q u e n o es
co h e r e n te n i c o n la re a lid a d n i c o n la im a g in a c ió n . E s tá n atra p ad os en tre , p o r u n a parte,
a lg u n a s in c lin a c io n e s g e n u in a m e n te r e a lis ta s p o r e l e s tu d io d e la s es tru ctu ra s s o c ia le s
r e a le s y , p o r o tr a , u n a c r e e n c ia e q u iv o c a d a en Ja u n iv e r s a lid a d d e to d o s lo s p r in c ip io s
« e c o n ó m ic o s » .

3. L a s e s p e c if ic id a d e s id e o l ó g ic a s o c u l t a s

L a e s c a s e z y la c o m p e te n c ia no s o n ta n u n iv e r s a le s c o m o p r e s u m e n lo s e c o n o m is ta s
n e o c lá s ic o s y a u s tr ía c o s . A l e x t e n d e r la s id e a s d e e s c a s e z y c o m p e t e n c ia a l m u n d o
n a t u r a l, lo s im p e r ia lis ta s e c o n ó m ic o s r e p r o d u c e n a lo s d a r w in is ta s s o c ia le s q u e f u e ­
r o n im p o rta n te s en lo s ú ltim o s a ñ o s d e l s ig lo x i x y p rim e ro s d e l x x . C o m o u n a r e a c c ió n
co n tra lo s d a rw in ista s s o c ia le s , P e t r K r o p o t k in u t iliz ó su p r o p ia e x p e r ie n c ia d e c a m p o
p a r a p u b lic a r A y u d a m u t u a e n 190 2 , p re s e n ta n d o a b u n d a n te s pru ebas p ro ce d e n te s d e la

duce estaseSección entre (digamos) órdenes de mercado y no de mercado. Como respuesta, Mirowski
(J 981: 609) señaló que esto deja sin resolver el tema de «qué estructuras organi7;m
, este “mela-merca-
do” para permitimos comprar más o menos organización de mercado».
286 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

biología que demostraban que la com petencia y la escasez no son leyes ni universales
ni naturales. Adicionalm ente, Herman Reinheim er (1913) rechazó la universalídad de
la competencia tanto en la esfera social com o en la natural. D esde entonces, muchos
estudios posteriores han confirm ado la idea de que existen abundantes casos de co o ­
peración tanto en la naturaleza com o en la sociedad humana, y ejem plos relativamen­
te limitados de competencia directa por recursos escasos. Ni la biología ni la antropología
apoyan la presuposición universal de la com petencia y la escasez8.
En un ataque directo a Robbins y otros economistas neoclásicos, M arshall Sahlins
(1972) dem ostró que las econom ías tribales difieren del capitalism o al no generar
deseos infinitamente crecientes91
. Adem ás, y de nuevo en contraste con el capitalism o,
0
las sociedades tribales, de cazadores-recolectores en las regiones tropicales, disponen
de tal abundancia de com ida y otros bienes básicos que los recursos, en la práctica,
son ilim itados. A s í, y para invertir la posición neoclásica, es posible que en estos casos
existan vastos recursos y escasos deseos*^ Incluso en una sociedad capitalista moder­
na, tal com o Stephen Lea et al. (1987: 111) afirmaron después de un cuidadoso estudio
de las pruebas: «el axiom a de la avaricia debe ser rechazado ya que las personas rea­
les, a diferencia del homo economícus, no son insaciables».
Existen otros ejemplos importantes de incumplimiento de la ley de Ja escasez, muy
apropiados para las econom ías modernas. Nótese que Robbins (1932: 12-16) vinculó
explícitamente el concepto de escasez a la noción de un recurso que es «limitado». E l
hecho de que un bien o un servicio pueda ser deseado o necesitado por un individuo no
es suficiente para hacer que éste sea escaso, al menos según la definición de Robbins. Sin
embargo, si nos mantenemos fieles al uso que Robbins hace del término, podemos ver
que hay diferentes ingredientes importantes de los sistemas socioeconóm icos que no
son «escasos». Por ejemplo, la confianza, que se considera tan central al funcionamiento
de una econom ía, no es un recurso escaso en el sentido de que su oferta sea limitada.
L a confianza aumenta cuanto más se utiliza o se cuenta con ella. D e forma parecida,
las reservas de honor o de respeto mutuo no disminuyen a m edida que se utilizan. L a
escasez no es coherente con el fenómeno permanente del desempleo m asivo; en estas
circunstancias, la fuerza de trabajo está lejos de estar limitada o de ser escasa.
Otra lim itación - c r u c ia l- del principio neoclásico de la escasez se presenta tam ­
bién en referencia a la cuestión de la información y el conocimiento. L a información es

8. Ver, por ejemplo, Allee (1951), Augros y Stanciu (1987), Benedict (1934), Lewontin (1978), Mead
(1937), Montagu (1952), Whecler ( 1930) y Whitehead ( 1926).
9. Sahlins fue alumno del insliluctonalisla Karl Polanyi.
10. Polanyi, Sahlins y otros han sido criticados por Granovetter (J985) por negar la aplicación universal
de principios «económicos» como el 1nbajo-ocio,
r el intercambio o la influencia de la oferta y la deman­
da sobre el precio. En su lugar, Polanyi y sus seguidores afirman la universalidad de relaciones huma­
nas como la reciprocidad. Parte del problema aquí es la definición de la naturaleza de lo «económico»
y los límites de la «economía». No debería suponerse que la «economía» está necesariamente defini­
da como el dominio en el que se aplican los principios de la economía neoclásica. Tal presunción supon­
dría erróneamente que la economía neoclásica proporciona una fotografía adecuada y aceptable del
capitalismo, los mercados, el intercambio, etcétera. He criticado esta idea en otros lugares (Hodgson,
1992a). En este trabajo se acepta que algunos principios universales de¡ análisis sociocconómico son
necesarios y de hecho inevitables, pero no debería darse por sentado que estos sean los principios de
la economía neoclásica. Gran parle del debate sobre el «enraizamiento» de la economía sufre de esta
presuposición, o de dar por sentado lo que se quiere decir con dominio «económico».
LA UNIVERSALIDAD DE LA ECONOMÍA CONVENCIONAL 287

u na m e rc a n c ía p e c u lia r, y a q u e d e sp u é s d e v e n d e r s e p u e d e s e g u ir ig u a lm e n te e n m a n o s
d e l v e n d e d o r . N i la s h a b ilid a d e s n i e l c o n o c im ie n to s o n d a d o s o lim ita d o s , d e b id o a l
fe n ó m e n o d e l « a p r e n d iz a je a trav és d e la a c c ió n » . T a l c o m o A lb e r t H ir s c h m a n (1 9 8 5 :
16) s e ñ a ló : « L a u t iliz a c ió n d e u n r e c u r s o q u e c o n s is te e n u n a h a b ilid a d tie n e e l e fe c to
in m e d ia to d e m e jo r a r la h a b ilid a d , d e in cr e m e n ta r (y n o d e r e d u cir) s u d is p o n ib ilid a d » .
E s p e c ia lm e n t e en la s e c o n o m ía s e n c r e c im ie n t o y d e c o n o c im ie n to in te n s iv o d e l
c a p ita lís m o m o d e r n o , la lla m a d a « le y » u n iv e r s a l d e la e s c a s e z n o s e c u m p le . In c lu s o e n
l a m o d e rn a e r a d e l a c o m p e t e n c ia y la a d q u is ic ió n , e l c o n c e p t o d e la e s c a s e z e s d ifíc il
d e a p lic a r a fe n ó m e n o s tan im p o r ta n te s c o m o la in fo r m a c ió n y e l c o n o c im ie n t o . E l
c o n o c im ie n t o y la in fo r m a c ió n n o s o n e s c a s o s e n e l s e n tid o d e q u e s o n u n re cu rs o fijo .
In c lu s o si la e c o n o m ía n e o c lá s ic a a b a n d o n a r a s u s a fir m a c io n e s u n iv e r s a lis ta s y s e c o n ­
centrara en un g r u p o m á s lim ita d o d e tip o s d e s iste m a s s o c io e c o n ó m ic o s , s e g u ir ía e n c a ­
ja n d o m a l e n la e r a m o d e rn a .
E v id e n t e m e n t e , a lg u n a s c o s a s , c o m o e l tie m p o , s o n u n iv e r s a lm e n te e s c a s a s . L o
r e m a r c a b le , sin e m b a r g o , es q u e l a lla m a d a « l e y » d e Ja e s c a s e z n o e s a p lic a b le a to d o .
Y q u e la s e x c e p c io n e s in c lu y e n fe n ó m e n o s c r u c ia le s c o m o e l c o n o c im ie n to .
E n r e s u m e n , e l s u p u e s t o in d iv id u o m a x i m iz a d o r d e l a u tilid a d e n u n m u n d o d e
e s c a s e z n o e s ta n u n iv e r s a l c o m o n o r m a lm e n te p r o c la m a n lo s t e ó r ic o s d e la e c o n o m ía
n e o c lá s ic a . U n a r g u m e n to q u e e s tá a p a r e n te m e n te t ip ific a d o e n u n a s o c ie d a d c a p it a ­
lis ta e s e x t e n d id o , s in n in g u n a g a r a n tía , p o r p a r te d e lo s e c o n o m is ta s c o n v e n c io n a le s ,
a to d a s la s fo r m a s d e s is te m a s s o c io e c o n ó m ic o s . A u n q u e la e c o n o m í a c o n v e n c io n a l
g e n e ra lm e n te a fir m a se r u n iv e r s a l, a l e n fa tiz a r e l in d iv id u a lis m o , la e s c a s e z y Ja c o m ­
p e te n c ia , su a n á lis is r e f le ja la s c o n c e p c io n e s id e o ló g ic a s d o m in a n te s q u e e n c o n tr a m o s
e n E u r o p a y e n A m é r ic a e n l a e r a m o d e r n a .
S in e m b a r g o , la id e o lo g ía n o s e c o r r e s p o n d e n e c e s a r ia m e n te c o n J a r e a lid a d . N o
es co r r e c to s u g e rir q u e l a e c o n o m ía n e o c lá s ic a re p re se n ta e s tricta m e n te u n a e c o n o m ía
c a p ita lis ta o d e m e r c a d o , de n in g ú n t ip o . A u n q u e sus r e p r e s e n ta c io n e s te ó r ic a s e m a ­
n an d e la e r a m o d e rn a d e l in d iv id u a lis m o y e l c o m e r c io , e s s ig n ific a tiv a su in c a p a c id a d
d e p r o p o r c io n a r u n a c o r r e c t a v is ió n d e l a é p o c a .
¿ A q u é s e d e b e e s to ? U n a c o n s tr u c c ió n te ó r ic a ce n tra l e n l a e c o n o m ía c l á s i c a e s la
te o r ía w a lr a s ia n a d e l e q u ilib r io g e n e r a l. E s t a s e b a s a e n J a id e a d e u n « s u b a s ta d o r »
w a lr a s ia n o q u e c o o r d in a e l m e r c a d o . E n e s te m o d e lo , lo s a g e n te s n o p u e d e n r e a liz a r
c o n tr a to s v in c u la n te s e n tr e e llo s h a s ta q u e to d o s lo s m e rc a d o s esté n e q u ilib r a d o s . E s te
su p u esto e s n e c e s a r io p a r a q u e l a te o r ía fu n c io n e p e ro o b v ia m e n te no e s re a lista : lo s
c o m e r c ia n te s en e l m u n d o r e a l n o e s p e r a n a q u e se p r o d u z c a e l e q u ilib r io d e l m e r c a d o
para ce rrar co n tra to s e n tre s í.
L o s in ten to s d e in clu ir e l tie m p o y e l c a m b io en e l m o d e lo w a lra s ia n o h an s e g u id o e l
tra b a jo p io n e ro d e K e n n e t h A r r o w y G e r a r d D e b r e a L a id e a b á s ic a es in c o r p o r a r p ro ­
d u c to s y d e s a r r o llo s fu tu r o s a l su p u e s to d e un g r u p o c o m p le t o d e m e r c a d o s fu tu r o s .
A d ic io n a lm e n t e , e l m o d e lo in c lu y e m e rc a d o s p a r a c a d a p o s ib le « e s ta d o d e l m u n d o » . E l
in te r c a m b io e n to d o s lo s m e r c a d o s , presentes y fu tu r o s , e s c o o r d in a d o d e u n a s o la v e z
p o r e l m u y e n é r g ic o y o m n ip r e s e n te su b a s ta d o r. S in e m b a r g o , e l n e g o c ia r s im u ltá n e a ­
m e n te en tan to s m e rc a d o s c o m p o r ta a c a d a a g e n te p ro b le m a s c o m p u ta c io n a le s in m a n e ­
ja b le s . P o r lo tanto, e l p r in c ip a l teó rico n e o c lá s ic o K e n n e t h A r r o w (1986: S 3 9 3 ) c o n c lu y ó
ab iertam en te: « U n s is te m a d e e q u ilib r io g e n e r a l c o m p le to [ . . . ] r e q u ie re m e r c a d o s p a ra
to d a s la s c o n t in g e n c ia s e n to d o s lo s p e r io d o s fu tu ro s. T a l s is t e m a n o p o d r ía e x is tir » .
288 CRÍTJCAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

Tam poco el dinero está presente en el m odelo walrasiano. Tal com o escribió Frank
Hahn (1988: 972), colaborador de Arrow e importante teórico del equilibrio general: «la
teoría monetaria no puede sencillamente injertarse en la teoría walrasiana con algunas
m odificaciones menores. El dinero es una señal externa de que Ja econom ía no está
adecuadamente descrita por Ja prístina construcción de A rrow y Debreu». E l promi­
nente teórico neoclásico Fritz M achlup (1967) también ha admitido que la teoría neo­
clásica de la empresa es en realidad una teoría de los precios y costes del mercado, y que
consecuentemente no tiene nada que ver con las empresas. D e forma similar, críticos
de la teoría neoclásica com o Brian L o asby (1976) y NeiS K a y (1984), han afirm ado
que en el análisis del equilibrio general, incluyendo sus versiones probabílísta o con- ,
tingentes, en teoría no existe ninguna necesidad de formas de organización que no sean
de mercado.
Se admite, por lo tanto, -in clu so por parte de algunos de sus exponentes principa- T
le s- que la teoría económ ica neoclásica, al menos en su versión walrasiana, no inclu- :
ye satisfactoriamente el dinero, los mercados o las empresas. ¡U n a teoría así no puede
ser una representación adecuada de ningún tipo de econom ía capitalista! Este punto T
queda reforzado por el hecho de que la teoría walrasiana fue utilizada por Oskar Lange ■:
y otros - t a l corno se ha explicado anteriormente en el capítulo 2 - para construir un (T i
modelo de una econom ía planificada centralmente con empresas nacionalizadas y sin TÉ;
verdaderos m ercados en su núcleo. Por lo tanto, la teoría walrasiana no está específi­
camente enraizada en el capitalismo. ■
:é t
L a econom ía n eoclásica no es sólo estrictamente in con ecta, sino también in su fi- T ;::
v cientemente específica. Su universalidad es falsa y su especificidad no es representa­
tiva de las relaciones y estructuras características de los sistemas socioecon óm icos :|T
modernos. L a ironía consiste en que, al intentar erigir un análisis universal del co m - T *'
portamiento socioeconóm ico, la econom ía neoclásica acaba basándose en un grupo :.T T
específico de conceptos aparentemente asociados a una econom ía de mercado in d ivi­
dualista y com petitiva. L o que pretendía ser universal acaba siendo específico. Pero Té :
dicha especificidad no es la de los rasgos reales de ningún capitalism o realmente exis- (T ■
"
tente. Tales texturas institucionales están ausentes del sistema teórico. Por el contra­
rio, la imagen que se representa es tanto específica com o irreal. É l:4

4. L O S LÍMITES DEL ANÁLISIS CONTRACTUAL :(

Rem arcablem ente, la teoría neoclásica demuestra que existen límites a los m ercados É l)
y al intercam bio. Tal com o se ha afirmado antes, si la teoría walrasiana del equilibrio
general se extiende para cubrir todos los mercados presentes y futuros, los agentes se É|:
enfrentan a problemas com putacionales inm anejables. En un artículo brillante, R o y ÉT
Radner (1968) mostró que las demandas inform acionales al subastador serían excesi- té
vas en tal sistema walrasiano completamente especificado. Por ejem plo, con sólo cien lii
mercancías, cien estados posibles del mundo y cien fechas presentes y futuras, deberían l|í
existir un m illón de m ercados diferentes. S e supone que los agentes deben observar :
Sos precios en todos estos mercados y realizar ofertas apropiadas. Evidentemente, esto lg
es absurdo. En la línea del concepto de «racionalidad lim itada» de Herbert Sim o n .i; g
(1957), Radner afirm ó que el número de mercados y Ja cantidad de inform ación que i#
cada agente debe procesar debe reducirse drásticamente para aproxim arse a un m ode- ■
LA UNIVERSALIDAD D ELA ECONOMÍA CONVENCIONAL

lo viable. En un m odelo adecuadam ente realista, es im posible dar cabida a una lista
com pleta de mercados futuros, en parte debido a la creciente com plejidad y a lo S pro­
blemas de inform ación que ello supone. Consecuentemente, en el mundo real siem pre
habrá «mercados perdidos».
P o r estas y otras razones, los mercados no pueden ser omnipresentes. Sin embar­
go , la econom ía neoclásica todavía considera todas las relaciones sociales como si
estuvieran potencialmente sujetas a contratos y al intercambio. Este aplastante énfa­
sis contractual o lv id a las lim itaciones prácticas de los contratos en el mundo real.
Porque Jos contratos no pueden formularse de forma que cubran todas las eventua­
lidades, las instituciones juegan un papel crucial facilitando las relaciones entre las
personas y ayudando en la toma de decisiones. L a institución del dinero, por ejem ­
plo, proporciona reservas para hacer frente a un futuro incierto. Guardamos dinero pre­
cisam ente porque no conocem os todos los intercam bios futuros: el conocim iento
exacto de los m om entos y cantidades de los ingresos y gastos futuros es im posible.
Igualmente, el uso del contrato de em pleo en la empresa se especifica de form a incom­
pleta, ya que los em presarios no pueden predecir todas las eventualidades futuras
(Sim on, 1951, 1957). L a instituciones como el dinero y la empresa aparecen cuando
no existen m ercados adecuados para todas las m ercancías contingentes, debido a la
incertidu m bre y a que nadie sabe co m o e sp e cifica r lo s gru pos de con tin gen cias
(Loasby, 1976). E l dinero y el contrato de em pleo son ejem plos de instituciones que
proporcionan reservas a través d el tiempo para hacer frente a la incertidumbre y al des­
conocim iento.
L a teoría n eo clá sica, al señalar los «m ercados perdidos», ella m ism a sugiere la
necesidad de instituciones no de mercado, pero no puede analizarlas adecuadamente
debido a sus suposiciones centrales. Los mercados perdidos a veces son tratados como
el resultado de las lim itaciones ahistóricas de la psique hum ana (M a g ill y Q u inzii,
1996) más que com o estructuras sociales específicas. A lgu n os de los «m ercados per­
didos» más importantes en el capitalism o - Ja ausencia de mercados futuros de trabajo,
habilidades y conocim iento- no reciben, por lo tanto, el énfasis suficiente. L a incerti­
dumbre acerca del futuro - l o que significa que no se pueden calcular las probabilida­
des de los h ech os- es ignorada, cuando una de las funciones vitales de las instituciones
es ayudar a los agentes a hacer frente a esta incertidumbre. A u n qu e los economistas
n eoclásicos han progresado algo incorporando las instituciones en sus m odelos, a l
menos por esta razón, su éxito siempre será lim itado11^
Considerem os la fam ilia o el hogar. E n el pasado, la teoría económ ica neoclási­
ca, tradicionalm ente, o bien ha ignorado a la fam ilia com o institución o la ha tratado
com o si fuera un ú n ico ind ividu o: personificando el paternal «ca b eza de fam ilia»
co m o la fa m ilia en su conju n to12. Sin em bargo, teóricos neoclásicos com o B ecker
(l 976a, l 991), desarrollaron posteriormente un modelo teórico de la fam ilia que reco­
nocía a los individuos que la integran, pero que trataba al hogar com o si fuera un mer­
cado y una institución basada en el contrato, indistinguible en esencia del mercado o
de una empresa capitalista. Au n qu e las ideas de B ecker no las comparten todos los

11. Para un estudio del enfoque neoclásico y otros al análisis de las instituciones, ver Hodgson (1993a).
12. Para un debate sobre el tratamiento de las mujeres en la teoría económica de Smith a Pigou, ver Pujol
(1992).
290 C R Í T I C A A L A E C O N O M ÍA O R T O D O X A

e c o n o m is t a s n e o c lá s ic o s , so n ilu s t r a t iv a s d e la c e g u e r a in s t itu c io n a l d e la te o r ía n e o - i
c l á s ic a 13. ¡
S in n in g u n a ir o n ía , B e c k e r ( l9 7 6 a : 2 0 6 ) e s c rib ió q u e : «Se p u e d e p r e s u m ir q u e e x is ­
te un mercado p a ra lo s m a tr im o n io s » . E s d e sta ca b le q u e , p a ra B e c k e r , lo s m e rcad o s son
p o c o m á s q u e m e d io s p o r lo s c u a le s los a g e n te s p u e d en tran sar d e a lg u n a fo r m a d ifu s a ;
p a r a q u e c a d a u n o a u m e n te s u p r o p ia u t ilid a d . A s í , d e un g o l p e , c o n fu n d ió c in c o c o s a s •
d ife r e n te s : a) la n o e x is te n te v e n ta d e m a trim o n io s p e r s e ( lo s m a tr im o n io s , c o m o ta le s ,
permiso p a r a c a s a r s e d e lo s p a d r e s u
n o p u e d en s e r v e n d id o s ) , b) la p o s ib le venta, d e l
servicios de infor­
o tr o s , s e g ú n la c o s tu m b r e c o r r e s p o n d ie n te , c) la p o s ib le v e n ta d e lo s
mación de las agencias de contactos u oficinas matrimoniales, d) la p o s ib le v e n ta de
servicios sexuales o d e acompañamiento, co n la e x p e c t a t iv a d e m a tr im o n io , e x p líc ita - ■'
m e n te a c a m b io d e d in e r o u o tra s m e r c a n c ía s , y e ) la s o fe r ta s y p e d id o s d e s e r v ic io s
sexuales, q u e p u e d e n lle v a r a l m a trim o n io p e ro q u e n o s e a c o m p a ñ a n d e d e m a n d a s a
c a m b io d e d in e r o o d e o tras m e r c a n c ía s , d e fo r m a q u e n o c o n fo r m a n c a s o s e s tr ic to s de
« o fe r ta » y « d e m a n d a » en e l s e n tid o e c o n ó m ic o . B e c k e r p a r e c ía c ie g o an te estas im p o r - ■
tan tes d is tin c io n e s in s titu c io n a le s . S in e m b a r g o , la s n o rm a s c u ltu r a le s m o d e rn a s d ife ­
ren cia n fu e rte m en te en tre, p o r u n a p a rte , las ac tiv id a d e s d o m é s tic a s y s e x u a le s o b te n id a s
a tr a v é s d e l p a g o m o n e ta rio , y , p o r o tra , la s o b te n id a s d e fo r m a n o c o m e r c ia l. E s ta s d ife ­
r e n c ia s se e lu d e n en e l a n á lis is d e Ja fa m ilia de B e c k e r . L a te o r ía n e o c lá s ic a g e n e r a l­
m e n te d e s c u id a e sta s d is tin c io n e s m o r a le s , cu ltu r a le s e in s titu c io n a le s .
C o m o r e s u lta d o , a u n q u e lo s e c o n o m is t a s m o d e r n o s r e c o n o c e n a m p lia m e n t e la
n e ce s id a d d e a n a liz a r e l h o g a r en térm in o s d e ¡o s in d iv id u o s q u e lo c o m p o n e n , e l re su l­
tad o es e l trato d e to d a s la s r e la c io n e s e n tre in d iv id u o s d e fo r m a p u r a m e n te c o n tr a c ­
tu a l. S in t o m á t ic a m e n t e , e n e s te e n fo q u e n o h a y n in g u n a lín e a d iv is o r i a c o n c e p t u a l
e n tr e la fa m ilia y e l m e r c a d o . N u e s tr a r e la c ió n c o n n u e s tro c ó n y u g e s e c o n s id e r a c o m o '
c o n c e p tu a lm e n te e q u iv a le n t e a n u e stra r e la c ió n co n n u e s tro ten d e ro . P o r lo ta n to , Ja
e c o n o m ía n e o c lá s ic a es in c a p a z d e c o n c e p tu a liz a r lo s r a s g o s in s titu c io n a le s e s p e c ífic o s
d e l h o g a r y d e la s r e la c io n e s h u m a n a s e s p e c ia le s q u e s e e n ta b la n e n e s te á m b ito .
E s t a c e g u e r a c o n c e p tu a l es u n im p o rta n te h a n d ic a p . A p a r t e d e n o r e c o n o c e r la d ife ­
re n cia e n tre in stitu c io n e s y p rá ctica s co m e rcia le s y n o c o m e r c ia le s d e n tr o d e l ca p ita lis m o ,
se o lv id a n lo s lím it e s in t r ín s e c o s d e lo s m e r c a d o s y lo s c o n tr a to s . E s t o tie n e c o n s e ­
c u e n c ia s d e v a sta d o ra s tan to p a r a e l a n á lis is d e lo s d ife r e n te s tip o s d e c a p it a lis m o c o m o
p a r a e l r e c o n o c im ie n t o d e lo s lím it e s d e l c a p ita lis m o m is m o .
P e r o la f a m ili a m o d e r n a n o e s tá a ú n c o m p le t a m e n t e in v a d id a p o r la s r e la c io n e s
c o m e r c ia le s , y la s n o rm a s c u lt u r a le s a ú n so n s e n s ib le s a e s te h e c h o . L a e c o n o m ía n e o ­
c lá s ic a o b ie n ig n o r a a la f a m ili a o in te n ta fo r z a r la a u n a n á lis is p u r a m e n te c o n tr a c ­
tu a l. E s t e h a ■
s id o un p r o b le m a c o n s ta n te . T a l c o m o s e ñ a ló e l g r a n e c o n o m is ta ir la n d é s
T . E . C l i f f e L e s lie (1 8 8 8 : 1 9 6 ), c r itic a n d o la e c o n o m ía h e d o n is ta c o n v e n c io n a l d e su
tie m p o : ®

13. Es destacable que los crudos y frecuentes intentos de Bcckcr de extender el análisis «económico» a ::
instituciones específicas hayan utilizado nonnalmente variaciones paramétricas en una estructura teó- .1
rica universal. De aquí que Bccker (1991, cap. 8) debatiera factores tales como el mayor grado de
«altruismo» encontrado en la familia comparado con el mercadoabierto, pero atribuyó esta diferencia í
a variables universales como el nivel de familiaridad en las relaciones, impulsado por consideraciones
universales como la «eficiencia». (
LA UNIVERSALIDAD D ELA ECONOMÍA CONVENCIONAL 291

La familia no encuentra lugar en un sistema que sólo reconoce a los individuos, y


ningún otro motivo salvo el beneficio personal. Pero sin la familia, y los motivOS
tanto altruistas como personales que la mantienen, el funcionamiento del mundo
podría llegar casi a pararse.

D e f o r m a m á s g e n e r a l, en e l c a p ít u lo a n te r io r s e h a a fir m a d o q u e e x is t e n lím ite s a


l a e x te n s ió n d e la s r e la c io n e s d e m e r c a d o y c o n tr a c tu a le s e n e l c a p ita lis m o . D e h e c h o ,
la so b r e e x te n s ió n d e l m e r c a d o y d e la s r e la c io n e s p u r a m e n te c o n tr a c tu a le s a m e n a z a r ía
co n r o m p e r lo s la z o s c u lt u r a le s y d e otro t ip o q u e son n e c e s a r io s p a ra e l f u n c i o n a ­
m ie n to d e l s is te m a e n su c o n ju n to .
L o s m e r c a d o s y e l in te r c a m b io n o p u e d e n g o b e r n a r to d a s la s r e la c io n e s d e n tr o d e
u n a s o c ie d a d c a p it a lis t a S i n e m b a r g o , la e c o n o m ía n e o c lá s ic a n o p u e d e d is tin g u ir en tre
la s r e la c io n e s c o m e r c ia le s y la s n o c o m e r c ia le s , d e fo r m a q u e e v it a e l p r o b le m a . C i e g a
a l a n a tu r a le z a y lo s lím it e s d e lo s m e r c a d o s r e a le s , trata to d a s la s r e la c io n e s c o m o s i •
fu e ra n tr a n s a c c io n e s d e m e r c a d o 1^ P e r o la d is tin c ió n e n tre la s r e la c io n e s d e m e r c a d o
y la s q u e n o lo so n e s ta n to im b o r r a b le c o m o ce n tr a l a l a n a tu r a le z a d e l c a p it a lis m o .
S i g n ific a t iv a m e n t e , c o m o s e a fir m a m á s a d e la n te , lo s lím it e s p r e c is o s d e l a d e m a r c a ­
c ió n a fe c ta n p ro fu n d am en te a la n atu raleza d e la variedad e s p e c íf ic a d e l s is te m a ca p ita lis ta

5. A cto r y estr u ctu ra

L a e c o n o m ía n e o c lá s ic a p o n e u n g r a n é n fa s is en la in d iv id u a lid a d y l a e l e c c i ó n . S in
e m b a r g o , s e p u e d e a r g u m e n ta r q u e l a e le c c ió n lib r e s e n ie g a d e h e c h o y q u e la te o r ía
n e o c lá s ic a co n v ie r te a l in d iv id u o e n p ris io n e ro d e su s p r e fe r e n c ia s y c r e e n c ia s , in m a ­
n e n te s y m u c h a s v e c e s in v a r ia b le s 1
15. A l a d o p ta r un a n á lis is u tilita r is ta , l a te o r ía n e o c lá ­
4
s ic a c o n v ie r te a l in d iv id u o en s ie r v o , u tiliz a n d o la s p ro p ia s p a la b ra s d e Je r e m y B e n th a m
(1 9 7 1 : 1 2 0 ), d e «d o s am o s s o b e r a n o s , e l d o lo r y el p la c e r n . E n la e c o n o m ía n e o c lá s ic a
m o d e r n a , e l in d iv id u o , c o n to d a su r iq u e z a y c o m p le jid a d , e s r e d u c id o s im p le m e n te a
u n a a d e c u a d a fu n c ió n d e p r e fe r e n c ia q u e o b e d e c e a lo s a x io m a s d e m a n u a l. T a l c o m o
e s c rib ió e l e c o n o m is ta n e o c lá s ic o P areto (19 7 1 : 120) en su M a n u a l o f P o l i t i c a l E c o n o m y .
« E l in d iv id u o p u e d e d e sa p a re ce r, s ie m p r e q u e nos d e je u n a fo t o g r a fía d e s u s g u s to s » .
L o s p o s ib le s o r íg e n e s d e e s ta fu n c ió n d e p r e fe r e n c ia n o s e e x p lic a n . E n u n a in m a ­
c u la d a c o n c e p c ió n m ila g r o s a , s e su p o n e q u e e l in d iv id u o lle g a a l m u n d o c o n u n c o n ­
j u n t o b ie n fo r m a d o d e p r e fe r e n c ia s y lo m a n t ie n e h a s t a l a m u e r te c o n m u y p o c o s o
n in g ú n c a m b io fu n d a m e n t a l ( S t ig le r y B e c k e r , 1 9 7 7 ). T a l c o m o s e h a p la n te a d o d e
fo r m a e x te n s a en o tro s lu g a re s ( H o d g s o n , 1 9 8 8 ), e s ta c o n c e p c ió n d e l in d iv id u o le c o n ­
s id e r a c o m o a lg o s e p a r a b le d e l r ic o m u n d o c u lt u r a l y d e la re d d e in s titu c io n e s d e la s
q u e d e p e n d e m o s . E n c a m b io , e l in d iv id u o es c o n s id e r a d o c o m o u n á to m o in d e p e n -

14. A l erigir una oposición conceptual entre los «mercados» y las «jerarquías», el trabajo de Coase ( 1937)
y Williamson (1975, 1985) constituye una excepción parcial. Sin embargo, al centrarse en Jos «costes
de transacción», incluso en situaciones no de mercado. sigue habiendo un sesgo contractual y de mer­
cado. Además, Williamson -en contraste con North (1990)- ha afirmado consistentemente que la com­
petencia de mercado selecciona las fonnas organizacionales más eficientes, negando así la dependencia
de la trayectoria y una fuente importante de variedad dentro del capitalismo.
15. VerShackle (1972: 122). Loasby (1976: 5) y Hodgson e ta i, (1994, vol. 1: 134-8) para ejemplos y deba­
tes sobre estos temas.
292 CRÍTICAALAECONOMÍAORTODOXA

d ie n t e y c o n t r a c t u a l. L a s in s t i t u c io n e s , e n t a n t o e n c u a n t o e x i s t e n , s o n tr a ta d a s c o m o e l
p r o d u c t o d e in t e r a c c i o n e s i n d i v i d u a l e s y n o c o m o la s m o l d e a d o r a s d e lo s o b j e t i v o s ,
p r e fe r e n c ia s y c a p a c id a d e s i n d i v i d u a l e s .
P a r a e m p e o r a r l a s c o s a s , c a s i s in n i n g u n a e x c e p c i ó n , l a s p r e s e n t a c io n e s d e l a t e o ­
r í a n e o c l á s i c a d e l e q u i l i b r i o g e n e r a l n o s ó lo s u p o n e n q u e l a f u n c i ó n d e p r e f e r e n c ia d e
c a d a in d i v i d u o e s a l g o f i j o , s in o q u e l a f u n c i ó n d e p r e f e r e n c i a d e t o d o s l o s in d i v i d u o s
e s l a m i s m a . E s t a s u p o s i c i ó n h a s i d o c o n s i d e r a d a n e c e s a r i a p a r a in t e n t a r s u p e r a r l o s
e n o n n e s p r o b le m a s d e in t r a t a b il id a d m a t e m á t i c a . E n t r e o t r a s c o s a s , e s t o n i e g a l a p o s i ­
b il id a d d e « b e n e f i c i o s d e in t e r c a m b io q u e s e a n e l r e s u l t a d o d e l a s d i f e r e n c i a s in d i v i ­
d u a le s » ( A r r o w , 1 9 8 6 : S 3 9 0 ) . A s í , a p e s a r d e la s c e le b r a c i o n e s t r a d ic io n a le s d e l
in d iv id u a lis m o y d e l a c o m p e t e n c ia , y a p e s a r d e d é c a d a s d e d e s a r r o llo f o n n a l , e l n ú c le o
d u ro d e la e c o n o m ía n e o c lá s ic a n o p u e d e a b a r c a r m á s q u e u n a g r is u n ifo r m id a d d e
a c to re s m e c á n ic o s .
L a t e o r ía n e o c l á s i c a n o a p r e c i a Ja fo r m a e n q u e l a c u l t u r a y la s in s t i t u c io n e s i n f l u ­
y e n s o b r e e l c a r á c te r , la s p r e fe r e n c ia s y la s c a p a c id a d e s h u m a n a s . P o r l o t a n t o , e s in c a p a z
d e p e r c ib ir a lg u n a s d e l a s d if e r e n c ia s c l a v e e n t r e d ife r e n t e s f o n n a s d e c a p i t a li s m o . P o r
e je m p lo , e n J a p ó n e s t r a d i c ió n a t r ib u ir l a c u l p a a u t o m á t ic a m e n t e a la s d o s p a r t e s e n u n a
d is p u ta l e g a l L a l it i g a c i ó n e s m u c h a s v e c e s p e r c ib id a c o m o u n a v e r g o n z o s a v í a d e in t e n ­
ta r im p o n e r u n c o n t r a t o o g a n a r u n a r e c o m p e n s a . E s t a s c o s t u m b r e s y n o r m a s c u lt u r a le s
n o s ó lo a c t ú a n c o m o l ím it e s a l a a c t iv id a d in d iv id u a l : s u p o n e n u n a f o n n a d if e r e n t e d e
p e r c ib ir e l c o n t r a t o y e l c o m e r c i o , q u e i n c l u y e l a o b l i g a c i ó n m u t u a y l a r e c ip r o c i d a d .
R e c u r r ir a l a l e y s u p o n e a b a n d o n a r e s t a r e l a c i ó n in t e r p e r s o n a l y p e r d e r l a e s p e r a n z a e n la
c o m p r e n s ió n y l a g e n e r o s i d a d p o t e n c i a l d e l c o l e g a . P a r a f u n c i o n a r e n u n m u n d o a s í , lo s
in d iv id u o s d e b e n a d o p ta r u n m a r c o m u y d ife r e n t e d e s ig n i f ic a d o s , p e r c e p e io n e s y n o r m a s .
S u s o b je t i v o s y p r e fe r e n c ia s s e v e n a lt e r a d o s f u n d a m e n t a l m e n t e . E n c a m b i o , e n J a t e o r ía
n e o c l á s i c a , la s i n f l u e n c i a s f o r m a t i v a s d e c u lt u r a s y m a r c o s i n s t i t u c i o n a l e s e s p e c í f i c o s
s o b r e la s f u n c i o n e s d e p r e fe r e n c ia s d e l i n d iv id u o s o n g e n e r a lm e n t e e x c l u i d a s * 6-
L a e s c u e la d e e c o n o m ía a u s t r ía c a h a p r e s ta d o h is t ó r ic a m e n t e m á s a te n c ió n a Ja
e x p l i c a c i ó n d e l a n a t u r a le z a y e v o l u c i ó n d e l a s i n s t i t u c io n e s s o c i o e c o n ó m i c a s . U n o d e
lo s c a s o s c lá s ic o s a l r e s p e c to e s la c e le b r a d a te o ría d e C a d M e n g e r d e la e v o lu c ió n
« o r g á n ic a » y e s p o n t á n e a d e l d in e r o d e s d e u n a e c o n o m í a d e t r u e q u e . E l t r u e q u e e s n o r ­
m a l m e n t e i n e f i c i e n t e y l o s c o m e r c i a n t e s s e e n f r e n t a n l a p r o b le m a d e e n c o n t r a r u n a
d o b l e c o i n c i d e n c i a d e d e s e o s . A l g u n a s m e r c a n c í a s a c a b a n s ie n d o r e c o n o c i d a s p o r l o s
a g e n t e s c o m o m e r c a n c í a s m á s f r e c u e n t e y f á c i l m e n t e v e n d i b l e s q u e o t r a s , y a s í e m p ie ­
z a n a s e r u t i l i z a d a s c o m o d in e r o :

A medida que cada individuo economizador va siendo cada vez más consciente de
su interés económico, es llevado por este interés, sin ningún tipo de acuerdo, sin
coacción legislativa, e incluso sin consideración del interés público, a dar sus mer­
cancías a cambio de otras mercancías, más vendibles, aunque no las necesite para
ningún propósito de consumo inmediato (Menger, 1981 : 260).1 6

16. Becker (1996) es una aparente excepción. En su obra, las variables «culturales» específicas intervie­
nen como argumentos adicionales en la función de utilidad. Sin embargo, aún se supo ne desde el prin­
cipio una función de preferencia concebida inmanentemente para cada individuo; es una «Caja negra»
no explorada que aún no se ha explicado. Así, Bccker descuida !as influencias «formativas» de ¡a cul­
tura y las instituciones sobre la misma función de preferencia.
LA UNIVERSALIDAD DE LA ECONOMÍA CONVENCIONAL 293

Una vez que una unidad monetaria em pieza a em erger, establece una «conven­
c ión ». Igu al que otras convenciones de este tipo -c o m o el idíom a, o el conducir por el
m ism o lado de la carretera-, nos obliga a hacer algo porque lo hacen otros. L a insti­
tución del dinero em erge com o un resultado no diseñado de las interacciones indivi­
du a les. E l énfasis en esta consideración m engeriana está en la evolu ción de las
instituciones a partir de la acción e interacción de individuos dados. L a e x is te n cia de
las instituciones se explica principalmente en referencia a íos individuos y sus inter­
acciones.
E sta es una visión importante, pero unilateral, de la naturaleza y el papel de las
instituciones. N o se pone el énfasis suficiente en la forma en que los individuos son
cambiados y reconstituidos por el contexto institucional en el que operan. Esto lo plan­
teó, en referencia al dinero, el «viejo» econom ista institucional W esley M itch ell. É l
enfatizó que la evolución del dinero no fu e sim plem ente el resultado de las interac­
ciones individuales. Su aparición no puede explicarse sencillam ente por el hecho de
que redujo costes o hizo la vida más fácil a los comerciantes. L a penetración del inter­
cam bio monetario en la vida social alteró las m ism as configuraciones de la racionali­
dad, inclu yen d o las co n cep cio n es particulares de la abstracción , la m edida, la
cuantificación y el propósito calculador. Fu e por lo tanto una transform ación de los
individuos, y no sólo una aparición de instituciones y normas:

la economía monetaria [ ...] es de hecho una de las más potentes instituciones de toda
nuestra cultura. En verdad, estampa su pauta sobre la rebelde naturaleza humana, nos
hace a todos reaccionar de maneras estandarizadas a los estímulos estándar que ofre­
ce, y afecta a nuestros mismos ideales acerca de lo que es bueno, bello y verdadero
(Mitchell, 1937: 371).

E l fracaso en considerar totalmente lo s efectos de las instituciones sobre la perso­


nalidad y los objetivos humanos es un defecto persistente en los escritos de las escue­
las tanto neoclásica com o austriaca.
S in em bargo, sobre el tema de los sujetos activos, existen importantes diferencias
entre los economistas neoclásicos y austríacos. L a concepción de la evolución socioe­
conóm ica en los escritos de los economistas de la escuela austriaca no es determinis­
ta. S e enfatiza la espontaneidad y la indeterm inación de los objetivos y las acciones
humanas. Sin embargo, esto no significa que haya nada en el sujeto humano que requie­
ra, o sea capaz de una explicación. Pero al enfatizar la indeterminación de la acción
hum ana, se abandona la tarea de explicar lo que se esconde trás ella. M ien tras que
M a rx supuso que los individuos se m ueven por su posición e interés de clase, Von
M ises y H ayek se mostraron muy poco dispuestos a intentar explicar las acciones huma­
nas individuales. E n su teoría, tanto las m otivaciones humanas como los resultados
sistém icos están indeterminados17^

17. Debería destacarse, sin embargo, que Hayek sí empezó a discutir la formación de las preferencias y de
los hábitos de pensamiento en sus trabajos de los años 70 y 80. Allí, el individuo aparece menos como
un átomo, y las explicaciones incluyen a gmpos y culturas, así como a los individuos subjetivos. Por lo
tanto, esta lealtad verbal al «individualismo metodológico» y a la idea de que ¡os fenómenos socioe­
conómicos deberían explicarse exclusivamente en ténninos de individuos dados se hizo cada vez más
ceremonial y no sustantiva (Béihm, 1989; Vanberg, 1986).
294 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

L o s e c o n o m is ta s d e la e s c u e la a u s t r ía c a s u g ie r e n q u e m u y p o c o o n a d a s e p u e d e
d e c ir d e la s fu e r z a s q u e m o ld e a n la s p r e fe r e n c ia s , p r o p ó s it o s , c a p a c id a d e s y a c c ió n
in d iv id u a le s . L a p o s ic ió n d ia m e t r a lm e n t e o p u e s t a s e r ía s u g e r ir q u e la s e s tr u c tu r a s y
las in stitu cio n es d e te n n in a n c o m p le ta m e n te e l co m p o rta m ie n to h u m an o . ¿ E s p o s ib le u na
p o s ic ió n in te r m e d ia ? E n o tro s lu g a r e s h e a r g u m e n ta d o q u e s í ( H o d g s o n , 1 9 8 8 ) IS-
E x is te n in flu e n c ia s e x te r n a s q u e m o ld e a n lo s o b je t iv o s y a c c io n e s d e lo s in d iv í - .
d u o s , p ero la a c c ió n n o e s t á to ta lm e n te d e te r m in a d a p o r e llo s . E l e n to rn o in flu y e , p e ro
n o d e te rm in a to ta lm e n te n i lo q u e q u ie r e h a c e r e l in d iv id u o ni lo que p u e d e c o n s e g u ir .
E l in d iv id u o s e m u e v e p o r h á b it o s d e p e n s a m ie n to p e ro n o e s tá d e s p r o v is to d e e le c ­
c ió n . E x is t e n a c c io n e s q u e p u e d e n n o te n e r c a u s a , p e ro a la v e z e x is te n p a u ta s d e p e n ­
s a m ie n t o o c o m p o r t a m ie n t o q u e p u e d e n e s t a r v in c u la d a s a l e n to r n o c u lt u r a l o
in s titu c io n a l en e l q u e la p e rs o n a a c tú a . L a a c c ió n , en re su m e n , e s tá p a r c ia lm e n te deter­
m in a d a y p a r c ia lm e n te in d e te r m in a d a : e s e n p a r te p r e d e c ib le p ero, e n parte. im p r e v i­
s ib le . E l fu tu ro e c o n ó m i c o aú n e s i n c ie r t o , e n e l s e n t id o m á s r a d ic a l ; a la v e z , s in
e m b a r g o , la r e a lid a d e c o n ó m i c a m a n if ie s t a u n c ie r t o g r a d o d e te n d e n c ia s y o r d e n .
E n r e s u m e n , e s d e s e a b le a f ir m a r la im p o r t a n c ia d e l c a r á c te r in d e te r m in a d o y la
e s p o n ta n e id a d d e la a c c ió n h u m a n a , p e ro a l m is m o tie m p o r e c o n o c e r s u s lím it e s . E n
a lg u n o s c a m p o s o d im e n s io n e s , l a a c c ió n p u e d e s e r in d e te r m in a d a , p e ro e n o tr o s n o
lo e s . A fir m a r e l c a r á c te r in d e te r m in a d o n o e s n e g a r su s lím ite s ; c u a lq u ie r a c c ió n e s tá
ta m b ié n lim ita d a y m o ld e a d a p o r la s in flu e n c ia s d e la c u ltu r a , la s in s titu c io n e s y las
e str u ctu r a s s o c ia le s , to d a s p e n n a n e n t e s y p r o v e n ie n te s d e l p a s a d o .
T a n to lo s te ó r ic o s n e o c lá s ic o s c o m o lo s a u s tr ia c o s p arten d e s u p o s ic io n e s u n iv e r ­
s a le s s o b r e lo s s iste m a s s o c io e c o n ó r n ic o s y e l c o m p o r ta m ie n to h u m a n o . T a n to p a r a lo s
te ó r ic o s n e o c lá s ic o s c o m o p a r a lo s a u s tr ia c o s , lo s e le m e n to s tra n s h is tó r ic o s d e l a n á li­
sis te ó r ic o s o n lo s in d iv id u o s y «1os p r o b le m a s e c o n ó m ic o s b á s ic o s a lo s q u e la h u m a ­
n id a d d e b e e n fr e n ta rs e » . L a p a la b r a « m e r c a d o » f o n n a p a r te d e su v o c a b u la r io te ó r ic o .
P e ro la s n a tu r a le z a s e s p e c íf ic a s d e e s to s « m e r c a d o s » n o s e co n s id e ra n p r o b le m á tic a s ,
y fr e c u e n te m e n te s e s u p o n e la e x is t e n c ia p r e v ia d e l m e r c a d o . D e b id o a la g e n e r a lid a d
e x tre m a d e e sta s p e rs p e ctiv a s , n o p u e d e n id e n tific a r n i lo s r a s g o s e s p e c ífic o s d e l s is te m a
c a p ita lis t a n i la s c a r a c te r ís tic a s d is tin tiv a s d e c u a lq u ie r tip o p a r tic u la r d e c a p it a lis m o .
S o b r e la s a b u n d a n te s , r e a le s o p o t e n c ia le s , fo r m a s d e c a p it a lis m o - y d e la s v a r ia d a s
cu ltu ras h u m an as y m o d o s d e c o m p o r ta m ie n to dentro d e e s e s is te m a -, estos te ó ric o s tie­
nen p o c a s co sa s s ig n ific a tiv a s q u e d e c ir . A l fa lla r en e s te ca m p o , son a s im is m o in c a p a c e s
d e r e c o n o c e r lo s c a m b io s e c o n ó m ic o s c la v e s y , p o r lo ta n to , n o p u e d en v a lo r a r d if e ­
ren tes e s c e n a r io s p a ra e l fu t u r o . E s tá n in c a p a c it a d o s p o r sus p r e s u n c io n e s d e te ó r ic a
u n iv e r s a lid a d .

B ib l io g r a f ía c it a d a

A llee , Warder C. (1951). CoaperationAmangAnimals: With Human Implicaríais. Nueva York:


Henry Schuman.
A rcher , Margare! S. (1995). Realist Social Theory: The Morphogenetic Approach. Cambridge:
Cambridge University Press.

18. Posiciones relacionadas o similares han sido desarrolladas por teóricos de la estructuración como
Giddens (1984) y por realistas críticos como Bhaskar (1979, 1989) y M. Archer (1995).
i LA UNIVERSALIDAD DE LA ECONOMÍA CONVENCIONAL 295

¡fe A rrow Keneth. (1986). «Ratíonality o f Self and Others in an Economic System», Joumal o f
fefe Business, 59 (octubre), p. S385-399. Reimpreso en: Robin M . Hogarth y Melvin W. Reder,
¡fe (eds.) (1987). Ratimal Choice: The Contrast Between Economías and Psychology, Chicago:
ife University of Chicago Press.
| f e - A ugros , Robert; S tanciu , George. (1987). The New Biology: Discovering the Wisdom in Naiure,
■ Boston: Shambhala.
fefe BECKER, Gary S. (l976a). The Economic Appmach to Human Behavior, Chicago: University of
fe Chicago Press.
|fe. — . (1991). A Treatise on the Family, 2* ed., Cambridge, M A: Harvard University Press.
fe — . (1996). Acconniing fo r Tastes, Cambridge, M A : Harvard Universitv Press.
fefe. Benedict , Ruth. (1934). Pattems o f Culture, Nueva York: New American Library.
ffe BhaSKAR, Roy. (1979). The Possibihty ofNatumlism: A Plilosophic Critique ofthe Conlemporaiy
p fe Human Sciences, Brighton: Harvester.
f ¡fe — . (1989). Reclaiming Reality: A Critical Intioduction to Contemporary Philosophy, Londres:
§fe Verso.
fe. BO hm , Stephan. (1989). «Havek on Knowledge, Equilibrium and Prices: Context and Impact»,
|fe' Wirtschaftspolitische Blalter, 36(2), p. 201-213.
Ufe C aldw ell , Bruce J. (1988). «Hayek’s Transformaron», History ofP olitical Economy, 20(4),
|fe invierno, p. 513-5 l l .
|fe C o a se , Ronald H . (1937). «The Nature o f the Firm», Economica, 4 , noviembre, p. 386-405.
■fe¡ Reimpreso en: Buckley y Michie (1996) y Williamson, invierno (1991).
gfe COHEN, Jack', STEWART, Ian. (1994). The Collapse ofChaos: Discovering Simplifity in i! Complex
fe World, Londres y Nueva York: Viking.
fe C o m m o n s , John R . (1924). Legal Foundations o f Capitalis ta, Nueva York: Macmillan.
fe: Reimpresión de 1995 con una nueva introducción de Je ff E. Biddle y Warren J . Samuels
¿fe (New Brunswick, NJ: Transaction).
?fe — . (1934). Jnstitutional Economics - 1ts Place in Political Economy, Nueva York: Macmillan.
fe Reimpresión de 1990 con una nueva introducción de Malcolm Rutheford (New Brunswick,
¡fe N J: Transaction).
fe C unningham , William. (1892). «The Perversion o f Economic History», Economic Joumal, 2,
¡fe p. 491-506.
A Dosi, Giovanni. (1988a). «Institutions and Markets in a Dynamic World», The Manchester
: Sclwol, 56(2), junio, p. 119-146.
y FLEETWOOD, Steven. (1995). Hayeks Polilicd Economy: The Socio-Economics ofOrder , Londres:
Routledge.
G jodens, Anthony. (1984). The Constitution ofSociety: Outline ofthe T h e o r o f Structuraion,
Cambridge: Polity Press.
GRANOVETIER, Mark. (1985). «Economic Action and Social Structure: The Probiem o f
Embeddedness», American Joum al ofSociology , 91(3), noviembre, p. 481-510. Reeditado
en Granovetter y Swedberg (1992).
HANN,Frank H. (1988) «On Monetary Theory», Economic Joumal, 98(4), diciembre, p. 957-973.
H a ye k , Friedrich A . (ed.) (1935). Collectivisl Economic Planning, Londres: George Routledge.
Reimpreso en 1975 por Augustus Kelley.
— . (1982). Law, Legislation and Liberty, vol. 3, Londres: Routledge and Kegan Paul.
— . (1988) The Fatal Conceit: The Errors o f Socialista, the Collected Works o f Friedrich August
Hayek, vol. L ed. W. W. Bartiey I I , Londres: Routledge.
HIRSCHMAN, Albert O. ( 1985). «Against Parsimony: Three Ways of CompSicating Sorne Categories
of Economic Discourse», Economics and Philosophy, 1(1), marzo, p. 7-21.
H irshleifer , Jack . (1977). «Economics from a Biological Viewpoint», Journal o f Law and
Economics, 20(1), abril, p. l-52.
296 C R ÍT IC A A L A E C O N O M ÍA O R T O D O X A

H jSrleifer , J a c k . ( 1985). « T h e E x p a n d in g D o m a in o f E c o n o m ie s » , American Economía Review,


7 5 (6 ), d ic ie m b r e , p . 5 3 -6 8 .
HODGSON, G e o ffr e y M . (1988). Economicsandlnstitutions: A Manifestó for a Modem Irstitutional
Economics, C a m b r id g e y F ila d e lfia : P o lity P re ss y U n iv e r s íty o f P e n n s y lv a n ia P re ss.
— . ( 1992a). « T h e R e c o n stru c tio n o f E c o n o m ic s : Is T h e re S t ill a P la c e fo r N e o c la s s ic a l T h e o r y ? » ,
Journal o f Economic Issues, 2 6 (3 ), setiem b re, p . 74 9-7 6 7 . R e im p r e s o y rev isad o e n H o d g so n
(1 9 9 8 e). '
— . (1 9 9 3 a). « In s titu tio n a l E c o n o m ic s : S u rv e y in g th e " O l d " a n d th e “ N e w ” » , Metroeconomica,
4 4 (1 ), fe b re ro , p . 1-28. R e im p r e s o en H o d g s o n , (1 9 9 3 c ).
Samueis , W arren J . ; T O O L , M a r c R . (ed s.) (1994). The Elgar Companion
H O D G SO N , G e o ffr e y M .;
to Institutional and Evolutionaiy Economics, A ld e r s h o t: E d w a r d E lg a r .
H om ans , G e o r g e C . (1 9 6 1 ). Social Belwviour: Its Elementary Form, L o n d r e s : R o u t le d g e and
K e g a n P a u l.
K a gel J o h n
H .; B a t o l io , R a y m o n d C .; R achlin , H o w a rd ; G reen L e o n a r d . (1 9 9 5 ). Economic
Choice Theory: An Experimental Analysis o f Animal Behavior; C a m b r id g e y N u e v a Y o r k :
C a m b r id g e U n iv e r s ity P r e s s.
— . ( 1 9 8 I ) .« D e m a n d C u r v e s fo r A n im a l C o n s u m e r s » , Quarterly Journal o f Economics 96(1 ), ,
p . 1-16.
K a Y,
N e il M . (1 9 8 4 ). The Em ergen Firm: Knowledge, Ignorance and Surprise in Economic
Organization, L o n d r e s : M a c m illa n .
K ropotkin , f e t r A . (1 9 7 2 ). Mutual Aid: A Factor ofEvolution (1“ e d ic ió n p u b lic a d a en 1 9 0 2 ),
L o n d r e s : A lie n L a n e .
L aw so n , A n t o n y . ( 1 9 9 4 ) . « H a y e k a n d R e a li s m : A C a s e o f C o n t in u o u s T r a n s f o r m a r o n » .
E n : C o lo n n a , M a r in a ; H a g e m a n n , H a r a íd ; H a m o u d a , O r n a r F. ( e d s .) ( 1 9 9 4 ), Capitalism,
Socialism and Knowledge: The Economics o f F. A. Hayek , v o l . 1, A ld e r s h o t : E d w a r d
E lg a r .
— . (1 9 9 6 ). « D e v e lo p m e n ts in H a y e k ’ s S o c ia l T h e o r is in g » . E n : S te p h e n F . F r o w e n (ed .) (1 9 9 6 )
Hayek, the Economist and Social Plti/osopher A Critica! Retrospect, L o n d r e s : M a c m illa n .
— . (1 9 9 7 ). Economics and Realiry, L o n d re s : R o u t le d g e .
L ea , S te p h e n E . G .; T a rpy , R o g e r M .; W ebley , P a u l. (1 9 8 7 ). The individual in the Economy: A
Survey o f Economic Psychology , C a m b r id g e y N u e v a Y o r k : C a m b r id g e U n iv e r s ity P r e s s .
LESLIE, T h o m a s E . C lif f e . ( 1 8 8 8 ). Essays in Political Economy, 2 e d .,. ( l ’ ed. e n 1879), L o n d re s:
L o n g m a n s , G r e e n . R e im p r e s o en 19 69 , N u e v a Y o r k : A u g u s t u s K e lle y .
L ewontin , R ic h a r d C . (1 9 7 8 ). « A d a p ta tio n » , Scientiflc American, n ° 2 3 9 , p . 2 1 2 -2 3 0 .
L oa SBY, B r ia n J . (1 9 7 6 ). Choice, Complexity and Ignorance: An Enquiry into Economic Theory
and tile Practice o f Decision Making, C a m b r id g e : C a m b r id g e U n iv e r s ity P ress.
M aotitup , F r it z . (1 9 6 7 ). « T h e o r ie s o f th e F ir m : M a r g in a lis t, B e h a v io r a l, M a n a g e r ia l» , American
Economic Review, 5 7 (1 ), m a r z o , p . 1-3 3.
M a g ill , M ic h a e !; Q u n z ii , M a r t in e . (1 9 9 6 ). Theory o f Incomplete Markets, 2 v o l s ., C a m b r id g e ,
M A : M I T P r e s s.
M enger , C a r i. (1 9 8 1 ). Principies o f Economics, e d ita d o p o r J . D in g w a ll y tra d u c id o p o r B . F .
H o s e lit z a p a rtir d e la e d ic ió n a le m a n a d e 1S71 { N u e v a Y o r k : N e w Y o r k U n iv e r s ity P r e s s ) .
M irowski, P h ilip . (1 9 8 1 ). « I s T h e r e a M a th e m a tic a l N e o in s titu tio n a l E c o n o m ic s ? » , Journal o f
Economic Issues, 1 5 (3 ), p . 5 9 3 -6 1 3 .
M itchell , W e s le v C . (1 9 3 7 ). The BaclamrdArt o f Spending Money and Other Essays, N u e v a
Y o r k : M c G r a w - H i ll .
M O N TA G U , M . F . A s h le y . ( 1 9 5 2 ). Danvin, Competition and Cooperation, N u e v a Y o r k : H e n r y
Sch u m an .
N iC O LA iD ES, P h e d o n . (1 9 8 8 ). « L im it s to Üie E x p a n s io n o fN e o c la s s ic a l E c o n o m ie s » , Cambridge
Journal o f Economics, 1 2 (3 ), se tie m b r e , p. 3 1 3 -3 2 8 .
LA UNIVERSALIDAD DE LA ECONOMÍA CONVENCIONAL

N orth , D o u g la s s C . ( 1 9 7 8 ). « S lr u c t u r e a n d P e r fo r m a n c e : T h e T a s k o f E c o n o m ic H is t o r y » ,
Journal o f Economic Literature, 1 6 (3 ), se tie m b r e , p . 9 6 3 -9 7 8 .
— . ( 1990). !nstiíutions, Institutional Ciiange andEconomic Performance, C a m b rid g e : C a m b r id g e
U n iv e r s ity P ress.
P areto , V ilf r e d o . ( 1 9 7 1 ). Manual o f Political Economy, tra d u c id o d e la e d ic ió n fr a n c e s a d e
1927 d e A . S . S c h w ie r , e d ita d a p o r A . S . S c h w ie r y A . N . P a g e , N u e v a Y o r k : A u g u s t u s
K e lle y .
P u jo l , M ic h e le A . (J 9 9 2 ). Feminism andAnti-Feminism in Early Economía Thought A ld e rsh o t: ,
E d w a r d E lg a r .
R adner , R o y . ( 1 9 6 8 ), « C o m p e t it iv e E q u ilib r iu m U n d e r U n c e r t a in t y » , Econometrica, 3 6 (1 ),
e n e r o , p . 3 1 -5 8 .
R A D N IT Z K Y , G e r a r d . ( e d .) . ( 1 9 9 2 ). Universal Economics: Assessing the Achievements o f tlte
Economic Approach, N u e v a Y o r k : P a r a g o n H o u s e .
BERNHOLZ, Peter. (eds.) (1987). Economic Imperialism, N u e v a Y o rk : Pa ra go n
RADN1TZKY, G e ra r d ;
H ouse.
R einheimer , H e n n a n . (1 9 1 3 ). Evolution by Co-operation: A Study in Bioeconomics, L o n d r e s :
K e g a n , P a u l, T r e n c h , T ru b n er.
R o b b in s , L i o n e l. ( 1932). An Essay on the Nature and Signifícame o f Economic Science, l * e d .,
L o n d re s: M a c m illa n .
S ahlins , M a r s h a il D . (1 9 7 2 ). Stone Age Economics, L o n d r e s : T a v is to c k .
SHACKLE, G e o r g e L . S . (1 9 7 2 ). Epistemics and Economics: A Critique o f Economic Doctrines,
C a m b r id g e ; C a m b r id g e U n iv e r s ity P r e s s.
S imon , H e r b e rt A . (19 51 ). « A F o r m a l T h e o r y o f the E m p lo y m e n t R e la tio n s h ip » , Econometrica,
19, j u l i o , p . 2 9 3 -3 0 5 . R e im p r e s o en S im o n (1 9 5 7 ).
— . ( 1957). Models o f Man: Social and Rational, N u e v a Y o r k : W ile y .
S tigler , G e o r g e J . ; B ecker , G a r y S. (1 9 7 7 ). « D e G u s tib u s N o n E s t D is p u ta n d u m » , American
Economic Review, 7 6 (1 ), m a rz o , p . 7 6 -9 0 .
T om linson , J a m e s . (1 9 9 0 ). Hayek and the Market, L o n d re s: P lu to P r e s s .
T u ll o ck , G o r d o n . ( 1 9 9 4 ). The Economics o f Non-Human Societies, T u s c o n , A r i z o n a : P a lla s
P r e s s.
U déhn , L a r s . ( 1 9 9 2 ). « T h e L im it s o f E c o n o m ic I m p e r ia lis m » . E n : U l f H im m e ls t r a n d ( e d .) ,
interfaces in Economic andSocial Analysis, L o n d r e s : R o u t le d g e , p . 2 3 9 -2 8 0 .
V a nberg , V ik to r J . (1 9 8 6 ). « S p o n ta n e o u s M a r k e t O r d e r a n d S o c ia l R u le s : A C r it iq u e o f F . A .
H a y e k 's T h e o r y o f C u lt u r a l E v o lu t io n » , Economics and Philosophy, 2 , j u n i o , p . 7 5 -1 0 0 .
W ebbr , M a x . (1 9 4 9 ). M ax \Veber on tlte Methodology o f the Social Sciences tra d u c id o y e d i­ ,
tad o p o r E d w a r d A . S h il s y H e n r y A . F i n c h , G l e n c o e , T L L : F r e e P r e s s.
W heeler , W illia m M . (1 9 3 0 ). Social UfeAmong the Insects, N u e v a Y o r k : H a r c o u r t.
,
W HITEHBAD, A lfr e d N . (19 26 ). Science and lile Modem World C a m b rid g e : C a m b rid g e U n iv e rsity
Press. .
W illiam son , O liv e rE . (1 9 7 5 ). Markets and Hierarchies: Analysis and Ami-Trust Implications:
A Study in the Economics o f intemal Organization, N u e v a Y o r k : F r e e P re ss.

CRÍTICAALAECONOMÍAORTODOXA 299-314

L a lib e r ta d es e l m e r c a d o :
la t e o r ía d e l v a lo r d e la p r e fe r e n c ia s u b je t iv a
K en C o le , Jo h n C a m e r o n , C h r is E d w a r d s

l . D e l a t e o r í a d e l v a l o r « g u i a d a » p o r e l t r a b a j o *1
A LA TEORÍA DE LA PREFERENCIA SUBJETIVA

C u a n d o s e p u b lic ó e l lib r o d e A d a m S m it h , L a r i q u e z a d e l a s n a c i o n e s , e n 1 7 7 6 , Ja
p r o d u c c ió n s e r e a liz a b a n o r m a lm e n te e n p e q u e ñ o s ta lle r e s d o n d e la h a b ilid a d d e l tra­
b a ja d o r in d iv id u a l e ra im p 0 1 la n t e . L a a p lic a c ió n a m p lia y s is te m á tic a d e l p o d e r in a n i­
m a d o y d e la m a q u in a r ia a Ja p r o d u c c ió n , d e fo r m a q u e la a c t iv id a d d e l tr a b a ja d o r
e s tu v ie r a g o b e r n a d a p o r Ja in te n s id a d d e tr a b a jo d e la m á q u in a , a ú n n o s e h a b ía p r o ­
d u c id o . F u e m á s b ie n e n e l m a r c o d e l h u m a n is m o n a c io n a lis ta d e la Ilu s t r a c ió n e u r o ­
p e a , q u e S m ith in ten tó r e c o n c ilia r lo s p rin cip io s d e la c o n c ie n c ia in d iv id u a l y e l d e re ch o
a la lib e r ta d p e rs o n a l, in tro d u c id o s por la r e v o lu c ió n in g le s a d e l s ig lo x v n , c o n la c o n ­
s e c u c ió n d e la a r m o n ía s o c ia l y la ju s t ic ia . P a r a a q u e llo s e c o n o m is ta s q u e v e n la e s e n ­
c ia d e n u e stra s o c ie d a d a c tu a l n o e n u n a Ilu s tr a c ió n , s in o en u na « r e v o lu c ió n in d u stria l» ,
ésta es u na lim it a c ió n c r u c ia l a las p e r c e p c io n e s d e S m it h .
E n e l s ig lo x i x s e p r o d u je r o n e f e c t iv a m e n t e a c o n t e c im ie n to s d r a m á tic o s a s o c ia ­
d o s a l c r e c im ie n t o d e la in d u str ia fa b r il, q u e re le g a ro n la s id e a s d e S m it h . E s t o s in c lu ­
y e r o n e l c r e c ie n t e u so d e la m a q u in a r ia y l a c o n c e n t r a c ió n d e l tr a b a jo en g r a n d e s
fá b r ic a s , y la c o n s ig u ie n te c r e a c ió n d e m o v im ie n t o s s in d ic a le s n a c io n a le s c o m o u n a

* Publicado en: Cole, Ken; Cameron, John; Edwards, Chris. «Freedom isth e market: dre subjective pre-
fcrencc theory o f value». En: Wity economisis disagree: lite politícal economy of economícs. Londres:
Longman, 1983, p. 43-80. Traducción: Gemma Galdón.
l. Las expresiones «labour input iheory of value» y «¡abour commanded iheory of value» son utilizadas
por los autores para diferenciar las interpretaciones que ellos hacen de la teoría del valor-trabajo de
Adam Smilh. Son, sin embargo, expresiones peculiares de estos autores y no generales en la disciplina
de la economía política. Por la primera, «labour input ilieory of valúe», que se ha traducido aquí por
«teoría del valor (del input de) trabajo», los autores entienden «que el valor es determinado por el tra-
baj'o requerido para la producción»; en este caso «el beneficio es la deducción del producto del traba­
jo»; es decir, es una explotación. Constituye lo que habitualmente se conoce en economía por «teoría
del valor trabajo» y nosotros la utilizaremos con esta expresión. Por el contrario, «¡abour commanded
theoiy of valúe», traducida aquí como «teon'a de! valor guiada por el trabajo», interpreta que «los acti­
vos (capital fijo), la tierra y el trabajo son fuentes independientes de valor combinadas en el proceso
productivo para producir mercancías...» . Por tanto, se pagan salarios al trabajo y por la parte «que pro­
duce» el capital fijo hay que pagarle un beneficio para motivarle a utilizarlo. Cada factor es recom­
pensado por su aportación a la producción y la imagen de explotación se diluye. Esta interpretación
abre la puerta a la interpretación de la teoría del valor de la preferencia subjetiva que desarrollaron cien
años más tarde los marginalistas y que considera que la producción se debe a la combinación de los
tres factores y la productividad marginal de cada uno determinará la proporción de producto que corres­
ponde a cada factor de producción (basado en la p. 33 del texto original) [nota de los editores].
;8i¿
300 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

d e la s e x p r e s io n e s d e la e x i s t e n c i a d e u n a c l a s e t r a b a ja d o r a p o l í t i c a m e n t e o r g a n i z a d a
en G r a n B r e t a ñ a . L a s d e m a n d a s e c o n ó m ic a s d e j o r n a d a s la b o r a le s m á s r e d u c id a s , d e s a la ­
r io s m á s e le v a d o s , d e m e jo r e s c o n d ic i o n e s d e t r a b a jo y d e r e s t r ic c ió n d e l t r a b a jo in f a n ­
til e s t u v i e r o n e s t r e c h a m e n t e v i n c u l a d a s a l a s d e m a n d a s p o l í t i c a s d e e x t e n s i ó n d e l
s u fr a g io p a r la m e n t a r io y a l d e s a r r o llo d e d iv e r s a s te o r ía s d e l s o c i a l i s m o . E l a p o y o in t e ­
l e c t u a l a e s t e m o v im i e n t o e n e l á m b it o d e l a e c o n o m í a d e r i v ó d e v e r s i o n e s r a d i c a l e s
d e l a t e o r ía s d e l v a l o r ( d e l in p u t d e ) t r a b a jo 2, c o n su t e n d e n c ia a a t r ib u ir e l v a l o r d e ú n
p r o d u c t o ú n i c a m e n t e a l t r a b a jo e m p l e a d o e n J a m a n u fa c t u r a . A p r i n c ip io s d e l s i g l o x i x ,
D a v i d R i c a r d o ( c a p . 5 ) v i n c u l ó a n a l í t i c a m e n t e e s t e e n f o q u e a Ja v a l o r a c i ó n c o m o u n a
e s p a d a d e d o b le f i l o , v á lid a p a r a s e r u t iliz a d a m á s ta rd e p o r s o c ia lis ta s r e fo r m is ta s y
p o r in d u s t r ia le s l i b e r a l e s , n o s ó l o c o n t r a l o s ú lt im o s v e s t i g i o s d e l a a r i s t o c r a c i a y la s
m o n a r q u ía s a b s o lu t is t a s , s in o t a m b ié n e n t r e s í . A m e d id a q u e e l c o m b a t e e n t r e Ja b u r ­
g u e s í a y l a c l a s e t r a b a ja d o r a s e c o n v i r t i ó e n e l c e n t r o d e Ja e s c e n a p o l í t i c a f o r m a l e n
l a ú l t i m a p a r t e d e l s i g l o X )X , c o n l u c h a s o b r e r a s i d e n t i f i c a b l e s e n t o d a s la s z o n a s d e l
m u n d o e n p r o c e s o d e in d u s t r i a l i z a c i ó n , l a e c o n o m í a s e d i v i d i ó e n la s tr e s t e o r ía s d i s ­
t in t a s q u e o b s e r v a m o s e n l a a c t u a l i d a d , y « l a t e o r ía g u i a d a p o r e l t r a b a j o » d e S m i t h
r e a p a r e c i ó c o m o l a b a s e p a r a l a d e f e n s a d e l o s in t e r e s e s c o n s e r v a d o r e s .
A s í , e n t r e 1 7 7 6 y 1 8 7 0 , l a t e o r í a g u i a d a p o r e l t r a b a jo d e S m i t h f u e e n s u m a y o r
p a r t e e c l i p s a d a p o r e l d o m in i o d e l a e c o n o m í a r ic a r d ia n a y e x p e r i m e n t ó m u y p o c o d e ­
s a r r o llo a c t i v o . S in e m b a r g o , lo s c a m b i o s q u e s í e x p e r im e n t ó fu e r o n s i g n i f i c a t i v o s p a r a
in v e r t ir l a c o n c l u s i ó n d e S m i t h s o b r e e l p a p e l p r o g r e s is t a d e l t r a b a ja d o r e n o p o s i c i ó n
a l d e l o s c a p i t a li s t a s y p a r a r e f o r z a r e l é n f a s i s e n e l c o n s u m o c o m o l a a c t i v i d a d e c o ­
n ó m ic a d e t e r m in a n t e . E n G r a n B r e t a ñ a , a u to r e s c o m o B e n t h a m ( 1 7 4 8 -1 8 3 2 ) y M a l t h u s
( 1 7 7 6 -1 8 3 4 ) , p r á c tic a m e n te c o n te m p o r á n e o s a S m it h , c o n tr ib u y e r o n a d a r c r e d ib ili­
d a d a la i d e a d e q u e e l v a l o r s u r g í a e n e l m o m e n t o d e l c o n s u m o , n o e n e l d e l a p r o ­
d u c c ió n . S in e m b a r g o , la s c o n fu s io n e s q u e g e n e r a r o n fu e r o n ta n g r a n d e s c o m o su s
c o n t r i b u c i o n e s : B e n t h a m , p o r q u e in s is t i ó e n l a m e n s u r a b il id a d d e l a s a t i s f a c c i ó n d e l
c o n s u m i d o r c o m o u n a h i p ó t e s is d e s u t e o r ía ; M a l t h u s p o r q u e u t i l i z ó e s t a id e a p a r a j u s ­
t i f i c a r l a e x i s t e n c i a d e t e r r a t e n ie n t e s d e b i d o a q u e c o n s u m í a n s in p r o d u c i r e l l o s m i s ­
m o s , e s d e c ir , « g u ia b a n » el t r a b a jo d e o tr o s q u e d e o tr a m a n e r a h u b ie r a q u e d a d o
d e s e m p le a d o . A m b o s a u to r e s t a m b ié n d e ja r o n u n a h e r e n c ia q u e e s a h o r a b a s t a n t e e m b a ­
r a z o s a p a r a l a t e o r í a d e l a p r e f e r e n c i a s u b je t i v a . B e n t h a m c o n c l u y ó q u e , c o m o t o d o s
l o s s e r e s h u m a n o s t ie n e n u n a c a p a c i d a d m á s o m e n o s i g u a l d e e x p e r i m e n t a r e l p la c e r
y e l d o l o r , la i g u a ld a d e n e l c o n s u m o e r a d e s e a b l e p a r a p r o p o r c io n a r l a m a y o r f e l i c i d a d
a l m a y o r n ú m e r o d e p e r s o n a s . M a l t h u s r e s o l v i ó q u e , c o m o la m a y o r í a d e s e r e s h u m a ­
n o s e r a n ir r e s p o n s a b le s e n g e n d r a d o r e s d e n iñ o s , l a d e s ig u a l d a d m a s i v a e n e l c o n s u m o
e r a t a n t o i n e v i t a b le c o m o d e s e a b l e . E n n u e s t r o t ie m p o , e s in t e r e s a n t e o b s e r v a r q u e l a
c o n c l u s ió n d e B e n t h a m e s a p a r e n t e m e n te m a y o r m o t iv o d e v e r g ü e n z a ( q u e l a d e M a l t u s )
p a r a lo s e c o n o m i s t a s d e l a e s c u e la d e la p r e f e r e n c ia s u b je t i v a .
P e r o t a m b ié n s e p r e p a r a b a n o t r a s a p o r t a c io n e s m e n o s a m b i g u a s . E n F r a n c i a , J e a n -
B a p t i s t e S a y ( 1 7 6 7 - 1 8 3 2 ) d i o la s id e a s d e S m i t h a u n a F r a n c i a p o s t r e v o l u c io n a r ía l i m ­
p ia d e su s o r íg e n e s fis ió c r a t a s p r e r e v o lu c io n a r io s . S a y a fir m ó , d e fo r m a m á s e x p líc it a
y r o t u n d a q u e S m i t h , q u e e l v a l o r d e u n p r o d u c t o d e p e n d ía d e l v a l o r d e l p r o d u c t o e n s u

2. Que, apoyándonos en la explicación proporcionada en la nota número ! simplificaremos en adelante


traduciéndola por la expresión más conocida de «teoría de! valor trabajo» [nota de los editores].
LA LIBERTAD ES EL MERCADO: LATEORÍA DEL VALOR DE LA PREFERENCIA . 301

u s o . E s t e v a lo r v e n ía in d ic a d o p o r la c a n tid a d d e m e r c a n c ía s d ife r e n te s q u e s u s p ro ­
p ie ta rio s in d iv id u a le s esta ría n d is p u e s to s a in te r c a m b ia r v o lu n t a r ia m e n te p o r u n a s o la
u n id a d d e l p r im e r o . T a m b ié n c o n c lu y ó q u e , c o m o c a d a t r a n s a c c ió n in c lu y e a u n v e n ­
d e d o r y a u n co m p r a d o r , e n to n c e s si to d a s la s tr a n s a c c io n e s s o n v o lu n t a r ia s , la o f e ila
d e s e a d a y la d e m a n d a d e s e a d a tie n e n q u e ser ig u a le s . U t il iz ó e s te a r g u m e n to p ara dar
v a lo r a lo s « a g e n te s » p r o d u c tiv o s , o in p u ts, q u e c a t e g o r iz ó c o m o a c t iv id a d ( o trab a jo )
q u e r e c i b ía un s a la r io , c a p ita l q u e r e c ib ía in te r e s e s y tie rra q u e r e c ib ía u n a r e n ta . E n
e l a c to d e l a p r o d u c c ió n , e s to s tres « a g e n t e s » s e r ía n c o m b in a d o s p o r u n e m p r e s a r io
q u e r e c ib ir ía e l « b e n e fic io » c o m o u n a c o m b in a c ió n d e r e c o m p e n s a s p o r e l u s o d e su s
m a te r ia s p r im a s (u n a p a rte d e l o s in te r e s e s ) , d e la p r o p ie d a d d e s u tie rra (u n a p a rte d e
la s r e n ta s ) y d e su s h a b ilid a d e s o r g a n iz a tiv a s (u n s a la r io p o r u n t ip o p a r tic u la r d e a c ti­
v id a d o tr a b a jo ) . A s í , s e g ú n S a y , e l v a lo r n o e ra in tr ín s e c o a u n a m e r c a n c ía , y to d o s
lo s in p u ts p r o d u c tiv o s s e s itú a n en u n m is m o n iv e l d e ig u a ld a d , p a g á n d o s e p o r c a d a
u n o d e e llo s su v a lo r en té rm in o s d e su d e m a n d a d e r iv a d a d e la u tilid a d e n e l c o n s u m o
f in a l. E s t a c o n c lu s ió n e lim in ó e l c o n f l ic t o d e in te r e s e s e n t r e la s d ife r e n te s c la s e s de
p e rc e p to r e s d e re n ta q u e h a b ía p r e o c u p a d o a S m it h .
E n G r a n B r e ta ñ a , N a s s a u S e n io r ( 1 7 9 0 -1 8 6 4 ), u n a b o g a d o q u e s e c o n v ir tió e n p ro ­
fe s o r d e E c o n o m í a P o l í t i c a e n O x f o r d e n 1 8 5 2 , d io un p a s o m á s en la ju s t i f i c a c i ó n te ó ­
rica d e l in terés c o m o u n a fo r m a d e r e c o m p e n s a e c o n ó m ic a , a l a fir m a r q u e l a o fe rta d e
c a p ita l e s e l r e s u lta d o d e la a b s tin e n c ia en e l c o n s u m o , o ah o rro . U n p r o c e s o tan p e n o ­
s o c o m o e l tr a b a jo y q u e , p o r lo ta n to , m e r e c e u n a r e c o m p e n s a , n o s ó lo p o r p r o p o r ­
c io n a r p la c e r a l a y u d a r a p r o d u c ir lo s b ie n e s r e q u e r id o s p a r a e l c o n s u m o , s in o ta m b ié n
p o r e l e s fu e r z o n e c e s a r io p a r a o fe r ta r lo s . M ie n t r a s q u e la te o r ía e c o n ó m ic a d e S e n io r
d a b a u n a a p a r ie n c ia d e im p a r c ia lid a d , sus a c tiv id a d e s p o lít ic a s e r a n m u c h o m á s par­
tid is ta s . R e s p e c t o a la s L e y e s d e p o b r e s , ( le g is la c ió n s o b r e e l p a r o ) , la s F a c t o i y A c t s
(b á s ic a m e n te le g is la c ió n s o b r e la jo r n a d a la b o ra l) y lo s d e r e c h o s s in d ic a le s , S e n io r se.
p o s ic io n ó c la r a m e n te e n c o n tr a d e lo s in terese s d e la c la s e tr a b a ja d o r a .
E s t a c o m b in a c ió n d e e c o n o m ía t e ó r ic a d e s p o ja d a d e l c o n c e p t o d e c l a s e y d e p o lí­
tica p r á c tic a d iv is o r ia e s q u iz á la in e v ita b le re s p u e s ta c o n s e r v a d o r a a un d e s a fío . P o r
e je m p lo , ta n to lo s m e r c a n tilis ta s c o m o lo s fis ió c r a t a s p o d r ía n a fir m a r , a l s e r a ta ca d o s ,
q u e la le g is la c ió n p r o m u lg a d a e n in te r é s d e u n g r u p o lo e r a en e l in te r é s d e to d o s . E n
1 8 7 1 , la E u r o p a b u r g u e s a h a b ía s id o s a c u d id a p o r e l p r im e r d e s a f ío r e v o lu c io n a r io
e x p líc it a m e n t e o b r e r o a la le g it im id a d d e su a u to r id a d , e n l a fo r m a d e la C o m u n a d e
P a r ís . Q u iz á s p o r e s o n o es so rpren den te q u e en lo s a ñ o s 7 0 d e l s ig lo xix ta m b ié n s e pro­
d u je r a e l r e n a c im ie n to d e la o tro ra r e v o lu c io n a r ia te o r ía d e l v a lo r g u ia d a por e l tra b a ­
jo d e S m ith , e n u n a fo r m a a p r o p ia d a p a ra d e fe n d e r e l o r d e n b u r g u é s c o n tr a la o fe n s iv a
s o c ia lis ta , a f f i r a n d o q u e e l p r im e r o e ra u n o r d e n e s e n c ia lm e n t e s in c la s e s y , a d e m á s ,
q u e e s ta a fir m a c ió n s e p o d ía d e m o stra r c ie n tífic a m e n te . E l p r o y e c to d e S m ith d e re co n ­
c ilia r la b ú s q u e d a d e l in te r é s in d iv id u a l c o n la a r m o n ía s o c ia l s e r e s u c itó e n to n c e s para
d e m o s tr a r q u e la « c la s e » n o n e c e s it a b a se r u na c a t e g o r ía a n a lít ic a c e n tr a l e n e c o n o ­
m ía . P e r o e s ta v e z e s t e p r o y e c to ib a a e x p r e s a r s e e n té r m in o s m a te m á tic o s y a s í g a n a r
ta n to la c r e d ib ilid a d c o m o la m ís t ic a d e u n a c ie n c ia .
E l a m p lio d e s a fío s o c ia lis t a , y n o e l in te r c a m b io in te r n a c io n a l d e l c o n o c im ie n to ,
a y u d a a e x p lic a r p o r q u é W illia m S ta n le y J e v o n s (1 8 3 5 -8 2 ), u n e c o n o m is ta b ritá n ico , C a ri
M e n g e r ( 1 8 4 0 -1 9 2 1 ) , un p r o fe s o r d e e c o n o m ía en A u s t r i a - H u n g r ía , y L e o n W a lra s
( 1 8 3 4 -1 9 1 0 ), p r o fe s o r d e e c o n o m ía en L a u s a n a , S u iz a , to d o s p u b lic a r o n lib ro s a p rin -
1
302 CRÍTICAALAECONOMÍAORTODOXA

cipios de 1870 exponiendo ideas que aparentemente se habían desarrollado indepen­


dientemente, pero que presentaban un sorprendente parecido. Para estos tres autores, i
com o para Sm ith, Say y Senio r, las m ercancías tienen valor porque son deseadas, y
son deseadas porque son útiles (lo que técnicamente se llam a «utilidad») para los indi­
viduos. Para cualquier individuo, la intensidad del deseo por una unidad adicional de
producto disminuye a m edida que aumenta el consumo de ese producto en relación a
los demás, ya que se supone que cada unidad adicional le será menos útil al consumidor ■
que la unidad anterior. L a intensidad del deseo por esa unidad adicional es la m edida
del valor, y se le puede dar una denominación técnica, utilidad m arginal, susceptible
de ser analizada en términos m atem áticos. D e hecho, Jevon s, com o Bentham , creía
que a la larga sería posible medir directamente estos cam bios en la utilidad, de form a
que la econom ía tendría la precisión y observabilidad de una ciencia física. M enger y
W alras, por otra parte, vieron la utilidad com o algo solamente relativo, algo preferido
a otra cosa, siendo la utilidad relativa indicada por lo s precios relativos. Esta idea de la
utilidad relativa la recogió el italiano Vilfredo Pareto (1848-1923), que demostró que
todas las grandes conclusiones de la teoría de la utilidad no precisaban poder sermedidas.
Walras llevó a cabo un primer intento de demostrar la conclusión de Smith sobre la
armonía social a través de un modelo algebraico de una economía. Cada mercado se
representó por una única ecuación hipotética que, a l resolverse de fo n na simultánea,
indicaba los precios y cantidades de equilibrio para todos los bienes. Esto no le resol­
m
■m
vió a Walras el problema de que, si la decisión de cada individuo de comprar o ven­ m
der depende de las decisiones de todos los demás, ¿cóm o puede saber el individuo lo
que están haciendo todos los dem ás? É l ev itó este problema evocando a un «subasta­
1§®
.•'¡íp p
dor» que todo lo ve y todo lo oye, que ajustaría Jos precios de todas las m ercancías f!§
hasta que la oferta deseada fuera igual a la demanda deseada en todos los mercados,
una condición conocida com o el «equilibrio general» (volveremos a esta cuestión en el . '"S m 0
capítulo 4). M en ger, por otra parte, aceptó que la inform ación perfecta no estaría d is - ' !fS «
ponible, y en consecuencia no construyó un m odelo de equilibrio general de la eco ­
lll
nom ía, aunque aceptó la hipótesis de que los m ovimientos autónomos de los precios
se irían acercando hasta igualar los niveles deseados de oferta y demanda. A s í, mien­
tras que para Walras la econom ía era un subgrupo de las matemáticas con el potencial m
de ser igualmente preciso, M en ger comparó la econom ía con la astronom ía, sugirien­
do que a través del estudio de los movimientos visibles de los precios (planetas), podría­
mos deducir algo sobre la naturaleza de la fuerza invisible de la m axim ización de la
utilidad (energía). Jevon s, un flem ático inglés, sólo situaría su demanda de respetabi­
lidad científica al nivel de la previsión meteorológica.
A s í, en los años 70 del siglo XIX, la necesidad histórica (la necesidad de defender
los intereses creados frente a la crítica fundamental) y la legitim idad m etodológica (el
manto de la ciencia asociado a la formulación matemática) se combinaron para reforzar
una escuela de pensamiento económ ico que ha mantenido su poder durante un siglo y
dominado la política económ ica en muchos países durante gran parte de ese tiempo: Ja
teoría del valor de la preferencia subjetiva. L a siguiente exposición sobre esta teoría
incorpora sus desarrollos más importantes desde 1870, incluyendo las aportaciones de cua­
tro importantes economistas americanos, J. B . Clark, Irving Fisher, M ilton Friedman y
G eorge Stigler. Creemos que nuestro enfoque ahistórico y analítico estájustificado por­ !■
que permite una exposición unitaria de la teoría básica, que sigue el espíritu del método

i
LA LIBERTAD ES EL MERCADO: LA TEORÍA DEL VALOR DE LA PREFERENC IA... 303

c i e n t í f i c o d e l a te o n 'a d e l a p r e f e r e n c ia s u b je t iv a . E s t e m é t o d o s o s t i e n e q u e Ja g r a n r u p ­
t u r a d e l a I lu s t r a c ió n e u r o p e a e n c o n t r ó s u e x p r e s ió n e n l a e c o n o m í a e s t r e c h a m e n t e a s o -
c la d a a l a o b r a d e A d a m S m ith . D e s d e e n to n c e s , e l c o n o c im ie n t o d e l a e c o n o m ía h a
a v a n z a d o g r a d u a l m e n t e c o m o u n p r o g r a m a d e in v e s t i g a c ió n c o m p a r t id o , c o n l a e x c e p ­
c ió n d e a lg u n o s e r r o r e s d e M a r x y s u s s e g u id o r e s , i l u m i n a n d o la s v e r d a d e s e t e r n a s d e
l a a c t i v i d a d h u m a n a e n e s t e m u n d o q u e s e d e s c u b r ie r o n e n p r i n c i p i o h a c e d o s c i e n t o s
a ñ o s . D e s d e e l p u n t o d e v i s t a d e l a t e o r ía d e l a p r e f e r e n c ia s u b j e t i v a , e s t e c a p í t u l o h a
s i d o h a s t a a h o r a ir r e le v a n t e ; a p a r t ir d e a q u í y h a s t a e l f i n a l d e e s t e c a p í t u l o , l e p e d im o s
a l l e c t o r q u e s e c o n v i e r t a e n u n e c o n o m i s t a d e l a p r e f e r e n c ia s u b je t i v a y v e a e l m u n d o
d e s d e e s a p e r s p e c t i v a . S i e s t o e s d i f í c i l d e a c e p ta r , v a y a n a c u a l q u i e r q u i o s c o , c o j a n u n
p e r ió d i c o « c o n s e r v a d o r y l é a n lo . L o q u e s ig u e e s l a e c o n o m í a b á s í c a d e e s e p e r ió d i c o .

2. L a n a t u r a l e z a d e l a t e o r í a d e l a p r e f e r e n c ia s u b je t i v a

L a t e o r ía d e la p r e f e r e n c i a s u b j e t i v a s e b a s a e n e l s u p u e s t o d e c o n s i d e r a r a lo s i n d i v i ­
d u o s r a c i o n a l e s c o m o l o s á t o m o s b á s i c o s d e l c o n o c i m i e n t o e c o n ó m i c o . E l t é r m in o
in d iv id u o s e c o n c ib e c o m o u n a u n id a d d e t o m a d e d e c is io n e s , q u e p u e d e s e r u n ú n ic o
s e r h u m a n o o u n g r u p o d e seres h u m a n o s , c o m o u n h o g a r . E n e s te ú lt im o c a s o , la s
c u e s t i o n e s r e l a c i o n a d a s c o n l a i g u a l d a d y l a l ib e r t a d s e s u s p e n d e n d e n t r o d e l g r u p o ,
d a n d o m u c h a s v e c e s l a i m p r e s i ó n d e q u e e x is t e u n c a b e z a d e f a m i l i a ( la s f e m i n i s t a s y
s u s s im p a t iz a n t e s p u e d e n o b s e r v a r e l u s o f r e c u e n t e d e l g é n e r o m a s c u l i n o e n l o s e s c r i ­
t o s s o b r e l a p r e f e r e n c i a s u b je t iv a ) q u e t o m a l a s d e c i s i o n e s p o r t o d o e l g r u p o . L a s s e n ­
s a c io n e s q u e e x p r e s a n u t ilid a d , p o r e je m p lo l a c a r a c te r ís t ic a d e la u t ilid a d , p a r a c a d a
i n d i v i d u o , d e p e n d e r á n d e lo s g u s t o s p a r t ic u la r e s y ú n i c o s d e e s e i n d i v i d u o . L a u t i l i ­
d a d n o e s d ir e c t a m e n t e o b s e r v a b le , p e r o s e r e v e l a e n e l c o m p o r t a m ie n t o a l e l e g i r e n tr e
a lt e r n a t iv a s . E s , p o r l o t a n t o , u n c o n c e p t o ordinal, e n e l s e n t id o d e q u e p o d e m o s a f i r ­
m a r q u e u n a c o m b i n a c i ó n p a r t ic u l a r d e b ie n e s y s e r v i c i o s p r o p o r c i o n a m á s o m e n o s
u t il id a d a u n i n d i v i d u o e n p a r t i c u l a r q u e u n a c o m b i n a c i ó n d if e r e n t e ; n o e s u n c o n c e p ­
to c a r d i n a l, d e f o r m a q u e n o p o d e m o s a s ig n a r u n v a l o r n u m é r i c o a l a c a n t i d a d d e u t i ­
lid a d d e r iv a d a p o r e l in d iv id u o d e l c o n s u m o d e u n a d e t e r m in a d a c o m b i n a c i ó n d e b ie n e s
y s e r v i c i o s . C o m o Ja e s p e c i f i c a c i ó n d e l a u t ilid a d e s s u b je t iv a p a r a c a d a i n d i v i d u o , y n o
p u e d e v a l o r a r s e in d e p e n d i e n t e m e n t e d e la s p r e f e r e n c ia s r e v e la d a s e n l a e l e c c i ó n a c t i­
v a , u t i l i z a m o s e l t é r m in o « p r e f e r e n c i a s u b j e t i v a » p a r a d e s c r i b i r e s t a t e o r í a d e l v a lo r .
C u a l q u i e r p r o d u c to d e c o n s u m o q u e p r o p o r c io n e u t il id a d a u n in d i v i d u o s e r á c o m ­
p a r a d o p o r e l i n d i v i d u o c o n l a p é r d i d a q u e e x p e r i m e n t a d ic h o i n d i v i d u o c o m o c o n s u ­
m i d o r e n t é r m in o s d e p e r d e r o s a c r i f i c a r o tr a s fu e n t e s d e u t il id a d ( e s d e c ir , u n c o s t e d e
o p o r t u n id a d ) . A s f , p o r u n a h o r a e x t r a d e o c i o , e l c o s t e d e o p o r t u n id a d e s l a utilidad d e
lo s b ie n e s y s e r v ic io s p a r a e l c o n s u m o a lo s q u e s e r e n u n c ia a l no t r a b a ja r u n a h o r a
m á s . L a r e l a c i ó n d e in t e r c a m b i o e n t r e d o s m e r c a n c í a s c o m o f u e n t e s d e u t i l i d a d e s l a
c a n t id a d d e u n a m e r c a n c í a a l a q u e u n i n d i v i d u o e s t á d is p u e s t o a r e n u n c i a r c o n t a l d e
o b t e n e r u n a u n i d a d e x t r a d e l a o t r a m e r c a n c í a , s in q u e e l i n d i v i d u o e x p e r i m e n t e u n a
p é r d i d a d e s a t i s f a c c i ó n . E s t o p r o p o r c io n a u n a v a l o r a c i ó n d e l a s e g u n d a m e r c a n c í a e n
r e l a c i ó n a l a p r i m e r a , q u e i n d i c a J a f u e r z a d e la p r e f e r e n c i a y , c o m o c o n s e c u e n c i a , l o s
g u s t o s d e e s e i n d i v i d u o e n p a r t ic u la r .
P e r o l o s in d iv id u o s n o s o l a m e n t e e s t á n d o t a d o s d e g u s t o s y , p o r l o t a n t o , d e d e s e o s ,
s in o q u e t a m b ié n p o s e e n c a p a c i d a d e s p o r l o s c u a l e s , a t r a v é s d e l a p a r t i c i p a c i ó n e n l a
304 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

producción, pueden satisfacer m ejor esos deseos. El ámbito de la producción se anali­


za com o la aplicación de las capacidades de un trabajador (varios tipos de habilidad y
el deseo de trabajar) al entorno material (los recursos no reproducibles) durante un
periodo de tiempo {entendido como servicios derivados de los ahorros, otro tipo de
capacidad) con el fin de satisfacer gustos (pautas de consumo). Cada uno de los inputs
productivos, trabajo, recursos no reproducibles y servicios de ahorro, serán valorados
por el propietario individual según el coste de oportunidad (es decir, la utilidad) al que 7-:0 í i i
se ha renunciado en e l acto de proporcionar otra unidad. E s este coste de oportunidad
el que determina el valor del input para el proveedor individual en términos de utili­
dad. A s í, el individuo com o consum idor no sólo está juzgando el ben eficio recibido
por el consumo de fuentes de utilidad alternativas, sino que también ju z g a el coste en ,
utilidad a la que ha renunciado al proporcionar inputs a la producción. Y es la capaci­
dad de un individuo, es decir, la habilidad de transformar la actividad productiva (expe-
amentada com o coste de utilidad) en productos deseables por parte de otros individuos
(experimentados com o beneficios de utilidad), lo que da al individuo dom inio sobre
los productos que son fruto del trabajo de otros individuos. i
Por lo tanto, incluso siendo la racionalidad económ ica esencialm ente individual y
presocial, es posible que existan sistemas económ icos en los que se produzcan inte­
rrelaciones com plejas entre muchos individuos. Una explicación coherente con los
supuestos de la teoría de Ja preferencia subjetiva es que hay gustos distintos entre los
individuos por los bienes de consum o (incluyendo el coste de oportunidad ligado a la . j
oferta de los inputs productivos), y que cad a individuo tiene capacidades específicas.
A s í, los individuos concretos pueden no ser capaces de satisfacer en gran medida sus . .
propios gustos a través de la aplicación de su capacidad específica. Existe, por lo tanto,
una posible ventaja en la especialización en la esfera productiva, al regularse la ofer­
ta total de inputs de los individuos con las capacidades apropiadas para líneas de pro­
ducción particulares a través de la demanda total de esos productos, por parte de los
individuos que no pueden producir dichos productos pero sí pueden producir otros. ■
C o m o consecuencia, los individuos, para m axim izar la utilidad, están dispuestos a pro­
porcionar inputs particulares para Ja producción de una variedad de bienes y servicios
que satisfagan Jos gustos de otros, con la expectativa de poderlos cam biar por bienes y
servicios que ellos desean. L a s relaciones sociales pueden así caricaturizarse com o
relaciones de intercambio entre individuos com o excéntricos consumidores e indivi- ,
duos, productores peculiarm ente capaces, en las que todos sienten que hay un benefi- ;
cio particular derivado de su papel particular en Ja transacción. ■
'
Este m odelo de especialización productiva según las capacidades específicas da
lugar al tipo de división del trabajo que más claram ente se parece a una comunidad de
pequeños granjeros y artesanos. E n una econom ía así, los productores que utilizan sus
propios inputs se especializan en la producción de bienes concretos, de forma que se crea ¡
una división del trabajo en la producción de diferentes bienes de consum o, que lleva al
intercambio de productos finales entre productores y a la interdependencia en el con­
sumo. Detrás de esta sociedad sim ple aparece el caso más com plejo de la interdepen- ■
dencia, tanto en el consumo com o en la producción, que encontramos en las sociedades :■
contemporáneas. A s í, la producción de cualquier bien de' consum o que sea fuente de r }
utilidad directa se descom pone en diversos procesos llevados a cabo por diferentes ,
productores, de fo n n a que existe una división del trabajo dentro de la producción de H
LA LIBERTAD ES EL MERCADO: LATEORÍA DEL VALOR DE LA PREFERENC IA ... 305

u n b ie n d e c o n s u m o e i n t e r c a m b io , ta n to d e lo s in p u t s p r o d u c t i v o s c o m o d e l o s b i e n ­
e s d e c o n s u m o f i n a l . E s e l m o d e lo d e e s t e t ip o d e s o c i e d a d e l q u e in t e n t a r e m o s c o n s ­
t r u ir e n e s t e c a p í t u l o y e n e l s ig u i e n t e .
A nte s d e p r o c e d e r a u n a n á lis is m á s d e t a lla d o , v a le la p e n a e n fa t iz a r tre s p u n to s .
P r im e r o , q u e e l s u p u e s t o p r i n c ip a l d e l a t e o r ía d e l a p r e f e r e n c ia s u b je t i v a , l a e x is t e n c i a
d e in d iv id u o s m a x i m iz a d o r e s d e u t il id a d d o t a d o s d e g u s t o s y c a p a c id a d e s , e s u n s u p u e s ­
to y no u n a h ip ó t e s is . N o e s tá a b ie r ta a d is c u s ió n n i r e fu t a c ió n , s in o q u e c o n s t it u y e e l
p u n t o d e p a r t id a d e l q u e s e d e s p r e n d e , p o r d e d u c c i ó n l ó g i c a , q u e , p r i m e r o , l o s i n d i v i ­
d u o s q u e a c t ú a n s e g ú n s u p r o p i o in t e r é s p r i v a d o s ir v e n t a m b i é n a l in t e r é s g e n e r a l m á s
a m p l i o s ie m p r e q u e e x is t a e l l i b r e in t e r c a m b io y , s e g u n d o , q u e s e g e n e r a n a lg u n a s a f ir ­
m a c i o n e s s u s c e p t i b l e s a l a o b s e r v a c i ó n y a la f a l s a c i ó n . S e a c e p t a q u e e l c o m p o r t a ­
m ie n t o e c o n ó m i c o i n d iv id u a l e s t á m u c h a s v e c e s l im it a d o p o r la s i n s t i t u c io n e s s o c i a l e s
q u e p o n e n lím it e s a l lib r e in t e r c a m b io ; p o r e je m p lo , lo s p r i v i le g io s m o n o p o lís t ic o s
p r o p o r c io n a d o s a lo s m e r c a d e r e s d e l s i g l o xvi , o la s a c t iv id a d e s d e la s g r a n d e s e m p r e ­
s a s o l o s s in d i c a t o s e n n u e s t r o t i e m p o . P e r o e l o b j e t i v o d e l a t e o r í a n o e s la descrip­
ción d e l c o m p o r t a m i e n t o e c o n ó m i c o e x c e p t o e n t é r m in o s d e l m á s a m p l i o c r it e r io d e
f a l s a c i ó n , s in o e x p l i c a r l o , y d e m o s t r a r a s í q u e s ó l o la s in s t i t u c i o n e s e c o n ó m i c a s q u e
p r o p o r c io n a n u n m a r c o p a r a la o p e r a c ió n d e l « lib r e m e r c a d o » s o n d e s e a b le s . S ó l o
e n t o n c e s p u e d e n t o d o s l o s i n d i v i d u o s m a x i m i z a r l a u t i l i d a d s im u l t á n e a m e n t e , s u je t o s
s o l a m e n t e a la s l i m i t a c i o n e s c a u s a d a s p o r s u s c a p a c i d a d e s in d i v i d u a l e s i n n a t a s .
E n s e g u n d o lu g a r , e l a n á lis is p u e d e , e n p r in c ip io , a p lic a r s e a c u a lq u ie r e c o n o m ía .
E l p u n t o d e p a r t id a d e la t e o r í a d e l a p r e f e r e n c i a s u b j e t i v a e s e l i n d i v i d u o d o t a d o d e
f o r m a in n a t a d e g u s t o s , c a p a c i d a d e s y u n a p r o p e n s ió n a la m a x i m i z a c i ó n d e l a u t i l i ­
d a d , q u e p r o p o r c io n a u n a c o n c e p c ió n d e l c o m p o r ta m ie n t o e c o n ó m ic o r a c io n a l q u e e s
in d e p e n d ie n t e d e c u a lq u ie r s it u a c ió n s o c i a l , p o l ít ic a o h is t ó r ic a . E l a n á lis is d e e s ta
r a c io n a lid a d presocial e s e n c i a l , a l e n t e n d e r l a m a x i n ú z a c i ó n d e u t il id a d c o m o u n i v e r ­
s a l, p u e d e , p o r lo ta n to , ig n o r a r le g ít im a m e n t e lo s fa c to r e s s o c ia le s , p o lít ic o s e h is tó ­
r i c o s . P r e c i s a m e n t e , e n l a d i f e r e n c i a f u n d a m e n t a l d e g u s t o s y c a p a c i d a d e s s e 'a p o y a l a
p o s i b l e e x p l i c a c i ó n q u e d e l « s u b d e s a r r o l l o » p r o p o r c i o n a la t e o r í a d e l a p r e f e r e n c i a
s u b j e t i v a , c o n s id e r á n d o l o c o m o l a e x p r e s ió n d e u n t i p o d e g u s t o s y c a p a c i d a d e s q u e
n o v a l o r a n m u c h o l a r iq u e z a m a t e r i a l n i l e s l l e v a a c r e a r la .
F i n a l m e n t e , e s im p o r t a n t e q u e l a s d o s c a r a c t e r í s t ic a s d e l i n d i v i d u o , l a d o t a c i ó n d e
g u s t o s y c a p a c id a d e s y l a m o t i v a c i ó n p o r m a x i m i z a r l a u t il id a d , s e r e c o n o z c a n c o m o l a
b a s e d e l a t e o r ía d e l a p r e f e r e n c ia s u b je t i v a . E n g r a n p a r te d e l a lit e r a t u r a e c o n ó m i c a e s
s ó lo la ú lt im a c a r a c te r ís t ic a la q u e s e d e s ta c a e n la id e n t if ic a c ió n d e u n a e s c u e la d e
p e n s a m i e n t o l la m a d a e c o n o m í a n e o c l á s i c a , d o n d e l a m a x i m i z a c i ó n , e n f a t iz a n d o e l u s o
d e l c á lc u lo d ife r e n c ia l, s e t o m a c o m o e l s e l lo d e u n a e s c u e la d e p e n s a m ie n to u n ific a ­
d a . M ie n t r a s q u e e l n e o c l a s ic is m o e n e s t a d e f i n ic ió n e f e c t iv a m e n t e i n c l u y e a lo s t e ó r ic o s
d e ía p r e f e r e n c i a s u b j e t i v a , t a m b i é n i n c l u y e a o tr o s e s c r it o r e s c o m o A l f r e d M a r s h a l l
(ver ca p . 6 ), q u ie n , a u n q u e a c e p ta b a la m a x im iz a c ió n c o m o la m o tiv a c ió n d e lo s a c to ­
r e s e c o n ó m ic o s , n o c o n s id e r a b a l a b a s e d e la s r e la c io n e s s o c ia le s c o m o in d iv id u o s
in d e p e n d i e n t e s c o n g u s t o s y c a p a c i d a d e s d a d o s y , p o r l o t a n t o , n o p e r c i b í a l a s r e l a c i o ­
n e s s o c i a l e s c o m o s im p l e s r e l a c i o n e s d e in t e r c a m b i o , n i e n l a p r á c t i c a n i i d e a l m e n t e .
V o l v e r e m o s a l t r a b a jo d e M a r s h a l l e n l o s c a p í t u l o s 6 y 7.

[ ...]
306 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

3. L a b a s e d e l a o r g a n iz a c ió n s o c i a l :
¿QUÉ PUEDE OFRECERME LA SOCIEDAD?

L a te o r ía d e la p r e fe r e n c ia s u b je tiv a n o c o n s id e r a im p e r a tiv o q u e los in d iv id u o s v iv a n


en so cie d a d . L a situ a c ió n d e R o b in s o n C r u s o e n o es só lo u n in stru m e n to p e d a g ó g ic o ú til
p a r a e n s e ñ a r a lo s e s tu d ia n te s lo s p r in c ip io s d e la e c o n o m ía , s in o ta m b ié n un p o te n ­
c ia l r e a l p a r a t o d o s n o so tro s. L o s in d iv id u o s está n e q u ip a d o s c o n c a p a c id a d e s in n a ta s
q u e p u e d e n u t iliz a r s e in d e p e n d ie n te m e n te d e la s o c ie d a d p a r a s a tis fa c e r , h a s ta cie r to
p u n to , su s g u s to s . P a r a e le g ir p a r tic ip a r en J a s o c ie d a d , e l in d iv id u o d e b e p e r c ib ir a lg u ­
n a v e n ta ja p e r s o n a l. L o s in d iv id u o s en tran v o lu n ta r ia m e n te e n s o c ie d a d s ó lo d e b id o a
lo s b e n e fic io s n e to s q u e , en té r m in o s d e u tilid a d e x tr a , p u e d e n c o n s e g u ir . N a d ie e s tá i
o b lig a d o a in c o r p o r a r s e ; p o r lo q u e n a d ie t ie n e u n a c a u s a le g ít im a p a r a o b je ta r a su
p r o p ia situ ació n en la s o cie d a d , y a q u e c a d a u n o es lib re d e m a rch a rse u n a v e z c u m p lid a s g|g
la s o b lig a c io n e s e x is t e n t e s . E x is t e u n a p e q u e ñ a c o m p lic a c ió n e n q u e , a l s a lir s e d e la
s o c ie d a d , e l in d iv id u o a lte r a e n r e a líd a d l a n a tu r a le z a d e l a s o c ie d a d d e fo r m a m a r g i­
n a l, p o r e je m p lo r e d u c ie n d o l a c o m p e t e n c ia p o r e l tr a b a jo a s a la r ia d o co n o tr o s q u e
p o s e e n u n a c a p a c id a d s im ila r , p e r o p a r a lo s o b je t iv o s d e e s te c a p ítu lo s u p o n d r e m o s
q u e e s te im p a c to n o e s s ig n ific a t iv o .

E l in d iv id u o d e l a p r e fe r e n c ia s u b je t iv a s e e n c u e n tr a c o n la s o c ie d a d id e a l a d os Él
n iv e le s . E l p r im e r o es en e l m a r c o d e l c o n tr a to v o l t a r i o im p u e s to p o r le y c o m o u n a
c o n d ic ió n fu n d a m e n t a l p a r a l a e x is t e n c ia s o c ia l. E l s e g u n d o n iv e l e s u n c o n ju n to d e
h e c h o s s o c ia le s lla m a d o s p r e c io s ( q u e in c lu y e n s a la r io s , ta s a s d e in te r é s y r e n ta s ). E l
in d iv id u o p u e d e a s í c a lc u la r e l s ig n if ic a d o d e e s to s p r e c io s en té r m in o s d e u tilid a d
s e g ú n su s p o s ib ilid a d e s d e c o n s u m o , d a d o s lo s g u s to s y c a p a c id a d e s e s p e c ífic a s d e ta l
in d iv id u o . E s t e c á lc u lo in d ic a r á a l in d iv id u o s i l e v a le l a p e n a p a r tic ip a r m á s o m e n o s
e n la s o c ie d a d . E n e l c a s o e x tr e m o , s i la s c a p a c id a d e s in d iv id u a le s s o n , d e b id o a a lg ú n
d e s a c ie r to d iv in o , to ta lm e n te in c a p a c e s d e s a tis fa c e r su s g u s to s in d iv id u a le s , la c u e s ­
tió n s e v u e lv e a c a d é m ic a . P e r o p a r a la m a y o r ía d e la g e n t e , l a n a tu r a le z a d e la d e c i­
sión n o s e r á c u a lit a t iv a , s in o c u a n tita tiv a ; u n p o c o m á s d e tr a b a jo a s a la r ia d o o u n p o c o
m e n o s , u n p o c o m á s d e a h o rro s e n e l b a n c o o un p o c o m e n o s .
E s t a d e c is ió n p u e d e p la n te a r s e c o m o u n g r u p o d e p r o p o s ic io n e s g e n e r a le s fo r m a ­
les q u e v in c u la n e l a n á lis is d e la p r e fe r e n c ia in d iv id u a l co n lo s h e c h o s s o c ia le s d e lo s
p r e c io s . A n t e r io r m e n t e in tr o d u jim o s e l c o n c e p t o d e la r e la c ió n m a r g in a l d e s u b s titu ­
c ió n p a r a in d ica r l a fu e r z a r e la t iv a d e l a p r e fe r e n c ia en té r m in o s d e u tilid a d e n tr e la s
c o m b in a c io n e s d e c o n s u m o d e d o s p r o d u c to s a l m o v e r s e a lr e d e d o r d e u n a c u r v a d e
is o -u t ilid a d , e ig u a lm e n t e s e m o s tr ó c ó m o e s to e s ta m b ié n a p lic a b le a la s o fe r ta s d e
in p u ts . T a m b ié n s e s u g ir ió q u e e l in d iv i d u o e x p e r im e n t a lo s « p r e c i o s » c o m o in te r ­
c a m b io s ex te rn o s a l d e c id ir q u é c o m b in a c ió n d e p ro d u cto s c o n s u m ir . L a r e la c ió n e n tre
e l in te r c a m b io s u b je t iv o e n tr e d o s p r o d u c to s c o m o fu e n te s d e u tilid a d y l a e x p e r ie n ­
c i a o b je t iv a d e lo s p r e c io s c o m o in t e r c a m b io s s o c ia le s d e b e ser d e ig u a ld a d si e l in d i­
v id u o v a a d e ja r d e b u s c a r o tra s o p o r tu n id a d e s d e in t e r c a m b io . D e f o n n a s im ila r , a l
u tiliz a r p a rte d e su s c a p a c id a d e s in d iv id u a le s , in c lu y e n d o la ca p a c id a d d e ah orrar ( c o m o
fu en tes d e d e su tilid ad ), para p ro d u cir b ie n e s ( c o m o fa e n te s d e u tilid a d ), e l in d ivid u o ig u a ­
la rá la e v a lu a c ió n s u b je t iv a d e c o n v e r t ir e l e s fu e r z o a d ic io n a l e n p la c e r a d ic io n a l en
c a d a a c tiv id a d e n té r m in o s d e u tilid a d n e ta , c o n e l o b je t iv o , s o c ia lm e n te d a d o , d e las
r e c o m p e n s a s r e la t iv a s e n té r m in o s s a la r io / p r e c io e in terés/ p recio .
LA LIBERTAD ES EL MERCADO: LATEORÍA DEL VALOR DE LA PREFERENCIA... 307

S i e s t a s e c u a c i o n e s n o s e m a n t ie n e n , e n t o n c e s e s d e l in t e r é s d e l in d iv id u o a ju s t a r
s u c o m p o r t a m ie n t o . E s t o p o d r ía s u p o n e r c o n s u m i r m á s d e u n p r o d u c t o r e l a t iv a m e n t e
b ie n v a lo r a d o e n té r m in o s d e u t ilid a d m a r g i n a l, y d e ja r d e c o n s u m i r p a r t e d e u n b ie n r e la ­
t iv a m e n t e m e n o s v a l o r a d o , o in c r e m e n t a r l a a c t i v i d a d e n l a p r o d u c c i ó n s o c i a l s i lo s
p r e c io s d e l o s b ie n e s d e c o n s u m o fu e r a n r e l a t i v a m e n t e b a j o s c o m p a r a d o s c o n l o s s a l a ­
r io s y lo s t ip o s d e in t e r é s e n t é r m in o s d e l a r e l a c i ó n d e u t ilid a d / d e s u tilid a d m a r g i n a l. P o r
.■l o t a n t o , u n i n d i v i d u o c o n u n a c a p a c i d a d x, u t i l i z a d a p a r a p r o d u c ir e l p r o d u c t o b , q u e
s e in t e r c a m b ia p o r e l p r o d u c t o a , q u e e l i n d i v i d u o c o n s u m e , p u e d e e n c o n t r a r u n a c o m ­
b in a c ió n d e c a n t id a d e s d e t o d a s la s a c t iv id a d e s q u e c o n s t it u y a u n e q u ilib r io m a x i m iz a d o
d e u t íl id a d p a r a c u a lq u i e r c o n ju n t o d a d o d e p r e c i o s r e l a t i v o s . A s í , s i a u n i n d i v i d u o n o
1e g u s t a n a d a t r a b a ja r y t ie n e u n n iv e l r e l a t i v o b a j o d e d e s e o d e c o n s u m i r , e n t o n c e s se
p u e d e e sp e ra r u n m e n o r n iv e l d e a c tiv id a d e n la s o c ie d a d p a r a c u a lq u ie r c o m b in a c ió n
d e p r e c io s c o m p a r a d o c o n u n i n d i v i d u o a q u i e n l e g u s t e t r a b a ja r y c o n s u m ir . E s t a c o n ­
c lu s i ó n in c o n t e s t a b l e p u e d e c o m p l i c a r s e a l s u p o n e r q u e a m u c h o s in d iv id u o s l e s d e s ­
a g r a d e f u e r t e m e n t e l a a c t iv id a d p r o d u c t i v a y t e n g a n u n g r a n d e s e o d e c o n s u m i r , d e
fo r m a q u e c u a n d o l o s s a l a r io s y e l in t e r é s e n t é r m in o s d e p o d e r d e c o n s u m o c a m b i e n ,
e s t o p o d r í a p r o v o c a r c a m b i o s s i g n i f i c a t i v o s e n l a c a n t id a d d e a c t i v i d a d s o c i a l p r o d u c ­
t iv a . E s t e t ip o d e r a z o n a m ie n t o e s e n p a r t e e l r e s p o n s a b l e d e l d e s a g r a d o d e lo s t e ó r i c o s
d e la p r e f e r e n c i a s u b j e t i v a p o r l o s im p u e s t o s s o b r e l a r e n t a , y a q u e p r e d e c i r í a n q u e
e s t o a f e c t a a l a e l e c c i ó n d e l o s in d i v i d u o s e n c o n t r a d e l a p a r t i c i p a c i ó n e n l a s o c i e d a d ,
lo q u e a m e n a z a c o n e r o s io n a r lo s d o s n iv e le s d e in t e r a c c ió n s o c ia l, es d e c ir , n o s ó lo e l
s is t e m a d e p i e r i o s c o m o u n a s ig n a d o r d e r e c u r s o s , s in o t a m b ié n l a a c e p t a c ió n m á s f u n ­
d a m e n t a l d e lo s c o n t r a t o s v o l u n t a r io s c o r n o la b a s e d e la s r e l a c i o n e s s o c i a l e s .
P e r o ¿ p o r q u é d e b e r ía n lo s i n d i v i d u o s c o n s ó l id o s g u s t o s ( u n p u b li c is t a p u e d e e n g a ­
ñ a r le s p a r a q u e c o m p r e n u n a v e z , p e r o d e s p u é s d e e s t o e s l a e x p e r i e n c i a d e l c o n s u m o
l o q u e c u e n t a , e s d e c i r q u e , e n l a p r á c t i c a , t o d a l a p u b l i c i d a d e s in f o r m a d o r a ) y c a p a ­
c id a d e s in n a ta s ( l a e d u c a c i ó n p u e d e d e s a r r o l la r h a b i l i d a d e s , n o c r e a r t a le n t o s ) fo r m a r
s o c i e d a d e s e n la s q u e m i l l o n e s d e i n d i v i d u o s s e e n c u e n t r e n í n t im a m e n t e in t e r r e l a c i o ­
n a d o s a tra v é s d e u n a c o m p le ja r e d d e c o n tr a t o s ? A u n q u e l a te o r ía d e l a p r e fe r e n c ia
s u b je t i v a n o r m a lm e n t e p a r e c e s e n t i r s e m á s c ó m o d a c o n R o b i n s o n C r u s o e y c o n e c o ­
n o m ía s d e in t e r c a m b io p u r o ( e s d e c ir , s in p r o d u c c i ó n ) o c a m p e s i n a s / a r t e s a n a s , e x is t e
s in e m b a r g o l a p o s i b i l i d a d d e i r m á s a l l á d e e s t o s m o d e lo s s i m p l e s r e c o r d a n d o e l d e s ­
c u b r i m ie n t o d e A d a m S m i t h p a r a l a e c o n o m í a , d e la s v e n t a j a s p r o d u c t iv a s d e u n a d i v i ­
s ió n d e l t r a b a jo c o m p l e j a .
U n a d iv is ió n d e tarea s c o m p le ja , e n la q u e u n g r a n n ú m e r o d e p e r s o n a s c o n c a p a ­
c id a d e s a lt a m e n t e e s p e c i a l i z a d a s p r o d u c e n c a d a p r o d u c t o y e n l a q u e lo s m a t e r i a l e s
t ie n e n q u e p a s a r a t r a v é s d e v a r i o s p r o c e s o s d i f e r e n t e s a n t e s d e l c o n s u m o , e s o b v i a ­
m e n te la c o n d ic i ó n d e m u c h a s s o c ie d a d e s a c tu a le s . L a o r g a n iz a c ió n s e c u e n c ia l d e la
p r o d u c c i ó n n o g e n e r a p r o b le m a s p a r a l o s m o d e l o s d e s o c i e d a d d e l a p r e f e r e n c ia s u b ­
j e t i v a , y a q u e c a d a m o v im i e n t o d e p r o d u c t o s p u e d e s e r e n t e n d i d o e s e n c ia l m e n t e c o m o
u n in t e r c a m b io v o l u n t a r io e n t r e d o s i n d i v i d u o s . S i n e m b a r g o , a p a r e c e u n p r o b l e m a d e
o r g a n iz a c ió n c u a n d o s e ju n t a n m u c h o s in d iv id u o s e n u n m is m o m o m e n to y e n un
m is m o l u g a r p a r a a p r o v e c h a r l a a l t a p r o d u c t i v i d a d , d e f i n id a e n t é m ú n o s d e u n i d a d e s f í s i ­
c a s d e o u t p u t p o r t r a b a ja d o r . P o r e j e m p l o , s u p o n g a m o s q u e u n a h o r a e s e f e c t i v a m e n ­
te la o fe r t a d e tr a b a jo m ín im a d e un in d iv id u o y h a y 4 0 p e r s o n a s t r a b a ja n d o
s e p a r a d a m e n t e , u n a h o r a c a d a u n a , p r o d u c ie n d o c a d a u n a 1 u n i d a d d e o u t p u t , e s d e c ir ,
308 C R ÍT IC A A L A ECO N O M ÍA O R T O D O X A

un output total de 40 unidades. Si trabajan de forma simultánea en un m ism o sitio, las


mismas personas pueden producir un total de 50 unidades en una hora, de form a que,
siempre que el trabajo no sea más desagradable, el método técnicam ente eficiente es
poner a todos los trabajadores juntos durante una única hora. Pero esto exige coordi­
nación y planificación para todos los individuos involucrados. S i esta eficien cia téc­
nica conlleva !a organización de m uchos individuos, esto alentará la ap licación de
capacidades específicas para asumir tal responsabilidad; es decir, la aparición de empre­
sarios para tomar el control de la producción.
L a palabra «empresario» evoca la im agen de un individuo dinám ico y de talento
que toma la iniciativa y asume el riesgo de fundar y dirigir una iniciativa productiva:
la empresa. Para los propósitos de la teoría de la preferencia subjetiva, esta im agen
popular debe ser un poco m odificada si se quiere que la teoría se desarrolle de forma
rigurosa. E n primer lugar, lo mejor es que el empresario (en realidad «intermediario»)
sea separado del suministro de recursos para iniciar y expandir la em presa Estos recur­
sos provienen de ahorradores que reciben intereses por su sacrificio del consumo inme­
diato. En segundo lugar, y de forma más controvertida, es apropiado suponer que una
econom ía de preferencia subjetiva está libre de riesgos.
Las razones para este supuesto se centran el la visión de la preferencia subjetiva
de que los individuos están seguros acerca de lo que quieren consum ir y ofrecer a la
sociedad, dado que los precios, son, para estos individuos, hechos sociales con técni­
cas de producción fácilm ente ajustables a cualquier pequeño cam bio en los gustos y
las capacidades. L o s problemas residuales referentes al consumo y a la oferta futuros
se pueden tratar en los m ercados de productos en términos de futuro, análogos a los
m ercados que m ueven bienes a través del espacio. L o s caprichos del entorno natural
I se pueden resolver con seguros, que convierten el riesgo fortuito en ciencia de la pro­
babilidad. E l riesgo com o aspecto crucial en la decisión de producir es central a l pen­
samiento en términos de coste de producción en su form a keynesiana, tal com o veremos
en el capítulo 6, y no a la teoría de la preferencia subjetiva, que elogia a los empresa­
rios dinámicos por reconocer oportunidades más que por tomar riesgos.
En consecuencia, para nuestros propósitos podemos aceptar que, en una sociedad
anónim a, la propiedad legal de la com pañía es de los accionistas (es decir, ahorrado­
res) y la dirección se realiza sobre una base burocrática (es decir, trabajo con cap aci­
dad especial), no por un individuo aventurero. Estando las recompensas por esta tarea
organizativa no sólo divididas entre m uchos individuos, sino también divididas ana­
líticamente entre una recompensa equivalente al coste de oportunidad correspondiente
a la oferta de este tipo particular de servicio, es decir, e l salario corriente que com ­
pensa por el ocio al que se renuncia, y ocasionalm ente tam bién por una renta com o
recompensa por una habilidad no fácilm ente reproducible por una dirección ex ce p ­
cionalm ente talentosa. Podem os así plantear una cuestión crucial para la teoría de la
preferencia subjetiva. S i esta función organizativa em presarial es cru cial para que la
teoría de la preferencia subjetiva gane credibilidad por su relevancia en las sociedades
actuales, ¿pueden entonces los poderes de decisión de los empresarios describirse de
form a lógica y convincente, de form a que se subordinen a los deseos de los consu­
midores individuales? ■

[. . . ]
LA LIBERTAD ES EL MERCADO: LATEORfA DELVALOR DELA PREFERENCIA... 309

4. A l g u n o s p r o b l e m a s d e l a t e o r ía d e l a p r e f e r e n c ia s u b je t iv a :
CONSUMIDORES SIN INGRESOS, EMPRESARIOS SIN COMPETIDORES,
MERCADOS SIN ESTAlllLlDAD

E n la te o r ía d e la p r e fe r e n c ia s u b je t iv a , e l in d iv id u o e s u n « d e c id í d o r » [ decisión-
maker] q u e d e c i d e c o m o d i s p o n e r d e s u s r e c u r s o s y s a t i s f a c e r s u s g u s t o s simultánea­
mente. P e r o e n u n a s o c i e d a d i n t e r d e p e n d ie n t e y c o m p l e j a , l a t e o r í a d e l a p r e f e r e n c ia
s u b j e t i v a r e c o n o c e q u e la s d e c i s i o n e s d e p r o d u c c i ó n e s t á n n e c e s a r i a m e n t e s e p a r a d a s
l a s u n a s d e l a s o t r a s , y t a m b ié n d e l o s a c t o s d e c o n s u m o , p o r u n in t e r m e d ia r io a c e p ­
t a d o d e f o r m a g e n e r a l ( ll a m a d o d i n e r o ) , y q u e la s p a u t a s d e t r a b a j o d e t a l s o c i e d a d
c o n m u c h a s in d iv is ib ilid a d e s e n la p r o d u c c ió n s ig n ific a n q u e l a f l e x i b i li d a d e s l im i­
t a d a e n e l t ip o y la s h o r a s d e t r a b a jo p a r a m u c h o s in d i v i d u o s . A s í , l a b ú s q u e d a d e u n o s
in g r e s o s m o n e t a r io s e s lo p r im e r o , y s ó lo e n t o n c e s , c u a n d o s e c o n o c e e s t a r e n t a , es
p o s i b l e t o m a r d e c is io n e s s o b r e e l c o n s u m o . L a s i m p l i c a c i o n e s d e e s to p a r a l a t e o r ía d e
l a p r e f e r e n c i a s u b je t i v a s o n s e r ia s , y a q u e lo s t r a s t o r n o s e n l a e c o n o m í a ( d e b i d o s , p o r
e j e m p l o , a l o s c a m b i o s e n l o s g u s t o s y e n l o s r e c u r s o s ) , q u e d e b e r ía n s e r t e m p o r a le s ,
p u e d e n p r o lo n g a r s e s i m u c h o s in d iv id u o s a c e p ta n , p o r d e s e s p e r a c ió n , e m p le o s q u e
p r o p o r c io n a n in g r e s o s m o n e t a r io s b a j o s . A l n o d i s p o n e r d e e f e c t i v o , la s p e r s o n a s c o n ­
s u m i r í a n p o c o y n o h a b r í a d e m a n d a e f e c t i v a ( a p o y a d a p o r e l d in e r o ) p a r a l o s b ie n e s
y s e r v i c i o s q u e d e o t r a f o r m a s e p o d r ía ^ h a b e r p r o d u c id o . L a s r e p e r c u s io n e s d e e s t a
d e f i c i e n c i a p u e d e n d e ja r a o tr a s p e r s o n a s e n e l p a r o d e f o r m a in v o l u n t a i ia ( e s d e c ir , d is ­
p u e s t o s a t r a b a j a r a l o s s a l a r io s c o r r ie n t e s p o r s u s c o n o c i m i e n t o s p e r o s in p o s i b i l i d a ­
d e s d e e n c o n tr a r u n e m p le o ) .
L a r e s p u e s t a d e l a t e o r í a d e l a p r e f e r e n c i a s u b je t i v a a e s t a c r í t i c a e s q u e l a m i s m a
e x i s t e n c i a d e l d in e r o p e r m i t e a io s in d i v i d u o s g u a r d a r a l g u n o s a h o r r o s p r e c is a m e n t e
p a r a h a c e r f r e n t e a c o n t in g e n c ia s d e e s t e t ip o , lo q u e s i g n i f i c a q u e e l c o n s u m o n u n c a t ie n e
q u e r e d u c i r s e d r á s t i c a m e n t e d e b i d o ¡i u n a p é r d i d a d e l a r e n t a c o r r ie n t e . A d e m á s , l o s
in d iv id u o s , in c l u s o s i n o h a n t e n id o l a p r e c a u c ió n d e g u a r d a r a lg u n o s r e c u r s o s , p u e ­
d e n e s t a b le c e r c o n tr a to s c o n a h o r r a d o re s p a r a c u b r ir e l c o n s u m o a c tu a l, a d e v o lv e r c o n
l a s r e n t a s f u t u r a s , a u n q u e c o n in t e r e s e s , r e l a j a n d o a s í o t r a v e z l a s l i m i t a c i o n e s q u e
i m p o n e l a r e n t a a c t u a l [ o l a f a l t a d e e l l a ] a l c o n s u m o a c t u a l . E s t a s r e s p u e s t a s s u g ie r e n
q u e l a t e o r í a d e l a p r e f e r e n c i a s u b j e t i v a n o t r a t a f á c i l y e x p l í c i t a m e n t e lo s t e m a s d e l
t i e m p o y l a i n c e r t id u m b r e , t e n d ie n d o e n g e n e r a l a c o n s i d e r a r e ! t ie m p o s ó l o e n t é r m i­
n o s d e u n a d is tin c ió n s im p le e n tre d os m e r c a d o s ( e l a c tu a l y e l fu tu r o ) y l a in c e r ti­
d u m b r e c o m o a l g o q u e s e p u e d e r e s o l v e r c o n lo s a r r e g lo s d e s e g u r o s a p r o p i a d o s .
L a c u e s t i ó n d e l a u m e n t o d e l a s i n d iv is ib il id a d e s e n l a p r o d u c c ió n p la n t e a u n s e g u n ­
d o p r o b le m a p a r a l a t e o r í a d e l a p r e f e r e n c i a s u b je t i v a . S i u n e m p r e s a r io l l e g a a c o n ­
t r o la r m á s y m á s r e c u r s o s , e n t o n c e s e l t a m a ñ o d e e s a e m p r e s a e n r e l a c i ó n a l m e r c a d o
p a r a u n p r o d u c t o p u e d e c r e c e r . I n c l u s o c o n c o m p e t e n c i a p o t e n c i a l , u n e m p r e s a r io p u e d e
a ú n s e r c a p a z d e a f e c t a r e l p r e c i o d e u n p r o d u c t o v a r ia n d o e l o u t p u t , m á s q u e s e r f o r ­
z a d o a a c e p t a r e l p r e c i o c o m o d a d o , a e f e c t o s d e t o m a d e d e c i s i o n e s . A e s t a s it u a c i ó n
s e l a l la m a c o m p e t e n c i a i m p e r f e c t a ( e x a m i n a d a m á s d e t a l l a d a m e n t e e n e l c a p í t u l o 6 ).
E s t a c r ít ic a s e r e fu e r z a s i s e a fir m a q u e la s e m p r e s a s p u e d e n e v it a r la e n tr a d a d e n u e ­
v o s e m p r e s a r i o s m a n i p u la n d o l a i n f o r m a c i ó n , y a s e a a t r a v é s d e p a t e n t e s s o b r e l a s t é c ­
n i c a s d e p r o d u c c i ó n o d e l a p u b l i c i d a d p a r a i n f l u i r s o b r e lo s c o n s u m i d o r e s . L o s
p r o b le m a s r e s u lt a n t e s d e i n e f i c i e n c i a e in e q u i d a d s o n s i m i l a r e s a l o s s u b r a y a d o s e n l a
310 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

s e c c i ó n 3 .7 p a r a e l e m p r e s a r i o n o m a r g in a l e n c o n d i c i o n e s d e c o m p e t e n c i a p e r f e c t a ,
q u e n o p r o d u c e a l c o s t e m e d io m ín im o y r e c i b e a l m is m o t ie m p o u n a r e n t a e c o n ó m i - '
c a p o r e n c i m a d e l c o s t e d e o p o r t u n id a d . L a r e s p u e s ta d e l a t e o r ía d e l a p r e f e r e n c ia s u b - ;
j e t i v a ha s id o m a n te n e r q u e la c o m p e te n c ia im p e r fe c ta s o s te n id a e s d i f í c i l , si n o
im p o s ib le , p o r v a r ia s r a z o n e s .
P o r e j e m p l o , s e p u e d e a f ir m a r q u e i n c l u s o l a s e m p r e s a s m á s g r a n d e s t ie n e n c o m - ;
p e t id o r e s , s i n o e n l a p r o d u c c i ó n d e b i e n e s id é n t i c o s , s í p r o p o r c io n a n d o p r o d u c t o s s u s - 1
t it u ib le s d e u t i l i d a d : l o s d e s e o s d e n u t r i c ió n , c a l e f a c c i ó n y c o m u n i c a c i ó n , q u e p u e d e n
s a t i s f a c e r s e c o n u n a m p l ío a b a n i c o d e p r o d u c t o s . C u a l q u i e r e m p r e s a t a m b ié n p u e d e
t e n e r q u e c o n s e g u i r f o n d o s p a r a p r o y e c t o s d e in v e r s ió n a g r a n e s c a l a q u e le s o m e t e ­
r á n a l o jo in f o r m a d o y c r ít i c o d e la s in s titu c io n e s fin a n c ie r a s q u e s ó lo ju z g a n a la s !
e m p r e s a s p o r s u s r e n d im ie n t o s p a r a l o s a h o r r a d o r e s , n o p a r a e l e m p r e s a r io . E s t o t ie n ­
d e a e s t im u l a r la d is p e r s ió n d e l o s r e n d im ie n t o s e n t r e u n g r u p o m á s a m p l i o q u e e l d e i
lo s q u e s ó l o e je r c e n l a f u n c i ó n e m p r e s a r ia l. F i n a l m e n t e , d e n tr o d e l a e m p r e s a , l o s g e r e n - 1
te s d e l a s s u b d i v i s i o n e s o l a s s e c c i o n e s s e r á n c o n s c i e n t e s d e l a s p o s i b l e s v e n t a j a s d e ;■
s u m in is t r a d o r e s a l t e r n a t i v o s , y c r it i c a r á n a l a s s e c c i o n e s i n e f i c i e n t e s e n r e l a c i ó n a l o s ;
p r e c io s d e l o s in p u t s y o u t p u t s e n e l m e r c a d o a b ie r t o . P o r l o t a n t o , l a p r e s i ó n p o r m a n - ;
te n e r l o s p r e c io s b a jo s , p o r d is tr ib u ir a m p lia m e n t e to d a s la s r e n ta s e c o n ó m ic a s y p o r m a n - j
t e n e r u n a p r o d u c t i v i d a d s i m i l a r a l a d e la s e m p r e s a s m á s p e q u e ñ a s y e s p e c i a l i z a d a s ,
e x is t e i n c l u s o e n l a s e m p r e s a s m á s g r a n d e s . 1
O t r a c r í t i c a d i r i g i d a a m in a r la t e o r í a d e l a p r e f e r e n c i a s u b je t i v a a t r a v é s d e c u e s - i
t io n a r l a e x is t e n c i a d e l a c o m p e t e n c i a e n t r e e m p r e s a s e n l a s s o c i e d a d e s c o n t e m p o r á - i
n e a s , s e b a s a e n l a h ip ó t e s is d e q u e la s c u r v a s d e c o s t e m e d io s d e la s e m p r e s a s e m p e z a r á n
a a u m e n t a r a l l le g a r a c i e r t o n iv e l d e o u t p u t , p e q u e ñ o e n r e l a c i ó n a la d e m a n d a t o t a l ;
d e l m e r c a d o a l p r e c i o c o r r ie n t e d e l m e r c a d o . E s t a s u b i d a g a r a n t i z a q u e la s e m p r e s a s
t e n g a n u n t a m a ñ o l im it a d o y q u e s e a n e c o n ó m i c a m e n t e in c a p a c e s d e e x p a n d i r s e a b s o r - ■
b ie n d o m e r c a d o s e n t e r o s , e li m i n a n d o l a c o m p e t e n c i a . P e r o e l h e c h o d e q u e e l e x a m e n ¡
d e l a s c i f r a s d e c o s t e s r e a l e s a p a r t ir d e m u e s t r a s d e e m p r e s a s e n m u c h a s in d u s t r ia s
g e n e r a lm e n t e n o m u e s t r a e s t e a u m e n t o , s u g i e r e u n p r o b le m a p a r a l a t e o r í a d e l a p r e - :
f e r e n c i a s u b je t iv a d e l a e m p r e s a . S i n e m b a r g o , l a t e o r ía d e la p r e f e r e n c ia s u b je t iv a a f ir ­
m a q u e e s te n o e s e l c a s o e n d o s a s p e c t o s . P r im e r o , e l c o s t e m e d io p u e d e e s t a r c r e c ie n d o j
e n c a d a u n a d e la s e m p r e s a s in d i v i d u a l e s i n c l u s o s i e l p u n t o t r a n s v e r s a l d e t o d o s e s o s ‘
c o s t e s m e d i o s m í n i m o s e s u n a l í n e a r e c t a ( v e r f i g u r a 1). j
E n s e g u n d o l u g a r , l a s c u e n t a s d e l a e m p r e s a la s p r e p a r a n l o s c o n t a b l e s , n o l o s e c o - i
n o m is t a s , y a p a r e c e n m u c h o s p r o b le m a s a l c o n v e r t ir la s c a t e g o r í a s d e l o s c o n t a b l e s e n 1
c o n c e p t o s a n a l í t i c o s d e la e c o n o m í a d e l a p r e f e r e n c i a s u b je t iv a . P o r e j e m p l o , l o q u e j
u n c o n t a b l e l l a m a « b e n e f i c i o » n o t ie n e s i g n i f i c a c i ó n a n a l ít ic a d ir e c t a a lg u n a , d e n in g ú n !
t i p o , y l o q u e u n c o n t a b l e l l a m a « r e n t a » s i g n i f i c a a l g o t o t a l m e n t e d if e r e n t e . P o r t a n t o ,
i g u a l q u e l a f u n c i ó n d e d e m a n d a e n l a q u e l a p r e d i c c ió n d e u n a c u r v a d e s c e n d e n t e e s t á
l im i t a d a p o r t a n t a s c a l i f i c a c i o n e s q u e l a c o m p r o b a c i ó n e m p ír ic a e s v i r t u a lm e n t e i m p o ­
s i b l e , l a s c u r v a s d e c o s t e a n a l ít ic a m e n t e a d e c u a d a s n o s o n f á c i l m e n t e o b s e r v a b le s , p o r
l o q u e l a t e o r ía d e la c o m p e t e n c i a p e r f e c t a e s v i r t u a lm e n t e i n c o m p r o b a b le . P a r e c e q u e ,
d e m a s ia d a s v e c e s , e l c r it e r io p o p p e r ia n o d e l a c i e n c i a , a c e p t a d o p o r im p o r t a n t e s t e ó r ic o s ::
d e l a p r e f e r e n c ia s u b je t i v a , s e g ú n e l c u a l e l c o n o c i m i e n t o e s s ó l o c i e n t í f i c o c u a n d o e s j
c o n t r a s t a d o c r ít i c a m e n t e a n te l a f a l s a c i ó n o b s e r v a b le s ó l o s e r e s p e t a e n p r i n c ip io , y n o 7
en la p r á c tic a . j
LA LIBERTAD ES EL MERCADO: LATEORÍA DEL VALOR DE LA PREFERENCIA... 311

F i g Ura J . «Falsa» curva de coste medio constante construida a partir de la información tra s­
versal de costes de cuatro empresas

Coste medio
( f por unidad)
3
Curva A C C u rvaA C Cu rvaA C C u rv a A C
«reafopara «real» para «real» para «real» para
empresa 1 empresa 2 empresa 3 empresa 4
1 ¡ J
I Línea de coste medios
______ mínimos, «falsa» curva
I de costes medios

Output de Output de Output de Output de Output


Empresa 1 Empresa 2 Empresa 3 Empresa 4

L a p r e d ic c ió n d e q u e u n m e r c a d o e s u n s i s t e m a d e e q u i l i b r i o e s t a b le ( e s d e c ir , q u e
e x i s t e u n a t e n d e n c i a i n h e r e n t e a q u e u n p r e c i o d e m e r c a d o v u e l v a a s u v a l o r c e n t r a l)
p u e d e s e r c u e s t io n a d a p o r d iv e r s a s h ip ó t e s is f u n d a m e n t a le s . E n p r im e r lu g a r , u n m e r c a d o
p u e d e s e r in e s t a b l e s i v a r ia s e m p r e s a s e x p a n d i é n d o s e j u n t a s p r o d u c e n e c o n o m í a s q u e
n i n g u n a e m p r e s a p o r s í s o la p o d r ía c o n s e g u i r , p o r e j e m p l o , c r e a n d o u n c e n t r o d e m a n o
d e o b r a a p r o p ia d a m e n t e c u a l i f i c a d a . E s t a s economías de escala ( e s d e c ir , e c o n o m ía s
q u e d e p e n d e n d e l n iv e l d e e s c a la d e l o u t p u t) s o n e x te r n a s a l a e m p r e s a ( in d iv id u a lm e n t e ,
c a d a e m p r e s a p u e d e s e g u i r t e n ie n d o u n a c u r v a d e c o s t e m a r g i n a l a s c e n d e n t e ) y s ó l o
a p a r e c e n a l n iv e l d e l m e r c a d o c o n ju n to c o m o c u r v a d e o fe r ta d e p e n d ie n te d e s c e n d e n ­
t e . E s d e c ir , q u e c u a n t o m a y o r s e a l a c a n t id a d d e l p r o d u c t o c o m e r c i a l i z a d o , m e n o r s e r á
e l p r e c io d e v i a b il id a d d e c a d a e m p r e s a y e l q u e s e r á c a p a z d e h a c e r f r e n t e a lo s c o s t e s
m e d io s m ín im o s . S i n e m b a r g o , l a i n e s t a b i li d a d s ó l o s e p r o d u c e e n e l c a s o e n q u e e s t a s
e c o n o m í a s s e a n t a n g r a n d e s q u e l a c u r v a d e l a o f e r t a d e c r e z c a m á s r á p id o q u e l a c u r v a
d e l a d e m a n d a ( s i s u p o n e m o s q u e l o s in d i v i d u o s s ó l o r e s p o n d e n e n t é r m in o s d e c a n t i­
d a d e s y a c e p t a n lo s p r e c io s c o m o a l g o d a d o ) . ( V e r f i g u r a 2 .)
A l p r e c io a la c a n t id a d d e m a n d a d a ( Qda) e x c e d e a l a c a n t id a d o f e r t a d a ( Q s . ) , y lo s
e m p r e s a r i o s e x i s t e n t e s t ie n e n r a z o n e s p a r a o f e r t a r m á s . P e r o a l e x p a n d i r l a p r o d u c ­
c i ó n , r e d u c e n lo s c o s t e s d e p r o d u c c ió n p a r a l o s n u e v o s p a r t ic ip a n t e s , y s e p r o d u c e u n a
p r e s i ó n p a r a q u e l o s p r e c io s b a j e n , in c r e m e n ta n d o a s í l a d i f e r e n c i a e n t r e l a o f e r t a y l a
d e m a n d a , e n lu g a r d e d is m in u ir la . A l p r e c io b , l a o fe r t a ( Qsb) e x ce d e a la d em a n d a
( Q d b) , y a s í l o s e m p r e s a r io s e x i s t e n t e s d i s m i n u y e n l a p r o d u c c i ó n y a l h a c e r l o in c r e ­
m e n t a n l o s c o s t e s , f u e r z a n a e m p r e s a s f u e r a d e l a i n d u s t r ia , l o q u e l l e v a a u n a u m e n t o
d e lo s p r e c io s y u n in c r e m e n to d e la o fe r t a p o r e n c im a d e l a d e m a n d a . P o r lo ta n t o , en
e s t e e je m p lo t o d o s lo s in d iv id u o s s e c o m p o r t a n d e f o r m a r a c i o n a l c o n f o r m e a l a t e o r ía
d e l a p r e f e r e n c i a s u b je t i v a , p e r o e l m e r c a d o e s in e s t a b l e , l l e v a n d o a Ja t e o r í a a p o d e r ­
s e d e f e n d e r s o l a m e n t e a f ir m a n d o q u e l o s c a s o s d e r e n d im ie n t o s a e s c a l a s ig n i f i c a t i v o s
y e x t e r n o s n o s o n h a b i t u a le s .

3. A C = Coste M edio [nota de la írad.]


312 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

Figura 2. Mercado inestable con beneficios crecientes a escala extemos a la empresa (Nota: los
empresarios sólo pueden elegir la cantidad, no el precio)

Precio
(£ por unidad)

Cantidad por periodo


i
I

Incluso si se supone que las curvas de la demanda y de la oferta tienen inclinacio­


nes normales, la inestabilidad puede aun introducirse suponiendo un retraso temporal
en Ja respuesta de la oferta, debido a un periodo de producción finito en el que las deci­
siones sobre el nivel del output se toman al inicio del periodo (por ejemplo un pro­
ducto agrícola, en cuyo caso las decisiones vitales deben realizarse en el momento de
Ja siembra). Esta hipótesis provoca un proceso de ajuste en el tiempo que puede ser
inestable si se supone que la curva de la demanda tiene más pendiente que la curva de
la oferta (ver figura 3).
En el primer periodo de tiempo, partiendo de un precio de mercado inicial a , los
empresarios estarán dispuestos a ofertar una cantidad Qsa. Sin embargo, ante esta can­
tidad, los consumidores estarán, sólo a partir de la función de la demanda, dispuestos
a ofrecer un precio b. A sí, al principio del segundo periodo de tiempo, ante el nuevo
precio de mercado b, los empresarios modificarán sus decisiones de producción según
la función de la oferta, y sólo ofertarán Qsfc. Los consumidores, enfrentados ahora con
una cantidad reducida del producto, ofrecerán el precio superior e, produciéndose enton­
ces una situación de exceso de demanda. Consecuentemente, en el tercer periodo de
tiempo, las decisiones de producción volverán a revisarse. E n este ejemplo, la canti­
dad que los consumidores están dispuestos a pagar por una cantidad dada y la canti­
dad que los empresarios están dispuestos a ofertar por un precio dado tienden a alejarse
de los valores de equilibrio de mercado. Por razones visuales obvias, a este modelo se
le llama modelo de la telaraña. En contraste con el primer caso, aquí podría considerarse
que los individuos se comportan con una falta de previsión que se acerca a la irracio­
nalidad. A l comprar el producto cuando el precio es bajó, almacenarlo y venderlo cuan­
do es alto, algunos individuos emprendedores podrían actuar com o mayoristas,
«almacenando y especulando» en el interés de todos y obteniendo al mismo tiempo
LA LIBERTAD ES EL MERCADO: LATEORÍA DELVALOR DE LA PREFERENCIA. .. 313

Figura 3. Mercado inestable con cantidad ofertada respondiendo al precio al principio del pe­
riodo de producción

Precio
(£ por unidad)

toda la oferta)

Figura 4. «Falsa» observación de inestabilidad de mercados, cuando, de hecho, se producen


cambios en las curvas de oferta y demanda con movimientos a lo largo de las curvas

Precio
(£ por unidad)
314 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

u na r e c o m p e n s a . A s í , la lib r e b ú s q u e d a d e l b e n e fic io p a r tic u la r en e s te c a s o te n d e r á a


r e d u c ir la in e s ta b ilid a d .
N i s iq u ie r a u n a « o b s e r v a c ió n » d e in e s ta b ilid a d p r i m a f a c i e e n té r m in o s d e u n a
a m p lia v a ria c ió n e n e l p r e c io d e u n p ro d u cto , c o m o s e m u estra e n la fig u r a 4 , e s u n a prue­
b a c o n c lu y e n t e de que lo e s e n c ia l d e la te o r ía d e la p r e fe r e n c ia s u b je tiv a esté fa lla n d o
un test d e fa ls a c ió n . ::
S ie m p r e q u e p u e d a n p r o p o r c io n a r s e a lg u n a s r a z o n e s p a r a q u e l a c u r v a d e d e m a n - ::
d a o d e o fe r ta , o la s d o s , e s té n c a m b ia n d o , lo q u e d a d o e l n ú m e r o d e v a r ia b le s q u e s e
s u p o n e n f ija s p a r a l l e g a r a la s r e la c io n e s d e d e m a n d a y o fe r ta n o d e b e r ía s e r d i f í c i l , j
e n to n c e s , en p r in c ip io , e s p o s ib le e x p lic a r la s v a r ia c io n e s . E s t o n o e lim in a to d o e l tra - '
b a jo r e a liz a d o p o r m u c h o s e c o n o m is t a s en e l c a m p o d e la e s ta d ís tic a . P e r o s í a r r o ja :
d u d a s s o b r e s i e s p o s ib le q u e su tr a b a jo lle g u e ja m á s a d e s a fia r fu n d a m e n ta lm e n te a :
l a te o r ía d e la p r e fe r e n c ia s u b je t iv a . L a c o m p r o b a c ió n fo r m a l e m p ír ic a e x h a u s tiv a n o
e s e s e n c ia l p a r a la s u p e r v iv e n c ia d e l a te o r ía . E l c r ite rio d e é x it o d e la te o r ía d e la p r e ­
fe r e n c ia s u b je tiv a n o d e p e n d e d e la s o b s e r v a c io n e s e s ta d ís tic a m e n te v á lid a s , s in o q u e ::
es e v id e n te e n e l b ie n e s ta r m a t e r ia l r e la tiv o d e los c iu d a d a n o s d e a q u e lla s s o c ie d a d e s >
en la s q u e lo s g o b ie r n o s h a n p a r e c id o a c tu a r g e n e r a lm e n te c o m o si la te o r ía d e la p r e ­
fe r e n c ia s u b je t iv a fu e r a c ie r ta . ;i>
CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA 315-329

L a p o lít ic a d e la t e o r ía d e la p r e fe r e n c ia s u b je t iv a :

: u n m a r c o p a r a la lib e r ta d *
j K e n C o le , Jo h n C a m e ro n , C h r is E d w a rd s
i.

ll

l. L a e s t r a t e g ia p o l ít ic a g e n e r a l a s o c ia d a
A LA TEORÍA DE LA PREFERENCIA SUBJETIVA

S i o b s e r v a m o s c u a lq u ie r e le c c i ó n m u ltip a r tid is t a r e c ie n t e e n e l m u n d o o c c id e n t a l,
e n c o n t r a m o s in v a r ia b le m e n t e u n p a r tid o q u e d e f i e n d e l a r e d u c c ió n d e l a « in t e r fe r e n c ia »
g u b e r n a m e n t a l e n l a e c o n o m í a n a c i o n a l ; m e n o r e s i m p u e s t o s p a r a la s r e n t a s m á s a lt a s ,
m e n o r e s r e s t r ic c io n e s e n e l m o v i m i e n t o i n t e r n a c io n a l d e b ie n e s y f i n a n z a s y u n e s t r ic to
c o n t r o l s o b r e l o s c a m b i o s e n la c a n t i d a d d e d i n e r o e n la e c o n o m í a . E s t o s p o l í t i c o s
¿fe
:,;-. d e f i e n d e n t a m b ié n u n a p o l í t i c a s o c i a l b a s a d a e n l a f a m i l i a y q u e r e f u e r c e l a n e c e s id a d
u■ : d e l c a s t i g o y n o d e l t r a t a m ie n t o d e l o s c r i m i n a l e s , u n p o s i c i o n a m i e n t o p o l í t i c o in t e r ­ !
li, s■Sí?:...' n a c i o n a l b a s a d o e n l a s u p e r io r id a d n a c i o n a l y u n a d u r a o p o s i c i ó n a l a U R S S . E n 1 9 7 9 ,
"■
1, i■■■■
?:,:v e l P a r t i d o C o n s e r v a d o r g a n ó l a s e l e c c i o n e s e n e l R e i n o U n i d o c o n u n m a n i f i e s t o d e
'
Í•í
II
ÍS'
i
pi: l\ e s t e t ip o y r e a l i z ó u n e n é r g i c o e s f u e r z o p a r a a p l i c a r e l p r o g r a m a . E s t e p r o g r a m a e r a
I
V" S
'i?. m u y r a d ic a l p a r a J o s e s t á n d a r e s b r i t á n ic o s d e p o s g u e r r a , y e l p r i m e r a ñ o t o d o s l o s i n d i ­
■í''|R c a d o r e s e c o n ó m i c o s m a r c a r o n l a d ir e c c ió n « i n c o r r e c t a » . E l p r a g m a t i s m o p a r e c i ó e x i ­
>■III gc oi rnuvne nc caimo nbei os pd reeavlgi aus ndaesl p«asretne st i dd eo lcaopmoúl ínt i»c,ae, lp «e rr oe aJloi ss ml l aom» aymlai e «nrt ao csi oa nuanl irdeatdo »r nfou earlao ns ,

m1|1 y
| -:,-. t o d o s t r a t a d o s c o n d e s p r e c i o p o r l o s d i r i g e n t e s d e l g o b i e r n o c o n s e r v a d o r . E s t o s l í d e ­
i'ii:. :• r e s n o s ó l o a p a r e c ía n e x c e p c io n a l m e n t e c la r o s y u n id o s e n t o r n o a s u e s t r a t e g i a g e n e ­
.• r a l , s in o q u e t a m b ié n c o n s id e r a b a n c a d a p o l í t i c a c o n c r e t a c o m o u n a c o n t r i b u c i ó n a su
e s t r a t e g i a g e n e r a l.
E s t a p o s ic ió n e x c e p c io n a lm e n t e fir m e p u e d e e x p lic a r s e e n p a rte e n r e fe r e n c ia al
p o d e r l ó g i c o d e la t e o r ía d e l v a l o r d e l a p r e f e r e n c i a s u b j e t i v a . E n u n a s i t u a c i ó n d e c r i ­
s is ( y q u ié n p o d r í a d u d a r q u e e n l o s a ñ o s 7 0 e l R e i n o U n i d o s e e n c o n t r a b a e n u n a c r is is
p o l í t i c a , c o n c u a t r o e l e c c i o n e s y e f e c t i v a m e n t e c u a t r o c a m b i o s d e l p a r t id o / p a r t id o s e n
e l g o b i e r n o c o n c a m b io s d e l a b o r i s t a a c o n s e r v a d o r a l a b o r i s t a , a l a b o r i s t a c o n a p o y o
p a r l a m e n t a r i o lib e r a l y a c o n s e r v a d o r e s u n a v e z m á s ) , e l p a s a d o r e c i e n t e d e j a d e s e r
i;'?:--:'
u n a g u í a p a r a e l fu t u r o y l a s c r e e n c i a s f u e r t e s s e h a c e n m á s im p o r t a n t e s e n l a t o m a d e
d e c i s i o n e s . L a s c r e e n c i a s fu e r t e s s o n m u c h o m á s c o n v i n c e n t e s s i t ie n e n c o h e r e n c i a
l ó g i c a , p o r l o q u e u n a r g u m e n t o l ó g i c o e s im p o r t a n t e p a r a a n im a r a l o s s e g u id o r e s y
W': d e s a c t i v a r a l a o p o s i c i ó n . D e c i r q u e la s id e a s d e a l g u i e n s ó l o t ie n e n s e n t i d o e n b a s e a
u n c o n j u n t o c o n c r e t o d e s u p u e s t o s e s m u c h o m e n o s r e b a t i b l e q u e d e c i r q u e n o t ie n e n

Publicado en: Cole, Ken; Cameron, John; Edwards, Chris. «Subjeclive preference theory policy: a fra-
mework for Jiberly». En: Why economists dlsagree: ihc polilical economy of economics. Londres:
Longman, 1983, p. 88-108. Traducción: Gemma Galdón.
316 CRÍTJCA A L A ECONOMÍA ORTODOXA

ningún sentido. L a teoría de la preferencia subjetiva es el apuntalamiento lógico de las


políticas del gobierno conservador en el Reino Unido en los años 80.
L a situación de crisis en el Reino Unido fue importante para proporcionar el marco
en el que las ideas fundam entalistas se convirtieron en políticam ente im portantes.
Margareth Thatcher y Keith Joseph fueron importantes en forzar al Partido Conservador
a adoptar una rigurosa visión del mundo desde la preferencia subjetiva. Pero estas ideas
estaban disponibles debido a que, entre 1870 y 1980, muchos economistas en univer­
sidades e instituciones de investigación prestigiosas que constituyen auténticas torres
de marfil en Europa y los Estados U nidos, habían estado desarrollando y refinando esa
visión del m undo. Sería, por lo tanto, más acertado llam ar a la econom ía la «ciencia
conservadora», que la «ciencia deprimente», ¡aunque para m uchos de nosotros en el
Reino U nido en 1980 las dos descripciones podrían ser intercambiables!
E n un aspecto, podríamos acortar este capítulo considerablem ente refiriéndonos
al capítulo anterior, señalando que hemos demostrado cóm o los individuos buscado­
res-de-utilidad pueden combinarse a través de contratos voluntarios en un mercado de
un producto e intercambiarlo a un precio que garantice algún aumento de satisfacción
para todos los participantes. L a competencia perfecta está prácticamente garantizada
por la libertad de inform ación y la búsqueda del beneficio propio por paite de los par­
ticipantes potenciales, por lo que el mercado libre es equitativo y eficiente, con sólo
algunas excepciones poco probables a esta norma. Todos los elementos componentes
de la filo so fía básica del centro-derecha (en el espectro político) están presentes en
este m odelo. Lo s determinados individuos que persiguen sus propios objetivos a esca­
la mundial a la v ez que reconocen el interés propio en el contrato voluntario (el pri­
mero en utilizar la violencia no es siempre el vencedor final) com o la relación social
típica. Las leyes de la oferta y la demanda se presentan así analíticamente com o leyes
«naturales», parecidas a la ley de la gravedad, que operan con una fuerza anónima y
universal sobre todo el mundo y, por lo tanto, inevitable (en el sentido de que un avión
volando en círculos no rompe la ley de la gravedad sino que gasta energía al resistirse
a esa ley) y es justa (en e l‘ sentido de que las lim itaciones al comportamiento indivi­
dual no se deben a los agentes humanos sino a la providencia ciega).
Todo lo que un agente socialmente consciente debe hacer es proteger la norma del
contrato voluntario. Para proporcionar ese servicio, puede extraer alguna cantidad com ­
pensatoria de recursos en form a de impuesto de cada individuo participante. (N o exis­
te ninguna razón fuerte para que el impuesto por individuo no deba ser ig u a l, ya que
todos los individuos serían perjudicados por el colapso del m ercado, y el im puesto
sería probablemente tan pequeño que no sería importante). Indudablemente, muchos
votantes de partidos políticos de derechas ven este argumento com o bastante adecua­
do com o base teórica para darles su apoyo. D esde esta posición, podrían pasar a afir­
mar que las sociedades que no permiten la operación de los mercados libres son tiranías
políticas y que aquellas personas que viven en esas sociedades están socialmente inci­
vilizadas por permitir que la tiranía continúe. Solam ente las sociedades que están avan­
zando hacia m ercados más libres son consideradas corno sociedades en desarrollo,
mientras q u e las que los están restringiendo no lo son. Pero ir m ucho m ás allá de esto
en términos de plantear una justificación lógica de preferencia subjetiva del naciona­
lism o (que lleve a una política de fuertes fuerzas militares) y del racismo (llevando a una
política de restricción de la m igración) sería exagerar el tema. L le g a r a este punto
p iv "

■ TEORÍA DE LA PREFERENCIA SUBJETIVA: UN MARCO PARA LA LIBERTAD 317

r e q u e r ir ía la in tr o d u c c ió n d e l d e b a te a c e r c a d e la g e n é t ic a fr e n te a l m e d io a m b ie n te
c o m o e le m e n to s en la fo r m a c ió n d e la p e rs o n a lid a d in d iv id u a l y d e la s c a r a c te r ís tic a s
é tn ic a s . B a s ta d e c ir qu e la r íg id a v isió n p r e s o c ia l d e la s p r e fe r e n c ia s y la e le c c ió n e c o ­
n ó m ic a en la teo ría d e la p r e fe r e n cia s u b je tiv a es c o m p a tib le c o n e l d e te r n in is m o g e n é ­
t ic o a n iv e l in d iv id u a l y d e g r u p o .
P o r lo ta n to , lle g a d o s a e s te n iv e l to s c o p e r o v á lid o , p o d e m o s v e r la s c o n e x io n e s
e n tr e lo e s e n c ia l d e la te o r ía d e l v a lo r d e la p r e fe r e n c ia s u b je tiv a y u n a p o s tu r a p o líti­
c a c o n te m p o r á n e a a m p lia m e n te e x t e n d id a . P a r a a u m e n ta r la c o n fia n z a e n la te o r ía de
la p re fe re n cia su b je tiv a (y co n s e cu e n te m e n te en Ja p o lític a a s o c ia d a co n e lla ) , es ú til re fi­
n a r el a r g u m e n to m o s tr a n d o q u e e l a n á lis is d e u n ú n ic o m e rc a d o pu ed e ser c o n v e r ti­
d o d e fo r m a l ó g i c a en u n a t e o r ía d e t o d a la e c o n o m í a . E s t e e s e l p r o y e c t o q u e h a
d o m in a d o la e c o n o m ía d e la p r e fe r e n c ia s u b je tiv a d e s d e 1 8 7 0 h a s ta h o y e n d ía . A n te s
d e in te n ta r resu m ir e s ta a c t iv id a d , e n u m e r a r e m o s lo s c r ite r io s g e n e r a le s p o r lo s q u e
p o d e m o s j u z g a r s i u n a te o ría e s c o r r e c ta d e s d e la p e rs p e c tiv a d e Ja e c o n o m ía d e la p r e ­
fe r e n c ia s u b je tiv a (y m á s g e n e r a lm e n te d e s d e la te o r ía p o p p e r ia n a del c o n o c im ie n to ) .
L a te o r iz a c ió n s e d iv id e en tr e s c o m p o n e n te s : s u p u e s to s , d e d u c c io n e s y c o m p r o ­
b a c io n e s . L o s s u p u e s to s so n e s e n c ia lm e n t e arb itra rio s; h a b la r d e si lo s su p u e s to s e n sí
m is m o s so n m á s o m e n o s a c e p ta b le s n o tie n e n in g ú n sen tido d e sd e e s te p u n to d e v is ta ,
y a q u e to d o s lo s su p u esto s so n d e s v ia c io n e s d e la c o m p le jid a d d e la e x p e r ie n c ia y están
p o r lo tan to u n id o s p o r u n a fa lt a d e r e a lis m o . L a d e d u c c ió n e s tá d o m in a d a p o r la s n o r­
m a s d e la ló g ic a y , c o m o ta l, n o está a b ie r ta a la c r ític a ; la h a b ilid a d d e r e p r o d u c ir u n a
d e d u c c ió n l ó g i c a p r e c is a m e n te a u m e n ta c u a n d o la fo r m a d e l a r g u m e n to es m a te m á ti­
c a . E s t o e s tim u la e l u so d e la s m a te m á tic a s y fa c ilit a la e le c c ió n d e s u p u e s to s s u s c e p ­
tibles d e fo r m u la c ió n m a te m á tic a . E s t o p a r e c e r ía d e ja r c o m o ú n ic a áre a d e c r ític a la
c o m p r o b a c ió n e m p ír ic a , e s d e c ir , la c o m p a r a c ió n d e l r e s u lta d o d e la s d e d u c c io n e s d e
u n c o n ju n to d e s u p u e s to s a c e r c a d e lo o b s e r v a b le c o n l a s o b s e r v a c io n e s re a le s y p re ­
fe r e n te m e n te la e v a lu a c ió n d e la v a lid e z d e esta teo ría fre n te a las p r e d ic c io n e s d e la s
d e d u c c io n e s d e riv a d a s d e un c o n ju n t o d e s u p u e s to s r iv a le s . ■
P a r a la te o r ía d e la p r e fe r e n c ia s u b je t iv a , lo s d o s e x tr e m o s d e l p r o c e s o está n f i j a ­
d o s . L o s su p u e s to s s o b r e lo s in d iv id u o s m a x im iz a d o re s d e u tilid a d (q u e so n su scep tib le s
d e s e r r e p re s e n ta d o s m a te m á tic a m e n te u tiliz a n d o e l c á lc u lo d ife r e n c ia l) so n o b lig a to ­
rio s y e l o b je tiv o d e p r e d e c ir un resu lta d o e s ta b le , e fic ie n t e y e q u ita tiv o e s , c o m o m ín i­
m o , m u y a c e p ta b le . L a s o b je c io n e s a c e r c a d e q u e e s te p r o c e s o p a r e c e ig n o r a r la fa s e
c r u c ia l d e c o m p ro b a ció n e m p ú ic a p u e d en ser rebatidas d e sd e m u ch as d ire c cio n e s. E n p ri­
m e r lu g a r , la a fir m a c ió n d e q u e la s e c o n o m ía s « d e m e rc a d o » d e l m u n do actu a l son r e la ­
tiv a m e n t e e s ta b le s ( lo s p r e c io s d e a y e r son u n a g u ía r e la tiv a m e n te b u e n a p a r a lo s d e
h o y ), e fic ie n te s (las perso n as q u e v iv e n en e llas tienen un alto n iv e l d e co n su m o ) y e q u i­
ta tiv a s ( e l n i v e l d e c o a c c i ó n es b a jo , c o m p a r a d o c o n o tr o s m o m e n to s h is tó r ic o s ). E n
s e g u n d o lu g a r , q u e e l p r o c e s o d e te o r iz a c ió n s e e n c u e n tr a a ú n s ó lo a l s e g u n d o n iv e l, la s
d e d u c c io n e s d e sd e lo s su p u e s to s so n aú n to s c a s y e l p r o y e c to e s r e fin a r e l a r g u m e n to a
tr a v é s d e la u tiliz a c ió n d e té c n ic a s m a te m á tic a s m á s s o fis t ic a d a s , q u e d e b ilita n la s r e s ­
tr ic c io n e s q u e n o so n e s e n c ia le s p a r a lo s su p u esto s b á sico s sin o q u e s ó lo so n n e c e s a ­
rios p a r a p e rm itir e l u so d e n u e stra s in a d e cu a d a s m a te m á tic a s a c tu a le s . E n terce r lu g a r,
q u e n o s e h a d e m o stra d o q u e n in g u n a te o r ía riv a l s e a m e jo r en las p r u e b a s en la s q u e
s e p r e d ic e n d ife r e n te s o b s e r v a c io n e s . P o r lo ta n to , m e to d o ló g ic a m e n te , la te o r ía d e la
p r e fe r e n c ia s u b je tiv a p u e d e d e fe n d e r s e a s í m is m a d e g ra n p a rte d e la c r ític a .
318 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

L a s p r ó x im a s tr e s s e c c io n e s d e e s t e c a p ít u lo re s u m e n lo s in te n to s d e lo s e c o n o ­
m ista s d e v a lid a r rigu ro sam e n te la v isió n d e l m u n d o d e la p r e fe re n cia s u b je tiv a . T a m b ié n
m u e s tra n c o m o la te o r ía r e s u r g ió d e lo s r e v e s e s d e lo s añ os 50 y 6 0 h a s ta c o n v e r tir s e
d e n u e v o e n l a te o r ía d o m in a n te d e la e c o n o m ía en lo s a ñ o s 7 0 en m u c h a s u n iv e r s id a ­
d e s , d e p a rta m e n to s g u b e rn a m e n ta le s e in s titu c io n e s in te r n a c io n a le s . L a ú ltim a s e c c ió n
d e este c a p ítu lo a v a n z a h a c ia u n a v a lo r a c ió n d e l a p o y o p o l ít ic o a la e c o n o m ía d e la
p r e fe r e n c ia s u b je t iv a y c o n c lu y e q u e su lu g a r e n e l p a n te ó n e c o n ó m i c o d e la s s o c ie ­
d a d e s c a p it a lis t a s e s tá a s e g u r a d o .

[ ...]

2. L a e c o n o m í a c o m o m u c h o s m e r c a d o s : e l a n á l is is d e l e q u i l i b r i o g e n e r a l

L a in te g r a c ió n d e la e c o n o m ía y la s m a te m á tic a s h a a lc a n z a d o u n o d e s u s p u n to s á l g i­
d o s a l e x a m in a r la s p r o p ie d a d e s d e u n a e c o n o m ía d e m u lt i- m e r c a d o d e s d e e l p u n to d e
v is t a d e la p r e fe r e n c ia s u b je tiv a . S i n e m b a r g o , la p r e o c u p a c ió n d e e s ta s e c c ió n s e c e n ­
tr a e n lo s p r in c ip io s im p lic a d o s , y p o r lo ta n to n o s e u t iliz a n in g u n a fo r m u la c ió n m a te ­
m á t ic a , lo q u e s i g n i f i c a q u e ¡a s p r o p ie d a d e s e s té tic a s d e ¡a s m a te m á tic a s s e p ie r d e n .
E s ta pérd ida n o e s tr iv ia l, y a q u e a m e d id a q u e l a e c o n o m ía h a a s c e n d id o a torres d e m ar­
f i l , e l c r ite r io del é x it o y la e x c e le n c ia h a p a s a d o p a ra m u c h o s e c o n o m is ta s d e s d e la
im p o r ta n c ia s o c ia l a la e le g a n c ia m a te m á tic a . E s t e p o t e n c ia l q u e e x is t ía en lo s flir te o s
c o n la s fo r m u la c io n e s m a te m á tic a s d e e c o n o m is ta s c o m o J e v o n s , M e n g e r y W a lr a s a
fin a le s d e l s ig lo x i x , h a lle g a d o a h o r a a su c o m p le t a c o n s u m a c ió n . E s t o p r o b a b le m e n te
p r o v o c a r á e l h o rr o r d e m u c h o s d e n u e stro s le c to r e s , q u e p u e d en v e r e s te m a tr im o n io
c o m o l a o b r a d e u n F r a n k e n s te in m a te m á tic o q u e c o n s t r u y e la n o v ia e c o n ó m ic a p a r a
■1
a ju s ta r la a su s n e c e s id a d e s . ;•

L a te o r ía d e l a p r e fe r e n c ia s u b je tiv a pa rte d e l in d iv id u o c o n g u s to s y recu rso s in h e ­ a


r e n te s q u e e x p r e s a su s p r e fe r e n c ia s a tr a v é s d e l lib r e e s ta b le c im ie n to d e co n tra to s p a r a
m a x im iz a r su u t ilid a d . L a s d e c is io n e s d e l in d iv id u o p u e d e n d iv id ir s e en d o s g r u p o s
in te r c o n e c t a d o s , lo s q u e im p lic a n u n a e n tra d a n e ta d e u t ilid a d y lo s q u e im p lic a n u n a
s a lid a n e ta d e l a m is m a . P a r a e l in d iv id u o , la s c u e s tio n e s d e s i u n p r o d u c to o s e r v ic io
c o n c r e to e s ta r á e n u n g r u p o o en e l o tr o d e p e n d e n s ó lo d e su p r e c io r e la tiv o . P o r e je m ­
p lo , si u n p r o d u c to tie n e u n p r e c io r e la tiv a m e n te a lt o en r e la c ió n a o tr o s y e l in d iv i­
d u o n o v a lo r a e l p r o d u c to d e fo r m a p a r ticu la rm e n te e le v a d a , e n to n c e s s e p u e d e esp erar
u na v e n ta n eta d e e s e p r o d u c to . P o r lo ta n to , Jo s b ie n e s y s e r v ic io s n o p u e d e n ser c l a ­
s ific a d o s c o m o n e c e s id a d e s o c o m o lu jo s , y a q u e to d a s la s d e c is io n e s in d iv id u a le s so n
s e n s ib le s a lo s p r e c io s d e n tr o d e u n a e s tr u ctu r a in h e r e n te d e g u s to s y r e c u r s o s e s p e c í­
f ic o s e in d iv id u a le s . L a p o s ib ilid a d d e q u e e x is t a u n in te r c a m b io a m p lio y c o n tin u a d o
e s d e b id a a u n o s g u s to s y recu rso s v a r ia b le s , a u n q u e la s tr a n s a c c io n e s e s p e c ífic a s in v o ­
lu c r a d a s v a r ia r á n e n o r m e m e n te c o m o r e s p u e sta a lo s c a m b io s e n lo s p r e c io s .
L a p r im e r a p r e d ic c ió n q u e r e a liz a la te o r ía d e l e q u ilib r io g e n e r a l e s q u e e x is t e u n
c o n ju n to d e p r e c io s e n to d o s lo s m e rc a d o s b a jo e l q u e to d o e l m u n d o e s ta r á s a tis fe c h o
h a s ta e l p u n to d e q u e n a d ie d e s e e y a in te r c a m b ia r a d ic h o s p r e c io s . E s d e c ir , q u e p a r­
tie n d o d e in d iv id u o s q u e r e s p o n d e n a lo s c a m b io s en lo s p r e c io s d e la fo r m a s is te m á ­
t ic a d e s c r it a e n e l c a p ít u lo 3 , e s p o s ib le d e d u c ir ló g ic a m e n t e q u e s ie m p r e e x is te un
c o n ju n to d e p r e c io s n o n e g a t iv o s a lo s q u e n a d ie tie n e in te r é s e n s e g u ir in te r c a m b ia n -
TEORÍA DE LA PREFERENCIA SUBJETIVA: UN MARCO PARA LA LIBERTAD 319

d o . E s t o t a m b ié n s u p o n e q u e s ie m p r e h a y r e n d im ie n t o s c o n s t a n t e s a e s c a l a y c o m p e ­
t e n c i a e n l a p r o d u c c i ó n . M a t e m á t i c a m e n t e , e s t e e q u i li b r i o e s u n a s it u a c ió n e n l a q u e
la s e n t r a d a s y s a l i d a s n e t a s d e s e a d a s h a n l l e g a d o a c e r o p a r a t o d o s lo s i n d i v i d u o s y
t o d o s l o s b ie n e s y s e r v i c i o s , a n o s e r q u e u n p r o d u c t o s e a a ú n t a n a b u n d a n t e c u a n d o
s u p r e c io h a y a l l e g a d o a c e r o q u e n a d i e q u i e r a m á s d e l m i s m o . E n e s e c a s o , l o s q u e
p o s e e n e s e p r o d u c t o p u e d e n e s t a r a ú n d is p u e s t o s a d e s h a c e r s e d e é l , p e r o n o p u e d e n
n i r e g a l a r l o . E s t e c a s o d e e x c e s o d e o f e r t a a p r e c i o c e r o e s t r a t a d o c o m o a l g o in u s u a l ,
y e n g e n e r a l s e s u p o n e q u e , p a r a la m a y o r p a r te d e b ie n e s , a l m e n o s a lg u n a s p e rso n a s
e s t a r á n d is p u e s t a s a q u e d a r s e c o n l a c a n t id a d t o t a l d i s p o n i b le d e l p r o d u c t o u n a v e z q u e
su p r e c io h a y a c a íd o s u fic ie n te m e n te .
P u e d e d e m o s t r a r s e q u e e x is t e e s t e t ip o d e e q u i li b r io p a r a c u a l q u i e r n ú m e r o d e i n d i ­
v i d u o s y c u a l q u i e r n ú m e r o d e b ie n e s y s e r v i c i o s , i n c l u i d o s t a n t o s t ip o s d e t r a b a j o y
m a q u i n a r ia c o m o s e d e s e e n d is t in g u ir e c o n ó m i c a m e n t e . L a im p o r t a n c i a d e e s t a d e m o s ­
t r a c i ó n n o r e c a e e n q u e d e s c r i b e u n a e c o n o m í a c o n c r e t a o q u e n o s p e r m it a m e d i r e l
p r e c io a l q u e u n b ie n o s e r v i c i o s e r á in t e r c a m b i a d o p o r o t r o , s in o e n q u e m u e s t r a c u a ­
l i t a t i v a m e n t e q u e e x is t e n p r e c io s q u e s a t i s f a c e n a t o d o e l m u n d o , i n c l u i d o s a q u e l lo s
q u e p o s e e n u n a c a n t i d a d e l e g i d a d e u n p r o d u c t o , l o s q u e h a n r e n u n c i a d o a l a p o s e s ió n
d e a lg u n a c a n t id a d d e d ic h o p r o d u c to p a r a o b t e n e r o tr o y t o d o s a q u e llo s q u e n u n c a
p o s e y e r o n e l p r o d u c t o o n u n c a q u is ie r o o n in g u n a c a n t id a d d e e s e p r o d u c t o a e s e p r e ­
c io . P o r r a z o n e s o b v ia s , la s p r u e b a s m a t e m á t ic a s ^ e e s ta p r e d ic c ió n se lla m a n te o re ­
m a s d e e x i s t e n c i a , y e n v a r ia s u n i v e r s i d a d e s f a m o s a s h a y e m p l e o s d i s p o n i b l e s p a r a
a q u e l lo s q u e d e s e e n in t e n t a r s i m p l i f i c a r l o s s u p u e s t o s n e c e s a r i o s p a r a e s t a p r e d i c c ió n .
S ó l o l o s l i c e n c i a d o s e n m a t e m á t ic a s d e b e n m o le s t a r s e e n p r e s e n t a r s u s o l i c i t u d p a r a
Jo s m i s m o s .
E s t e l o g r o m a t e m á t ic o d e d e m o s t r a r l a e x i s t e n c i a n o l o c o n s id e r a r e m o s m á s a q u í ,
s in o q u e l o q u e s e p la n t e a e s l a im p o r t a n t e t r a s c e n d e n c i a i d e o l ó g i c a d e e s t e e j e r c i c i o .
A s í , s i lo s s u p u e s t o s fu n d a m e n t a le s s o b r e l a n a tu r a le z a d e la e x is t e n c ia h u m a n a s e
a c e p t a n t a n t o d e s c r i p t iv a m e n t e c o m o m o r a lm e n t e , e n t o n c e s u n a l ó g i c a in e x o r a b l e n o s
a r r a s tr a a p a r e n te m e n te h a c ia la c o n c lu s ió n in e v it a b le d e q u e u n a s o c ie d a d s ie m p r e
t ie n e u n a s i t u a c i ó n p o s i b l e e n l a q u e e x i s t e n u n c o n j u n t o d e n ú m e r o s l l a m a d o s « p r e ­
c i o s » . E s t o s p r e c io s e n la z a r á n a t o d o s l o s m i e m b r o s d e l a s o c i e d a d a t r a v é s d e c o n t r a ­
to s v o lu n t a r io s d e u n a m a n e r a c o m p l e j a , d e f o n n a q u e t o d o e l m u n d o e s té r e la t iv a m e n t e
s a t is fe c h o . T o d o e l m u n d o p r e fe r ir ía m á s d e to d o ( e x c e p to d e e so s p o c o s p ro d u c to s
c o n e x c e s o d e o f e r t a ) , p e r o s ó l o p u e d e o b t e n e r m á s s i a lg u n a o t r a p e r s o n a e s f o r z a d a
a r e n u n c i a r a a lg o . S e t r a n s g r e d e e l p r i n c i p i o f u n d a m e n t a l d e l a lib e r t a d i n d i v i d u a l a
m e n o s q u e t o d o s l o s in t e r c a m b io s s e h a g a n a t r a v é s d e c o n t r a t o s v o lu n t a r io s . E s t o e s lo
q u e d e t e r m in a e l b ie n e s t a r ( y l a c i v i l i z a c i ó n o e l d e s a r r o llo ) d e l a s o c ie d a d . P o r l o t a n t o ,
u n a s o c i e d a d h a a l c a n z a d o u n e s t a d o d e s e a b l e c u a n d o n a d i e p u e d e m e j o r a r s u s it u a ­
c i ó n s in q u e a l g u i e n m á s la e m p e o r e . E s t e e s t a d o d e l a s o c i e d a d e s c o n o c i d o t é c n i c a ­
m e n te c o m o e l ó p tim o d e Pareto y s e p r e s u p o n e e n c u a l q u i e r e q u i li b r io g e n e r a l , p o r
l o q u e e n l a z a l a e x i s t e n c i a m a t e m á t ic a d e l e q u i l i b r i o c o n u n c r it e r io d e e q u i d a d d e q u e
c u a l q u i e r e q u i li b r i o d e e s t e t ip o e s d e s e a b l e .
L o s p a r t id a r io s d e l a p r e f e r e n c ia s u b j e t i v a a c e p t a n u n c r it e r io d e e q u i d a d q u e v a l o ­
r a u n e s t a d o d e s o c i e d a d e n e l q u e h a y u n a p e r s o n a i n m e n s a m e n t e r ic a y t o d o e l r e s to
v i v i e n d o e n l a m is e r ia , c o m o i g u a l e n t é r m in o s d e b ie n e s t a r a u n e s t a d o e n e l q u e t o d o
e l m u n d o c o n s u m e d e f o r m a i g u a l . S o n i n c a p a c e s d e d e c i d i r s i u n a t a q u e a l a lib e r t a d
320 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

d e l o s r ic o s d e u t iliz a r s u s r e c u r s o s y s a t is fa c e r s u s g u s t o s e s tá ju s t i f i c a d o , y a q u e n o a c e p ­
ta r la d e s ig u a l d a d d el m e r c a d o s i g n i f i c a a c e p t a r la t ir a n ía d e a l g u n a o tr a p e r s o n a . L a
f u e r z a c e n t r a l d e l a t e o r ía d e l a p r e f e r e n c ia s u b je t iv a p u e d e p e r c ib ir s e a h o r a . P a r t ie n d o
d e s u p u e s t o s v e r o s í m i l e s s o b r e l a n a t u r a le z a h u m a n a , s e c o n s t r u y e l ó g i c a m e n t e u n a
e c o n o m í a c o m p l e t a q u e d e m u e s t r a t e n e r p r o p ie d a d e s d e s e a b l e s e n a r m o n ía c o n l a i m a ­
g e n o r i g in a l d e l a n a t u r a le z a h u m a n a . E s t a a r m o n ía « n a t u r a l » d e in d iv id u o s fu e r t e s y
u n a s o c i e d a d o r g a n i z a d a e n l o s p r i n c ip io s d e m e r c a d o e s a p u n t a la d a p o r e l r e c u r s o a
l a s v i r t u d e s l i b e r a l e s d e l c o n t r a t o v o l u n t a r io y d e l a i g u a l d a d a n t e l a le y .
S i n e m b a r g o , d e s d e e l d e s a r r o l lo f o r m a l d e l a n á l i s i s d e l e q u i l i b r i o g e n e r a l e n e l
s i g l o X I X h a n e x i s t i d o d u d a s s o b r e l a e s t a b il id a d d e l s is t e m a . I n c l u s o a c e p t a n d o q u e e l
e q u i li b r i o g e n e r a l p u e d e e x i s t i r , a ú n h a y i n c e r t id u m b r e s o b r e s i d e s p u é s d e u n s h o c k
q u e d e s p l a c e a l s is t e m a d e s d e u n e q u i li b r io e x i s t e n f u e r z a s p a r a l l e v a r a l s is t e m a h a c ia
u n n u e v o e q u i li b r io . E l q u id a n a l ít ic o d e e s t a d u d a e s q u e , c u a n d o l o s in d iv id u o s c o m e r ­
c ia n a p r e c io s d e n o e q u i l i b r i o , n o p u e d e n v o l v e r a r e c u p e r a r Ja s i t u a c i ó n o r i g i n a l a
m e d i d a q u e lo s p r e c i o s c a m b i a n . P o r e j e m p l o , s i m i c a p a c i d a d d e p r o d u c ir e s c o n t r a ­
t a d a p a r a s e r v e n d id a a u n p r e c io b a j o , a p e s a r d e m is g u s t o s g e n e r a le s p o r u n a lt o c o n ­
s u m o p o r q u e y o n o c r e o q u e l o s p r e c io s v a y a n a c a m b i a r e n e l f u t u r o , e n to n c e s a q u e llo s
q u e h u b ie r a n e s t a d o d is p u e s t o s a c o m p r a r m i c a p a c i d a d a u n a lt o p r e c i o o a v e n d e r m e
b ie n e s d e c o n s u m o a u n p r e c io m e n o r a l e q u i l i b r i o , o a m b o s , s e v e r á n f r u s t r a d o s s i lo s
p r e c i o s c a m b ia n . S e v e r á n e n t o n c e s f o r z a d o s a c a m b i a r s u s d e c i s i o n e s , q u e r e v e r t ir á n
a s u v e z e n m is d e c is io n e s fu t u r a s , e t c é t e r a , s in n i n g u n a g a r a n t ía d e q u e e l s is t e m a l l e ­
g u e a a s e n t a r s e p a r a l a s a t i s f a c c i ó n d e t o d o s . S e h a n s u g e r i d o d if e r e n t e s c o n d i c i o n e s
d e c o m p o r t a m i e n t o p a r a a s e g u r a r q u e e s t a e s t a b i l i d a d p u e d a s e r g a r a n t iz a d a m a t e m á ­
t ic a m e n t e .
L a m e jo r c o n o c id a d e e sta s c o n d ic io n e s e s u n a lla m a d a « tatonement» [ a p r o x im a ­
c io n e s s u c e s i v a s ] , q u e n o p e r m it e n in g ú n c o m e r c i o d e n o - e q u i l i b r i o , s i n o q u e r e c u r r e
a la im a g e n d e u n a s u b a s t a e n l a q u e s e a n u n c ia n lo s p r e c i o s , s e r e c o g e n y s e c o m p a ­
r a n la s o f e r t a s d e t o d o s l o s p a r t ic ip a n t e s i n d i v i d u a l e s , y e n t o n c e s s e s u b e n l o s p r e c i o s
d e l o s p r o d u c t o s c o n m a y o r d e m a n d a y s e b a j a n l o s q u e t ie n e n e x c e s o d e o f e r t a . N o
s e p e r m it e r e a li z a r n in g u n a t r a n s a c c ió n r e a l h a s t a q u e t o d a s l a s o f e r t a s s e c o m p e n s a n .
O b v i a m e n t e , e s t e m e c a n i s m o e s m u y a r t i f i c i a l e n l o r e fe r e n t e a l c o m p o r t a m i e n t o , y s e
h a n r e a li z a d o m u c h o s e s f u e r z o s p a r a d e b i l i t a r e s t a c o n d i c i ó n d e e q u i l i b r i o . E l m a y o r
a v a n c e h a c o n s is t id o e n c o l o c a r l a c a u s a p r i n c i p a l d e i n e s t a b i l i d a d e n l a s s i t u a c i o n e s
e n la s q u e e l a u m e n to d e l p r e c io d e u n b ie n s e e n c u e n tr a c o n u n a fu e r te p r e fe r e n c ia
p o r p a r t e d e m u c h o s i n d i v i d u o s p o r m a n t e n e r e l n iv e l d e c o n s u m o d e e s e p r o d u c t o ,
c o n la c o n s ig u ie n te r e d u c c ió n d e l c o n s u m o d e o tr o s b ie n e s y s e r v ic io s . E n e l fu tu r o
v e r e m o s m á s e s f u e r z o s e n e s t a d i r e c c i ó n p a r a r e d u c i r l a d e p e n d e n c i a d e l a e s t a b il id a d
d e l e q u ilib r io g e n e r a l d e p r o c e s o s ta n a r t if i c ia le s c o m o e l d e tlitonement p o r p a r t e d e lo s
t e ó r i c o s d e la p r e f e r e n c i a s u b je t i v a .
O t r o s p r o b le m a s d e l a t e o r í a d e l e q u i l i b r i o g e n e r a l s o n m e n o s a m e n a z a d o r e s . P o r
e j e m p l o , p r o d u c t o s c o n s u m i d o s y p r o d u c i d o s c o n j u n t a m e n t e p la n t e a n p r o b le m a s a l
a n á l i s i s d e l e q u i l i b r i o g e n e r a l. A l g u n o s b ie n e s y s e r v i c i o s n o s e a g o t a n e n e l c o n s u m o
p o r p a r te d e in d i v i d u o s i d e n t i f i c a b l e s , s in o q u e s o n « b i e n e s p ú b l i c o s » e n e l s e n t id o d e
q u e p u e d e n se r a c c e s ib le s a to d o s ta n p r o n to c o m o e s tá n d is p o n ib le s p a r a u n o , p o r l o
q u e a s ig n a r lo s c o s t e s a c o n s u m id o r e s in d iv id u a le s e s d i f í c i l . L a d e fe n s a n a c io n a l y
l a s t r a n s m i s io n e s t e l e v i s i v a s n o p o r c a b l e s o n d o s c a s o s p o s i b l e s . L o s p r o d u c t o s p r o -
TEORÍADELA PREFERENCIA SUBJETIVA: UN MARCO PARA LA LIBERTAD 32

d u c i d o s c o n j u n t a m e n t e e n u n p r o c e s o t a m b ié n p la n t e a n p r o b l e m a s s i m i l a r e s d e a tr i­
b u c i ó n d e c o s t e s . P o r e j e m p l o , l a te r n e r a y e l c u e r o a p a r e c e n e n p r o p o r c io n e s r e l a t i­
v a m e n t e f i j a s , i g u a l q u e v a r io s p r o d u c t o s d e l p e t r ó l e o . L o s e c o n o m is t a s q u e a p o y a n l a
e s c u e l a d e l a p r e f e r e n c ia s u b je t iv a e s tá n d is p u e s t o s a s u p o n e r q u e e s t o s c a s o s n o e s t á n
m u y e x t e n d i d o s e n l a p r á c t i c a y lo s e x c l u y e n p o r s u p o s i c i ó n . S u s c r í t i c o s h a n p r e s t a ­
d o m u c h a a t e n c i ó n a l o s c a s o s h i p o t é t i c o s , a f i r m a n d o q u e lo s b i e n e s p ú b l i c o s y l o s
p r o d u c i d o s c o n j u n t a m e n t e c o n s t it u y e n u n a f u e r t e r a z ó n p a r a l a i n t e r v e n c ió n g u b e r n a ­
m e n t a l. E l im p a c t o d e e s t a c r ít i c a h a s id o m u y l i m i t a d o , y a q u e e l p r i n c ip io g e n e r a l d e
q u e l o s p r e c io s d e m e r c a d o r e f l e j a n l a e s c a s e z o a b u n d a n c i a r e a l d e b ie n e s y s e r v i c i o s
n o q u e d a d e s a fia d o d e m a n e r a fu n d a m e n t a l.
E s e s t a f a l t a d e d e s a f í o t e ó r i c o f u n d a m e n t a l e n s u s p r o p io s t é r m in o s l o q u e a s e g u ­
r a e l l u g a r c e n t r a l d e la s c u e s t io n e s d e l a p r e f e r e n c i a s u b j e t i v a e n l a s p u b l i c a c i o n e s
a c a d é m i c a s . C i e r t a m e n t e , e l a n á l is is d e l e q u i l i b r i o g e n e r a l a ú n i n c l u y e l a f o r m u l a c i ó n
d e s u p u e s t o s m u y f u e r t e s , c o r n o p o r e je m p lo q u e l o s c o n t r a t o s p a r a t r a n s a c c io n e s f u t u ­
r a s s e r e a l i z a n c o n u n a p e r f e c t a p r e v i s i ó n y q u e t o d o s lo s b ie n e s y s e r v i c i o s s o n s u s t i­
tu to s to t a le s e n tr e s í. P e r o e s ta s it u a c ió n s im p le m e n t e p r o p o r c io n a a l a te o r ía d e la
p r e f e r e n c i a s u b je t iv a u n p r o g r a m a d e i n v e s t i g a c i ó n c o n t i n u a d o . E s t e p r o y e c t o a c a d é ­
m i c o s e h a m a n t e n i d o in d e p e n d i e n t e m e n t e d e l f a v o r p o l í t i c o d e f o r m a c o n t i n u a d a
d u ra n te c ie n a ñ o s . S in e m b a r g o , p e r ió d ic a m e n te a p a r e c e n c o n d ic io n e s p o lít ic a s y e c o ­
n ó m i c a s q u e l le v a n a l a t e o r ía d e l a p r e f e r e n c i a s u b je t i v a , e n u n a f o r m a r e l a t iv a m e n t e
p u r a , a l c e n t r o d e l a e s c e n a p o l í t i c a E s t a s c o n d i c i o n e s g e n e r a le s t o m a r o n f o r m a e n lo s
a ñ o s 7 0 y e n c o n t r a r o n a l a p r e f e r e n c ia s u b je t i v a ta n t o c o n s o l i d a d a e n t e o r ía c o m o m i l i ­
ta n te e n r e c o m e n d a c io n e s d e p o lític a e c o n ó m ic a . Y a n o s a tis fe c h a c o n se n ta rse en e l
p a l c o d e h o n o r a b u c h e a n d o a l a s o b r a s n u e v a s , Ja t e o r í a d e l a p r e f e r e n c i a s u b j e t i v a
e n c o n t r ó a a lg u n o s p r o m o to r e s in flu y e n t e s , u n a a u d ie n c ia a p r e c ia t iv a y a u n a s u p e r ­
e s t r e lla e n M ilt o n F r ie d m a n , d e C h ic a g o .

3. P o l í t i c a e c o n ó m i c a y t e o r í a d e l a p r e f e r e n c i a s u b je t i v a : e l m o n e t a r is m o

L a p a r a d o j a d e l a p o l í t i c a e c o n ó m ic a d e l a p r e f e r e n c i a s u b j e t i v a e s q u e , m ie n t r a s q u e
t o d a l a d i s c u s i ó n t e ó r i c a s o b r e e l « e q u i l i b r i o g e n e r a l » p u e d e r e a li z a r s e s in n i n g u n a
m e n c i ó n a l « d i n e r o » ( t o d o s J o s p r e c i o s p o d r ía n s e r t a s a s d e in t e r c a m b io d e t r u e q u e ) ,
c u a n d o l l e g a m o s a Ja p o l í t i c a e c o n ó m i c a n o s e d i s c u t e m u c h o m á s q u e d e l d in e r o . E s t a
p a r a d o ja p u e d e d a r l a im p r e s ió n d e q u e e l p a q u e t e d e p o l í t i c a e c o n ó m ic a lla m a d o
« m o n e t a r i s m o » n o t ie n e r a íc e s f i r m e s e n l a t e o r í a d e l v a l o r , s i e n d o e l p r o d u c t o d e u n o s
c u a n t o s f a n á t i c o s i n c a p a c e s d e o ír l a v e r d a d d e b i d o a l s u s u r r o d e l o s b i l le t e s y c i e g o s
a J a r e a li d a d p o r e l r e s p la n d o r d e l o r o . A h o r a p o d e m o s v e r q u e n o t ie n e p o r q u é s e r a s í.
S i s e s u p o n e q u e u n a e c o n o m ía d e m e r c a d o s e a p o y a e n l o s s ó l id o s p r i n c ip io s d e l e q u i­
l ib r i o g e n e r a l, c o n m ile s d e m e r c a d o s in t e r c o n e c t a d o s e f i c i e n t e m e n t e p o r p r e c io s q u e
r e f l e j a n lo s g u s t o s e s t a b le s y la s c a p a c i d a d e s d e m i l l o n e s d e i n d i v i d u o s , e n t o n c e s e s
p o c o p r o b a b l e q u e u n c a m b io e n u n m e r c a d o c o n c r e t o o u n a e l e c c i ó n i n d iv id u a l m o d i ­
f i c a d a p r o d u z c a u n a in t e r r u p c ió n s i g n i f i c a t i v a d e l a e c o n o m í a . L a s o n d a s e x p a n s i v a s d e
u n c a m b i o d e e s t e t ip o t r a s p a s a r ía n t o d a l a e c o n o m í a , a t r a v é s d e la r g a s c a d e n a s d e
s u s t it u t o s q u e s ó l o r e q u e r ir ía n a lt e r a c i o n e s i n f i n i t e s i m a lm e n t e p e q u e ñ a s p o r p a r t e d e l a
m a s a d e in d iv id u o s p a r a r e s t a b le c e r e l e q u i l i b r i o , c o m o l a n z a r u n a p ie d r a e n m e d i o d e l
P a c ífic o .
322 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

L a ú n ic a e x c e p c ió n a e s ta n o r m a e s e l m e rc a d o p a ra c u a lq u ie r p r o d u c to q u e e n tre
en m u c h a s tr a n s a c c io n e s d e b id o a q u e te n g a la p r o p ie d a d de se r a m p lia m e n te a c e p ta ­
b le a e fe c to s d e l in te r c a m b io , es d e c ir , e l d in e ro en c u a lq u ie r a d e sus m ú ltip le s f a c e ­
tas. L a a lte r a c ió n de e s e m e rc a d o a fe c ta d irectam en te la c o n fia n z a d e ca d a in d iv id u o en
la ca p a cid a d d e m o v e r s e en tre lo s m e rc a d o s e n lo s q u e éste q u ie re v e n d e r y aq u e llo s m e r ­
c a d o s e n lo s q u e q u ie r e c o m p r a r . N o es q u e los o b je t iv o s d e lo s in d iv id u o s se c o n ­
v ie r ta n en in c ie r t o s , s in o q u e la c o n f ia n z a e n lo s m e d io s p a r a ll e g a r a e s o s o b je tiv o s
s e e r o s io n a . L a p o lít ic a m o n e ta ria es im p o rta n te p o r q u e e l d in e r o e s e l lu b r ic a n te d e l
m o to r d e l e q u ilib r io g e n e r a l; e l m o to r p u e d e to le ra r a lg u n a s v a r ia c io n e s en la c a n tid a d
d e lu b r ic a n te y s e g u ir fu n c io n a n d o , p e ro e s v u ln e r a b le a lo s g r a n d e s c a m b io s r e p e n ti­
n o s . P a ra a n a liz a r la s d e tallad a s im p lic a c io n e s e n la p o lít ic a e c o n ó m ic a d e e s ta p o s ic ió n
g e n e r a l p o d e m o s v o lv e r a u t iliz a r e l m a r c o a n a lític o d e l m e r c a d o ú n ic o qu e d e s a r r o ­
lla m o s e n e l c a p ít u lo 3. C o m o p r im e r p a s o , e sto s ig n if ic a d iv id ir la s in flu e n c ia s en l a
c a n tid a d d e d in e r o e n u n a e c o n o m ía e n tre a q u e llo s q u e d e t e n n in a n l a o fe r ta y lo s q u e
d e te r m in a n la d e m a n d a . A lg u n o s c r ít ic o s p la n te a ría n o b je c io n e s a e s te p a s o p r e lim i­
n a r d e o r g a n iz a c ió n d e la s in flu e n c i a s , a fir m a n d o q u e s i n o e x is t e d in e r o s u fic ie n t e ,
e n to n c e s é s te d e b e r ía y s e r ía c r e a d o o in v e n ta d o p a r a s a t is fa c e r e l e x c e s o d e d e m a n ­
d a , e s d e c ir , q u e la o fe r ta n o e s in d e p e n d ie n te d e Ja d e m a n d a s in o q u e e s tá d e te r m in a ­
d a p o r la d e m a n d a . P e r o , h a b ie n d o s e ñ a la d o e s ta c r ít ic a , a la q u e v o lv e r e m o s e n e l
c a p ítu lo 10, a h o r a d e s a r r o lla r e m o s e l c a s o p u ro d e l a p r e fe r e n c ia s u b je tiv a , p a r tie n d o
d e l la d o d e l a o fe r ta .
S i v iv ié r a m o s e n e l R e in o U n id o e n e l s ig lo xix , p r o b a b le m e n te e s ta r ía m o s a la ­
b a n d o la s v ir tu d e s d e l patró n o ro , t a l c o m o h ic ie r o n la s a u to r id a d e s fr a n c e s a s e n lo s
a ñ o s 6 0 . E l a r g u m e n to s e r ía e l s ig u ie n t e : a m e d id a q u e lo s in te r c a m b io s d e m e r c a d o
s e a m p lia b a n e n e l t ie m p o y e l e s p a c io , in v o lu c r a n d o a m á s y m á s g e n te q u e n u n c a se
e n c o n tr a r ía n c a r a a c a r a , c r e c ía la n e c e s id a d d e a d o p ta r u n m e d io d e in te r c a m b io m á s
p r á c tic o y u n iv e r s a lm e n t e a c e p ta d o . E l o r o , c o m o m e r c a n c ía fá c il m e n t e d iv is ib le y
d u r a d e r a , d is p o n ib le e n c a n tid a d e s b a sta n te re s tr in g id a s , c o n o tro s u s o s d iv e r s o s y , p o r
lo tan to , v a lio s o p o r d e re ch o p r o p io , p resen ta v en tajas o b v ia s p a r a s e r ta l m e d io . S ie m p r e
q u e to d o e l m u n d o a c e p te a lg u n a s n o rm a s b á s ic a s e n térm in o s d e n o e m itir b ille te s q u e
p r o m e ta n p a g a r o r o s o b r e d e m a n d a m u c h o m á s a llá d e su s t o c k in m e d ia to , e n to n c e s
e l c o m e r c io p u e d e te n e r lu g a r e n u n a g r a n e c o n o m ía s in q u e e l o r o te n g a q u e c ir c u la r .
In c lu s o s i la c o n fia n z a e n lo s b ille t e s d is m in u y e , e n to n c e s e l oro p u e d e ser u tiliz a d o y
e l c o m e r c io p u e d e c o n tin u a r . L o q u e s u g ie r e q u e e l g o b ie r n o n o te n d rá n in g u n a n e c e ­
s id a d d e in t e r v e n ir e n te m a s m o n e ta r io s a n o ser q u e s e p r o d u z c a u n a a m p lia e m is ió n
fr a u d u le n t a d e b ille t e s q u e n o c u e n t e c o n e l r e s p a ld o d e u n s t o c k s u fic ie n t e d e o r o .
In t e r n a c io n a lm e n t e , la u t iliz a c ió n d e l o r o c o m o d in e r o p r o p o r c io n a u n m e c a n is ­
m o a u to m á tic o p a r a c o r r e g ir lo s d e s e q u ilib r io s d e l c o m e r c io n a c io n a l. E l m e c a n is m o
fu n c io n a d e l a s ig u ie n t e fo r m a : u n a n a c ió n c o n un d é f i c i t c o m e r c ia l g e n e r a l, e s d e c ir ,
qu e c o m p r a m á s d e l e x te r io r d e lo q u e v e n d e e n té r m in o s d e p r e c io s o r o , s u fr ir ía u n a
s a lid a d e o r o p a r a p a g a r la s im p o r ta c io n e s n o ig u a la d a s p o r la s e x p o r ta c io n e s ; la s p e r ­
so n a s q u e p e rd ie r a n o r o d e b e r ía n red u cir la ca n tid a d de b ille te s q u e c ir c u la r a n e n s u
n o m b r e p a r a ig u a la r e s ta p é r d id a . A s í , u n a m e n o r c a n tid a d d e b ille te s s e e n fr e n ta r ía a
u na o fe r ta n o d is m in u id a d e m e r c a n c ía s y e l v a lo r d e c a d a b ille t e e s tá n d a r r e s ta n te e n
té r m in o s d e lo q u e p u e d e c o m p r a r s u b ir ía . P o r e je m p lo , u n b i l le t e c a n je a b le p o r u n
g r a m o d e o r o s e r ía a h o r a in t e r c a m b ia b le p o r u n a m a y o r c a n tid a d d e h a r in a q u e a n te s .
TEORÍA DE LA PREFERENCIA SUBJETIVA: UN MARCO PARA LA LIBERTAD 323

E s t o e s e q u i v a le n t e a u n a c a íd a e n e l p r e c io o r o d e l o s p r o d u c t o s e n l a e c o n o m í a n a c i o ­
n a l. L o s e x tr a n je r o s c o n o r o p o d r ía n c o m p r a r m a y o r e s c a n t id a d e s d e b ie n e s y l a s e x p o r ­
t a c io n e s to t a le s t e n d e r ía n a a u m e n ta r ; e n c a m b i o , la s im p o r t a c i o n e s c a e r ía n y a q u e lo s
p r o d u c t o s p r o d u c id o s l o c a l m e n t e p a r e c e r ía n m á s c o m p e t i t i v o s e n t é r m in o s d e o r o e n
c o m p a r a c i ó n a l o s s u s t it u t ív o s e x t r a n je r o s .
L o s p r o b le m a s c o n e l p a t r ó n o r o s o n d o b l e s . E n p r i m e r l u g a r , p o d r ía n p r o d u c ir s e
c a m b i o s r e p e n t in o s e n la o f e r t a p o r c o m p a ñ í a s p r i v a d a s y g o b ie r n o s q u e c o n t r o la r a n
la s r e s e r v a s d e o r o , b ie n e n la s m in a s o e n c á m a r a s a c o r a z a d a s . E s t o s c a m b io s p o d r ía n
p r o d u c i r p r o b le m a s a lt a m e n t e in d e s e a b le s s i s u p u s i e r a n g r a n d e s a j u s t e s . E n s e g u n d o
lu g a r , e s d i f í c i l a s e g u r a r q u e lo s in d i v i d u o s , c o m p a ñ í a s y g o b ie r n o s o b e d e z c a n la s n o r ­
m a s d e s ó l o im p r im ir b ille t e s e n r e la c i ó n a la s r e s e r v a s d e o r o e x is t e n t e s . L o s g o b ie r n o s
s e h a n m o s t r a d o m u c h a s v e c e s p o c o d is p u e s t o s e in c a p a c e s d e h a c e r c u m p li r e s t a s n o r ­
m a s a lo s d e m á s , y c u a n d o s e h a n l e g i s l a d o a s í m i s m o s e l v i r t u a l m o n o p o li o s o b r e la
i m p r e s ió n d e m o n e d a , h a n r o t o l a s n o r m a s c a s i in v a r i a b le m e n t e .
U n a a lt e r n a t iv a r a d i c a l a l s is t e m a d e l p a t r ó n o r o h a s id o d e f e n d i d a p o r lo s p a r t i­
d a r io s m á s d u r o s d e l a v i s i ó n d e l m u n d o d e l a p r e f e r e n c i a s u b je t i v a . A f i r m a n d o q u e
s ie m p r e e s d e in t e r é s p a r a lo s g o b ie r n o s y c o n t r a e l in t e r é s g e n e r a l e l e x p a n d i r l a o f e r ­
t a d e d i n e r o p a r a a u m e n t a r l a c a p a c i d a d d e l g o b ie r n o p a r a c o m p r a r b i e n e s , a lg u n o s
e s c r it o r e s , c o m o H a y e k , r e c o m ie n d a n q u e l a ú n i c a s o l u c i ó n p u e d e s e r q u e l o s b a n c o s
p r i v a d o s p r á c t i c a m e n t e d e s r e g u la d o s p u e d a n im p r i m i r s u p r o p ia m o n e d a h a s t a e l n iv e l
q u e d e s e e c a d a p r o p ie t a r io d e b a n c o . E s t a s o l u c i ó n e n c a j a t o t a l m e n t e c o n l o s p r i n c i ­
p io s d e l a p r e f e r e n c ia s u b je t i v a , y a q u e p o n e l a r e s p o n s a b il id a d d e s u s a c c i o n e s d ir e c ­
t a m e n t e s o b r e la s e s p a ld a s d e lo s i n d i v i d u o s , e l i m i n a n d o la s il u s i o n e s d e q u e e l p a tr ó n
o r o le s p r o t e g e d e l a a v a r ic ia d e s u s c o n c i u d a d a n o s e n s u p a p e l d e b a n q u e r o s y q u e lo s
p o l í t i c o s s o n p r o t e c t o r e s d e c u a lq u i e r in t e r é s q u e n o s e a e l s u y o . A p e s a r d e s e r a d m i­
r a b le p o r s u c o h e r e n c i a c o n lo s p r i n c ip io s d e la p r e f e r e n c i a s u b je t i v a , e s t a a lt e r n a t iv a
e s d e m a s i a d o f u e r t e i n c l u s o p a r a M i l t o n F r i e d m a n . E n t é r m in o s a n a l í t i c o s , s e p o d r ía
a f ir m a r q u e l a e n tr a d a e n y l a s a lid a d e l n e g o c i o b a n c a r i o b a j o e s ta s c o n d i c i o n e s s e r ía
ta n s e n c i l l a q u e e l m e r c a d o d e l d in e r o e s t a r ía c r ó n i c a m e n t e p r o p e n s o a l a e x p a n s i ó n y
l a c o n t r a c c i ó n c u m u l a t iv a , p r o d u c ie n d o d e n u e v o r ie s g o s d e in t e r r u p c ió n d e l a o fe r t a d e
d in e r o y d e d is l o c a c i ó n d e t o d a l a e c o n o m í a . E s t a c o n t r a c c i ó n c u m u l a t i v a p o d r í a c o n s ­
t it u ir u n a e x p l i c a c i ó n m o n e t a r is t a c a u s a l d e l a d e p r e s ió n e c o n ó m i c a d e l o s a ñ o s 3 0 e n
lo s E s ta d o s U n id o s .
H o y e n d í a , l a v i s i ó n c o n v e n c i o n a l d e l o s t e ó r i c o s d e l a p r e f e r e n c ia s u b je t iv a s o b r e
l a o fe r t a m o n e t a r ia e s q u e e l g o b ie r n o e j e r c e y d e b e r ía e je r c e r u n a in f lu e n c ia c o n s i d e ­
r a b l e s o b r e l a o f e r t a m o n e t a r ia d o m é s t i c a . E l o b j e t i v o d e c o n t r o l c o m p l e t o e s i m p o s i ­
b l e , y a q u e e l g o b i e r n o s ó l o p u e d e c o n t r o la r d ir e c t a m e n t e l a b a s e y n o l a a l t u r a d e u n a
p ir á m id e d e c r e a c ió n d e d in e r o e n c u a l q u i e r e c o n o m í a e n l a q u e l o s t a lo n e s d e l o s b a n ­
c o s p r iv a d o s s e u t ilic e n a m p lia m e n t e . L a in f lu e n c ia g u b e r n a m e n t a l p o d r ía u t iliz a r s e
p a r a l im it a r l a r á p id a e x p a n s i ó n o c o n t r a c c i ó n d e l a o f e r t a m o n e t a r ia a c t u a n d o e n la
b a s e m o n e t a r ia d e f o r m a d e c i s i v a , p r o p o r c io n a n d o d in e r o a l s is t e m a b a n c a r i o e n t i e m ­
p o s d e c o n t r a c c i ó n y r e h u s a n d o p r o p o r c io n a r d in e r o p a r a l a e x p a n s i ó n r á p id a , a u n q u e
e s t o d e b e s u p o n e r c a s i in e v ita b le m e n t e l a a c e p t a c ió n d e u n a im p o p u la r s u b id a d e lo s tip o s
d e in te r é s . E s e s ta fu e r te p a u ta d e p o lít ic a e c o n ó m ic a la q u e h a d a d o e l n o m b r e d e
« m o n e t a r i s m o » a la p o l í t i c a e c o n ó m i c a d e l a e s c u e l a d e p e n s a m i e n t o d e l a p r e f e r e n ­
c i a s u b je t iv a . P e r o d e b e r e c o r d a r s e q u e , e n p r i m e r l u g a r , e l « m o n e t a r i s m o » e s u n a p o l í -
324 CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

tica que expresa una profunda confianza en el sistema de libre mercado y, en segundo
lugar, que incluso esta política no se extíende a la esfera monetaria internacional.
ínternacionalmente, no existe ninguna razón para que el gobierno intervenga en e l
libre funcionam iento de los m ercados para las m onedas nacionales. En tales m erca­
dos, la unidad monetaria de cada país se expresa en términos de las unidades moneta­
rias de otros países. Estos m ercados corrigen los desequilibrios en las p o sicio n es
com erciales nacionales haciendo subir el valor de las unidades monetarias que son
escasas (las monedas de los países que están exportando un m ayor valor de bienes y
servicios del que están importando) en relación a las unidades monetarias que son abun­
dantes (las monedas de los países que están com prando un m ayor valor de bienes y
servicios del exterior del que están vendiendo), tendiendo así a compensar los dese­
quilibrios. L a actividad del gobierno está lim itada al nivel nacional e, incluso a este
nivel, la p olítica económ ica sólo debe ocuparse de objetivos relativam ente am plios,
no del ajuste preciso de una variable rigurosam ente d efin id a. A s í, los m onetaristas
podrían adm itir que precisamente es difícil definir lo que significa el dinero para cual­
quier econom ía y seguir afirmando que si la oferta monetaria, por cualquier definición,
aumentara o dism inuyera en más de un 10% en un año, entonces el gobierno estaría
desatendiendo su deber en comparación con una situación en la que la oferta moneta­
ria, por la m ism a definición, aumentara o disminuyera un 5% o menos.
D ad o que una sociedad de libre mercado tiende a llegar a estados de equilibrio
general y puede ajustarse fácilm ente a cambios graduales en los gustos y capacidades
de sus miembros individuales, siempre que el gobierno compense las fluctuaciones sus­
tanciales en la oferta de dinero, entonces puede parecer innecesario pasar a discutir la
demanda de dinero. Sin em bargo, la demanda de dinero ha sido el centro de muchos
debates por derecho propio. L a razón de este interés no reside en la lógica interna de
la teoría de la preferencia subjetiva, sino en la proposición planteada en el desarrollo
de las ideas keynesianas de que, en ciertos momentos cruciales, grandes cantidades de
dinero dejarían de utilizarse com o medio de intercambio. E n esos tiempos, mantener
la oferta de dinero estable supondría aceptar una caída sustancial en la cantidad efecti­
va de dinero en la econom ía, con un consiguiente impacto perjudicial sobre m uchas
decisiones individuales. Esta situación teórica fue llamada la trampa de la liquidez, y tiene
la distinción de haber sido cuidadosamente enseñada a los estudiantes de econom ía
durante unos treinta años sin habersidojam ás observada. U n paralelismo bastante cruel
sería si la anatomía de los dragones apareciera en el program a de estudio actual de la bio­
logía. C o n m onótona regularidad, los economistas han observado que los valores tota­
les de la actividad en una econom ía están fuertem entecorrelacionados estadísticamente
con las ofertas de dinero durante el mismo periodo. Pero la crítica teórica a la trampa de
liquidez presentada por M ilton Friedman revela algunas cosas sobre el econom ista de
la preferencia subjetiva más conocido actualmente y, más específicam ente, muestra el
mecanismo del monetarismo com o un conjunto de políticas económ icas.
Friedman trata la demanda de dinero justo com o cualquier otra relación de deman­
da. Los individuos demandan dinero porque tiene un uso para ellos, es decir, posee uti­
lidad. E l uso principal del dinero es facilitar compras actuales de bienes y servicios.
E n este papel, es m uy d ifícil sustituir cualquier otra c'osa por dinero. Las técnicas de
intercambio y los gustos individuales por tener dinero cam biarán, pero estos cam bios
serán probablemente sistemáticos y graduales, respectivamente. Descartar el concep-
___________ TEORÍA DE LA PREFERENCIA SUBJETIVA: UN MARCO PARA LA LIBERTAD 325

to d e u n a fu n c ió n d e d e m a n d a d e d in e r o d e b id o a q u e s e d a n e s te tip o d e c a m b io s s ig ­
n ific a r ía d e sc a r ta r to d a s la s fu n c io n e s d e d e m a n d a , n o s ó lo la d e d in e r o . Sin e m b a r g o ,
el d in e r o ju e g a u n s e g u n d o ro l q u e e s e l d e a lm a c e n a r p o d e r a d q u is itiv o p a r a e l fu tu ro
( d e p ó s ito d e v a lo r ) . E n este ro l, e l d in e r o tie n e m u c h o s s u s titu to s que pu eden ser a g ru ­
p a d o s e n tres c a t e g o r ía s p r in c ip a le s : b ie n e s f ís ic o s , a c t iv o s fin a n c ie r o s y fo r m a c ió n
p e rs o n a l. L o s b ie n e s fís ic o s so n su stitu to s a tr a c tiv o s d e l d in e ro c o m o r e s e rv a d e p o d e r
a d q u is itiv o p o r q u e cu a lq u ie r a u m e n to g e n e ra l d e lo s p r e c io s s ig n ific a r á q u e , en e l fu tu ­
r o , s e p o d rá n c o m p r a r m e n o s b ie n e s . L o s a c tiv o s fin a n c ie r o s s o n a tra ctiv o s p o r q u e o se
p a g a n in te r e s e s , e n e l ca s o d e lo s b o n o s d e l e s t a d o , o , e n e l ca s o d e la s a c c io n e s d e
e m p r e s a s , e x is t e la p r o b a b ilid a d d e q u e Jo s b e n e fic io s a u m e n te n su v a lo r . L a fo r m a ­
c ió n p a r a a u m e n ta r un ta le n to n a tu ral e s a t r a c t iv a p o rq u e p u e d e p r o d u c ir un m a y o r
f l u j o d e p o d e r a d q u is itiv o d u r a n te e l re s to d e la v id a la b o r a l.
E n b a s e a e s to , F r ie d m a n p u d o so ste n e r q u e la d e m a n d a d e d in e ro c o m o r e s e rv a de
v a lo r e s te ó r ic a m e n te la m is m a qu e c u a lq u ie r o tra r e la c ió n d e d e m a n d a . E x is t e n s u s ti­
tu to s c e r c a n o s c o n v e n ta ja s d ife r e n t e s q u e q u ita r ía n g r a n p a r te d e la te n s ió n d e c u a l­
q u ie r a ju s te a u n a s c ir c u n s ta n c ia s c a m b ia n t e s , y n o h a y n in g u n a r a z ó n p a r a esp erar q u e
la c a n tid a d d e d in e r o d e m a n d a d o s e v e a a f e c t a d a d r á s tic a m e n te . H a b ie n d o d e d u c id o
e s ta p r e d ic c ió n d e s d e lo s s u p u e s to s e s tá n d a r d e la p r e fe r e n c ia s u b je tiv a , F r ie d m a n se
p ro p u s o e n to n c e s c o m p r o b a r e s ta d ís tic a m e n te esta p r e d ic c ió n y fr a c a s ó e n fa ls e a r la
h ip ó te s is de q u e la d e m a n d a to ta l d e d in e r o es c a s i to taj m e n te d e p e n d ie n te d e l v a lo r
to ta l d e la a c tiv id a d e c o n ó m ic a c o r r ie n te . E s t e tr a b a jo p u e d e v e r s e co r n o u n e je m p lo
c l á s ic o d e t e o r iz a c ió n d e la p r e fe r e n c ia s u b je t iv a q u e c u m p le to d o s lo s c r ite r io s q u e
fifi

e x p lic a m o s e n la s e c c ió n 4 .1 . D e s d e e n to n c e s , e x is te u n a b u e n a r a z ó n p a r a s u p o n e r q u e
e l u s o p r in c ip a l d e l d in e ro e s p a ra fin a n c ia r la s tr a n s a c c io n e s co r r ie n te s . V a m o s a r e a ­
liz a r a h o r a e s ta h ip ó te s is y c o m b in a r la c o n las v is io n e s d o m in a n te s d e la p r e fe r e n c ia
s u b je tiv a s o b r e la o fe r ta m o n e ta r ia p a r a e x a m in a r la m e c á n ic a d e l m o n e ta ris m o .
C u a lq u ie r g o b ie r n o q u e d e s e e in c r e m e n ta r e l tip o y lo s n iv e le s d e a c tiv id a d n o e s tá
d is p u e sto ni a a u m e n ta r lo s im p u e s to s p a r a fin a n c ia r lo s d e b id o a la im p o p u la r id a d p o lí­
t ic a r e s u lta n te , n i a e n d e u d a r se p o r q u e e s lo p u e d e a b so r b e r d ire c ta m e n te r e c u r s o s d e
la in v e r s ió n . E s t o p r o d u c e u n a te n d e n c ia a e x p a n d ir la o fe r ta m o n e ta r ia a través-;-¡:ior
e je m p lo , d e p a g o s en e f e c t iv o o en c h e q u e s a lo s n u e v o s e m p le a d o s y a lo s p r o v e e d o ­
res p r iv a d o s ; un a u m e n to n o ig u a la d o e lim in a n d o d in e ro en o tras p a rtes. L o s n u e v o s
e m p le a d o s y p r o v e e d o r e s s e e n c u e n tr a n c o n q u e tie n e n m á s liq u id e z d e la q u e q u ie -
í'. re n , y en tran en v a r io s m e rc a d o s p a r a c o m p r a r b ie n e s y s e r v ic io s q u e p re fie re n te n e r en
:' lu g a r d e e s a s su m a s d e d in e r o . P e r o la e c o n o m ía se e n c u e n tr a y a e n u n e s ta d o d e e q u i­
lib r io g e n e r a l y la s p e rs o n a s n o está n d is p u e s t a s a v e n d e r e s o s b ie n e s y s e r v ic io s a
. m e n o s q u e s e le s o fr e z c a n p r e c io s m á s a lto s . P o r lo ta n to , to d o s lo s p r e c io s ten d erán
a s u b ir , u na s itu a c ió n lla m a d a i n f l a c i ó n . E s d e c ir , q u e e l v a lo r d e la a c tiv id a d to ta l c r e ­
c e r á d e fo r m a a p r o x im a d a m e n te p r o p o r c io n a l a l au m e n to e n la o fe r ta m o n e ta ria d e b i-
■; d o a q u e lo s p r e c io s habrán s u b id o , y n o d e b id o a u n au m e n to en la a c tiv id a d e c o n ó n ú c a
■ r e a l, y s ó lo en e s ta situ ació n d e ja rá n lo s in d iv id u o s d e in ten tar d e sh a c e r s e d e lo s s a ld o s
e x c e s iv o s d e d in e r o . E s e l c a m b io in e s p e r a d o d e lo s p r e c io s Jo q u e e r o s io n a d ir e c ta ­
. m e n te la c o n fia n z a d e lo s in d iv id u o s en lo s c o n tr a to s , y p a r a la te o r ía d e la p r e fe r e n c ia
!. s u b je tiv a , la p é r d id a d e la c o n fia n z a e n lo s co n tr a to s s ig n ific a la p é rd id a d e c o n fia n z a
en la s o c ie d a d c iv iliz a d a . L a s a lte r n a tiv a s e x tr e m a s a la le y n a tu r a l d e lo s m e r c a d o s
s o n la tir a n ía p o lít ic a y la le y n a tu r a l d e l a j u n g l a .
326 CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

Para un gobierno que desee evitar estas alternativas existen tres cam inos, dos de
los cuales son rechazados por la teoría de Ja preferencia subjetiva. En prim er lugar, e]
aumento de los impuestos o del endeudamiento para financiar cualquier aumento de
la actividad económ ica gubernamental no es deseable porque erosiona esa libertad
de elección individual que se encuentra en el centro de la ética de Ja preferencia sub­
jetiva. E n segundo lugar, incorporar aumentos generales de los precios a los contratos
relacionados con los pagos futuros no es deseable porque precisamente esta indexa-
ción es poco probable que anticipe cam bios futuros de los precios específicos y los
efectos distributivos arbitrarios de esta im previsíbílidad también am enazan la con­
fianza. E n tercer lugar y deseablemente, el gobierno elim ina la inflación reduciendo
directamente su contribución a la tasa de crecim iento de la demanda de dinero, asisti­
do por la reducción de su propia actividad económ ica. Desafortunadamente, mientras
que introducir inflación en una econom ía es fácil, eliminarla es d ifícil. M uchos indi­
viduos que contrajeron contratos especulativos que anticipaban el endeudamiento con
la expectativa de repagarlo a partir de ingresos económ icos futuros, aumentados por
los incrementos futuros de los precios, encontrarán que no pueden cum plir con esos
contratos a partir de una oferta monetaria dism inuida, lo que causará bancarrotas y la
caída de la actividad económ ica real. S ó lo después de haberse completado este proce­
so, afectando inevitablem ente al em pleo, dism inuirá el aumento de los precios y se
reafirmará la relacióh dominante entre los cambios en Ja oferta monetaria y los cambios
en los precios. Sin este doloroso proceso, que puede durar años, es probable que los
aumentos generales de precios se aceleren y que crezca la amenaza a la débil estructura
de Ja civilización. L a teoría de la preferencia subjetiva admite la posibilidad del colap­
lililí
so de la civilización , experimentado como una pérdida general de la libertad ind ivi­ |S||§
dual y la aparición de Ja tiranía política. E l impredecible y continuado aumento de los sil
precios debido a la irresponsable expansión gubernamental de la oferta monetaria es
una vía posible hacia este colapso.
'¡fc

4. C o n c l u s i ó n : h a c i a u n a c r í t i c a d e l a t e o r í a d e l a p r e f e r e n c i a s u b je t iv a

L a teoría de la preferencia subjetiva en su fo rm a actual parece form idable. L a pérdi­


da de prestigio teórico en «la controversia sobre el capital»* provocó un retomo a plan­
teamientos más rigurosos sobre la teoría del equilibrio general. Las construcciones más
bien abstractas d el equilibrio general han sido más que com pensadas por las claras
recomendaciones de política económ ica del monetarismo. A s í, al combinar una teoría
compleja con una política simple, la escuela del pensamiento económico de la preferencia
subjetiva parece poderosa en su llam ada tanto a la fe com o a la razón. L a fe reside en
el supuesto del individualism o autoafirmativo como esencia de la naturaleza humana.
Co m o en todas las doctrinas de la naturaleza hum ana inm utable, existe un elem ento
de circularidad en el argum ento. L a afirm ación de que todas nuestras acciones se rea­ íl
lizan en búsqueda de la ganancia de utilidad individual es incuestionable si aceptamos
la hipótesis de que la utilidad individual m áxim a es lo que buscam os. E l por qué este
hambre de ganancia personal debería pararse en los contratos de acuerdo mutuo es una

* Se refiere a un amplio debate teórico que tuvo lugar en los años sesenta entre los neoclásicos y sus crí­
ticos que concluyó con la victoria de estos últimos [nota de los editores].

S;

TEORÍA DE LA PREFERENCIA SUBJETIVA: UN MARCO PARA LA LIBERTAD 327

p r e g u n t a d i f í c i l . O t r a c u e s t ió n d e l ic a d a e s la d e s i t o d a s l a s p e r s o n a s q u e r e c h a z a n a c e p ­
t a r q u e la t e o r ía d e l a p r e f e r e n c ia s u b je t iv a d e s c r i b e e l m u n d o , y q u e s ó l o p u e d e e x p l i ­
c a r s e e n t é r m in o s d e c r i m i n a li d a d y l o c u r a , m e r e c e n p e r d e r s u lib e r t a d .
P o r l o ta n to , s i to d o s lo s s e r e s h u m a n o s e s tá n p o r s u p r o p ia n a tu r a le z a c o n d e n a ­
d o s a b u s c a r s u p r o p io in t e r é s i n d i v i d u a l y , b a j o c i r c u n s t a n c i a s s o c i a l e s f a v o r a b l e s ,
e s tá n d is p u e s t o s a a c e p t a r J a d is c i p l in a d e l c o n t r a t o , e n t o n c e s ¿ q u é t i p o d e c r ia t u r a e s t a ­
r ía e n c o n t r a d e e s t e e s t a d o d e l a s o c i e d a d ? O b v i a m e n t e , l a r e s p u e s t a e s u n a c r ia t u r a
q u e n o s e a t o t a lm e n t e h u m a n a . L a n o a c e p t a c ió n d e l c o n t r a t o e s l a p r u e b a d e u n a p e r ­
s o n a lid a d c r i m i n a l , ta n t o s i l a n o a c e p t a c ió n s e m a n i f i e s t a e n f o r m a d e r o b o o d e h u e l­
g a . L a n o b ú s q u e d a d e l in t e r é s p r o p i o , i n c l u y e n d o a l g o d e m o d e r a d o a l t r u i s m o
g r a tific a n te e s primafacie e v i d e n c i a d e l o c u r a , s e a c o n l a e t i q u e t a d e s a n t o o d e lu n á ­
t ic o . E n u n a s o c ie d a d c i v il iz a d a , a e s t a d e s v ia c ió n s ó lo p u e d e h a c é r s e le fr e n t e c o n l a fu e r ­
z a , a n t e s d e q u e a m e n a c e a la m i s m a e s t r u c t u r a d e la c i v i l i z a c i ó n , y a q u e , i g u a l q u e l a
in f la c ió n , d is m in u y e Ja c o n fia n z a g e n e r a l e n lo s c o n tr a t o s . C u a n d o lo s d e s v ia d o s son
s o c i e d a d e s e n t e r a s , e n t o n c e s e l e n f o q u e d e l a p r e f e r e n c i a s u b j e t i v a d e l a p o l í t i c a in t e r ­
n a c i o n a l p u e d e l e g i t i m a r e l im p e r i a l i s m o , c o m o u n a m is ió n c i v i l i z a d o r a p a r a a q u e l lo s
i n d i v i d u o s d is p u e s t o s a a c e p t a r lo s p r i n c ip io s d e l a c i v i l i z a c i ó n , y t a m b ié n j u s t i f i c a r
l a r e p r e s ió n d e t o d o s l o s b á r b a r o s r e s t a n t e s .
D e n t r o d e u n a s o c i e d a d c i v i l i z a d a , l o s p o l ít ic o s s o n e l p r o b l e m a p r i n c ip a l . A l b u s ­
c a r l a p o p u l a r i d a d p a r a s u p r o m o c i ó n p r o p ia , l o s p o l í t i c o s c a s i s ie m p r e r o m p e n la s n o r ­
m a s d e l c o n t r a t o o f r e c i e n d o a q u e l lo d e l o q u e n o s o n p r o p ie t a r io s a u n p r e c io q u e n o
r e f l e j a e l c o s t e d e o p o r t u n id a d r e a l d e l o s r e c u r s o s . A s í , c u a n t o s m e n o s r e c u r s o s t e n ­
g a n p a r a u t il iz a r , m e jo r p a r a l a t e o r ía d e l a p r e f e r e n c i a s u b j e t i v a . P e r o s i s e a c e p t a q u e
l a s o b e r a n ía d e b e r e s id ir e n la s in s t i t u c io n e s p o l í t i c a s p a r a g a r a n t iz a r l o s c o n t r a t o s b a jo
l a l e y , e n t o n c e s e s d i f í c i l e s t a b le c e r lim it a c i o n e s v i n c u l a n t e s a l o s p o l í t i c o s c o m o g r u p o .
L a s l i m i t a c i o n e s a p r o p i a d a s p u e d e n i n c l u i r la s c o n s t i t u c i o n e s e s c r i t a s ; l a s e p a r a c ió n
d e p o d e r e s e n t r e e l e j e c u t i v o , e l l e g i s l a t i v o y e l j u d i c i a l ; y lo s b a j o s s a la r io s a lo s p o l í­
t i c o s , o b l i g á n d o l e s a t e n e r r e c u r s o s e c o n ó m i c o s a d e m á s d e l a r e p r e s e n t a c i ó n p o l ít ic a .
E s t a s l i m i t a c i o n e s f o r m a l e s s o n im p o r t a n t e s , p e r o i n c l u s o m á s s i g n i f i c a t i v o h a s id o e l
c a m b io d e la p o lít ic a e c o n ó m ic a d e la p r e fe r e n c ia s u b je t iv a d e s d e v is io n e s fo r m a le s
( y m u c h a s v e c e s e lit is t a s ) d e e s t e t ip o s o b r e u n s i s t e m a p o l í t i c o d e s e a d o , h a c i a u n a
p o s ic ió n m u c h o m á s p o p u lis t a .
E n e s t a ú l t i m a p o s i c i ó n , e l s u f r a g i o u n i v e r s a l s e v u e l v e d e s e a b l e c o m o l a r e s t r ic ­
c ió n m á s e fe c t iv a a l a a m b ic ió n p o lít ic a , y a q u e e l « c iu d a d a n o m e d io » c o n o c e la r e a ­
l id a d d e l a v i s i ó n d e l m u n d o d e l a p r e f e r e n c i a s u b j e t i v a y , a l f i n a l , e l e g i r á a f a v o r d e
a q u e l lo s p o l í t i c o s q u e h a b l e n e n t é r m in o s d e e s a r e a l i d a d . A l g u n o s p o l í t i c o s m e n o s
e s c r u p u lo s o s p u e d e n in t e n t a r h a c e r a t r a c t iv a s u p o l í t i c a p a r t ic u l a r h a c i e n d o p u b li c id a d
y u t iliz a n d o e n v o lt o r io s b r illa n t e s , p e r o , c o m o e n t o d a s la s a fir m a c io n e s fa l s a s , e l
c o n s u m id o r p e r s p ic a z s ó lo s e e q u iv o c a r á u n a v e z . E l s u fr a g io u n iv e r s a l c o m b in a d o
c o n e l d e r e c h o a fo r m a r g r u p o s d e p r e s ió n p a r a in f o r m a r m e jo r a l r e s to d e c iu d a d a ­
n o s y a lo s p o lít ic o s s o b r e te m a s c o n c r e to s e s u n c o n c e p to d e d e m o c r a c ia to ta lm e n te
c o m p a t i b l e c o n g r a n p a r t e d e la t e o r í a d e l a p r e f e r e n c i a s u b j e t i v a . S i n e m b a r g o , e s ta
d e fe n s a d e l a d e m o c r a c ia n o e s m u y c o h e r e n t e c o n Ja a c t it u d m á s r e p r e s iv a h a c i a l a o p o ­
s ic ió n p o l í t i c a p r e s e n t e e n la s d e f i n i c i o n e s r e s t r ic t iv a s d e l a n a t u r a le z a h u m a n a y d e l a
c i v i l i z a c i ó n . E l é n f a s i s e n l a l e y y e l o r d e n fu e r t e s y e n la d e f e n s a n a c i o n a l e n e l in t e ­
r é s d e l a c i v i l i z a c i ó n c o e x i s t e i n c ó m o d a m e n t e c o n la p r o c l a m a c i ó n d e l a l i b e r t a d
328 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

humana fundamental. En tiempos de estrés, la intolerancia con la oposición puede no


permanecer limitada a los criminales y Jos extranjeros. L a crítica de la econom ía polí­
tica de la teoría de la preferencia subjetiva puede empezar a partir del exam en de esta
contradicción entre la negación de una oposición razonable y Ja proclam ación de la
libertad individual. Pero esa crítica tiene también que explicar la ascendencia actual
de la econom ía de la preferencia subjetiva com o base de la política eco n óm ica de
muchos países en los años 80.
A qu í, la base de este éxito sólo la sugeriremos. En primer lugar, el apoyo a los par­
tidos políticos que adoptan la lógica de la econom ía de la preferencia subjetiva por
parte de aquellos que reciben ingresos importantes en form a de rentas, intereses y divi­
dendos es antiguo. A principios del siglo x x , economistas com o Irving Fisher y J . B .
Clark en los Estados Unidos estaban utilizando el concepto de utilidad para justificar
este tipo de pagos. Estas justificaciones reconocían que este tipo de recompensas no
estaban directamente asociadas a actos de trabajo o a la asunción de riesgos de perdi­
da de recursos, ya que este último elemento se ve en gran parte reducido por la capa­
cidad de poseer una cartera de activos que representen participaciones en m uchas
empresas a través de la bolsa.
E l argumento consiste en que, en un m undo de individuos en com petencia bus­
cando su propio interés dentro de las normas del contrato libre, estos pagos sólo los
realizarían los empresarios si, en general, hubiera reticencia a dedicar recursos para el
futuro, a pesar de que los procesos de producción más prolongados produjeran más o
m ejores m ercancías (los ejem plos obvios son los árboles plantados para conseguir
madera y la m aduración del vino). Por lo tanto, las mejoras productivas que requeri­
rían tiempo para implementarse, es decir, la mayor «duración» en la producción, sólo
se llevarían a cabo si algunas personas estuvieran dispuestas a sacrificar algo que la
m ayoría de gente valorara m ucho, es decir, la satisfacción inm ediata a través del con­
sumo. An alíticam ente, el pago de intereses es la recom pensa natural a este aplaza­
m iento. A s í, los que reciben intereses, rentas y dividendos com o ingresos pueden
ju stificar su posición con Ja teoría de la preferencia subjetiva, y sólo con esa teoría.
Este argumento puede extenderse del interés propio de los individuos en la distribu­
ción a todo el sector financiero cuando este sector es visto com o la agencia vital para
enlazar grupos enteros de transacciones. Esto incluye la vinculación del presente con
el futuro a través de los seguros de vida y los planes de pensiones, la paulatina trans­
ferencia del control sobre los recursos a manos de los nuevos empresarios, y el refor­
zamiento de las presiones competitivas a través de la amenaza continua del reemplazo
de los gerentes com placientes si se olvidan de sus accionistas. Así, los corredores de
bolsa, los reaseguradores y los banqueros pueden considerar las peticiones de dona­
ciones políticas a los partidos adheridos a las visiones de la preferencia subjetiva con
m ucha simpatía.
Detrás de este evidente egoísm o individual y empresarial existe un atractivo más
ampIicTpero menos seguro. Cualquier éxito en la obtención de un ingreso real m ayor es
un signo de mérito social en la teoría de la preferencia subjetiva. L a utilidad general
está reflejada en los precios. Por lo tanto, el ser bien pagado no sólo da seguridad mate­
rial, sino también prestigio social. En una economía en expansión, aquellas personas que
están recibiendo ingresos más altos pueden asociar esas ganancias al logro individual
y aceptar la visión liberal de la preferencia subjetiva del mundo com o adecuada a su
T E O R Í A D E L A P R E F E R E N C IA S U B JE T IV A : U N M A R C O P A R A L A L IB E R T A D 329

experiencia. En tiempos de depresión, aquellos que sufren más directamente pueden


ser fácilm ente atraídos por la parte represiva de la política de la preferencia subjetiva,
ya que se buscan cabezas de turco culpables de que la econom ía no se encuentre en su
equilibrio general natural. En la creencia de que, cuando estos «provocadores» sean
eliminados, la sociedad recuperará su equilibrio robado. «Yo soy responsable del éxito,
otro es responsable del fracaso» es una afirm ación muy atrayente, a no ser que dejes de
ser «yo» y te conviertas en «el otro» a ojos de un gobierno.
Por ejem plo, en términos dram áticos, «yo» abandono m i trabajo com o una expre­
sión de libertad personal, el «otro» es un huelguista descerebrado. «Y o» presiono a mi
representante en el Parlamento, «otro» intenta intimidar para llegar al poder. D e esta
form a, volvem os a la contradicción de que la econom ía de la preferencia subjetiva
parece finalm ente ser incapaz de responsabilizarse de su propia autoproclamada cre­
encia de que su expresión política natural es un liberalismo abierto. Su indudable lógi­
ca está demasiado fácilm ente ligada a la política de la intolerancia y la defensa brutal
de la propiedad privada contra aquellos que tienen poco o nada. Pero las ideas de la
econom ía de la preferencia subjetiva siempre han sido desafiadas, porque las visiones
que ellos rechazan también han encontrado portavoces influyentes. E l primer porta­
voz de esta oposición reconocido com o un gran economista fue David Ricardo, cuyas
ideas examinaremos en el próximo capítulo.

i
CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA 331-346

M o n e t a r is m o *

B e r n h a r d F e ld e r e r , S t e f a n H o m b u r g

E l drama monetarista era bastante confuso desde el principio, pero ¡qué puesta en esce­
na! Aparentemente, dos campos de científicos respetables luchando entre sj hasta la
muerte, sin que la verdadera causa de este desacuerdo apareciese claramente. Ésta pare­
ce ser la impresión que el público tiene de la situación actual de la macroeconom ía, y
toda esta controversia evidente y forzosam ente recuerda los primeros tiempos de la
«revolución keynesiana». Por suerte, en la últim a década, el debate ha perdido consi­
derablemente su carga em ocional de tal form a que, hoy en día, una explicación equi­
librada de estos temas no parece d ifícil.
S in em bargo, resulta d ifícil proporcionar una definición concisa de «monetaris­
m o». U n primer enfoque provisional podría ser el siguiente: el monetarismo es la teo­
ría cuantitativa reformulada, y su aseveración principal es q u e la evolución de la renta
nacional nominal está dominada por los cam bios en la oferta monetaria. E sta defini­
ción es de uso com ún, breve, v a c ía y, sin duda, dem asiado límitada.
L a ambigüedad del término que estamos considerando aparece más fácilmente si pre­
guntamos por su opuesto: en primer lugar, m onetarism o-fiscalism o parece ajustarse
mejor. En tal caso, el monetarismo debe considerarse com o una posición pragmática
que, por razones que más tarde explicarem os, prefiere la política monetaria a la fiscal.
Este es sin duda un primer aspecto del tema.
¿ O es el m on etarisim lo contrario del keynesíanism o? E l primero sería entonces
fC. una teoría cuyos seguidores considerasen a la teoría keynesiana falaz, insuficiente o
f- irrelevante. Esta definición es la que parece ser predominante entre los economistas.
E n tercer lugar, el monetarismo a menudo se concibe com o un anú-activisiw , sien­
do, por tanto, una variedad del liberalism o económ ico. C o m o parece que e l público
considera que ésta es la característica esencial del monetarism o, la aceptarnos como
un aspecto adicional.
Antes de entrar a discutir el monetarismo en términos de estos tres aspectos, debe­
mos efectuar algunas observaciones generales. E s importante señalar que el término
«monetarismo» no denota una escuela económ ica con una doctrina fija, sino más bien
un movimiento que empezó en los años cincuenta y que desde entonces ha evolucionado
y cambiado. Por lo tanto, la siguiente caracterización de monetarismo no se puede apli­
car a todos los llamados «monetaristaS», esto es, a K a rl Brunner, Philip Cagan, Milton
Friedman, David Laidler, Allan H . M eltzer y Jerom e L . Stein, por nombrar unos pocos.
Adem ás, los monetaristas y los keynesianos no constituyen dos campos bien diferen-

* Publicado en; Felderer, Bcmhard; Homburg, Stefan. «Monetarism». En; M a cro e ca n a m ics a n d iiew
2‘ cd. Berlín: Springer Verlag, 1992, p. 171-185. Traducción: Beatriu Krayenbühl.
m o cro econ om ics.
332 CRÍTJCA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

c ia d o s e in tr a n s ig e n te s ; m á s bien « e l m o n e ta r is m o p u ro » y e l « k e y n e s ia n s m o p u ro »
s o n lo s e x tr e m o s im a g in a r io s d e una lín e a , y ¡a m a y o r ía d e los e c o n o m is ta s se s itú a e n
a lg ú n lu g a r e n tr e a m b o s . A p e s a r d e e l lo , n u e s tra e x p o s ic ió n p o la r iz a d o r a es a d e c u a ­
d a p a r a m o s tr a r la s d ife r e n c ia s q u e r e a lm e n te e x is te n .
H o y en d ía , e l m o n e ta ris m o s e in terpreta c o m o u n a « c o n tr a rr e v o lu c ió n » a la « r e v o ­
lu c ió n k e y n e s ia n a » , o r ig in a r ia m e n te in icia d a p o r M ilt o n F r ie d m a n y fo r m u la d a p o r é s te
y su s c o le g a s h asta a lc a n z a r h o y en d ía e l estatu s d e la o r to d o x ia . S e g ú n n u e stro p u n to
d e v is ta , tre s fu e r o n la s r a z o n e s p r in c ip a le s r e s p o n s a b le s d e e s ta « c o n tr a r r e v o lu c ió n » .
E n p r im e r lu g a r , la « r e v o lu c ió n k e y n e s ia n a » n u n c a c o n s ig u ió u n a v ic t o r ia c o m ­
p le ta , en p a rte p o r ra z o n e s id e o ló g ic a s . L o s « m ie d o s » y la s « e s p e r a n z a s » d e q u e e l s e c­
to r g u b e rn a m e n ta l a v a n z a r ía c o m o r e s u lta d o d e e s ta d o c tr in a re s u lta ro n se r c ie r to s ; y
lo s « m ie d o s » co n fo r m a ro n u n s u e lo fé r t il p a r a c u a lq u ie r c o n tr a r r e v o lu c ió n . S in e m b a r­
g o , uno d e b ie r a ten er c u id a d o d e n o c o n s id e r a r la c o n t r o v e r s ia m o n e ta r is ta -k e y n e s ia -
n a c o m o un d e b a te e s e n c ia lm e n te id e o ló g ic o . L a s c o s a s n o so n ta n s im p le s y m á s tard e
e x p lic a r e m o s p o r q u é .
U n a s e g u n d a c a u s a im p o rta n te d e l a s c e n s o d e l m o n e ta r is m o f u e el d e s a r r o llo d e la
te o r ía m o n e ta ria . P e r o e l in terés cr e c ie n te p o r e l d in e r o n o fu e ca r a c te r ís tic o ú n ic a m e n te
d e l m o n e ta r is m o s in o d e la m a y o r p a r te d e la in v e s t ig a c ió n m a c r o e c o n ó m ic a d e s d e
K e y n e s : y a h e m o s m e n c io n a d o a H i c k s , P a t in k in , T o b in y D a v id s o n . P o r o tr a p a r te , e l
m o n e ta r is m o tu v o un p a p e l m u y a c tiv o en c o n e c ta r la te o r ía m o n e ta r ia ( c o r r o e je r c i­
c io a c a d é m ic o ) y la p o lít ic a m o n e ta r ia ( c o m o la to ta lid a d d e la s m e d id a s p r á c tic a s ) .
S in e m b a r g o , lo s a c o n te cim ie n to s r e a le s co n s titu y e ro n la c a u s a m á s im p o rta n te d e la
c o n tr a r r e v o lu c ió n . D u r a n te la s e g u n d a g u e r r a m u n d ia l, m u c h o s e c o n o m is ta s tu v ie ro n
m ie d o d e u n a p r o lo n g a c ió n , cu a n d o n o d e u n a g r a v a m ie n t o , d e la d e p r e s ió n a n te r io r a
la g u e rra . K e y n e s ia n o s in flu y e n te s c o m o A lv in H . H a n s e n o A b b a P . L e m e r 12p re d ije ro n
u n p r o b le m a d u r a d e ro d e d e m a n d a in s u fic ie n te s i la s a u to r id a d e s re s p o n s a b le s n o o p ta ­
ban p o r una p o lític a fis c a l a c t iv a . P u e sto que n o esta b an so lo s en e s ta o p in ió n , e l é n fa ­
sis p rin cip a l d e la p o lítica a ctivista , tanto en los E s ta d o s U n id o s c o m o en tod os lo s d e m á s
lu g a r e s , r e c a y ó so b re la p o l í t i c a f i s c a l . P o r o tra parte, la p o lít ic a m o n e ta r ia q u e d ó e n
u ltim o lu g a r y s u p r in c ip a l tare a c o n s is tió e n a s e g u r a r tip o s d e in te ré s b a jo s p a ra d is m i­
n u ir e l p r o b le m a d e la d e u d a p ú b lic a y q u iz á p a r a q u e la in v e r s ió n e s tim u la r a la d e m a n ­
d a . L o s c a m b io s en la c a n t i d a d d e d i n e r o fu e r o n c a s i c o m p le ta m e n te ig n o r a d o s .
H o y en d ía s a b e m o s q u e e n lo s a ñ o s p o s te r io r e s a la g u e r r a n o s e p r o d u jo u n a d is ­
m in u c ió n d e la d e m a n d a a g r e g a d a ; m á s b ie n a l c o n tr a r io , h u b o un m o v im ie n to a l a lz a
d e la m is m a s in p r e c e d e n te s , y tan to la p r o d u c c ió n c o m o e l e m p le o s e m a n tu v ie r o n en
n iv e le s a lto s y e s ta b le s d u ra n te la r g o tie m p o . S ie n d o a s í, r e s u lta f á c i l e n te n d e r q u e e l
p r o b le m a d e l d e se m p le o p e rd ie se in terés p ú b lic o y fu e s e s u b s titu id o p o r e l p r o b le m a d e
la i n f l a c i ó n , e l m á s a p re m ia n te p o r a q u e l e n t o n c e s .
P o r c o n s ig u ie n te , lo s e c o n o m is ta s p r o fe s io n a le s , o p o r lo m e n o s u n a fr a c c ió n c o n ­
s id e r a b le d e é s t o s , tr a s la d a r o n su a t e n c ió n d e l e m p l e o a la i n f l a c i ó n : la b a s e p a r a e l
m o n e ta r is m o e s t a b a p re p a ra d a .1

1. Hansen,A. H . (1941). FiscalPolicy andthe Business Cycle. Nueva York: W . W. Norton; Lemcr, A . P,
(1944). The Economíaso/Control Nueva York: M acMilían.
2. Un análisis sociológico extraordinario de la revolución y de Ja contrarrevolución se halla en Johnson,
H . G . (1971). «The Keyncsian Revolution and the Monelarist Counlerrevoluition». AmericanEcanomic
Review{PP) 61,p. 1-14.
p*i:.

MONETARISMO 333

l. L a s b a s e s t e ó r i c a s , o : m o n e t a r is m o f r e n t e a k e y n e s i a n is m o

El dinero es un velo, pero cuando el velo se agita, el producto real chisporrotea (John
G . Gurley).

E n e s ta p rim e ra s e c c ió n d e se am o s d iscu tir la t e o r í a m o n e ta ris ta y e x p lic a r e n q u é a s p e c­


tos d ifie r e d e Ja d e los c lá s ic o s y d e lo s k e y n e s ia n o s . E l p r im e r h ito en la e v o lu c ió n d e
Ja teo ría m o n eta rista lo c o n s titu y e e l artícu lo d e 1956 d e M ilt o n F r ie d m a n « T h e Q u a n tity
T h e o r y o f M o n e y ; A R e s t a t e m e n t » .3 L a « r e fo r m u la c ió n » de F r ie d m a n c o m b in a e le ­
m e n to s c l á s ic o s y k e y n e s ia n o s y e s , s u b s t a n c ia lm e n t e , u n a te o r ía d e la d e m a n d a de
d in e r o .
A fin d e e n te n d e r e l a n á lis is d e F r ie d m a n , e m p e c e m o s c o n u n a e x p lic a c ió n d e la
e q u iv a le n c ia e n tre r iq u e z a y r e n ta . S i W " d e n o t a u n a r iq u e z a n o m in a l y r r e p re s e n ta
un tip o d e in te r é s , e n to n c e s la r e n ta n o m in a l en u n c ie r to p e r ío d o e q u iv a le a:

Y" = W" • r (217)

I1,:.-. Y a la in v e r s a , la r iq u e z a s e p u e d e c a lc u la r c u a n d o la r e n ta y e l tip o d e in te r é s son


c o n o c id o s :
|jy ;.

Y"
Wa = — (218)
r

P o r lo ta n to , « r iq u e z a » y « r e n ta » so n s ó lo d o s a s p e c to s d e la m is m a c o s a p u e sto
q u e c a d a tip o d e re n ta p u e d e c o n s id e r a rs e c o m o u n r e n d im ie n to d e u n s to c k d e r iq u e ­
z a . S i e l in te r é s v ie n e d a d o , la r iq u e z a p r o d u c e u n a r e n ta e s p e c íf ic a ; y , a l r e v é s , e l in te­
rés s e p u e d e c a lc u la r d e s c o n ta n d o e l flu jo d e ren ta. F r ie d m a n n o d e d ic ó su a te n c ió n
h a c ia la r iq u e z a a c t u a l, o la re n ta c o r r ie n te , sin o h a c ia la s m a g n itu d e s p e r m a n e n t e s . Si
to m a m o s e l c a s o e x tr e m o c o m o ilu s tr a c ió n : W ” e s la r iq u e z a q u e p o s e e un in d iv id u o
d u r a n te to d a su v id a ; e Y " es la re n ta m e d ia (p e r m a n e n te ) d e to d a s u v id a . E s t a n u e v a
d e fin ic ió n d e lo s té n n in o s está estrecham ente c o n e c ta d a c o n la in v e s tig a c ió n d e F ried m a n
•'ir.-: • s o b re la fu n c ió n d e c o n s u m o 4 y es m u y s ig n if ic a t iv a p a r a esta teo ría .
!l- S u p o n g a m o s , p o r e je m p lo , d e c o n fo r m id a d c o n F r ie d m a n , q u e e l c o n s u m o no
d e p en d e d e la re n ta co rrie n te sin o d e la ren ta p e rm a n e n te . P o r lo tan to , la renta co r r ie n ­
te d e te r m in a e l c o n s u m o só lo e n cu a n to e s u n a fr a c c ió n d e la r e n ta p e r m a n e n te . L a
h i p ó t e s i s d e l a r e n t a a b s o l u t a d e K e y n e s s e v e p u e s r e c h a z a d a y su b stitu id a por la h i p ó ­

t e s i s d e l a t e n t a p e r m a n e n t e d e F r ie d m a n . A h o r a b ie n , c u a n d o la re n ta c o r r ie n te d is ­

m in u y e , lo s in d iv id u o s red u ce n su s c o n s u m o s s ó lo lig e r a m e n te , o in c lu s o n o lo s red u ce n

&HX- en a b s o lu t o , p u e s to q u e fo r m a n sus p la n e s d e c o n s u m o e n r e la c ió n co n la ren ta p e r­


K ,- m a n e n te . S i esto e s c ie r t o , lo s m u ltip lic a d o r e s k e y n e s ia n o s son c o m p le ta m e n te in s ig ­

Ir' n i f ic a n t e s p u e s t o q u e u n a r e d u c c ió n d a d a e n la r e n t a r e a l n o d is m in u y e m u c h o e l
c o n s u m o . C o m o r e s u lta d o d e esta h ip ó te s is d e la r e n ta p e r m a n e n te , e l s e c to r p r iv a d o

3. Friedm an, M . (1956). «The Quantity Thcory o f M o n ey : A Restatem ent». En: Friedman, M . (ed.).
Studiesi i the QuantityThcoryofManey. C hicago: C h ica go Press.
4. Friedm an, M . (1957). A TheoiyofíheCon.tmption Function. Princeton: Princeton Umvcrsíty Press.

B-
W:
334 CRÍTICA A LA ECONOMÍAORTODOXA

parece mucho más estable que lo que pretendían los keynesianos; y las alteraciones
exógenas no causan procesos multiplicador significativos sino meros ajustes insigni­
ficantes.
Friedman también aplica su concepto de renta permanente a la teoría de la deman­
da de dinero. L a renta permanente es el rendimiento sobre un stock definido de form a
bastante am plia de riqueza nominal que consiste en:

- d i n e r o : m edios de pago con un valornom inal constante que no produce interés;


- b o n o s : valores portadores de interés con un valor nominal constante;
- a c c i o n e s : derechos sobre los beneficios de una empresa;
-b ie n e s fís ic o s ; y
- c a p ita l h u m a n o .

L a idea de riqueza de Friedman abarca pues dos elementos que son nuevos para
nosotros, a saber, los bienes físico s y el capital hum ano. L o s bienes físico s tienen
m ucho en com ún con las acciones puesto que no están sujetos al peligro de la infla­
ción . D ifieren de las últim as porque no producen pagos en dinero, sino en especie.
L o s propios ejem plos de Friedman de coches y viviendas ilustran el hecho de que la
«renta» d erivada de lo s bienes m ateriales no co n siste en dinero sin o en utilidad
directa.
E l c a p i t a l h u m a n o es la totalidad de aquellas capacidades de un individuo que pro­
ducen renta por el trabajo; en principio, se puede calcular m ediante la sum a de los
ingresos por trabajo del individuo durante toda su vida descontados. A s í pues, reco­
nocemos de nuevo que cualquier renta puede ser considerada como procedente de un
stock de capital adecuadamente definido. Sin embargo, el capital humano es sui gene-
ris en tanto que no puede de ningún modo ser intercambiado de form a instantánea por
otros stocks de riqueza. L o s bonos se pueden cam biar por dinero sin dificultad, m ien­
tras que la perfecta fungibilidad del capítaí humano sólo existe en un mercado de escla­
vos. Finalm ente, la re n ta p e r m a n e n te son los ingresos obtenidos de los cinco bienes
anteriores.
Ahora y a estamos preparados para introducir la función de demanda de dinero de
Friedman:

i P Y \
V ‘ = f [ p , r B, r E, 1 - ). (219)

(+} (-) (-) (-) (+)

La d e m a n d a n o m in a l d e d in e r o depende de los factores siguientes:

- E l nivel de precios corriente. Esto es debido al hecho (ya fam iliar para nosotros) de
que lo s individuos quieren mantener un cierto nivel de saldos líquidos r e a l e s .
- Las tasas de rendimiento rB y r E sobre bonos y acciones, respectivamente. Estas dos
ejercen una influencia sobre la demanda de dinero ya que los bonos y las acciones
son substitutos de los saldos líquidos. Cualquier aumento en rB o r e aumenta el coste
de oportunidad d eten er saldos líquidos y, por lo tanto, tiende a reducirlos.
MONETARISMO 335

S6&\
- L a ta s a d e in f la c ió n , PiP. P e s Ja f ó r m u l a a b r e v i a d a p a r a dPIdt, e s d e c ir , e l c a m b io
VP-
en P en e l tie m p o . D iv id ie n d o e sta m a g n itu d p o r P, o b te n e m o s u n a ta s a d e c r e c i­
m i e n t o q u e in d ic a e l c a m b i o r e l a t iv o e n P . U n a t a s a d e i n f l a c i ó n p o s it iv a o c a s i o n a
m ':-
u n a r e d u c c i ó n e n e ! v a l o r r e a l d e lo s s a l d o s l í q u i d o s y p o r e l l o a u m e n t a J o s c o s t e s d e

h;¡i:r o p o r t u n id a d d e t e n e r d in e r o e f e c t i v o . P o r l o t a n t o , c o m o n o r m a , u n a u m e n t o d e P!P
d is m i n u ir á l a d e m a n d a d e d in e r o .
- E l s t o c k d e r iq u e z a q u e s e g ú n ( 2 1 8 ) s e p u e d e c a l c u l a r a p a r t ir d e l a r e n t a p e r m a n e n ­
te y la ta s a media de rendimiento, r, s o b r e l o s c i n c o b i e n e s .3

S e h a c e n n e c e s a r io s d o s c o m e n t a r io s . E n p r i m e r l u g a r , s u b r a y a m o s q u e d e b e n d is ­
t in g u ir s e m u y c la r a m e n t e l o s c a m b io s e n e l n iv e l d e p r e c io s y l o s c a m b io s e n l a tasa de
inflación. U n a u m e n t o d e l p r i m e r o h a c e s u b ir lo s s a l d o s líq u id o s n o m i n a l e s , m ie n t r a s
q u e u n a u m e n t o d e Ja ú l t i m a J o s r e d u c e . E l p r i m e r c a s o s e j u s t i f i c a m e d ia n t e l a o b s e r ­
v a c ió n d e q u e lo s in d iv id u o s d e s e a n m a n te n e r c ie r t o s s a ld o s líq u id o s reales. P o r lo
t a n t o , s i J o s p r e c io s s u b e n , lo s s a l d o s l í q u i d o s n o m i n a l e s s e in c r e m e n t a r á n . A J s e g u n ­
d o c a s o l e a p l i c a m o s e l p r i n c ip io d e l o s c o s t e s d e o p o r t u n id a d ; c u a n t o m á s a lt a e s l a
t a s a d e i n f l a c i ó n , m á s f u e r t e m e n t e d i s m i n u y e n l o s s a l d o s l íq u id o s r e a le s e n e l t ie m p o
o , l o q u e e s i g u a l , m a y o r e s s o n l o s c o s t e s d e m a n t e n e r s a l d o s l í q u i d o s . D e a h í q u e lo s
ú l t i m o s s e v e r á n d e l ib e r a d a m e n t e r e d u c i d o s c u a n d o l a i n f l a c i ó n a u m e n t e .
E n s e g u n d o J u g a r , s e d e b e e x p l i c a r l a a l g o m i s t e r i o s a t a s a « n > . M á s a r r ib a h e m o s
Sí:
I
e n u m e r a d o c i n c o b ie n e s d i s t i n t o s , d e l o s q u e s e s u p o n í a q u e p r o d u c e n a l g ú n r e n d i­

....; m ie n t o p e c u n i a r i o o n o p e c u n i a r i o . S i n e m b a r g o , d e la s c i n c o ta s a s d e r e n d i m i e n t o
c o r r e s p o n d ie n t e s , s ó l o d o s s o n medibles, a s a b e r , l o s r e n d im ie n t o s d e l o s b o n o s y d e
la s a c c i o n e s , rBy rE. P o r l o t a n t o , F r i e d m a n a b a n d o n a u n a e x p l i c a c i ó n e x p l í c i t a d e lo s

y.:;.;;' o t r o s b ie n e s y a s u m e q u e r , e n t a n t o q u e m e d ia p o n d e r a d a d e la s c i n c o t a s a s d e r e n d i­
.i
m ie n to , v a r ía « d e a lg ú n m o d o s is t e m á t ic o » c o n rBy r e : E l p r o b le m a s e h a r e d u c id o
p u e s a a n a liz a r d o s ta s a s d e r e n d im ie n to , y u n a v a lo r a c ió n e x p líc it a d e r r e s u lta in n e ­
c e s a ria :

L " = f ( P , r B, r £ , - ^ - , Y ”). (2 20)


I;
E n e s t a e c u a c i ó n , h e m o s s u b s t it u id o l a r e n t a p e r m a n e n t e p o r r iq u e z a n o m in a l p o r ­
q u e s e s u p o n e q u e s u t a s a r e s t á i m p l i c i t a e n re: y
F r ie d m a n a s u m e d e s p u é s q u e lo s in d iv id u o s n o e s t á n s u je to s a la « ilu s i ó n m o n e ta r ia »
y q u e p r e te n d e n te n e r u n a c ie r t a c a n t id a d d e s a ld o s líq u id o s r e a le s . P o r lo ta n t o , si
a m b o s , l o s p r e c i o s y l a r e n t a n o m i n a l p e r m a n e n t e , s e m u l t i p l i c a n p o r A., l a d e m a n d a
n o m in a l d e d in e r o e f e c t i v o s e in c r e m e n t a r á p o r A., t a m b ié n :

(221) 5

5. En su artículo, Friedman tiene en cuenta dos magnitudes complementarias, a saber, la relación entre
capital no-humano y humano (w) y las «preferencias» («), Puesto que ambas no se pueden medir y son
por ello desechadas por Friedman, no las hemos introducido.

i
336 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

S i lo s p re c io s y la renta n o m in a l s e d u p lic a n , p o r e je m p lo , los s a ld o s líq u id o s n o m i­


n a le s ta m b ié n s e d o b la r á n a fin d e m a n te n e r e l n iv e l d e s a ld o s líq u id o s r e a le s . D a d o
q u e (2 2 1 ) es v á lid o p a r a c u a l q u i e r A., p o d e m o s e s c r ib ir A = l / Y a p a r a ob te n e r:

- •L " : : f { p r r — 1) (222)
y» L f ( y 11 b rE p ’ 1)

(223)
L" ( _ !_ 'E> y ^

A h o r a p e d im o s a l le c t o r q u e c o m p a r e (2 2 3 ) c o n la fu n c ió n d e d e m a n d a d e d in e ro
d e la te o r ía cu a n tita tiv a . O b v ia m e n t e , la s d o s so n b a sta n te s im ila r e s , s ie n d o Ja ú n ic a
d ife r e n c ia e s e n c ia l q u e la d e m a n d a d e d in e ro e s tá d e te r m in a d a p o r u n a c o n s t a n t e , y
p o r u n a f u n c i ó n e n (2 2 3 ). D e a c u e r d o c o n F r ie d m a n , e ! c o e fic ie n t e d e s a ld o s líq u id o s
(k ) n o e s u n v a lo r n u m é r i c a m e n t e c o n s t a n t e s in o u n a / u m c ió n c o n s t a n t e d e a lg u n a s
v a r ia b le s . E s to s e c o n s id e r a c o m o Ja d ife r e n c ia m á s im p o r ta n te e n tr e la te o r ía c u a n ti­
ta tiv a c lá s ic a y su r e fo r m u la c ió n .
P u e sto q u e la v e lo c id a d d e cir c u la ció n d e l d in e r o , es ju s t o e l r e cíp ro co d e l c o e fic ie n te
d e s a ld o s líq u id o s , p o d e m o s d e fin ir la d e la s ig u ie n t e m a n e ra :

r Y” P \ /P P \
r y r B< r E , y - , 1 J: = !//(,— rB, r E, — , 1) (224)

O m it ie n d o la co n s ta n te , « 1 » , y s u b s titu y e n d o P / Y " p o r su r e c íp r o c o , o b tu v im o s Ja
v e lo c id a d d e c ir c u la c ió n d e l d in e ro c o m o u n a fu n c ió n d e la r e n ta p e rm a n e n te re a l, d e
la s ta sa s r B y r E, y la tasa d e in fla c ió n . M e d ia n t e l a c o n d ic ió n d e e q u ilib r io p a ra e l m er­
c a d o d e d in e ro , M = L " , lle g a m o s in m e d ia ta m e n te a l r e s u lta d o fin a l, la e c u a c ió n c u a n ­
t it a t iv a r e fo r m u la d a :

(2 25)

A la v ista d e la s im ilitu d d e (2 2 5 ) c o n la e c u a c ió n c u a n t it a tiv a , Ja e x p r e s ió n « re fo r­


m u la c ió n d e la teo ría cu a n tita tiv a del d in e ro » p a r e c e b a sta n te a d e c u a d a . A h o ra d e b em o s
in v e s tig a r la s « n o v e d a d e s » e s p e c íf ic a s d e la c o n c e p c ió n d e F r ie d m a n y c o n s id e r a r d e
q u é m o d o e s tá r e la c io n a d a c o n la te o r ía c u a n t it a t iv a o r ig in a l, co n la te o r ía d e la liq u i­
d e z y c o n la te o r ía d e la ca rtera d e v a lo r e s .
L a r e fo r m u la c ió n d ifie r e d e la fo n n u la c ió n o r ig in a l d e la te o r ía c u a n tita tiv a en q u e
s e c o n c ib e la v e lo c id a d d e c ir c u la c ió n d e l d in e ro c o m o u n a v a r ia b le d e p e n d ie n te del
s is te m a , y n o c o m o u n a co n s ta n te . S in e m b a r g o , p a r a ser ju s t o s , d e b e m o s añ a d ir q u e en
la lite r a tu r a c lá s ic a tam b ién s e h a lla n n u m e r o s a s r e f le x io n e s s o b r e la s d e te rm in a n te s
d e v , a u n q u e e l a n á lis is d e F r ie d m a n p u e d e r e s u lta r m á s e x p líc it o y s is te m á tic o . L a
s ig u ie n te in fe r e n c ia es im p o r ta n te p a ra u n a a d e c u a d a e s t im a c ió n del m o n e ta ris m o : a
n iv e l te ó r ic o , lo s m o n e ta ris ta s n o d e fie n d e n q u e la v e lo c id a d d e c ir c u la c ió n d e l d in e -
MONETARISMO 337

ro s e a u n a m a g n itu d co n s ta n te , s in o que es u na fu n c ió n e s ta b le 6 d e la s cu a tro v a r ia b le s


e n u m e r a d a s en (2 2 5 ). P o r c o n s ig u ie n t e , u n c a m b io en v es c o n c e b ib le s i re su lta d e un
c a m b io en a q u e lla s v a r ia b le s . E s ta fo r m u la c ió n p a r e c e te ó r ic a m e n te c o n c lu y e n te y e stá
en d e s a c u e r d o c o n la s fo r m a s to sca s d e la a n tig u a t e o r ía c u a n tita tiv a . M á s to d a v ía , n o
s e p u e d e fa ls e a r e m p ír ic a m e n te p u e sto q u e la s d e te r m in a n te s Y ” (re n ta p e rm a n e n te ) y
r (ta s a m e d ia d e r e n d im ie n to ) n o so n m e d ib le s .
E l a n á lis ís d e F r ie d m a n d if ie r e d e la te o r ía d e la p r e fe r e n c ia p o r la liq u id e z k e y -
n e s ia n a q u e s e p u e d e r e p re se n ta r m e d ia n te la e c u a c ió n

M ; ; L ( Y ,i ) •P (2 26)

p o r lo m e n o s e n tres a s p e c t o s . E n p rim e r lu g a r , e l t ip o d e in te r é s e s s u b s titu id o p o r


c in c o tasa s d e r e n d im ie n to d is tin ta s , a u n q u e s ó lo d o s d e ésta s so n m e d ib le s y p u e d e n
s e r to m a d a s e n c u e n ta d e fo r m a e x p líc it a . E s t a d ife r e n c ia p a r e c e se r d e im p o r ta n c ia
m e n o r.
U n a s e g u n d a d e sv ia c ió n s u rg e d e l h e c h o q u e lo s d o s e n fo q u e s e m p le a n n o c io n e s de
r e n ta d ife r e n te s , a sa b e r, r e n ta p e rm a n e n te p o r u n la d o y renta co r r ie n te p o r e l o tro . L a
d e m a n d a d e din ero k e y n e s ia n a está s u je ta a c a m b io s e s p o n tá n e o s si la ren ta c o r r ie n te
v a r ía , m ie n tr a s q u e la d e m a n d a d e d in e r o d e F r ie d m a n n o lo e s tá p o r q u e d e p e n d e d e
la r e n ta perm an en te. P u e s to q u e la d e term in an te yn e n (225) es c a s i co n sta n te , la d e m a n ­
d a d e d in e r o d e F r ie d m a n r e s u lta s e r m u c h o m á s e s ta b le q u e la d e lo s k e y n e s ia n o s .
E n te rce r lu g a r , la t a s a d e i n f l a c i ó n a p a r e c e c o m o u n a d e te r m in a n te d e c is iv a e n la
e c u a c ió n ( 2 2 5 ); y s e trata d e u n e le m e n t o n u e v o , d in á m ic o . V o lv e r e m o s a e s te te m a
c u a n d o e x a m in e m o s e l p r o b le m a d e la in fla c ió n .
F in a lm e n t e , ¿ c u á le s s o n la s d ife r e n c ia s e n tr e e l a n á lis is d e F r ie d m a n y la te o r ía d e
la s e l e c c ió n d e l a c a r t e r a d e v a lo r e s d e T o b in ? D e n u e v o , é s ta s s o n l a a t e n c ió n d e
F r ie d m a n a la ta s a d e in fla c ió n y s u c o n c e p t o d e ren ta p e m ia n e n te . A p a r te d e e s to , lo s
d o s e n fo q u e s so n e x tr a o r d in a r ia m e n te s im ila r e s .
D e s p u é s d e e s ta s o b s e r v a c io n e s in tr o d u c to r ia s r e s p e c to a la s r e la c io n e s e n tr e la
c u a tr o te o r ía s d e la d e m a n d a d e d in e ro , e s ta m o s a h o ra p rep arad o s p a r a d is c u tir la s p ro ­
p o s ic io n e s c e n tr a le s d e F r ie d m a n e n cu a n to a su te o r ía , lo q u e s e i n ic ia u tiliz a n d o la
e c u a c ió n c u a n t it a t iv a q u e , r e fo r m u la d a d e f o r m a a b r e v ia d a , p u e d e e s c r ib ir s e c o m o

M - v ( .) = Y n (2 27)

E n s u s c o n s id e r a c ió n e s te ó r ic a s , F r ie d m a n a s u m e u n a o fe r ta e x ó g e n a d e d in e r o
n o m i n a l , M . S in e m b a r g o , lo s s a ld o s líq u id o s r e a le s e s t á n d e te r m in a d o s p o r lo s in d i­

v id u o s , p u e s to q u e su c o m p o r ta m ie n to d e te r m in a lo s p r e c io s n o m in a le s . P o d e m o s a n a ­
liz a r p rim e ro e l im p a c to d e u n a e x p a n s ió n m o n e ta r ia .
E n e l e je m p lo m á s s im p le , e l b a n c o ce n tr a l d is tr ib u y e d in e r o a d ic io n a l p o r v ía d e l
« e fe c t o h e lic ó p te r o » : M a u m e n ta . L a d e m a n d a d e s a ld o s líq u id o s r e a le s s ig u e sin c a m ­
b ia r p o r e l m o m e n t o ; d e a h í q u e lo s in d iv id u o s in te n te n d is m in u ir su s s a ld o s n o m ín a ­
le s a d ic io n a le s m e d ia n te la c o m p r a d e m e r c a n c ía s , b o n o s , e t c . C o n s id e r a d o d e fo r m a

6. Aquí no utilizamos el término estabilidad en el sentido teórico (convergencia hacia un equilibrio) .sino
en el sentido estadístico (invariancia).
338 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

m acroeconóm ica, no lo conseguirán, puesto que el gasto de un individuo es el ingreso


de otro. Pero la renta nominal Y ” : = Y - P aumentará.
L a cuestión es si el aumento de la renta nominal consiste en subir las rentas reales
o en subir los precios. O, dicho de otro modo, ¿una política monetaria expansionista
producirá una subida en el output o en la inflación ? E ste tem a crucial difícilm ente
puede resolverse utilizando el modelo de Friedman antes expuesto; por lo tanto, habi­
tualmente él supone que la renta real está determinada dentro de algún tipo de sistema
walrasiano. Por tanto, la expansión monetaria usualmente incrementará los precios;
sin em bargo, en algunos casos, Friedman admite efectos reales de la política moneta­
ria. Volverem os a este tema más tarde.
Por ahora supongamos que de la expansión monetaria surgen efectos en los pre­
cios. Por consiguiente, no sólo los precios sino también la tasa de aiflación aumenta­
rán por algún tiempo. Esto ocasiona que la demanda de dinero dism inuya puesto que
los costes de oportunidad de mantener los saldos líquidos aumentan. A s í pues, la dura­
ción m edia de retener el dinero, k, disminuye, y la velocidad de circulación del dinero,
v, aumenta.
Ahora bien, consideremos la ecuación (227). Cuando v aumenta debido a la expan­
sión m onetaria, la renta nom inal debe subir más que en proporción a la cantidad de
dinero. Supongamos, por ejemplo, que lacantidad de dinero aumenta en un 5 %. Cuando
v sube en un 2% por un corto periodo de tiempo, entonces la renta nominal debe subir
en un 7%. ¡Pero únicamente de form a temporal! Porque, cuando el nivel de precios ha
alcanzado un nivel 7% más alto que antes, la inflación se detiene y v dism inuye hasta
su valor original. Después debe tener lugar una deflación del 2%. E l valor de equili­
brio de la renta nominal sólo se consigue después de algunas desviaciones adiciona­
les. E s 5% m ás alto que el original.
L a descripción de este en cierto modo enrevesado proceso produce un resultado
importante: los cam bios de-una-vez-por-todas (once-and-for-all) en la cantidad de
dinero no producen efectos «continuos» sino q u e d a n lugar a desviaciones erráticas,
cíclicas. L a política discrecional parece ser altamente desestabilizadora.
Seguidam ente analizarem os el im pacto de la política monetaria sobre las magni­
tudes reales. Según los m onetaristas, los efectos reales se reflejan en primer lugar en
retrasos temporales en la form ación de expectativas. Considerem os una econom ía que
ha presentado una tasa anual de crecim iento económ ico real de 3% durante m uchos
años y en la que el banco central ha incrementado Ja cantidad de dinero en un 5% por
año. Asum iendo que la velocidad circular del dinero es constante, se ha observado
durante un largo periodo de tiem po 2% de inflación por año. L o s habitantes de esta
econom ía están sin duda acostumbrados a la tasa de inflación anual; y cuando hacen
contratos a más largo plazo (sobre el trabajo o el crédito, por ejem plo) tienen en cuen­
ta este 2%.
A hora supongamos que tiene lugar un incremento espontáneo e inesperado en la
cantidad de dinero. El consiguiente aumento de la inflación surge corno una sorpresa
para nuestros individuos y, a corto plazo, las tasas salariales reales y el tipo de interés
real (el tipo nom inal menos la tasa de inflación) dism inuirán. Si los recursos no han
sido completamente utilizados al principio, el em pleo y la producción subirán. Por lo
tanto, aquí nos encontramos co n efectos reales de los cam bios m onetarios. N o obs­
tante, según la opinión monetarista, el em pleo y la producción disminuirán hasta sus
M ¡p

MONETARISMO 339

n iv e le s o r ig in a le s , « n a tu r a le s » , tan p ro n to c o m o la s e x p e c t a tiv a s d e in fla c ió n s e h a y a n


a d a p ta d o c o m p le ta m e n te .
E s t a c o n s id e r a c ió n n o s lle v a a la n o c ió n d e u n a ta s a d e d e s e m p le o n a tu r a l. L a ta s a
d e d e s e m p l e o n a t u r a l es a q u e lla ta s a e s t a b le c id a p o r la s fu e rz a s d e l m e r c a d o y q u e n o

p u e d e s e r p e r m a n e n te m e n te in f lu id a p o r m e d id a s f is c a le s o m o n e ta ria s . S e g ú n lo s
m o n e ta r is ta s , la tasa n atu ral d e d e se m p le o v ie n e d e te r m in a d a p o r p ro b le m a s d e a ju s te
fr ic c io n a le s , la tasa salarial r e a l m e d ia y la estru ctu ra d e lo s salario s r e a le s . O b s e r v e m o s
q u e ni s e la c o n s id e r a c o m o d a d a p o r la « n a tu r a le z a » , ni qu e s ig n ifiq u e una ta s a « ó p ti­
ggp i m a » d e d e s e m p le o . S e tr a ta m á s b íe n d e q u e la t a s a d e d e s e m p le o n a tu r a l s e d e fin e d e
» fo r m a a n á lo g a a l t ip o d e in terés n a tu ra l q u e e x p lic a m o s e n e l c a p ítu lo IV .
lili L a e x i s t e n c i a d e e s ta ta s a d e d e s e m p le o n a tu r a l c o n s t it u y e u n te m a c e n tr a l e n la

¡1
Wim, ¡i:»:'
IF-
co n tr o v e rs ia e n tr e m o n eta rista s y k e y n e s ia n o s . T íp ic a m e n t e , lo s k e y n e s ia n o s n o a d m i­
ten su e x is t e n c ia sin o q u e a r g u m e n ta n q u e e l g o b ie r n o e s c a p a z d e r e m e d ia r e l d e ­
s e m p le o m e d ia n te u n a p o lític a fis c a l o m o n e ta ria - p o r l o m e n o s en p r in c ip io -. P o r o tra
F'
p a rte , lo s m o n e ta ris ta s s o s tie n e n q u e ¡a p o l ít ic a f is c a l n o a lte r a r á e n m o d o a lg u n o la

¡i
| |
F;.
V'v'/
ta s a d e d e s e m p le o re a l m ientras q u e la p o lít ic a m o n e ta r ia lo h a rá s ó lo te m p o r a lm e n te .
D e lo a n te rio r d e b ie r a resu lta r c la r o q u e los e f e c t o s d e la p o lític a m o n e ta ria so b re
ÍÍY la ta s a d e d e s e m p le o so n te m p o r a le s p o r n a tu r a le z a ; p e ro , r e s p e c to a la p o lít ic a fis c a l,

n
i" ' •
1
es a lg o m á s d if íc il. E l p r o p io F r ie d m a n n o tie n e u n in stru m e n to a n a lític o a su d is p o ­
s ic ió n p a r a e x a m in a r lo s im p a c to s fis c a le s . S in e m b a r g o , d e fie n d e q u e la « p o lít ic a f i s ­
c a l p u r a » s ie m p r e p r o d u c ir á un e f e c t o d e s p l a z a m i e i t í o k o t a l ( t o t a l c r o w d i n g o u t ) :

1 Vviv
•Y»:-'
¡lili P arece absurdo decir que si el gobierno aumenta sus gastos sin aumentar sus impues­
lllll tos, esto puede no ser expansionista po r sí m ism o. Tal política obviam ente pone la
i l renta en m anos de la g e n te a la cu al el go b iern o p a g a sus ga stos sin tom ar ningún

fondo adicional de manos de los contribuyentes. ¿ N o es esto algo obviam ente expan­

| l sionista o inflacionista? H asta este punto, sí, pero ésta es sólo la mitad d e la historia.
§§¡iSI
Debernos preguntar de dónde obtiene el gobierno los fondos adicionales que gasta.
P ,
| § i,::- S i el gobierno im prim e moneda para satisfacer sus facturas, se trata enton ces de polí­
.....: tica m onetaria y nosotros estam os intentando m irar a la política fiscal. Si el gobierno
|||¡i V••:•;:
lis consigue los fondos tom ándolos prestados de la gente, entones aquellas personas que
■ prestan los fo n d o s al gobierno tienen m enos para gastar o prestar a otros.7

E n p o c a s p a la b ra s : lo s g a s to s d e l g o b ie r n o fin a n c ia d o s p o r lo s im p u e s to s o p o r
e m p r é s tito s s u p o n e n u n e f e c t o d e s p la z a m ie n to to ta l. E s t e r e s u lta d o e stá c la r a m e n te e n

P d e s a c u e r d o c o n e l d e T o b in q u e y a h e m o s d is c u t id o e n e l c a p ítu lo a n te r io r . D e s g r a ­
c ia d a m e n t e , e l a le g a to d e F r ie d m a n n o s e b a sa e n u n m o d e lo a n a lític o e x p líc it o ; p o r
e llo s ó lo p o d e m o s p e n sa r q u e d e s e c h a e l e f e c t o p a tr im o n ia l d e lo s cré d ito s p ú b lic o s y
c o n s id e r a lo s v a lo r e s d e l E s ta d o y e l d in e r o c o m o c o m p le m e n to s .
F u e r o n lo s m á s n o ta b le s p a rtid a rio s d e F r ie d m a n , K a r l B r u n n e r y A lla n H . M e ltz e r ,
Wf
q u ie n e s su p eraro n esta fa lta d e b a s e a n a lít ic a . D e s a r r o lla r o n una se rie d e m o d e lo s c o n ­
tin u a m e n te m o d ific a d o s a f in d e o fr e c e r un a n á lis is m in u c io s o de lo s m e c a n is m o s d e
tr a n s m is ió n d e la p o lít ic a fis c a l y m o n e ta r ia y a s í e lim in a r e l v a c ío te ó ric o p a rcia l d e l

7. Friedman, M. (1970). «The Countcrrevolution in Monetary Theory». Londres: Institute of Economíc


Affairs for the Wincott Foundation. Monografía 33, p. 19.
340 CRÍTICAALAECONOMÍAORTODOXA

m o n e ta ris m o . Sin d is cu tir su s e x te n s o s m o d e lo s 8 en d e t a lle , d e s e a m o s in d ic a r su s prin ­


c ip a le s c a r a c te r ís tic a s :
E n p r im e r lu g a r, lo s m o d e lo s d e B r u n n e r y M e lt z e r s e b a s a n en la te m ía d e la s e le c ­
ció n d e la c a r te r a d e v a lo r e s . P o r e s ta r a z ó n , su e n fo q u e tam b ién re c ib e e l n o m b re de
« m o n e ta r is m o d e la te o r ía d e p r e c io s » , p o r o p o s ic ió n a l « m o n e ta r is m o d e la te o r ía n e o -
c u a n tit a t iv a » d e F r ie d m a n . E s p a r tic u la r m e n te s o r p r e n d e n te c u á n ¡e d u c id a s s o n la s
d if e r e n c ia s e n tr e lo s m o d e lo s m o n e ta r is ta s a la m a n e ra d e B r u n n e r / M e ltz e r , p o r u n
la d o , y lo s m o d e lo s k e y n e s ia n o s a la m a n e r a d e T o b in , p o r e l o tr o , - p o r lo m e n o s en
lo q u e se r e fie r e a sus in s tru m e n to s a n a lít ic o s - .
E n s e g u n d o lu ga r, lo s m o d e lo s d e B r u n n e r y M e lt z e r co m p re n d e n un a m p lio e s p e c ­
tro d e b ie n e s . L o s au to res lu c h a n co n tra lo s in ten to s d e d e fin ir e l « m o n e ta r is m o » c o m o
u n a te o r ía q u e a s u m e u n a c u r v a L M v e r tic a l, e s d e c ir , q u e a s u m e q u e la d e m a n d a de
d in e r o e s p e r fe c ta m e n te in e lá s t ic a r e s p e c to a l in te r é s . S e g ú n e llo s , e l m o d e lo I S / L M
n o p u e d e s e r v ir c o m o b a s e d e c o m p a r a c ió n p o r q u e n o c o n tie n e s u fic ie n te in fo r m a c ió n
r e le v a n t e , a s a b e r , u n a g a m a c o m p le t a d e a c tiv o s y ta s a s d e r e n d im ie n to . B r u n n e r y
M e l t z e r lle g a n a r e s u lta d o s « m o n e ta r is ta s » , au n q u e lo s a u to r e s n o c o n s id e r a n q u e la
d e m a n d a m o n e ta ria s e a p e r fe c ta m e n te in e lá s t ic a r e s p e c to a l in te r é s , ta l c o m o h icie ro n
los c lá s ic o s .
E n t e r c e r lu g a r , lo s m o d e lo s d e B r u n n e r y M e l t z e r n o p u e d e n p r o p o r c io n a r u n
a n á lis is c o m p le t o d e l a e c o n o m ía p o r q u e n o c o n tie n e n u n m e r c a d o d e tra b a jo y to m a n
la renta r e a l c o m o e x ó g e n a . E s t e h e c h o m u e s tr a u n a v e z m á s q u e e l m o n e ta ris m o c o n ­
te m p o r á n e o e s m á s u n a te o r ía d e la in f la c ió n q u e u n a te o r ía d e l c i c l o e c o n ó m ic o o
in c lu s o q u e u n a te o r ía d e l e m p le o . M ie n t r a s , e l p r o b le m a d e l a « e c u a c ió n p e rd id a »
d e l m o n e ta r is m o (e s d e c ir , la q u e d e te r m in a la r e n ta r e a l) s e h a v u e lto u n a p a la b r a
v o lá t il
D e b id o a l d e s a r r o llo d e la te o r ía d e la c a r te r a d e v a lo r e s y su u t iliz a c ió n p o r lo s
m o n e ta ris ta s , h a te n id o lu g a r u n a c o n v e r g e n c ia d e m é t o d o e n tr e la s d o s « e s c u e la s » , lo
c u a l es u n a v e n ta ja p a ra to d o s lo s o b s e r v a d o r e s d e la c o n t r o v e r s ia p u e sto q u e fa v o r e ­
c e la c o m p a r a c ió n . E s t e b ie n r e c ib id o d e sa r ro llo s e e c h a a p e rd e r e n cie rto m o d o , y a
q u e ta n to lo s k e y n e s ia n o s c o m o lo s m o n e ta ris ta s n o s ie m p r e r e c o n o c e n la c o n v e r g e n ­
c ia . E s p e c ia lm e n t e c u a n d o s e le e a B r u n n e r y M e l t z e r , se tie n d e a te n e r la im p re s ió n
d e q u e lo s a u to r e s c o n s id e r a n la te o r ía d e la s e le c c ió n d e la c a r te r a d e v a lo r e s c o m o
u n in s tru m e n to e x c lu s iv a m e n t e m o n e ta r is ta , m ie n tr a s q u e , c u a n d o h a b la n d e « k e y n e -
s ia n is m o » , p a r e ce n r e fe r ir se ú n ic a m e n t e a l m o d e lo d e r e n ta -g a s to .
C o n s id e r á n d o lo to d o , s e p u e d e a fir m a r q u e la s d ife r e n c ia s d e m é to d o e n tre lo s k e y ­
n e s ia n o s m o d e rn o s y los m o n e ta ris ta s s e h an v u e lto in s ig n ific a n t e s . E n te o r ía , los d o s
te m a s c e n tr a le s so n :

- la a c e p ta c ió n o e l r e c h a z o d e la t a s a d e d e s e m p le o n a tu r a l, y
- la s e s tim a c io n e s d iv e r g e n te s d e l tip o y fu e r z a d e la s r e la c io n e s d e s u b s titu c ió n e n tre
d iv e r s o s b ie n e s .

_ 8. Ver especialmente Brunncr, K.; Meltzer, A. H. (1972). «A Monetary Framework for Aggregative
Analysis». En: Suplemento 1 deKredrt rmd Kapilal; Bmnner, K.; Meltzcr, A .H . (1976). «An Aggregative
Thcory for a Closed Economy». En: Stcin, J. L. (ed.). Monelarism. Amsterdam: North Holiand.
MONETARISMO 341

R e s p e c t o a F r ie d m a n , a e s t e c a t á lo g o d e b e a ñ a d ir s e e l c o n c e p t o d e m a g n it u d e s p e r ­
m a n e n t e s . P e r o a ú n m á s im p o r t a n t e q u e to d o e s t o e s la c o n v i c c i ó n d e lo s m o n e t a r is -
ta s q u e e l s e c t o r p r i v a d o e s e s t a b l e e n s í m i s m o - u n a c o n v i c c i ó n q u e lo s k e y n e s ia n o s
no c o m p a rte n -.

2. L a s i n v e s t i g a c i o n e s e m p í r i c a s , o : m o n e t a r is m o f r e n t e a f i s c a l i s m o

L a in fla c ió n es siem p re y p o r todas p artes un fe n ó m e n o m o n etario ( M ilto n Frie d m a n ).

L a r e f o r m u l a c i ó n d e F r ie d m a n d e l a t e o r ía c u a n t i t a t i v a d e l d in e r o c o n s t i t u y e u n b u e n
e je m p lo d e l a a f ir m a c i ó n d e S a m u e ls o n d e q u e e l i m p a c t o p s í q u ic o d e u n a t e o r ía n o s e
c o r r e s p o n d e c o n s u s t r a n s f o r m a c io n e s e q u i v a le n t e s . D e a c u e r d o c o n s u e s t r u c tu r a a l g e ­
b r a i c a , p a r e c e e s t a r m á s e s t r e c h a m e n t e c o n e c t a d a c o n l a t e o r ía c u a n t i t a t i v a c l á s i c a q u e ,
p o r e j e m p l o , c o n l a t e o r í a d e l a p r e fe r e n c ia p o r l a l i q u i d e z . Y , s in e m b a r g o , e s t e n o e s e l
c a s o ; e n r e a li d a d , e s m á s c o m p a t i b le c o n l a t e o r ía d e la p r e f e r e n c ia p o r la l i q u i d e z p o r ­
q u e n o c o n s id e r a l a v e lo c i d a d d e c i r c u l a c i ó n d e l d in e r o c o m o u n a c o n s t a n t e numérica.
P o r l o t a n t o , s i F r i e d m a n s e c o n s i d e r a a s í m i s m o d e n t r o d e l a t r a d i c ió n c l á s i c a ,
s o n la s r a z o n e s empíricas m á s q u e l a s t e ó r i c a s la s q u e d e b e n s e r r e s p o n s a b l e s d e t a l
o p i n i ó n . D e h e c h o , l a s d i f e r e n c i a s e m p ír ic a s e n t r e l o s m o n e t a r is t a s y l o s k e y n e s i a n o s
s o n m á s i^ m p o rta n te s q u e l a s t e ó r i c a s .
E n u n e s t u d io e x h a u s t i v o d e l a o b r a Monetary History of the United States, 1867­
1960, M i l t o n F r ie d m a n y A n n a J . S c h w a r z o b s e r v a r o n e l c r e c im ie n t o d e la c a n t id a d
d e d in e r o , e l n iv e l d e p r e c io s y la r e n t a a lo la r g o d e m á s d e u n s ig lo . L le g a r o n a lo s
r e s u l t a d o s s ig u i e n t e s :

1. L o s c a m b io s en e l c o m p o r ta m ie n to d e l s t o c k d e d in e r o h a n e stad o e stre ch a m e n te
r e la c io n a d o s c o n lo s c a m b io s e n la a ctiv id ad e c o n ó m ic a , la ren ta m o n etaria y lo s
p r e c io s .
2 . L a in te r r e la c ió n e ntre e l c a m b io m o n e ta r io y e l e c o n ó m ic o h a s id o m u y e s ta b le .
3. L o s c a m b io s m o n e ta r io s a m e n u d o h a n te n id o un o r ig e n in d e p e n d ie n te ; no h a n
s id o ú n ic a m e n te u n r e fle jo d e lo s c a m b io s e n la a c tiv id a d e c o n ó m ic a .9

L a p r im e r a fr a s e e s o b v ia m e n t e u n a fo r m u la c ió n v e r b a l d e la te o r ía c u a n tita tiv a ,
p e r o m á s a l l á d e e s t o t a m b ié n e s t a b l e c e u n a r e l a c i ó n e n t r e l a t e o r í a c u a n t i t a t i v a , p o r
u n l a d o , y lo s p r e c i o s y l a r e n t a r e a l { « a c t iv id a d e c o n ó m i c a » ) , p o r e l o t r o .
E n l a s e g u n d a f r a s e , l o s a u t o r e s a f i r m a n l a e s t a b il id a d numérica ( ! ) d e la v e lo c i­
d a d d e c i r c u l a c i ó n d e l d in e r o . E s t o s i g n i f i c a u n a i n t e n s i f i c a c i ó n c o n s id e r a b l e d e l r e s u l ­
t a d o d e F r i e d m a n d e q u e l a v e l o c i d a d d e c i r c u l a c i ó n d e l d in e r o e s u n a / u n c i ó n e s t a b l e
d e d i v e r s a s v a r ia b l e s . S ó l o a q u í e m p i e z a F r i e d m a n a d if e r i r d e l o s k e y n e s i a n o s y a
a c e r c a r s e a l o s a n t i g u o s t e ó r i c o s d e l a t e o r í a c u a n t i t a t i v a . E s p e c í f i c a m e n t e , F r ie d m a n
y S c h w a r z c o n s i d e r a n q u e l a e l a s t i c i d a d d e l d in e r o s o b r e e l in t e r é s e s -0 ,1 5 d e p ro ­
m e d i o . E s t o s i g n i f i c a q u e s i e l in t e r é s d i s m i n u y e d e 10% a 9%, l a d e m a n d a d e d in e r o
a u m e n t a r á s ó lo e n u n 1,5%.

9. Friedm an, M .; Schw arz, A . J . (1963). A MaitetaiyHistory ofthe UnitedStates, 1867-1960. Princeton:
Princeton University Press. P. 676.
342 CR ÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

F i n a l m e n t e , F r ie d m a n y S c h w a r z e s t a b l e c e n e n l a t e r c e r a f r a s e q u e J a c a n t i d a d d e
d in e r o e s , g e n e r a lm e n t e , e x ó g e n a . E s t o s e r e f i e r e a u n t e m a q u e n o h e m o s m e n c i o n a ­
d o h a s t a a h o r a : e n lo s m o d e lo s a n te r io r e s , s ie m p r e a s u m í a m o s q u e J a c a n t id a d d e d i n e ­
r o e s t a b a d a d a , u n s u p u e s t o q u e y a m o t iv ó q u e lo s s e n t im ie n t o s s e e x a l t a s e n e n e l s i g l o
x ix . L a d is p u t a e n tr e la escuela monetaria y la escuela bancaria v e r s a b a ju s t a m e n t e
s o b r e e s t e t e m a . C o n t r a r ia m e n t e a la e s c u e la m o n e t a r ia , l a e s c u e la b a n c a r ia n e g a b a q u e
e l b a n c o c e n t r a l p u d ie s e c o n t r o la r Ja o fe r t a m o n e t a r ia . P a r a r e fo r z a r e s t e p u n t o d e v i s t a ,
q u e h a s o b r e v i v i d o h a s t a h o y , s e p r o p o n e n J o s s ig u i e n t e s a r g u m e n t o s :

- E n p r i m e r l u g a r , l a p o l í t i c a m o n e t a r i a s e c o n c i b e c o m o u n a c u e r d a . S e p o d r í a t ir a r
d e e l l a p a r a d is m i n u ir Ja o f e r t a m o n e t a r ia , p e r o n o s e l a p u e d e e m p u j a r p o r q u e n o s e
p u e d e f o r z a r a n a d ie a t o m a r d in e r o . P o r l o t a n t o , la p o l í t i c a m o n e t a r ia p u e d e s e r r e s ­
t r i c t iv a p e r o n o e x p a n s i o n i s t a .
- E n s e g u n d o l u g a r , s e p r o p o n e u n a a m p l ia d e f i n i c i ó n d e « d i n e r o » . S i l a c a n t id a d d e '
d in e r o i n c l u y e t a l o n e s , le t r a s d e c a m b i o y s i m i l a r e s , e l b a n c o c e n t r a l p o s i b l e m e n t e
n o p u e d a c o n t r o la r l a o f e r t a m o n e t a r ia total. S i l a s a u t o r id a d e s r e d u c e n u n a p a r t e d e
la o fe r t a m o n e t a r ia , p o n g a m o s M I , la s p e r s o n a s p u e d e n c o m p e n s a r lo m e d ia n te la
u t i l i z a c i ó n d e m á s e f e c t o s , p o r e je m p lo . A s í p u e s , s e g ú n e s t e p u n t o d e v i s t a , e l b a n c o
c e n t r a l n o p u e d e c o n t r o la r l a c a n t id a d d e d in e r o .

A c t u a lm e n t e , e s te p r o b le m a e s b ie n c o n o c id o c o m o la causalidad invertida. Los


p a r t id a r io s d e l a d o c t r i n a d e l a c a u s a l i d a d i n v e r t id a a f i r m a n q u e l a c a n t i d a d d e d in e r o
es endógena y q u e r e f l e j a m e r a m e n t e e l n iv e l d e a c t i v i d a d e c o n ó m i c a . L a t e r c e r a a f i r ­
m a c i ó n d e F r i e d m a n y S c h w a r z s e o p o n e a e s ta c a u s a l i d a d i n v e r t id a : lo s a u t o r e s p i e n ­
s a n q u e la o f e r t a m o n e t a r i a e s p r i n c i p a l m e n t e e x ó g e n a . E s t a e x o g e n e i d a d e s u n
p r e r e q u is it o n e c e s a r io d e l m o n e t a r is m o : p o r q u e l a f r a s e « e l d in e r o n o i m p o r t a » s e r ía
s ó lo r e a lm e n te c ie r t a s i la c a n t id a d d e d in e r o fu e s e e n te r a m e n t e e n d ó g e n a . P o r lo t a n t o ,
u n m o n e t a r is t a e s n e c e s a r ia m e n t e u n t e ó r i c o d e l a e s c u e l a m o n e t a r ia .
O t r o e s t u d io a d i c i o n a l m o n e t a r is t a im p o r t a n t e e s e l d e M i l t o n F r i e d m a n y D a v i d
M e i s e l m a n 10. S e r e f i e r e a « L a r e l a t i v a e s t a b il id a d d e l a v e l o c i d a d m o n e t a r ia y e l m u l ­
t i p l i c a d o r d e l a i n v e r s i ó n » . F r i e d m a n y M e i s e l m a n in t e n t a r o n d e s c u b r ir s i e l m o n e t a ­
r is m o o e l k e y n e s i a n í s m o e r a r e s p a l d a d o p o r l a e v i d e n c i a . A f i n d e l l e v a r e s to a c a b o ,
p r o p u s i e r o n u n a r e g l a b á s i c a s o r p r e n d e n t e m e n t e s i m p l e , r e d u c i e n d o e l m o n e t a r is m o
y e l k e y n e s ia n is m o a u n a e c u a c ió n c a d a u n o :

Y ” = a + b ■M « M o n e ta r is m » (22 9)
Y" = e + d - A " « K e y n e s ia s m » (22 9)

A q u í, a, b, e , y d s o n lo s c o e f i c i e n t e s d e la s r e g r e s i o n e s l i n e a l e s q u e s e t ie n e n q u e
e s t im a r . L a p r i m e r a e c u a c i ó n r e p r e s e n t a l a p r o p o s i c i ó n m o n e t a r i s t a d e q u e l a r e n t a
n o m i n a l e s t á p r i n c ip a l m e n t e d e t e r m in a d a p o r l a c a n t id a d d e d in e r o . L a s e g u n d a e c u a ­
c i ó n p r e t e n d e d e s c r i b i r e l m o d e l o r e n t a - g a s t o s e n l a q u e « lo s g a s t o s a u t ó n o m o s » , A ” ,

10. Friedman, M .; Meiselman, D . (1963). «TIic Relative Stabilily ofM onelary Vetocity and the InvesUnent
Multiplier in the United States 1897-1958». En: Commission on M oney, Credit and Commerce (ed.).
Slabilizauion Folíeles. E n glew o o d-C lifís: Prenlice-Halí.
MONETARISMO

es decir, la inversión y la demanda pública, son los determinantes cruciales de la renta


nominal. Sin embargo, para evitar el problema de la correlación espuria, Friedman y
Meiselman no calcularon estas dos ecuaciones, sino las dos siguientes, en las que se
substituye renta por consumo:

C = a+ b ■M «Monetarism» (230)
■ C" = c + d •A” «Keynesiasm» (231)

Llegaron al resultado de que la relación entre lacantidad dedinero y el consumo


nominal está mucho más próxima que entre el gasto autónomo y el consumo. Por lo
tanto, infirieron que

- la función de demanda de dinero es mucho más estable que la función de consumo;


- es la cantidad de dinero, y no la demanda autónoma, la que ejerce la influencia deci­
siva sobre el consumo;
- y hay que esperar que la política monetaria tenga un impacto mayor que la política
fiscal.

No resulta sorprendente que estas conclusiones fuesen impugnadas. Entre las diver­
sas críticas11, hay dps que son especialmente importantes:

- el enfoque anterior no describe la teoría keynesianan de forma adecuada, mientras


que encaja bastante bien en el monetarismo. Debido a que el keynesianismo no se
p uede reducir a una ecuación, la estimación tiene que estar a favor del monetarismo.
En resumen, las ecuaciones (230) y (231) respaldan la proposición monetarista desde
el principio;
-la estrecha correlación entre cantidad de dinero y consumo nominal no basta para
establecer que la primera determina el segundo. Por el contrario, también se produ­
cirá una relación muy estrecha entre estas dos variables si la cantidad de dinero es
endógena. Podría incluso ser cierto que en (230), M fuese la variable dependiente;
por lo menos la estimación es incapaz de demostrar lo contrario.

Por lo tanto, la controversia entre keynesianismo y monetarismo no se resolvió con


las investigaciones empíricas. La evidencia en sí no fue cuestionada, pero las conclu­
siones inferidas de ésta sí lo fueron. Hasta ahora, la mayoría de keynesianos no con­
sideran que su doctrina haya sido refutada por la investigación empírica de los
monetaristas.
Para resumir, podemos decir que los monetaristas extraen de sus investigaciones
empíricas las siguientes conclusiones:

- la renta nominal y el nivel de precios están determinados de forma sistémica sólo


por la cantidad de dinero;

11. Ando, A.; Modigliani, F. {1965). «The Relative Stability ofMonetary Velocity and the Investment
Mulliplier». American Economía Review, 55. P. 693-728; Tobin, J. (1970). «Money and Income: Pos!
Hoc ergo Propler Hoc?». Quarterly Journal o/Economics, 84. P. 301-317.

L
344 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

- la p o l í t i c a m o n e t a r ia , p o r lo t a n t o , e j e r c e u n f u e r t e i m p a c t o s o b r e la r e n t a n o m in a l ,
p e r o !a p o l í t i c a f i s c a l t ie n e u n e f e c t o i n s i g n i f i c a n t e e in d ir e c t o p o r q u e p o s ib l e m e n t e
a lt e r a la v e l o c i d a d d e c i r c u l a c i ó n d e l d in e r o ;
- la f u n c i ó n d e d e m a n d a d e d in e r o e s m á s e s t a b l e q u e l a f u n c i ó n k e y n e s i a n a d e l c o n ­
s u m o . L a « e s t a b ilid a d » s e in te r p r e ta p r im a r ia m e n t e c o m o e s t a b ilid a d f u n c i o n a l ; p e r o ,
a p a r t ir d e la e v id e n c i a , t a m b ié n s e p u e d e e s t a b l e c e r u n a a lt a e s t a b ilid a d n u m é r i c a . L a
e la s t i c i d a d in t e r é s d e l a d e m a n d a m o n e t a r ia e s r e l a t i v a m e n t e p e q u e ñ a .

E v i d e n t e m e n t e , e l c r i t e r i o r e s p e c t o a Ja in e s t a b i li d a d d e l a f u n c i ó n d e c o n s u m o s e
r e f i e r e a l a fu n c i ó n d e c o n s u m o k e y n e s ia n a q u e e m p l e a l a h ip ó t e s is d e l a r e n t a a b s o lu t a .
E l c o n s u m o q u e d e p e n d e d e la r e n ta permanente s e c o n s id e r a e s t a b le , a s í c o m o la in v e r ­
s ió n y la d e m a n d a d e d in e r o . P o r l o t a n t o , c o m o y a h e m o s m e n c i o n a d o , e l m o n e t a r is -
m o p r o v ie n e d e u n a e s t a b ilid a d c o n s id e r a b le d e l s e c t o r p r iv a d o e n s u c o n ju n to . S i n
e m b a r g o , é s t e e s d i f í c i l m e n t e u n r e s u lt a d o e m p í r i c a m e n t e g a r a n t i z a d o , s i n o m á s b ie n
u n a p r o p o s ic i ó n b á s ic a d e l m o n e t a r is m o . Y , e n n u e s t r a o p i n i ó n , e s l a p r o p o s i c i ó n m á s
im p o r t a n t e q u e s e p a r a a l o s k e y n e s ia n o s d e l o s m o n e t a r is t a s .

3. L a s in f e r e n c ia s p o l í t i c a s , o: m o n e t a r is m o v e r s u s a c t i v i s m o

Un radical podría incluso aceptar la regla del crecimiento monetario constante sobre
la base de que es lo mejor que se puede hacer bajo ei capitalismo (Thomas Mayer).

L a h i p ó t e s i s d e u n s e c t o r p r i v a d o i n h e r e n t e m e n t e e s t a b l e e s e s e n c i a l p a r a l a a c t it u d i';:;-
p o l í t i c a d e l m o n e t a r is m o . S e g ú n l a in t e r p r e t a c ió n m o n e t a r is t a , s i s e l a d e j a a s í m is m a , § 1Ü
u n a e c o n o m í a d e m e r c a d o s ó lo e s t a r á s u j e t a a d e s v i a c i o n e s m e n o r e s e n e l e m p l e o y l a Mltll
p r o d u c c i ó n . D e n in g ú n m o d o s e v e r á e x p u e s t a a la s c r is i s q u e im a g i n a r o n l o s k e y n e ­

a
■i-:-.
s ia n o s . ¿ P e r o e s t a a s e v e r a c ió n n o e s t á e n c o n t r a d i c c i ó n f l a g r a n t e c o n la r e a l i d a d ?
L o s m o n e t a r i s t a s p ie n s a n q u e l a s v e r d a d e r a s d e p r e s i o n e s , q u e d i f í c i l m e n t e s e
p u e d e n n e g a r , n o r e s u l t a n d e l c o m p o r t a m i e n t o p r i v a d o , s in o d e l a s interv en cion es a®
d e l g o b iern o . E l g o b i e r n o d e b i l i t a l a e m p r e s a p r i v a d a m e d i a n t e p o l í t i c a s f i s c a l e s ¡II
( i m p u e s t o s y d e u d a ) , o c a s i o n a l a i n f l a c i ó n c o n u n a p o l í t i c a m o n e t a r ia e x p a n s i o n i s t a ,
p r o v o c a e l d e s e m p le o m e d i a n t e u n a p o l í t i c a m o n e t a r i a r e s t r i c t i v a , y c o n t o d o e l l o
h a c e q u e l o s i n d i v i d u o s s e s i e n t a n i n s e g u r o s , lo c u a l , a d i c i o n a l m e n t e , d e s e s t a b i l i z a i-si =,
la e c o n o m ía . |§t
A s í p u e s , lo s m o n e t a r is t a s t ie n e n u n a i m p r e s i ó n d e l a a c t i v i d a d e c o n ó m i c a c o m ­ 181
p l e t a m e n t e o p u e s t a a l a d e l o s k e y n e s i a n o s . M i e n t r a s q u e l o s k e y n e s i a n o s c o n s id e r a n
e l s e c t o r p r iv a d o c o m o ( p o t e n c i a l m e n t e ) i n e s t a b l e , d e t a l fo r m a q u e e l g o b i e r n o d e b e
a y u d a r a m a n t e n e r a lt o s n iv e l e s d e e m p l e o y p r o d u c c ió n , l o s m o n e t a r is t a s s u p o n e n q u e
e l s e c t o r p r i v a d o e s in h e r e n t e m e n t e e s t a b l e , a p e s a r d e q u e a lg u n a s v e c e s s e a in c a p a z
d e a b s o r b e r la s a lt e r a c i o n e s o c a s i o n a d a s p o r e l E s t a d o .
L a a c t it u d antí-activista d e l o s m o n e t a r is t a s e s t á e s t r e c h a m e n t e r e l a c i o n a d a c o n
e s t e p u n t o d e v is t a . S e g ú n e l l o s , la s in te r v e n c io n e s d e l g o b ie r n o n o s o n s o la m e n te
s u p e r f l u a s s in o q u e a d e m á s s o n p e r j u d i c i a l e s . P o r o t r a p a r t e , m u c h o s m o n e t a r is t a s i!
Wk
a d m it e n q u e e l s e c t o r p r i v a d o p u e d e in d u c i r p o r s í m i s m o f l u c t u a c i o n e s m á s p e q u e ­ a ll
ñ a s , y s i s e o p o n e n a la s in t e r v e n c io n e s d e l g o b i e r n o , in c lu s o e n e s t e c a s o , e s q u e d e b e n
d e t e n e r b u e n a s r a z o n e s p a r a h a c e r l o . E s t a s r a z o n e s s o n lo s desfases tem porales e n la
as
MONETARISMO 345

p o l í t i c a f i s c a l y m o n e t a r ia . C u a l q u i e r « a j u s t e f i n o » d e la e c o n o m í a e s p o s i b l e ú n i c a ­
m e n t e a c o n d i c i ó n d e q u e l o s i m p a c t o s d e la s h e r r a m i e n t a s f i s c a l e s o m o n e t a r ia s t e n ­
g a n r e s u lta d o s c a s i in m e d ia t o s . P o r e je m p lo , F r ie d m a n c o n s id e r a b a q u e e l d e s fa s e
t e m p o r a l d e u n e s t í m u l o m o n e t a r io e q u i v a l e a u n a c u a r t a p a r t e d e l a d u r a c ió n d e u n
c í c l o e c o n ó m i c o . E s t á c la r o q u e s i la s m e d id a s d i s c r e c i o n a l e s e s t á n s u je t a s a t a le s d e s ­
f a s e s c o n s i d e r a b l e s , e n t o n c e s r e s u lt a a d e c u a d o p r e s c i n d i r d e e l l a s t o t a l m e n t e , p u e s t o
q u e t ie n d e n a c a u s a r m á s d e s e s t a b i l i z a c i ó n q u e e s t a b i l i z a c i ó n .
R e s p e c t o a l a e f i c i e n c i a r e la t iv a d e !a p o l í t i c a m o n e t a r ia y f i s c a l , la p o s i c i ó n m o n e -
t a r is t a n o e s ú n i c a . P o r u n a p a r t e , F r ie d m a n in s is t e r e p e t id a m e n t e e n q u e l a i n f l a c i ó n e s
u n fe n ó m e n o p u r a m e n te m o n e t a r io . L a p o l ít ic a f i s c a l n o c a u s a r ía n i i n f l a c i ó n n i n in g u n a
o t r a c o s a , a p a r t e d e r e d is t r ib u ir e l p o d e r a d q u i s i t i v o e n t r e l o s s e c t o r e s p r i v a d o y p ú b l i ­
c o . P o r o t r a p a r t e , l o s m o d e l o s d e B r u n n e r y M e l t z e r , b a s a d o s e n l a t e o r ía d e l a s e l e c ­
c i ó n d e la c a r t e r a d e v a l o r e s , a t r ib u y e n im p a c t o s de corto plazo a l a p o l í t i c a f i s c a l. P e r o
é s t o s s o n d e n a tu r a le z a t r a n s ito r ia ; e n e s t e a s p e c t o , e x is t e a c u e r d o e n t r e t o d o s lo s m o n e -
t a r is t a s .
P o r t o d o e l l o , l a s m e d i d a s f i s c a l e s y m o n e t a r ia s p u e d e n t e n e r é x i t o a c o r t o p l a z o ,
p e r o é s t e d e s a p a r e c e ta n p r o n t o c o m o l o s i n d i v i d u o s h a n a d a p t a d o s u s e x p e c t a t i v a s .
L a p r o p u e s t a m o n e t a r is t a c o n s i s t e e n a b a n d o n a r t o d a p o l í t i c a d i s c r e c i o n a l . Y a s í l l e ­
g a m o s a la regla del crecimiento monetario constante d e F r ie d m a n . F r ie d m a n p r o p u ­
s o q u e s e d e j a s e c r e c e r l a c a n t id a d d e d in e r o e n u n a t a s a a n u a l c o n s t a n t e , e q u i v a l e n t e
a 2 - 5 p o r c i e n t o . S u b r a y ó q u e e l v a l o r n u m é r i c o d e e s t a t a s a e s m e n o s im p o r t a n t e q u e
su constancia. U n a t a l p o l í t i c a m o n e t a r ia p o r n o r m a e x c l u i r í a c u a l q u i e r a lt e r a c i ó n d e l
p r o c e s o e c o n ó m ic o q u e s u r g ie s e d e l b a n c o c e n tr a l: e l s e c to r p r iv a d o y a no s e v e r ía
c o n f u n d i d o c o n m e d i d a s q u e t ie n e n l u g a r d e m a s ia d o p r o n t o , d e m a s i a d o t a r d e o e n u n
g r a d o e r r ó n e o . A s í p u e s , l a e l i m i n a c i ó n d e l a p o l í t i c a m o n e t a r ia s e r í a l a m e j o r p o l í t i ­
c a d e e s t a b iliz a c ió n .
L o s m o n e t a r is t a s h a n d e s t a c a d o m u c h a s m á s p r o p u e s t a s d e p o l í t i c a e c o n ó m i c a ;
b a s t e s ó l o m e n c i o n a r l o s t ip o s d e in t e r é s f l e x i b l e y l a r e g l a d e l c i e n p o r c i e n . É s ta s
e s tá n m e n o s e s t r e c h a m e n t e r e la c io n a d a s c o n n u e stro te m a p r in c ip a l y n o p o d e m o s
e x a m in a r la s a q u í. E n c a m b io , q u e r e m o s s u b r a y a r f in a lm e n t e q u e e l m o n e t a r is m o n o
i m p l i c a u n a c i e r t a p o s i c i ó n i d e o l ó g i c a . U n e j e m p l o p u e d e il u s t r a r e s t o : si e s c ie r t o
q u e e l s e c t o r p r i v a d o g o z a d e u n a m a y o r e s t a b i l i d a d c u a n d o s e a b a n d o n a !a p o l í t i c a
d is c r e c io n a l, e n to n c e s c u a lq u ie r p e r s o n a d e b e o p o n e r s e a e s ta p o lít ic a , lo c u a l n o
e x c l u y e q u e f a v o r e z c a u n a u m e n t o d e l s e c to r p ú b lic o p o r o tr a s r a z o n e s . A h o r a b ie n ,
si esto es c ie r t o o no e s u n a c u e s t i ó n d e h e c h o q u e e n p r i n c i p i o e s in d e p e n d i e n t e d e
la id e o lo g ía .

4. C o n c l u s ió n

Puesto que todos somos ahora keynesianos a c o r l o plazo, aquellos de nosotros que
no hayamos fallecido, a largo plazo, somos, por lo menos, neo-monetaristas ( A . M .
B lin d e r y R . M . Solow).

F i n a l m e n t e , d e s e a m o s e n u m e r a r la s d i v e r s a s c a r a c t e r í s t i c a s q u e d e f i n e n e l m o n e t a r is ­
m o . N o p r e t e n d e m o s q u e e s t a l i s t a s e a e x h a u s t i v a ; h e m o s d e j a d o d e la d o a lg u n a s p r o ­
p ie d a d e s m á s s u t i le s q u e t r a t a m o s e n l a lit e r a t u r a m á s a v a n z a d a .
346 CRÍTICAA LA ECONOMÍAORTODOXA

- E l monetarismo propugna una estabilidad fundamental del sector privado.


- Esta actitud se sostiene por el concepto teórico de magnitudes permanentes (com o
la renta permanente) y la marginación de las im perfecciones del mercado.
- Su teoría monetaria está estrechamente relacionada con la preferencia por fa liqui­
dez y, especialmente, con la teoría de la selección de la cartera de valores de Tobin;
pero sobre la base de una investigación empírica, el monetarismo llega al resultado
d eu n a velocidad de circulación del dinero numéricamente estable.
- U n a característica distintiva de la teoría del monetarismo consiste en su incorporación
de la tasa de inflación com o un determinante de la demanda de dinero.
- L o s monetaristas tratan la oferta monetaria com o una magnitud exógena.
- E l supuesto de una tasa de desempleo natural constituye una parte esencial de la teo­
ría monetarista; excluye la posibilidad de que la producción o el empleo puedan verse
alterados de forma permanente por la política fiscal o monetaria.
- Los monetaristas prestan más atención relativamente al problema de la inflación que
al problema del desempleo.
- Por consiguiente, sus teorías tienden a ser teorías de la inflación más que teorías del
em pleo.
- L o s monetaristas se oponen fundamentalmente a la política discrecional. Creen que
esta política actúa com o desestabilizador, especialm ente debido a los desfases tem ­
porales. 1
- Co m o resultado directo, los monetaristas están a favor de una regla de crecimiento
m onetario constante. E x ig en que la tasa de crecim iento esté fijada por ley, de tal
manera que no se deje a ju icio del banco central.
- Finalm ente, los monetaristas están convencidos de que Ja política monetaria es más
eficaz que la política fiscal12.

D e hecho, estas distintas tesis forman un cierto cuerpo de pensamiento coherente,


de tal forma que la identificación de una posición monetarista pm:ece ser legítim a. Son
interdependientes en el sentido de que la afirmación de una tiende a amplificar la admi­
sibilidad de las otras; pero, sin em bargo, la una no im plica la otra. E l postulado de
abandonar toda política discrecional, por ejem plo, de ningún modo puede fundamen­
tarse sobre la conjetura de que las medidas monetarias son más efectivas que las fis­
cales. Por ello, cualquiera puede aceptar perfectamente alguna de las diez tesis anteriores
mientras rechaza las otras. E n efecto, la m ayor parte de los economistas contemporá­
neos son monetaristas, al menos respecto a una tesis - y éste es el verdadero significa­
do de la cita anterior de Blinder y S o lo w -.

12. En el capítulo siguiente, discutiremos la curva de Phillips que constituye olro tema del debate monetarista. : -i
La exposición mejor y más exhaustiva del monetarismo es la de Mayer, Th. (1975). «The Structure of :)
Monctatism». Kredit nnd Kapiíal, 8, p. 191-218 y 293-316.

. ¿iij
CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA 347-352

E l keynesianismo

l. E l contexto

Por doctrinas keynesianas entendemos aquellas que se reclaman fundamentadas en el


trabajo de J . M . K eyn es, econom ista inglés que escribió sus obras más importantes
en los años treinta, siendo la principal Teoría general de la ocupación, el interés y
el empleo (1936). Sus trabajos habían sido anticipados parcialm ente por represen­
tantes de la escuela de Estocolm o y mejorados en m uchos aspectos por e l injusta­
mente poco conocido econom ista polaco K a le c k i.1 Después de !a segunda guerra
m undial, este enfoque se generalizó com o doctrina o ficia l del bloque capitalista, en
lo que se conoció com o revolución keynesiana. Existen m últiples vertientes entre
los diferentes autores de esta escuela, que es im posible tratar aquí, así que rem iti­
mos at lector a Jos textos escogidos. N o s centraremos en o frecer un breve com enta­
rio acerca del contexto histórico y de las características generales más relevantes del
keynesianismo.
E l keynesianismo se originó com o una reacción liberal a Ja incapacidad de la orto­
doxia neoclásica y del capitalismo de laissezfaire de solucionar autónomamente, a tra-
.■ vés del control de los mecanismos del mercado, los graves desajustes económ icos que
■■se iban acum ulando tras la primera guerra m undial en los países industrializados.
L a teoría económ ica convencional estaba en franca contradicción con la realidad:
[ mientras e l desem pleo se generalizaba y el m alestar social era cada vez más insoste-
j nible, las políticas liberales basadas en aquella no hacían otra cosa que acelerar la des­
composición del sistema económ ico. Los objetivos básicos de esta política se centraban
en !a vuelta a la ortodoxia económica previa a la Gran Guerra; significativamente en la
recuperación del patrón de cambio oro y su mecanismo regulador automático, así como
en eliminar trabas burocráticas al eficiente cum plimiento de la ley de Say. Gracias a
estas políticas, se esperaba reducir drásticam ente Ja inestabilidad económ ica introdu­
cida por los gastos de guerra y reconstrucción, financiados en su mayor parte de forma
inflacionaria, vía emisión de deuda pública.
E l resultado fue que la producción industrial después de 5 años, que pueden con­
siderarse com o los mejores de la década de los veinte, todavía permanecía en 1925 en
gran parte de Europa por debajo de los niveles de 1913, haciéndose patente la invia­
bilidad práctica de la financiación inflacionista.
L lo vía sobre m ojado, la inestabilidad monetaria y los estrangulamientos financie­
ros y productivos generaron multitud de crisis locales durante los años 20 y primeros

l. Quien incluso se anticipó al publicar sus tesis antes de que Keynes hiciera lopropio.
348 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

3 0 , c u lm in a n d o en la c r is is m u n d ia l d e 1 9 2 9 , o r ig in a d a en E s ta d o s U n id o s y r á p id a ­
m e n te e x p a n d id a a to d o s lo s p a íses n o s o c ia lis t a s .
L a te o r ía n e o c lá s ic a a m p a r a b a e s t a fo r m a d e h a c e r . fo m e n ta n d o un c ír c u lo v ic io ­
s o a u t o a lim e n t a d o q u e n o h a c ía s in o e m p u ja r la e c o n o m í a h a c ia la d e fla c ió n y la
m is e r ia . L a le y d e S a y p e r d ía r á p id a m e n t e su c a r á c te r d e d o g m a t e ó r ic o y a q u e e l
e m p o b r e c id o m e rc a d o d e tr a b a jo e ra in c a p a z d e a d q u irir io s b ie n e s p r o d u c id o s p o r é l
m is m o y s e a c a b a b a g e n e ra n d o e x c e d e n te s p o r fa lta d e d e m a n d a , fr e n a n d o en s e c o la
r e d u c id a in v e r s ió n p r o d u c t iv a . L a r a le n tiz a c ió n d e la e c o n o m ía e n g r o s a b a e l e jé r c i­
to d e d e s e m p le a d o s , q u ie n e s , a su v e z , c o n tr ib u ía n a! h u n d im ie n to d e la e s tr u c tu r a
p r o d u c t iv a a t r a v é s d e s u d e c r e c ie n t e c a p a c id a d d e c o m p r a , r e n o v a n d o e l c ír c u l o
v ic io s o y h u n d ie n d o a l p e q u e ñ o c a p it a lis m o a t r a v é s d e la c a íd a d e lo s b e n e f ic io s .
O t r o s fa c t o r e s c o n t r ib u ía n a c t iv a m e n t e a s o s t e n e r e s t e p r o c e s o , s in g u la r m e n t e , la
m e n ta lid a d lig a d a a l p a tró n o r o q u e im p e d ía d e v a lu a r la m o n e d a n a c io n a l, e l r e n a ­
c im ie n t o d e l p r o t e c c io n is m o a r a n c e la r io , e l m a n t e n im ie n t o d e u n e x c e s o d e e x i s ­
te n c ia s d e c a p ita l f ís ic o (b a r c o s , m a q u in a ria ) n o a m o rtiz a d o s p ro ce d e n te s p a r c ia lm e n te
d e l e s fu e r z o b é li c o . P a r a d ó jic a m e n t e , s e g ú n la o r t o d o x ia n e o c lá s ic a , e l d e s e m p le o
s ó lo p o d ía te n e r u n c a r á c te r m e r a m e n te f r i c c i o n a l , a s í q u e , te ó r ic a m e n te , e r a u n p r o ­
b le m a s e c u n d a r io .
D e s d e p o s ic io n e s co n s e r v a d o r a s , la d e p resió n d e lo s trein ta se q u is o presentar c o m o
u n a « c r is is c íc lic a » m á s d e l c a p it a lis m o , s in e m b a r g o su v ir u le n c ia p u s o en e v id e n c ia
la p é s im a c a p a c id a d d e o r g a n iz a c ió n s o c ia l d e l m e r c a d o . U n a v e z co n tr o la d a la in f la ­
c ió n , la d e fla c ió n s e r ía e l v e r d a d e r o e n e m ig o d e l c a p it a l. E l p r o le ta r ia d o y a e s ta b a
d e m a s ia d o e m p o b r e c id o p o r la p é rd id a d e c a p a c id a d a d q u is itiv a d e los s a la r io s re a le s
v ía in fla c ió n p r e v ia y la a u s te rid a d s a la r ia l.
E l c a p it a lis m o , a d e m á s , y a n o e s t a b a s o lo . L a r e v o lu c ió n s o v ié t ic a s u p u s o u n
r e fe r e n t e s o c ia l y u n a v e r d a d e r a a m e n a z a a l lib e r a lis m o d e l a i s s e z f a i r e . E n o c c i ­
d e n te , e l s in d ic a lis m o r e v o lu c io n a r io s e im p o n ía s o b r e a n tig u o s m o d e lo s d e s in d i­
c a lis m o g r e m ia l o r e f o r m is t a y c a n a liz a b a e l m a le s t a r p r o le t a r io , m ie n tr a s q u e e l
d e s e m p le o « f r ic c io n a l» s e e s t a b iliz a b a e n n iv e le s n u n c a v is to s . M ie n tr a s q u e la c a p a ­
c id a d d e le g it im a c ió n d e la s te s is n e o c lá s ic a s e r a e x t r e m a d a m e n te r e d u c id a e im p o ­
p u la r , e l e s t a b lis h m e n t p o l ít ic o v e ía c o n p r e o c u p a c ió n c o m o a p a r e c ía n e n E u r o p a
n u e v a s fo r m a s d e g o b ie r n o tu te la d a s p o r E s t a d o s fu e r t e s , a m p a r a d o s en e l p o p u lis m o ,
a je n a s a l m o d u s v iv e n d i d e l p a r la m e n t a r is m o lib e r a l. L a s c o o r d e n a d a s s o c io p o lít i-
c a s a p u n ta b a n m u y le jo s d e la v u e lta a la n o r m a lid a d d e p r e g u e r r a q u e lo s g o b i e r ­
n o s lib e r a le s tr a ta b a n ( in fr u c t u o s a m e n t e ) d e im p o n e r . S in g u la r m e n t e , la A l e m a n i a
n a c io n a l s o c ia lis t a s e c o n s t it u ir ía , e n l o s a ñ o s tr e in ta , c o m o u n m o d e lo e x it o s o d e
e c o n o m ía , q u e p a r e c ía s u p o n e r u n v e r t ig in o s o c a m in o h a c ia la s a lid a d e lo s e n o r m e s
p r o b le m a s e c o n ó m ic o s d e la v ir u le n t a d e p r e s ió n 1 9 3 1 -3 2 y a c u m u la d o s d u r a n te to d a
la d é c a d a p r e c e d e n te .
L a s itu a c ió n s o c ia l fo r z ó la r u p tu ra c o n la s p o lít ic a s tr a d ic io n a le s y o b lig ó a l e s ta ­
b le c im ie n to d e p o lític a s in te r v e n c io n is ta s q u e s e in ic ia r o n en E s ta d o s U n id o s b a jo u n a
a p r o x im a c ió n e m p ír ic a d e u r g e n c ia ( N e w D e a l d e l p re s id e n te R o o s e v e lt en lo s p r im e ­
ro s tre in ta ). P e r o n o e x is t ía u n s is te m a te ó r ic o c o m p le t o q u e fa c ilita s e la c o m p r e n s ió n
d e e sta a c tu a c ió n y su le g it im a c ió n te ó r ic a . L a T e o r ía g e n e r a l d e K e y n e s e s ta b le c e r ía
ta l s is te m a d e s v e la n d o s u ló g ic a y fa c ilit a n d o su le g it im a c ió n .
EL KEYNESIANISMO 349

2. L a s i d e a s b á s ic a s

A l r e fe r ir s e a su s p r e d e c e s o re s , K e y n e s lo s d e n o m in a , d e fo r m a un ta n to s e s g a d a , c l á ­
s ic o s , in c lu y e n d o en esta e tiq u e ta n o s ó lo a é sto s s in o ta m b ié n a Sos e c o n o m is ta s n e o ­
c l á s ic o s . E s t e h e c h o e s tá m o tiv a d o p o r la v o lu n ta d d e d e s ta c a r e n tr e sus a p o r ta c io n e s
te ó r ic a s la ru p tu ra c o n d e te r m in a d o s d o g m a s te ó r ic o s c lá s ic o s y s in g u la r m e n te c o n e l
n e c e s a r io c u m p lim ie n to d e la le y d e S a y .
L a T e o r í a g e n e r a l s u p u so u n a e n é r g ic a r e a c c ió n c o n tr a e l e n fo q u e te ó r ic o d e la
m a y o r ía d e Sos e c o n o m is ta s n e o c lá s ic o s d e su é p o c a , c e n tr a d o s en e l a n á lis is m ic r o -
e c o n ó m i c o , c u a n d o lo s p ro b le m a s p r á c tic o s y sus p o s ib le s s o lu c io n e s c la m a b a n p o r
un a n á lis is m a c r o e c o n ó m ic o d e la r e a lid a d . E l o b je t iv o d e K e y n e s e ra e l p r o p o r c io n a r
u n a s e r ie d e in s tru m e n to s d e p o lít ic a e c o n ó m ic a q u e p e rm itie ra n a l c a p it a lis m o v e n ­
c e r s u s p r o p ia s c o n tr a d ic c io n e s y s a lv a r la s o c ie d a d lib e r a l, e n u n o s m o m e n to s en lo s
q u e s is te m a s a lte r n a tiv o s ib a n g a n a n d o te rre n o , b ie n e n te n d id o q u e u n a v e z su p e ra d a
la c r is is s e v o lv e r ía a u n a s itu a c ió n d e e q u ilib r io ta l c o m o e ra c o n c e b id a p o r l a o r to ­
; d o x ia c lá s ic a .
A K e y n e s c o n s id e r a b a q u e la e c o n o m ía es u n a c ie n c ia s o c ia l y c o m o t a l n o p o d ía s e r
■ tra ta d a c o n lo s m is m o s m é t o d o s c u a n tita tiv o s q u e s e u s a n en la s c ie n c ia s n a tu ra le s . E n
i e l c o m p o r ta m ie n to d e lo s a g e n te s e c o n ó m ic o s in flu y e n fa c t o r e s p s ic o ló g ic o s im p o s i­
b le s d e c u a n t ific a r , p e ro c o n p o d e r o s a s c o n s e c u e n c ia s e c o n ó m ic a s a g r e g a d a s .
O t r o a s p e cto im p o rta n te es e l p a p e lju g a d o p o r e l tie m p o . L o s e c o n o m is ta s c lá s ic o s
|| c r e ía n q u e lo s d e sa ju s te s e c o n ó m ic o s e ra n m e ra m e n te te m p o r a le s y q u e e l s is te m a p o r
s í m is m o te n d ía a l e q u ilib r io a la r g o p la z o . P o r ta n to , n o e r a n e c e s a r io p r e o c u p a r s e
|v e x c e s iv a m e n t e p o r d ic h o s d e s a ju s te s c í c li c o s . S e g ú n K e y n e s , d e ja d a a l j u e g o d e la s
|| c o n tr a d ic c io n e s d e l m e r c a d o n o h a y g a r a n tía d e e q u ilib r io e n la e c o n o m ía c o n u tiliz a -
| l c ió n d e to d o s lo s r e c u r s o s (e n tre e llo s e l tr a b a jo ) en u n p la z o r a z o n a b le . P a r a é l, « e l
I la r g o p la z o e s la m u e rte » .
§| E l a p a r a to t e ó r ic o p ro p u e sto p o r K e y n e s s e b a s a fu n d a m e n ta lm e n te e n tres f u n ­
is : c io n e s m a c r o e c o n ó m ic a s a la s q u e d e n o m in a « le y e s p s ic o ló g ic a s » : la p r o p e n s ió n a l
||| c o n s u m o , la in v e rs ió n y la p r e fe r e n c ia por la liq u id e z . E l c o m p o r ta m ie n to d e estas fu n -
|| c io n e s e n d ó g e n a s a l s is t e m a ,ju n t o c o n la v a r ia b le e x ó g e n a « c a n tid a d d e d in e r o » , y lo s
j| s u p u e s to s a d e c u a d o s (e stru c tu ra s o c ia l, n iv e l d e d e s a r ro llo té c n ic o y g r a d o d e c o m p e ­
lí te n c ia ) , d e te r m in a r á n u n ív o c a m e n t e e l tip o d e in te r é s , la in v e rs ió n , e l a h o rro y e l c o n -
II s u m o , a lc a n z á n d o s e u n s is te m a d e e q u ilib r io q u e p u e d e s e r , y g e n e r a lm e n te e s , c o n
|| s u b e m p le o . E l E s t a d o d e b e in te r v e n ir c o n lo s in stru m e n to s a su a lc a n c e , m e d ia n te u na
II p o lític a fis c a l a d e c u a d a y h a c ie n d o u so d e lib e ra d o d e l d é fic it p resu p u e sta rio p a r a in cre-
|| m e n ta r la d e m a n d a e f e c tiv a y c o n s e g u ir , en d e fin it iv a , q u e e l sistem a tie n d a a un e q u i-
|| lib r io c o n p le n o e m p le o .
|| E s e v id e n te q u e u n s is te m a d e e sta s c a r a c te r ís tic a s r o m p e c o n lo s p o s tu la d o s b á si-
Ü c o s d e la e c o n o m ía c lá s ic a , e n e s p e c ia l c o n la le y d e S a y . L a n o c ió n d e a h o rro v u e lv e
a s e r c o n te m p la d a c o m o u n a fu n c ió n d e l in g r e s o , m á s q u e d e la tasa d e in terés. L a id e n -
|l tid a d a h o r r o = in v e r s ió n n o s e c u m p le a u t o m á t ic a m e n t e m e d ia n te la ta s a d e in te ré s
■ a d e c u a d a . L a c a n tid a d d e a h o r r o in v e rtid o d e p e n d e d e fa c t o r e s a le a to r io s ( e x p e c ta ti-
ll v a s , n iv e l t é c n i c o ...) q u e h a c e n p o s ib le q u e la in v e r s ió n n o c u b r a n e c e s a r ia m e n te la
H d ife r e n c ia e n tre e l in g r e s o y e l c o n s u m o . P o r o tra p a r le , la p r o p e n s ió n m a r g in a l a l c o n -
|: s u m o d is m in u y e c o n lo s n iv e le s d e in g r e s o s , es d e c ir , q u e q u ie n e s m á s tie n e n - p e r s o -
350 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

n as y p a í s e s - tie n d e n a g a s ta r u n a p a r te d e c r e c ie n te d e su s in g r e s o s y n a d a g a r a n tiz a
q u e su ah o rro cre c ie n te se in v ie r ta , c o n lo cu a l q u e d a in v a lid a d o e l p o s tu la d o d e q u e to d a
o fe r ta p r o d u c e n e ce s a r ia m e n te su p r o p ia d e m a n d a . L o s a g e n te s e c o n ó m ic o s n o to m a n
sus d e c is io n e s d e fo r m a q u e ó p tim o s in d iv id u a le s c o n d u z c a n a un ó p tim o g e n e r a l, s in o
q u e a ctú an g u ia d o s p o r m o tiv o s p s ic o ló g ic o s d e a c u e r d o c o n la s e x p e c ta tiv a s p re v is ta s
qu e p r o d u c e n d e s e q u ilib r io s en e l s is te m a .
E s J a h o r a d e l in t e r v e n c io n is m o d e l E s t a d o . K e y n e s m u e s tr a p o r q u é la s n u e v a s
c a r a c te r ís tic a s d e l c a p ita lis m o h a c ía n n e c e s a r ia Ja a p lic a c ió n d e u n a p o lít ic a e c o n ó m i­
c a , c u y o p r in c ip a l in s tr u m e n to ib a a s e r Ja a c tu a c ió n s o b r e J a d e m a n d a a g r e g a d a . L o
q u e y a s e h a b ía p la s m a d o a n te r io r m e n te en m e d id a s p r á c t ic a s a d o p ta d a s p r in c ip a l­
m e n te en E E U U (N e w D e a / ) q u e p e rs e g u ía n la u t iliz a c ió n p le n a d e lo s r e c u r s o s (en tre
e llo s e l e m p le o ) c o m o o b je t iv o p r in c ip a l, d e s p la z a n d o a l n iv e l d e p r e c io s a un n iv e l
s e c u n d a r io e n tr e la s p r io r id a d e s d e la p o lít ic a e c o n ó m ic a .
S u p e r a d a la c r is is d e lo s a ñ o s 3 0 y la s e g u n d a g u e r r a m u n d ia l, J a t e o r ía k e y n e s ia -
n a s e g e n e r a liz a y d o m in a la e s c e n a p r o fe s io n a l. S e p r o d u c e ta m b ié n , u n fu e r t e m o v i­
m ie n to d e s t in a d o a s in te tiz a r la t e o r ía k e y n e s ia n a y l a n e o c lá s ic a a u n q u e , e n c ie r to
m o d o , d ic h a sín tesis ten d ía a desvirtuar lo s puntos d e ru p tu ra d e la te o r ía k e y n e s ia n a re s ­
p e c to al s is te m a c lá s ic o . S e u tiliz a r o n a m p lia m e n te la s m a te m á tic a s y v a n a d q u irie n d o
im p o rta n c ia la s té c n ic a s e c o n o m é tr ic a s q u e , m á s a d e la n te , e x p e r im e n ta r á n u n g r a n d e ­
sarrollo c o n la ap arició n d e lo s n u e v o s m e d io s in fo r m á tic o s . L a p o stgu e rra su p u so la in s ­
ta u r a c ió n g e n e r a liz a d a y d e fin it iv a d e l k e y n e s ia n is m o .
L a r e c o n s tr u c c ió n d e l a p o s tg u e r r a , lo s n u m e r o s o s a v a n c e s te c n o ló g ic o s , u n s is te ­
m a p u b l ic o r e s p o n s a b le d e l n iv e l d e a c t iv id a d e c o n ó m ic a y d e l e m p le o , j u n t o c o n
a m p lia s m e d id a s d e b ie n e s ta r s o c ia l y un s is te m a c o n c e r t a d o d e r e la c io n e s e n tr e la s
o r g a n iz a c io n e s e m p re s a ria le s y s i n d i c a le s ... to d o s e s to s e le m e n to s , in te ra c tu a n d o en tre
s í, d ie r o n lu g a r a u n p e r io d o e x c e p c io n a lm e n t e p r o lo n g a d o d e a lto c r e c im ie n to , p le n o
e m p le o y m e jo r a s en e l n iv e l d e v id a d e la s p o b la c io n e s d e lo s p a ís e s in d u s tr ia liz a d o s .
E n e s te p e r io d o s e le g it im a la id e a d e q u e e l E s t a d o e s r e s p o n s a b le d e l a m a r c h a
d e la e c o n o m ía . S e irá e x ig ie n d o n o s o la m e n t e qu e se a s e g u r e e l n iv e l d e e m p le o s in o
q u e g a r a n tic e e l c r e c im ie n t o ju n t o a l m a n t e n im ie n t o d e lo s e q u ilib r io s m a c r o e c o n ó -
m ic o s fu n d a m e n t a le s . G r a d u a lm e n t e e l o b je t iv o s e d e s p la z a b a d e lo g r a r u n e m p le o
m a s iv o h a c ia e s ta b iliz a r l a c o m b in a c ió n id ó n e a en c a d a m o m e n to e n tr e e m p le o e in fla ­
ció n y e l e q u ilib rio en la b a la n z a d e p a g o s . E n u n a p a la b ra , s e le h a c e g a ra n te d e c im e n ­
tar la s c o n d ic io n e s d e r e p r o d u c c ió n d e l s is te m a c a p it a lis t a . T o d o e llo b a jo l a é g id a de
u nas te o r ía s k e y n e s ia n a s , q u e e la b o r a d a s p o r m u c h o s e c o n o m is ta s , s e h a b ía n e x p a n ­
d id o h a s ta c o n v e r tir s e en l a c ie n c ia e c o n ó m ic a d o m in a n t e y c o n v e n c io n a l.
E l k e y n e s ia n is m o f u e l a te o r ía d o m in a n t e en e l la r g o p e r io d o d e e x p a n s ió n q u e v a
d e s d e l a p o s g u e r r a h a s ta e l f i n a l d e lo s a ñ o s 6 0 y p r in c ip io s d e lo s 7 0 . E n e s ta ú ltim a
d é c a d a la s it u a c ió n s e a lte r a r a d ic a lm e n te . C o m o en lo s a ñ o s tr e in ta , l a e v o lu c ió n d e
la e c o n o m ía r e a l p o n e d e m a n ifie s t o la s lim it a c io n e s d e l a te o r ía c o n v e n c io n a l, a h o r a
k e y n e s ia n a . L a c r is is n o s e r e s o lv ió c o n la s p o lític a s k e y n e s ia n a s .
L o s p r o b le m a s k e y n e s ia n o s p a r a e s ta b iliz a r l a e c o n o m ía d e s d e lo s p r im e r o s s e te n ­
ta , a s í c o m o la p r o g r e s iv a d e b ilid a d e c o n ó m ic a s o v ié t ic a y e l e s ta n c a m ie n to in te le c ­
tu al k e y n e s ia n o , redundaron en c la r o b e n e fic io d e la s e sc u e la s d e p e n s a m ie n to e c o n ó m ic o
m ás o r t o d o x o , q u e s e v e n ía e la b o r a n d o d e s d e los c in c u e n ta . E s t o s e n fo q u e s a p r o v e ­
ch a ro n p a r a ir in tr o d u c ie n d o las s e m illa s d e s u s te s is , p r o c liv e s a la v u e lta a la o r to -

EL KEYNESIANISMO 351

d o x i a l ib e r a l. P a r a e l l o e m p le a r o n l a d é c a d a e n te r a d e lo s s e t e n t a . L a g e r m i n a c ió n d e la s
s e m i l la s d e l laissezfaire p r i v a d o , p la n t a d a s p o r H a y e k y d e s a r r o lla d a s e s p e c i a l m e n t e
p o r M . F r íe d m a n y s u s t e o r ía s m o n e t a r is t a s , s e p u s ie r o n p r i m e r o e n p r á c t i c a e n la s d i c ­
ta d u ra s d e l C o n o S u r la t in o a m e r ic a n o p e r o n o ta rd a ro n e n s e r a d a p ta d a s e n lo s p a ís e s
c e n t r a l e s . L a c o m p o s i c i ó n d e f u e r z a s p r o c l i v e s a l c o n s e r v a d u r is m o , q u e l l e v ó a l p o d e r
e n l o s p r i m e r o s o c h e n t a a J o s G o b ie r n o s d e R e a g a n y T a t c h e r , r e f o r z ó l a e x p a n s i ó n d e l
p e n s a m ie n t o n e o c l á s i c o y la s p o l í t i c a s e c o n ó m ic a s n e o l ib e r a le s q u e e l m i s m o c o n l l e ­
v a . E l r e n a c im ie n to c o n s e r v a d o r v e r ía s a n t ific a d o su c r e d o c o n e l in e s p e r a d o r e g a lo
d e la r á p id a « c a í d a » d e la U R S S y s u s s a t é l i t e s , s u m id o s e n e l c a o s e c o n ó m i c o y l a
d e b i l i d a d p o l í t i c a y o b l i g a d o s a a s u m i r p o l í t i c a s n e o l ib e r a le s t o t a l m e n t e a j e n a s a s u
c a p a c id a d e c o n ó m ic a . T o d o e l l o s u p u s o l a f i r m a d e l a c t a d e d e f u n c i ó n t e ó r i c a d e l k e y -
n e s ia n is m o y m a r x i s m o p o r p a r t e d e l n u e v o s is t e m a s o c i o e c o n ó m i c o , f o r m a d o a l a b r i­
g o d e l p r o p io k e y n e s i a n i s m o . D e la s c e n i z a s k e y n e s ia n o - p r o g r e s is t a s b r o t a b a u n n u e v o
lib e r a lis m o d o t a d o d e id e o lo g ía y é t i c a p r o p ia s , e s d e c ir , l a d e lo s m e g a in te r e s e s p r iv a d o s ,
in c u b a d o s p o r l a r e g u l a c i ó n k e y n e s i a n a p r e c e d e n t e .

3. A c e r c a d e l a c r ít ic a

A l a b o r d a r e l e n f o q u e c r í t i c o a l k e y n e s i a n i s m o n o s e n c o n t r a m o s c o n u n a s it u a c i ó n q u e
| », d i f i c u l t ó n u e s t r a ta r e a : n o s h a r e s u l t a d o p r o b le m á t ic o e n c o n t r a r t r a b a jo s c r í t i c o s s o b r e
e s t a e s c u e l a r e l a t iv a m e n t e r e c ie n t e s . P o r u n l a d o , l a m a y o r í a d e la s c r ít i c a s d e c o n j u n -
¡i t o a l k e y n e s i a n i s m o c o m o s is t e m a d e p e n s a m i e n t o s o c i a l d e la s q u e h e m o s p o d i d o d is ­
p o n e r d a t a n d e lo s a ñ o s c in c u e n t a y s e s e n t a . A l p r in c ip io n o s r e s u ltó c u r io s a e s ta
a u s e n c ia , p e r o a m e d id a q u e h e m o s a v a n z a d o e n e l e s t u d io h e m o s e n te n d id o q u e e s
p r e c is a m e n t e l a p r o f u n d a m a r g i n a c i ó n d e l p e n s a m i e n t o k e y n e s i a n o a p a r t ir d e l r e s u r ­
g i r n e o c l á s i c o d e l o s s e t e n t a , l o q u e h a c e q u e l o s e s t u d io s o s c o n t a l a n t e c r í t i c o n o s e
‘ d e d iq u e n a é s t e , s in o q u e c o n c e n t r e n s u s a n á lis is e n la s e s c u e la s a h o r a h e g e m ó n ic a s . P o r
■- ; o tr o l a d o , i n c l u s o la s c r í t i c a s r e a l i z a d a s d e s d e e l c a m p o n e o c l á s i c o , q u e n o h a n s id o
■■
, e s c a s a s d e s d e lo s s e te n ta , b ie n c o n s t it u y e n c r ít ic a s a a s p e c to s p a r c ia le s d e l e s q u e m a
k e y n e s ia n o , b ie n s e r e fie r e n a s u s c o n c lu s io n e s d e p o lít ic a e c o n ó m ic a c o n te s ta n d o
e s p e c i a l m e n t e e l p a p e l d e l i n t e r v e n c i o n i s m o p ú b l i c o . P e r o n o h e m o s e n c o n t r a d o c r í-
■- : t ic a s a l c o n j u n t o d e s u p e n s a m i e n t o c o n la s o l i d e z q u e su i m p o r t a n c i a e n l a h i s t o r ia
d e l p e n s a m ie n to e c o n ó m ic o p a r e c e r e q u e rir. N o s p a r e c e q u e h u b ié r a m o s n e c e s ita d o
o tr o s m a t e r ia le s q u e r e fo r z a r a n J o s q u e y a p r e s e n t a m o s , p e r o n o l o s h e m o s e n c o n t r a d o .
' C o m o p u e d e o b s e r v a r s e e n la s l e c t u r a s a d j u n t a s , l o s e n f o q u e s c r í t i c o s a l k e y -
: n e s ia n is m o c o m o s is te m a e c o n ó m ic o d e c o n ju n t o s e b a s a n p r in c ip a lm e n t e e n q u e
., K e y n e s n o s ó l o n o p r e t e n d ía p o n e r e n c u e s t i ó n e l c a p i t a li s m o , s i n o q u e , p r e c is a m e n t e ,
: s u o b j e t i v o e r a h a c e r l o m á s e f i c i e n t e y c o n t r ib u ir a s u m a n t e n im ie n t o . É l t o m a b a e l
> : s is t e m a s o c i o e c o n ó m i c o c o m o d a d o y J o t r a t a b a c o m o s i f u e s e p e r m a n e n t e , p o r l o q u e
a c e p t a b a t o d a s la s c a t e g o r í a s c o n c e p t u a l e s q u e r e f l e j a b a n l a s u p e r f i c i e d e l m i s m o , s in
p r e t e n d e r n u n c a a n a l iz a r m á s a f o n d o e l s is t e m a , m á s a ll á d e la s a p a r ie n c i a s . P o r e je m -
: p l o , s u s v a r ia b le s m a c r o e c o n ó m ic a s c o n s is t ía n e n a g r e g a d o s e s t a d ís t ic o s s in n in g u n a r e fe ­
. r e n c i a a l a s r e l a c i o n e s s o c i a l e s , y s u s im p o r t a n t e s y f a m o s o s e le m e n t o s p s i c o l ó g i c o s
,' ; l o e r a n r e s p e c t o a l a s o p c i o n e s i n d i v i d u a l e s o , e n t o d o c a s o , d e p e n d ie n d o d e l n i v e l d e
■ :: in g r e s o s d e lo s g r u p o s ( p r o p e n s ió n a l c o n s u m o , s o b r e to d o ), s in r e fle ja r e n n in g ú n
' ■ m o m e n t o c o n d i c i o n a m i e n t o s d e p e n d ie n t e s d e l a s it u a c i ó n d e lo s a g e n t e s c o m o c l a s e ;
7T"^S1

352 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

a s im is m o , su v isió n d e la in v e rs ió n s e a p o y a b a en la c o m p a r a c ió n e n tr e la e fic ie n c ia
m a r g in a l d e l c a p ita l y lo s tip o s d e in te r é s , s in e n tr a r a in d a g a r en n in g ú n m o m e n to e l
p ap el del b e n e fic io del ca p ita l en e l sistem a . K e y n e s p o n ía en cu e stió n las rela cio n es entre
las v a r ia b le s e c o n ó m ic a s n e o c lá s ic a s p ero n o s u s c o n c e p t o s , lo q u e r e fle ja co n c la r i­
d a d la n u n c a ab a n d o n a d a v in c u la c ió n d e K e y n e s a l s is te m a n e o c lá s ic o d e d o n d e p a rtía .
E l fo n d o d e l a n á lis is k e y n e s ia n o e s d e c a r á c te r to ta lm e n te c o n v e n c io n a l y o r to d o ­
x o c o n to d o lo qu e e l lo c o n lle v a ( r a c io n a lid a d , h o m o s e c o n o m í a s , o p t i m i z a c i ó n ...) .
N o p u e d e , p o r ta n to , s e r c o n s id e r a d o a d e c u a d o c o m o e s q u e m a d e a n á lis is d e la s o c ie ­
d a d c a p ita lis ta .

4. L ecturas
SW E E ZY, P a u l M . « J o h n M a y n a r d K e y n e s » . E n : E l p r e s e n t e c o m o h i s t o r i a ( E n s a y 0 s
s o b r e c a p i t a l i s m o y s o c i a l i s m o ) . M a d r id : T é c n o s , 1 9 6 8 , p . 9 9 -1 0 5 .

M ekk , R o n a ld L . « E l lu g a r d e K e y n e s e n la h is t o r ia d e l p e n s a m ie n to e c o n ó m i c o » .
E n : E c o n o m i c s a n d i d e o l o g y a n d o t h e r e s s a y s . L o n d re s: C h a p m a n and H a ll, 19,
6 7 , p . 1 7 9 -1 9 5 .
FE lW EL, G e o r g e R . « K a le c k i y K e y n e s » . E n : M i c h a e l K a l e c k i : c o n t r i b u c i o n e s a l a t e o -
r í a d e l a p r á c t i c a e c o n ó m i c a . M é x ic o : F o n d o d e C u lt u r a E c o n ó m ic a , 1 9 8 1 , p . 7 5 ,

8 2 -8 6 , 9 2 -9 9 .
Pilling, G e o ff r e y . « E l s ig n ific a d o d e la r e v o lu c ió n k e y n e s ia n a » . E n : T h e c r i s i s o f k e y -
n e s ia n e c o n o m i c s . A m a r x i s t v i e w . L o n d r e s : C r o m H e lm , 1987, p. 3 2 -4 9 , 6 6 -6 7 , 9 9 .

M arín , A l a n . « D e fic ie n c ia s e n la e x p lic a c ió n k e y n e s ia n a y en s u s p r o p u e s ta s d e p o l í­


tica e c o n ó m ic a » . E n : M a c r o e c o n o m í c p o l i c y . L o n d r e s : R o u t le d g e , 1 9 9 2 , p . 2 6 -5 0 .
G uerrien, B e r n a r d . « L a te o r ía n e o c lá s ic a a c tu a l y K e y n e s » . E n : L a t h é o r í e n é o - c l a s -
s i q u e . B i l a n e t p e r s p e c t i v e s d u m o d e l e d ' e q u i l i b r e g e n e r a l . 3a e d . P a r ís : E c o n o m ic a , '

1 9 8 9 , p . 3 6 0 -3 8 5 .
CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA 353-358

Jo h n M a y n a rd K ey n es

Paul M . Sw eezy*

L o r d K e y n e s , q u e m u r ió a J a e d a d d e 6 2 a ñ o s , e l 21 d e a b r il d e 1 9 4 6 , f u e s ín d u d a e l
m á s f a m o s o y d is c u t id o d e J o s e c o n o m is t a s c o n t e m p o r á n e o s . A d e m á s , c o m o la s g r a n d e s
f i g u r a s d e l a e s c u e la c l á s i c a - A d a m S m i t h , D a v i d R i c a r d o y J o h n S t u a r t M i l i 1- , n o e r a
u n e s p e c i a l i s t a l i m i t a d o q u e t r a b a j a s e e n e l r e t ir o d e s u t o r r e d e m a r f i l a c a d é m i c a .
D e s e m p e ñ ó , c o m o c r ít ic o y c o m o p a r t ic ip a n t e , u n p a p e l m u y im p o r t a n t e y s in d u d a
ú n i c o e n J a v i d a p ú b li c a d e I n g la t e r r a e n e l p e r io d o d e la s d o s g u e r r a s m u n d i a l e s ; c o m o
p r o t e c t o r d e la s a r te s e r a u n a p o t e n c i a e n l a v i d a c u l t u r a l d e s u p a í s ; c o m o d ir e c t o r d e
u n a g r a n c o m p a ñ ía d e s e g u ro s y c o m o te s o r e ro d e l K i n g ’s C o l le g e , d e C a m b r id g e ,
d e m o s tró q u e e l e c o n o m is ta te ó r ic o p u e d e s e r u n m u y p ró s p e r o h o m b r e d e n e g o c io s ; y
s u s e s c r i t o s n o e c o n ó m i c o s v a n d e s d e e l c l á s i c o ( li t e r a r io , c o n t r a p u e s t o a m a t e m á t ic o )
Treatise on Probability h a s t a e l i n c i s i v o Essays ín Biography. E n u n a p a l a b r a , K e y n e s
e r a u n o d e lo s g e n io s m á s b r i lla n t e s y p o l i f a c é t i c o s d e n u e s t r o t ie m p o , y p o d e m o s e s ta r
s e g u r o s d e q u e s u p u e s t o e n l a h is t o r ia - n o s ó lo e n l a h is t o r ia d e l p e n s a m ie n t o e c o n ó m i c o -
s e r á o b je t o d e d is c u s ió n y c o n t r o v e r s ia d u r a n te m u c h o s a ñ o s . S e r í a p r e s u n c ió n e n f e c h a
tan te m p r a n a in t e n t a r h a c e r j u i c io s d e fi n it iv o s , y c u a n d o escribo e s t a b r e v e n o t a e s t o y le jo s
d e a b r i g a r t a l in t e n c i ó n . S i n e m b a r g o , c r e o q u e s e r ía p o s i b l e i n d i c a r a l g u n o s fa c t o r e s
e n l a o b r a d e K e y n e s y e n s u i n f l u e n c i a s o b r e o tr a s q u e h a b r á n d e t e n e r s e e n c u e n t a e n
e l m o m e n t o d e h a c e r u n a e v a l u a c i ó n d e l h o m b r e a c t u a l o fu t u r o .
P a r a e n te n d e r a K e y n e s d e b e m o s p r im e r o e n te n d e r s u s it u a c ió n e n r e la c ió n c o n
o tr o s e c o n o m is t a s o e s c u e la s d e p e n s a m ie n t o e c o n ó m ic o ; p o r q u e , c o m o v e r e m o s ,
m u c h a d e s u i n f lu e n c i a y t a m b ié n m u c h o s d e f e c t o s d e s u o b r a p u e d e n e x p l i c a r s e p o r lo
q u e p u d ié r a m o s l la m a r u n a l o c a l i z a c i ó n a c c i d e n t a l . L a e c o n o m í a m o d e r n a - l a e c o n o ­
m ía d e l c a p i t a li s m o in d u s t r i a l y d e l m e r c a d o m u n d i a l - t ie n e s u s o r í g e n e s e n la s ú l t i­
m a s d é c a d a s d e l s ig l o x v i i .
D u r a n t e lo s s ig u i e n t e s 1 5 0 a ñ o s , I n g l a t e r r a f u e l a c u n a d e l o s m á s im p o r t a n t e s a d e ­
la n t o s t a n t o e n e l f r e n t e in d u s tr ia l c o m o e n e l t e ó r ic o , y e n lo s t ie m p o s d e R ic a r d o

* Esteartículo necrológico se publicó por primera vez en Science & Society en otoño de l 946. Se reim­
primió en The New Economics: Keynes’ influencie on Theory and Public Policy (Nueva York, l 947),
obra compilada por Seymour H. Harris.
Esta versión española es la publicada en: Sweezy, P. El presente como historia (Ensayos sobre capita­
lismo y socialismo). Madrid: Técnos, 1968, p. 99-1O5.
l. El propio Keynes utilizaba el término «economistas clásicos» para incluir a los teóricos del valor sub­
jetivo -especialmente a Marshall y a sus seguidores del grupo de Cambridge- de los siglos xtx y xx. Por
razones que quedarán claras en la discusión subsiguiente, esta práctica me parece inducir a confusión.
Es preferible considerar a John Stuart Mili como el último economista clásico y dar a los marsltalWanos
el nombre de escuela «neoclásica».
354 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

( 1 7 7 2 - 1 8 2 3 ) la e c o n o m í a p o l í t i c a i n g l e s a d is f r u t a b a d e un g r a d o d e a u t o r id a d y p r e s ­
t i g i o e n t o d o e l m u n d o o c c i d e n t a l q u e n u n c a h a t e n i d o i g u a l n i a n te s n i d e s p u é s . L a
u n id a d d e l a t r a d ic ió n c lá s ic a s e q u e b r ó e n l a s e g u n d a m it a d d e l s i g l o x i x ; l o q u e h a b í a
s i d o u n s o l o t r o n c o c o n r a m i f i c a c i o n e s s e c u n d a r ía s s e d i v i d i ó e n d o s g r a n d e s r a m a s ,
c a d a u n a c o n s u s p r o p ia s s u b d iv is io n e s , q u e h a n v e n i d o c r e c ie n d o e s e n c i a l m e n t e s e p a ­
r a d a s d e s d e e n to n c e s . E s ta s d o s r a m a s p u e d e n lla m a r s e la s o c ia lis ta o m a r x is t a , d e un
l a d o , y l a n e o c l á s ic a , d e o t r o . P a r a c a m b ia r d e m e t á f o r a , c a d a u n a p u e d e c o n s id e r a r s e
e l h i j o l e g í t i m o d e la e c o n o m í a p o l í t i c a c l á s i c a , p e r o h a y q u e d e c i r q u e , p a r a s e r h e r ­
m a n o s , t ie n e n m u y p o c o q u e v e r e l u n o c o n e l o t r o . E s t e h e c h o s o r p r e n d e n te s e d e b e a
u n a s e r ie d e r a z o n e s : e n p r im e r lu g a r , la s d o s e s c u e la s h a n d ife r id o e n su m a n e r a d e
s e l e c c i o n a r y d e s c a r t a r e le m e n t o s d e l a t e o r í a c l á s i c a ; e n s e g u n d o l u g a r , s e h a n c o n - ■
v e r t i d o ( a b ie r t a m e n t e e n e l c a s o d e l m a r x i s m o ; b a j o e l m a n t o d e u n a p r e t e n d id a n e u ­
t r a lid a d c ie n t í f ic a e n e l c a s o d e l n e o c la s ic is m o ) e n a r m a s in t e le c t u a le s d e c a m p o s ■
o p u e s t o s e n u n a e n c o n a d a l u c h a d e c la s e s ; y , f i n a l m e n t e , e l m a r x is m o - e n p a r t e a c a u s a '
d e l a c c i d e n t e h i s t ó r ic o d e la n a c i o n a l i d a d a le m a n a d e M a r x - a r r a i g ó e n e l c o n t i n e n t e
e u r o p e o , p e r o n o l o g r ó d u r a n t e m u c h o s a ñ o s a l c a n z a r u n n ú m e r o s i g n i f i c a t i v o d e s e g u i­
d o r e s e n e l m u n d o d e h a b la in g le s a . A s í , a m b a s e s c u e la s , p e s e a s u o r ig e n c o m ú n , d e v i r
n ie r o n i n t e l e c t u a l , p o l í t i c a y g e o g r á f i c a m e n t e e x t r a ñ a s . L o s c o n t a c t o s q u e t u v i e r o n ,:
c a s i t o d o s f u e r a d e I n g l a t e r r a y l o s E s t a d o s U n i d o s , f u e r o n v i o l e n t o s y p r o d u je r o n m á s
in t o le r a n c i'a q u e e n t e n d i m i e n t o .
C u a n d o K e y n e s in i c i ó s u s e s t u d io s d e e c o n o m í a , e n l a fr o n t e r a e n t r e a m b o s s ig l o s ;
e l n e o c l a s i c i s m o d o m in a b a s in d is c u s i ó n e n l o s p a í s e s d e h a b l a i n g l e s a ; t o d a d is e n s ió n '
s e c o n s id e r a b a s ig n o d e in c o m p e t e n c ia o d e p e r v e r s id a d . E l p r o p io K e y n e s a c e p tó
in c o n d i c io n a l m e n t e l a d o c t r i n a q u e p r e d o m in a b a y p r o n t o l l e g ó a s e r c o n s id e r a d o c o m o '
u n r e p r e s e n ta n te in t e lig e n t e , p e r o e s e n c ia lm e n t e o r t o d o x o , d e la e s c u e la n e o c lá s ic a ;
N o h a y p r u e b a s d e q u e s e v i e r a m u y i n f l u i d o p o r t e n d e n c ia s i n t e l e c t u a l e s a n t a g ó n ic a s
o i n c o m p a t ib le s . O c a s i o n a l m e n t e t o m ó id e a s d e o t r o s a u t o r e s 2, y c u a n d o l a s s u y a s p r o ­
p ia s t o m a r o n fo r m a d e f i n it iv a , r e c o n o c i ó g e n e r o s a m e n t e q u e u n a la r g a s e r ie d e h e r é t ic o s
y d is id e n t e s la s h a b ía n y a a n t i c i p a d o ; p e r o e s t o s f u e r o n e s e n c ia lm e n t e e le m e n t o s a d v e n ­
t ic io s e n e l p e n s a m ie n t o d e K e y n e s . S u f o n n a c i ó n f u e e s t r ic t a m e n t e n e o c l á s i c a y n u n c a
s e s in t ió t a n a g u s t o c o m o d is c u t i e n d o c o n s u s c o l e g a s n e o c l á s i c o s . E n r e a li d a d , h a y
p e r fe c ta ju s t i fic a c ió n p a r a d e c ir q u e K e y n e s e s e l p r o d u c to m á s ilu s tr e y m á s im p o r ­
ta n te d e la e s c u e la n e o c lá s ic a .
C r e o q u e e s t o i n d i c a y a l a v e r d a d e r a n a t u r a le z a d e l a o b r a d e K e y n e s . S u m is ió n
f u e r e f o r m a r l a e c o n o m í a n e o c l á s i c a , p o n e r la o t r a v e z e n c o n t a c t o c o n e l m u n d o r e a l ,
d e l q u e s e h a b í a i d o a le j a n d o m á s y m á s d e s d e q u e t u v o l u g a r l a r u p t u r a c o n l a e s c u e ­
l a c l á s i c a e n e l s i g l o X I X , y p r e c is a m e n t e p o r q u e e r a u n o d e e l l o s , y n o u n e x t r a ñ o , p u d o
K e y n e s e j e r c e r t a n p r o f u n d a i n f l u e n c i a s o b r e s u s c o l e g a s . L a s m i s m a s r a z o n e s , s in
e m b a r g o , e x p l i c a n e l h e c h o d e q u e , c o m o m á s ta r d e v e r e m o s , K e y n e s n o p u d ie r a n u n c a
tr a s c e n d e r la s lim it a c io n e s d e la c o n c e p c ió n n e o c lá s ic a , q u e c o n c ib e la v id a e c o n ó m i­
c a a b s t r a y é n d o la d e s u e n t o r n o h i s t ó r ic o y e s , p o r t a n t o , i n c a p a z d e o f r e c e r u n a o r i e n ­
ta c ió n c ie n t ífic a p a ra la a c c ió n s o c ia l. ■

2. Por ejemplo, el concepto de «tipo de interés natural» que desempeña una parte importante en A Treatise
011 M o n e y (1930), lo tomó del economista sueco Knul Wicksclí (1851-1926). El propio Wicksell era
esencialmente un neoclásico.

JOHN MAYNARD KEYNES 355

L a obra fundam ental de K e yn es, llam ada The G en era l Theory o f Employment,
Interest, and M oney (1936)3, em pieza con un ataque a lo que él llam a econom ía orto­
doxa -eco no m ía neoclásica según la terminología de este artícu lo- y lo mantiene casi
continuamente hasta e l fin al. L a esencia de esta crítica keynesiana puede resumirse
sencillamente com o un total rechazo y negación de lo que se conoce com o la ley de
Say sobre los mercados45, que a pesar de todas las afirmaciones en contrario de los apo­
6
logistas ortodoxos, corría com o un hilo rojo a lo largo de todo el cuerpo de doctrina
d ásico y neoclásico. Es enorme la influencia que la ley de Say ejercía sobre los eco­
nomistas profesionales y su importancia com o obstáculo para un análisis realista. Los
ataques keynesianos, aunque dirigidos contra una serie de teorías específicas, caen
todos por tierra si se supone válida la ley de Say.
U n a v ez que estaba en posesión de la verdad esencial de que la ley de Sa y era falsa
y engañosa, Keynes se vio obligado a revisar la estructura neoclásica de arriba abajo para
separar las proposiciones que de ella dependen de las que son válidas independiente­
mente de su verdad o de su falsedad. E l resultado de esta revisión, según aparece en
la Teoría general, es casi incomprensible para quien no sea un adepto de la econom ía
neoclásica. Co m o d ic e e l propio Keynes en e l prefacio, «lared acción de este libro ha
sido, para el autor, una prolongada lucha en la que trató de escapar a las form as habi­
tuales de expresión, y así debe ser su estudio para la m ayor parte de los lectores, si el
intento del autor tiene éxito»5, lo cual im plica obviamente que supone que los lecto­
res tendrán la misma form ación y la misma visión general que él. Y luego añade, con
delicioso candor: «L as ideas aquí desarrolladas tan laboriosam ente son en extremo
sencillas y deberían ser obvias. L a dificultad reside no en las ideas nuevas, sino en
rehuir las viejas que entran rondando hasta el último pliegue del entendimiento de quie­
nes se han educado en ellas, com o la m ayoría de nosotros»^
Keynes exagera, indudablemente, la sim plicidad de su contribución - e s de seña­
lar que la vanidad del virtuosism o teórico le era ajena por co m p leto-, pero m e pare­
ce que casi todos los profesores estarán de acuerdo en que es más fá c il inculcar sus
ideas esenciales a un principiante que a un estudiante que ya se ha adentrado en las
doctrinas de la escu ela n eo clá sica. L o s historiadores de dentro de cin cu enta años

seguramente señalarán que la gran realización de K e y n e s fu e liberar a la econom ía
angloam ericana de un dogm a tiránico, y quizá lleguen a decir que ésta fu e esencial­
mente una labor negativa, que no quedó equilibrada por realizaciones positivas com ­
parables. Incluso si a Keynes no se le reconociera nada más (lo cu a le s muy improbable),

3. Edición castellana: Teoría general d e la o cup ación , e l interés y e l dinero, 3‘ ed. F. C. E. Méjico-Buenos
Aires, 1951.
4. La ley de Say, en efecto, niega que pueda haber escasez de demanda en relación a la producción. Ricardo
la expresó como sigue: «Ningún hombre produce sino con vistas a la venia o al consumo, y cuando
vende es con la inlención de comprar alguna otra mercancía, que o bien le es útil inmediatamente o le
sirve para una producción futura. Por tanto, al producir él se hace, necesariamente, o consumidor de
sus propios bienes o comprador de los bienes de alguna otra persona. Los productos se compran siem­
pre con productos o con servicios; el dinero no es más que el medio por el cual se efectúa el cambio».
P rin cip ies o fP o litic a l E c o m m y (ed. Gonner), p. 273-275 [p. 232-233 edición cast.: P rin cip io s d e e c o ­
nom ía p olítica y de tributación, Aguilar, 1955].
5. Teoría g e n e r a ld e la o cu p a ció n , p. 9, cd. cast.
6. P. 9, ed. cast.
356 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

su d e r e c h o a la fa m a e s t a r ía a s e g u r a d o . A b r ió n u e v a s p e r s p e c tiv a s y n u e v o s c a m i­
n o s a u n a g e n e r a c ió n e n te r a d e e c o n o m is t a s ; c o m p a r t ir á e l m é r it o d e lo q u e é s to s
h a g a n 7.
H e in t e n t a d o d e m o s t r a r q u e l a c o y u n t u r a a l a q u e K e y n e s r e s p o n d ía e r a e s e n c i a l ­
m e n t e u n a c r i s i s e n l a e c o n o m í a t r a d i c i o n a l , c r is is q u e s e a c e n t u ó y q u e d ó a l d e s c u ­
b ie r t o c o n l a g r a n d e p r e s ió n . É l f u e c a p a z d e d e m o s t r a r q u e s u s c o m p a ñ e r o s e c o n o m is t a s ,
p o r s u i n c o n s c i e n t e a c e p t a c i ó n d e l a l e y d e S a y , e s t a b a n p r á c t i c a m e n t e a f i r m a n d o la
i m p o s i b i lid a d d e l o q u e o c u r r ía e n l a realidad® A p a r t ir d e a q u í , t r a z ó u n p r o f u n d o a n á ­
l i s i s d e l a e c o n o m í a c a p i t a l i s t a q u e m u e s t r a q u e l a d e p r e s ió n y e l p a r o , l e j o s d e s e r
i m p o s i b l e s , s o n l a n o r m a a l a q u e t ie n d e l a e c o n o m í a , l o c u a l i n v a l i d a d e u n a v e z p a r a
s ie m p r e e l m it o d e l a a r m o n í a e n t r e l o s in t e r e s e s p r i v a d o s y l o s p ú b l i c o s , p ie d r a a n g u ­
l a r d e l l ib e r a lis m o d e l s i g l o x i x . P e r o K e y n e s d e t u v o a q u í s u c r ít i c a d e l a s o c i e d a d e x i s ­
t e n t e . N u e s t r a s d i f i c u l t a d e s , p e n s a b a é l , s e d e b e n a f a l t a d e i n t e l i g e n c i a , n o a l a q u ie b r a
d e u n s is t e m a s o c i a l . « E l p r o b le m a d e l a n e c e s id a d y l a p o b r e z a y d e l a lu c h a e c o n ó m ic a
e n t r e c la s e s y n a c i o n e s - e s c r i b í a e n 1 9 3 1 - n o e s m á s q u e u n e m b r o l l o t r e m e n d o , u n
e m b r o l l o t r a n s it o r io e i n n e c e s a r i o » ^
E l q u e K e y n e s s o s tu v ie s e e s te p u n to d e v is ta n o e ra a c c id e n ta l, p o r s u p u e s to . É l
p o d ía r e c h a z a r la l e y d e S a y y la s c o n c lu s io n e s e c o n ó m ic a s q u e e n e lla se b a s a b a n
p o r q u e p e n s a b a q u e e r a n l a s p r i n c i p a l e s r e s p o n s a b l e s d e l e m b r o l l o ; p e r o n u n c a s e lo ¡i
o c u r r ió p o n e r e n t e l a d e j u i c i o , y m e n o s a ú n e s c a p a r s e d e l a a m p l ia t r a d i c i ó n f i l o s ó ­
f i c a y s o c i a l e n q u e s e a p o y a b a . L a p r e m is a m a y o r i m p l í c i t a d e e s t a t r a d i c ió n e s q u e -
e l c a p it a lis m o e s l a ú n ic a fo r m a p o s ib le d e s o c ie d a d c iv il iz a d a . P o r ta n to , K e y n e s , ■
e x a c t a m e n te ig u a l q u e lo s e c o n o m is ta s q u e é l c r itic a b a , n u n c a v io e l s is te m a e n su
c o n j u n t o ; n u n c a e s t u d i ó l a e c o n o m í a e n s u e n t o r n o h i s t ó r i c o ; n u n c a p e r c i b i ó l a in t e r ­
c o n e x ió n e n tr e lo s f e n ó m e n o s e c o n ó m ic o s , d e un la d o , y lo s fe n ó m e n o s t e c n o ló g i­
c o s , p o lít ic o s y c u ltu r a le s , d e o tr o . A d e m á s , p a r e c ió ig n o r a r e l h e c h o d e q u e h a b ía u n
c u e r p o d e d o c t r i n a e c o n ó m i c a c o n s i d e r a b l e , r e l a c i o n a d o c o n l a e s c u e l a c l á s i c a ta n
e s t r e c h a m e n t e c o m o la s d o c t r i n a s e n q u e s e e d u c ó , q u e t r a t a b a d e h a c e r t o d a s e s t a s
c o s a s . A lo s o jo s d e K e y n e s , M a r x h a b ita b a u n b a jo f o n d o in t e le c t u a l j u n t o c o n p e r ­
s o n a j e s ta n d u d o s o s c o m o S i l v i o G e s e l l y e l m a y o r D o u g l a s 10; y n o h a y n in g u n a p r a e - ;;
b a d e q u e c o n s id e r a r a a lo s s e g u id o r e s d e M a r x m á s q u e c o m o a g ita d o r e s y
p r o p a g a n d is t a s .

7. Probablemente, tan sólo quienes (com o el que esto escribe) se educaron en Ja tradición académ ica d e L
pensamiento económ ico durante el periodo de 1936 pueden apreciar totalmente la sensación de libe­
ración y estím ulo intciecíUai que la Teoría general produjo inm ediatam ente entre los jó ven es e s t u - , ■
diantes y profesores en las principales universidades inglesas y americanas.

¡IB
8. L o s defensores del punto de vista ortodoxo están siempre dispuestos a probar con citas que los econOC
mistas no eran tan tontos co m o parece desprenderse de aquí. L a respuesta de Keynes e s, creo, correc­
ta y convincente: « E l pensamiento contemporáneo - e s c r ib ió - está todavía profundamente impregnado ■

fllfill
de la noción de que si la gente no gasta su dinero en una fo nna lo gastará en otra. E n verdad, los e c o , .
nomistas de la posguerra rata vez logran sostenereste punto de vista de una manera constante, porque. ■
su pensamiento de hoy está excesivam ente pcrmeado de Ja tendencia contraria y de los hechos de la
experiencia, que está dem asiado claramente e n desacuerdo con su posición anterior; pero no han saca­
do consecuencias de bastante alcance, ni han modificado su teoría fundamental» (General T heoi), p. 20) '
[p .3 2 -3 3 e d .c a s t ] , ' ■ ■
9. Essays inPersuasión, p . vii.
10. General Theory, p. 32 [p. 43 ed. cast.].
JOHN M A YN A R D K E Y N E S 357

N o e s é s te e l m o m e n to d e h a c e r un e s tu d io d e ia e c o n o m ía m a r x is t a ’ 1. S ó l o m e n ­
c io n o e l te m a p a r a d e m o s tra r q u e la e s c u e la d e p e n s a m ie n t o a Ja q u e K e y n e s p e r te n e ­
ce e s tá ba sta n te a is la d a y es p a r cia l, q u e m u c h o s d e su s m á s im p o rtan tes d e scu b rim ien to s
lo s d a b a n y a p o r s u p u e s to s lo s e c o n o m is ta s s o c ia lis ta s a l m e n o s u n a g e n e r a c ió n an tes
d e q u e K e y n e s em p eza ra a escrib ir, y q u e en la T e o r í a g e n e r a l se ig n o r a n co m p le ta m e n te
m u c h o s d e lo s m á s v ita le s p r o b le m a s d e l s is t e m a c a p it a lis t a . M a r x r e c h a z ó la le y d e
S a y d e s d e e l p r in c ip io 12; y a a n te s d e 1900 su s s e g u id o re s m a n te n ía n u n a r d o r o s o d e b a ­
te n o s ó lo a c e r c a d e la s c r is is p e r ió d ic a s , sino ta m b ié n s o b r e e l p r o b le m a d e s i p u e d e
e s p e r a r s e q u e e l c a p ita lis m o c a ig a en u n p e rio d o d e d e p r e s ió n p e r m a n e n te o c r ó n ic a 13^
K e y n e s ig n o r a e l c a m b io y e l p a ro t e c n o ló g ic o s , p r o b le m a s q u e so n p a r te in te g ra n te
d e l a e s tru ctu ra te ó r ic a m a rx ista . K e y n e s trata a l p a ro c o m o s ín to m a d e d e fe c to té c n i­
c o e n e l m e c a n is m o c a p ita lis ta , m ie n tr a s q u e M a r x lo c o n s id e r a c o m o e l m e d io in d is ­
p e n s a b le d e q u e s e v a le n lo s c a p ita lis ta s p a r a m a n te n e r su c o n tr o l s o b r e e l m e rc a d o d e
tr a b a jo . K e y n e s ig n o r a c o m p le ta m e n te lo s p r o b le m a s d e l m o n o p o lio , su e fe c to d e d is ­
t o r s ió n en la d is tr ib u c ió n d e la r e n t a y en la u t iliz a c ió n d e lo s r e c u r s o s , e l e n o r m e y
p a r a s ít ic o a p a r a to d e d is t r ib u c ió n y p r o p a g a n d a q u e in t r o d u c e e n la e c o n o m í a . U n
s o c ia lis ta só lo p u e d e a s o m b ra r s e a l le e r q u e n o h a y « r a z ó n p a r a s u p o n e r q u e e l s is te m a
e x is te n te e m p le e m a l lo s fa c to r e s d e p r o d u c c ió n q u e s e u t iliz a n [ . . . J. C u a n d o d e d ie z
m illo n e s d e h o m b r e s d e s e o s o s d e trabaj ar y h á b ile s p a r a e l c a s o está n e m p le a d o s n u e v e
m il lo n e s , n o e x is t e n a d a q u e p e r m ita a fir m a r q u e e l tr a b a jo d e e s to s n u e v e m illo n e s
e s tá m a l e m p le a d o » 14. P u e d e n c ita r s e m u c h o s o t r o s e je m p lo s d e l a is la m ie n to y l a r e la ­
tiv a e s tr e c h e z d e la v is ió n k e y n e s ia n a . P e r o q u iz á e l m á s c h o c a n t e d e todos es la c o s ­
tu m b r e d e K e y n e s d e co n s id e r a r a l E s ta d o c o m o u n d e u s e x m a c h i n a a l q u e s e in v o c a
s ie m p r e q u e su s a c to re s h u m a n o s , a c tu a n d o d e a c u e r d o c o n la s r e g la s d e l ju e g o c a p i­
ta lis ta , s e e n cu e n tr a n e n un d ile m a sin s o lu c ió n a p a r e n t e . N a t u r a lm e n t e , e s te o lím p i­
c o in te r v e n to r lo r e s u e lv e to d o d e m a n e ra s a tis fa c to r ia p a r a e l a u to r y ta m b ié n , es d e
s u p o n e r , p a r a e l a u d ito r io . E l ú n ic o in c o n v e n ie n t e e s - c o m o s a b e to d o m a r x is t a - q u e
e l E s t a d o n o e s u n d io s , s in o u n a c to r m á s , q u e t ie n e u n p a p e l q u e r e p re s e n ta r a l ig u a l
q u e lo s o tr o s .
N a d a d e lo d ic h o d e b e c o n s id e r a rs e d e s tin a d o a d is m in u ir la im p o r ta n c ia d e l a ob ra
d e K e y n e s . T a m p o c o h a h ab id o in te n ció n d e d e c ir q u e lo s m a rx is ta s « lo sa b e n to d o » y
n o tie n e n n a d a q u e a p re n d e r d e K e y n e s y d e s u s s e g u id o r e s . N o d u d o q u e K e y n e s e s el
m á s g ran d e e c o n o m is ta in g lé s (o a m e rica n o ) d e s d e R ic a r d o , y c r e o q u e los tra b a jo s d e

1l . H e Iratado de hacerlo en TheTheoryof Capilalisl Devdopment (1942) (véase nota 2 del cap. V I I para
ed. española).
12. M a r x observaba, en relación con el pasaje de R icardo, citado anteriormente en la nota 4, que «esto es
el balbuceo infantil de S a y , pero im propio de R icard o», Historia críticade¡a teoríadelaplusvalía, F.
C . E ., M éjico-B u enos A ires, 1959, vol. 11, 2" parte, página 277.
13. V éase The Theoiy of Capltalisl Developmenl, cap. X I , «The Breakdow n Conlroversy» (ed. española
« L a controversia sobre el derrumbamiento»).
14. General T/ieory, p. 379. H ay que reconocer que la indiferencia d e K cy n es hacia el m onopolio no es
característica de los actuales economistas académ icos. Es cierto , sin embargo, que el tratamiento neo­
clásico del terna se concentra excesivam ente en los problem as de la firm a individual y no ha hecho
gran cosa por relacionar e l m onopolio con el funcionam iento de la econom ía en su conjunto. En este
cam po sería d ifícil, aún hoy, encontrar un libro que ig u a le a Das Flnanzkapital, escrito por e l econo­
mista m aixista Rudolf Hilferding en la primera década de este siglo (edic. castellana, p. 363).
358 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

su e s c u e la arro ja n m u c h a lu z s o b r e e l fu n c io n a m ie n to d e la e c o n o m ía c a p ita lis ta . C r e o


q u e en M a r x h a y m u c h a s c o s a s -e s p e c ia lm e n t e en lo s in c o n c lu s o s v o lú m e n e s ú ltim o s
d e E l C a p i t a l ^ y e n H i s t o r i a c r í t i c a d e l a t e o r í a d e l a p l u s v a l í a - q u e a d q u ie r e n n u e v a
s ig n ific a c ió n c u a n d o s e le e n a la lu z d e la s c o n t r ib u c io n e s k e y n e s ia n a s . A d e m á s , al
m e n o s e n In g la te r r a y en lo s E s ta d o s U n id o s , lo s k e y n e s ia n o s fo r m a n u n gru p o m u c h o
m e jo r p rep arad o y e q u ip a d o té c n ic a m e n te ( p o r e je m p lo , en c a m p o ta n im p o rta n te c o m o
e l d e la r e c o le c c ió n e in te r p r e ta c ió n d e d a to s e s ta d ís tic o s ) q u e lo s e c o n o m is ta s m a r -
x is ta s 1
16; y ta l c o m o e s tá n a h o ra la s c o s a s , n o h a y d u d a s o b r e q u é g r u p o p u e d e a p re n d e r
5
m á s d e l o tro .
P e r o si e s b u e n o r e c o n o c e r la g r a n im p o r t a n c ia d e K e y n e s , n o e s m e n o s e s e n c ia l
c o n o c e r su s lim it a c io n e s . E n su m a y o r pa rte s o n la s lim ita c io n e s d e l p e n s a m ie n to b u r ­
g u é s en g e n e r a l: la n e g a t iv a a v e r la e c o n o m í a c o m o p a rte in te g r a n te d e l c o n ju n t o
s o c ia l; la in c a p a c id a d p a r a v e r e l p r e s e n te c o m o h is to r ia , p a r a e n te n d e r q u e lo s d e s a s ­
tr e s y c a tá s tr o fe s e n tr e lo s q u e v iv im o s n o s o n s im p le m e n t e un « e m b r o llo tr e m e n d o » ,
sin o e l p ro d u cto d ir e c to e in e v ita b le d e u n s is te m a s o c ia l q u e h a a g o ta d o su s p o d e res c r e ­
a d o r e s , p e ro c u y o s b e n e fic ia r io s e s tá n r e s u e lto s a h a c e r lo p e rd u r a r a l p r e c io q u e s e a .
P o r s u p u e s t o , K e y n e s m is m o n u n c a h u b ie r a p o d i d o r e c o n o c e r , y m e n o s s u p e r a r , la s
lim ita c io n e s d e la s o c ie d a d y d e la c la s e a la q u e é l p e r te n e c ía ta n p o r e n te r o . P e r o n o
p u e d e d e c ir s e lo m is m o d e m u c h o s d e s u s s e g u id o r e s , q u e n o c r e c ie r o n e n e l a g r a d a ­
b le a m b ie n te d e la In g la te r r a v ic t o r ia n a , s in o e n u n m u n d o d e g u e r r a , d e p r e s ió n y f a s ­
c is m o . S in d u d a , a lg u n o s , s ig u ie n d o la s h u e lla s d e l m a e s tr o , tr a ta rá n d e p r e s e r v a r s u s
re c o n fo r ta n te s ilu s io n e s lib e r a le s m ie n tr a s s e a h u m a n a m e n te p o s ib le . O t r o s , c o n to d a
p r o b a b ilid a d , s e p o n d r á n d e l la d o d e l o rd en e x is te n te y v e n d e r á n s u s a p titu d e s d e e c o ­
n o m is t a a l m e jo r p o s to r . P e r o a ú n h a b r á o t r o s q u e , c o n s e r v a n d o lo v á lid o y f i r m e d e
K e y n e s , s e in c o r p o r a r á n a la s c r e c ie n te s f i l a s d e lo s q u e s e d a n c u e n ta d e q u e n o b a s t a
c o n r e m e n d a r e l a c t u a l s is t e m a , d e q u e s ó lo u n c a m b io p r o fu n d o en la e s tr u c tu r a d e
la s r e la c io n e s s o c ia le s p u e d e s e n ta r la s b a s e s p a r a un n u e v o a v a n c e e n la s c o n d ic io n e s
s o c ia le s y c u ltu r a le s d e la r a z a h u m a n a .
E n m i o p in ió n , e s te ú ltim o g r u p o s e v e r á in e v ita b le m e n te a tr a íd o h a c ia e l m a r x is ­
m o c o m o la ú n ic a c ie n c ia , verd ad e ra y g e n e r a l, d e la h is to r ia y d e la s o c ie d a d . Q u iz á e n
e l lib rito d e J o a n R o b in s o n A n e s s a y o n M a r x i a n E c o n o m i c s , p u b lic a d o e n In g la te r r a
a l p r in c ip io d e la g u e r r a , p u e d e v e r s e la m á s c la r a in d ic a c ió n d e q u e e s to o c u r r e . M r s .
R o b in s o n , q u e e s m ie m b r o d e l m á s e s t r e c h o c ír c u lo k e y n e s ia n o , e s tá q u iz á e n tr e la
m e d ia d o c e n a d e e c o n o m is ta s in g le s e s q u e d e s c u e lla n . L o s m a r x is ta s n o p o d r á n e s ta r
d e a c u e r d o c o n t o d o lo q u e d ic e , p e ro e n c o n tr a r á n e n e lla un c r ít ic o in te r e s a d o , d is ­
p u e s to y d e s e o s o d e d is c u t ir p r o b le m a s c o n e llo s c o n e s p ír itu a p a c ib le y c ie n t í f i c o .
t ¿ P u e d e ser a c c id e n ta l e l h e c h o d e q u e u n o d e lo s m á s s o b r e s a lie n te s s e g u id o r e s d e
K e y n e s s e a au to r d e l p rim e r tra b a jo h o n e s to q u e h a y a e s c rito s o b r e m a r x is m o u n e s c r i­
tor in g lé s n o m a r x is ta ?

15. F. C. E.. Méjico-Buenos Aires, 1959.


16. Qué pocos son los que realmente merecen este nombre.
CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA 359-372

E l lu g a r d e K e y n e s e n la h is t o r ia d e ! p e n s a m ie n t o e c o n ó m ic o * 1

R o n a ld L . M e e k

L a lit e r a t u r a e c o n ó m i c a a c t u a l p o s t k e y n e s i a n a a b u n d a e n a r t í c u l o s q u e c o m p a r a n e l
s i s t e m a t e ó r i c o k e y n e s i a n o c o n l o s l l a m a d o s s is t e m a s « c l á s i c o s » , a l o s q u e K e y n e s
d i r i g í a p r i m o r d i a l m e n t e s u s a t a q u e s . I n i c i a l m e n t e , e l p r i n c i p a l p r o p ó s it o d e t a l e s a r tí­
c u l o s e r a f o r m u l a r J o s s i s t e m a s k e y n e s i a n o y c l á s i c o e n t é r m in o s lo s u f i c i e n t e m e n t e
p r e c i s o s ( n o r m a l m e n t e m a t e m á t ic o s ) p a r a q u e l a s n u e v a s c o n t r i b u c i o n e s e s e n c i a l e s
h e c h a s p o r K e y n e s q u e d a r a n e x a c t a m e n t e r e m a r c a d a s . M á s r e c i e n t e m e n t e , e l o b j e t i­
v o p i n c i p a l h a p a s a d o a s e r l a c o m p a r a c i ó n y e l c o n t r a s t e d e v a r i o s m o d e lo s c o n s t r u i­
d o s b a j o l a g e n e r a l i n s p i r a c i ó n d e l s i s t e m a d e K e y n e s c o n lo s e l a b o r a d o s p o r l o s
m o d e r n o s r e h a b il it a d o r e s d e l e n f o q u e c l á s i c o .
D e s d e e l p r i n c i p i o , l o s a r g u m e n t o s b á s i c o s d e e s t o s a r t íc u l o s h a n t e n d i d o a g i r a r
m á s b ie n e n t o r n o a r e s u lt a d o s f o r m a l e s , y e n a ñ o s r e c ie n t e s e s t a t e n d e n c ia s e h a i d o
a c e n t u a n d o . A p e s a r d e s u s t ít u lo s - « K e y n e s y l o s c l á s i c o s » , e t c . - l a m a y o r í a d e l o s
a r t íc u l o s s o n e j e r c i c i o s d e l ó g i c a m á s b i e n q u e d e h i s t o r ia , y a r r o ja n p o c a l u z d e s d e e l
p u n t o d e v i s t a d e l a p r o b l e m á t i c a q u e l o s h i s t o r ia d o r e s d e l p e n s a m i e n t o e c o n ó m i c o
t ie n e n e n m e n t e c u a n d o h a b l a n d e « e l l u g a r d e K e y n e s e n l a h i s t o r i a d e l p e n s a m i e n t o
e c o n ó m i c o » . P a r a il u m i n a r e s t e t i p o d e p r o b le m a s , e s i m p o r t a n t e q u e l a s c o m p a r a c i o ­
n e s s e h a g a n r e m o n t á n d o s e e n e l t ie m p o p a r a in c lu ir v e r d a d e r o s e c o n o m i s t a s « c l á s i ­
c o s » . E l p r e s e n t e e n s a y o p r e t e n d e a n t i c i p a r a lg u n a d e e s t a s c o m p a r a c i o n e s , q u e p u e d a n
s e r r e l e v a n t e s e im p o r t a n t e s p a r a l o s fu t u r o s h is t o r ia d o r e s d e l p e n s a m ie n t o e c o n ó m i c o ,
p a r t ie n d o d e l p e r i o d o e n e l q u e e s t a m o s v i v i e n d o .

fifi. 2

M E l p r o b l e m a p a r a l a e v a l u a c i ó n d e la s r e la c i o n e s d e K e y n e s c o n la s d e m á s e s c u e l a s d e l
p e n s a m i e n t o e c o n ó m i c o e s t á o s c u r e c i d o p o r la n u e v a , y e n a q u e l t ie m p o b a s t a n t e s o r -
TO: p re n d e n te , d e fin ic ió n d e e c o n o m is ta s « c lá s ic o s » co n la q u e e m p ie z a la Teoría gene­
ral. « L o s e c o n o m i s t a s c l á s i c o s - e s c r i b e K e y n e s - f u e e l n o m b r e in v e n t a d o p o r M a r x
p a r a r e f e r ir s e a R i c a r d o y J a m e s M i l l y s u s p r e d e c e s o r e s , e s d e c ir , l o s f u n d a d o r e s d e
l a t e o r ía q u e c u l m i n a r í a e n l a e c o n o m í a r ic a r d ia n a » 2 S i q u e r e r n o s s e r j u s t o s c o n M a r x

Publicado en: Mcek, Ronald L. «Theplace of Keynes in the hisSory of economic thought». En: Economías
and idealogy and otheressays. Londres: Chapman and Hall, 1967, p. 179-195. Traducción: Joscp Sabater.
Este ensayo es una versión mejorada y reescrila deun articulo que fue publicado en el Modem Quaterly,
invierno 1950-1951.
General Theory, p. 3, pie de página.
360 CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

debemos reconocer que esta afirm ación no es lo suficiente exacta: M arx precisa cui­
dadosamente el periodo de la escuela clásica desde Petty a Ricardo en Inglaterra y ■
desde Boisguillebert a Sismondi en Francia3. Tam poco esto es completo: M arx no sólo
define los límites históricos de la escuela clásica, sino que también delim ita lo que
creía que eran las caractrísticas esenciales que la diferenciaban de las escuelas porte- :
riores4. Keynes, sin embargo, no estaba interesado en este caso en hacer justicia a M arx,
sino simplemente en vincular la etiqueta de «clásico» a una más larga lista de econo- i
mistas. « M e he acostumbrado -K e y n e s continuaba- quizá perpetrando un solecism o,
a incluir en “ la escuela clásica” a los seguidores de R icard o , es decir, a aquellos que :
adoptan y perfecciona la teoría económ ica ricardiana, incluyendo (por ejemplo) a J . S.
M ili, M arshall, Edgeworth y al prof. Pigou.»
N o cabe duda de que este «solecism o» fue un golp e de genio. N o se podría haber 1
descubierto una palabra m ejor que «clásico», dados los propósitos básicos de Keynes,
con la cual estigm atizar a sus predesores y resaltar lo que constituía la esencia de su
propia contribución. Esto inmediatamente supuso el centrar la atención sobre el recha­
zo por Keynes de la ley de Say -entendiendo por ello , según K eynes, la noción que ;
«la totalidad del coste de producción debe necesariam ente ser gastado en el agrega­
do, directa o indirectamente, en comprar producto»5- , y sobre la expresa o im plicita
aceptación por m uchos de sus predecesores. R icardo y P igo u , que se podría pensar
que raramente co in cid ían , fu ero n igualm ente estigm atizados com o reaccionarios a
causa de que ambos, a su m anera, habían creído en la legitim idad esencial de la ley t
de Say.
Dada la sugestión del «solecism o» de K eynes, que pone especial énfasis en la con­
tinuidad de Ja ley de Say en la corriente del pensamiento económ ico desde R icard o a
nuestros días, es necesario añadir inmediatamente que ello com porta oscurantismo, en .. j
el sentido que esconde una m uy importante discontinuidad que separa la econom ía í
«clásica» en el sentido de M a rx de los sistemas que le sucedieron. Y a que esta d is­
continuidad puede ser importante para la evaluación del lugar de Keynes en la historia .i
del pensamiento económ ico es preciso decir algo más. Y e l punto de partida más rele- ;
vante aquí, pienso, es la afirm ación de M a rx de que la escuela clásica «investigaba las .: I
relacionesreales de producción en la sociedad burguesa», en contraste a la econom ía '
«vulgar» la cual trataba «con apariencias solam ente»6. : :
L a característica de la econom ía clásica que M a rx está recalcando aquí, ha sido ■
m encionada frecuentemente en el presente libro7. L o s econom istas clásicos, am plia­
mente hablando, creían que si el fenóm eno del m ercado tenía que ser correctam ente ■
comprendido, el investigador debería empezar por penetrar debajo de la superficie de
este fenómeno observando las relaciones entre los hom bres en su capacidad com o pro- .
ductores, las cuales puede decirse que determinan en definitiva sus relaciones de mer- ,
cado. E l hecho de que las mercancías fueran intercambiadas en el mercado, y adquirieran
valores, fue en esencia un reflejo del hecho de que los productores de esas mercancías

3. Critique of Political Economy, p. 56. '


4. C f. posterior, p. S81 . '
5. General Theory, p. 18.
6. El Capital, vol. I, p. 81, pie de página. .
7. Cf. anterior, p. 15 a 49-50, y posterior, p. 204. ■
EL LUGAR DE KEYNES EN LA HISTORIA DEL PENSAMIENTO ECONÓMICO 361

en efecto trabajaban el uno para el otro incorporando su propio esfuerzo a las mer­
cancías. Y esto no es todo: las relaciones entre clases socioeconóm icas diferentes en
el campo de la producción, relaciones que fueron superpuestas en el concepto más
general de «relaciones de producción» im plícito en la propia existencia de las mer­
cancías, alteraron los efectos sobre el fenóm eno de mercado en ciertos aspectos defi­
nitivos y muy importantes. L o s economistas clásico s, en efecto, siempre empezaron
con «relaciones de producción» en este com plejo sentido a causa de que asumieron,
consciente o inconscientemente, que estas relaciones socioeconóm icas eran los prin­
cipales determinantes en el valor de las relaciones sobre las cuales dependían primor­
dialmente la forma y e l movimiento del sistema económ ico como un todo. Creían que
la política económica debe arrancar desde estas relaciones de producción y sería con­
denada a la superficialidad y a la esterilidad si hacía abstracción de ello. Este enfoque
metodológico no fue realmente explicitado hasta M arx, sin embargo, no hay razón para
dudar de que la mayoría de los economistas lo adoptaron, aunque fuera sólo intuitiva­
mente. L a idea de que el fenómeno del valor es un tipo de reflexión de las relaciones
básicas entre hombres com o productores de m ercancías tendía a generalizarse en la
elaboración de la teoría del valor, un peculiar producto clásico. Y la noción de que el
fenóm eno de mercado (particularmente en la esfera de la distribución) podía ser con­
siderado en términos de relaciones deproducción entreclasespasó a ser un lugar común
en e l tiempo de Ricardo, en cuyo trabajo asumió considerable importancia.
E s evidente que M arx heredó esta actitud, y que la desarrolló y la aplicó de forma
muy provechosa. Pero desde un punto de vista ortodoxo del pensamiento económico de­
sapareció virtualmente con Ricardo. En los economistas post-ricardianos, puede obser­
varse que a partir de la década posterior a su muerte, resultaba políticamente peligroso
empezar con las relaciones socioeconóm icas entre las personas en tanto que produc­
tores, empezando por argumentar que era permisible, y verdaderamente necesario en inte­
rés de la objetividad científica, hacer abstracción partiendo de esas relaciones89
. Empezaba
la tendencia gradual hacia la moderna ortodoxia prekeynesiana y neoclásica. Esta ten­
dencia estuvo marcada en particular por la emergencia de una subjetiva teoría del valor
basada en la psicológica relación entre las personas y los productos acabados, más bien
que en las relaciones sociales entre personas y personas en la producción y, finalm en­
te, por el desarrollo de una nueva teoría de la distribución, la cual afirm aba que las
diferencias sociales entre las clases que suministraban la tierra, el trabajo y el capital no
eran significativas respecto a las remuneraciones que recibían^ L a sustitución de las
anteriores teorías clásicas del valor y la distribución por este tipo de teorías fue la causa,
según M a rx, de que los economistas post-ricardianos en su conjunto no lograran pene­
trar a través de este superficial disfraz en la esencia interna y en la form a íntima del
proceso de producción capitalista.
H ubo otra tendencia en el pensamiento económ ico post-ricarciano, indirectamen­
te asociada con la anterior, que reforzaba la creencia de M arx de que la econom ía «bur­
guesa» entró en un estado de declive después de la muerte de R icardo, que consistía
en afirm ar (siguiendo a Schumpeter) «que el proceso económ ico, por muy dado que
sea a situarse bajo el impacto de “ perturbaciones", permanece tod avíalibre, en su lógi-

8. Cf. anterior, p. 15-16, y posterior, p. 205-206.


9. Cf. mi Studies in Labour Theoiy of tli/uc, p. 243-256.
i
S

362 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

c a p u r a , d e s d e s u s “ d ifi c u lt a d e s in h e r e n t e s ” » 10. E s t a t e n d e n c ia , d e s d e l u e g o , y a s e h a b ía
p u e s t o d e m a n i f i e s t o e n lo s p r o p io s t r a b a jo s d e R i c a r d o , q u ie n d e s p u é s d e t o d o h a b í a
a c e p t a d o l a l e y d e S a y y e x p l i c a d o l a t e n d e n c i a h a c ia u n e s t a d o e s t a c io n a r io d e b id o a
l a in j e r e n c i a d e f a c t o r e s e x t e r n o s ; n o o b s t a n t e e s t e t e m a f u e m á s p r o f u n d i z a d o e n e l
t r a b a jo d e s u s s u c e s o r e s . P a r a M a r x , e s t o s e e x p l i c a p o r c a u s a s p o l í t i c a s p a u s i b l e m e n -
te a s o c i a d a s a l a m e n c i o n a d a t e n d e n c ia a a b s t r a e r la s r e l a c i o n e s d e p r o d u c c i ó n .
M a r x n o a n t i c i p ó q u e l a e c o n o m í a « b u r g u e s a » lle g a r í a a r e c o n o c e r fr a n c a y a m p l ia ­
m e n t e q u e e l p r o c e s o e c o n ó m i c o n o e s t a b a d e s p u é s d e t o d o l i b r e d e « d if ic u l t a d e s i n h e ­
r e n t e s » . P e r o s i h u b ie r a v iv id o p a r a v e r Ja « r e v o lu c ió n k e y n e s ia n a » , h a b r ía p o d id o
in s is t i r e n q u e e l a n á l i s i s d e K e y n e s d e e s a s « d i f i c u l t a d e s in h e r e n t e s » r e s u l t a b a s e r ia ­
m e n t e i n a d e c u a d o , p r e c is a m e n t e d e b id o a l a c o n t i n u id a d d e l p e n s a m i e n t o k e y n e s i a n o
r e s p e c t o a l a a n t i g u a t e n d e n c ia p o s t - r ic a r d ia n a d e h a c e r a b s t r a c c i ó n d e la s r e la c i o n e s d e
p r o d u c c i ó n . E n o t r a s p a l a b r a s , p r o b a b l e m e n t e p o d r ía h a b e r e x p l i c a d o J o in a d e c u a d o
q u e r e s u l t a b a e l a n á l i s i s k e y n e s i a n o d e la s « d i f i c u l t a d e s in h e r e n t e s » e n t é r m in o s s i m i ­
la r e s a l o s q u e u t i l i z ó p a r a e x p l i c a r l a i n e x i s t e n c i a d e t a l e s d i f i c u l t a d e s e n e l c a s o d e
l o s e c o n o m is t a s o r t o d o x o s d e s u p r o p io t i e m p o . A e s te p u n t o n o s r e fe r ir e m o s d e n u e v o
m á s a d e la n te . E n t r e ta n t o , v a m o s s im p le m e n t e a h a c e r n o ta r q u e l a d e fi n ic ió n d e K e y n e s
r e s p e c t o a l o s e c o n o m i s t a s « c l á s i c o s » , d a n d o é n fa s is a l a c o n t i n u id a d d e l a l e y d e S a y
y g l o s a n d o s o b r e u n n ú m e r o d e d if e r e n c ia s v i t a l e s e n t r e e l p e n s a m i e n t o c l á s i c o y e l
p o s t - r i c a r d i a n o , d is t r a e s e r ia m e n t e J a a t e n c i ó n r e s p e c t o d e c ie r t o s f a c t o r e s d e t e r m i­
n a n te s q u e p u e d e n s e r m u y i m p o r t a n t e s p a r a s itu a r e l p a p e l d e K e y n e s e n l a h i s t o r i a
d e l p e n s a m ie n to e c o n ó m ic o .

T a n p r o n t o h a y a m o s a c e p t a d o s in d is c u s i ó n l a a f i r m a c i ó n p o r p a r t e d e K e y n e s d e q u e
la le y d e S a y , m á s o m e n o s a d u lt e r a d a , c o n tin u ó c o n s t it u y e n d o u n a p a r te b á s ic a d e la
o r t o d o x i a e c o n ó m i c a d e s d e l o s t i e m p o s d e R i c a r d o h a s t a l o s d e l p r o p io K e y n e s , s i n
in t e r r u p c ió n . « L a i d e a d e q u e p o d e m o s a b a n d o n a r s i n n i n g ú n r i e s g o l a f u n c i ó n d e l a
d e m a n d a a g r e g a d a - e s c r i b ía K e y n e s - e s fu n d a m e n ta l p a r a l a e c o n o m ía r ic a r d ia n a , lo
c u a l p o n e d e r e l ie v e l o q u e s e h a e s t a d o e n s e ñ a n d o a l o l a r g o d e m á s d e u n s i g l o » ’ 1 S i
s e a c e p ta e s t e p u n t o d e v i s t a , e l lu g a r d e K e y n e s e n l a h is t o r ia d e l p e n s a m in e n t o e s t á p e r ­
f e c t a m e n t e d e f i n i d a : r e p r e s e n t a s i m p l e m e n t e a l h o m b r e q u e l ib e r a a la e c o n o m í a o r t o ­
d o x a d e s u l a r g a d e p e n d e n c i a d e l a l e y d e S a y . E n l a r e a lid a d a c t u a l , s in e m b a r g o , l a
n o c i ó n d e u n a l a r g a c o n t i n u i d a d h i s t ó r i c a d e u n a i n d i f e r e n c i a d a l e y d e S a y r e q u ie r e
c ie r t a s im p o r t a n t e s c u a l i f i c a c i o n e s q u e d e s t r u y e n l a a p a r e n t e s im p l ic i d a d d e e s t a i n t e r ­
p r e t a c i ó n . E n e s t e p u n t o , d o s a s p e c t o s s o n e s p e c i a l m e n t e im p o r t a n t e s .
E n p r i m e r Ju g a r , h a b í a u n a d if e r e n c ia e s e n c ia l e n tr e e l p a p e l q u e d e s e m p e ñ a b a l a l e y
d e S a y e n e l s is t e m a r ic a r d ia n o y e l p a p e l q u e g r a d u a l m e n t e f u e a d q u ir ie n d o e n e l s i s ­
t e m a d e s u s s u c e s o r e s . E n e l s is t e m a d e R i c a r d o , g e n e r a lm e n t e h a b l a n d o , l a l e y d e S a y
j u g ó u n r o l p r o g r e s iv o , p r o p o r c io n a n d o u n a r e s p u e s ta e f e c t i v a a h o m b r e s c o m o S p e n c e ,
C h a l m e r s y M a l t h u s , q u e a r g u m e n t a b a n ( o b j e t i v a m e n t e ,a f a v o r d e lo s in t e r e s e s d e lo s

10. Schumpeter, History of Economic Anatysis, p. 559, pie de página.


l l. General Theory, p. 32.
EL LUGAR DE KEYNES EN LA HISTORIA DEL PENSAMIENTO ECONÓMICO 363

p r o p ie ta r io s y o tr o s « c o n s u m id o r e s im p r o d u c tiv o s » d e su tie m p o ) q u e l a a c u m u la c ió n
d e c a p ita l s e p r o d u jo d e m a s ia d o r á p id a m e n te y c a u s ó un « e x c e d e n te g e n e r a l» d e m er­
c a n c ía s . T a l a r g u m e n to , en la s dos p r im e r a s d é c a d a s d e l s i g l o x i x , t u v o c la r a m e n te
c o n n o ta c io n e s r e a c c io n a r ia s . N o s o la m e n te e s to , sin o qu e Ja le y d e S a y n o h a b ía sido
tan « fu n d a m e n ta l p a r a la e c o n o m ía r ic a r d ia n a » , c o m o a s u m ía K e y n e s . E n c u a lq u ie r
c a s o , p o r lo q u e al p r o p io s is te m a d e R ic a r d o s e r e fie r e , s e trata m á s b ie n d e a lg o sob re­
p u e s to a la estru ctu ra te ó r ic a b á s ic a qu e d e u n e le m e n to e s e n c ia l d e Ja p r o p ia e s tr u c ­
tu ral 2.
E n la e c o n ó m ia p o s t-r ic a r d ia n a , p o r o tr a p a rte , l a le y d e S a y e m p e z ó a a s u m ir un
n u e v o y m u c h o m e n o s p r o g r e s iv o p a p e l. E n e l s is te m a d e R ic a r d o , h a b ía s id o u s a d a
c o m o a r m a a r r o ja d iz a c o n t r a la s fu e r z a s q u e trata b an d e f r e n a r e l a v a n c e d e l m é to d o
d e o r g a n iz a c ió n in du strial c a p ita lis ta . E n lo s s is te m a s p o s t-r ic a r d ia n o s lle g ó a s e r u s a d a
c o m o un a r m a c o n tr a un n u e v o g r u p o d e lo s c r ít ic o s m á s r a d ic a le s d e l o r d e n c a p ita ­
lis t a , p a r tic u la r m e n te a q u e llo s a s o c ia d o s c o n lo s m o v im ie n t o s d e la s c la s e s tr a b a ja d o ­
r a s . U n a d o c t r in a q u e p o d ía s e r u t iliz a d a p a r a m o s tr a r q u e n o h a b ía u n a t e n d e n c ia
in h e r e n te h a c ia u n a s o b r e p r o d u c c ió n g e n e r a l en u n a e c o n o m í a c a p it a lis t a - o , m e jo r
a ú n , q u e ta l s o b r e p r o d u c c ió n e r a s im p le m e te im p o s i b le - e r a o b v ia m e n t e u n a p o d e r o ­
sa a r m a te ó r ic a p a r a ten er a m a n o desp u és d e l p e rio d o d e r e v o c a c ió n d e la s Combimiion
Laws . E s to p e rm itió a los e c o n o m is ta s o r to d o x o s e x p lic a r la s c r is is p e r ió d ic a s d e l c a p i­
ta lis m o (las c u a le s em p eza ró n a m a n ifestarse a l p o c o d e p ro d u cirse Ja m u e r te d e R ic a rd o ) l
en té rm in o s d e o p e ra c io n e s d e fa c to r e s e x ó g e n o s o d e la p r e s e n c ia d e r ig id e c e s in a m o ­
v ib le s m á s q u e e n té r m in o s d e lo q u e M a r x lla m ó p o s te rio r m e n te la s « c o n tr a d ic c io n e s
b á s ic a s d e l c a p it a lis m o » . E l p r o p io K e y n e s p u n tu a liz ó c la r a m e n t e l a n a tu r a le z a d e l
atra ctiv o q u e p o s e ía la le y d e S a y p a ra la c la s e ca p ita lis ta , q u e s e e n c o n tr a b a a la d e fe n ­
s iv a c o n tr a e l d e s a fío r a d ic a l:

La absoluta victoria ricardiana es a lg o curioso y m isterioso. T u vo qu e s e r d e b id o a


un con jun to d e adecuaciones entre la doctrina y e l entorno dentro del cu a l fu e pro­
yectada [ .. .] . L a cual pennitía e x p lica r m ucha d e la injusticia social y aparente cruel­
dad co m o un inevitable incidente en el sistem a de progreso, y que el intento d e cambiar
estas cosas, encom endado a la autoridad, produce en general m ás daño que bien. Esto
proporcionó una m edida de ju s tifica ció n a las libres actividades de lo s capitalistas
individuales, y atrajo h a c ia esta doctrina el apoyo de la fu e rza socia l dom inante tras
la autoridad. 13

E n s e g u n d o Ju g a r , p o r l o q u e a lo s p r e d e c e s o re s in m e d ia to s d e K e y n e s c o n c ie r n e ,
la n o c ió n d e q u e s u tr a b a jo e s tu v o in v a lid a d o p o r la o m n ip r e s e n te le y d e S a y , q u e h is­
tó r ic a m e n te c o r r e s p o n d ió a K e y n e s e x o r c iz a r , e s tan e r r ó n e a q u e c a s i r e s u lta r id ic u la
L a c a r a c t e r iz a c ió n q u e h iz o K e y n e s d e lo s e c o n o m is t a s n e o c lá s ic o s lo s c o n v ir tió en e l
b la n c o d e t o d a s la s c r ít ic a s y , p o r lo q u e r e s p e c t a a s u s p r e d e c e s o r e s in m e d ia t o s en
r e la c ió n a l a le y d e S a y , n o fu e ro n ta n e stú p id o s c o m o lo s h a c ía a p a r e c e r e n a lg u n a s
o c a s io n e s 14- ¡D e s p u é s d e to d o , e l lo s h a b ía n d is c u tid o o c a s io n a lm e n te a s p e c to s m o n e - 1

12. Cf. anterior, p. 55-66.


13. Keynes, General Theory, p. 32-33.
l 4. Cf. G. Haberler, «The General TIieory aftcrTen Y^^». Reeditada en: Keynes' General Tlieoiy: Reports
o/Three Decades, p. 281-284.
364 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

tarios y de ciclo económ ico! El punto realmente esencia! - e l cual es tan sim p le com o
para que pase desapercibido- es que los predecesores inmediatos de Keynes estuvieron
interesados principalmente en un tipo particular de problemas para los cuales la cues­
tión de verdad o falsedad de la ley de Say no era realmente relevante. « L a dificultad
de la caracterización que hace Keynes de la teoría ortodoxa -c o m o el Dr. B la u g ha
d ich o - no es simplemente que ningún economista haya sostenido nunca todas las ideas
que Keynes atribuye a los clásicos, sino que casi ningún econom ista después de 1870
consideró el tipo de problemas macroeconómico que preocuparon a K e y n e s » ^ Y cuan­
do fijaron su atención en estos problemas, generalmente reconocieron, con frecuencia
explícitam ente, lo m uy limitado del significado práctico de la ley de S a y 1
16, especial­
5
mente en el corto plazo.
En resum en, sería un error evaluar el papel de K eyn es en la historia del pensa­
miento económico principalm ente por su reacción en contra de la ley de Say, la cual
había sido de hecho «fundam ental para la econom ía ricardiana» únicam ente por un
periodo histórico relativamente corto. L o que sí fue básicamente objeto de su reacción,
en el fondo, fu e la continua preocupación de la m ayoría de los economistas por el aná­
lisis m icroeconóm ico en unos momentos en que la solución de la agenda de los pro­
blemas prácticos estaba pidiendo a gritos análisis de tipo m acroeconóm ico.

4 í

U n a im plicación de lo que se ha dicho es que la Teoría General podría supoi1er un


m ovimiento de retroceso desde el neoclasicism o hacia el clasicism o, por lo menos en
el sentido de que Keynes, al igual que Smith y Ricardo, estaba interesado en las varia­
ciones del ingreso agregado. E l problema típico de los neoclásicos era cómo distribuir
un ingreso dado de la mejor manera «racional» o «económica» -e s decir, cómo optimizar
la escasez-. E l rechazo de Keynes a asumir un ingreso dado, y su interés por los fa c­
tores determinantes del ouput agregado, supusieron verdaderamente que algo como el
viejo problema de los clásicos acerca del problema de asegurar «una abundancia de
m ercancías» era situado nuevamente en la agenda.
N o solamente el trabajo de Keynes hizo revivir el interés por este problem a clási­
co, sino que también contribuyó a la rehabilitación de un concepto clásico esencial que
había ido cayendo en desuso desde la muerte de Ricardo. En el sistema de Ricardo se
daba generalmente por sentado que la acum ulación podía mayormente ser considera­
da com o una función del excedente social, y en particular de la parte del excedente
que consistía en beneficios. L a noción de que el volum en de la acum ulación estaba
determinado por la capacidad de acumular tendía a predominar sobre la noción de que
estaba determinado por la tasa de recompensa por la acum ulación. E n el periodo post-
ricardiano, por razones que hemos analizado anteriormente17, la segunda noción tendió
gradualmente a predominar sobre la primera, de form a que el volum en de ahorro a la
larga vino a concebirse como una función más o menos exclusiva de la tasa de beneficios
o de interés. A partir de aquí quedaba solamente un paso para establecer la teoría de

15. Ecoimtic TheoryínReimspeci Homewood, Illinois, 1962, p. 601.


16. Ver, Marshall, PrincipiesofEconomics. 8‘ e<l., Londres, 1946, p.7!0-712.
17. P. 87-88.
EL LUGAR DE KEYNES EN LA HISTORIA DEL PENSAMIENTO ECONÓMICO 365

q u e el a h o r r o y la in v e rs ió n s e m a n te n ía n a u t o m á t ic a m e n t e ig u a le s e n tre s í s im p le ­
m e n te m a n ip u la n d o la ta s a d e in terés.
L a c r ít ic a d e K e y n e s a esta teo ría c o n s titu y ó e l p u n to c r u c ia l en la tran sició n d e sd e
e l s is te m a n e o c lá s ic o m ic ro e s tá tic o al s is te m a m a c r o e s tá tic o k e y n e s ia n o ; y en esta c r í­
tic a , la « n u e v a » n o c ió n d e a h o rro d e b ía s e r c o n te m p la d a c o m o una fu n c ió n d e l in g r e ­
so m á s q u e d e la t a s a d e in te r é s , ju g ó u n p a p e l fu n d a m e n t a l. P a u l S a m u e ls o n , en un
in te re s a n te p a s a je en e l q u e trata d e l « p ro c e s o d e p e n s a m ie n to » r e firié n d o s e a la T e o r ía
g e n e r a l , h a b la d e:

La vital importancia de la función de consumo: estableciendo la propensión a con­


sumir en términos de ingreso; o viéndola desde el lado opuesto especificándola como
la propensión a ahorrar. Con una inversión dada como una constante o en términos
de una función, nos encontramos en disposición de establecer el sistema determina­
do más sencillo de equilibrio con subempleo, por medio del «cruce keynesiano entre
ahorro-inversión-ingreso», el cual no difiere formalmente de «cruce marshalliano
entre oferta-demanda-precio».
Inmediatamente cada cosa se pone en su lugar: e! reconocimiento de que la
intención de ahorrar puede disminuir el ingreso y finalmente el ahorro; el hecho de
que un incremento autónomo neto en la inversión, en la balanza exterior, gastos
gubernamentales y consumo resultará en un incremento de ingreso mayor que el ini­
cial, etc.1?

S e p u e d e d e c ir , en c ie r t o s e n tid o , q u e K e y n e s n o s o la m e n te c o l o c ó d e n u e v o en
p r im e r p la n o la p r o b le m á t ic a d e la e c o n o m ía c l á s ic a , s in o q u e a d e m á s a d o p tó , c o m o
un in s tr u m e n to m u y im p o r ta n te , u n o d e lo s c o n c e p t o s q u e lo s e c o n o m is ta s c lá s ic o s
h a b ía n u t iliz a d o p a r a tratar e s te p r o b le m a .
P e r o s ó lo « e n c ie r to se n tid o » . E l in terés d e K e y n e s c ie r ta m e n te s e c e n tr ó en in v e s ­
t ig a r la s c a u s a s d e lo s m o v im ie n to s d e l in g r e s o , p e ro s e tra ta b a d e m o v im ie n to s d e tipo
m u y d ife r e n t e s a lo s tra ta d o s p o r R ic a r d o . M ie n t r a s q u e é s t e e x a m in a b a las fu e rz a s
q u e p r o d u c e n un s e c u la r in c r e m e n to d e l in g r e s o (y lo s c a m b io s e n su d is tr ib u c ió n ) a
la r g o p la z o , K e y n e s e x a m in a la s fu e r z a s q u e p r o d u c e n f lu c t u a c io n e s en e l in g r e s o a
c o r to p la z o . S u s o b je tiv o s b á sic o s eran diferen tes y , a p e s a r d e c ie r to s p a re cid o s bastan te
s u p e r c ic ia le s , sus té c n ic a s e ra n d ife r e n te s . E s cie r to q u e K e y n e s , a l ig u a l q u e R ic a r d o
(a u n q u e m u c h o m á s p r o fu n d a m e n te ) , p u so é n fa s is e n q u e e l a h o rro d e b ía se r c o n s id e ­
r a d o c o m o u n a fu n c ió n d e l in g re so . ¿ P e r o e l in g r e s o d e q u ié n ? R ic a r d o s ie m p re c o n ­
t e m p ló la a c u m u la c ió n c o m o c o r r e s p o n d ie n d o m á s o m e n o s e x c lu s iv a m e n t e a u n a
p a r tic u la r c la s e s o c ia l, la c la s e q u e v iv ía d e lo s b e n e f ic io s . L o s tr a b a ja d o r e s n o ten ía n
r e a lm e n te e l p o d e r d e a c u m u la r y lo s p r o p ie ta r io s d e la tie rr a , a u n q u e ten ían la p o s i­
b il id a d , p o r lo g e n e ra l n o d e n o ta b a n u n a p r e d is p o s ic ió n a e llo . E n e l s is te m a d e K e y n e s ,
sin e m b a r g o , e l a h o rro a p a r e c e c o m o u na fu n c ió n d e l in g r e s o a g r e g a d o d e la c o m u n i­
d a d e n su c o n ju n t o , a b s tr a y é n d o s e c a s i c o m p le t a m e n t e d e la s d ife r e n c ia s e n tre c la s e s
s o c ia le s q u e R ic a r d o h a b ía to m a d o c o m o p u n to d e p a r tid a .
F in a lm e n t e , d e b e p u n tu a liz a r s e q u e la T e o r í a g e n e r a l d e K e y n e s , a u n q u e en c ie r ­
to a s p e c to m á s « g e n e r a l» q u e e l s is te m a n e o c lá s ic o , e ra d e h e c h o en o tro sen tid o m e n o s
« g e n e r a l» q u e e l s is te m a c lá s ic o . K e y n e s u t iliz ó e l v o c a b l o « g e n e r a l» en e l títu lo d e

18. Keynes’ General Theory: Reporte ofThree Decades, p. 330.


366 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

su libro con el fin de llamar la atención de su visión de que la situación de equilibrio con
pleno em pleo, supuestamente asumida por los autores neoclásicos, era realmente sólo
«un caso particular entre las posible!' posiciones de equilibrio» '9 Está claro que el uso
del vocablo «general» no im plicaba su intención de que su teoría fuese considerada
como un sustituto del conjunto doctrinal de la temía neoclásica ortodoxa. Sus quejas con­
tra esta teoría eran debidas simplemente a que no «resolvía los problemas económ icos
del mundo actual» y más concretamente el problema del desempleo en masa. Si este pro­
blema podía de hecho ser resuelto, es decir, «si nuestros controles centrales tuvieran
éxito en establecer un volum en agregado de ouput correspondiente al pleno em pleo o
lo más cercano posible», entonces, decía Keynes:

la teoría clásica recuperaría de nuevo su punto de partida. Si suponemos que el volu­


men de ouput está dado, es decir, estando determinado por fuerzas ajenas al esquema
clásico de pensamiento, entonce no hay ninguna objección para mantener, contra el
análisis clásico de la fonna en que el interés privado determinará lo que en particular
hay que producir, en qué proporción los factores de producción se combinarán para
producirlo, y cómo el valor del producto final será distribuido entre ellos2°

Este párrafo revela m uy claram ente que el sistema de Keynes era menos «gene- :;v
ral>> que el sistema clásico (propiamente dicho), el cual nunca hizo este tipo de distin- .íí
ción entre. análisis m icroecon óm ico y m acroeconóm ico. Para Sm ith y R ica rd o , el
problema m acroeconóm ico de las «leyes d e funcionam iento» del capitalism o apare­
cen com o el principal problem a y parecía necesario que el conjunto del análisis eco­
nómico, incluyendo las teorías básicas del valor y la distribución, fueran deliberadamente
orientadas hacia su so lu ció n . Para K e yn es, sin em bargo, no parecía que una teoría
«general» en este sentido clásico fuera necesaria para la solución del conjunto de pro­
blemas m acroeconóm icos en los que estaba interesado. L a m icroeconom ía ortodoxa
podía ser dejada en paz, todo lo que debía hacerse era com plem entarla con un ade­
cuado suplemento m acroeconóm ico.

s

M arx heredó una parte importante de la perspectiva clásica y de su estructura teórica,


y no cabe duda de que hay un importante elemento de verdad en la ahora tópica des­
cripción de él como «el último de los economistas clásico s». Pero su propia contribu­
ción fue mucho más significativa, y mucho más idiosincrásica de lo que esta descripción
parece implicar. Su objetivo fu e liberar a los economistas clásicos de su prisión «bur­
guesa», un objetivo que persiguió con especial vigor en dos cam pos. E l primero fue
la teoría del beneficio: el problem a del origen y persistencia del beneficio bajo cond i­
ciones de competencia, creía M arx, no podía ser resuelto adecuadamente si no se empe­
zaba desde las relacio nes de producción entre los trabajadores asalariados y los
propietarios del capital características de las econom ías capitalistas. L a segunda fu e la
teoría del ciclo económ ico: el problema de las fluctuaciones cíclicas, exclam aba, no 1 0
2
9

19. Gereral Tlieory, p. 3.


20. lbíd., p. 378-379.
EL LUGAR DE KEYNES EN LA HISTORIA DEL PENSAMIENTO ECONÓMICO 367

p o d ía ser r e s u e lto en té rm in o s d e fa c to r e s e x ó g e n o s , s in o s o la m e n te c o n s id e r a n d o la s
flu c t u a c io n e s c o m o e l r e fle jo d e c ie r ta s p r o fu n d a s c o n t r a d ic c io n e s s o c ia le s y e c o n ó ­
m ic a s in h e r e n te s al p r o p io m o d o d e p r o d u c c ió n c a p it a lis t a .
H e a q u í u n p a r a le lo o b v io e n t r e M a r x y K e y n e s , y e r a d e p r e v e r q u e l a p u b lic a ­
c ió n d e la T e o r í a g e n e r a l d a ría lu g a r a u n n ú m e r o c r e c ie n te d e e s p e c u la c io n e s a c e r c a
d e la s r e la c io n e s d e lo s sistem a s m arxista y k e y n e s ia n o . N o es d e m a s ia d o d if íc il e n co n ­
trar un cie r to n ú m ero d e o tro s p a r a le lis m o s , c o n v a r ia b le s grad o s d e s ig n ific a c ió n , en tre
E l C a p i t a l y la T e o r ía g e n e r a l . V e rd ad e ram e n te h a y ciertas s im ila rid a d e s q u e so n o b v ia s ,
p o r e je m p lo , e n tre las re s p e c tiv a s e x p lic a c io n e s d a d a s p o r M a r x y K e y n e s d e la s fu e r ­
za s q u e d e te r m in a n la p e r io d ic id a d del c i c l o y e n tre s u s c o n s id e r a c io n e s r e s p e c tiv a s
d e l p a p e l q u e j u e g a la e s p e c u la c ió n . T o d a v ía h a y otro p a r a le lo o b v io , e l c u a l y o m is m o
n u n ca h e sid o c a p a z d e v e r sin o c o m o a lg o p u r a m e n te fo r m a l, e n tr e l a te o r ía d e l v a lo r
tr a b a jo d e M a r x y e l c o n c e p to « s a la r io -u n id a d » d e K e y n e s . M u c h o m á s r e le v a n te para
la c u e s t ió n so n lo s fa m o s o s e s q u e m a s d e r e p r o d u c c ió n d e M a r x , lo s c u a le s h a n sid o
o b je to d e c o n d e r a b le a te n c ió n p o r p a rte d e q u ien es s e h an in te r e s a d o en la s r e la c io n e s
e n tr e K e y n e s y M a r x . L a se ñ o r a R o b in s o n n o s d ic e q u e K h a n , en e l f a m o s o « c ír c u lo »
en e l q u e e l T r a t a d o d e K e y n e s f u e d is c u tid o en 1931, « e x p lic a b a e l p r o b le m a d e l ahorro
y la in v e r s ió n im a g in á n d o s e u n co rd ó n a lr e d e d o r d e las in d u s tr ia s d e b ie n e s d e c a p i­
ta l y , a p a r tir d e a q u í, e s tu d ia n d o lo s in te r c a m b io s e n tr e e lla s y la s in d u str ia s d e b ie n e s
0$. d e c o n s u m o ; lu c h a b a p o r lle g a r a re d e scu b rir e l e s q u e m a d e M a r x » 21- R o b in s o n a ñ a d ía
q u e si K e y n e s h u b ie r a to m a d o a M a r x c d m o p u n to d e p a r tid a , c o m o h iz o K a l e c k i , se
h a b r ía a h o r r a d o m u c h o s p r o b le m a s .
S i u n e s t u d io d e lo s e s q u e m a s d e r e p r o d u c c ió n d e M a r x p u e d e r e v e la r c ie r ta s
im p o r t a m t e s im ila r id a d e s c o n K e y n e s , t a m b ié n p u e d e s e r v ir p a r a s a c a r a l a lu z un
n ú m e r o d e d is im ilit u d e s q u e s o n c o m o m ín im o d e l a m is m a im p o r t a n c ia . L o s a g r e ­
g a d o s d e M a r x , c o m o e l p r o fe s o r T s u ru h a e n fa t iz a d o e n u n e s tim u la n te a r tíc u lo , « s e
e n c u e n tr a n a m e d io c a m in o e n e l v ia je t e ó r ic o d e M a r x d e s d e la m á s a b s tr a c ta d is c u ­
s ió n d e l v a lo r h a s t a la m á s c o n c r e t a a c la r a c ió n d e la s c r is is y o tr o s fe n ó m e n o s t íp ic a ­
m e n te c a p it a lis t a s » 22. E s t o s ig n if ic a q u e la d is c u s ió n d e M a r x s o b r e su s e s q u e m a s d e
rep ro d u cc ió n d e l v o lu m e n U d e E l C a p i t a l está b a s a d a e n u n a ca n tid ad d e s u p u e s to s s im -
p lif ic a d o r e s , e l m á s n o t a b le e s e l s u p u e s to d e q u e to d o s lo s b ie n e s c o n c e r n id o s so n
c o m p r a d o s y v e n d id o s a tra v é s d e lo s v a l o r e s m a r x ia n o s . ( D e fo r m a s im ila r , en e l a n á ­
lis is d e l v o lu m e n s o b r e l a te n d e n c ia a la r g o p la z o d e la c a íd a d e la ta s a d e b e n e fi­
c io s , se a s u m e q u e to d o s lo s b ie n e s se v e n d e n a lo s « p r e c io s d e p r o d u c c ió n » q u e se
d e r iv a n d e lo s v a l o r e s ) . E s to im p lic a , d e sd e lu e g o , q u e lo s a g r e g a d o s d e M a r x n o son
« o p e r a c io n a le s » en e l s e n tid o en q u e lo s o n lo s d e K e y n e s , u n h e c h o q u e fr e c u e n te ­
'£::•••••
m e n te s e u tiliz a p a r a d e m o s tra r la s u p e r io r id a d d e l s is te m a k e y n e s ia n o s o b r e e l m a r­
xista. E s v e r d a d , c o m o T su ru destaca23, qu e e l s is te m a m a r x ia n o te n d ría q u e e x p a n d ir se
■Ni'- in c o r p o r a n d o u n a teo ría d e a ju s te s p a r a m é tric o s s i s e h u b ie s e d e s e a d o a b o r d a r lo s p ro ­
(Bí: b le m a s en q u e K e y n e s e s ta b a p a r tic u la r m e n te in te re s a d o . P e r o e l m é to d o d e e n fo q u e
; d e M a r x n o e r a a r b itra r io , y e l h e c h o d e q u e trata ra e s ta s p a r te s d e su a n á lis is e n tér-
#
W¡-
2J. Robinson, CollecledEconomic Papers, vol. 111, p. 96.
22. Shígeto Tsuru, «Kcynes versus Marx: The Melodoiogy ofAggrcgates». En: Posl-Keynesian Economics.
Londres, 1955, p. 340.
23. Op. Cit, p. 335-336.

¡g
gí;"

W:
368 CRÍTICAALAECONOMÍAORTODOXA

m in o s d e v a l o r e s y « p r e c io s d e p r o d u c c ió n » , en v e z d e en té r m in o s d e p r e c io s d e m er­
c a d o , n o p u e d e s e r to rn a d o c o m o in d ic a t iv o d e q u e n o s e s in t ie s e p r e o c u p a d o p o r el
c o r to p la z o . M á s b ie n , r e fle ja b a su v is ió n d e q u e los fe n ó m e n o s a co rto p la z o , in c lu ­
y e n d o n o to r ia m e n te e l fe n ó m e n o d e l c ic lo e c o n ó m ic o , n o p o d ía s e r a d e c u a d a m e n te
a n a liz a d o d e m a n e r a s e p a r a d a d e la s te n d e n c ia s a la r g o p la z o , y q u e la s c a u s a s b á s ic a s
d e a m b o s , e l la r g o p la z o y e l c o r t o , d e b ía n s e r v ista s a n te to d o d e n tr o d e la s .r e la c io n e s
s o c ia le s fu n d a m e n ta le s e n tr e lo s h o m b r e s en la e s fe r a d e la p r o d u c c ió n , la s c u a le s s e
r e fle ja b a n en p r im e r a in s ta n c ia e n lo s v a l o r e s y « p r e c io s d e p r o d u c c ió n » d e lo s b ie n ­
e s . P o r e je m p lo , u n o n o p o d r ía p rese n ta r a d e c u a d a m e n te u n c o n ju n to d e fa c to r e s co r n o
la c a u s a d e la te n d e n c ia a la r g o p la z o d e la c a íd a d e la ta s a d e b e n e fic io s (en té rm in o s
d e v a l o r e s ), y o tr o c o n ju n t o c o m p le t a m e n t e s e p a r a d o d e fa c to r e s c o m o la c a u s a d e la
c a íd a d e b e n e fic io s o d e la e x p e c t a t iv a d e b e n e fic io s (en té r m in o s d e p r e c io s ) a co rto
p la z o , la cu a l p r e c ip ita r ía la c r is is p o r sus e fe c to s s o b re la in v e r s ió n in d u c id a . L o s f a c ­
tores c u y o in c e s a n te c o n flic t o e ite ra c ió n p r o d u ce n e sto s d o s tip o s d e fe n ó m e n o s e sta­
b a n , d e sd e e l p u n to d e v ista d e M a r x , ín t im a m e n t e lig a d o s e n tr e s í, y p r o v e n ía n d e
cie rta s c o n tr a d ic c io n e s im p líc ita s e n la s r e la c io n e s d e p r o d u c c ió n q u e c a r a c te r iz a n a la
e c o n o m ía c a p it a lis t a .
L a c o n tr a d ic c ió n b á s i c a d e l m o d o d e p r o d u c c ió n c a p it a lis t a , q u e e n c ie r to s e n tid o
es e l o r ig e n d e to d a s la s d e m á s c o n t r a d ic c io n e s , e ra e s e n c ia lm e n te , d e s d e e l p u n to d e
v is ta d e M a r x , u n a c o n t r a d ic c ió n e n tr e t e n d e n c i a y o b j e t i v o . L a t e n d e n c i a d e l m o d o
d e p r o d u c c ió n c a p ita lis ta , e s c r ib e M a r x , e s « h a c ia u n a b so lu to d e sa r ro llo d e la s fu e rz a s
p r o d u c tiv a s , sin te n e r en c u e n ta e l v a lo r y la p lu s v a lía q u e re p re s e n ta n y sin re p a rar en
la s c o n d ic io n e s s o c ia le s b a jo la s c u a le s la p r o d u c c ió n c a p it a lis t a tie n e lu g a r » . E l o b j e ­
t i v o in m e d ia to d e l s is te m a , p o r o tr a p a r te , e s « p re s e r v a r e l v a lo r d e l c a p ita l e x is te n te

y p r o m o v e r s u a u t o e x p a n s ió n h a s ta e l lím it e m á s e le v a d o p o s ib l e » . E l o b je t iv o y la
te n d e n c ia e s tá n e n c o n tin u o c o n f l ic t o . E l e m p e ñ o c a p ita lis ta es p r o m o v e r la a c u m u la ­
c ió n y la p r o d u c tiv id a d , c o n e l fin d e in c r e m e n ta r sus b e n e fic io s y e l v a lo r d e s u c a p ita l.
P e r o lo s c a m b io s t e c n o ló g ic o s a s o c ia d o s c o n la a c u m u la c ió n in c r e m e n ta n la c o m p o ­
s ic ió n o r g á n ic a d e l c a p ita l y , p o r ta n to , a m e n o s q u e su e f e c t o s e a c o m p e n s a d o , s o n
c a u s a d e la c a íd a a la r g o p la z o d e la t a s a d e b e n e fic io s . L a c o n tin u a a c u m u la c ió n , n u e ­
v a m e n te , in c r e m e n ta la m a s a d e lo s b ie n e s d e c a p ita l p e r o , a l m is m o tie m p o , c o n lle v a
u n a d e p r e c ia c ió n p e r ió d ic a d e l v a lo r d e l c a p it a l e x is te n te , lo c u a l « p e r tu rb a la s c o n d i­
c io n e s d a d a s , d e n tro d e la s q u e e l p r o c e s o d e c ir c u la c ió n y r e p r o d u c c ió n d e l c a p ita l s e
d e s a r r o lla , y e s , p o r lo ta n to , a c o m p a ñ a d o p o r r e p e n tin a s d e s a c e le r a c io n e s y c r is is en
e l p r o c e s o d e p r o d u c c ió n » . Y la lu c h a d e l ca p ita lis ta p a ra in cr e m e n ta r s u ta s a d e b e n e fi­
c io s y su ta s a d e a c u m u la c ió n im p lic a u na re s tricc ió n in m e d ia ta d e l c o n s u m o p o r su p ro ­
p ia parte y p o r p a r te d e su s tr a b a ja d o r e s . « E s ta s d iferen tes in flu e n c ia s » , e x c la m a M a r x ,

pueden en un momento operar predominantemente una al lado de la otra en el espa­


cio y otras veces sucederse enel tiempo. De tiempoen tiempo, el conflicto de intereses
antagónicos encuentra una válvula de escape en !as crisis. Las crisis son siempre
momentáneas y enérgicas soluciones a las contradicciones existentes. Son erupcio­
nes violentas que por un tiemporestauran el equilibrio alterado2! 2
4

24. Citas en este párafo de El Capital, vol. III, p. 2 4 .


EL LUGAR DE KEYNES EN LA HISTORIA DEL PENSAMIENTO ECONÓMICO 369
369

Así pues, aunque en la «reproducción ampliada» existe la posibilidad teórica de un


«equilibrio» entre las distintas sectores de la economía, cuyas condiciones pueden ser cui­
dadosamente definidas, tal «equ ilibrio» puede en realidad ser solamente alcanzado acci­
dentalmente, o por el tipo de restitución forzosa del equilibrio justo descrita25.
Si bien es verdad que tanto M arx com o Keynes rechazan la ley de Say y aducen fac­
tores endógenos para la explicación de las fluctuaciones cíclica s, el parecido no va
m ucho más lejos que esto. L a primera y más obvia disim ilitud es que mientras el aná­
lisis del ciclo de M arx era una parte integral de un análisis m acrodinámico de miras
muy am plias, bastante sim ilar en alcance al de sus predecesores clásicos, el análisis
de Keynes del equilibrio con subempleo tenía más o menos exclusivam ente un carác­
ter macroestático. K eynes enfatizando que «en el largo plazo estaremos todos muertos»,
asumía deliberadamente que las técnicas de producción, tamaño de las plantas, etc, se
mantendrían sin cambios. Corno Schumpeter puntualizó, en el modelo básico de Keynes
(pero no siem pre en los argumentos en que se apoyaba) «todos los fenóm enos que
inciden en la creación y cam bio del aparato (industrial), es decir los fenómenos que
dom inan el proceso capitalista, están de este m odo excluidos de consideración»2^ L a
segunda disim ilitud se desprende de lo que se ha dicho al final de la sección previa
acerca de los grados comparativos de «generalidad» entre Jos sistemas clásico y key-
nesiano. M arx, al igual que Sm ith y R icardo, no hace distinción entre análisis micro-
económ ico y m acroeconómico, y deliberadamente orienta su teorías sobre el valor y la
distribución hacia la solución del problema de las «leyes de funcionamiento» del capi­
talism o. L a tercera disim ilitud, que está profundamente ligada a las dos anteriores, es
simplemente que mientras la teoría de M arx estaba expresada en términos de las rela­
ciones de producción peculiares del capitalism o, Keynes en su mayor parte hizo abs­
tracción de estas relaciones, considerándolas simplemente com o una parte del entorno
«dado» dentro del cual las variables que consideraba significativas interaccionaban
entre sí.
Este últim o punto requiere una explicación algo más elaborada. L o s agregados
keynesianos, como ha dicho el profesor Tsuru, a diferencia de los agregados marxianos,
«no se refieren necesariamente a la especifidad del capitalism o [ .. . ]. E n cualquier tipo
de sociedad, sea tribal-primitiva o socialista, es posible aplicarlos y referirnos a estos
ratios por medio de términos tales com o "la propensión al consumo” , “ la propensión a
invertir'’, etc.»27^E n el sistema de K eynes, juegan un papel vital tres «variables inde­
pendientes», las cuales están deliberadamente definidas en términos asociales. Estas
variables son «la propensión psicológica al consum o, la actitud psicológica hacia la
liquidez y las expectativas psicológicas de futuros beneficios provenientes de los acti­
vos de capital»28. Si la «estructura social», Ja «técnica actual», el «nivel de competen­
c ia » , etc. se tom an com o dados, argum enta K e y n e s , entonces las «variables
independientes» determinarán las «variables dependientes» (volum en de empleo y
renta nacional). Keynes reconoce, desde luego, que los factores «tomados como dados»
tienen influencia en las «variables independientes»; pero afin n a que <<no los determi-

25. Cf., ibíd., vol. 11, p. 494-495.


26. Schumpcter, en TheNew&:onomics, p. 93.
27. Tsuru, op.cit., p. 336.
28. General Theory, p. 247.
370 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

n a c o m p l e t a m e n t e » , y a s u m e q u e la n a t u r a le z a d e s u i n f l u e n c i a , e x c e p t o e n c a s o s e s p e ­
c i a l e s , n o n e c e s it a s e r in v e s t i g a d a 293
. P a r a M a r x , p o r e i c o n t r a r io , p a r e c í a o b v io q u e e r a
1
0
p r e c is a m e n t e e s t e c a m p o d e i n v e s t i g a c i ó n e l q u e e r a v e r d a d e r a m e n t e c r u c ia l.

6
A q u e l l o s d e n o s o t r o s q u e p r o f e t i z a m o s q u e e n l o s a ñ o s s i g u i e n t e s a la p u b li c a c ió n d e
la Teoría general, !a e s t r u c t u r a d e l a o r t o d o x i a e c o n ó m i c a s e m o s t r a r ía lo s u f i c i e n t e
f l e x i b l e p a r a a c o m o d a r e l a n á lis is d e K e y n e s , y q u e h a b la r d e la « r e v o lu c ió n k e y n e -
s ia n a » e r a p o r t a n t o u n a a f i r m a c i ó n e r r ó n e a , d e b e m o s s im p l e m e n t e r e c o n o c e r q u e n o s
h a b í a m o s e q u i v o c a d o . H o y , t r e in t a a ñ o s d e s p u é s d e l a T e o r ía g e n e r a / , !a a v a la n c h a d e
a r t í c u l o s y lib r o s r e s u m i e n d o , in t e r p r e t a n d o , d e s a r r o l l a n d o y a t a c a n d o e l t r a b a j o d e
K e y n e s n o m u e s t r a s ig n o s d e d e c a im ie n t o . E s t a n g r a n d e e l v o l u m e n d e e s t a lit e r a t u ­
r a « p o s t k e y n e s i a n a » , q u e v e r d a d e r a m e n t e e s m u y d i f í c i l i d e n t i f i c a r i n c l u s o c u á le s s o n
l a s t e n d e n c ia s q u e t ie n e n im p o r t a n c i a e n e l d í a d e h o y , p o r n o m e n c i o n a r a q u e l la s q u e
J o s h i s t o r ia d o r e s d e l fu t u r o r e c o n o c e r á n c o m o im p o r t a n t e s e n r e l a c i ó n c o n l a c u e s t ió n
d e l l u g a r q u e d e b e o c u p a r K e y n e s e n l a h i s t o r ia d e l p e n s a m i e n t o e c o n ó m i c o . C r e o q u e
n o e s p o s ib l e h a c e r m u c h o m á s e n e s t a c o y u n t u r a q u e c l a s i f i c a r u n n ú m e r o d e la s t e n ­
d e n c i a s c o r r ie n t e s b a j o d o s a m p l i o s a p a r t a d o s .
E l p r i m e r o d e e s t o s a p a r t a d o s a g r u p a c ie r t a s t e n d e n c ia s q u e e n c o n j u n t o s i g n i f i ­
c a n u n r e t r o c e s o s o b r e Ja v i s i ó n f u n d a m e n t a l d e K e y n e s d e l c a p i t a li s m o c o m o u n s i s ­
t e m a in t r ín s i c a m e n t e i n a r m ó n ic o e n e l c u a l n o e x i s t e u n a m a n o i n v i s i b l e e q u i li b r a n d o
a u t o m á t i c a m e n t e l o s n iv e l e s d e in v e r s i ó n c o n lo s n i v e l e s d e a h o r r o y p l e n o e m p l e o .
P a r a e l m is m o K e y n e s , q u e e s t a b a i m p l i c a d o e n e l a n á l is is d e la s f l u c t u a c i o n e s d e l o u t -
p u t a c o r t o p la z o , a s u m ir l a a u s e n c ia d e s e m e ja n t e m a n o in v is ib le e r a m u c h o m á s im p o r ­
ta n te q u e la s d iv e r s a s razones p a r t ic u la r e s q u e p o d ía n s e r e s g r i m i d a s p a r a j u s t i f i c a r su
a u s e n c i a e n a lg ú n c a s o 3(\ D e s p u é s d e K e y n e s , s in e m b a r g o , c u a n d o J a p r o p e n s ió n p s i ­
c o l ó g i c a d e lo s e c o n o m is t a s a f o r m a l i z a r h a b í a t e n id o t ie m p o d e o p e r a r , l a c u e s t ió n d e
e s t a s r a z o n e s e m p e z ó a a p a r e c e r c o m o m u c h o m á s im p o r ta n te . ¿ E n c u á le s d e e sta s
r a z o n e s c o n f í o K e y n e s ? ¿ C u á l e s d e e l l a s e r a n r e a l m e n t e im p o r t a n t e s ? ¿ B a j o q u é c ir ­
c u n s t a n c i a s n o s e r ía o p e r a t iv a n i n g u n a d e e l l a s , d e f o r m a q u e l a m a n o i n v i s i b l e t u v i e ­
r a q u e v o lv e r a o c u p a r n u e v a m e n t e su p a p e l? E l c a m in o e s t a b a a h o r a a b ie r to p a r a q u e
f l o r e c i e r a n c ie n t o s d e m o d e l o s b a s a d o s e n d i f e r e n t e s c o n j u n t o s d e s u p u e s t o s , i n c l u ­
y e n d o , d e s d e lu e g o , r e s ta u r a d o s m o d e lo s n e o c lá s ic o s e n lo s q u e e s ta b a a s u m id o q u e
e l c r e c im i e n t o e r a p o s i b l e s in a l e j a r s e s i g n i f i c a t i v a m e n t e d e l p le n o e m p l e o . L a c a r i c a ­
t u r a q u e K e y n e s h i z o d e lo s e c o n o m i s t a s n e o c l á s i c o s e m p e z ó a p r o v o c a r la s i n e v i t a ­
b le s r e p r e s a lia s , y l a r e s u r r e c c ió n d e l e f e c t o P i g o u s ir v ió « p a r a s a l v a r l a c a r a y e l h o n o r
d e lo s c r e y e n t e s e n e l e q u i li b r i o a r m ó n i c o » 21 a l h a c e r p a r e c e r m e n o s p r o b a b l e q u e la s
t r a m p a s d e l i q u i d e z y l o s p la n e s d e in v e r s i ó n i n e l a s t i c o s a l in t e r é s p u d ie r a n e v it a r l a
c o n s e c u c i ó n d e l p le n o e m p l e o .
E s t e re tro c e s o , d e s d e la o r i g in a l v is ió n k e y n e s ia n a , q u e e n p a rte f u e p o s ib le , p a r a ­
d ó j i c a m e n t e , u t i l i z a n d o lo s í n t r u m e n t o s y t é c n i c a s p r o p o r c i o n a d o s p o r e l m i s m o

29. [bid.,p. 245-247.


30. Cf. Samuelson, en Keynes’ Geieral Theory: Reports of Three Decades, p. 23 l.
31. Samuelson, op. cit., p. 333.
EL LUGAR DE KEYNES EN LA HISTORIA DEL PENSAMIENTO ECONÓMICO 371

Keynes3 33, es desde luego algo más que un m ero subproducto de la moda de constrUc­
2
ción de modelos estimulada por la Teoría general , y algo más que una mera reflexión
de la notoria dificultad teórica de reconciliar competencia con desempleo33. N o es fácil
vivir sin el confortable supuesto de la presencia de una mano invisible, y para muchos
economistas, después de una debida reflexión, la interpretación de Keynes de las fluc­
tuaciones cíclicas, que ponen de relieve la importancia de los factores endógenos sobre
los exógenos, em pieza a aparecer quizá un poco am esgada. Pero el retroceso ha sido
estimulado sobre todo por el simple hecho de que, contrariamente a lo que cada uno
esperaba, no ha habido una depresión importante en el mundo capitalista por espacio
de 25 años. Esto ha provocado, en opinión de muchos modernos economistas, el mismo
tipo de reacción que ocasionó, en una situación no m uy diferente, en las mentes de
alguno de sus predecesores después de la muerte de Ricardo: si las cosas de hecho se
han sucedido mucho mejor de lo que Keynes (o Ricardo) anticiparon, ¿no debe haber
algo radicalmente erróneo en la teoría básica de Keynes (o Ricardo)? N o es fácil deci­
dir lo que uno debiera hacer entre esta aparente contradicción entre teoría y realidad.
¿Puede uno em pezar hablando en términos de tendencias keynesianas «innatas» que
están ahora siendo contrapesadas por la acción de gobierno? ¿ O puede uno quizá empe­
zar postulando la existencia de tendencias h acia el pleno em pleo, por ejem plo, por
m edio de cam bios equilibradores en la distribución del ingreso? L a elecció n de la
' acción realmente seleccionada dependerá de las predilecciones personales, y puede
también, desde lu ego, depender del lado particular del Atlántico en el que a l econo­
mista le ha tocado vivir.
E l segundo apartado incluye las tendencias que han llevado a Ja transformación de
la teoría macroestática propia de Keynes en una teoría macrodinámica más realista y tras­
cendental. E l que la palabra correcta sea «transform ación» es desde luego materia
corriente de controversia: el alcance en el que la Teoría general ha sembrado las semi­
llas de la m acrodinám ica moderna no es fá cil de determinar. N i es fá cil juzgar si y en
qué sentido la teoría macroestática keynesiana era en realidad un«fundam ento indis­
pensable»3435para e l sistema macrodinámico moderno. Pero puede, en cualquier caso,
decirse que el sistema de Keynes proporcionó los estímulos básicos para la emergencia
del moderno sistema macrodinámico, en el cual se puede prestar y se está prestando
m ayor atención a las «relaciones de producción» de lo que propio K eyn es pensaba
prestarles. U n a vez el uso de los agregados apropiados se ha hecho respetable, la de­
sagregación pasa a ser posible: por ejem plo, los ahorros de los receptores de benefi­
cios pueden ser separados de las de otros grupos sociales. U n a v ez que el concepto de
corriente neta de ingresos ha sido incorporado a nuestra teoría, podernos em pezar a
pregun^m os acerca de las características del organismo económico dentro y fuera del
cual estos ingresos fluyen3^ U n a vez que la capacidad de crear ingresos desde las inver­
siones ha sido considerada, podernos proceder a preguntarnos sobre los efectos de aña­
dir capacidad productiva. Y una vez hayamos analizado el problema de la determinación
del volumen de producción bajo condiciones competitivas, podemos proceder a intro-

32. Cf. Samuelson, op. cit. p. 334.


33. C f. G. Haberler, en Keynes’ General Theory: Reporlsfor Three Decades, p. 284.
34. lbírl. Ha^rrorl, p. 140.
35. Cf. Tsuru, op. cit., p. 341.
372 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

d u c ir e l m o n o p o lio e n n u e s to c u a d r o . E l r e s u lta d o n e to d e e s te s e g u n d o c o n ju n to d e
t e n d e n c ia s h a s id o l a e m e r g e n c i a d e u n n ú m e r o d e t e o r í a s m a c r o d i n á m i c a s q u e e s t á n
m u c h o m á s c e r c a d e la s t e o r í a s c l á s i c a y m a r x is t a , e n e s p ír it u y f r e c u e n t e m e n t e e n c o n ­
t e n id o r e a l, d e ío q u e n a d ie r a z o n a b le m e n t e h a b í a a n t i c i p a d o . E n e l l a r g o p l a z o , p u e d e
b ie n s e r q u e e l « p o d e r o s o i m p u l s o » 3^ d a d o p o r K e y n e s , q u iz á i n i n t e n c i o n a d a m e n t e , a l
a n á l i s i s m a c r o d i n á m i c o s e a e l f a c t o r p r i n c i p a l p a r a d e t e r m in a r .s u l u g a r e n l a h i s t o r ia
d e l p e n s a m ie n to e c o n ó m ic o .
P e r o s i d ijé r a m o s s o la m e n te e s t o p o d r ía p a r e c e r q u e ig n o r a m o s e l a s p e c t o m á s
im p o r t a n t e d e t o d o s . E s t a m o s v i v i e n d o e n u n t i e m p o e n e l q u e l a n a t u r a le z a y l a f u n ­
c ió n d e la e c o n o m ía e n s u c o n ju n to e stá e x p e r im e n ta n d o u n a p r o fu n d a r e v o lu c ió n .
E x i s t e n v a r io s c a m i n o s p a r a d e s c r i b i r e s t a r e v o l u c i ó n : a m í m e g u s t a p e n s a r e n e l l o e n
t é r m in o s d e l a t r a n s f o r m a c i ó n d e l a e c o n o m í a e n u n c ie n c i a , o q u i z á e n u n a r t e , d e g e s ­
t ió n e c o n ó m i c a o i n g e n i e r í a s o c i a l , y l i g a r e s to c o n e l d e c l i v e e n n u e s t r o s d ía s d e l c o n ­
c e p t o d e l a m á q u i n a e c o n ó m i c a 3^ L a c u e s t ió n n o e s s im p le m e n t e q u e h o y e l a n á l is is
e c o n ó m ic o e s tá t e n ie n d o u n a in c id e n c ia e n la p o lít ic a p ú b lic a e n u n g r a d o m a y o r q u e
n u n c a a n t e s , s in o q u e l a n a t u r a le z a t o d a d e l a n á l i s i s e c o n ó m i c o e s t á s i e n d o c a m b i a d a
r a d ic a lm e n t e e n f u n c i ó n d e tr a ta r d e m a n e r a e f e c t i v a lo s nuevos p r o b le m a s d e p o lít ic a
e c o n ó m i c a q u e e s t á n e m e r g i e n d o e n u n m u n d o e n e l c u a l e l d o m i n i o d e la m á q u i n a
e c o n ó m i c a e s t á d i s m i n u y e n d o c o n s t a n t e m e n t e . E s e v id e n t e q u e e l s is t e m a t e ó r i c o k e y -
n e s ia n o e s d e s d e l u e g o u n o d e l o s m á s « m a q u in i s t a s » . P e r o a l c o n c e n t r a r s e , c o m o s e h a
h e c h o , e n la t e n d e n c ia d e l a m á q u i n a p a r a g e n e r a r d e s e m p le e o y c a p a c id a d o c io s a , y c e n ­
tr a r l a a t e n c i ó n s o b r e lo s a g r e g a d o s q u e e r a n n o s o l a m e n t e c r u c i a l e s d e s d e u n p u n t o
d e v i s t a d e l a p o l í t i c a e c o n ó m i c a s in o t a m b i é n m e n s u r a b l e s e s t a d í s t i c a m e n t e , s e h a
d a d o u n t r e m e n d o í m p e t u a l d e s a r r o l l o d e l n u e v o t ip o d e p e n s a m i e n t o e c o n ó m i c o q u e
n u e s t r o t i e m p o r e q u ie r e . A l h a c e r r e s p e t a b l e l a in t e r f e r e n c i a c o n la o p e r a c i ó n d e l a
m á q u in a y h a c ié n d o lo s o b r e u n a b a s e c ie n t ífic a , K e y n e s a y u d ó a p a v im e n t a r e l c a m i­
n o p a r a u n n u e v o t ip o d e p e n s a m i e n t o e c o n ó m i c o , e l c u a l p u e d e m u y b ie n t r a s c e n d e r
a t o d o s l o s s is t e m a s e c o n ó m i c o s a n t e r i o r e s , i n c l u y e n d o e l s u y o . 3
7
6

36. Schumpeter, Hislory ofEconomtc Anoiysis, p. l. I 84


37. Ver mi «Inaugural Lecture», The Rise and Foll of¡he Conccpi of Economic Machine (Leicesier, 1965).
CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA 373-385

K a le c k i y K e y n e s *

G e o r g e R . F e iw e l

[ ...]

l . L O S Á R B O L E S G E N E A L Ó G I C O S IN T E L E C T U A L E S D E K A L E C K I Y K E Y N E S

C o n e x c e p c ió n d e M a lt h u s y a lg ú n o tro la c o r r ie n t e p r in c ip a l d e la e c o n o m ía a c a d é ­
m ic a p r e k e y n e s ia n a d e jó a u n la d o la m o le s ta c u e s t ió n d e e n c o n tr a r m e r c a d o s a d e ­
c u a d o s p a ra e l p ro d u cto d e l p len o e m p le o y ju s t ific a b a n la s u p o s ic ió n d e l p le n o e m p le o
c o n lo q u e M a r s h a l l ll a m a b a e l c o n o c i d o a x io m a e c o n ó m i c o 2, e s d e c ir , la le y d e l
M e r c a d o d e S a y ( c f . K e y n e s 1 9 3 6 , p . 19).

[. . .]

La Teoría general s e e n tie n d e m e jo r c o m o la c u lm in a c ió n d e l d e s a r ro llo in te le c ­


tu a l d e la e s c u e la e c o n ó m ic a d e C a m b r id g e im p r e g n a d a d e la tr a d ic ió n c lá s ic a . K e y n e s
s e r e b e ló c o n tr a to d a s e s a s te o ría s q u e le e ra n fa m ilia r e s y q u e n o e x p lic a b a n la c u e s ­
tió n d e la d e m a n d a e f e c t i v a . S e h a lla b a fa s c in a d o p o r M a l t h u s , d e c e p c io n a d o c o n
R ic a r d o y m a rc a d a m e n te en co n tra d e M a r x , a q u ie n « n u n c a e n t e n d í ni j o t a » 3. K e y n e s
c r e í a q u e « l a id e a d e q u e , fe liz m e n t e , p o d a m o s d e s c u id a r l a fu n c ió n d e la d e m a n d a
a g r e g a d a e s fu n d a m e n ta l e n la e c o n o m ía r ic a r d ia n a , q u e s u b y a c e en lo q u e s e n o s h a
e n s e ñ a d o d u r a n te m á s d e u n s ig l o . M a lt h u s , e n r e a lid a d , s e o p u s o co n v e h e m e n c ia a
la d o c tr in a d e R ic a r d o d e q u e e r a im p o s ib le q u e l a d e m a n d a e f e c t i v a fu e s e d e fic ie n te ;
p e r o f u e en v a n o » . C o m o M a lth u s n o fu e c a p a z d e e x p lic a r s a tis fa cto r ia m e n te e l «C ó m o
y por q u é l a d e m a n d a e fe c tiv a p o d ía se r d e fic ie n t e o e x c e s iv a , fr a c a s ó e n o fr e c e r u n a
c o n s tr u c c ió n a lte r n a tiv a ; y R ic a r d o c o n q u is tó I n g la t e n a t a n c o m p le ta m e n te c o m o la

* Publicado en: Feiw cl, George R . «K aleck i y K eynes». En: Michael Kalecki: contribuciones a la teo­
ría de ¡apolítica económica. M éxico: Fondo de C u llu ra E co n ó m ica , 1981, p. 72-75, 82-86, 92-99.
1. L a relación de K eynes con sus predecesores ha sido objeto de gran controversia. Ver, ínteralia, K lein,
1966, caps. l y 2; Hansen, 1953, cap. 1;H arris, ed. 1947, c a p . 6. Evidentem ente, otros autores influen­
ciados por K eyn es se han preocupado de la demanda e fe c tiv a . P ara un sum ario de las opiniones de
Laudcrdale, M althus, H obson y W icksell, véase Hansen, 1964, caps. 14 y 17. V e r además Schumpeter,
1954, passim, y Leijonhufvud, 1969.
2. N o quiereesto decir que todos los autores hayan tratado la ley de S ay com o si fuese una proposición evi­
dente p o r s í m ism a. Se ha presentado una argum entación m ás sofisticada. V é a se Schum pcter, 1954,
p. 615-625 y Patinkin, 1965, especialmente n. L .
3. Joan Robinson 1964, p . 338. Sobre Keynes y Marx, véase tam biénJoan Robinson, 1951,p. 133-145; 1960,
p. 1-17; K lein, 1966, p. 130-134.
374 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

S a n ta In q u is ic ió n c o n q u is t ó E s p a ñ a ... E l g r a n e n ig m a d e la d e m a n d a e f e c t i v a c o n la
q u e M a lt h u s h a b ía lu c h a d o a b r a z o p a rtid o se d e s v a n e c ió d e la lite ra tu ra e c o n ó m i c a ...
S ó l o p u d o v iv ir fu r tiv a m e n te , b a jo la s u p e r fic ie , en lo s b a jo s m u n d o s d e K a r l M a r x ,
S i lv i o G e s e l l o e l M a y o r D o u g la s » ( K e y n e s 1 9 3 6 , p . 3 2 ).
P a r e c e q u e K e y n e s , en s u e n s a y o s o b r e M a l t h u s , fu e d e m a s ia d o le jo s a l c o m e n ta r
lo s p a s a je s d e la c o r r e s p o n d e n c ia M a lt h u s - R ic a r d o 4 S e v e q u e n u n c a c a p tó e l p r o b le ­
m a c o n e l q u e lu c h ó R ic a r d o : « U n o n o p u e d e le v a n ta r s e d e sp u é s d e u n a le c tu r a c u i­
d a d o s a d e s u c o r r e s p o n d e n c ia sin un s e n tim ie n to d e q u e la c a s i to ta l d e s a p a r ic ió n d e
la lín e a d e e n fo q u e d e M a lt h u s y e l d o m in io d e R ic a r d o p o r un p e r io d o d e c ie n a ñ o s
h a s id o u n d e s a s tr e p a r a e l p r o g r e s o d e la e c o n o m ía » . K e y n e s c o n tin u ó : « S i h u b ie s e
s id o M a lt h u s , en lu g a r d e R ic a r d o , e l tr o n c o p r in c ip a l d e l q u e p r o c e d ie s e la e c o n o m ía
d e l s ig lo x i x , ¡en q u é p o s ic ió n m á s s e n s a ta y o p u le n t a e s ta r ía e l m u n d o h o y d í a h ^
E s t á c la r o q u e S c h u m p e te r ten ía r a zó n a l d e cir q u e , en la c o n tro v e rsia e n tre M a lth u s
y R ic a r d o , « e l g e n e r o s o e n tu s ia s m o lle v ó a K e y n e s m á s a llá d e to d o s lo s lím ite s d e la
r a z ó n . E n c u a n to a e s o p u n tu ó su in fo r m e c o n a p la u s o s p a r a M a lth u s y c o m e n ta r io s
n e g a tiv o s r e s p e c to a la “ c e g u e r a " d e R ic a r d o , c o n v ir tié n d o s e é l m is m o en un c ie g o en
r e la c ió n a la d e b ilid a d o b v ia d e l p r im e r o y to d o s lo s p u n to s fu e r te s d e l a r g u m e n to d e l
segundo»4
67
5.

[ ...]

H a s ta c ie r t o p u n to , e l g r a n lo g r o d e K e y n e s f u e n e g a t iv o en e l s e n tid o d e q u e s o c a ­
v ó la e c o n o m ía y p o lític a o r to d o x a s . S e r e b e ló c o n tr a la tir a n ía d e la le y d e l M e r c a d o
d e S a y d e sd e d e n tro d e la c iu d a d e la d e la o r t o d o x ia ( S w e e z y 1964, p . 3 0 1 , 3 0 5 ). P o r lo
m enos ag itó la e c o n o m ía o rto d o x a y p r o v o c ó su r e e x a m e n y r e v a lo r a c ió n . E n este s e n ­
tid o , e l lo g r o d e K e y n e s e s in c o n m e n s u r a b le m e n te m a y o r q u e e l d e K a le c k i 7 D e h e c h o ,
la r e v o lu c ió n d e K e y n e s « d e r r ib a d e u n a v e z p o r to d a s e l m ito d e u n a a r m o n ía e n tre

4. El problema consistía en que Ricardo se ocupaba de la teoría de la distribución entre las clases bajo
condiciones del equilibrio a largo plazo (la acumulación a largo plazo del capital exige ahorros, y los
mayores beneficios elevarían la tasa de crecimiento del volumen de capital y propiciarían una tasa de'
crecimiento a Sargo plazo del empleo). Malthus estaba preocupado con los determinantes delas varia­
ciones a corto plazo en el volumen de la producción en el mundo real (la rentabilidad a corto plazo
exige gasto). Ricardo señaló la fuente de la disputa cuando escribió: «M e parece que una causa grande
de nuestra diferencia de opinión en cuanto a los asuntos que hemos discutido tan a menudo sea que
usted tiene siempre en mente los efectos inmediatos y temporales de los cambios individuales, mientras
que yo pongo bien aparte esos efectos inmediatos y temporales y fijo toda mi atención en el estado de
cosas permanente que de ellos resultará. Tal vez usted estima demasiado esos efectos temporales mien­
tras que yo los subestimo demasiado. Para manejar bien este asunto, habría que distinguirlos y men­
cionarlos cuidadosamente y adjudicar el debido efecto a cada uno». Citado por Keynes, 1963a, p. 116;
vertambién la respuesia de Malthus, ibid.
5. Keynes, 1963a, p. 117, 120-21. Para una magistral presentación deRicardo, véase Sra!Ia, 1951. Sobre
Ricardo y Malthus, véase Blaug, 196S, caps. 3, 4 y 5, donde pueden hallarse amplias referencias sobre
los textos. Asimismo, Shumpeter, 1954 vale la pena de ser consultado.
6. Shumpeter, 1954, p. 623. Shumpeter acusó a Keynes de tener e! mismo vicio que Ricardo; «el hábito de
echar una pesada carga de conclusiones prácticas sobre una base muy tenue», /bid. p. 1.171.
7. «La dificultad radica, no en las nuevas ideas, sino en rehuir las Viejas, paraaquellos educados com olo
hemos sido la mayoría de nosotros, perqué ellas se ramifican en todos los resquicios de nuestra mente».
(Keynes, 1936, p. viii.)
KALECKI Y KEYNES

lo s in te r e s e s p r iv a d o s y p ú b lic o s , q u e fu e la p ie d r a a n g u la r d e l lib e r a lis m o d e l s ig lo


x i x » ( S w e e z y 1 9 6 4 , p . 3 0 1 ).
T a n to K a l e c k i c o m o K e y n e s ap o rtaro n Ja teo ría d e la d e m a n d a e fe c tiv a 8, q u e h a b ía
sido o b s c u r a m e n te p e r c ib id a p o r a lg u n o de s u s p r e d e c e s o re s , p e ro q u e n u n c a s e d e s a ­
rr o lló e n u n a te o r ía g e n e r a l. [ . . . ]

[ ...] '

2. C r í t ic a de K a l e c k i a la T e o r ía g e n e r a l de K eynes

, « E l ú ltim o lib r o d e K e y n e s , la T e o r í a g e n e r a l , l a o c u p a c i ó n , e l i n t e r é s y e l d i n e r o , q u e
■ s in d u d a c o n s titu y e u n v ir a je e n la h is to ria d e la e c o n o m ía , p u e d e su b d iv id ir s e g e n e r a l­
m e n te en d o s p a rte s e s e n c ia le s » ( K a le c k i 1 9 3 6 c, p . 1 8 -2 6 ): 1) d e te r m in a c ió n d e l e q u i-
■ lib r io a c o r to p la z o , lim íta d o p o r u n a c a p a c id a d p r o d u c tiv a d a d a y p o r u n n iv e l d a d o d e
la in v e r s íó n ( p o r u n id a d d e tie m p o ) , y 2) d e te r m in a c ió n d e l v o lu m e n d e in v e r s ió n .
P a r e c e q u e la c u e s t ió n p r im e r a s e r e s o lv ió b a sta n te s a tis fa c to r ia m e n te e n la te o r ía
d e K e y n e s , aun c u a n d o p u d ie s e n s u r g ir d u d a s d e b id o a cie rta a u s e n c ia de c la r id a d y
r ig o r d e la e x p o s ic ió n . E n s u a r t íc u lo , K a l e c k i in te n tó p r e s e n ta r s u p r o p ia in te r p r e ta ­
c ió n de e sta p a rte d e la t e o r ía de K e y n e s , lle g a n d o a sus m is m a s c o n c lu s io n e s e s e n -
i,;,: : c ia le s a t r a v é s d e u n c a m in o a lg o d ife r e n te .
L a c u e s tió n e s e n te r a m e n te d is tin ta en lo q u e se r e fie r e a l s e g u n d o p r o b le m a e s e n ­
c ia l, a sa b e r, e l a n á lis is d e lo s fa c to r e s q u e d e te rm in a n e l n iv e l d e la in v e r s ió n . E n e ste
■i' p u n to n o e s la e x p o s ic ió n , s in o l a c o n s tr u c c ió n a n a lític a la q u e a d o le c e d e s e r ia s d e f i ­
c ie n c ia s , p o r lo q u e l a c u e stió n p e r m a n e c e , p o r lo m e n o s e n p a r te , s in s o lu c ió n .
:j A n t e s d e e m b a r c a r se e n la e x p o s ic ió n d e l argu m en to d e K e y n e s , K a l e c k i h iz o a lg u ­
n a s o b s e r v a c io n e s r e la t iv a s a l a p a r a to a n a lít ic o u t iliz a d o p o r a q u é l, in t r o d u c ie n d o
: im p o r ta n t e s m o d if ic a c io n e s e n l a p r e s e n t a c ió n d e l a r g u m e n t o . S u e x p o s i c i ó n d e la
d e te r m in a c ió n d e l e q u ilib r io a c o r to p la z o es d e g ra n in te r é s ( in c lu id a la in tr o d u c c ió n
- d e la te o r ía d e l a c o m p e t e n c ia im p e r fe c t a e n e l a r g u m e n to y e l r e p la n te a m ie n to d e l
; e q u ilib r io a c o r t o p la z o ) , a u n q u e e s la s e g u n d a p a rte d e la c r ít ic a la q u e en e s te p u n to
tie n e p r im o r d ia l im p o r t a n c ia .
K a l e c k i a d v ir tió q u e , en to d a su o b r a , K e y n e s trató c o n u n s is te m a c e r r a d o , ig n o ­
r a n d o , p o r t a n to , la in f lu e n c i a d e l c o m e r c io e x te rio r. E n tr e lo s s u p u e s to s im p o r ta n te s
: q u e K a l e c k i h iz o e n su p r o p ia e x p o s ic ió n e s tá e l d e q u e lo s tra b a ja d o re s n o a h o r r a n (ni
fr ta m p o c o v iv e n p o r e n c im a d e su s m e d io s ) . K a l e c k i c r e í a q u e e l to m a r e n c o n s id e r a ­
l

| ¡. : 8. «Así, ia ley de Say [.,.] es equivalente a la proposición de que no hay obstáculos al pleno empleo. Si, no
• obstante, no es ésta la verdadera ley con respecto a la demanda agregada y a las funciones de la oferta,
queda per redactar un capítulo vitalmente im^rtante de la teoría económica y sin el cual son fútiles todas
las discusiones con respecto al volumen del empleo agregado» (Keynes, 1936, p. 26). Es de destacar que
el propio Keynes hablase del carácter revolucionario del libro que estaba escribiendo. Creía que su nueva
economía iba a minar el marxismo. «Creo estar escribiendo un libro sobre teon'a económicaque en buena
medida revolucionará -no, supongo, de inmediato sino en el curso de diez años-la manera en que el
mundo concibe los problemas económicos. Cuando mi nueva teoría haya sido asimiladadebidamente y mez-
• clada con la política, los sentimientos y las pasiones, no puedo predecir cuál será el resultado final sobre
, la actividad y los negocios. Pero habrá un gran cambio y, en particular, la base ricardiana del marxismo será
< demolida» (Keynes a George Bemard Shaw, enero l. 1935, citado per Harrod, 1951, p. 462).

L
376 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

c i ó n e l a h o r r o d e lo s t r a b a ja d o r e s o b s c u r e c e r í a c ie r t o s r a s g o s c a r a c t e r í s t ic o s d e l a e c o ­
n o m ía c a p i t a li s t a e n g e n e r a l y , e n p a r t ic u la r , d e j a b a la t e o r ía d e K c y n e s m e n o s in c i s i v a .
K a l e c k i o b s e r v ó q u e K e y n e s u t i l i z a b a l a s l l a m a d a s u n i d a d e s s a l a r i a l e s , e s d e c ir ,
l o s s a l a r io s p o r h o m b r e - h o r a d e t r a b a jo c o m o s u mañereare, b a j o e l s u p u e s to s im p lis ­
t a d e q u e l o s s a l a r io s p a r a t o d o s l o s t i p o s d e t r a b a j o m a n t ie n e n u n a r e l a c i ó n c o n s t a n t e
e n t r e e ll o s . I g u a l m e n t e c o m p r o b ó q u e e s t a m a n e r a d e m e d ir e l v a lo r d e l o s b ie n e s t ie n e
u n s ig n ific a d o m á s p r o fu n d o , y a q u e K e y n e s m a n t e n ía q u e e l m o v im ie n t o s a la r ia l p ro ­
d u c e u n m o v im i e n t o p r o p o r c io n a l d e l p r e c io . A l e l e g i r u n id a d e s d e m e d i d a , y a i e x p r e ­
s a r t o d o e n u n id a d e s s a l a r i a le s , K e y n e s e l i m i n a b a u n o d e lo s f a c t o r e s m á s im p o r t a n t e s
e n e l m o v i m i e n t o t o t a l d e l p r e c io .
E l t e m a b á s i c o e n l a t e o r ía d e K e y n e s e s l a h i p ó t e s is d e u n a r e s e r v a d e d e s e m p le o .
S i u n a c a í d a d e lo s s a l a r io s n o m i n a l e s , p r o v o c a d a p o r e l d e s e m p l e o , d a c o m o r e s u l t a ­
d o u n a c a í d a p r o p o r c io n a l d e lo s p r e c io s , n o e x i s t e t e n d e n c ia a lg u n a a l a a b s o r c ió n d e l
d e s e m p le o .
K a l e c k i l l e g ó a l a c o n c l u s i ó n d e q u e , e n l a t e o r ía d e K e y n e s , l a in v e r s ió n t ie n e u n a
im p o r t a n c i a d e c i s i v a p a r a e l e q u i li b r i o a c o r t o p l a z o , y p o r t a n t o , p a r a e l v o l u m e n d e l
e m p l e o y d e l a r e n t a n a c i o n a l p o r u n i d a d d e t i e m p o . E s e l v o l u m e n d e l a in v e r s ió n e l
q u e d e t e r m i n a c u á n t a m a n o d e o b r a a b s o r b e r á e l a p a r a t o p r o d u c t i v o e x i s t e n t e 9. P o r
t a n t o , l a r e s p u e s t a a p o r q u é t e n e m o s u n e m p l e o y p r o d u c c i ó n a lt o s o b a j o s h a y q u e
b u s c a r l a e n l o s f a c t o r e s q u e d e c i d e n e l v o l u m e n d e la in v e r s ió n . E s e l a n á l i s i s d e e s t o
a lo q u e K e y n e s d e d ic ó la s e g u n d a p a rte d e s u t e o r ía .
S e g ú n K a l e c k i , a l l l e g a r a e s t e p u n t o d e b e r ía d e s t a c a r s e q u e n o e s e l a h o i T o e l q u e
d e c i d e l a i n v e r s i ó n , s i n o , p o r e l c o n t r a r i o , l a i n v e r s i ó n la q u e c r e a e l a h o r r o . E x i s t e
s ie m p r e , a c u a lq u i e r n iv e l d e l a t a s a d e in t e r é s , u n e q u i li b r io e n tr e l a d e m a n d a y l a o fe r ­
t a d e c a p i t a l , d a d o q u e l a in v e r s ió n g e n e r a s u e q u i v a l e n t e e n a h o r r o 10. P o r c o n s i g u i e n ­ /■■■.fe-:'
t e , l a t a s a d e in t e r é s n o p u e d e d e t e r m in a r s e p o r l a d e m a n d a y o fe r t a d e c a p i t a l. S e g ú n
K e y n e s , e s t a t a s a s e d e t e r m in a p o r o t r o s f a c t o r e s , p r i n c ip a lm e n t e p o r l a o fe r t a y d e m a n ­ ;' ¡ i i
d a d e d in e r o . S i h a y u n a c ie r t a c a n t id a d d e d in e r o e n c i r c u l a c i ó n y la r e n t a n a c i o n a l s e m ':
i n c r e m e n t a , l a d e m a n d a d e d in e r o a u m e n t a r í a , y d e la m i s m a m a n e r a l a t a s a d e i n t e ­
r é s , h a s t a ta l p u n t o q u e f o r z a r ía e l u s o d e l a m is m a c a n t id a d d e d in e r o , p e s e a l in c r e m e n t o
d e la s t r a n s a c c io n e s c o m e r c i a l e s . E s t e e s , e n e s e n c i a p o r l o m e n o s , u n o d e lo s a s p e c t o s
d e l a t e o r í a m o n e t a r ia d e K e y n e s .
m
H a s t a e l m o m e n t o s e h a s u p u e s t o q u e l a u n i d a d s a l a r ia l e s u n a m a g n it u d c o n s t a n ­
t e . ¿ Q u é c a m b i o s t e n d r á n l u g a r e n l a s it u a c i ó n d e e q u i l i b r i o a c o r t o p l a z o a n t e s d e s ­
Vi | |
c r it a c o m o r e s u l t a d o , p o r e j e m p l o , d e u n a c a í d a e n e s t a u n i d a d , d e b id o a u n a r e d u c c i ó n
d e lo s s a l a r i o s n o m i n a l e s ? E n s í n t e s i s , y s u p o n i e n d o q u e e l v o l u m e n d e l a i n v e r s i ó n
e x p r e s a d o e n u n i d a d e s s a l a r ia le s n o e s t á s u j e t o a v a r i a c i o n e s , n o c a m b i a r á n a d a e n e l
e q u i li b r i o a c o r t o p l a z o e n g e n e r a l . E l e m p l e o y l a p r o d u c c i ó n p e r m a n e c e r á n in a lt e r a ­
b l e s , y s ó lo lo s p r e c i o s c a e r á n e n p r o p o r c i ó n a l a u n i d a d s a l a r i a l .
N o o b s t a n t e , ¿ e s p o s i b l e q u e Ja i n v e r s ió n , e x p r e s a d a e n u n i d a d e s s a l a r ia le s , n o e s t é M
s u j e t a a c a m b io s i, p o r e j e m p l o , c a e n l o s s a l a r i o s n o m i n a l e s ? K e y n e s a f ir m ó q u e e r a
a s í , p e r o s u a r g u m e n t o n o e s c o n v in c e n t e d e l t o d o . L a c o n t r a r r é p lic a m á s im p o r t a n t e q u e

9. Kalecki señaló en esta revista que, en su 1933f, había mostrado, al igual que Keynes, que la inversión
es un determinante del tamaño global de la producción (p. 20-21).
10. Una vez más, Kalecki señala la similitud con su concepto en l933f, p. 22 y 23. I
KALECKI Y KEYNES

puede adelantarse es que una reducción en los salarios aumenta la rentabilidad y podría
inducir a un incremento en el volumen de la inversión. Sin embargo, Keynes subesti­
mó la influencia de la rentabilidad actual en la inversión y, por tanto, no consideró en
absoluto esto como Ja cuestión más esencia!. Pero, pese a estas deficiencias, el argu­
mento de Keynes de que el volumen de los salarios nominales no influye, por Jo menos
directamente, en el equilibrio a corto plazo parece correcto.
Para evidenciar su probabilidad es suficiente con suponer que, en su actividad
inversora, los empresarios no actúan inmediatamente cuando la rentabilidad aumenta
como resultado de una caída en los salarios, ya que si ellos no aumentan inmediata­
mente Ja inversión, el equilibrio a corto plazo permanecerá invariable de momento, y
los precios caerán en proporción a los salarios. De aquí que la mejora de la rentabilidad
pruebe ser ilusoria, y las bases para el incremento de la inversión desaparezcan -si des­
pués de reducir los salarios los empresarios no incrementan inmediatamente las inver­
siones, no lo harán tampoco más tarde-. De este modo, el movimiento de Jos salarios
nominales sería realmente un factor carente de influencia en el equilibrio a corto plazo11.
Un concepto básico deJa teoría keynesiana de la inversión esla eficacia marginal
de un tipo particular de capital. Keynes la definió como igual a la tasa de descuento
que constituiría el valor actual de la serie de anualidades dado por los rendimientos (la
diferencia entre los ingresos y los gastos apropiadamente definidos) esperados del pro­
yecto a través de su periodo de vida. Es obvio que la tasa de beneficio esperado de una
unidad de los bienes de capital será mayor cuantd mayor sea el rendimiento prospec­
tivo (el valor obtenido al capitalizar las series de los rendimientos anuales esperados)
y menor el precio (coste) de los bienes de capital. En el sistema de Keynes, el volu­
men de la inversión se determina por la igualdad entre la tasa esperada de beneficio y
la tasa de interés. Si, en un momento determinado del tiempo, la tasa esperada de bene­
ficio es mayor que la tasa de interés, existirá estímulo a la inversión, y la tasa de acti­
vidad inversora aumentará. Pero como resultado del incremento de la demanda de
bienes de inversión, sus precios aumentarán y la tasa esperada de beneficio disminui­
rá. Finalmente, la inversión será empujada hasta un nivel en el que los precios de los
bienes de inversión igualen la tasa esperada de beneficio con la tasa actual de interés,
dejando de existir cualquier proyecto de inversión para el que la eficacia marginal del
capital (EMC) exceda a la tasa real de interés en vigor.
El concepto de EMC tiene dos serios defectos: en primer lugar, nada dice sobre
las d ecisio n e s de invertir del empresario que calcula a los precios de mercado de los
bienes de inversión existentes en el estado de «desequilibrio». Sólo indica que, si la
tasa esperada de beneficio, calculada en base a la del nivel de precio, no es igual a la tasa
de interés, tendrá lugar un cambio en el nivel de inversión, que transformará la situa­
ción presente en otra en la que la tasa esperada de beneficios iguala Ja tasa de interés.
Utilizando la terminología de los economistas suecos, se podría decir que la teoría de
Kynes determina sólo el nivel e x p o s t de la inversión y nada dice sobre Ja inversión ex
ante.
Más aún: supongamos que la tasa inicialmente esperada de beneficios fuese mayor
que la tasa de interés, y que ha tenido lugar un incremento de la inversión que ha aumen-

11. Kalecki señaló que él también había indicado la independencia del tamaño de la producción con los
salarios nominalesen 1933f, p. 45-46.
378 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

t a d o l o s p r e c io s d e lo s b i e n e s d e i n v e r s i ó n , d e f o r m a q u e l a t a s a e s p e r a d a d e b e n e f i ­
c i o , e s t im a d a a e s t o s n u e v o s p r e c i o s , y e l r e n d im ie n t o a n t i c i p a d o inicialmente e s ig u a l
a la t a s a d e in t e r é s . D e b e r í a o b s e r v a r s e q u e e l i n c r e m e n t o d e ]a in v e r s ió n n o s ó l o e l e v a
lo s p r e c io s d e l o s b ie n e s d e i n v e r s i ó n , s i n o q u e , d e a c u e r d o c o n K e y n e s , s e v e s e g u i d a
d e u n a e l e v a c i ó n g e n e r a l d e l a a c t i v i d a d , a u m e n t a n d o l o s p r e c io s y l a p r o d u c c ió n e n
t o d a s l a s r a m a s . D a d o q u e , c o m o K e y n e s o b s e r v ó , l a s it u a c i ó n a c t u a l p e s a d e m a s i a d o
e n la fo r m a c ió n d e la s e x p e c t a t iv a s s o b r e e l fu t u r o , é s t a s s e h a rá n m á s o p t im is t a s y
a p a r e c e r á o t r a v e z u n a d i f e r e n c i a e n t r e E M C y l a t a s a d e in t e r é s . D e e s t e m o d o n o s e
a l c a n z a e l e q u i l i b r i o y c o n t i n ú a e l i n c r e m e n t o d e la i n v e r s ió n { a q u í s e d a e l l l a m a d o
e f e c t o a c u m u la t iv o w ic k s e llia n o ) .
E l c o n c e p t o d e K e y n e s - q u e n o s d i c e q u é v o l u m e n a l c a n z a r á l a in v e r s ió n c u a n d o
u n « d e s e q u ilib r io » d a d o s e t r a n s fo r m e e n « e q u i l i b r i o » - s e e n fr e n t a t a m b ié n e n e s te
p u n t o c o n s e r ia s d i f i c u l t a d e s . E s b a s t a n t e e v id e n t e q u e e l i n c r e m e n t o d e l a in v e r s i ó n
n o e s , e n a b s o lu t o , u n p r o c e s o q u e c o n d u z c a a l s i s t e m a h a c i a e l « e q u i l i b r i o » .
E s d i f í c i l a c e p t a r c o m o s a t is f a c t o r i a l a s o l u c i ó n d e K e y n e s a l p r o b le m a d e l a in v e r ­
s i ó n . E l m o t i v o d e e s t a f a l t a d e é x i t o r e s id e e n e l e n f o q u e e s e n c i a l m e n t e e s t á t ic o d e l
p r o b le m a , q u e p o r s u m i s m a n a t u r a le z a e s d i n á m i c o . K e y n e s a c e p t ó e l e s t a d o d e l a s
e x p e c ta t iv a s s o b r e lo s r e n d im ie n to s c o m o u n d a t o , y d e a q u í d e d u jo u n c ie r t o n iv e l
d a d o d e l a i n v e r s i ó n , d e s c u id a n d o ] a i n f l u e n c i a q u e , a s u v e z , l a s i n v e r s i o n e s t e n d r á n
s o b r e la s e x p e c t a t i v a s . E x i s t e a q u í u n i n d i c i o p a r a l l e g a r a u n a t e o r í a r e a l i s t a d e l a
i n v e r s ió n . S u p u n t o d e p a r t id a d e b e r ía s e r ] a s o l u c i ó n a l p r o b le m a d e l a s d e c i s i o n e s d e
i n v e r t ir e x a n t e . S u p o n g a m o s q u e , e n u n m o m e n t o d e t e r m i n a d o , t e n e m o s u n e s t a d o
d a d o d e la s e x p e c t a t i v a s s o b r e l a r e n t a fu t u r a ; l o s p r e c i o s d e l o s b ie n e s d e in v e r s i ó n
d e t e r m in a d o s y , f i n a l m e n t e , u n a t a s a d a d a d e in t e r é s . ¿ Q u é v o l u m e n a l c a n z a r í a e n t a l
c a s o Ja i n v e r s i ó n p l a n e a d a p o r l o s h o m b r e s d e n e g o c i o s p a r a u n p e r i o d o d a d o ?
S u p o n g a m o s q u e e s t e p r o b l e m a e s t á r e s u e lt o ( l o q u e p a r e c e s e r i m p o s i b l e , a m e n o s
q u e in t r o d u z c a m o s a l g u n o s s u p u e s t o s e s p e c i a l e s s o b r e l a p s i c o l o g í a d e l o s e m p r e s a ­
r io s , o s o b r e la s i m p e r f e c c io n e s d e l m e r c a d o m o n e t a r io ) . U n u lte r io r d e s a r r o llo d e la t e o ­
r ía d e l a i n v e r s i ó n s e r í a e l s i g u i e n t e : l a s d e c i s i o n e s d e i n v e r t i r , c o r r e s p o n d i e n t e s a l
e s t a d o i n i c i a l , p o r l o g e n e r a l n o s e r í a n ig u a le s a l n i v e l d e in v e r s ió n e x is t e n t e . P o r c o n ­
s ig u i e n t e , e n e l p e r io d o s ig u i e n t e , e l v o l u m e n d e l a in v e r s ió n s e r í a , e n t é r m in o s g e n e ­
r a l e s , d if e r e n t e y , c o n e l l o c a m b i a r í a l a p o s ic i ó n d e e q u i l i b r i o a c o r t o p la z o . A s í , p u e s ,
t e n e m o s q u e t r a ta r c o n u n e s t a d o d e l a s e x p e c t a t i v a s d is t in t o a l q u e e x i s t í a e n e l p e r i o ­
d o i n i c i a l , c o n o t r o s p r e c io s d e l o s b ie n e s d e i n v e r s i ó n , y c o n u n a t a s a d e in t e r é s d i f e ­
r e n t e ; d e t o d o e l l o r e s u lt a r í a u n n u e v o n i v e l p a r a la s d e c i s i o n e s d e in v e r t ir .
P e s e a ]a c r í t i c a a l a t e o r í a d e K e y n e s , s o b r e la b a s e d e q u e d e s c u i d a lo s a s p e c t o s
d i n á m i c o s , l a p r i m e r a p a r t e d e e l l a c o n s e r v a , n o o b s t a n t e , t o d o s u v a l o r i n t r ín s e c o . E n
e l p r o c e s o d i n á m i c o , la s in v e r s io n e s e s t á n c o n t i n u a m e n t e c a m b ia n d o , p e r o a c a d a n i v e l
d e in v e r s i ó n le c o r r e s p o n d e r á u n n i v e l d e e m p l e o y p r o d u c c i ó n , d e t e r m in a d o s s e g ú n
la p r im e r a p a rte d e la t e o r ía d e K e y n e s . K e y n e s n o e x p l ic ó c o n p r e c is ió n la s c a u s a s
q u e in f l u y e n e n lo s c a m b i o s d e l a i n v e r s i ó n , p e r o a n a l i z ó e x h a u s t iv a m e n t e l a e s t r e c h a
r e l a c i ó n e n tr e e s t o s c a m b io s y e l m o v i m i e n t o g e n e r a l d e l e m p l e o , l a p r o d u c c i ó n y la
ren ta ( K a le c k i 1 9 3 6 c , p . 1 8 -2 6 ).

[ ...]
KALECK1 Y KEYNES 379

3. P u n t o s d e d if e r e n c ia

1. L a teoría de K a le ck i sobre el corto plazo es más abiertamente «dinám ica» (dinámi­


ca a corto plazo, en el sentido de la teoría del ciclo econ óm ico) que la de K eynes.
Esencialm ente, Ja Teoría general de Keynes no sólo trata de un m odelo estático, sino
que, de form a explícita, su argumento afectaba fundamentalmente a la situación a corto
plazo (el corto plazo marsiialliano)12, y por esto, únicamente a los determinantes a corto
plazo de los cam bios en la producción y el em pleo. E l m odelo de K a le ck i fue más
amplio, ya que abordó el problema de largo plazo. Pero este esfuerzo no tuvo del todo
éxito. Nunca estuvo realmente satisfecho con su análisis del largo plazo, por lo que
continuó buscando nuevas soluciones.

2. E n una crítica al fam oso libro de Harrod, Hacia una dinámica económica, Joan
Robinson escribió: «N adie estará en desacuerdo con Harrod en que la teoría econó­
m ica moderna carece, y con urgencia necesita, un sistema de análisis que se ocupe de
una sociedad dinám ica. L a Teoría general de la ocupación de K eynes, se abrió paso a
través del cascarón del análisis estático, pero, aparte de algún obiter dicta, apenas expu­
so una teoría del desarrollo a largo plazo. L a obra pionera de K alecki ha sido m uy poco
continuada (Hairod no hace referencia a él); muchos han sido los palos de ciego dados,
pero carecemos de un cuerpo sistemático de la teoría dinám ica a largo plazo que com ­
plemente el análisis a corto plazo de la Teoría general y que absorba, com o un caso
especial, a la teoría estática a largo plazo en la que se educó la presente generación de
econom istas académ icos» l3.
D e hecho, uno de los determinantes claves, y con frecuencia olvidado, de las deci­
siones de invertir es el volum en de capital. « E l mismo tratamiento del volum en de
capital de K e yn es fue excesivam ente superficial»14.
L a función de la inversión de K a le ck i, tal como se fonnuló en un principio, «es una
función que todavía está en uso (en la investigación econom étrica) y que no ha sido

12. «Tomamos comodados la especialización existente y 1acantidad de la mano de obra disponible, la can­
tidad y calidad existente de! equipo disponible, la tecnología existente, el grado de competencia, los
gustos y hábitos del consumidor, la no utilización de las diferentes intensidades del trabajo y de las
actividades de supervisión y organización, así como la estructura social incluyendo las fuerzas, aparte
de las variables que exponemos más adelante, que determinan la distribución de la renta nacional. Esto
no quiere decir que supongamos que estos factores sean constantes; sino simplemente que, en este lugar
y contexto, no estamos considerando o teniendo en cuenta los efectos y las consecuencias de los cam­
bios en ellos» (Keynes, 1936, p. 245).
13. Joan Robinson 1951, p. 155. Desde entonces, Harrod reconoció el aporte básico de Kalecki a la diná­
mica económica. Cf. Harrod, 1964, p. 179. «{•.•} los cimientos que Keynes y Kalecki sentaron para la
generalización de la Teoría general deben ser plenamente reconocidos. Poca duda existe de que si los
autores ingleses hubiesen tenido referencias del trabajo de Kalecki, su tarea en 1a aplicación de las teo­
rías de Keynes al crecimiento a largo plazo habría sido cnormente facilitada. La cuestión a destacar
aquí es que la moderna teoría del crecimiento de Keynes en ningún sentido es una creación de los auto­
res modernos. Las relaciones básicas que subyacen en los sistemas de los teóricos keynesianos moder­
nos derivan directamente de la obra de Keynes y Kalecki» (Kregel, 1971, p. 101-102).
14. Klein, 1966, p. 68; c f Domar, 1957, Ensayo 4 y passim. El papel del volumen de capital en la función
de inversión viene de la teoría tradicional de 1a empresa, basadaen el principio de la maximización del
beneficio. También la investigación econométrica sugiere que hay una fuerte correlación negativa entre
1a inversión y el volumen de capital. Klein, 1966, p. 68 y próx.
380 CRÍTICA A L A ECONOMÍA ORTODOXA

r e fu ta d a p o r l o s d a t o s d is p o n ib le s h o y . E s ta m b ié n m u y p o p u la r in c lu ir e l v o lu m e n d e c a p i­
tal e n la f u n c i ó n d e in v e r s ió n » ( K l e i n 1 9 6 4 , p . 1 9 0 ). L a s id e a s d e K a l e c k i s o b r e la in v e r ­
s ió n s o n a lt a m e n t e o r i g i n a l e s y v e r d a d e r a m e n t e f e c u n d a s . P o r e j e m p l o , l a fu n c i ó n d e
i n v e r s i ó n , ta l c o m o f u e p r e s e n t a d a e n e l p r i m e r m o d e l o d e K a l e c k i , « e s u n a a ju s t a d a
a n t i c i p a c i ó n d e m u c h o s d e s a r r o l lo s m o d e r n o s e n e c o n o m e t r í a » ( K l e i n 1 9 6 4 , p . 1 9 0 ) .

3. « E l a n á l i s i s d e l a p r o p e n s ió n a l c o n s u m o , l a d e f i n i c i ó n d e l a e f i c a c i a m a r g i n a l d e l
c a p i t a l, y l a t e o r ía d e J a ta s a d e in t e r é s , s o n la s t r e s p r i n c ip a l e s la g u n a s e n n u e s t r o a c tu a l
c o n o c i m i e n t o q u e s e r á n e c e s a r io r e lle n a r . C u a n d o e s t o s e h a y a r e a l i z a d o , e n c o n t r a r e ­
m o s q u e la t e o r ía d e lo s p r e c io s s e c o lo c a e n s u s itio a p r o p i a d o , c o m o u n a m a t e r ia s u b ­
s id ia r ia a n u e s t r a t e o r ía g e n e r a l» ( K e y n e s 1 9 3 6 , p . 3 1 - 3 2 ) . K e y n e s p a r e c e h a b e r te n id o
m u y p o c o in te r é s e n e l p r o b le m a d e l v a ío r y d e l a d is t r ib u c ió n , m ie n tr a s q u e K a l e c k i in te ­
g r ó la t e o r ía d e l p r e c io c o n la t e o r í a d e l a d is t r ib u c ió n y c o n l a t e o r í a d e l a p r o d u c c i ó n
y e l e m p le o e n su c o n ju n to .
L a v e r s i ó n d e K a l e c k i d e J a t e o r ía c o l o c a e l a c e n t o p r i n c i p a l m e n t e s o b r e l a d is t r i­
b u c ió n d e l p r o d u c t o n a c i o n a l e n t r e s a l a r i o s y b e n e f i c i o s y , c o n e l l o s , s o b r e l o s d e t e r ­
m i n a n t e s d e l a r e n t a n a c i o n a l y s u d i s t r i b u c i ó n ( lo s f a c t o r e s q u e d e t e r m i n a n Ja
d is t r ib u c ió n d e l a r e n t a ) .
K e y n e s a c e p t ó la t e o r ía d e l v a l o r ( n e o c l á s ic a , d e c o m p e t e n c i a p e r fe c t a ) y d e l a d is ­
tr ib u c ió n ( n e o c l á s i c a , d e p r o d u c t iv id a d m a r g in a l) t r a d ic io n a le s , e n c o n tr a s t e c o n K a l e c k i ,
q u ie n s i n c e r a m e n t e c r e y ó q u e s ó lo a b a n d o n a n d o e l s u p u e s t o in s o s t e n i b l e d d la c o m ­
p e t e n c ia p e r fe c t a , y p e n e tr a n d o e n e l m u n d o r e a l d e la c o m p e te n c ia im p e r fe c ta y d e l
o l i g o p o l i o , s e p o d r ía n o b t e n e r c o n c l u s i o n e s r a z o n a b le s s o b r e e l c o m p o r t a m i e n t o e c o ­
n ó m i c o . P a r a K a l e c k i , e l d o g m a d e la c o m p e t e n c i a p e r f e c t a c o n s t i t u y e « u n o d e lo s
s u p u e s t o s m á s ir r e a li s t a s , n o s ó l o p a r a la f a s e a c t u a l d e l c a p i t a li s m o , s in o t a m b ié n p a r a
la l la m a d a e c o n o m í a c a p i t a li s t a c o m p e t i t i v a d e s i g l o s p a s a d o s : s in d u d a , l a c o m p e t e n ­
c i a f u e s i e m p r e , p o r l o g e n e r a l, m u y i m p e r f e c t a . L a c o m p e t e n c i a p e r f e c t a s e c o n v i e r ­
te e n un m it o p e l i g r o s o c u a n d o se o l v i d a su e s t a t u s r e a l d e m o d e l o c ó m o d o » ( K a l e c k i
1 9 7 l a , p . 3 ) . L o q u e e l p r o f e s o r S h a c k l e l la m ó « e l m a n i f i e s t o d e S r a f f a , d e 1 9 2 6 , q u e
p e d ía la r e v is ió n d e l a te o r ía d e l v a lo r » ( S h a c k le 1 9 6 7 , p . 1 2 ), y la lu c h a d e J o a n
R o b in s o n y o tr o s m u c h o s p a r a h a c e r c a s o o m is o d e la c o m p e te n c ia p e r fe c ta (e s e n ­
c ia lm e n t e e n la e s fe r a d e m ic r o t e o r ía ) , h i z o p o c a h u e lla e n e l e n f o q u e d e K e y n e s . E n c o n ­
tr a s t e , K a l e c k i c o n s t r u y ó s u m o d e l o m a c r o d i n á m i c o s o b r e la b a s e d e u n m i c r o m o d e l o ,
in c o r p o r a n d o l a s f u e r z a s d e l a i m p e r f e c c i ó n d e l m e r c a d o . E n o t r a s p a l a b r a s , K a l e c k i
p r o p o r c i o n ó a l m i s m o t ie m p o u n m a c r o y m i c r o m o d e l o , m ie n t r a s q u e K e y n e s p e r m a ­
n e c i ó , e s e n c ia lm e n t e , e n u n a m a c r o e s c a l a . K e y n e s c e n t r ó s u a ta q u e e n e l f r a c a s o m a c r o -
e c o n ó m i c o d e l s is t e m a , p e r o , e n e s e n c i a , n o p u s o e n t e la d e j u i c i o lo s c u e r p o s d e l a
t e o r ía d e l v a l o r y d e l a d is t r ib u c ió n e s t a b l e c id o s . L a v e r s i ó n d e K a l e c k i e v i t a l a s t r a m ­
p a s d e Ja d ic o t o m ía y f r a g m e n t a c i ó n d e la t e o r í a e c o n ó m i c a e n c o m p a r t im e n t o s m ic r o
y m a c r o . A l in t e g r a r l o m i c r o y lo m a c r o , e l m o d e lo d e K a l e c k i p r o p o r c io n a u n p u n t o
d e p a r t id a c r í t i c o p a r a e n t e n d e r l a o c u r r e n c i a s im u l t á n e a d e l f e n ó m e n o d e l d e s e m p le o
y la i n f l a c i ó n . P o r t a n t o , e l m o d e l o d e K a l e c k i a b a r c a u n c a m p o m a y o r d e l o s f e n ó ­
m e n o s e c o n ó m i c o s , y l o h a c e d e u n a f o r m a m á s r e a l.
C o m o v e r e m o s e n u n c a p í t u l o ' p o s t e r io r , K a l e c k i p r o p o r c i o n ó u n a i n g e n i o s a e x p l i ­
c a c i ó n d e c ó m o s e d e t e r m in a n l o s p r e c io s . O f r e c i ó u n a t e o r í a d e l a d is t r ib u c ió n a l m a r ­
g e n d e la c o r r ie n t e p r i n c i p a l d e la e c o n o m í a n e o c l á s i c a , y d e m o s t r ó q u e l o s f a c t o r e s
KALECKI Y KEYNES 381

distribucionales, tales como las fuerzas semimonopolistas y monopolistas (cuyo sobre­


nombre es el «grado de m onopolio»), son la clav e para dividir el producto entre per­
ceptores-de-beneficios y de-salarios en condiciones a corto plazo. D e este m odo, son
esencialmente pertinentes al problem a de la dem anda efectiva y a las fluctuaciones de
la producción agregada la utilización de los recursos.
A q u í es necesario subrayar un punto. K alecki dem ostró que, bajo condiciones de
competencia imperfecta, un descenso de los salarios reales (los precios son rígidos y se
reducen mucho menos que los salarios nominales) está asociado a una caída del empleo'5
H ay que destacar el siguiente punto planteado por Joan Robinson: «El análisis de
la com petencia im perfecta se estaba desarrollando hom bro a hombro con la Teoría
general, pero ninguno de ellos estaba relacionado con el otro. Y a en 1935, K alecki
había visto la conexión cuando dem ostró que, si los precios están fijo s, una reduc­
ción de las tasas salariales monetarias reduce realmente el empleo. Este tema se ela­
bora más en el últim o ensayo de este volum en, donde se señala el cam ino para un
elemento importante en la extensión del análisis delosproblem as a largo plazo que pro­
sigu e h o y » 16-

4. K eyn es lim itó e l argumento de la Teoría general a un sistem a cerrado1^ Para que
tenga validez general, el sistema debe ser abierto con relación al com ercio internacio­
nal y las finanzas (c f. Harris, ed. 1947, pt. 5; M eade 1951;Joan Robinson 1951, pt. 4).
Y a en 1929, K alecki consideró la balanza de pagos com o promotora de Ja prosperidad.
Tuvo en cuenta la tasa del excedente de exportación también com o prom otor de la
prosperidad, y las dificultades de la balanza-de-pagos q u e tienden a acompañar a una
recuperación com o un factor lim itativo de la expansión. Esto fu e confirmado por Joan
R o binson , quien, por sí mism a, hizo importantes contribuciones a la extensión del
m odelo keynesiano: « L a Teoría general, de K eyn es, fu e elaborada en términos de un
sistema cerrado. S e m e dejó a m í la tarea de bosquejar su extensión dentro de la teoría
del comercio extranjero en condiciones depresivas. A q u í también la obra de K alecki
reclam a prioridad» (Joan Robinson 1966c, p. xi).
L a política expansiva en un sistema abierto se ve dificultada por sus probables reper­
cusiones adversas sobre la balanza de pagos. U n a recuperación suele verse seguida por
un a elevación de la demanda de bienes que no se producían en ese país, o que se producían
en cantidades insuficientes. U n factor contribuyente es el alza de los precios interiores
(en relación a aquellos de los socios com erciales) en el curso de la recuperación. No
existe, sin embargo, ningún mecanismo que asegure que el crecimiento de Ja produc­

ís. «Una reducción en los salarios monetarios va generalmente acompañada, como resultado de lu “rigidez”
en los precios, de un aumento en el “grado de monopolio" y en consecuencia conduce a una reducción
también en los salarios reales. Sin embargo, este descenso va unido a una caída en vez de una subida en
el empleo. La recesión en el empleo en cuestión afecta a las industrias de bienes salariales en tanto que
el empleo en las industrias que producen bienes de inversión y bienes de consumo para los capitalis­
tas no aumenta, pero la renta real de los trabajadores desciende» (Kalecki, J 966h, p. 56).
16. Joan Robinson l 966c, p. xi. Sobre la confianza de Keynes «en una suene de vago concepto marsha-
lliano de la competencia», ver Joan Robinson, 1964. p. 339. Cf. Hansen, 1953, caps. 10 y 11, Harris, ed.,
1947; y Keynes, 1939b, p. 34-51.
17. Keynes, 1936, p. 265 y passim. Debe señalarse que Keynes escribió mucho sobre moneda y comercio
en otros contextos.
382 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

c ió n ir á a c o m p a ñ a d o p o r e l a p r o p ia d o c r e c im ie n t o d e !a e x p o l ia c i ó n D e h e c h o , h a y c ie r ­
ta s fu e r z a s o p e r a n d o q u e b lo q u e a n la c o r r e c c ió n d e l d e s e q u ilib r io d e la b a la n z a d e p a g o s .
C u a n d o la e x p a n s i ó n h a t o m a d o i m p u l s o , l a s d i f i c u l t a d e s d e l a b a l a n z a d e p a g o s
q u iz á lle g u e n a im p e d ir la c o n tin u a c ió n d e la r e c u p e r a c ió n , p u d ie n d o s e r n e c e s a r io
l im i t a r la s p r e s i o n e s d e l a d e m a n d a a n t e s d e a lc a n z a r u n n i v e l d e p l e n o e m p l e o d e b id o
a l a b a l a n z a d e p a g o s , l a in t e g r id a d e n l o s v a l o r e s d e in t e r c a m b i o , y J a im p o r t a n c i a d e l
d in e r o e n c i r c u l a c i ó n . L a c o n c l u s i ó n e s q u e Ja r e c u p e r a c i ó n e s t i m u l a d a p o r e l g a s t o
d e f i c i t a r i o t i e n e u n l ím it e .
K a l e c k i o b s e r v ó q u e l a d if u n d id a t e o r ía s o b r e la r e l a c i ó n d ir e c t a e n t r e e l d é f i c i t p r e ­
s u p u e s t a r io y e l d e te r io r o e n l a s it u a c i ó n d e in t e r c a m b io d e l c o m e r c i o e x t e r io r e s i n f u n ­
d a d a . P e r o e x is t e u n a c o n e x ió n in d ir e c t a , p u e s t o q u e s i e l d é f i c i t p r e s u p u e s ta r io s e c u b r e
m e d ia n te l a c r e a c ió n d e c a p a c id a d d e g a s t o , s e p r o d u c e u n in c r e m e n t o e n l a p r o d u c c ió n
y , p o r e s t e c a m i n o , s e c o n t r ib u y e a a u m e n t a r l a s i m p o r t a c i o n e s y e l d e t e r io r o d e l a s it u a ­
c i ó n d e l c a m b i o e x t e r io r . P e r o s i e l p r e s u p u e s t o f u e s e f i n a n c ia d o m e d ia n t e c r é d it o s , s in
c r e a c ió n a lg u n a d e c a p a c id a d d e g a s t o ( p o r e je m p l o , a e x p e n s a s d e c r é d it o s a l o s n e g o ­
c i o s p r i v a d o s ) , e n t o n c e s n o s e c o n s e g u i r í a n in g ú n in c r e m e n t o e n l a p r o d u c c i ó n , y d e
é s t e m o d o e l c a m b i o e x t e r i o r n o s e d e t e r io r a r ía . E l h e c h o e s q u e e l d é f i c i t p r e s u p u e s t a ­
r io t ie n e u n e fe c t o n e g a t iv o s o b r e e l c a m b io e x te r io r s o la m e n te c u a n d o tie n e u n e fe c t o p o s i­
t i v o s o b r e l a p r o d u c c ió n . N o o b s t a n t e , e x is t e u n a s a lv e d a d im p o r t a n t e q u e h a c e r a e s t a
r e g la . S i l a c r e e n c ia , a m p lia m e n t e s o s te n id a , e s q u e e x is t e u n a r e la c ió n d ir e c t a e n t r e e l d é f i­
c it p r e s u p u e s t a r io y l a s it u a c i ó n d e l c a m b i o e x t e r io r , la a p a r ic ió n o a u m e n to d e l d é f i c i t
p re s u p u e s ta r io e s t im u la e l a te s o r a m ie n to d e o r o y d iv is a s e x tr a n je r a s . E s t o p u e d e tra sto rn a r
la p o s ic i ó n d e c a m b io e x t e r io r d e l a m o n e d a , in c l u s o e n m u c h a m a y o r m e d id a q u e c u a n ­
d o e l e f e c t o d e l d é f i c i t p r e s u p u e s t a r io p r o d u c e la e x p a n s i ó n d e la p r o d u c c ió n .
K a l e c k i d i s c u t i ó l a e f i c a c i a r e l a t i v a d e a lg u n a s d e l a s m e d id a s a lt e r n a t iv a s q u e
h a c e n f r e n t e a l p r o b l e m a d e b a l a n z a d e p a g o s s u r g id o d e e s t e m o d o . M a n t u v o q u e la s
t e n s io n e s e n l a b a l a n z a a c o m p a ñ a n a l a e x p a n s i ó n , p r o d u c id a s d e s d e e l p r i n c i p i o p o r
e l d é f i c i t , e n e l c a s o d e u n a e x p a n s i ó n r e a li z a d a p a r a g a r a n t i z a r s e u n e x c e d e n t e e n e l
c o m e r c i o e x t e r i o r , s u r g e « s ó l o e n e l p u n t o e n q u e l a i n v e r s i ó n h a a lc a n z a d o u n ' n i v e l
v a r ia s v e c e s m a y o r q u e e s t e e x c e d e n t e , e s d e c ir , e n u n e s t a d o a v a n z a d o d e l a u g e » . P e r o
a n te s d e q u e e s to s u c e d a , u n a n o ta b le m e jo r a d e l fu n c io n a m ie n t o e c o n ó m ic o q u e n o
im p liq u e p e r t u r b a c io n e s d e b a l a n z a d e p a g o s c o n d u c ir á a u n a a flu e n c i a d e l c a p ita l
e x t r a n je r o . S i e s t a a f l u e n c i a p o r s is t e , p u e d e n n o d a r s e t e n s io n e s d e b a l a n z a - d e - p a g o s ,
y l a p r o s p e r id a d a v a n z a t a m b i é n . E x i s t e n v e n t a j a s e n u n a r e c u p e r a c i ó n e s t i m u l a d a
m e d ia n te m e d id a s p a r a a s e g u r a r u n e x c e d e n t e e n e l c o m e r c io e x te r io r . « V a le la p e n a
m e n c i o n a r q u e l a r e c u p e r a c ió n “ n a t u r a l” , b a s a d a e n e l a u m e n t o a u t o m á t i c o d e l a a c t i ­
v i d a d in v e r s o r a , n o g o z a d e e s t a s v e n t a j a s , y s i n o e x is t e u n a a f l u e n c i a d e c a p i t a l e x tr a n ­
j e r o , s e v e r á e n f r e n t a d a c o n l a s m i s m a s d i f i c u l t a d e s d e b a l a n z a d e p a g o s q u e la
r e c u p e r a c ió n b a s a d a e n . . . ( e l d é f i c i t p r e s u p u e s t a r io ) » ( K a l e c k i 1 9 6 6 h , p . 2 4 - 2 5 ) .

5. U n o d e l o s m a y o r e s l o g r o s d e Ja r e v o l u c i ó n k e y n e s i a n a f u e l a r e f u t a c ió n d e l s u p u e s ­
t o d e q u e « c u a l q u ie r a c t o i n d i v i d u a l d e a b s t e n c ió n d e c o n s u m i r n e c e s a r ia m e n t e l l e v a a ,
y v i e n e a s e r l o m is m o q u e , e l t r a b a jo y la s m e r c a n c í a s lib e r a d a s d e e s t e m o d o d e l s u m i-

18. Mientras que EE UU y Gran Brelaña son buenos ejemplos de esto, otros países disfrutan también del «ere-
cimiento inducido por !a exportación».
KALECKl Y KEYNES 383

nistro al consumo que invierten en la producción de riqueza bajo la forma de capital»


(Keynes 1936, p. 19).
Tanto Kalecki com o Keynes demostraron que no exíste un m ecanismo automático
que asegure el nivel de pleno empleo a través de un proceso económ ico efica z, endó­
geno. En esencia, ambos hombres demostraron claram ente que una parte de la renta
que no se gasta no ex iste, a menos que haya inversión privada o gastos pú blico s.
Poniéndolo en términos familiares, si al nivel de la renta generada el ahorro deseado
excede de la inversión deseada, la deficiencia de la dem anda efectiva infecta e l siste­
ma, siguiendo a ello una contracción de producción y em pleo, y asentándose la eco­
nom ía en un nivel de renta inferior al pleno empleo. L a tarea del gobierno es transformar
el «exceso de ahorro» en gasto (o transformar el exceso de ahorro en inversión). El
problem a del ahorro y de la inversión es un elem ento esen cia l en los enfoques de
Keynes y K alecki.
Keynes rechazó la teoría ortodoxa del interés del ahorro inversión, según la cual, el
ahorro fluye automátícamente hacia la inversión, independientemente del nivel de renta;
y propuso sustituirla por una teoría ahorro inversión de determinación del nivel de pro­
ducción, en donde la renta es la variable cardinal en el proceso ahorro inversión y donde
la tasa de interés es de importancia máxima en la función de la preferencia por la liqui­
dez. Este enfoque de K eynes al proceso de determinación de la renta nacíonal ha cala­
do profundamente en los manuales de economía, y se ha convertido en un lugar común '9
Pero cualesquiera que sean los méritos relativos de lo s enfoques de K a le c k i y
K eynes, no deberían valorarse independientemente de la confusión acerca de la igual­
dad del ahorro y la inversión cuando se propagaba el «ev an gelio keynesiano» (cf.
Sam uelson 1972, p. 650-661; Hansen 1953, cap . II; H arris, ed. 1947, pt. 9; Lerner
1964, p. 203-204; Joan Robinson 1969b).

6. E n algunos sentidos, la versión de K alecki de la teoría era m ás lim itada y com pac­
ta, pero no por ello era menos preciso su análisis del modus operandi de la producción
agregada y su teoría de la fluctuación. Es de señalar que K a le ck i no abordó la teoría
de la dem anda efectiva a través de la teoría del m ultiplicador, «lo que en un sentido
hace su versión m enos rica que la de Keynes, aunque no por ello menos vigorosa. Por
otro lado, él fu e directamente a una teoría del ciclo económ ico, en la que K eyn es se
mostró muy débil». E l perspicaz tratamiento de K a le ck i de «el m ecanism o de ajuste
del volum en de capital se reconoce actualm ente com o el fundam ento de todos los
m odelos modernos del ciclo económ ico»^
L a teoría del multiplicador fue una de las principales contribuciones a la economía
de un brillante y original discípulo de Keynes, e l ahora profesor Lord K ahn . A l formu­
lar la teoría del multiplicador, Kahn proporcionó «el eslabón perdido entre lo que Keynes

19. V^éase por ejemplo, Sarnuelson, 1970. «La exposición por Kalecki de la teoría evita el problema de la igual­
dad entre ahorro e inversión, que tanto nos ha molestado, al apoyarse simplemente en que el equivalente
del gasto de inversión se añade al beneficio. Alude accidentalmente otro pasaje en donde Keynes levantó
fuertes controversias al dar por sentado que la lasa de interés es un fenómeno monetario. Cuando la inver­
sión, la renta y el ahorro aumentan, es necesario que la oferta de medio de cambio aumente también: de lo
contrario la tasade interés subiría y se le pondría un lastre a la inversión» (Joan Robinson, 1964, p. 337).
20. Joan Robinson, 1964, p. 337. Sobre Keynes cornoextraño a la teoría pura del ciclo económico, véase
Metzler, 1947.
384 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

d e c í a e n p o l í t i c a y lo q u e q u e r ía d e c ir e n t e o r ía » ( K l e i n 1 9 6 6 , p . 3 6 , 1 0 3 ) . U n o d e l o s
p r i n c ip a le s p r o t a g o n is t a s d e l a r e v o l u c ió n k e y n e s ia n a f u e K a h n , « c u y a p a r t ic ip a c i ó n e n
e l lo g r o h i s t ó r ic o n o p u e d e h a b e r q u e d a d o m u y le jo s d e la d e c o a u t o r ( S c h u m p e t e r 1 9 5 4 ,
p . 1172. C f . H a ir o d 1 9 5 1 , c a p . X I ; S h a c k le 19 67 , c a p s . X - X I I ) . A d e m á s K e y n e s e s tu v o
h á b i lm e n t e a s is t id o p o r u n g r u p o s o b r e s a l ie n t e d e e s t u d ia n t e s y j ó v e n e s c o l e g a s , q u ie ­
n e s m á s t a r d e l l e g a r o n a s e r a u t é n t ic a s e m in e n c ia s e n l a m a t e r i a » .
K e y n e s h i z o u n u s o in g e n io s o d e l d e s c u b r im ie n t o d e K a h n , e in t e g r ó e l m u lt ip lic a d o r
d e n tr o d e l a t e o r ía d e la d e t e r m in a c ió n d e la p r o d u c c ió n a g r e g a d a . L a s o b r a s d e K a l e c k i
d e c o m i e n z o s d e la d é c a d a d e lo s a ñ o s t r e in t a i n d i c a n q u e h a b ía l l e g a d o a u n a p e r f e c ­
ta c o m p r e n s i ó n d e l m u l t i p l ic a d o r . S i n e m b a r g o , n u n c a l le g ó a f o r m a l i z a r l o .

7. I n c l u s o e s t e l i m i t a d o t r a t a m ie n t o s e r ía e q u i v o c a d o s i n o d e s t a c a s e l a c o n t r i b u c i ó n
m á s n o t a b le d e K e y n e s a l f o r j a r l o s in s t r u m e n t o s d e a n á l i s i s : s u f a m o s o c o n c e p t o d e
la p r o p e n s ió n a c o n s u m i r , q u e e s t a b l e c ió r e l a c i o n e s f u n c i o n a l e s e n tr e J a r e n t a y e l c o n ­
s u m o . « L a p s i c o l o g í a d e l a c o m u n id a d e s ta l q u e c u a n d o l a r e n ta r e a l a g r e g a d a a u m e n ­
t a , e l c o n s u m o a g r e g a d o a u m e n t a t a m b ié n , p e r o n o t a n t o c o m o la r e n t a » ( K e y n e s 1 9 3 6 ,
p . 2 7 ) . H a n s e n e lig ió e s te c o n c e p to c o m o e l m a y o r d e s c u b r im ie n to d e la e c o n o m ía
a n a l í t i c a , c o m p a r a b l e a l d e la c u r v a d e l a d e m a n d a d e C o u r n o t - M a r s h a l l . S i n e m b a r ­
g o , S c h u m p e te r p ro te s tó v e h e m e n te m e n te en c o n tr a d e q u e s e d ig n ific a s e a la « p s e u -
d o - p s ic o lo g ía > > d á n d o le e l t ít u lo d e « l e y p s i c o l ó g i c a » ( S c h u m p e t e r 1 9 5 4 , p . 1 0 5 9 - 6 0 ) .
E n e s t e p u n t o ; e l t r a t a m ie n t o d e K a l e c k i e s m u y s u p e r io r , y a q u e s u a n á l i s i s s e b a s a e n
la d is t r ib u c ió n d e la c la s e m á s q u e e n fa c to r e s p s ic o ló g ic o s .
C o m o s e m e n c i o n ó a n t e r i o r m e n t e , K a l e c k i p a r t ió d e l s u p u e s t o q u e l o s t r a b a j a d o ­
r e s g a s ta n l o q u e g a n a n y q u e lo s c a p it a lis t a s so n lo s q u e a h o r r a n . L a h ip ó t e s is im p lí­
c it a d e q u e l a p r o p e n s ió n m a r g i n a l a l c o n s u m o d e l o s p e r c e p t o r e s d e s a l a r i o s e s i g u a l
a l a u n id a d e s t á m a r c a d a m e n t e e n d e s a c u e r d o c o n l o s h e c h o s { p e r o s e m a n t i e n e a q u e ­
lla o tr a d e q u e la p r o p e n s ió n m a r g i n a l a l c o n s u m o p o r p a r t e d e lo s p e r c e p t o r e s d e b e n e ­
f i c i o s e s m e n o r q u e l a d e l o s p e r c e p t o r e s d e s a la r io s ) . D e e s t a f o r m a , K a l e c k i s i m p l i f i c ó
e x t r e m a d a m e n t e s u m o d e l o , a u n q u e n o s in v e n t a ja s p a r a a b o r d a r e l p r o b le m a . E n c u a l ­
q u ie r c a s o , la c o n s t r u c c ió n te ó ric a d e K a l e c k í p u e d e a d o p ta rs e fá c ilm e n t e p a ra e x p li­
c a r e l h e c h o d e q u e lo s a s a la r i a d o s c o n t r i b u y e n a lg o a l a h o r r o ( K l e i n 1 9 6 4 , p . 1 9 0 ) .
E n e l a n á l is is d e K a l e c k i d e l m e c a n is m o d e l a d e t e r m in a c ió n d e l a r e n t a ( q u e v e r e ­
m o s e n lo s c a p í t u l o s s ig u i e n t e s ) , la r e n ta n a c i o n a l s e e le v a h a s ta e l p u n t o e n q u e la p a r ­
t ic ip a c i ó n e n lo s b e n e f i c i o s , d e t e r m in a d a p o r f a c t o r e s d i s t r i b u c i o n a l e s , c o m o e l g r a d o
d e m o n o p o l i o , c o r r e s p o n d e a l n i v e l d e l a i n v e r s ió n . L a f u n c i ó n d e lo s f a c t o r e s d is t r i­
b u c io n a le s e s d e t e r m in a r la r e n ta d e a c u e r d o a lo s b e n e f i c i o s , lo s c u a le s , a s u v e z , s e r ig e n
p o r la i n v e r s i ó n m á s e l c o n s u m o p r o c e d e n t e d e a q u é l l o s . L a s v a r i a c i o n e s e n la d is t r i­
b u c ió n d e l a r e n t a t ie n e n l u g a r a t r a v é s d e u n c a m b io e n e l p r o d u c t o n a c i o n a l ( r e n t a )
y n o p o r m e d i o d e l c a m b i o e n l a m a g n it u d d e l b e n e f i c i o . C o m o l a p a r t i c i p a c i ó n e n l o s
b e n e f ic i o s e n u n p e r ío d o c o r t o d e t ie m p o d e p e n d e d e l g r a d o d e m o n o p o l i o , s i é s t e ú lt i­
m o c r e c e , t a m b i é n c r e c e l a p a r t i c i p a c i ó n r e la t iv a e n lo s b e n e f i c i o s e n la r e n t a n a c i o ­
n a l. S i n e m b a r g o , l a m a g n i t u d d e l o s b e n e f i c i o s p e r m a n e c e i n a l t e r a b l e , p u e s t o q u e
c o n tin ú a d e t e r m in á n d o s e p o r la in v e r s ió n - u n a f u n c i ó n d e la s d e c is io n e s d e in v e r t ir
en e l p a s a d o - , p e r o lo s s a la r io s y la p r o d u c c ió n d e s c e n d e r á n . E l n iv e l d e l p r o d u c to
n a c io n a l c a e r á h a s t a e l p u n to e n q u e la m a y o r p a r t ic ip a c ió n e n lo s b e n e f ic i o s p r o p o r ­
c io n a la m i s m a m a g n i t u d a b s o lu t a d e b e n e f i c i o s .
KALECKI Y KEYNES 385

R e f e r e n c ia s

B lau g , M. Economía Theory iii Retmspect. Homewood, Ill., 1968.


D omar , E. Essays in the Theory o f Economic Growth. Nueva York, 1957.
H ansen , A. H. A guicle to Keynes. Nueva York, 1953.
— . «Was Fiscal Poiicy in the Thiriies a Failure?, REStat, mayo de 1963.
—. Business Cycles and National Income. Nueva York, 1964a.
—. T he Postwar American Ecconomy. Nueva York, 1946b.
H a rr is , S. E. The News Economics. Nueva York, 1947.
H arrod , R. F. The Lije o f John Maynard Keynes. Londres, 1951.
— . «Oplimum Investment for Growth». En: Problems o f Economic Dynamics and Planning:
Essays in Honour ofM ichal Kalecki. Varvosia, 1964.
K a le c k i , M. Proba teorii koniunktmy (Ensayo sobre la teoría del ciclo económico). Varsovia:
IB K G C , 1933f; p. 55.
— . «Pareuwag o teorii Keynesa» (Algunas consideraciones sobre la teoría de Keynes), Ek, 3
(1936c), p. 18-26.
—. Slitdies on the Theory o f Business Cycles 1933-1939, con una introducción de Joan Robinson.
Oxford: Basil Blackwell, 19G6h, X II , p. 71.
— . «Class Struggle and the Distribution ofNational Income)), Kyklos, l (1971a), p. 1-9.
K eyn es , J . M . General Theoiy o f Empioyemern, Interest andMoney . Londres, 1936 (edición en
castellano en F.C .E ., M éxico, 1963).
— . Essays in Biography. Londres, 1933; Nueva York, 1963a.
K lein , L . R. «The Role o f Econometrics in Socialist Economics». En: Problems o f Economic
Dymanics and Planning: Essays in Honour ofM ichal Kalecki. Varsovia, 1964.
— . The Keynesian Revolution. Nueva York, 1947, 1966.
K r egel , J . A . Rate ofProfit, Distribution and Growth. Chicago, 1971.
L eijonhufvud , A . Keynes and the Classics. Londres, 1969.
L erner , A . P. «The General Theory», ¡LR (octubre de 1936). Reproducido en R. Lekachman
(ed.).
M e a DE, J . E. The Theory o f International Economic Policy, vol. l . Londres, 1951.
METZLER, L .A . «Keynes and the Theory o f Business Cycles». En: S . Harris (ed.). New Economics.
Nueva York, 1947.
P atinkin , D . Money, Interest, and Prices. Nueva York, 1965.
R obinson , Joan. Collected Economic Papera, vols. l , 2 y 3. Oxford, 1951, 1960, 1965.
— . «Kalecki and Keynes». En: Problems o f Economic Dynamics and Planning: Essays in honour
ofM ichal Kalecki. Varsovia, 1964.
— . Introducción a Stndies in the Theory o f Business Cycles 1933-1939, de M . Kalecki. Varsovia,
1966c.
— . Introduction to the Theoiy o f Employement. Londres, 1947, 1969b.
SAMUELSON, P. A . Economics. Nueva York, 1970.
— .. The Collected Economic Papers o f Paul A. Samuelson, vol. 3. Cambridge, Mass., 1972.
Sí-iackle , G . L . S. The Years ofHígh Theoiy. Cambridge, 1967.
SRAFFA, P. «The Laws ofReturns Under Competitive Conditions», E J, diciembre de 1926.
— . Introducción a The Works and Correspondence o f David Ricardo. Con la colaboración de
M. H. Dobb, 8 vols. Cambridge, 1951.
S w e e zy , P. M . «John Maynard Keyncs», S&S, 4, 1946. Reproducido e n R . Lekachman (ed.).
CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA 387-399

E l s ig n ific a d o d e ia r e v o lu c ió n k e y n e s ia n a *

G e o f f r e y P i l li n g

[ ...]

l. KEYNES: LAISSEZ FAIRE Y EL ROL DEL EsTADO

Cualesquiera que sean las conclusiones a las que se llegue en relación a las cuestiones
planteadas al principio de este capítulo, y en lo que ellas im plican, es indudable que
K e yn es debe ser considerado com o una de las fuerzas centrales de las teorías moder­
nas (es decir, del siglo x x ) acerca de la regulación estatal de la econom ía capitalista.
Sea cual sea la calidad de sus conceptos, no se puede dudar de la importancia ideoló­
gica de este aspecto de su obra. Y a que fue sobre la base ^e1 creciente papel del Estado
que las teorías sobre la supuesta transformación del capitalism o de posguerra fueron
sobre todo, si no totalmente, establecidas. (En los años 30 existieron diversas teorías
sobre la negación del capitalismo que se suponía que estaba ocurriendo en ese momen­
to, entre ellas la tesis de Jam es Burnham sobre la revolución patronal, pero con muy
poca relación o ninguna con las ideas de Keynes). A este respecto, debido a que dio
un lugar central al :Estado en el funcionamiento de la economía, podemos considerar cla­
ramente a Keynes com o uno de los iniciadores de la corriente dominante de la econo­
m ía política del presente siglo.
L a queja principal que Keynes presentó contra la vieja econom ía (neoclásica) fue
que él v io que sus supuestos básicos estaban en creciente desacuerdo con las nuevas
condiciones que emergían en el siglo actual. En un momento de la Teoría general, al
com entar esta creciente falta de correspondencia entre la vieja teoría neoclásica y la
evolución observada del sistema capitalista, Keynes dice:

Los economistas profesionales, después de Malthus, se mostraron aparentemente


impasibles ante la falta de correspondencia entre los resultados de su teoría y los
hechos observados ... Es muy posible que la teoría clásica represente la forma en la
que nos gustaría que se comportara nuestra economía. Pero dar por sentado que así es
como lo hace en realidad es ignorar nuestras dificultades (The General Theory).

A q u í Keynes sigue con su bien conocido tema: que la única m edida que podía uti­
lizarse para juzgar lo que él llam o econom ía clásica era la cuestión de si era capaz de

* Publicado en: Pilling, Geoffrey. «The significance of lhe keynesian revolution». En: The crisis ojkey-
nesian economías. A marxist viav. Londres: Crom Helm, 1987, p. 3249, 66-67, 99. Traducción:
Gemma Galdon.
388 CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

s e r v i r c o m o a p o y o t e ó r i c o p a r a r e s o l v e r l o s p r o b le m a s in m e d i a t o s d e l m u n d o r e a l. N o
e s t u v o , r e p e t im o s , p r e o c u p a d o p r i n c i p a l m e n t e p o r la s d e f i c i e n c i a s l ó g i c a s d e la e c o ­
n o m í a n e o c l á s i c a , s in o p o r l a ir r e l e v a n c i a d e s u s p o s t u l a d o s b á s i c o s . Y c o m o e n c o n ­
t r ó q u e e s t o s p o s t u l a d o s e s t a b a n c a d a v e z m á s r e ñ i d o s c o n Ja r e a l i d a d , n o s e p o d ía
c o n c l u i r q u e e x is t ie r a u n a c o i n c i d e n c i a a u t o m á t i c a e n t r e lo s in t e n t o s d e l in d i v i d u o p o r
c o n s e g u i r e l b e n e f i c i o m á x i m o y e l b ie n s o c i a l . A s í , « e l m u n d o n o e s t á ta n g o b e r n a d o
d e s d e a r r ib a q u e lo s in t e r e s e s p r i v a d o s y lo s in t e r e s e s s o c i a l e s s ie m p r e c o i n c i d a n . . .
N o e s u n a c o r r e c t a d e d u c c i ó n d e l o s p r i n c i p i o s d e l a e c o n o m í a q u e e l in t e r é s p r o p io
ilu s t r a d o f u n c i o n e s ie m p r e e n e l b ie n d e l in te r é s p ú b li c o » ( K e y n e s , C ollected W o r k s , 9 ) .
A p e s a r d e l o s m u c h o s e s fu e r z o s r e a liz a d o s p a r a p r e s e n t a r a K e y n e s c o m o u n a d v e r ­
s a r io r a d ic a l d e l c a p it a lis m o , s e d e b e d e s ta c a r d e s d e e l p r in c ip io q u e c u a le s q u ie r a q u e f u e ­
r a n la s o b je c io n e s p a r c ia le s q u e p u d o h a b e r te n id o r e s p e c t o a l o s q u e é l lla m ó l a tr a d ic ió n
e c o n ó m i c a c l á s i c a , y fu e r a n c u a le s fu e r a n s u s c r ític a s p a r t ic u la r e s a l c a p it a lis m o e x is t e n te
e n s u s d ía s , K e y n e s , a p e s a r d e t o d o , s i g u i ó s ie n d o u n d e f e n s o r i n c o n d i c i o n a l d e l o r d e n
c a p i t a li s t a . A s í , e n The E n d o f L a issezfa ire, e s p e r a q u e « e l c a p i t a li s m o , g e s t io n a d o a d e ­
c u a d a m e n t e , p r o b a b le m e n t e p u e d e s e r m u c h o m á s e fic ie n t e p a r a o b t e n e r fin e s e c o n ó m ic o s
q u e c u a lq u i e r s i s t e m a a lt e r n a t iv o e n p e r s p e c t i v a » . A q u í , la s p a l a b r a s c la v e s s o n , e v i ­
d e n t e m e n t e , « g e s t i o n a d o a d e c u a d a m e n t e » . K e y n e s c r e í a e n « l a t r a n s i c ió n d e l a a n a r ­
q u í a e c o n ó m i c a h a c ia u n r é g i m e n q u e p r e t e n d a d e l ib e r a d a m e n t e c o n t r o la r y d i r i g i r la s
f u e r z a s e c o n ó m i c a s e n e l in t e r é s d e l a j u s t i c i a s o c i a l y l a e s t a b il id a d s o c i a l » .
L o e s e n c i a l d e s u o b j e c i ó n a l « v i e j o » c a p i t a l i s m o n o r e g u l a d o r e s id e e n e l h e c h o
d e q u e é l t e m í a q u e é s t e f u e r a b a s t a n t e in c a p a z , e n l a p r á c t i c a , d e c o n s e g u i r e s t a e s t a ­
b i l i d a d s o c i a l . E s t a a n s ie d a d f u e l a q u e l e l l e v ó a l a j u s t i f i c a c i ó n p r a g m á t i c o - u t i l i t a r i a
d e l a i n t e r v e n c i ó n e s t a t a l a d hoc. É s t a e s u n a p o s ic i ó n q u e e n n in g ú n c a s o e s e x c l u s i ­
v a d e K e y n e s . H a b l a n d o e n t é r m in o s g e n e r a le s , e s u n a p o s i c i ó n q u e h a b í a n d e f e n d i d o
d e s d e l o s a ñ o s 8 0 d e l s i g l o X I X l o s f a b i a n o s , p o r e j e m p l o , q u e p o r c ie r t o , a l i g u a l q u e
K e y n e s , c r e í a n e n u n a s o c i e d a d d i r i g i d a p o r u n a e lit e .
A s í , e n l o s F a b ia n E ssays , p u b l i c a d o s p o r p r i m e r a v e z e n 1 8 8 9 , e n c o n t r a m o s a
S y d n e y W e b b , S h a w y c o m p a ñ ía p ro p o n ie n d o , d e u n a fo r m a q u e p r e fig u r a s o r p re n ­
d e n t e m e n t e a K e y n e s , q u e l o s r e c e p t o r e s d e r e n t a s e in t e r e s e s d e b í a n s e r g r a d u a l m e n ­
t e a b o l i d o s - e n s u c a s o a t r a v é s d e l a t r i b u t a c ió n p r o g r e s i v a - . E n s u c o n t r i b u c i ó n a lo s
Essays , W i l l i a m C l a r k e l l a m ó l a a t e n c ió n s o b r e e l r á p id o a v a n c e d e l m o n o p o l i o y , c o n
é l , d e l a s e p a r a c ió n d e la s f u n c i o n e s d e g e s t ió n d e l a s d e p r o p ie d a d ( u n o d e l o s t e m a s
f a v o r i t o s d e l o s t e ó r i c o s s o c i a l d e m ó c r a t a s p o s t e r io r e s a 1 9 4 5 ) . P r o s i g u i ó ,

el capitalista se está convirtiendo rápidamente en alguien totalmente inútil. A ! encontrar


que es más fá c il y más racional unirse con otros de su clase en una gran empresa, ha
abdicado de su posición de controlador, ha puesto a un director asalariado para querea-
lice su trabajo por él y se ha convertido en un mero receptor de rentas o intereses. L a renta
o interés que recibe se abona por el uso de un monopolio que no él, sino toda una mul­
titud de personas, crearon a través de sus esfuerzos conjuntos (Briggs, 1962: 117).

D e t r á s d e l p e n s a i f u e n t o f a b i a n o s e e n c o n t r a b a la i d e a d e q u e e l f i n d e l la issezfa ire
e r a e q u i v a le n t e a l f i n d e l c a p i t a l i s m o , o a l m e n o s d e l c a p i t a l i s m o p r o p e n s o a la s c r is i s
y a l c o la p s o . S ie m p r e e s p o s ib le to m a r u n a fo r m a r e la t iv a d e c a p ita lis m o - e n e s te c a s o ,
e l c a p i t a li s m o d e la is s e z fa ir e - y s u g e r i r q u e , d e a lg u n a m a n e r a , e s l a f o r m a e s e n c i a l ,
E L S IG N IF IC A D O D E L A R E V O L U C IÓ N K E Y N E S IA N A 389

p e r o u n a q u e e stá d e s a p a r e c ie n d o , a u n q u e d e h e c h o a ú n n o h a d e s a p a r e c id o . K a r l
P o p p e r , p o r e j e m p l o , d e c la r ó q u e « l o q u e M a r x l la m ó « c a p i t a l i s m o » , e s d e c ir , c a p i t a ­
l is m o d e laissezfaire, s e h a “ e x tin g u id o ” p o r c o m p le to e n e l s ig lo X X » (P o p p e r, 1 9 4 7 ,
v o l . 2 : 3 1 8 ) . E n o tr a s p a l a b r a s , P o p p e r , d e f o r m a m u y i l e g í t i m a , t o m a u n a f o r m a p a s a ­
j e r a d e l c a p i t a l, s u f a s e c o m p e t i t i v a , y la e le v a a l r a n g o d e f o r m a e s e n c ia l . N a t u r a lm e n t e ,
c u a l q u i e r j u i c i o h i s t ó r i c o s o b r e e l c a p i t a l , l a r e l a c i ó n e n tr e su s d i v e r s a s f o r m a s y l a
n e c e s id a d d e l p a s o d e u n a a o t r a , s e e v it a a t r a v é s d e e s t a e s p e c i e d e e n f o q u e m e t a f f s ic o .
E s ju s t a m e n t e e sta c o n c e p c ió n h i s t ó r ic a d e l c a p i t a li s m o l a q u e e stá a u s e n te e n K e y n e s 1
S u rechazo de! laissezfaire e s u n r e c h a z o p r a g m á t i c o - u t ilit a r io . E s l a ú n i c a fo r m a d e s a l­
Teoría general a f ir m a :
v a r e l s is te m a . A s í , e n la

Por lo tanto, aunque la am pliación de la s funciones del gobierno, relacionada con la


tarea de ajustar mutuamente la propensión a consum ir y el estímulo a invertir, le pare­
cería a un publicista del s ig lo XtX o a un financiero estadounidense contem poráneo
una invasión terrorífica del in d ivid u a lism o , y o la defien do, en cam bio, tanto com o
Sa única manera factible de evitar la destrucción de las form as económ icas existentes
en su totalidad y co m o la co n d ició n para e l fu n cio n am ie n to satisfactorio de Ja ini­
cia tiv a in d ivid ual ( T h e G e n e r a l T h e o r y : 380).

E n r e s u m e n , u n a m a y o r i n t e r v e n c ió n e s t a t a l e r a n e c e s a r i a p a r a r e s c a t a r a l s is t e m a
c a p i t a l i s t a , u n p u n t o r e it e r a d o d e f o r m a d if e r e n t e c u a n d o K e y n e s d i j o : « N u e s t r a t a r e a
f i n a l p u e d e s e r l a d e s e l e c c i o n a r a q u e l l a s v a r i a b l e s q u e p u e d e n c o n t r o la r s e o d ir ig i r s e
d e l ib e r a d a m e n t e p o r u n a a u t o r id a d c e n t r a l e n e l t i p o d e s i s t e m a e n e l q u e r e a lm e n t e
v iv im o s » (The General Theoiy. 2 4 7 ) . T r a d u c i d o a t é r m in o s c o n c r e t o s , e s to s i g n i f i c a ­
b a q u e p o d ía s e le c c io n a r s e c u a lq u ie r v a r ia b le d e l s is t e m a e c o n ó m ic o : la e le c c ió n d e
la s a p r o p ia d a s s e d e c id ir ía d e s d e e l p u n to d e v is t a d e s u e fe c t iv id a d y a p lic a b ilid a d
p a r a p r e s e r v a r la s f o r m a s e c o n ó m i c a s e x i s t e n t e s . E v i d e n t e m e n t e , s e p o d ía n p r o d u c ir
a lg u n a s d is c u s io n e s , y d e h e c h o s e p r o d u je r o n , s o b r e la e f i c a c i a d e l c o n tr o l d e c u a l­
q u ie r v a r i a b l e p a r t ic u la r . L o s m o n e t a r is t a s s e ñ a la r í a n e l p a p e l c r u c i a l d e la r e g u l a c i ó n
d e l a o fe r t a m o n e t a r ia , l o s k e y n e s ia n o s o r t o d o x o s e l d e l c o n t r o l d e l g a s t o p ú b l i c o y d e l
n i v e l d e in v e r s ió n . A p e s a r d e l in t e n s o d e b a t e g e n e r a d o e n t r e l o s q u e p a r t ic ip a r o n e n
e s t a s c o n t r o v e r s i a s , é s t a s t ie n e n e n r e a li d a d u n a i m p o r t a n c i a r e l a t i v a m e n t e m e n o r 1
2.
P e r o , e n c u a lq u i e r c a s o , p a r a K e y n e s , e s t a s o p e r a c io n e s d e l e s t a d o ( s u « a u t o r id a d c e n -

1. Por lo tanto, uno no puede aceptar la confiada afirmación de Joan Robinson (1962: 74) sobre Keynes:
«En primer lugar, Kcynes recuperó algo de la firmeza de los clásicos. V io el sistema capitalista como
un sistema, una empresa en marcha, una fase en el desarrollo histórico». Fue precisamente la visión
del capitalísimo como un modo de producción específico, que surge bajo unas condiciones históricas
definidas, lo que faltaba en Keynes.
2. Esto no significa que la polémica entre los defensores de la política monetaria y fiscal esté totalmente
desprovista de importancia. En la práctica, la política fiscal se ocupa de la redistribución de la renta
nacional, la toma a la fuerza desde el estado de parte del valor social de sus propietarios originales y
su uso para fines que decide el mismo gobierno. En cambio, la política monetaria es esencialmente
política de crédito. A nivel teórico, en relación a su teoría del dinero, los keynesianos y los monetaris­
tas tienen mucho en común. Los dos parten del punto de vista del individuo como unidad básica de la
economía: cuandoestos individuos son agregados, llegamos a la demanda de dinero. Entre otras cosas,
esto implica una confusión central entre el dinero que actúa como medio de intercambio y el dinero
SÍ- que funciona como capital (capital monetario). Volveremos a este punto en el capítulo siguiente.
390 C R ÍT IC A A L A E C O N O M ÍA O R T O D O X A

tr a i» ) s e b a s a r ía n e n u n a c o n d ic ió n c r u c ia l: q u e lo s c im ie n t o s d e la e c o n o m ía c a p it a ­
lis ta ( « e l t ip o d e s is te m a en e l q u e re a lm e n te v iv im o s » ) s e d e ja r a n in ta c to s .
S e g ú n la te o r ía n e o c lá s ic a , la e c o n o m ía e s tá r e g u la d a p o r e l m e r c a d o , a tr a v é s d e l
c u a l e l c o n s u m id o r r e a liz a s u s d e m a n d a s en é s te ; s e g ú n e s ta c o n c e p c ió n , e l E s ta d o n o
s e o c u p a d e l c o n s u m id o r , s in o s o la m e n te d e la v o lu n ta d d e lo s c iu d a d a n o s ( lo s e le c ­
to re s) q u e , a tr a v é s d e l m e r c a d o , h a c e n s e n tir su s n e c e s id a d e s e n c o n e x ió n c o n la r e a ­
liz a c ió n d e la s n e c e s id a d e s s o c ia le s . P a ra eso , u na p a rte d e lo s in g r e s o s s e ap a rta n en
fo r m a d e im p u e s to s . E n c o n tr a s te co n esta te o r ía , K e y n e s a f ir m ó qu e la r e s p o n s a b ili­
d a d d e l E s t a d o e s c o n s id e r a b le m e n te m á s e x te n s a , y a q u e c r e ía q u e n o s ó lo d e b e r e g u ­
lar la e c o n o m ía p a r a a s e g u r a r e l p le n o e m p le o , s in o qu e e s tá o b lig a d o a to m a r m e d id a s
p a r a g e n e ra r la s in v e r s io n e s s u fic ie n t e s p a ra c o m p e n s a r lo q u e é l c o n s id e r a b a u n d é fi­
cit c r ó n ic o d e in v e r s ió n p r iv a d a . E n o p in ió n d e K e y n e s , e l E s ta d o d e b e r ía u t iliz a r la
ren ta n a c io n a l o , p o r lo m e n o s , u n a parte d e e lla , p a r a m it ig a r e l d e s e m p le o , un h e c h o
q u e c o n v e r t ir ía a l E s t a d o e n u n c o m p o n e n te c e n t r a l d e l s is te m a e c o n ó m ic o , m á s q u e
e n u n a fu e r z a e x t e r n a , ta l c o m o lo h a b ía s id o en té r m in o s g e n e r a le s e n e l v ie jo c o n ­
c e p t o n e o c lá s ic o . F u e p r in c ip a lm e n te la fu e r z a d e e s te a s p e c t o d e Ja te o r ía d e K e y n e s
lo q u e lle v ó a lo s d e fe n s o r e s d e l c a p it a lis m o a p r o p o n e r m á s ta r d e ( d e s p u é s d e 1945)
q u e e l fu n c io n a m ie n t o e s p o n tá n e o d e l s is te m a d e m e r c a d o - q u e e s ta b a a m p lia m e n te
a c e p ta d o q u e s e h a b ía d e s c o m p u e s to d e fo r m a ir r e v o c a b le e n lo s a ñ o s 3 0 - e s ta b a d a n d o
p a s o a la r e g u la c ió n e s ta ta l, o a l e s ta tis m o , ta l c o m o e r a g e n e r a lm e n te c o n o c id o . É s ta
es la id e a d e la q u e s e d e r iv ó la n o c ió n d e l « c a p ita lis m o d e l b ie n e s ta r » , c o n la v is ió n d e l
E s ta d o c o m o u n a fu e r z a in te r c la s is ta q u e s e o c u p a r a d e to d o s lo s m ie m b r o s d e la s o c ie ­
dad s in im p o r ta r s u p o s ic ió n s o c ia l. E s t o , a su v e z , p r o p o r c io n ó la ju s t if ic a c ió n d e la s
p o lític a s e c o n ó m ic a s d e q u ie n e s d o m in a b a n la s o c ia ld e m o c r a c ia b r itá n ic a d e s p u é s d e
1 9 4 5 , y s o b r e e s te t e m a v o lv e r e m o s p r ó x im a m e n te .
C o m o e s b ie n c o n o c id o , K e y n e s c o m b in ó su c r e e n c ia d e q u e e l c a p ita lis m o s u fr ía
d e un n ú m e r o in a d e c u a d o d e s a lid a s p a r a la in v e r s ió n r e n ta b le co n p r o p u e sta s a fa v o r
de u n m o d e s t o g r a d o d e r e d is tr ib u c ió n d e la r e n ta c o m o u n a fo r m a p o s ib le d e in c r e ­
m e n ta r la d e m a n d a e f e c t iv a . E s t a s p r e s c r ip c io n e s d e riv a b a n a s u v e z d e la p o s ic ió n d e
K e y n e s r e s p e c to a l c o n s u m o : u n a d is trib u ció n m á s ig u a lita r ia d e la ren ta era u n a fo r m a
d e a u m e n ta r e l c o n s u m o . D e n u e v o , a l d e fe n d e r m e d id a s e s ta ta le s p a ra r e g u la r la d is ­
tr ib u c ió n d e la r e n ta , K e y n e s s e e n c o n tr ó en o p o s ic ió n c o n la v ie ja tr a d ic ió n n e o c lá s i­
c a e n la q u e s u p u e s ta m e n te s e lle g a b a a e sta s c o s a s d e fo r m a e s p o n tá n e a p o r la a c c ió n
d e la s fu e r z a s d e m e r c a d o .
O tr o a s p e c to q u e v a le la p e n a d e s ta c a r e s la v is ió n d e K e y n e s s o b r e la d e te r m in a ­
c ió n d e lo s s a la r io s . G e n e r a lm e n te , s e a fir m a q u e K e y n e s s e o p u s o a cie rto s a s p e c to s d e
la te o r ía d e lo s s a la r io s q u e s u s c r ib ía la e c o n o m ía n e o c lá s ic a . P e r o e n e s te c a s o , ig u a l
q u e en m u c h o s o tr o s , la s d ife r e n c ia s c o n su s p red ece so re s t e n ía n un ca rá cte r m á s s e c u n ­
d a rio q u e s u s ta n tiv o . T a l c o m o h a n s e ñ a la d o a lg u n o s a u to re s r e c ie n te s ( M e ltz e r , 1981;
H u tc h is o n , 1 9 8 1 ), K e y n e s n u n c a d e s a fió fu n d a m e n ta lm e n te la te o r ía d e l o s s a la r io s d e
la p r o d u c tiv id a d m a r g in a l, y , p o r lo ta n to , en ú lt im a in s ta n c ia t a m p o c o n e g ó q u e u n a
r e d u c c ió n d e lo s s a la rio s fu e r a e l q u i d p r o q u a d e un a u m e n to e n e l n iv e l d e e m p le o . L o
q u e d e fe n d ió f u e q u e la a p a re n te d is m in u c ió n g e o m é tr ic a d e l e m p le o q u e e x p e r im e n ­
tó e l c a p it a lis m o m ie n tr a s s e e s c r ib ía la T e o r í a g e n e r a l s e d e b ió n o ta n to a fa c t o r e s
m ic r o e c o n ó r n ic o s c o m o m a c r o e c o n ó m ic o s , n o ta b le m e n te a u n a fa lt a d e in v e rs ió n y a
u n a d e fic ie n c ia d e la d e m a n d a a g r e g a d a . ( E s te p u n to f u e e v id e n te m e n te d is c u tid o p o r
EL SIGNIFICADO DE LA REVOLUCIÓN KEYNESiANA 391

g lo s m o n e t a r is t a s : p a r a e l l o s , u n a v e z q u e s e h a in s t i t u id o u n a p o l í t i c a m o n e t a r ia a d e ­
c u a d a , e l f u n c i o n a m i e n t o d e l a e c o n o m í a d e p e n d e e s e n c i a l m e n t e d e f a c t o r e s m ic r o e -
: c o n ó m i c o s ) . D e j a n d o e s t o a p a r t e , K e y n e s c r e y ó q u e lo s r e c o r t e s d ir e c t o s d e s a la r io s
• e r a n s o c i a l m e n t e p e l ig r o s o s , y a q u e p r o v o c a r í a n in e v i t a b le m e n t e u n a f e r o z r e s is t e n c ia
■ p o r p a r t e d e l a c l a s e t r a b a ja d o r a . K e y n e s p r o p u s o q u e l o s s a l a r io s s e r e d u j e r a n d i s i -
í;: m e l a d a m e n t e , a t r a v é s d e u n p r o c e s o d e i n f l a c i ó n r e g u la d o d e s d e e l E s t a d o : « U n m o v i ­
m i e n t o d e lo s e m p r e s a r io s p a r a r e v i s a r a l a b a j a l o s a c u e r d o s s a l a r i a l e s e n c o n t r a r á
; m u c h a m á s r e s is t e n c ia q u e u n a b a j a d a g r a d u a l y a u t o m á t i c a d e lo s s a la r io s r e a le s c o m o
V c o n s e c u e n c i a d e l a u m e n to d e lo s p r e c io s » (The General Theory. 2 6 4 ) . U n a in f la c ió n c o n -
§ :.) t r o la d a d e e s t e t ip o p e r m it ir ía u n a u m e n t o d e lo s s a l a r io s n o m in a le s a l a v e z q u e i n f lu i -
;■ r í a s o b r e u n a r e d u c c i ó n s i m u l t á n e a d e l o s s a l a r i o s r e a le s a t r a v é s d e l a i n f l a c i ó n d e
P p r e c i o s , q u e a y u d a r í a t a m b ié n a e s t i m u l a r l o s b e n e f i c i o s . A s í , e n l a c u e s t ió n d e l n iv e l
v;: d e l o s s a la r io s y s u d e t e r m in a c ió n , K e y n e s s i t u ó a l E s t a d o e n e l c e n t r o d e s u s p r e o c u ­
po p a c io n e s . E n u n m o m e n to d e la Teoría general a f i r m ó :

N o e s la prop iedad d e lo s in stru m en to s d e p ro d u c c ió n lo q u e es im portante q u e a su m a


e l E s ta d o . S i e l E s ta d o p u e d e d e te rm in a r la c a n t id a d a g r e g a d a d e r e c u r s o s d e s tin a ­
d o s a l a u m e n to d e lo s in stru m e n to s y la tasa b á s ic a d e r e c o m p e n sa p ara lo s q u e los

£
p o s e e n , habrá r e a liz a d o to d o lo n e c e s a r io (The General Theory: 37 8).
í
g ¡k A q u í K e y n e s p r o p o n e q u e e l E s t a d o s e a r e s p o n s a b l e d e Ja d e t e r m in a c ió n d e l a t a s a
d e r e c o m p e n s a a l c a p i t a l q u e , p o r i m p l i c a c i ó n , y a n o d e b e d e j a r s e q u e l a d e t e r m in e n
l a s f u e r z a s d e m e r c a d o . F u e a p a r t ir d e e s t e e j e m p l o q u e s e d e s a r r o l la r o n l o s a r g u ­
Ifí: m e n t o s a f a v o r d e la s « p o l í t i c a s d e r e n t a s » c o n t r o l a d a s p o r e l E s t a d o , a r g u m e n t o s q u e
h a n s id o d e fe n d id o s p r in c ip a lm e n t e p o r lo s p o s t k e y n e s ia n o s y ju s t i f ic a d o s c o m o e l
m e j o r in s t r u m e n t o p a r a a s e g u r a r l a e s t a b i l i d a d d e l o s p r e c i o s . ( E l p l a n t e a m i e n t o t e ó ­
r i c o e s e l s i g u i e n t e : s e g ú n l o s p o s t k e y n e s i a n o s , u n o d e l o s r e s u lt a d o s d e l a m a l a i n t e r ­
p r e t a c ió n d e K e y n e s h a s id o e l d i a g n ó s t i c o e r r ó n e o d e l a i n f l a c i ó n . D u r a n t e lo s a ñ o s
d e p o s g u e r r a , la i n f l a c i ó n h a b í a s i d o e n t e n d i d a c o r n o l a c o n s e c u e n c i a d e u n e x c e s o d e
m
mr. d e m a n d a , m á s q u e u n a c o n s e c u e n c ia d e la p r e s ió n s o b r e lo s c o s t e s . C o m o r e s u lta d o ,
la r e s p u e s t a d e l o s g o b ie r n o s a la s p r e s i o n e s i n f la c i o n i s t a s e r a in v a r ia b le m e n t e e l r e c o r ­
te d e la d e m a n d a q u e , a u n q u e c ie r t a m e n t e r e d u c í a e l o u t p u t y , p o r lo ta n to , a u m e n t a b a
e l d e s e m p le o , a fe c t a b a p o c o o n a d a a lo s p r e c io s ) .
L a s id e a s d e K e y n e s n o t ie n e n e n n i n g ú n c a s o u n in t e r é s p u r a m e n t e a c a d é m i c o , y a
q u e t ie n e n im p l i c a c i o n e s p o l í t i c a s m u y p r o f u n d a s , s o b r e t o d o e n r e l a c i ó n a l a n a tu r a ­
l e z a y p a p e l d e l s i n d i c a l i s m o e n e l s i s t e m a c a p i t a l i s t a . U n o d e l o s r a s g o s p r i n c ip a l e s
fe :.
d e l c a p i t a li s m o b r it á n ic o d e l s i g l o x ix e n s u f a s e l i b e r a l d e d e s a r r o llo f u e q u e o t o r g ó
fe'
c ie r t a s c o n c e s i o n e s a l m o v i m i e n t o s i n d i c a l o r g a n i z a d o , a l q u e s e p e r m it ió n e g o c i a r
fiK c o l e c t i v a m e n t e c o n lo s e m p r e s a r io s e n c u e s t i o n e s d e s a l a r io s y c o n d i c i o n e s l a b o r a le s .
E l s i g l o a c t u a l h a t r a íd o c o n s i g o u n a l e j a m i e n t o c o n s t a n t e d e l o s p la n t e a m i e n t o s d e
e s t e t i p o , u n a e v o l u c i ó n q u e s e h a a c e l e r a d o e n l a s ú l t i m a s d o s d é c a d a s . T o d o s lo s
g o b i e r n o s b r i t á n i c o s , s e a n c o n s e r v a d o r e s o l a b o r i s t a s , h a n t e n d id o a u n a c i e r t a f o r m a
it; d e c o r p o r a t i v i s m o , e n e l q u e lo s d e r e c h o s d e lo s s in d i c a t o s c o m o n e g o c i a d o r e s i n d e ­
p e n d ie n te s e n n o m b r e d e s u s m ie m b r o s h a n s id o e r o s io n a d o s . E n e s t e p u n t o , e s t e a s p e c ­

1 to d e la o b r a d e K e y n e s e s t u v o e n p l e n a c o n s o n a n c i a c o n a lg u n a s d e l a s t e n d e n c ia s
s o c i a l e s y p o l í t i c a s b á s ic a s d e l s i g l o .
392 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

Debería señalarse que, aunque Keynes se basó sin ninguna duda en el trabajo teó­
rico de algunos de sus predecesores, aunque de form a muy ecléctica, sus opiniones se
basaron también en una experiencia práctica considerable, que abarcaba desde sus pro­
puestas para )a reforma del sistema monetario indio a su trabajo en los últimos años
de su vida por un nuevo orden monetario m undial. K eyn es fue un asesor del gobierno
en la primera guerra mundial, durante el periodo de las negociaciones del Tratado de
Versalles y también durante el subsiguiente intento de restauración y final abandono
de viejo patrón oro en 1931. Aunque dejarem os para el próxim o capítulo la conside­
ración detallada de la naturaleza de las innovaciones teóricas de Keynes, podemos afir­
mar provisionalmente que fue en gran medida en base a este trabajo práctico y teórico
que culm inó en la Teoría general, que se preparó el camino para Ja idea de que el siglo
x x marcó la némesis de la era de la libre competencia; debido a la idea de que la eco­
nom ía ya no podía funcionar ni autorregularse sin la intervención de una tercera fuer­
za (el Estado) para restaurar el ahora inherente d eseq u ilib rio entre producción
(representada por Keynes com o un flujo de ingresos) y consum o.
Tam poco fueron las ideas de Keynes una mera respuesta inmediata a la depresión
que sumergió al mundo capitalista en el período posterior a 1929. Sus posiciones tanto
sobre política económ ica com o la teoría económ ica tenían raíces más profundas: eran
el resultado de reflexiones sobre los problemas de gestión económ ica bajo las nuevas
condiciones del siglo x x que se remontaban, com o m ínim o, hasta el final de la prime­
ra guerra mundial. E n su The End o f Laissez-Faire, presentado primero com o conferencia
en Oxford en 1924, Keynes dijo:

Debemos aspirar a separar esos servicios que son técnicamente sociales de aquellos
que son técnicamente individuales. Los temas más importantes de la agenda del Estado
están relacionados no con esas actividades que los individuos privados ya están rea­
lizando, sino con aquellas que quedan fuera del ámbito del individuo, aquellas deci­
siones que nadie toma si no las toma el Estado. Lo importante para el gobierno no
es hacercosas que los individuos ya están realizando, y hacerlo un poco mejor o un
poco peor, sino hacer aquellas cosas que en este momento no se están haciendo
(Keynes, Collected Works, 9).

A s í se justificaba la necesidad im prescindible de la intervención estatal.


A q u í Keynes está expresando el hecho de que su vida discurrió mas allá del perio­
do que fu e testigo d el colapso del viejo liberalismo: la ideología que había ju stificado
la política social y económ ica británica h acia el resto del mundo durante gran parte del
siglo x i x . E l principio del declive secular británico, que encontraba sus raíces en las
últim as décadas del siglo x i x , fu e indudablemente el fenóm eno que dom inó el pensa­
miento y la acción de Keynes a lo largo de su vida. E n el ámbito político, fue la pérdida
de la hegem onía m undial, que encontró su expresión en e l declive y la eventual des­
integración del Partido Liberal com o el principal instrumento político de la clase diri­
gente, en fa v o r del Partido Conservador. E n el ámbito económ ico, fu e un declive que
causó un creciente desafío a y el eventual abandono de la v ie ja « E co n o m ía de
Manchestern, que proclamaba e l com ercio libre y el liberalism o económ ico com o las
virtudes gem elas que llevarían a G ran B retañ a y al mundo a la prosperidad y la paz
ininterrumpidas. (¡L o que no quiere decir que el resto del m undo apoyara necesaria-
EL SIGNIFICADO DE LA REVOLUCIÓN KEYNESlANA 393

m e n t e e s t a s i d e a s ! ) . E n l o s a ñ o s 3 0 , e s t o s d o s p u n t a l e s d e la i d e o l o g í a b u r g u e s a d e l
s i g l o x i x s e e n c o n t r a b a n b a j o u n a t a q u e f r o n t a l, y d e s d e m u c h o s p u n t o s d e v i s t a . L a
d o c trin a d e l laissezfaire e s t a b a s ie n d o r e e m p l a z a d a p o r d ife r e n t e s c o n c e p t o s d e « e s t a ­
t i s m o » , s ie n d o l a e x p r e s ió n m á s i n t e n s a d e e s t a t e n d e n c ia l a a le m a n a , u n p a í s d o n d e
l a e c o n o m ía d e M a n c h e s t e r n u n c a lo g r ó t e n e r , e n c u a lq u ie r c a s o , m u c h a in f lu e n c ia .
Q u e l a lib r e c o m p e te n c ia s e h a b ía d e r ru m b a d o e n fa v o r d e l m o n o p o lio , y q u e c o m o
c o n s e c u e n c i a e l E s t a d o d e b ía a s u m i r l a r e s p o n s a b il id a d d e r e g u la r l o s m o n o p o l i o s , f u e
u n o d e l o s t e m a s c e n t r a le s d e l a « te o r ía » e c o n ó m i c a f a s c i s t a ^ P r e c is a m e n t e d e b id o a q u e
K e y n e s n o p e r m a n e c ió r e c l u id o e n l a a c a d e m ia , s in o q u e d u r a n t e t o d a s u v id a s e o c u p ó
m u y d e c e r c a d e l o s p r o b le m a s e c o n ó m i c o s y s o c i a l e s d e l c a p i t a l i s m o d e ! s ig l o x x , s e
v i o o b l i g a d o a tr a ta r e s t o s t e m a s c e n t r a l e s d e l a t e o r í a y l a p o l í t i c a e c o n ó m i c a . K e y n e s
m a n t u v o q u e l a s o b r e p r o d u c c ió n s u r g e c o m o c o n s e c u e n c i a d e l o q u e é l c o n s i d e r a b a
c o m o u n a l e y p s i c o l ó g i c a in h e r e n t e , q u e p r o v o c a q u e , a l a u m e n t a r lo s in g r e s o s , a u m e n ­
t e t a m b ié n e l c o n s u m o , p e r o n o d e f o r m a t a n r á p id a . C o m o r e s u l t a d o , e l a u m e n t o d e
l o s in g r e s o s v a a c o m p a ñ a d o p o r u n a m a y o r t e n d e n c ia a a h o r r a r . S i n e m b a r g o , J a in v e r ­
s i ó n n o a u m e n t a c o n l a s u f i c i e n t e r a p id e z p a r a i g u a l a r e s t e v o l u m e n c r e c i e n t e d e a h o ­
r r o s , p o r lo q u e s e g e n e r a u n r e s id u a l n o u t il iz a d o , q u e s e m a n i f i e s t a e n u n a u t i l i z a c i ó n
i n c o m p l e t a d e l o s r e c u r s o s , t a n t o h u m a n o s c o m o m a t e r ia le s . L a v i s i ó n v i c t o r ia n a , s e g ú n
l a c u a l e l a h o rro e s ta b a e n tre la s m a y o re s v ir tu d e s , y a n o e r a a p r o p ia d a p a r a e l s ig lo
x x ; d e h e c h o , u n n iv e l d e a h o r r o d e m a s ia d o e le v a d o e r a u n a d e la s c a u s a s d e l m a le s ­
t a r d e l m o m e n t o , d i j o K e y n e s . É l c o n s id e r ó q u e e s t a d is c r e p a n c i a e n t r e e l a h o r r o y la
i n v e r s i ó n e r a t a n c r ó n i c a q u e e r a i m p o s i b l e e l i m i n a r l a s in u n a in t e r v e n c i ó n s is t e m á t i­
c a d e l E s t a d o , i n c l u y e n d o u n a p o l í t i c a g u b e r n a m e n t a l d e b a j o s t ip o s d e in t e r é s , s u m a ­
d a a l a c r e a c i ó n d e d in e r o y d e c r é d it o p o r e n c i m a d e l a s n e c e s id a d e s d e l a c i r c u l a c i ó n
i n m e d i a t a , c o n l a c o n c e n t r a c i ó n e n m a n o s d e l E s t a d o d e u n a p a r t e d e l o s in g r e s o s y
l a s i n v e r s io n e s t o t a l e s . ( K e y n e s h a b l ó d e f o r m a v a g a s o b r e J a « s o c i a l i z a c i ó n d e l a in v e r ­
s i ó n » , y f u e d e a f ir m a c i o n e s c o m o e s t a s d e l a s q u e s e d e r iv ó f a l s a m e n t e l a id e a d e q u e
é l f u e d e a lg u n a f o r m a u n d e f e n s o r d e l s o c i a l i s m o , u n a i d e a in f u n d a d a m u y d i f u n d i d a
e n t r e l o s c í r c u l o s d e g r a n d e s e m p r e s a r io s a m e r ic a n o s d e s p u é s d e 1 9 4 5 ) .
L a t e o r í a d e K e y n e s h a s i d o c o n s id e r a d a g e n e r a lm e n t e c o m o u n a t e o r ía d e J a s u b in ­
v e r s i ó n , d e b id o a q u e é l c o n s id e r ó q u e e l p r o b le m a d e l c a p it a lis m o e s t a b a e s e n c ia l­
m e n t e a s o c i a d o a u n d é f i c i t d e l g a s t o e n i n v e r s i ó n . S i n e m b a r g o , K e y n e s f u e a l m is m o
t ie m p o u n g ra n a d m ir a d o r d e l s u b c o n s m n is t a M a lt h u s , y la m e n tó m u c h ís im o e l h e c h o
d e q u e f u e r a n l a s id e a s d e R i c a r d o , y n o la s d e M a l t h u s , l a s q u e t r i u n f a r a n e n l a h i s t o ­
r ia d e l p e n s a m i e n t o e c o n ó m i c o i n g l é s . Y , e n u n a s p e c t o , e x i s t e n c i e r t a m e n t e s o r p r e n -

3. Al revisar la Teoría genera/, Roil planteó el siguiente punto: «es significativo que muchos de !os avan­
ces en la teoría de la competencia imperfecta sean debidos a economistas italianos y alemanes que apoyan
las doctrinas del fascismo. E! examen de ia competencia limitada realizado por uno de éstos lleva a su
autor a la conclusión de que el logro del equilibrio en las condiciones crecientemente inestables actuales
es la función del Estado. Como e! economista italiato Amoroso, él ve el estado corporativo como ia maqui­
naria ideal para este propósito. La doctrina del sr. Keynes sobreei dinero, elinterés y el control guberna­
mental de la inversión también tiene su contrnpartida, si no en la teoríafascista, por lo menos en la práctica
fascista. Por mucho que la política económica de Alemania e Italia pueda variar de la fonna detallada en
la que al sr. Keynes le gustaría que la política fuera puesta en práctica, se podría afinnar que la política
fascista está basada en algunos de sus principios» (Roll, 1938). Las ideas de Keynes fueron ciei^mcnte bien
recibidas en las publicaciones económicas nazis como Der deulsche \blkswirt y Die deuísche \b!hvirtíd¡afi.
394 C R ÍT IC A A L A E C O N O M ÍA O R T O D O X A

d e n tes s im ilitu d e s e n tr e e l tra b a jo d e M a lt h u s y el d e K e y n e s , s o b r e to d o en e l h e c h o d e


q u e lo s d o s v ie r o n la n e c e s id a d d e u n a « te r c e r a p e r s o n a » , f u e r a d e la s r e la c io n e s d e l
c a p ita l, c o m o u n a fo r m a d e c o r r e g ir l a te n d e n c ia a l d e s e m p le o ; en e l p r im e r c a s o , e s ta
« te r c e r a p e r s o n a » a b a r c a b a la s d ife r e n te s cla se s n o p r o d u c tiv a s ; en e l c a s o d e K e y n e s ,
e s te p a p e l lo c u m p lía e l E s t a d o . O t r a s p e rs o n a s c o n id e a s s im ila r e s fu e r o n S i s m o n d i,
q u ie n v io a la p e q u e ñ a b u r g u e s ía c o m o ta l terce ra p e r s o n a n e c e s a r ia , y e l e c o n o m is ta
r a d ic a l J . A . H o b s o n , q u ie n c r e ía q u e la s c o lo n ia s p r o p o r c io n a b a n u n a s a lid a a lo s b ie ­
n e s e x c e d e n t a r io s p r o d u c id o s p o r e l c a p it a lis m o 45
^
A su m o d o p a r tic u la r , c a d a u n o d e e s to s a u to res f u e u n « c r ít ic o » d e l s is te m a c a p i­
ta lis ta - p e r o , en to d o s lo s c a s o s , la c r ít ic a tu v o u n c a r á c te r m u y lim it a d o - . In c lu s o en
e l c a s o d e H o b s o n , c u y a s id e as s o c ía le s y p o lítica s estu v iero n m a rc a d a m e n te a la iz q u ie r ­
d a d e la s d e K e y n e s , é l c r e y ó q u e la s c o n tr a d ic c io n e s d e l c a p ita lis m o p o d ía n ser s u p e ­
rad a s a tra v é s d e u n a r e d is tr ib u c ió n r a d ic a l d e la ren ta . E l te m a e s e l s ig u ie n te . E l m e ro
r e c o n o c im ie n t o , p o r p a rte d e u n e s c rito r c o n c r e to , d e c ie r ta s c o n tr a d ic c io n e s a s o c ia ­
d a s c o n e l c a p it a lis m o , n o c o n v ie r t e n e c e s a r ia m e n te su t r a b a jo en c ie n t í f ic o , y e l d e
M a lt h u s es u n c a s o q u e m u e s tr a la v e r d a d d e e s ta a s e v e r a c ió n . Y a q u e a u n q u e M a lt h u s
s í v io u n a c ie r t a c o n t r a d ic c ió n e n tr e la p r o d u c c ió n y e l c o n s u m o , ja m á s in v e s t ig ó la
v e r d a d e r a c a u s a o c u lt a d e e s ta c o n t r a d ic c ió n , y M a r x p u d o d e c la r a r q u e su tr a b a jo era
tan to v u lg a r (c e n tr a d o só lo en la a p a r ie n c ia d e la s c o n t r a d ic c io n e s del s is te m a c a p ita ­
lis ta y n o e n su e s e n c ia ) c o m o c o m p le ta m e n te a p o lo g é t ic o ( M a lth u s , e s e « a d u la d o r s in f
v e r g ü e n z a » , « e s e P a r s o n » ^ J o h n S tu a r t M ili e s o tr o e je m p lo d e u n p e n s a d o r q u e s e
o p u s o a c ie r t o s r a s g o s d e l c a p it a lis m o y q u e r e a liz ó u n a s e r ie d e p r o p u e sta s p a r a r e c ­
tific a r e s to s « d e fe c t o s » , in c lu y e n d o , en este c a s o , un lla m a m ie n to a fa v o r d e u na d is ­
tr ib u c ió n d e l a r e n ta d e a lg u n a fo r m a m á s e q u ita tiv a y a u n a e x te n s ió n lim it a d a d e la s
fu n c io n e s d e l E s ta d o . L o m is m o o c u r e c o n K e y n e s : é l a c e p to q u e ciertos p ro b lem a s esta­
b a n a s o c ia d o s a l c a p it a lis m o (la n e g a c ió n d e un h e c h o tan e v id e n t e h u b ie r a s id o en
c u a lq u ie r ca s o im p o s ib le en las c ir c u n s t a n c ia s e n las q u e s e e s c r ib ió l a T e o r í a g e n e -
r a í ) , p e ro en r e a lid a d a s u m ió q u e , e s e n c ia lm e n te , e l c a p ita l e r a a r m o n io s o . E l in a r m ó - -

n ic o m u n d o d e la s a p a r ie n c ia s s u r g e d e fa c t o r e s q u e c o n tr a d ic e n e s ta n o c ió n y q u e n o
p u e d e n se r e x p lic a d o s s o b re Ja m is m a ; en r e s u m e n , s e o r ig in a n en fu e r z a s d e f u e r a d e l
s is te m a e c o n ó m ic o - « p o lít ic a s e r r ó n e a s » ; la o b stin a ció n o l a e s tu p id e z d e Jo s q u e están
en e l p o d e r ; lo s e f e c t o s d a ñ in o s d e l m o n o p o lio , e t c é t e r a - . A s í , e n ú lt im a in s t a n c ia ,
K e y n e s , ig u a l q u e h a c e n lo s m o n e ta ris ta s , s e v e o b lig a d o a e x p lic a r e l c o la p s o d e l c a p i­
ta lis m o e n lo s a ñ o s 3 0 b a s á n d o s e e n fa c t o r e s n o e c o n ó m ic o s .

4. Los subconsumistas, como Hobson, vieron el remedio a la recesión en los ahorros que transferirían las
rentas desde la acumulación (los capitalistas) a los consumidores (los trabajadores). Keynes consideró
que el problema al que se enfrentaba el capitalismo era la falta de crédito, que era a su vez el resultado
de una política financiera restrictiva. En momentos de recesión, esto creaba una deficiencia en la inver­
sión: el remedio era aumentar el nivel de inversión a través de una política de «dinero barato» y, si esto
se revelaba inadecuado, a través de la empresa pública.
5. «Malthus está interesado no en esconder las contradicciones de la producción burguesa, sino,al contra­
rio, en enfatizarlas, por una parte para probar que la pobreza de las clases trabajadoras es necesaria (tal
como lo es, de hecho, en este modo de producción) y, por otra, para demostrar a los capitalistas la nece­
sidad de unajerarquía bien alimentada de Iglesia y Estado para así crear una demanda adecuada para las
mercancías que producen» (tomo IIl: 57). Pero mientras Malthus llamó la atención sobre algunas de las
contradicciones capitalistas, huyó de demostrar su esencia en el conflicto entre el trabajo y el capital.
EL SIGNIFICADO DE LA REVOLUCIÓN KEYNESIANA 395
..
E n ú l t i m a in s ta n c ia , K e y n e s d i r i g i ó g r a n p a r t e d e s u s c r í t i c a s a l o r d e n e c o n ó m i c o y
s o c i a l e x is t e n t e n o c o n t r a e l c a p i t a li s m o c o m o t a l, s i n o c o n t r a u n a d e s u s f o n n a s , c o n ­
c r e t a m e n t e e l c a p it a l g e n e r a d o r d e í n t e r e s . A s í , e n u n p a s a j e m u y c o n o c i d o , a f ir m a :

V e o , en c o n s e c u e n c ia , e l a s p e c to rentier d el c a p it a lis m o c o m o un a fa s e tra n sito ria


q ue d esap arecerá c u a n d o h a y a r e a liza d o su tarea. Y c o n la d esap arición d e e ste a sp ec­
to rentier, m u ch o s m ás a sp e c to s d e n tro del c a p ita lis m o su frirán u n a m p lio c a m b io .
S e r á , a d e m á s , u n a gran v e n ta ja p a r a e l o rd en d e c o sa s q u e e sto y d e fe n d ie n d o , q u e la
e u ta n a sia d el renlier, d el in v e rso r sin fu n c io n e s , n o s e a rep en tin a, s in o u n a m e ra c o n ­
tin u a c ió n g r a d u a l p e ro p r o lo n g a d a d e lo q u e r e c ie n t e m e n t e h e m o s v i s t o en G r a n
B r e ta ñ a , y q u e n o n e ce s ita rá n in g u n a r e v o lu c ió n (The General Theory: 3 7 6 ).

E s ta o p o s ic ió n a l rentista e r a c la r a m e n t e u n a d e l a s r a z o n e s p o r la s q u e K e y n e s s e
o p u s o a la s p o lít ic a s d e fla c io n a r ia s q u e s e s ig u ie r o n e n lo s a ñ o s 20, y a q u e la d e fla ­
c ió n « c o n lle v a u n a tr a n s fe r e n c ia d e r iq u e z a d e l r e s to d e l a c o m u n id a d h a c ia Ja c la s e
r e n t i s t a .. . d e l o s a c t iv o s a lo s i n a c t i v o s » ( K e y n e s , Collected W o r k s , 4 ) .
K e y n e s c ie r t a m e n t e n o fu e e l p r im e r o e n a d o p ta r e s ta p o s ic ió n : o tr o s a n te s q u e é l
h a b í a n a d o p t a d o p o s i c i o n e s s i m i l a r e s , d e l a m i s m a f o r m a q u e a lg u n o s d e s u s c o n t e m ­
p o r á n e o s t a m b ié n d e n u n c i a r o n e l c a p i t a l n o i n d u s t r i a l , f r e c u e n t e m e n t e e n t é r m in o s
m u c h o m á s e s tr id e n te s . [ . . . ]

[ ...]

[ . . . ] E l t r a b a jo d e K e y n e s f u e u n a p a r t e in t e g r a l d e e s t a a c o m o d a c i ó n d e l c o n j u n ­
to d e l a e c o n o n ú a o r t o d o x a a l a r e a li d a d c a m b i a n t e d e l d e s a r r o l lo c a p i t a l i s t a . E l t e m a
a d e s t a c a r e s q u e f u e u n a r e a c c i ó n a e s a r e a li d a d c a m b i a n t e , y e n n in g ú n c a s o e l in i­
c ia d o r d e e s e c a m b io , y e so d e b e d e s ta c a r s e a n te e l e n o r m e m e n te e x a g e r a d o ro l q u e
K e y n e s a s i g n ó a l a s id e a s [ c o m o in s t r u m e n t o ] p a r a c a m b i a r e l m u n d o .

2. ¿ C a u s ó e l k e y n e s i a n is m o e l b o o m d e p o s g u e r r a ?

N o h a c e f a l t a d e c i r q u e k e y n e s ia n is m o s e h a c o n v e r t i d o r e c ie n t e m e n t e e n u n in s u lt o . N o
s ó l o s e l e h a c e r e s p o n s a b le d e l a s u p u e s t a m a l a a d m in i s t r a c ió n d e l e e c o n o m í a b r it á n ic a
d e p o s g u e r r a , d e l a q u e m u c h o s s e l a m e n t a n , s in o q u e s e l e h a c e r e s p o n s a b l e d e l a r u i­
n o s a id e a d e l o s d é fic it s p re s u p u e s ta r io s q u e , c o m o p o p u la n n e n t e s e c r e e , h a n h e c h o ta n to
p a r a h a c e r n o s l l e g a r a n u e str a c r is is a c t u a l. Y , c o m o s i e s t a l is t a d e a c u s a c io n e s n o fu e r a
s u f i c i e n t e , K e y n e s n o s ó l o n o s c o n d u j o a la f a l s a i d e a d e q u e l a e c o n o m í a s e p u e d e
a ju s t a r , s in o q u e t a m b ié n a b r ió l a p u e r t a a u n a f u n e s t a r e g u l a c i ó n e s t a t a l d e l a e c o n o ­
m ía . E s t a s a c u s a c io n e s p u e d e n s e r c o n s id e r a d a s c o m o m u y g r a v e s ; p e r o m u y p o c a s ,
s í a lg u n a , p u e d e n s o s te n e r s e . P o r e je m p lo , y a h e m o s m e n c io n a d o q u e K e y n e s r e c h a z ó
e x p l í c i t a m e n t e l a i d e a d e q u e u n a s e r ie d e p e q u e ñ o s a j u s t e s e n lo s a g r e g a d o s p r e s u ­
p u e s t a r io s p u d i e r a r e g u la r l a e c o n o m í a d e n t r o d e u n o s l í m i t e s d e s e a d o s . L o m e j o r q u e
s e l e s p u e d e d e c i r s o b r e e s t o a l o s d e t r a c t o r e s d e K e y n e s e s q u e a lg u n o s d e s u s s e g u i ­
d o r e s p u d ie r o n m a lin t e r p r e t a r s u t r a b a j o e n e s t e s e n t id o ; e s t a e s d e h e c h o l a q u e j a d e
R o b in s o n , B u t c h is o n y o tr o s (a u n q u e H u t c h is o n y R o b in s o n e stá n m a r c a d a m e n t e en
d e s a c u e r d o s o b r e l a n a t u r a le z a d e e s t a s m a la s in t e r p r e t a c io n e s ) .
Sil
396 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

A pesar d eesto, dos cosas están fuera de disputa. E n primer lugar, que, hasta media­
dos de los años 70, el paro en el Reino Unido raramente alcanzó el 2%, una cifra extre­
m adam ente baja en vista de la propuesta de W illiam B everid ge de un 3% com o un
nivel realista al que aspirar en la posguerra -u n objetivo que Keynes a su vez consi­
deró de improbable cum plim iento-. Segundo, que fue ciertamente uno de los elemen­
tos más persistentes del saber convencional de los años 50 y 60 el pensar que estas
bajas cifras de desempleo y la prosperidad relativa que suponían eran debidas a la revo­
lución en política económ ica para la que Keynes había establecido las bases teóricas.
L a visión ampliamente aceptada es que la larga lucha de Keynes fue convencer a
los políticos estratégicamente situados del acierto de sus propuestas junto con la teoría
en la que se basaban; una vez conseguido esto (después de 1940), se abrió el camino para
un m ayor grado de intervención estatal. Y , gracias al triunfo de las ideas de K eynes,
la prosperidad se mantuvo después de 1945, con la im plicación de que fue sólo a par­
tir de mediados de los años 70, cuando estas teorías keynesianas fueron rechazadas,
que la econom ía se hundió en una recesión que se hubiera podido evitar. A q u í se da
claramente toda la importancia al rol de las ideas en la orientación de la política socioe- '
conóm ica.
U n autor reciente h aresu m id o la form a e n q u e se h a considerado generalm ente
este tema:

nuestra perspectiva de la “ revolución keynesiana” era deliciosamente simple; la his­


toria económica reciente tendía a escribirse por economistas o historiadores del pen- .
samiento económico, y ambos tendían a ver la teoría económica como la fuerza :
principal detrás de la política económica. La política económica era presentada como .
un choque entre una ortodoxia inamovible y una fuerza intelectual y moralmente ;
superior, el keynesianismo, que acabó triunfando con el compromiso de mantener
unos niveles altos y estables de empleo en el White Paper [proyecto de ley] de 1944';
(Booth, 1983).

D on ald W in ch pareció adoptar una postura similar: « A la lu z de esta experiencia, ■


se puede concluir que la revolución keynesiana en política o bien ha sido un sumo éxito
o que, debido a ofrasrazones no explicadas, se ha revelado innecesaria» (W ínch, 1972: ■
293).
Evidentemente, es cierto que los gobiernos de posguerra se comprometieron públi­
camente a establecer un nivel de empleo alto y estable. E l White Paper on Economic
Po/icy (1944) al que se refiere Booth era muy explícito sobre este tema: ■

El gobierno acepta como uno de sus objetivos y responsabilidades principales el maní


tenimiento de un nivel de empleo alto y estable después de la guerra... Se debe evh,
tar que el gasto total en bienes y servicios caiga hasta un nivel en el que aparezca un
desempleo generalizado.

L o s gobiernos de posguerra no sólo se com prometieron públicam ente, en esta y


en otras declaraciones, a una política de pleno em pleo, sino que tenían también a su
disposición un presupuesto público que era m ucho m ayor que antes de la guerra. A
pesar de este cam bio de circunstancias, muchos autores han arrojado muchas dudas
sobre si algún gobierno del periodo de posguerra llegó realmente a intentar regular la
ELSIGNIFICADO DE LA REVOLUCIÓN KEYNESIANA 397

eCO n o m í a d e a c u e r d o c o n la s c o n v e n c i o n a l e s id e a s k e y n e s i a n a s d e g e s t ió n p r e s u p u e s ­
t a r ia 6. S i r A l e e C a i r n c r o s s , c o n a l g u n a m a t i z a c i ó n m e n o r , p a r e c e a p o y a r e s t a id e a :

L a respuesta es que, a pesar de que las ideas keynesianas, prolongando el dinero bara­
to del periodo de posguerra, contribuyeron indudablemente al establecimiento temprano
de! pleno em pleo, raramente se som etieron a prueba en los años 5 0 y 60. L a dem an­
da generalm ente fa cilitab a la con ten ción fis c a l, y los esfuerzos de los gobiernos se
concentraban tan to en mantener la inflación a raya co m o en intentar asegurar el pleno
e m p le o ... D u ran te el periodo, el go b iern o cen tra l tuvo un excedente sustancial en la
balanza d e pagos que hasta 1973 cubrió la m ayoría d e las necesidades d e endeuda­
miento de las industrias n acio n alizad as... L a s técnicas de gestión de la demanda estu­
vieron plagadas de ideas keyn esianas, pero la gestión de la demanda en s í operaba
sobre fuerzas de m ercado boyantes e in clu so entonces sólo dentro de unos lím ites
reducidos (Cairncross, en F lo u d y M c C lo s k e y (eds), 1981, v o l. 2: 374).

E n u n a r t íc u lo a n te r io r y m u y c o n o c i d o , R . C . O . M a t h e w s f u e i n c l u s o m á s e n é r g ic o
e n r e p u d ia r l a v is ió n a ú n m u y c o m ú n d e q u e e r a e l f u n c i o n a m ie n t o d e la s p o lít ic a s k e y ­
n e s i a n a s l o q u e e x p l i c a b a la e x p a n s i ó n d e l c a p i t a l i s m o e n l o s a ñ o s 5 0 y 6 0 , y a q u e
« d u r a n t e e l p e r io d o d e p o s g u e r r a , e l g o b i e r n o , l e j o s d e i n y e c t a r d e m a n d a e n e l s is t e ­
m a , h a t e n id o p e r s is t e n t e m e n t e u n g r a n e x c e d e n t e e n l a b a l a n z a c o r r ie n t e [ . . . ] . E l a h o ­
r r o p ú b li c o h a s id o d e u n a m e d i a d e l 3 % d e l a r e n t a n a c i o n a l » ( M a t h e w s , 1 9 6 8 ) .
i

[ ... ]

3. L a v is ió n t r a d ic io n a l d e l c a p it a l *

[ . . .] ,

■ E v i d e n t e m e n t e , e s u n t r u is m o d e c i r q u e K e y n e s c r i t i c ó c ie r t o s a s p e c t o s d e l t r a b a ­
j o d e l a e s c u e la n e o c l á s ic a d e s u é p o c a , i g u a l q u e o t r o s l o h a b ía n h e c h o a n te s q u e é l. P e r o
■e s ig u a lm e n t e c ie r t o q u e e s t a s c r í t i c a s n u n c a lle g a r o n a s e r f u n d a m e n t a l e s , ja m á s in v e s ­
t ig a r o n lo s c i m i e n t o s e p i s t e m o l ó g i c o s d e e s t a e s c u e l a , n u n c a s e p r e g u n t a r o n p o r la s
c o n c e p c i o n e s h i s t ó r ic a s y s o c i a l e s e n la s q u e s e b a s a b a n . E n c a m b i o , e s tá c l a r o q u e l a
m i s m a o b r a d e K e y n e s e s t a b a e m p a p a d a p r e c i s a m e n t e c o n l a s m is m a s c o n c e p c i o n e s
a n t i h i s t ó r i c a s q u e p r e d o m i n a b a n e n l a e c o n o m í a n e o c l á s i c a . C o m o e s b ie n s a b i d o ,
K e y n e s s e a b s tr a jo d e l ib e r a d a m e n t e d e c u a l q u i e r a n á l is is c r í t i c o d e l a e s t r u c t u r a s o c i a l
d e l a s o c i e d a d y s u s l e y e s d e d e s a r r o l l o . E n o tr a s p a l a b r a s , d i o p o r s e n t a d o e l s is t e m a
c a p i t a l i s t a , a c e p t ó s u s a p a r ie n c i a s c o m o s i c o n s t it u y e r a n s u e s e n c ia . S u p r e o c u p a c ió n
: s e c e n tr ó e x c lu s iv a m e n t e e n e l fu n c io n a m ie n t o y n o e n la d in á m ic a d e l c a p it a lis m o .
E n su s is t e m a t e ó r ic o , p r e s e n ta t a n t o la s fu e r z a s p r o d u c tiv a s c o m o la s r e la c io n e s
d e p r o d u c c ió n c o m o a g e n t e s in m u t a b l e s , q u e s e d a n u n a v e z y p a r a s ie m p r e : « t o m a m o s
c o m o d a d a l a c a p a c id a d y c a n t id a d d e t r a b a jo d is p o n ib le , la c a n t id a d y c a lid a d d e l

6. Joan Robinson dice de forma algo casual sobre la política postkeynesiana de posguerra: «Tal como
sabemos, durante veinticinco años las recestones serias se evitaron siguiendo esta política» (Robinson,
1972). Esta afirmación tan simple no podría hoy recibir un apoyo unánime, ni mucho menos.
* En Pilling, Gooffrey. «The fundation o f Keynes’ economics». En: The crisis ofkeynenian economics.
A marxisl view. Londres: Grown Helm, 1987, p. 66-67, 99.
398 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

material existente, la técnica, el grado de co m p eten cia..., así com o la estructura social,
incluyendo las fuerzas que, además de nuestras variables . . . determinan la distribución
de la renta nacional» (The General Theory. 245). En otra parle Keynes escribió que
tom aba com o dado (es decir, com o fijo) todo el «marco económ ico» del capitalism o
(The General Theory. 246).
Evidentem ente, e l hecho de que Keynes tomara estos factores com o a lg o «dado»
no sign ifica que ignorara el hecho de que, en el sentido em pírico, este no era el caso.
A p a re ce aquí un tem a mucho más serio. R evela el hecho de que la obra de Keynes
suponía un proceso convencional y esencialmente positivista de construcción de m ode­
los por el cual, en base a una serie de supuestos arbitrarios, se construye un modelo de
la economía. E s decir, que Keynes realizó una serie de supuestos con el fin de sim pli­
fica r el análisis de la econom ía - p o r ejem plo, que no se produce cam bio técnico, que
el «marco económ ico» del capitalism o es f i j o - y en base a estas abstracciones se deri­
va una imagen coherente del mundo. Pero, como en el caso de los supuestos tradicio­
nales de la com peten cia perfecta, estas abstraccion es son puramente m ecanism os
mentales sin ninguna base en la realidad de los fenóm enos que se investigan. Y preci­
samente por esto deben ser arbitrarios y subjetivos. [ ...]

[ ...]
1
A l exam inar las concepciones teóricas básicas de K eyn es hemos afirm ado que,
lejos de realizar un avance respecto al trabajo de sus predecesores clásicos, constituyen
una seria degeneración, ya que mientras que Sm ith, Ricardo y otros se propusieron
establecer las leyes objetivas del capitalism o, la obra de Keynes está profundamente
empapada de! subjetivismo que caracteriza la totalidad del pensamiento burgués en el
siglo x x E n primer lugar, tal com o hemos intentado mostrar, su trabajo fue muy ecléc­
tico , inspirándose en elementos de la escuela n eoclásica para su explicación de las
leyes de la distribución, pero a la vez invocando a M althus para la explicación de la
pobreza en los años 30. Es por esta razón, debido a que la obra de Keynes parecía un
cajón de sastre, que cualquiera pudo meter la m ano y escoger lo que quería. Esto está
ciertamente conectado con la visión de Keynes del Estado com o una institución inter-
dasista, un tema examinado en el capítulo anterior. E l Estado era una institución para
ser utilizada para dirigir la econom ía según las ideas de uno. Pero esto necesariamen­
te d eja abierta precisam ente la cuestión de qué políticas deben seguirse. Sism ondi y
Proudhon utilizaron un análisis parecido al de Keynes para defender ideas socialistas
utópicas; M althus utilizó su subconsumo para defender la posición del feudalism o en
el marco de un capitalism o que avanzaba rápidamente; en el siglo x x (bajo condicio­
nes históricas bastante diferentes, cuando el capitalism o había dejado de ser una fu er­
za de progreso) tanto el fascism o com o la socialdem ocracia han im pulsado políticas
económicas que pueden reclamar un legítim o parentesco con Keynes. Q u e ideologías
tan enfrentadas com o estas puedan encontrar cierto grado de apoyo en la teoría eco­
nóm ica de Keynes no es ningún accidente, teniendo en cuenta que ésta a) se lim itó a l
ámbito de la circulación (considerando las relaciones de producción com o dadas), y
b) funcionaba a partir de categorías psicológicas subjetivas.

[ ... ]
EL SIGNIFICADO DE LA REVOLUCIÓN KEYNESIANA 399

B i b l io g r a f ía c it a d a
llilf S llS f f lli}

BOOTH, A . (l 983). «The “Keynesian Revoiution” in Economic PolicyMaking», ECHR 2nd series,
vol. X X X V I: l (febrero).
B riggs , A . (ed.) (1962). Fabian Essays. Londres: Alien & Unwin.
F loud , R.; M c C loskey , D. (eds.) {198 l). The Economic History ofBriiain Since 1700, vol. 2,
CUP, Cambridge.
H u ich in so n , T. W . (1981) The Politics and Philosophy o f Economics. Oxford: Basil BlackwelL
M athews, R. C . O. (1968). «Why Has Britain Had Ful! Employment Since The War?», E l, vol.
L X X V IH (setiembre).
M ELTZER, A . (1981). «Keynes "General Theory” : A Different Perspective», JE L (marzo).
P opper , K . R. (1947). The Open Society and its Enemies. Londres: Routledge and Kegan Paul.
R obinson , J. (1972). «The Second Crisis o f Economic Theory», AER, L X I I I {mayo).
R o l l , E. (1938). «The Decline of Liberal Economics», The Modem Quarterly, I (1).
W inch, D . ( 1912). Economics and Policy: A Historical Survey. Londres: Fontana.
CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA 401-429

D e fic ie n c ia s e n la e x p lic a c ió n k e y n e s ia n a

y e n s u s p r o p u e s ta s d e p o lít ic a e c o n ó m ic a *

A l a n M a r ín

l . I n t r o d u c c ió n

E l m o d e lo y la s r e c o m e n d a c io n e s d e p o lít ic a e c o n ó m ic a k e y n e s ia n a r e v is a d o s en e l
c a p ítu lo a n te rio r o b tu v ie r o n r á p id a m e n te u n a a m p lia a c e p ta c ió n , ta n to e n tre lo s e c o ­
n o m is ta s c o m o en térm in o s d e c o m p r o m is o s d e p o lític a e c o n ó m ic a . E n E s ta d o s U n id o s ,
ei N e w D e a ! fu e p ro n to c o n s id e r a d o c o m o u n tip o d e p r o t o k e y n e s ia n is m o , a u n q u e
in c lu s o ta n t a r d e c o m o e n lo s a ñ o s 6 0 a lg u n o s r e p u b lic a n o s s ig u ie r o n m o s tr á n d o s e
p ú b lic a m e n t e co n tra rio s a l « g a s to c o n d é fic it » . E l reto rn o d e u n p re sid e n te d e m ó c r a ta ,
; K e n n e d y , e n 1 9 6 0 , in a u g u r ó u n p e rio d o e n e l c u a l a lg u n o s d e lo s e c o n o m is ta s m á s d e s ­
"" ta c a d o s d e la e c o n o m ía k e y n e s ia n a e n lo s E s t a d o s U n id o s ju g a r o n u n p a p e l c l a v e en
la s d e c is io n e s d e p o l ít ic a e c o n ó m ic a . P r o b a b le m e n t e e s c o r r e c to a fir m a r q u e , h a s ta
k 19 8 0 , la s p o lít ic a s k e y n e s ia n a s fu e r o n s e g u id a s in c lu s o d u r a n te lo s m a n d a to s d e p re ­
sidentes r e p u b lic a n o s ^ E n la m a y o r ía d e lo s d e m á s p a ís e s d e s a n u d a d o s h u b o u n a a c e p -
^ ta c ió n m u c h o m á s r á p id a d e la s p o lít ic a s k e y n e s ia n a s p o r parte d e lo s p a rtid o s p o lític o s
d e to d o e l e s p e c tr o p o lít ic o . P o r e je m p lo , en e l R e in o U n id o , u n c o m p r o m is o b ip a rti-
j to s o b r e la r e s p o n s a b ilid a d d e l g o b ie r n o p a ra c o n s e g u ir e l p le n o e m p le o s e b a só e n u n
|f: in f o r m e q u e s e h a b ía r e a liz a d o a n te s d e l fin a l d e la s e g u n d a g u e r r a m u n d ia l.
ír . A p e s a r d e e s t a a c e p ta c ió n ’ d e la p o lít ic a y d e l e n fo q u e k e y n e s ia n o s p o r p a r te d e la
Jí m a y o r ía d e lo s e c o n o m is t a s , s ig u ió h a b ie n d o d is c u s io n e s e n tre e c o n o m is ta s s o b r e lo
q u e s e c o n s id e r a b a n a lg u n a s d e la s d e b ilid a d e s d e l e n fo q u e k e y n e s ia n o . A lg u n o s e c o ­
n o m is t a s v ie r o n e s to s a s p e c to s c o m o m e r a s d if ic u lt a d e s m e n o r e s e n la e x p lic a c ió n
k e y n e s ia n a d e l d e s e m p le o y d e la e c o n o m ía , p e r o o t r o s l o s v ie r o n c o m o fa llo s fu n d a ­
m e n ta le s . E s to s ú lt im o s , u n a m in o r ía d is id e n te d u ra n te lo s b u e n o s tie m p o s d e l k e y n e -
s ia n is m o , s e h an h e ch o m u c h o m á s in flu y e n te s d e sd e fin a le s d e lo s 6 0 . L o s tem as d e este
c a p ítu lo , p o r lo ta n to , so n aú n e l fo c o d e gra n d e s d e sa cu erd o s - q u e a fe c ta n n o só lo a las

* Publicado en: Marín, Alan. «Deficiencies ín the keynesian explanation and policy proposals». En:
Macroeconomicpolicy. Londres: Roulledge, 1992, p. 26-50. Traducción: Gemma Galdon.
l. Después de 1980, el presidente Reagan se concentró oficialmente en verla política fiscal principalmen­
te por sus efectos «sobre la oferta», y también creyó oficialmente en el equilibrio presupuestario. Sin
embargo, en realidad sobrevino un gran déficit presupuestario, y se ha afirmado que ei mayoréxito de los
Estados Unidos en la reducción del desempleo (al menos en comparación con la mayor partedel resto de
los países desarrollados) fue debido a la adopción inconsciente del gasto con déficit «keynesiano».
Este es unbuen momento para señalar que la expresión «sobre la oferta» no es io mismo que ia curva
de la oferta agregada (aunque puede provocarcambios en ésta). La expresión se refiere a las medidas
microeconóimcas para aumentar el output económico y el crecimiento, principalmente a través de los
supuestos efectos incentivadores de las disminuciones de impuestos y de la dcsregulación.
402 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

explicaciones teóricas, sino también a las recetas de política econ óm ica-. En la próxi­
ma sección consideraremos los debates sobre los supuestos de K eynes de que el sala­
rio nominal debe ser tratado simplemente com o algo dado en un periodo de tiempo.
Tál como afirmamos en e! capítulo 1, hasta hoy, bajo nuestro punto de vista, muchas de
las diferencias de opinión sobre política económ ica pueden reducirse a diferencias
de opinión sobre el funcionam iento del mercado de trabajo. Una form a de expresar de
otro modo este argumento es preguntando si todo el desem pleo es «voluntario». Este
aspecto es tratado en la sección titulada «¿Es el desempleo siempre voluntario?».
Los problemas de la exogeneidad de los salarios nominales y de la voluntariedad
o no del paro, llevan a Ja consideración de la relación entre el paro y los salarios rea­
les. Este tem a es tratado en las páginas 412-418 y examina la cuestión de si los salarios
reales tienen que disminuir para así aumentar el em pleo, o si un recorte en los salarios
nom inales llevaría en realidad a una caída de los salarios reales, o meram ente a un
recorte proporcional equivalente en los precios.
L a sección «Desem pleo de equilibrio o de desequilibrio», más adelante en este
capítulo, relaciona la exogeneidad del salario nominal con todo el tema del énfasis en
el desem pleo en equilibrio.
Las ideas tratadas en las páginas 402-420 están todas interrelacionadas, pero desa­
fortunadamente Ja gente sólo puede leer palabras en un orden, y no de forma sim ultá­
nea. Para ¡facilitar la exposición hemos puesto estas ideas en la que creemos que es la
m ejor secuencia, pero el lector puede encontrar que le es útil recordar (o releer) las
secciones anteriores después de haber leído las últimas, con el fin de apreciar m ejor
las interdependencias.
L a sección final (páginas 420-428) estudia la relación entre los debates acerca de
un m odelo que formalmente se o cupa del desempleo en equilibrio, y losdesacuerdos
continuos sobre si los gobiernos deberían intentar estabilizar las fluctuaciones econó­
m icas. .

2. L a e x o g e n e i d a d d e l o s s a l a r i o s n o m in a l e s

En los modelos estándar de la econom ía keynesiana, se supone que, mientras existe el


desempleo, los salarios nominales permanecen fijos2- Debido a que en la visión k ey ­
nesiana del mundo, cuando existe un am plio desempleo, existe un exceso de oferta de
trabajo, la teoría normal de mercado im plicaría esperar que se produzca una presión a
la dism inución de salarios; de Ja m ism a form a que cuando se produce un exceso de
oferta en cualquier otro mercado esperamos que el precio del producto afectado caiga.
E l supuesto de que los salarios nominales permanecen constantes durante periodos de
desempleo es, por lo tanto, frecuentemente expresado com o la visión de que «los sala­
rios nominales son rígidos a la baja».

2. L a s expresiones «salarios en dinero» y «salarios nom inales» se utilizan de fo rm a intercam biable. S e


refieren simplemente al salario calculado en unidades monetarias. A dem ás, excepto cuando tratemos
los salarios relativos en diferentes em pleos, los términos «salario en dinero» y «salarios nominales»
también se tratarán de forma equivalente. El ténnino «salarios realeS» se refiere a lo que puede comprarse
con el salario nomina!. Convencionalm ente se calcula dividiendo el salario nominal por algún índice
del nivel de precios.
DEFICIENCIASENLAEXPLICACIÓN KEYNESIANAY ENSUS PROPUESTAS ... 403

A p e s a r d e q u e g ra n p a r te d e la d is c u s ió n s e r e fie r e a la s im p lic a c io n e s d e p o lít ic a


e c o n ó m ic a d e l s u p u e s to d e q u e lo s s a la r io s n o m in a le s s o n e x ó g e n o s , lo q u e e s r e a l­
m e n te im p o r ta n te es la r ig id e z a l a b a j a d e lo s s a la r io s n o m in a le s , K e y n e s ta m b ié n
s u p u so en la T e o r í a g e n e r a l q u e m ie n tra s e l e m p le o s e m a n tu v ie r a p o r d e b a jo d e n iv e l
d e p le n o e m p le o , lo s s a la r io s n o s u b ir ía n r e a lm e n te 34in c lu s o s i se p r o d u c ía u n c a m b io
e n e l n iv e l d e p r e c io s . E s t o s u p o n ía q u e a u n q u e lo s s a la r io s n o m in a le s fu e r a n c o n s ­
ta n te s, lo s s a la r io s re a le s n o lo s o n . E n p a r tic u la r, s i lo s s a la r io s n o m in a le s s e m a n tu ­
v ie r a n co n sta n te s a l p r o d u c ir s e un a u m e n to e n e l n iv e l d e p r e c io s , e n to n c e s lo s s a la rio s
reales b ajarían . E s t o p a re ce im p lic a r q u e en e l p ro ce so d e fija c ió n d e lo s s a la r io s , lo s tra­
b a ja d o r e s (y p o s ib le m e n te ta m b ié n lo s e m p r e s a r io s ) s e p r e o c u p a n del s a la r io n o m in a l
p e r o n o d e l s a la r io r e a l. E s t a im p lic a c ió n p e r tu r b a p r o fu n d a m e n te a a lg u n o s e c o n o ­
m is ta s . U n o d e lo s r e s u lt a d o s fu n d a m e n t a le s d e l a n á lis is m ic r o e c o n ó m íc o e s q u e e l
c o m p o r ta m ie n to , y p o r c o n s ig u ie n t e la a s ig n a c ió n d e re cu rso s, d e b e r ía d e p e n d e r n o d e
v a lo r e s n o m i n a l e s , sin o d e p r e c io s r e l a t i v o s . E n e l c o n t e x t o d e l m e rc a d o d e tr a b a jo y
d e l c o m p o r ta m ie n to d e lo s tr a b a ja d o r e s en Ja o fe r t a d e tr a b a jo , e l v a lo r n o m in a l e s e l
s a la r io n o m in a l y e l p r e c io r e la t iv o d e l t r a b a jo es e l s a la r io n o m in a l r e la t iv o a l n iv e l
d e Jos p r e c io s : es d e c ir , e l s a la r io r e a l. P o r lo ta n to , e l s u p u e s to d e q u e lo s tra b a ja d o re s
n o r e a c c io n a n a lo s c a m b io s e n lo s s a la r io s re a le s c o n t r a d ic e lo q u e lo s e c o n o m is ta s
g e n e r a lm e n te c o n s id e r a n c o m o u n c o m p o r t a m ie n t o « r a c io n a l» . C o m p o r t a m ie n t o q u e
r e s p o n d e a v a lo r e s n o m in a le s , y n o a v a lo r e s r e a le s , ta m b ié n fr e c u e n te m e n te d e s c rito
c o m o « ilu s ió n m o n e ta r ia » . L a g e n te s e p e rm ite e n g a ñ a r s e a s í m is m a p a r a u n c o m ­
p o r ta m ie n to in a p r o p ia d o (e s d e c ir , r e a liz a r a c c io n e s q u e n o m a x im ic e n su u tílid a d )
p o r q u e o b s e r v a n lo s s a la r io s o lo s p r e c io s s im p le m e n te c o m o u n a c ifr a d e £ , m á s q u e
e n r e la c ió n a l a d is p o n ib ilid a d d e r e c u r s o s q u e e s o s £ re p re s e n ta n .
L a s fu e rte s c o n n o ta c io n e s n e g a t iv a s y e m o t iv a s d e p a la b ra s c o m o « ir r a c io n a lid a d »
e « ilu s ió n » n o s o n u n a m e r a c a s u a lid a d . C o m o y a s e h a a f ir m a d o , lo s s u p u e s to s d e
g ra n p a r te ( la m a y o r ía ) d e l a n á lis is m ic r o e c o n ó m ic o y su s p r e d ic c io n e s d e ja r ía n d e
ten er v a lo r si e s te tip o d e c o m p o r ta m ie n to fu e r a g e n e r a liz a d o . D e a q u í e l m a le s ta r p o r
e l s u p u e s to d e K e y n e s d e q u e lo s s a la r io s n o m in a le s p u e d e n s e r r íg id o s in c lu s o c u a n ­
d o e l Ín d ic e d e P r e c io s a l C o n s u m o c a m b i a l L o s d e b a te s s u b s ig u ie n te s s e h a n ce n tr a ­
d o m a y o rita ria m e n te e n e l c a s o en e l q u e u n au m e n to en e l n iv e l d e lo s p r e c io s s ig n ific a
u n a d is m in u c ió n d e lo s s a la r io s r e a le s si Jos tr a b a ja d o r e s n o lo g r a n un a u m e n to d e l
s a la r io n o m in a l.
E s t o s d o s t e m a s , e l d e s i lo s s a la r io s r e a le s b a ja r á n c u a n d o l a o fe r t a d e tr a b a jo
s u p e re a su d e m a n d a y e l d e si p u e d e s e r q u e n o a u m e n te n c u a n d o l o s p r e c io s a u m e n ­
te n , está n c o n c e p t u a lm e n t e s e p a r a d o s . S e p o d r ía a fir m a r q u e u n o e s r e a lis ta sin a c e p ­
tar n e c e s a r ia m e n te e l o tr o . D e h e c h o , e n lo s ú ltim o s a ñ o s , a lg u n o s k e y n e s ia n o s h a n
p lan tea d o e x p lic a c io n e s d e l m e rc a d o d e tr a b a jo q u e tratan s ó lo d e u n o d e lo s d o s s u p u e s­
to s. K e y n e s e x p lic ó d e q u é fo r m a v e ía e l c o m p o r ta m ie n to d e l m e r c a d o d e tr a b a jo , q u e ,
e n su o p in ió n , j u s t if ic a b a lo s d o s a s p e c to s d e l a s u p o s ic ió n d e l a r ig id e z d e l s a la r io
n o m in a l. P u e s to q u e , c o m o y a s e m e n c io n ó en e l c a p ít u lo an terio r, la T e o r í a g e n e r a l

3. Volveremos a esta cuestión cuando discutamos la inflación en el próximo capítulo, especialmente la


inflación de costes.
4. El índice de Precios al Consumo tiene diferentes nombres en diferentes países. Otros nombres muy
comunes son índice «del coste de la vida» o IPC.
404 c r ít ic a a l a e c o n o m ía o r t o d o x a

c o n t e m p l a b a p r e c io s f l e x i b l e s y q u e c r e c ie r a n a l e x p a n d i r s e e l o u t p u t , in c l u s o e n t i e m ­
p o s d e d e s e m p le o ( d e f o r m a q u e lo s s a l a r i o s r e a le s b a j a b a n a l e x p a n d i r s e e l o u t p u t ) ,
K e y n e s c o n s id e r ó J o s d o s a s p e c t o s d e í a r i g i d e z s a l a r i a l . C o m o d u r a n t e m u c h o t ie m ­
p o , d e s p u é s d e l o s a ñ o s 3 0 , la m a y o r p a r t e d e l o s k e y n e s i a n o s i g n o r a r o n l a p o s i b i l i d a d
d e q u e s e p r o d u je r a n a u m e n t o s d e p r e c io s d u r a n t e p e r io d o s d e d e s e m p l e o , t e n d ie r o n
a p r e o c u p a r s e s im p le m e n t e d e d e fe n d e r e l s u p u e s t o d e q u e lo s s a la r io s n o m in a le s n o b a ja ­
b a n n i s i q u i e r a c u a n d o s e p r o d u c í a u n e x c e s o d e la o fe r t a d e t r a b a j o . S i n e m b a r g o ,
r e c ie n t e m e n t e , a lg u n o s k e y n e s ia n o s h a n in t e n t a d o j u s t i f i c a r e l s u p u e s t o d e q u e lo s s a l a ­
r io s n o m i n a l e s p e r m a n e c e n r í g i d o s i n c l u s o m ie n tr a s s u b e n lo s p r e c io s .
N o v a m o s a in t e n t a r d a r u n i n f o r m e e x h a u s t i v o d e t o d a s l a s d if e r e n t e s e x p l i c a c i o ­
n e s p o s i b l e s o fr e c id a s p o r lo s e c o n o m is t a s k e y n e s ia n o s p a r a j u s t i f i c a r e l s u p u e s t o d e q u e
lo s s a l a r io s s o n r í g í d o s , p e r o m e n c i o n a r e m o s a l g u n a s p a r a d a r u n a id e a d e l o s t ip o s d e
a r g u m e n t o s p la n t e a d o s . E n t r e l a s q u e s e d ie r o n p r im e r o s e e n c u e n t r a í a i d e a d e q u e l o s
t r a b a ja d o r e s e s t á n p r e o c u p a d o s p o r l o s s a l a r io s relativos p o r q u e s e s u p o n e q u e é sto s
i n d ic a r í a n s u v a l o r a c i ó n r e la t iv a . P o r v a l o r , e n e s t e c o n t e x t o , n o n o s r e fe r im o s a s u p r o ­
d u c tiv id a d m a r g in a l, s in o , e n c ie r t o s e n t id o , a l a c o n s id e r a c ió n q u e s e le s t ie n e . L a
a c e p t a c ió n d e u n r e c o r t e s a la r ia l p o r p a r te d e u n t r a b a ja d o r o d e u n g r u p o d e t r a b a ja d o r e s
e n c o n c r e t o p u e d e s u p o n e r u n a d i s m i n u c i ó n d e su p o s i c i ó n s o c i a l s i n o e s tá n s e g u r o s
d e q u e t o d o s l o s d e m á s t r a b a ja d o r e s e s t á n a c e p t a n d o t a m b ié n r e c o r t e s d e s u s s a l a r io s .
E s t o s e p u e d e e x p r e s a r d e o tr a f o r m a p a r a a q u e llo s q u e l o e n c u e n tr e n a d m is ib le , a fir ­
m a n d o q u e e l s a l a r i o r e l a t iv o d e u n a p e r s o n a i n d i c a s u « v a l o r » - t e n i e n d o e s t a p a l a b r a
e l s e n t id o q u e s e l e d io e n e l f a m o s o e p i g r a m a d e O s c a r W í ld e : « U n c í n i c o e s u n h o m ­
b r e q u e s a b e e l p r e c io d e t o d o y e l v a l o r d e n a d a » - . D e b i d o a q u e u n a u m e n t o d e l n i v e l
d e p r e c io s q u e r e d u c e e l v a l o r r e a l d e t o d o s lo s s a la r io s n o m i n a l e s n o a lt e r a e l s a l a r i o
r e l a t i v o , lo s t r a b a ja d o r e s p o d r ía n a c e p t a r u n r e c o r t e e n e l s a l a r io r e a l q u e s e p r o d u j e r a
d e e s t e m o d o , in c l u s o a u n q u e r e c h a z a r a n e l s e r lo s p r i m e r o s e n in i c i a r u n p r o c e s o d e
r e c o r t e s e n l o s s a l a r i o s r e a le s a t r a v é s d e u n a r e d u c c i ó n d e s u s a l a r i o n o m i n a l e n u n
p e r io d o d e d e s e m p le o . D e e s t a f o r m a , e s t e t ip o d e e x p l i c a c i ó n s e o c u p a d e l a s d o s f o r ­
m a s d e r i g i d e z s a l a r i a l.
A lg u n a s v e r s io n e s k e y n e s ia n a s m á s m o d e r n a s d e u n e n fo q u e s im ila r d e s ta c a n
a s p e c t o s c o m o l a i m p o r t a n c i a d e l a s n o r m a s s o c i a l e s q u e i n h i b e n a l o s t r a b a ja d o r e s .
d e s e m p le a d o s d e o f r e c e r s e p a r a o c u p a r l o s p u e s t o s d e Jo s t r a b a j a d o r e s o c u p a d o s e 11
e s e m o m e n to , a l m e n o s e n p e r io d o s d e d e s e m p le o n o c a t a s t r ó f ic o , o lo s m ie d o s d e
o f e n d e r l o s s e n t im ie n t o s d e « e q u i d a d » 5. E s t o ú l t i m o p u e d e r e l a c i o n a r s e t a m b i é n c o n
l a s t e o r ía s d e l m e r c a d o d e t r a b a jo q u e p r e d i c e n q u e n o s ó l o l o s t r a b a ja d o r e s s e r e s i s t i ­
r á n a l o s r e c o r t e s s a l a r i a le s , s in o q u e t a m b ié n s e r í a p o s i b l e q u e l o s e m p r e s a r io s n o q u i ­
s ie r a n r e c o r t a r s a l a r io s in c l u s o s i p u d ie r a n c o n t r a t a r a t r a b a ja d o r e s d e s e m p l e a d o s c o n
s a l a r i o s m á s b a j o s q u e l o s q u e p a g a n a s u s t r a b a ja d o r e s a c t u a l e s . E n l a v e r s i ó n r e f e ­
r e n t e a la e q u id a d d e e s t a s t e o r ía s ( u n a v e r s i ó n d e l o q u e a m e n u d o s e c o n o c e c o m o
t e o r ía s « d e l s a la r io d e e f i c i e n c i a » ) , s i lo s r e c o r t e s s a la r ia le s a lo s t r a b a ja d o r e s e m p l e ­
a d o s s e l le v a r a n a c a b o a t r a v é s d e l a a m e n a z a d e c o n t r a t a r a t r a b a ja d o r e s d e s e m p l e a ­
d o s , e l r e s e n t im ie n t o g e n e r a d o e n t r e l o s t r a b a ja d o r e s le s l l e v a r í a a e m p l e a r e l m í n i m o
e s f u e r z o p o s i b l e . L a f a l t a d e c o m p r o m i s o v o l u n t a r i o p o r p a r t e d e lo s t r a b a ja d o r e s l l e ­
v a r ía n o s ó lo a u n a c a íd a d e la c a n t id a d r e a l d e t r a b a jo r e a liz a d o , s in o q u e t a m b ié n

5. Ver, por ejem plo, So lo w (1980), (1990) o A k e r lo ff (1980).


DEFICIENCIAS EN LA EXPLICACIÓN KEYNESIANA Y EN SUS PROPUESTAS ... 405

p o d r ía p r o v o c a r u n a a c t it u d d e s c u i d a d a h a c ia l a c a lid a d . P o r í o t a n t o , l o s e m p r e s a r io s
s e r ía n l o s p r i m e r o s in t e r e s a d o s e n n o r e c o r t a r s a l a r i o s 6 7
. O t r a s v e r s i o n e s d e l a s t e o r ía s
« d e l s a l a r io d e e f i c i e n c i a » e n f a t i z a n o t r a s r a z o n e s q u e l o s e m p r e s a r io s p o d r ía n t e n e r
p a r a n o q u e r e r r e c o d a r lo s s a l a r i o s . É s t a s i n c l u y e n ; e l in c e n t i v o d e e v i t a r in c u r r ir e n
e l c o s t e d e f o r m a r a l o s t r a b a ja d o r e s r e c i é n c o n t r a t a d o s , lo q u e p u e d e l o g r a r s e m a n t e ­
n ie n d o u n s a la r io p o r e n c i m a d e l s a l a r io « c o r r i e n t e » p a r a e l p u e s t o , d e s a n i m a n d o a s í a
lo s t r a b a ja d o r e s c o n t r a t a d o s a m a r c h a r s e a o tr o e m p l e o ; e l i n c e n t i v o e x t r a p a r a q u e lo s
t r a b a ja d o r e s c u m p la n b ie n y e v it e n s e r d e s p e d i d o s q u e s u p o n e q u e s u s a l a r io s e a s u p e ­
r i o r a l q u e p o d r ía n a s p ir a r s i t u v i e r a n q u e e n c o n t r a r o t r o t r a b a j o ; y l a e x i s t e n c i a d e l
p e lig r o d e q u e e l p a g o d e s a la r io s m á s b a jo s d e s a n im e a lo s tr a b a ja d o r e s p o t e n c ia l­
m e n t e m á s p r o d u c t i v o s a e n tr a r e n J a e m p r e s a .
L a s r a z o n e s p a r a e l s u p u e s t o d e l o s s a la r io s r íg i d o s , e n e l e je m p l o q u e a c a b a m o s d e
p r o p o r c io n a r , t ie n e n e n c o m ú n e l h e c h o d e n o c o n t a r c o n l a « i m p e r f e c c i ó n » d e lo s s i n ­
d ic a t o s . O t r a c o r r ie n te d e la tr a d ic ió n k e y n e s ia n a , a u n q u e n o d e s t a c a d a p o r K e y n e s
m i s m o , s e c e n t r a e n e l p a p e l d e J o s s in d ic a t o s . L a im p o r t a n c i a d e l o s s i n d i c a t o s , e n t o n ­
c e s , n o s e r í a ta n t o q u e s u m o t i v a c i ó n p a r a r e s is t ir s e a lo s r e c o r t e s s a l a r i a l e s e s m a y o r
q u e Ja d e s u s m ie m b r o s , s in o q u e , a d i f e r e n c ia d e l o s t r a b a ja d o r e s n o o r g a n i z a d o s , é s t o s
t e n d r ía n e l p o d e r d e e v it a r l o s r e c o r t e s s a l a r i a le s . E s e n c i a l m e n t e , la a m e n a z a d e h u e l ­
g a s i a lg u n o s d e l o s t r a b a ja d o r e s e m p l e a d o s fu e r a n a s e r r e e m p l a z a d o s p o r d e s e m p le a ­
d o s a c a m b i o d e u n s a l a r i o m e n o r , p o d r í a s e r s u f i c i e n t e p a r a e v it a r u n r e c o r t e s a l a r ia l.
S i n e m b a r g o , a l m e n o s e n l o s p a í s e s e n l o s q u e l a p r o p o r c ió n d e l a f u e r z a d e t r a b a jo
p e r t e n e c i e n t e a u n s in d i c a t o e s t á m u y p o r d e b a j o d e l 1 0 0 % , J o s s in d i c a t o s s o l o s n o s o n
s u f i c i e n t e s p a r a j u s t i f i c a r e l s u p u e s t o d e q u e t o d o s lo s s a l a r i o s n o m in a l e s s o n r í g i d o s a
l a b a j a . I n c l u s o s i la s e m p r e s a s c o n p r e s e n c i a s i n d i c a l n o r e c o r t a r a n l o s s a l a r i o s n o m i ­
n a le s , l a s e m p r e s a s s in s in d i c a t o s p o d r ía n h a c e r l o y a s í p r o d u c ir s u s m e r c a n c í a s a p r e ­
c i o s m á s b a j o s q u e la s e m p r e s a s c o n s i n d i c a t o s , d e f o r m a q u e é s t a s ú lt i m a s s e v e r ía n
o b lig a d a s a c e r r a r . I n c lu s o s i in d u s tr ia s c o m p le t a s tu v ie r a n s in d ic a t o s , e n e l c a s o d e
q u e l a s in d u s t r ia s s in s i n d i c a t o s p u d ie r a n r e d u c ir s u s p r e c io s r e l a t i v o s , l a d e m a n d a s e
d e s p la z a r ía h a c ia é s ta s . E l é n fa s is e n e l p o d e r s in d ic a l c o m o e x p lic a c ió n a l m e n o s p a r ­
c i a l d e l a r ig i d e z s a l a r i a l a l a b a ja n o s p a r e c e q u e v a r í a s e g ú n Jo s p a ís e s y e l m o m e n t o ,
e n r e la c ió n a su ta m a ñ o r e la t iv o y a la fu e r z a a p a r e n te d e lo s s in d ic a t o s .
T a l c o m o s e h a in d ic a d o a n t e s , l o s e c o n o m is t a s q u e s e o p o n e n a l e n f o q u e k e y n e s ia n o
h a n e n c o n t r a d o a m e n u d o q u e e s ta s e x p l i c a c i o n e s k e y n e s i a n a s s o b r e la r i g i d e z s a l a ­
r i a l s o n p o c o c o n v i n c e n t e s . E n p a r t e , e x i s t e e l s e n t im ie n t o d e q u e , s e a n c u a l e s s e a n l o s
o b s t á c u l o s , a l f i n a l l a s « f u e r z a s d e m e r c a d o » s e im p o n d r á n . A v e c e s s e h a c e c o n s t a r
c o n in c r e d u l id a d q u e n o e s p o s i b l e q u e l o s in t e r c a m b io s m u t u a m e n t e v e n t a j o s o s n o s e
l l e v e n a c a b o 7 S i e x i s t i e r a u n t r a b a j a d o r d e s e m p l e a d o q u e e s t a r ía m e j o r t r a b a j a n d o
p o r u n s a l a r io a u n m e n o r a l q u e e s t u v i e r a p a g a n d o u n e m p r e s a r i o c o n c r e t o , y s i e l
e m p r e s a r io p u d ie r a b a j a r l o s c o s t e s , y a s í in c r e m e n t a r e l b e n e f i c i o , c o n t r a t a n d o a e s t e

6. Dependiendo de la form ulación exacta de los supuestos, puede ser o n o q u e e n estas teorías los empre­
sarios sientan que deben aumentar los salarios nominales si se produce un aumento del nivel de pre­
cios. Un problem a con las versiones de equidad es que muchas veces se basan más en alirm aciones
plausibles de lo que la gente considerará que es justo, y no han sido comprobadas de forma suficien­
temente precisa com o para dar respuestas cuantitativas sobre la importancia de nociones diferentes de
justicia en diferentes circunstancias.
7. Ver, por ejemplo, L u cas (1978) o Barro (1979). E l primero es también relevante para la próxima sección.
406 CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

trabajador por un salario menor, entonces se presenta com o axiom ático que se llegará
a un acuerdo mutuamente ventajoso y que éste se aplicará. Las explicaciones keynesíanas
más recientes acerca de ia rigidez salarial a las que nos hem os referido en el párrafo
anterior pueden verse como un intento de responder a este ataque contra las primeras
explicaciones keynesianas. L o que tienen en común es que implican que, de hecho, un
acuerdo de recorte de salarios entre empresarios y desempleados no sería mutuamen­
te ventajoso. A l menos uno de Jos dos contratantes potenciales no querría aplicar un
trato de este tipo. En el enfoque que apela a las «normas sociales», serían los desem­
pleados los que no querrían ofrecerse para reemplazar a los trabajadores empleados a
cam bio de salarios más bajos. L a s presiones sociales pesarían más que su interés pro­
pio, tal com o éste se define estrictamente en los enfoques económ icos tradicionales de
m axim ización de la utilidad. En las versiones del salario de eficiencia, el reemplazar a
parte de la fu e rz a de trabajo empleada por nuevos trabajadores contratados de las filas
de los desempleados a cambio de salarios más bajos no respondería al propio interés del
em presario, incluso definido de form a estricta com o la m axim ización del beneficio.
E n los dos enfoques, como la am enaza de contratar a otros trabajadores si la fu erza de
trabajo empleada no accediera a un recorte salarial no es creíble, los trabajadores emplea­
dos no aceptarán tal recorte.
E n general, los monetaristas encuentran que estas descripciones del mercado labo­
ral no son realistas. Su visión del mundo es que, si e l desem pleo persiste durante un
tiempo, lo s salarios bajarán a no ser que lo s aparentemente desempleados prefmeran que­
darse en esa situación. Sea cual sea la explicación que acepten, la m ayoría de los key-
nesianos cree que sí pueden producirse largos periodos de desem pleo sin que se
produzcan reducciones apreciables de los salarios nom inales, incluso aunque m uchos
de los desempleados estuvieran dispuestos a aceptar un trabajo por un salario real algo
menor que el normal - s i este trabajo les fuera o frecid o -.

3. ¿E s e l desempleo siempre voluntario ?


L a cuestión de si hay m omentos en los que la m ayor parte del desem pleo pueda con­
siderarse com o involuntario es un tema que ha dividido a los economistas desde que
Keynes introdujo por primera vez su idea del desempleo involuntario. Aunque K eynes
proporcionó una definición neutral de su utilización del término «desem pleo involun­
tario», la apasionada discusión acerca de si e l fenóm eno puede existir se m ueve entre
las definiciones formales y los usos ordinarios y sus im plicaciones. En el uso ordina­
rio, el térm ino «involuntario» connota que no hay otras opciones. C o m o no hay nin­
guna alternativa, no hay n in gu n a elecció n a realizar. C itan d o a un d iccio n ario ,
involuntario sign ifica «sin el ejercicio de la voluntad». A s í, los que niegan que pueda
existir e l desem pleo involuntario norm alm ente quieren d ecir que los desem pleados
podrían encontrar algún otro trabajo si estuvieran dispuestos a realizar los sacrificios
necesarios para ello. Ven el desempleo com o algo voluntario porque es el resultado de
la elección de quedarse desempleado m ás que la de aceptar un em pleo que se consi­
dere incluso menos deseable que el desempleo.
Generalm ente, los monetaristas afirman que incluso si no es posible que los des­
em pleados encuentren el tipo de trabajo que querrían, con sus capacidades y el nivel
salarial que desearían, siem pre hay posibilidades de em plearse. S e puede entender
DEFICIENCIAS EN LAEXPLICACIÓN KEYNESlANA Y EN SUS PROPUESTAS ... 407

q u e u n t r a b a ja d o r d e s e m p le a d o q u e s e h a p a s a d o a ñ o s a d q u ir ie n d o e x p e r i e n c i a e n u n
t r a b a j o c u a l i f i c a d o n o q u ie r a a c e p t a r u n t r a b a jo f r e g a n d o p la t o s a c a m b i o d e l s a l a r io
m ín i m o , o y e n d o p o r a h í o f r e c i é n d o s e a l i m p i a r z a p a t o s , p e r o c o m o e x i s t e J a p o s i b i ­
lid a d d e e l e g i r , s u d e s e m p le o c o n t i n u a d o d e b e r í a d e s c r i b i r s e c o m o « v o l u n t a r i o » . E s t a
v i s i ó n e s t á o b v i a m e n t e r e l a c i o n a d a c o n e l d e s a c u e r d o k e y n e s ia n o / m o n e t a r i s t a d e l a
s e c c ió n a n te r io r s o b r e la r ig i d e z s a la r ia l. L a v is ió n d e q u e , e n e l a n á lis is d e fin it iv o ,
t o d o d e s e m p le o e s v o l u n t a r io a f i r m a q u e s ie m p r e e x i s t e n a l g u n o s s e c t o r e s e n l o s q u e
e s p o s ib le e n c o n tr a r tr a b a jo s i u n o e s tá d is p u e s t o a r e c o r ta r lo s u fic ie n t e s u d e m a n d a
sa la r ia l® .
L o s k e y n e s ia n o s d is p u e s t o s a a r g u m e n t a r a c e r c a d e l a v o lu n t a r ie d a d d e l d e s e m p le o
e n e s t e c o n t e x t o c o n c r e t o h a n p r o p o r c i o n a d o d iv e r s a s r é p l i c a s . U n a h a s i d o a f i r m a r
q u e , e n u n a e c o n o m í a i n d u s t r i a l i z a d a m o d e r n a , e s o s s e c t o r e s e n lo s q u e l a p o s i b i l i ­
d a d d e e n c o n t r a r u n t r a b a j o p o r e l s a l a r i o m í n i m o a ú n e x i s t e , t ie n e n u n a i m p o r t a n c i a
t r i v i a l . D u r a n t e l o s p e r io d o s d e d e s e m p le o m a s i v o , é s t o s n o p o d r í a n a b s o r b e r a t o d o s
l o s d e s e m p le a d o s , i n c l u s o s i t o d o s l o s d e s e m p le a d o s e s t u v ie r a n d is p u e s t o s a t r a b a ja r
e n e s to s s e c to r e s . A d e m á s , d e n tro d e l m a r c o k e y n e s ia n o , s e h a a fir m a d o q u e in c lu s o
s i a lg u n o s d e lo s d e s e m p le a d o s r e d u je r a n s u s d e m a n d a s s a l a r i a l e s l o s u f i c i e n t e c o m o
p a r a e n c o n t r a r t r a b a j o c o m o l a v a p l a t o s , e t c . , s e e s t a r ía n l i m i t a n d o a d e s p l a z a r a la s
p e r s o n a s e m p l e a d a s e n e s e m o m e n t o e n e s o s t r a b a jo s p o c o c u a l i f i c a d o s y p o c o r e m u ­
n e r a d o s . P o r l o t a n t o , l a c o m p o s i c i ó n d e l o s d e s e m p le a d o s p o d r í a a l t e r a r s e , p e r o n o
s e p r o d u c ir ía u n a d i s m i n u c i ó n d e l n ú m e r o t o t a l d e t r a b a ja d o r e s d e s o c u p a d o s a m e n o s
q u e s e p r o d u je r a u n in c r e m e n to d e la d e m a n d a . V o lv e m o s a s í a la v is ió n k e y n e s ia n a
d e q u e , d u r a n t e l o s p e r io d o s d e d e s e m p l e o , e l o u t p u t d e p e n d e d e Ja d e m a n d a a g r e g a ­
d a. E n a u s e n c ia d e u n a e x p a n s ió n d el g a s t o to t a l, e l o u tp u t a g r e g a d o n o a u m e n ta r á y ,
p o r lo ta n t o , e l d e s e m p le o t o t a l n o b a j a r á ^ D e f o r m a m á s g e n e r a l , c u a n d o n o s e d i s ­
c u t e s im p le m e n t e c o m o d e fe n s a a n te e l a ta q u e m e n c io n a d o e n e l p á r r a fo a n te rio r , e l
a r g u m e n to k e y n e s ia n o d e tr a ta r la m a y o r p a r te d e l d e s e m p le o ( d u r a n te la s r e c e s io ­
n e s ) c o m o i n v o l u n t a r i o , t ie n e v a r ia s c o r r i e n t e s . U n a c o r r i e n t e s e r e m o n t a a l a d e f i n i ­
c i ó n f o r m a l y t é c n i c a d e K e y n e s e n la Teoría general. O t r o s tra ta n d e u t iliz a r u n a
n o c ió n d e l d e s e m p le o in v o lu n t a r io q u e r e c o g e a lg o m á s d e la n o c ió n c o r r ie n te d e
v o lu n t a r ie d a d .8
9

8. También está relacionado con el tema que se discutirá en el capítulo 7 sobre si un nivel demasiado alto
de la prestación de desempleo o , en algunos países, los salarios mínimos, son responsables del desem­
pleo. Obviam ente, se puede afirm ar con cierta credibilidad que un factor que contribuye a determinar
si la gente buscará un trabajo a cam bio de un salario m u y b a jo es si es p osible que consigan más dine­
ro a través de prestaciones sociales mientras están desempleados.
9. E n la s p á g in a s siguientes valoramos si un recorte de las demandas salariales d e lo s trabajadores llevaría
por s í m ism o a un aumento de la demanda agregada. incluso si se supone que una caída de todos los
salarios reales podría aumentar la dem anda agregada, sigue siendo posible afirm ar que si el recorte
de los salarios reales se produce sólo en un m uy reducido número de sectores p oco importantes de la
econom ía, el efecto sobre la demanda agregada será insignificante. Por lo tanto, los keynesianos podrí­
an afirmar que si los salarios reales fueran rígidos en los sectores más importantes de la econom ía, no
se produciría ningún aum ento del em pleo agregado, y que el desempleo podría considerarse i nvolun-
tario.
Obsérvese que tod o el tema de los trabajadores cambiando de tipos de trabajo no puede ser anali­
zad o form alm entedentro de los m odelos m acro estándar, ya que son modelos macro que tratan la pro­
ducción en la econom ía como un único sector.
408 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

Gráfico 3. i. Desempleo con salarios nominales rígidos

L a d e fin ic ió n d e K e y n e s e r a q u e e l d e s e m p le o e r a in v o lu n ta r io (s i u n a u m e n to e n
e l n iv e l d e p r e c io s r e la tiv o a l s a la r io n o m in a l in c r e m e n ta b a e l v o lu m e n d e e m p l e o . E n .•
o tra s p a la b r a s , q u e u n a c a íd a d e l s a la r io r e a l p e r s u a d ir ía a la s e m p r e s a s a e m p le a r a .
m á s tra b a ja d o r e s y (lo q u e e s e s e n c ia l e n e s ta n o c ió n d e d e s e m p le o in v o lu n ta r io ) q u e
h a b r ía s u fic ie n te o fe r ta d e tra b a ja d o re s d is p o n ib le s p a r a c u b rir lo s e m p le o s e x tr a in c lu ­
s o a e s te s a la r io re a l m á s b a jo . L a d e fin ic ió n s e ilu s tr a en e l g r á fic o 3 .1 , d o n d e la c u r v a
d e p e n d ie n te n e g a t iv a e s la d e m a n d a d e tr a b a jo - d e fo r m a q u e u n s a la r io rea l, m á s
b a jo lle v a r ía a d e m a n d a r u n a m a y o r c a n tid a d d e t r a b a jo - y L s m u estra la c u r v a d e o fe r ­
ta o r d in a r ia d e tr a b a jo c o m o fu n c ió n d e l s a la r io r e a l. A lg u n o s k e y n e s ia n o s c o n s id e r a ­
r ía n q u e la c u r v a d e o fe r ta e s p r á c tic a m e n te v e r t ic a l, a l m e n o s para lo s tr a b a ja d o r e s d e .
p r im e r e m p le o , si c o n s id e r a m o s e l tr a b a jo m e d id o e n té r m in o s d e l n ú m e r o d e tr a b a ja - '
d o r e s y n o en té r m in o s d e h o ra s -h o m b r e tra b a ja d a s , y a q u e n o cre e n q u e la s d e c is io n e s
d e la s p e rs o n a s s o b r e s i tr a b a ja r o n o se a n m u y s e n s ib le s a l s a la r io r e a l l0. N o im p o r ta
m u c h o en e l d e b a te si la c u r v a d e o fe r ta e s v e r tic a l. S i in ic ia lm e n te te n e m o s u n s a la r io
r e a l d e Wo, e n to n c e s la c a n tid a d d e tr a b a jo d e m a n d a d o , y p o r lo ta n to d e e m p le o , la d a
A e s te n iv e l d e s a la r io r e a l, h a b r ía m á s tr a b a ja d o r e s d is p u e sto s a tr a b a ja r q u e tr a ­
b a ja d o r e s e m p le a d o s . S i e l n iv e l d e los p r e c io s fu e r a m á s a lto , sin c a m b io s e n e l s a la ­
r io n o m in a l, e n to n c e s e l s a la rio re a l s e r ía m e n o r. E n e l g r á fic o 3 .1 , c o n s id e r e m o s un
s a la r io r e a l m e n o r d e Wj d o n d e si W in d ic a e l s a la r io n o m in a l y P in d ic a e l n iv e l d e
p r e c io s te n e m o s

10. Esta visión era, quizá, más creíble antes de! gran aumento de la participación de las mujeres casadas
en la fuerza de trabajo. Incluso ahora no es probablemente muy injusto decir que algunos debates key­
nesianos sobre el desempleo siguen tratando al trabajador típico como un cabeza de familia adulto y
masculino. Como mínimo, los enfoques que consideran el desempleo como el principal problema eco- .
nómico suenan más convincentes cuando el desempleado es tratado como el asalariado principal de la
familia. De forma similar, declaraciones sobre el costesociaí y e! estigma de! desempleo parecen más •
convincentes si la imagen es de este grupo.
DEFICIENCIAS EN LA EXPLICACIÓN KEYNESIANA Y EN SUS PROPUESTAS . .. 409

W(]IP0= W0
y
W0/P] = w,

s ie n d o P | m á s a lt o q u e Pfr E l e m p l e o a W| s e r ía £ , • E ¡ d e s e m p l e o a J ; i e s in v o l u n t a r io
p o r q u e l a d e m a n d a e x t r a d e t r a b a jo p u e d e c u b r i r s e c o n d e s e m p le a d o s i n c l u s o a e s t e
s a l a r i o r e a l m e n o r . L o m is m o o c u r r i r í a e n c a s o d e c u a l q u i e r a u m e n t o e n e l e m p l e o
h a s t a e l n i v e l d e p le n o e m p l e o .
L o q u e d a a e s t a d e f i n i c i ó n d e l d e s e m p le o i n v o l u n t a r í o l a f u e r z a y a t r a c t iv o q u e
p u e d a te n e r, e s , c r e e m o s , la in c o r p o r a c ió n d e n tro d e u n m o d e lo d e la e c o n o m ía q u e
t r a ta e l s a l a r io n o m in a l c o m o r í g i d o a ia b a j a . E n e l e j e m p l o , l a c a í d a d e l s a l a r io r e a l s e
p r o d u c e in c l u s o m ie n tr a s e l s a la r io n o m in a l s e e n c u e n t r a f i j a d o e n W ll d e b i d o a l a u m e n ­
to d e l n i v e l d e lo s p r e c i o s d e P 0 a P p L o s t r a b a ja d o r e s n o p u e d e n a f e c t a r e l n iv e l d e
p r e c io s e s p e c ia lm e n t e d u ra n te u n a r e c e s ió n , c u a n d o lo s s a la r io s n o m in a le s n o e stá n
s u b i e n d o . M i e n t r a s e l s a l a r i o n o m in a l s e a t r a ta d o s i m p l e m e n t e c o m o e x ó g e n o , lo s tra ­
b a ja d o r e s n o p o d r á n c o n s e g u i r e l r e c o r t e n e c e s a r io e n su s a la r io r e a l. C o m o e stá n
« f u e r a » d e s u c u r v a d e o f e r t a , K e y n e s p u d o s e n t ir s e j u s t i f i c a d o a l d e s c r i b i r e s t e d e ­
s e m p l e o c o m o « i n v o l u n t a r i o » 1! L o q u e l o s t r a b a ja d o r e s querrían h a c e r e s t á expresa­
d o p r e c is a m e n t e e n l a c u r v a d e l a o f e r t a d e t r a b a jo .
L a d e f i n i c i ó n d e K e y n e s d e l d e s e m p le o in v o l u n t a r io y s u e x p l i c a c i ó n d e l o s c a m ­
b io s e n e l d e s e m p le o in v o lu n t a r io e n c a ja n d e n tr o d e su m o d e lo d e la e c o n o m ía en e l
q u e l o s c a m b i o s e n e l v o l u m e n d e e m p l e o e s t á n i n v e r s a m e n t e r e l a c i o n a d o s c o n lo s
c a m b io s en e l s a la r io r e a l. E n e l g r á fic o 3 .1 , lo s tr a b a ja d o r e s e s tá n fu e r a d e su s c u r ­
v a s d e o f e r t a s i e m p r e q u e l o s s a l a r io s r e a le s s e e n c u e n t r e n p o r e n c i m a d e wF, p e r o la s
e m p r e s a s e s t á n e n s u s c u r v a s d e d e m a n d a d e t r a b a jo y e l d e s e m p le o v a r í a c o n l o s c a m ­
b io s e n e l s a l a r i o r e a l a m e d i d a q u e la s e m p r e s a s s e m u e v e n h a c ia a r r i b a o h a c i a a b a jo
d e s u s c u r v a s d e d e m a n d a . T a l c o m o y a h e m o s i n d i c a d o , d u r a n t e m u c h o t ie m p o ( y
h a s t a c i e r t o p u n t o i n c l u s o a h o r a ) , m u c h a s d is c u s i o n e s k e y n e s i a n a s t r a t a r o n e l n i v e l d e
p r e c i o s , i g u a l q u e e l s a la r ío n o m i n a l , c o m o a l g o i n f l e x i b l e e n lo s m o m e n t o s e n lo s q u e
e l g a s t o n o e s l o s u fic ie n t e m e n te a lt o c o m o p a r a a s e g u r a r u n o u tp u t d e p le n o e m p le o .
P o r e s o , a l g u n a s d e la s o t r a s c o r r ie n t e s d e l o s d e b a t e s k e y n e s i a n o s m á s t a r d í o s q u e
p la n t e a n q u e e l d e s e m p le o p u e d e s e r in v o l u n t a r io n o e s t á n d i r e c t a m e n t e r e l a c i o n a d o s
c o n l a d e f i n i c i ó n d e K e y n e s . S o n c o m p a t i b l e s c o n a n á l i s i s q u e p e r m it e n q u e e l d e s ­
e m p l e o c a m b i e e n r e s p u e s t a a l o s c a m b i o s e n e l g a s t o s in l o s c a m b i o s c o r r e s p o n d ie n ­
te s e n e l s a l a r i o r e a l.
U n e n fo q u e d e e s t e t ip o e s e l q u e a fir m a q u e , d u ra n te u n a d e p r e s ió n , lo s d e s e m ­
p l e a d o s p o d r ía n s e r d e s c r i t o s c o m o d e s e m p le a d o s i n v o l u n t a r i o s , n o s ó l o s i e s t u v ie r a n
c o n t r a t a d o s p r e v i a m e n t e p o r u n s a l a r io r e a l a l c u a l a h o r a n o p u e d e n e n c o n t r a r t r a b a ­
j o , s in o t a m b ié n si p u d ie r a n e s p e r a r r a z o n a b le m e n t e q u e m á s a d e la n t e h u b ie r a d e n u e v o
t r a b a jo s n o r m a le s d is p o n ib le s e n c o n d i c i o n e s q u e e s t u v i e r a n d is p u e s t o s a a c e p ta r . S u s
e m p l e o s n o s e h a n p e r d i d o d e b id o a c a m b i o s f u n d a m e n t a l e s e n la e s t r u c t u r a d e Ja e c o ­
n o m ía ( y a s e a e n la s pautas d e l a d e m a n d a o e n l a e f i c i e n c i a d e l a p r o d u c c i ó n ) , s in o
s im p le m e n t e d e b id o a u n a fa lt a d e d e m a n d a agregada. C u a n d o v u e l v a n l o s « t ie m p o s 1

11. Tarnbién es involuntario en los casos keynesianos «especiales» en los que un recorte del salario nomi­
nal lleva a una caída equiproporcional de los precios. V e r la próxim a sección.
410 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

n o r m a le s » , v o l v e r á n a p o d e r o b t e n e r t r a b a jo s n o r m a le s . S i lo s t r a b a ja d o r e s t ie n e n e s t a
v i s i ó n , y s i t ie n e n r a z ó n e n t e n e r la , e n t o n c e s s u s r e t ic e n c i a s a b u s c a r t r a b a jo s m u y m a l
p a g a d o s y d e b a j a c a t e g o r í a n o s i g n i f ic a r á n q u e s u d e s e m p le o s e a v o l u n t a r io . E s t a v e r ­
s ió n d e l a r g u m e n t o k e y n e s i a n o p r e t e n d e c o n t r a r r e s t a r ia v i s i ó n m o n e t a r is t a p la n t e a d a
a n te r io r m e n t e e ilu s tr a d a a p a r t ir d e n u e s t r o e je m p lo d e l la v a p la t o s . L o s k e y n e s ia n o s f r e ­
c u e n t e m e n t e d e s t a c a n la e v i d e n c i a a n e c d ó t i c a d e lo s a r t íc u l o s p e r io d í s t ic o s s o b r e l a s
c o l a s d e s o l i c i t a n t e s d e e m p l e o c u a n d o u n a e m p r e s a a n u n c ia q u e v a a c o n t r a t a r a t r a ­
b a ja d o r e s e n p e r io d o s d e r e c e s i ó n . L a a c e p t a c i ó n d e e s t a v i s i ó n k e y n e s ia n a d e p e n d e , a l
m e n o s e n p a r te , d e la v a lid e z d e la a fir m a c ió n d e q u e u n a u m e n to d e l g a s to lle v a r á a l a
e x i s t e n c i a d e t r a b a jo s « n o r m a l e s » a s a l a r i o s « a c e p t a b l e s » 1^
E l a r g u m e n t o k e y n e s ia n o q u e a c a b a m o s d e p la n t e a r p u e d e v e r s e c o m o u n a a m p l i ­
f i c a c i ó n d e la p r o p ia d e f i n ic ió n d e K e y n e s . S i n e m b a r g o , n o s e lim it a a u n c a s o e n e l q u e
lo s s a l a r io s r e a le s « a c e p t a b l e s » q u e a c o m p a ñ a r á n a u n m a y o r e m p l e o s e a n n e c e s a r i a ­
m e n t e m á s b a j o s q u e l o s s a l a r i o s r e a l e s m ie n t r a s e l d e s e m p l e o f u e m á s a l t o . L o s d o s
e n f o q u e s , i g u a l q u e lo s a r g u m e n t o s d e lo s q u e in s is t e n e n q u e e l d e s e m p le o d e b e r ía
s e r c o n s id e r a d o s ie m p r e c o m o v o l u n t a r i o , d e p e n d e n d e u n a v i s i ó n m á s g e n e r a l d e l o
q u e s e c o n s id e r a u n m o d e lo a d e c u a d o d e m a c r o e c o n o m í a . C o m o g r a n p a r t e ( o a n u e s ­
t r o j u i c i o , l a m a y o r í a ) d e l d e b a t e s u b s ig u ie n t e n o s e h a l i m i t a d o a l a d e f i n i c i ó n o r i g i ­
n a l d e K e y n e s d e l d e s e m p le o i n v o l u n t a r i o , u n o p u e d e m u y b i e n p r e g u n t a r s e p o r q u é
h a h a b i d o u n d e b a t e ta n in t e n s o s o b r e s i e l t é r m in o « i n v o l u n t a r i o » d e b e r ía a p l i c a r s e
j a m á s a l d e s e m p l e o . K e y n e s p o d r í a s e r c o n s i d e r a d o m e r a m e n t e c o m o e l q u e d io l a
d e f i n i c i ó n t é c n i c a d e n t r o d e s u m o d e lo p a r t ic u l a r d e l a e c o n o m í a , y e s t á c o m ú n m e n t e ■
a c e p t a d o q u e la s d e f i n i c i o n e s n o s o n m á s q u e a b r e v ia t u r a s p a r a a h o r r a r e l t e n e r q u e
r e e s c r ib ir u n a la r g a f r a s e c a d a v e z q u e u n o d e s e a r e fe r ir s e a l c o n c e p t o . ¿ P o r q u é , e n t o n ­
c e s , d e b e r ía n lo s e c o n o m is t a s q u e t r a b a ja n c o n m o d e lo s q u e d if i e r e n e n m a y o r o m e n o r :
m e d id a d e l d e l a Teoría general s e g u i r d e b a t ie n d o s o b r e s i e l d e s e m p le o d e b e r ía c a l i ­
f i c a r s e d e v o l u n t a r io o in v o l u n t a r i o ? S e p u e d e e s p e c u la r q u e g r a n p a r t e d e l a r e s p u e s ­
ta a e s t a p r e g u n t a e s q u e , a p e s a r d e q u e p o d e m o s d e f i n ir p a la b r a s d e u n a f o r m a n e u t r a l,
é s t a s s i g u e n m a n t e n ie n d o s u s c o n n o t a c i o n e s e m o t i v a s . L a e l e c c i ó n d e K e y n e s d e la
p a l a b r a « in v o l u n t a r io » n o f u e , s e g ú n e s t a v i s i ó n , u n a c o i n c i d e n c i a . P o r e je m p l o , p ^ W a
h a b e r e l e g i d o o t r a e x p r e s i ó n , c o m o d e s e m p le o d e « e x c e s o d e o f e r t a » o d e « s a l a r i o r e a l
a l t o » . S i n e m b a r g o , l la m a r lo in v o lu n t a r io c o n l l e v a b a e l m e n s a je d e q u e n o e r a d e s e a b l e ,
y d e q u e , a s e r p o s i b l e , s e d e b e r ía h a c e r a l g o s o b r e e l t e m a . T a l c o m o h e m o s p l a n t e a ­
d o , é l c o n s ig u ió l a a c e p t a c i ó n d e l c o m p r o m i s o d e n o t o le r a r u n d e s e m p le o g e n e r a l. E n
s u m o d e l o , y e n e s t e c a s o t a m b ié n e n l o s d e b a t e s k e y n e s i a n o s p o s t e r io r e s , e l d e s e m ­
p le o n o e s d e s e a b l e e n e l s e n t id o d e q u e r e d u c ir lo m e jo r a r ía e l b ie n e s t a r . P r e c i s a m e n t e ,
d e b id o a q u e l o s t r a b a ja d o r e s s e e n c u e n t r a n f u e r a d e s u c u r v a d e o f e r t a d e t r a b a j o , u n
a u m e n to d e l e m p le o , in c lu s o si fu e r a a u n s a la r io r e a l a lg o m e n o r , b e n e fic ia r ía a lo s
d e s e m p le a d o s s in p e r j u d i c a r a lo s e m p r e s a r i o s 1
13. A u n q u e é s t a h u b ie r a s id o i g u a l m e n -
2

12. L a s referencias a los empleos «Ordinarios», en nuestra exposición de ía explicación keynesiana más gene-.;
ral sobre porqué no consideran que el desempleo sea n ^ s a ria m e n te voluntario, puedenestar relaciona­
das con el tema debatido en la nota 10. También pueden estar relacionadas, quizá, con ia distinción entre. '
mercados de trabajo «primarios» y «secundarios», tal com o han desarrollado Doeringer y Piore (1973). ’
13. E n la terminología microcconómica, el cam bio constituye, sin ambigüedad, una mejora paretiana (excep­
to por los efectos sobre la renta real d e aquellos que y a estaban empleados, si no se ven compensados
por su pérdida).
DEFICIENCIAS EN LA EXPLICACIÓN KEYNESIANA YEN SUS PROPUESTAS... 411

te u n a im p lic a c ió n d e l m o d e lo , fu e r a c u a l fu e r a e l n o m b r e d a d o a l tip o d e d e s e m p le o ,
lla m a r lo in v o lu n t a r io d a r ía la im p r e s ió n d e s e a d a in c lu s o a lo s le c to r e s q u e h u b ie r a n
o lv id a d o la d e fin ic ió n c o n c r e ta , e in c lu s o a lo s q u e n u n c a h u b ie r a n le íd o e l lib r o p ero
q u e h u b ie ra n o íd o v a g a m e n t e a lg o sobre s u s ideas a p a rtir del in fo r m e de u n te r ce r o .
A q u e llo s q u e c o n s id e r a n qu e to d o e l d e s e m p le o e s v o lu n ta r io a fir m a r á n n o r m a l­
m e n te q u e n o e x is t e n in g ú n p r o b l e m a d e d e s e m p le o . C o m o lo s trab a ja d o res s e e n c u e n -
t tr a n e n su c u r v a d e o fe r t a y n o e s tá n lim ita d o s d e n in g u n a m a n e r a s ig n if ic a t iv a , n o es
i n e c e s a r ia n in g u n a p o lít ic a p a r a in te n ta r a lte ra r e l n iv e l d e e m p le o . E l n iv e l d e e m p le o
j e s e l r e s u lta d o d e d e c is io n e s d e d e m a n d a y d e o fe r t a to m a d a s p o r e m p r e s a s y tr a b a ja -
| dores, y p u e d e s u p o n e r s e q u e tiene la s p ro p ie d a d e s d e o p tim a lid a d u s u a le s d e los e q u i-
M lib rio s d e m e r c a d o . L a a c c ió n g u b e r n a m e n t a l p a r a a fe c ta r a lo s m e r c a d o s d e tr a b a jo
I n o estaría m á s ju s t ific a d a q u e en cu a lq u ie r otro m e rcad o - c o m o m á x im o (se g ú n e ste tip o
‘ d e v is ió n m o n e ta r is ta ), d e b e r ía lim ita r s e a la e lim in a c ió n d e las im p e r fe c c io n e s , c o m o
la s d e b id a s a l p o d e r s i n d ic a l- .
M u c h o s e c o n o m is ta s n o esta ría n d e a c u e r d o , p e ro n o so tro s c r e e m o s q u e n o e s p ara
n ad a in s ó lito qu e en e c o n o m ía se u t ilic e n té rm in o s p e rs u a s iv o s y q u e é s to s te n g a n u n
e f e c to s o b r e la s p e r c e p c io n e s g e n e r a le s d e l a g e n t e . P o d e m o s p e n s a r e n e x p r e s io n e s
c o m o c o m p e t e n c ia « p e r fe c ta » o c o m e r c io « lib r e » . E n lo s d o s c a s o s s e p u e d e d a r , y a s í
se h a c e n o r m a lm e n te , u n a d e fin ic ió n p u r a m e n te té c n ic a . P e r o e l h e c h o d e q u e a u n tipo
d e c o m p e te n cia s e la l l a m e p e rfe c ta e s m u y p ro b a b le q u e d é l a im p re sió n d e q u e h a y a lg o 1
d e s e a b le en e s te tip o d e c o m p e t e n c ia , in c lu s o a a q u e llo s q u e n u n c a h a n p e n s a d o a tra­
v é s d e u n a n á lis is e c o n ó m ic o fo r m a l d e e c o n o m ía d e l b ie n e s ta r s o b r e lo s s u p u e s to s y
r lo s j u i c io s d e v a lo r b a jo lo s q u e e l té r m in o e s d e s e a b le . D e a lg u n a fo r m a , Ja c o m p e ­
te n c ia q u e e s « p e r fe c t a » d e b e s e r m e jo r q u e la « i m p e r f e c t a » 14- D e f o r m a s im ila r , la
d e s ig n a c ió n d e la a u s e n c ia d e a r a n c e le s c o m o c o m e r c io « lib r e » c o n lle v a Ja im p lic a ­
c ió n d e q u e e s m e jo r q u e la a lte r n a tiv a : lo q u e es « n o lib r e » d e b e s e r p e o r q u e l a lib e r -
<■. ta d 15. N u e s t r a c o n je tu r a e s q u e lo s d e b a te s c o n tin u o s s o b r e lo a p r o p ia d o d e c a lif ic a r e l
”, d e s e m p le o d e « in v o lu n t a r io » s e d e b e n a s im ila r e s c o n n o t a c io n e s p e r s u a s iv a s a c e r c a
d e la p o lít ic a e c o n ó m ic a v in c u la d a s a la e le c c ió n d e l a d je t iv o 1^
E s té n o n o ju s t if ic a d a s n u e s tra s e s p e c u la c io n e s a c e r c a d e la s r a z o n e s p a r a la c o n ­
tin u a c ió n d e l d e b a t e s o b r e la d e s c r ip c ió n a d e c u a d a d e lo s d e s e m p le a d o s , e s ta m o s c o n ­
v e n c id o s d e q u e e l te m a s ig u e s ie n d o c r u c ia l p a ra d is tin g u ir a lo s q u e h e m o s d e sc rito
i¡ c o m o k e y n e s ia n o s d e lo s q u e h e m o s d e s c r ito c o m o m o n e ta ris ta s . E n c o n c r e to , a q u e ­
llo s q u e c r e e n q u e e l d e s e m p le o e s p r in c ip a lm e n t e v o lu n ta rio p a r e c e n se r ta m b ié n lo s
q u e c r e e n q u e lo s g o b ie r n o s n o d e b e r ía n , o n o p u e d e n , u tiliz a r p o lític a s m a c r o e c o n ó -
m ic a s p a ra a fe c t a r e l n iv e l d e e m p le o y d e o u tp u t. P o r o tra p a rte , lo s q u e c r e e n q u e e l
d e s e m p le o p u e d e d e s c r ib ir s e m u c h a s v e c e s c o m o in v o lu n ta r io p a r e c e n ta m b ié n cr e e r
s ie m p r e q u e e l p r o b le m a p o d r ía re s o lv e r s e a tra v é s d e la a c c ió n g u b e rn a m e n ta l y m a cro -
t e c o n ó m ic a . '

: 14. Esto es incluso más cierto en el caso de la terminología alternativa que se refiere a la competencia
«pura».
15. Los que defienden los aranceles hablan de «protección» en lugar de comercio «no libre».
: ifi. Un debate interesante sobre los modos de discurso de los economistas, que va mucho más allá de nues­
Í :
tra p^xupación particular en este párafo, puede encontrarse en McClosky (1983) y (1988). El libro que
contiene la última referencia incluye otros puntos de vista.



í

U
412 CRÍTICAA LAECONOMÍA ORTODOXA

4. S a l a r io s r e a l e s y d e s e m p l e o

En un aspecto importante, Keynes no se apartó de las posiciones de sus predecesores


al tratar el em pleo en la Teoría general, los cam bios en el nivel de em pleo estaban
inversamente relacionados con los cambios en los salarios reales. Co m o se ilustra en el
gráfico 3.1, los cambios en el empleo se producen mientras las empresas se mueven
hacia arriba y hacia abajo en sus curvas de demanda de trabajo. Para Keynes, mien­
tras hubiera desempleo involuntario com o él lo definió, el cambio en los salarios rea­
les se produciría a través de cambios en los precios, mientras que los salarios nominales
permanecerían constantes. A pesar de esto, la proposición de que una dism inución del
desempleo requeriría normalmente una caída de los salarios reales no contaría con la
oposición de aquellos econom istas con los que K e yn es crey ó estar en desacuerdo. E n
lo que norm alm ente difirieron fu e en sus posiciones sobre si era necesario que los
gobiernos intervinieran para conseguir la caída necesaria de los salarios reales. L a insis­
tencia de Keynes de que los salarios nominales eran generalmente rígidos a la baja, y
su énfasis en que podría producirse un equilibrio con desem pleo (tal com o debatire­
mos en la próxim a sección), hizo que no estuviera dispuesto a defender que se espe­
rara a que los salarios nominales bajaran para eliminar el desempleo involuntario. Para
la política económ ica, este es un ejem plo de la predilección de Keynes por concen­
:S¡lfÍ
« llg
trarse en el que él consideró que era el problema inm ediato, y no basarse en cóm o sería li:|p
un equilibrio a largo plazo: «a largo plazo estamos todos muertos». ¡lililí
Según el análisis de K eyn es, una política fisca l o monetaria expansiva aumentaría lili!
el empleo. Sin embargo, en conjunción con su análisis del mercado de trabajo, com o en
é lm i
el gráfico 3.1, esto sólo podría ocurrir si las políticas fiscales o monetarias expansivas
llevaran a un aum ento del n ivel de los precios1”! D esde e l principio, algunos de los
adversarios de K eynes, com o L io n e l R obbins, plantearon objeciones a sus propuestas
(sobre todo a los panfletos más orientados políticamente que Keynes escribió a principios «si
silI*
de los años 30) porque creyeron que estaba evitando el tem a. E n opinión de R obbins,
si Ja cura del desem pleo suponía una caída de los salarios reales, el deber profesional
de los econom istas era plantearlo de form a honesta y explícita. Entonces, sería una
m
decisión política elegir si se prefería conseguir el recorte de los salarios reales a través is lt fl
de políticas que incrementaran e l nivel de los precios o perm itiendo la caída de los
¡11
salarios nominales. É l consideró que el enfoque de Keynes era engañoso: la defensa
de políticas expansivas, para no hablar de la aceptación de Keynes de la devaluación o
de los aranceles, era políticamente atractiva precisamente porque la m ayoría de Ja gente
no se daba cuenta de que era una forma encubierta de conseguir un recorte de los sala­
rios reales. (Aún aparecen argumentos similares, particularmente en los debates sobre
la utilización de la devaluación de la tasa de cam b io para aum entar el output y el
Vi--
empleo).
Parte del problema era que K eynes, de hecho, no siempre fue coherente sobre este
tema (como hemos m encionado en el capítulo anterior). Aunque su m odelo form al sí
suponía una caída de los salarios reales, sus declaraciones menos form ales sí que, a
' :.K:
17. Esto se ve muy claramente en el análisis de la demanda agregada-oferta agregada, en el que un movi­
':
miento hacia la derecha de la curva de la demanda agregada conduce a un oulput más elevado y precios
más altos, ya que la curva de la oferta agregada es creciente en tanto que los salarios reales permanez­
can constantes.
DEFICIENCIAS EN LA EXPLICACIÓN KEYNESIANA Y EN SUS PROPUESTAS ... 413

v e c e s , s ig u i e r o n l a s u p o s ic ió n d e q u e s e r ía p o s i b l e c o n s e g u i r u n a c a í d a d e l d e s e m p le o
sin r e c o r t a r l o s s a l a r io s r e a le s . S in e m b a r g o , i n c l u s o d e n t r o d e l a n á l i s i s d e l a Teoría
general, la e s t r u c t u r a d e l a r g u m e n t o p e r m i t í a u n a d e f e n s a d e la d e p e n d e n c i a d e la s
p o l í t i c a s e x p a n s i v a s p a r a r e d u c ir e l d e s e m p le o . L a p r i m e r a e t a p a e s e l a r g u m e n t o , q u e
y a h e m o s p la n t e a d o , d e q u e e n r e a lid a d l o s s a la r io s n o m in a le s s o n i n f l e x i b l e s a la b a ja .
P o r e s o , e n e l m u n d o r e a l a l q u e s e e n f r e n t a e l p o l í t i c o , s e r ía m u y p o c o a c o n s e j a b l e
c o n f i a r e n u n a c a í d a d e l o s s a la r io s n o m in a l e s i n d u c i d a p o r e l c o n t i n u o e x c e s o d e o fe r ­
t a d e t r a b a jo p a r a r e s o lv e r e l p r o b le m a d e l d e s e m p le o . A d e m á s , i n c l u s o a n i v e l t e ó r i c o ,
s e r ía p o s ib le q u e u n r e c o r te d e lo s s a la r io s n o m in a le s n o c o n s ig u ie r a p r o d u c ir u n a u m e n ­
to d e l e m p le o . P o d r ía d a r s e q u e , e n a lg u n a s s it u a c i o n e s , u n r e c o r t e d e lo s s a la r io s n o m i­
n a l e s p r o d u je r a s o la m e n t e u n a c a í d a p r o p o r c io n a l d e l n i v e l d e p r e c io s - d e j a n d o a s í l o s
s a l a r i o s r e a l e s in a lt e r a d o s - . L a s c i r c u n s t a n c i a s b a j o la s q u e e s t o o c u r r ir ía s e r ía n a q u e ­
lla s a la s q u e n o s r e fe r im o s e n e l ú l t i m o c a p í t u l o c o m o e l « c a s o e s p e c i a l k e y n e s i a n o » .
P a r a v e r p o r q u é l o s d o s c a s o s k e y n e s i a n o s e s p e c i a l e s , 1) l a i n v e r s i ó n c o m p l e t a ­
m e n t e in s e n s i b l e a la s ta s a s d e in t e r é s y 2) l a t r a m p a d e l i q u i d e z , p r o v o c a r í a n c a íd a s
e q u i v a l e n t e s d e l o s s a la r io s n o m i n a l e s y l o s p r e c io s , e s n e c e s a r i o p e n s a r e n la fo r m a
e n q u e e l e m p l e o y e l o u tp u t e s t á n d e t e r m in a d o s e n e l m a r c o k e y n e s i a n o . C l a r a m e n t e ,
e n e s t e o e n c u a lq u i e r o t r o e n f o q u e , e i e m p l e o s ó lo a u m e n t a s i a u m e n t a e l o u t p u t . S i
r e c o r d a m o s Ja id e n t id a d c o n t a b l e d e l p r o d u c t o n a c i o n a l , y la s r e l a c i o n e s d e e q u i li b r io
r e s u l t a n t e s , c o m o e n l a e c u a c i ó n ( 2 . 1 ) , e l o u t p u t s ó lo a u m e n t a s i s e p r o d u c e u n a u m e n ­
to d e l c o n s u m o , d e la in v e r s ió n o d e l g a s t o p ú b l i c o . P o r l o t a n t o , p a r a q u e u n r e c o r t e d e
lo s s a l a r i o s n o m i n a l e s p r o d u z c a u n n i v e l d e e q u i l i b r i o d e l e m p l e o m á s a l t o , y p o r lo
ta n to d e l o u tp u t, d e b e p r o v o c a r un a u m e n to d e u n o d e e sto s c o m p o n e n te s d e l g a s to .
S in e m b a r g o , s e s u p o n e q u e e l c o n s u m o e s tá r e la c io n a d o c o n Ja r e n ta , d e fo r m a q u e e l
c o n s u m o s ó lo a u m e n t a s i l a r e n t a ( q u e e s i g u a l a l o u t p u t) h a a u m e n t a d o 1^ C o m o n o
e x is t e n in g u n a r a z ó n p a ra e s p e ra r q u e u n r e c o r te d e lo s s a la r io s n o m in a le s p r o d u z c a
u n a u m e n t o d e l g a s t o p ú b l i c o , e n t o n c e s , e n u n a e c o n o m í a c e r r a d a , l a ú n i c a f o r m a p o s i­
b le d e q u e l o s s a la r io s n o m i n a l e s p u e d a n p r o v o c a r u n a u m e n t o d e l o u t p u t e s s i c o n ­
d u c e n a u n a u m e n t o d e l a in v e r s ió n .
E l m e c a n is m o p o r e l c u a l e s to s e p o d r ía p r o d u c ir e s e l s ig u ie n t e . U n r e c o r te d e lo s s a la ­
r io s n o m in a le s r e c o r t a lo s c o s t e s d e p r o d u c c ió n d e la s e m p r e s a s , l le v a n d o a s í a u n m o v i­
m ie n t o h a c ia a b a jo d e s u s c u r v a s d e o fe r t a . A s í , lo s p r e c io s c a e n . S in e m b a r g o , u n a c a íd a
d e l o s p r e c io s c o n u n a o fe r t a m o n e t a r ia c o n s t a n t e s i g n i f i c a q u e la o f e r t a real d e d in e r o

18. Algunos debates keynesianos incorporan la idea de que, debido a que un recorte del salario real pro­
voca un recorte en el poder de compra de los trabajadores siempre que los precios no caigan en la misma
medida, esto provocará, por lo tanto, una reducción de1gasto deseado que, en sí misma, desencadena­
rá la caída de los precios. Sin embargo, un recorte de los salarios con precios constantes significa un
aumento de los beneficios. Mientras no nos salgamos de modelos (posibfemente poco realistas) en los
que no distingamos entre la propensión a consumir fruto de los salarios y de la de consumir fruto de
los beneficios, sino que nos limitemos a considerar una propensión marginal al consumo fruto de la
renta total, este problema podrá ignorarse -particularmente si los modelos formales mencionados per­
manecen estáticos y no dinamicos-. Si los trabajadores reaccionan más rápidamente a los cambios en
su renta real, entonces así lo hacen también los accionistas a ios cambios en los beneficios y, por lo
tanto, a cortoplazo, podría producirse una caída del gasto (y del output) que provocaría un breve aumen­
to del desempleo a cortoplazo. Así, la concentración en los efectos a corto plazo podría reforzar ta opo­
sición a los recortes salariales, mientras que la concentración en los efectos a un plazo más laigo apoyaría
los recortes salariales.
414 CRÍTICA ALAECONOMÍA ORTODOXA

a u m e n t a . E ! e x c e s o d e o fe r ta m o n e ta r ia l le v a a u n a c a íd a d e la s t a s a s d e in te r é s , y e s ta c a íd a
d e las ta s a s d e in te r é s l le v a a u n a u m e n t o d e la in v e r s ió n . D e b i d o a l a u m e n t o d e la in v e r ­
s ió n , y a l c o n s ig u ie n t e a u m e n t o d e l g a s t o d e s e a d o t o t a l, a u m e n ta l a d e m a n d a r e a l d e p r o ­
d u c t o s y s e l i m it a l a c a í d a d e lo s p r e c io s . C o n s e c u e n t e m e n t e , lo s p r e c io s n o c a e n t a n t o
c o m o l o s s a l a r i o s n o m i n a l e s , d e f o r m a q u e lo s s a l a r io s r e a le s h a n b a j a d o - a u n q u e l a
c a íd a d e lo s s a la r io s r e a le s e s m e n o r q u e l a c a í d a d e lo s s a la r io s n o m i n a l e s - . P o r l o t a n t o ,
e n e l c a s o e s t á n d a r , s í Jo s s a la r io s n o m in a l e s fu e r a n a c a e r , s e p r o d u c i r í a e n t o n c e s u n
a u m e n t o d e l o u t p u t y d e l e m p l e o . S i n e m b a r g o , e n l o s c a s o s k e y n e s ia n o s e s p e c i a l e s , t a l
c o m o s e h a p la n t e a d o e n e l ú l t i m o c a p í t u l o , e l v í n c u l o e n t r e lo s a u m e n t o s d e l a o f e r t a
m o n e t a r ia r e a l y lo s a u m e n t o s e n l a in v e r s ió n s e r o m p e . E n e l p r im e r c a s o k e y n e s i a n o ,
l a c a í d a d e la t a s a d e in t e r é s n o l l e v a a u n a u m e n t o d e l a i n v e r s i ó n ; e n e l s e g u n d o , e l
a u m e n t o d e l a o f e r t a m o n e t a r ia r e a l n o l l e v a a u n a c a í d a d e l a t a s a d e in t e r é s .
P o d e m o s r e s u m ir e l a r g u m e n t o a n t e r i o r d e d o s f o r m a s e q u i v a le n t e s . P r i m e r o , u n
r e c o r t e d e l o s s a l a r io s n o m in a l e s n o l l e v a a u n a u m e n t o d e l e m p l e o e n l o s c a s o s k e y ­
n e s ia n o s e s p e c i a l e s , d e b i d o a q u e l a d e m a n d a d e p r o d u c t o s n o a u m e n t a y , p o r l o t a n t o ,
a c a b a m o s c o n e l m is m o n iv e l d e o u tp u t q u e a n te s . S e g u n d o , e n lo s c a s o s k e y n e s ia n o s
e s p e c i a l e s , e l in t e n t o d e r e c o r t a r lo s s a l a r io s r e a l e s r e d u c ie n d o e l n i v e l d e l o s s a l a r io s
n o m i n a l e s f r a c a s a p o r q u e l o s p r e c io s c a e n e n la m i s m a p r o p o r c ió n d e j a n d o in a lt e r a ­
d o s l o s s a la r io s r e a le s . D e a q u í, e l a r g u m e n t o d e K e y n e s d e q u e u n o n o s ó l o n o d e b e - ■
r ía e s p e r a r q u e f u e r a f á c i l , o s iq u ie r a p o s ib l e , q u e u n e x c e s o d e o fe r t a d e t r a b a jo l l e v a r a
a u n r e c o r t e s u f i c i e n t e d e l o s s a la r io s n o m i n a l e s , s in o q u e n i s iq u ie r a e r a d e f i n i t i v o , a
n i v e l t e ó r i c o , q u e u n r e c o r t e d e l o s s a l a r io s n o m in a l e s r e s o l v i e r a e l d e s e m p l e o 1^ .
D e b e r ía d e s ta c a r s e t a m b ié n q u e , e n e l c a s o « n o r i n d » , e n e l q u e u n r e c o r t e d e lo s s a la ­
r io s n o m i n a l e s a y u d a r í a a l e m p l e o , l o m i s m o o c u r r i r í a c o n u n a u m e n t o e n l a o f e r t a
m o n e t a r ia n o m i n a l . A s í , c u a lq u i e r c o s a q u e p u e d a c o n s e g u i r s e a t r a v é s d e u n r e c o r t e
d e lo s s a la r io s n o m i n a l e s , p u e d e t a m b ié n c o n s e g u i r s e a t r a v é s d e u n a p o l í t i c a 'm o n e -
t a r ia e x p a n s i v a . E s t o r e f u e r z a e l é n f a s i s d e K e y n e s e n e l d i s p a r a t e d e b a s a r s e e n e l
r e c o r t e s a l a r ia l c o m o c u r a p a r a e l d e s e m p l e o . S e g ú n s u o p i n i ó n , e s t o p r o b a b l e m e n t e
lllil
n u n c a o c u r r ir ía p o r s í m is m o , i n c l u s o s i o c u r r i e s e , q u i z á n o l le g a r í a a l o b j e t i v o d e s e a - ■
d o , e i n c l u s o s i p u d ie r a l l e g a r a l o b j e t i v o d e s e a d o , u n a f o r m a m á s s e g u r a d e c o n s e g u i r
sglgg
e l m i s m o r e s u lt a d o s e r ía l l e v a n d o a c a b o u n a p o l í t i c a m o n e t a r ia e x p a n s i v a . ■■
E x i s t e n o t r a s r a z o n e s q u e l le v a r o n a K e y n e s a o p o n e r s e a i n t e n t a r v o l v e r a l p le n o
e m p le o a t r a v é s d e u n a p o lít ic a d e r e c o r te d e lo s s a la r io s n o m in a le s a c o m p a ñ a d a d e
( a u n q u e fu e r a a u n n iv e l m e n o r ) u n a c a íd a d e lo s p r e c io s . E s to s a r g u m e n to s n o p u e ­
d e n tr a ta r s e a d e c u a d a m e n t e e n u n m o d e l o f o r m a l m e n t e e s t á t i c o , p e r o f u e r o n e x p u e s ­
t o s t a n t o p o r K e y n e s c o m o p o r a lg u n o s d e s u s c o n t e m p o r á n e o s 2® P a r t e d e l a r g u m e n t o
es q u e e l proceso d e c a í d a d e lo s p r e c i o s d e s a n i m a r í a e l g a s t o a p l a z a b l e - c o m p e n s a

Í9. L a posibilidad de que, incluso si los trabajadores aceptasen recortes de los salarios reales, el desem ­
pleo seguiría sin bajar, podría verse com o un apoyo a la definición de Keynes del desem pleo « in v o ­
luntario».
A pesar de que, a nivel teórico, el argum ento de Keynes fa lla si las decisiones sobre el consu-
mo/ahorro dependen de la riqueza y parte de la riqueza está fijada en términos nominales, de form a
que su valor real aumenta cuando bajan los precios (el «efect.0 P igou »), los keynesianos n iegan que el
efecto Pigou sea lo suficientem ente fuerte co m o para alterar sus conclusiones de política económ ica.
20. Porejem plo Irving Fishcr. Estos argumentos también refuerzan la idea de que el efecto Pigou (nota 19)
es irrelevante para la política.
g ilí--'-..

DEFICIENCIAS EN LAEXPLICACIÓN KEYNESIANA Y EN SUS PROPUESTAS ... 415

esperar antes de comprar bienes de consumo duraderos para así aprovecharse de sus
subsiguientes precios más bajos-. Otro argumento es que, como muchas deudas son
fijas en términos nominales, unos precios más bajos incrementarían el valor real de la
deuda, y así supondrían una redistribución de la riqueza de los deudores hacia los acre­
edores. Es plausible sugerir que las personas endeudadas son propensas a tener una
propensión mayor al gasto que los acreedores y otros propietarios de activos2^
Tal como ya se ha mencionado, el mismo Keynes no se basó siempre en su mode­
lo formal del mercado de trabajo, en el que los incrementos del output sólo podían ocu­
rrir si se producía una disminución de los salarios reales. Com o también se ha
mencionado en el capítulo anterior, durante un largo tiempo, muchos de los subsi­
guientes debates keynesianos sobre los acontecimientos y las políticas económicas
también ignoraron este aspecto del análisis en la Teoría general. Una razón por la que
los keynesianos tendieron a ignorar el vínculo inverso entre los salarios reales y el
empleo es que se tenía la sensación de que empíricamente este vínculo no existía. En
los últimos cincuenta años se han realizado muchos estudios intentando establecer si los
salarios reales son o no contracíclicos: es decir, si cuando la economía está en rece­
sión los salarios reales son altos y cuando hay un boom los salarios reales son bajos.
Nuestra impresión es que aún no hay un consenso contundente. Durante un tiempo, a
finales de los años 30 y posteriores, la opinión mayoritaria era que los estudios esta­
dísticos demostraban que no existía ningún tipp de vínculo entre los salarios reales y el
empleo, y esto es aún probablemente aceptado por la mayoría de los economistas. Sin
embargo, algunos estudios más recientes han afirmado encontrar una correlación inver-

sa, y otros aún mantienen que no hay ninguna relación. Como mínimo, los datos sobre
las fluctuaciones en los salarios reales y el empleo no muestran suficiente variabilidad
ni pautas claras como para que las conclusiones sean independientes del momento,
lugar y técnicas estadísticas concretas utilizadas en los diferentes estudios22
El resultado es que economistas diferentes pueden sentirse libres de creer cosas
diferentes sobre la relación entre los cambios en los salarios reales y los cambios en
el desempleo, o que el mismo economista puede incluso plantear hipótesis diferentes
en diferentes análisis, o puede creer genuinamente que hay momentos en los que el
desempleo está relacionado con un nivel demasiado alto de salarios reales y momen­
tos en los que no23 Debido a la falta de pruebas concluyentes directas sobre la rela­
ción entre los salarios reales y el empleo, la opinión que uno tome sobre el tema puede
estar también afectada por la visión que uno tenga sobre temas relacionados con aque-

2t. Además, durante el periodo en que los precios bajan, si los tipos de interés no bajan en la misma medi­
da, los tipos de interés reales aumentarán. Esto será un desincentivo para la inversión.
22. Un debate completo sobre la evidencia empírica sobre los salarios reales y los ciclos económicos se
encuentra en Michie (1987).
Recientemente, algunas explicaciones de los «nuevos clásicos» sobre los ciclos económicos, cono­
cidas como «teorías de los ciclos económicos reales» han considerado los ciclos como resultados de
cambios en las curvas de demanda de mano de obra. Como resultado, el salario real de equilibrio (wf
en el gnífico 3.1) se altera. Así, las intersecciones de las curva de de demanda y oferta de trabajo son movi­
mientos a lo largo de la curva de oferta durante un ciclo empresarial. De esta forma, un mayor empleo
debería asociarse a salarios reales más elevados y viceversa. Los informes detallados de estas teorías son
generalmente muy técnicos, un ejemplo temprano fue Long y Plosser ( 1983).
23. Volveremos a estepunto en el capítulo 7, cuando discutamos algunas de las explicaciones dadas para expli­
car los altos niveles de desempleo en Europa occidental en los años 80.
416 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

l l o s . E n c o n c r e t o , s i u n o a c e p t a q u e l o s s a l a r io s n o m i n a l e s s o n r í g i d o s a l a b a j a d u r a n ­
t e p e r io d o s d e a l t o d e s e m p l e o , e n t o n c e s (taS c o m o h e m o s v i s t o e n l a s d o s s e c c i o n e s
a n t e r io r e s ) s ó l o e s p o s i b l e q u e l o s r e c o r t e s d e l o s s a la r io s r e a l e s r e d u z c a n e l d e s e m ­
p le o s i l o s p r e c io s s u b e n . C o n t r a r ia m e n t e , s i l o s p r e c io s n o a u m e n t a n d u r a n t e u n a r e c e ­
s i ó n , e n t o n c e s l o s s a l a r io s r e a le s p e r m a n e c e n r í g i d o s . Por l o t a n t o , la s o p i n io n e s s o b r e
la r e l a c i ó n e n tr e lo s s a la r io s r e a le s y e l e m p l e o e stá n m u y v i n c u l a d a s a la s o p i n io n e s d e
s i lo s p r e c i o s , y n o s ó l o l o s s a l a r i o s n o m i n a l e s , s o n i n f l e x i b l e s .
A q u e l l o s t r a t a m ie n t o s k e y n e s ia n o s q u e s u p o n í a n q u e l o s s a l a r i o s r e a le s n o t ie n e n
q u e c a e r p a r a u n a m e jo r a d e l e m p le o y d e l o u tp u t, m u c h a s v e c e s lo h a c ía n p o r q u e a su ­
m í a n - i m p l í c i t a o e x p l í c i t a m e n t e - q u e l a s e m p r e s a s a u m e n t a r í a n s u p r o d u c c i ó n s in
r e q u e r i r u n a s u b i d a d e lo s p r e c io s d u r a n t e p e r i o d o s d e r e c e s i ó n . L a m a y o r p a r t e d e l
tie m p o , s i s e o fr e c ía a lg u n a e x p lic a c ió n , é sta se lim it a b a a a fir m a r q u e d u ra n te u n a ■
r e c e s i ó n la s e m p r e s a s d i s p o n d r í a n d e g r a n d e s e x c e s o s d e c a p a c i d a d y , p o r l o t a n t o ,
e s t a r í a n d is p u e s t a s a a u m e n t a r s u v o l u m e n d e v e n t a s s i p u d ie r a n s i m p l e m e n t e v e n d e r
e l o u t p u t, i n c l u s o s in r e q u e r i r u n p r e c io m á s a lt o . A l g u n a s v e c e s s e p r e s t a b a u n p o c o m á s '
d e a t e n c ió n a l c o m p o r t a m ie n t o a c e r c a d e lo s p r e c io s d e l a s e m p r e s a s d e l o q u e s u p o n ía
e s t a v i s i ó n . L o s m o d e lo s e m p í r i c o s k e y n e s i a n o s m u c h a s v e c e s u t i l i z a r o n e l e n f o q u e
d e lo s « p r e c io s a d m in is t r a d o s » . S e g ú n e ste e n fo q u e , la s e m p r e s a s c o b r a n u n p r e c io
q u e i n c l u y e a l g ú n m a r g e n c o n s t a n t e s o b r e l o q u e s e r ía n s u s c o s t e s d e p r o d u c c ió n a
n iv e le s n o n n a le s d e o u tp u t. ■
M á s r e c ie n t e m e n t e , h a h a b i d o o t r o s in t e n t o s k e y n e s ia n o s d e p r o p o r c io n a r u n a b a s e ■
m ic r o e c o n ó m ic a m á s f i n n e y t e ó r ic a m e n te a c e p ta b le p a r a l a p r o p o s ic ió n d e q u e l o s ■
p r e c io s p u e d e n s e r i n f l e x i b l e s --o a l m e n o s m o v e r s e s ó l o l e n t a m e n t e - a n te l o s c a m b i o s
d e d e m a n d a a lo s q u e s e e n fr e n ta la e m p r e s a . A lg u n o s s o n m á s o m e n o s p a r e c id o s a
c ie r t a s t e o r ía s q u e e x p l i c a n l a r i g i d e z d e l o s s a l a r i o s q u e h e m o s m e n c i o n a d o a n t e r i o r - ’
m e n t e , d e s t a c a n d o i d e a s c o m o la s r e l a c i o n e s c l i e n t e / p r o v e e d o r d u r a n t e u n p e r io d o ■
l a r g o d e t ie m p o y l a n e c e s id a d r e s u l t a n t e d e u n a c o n f i a n z a m u t u a d e q u e n i n g u n a p a r t e <
in t e n t a r á a p r o v e c h a r s e in j u s t a m e n t e d e l a o t r a y q u e p r o p o r c i o n a r á p r e v i s i b i l i d a d 2'1.
O t r o s u t iliz a n la i d e a d e lo s « c o s te s d e m e n ú » , p o r J a q u e l a s e m p r e s a s in c u r r ir ía n e n c o s - ,
te s si c a m b ia r a n s u s p r e c io s fr e c u e n t e m e n te : p o r e je m p lo , d e b id o a la n e c e s id a d ■
de;
im p r i m i r n u e v o s c a t á l o g o s y d is t r ib u ir n u e v a s lis t a s d e p r e c io s 2 5 . L a m a y o r p a r t e d e , .
e s t a s j u s t i f i c a c i o n e s k e y n e s ia n a s d e l a r i g i d e z d e l o s p r e c io s , t a n t o l a s m á s n u e v a s c o m o
e l e n f o q u e d e lo s p r e c i o s a d m in i s t r a d o s , s u p o n e n q u e e x i s t e u n a i m p e r f e c c i ó n d e l a r g o :
a l c a n c e e n l o s m e r c a d o s d e p r o d u c t o s 2^ E n e s t e s e n t i d o , e n c a j a n f á c i l m e n t e c o n l a -
v is ió n k e y n e s ia n a d e q u e Jo s m e r c a d o s d e tr a b a jo n o fu n c io n a n s e g ú n u n p a r a d ig m a
s im p le d e m e r c a d o , c o n s u s r e s p u e s ta s f le x ib le s a la s s it u a c io n e s d e e x c e s o d e o fe r ta o .
e x c e s o d e d e m a n d a .2
6
5
4

24. Ver, por ejem plo, la discusión en O k u n (1981).


25. L a mayor parte de estos artículos son m ucho m ás exigentes técnicam ente que el libro a l que nos refe- .
fim os en la nota anterior, por ejem plo M ankiw y R om er (1991). A diferencia del m odelo origina! de
costes adm inistrados, algunos de estos m o delo s keynesianos m ás nuevos suponen que los precios ’
pueden perm anecer sin cam bios incluso si los salarios reales c a m b ia n , siem pre que no cam bien
m ucho. •
26. S i existiera una competencia perfecta, entonces las empresas individuales no podrían elegir entre recor­
tar los precios o mantenerlos sin cam b io s -ten d rían que seguir inmediatamente el precio d e m ercadO .
o perder todos sus clientes.
DEFICIENCIAS EN LA EXPLICACIÓN KEYNESIANAY EN SUS PROPUESTAS . . . 417

L a c a t e g o r iz a c ió n d e ia s c r e e n c ia s a c t u a le s d e lo s e c o n o m is t a s s o b r e lo s te m a s
d e b a tid o s en e s ta s e c c ió n n o es c la r a . A u n q u e lo s n o k e y n e s ia n o s n o r m a lm e n te tratan
a lo s p r e c io s c o m o fl e x ib le s , y c o n s e c u e n te m e n te s u p o n e n q u e lo s m e r c a d o s d e p r o ­
d u cto s s e v a c ía n 27, lo s k e y n e s ia n o s tienden a d iscre p a r e n tre e llo s . A lg u n o s trata m ien to s
s u p o n e n q u e los p r e c io s v a r ía n c o n e l o u tp u t in c lu s o s i lo s c o s t e s s a la r ia le s n o c a m ­
b ia n 28. O tr o s d e b a te s k e y n e s ia n o s , a v e ce s d e la s m ism a s p e r s o n a s , tratan a los p r e c io s
c o m o a lg o c o n s ta n te m ie n tr a s lo s s a la r io s n o c a m b ie n , e s d e c ir , m ie n tr a s e l o u tp u t se
m a n te n g a p o r d e b a jo d e l n iv e l c o r r e s p o n d ie n te a l p le n o e m p le o 2^ D e fo r m a s im ila r ,
m u c h o s m o d e lo s k e y n e s ia n o s e m p ú ic o s de la e c o n o m ía {p ero n o todos) sig u e n u tilizan d o
a lg u n a v e r s ió n d e los p r e c io s a d m in istr a d o s .
P e r s is te n d iv is io n e s s im ila r e s r e s p e c to a s i lo s s a la r io s r e a le s tie n e n q u e c a e r p a ra
r e d u c ir e l d e s e m p le o . T a l c o m o h e m o s v is to , é sta e s u n a im p lic a c ió n d e la s o p in io n e s
s o b r e la fle x ib ilid a d d e lo s p r e c io s . A s í , g e n e ra lm e n te , lo s n o k e y n e s ia n o s a s u m e n q u e
es n e c e s a r io q u e lo s s a la r io s re a le s c a íg a n si s e q u ie r e in cr e m e n ta r e l e m p le o 30. A lg u n o s
k e y n e s ia n o s t a m b ié n c o n t in ú a n s ig u ie n d o a K e y n e s y r e a liz a n ta m b ié n e s te s u p u e s ­
to 31. O tr o s k e y n e s ia n o s s u p o n e n , a v e c e s d e fo r m a im p líc it a , s in m o le s ta r s e en p r o ­
p o r c io n a r n in g ú n m o d e lo e x p líc it o d e l m e r c a d o d e t r a b a jo , s in o s u p o n ie n d o s ó lo la
r ig id e z d e p r e c io s y r ig id e z d e lo s s a la r io s n o m in a le s , q u e m u c h a s v e c e s e s p o s ib le
in c r e m e n ta r e l e m p le o s in te n e r q u e r e d u c ir lo s s a la r io s r e a le s 32^ . T o d a v ía m á s , a lg u -

27. «Vaciado» sign ifica que la demanda iguala a la oferla. S e supone que si los precios son totalmente fle ­
xibles en cualquier m ercado, entonces ese mercado estará en una posición en la que la demanda planea­
d a iguale a la oferta planeada; es decir, en la que la curva de la dem anda se cruce con la curva de la
oferta. En la m icroeconom ía nonnal, esta es la condición para el equilibrio, pero (como hemos visto en
e l gráfico 3.1), en los análisis keynesianos es posible tener equilibrios incluso con un exceso de oferta.
28. Por ejem plo, el análisis d e la demanda agregada-oferta agregada de algunos manuales.
29. Por ejem plo, la utilización del diagrama IS -L M para analizar los cam bios en las políticas sin ningún
cam bio endógeno en la curva L M que refleje cambios inducidos en e l nivel de Jos pecios sólo es correc­
ta si los precios no son flexibles.
30. En el próxim o capítulo volveremos al tema de si el desem pleo medidotam bién bajaría si bajaran los
salarios reales. T a l com o hemos afinnado antes, para esías teorías no existe ningún «problema de de­
sem p leo», ya que el desem pleo m edido refleja un nivel de empleo dado por la intersección de las cur­
vas de demanda y oferta del trabajo. L o s «ciclos económ icos reales» no keynesianos de la nota 22 no
exigen una dism inución de los salarios reales para que aumente el empleo, pero están incorporados en
m odelos en los que las acciones gu ^w am entales sistemáticas igualmente no pueden afectar al empleo.
31. Por ejem plo, aquellos m anuales que proporcionan un m odelo e x p líc ito del m ercado de trabajo gene­
ralm ente, pero no siem pre, contienen alguna variante d e nuestro g rá fic o 3.1.
32. A q u í, igual que en e l resto d e este capítulo, seguirnos l a mayor parte de los tratamientos d e estas cues­
tiones ignorando el cam bio tecnológico o la acumulación de capital que pennitiría un aumento del sala­
rio real a cada nivel del empleo. E s decir, que ignoramos la posibilidad de que se produzcan cam bios al
alza de la curva d e demanda de trabajo. Para la posibilidad de shocks aleatorios en la curva de la deman­
da, ver nota 22.
33. D esp u és de m uchos años, en los que los keynesianos que asumieron la rigidez de los precios y la rigi­
dez de! salario nominal no se molestaron en modelar explícitamente e l mercado de trabajo, se produjeron
intentos de observar explícitamente las consecuencias de suponer que es posible que los niveles de los
salarios reales y del em pleo fueran tales que no sólo se encontraran los trabajadores fuera de sus curvas
de oferta d e trabajo, sino que la empresas se encontraran fuera de sus curvas de demanda de trabajo,
debido a no poder vender tanto como le s gustaría al nivel de precios actual. U n o de lo s análisis de este
tipo m ás tempranos fu e e l de Barro y Grossm an (1971 ), aunque la idea se rem onta m uchas veces a
Patinkin (1965).
418 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

nos debates keynesianos sobre episodios concretos de alto desempleo planteaban que
sería posible que hubiera periodos en los que el desempleo se debiera a que los salarios
reales fueran demasiado altos, mientras que en otros momentos el desempleo podría
ser debido a una falta de gasto agregado, aunque los salarios reales no estuvieran por
encima del nivel que sería coherente con el pleno empleo.
Incluso para los que creen que generalmente es necesario reducir los salarios rea­
les para reducir el paro, aún queda por resolver la cuestión adicional de cuál es la mejor
fonna de conseguir este recorte de los salarios reales. Tal como hemos visto, los key­
nesianos que no aceptan la necesidad de recortar los salarios reales creen que sería más
prudente intentar hacerlo a través de políticas que llevaran a un aumento de los pre­
cios, mientras los salarios nominales pennanecerían constantes.
Finalmente, en esta sección, aunque nos lleva más allá de los debates planteados en
este capítulo y se refiere a temas tratados de forma más completa en el siguiente, pode­
rnos también señalar que no existe un consenso keynesiano sobre si el desempleo duran­
te periodos de inflación continuada llevaría por sí solo a un aumento de los salarios
nominales menos rápido que el aumento de los precios, recortando así los salarios reales.
Por otra parte, durante periodos en los que existe alguna inflación continuada, no
es infrecuente que los ministros y portavoces gubernamentales llamen a la «conten­
ción» en las negociaciones salariales y den dos razones en un mismo discurso3* Primero,
porque unos salarios más bajos provocarían un aumento del empleo. Segundo, porque
unos salarios más bajos reducirían la inflación. No parecen darse cuenta que estas dos
razones no son necesariamente coherentes. L a primera requiere que los precios aumen­
ten mientras los salarios dejan de aumentar (o aumentan más lentamente), para así
reducir los salarios reales. L a segunda razón supone que una ralentización del aumen­
to de los salarios nominales será igualada por una ralentización de la inflación -refi­
riéndose a la inflación de precios-. i - -

5. D e s e m p l e o d e e q u il ib r io o d e d e s e q u il ib r io

El análisis estándar keynesiano es el de un nivel de equilibrio con desempleo35 Existen ■


como mínimo dos cuestiones que han preocupado a algunos keynesianos. Primero, ¿la
posibilidad del equilibrio con desempleo depende del supuesto de que los salarios
nominales son rígidos? Dada la vulnerabilidad de este supuesto a los ataques por su
falta de una base microeconórnica firme y teóricamente aceptable (tal como se ha deta-
Jlado en las páginas 402-406), sería preferible poder abandonar este supuesto pero man-3
5
4

34. Por ejemplo, en el Reino Unido, a mediados de los años 80. cuando había disminuido la idea de que
los objetivos monetarios resolverían automáticamente la inflación, fuera lo que fuera lo que pasara con
los salarios. El contexto del Reino Unido en ese momento dejó claro que detrás de la primera razón
figuraba ia idea de que el desempleo estaba causado por unos salarios reales que habían crecido dema­
siado. (Después del otoño de 1990, cuando el Reino Unido fijó su tasa de intercambio dentro de la CEE,
el razonamiento cambió para incluir la pérdida de ventas causada por la falta de competencia a nivel
internacional si los precios crecían mucho).
35. En este capítulo, y particularmente en esta sección, nos ocupamos de los niveles de desempleo corres­
pondientes al exceso de la oferta de trabajo agregada. Ignoramos el desempleo fricciona! y estructural
y nos centramos solamente en el desempleo por encima de estos niveles, es decir, por encima del corres­
pondiente al «pleno empleo».
DEFICIENCIAS EN LAEXPLICACIÓN KEYNESIANA Y EN SUS PROPUESTAS ... 419

teniendo los resultados estándar. Segundo, particularmente, si las predicciones deequi­


librio dependen de la menos que totalmente satisfactoria suposición de que los sala­
rios nominales son completamente inflexibles a Ja baja, ¿no sería mejor (y más realista)
ver el desempleo como un fenómeno de desequilibrio?
La respuesta a la primera pregunta es fácil. Si por equilibrio nos referimos a una
situación en la que todas las variables son constantes, incluyendo los salarios, y si por
salarios nominales flexibles nos referimos a que los salarios caerían si se produjera un
exceso de oferta de trabajo (es decir, que el empleo fuera menor que el de pleno empleo),
entonces, por definición, el equilibrio con desempleo exige salarios rígidos. Si los sala­
rios fueran flexibles, y existiera desempleo, los salarios caerían, y esta no es una situa­
ción de equilibrio.
La respuesta a la segunda pregunta no es tan simple. Tal como se ha explicado en
la sección anterior, incluso si los salarios fueran flexibles a la baja, esto no supondría
que se debiera confiar en ellos pararesolver el desempleo. Es tautológicamente correc­
to afirmar que no podría haber un equilibrio con desempleo con salarios flexibles, pero
puede haber un desequilibrio continuado con desempleo. Como también se ha explicado,
en los_ casos keynesianos especialmente extremos, los salarios flexibles sólo llevarían
a una espiral a la baja continua de los salarios nominales y los precios. Incluso sin los
casos keynesianos especiales, los argumentos mencionados antes, respecto a lo que
pqdría pasar durante el p ro ceso de caída de los salarios y los precios, significan que si
los salarios nominales fueran flexibles, y si empezaran a caer, el proceso podría ser
inestable. Es decir, que durante el proceso de desequilibrio se podrían poner en fun­
cionamiento fuerzas que llevaran de hecho a exceder el equilibrio -en nuestro caso,
que Jos salarios nominales (y los salarios reales) cayeran por debajo de los niveles que
hubieran restablecido el pleno empleo si no hubiera sido por los efectos deflaciona-
rios del mismo proceso de desequilibrio-. Finalmente, incluso si los salarios nomina-
¡ les fueran flexibles a Ja baja, podrían ser Jo suficientemente lentos como para que,
basándose sólo en esta flexibilidad, volver al equilibrio de pleno empleo requiriera un
periodo excesivamente largo3^ Por lo tanto, Ja flexibilidad a la baja es irrelevante para
los objetivos de política económica, en cuanto a las prioridades keynesianas que se
preocupan más de los problemas y posibilidades inmediatos que de los de largo plazo.
Por todas estas razones, algunos keynesianos han preferido pensar en su enfoque
como uno no limitado a un modelo que predice que se producirá un equilibrio con de­
sempleo pero en su lugar coherente con un análisis del desempleo como un desequi­
librio continuo3L Para estos keynesianos, lo esencial del mensaje keynesiano es la
recomendación de que, en un periodo de desempleo, uno no debería, e incluso no podría
(cuando el problema sea de inestabilidad), basarse en las fuerzas de mercado endóge­
nas para resolver el problema. Sino que son necesarias políticas macroeconómicas
expansivas. -
Aunque exista esta visión keynesiana, mantenida por algunos keynesianos emi­
nentes, sigue siendo verdad que la mayoría de los keynesianos han seguido al mismo
Keynes al limitar su análisis formal a uno de equilibrio con desempleo. Ha habido3 7
6

36. Obsérvese que este argumento y el previo pueden no ser mutuamente coherentes. Probablemente es
mejor verlos como alternativos.
37. Por ejemplo, Tobin (1975).
420 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

varias sugerencias acerca de porqué Keynes y sus seguidores se han limitado a s í mis­
m os a los análisis de equilibro. Históricam ente, quizá es relevante que en el Reino
Unido, a diferencia de muchos otros países, la segunda mitad de la década de los años
20 fuera un periodo de alto desempleo. Éste no estuvo lim itado a la G ran Depresión
que em pezó en 1929. A s í, K eynes, escribiendo un libro publícado en 1936, vivía en
un país que había experimentado más de una década de alto desempleo. B a jo estas cir­
cunstancias, podría haber parecido sensato concentrarse en el alto desem pleo visto
com o un equilibrio.
U n o puede también ver, y este no es un punto trivial, que es mucho más d ifícil
hacer un riguroso análisis del desequilibrio que uno del equilibrio. Incluso ahora, la
mayor parte del análisis form al, tanto m icroeconómico com o m acroeconóm ico, es por
esta razón un análisis del equilibrio. .
También es posible, ya sea consciente o subconscientemente, que una predicción de
equilibrio con desempleo tuviera más atractivo para las políticas expansivas macroe-
conómicas propuestas por Keynes. Si el desempleo se hubiera debatido com o un fenó­
m eno de desequilibrio, las p olíticas propuestas hubieran estado más abiertas a la
respuesta de que «Bueno, como el desempleo es sólo una situación de desequilibrio,
m ejor confiem os en el mercado para resolver el problema, y no interfiram os impri­
miendo dinero o contrayendo un déficit presupuestario» (medidas que encontraban, y
encuentran, la oposición de algunos por otras razones). Afirm ar solamente que podría
tardarse más en volver al pleno empleo si no hubiera intervencionism o puede ser un
argumento menos convincente que afirmar que e l alto desempleo es un equilibrio. Esto
último conlleva Ja connotación de que durará indefinidamente si no se hace nada.

6. C ic l o s e c o n ó m ic o s y e s t a b il iz a c ió n

Aunque el mismo Keynes se concentró en el problema del equilibrio con desempleo


y las políticas para restaurar el pleno empleo, los keynesianos pronto empezaron a diri­
gir su atención hacia el problem a del tratamiento de las fluctuaciones en el output y el
em pleo. Exam inando la experiencia de los países industrializados, m uchos economis­
tas pensaron que !a historia mostraba una pauta de ciclos de producto bastante regula­
res. Aunque hubo algunos que negaron que hubiera un «ciclo empresarial» regular, la
mayoría de los economistas pensaron que los ciclos económ icos eran más que un arte­
facto estadístico -in clu so si no eran perfectamente regulares-.
Se ha ofrecido una am plia variedad de explicacion es de los ciclos económ icos,
desde m ucho antes de K eyn es. A lgunas de las prim eras teorías keynesianas se cons­
truyeron alrededor de la idea de que la inversión está determinada por los cambios en
el nivel de renta, además de posiblemente por las tasas de interés38 E n com binación
con otros retrasos en el gasto, o con algunos lím ites que más tarde circunscribieron
cualquier expansión o contracción de la renta, estas teorías podrían explicar los ciclos
económ icos. Otros keynesianos destacaron la volatilidad de las expectativas de los
beneficios futuros de los que dependía la inversión. Estas oscilaciones en el «espíritu
animal» de los empresarios podían entonces ser utilizadas com o parte de una explica-

38. L a leoría del acelerador para la inversión. Ejemplos influyentes de las teorías de los ciclos, incorpo­
rando el acelerador, incluyen a Samuelson (1939) y Hicks (1950).
DEFICIENCIAS EN LA EXPLICACIÓN KEYNESIANA Y EN SUS PROPUESTAS ... 421

c ió n d e l a s f l u c t u a c i o n e s d e l o u t p u t 39. P a r a n u e s t r o s p r o p ó s i t o s , n o e s n e c e s a r i o d a r
m á s e je m p lo s d e e s t a e x t e n s a lite r a tu r a , n i p r o fu n d iz a r m á s e n l o s d e t a l le s d e l o s m e c a ­
n i s m o s s u g e r i d o s . L o im p o r t a n t e e s q u e s i e l c i c l o e c o n ó m i c o e x i s t e , e n t o n c e s d e b e
c o n s id e r a r s e q u e la s p o lít ic a s g u b e r n a m e n t a le s r e s p e c t o a l d e s e m p le o t ie n e n c o m o
o b j e t i v o l a e s t a b il iz a c i ó n d e l n iv e l d e e m p l e o p r ó x im o a l n i v e l c o r r e s p o n d ie n t e a l p le n o
e m p l e o . A d e m á s , s i l a c o n t r a p a r t id a d e l a s r e c e s io n e s c o n a l t o d e s e m p le o s o n l o s b o o m s
c o n p r e s io n e s in f l a c i o n i s t a s , p a r t e d e l o b j e t i v o d e la s p o l í t i c a s m a c r o e c o n ó m i c a s p ú b li­
c a s p u e d e s e r l a c o n t e n c i ó n d e l o s b o o m s p a r a a s í m o d e r a r l a i n f l a c i ó n 40.
L a m e ta d e la e s t a b iliz a c ió n d e la s flu c t u a c io n e s e c o n ó m ic a s e s , p u e s , v is ta p or
a l g u n o s e c o n o m i s t a s l a d e l m a n t e n im ie n t o d e u n e m p l e o t a n a l t o c o m o s e a p o s i b l e ,
s u j e t o a n o p e r m it ir q u e l a e x p a n s i ó n H e v e a u n « r e c a l e n t a m i e n t o » in a c e p t a b l e . O t r o s ,
s in e m b a r g o , v e n l a e s t a b i l i z a c i ó n c o r n o u n o b j e t i v o a d i c i o n a l p o r d e r e c h o p r o p io . L a s
f l u c t u a c i o n e s d e l p r o d u c t o ( o e n l a t a s a d e c r e c i m i e n t o d e l o u t p u t ) s e c o n s id e r a n in d e ­
s e a b l e s y d e b e r ía n m in i m i z a r s e . L a i n d e s e a b i l i d a d d e l a s f l u c t u a c i o n e s s e d a a m e n u ­
d o p o r s e n ta d o y la s r a z o n e s n o s e e x p r e s a n d e fo r m a e x p l íc it a . P u e d e s e r q u e se a
p o r q u e l a i n c e r t id u m b r e y e l r i e s g o q u e c o n l l e v a n la s v a r i a c i o n e s d e la r e n t a y d e l o u t ­
p u t s o n in d e s e a b le s p o r q u e s e s u p o n e q u e l a g e n t e e s a d v e r s a a l r i e s g o . P u e d e s e r q u e
a m p l i a s f l u c t u a c i o n e s d e l p r o d u c t o d e s a n i m e n la i n v e r s i ó n y a s í r e d u z c a n e l c r e c i ­
m ie n to e c o n ó m ic o a la r g o p la z o .
S e a c u a l s e a l a o p i n ió n a c e p t a d a s o b r e p o r q u é l a e s t a b i l i z a c i ó n e s d e s e a d a , e l e n f o ­
q u e k e y n e s i a n o d e l a d e t e r m in a c ió n d e l a r e n t a y l a s p o l í t i c a s m a c r o e c o n ó m i c a s p a r e ­
c í a n im p lic a r l a fo r m a e n q u e lo s g o b ie r n o s d e b e r ía n lu c h a r c o n t r a lo s c i c l o s e c o n ó m ic o s .
D a d a l a v i s i ó n d e c ó m o la s p o l ít ic a s m o n e t a r ia s y f i s c a l e s p o d r ía n a f e c t a r a l g a s t o d e s e ­
a d o , la r e c o m e n d a c ió n o b v ia e r a la d e lle v a r a c a b o p o lít ic a s e x p a n s iv a s d u ra n te la fa s e
d e p r e s i v a d e l c i c l o , y p o l ít ic a s c o n t r a c c i o n i s t a s d u r a n t e l a f a s e d e b o o m .
S i n e m b a r g o , a f i n a l e s d e l o s a ñ o s 4 0 , M i l t o n F r ie d m a n 1p u b l i c ó u n i n f l u y e n t e a t a ­
q u e a l in t e n t o d e e s t a b i l i z a r l a s a c t i v i d a d e s e c o n ó m i c a s a t r a v é s d e l u s o d e p o l í t i c a s
m a c r o e c o n ó m i c a s 41. A u n q u e s u a t a q u e t u v o a lg ú n e f e c t o s o b r e e l p e n s a m i e n t o d e l a
é p o c a , p r o n t o f u e e c l i p s a d o e n g r a n p a r t e p o r e l o t r o d e b a t e k e y n e s ia n o / m o n e t a r i s t a
e n t é r m in o s d e la d e s e a b i l i d a d d e u n a p o l í t i c a m o n e t a r ia f r e n t e a u n a p o l í t i c a f i s c a l ,
c o n e l m is m o F r i e d m a n id e n t i f i c a d o c o m o e l l íd e r d e l a e s c u e l a m o n e t a r i s t a . S u a r g u ­
m e n t o c o n t r a l a e s t a b i l i z a c i ó n , q u e p o d r ía e x p r e s a r s e d i c i e n d o q u e n i l a p o l í t i c a m o n e ­
t a r ia n i l a f i s c a l d e b e r í a n s e r u t i l i z a d a s d e f o r m a a c t i v a p a r a i n t e n t a r c o n t r o l a r e l
d e s e m p l e o , s e h i z o r e a lm e n t e i n f l u y e n t e e n t r e n o e c o n o m is t a s y e c o n o m i s t a s d e s p u é s
d e q u e e l d e b a t e m o n e t a r io frente a l f i s c a l s e s o s e g a r a - a l m e n o s e n l a lit e r a t u r a a c a ­
d é m ic a , e s d e c ir , a fin a le s d e lo s a ñ o s 6 0 - .
L a e s e n c i a d e l a i d e a d e q u e l o s g o b i e r n o s n o d e b e r í a n in t e n t a r e s t a b i l i z a r l a a c t i ­
v i d a d e c o n ó m i c a e r a q u e l o s i n t e n t o s d e e s t e t ip o e r a p r o b a b l e q u e e x a c e r b a r a n l a s
flu c t u a c io n e s m á s q u e r e d u c ir la s . U n a c o r r ie n t e d e l a r g u m e n t o g i r a a lr e d e d o r d e la

39. Sin algunos retrasos más en el ajuste, las cambios en las expectativas empresariales sería poco proba­
ble que proporcionaran ningún tipo de ciclo económico regular.
40. L a relación cnlre Jos altos niveles de actividad económica y la inflación se tratarán con detalle en el
próxima capítulo.
4 l . Ver Friedman (1948). Para un interesante debate par parte de otro monetarista importante, que enfati­
za la incertidumbre, ver Brunner (! 981).
422 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

Gráfico 3.2. Política gubernamental de estabilización con éxito

Renta/
Output

;:v; ¿.-J
.■';V■

11
W :i
1
id e a d e q u e lo s g o b ie r n o s n o s ie m p r e p u e d e n a c e rta r e l m e jo r m o m e n to p a r a lo s e f e c ­
to s d e s u s p o l ít ic a s . P u e d e n p r o d u c ir s e r e tr a s o s e n e l p r o c e s o . E l r e s u lta d o d e e s to s I*
retraso s p u e d e ilu s tr a r s e d e l a fo r m a m á s s im p le en e l g r á f ic o 3 .2 41
E n e s te d ia g r a m a d e u n a e c o n o m ía h ip o t é t ic a , e l e je v e r t ic a l m id e e l o u tp u t y el m
e je h orizo n tal e l tie m p o . P o r s im p lic id a d , m o stra m o s u n a e c o n o m ía en l a que n o h a y n in ­ w
g u n a te n d e n c ia a l c r e c im ie n t o y s ó lo c ic lo s r e g u la r e s . L a c u r v a P r e p r e s e n ta e l n iv e l ■ m
misé
:-x;
d e r e n ta q u e e x is t ir ía c o m o c o n s e c u e n c ia d e a c c io n e s p r iv a d a s e n l a a u s e n c i a d e c u a l­ "ÍSS%«
q u ie r p o lít ic a d e e s t a b iliz a c ió n g u b e r n a m e n ta l. S e r e p r e s e n ta u n a s itu a c ió n e n la q u e ,
p o r u n a u o tr a r a z ó n , e x is t ir ía u n c i c l o e m p r e s a r ia l p e r fe c ta m e n te r e g u la r . L a c u r v a G • lli
m u e s tr a lo s e f e c t o s d e la p o l ít ic a 'm a c r o e c o n ó m ic a g u b e r n a m e n ta l: p o r e j e m p lo , e l
^ i¡¡§ !
//SIÉ
g a s t o p ú b lic o a m p lif ic a d o p o r e l m u lt ip lic a d o r r e le v a n t e . T m u e s tr a el n iv e l to ta l d e
ren ta, es d e c ir , la s u m a d e l resu lta d o d e la s a c tiv id a d e s p r iv a d a s y la s a c tiv id a d e s in flu i­
das p o r e l g o b ie r n o , d e f o r m a q u e T = P + G . E l g r á f ic o 3 .2 m u e s tr a e l r e s u lta d o d e se­ m
ad o p o r e l g o b ie rn o - s u g a s to flu c tú a ju s to p a r a co m p e n s a r las flu c tu a c io n e s d e l á m b ito '/lili
p r iv a d o , y e l r e s u lta d o e s u n n iv e l d e r e n ta p e r fe c ta m e n te e s t a b le - .
E n ef g r á fic o 3 .3 , la c u r v a P es e x a c ta m e n te la m is m a q u e en e l d ia g r a m a an terior.
lili
/ le !
L a lín e a d e p u n to s G ta m b ié n e s e x a c t a m e n t e la m is m a q u e e n e l d ia g r a m a an terio r.
¡m
S i n e m b a r g o , l a lín e a G ’ m u e s tra e l p e o r r e s u lta d o p o s ib le d e lo s e fe c to s c o n re tra s o s . m
i
T i e n e la m is m a m a g n it u d q u e G p e r o t ie n e r e tr a s o s e n s u s e f e c t o s , d e fo r m a q u e lo s
re s u lta d o s d e la s p o lít ic a s g u b e r n a m e n ta le s a fe c ta n a l a e c o n o m ía c o n u n r e tr a s o - e l
p e o r c a s o p o s ib le , m o strad o a q u í, s e p r o d u c e c u a n d o e l r e tra s o e s e x a c ta m e n te l a m ita d
l i e
d e la r g o q u e e l c i c l o - . E l n iv e l resu lta n te d e r e n ta to ta l, T , flu c t ú a m u c h o m á s q u e si
e l g o b ie r n o n u n ca h u b iera in te n ta d o e sta b iliz a r la re n ta d e n in g u n a fo r m a (e n e l c a s o co n ­ a
cr e to e le g id o aq u í, las flu c t u a c io n e s so n e l d o b le d e a n c h a s ) . I n c lu s o si lo s retraso s e n
lo s e fe c to s d e la s p o lít ic a s g u b e r n a m e n ta le s s o b r e l a e c o n o m ía n o fu e r a n ta n la r g o s
11

42. El tipo de diagrama utilizado aquí se atribuye muchas veces a Phillips, pero no es la «curva de Phillips» §1
que se discutirá en el próximo capítulo. Los intentos de estabilización pueden tener efectos perversos, i b

incluso en ausencia de retrasos (como en Baumol [1961]), pero los retrasos exacerbarán el problema, y lili
■•i*

' 'vial®
son la razón más comúnmente debatida para sospechar resultados perversos de las políticas de estabi­ •illa.
lización.
DEFICIENCIAS EN LA EXPLICACIÓN KEYNESIANA Y EN SUS PROPUESTAS ... 423

Gráfico 3.3. Política gubernamental desestabillzadora: retrasos

como los elegidos aq u í para ilustrar el peor caso posible, es claramente p osible que los
efectos con retrasos exacerben las oscilaciones cíclicas.
Para expresar la lógica del argum ento en palabras, la posición es la siguiente. El
gobierno v e que hay una recesión y emprende una acción expansiva. Sin embargo, para
cuando la acción expansiva em pieza a tener efectos importantes en el gasto, la econo­
m ía y a está, por sí sola, recuperándose de la recesión. A m edida que se adentra en una
fase expansiva, se produce el efecto adicional de la actividad gubernamental, que empu­
ja a la econom ía a una posición de mayor exceso de dem anda agregada de la que se
habría producido de otra form a. C u an do el gobierno ve que el boom es dem asiado
grande, adopta algunas políticas monetarias y/o fiscales contractivas para intentar que
la econom ía vuelva a un nivel de gasto más razonable. Sin em bargo, si vuelven a pro­
ducirse largos retrasos, puede ser que el boom em piece a disminuir por sí mismo justo
cuando los efectos contractivos de la política gubernamental afecten al gasto. E l resul­
tado entonces sería llevar a la econom ía a una recesión que, de otra form a, quizá no
se habría producido, o a una recesión más profunda que la que se hubiera producido
de otra form a.
U n resultado sim ilar (aunque m enos debatido) puede tam bién producirse si los
gobiernos ignoraran las dimensiones de las respuestas a las políticas monetarias/fisca-
les. U n intento de aplicar una política expansiva para evitar una recesión podría llevar
a la econom ía no a un output de pleno em pleo, sino también mucho más allá si se pro­
dujera una respuesta más fuerte que la esperada (por ejem plo, si la m agnitud del m ul­
tiplicador se hubiera subestimado seriamente). Este caso se ilustra en el gráfico 3.4
donde, de nuevo, P e s e l mismo q u e e n los dos diagramas anteriores y la línea de pun­
tos G es también la misma. L a línea G ” muestra lo que puede ocurrir si e l gobierno
subestima los efectos de sus políticas - l a amplitud de las oscilaciones en la renta total,
r , es mayor que las de P , es decir, mayor de lo que hubiera sido con una G constan­
te -. E n otras palabras, debido a la ignorancia sobre la magnitud de sus im p actos, el
gobierno ha convertido unas recesiones «m oderadas» en «grandes» boom s, y unos
boom s «menores» en recesiones «severas».
424 CRÍTiCAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

G r á fic o 3 .4 . Política gubernamental desestabilimdora: xobreireacáón

Rema/

L a c o n c lu s ió n d e e s ta lín e a a rg u m e n ta l e s q u e lo s b ie n in te n c io n a d o s in te n to s g u b e r ­
n a m e n ta le s de e s ta b iliz a r e l n iv e l d e re n ta y d e e m p le o p u e d e n m u y b ie n a c a b a r s ie n ­
do m u y p e r v e r s o s y e m p e o r a r la s f lu c t u a c io n e s . A n t e e s ta in c e r tid u m b r e , y d a d a la
a v e rs ió n a l r i e s g o , lo s g o b ie r n o s d e b erían e v ita r la s p o lític a s m a c r o e c o n ó m ic a s a c tiv a s . :
L o s d e b a te s s o b r e la s v e n t a ja s y d e s v e n ta ja s d e in te n ta r e s t a b iliz a r la e c o n o m ía : 1
s ig u ie r o n d ife r e n te s c a m in o s . L a m a y o r ía s e c o n c e n tr a r o n e n lo s r e tr a s o s , y n o en la
m a g n itu d d e l o s m u lt ip lic a d o r e s y d e lo s d e te r m in a n te s s im ila r e s d e la m a g n itu d d e
la s re s p u e s ta s , p r o b a b le m e n te d e b id o a q u e s e c r e ía q u e s e d is p o n ía d e e s tim a c io n e s ;)
r a z o n a b le m e n t e f id e d ig n a s . U n c o n ju n t o d e d e b a te s in te n tó a n a liz a r c u á le s e ra n la s j
p o s ib le s fu e n te s d e lo s r e tr a s o s , c u á l e r a su im p o r ta n c ia , y s i s e c r e ía q u e la p o lít ic a > j
e s ta b iliz a d o r a e r a a p e s a r d e to d o d e s e a b le , c ó m o s e p o d ía n a c o r ta r lo s retraso s a tra- i
v é s d e c a m b io s in s t it u c io n a le s o p o lít ic o s a p r o p ia d o s . S e c a t e g o r iz a r o n lo s tip o s de ■
re tr a s o s 43.
C r o n o ló g ic a m e n t e , e l p r im e r re tra so s e r ía e l «re tra so en e l r e c o n o c im ie n t o » . E s t e ;;
e s e l tie m p o q u e tard a e l g o b ie r n o en d a rse c u e n ta d e q u e h a y u n p r o b le m a . C o m o e x is - : v ;:
te n d ific u lt a d e s p a r a r e c o g e r d a to s e x a c t o s y a c t u a liz a d o s , la s p r im e r a s e s tim a c io n e s
m u ch a s v e c e s s e r e v is a n d e fo r m a s u s ta n c ia l, y m u ch a s v e c e s n o e s o b v io s i u n a o b s e r- :
v a c ió n c o n c r e ta es u n a ab erra C ió n « p u n t u a l» o si r e f le ja Ja e m e r g e n c ia de u na n u e v a ■
:
s itu a c ió n , e l r e tr a s o en e l r e c o n o c im ie n t o p u e d e se r s u s t a n c ia l. ,
E x is t e n ta m b ié n o tr o s retrasos an tes d e q u e s e p u e d a lle v a r a c a b o c u a lq u ie r a c c ió n .
E s t o s r e tr a s o s , ig u a l q u e lo s o tr o s m e n c io n a d o s , p u e d e n s e r m u y d ife r e n te s e n c a d a í
p a ís . P o r e je m p lo , e n lo s E s t a d o s U n id o s , d o n d e lo s c a m b io s e n e l p re s u p u e s to d e b e n i
se r n e g o c ia d o s e n tr e e l p r e s id e n te y u n c o n g r e s o q u e p u e d e te n e r u na m a y o r ía d e un
p a r tid o p o l ít ic o d ife r e n t e , p u e d e n m u y b ie n p r o d u c ir s e la r g o s r e tr a s o s e n la a p r o b a - ;
c ió n d e c a m b io s e n la p o lít ic a fis c a l, m ie n tr a s q u e la p o lít ic a m o n e ta r ia p u e d e s e r a lte ­
rad a m á s r á p id a m e n te p o r p a rte d e l F e d e r a l R e s e r v e B o a r d . O tr o s p a ís e s , en lo s q u e e l V

43. E l artículo original de Friedrnan (1948) y a m encionaba algunos de los tipos de retrasos. E stos están (
debatidos de form a más com pleta en los m anu atesd e política fiscal o finanzas públicas, V
DEFICIENCIAS EN LA EXPLICACIÓN KEYNESIANA Y EN SUS PROPUESTAS ... 425

g o b ie r n o y l a m a y o r í a p a r la m e n t a r ia s o n n o r m a lm e n t e d e l m is m o p a r t id o p o l í t i c o , p u e ­
d e n n o t e n e r e s t e p r o b le m a c o n c r e t o . S i n e m b a r g o , p u e d e h a b e r u n a t r a d i c ió n d e p r e ­
s e n ta r lo s p r e s u p u e s to s ú n ic a m e n t e u n a v e z a l a ñ o , y c u a lq u ie r p r e s u p u e s to a d ic io n a l
d u r a n t e e s e t ie m p o p o d r ía s e r e n t e n d i d o c o m o l a a d m i s i ó n d e u n e r r o r p o l í t i c a m e n t e
in a c e p t a b l e . T a m b i é n p u e d e h a b e r a lg u n a s a s im e t r ía s , e s p e c i a l m e n t e c u a n d o l a p o l í t i ­
c a f i s c a l r e q u ie r e a u m e n t a r lo s im p u e s t o s 44.
P u e d e n p r o d u c ir s e o t r o s r e t r a s o s e n tr e l a a c t u a c i ó n d e l g o b i e r n o y e l m o m e n t o e n
e l q u e lo s ín d iv íd u o s s e v e n a fe c t a d o s . P o r e je m p lo , u n a v e z q u e un c a m b io e n e l
i m p u e s t o s o b r e l o s b e n e f i c i o s h a r e c i b i d o l a a p r o b a c i ó n l e g i s l a t i v a , la s e m p r e s a s p u e ­
d e n p a g a r lo s im p u e s t o s c o n r e t r a s o s d e fo r m a q u e s ó l o a f e c t e a l g a s t o e n im p u e s t o s
e n e l a ñ o s ig u i e n t e . S e p r o d u c e e n t o n c e s u n r e t r a s o f i n a l e n t r e e l m o m e n t o e n q u e lo s
in d iv id u o s s e v e n a fe c t a d o s y e l m o m e n to e n q u e c a m b ia n s u c o m p o r ta m ie n t o e n e l
g a s t o . P o r e j e m p l o , u n c a m b i o e n l o s t ip o s d e in t e r é s p u e d e n o l l e g a r a a f e c t a r e l g a s t o
e n in v e r s ió n h a s t a m u c h o d e s p u é s , d e b id o a l t ie m p o e n t r e lo s c a m b i o s e n l o s p e d id o s
d e p r o d u c t o s d e i n v e r s ió n y l a e n t r e g a r e a l d e e s t o s p r o d u c t o s y s u p a g o .
E l t r a b a jo e m p ír ic o s u g ie r e q u e l o s r e t r a s o s m e d i o s p a r a a l g u n o s t ip o s d e p o l ít ic a s
e n a lg u n o s p a í s e s p u e d e n m u y b ie n m e d ir s e e n a ñ o s y n o e n m e s e s .
U n a r e s p u e s t a a e s t o s d e s c u b r im i e n t o s f u e d e c i r q u e n o d e b í a e m p r e n d e r s e n in g u ­
n a p o l í t i c a e s t a b i l i z a d o r a . E n p a r t ic u l a r , s i s e o b s e r v a n l o s c i c l o s e c o n ó m i c o s p o s t e ­
r io r e s a l a s e g u n d a g u e r r a m u n d ia l, e s t o s n o r m a lm e n t e p a r e y ía n t e n e r u n a d u r a c i ó n d e
4 - 5 a ñ o s . P o r l o t a n t o , re tra s o s d e u n a ñ o p o d ía n m u y b ie n s e r d e s e s ta b iliz a d o r e s . S e s u g i­
r ió q u e lo s in t e n t o s d e « a ju s t e f i n o » d e l a e c o n o m í a , e s d e c ir , e l in t e n t a r c o r r e g ir i n c l u ­
s o la s p e q u e ñ a s d iv e r g e n c i a s d e lo s n iv e l e s d e s e a d o s d e o u t p u t , n o s ó lo n o f u n c io n a r ía n
s in o q u e e m p e o r a r í a n la s c o s a s .
L a s r e s p u e s ta s k e y n e s ia n a s t e n d ie r o n m á s b i e n a b u s c a r f o r m a s d e a c o r t a r l o s r e tra ­
s o s . L o s c a m b i o s l e g i s l a t i v o s s e p o d í a n in t r o d u c i r , y e n a l g u n o s p a í s e s s e in t r o d u je ­
r o n , p a r a a c o r t a r l o s r e t r a s o s l e g i s l a t iv o s y a c e l e r a r l a i m p l e m e n t a c i ó n d e p o l í t i c a s u n a
v e z d e c i d i d o s l o s c a m b i o s . U n a r e s p u e s t a a lt e r n a t i v a , y p o s i b l e m e n t e c o m p l e m e n t a ­
r ia , c o n s i s t i ó e n in t e n t a r e v it a r e l p r o b le m a m e j o r a n d o l a h a b i l i d a d p a r a p r e v e r n iv e ­
l e s fu tu r o s d e a c tiv id a d . E l r e tra s o e n e l r e c o n o c im ie n t o p o d r ía s e r e v it a d o s i fu e r a
p o s ib le c o n o c e r c o n a n tic ip a c ió n l a s it u a c ió n d e la e c o n o m ía d e n tro d e , d ig a m o s , un
a ñ o . L a a c c i ó n a p r o p i a d a p o d r í a t o m a r s e e n e l m o m e n t o , a u n q u e l a p o l í t i c a p e r t in e n ­
t e n o t u v i e r a e f e c t o s h a s t a d e n t r o d e u n a ñ o . F u e e n p a r t e p o r e s t e m o t iv o q u e l a c o n s ­
t r u c c ió n d e m o d e lo s a ú n m á s e la b o r a d o s d e p r e d i c c ió n b a s a d o s e n la e c o n o m e t r ía
e m p e z ó a s e r v i s t a c o m o u n a a c t iv id a d t í p i c a d e l o s e c o n o m i s t a s k e y n e s i a n o s 45. L a s
m e j o r a s e n l a h a b i li d a d d e c a l c u l a r e l t a m a ñ o d e la s r e s p u e s t a s p r o b a b l e s a la s p o lít i-

4 4 . Por ejem plo, en el Reino U nid o, en 1988-89, el ministro insistió en que no existía ninguna alternativa
a recurrir a las tasas de interés para controlar e l boom del consum o. L a «razón» por la que no había
ninguna alternativa era que él había reclam ado para s í el éxito por la reducción de impuestos de la pri­
mavera anterior, justificada con la retórica de «la econom ía de oferta», y tener que subir los impuestos
en 1988 1c hubiera expuesto al ridículo por parte de sus oponentes políticos.
45 . Otra form a que recortaría o evitaría los retrasos en el reconocimiento estaba basada en técnicas similares
a las utilizadas por ios ingenieros. Ver, por ejemplo, Phillips (1962), que se formó inicialmente como inge­
niero. Esto suponía observar no sólo el nivel de alguna variable económ ica com o el output, sino también
otros aspectos de su pasado reciente -i:o m o la tasa d e c a m b io -. Siem pre que Jos ciclos fueran razona­
blemente regulares, esto podría evitar la adopción errónea de acciones desestabiiizadoras.
426 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

cas diferentes también reducirían la posibilidad de que se produjera Ja segunda causa


de desestabilización mencionada anteriormente. Esta relación entre la habilidad de pre­
ver acontecimientos económ icos y la mejora de las políticas de estabilización puede
también explicar porqué, cuando en los años 80 algunos gobiernos decidieron renun­
ciar a las políticas de estabilización, también realizaron observaciones despectivas
sobre los modelos de previsión econométricos -in clu so aquellos dirigidos por sus pro­
pios departamentos gubernamentales464 -.
7
Otra corriente de la respuesta keynesiana fue afirmar que no estaban preocupados
por el «ajuste fino», pero que podían producirse importantes oscilaciones en el nivel del
gasto que valía la pena intentar estabilizar de alguna form a y que, com o m ínim o, se
podría conseguir una moderación de las fluctuaciones.
L a últim a respuesta keynesiana sugiere, quizá, que también se puede ver el deba­
te monetarista-keynesiano sobre la política de estabilización com o un reflejo no sólo de
una preocupación por la posibilidad de que se produzcan retrasos, sino com o un desa­
cuerdo m ucho más fundamental sobre la naturaleza de la econom ía. E n un sentido,
este desacuerdo se centra en si la econom ía puede ser descrita com o algo estable. E n la
m ayorparte de la teoría económ ica, «estabilidad» sign ifica que si, com o resultado de
una alteración pasada, una variable no se encuentra en su nivel de equilibrio, entonces
convergerá hacia un equilibrio. Lo s desacuerdos de política económ ica entre los key-
nesianos y los monetaristasí, basados en los desacuerdos sobre si el empleo y el output
son estables, están relacionados con la estabilidad en dos aspectos relacionados pero
algo más am plios. L a visión monetarista supone, muchas veces de form a im plícita,
que si el gobierno no interviene de form a imprudente, después de una alteración, el
empleo y el output no se apartarán mucho del equilibrio y rápidamente volverán al
equilibrio. Por ejemplo, dejada a su suerte, la economía no experimentará recesiones m uy
profundas ni muy prolongadas. Contrariam ente, los keynesianos basaron sus reco­
mendaciones, muchas veces de form a im plícita, en la visión de que en la ausencia de
una intervención gubernamental, la econom ía podría experimentar periodos de muy
alto desem pleo que también duraran mucho tiempo4^
C o m o normalmente no vemos cam bios muy rápidos del output y del em pleo en
periodos muy cortos, estos dos aspectos de la estabilidad están interrelacionados. Para
dar un ejem plo exagerado, si hoy tuviéramos un desem pleo del 20% de la mano de
obra, es poco probable que la próxima semana el desem pleo cayera al 5%.
E s te desacuerdo fundam ental que algunos han visto entre lo s monetaristas y los
keynesianos tiene im plicaciones claras tanto para la deseabilidad com o para la facti­
bilidad de la política gubernamental de estabilización m acroeconóm ica. S i uno creye­
ra que las recesiones profundas son poco probables, y que cualquier recesión pronto
se curará a sí misma, entonces no hay ninguna necesidad urgente de una política guber­
namental expansiva. A dem ás, si es probable que la econom ía salga pronto de Ja rece­
sión suave y temporal, entonces cualquier intento gubernamental de llevar a cabo una

46. Este fu e un tema común, por ejemplo, del gobierno conservador que llegó al poder en e l Reino Unido
en 1979. -
47. En este pámifo, hemos utilizado ei ténnino «equilibrio» de la macroeconomía como equivalente al «equi­
librio de pleno empleo». Evidentemente, la visión keynesiana es compatible con la creencia de que se
puede producir un «equilibrio con desempleo» y que este equilibrio con desempleo podría ser eksable.
DEFICIENCIAS EN LA EXPLICACIÓN KEYNESIANAY EN SUS PROPUESTAS ... 427

política expansiva es probable que acabe siendo desestabilizadora. S i hay retrasos, es


probable que para cuando la expansión monetaria-fiscal del gobierno ejerza sus efec­
tos, la econom ía ya vuelva a estar cerca del nivel de pleno empleo y, por lo tanto, las
políticas expansivas tendrían el efecto no deseado de crear un periodo innecesario de
presión inflacionista. D esde el punto de vista keynesiano, sin em bargo, pasa lo con­
trario. Debido a que se cree que pueden producirse periodos de desempleo severo, es
deseable actuar para reducir este desempleo. Y debido además a que, en ausencia de
una política gubernam ental, no se produciría una vuelta rápida al pleno em pleo, no
existe m ucho riesgo de que las políticas expansivas durante una recesión se muestren
desestabilizadoras. Si es probable que la recesión sea larga, entonces, incluso si se pro­
ducen algunos retrasos en los efectos de las políticas monetarias-fiscales, la econom ía
aún tendrá capacidad de expandirse (en otras palabras, aún habrá exceso de capacidad
y desempleo) cuando las políticas hagan efecto.
Aunque hemos descrito com o fundamentales estas diferencias sobre si una eco­
nomía moderna es autocorrectora respecto al empleo agregado y al producto, éstas se
basan en creencias sobre la estabilidad de la econom ía y no en hipótesis verificables.
Nuestra explicación de las creencias de cada una de las partes utiliza deliberadamen­
te términos tan v ago s com o recesión «tem poral» en o p o sició n a «p rolo n gad a» o
«suave» en oposición a «Severa». L o s dos grupos de creencias son más frecuente­
mente bases implícitas y no explícitas de las visiones sobre la política de estabilización,
y no están form uladas de form a que se permita algún tipo de com probación decisiva
entre ellas.
E l debate de p o l í t i c a económ ica sobre s i se debería intentar l a estabilización se
resum e con frecuencia en términos de si se le debería proporcionar discreción a un
gobierno para intentar controlar activam ente la actividad económ ica agregada o si
debería estar lim itado por normas que debería seguir pasivamente. E l tipo de normas
propuestas sería tener siempre un presupuesto equilibrado y un crecimiento estable de
la oferta monetaria, independientemente del nivel de actividad económ ica.
Lo s keynesianos objetaron, tanto a través de análisis empíricos y argumentos teó­
ricos, que seguir normas tan simples llevaría a peores resultados que intentos pruden­
tes de estabilización48. Adem ás, afirmaron que la s n o r m a s s i m p l e s eran im posibles d e
seguir. Por e j e m p l o , a m edida que la renta variara, los ingresos/gastos del gobierno
variarían autom áticam ente, de fo rm a que equilibrar el presupuesto requeriría una res­
puesta activa al estado de la econom ía; y ésta podría muy bien ser desestabilizadora
porque requeriría recortar el gasto público en un momento en que los pagos por trans­
ferencias serían altos debido a una recesión49.

48. Para un ejem plo de una defensa fuerte del enfoque keynesiano, v e r M odigliani ( 1977).
4 9 . L a term inología de! debate: normas frente a discreción es engañosa. L a posición rnonetarista no sólo
estaba a favor de las nonnas, sino de nonnas de un tipo sim ple particular, es decir, un tipo en el que la
n o n n a era independiente del estado de la econom ía. L o s enfoques keynesianos no dependen sólo de
que se proporcione poder discrecional a las autoridades, ya que la estabilización podía intentarse a tra­
vés de nonnas que permitieran un/eedbnek sobre el estado de la economía; por ejem plo, que por cada
aum ento del 1% del outpul por encim a del nivel de su tendencia a largo plazo, se redujera el gasto
público en un x% , estando la x fijada con antelación (posiblemente basándose en estimaciones del m ul­
tiplicador en un m odelo com pleto de la econom ía). La utilización de la term inología de «norm as fren­
te a discreción» puede estar relacionada con los puntos del siguiente párrafo del texto.
428 CRÍTICAALAECONOMÍAORTODOXA

E x i s t e o tr o a r g u m e n t o q u e s e p la n te a a v e c e s c o n t r a e l p e r m it ir d is c r e c ió n a l o s g o b ie r ­
n o s p a r a a lt e r a r la s p o l ít ic a s m o n e t a r ia s - f is c a l e s . E s t e e s m á s o b v ia m e n t e p o l í t i c o : e s e l
m ie d o d e q u e l o s g o b ie r n o s in t e n t e n m a n i p u la r l a e c o n o m í a p a r a q u e lo s b o o m s s e p r o - :
d u z c a n e n l a r e c ta fin a l d e las e le c c io n e s , c o n la e s p e r a n z a q u e lo s m a lo s e f e c t o s r e s u lta n te s ■
d e la s o b r e e x p a n s ió n d e l a d e m a n d a n o a p a r e c ie r a n h a s ta d e s p u é s d e q u e s e g a n a r a n la s
e le c c i o n e s . E n t o n c e s s e r e q u e r ir ía u n a r e s t r ic c ió n m u c h o m á s s e v e r a d e l a q u e h u b ie r a
s id o n e c e s a r ia e n o tr a s c ir c u n s t a n c ia s , p e r o ( c o n s u e r te ) l a r e c e s i ó n p r o d u c id a h a b r ía t e n i­
d o s u s e f e c t o s a n te s d e la s p r ó x im a s e le c c io n e s y s e p o d r ía im p u l s a r o tr o b o o m . A u n q u e
la s p r e o c u p a c io n e s s o b r e l o s « c i c l o s e c o n ó m i c o s e le c t o r a l e s » h a n s id o u t iliz a d a s a v e c e s
c o r n o u n a r g u m e n t o e n c o n t r a d e l a d i s c r e c i ó n p o r p a r t e d e lo s m is m o s e c o n o m is t a s q u e
a fir m a n a l a v e z q u e l a ig n o r a n c i a y lo s r e t r a s o s h a c e n q u e l a e s t a b iliz a c ió n p r e t e n d id a s e a
p e l ig r o s a , lo s d o s a r g u m e n t o s so n in c o n s i s t e n t e s . C r o n o m e t r a r e l b o o m p a r a q u e o c u r r a
d u r a n t e lo s m e s e s a n te r io r e s a la s e le c c i o n e s r e q u ie r e u n b u e n c o n o c i m i e n t o d e lo s re tra ­
s o s , y p o r e s o Ja e s t a b il iz a c i ó n g e n u in a m e n t e p r e t e n d id a n o e x a c e r b a r ía e l c i c l o 5®
L a r e a c c ió n c o n tr a la p o lít ic a d e e s t a b iliz a c ió n lle g ó p r o b a b le m e n te a su p u n to
á l g i d o e n t r e l a s d e c is io n e s d e p o l í t i c a e c o n ó m i c a a p r i n c i p i o s d e l o s a ñ o s o c h e n t a . E n
c i e r t a m e d id a , d e s d e e n t o n c e s s e h a p r o d u c i d o u n r e t o r n o a l a d e f e n s a d e l a d i s c r e -
c ió n 5
51. S i n e m b a r g o , h a s t a c i e r t o p u n t o s e h a p r o d u c i d o t a m b i é n u n g i r o h a c i a u n a
0
m a y o r p r e o c u p a c ió n p o r l a i n f l a c i ó n y u n a m e n o r p r e o c u p a c ió n p o r e l d e s e m p le o c o m o
o b j e t i v o p r i n c i p a l d e l a p o l í t i c a m o n e t a r i a - f i s c a l , c o m p l i c a d a p o r u n a m a y o r a t e n c ió n
a lo s e fe c t o s s o b r e la b a la n z a d e p a g o s / ta s a d e c a m b io p r o d u c id o s p o r la s p o lít ic a s .
E s t o s s e a n a l iz a r á n e n l o s c a p í t u l o s s u b s i g u i e n t e s .

7. C o n c l u s io n e s

A u n q u e l o s t e m a s t r a t a d o s e n l a s d if e r e n t e s s e c c i o n e s d e e s t e c a p í t u l o p a r e c e n d isp a '-'
r e s a p r i m e r a v i s t a , e x i s t e n , d e h e c h o , in t e r r e l a c i o n e s e n t r e e l l o s , t a l c o m o s e a f i r m ó
e n l a i n t r o d u c c i ó n . E n t é r m in o s d e i m p l i c a c i o n e s p a r a l a p o l í t i c a e c o n ó m i c a , l a s p o s i­
c i o n e s k e y n e s i a n a s t ie n d e n a a p o y a r l a d e s e a b i l i d a d y f a c t i b i l i d a d d e l a i n t e r v e n c ió n
m a c r o e c o n ó m i c a g u b e r n a m e n t a l. L a s o p i n io n e s q u e h e m o s l la m a d o m o n e t a r is t a s t ie n ­
d e n a n e g a r ta n to la n e c e s id a d c o m o e l r e s u lta d o d e s e a d o d e e s te e n fo q u e a c tiv o d e l a
p o l í t i c a m a c r o e c o n ó m i c a . E n t é r m in o s d e l a t e o r í a e c o n ó m i c a i m p l i c a d a , m u c h o s ( s i
n o to d o s ) e s tá n v in c u la d o s a l t e m a q u e h e m o s m e n c io n a d o v a r ia s v e c e s : ¿ e x is t e n s e c ­
c io n e s im p o r t a n t e s d e u n a e c o n o m í a m o d e r n a q u e n o e s t é n c a p t a d o s a d e c u a d a m e n t e
p o r e l t ip o d e m o d e l o m i c r o e c o n ó m i c o n e o c l á s i c o d e l o s m e r c a d o s c o m p e t i t i v o s e n e l
q u e l o s p r e c io s s e m u e v e n f á c i l m e n t e p a r a a s í a s e g u r a r e l e q u i l i b r i o ?

50. E l miedo a los ciclos económ icos electorales también es inconsistente con la creencia en las expectati­
vas racionales (discutidas en el capítulo 5). E l argumento supone que los votantes pueden ser engaña­
dos y no darse cuenta de que la expansión que ha sido realizada es insostenible y que llevará en sí m is­
ma a una nueva recesión.
51. L a discreción tam bién se hace inevitable si se produce una falta de creencia en que existe una sola me­
dida a conseguir de «la» oferta monetaria. T a n pronto com o se puedan utilizar varias m edidas de dine­
ro, deben tomarse decisiones si éstas divergen. En los Estados U nid os y el R eino U n id o a mediados de
los 80, la visión de que los agregados monetarios únicos existentes utilizados com o metas y a no esta­
ban relacionados co n e l gasto de fo nna segura debido a lo s c a m b io s e n la s estrocturas bancarias, fue
parte de la razón que llevó al abandono de las metas únicas.
DEFICIENCIAS EN LA EXPLICACIÓN KEYNESIANA Y EN SUS PROPUESTAS ... 429

B ib l io g r a f ía

A kerloff , G . A . (l 980). «A Theory o f Social Custom, o f which Unemployment May be One


Consequence», Quarterly Joumat o f Economics, 95, p. 749-775.
B arro , R. J. (1979). «Second Thoughts on Keynesian Economícs» American Econamie Review,
69 (2), p. 54-59.
B a r r o , R. J.; G r o ssm a n , H. I. (l 971 ). «A General Disequiiibrium Model o f lncome and
Employment», American Econamie Review, 61, p. 82-93.
B a u m o l , W. J. (1961). «Pitfalls o f Contracyclical Policies: Sorne Tools and Results», Review
o f Economics and Statisties, 43, p. 21-26.
B runner , K . (1981). «The Case Against Monetary Activism», Lloyds Bank Review, 139, p. 20­
39.
D oer !NGER, P.; Piore , M . (1971). Intemal Labor Markets andManpowerAnalysis. Lexington:
D .C . Heath & Co.
F riedm an , M. (1948). «A Monetary and Fiscal Framework for Economic Stability», American
Economic Review, 38, p. 245-264. Reeditado en Friedman, 1953.
H ick s , J . R (1950). A Contribution to the Theory o fih e Trade Cycle. Oxford: Oxford UP.
LoNG, J. B.; P losser , C. L. (1983). «Reai Business Cycles», Joumal ofP olitical Economy, 91,
p. 39-69.
LUCAS, R. E. (1978). «Unemployment Policy », American Econom ic Review: Papers &
Proceedings, 68, p. 353-357.
M c C l o sk y , D . N. (1983). «The Rhetoric of Economics», Joumal o f Economic Literaiure, 21,
p. 481-517. i
— (ed.). (1988). The Consequences o f Economic Rheloric. Cambridge: Cambridge UP.
M ankiw , N . G.; R omer , D. (eds). (1991). New Keynesian Economics. Cambridge, Mass.: M IT
Press.
M ich ie , J. (1987). Wages in tire Business Cycle. Londres: Francés Pinter Publishers.
M o d ig l ia n i , F. (1977). «The Monetarisl Controversy», American Economic Review, 67,
p. 1-17.
ÜK 1NJ , A . M . (1981). Price and Quantities: A MacroeconomicAnalysis. Oxford: Blackwell.
P hillips , A . W. (Í962). «Employment, Inflation and Growth», Economica, 29, p. 1-16.
SAMUELSON, P. A . (1939). «Interactions Between the Multiplier Analysis and the Principie of
Accelerations», Review o f Economics & Statistics, 21, p. 75-78.
SoLOw, R. M . (1980). «On Theories o f Unemployment», American Economic Review, 70,
p. 1-11.
— . (1990). Tire Labour Market as a Social ¡nstimtion. Oxford: Blackwell.
T obin, J. (1975). «Keynesian Models of Recession and Depression», American Economic Review,
55 (2), p. 195-202.
lili» -
■ l CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA 431-441

j¡¡!
. L a te o r ía n e o c lá s ic a a c tu a l y K e y n e s *

B e m a r d G u e r r ie n

L o s p u n t o s d e v i s t a s o b r e l a t e o r í a d e K e y n e s , t a n t o e n t r e l o s n e o c l á s i c o s c o m o e n tr e
l o s k e y n e s i a n o s , s o n m u y d i v e r s o s . A l g u n o s c o n s id e r a n q u e e s t a t e o r í a e s m á s « g e n e ­
r a l» q u e Ja t e o r í a d e l e q u i li b r i o g e n e r a l y q u e h a r e v e l a d o l a s « c o n t r a d i c c i o n e s in te r ­
n a s » d e a q u é l la ; o tr o s p ie n s a n , a l c o n t r a r io , q u e é s t a s ó lo e s u n c a s o p a r t ic u l a r q u e h a y
q u e in t e n t a r « in t e g r a r » e n l o s m o d e lo s f o r m a l i z a d o s d e r i v a d o s d e l d e A r r o w - D e b r e u .
P e r o e l p u n to d e v is t a m á s h a b itu a l, ta l c o m o a p a r e c e e n la d o c e n c ia , p o r e je m p lo , e s
e l d e u n a t e o r í a q u e t i e n e u n « o b j e t o » d is t in t o , e l e s t u d i o d e l o s g r a n d e s a g r e g a d o s d e
Ja e c o n o m í a , p o r o p o s i c i ó n a l a t e o r í a d e l e q u i li b r io g e n e r a l q u e s e in t e r e s a p o r e l c o m ­
p o r t a m ie n t o d e l o s a g e n t e s i n d i v i d u a l e s . U n a v e r s a r í a p u e s s o b r e l a « m a c r o e c o n o m í a » ,
l a o t r a s o b r e J a « m i c r o e c o n o m í a » . Y a h e m o s e x p l i c a d o e n e l c a p í t u l o X I l o s p r o b le m a s
q u e ta l d ife r e n c ia c ió n p la n te a e n e l m a r c o d e la t e o r ía n e o c lá s ic a . N o v o lv e r e m o s a
h a b la r d e e l l o .
A q u í in t e n t a r e m o s e x a m i n a r b r e v e m e n t e d e q u é m o d o p o d e m o s s it u a r e l p e n s a ­
m i e n t o d e l p r o p io K e y n e s ( y n o d e l a s d iv e r s a s v a r ia n t e s d e l k e y n e s i a n i s m o ) r e s p e c t o
a l a t e o r ía n e o c l á s i c a a c t u a l D i v e r s a s r a z o n e s e x p lic a n p o r q u é t a l e m p r e s a n o e s u n a d e .
l a s m á s f á c i l e s d e l l e v a r a c a b o y p o r q u é ta n ta s c o n t r o v e r s ia s s e b a s a n m á s e n m a l e n ­
t e n d id o s ( y e n u n d e s c o n o c i m i e n t o d e la t e o r ía a c t u a l d e l e q u i li b r i o g e n e r a l ) q u e e n
d ife r e n c ia s d e fo n d o .
E n tr e e sta s r a z o n e s , a p u n ta m o s :

- K e y n e s c r i t i c a b a a l o s n e o c l á s i c o s d e s u é p o c a , a lo s q u e i n c l u í a e n l o s q u e é l d e s i g ­
n a b a c o m o « c l á s i c o s » . Y , s i n e m b a r g o , m u c h a s d e la s a f i r m a c i o n e s d e e s t o s ú l t i m o s ,
n o d e m o s t r a d a s , n o h a n s id o i n c o r p o r a d a s - o s i l o s o n , c o n m u c h a s r e s e r v a s - p o r lo s
t e ó r ic o s n e o c l á s ic o s a c t u a le s « s e r i o s » . A s í p u e s , h a y q u e o p e r a r u n a s e l e c c i ó n d e e n tr e
to d a s la s c r ít i c a s a K e y n e s p a r a c o n s e r v a r s ó lo l a s q u e s i g u e n s ie n d o v á l i d a s r e s p e c ­
to a l a t e o r í a n e o c l á s i c a t a l c o m o l a h e m o s e x p u e s t o e n e s t a o b r a ;
- a u n q u e c r i t i c a a l o s c l á s i c o s , K e y n e s u t iliz a u n a p a r t e d e s u a p a r a t o c o n c e p t u a l ( b a s a ­
d o , a d e m á s , e n u n e n fo q u e « m a r s h a llia n o » , p o r e l e q u ilib r io p a r c ia l) , a ñ a d ié n d o le
u n c i e r t o n ú m e r o d e « l e y e s » d e s u p r o p i a i n v e n c i ó n , l o c u a l ' a v e c e s p l a n t e a p r o b le ­
m a s d e c o h e r e n c ia ;
- K e y n e s e r a e s c é p t i c o e n c u a n t o a l in t e r é s d e l a f o r m a l i z a c i ó n m a t e m á t i c a d e l a e c o ­
n o m í a . P e r o , c o m o y a h e m o s d i c h o e n l a s e c c i ó n a n t e r io r , n o s e h a b í a d e s m a r c a d o

* Publicado en: Guerrien, Bem ard. «TIiéorie néo-classique actuelle et K eyn es». E n : L a tfréorie néo-clas-
sique. B ilan et p ersp eclives du m odele d ' eqtálibre general. 3.“ ed. París: E conóm ica, 1989, p. 360-385.
Traducción: B ealriu Krayenbühl.
i
43'.! CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

c o m p le ta m e n te d e la « v is ió n d e l m u n d o » n e o c lá s ic a , e in te n tó d e to d o s m o d o s c o n s ­
tr u ir un n u e v o m o d e lo , q u e , p o r lo d e m á s , f u e d e s a r r o lla d o (sin re sp e ta r s ie m p r e su
p e n s a m ie n to ) p o r su s s u c e s o r e s . D e b id o a su r e tic e n c ia a n te la fo r m a liz a c ió n , q u e se
e x p li c a p o r e l lu g a r fu n d a m e n ta l q u e a tr ib u ía a la in c e r t id u m b r e , e s t e m o d e lo e ra ,
p o r lo m e n o s en a lg u n o s a s p e c t o s , lo b astan te im p r e c is o c o m o para d a r lu g a r a m ú l­
tip le s in te r p r e ta c io n e s , a v e c e s c o n tr a d ic to ria s .

L a r e tic e n c ia d e K e y n e s r e s p e c t o a lo s m o d e lo s m a te m á tic o s « p u r o s » s e e x p lic a


ta m b ié n p o r e l h e c h o d e q u e e r a un h o m b r e d e a c c i ó n , m u y c o m p r o m e t id o c o n lo s
d e b a te s d e p o lít ic a e c o n ó m ic a d e s u é p o c a ; n o p o d ía « a b s tr a e r» la e x is te n c ia d e l b e n e ­
f ic io , d e l r ie s g o , d e la s c r is is , d e la m o n e d a , d e un s is t e m a fin a n c ie r o a lta m e n te d e ­
s a r r o lla d o , d e la e s p e c u la c ió n , d e l E s t a d o , e t c .; to d o s e llo s fe n ó m e n o s m á s o m e n o s
v in c u la d o s a la in c e r tid u m b r e . L o q u e s e m a n ifie s t a en s u s o b r a s , in c lu s o « t e ó r ic a s » ,
m e d ia n te r e fe r e n c ia s c o n s ta n te s a la r e a lid a d , a la « p s ic o lo g ía » d e lo s a g e n te s , a l fu n ­
cio n a m ie n to r e a l d e d iv e rs a s in s titu c io n e s (m e r c a d o s fin a n c ie r o s , la B o ls a ) , e tc . A p esar
d e q u e la te o r ía n e o c lá s ic a e x p e r im e n ta d ific u lta d e s p a r a ten er e n c u e n ta e s to s a s p e c ­
tos d e la r e a lid a d , K e y n e s c o n s e r v a , sin e m b a r g o , u na p a r te d e l a p a ra to c o n c e p tu a l d e
e s ta te o ría : la m e z c la « e m p ír ic o -t e ó r ic a » q u e r e s u lta d e e llo n o e s s ie m p r e m u y c la r a .
P e r o lo q u e p u e d e p a r e c e r d e s d e e l p u n to d e v is t a f o r m a l u n a d e b ilid a d d e l p e n s a ­
m ie n to d e K e y n e s c o n s titu y e ta m b ié n s u fu e r z a . P o r q u e su g r a n m é rito e s ju s ta m e n te
e l h a b e r in te n ta d o e x p lic a r m e jo r la r e a lid a d ta l c o m o e s - y n o ta l c o m o lo s m o d ¡!lo s
« p u ro s » q u is ie r a n q u e f u e s e - , a u n c u a n d o s u e x p o s ic ió n im p lic a u n c ie r to n ú m e r o d e
la g u n a s .
A h o r a v a m o s a in te n ta r p r e c is a r to d o e s to , in te n ta n d o e x tr a e r lo s r a s g o s e s e n c ia ­
le s d e l p e n s a m ie n to d e K e y n e s . V a m o s a p r o c u r a r d e m o s tr a r q u e la d i f e r e n c i a f u n d a ­
m e n t a l e n tr e e s t e p e n s a m ie n to y la te o r ía n e o c lá s ic a r e s id e e n e l lu g a r a tr ib u id o a l a

in c e r t id u m b r e . ¡

l. U n tem a cen tr a l en K eyn es : l a in c e r t id u m b r e

K e y n e s v iv ía e n u n p a ís , G r a n B r e t a ñ a , q u e s u fr ió u n a r e c e s ió n p r o lo n g a d a d e s d e e l
fin a l d e la p r im e r a g u e r r a m u n d ia l. L a c r is is d e 1 9 2 9 y la G r a n D e p r e s ió n q u e s ig u ió
le c o n fir m a r o n en su id e a d e q u e e l s is te m a c a p it a lis t a , o e l « d e ja r h a c e r » , n o te n ía e l
c o m p o r ta m ie n to a r m ó n ic o q u e l e o to r g a b a n lo s c lá s ic o s ( v o c a b lo q u e é l u tiliz a b a p a r a
d e s ig n a r , a la v e z , a lo s g r a n d e s c l á s ic o s , A . S m it h , D . R ic a r d o y a lo s m a r g in a lis ta s ) .
Y a q u e u n a d e la s ca r a c te r ís tic a s e s e n c ia le s d e l e n fo q u e d e e s t o s ú ltim o s - a s í c o m o del
d e lo s n e o c lá s ic o s a c t u a le s - e s la d e n o to m a r r e a lm e n te en c o n s id e r a c ió n la in c e r ti­
d u m b r e . S e a p o r q u e s e sitúan (d e fo r m a m á s o m e n o s im p líc it a ) en u n a p o s ic ió n e s ta ­
c io n a r ia o s e m ie s t a c io n a r ia , o p o rq u e su p o n en (c o m o A r r o w y D e b r e u ) la e x is te n c ia
d e u n s is te m a c o m p le t o d e m e r c a d o s , p r e s e n te s y fu t u r o s .!
E s c ie r to q u e s e p u e d e in tr o d u c ir u n a c ie r ta d o s is d e in c e r tid u m b r e s u p o n ie n d o la
e x iste n cia d e m e rc a d o s c o n t i n g e n t e s a p la z o (v e r ca p ítu lo V I ) o añ a d ie n d o «resid uos a lea­
to r io s » a la s e c u a c io n e s d e lo s m o d e lo s , lo q u e lle v a a r a z o n a r m ás so b re e s p e r a n z a s
m a te m á tic a s q u e s o b r e v a lo r e s c ie r to s . P e r o K e y n e s im p u g n a b a e s ta f o r m a d e tratar la

l. L o q u e equivale a suponer que e l futuro es probabilizable.


LATEORÍA NEOCLÁSICA ACTUAL Y KEYNES 433

i n c e r t i d u m b r e y a q u e n o p e n s a b a q u e e l f u t u r o f u e s e « p r o b a b i l i z a b l e » ; a d e m á s , lo s
a g e n t e s n o p u e d e n s a b e r c o n m u c h a a n t e la c ió n c u á l e s s o n l o s a c o n t e c i m i e n t o s f u t u r o s
p o s ib le s . E s p o r e llo q u e, re s p e c to al e n fo q u e c lá s ic o , K e y n e s d ijo :

. . . e n c u a lq u ie r m o m e n to , la s p re v isio n e s y l o s h e c h o s s e s u p o n ía n c o m o d a d o s d e
fo r m a p re c is a y c a lc u l a b l e ... S e su p o n ía q u e el c á lc u lo d e p ro b a b ilid a d . . . p o d ía ser
c a p a z d e red u cír la in ce rtid u m b re al m is m o s ta tu s , d e s d e e l p u n to d e vista d el c á lc u ­
lo , q u e el d e la p ro p ia certid u m b re . . . A c u s o a la p r o p ia t e o r ía e c o n ó m ic a c lá s íc a de
ser u n a d e e sa s té c n ic a s b o n ita s y r e fin a d a s q u e in te n ta n tr a ta r e l p re se n te abstra-
y é n d o lo d el h e c h o d e que sab em o s m u y p o c a s co sa s r e s p e c to al fu tu r o » 2.

P a r a é l , l a in c e r t id u m b r e e n e c o n o m í a e s t a l q u e « n o e x i s t e u n a b a s e c i e n t í f i c a q u e
p e r m it a j u s t i f i c a r ¡a a p l í c a c i ó n d e u n c á lc u l o d e p r o b a b il id a d e s c u a lq u i e r a a e s t a s c u e s ­
tio n e s . S im p le m e n te , n o s a b e m o s » .
K e y n e s r e c o n o c í a q u e lo s c l á s i c o s n o ig n o r a b a n c o m p l e t a m e n t e e s t e h e c h o , p e r o le s
r e p r o c h a b a q u e l e a t r ib u y e s e n u n l u g a r s e c u n d a r io e n s u s a n á l i s i s , lo q u e , s e g ú n é l , n o
le p e r m i t í a t r a t a r p r o b le m a s e s e n c ia l e s .

[ ...]

2. E q u il ib r io s d e s u b e m p l e o y p a r o in v o l u n t a r io

A to d a d e m a n d a e fe c t iv a - q u e c o r r e s p o n d a a u n e q u ilib r io e n e l s e n t id o q u e h e m o s
v i s t o a n t e r i o r m e n t e - s e a s o c i a u n c ie r t o n i v e l d e e m p l e o , d e c i d i d o p o r l o s e m p r e s a r io s
e n f u n c i ó n d e s u s p r e v i s i o n e s . E l n i v e l d e e m p l e o y e l n i v e l d e p r o d u c c ió n e s t á n e s t r e ­
c h a m e n t e v i n c u l a d o s « e n u n d e t e r m in a d o e s t a d o d e l a o r g a n i z a c i ó n , d e l e q u i p a m i e n ­
t o y d e l a t é c n i c a » . P e r o , p a r a K e y n e s , e l n iv e l d e p r o d u c c i ó n d e t e r m in a e l s a l a r io r e a l,
s i e n d o é s t e i g u a l a l « p r o d u c t o m a r g i n a l d e l t r a b a j o » , c o m o l o a f i r m a e l « p r im e r p o s ­
t u la d o » d e lo s c lá s ic o s , q u e é l n o d is c u te (y q u e in c lu s o c a l if ic a d e « le y p r im o r d ia l» ,
Théorie Genérale de CEmploi, de Vlntérét et de la Monnaie, TGE, p . 4 3 ).
N o e x i s t e p u e s n i n g u n a r a z ó n p a r a q u e e s t e s a l a r i o r e a l , i n d ir e c t a m e n t e d e t e r m i­
n a d o p o r la s d e c is io n e s d e p r o d u c ir d e l o s e m p r e s a r io s , s e a i g u a l a l a « d e s u t il id a d m a r ­
g i n a l d e t r a b a jo » q u e s e s u p o n e e x p l i c a l a o fe r t a d e t r a b a jo d e l a s f a m i l i a s ( v e r c a p í t u lo
I I) . P o r c o n s ig u ie n t e , p u e d e s e r q u e la d e m a n d a e f e c t iv a s e a ta l q u e e x is t a n fa m ilia s
q u e d e s e a r ía n tr a b a ja r c o n e l s a la r io re a l e x is t e n t e y q u e n o e n c u e n t r a n e m p le o . S e
paro involuntario, y e s t e n i v e l d e l a d e m a n d a e f e c t i v a
h a ll a n e n to n c e s e n s it u a c ió n d e
co rresp on d e a un equilibrio de subempleo. E v i d e n t e m e n t e , e s e s t e t ip o d e s it u a c i ó n lo
q u e in t e r e s a b a a K e y n e s .
D e h e c h o , s u r a z o n a m ie n t o s u p o n í a q u e e l s a l a r i o n o m i n a l e s t a b a m á s o m e n o s
f i ja d o , o q u e s ó lo e x p e r im e n ta b a v a r ia c io n e s lim it a d a s d u ra n te e l p r o c e s o q u e c o n d u ­
c e a l e q u i li b r io d e s u b e m p le o ( a s o c ia d o a u n a c ie r t a d e m a n d a e f e c t iv a ) . S u c e d e p u e s q u e
c u a n d o l o s p r o d u c t o r e s r e c u r r e n a u n c ie r t o v o l u m e n d e e m p l e o p a r a l a p u e s t a e n m a r ­
c h a d e l a p r o d u c c i ó n , e ll o d e r iv a e n u n a d e m a n d a ( q u e s e v e r á c o n f r o n t a d a c o n l a o fe r -

2. J . M . K eynes, «T he General Theory o f Em ploym ent», Qtiarterly Journal of Economics (febrero de


1937). A partir de ahora, citaremos por Q J E 1937 las referencias a este artículo.
434 CRÍTICAALA ECONOMÍAORTODOXA

t a ) c u y a p a r te m á s im p o r t a n t e p r o v ie n e d e lo s in g r e s o s s a l a r ia le s . E s t o s ú l t i m o s s e h a n
o b t e n i d o m u l t i p l ic a n d o e l n ú m e r o d e h o r a s t r a b a ja d a s p o r e l salario nominal. P o r q u e
K e y n e s , s it u á n d o s e d e e n t r a d a e n u n a e c o n o m í a m o n e t a r i a , d i s t i n g u e e n t r esalario
n o m in a l , e v a lu a d o e n u n id a d e s m o n e t a r ia s , y salario real, e v a l u a d o en « p o d e r a d q u i­
s i t i v o » . E l p a s o d e u n t i p o d e s a la r io a l o tr o s e e f e c t ú a m e d ia n t e e l n i v e l d e precios q u e
j u e g a n , im p líc it a m e n t e , e l p a p e l d e u n a v a r ia b le d e a ju s t e . E n e f e c t o , p u e s t o q u e K e y n e s
a c e p t a e l « p r im e r p o s t u l a d o » d e lo s c l á s i c o s - s e g ú n e l c u a l , e l s a l a r io r e a l v i e n e d a d o
p o r l a p r o d u c t i v i d a d m a r g i n a l d e l t r a b a j o , s ie n d o e s t a ú l t i m a u n a f u n c i ó n d e l n i v e l d e
e m p l e o - , y p u e s t o q u e e l s a l a r i o n o m i n a l e s t á f i j a d o , s e s ig u e q u e e l n i v e l d e p r e c i o s ,
q u e d e b e v e r ific a r la r e la c ió n : s a la r io n o m i n a l s a l a r i o r e a l x n iv e l d e p r e c io s , e s tá
d e t e r m in a d o c u a n d o e l n i v e l d e e m p l e o l o e s t á . E s p o r e s t o q u e n o s e p u e d e c o n s id e r a r
e l m o d e lo d e K e y n e s c o m o u n m o d e l o « d e p r e c i o s f i j o s » . P e r o e s c i e r t o q u e s u e x p o ­
s i c i ó n s e r e f i e r e a l a a r t i c u l a c i ó n d e e s t a s t r e s v a r ia b l e s , s in q u e e l s e n t id o d e c a u s a l i ­
d a d a p a r e z c a d e f o r m a c la r a ; d e a h í la s d iv e r s a s e x p lic a c io n e s a la s c u a le s h a d a d o
l u g a r 3.

[ ...]

3. L a n o c ió n d e e q u i l i b r i o e n K eynes

H e m o s v i s t o a n t e r io r m e n t e d e q u é m o d o l a d e m a n d a e f e c t i v a c o r r e s p o n d ía a u n a s it u a ­
c ió n d e e q u ilib r io e n e l s e n t id o d e q u e , c u a n d o é s t e s e a lc a n z a , « n a d a s e m u e v e » , p u e s
lo s e m p r e s a r io s q u e s o n s u m o t o r v e n c ó m o s e r e a liz a n s u s p r e v i s i o n e s y , p o r l o t a n t o ,
n o r e v i s a n s u s p la n e s . E s t e e q u i li b r i o n o e s w a lr a s ia n o e n l a m e d i d a e n q u e a d m i t e la
e x i s t e n c i a d e u n p a r o i n v o l u n t a r i o ; e s d e c ir , d e a g e n t e s q u e n o p u e d e n r e a li z a r s u s p l a ­
n e s ó p t im o s .
P e r o r e s u lta c u r io s o c o n s t a t a r q u e , fu e r a d e l p r o b le m a d e l e m p le o , K e y n e s c o m ­
p a r t ía c o n l o s c l á s i c o s q u e c r i t i c a b a e l o p t im i s m o fu n d a m e n t a l s o b r e e l f u n c i o n a m i e n t o
d e l s is t e m a d e m e r c a d o . A s í p u e s , e n t o d a l a Teoría general a d m it e , u n a v e z r e s u e lt o e l
p r o b le m a d e l « n i v e l» d e l a p r o d u c c i ó n , q u e e x i s t e u n e q u i li b r io ( d e l t ip o c o m p e t i t i v o
m á s t r a d ic io n a l) y q u e e s e s t a b l e ( a v e c e s e v o c a u n p o c o e l p r o c e s o d e a j u s t e s in e x p r e ­
s a r n i n g u n a d u d a e n lo q u e r e s p e c t a a su c o n v e r g e n c i a ) . E s t o a p a r e c e i m p l í c i t a m e n t e
ta n t o c u a n d o t r a t a d e l a d e m a n d a e f e c t i v a c o r n o c u a n d o t r a ta d e l o s m e r c a d o s f i n a n ­
c i e r o s , y e x p l í c i t a m e n t e e n e l ú l t i m o c a p í t u l o t it u la d o « N o t a s f i n a l e s s o b r e l a f i l o s o f í a
s o c i a l a l a c u a l p u e d e c o n d u c i r l a T e o r í a G e n e r a l » en e l q u e a f ir m a :

si se c o n s id e ra e i v o lu m e n d e la p r o d u c c ió n c o m o d a d o , e s d e c ir , si se le s u p o n e r e g i­
d o p o r fu e r z a s e x te rio r e s a la c o n c e p c ió n d e la e s c u e la c lá s ic a , no h a y n a d a q ue o b je ­
tar al a n á lis is d e e sta e s c u e la resp e cto a la m a n e r a e n q u e e l in te r é s in d iv id u a l d eter­
m in a tas o p c io n e s a cerca d e q u é riq u eza s p ro d u c ir, las p ro p o r c io n e s en q u e los
fa cto res d e p ro d u c c ió n se c o m b in a n p ara p ro d u c irla s y la d is tr ib u c ió n e n tre e sto s
fa cto res d e l v a lo r d e l a p r o d u c c ió n o b te n id a ( T E G , p . 3 7 2 ).

3. E l hecho de que una buena parte de sus razonamientos adopten un punto de vista «marshalíiano», rec u-
rriendo a «curvas de o ferta» y de «dem anda», no facilita las cosas. Igu a l sucede con su aversión a la
form alización.
m
L A T E O R ÍA N E O C L Á S IC A A C T U A L Y K E Y N E S 435

O aún:

A s í p u e s , c o n sid e ra m o s [ . . . J q u e la su p re sió n d e la s la g u n a s d e la te o r ía c lá s ic a no
lle v a a a b a n d o n a r e l “ siste m a d e M a n c h e s te r ” , sin o s im p le m e n te a in d ic a r q u é tipo
d e e n to rn o e x ig e e l lib r e ju e g o d e las f u e r a s e c o n ó m ic a s p a r a q u e tod as la s p o s ib ili­
d ad es d e la p ro d u c c ió n s e p u e d a n re a liz a r ( T E G , p . 37 2 ).

D e h e c h o , l a ú n i c a c o s a q u e l e p r e o c u p a e s e t « e n t o r n o » q u e p e r m it e c o n s e g u i r un
b u e n « v o l u m e n d e l a p r o d u c c i ó n » , l o q u e e x p l i c a q u e s ó l o s e in t e r e s e p o r l o s g r a n d e s
a g r e g a d o s ( e v a l u a d o s e n d in e r o : p r o d u c c i ó n , c o n s u m o , a h o r r o , i n v e r s i ó n , s i e n d o su
p r i n c ip a l p r e o c u p a c i ó n Ja d e a u m e n t a r e l e s t ím u l o a Ja i n v e r s ió n a f i n d e p o d e r c o l m a r
e l « a g u j e r o » c r e a d o p o r e l a h o r r o . H a s t a t a l p u n t o , q u e in c l u s o l l e g ó a d e c ir q u e :

e l ú n ic o r e m e d io ra d ic a l a la s c r is is d e c o n fia n z a q u e a q u e ja n la v id a e c o n ó m ic a m o ­
d erna s e r ía e l d e red u cir l a o p c ió n d e l in d iv id u o a la ú n ic a a lte r n a tiv a d e co n su m ir su
r e n ta o d e s e rv irs e d e é s t a p a r a h a c e r fa b r ic a r e l a rtíc u lo d e c a p ita l rea l q u e , in c lu s o
so b re la b a s e d e una in fo r m a c ió n p r e c a r ia , l e p a r e z c a s e r l a in v e rs ió n m á s in tere sa n ­
te q u e se le o fr e z c a .

D e s d e e s te p u n t o d e v í s t a , s e p u e d e c o n s id e r a r q u e l a m a c r o e c o n o m í a e s u n s u b ­
p r o d u c to d e l p e n s a m ie n to d e K e y n e s (a ú n c u a n d o d e s c o n fia b a d e lo s m o d e lo s m a te ­
m á t ic o s ) : s e o c u p a e s e n c ia lm e n t e d e l o s g r a n d e s a g r e g a d o s y d e l a m a n e r a d e p o n e r lo s
e n e l « b u e n n iv e l» (q u e c o r r e s p o n d e a l p le n o e m p le o ), a la v e z q u e d e ja q u e o p e r e n
la s « f u e r z a s d e l m e r c a d o » .
L a f e d e K e y n e s e n e l m e r c a d o s e t r a s l u c e t a m b ié n e n l a c i t a s i g u i e n t e :

P e r o ta n p ro n to c o m o lo s c o n tr o le s c e n trales h a b r á n c o n s e g u id o e s ta b le c e r un v o lu ­
m e n g lo b a l d e p ro d u c c ió n q u e co rre sp o n d a lo m á s a p r o x im a d a m e n te p o s ib le a l p le ­
no e m p le o , la teo ría c lá s ic a re c u p e ra rá to d o s su s d e r e c h o s [ . . . }. F u e r a d e la n e c e s i­
d a d d e un c o n tro l c e n tr a l p ara m a n te n e r e n e q u ilib r io , l a p ro p e n sió n a c o n su m ir y e l
e s tím u lo a in v e rtir, n o h a y a h o ra m á s raz o n e s q u e an te s d e s o c ia liz a r la v id a e c o n ó ­
m ic a [ . . . ] . E s e l v o iu m e n y n o la c o n s is t e n c ia d el e m p le o lo q u e e l siste m a a c tu a l h a
s id o in c a p a z d e d e te rm in a r c o rre c ta m e n te (TEG, p . 3 7 2 ).

P e r o a q u í s u r g e u n a p r e g u n t a : ¿ d e q u é m o d o s e p u e d e n c r e a r « l o s c o n t r o le s s o c i a ­
le s n e c e s a r io s p a r a g a r a n t iz a r e l p le n o e m p le o » q u e « im p lic a n , e v id e n t e m e n t e , u n a
g r a n a m p lia c ió n d e la s fu n c io n e s tr a d ic io n a le s d e l E s ta d o » (TEG, p . 3 7 3 ) s i n in t e r f e ­
r ir e n e l « l i b r e j u e g o d e l a s f u e r z a s e c o n ó m i c a s » ? A l n i v e l d e a g r e g a c i ó n e m p l e a d o
p o r K e y n e s r e s u lta p o s ib le e v it a r r e s p o n d e r a u n a p r e g u n ta c o m o é s ta , p e r o é s te y a n o
e s e l c a s o a p a r t ir d e l m o m e n t o e n q u e s e e n t r a e n l o s d e t a l le s ( o c u a n d o s e p r e c o n i ­
z a n p o lít ic a s e c o n ó m ic a s ) .
L o q u e n o s l le v a a a b o r d a r, s ie m p r e r e s p e c to a la n o c ió n d e e q u ilib r io e n K e y n e s ,
e l p r o b l e m a d e l « p r i m e r p o s t u la d o d e l o s c l á s i c o s » , e l d e l a « f l e x i b i l i d a d » d e l o s s a l a ­
r io s y l o s p r e c i o s y , f i n a l m e n t e , e l d e l a in t e r p r e t a c i ó n q u e K e y n e s d a b a d e l a l e y d e
W a lr a s (o d e S a y ) .

I .
436 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

4. K eynes y el « p r im e r p o st u la d o d e l o s c l á s ic o s »

R e c o r d e m o s q u e K e y n e s a c e p t a b a e s t e p o s t u la d o , s e g ú n e l c u a l e l s a l a r i o r e a l e s ig u a l
a l p r o d u c t o m a r g i n a l d e l t r a b a j o . K e y n e s p r e c is a :

E s te p ostu lad o s ig n ific a q u e e n un e sta d o d e te rm in a d o d e la o r g a n iz a c ió n , d el e q u i­


p a m ie n to y d e la té c n ic a e x is te u n a r e la c ió n b iu n ív o c a e n tre e l s a la r io real y e l v o lu ­
m en d e la p r o d u c c ió n (y c o m o c o n s e c u e n c ia d el e m p le o ) , d e tal m a n e ra q ue un c r e c i­
m ie n to d el e m p le o , en g e n e r a l, no p u e d e p r o d u c ir se s in ir a c o m p a ñ a d o d e un a
d is m in u c ió n d e lo s s a la r io s r e a le s . N o d is c u tim o s e sta l e y p rim o r d ia l q u e lo s e c o n o ­
m istas c lá s ic o s h a n d e c la r a d o , c o n m u c h a r a z ó n , in a ta c a b le ( T E G , p . 42).

L a « d e m o s t r a c i ó n » d e l p r i m e r p o s t u la d o s e h a c e e n e l m a r c o r n a r g in a l is t a t r a d i­
c i o n a l ( v e r c a p í t u l o I I I ) q u e s u p o n e i m p l í c i t a m e n t e l a e x i s t e n c i a d e u n s is t e m a c o m ­
p le t o d e m e r c a d o s ( p r e s e n t e s y f u t u r o s ) , e s d e c i r , l a a u s e n c ia d e i n c e r t id u m b r e . Y , s in
e m b a r g o , h e m o s v i s t o e n l o s c a p í t u l o s a n t e r io r e s q u e a p a r t i r d e l m o m e n t o e n q u e s e
a b a n d o n a l a h i p ó t e s is d e l a e x is t e n c i a d e u n s i s t e m a c o m p l e t o d e m e r c a d o s y a n o q u e d a
n in g u n a r a z ó n p a r a q u e la s r e la c io n e s m a r g in a lis ta s t r a d ic io n a le s c o r r e s p o n d a n a u n
c o m p o r t a m ie n t o « m a x i m i z a d o r » . P o r q u e la s previsiones h e c h a s p o r l o s a g e n te s rep re ­
s e n t a n un p a p e l d e c i s i v o c u a n d o e s t a b l e c e n s u s p l a n e s . Y , d e b i d o a la a u s e n c i a d e l
c o m i s a r io - s u b a s t a d o r w a lr a s ia n o ( ^ u e im p e d ir ía in t e r c a m b io s « e n d e s e q u il ib r io » ) , e s ta s
p r e v is io n e s d e b e n te n e r e n c u e n ta la s limitaciones en cantidad q u e lo s a g e n t e s e x p e ­
r im e n t a n ( o e x p e r i m e n t a r á n ) . D e h e c h o , K e y n e s h a c e r e p r e s e n t a r u n p a p e l p r i v i l e g i a ­
d o a u n a d e e s ta s l im it a c i o n e s : l a q u e r e s p e c t a a l t r a b a jo , p u e s t o q u e a d m i t e l a e x is t e n c i a
d e e q u i li b r io s « li m i t a d o s » e n lo s q u e t o d o s a q u e llo s q u e d e s e a r í a n t r a b a ja r con el sala­
rio corriente n o p u e d e n h a c e r lo a c a u s a d e la fa lt a d e e m p le o s .
¿ P e r o , p o r q u é n o c o n s id e r a r l a e x i s t e n c i a d e u n p r o b l e m a s i m i l a r e n e l m e r c a d o
d e l o s d e m á s b ie n e s y s e r v i c i o s ? ¿ P o r q u é e x c l u i r e l c a s o e n q u e lo s p r o d u c t o r e s s e
v e r í a n i g u a l m e n t e l i m i t a d o s r e s p e c t o a l a s c a n t i d a d e s , e n l a m e d i d a e n q u e e s t a r ía n
d is p u e s t o s a p r o d u c ir y a v e n d e r m á s a los precios corrientes p e r o n o lo h a c e n p o r fa lta
"La
d e c o m p r a d o r e s ? L o s p r o d u c to r e s , a l c o n s t a t a r q u e s e v e n lim it a d o s e n la c a n t id a d ,
d e b e r á n i n t e g r a r e s t a « s e ñ a l » c u a n d o e s t a b l e z c a n s u s p l a n e s f u t u r o s ( a d e m á s d e la s
'VLa
« s e ñ a l e s » t r a d i c io n a l e s p r o p o r c io n a d a s p o r Jo s p r e c i o s ) . L o q u e i n t r o d u c ir á m o d i f i c a ­
c i o n e s im p o r t a n t e s e n Ja m a n e r a e n q u e s e e s t a b l e c e r á n e s t o s p l a n e s . E s p o r e s t o q u e ,

m u y p ro b a b le m e n te y d a d a s la s p r e v is io n e s d e lo s e m p r e s a r io s , é s to s d e c id a n , d e s d e
u n p u n to d e v is t a « r a c io n a l» , m a n t e n e r c a p a c id a d e s d e p r o d u c c ió n e x c e d e n t e s ( c a p a ­
c i d a d e s r e s u lt a n t e s d e e l e c c i o n e s p a s a d a s e i r r e v e r s i b l e s ) . E n u n a e c o n o m í a q u e s u f r e
u n a d e p r e s ió n , c o m o l a s q u e K e y n e s e s t u d ió , e s t o n o p u e d e e x c l u i r s e f á c i l m e n t e . D e e l l o
s e d e r iv a q u e , e n u n c a s o c o m o é s t e , l a m a y o r p a r t e d e e m p r e s a s s e h a ll e n e n u n a z o n a
d e r e n d im ie n t o s c o n s t a n t e s o c r e c i e n t e s , p o c o c o m p a t i b l e s c o n e l « p r i m e r p o s t u la d o » ;
u n a u m e n to d e e m p le o n o s e tr a d u c e fo r z o s a m e n t e p o r u n a d is m in u c ió n d e l s a la r io
r e a l4 E n e s t e p u n t o , l a p o s i c i ó n d e K e y n e s n o e s m u y c o h e r e n t e .

4. Por ejemplo, N . K aldor mantiene (op. ciL , nota 7: N . Kaldor, l e FléauduMonétarisme, 1984, Editions
E con óm ica) que el obrero m arginal es la principal fuente de beneficio p uesto que los costes fijos se
amortizan «a costa» de los otros obreros.
LA TEORÍA NEOCLÁSICA ACTUALY KEYNES 437

5, ¿ S a l a r i o s « r íg i d o s » o « f l e x i b l e s »?

Puesto que Keynes no discutía el «primer postulado», tampoco discutía la idea según
la cual cualquier aumento del empleo debía traducirse por una disminución del sala­
rio real. El problema que se planteaba para él era pues el de la variación del salario
nominal. Más exactamente, intentaba responder a la pregunta: ¿permite la disminu­
ción del salario nominal garantizar un aumento del nivel de empleo? Evidentemente,
Keynes intenta contestar a esta pregunta recurriendo a los instrumentos teóricos de los
que él mismo se ha dotado (propensión a consumir, preferencia por la liquidez). Pero
los argumentos que expone corresponden a una óptica de equilibrio general, lo que
explica que hayan podido ser utilizados de nuevo en los modelos estrictamente neo­
clásicos (por ejemplo, por Arrow y Hahn, y por Grandmont) que no utilizan estos ins­
trumentos keynesianos. Keynes emplea una óptica de equilibrio general porque, aunque
reflexiona sobre «curvas» de oferta y demanda con un estatus mal definido (ver capí­
tulo VII sobre la estática comparativa), afirma que los salarios, aunque significan un
coste para los productores, son un elemento decisivo de la demanda. Una disminución
de la tasa salarial (nominal), se expresa, por tanto, en una disminución de la demanda
(nominal), a menos que se dé un aumento del empleo bastante importante como para
compensar, desde el punto de vista de la demanda global, la disminución salarial.
Todo el problema se halla pues en saber si este alza del empleo es verosímil. En
el capítulo XIX de la Teoría general, Keynes enumera las razones «a favor» y las razo­
nes «en contra», situándose siempre en un contexto de incertidumbre. Se preocupa
muy especialmente por los efectos de una disminución del salario nominal sobre las
p revisiones de los empresarios que son los que deciden la puesta en marcha de la pro­
ducción, no sólo en función de los costes que ésta implica, sino también de la deman­
da esperada. Incluso si la demanda no varía, una disminución salarial se traducirá por
un efecto de distribución a favor de los no asalariados (rentistas de todo tipo) que se
puede suponer consumen una parte menor de sus ingresos que los asalariados: para
que la demanda efectiva (y, por lo tanto, el empleo) se mantenga, o aumente, la inver­
sión ex ante deberá aumentar. De ahí la variación del estímulo a la inversión que depen­
de, a su vez, de la eficacia marginal del capital y del tipo de interés (mediante la
preferencia por la liquidez).
Por consiguiente, la pregunta planteada se puede formular de la manera siguiente:
¿la disminución del salario nominal permitirá aumentar el estímulo a la inversión?
Keynes piensa que no. Porque aunque la reducción de los salarios se traduzca por
un aumento, probablemente pasajero, de los beneficios, irá acompañada de una cierta
disminución de los precios que anulará en parte el efecto inicial. Además, esta dismi­
nución de los precios tendrá un efecto desfavorable sobre las previsiones de los empre­
sarios que pueden por ello decidir aplazar sus inversiones esperando que aquella
continuará y disminuirá aún más sus costes. Una previsión que amenaza con realizar­
se si todos los empresarios hacen la misma previsión e inician un proceso acumulati­
vo de disminución de la inversión y, por consiguiente, de la producción y de la demanda.
Finalmente, la disminución de los precios se manifiesta por un aumento de la carga
de las deudas contratadas cuando los precios eran más altos, de donde resulta el posi­
ble aumento del número de quiebras y del paro, la disminución de la demanda efecti­
va, unas pobres expectativas, etc. Algunos autores han señalado que se daría un «efecto
438 CRÍTJCAA l a e c o n o m ía o r t o d o x a

real de saldos líquidos» que actuaría en un sentido favorable a ia demanda: los saldos
líquidos detentados por los agentes se «valorizan» cuando los precios bajan, lo que se
traduciría por un alza de la demanda de bienes y servicios. Pero este último puede ser
débil y difícilmente podrá contrarrestar los efectos negativos antes citados. Observemos
además que este efectoreal de saldos líquidos puede no funcionar si los agentes prevén
que los futuros precios de los bienes también van a disminuir: pueden decidir enton­
ces conservar más saldos líquidos para aprovechar esta dism inución (sin substitución
intertemporal)5
6.
Todas estas razones hicieron que Keynes considerase que la «rigidez a la baja» de
los salarios nominales fuese más bien algo bueno. Adem ás, era consciente de otro pro­
blema que ya hemos tratado en el capítulo V I I : suponiendo que los trabajadores estu­
viesen dispuestos a bajar el salario nom inal, ¿cómo lo harían en la práctica? ¿Q uién
tomaría esta iniciativa? ¿ L o s parados? Pero entonces, ¿qué pasaría con los que tienen
un trabajo? Este proceso de dism inución no sería pues instantáneo, tomaría tiempo,
implicaría conflictos, especialmente debido a la existencia -p o r lo menos pasajera- de
salarios distintos para agentes que efectúan el m ism o trabajo, etc. H e ah í la razón de
que Keynes pensase que si se quería aumentar el em pleo, más valía provocar una baja
uniforme de los salarios reales (ver primer postulado) dejando aumentar los precios
-p o r ejem plo, inyectando una cantidad suplementaria de m oneda en la eco n om ía- y
manteniendo los salarios nominales en el m ism o n i vel. S e evitarían así los efectos nega­
tivos anteriormente mencionados de una dism inución de los precios, consecuencia de
una disminución de los salarios nom inales, aun obteniendo e l resultado buscado por
los clásicos: aumentar el em pleo a través de una disminución del salario real6.

6. L a p o s ic ió n q u e o c u p a n e l t r a b a jo y e l s a l a r io e n K eyn es

Recordemos que en el modelo del equilibrio general, el trabajo es un «bien» com o otro
cualquiera cuyo «precio» viene determinado por el salario. E n realidad, una parte de
los argumentos propuestos por K eynes siguen siendo válidos si nos interesamos por
la «rigidez» o la «flexibilidad» del precio de un bien cualquiera. Puesto que si un pre­
cio baja, esto quiere decir que habrá una disminución de los ingresos de los que producen
este bien y, por lo tanto, de su demanda. Keynes, además, era consciente de ello pues­
to que mencionaba los efectos negativos sobre las expectativas y, por lo tanto, sobre
la demanda efectiva, de la dism inución del precio de los bienes.
¿Pero, por qué dar tanta importancia al trabajo? Porque se trata de un «bien» espe­
cialm ente importante que interviene en prácticamente todos los procesos de produc­
ción, en los que se utiliza en grandes «cantidades». L a variación del precio de este bien
ejercerá pues un impacto importante sobre la dem anda, lo que no es el caso para la
mayor parte de los otros bienes. E n la m edida en que Keynes insistía muy particular­
mente sobre el aspecto «gasto» d e la renta, según él, el salario no podía más que repre-

5. En el apéndice del capítulo X I I J hem os proporcionado un ejem plo de econom ía sim ple en el que el
efecto de reserva real no basta, por s í sólo, para garantizar la existencia de un equilibrio walrasiano
(temporal}.
6. E n la segunda conferencia de su obra Monnaic el biflation, F. Hahn trata este aspecto del pensamien­
to de Keynes utilizando el enfoque neoclásico actual.
LA TEORÍA NEOCLÁSICAACTUAL Y KEYNES 439

sentar un papel privilegiado puesto que es el com ponente principal de los ingresos
renta de la m ayor parte de ios agentes.
Ciertam ente Keynes no consideraba que el trabajo fuese un bien com o otro cual­
quiera, aun cuando utilizaba una buena parte del vocabulario y de los conceptos «mar-
ginalistas» tradicionales, tal com o lo muestran sus «leyes psicológicas» y el lugar que
atribuye a las instituciones, a las negociaciones salariales y , más generalm ente, a los
«hechos reales». D e hecho, com o ya hem os dicho, conserva la fe de los clásicos en el
buen funcionamiento de los mercados, a excepción del m ercad? de trabajo. Situándose
siem pre, más o menos im plícitam ente, en un contexto de com petencia perfecta, tal
com o lo hacen la mayor parte de m odelos m acroeconóm icos calificados de «keyne-
sianos» y que consideran un mundo «con un bien» (aparte del trabajo).
Pero es cierto que los teóricos neoclásicos actuales que han examinado más a fondo
el problem a de la estabilidad del equilibrio general han destacado que la «flexibilidad»
de los precios (incluidos los salarios) no garantiza de ningún modo un comportamien­
to arm ónico del sistema com petitivo. E n cierto sentido, se puede considerar que aún
son más «pesimistas» que Keynes respecto a esta cuestión. Y a hem os tratado este tema
en los capítulos V III y X IV ; por esta razón no volverem os a hablar de él.
Vamos a tratar ahora otro aspecto de esta cuestión que ha suscitado un buen núme­
ro de polém icas pero que nos parece que puede ser resuelto de forma simple si se adop­
ta la term inología «moderna»: el problema del estatus de la ley de W alras (o de Say).

7. K e y n e s y la «l e y de Say»

E l primer y quizá principal problema que se plantea respecto de esta ley es el de saber
en qué consist? exactamente. ¿C ó m o se puede interpretar la form ulación que a menu­
do se hace de ella: «la oferta crea su propia dem anda»? En realidad, se han propuesto
diversas interpretaciones, y muchas polémicas anteriores estaban m al centradas pues­
to que aquellos que las debatían no estaban discutiendo de lo mismo (ya que daban un
contenido diferente a esta ley).
K eynes era consciente de este problema, tal com o lo demuestra la cita siguiente:

Desde J. B. Say y Ricardo, los economistas clásicos han creído que la oferta crea su
propia demanda, lo que quiere decir, en un cierto sentido evocador pero no clara­
mente definido, que, en la comunidad entera, la totalidad de los costes de producción
debe necesariamente gastarse directa o indirectamente en la compra de la producción
(TEG, p. 44).

o aún:

la teoría clásica «se fundamenta en las hipótesis . . . 3) que laoferta crea su propia de­
manda en el sentido de que, para todos los volúmenes de la producción y del empleo,
el precio de la demanda global es igual al precio de la oferta global (TEG, p. 47).

Esta últim a form ulación de la ley de Say se parece mucho a !a ley de Walras tal
como la hem os establecido en los capítulos V I y X I V (en el lenguaje de K eyn es, el
«precio» de la demanda, o de la oferta, corresponde al valor de esta demanda o de esta
440 CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

o fe r ta ). P o r q u e e s ta le y e s ta b le c ía q u e cualquiera que sea el vector precio P dado, el


v a lo r d e la d e m a n d a to ta l es ig u a l a l v a lo r d e la o fe r ta to ta l, p u d ie n d o m e d ir se e s to s
v a lo r e s e n u n id a d e s m o n e t a r ia s ( a c o n d ic i ó n d e q u e e l p r e c io d e la m o n e d a n o s e a
n u lo ) . H e m o s v is t o q u e e s ta le y e s u n a pura relación contable y , p o r c o n s ig u ie n t e ,
in a ta c a b le a e s t e n iv e l. E s , in c lu s o , v á lid a s i lo s a g e n te s n o tie n e n u n c o m p o r ta m ie n to
« m a x im iz a d o r n .
E n u n c o n t e x t o s im p lific a d o en e l q u e n o h a b r ía m á s q u e u n b ie n , tr a b a jo y d in e r o
( c u y o p r e c io n o e s n u lo ) , s e e s c r ib e :

(1) seL (s, p) + peb (s, p) + e"' (s, p ) " " O

d o n d e s e s e l s a la r io n o m in a l, p e l p r e c io n o m in a l d e l b ie n y eL(s, p}, eb (s, p) y e,,, ( s,p)


la s d e m a n d a s n e ta s d e tr a b a jo , d e l b ie n y d e d in e r o c u a n d o e l v e c to r -p r e c io e s (s, p).
¿ C ó m o in te r p r e ta r la r e la c ió n ( l ) ? Y p a r a e m p e z a r : ¿ d e d ó n d e v ie n e e l « V e c to r-
p r e c io dado»? ¿ D e q u é m o d o s e « m a n ifie s t a n » la s d e m a n d a s n e t a s ? ¿ C u á l s e r á su
a c c ió n s o b r e lo s p r e c io s c u a n d o é s to s n o s e a n p r e c io s d e e q u ilib r io ?
P a r a c o m p r e n d e r m e jo r d e q u é s e trata, s itu é m o n o s en u n m a r c o k e y n e s ia n o , s u p o ­
n ie n d o q u e e l v e c t o r - p r e c io ( s , p ) s e a ta l q u e h a y a , a e s to s p r e c io s , u n a o fe r t a e x c e ­
d e n te d e tr a b a jo ( e x is t e p a r o in v o lu n ta r io ) : s e a eL(s, p) < O. •
D e la le y d e W a lr a s ( fó r m u la (1 ) a c o n tin u a c ió n ) r e s u lta q u e s e d e b e te n e r:

pep( s , p) + em(s, p) > 0

es d e c ir , q u e e n (s, p ) e x is t e u n a d e m a n d a e x c e d e n t e d e l b ie n (o d e d in e r o ) . P e r o e s ta
d e m a n d a e x c e d e n t e p u e d e n o se r m á s q u e « p o t e n c ia l» (o « n o c io n a l » , s e g ú n la te r m i­
n o lo g ía d e C lo w e r ) : la s fa m ilia s e s ta b le c e n su s d e m a n d a s d e b ie n y d e m o n e d a supo­
niendo que pueden vender todo el trabajo que quieren al salario s ( s a la r io q u e ap arece
e n su lim it a c ió n p r e s u p u e s ta r ia : n o o lv id e m o s q u e la le y d e W a lr a s s e d e d u c e exclusi­
vamente d e la s lim it a c io n e s p r e s u p u e sta r ia s ) c u a n d o , d e h e c h o , c o m o eL (s, p ) < O , la
d e m a n d a d e e m p le o , p o r p a r te d e la s e m p r e s a s , es in fe r io r a la o fe r t a d e la s fa m ilia s . :w - - ;
P a r a q u e e s ta d e m a n d a p u e d a « m a n ife s ta r s e » d e a lg ú n m o d o , s e d e b e re cu rrir a u n
c o m is a r io -s u b a s ta d o r q u e la r e g is tr e ( a l m is m o tie m p o q u e d e m a n d a d e tr a b a jo d e
la s fa m ilia s ) . S i é s t e im p id e lo s in te r c a m b io s fu e r a d e l e q u ilib r io , e sta s d e m a n d a s netas
s ó lo s e h a rán e f e c t iv a s en e l e q u ilib r io (w a lr a s ia n o ) : só lo e n to n c e s lo s a g e n te s p r o c e ­
d erán a e fe c tu a r t r a n s a c c io n e s .
S i n o h a y u n c o m is a r io -s u b a s t a d o r y si la e c o n o m ía n o e s tá s ie m p r e e n e q u ilib r io ,
lo s a g e n te s p r o c e d e r á n fo r z o s a m e n t e a in te r c a m b io s « e n d e s e q u ilib r io » . E s t o s in te r ­
c a m b io s s e tra d u cirá n en v a r ia c io n e s en la s d o ta c io n e s d e lo s a g e n te s y , p o r lo ta n to , en
laforma d e la s d e m a n d a s n e ta s. P o r ta n to , s i s u p o n e m o s q u e e s to s ú ltim o s v e n d e n efec­
tivamente la c a n t id a d d e tr a b a jo s o lic it a d a p o r la s e m p r e s a s ( e l « la d o c o r to » im p o n e
e l n iv e l d e la s tr a n s a c c io n e s ), s u d e m a n d a d e b ie n e s d e p en d erá d e la c a n tid a d d e trab a jo
v e n d id a y n o d e la q u e hubiesen querido v e n d e r e n (s, p). L o q u e s e m a n ife s ta r á e n e l
n iv e l d e s u lim it a c ió n p r e s u p u e s ta r ia ( s ie n d o sus in g r e s o s in fe r io r e s a lo s d e s e a d o s ) :
s u d e m an d a n e ta d e b ie n y d e d in e r o d is m in u ir á . N a d a im p id e q u e in c lu s o e sta s d e m a n ­
d a s n etas s e a n u le n , ta l c o m o K e y n e s p e n s a b a . M á s fo r m a lm e n te , s i n o ta m o s éb(s, p)
Y é „ , (s, p ) la s d e m a n d a s n e ta s d e l o s a g e n te s d e sp u é s d e q u e l a s f a m ilia s h a y a n s a tis -
LA TEORÍA NEOCLÁSICA ACTUAL Y KEYNES 441

f e c h o la d e m a n d a d e tr a b a jo d e la s e m p r e s a s (en (s, p ) ) , la le y d e W a lr a s ( a q u í, fó r ­
m u la ( 1)) s e a p lic a rá a Jos o tro s m e r c a d o s y te n d r e m o s :

( s , p ) + e , , (s, p ) = 0

S í e l m e r c a d o d e tr a b a jo e s tá r a c io n a d o , la s u m a d e lo s v a lo r e s d e la s d e m a n d a s
n e ta s e s n u la . O b s e r v e m o s q u e in c lu s o e n e s ta s c o n d ic io n e s n o h a y n in g u n a r a z ó n a
p r ío r i p a ra q u e lo s o tro s m e rc a d o s e s té n en e q u ilib r io ( q u e la s d e m a n d a s n etas s e a n u ­
le n ) e n ( s , p ) . S i é s te es e l c a s o , tal c o m o K e y n e s s u p o n ía , l a « d e m a n d a e fe c tiv a » corres­
p o n d e a u na s itu a c ió n en la que te n e m o s un v e c t o r p r e c io (s", p ° ) tal q u e e¡, ( s ° , p °) = O
y é '" (s°, p " ) = O ( s i c o n s id e r a m o s d iv e r s o s b ie n e s , d e b ié r a m o s te n e r e n (s°, p ° ) u n a
ig u a ld a d d e e s te tip o p a ra c a d a u n o d e lo s b ie n e s ) .
P o r c o n s ig u ie n t e , p u e d e e x is t ir « r a c io n a m ie n t o » e n e l m e r c a d o d e tra b a jo sin q u e
h a y a en c a m b io u n a « p re s ió n c o m p e n s a to r ia » e n lo s m e r c a d o s d e lo s b ie n e s .
S í K e y n e s c r it ic ó tan en s e r io la le y d e S a y (o d e W a lr a s ) e s p o r q u e s e d ir ig ía a
a q u e llo s q u e r e c u r r ía n a e lla p a ra « d e m o s tr a r » q u e , g r a c ia s a e lla , la e c o n o m ía n o s e
p u e d e a le ja r d e fo r m a d u ra d e ra d e l p le n o e m p le o , m e d ia n t e u n r a z o n a m ie n to d e l tip o
s ig u ie n te : n o p u e d e e x is t ir un p a r o d u r a d e ro p u e s to q u e e n to n c e s h a b r ía « p re s ió n » a
la b a ja r e la tiv a d e l s a la r io y , d e b id o a la le y d e W a lr a s , u n a « p r e s ió n » a l a lz a (re la tiva )
e n lo s o tr o s m e r c a d o s , lo q u e p e r m itir ía , si e x is te « f le x ib ilid a d » d e p re c io s y s a la r io s ,
« r e s ta b le c e r » e l p le n o e m p le o .
E s t e tip o d e r a z o n a m ie n to , cu a n to m e n o s f l o j o , c o n d u c e a tres o b s e r v a c io n e s :

- a u n q u e s e s u p o n g a q u e e x is te un c o m is a r io - s u b a s t a d o r q u e te n g a e n c u e n ta e sta s
« p r e s io n e s » p a ra p o n e r e n p r á c t ic a e l ta n te o , n a d a p e n n it e a s e g u r a r q u e e s te ú ltim o
c o n d u z c a a u n e q u ilib r io . A q u í s e p la n te a e l p r o b le m a d e la e s t a b i l i d a d d e l s is te m a
c o m p e titiv o q u e la le y d e W a lra s e s tá le jo s d e r e s o lv e r 7. E n r e a lid a d , e s ta e s ta b ilid a d
d e p e n d e d e la r e g la ad o p tad a p o r e l c o m isa r io -s u b a s ta d o r, a s í c o m o d e la fo r m a d e la s
d e m a n d a s n e ta s : n o v o lv e r e m o s a e s te p u n to q u e y a h e m o s tr a ta d o a m p lia m e n te en
e l c a p ítu lo V I I ;
- e n e l c a s o d e q u e n o h a y a c o m is a r io -s u b a s t a d o r y q u e e n (s, p ) h a y a un e x c e s o d e
o fe r ta , e n to n c e s la e v e n tu a l « p re s ió n a l a b a ja » n o t e n d r á fo r z o s a m e n te c o m o c o n ­
trap artida u n a «p re sió n a l a lz a » d e l p re c io d e l b ie n , c o m o a c a b a m o s d e v er ( la « d em a n ­
d a e f e c tiv a » s ie n d o d ife r e n te d e la « d e m a n d a n o c io n a l» ) ;
- e n r e a lid a d , c o m o y a h e m o s o b s e r v a d o a n te r io r m e n te , e l h e c h o d e q u e e l e q u ilib r io
e x is te e s tá le jo s d e ser cie rto : la fo r m a q u e to m a n la s p r e v is io n e s d e lo s agen tes repre­
s e n ta a q u í un p a p e l im p o rta n te .

E n c o n c lu s ió n : la le y d e S a y es in a t a c a b le s i s e la r e d u c e a u na p u ra re la c ió n c o n ­
t a b l e , d e d u c ié n d o s e e x c lu s iv a m e n te d e lo s c o n d ic io n a n te s p re s u p u e sta rio s d e la s fa m i­
l i a s , s ie n d o v á lid a ta n to s i e s ta m o s e n e q u ilib r io c o m o s i n o . E n c a m b io , n o p e rm ite
a f ir m a r q u e e l e q u ilib r io w a lr a s ia n o e x is t e y e s e s t a b le . L a e x is t e n c ia d e u na « le y »
c o m o é s ta n o im p id e d e n in g ú n m o d o q u e la e c o n o m ía p e r m a n e z c a « d e fo r m a d u ra ­
d e ra » fu e r a d e e s te e q u ilib rio : la « le y d e S a y » e s c o m p a t ib le c o n « e q u ilib rio s d e su b e m ­
p le o » p r o lo n g a d o s o c o n s itu a c io n e s v a r ia d a s d e « d e s e q u ilib r io » .

7. En realidad, no tiene nada que ver con el tanteo.


i i
Ü

181
¡jiíSss
-íflll
,Í Ü
:.m sí
wm

ilp
’ü®
:'sl

*1
: i:':'

•ü

S il

i,-..
CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA 443-45

L a s n u e v a s c o r r ie n te s

L a d é c a d a d e l o s s e t e n t a n o s ó l o a lb e r g ó l a c r i s i s e c o n ó m i c a y e l r e c h a z o a l a s p o l í t i ­
c a s e c o n ó m i c a s k e y n e s i a n a s , s in o q u e s u p u s o , t a m b i é n , l a e c l o s i ó n d e u n p e n s a m i e n ­
t o e c o n ó m i c o r e n o v a d o q u e s e h a b í a i d o g e s t a n d o d u r a n t e t o d o e l p e r io d o d e d o m in i o
d e l p e n s a m i e n t o k e y n e s ia n o . D i c h a s c o r r ie n t e s c o n s t i t u y e n l a b a s e d e l o s d e s a r r o l lo s
a c tu a le s e n la d is c ip lin a d e la e c o n o m ía .
P r e t e n d e m o s r e c o g e r e n e s t e a p a r ta d o lo s p r i n c ip a le s d e s a r r o llo s m a c r o e c o n ó m i c o s
q u e s e h a n i d o p r o d u c ie n d o d e s d e m e d ia d o s d e l o s c in c u e n t a c o n a t e n c ió n e s p e c i a l a la s
c o r r ie n t e s m á s a c t u a l e s . L a f e c h a d iv i s o r i a s e d e b e p r i n c i p a l m e n t e a q u e p a r a e n t o n ­
c e s l a s ín t e s is n e o c l á s i c a e s t a b a y a b ie n e s t a b l e c i d a y s i r v e c o m o p u n t o d e a r r a n q u e y
r e f e r e n c i a p a r a to d o (s l o s d e s a r r o llo s p o s t e r io r e s .
E s d i f í c i l r e a l i z a r u n a p r e s e n t a c ió n ( y t o d a v í a m á s s i s e p r e t e n d e c r í t i c a ) d e la s
c o r r ie n te s a c tu a le s d e p e n s a m ie n to e c o n ó m ic o . A m e d id a q u e n o s a p r o x im a m o s e n e l
t i e m p o , e l t r a b a j o e n e c o n o m í a c o n s i s t e m á s e n n u m e r o s a s e l a b o r a c i o n e s d is t in t a s y
p a r c ia le s e n c o n s t r u c c i ó n q u e e n e s q u e m a s c o m p l e t o s c o n lín e a s c l a r a m e n t e d e f i n i d a s .
L o s d iv e r s o s e n f o q u e s y e s c u e la s n o e s t á n p e r f i la d o s c o n p r e c i s i ó n , h a y c r u c e s e n t r e
l a s d iv e r s a s in t e r p r e t a c io n e s y l a s it u a c i ó n e s d e u n a g r a n f l u i d e z . A l in t e n t a r i d e n t i f i ­
c a r l a s c o r r ie n t e s p r i n c ip a l e s t a m p o c o e s t á c l a r o c u a l e s s e r á n r e c o n o c i d a s c o m o m á s
v á lid a s y se c o n s o lid a r á n e n tre la s m ú ltip le s v e r s io n e s e n d is c u s ió n . E l a r t íc u lo de
B e a u d y D o s ta le r q u e r e c o g e m o s c o n s titu y e u n a b u e n a p ru e b a d e e sta p r o fu s ió n d e
e n f o q u e s y o r i e n t a c i o n e s q u e s e d is p u t a n e l e s p a c i o d e l p e n s a m i e n t o e c o n ó m i c o e n la
a c t u a l i d a d . E n o t r a s p a la b r a s : l a t a r e a e s c o m p l i c a d a y a r r ie s g a d a . P r e s e n t a m o s e l t r a ­
Ü".'.
b a jo r e a liz a d o h a s ta d o n d e h e m o s lle g a d o p e r o , u n a v e z m á s , s o m o s c o n s c ie n t e s d e
su s m u c h a s la g u n a s .
C r e e m o s q u e d e n t r o d e e s t a r e n o v a c ió n / r e c o n s t r u c c i ó n q u e e x p e r i m e n t a e l p e n s a ­
m ie n t o e c o n ó m i c o d e s d e e s t a é p o c a , y q u e e s t á d a n d o l u g a r a l a p r o l ife r a c ió n d e m u c h a s
l ín e a s d is t in t a s d e p e n s a m i e n t o 1, s e p u e d e n i d e n t i f i c a r a m o d o d e t r e s g r a n d e s g r u p o s :
p o r u n la d o , e n c o n tr a m o s e l p e n s a m ie n to e c o n ó m ic o o p u e s to a l k e y n e s ia n is m o , q u e
tr a ta d e r e s t a b le c e r e l p r e d o m in i o d e l p e n s a m i e n t o n e o c l á s i c o , p a r t ie n d o i n i c i a l m e n t e
d e s u v e r t i e n t e m o n e t a r is t a , p e r o d e s p u é s e n s u s c o n t e n i d o s m á s v i n c u l a d o s a l e q u i l i ­
b r i o g e n e r a l . P r o b a b l e m e n t e e s e l g r u p o e n e l q u e s e p e r c ib e u n m a y o r n ú m e r o d e tra ­
b a j o s . P o r o tr o l a d o , o b s e r v a r n o s e l g r u p o q u e c r e e m o s d e m e n o r im p o r t a n c ia c u a n tita tiv a
q u e , s o b r e l a b a s e d e l a a c e p t a c ió n d e m u c h o s e le m e n t o s n e o c l á s i c o s , a c e p t a n t a m b ié n

f. E. S. Phelps (1990) publica una obra con el título Siete escuelas de petisamienlo macroeconómico sin
incluir en ellas el pensamiento postkeynesiano ni el marxista, lo que indica la proliferación actual de
Meditaciones distintas.
444 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

a lg u n o s d e lo s p o s t u la d o s k e y n e s i a n o s . L o s e c o n o m i s t a s d e e s t e g r u p o , d e n o m in a d o
n e o k e y n e s i a n o s e in c l u s o n e o - n e o k e y n e s i a n o s , a p e s a r d e r e c o n o c e r la im p o r t a n c i a d e
J a d e m a n d a y d e a c e p t a r a l g u n a s in s t a n c i a s l im it a d a s d e in t e r v e n c i ó n p ú b l i c a , c o m ­
p a r t e n m u c h o s a s p e c t o s d e l a n á lis is d e l p r im e r g r u p o y , e n t é r m in o s g e n e r a le s , s e p u e d e
d e c i r q u e t ie n e n c o m o o b j e t i v o la r e n o v a c ió n d e l a n á l is is e c o n ó m i c o c o n v e n c i o n a l d e
l í n e a s n e o c l á s i c a s , m e d ia n t e la i n t e g r a c ió n d e a lg u n o s d e l o s e l e m e n t o s p a r c ia le s q u e
c o n s id e r a n q u e é sta s c a r e c e n y c u y a a d ic ió n p u e d e m e jo r a r e l s is t e m a . N o s o t r o s , a
p e s a r d e J a s e p a r a c ió n i n i c i a l q u e n o s p a r e c í a n e c e s a r ia a e f e c t o s c o n c e p t u a l e s y q u e
h e m o s r e a l i z a d o , l o s a g r u p a m o s e n u n s o l o b lo q u e a l q u e d e n o m in a m o s « n u e v o s n e o ­
c l á s i c o s » . A f a l t a d e u n a m e j o r d e n o m i n a c i ó n q u e s e ñ a le l o s m a t i c e s in t e r n o s d e n t r o
d e e s t a d e n o m i n a c i ó n g e n e r a l , n o s p a r e c e J a m á s a d e c u a d a , y a q u e u n a c a r a c t e r í s t ic a
c o m ú n a to d a s e s ta s e s c u e la s e s q u e , a p e s a r d e to d a s la s v a r ia n te s e n e l a n á lis is , p a r ­
t e n d e l o s m is m o s e le m e n t o s e s e n c i a l e s y l l e g a n a c o n c l u s i o n e s m u y s im il a r e s d e la s d e
J o s n e o c l á s i c o s t r a d i c io n a l e s .
L a o t r a g r a n l í n e a d e d e s a r r o l lo d e l p e n s a m i e n t o e c o n ó m i c o q u e r e c o g e m o s s o n
l o s t r a b a j o s d e J o s e c o n o m i s t a s c o n t r a p u e s t o s a l a e s c u e la n e o c l á s i c a , n o m a r x i s t a s .
L o s m á s c o n o c i d o s e n tr e e l l o s s o n l o s p o s t k e y n e s ia n o s . S o n e c o n o m is t a s q u e i n i c ia n s u
d e s a r r o l l o d u r a n t e e l d o m i n i o d e l k e y n e s i a n i s m o t r a d i c i o n a l i n t e n t a n d o s u p e r a r la s
lim it a c io n e s q u e s e o b s e r v a b a n e n e s ta e s c u e la e in t e g r a n d o o tr a s a p o r ta c io n e s q u e
p o d ía n c o m p l e t a r l a , e s p e c i a lm e n t e l o s t r a b a jo s d e l e c o n o m is t a p o l a c o K a l e c k i . A m e d i ­
d a q u e la s l i m i t a c i o n e s d e l k e y n e s ia n is m o t r a d i c io n a l s e v a n h a c ie n d o m á s p a t e n t e s y
q u e e l a ta q u e d e la e c o n o m ía n e o c lá s ic a c o n v e n c io n a l s o b r e e l k e y n e s ia n is m o a u m e n ­
t a , v a n a m p l ia n d o e l á m b it o d e s u s t r a b a jo s - m u c h o s p o s t k e y n e s i a n o s , a d e m á s d e J o s
tr a b a jo s d e K a l e c k i , in t e g r a r á n t a m b ié n e le m e n t o s d e l m a r x i s m o , d e l s is t e m a d e S r a f f a
y o t r o s - y a v a n z a n d o e n Ja c o n s t i t u c i ó n d e u n a l í n e a d e t r a b a j o m á s i d e n t i f i c a d a .
C o n s t it u y e n ta m b ié n d iv e r s o s s u b g r u p o s y , c o m o v e r e m o s , p r e c is a m e n te s e d e b a t e
a h o r a s i h a n l l e g a d o a lo g r a r o n o u n c u e r p o d e a n á l i s i s in t e g r a d o y c o h e r e n t e .
A e s t e g r u p o , y a e n s í m i s m o d iv e r s o , h a b r í a q u e a ñ a d ir o tr a s lín e a s d e t r a b a jo q u e
c o n r a í c e s im p o r t a n t e s e n e l p a s a d o ( V e b i e n ) s e h a n r e n o v a d o r e c ie n t e m e n t e , c o m o lo s
i n s t i t u c io n a l is t a s o l a s q u e h a n s u r g id o c o m o r e a c c i ó n a l a i n s a t i s f a c c i ó n c o n l o s n e o ­
c lá s ic o s , c o m o la E v o lu t io n a r y E c o n o m ic s . N o o b s ta n te , n o s o tr o s n o h e m o s p o d id o
a b o r d a r e s t a s c o r r ie n t e s p o r l o q u e n o l a s i n c l u i m o s a q u í , a u n q u e e s p e r a m o s a n a l i z a r ­
la s en e l p r ó x im o fu tu r o .
A c o n t i n u a c i ó n r e c o g e m o s , p o r t a n t o , a lg u n o s m a t e r i a le s q u e n o s a y u d a n a c o n o ­
c e r u n p o c o , s it u a r lo s y , e n t a n t o e n c u a n t o n o s h a s i d o p o s i b l e , a e la b o r a r u n a c r í t i c a
d e a m b o s g r u p o s . l.

l . N u e v o s n e o c l á s ic o s y p o s t k e y n e s ia n o s

R e s p e c t o a l a c r í t i c a , t e n e m o s q u e a n t i c i p a r q u e s i e s d i f í c i l i d e n t i f i c a r c o n p r e c is ió n
y c a r a c t e r i z a r e s t a s e s c u e l a s , n o s h a r e s u l t a d o t o d a v í a m á s d i f í c i l e n c o n t r a r t r a b a jo s
q u e la s c r it i q u e n . A m e d i d a q u e l a s v e r s i o n e s s o n m á s r e c i e n t e s , e s m á s d i f í c i l h a ll a r
c r ít ic a s s is t e m á t ic a s a la s m is m a s ( h a y m á s c r it i c a s d e l m o n e t a r is m o d e F r ie d m a n q u e d e
lo s n u e v o s m a c r o e c o n o m i s t a s , d e K e y n e s q u e d e l o s p o s t k e y n e s i a n o s .. . ) . E s p o s ib l e
q u e s e a d e b id o a n u e s t r o l i m i t a d o c o n o c i m i e n t o d e l a s ú l t i m a s v e r s i o n e s d e l p e n s a ­
m i e n t o e c o n ó m i c o , p e r o t ie n e t a m b ié n o t r a s c a u s a s . E l d o m i n i o d e l p e n s a m i e n t o c o n -
LAS NUEVAS CORRIENTES 445

v e n c i o n a l e s d e t a l m a g n it u d q u e e l in t e n t o d e c r i t i c a r l o ¡ d e s c a l i f i c a a u t o m á t i c a m e n t e
a l c r í t i c o ! N o p o d e m o s o l v i d a r q u e la m a y o r í a d e l o s e c o n o m i s t a s e s t á n in t e n t a n d o
p a r t ic ip a r e n e l á m b it o p r o fe s io n a l m a y o r ita r io : lo s e c o n o m is ta s a c a d é m ic o s , p o r q u e
h a y q u e p a g a r u n a lt o p r e c io s i s e o r ie n t a n e n o tr a d i r e c c ió n ( e s p r á c t ic a m e n t e im p o s ib le
a v a n z a r fi r m e m e n t e e n u n a c a r r e r a a c a d é m ic a s i s e m a n i f i e s t a n « V e le id a d e s c r ít i c a s » )
y l o s d e l m u n d o e m p r e s a r ia l y d e a s e s o r a m ie n t o d e p o l í t i c a e c o n ó m i c a , p o r q u e e s e l
c o n v e n i e n t e p a r a l o s in t e r e s e s e c o n ó m i c o s d o m in a n t e s y e l e x i g i d o p a r a p o d e r t r a b a ­
j a r c o m o p r o f e s i o n a l e s d e la e c o n o m í a . P o r o t r a p a r t e , e l e s f u e r z o d e l o s e c o n o m is t a s
q u e s in u n a r u p t u r a r a d ic a l c o n l a o r t o d o x i a d o m i n a n t e n o c o n s id e r a n v á l i d o s e s t o s
e n f o q u e s p a r e c e q u e e s t á m á s d i r i g i d o a c o n s t r u ir s u p r o p io e s q u e m a q u e a g a s t a r e n e r ­
g í a s e n u n a c r í t i c a d e t a l la d a d e lo s m i s m o s . E s t e n o s p a r e c e q u e e s e l c a s o d e lo s p o s -
t k e y n e s i a n o s . E n c u a n t o a l o s e c o n o m is t a s m a r x i s t a s , s o n p o c o s ( a u n q u e e n E s t a d o s
U n i d o s s e p u e d e p e r c ib ir u n r e n a c im ie n t o d e l a e c o n o m í a m a r x is t a ) y b ie n e s t á n in t e n ­
t a n d o m o s t r a r l a r e l e v a n c i a d e l m a r x i s m o p a r a in t e r p r e t a r l a s o c i e d a d a c t u a l o , a l g u ­
n o s e s tá n in t e n t a n d o p r e c is a m e n te a d a p t a r lo in t e g r a n d o e l m is m o c o n m u c h o s e le m e n t o s
d e l p e n s a m ie n to e c o n ó m ic o o r to d o x o a c tu a l ( m a r x is m o a n a lít ic o ) . F in a lm e n t e q u e r e ­
m o s s e ñ a la r t a m b ié n q u e e s a l a p a r t a d o q u e , h a s t a a h o r a , l e h e m o s p o d i d o d e d i c a r
m e n o s t i e m p o , p o r l o q u e e s p o s i b l e q u e m á s a d e la n t e e n c o n t r e m o s m a t e r ia le s c r í t i ­
c o s d e m a y o r in t e r é s .
A u n q u e la e v o lu c ió n te m p o r a l d e a m b o s g r u p o s es s im ila r - s u s r a íc e s s e p r o lo n ­
g a n h a s t a l o s c i n c u e n t a y s e d e s a r r o l la n c o n m á s i n t e n s i d a d a p a r t ir d e lo s s e t e n t a - h e ­
m o s d e j a d o l o s p o s t k e y n e s ia n o s p a r a e l f i n a l e n e s t a p r e s e n ía c ió n p o r q u e n u e s t r a s i­
t u a c i ó n r e s p e c t o a l o s e l l o s e s b a s t a n t e a m b i g u a c u a n d o n o c o n t r a d ic t o r ia . P o r u n a
p a r t e , l o s h e m o s i n c l u i d o d e n t r o d e la s c o r r ie n t e s o r t o d o x a s p a r a r e a l i z a r s u c r í t i c a ,
p e r o , a l m is m o t i e m p o , e l t r a b a jo q u e h e m o s r e a l i z a d o s o b r e l o s m is m o s n o s h a h e c h o
v e r q u e h a y im p o r t a n t e s a s p e c t o s d e l o q u e h o y s e i n c l u y e e n e s t a e s c u e j a q u e d e s b o r ­
d a e l á m b it o d e l a o r t o d o x ia y n o s p a r e c e q u e p u e d e n p r o p o r c io n a r b a s t a n t e l u z p a r a
u n a c o m p r e n s ió n d e l a d i n á m i c a d e l a e c o n o m í a r e a l. N o s p r o p o n e m o s , p o r t a n t o , c o n ­
t i n u a r e s t u d iá n d o la y e x p l o r a r m e j o r s u c a p a c i d a d d e a n á l is is s o c i a l , j u n t o c o n l a s c o ­
r r ie n t e s in s t i t u c io n a l is t a s y e v o l u c i o n i s t a s q u e h e m o s m e n c i o n a d o . D e a q u í q u e s u i n ­
c lu s i ó n a l fin a l d e e sta c o le c c ió n t r a ta d e s e ñ a la r l a c o n t i n u id a d p o s ib l e c o n lo s
t r a b a jo s q u e n o s p r o p o n e m o s r e a l i z a r e n l a p r ó x i m a e t a p a d e l s e m in a r i o .

2. LECTURAS

B eau d , M ic h e l; D o staler , G i ll e s . « S o b r e B a b e l y tre s fig u r a s d e l p e n s a m ie n to e c o ­


n ó m ic o a c tu a l» . E n : Economic thought since Keynes. A history and dictionary o j
mayoreconomísts. L o n d r e s : R o u t le d g e , 1 9 9 9 , p . 1 4 1 -1 5 5 .
Pa lley , T h o m a s l . « C o n f l i c t o , d i s t r i b u c i ó n y f i n a n z a s e n l a s t r a d ic o n e s m a c r o e c o n ó -
m íc a s a lt e r n a t iv a s » . The Review o f Radical P olitical Econom ics, v o l. 3 1 , n° 4 ,
p . 1 0 2 -1 3 2 .
CRÍTlCAA LA ECONOMÍA ORTODOXA 447-467

So b re B a b el y tre s fig u r a s d e l p e n s a m ie n to e c o n ó m ic o a c tu a l*

M ic h e l B e a u d , G ilíe s D o s ta le r

D e s d e fin a le s d e lo s a ñ o s 6 0 , lo s p r o c e s o s d e in te r n a c io n a liz a c ió n y g l o b a li z a c i ó n h an
tr a n s fo r m a d o c o m p le ta m e n te la s e c o n o m ía s n a c io n a le s , r e s tr in g id o s u c a p a c id a d d e
m a n io b r a y la s p o s ib ilid a d e s d e a c t u a r d e lo s g o b i e r n o s y r e fo r z a d o lo s lím it e s d e l
E s ta d o d e l b ie n e s ta r. E l c o la p s o d e lo s r e g ím e n e s c o m u n is ta s p a r e c e m a rc a r l a v ic to r ia
d e l s is te m a d e m e r c a d o . C o n e l fr a c a s o d e la s p o lít ic a s d e d e s a r r o llo en m u c h o s p a í­
ses, e l d e se m p le o m a s iv o , Ja n u e v a a p a r ició n d e la p o b r e z a y e l a ta q u e a l m e d io a m b ie n ­
te, e l m u n d o está su fr ie n d o , a fin a le s d e este s ig lo , d e e n fe n n e d a d e s q u e lo s e c o n o m ista s
n o s a b e n c ó m o c u r a r . E s to n o im p id e q u e la e c o n o m ía a p a r e z c a c o m o la c ie n c ia s o c ia l
m á s fir m e m e n te e stru ctu ra d a d e to d a s, e fic ie n t e a tra v é s d e la m u ltip lic id a d de su s a p li­
c a c io n e s a c a m p o s lim ita d o s *, d o m in a n te y e x p a n s io n is ta . D is tr a íd a p o r la s d u d a s c o n ­
tin u a s s o b r e su p r o p ia ca p a c id a d y e l lo g r o d e s u a m b ic ió n p e n n a n e n te m e n te r e n o v a d a ,
la B a b e l q u e c o n s titu y e la c iu d a d d e lo s e c o n o m is t a s a c tu a le s p u e d e s e r c a r a c te r iz a d a
p o r tre s fig u r a s m it o ló g ic a s : P e n é lo p e , S í s i fo e Íc a r o .

l. Babel: l o s e c o n o m is t a s e n s o n u e v o m u n d o

H a c e 15 0 a ñ o s , u n e c o n o m is ta p o d ía h a b e r le íd o t o d o s lo s lib r o s d e e c o n o m ía p o lít ic a
o lo s r e la c io n a d o s c o n este c a m p o ; h a c e 6 0 a ñ o s , p o d ía o b te n e r u n c o n o c im ie n to d ir e c ­
to d e to d o s Jo s tr a b a jo s p r in c ip a le s ; h a c e 30 a ñ o s , p o d ía s e g u ir la s e v o lu c io n e s d e la s
co r r ie n te s p r in c ip a le s . A c t u a lm e n t e , u n e c o n o m is t a d e b e te n e r u n a m e n te a b ie r ta y s e r
o b s tin a d o p a r a e s ta r in fo r m a d o d e lo s d e b a te s p r in c ip a le s r e la c io n a d o s tan s ó lo c o n su
p r o p io y e s tr e c h o c a m p o (o c a m p o s ) d e in terés. E n d o s s ig lo s , Ja e c o n o m ía (al p r in c i­
p io u n a p e q u e ñ a p a r c e la d e tie rra en e l m u n d o d e l c o n o c im ie n to h u m a n o , co n c a d a una
d e sus m o n ta ñ a s , v a lle s y c a m in o s c o n o c id o s p o r to d o s ) se h a c o n v e r tid o a h o r a e n u n
m u n d o d e e x p a n s ió n ilim it a d a ( d o n d e s u r g e n n u e v o s c o n t in e n te s y a r c h ip ié la g o s y
u n o s p a is a je s e n c o n tin u a r e fo n n a ) .
A l fin a l d e Ja s e g u n d a g u e r r a m u n d ia l, l a e c o n o m ía e r a y a b a s ta n te d iv e r s a , d e b i­
d o a Ja p lu r a lid a d d e o b je tiv o s y e n fo q u e s , a la v a r ie d a d d e c o n c e p c io n e s d e Ja r e la ­
c ió n e n tr e la t e o r ía y la r e a lid a d y a la m u lt ip lic id a d d e e s c u e la s . D e s d e e n to n c e s , e l
á m b ito c u b ie r to p o r la e c o n o m ía se h a e x p a n d id o c o n tin u a m e n te , lo s c a m p o s d e la e c o ­
n o m ía a p lic a d a s e h an m u ltip lica d o 2 y e l n ú m e ro d e e s c u e la s y sus fr a c c io n e s ha au m e n -

* Publicado en: Beaud, Michel; Dostaíer, Gilíes. En: «On Babel andthree figures of prescnl-day econo-
mic Ihought». En: Ecoiomic thought sirice keynes. a history and dictionary of majar ecoiwmists.
Londres: Routledge, 1999, p. 141-155. Traducción: Gemma Galdón.
1. Ver Baumol y Faulhaber, 1988.
2. Sobre este tema, ver Hutchison, 1978: 319-20.
448 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

tad o : m u ltitu d d e d is cu r s o s c o e x is te n , s e en fre n ta n y s e in flu y e n m u tu a m e n te . A d e m á s , |


e l d is c u r s o e c o n ó m ic o s e d e sa r ro lla y c ir c u la a n iv e le s m á s y m á s d iv e r s o s , c o n d if e - t
r e n c ia s m u y a m p lia s en lo s g r a d o s d e g e n e r a lid a d , d e d e s a r r o llo te ó r ic o y d e fo r m a li-
z a c ió n , e n la n a tu r a le z a ce n tra l o m a r g in a l d e lo s o b je to s tr a ta d o s , e n la p r o x im id a d d e
e s o s o b je t o s a la r e a lid a d o b s e r v a b le , y en la n a tu r a le z a y c a lid a d d e la in fo r m a c ió n
e m p ír ic a 3. D e s d e e l lib r o o a r tíc u lo t e ó r ic o q u e d e ja u n a h u e lla d u r a d e ra , a la p u b lic a - ;
c ió n q u e n o tie n e n in g ú n im p a c to , d e s d e e l e s tu d io e m p ír ic o q u e n u tre o tro s a n á lis is y
p e n s a m ie n to s d u ra n te u n la r g o tie m p o , a l o c a s io n a l e s tu d io d e s c r ip tiv o y lo s n u m e r o - "
s o s e je r c ic io s p u r a m e n te a c a d é m ic o s , e l á m b ito d e tr a b a jo s e c o n ó m ic o s e s e n o r m e . i
E n c o n ju n t o , l a e c o n o m ía a c tu a l e s t á c a r a c t e r iz a d a p o r u n a d o b le d in á m i c a , tal (
c o m o lo r e v e la la m u lt ip lic a c ió n d e l n ú m e r o d e p u b lic a c io n e s : la e x p a n s ió n d e l s to c k y
d e tra b a jo s p u b lic a d o s 4 y s u « p a r c e la c ió n » . E s to h a tr a n s fo r m a d o e l m u n d o d e lo s e c o -
n o n ú s ta s e n u na e s p e c ie d e to rre d e B a b e l , d o n d e p o c o s s o n lo s q u e e s c u c h a n a lo s :
d e m á s y d o n d e s ó lo u n a p e q u e ñ a p a rte d e lo s d is c u r s o s q u e s e p r o n u n c ia n s e o y e n en : f ; ? ’■
r e a lid a d 5; m u c h o m á s e n c u a n to q u e e l c o n o c im ie n t o e c o n ó m i c o s ig u e g e n e r á n d o s e ¡
n o s ó lo e n lo s d o s le n g u a je s q u e s e h a n im p u e s to d e s d e la g u e r r a - e l in g lé s y la s m a te - :
m á tic a s 6- s in o ta m b ié n en u n a a m p lia v a r ie d a d d e id io m a s n a c io n a le s . M ie n tr a s q u e -Í V y ■
lo s e c o n o m is ta s d e c u ltu r a s n o a n g ló fo n a s s ig u e n lo q u e s e p r o d u c e en in g lé s , un n ú m e - j y jT JI i
ro c r e c ie n te d e e c o n o m is ta s a n g lo p a r la n te s ig n o r a s is te m á tic a m e n te lo q u e s e p u b lic a j
e n le n g u a s q u e n o s o n la s u y a .
E n e s t e c o n t e x t o , lo s e c o n o m is t a s tie n d e n a c o n s tr u ir u n a m u ltitu d d e m ic r o c o s - , |
m o s , c a d a u n o b a s a d o en u n e n fo q u e o a u n c a m p o d e tr a b a jo c o m ú n , c o n u n r e c o n o - ■
c im ie n t o r e c í p r o c o , y a n c la d o e n u n d e p a r t a m e n t o a c a d é m i c o o u n c e n t r o d e yy j ■
in v e s t i g a c ió n , c o n s u s p r o p io s in fo r m e s d e tr a b a jo y m u c h a s v e c e s s u p r o p ia p u b lic a - ; {
c ió n d e lim it a d a c ir c u la c ió n . E n d ir e c c ió n o p u e s t a , a lg u n a s gra n d e s a s o c ia c io n e s in ter­
n a c io n a l e s o n a c io n a l e s (e n p a r t ic u la r la A m e r i c a n E c o n o m i c A s s o c i a t i o n y s u s

3. E n resumen, de las publicaciones académ icas emerge una clara predilección p o r la teoría formalizada:
para el periodo 1982-6, los artículos queplantearon modelos m atemáticos sin ningún dato representa­
ron el 52% d e los artículos publicados por el Economic Journal y e! 42% de los p ublicados en la
American EconomicReview,y algunas publicaciones económ icas sólo publican articulas de este tipo.
L a proporción correspondiente era del 18% en el caso de las ciencias políticas, el 12% en física , el 1%
en sociología y e! 0% en quím ica (ve rT . M organ, «Thcory versus Em piricism in academic Econom ics»,
Jornal of Economic Perspectives, vo l. 2, n° 4, 1988: 163).
4. S .- C . K o lm considera q u e e l corpus escrito d e la econom ía era de «varios ccntennres de miles de p ági­
nas, creciendo a una tasa anual de, más o m enos, una decena de miles de páginas al año, con una d efi­
nición muy estricta del ámbito (y unas diez veces más el total de la literaturaeconómica)" (Philosphie
de l'économie, París, Seuil, 1986: 30). Stigler estimó que la producción anual en inglés de unos 6 .0 0
econom istas, definidos estrictamente, era de 800 libros y 6 .^ W artículos, y evaluó el aum entode! stock
de escritos en un 5% por año, es decir, doblándose cada 14 años: por lo tanto, este stock sería, en 1992,
16 veces lo que era en 1936, el año en que se publicó Tlie General Theoiy («The Literature o f& o n o m ics:
T h e C a s e o f the K in k ed O lig op o ly Dem and C u rv e » , Economic Enquiry, v o l. !6 , 1978: 185-204).
5. « E s una literatura que nadie podría leer - lo s lím ites impuestos por la cordura son más estrictos que los
que im pone el tiem p o -. D e hecho, es una literatura que quizás es leída por un cierto número de eco­
nomistas sólo moderadamente mayor que el número de escritores» (Stigler, op. cit.: 185).
6. E l número de páginas publicadas anualmente en las principales revistas de econom ía matemática (algu­
nas de las cuales fueron creadas durante este periodo, com o Internacional Economic Review , Journal
of Economic Tlteoiy y Journal of Mathemalical Economics) pasó de 400 a 700 en los años 30 y 40, a
una magnitud de entre 4 . 0 0 y 5.(0 0 en los 70 y 80 (ver Debreu, 1986).
S O B R E B A B E L Y T R E S F IG U R A S D E L P E N S A M IE N T O E C O N Ó M I C O A C T U A L 449

publicaciones7), algunas publicaciones importantes y algunas editoriales trabajan para


hacer circular y hacer disponible este conocimiento en evolución continua. A sí, la eco­
nom ía experimenta una renovación perpetua en su m ovim iento expansionista. Pero,
debido a la opacidad del conocim iento, a la dimensión tiempo, a los retrasos en la cir­
culación y la asim ilación, y a los periodos de espera y retrasos temporales, este reco­
nocimiento permanente se produce de una form a que puede definirse como deformada
y discordante: los textos escritos en los años 30, descubiertos de nuevo por los econo­
mistas de una nueva generación en los 60, se convirtieron en referencias inevitables
en los años 70 y 80. Y , evidentemente, nadie puede decir cuáles de entre los publicados
recientemente constituirán los textos de referencia hacia 2020.
Todo esto es para decir que no pretendemos, en este capítulo final, dar una visión
general del pensamiento económ ico actual. M eram ente intentaremos, entre la profu­
sión presente, discernir algunos temas principales significativos en los movimientos
actuales del pensamiento económ ico.

2. P e n é l o p e : d e l r i g o r t e ó r i c o a i,a c o m p l e jid a d m u n d ia l ,
TEJIENDO EL PAÑO IMPOSIBLE

M ientras que, en los años 60, uno podía pensar que los golpes proporcionados por
Keynes y los keynesianos habían acabado con Ja ciudadela clásica, después d\: Ja gue­
rra se fue reconstituyendo una nueva fortaleza: al m ism o tiempo dispar y unificada
bajo Ja bandera de la teoría del equilibrio general y de las bases de lectura neoclásica,
equipada con poderosas armas e instrumentos analíticos y matemáticos. En gran medi­
da, su fu erza parte de sus postulados sim plificadores, que provocan tanto su falta de
realismo com o su atractivo universal.
H ahn, un especialista en la teoría tlel equilibrio general, que trabaja en la exten­
sión de sus cam pos de aplicabilidad, explicó porqué acepta ser descrito como un «neo­
clásico»:

«Existen tres elementos en mi pensamiento que pueden justificarlo:


1) Soy un reduccionista en el sentido que intento encontrar explicaciones en las ac­
ciones de agentes individuales.
2) A l teorizar sobre los agentes, busco algunos axiomas de racionalidad.
3) Afirmo que es necesaria una cierta noción de equilibrio y que el estudio de los es­
tados de equilibrio es útil (Hahn, 1984: 1.2).

Y , de h echo, las decisiones de los agentes individuales racionales, el mercado, el


equilibrio y el óptimo son los elem entos constitutivos principales de la nueva ortodo­
xia; sin em bargo, en cada uno de estos ám bitos, las críticas debilitan a la ortodoxia
pero, al mismo tiempo, también ayudan a reforzarla y provocan más preguntas. Este
fue e l caso para el mercado. L a visión ortodoxa o neoclásica del mercado es la de una
entidad m ecánica en Ja que intervienen actores individuales no coordinados, ninguno
de los cuales ejerce una influencia particular, y que la inform ación que circula entre
ellos lleva al ajuste hacia el equilibrio.

7. American Economic Revíew, JoumalofEconomicLileramre y Journal ofEconomíaPerspeclives.


450 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

L a s i m p l if ic a d o r a f a l t a d e r e a li s m o d e e s t a v i s i ó n h a s id o c r it i c a d a d u r a n t e u n s ig lo
p o r g e n e r a c io n e s s u c e s iv a s y p o r t o d a s la s fa m il ia s d e l a h e t e r o d o x i a . T a m b i é n h a s id o í
c r i t i c a d a , d u r a n t e a lg u n a s d é c a d a s , p o r l a e s c u e l a a u s tr ía c a ® , Jo q u e n o h a e v i t a d o q u e
m u c h o s a u to r e s a s o c ia r a n e s t a e s c u e la a l a c o r r ie n t e n e o c l á s i c a , p r o b a b le m e n t e d e b i­
d o a q u e l a e s c u e l a a u s t r ía c a s e c a r a c t e r i z a p o r u n l i b e r a l i s m o r a d i c a l q u e l a d i s t i n g u e
d e o tr a s h e t e r o d o x i a s . L a c r í t i c a d e H a y e k t u v o u n i m p a c t o e s p e c i a l , s o b r e t o d o d e b i - j
d o a q u e , c o m o t e ó r ic o d e p r im e r a f i la d e l lib e r a lis m o c lá s ic o , o to r g ó e s p e c ífic a m e n - "
t e a l m e r c a d o u n p a p e l e s e n c ia l , ta n t o e n l a s o c i e d a d e n g e n e r a l c o m o e n la e c o n o m í a .
S i n e m b a r g o , H a y e k r e c h a z ó m u y p r o n t o l a c o n c e p c i ó n w a lr a s ia n a d e u n m e r c a d o e n
e l q u e lo s a g e n t e s e s t a r ía n p e r f e c t a m e n t e b i e n in f o r m a d o s 8
9. D e s a r r o l l ó e n c a m b i o u n a
v is ió n d e la c o m p e t e n c ia d e m e r c a d o e n te n d id a c o m o u n p r o c e s o d e a p r e n d iz a je y j
c o o r d i n a c i ó n d e i n f o r m a c i ó n q u e e s s im u l t á n e a m e n t e m ú l t i p l e , i n c o m p l e t o y q u e e s t á ,
e n p a r t ic u la r , e x t e n d i d o e n t r e m i l lo n e s d e in d i v i d u o s . E l m e r c a d o a s í p e r c i b i d o e s u n o
d e u n « o r d e n e s p o n t á n e o » , r e s u l t a n t e d e l a e v o l u c i ó n d e l a h u m a n i d a d d u r a n t e v a r io s
m i l e n i o s , y n o u n a c r e a c i ó n r a c i o n a l d e la q u e s e p u e d e d a r u n a r e p r e s e n t a c i ó n m a t e ­
m á t i c a . V o n M i s e s d e s a r r o l ló u n a v i s i ó n a n á l o g a 10, d e s t a c a n d o l a in c e r t id u m b r e b a j o la ■
q u e lo s e m p r e s a r io s t o m a n s u s d e c i s i o n e s . E s t a s id e a s s e d e s a r r o l la r o n e n e l m a r c o d e
l a e s c u e l a a u s t r ía c a m o d e r n a , e n p a r t ic u l a r p o r p a r t e d e I s r a e l K i r z n e r 11, q u i e n d e s a ­
r r o l ló e l c o n c e p t o d e l m e r c a d o c o m o p r o c e s o , m ie n t r a s q u e L u d w i g L a c h m a n n 121
3c u e s ­
t i o n ó la s c a r a c t e r í s t i c a s e q u i l i b r a d o r a s d e l m e r c a d o ! Y t o d o s d e s t a c a r o n e l a b i s m o
e x is t e n t e e n t r e s u c o n c e p t u a l i z a c i ó n y l a s u b y a c e n t e e n l a t e o r í a d e l e q u i li b r io g e n e - '
r a l 11. S e h i c i e r o n t a m b ié n i n t e n t o s , e n c í r c u l o s m á s p r ó x i m o s a l a o r t o d o x ia n e o c l á s i ­
c a , d e d a r m a y o r r e a li s m o a l a v i s i ó n c o n v e n c i o n a l d e l m e r c a d o . A s í , e l c a m p o d e
i n v e s t i g a c i ó n i n i c i a d o e n l o s a ñ o s 6 0 , n o t a b le m e n t e p o r S t i g l e r ( 1 9 6 1 ) 141
, so b re la b ú s ­
5
q u e d a , la u t iliz a c ió n y e l c o s te d e la in fo r m a c ió n , s e e x te n d ió p a r a c u b rir im p e r fe c ­
c io n e s e n la tr a n s m is ió n d e in f o r m a c ió n y e q u ilib r io s d e m e r c a d o b a jo in fo r m a c ió n
i n c o m p l e t a * 5. L a e c o n o m í a d e l a i n f o r m a c i ó n y l a e c o n o m í a d e l a i n c e r t i d u m b r e s e

8. La denominación «austríaca» parte de los orígenes de esta corriente de pensamiento en la obra de Cari
Menger y de sus discípulos vieneses. Pero es en Estados Unidos donde, actualmente, se encuentra el
mayor número de «austríacos», o más bien «neoaustríacos», reunidos en el Ludwig von Mises Institute,
y liderados, entre otros, por MurriaRolhbard. E l instituto publica la Reviewo/AustrianEconomics y la
AusirianEconomicNewslelter, y organiza una escuela de verano. Sobre ia escuela austríaca, ver Dolan
(1976), Gras y Smith (1986), K inn er (1982), Littlechild (1990) y O'Sullivan (1990).
9. Ver, por ejemplo, Hayek (1937). Economica. Ver más arriba, capítulo 2.
1O. HumanAction. A TrealiseonEconomics, Londres: William Hodge; Ncw Haven: YaleUniversity Press,
1949.
1L Competilion andEnlrepreneurship, University o f Chicago Press, 1973; Perception, Opportuwty and
Profit, University o f Chicago Press, 1979; Discovery andt/ieCapitalistPwcess, Uníversity o f Chicago
Press, 1985.
12. TiieMarket asan EconomicProcess, Oxford: Basil Blackwell, 1986.
13. Ver también G . O ’Driscoll y M . J. Rizzo, TheEconomicsofTimeandIgno/wice, Oxford: Basil Blackwell,
1985; M . N . Rothbard. Man, Economy, andState: A Treatise on Economic Principie, Princeton: Van
Nostrand, 1962.
14. Ver aniba, capítulo 7.
15. Ver, por ejemplo, P. A . Diamond. «A Model ofPriceAdjusUnent»; Journal of Economic Theory, vol. 3,
1971: 156-68; F . M . Fisher. «Stability and Competitive Equilibrium in Two M odels o f Search and
Individual Pricc Adjustmenb, Journal ofEconomic Theory, vol. 6, 1973: 446-70, Stigütz (1976) con
S . J . Grossman, (1981) con A . Weiss.
SOBRE BABEL Y TRES FIGURAS DEL PENSAMIENTO ECONÓMICO ACTUAL 451

a b r ie r o n a s í c o m o n u e v o s c a m p o s d e e s p e c í a l i z a c i ó n ' 6 M ie n t r a s t a n t o , l a t e o r ía d e j u e ­
g o s d io u n f u e r t e i m p u l s o a l a n á l i s i s d e l m e r c a d o , d e l a s e s t r a t e g i a s y d e l c o m p o r t a ­
m ie n t o d e l o s a g e n t e s , d e la s d if e r e n t e s f o r m a s d e c o m p e t e n c i a , a s í c o m o d e l o s t ip o s
de m ercado1
171
6 . E n e s t e m a r c o a m p l i a d o , e l m o d e lo e s t á n d a r d e m e r c a d o n o e s i n v a l i ­
8
d a d o , p e ro s u c a m p o d e a p lic a c ió n e s tá d e s d e e n to n c e s m e jo r d e fin id o . F in a lm e n t e , y
s in l u g a r a d u d a s , c o n e l a n á l is is d e l o s m e r c a d o s e n c o m p e t e n c i a , B a u m o l , P a n z a r y
W i l l i g ( 1 9 8 2 ) e m p u j a r o n l a t e o r í a h a c i a J a e x p l i c a c i ó n d e l a r e a l i d a d o b s e r v a b le .
E n l o r e l a c i o n a d o c o n l a r a c io n a li d a d , e l p a n o r a m a e r a s im il a r . L a c o n c e p c i ó n o r t o ­
d o x a e s la d e u n a r a c io n a lid a d ta n to r e d u c c io n is t a - l a d e un a g e n t e r e d u c id o a u n a
d im e n s ió n q u e b u s c a e l m a x i m i z a r lo s b e n e f i c i o s y m i n i m i z a r l o s c o s t e s - c o m o g e n e ­
r a l , a p l ic a b l e a to d a s la s s it u a c io n e s y a c u a lq u ie r d e c is ió n : la r a c io n a lid a d q u e H .
S i m o n l l a m a s u s t a n t i v a . E n e s t e p u n t o , s o b r e e l q u e y a s e h a b í a n r e a li z a d o m u c h a s c r í­
t i c a s , f u e S i m o n , u n e r u d it o , un p io n e r o . d e l a n á l i s i s d e la c o m p l e j i d a d y g a n a d o r d e l
P r e m i o N o b e l e n E c o n o m í a , q u ie n r e a li z ó in c u r s io n e s d e c i s i v a s . E n 1 9 4 3 , e n s u t e s is
d o c t o r a l ( p u b l i c a d a e n 1 9 4 7 ) , i n t r o d u jo e l a n á l i s i s e n t é r m in o s d e « r a c i o n a l i d a d l i m i ­
t a d a » , u n e n f o q u e d e s a r r o l la d o m á s t a r d e ( 1 9 5 7 , 1 9 6 9 , 1 9 8 2 Models) e n t é n n in o s d e
« r a c io n a lid a d c o n d ic io n a d a » , la d e u n a g e n t e q u e e je r c it a s u h a b ilid a d d e e l e g ir , n o
s i m p l e m e n t e c o n l a p r e o c u p a c ió n ú n i c a d e l a m a x i m i z a c i ó n o l a o p t i m i z a c i ó n , s in o e n
Ja c o m p le jid a d d e l a s it u a c ió n , to m a n d o e n c u e n ta la s im p e r fe c c io n e s d e l a in fo r m a ­
c i ó n y e l c o s t e d e s u m e j o r a , y l a m u l t i p l i c i d a d d e l i m i t a c i o n e s , c r it e r io s , b e n e f i c i o s y
d ific u lt a d e s . E s t a r a c io n a lid a d e s in s e p a r a b le d e l p r o c e s o d e d e c is ió n m is m o , ú n ic o a
c a d a a g e n t e , y e n p a r t ic u l a r a c a d a o r g a n i z a c i ó n , y d e n t r o d e l c u a l p u e d e v e r s e l l e v a ­
d o a r e v is a r s u s o b j e t i v o s .
E s to s a n á lis is e s tá n e n e l c o r a z ó n d e u n a d e la s e s c u e la s d e e c o n o m ía d e l c o m p o r ­
t a m ie n t o , l a e s c u e la C a m e g i e 18, c u y o m é t o d o - b a s a d o e n e l a n á l is is c o n c r e t o d e l c o m ­
p o r t a m ie n t o d e la s e m p r e s a s y o r g a n i z a c io n e s - f u e ilu s tr a d o p o r S im o n ( 1 9 5 8 c o n
M a r c h ) , C y e r t y M a r c h 19, s e g u i d o p o r l o s t r a b a j o s d e M a r c h 20 e n l a U n i v e r s i d a d d e
S t a n f o r d y p o r N e l s o n 21 e n l a U n i v e r s i d a d d e Y a l e . E v i d e n t e m e n t e , e s t e t r a b a j o c o n ­
t r i b u y ó a l r e s u r g im ie n t o d e l o s a n á l i s i s d e l a s e m p r e s a s , d a n d o c o l o r a l a t r a d i c i o n a l .
c a j a n e g r a d e l a t e o r ía n e o c l á s i c a . S i n e m b a r g o , e n e s t e c a m p o , f u e e l a r t í c u l o p u b l i ­
c a d o p o r C o a s e e n 1 9 3 7 , a m p lia m e n t e c it a d o , e l q u e a b r ió n u e v a s p e r s p e c tiv a s . C o a s e
q u i s o « d e m o s t r a r l a im p o r t a n c i a p a r a e l f u n c i o n a m i e n t o d e l s is t e m a e c o n ó m i c o d e l o
q u e p u e d e lla m a r s e la e s tru c tu r a in s titu c io n a l d e la p r o d u c c ió n » ( C o a s e , 1 9 9 2 : 7 1 3 ) .
E n s u a r t í c u l o d e 1 9 3 7 in t e n t ó e x p l i c a r , m a n t e n i é n d o s e d e n t r o d e l m a r c o d e l a n á l is is
n e o c l á s i c o , l a e s p e c i f i c i d a d d e l a e m p r e s a e n r e l a c i ó n a l m e r c a d o y , p o r l o t a n t o , la
n a t u r a le z a d e l a e m p r e s a e n u n a e c o n o m í a d e m e r c a d o . L o h i z o d e s a r r o l la n d o l a t e s is
s e g ú n l a c u a l l a e m p r e s a e s u n a e s t r u c t u r a q u e p e r m it e e li m i n a r l o s c o s t e s r e s u l t a n t e s

16. Ver el simposio sobre Ja economía de la infonnación, Review ofEconomic Sludies, vol. 44, 1977: 389-601.
17. A . D 'A u tu m e. «Théorie d e s je u x e l m arché», Caltiers d’économie politique, n ° 20-21, 1992: 155-65;
K . Avinash D ixit y B arry J . Nalcbuff. Thinking Strategically: The Competilive Edge in Business, Polilics
and EverydayLife, N ueva York: W .W . Norton, 1991.
18. E arl (1988: 3-4).
19. A Behavourial Theory of the Firm, Englew ood C !iffs , N ew Jersey: Prentice-Hall, 1963.
20 . J . G .M a r c h y J . P. O lsen.A m b iguiry and Choice in Organisations,Bergen: Universitets Fo rlagel, 1976.
21. R . R . Nelson y S . G . Winter. An Evolationary Theory of Economic C/rangc, Cam bridge, MassachusselU:
Harvard Uníversity Press, 1982.
■ i
t
■ ¡
452 C R ÍT 1 C A A L A E C O N O M I A O R T O D O X A t

d e l fu n c io n a m ie n to d e l m e r c a d o , lo s c o s t e s d e b ú s q u e d a d e in fo r m a c ió n y d e n e g o ­
a
c ia c ió n d e lo s c o n tr a to s , en d e fin it iv a , lo s « c o s te s d e t r a n s a c c ió n » . N o r e c o n o c id o o
m a l e n t e n d i d o d u r a n t e m u c h o t ie m p o 22, e s t e e n f o q u e f u e u t i l i z a d o d e n u e v o p o r C o a s e
e n su a r t íc u lo d e 1 9 6 0 , « T h e P r o b le m o f S o c ia l C o s t » ; e n lo s a ñ o s 7 0 , f u e c r e c ie n te ­
m e n t e t o m a d o e n c u e n t a y d io lu g a r a u n a a b u n d a n t e lit e r a t u r a , e n la q u e u n o p u e d e
e n c o n t r a r , p o r e j e m p l o , a p o r t a c io n e s d e S t e v e n S . C h e u n g 2 J , H a r o l d D e m s e t 2 ( 1 9 6 7 ,
1 9 6 8 , 1 9 7 2 ) y O liv e r W illia m s o n ( 1 9 7 5 , 1 9 8 5 ).
P a r t ie n d o d e h ip ó t e s is r a d ic a lm e n te d ife r e n t e s a la s d e S i m o n y C o a s e - n o s ó lo
u n a s i t u a c i ó n d e i n c e r t id u m b r e , s i n o t a m b i é n c o n a g e n t e s n o m o t i v a d o s y n o n e c e s a ­
r i a m e n t e r a c i o n a l e s - A l c h i a n ( 1 9 5 0 , 1 9 7 7 ) , l l e g ó a c o n c l u s i o n e s s im il a r e s t e n ie n d o e n
c u e n t a l a l ó g i c a d e l a s e l e c c i ó n n a t u r a l. C o n D e m s e t z ( 1 9 7 2 ) , p la n t e ó l a e f i c i e n c i a d e
la « p r o d u c c ió n e n e q u ip o » a l e x p lic a r la e m p r e s a . M a r s c h a k , e n la ú ltim a p a r t e d e u n a
l a r g a c a r r e r a q u e l e v i o p r i m e r o d a r u n n u e v o i m p u l s o a l a e c o n o m e t r í a 24, t a m b i é n s e
in t e r e s ó p o r e s t a c u e s t ió n ( 1 9 7 2 ) , a s í c o m o p o r l a d e l a e c o n o m í a d e l a s o r g a n i z a c io n e s ,
d e la s d e c is io n e s y d e l a in f o r m a c i ó n ( 1 9 7 4 ) . M i e n t r a s t a n t o , l a e x p l i c a c i ó n d e l t a m a ­
ñ o d e l a e m p r e s a e n t é r m in o s d e e c o n o m ía s d e e s c a la a c a b ó c o n u n a e x p l i c a c i ó n a m p l ia ­
d a y fu e e n r iq u e c id a p o r e l a n á lis is d e la fu n c ió n d e c o s te m u lt i - p r o d u c t o ^
E s t o s d if e r e n t e s a v a n c e s t u v ie r o n t r e s t ip o s d e c o n s e c u e n c i a s : p o r u n a p a r t e , a b r ie ­
r o n b r e c h a s e n l a f o r t a le z a d e l a o r t o d o x i a , p e r o , a l h a c e r lo , d ie r o n lu g a r a t r a b a jo s q u e
l a r e f o r z a r o n ; y p r o v o c a r o n , e n d ife r e n t e s c a m p o s d e i n v e s t i g a c i ó n y e n v a r ia s c o r r ie n ­
t e s t e ó r i c a s , u n r e s u r g ir c o m p l e t o d e lo s a n á l is is d e la s in s t i t u c io n e s , la s o r g a n i z a c io n e s ,
la s e m p r e s a s , lo s m e r c a d o s y la s r e l a c i o n e s e n tr e la s o r g a n i z a c i o n e s y l o s m e r c a d o s .
E l e s t u d io d e l a s o r g a n i z a c i o n e s , q u e , e n e l e n f o q u e n e o c l á s i c o , s e e n c o n t r a b a d e n t r o
d e l a c o m p e t e n c i a d e Ja h i s t o r ia , y n o d e la t e o r í a e c o n ó m i c a , f u e a s í r e i n t e g r a d o - y
n o s ó l o p a r a l o s m a r x is t a s y lo s i n s t i t u c i o n a l i s t a s - e n e l c a m p o d e l a n á lis is e co n ó m ico 2 ®
L a im a g e n s im p lis t a d e la e m p r e s a m a x im iz a d o r a e s r e c h a z a d a c a d a v e z m á s ; s u a n á ­
l i s i s , i g u a l q u e e l d e o tr a s i n s t i t u c i o n e s , e s i l u m i n a d o p o r l a t e o r ía d e j u e g o s , e n p a r t i­
c u l a r p o r l a t e o r í a d e j u e g o s r e p e t id o s . E n e s t a v i s i ó n , e l m e r c a d o y a n o e s e l m o d o d e
a ju s t e u n iv e r s a l - c o m o si fu e r a la h is t o r ia e x t e r n a - d e lo s p la n e s d e lo s a g e n t e s . P o r
lo t a n to , e s n e c e s a r io r e c o n o c e r la s b a s e s in s titu c io n a le s d e su e m e r g e n c ia y fu n c io ­
n a m i e n t o ; e s t e a n á l i s i s s e d e s a r r o l la e n e l e n f o q u e i n s t i t u c i o n a l i s t a 27, a s í c o m o e n e l
d e la e c o n o m í a o r g a n i z a c i o n a l . T a m b i é n e s n e c e s a r io e n t e n d e r c ó m o o p e r a J a d i v i s i ó n
e n t r e l o q u e e s im p o r t a n t e p a r a l a e m p r e s a y l o q u e e s im p o r t a n t e p a r a e l m e r c a d o , y
c ó m o f u n c i o n a l a s u s t i t u c i ó n e n t r e u n o y o t r o 28.
E s t o s t r a b a j o s s e t r a d u je r o n e n u n f u e r t e r e s u r g im ie n t o d e l a e c o n o m ía d e l c o m ­
p o r t a m ie n t o y d e s u s d ife r e n t e s e sc u e la s 2 ® , d e l o s n u e v o s a v a t a r e s d e l in s t i t u c io n a l is m o

22. Sobre este tema, ver C oase, (1972). .


23. The TheoryofSliare Trnumcy, University o f C h ic a g o Press, 1969; «The Contractual Naturc o f thc Fínn», ¿ffifí-'-ís
Journal oflawandEconomics, vol. 26 , i 982: 1-22.
24. V e r arriba, capitulo 4.
25. V er, por ejem plo, Baum ol (1982) con Panzar y W iliig.
26. Ver C . M énard. Les Organísaiions, París: L a D écouverle, 1990: 16 y siguientes.
27. Entre otros, A lchian (1977) y W illiam son (1985). ' -'X'lítjfeií
28 . D e Coase (1937), e n S im o n (1991), en el contexto de un sim posiodel Journal ofEconomicPerspeclives,
introducido por Stig litz, sobre el tema «Organizations and Eco nom ics», en W illiam son (l 975). . .'ii íL í :
29 . Ver E a rl (1988: 3 y siguientes).

f
I
kitIÉ
SOBRE BABELYTRES FIGURAS DELPENSAMIENTOECONÓMICOACTUAL 453

- n u e v a e c o n o m ía in s t i t u c ió n ^ 30 y e c o n o m ía n e o i n s t it u c io n a l3I3
- y d e la e c o n o m í a in d u s ­
4
2
t r i a l. E s t e r e s u r g im ie n t o s e t r a d u jo e n d i f e r e n t e s t ip o s d e rapprochements o e n la c e s .
A s í , W illia m s o n , q u e e s c it a d o a b u n d a n te m e n t e , y a v e c e s r e iv in d ic a d o p o r la s tre s
c o r r ie n t e s m e n c i o n a d a s a n t e r io r m e n t e , e s c r i b i ó s u t e s is e n l a U n iv e r s i d a d d e C a m e g i e -
M i l l o n , y t ie n e u n a f o r m a d e a n á l i s i s q u e l l e v a e l s e llo t a n t o d e l e n f o q u e d e l c o m p o r ­
t a m ie n t o c o m o d e l n e o c l á s i c o . P o r o t r a p a r t e , e s a p r e c i a b l e la c o n v e r g e n c ia e n t r e lo s
t r a b a jo s p o s t k e y n e s ia n o s y e l e n f o q u e d e c o m p o r t a m ie n t o , v i s t o c o m o u n n u e v o e n f o ­
q u e d e J a e c o n o m ía in d u s t r ia l3^ A u t o r e s c o m o A k e r l o f y S t i g l i t z fu e r o n d e h e c h o d e s ­
c r it o s c o m o « n e o c lá s i c o s h e t e r o d o x o s » . L o s in s t i t u c io n a l is t a s p r e t e n d ie r o n g e n e r a liz a r
la e c o n o m í a n e o c l á s i c a ^ , m ie n t r a s q u e o t r o s s e p r e g u n t a b a n s o b r e l a p o s i b i l i d a d d e
r e a l i z a r u n a s ín te s is e n tr e l a e c o n o m í a n e o c l á s i c a y l a d e l c o m p o r t a m i e n t o ^ E n e l c o r a ­
z ó n d e e s ta d in á m i c a e stá l a o b r a d e K . A r r o w , q u e e s c it a d a m u y f r e c u e n t e m e n t e e n l a
a b u n d a n t e lite r a tu r a q u e a c a b a m o s d e m e n c i o n a r , t a n to p o r s u p e n s a m ie n t o e n Limits of
Organization ( 1 9 7 4 ) c o m o p o r s u t r a b a j o e n l a s e l e c c i o n e s in d i v i d u a l e s y s o c i a l e s 35.
E n d i r e c c i ó n c o n t r a r ia , e s t a m o s s ie n d o t e s t i g o s d e u n a v u e l t a a l a i d e a d e l m e r c a ­
d o p a r a tr a ta r fe n ó m e n o s in t e r n o s a l a e m p r e s a , y t a m b ié n p a r a t e n e r e n c u e n t a « t o d a s
la s r e la c i o n e s s o c i a l e s . . . c o n s id e r a d a s a s í c o m o “ m e r c a d o s ” i m p l í c i t o s , a m p l i á n d o s e
e n t o n c e s e l c o n c e p t o d e l m e r c a d o p a r a i n c l u i r l a “ s is t e m a t iz a c ió n d e c u a l q u i e r t ip o d e
n e g o c i a c i o n e s e n t r e i n d i v i d u o s ” » 3^ A t r a v é s d e l a t e o r í a d e l o s c o n t r a t o s 37, a l g u n o s
t ie n d e n a r e d u c ir « t o d o l o q u e e s in s t i t u c i o n a l u o r g a n i z a t i v o » a c o n t r a t o s e n tr e in d i­
v i d u o s , s ie n d o é s t o s s im il a r e s a l a s r e l a c i o n e s e n t r e c o m p r a d o r e s y v e n d e d o r e s e n la
t e o r ía n e o c l á s ic a : « l a o r g a n i z a c i ó n , u n a s i m p l e a c u m u l a c i ó n d e c o n t r a t o s , p ie r d e t o d a
i d e n t id a d ; d e s a p a r e c e c o m o e n t id a d c o l e c t i v a , s ie n d o r e d u c id a a in t e r i n d i v i d u a l» 38 y
p u e d e s e r f i n a l m e n t e i n t e r p r e t a d a d e n u e v o e n t é r m in o s d e r a c io n a li d a d s u s t a n t i v a .

30. E s te término descriptivo fue sugerido por W illiam son en 1975. C onstituye, más que una escuela, un
programa de investigación sobre la racionalidad y las insliluciones (ver R . N . Lan glo is. «Rationality,
Institutíons and Explanation», en L a n glo is, 1986: 252-3).
31. Ver Eggertsson (1990: 6 y siguientes). S i la renovación del institucionalismo es innegable, no es obvio
que esta distinción sea muy operativa, muchos menos debido a que, tal com o señaló Eggertsson (p. 10,
n. 12), C o a s e y W illiam son utilizan el término «econom ía neoinstitucional» para designar dos para­
digm as distintos. Para Langlo is (1986: 252-3), la econom ía neoinstitucional está definida principal­
mente com o un programa de investigación.
32. Ver, por ejem plo, N . Kay. «Post-Keynesian Econom ics and N ew Approaches to Industrial Econom ics»,
en Pheby (1989: 191-208); B . Haines y J . R . Shackleton. «The New Industiial Economics», en Shackleton,
1990: 178-204; Shephcrd (1990), traducción inglesa: E c o n o m ic s o f O r d e r m u l D iso rd e r: Th e M arker
,
a s O rganizer and C u ra to r O xford: Clarendon Press, 1992.
33. Eggertsson (1990): cap. 1. Para esta parte, J . L e so u m e exhibe la am bición de contribuir a una síntesis
incluso m ayor, ya q u e su É c o n o m ie d e 1'ordre e t du désordre (París: Économ ica, 1991) se presenta
com o la primera piedra de una construcción que se inspira en varias corrientes del pensam ientocientí-
fico: la teoría general de los sistemas, la corriente evolucionista, el enfoque del com portam iento, el
enfoque institucional y Ja mism a teoría económ ica (p. S0-13).
34. Earl (1988) puso en d udael trabajo de lo s pseudo-conductivistas (p. 9-12).
35. Ver, por ejem plo, en su bibliografía, 1983, 1984, 1985, 1986. „
36. M . La gu eu x. « L e übéralism e économ ique c o m m e p ro gram m e de recherche et com m e id éo logie»,
C a h ie rs d 'é c o n o m e p o ü tiq u e , n° 16-17, 1989: 142.
37. A lchian y D e m se lz(l9 7 2 : 778).
38. Y . G iordano. «Décision et organisations: quelles rationalités?», É c o n o m ie s et so cié té s , vo l. 25, n° 4,
serie S G n° 17, 1991: 172.
454 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

E s d i f í c i l n o a c o r d a r s e a q u í d e P e n é l o p e . M ie n t r a s a lg u n o s d e l o s e c o n o m is t a s t r a ­
b a j a n p a r a h a c e r q u e l o s c o n c e p t o s y la s h e r r a m i e n t a s t e ó r i c a s s e a n m á s c a p a c e s d e
t o m a r e n c u e n t a la r e a lid a d d e l o s m e r c a d o s y d e l a s e m p r e s a s , o tr o s a p l ic a n l o s a n á lis is
m á s r e d u c c io n is ta s a la e m p r e s a , a la o r g a n iz a c ió n y m á s a llá d e l c a m p o d e la e c o n o ­
m í a . E n t é r m in o s d e l p r o c e s o d e c o n o c im ie n t o e c o n ó m ic o , ¿ n o e s é s t e u n c a s o d e u n p a s o
a d e la n t e y m u c h o s p a s o s a tr á s ?

3. SíSIFO: RECONSTRUYENDO ETERNAMENTE LA HETERODOXIA


A n t e l a v i t a l i d a d d e l o q u e h e m o s l l a m a d o d a n u e v a f o r t a l e z a » , p u e d e p a r e c e r q u e la s
h e t e r o d o x i a s d e a y e r e s t é n d e b il it a d a s . A s í , e l i n s t i t u c io n a l is m o , e n l u g a r d e d e s a r r o lla r
s u p r o p ia c o h e r e n c ia , a ju s t a , c o m o h e m o s s e ñ a la d o , sus m e lo d ía s c o m o c o n tr a p u n to
a l t e m a n e o c l á s i c o d o m i n a n t e , c o n s t i t u y e n d o u n a f u e n t e d e l r e s u r g i r d e d if e r e n t e s
c o r r ie n t e s d e p e n s a m i e n t o . L a c o r r ie n t e p o s t k e y n e s í a n a e s t á m u y v i v a , c o n s u s p r o ­
p i o s c a n a l e s d e c i r c u l a c i ó n , d e p a r t a m e n t o s u n i v e r s it a r io s y c e n t r o s d e i n v e s t i g a c i ó n
e n l o s q u e e s i n f lu y e n t e . S u s p u b l i c a c i o n e s s o n n u m e r o s a s y d i v e r s i f i c a d a s . P e r o , a l
m is m o t ie m p o , u n o p u e d e p r e g u n ta r s e si e x is t e c o m o u n a ú n ic a c o r r ie n te . P o r e je m ­
p lo , m u ch a s v e c e s e n o p o s ic ió n , y a v e c e s e n f e r o z c o n flic to , s e e n cu e n tra n lo s d is c í­
p u lo s d e S r a f f a i f a q u e l lo s q u e c r e e n q u e l o s e n f o q u e s k e y n e s i a n o y n e o r ic a r d ia n o s o n
i n c o m p a t i b l e s 3^
E n l o r e f e r e n t e a l m a r x i s m o , é s t e e x p e r i m e n t ó u n r e s u r g i m i e n t o in n e g a b l e e n l a
d é c a d a s ig u i e n t e a 1 9 6 8 3
40- P e r o e n e s t e p e r io d o s u f r ió u n p r o c e s o d e f r a g m e n t a c i ó n e n
9
d ife r e n t e s d is c i p l in a s a c a d é m ic a s ( a n t r o p o lo g í a , s o c i o l o g í a y e c o n o m í a e n p a r t ic u l a r )
y m u c h o s a u t o r e s f u e r o n a s o c ia d o s a m o v i m i e n t o s p o l í t i c o s ( c o m u n i s t a s o r t o d o x o s , .
t r o t s k is t a s , m a o í s t a s , t e r c e r m u n d i s t a s ) . E n e c o n o m í a , l o s m a n u a l e s d e e c o n o m í a m a r -
x i s t a s e m u l t i p l ic a r o n 41. L a o la d e m a t e m a t iz a c ió n d io l u g a r a r e e s c r it u r a s f o n n a l i z a d a s
d e M a r x 4 2, d e b i d a s n o s o l a m e n t e a e c o n o m i s t a s q u e r e i v i n d i c a b a n a M a r x c o m o s u
a u t o r id a d . S a m u e l s o n , e n tr e o t r o s , d e s p u é s d e d e s c r i b i r a M a r x c o m o u n p o s t r i c a r d i a -
n o m e n o r y a u t o d i d a c t a , l e v i o c o m o u n im p o r t a n t e e c o n o m i s t a m a t e m á t ic o 43, m i e n -

39. Ver arriba, capítulo 6, donde e l lector encontrará muchas referencias a Ja literatura postkeynesíana con ­
temporánea.
40. V e r Howard y K ing (1992); H . G in tis, «The Re-em ergence o f M arxian E co n o m k s in Am erica», en B .
Ollm an y E . V ern off (eds.). The LeftAcademy: Marxisl Scholarshfp onAmerican Campases, v o l l ,
Mar:x
Nueva York, M cGraw -H ill, 1982. Ver también los textos reunidos en K ing (1990); G . Caravale (ed.).
andEconomicAnalysis, Aldershot, Hants: Edward ESgar, 1990; S. W . H elbum y D. F. Bram hall (eds.).
Marx, Schumpeiery Keynes: A Cenlenary Celebralion ofDissení, A nnonk: N ueva York, M . E . Shaipc.
4 Í. Ver, por ejemplo: J . F. Becker. Maman Political Economy: An Outline, Cam bridge. Inglaterra: ^Cambridge
University Press, 1977; G . Catephores. An Introduclion toMarxist Economía, N ueva York: N ew York V
University Press, 1988; L . G ill. L' Économíe Capitalista: itnanalyse ma/xísle, 2 v o l., M ontreal, Presses
socialistes internationales, 1976 y 1979; J. Gouverneur. Manuel de ihéorie économique marxiste,
Bruselas: De B o eck -W esm acl, 1987; M . C . Howard y J . E. K in g . The Political Economy of Marx, ;
Harlow, Longm an, 1975; P. Salam a y J. Valier. Une intmductionaléconomiepolitique,París: Franpois ' ■
M aspero, 1973. :
42 . E n particular B r o d y (1970); J . E . R oem er. Analytical Foiindations ofMarxian Economíe Theory, .
Cam bridge, Inglaterra: Cam bridge U niversity Press, 1981.
43 . Ver, en particular, «Wages and Interest: A M odcm Dissection o fM a rx ia n Econom ic M odels», American
Economic Review, v o l. 47. 1957: 884-912; «U ndcrstanding the M arx ia n N otio n o f E xp lo itation :
SOBRE BABEL Y TRES FIGURAS DEL PENSAMIENTO ECONÓMICO ACTUAL 455

tra s q u e M o r i s h i m a l e d e s c r i b e c o m o e l c o f u n d a d o r , j u n t o c o n W a l r a s , d e l a e c o n o m í a
m a t e m á t i c a m o d e r n a ( M o r i s h i m a , 1 9 7 3 ) . H u b o u n in t e n s o d e b a t e , a li m e n t a d o p o r la s
a p o r t a c io n e s d e la s e s c u e la s s r a f f i a n a y n e o r i c a r d í a n a , s o b r e l a im p o r t a n c i a d e l a o b r a
d e M a r x , y e n p a r t ic u la r s o b r e e l p r o b l e m a s e c u l a r d e l a t r a n s f o r m a c i ó n d e l o s v a l o r e s
e n p r e c io s d e p r o d u c c ió n 4^ M i e n t r a s a l g u n o s a u t o r e s d e la s c o r r ie n t e s p o s t k e y n e s i a -
n a y n e o r ic a r d ia n a , c o m o p o r e je m p lo K . B h a r a d w a j ( 1 9 8 9 ) y S t e e d m a n 45, y a lg u n o s e c o ­
n o m is t a s m a r x is t a s c o m o D o b b ( l 9 7 3 ) y M e e k 46, c o n s i d e r a n q u e l a o b r a d e S r a f f a
a m p lía la d e M a r x , o tro s c r e e n q u e la t r a ic io n a 4^ A este r e s p e c t o , la fr o n te r a e n tr e e l m a r ­
x i s m o y l a t e o r í a p o s t k e y n e s i a n a , a s í c o m o l a f r o n t e r a e n t r e e s t o s d o s y e l in s t i t u c i o -
n a lis m o , e s m u c h a s v e c e s b o r r o s a e i n e s t a b l e , i n c l u s o m á s d e b id o a q u e c a d a u n a d e
e s t a s c o r r ie n t e s d e p e n s a m i e n t o e s a t r a v e s a d a p o r m ú l t i p l e s s u b c o r r i e n t e s . M i e n t r a s
t a n t o , a d e m á s d e l o s n u m e r o s o s a n á l is is d e d i c a d o s a l c a p i t a l i s m o g l o b a l , e l i m p e r i a '
l i s m o y l a c r is i s , e s d e s t a c a b le e l t r a b a jo d e S . d e B r u n h o f f s o b r e e l d in e r o y e l E s t a d o 4^ .
L a e s t a n f l a c i ó n q u e g o l p e ó a l a s e c o n o m í a s c a p i t a li s t a s d e s d e p r i n c i p i o s d é Í o s -
a ñ o s 7 0 a lim e n t ó J a l l a m a d e l l ib e r a l is m o y d e b il it ó e l k e y n e s ia n is m o . D u r a n t e u n t ie m ­
p o e s t im u l ó a l m a r x is m o , a s u v e z d e s e s t a b i l i z á n d o l o m á s t a r d e c o n e l r e t r o c e s o d e lo s
id e a le s s o c i a l d e m ó c r a t a s y s o c i a l i s t a s e n lo s p a í s e s c a p i t a li s t a s . E l c o l a p s o d e l o s r e g í ­
m e n e s d e t ip o s o v i é t i c o p r o p i c i ó o t r o s e r io g o l p e . E s d i f í c i l q u e lo s a c o n t e c i m i e n t o s
h i s t ó r ic o s m a t e n u n a c o r r ie n t e t e ó r i c a , u n e n f o q u e q u e e n s í m is m o p r e t e n d e e x p l i c a r
ta le s c a m b io s , p e r o e s c ie r t o q u e d a n , a o jo s d e a lg u n o s , u n a ir e d e o b s o le s c e n c ia a

A Summary of the So-CalledTransformation Problem Between Marxian Valúes and Compelí tive Priccs»,
Journal of Economía lileraiure, vol. 9, 1971: 399-431; «Marx as a Malhematical Economisi: Steady-
State and Exponenlial Growth Equilibrium», en G. Horwich y P. A. Samuelson (eds.). Trade, Stability,
aiid Macroecononúcs: Essays in Honor ofLioyd A. Metzler, Nueva York y Londres: Academia Press:
1974: 269-307.
44. Sobre este tema, ver G. Doslaler. «Maric’s Theory of Value and the Transformaron Problem: Sorne
Lessons from a Debate», Studies in Political Economy, n° 9, Otoño, 1982: 77-101; G. Dumenil. «Beyond
the Transformation Riddle: A LabourTheory ofValue>>, Science andSociety, vol. 47, 1983-4: 427-50;
A. Lipietz. «The So-Called “Transformation Problcm" Revisited», Journal ofEconomic Vteoiy, vol. 26,
1982: 59-88; J. S. Szumski. «TheTransformation Problem Solved?», Cambridge JournalofEconomice,
vol. 13, 1989: 431-52. Ver los textos reunidos G. Dostaler (ed., con la colaboración deM. Lagueux).
Un Echiquier centenaire: théorie de la mleitr etfonimtion desprix, Práarfr/Montreal: La Découverte/Presses
de l'Uníversité du Québec; y en L Steedman et al. The Value Contmversy, Londres: New Left Books y
Verso, 1981.
45. MarxAfter Sraffa. Londres: New Left Books, 1977.
46. Ver su prefacio a la segunda edición de Studies in the Lobour Theory of Value, Londres: Lawrence &
Wishart, 1973 (Primera edición, 1956).
47. Ver, por ejemplo, Amin (1977); C. Benetli, C. Berthomieu y J. Cartelier. Economieclassique, économie
vulgaire: Essays critiques, Grenoble: Presses universitaires de Grenoble, 1984; Mandel, B. Rowthom.
«Neo-classicism, Neo-Rícardianism and Marxism», New Left Review, n“ 86, 1974: 63-87.
48. Sobre estos temas, deberíamos mencionar, aparte de los numerosos trabajos de S. Amin, los siguien­
tes: A. Brewer. Marxist Theories f f ¡mperialism, A Criticai Survey, Londres: Routledge & Kegan Paul,
1980; A. Emmanuel. Unequal Excltange: A Study of the ¡mperialism of Trade, Nueva York: Monthly
Review Press, 1972; M. Itoh. Valúe and Crisis, Londres: Pluto y Nueva York: Monthly Review Press,
1980; H. Magdoff. ¡mperialism: From the Colonial Age to lite Present, Nueva York: Monthly Review
Press, 1978; P. Mattick. Marx and Keynes: The Urnits oflhe Mixed Economy, Londres: Merlin, 1971;
J . J. O'Connor. The Fiscal Crisis of the State, Nueva York: St Martin's Press, 1973; R. Owen y B.
Sutcliffe (eds.). Studies in the 17teory of ¡mperialism, Londres: Longman, 1972; H.Radice. lntemational
Firm and Modern ¡mperialism, Harmondsworth: Penguin, 1975.
■ m

456 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

c ie r to s tr a b a jo s . Ig u a l q u e e l k e y n e s ia n is m o , e l m a r x is m o , c o m o d ic e n , y a n o e s tá d e
m oda.
L a s n u e v a s o ía s d e la h e t e r o d o x ia s e h a n c a r a c t e r iz a d o p r in c ip a lm e n te p o r in te r ­
p re ta r e l fu n c io n a m ie n t o d e la e c o n o m ía c e r c a n a a Jos h e c h o s y a la h is to r ia . M á s a llá
d e la h is to r ia e c o n ó m ic a 49 y d e la h is to ria c u a n tita tiv a 50, s e tr a ta d e in te n ta r e l a n á lis is
d e la r e a lid a d e c o n ó m i c a e n t e n d id a en su d im e n s ió n h is t ó r i c a , en b r e v e , d e lo q u e
p o d r ía lla m a rs e e c o n o m ía h istó rica5^ La e c o n o m ía p o lític a ten ía su s ra íc e s en la h istoria.
F u e e c o n o m ía h is t ó r ic a . D e T u r g o t a S m it h y a M ili y M a r x , d e la e s c u e la h is tó r ic a
a le m a n a , M a r s h a ll y S c h u m p e te r a K e y n e s , H a y e k y P e r r o u x , lo s e c o n o m ista s q u e h an
m a r c a d o e l p e n s a m ie n to e c o n ó m i c o tu v ie r o n en c u e n t a la d im e n s ió n h is t ó r ic a . E s ta
in c lin a c ió n h a c ia la h is to ria e s , a d e m á s , c o m ú n a to d a s la s h e t e r o d o x ia s . P a r a la c a s i
t
to ta lid a d d e lo s p o s t k e y n e s ia n o s , lo s in s t it u c io n a lis t a s , lo s r a d ic a le s y lo s m a r x is ta s ,
a l m e n o s u n a p a r t e d e l tr a b a jo tie n e u n a d im e n s ió n h is tó r ic a ; y e s te es ta m b ié n e l c a s o
d e l m u y d iv e r s ific a d o co n ju n to d e e c o n o m is ta s q u e h a n tr a b a ja d o e l d e s a r ro llo , e l fu t u ­
r o d e l c a p it a lis m o y su s c r is is , la s e c o n o m ía s n a c io n a le s y la s e c o n o m ía s in te r n a c io ­
n a le s y g lo b a le s .
M u y a m e n u d o , la fo r m a e n q u e la e c o n o m ía y la h is to r ia s e a r tic u la n p e r m a n e c e
im p líc it a . J e a n L h o m m e in te n ta c la r ific a r e l te m a : p a r a é l , s o n d o s h e c h o s h is tó r ic o s
lo s q u e p r o p o r c io n a n la m a te r ia p r im a p a r a la te o r ía e c o n ó m i c a » 525
, d e a h í la im p o r ­
4
3
ta n c ia d e l tr a b a jo q u e d e b e r e a liz a r s e s o b r e su r e p r e s e n ta tiv id a d , h o m o g e n e id a d , c o h e ­
sió n y s u c o n tin u id a d en el tie m p o ; a d e m á s , e l e c o n o m is t a d e b e r e c u r r ir a la h is to r ia
p a r a s o m e te r a p ru e b a lo s c o n c e p t o s q u e , c o m o c r it e r io , d e b e n « c o r r e s p o n d e r c o n la
r e a lid a d » 5^ M á s a m b ic io s o e s e l p r o y e cto d e P ie rre D o c k e s y B e r n a rd R o s ie r « d e p ra c­
tic a r la e c o n o m ía d a n d o un m a y o r é n fa s is a l a n á lis is d e l c a m b io e n e l tie m p o h is tó r i­
c o , s it u a n d o a s í e l d e s p lie g u e d e lo s fe n ó m e n o s e c o n ó m i c o s en u n a d i n á m i c a d e
ir r e v e r s ib ilid a d , d e in n o v a c ió n ir r e d u c ib le , p e ro ta m b ié n e n m e d io d e lo s ju e g o s y c o n ­
flic to s s o c ia le s , d e d e s c u b rir la d iv e r s id a d d e d u r a c io n e s y ritm o s» 5 4. S u a m b ic ió n co rn o
e c o n o m is t a s e s c o n s tru ir a lg o c o m o la s c o n o c id a s m u ñ e c a s r u s a s , c o n un a b a n ic o d e
te o r ía s , d e la m á s e s p e c íf ic a a la m á s g e n e r a l.

49. Ilustrada primero porhistoriadores, desde Sombart a F. Braudel, I. Wallerstcin y J. Bouvier -pero tam­
bién por especialistas de otras disciplinas, como el demógrafo Alfred Sauvy y Karl Polanyi, a quien es
difícil clasificar en una disciplina específica- y a ía que decenas de economistas contemporáneos apor­
taron, bajo diferentes formas, sus contribuciones. Ver Hicks (1969); A. J. Field (ed.). The Future of
Economic History, Boston: Kluwer-Nijhoff, 1986; W N. Parker (ed.). Economic HisloiyandtheModern
■ Economisl, Oxford: Basil Blackwell, 1986.
50. Evidentemente, en primer lugar uno piensa en S. Kuznets y, en Francia, en J. Marczewski.
5 l. «Economie et histoire, nouvelles approches», número editado por P. Dockes y B. Rosier. Revtie éco-
nomique, vol.42, 1991: 145-41; R. Boyer. «Economie et histoirc: vers de nouvelles alliances». Armales
ESC, año 44, 1989: 1397-426; R. Boyer, B. Chavance y O. Godard. lesfigures de 1'irréversibililé en
économie, París: Ecole des Hautes Etudes et Ciences Sociales, 1991.
52. Economieethistoire. Ginebra: Droz, 1967: 16.VerM.Beaud. «Economie, théorie, histoire: Essai de cla-
rificatíon», en Revueéconomique, vol. 42,1991; 155-72.
53. !bid., p. 30.
54. Introducción al número especial «Economie et histoire: Nouvelles approches» y «Histoire "raisonnée" et
économie historique». Rel'le économique, vol, 42, 1991: 150. Ver también de los mismos autores Rylhmes
économiques, criseetchangementsocial. Uneperspectivehistorique, Pans La IDécouverte, 1983; L'Histoire
ambigui!: Croissanceet développememen question París: Presses Universitaires de France, 1988.
SOBRE BABEL Y TRES FIGURAS DEL PENSAMIENTO ECONÓMICOACTUAL 457

E s t e inten to d e ex p re sa r las d o s d im e n sio n e s, la teó rica y Ja h is tó rica , a d o p ta a m p lia ­


m e n te e l e n fo q u e s u b y a c e n te en gran p arte d e la o b ra d e S c h u m p e te r , y a s e a d e su a n á ­
lisis d e l e m p r e s a r io , d e la in n o v a c ió n y su p a p e l en lo s m o v im ie n to s e c o n ó m ic o s , o su
p e n s a m ie n to s o b r e la e v o lu c ió n a la r g o p la z o d e l c a p ita lis m o y d e l s o c ia lis m o . E s m u y
p r ó x im o a l d e au to re s c o m o P e r r o u x , to m a n d o e n c u e n ta la e c o n o m ía d o m in a n te , la
e m p r e s a d o m in a n te y la in d u s tr ia d o m in a n te , y d e su s s u c e s o r e s c o m o M . B y é , c o n la
g r a n u n id a d in te r te r r ito r ia l55, y J . W e ille r , c o n la p r e fe r e n c ia r a c io n a l p o r l a s e s tr u c tu ­
r a s 565
. T a m b ié n e s c o n g r u e n te c o n lo s tra b a jo s d e a lg u n o s in s t it u d o n a lis t a s 5^ E n e s te
8
7
a m p lio c a m p o d e la e c o n o m ía h is t ó r ic a , la e s c u e la d e la r e g u la c ió n r e a liz ó u n in te n to
s is te m á tic o d e d e sa rro llo teó rico 5 s. O b t ie n e su in s p ir a c ió n d e d ife re n te s fu e n te s: e l m a r­
x is m o y e l p o s tk e y n e s ia n is m o c o n u n a fu e rte in flu e n c ia k a le c k ia n a , d e la e s c u e la h is ­
tó r ic a , d e S c h u m p e t e r y d e la tr a d ic ió n d e la e c o n o m ía p o lít ic a a c a d é m ic a fr a n c e s a
r e la c io n a d a c o n e l e s tu d io d e la s o c ie d a d y d e la s in s titu c io n e s , m e z c lá n d o lo s to d o s d e
n u e v o p a r a h a c e r u n a n u e v a m a s a q u e la s le v a d u r a s p o s t-1 9 6 8 a y u d a r o n a e x p a n d ir .
L o s p r im e r o s tra b a jo s trataro n d e la a c u m u la c ió n en E s t a d o s U n id o s 596
, d e la c o n s tr u c ­
2
1
0
c ió n d e u n m o d e lo m a c r o e c o n ó m ic o d e la e c o n o m ía fr a n c e s a d e in s p ir a c ió n p o s tk e y -
nesiana60 y d e la in fla c ió n en F r a n c ia 6^
E n p a la b ra s d e B o y e r 02, « lo s e n fo q u e s e n té r m in o s d e r e g u la c ió n p re s ta n m u c h a
a te n c ió n a la s fo r m a s p r e c is a s q u e to m a n la s r e la c io n e s s o c ia le s fu n d a m e n ta le s e n u n a
s o c ie d a d d e te r m in a d a d u ra n te u n a fa s e h is tó ric a p a rtícu la rn ; e n p a rticu la r, p resta n a te n ­
c ió n a la s « r e la c io n e s m e r c a n t ile s » y a la « r e la c ió n t r a b a jo - c a p it a l» , a n a liz a n d o sus
« f o r m a s in s t it u c io n a le s » (p. 1 3 ). E n b a s e a u n a m a c r o e c o n o m ía de in f lu e n c i a p o s -
tk e y n e s ia n a , a n a liz a n lo s « r e g ím e n e s d e a c u m u la c ió n » c o n c e b id o s c o m o « e l c o n ju n to

55. «La Grande Unité Inteilcrritoriale dans l’industrie exlracti ve». Cahiersdel'IS.E.A., serie F, n° 2, sep­
tiembre 1955:5-97.
56. «Les préférences nationales de s\nictures el la notion de déséquilibre estnsclurel». Revue d'économiepoli-
tique, vol. 59, 1949: 414-34; L'Economie intemationale depuis 1950. París: Presses Universitaires de
' France, 1965.
57. R. R. Nelson y S. G. Winter. An Evoiutionaty Theory af Economic Cliange, Cambridge, Massachusetts:
Harvard Univcrsity Press, 1982.
58. R. Boyer. la Tliéorie dela régulalion: uneanalyse critique., París: La Découverte 1986; trad. al inglés:
The Regulation School: A Critical íntroducúon, Nueva York: Columbia University Press, 1990; id.
«Les théories dela régulation: París, Barcelone, New-York». Revue de syiuhese (CNRS, Sección 4'), n° 2,
abril-junio 1989: 277-91. Ver también: Le colloque de Barcelone, Economies et societés, vol. 23, n° 11
(R4), 1989 y vol. 24, n° 12(R5), 1990. BobJessop («Regulation Theories in Retrospect and Prospect».
Economies et socictés, vol. 21, n° 11 (R 4), 1989: 8 y siguientes) distingueentre siete escuelas de regu­
lación: tres relacionadas con la economía marxiana (los economistas de Partido Comunista francés, que
analizan el capital del monopolio estatal; la escuela de Grenoble; y la escuela de Amstcrdam); y otras
tres (en Alemania, en los países escandinavos y en los Estados Unidos) que pueden situarse en relación
a la escuela de París, que con M. Aglictta, H. Bertrand, R. Boyer, A. Lipietz, J . Mistral y otros realizó
el esfuerzo fundador, que trataremos aquí.
59. M. Aglietta. Régulalion et crises du capitalisme: L'EJ.periénce des Etals-Unis, París: Calmann-Lévy, 1976;
trad. al inglés: A Theary of Capilalist Regulation, Londres: New Left Books, 1979).
60. J. Mazier. La Macroéconomie appliquée, París: Presses Universitaires de France, 1978.
61. Trabajos completados en el contexto del Centre de Recherches Prospectives d'Economie Mathémalique
Apploquée ñ la Planificalion (CEPREMAP).
62. Ver R. Boyer. The Regulation School, op. Cit. Ver también R. Boyer y J . Mistral. Accumulation, infla-
tion, crises, París: Presses Universitaires de France, 1986; id. (ed.). la Flexibilité du travail eii Europe,
París: La Découverte, 1986.
458 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

d e r e g u la r id a d e s q u e a s e g u r a n e l p r o g r e s o g e n e r a l y re la tiv a m e n te co h e re n te d e la a c u ­
m u la c ió n d e c a p ita l» (p . 35), tanto c o m o lo s « m o d o s d e r e g u la c ió n » (p . 43). E s te e n fo ­
q u e p e r m itió la r e a liz a c ió n , d e fo r m a c o h e r e n te y c o o r d in a d a , d e a n á lis is ce n tr a d o s e n
la s d in á m ic a s d e l c a p ita lis m o p a s a d o y p r e s e n te , d is t in g u ie n d o d e fo r m a s is te m á tic a
lo s d ife r e n te s tip o s d e c r is is , e n fa tiz a n d o Ja d is tin c ió n e n tr e re g ím e n e s d e a c u m u la c ió n
e x te n s iv o s e in te n s iv o s y s a c a n d o a la lu z e l fo r d is m o en la e x p lic a c ió n ta n to d e l c r e ­
c im ie n to d e p o s g u e r r a c o m o d e la c r is is d e lo s añ os 7 0 y 8 0 6 G e n e r ó n u e v o s tra b a ­
j o s , e n p a r tic u la r so bre e l dinero64 y la o r g a n iz a c ió n d e l t r a b a jo ^ .
E n e l c a m p o d e l a e c o n o m ía h is t ó r ic a , ta m b ié n s e p u e d e e n c o n tr a r a a u to r e s q u e
h a n tr a b a ja d o s o b re e l s is te m a c a p ita lis ta g lo b a l6
66 y la s e m p r e s a s tr a n s n a c io n a le s 676
5
4
6
3 - Su
0
7
9
8
tr a b a jo e s d e a lg u n a fo r m a p a r a le lo a l d e la e s c u e la d e la r e g u la c ió n , y a q u e e s ta ú lt i­
m a to m a la e c o n o m ía n a c io n a l c o m o s u p u n to d e p a rtid a . S i n e m b a r g o , ta m b ié n to m a ­
ron en co n sid e ra ció n la d im e n sió n in tern a cio n al d e l c a p ita lis m o , y p lan tea ro n e l co n ce p to
d e r é g im e n in te r n a c io n a l6*; a q u í p u e d e n v e r s e a lg u n a s s im ilit u d e s , y a s e a c o n e l e n fo ­
q u e in g lé s en té r m in o s d e h egem onía6® , o c o n a q u e llo s e n fo q u e s o r ie n ta d o s a r e la c io ­
n a r la s d im e n s io n e s n a c io n a l y g lo b a l d e l ca p ita lis m o 7^ E n esta m is m a á r e a d e in flu e n c ia
d e l a e c o n o m ía h is tó r ic a p o d e m o s e n c o n tr a r a a m e r ic a n o s r a d ic a le s c o m o S . B o w le s ,
D . M . G o r d o n , T . W e is s k o p f. R . E d w a r d s y E . R e i c h . E n t r e s u s tr a b a jo s y lo s d e la
e s c u e la d e l a r e g u la c ió n s e p u e d e e n c o n tr a r u n a fu e r t e c o n v e r g e n c ia : p o r e je m p lo , la
id e a d e e s tr u c tu r a s o c ia l d e a c u m u la c ió n 71 c u b r e e n g r a n p a rte la d e l r é g im e n d e a c u ­
m u la c ió n ; ta m b ié n e x is t e u n a fu e r te r e la c ió n e n la s fo r m a s e n q u e e sta s d o s e s c u e la s
a n a liz a n l a « r e la c ió n s a la r ia l» ( r a p p o r t s a l a r i a l ) y e l c o m p r o m is o c a p ita l-tr a b a jo , a s í
c o m o la crisis d e lo s a ñ o s 7 0 72. O tr a c o n v e r g e n c ia p u e d e a p re cia rse c o n M . P io r e , q u ie n ,
e n c o la b o r a c ió n c o n C . S a b e !, a b o rd ó e l a n á lis is d e l p o s tfo r d is m o d e fin ie n d o l a e s p e -

63. Para una crítica de esteenfoque, ver, por ejemplo, J. Cartelier y M. de Vroey. «L'approche de la régu"
lation. Un nouveau paradigme?», Economies el societés, vol. 23, n° 1I (R 4), 1989: 63-87.
64. M. Aglietta y A. Orléan. L.a Violence de la monnaie, París: Presses Universitaires de France, 1982.
65. B. Coriat. ¡'Atelierelle dnvnomelre,París: Bourgois, 1979', L'Atelieretlerobol, París: Bourgois, 1990.
66. En particular I. Wallerstcin. Historical Capitalism, Londres: Verso, 1983; S. Amin ( 1970, 1976)
L'Impérialisme.
67. En particular Vernon (1971, 1985) y C.-A. Michalet. le Capitalisme mondial, París: Presscs Universi^taires
de France, 1976 (imeva edición, 1985).
68. A. Lipietz considera que éste puede existir «como un sistema global de acumulación» (Mirages et
mitades, París: La Découverte, 1985: 101; trad. al inglés: Mirages and Miracles, Londres: Verso,
1987. J. Mistral relaciona el análisis de las áreas estratégicas y de los regímenes internacionales de acu­
mulación («Régime international et trajectoires nalionales», R. Boyer (ed.). Capitalismesfin de siécle,
1986: 172 y siguientes). M. Aglietta estudia e! «regimen monetario internacional que se establece alre­
dedor de una moneda clave» (La Fin des devises-clés, París: La Découverte, 1986: 44 y siguientes).
69. R. Gilpin. The Political Economy ofInternational Relations, Princeton University Piess, 1987; J. Kolko.
Reslmcturing the World Economy, Nueva York: Pantheon Books, 1988; S. Strange. States andMarkets,
Londres: Pinter, 1988.
70. J. O. Anderson. «Capital and Nation-State: A Theoretical Perspeclive», en Developmenl and Peace,
vol. 2, 1981: 238-54; M. Beaud. Hisloire du capitalisme, París: Senil, 1981; Trad. al inglés: A Hislory
of Capitalism, Nueva York: Monthly eview Press, 1983; id. le systeme mliomi/mondial hiérarchisé,
París: La Découverte, 1987.
71. Bowles (1983). .
72. Bowles, Gomon y Weisskopf (1983); R. Edwards, D. M. Gordon y E. Reich. Sefinented UVrk, Divided
Workers, Cambridge, Inglaterra: Cambridge University Press, 1982.
SOBRE BABELYTRES FIGURAS DELPENSAMIENTOECONÓMICOACTUAL 459

c i a l i z a c i ó n f l e x i b l e 73, u n t e m a a d o p t a d o p o r lo s t e ó r i c o s f r a n c e s e s d e l a e s c u e l a d e l a
r e g u la c ió n . F in a lm e n t e , p o d e m o s r e c o r d a r a q u í a a lg u n o s d e fe n s o r e s d e l e n f o q u e m o d e r ­
n o in g lé s e n t é r m in o s d e « c o r p o r a t i s m o » ™ u n e n f o q u e q u e t ie n e e n c u e n t a la s c a r a c ­
t e r ís t ic a s d e l s is t e m a p o l í t i c o y l o s m o d o s d e r e p r e s e n t a c i ó n d e l o s in t e r e s e s d e c a d a
p a í s , la s e s t r a t e g i a s d e l o s a c t o r e s p r i n c ip a l e s ( e l E s t a d o , lo s e m p r e s a r io s , l o s s i n d i c a ­
to s ) y l a n a t u r a le z a y p a p e l d e l a s r e l a c i o n e s s o c i a l e s .
A p e s a r d e q u e su s tra b a jo s e s t á n e n p a r te in s p ir a d o s p o r lo s d e b a te s ( m e n c io n a d o s
e n l a s e c c ió n p r e v ia ) s o b r e e l m e r c a d o , Ja e m p r e s a , l a r a c io n a li d a d y la o r g a n i z a c ió n , l o s
d e fe n s o r e s d e la s « e c o n o m í a s d e la s c o n v e n c i o n e s » (économies des conventions)15 p a r e ­
c e n o c u p a r m á s y m á s e í c a m p o d e la e c o n o m í a h i s t ó r ic a . D e h e c h o , si s it ú a n e n e l c o r a ­
z ó n d e su a n á l is is la s d o s f o r m a s m á s im p o r t a n t e s d e c o o r d i n a c i ó n q u e c o n s t it u y e n e l
m e r c a d o y l a e m p r e s a , e s t a b le c e n q u e n in g u n a d e la s d o s p u e d e f u n c i o n a r « s in u n m a r c o
c o m ú n , s in u n a c o n v e n c i ó n c o n s t it u t iv a » 7* , l o q u e e n s í m i s m o s ó l o p u e d e e n t e n d e r s e s i
s e s itú a e n l a h is t o r ia d e l a s s o c i e d a d e s . P o r l o ta n t o , e l a n á lis is d e la s c o n v e n c i o n e s p u e d e
p e n n itir la v i n c u l a c ió n d e c a m p o s d e m a s ia d a s v e c e s sep^arados c o m o s o n la e c o n o m í a , la
s o c i o l o g ía y l a h i s t o r ia , e l e s t a b l e c im i e n t o d e v í n c u l o s e n tr e e l p e n s a m ie n t o t e ó r ic o y e l
a n á lis is d e l a r e a lid a d , y l a c o n s t it u c ió n d e u n p u n t o d e c i s i v o e n tr e e l in d i v i d u a l i s m o y
e l h o li s m o y e n t r e l a m i c r o e c o n o m í a y la m a c r o e c o n o m í a . A q u í e n c o n t r a m o s n u e v a ­
m e n t e fu e r t e s c o n v e r g e n c i a s c o n l o s i n s t i t u c i o n a l i s t a s y l a e s c u e l a d e l a r e g u l a c i ó n 7
C o n s u e s f u e r z o o r ie n t a d o p e r m a n e n t e m e n t e a d e v o l v e r l a d i m e n s i ó n h i s t ó r i c a ,
s o c i o l ó g i c a y p o l í t i c a a l a e c o n o m í a , s o n n u m e r o s o s l o s q u e , c o m o S í s i f o , t r a b a ja n u n a
e c o n o m í a h i s t ó r i c a e n r e c o n s t r u c c i ó n p e r m a n e n t e , y q u i e n e s , s i n o s o n a t r a c t iv o s p o r
su c o h e r e n c ia fo r m a l y p u r e z a , d e b e n s e r lo p o r s u c a p a c id a d d e e x p lic a r la s tra n s fo r ­
m a c i o n e s y l a e v o l u c i ó n d e las e c o n o m í a s n a c i o n a l e s y g l o b a l e s .

'S/-\ 4. Í c a r o : EL v u e l o r o t o d e l p e n s a m ie n t o e c o n ó m i c o

li: f P a r a m u c h o s d e s u s f u n d a d o r e s , l a e c o n o m í a p o l í t i c a e r a p e n s a m i e n t o p lu r i d i m e n s i o -
¡0 ■ n a l e n d o s s e n t id o s . E n p r i m e r l u g a r , e r a s i m u l t á n e a m e n t e u n a t e o r ía d e l m e r c a d o y d e
; l o s p r o c e s o s p r o d u c t i v o s , d e l a c t o r i n d i v i d u a l y d e l a s o c i e d a d , d e l a e l e c c i ó n r a c io n a l
y d e l c a m b i o h i s t ó r i c o . A l a v e z , e r a t a m b i é n u n in t e n t o d e c o m p r e n d e r l o s p r o c e s o s
o b s e r v a b le s , u n e s f u e r z o d e c o n c e p t u a l i z a c i ó n y f o r m a l i z a c i ó n , u n a g u í a p a r a la s d e c i -
¡ í - c s i o n e s d e l P r ín c ip e y l a c o n s id e r a c ió n d e l o s o b je t i v o s . C o m o d is c i p l in a d e t r i p le d im e n -
Vjtf-.j:' s ió n - h u m a n a , s o c i a l e h i s t ó r i c a - , e r a u n a « c i e n c i a p o l í t i c a y m o r a l» . E s t a t r a d i c i ó n ,

í :■ 73. The S e c o n d Industrial D iv id e , Nueva York: Basic: Books, 1984.


¡v i;,': : 74. P. C. Schmitter y G. Lehmbruch (eds.). T ren ds Tow ard C o r p o r a tis t In ie rm e d ia tio n , Beverly Hills,
¿i ■ California: Sage, 1979; S. D. Berger (ed.). Organising brterest in WfesremEurope , Cambridge, Inglaterra:
Cambridge Universiíy Press, 1981; P. J. Kalzenstein. Corp ora tism and . C h a n g e , Ithaca, Nueva York:
ÍV : : Cornell University Press, 1984. Ver también F. L. Pryor. «Corporatism as an Economic System: A
Review Article». Jo u r n a l o f Com p arative E c o n o m ic s , vol. 12, 1988: 31744.
;K:V: 75. J.-P. Dupuy, F. Eymard, O. Favereau, A. Ortéan, R. Salais, L. Thévenot (eds.). «L’Economie des con-
ventions». Número especial de R evu e é co n o m iq u e, vol. 40, 1989: 141-400.
76. R evue écon om iq u e, vol. 40, 1989:142.
77. Ver,enlre otros, R. Boyer y A. Orléan. «Les transfonnations des conventionssalariales entre théorie et
K ;: hisloire». R e v u e économ iq ue , vol. 42, 1991: 269. Ver también Boyer, The R egulation S c h o o l, op. cit.:
i 1.:.: xix-xxii.
460 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

nacida con Petty, Turgot, Smith, M althus y Ricardo, ¿murió con Keynes, Frisch, Myrdal,
Perroux, Tinbergen y H ayek? E s de temer tal posibilidad
N o es que, entre los economistas vivos y pensantes, todos hayan perdido la espe­
ranza en un enfoque m ultidim ensional, pero, con la enorme producción de trabajos
sobre econom ía escritos en la s décadas recientes, el análisis, la teoría, la investigación
- y con ellos, el pensam iento- han estallado en muchos campos: el mercado, Ja empre­
sa, la elección pública, el consumidor, la economía nacional, el trabajo, el em pleo, el
bienestar, la economía internacional, las empresas transnacionales, el proceso de la
globalización, el capitalismo, la tecnología, la innovación, Ja información y otros innu­
merables; cada uno de ellos con subáreas de especialización, encerrados todos por la
estructura de las escuelas, las tradiciones teóricas y los lenguajes. E l economista debu­
tante, tanto com o el autor veterano, habiendo trabajado duro para conseguir reconoci­
miento en una o dos áreas, dudará, con razón, antes de embarcarse en la tarea de construir
un enfoque teórico que lo abarque todo.
Adem ás, los últim os 40 años han estado marcados por una remarcable prolifera­
ción de trabajos formales y teóricos sobre m ercados, equilibrios, opciones y estrate­
gias, con el estudio de la realidad económica contemporánea convertido en una actividad
de segunda clase, escasamente vinculada a lo anterior. E l asesoramiento a los gobier­
nos ha disminuido; y pasarán varias generaciones de ordenadores antes de que uno sea
capaz de relacionar la teoría del equilibrio general con las opciones concretas de polí­
ticas económ icas, si llega a ser posible alguna vez. Por lo que respectad la dimensión
ética, algunos economistas han intentado reintroducirla, ya sea paraam pliar el análisis,
para incluir por ejem plo la idea de la equidad y de la «super-equidad» (B aum ol, 1986
con Fischer), para comentar sobre cóm o se está desarrollando el mundo {Hirschm an,
1984; Sen , 1985, 1987 On Ethics), para criticar la falta de realismo de la teoría ortodoxa
(Bartoli787 ), o de nuevo com o punto de partida para aquellos que niegan la ingoberna-
0
8
9
bilidad del mundo (Tinbergen, Í990; G ruson, 1992).
E l presenciar esta doble explosión en el conocim iento económ ico debería llevar a
la aceptación del pluralismo y a su defensa. Pero debería llevar también a una reflexión
sobre la necesidad del pensamiento. Y a en el siglo x v i, Franpois Rabelais escribió que
«science sans consciente n’ est que ruine de la m e » 79 ¿Qué podemos decir hoy de la
formalización sin reflexión? Dos informes recientes, realizados a iniciativa de la American
E conom ic Association, demuestran el impasse al que ha llevado el énfasis excesivo en
las matemáticas y la formalización en la enseñanza de la econonúa en Estados Unidos8°
Y a sea por mala suerte o com o provocación deliberada, la nota de Law rence Sum m ers,
un economista del Banco Mundial, revelada por la prensa inglesa, es, a su manera, un indi­
cativo de las incongruencias que se han generado por el análisis que da privilegio al cál­
culo racional. E l autor ofrece una ju stificación racional para el desplazamiento de la
polución y de los desechos d el norte a l sur, donde lo s salarios son menores, en térmi-

78. E c o n o m ie et créa tion c o lle c liv e . París: Económica, 1977; L ’E c o n o m ie trn U id im en siorm elle. París:
Económica, 1991. - "
79. «Laciencia sin conciencia no es más que la ruina del alma» (T h e C o m p le te W o r k s o d R a b e la is , Nueva
York: Modem Library, 1944: 194).
80. A. O. Krueger eí a!. «Report of the Commission on Gradúate EducaMon in Economics» y W. Lee
Hansen. «The Education and Training of Economics Docloratcs». J o u r n a l o f E c o n o m ic L ilera tu re ,
vol. 29, £991: 1.035-1.053 y 1.054-1.087.
SOBRE BABEL Y TRES FIGURAS DELPENSAMIENTO ECONÓMICO ACTUAL 461

n o s d e la r e la c ió n en tre e l c o s te d e u n a p o lu c ió n p e lig r o s a p a ra la s a lu d y lo s b e n e fic io s


a b s o r b id o s p o r e l c r e c im ie n to d e la e n fe r m e d a d y d e la m o r ta lid a d 8^
¿ E s é s t e e l e s ta d o a c tu a l d e l a d is c ip lin a ? ¿ E s la n a tu r a le z a d e lo s p r o b le m a s ? E l
p e n s a m ie n to e c o n ó m ic o se m u e s tra h o y e n fe r m iz o , a u n q u e p e rs is ta n , a q u í y a llí, a lg u ­
n as llam as e n tre la s b ra sa s. C u a n d o e l ú ltim o p a n fle to a n a rc o -c a p ita lis ta y la ab u n d a n te
g a m a d e e x p lic a c io n e s m a rx is ta s d e la ú ltim a cr is is s e h a y a n c o lo c a d o en la s estanterías,
¿ q u e será d e l p e n s a m ie n to so b re los s is te m a s ? P a ra a lg u n o s autores, h o y m u y d e m o d a ,
h e m o s lle g a d o s im p le m e n te a l « f in a l d e la h is to r ia » 8
828
1 - In c lu s o la e n c íc lic a
3 Centesimus
Annus d e l P a p a Ju a n P a b lo H a p e n a s o b tu v o u n a resp u e sta p o r p a rte d e lo s e c o n o m is ­
ta s ; d e b e d e c ir s e q u e en m e d io d e u n a fu e r te c o r r ie n t e lib e r a l, e l P a p a d e n u n c ió lo s
lím ite s d e l lib e r a lis m o y h a b ló a fa v o r d e l p a p e l d e l E s t a d o d e l b i e n e s t a r .
M ie n tr a s la s n a c io n e s d e l T e r c e r M u n d o h a n e x p e r im e n ta d o ta sa s m u y d ife r e n te s
d e d e s a r r o llo , la d u d a s e im p o n e : tan to en e l n o rle c o m o en e l sur, h a y v o c e s q u e e x p r e ­
s a n d u d a s s o b r e e l d e sa r ro llo c o m o o b je t iv o u n iv e r s a l848
. E n e s t e á r e a , a d e m á s , la s ce r ­
7
6
5
teza s d e sa p a r e c e n rá p id a m e n te : d e la c o n fia n z a en e l s o c ia lis m o a la h ip ó te s is d e lo s
a g e n t e s r a c io n a le s y a ! lib e r a lis m o ; d e l p r o y e c to b a s a d o e n la c o n s tru c c ió n d e u n a e c o ­
n o m ía n a c io n a l a la s e s tr a te g ia s d e d iv e r s ific a c ió n e n e l c o r a z ó n d e lo s m e r c a d o s in te r ­
n a cio n a le s ; d e l p a p e l d o m in a n te d e l E s ta d o al e s lo g a n « m e n o s E stad o » 8 5 L o s p rin cip ales
e s fu e r z o s h a c ia la r e f le x ió n g lo b a l h a n sido c o le c t iv o s y h a n estad o e s tim u la d o s p o r
lo s p o lít ic o s : e l In fo r m e B r a n d t , q u e s e c e n tr ó en e l a b is m o c a d a v e z m á s p r o fu n d o
e n tr e e l n o r t e y e l s u ^ ; e l In fo r m e B r u n d tla n d , q u e s u b r a y ó e l e m p o b r e c im ie n to d e
lo s m á s p o b r e s y q u e , a p e s a r d e s u in c a p a c id a d p a r a p r o d u c ir s o lu c io n e s , tu v o é x ito
en o fr e c e r u n e s lo g a n : e l d e s a r r o llo s o s te n ib le 8 ?, e s d e c ir , a q u é l q u e es c a p a z d e p r e ­
s e r v a r e l e n to r n o y la s o p o r t u n id a d e s d e la s g e n e r a c io n e s fu t u r a s . Y a q u e e l m e d io
a m b ie n t e s e h a c o n v e r t id o , p a r a to d a s la s d is c ip lin a s c ie n t í f ic a s , e n u n o d e lo s m á s
im p o r ta n te s o b je to s d e e s tu d io a fin a le s d e l s ig l o . A lg u n o s e c o n o m is ta s g e n ia le s y a lo
h a b ía n e n te n d id o ( B o u ld in g , 1966 « T h e E c o n o m ic s » ; G e o r g e s c u -R o e g e n , 1 9 7 1 , 1 9 78,
1979, Demain, 1 9 8 0 , 1 9 8 2 ; C o m m o n e r 8 8 , P a s s e t899
) . O t r o s y a h a b ía n a p l ic a d o s u s t é c ­
0
n ic a s a l m e d io a m b ie n te b a s ta n te antes9<1: en c o n c r e t o , e n e l a n á lis is d e l in p u t-o u tp u t

81. Ver Th e E c o n o m ist, 8 de febrero de 1992, el F in a n c ia l Tim es, 10 de febrero de 1992, C o u rríe r
In te m a lio n a l, 20 de febrero de 1992.
82. F. Fukuyama. The E n d o f H ís lo r y a n d the Las/ M a n , Nueva York: Free Press, 1992.
83. Ver: Le C e n / e n a ire d e R e m m N o v a ru m , ediiado por HuguesPuel, París: Cerf, 1991.
84. S. Latouche. F a u f-il te fu s e r le d é v e lop m e n t?, París: Presses Universitaires de France, 1986.
85. Ver: G. Grellet. «Un survolcritique de quclques orthodoxies contemporaines». R evu e T iers-M o n d e ,
vol. 3 3, 1 99 2 :3 1 -6 6 .
86. Willy Brandt (ed.). N orth^South: A P r o g r a m m e fo r S u r v iv a l , Informe de la Independen! Commission
on Intemalional Development Issues, Cambridge, Massachusetts: MlT Press, 1980.
87. World Commission on Environment and Development. O u r Com m oii F u m re , Nueva York: Ox ford
University Press, 1987. Ignacy Sachs había propuesto en 1972 el concepto de ccodesarrollo.
88. Th e C lo sin g C ir c le : N a lu re, M a n a n d T ech nology, Nueva York: Alfred A. Knopf, 1971.
89. L ’E c o n o m lq u e e lle v lv a n t , París: Payot, 1979.
90. R. Y N. Dorfman (eds.). E c o n o m ics o ft h e E n v iio m n e n t , Nueva York: W. Norton, 1972; A. C. Fisher
y F. M. Peteflion. «The Environment in conomics: A Survcy». J o u m a l o f E c o n o m ic L ile r a w r e , vol. 14,
1976: 1-33; M. L . Crooper y W. E. Oates. « Environmental Economics: A Survey». Jo u m a l o f E c o n o m ic
: Literam re, vol. 30, 1992: 675-740; D.Pearcc. «Green Economics». Enví/onm enial Valúes, vol.!, 1992 :
3-13; W. E. Oates (ed.). The E c o n o m ic s o f t/Je E n viio n m en t, Aldershol, Hants: Edward Elgar, 1992.
462 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

(Leontief, 1970) y en el análisis de las externalidades (Baum ol, 1975 con W. E . Oates;
1979 con O ates y Batey Blackm an). Pero estas técnicas, ¿permiten algo más que acla­
rar ciertos problemas bien definidos? ¿N o es necesaria la em ergencia del pensamien­
to global para dar luz a una nueva tarea, a la que, en toda su com plejidad, se enfrenta
ia hum anidad?91
C o m o disciplina que ha estallado, la cien cia económ ica actual se desarrolla a tra­
vés de multitud de trabajos, dedicados en su mayor parte a ternas lim itados, aborda­
dos a través de enfoques reduccionistas. E l momento de la síntesis y de la reconstrucción
parece estar más alejado que nunca. M uchos economistas eligen su disciplina con la
esperanza de contribuir a solucionar los grandes problemas de su tiempo: el desem­
pleo en los años 20 y 30, el subdesarrollo en el periodo de posguerra, y actualmente
la desigualdad, la pobreza, el hambre y el ataque al medio ambiente. Pero cada uno de
estos problemas constituye un hecho social glob al92. N o es reduciéndolo todo a sus
fragm entos constitutivos, a elecciones individuales y al cálculo de Ja m axim ización,
no es ni siquiera a través de la construcción de un conjunto de teorías parciales sobre
ellos que llegaremos a comprender estos problemas. Debem os tener en cuenta el hecho
social global, que nos lle va a traspasar el estrecho análisis económ ico, tal com o han
hecho M y rd al, Perroux, Tinbergen, B o u ld in g y Hirschm an; y Sen para el ham bre,
H ay ek para e l mercado, Sim on para las organizaciones, K ornai para las economías pla­
nificadas. Para encontrar explicaciones útiles para los problem as centrales de la eco­
nomía, es hacia los no economistas donde debemos mirar: hacia Polanyi para el proceso
del cam bio social estructural vinculado a la expansión de la econom ía de m ercado,
hacia Raw ls para la desigualdad y la ju sticia , h acia H aberm as para el futuro de nues­
tras sociedades, h acia Prigogine para la com plejidad.
M u ch o s economistas cuestionan profundamente los m étodos y las bases mismas
de la investigación económ ica. N o hem os podido mencionar aquí el importante traba­
jo sobre m etodología económ ica que existe desde el com ienzo de la disciplina de la ■¡ííl®
■s:B|®
econom ía, y que ha resurgido en los últim os 20 años, estim ulado por trabajos tales '88®
com o los de B la u g (1980 The M ethodology), B o lan d 93, C a ld w e ll94, H ausm an95, VI S
Hutchison (1978, 1981, 1992), K o lm 96, Lato u ch e97, M a y e r (1993), Pheby98 y muchos
o t r o s í L a aparición de publicaciones com o Economics and Philosophy y el Journal o f m

91. ¿Puede alguien ver alguna aportación en este sentido en la Declarationfor Universal Environmental
Ríglits divulgada por el C S E (Cenler for S cience and Environment) de Nueva D elhi, dirigido por A n il
A garw al?
92. U n «fait social total». Leer, entre otros, a M arce[ Proust y Fem and Braudel.
93. TheFoundations ofEconomicMethod. Londres: A lien & Unw in,1982.
94. BeyondPositivism: Economic Methodologyinthe TwentiethCentury. Londres: A lien & U n w in , 1982.
95. Capilal, ProfasandPnces: AnEssayinthePhilosopliyofEconomics. Nueva York: Colum bia University
Press, 1981; The ¡nexact andSepárate Science ofEconomics. C am b rid ge , Inglaterra: C am b ridge
U niversity Press, 1992; Essays 011 Philosophy andEconomicMethodology. Cam bridge, Inglaterra:
Cam bridge University Press, 1992.
96. Phiiosophiedel'économie. París: S eu il, 1985.
97. Epistémologieet économie. París: Anthropos, 1973; L e Procesdelascience socia/e. París: Anthropos,
1984.
98. MethodologyandEconomics: A Crilical Intmduction. Londres: M á c m ilía n , 1998.
99. Ver también los textos reunidos en N . de M archi y M . B la u g h (eds.). Appraising Economic Theories:
Studies intheMethodologyofScientifc researclrProgramóles, Aldershot, Hants: Edward Elgar, 1991;

.- i.
SOBRE BABEL Y TRES FIGURAS DEL PENSAMIENTO ECONÓMICO ACTUAL 463

Economic Methodology ( v i n c u la d o al internacional Networkfor Economic Method)


e s un i n d ic a t i v o d e e ste n u e v o r e s u r g ir . K la m e r , M c C l o s k e y y o tr o s h a n e n f a t i z a d o la
im p o r t a n c i a , e n e c o n o m í a ig u a l q u e e n o tr o s á m b it o s d e i n v e s t i g a c i ó n , d e l a n a t u r a le ­
z a d e l d is c u r s o , d e l a r e t ó r ic a y d e l a r t e d e J a p e r s u a s ió n '0 0 . P . M i r o w s k i ( 1 9 8 9 ) d e s e n ­
c a d e n ó u n v i v o d e b a t e a l p r o p o r c io n a r u n a n u e v a i n t e r p r e t a c ió n d e J a r e l a c i ó n e n t r e l a
f í s i c a y l a e c o n o m í a 10^ B a s á n d o s e e n u n e n f o q u e g e n e r a d o p o r e l e s t u d io d e l a t u r b u ­
l e n c i a e n m e t e o r o l o g í a , l a t e o r í a d e l c a o s 102, a l g u n o s in t e n t a n r e j u v e n e c e r e l e s t u d io
d e la s f l u c t u a c i o n e s c í c l i c a s s in l i m i t a r s e a J a e s t r u c tu r a d e t e r m in is t a b a s a d a e n l a f í s i ­
c a c l á s i c a 11^
E n r e la c ió n a l a fo r m a c ió n d e lo s te ó r ic o s d e l a e c o n o m ía , R . H . N e ls o n s u b r a y a
la n e c e s id a d d e a u m e n t a r s u c o n o c i m i e n t o e n c a m p o s c o m o e l d e l a h i s t o r ia , e l d e r e c h o ,
la c ie n c ia p o lít ic a y la s in s titu c io n e s , c o n , fin a lm e n t e , u n r e to r n o a la t r a d ic ió n d e la
e c o n o m ía p o l í t i c a ™ T a n p r o n to c o m o e n 1 9 7 8 , T . W . H u tc h is o n e s c r ib ió : « E n Ju g a r
d e e s p e r a r a N e w t o n , o a u n n u e v o K e y n e s , p u e d e s e r m á s p r o m e t e d o r in t e n t a r r e s ­
t a u r a r l o s c o m p o n e n t e s h i s t ó r i c o s , i n s t i t u c i o n a l e s y p s i c o l ó g i c o s d e l t e m a , ta n m a g i s ­
t r a lm e n t e in c o r p o r a d o s e n L a riqueza de las naciones» ( H u t c h i s o n , 1978: 3 2 0 ).
E n e s t a p e r s p e c t i v a , u n o p u e d e v e r l a h i s t o r ia e c o n ó m i c a , y a e v o c a d a a n t e s , y t a m ­
b ié n l a « s o c i o e c o n o r n i a » , q u e , c o n e l s o c i ó l o g o A m i t a i E t z i o n i 105 y v a r i o s e s p e c i a l i s ­
ta s e n c ie n c ia s s o c i a l e s , l o s e c o n o m is t a s B o u l d i n g , H i r s c h m a n , L e ib e n s t e i n , S e n , S i m o n
y T h u r o w h a n e l e g i d o c o m o b a n d e r a b a j o l a q u e r e u n i r a a q u e l lo s q u e d e s e a n v e r a l a (

5; B . J . Caldwell (ed.). Apprrrisal a n d C r itícism in E c o n o m ic s : A B o o k o f R e a d in g s, Boston: Allen &


Ife Unwin, 1984; id. {ed.). The P hilosoph y a n d M ethodology o f E con om ics, 3 vol. Aldershot, Hants: Edward
¡fe Elgar, 1993; A. W. Coats (ed,). M e th o d o lo g ica l C o n lto re rsy in E c o n o m ics: H is to ric a l E ss a y s in H on or
fefe o/T .W , H utchinson, Grecnwich, Conn, y Londres: JA I Press, 1983; J . Creedy (ed.). F o u n d a tio n s o f
j|:fe Econ om ic Thought, Oxford: Basil Blackwell, 1990; F. Hdrp y M . Holíis (eds.). Philosophy an d Econ om ic
Ifei Th eory, Oxford y Nueva York: Oxford University Press, 1979; W. J. Samuels (ed.). R e se a rch in the
fefe H islo ry o f E con o m ía Thought a n d M e th o d o lo gy , Greenwich, Conn. y Londres: JA I Press Serie anual
Jfefe publicada desde 1983. Ver también: A . Mingat, P, Salmon y A . Wolfeispeiger. M érhodologie éconnomique,
fe:: París: Presses Univcrsitaires de France, 1985; B. Walliser y C . Pro u. La scie n ce é co n o m iq u e , París:
|fe Seuil, 1988.
fefe 100. Ver, por ejemplo: A . Klamer, D . N . M cCloskey y R . M . Solow (eds.). The Co n se q u e n ce s o f E c o n o m ic
fe r lM o r íc , Cambridge, Inglaterra: Cambridge University Press, 1988; J . S. Nelson, A . M egill y D . N.
fefe. McCloskey (eds.). The R h e lo ric o ft h e H u m a n S c ie n c e s : La n g ia g e a n d A ig u m e n l in Sch o la rsh ip and
fefe P u b lic affairs, Madison y Londres: University o f Wisconsin Press, 1987.
■feife 101. Ver también, sobre ía matematización de laeconomía: Ingrao e Israel (1871) y E . R. Wejnttaub (1991).
fes 102. J . Gleick. C h a o s , Nueva York: Viking, 1987; I. Prigogine y I. Stcngcrs. E n tre l e temps e t V éte m ité ,
fe : París: Fayard, 1988; M . M itchell Waídrop. C o m p le x ity : Th e Em erg in g S c ie n c e al the E d g e o f O rd er
i'ij fe and C h a o s , Nueva York: Simon and Schuster, 1992.
fefe 103. J. Benhabib (ed.). C y c le s a n d C ita o s in E c o n o m ic E q ttilib riu m , Princeton University Press, 1992;
fefe■ Goodwin ( 1990); H . W. Lorenz. N o n lin e a r D y n a m ic a l E c o n o m ic s a n d C h a o tic M o tío n s, Nueva York:
fefefe- , Springer-Verlag, 1989.
fe;fe J 04. «The Economics Profession and the M aking o f Public Policy», J o u m a l o f E con o m ic Literaíitre, vol. 25,
fe) 1987:86
ifefei 105. «Toward Deontological Social Sciences». P h ilo s o p h y o f the S o c ia l S c ie n c e s, vol. 19, 1989: 145-56;
fefe Tite .\1oral D im c n c io n : Tow ard a N e w E c o n o m ics. Nueva York: Free Press, 1988. Sobre la insensatez
fec de separar lo económico de lo social, ver: Marcel Mauss. «Essai sur le don» [ 1923-4]. Eli: S o cio lo g ie
fefe. et a n th m p o lo gie, París: Presses Universitaires de France, 1960: 143-279; y, sobre la necesidad de una
fefe ■ ciencia social histórica: I. Wallerstein. <<ATheoryof Economic History in Place ofEconom ic Theory?».
¡fe R evue écon om iq u e, vol. 42, 1991: 173-80.
464 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

e c o n o m í a e s c a p a r d e la c a m i s a d e f u e r z a q u e l a in h ib e '0 6 . D e f o r m a m á s a m p l i a , n o
d e b e m o s o l v i d a r , a s u v e z , a a q u e l lo s q u e d e f i e n d e n l a r e c o n s t r u c c ió n d e l a e c o n o m í a
p o lít ic a 1
107*, u n a e c o n o m í a p o l í t i c a a m p l i a d a ^ , q u e t e n g a e n c u e n t a la d i m e n s ió n é t i c a ,
6
0
c o n c e b i d a c o m o u n a c ie n c ia m o r a l y p o l í t i c a ' ^ ; e n b r e v e , u n a e c o n o m í a m u l t i d i m e n -
s i o n a l 110. S e h a n s e m b r a d o , p o r lo t a n t o , n u e v a s s e m i l l a s . ¿ P e r o p a r a c u a n d o p o d e m o s
e s p e r a r la c o s e c h a ?
¿ E s p o s ib l e q u e a l g u n o s e c o n o m is t a s h a y a n in t e n t a d o a c e r c a r s e d e m a s ia d o a l s o l d e l
c o n o c i m i e n t o g l o b a l ? H o y , c u a n d o n o s e n f r e n t a m o s a lo s g r a n d e s p r o b le m a s d e n u e s ­
tr o t ie m p o , e l a la r o t a d e l p e n s a m ie n t o e c o n ó m i c o h a d e j a d o a l e c o n o m i s t a d e s a r m a d o ,
c o n s u c o n o c i m i e n t o f r a g m e n t a d o , s u s a n á l i s i s s u p e r f i c i a l e s , d e s a m p a r a d o s a n te e l
e n o r m e v a c ío q u e s e p a r a un e d if ic io te ó r ic o a l q u e le f a lt a c o h e r e n c ia y u n m u n d o
n e c e s it a d o d e r e s p u e s t a s y s o l u c i o n e s .

B IB L IO G R A F ÍA

A l c h ia n , A n n e n A lb e r t . « U n c e r ta in ty , E v o lu t io n an d E c o n o m ic T h e o r y » . Journal o f Poliíical
Economy, v o l. 58, 1950, p . 2 l l - 2 2 1 .
— . Economic Forces at Worl.:: Collected Papers o f Armen Alchian. In d ia n a p o lis : L ib e r ty P r e s s,
1 9 77 .
A LCH IA N , A rm e n A lb e rt; D E M s E IZ , H . «P ro d u ctio n , In fo n n a tio n C o s t a n d E c o n o m ic O ig a n iz a lio n » .
American Economic Review, v o L 6 2 , 1972: 7 7 7 -7 9 5 .
A S a m ir . L 'accumulation a l'echelle mondiale: Critique de la théorie du sous-développe-
m in ,

ment. D a k a r ; I fa n ; P a r ís ; A n th r o p o s , 1 9 70 .
— . L ’impérialisrne et le développement inégal. P a rís: E d itio n s d e M in u i t , 1 9 76 .
— . La loi de la valeur et le matérialisme historique. P a rís: E d itio n s d e M in u it , 1977.
A rrow , K e n n e th . The Limits o f Organization. N u e v a Y o r k : W .W . N o r to n , 1974.
— . Collected Papers of Kenneth J . Arrow, v o l. 1: Social Choice and Justice; v o l. 2 : General
Equilibrium. C a m b r id g e , M a s s a c h u s e tts : H a rv a rd U n iv e r s ity P r e s s , 1 9 83 .
— . Collected Papers o f Kenneth J . Arrow. v o l . 5 : Production and Capital; v o l . 6 : Applied
Economics. C a m b r id g e , M a s s a c h u s e tts ; L o n d re s : H a r v a rd U n iv e r s ity P r e s s , 19 83 .
— . Collected Papers of Kenneth J . Arrow, v o l . 3 : Individual Choice under Certainty and
Uncertainty; v o l . 4 : The Economics o f Information. C a m b r id g e , M a s s a c h u s e tt s : H a r v a rd
U n iv e r s ity P r e s s , 19 84 .
— . «My Evolution as an Economista. E n : B r e it, W illia m ; S p e n c e r , R o g e r . Uves of the Laureates:
Seven Nobel Economists. C a m b r id g e , M a s s a c h u s e tts : M I T P r e s s , 1 9 8 6 , p. 4 3 -5 7 .
Baum ol, W ill ia m J . ; Pa u lh a b er , G . R . « E c o n ím i s t s a s I n n o v a to r s : P r a c t ic a l P r o d u c t s o f
Joumal o f Economic L ite r a tu r e , v o l . 2 6 , 19 88 , p . 5 7 7 -6 0 0 .
T h e o r e tic a l R e s e a r c h » .
' Baumol , W t l a m J .; FlSCHER, D . Supeifaimess: Application and Theory. C am b rid ge : ^ ^ . 1986.
B a u m o l , W illia m J . ; O ates , W . E . The Theory of Environmental Policy. E n g le w o o d s C liffs ,
N e w Je r s e y : P r e n t ic e - H a ll, 1975.
B a u m o l , W illia m J . ; O A T E S , W . E .; Ba tey Bla c k m a n , S. A . Economics, Environmental Policy
and the Quality ofLife. E n g le w o o d s C l i f f s , N e w Je r s e y : P r e n t ic e - H a ll, 1979.

106. R . Swedbcrg. «The N ew "B a l de o f M ethods” ». Challenge, enero-febrero, 1990: 33-8.


107. L . B aeck . «Political Eco nom y as a Science». Tijdschríft vaar Economic en Management, vo l. 33, n ° ],
1988: 38.
!0 8. Hirschm an ( 1986), Vers une economía. ■
!09. Hirschman (1984), p. 109.
l !O. Bartoli (1 99 1). O p . c it., nota 78. Ver también las obras de autores com o B o u ld in g y Sen .
SOBRE BABEL Y TRES FJGURAS DEL PENSAMIENTO ECONÓMICO ACTUAL 465

B a UMOL, William J.; PANZAR, J. C.; W illig; R. D. Contestable Markets and the Theory oflndustry
Structure. Nueva York: Harcourt Brace Jovanovich, 1982.
B hara Dw aj , Krishna R . Themes in Value and Distribution: Classical Theory Reappraised.
Londres: Unwin Hyman, 1989.
B l a u g , Mark. The Methodology o f Economics: Or How Economoists Explain. Cambridge,
Ulnglaterra: Cambridge Universily Press, 1980. 2’ ed., 1992.
B o u ld in g , Kenneth E. «The Economics o f the Coming Spaceship Earth». En: JarreU, Henry
(ed.). Environmental Quality in a Growing Economy. Baltimore: Johns Hopkins, 1966,
p. 3-14.
BoWLES, Samuel. «Hearts andMinds: A Social Model o fU .S . Productivity Growth». Brookings
Papers on Economic Activity, 2, 1983, p. 381-441.
BoWLES, Samuel; GoRDON, D.; Weisskopf, T. Beyond the Waste Lend: A Democratic Alternative
lo Economic Decline. Nueva York: Doubleday, 1983. Edición revisada: Londres: Verso;
New Laft Books, 1986.
B r ODY, Andras. Proportions, Prices And Plann ing: A Mathematical Restatement o f the Labor
Theory o f Value. Budapest; Amsterdam; Londres: Akadémiai Kiadó; North-Holland, 1970.
C oa se , Ronald. «The Nature o f the Firm». Econonica, vol. 4, 1937, p. 386405
— . «Industria! Organizaron: A Proposal for Reseach». En: V.R. Fuchs (ed.). Policy Issues and
Research Opportuniries in Industrial Organiza/ion. Cambridge, Massachusetts: National
Bureau o f Economic Research, 1972, p. 59-73.
— . «The Institutional Structure o f Production». American Economic Review, vo!. 82, 1992,
p. 713-719.
D ebreu , Gérard. «Theoretic Models: Mathematical Form and Economic Content». Economelrica,
vol. 54,1986, p. l.259-1.270.
DEMSETZ, Harold. «Toward a Theory ofProperly Rights». American Economic Review, vol. 57,
1967, p. 347-359. -
—. «The Cost ofTransacting». Quaterly Journal o f Economics, vo!. 82, L968, p. 33-53.
— . «Wealth Distribution and the Ownership o f Rights». Journal o f Legal Studies, vo!. l, 1972,
p. 13-28.
D o b b , Maurice Herbert. Theories o f Value and Distribution since Adam Smith: Ideology and
Economic Theory. Cambridge, Inglaterra: Cambridge University Press, 1973.
Dolan, E . G . (ed.). The Foundations o f ModemAustrian Economics, Kansas City: Sheed &
Ward, 1976.
Earl, Peter E. (ed.). Behavioural Economics. 2 vols. Aldershot; Hants; Edward Elgar, 1988
[Schools ofThought in Economics].
EGGERTSSON, Thráinn. Economic Behavior and Institutions, Cambridge, Inglaterra: Cambridge
University Press, 1990.
G e o r g e sc u -R o eg en , Nicholas. The Entropy Law and the Economic Process. Cambridge,
Massachusetts: Harvard University Press, S97 I.
—. «De lascience économique a labioéconomie». Revue d'Économie Politique. vol. 88, 1978:
337-82.
— . Demain la décroissance: Entropie, écologfe, éco nomie. Lausana: Pierre-Marcel Favre, 1979.
— . Entropy and Economic Myths. Oltawa: Science Council o f Cañada, 1980.
— . «La dégradation entropique et la destinée prométhéenne de la technologie humaine». Economie
Appliquée, vol. 35, 1982, p. 1-26.
GooDWJN, Richard M . Chaotic Economic Dynamics. Oxford; Nueva York: Clarendon Press, 1990.
G r assl , W.; S m ith , B. (eds). Austrian Economics: Historical and Philosophical Background,
• Londres: Croom Helm, 1986.
G ruson , Claude; L adriere , Paul. Ethique et gouvernabilité. París: Presses Universitaires de
France, 1992.
466 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

H ahn , F r a n k H . Equilibrium andMacroeconomics. O x fo r d : B a sil B la c k w e ll, 1984.


H a yek , F r ie d r lc h , A . « E c o n o m ic s a n d K n o w ie d g e » . Económica, v o l. 4 , 1 9 37 , p . 3 3 -5 4 .
H icks , Jo h n R . A Theory ofEconom ic History. O x fo r d : C la re n d o n P re ss, 1969.
H irschm an , A lb e r t O t t o . L ’ économie comme sciencie morale et politique. P a rís : G a llim a r d ;
S e u i!, 19 84 .
—. Vers une économie politique élargie. París: E d itío n s d e M in u ít, 1986.
H ow ard , M . C .; K in g , J . E . A History o f Marxian Economics. V o l . 2 , 1 9 2 9 -1 9 9 0 , L o n d r e s :
M a c m illa n ; P r in c e to n U n iv e r s íty P r e s s , 19 92 .
H utch ison , T e r e n c e W . On Revolutions and Progress in Economic Knowledge, C a m b r id g e ,
In g la te rra : C a m b r id g e U n iv e r s ity P r e s s , 19 78 .
—. The Politics and Philosophy o f Economics: Marxisls, Keynesians andAitstrians, O x fo r d : B a s íl
B la c k w e ll, 1981.
—. Changing Aims in Economics. O x f o r d : B a s íl B la c k w e ll, l 99 2.
Ingrao , B r u n a ; I srael , G i o r g i o . L a mano invisibile, R o m a ; B a r i: G i u s , L a te r z a & F i g l i S p a ;
tra d u c ció n in g le s a : The Invisible Hand. Economic Equilibrium in the History o f Science,
C a m b r id g e , M a s s a c h u s e tts : M E T P r e s s , 1 9 90 . •
K ing , J . E . (e d .). Marxian Economics. 3 v o !s . A ld e r s h o t; H a n ts; E d w a r d E lg a r , 1990 [ S c h o o ls
o f T h o u g h t in E c o n o m ic s ] .
K irzner , Is r a e l, ( e d .). Method, Process and Auslrian Economics: Essays in Honor ofLudwig
von Mises. L e x in g t o n , M a s s a c h u s e tts : L e x in g to n B o o k s , 19 82 .
L a nglo is , R . N . (e d .). Economics as a Process. Essays the New Institutional Economics,
C a m b r id g e , In g la te r r a : C a m b r id g e U n iv e r s it y P r e s s , 19 86 .
L eontief , W a s s ily W . « E n v ir o n m e n ta l R e p e r c u s s io n s a n d th e E c o n o m ic S tr u c tu re : A n In p u t-
O u tp u t A p p o a c h » , Review o f Economics and S ta tis tic s , v o l. 52, 1970, p . 2 6 2 -2 7 1 .
L ^ ^ K H J L D , S teph en (ed .). Austrian Economics. 3 v o ls . A ld e rsh o t; H a n ts; Edw fil'd E lg a r [S ch o o ls
o f T h o u g h t ín E c o n o m ic s ] , 19 90 .
M a r sch a k , J a c o b . Economic Information, Decision and Prediction: Selected Essays. 3 v o ls .
D o r d r e c h t: D . R e id e l, 19 74 .
M arsch ak , Ja c o b ; R adner , R o y . Economic Theory ofTearrn. N e w H a v e n , C o n n e c tic u t: Y a le
U n iv e r s ity P r e s s , 1972.
M irow ski , P h ilip . M ore Heat Than Light. Economics as Social Physics: Physics as Nature’ s
Economics, C a m b r id g e , In g la te r r a : C a m b r id g e U n iv e r s ity P r e s s , 1989.
M o r ish im a , M i c h i o . M arx's Economics: A D ual Theory o f Valúe and Growth. C a m b r i d g e
In g la te rra : C a m b r id g e U n iv e r s ity P r e s s , 1 9 73 .
O ’S ullivan , P . J . e t a l. Beyond the Austrian School. L o n d re s : M a c m illa n , 1990.
P h e b y , J o h n (e d .). New Directions in Post-Keynesian Economics. A ld e r s h o t; H a n ts: E d w a r d
E lg a r , 1989.
S en , A m a r ty a K u n a r . Commodities and Capabilities. A m s te r d a m : N o r t h H o lla n d , 19 85 .
—. On Ezhics and Economics. O x f o r d : B a s il B l a c k w e ll , 1987.
SH A CK LETO N , J . R . (e d .). New Thinking in Economics , A ld e r s h o t; H a n ts: E d w a r d E lg a r , 1 9 90 .
S hepherd , W illia m J . « M a in s tr e a m In d u s tr ia l O r g a n iz a t io n a n d “ N e w S c h o o ls " » , Revue éco-
nomique, vo l. 4 1 , 1 9 90 , p. 4 5 3 -4 8 0 .
S jmon , H e rb e rt A . « O r g a n iz a tio n s a n d M a r k e ts » . Journal ofEconomic Perspectives v o l. 5 , n ú m .,
2 ,1 9 9 1 , p . 2 5 -4 4 .
S tigler , G e o r g e J . « T h e E c o n o m ic s o f I n fo r m a t io n » . Journal ofP olitical Economy, v o l. 6 9 ,
1 9 6 1 , p . 2 1 3 -2 2 5 .
S tiglitz , Jo s e p h E .; G rossm an , S . J . « In fo r m a tio n an d C o m p e titiv e P r ic e S y s t e m s » . American
Economic Review, v o l. 6 6 , 1 9 7 6 , p . 2 4 6 -2 5 3 . .
STIGLITZ, J o s e p h E .; W E !S S , A n d r e w . « C r e d it R a t io n in g in M a r k e ts w ith Im p e r fe c t In fo n n a tio n » .
American Economic Reviesv, v o l. 7 1 , 1 9 8 1 , p . 3 9 3 -4 1 0 .
SOBRE BABEL Y TRES FIGURAS DEL PENSAMIENTO ECONÓMICO ACTUAL 467

T!N BER GEN , Jan. WorldSecurity and Equity. Aldershot; Hanls: Edward Elgar, ¡990.
V ernon, Raymond. Sovereigmy al Bay: The Multinational Spread ofU.S. Enterprises. Nueva
York: Basic Books, 197 l.
— . Exploring the Global Economy: Emerging Issues in Trade and lnvestment. Cambridge,
Massachusetts: Harvard University Press, 1985.
W e i n t r a u b , E. R. Stabilizing Dynamics, Cambridge, Inglaterra: Cambridge University Press,
1991.
W i l u a m s o n , Oliver E . Markets and Hierarchies: Analysis andAntitrust hnplications. Nueva
York: Free Press, 1975.
— . The Economics ¡nstitutions ofCapitalism: Firms, Markets, Relational Coniracting. Nueva
York: Free Press, 1985.
r

m .■
‘ ■■.i I
:m;

.........
CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA 469-481

C o n flic t o , d is t r ib u c ió n y fin a n z a s e n la s tr a d ic io n e s

m a c r o e c o n ó m ic a s a lte r n a tiv a s *

T h o m a s I . P a lle y

[. . . ]

l . C o n s t r u c c io n e s a l t e r n a t iv a s a c e r c a d e l p r o c k o m a c r o e c o n ó m ic o

Desde la Teoría General (Keynes, 1936), los sistemas de ecuaciones simultáneas han
constituido el lenguaje histórico de la macroeconomía. Detrás de estos sistemas de
ecuaciones se encuentran descripciones implícitas del proceso económico, y algunos
aspectos de este proceso se expresan en forma de funciones, las pautas de interdepen­
dencia por medio de ecuaciones y las condiciones de equilibrio.
E l nuevo enfoque de fundamentos microeconómicos de la macroeconomía pre­
tende proporcionar una base microeconómica para las ecuaciones de conducta en estos
sistemas de ecuaciones simultáneas. En principio, la metodología de Jos fundamentos
microeconómicos es coherente con la macroeconomía marxiana, keynesiana y clási­
ca. N o es la voluntad de incorporar fundamentos microeconómicos lo que distingue a
los paradigmas, sino más bien las diferencias en la representación de los procesos eco­
nómicos causales que están contenidos en los diferentes sistemas de ecuaciones. Esta
sección describe brevemente los perfiles analíticos de cuatro tradiciones de Ja macro­
economía.

l . l . E l proceso m acro clásico

E l gráfico 1 describe el proceso económico comprendido en el nuevo enfoque clási­


co de la macroeconomía (ver Sargent, 1979, cap. 1). E l gráfico 1 define las variables.
E l proceso clásico está marcado por una línea causal unidireccional que va desde los
mercados de trabajo a los mercados de productos, y de ahí al sector financiero. La
lógica económica del modelo clásico es la siguiente: el mercado de trabajo determi­
na el empleo y los salarios reales, estando los resultados del mercado de trabajo deter-

Gráfico 1.E l enfoque clásico del proceso macroeconómico

Nt ív. v i
Mercado de ----------- ^---------------------------------
-----------------
Mercado de ^ —
Sector
trabajo productos financiero

Publicado en: Palley, Thom as I. «C o n flict, distribution and linance in allemative m acroeconom ic tradi-
tions». The RetievofüadicaiPoUtical Economics, vol. 3 í, n° 4, p. 102- 132 Traducción: Gem m a Gnldon.
470 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

minados en un mercado perfectamente competitivo a través de la interacción de las


fuerzas de la oferta y la demanda de trabajo. La demanda de trabajo depende del stock
de capital existente y de la productividad del trabajo, que a su vez depende de la tec­
nología de producción. La oferta de trabajo depende de la riqueza de las familias y
de sus preferencias respecto al ocio y el consumo. Dado el nivel de empleo determi­
nado en Jos mercados de trabajo, es la tecnología productiva de las empresas la que
determina el output. Es en este sentido que Ja actividad económica depende de la tria­
da -gustos, tecnología y recursos-. El dinero es irrelevante, y ésta es la base de la
dicotomía clásica.
Dado estenivel de output, el mercado de productos se vacía por ajustes de los tipos
de interés. Este proceso de vaciado se basa en Ja teoría de los fondos prestables de los
tipos de interés, que mantiene que los tipos de interés se ajustan de fonna que la deman­
da real de préstamos para el consumo y la inversión iguala a la renta ahorrada. Así, el
ajuste de los tipos de interés vacía el mercado de productos, y es este ajuste de los tipos
de interés el que valida la ley de Sayl.
Finalmente, con un nivel dado de tipos de interés, el sector financiero determina
el nivel de los precios. El equilibrio del mercado financiero se consigue a través del
ajuste del nivel de los precios, que asegura que la demanda de balances monetarios
reales iguala a la oferta de balances monetarios reales. La demanda de balances mone­ ■
tarios reales depende del nivel de renta y de los tipos de interés, que ya han sido deter­ ¡lili
minados en el mercado de trabajo y de fondos prestables. El ajuste del nivel de precios
asegura unos balances monetarios reales suficientes, dado el stock de dinero nominal
existente. Esto concluye el proceso macro clásico. La característica importante es que
no existen retroacciones entre mercados, y es en este sentido que el flujo de la causa­
lidad es unidireccional1 2.

Tabla 1. Definición de las variables

N = empleo K = stock de capital


y = output AD = demanda agregada
w = salario real I = inversión
i ;; tipo deinterés nominal e = consumo
m = margen sobre costes D = deuda de las empresas
P = beneficios E = activos (en valores) de las empresas

1. En modelos más com plicados que incorporan el efecto riqueza, el valor rea l d e la riqueza financiera
puede afectar a la asignación del m ercado de productos y de los tipos de interés, lo que introduce un
circuito de retroacción entre el m ercado de productos y el mercado financiero (M etzler, 1951).
2. L o s nuevos modelos clásicos modernos sí permiten u n a cierta retroacción entre ¡os m ercados finan­
cieros y c! proceso de producción y los mercados de trabajo. Estos efectos operan a través del racio­
namiento del c ^ i t o (Stiglitz y W eiss, 1981). L a s imperfecciones en ¡a infonnación generan restricciones
en la disponibilidad del crédito a las empresas por parte de los mercados financieros, lo que restringe el
volumen de empleo y producción que las empresas pueden realizar. L a característica importante de esta
retroacción es que opera desde los mercados financieros a través del lado de la oferta. E sto lo diferen­
c ia de la tradición keynesiana, que enfatiza los efectos de Ja dem anda de ios m ercados financieros.
A m bos son importantes.
CONFLICTO, DISTRIBUCIÓN Y FINANZAS EN LAS TRADICIONES ... 471

D e n t r o d e l p r o c e s o m a c r o e c o n ó m i c o c l á s i c o , e l p o d e r y Ja d is t r ib u c ió n d e J a r e n t a
e stá n a u s e n te s . L o s m e r c a d o s d e tr a b a jo s e c a r a c te r iz a n p o r la c o m p e t e n c ia p e r fe c ta ,
J o q u e s i g n i f i c a q u e n i l o s t r a b a ja d o r e s n i la s e m p r e s a s tie n e n « p o d e r n . E c o n ó m ic a m e n t e ,
e s t o s i g n i f i c a q u e Jos d o s s o n t o m a d o r e s d e p r e c io s : l o q u e e s d is t in t o d e l s u p u e s t o d e
Ja « ig u a ld a d d e p o d e r » . E n e l m e r c a d o d e fo n d o s p r e s ta b le s , q u e a se g u r a e l e q u ilib r io
e n t r e J a d e m a n d a y J a o fe r t a d e p r o d u c t o s , J a d is t r ib u c ió n d e J a r e n t a t a m b ié n e s t á a u s e n ­
t e . L a t e o r í a d e J a r e n t a p e r m a n e n t e a s e g u r a q u e t o d a s la s f a m i l i a s t ie n e n l a m i s m a p r o ­
p e n s ió n m a r g in a l a c o n s u m i r , i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e su n iv e l d e r e n ta . L a f u n g i b i l i d a d
d e l a r e n t a m o n e t a r ia s i g n i f i c a q u e l a d is t r ib u c ió n d e J a r e n t a e n t r e b e n e f i c i o s y s a la r io s
n o t ie n e im p o r t a n c i a .
¿ P u e d e n in t r o d u c ir s e e l p o d e r y l a d is t r ib u c ió n d e l a r e n t a ? L a r e s p u e s t a e s s í. S i lo s
t r a b a ja d o r e s o b t i e n e n p o d e r a t r a v é s d e l o s s i n d i c a t o s , e n t o n c e s l a s p r e f e r e n c ia s d e l o s
s i n d i c a t o s s o b r e l o s s a l a r io s y e l e m p l e o , e n c o m b i n a c i ó n c o n la s c u r v a s d e d e m a n d a
d e t r a b a j o d e l a s e m p r e s a s , d e t e r m in a r á n e l n iv e l d e e m p l e o y d e o u t p u t . A p a r t ir d e
a q u í, e l p r o c e s o e c o n ó m ic o e n e l m e r c a d o d e p ro d u c to s y e l s e c to r fin a n c ie r o s ig u e
c o m o a n t e s . D a d a u n a c u r v a d e d e m a n d a d e t r a b a jo d e p e n d ie n t e :d e c r e c i e n t e , l o s t r a ­
b a j a d o r e s s ó l o p o d r á n c o n s e g u i r m a y o r e s s a l a r i o s a c o s t a d e u n m e n o r e m p l e o 3. A s í ,
la in t r o d u c c ió n d e lo s s in d ic a t o s d a lu g a r a u n a r e d u c c ió n d e l o u tp u t y d e l e m p le o .
L o s e f e c t o s d e l a d i s t r i b u c i ó n d e l a r e n t a t a m b ié n p u e d e n s e r in t r o d u c i d o s a b a n ­
d o n a n d o l a te o r ía d e la re n ta p e n n a n e n t e . S i e l g a s t o fa m ilia r s e r ig e p o r la t e o r ía tra ­
d i c i o n a l k e y n e s ia n a d e l c o n s u m o , y l a r e n t a p o r b e n e f i c i o s s e c o n c e n t r a e n l a s f a m i l i a s
d e r e n t a s m á s a lt a s , e n t o n c e s l a p r o p e n s ió n m a r g i n a l a l a h o r r o s e r á m a y o r p o r p a r t e d e
a q u e l lo s q u e r e c ib e n b e n e f i c i o s q u e l a d e lo s q u e p e r c ib e n s a la r io s . P o r l o t a n t o , l a d is ­
t r i b u c i ó n d e l a r e n t a a f e c t a r á a l a h o r r o , l o q u e a s u v e z a f e c t a r á a l o s t ip o s d e in t e r é s
e n e l m e r c a d o d e f o n d o s p r e s t a b l e s . S in e m b a r g o , n o t e n d r á n i n g ú n e f e c t o s o b r e e l
n i v e l d e e m p l e o . U n a m a y o r p a r t i c i p a c i ó n d e lo s s a la r io s a u m e n t a e l c o n s u m o , y e s t o
a u m e n t a l o s t ip o s d e in t e r é s y r e d u c e e l g a s t o e n in v e r s ió n . E n c o n s e c u e n c i a , u n a m e jo r
d is t r ib u c ió n d e l a r e n t a e s m a l a p a r a l a a c u m u l a c i ó n d e c a p i t a l y e l c r e c i m i e n t o . E s t a e s
l a l ó g i c a q u e s e e s c o n d e d e t r á s d e l a t e o r í a d e l « go te o > > .
E n r e s u m e n , l a a d o p c ió n d e l m o d e lo m a c r o e c o n ó m ic o c lá s ic o lle v a a u n a c a r a c ­
t e r i z a c i ó n d e l p r o c e s o e c o n ó m i c o p o r la c u a l u n m a y o r p o d e r d e l o s t r a b a ja d o r e s r e d u ­
c e e l o u t p u t y e l e m p l e o . U n a m e jo r d is t r ib u c ió n d e l a r e n t a a u m e n t a l o s t ip o s d e in t e r é s ,
r e d u c e l a i n v e r s ió n y r e d u c e l a a c u m u l a c i ó n d e c a p i t a l y e l c r e c i m i e n t o .

1 .2 . E l p ro c e so m a c r o n e o k e y n e s ia n o

E l g r á fic o 2 ilu s tr a e l p r o c e s o m a c r o n e o k e y n e s ia n o , t a l c o m o a p a r e c e t ip ific a d o e n e l


m o d e lo I S L M ( H i c k s , 1 9 3 7 ). A q u í e x is t e u n a in t e r d e p e n d e n c ia e n tr e e l m e r c a d o d e
p r o d u c to s y e l s e c t o r fin a n c ie r o , y ju n t o s d e t e r m in a n e l n iv e l d e l o u t p u t y e l d e lo s
t i p o s d e i n t e r é s . E s t a in t e r d e p e n d e n c i a s e r e f l e j a e n l a f l e c h a c a u s a l b a j a q u e v a d e l

3. En los m odelos de negociación sindical de N ash (M cD onald y Solow , 1981), el resultado salario-empico
se basa en la curva deí contrato que tiene pendiente positiva. A sí, un aumento del poder sindical puede
provocar un aumenta tanto de los salarios co m o del em pleo. Sin em bargo, e l m odelo d e negociación
de N ash e x ig e que los sindicatos controlen directam ente la decisión sobre el em pleo. E s to es contra­
factual, lo que convierte el modelo en problem ático.
472 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

Gráfico 2. El enfoque neokeynesiano del proceso macmecoitómico

N, w Y
Mercado de Mercado de Sector
-<----------------
trabajo productos financiero

m e r c a d o d e p r o d u c to s a l s e c to r fin a n c ie r o , y p o r la f le c h a c a u s a l a lta q u e s e d ir ig e d e l
s e c t o r fin a n c ie r o a l m e r c a d o d e p r o d u c to s . E l n iv e l d e A D d e te r m in a e l n iv e l d e re n ta ,
q u e a su v e z in flu y e s o b r e la d e m a n d a d e a c tiv o s fin a n c ie r o s . E s t a ú ltim a in flu y e so b re
lo s tip o s d e in te r é s , q u e r e tr o a c c io n a n e in flu y e n s o b r e la A D .
U n a v e z q u e e l m e r c a d o d e p r o d u c to s y e l s e c to r fin a n c ie r o h a n d e te r m in a d o c o n ­
ju n ta m e n te e l n iv e l d e o u tp u t, l a t e c n o lo g ía d e p r o d u c c ió n d e la s e m p r e s a s d e te r m in a
el n iv e l del e m p le o y d e lo s s a la rio s re a le s (el p ro d u cto m a rg in a l d e l trab a jo ) q u e c o r r e s -
p o n d e a este n iv e l d e o u tp u t. P o r lo t a n to , en e l p r o c e s o m a c r o e c o n ó m ic o n e o k e y n e ­
s i a n o , la d ir e c c ió n d e c a u s a lid a d e s e x a c t a m e n t e la o p u e s t a a la d e l p r o c e s o
m a c r o e c o n ó m ic o c l á s i c o , y v a d e l m e r c a d o d e p r o d u c to s a l m e r c a d o d e tr a b a jo .
E n la c o n s tr u c c ió n n e o k e y n e s ia n a d e l p r o c e s o m a c r o , la s c o n d ic io n e s d e l m e rc a d o
d e p r o d u c to s d e te r m in a n lo s salario s r e a le s y e l e m p le o . A D d e te r m in a e l e m p le o , lo
q u e a su v e z d e te r m in a los c o s t e s m a r g in a le s , y lo s c a m b io s e n e l c o s t e m a r g in a l s e
tr a n s m ite n e n f o r m a d e c a m b io s e n l o s p r e c io s . D a d o s u n o s s a la r io s n o m in a le s e x ó -
g e n o s , e l s a la r io r e a l e s d e te r m in a d o p o r e l n iv e l d e lo s p r e c io s , q u e e s a su v e z d e te r ­
m in a d o p o r e l c o s t e m a r g in a l d e l o u tp u t. E s t e p r o c e s o n e o k e y n e s ia n o e s e l o p u e sto a l
proceso c lá s ic o en e l q u e e l e m p le o y lo s s a la r io s re a le s está n d e te r m in a d o s en los m e r ­
c a d o s d e tr a b a jo in d e p e n d ie n t e m e n t e d e la s c o n d ic io n e s d e l m e r c a d o d e p r o d u c to s .
U n a im p lic a c ió n im p o r ta n te d e l a d e s c r ip c ió n n e o k e y n e s ia n a d e l p r o c e s o m a c r o
es q u e la s a c c io n e s d e lo s tra b a ja d o re s e n lo s m e rc a d o s d e tr a b a jo son e c o n ó rrú ca m e n te
irrele va n te s p a ra la d e te rm in a ció n d e lo s s a la rio s r e a le s y d e l e m p le o . E s to s e d e b e a q u e
la e x is te n c ia d e l d e s e m p le o s ig n ific a que lo s re s u lta d o s d e l e m p le o s e en cu en tran fu e r a
d e la cu rv a d e la o fe rta d e trab a jo , c u a n d o es e sta c u r v a d e la o fe r ta d e trab a jo la q u e d e s­
c r ib e la s a c c io n e s d e lo s tr a b a ja d o r e s . E n su lu g a r , la t e c n o lo g ía de p r o d u c c ió n d e las
e m p r e s a s y la s d e c is io n e s s o b r e e l n iv e l d e p r o d u c c ió n s o n lo ú n ic o q u e c u e n ta p a r a
e l e m p le o y lo s s a la r io s r e a le s . L a s a c c io n e s y d e c is io n e s d e lo s tr a b a ja d o r e s , ta l c o m o
a p a r e c e n e n la fu n c ió n d e la o fe r t a d e tr a b a jo , n o tie n e n n in g u n a c o n s e c u e n c ia . E s t o
co n tra sta c o n e l p r o c e s o c lá s ic o , e n e l q u e lo s trab a ja d o res p a r tic ip a n a c tiv a m e n te en la
d e te r m in a c ió n d e l e m p le o y d e lo s s a la r io s r e a le s a tr a v é s d e s u s d e c is io n e s s o b r e la
o fe r t a d e tr a b a jo . P a r a d ó jic a m e n t e , e l m o d e lo c lá s ic o d a u n p a p e l m á s fu e r te a lo s tra­
b a ja d o r e s q u e e l m o d e lo n e o k e y n e s ia n o .
A p e s a r d e q u e e l m o d e lo n e o k e y n e s ia n o e s d é b il en lo q u e s e r e f ie r e a l trata m ien to
d e l p o d e r d e lo s tra b a ja d o re s, trata m u c h o m e jo r lo re la c io n a d o c o n lo s e fe c to s d e l a d is ­
tr ib u c ió n d e la ren ta. E s t o s p u e d e n in c o r p o r a r s e fá c ilm e n t e al m o d e lo n e o k e y n e s ia n o ,
v in c u lá n d o lo a s í a la tra d ic ió n k a le c k ia n a en m a c r o e c o n o m ía . S i la te n d e n c ia a c o n s u m ir
CONFLICTO, DISTRIBUCIÓN Y FINANZAS EN LAS TRADICIONES . . . 473

a partir d e la s ren tas sala ria le s e x c e d e a la te n d e n cia a c o n s u m ir a p a rtir d e la s ren tas d e


b e n e fic io s , u n d e s p la z a m ie n to d e la d is tr ib u c ió n h a c ia la s r e n ta s s a la r ia le s h a rá a u m e n ­
tar la d e m a n d a a g re g a d a , e l o u tp u t, e l e m p le o y lo s tip o s d e in terés. E n e l m o d e lo I S L M ,
e s to c o r r e s p o n d e r ía a un d e s p la z a m ie n to h a c ia la d e r e c h a d e la c u r v a JS1 .
L a in c o r p o r a c ió n d e lo s e fe c to s e n la A D d e la d is tr ib u c ió n d e la r e n ta en e l m o d e ­
lo m a c r o n e o k e y n e s ia n o p la n te a a lg u n a s p r e g u n ta s s o b r e la d e te r m in a c ió n d e la d is ­
tr ib u c ió n d e la ren ta . E l m o d e lo n e o k e y n e s ia n o , i g u a l q u e h iz o K e y n e s (1 9 3 6 ), s e b a sa
e n la t e o r ía d e la p r o d u c tiv id a d m a r g in a l p e r fe c t a m e n t e c o m p e titiv a p a ra r e s o lv e r e l
p r o b le m a d e la d is tr ib u c ió n d e la r e n ta L o s s a la r io s r e a le s están d e te r m in a d o s e n r e fe ­
r e n c ia a l p r o d u c to m a r g in a l e x ó g e n a m e n te dado d e la cu r v a d e tr a b a jo , y e s to e x c lu ­
y e la s c o n s id e r a c io n e s s o cia le s d e l po der. L a ap ertu ra d e la d is tr ib u c ió n d e la r e n ta a la s
in flu e n c ia s s o c ia le s e x ig e , c o n s e c u e n te m e n te , u n a d e s v ia c ió n d e la t e o r ía d e l p r o d u c ­
to m a r g in a l p e r fe c ta m e n te c o m p e titiv o . '
U n a v ía p a r a c o n s e g u ir e s to es la in tr o d u c c ió n d e la c o m p e te n c ia im p e r fe c ta e n lo s
m e r c a d o s d e p r o d u c to s y la fija c ió n a l a lz a d e lo s p r e c io s { P a lle y , 1992). E n t o n c e s , lo s
p r e c io s s e d e te r m in a n d e la s ig u ie n te fo r m a :

P = [l + m ] W lf „ [l]

D ó n d e P = p r e c io , m = m a rg e n s o b r e c o s te s , W = s a la r io n o m in a l, y f N = p ro d u c to m a r­
g in a l del tr a b a jo ( M P L ) . E l e fe c to d e in tro d u c ir la c o m p e t e n c ia im p e r fe c ta e s la s u s ti­
tu c ió n d e la c u r v a M P L p o r u n a c u r v a M P L a ju s ta d a c o n e l m a r g e n s o b r e c o s te s . L o s
a u m e n to s d e l m a r g e n s o b r e c o s te s d e s p la z a n e s ta c u r v a h a c ia a b a jo y r e d u c e n lo s s a la ­
r io s r e a le s p a r a to d o s lo s n iv e le s d e e m p le o . A h o r a la s v a r ia c io n e s e n e l m a r g e n so b re
c o s te s a f e c t a n a lo s s a la r io s r e a le s , y e l m a r g e n s e c o n v ie r t e e n un p u n to d e e n tr a d a
p a r a in flu ir s o b r e la d is tr ib u ció n d e la re n ta . E n la s c o n s tr u c c io n e s n e o c lá s ic a s d e c o m ­
p e te n c ia im p e r fe c t a , e l m a r g e n v ie n e d e te r m in a d o p o r r e fe r e n c ia a la e la s tic id a d d e la
d e m a n d a d e p r o d u c to s , q u e a su v e z d e p e n d e d e la s p r e fe r e n c ia s d e lo s c o n s u m id o r e s .
E n la c o n s t r u c c ió n k e y n e s ia n a d e iz q u ie r d a s d e l p r o c e s o m a c r o e c o n ó m ic o ( v e r m á s
a b a jo ) , e s e l r e s u lta d o d e l c o n flic t o c a p ita l-tr a b a jo .
U n s e g u n d o c a n a l p a r a p e rm itir q u e la s c o n s id e r a c io n e s s o c ia le s in flu y a n s o b re e l
e m p le o y lo s s a la r io s r e a le s e s la te o r ía d e lo s s a la r io s d e e f ic ie n c ia ( P a lle y , 1 9 9 6 b ).
E n e s te c a s o , la p r o d u c tiv id a d d e lo s trab a ja d o res d e p e n d e d e su e s fu e r z o . P a ra u n n iv e l
d a d o d e d e m a n d a a g re g a d a re a l, e l n iv e l d e e s fu e r z o d e te rm in a e l n iv e l d e e m p le o n e c e ­
s a r io . L a s e m p r e s a s tie n en ta m b ié n u n in c e n t iv o p a r a p a g a r s a la r io s de e fic ie n c ia co n 4

4. Existen varias formas posibles de incluir el efecto de la distribución de la renta sobre la AD. La pri­
mera es a través de las restricciones a la liquidez: si las familias asalariadas tuvieran su liquidez, res­
tringida, éstas tendrían una tendencia marginal de consumir igual a uno, y los desplazamientos de Ja
distribución hacia ias rentas salariales harían aumentar la demanda de consumo. La segunda es la teo­
ría del consumo del ciclo de la vida: si los jóvenes son asalariados y tienen una tendencia marginal a
consumir mayor que la de los mayores, entonces unamayorparticipación salarial también hará aumen­
tar la demanda de consumo. La propensión aleatoria al ahorro es un tercer canal: en esta instancia, las
familias pueden ahorrar todas las rentas de beneficios y de intereses, y consumir sólo a partir de las
rentas salariales. L a suspensión de la super-racionalidad de las familias es un cuarto canal: en este caso,
las familias pueden no reducir el ahorro personal para compensar el ahorro realizado por los fondos de
pensiones a su favor a través de dividendos retenidos y de intereses abonados al fondo de pensiones.
474___________________________ CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA__________________________________ \

e l o b j e t i v o d e c o n s e g u i r u n a ó p t i m a c a n t id a d d e e s f u e r z o . S i l a c a n t i d a d d e e s f u e r z o j
p r o p o r c io n a d o d e p e n d e d e la v a l o r a c i ó n q u e e l t r a b a ja d o r h a c e d e l s a l a r i o , e s to p r o - ¡
p o r c io n a u n a v í a p a r a q u e l a s c o n s i d e r a c i o n e s s o c i a l e s i n f l u y a n s o b r e lo s s a l a r i o s y e l .
e m p l e o , y a q u e e s t a s p e r c e p c io n e s e s t á n in f lu i d a s s o c i a l m e n t e . ¡
U n te r c e r c a n a l p o r e l q u e la s in flu e n c ia s s o c ia le s p u e d e n a fe c t a r a la d is t r ib u c ió n i
d e l a r e n t a e s e n d o g e n e í z a n d o ía t e c n o l o g í a . E s t e c a n a l h a s i d o d e s t a c a d o p o r B o w l e s j
y G i n t i s ( 1 9 9 0 ) e n s u p a r a d i g m a d e l « in t e r c a m b io c o n t r o v e r t id o » , y p o r D a v i d G o r d o n -
e n s u l ib r o Fat and Mean ( 1 9 9 6 ) . L a s e m p r e s a s e lig e n la t e c n o lo g ía c o n e l o b je tiv o d e ! :
m a x i m i z a r lo s b e n e f i c i o s . E s t o t i e n e d o s c o n s e c u e n c i a s i m p o r t a n t e s . E n p r i m e r l u g a r , .¡
e x is t e u n c o n flic to p o t e n c ia l e n tr e la e fic ie n c ia p r o d u c tiv a ( d e fin id a c o m o e l m a y o r
o u t p u t p o r u n a c a n t id a d d a d a d e in p u t ) y l a d is t r ib u c ió n d e l a r e n t a . E s t o e s d e b id o a q u e ,
la s e m p r e s a s p u e d e n e s c o g e r t e c n o lo g ía s p r o d u c tiv a m e n te in e fic ie n t e s q u e r e d u z c a n ]
e l t a m a ñ o d e l p a s t e l, s i e s t a s t e c n o lo g í a s h a c e n a u m e n t a r l a d im e n s ió n a b s o lu t a d e l a p o r - ,■ '
c ió n d e la ta r ta q u e v a a l o s b e n e f i c i o s . E n s e g u n d o lu g a r , l a a s i g n a c i ó n d e l c o n t r o l r e s - ■
p e c t o a la e l e c c i ó n d e l a t e c n o l o g í a a h o r a s í t ie n e c o n s e c u e n c i a s s o b r e la d i s t r ib u c ió n
d e la r e n t a , y c o m o e l c o n tr o l e s tá s o c ia lm e n t e d e t e r m in a d o , e s to s ig n i f i c a q u e , u n a ■ ,
v e z m á s , l a s i n f l u e n c i a s s o c i a l e s s í t ie n e n i m p o r t a n c i a . ■
■■
> . ..
F in a lm e n te , v a le la p e n a d e s ta c a r q u e la c o n s tr u c c ió n n e o k e y n e s ia n a d e l p r o c e s o
m a c r o e s i n c o m p a t ib le c o n e l m o d e lo n e o c l á s i c o t r a d ic io n a l d e lo s s i n d i c a t o s . S e g ú n e l
m o d e lo s in d i c a l n e o c l á s ic o , lo s s in d ic a t o s m a x im iz a n u n a f u n c i ó n o b je t i v a e s tr ia d a m e n te
c ó n c a v a d e fin id a a p a r t ir d e l e m p l e o y d e lo s s a la r io s r e a le s , y e lig e n u n ú n i c o n iv e l ó p t i­
m o d e e m p le o . E s ta c o n s tr u c c ió n e n c a ja c o n e l p r o c e s o m a c r o c lá s ic o , e n e l q u e e l m e r ­
c a d o d e t r a b a jo d e t e r m in a e l e m p l e o , lo s s a la r io s r e a le s y e l n iv e l d e o u tp u t. S in e m b a r g o ,
e s i n c o n s i s t e n t e c o n e l p r o c e s o m a c r o n e o k e y n e s i a n o , e n e l q u e e l o u tp u t y e l e m p l e o
e stá n d e t e r m in a d o s e n e l m e r c a d o d e p r o d u c to s p o r la s f u e r z a s d e la d e m a n d a a g r e g a ­
d a . L o s s in d i c a t o s n o t ie n e n n in g ú n c o n t r o l d ir e c t o s o b r e e l n i v e l d e l a d e m a n d a a g r e ­
g a d a y , s e g ú n la t e o r ía k e y n e s i a n a , p o r t a n t o n o p u e d e n d e t e r m in a r e l n i v e l d e e m p l e o .
E s t a o b s e r v a c ió n d e s t a c a la n e c e s id a d d e u n a n u e v a t e o r í a k e y n e s i a n a d e l o s s in ­
d ic a t o s . L a in c o r p o r a c ió n d e lo s s in d ic a t o s e n e l p ro c e s o m a c r o n e o k e y n e s ia n o e x ig e
e l a b a n d o n o d e l s u p u e s t o d e q u e é sto s p u e d e n d e t e r m in a r d ir e c t a m e n t e e l n iv e l d e
e m p l e o . E n c a m b io , lo s s in d i c a t o s p u e d e n d e t e r m in a r u n a c u r v a r e a l d e s a l a r io - e m p l e o
( p . e j . , u n a c u r v a s a l a r ia l c o m o la e s t im a d a e m p í r i c a m e n t e p o r B l a n c h f l o w e r y O s w a l d ,
1 9 9 0 , 1 9 9 4 ) q u e r e e m p l a z a l a c u r v a d e l p r o d u c t o m a r g in a l d e l t r a b a jo . E s t a c u r v a s a l a ­
r ia l s e r v ir ía c o m o c u r v a d e l a d e m a n d a d e t r a b a jo s u b r o g a d a , y e l l u g a r e n e l q u e l a e c o - :
n o m ía f i j a e s ta c u r v a d e d e m a n d a s u b r o g a d a d e p e n d e d e l e s t a d o d e la d e m a n d a a g r e g a d a .
A s í , l a d e t e m i i n a c i ó n e s p e c í f ic a d e e s ta c u r v a s a l a r ia l p e r m it ir ía q u e a l g u n a s c o n s i d e ­
r a c i o n e s s o b r e e l p o d e r d e l m e r c a d o d e t r a b a jo e n tr a r a n e n e l m o d e lo n e o k e y n e s i a n o *

1.3. E l proceso marxista clásico


■íyfÉfl
E l g r á f i c o 3 p r o p o r c io n a u n a r e p r e s e n t a c i ó n « e s q u e m á t i c a » d e l p r o c e s o m a r x i s t a c l á ­
s i c o . L o s r e s u l t a d o s d e l m e r c a d o d e t r a b a j o , q u e i n c l u y e n l a t a s a s a l a r ia l, e l n i v e l d e
in t e n s id a d l a b o r a l y e l t a m a ñ o d e l e jé r c i t o d e r e s e r v a , d e t e n n i n a n l a t a s a d e b e n e f i c i o s .
E s t o s r e s u l t a d o s d e l m e r c a d o d e t r a b a j o d e p e n d e n d e c o n d i c i o n e s e s t r u c t u r a le s q u e 5

5. Ver Palley, [998.


CONFLICTO, DISTRIBUCIÓN Y FINANZAS EN LAS TRADICIONES ... 475

G r á f ic o 3 . Elproceso macroeconómico marxista clásico


T e c n o lo g ía ______________________________
S t o c k d e c a p ita l

ir I
M e r c a d o d e tra b a jo ---------------> - T a s a d e b e n e f i c i o ---------------In v e rsió n

i
T ip o s d e interés

in c l u y e n l a c o n c i e n c i a p o l í t i c a d e l a c la s e t r a b a ja d o r a y l a n a t u r a le z a d e l a t e c n o l o g í a .
L a t a s a d e b e n e f i c i o d e t e r m in a e n t o n c e s e l g a s t o e n in v e r s ió n y l a t a s a d e a c u m u l a c i ó n
d e c a p i t a l . L a t a s a d e b e n e f i c i o t a m b ié n d e t e r m in a e l t ip o d e in t e r é s . E l n i v e l d e g a s t o
e n i n v e r s ió n r e t r o a c c i o n a y a f e c t a a l a t a s a d e b e n e f i c i o a t r a v é s d e s u i m p a c t o e n e l
n i v e l d e s t o c k d e c a p i t a l . E s t e e s e l c í r c u l o e n q u e s e b a s a n l a s t e o r í a s m a r x i s t a s d e la s
c r is is f u n d a m e n t a d a s e n l a c a í d a d e l a t a s a d e b e n e f i c i o s c o m o c o n s e c u e n c i a d e l a u m e n ­
to d e la in t e n s id a d d e c a p i t a l e n l a p r o d u c c ió n . F in a lm e n t e , e l g a s t o e n in v e r s ió n y l a a c u ­
m u l a c i ó n d e c a p i t a l p u e d e n t a m b ié n a f e c t a r a l a n a t u r a le z a d e l a t e c n o l o g í a , i n f lu y e n d o
a s í s o b r e l o s r e s u l t a d o s d e l m e r c a d o d e t r a b a jo .
E l p r o c e s o m a c r o m a r x i s t a c l á s i c o in s p ir ó g r a n p a r t e d e l a o b r a d e D a v i d G o r d o n
e n lo a ñ o s 7 0 , y t a m b ié n i n s p ir ó s u c o n c e p t o d e l a e s t r u c t u r a s o c i a l d e a c u m u l a c i ó n ,
E S A ( G o r d o n , 1 9 7 8 ) . E l e n f o q u e E S A p r e t e n d e s it u a r h i s t ó r i c a y s o c i o l ó g i c a m e n t e l o s
a r r e g lo s i n s t i t u c i o n a l e s q u e r ig e n l o s p o r m e n o r e s d e l o s m e r c a d o s d e p r o d u c c i ó n y d e
t r a b a j o , y s u e f e c t o s o b r e l a s t a s a s d e b e n e f i c i o . E l p a r a d i g m a d e l in t e r c a m b i o c o n t r o ­
v e r t i d o d e B o w l e s y G i n t i s ( 1 9 9 0 ) f u e t a m b ié n d e s a r r o l la d o e n u n p r i n c i p i o v i n c u l a ­
d o a l a p e r s p e c t iv a m a r x is t a c lá s ic a . A p e s a r d e u t iliz a r m é t o d o s m ic r o e c o n ó m ic o s
n e o c l á s i c o s , p r o p o r c i o n a u n a e x p l i c a c i ó n e c o n ó m i c a d e l p a p e l d e l a p r o p ie d a d y d e l
c o n tr o l s o b r e la s e le c c ió n d e t e c n o lo g í a e n l a d e t e r m in a c ió n d e l a d is t r ib u c ió n d e la
r e n t a y l a r e n t a b il id a d .
H a y v a r ia s c a r a c t e r í s t ic a s d e s t a c a b le s e n l a p r e s e n t a c ió n q u e a c a b a m o s d e h a c e r d e l
p r o c e s o m a r x is t a c l á s i c o . E n p r i m e r l u g a r , e l p r o c e s o m a r x is t a c l á s i c o c o m p r e n d e u n
h o r iz o n t e t e m p o r a l m á s la r g o d a d o q u e s u c e n t r o d e a t e n c ió n e s l a a c u m u la c ió n d e c a p i ­
t a l. E s t o c o n tr a s ta c o n lo s e n fo q u e s n u e v o c lá s i c o y n e o k e y n e s ia n o , q u e s o n e s tric ta ­
m e n t e a c o r t o p la z o e n s u c e n t r o d e a t e n c ió n y t o m a n e l s t o c k d e c a p i t a l c o m o a l g o d a d o .
E n s e g u n d o lu g a r , e l p r o c e s o m a r x is t a c l á s i c o t ie n e a lg u n a s s im ilit u d e s c o n e l n u e v o
p r o c e s o c l á s i c o , e n e l s e n t id o d e q u e e n c u a l q u i e r m o m e n t o d e l t ie m p o , c o n u n a t e c ­
n o l o g í a d a d a , lo s r e s u l t a d o s e n e l m e r c a d o d e t r a b a jo s o n p r i m i t i v o s . E s d e c ir , l a c a u ­
s a c i ó n f l u y e d e s d e e l m e r c a d o d e t r a b a jo y e l l a d o d e l a o f e r t a e n l a e c o n o m í a h a c i a e l
r e s to d e l a e c o n o m ía . E s t o c o n t r a s t a c o n e l p r o c e s o n e o k e y n e s i a n o , e n e l q u e l a d e m a n ­
d a a g r e g a d a d e t e r m in a l a a c t iv id a d e c o n ó m ic a y lo s r e s u lta d o s e n e l m e r c a d o d e tra ­
b a jo s o n r e s id u a le s .
U n a t e r c e r a c a r a c t e r í s t i c a d e l p r o c e s o m a r x is t a c l á s i c o e s q u e la s t a s a s d e b e n e f i ­
c i o , q u e s e d e t e r m in a n e n l a e c o n o m í a r e a l, d e t e r m in a n e l t ip o d e in t e r é s . A s í , l a s f i n a n ­
z a s s o n e n g r a n p a r t e s u p e r e s t r u c t u r a l e s , l o q u e p u e d e e x p l ic a r p o r q u é l o s d e f e n s o r e s
d e l a E S A h a n p r e s t a d o t a n p o c a a te n c ió n a lo s te m a s fin a n c ie r o s .
476 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

G r á fic o 4 . El enfoque kaleckiano del proceso macroeconómico

M ercado de M ercad o de ________________________ S e c to r


tra b a jo p ro d u c to s ^ fin a n c ie r o

A
N, y je

F i n a l m e n t e , la s c o n s i d e r a c i o n e s s o b r e l a d e m a n d a a g r e g a d a e s t á n a u s e n t e s e n e l
p r o c e s o m a r x is t a c l á s i c o . E s t a e s u n a a f i r m a c i ó n d i s c u t i b l e , y a q u e la s t e o r í a s d e l s u b - i ;
c o n s u m o f o r m a n t a m b ié n p a r t e d e l a e c o n o m í a h e t e r o d o x a . S i n e m b a r g o , e s t a s t e o r ía s ■
in c o r p o r a n u n a fu e r t e d im e n s ió n k e y n e s ia n a . L a id e a m a r x is t a d e l a s o b r e a c u m u l a c ió n
n o e s u n f e n ó m e n o d e d e m a n d a a g r e g a d a , s in o u n f e n ó m e n o d e l la d o d e l a o f e r t a q u e
s e b a s a e n u n a e x c e s i v a p r o f u n d i z a c i ó n d e c a p i t a l 6.
L a e v o lu c i ó n d e l a t a s a d e b e n e f i c i o s e s u n t e m a c e n t r a l e n la s e x p l i c a c i o n e s m a r -
x i s t a s c l á s i c a s d e l a e c o n o m í a . L a ta s a d e b e n e f i c i o s e s l a p r o p o r c i ó n e n tr e e l n i v e l
d e lo s b e n e fic io s y e l s to c k d e c a p ita l, P/K. l o s m a r x is t a s c l á s i c o s t ie n d e n a c e n t r a r s e .
e n e l d e n o m in a d o r , K . U n e n f o q u e a lt e r n a t iv o e s f i j a r s e e n e l n u m e r a d o r , P . E s t e e s
e l e s p í r i t u d e l e n f o q u e k a l e c k i a n o , e n e l q u e e l g a s t o e n i n v e r s i ó n d e l o s c a p i t a li s t a s .
d e t e r m in a e l n i v e l d e b e n e f i c i o s . L a i d e n t i f i c a c i ó n d e u n a r e l a c i ó n e n t r e e l g a s t o e n
in v e r s ió n y lo s b e n e fic io s v u e lv e a in t r o d u c ir la d e m a n d a a g r e g a d a e n e l m o d e lo ,
a b r ie n d o a s í l a p o s i b i l i d a d d e e s t a b l e c e r u n v í n c u l o e n t r e l a e c o n o m í a d e K e y n e s y . .
la s d in á m ic a s d e a c u m u la c ió n m a r x is t a s . E s t e v ín c u lo e s e l q u e e x p lo r a r e m o s e n la
p r ó x im a s e c c ió n .

1 .4 . E l p r o c e s o k a le c k ia n o

E l g r á f ic o 4 m u e s tra la c o n s t r u c c ió n k a le c k ia n a d e l p r o c e s o m a c r o . E s t a d e s c r ip c ió n .
d e l p r o c e s o e c o n ó m i c o f u e d e s a r r o l la d a e n g r a n p a r t e p o r l a e s c u e la d e p e n s a m i e n t o
e c o n ó m ic o p o s t k e y n e s ia n a d e C a m b r id g e , a s o c ia d a a R o b in s o n , K a t d o r , K a l e c k i y
G o o d w i n . E n s u s p r i m e r o s t r a b a jo s s o b r e m a c r o e c o n o m í a , D a v i d G o r d o n ( 1 9 7 8 ) s e I
c e n t r ó m á s e n c u e s t i o n e s p la n t e a d a s p o r e l e n f o q u e m a r x i s t a c l á s i c o d e s c r i t o a n t e r io r ­
m e n t e . S in e m b a r g o , su o b r a p o s t e r io r s e c o n c e n t r ó e n t e m a s m á s a c o r to p l a z o ( G o r d o n , |
1 9 9 5 a , 1 9 9 5 b ) y a d o p tó e fe c t iv a m e n te u n p r o c e s o k a le c k ia n o . i
L a c a r a c te r ís t ic a p r in c ip a l d e l m a r c o k a le c k ia n o e s e l p r o c e s o c ir c u la r q u e v in c u - i!
la lo s m e r c a d o s d e p r o d u c t o s c o n l o s m e r c a d o s d e l t r a b a j o . L o s m e r c a d o s d e p r o d u c - í¡
t o s s o n k e y n e s ia n o s e n s u c o n s t r u c c i ó n , y a q u e e l n i v e l d e o u t p u t d e p e n d e d e l n iv e l d e t
A D . S i n e m b a r g o , e l n iv e l d e AD d e p e n d e d e l a d is t r ib u c ió n f u n c i o n a l d e l a r e n t a d e b i- i
d a a l a s d is t in t a s p r o p e n s io n e s a c o n s u m i r d e la s r e n t a s s a l a r i a le s y d e l o s b e n e f i c i o s .

6. L a obra de Anw ar Shaikh (1989, 1992) incluye dimensiones significativas de la demanda, y (rata los
aspectos del proceso económ ico tanto a corto com o a largo plazo. L a obra de Shaikh ilustra las con ­
tradicciones del esquema de clasificación actual. S e sitúa dentro de la síntesis M arx -K cy n es-K a lcck i
que describiremos más adelante,
C O N F L I C T O , D IS T R IB U C IÓ N Y F IN A N Z A S E N L A S T R A D I C I O N E S . .. 477

É s ta e s la c o n t r ib u c ió n k a le c k ia n a a l m o d e lo k e y n e s ia n o a c o r to p la z o , y s ir v e p a ra
in te g r a r la d is tr ib u c ió n d e la re n ta en e l m o d e lo .
E l n iv e l d e o u tp u t, en c o n ju n c ió n c o n la t e c n o lo g ía p r o d u c tiv a , a fe c ta a l n iv e l d e
e m p le o en lo s m e r c a d o s d e tr a b a jo . E l n iv e l de e m p le o a f e c t a e n to n c e s p o s itiv a m e n te
a! n iv e l d e s a la r io s , q u e a su v e z a fe c t a n a la A D y a lo s m e r c a d o s d e p r o d u c to s . U n
m e c a n is m o te ó r ic o p a ra e s ta v ía d e l m e r c a d o d e trab a jo es la c u r v a P h illip s d e lo s s a la ­
rios r e a le s , q u e s e r e m o n ta a l c lá s ic o estu d io d e G o o d w in (1 9 6 7 ) d e l p r o c e s o c íc lic o
d e a c u m u la c ió n . O t r o m e c a n is m o a lte r n a tiv o in c o r p o r a la n e g o c ia c ió n e n e l m e r c a d o
d e tr a b a jo , y h a s id o e x p lo r a d o e n u n m o d e lo m a c r o a c o r to p la z o p o r P a lle y (1 9 9 8 ).
E l m e c a n is m o k a le c k ia n o d e s ta c a e l e fe c to d e lo s m e r c a d o s d e tr a b a jo s o b re lo s
s a la r io s re a le s y la s d e m a n d a s d e c o n s u m o . S in e m b a r g o , e l n iv e l d e lo s s a la r io s re a le s
a f e c t a ta m b ié n a la r e n ta b ilid a d , y a q u e e x is t e un is o m o r fis m o en tre los c a m b io s en
lo s s a la r io s re a le s y los c a m b io s en la ta s a d e b e n e fic io s s i s e m a n tie n e n c o n s ta n te s el
s t o c k d e c a p ita l y e l n iv e l d e e m p le o . iso m o rfism o a b re u n s e g u n d o ca n a l p o r e l c u a l
lo s r e s u lta d o s d e l m e r c a d o d e tr a b a jo a fe c ta n a la r e n ta b ilid a d , a fe c ta n d o p o r tan to al
g a s t o en in v e r s ió n , a la d e m a n d a a g r e g a d a y a lo s m e r c a d o s d e p r o d u c to s . E s t a v ía h a
s id o e x p lo r a d a p o r B h a d u r i y M a r g lin ( 1 9 9 0 ), y e n la z a c o n e l p o s tk e y n e s ia n is m o d e
C a m b r id g e , q u e d u ra n te m u c h o tie m p o h a s e ñ a la d o q u e la s t a s a s d e b e n e fic io s a f e c ­
tan a l g a s to en in v e r s ió n . D e e s ta fo r m a , p o d e m o s d e fin ir u na v a r ia b le q u e e s la r e la ­
c ió n en tre la ta s a d e b e n e fic io s y e l tip o d e in te ré s d a d o p o r
i

q = [P/K ]/í [2]

L a in v e r s ió n tie n e u n a r e la c ió n p o s itiv a c o n q 7 E n c o n s e c u e n c ia , lo s c a m b io s en la
n e g o c ia c i ó n s a la r ia l q u e h a g a n s u b ir lo s s a la r io s r e a le s te n d e rá n a r e d u c ir P y q , p ro ­
v o c a n d o u n m e n o r g a ^ to en in v e r s ió n . L a e x p a n s ió n d e l o u tp u t d e p en d e de si e l e f e c ­
to s a la r io -c o n s u m o d o m in a a l e fe c to b e n e fic io - in v e r s ió n . _,
E l v ín c u lo e n tr e s a la r io s y t a s a s d e b e n e f ic io s ta m b ié n v u e lv e a r e m itirn o s a la
c u e s tió n d e lo s m á r g e n e s s o b r e c o s t e s y d e la c o m p e t e n c ia -im p e r fe c ta e n m a c r o e c o -
n o m ía . L o s tr a ta m ie n to s n e o c lá s ic o s d e la c o m p e t e n c ia im p e r fe c ta tratan lo s m á r g e ­
n e s e n t é r m in o s d e la e l a s t ic i d a d d e la d e m a n d a d e p r o d u c t o s y e l g r a d o d e p o d e r
m o n o p o lís t ic o . E s t e e s u n t e m a d e l q u e s e h a c e e c o la t r a d ic ió n k a le c k ia n a , p e r o e l
m a r g e n k a le c k ia n o ta m b ié n p u e d e e n te n d e r s e c o m o s ie n d o d e te r m in a d o p o r lo s r e s u l­
tad o s d e l m e rc a d o d e tra b a jo , qu e d e te rm in a n la s p a r tic ip a c io n e s d e s a la r io s y d e b e n e ­
f i c i o s . S u p o n ie n d o u n a p r o d u c tiv id a d m a r g in a l d e l tr a b a jo c o n s ta n te , y u tiliz a n d o la
e c u a c ió n [1 ], lle g a m o s a e x p r e s io n e s p a r a e l b e n e fic io , la p a r t ic ip a c ió n d e l s a la r io y
e l m a r g e n s o b r e c o s te s d a d o s p o r

S p " " m / [ l + m] [3a]


s.. = 1 / [ I + m ] [3b]
m = S p / s"' = S p I [1 - Sp] [3c]

7. E s ta presentación de q difiere de la teoría neoclásica de q(H yashi, 1982), en que la tasa d e beneficios
se identifica con el producto marginal del capital. Tam bién difiere de la q de Brainard y Tobin (1968.
1977), en la que la tasa de beneficios se identifica con el coste del capital social (por acciones), que a
su vez depende d e los precios de los valores.
478 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

P o r lo t a n t o , e l m a r g e n e s ig u a l a l a r e la c ió n d e la s p a r t ic ip a c i o n e s d e l o s b e n e f ic i o s
y d e l o s s a la r io s , c u a n d o e s t a s p a r t ic ip a c i o n e s e s t á n i n f lu i d a s p o r c o n d i c i o n e s d e p o d e r
d e l m e r c a d o d e t r a b a jo .
L o s c a n a l e s ( g a s t o e n c o n s u m o e in v e r s ió n ) p o r l o c u a le s l o s s a l a r io s r e a le s y l o s
b e n e f i c i o s a f e c t a n a l a A D e s t á n c l a r o s . M e n o s c la r a e s l a l ó g i c a m i c r o e c o n ó m i c a p o r
la c u a l la a c t iv id a d d e l m e r c a d o d e p r o d u c to s a fe c t a a lo s r e s u lta d o s d e l m e r c a d o d e
tr a b a jo . E l p a r a d ig m a d e l « in te r c a m b io c o n tr o v e r t id o » , q u e D a v i d G o r d o n a d o p tó y
q u e es la b a se d e gran p a rte d e Fat and Mean ( 1 9 9 6 ) , s e c e n t r a e n e l p r o b le m a d e la
e x t r a c c i ó n d e l e s f u e r z o d e l o s t r a b a ja d o r e s . E n lo s e s t u d io s m a c r o e c o n ó m i c o s f o n n a -
le s d e G o r d o n ( 1 9 9 5 a , 1 9 9 5 b ) , e s t e p r o b l e m a d e l a e x t r a c c i ó n d e e s f u e r z o g e n e r a l a
r e la c ió n e n tr e la ta s a d e b e n e fic io s y e l n iv e l d e e m p le o . A m e d id a q u e lo s m e r c a d o s d e
t r a b a jo s e e s t r e c h a n , l a e x t r a c c i ó n d e l e s f u e r z o s e h a c e m á s d i f í c i l , i n d u c i e n d o a s í a
la s e m p r e s a s a p a g a r m a y o r e s s a l a r io s d e e f i c i e n c i a , l o q u e l i m i t a l a e x p a n s i ó n e c o n ó ­
m i c a . G o r d o n in t e n t ó i d e n t i f i c a r p o l í t i c a s e c o n ó m i c a s q u e p u d ie r a n r e l a j a r e s t e l í m i ­
t e . R e c o n o c i ó q u e e l p r o b l e m a d e e x t r a c c i ó n d e e s f u e r z o d e p e n d ía d e l a n a t u r a le z a d e
l a o r g a n i z a c i ó n d e l a s e m p r e s a s , y a r g u m e n t a b a q u e e l h a c e r m á s d e m o c r á t i c a s la s
e m p r e s a s p o d r í a g e n e r a r u n a r e s p u e s t a c o o p e r a t i v a p o r p a r t e d e l o s t r a b a ja d o r e s q u e
f a c i l i t a r a e l p r o b l e m a d e la e x t r a c c i ó n ^
U n a c o n s t r u c c i ó n a lt e r n a t iv a d e l n e x o e n t r e e l m e r c a d o d e t r a b a jo y e l s a l a r io r e a l
s e e x p r e s a e n t é r m in o s d e l a te o rtía n o - c o o p e r a t i v a d e l a n e g o c i a c i ó n . L a s c o n d i c i o n e s
d e l m e r c a d o d e t r a b a jo i n f l u y e n s o b r e e l r e l a t iv o p o d e r d e n e g o c i a c i ó n d e l o s t r a b a ja ­
d o r e s y d e la s e m p r e s a s , y a q u e u n m e n o r d e s e m p le o a u m e n t a e l p o d e r d e n e g o c i a c i ó n
d e lo s t r a b a ja d o r e s , p e r m it ié n d o le s a s í c o n s e g u i r s a la r io s r e a le s m á s a lt o s . D e l a m i s m a
fo r m a q u e l a s e le c c ió n d e l a t e c n o lo g í a p r o d u c t iv a e s im p o r t a n t e p a r a e l t e m a d e la
e x tr a c c ió n d e l e s f u e r z o , t a m b ié n lo e s p a r a e l t e m a d e l p o d e r d e n e g o c i a c i ó n . E n el
m a r c o d e J a n e g o c i a c i ó n ( S k i l l m a n , 1 9 8 8 , 1 9 9 1 ; S k i l l m a n y R y d e r , 1 9 9 3 ) , ia s e m p r e ­
s a s e l i g e n t e c n o l o g í a s q u e a u m e n t a n s u p o d e r d e n e g o c i a c i ó n e n r e l a c i ó n a l d e lo s tra ­
b a ja d o r e s , a t r a v é s d e m e d id a s c o m o f a c i l i t a r e l r e e m p l a z o d e t r a b a ja d o r e s « d e d e n t r o »
p o r t r a b a ja d o r e s « d e f u e r a » 9 .
E l e s fu e r z o d e e x t r a c c ió n y lo s m e c a n is m o s d e n e g o c ia c ió n n o s o n m u tu a m e n te ■
e x c l u y e n t e s , p e r o s o n d if e r e n t e s . D a v i d G o r d o n ( 1 9 9 4 b , 1 9 9 6 ) t e n d i ó a c e n t r a r s e e n ■
l a p r o b l e m á t i c a d e l a o r g a n i z a c i ó n e m p r e s a r ia l y d e e x t r a c c i ó n d e e s f u e r z o . L o s p o s -
t k e y n e s ia n o s d e C a m b r i d g e h a n t e n d id o a d e s t a c a r l a s c o n s i d e r a c i o n e s s o b r e l a f u e r z a ¡III
n e g o c ia d o r a . lili
1111

1.5. Una síntesis m arxista-kaleckiana

A n t e s m e r e f e r í a l a p o s ib il id a d d e r e a liz a r u n a s ín te s is d e l o s e n f o q u e s m a r x is t a c l á s i c o
y k a l e c k i a n o . E s t a s ín t e s is s e d e s c r i b e e n e l g r á f i c o 5 . L a m i t a d s u p e r io r d e l g r á f i c o s e

jg ¡É
8. Adem ás, podría llevar también a una mayor productividad, ya que las empresas se liberarían de la preo­
cupación de tener que escoger tecnologías «eficientes en la extracción». En su lugar, podrían elegir 111
aquellas tecnologías que fueran más «eficientes en la producción». 11
lili®
9. E sto es sutilmente diferente a la historia del intercambio controvertido. E n ésta, la empresas eligen la
tecnología productiva comparando la «eficiencia en la extracción» con la «eficiencia en la producción».
III
illS
En la negociación, la tecnología es elegid a comparando la «eficiencia en la producción» con la «fuer­
za negociadora». Sai
l li
m
i i
-S í
gr
ií:': ■ ___________ CONFLICTO, DISTRIBUCIÓN Y FINANZAS EN LAS TRADICIONES ... 479

Gráfico 5. Una síntesis de los modelos kaleckiano y marxista clásico

Tecnología -<■

Relación capilaíproducto - 1

------Tasa de beneficios
yr ---------------------------------->• Inversión

V
I '
w C
Poder de negociación -------------- > - Consumo --------------- ► Demanda agregada

A | AD

------- Mercado de trabajo —------- Mercado de productos


N y

i d e n t if ic a c o n e l p r o c e s o m a r x is t a m o s t r a d o e n e l g r á f i c o 3 , m ie n t r a s q u e l a m i t a d i n f e ­
r io r d e l g r á f i c o s e i d e n t i f i c a c o n e l p r o c e s o k a l e c k i a n o m o s t r a d o e n e l g r á f i c o 4 . P o r
lo t a n t o , e s t e g r á f ic o in c l u y e la s p i^ x t u p a c io n e s t a n to a m e d i o c o m o a l a r g o p l a z o , y tie n e
. fu e r t e s a f in i d a d e s c o n e l t r a b a jo d e A n w a r S h a i k h ( 1 9 8 9 , 1 9 9 2 ) .
E m p e z a n d o c o n l a m it a d i n f e r i o r , l a d e m a n d a a g r e g a d a ( A D ) d e t e r m i n a e l n i v e l
d e l o u t p u t (y) e n Jo s m e r c a d o s d e p r o d u c t o s , lo q u e a s u v e z d e t e r m in a e l n iv e l d e
e m p le o ( N ) e n lo s m e r c a d o s d e t r a b a jo . E s t a p a r te e s k e y n e s ia n a . L o s r e s u lta d o s d e l
m e r c a d o d e t r a b a jo d e t e r m in a n e n t o n c e s la r e l a t i v a f u e r z a n e g o c i a d o r a d e i o s t r a b a j a ­
d o r e s y la s e m p r e s a s , q u e d e t e r m in a l o s s a l a r io s r e a le s (w ) y e l m a r g e n ( m ) ' 0 L o s s a l a ­
r io s y e l e m p l e o d e t e n n i n a n e n t o n c e s e l g a s t o e n c o n s u m o q u e a li m e n t a a l a d e m a n d a
a g r e g a d a . E l m a r g e n d e t e r m in a l a t a s a d e b e n e f i c i o s , q u e d e t e r m in a e l g a s t o e n i n v e r ­
s ió n , q u e a s u v e z a li m e n t a l a d e m a n d a a g r e g a d a .
E s ta c o n s tr u c c ió n k a le c k ia n a a c o r to p la z o e s tá r e la c io n a d a c o n e l p r o c e s o m a r­
x is t a d e la r g o p la z o a tr a v é s d e l g a s t o en in v e r s ió n y d e s u e fe c t o s o b r e e l s t o c k d e
c a p i t a l y l a t e c n o lo g í a . L a e x p r e s i ó n f o r m a l d e l a t a s a d e b e n e f i c i o s e s

P/ K=P/ y - y / K = sp/k = m/[ l +m}k [3 ]

Donde P= n iv e l d e b e n e fic io s , K= s to c k d e c a p ita l, y= n iv e l d e o u t p u t , k= r e la c ió n


c a p ita l/ p r o d u c t o . L a a d i c i ó n d e u n a f l e c h a s u p e r io r d e s d e l a in v e r s ió n h a s t a l a r e l a c i ó n
c a p it a l/ p r o d u c t o y a l a t a s a d e b e n e f i c i o s p e r m i t e q u e l a d i n á m i c a d e l s t o c k d e c a p i t a l
e n c a je . L a p r o fu n d iz a c ió n d e l c a p ita l p u e d e e n to n c e s lle v a r a u n a ta s a d e b e n e fic io s
d e c r e c ie n t e y a u n a c r is i s d e a c u m u la c ió n m a r x i s t a . A d i c i o n a l m e n t e , l a in v e r s i ó n p u e d e

1O. Palley {1998) detalla este proceso.


480 C R ÍT IC A A L A E C O N O M ÍA O R T O D O X A

a f e c t a r a l a t e c n o l o g í a , a f e c t a n d o a s í a l p o d e r d e n e g o c i a c i ó n , lo s s a l a r io s r e a le s y la
r e n t a b il id a d .

:
í ...]

2. B i b l i o g r a f í a c it a d a

B haduri, A.; M arglin , S. 1990. «Unemployment and the Real Wage: The Economic Basis for
Contesting Political Ideologías». Cambridge Journal of Economic, 14 diciembre, p. 375-393.
B la n ch flo w er , D .G .; O sw ald , A. J ., 1990. «The Wage Curve». Scandinavian Journal of
Economics, 92, p. 215-235.
—. 1994. The Wage Curve. Cambridge: M IT Press.
BowLES, S.; G jntis, H., 1990. «Contested Exchange: New Micro Foundations for the Polítical
Economy o f Capitalism». Politics and Society, 18, p. 165-222.
B rain ard , W. C.; T obin , J., 1968. «Pitíatls in Financial Model Building». American Economic
Review, 58 (mayo), p. 99-122.
— . 1977. «Asset Markets and th eC o sto f Capital». En: Economic Progress: Prívate Valúes and
Public Policy (Essays in Honor ofWUiam Fellner) R. Neison; B. Belassa (eds.). Amsterdam:
North Holland.
G oodw in , R. M ., 1967. «A Growth Cycle». En: Socialista, Capitalism, and Economic Growth.
C. H. Feinstein (ed.). Cambridge: Cambridge University Press.
GoRDON, D . M ., 1978. «Up and Down the Long Rollcr Coaster». En: U. S. Capitalism in Crisis.
Union For Radical Política) Economías (ed.). Nueva York: Union For Radical Política!
Economics.
— . 1994b. «Bosses o f Different Stripes: A Cross-national Perspective on Monitoring and
Supervision». American Economic Review, 84, p. 375-379.
— . 1995a. «Growth, Distribution, and the Rules o f the Game: Social Structuralist Macro
Foundations for a Democratic Economic Policy». En: Jili. Macroeconomic Policy afier the |
Conservative Era: Studies in Investment, Saving and Finance. G . Epstein y H. Gintis (eds.).
Nueva York: Cambridge University Press.
— . 1995b. «Putting the Horse (Back) before the Cart: Disentangling the Macro Relationship
between Investment and Savings». En: Macroeconomic Policy afier the Conservative Era:
Studies in Investment, Saving and Finance. Nueva York: Cambridge University Press.
— . 1996. Fat and Mean: The Corporate Squeeze o j Working Americans and the Myth o j
Managerial«Downsizing». Nueva York: Free Press.
HtCKS, J . R ., 1937. «Mr. Keynes and the “ Classics” : A Suggested Interpretaron». Econometrica,
5, p. 146-159.
H y a sh i , E , 1982. «Tobin's Margina! q and Average q: A Neoclassical Interpretaron».
Econometrica, 50 (enero), p. 213-224.
K e y n e s , J. M ., 1936. The General Theory of Employment, Interest and Money. Londres, p.
MacMillan.
M c D on ald , L; S olow , R. J. 1981. «Wage Bargaining and Employment». American Economic
Review, 71, p. 896-908.
^MErzLER, L. A . 1951. «Wealth, Saving, and the Rate o f Interest». Joumal of Political Economy
(abril), p. 93-116.
Pa l l e y , T. I . 1992. «Money, Credit and Prices in a Kaldorian Macro Model». Journal ofPost
Keynesian Economics, 14 (invierno), p. 183-204.
— . 1996b. «Efficiency Wage Theory and Keynesian Macrocconomics». Nueva York: New School
for Social Research.
CONFLICTO, DISTRIBUCIÓN Y FINANZAS EN LAS TRADICIONES ... 48!

— . 1998. «Macroeconomics with Conflict and Income Distribution». Review of Political Economy,
tO, p. 329-342.
S a r g e n t , T. J. 1979. Macroeconomic Theory. Nueva York: Academic Press.
S h a i k h , A . 1989. «Acumulation, Finance, and Effective Demand in Marx, Keynes, and Kalecki».
En: Financial Dynamics and Business Cycles: New Perspectives. Willi Semmler (ed.).
Annonk, Nueva York: M . E . Sharpe.
— . 1992. <(A Dynamic Approach to the Theory ofEffective Dernand». En: Profits, Déficits, and
Instability. D. Papadimitriou (ed.). Nueva York: St. Martin’s Press.
S k i l l m a n , G .L ., 1988. «Bargaining and Replacement in Capitalist Finns», Review of Radical
Political Economics, 20, p. 177-183.
— . 1991. «Efficiency vs. Control: A Strategic Bargaining Analysis of Capitalist Production».
Review of Radical Political Economics, 23, p. 12-21.
SxiLLMAN, G . L .; R y d e r , H. E ., 1993. «Wage Bargaining andtheChoice ofProduction Technique
in Capitalist Firms». En: Markets and Democracy: Participation, Accountabiliiy, and
Efficiency. S. Bowles; H. Gintis; B. Gustafsson (eds.). Cambridge: Cambridge University
Press.
STGUTZ, J. E.; W eíss , A 1981. «Credit Rationing in Markets with Asymmetric Information».
American Economic Revíew, 71 Ijunio), p. 393-410.

;
CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA 483-487

L o s n u e v o s n e o c lá s ic o s

l. E l contexto

D e s d e m e d ia d o s d e lo s s e t e n t a s e a s is t e a u n a im p o r t a n t ís im a r e c o n s t r u c c i ó n d e l p e n ­
s a m ie n t o n e o c l á s i c o . R e a lm e n t e , e s t e n u n c a h a b í a d e ja d o d e e s t a r p r e s e n t e e n e l p e n s a ­
m ie n t o e c o n ó m i c o . P o r u n a p a r t e , e l p r o p io K e y n e s , a p e s a r d e s u f e r o z ( a u n q u e p a r c ia l)
c r it i c a a l p e n s a m i e n t o d o m in a n t e , n u n c a h a b í a a b a n d o n a d o l o s p r in c ip io s fu n d a m e n t a ­
le s d e l a e c o n o m ía n e o c l á s ic a e n l a q u e s e h a b í a f o r m a d o , y l o s e c o n o m i s t a s c o n v e n ­
c io n a le s d e s u é p o c a p r o n to c o n s ig u ie r o n in t e g r a r e l p e n s a m ie n t o k e y n e s ia n o e n e l
c o r p u s d e l p e n s a m i e n t o n e o c l á s ic o ( H i c k s c o n l a I S / L M y l o s d e s a r r o llo s d e l a « s ín t e ­
s is n e o c l á s i c a » ) . P o r o t r a p a r t e , d e s d e l o s t r a b a jo s d e M . F r i e d m a n a m e d ia d o s d e l o s
c in c u e n t a , e l p e n s a m ie n t o n e o c l á s ic o r e s u r g ió b a j o s u fa c e t a d e m o n e t a r is m o p a r a , e n lo s
s e s e n t a , c o n s t i t u i r e n l a U n i v e r s i d a d d e C h i c a g o u n p o t e n t e f o c o d e e s t u d io q u e d a r ía
l u g a r a l a E s c u e l a d e C h i c a g o . E s t a v e r t ie n t e p r o p u g n a b a u n a p o l í t i c a e c o n ó m i c a m u y
c o n s e r v a d o r a q u e f u e a p l ic a d a p r im e r o , b a jo e l a s e s o r a m ie n to d e F r ie d m a n , p o r P in o c h e t
e n C h i l e y V i d e l a e n A r g e n t in a , p a r a , a m e d ia d o s d e lo s s e t e n t a , e x p a n d i r s e r á p id a m e n t e
e n t o d o s l o s p a í s e s c e n t r a le s . E n e l o t r o f o c o d e d e s a r o l l o d e l a t e o r í a e c o n ó m i c a c o n ­
v e n c i o n a l - e l R e i n o U n i d o - lo s n e o c l á s i c o s a m e r ic a n o s c o m e n z a r o n a t e n e r u n a i n f l u ­
y e n te p r e s e n c ia ( Jo h n s o n , e n tr e o tr o s , e n s e ñ a b a s im u ltá n e a m e n t e e n C h i c a g o y e n la
L o n d o n S c h o o l o f E c o n o m ic s d u ra n te lo s s e s e n ta , d o m in a n d o l a d o c e n c ia en
M a c r o e c o n o m í a e n e s t a ú ltim a in s t i t u c ió n ) . O t r o s c a t e d r á t ic o s ( Y a m e y , B a u e r , D a y ) , e n
l a m i s m a L o n d o n S c h o o l , r e f o r z a b a n e n u n a l í n e a e x t r e m a e s t e p e n s a m ie n t o . E s d e c ir ,
e l k e y n e s i a n i s m o e r a l a e s t r a t e g i a d e p o l í t i c a e c o n ó m i c a d o m in a n t e , p e r o e n l a t e o r ía
e c o n ó m i c a lo s p la n t e a m ie n t o s n e o c l á s i c o s m a n t e n ía n u n t e r r it o r io m u y s i g n i f i c a t i v o .
L a c r is i s d e l o s s e t e n t a y la s l i m i t a c i o n e s d e l p e n s a m i e n t o k e y n e s i a n o c o n s o li d a r o n
l a r e c u p e r a c i ó n d e lo s n e o c l á s i c o s t r a d i c i o n a l e s y lo s r e f o r z a r o n c o n n u e v a s a p o r t a ­
c io n e s d e g r a n im p o r t a n c i a . P o r u n l a d o , e r a c a d a d ía m á s e v id e n t e la e x i s t e n c i a s im u l ­
t á n e a d e l a r e c e s i ó n y l a i n f l a c i ó n y q u e l a s p r e s c r ip c io n e s k e y n e s ia n a s n o c o n s e g u í a n
c o n t r o la r l a c r is is y , p o r e l o t r o , la s in s u f i c i e n c i a s d e l s is t e m a k e y n e s ía n o s e ib a n p o n i e n ­
d o d e r e l i e v e a m e d id a q u e a v a n z a b a n d is t in t a s i n v e s t i g a c i o n e s e n l a l í n e a n e o c l á s i c a .
P a r t ie n d o d e u n a c r í t i c a a l a c u r v a d e P h i l l i p s , q u e s e h a b í a c o n v e r t i d o e n u n b lo q u e
p r i n c i p a l d e l e d i f i c i o k e y n e s i a n o , y a p o y á n d o s e e n u n n u e v o p la n t e a m i e n t o a c e r c a d e
la s e x p e c t a t iv a s ( la s e x p e c t a t i v a s r a c i o n a l e s ) , e n t o r n o a 1 9 7 5 e l g r u p o f o r m a d o p r in ­
c ip a lm e n t e p o r l o s e c o n o m is t a s L u c a s , S a r g e n t , B a r r o y W a l l a c e c o n s o li d ó s u s n u e v o s
e n f o q u e s y r e a l i z ó u n a t a q u e , q u e s e r e v e l ó m o r t a l a l o s p la n t e a m i e n t o s k e y n e s i a n o s ,
c e r t if i c a n d o a s í l a d e f u n c i ó n t e ó r i c a d e l k e y n e s ia n is m o . A p e s a r d e e l l o , t o d a v í a l a p o l í ­
t ic a e c o n ó m i c a d e u n a i n s t i t u c i ó n ta n r e le v a n t e c o m o la O C D E s i g u i ó s i e n d o k e y n e -
484 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTO DOXA

s ia n a p o r u n c o r t o p e r i o d o , p e r o h a c ia e l f i n a l d e Jo s s e t e n t a , c o n l a s e g u n d a c r i s i s d e l
p e t r ó le o y e l a s c e n s o s o c i a l d e l c o n s e r v a d u r is m o , la b a t a lla e s t a b a p e r d id a p a r a e l in t e r ­
v e n c io n is m o p ú b lic o k e y n e s ia n o . L a lle g a d a a l p o d e r d e T a tc h e r ( 1 9 7 9 ) y R e a g a n
( 1 9 8 1 ) m u e s t r a c la r a m e n t e q u e e n l o s o c h e n t a l a s o c i e d a d h a b í a a c e p t a d o u n p r o f u n d o
c o n s e r v a d u r is m o , d e l q u e e l a n á l is is e c o n ó m i c o n e o c l á s i c o f u e u n e le m e n t o i m p u l s o r ,
s ie n d o , a su v e z , p o t e n c ia d o , r e fo r z a d o y le g itim a d o p o r lo s n u e v o s d ir ig e n te s . T o d a s
la s fu e r z a s c o n v e r g ía n p a r a p o te n c ia r u n p o te n te r e n a c im ie n to d e lo s p la n te a m ie n t o s
m á s c o n s e r v a d o r e s e n t o d o s lo s á m b it o s , c o n l a e c o n o m í a c o m o u n o d e s u s e le m e n t o s
d e v a n g u a r d ia . D e n u e v o e l p e n s a m ie n to n e o c lá s ic o , p o te n te m e n te r e m o z a d o , o c u p a
n o y a e l lu g a r c e n tr a l e n e l p e n s a m ie n to e c o n ó m ic o , s in o q u e s e c o n v ie r te e n e l e x c lu ­
s i v o . T o d o l o q u e n o s e a e s t e « p e n s a m ie n t o ú n i c o » e s p r o s c r it o , n o s o l o d e l a p o l í t i c a
e c o n ó m i c a s in o t a m b ié n d e l d e b a t e in t e l e c t u a l .
E s t a r e c u p e r a c i ó n t ie n e l u g a r p o r m e d io d e l a a p a r ic ió n d e d iv e r s a s v e r t i e n t e s q u e
a p a r e c e n c o m o s u s t a n c i a l m e n t e d is t in t a s p e r o q u e s e r e f u e r z a n e n t r e s í . N o s ó l o r e s u l ­
t a c o m p l i c a d o id e n t i f i c a r y c o n o c e r t o d a s s u s v a r ia n t e s s in o q u e in c l u s o l a s d e n o m i ­
n a c i o n e s b a j o l a s q u e s o n a g r u p a d a s s o n m ú l t i p l e s : « n u e v a e c o n o m ía c l á s i c a » , « n u e v o s
m a c r o e c o n o m is t a s » , « n e o k e y n e s ia n o s » , « n e o - n e o c lá s ic o s » , y o tr o s . E n u n a p r e s e n ta ­
c ió n d e l p e n s a m ie n to m a c r o e c ó n o m ic o q u e r e a liz a E . S . P h e lp s e n 1 9 9 0 , y e n e l q u e
n o i n c l u y e n i a lo s p o s t k e y n e s ia n o s n i a l o s m a r x is t a s , t r a s h a c e r r e f e r e n c i a a lo s k e y -
n e s ia n o s y lo s m o n e t a r is t a s , a ñ a d e : « L a n u e v a e s c u e l a c l á s i c a d i f i e r e p o r a d o p t a r la s
e x p e c t a t i v a s r a c i o n a l e s , m ie n t r a s q u e l a e s c u e l a d e l o s n u e v o s k e y n e s i a n o s u t i l i z a
m o d e lo s q u e g e n e r a n r i g i d e c e s e n e l s a l a r i o m o n e t a r io o e n e l n i v e l d e p r e c i o s m o n e ­
t a r io s . L a e c o n o m í a d e o f e r t a s e a g r u p a c o n l o s n u e v o s c l á s i c o s , d is t i n g u i é n d o s e s ó l o
( d e e l l o s ) e n l o s p a p e le s q u e a s i g n a a la s p o l í t i c a s f i s c a l e s y m o n e t a r ia s . L a t e o r í a n e o -
n e o c l á s i c a d e la s f l u c t u a c i o n e s “ r e a le s ” t a m b ié n e x h i b e f l e x i b i l i d a d d e p r e c i o s y s a l a ­
r io s y e x p e c ta t iv a s r a c io n a le s , a u n q u e d e c a rá c te r n o m o n e t a r io . F in a lm e n t e , h a y u n
g r u p o d e m o d e lo s r e c ie n te s q u e in v o c a n r ig id e c e s d e s a la r io s r e a le s c o n o s in e x p e c t a t iv a s
r a c i o n a le s , q u e y o d e n o m in o e s c u e la e s t r u c t u r a li s t a » l Y e s t o e n 1 9 9 0 . S e g u r o q u e h a y
a lg u n o s g r u p o s m á s d e s d e e n t o n c e s . E s u n p e n s a m ie n t o q u e , p o r d o m in a n t e , d is f r u t a d e
t o d a s la s f a c i l i d a d e s p a r a s u d e s a r r o llo , p o r l o q u e s e e s t á a m p l ia n d o c o n s t a n t e m e n t e ( s i
b ie n n o p a r e c e q u e e s t á n s u r g ie n d o e n e l m i s m o n u e v a s id e a s f u e r z a o p a r a d i g m a s ) .
M e n c io n a r e m o s la s m á s c o n o c id a s p e r o p r o b a b le m e n t e e x is t ir á n o tr a s q u e n o s o tr o s
no con ocem os.

2. L o s «N u e v o s N e o c l á s i c o s »

E n t o d a s e s t a s v a r ia n t e s s e e n c u e n t r a n e le m e n t o s d e l o s e c o n o m is t a s a u s t r ía c o s ( H a y e k ,
V o n M is e s ) , o d e lo s n e o c lá s ic o s tr a d ic io n a le s , a u n q u e e l p re c u r s o r m á s in m e d ia t o es
e l m o n e t a r is m o d e F r i e d m a n . E n t r e l a s m ú l t i p l e s c o r r ie n t e s q u e f o r m a n p a r t e d e e s t e
r e s u r g ir , s in d u d a e l e n f o q u e q u e h a t e n i d o m á s c o n s e c u e n c i a s t e ó r i c a s y d e p o l í t i c a
e c o n ó m ic a e s e l d e l a n u e v a e c o n o m ía c l á s i c a o n u e v o s m a c r o e c o n o m i s t a s c o n l a « r e v o ­
l u c i ó n » d e la s e x p e c t a t i v a s r a c io n a le s - S a r g e n t , B a r r o , W a l l a c e y L u c a s ( c o n s i d e r a d o
p o r a lg u n o s c o m o e l a r q u it e c t o d e l a m a c r o e c o n o m í a m o d e r n a ) - y s u s d iv e r s a s v a r ia n ­
t e s q u e s e r e c o g e n e n la lis t a d e P h e lp s q u e h e m o s m e n c io n a d o . T a m b ié n s e p u e d e n

1• Phelps, Edmund S. Sevenschoo/sofmacmeconomic thmgltí. Oxford: Claredon Press, 1990: XI.


LOS NUEVOS NEOCLÁSICOS

i n c l u i r l o s n e o a u s t r i a c o s , l a t e o r ía d e la e l e c c i ó n p ú b l i c a y e l c i c l o e c o n ó m i c o p o l í t i ­
c o ( C l a r k , 1 9 9 8 , F e l d e r e r y H o m b u r g , 1 9 9 2 )2. E n f o q u e s m á s l im it a d o s s e r ía n lo s c o n s ­
t i t u i d o s p o r la e c o n o m í a d e o f e r t a d e L a f f e r , K e m p y o t r o s .
E s t o s e n f o q u e s s e c o m p l e t a n c o n l a t e o r ía d e l o s c i c l o s r e a le s q u e a p o r t a n u n e n f o ­
q u e s o b r e la s f l u c t u a c i o n e s e c o n ó m i c a s e n t é r m in o s d e e q u i l i b r i o g e n e r a l, e x p l í c i t a ­
m e n t e d in á m i c o y e s t o c á s t ic o , p r o fu n d a m e n t e m a r c a d o p o r u n a v o lu n t a d d e e n fr e n t a r s e
s is t e m á t ic a m e n t e a l a r e a li d a d . T r a t a n d e f u n d a r s u a n á l is is s o b r e c o m p o r t a m ie n t o s d e
o p t i m i z a c i ó n in t e r t e m p o r a l e n u n u n i v e r s o e s t o c á s t i c o y d e c o n f r o n t a r s e d e f o r m a s is ­
t e m á tic a y c u a n tita tiv a a lo s h e c h o s e s t iliz a d o s c a r a c te r iz a d o s p o r lo s c ic lo s o b s e r v a ­
d o s e n l o s p a í s e s d e s a r r o l l a d o s . D e e s t a f o r m a , l a c o r r i e n t e d e lo s c i c l o s r e a l e s h a
in s t a la d o e l m o d e lo n e o c l á s ic o d e a c u m u la c ió n d e c a p i t a l e n e l c e n t r o d e l a n á lis is d e la s
flu c t u a c io n e s y d e l c r e c im ie n t o .
E n t r e l a s n u e v a s c o r r ie n t e s h a b r ía t a m b ié n q u e i n c l u i r a l a « t e o r í a d e l d e s e q u i l i ­
b r io » o « n e o k e y n e s ia n o s » q u e h a n d e s a r r o lla d o a u to r e s c o m o B e n a s s y y G r a n d m o n t e n
F r a n c ia y C lo w e r , D r e z e , G r o s m m a n y o tr o s e n E s t a d o s U n i d o s . H e m o s h e c h o u n a
c o n s i d e r a c i ó n m u y l i m i t a d a d e l o s m is m o s . E n p a r t e , p o r l a f a l t a d e t i e m p o , p e r o t a m ­
b i é n p o r q u e c o n s t it u y e n u n d e s a r r o l lo c o n u n e s p ír it u b á s i c a m e n t e w a lr a s ia n o , a u n q u e
a l n o in s is t i r e n e l v a c i a d o p e r m a n e n t e d e l o s m e r c a d o s l l e g a a a lg u n o s r e s u lt a d o s d e
c a r á c te r m á s k e y n e s ia n o ; ta m p o c o p a r e c e n h a b e r a lc a n z a d o u n s u fic ie n t e g r a d o d e
g e n e r a l i d a d c o m o p a r a s e r in c l u id o s e n u n a r e v is ió n q u e n o p r e t e n d e s e r e x h a u s t i v a .
E l p r i n c i p i o q u e g u í a a t o d a s e s t a s v a r ia n t e s e s l a c o n s i d e r a c i ó n d e l a e s t a b il id a d
in h e r e n t e a l a e c o n o m í a d e m e r c a d o q u e e s t é lib r e d e la in t e r v e n c ió n p ú b li c a . L a c a r a c ­
t e r í s t i c a u n i f i c a d o r a d e t o d o s e s t o s g r u p o s e s l a a c e p t a c i ó n d e la s p r e m is a s d e l a o r t o ­
d o x ia n e o c lá s ic a ( r a c io n a lid a d , hornos economicus, o p t im iz a c ió n , te n d e n c ia al
e q u i l i b r i o . . . ) y , c o n l a e x c e p c i ó n d e lo s n e o k e y n e s i a n o s , q u e t o d o s e llo s r e c h a z a n la
u t i l i d a d d e l a in t e r v e n c i ó n p ú b li c a , d e l a p o l ít ic a e c o n ó m i c a . P a r a Jo s m o n e t a r ís t a s , sí
h a y q u e h a c e r la , t ie n e q u e s e r d e f o r m a « c o n s t i t u c i o n a l » , e s d e c ir d e f o m a q u e s e s e p a
q u é p o l í t i c a s e v a a h a c e r e in t e g r a n d o s u s n o m ia s b á s ic a s e n l a c o n s t it u c ió n . P a r a t o d o s
l o s d e m á s , in c l u s o e s t e a s p e c t o e s e x c e s i v o y e l b u e n f u n c i o n a m i e n t o e c o n ó m ic o e x i g e
q u e e l E s t a d o v u e l v a a su s l i m i t a d a s f u n c i o n e s t r a d i c i o n a l e s d e m a n t e n i m i e n t o d e la
l e y y e l o r d e n ( q u e q u i e r e , s o b r e t o d o , d e c ir e l m a n t e n im ie n t o d e l d e r e c h o a l a p r o p ie ­
d a d p riv a d a ).

3. A c e r ca de la crítica

Y a h e m o s s e ñ a la d o l a s d i f i c u lt a d e s p a r a e n c o n t r a r m a t e r ia le s c r ít i c o s s o b r e e s t a s e s c u e ­
l a s . D e n t r o d e e s t a s d i f i c u l t a d e s , r e c o g e m o s a c o n t i n u a c i ó n a l g u n o s d e lo s a s p e c t o s
q u e h e m o s e s t a b l e c i d o e n b a s e a la s c r í t i c a s e s p o r á d i c a s e n c o n t r a d a s e n la s le c t u r a s
r e a l i z a d a s y a n u e s t r a p r o p ia r e f l e x i ó n . C o m o n o h e m o s e n c o n t r a d o n i n g ú n a r t íc u l o
c r í t i c o d e la s m i s m a s q u e m e r e z c a s e r r e c o g i d o c o m o t a l y p a r a n o d e j a r v a c í o e s t e
a p a r ta d o in c lu im o s n u e s tro r e s u m e n , c o n s c ie n t e s d e s u s lim it a c io n e s . C o m o h e m o s
d i c h o , e s p e r a m o s m e j o r a r lo e n u n f u t u r o i n m e d i a t o . Y a s e h a s e ñ a l a d o t a m b ié n e n la
in t r o d u c c i ó n q u e s e r ía d e g r a n in t e r é s q u e o t r a s p e r s o n a s q u e c o n o z c a n a lg ú n m a t e r ia l

2. Clru:k, B ; a r . Polilical economy. A comparaiiveappmacli. WcsSport, Conneticu!: Praeger, 1998; Felderer,


Berahard; Hom burg, Stefan. Maaveconomics andnewmaciveconomics. Berlín: Springer Veriag, 1992.
486 CR[TICAA l a e c o n o m ía o r t o d o x a

q u e le s p a r e z c a a d e c u a d o n o s lo c o m u n iq u e n p a r a i r m e jo r a n d o s u c e s iv a s v e r s io n e s
i
d e e s te tr a b a jo .
L a c r ít ic a a e s t o s e n fo q u e s d e b e in ic ia r s e s e ñ a la n d o c o m o p u n to m á s im p o rta n te
q u e , a u n q u e alg u n a s v arian tes tratan p r e c is a m e n te d e in te g ra r e n sus e s q u e m a s lo s m e r­
c a d o s n o c o m p e t it iv o s (teo ría d e lo s c ic lo s r e a le s y n e o k e y n e s ia n o s , p o r e je m p lo ) y
o tr a s lim it a c io n e s d e la o r to d o x ia c o n v e n c io n a l, to d a s e lla s a c e p ta n f ie lm e n t e e l m a rc o
in s titu c io n a l y lo s p r in c ip io s b á sic o s d e l p e n s a m ie n to n e o lib e r a l -im p o r ta n c ia d e l m e r­
c a d o , t e n d e n c ia a l e q u ilib r io , e le m e n to s e x ó g e n o s c o m o c a u s a d e lo s d e s e q u ilib r io s
( e x c e p to l a t e o r ía d e lo s c ic lo s r e a le s ) , y r a c io n a lid a d d e lo s a g e n te s e c o n ó m i c o s - , p o r
lo q u e le s s o n a p lic a b le s to d o s lo s p u n to s q u e n o s lle v a n a r e c h a z a r a a q u e lla ( r e c o g i­
d o s e n e l c a p ít u lo s o b r e lo s n e o c lá s ic o s t r a d ic io n a le s ) . A d e m á s : I

- L o s n e o a u s tr ia c o s so n n e o lib e r a le s e x tr e m o s c u y a e x a g e r a d a a d s c r ip c ió n a l m e rc a d o
d e s a fía to d o r e a lis m o .
- E l c ic lo p o lít ic o e c o n ó m ic o y l a te o r ía d e la e le c c ió n p ú b lic a . E l p a n o r a m a q u e p r e ­
sen ta e n e l m u n d o e n te r o la e s c e n a p o lít ic a im p id e r e c h a z a r c ie r to g r a d o d e v a lid e z
e n a lg u n o s d e lo s p o s t u la d o s d e e s t e e n fo q u e . N o s e p u e d e n e g a r q u e e n m u c h o s
c a s o s lo s a g e n t e s d e c is o r io s e n p o lít ic a b u s c a n m u c h o m á s s u s in te r e s e s q u e a q u e ­
llo s q u e d ic e n r e p r e s e n ta d p e r o , en p r im e r lu g a r , n o e x is te c o n s ta n c ia a lg u n a d e q u e
e s ta c a r a c t e r ís t ic a a f e c t e a to d o s lo s a g e n te s ir r lp lic a d o s y e n to d a s la s in s ta n c ia s ;
a d e m á s , y e s p e c ia lm e n te , es la c o n c lu s ió n d e su d ia g n ó s tic o - p o r tan to , v u é lv a s e a q u e
la s d e c is io n e s la s t o m e e n e x c lu s iv a e l m e r c a d o - l a q u e es im p o s ib le d e a cep ta r. S i e l
m e r c a d o p r e s e n t a im p o r t a n t e s f a llo s e in ju s t ic ia s , l a v u e lt a a l m is m o d e b id o a la
c o r r u p c ió n d e l a p o lít ic a s e g u ir ía d e já n d o la s c o m o a n t e s . L o q u e h a b r ía d e r e s o lv e r ­
s e s e r ía e s ta ú ltim a , lo q u e n o s e a r r e g la c o n la v u e lta a l m e r c a d o s in o c o n u n a p ro -
f u n d i z a c i ó n d e la s in s t it u c io n e s d e m o c r á t ic a s y e l e s t a b le c im ie n t o d e fo r m a s d e
a c tu a c ió n s o c ia l q u e r e d u z c a n a l m ín im o la in c id e n c ia d e lo s in te r e s e s p e r s o n a le s o
c o le c t iv o s d e lo s p o lític o s . E s in te re sa n te co n s ta ta r q u e , s e g ú n d e s d e q u é ó p tic a p o lí­
t ic a s e c o n t e m p le n , lo s p o s tu la d o s d e la te o r ía d e la e le c c ió n p ú b lic a p u e d e n c o n d u ­
c ir m á s a ju s t if ic a r l a a c t u a c ió n p ú b lic a c o n u n a a d e c u a d a b a s e d e m o c r á t ic a q u e a
e v ita r la .
- L a s e x p e c t a t iv a s r a c io n a le s . E s m u y p o c o p r o b a b le q u e lo s a g e n te s te n g a n t o d a la
in fo r m a c ió n y q u e to d o s a c tú e n s e g ú n lo s d ic ta d o s d e u n m is m o e s q u e m a d e te o r ía
e c o n ó m i c a . D e h e c h o , la v id a r e a l e s tá ll e n a d e d e c is io n e s d is tin ta s e in c lu s o c o n ­
tr a d ic to r ia s d e lo s p r in c ip a le s a g e n te s e c o n ó m ic o s . A d e m á s , a c e p ta r q u e la s e x p e c ­
t a t iv a s r a c io n a le s c o n d u c ir á n a a n t ic ip a r la s d e c is io n e s p ú b l ic a s y a a c t u a r en
c o n s e c u e n c ia e s te r iliz a n d o , c u a n d o n o r in d ie n d o p e r ju d ic ia le s , la s d e c is io n e s d e p o lí­
tic a e c o n ó m ic a , im p lic a a c e p ta r qu e to d o s lo s a g e n te s in terp re ta ra n la s c o n s e c u e n ­
c ia s d e l a p o lít ic a s e g ú n e l m is m o e s q u e m a d e t e o r ía e c o n ó m ic a (e s d e c ir , s u p o n e la
e x is t e n c ia in c u e s tio n a d a d e u n a s o la in te r p r e ta c ió n e c o n ó m ic a v á lid a d e la s c o n s e ­
c u e n c ia s d e la s m e d id a s d e p o lít ic a ) . E s t a p o s ic ió n e s ló g ic a e n q u ie n e s a c e p ta n la

3. Creemos que sería de gran interés un tratamiento desde Ja Economía crítica acerca de cómo Ja bus-
queda de ¡os intereses propios y la corrupción de los agentes decisorios, tanto agentes políticos como los
dirigentes de las empresas privadas, se ha convertido en una característica inherente del capitalismo
actual.
LOS NUEVOS NEOCLÁSICOS 487

v a lid e z in c u e s tio n a b le del e s q u e m a n e o c lá s ic o , p e r o d is ta m u c h o d e ser c o h e r e n te


p a ra las p o s ic io n e s m á s p lu r a lis ta s d e la d is c ip lin a . F in a lm e n t e , h a y q u e añ a d ir q u e
in c lu s o e n lo s re d u cto s m á s fu n d a m e n ta lis ta s d e la e c o n o m ía n e o c lá s ic a - E s t a d o s
U n id o s , In g la t e r r a - s e re cu rre a m e d id a s d e p o lít ic a m o n e ta r ia y f i s c a l para g e s tio n a r
sus e c o n o m ía s e n d ir e c c ió n fa v o r a b le a ¡a o p e ra ció n d e lo s m e r c a d o s , lo q u e p a r e c e
b a s ta n te c o n tr a p r o d u c e n te c u a n d o s e a fir m a q u e la s a n tic ip a c io n e s r a c io n a le s s o b r e
lo s e fe c to s d e e s ta s p o lít ic a s la s h a c e in o p e r a n te s .
- L a e c o n o m ía d e o fe r ta s u p o n e la le y d e S a y . S i n o e s v á lid a p a ra e l p e n s a m ie n to c l á ­
s ic o y n e o c lá s ic o , n o h a y n in g u n a r a z ó n q u e j u s t if iq u e s u a c e p ta c ió n p a r a e s ta s n u e ­
v a s in te r p r e ta c io n e s .

L a s le c tu r a s q u e p re s e n ta m o s en e s te a p a r ta d o s o n la s s ig u ie n te s : e n p r im e r lu g a r
u na le c tu r a d e G u e r r ie n en q u e s e c r itic a n lo s c o n c e p t o s b á s ic o s d e lo s n u e v o s m a c r o -
e c o n o m is ta s , d e sp u é s u n a r tíc u lo d e B . C la r k q u e p r o p o r c io n a u n a p r im e r a id e a d e la s
d is tin ta s c o r r ie n te s e x is te n te s en lo q u e é l d e n o m in a e l « lib e r a lis m o c l á s i c o a c t u a l» .
A la q u e s ig u e u n a le c tu r a d e F e ld e r e r y H o m b u r g (1 9 9 2 ) d o n d e s e r e v is a la c u r v a d e
P h illip s y lo s n u e v o s c l á s ic o s , m ie n tras S t a r z d e s c r ib e b r e v e m e n te y r e v is a la n u e v a
e c o n o m ía k e y n e s ia n a . T a m b ié n in c lu im o s u n a le c tu r a d e C a p o r a s o y L e v in e q u e r e c o ­
g e lo q u e e l l o s d e n o m in a n la a p r o x im a c ió n e c o n ó m i c a a la p o l ít ic a q u e s u p o n e la
te o r ía d e la e le c c ió n p ú b lic a y e l a n á lis is e c o n ó m ic o d e la s in s titu c io n e s . F in a lm e n te ,
a c a b a m o s c o n la le c tu r a d e A . M a r in , q u e r e v is a la v a lid e z d e la s e x p e c ta tiv a s r a c io ­
n a le s .

4. LECTURAS

théorie économique
GU ER R IE N , B e m a r d . « In tr o d u c c ió n » ; « C o n c lu s ió n g e n e r a l» . E n : L a
néoclassique. Tome 2: Macroécanamie, théorie des je u x . P a r ís : L a D é c o u v e r t e ,
1 9 9 9 , p . 1 5 -2 6 , 1 0 9 -1 1 3 .
C l a r k , B a r ry . « L a p e r s p e c tiv a lib e r a l c l á s ic a » . E n : Paliticaleconom y. A comparative
approach. 2 a e d . W e s t p o r t , C o n n e t ic u t : P r a e g e r , 1 9 9 8 , p . 4 8 - 5 1 , 1 0 1 , 1 3 4 -1 3 8 .
F eld erer, B ernh ard ; H om burg, S te fa n . «N ueva e c o n o m ía c lá s ic a » . En:
Macroeconomics and new macroeconomics. 2 * e d . B e r lín : S p r in g e r V e r la g , 1 9 9 2 ,
p . 1 8 7 -2 0 8 .
S t a r z , R ic h a r d . « N o t a s s o b r e c o m p e t e n c ia im p e r fe c t a y la n u e v a e c o n o m ía k e y n e s ia ­
n a » , E n : D í x o n , H . D . ; R a n k in , N . (e d .). The new macroeconomics: ¡mpetfect mar-
kets and p olicy effectiveness. C a m b r id g e : C a m b r i d g e U n i v e r s i t y P r e s s , 1 9 9 5 ,
p . 6 3 -7 7 .
C a p o r a s o , J a m e s A . ; L e v in e , D a v i d P. « E n f o q u e s e c o n ó m ic o s d e la p o l í t i c a » . E n :
Theories o f political economy. C a m b r id g e : C a m b r id g e U n iv e r s i t y P r e s s , l 9 9 2 ,
p . 1 2 6 -1 5 8 .
M a r in , A l a n . « L a e f ic ie n c ia d e la p o lít ic a e c o n ó m i c a » . E n : M acroeconomic policy.
L o n d r e s ; N u e v a Y o r k : R o u t le d g e , 1 9 9 2 , p. 8 9 -1 0 0 .
¡
í

I
CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA 489-499

In tr o d u c c ió n *

B e r n a r d G u e r r ie n

[..-1

1. ¿ V o l v e r a un e n f o q u e d e e q u il ib r io g e n e r a l ?
jA
A fin d e e v i t a r la s in c o h e r e n c ia s in h e r e n t e s a c u a l q u i e r m o d e l o e n e l q u e l o s c o m p o r ­
t a m i e n t o s r a c io n a le s n o s e t ie n e n p le n a m e n t e e n c u e n t a , e s n e c e s a r io - s e g ú n l o s n u e ­
v o s m a c r o e c o n o m is t a s n e o c l á s i c o s - v o l v e r a lo s o r í g e n e s , e s d e c ir , a l m o d e lo d e
e q u i l i b r i o g e n e r a l, e n e l q u e l a s o p c i o n e s e s t á n e x p l i c i t a d a s a p a r t ir d e l a s c a r a c t e r í s t i­
c a s in d iv id u a le s , la s ú n ic a s q u e n o e stá n s o m e tid a s a a z a r e s c o y u n t u r a le s . S in e m b a r ­
g o , n o s p o d e m o s p r e g u n t a r p o r q u é s e h a t e n id o q u e e s p e r a r h a s t a lo s a ñ o s s e t e n t a p a r a
c o n s t a t a r l o s ig u ie n t e : ¿ p o r q u é lb s t e ó r ic o s n e o c l á s ic o s d e la s d é c a d a s a n te r io r e s , e m p e ­
z a n d o p o r M ílt o n F r ie d m a n , n o h a n e m p r e n d id o l a « fu n d a c ió n m ic r o e c o n ó m ic a » d e
l a m a c r o e c o n o m í a , t a l c o m o L u c a s , B a r r o y t a n t o s o t r o s h a n in t e n t a d o h a c e r a p a r t ir
d e l o s a ñ o s s e t e n t a ? E x i s t e n d o s r a z o n e s e s e n c ia l e s : p o r u n a p a r t e , l a a g r e g a c ió n - d e lo s
b i e n e s y la s o p c i o n e s i n d i v i d u a l e s - p l a n t e a p r o b le m a s in s u p e r a b l e s ; p o r l a o t r a , l o s m o ­
d e lo s d e e q u ilib r io g e n e r a l p r e s e n ta n u n a e x t r e m a c o m p le ji d a d y n o o fr e c e n n in g ú n
« r e s u lt a d o » q u e e l m a c r o e c o n o m i s t a p u d ie s e u t i l i z a r ( v e r c a p . IV d e l t o m o 1). D e h e c h o ,
d e c ir q u e v o lv e m o s a l a te o r ía d e l e q u ilib r io g e n e r a l e s c o m o d e c ir q u e h a c e m o s . . .
¡m ic r o e c o n o m ía ! L a m a c r o e c o n o m ía y a n o t ie n e r a z ó n d e ser. N o e x is t ir ía p u e s m á s
q u e u n a ú n i c a g r a n te o r ía q u e s e r ía l a d e l e q u ilib r io g e n e r a l, q u e s e a p lic a r ía ta n to a
l a s c u e s t io n e s « m i c r o e c o n ó m i c a s » c o m o « m a c r o e c o n ó m i c a s » , b u s c a n d o la s e x p l i c a ­
c io n e s a n i v e l d e l o s in d iv id u o s . P e r o n o s u c e d e n a d a d e e s t o : in c l u s o lo s n u e v o s m a c r o ­
e c o n o m i s t a s n e o c l á s ic o s m á s c e l o s o s s i g u e n h a b l a n d o d e m a c r o e c o n o m í a y a l g u n o s ,
i n c l u s o , s i g u e n e s c r ib ie n d o m a n u a l e s s o b r e é s t a . L a m a c r o e c o n o m í a d e n u e v o e s t il o
d e b e t e n e r p u e s a l g o d e p a r t ic u l a r q u e l a d i f e r e n c i e d e l a m i c r o e c o n o m í a ; d e h e c h o ,
n o e s s in o u n a m ic r o e c o n o m ía c o n u n n ú m e r o m ín im o d e b ie n e s y d e a g e n t e s , ta l c o m o
p o d r e m o s c o m p r o b a r d e s p u é s d e h a b e r r e c o r d a d o c ó m o s e p la n t e a e l p r o b le m a d e l a
a g r e g a c ió n .

2. E l p r o b l e m a d e la a g r e g a c ió n

E l p r o b le m a d e l a a g r e g a c ió n g u a r d a u n a e s t r e c h a r e l a c i ó n c o n l a f r a c t u r a e n t r e m ic r o -
e c o n o m í a y m a c r o e c o n o m í a . D e h e c h o , d u r a n t e m u c h o t ie m p o h a s e r v i d o p a r a j u s t i -

Publicado en: Guerrien, Bernard. «Introduction». En: La tkéorie économique néoclassique. Tome 2:
Macroconomie, thcorie desjea.. París: La Découverte, 1999, p. 15-26. Traducción: Bealriu Krayenbühl.
490 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

ficar esta fractura -n o s referíamos entonces a ía «ausencia de un puente» (no bridge)


entre microeconomía y m acroeconom ía-. E l problema de la agregación se descompo­
ne de hecho en dos problemas distintos: la agregación de los bienes y la agregación de
los individuos (más precisamente, de las opciones individuales).

2.1. L a agregación de los bienes

E l intercambio se halla en el centro de la reflexión económ ica. Para que exista inter­
cam bio hace falta que haya por lo menos dos individuos y dos bienes. Y , sin embargo,
el macroeconomista razona con agregados - P I B , consum o, ca p ita l- que generalm en­
te se caracterizan con un número. ¿C óm o pasar de un conjunto de números - la s canti­
dades producidas, consumidas, invertidas, de cada p ro d u cto -a un único número? Éste
es el problem a de la agregación de bienes. U n minuto de reflexión basta para darse
cuenta de que este problema es insoluble: no existe un «bien sintético» cuyas cantida­
des den cuenta del conjunto de las cantidades de los distintos bienes que la econom ía
im plica.
Una solución que surge en nuestra mente es asociar este conjunto a su valor, obte­
nido éste al m ultiplicar la cantidad de cada bien por su precio. Si el bien n, pongam os
por caso, la sal, se elige com o numerario -s u precio es pues igual a 1-, entonces se
puede asociar un número a cada cesto de bienes, su «equivalente en sal» (cantidad de
sal a cam bio de la cual aquel se puede cambiar a los precios dados). Una «solución»
com o ésta a l problema de la agregación presenta no obstante un inconveniente impor­
tante: el de depender del sistema de precios utilizado para evaluar los bienes. A p rio ri,
este sistema de precios es uno cualquiera. S i bien es verdad que se puede considerar
que el m ism o resulta de una m anera u otra de la elección de los individuos, se corre
entonces el peligro de hacer el siguiente razonamiento circular: a partir de agregados ¡
- e n particular, el c a p ita l- se «determinan» ciertos precios (tipo de interés y salario)
que intervienen directamente en el cálculo de estos agregados.
Para evitar este tipo de problem a -q u e ha dado lugar a numerosos d eb a te s-, Ja
m acroeconom ía que pretende tener «fundamentos m icroeconóm icos» se sitúa gene­
ralmente en un mundo con un único bien (se utiliza frecuentemente la imagen del trigo)
que sirve a la vez para el consum o y la producción (inversión), y cuya cantidad carac­
teriza estos agregados.

2.2. L a agregación de las opciones individuales

L a macroeconomía tradicional opera con funciones cuyas variables son agregados -co m o
las funciones de consum o, de inversión, de oferta y demanda (del producto o de los
«factores de producción»), e t c .- . D e ahí la pregunta: ¿se puede considerar que estas
fondones sintetizan las opeiones individuales? Para contestar a esta pregunta primero hace
falta precisar el marco en el cual se sitúan estas opciones. E l caso más sim ple, y privi­
legiado por los teóricos neoclásicos, es el de la competenciaperfecta, en el que las opcio­
nes de los agentes se expresan a través de ofertas y demandas, con precios dados (ver cap.
III). L a agregación de las opciones toma entonces la forma de funciones de oferta y de
demanda globales, obtenidas por adición de las funciones de oferta y demanda indivi­
duales - t a l com o hace el com isario-subastador-. E l teórico se interesa entonces por
INTRODUCCIÓN 491

ciertas propiedades que esta opción agregada puede tener -por ejemplo, el decrecimiento
de ia función de demanda-. Pero el teorema de Sonnenschein (ver capítulo iv) no le
deja ninguna posibílidad por este lado: no es posible deducir relaciones de comporta­
miento globales que tienen una forma simple - o considerada como normal- a partir de
las de los individuos que componen la sociedad. En otras palabras, las relaciones macro-
económicas habituales no se pueden fundamentar microeconómicamente, incluso en el
marco muy simplificado de la competencia perfecta.
Así, sea cual sea la manera en que la abordemos, la agregación no es posible. De
hecho, los teóricos del equilibrio general siempre Jo han sabido - o siempre lo han sos­
pechado, hasta que el teorema de Sonnenschein puso definitivamente término a estas
dudas-. De ahí la fractura entre microeconomía y macroeconomía, fractura que se ha
institucionalizadao, tanto en la enseñanza como en la práctica. Sin embargo, los nue­
vos macroeconomistas neoclásicos han intentado dar un aire de «equilibrio general»
a la macroeconomía utilizando diversos subterfugios que les permitan eludir el pro­
blema de la agregación, bien sea porque se sitúan en un mundo con un único bien, bien
sea porque presuponen un único agente, o lo uno y lo otro.

3. L a n u e v a m a c r o e c o n o m ía n e o c l á s ic a

Para evitar el problema de la agregación, la nueva macroeconomía neoclásica consi­


dera modelos redbcidos de la economía, que puede estar formada por un único indivi­
duo, o por una función de producción con una regla de distribución del producto, o
por una serie de individuos que intentan distribuir mejor su consumo en el tiempo.

3.1. L o s modelos en los que hay un único individuo

Un individuo solo o aislado (la imagen de Robinson se evoca aquí muy a menudo) sólo
tiene un únicd problema: el de u^tilizar al máximo los recursos de los que dispone. Si úni­
camente vive un periodo, este problema ni tan sólo se plantea, ya que únicamente tiene
que consumir sus recursos en bienes, antes de morir. En cambio, la situación es más
complicada si vive más de un periodo, ya que tiene que decidir entonces la asignación
de sus recursos (bienes, tiempo disponible) en cada uno de los periodos considerados:
¿de qué manera se pueden repartir los bienes entre consumo e inversión?, ¿de qué
manera se puede asignar el tiempo del que uno dispone entre trabajo y ocio? L a res­
puesta a estas preguntas depende evidentemente de múltiples factores -entre los cua­
les se halla la información disponible en el momento de tomar la decisión-.
Los nuevos macroeconomistas van a conservar la solución adoptada por el mode­
lo del equilibrio general de Arrow-Debreu (ver cap. IV ), suponiendo que el único indi­
viduo se caracteriza por unafu/tción d e u t ilid a d in terte m p o ra l U Q que asocia, por
ejemplo, a la cesta de consumos presentes y futuros (Co- ..., c „ . . . , cf), en la que (e,)
designa el consumo en el instante í, y la utilidad U (Co- ..., c , , ..., cT). Una forma que
a menudo se utiliza para ésta, debido a su particular simplicidad, es:

u(c,) u(c )
t „ u(c,)
U(c0, ... , c „ . Ct) " ' u(c0) + . . . + + . . . +--------------------- 1 +-----------------
(1 + P Y ( l + p )T t ( l + p )'
i
492 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

Agente «representativo» y «muchos agentes idénticos»

Los nuevos macroeconomistas neoclásicos a familiares idénticas (Romer, 1996, p. 44, 170);
menudo razonan dentro de modelos con un «El modelo que estamos considerando con­
único individuo (según ellos, se referirían siste en un individuo único (o un número cons­
entonces a la macroeconomía). Pero dado que tante de individuos idénticos)» (De Long y
utilizan estos modelos para discutir acerca de Plosser, 1983, p. 43). Pero unos individuos
las políticas económicas y de las evoluciones idénticos -tanto si son en «gran número»
reales de las economías que conocemos, cali­ como si n o- na tienen ninguna razón para
fican a este único agente de «representativo», efectuar intercambios (el intercambio nace de
dando así a entender que representaría la la diferencia - a nivel de gustos, dotaciones o
opción del conjunto de la sociedad (evitando técnicas disponibles-). A sí pues, toman sus
cuidadosamente hablar de los problemas que decisiones como si estuviesen aislados, y estas
plantea la agregación). A título de ejemplo, decisiones son idénticas. La situación es la
una cita de autores de renombre: «Como en misma que si tuviésemos n Robinsones idén­
la teoría habitual del crecimiento, se supone ticos en n islas aisladas las unas de las otras. El
la existencia de una unidad familiar represen­ agente «representativo» lo es tanto... que no
tad va con una duración de vida ilimitada» sirve para nada -se identifica completamente
(Kydland y Prescott, 1982, p. 1.345). Otra con uno cualquiera de los n Robinsones (idén­
forma de sugerir que el hecho de considerar ticos)-. El hecho de que el análisis suponga
a un individuo único, o aislado, no es decisi­ un solo individuo (o un individuo único) apa­
vo consiste en aludir a la existencia de un rece claramente en Ja formulación matemáti­
«gran número de agentes», precisando, sin ca de los modelos, en los que sólo existe una
embargo, que éstos son «idénticos». Citemos única función de utilidady una única función
también, a este respecto, a autores de renom­ de producción, siendo maximizada la primera
bre: «Se supone que la economía consiste en teniendo en cuenta las limitaciones impuestas
un gran número de empresas y de unidades por la segunda. .

en la q u e p es la preferencia por el presente d e l in d iv id u o { c u a n t o m á s e le v a d o e s p,


y c u a n to m e n o s p e s o t i e n e n l o s b i e n e s f u t u r o s e n l a u t i l i d a d t o t a l , in t e r t e m p o r a l) . E n
e l c a s o d e q u e e l t ie m p o d i s p o n i b l e - d i s t r i b u i d o e n tr e t r a b a j o y o c io - s e to m e en c o n ­
s id e r a c ió n , u n a fu n c ió n h a b itu a l e s l a fu n c ió n V (-) d e fin id a p o r:

v(c /)
V ( c 0 , í0, . . . , c „ cT, lT) = 2 ,— ^
t (1 + P ) ',
e n l a q u e 1, d e s i g n a e l t ie m p o d e d i c a d o a l o c i o , e n t. .
E l ú n i c o in d iv id u o d e l m o d e l o c o n o c e t a m b ié n l a s t é c n i c a s q u e e s t á n d is p o n ib le s ,
p re se n te s y fu tu r a s , re p re s e n ta d a s p o r u n a fundón de producción intertemporal.
E n t a le s c o n d i c i o n e s , s i e s r a c i o n a l , in t e n t a r á d e t e r m in a r e l c o n s u m o y e l t ie m p o
d e d ic a d o a l tr a b a jo e n c a d a p e r io d o , d e ta l f o r m a q u e nmaxiinice su utilidad intertemporal,
t e n ie n d o e n c u e n t a l a s p o s i b i l i d a d e s t é c n ic a s .
INTRODUCCIÓN 493

3.2. ¿Precios y un equilibrio en un modelo con un único individuo?

E l m o d e lo d e e q u ilib r io g e n e ra l (en c o m p e t e n c ia p e r fe c ta ) s u p o n e , ta l c o m o lo h a c e n
los n u e v o s m a c r o e c o n o m is ta s n e o c lá s ic o s , a g e n te s q u e c u m p le n fu n c io n e s d e u tilid a d
y d e p r o d u c c ió n in te r te m p o r a le s (en e l m a r c o d e la h ip ó t e s is d e la e x is t e n c ia d e un
« s is t e m a c o m p le t o d e m e r c a d o s » - v e r c a p . l i i - ) . N o o b s ta n te , e l p r im e r o b je tiv o d e
e s te m o d e lo e s e n co n tra r un s is te m a d e p r e c io s q u e h a g a c o m p a tib le s lo s p1anes d e la s
u n id a d e s fa m ilia r e s c o n lo s d e la s e m p re s a s ; lo q u e e v id e n te m e n te s ó lo t ie n e s en tid o si
e l m o d e lo im p lic a m á s d e u n in d iv i duo y , p o r lo t a n to , v a r io s c e n tr o s d e d e c is ió n . P e r o
é s te n o es e l c a s o d e los m o d e lo s co n u n ú n ic o in d iv id u o d e Ja n u e v a m a c r o e c o n o m ía ;
¿ c ó m o p o d e m o s h a b la r p u e s d e « e q u ilib r io g e n e r a l» r e s p e c to a esto s m o d e lo s ? Y s in
e m b a r g o , e s p o s ib le h a c e r lo , fo r m a lm e n te , a u n q u e e llo n o te n g a n in g ú n s e n tid o .
L a o p e ra c ió n es s im p le : c o n s is te en p r o c e d e r « a l revés>>. A s í , e n e l m o d e lo d e c o m ­
p e te n c ia p e r fe c t a ( c o n v a r io s a g e n te s ) , lo s in d iv id u o s d e te r m in a n la s c a n tid a d e s o fe r ­
ta d a s y d e m a n d a d a s ig u a la n d o sus l a s a s m a r g i n a l e s d e s u s t i t u c i ó n c o n la s r e la c io n e s d e
p r e c io s , s ie n d o é s t o s d e te r m in a d o s (p o r e l c o m is a r io -s u b a s t a d o r - v e r c a p . m - ) . E n e l
m o d e lo d e l a o p c ió n in te r te m p o ra l d e u n ú n i c o in d iv id u o , s e u t iliz a la m is m a ig u a l­
d a d , p e r o c o n s id e r a n d o q u e la s c a n tid a d e s e s tá n d a d a s (so n la s q u e m a x im iz a n la u ti­
lid a d in tertem p o ral d e l in d iv id u o ); lo s p recio s s e d e d u c e n p u e s d e esta ig u a ld a d (m ien tras
q u e e n e l m o d e lo d e c o m p e te n c ia p e r fe c ta so n la s c a n tid a d e s -o fe r t a d a s o d e m a n d a ­
d a s - la s q u e se d e d u c e n d e l a m is m a ig u a ld a d ). E s t o s p r e c io s n o s i r v e n p a r a n a d a , y a
q u e e l in d iv id u o c o n o c e y a su p la n ó p t im o d e c o n s u m o y d e tr a b a jo -m ie n t r a s q u e en
e l m o d e lo d e c o m p e t e n c ia p e r fe c ta lo s p r e c io s c u m p le n la fu n c ió n d e h a c e r c o m p a ti­
b le s (o d e c o o r d in a r ) lo s p la n e s d e v a r io s in d iv id u o s .
E n c u a n to lo s p r e c io s h a n s id o « d e d u c id o s » d e la s c a n t id a d e s , é s ta s so n p re se n ta ­
d a s c o m o o fe rta s y d e m a n d a s a esto s p r e c io s ; s e r ía n in c lu s o d e « e q u ilib r io » (g e n e r a l),
y a q u e s o n f o r z o s a m e n t e c o m p a t ib le s ( ¡e l in d iv i d u o ú n ic o d e l m o d e lo sn o tie n e q u e
c o o r d in a r s e c o n n a d ie e n a b s o lu to !) . E l s is te m a a b a n d o n a d o a s u s u e rte e s ta r ía a s í en
« e q u ilib r io p e rm a n e n te » y , por lo tan to , e n u n ó p tim o d e P a r e to (p rim er te o r e m a d e la
e c o n o m í a d e l b ie n e s ta r - v e r c a p . v~ ).
L a v is i ó n p e s im is t a , o p r u d e n t e , d e K e y n e s a c e r c a d e l fu n c io n a m ie n t o d e lo s
m e r c a d o s h a s id o s u s t it u id a p o r u n d is c u r s o b e a t o s o b r e s u n a tu r a le z a a r m ó n ic a y
« ó p t im a » .

3.3. M odelos con un individuo y macroeconomía

A d if e r e n c ia d e l a m ic r o e c o n o m ía , la m a c r o e c o n o m ía im p lic a u n a d im e n s ió n e m p ír i­
c a im p ortan te - s e o c u p a d e la s re la c io n e s e n tre a g r e g a d o s , p a ra lo s c u a le s e x is te n m e d i­
d a s e s t a d ís t ic a s - ; a d e m á s , m a n tie n e u n v ín c u lo e s tr e c h o c o n la s p o lític a s e c o n ó m ic a s
q u e lo s E s ta d o s in te n ta n r e a liz a r . D e b id o a l n ú m e r o lim ita d o d e v a r ia b le s q u e in te r­
v ie n e n , lo s m o d e lo s q u e p o s tu la n u n a o p c ió n in te r te m p o ra l p o r u n ú n ic o in d iv id u o s e
p r e s ta n a e s te e je r c ic io , a s im ila n d o la s c a n tid a d e s e s c o g id a s p o r e l in d iv id u o a lo s a g re ­
g a d o s c o r r e s p o n d ie n te s (su p r o d u c c ió n r e p re s e n ta rá e l P I B , la c a n tid a d de h o ra s d e d i­
c a d a s a l tr a b a jo , e l n iv e l d e e m p le o , e t c .) .
A d e m á s , y a h í e s tá la n o v e d a d , se p u e d e p r e s e n ta r e l m o d e lo c o m o « b a s a d o m ic ro -
e c o n ó m ic a m e n te » p u e sto q u e la s e v o lu c io n e s q u e d e s c rib e re su lta n d e la m a x im iz a c ió n
494 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

R o b in s o n s e v u e lv e e s q u iz o fr é n ic o e « in s t it u y e » m e r c a d o s

E n su lib ro , M ic r o é c o n o m íe in term éd ia tre , sin p o n d ie n te a su tra b a jo en la e m p re s a ; e n tanto


d u d a la o bra m ás d ifu nd id a d e m icro e co n o m ía q u e a ccion ista d e la e m p resa, p ercib irá e l bene­
a n iv e l m u n d ia l y q ue está e sc rita p ara p r in c i­ fic io , y en tanto que c o n s u m id o r , d e c id ir á la
p ia n te s, H a l V a r ía n presenta la c u e s tió n d e la ca ntid a d d e o u t p u t q ue c o m p r a a la e m p resa»
fo rm a c ió n d e lo s p re cio s e n un m o d e lo c o n un (V a ría n , 19 87 , p. 56 0 d e la e d ic ió n fra n ce sa ).
ú n ic o a g e n te c o m o sig u e : C o m o para ju s tific a r e ste d isp arate, Varían
« S u p o n g a m o s q u e R o b in s o n e stá c a n s a ­ añad e:
d o d e ser a la v e z p ro d u c to r y c o n su m id o r y « S in d u d a , e s ta s it u a c ió n d e b e p a r e c e r
d e c id e a lte r n a r Jos p a p e le s . U n d ía a ctú a s ó lo e x tra ñ a , p e ro n o h a y m u ch a s o tr a s c o s a s que
c o m o p ro d u c to r y , al d ía s ig u ie n te , s ó lo c o m o h a c e r en una is la d e s ie rta » , o aún: « E l a n álisis
c o n su m id o r. P a ra c o o rd in a r estas a c tiv id a d e s, e s sin d u d a u n p o c o e s q u iz o fr é n ic o , p ero e s el
d e c id e in stitu ir u n m e rca d o lab o ra l y un m e r­ tributo q u e h a y q ue p a g a r si se q uiere exam in ar
c a d o d e c o c o s . T am b ién co n stitu y e u n a em pre­ una e c o n o m ía c o n un a ú n i c a p e r s o n a .» S in
s a , la « C r u s o e , S . A . » , y se c o n v ie r t e en su e m b a rg o , no e x p lic a e l o rig e n d e este « d e se o » ,
ú n ico a c cio n ista . L a em p resa v a a e x a m in a r e l n i e l interés e n s a t is fa c e r lo ...
p r e c io d el tra b ajo y d e lo s c o c o s y v a a e le g ir E n su o tr o tra ta d o d e m ic r o e c o n o m ía
la cantidad d e trabajo q ue contrata y la cantidad ( V a r ía n , 1 9 9 1 ), d e d ic a d o a u n p ú b lic o m ás
d e c o c o s q u e p ro d uce al p erse g u ir e l o b je tiv o « a v a n z a d o » , n o r e a n u d a e s ta h is t o r ia . E s t á
d e lm a x im iz a c ió n d el b e n e fic io . R o b in s o n , en c la r o q u e s e to m a a Jo s p r in c ip ia n te s p o r u n o s
tanto q u e trabajador, recib irá un su eld o co rres- im b é c i le s ...

de una función d e utilidad, teniendo en cuenta las técnicas que están disponibles.
i Ciertamente, este «fundamento» es puramente fonnal: ¿cóm o justificar el hecho de que
se intenta describir el comportamiento (agregado) de una economía que im plica miles
de centros de decisión a través de la elección (intertemporal) de un único individuo? Los
nuevos macroeconomistas neoclásicos no contestan a esta pregunta; incluso intentan evi­
tar que se plantee, dejando entender que su modelo representaría de hecho el comporta­
miento de muchos individuos en una economía con muchos bienes, precios, mercados, etc.
(a título de ejemplo, ver el texto en el recuadro, «La macroeconomía según Bob Barro»).
Existen dos grandes tipos de modelos con un único individuo en Ja nueva m acro­
econom ía neoclásica: los modelos llamados «del ciclo real», cuyas características son
muy cercanas a las que acabamos de describir (estos modelos se examinan en el pró­
xim o capítulo); y Jos modelos de crecimiento, que básicam ente están construidos en
torno a una función de producción que se supone representa la evolución del conjun­
to de la econom ía -u n a función cuyos argumentos son el trabajo y el único bien (en el
cap. IX se estudian estos modelos).
E n todo Jo que acabamos de decir se percibe un gran ausente: el dinero. C la ro que
tampoco se ve claro cómo se ^podría justificar su presencia sí 'sólo hay un único individuo
y , por lo tanto, no hay ningún intercambio -dado que la principal razón de ser del dine­
ro es la de servir de intermediario en los intercam bios-. L o s nuevos m acroeconomis­
tas neoclásicos han considerado, por tanto, modelos con más de un agente, en los que
el dinero es el único medio de proceder a una asignación intertemporal de los recur-
INTRODUCCIÓN 495

s o s : s e tr a ta d e m o d e lo s « d e g e n e r a c i o n e s im b r i c a d a s » («a générations ímbriquées»),


q u e s o n o b je t o d e l c a p í t u l o x .

3.4. Sobre la noción de «choque»

L a a n t i g u a m a c r o e c o n o m í a , m a r c a d a p o r l a s id e a s d e K e y n e s , n o p u s o e l e q u i li b r io e n
e l c e n t r o d e s u s a n á l is is ; m á s c o n c r e t a m e n t e , n o e x c l u í a e l h e c h o d e q u e l a e c o n o m í a
s e p u d ie s e e n c o n tr a r e n u n e q u ilib r io d e s u b e m p le o . É s t e n o e s e l c a s o d e la n u e v a
m a c r o e c o n o m í a n e o c l á s i c a q u e , c o m o h e m o s v i s t o , r e i v i n d i c a u n a n á lis is d e e q u i li b r io
p e r m a n e n t e , d e p le n o e m p l e o . ¿ C ó m o e x p l i c a r p u e s la s f l u c t u a c i o n e s e c o n ó m i c a s ?
M e d i a n t e « c h o q u e s » q u e s ó l o p u e d e n s e r e x t e r n o s a u n s is t e m a c u y o b u e n f u n c i o n a ­
m ie n t o e s t á a s e g u r a d o ; a l p r i n c ip io d e lo s a ñ o s s e t e n t a , c u a n d o l a i n f l a c i ó n y e l p a r o
a u m e n t a r o n fu e r t e m e n t e , lo s « c h o q u e s m o n e t a r io s » f u e r o n u t il iz a d o s c o m o a r g u m e n ­
t o , m ie n t r a s q u e a l o s « c h o q u e s r e a le s » s e le s a t r ib u y ó u n a im p o r t a n c i a c o n s id e r a b l e e n
lo s a ñ o s o c h e n t a . A n iv e l d e l a m o d e li z a c ió n , e s t o s « c h o q u e s » s e e x p r e s a n m e d ia n t e l a
i n t r o d u c c i ó n d e v a r ia b l e s a le a t ó r ia s , c u y a s l e y e s ( e s c o g id a s p o r e l m o d e li z a d o r ) p u e ­
d e n t o m a r f o r m a s m u y d iv e r s a s . E l t r a ta m ie n to m a t e m á t ic o s e v u e l v e p o r e ll o t a n t o m á s
c o m p l i c a d o , s o b r e t o d o s i s e h a c e n in t e r v e n ir a n t i c i p a c io n e s r e s p e c t o a l o s c h o q u e s . D e
h e c h o , e s ta s c o m p l i c a c i o n e s s u p le m e n t a r ia s s o n u n a r a z ó n m á s p a r a r e c u r r ir a m o d e lo s
c o n u n ú n i c o in d iv id u o ( a u n q u e s e l e p o n g a l a e t iq u e t a d e « r e p r e s e n t a t i v o » ) .
M á s a ll á d e la s c o n s id e r a c io n e s d e o r d e n t é c n ic o , e l h e c h o d e q u e l a n o c ió n d e « c h o ­
q u e » s e h a y a im p u e s t o p r o g r e s iv a m e n t e , t a n to a n i v e l d e l a t e o r í a c o r n o d e l d is c u r s o
h a b i t u a l d e la s in s t a n c ia s d e c is o r a s d e p o l í t i c a e c o n ó m i c a , n o e s s in o l a t r a d u c c i ó n t e ó ­
r ic a e i d e o l ó g i c a d e l a g r a n c o r r ie n te l ib e r a l d e lo s a ñ o s o c h e n t a , c o n s u s p r i v a t i z a c io ­
n e s y d e s r e g u la c io n e s . S e g ú n e s t e p u n to d e v is ta , ú n ic a m e n t e l o s « c h o q u e s » im p r e v is ib le s
- o p r o v o c a d o s p o r e l E s t a d o - im p id e n u n a e v o lu c i ó n e c o n ó m ic a a r m ó n ic a , b a jo l a é g id a
d e lo s « m e r c a d o s » . L a p a r a d o ja c o n s is t e e n q u e , d u r a n t e e l p e r ío d o d e e x p a n s i ó n m á s
im p o r t a n t e q u e j a m á s h a y a n e x p e r i m e n t a d o la s e c o n o m í a s c a p i t a li s t a s - l o s f a m o s o s
« t r e in t a g l o r i o s o s » q u e v a n d e lo s a ñ o s c u a r e n t a a l o s a ñ o s s e t e n t a - , e l d is c u r s o p r e d o ­
m in a n t e d e l o s e c o n o m is t a s in s is tie s e e n l a n e c e s id a d d e p o n e r r e m e d io a l o s d e s a ju s t e s
p r o p io s d e l c a p it a lis m o ( te n d e n c ia a l e s t a n c a m ie n t o , d e m a n d a in s u fic ie n t e p a r a g ^ a n t iz a r
e l p le n o e m p le o - p o r l o m e n o s s i s e le « d e ja h a c e r » - ) , m ie n tr a s q u e e n e l p e r io d o s ig u ie n ­
t e , b a s t a n t e m á s t u r b u le n t o , e s t e d is c u r s o t o m a c o m o p u n t o d e p a r t id a e l b u e n f u n c i o ­
n a m ie n t o d e e s t e s is t e m a , q u e s ó l o s e p u e d e v e r p e r t u r b a d o p o r c h o q u e s e x t e r n o s .

3.5. Conclusión

L a a c t it u d d e l o s t e ó r i c o s n e o c l á s i c o s r e s p e c t o a Ja m a c r o e c o n o m í a c a m b i ó r a d i c a l ­
m e n t e d u r a n te lo s a ñ o s s e te n ta . R e c h a z a r o n e n to n c e s e l « c o m p r o m is o k e y n e s ia n o »
q u e c o n s is t ía e n m e z c la r id e a s d e K e y n e s y r e la c io n e s im p o r t a d a s d e l a m ic r o e c o n o m ía
e n n o m b r e d e l r ig o r , i d e n t i f i c a d o c o n l a b ú s q u e d a e x c l u s i v a d e « f u n d a m e n t o s m ic r o -
e c o n ó r n i c o s » , e n u n a p e r s p e c t iv a d e e q u ilib r io g e n e r a l. C o n f r o n t a d o s a l p r o b le m a in s u ­
p e r a b le d e la a g r e g a c ió n d e b ie n e s y o p c io n e s , lo s m a c r o e c o n o m is t a s n e o c lá s ic o s
e lig ie r o n e n t o n c e s la s o lu c ió n r a d ic a l, q u e c o n s is t e e n a c tu a r c o m o si la s o c ie d a d s e
c o m p o r t a s e c o r n o u n ú n i c o i n d i v i d u o - c a l i f i c a d o d e « r e p r e s e n t a t i v o » - . D e fo r m a m á s
g e n e r a l, e n e s t a n u e v a p e r s p e c t i v a l a m a c r o e c o n o m í a s e h a v u e l t o u n a m ic r o e c o n o m ía
496 CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

c o n u n n ú m e r o m í n i m o d e b ie n e s e in d i v i d u o s , c u y o s m o d e lo s t ie n e n c o m o o b j e t i v o
s im u la r a l m á x i m o la s e v o lu c i o n e s o b s e r v a d a s r e a lm e n t e e n c a d a p a í s - c o n l a id e a d e
q u e lo s d e s a j u s t e s o b s e r v a d o s s o n d e b i d o s e x c l u s i v a m e n t e a « c h o q u e s » e x t e r n o s - .

L a macroeconomía según Bob Barro

«Bob» (Robert) Barro es, junto con «Bob» comprueba primero que, «en el mundo real»,
Lucas, uno de los pilares de la nueva macro- las personas consumen muy pocos bienes que
economía neoclásica que se presenta en un ellas mismas contribuyen a producir, lo cual
manual publicado en 1986. En esta obra, Barro no le impide escribir seguidamente: «No po­
transitaba permanentemente entre un mundo dríamos trabajar con nuestro modelo si tuvié­
con un único individuo y un único bien, que semos en cuenta bienes cuyas características
es el de sus análisis teóricos, y el mundo real al físicas fuesen distintas. Por tanto, vamos a
cual se refiere constantemente con el respaldo seguir razonando con una única clase de
de las estadísticas. Su libro empieza con un bien...» (p. 54), un bien que además se pro­
capítulo sobre «el punto de vista de la macro­ duce en todas parles con la misma función de
economía» en el que explica que ésta se ocupa producción. Barro observa además en una nota
de agregados tales como el PIB , el nivel de a pie de página que con bienes idénticos «exis­
precios, el empleo, etc., y después precisa que te entonces un pequeño problema: ¿por qué
empezará por presentar «la teoría básica de los razones vendería y compraría la gente este
precios» que proporcionará su «fundamento bien?» (p. 54). ¡He ahí una pregunta muy per­
microeconómico» a la macroeconomía (p. 9). tinente! Recuerda entonces la «solución» avan­
De hecho, Barro nunca trata en su libro «de zada por el otro Bob, Lucas, que propone
los» precios, sino de un precio, denotado por considerar que los bienes difieren... en el color
P , presentado como el nivel de precios, pero y que cada familia se especializa en la pro­
que en realidad designa el precio del único bien ducción de bienes dt¡ un color, aunque desee
de la economía (en una perspectiva intertem­ consumir bienes de todos los colores.
poral, este precio varía de un período a otro, Consciente quizá de lo ridículo de esta «solu­
lo que permite definir un tipo de interés). ción», Barro evoca la naturaleza «abstracta»
Este enfoque supone también un único de su tarea, que está destinada, sin embargo,
agente, ya que el título del capítulo siguiente «a capturar en un modelo concreto algunas
(el segundo) anuncia que versa sobre la «eco­ características del mundo real» (p. 54).
nomía de Robinson Crusoe», Barro explica al Así, a pesar de las constantes alusiones de
principio de este capítulo que, en aras de la Barro a los bienes y a las familias (en plural),
«claridad», va a examinar «una economía de su modelo es básicamente un modelo con un
familias aisladas en la que cada una se parece único bien (físico) y con un único individuo
a Robinson Crusoe» (p. 27). Poeo a poco expli­ {no hay intercambios entre individuos). Sin
ca que, de hecho, las familias «aisladas» son embargo, lo enreda todo al introducir supues­
idénticas. Así, Barro precisa un poco más ade­ tos «mercados», «precios» (de hecho, el del
lante que todas tienen la misma función de pro­ mismo bien durante varios periodos) y crédito
ducción y, dos capítulos más lejos, que todas (de hecho, una asignación intertemporal con
tienen la misma función de utilidad intertem­ un «mercado perfecto de capitales» -sin incer­
poral (relaciones [4.2] o [4.7] del cap. IV). tidumbre-), afirmando que el «vaciado» (clea-
Después de las elucubraciones habituales sobre ring) de los mercados daría coherencia a todo
las opeiones de Robinson, llegamos a los «mer­ esto. Sin embargo, no es sólo a Robinson al
cados» (cap. III). Tal como debe ser, Barro que complica la vida...
CONCLUSIÓN GENERAL 497

[ ...1

C O N C L U S IÓ N G E N E R A L *

A h o r a , e l le c to r p u e d e c o m p r e n d e r la r a z ó n d e e s ta a fir m a c ió n so r p re n d e n te : a d ife ­
r e n c i a d e c i e n c i a s t a l e s c o m o l a f í s i c a , l a q u í m i c a y , e n m e n o r m e d id a , la b i o l o g í a , la
t e o r í a n e o c l á s ic a - y , m á s g e n e r a lm e n t e , la t e o r ía e c o n ó m i c a - n o i m p l i c a « l e y e s f u n ­
d a m e n t a le s » a p a r t ir d e la s c u a le s s e o b t e n d r ía n o tr a s l e y e s , o r e s u lt a d o s , q u e p e r m i­
t ir ía n c o m p r e n d e r - y a s e r p o s ib l e , c o n t r o l a r - c a d a v e z m e j o r e l m u n d o q u e n o s r o d e a .
I n c l u s o lo s p r o p io s t e ó r i c o s n e o c l á s i c o s c o n s id e r a n q u e n o d is p o n e n m á s q u e d e u n
ú n i c o r e s u lt a d o s o b r e e l c u a l t o d o e l m u n d o e s t á d e a c u e r d o : e l t e o r e m a d e l a e x is t e n ­
c i a d e , p o r l o m e n o s , u n e q u i li b r io g e n e r a l d e c o m p e t e n c i a p e r f e c t a . D e a h í l a im p o r ­
t a n c ia q u e a t r ib u y e n a e s t e e q u i li b r i o , a d e m á s d e s u p a p e l n o r m a t i v o .
E s t e r e s u lt a d o c o n s t it u y e s in d u d a u n a b u e n a p r o e z a i n t e l e c t u a l , p e r o n o t ie n e u t i ­
lid a d a lg u n a p a r a a q u é l q u e s e in t e r e s a p o r l a v i d a e c o n ó m ic a y s o c i a l t a l c o m o l a c o n o ­
c e m o s ( a m e n o s q u e s e a e n u n a p e r s p e c t iv a d e p la n if ic a c i ó n ) . A s í p u e s , c o n tr a r ia m e n t e
a l o q u e s e a f i r m a m u y a m e n u d o - p o r p a r t e d e l o s t e ó r ic o s n e o c l á s i c o s - , n o p u e d e
s e r v i r d e l e y « f u n d a m e n t a l » a p a r t ir d e l a c u a l e v o l u c i o n a r í a l a c i e n c i a , l e n t a , p e r o
s e g u ra m e n te .
A u n q u e l o s t e ó r i c o s n e o c l á s i c o s c a l i f i c a n d e « i r r e a l » e l m o d e lo d e l a c o m p e t e n ­
c i a p e r f e c t a ( s e r ía m á s c o r r e c t o d e c i r q u e d e s c r i b e u n m u n d o t o t a l m e n t e i m a g i n a ­
r io ) , e s t e m o d e lo s ig u e e s t a n d o e n e l c e n t r o d e s u a p a r a t o t e ó r i c o , y e ll o p o r u n a
r a z ó n m u y s i m p l e : l a p r o p ie d a d d e o p t i m a l i d a d ( e n e l s e n t id o d e P a r e t o ) d e s u s e q u i­
l i b r i o s - q u e l o s c o n v ie r t e e n n o r m a s , e n id e a l e s q u e h a y q u e in t e n t a r a l c a n z a r - . E s t a
d im e n s ió n n o r m a t iv a d e l a c o m p e t e n c ia p e r fe c t a e s t a n f u e r t e q u e l l e v a a a b s u r d o s ta le s
c o m o e l q u e c o n s is t e e n h a b la r d e p r e c io s , d e c o m p e t e n c ia e in c lu s o d e e q u ilib r io
g e n e r a l r e s p e c t o d e u n m o d e lo e n e l q u e s ó l o h a y u n ú n i c o in d iv id u o - y , p o r l o ta n t o ,
e n e l q u e n i t a n s o l o e x is t e n i n t e r c a m b i o s ( q u e e s e l c a s o d e l a m a y o r í a d e m o d e lo s
d e la n u e v a m a c r o e c o n o m ía n e o c l á s i c a ) - . E n la m is m a p e r s p e c t iv a , e l d e s e o d e
« d e m o s tr a r m a t e m á t ic a m e n te » y a c u a lq u ie r p r e c io e l c a r á c te r ó p t im o d e l « s is t e m a
d e m e r c a d o s » , p o r l o m e n o s e n e l c a s o id e a l e n e l q u e é s te p u e d e a c tu a r s in t r a b a s , c o n ­
d u c e a u n a e s p e c ie d e c e g u e r a , a n o v e r q u e lo q u e s e h a p re se n ta d o c o m o e l m e r c a ­
d o id e a l n o e s n a d a m á s q u e u n s is t e m a e x tr e m a d a m e n t e c e n t r a liz a d o , r e g id o p o r
n o r m a s m u y e s t r ic ta s , y q u e , p o r l o t a n t o , s e e n c u e n t r a e n la s a n t íp o d a s d e lo q u e
h a b itu a lm e n te s e e n tie n d e p o r « m e r c a d o » - a u n q u e s e a d e fo r m a m u y im p r e c is a - .
E s t o s a b s u r d o s y e s t a c e g u e r a e n p e r s o n a s q u e , p o r o t r a p a r t e , p r o c l a m a n a lt o y f u e r ­
te e l c a r á c t e r c i e n t í f i c o d e s u i n v e s t i g a c i ó n ú n i c a m e n t e s e p u e d e n e x p l i c a r p o r e l
p e s o d e la id e o lo g ía , d e s u s c o n v ic c io n e s p r e v ia s : c o n v e n c id a s d e la « e f i c a c ia » d e
l o s m e r c a d o s e n l a a s i g n a c i ó n d e r e c u r s o s , p o r l o m e n o s c u a n d o n o t ie n e n « f a l l o s » o
e s t á n s o m e t i d o s a « i m p e r f e c c i o n e s » , n o p u e d e n h a c e r o tr a c o s a q u e in t e n t a r « d e m o s ­
t r a r » q u e e s t o e s a s í , a u n q u e s e a a c o s t a d e l a s a b e r r a c io n e s q u e h e m o s i n d i c a d o . L o
q u e a l p r in c ip io n o e s m ás q u e u n a c o n v ic c ió n o u n a c r e e n c ia s e c o n v ie r te en u n a
« v e r d a d c i e n t í f i c a » e s t a b l e c i d a m a t e m á t i c a m e n t e ( e s d e c i r , a l m a r g e n d e t o d a id e o -

G u errien , Bernard. « C o n clu sió n générale». En: L a ihéoric économique néoclassique. Tomo 2:
Macroéconomie, t/iéoriedesjeux. París: L a Découverte, 1999, p. 109-113.
498 CRÍTICA A LA ECONOMU ORTODOXA

logia -q u e no puede ser más que la expresión de las otras corrientes del pensamien­
to eco n óm ico-).
L a ideología también explica la búsqueda a cualquier precio de los «fundamentos
m icroeconómicos» que caracteriza a la teoría neoclásica.
L a búsqueda de «fundamentos microeconómicos» - o , lo que es igual, el individua­
lismo m etodológico- es lógicamente imposible, tal como hemos visto a partir del segun­
do capítulo de esta obra: las transacciones sólo se pueden efectuar en el marco de reglas
impuestas a los individuos (o que éstos aceptan). Todos los modelos neoclásicos supo­
nen implícitamente una form a previa de organización social -sa lv o , evidentemente, los
que sólo implican a un único individuo (¿pero, entonces, cómo podemos hablar de eco­
nomía?). D e hecho, ninguna ciencia pretende explicarlo todo a partir del estudio de unas
«unidades elementales» hipotéticas. L a física, considerada generalmente como la reina
de las ciencias, ha abandonado desde hace tiempo cualquier proyecto reduccionista de este
tipo - la profusión de partículas «elementales», que a la larga resultan no serlo realmen­
te (ya que ellas mismas se descomponen en partículas aún más elem entales...) , ha con­
tribuido a ello, entre otras co sas-. D e hecho, los físicos, quím icos, biólogos, no tienen
problema alguno en razonar con entidades globales (que van desde los átomos a los órga­
nos, pasando por las moléculas y las células) y en establecer leyes macroscópicas (de
las cuales la más famosa es la ley de Mariotte de la presión y latemperatura de los gases).
Bien es verdad que, en estas ciencias, no existe una ideología que presione paraponerpor
delante al «individuo» (es decir, una unidad elemental cualquieracon un cierto número
de características a partir de las cuales se podría deducir todo lo demás).
En las ciencias de la naturaleza es posible - ¡ e im perativo!- efectuar experimentos
controlados que pennitan contrastar diversas teorías, tanto si son de orden microscópico
com o macroscópico. Esto no sucede en la econom ía, en la que cada situación presen­
ta particularidades cuyos efectos no se pueden aislar (¿quién puede afirmar, de forma
contundente, por ejemplo: «Si el banco central de un país hubiese bajado su tipo de
interés director en un momento concreto, entonces la evolución de estepaís habría sido
totalmente distinta», precisando las características de esta evolución «distinta»?). L a
ausencia de experimentos controlados que permitirían contrastar teorías deja la puer­
ta abierta a las fábulas y otras historias que explican los teóricos neoclásicos, con su
provisión de ecuaciones más o menos com plicadas (y no será la comparación de las
opciones intertemporales de un Robinson Crusoe cualquiera con la evolución obser­
vada de un país lo que no cambiará esta realidad).

l. ¿C ó m o e s e s t o p o s ib l e ? ■

U n a vez hechas estas observaciones, surge inevitablemente una pregunta: ¿cóm o es


esto posible? M ás concretamente, ¿por qué la sociedad otorga consideraciones y hono­
res (incluidos Premios Nobel) a personas que dedican toda su actividad a especular en
mundos puramente imaginarios? Se puede responder a esta pregunta de diversas mane­
ras. Recordemos primero que estas especulaciones existen desde los inicios de la eco­
nomía política (M arx ya se m ofaba de las «robinsonadas» utilizadas por los autores de
su época). H o y en día, hay muchos más economistas con una formación matemática
avanzada; de ahí la multiplicación de elucubraciones cada vez más elaboradas. L a fun­
ción ideológica de las teorías económ icas no es nueva: la sociedad - o por lo menos
CONCLUSIÓN GENERAL 499

sus clases dom inantes- necesita «sabios» que aseguren esta función con el fin de que
el orden social sea aceptable.
Pero esto no lo es todo, ya que, aunque existe entre los economistas neoclásicos
(entre otros) un amplio consenso en cuanto a las ventajas del sistema de mercados, o del
capitalismo, sin embargo no están forzosamente de acuerdo sobre las políticas que per­
miten garantizar al máximo su mejor funcionamiento. E l punto central es pues la inter­
vención del Estado; algunos economistas piensan que se debería reducir al máximo,
mientras que otros consideran que resulta indispensable para corregir las «im perfec­
ciones» del sistema. Y a que no es posible resolver «experimentalmente» esta cuestión,
u otras similares, la batalla se traslada al terreno de las fábulas -consideradas com o
una especie de «experiencias mentales»-. A s í, las fábulas propuestas p o rL u cas y Barro
abogan por la no intervención, mientras que las de Samuelson y Rom er van en el sen­
tido contrario {por sólo citar a éstos).
L o s políticos constantemente toman decisiones de orden económ ico que a veces
tienen quejustificar, si es posible invocando lo que dicta la «ciencia» (tanto si .creen
en ella com o si no). D e ahí la necesidad de disponer de un cuerpo de «sabios» o de
«expertos» que fabriquen modelos (las fábulas) que puedan servir de aval «científico»
a las políticas propuestas. A sí, la fábula de Lucas «de las dos islas» (ver capítulo x) ha
servido de aval teórico a las políticas de retroceso del Estado que surgieron a finales
de los años setenta.
Está claro que nuestros sabios y expertos tienen un gran interés en mantener su
reputación, com plicando sus modelos a su gusto, lo que los vuelve de difícil acceso
para cualquier otra persona que no sean ellos mismos lo que permite encubrir el hecho
de que actúan en mundos totalmente im aginarios. L a profesión se perpetúa de este
modo por cooptación: sólo se aceptan aquellos que hacen el ju ego , se tragan la purga
m atem ática y proponen nuevas fábulas y, si es posible, con las corrientes de moda.
Esto puede continuar durante mucho tiempo, hasta que la sociedad considere que ya
no necesita mantener un ejército de «inventores de historias», ni de inculcarselas a las
nuevas generaciones (cuyo espíritu corre el riesgo de verse irremediablemente defor­
mado). Las historias que existen ya bastan, y la ideología predominante no se ve ame­
nazada. Cargos y créditos corren el peligro de verse fuertemente reducidos, com o parece
estar sucediendo en Estados Unidos. Por racionales que sean, nuestros teóricos «fun-
damentalistas» se arriesgan pues a constatar que han cortado la rama sobre la cual se
hallaban cómodamente sentados . . .

B ib l io g r a f ía c it a d a

B arro , R . (1986). Macroeconomics. Nueva York: John Wiley & Sons.


K yd la n d ; PRESCOIT. (1982). «Time to Build and Aggregate Fluctuations». Econometrica, 50,
p. 1,345-1.370.
L ong , D e ; Plosser. (1983). «Real Business Cycles». Journal ojEconomic Theoty, 8, p. 39-69.
R omer , D . (1996). Advanced Macroeconomics. Nueva York: McGraw-Hill.
V aría n ; H. (1987). Intermedíate Microeconomics. Nueva York: Norton.
— . (1991). MicroeconomicAnalysis. 3’ ed. Nueva York: Norton.
i
CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA 501-510

L a p e r s p e c tiv a lib e r a l c lá s ic a *

B a r ry C la r k

[ ...]

l . LO S PRINCIPIOS DEL LIBERALISMO CLÁSICO

Las características fundam entales del liberalism o clásico están contenidas en las
defin icion es que éste da de algunos de lo s térm inos más polém icos de la econom ía
po lítica.
Naturaleza humana. Los seres humanos se mueven por intereses personales y son
capaces de actuar de form a autónoma utilizando su facultad de razonamiento para des­
cubrir las maneras más eficaces de satisfacer sus necesidades y deseos.
Sociedad. L a sociedad es una agrupación de individuos sin finalidades u objetivos
propios. L a sociedad buena permite a los individuos buscar sus intereses personales
libres de coacciones arbitrarias.
Gobierno. Los individuos crean un gobierno con el objeto de proteger sus dere­
chos tal com o éstos han sido establecidos por una constitución. A parte de esta fon­
d ó n , el gobierno es tanto mejor cuanto menos gobierna.
Moralidad. N o existe ningún método objetivo para discernir qué valores son supe­
riores a otros; por lo tanto, los individuos tendrían que ser libres para determinar lo
bueno y lo malo basándose en su s preferencias personales. Los únicos valores sociales
válidos son aquellos que todos los ciudadanos respaldarían. Dado que nadie quiere que
se violen sus derechos de propiedad o sus derechos civiles, tales violaciones están mal
y debieran ser ilegales.
Libertad. Sinónimo de autonomía y de independencia, la libertad es la ausencia de
coacción por parte del gobierno u otras personas.
Autoridad. La autoridad legítima sólo surge a través del consentimiento de Jos indi­
viduos a renunciar a una porción de su autonomía. Por ejemplo, la autoridad en el lugar
de trabajo puede ser consentida por los empleados a cambio de un salario. Los ciuda­
danos pueden consentir una autoridad por parte del gobierno a cambio de una protec­
ción de sus derechos a la libertad y la propiedad.
Igualdad. Igualdad significa que todos los ciudadanos tienen la misma oportuni­
dad para dedicarse a una actividad económ ica y los mismos derechos civiles estable­
cidos por Ja constitución.

* Publicado en: Clark, Barry. «The classical liberal perspective», En: Political economy. A comparative
appioac/i. 2‘ cd. Westport, Connelicut: Praegcr, 1998, p. 48-51, 101, 134-138. Traducción: Beatriu
Krayenbühl.
502 CRÍTJCAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

Justicia. L a justicia requiere la protección de los derechos de propiedad y los dere­


chos civiles establecidos por la constitución y el castigo a aquéllos que violan los dere­
chos de los demás.
Eficiencia. L a eficiencia es una situación en la que nadíe puede estar mejor eco­
nómicamente sin perjudicar a otra persona. E n otras palabras, los recursos se asignan
a aquellas personas más dispuestas y capaces de pagar por ellos.

2. E l l ib e r a l is m o c l á s i c o h o y

L a G ran Depresión de los años 1930 asestó un golpe terrible al liberalismo clásico al
persuadir a un gran número de ciudadanos de que no se podía confiar en el libre mer­
cado para organizar las actividades económicas. Desde la depresión a los años 1970, los
liberales clásicos estuvieron visiblem ente ausentes del debate público con la única
excepción de algunos miembros del Departamento de Econom ía de la Universidad de
Ch icago . Sin em bargo, la combinación de alta inflación, alto desempleo y lento creci­
miento durante los años 1970 preparó el escenario para un resurgir del pensamiento
liberal clásico. C a si de la noche a la mañana, periódicos, revistas y debates públicos
se llenaron de propuestas del liberalismo clásico para resolver la crisis del moderno
estado del bienestar. E n las dos últimas décadas, virtualmente cada país de Occidente
se ha orientado hacia la reducción de los gastos estatales, los impuestos,-Ias regula­
ciones y las propiedades públicas. L a inflación y el desempleo han mejorado de forma
espectacular, y únicamente ha tenido lugar una recesión en Estados Unidos en los últi­
mos quince años. Tres de las escuelas más destacadas del pensamiento liberal clásico
son la econom ía neo-austríaca, la teoría de la elección pública y la nueva econom ía
clásica.

2.1. L a eco n o m ía neo-austríaca

L a conquista de Austria por el ejército alem án durante la Segunda G uerra M undial


forzó a m uchos intelectuales de este país a la em igración. Lu d w ig von M ises (1881­
1973) y Friedrich A . H ayek fueron los principales portadores de la ciencia económ i­
ca austríaca a Inglaterra y Estados Unidos. A pesar de que nunca fueron totalmente
aceptados por los economistas de la corriente dominante, M ises y H a y e k consiguie­
ron ganarse e l respeto de economistas tan influyentes com o Lionel Robbins (1898­
1984), Fritz Machlup (1881-1973), Oskar Morgenstem (1902-1977) y Gottfried Haberler.
M ás recientemente, se ha desarrollado en Estados Unidos una nueva escuela austríaca
de pensamiento liderada por Israel K irzn er, Murray Rothbard (1926-1995) y Roger
G arriso n. L o s escritos de los neo-austríacos se presentan en Austrian Economics
Newsletter, Journal of Libertarían Studies, Social PhUosophy & Policy y Critical
Review.
A pesar de que los neo-austríacos asumen el libre m ercado y la libertad perso­
nal, rechazan el supuesto de que los individuos posean toda la inform ación. Si pre­
valeciese toda la inform ació n , entonces Jos plan ificadores posiblem ente podrían
reproducir el m ercado, y la defensa de la propiedad privada se debilitaría. L o s neo-
austríacos admiten sin problemas que los m ercados están impregnados de defectos,
incluyendo los elem entos m onopolísticos, la incertidumbre y las externalidades. Su
LA PERSPECTIVA LIBERAL CLÁSICA 503

d e fe n s a d el m e r c a d o n o s e b a s a e n su c a p a c id a d p a ra a s ig n a r re c u r s o s d e fo r m a e f i­
c ie n t e e n c u a l q u i e r m o m e n t o p r e c i s o , s i n o e n s u p a p e l c o m o m o t o r p a r a d e s c u b r ir y
a p l i c a r e l c o n o c i m i e n t o q u e e le v a r á l o s e s t á n d a r e s d e v i d a . L o s in d i v i d u o s q u e o c u ­
p a n n ic h o s ú n ic o s e n e l m e r c a d o d e te n ta n la m e jo r in f o r m a c ió n y tie n e n e l in c e n t iv o m á s
f u e r t e p a r a in n o v a r . N i n g u n a a g e n c i a d e p l a n i f i c a c i ó n o b u r o c r a c i a p u e d e r i v a l i z a r
c o n e l d i n a m i s m o d e l o s e m p r e s a r io s p a r a h a c e r a v a n z a r l a t e c n o l o g í a . D e h e c h o ,
s e g ú n lo s n e o - a u s t r í a c o s , l a i n t e r v e n c i ó n d e l g o b i e r n o c a s i s ie m p r e s e r á p e r j u d i c i a l
p o r q u e e l g o b i e r n o a t i e n d e m á s a lo s g r u p o s d e i n t e r é s e s p e c i a l q u e a l a p r o m o c i ó n
d e l b ie n p ú b lic o .
S i n lo s s u p u e s t o s d e r a c i o n a l i d a d d e l a e c o n o m í a n e o c l á s i c a , l o s n e o - a u s t r ía c o s
c o n f í a n m e n o s e n l a s m a t e m á t ic a s y m á s e n e l a r g u m e n t o p e r s u a s iv o . D e h e c h o , c o m ­
p a r t e n c o n lo s r a d ic a le s s u r e c h a z o a l e s f u e r z o n e o c l á s i c o d e c r e a r u n a e c o n o m í a c ie n ­
t í f i c a a n á l o g a a ta f í s i c a . I r ó n i c a m e n t e , lo s n e o - a u s t r ía c o s c o n c l u y e n q u e la e c o n o m í a
e s, e n g r a n p a r t e , u n p r o y e c t o a c a b a d o . H a b i e n d o d e m o s t r a d o la e f i c i e n c i a d e lo s m e r ­
c a d o s y lo s f a l lo s d e l g o b ie r n o , lo s e c o n o m is t a s n e o - a u s t r ía c o s n o t ie n e n o tr a c o s a q u e
h a c e r e x c e p t o c o n t i n u a r s u e s f u e r z o p o r p e r s u a d ir a o t r o s e c o n o m is t a s , a p o l í t i c o s y a l
p ú b li c o d e q u e e l laissezfaire e s la m e jo r p o lít ic a . L a p e r s p e c tiv a n e o -a u s t r ía c a h a
i n f l u i d o s o b r e l a e c o n o m í a c o n v e n c i o n a l c o n e l d e s a r r o llo d e la t e o r í a d e l o s j u e g o s
p a r a e s c la r e c e r s it u a c io n e s e n la s q u e s e d e b e n t o m a r d e c is io n e s s in t e n e r t o d a l a in f o r ­
m a c ió n . I

2.2. L a teoría de la elección pública

R e c o n o c i e n d o e l p o d e r c r e c ie n te d e l g o b ie r n o e n la s s o c ie d a d e s c a p ita lis t a s , a lg u n o s t e ó ­
r i c o s l ib e r a l e s c l á s i c o s h a n in t e n t a d o a n a l i z a r Ja t o m a d e d e c is io n e s p o l í t i c a s a p l ic a n ­
d o lo s m is m o s p r i n c ip io s d e l a e l e c c i ó n i n d i v i d u a l r a c i o n a l u t il iz a d o s p a r a e x p l ic a r la s
a c c i o n e s d e lo s c o n s u m i d o r e s y l a s e m p r e s a s . R e c h a z a n d o l a m o d e r n a y i s i ó n lib e r a l
d e l g o b ie r n o c o m o p r o m o t o r i m p a r c ia l d e l b i e n e s t a r d e l a s o c i e d a d , l o s t e ó r i c o s d e Ja
e l e c c i ó n p ú b l i c a a f ir m a n q u e l o s v o t a n t e s , l o s b u r ó c r a t a s y l o s p o l í t i c o s s e c o m p o r t a n
d e l m is m o m o d o q u e lo s c o n s u m id o r e s in d iv id u a le s y lo s p r o d u c to r e s : p e r s ig u e n su s in te ­
r e s e s p r i v a d o s , b u s c a n d o la m á x i m a u t i l i d a d a l m í n i m o c o s t o . L o s c iu d a d a n o s v o t a n
a l o s c a n d id a t o s q u e p r o p o r c io n a r á n l o s m á x i m o s b e n e f i c i o s c o n l o s im p u e s t o s m á s
b a j o s . L o s b u r ó c r a t a s b u s c a n g a r a n t ía d e e m p l e o , s u e l d o s a lt o s , p r o m o c ió n p r o f e s i o ­
n a l y e s t a t u s s o c i a l , t o d o e l l o m in im i z a n d o e l e s fu e r z o la b o r a l. E l p r in c ip io r e c t o r d e lo s
p o l í t i c o s e s l a m a x i m i z a c i ó n d e l v o t o , p u e s t o q u e p a r a m a n t e n e r lo s b e n e f i c i o s d e l
c a r g o p ú b li c o t ie n e n q u e s e r r e e le g id o s .
L o s t e ó r i c o s d e l a e l e c c i ó n p ú b l i c a c o n s i d e r a n l a p o l í t i c a s im p l e m e n t e c o m o u n a
a c t iv id a d e c o n ó m ic a q u e s e l le v a a c a b o e n la e s fe r a p ú b lic a d e l g o b ie r n o e n v e z d e
e n la e s fe r a p r iv a d a d e l m e r c a d o . E s t e e n fo q u e d e la e c o n o m ía p o lít ic a a v e c e s r e c i­
b e e l n o m b r e d e « E s c u e la d e V ir g in ia » , y a q u e su s p r in c ip a le s d e fe n s o r e s e n s e ñ a b a n
e n la U n i v e r s i d a d d e V i r g i n i a e n lo s a ñ o s 1 9 6 0 ; p o s t e r i o r m e n t e s e t r a s l a d a r o n a l
I n s t it u t o P o l i t é c n i c o d e V i r g i n i a e n l o s s e t e n t a y f i n a l m e n t e e s t a b l e c i e r o n u n a b a s e
p e r m a n e n t e e n l a U n i v e r s i d a d G e o r g e M a s ó n e n lo s a ñ o s o c h e n t a . E l t e ó r ic o m á s d e s ­
t a c a d o d e l a e l e c c i ó n p ú b l i c a e s J a m e s B u c h a n a n , q u e o b t u v o e l P r e m io N o b e l d e
E c o n o m í a e n 1 9 8 6 . O t r o s c o l a b o r a d o r e s im p o r t a n t e s i n c l u y e n a A n t h o n y D o w n s ,
G o r d o n T u llo c k , W illia m R ik e r y R ic h a r d M c K e n z i e . B u c h a n a n y T u llo c k fu n d a ro n la
504 CRÍTJCAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

Public Choice Society e n 1 9 6 3 . L o s e s c r i t o s d e e s t a e s c u e l a a p a r e c e n e n la s r e v is t a s


Public Choice, Constitutional Political Economy, The Independent Review y Economics
& Politics.
L o s t e ó r ic o s d e ¡a e le c c i ó n p ú b li c a m a n t ie n e n l a c r e e n c i a lib e r a l c l á s i c a e n e l lib r e
m e r c a d o , p e r o e x p r e s a n u n a p r e o c u p a c i ó n a c e r c a d e l h e c h o q u e la p o l í t i c a d e m o c r á ­
t i c a c r e a u n a v í a a t r a v é s d e l a c u a l l o s in d i v i d u o s y l o s g r u p o s p u e d e n o b t e n e r b e n e ­
f i c i o s e c o n ó m i c o s m ie n t r a s r e p a r t e n l o s c o s t o s e n t r e l o s c o n t r i b u y e n t e s . P u e s t o q u e
s e e s p e r a q u e l o s in d iv id u o s p e r s i g a n s u s in t e r e s e s d e t o d a s l a s m a n e r a s d i s p o n i b le s ,
p o n e r f i n a e s t e a b u s o d e d e m o c r a c i a r e q u ie r e u n o s l í m i t e s c o n s t i t u c i o n a l e s e s t r ic t o s
q u e c iñ a n e l g o b i e r n o a s u p a p e l a p r o p i a d o c o m o p r o t e c t o r d e J o s d e r e c h o s d e p r o ­
p ie d a d .

2 .3 . N u e v a e c o n o m í a c l á s ic a

C u a n d o la s p o lít ic a s k e y n e s ia n a s fa lla r o n a p r in c ip io s d e l o s a ñ o s 1 9 7 0 , l o s lib e r a le s c l á ­


s ic o s r á p id a m e n t e lle n a r o n e l v a c í o t e ó r i c o . L a n u e v a e c o n o m í a c l á s i c a r e p r e s e n t a e l
r e s u r g im ie n t o d e la s id e a s d e l laissezfaire d e l s ig l o x i x . A l g u n o s d e su s p r i n c ip a l e s
d e fe n s o r e s s o n T h o m a s S a r g e n t, N e a l W a lla c e , R o b e r t L u c a s y R o b e r t B a r r o . S e p u e ­
d e n e n c o n t r a r e s c r it o s d e l o s n u e v o s e c o n o m i s t a s c l á s i c o s e n Journal of Political
Economy y American Economic Review.
L o s n u e v o s ^ e c o n o m is t a s c l á s i c o s s e c e n t r a n e n e l p a p e l d e la s e x p e c t a t i v a s y e n
c ó m o é s t a s a fe c t a n e l c o m p o r ta m ie n t o in d iv id u a l . S a r g e n t y W a l l a c e d e s a r r o lla r o n l a te o ­
r ía d e las « e x p e c t a t iv a s r a c io n a le s » p ara d e m o s tr a r la f a l a c ia d e lo s e s fu e r z o s k e y n e s ia n o s
p o r r e d u c ir l a t a s a d e d e s e m p le o . S i l o s c i u d a d a n o s t ie n e n e x p e c t a t i v a s r a c io n a le s , su
c o m p o r t a m i e n t o t o m a r á e n c u e n ta c u a l q u i e r e f e c t o a n t i c i p a d o d e l a p o l í t i c a e s t a t a l .
C u a n d o e l g o b ie r n o in t e n t e e s t i m u l a r l a e c o n o n ú a , l o s c i u d a d a n o s q u e a n t i c i p a n u n a
m a y o r i n f l a c i ó n e le v a r á n s u s r e i v i n d i c a c i o n e s s a l a r i a l e s , c o m p e n s a n d o d e e s t e m o d o
c u a lq u i e r t e n d e n c ia a q u e lo s e m p r e s a r io s c o n t r a t e n a m á s t r a b a ja d o r e s . E n r e s u m e n ,
c u a lq u i e r e s fu e r z o d e lib e r a d o p o r p a r t e d e l g o b i e r n o p o r a u m e n t a r l a a c t iv id a d e c o n ó ­
m i c a s e v e r á fr u s t r a d o p o r la s r e a c c io n e s d e l o s c i u d a d a n o s q u e b u s c a n d e f e n d e r s u s
in g r e s o s a n t e u n a i n f l a c i ó n a n t i c i p a d a . L o s n u e v o s e c o n o m i s t a s c l á s i c o s c o n c l u y e n
q u e e l g o b i e r n o n o p u e d e d is m i n u ir e l n i v e l d e d e s e m p l e o y q u e , p o r l o t a n t o , d e b ie r a
r e n u n c i a r a t a le s in t e n t o s .
E x i s t e n o tr o s d o s e n f o q u e s t e ó r i c o s e s t r e c h a m e n t e r e l a c i o n a d o s c o n l a n u e v a e c o ­
n o m í a c l á s i c a : e l m o n e t a r is m o y l a e c o n o m í a d e l a o f e r t a . E l p r i m e r o , c u y o p a l a d ín
f u e M i l t o n F r ie d m a n , b u s c a r e v is a r l a id e a c l á s i c a d e q u e l a c a n t id a d d e d in e r o d e la
e c o n o n ú a a fe c t a lo s p r e c io s p e r o n o a l n iv e l d e e m p le o o a l o u t p u t. L o s m o n e ta r is ta s c o n ­
c lu y e n q u e u n a p o l í t i c a m o n e t a r ia a c t iv a p o r p a r t e d e l S is t e m a d e l a R e s e r v a F e d e r a l n o
p u e d e t e n e r n in g ú n i m p a c t o p o s it iv o s o b r e e l d e s e m p le o y p o r l o ta n t o s e d e b e r ía a b a n ­
d o n a r e n f a v o r d e u n c r e c im i e n t o c o n s t a n t e d e la o fe r t a m o n e t a r ia a u n a t a s a s u f i c i e n ­
t e p a r a a d a p t a r la a lo s a u m e n t o s d e l o u t p u t r e a l .
LA PERSPECTIVA LIBERAL CLÁSICA 505

L A P E R S P E C T IV A L IB E R A L M O D E R N A *

[ ...]

l. L a e c o n o m ía p o s t k e y n e s ia n a

L a decadencia del prestigio de la econom ía keynesiana en los años 1970 fu e sintomá­


tica del desorden que sufría el liberalismo moderno. A lgunos economistas trataron de
rescatar las ideas keynesianas argumentando que economistas norteamericanos como
Paul Samuelson habían malinterpretado las ideas de Keynes. Entre las primeras fig u ­
ras de Ja economía postkeynesiana se encuentran Joan Robinson, una colega de Keynes
en la Universidad de Cambridge, y M ichael K alecki (5899-1970), un economista pola­
co que llegó de form a independiente a las mismas ideas que Keynes. Otros colabora­
dores importantes al com ienzo fueron P iero S ra ffa (1898-1983), M a u rice D obb
(1900-1976) y N ich olas Kaldor (1908-1986). E n Estados Unidos, la econom ía post­
keynesiana fu e propuesta por Sidney Weintraub (1914-1983), A lfred Eichner (1937­
1988) y Hym an M insky (1919-1996). Entre los postkeynesianos contemporáneos se
hallan P au lD avidson , G e o ff Harcourt, Victoria C h ic k y Joan Eatwell. L o s escritos post­
keynesianos se presentan en Joum al o f Post Keynesian Economtcs, Cainbridge Journal
o f Economics y Review o f Political Economy.
Keynes planteaba dos reformas principales: una acción gubernamental para regu­
lar el gasto agregado y un control del gobierno o «socialización» de Ja inversión. Los
responsables de la política económica de Estados Unidos adoptaron la primera refor­
m a pero ignoraron la segunda porque ésta requiere una gestión gubernamental más
am plía de la econom ía. Sin embargo, los postkeynesianos creen que, sin control sobre
la inversión, el gobierno no puede mantener ni la estabilidad de los precios ni un bajo
desem pleo durante largos periodos.
L o s postkeynesianos atribuyen el fracaso de la «gestión de la demanda» a la con­
centración creciente de la producción en las econom ías capitalistas avanzadas. En
ausencia de una competencia efectiva, las empresas poseen «poder de mercado» y uti­
lizan los «precios administrados» sim plem ente añadiendo el margen de beneficios
deseado a sus costos paradeterm inar el precio de sus productos. En este contexto, los
esfuerzos estatales para controlar la inflación se ven obstaculizados. Cuando el gobier­
no recorta los gastos o restringe la oferta monetaria, las empresas simplemente despi­
den trabajadores y reducen el output en vez de rebajar sus precios. ES resultado es la
estanflación-inflación y desempleo simultáneos.
Desde la perspectiva postkeynesiana, la estanflación se puede resolver mediante
los esfuerzos del gobierno para controlar los salarios y precios, para implicarse direc­
tamente en dirigir la inversión a ciertas industrias y quizás para hacer funcionar indus­
trias clave tales com o la energía y las com unicaciones. L o s postkeynesianos creen que
la econom ía del libre mercado no sólo es propensa a la estanflación sino que no puede
generar el crecimiento de la productividad requerido para seguir siendo com petitiva
en los mercados internacionales.

Clark, Barry. «The modern liberal perspcctive». En: Political economy. A comporalive approach.
2‘ ed. Westport, Connecticut: Prneger, 1998, p. lOl.
506 CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

IN F L A C IÓ N Y D E S E M P L E O *

[ ...]

L o s lib e r a le s c lá s ic o s d e l s ig lo XIX s e s e n t ía n t a n s e g u r o s d e l a e s t a b i l i d a d in h e r e n ­
t e a l a e c o n o m í a d e m e r c a d o q u e a t r ib u ía n l o s a s c e n s o s y r e c e s i o n e s r e a le s d e l a e c o ­
n o m í a a f u e r z a s e x t e r n a s . P o r e je m p l o , W . S t a n l e y J e v o n s ( 1 8 3 5 - 1 8 8 2 ) a f i r m a b a q u e
l a s m a n c h a s s o l a r e s a f e c t a b a n a l a a g r i c u l t u r a y p o r e l l o c a u s a b a n d e p r e s io n e s e c o ­
n ó m i c a s g e n e r a l e s . O t r o s e c o n o m is t a s a t r ib u ía n l o s c i c l o s e c o n ó m i c o s a l o s d e s c u ­
b r i m i e n t o s p e r i ó d i c o s d e o r o , a la s o le a d a s d e e m i g r a n t e s d e E u r o p a a E s t a d o s U n i d o s
o a l a s g u e r r a s . E s t a s e x p l i c a c i o n e s d e l a i n e s t a b i l i d a d s i g u i e r o n s ie n d o p r e d o m i ­
n a n te s h a s ta l a G r a n D e p r e s ió n , e n la q u e e l fr a c a s o m a n ifie s t o d e l m e r c a d o r e s u ltó
e n u n a p é r d i d a d e e s t a t u s p a r a e l l i b e r a l i s m o c l á s i c o q u e d u r ó lo s c u a r e n t a a ñ o s
s ig u ie n t e s .
L a r e s is t e n c ia c l á s i c o - l i b e r a l a l a m a c r o t e o r ía k e y n e s i a n a p r o c e d ió s o b r e t o d o d e
e c o n o m is t a s a u s t r ía c o s t a le s c o m o L u d w i g v o n M i s e s y F r i e d r i c h A . H a y e k , q u e in s is ­
t ie r o n e n q u e l a m a la g e s t ió n e s t a t a l d e l a o fe r t a m o n e t a r ia h a b í a o c a s io n a d o l o s c i c l o s
e c o n ó m i c o s . S e g ú n lo s a u s t r ía c o s , l o s b a n c o s c e n t r a le s c o m o l a R e s e r v a F e d e r a l h a c e n
b a ja r lo s t ip o s d e in te r é s a n iv e le s a r t ific ia lm e n te b a jo s e m i t i e n d o d e m a s ia d o d in e r o . L o s
t ip o s d e in t e r é s b a j o s r e s u lt a n e n d e m a s i a d a d e u d a y u n g a s t o e x c e s i v o , l o c u a l , a su
v e z , c a u s a i n f la c i ó n . E n a lg ú n m o m e n t o , e l b a n c o c e n t r a l d e b e r e s tr in g ir l a o fe r t a m o n e ­
t a r ia , e le v a n d o l o s t ip o s d e in t e r é s y p r o v o c a n d o u n a r e c e s i ó n a m e d id a q u e l a e c o n o ­
m í a v u e l v e a u n a t a s a d e c r e c im i e n t o s o s t e n ib le . D a d o q u e l o s a u s t r ía c o s c r e í a n q u e e l
s o b r e e s t ím u lo a l a e c o n o m ía p o r p a r t e d e l b a n c o 'c e n t r a l c r e a la s c o n d i c i o n e s q u e l l e ­
v a n a l a r e c e s i ó n , c o n s id e r a b a n q u e e l r e m e d io k e y n e s ia n o d e m á s g a s t o e s t a t a l e m p e o ­
r a b a e l p r o b le m a !
O t r o e c o n o m is t a lib e r a l c lá s ic o q u e lu c h ó c o n tr a l a r e v o lu c ió n k e y n e s ia n a fu e
M i l t o n F r i e d m a n d e l a U n i v e r s i d a d d e C h i c a g o . F r i e d m a n a f i r m a q u e l a d e p r e s ió n
d e 1 9 3 0 f u e p r o v o c a d a p o r e l S is t e m a d e la R e s e r v a F e d e r a l y e l p r o te c c io n is m o
c o m e r c ia l. L a Federal Reserve Act d e 1 9 1 3 e s t a b l e c ió e l S i s t e m a d e la R e s e r v a
F e d e r a l { F e d ) , u n b a n c o c e n t r a l e n c a r g a d o d e c o n t r o l a r l a o f e r t a m o n e t a r ia . D u r a n t e
l o s a ñ o s 1 9 2 0 , l a e c o n o m í a n o r t e a m e r i c a n a e x p e r i m e n t ó u n a d e f l a c i ó n y u n o s t ip o s
d e in t e r é s a lt o s m ie n t r a s e l F e d m a n t e n ía u n c o n t r o l e s t r i c t o d e l a o f e r t a m o n e t a r ia .
E n 1 9 2 9 , e s t a s c o n d i c i o n e s a c a b a r o n p o r e s t r o p e a r e l o p t i m i s m o q u e a li m e n t a b a la
e s p e c u la c ió n e n e l m e r c a d o d e v a lo r e s . L a q u ie b r a s u b s ig u ie n t e p r o v o c ó u n a r e c e ­
s ió n e c o n ó m i c a q u e p o d r í a h a b e r s id o e f í m e r a s i e l C o n g r e s o n o h u b i e s e a p r o b a d o
la Smooth-HawleyAct d e 1 9 3 0 q u e i m p o n ía t a r if a s a lt a s a lo s p r o d u c t o s im p o r t a d o s .
C u a n d o o t r o s p a í s e s r e s p o n d ie r o n c o n t a r i f a s s i m i l a r e s , e l c o m e r c i o i n t e r n a c i o n a l
c o la p s ó y t u v o lu g a r u n a v e r d a d e r a d e p r e s ió n . D e s d e l a p e r s p e c t iv a d e F r ie d m a n ,
e s t o s e je m p lo s d e in t e r v e n c ió n g u b e r n a m e n t a l, e n p r i m e r l u g a r , e l m a n e jo i n e p t o d e l
F e d d e l a o fe r t a m o n e t a r ia y , m á s t a r d e , la s t a r ifa s S m o o t h - H a w l e y im p id ie r o n q u e la s

* Clark, Bany. «Inflation and unemploymeitt». En: P o lilica l econom y. A com paralive approach. 2‘ ed.
Westport, Conneclícut: Praeger, 1998, p. 134-138.
l. Véase Friedrich A. Hayek. Uncm ploym ent an d M o n e ia ry P o lic y . G overnm ent a s G en erator o f the
«B u siness Cycle». Washington, DC: Cato Institute, 1979.
LA PERSPECTIVA LIBERALCLÁSICA 507

n a t u r a lm e n t e e q u i li b r a d o r a s f u e r z a s d e l m e r c a d o p u d i e s e n r e s t a u r a r r á p i d a m e n t e la
p r o s p e r id a d 23
.
4
L o s e c o n o m is ta s a u s tr ía c o s y F r ie d m a n c o n s ig u ie r o n p o c a a te n c ió n h a s t a q u e l a s e c o ­
n o m ía s o c c id e n t a l e s s e e n c o n t r a r o n c o n s e r ia s d i f i c u l t a d e s e n lo s a ñ o s 1 9 7 0 . L a i n c a ­
p a c i d a d d e la s p o lít ic a s k e y n e s ia n a s p a r a a fr o n t a r l a in f la c ió n y l a r e c e s ió n s im u lt á n e a s
a b r ió l a p u e r t a a l r e s u r g ir d e l l i b e r a l i s m o c l á s i c o . C o n l a s e t iq u e t a s d e e c o n o m í a d e
o f e r t a , m o n e t a r is m o y n u e v a e c o n o m í a c l á s i c a , la e c o n o m í a p o l í t i c a l i b e r a l c l á s i c a
r e c u p e r ó s u lu g a r c e n t r a l c a s i ta n r á p id a m e n t e c o m o l o h a b í a p e r d id o e n l o s a ñ o s 1 9 3 0 .
E s t a s t e o r ía s p r e t e n d e n d e m o s t r a r q u e e l g o b ie r n o c a u s a t a n t o l a i n f l a c i ó n c o m o e l d e ­
s e m p le o . S i n e m b a r g o , s ig u e h a b ie n d o u n c ie r t o d e s a c u e r d o r e s p e c t o a l a r e l a c i ó n e n tr e
g o b ie r n o e in e s t a b i li d a d .
L a e c o n o m ía d e la o fe r ta , ta l c o m o la p o p u la r iz a r o n A r t h u r L a ff e r , J a c k K e m p y
J u d e W a n n is k i, e c h a la c u l p a d e l a i n f l a c i ó n y e l d e s e m p le o a lo s c o s t o s c r e c ie n t e s a s o ­
c i a d o s a la s r e g u la c io n e s d e l g o b i e r n o , l o s im p u e s t o s y l a i n e f i c i e n c i a d e l o s p r o g r a ­
m a s e s t a t a l e s ! L o s c o s t o s c r e c ie n t e s d e p r o d u c c ió n c o n d u c e n a u n o u tp u t y u n e m p le o
r e d u c id o s , a s í c o m o a p r e c io s m á s a lt o s .
L o s e c o n o m i s t a s m o n e t a r is t a s , l i d e r a d o s p o r M i l t o n F r i e d m a n , s e c e n t r a n e n e l
S i s t e m a d e l a R e s e r v a F e d e r a l c o m o l a c a u s a d e la in e s t a b i l i d a d ! A l a s u m i r q u e la e c o ­
n o m í a f u n c i o n a d e m o d o n a tu r a l e n o c e r c a d e l p le n o e m p l e o y q u e l a v e l o c i d a d d e l
d in e r o e s b a s t a n t e c o n s t a n t e , lo s m p n e t a r is t a s c o n c l u y e n q u e c u a lq u i e r a u m e n t o d e la
o f e r t a m o n e t a r ia q u e e x c e d a la ta s a d e c r e c i m i e n t o e c o n ó m i c o p r o v o c a r á i n f l a c i ó n .
E s t a i n f l a c i ó n « d e d e m a n d a » r e s u l t a d e « d e m a s i a d o s d ó la r e s p e r s i g u i e n d o a d e m a s ia ­
d o s p o c o s b ie n e s » («too many dollars chasing toofew goods»).
N u e v o s e c o n o m is t a s c lá s i c o s c o r n o R o b e r t L u c a s , T h o m a s S a r g e n t , N e i l W a l l a c e
y R o b e r t B a r r o p r o p o n e n u n a v e r s i ó n l i g e r a m e n t e d is t in t a d e l p a p e l d e l g o b i e r n o e n la
d e s e s t a b i l i z a c i ó n d e l a e c o n o m í a 5. A r g u m e n t a n q u e l o s in d i v i d u o s a p r e n d e n r á p id a ­
m e n t e d e l a e x p e r i e n c i a a a n t ic ip a r l o s e f e c t o s d e l a a c c i ó n d e l g o b i e r n o . E s t a s « e x p e c ­
ta t iv a s r a c io n a le s » p e r m ite n q u e lo s in d iv id u o s b lo q u e e n d e fo r m a e fe c t iv a l o s e s fu e r z o s
d e l g o b ie r n o p a r a e s t im u la r la e c o n o m ía . P o r e je m p lo , s i e l F e d a u m e n t a l a o f e r t a m o n e -

2. Milton Friedman; Anna J. Schw am . A MonttaiyHistory ofthe UnitedStates 1867-1960. Princeton,


N J: Princeton University Press, 1963. Para otras interpretaciones desde el liberalismo clásico de la Gran
Depresión, ver: Lionel Robbins. The Great Depression. Londres: Macmilían, £934; Murray Rorhbard.
America's Gieat Depression. Kansas City, K S : Sheed & Ward, 1975; Thomas E. HH<l, Dav íd Ferguson.
The Great Depression. Ann Arbor: University ofM ichigan Press, £998.
3. Los trnbajos clave en la economía de oferta incluyen: Jack Kemp. AnAmericanRenaissance; AStraiegy
for the 80s. New York: Harper & Row, 1979; Víctor A. Canto; Marc A. M iles, Arthur B. Laffer.
FonndattonsofSupply-sideEconomics: TheoryandEvidence. New York: Academic Press, 1983; Paul
Craig Roberts. The Supply-Side Revolution: An Insidefs Account ofPolicymaking in Washington.
Cambridge, M A: Harvard University Press, 1984; Jude Wanniski. The Wtythe WorldWortr. New York:
Basic Books, 1978.
4. Véase Georgc Macesich. The Polilics ofMonelarism: Its Historical and histitutiona! Development,
Totowa, N J: Rowman &Allanhetd, 1984; G . R . Steele. MonetarismandtiteDemise of Keynesian
Economics. New York: Sr. Martin’s Press, 1989; Thomas Mayer. MonelarismandMacroeconomic
Policy. Brookfield, VT: Edward Elgar Publishers, 1^990
5. Véase G . K . Shaw. Rational Bipectadons: An ElementaiyExposition. New York: St. Martin's, 1984;
Jerome Stein. Monetarism, Keynesian andNew Classical Economics, Oxford: Basil Blackw ell,
1982.
508 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

t a r ia , l o s t r a b a ja d o r e s p u e d e n e x i g i r s a l a r i o s m á s e le v a d o s a n t i c i p a n d o lo s p r e c i o s m á s
e l e v a d o s y la s e m p r e s a s , a n t ic ip a n d o lo s c o s t o s m á s e l e v a d o s , s u b ir á n lo s p r e c i o s p a r a
m a n t e n e r s u s b e n e f i c i o s . L o s n u e v o s e c o n o m is t a s c l á s i c o s c o n c l u y e n q u e u n e s t ím u l o
m o n e t a r io s ó l o p r o v o c a in f la c ió n , s in n in g ú n im p a c t o d u r a d e r o s o b r e e l n iv e l d e e m p l e o
o e l o u tp u t
T o d o s l o s l ib e r a l e s c l á s i c o s c o n s id e r a n e l g a s t o c o n d é f i c i t d e l g o b ie r n o c o m o u n a
c a u s a p r i n c i p a l d e in f l a c i ó n . A d e m á s d e a u m e n t a r l a d e m a n d a a g r e g a d a y h a c e r s u b ir
l o s p r e c i o s , l o s d é f i c i t s f u e r z a n a l g o b i e r n o a c o m p e t i r c o n e l s e c t o r p r i v a d o a l p e d ir
d in e r o p r e s t a d o . C o m o l o s v a lo r e s d e l E s t a d o s e v e n d e n e n l o s m e r c a d o s c r e d i t i c i o s ,
l o s p r e c i o s d e l o s v a l o r e s c a e n y lo s t ip o s d e in t e r é s s u b e n . L o s t ip o s d e in t e r é s m á s
a lt o s « e x p u l s a n » l o s c r é d it o s d e l a i n v e r s ió n p r i v a d a , l o q u e e n ú l t i m a i n s t a n c i a l l e v a
a u n a s t a s a s d e c r e c im i e n t o m á s le n t a s d e l a p r o d u c t i v i d a d y e l o u t p u t.
E l g o b i e r n o t a m b ié n p r o v o c a d e s e m p le o a l in t e r fe r ir e n l a a s ig n a c i ó n e f i c i e n t e d e
l o s r e c u r s o s p o r p a r t e d e l m e r c a d o . L a s l e y e s d e s a l a r i o s m í n i m o s , l a p r o t e c c ió n f e d e ­
r a l a lo s s i n d i c a t o s y o tr a s r e g u l a c i o n e s s o n t o d a s e l l a s m e d i d a s q u e d i s u a d e n a la s
e m p r e s a s d e c o n tr a t a r m á s e m p l e a d o s , m ie n t r a s q u e l o s p r o g r a m a s d e b ie n e s t a r s o c i a l
p r o v o c a n q u e a lg u n a s p e r s o n a s r e h u y a n e l tr a b a jo . L o s lib e r a le s c lá s ic o s c r e e n q u e
s e p u e d e a t r i b u i r u n a « t a s a n a t u r a l d e d e s e m p l e o » a la s in t e r v e n c io n e s c o m b i n a d a s y
a l a s r i g i d e c e s d e l m e r c a d o im p u e s t a s p o r e l g o b i e r n o . E l g o b i e r n o t a m b ié n c o n t r i ­
b u y e in d i r e c t a m e n t e a l d e s e m p le o p r o v o c a n d o l a i n f l a c i ó n . U n a v e z q u e l a i n f l a c i ó n
c o m i e n z a , s e a u t o a li m e n t a . U n a « p s i c o l o g í a i n f l a c i o n a r i a » l l e v a a la s p e r s o n a s a g a s ­
t a r m á s q u e a e c o n o m iz a r y a u t i l i z a r s u p o d e r d e m e r c a d o p a r a i n c r e m e n t a r l o s p r e ­
c i o s . D e i g u a l m o d o , la i n f l a c i ó n d e t e r i o r a l a c a p a c i d a d d e l m e r c a d o p a r a a s i g n a r
r e c u r s o s d e f o r m a e f i c i e n t e , l o q u e r e d u c e e l p r o d u c t o y c o n t r i b u y e a a u m e n t o s a d i­
c io n a le s d e lo s p r e c io s . U n a in f la c i ó n d e s e n fr e n a d a a c a b a r á p o r h a c e r q u e l a e c o n o m í a
c o l a p s e e n u n a d e p r e s ió n , t a l c o m o s u c e d i ó e n A l e m a n i a e n l o s a ñ o s 1 9 2 0 . A s í p u e s ,
e l g o b ie r n o d e b e in t e r v e n ir p a r a g e n e r a r u n a r e c e s ió n d e f o r m a in t e n c io n a d a a p li­
c a n d o l o s m e c a n i s m o s d e c o n t e n c i ó n m o n e t a r io s y f i s c a l e s . D e n u e v o , e l d e s e m p le o
r e s u l t a d e l o s e s f u e r z o s i n ú t i le s d e l g o b i e r n o p a r a e s t i m u l a r l a e c o n o m í a m á s a l l á d e
s u c a p a c id a d p r o d u c t i v a .
A u n q u e l o s e c o n o m i s t a s d e l a o f e r t a , l o s m o n e t a r is t a s y l o s n u e v o s e c o n o m i s t a s
c l á s i c o s c u l p a n a l g o b i e r n o d e i n i c i a r l a i n f l a c i ó n y e l d e s e m p l e o , s in e m b a r g o o f r e ­
c e n p o c a s e x p l i c a c i o n e s s o b r e e s t a s p o l í t i c a s i r r e s p o n s a b l e s . O t r o g r u p o d e id e a s l l a ­
m a d o t e o r í a d e Ja e l e c c i ó n p ú b l i c a l l e n a e s t e v a c í o . L a s a c c i o n e s d e l g o b i e r n o s e
a t r ib u y e n a l p r o p i o in t e r é s d e l o s p o l í t i c o s , b u r ó c r a t a s y v o t a n t e s . Y a q u e l o s v o t a n ­
t e s s e s i e n t e n a t r a í d o s p o r l o s b e n e f i c i o s d e l g o b i e r n o p e r o n o p o r l o s im p u e s t o s , l o s
p o lític o s o fr e c e n m á s b e n e fic io s y m e n o s im p u e s to s . E l d é fic it d e l g a s t o fin a n c ia d o
p o r c r é d it o s a l g o b i e r n o s it ú a l a c a r g a d e l o s b e n e f i c i o s a c t u a l e s s o b r e l a s f u t u r a s
g e n e r a c io n e s q u e a ú n n o p u e d e n v o ta r . D e m o d o s im ila r , a u m e n ta r la o fe r ta m o n e ­
t a r ia p u e d e c r e a r u n a i l u s ió n d e p r o s p e r id a d p o r q u e l o s v o t a n t e s s e c e n t r a n e n e l e s t í ­
m u l o a c o r t o p l a z o a l e m p l e o y l o s in g r e s o s a p e s a r d e l a p o s i b l e e r o s i ó n d e e s t a s
v e n t a ja s p o r la in fla c ió n .
L o s lib e r a l e s c l á s i c o s t a m b ié n c r e e n q u e l o s p o l í t i c o s p r o v o c a n in e s t a b i li d a d e c o ­
n ó m i c a a l b u s c a r s u r e e le c c ió n . D u r a n t e e l a ñ o m á s o m e n o s a n t e s d e u n a e l e c c i ó n , la s
p o l í t i c a s d e l g o b ie r n o s e m a n i p u la n p a r a e s t im u la r l a e c o n o m í a d e t a l fo r m a q u e l o s
c iu d a d a n o s e sté n c o n te n to s c u a n d o e n tr e n e n la c a b in a d e v o t o . D e s p u é s d e la e le c -
LA PERSPECTIVA LIBERAL CLÁSICA 509

c i ó n , l a e c o n o m ía d e b e fr e n a r s e p a r a c o n tr a r r e s ta r la s p r e s io n e s in f la c io n is t a s q u e r e s u l­
t a n d e l o s e s t ím u lo s a n te r io r e s . L o s lib e r a le s c l á s i c o s l la m a n a e ste p r o c e s o « c i c l o e c o ­
n ó m i c o p o l í t i c o » y a r g u m e n t a n q u e é s t e c o n s t i t u y e u n c o m p o n e n t e im p o r t a n t e d e la
in e s t a b i li d a d e c o n ó m i c a e n la s n a c i o n e s o c c i d e n t a l e s 6.
F in a lm e n t e , e l e c o n o m is t a M a n c u r O l s o n ( 1 9 3 2 -1 9 9 8 ) a f ir m a b a q u e e l p a s a d o é x it o
d e l o s g o b ie r n o s e n l a p r e v e n c i ó n d e r e c e s i o n e s c o n t r i b u y ó a l a s o l i d i f i c a c i ó n d e la s
c o a l i c i o n e s d e b ú s q u e d a d e r e n t a s y d e g r u p o s d e in t e r e s e s q u e d i f i c u l t a n l a e f i c i e n c i a
y l a f l e x i b i l i d a d d e l m e r c a d o . S in la d i s c i p l i n a p e r i ó d i c a d e l a r e c e s i o n e s q u e o b l ig a n
a f a s e m p r e s a s y a lo s t r a b a ja d o r e s a r e n o v a r s u c o m p r o m i s o c o n l a e f i c i e n c i a , l a e c o ­
n o m í a s e v e r ía p r o g r e s iv a m e n t e a t a d a p o r la s « r i g i d e c e s s o c i a l e s » q u e c o n s is t e n e n
g r u p o s d e in t e r é s c o n p o d e r p a r a s u p r i m i r ia c o m p e t e n c i a . U n a v e z q u e e s t o s g r u p o s
s e h a c e n c o n la a u to r id a d d e l g o b ie r n o p a r a h a c e r p r o g r e s a r s u s in t e r e s e s , l a v i t a l id a d
d e l m e r c a d o s e m a r c h i t a y e l d e c l iv e e c o n ó m i c o e s i n e v i t a b le 7.

l. P o l ít ic a s d e E S T A B IL IZ A C IÓ N

E l p r i n c i p i o r e c t o r q u e s e h a l l a d e tr á s d e la s p o l í t i c a s d e e s t a b i l i z a c i ó n l ib e r a l e s c l á s i ­
c a s e s l a c r e e n c i a e n l a e s t a b il id a d in h e r e n t e d e u n a e c o n o m í a d e m e r c a d o l i b r e d e la s
r e s t r ic c io n e s d e la i n t e r v e n c ió n d e l g o b ie r n o . U n a v e z q u e la s b a r r e r a s a l a r e n t a b ili­
d a d , e l a h o r r o y l a in v e r s ió n s e e l i m i n a n m e d ia n t e la r e b a j a d e lo s i m p u e s t o s , l a d is ­
m i n u c i ó n d e la s r e g u la c i o n e s , l a e s t a b i l i z a c i ó n d e l a o f e r t a m o n e t a r ia y l a e lim i n a c ió n
d e l d é f i c i t p r e s u p u e s t a r io , la e c o n o m í a d e m e r c a d o g e n e r a r á d e f o r m a n a tu r a l u n c r e ­
c i m i e n t o n o in f la c io n a r io . L o s l i b e r a l e s c l á s i c o s t a m b ié n c o n s id e r a n l a i n f l a c i ó n c o m o
u n p r o b le m a m á s s e r io q u e e l d e s e m p le o y a q u e la s p r e s io n e s i n f la c io n a r ia s tra s to r n a n
e l m e r c a d o y e n ú l t i m a i n s t a n c i a s o n r e s p o n s a b l e s d e la s r e c e s i o n e s s u b s i g u i e n t e s .
A t e n ú a n l a g r a v e d a d d e l d e s e m p le o a r g u m e n t a n d o q u e la s e s t a d ís t i c a s o f i c i a l e s e x a ­
g e r a n e l p r o b le m a , y a q u e m u c h a s p e r s o n a s q u e e l g o b i e r n o c o n s id e r a e n s i t u a c i ó n d e
p a r o e n r e a li d a d t r a b a ja n e n l a « e c o n o n ú a s u m e r g id a » .
A p e s a r d e q u e e x is t e u n c o n s e n s o e n tr e lo s lib e r a le s c lá s ic o s r e s p e c to a q u e se
d e b e r e d u c ir l a d im e n s ió n d e l g o b ie r n o a f i n d e e s t a b il iz a r l a e c o n o m í a , e s t á n e n d e s a ­
c u e r d o r e s p e c t o a la s e s t r a t e g i a s p a r a lo g r a r e s te o b j e t i v o . A l g u n o s lib e r a l e s c l á s i c o s
q u ie r e n q u e e l F e d m a n t e n g a u n a t a s a f i j a d e c r e c i m i e n t o m o n e t a r io e q u i v a le n t e a la
t e n d e n c ia a la r g o p la z o d e l c r e c im i e n t o r e a l d e l a e c o n o m í a d e l 2 a l 3 % . P r o p o n e n u n a
in d e p e n d e n c ia c a d a v e z m a y o r d e l F e d r e s p e c t o a l a i n f l u e n c i a p o l í t i c a d e l C o n g r e s o y
d e l p r e s id e n te o in c lu s o u n a e n m i e n d a a l a C o n s t i t u c i ó n q u e e x i j a u n t ip o f i j o d e e x p a n ­
s ió n m o n e t a r ia 8.
F r i e d r i c k H a y e k d e s a r r o lló l a id e a d e p o n e r f i n a l m o n o p o li o d e c r e a c i ó n d e d in e r o
d e l F e d a l p e r m itir q u e c ir c u la s e n d iv e r s a s m o n e d a s e m itid a s d e fo r m a p r iv a d a . P u e s to q u e
l a g e n t e t e n d e r ía h a c i a m o n e d a s q u e m a n t u v ie s e n s u v a l o r , la s p r e s io n e s c o m p e t i t i v a s

6. Palilical Business Cycles: TliePoliticalEconomy ofMoney, ¡njlaúon,


V é a se T ho m as D . W iller (ed.).
and Unemployment. Durham, N C : D uke Uníversity Press, 1988; Alberto A lesina; Nouriel Roubini.
Political CyclcsandlheMacroeconomy. Cam bridge, M A : M lT P r c s s , 1998.
7. M ancur Olson. Tire Rise andDecline ofNalians: Econamic Gmwzh, Slagflatbn, andSocial Rigidities.
N ew Haven, C T : Yale Universíly Prcss. 1982.
8. Véase H . G . Brenncn; Jfornes M . Bucbanan. Monopolyüi MoneyandInjlation- HwCaseforaConslitrnion
loDisciplineGovernment. Londres: Institute o f Eco nom ic A ffairs, 198 J.
510 CRÍTICA A LAECONOMÍA ORTODOXA

fo r z a r ía n c a d a e m i s o r a lim it a r l a c a n t id a d d e d in e r o creada® O t r a e s tr a te g ia c lá s ic o - lib e -


r a l p a r a r e s tr in g ir e l c r e c im ie n t o m o n e t a r io e x i g e u n a v u e l t a a l p a t r ó n o r o . L a c r e a c ió n
d e d in e r o s e v e r ía lim it a d a p o r l a d im e n s ió n d e la s r e s e r v a s o f i c i a l e s d e o r o d e l a n a c ió n .
L o s l i b e r a l e s c l á s i c o s t a m b ié n f a v o r e c e n l a d e s r e g u l a c i ó n y la p r i v a t i z a c i ó n e n
ta n to q u e m é t o d o s p a r a r e d u c ir e l a l c a n c e d e l a a c t i v i d a d g u b e r n a m e n t a l. E s t a s p o l í t i ­
c a s r e d u c ir ía n lo s g a s t o s e s t a t a le s , d is m i n u ir ía n lo s c o s t o s e m p r e s a r ia l e s , e s t im u la r ía n
l a c o m p e t e n c i a y m e j o r a r ía n l a e f i c i e n c i a . L o s l i b e r a l e s c l á s i c o s a r g u m e n t a n q u e la
m a y o r p a r te d e a c t iv id a d e s q u e e l g o b i e r n o h a b i t u a l m e n t e l le v a a c a b o s e o r i g in a r o n
a p a r tir d e la s p r e s io n e s d e g r u p o s d e in t e r e s e s e s p e c i a l e s , i n c l u y e n d o la s d iv e r s a s b u r o ­
c r a c ia s q u e a d m in is t r a n l o s p r o g r a m a s e s t a t a l e s . S e p u e d e e lim i n a r o t r a n s f e r ir a l s e c ­
to r p r iv a d o u n a s e r ie e x t e n s a d e p r o g r a m a s e s t a t a le s s in p e r ju d ic a r lo s ín te r e s e s p ú b lic o s .
L a m a y o r í a d e l o s l i b e r a l e s c l á s i c o s r e c o m i e n d a r e c o r t e s e n l o s g a s t o s e s t a t a le s
c o n e l o b j e t o d e r e d u c i r la s d i m e n s i o n e s d e l g o b i e r n o y e s t a b i l i z a r l a e c o n o m í a . L a
e x p a n s i ó n s in p r e c e d e n t e s d e l d é f i c i t p r e s u p u e s t a r io f e d e r a l e n lo s a ñ o s 8 0 y p r i n c i ­
p i o s d e l o s 9 0 i n t e n s i f i c ó l a p r e o c u p a c i ó n p o r l o s g a s t o s e s t a t a l e s . A l g u n o s lib e r a l e s
c lá s ic o s s o n p a r t id a r io s d e u n a e n m i e n d a a l a C o n s t i t u c i ó n q u e e x i j a u n p r e s u p u e s t o
e q u i li b r a d o o q u e e s t a b l e z c a u n l í m i t e a l o s g a s t o s e s t a t a le s c o m o u n p o r c e n t a j e d e l
P I B . E n c a m b i o , o t r o s l ib e r a l e s c l á s i c o s , e s p e c i a l m e n t e l o s e c o n o m is t a s d e o f e r t a , s o n
p a r t id a r io s d e r e b a ja r lo s im p u e s t o s , a r g u m e n t a n d o q u e e l in c e n t iv o d e u n a s g a n a n c i a s
m á s e le v a d a s d e s p u é s d e im p u e s t o s c o n d u c i r á a u n a m a y o r a c t i v i d a d p r o d u c t i v a y , p o r
c o n s ig u ie n t e , a u n a b a s e i m p o s i t iv a m á s a m p l ia . C o n m á s p o r g r a v a r , l o s in g r e s o s p ú b li­
c o s p u e d e n a u m e n t a r r e a lm e n t e a p e s a r d e t ip o s d e g r a v a m e n m á s b a j o s . E n r e s u m e n ,
lo s p a r t id a r io s d e l a o f e r t a d e c la r a n q u e p o d e m o s « c r e c e r p a r a s a l ir d e l d é f i c i t » .
S i n e m b a r g o , n o t o d o s lo s lib e r a le s c l á s i c o s a c e p t a n l a s t e o r ía s d e l a o fe r t a . A u n q u e
d is f r u t a c o n l a i d e a d e q u e l a r e d u c c ió n d e im p u e s t o s s ir v a p a r a c o r t a r l a « s a n g r e » d e l
g o b ie r n o , M i l t o n F r ie d m a n a r g u m e n t a q u e , e n e l p a s a d o , u n o s im p u e s t o s f i s c a l e s in s u ­
f i c ie n t e s n o c o n t u v ie r o n l o s g a s t o s e s t a t a l e s . F r i e d m a n d u d a d e s i u n a s t a s a s i m p o s i ­
t iv a s m á s b a ja s r e a lm e n te p u e d e n l le v a r a in g r e s o s f i s c a le s m á s e le v a d o s ; p o r e l c o n tr a r io ,
la s r e b a ja s d e im p u e s t o s p u e d e n r e s u lt a r s im p l e m e n t e e n m a y o r e s d é fic it s a m e n o s q u e
s e e q u ip a r e n a r e d u c c io n e s s im il a r e s o m a y o r e s d e l o s g a s t o s e s t a t a le s .
L o s lib e r a le s c lá s i c o s c u e s t io n a n l a n o c i ó n d e in t e r c a m b io ( t r a d e - o j f ) e n tr e in f la c ió n
y d e s e m p le o ; in s is t e n e n q u e s ó lo u n a i n f l a c i ó n n o a n t i c i p a d a r e d u c e e l d e s e m p le o . E n
c u a n to la g e n t e s e a c o s t u m b r a a c u a l q u i e r t a s a d e i n f l a c i ó n p a r t i c u l a r , l a e c o n o m í a
v u e l v e a l a « t a s a n a tu r a l» d e d e s e m p le o q u e s ó l o s e p u e d e r e d u c ir r e s titu y e n d o l a c o m ­
p e t e n c i a a l m e r c a d o a t r a v é s d e r e f o r m a s i n s t i t u c i o n a l e s t a l e s c o m o l a d e s t r u c c ió n d e
l o s s in d i c a t o s , la s d e s r e g u l a c i o n e s y l a e l i m i n a c i ó n d e l E s t a d o d e l b ie n e s ta r .
C u a n d o l a r e c e s i ó n o c u r r e , lo s l i b e r a l e s c l á s i c o s s e o p o n e n a l o s e s f u e r z o s d e l
g o b i e r n o p a r a m i t i g a r l o s p r o b le m a s a s o c i a d o s a l d e s e m p l e o y l a b a n c a r r o t a . C r e e n
q u e la s r e c e s i o n e s r e s t it u y e n la d is c i p l in a y la e f i c i e n c i a a l a e c o n o m ía . S i e l g o b ie r n o
a m o r t i g u a e l i m p a c t o , e s t á im p id ie n d o q u e l o s m e c a n i s m o s a u t o c o r r e c t o r e s d e l m e r ­
c a d o a c t ú e n . E i n v e r s a m e n t e , s i e l g o b ie r n o r e s is t e a l a s p r e s i o n e s p o l ít ic a s p a r a in t e r ­
v e n ir , la s r e c e s i o n e s s e r á n e f ím e r a s y l a e c o n o m í a r e a n u d a r á u n c r e c im i e n t o e s t a b l e .

9. Véase Friedrich A . Hayek. D e iM io iia liza lio n o f M o n e y , Londres: Institule ofEconom ic AA firs, 1976.
Para un estudio más reciente de este tema, ver: Lawrence H . White. Ccm peUtion a n d Currency. Nueva
York: Nueva York University Press, 1989.
CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA 511-534

N u e v a e c o n o m ía c lá s ic a *

B e r n h a r d F e l d e r e r , S t e f a n H o m b u r g *I

E n e s t e c a p í t u l o in t r o d u c im o s u n d e s a r r o llo d e l o s a ñ o s s e t e n t a , a s a b e r , l a h ip ó t e s is
d e la s e x p e c t a t iv a s r a c io n a le s y la s t e o r í a s m a c r o e c o n ó m i c a s q u e s e b a s a n e n a q u e l la s .
L a t e o r ía d e l a s e x p e c t a t iv a s r a c i o n a l e s s u r g ió d e l d e s c o n t e n t o c o n la s d o c t r in a s p r e ­
d o m in a n t e s ; u n d e s c o n t e n t o d o b le . P r im e r o , s a b e m o s q u e la s e x p e c t a t iv a s , o b ie n n o s e
e n c o n t r a b a n e n a b s o lu t o e n las t e o r ía s , o e r a n t o m a d a s c o m o e x ó g e n a s . D a d o q u e la s
e x p e c t a t iv a s n o s o l o i n f l u y e n c r u c ia lm e n t e e n e l p r o c e s o e c o n ó m ic o s in o q u e t a m b ié n
s o n e l r e s u lt a d o d e s u c e s o s e c o n ó m i c o s , d u r a n t e m u c h o t i e m p o l o s e c o n o m is t a s h a n
in t e n t a d o h a c e r d e l a f o r m a c i ó n d e e x p e c t a t iv a s u n a p a r t e e n d ó g e n a d e s u t e o r í a . L a s
e x p e c t a t iv a s r a c io n a le s s o n u n r e s u l t a d o d e e s t a s i n v e s t i g a c i o n e s , t a l c o m o s e e x p l i -
I c a r á e n e l a p a r t a d o s ig u i e n t e .
S e g u n d o , e l p r o b le m a d e l a e s t a n f la c ió n e m p e z ó a p r e o c u p a r a l a m a y o r í a d e p a í ­
s e s o c c i d e n t a l e s e n l o s a ñ o s s e t e n t a . E sta nflación e s u n a c o m b i n a c i ó n a r t i f i c i a l d e
« e s ta n c a m ie n t o » e « in fla c ió n » . E s ta n c a m ie n t o , a s u v e z , s ig n i f ic a p r o p ia m e n t e u n a
r e d u c c ió n d e l c r e c im i e n t o e c o n ó m i c o ; s in e m b a r g o , u n a c o n n o t a c i ó n d e e s t e t é r m in o e s
« d e s e m p le o » y , p o r c o n s ig u ie n t e , p o r « e s t a n f l a c i ó n » e n te n d e r e m o s l a o c u r r e n c ia s i m u l ­
tá n e a d e la in f la c ió n y e l p a r o . E n e l a p a r ta d o 2 te n d r e m o s q u e e x p lic a r p o r q u é , h a s ta
a h o r a , la s t e o r ía s n o p o d ía n e x p l i c a r e s t e f e n ó m e n o y lo q u e s e h a in t e n t a d o p a r a l le g a r
a e sta e x p lic a c ió n .
C o m o p a s a a m e n u d o , J a e x p r e s ió n Teoría d e las expectativas racion ales s e v o l ­
v i ó a m b i g u a ta n p r o n t o s e h u b o u t i l i z a d o d u r a n t e a lg u n o s a ñ o s . H o y e n d í a , l o s p a r t i­
d a r io s d e e s t a d o c t r in a s e t ie n e n q u e d iv id ir e n d o s g r u p o s , t íp ic a m e n te c o n o c i d o s c o m o
n u e v o s c l á s i c o s y n u e v o s k e y n e s ia n o s .
R o b e r t J . B a r r o , R o b e r t E . L u c a s J r ., T h o m a s J . S a r g e n t y N e i l W a lla c e , p o r e je m ­
p lo , s e c o n s i d e r a n c o m o f o r m a n d o p a r t e d e l o s n u e v o s c l á s i c o s . E s t e g r u p o l l e g a a l
r e s u lt a d o c l á s i c o d e u n a p o l í t i c a f i s c a l y m o n e t a r i a t o t a lm e n t e i n e f i c a z . A d e m á s d e
e s t o , la s a le g a c i o n e s m o n e t a r is t a s s e fu n d a m e n t a n e n p a r t e a n a l ít ic a m e n t e , s e m o d i f i ­
c a n e in c l u s o s e a m p l í a n p a r c ia lm e n t e . A s í , l a n u e v a e c o n o m í a c l á s i c a fr e c u e n t e m e n ­
t e s e d e n o m in a m o n eta rism de segunda cla se.
L o s n u e v o s k e y n e s ia n o s c o m o S t a n le y F i s c h e r , E d m u n d S . P h e lp s y J o h n B . T a y l o r
t a m b ié n e m p le a n l a h ip ó t e s is d e la s e x p e c t a t iv a s r a c io n a le s . P e r o c o m o p e r m it e n v a r ia s
« i m p e r f e c c i o n e s » d e t ip o k e y n e s ia n o , s u s r e s u lt a d o s s o n m á s m e d ia d o r e s y , h a s t a c ie r ­
to p u n t o , « k e y n e s i a n o s » . S ó l o n o s r e f e r i r e m o s a la n u e v a e c o n o m í a k e y n e s i a n a d e

* Publicado en: Felderer, Bernhard; Harnburg, Stcfan. « N e w classical Econom ics» En: Macmconomics
and iiew macroeconomics. 2‘ ed. Berlín: Springer, V erlag, 1992, p. S87-208. Traducción: Beatriu
Krayenbiihi.
512 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

fo r m a m a rg in a l, y a q u e n u e stra a te n c ió n se ce n tra rá p r in c ip a lm e n te en la n u e v a e c o ­
n o m ía c lá s ic a .
E s t e c a p ítu lo se estru ctu ra c o m o s ig u e : p r im e r o , v a m o s a in tro d u c ir a lg u n o s e le ­
m ento s d e la te o r ía s o b r e la fo r m a c ió n d e e x p e c t a t iv a s , e s c o g ie n d o u n s im p le m a r c o
m ic r o e c o n ó m ic o a m o d o d e ilu s t r a c ió n . A c o n t in u a c ió n , h a r e m o s un b r e v e r e s u m e n
d e la d is c u s ió n s o b r e la c u r v a d e P h illip s , y a q u e e s te te m a e s tá ín tim a m e n te r e la c io ­
n ad o c o n e l d e s a r r o llo d e la n u e v a e c o n o m ía c lá s ic a . F in a liz a d o s e s to s p r o le g ó m e n o s ,
y a p o d r e m o s e x p lic a r la « v is ió n » d e lo s n u e v o s c l á s ic o s y la s in fe r e n c ia s p o lít ic a s
e x tr a íd a s d e e s te e n fo q u e . F in a lm e n t e , s e p re se n ta un r e s u m e n d e lo s r e s u lta d o s y s e
e n u m e r a n la s p r in c ip a le s c r ít ic a s a la n u e v a e c o n o m ía c lá s ic a .

l. E x p ec t a t iv a s y e x p e c t a t iv a s r a c io n a l e s

E n un m u n d o d o n d e e l fu tu ro n o s e c o n o c e c o n ce rtid u m b r e , es d e c ir , en e l m u n d o r e a l,
la c o n d u c ta h u m a n a está d e stin a d a e n g r a n m e d id a a d e p e n d e r d e la s e x p e c ta tiv a s . E s
b ie n s a b id o qu e fe n ó m e n o s ta le s c o m o e l c i c l o e c o n ó m ic o son e l r e s u lta d o , p o r lo
m e n o s en parte, d e factores p s ic o ló g ic o s . L a teo ría k e y n e sia n a , p o r e je m p lo , atrib uía d e s ­
v ia c io n e s d e l p le n o e m p le o a la s e x p e c ta tiv a s p e s im is ta s d e l e m p r e s a r io o a cie rtas d e
los ten ed o re s d e v a lo r e s . S i n e m b a r g o , e sta s e x p e c ta tiv a s s ie m p r e s e trataban c o m o
« e x ó g e n a s » ; p a r a e x p lic a r un c ic lo e c o n ó m ic o se te n ía q u e « p o s tu la r » u n c a m b io a p r o ­
p ia d o d e las e x p e c ta tiv a s . E n este a p a r ta d o q u e r e m o s d e m o s tra r, m e d ia n te u n m o d e lo
m ic r o e c o n ó m ic o , c ó m o la s e x p e c ta tiv a s s e p u e d e n d e te r m in a r e n d ó g e n a m e n te .
A l h a c e r lo , d e s e a r ía m o s r e fe r ir n o s a l fa m o s o « c ic lo d e l p o r c in o » , e s d e c ir , a l a
o b s e r v a c ió n e m p ír ic a d e q u e la p r o d u c c ió n d e ce rd o s p re s e n ta un m o v im ie n to o s c il a ­
to r io r e g u la r . L a d e m a n d a d e c e r d o s en e l t ie m p o t p u e d e s e g u ir la e c u a c ió n lin e a l

x f = a - b •p , + u , (2 3 2 )

a y b s o n d o s c o n s ta n te s p o s it iv a s , y e l ín d ic e t in d ic a q u e e l p r e c io y la d e m a n d a s e
r e fie r e n a u n c ie r to p e rio d o d e t ie m p o . L a e c u a c ió n (2 3 2 ) c o m p r e n d e u n a c a r a c te r ís ­
tica n u e v a p a ra n o so tro s: la v a r i a b l e e s í o c á s i i c a , u , e s u n a v a r ia b le d e p e rtu r b a ció n

qu e lo s p a r tic ip a n te s en e l m e rc a d o no p u e d en p re d e cir. T ie n e un v a lo r e s p e r a d o ig u a l
a ce ro , u n a v a r ia n z a fin ita y es in d e p e n d ie n te d e to d a s la s d e m á s v a ria b le s d e l m o d e lo 1-
A l o s m o d e lo s q u e c o n tie n e n ta le s v a r ia b le s s e l e s l l a m a m o d e l o s e s t o c á s t i c o s a fin d e
o p o n e r lo s a lo s m o d e lo s m á s u s u a le s , lo s m o d e l o s d e t e r m i n i s t a s . E l p r o p ó s ito d e u n
m o d e lo e s to c á s tic o c o n s is te en d e s c r ib ir a q u e lla s d e s v ia c io n e s im p re d e c ib le s q u e o c u ­
rre n en la r e a lid a d .
L a o fe r ta d e c e rd o s s ig u e la e c u a c ió n lin e a l

x* = c + d ' + v ¡. (2 3 3 )

A q u í , c y d ta m b ié n so n c o n s ta n te s p o s it iv a s , y v , e s u n a v a r ia b le e s to c á s tic a c o n
v a lo r esp e ra d o i g u a l a c e r o y u n a v a r ia n z a fin it a q u e es in d e p e n d ie n te d e tod as la s l.

l. Obsérvese que hacer la hipótesis de que el valor esperado de u, es igual a cero no es en absoluto «res-
lrictivo». Si u * fuera una variable con valor esperado 5, por ejemplo, y a * fuera el coeficiente corres­
pondiente, podríamos definir a: = a * + 5 y u - = u,* - 5 , obteniendo así la ecuación anterior.
NUEVAECONOMÍA CLÁSICA 513

Gráfico l.

d e m á s v ariab les. E n p a rticu la r, n o h a y u n a r e la c ió n s is te m á tic a en tre u , y vr D e b id o al


s u p u e s to d e qu e lo s c a m p e s in o s n e c e s ita n un cie rto p e r io d o p a ra c r ia r c e r d o s , x ( no
d ep en d e d e p „ sino d e , _ i p e„ e l p r e c io d e l ce rd o q u e lo s c a m p e s in o s esp erab an en e l p e ­
r ío d o a n te r io r . A s í , d e fin im o s

, _ | p ‘ : la e x p e c t a t iv a s u b j e t i v a d e p ( en e l p e río d o t - 1. (2 3 4 )

L a c a r a c te r ís tic a d e este m o d e lo es q u e la d e m a n d a y la o fe r ta están s u je ta s a d e s ­


v ia c io n e s errá tica s: tan to d e b id a s a q u e e l n ú m e r o d e c a m p e s in o s v a r ía , c o m o a q u e
la s co s tu m b r e s c u lin a r ia s c a m b ia n . E n e l s ig u ie n t e p a s o e n d o g e n e i z a m o s la s e x p e c ta ­
tiv a s d e lo s c a m p e s in o s p o r v ía d e la p r e m is a d e las e x p e c t a t i v a s e s t á t i c a s , la b a s e del
fa m o s o te o re m a d e la telarañ a2:

,- i P Í = / V i (2 3 5 )

E s ta e c u a c ió n e s t a b le c e q u e , e n u n p e r ío d o t - l , lo s c a m p e s in o s e s p e r a n q u e e l
p r e c io e n to n c e s p re v a le n te c o n t i n u a r á p r e v a le c ie n d o en e l p e r ío d o s ig u ie n te . G r a c ia s
a e sta p r e m is a , lle g a m o s in m e d ia ta m e n te a la « te la ra ñ a » q u e d e m u e s tr a e l p r o c e s o de
a ju s te d e p r e c io s ( g r á fic o 1 ).
O b v ia m e n te , e l co m p o rta m ie n to d e lo s c a m p e s in o s n o es ex trao rd in a ria m en te s a g a z
y a q u e , o b ie n so b rev alo ra n e l p r e c io r e a l y p r o d u ce n d e m a s ia d o , o v ic e v e r s a . E n c u a l­
q u ie r c a s o , su s e x p e c ta tiv a s d e ja n d e c u m p lir s e s is te m á tic a m e n te ; n i tan s o lo está c la r o
s i e l p ro ce so a n te r io r c o n v e r g e en a b s o lu to : d e p e n d ie n d o d e la s p e n d ie n te s d e la s c u r ­
v a s ta m b ié n p u e d e d iv e r g e n
In m e d ia ta m e n te s u rg e la p r e g u n ta de p o r q u é ta le s p r o c e s o s d iv e r g e n te s no s o n
o b s e r v a d o s en la r e a lid a d . L a r a z ó n m á s p r o b a b le e s q u e , a l e n d o g e n e iz a r la fo r m a ­
c i ó n d e e x p e c t a t iv a s , ig n o r a r n o s un a s p e c t o im p o r ta n te e s p e c íf ic a m e n t e h u m a n o :

2. E l teorema de la telaraña puede encontrarse en cualquier tcxlo de microeconomía.


514 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

e l a p r e n d i z a j e . E s e x tr e m a d a m e n te im p r o b a b le q u e to d o s Jo s ca m p e s in o s fo rm e n p e r­

m a n e n te m e n te su s e x p e c t a t iv a s de a c u e r d o a (2 3 5 ). A l c o n tr a r io , a p re n d e rá n d e s u s
errores y lo s ten drán en c u e n t a en e l fu tu r o . E s t o s e p u e d e m o d e la r m e d ia n te la p r e ­
m isa d e la s e x p e c t a t i v a s a d a p t i v a s 3

0 < k < i . (2 36)

A c la r e m o s e s ta fó r m u la u n p o c o c o m p lic a d a p o r m e d io d e u n e je m p lo n u m é r ic o .
H a c e d o s p e r io d o s , lo s c a m p e s in o s e sp e r a b a n un p r e c io d e , _ 2 p e, _ i = 5 p a r a e l p e r ío ­
d o s ig u ie n te , p e ro s e e s ta b le ció e l p r e c io p , _ | = 7 en e l m e r c a d o . A s í , e l error d e e s ti­
m a c ió n , es d e c ir , e l térm in o entre p a ré n te sis, es ig u a l a 2 . S i su p o n em o s q u e la co n stan te
h es ig u a l a 0 ,5 , lo s ca m p e s in o s a ju s ta rá n su e s tim a c ió n a n te r io r en 0,5 • 2 = 1 y e s p e ­
r a r á n en e l fu tu r o un p r e c io 5 + 1 = 6 . E n t o n c e s , s i h es 0 ,5 , la n u e v a e s tim a c ió n s e
h a lla p recisam en te a m e d io c a m in o entre l a estim a ció n p a sa d a y e lp r e c io ac tu a l; h pu ed e
s e r in terp reta d o c o m o u n a co n s ta n te q u e in d ic a la in te n sid a d d e l a p r e n d iz a je . S i h = l ,
e s ta m o s fre n te a e x p e c ta tiv a s e s tá tic a s .
C u a n d o J o h n F . M u t h in tro d u jo la h ip ó te sis d e la s e x p e cta tiv a s ra c ío n a le s en 19613
4,
n o s e s e n t ía c o m p le t a m e n t e s a t is f e c h o c o n e l a n t e r io r m o d e lo d e a p r e n d iz a je .
A r g u m e n ta b a q u e e n la s o c ie d a d e x is t e a lg ú n c o n o c im ie n to r e s p e c to a l p r o b le m a d e
la fija c ió n d e p r e c io s : s e d is p o n e d e u n a te o r ía e c o n ó m ic a y d e d a to s q u e p u e d e n s e r
u tiliz a d o s p a r a p r e d e c ir e l p r e c io d e e q u ilib r io . A d e m á s , M u t h p e n s ó q u e era m u y p r o ­
b a b le q u e lo s p a r tic ip a n te s e n e l m e r c a d o u s a r a n e s te c o n o c im i e n t o , y a q u e d e o tra
m a n e ra h a b ría p o s ib ilid a d e s d e b e n e fic io sin e x p lo ta r . U n e c o n o m is ta p o d r ía o fr e c e r
su c o m p e te n cia p r o fe s io n a l p o r d in e ro o e s ta b le c e r r e la c io n e s d e arbitraje p ara é l. E s ta s
p o s ib ilid a d e s d e b e n e fic io sin e x p lo ta r e x is tir ía n s ie m p r e qu e la s e x p e c ta tiv a s s u b je ­
tiv a s d iv e r g ie s e n d e la p r e d ic c ió n c ie n t í fic a . D e e s ta fo r m a , M u t h p ro p u s o la h ip ó te ­
s is d e la s « e x p e c ta tiv a s r a c io n a le s » :
r
,_ i P ^ ,_ i £ G p ó . , (2 3 7 )

| E ( p ,) es e l « v a lo r e s p e r a d o » d e p , en e l tie m p o t - 1, que e s e l r e s u lta d o d e l m o d e ­


lo e c o n ó m ic o y d e la in fo r m a c ió n d is p o n ib le en e l p e r ío d o t - 1. D e a c u e r d o c o n la
h ip ó te sis d e la s e x p e c t a t iv a s r a c io n a le s , la s e x p e c ta tiv a s s u b je tiv a s y las p r e d ic c io n e s
m a te m á tica s c o in c id e n 5.
S e h a c e n n e c e s a r io s a lg u n o s c o m e n ta r io s so b re e s to . C u a n d o lo s c a m p e s in o s f o r ­
m a n e x p e c ta tiv a s r a c io n a le s , p o r r e g la g e n e r a l, s u s e x p e c t a t iv a s s e c u m p le n . N o es
n e c e s a r io qu e ca d a c a m p e s in o e f e c tú e p o r s í m is m o lo s c á lc u lo s n e c e s a r io s - d e l a

3. El supuesto de las expectativas adoptivas se remonta a Irving Fishcr. C agan lo difundió y sum inislró
a sí la hipótesis de expectativas al monetarismo. V e r Cagan, P h . (1956). «The monetary dynamics o f
hyperínflation». En: Fr'edm att, M . cd. Studies in the quantitytheory ojmoney. C h ica go : C h icago
University Press.
4. Muth, J . F , (1961). «Rational Expectations and the theory o f price movements». Econometrica, 29:
315-335.
5. Una definición más amplia de las expectativas racionales es que la expectativa subjetiva y el valor
matemático esperado difieren en un lénnino estocástico con valor esperado igual a cero y varianza fini­
ta. Todos los resultados que a p a = e n más abajoson robustos con respecto a estadefinición más amplia.
NUEVA ECONOMÍA CLÁSICA 515

m is m a f o n n a q u e n o e s n e c e s a r io s e r u n m e t e o r ó lo g o p a r a o b t e n e r u n a p r e d i c c ió n c i e n ­
t í f i c a d e l t i e m p o - . E s m á s b ie n q u e l o s c a m p e s i n o s p u e d e n e s c u c h a r , p o r e j e m p l o , la s
p r e d ic c io n e s h e c h a s p o r l o s e x p o r t e s d e s u s s in d ic a t o s - e x a c t a m e n t e c o m o u n c iu d a d a n o
c u a lq u i e r a p u e d e e s c u c h a r e l p a r t e m e t e o r o l ó g i c o - .
P a r a e n t e n d e r l a h ip ó t e s is d e la s e x p e c t a t iv a s r a c i o n a l e s , e s m u y im p o r t a n t e d a r s e
c u e n t a d e q u e l a p r e d i c c ió n m a t e m á t ic a n o e s n e c e s a r ia m e n t e c o r r e c t a . E l v a l o r e s p e ­
r a d o s e lla m a valor esperado condicional, y a q u e d e p e n d e d e J a in f o r m a c i ó n d i s p o n i ­
b l e e n e l p e r ío d o t - l . L a s v a r ia b l e s d e p e r t u r b a c ió n , u, y v ,, s ie m p r e p u e d e n h a c e r q u e
l a p r e d i c c i ó n s e a f a l s a . P o r l o t a n t o , l a t e s is d e l a s e x p e c t a t i v a s r a c i o n a l e s n o e s e n
a b s o lu t o e q u i v a l e n t e a u n a p r e v i s i ó n p e r f e c t a ; a m b a s s ó l o c o i n c i d e n e n u n m o d e l o
d e t e r m in is t a .
C u a n d o s e p ie n s a e n l a e n d o g e n e i z a c i ó n d e la s e x p e c t a t i v a s , u n o s e e n c u e n t r a c o n
u n p r o b l e m a c o n c r e t o q u e s e p u e d e f o r m u la r d e l a s i g u i e n t e m a n e r a . L a s a c c i o n e s d e
l o s i n d i v i d u o s d e p e n d e n d e s u s e x p e c t a t i v a s ; p e r o , a su v e z , e s t a s ú l t i m a s t a m b ié n
d e p e n d e n d e e sta s a c c io n e s . ¿ N o es e s to u n c ír c u lo v ic io s o ? ¿ P u e d e e n c o n tr a r s e r e a l­
m e n t e u n a s o l u c i ó n e c o n ó m i c a ? E n n u e s t r o c a s o 6, l a r e s p u e s t a e s a f i r m a t i v a . P a r a
d e m o s t r a r lo , j u n t a m o s l a f u n c i ó n d e m a n d a ( 2 3 2 ) , l a f u n c i ó n o f e r t a (2 3 3 ) y l a h i p ó t e s is
d e la s e x p e c t a t i v a s r a c io n a le s ( 2 3 7 ) , y a ñ a d im o s u n a c o n d i c i ó n d e e q u i li b r io :

x f = a - b ■p, + u, (238)

¡ = c + d - , _ , p‘, + v, (239)
3?
11
*-*

(240)
1

-i E ( x f ) = , - i E ( x f) . (241)

L a c o n d i c i ó n d e e q u i li b r io s e r e f i e r e a v a l o r e s e s p e r a d o s y a q u e s o n lo s u t i l i z a d o s
e n la s p r e d i c c ió n e s e c o n ó m ic a s . L o s v a lo r e s r e a le s , s in e m b a r g o , p u e d e n s e r d ife r e n t e s .
A s í p u e s , te n e m o s cu a tr o e c u a c io n e s s im u ltá n e a s y c u a tr o in c ó g n it a s , a s a b e r , x,,p,, y
lo s v a lo r e s e s p e r a d o s d e e sta s d o s v a r ia b le s . L a s e c u a c io n e s s im u ltá n e a s tie n e n s o lu c io n e s
ú n ic a s . P a r a lo g r a r la s , c a lc u l a m o s lo s v a lo r e s e s p e r a d o s d e la d e m a n d a y d e Ja o fe r t a u t i­
liz a n d o (2 3 8 ) y (2 3 9 ):

, _ i E ( x f ) == a- b •, _ ! E ( p ,) + O (2 4 2 )

,_ i E ( * í ) = c - i í - i _ l £ ( p ,) + 0. (2 4 3 )

L o s c e r o s p r o v ie n e n d e n u e stro s u p u e s to d e q u e lo s v a lo r e s e s p e r a d o s d e la s
v a r i a b l e s e s t o c á s t ic a s s e a n u la n . D e b i d o a l a h i p ó t e s i s d e la s e x p e c t a t i v a s r a c i o n a l e s ,
,_ 1E ( p () h a s id o s u b s t it u id a p o r (_ 1 p f ) e n ( 2 4 3 ) . I g u a l a n d o l o s v a lo r e s e s p e r a d o s d e
dem anda y-, o f e r t a , lle g a m o s a l v a l o r e s p e r a d o d e l p r e c i o d e l m e r c a d o :

6. «En nuestro caso» significa: bajo la condición que tenemos un modelo lineal y expectativas Racionales.
Con expectativas estáticas o adaptivas, necesitamos resolver ecuaciones de diferencia o diferenciales a
fin de obtener las soluciones.
516 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

a - b ■ ,_ l E ( p ,) = c + d • (p ) (244)

(2 4 5 }

É s t a es Ja p r e d ic c ió n c ie n t í fic a d e l p r e c io d e l m e r c a d o p ,, fo r m a d o en e l p e r io d o
t - l . S u b s titu y é n d o lo en la s e c u a c io n e s (2 3 8 ) y {2 3 9 ), d a lo s v a lo r e s e sp e r a d o s d e la
d e m a n d a y la o fe r ta . E n t o n c e s , d e a c u e r d o c o n la h ip ó te s is d e M u t h , lo s c a m p e s in o s
esp erarán q u e e l p r e c io (245) p r e v a le z c a en e l p r ó x im o p e r ío d o . E n g e n e r a l, su s e s ti­
m a c io n e s p a sarán e l test p e ro - d e b id o a la s v a r ia b le s d e p e r tu r b a c ió n - n o e n to d o s lo s
c a s o s . S ie m p r e q u e la e s tru ctu ra d e l m o d e lo s e a c o n o c id a y la e s tim a c ió n n o in v o lu ­
c r e c o s te s , la e x p e c t a t iv a (245) e s la ú n ic a q u e es e c o n ó m ic a m e n te r a c io n a l p o r q u e e s
la ú n ic a q u e n o im p lic a errores s is te m á tic o s .
C o n c lu y a m o s . S i n d u d a , la s e x p e c t a t iv a s r e p re s e n ta n u n p a p e l im p o r ta n te en e l
fu n c io n a m ie n to d e u n a e c o n o m ía . S i u n a te o r ía la s c o n s id e r a c o m o e x ó g e n a s , n o s e
p u e d e e x p lic a r g r a n c o s a , y la s p r e d ic c io n e s s o n a p e n a s p o s ib le s y a q u e la s e x p e c ta ti­
v a s « d a d a s» está n s u je ta s a c a m b io s en c a d a m o m e n to . H a y v arias p o s ib ilid a d e s p a r a
e n d o g e n e iz a r la s e x p e c ta tiv a s : n o s h e m o s r e fe r id o a la s e x p e c ta tiv a s e s tá tic a s , a d a p ti-
v a s y r a c io n a le s . E n t r e é s ta s (y to d a s la s d e m á s ) , la s e x p e c ta tiv a s r a c io n a le s s o n la s
ú n ic a s q u e n o in c u r r e n e n e r r o r e s d e p r e d ic c ió n s i s t e m á t i c o s . F o r m a r e x p e c ta tiv a s
r a c io n a le s es r a c io n a l en e l s e n tid o e c o n ó m ic o , p o r lo m e n o s si la in fo r m a c ió n re q u e ­
r id a se p u e d e o b te n e r sin c o s te s .

2. L a c u r v a d e P h il l ip s . L a e s t a n f l a c ió n

L a c u r v a d e P h illip s e s un a s p e c to d e la c o n tr o v e rs ia m o n e ta ris ta -k e y n e s ia n a q u e a h o ra
d e se am o s añ a d ir. E s t e p ro c e d im ie n to p u e d e p a re ce r a lg o e x tra ñ o y a q u e h e m o s term i­
n ad o c o n la c o n s id e r a c ió n d e las teo ría s m o n e ta ris ta y k e y n e s ia n a . A s í p u e s, e s n e c e s a ­
rio un b rev e c o m e n ta r io s o b r e la p o s ic ió n d e e ste a p artad o : si c o n s id e r a m o s la c u r v a d e
P h illip s c o m o u n o d e lo s co n s titu y e n te s d e la te o r ía k e y n e s ia n a , e s to e s v á lid o en ta n to
q u e , en lo s añ o s s e s e n ta y s e te n ta , m u c h o s k e y n e s ia n o s d ie ro n p o r s u p u e sta la e x is te n ­
c ia d e la c u r v a d e P h illip s ; s in e m b a r g o , e s to n o e s v á lid o en c u a n to q u e e s ta c u r v a n o
p u e d e in te g r a rs e fá c ilm e n t e en la s ín t e s is n e o c lá s ic a - i n c lu s o la c o n tr a d ic e en c ie r to
s e n tid o -. E s t a co n tr a d ic c ió n fu e e x a c ta m e n te e l p u n to d e p a rtid a d e l m o n e ta ris m o y d e
la n u e va e c o n o m ía c lá s ic a , d e fo r m a q u e la cu rv a d e P h illip s e s a d e c u a d a p a ra e x p lic a r
e l d e sa rro llo d e é s ta ú ltim a d o c tr in a . A d e m á s , la d is c u s ió n s o b re la c u r v a d e P h illip s
d ep en d e so b re to d o d e lo s s u p u e s to s q u e u n o h a c e so b re las e x p e c ta tiv a s ; y é s ta es o tr a
r a z ó n m á s d e situ ar e s te te m a a q u í. E m p e z a r e m o s r e s u m ie n d o lo s a r g u m e n to s d e lo s
k e y n e s ia n o s y m o n e ta r is ta s , y lu e g o d is c u tir e m o s la p o s ic ió n d e lo s n u e v o s c lá s ic o s .
E l t e m a d e la c u r v a d e P h illip s e s b a sta n te e x te n s o ^ E m p e z ó c o n un a r tíc u lo e m p í­
r ic o d e A .W . P h ilH p s en 1 9 5 8 7
8. L a in v e s t ig a c ió n d e P h illip s s e ce n tró en la r e la c ió n

7. Ver la visión de conjunto de Santomero, A .M .; J . J . Seaíer, (1978). «The Inflation Unemployement


Trade-OT: A Critique o f the Literatura», Journal f Economiic Li iera^ure, l 6: 499-544.
8. Phillips, A.W . ( 1958). «The Rclation between Unemployment andthe Rate of Change o f Money Wages
in the United Kingdom 1886-1957». Económica, 25: 283-299.
NUEVA ECONOMÍA CLÁSICA 517

Gráfico 2.

em pírica entre d e se m p le o y tipo d e ca m bio d e lo s sa la rio s n o m in a les. Desde un punto


de vista teórico, se espera que, si todo lo demás permanece constante, cuanto menor
sea el índice de desempleo, más aumentarán los salarios nominales. Esto es exacta­
mente lo que observó Phillips en el Reino Unido en'el período 1862-1957. E l gráfico
2 muestra la curva que -sujeta a una cierta form a de ecu ació n - mejor corresponde a
la evidencia: es la famosa c u rv a d e P h illip s .
Los tres rasgos característicos de la curva son:

- su pendiente negativa,
- su forma hiperbólica, y
- su punto de intersección con la abscisa aproximadamente en el 6% de desempleo.

A s í pues, se esperan tipos e sta b les de salarios nominales cuando la tasa de paro es
de 6%; en este caso, la tasa de cam bio \v /w es cero. Si el desempleo está por debajo
del 6% , los salarios nominales probablemente crecerán, y viceversa. L a investigación
de Phillips fue refinada analíticamente por Richard G . L ip sey 9que básicamente sos­
tuvo las tesis de Phillips. L a principal alegación queim plica la curva de Phillips es que
la relación entre desem pleo y cam bios en lo s salarios nom inales es esta b le a la rg o
p la z o .
Hasta aquí, el descubrimiento de la curva de Phillips no parece muy emocionan­
te. A lcanzó una capacidad teórica y política explosiva gracias a un artículo de Paul A .
Samuelson y Robert M . Solow de 196010^Sarnuelson y Solow reemplazaron el tipo de
cambio de los salarios nominales por la tasa de inflación. Su resultado, de nuevo repre­
sentado cualitativamente, es muy sim ilar al de Phillips (gráfico 3).

9. Lipsey, R.G. (1960). «TheRelation betweenUnemploymcnl andtheRate of Changeof MoneyWages


intheUnited Kingdom1886-1957. AFurtherAnalysis». Económica, 27: 1-37.
10. Samuelson, P.A.; Solow,R.M.(1960). «AnalyticalAspeclsofAnli-lnflalion Policy». American Economic
Review (PP) 50: 177-194. Reimpreso en: Mueller, M.G. ed. (1967). Readiiigs in Macroeconomics.
NuevaYork: Holt, Rinehart andWinston.
518 CRÍTICA A LAECONOMÍA ORTODOXA

Gráfiico 3.

A e s to s e le lla m a « c u r v a d e P h illip s m o d if ic a d a » d o n d e e l c a lif ic a t i v o « m o d if i­


c a d a » s e s u p r im e c u a n d o n o h a y q u e te m e r in te r p r e ta c io n e s a m b ig u a s . L a c u r v a d e
P h illip s m o d if ic a d a difierfe d e la o r ig in a l en q u e p I P es s u b s titu id o p o r w /w . E s to d a
lu g a r a u n a c o n c lu s ió n m u y in te re s a n te : o b v ia m e n t e , lo s b a jo s ín d ic e s d e d e s e m p le o
d e se a d o s está n a c o m p a ñ a d o s d e alto s ín d ic e s d e in fla c ió n . S i s e s u p o n e q u e e l g o b ie r ­
n o e s c a p a z d e alte ra r la ta s a d e in fla c ió n p o r m e d io s fis c a le s o m o n e ta r io s , s e p u e d e
e s c o g e r en tre d o s m a le s , e s d e cir, e n tre a lto d e s e m p le o o a lta in fla c ió n . E x is t e u n a r e l a ­
c i ó n i n v e r s a ( t r a d e o f f ) e n tre a m b o s .

A p a re n te m e n te , las in stitu cio n es resp o n sab les e s tá n e n situ a c ió n d e d e cid ir la c o m b i­


n a ció n p recisa d e d e se m p leo e in fla c ió n q u e p refiere n . L o s g o b ie r n o s « d e izq u ie rd a s» típi­
ca m en te estarán a fa v o r d e u n p u n to a la iz q u ie rd a y h a c ia arriba, m ientras q u e g o b ie rn o s
con servad o res p robablem en te decidirán u n p u n to a la d e re ch a y h a c ia a b a jo 1^ In clu so h o y
e n d ía p o d e m o s re co n o ce r la id e a d e m u c h o s p o lític o s y p eriodistas d e q u e estarnos en fren ­
tados a la altern a tiv a d e d e se m p le o o d e in fla c ió n en a lg ú n tipo d e ju e g o d e su m a ce ro .
S i n em b a rg o , ten em os qu e in s is tir en q u e la c u r v a d e P h illip s o b tie n e escaso so p o r­
t e te ó r ic o por parte d e l m o d e lo k e y n e s ia n o . L a c u r v a s ó lo s e p u e d e d e r iv a r de n u e stro
m o d e lo K ” (c o n s a la rio s r íg id o s ) y d e n in g u n a fo r m a en lo s d e m á s e s c e n a r io s k e y n e -
s ia n o s . E s to es a s í p o r q u e los o tro s m o d e lo s m o strab a n u n a c u r v a v e r tic a l d e o fe r ta d e
p r o d u c to s ( c u r v a Y ') , lo q u e q u ie r e d e c ir q u e Ja p r o d u c c ió n y e l e m p le o s o n in d e p e n ­
d ie n te s d e l n iv e l d e p r e c io s y d e su s c a m b io s . L a c u r v a d e P h illip s ta m p o c o s e p u e d e
in fe r ir d e l m o d e lo C lá s ic o . É s t e es e l a s p e c to t e ó r ic o d e l te m a .
P o r o t r a p a r t e , e n lo s a ñ o s s e te n ta o c u r r ie r o n a lg u n o s s u c e s o s e m p ír ic o s q u e arro ­
ja r o n m u ch as du d as so b re la r e la ció n s u p u estam en te e sta b le en tre d esem p leo e in fla c ió n .
L a a p a r ic ió n s i m u l t á n e a d e a lta s tasas d e d e s e m p le o e in fla c ió n co n tr a d ic e la e s ta b ili­
d a d d e la cu r v a d e P h illip s y s o la m e n te se p u e d e e x p lic a r a c e p ta n d o m o v im ie n to s a rb i- 1

11. En 1976 Gordon señalaba: «En Estados U nidos era común que los consejeros económ icos de los pre­
sidentes demócratas recomendaran escoger un punto de la curva al noroeste del objetivo de ¡os conse­
jero s republicanos». G o rd o n , R .J . (1976). R ece nt developm ents in the theory o f in flation and
unemployment. O p . c it., p. 190.
NUEVA ECONOMÍA CLÁSICA 519

t r a r io s d e l a c u r v a . P e r o s i l a c u r v a d e P h i l l i p s s e v e s o m e t i d a a m o v i m i e n t o s e r r á t i­
c o s , s e v u e l v e u n a c o n s t r u c c i ó n in ú t i l y d e a lg u n a m a n e r a t a u t o ló g i c a .
E s t a d i f i c u lt a d e s l le v a r o n a M i l t o n F r ie d m a n y E d m u n d S . P h e lp s a s u c r í t i c a d e
l a c u r v a d e P h i l l i p s 12. F r ie d m a n y P h e lp s a r g u m e n t a r o n e s e n c ia lm e n t e q u e l a p e n d ie n t e
n e g a t i v a d e l a c u r v a d e P h i l l i p s p r e s u p o n e c ie r t a « i l u s i ó n m o n e t a r ia » p o r p a r t e d e l o s
t r a b a j a d o r e s . P e r o q u e e s t a i l u s ió n t e n d e r í a a t e n e r u n a v i d a c o r t a , y q u e n o h a b r í a
c o r r e s p o n d e n c i a p e r m a n e n t e a lg u n a e n t r e d e s e m p le o e i n f l a c i ó n . L a c u r v a d e P h i ll i p s
a l a r g o p la z o s e r ía vertical.
C o n s id e r e m o s e s t a l ín e a d e r a z o n a m ie n t o c o n m á s d e t a l le . I l u s i ó n monetaria s i g ­
n i f i c a q u e l o s t r a b a ja d o r e s a d a p t a n s u s d e m a n d a s s a l a r ia le s a l n iv e l d e p r e c io s e s p e r a ­
d o , y n o a l r e a l. S i t o m a m o s la e x p e c t a t iv a d e P o s u ta s a d e c a m b io c o m o exógena, la
o f e r t a d e t r a b a jo d e p e n d e r á s o la m e n t e d e lo s t ip o s d e s a la r io s n o m in a l e s :

VV
N'= N ' =? N ' = N ' (w), i f P e = P' (2 4 6 )

S u p o n g a m o s a d e m á s q u e l a d e m a n d a d e t r a b a jo d e p e n d a d e l n i v e l d e p r e c io s real:

(2 4 7 )

D a d a u n a s u b id a g e n e r a l d e p r e c io s d e l o s p r o d u c t o s y e l m a n t e n i m i e n t o d e lo s
s a la r io s n o m i n a l e s c o n s t a n t e s , l a d e m a n d a d e t r a b a jo a u m e n t a r á m ie n tr a s q u e l a o f e r ­
t a s e m a n t ie n e i n a l t e r a d a . P o r l o t a n t o , l a t a s a d e d e s e m p le o d is m i n u ir á e n e l c a s o d e
q u e f u e s e p o s it iv a a l p r i n c i p i o . L a p o l í t i c a m o n e t a r ia e s t á e n s i t u a c i ó n d e r e d u c ir e l
d e s e m p le o m e d i a n t e e l in c r e m e n t o d e l a o fe r t a m o n e t a r ia , y p o r l o ta n to d e lo s p r e ­
c io s . A s í p u e s , l a c u r v a d e P h i llip s m o d i f i c a d a s e p u e d e b a s a r e n la s e x p e c t a t i v a s e x ó -
g e n a s d e lo s t r a b a ja d o r e s r e s p e c t o d e l n iv e l d e p r e c io s . E s t e ú l t i m o s u p u e s t o s e d e b e
c o n s id e r a r c o m o e s p e c ífic a m e n t e k e y n e s ia n o , y a q u e la e x is t e n c ia d e u n a c u r v a d e
P h i l l i p s a l a r g o p l a z o d i f í c i l m e n t e s e p u e d e d e r iv a r d e o t r o m o d o .
S i n e m b a r g o , a F r ie d m a n y P h e l p s e s t e s u p u e s t o n o le s p a r e c ió a d e c u a d o . P a r t ía n d e
l a p r e m is a q u e , d e s p u é s d e u n c ie r t o t ie m p o , l o s tr a b a ja d o r e s y s u s s in d i c a t o s n o ta r ía n
l a s u b id a d e lo s p r e c io s y a p r e n d e r ía n d e t a l o b s e r v a c ió n . F r ie d m a n y P h e lp s a s u m ie r o n
.
e x p e c t a t i v a s a d a p t i v a s L o s tr a b a ja d o r e s a d a p ta n g r a d u a lm e n te s u s e x p e c t a t iv a s d e l n iv e l

d e p r e c io s a l a c t u a l y e x i g e n lo s c o r r e s p o n d ie n te s a u m e n t o s s a la r ia le s p a r a c o m p e n s a r
l a p é r d id a d e p o d e r a d q u is it iv o . P o r c o n s ig u ie n t e , n o e x is t e u n a r e l a c i ó n in v e r s a p e m w -
n e n t e e n tr e d e s e m p le o e i n f l a c i ó n , ú n i c a m e n t e u n a q u e e s t e m p o r a l ( g r á f ic o 4 ) .

E l p u n to A d e l g r á f ic o m u e s t r a e l ín d ic e n a tu ra l d e p a r o q u e e s t á a c o m p a ñ a d o d e p re ­
c i o s e s t a b l e s . E l b a n c o c e n t r a l p u e d e r e d u c ir e l í n d i c e r e a l d e d e s e m p le o p o r d e b a j o
d e l n iv e l n a t u r a l m e d ia n t e e l a u m e n t o d e l a o f e r t a m o n e t a r ia . L a f l e c h a 1 r e p r e s e n t a
e s t a p o l í t i c a m o n e t a r ia e x p a n s i o n i s t a q u e e l e v a l a t a s a d e i n f la c i ó n h a s t a ( P / P ) | y r e d u ­
c e e l d e s e m p le o h a s t a Uv
12. Friedman, M . (1970). «The R ole o f Monelary Policy». American Econ om ía Revietw 58: l-17. Reimpreso
en: Friedm an, M . ed. (1969). Tfle Optím nm Q u a n tily o f M o n e y a n d O th er E s s a y s . C hicn go : Aldine;
P h e lp s , E .S . (1967). « Phillips-Cu rves, Expectations o fln fla tio n and O p tim al U nem ploym ent over
Time». E c o n ó m ica , 34: 254-281.
520 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

G rá fico 4.

D e s p u é s d e c ie r t o tie m p o , lo s trab a ja d o res aju sta n su s e x p e c ta tiv a s y e x ig e n m a y o ­


res a u m e n to s en su s s a la r io s n o m in a le s . A s í , e l s a la r io r e a l s u b e a su n iv e l a n te r io r , y
e l d e se m p le o s u b e h a s ta U * , ta l c o m o in d ic a la f le c h a 2 . L a ta s a d e in fla c ió n s e m a n ­
tie n e ig u a l si e l b a n c o c e n t r a l a u m e n ta la c a n t id a d d e d in e r o a l n u e v o n iv e l. E l n u e v o
e q u ilib r io d e l p u n to B p rese n ta u n a ta s a d e in fla c ió n i m s a lta q u e a n te s , p e r o e l m ism o
ín d ic e d e d e s e m p le o .
¿ P u e d e e l b a n c o c e n tr a l e x p lo t a r d e n u e v o e l tra d e o f f ( r e la c ió n in v e r s a ) a c o r to
p la z o ? S í , p e ro n o a tra v é s d e m a n te n e r e l tip o d e e x p a n s ió n m o n eta ria q u e a h o r a e s m á s
e le v a d o , s in o a ce le rá n d o lo . E n e l p u n to B , Ja c a n tid a d d e d in e ro y a d e b e d e e s ta r c r e ­
cie n d o a razón de M I M " ' ( P IP ) 1, y a qu e las e x p e cta tiv a s se h an aju stad o a este tip o . P o r
lo tan to, e l b a n c o ce n tra l d e b e fo r z a r u n tip o aún m ás a lto d e e x p a n s ió n m o n e ta ria co n
e l o b je to d e « e n g a ñ a r » d e n u e v o a lo s tra b a ja d o re s . E s te h e c h o s e c o n o c e c o m o « te o r e ­
m a d e Ja a c e le ra ció n » . E l teorem a d e la a c e le ra c ió n a fir m a q u e lo q u e c u e n ta n o s o tr lo s
c a m b io s en la c a n tid a d d e d u e ro s in o lo s c a m b io s e n la tasa d e crecim ien to m o n e ta rio .
E s t a lín e a d e r a z o n a m ie n to n i e g a J a e x is t e n c ia d e u n a r e la c ió n in v e rs a p e rm a n e n ­
te d e s e m p le o -in fla c ió n y a q u e la ta s a n a tu ral d e p a r o es c o n s is te n te c o n c u a lq u ie r tasa
d e in fla c ió n . N o e x is te u n a r e la c ió n e s t a b le e n tre d e se m p le o e in fla c ió n , s in o s ó lo en tre
d e s e m p le o y c a m b io s en la ta s a d e in fla c ió n .
D e acu erd o c o n lo s a r g u m e n to s d e F r ie d m a n y P h e lp s , Ja p o lít ic a m o n e ta r ia d is ­
c r e c io n a l p rese n ta p o c o s a tr a c tiv o s . E l d e s e m p le o s ó lo s e p u e d e r e d u c ir d e fo r m a te m ­
p o ra l a co s ta d e u n a ta s a d e in fla c ió n p e rm a n e n te m e n te m á s e le v a d a . S i las a u to rid a d es
in te n ta n r e d u c ir la in fla c ió n , e l d e s e m p le o au m en tará d u ran te a lg ú n tie m p o . S e g ú n lo s
m o n e ta ris ta s , lu c h a r c o n tr a la in fla c ió n im p lic a c o s te s s o c ia le s . P r e c is a m e n te p o r e sta
r a z ó n , F r ie d m a n p ro p u s o s u r e g la d e c r e c im ie n t o m o n e ta rio co n s ta n te , q u e tie n e p o r
o b je to g a ra n tiz a r u n a ta s a d e in fla c ió n e s ta b le . L o s k e y n e s ia n o s s e o p o n e n h a b itu a l­
m e n te a e s ta p ro p u e sta p o r q u e e s p e r a n q u e la p o lític a d is c r e c io n a l s u a v ic e e l c i c l o e c o ­
n ó m ic o . A l m is m o tie m p o , a m e n u d o n ie g a n la e x is te n c ia d e u n a ta s a n a tu r a l d e p a r o
y , p o r lo t a n to , r e c h a z a n e l e le m e n t o ce n tr a l d e l r a z o n a m ie n to m o n e ta ris ta .
C o n c lu y a m o s . L a e x is t e n c ia d e u n a c u r v a d e P h illip s m o d if ic a d a q u e e s e s ta b le a
la r g o p la z o s e p u e d e e s t a b le c e r s u p o n ie n d o q u e lo s tra b a ja d o re s tie n e n e x p e c ta tiv a s
d e p r e c io s e x ó g e n a s . P o r o tra p a r te , si s e a d m it e n la s e x p e c ta tiv a s a d a p tiv a s , s o lo e x is ­
te u n trade o f f a c o r t o p la z o e n tre in fla c ió n y d e s e m p le o . D e ja m o s la d is c u s ió n s o b r e
la c u r v a d e P h illip s c u a n d o la s e x p e c t a t iv a s so n r a c io n a le s p ara e l a p a r ta d o 4 .
NUEVA ECONOMÍA CLÁSICA 521

3. L a v is ió n d e l o s n u e v o s c l á s i c o s

Ahora podemos proseguir hacia el enfoque de los nuevos clásicos. Debido a nuestra
familiaridad con la economía keynesiana, este enfoque no resulta fácil de apreciar, por
lo tanto, al principio tendremos que tomar una perspectiva en cierto modo más amplia.
En el campo de la teoría económica, la doctrina clásica, y especialmente el mode­
lo de Walras, constituyeron el punto de partida de todos los desarrollos importantes
que han tenido lugar en nuestro siglo. A pesar de sus deficiencias, el modelo de Walras
proporcionó una explicación de la asignación, la producción y la distribución en una eco­
nomía capitalista. Aunque tal modelo fue mejorado en varios aspectos, su estructura
se mantuvo esencialmente estática - y de ahí que fuese incapaz de explicar el ciclo eco­
nómico-. Según el modelo de Walras, todos los recursos se emplean completamente
y se asignan de forma óptima en el sentido de Pareto en todo momento. A sí, la analo­
gía tendería a conducir a la percepción de que estas propiedades también se mantie­
nen en el tiempo, de tal modo que la economía presenta un desarrollo estable a cierta
tasa de crecimiento. Sin embargo, dicha «percepción» estaría en contradicción fla­
grante con la realidad, y éste es un problema fundamental de la teoría clásica. Los
intentos para resolver este problema configuran tres líneas argumentales distintas:
Normalmente, el primer grupo recibe la denominación de c r ític a fim d a m en ta lista
de la doctrina clásica. Los autores de este grupo infieren la inutilidad del modelo de
Walras, y fa inutilidad de la teoría clásica en su conjunto, a partir de la observación
empírica de los ciclos económicos. Y a hemos mencionado a los poskeynesianos como
a una escuela importante dentro de este tipo.
En segundo lugar, encontramos a los im p eifeccion ista s, cuyo exponente más notable
son los keynesianos. Tal como reconocimos en el capítulo v, la teoría keynesiana pro­
cede de un modelo cuyo espíritu es clásico; sin embargo, expande el modelo clásico con
algunas «imperfecciones» y llega así a una explicación posible del ciclo económico.
L a tercera línea, sin embargo, acepta el modelo de equilibrio general sin imper-
fecciones'como la base de la temía del ciclo económico. Ésta es la postura de la nueva
economía clásica. Estos autores sostienen que las «imperfecciones» keynesianas repre­
sentan un papel tan insignificante en la realidad que no pueden servir para explicar las
fluctuaciones económicas. Los nuevos clásicos critican a los keynesianos por su «imper­
feccionismo». Argumentan que el keynesianismo d efin e el ciclo económico como un
fe n ó m e n o de d e se q u ilib r io sin ser capaz de demostrar tal alegación1^ En resumen, los
nuevos economistas clásicos perciben el ciclo económico como un fenómeno de equi­
librio: como un proceso en el cual los mercados se vacían en todo momento y en el
que las expectativas son racionales^ Considerada desde el punto de vista keynesia-
no, esta actitud parece extraña; y se tiende a pensar que los nuevos clásicos se han
situado en una posición bastante desesperada. Pero no debiéramos juzgar demasiado
precipitadamente.

13. Lucas, R. E. Jr. (1976). «Econometric Policy Evaluation: A Critique». Journal ofMonetary Economics.
suplemento 1; Sargent, Th. J. (1976). «The Observational Equivalente of Natural and Unnalural Rate
Theories in Macroeconomics». Journal ofPolilical Economy, 84: 499-544.
14. Ver especialmente Lucas, R. E. Jr. (1977). «Understanding Business Cycles». Journal of Monetary
Economícs, suplemento 5; Lucas, R. E. Jr. ( 1980). «Methods and Problems in Business Cycle Theory».
Journal ofMoney, Credit andBanking, 12: 696-715.
522 C R ÍT IC A A L A E C O N O M ÍA O R T O D O X A

E l m o d e lo d e lo s n u e vo s c lá s ic o s p e rte n e c e p u e s a la c l a s e d e m o d e lo s d e e q u ilib r io
g e n e r a l. Y , sin e m b a r g o , s e d e s v ía d e ésto s e n u n a s p e c to im p o r ta n te : o tro s m o d e lo s
d e l tip o d e e q u ilib r io g e n e ra l so n e s t á t ic o s ( y p o r lo ta n to n o s ir v e n p a r a e x p lic a r lo s
c ic lo s e c o n ó m ic o s ) o d in á m ic o s , p e r o fu n d a m e n ta lm e n te d e te r m in is ta s 1^ E n e l m u n d o
d e te r m in is ta d e A r r o w -D e b r e u , lo s in d iv id u o s e s tá n en s it u a c ió n d e e la b o r a r co n tr a to s
en e l p r e s e n te q u e d e p e n d e n d e to d o s lo s a c o n t e c im ie n t o s fu tu r o s p o s ib le s . M á s ta r d e ,
e s to s c o n t r a t o s ú n ic a m e n t e s e e je c u t a n . P e r o a u n q u e e s t e in g e n io s o e n fo q u e a m p lía
c o n s id e r a b le m e n te e l á m b it o d e l m o d e lo d e W a lr a s , n o c l a r i f i c a e n a b s o lu to la e x is ­
te n c ia d e c ic lo s e c o n ó m ic o s .
P o r e s ta r a z ó n , a lo s p io n e ro s d e la n u e v a e c o n o m ía c lá s ic a le s p a r e c ió e s p e r a n z a -
d o r s u b s titu ir e l e n to rn o d e te r m in is ta p o r o tr o q u e fu e s e e s t o c á s t i c o . A q u í, lo s in d iv i­
d u o s n o r m a lm e n te e x p e r im e n ta n e rr o r e s d e e x p e c t a t iv a s ; y e s to s erro res s ir v e n p a r a
e x p lic a r la s flu c tu a c io n e s e c o n ó m ic a s . S e g ú n la v is ió n d e lo s n u e v o s c lá s ic o s , e s im p o r­
tan te q u e ta le s erro res no im p liq u e n un v a c ia d o no de m e r c a d o . S e c o n s id e r a q u e to d o s
lo s m e r c a d o s s e v a c ía n e n to d o m o m e n to . A s í p u e s , e l m o d e lo d e lo s n u e v o s c lá s ic o s
s e d is tin g u e p o r la s s ig u ie n te s c a r a c te r ís tic a s :

- lo s p r e c io s s o n p e r fe c t a m e n t e f l e x i b le s y t o d o s l o s m e r c a d o s s e v a c ía n p e r m a n e n ­
te m e n te . L o s in d iv id u o s n o d e ja n l o s p r e c io s e n u n « f a l s o » n i v e l, p u e sto q u e e l lo
im p lic a r ía c ie r ta s d e s v e n ta ja s : e n e f e c t o , a q u e lla s d e s v e n ta ja s q u e s e d a n e n e l d e s ­
e m p le o in v o lu n t a r io u o tra s r e s tr ic c io n e s e n l a c o m p r a y v e n t a . S in e m b a r g o , a l g u ­
n o s a u to r e s c o n s id e r a n in s ig n i f ic a n t e e l s u p u e s to d e v a c i a d o d e m e r c a d o s 1
16;
5
- d a d o q u e la s a c c io n e s a c tu a le s s u p o n e n fu tu r a s c o n s e c u e n c ia s , to d o s lo s in d iv id u o s
fo r m a n e x p e c ta tiv a s r a c io n a le s d e lib e r a d a m e n te . L o h a c e n u t iliz a n d o to d a l a in fo r ­
m a c ió n d is p o n ib le y a ju s ta n d o la s o fe r t a s , la s d e m a n d a s y lo s p r e c io s , d e tal m o d o
q u e su s p lan es s e c u m p la n d e fo r m a ó p t im a c u a n d o la s e x p e c ta tiv a s ra c io n a le s d e m u e s­
tren ser c ie r ta s ;
- n o o b stan te, d a d o q u e e l p ro ce so e c o n ó m ic o e s tá s u je to a a lte r a c io n e s esto cástica s, típi­
c a m e n te las e x p e c t a t iv a s n o s e d e m u e s tr a n c ie r t a s . S u r g e n p u e s flu c tu a c io n e s e c o ­
n ó m ic a s q u e s e r e m o n ta n a la s d e s v ia c io n e s v o lu n t a r ia s d e l a o fe r t a y la d e m a n d a ;
« V O lu n ta ria s » r e s p e c to a lo s c h o q u e s e x ó g e n o S d a d o s .

4. E l m o d e l o d e l o s n u e v o s c l á s ic o s

E n e s t e c a p ít u lo q u e r e m o s d is c u t ir u n m o d e lo t íp i c o a u n q u e e x tr e m a d a m e n te s im p le
d e lo s n u e v o s c l á s ic o s . S e tra ta d e u n m o d e lo e s t o c á s t ic o d e l t ip o d e f o r m a r e d u c id a
en e l q u e ú n ic a m e n t e e l m e rc a d o d e b ie n e s s e d e s c r ib e d e fo r m a e x p líc it a . T o d o s lo s
d e m á s m e r c a d o s o p e ra n de trá s d e l e s c e n a r io . L a p r im e r a e c u a c ió n es la d e la d e m a n ­
d a a g r e g a d a d e p r o d u c to s en e l p e r io d o t:

15. Aquí nos estamos refiriendo al modelo de Arrow y Debreu. Arrow, K .J . (1964). «The role of securites
in the optimal allocmion ofrisk-bearing». Review o f Economic Studies, 31:91-96; Debreu, G . (1959).
Theory o f Valle. Nueva York: Willey. .
16. Los resultados de los Nuevos Clásicos no cambian si las restricciones de cantidad se deben a un com­
portamiento deliberado, racional.Ver Stein, J .L . (1982). Moneíarist, keynesians and new dassical eco-
nomics.
W""1'

NUEVA ECONOMÍA CLÁSICA 523

y f = A f + M m ( - p () + H , (248)

A q u í, A , cu b re to d o s a q u e llo s g a s to s (in c lu y e n d o l a d e m a n d a p ú b lic a ) q u e so n in d e ­


p e n d ie n te s d e lo s s a ld o s r e a le s . b es u n a c o n s ta n te p o s it iv a , y u ,, u n a v a r ia b le e s to c á s -
t ic a in d e p e n d ie n t e c o n v a lo r e s p e r a d o c e r o y v a r ia n z a f i n i t a . m, y p, d e n o ta n lo s
lo g a r it m o s n a tu ra le s d e lo s s a ld o s d e c a ja n o m in a le s y e l n iv e l d e p r e c io s . D e a h í q u e
la d ife r e n c ia d e m y p e s ig u a l a l lo g a r itm o d e M / P ‘ 7 A q u í te n e m o s un m o d e lo d e lo g a ­
r it m o lin e a l e n e l q u e la d e m a n d a g lo b a l d e p r o d u c to s d e p e n d e d e l lo g a r it m o d e lo s
s a ld o s d e c a ja r e a le s . E l e fe c to d e s a ld o r e a l ( v e r c a p ít u lo v n ) e s e s e n c ia l p a r a e l fu n ­
c io n a m ie n t o d e e s te m o d e lo .

L a o fe r ta a g re g a d a d e p r o d u c t o s e s tá ca r a c te r iz a d a p o r la lla m a d a « fu n c ió n d e o fe r ­
ta a g r e g a d a d e L u c a s » :

17 = Y * + c • { p , - p ? ) + v, (2 4 9 )

Y * r e p re s e n ta e l n iv e l d e p r o d u c c ió n n a tu r a l q u e e s tá a s o c ia d o c o n la ta s a n a tu ra l
d e p a r o . c e s u n a c o n s ta n te p o s it iv a , y v , u n a v a r ia b le e s t o c á s tic a in d e p e n d íe n te c o n
v a lo r e s p e r a d o c e r o y v a r ia n z a fin it a . L a fu n c ió n d e o fe r t a a n te r io r s e b a s a e n la s p re ­
m is a s s ig u ie n te s : cu a n d o s e c u m p le n la s e x p e c t a t iv a s d e p r e c io s ( p , = p ' ) y la s altera­
c io n e s e s t o c á s t ic a s s e h a lla n a u s e n te s (v , = 0 ), l a o fe r t a a g r e g a d a de b ie n e s to m a su
v a lo r n atu ral, e s d e c ir , Y , ; ; Y * . É s te e s e l esta d o qu e e l s e c to r p r iv a d o prefiere. E l d e s ­
e m p le o q u e p r e v a le c e e n to n c e s e s v o lu n ta r io y d e b id o a lo s c o s te s d e o p o r tu n id a d d e l
o c io . C u a lq u ie r im p e r fe c c ió n p o s ib le s e d e s c a r t a p o r d e fin ic ió n .
P o r lo ta n to , lo s p a r ticip a n te s en e l m e r c a d o asp ira n a la r e a liz a c ió n d e Y * . A p e s a r
d e e s to , la s d e s v ia c io n e s d e sd e Y * s o n c o n c e b ib le s , o in c lu s o so n la n o r m a , y r e s u lta n
o b ie n d e c a m b io s n o p r e v is to s e n A , o m , o b ie n d e a lte r a c io n e s e s to c á s tic a s . E s to s
tres e f e c t o s h a c e n q u e e l n iv e l d e p r e c io s s e d e s v íe d e su v a lo r e s p e r a d o . P e r o , ¿ p o r
q u é la o fe r ta g lo b a l d e p r o d u c to s d e p e n d e d e la d ife r e n c ia e n tr e p , y p j E s t a p r e g u n ta
r e q u ie re u n a r e s p u e s ta m in u c io s a . D e b ie r a e s ta r c la r o d e s d e e l p r in c ip io q u e s a la r io s
r íg id o s o e x p e c ta tiv a s e s tá tic a s d e p r e c io s y o tr o s a s p e c to s s im ila r e s n o p u e d e n p r o ­
p o r c io n a r u n a e x p lic a c ió n p u e sto q u e ésto s n o e x is te n en e l m o d e lo d e lo s n u e v o s c lá ­
s ic o s .
E l s ig n ific a d o d e la fu n c ió n d e o fe r t a a n te r io r s e p u e d e ilu s tra r m e jo r c o n e l e je m ­
p lo q u e L u c a s p r o p o r c io n a d e u n a r te s a n o . S u p o n g a m o s q u e u n a r te s a n o e s p e r a u n a
ta s a d e in fla c ió n d e 5 % y q u e e l p r e c io d e l p r o d u c to q u e p r o d u c e s u b e u n 1 0 % . E l arte­
s a n o in terpretará e s to c o m o un in c r e m e n to e n e l p r e c io r e l a t i v o d e s u p r o d u c to , y p o s i­
b le m e n t e a u m e n ta rá su e s fu e r z o p u e sto q u e c r e e r á q u e l a p r o d u c c ió n s e h a v u e lto m á s
r e n ta b le . E l a r te s a n o s e c o m p o r ta r á e s p e c ia lm e n t e d e e s te m o d o s i c o n s id e r a q u e e l
au m e n to p e rc ib id o e n e l p r e c io será te m p o ra l; en ta l c a s o , u n a su b stitu ció n in tertem p oral
d e tr a b a jo p o r o c io r e s u lta p r o v e c h o s a .
S u p o n g a m o s a d e m á s q u e la ta s a r e a l d e in fla c ió n e q u iv a le a un 1 0 % . O b v ia m e n te ,
e l a r te s a n o h a in te r p r e ta d o m a l e l a u m e n t o d e l p r e c io d e s u p r o d u c to : n o h a h a b id o
n in g ú n in c r e m e n to e n e l p r e c io r e la t iv o ; s ó lo q u e e l n iv e l d e p r e c io s h a s u b id o m á s d e

17. Hay que recordar que (a ■b) = l/i (a) + ln (b) y en Iti (a*) = x •¡n (a).
524 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

lo e s p e r a d o . N o o b s ta n te , e l a r te s a n o n o r e c o n o c e e s te h e c h o a n te s d e h a b e r in c r e ­
m e n t a d o r e a lm e n t e s u p r o d u c c i ó n . L l e g a m o s a la c o n c l u s i ó n d e q u e , e n n u e s t r o e j e m ­
p l o , u n a s u b id a inesperada d e Ja t a s a d e i n f l a c i ó n i n c r e m e n t a l a p r o d u c c ió n r e a l.
U n a p r e m is a f u n d a m e n t a l d e l a e c o n o m í a d e l o s n u e v o s c l á s i c o s e s q u e t o d o s lo s ' •>
p r o d u c t o r e s e s t á n b a s t a n t e b i e n i n f o r m a d o s d e l o s c a m b i o s e n l o s p r e c io s e n s u s m e r ­
c a d o s r e s p e c t iv o s , p e r o n o tan b ie n in f o r m a d o s r e s p e c t o a l o s c a m b io s e n e l n iv e l d e p r e ­
c i o s . S i e s t o e s c o r r e c t o , u n a s u b i d a in e s p e r a d a d e la i n f l a c i ó n in d u c ir á a « t o d o s » l o s
p r o d u c t o r e s a in t e r p r e t a r l a s s u b id a s d e l o s p r e c i o s r e l a t i v o s d e f o r m a e r r ó n e a y , p o r ■' v .r

l o t a n t o , in c r e m e n ta r á n l a p r o d u c c i ó n t o t a l . A s í p u e s , p j d a d o , e x is t e u n a r e la c ió n p o s i­
t i v a e n tre p , y l a o f e r t a a g r e g a d a d e b ie n e s , t a l c o m o l a f ó r m u la (2 4 9 ) a fir m a . O b s e r v e m o s
q u e e sta r e l a c i ó n n o n e c e s i t a s u p o n e r r i g i d e c e s d e las t a s a s s a l a r ia le s o il u s i ó n m o n e ­
t a r i a . E l c o m p o r t a m ie n t o d e t o d o s l o s p r o d u c t o r e s e s p e r f e c t a m e n t e r a c i o n a l , a p e s a r
d e s e r e fe c t iv a m e n te e r r ó n e o c o m o r e s u lta d o d e la fa lt a d e in fo r m a c ió n .
D e s p u é s d e a r g u m e n t a r s o b r e lo s d o s c o m p o n e n t e s d e l m e r c a d o d e p r o d u c t o s , s u p o ­
n e m o s q u e e s te m e r c a d o s e v a c ía e n to d o m o m e n to . L o s p r e c io s s o n p e r fe c ta m e n te
fle x ib le s :

y ? = y í + y ,. (2 5 0 )

L a d e m a n d a , la o fe r t a y l a p r o d u c c ió n r e a l s ie m p r e e n c a ja n . A s í p u e s , p o d e m o s
v o l v e r a e s c r i b i r la s f u n c i o n e s a n t e r i o r e s s in « d » y « s » c o m o s ig u e :

Y , = A ( + b •(/«, - Pi) + «, (2 5 1 )

Y ,= Y* + e - ( p , - p D + v ,. (2 5 2 )
•y

B a s á n d o n o s e n e s t a s d o s e c u a c i o n e s , n o p o d e m o s d e c i r a ú n q u é n iv e l d e p r o d u c c ió n
y q u é n iv e l d e p r e c i o s r e s u l t a r á p o r q u e e l n iv e l d e p r e c i o s esperado e s d e s c o n o c id o .
En el m o d e l o d e lo s n u e v o s c l á s i c o s d e b e m o s a s u m i r l a s e x p e c t a t i v a s r a c io n a le s d e t a l
m o d o q u e to d a s la s v a r ia b le s c o n ín d ic e « e » s e a n v a lo r e s m a t e m á t ic o s e s p e r a d o s .
P r im e r o c a l c u l e m o s l o s v a l o r e s e s p e r a d o s d e ( 2 5 1 ) y ( 2 5 2 ) : m

Yf = A f + b ■ (m f-p ) (2 5 3 )

Y ;= Y *. (2 5 4 )

L a s d o s v a r i a b l e s d e p e r t u r b a c ió n s e e li m i n a n y a q u e t ie n e n e l v a l o r e s p e r a d o c e r o .
L a s f ó r m u la s ( 2 5 1 ) y ( 2 5 4 ) f o r m a n c u a t r o e c u a c i o n e s s im u lt á n e a s c o n la s c u a t r o i n c ó g ­
n ita s y , , p „ y Vr. L a s v a r ia b le s « p o l ít i c a s » A , y m, s o n d a d a s , a s í c o m o s u s v a l o r e s e s p e ­
r a d o s , A ¡ y m j , p u e s t o q u e é s t o s n o s e p u e d e n in f e r ir a p a r tir d e u n m o d e lo e c o n ó m i c o .
L a p r im e r a s o lu c ió n v ie n e d a d a p o r (2 5 4 ) : e l v a lo r e s p e r a d o d e Y , e n c a ja c o n e l n iv e l
n a t u r a l d e p r o d u c c i ó n . S u b s t i t u y e n d o e s t o e n ( 2 5 3 ) , p o d e m o s c a l c u l a r in m e d i a t a m e n ­
t e e l v a l o r e s p e r a d o d e l n i v e l d e p r e c io s :

Y * -A f
P, = (2 5 5 )
b
N U E V A E C O N O M ÍA C L Á S IC A 525

F i n a l m e n t e , Y , y p , t ie n e n q u e s e r d e t e r m in a d o s . S u s t r a y e n d o (2 5 3 ) d e ( 2 5 1 ) y ( 2 5 4 )
d e (2 5 2 ) te n e m o s que:

Y, - Yf = (A, -AD + b ■ (m, - < ) - b ■( p , - p í ) + u, (2 5 6 )

Y ,- Y f = c (p,-pf) + v ,. (2 5 7 )

A l i g u a l a r lo s l a d o s d e r e c h o s d e e s t a s e c u a c i o n e s o b t e n e m o s p,. A l s u s t it u i r e l ú l t i ­
m o e n ( 2 5 7 ) y h a c i e n d o Y f = Y * o b t e n e m o s e l n iv e l r e a l d e p r o d u c c i ó n :

Y. = Y * + - ^ ~ (A , - A f) + f> -(m , - m p + u , + — v, (2 5 8 )
b+ e c

P,~Pe,+ — ------R A , - A f ) + £> - (m, - mf) + u, - v j. (259)


b+ c

A h o r a la s o l u c i ó n e s c o m p l e t a . L a s d o s ú l t i m a s e c u a c i o n e s p r o p o r c i o n a n u n a s e r ie
d e c o n c l u s i o n e s in t e r e s a n t e s . E n p r i m e r l u g a r , e l n i v e l n a t u r a l d e p r o d u c c i ó n s e r e a l i ­
z a c u a n d o n o h a y a lt e r a c io n e s in e s p e r a d a s n i a c c i o n e s in e s p e r a d a s p o r p a r t e d e í g o b ie r ­
n o . E n ta l c a s o , la s e x p e c ta t iv a s r a c io n a le s r e s p e c to a l n iv e l d e p r e c io s ta m b ié n se
c u m p l e n . A d e m á s , c u a l q u i e r e x p a n s i ó n m o n e t a r ia n o p r e v i s t a ( m , > m j ) y c u a l q u i e r
in c r e m e n t o d e l g a s t o p ú b l i c o ( A , > A ' ) i m p l ic a n u n in c r e m e n t o d e l a p r o d u c c i ó n y de los
p r e c i o s . E s t o r e s u lt a i n m e d i a t a m e n t e d e la s f ó r m u la s .
L o s c a m b i o s e r r á t ic o s e n l a d e m a n d a , o c a s io n a d o s p o r l a v a r ia b l e u „ t a m b ié n e n g e n ­
d r a n c a m b io s p r o c í c l i c o s e n l o s p r e c i o s , e s d e c ir , p , y Y , s e m u e v e n e n J a m i s m a d ir e c ­
c ió n . D e b i d o a l a u m e n t o r e p e n t in o d e l a d e m a n d a , t a n t o la p r o d u c c ió n c o m o l o s p r e c io s
s u b e n ; y lo s p r e c i o s c o n t i n ú a n s u b i e n d o h a s t a q u e e l m e r c a d o d e p r o d u c t o s s e v u e l v e
a v a c ia r .
S in e m b a r g o , lo s c h o q u e s d e o fe r t a , o c a s io n a d o s p o r c a m b io s e n v ,, p r e s e n ta n u n
c o m p o r t a m i e n t o d e p r e c i o s a n t i c í c l i c o . C u a n d o s e d e u n a s u b i d a i n e s p e r a d a e n v ,, l a
p r o d u c c ió n a u m e n t a r á m ie n t r a s q u e l o s p r e c io s d i s m i n u ir á n . A n t e l a f a l t a d e in t e r v e n ­
c io n e s p o r p a rte d e l g o b ie r n o , e l n iv e l d e p r o d u c c ió n o s c ila r á e n t o r n o a su n iv e l n a tu ­
r a l , Y * , y l o s p r e c io s c a m b ia r á n p r o c í c l i c a m e n t e o a n t i c í c l i c a m e n t e d e p e n d i e n d o d e si
l a s a lt e r a c i o n e s e s t á n o c a s i o n a d a s p o r « , o v (.
¿ Q u é a c t it u d t e n d r á u n e c o n o m i s t a d e l o s n u e v o s c l á s i c o s r e s p e c t o a l a c u r v a d e
P h i ll i p s ? D i g a m o s p r im e r o q u e e x is t e u n a r e la c ió n n e g a t iv a e n tr e la p r o d u c c ió n y e l
d e s e m p l e o . A h o r a l a e c u a c i ó n ( 2 5 8 ) d i c e q u e u n a e x p a n s i ó n m o n e t a r ia no anticipada
in d u c i r á a q u e t a n t o la p r o d u c c i ó n c o m o lo s p r e c i o s s u b a n ; d e e s te m o d o r e d u c i r á e l
d e s e m p le o . S i n e m b a r g o , u n a e x p a n s ió n m o n e t a r ia anticipada n o o c a s io n a r á q u e la
p r o d u c c i ó n , l o s p r e c io s y e l d e s e m p le o s e d e s v í e n l o m á s m í n i m o d e s u s n i v e l e s n a t u ­
r a le s . E s t o e s , Ja p r o d u c c ió n y e l d e s e m p le o n o c a m b ia r á n , y e l n iv e l n a tu r a l d e p r e ­
c io s se rá a h o r a m á s e le v a d o . ........
L a e x p l i c a c i ó n d e lo s n u e v o s c l á s i c o s s e d e s v í a d e la d e lo s m o n e t a r is t a s q u e a d m i­
t ía n lo s i m p a c t o s a c o r t o p l a z o d e J a p o l í t i c a m o n e t a r ia . S e g ú n l o s n u e v o s c l á s i c o s , e l
h e c h o d e q u e s e c o n s id e r e e l c o rto o la r g o p la z o n o im p o r ta , lo q u e c u e n ta e s si la
526 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

expansión monetaria ha sido anticipada o no. Desde el punto de vista monetarista, estas
dos cuestiones son una misma debido a la hipótesis de las e x p e c ta tiv a s a d a p tiv a s.
Volveremos a este problema en el próximo capítulo18.

5. I n f e r e n c ia s d e p o l ít ic a e c o n ó m ic a

Resultaría fácil crear un modelo en el cual los precios se ajustasen casi instantánea­
mente a los choques, los mercados se vaciaran todo el tiempo y la política correcta
fuese no hacer nada (Robert M . Solow).

¿Puede una economía de mercado estabilizarse mediante una política monetaria y fis­
cal discrecional? A fin de proporcionar la respuesta de los nuevos clásicos a esta pre­
gunta, reproduzcamos las ecuaciones (258) y (259):

Y, = Y * + - (A , - A l ) + b ■ {m t - m ') + u, + — v, (260)
b + c c

P, "'P ? + — ------ l ( A , ~ A f + b • ( m , - m f ) + u ,~ v ,]. (261)


b + c

Lo esencial de esta cuestión se puede ilustrar con el ejemplo de la regla de creci­


miento monetario constante de Friedman. Supongamos un crecimiento monetario cons­
tante a la tasa k que se fuerza por ley:

m( = m0 + k -1 o M, = Mo ■ ek'¡. (262)

Y a que la regla es conocida por los individuos, éstos anticipan totalmente el cre­
cimiento monetario:

mj = m¡¡ = + k • t (263)

Consideremos ahora las ecuaciones (260) o {261). Y a que la expansión monetaria


se puede predecir adecuadamente, los términos (m, - mj) desaparecerán y la política
monetaria no producirá efectos reales de ningún tipo. Esto no es nada nuevo puesto
que es exactamente equivalente al resultado monetarista. Surge una diferencia cuan­
do suponemos que la cantidad de dinero crece p ro g resiv a m en te . Debido a la suposi­
ción monetarista de las expectativas adaptivas, esta regla producirá efectos reales; pero
de acuerdo con los nuevos clásicos, esto no pasará, dado que la regla se ha hecho públi­
ca. En efecto, el banco central puede obedecer c u a lq u ie r regla construida arbitraria­
mente sin cambiar las variables reales, siemprey cuando la regla haya sido previamente
anunciada.

J 8. Ver también Lu cas, R .E . Jr . (l 973). «Sorne Internationa! Evidence on Output-Inflation Trade-offs».


AmericanEconomic Review, 6 3 : 326-334.
NUEVA ECONOMÍA CLÁSICA 527

P o r lo ta n to , e l « te o r e m a d e la a c e le r a c ió n » m o n e ta ris ta n o s e m a n tie n e e n e l m o d e ­
lo d e Jo s n u e v o s c l á s ic o s . é s t e e s e l n ú c le o d e í a n á lis is d e lo s n u e v o s c lá s ic o s : p a r a
l a n e u tr a lid a d d e l d in e r o r e s u lta p e r fe c ta m e n te ir r e le v a n te d e q u é f o r m a s e c o n c ib e Ja
r e g l a d e l c r e c im ie n t o m o n e t a r io o in c lu s o s i v e r d a d e r a m e n te s e o b s e r v a d e a lg u n a
m a n e r a u n a r e g l a d e tip o F r ie d m a n . M á s a llá d e e s to , la s a c e le r a c io n e s o d e s a c e le r a ­
c io n e s d e l c r e c im ie n to m o n e ta rio n o g e n e ra n e fe c to s re a le s d e n in g u n a c la s e b a jo c u a l­
q u ie r fo r m a en q u e se a n co n o c id a s c o n a n ticip a c ió n . Y , fin a lm e n te , es u n error d istin g u ir
e n tre e fe c to s a co rto p la z o y a la r g o p la z o d e la p o lít ic a m o n eta ria : Ja d is tin c ió n c o r r e c ­
ta es a q u e lla q u e s e h a c e e n tre m e d id a s a n t i c i p a d a s y n o a n t i c i p a d a s . C u a lq u ie r a c c ió n
m o n e ta ria a n tic ip a d a e s in e f i c a z , y cu a lq u ie r a c c ió n m o n e ta ria n o a n tic ip a d a p r o d u c i­
r á e fe c to s r e a le s .
A l m is m o tie m p o , l a te o r ía d e lo s n u e v o s c l á s ic o s r e s u e lv e u n p r o b le m a p e n d ie n te
d e l m o n e ta r is m o . E n e l c a p ít u lo a n te rio r r e c o n o c ía m o s q u e lo s m o n e ta ris ta s a fir m a n la
e x is t e n c ia d e u n a r e la c ió n e s t r e c h a e n tr e la o fe r ta m o n e ta r ia y l a r e n ta n o m in a l, P ■Y ;
pero la e x tr e m a d a m e n te im p o rta n te c u e stió n de c ó m o e l e fe c to se d iv id e e n tre lo s c a m ­
b io s e n P y lo s c a m b io s en Y n o f u e r e s p o n d id a s a t is fa c t o r ia m e n te . O e n o tra s p a la ­
b r a s : ¿ u n a p o lític a m o n e ta ria e x p a n s io n is ta , p r o d u c e p ro sp e rid a d o in fla c ió n ? L a te o r ía
d e lo s n u e v o s c lá s ic o s tie n e u n a resp u e sta c la r a a p u n to . E n p r im e r lu g a r , Ja e x p a n s ió n
m o n e ta r ia a n t ic ip a d a g e n e r a u n a p u r a in fla c ió n . E n s e g u n d o lu g a r , l a e x p a n s ió n n o
a n tic ip a d a c o n d u c e a s u b id a s ta n to e n lo s p r e c io s c o m o e n la s c a n tid a d e s , d o n d e lo s
c a m b io s r e s p e c t iv o s s e p u e d e n c a lc u la r a p a rtir d e (2 6 0 ) y (2 6 1 ). 1
E v id e n t e m e n t e , l a te o r ía d e lo s n u e v o s c lá s ic o s n o a f ir m a q u e Y * , e l n iv e l d e p r o ­
d u c c ió n n a tu r a l y e n a lg ú n s e n tid o ó p tim o , s e p u e d a m a n te n e r r e g u la r m e n te . E n p r i­
m e r lu g a r , la s m e d id a s d e p o l ít ic a e c o n ó m ic a p u e d e n o c a s io n a r d e s v ia c io n e s d e a q u é l
- l o c u a l y a e s u n a r a z ó n s u fic ie n t e p a r a r e c h a z a r la s -. E n s e g u n d o lu g a r , las v a r ia b le s
e s to c á s tic a s u , y v, p u e d e n p r o d u c ir d e s v ia c io n e s . E s t o n o s ll e v a a la in te r e s a n te c u e s ­
tió n d e s i l a p o l ít ic a e c o n ó m ic a n o e s tá en s itu a c ió n d e p o r lo m e n o s m itig a r e s t a s a lte­
r a c io n e s .
L a r e s p u e s ta d e lo s n u e v o s c l á s ic o s a e s ta p r e g u n ta s e in terp reta d e f o r m a in e q u í­
v o c a : n o , p o r q u e la s a u to rid a d e s p o lít ic a s ta m p o c o p u e d e n p r e v e r la s a lte r a c io n e s . S e
trata d e u n a s p e c to d e c is iv o , p o r q u e s i u n o s u p o n e q u e la s au to rid a d es están m e j o r i n f o r ­
m a d a s q u e lo s in d iv id u o s p a r tic u la re s , e n to n ce s s í h a b r á r a z o n e s p a r a u n a p o lít ic a d is ­

c r e c io n a l, a u n q u e la s e x p e c t a t iv a s s e a n r a c io n a le s y a u n q u e lo s m e r c a d o s s e v a c íe n .
P a r a ilu s tr a r lo , s u p o n g a m o s q u e e l b a n c o ce n tra l e s c a p a z d e p r e d e c ir « , y v , a c ie n ­
c ia c ie r t a m ie n tr a s q u e e s ta s v a r ia b le s co n tin ú a n s ie n d o im p r e d e c ib le s p a ra e l s e c to r
p r iv a d o . E n t o n c e s , m e d ia n te u n a s im p le m o d ific a c ió n d e l a r e g la d e c r e c im ie n to m o n e ­
ta r io , s e p u e d e n d e s c a r ta r c o m p le t a m e n t e la s a lte r a c io n e s :

m, = m 0 + k •r - - ! l - — . (264)
b e

L o s in d iv id u o s esp e ra n q u e l a c a n tid a d d e d in ero c r e z c a d e a c u e r d o c o n la r e g la


(263) y a q u e e llo s n o p u e d e n p r e v e r u ¡ y v, y tie n e n u n v a lo r e s p e ra d o d e c e r o . A l s u b s ­
titu ir (2 6 4 ) e n (2 6 0 ) y (2 6 1 ), e l le c t o r d e b ie r a a s e g u r a r s e d e q u e las a lte r a c io n e s « a le ­
a to r ia s » s e a b so rb e n c o m p le t a m e n t e d e ta l m a n e r a q u e l a p r o d u c c ió n a s u m e s u v a lo r
528 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

natural en todo momento. Las reglas del tipo (264) se denominan re g la s a c tiv a s (o
«fórmula de flexibilidad») porque prescriben una respuesta activa, aunque automáti­
ca. Son, por tanto, distintas de las re g la s p a s iv a s al estilo de Friedman.
Y , sin embargo, este razonamiento sólo se ha planteado a modo de ilustración. De
ningún modo forma parte de la doctrina de los nuevos clásicos sino que más bien la
contradice, ya que suponíamos que la información se distribuía asimétricamente entre
los sectores público y privado. Según la teoría de los nuevos clásicos, los individuos
obtendrán toda la información que esté disponible para las autoridades públicas. Así
que éstas estarán igualmente bien informadas.
Pasemos ahora al tema de la estanflación. En un momento arbitrario, la produc­
ción puede declinar debido a alteraciones estocásticas, y el desempleo puede aumentar.
Si el gobierno o el banco central intentan ahora aumentar la producción mediante una
política expansionista, los individuos anticiparán el resultado de tales medidas. S i la
política ha sido anunciada o de algún otro modo ha llegado a ser conocida por los indi­
viduos, la producción no cambiará incluso en el plazo más corto. Sin embargo, el nivel
de precios aumentará según (255) y (261): y surgirá la estanflación.
Para resumir: desde el punto de vista de los nuevos clásicos, ni las reglas activas ni
las políticas discrecionales son capaces de producir efecto real beneficioso alguno. Si
llegan a producir algún efecto real porque la medida no fue anticipada, el resultado
real será d e sfa v o r a b le , ya que el sector privado se verá expulsado de la situación que
prefiere. L a política estabilizadora sólo sería provechosa en el caso de que absorbiese
un choque exógeno por azar. Pero esto no puede constituir la base de una intervención
sistemática.
L a lógica de esta teoría se puede formular como una crítica a la economía keyne-
siana: el keynesianismo describe la economía a través de algunas ecuaciones simultá­
neas que suponen que el comportamiento privado es in v a r ia b le bajo diversos
comportamientos gubernamentales. Dado un cambio arbitrado en la cantidad de dine­
ro, por ejemplo, la función de consumo (¡que no su valor numérico!), la función de
inversión y otras relaciones de comportamiento se mantienen igual. Por lo tanto, es
posible que esta política produzca resultados reales. L a teoría keynesiana no reconoce
que, al percibir el cambio monetario, el individuo posiblemente alterará su comporta­
miento, de tal manera que las propias funciones antes mencionadas están sujetas a cam­
bio. L a teoría de los nuevos clásicos destruye esta constancia del comportamiento al
tomar en cuenta las expectativas: a condición de que sea anticipada, una expansión
monetaria dejará todas las variables reales inalteradas.
Hasta aquí nos hemos ocupado sobre todo de la política monetaria. Ahora tenemos
que considerar una argumentación que se relaciona con la política fiscal y que pertenece
a la economía de los nuevos clásicos considerada en un sentido amplio19. Supongamos
que el gobierno disminuya impuestos por cantidades fijas en el período actual y finan­
cie el déficit resultante obteniendo préstamos:

(265)

19. L a línea de razonamiento siguiente se debe a Barro, R . J . (1974): « A r e Governm ent Bonds N et
W ealih?». Journal ofPolilicalEconomy, 82: 1.095-1.117.
NUEVA ECONOMÍA CLÁSICA 529

L a r e d u c c ió n d e im p u e s to s, /:i.T, tie n e e l m is m o v a lo r q u e e l p ré sta m o , A B . T a l c o m o


lo e x p lic a la t e o r ía k e y n e s ia n a y la te o r ía d e la s e le c c ió n d e la c a r te r a d e v a lo r e s , e s ta
m e d id a aumenta la d e m a n d a a g r e g a d a d e p r o d u c to s . S e g ú n la te o r ía d e la s e le c c ió n de
la ca rte ra d e v a lo r e s , e s te r e s u lta d o se d e b e a l in c r e m e n to d e la « r iq u e z a n e ta » d e la
s e c to r p r iv a d o . P u esto q u e p o s e e n b o n o s d e l E s ta d o a d ic io n a le s , lo s in d iv id u o s s e c o n ­
s id e ra n a h o ra m á s r ic o s y , p o r lo ta n to , a u m e n ta n e l c o n s u m o y o tro s g a s to s . C o n tr a
e s ta ilusiónfiscal, c o m o a v e c e s s e la lla m a , s e p u e d e p r o p o n e r e l a r g u m e n to s ig u ie n ­
te; en lo s p e r io d o s s u b s ig u ie n te s , e l g o b ie r n o ten drá q u e p a g a r in te re se s s o b r e l a d e u d a
a d ic io n a l y te n d r á q u e r e e m b o ls a r la d e u d a si é s t a t ie n e u n a d u r a c ió n fin it a . A l h a c e r ­
l o , c u a n d o lo s g a s to s p ú b lic o s so n d a d o s , e l g o b ie r n o e s ta r á o b li g a d o a g r a v a r c o n
im p u e s to s m á s a lto s q u e lo q u e h u b ie r a s id o n e c e s a r io s i n o h u b ie s e u n a d e u d a a d i­
c io n a l. E s cie r to q u e ta m b ié n se p o d r ía n c o n s e g u ir n u e v o s p r é s ta m o s ; p e ro e s to ú n i­
c a m e n te p o s p o n d r ía e l p r o b le m a .
D a d o q u e lo s participantes e n e l m e rc a d o so n to ta lm e n te co n scie n te s d e e s to s h e ch o s
- p o r lo m e n o s s e g ú n lo s n u e v o s c l á s i c o s - , n o c o n s id e r a r á n A B c o m o u n in c r e m e n to
d e l p a tr im o n io n eto s in o q u e re s ta rá n d e éste e l v a lo r a c t u a l d e lo s fu tu r o s im p u e s to s .
A fin d e c a lc u la r e s te v a lo r a c t u a l, e m p e c e m o s a p a r tir d e un b o n o d e d u r a c ió n in fin i­
ta . E n c u a lq u ie r p e r io d o s u b s ig u ie n te , e l g o b ie r n o te n d rá q u e p a g a r in te r e s e s s o b r e la
d e u d a y d e b e r á g r a v a r c o n im p u e s to s a d ic io n a le s p a r a c u b r ir lo :

-A 7 > r-A 5 ; (266)

S i lo s b o n o s d e l E s ta d o y o tr o s a c tiv o s son su stitu to s p e r fe c to s , r , e l tip o d e in terés,


e s i g u a l a l fa c t o r d e d e sc u e n to s u b je tiv o (o la t a s a d e p r e fe r e n c ia te m p o ra l) d e lo s in d i­
v id u o s . E l v a lo r a c tu a l d e la c a r g a f i s c a l e q u iv a le a:

« /:i.T » r . A fí
A T 0 = I - / :i.T - = L , -------------= A B . (2 6 7 )
'= i ( 1 + tY '= i ( 1 + r)' -

r ■A B r ep re sen ta im p u e s to s a n u a le s a d ic io n a le s , la s u m a d e lo s c u a le s se d e sc u e n ta
a l tip o r. R e s u lt a q u e el valor actual de los impuestos adicionales es igual a la deuda.
E s t e r e s u lta d o e s c o m p le ta m e n te t r iv ia l, y a q u e e l t ip o d e in te r é s y e l fa c t o r d e d e s ­
nin­
c u e n to s u b je tiv o s o n id é n tic o s . A s í p u e s , e l e n d e u d a m ie n to d e l g o b ie r n o n o g e n e r a
gún in c r e m e n to d e l p a tr im o n io n e to . E s t a c o n c lu s ió n , im p o rta n te p a r a e l d e b a te d e la
e x p u ls ió n ( crowding out), se d e n o m in a teorema de la equivalencia ricaidiana. « T e o rem a
de la e q u iv a le n c ia » p o rq u e lo s im p a c t o s d e la f in a n c ia c ió n co n im p u e s to s o c r é d ito s
s o n o b v ia m e n t e ig u a le s .
E l te o r e m a d e la e q u iv a le n c ia r ic a r d ia n a e s tá e s p e c ia lm e n te s u je to a la s d o s c r íti­
c a s s ig u ie n t e s . E n p r im e r lu g a r , s e in d ic a q u e la d u r a c ió n d e la v id a d e lo s in d iv id u o s
e s fin it a : é s to s s ó lo c a lc u la r á n a q u e llo s im p u e s to s q u e s e e le v a n h a s ta s u s u p u e s ta fe c h a
de m u e r te . D e a h í q u e e x is t a un c ie r t o in c r e m e n t o d e la r iq u e z a n e ta . B a r r o in te n tó
r e s o lv e r e sta d if ic u lt a d a tr a v é s d e s u p e r p o n e r g e n e r a c io n e s d e tal m a n e r a q u e c a d a
g e n e r a c ió n d e ja u n le g a d o a su s u ce s o r a . B a j o u n o s su p u e sto s m u y e s p e c ia le s , lo s h a b i­
tantes d e u n a e c o n o m ía c o m o é s t a p r e s e n ta n e l m is m o c o m p o r ta m ie n to q u e si . v iv ie ­
sen in fin it a m e n t e .
530 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

E n s e g u n d o lu g a r , s e p u e d e a r g u m e n ta r q u e lo s in d iv id u o s n o a n tic ip a n fu tu r o s
im p u e s to s ( c o m p le ta m e n te ) o q u e su f a c t o r d e d e s c u e n to s u b je tiv o s e h a lla e n c ie r to
m o d o p o r e n c im a d e l tip o d e in te ré s d e lo s b o n o s d e l E s t a d o . E l ú ltim o c a s o s e c u m p le
p o r lo m e n o s c u a n d o lo s b o n o s d e l E s t a d o s e c o n s id e r a n m á s s e g u r o s q u e u n b o n o
rep re sen ta tiv o . E s t o im p lic a un in c r e m e n to d e la r iq u e z a n eta y a q u e ó .B s u p era e l v a lo r
a c tu a l d e lo s fu tu ro s im p u e s to s A T ^
A d e m á s , h a y q u e o b s e r v a r q u e la p o l ít ic a f is c a l n o tie n e p o r q u é ser fo r z o s a m e n te
in e fic a z c u a n d o e l t e o r e m a d e e q u iv a le n c ia s e m a n tie n e r ig u r o s a m e n te . Y a q u e , a p a r­
tir d e e s te te o r e m a , p o d e r n o s c o n c lu ir s im p le m e n te qu e la fin a n c ia c ió n p o r im p u e s to s
y l a fin a n c ia c ió n p o r c r é d it o so n e q u iv a le n te s : p o r lo ta n to , la fin a n c ia c ió n p o r c r é d i­
to s e r á e x p a n s io n is ta d e la m is m a fo r m a q u e la fin a n c ia c ió n p o r im p u e s to s e s e x p a n -
s io n is ta . E n lo s c a s o s e x tr e m o s k e y n e s ia n o s , e l m u lt ip lic a d o r f i s c a l s e r e d u c ir ía d e
1/(1 - C ’ ) a 1 (te o r e m a d e H a a v e lr n o ) p e r o n o a O.
L a d is c u s ió n s o b r e e l a r g u m e n to d e B a r r o d e b e r ía h a b e r a c la r a d o u n a v e z m á s la
m e to d o lo g ía d e la e c o n o m ía d e lo s n u e v o s c lá s ic o s : lo s p a r ticip a n te s e n e l m e r c a d o s e
e s fu e r z a n p o r c o n s e g u ir la s it u a c ió n q u e p r e f i e r e n ; y c u a n d o e l E s ta d o e m p r e n d e c u a l­
q u ie r a c c ió n (en e s te c a s o : r e d u c ie n d o im p u e s to s y c o n s ig u ie n d o p r é s ta m o s ), lo s p a r ­
t ic ip a n t e s en e l m e r c a d o in m e d ia t a m e n t e c o n tr a r r e s ta n e s ta a c c ió n ( e n e s t e c a s o :
m e d ia n te e l a u m e n to d e a h o r r o s p a r a e l r e e m b o ls o d e lo s im p u e s to s a d ic io n a le s m á s
ta r d e ). A s í p u e s , lo s in d iv id u o s a lt e r a n su c o m p o r ta m ie n to a f in d e r e c u p e r a r la s itu a ­
c ió n o r ig in a l y ó p tim a . E n u n m u n d o c o m o é s te , ¿ e x is t e a lg u n a r a z ó n p a r a J a in te r ­
v e n c ió n d e l g o b ie r n o ?
P o r ú lt im o , n o r e s u lta d i f í c i l a d iv in a r la s p ro p u e sta s c o n c r e ta s d e p o l ít ic a e c o n ó ­
m ic a d e lo s n u e v o s c lá s ic o s 20:

- e l b a n c o ce n tra l d e b e r ía a c t u a r d e a c u e r d o c o n u n a r e g la p a s iv a d e c r e c im ie n to m o n e ­
ta r io , y a q u e e l s e c to r p r iv a d o d e b e se r p r o te g id o d e la s a lt e r a c io n e s e x ó g e n a s q u e
s o n d e b id a s p r i n c i p a l m e n t e a la p o l ít ic a d is c r e c io n a l;
- p o r la m is m a r a z ó n s e d e b e r ía p r e s c in d ir d e l a p o lít ic a f is c a l d is c r e c io n a l. E l p r e s u ­
p u e sto s e d e b e r ía e q u ilib r a r ;
- s e d e b e ría a n u n c ia r q u e la s a u to r id a d e s n o resp o n d erá n a la s c o n s e c u e n c ia s d e l a fij a ­
ción p r iv a d a d e p r e c io s . D e este m o d o , lo s in d iv id u o s s e v e n fo r z a d o s a f ija r p r e c io s
d e v a c ia d o d e m e rc a d o .

O b v ia m e n t e , la s p r o p u e s t a s d e l o s n u e v o s c l á s ic o s c o r r e s p o n d e n b a s ta n te b ie n a
la s d e lo s m o n eta rista s. E n e f e c to , m u c h o s n u e v o s c lá s ic o s co n sid era n s u d o c tr in a c o m o
u n a « fu n d a m e n t a c ió n » t e ó r ic a d e l m o n e ta r is m o . A e s te r e s p e c t o , l a e c o n o m ía d e lo s
n u e v o s c lá s ic o s e s u n a c o n t in u a c ió n d ir e c ta d e l m o n e ta r is m o , y su e tiq u e ta « m o n e t a ­
r is m o d e s e g u n d a c la s e » p a r e c e b a s ta n te a d e c u a d a .

20. Lucas, R .E . Jr. (1980). «Rules, Discretion and the Role ofthe Economic Adviser». En: Fischer, St. ed.
R ational E xp e cia lion s a n d E c o n o m ic P o lic y . Chicago: Chicago Press. p. 200.
NUEVA ECONOMÍA CLÁSICA 531

6. C o n c l u s ió n

D esp ués de to d o , ¿ la s verdaderas exp ectativas racio n a les no son realm ente adapti-
vas? (Benjam ín Friedm an). '

A h o r a d e s e a m o s re s u m ir lo s e le m e n to s b á sic o s d e la e c o n o m ía d e lo s n u e v o s c l á ­
s ic o s y c o m p le t a r la s c r ít ic a s m á s im p o rta n te s d e e s ta d o c tr in a . L o s s u p u e s to s im p o r ­
ta n te s h a n re s u lta d o ser:

- e l su p u e sto d e la s e x p e c t a t iv a s r a c io n a le s s e g ú n la s c u a le s lo s in d iv id u o s c o n o c e n e l
m o d e lo e c o n ó m ic o c o r r e c t o , u t iliz a n to d a l a in fo r m a c ió n d is p o n ib le y fo r m a n a s í
e x p e c ta tiv a s s u b je tiv a s q u e c o in c id e n c o n l a p r e d ic c ió n c ie n t ífic a ; y
- e l p r in c ip io b á s ic o d e c o n s id e r a r e l c ic lo e c o n ó m ic o y to d o s lo s d e m á s s u c e s o s e c o ­
n ó m ic o s c o m o fe n ó m e n o s d e e q u ilib r io .

A s í p u e s, la te o r ía d e l c ic lo e c o n ó m ic o d e lo s n u e v o s c lá s ic o s s e a s o c ia a l p r o g r a ­
m a de H ayek:

<«La incorporación de los fenóm enos cíclico s al sistem a de equilibrio económ ico, con
eí que están en aparente contradicción, sigue siendo e l problem a cru cial de la teoría
del ciclo eco n ó m ico .»21

L a te o r ía k e y n e s ia n a r e s o lv ió e s te p r o b le m a a l to m a r e l m o d e lo d e e q u ilib r o g e n e ­
r a l s ó lo c o m o un p u n to d e p a r tid a , a u m e n t á n d o lo m e d ia n te v a r ia s « im p e r fe c c io n e s » ,
e in terp reta n d o d e sp u é s lo s c ic lo s e c o n ó m ic o s c o m o s e c u e n c ia s d e d e s e q u ilib r io s . C o n
la te o r ía d e lo s n u e v o s c lá s ic o s e s to n o e s a s í: e l c ic lo e c o n ó m ic o s e c o n c ib e c o m o un
fe n ó m e n o d e e q u ilib r io , y la s flu c t u a c io n e s o b s e r v a b le s tie n e n s u o r ig e n en :

- a lte r a c io n e s e s to c á s tic a s y u n a p o lít ic a v a r ia b le , a c o m p a ñ a d a s p o r


- u n a p r e v is ió n im p e r fe c ta .

L o s s u ce so s esto cástico s y la p o lít ic a e c o n ó m ic a g e n e ra n d e sv ia c io n e s n o an ticip ad as


d e la d e m a n d a , la o fe r t a y lo s p r e c io s . L o s c a m b io s en e l n iv e l d e p r e c io s son c o n fu n ­
d id o s p o r lo s in d iv id u o s p o r c a m b io s e n lo s p r e c io s r e la t iv o s p u esto q u e lo s p a r tic i­
p a n te s e n e l m e r c a d o ú n ic a m e n te e s tá n in fo r m a d o s s o b r e lo s c a m b io s e n e l « p r o p io »
m e r c a d o y p e r c ib e n lo s c a m b io s e n e l n iv e l d e p r e c io s s ó lo c o n u n c ie r to re tra so . P o r
l o ta n to , la s u b id a d e lo s p r e c io s q u e n o s e d e b e a c h o q u e s d e o fe r ta g e n e r a n in c r e ­
m e n to s e n l a a c t iv id a d e c o n ó m i c a . M e d ia n t e e ste m o d e lo , la te o r ía d e lo s n u e v o s
c lá s ic o s e x p lic a e l c o m p o r ta m ie n to p r o c í c l i c o d e lo s p r e c io s y lo s c a - m o v i m i e n t o s d e
la a c tiv id a d e c o n ó m ic a e n d is tin to s m e r c a d o s . D e h e c h o , é s ta s so n d o s c a r a c te r ís tic a s
típ ic a s d e l c ic lo e c o n ó m ic o .
L a v is ió n d e lo s n u e v o s c lá s ic o s im p lic a q u e e l d e s e m p le o en la r e c e s ió n es v o l u n ­
t a r i o y e s e l resu lta d o d e un p r o c e s o d e o p tim iz a c ió n q u e h a c e q u e lo s in d iv id u o s su b s-

2 l , V an H ayck , F. A . (1933). MonetaryTheoryandtlie Trade Cycle. Londres: Jonathan C ap e, p. 33.


t:

532 CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

t it u y a n e l t r a b a jo y e l o c i o in t e r t e m p o r a lr n e n t e . Y p u e s t o q u e , d a d o u n m e r o c a m b i o
e n l a t a s a d e i n f l a c i ó n , e s t a s u b s t it u c ió n s e b a s a e n u n a d e c e p c i ó n , r e s u l t a e n u n a s it u a - 1
c ió n s u b ó p t im a . P o r c o n s i g u i e n t e , l a s f l u c t u a c i o n e s c o m e r c i a l e s n o s o n b ie n r e c ib id a s . :7
R e s u lt a b a s ta n t e n a tu r a l q u e lo s n u e v o s c lá s ic o s s u g ie r a n e l a b a n d o n o d e c u a lq u ie r í
p o l ít ic a d is c r e c io n a l a f i n d e e lim in a r u n a c a u s a p o r lo m e n o s - s e g ú n e llo s , la m á s
i m p o r t a n t e - d e la s f l u c t u a c i o n e s . S i s e s ig u e e s t e c o n s e j o , e l l o s e s p e r a n q u e la s f l u c - .
t u a c i o n e s d is m i n u y a n . S i n e m b a r g o , la s d e m á s d e s v i a c i o n e s n o p u e d e n s e r m i t i g a d a s :
c o n u n a p o l í t i c a d i s c r e c i o n a l y a q u e la s a u t o r id a d e s n o p u e d e n p r e v e r l o s c h o q u e s e x ó -
g e n o s m e jo r q u e e l s e c t o r p r iv a d o . :
U n a s p e c t o im p o r t a n t e d e e s t a t e o r í a e s q u e s i r v e c o m o b a s e a n a l í t i c a a l a s i n f e - i:
r e n c ia s d e p o l ít ic a e c ó m ic a d e l m o n e t a r is m o . C o m o y a a d m it im o s a n t e r io r m e n t e , í
r e s u l t a d i f í c i l o p o n e r s e a l m o n e t a r i s m o d e s d e la p o s t u r a k e y n e s i a n a y a q u e a q u é l n o j
o fr e c e u n a v e r d a d e r a y c o m p r e n s iv a b a s e a n a lít ic a . L a n u e v a te o r ía c lá s ic a p ro p o r - í
c i o n a u n « m o d e l o c o m p l e t a m e n t e a r t i c u l a d o y a r t i f i c i a l » ( L u c a s ) y e l e v a a s í e l n iv e l ■
d e l d e b a t e 22.
U n a v e n t a j a e x t r a o r d i n a r ia d e l o s m o d e l o s e x p l í c i t o s e s q u e p r o v o c a n « c r í t i c a s » ’
- p r e c i s a m e n t e d e b id o a s u n a t u r a le z a e x p l í c i t a - . N o p r e t e n d e m o s o c u l t a r a l l e c t o r l a s
c r í t i c a s m á s im p o r t a n t e s :

l . Crítica: l a h i p ó t e s is d e l a s e x p e c t a t i v a s r a c io n a le s s e b a s a , c o m o y a v i m o s , e n l a ,
p r e m is a q u e l o s i n d iv id u o s n o desaprovechan l a in f o r m a c i ó n . E n p r i n c ip io e s t o s e d e b e
a d m it ir - s i u n o p a r t e e n a lg u n a m e d i d a d e u n c o m p o r t a m i e n t o d e m a x i m i z a c i ó n d e l a j ti
u t i l i d a d - , p e r o e s c l a r a m e n t e d is t in t o d e l a p r e m is a q u e toda l a i n f o r m a c i ó n e x i s t e n t e :
s e r á r e a lm e n t e e m p l e a d a . A f i n d e f o r m a r u n a e x p e c t a t i v a r a c i o n a l d e l n i v e l d e p r e c io s S L i
s e n e c e s it a n , p o r e j e m p l o , e l v e r d a d e r o m o d e l o e c o n ó m i c o y la i n f o r m a c i ó n s o b r e lo s :L 1
v a lo r e s d e l p a r á m e tr o n u m é r ic o . E v id e n t e m e n t e , l a a d q u is ic ió n d e e s t a in f o r m a c ió n ^
s u p o n e a lg u n o s c o s t e s d o n d e e l t é r m in o costes s e d e b e in t e r p r e t a r e n u n s e n t id o a m p l i o . :
E n e fe c t o , n o es n e c e s a r io q u e c a d a in d iv id u o e m p r e n d a a lg u n a in v e s t ig a c ió n e c o n ó - ■
m e t r ic a ; p e r o , p o r lo m e n o s , d e b e c o m p r a r lo s r e s u lta d o s o le e r lo s p e r ió d ic o s p a r a L
o b t e n e r lo s . :;
E s v e r d a d q u e l a e x p e c t a t i v a r a c i o n a l e s ú t il ; n o o b s t a n t e s e d e b e r e c o n o c e r q u e l a ; L
u t ilid a d o b t e n id a d e t a l e x p e c t a t iv a d is n ú n u y e c u a n d o l a v a r ia n z a d e la s v a r ia b le s d e p e r - be j
tu r b a c ió n a u m e n ta : s i la s in s titu c io n e s q u e h a c e n la s p r e d ic c io n e s d e b e n d e ja r d e m a s ia d o s :: ■
fa c to r e s fu e r a d e c o n s id e r a c ió n y e s tá n p o c o in fo r m a d a s s o b re m u c h o s h e c h o s r e le - .be. ¡
v a n t e s , la s v a r ia b le s d e p e r t u r b a c ió n e je r c e r á n u n a i n f l u e n c i a c o n s id e r a b le , y l a u t ilid a d -L -b e j
d e l a p r e v i s i ó n r e s u lt a n t e e s i n s i g n i f i c a n t e . .b e; :
P o r l o t a n t o , c u a n d o l o s c o s t e s d e a d q u ir ir e x p e c t a t i v a s r a c i o n a le s s o n e l e v a d o s y :
l a u t il id a d c o n s e g u i d a d e é s t a s e s e s c a s a , u n i n d i v i d u o p u e d e l l e g a r a l a c o n c l u s i ó n d e
q u e fo r m a r e x p e c ta t iv a s r a c io n a le s e s in a d e c u a d o y a q u e lo s c o s t e s m a r g in a le s s o b r e - be f
p a s a n e n s e g u i d a l a u t il id a d m a r g i n a l . E n p o c a s p a l a b r a s , p u e d e p a r e c e r r a c i o n a l p r e s - ;;L ;
c in d ir d e l a s e x p e c t a t i v a s r a c i o n a l e s .

.22. E s cierta que el carácter comprensivo de los modelos de los n uevosclásicos no resulta obvio en nuestra be)
sencilla exposición. Por lo tanto, ver Sargent, T h. J. (1976). « A Classical M acroecononiic M o del o f the b eb e :
United States». Journal of PoüticalEconomy, 84: 207-237. L u c a s , R . E . Jr. (1975). « A n Equilibrium bebe".
M o d e l o fth e Business C y c le » . Journal o/Polilical Economy, 83: 1.113-1.144. bebe.
NUEVAECONOMÍA CLÁSJCA 533

P o r c o n s ig u ie n t e , F r i t z M a c h l u p h a a r g u m e n t a d o q u e e l t é r m in o « e x p e c t a t iv a r a c io ­
n a l » e n e l s e n t id o d e l o s n u e v o s c l á s i c o s r e p r e s e n t a u n m a l u s o d e l l e n g u a j e ” E n eco­
n o m ía , la « r a c i o n a l i d a d » s ie m p r e h a s i g n i f i c a d o u n a c o i n c i d e n c i a d e a c c i ó n y o p i n i ó n
p e r o n o u n a c o i n c i d e n c i a d e a c c i ó n y « r e a l id a d o b j e t i v a » . E n e s t e s e n t i d o , la p a l a b r a
« r a c i o n a l » c a m b i a e l s e n t id o o r i g in a l d e a q u e l la n o c i ó n .

2. Crítica: s e p u e d e c o n c l u i r p o r a d e la n t a d o q u e la s in f e r e n c i a s d e J o s n u e v o s c l á ­
s i c o s n o s e m a n t ie n e n a m e n o s q u e J o s i n d i v i d u o s s u p o n g a n q u e e l m o d e lo d e l o s n u e ­
v o s c lá s ic o s e s c o r r e c to . S i p a rte n d e u n m o d e lo k e y n e s ia n o , e sp e r a rá n r a c io n a lm e n te
la e fe c t iv id a d d e m e d id a s d is c r e c io n a le s . A s im is m o , u n m o d e lo k e y n e s ia n o p u e d e ser
a u t o - r e a l i z a b l e s í l a s e x p e c t a t i v a s r a c i o n a le s p r e v a l e c e n 2
24.
3

3. Crítica: l a n u e v a e c o n o m ía k e y n e s ia n a p r o c e d e d e la s e g u n d a c r ític a . L o s n u e ­
v o s k e y n e s ia n o s 25 c o o p t a n l a s u p o s i c i ó n t r a d i c io n a l d e l o s s a la r io s r íg i d o s 26 p e r o a d m i­
te n a l a v e z las e x p e c t a t iv a s r a c io n a le s . S i lo s s a la r io s o lo s p r e c io s s e f i j a n p o r c o n t r a t o
y n o p u e d e n r e v is a r s e in s t a n t a n e a m e n t e , q u e d a u n c ie r t o e s p a c i o p a r a u n a p o l í t i c a d is ­
c r e c io n a l e f e c t i v a . P o r e je m p lo , S t a n l e y F i s c h e r d e fi e n d e q u e lo s c o n tr a t o s c o n c lá u s u l a s
q u e c o n t ie n e n e s t ip u l a c io n e s d e p r e c io s e x p e r im e n t a n c o s t e s a d i c i o n a l e s y , p o r l o t a n t o ,
lo s p a r t ic ip a n t e s e n e l m e r c a d o l o s e v it a n . S i e s t o e s c o r r e c t o , l a p o l í t i c a m o n e t a r i a d is ­
c r e c io n a l s e p u e d e e m p le a r d e f o r m a p r o v e c h o s a p u e s t o q u e e l b a n c o c e n t r a l, a d ife r e n c ia
d e l s e c t o r p r i v a d o , e s c a p a z d e r e s p o n d e r in m e d i a t a m e n t e a la s a lt e r a c i o n e s e x ó g e n a s .
L a n u e v a e c o n o m ía k e y n e s ia n a e s u n a fu n d a m e n t a c ió n d e la a le g a c ió n q u e a s u m ir
e x p e c ta t iv a s r a c io n a le s n o im p lic a per se u n a in e fic a c ia d e la p o lít ic a e c o n ó m ic a .

4. Crítica: o t r a o b j e c i ó n s e d i r i g e a l a f u n c i ó n d e o f e r t a a g r e g a d a d e L u c a s - e l e le ­
m e n t o c e n t r a l d e l a e c o n o m í a d e l o s n u e v o s c l á s i c o s - . E s t a fu n c i ó n d e o fe r t a s e b a s a e n
l a p r e m i s a d e q u e l o s p a r t ic ip a n t e s e n e l m e r c a d o s ó l o e s t á n i n f o r m a d o s d e l o s p r e c io s
en « sus» m e r c a d o s , p e ro n o d e lo s p r e c io s e n lo s d e m á s m e r c a d o s o d e l n iv e l d e p re ­
c i o s g e n e r a L E n e l c o n t e x t o d e l a n u e v a t e o r ía c l á s i c a , e s t a f a l t a d e in f o r m a c i ó n p a r e c e
e n o r m e m e n t e e x t r a ñ a . S e s u p o n e q u e t o d o s l o s i n d i v i d u o s e s t á n b a s t a n t e b ie n i n f o r ­
m a d o s s o b r e c o s a s ta n d i f í c i l e s c o m o l a e s t r u c tu r a d e l v e r d a d e r o m o d e lo e c o n o m é t r i c o
e i n c l u s o d e lo s v a l o r e s d e s u s p a r á m e t r o s : ¿ p o r q u é n o d e b e r ía n c o n o c e r e l n i v e l d e

23. «Los indios de Norteamérica eran perfectamente racionales cuando,basándoseeu sus creencias, reali­
zaban una danza de la lluvia cuando querían lluvia, y mantenían «expectativas racionales» cuando es­
peraban que sus ritos luvicsen los efectos deseados.» Machlup, F. ( 1983). «The Rationality o f 'Rational
Expectations’ ». Kredit und Kapital, 16, p. 174.
24. «Los agentes que han crecido en Chicago verificarán las predicciones de Chicago y los agenlcs que
crecieron en el sobrio paisaje de Cambridge (Inglaterra) verificarán la predicción de Cambridge.»
Halm, F. H . (1980). «Unemployment from aTheorelical Viewpoinl». Económica, 47, p. 291.
25. Fischer, St. (1977). «Long-Tenn Contracts, Rational Expectations and the Optima! Money Supply
Rule». Journal of PolíticaI Economy, 85: 191-205; Phelps, E . S. y Taylor, J . B , (1977). «StabiSizing
Powers ofM onetary PoSicy un der Rational Expectalions». Jotimal of Political Economy, 85: 163-190;
Taylor, J . B . (1979). «Staggered Wage Setting in a Macro Model». American Economic. Revfew, (PP)
69; 108-113.
26. Utilizando la llamada teoría de los contratos implícitos, los nuevos keynesianos derivan rigideces sala­
riales del comportamiento racional. Ver Azariadis, C . (1975). «Implicit Contracts and Underemploy-
mcni Equilibria». Journal of Political Economy, 83: 1.183-1.202.
•VfL

534 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

i .:\ í
precios? Después de todo, los cambios mensuales en el nivel de precios se publican
en todo periódico que se precie; y la información sobre el nivel de precios se puede
adquirir mucho más fácilmente que la información sobre la estructura econométrica
de una economía. D e ahí que este supuesto -qu e es un requisito previo indispensable
de la función de oferta agregada de L u cas- parezca ser inconsistente con el marco de
los nuevos clásicos.

5. C r ític a : la nueva economía clásica tiende a volverse bastante molesta para sus ' : ' :í :

habitantes si por casualidad no es lineal en logaritmos. E l lector sabe sin duda que
incluso las ecuaciones cuadráticas simples posiblemente implican soluciones múlti­
ples. ¿Qué podría esperar un individuo racional cuando existen diversas expectativas
racionales?

6. C r ít ic a : finalmente, habría que hacer una objeción empírica. S i el desempleo


resulta únicamente de alteraciones no correlacionadas en serie, tal corno lo afirma la
teoría de los nuevos clásicos, los índices de desempleo también tendrían que ser no
correlacionados en serie. Pero, de hecho, no lo son.
Tenemos la impresión de que hoy en día la doctrina de los nuevos clásicos apare­
ce como muy cuestionable para la mayor parte de la profesión económica, a pesar de
que se reconoce su contribución respecto a diversos problemas teóricos profundamente (
arraigados. Respecto a las inferencias de política económica, la pregunta aforística de
Tobin sigue fundamentalmente sin respuesta:

¿Por qué el desempleo es tan elevado en pleno empleo?

Después de todo, la mayor parte de los economistas no están preparados para inter­
pretar la Gran Depresión como un aumento repentino de una pereza infecciosa, es decir,
como una substitución intertemporal del trabajo y el ocio.
CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA 535-549

N o ta s s o b r e c o m p e te n c ia im p e r fe c ta y

la n u e v a e c o n o m ía k e y n e s ia n a **1
R ic h a r d S ta rtz

l. Introducción
L a n u e v a e c o n o m ía k e y n e s ia n a e s u n a c o n tr a r r e v o lu c ió n c o n tr a e l a u g e d e la s e s c u e ­
la s d e l a s « e x p e c t a t i v a s r a c i o n a l e s » y « n u e v o s c l á s i c o s » q u e d o m i n a r o n l a i n v e s t i ­
g a c ió n m a c r o e c o n ó m ic a d u ra n te g r a n p a r te d e fin a le s d e lo s a ñ o s 7 0 y lo s 8 0 . E l
e n f o q u e n u e v o k e y n e s i a n o u t i l i z a las h e r r a m ie n t a s e s t á n d a r d e la m ic r o t e o r ía ; e s d e c ir ,
q u e l o s n u e v o s k e y n e s i a n o s m o d e l a n a l o s c o n s u m i d o r e s , a l o s t r a b a j a d o r e s y a la s
e m p r e s a s c o m o a g e n t e s r a c io n a le s y m a x im iz a d o r e s . A d e m á s , a s u m e n q u e lo s m e r ­
c a d o s s e v a c í a n . A s í , l a s « t é c n i c a s d e m o d e l a j e » d e lo s n u e v o s k e y n e s i a n o s t ie n e n
m u c h o e n c o m ú n c o n l a s d e l o s d e l a n u e v a e s c u e l a c l á s i c a . E l o u t p u t d e l o s m o d e lo s
d e lo s n u e v o s k e y n e s ia n o s , e n c a m b io , s ig u e la s lín e a s t r a d ic io n a le s k e y n e s ia n a s .
E m e r g e n t r e s r e s u l t a d o s a m p l i o s e in t e r r e l a c i o n a d o s . P r i m e r o , q u e l a e c o n o m í a a g r e ­
g a d a t i e n e m u l t i p l i c a d o r e s , p o r l o q u e u n s h o c k i n i c i a l e n l a o f e r t a o e n la d e m a n d a
d e p r o d u c to s s e r á m a g n ific a d a e n e l e q u ilib r io g e n e r a l. S e g u n d o , q u e la s flu c t u a c i o ­
n e s e c o n ó m ic a s fr e c u e n t e m e n te n o s o n ó p t im o s d e P a r e t o . L a s r e c e s io n e s s u p o n e n
p é r d id a s r e a le s d e b ie n e s ta r q u e , e n t e o r ía , s o n e v it a b le s . T e r c e r o , q u e l a p o lít ic a
g u b e r n a m e n ta l p u e d e s e r e fe c t iv a e n l a m a n ip u la c ió n d e l o u tp u t y q u e p u e d e m e jo r a r
e l b ie n e s t a r a l h a c e r l o .
L o s m o d e lo s d e l o s n u e v o s k e y n e s ia n o s in v a r ia b le m e n t e im p l ic a n f a l lo s d e m e r c a d o ,
c a s i s ie m p r e a l g u n a f o r m a d e c o m p e t e n c i a i m p e r f e c t a y h a b i t u a l m e n t e c o m p e t e n c i a
m o n o p o l í s t i c a . ¿ A q u é s e d e b e e l v í n c u l o e n tr e l o s m o d e l o s d e l o s n u e v o s k e y n e s i a ­
n o s y la c o m p e t e n c i a i m p e r f e c t a ? P a r a ilu s t r a r e l p r o b le m a c o n e l s u p u e s t o d e l a c o m ­
p e t e n c i a p e r f e c t a , c o n s i d e r e m o s l a s ig u i e n t e p r e g u n t a p a r a u n h i p o t é t i c o e x a m e n d e
e n t r a d a a l p o s t g r a d o d e l a u n i v e r s id a d .

* Publicado en: Startz, Richard. «Notes in imperfect competition and new keynesian economics». En:
Dixon, H. D.; Rank:in, N. (ed.). Thenewmacroeconomics: Imperfect marketsandpolicy ejjectiveness.
Cambrigde: Cambrigde University Press, 1995, p. 63-77. Traducción: Gcmma Galdon.
1. Este capítulo empezó como material preparatorio para Reconstructing Keynesian Economice with
Imperfecl Competilion: ADesktopSimitlation, de Robín Manís (1991). Esta versión fue revisada para
el taller de Macroeconomía de la Universidad de Warwick (julio de 1993). Me he aprovechado de los
comentarios de Jean-Pascal Bénassy, Russ Cooper, Huw Dixon y olios, pero declaro plenamente_per­
tinente la usual reclamación para el autor de los posibles errores. El capítulo pretende dar una visión
personal del desarrollo continuado de la «nueva economía keynesiana». La visión es la mía propia
y no he intentado presentar un panorama compartido por la profesión en su conjunto. Debido a^qué tay
obras importantes que no se incluyen aquí, esta no es una revisión válida de la Hteratura, pero■s u ­
miendo que el lector entiende el contexto, proseguiré sin más disculpa.
536 CRÍTJCA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

En esta economía, los consumidores maximizan la utilidad y las empresas maximi-


zan Sos beneficios. Los mercados son completos y perfectamente competitivos
para todos los productos y a través de todos los periodos temporales. Suponga to­
das las condiciones de regularidad necesarias para asegurar un equilibrio Arrow-
Debreu.
Específicamente, los recursos, gustos y tecnologías de la economía son los des­
critos en las 666 ecuaciones siguientes.
Pregunta !: Describa la trayectoria dinámica de la intervención gubernamental
óptima ante un shock temporal y de una sola ocasión respecto a los recursos descri­
tos en la ecuación 111. (ignore cualquier aspecto de distribución de la renta en la fun­
ción de bienestar social).

L a r e s p u e s t a , e v id e n t e m e n t e , e s q u e e l g o b i e r n o n o d e b e i n t e r v e n i r . L a s 6 6 6 e c u a ­
c io n e s n o s o n m á s q u e p is ta s f a l s a s . S i la s c o n d i c i o n e s d e l a e c o n o m í a a s e g u r a n l a o p t i-
m a l id a d d e P a r e t o , e n t o n c e s n o h a y n i n g ú n l u g a r ( n o r e d i s t r i b u t i v o ) p a r a e l E s t a d o .
T o m o e l m u y c i t a d o c o n s e j o d e R o b e r t L u c a s d e q u e u n b u e n m o d e l o n o d e j a b i l le t e s
d e 2 0 d ó l a r e s t ir a d o s p o r l a a c e r a c o m o b r e v e r e c o r d a t o r i o d e e s t e h e c h o .
U n a f o r m a d e r e s u m ir e l p r o g r a m a d e i n v e s t i g a c i ó n « k e y n e s i a n o » d u r a n t e lo s 4 0
a ñ o s s ig u ie n t e s a l a Teoría general e s l a d e c o n s i d e r a r e l t r a b a j o d e lo s m a c r o e c o n o -
m is t a s c o m o d e s p r e c ia n d o . c o le c t iv a m e n t e la p r e g u n t a d e e x a m e n q u e a c a b a m o s d e
p la n te a r . E l p a r a d ig m a d e lo s p r i m e r o s a ñ o s d e p o s g u e r r a s e b a s a b a e n m o d e lo s
s im p le s d e e q u i li b r io g e n e r a l, e l d ia g r a m a I S L M d e H i c k s y e l m o d e lo m u lt i p lic a -
d o r / a c e le r a d o r d e S a m u e l s o n . E s t o s m o d e l o s t e n í a n m u y p o c a r e l a c i ó n c o n e l c o m ­
p o r ta m ie n to m a x im iz a d o r . M ie n tr a s q u e c a d a s e c to r d e l a e c o n o m ía s e m o d e la b a
s u p o n i e n d o u n c o m p o r t a m i e n t o r a c i o n a l , y n o r m a lm e n t e c o m p e t i t i v o p o r p a r t e d e lo s
a g e n t e s , la s p r e d i c c io n e s d e l e q u ilib r io g e n e r a l p a r e c ía n s u g e r ir o p o r tu n id a d e s no
e x p l o t a d a s y n o e x p l i c a d a s d e b e n e f i c i o s . A p e s a r d e e s t o , t a n t o lo s m o d e l o s t e ó r i ­
c o s c o m o e l m u y e x ito s o p r o g r a m a d e c o n s t r u c c ió n d e m o d e lo s e c o n o m é t r ic o s d e p re ­
d ic c ió n s ig u ie r o n p r o d u c ie n d o a le g r e m e n te « r e c o m e n d a c io n e s de p o lít ic a
e c o n ó m ic a » . F u e e s t a c o n tr a d ic c ió n e n tr e lo s b ie n c o n o c id o s r e s u lta d o s d e la te o r ía
m a t e m á t ic a d e l e q u i l i b r i o g e n e r a l y l a p r á c t i c a d e c o n s t r u c c i ó n d e m o d e l o s d e m a c r o -
e c o n o m ía a p lic a d a lo q u e lle v ó a l a m a c r o e c o n o m ía a l d e s p r e s t ig io c ie n t í f ic o e n lo s
años 70 y 80.
L o s n u e v o s e c o n o m is ta s c lá s ic o s a c u s a n a lo s k e y n e s ia n o s d e n o s e r c ie n tífic o s
p o r a fir m a r q u e e x is t e n p o lít ic a s m a c r o e c o n ó m ic a s e s p e c ífic a s p a r a m e jo r a r e l b ie n ­
e s ta r s o c i a l - l o s b i l l e t e s d e 2 0 d ó la r e s e n l a a c e r a s e r ía n la s o p o r t u n id a d e s q u e n o e x p l o ­
t a e l s e c t o r p r i v a d o - . L o s k e y n e s i a n o s , a s u v e z , s e ñ a la n l a s r e c e s i o n e s d e l o s a ñ o s 3 0
y p r i n c i p i o s d e lo s 8 0 c o m o p e r io d o s d e g r a n i n e f i c i e n c i a s o c i a l . A f i r m a n q u e e s t o s
e p is o d io s r e fu t a n la s t e o r ía s c lá s ic a s . U n a b u e n a c ie n c i a n o d e ja r í a q u e l a s o c ie d a d
c a y e r a d e fr e n te - h a b ie n d o tro p e z a d o c o n u n b ille t e d e 2 0 d ó la r e s a l a v i s t a - p o r q u e
l a t e o r í a « p r o b a r a » q u e e l im p e d im e n t o n o p o d í a e x is t ir . E n o t r a s p a l a b r a s , l o s n u e v o s
e c o n o m i s t a s c l á s i c o s m a n t ie n e n u n a p r e m i s a b a y e s i a n a d e q u e l o s a g e n t e s « S e c o m ­
p o r t a n d e f o r m a r a c i o n a l » , y l a p r e m is a k e y n e s ia n a e s q u e e l c o m p o r t a m ie n t o e m p í r i c o
d e l a e c o n o m í a e s m u y d ife r e n t e d e l q u e g e n e r a r ía n a g e n t e s r a c io n a le s a to n u 's t ic a m e n t e
c o m p e t i t i v o s . N i n g ú n b a n d o e s t á d is p u e s t o a p e r m it ir q u e l a s p r u e b a s m u e v a n s u s c o n ­
c lu s io n e s .
N O T A S S O B R E C O M P E T E N C IA IM P E R F E C T A Y L A N U E V A E C O N O M Í A K E Y N E S I A N A 537

Los nuevos economistas keynesianos, como los nuevos clásicos, construyen mode­
los en los que los agentes actúan de forma racional2. Como los keynesianos, creen que
la economía real se distancia de manera importante de un equilibrio Arrow-Debreu.
En cierto sentido, los nuevos keynesianos creen que vemos billetes de 20 dólares, e
intentan explicar su presencia.
Los economistas nuevos keynesianos estudian ese estrecho subconjunto de equi­
librios Arrow-Debreu en los que las externalidades agregadas y la retroacción positiva
juegan un papel importante3- Los modelos se construyen necesariamente sobre mer­
cados incompletos o de competencia imperfecta. E l fallo más común de los mercados
perfectos ha sido la competencia monopolística. En parte, esta elección es el resultado
de la creencia de que la competencia monopolística es omnipresente en una economía
moderna. Y en parte, la elección refleja las mejoras tecnológicas que han hecho que
estos modelos sean fácilmente manipulables, específicamente la invención del mode­
lo de Dixit-Stiglitz de variedad del producto. Incluso los estudios que emplean mode­
los esencialmente idénticos de competencia monopolística lo hacen por motivos dispares.
En lugar de un solo vínculo, existen muchos lazos diferentes entre la competencia
imperfecta y la nueva economía keynesiana.
E l trabajo de los nuevos keynesianos tiene una apariencia mayoritariamente de
modelación macroeconómica. Sin embargo, es útil considerar los mecanismos micro-
económicos que causan una desviación del equilibrio perfecto habitual. Existen varios.
Un mecanismo importante es el de separar los costes privados y sociales para que la
economía funcione siempre dentro de la frontera de posibilidades de producción del
omnipotente planificador central. Las fluctuaciones de la demanda mueven el equilibrio
dentro de la frontera. Blanchard y Kiyotaki (1987), Bryant (1983), Diamond (1982),
Dixon (1987), Hart (1982), Mankiw (1988) y Startz (1989) entran dentro de este géne­
ro. Un segundo mecanismo tiene fluctuaciones de escala que causan la reasignación
endógena de los factores de producción a través de las tecnologías de producción de
distinta productividad, Shleifer y Vishny (1988) es uno de éstos. Finalmente, debe con­
siderarse el papel de la competencia imperfecta en la explicación del movimiento endó­
geno de las posibilidades de producción del planificador central. Este es el ámbito de
la «nuevateoría del crecimiento», Romer (1986) y muchos otros.

2. N o todos los nuevos keynesianos creen que los agentes económ icos sean racionales, pero los agentes
deben ser modelados como si lo fueran. C o m o tema de la historia det pensamiento, los modelos opti­
mizantes expulsan a los modelos no oplim izantes. Para citar a Gordon (1990), «Cualquier intento de
construir un m odelo basado en el comportamiento irracional o el comportamiento submaximiu1 dor es
visto com o un engaño».
Para ser m ás cuidadosos, tanto los nuevos keynesianos com o los nuevos clásico s consideran a
veces desviaciones cuidadosamente controladas de la definición de «racionalidad» de los econom is­
tas. L o s dos grupos están interesados por lemas com o la «racionalidad limitada» y el «aprendizaje adap-
tativo» b ajo la incertidumbre.
3. C om o norma em pírica, el número de definiciones d e la «nueva econom ía keynesiana» es aproxim a­
damente igual al número de economistas nuevos keynesianos (esta norma em pírica puede p arecercir-
cular, pero se resuelve de hecho en equilibrio general). E l ténnino «nuevo keynesianos parece haberse
convertido en una rúbrica para las ideas opuestas a la nueva escuela clásica, m as que constituir una
única escuela centrada alrededor de lo q ue dijo K eynes. L a ventaja d e esto' la am plia inclusión que
pennite. E l coste es que enturbiamos la historia del pensamiento.
538 CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

2. L a s c o r r i e n t e s d e l a n u e v a e c o n o m ía k e y n e s ia n a

P a r a f a c i l i t a r Ja e x p o s i c ió n , d iv id o e l t r a b a jo d e lo s n u e v o s k e y n e s ia n o s en c u a tr o
co r r ie n te s : l o s m o d e lo s r e a le s d e c o m p e t e n c ia m o n o p o lís t ic a y d e d e m a n d a a g r e g a d a ,
lo s m o d e lo s r e a le s d e d e m a n d a a g r e g a d a y d e e q u ilib r io d e b ú s q u e d a , lo s m o d e lo s
n o m in a le s d e c o m p e t e n c ia m o n o p o lís t ic a y d e p r e c io s r íg id o s * y la d e m a n d a a g r e g a d a
y lo s e q u ilib r io s m ú lt ip le s . F in a lm e n t e , c o m e n ta r é s o b r e a lg u n o s trab a jo s q u e n o e n c a ­
ja n e x a c t a m e n t e en n in g u n a d e estas c a t e g o r ía s . A p e s a r de q u e m e r e fe r ir é a v a r io s
e s tu d io s e n la s p á g in a s s ig u ie n t e s , n ad a d e lo q u e a p a r e c e a q u í d e b e r ía in te r p r e ta r se
c o m o u n a r e v is ió n d e la lite r a tu r a e x is te n te . E x is t e n a h o r a c u a tr o la r g o s - y e x c e le n -
t e s - i n f o n n e s g e n e ra le s. V e r B é n a s s y (1 9 9 3 ), D ix o n y R a n k in (1 9 9 5 : c a p ítu lo 2 ), G o r d o n
(1 9 9 0 ) y S ilv e s t r e (1 9 9 3 ). E l s im p o s io d e in v ie r n o d e 1993 d e l J o u r n a l o f E c o n o m i c
P e r s p e c t i v e s s o b r e « L a e c o n o m ía k e y n e s ia n a h o y » p r o p o r c io n a v is io n e s e n fr e n ta d a s

s o b r e e l v a lo r d e la a g e n d a d e lo s n u e v o s k e y n e s ia n o s . M a t s u y a m a (1 9 9 2 ) e x p o n e a d e ­
c u a d a m e n te g r a n p a r te d e la in t u ic ió n q u e c o n e c t a la c o m p e t e n c ia m o n o p o lís tic a c o n
la c o m p le m e n ta r ie d a d .

2.1. Com petencia monopolística y demanda agregada

H a r t ( 1 9 8 2 ) , D i x o n ( 1 9 8 7 ) , M a n k i w ( 1 9 8 8 ) y S t a r t z ( 1 9 8 4 , 1 9 8 9 , 1 9 9 0 ) p r e s e n ta n
m o d e lo s d e c o m p e te n c ia im p e r fe c ta q u e p u e d e n u tiliz a r s e c o m o b a s e p a r a la c r u z k e y -
. n e s ia n a . E x is t e n v arias fo r m a s d e p e n s a r s o b re lo qu e s u p o n e la c o m p e te n c ia m o n o ­
. p o l í s t i c a . L a p r im e r a e s q u e e l r e n d im ie n t o s o c ia l d e l t r a b a jo e s tá p o r e n c im a d e l
■ r e n d im ie n to p r iv a d o . D a d o q u e p a rte d e la p r o d u c c ió n v a a lo s b e n e fic io s m á s q u e a
i lo s in p u ts , s e v e n d e m e n o s tra b a jo d e l q u e s e r ía ó p tim o . C u a lq u ie r c o s a q u e e x p a n d a la
. e c o n o m í a t ie n e e l p o t e n c ia l d e a c e r c a r la a u n a s it u a c ió n d e p r im e r ó p tim o . L a s e g u n ­
d a f o n n a d e p e n s a r s o b r e la n a tu r a le z a d e l e q u ilib r io e s s u p o n e r q u e lo s b e n e fic io s d e l
m o n o p o lio c r e a n u n a e x te r n a lid a d qu e g e n e ra u na r e t r o a c c ió n p o s it iv a a trav és d e Ja
d e m a n d a a g r e g a d a . U n a u m e n to d e la d e m a n d a g e n e r a u n o s b e n e fic io s e c o n ó m ic o s
q u e s o n d e v u e lto s a lo s p r o p ie ta r io s d e la s e m p r e s a s . L o s p r o p ie t a r io s , c u y a r iq u e z a
h a a u m e n ta d o , in c r e m e n ta n su d e m a n d a , a u m e n ta n d o a s í e l o u tp u t y e ! b e n e fic io . E l
r e s u lta d o , por lo ta n to , e s u n m u lt ip lic a d o r «keynesiano>>.
P a r a ilu s t r a r lo , c o n s id e r e m o s u n a v e r s ió n u n p o c o c a m b ia d a d e M a n k iw (1 9 8 8 )
c o n a lg u n o s e le m e n to s d e S ta r tz (1 9 8 9 ). S u p o n g a m o s q u e e l c o n s u m id o r re p re sen ta tiv o
tie n e u n a fu n c ió n d e u tilid a d d e fin id a s o b r e d o s p r o d u c to s , C y G , y e l o c io , L . L a u ti­
lid a d v ie n e d a d a p o r

U = a Jo g C + f i lo g G + (1 - a - f i ) J o g L

d o n d e O < O '.,f l, O'. + f l < 1.

4. Gordon (1990) nos dice: «La tarea de la nueva economía keynesiana es explicar porqué los cambios
en el nivel de precios agregado son viscosos... ». Yo destaco aquítos modelos reales, así como los nomi­
nales. Si se les encuestara, sospecho que la mayoría de los macrocconomistas escogerían la definición
de Gordon.
NOTAS SOBRE COMPETENCIA IMPERFECTA Y LA NUEVAECONOMÍA KEYNESIANA 539

E l agente vende parte de su capacidad de trabajo, ro, a una tasa de salario real w. C
y G se producen con tecnología idéntica, por lo que e l precio de cada uno es l. L o s
beneficios reales (.per capita), si los hay, son y la suma global de impuestos es T.
Supongam os que la asignación del consumidor de G es proporcionada por el gobierno.
A s í, la lim itación presupuestaria del consum idor es

C = w (or - L ) + n - T

y la lim itación presupuestaria del gobierno es G ;; T.


S i entendemos que G , T y son exógenos, el consum idor representativo deman­
dará

C = —- -[ w r o -lt -T ].
1 -fl

Imponiendo la lim itación presupuestaria del gobierno, el P IB y el bienestar son

Y;:; C + G ^ — — [wro -r r ] + - — [ G] (demanda agregada)


1- f l 1- f l
U = (1 - j J ) lo g C + f l log G + ki

donde k¡ es una constante sin importancia. S i el gobierno establece G para m axim izar
el bienestar, la econom ía acabará en

C ; ; a [wm + lt]

lo g [wOO + it] +

Supongam os que la econom ía es com petitiva, o al menos que n es exógeno tanto


para la economía com o para el agente individual. Entonces, este equilibrio es el mismo
que el que los agentes hubieran elegido por sí m ism os si G estuviera proporcionado
de form a privada y no por el gobierno. E n otras palabras, el gobierno está reprodu­
ciendo exactam ente un equilibrio de la issezfa ire. ¿Q u é pasa si el gobierno decide
emprender una política «expansionista» y aumentar G en una unidad? A1 inspeccionar
la ecuación del PIB , el PIB aumenta,

dr/dC = i - a - í ,
1 -fi

aunque en menos de uno, ya que el consumo del producto llam ado C es parcialmente
expulsado. C o m o G se estableció para m axim izar e l bienestar, el aumento de G-redu-
c e necesariamente el bienestar. Este es claramente el resultado de los Nuevos Clásicos. .
L a política gubernamental que aleja a la econom ía del laissezfaire puede ser «efecti-:
va», ya que el output aumenta, pero es claramente no deseable.
540 CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

Introduzcamos ahora la competencia imperfecta. Evitando una especificación deta­


llada de la estructura industrial, supongamos que los productores establecen precios
administrados sobre el coste marginal por el factor^. E l beneficio marginal real de la
venta de una unidad adicional de output es él Y= - 1)/^. Combinando esta rela­
ción con la ecuación de la demanda agregada da

dY = — - — [woo + d7]t + 1— — [dG] (demanda agregada)


1 -jJ 1 -JJ

dn = - - — — dY (beneficio agregado)
P

donde dn entra en la ecuación de la demanda agregada vía ingresos (renta) en la fun­


ción de consumo. D e la inspección de las dos ecuaciones, el multiplicador del presu­
puesto equilibrado del gasto público es

dY 1 1-a-jJ l- a - j8 „ dY
dG 1_ a --1 l-fi ’ 1 -jJ ~ dG '

1-JJ P

Este multiplicador nuevo keynesiano es mayor que el efecto del gasto público en
la versión competitiva. A nivel macroeconómico, la diferencia se debe a la trayectoria
adicional de la retroacción positiva a través de los beneficios agregados. A nivel micro-
económico tenemos una «complementariedad estratégica», un término acuñado por
Bulow, Geanakoplos y Klemperer (1985) e introducido en la literatura macroeconó-
mica por Cooper y John (1988). E l aumento de la demanda debido al gasto público
aumenta el beneficio agregado, lo que lleva a los consumidores individuales a seguir
estrategias más agresivas, es decir, a incrementar sus propias demandas.
¿Qué pasa con el bienestar? Supongamos que el gasto público se establece ini­
cialmente a un nivel de laissez faire para esta economía. E l aumento de G tiene dos
efectos. Primero, al punto del iaissezfaire, las utilidades marginales de C y G son igua­
les, ya que esto es lo que los agentes privados habrían elegido. Un aumento de G incre­
menta la utilidad menos que lo que la reduce el efecto expulsión de C . Exactamente
igual que en el modelo competitivo, un G aumentado distorsiona la elección privada
y reduce el bienestar en una cantidad (literalmente) de segundo orden. Segundo, la
expansión de la demanda aumenta los beneficios agregados y, por lo tanto, la renta.
L a renta aumentada incrementa el bienestar en una cantidad de primer orden. A sí, par­
tiendo del punto de laissezfaire, una cantidad finita de política fiscal expansiva nece­
sariamente mejora el bienestar.
A nivel macroeconómico, la competencia imperfecta nos abre un camino hacia una
política fiscal con un feedback positivo, unos multiplicadores de Ja demanda agregada
y una política fiscal que mejora el bienestar. L a pregunta es, ¿qué está pasando en la
estructura microeconómica? La respuesta es que los agentes privados ven los benefi­
cios agregados como algo exógeno, cuando en realidad los beneficios son endógenos.
NOTAS SOBRE COMPETENCIA IMPERFECTA Y LA NUEVA ECONOMÍA KEYNESIANA 541

G r á fic o 3.1 P o l í t i c a f i s c a l bajo c o m p e t e n c ia p e r f e c t a

L o s b e n e fic io s a g r e g a d o s a c tú a n c o m o u n a e x te r n a íid a d . L a s d e c is io n e s a to m ís tic a s


n o l le v a n a u n a s o l u c ió n d e p r i m e r o r d e n . E s t e e s u n e j e m p l o d e l o q u e n o s o t r o s l l a ­
m a m o s « f a l l o d e c o o r d i n a c i ó n » , N o e s n in g u n a s o r p r e s a q u e l a p o l ít íc a s o c i a l q u e a p r o ­
x im a e l e q u i li b r i o a u n a s o l u c i ó n d e p r i m e r o r d e n m e j o r e e l b ie n e s ta r .
T o d o e s t o t i e n e u n a s p e c t o m u y « m a c r o e c o n ó m i c o » . ¿ C ó m o s e r ia u n d i a g r a m a
m i c r o - i n t e r m e d i o ? E n e l g r á f i c o 3 .1 m o s t r a m o s c u r v a s d e in d i f e r e n c i a e n t r e e l o u t p u t
( C y G c o m b in a d o s ) y e l o c i o . L a p r o d u c c i ó n e x h i b e u n p r o d u c t o m a r g i n a l c o n s t a n t e
y s e p ro d u c e b a jo u n r é g im e n d e c o m p e t e n c ia p e r fe c ta . L a lín e a P P e s e l c o n ju n to d e
p o s i b i l i d a d e s d e p r o d u c c i ó n y c o i n c i d e c o n l a l í n e a p r e s u p u e s t a r ia d e l c o n s u m i d o r .
B a jo e l laissezfaire, e l e q u ilib r io e s tá e n E0. S u p o n g a m o s q u e e l g o b ie r n o i n t r o d u c e
u n im p u e s t o g l o b a l y u t i l i z a l o s i n g r e s o s p a r a t r a n s f e r ir G a l o s a g e n t e s . E l e q u i l i b r i o
s e d e s p l a z a a u n p u n t o c o m o £ , ( l a l í n e a p r e s u p u e s t a r ia n o e s t a n g e n t e a l a c u r v a d e
in d if e r e n c ia d e b id o a q u e e l c o n s u m i d o r e s t á s ie n d o o b l ig a d o a t o m a r m á s G y m e n o s
o c io d e l o q u e h u b ie r a e le g id o p r iv a d a m e n t e ) . A u n q u e la p o lít ic a fis c a l e s e x p a n s iv a ,
e s t a m b ié n , e v id e n t e m e n t e , u n a m a l a id e a .
E n e l g r á f i c o 3 .2 , l a f u n c i ó n d e p r o d u c c i ó n P P t ie n e u n c o s t e m a r g i n a l c o n s t a n t e y
u n c o m p o n e n t e d e c o s t e f i j o . D e b i d o a l o s c o s t e s a d m in i s t r a d o s m o n o p o li s t a s , l a l í n e a
p r e s u p u e s ta r ia d e l c o n s u m id o r , B B , t ie n e m e n o r p e n d ie n te q u e l a fu n c i ó n d e p r o d u c c ió n .
S u p o n g a m o s q u e e l e q u i li b r io e s t á in i c ia l m e n t e e n c e r o b e n e f i c i o s y q u e e s t o e s t á r e fle ­
j a d o e n l a a lt u r a d e l a l í n e a p r e s u p u e s t a r i a . E l c o n s u m i d o r e l i g e e l p u n t o E ^ L a d i s ­
t a n c ia v e r t i c a l e n tr e Y [ e Y 2 e s e l b e n e f ic i o m a r g in a l d e l p r o d u c to r , q u e e s ju s t o lo
s u fic ie n te p a r a c u b r ir e l c o s t e f i jo , d e ja n d o u n b e n e fic io to ta l d e c e r o . S u p o n g a m o s
q u e r e p e t im o s e l e j e r c i c i o a n t e r io r . E l c o n s u m i d o r , s u p o n i e n d o q u e l o s b e n e f i c i o s s o n
e x ó g e n o s , v a « in ic ia lm e n t e » h a c ia E{ P e r o , e n e s t e p u n t o , l o s b e n e f i c i o s h a n s u b id o
p o r q u e la l í n e a B B t ie n e m e n o r p e n d ie n te q u e la lín e a P P . C o m o r e s u lt a d o , la lín e a
p r e s u p u e s t a r ia d e c a d a c o n s u m i d o r s u b e , in c r e m e n t a n d o m á s l a d e m a n d a e a u m e n ­
t a n d o a s í m á s lo s b e n e f i c i o s . E n e l e q u i li b r io g e n e r a l , l a l í n e a p r e s u p u e s t a r ia a u m e n t a ,
d i g a m o s q u e a l g o c o m o B , B , , d e l q u e s e m u e s t r a u n s e g m e n t o , y l a e c o n o m í a v a h a c ia

5. Recordad que lio había beneficios en el gráfico 3.1, por lo que el análisis acaba aquí.
542 CRÍTICA ALA ECONOMÍA ORTODOXA

Gráfico 3.2 Política fiscal bajo competencia imperfecta

E 4 (la trayectoria de expansión de la renta dada la elección limitada entre productos y


¿ c ío pasa a través de E 3y E ¡). N o sólo aumenta el output, sino que, com o m uestra el
dibujo, también lo hace el bienestar. E ste último resultado depende del equilibrio entre
el movimiento hacia la izquierda de E 3 que reduce el bienestar y el m ovim iento hacia
arriba de E 4aumentando el bienestar (con preferencias Cobb-D ou glas resulta que una
pequeña intervención es siempre buena y una grande es siempre m ala).
Todo esto se basa en que la función de producción so cial, P P , no se m ueva. D e
forma que el análisis dado ignora cualquier cambio en los juegos estratégicos jugados
por los productores. Co m o ilustración más sim ple de esta lim itación, el m ovim iento
mostrado en el gráfico 3.2 mantiene constante el número de empresas incluso en pre­
sencia de costes fijo s, los costes medios pueden ser menores en £4 que en E 2. C o m o
un punto com o E4 tiene beneficios agregados positivos, e l equilibrio final a largo plazo
debería im plicar algún movimiento más de la curva P P . E n Startz (1989), la entrada
libre aumenta el número de empresas hasta que los costes fijo s agregados son lo sufi­
cientemente altos com o para eliminar los beneficios. E n aquel m odelo, el m ovim ien­
to de la curva P P esju sto suficiente para devolver el output al nivel previo a la política
fiscal.
E l m odelo, tal com o se ha presentado, está realmente incom pleto, debido a que la
tecnología de la producción y la estructura de mercado no están especificados. M uchos
m odelos utilizan la com petencia m onopolista para apoyar una tecnología de rendi­
mientos m edios crecientes a escala. C o n el supuesto de Cham berlain de los grandes
números, cada productor tom a las acciones de su competidor com o fijas. E l m odelo
D ixit-Stiglitz hace que sea particularmente fácil com putar el margen m onopolístico,
ya que cada empresa se enfrenta a una curva de demanda de elasticidad constante. L o
que es necesario a n ivel m icro es que haya apoyo para un circuito agregado de/eed-
back positivo que «desaparezca» al nivel atom ístico. L a com petencia m onopolística
proporciona esta estructura, pero no es la única form a de llegar a ella. H art (1982) y
otros utilizan los equilibrios Cournot-Nash. •
NOTAS SOBRE COMPETENCIA IMPERFECTA Y LA NUEVA ECONOMÍA KEYNESIANA 543

2 .2 . D e m a n d a a g r e g a d a y e q u ilib r io d e b ú s q u e d a

D ia m o n d (1 9 8 2 ) y D ia m o n d y F u d e n b e r g (1 9 8 9 ) p r o d u c e n u n f a llo d e c o o r d in a c ió n
e n u n m o d e lo d e b ú s q u e d a p r o b a b ilís tic a d e s o c io s c o m e r c ia le s . L o s a g e n te s s ó lo p u e ­
d e n d is fr u ta r d e l fru to d e s u tr a b a jo in te r c a m b ia n d o s u p r o d u c to c o n u n s o c io c o m e r ­
c i a l . C u a n t o m á s p r o b a b ilid a d e s t e n g a un a g e n t e de e n c o n t r a r un s o c io c o m e r c ia l,
m a y o r s e r á e l v a lo r e x a n t e d e trab a ja r. S i m á s a g e n te s e lig e n tra b a ja r, e n to n c e s c u a l­
q u ie r a g e n t e d a d o tie n e m á s p r o b a b ilid a d e s d e e n c o n t r a r u n s o c io c o m e r c ia l. A s í , la
d e c is ió n d e p r o d u c ir in c r e m e n ta la p r o b a b ilid a d d e é x it o p a r a to d o s lo s d e m á s c o m e r ­
c ia n t e s , a c tu a n d o d e e s ta fo r m a c o m o u n a e x t e m a lid a d d e d e m a n d a a g r e g a d a .
P a r a ilu s tr a r lo , im a g in e m o s u n a v a r ia n t e m u y s im p lific a d a d e D ia m o n d ( 1 9 8 2 ).
C a d a a g e n te e s p ro p ie ta rio d e u n c o c o t e r o . T r e p a r a l á r b o l c u e s ta Ja d e s u tilid a d c < l .
S i tr e p a a l á r b o l, e l a g e n te r e c o g e u n c o c o q u e o b ie n v e n d e , d e v o lv ie n d o a s í u n ú til, o
s e p u d r e . L a p r o b a b ilid a d d e e q u ilib r io d e v e n d e r e l c o c o e s p . M a x im iz a n d o la u tili­
d a d e s p e ra d a , e l ag e n te s u b e a su á r b o l si p • 1 + (1 - p ) •O > e . S u p o n g a m o s q u e e está
d is tr ib u id o u n ifo r m e m e n te e n tre lo s a g e n te s e n l a u n id a d d e l in te r v a lo . E l n ú m e r o d e
c o c o s r e c o g id o s , y e s e n to n ce s p ( la m e jo r s o lu c ió n e s y = 1). P e n s e m o s e n e llo c o m o
lo q u e d e te r m in a l a o fe r ta a g r e g a d a d e c o c o s .
L a d e m a n d a a g r e g a d a s e e s c r ib e c o m o l a p r o b a b ilid a d d e e n c o n tr a r u n co m p r a d o r
c o m o fu n c ió n d e l n ú m ero d e a g e n te s q u e b u s c a n , p ( y ) . L a fu n c ió n a u m e n ta m o n ó to n a ­
m e n te d e s d e p(O ) = O , d e p e n d ie n d o su fo r m a e x a c t a d e la t e c n o lo g ía d e b ú s q u e d a . E s ta
e s l a fu e n te d e c o m p le m e n ta r ie d a d e s tr a té g ic a . E l g r á f ic o 3 .3 m u e s tr a u n a p o s ib ilid a d .
C o m o s e m u estra e n e l g r á f ic o 3 .3 , e x is te n v a r io s e q u ilib r io s d e e x p e c ta tiv a s r a c io ­
n a le s , n in g u n o d e la s c u a le s e s u n e q u ilib r io d e p r im e r o r d e n . L o s e q u ilib r io s s e a lte r ­
n a n e n tre lo s esta b le s y lo s in e s ta b le s . P a r a v e r e s to , s u p o n g a m o s q u e lo s a g e n te s cree n
p o r e rro r q u e la p r o b a b ilid a d d e u n a v e n ta v ie n e d a d a p o r e l p u n to ‘ ° ’ , d o n d e la o fe rta
a g r e g a d a está por e n c im a d e l a d e m a n d a a g re g a d a . P r o d u c ie n d o al p u n to “ * sa ld rá n al
m e rc a d o y n o e n co n trarán co m p r a d o r e s s u fic ie n te s y , p o r lo ta n to , red u cirá n e l o u tp u t.
L a e le c c ió n d e l e q u ilib r io d e p e n d e d e u n a p r o fe c ía q u e s e a u to c u m p le refe re n te a l n iv e l
d e p . E n o tras p a la b ra s , la e c o n o m ía p u e d e ser lle v a d a d e u n e q u ilib r io e s tá tic o a o tro
p o r lo s « e sp íritu s a n im a le s » k e y n e s ia n o s .
A ñ a d a m o s a h o r a a l m o d e lo u n g o b ie r n o q u e g e n e r a im p u e s to s y c o m p r a s , in c r e ­
m e n ta n d o a s í e l n iv e l d e a c tiv id a d e n e l m e rc a d o a c u a lq u ie r n iv e l d e ou tp u t. L a d e m an ­
d a a g r e g a d a a u m e n ta , c o m o s e m u e s tr a e n e l g r á f ic o 3 .4 .

Gráfico 3.3 Complementariedad estratégica en el modelo deDiamond


544 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

Gráfico 3.4 Aumento de la demanda agregada

Los equilibrios estables alcanzan mayores niveles de output. Como un output mayor
es siempre mejor en este modelo, la política fiscal mejora el bienestar a la vez que
aumenta el output.
E l nivel de actividad en el mercado actúa como un bien público y el aumento del
gasto gubernamental proporciona más del mismo. Uno debe preguntarse porqué el
gobierno puede proporcionar algo que los agentes privados no pueden proporcionar.
En la sección anterior, la política fiscal distorsionaba la elección privada, de forma que
ningún agente individual emprendería voluntariámente los tipos de transacciones
impuestas por el gobierno. En esta sección, podemos suponer algún coste de transac­
ción por comerciar con el gobierno. Todos los agentes quieren que haya una política
fiscal expansiva para aumentar p , pero ningún agente aceptará voluntariamente el coste
de transacción.
.'S K S K !
Los mercados imperfectos significan que ningún precio vacía el mercado de pro­
ductos -n o hay ningún subastador (la competencia monopolista no se utiliza en este
modelo)-. El circuito del/eedback positivo opera a través de aumentos en Ja demanda
que aumentan la probabilidad de realizar una venta, lo que aumenta el output y por
tanto la demanda. Los agentes atomísticos tratan a p como algo exógeno, a pesar de
que p está endógenamente determinado al nivel agregado.

2.3. Com petencia monopolista y precios rígidos

El mayor problema intelectual de la macroeconomía es entender el rol de los precios


nominales. L a teoría económica tiene claro que sólo importan los precios relativos y
que el uso de un símbolo numerario es meramente una conveniencia contable6. La
mayor parte de los economistas Keynesianos, el menos en los E E U U , creen que, empí­
ricamente, los cambios en la oferta real de dinero alteran el P N B real y que, a corto
plazo, ios precios nominales son rígidos. L a oferta monetaria nominal es así una herra­
mienta efectiva para gestionar el output.
E l desarollo de la literatura del coste de menú como base para los precios nominales
rígidos es la primera evolución teórica seria en este campo. Los trabajos seminales son

6. La tasa de inflación es un precio relativo. Pero las serias disputas entre los clásicos y los keynesianos
se basan en el fallo de la neutralidad, no en la súper-neutralidad.
NOTAS SOBRE COMPETENCIA IMPERFECTA Y LA NUEVA ECONOMÍA KEYNESIANA 545

lo s d e A k e r l o f y Y e lle n ( 1 9 8 5 b ) , B l a n c h a r d y K i y o t a k i ( 1 9 8 7 ) , K i y o t a k i (1 9 8 5 ) y
M a n k iw (1 9 8 5 ). T a m b ié n e x is t e u n c r e c ie n t e c o r p u s m o d e r n o d e tr a b a jo s q u e e x a m i­
n a n lo s p r e c io s r íg id o s p e r se ( v e r B a ll , M a n k iw y R o m e r , 1 9 8 8 , R o t e m b e r g , 1 9 8 7 ).
E l c a p ít u lo 8 d e le c t u r e s o n M a c r o e c o n o m ic s d e B la n c h a r d y F is c h e r e s tá d e d ic a d o a
e s te te m a . E l e x c e le n te e s tu d io d e G o r d o n e n e l Jo u r n a l o f E c o n o m ic L iteratu re (1990)
« s e le c c io n a y c r it ic a » u n a d é c a d a d e tr a b a jo e n e s te c a m p o .
L a m e jo r e x p o s ic ió n d e la lite ratu ra d e c o s t e d e l m e n ú e s la d e M a n k iw (1 9 8 5 ). L o
q u e s i g u e e s u n a v a r ia n te d e e s e m o d e lo y d e l d e B l a n c h a r d y K i y o t a k i ( 1 9 8 7 ) .
S u p o n g a m o s q u e to d a s la s e m p r e s a s s o n fija d o r a s d e p r e c io s , q u e la d e m a n d a a g r e g a ­
d a d e p e n d e d e la o fe r ta re a l d e d in e r o y q u e la c u o ta d e m e r c a d o d e la e m p re s a d e p e n ­
d e d e s u p r e c io en r e la c ió n a l n iv e l d e l p r e c io n o m in a l. L a f u n c ió n d e b e n e fic io 7 d e la
e m p r e s a i e s 1t¡ = ( p / p , M / p ). I n ic ia lm e n t e , e x is te a lg ú n c o n ju n t o d e p r e c io s y la
c o r r e s p o n d ie n te a s ig n a c ió n d e c a n tid a d e s q u e so n p r iv a d a m e n te ó p tim o s d a d a la o fe r ­
ta n o m in a l d e d in e ro .
S u p o n g a m o s q u e la o fe r ta m o n e ta ria n o m in a l a u m e n ta a h o r a un !!.% . E n a u s e n c ia
d e c o s te s d e tran sacció n , to d o s lo s precio s n o m in a le s aument^arán un !!.% . L o s p recio s rela­
tiv o s son la relació n de d o s precio s n o m in ales y , po r lo tanto, no ca m b ia rá n . L a o fe rta rea l
d e d in e r o , lo s b e n e fic io s y la a s ig n a c ió n d e c a n tid a d e s serán ig u a le s a la s a n te r io r e s .
S u p o n g a m o s e n c a m b io q u e h a y u n m u y p e q u e ñ o c o s t e e d e c a m b ia r e l p r e c io n o ­
m in a l, u n « c o s te d e m e n ú » . S i la g a n a n c ia p o r c a m b ia r e l p r e c io es m e n o r q u e e , lo s
p r e c io s p e rm a n e c e r á n a su s n iv e le s in ic ia le s . L a g a n a n c ia p o r c a m b ia r lo s p r e c io s es
d n fcJp i [(1 + ) p ¡- p } l p . E l ó p tim o in ic ia l s e e n c o n tr ó fija n d o ig u a l a c e ro , por
lo q u e , p a r a A p e q u e ñ o , d nfcJp¡ e s a p r o x im a d a m e n t e c e r o . E n o tr a s p a la b r a s , e n lo s
a lr e d e d o r e s d e l ó p tim o , la ta s a d e c a m b io e n l a fu n c ió n o b je t iv a es p e q u e ñ a d e s e g u n ­
d o o r d e n . A u n q u e lo s c o s te s d e m e n ú so n p e q u e ñ o s d e p r im e r o r d e n , la g a n a n c ia p o te n ­
c i a l d e c a m b ia r lo s p r e c io s e s m e n o r y c a d a e m p r e s a d e ja r á lo s p r e c io s f i j o s . C o m o
r e s u lta d o , lo s p r e c io s r e la tiv o s p e r m a n e c e n s in c a m b io s , p e ro la o fe r ta m o n e ta r ia rea l
a u m e n ta e n A y la d e m a n d a a g r e g a d a a u m e n ta . A d e m á s , si e l n iv e l d e o u tp u t e s ta b a
p o r d e b a jo d e l p r im e r ó p tim o , c o m o e s p r o b a b le b a jo c o m p e te n c ia im p e r fe c ta , e l b ie n ­
e s ta r a u m e n ta . -
L a in t u ic ió n c la v e n o e s q u e lo s p r e c io s d e t r a n s a c c ió n p u e d e n c a u s a r p r e c io s v is ­
c o s o s , s in o q u e lo s c o s t e s d e t r a n s a c c ió n m u y p e q u e ñ o s p u e d e n lle v a r a p r e c io s v is c o ­
s o s . L a c o m p e t e n c ia im p e r fe c t a es e s e n c ia l a q u í . C u a n t o m á s e lá s tic a s e a la d e m a n d a
a q u e s e e n fr e n ta n la s e m p r e s a s , m a y o r la p é rd id a d e b e n e fic io s d e r iv a d a d e m a n te n e r
lo s p re c io s a u n a distan cia d a d a d e l ó p tim o . E n c o m p e te n c ia p e rfe c ta , la d e m a n d a es in fi­
n it a m e n t e e lá s t ic a y lo s c o s t e s d e t r a n s a c c ió n n o c a u s a r á n ja m á s p r e c io s v is c o s o s .

2 .4 . D e m a n d a a g r e g a d a y e q u il ib r io s m ú lt ip le s

U n a f o r m a a n te r io r d e te o r ía (p re n u e v a ) k e y n e s ia n a c r e ó u n c o n ju n to d e e c u a c io n e s
c o n e q u ilib r io s m ú ltip le s c o m o s o lu c io n e s y s u g ir ió q u e la s flu c tu a c io n e s e c o n ó m ic a s

7. Supongamos que !a función obedece todas las condiciones de regularidad necesarias, en concreto, que
es difercnciable en sus dos argumentos. Esta es una suposición sustantiva, no sólouna de ctomrcmmria.
Los competidores perfectos se enfrentan a una demanda infinitamente elástica por to tañí0, sus fun­
ciones de beneficios no son diferenciabas sobre su propio precio.
546 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

p o d r ía n c o n s t it u ir e l s a lto d e la e c o n o m ía d e u n e q u ilib r io a o tr o . O b v ia m e n t e , u n o
q u ie r e u n a te o r ía q u e d i g a m á s q u e q u e u n c o n ju n t o d e e c u a c io n e s n o lin e a le s tie n e
m á s d e u n a s o lu c ió n . E n c o n c r e to , ¡a s s o lu c io n e s m ú lt ip le s s o n m u c h o m á s in te r e s a n ­
te s c u a n d o p u e d e n s e r c la s ific a d a s ( p o r u n c r ite rio P a r e to d é b il, p o r e je m p lo ) . U n a d e
esta s te o r ía s e s la lite r a tu r a s o b r e la « m a n c h a s o la r n , e n la q u e lo s a g e n te s a c u e r d a n
u n a s e ñ a l in h e re n te m e n te ir r e le v a n te c o m o m e c a n is m o d e c o o r d in a c ió n . A lg u n o s e le ­
m e n to s d e l a lite ratu ra n u e v o k e y n e s ia n a d a n a l a d e m a n d a a g r e g a d a u n r o l c e n tr a l en
la c o o r d in a c ió n . E s n a tu ral c o m b in a r la c u e s t ió n d e la c o o r d in a c ió n co n la c o m p e te n ­
c ia im p e r fe c ta . L a c o m p e te n c ia p e rfe c ta p u e d e resu lta r e n e q u ilib r io s m ú ltip le s , p e ro la s
s e ñ a le s a g r e g a d a s s o n ir r e le v a n te s p a r a lo s c o m p e tid o r e s a to m ís tic o s e n c o m p e t e n c ia
p e r f e c t a u n a v e z h a n d e te r m in a d o e l v e c t o r p r e c io . E n c a m b io , a lo s c o m p e t id o r e s
im p e r fe c t o s s í le s im p o rta n la s c a n t id a d e s . E l m o d e lo D ia r n o n d p la n t e a d o a n te r io r ­
m e n te e s un e je m p lo en e l qu e la d e m a n d a a g r e g a d a im p o r ta a lo s a g e n te s in d iv id u a ­
le s , d e fo r m a q u e lo s c a m b io s en la s e x p e c t a t iv a s d e d e m a n d a a g r e g a d a p u e d e n lle v a r
a l a e c o n o m ía d e un e q u ilib r io a o tr o .
K iy o t a k i (1 9 8 8 ) p r e s e n ta u n m o d e lo d e e q u ilib r io s e x p e c ta tiv o s m ú ltip le s c e n tr a ­
d o s a lr e d e d o r d e l s e c to r d e la in v e r s ió n . L a fu n c ió n d e p r o d u c c ió n e x h ib e r e n d im ie n ­
to s c re c ie n te s a e s c a la . E l p a p e l d e l a c o m p e te n c ia m o n o p o lis ta es so ste n e r un e q u ilib r io
d e r e n d im ie n t o s c r e c ie n te s a e s c a la . S i la s e m p r e s a s so n o p tim is ta s s o b r e e l fu tu r o ,
in v ie rte n fu e r te m e n te a h o r a . E l s t o c k d e c a p it a l e s g r a n d e y , p o r lo ta n to , e l o u tp u t y
la d e m a n d a s o n a lt o s ,ju s t ific a n d o la s e x p e c ta tiv a s o p t im is t a s . S i , en c a m b io , la s e x p e c ­
ta tiv a s son p e s im is ta s , s e a lc a n z a un b a jo n iv e l d e e q u ilib r io .
S h le ife r (1 9 8 6 ) y S h le ife r y V is h n y (1 9 8 8 ) p r e s e n ta n m o d e lo s q u e e n fa tiz a n e s p e ­
c íf ic a m e n t e los e x c e d e n te s d e d e m a n d a a g r e g a d a . E n S h l e if e r ( 1 9 8 6 ), la s e m p r e s a s
r e c ib e n in v e n c io n e s q u e r e d u c e n lo s c o s t e s e n v a r io s m o m e n to s . S i n e m b a r g o , p u e d e n
a c a b a r in n o v a n d o , p o n ie n d o la s in v e n c io n e s e n a c c ió n , d e fo r m a co o r d in a d a . L a in n o ­
v a c ió n r e v e la l a in v e n c ió n , q u e p u e d e s e r c o p ia d a p o r o tr a s e m p r e s a s d e s p u é s d e u n
tie m p o . P a r a e x tr a e r la r e n t a m á x i m a d e l a in v e n c i ó n , la s e m p r e s a s q u ie r e n in n o v a r
d u r a n te p e r io d o s d e a lt a d e m a n d a t e m p o r a l. L a p r o p ia in n o v a c ió n h a c e a u m e n ta r la
d e m a n d a . S h le ife r d e m u e stra c o m o p u e d e n r e s u lta r c ic lo s e n d ó g e n o s 8.
E n S h le ife r y V i s h n y ( 1 9 8 8 ), c a d a s e c to r in d u str ia l tie n e u n e le v a d o c o s te fijo / b a jo
c o s te m a r g in a l m o n o p o lis ta y u n a fr a n ja c o m p e t it iv a . S i l a d e m a n d a es b a ja , a l m o n o ­
p o lis t a n o le c o m p e n s a operar. S i la d e m a n d a e s e le v a d a , e l m o n o p o lis ta p r o d u c e . C o m o
e l m o n o p o lis t a tie n e un p r o d u c to m a r g in a l e le v a d o , e l o u tp u t a g r e g a d o a u m e n ta , m o ti­
v a n d o a lo s m o n o p o lis ta s e n o tr o s s e c to r e s . E fe c t iv a m e n t e , e l/ e e d b a c k p o s itiv o o p e r a
a través d e u n a estructura d e m e rc a d o en la q u e la s o c ie d a d c a m b ia a u n a fro n te ra d e p o s i­
b ilid a d d e p r o d u c c ió n m ás e le v a d a d u r a n te lo s b u e n o s tie m p o s .
E n u n a v e rsió n lig e ra m e n te m o d ific a d a d e l m o d e lo , c a d a c o n s u m id o r g a s ta y = + L
e n c a d a m e r c a n c ía , d o n d e re s o n lo s b e n e f ic io s a g r e g a d o s y L e s u n a o fe r t a in e lá s t ic a
d e tr a b a jo . L a s em p re sa s d e l a fr a n ja tra n s m u ta n u n a u n id a d d e tr a b a jo en u n a u n id a d
d e o u tp u t. E l m o n o p o lis ta , s i o p e ra , c o m p r a u n a t e c n o lo g ía q u e r e d u z c a c o s t e s a l c o s te
F qu e l e p e rm ite p r o d u c ir a > 1 u n id a d e s d e o u tp u t p o r u n id a d d e tr a b a jo . E l p r e c io

8. Curiosam ente, Ja política de estabilización puede ser dañina en 'este modelo. S i existen costes fijos de
innovación, la suavización del ciclo emp^resarial puede eliminar las rentas temporales necesarias para dar
lugar a la innovación.
NOTAS SOBRE COMPETENCIA IMPERFECTA Y LA NUEVA ECONOMÍA KEYNESIANA 547

d e m o n o p o l i o e s u n p o c o m á s b a j o d e la u n i d a d , y c a p t u r a e l m e r c a d o e n t e r o . E l m o n o ­
p o lis t a o p e r a s i s u b e n e f i c i o = y - y/a - F , e s p o s itiv o . S u p o n g a m o s q u e F e stá d is ­
t r ib u id o s e g ú n H (■), q u e e s u n i f o r m e e n [ 0 ,H raax]. D e j e m o s q u e F * s e a e l p u n to e n e l
q u e c o s t e s e in g r e s o s s o n i g u a l e s . E l e q u i l i b r i o e s t á d e f i n i d o p o r d o s e c u a c i o n e s d e
in g r e s o s ; la p r im e r a d e fin e e l p u n to d o n d e c o s te s e in g r e s o s s o n ig u a le s ; la s e g u n d a
d a la d e m a n d a a g r e g a d a .

a-1
F* = y ( ig u a l d a d c o s t e s e in g r e s o s )

y= — 1 )’- f W (■) + L . (d em an d a agregad a)


a )

J u n t a s , la s e c u a c i o n e s p r o p o r c io n a n e l m u l t i p l i c a d o r

dy 1

H max a

E l m u l t i p l i c a d o r e s m a y o r q u e 1 , p e r o d i s m i n u y e m o n o t ó n i c a m e n t e a m e d id a q u e
e l t a m a ñ o d e l a e c o n o m ía c r e c e e n r e l a c i ó n a l o s c o s t e s d e u n a t e c n o lo g í a m e j o r ( y / H = ) .
O b s é r v e s e q u e u n a r e n ta a g r e g a d a m a y o r s e a s o c i a c o n u n a c o m p e t e n c i a i m p e r f e c t a
m á s a m p l ia y m á s p r ó x im a a l p r im e r ó p t im o . L o s e le v a d o s c o s t e s ff jo s / te c n o lo g ía d e b a jo
c o s t e m a r g i n a l s u p u e s t o s e n e s t e m o d e l o n o p e r m it e n q u e l a c o m p e t e n c i a m a n t e n g a
u n e q u i li b r i o e f i c i e n t e .
E s te m o d e lo ilu s tr a tiv o d e m u e s tr a u n feedback p o s it iv o y t ie n e u n e q u i li b r io ú n i c o .
E l m o d e l o r e a l e n S h l e i f e r y V i s h n y a ñ a d e c o n s i d e r a c i o n e s in f o r m a c i o n a l e s p a r a p r o ­
d u c i r e q u i li b r io s m ú l t i p l e s .

2 .5 . T r a b a jo s r e la c io n a d o s

E l t r a b a jo p r i n c i p a l s o b r e l a n u e v a t e o r í a k e y n e s i a n a a b s t r a c t a e s e l d e C o o p e r y J o h n
( 1 9 8 8 ) . L o s a u t o r e s in t r o d u c e n e l t é r m in o « c o m p le m e n t a r ie d a d e s t r a t é g i c a » e n m a c r o -
e c o n o m í a , d e s t a c a n d o l a im p o r t a n c i a d e l / e e d 6 a c ¿ p o s i t i v o , y d a n e j e m p l o s u t i l i z a n ­
d o t a n t o l a t e o r í a d e l o s j u e g o s c o m o Ja c o m p e t e n c i a i m p e r f e c t a . S a b e m o s q u e , p a r a
u n in d i v i d u o ú n i c o e n fr e n t a d o a u n m e r c a d o c o m p e t i t i v o , e x is t e u n s e n t id o e n e l q u e l a
« m a y o r ía » d e lo s p r o d u c t o s s o n s u s t it u t iv o s y n o c o m p le m e n t a r i o s ^ L o s a u to r e s d e f i e n ­
d e n q u e e l e n te n d e r l a c o m p l e m e n t a r i e d a d e s c e n t r a l p a r a l a c o m p r e n s ió n d e l a m a c r o -
e c o n o m ía . A k e r lo f y Y e l le n ( 1 9 8 5 a , 1 9 8 5 b ) s ir v e n c o m o b a s e p a r a la lit e r a t u r a d e l
c o s t e d e m e n ú . A d e m á s , l o s a u t o r e s e x p l i c a n p o r q u é la s p e q u e ñ a s d e s v i a c i o n e s d e l

9. Obsérvese también q u e la s pruebas sobre lau n icid ad de !o s equilibrios Arrow -Debrew pasan m ñ ch°
más fácilm ente si todos los productos son sustitutos brutos. ■'■
548 CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

comportamiento perfectamente com petitivo por parte de los agentes individuales pue- ¡
den producir desviaciones grandes y persistentes desde el óptimo de prim er nivel al i
nivel agregado. Aunque aún no se ha explotado en gran medida en la literatura, esto |
puede proporcionar una base para una m ejor comprensión de las ineficientes fluctua- ¡
ciones del cic lo sin n ecesitar enorm es desviacio nes del paradigm a co m p etitiv o . J
Finalm ente, aunque no es un modelo nuevo keynesiano p e r s e , el trabajo de D e L o n g , j
et al. (1990) sobre los «com erciantes de ruido» presenta un m odelo relacionado de ^
fe e d b a c k positivo en un mercado eficiente. t

3. C o n c l u s io n e s

L a nueva econom ía keynesiana es demasiado incompleta, y esta es una revisión dem a- !


siado incom pleto com o para proporcionar una últim a palabra sobre la literatura. Sin :
embargo, destacan varios elementos. E n primer lugar, que la nueva econonúa keynesiana :
trata sobre la coordinación estratégica de la toma de decisiones a través de la dem an­
da agregada. Por esto, la com petencia perfecta no sirve. En segundo lugar, que los nue- ;
vos keynesianos buscan trayectorias de f e e d b a c k positivo y de com plem entariedad i |
estratégica. Finalm ente, que la com petencia im perfecta, en general, y la com petencia ¡-v;
monopolista, en particular, son endémicas en la nueva economía keynesiana. Sin embar- '.ff
go, literatura es demasiado nueva para que exista algún acuerdo sobre cómo debería i'C
ser utilizada.

B ib l io g r a f ía c it a d a

AKER.OF, G .A .; Y ellen , J .L . 1985a. «A Near-Rational Model ofthe Business Cycle with Wage
and Pnce Inertia», Quarterly Jou rn a l o f Economics , 100, p. 823-838. a |;
—. 1985b. «Can Small Deviations from Rationality Make Significanl Differences to Economic :|í;
Equilibria?>>, Am erican Econom ic Review 75, p. 708-721. % íí
B a l l , L .; M ankiw , N .G .; R om er , D. 1988. «The New Keynesian Economics and the Output
Inflation Trade.Off», Sm o k in gs Papers on Econom ic Activity , l, p. 1-82. ;£
BÉn a ssy , J.-P. 1993. «Non-Clearing Markets: Microeconomic Concepts and Macroeconomic í
Applications», Jo u rn a l o f Econom ic Literature , 31, p. 732-761. S
Blanchard , O. J.; F ischer, S . 1989. Lechares on Macroeconomics , Cambridge. M A: M lT Press. J
B lanchard , O. J.; K iyotaki , N. 1987. «Monopolistic Competition and the Effects o f Aggregate ■:
Demand», Am erican Econom ic Review , 77, p. 647-666. :
B ryant , J. 1983. <<A Simple Rational Expectations Keynes-Type Model», Quarterly Jo u rn a l o f
Econom ics , 98, p. 525-529.
BULOW, J.H .; G eanakoplos , J.D .; K lem perer , P.D. 1985. «Multimarket OJigopoly: Strategic í
Substitutes and Complements», Jou rn a l o fP o litic a l Economy, 93, p. 488-511.
COOPER, R.; JoHN, A . 1988. «Coordinating Coordination Failures inKeynesian Models», Quarterly ■
:
Jo u rn al o f Econom ics , 83, p. 441-463. !
D e L ong , J. B .; S hleifer , A .; S u m m er s , L .H .; W a ld m a n n , R .J., 1990. «Positive Feedback
Investment Strategies and Destabilising Rationa! Expectations», Jo u rn a l o f Finalice, 44,
p. 379-396. ;
D iam ond , P.A. 1982. «Aggregate Demand Management in Search Equilibrium», Jo u rn a l o f
Political Economy, 90, p. 881-894. ■
D ia m o n d , P.A .; F u den ber g , D . 1989. «Rational Expectations Business Cycles in Search
Equilibrium», Jo u rn al o f Political Econom y , 97, p. 606-619.
NOTAS SOBRE COMPETENCIA IMPERFECTA Y LA NUEVA ECONOMÍA KEYNESIANA 549

D ixon , H. D.; R ankin , N. (eds.). The New Macroeconomics: Imperfect Markets and Policy
Effectiveness. Cambridge: Cambridge University Press, 1995.
D ixon, H ., 1987. <(A Simple Model oflmperfect Competition with Wairasian Features», Oxford
Economic Papers, 39, p. 134-160.
GORDON, R. J ., 1990. «What is New Keynesian Economics?», Journal of Economic Literalure,
28, p. 1.115-1.17!.
H art, O .D . 1982. «A Model ofIrnperfect Competition with Keynesian Features», Quarterly
Journal of Economics, 97, p. 109-138.
K iyotaki, N ., 1985. Macroeconomics of/mpeifect Competition, tesis doctoral, Harvard University
—. 1988. «Múltiple Expectational Equilibria under Monopolistic Competition», Quarterly
Joumal of Economics, 103, p. 695-713.
MANKIW, N . G ., 1985. «Small Menu Costs and Large Business Cycles: A Macrocconomic Model
of Monopoly», Quarterly Joumal of Economics, 100, p. 529-537.
— . 1988. «Imperfect Competition and the Keynesian Cross», Economics Letters, 26. p. 7-13.
MATSUYAMA, K. 1992. «Modelling Complementaria in Monopolistic Competition», Northwestern
University, mimeo.
R omer, P. 1986. dncreasing Returns and Long-Run Growth», Joumal ofPolitical Economy,
94, p. 1.002-1.073.
Rotem ber G, J. J. 1987. «The New Keynesian Microeconomic Foundations», NBER
Macroeconomics Annual, 2, p. 69-114.
Shleifer, A. 1986. «Implernentation Cycles», Joumal of Political Economy, 94, p. 1.163-1.190.
SHLEIFER, A ; VisHNY\ R.W. 1980. «The Role of the Stock Market in Coordinaiing Macroeconomic
Activity», Department o f Economics, University o f Chicago, mimeo.
— 1988. «The Efficiency oflnvestrnent in the Presence o f Aggregate Demand Spillovers»,
Joumal ofPolitical Economy, 96, p. 1.221-1.231. '
S ilvestre, J . 1993. <<The Market-Power Foundations of Macroeconomic Policy», Joumal of
Economic Literature, 31, p. 105-141.
STARTZ, R., 1984. «Prelude toMacreoeconomics», American Economic Review, 74, p. 881-892.
— . 1989. «Monopolistic Competition as a Foundation for Keynesian Macroeconomic Models»,
Quarterly Journal of Economics, 104, p. 737-752.
— . 1990. «Dynarnic Aggegate Demand and New Keynesian Multipliers», Working Paper,
University ofWashington.
CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA 551-583

E n fo q u e s e c o n ó m ic o s d e la p o lít ic a *

Ja m e s A . C a p o r a s o , D a v id P. L e v in e

Em pecem os con dos definiciones generales de la econom ía.

La economía es el estudio de la humanidad en el oficio ordinario de la vida; exami­


na esa parte de la acción individual y social que está más íntimamente ligada a la
consecución y el usode los requisitos materiales del bienestar (Alfred Marshall,
Principies o f Econom ías, [1890] 1930: 1).

La economía es la ciencia que estudia el comportamiento humano como una relación


entre los fines y los medios escasos que tienen usos alternativos (Lionel Robins, A n
E ssa y on the Nature an d Signijicance ofE con om ic Science, 1932: 16).
I
Estas dos definiciones, la prim era de las cuales enfatiza el bienestar material y la
segunda la distribución eficiente, recogen dos de los tres enfoques de la economía plan­
teados hasta ahora en este libro. L a primera defin ición , plasm ada por M arsh all en
Principies ofEconomics, se ajusta a la concepción de la economía com o el aprovisio­
namiento material para satisfacer las necesidades y deseos. S i ampliamos la definición
de M arshall para incluir recursos no materiales, tenemos una idea de la econ om ía, o
de los procesos económ icos, centrada en la riqueza, su producción, distribución y con­
sum o. L a segunda definición está relacionada con la adaptación de los m edios a los
fines. En este caso, la econom ía es definida de una fornía más abstracta, en ténninos
m etodológicos. L a econom ía no se refiere a tipos de actividad particulares, sino a una
fo rm a característica de adaptar los m edios a los fines.
E sta segunda definición es la fundamental para este capítulo. U n a v e z abstraemos
la econ om ía de las actividades económ icas, utilizando el térm ino para caracterizar
situaciones de elección y escasez, se abre la puerta para un dom inio am pliado de la
econom ía. Tal com o l o plantea Becker:

La definición de laeconomía en tértinos de recursos escasos y fines rivales es la más


general de todas. Define la economía a partir de la naturaleza del problema a resolver,
y abarca mucho más que el sector del mercado o “ lo que hacen los economistas”. La
escasez y la elección caracterizan todos los recursos asignados por el proceso político
(incluyendo a qué industrias cobrar impuestos, cuán rápido aumentar la oferta de dine­
ro, si ir o no a la guerra); por la familia (incluyendo decisiones sobre la pareja para el

* Publicado en: Caporaso, James A.; Levine, David P. «Economic approaches to politics». En Timt-Us
ofpoliiicai economy. Cambridge: Cambridge University Press, 1992, p. 126-158. Traducción: Gemma
Galdón. ■ •:■. ■
552 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

matrimonio, el tamaño de la familia, la frecuencia de las visitas a la iglesia, la distribu­


ción del tiempo entre las horas de sueño y las de actividad); por los científicos (incluyendo
decisiones sobre la distribución de su tiempo para ponsar y la energía mental enlre dife­
rentes problemas de investigación); y así en una variedad ilimitada» (1976: 4).

E n e s t e c a p í t u l o i n t r o d u c i m o s u n a n u e v a c o n c e p c i ó n d e c ó m o s e r e l a c i o n a n e n tr e
s í l a p o l í t i c a y la e c o n o m í a . E n c a p í t u l o s a n t e r i o r e s , l a p o l í t i c a y l a e c o n o m í a s e c o n ­
c e b í a n e n t é r m in o s s u s t a n t i v o s . L a t a r e a t e ó r i c a s i g u i e n t e e r a l a d e p r o p o r c io n a r u n a
e x p lic a c ió n c o h e r e n te d e c ó m o e s t o s d o s c a m p o s s e in flu y e n e n tre s í. E l e n fo q u e e c o ­
n ó m ic o d e l a p o l í t i c a n o e n t ie n d e l a e c o n o m í a p o l í t i c a c o m o e l c o n j u n t o d e r e l a c i o n e s
t e ó r i c a s q u e d e s c r i b e n la s c o n e x i o n e s e n tr e l a p o l í t i c a y la e c o n o m í a , s in o q u e la p o l í ­
tic a s e c o n s id e r a e c o n ó m ic a - s u s c e p t ib l e d e a n á lis is e c o n ó m i c o - e n ta n to q u e lo s
h e c h o s p o lític o s e sté n c a r a c te r iz a d o s p o r la e le c c ió n y la e s c a s e z .
L a s r e l a c i o n e s e n t r e l a e c o n o m í a y l a p o l í t i c a c o n c e b i d a s e n t é r m in o s s u s t a n t i v o s y
m e t o d o l ó g i c o s s e ilu s tr a n e n l a t a b la 1. L a s c e l d a s 1 y 4 s e r e fi e r e n a l o s á m b it o s tr a d i­
c io n a le s d e l a e c o n o m í a y la c i e n c i a p o l í t i c a . L a c e l d a I e s l a i n t e r s e c c i ó n d e l m é t o d o
e c o n ó m ic o n e o c lá s ic o y lo s fe n ó m e n o s e c o n ó m ic o s . S u p o n e la b ú s q u e d a r a c io n a l d e l
in te r é s p r o p i o e n c o n t e x t o s d e m e r c a d o p e r f e c t o s o i m p e r f e c t o s , e l e s t u d io d e l m o v i ­
m ie n t o d e l o s p r e c io s y la a s i g n a c i ó n e f i c i e n t e d e l o s r e c u r s o s . L a c e l d a 4 d e f i n e l a c i e n ­
c i a p o l ít ic a t r a d ic io n a lm e n t e e n t e n d id a c o m o e l e s t u d io d e la s p a u t a s d e l p o d e r p ú b l i c o y
d e l a a u t o r id a d d e n t r o d e l E s t a d o . L a c e l d a 3 e s q u i z á J a m á s d i f í c i l d e d e s c r i b i r , p o r q u e
n o e s tá c la r o s i h a y un m é t o d o e s p e c ífic o d e c ie n c ia p o lít ic a y , s i l o h a y , c u á l e s . S in
in t e n t a r r e s o l v e r e s t a c u e s t i ó n , s im p l e m e n t e q u e r e m o s d e s t a c a r q u e l a p o l í t i c a h a s id o
m u c h a s v e c e s a s o c ia d a c .o n a n á l is is b a s a d o s e n e l p o d e r y l a s t r a n s f e r e n c i a s d is t r ib u t i­
v a s o c o n lo s in t e n t o s p o r p a r t e d e u n a c o m u n id a d d e c o n s t it u ir s e e n s í m is m a ( a f ir m a r su
id e n t id a d , e x p r e s a r s e p ú b li c a m e n t e ) . E s t o s in t e n t o s d e a i s l a r u n m é t o d o p o l í t i c o n o c o n ­
s ig u e n lle g a r a l g r a d o d e s e p a r a c ió n d e l a m a te r ia d e la p o l ít ic a p a r a le lo a l c a s o e c o n ó m ic o .

Tabla 1. Economía y pob'tica como método y sustancia

SU ST A N C IA

Economía Política

M ÉTODOS U) (2)
Economía Teoría económica Aplicación del método
tradicional; económico a la
comportamiento política; elección
maximizador en pública
contextos de mercado,
teoría de los precios,
eficiencia asignativa

Política (3) (4}


aplicación de los métodos ciencia política
de la política a la economía; tradicional; análisis
análisis distributivo del . distributivo del poder
poder dentro del contexto dentro del campo
de mercado político
■ P
ENFOQUES ECONÓMICOS D ELA POLÍTICA 553

L a s e g u n d a c e ld a e s l a q u e n o s a t a ñ e d i r e c t a m e n t e e n e s t e c a p í t u l o . L a a p l i c a c i ó n
d e l o s m é t o d o s e c o n ó m ic o s a l a p o l í t i c a e s e v i d e n t e e n l a t e o r ía d e l a e le c c i ó n p ú b li c a ,
e n ! a t e o r ía d e j u e g o s ( c u a n d o s e a p l i c a a a c t o r e s o t e m a s p o l í t i c o s ) y e n e l a n á l is is
e c o n ó m i c o d e l a l e y y d e la s i n s t i t u c io n e s p o l í t i c a s .
E l e n fo q u e e c o n ó m ic o d e la p o lít ic a n o s e x i g e r o m p e r c o n la id e a d e q u e la e c o ­
n o m í a p o l í t i c a in c l u y e l a i n t e r a c c i ó n d e l a s e s f e r a s , á m b it o s o s u b s i s t e m a s p o l í t i c o s
y e c o n ó m ic o s . L a e c o n o m ía p o lít ic a n o tra ta s o b r e « lo q u e p a s a » c u a n d o c o lis io n a n
fe n ó m e n o s p o lít ic o s y e c o n ó m ic o s ; c o n s is t e e n la a p lic a c ió n d e l r a z o n a m ie n to e c o ­
n ó m ic o a lo s p ro c e so s p o lític o s . S e m a n tie n e u n a c o n c e p c ió n s u s ta n tiv a d e lo p o lí­
t i c o , m i e n t r a s q u e l a e c o n o m í a s e i n t e r p r e t a f o r m a l m e n t e e n c o n f o r m i d a d c o n la s
n o r m a s d e l c o m p o r t a m ie n t o e c o n o m i z a d o s D e s p u é s d e d e f i n i r e l e n f o q u e e c o n ó m i ­
c o a l a p o l í t i c a , e s t e c a p í t u l o p la n t e a tr e s e j e m p l o s : l a t e o r í a d e l a e l e c c i ó n p ú b l i c a , e l
a n á l i s i s e c o n ó m i c o d e l a p o l í t i c a e c o n ó m i c a y e l a n á l i s i s e c o n ó m i c o d e l a s in s t i t u ­

c io n e s .

l. Definiendo el enfoque económico de la política


E n e l c e n t r o d e l e n fo q u e e c o n ó m ic o d e la p o lít ic a s e e n c u e n tr a n la e le c c ió n r a c io n a l y
l a e f i c i e n c i a . P r im e r o d e b e m o s c o n s id e r a r q u é e s e l r a z o n a m i e n t o e c o n ó m i c o o e n f o ­
q u e e c o n ó m i c o , u n a c u e s t ió n q u e n o r e s u l t a f á c i l d e r e s p o n d e r . E l e n f o q u e e c o n ó m i ­
c o s e h a i d e n t i f i c a d o c o n l a u t ilid a d s u b j e t i v a , l a b ú s q u e d a r a c i o n a l d e l in t e r é s p r o p io ,
e l c o s t e y l a e s c a s e z , e l a n á l is is m a r g i n a l , e l e q u i l i b r i o p a r c i a l y g e n e r a l, y l a e f i c i e n c i a
a s ig n a t ív a . H a s ta c ie r t o p u n to , e s to s c o n c e p to s fo r m a n u n c o n ju n to c o h e r e n te . L a e le c ­
c i ó n e s n e c e s a r i a d e b id o a J a e s c a s e z , l o q u e a s u v e z i m p l i c a c o s t e s ( a l m e n o s c o s t e s
d e o p o r t u n id a d ) . L a r a c io n a lid a d , l a u t il id a d y l a e f ic ie n c ia t a m b ié n s e e n c u e n t r a n fu e r ­
te m e n te e n tr e la z a d a s e n la m is m a l ó g ic a q u e u n a c u r v a d e u t ilid a d e s n e c e s a r ia p ara
m o tiv a r l a a c c i ó n r a c io n a l y q u e l a e f ic ie n c ia p r o p o r c io n a u n in d ic a d o r p a r a m e d ir e l p r o ­
g r e s o h a c ia la c o n s e c u c ió n d e lo s o b j e t i v o s . S i u n a p e r s o n a s e c o m p o r t a d e f o r m a r a c io ­
n a l , e n e l s e n t id o q u e l e d a e l e c o n o m i s t a , e s c o m o d e c i r q u e e s a p e r s o n a c o n s i g u e lo
q u e d e s e a s u j e t o a lo s c o n d ic i o n a n t e s d e l a s i t u a c i ó n .
L a c u e s t i ó n d e s i l o s e le m e n t o s d e l e n f o q u e e c o n ó m i c o m e n c i o n a d o s d e b e n i r j u n ­
t o s o s i p u e d e n s e r t r a ta d o s d e fo r m a s e p a r a d a e n a l g u n o s c a s o s e s u n t e m a im p o r t a n ­
te q u e n o v a m o s a in t e n t a r r e s o lv e r a q u í. E n l a p r ó x im a s e c c ió n tra ta r e m o s l a r a c io n a lid a d
y la e fic ie n c ia .

1.1. L a racionalidad

¿ Q u é s i g n i f i c a , e n e l m a r c o n e o c l á s i c o , e s c o g e r lib r e m e n t e ? P a r a r e s p o n d e r a e s t a p r e ­
g u n t a , a n te s t e n e m o s q u e in t r o d u c ir a lg u n o s c o n c e p t o s s u b s id ia r io s : p r e fe r e n c ia s ( o b je ­
t i v o s ) , c r e e n c i a s , o p o r t u n id a d e s y a c c i o n e s . L a s p r e f e r e n c i a s d e s c r i b e n l o s e s t a d o s -
o b j e t i v o d e l in d i v i d u o c o n r e s p e c t o a l e n t o r n o . L o s o b j e t i v o s d e b e n e s t a r d é b il m e n t e
o r d e n a d o s , a fe c t iv a m e n t e , p a r a q u e e x is t a n p r e fe r e n c ia s c o n s is t e n t e s . E n s e g u n d o lu g a r ,
t a m b ié n s o n im p o r t a n t e s la s c r e e n c i a s . E l i n d i v i d u o q u e r e a l i z a la s e l e c c i ó n d e b e d i s ­
p o n e r d e a lg u n a in f o r m a c i ó n s o b r e l o s o b j e t i v o s a lt e r n a t iv o s - p o r e j e m p l o , s i s o n f a c ­
t i b l e s , l a s r e l a c i o n e s e n tr e d ife r e n t e s a c c i o n e s y s u s r e s u l t a d o s , y c o s t e s , e n t é r m in o s
d e g a s t o s d ir e c t o s d e r e c u r s o s y d e o p o r t u n id a d e s p e r d i d a s - . E n t e r c e r l u g a r l o s r e c u r -
554 CRÍTICA A L A ECONOMÍA ORTODOXA

sos definen oportunidades y limitaciones. En cuarto lugar, muchas veces las acciones
mismas se toman como objetos de explicación.
Para ver por qué cada uno de estos términos es importante para explicaciones en
términos de elecciones racionales, vamos a examinarlos más detalladamente. Si el
objetivo es explicar pautas de conducta (o simplemente acciones), debemos saber qué
quieren los agentes, qué creen y cuáles son sus recursos y limitaciones. Las prefe­
rencias deben tomar una forma particular. Debemos poder clasificar los resultados, y
esa calificación debe ser transitiva. En otras palabras, tiene que darse a > b > e (a es
preferida a b, b es preferida a e) y que a > c (transitividad). Aunque estos requisitos
pueden parecer claros cuando los aplicamos a nivel individual, después veremos que
el requisito de transitividad no es nada fácil de cumplir para grupos (agregados de
individuos).
El segundo componente del esquema de preferencia racional son las creencias. Tal
como ha planteado Elster: «Para saber qué hacer, primero tenemos que saber qué cree­
mos respecto a los temas fácticos relevantes. De ahí que una teoría de la elección racio­
nal deba ser complementada con una teoría de la creencia racional» (1986: 1). El énfasis
en las creencias supone que Jos individuos no actúan sólo por puro hábito o emoción.
Tienen algunas creencias sobre la estructura causal del mundo, creencias que propor­
cionan enlaces hipotéticos entre acciones diferentes y sus consecuencias definidas en
términos de utilidad. Podemos creer que rechazar los huevos y comer copos de avena
nos alargará la vida, pero podemos equivocarnos. O, un ejemplo un poco más ade­
cuado para un libro de economía política, podemos pensar que una estructura guber­
namental federal, que supone una división territorial de la responsabilidad política entre
unidades espacialmente definidas, promueve las relaciones pacíficas entre grupos étni­
cos y religiosos diferentes, cuando en realidad estas divisiones proporcionan los recur­
sos organizativos para el conflicto entre grupos. O podernos creer que una política
de industrialización orientada a las exportaciones es la mejor para un país menos de­
sarrollado, entendiendo «mejor» en términos de crecimiento y output y de la composición
sectorial de la economía.
El tercer componente del paradigma de la elección racional está relacionado con
los recursos y las limitaciones. A veces este factor se omite (ver Elster, 1986) no por
negligencia, sino porque se incluye implícitamente en el apartado de preferencias. Pero
las preferencias y los recursos deben diferenciarse. Lo que uno quiere y lo que puede
conseguir son cosas diferentes, a no ser que las aspiraciones estén totalmente deter­
minadas por las posibilidades. En un momento deterrninado, tiene sentido hablar, como
lo hace Elster, de un «conjunto de posibilidades», el conjunto de acciones que son posi­
bles dentro de las limitaciones lógicas, físicas y económicas. Al hacer esto, Jos recur­
sos y las limitaciones se incorporan a la estructura de preferencias y dejan de operar
«externamente».
El cuarto y último componente son las acciones mismas, las opciones observadas
de los agentes. El objetivo de la teoría de la elección racional es explicar estas elec­
ciones. El argumento básico es que las preferencias y las creencias son exógenas y
fijas y que las elecciones responden a los cambios en los incentivos (costes) en el
margen. '
La esencia de una explicación en términos de la elección racional integra una con­
cepción de cómo las preferencias, las creencias, los recursos y las acciones se sitúan
e n f o q u e s e c o n ó m i c o s d e l a p o l ít ic a 555

e n s u r e la c ió n m u tu a . E s t a r e la c ió n p u e d e d iv id ir s e e n d o s p a rte s . P r im e r o , e x is te u n
c r ite r io d e c o n s is t e n c ia a p lic a b le a la estru ctu ra d e p r e fe r e n c ia s y c r e e n c ia s . Y s e g u n ­
d o , e x is te n u n a s e r ie d e r e q u is ito s d e c o r r e s p o n d e n c ia . U n a a c c ió n e s r a c io n a l c u a n d o
s e c o r r e s p o n d e c o n la s p r e fe r e n c ia s , c r e e n c ia s y r e c u r s o s . E s t a s a c c io n e s so n r a c io n a ­
le s c u a n d o p u e d e d e m o s tra r s e ( m e jo r e x a n t e q u e e x p o s t ) q u e so n la s m á s a d e c u a d a s
p a r a s a tis fa c e r la s p r e fe r e n c ia s d e l a g e n te , d a d a s su s c r e e n c ia s , q u e la s c r e e n c ia s s o n
r a c io n a le s d a d a la e v id e n c ia d is p o n ib le y , fin a lm e n te , q u e l a ca n tid ad y c a lid a d d e la e v i­
d e n c ia d is p o n ib le p u e d e s e r ju s t ific a d a en térm in o s d e la re la c ió n co ste / b e n e fic io (E lster,
1 9 8 7 : 6 9 ) . E n u n a e x p lic a c ió n c o m p le t a m e n t e e s p e c if ic a d a d e l a e l e c c ió n r a c io n a l,
d e b e r ía lle g a r s e a la s a c c io n e s , a la s c r e e n c ia s y a la e v id e n c i a e n q u e s e b a s a n e sta s
c r e e n c ia s a trav és d e l c á lc u lo ra c io n a l. E s t a e s o t r a fo r m a d e d e c ir q u e to d o es en d ó g e n o
m e n o s las p r e fe r e n c ia s . C ita n d o d e n u e v o a E ls te r , « d em o strar q u e u n a a c c ió n es r a c io ­
n al e q u iv a le a o fr e c e r u n a s e c u e n c ia q u e d e m u e stre q u e u n a a c c ió n s e to m a c o m o a lg o
d a d o po ro q u e to d o lo d e m á s d e b e ju s t ific a r s e - e n ú ltim a in s ta n c ia e n térm in o s d e a q u e l
d e s e o » ( 1 9 8 7 : 6 9 ).
A lg u n o s p u n to s q u e a ú n n o h e m o s p la n te a d o s o n m u c h a s v e c e s la fu e n te d e c o n ­
fu s ió n e n la s e x p lic a c io n e s d e l a e le c c ió n r a c io n a l. E l p r im e r o e s tá r e la c io n a d o c o n la
r a c io n a lid a d y e l in te r é s p r o p io . A u n q u e lo s d o s té r m in o s s o n tra ta d o s m u c h a s v e c e s
c o m o s in ó n im o s , s o n d is tin to s . T a l c o m o h a s e ñ a la d o S e n ( 1 9 8 9 : 3 2 0 ), e l c r ite r io d e
r a c io n a lid a d e s p tlra m e n te d e p r o c e d im ie n t o . N o e s p e c if ic a n a d a s o b r e e l c o n te n id o
d e lo s o b je t iv o s q u e s e p e r s ig u e n . E n c a m b io , l a id e a d e l in te r é s p r o p io c o m o m ín im o
im p lic a u n lu g a r d o n d e lo s d e s e o s y n e c e s id a d e s e s tá n r e g is tr a d o s . P e r o , e n p r in c ip io ,
n o h a y n a d a in c o n siste n te en e l co m p o r ta m ie n to ra c io n a l q u e in te n ta p r o m o v e r e l b ie n ­
e s ta r d e lo s d e m á s ( c ó n y u g e s , h ijo s , a m ig o s o la h u m a n id a d ).
E l s e g u n d o p u n t o d e c o n fu s ió n c o m ú n tie n e q u e v e r c o n e l estatu s m e to d o ló g ic o d e
la s p r e fe r e n c ia s . ¿ D e b e m o s co n s id e ra rla s c o m o in fo r m a c ió n p s ic o ló g ic a ( c o m o estad os
m e n ta le s o e m o c io n a le s ) o c o m o datos d e c o m p o r ta m ie n to q u e s e a ju s ta n a r e q u is ito s
d e c o n s is t e n c ia e s p e c íf ic o s ? L a e c o n o m ía n e o c lá s ic a h a o p ta d o m a y o r ita r ia m e n te p o r
la ú lt im a o p c ió n , tra ta n d o la s p r e fe r e n c ia s c o m o a l g o r e v e la d o a tr a v é s d e la s a c c io ­
n e s d e s u s p r o p io s a g e n te s . E s d e c ir , q u e la s p r e fe r e n c ia s s e r e c o n s tr u y e n a p a rtir d e
la s a c c io n e s e n la s q u e p a r tic ip a n lo s a g e n te s . E l a g e n te i p r e fie r e a a b si, e s ta n d o la s
d o s d is p o n ib le s , i e s c o g e a e n lu g a r d e b . A u n q u e e s to p u e d e e r o s io n a r p a rte d e l c o n ­
te n id o d e n u e s tra a fir m a c ió n a n te r io r d e q u e la s a c c io n e s d e b e n te n e r a lg u n a r e la c ió n
c o n la s p r e fe r e n c ia s , d e m o m e n to v a m o s a p a s a r p o r a lto e s te p r o b le m a .
E l d e b a t e s o b r e e l esta tu s d e la s p r e fe r e n c ia s e s tá r e la c io n a d o c o n la c o n tr o v e rs ia
te ó r ic a m á s a m p lia s o b r e l a n a tu r a le z a d e lo s a g e n te s q u e to m a n p a r te en la s tra n sa c­
c io n e s e c o n ó m ic a s . A u n q u e lo s m is m o s té rm in o s « r a c io n a l» y « e le c c ió n » lle v a n a p en ­
sar en a g e n te s co n s c ie n te s qu e s o p e sa n lo s co ste s y b e n e fic io s d e d ife re n te s altern ativ as,
e x is te u n g r u p o im p o r ta n te d e e c o n o m is ta s n e o c lá s ic o s q u e e n tie n d e n la r a c io n a lid a d
c o m o u n a p a u ta d e c o m p o r ta m ie n to q u e es a d a p ta tiv a o fu n c io n a l a la s n e c e s id a d e s d e
c ie r to s in d iv id u o s o g r u p o s . S e g ú n e s ta v is ió n , lo s in d iv id u o s n o n e c e s ita n p a r a n a d a
ser r a c io n a le s e n e l s e n tid o d e c a lc u la r c o n s c ie n te m e n te la m e jo r m a n e r a p a r a c o n s e ­
g u ir su s p r e fe r e n c ia s . L o s re s u lta d o s r a c io n a le s s e p o d ría n c o n s e g u ir a tr a v é s d e u n p r o ­
c e s o d e s e le c c ió n c o m p e titiv a s im ila r a l q u e a s e g u r a lo s r e s u lta d o s a d a p ta tiv o s en la
e v o lu c ió n b io l ó g ic a , tal c o m o a f ir m a H ir s c h le ife r ( 1 9 8 5 ). S i e x is te n m e c a n is m o s d e
s e le c c ió n c o n s ta n te s en e l e n to rn o , e l c o m p o r ta m ie n to a d a p ta tiv o s e p r o d u c ir á s im p le -
556 CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

m e n te c o m o re s u lta d o d e l p r o c e s o d e s e le c c ió n y d e Ja s u p e r v iv e n c ia d ife r e n c ia l. P o r
e s o a lg u n o s e c o n o m is ta s d e fie n d e n u n a r a c io n a lid a d « c o m o s i» .
L a te rce ra fu e n te d e c o n fu s ió n , o c o m o m ín im o d e c o m p le jid a d , s e r e fie r e a Ja u n i­
d a d a la q u e se a p lic a n lo s t é n n in o s d e l d is c u r s o r a c io n a l. S i la u n id a d e s u n a c o le c t i­
v id a d , p u e d e n a p a r e c e r im p o rta n te s p r o b le m a s d e a g r e g a c ió n d e p r e fe r e n c ia s , tan to
q u e p u e d e lle g a r a ser im p o s ib le d e c ir c u á le s s o n la s p r e fe r e n c ia s s o c ia le s . E s t e e r a e l
m e n s a je d e K e n n e th A r r o w en S o c i a l C h o i c e a n d I n d i v i d u a l V a l ú e s (1 9 5 1 ). A r r o w a fir ­
m ó q u e c u a n d o la s d e c is io n e s s e tom an en g r u p o a t r a v é s d e p r o c e d im ie n to s d e m o ­
c r á tic o s , n o e x is t e u n a fu n c ió n d e b ie n e s ta r s o c ia l q u e 1) e x p r e s e la s p r e fe r e n c ia s d e
la c o le c t iv id a d e n su to ta lid a d y 2 ) s e a ju s te a lo s r e q u is ito s d e c o n s is t e n c ia e s ta b le c i­
d o s p a r a la s p r e fe r e n c ia s in d iv id u a le s . P o r c o n s ig u ie n t e , u n a e x p lic a c ió n e n té rm in o s
d e e le c c ió n r a c io n a l p u e d e fa lla r a l n iv e l d e l s is te m a p o lít ic o , y a s e a p o r q u e lo s a g e n ­
tes c o le c t iv o s n o s e c o m p o r te n d e fo r m a r a c io n a l o p o rq u e la id e a m is m a d e q u é es lo
r a c io n a l p a r a la c o le c t iv id a d d e sa p a re ce .

1.2. L a e f ic ie n c ia

E l s e g u n d o c o m p o n e n te p r in c ip a l d e l e n fo q u e e c o n ó m ic o es la o r ie n ta c ió n h a c ia la e fi­
c ie n c ia . C o m o e l r a z o n a m ie n to e c o n ó m ic o e s u n c á lc u lo d e m e d io s y fin e s , cu a n d o los
m e d io s d is p o n ib le s no son s u fic ie n t e s p a r a s a t is f a c e r to d o s lo s o b je t iv o s , e l m é to d o
e c o n ó m ic o d e b e a s u m ir u na c o n d ic ió n d e e s c a s e z e s p e c ífic a m e n te d e fin id a : lo s recu r­
s o s son in s u fic ie n t e s para s a t is fa c e r c o m p le t a m e n t e lo s d e s e o s e x p r e s a d o s s e g ú n un
o r d e n d e p r e fe r e n c ia s .
L a id e a g e n e r a l d e e f ic ie n c ia e s tá r e la c io n a d a c o n la f o r m a e n q u e s e u tiliz a n lo s
r e c u r s o s . L a e f ic ie n c ia p r o d u c t iv a d e u n a e m p r e s a e s t á r e la c io n a d a c o n la f o r m a e n
q u e u s a s u s in p u ts d e tie rr a , tr a b a jo y c a p it a l p a r a p r o d u c ir p r o d u c to s y s e r v ic io s . L o s
u tiliz a c o n la m a y o r e f ic a c ia p o s ib le si n o p u e d e r e o r g a n iz a r lo s ( c o m p r a r m á s o m e n o s
in p u ts , d ife re n te s tip o s , c o m b in a r lo s e n p r o p o r c io n e s d ife r e n te s ) para lle g a r a p r o d u cir
m á s o u t p u t c o n la m is m a ca n tid a d d e in p u t s . P a r a u n c o n s u m id o r in d iv id u a l, la e f i ­
c ie n c ia s ig n i f i c a c o n s e g u ir la m a y o r u t ilid a d p o s ib l e d e n tr o d e lo s lím ite s d e la re s­
tr ic c ió n p r e s u p u e sta r ía .
A ú n q u e d a p o r in t r o d u c ir o tr o c o n c e p t o d e e f i c i e n c i a , e l d e la e f ic ie n c ia p a r a la
c o le c tiv id a d , u ó p tim o d e P a r e to . P a re to a fir m ó q u e lo s e c o n o m is ta s p o d ía n j u z g a r q u e
u n a d is tr ib u c ió n e ra m e jo r q u e o tra s i é s ta m e jo r a b a la s it u a c ió n d e a l m e n o s u n a p e r­
so n a sin p e rju d ic a r la c o n d ic ió n d e n ad ie . E l a r g u m e n to p r in c ip a l e s qu e la a s ig n a c ió n
c o le c t iv a e s ó p tim a s i lo s r e c u r s o s n o p u e d e n s e r r e a s ig n a d o s p a r a b e n e fic ia r a a lg u ie n
s in p e r ju d ic a r a l r e s to . C u a lq u ie r p o lít ic a r e d is tr ib u tív a ( q u e to m a d e u n o s p a r a d á rse ­
lo a lo s o tr o s ) v io la la c o n d ic ió n d e P a re to .
H a y u n a c u e s t ió n im p o r ta n te q u e s u rg e e n este m a r c o , r e la c io n a d a c o n la c o n e ­
x ió n e n tre la r a c io n a lid a d y la e fic ie n c ia . T e n ie n d o e n c u e n ta e l d e b a te a n te r io r , n os p re­
g u n ta m o s si la e f ic ie n c ia e s tá im p líc it a e n la m is m a id e a de la e l e c c ió n r a c io n a l. S i
la s p e rs o n a s s e c o m p o r ta n d e fo r m a r a c io n a l, ¿ a c t ú a n a u t o m á tic a m e n te d e fo r m a e f i ­
c ie n te ? In te n ta r e m o s re s p o n d e r a e s ta p r e g u n ta h a c ie n d o p r im e r o u n a d is tin c ió n en tre
lo s u s o s n o r m a t iv o s y e x p lic a t iv o s d e l c r it e r io d e e f i c i e n c i a , y d e s p u é s e x a m in a n d o
la s d if e r e n c ia s e n e l s ig n if ic a d o d e e f i c i e n c i a e n lo s c o n t e x t o s d e l m e r c a d o y d e l a
p o lít ic a .
ENFOQUES ECONÓMICOS DELA POLÍTICA

L a eficiencia puede ser utilizada solamente como un criterio normativo, com o un


estándar a partir del cual evaluar diferentes opciones, distribuciones y asignaciones.
L a eficiencia no predice ni explica nada. No está incluida como un término en las teo­
rías sobre las razones de los dirigentes para asignar recursos de la manera en que lo
hacen, sino que se utiliza simplemente para evaluar las propiedades de las asignacio­
nes, de cualquierforma que se realicen. Por otra parte, la eficiencia puede considerar­
se como un factor activo de impulso de las decisiones económicas o, mejor dicho, las
decisiones tomadas económicamente. En el último caso, la eficiencia alcanza un esta­
tus teórico como una fuerza operativa en el proceso real de toma de decisiones o, como
mínimo, como parte de la estructura selectiva que determina qué decisiones sobreviven
y se reproducen.
Si la eficiencia se utiliza sólo como un criterio normativo, no existe necesariamente
ninguna conexión entre ésta y el comportamiento racional, por Jo menos en un sentido
-n o se hace ninguna predicción sobre cómo actuarán los individuos-. Y , sin embargo,
también aquí la ineficiencia tendría que generar ciertas dudas sobre la racionalidad de
los agentes. Los individuos podrían mejorar conlosrecursos deque disponen, pero no
lo hacen. ¿Cuál es el problema? De ahí que la incapacidad para comportarse de forma
eficiente implique a la racionalidad del individuo.
Alejándonos de la eficiencia como un mecanismo normativo, planteemos la misma
pregunta: ¿la racionalidad implica eficiencia? L a respuesta a esta pregunta depende
del entorno en el que las personas persiguen sus intereses. En el marco del mercado,
los individuos entran en intercambios voluntarios. Los agentes deciden por ellos mis­
mos, en base a su propio interés, si quieren participar en transacciones en las que entre­
garán sus productos a cambio de otros. Para que los agentes participen en el intercambio,
deben creer que éste les beneficiará: si no es así, lo rechazarán. L a capacidad de decir
«no hay acuerdo» y «salir» es una propiedad inherente del mercado. A sí, en un con­
texto de mercado, los individuos comerciarán hasta que lleguen al nivel máximo posi­
ble de satisfacción. Tal como lo expresaron W olff y Resnick:

En la teoría neoclásica existe una correspondencia precisa y necesaria entre una eco­
nomía basada en la propiedad privada y totalmente competitiva, y una óptimamente
eficiente. La economía neoclásica mantiene la percepeión de Adam Smith: cualquier
individuo que tenga el poder (libertad para actuar en su propio interés) será conducido
como por una “ mano invisible" (el mercado plenamente competitivo) a realizar accio­
nes que produzcan la máxima riqueza (eficiencia) para una sociedad de individuos
(19 87 : 89).

2. A p l ic a c io n e s d e l a s t e o r ía s e c o n ó m ic a s d e l a p o l ít ic a

En esta sección examinaremos tres enfoques económicos distintos de la política: la


elección pública, el análisis económico de la política económica y el análisis eco­
nómico de las instituciones. Estos no son los únicos enfoques que pueden exami­
narse. L a teoría de juegos, los modelos de búsqueda de rentas del proceso político y
la economía política de la regulación también podrían haberse incluido. Las limita­
ciones de espacio centran nuestro examen en los tres enfoques mencionados ante­
riormente.
558 CRÍTICAALAECONOMÍAORTODOXA

2 .1 . L a t e o r ía d e l a e l e c c ió n p ú b l ic a

A n iv e l m á s g e n e r a l, la te o r ía d e la e le c c ió n p ú b lic a s u p o n e la a p lic a c ió n d e lo s m é to - ■
d o s e c o n ó m ic o s a la p o lít ic a . V

T o m a las herram ientas y m étodos que han sid o desarrollados hasta niveles an alíti- : :Í L :
co s m u y so fisticad o s en teoría económ ica y a p lic a estas herram ientas y m étodos al
sector p o lítico y gu bern am en tal, a !a p o lític a , a la e c o n o m ía p ú b lic a (B u ch an an ,
1984: 13).

A u n q u e e s ta d e fin ic ió n p u e d e p a rece r s e n c illa , l a tr a n s fe r e n c ia d e lo s m é to d o s e c o - í: ■


n ó m ic o s d e l a e c o n o m ía a la p o lít ic a c o n lle v a a lg u n a s c o m p lic a c io n e s . E s ta s c o m p li- ■'):■
c a c io n e s s e c e n t r a n e n la a g r e g a c ió n d e la s p r e f e r e n c ia s in d iv i d u a le s p a r a o b te n e r ÍR :
re s u lta d o s c o le c t iv o s o « p ú b lic o s » , e l p r o b le m a d e c o o r d in a c ió n d e lo s in terese s y e le c ­
c io n e s in d iv id u a le s p a r a c o n s e g u ir r esu lta d o s c o le c t iv o s , y l a in te r d e p e n d e n c ia d e la s R ;:
d e c is io n e s in d iv id u a le s . E s t o s tres p ro b le m a s h a n s id o tra ta d o s e n la lite r a tu r a s o b r e la s ;■
í;
r e g la s d e v o to , la t e o r ía d e la a c c ió n c o le c t iv a y la te o r ía e s tr a té g ic a ( o d e ju e g o s ) . :
L a te o r ía d e l a e le c c ió n p ú b lic a es r e la tiv a m e n te n u e v a e n lo q u e r e fie r e a te o r ía s Ai
e c o n ó m ic a s , y d e r iv a e n p a r te d e la lite ra tu ra so b re fin a n z a s p ú b lic a s de lo s añ os 50
( M u s g r a v e y P e a c o c k , 1 9 5 8 ; M u s g r a v e , 1 9 5 9 ), y en pa rte d e la s c o n tr ib u c io n e s s e m i ¡ /R'
Social Choice and Individual Valúes ( 1 9 5 1 ) , A n t h o n y
n a le s d e K e n n e t h A r r o w e n i ;
D o w n s e n An Economic Theory ofDemocracy (1 9 5 7 ) y J a m e s B u c h a n a n y G o r d o n ;R
T u l l o c k e n The Calculus ofConsent (1 9 6 2 ). The Logic ofCollective Action d e M a n c u r /R
O ls o n a y u d ó a s itu a r e l tr a b a jo so b re la e le c c ió n p ú b lic a d e lo s e c o n o m is ta s fre n te a l d e : ::
lo s c ie n t ífic o s d e l a p o l ít ic a y fa c ilit ó la c o n c e p t u a liz a c ió n d e m u c h a s p r e o c u p a c io n e s LR
está n d a r d e l a c ie n c ia p o lít ic a ( in c lu y e n d o la o r g a n iz a c ió n d e g r u p o s d e in te r é s , e l c o m ­
p o r ta m ie n to b u r o c r á tic o , la s b a se s o r g a n iz a tiv a s d e l a in flu e n c ia , la s a lia n z a s ) c o m o R
p r o b le m a s d e a c c ió n c o le c t iv a . i:’
L a s c o n tr ib u c io n e s d e la e le c c ió n p ú b l ic a s o n fá c ile s d e h is to ria r y a q u e e x is te u n a :
r e v is ta (Public Choice) y u n a s o c ie d a d p r o fe s io n a l ( la Public Choice Society). A u n q u e ;
la lite r a tu r a s o b r e la te o r ía d e la e le c c ió n p ú b lic a n o e s tá lim it a d a a la re v is ta , la e x is ­
te n c ia d e u n e s p a c io p a r a la p u b lic a c ió n , d e u n a s o c ie d a d y d e re u n io n e s p r o fe s io n a le s
h a a y u d a d o a c o n s o lid a r y c e n tr a r lo q u e d e o tra fo r m a h u b ie r a s id o u n p r o g r a m a d e
in v e s tig a c ió n fr a g m e n t a r io . L a Public Choíce Society to m ó f o r m a a m e d ia d o s d e lo s
a ñ o s 6 0 , f i j ó su b a s e e n l a U n iv e r s i d a d d e V i r g i n i a y f u e l l a m a d a o r ig in a l m e n t e
Committee ofNon-Market Decision-Making ( C o m it é d e to m a d e d e c is io n e s n o d e m e r­
1966 p u b lic ó u n a s e r ie lla m a d a Papers an Non-Market
c a d o ) ( T o llis o n , 1 9 8 4 : 3 ) . E n
Decision-Making. E n 196 8 , e l gru p o c a m b ió su n o m b re a Public Choice Society y e l títu - :
lo d e la r e v is ta a Public Choice. C o n to d o , lo s n o m b re s o r ig in a le s son in s tr u c tiv o s y a :;
q u e d a n a e n te n d e r q u e l a e c o n o m ía c o m o m a t e r ia e s tá r e la c io n a d a c o n m e r c a d o s y
p r o c e s o s d e d e c is ió n q u e s o n in d iv id u a le s , m ie n tr a s q u e l a p o l ít ic a s e c e n tr a e n p r o ­
c e s o s (o r e s u lta d o s ) c o le c t iv o s .
V a m o s a v e r s i p o d e m o s p r e c is a r m á s l a d e f in ic ió n p r e v ia d e la e le c c ió n p ú b lic a '
c o m o s im p le m e n te l a a p lic a c ió n d e m é to d o s e c o n ó m i c o s a la p o lític a . D e s p u é s d e to d o , ;
es p o s ib le a p lic a r m é t o d o s e c o n ó m ic o s a p r o b le m a s p o l ít ic o s q u e n o s o n p ú b lic o s , o a l
m e n o s n o en u n g r a d o s ig n ific a t iv o . P o r e je m p lo , s e p o d r ía n a n a liz a r la s p r o p ie d a d e s
ENFOQUES ECONÓMICOS DE LA POLÍTICA 559

d e e f i c i e n c i a d e u n p r o g r a m a r e d i s t r i b u t i v o ' E n la m a y o r í a d e l o s t r a b a jo s e s t á n d a r , l a
e l e c c i ó n p ú b li c a s e d e f i n e c o m o l a a p l i c a c i ó n d e lo s m é t o d o s e c o n ó m i c o s a l a p o l í t i c a
( M u e l l e r , 1 9 7 9 : l ; B u c h a n a n , 1 9 8 4 : 1 3 ; E k e l u n d y T o l l i s o n , 1 9 8 6 : 4 4 0 ) , s in v i n c u l a r
e s t o s m é t o d o s a l o s r e s u lta d o s q u e s o n d e a lg u n a m a n e r a p ú b lic o s (p a r a u n a v i s i ó n d e c o n ­
j u n t o , v e r P lo t t , 1 9 7 6 ) . E n e s t e s e n t id o , lo s tr a ta m ie n to s d e S t i g l i t z ( 1 9 8 8 : 145 y s ig u i e n ­
t e s ) y M c L e a n ( 1 9 8 7 : 9 - 1 1 ) s o n d e m á s a y u d a . C o n t o d o , l a lit e r a t u r a s o b r e l a e l e c c i ó n
p ú b l i c a d e ja c la r o q u e l a r e l a c i ó n e n tr e la e l e c c i ó n p ú b l i c a y l o s b ie n e s p ú b li c o s e s m u y
e s t r e c h a . S i l o s r e s u lt a d o s n o e s t u v ie r a n c a r a c t e r i z a d o s p o r l a s e x t e m a l i d a d e s , l a s d e c i ­
s io n e s p r iv a d a s b a s t a r ía n . E l c e n t r o s e g u ir ía s ie n d o l a e le c c i ó n i n d i v i d u a l - s u s p r e f e ­
r e n c ia s y c o m p o r t a m ie n t o m a x i m i z a d o r - . S o n lo s r e s u lt a d o s d e la s d e c is io n e s p r iv a d a s
q u e s o n p ú b lic o s , c o le c t iv o s e in d iv is ib le s lo s q u e s o n r e le v a n te s . E l p ú b lic o n o e s u n a g e n ­
t e e le c t o r ; n o p u e d e s e r lo e n u n a t e o r ía m e t o d o l ó g i c a m e n t e i n d iv id u a l is t a .
L a t e o r ía d e l a e le c c i ó n p ú b li c a c o n s id e r a c e n t r a le s a l o s a c to r e s i n d iv id u a l e s , y a s e a
a c t u a n d o c o m o m i e m b r o s d e p a r t id o s p o l í t i c o s , g r u p o s d e in t e r é s o b u r o c r a c i a s , s e a n
e l e g i d o s o n o m b r a d o s o s e a n c i u d a d a n o s o r d i n a r i o s o d ir e c t o r e s g e n e r a le s :

La premisa fundamental de la elección pública es que los que toman las decisiones polí­
ticas (votantes, políticos, burócratas) y los que tornan las decisiones privadas (con­
sumidores, agentes de bolsa, productores) se comportan de fonna similar: todos siguen
los dictados del interés propio racional. De hecho, los que toman las decisiones polí­
ticas y económicas son muchas veces una misma persona -consumidor y votante-.
El individuo que compra las provisiones para la familia es el mismo que vota en unas
elecciones (Ekelund y Tollíson, 1986: 440).

L a t e o r ía d e l a e l e c c i ó n p ú b l i c a e s d if e r e n t e d e l a e c o n o m í a c o n v e n c i o n a l n o e n s u
c o n c e p c ió n d e l in d iv id u o y d e l a s f u e r z a s q u e m o t iv a n l a a c t u a c ió n , s in o e n la s d ife r e n te s
l im it a c io n e s y o p o r tu n id a d e s o fr e c id a s p o r e l e n to r n o p o lít ic o e n c o n tr a p o s ic ió n a l
e n t o r n o d e m e r c a d o . E n e s t a n u e v a t e o r í a , l a e c o n o m í a ( e n t e n d id a c o m o e l i n t e r c a m ­
b io d e m e r c a d o , l a p r o d u c c i ó n , e l c o n s u m o ) y la p o l í t i c a ( e l i n t e r c a m b i o p o l í t i c o , e l
p o d e r , la s r e l a c i o n e s d e a u t o r id a d ) a p a r e c e n c o m o a p l i c a c i o n e s e s p e c i a l e s , y n o c o m o
m a t e r ia s d ife r e n t e s . L a p o l ít ic a s e r e fie r e s im p l e m e n t e a a q u e lla s in s titu c io n e s y p r o c e s o s
a t r a v é s d e l o s c u a l e s lo s i n d i v i d u o s p e r s i g u e n s u s p r e f e r e n c i a s c u a n d o e s t a s p r e f e ­
r e n c ia s s e r e fi e r e n a p r o d u c to s q u e s o n i n t e r d e p e n d ie n t e s o p ú b l i c o s .
E n l o q u e q u e d a d e e s t a s e c c i ó n n o s r e fe r ir e m o s a d o s r a m a s d e l a t e o r í a d e l a e l e c ­
c ió n p ú b li c a : l a n o n n a t iv a y l a p o s it iv a . L a p r im e r a s e r e fie r e n o n n a l m e n t e a t e m a s r e la ­
c i o n a d o s c o n e l d is e ñ o p o l í t i c o , la s n o n n a s p o l í t i c a s b á s i c a s , e n b r e v e , c o n e l m a r c o
c o n s t i t u c i o n a l d e n t r o d e l c u a l s e p r o d u c e n lo s p r o c e s o s p o l í t i c o s . L a o b r a d e A r r o w
( 1 9 5 1 ) y S e n ( 1 9 7 0 ) e je m p li f ic a la r a m a n o n n a t i v a . L a r a m a p o s it iv a e s t á r e la c io n a d a c o n
l o s in t e n t o s d e e x p l i c a r e l c o m p o r t a m ie n t o p o l ít ic o o b s e r v a b le e n t é r m in o s d e e l e c c i ó n
t e ó r i c a . L a d i s t in c i ó n e n tr e l a e l e c c i ó n p ú b l i c a n o r m a t i v a y l a p o s i t i v a n o e s h e n n é t i c a .
E l t e o r e m a d e l a im p o s i b i lid a d d e A r r o w p u e d e in t e r p r e t a r s e e n t é n n ín o s p o s it iv o s c o m o
l a p r e d i c c i ó n d e c ic l o s e n m a y o r í a s , a s í c o m o l a e m e r g e n c i a d e n o r m a s p o l í t i c a s p a r a

l. E s verdad que el propio programa, expresado en una política, es público, y quizá ím plem entad° a tra­
vés de la acción autoritaria. Pera la redistribución en sí misma, la imposición de contribucíones s°t>re
los recursos de x entregándoselos a y no es pública, en el sentido de no inexcluibilidad ° n M Ívá h ó o d ,
las dos características estándar de los bienes públicos. 1: : 11
560 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

prevenirlos. N o obstante, estas categorías han servido para organizar el pensamiento y


la investigación entre los partidarios de la teoría de la elección pública.

La elección pública normativa. La elección pública normativa trata sobre el análisis


de las propiedades deseables del sistema político. ¿Qué tipo de arreglos institucionales
son eficientes, sensibles y justos? ¿Qué tipos de normas electorales convierten (agre­
gan) mejor las preferencias individuales en decisiones públicas? ¿Qué estructura guber­
namental es más probable que evite las concentraciones de poder, el estancamiento o
Ja inestabilidad? ¿Será un sistema federal o un sistema unitario mejor a la hora de «con­
tener» las diferencias éticas, de clase y religiosas? Estas son preguntas representativas
coherentes con una visión de la elección pública.
Buchanan y Arrow proporcionan dos ejemplos de elección pública normativa.
James Buchanan se muestra interesado en organizar la sociedad para incrementar el
ámbito del libre intercambio, ya sea en un marco económico (el mercado) o político
(el Estado). En un marco político, él distingue entre políticas constitucionales y post­
constitucionales. Sin embargo, en las dos se mantiene una posición fuertemente con­
tractual. E l sistema político es considerado deseable mientras facilite el intercambio
voluntario y las relaciones proporcionales entre los costes privados y los beneficios
proporcionados públicamente (aunque consumidos en privado) (Buchanan, 1987, 1988).
En Social Choice and Individual Valúes, Kenneth Arrow se ocupa de las normas de
voto que convierten coherentemente las opciones de preferencia individual en deci­
siones de grupo. Vamos a profundizar en este ejemplo.
En 1951, Kenneth Arrow publícó Social Choice and Individual Valúes, un libro
que provocó una amplio interés por la elección pública. E l problema básico era sim­
ple: en una democracia representativa, donde los individuos votan o registran sus pre­
ferencias en resultados colectivos, ¿cómo pueden esas preferencias individuales ser
cohere ntemente agregadas para producir decisiones colectivas? E l término «coheren­
temente» se refiere a la misma condición de transitividad necesaria para la racionalidad
a nivel individual.
Lo que Arrow descubrió (o de hecho redescubrió, ya que Jos resultados ya los ha­
bían conocido DeBorda y Condorcet en el siglo xvrn) fue que el establecimiento de
ordenamientos individuales de preferencias generalmente no se «ajustan» a un ordena­
miento consistente de preferencias sociales (o función de bienestar social). Literalmente,
el grupo no puede decidir de forma colectiva (Buchanan, 1984: 17). Sin embargo, tal
como han apuntado Frolich y Openheimer, para que la presunción de racionalidad indi­
vidual tenga alguna validez a la hora de explicar resultados políticos, que son forzo­
samente colectivos, debe existir un vínculo consistente entre las clasificaciones
individuales y de grupo (1978: 15). Esto es precisamente lo que Arrow constató que,
dados sus supuestos, no existía.
Utilicemos un ejemplo prototipo. Imaginemos que tenemos a tres individuos y tres
opciones de candidatos o de políticas. En el gráfico 4, las preferencias privadas de los
votantes 1, 2 y 3 son dadas para los candidatos o temas A, B y C.
Ahora intentemos agregar estas preferencias individuales tomando pares de votos
entre las alternativas. Si comparamos A con B, A domina. a B. Los votantes 1 y 2 pre­
fieren A a B. Si comparamos B con C , domina B. Si A domina sobre B y B domina
sobre C , A debería dominar sobre C . Pero esto es precisamente lo que no ocurre. Los
ENFOQUES ECONÓMICOS DE LA POLÍTICA 56!

Gráfico 4. E l problema de la elección social

Candidatosffemas

VOTANTES A B C

1^ A > B > c

2 ----------- > opciones C > A > B


privadas
3^ B > C > A

opciones A > B > C > A


colectivas

v o ta n te s 2 y 3 p r e fie r e n C a A . L a s p r e fe r e n c ia s in d iv id u a lm e n te c o h e r e n te s n o d e fi­
n en u n a s p r e fe r e n c ia s c o h e r e n te s a n iv e l d e g r u p o .
E l r e s u lta d o d e A r r o w , d e n o m in a d o te o r e m a d e la im p o s ib ilid a d g e n e r a l, h a p r o ­
v o c a d o d ife r e n te s r e a c c io n e s . A lg u n o s lo c o n s id e r a n ir r e le v a n te ( v e r « T h e G e n e r a l
Ir r e le v a n c e o f th e G e n e r a l lm p o s s ib ilit y T h e o r e m » d e T u llo c k , 1 9 6 7 ), m ie n tr a s q u e
o tro s m a n tie n e n q u e a ta c a lo s c im ie n to s ló g ic o s d e l a d e m o c r a c ia .
L o q u e A r r o w p a r e c e d e c ir n o e s s o la m e n t e q u e s in r e s tr ic c io n e s e n la f o r m a d e
la s p r e fe r e n c ia s in d iv id u a le s la s d e m o c r a c ia s n o s o n d e m o c r á tic a s , s in o q u e n o p u e ­
d e n s e r lo , a l m e n o s e n e l s e n tid o d e t e n e r r e g la s d e v o to p a r a la c o n v e r s ió n c o h e r e n te
d e lo s d e s e o s p r iv a d o s en e le c c io n e s c o le c t iv a s . U n p r o c e d im ie n to d e m o c r á tic o q u e
p r o d u z c a e le c c io n e s d e g r u p o tr a n s itiv a s , p e r o n o a r b itra r ia s , e s im p o s ib le , s i s e g u i­
m o s la s c in c o r a z o n a b le s s u p o s ic io n e s d e A r r o w 2 -
L a p ro p ia s o lu c ió n d e A r r o w a l p r o b le m a n o s e x ig e a b a n d o n a r la s u p o s ic ió n d e la
c o m p le ta e x o g e n e id a d y a u to n o m ía d e l a s p r e fe r e n c ia s in d iv id u a le s .

Debe exigirse que exista algún tipo de consenso sobre los objetivos de la sociedad, o
no se podrá formar ninguna función de bienestar social (1951: 83).

P e r o ¿ c ó m o p o d e m o s a s e g u r a r e s t e c o n s e n s o s in s u p o n e r q u e la s p r e fe r e n c ia s s e
fo r m a n e n g ra n m e d id a p a r a s e r v ir a e s e c o n s e n s o ? S i l a s p r e fe r e n c ia s s e fo r m a n d e
e s ta m a n e ra , s o n e n e s te s e n tid o e n d ó g e n a s .
D e s d e 1 9 5 1 , m u c h a s in v e s t ig a c io n e s , ta n to n o r m a tiv a s -fo r m a le s c o m o e m p ír ic a s ,
s e h a n in s p ir a d o e n e l p r o b le m a d e A r r o w . E l te o re m a d e A r r o w im p lic a q u e l a s d e m o ­
c r a c ia s d e b e n o b ie n s e r in e s ta b le s y e x p e r im e n ta r un c ir c u ito p e rp e tu o d e m a y o r ía s , o

2. suposiciones son las siguientes: no restricción de las preferencias individuales, no perversidad de ia agre­
gación, independencia de las alternativas irrelevantes, soberanía ciudadana y no dictadura. Parecen bas­
tante razonables, y hasta débiles, ya que solo explicitan lo que muchos habían asumido siempre en teoría
democrática. Para una discusión a fondo de estas suposiciones, ver Frolich y Oppenheimer (1978: 19-23).
562 CRÍTICA ALAECONOMÍAORTODOXA

esta r c a r a c te r iz a d a s p o r un e q u ilib r io in d u c id o arb itra ria m e n te . L a s o p c io n e s n o s o n


m u y atra ctiv as. N o e s sorpren den te q u e estim u la ra u n a gran ca n tid ad d e trabajo posterior.
E stas in v e s tig a c io n e s p rete n d en e n c o n tr a r u n a s a lid a a la p a r a d o ja a tra v é s d e l e s tu d io
d e fo n n a s d e v o to a lte r n a tiv a s . P a r te d e e s t o s tra b a jo s s ó lo c o n fir m a n y p r o fu n d iz a n
la p ru e b a d e A r r o w , c o m o e l T e o r e m a d e l C a o s d e M v K e lv e y ( M c K e lv e y , 19 7 6 , 1979),
q u e d em u estra q u e , a m e n o s q u e la s p referen cia s se a n perfectam en te sim étricas alreded or
d e un p u n to m e d io , s e p ro d u ce u n c ir c u ito g l o b a l que in c lu y e to d a s las o p c io n e s . E s t e
r e s u lta d o h a d e m o s tr a d o s e r d u r a d e ro y h a s id o e x p re s a d o e n té r m in o s d e la te o r ía d e
ju e g o s p o r S c h o fie ld (1 9 7 8 ), q u ien p r o b ó q u e lo s ju e g o s d e v o to m u ltid im e n s io n a le s tie­
n en n ú c le o s v a c ío s , en te n d ie n d o lo s « n ú c le o s » c o m o e l c o n ju n to d e estrategias d e eq u i­
lib r io p o s ib le s (v e r M c L e a n , 1 9 8 7 : 1 8 6 ). P a r t e d e e s te tr a b a jo p r e te n d e e x p lo r a r la s
p r o p ie d a d e s d e l g o b ie r n o d e la m a y o r ía c o n e l o b je tiv o d e e s ta b le c e r si e l g o b ie r n o d e
la m a y o r ía c u m p le c o n c ie r t o s c r it e r io s n o r m a t iv o s ( v e r R a e , 1 9 6 9 ; T a y lo r , 1 9 6 9 ).
O tro s trabajos h an intentado relajar la s su p o sicio n es, y a d é b ile s, d e A r r o w , p e n n itien d o
la r e s tr ic c ió n d e las p r e fe r e n c ia s , in te n s id a d e s v a r ia b le s d e las p r e fe r e n c ia s y c o n tr o l
s o b r e e l p r o g r a m a . A u n q u e n o v a m o s a h o r a a d e b a tir d e ta lla d a m e n te e sta s in v e s tig a ­
c io n e s (v e r M u e lle r , 19 7 9 : c á p . 3 p a ra u n d e b a te so b re e l te m a ) , e s c o n v e n ie n te h a c e r
u n b r e v e co m e n ta r io . L a s u p o s ic ió n d e A r r o w d e q u e s e p u e d e p e n n itir c u a lq u ie r o rd en
d e p r e fe r e n c ia s p o s ib le s e r e la ja hasta c o n s id e r a r d is tr ib u c io n e s p a rticu la re s d e la s p re ­
fe r e n c ia s , c o m o la s q u e son d e un s o lo p ic o (u n punto r e s p e c to a l q u e todos lo s d e m á s
e s tá n p o r d e b a jo ) . L a s d is tr ib u c io n e s d e u n s o lo p ic o p u e d e n resu lta r en e q u ilib r io d e
la m a y o r ía , ta l c o m o h a d e m o s tra d o S lu t s k y (1 9 7 7 ). E l p e n n itir in ten sid ad e s v a r ia b le s
d e p referen cias e s tim u la e l s is te m a d e c o n c e s io n e s m utuas, abriendo la p o sib ilid a d d e so lu ­
c io n e s n o d is p o n ib le s c o n la s p r e fe r e n c ia s d e fin id a s d e fo r m a o r d in a l. F in a lm e n te , e l
c o n tr o l d e l p r o g r a m a s u g ie r e u na p o s ib le s o lu c ió n a l p r o b le m a d e lo s c ir c u ito s , au n q u e
n o e s tá c la r o c ó m o p u e d e esta s o lu c ió n n o s e r arb itra ria. .

f e o ™ d e /a e le c c ió n p ú b lic a p o s it iv a . M ie n t r a s q u e la e le c c ió n p ú b lic a n o rm a tiv a trata


s o b r e la s c a r a c te r ís tic a s d e s e a b le s d e la s n o n n a s , p r o c e d im ie n to s e in s titu c io n e s a tra­
v és d e la s cu a le s s e r e a liz a n las e le c c io n e s c o le c t iv a s , la e le c c ió n p ú b lic a p o s itiv a p re ­
tende e x p lic a r e s a s n o r m a s , p r o c e s o s de e le c c ió n y su s c o n s e c u e n c ia s . L a s s ig u ie n te s
p r e g u n ta s s o n r e p r e s e n ta tiv a s : ¿ P o r q u é y c ó m o la s p e rs o n a s e s ta b le c e n le y e s , c r e a n
in s titu c io n e s p o lít ic a s , se o r g a n iz a n en g r u p o s y v o ta n ? ¿ Q u é fa c to r e s fig u r a n e n la
fo r m a c ió n e in flu e n c ia d e lo s g r u p o s ? ¿ Q u é c o n d ic io n e s lle v a n a la c o o p e r a c ió n e x ito s a
e n tre m ie m b r o s d e c á r te le s o c la s e s ? ¿ C ó m o (y c u á n d o , b a jo q u é c o n d ic io n e s ) to m a n
lo s e s ta d o s -n a c ió n d e c is io n e s s o b r e la p r o v is ió n d e b ie n e s p ú b lic o s in te r n a c io n a le s ?
¿ A q u é r e s p o n d e e l c o m p o r ta m ie n to d e lo s b u r ó c r a ta s , lo s le g is la d o r e s y lo s g r u p o s d e
p r e s ió n ? A u n q u e c o n u n a c ie r ta r e la c ió n c o n la s c u e s tio n e s n o r m a tiv a s , esta s p r e g u n ­
tas s o n d ife r e n te s a la s r e la c io n a d a s c o n la s p r o p ie d a d e s d e e q u ilib r io d e lo s p r o c e d i­
m ie n to s d e v o ta ció n d e la m a y o ría y so b re si e s p o s ib le c o n s tru ir u n a fu n c ió n d e bienestar
s o c ia l c o h e r e n te d esd e la b a se .
A s í , m ie n tra s q u e la e le c c ió n p ú b lic a n o n n a t iv a p la n te a p reg u n ta s so b re c ó m o p o d e ­
m o s o r g a n iz a r la v id a p o lític a para q u e los r e s u lta d o s e x p re s e n d e la m e jo r fo r m a p o s i­
b le e l in terés p r o p io p r iv a d o (u tilita r io ), la e le c c ió n p ú b lic a p o s itiv a v a m á s a llá . S u p o n e
q u e lo s c iu d a d a n o s a c tú a n en b a s e a l in te r é s p r o p io (en e l s en tid o q u e le d a n lo s e c o n o ­
m is ta s ) , d e fo r m a q u e lo s re s u lta d o s p o lític o s re a le s p u e d e n e x p lic a r s e en b a s e a e llo .
ENFOQUES ECONÓMICOS DE LA POLÍTICA 563

G r a n p arte d e la in v e s t ig a c ió n s o b r e l a e le c c ió n p ú b lic a p o s itiv a la h a in s p ir a d o e l


lib r o Logic o f Collective Action d e O ls o n ( 1 9 6 5 ). E s t a in v e s t ig a c ió n a b a r c a d e sd e la s
a p r o x im a c io n e s e x p e r im e n ta le s y d e s im u la c ió n d e A x e l r o d ( 1 9 8 1 , 19 8 4 ) a l e s tu d io
h is tó r ic o d e c a s o s d e c a m p e s in o s r a c io n a le s d e P o p k in ( 1 9 7 9 ), e l tr a b a jo d e T a y lo r
(1 9 8 8 ) s o b re l a r e v o lu c ió n c o m o u n p r o b le m a d e a c c ió n c o l e c t i v a y e l tra ta m ie n to d e
B o w m a n (1 9 8 9 ) d e la c o o p e r a c ió n e n tr e c a p it a lis t a s d e s d e e l m is m o p u n to d e v is t a .
Ig u a lm e n t e , p o d e m o s in c lu ir g r a n p a r t e d e l a lite r a tu r a s o b r e la s r e la c io n e s in te r n a ­
c io n a le s , e s p e c ia lm e n te la c e n tr a d a e n e l p r o b le m a d e l a p r o v is ió n d e b ie n e s p ú b lic o s
a n iv e l in te r n a c io n a l ( K e o h a n e , 1 9 8 2 , 1 9 8 4 ; G ilp in , 1 9 8 7 ; G o w a , 1 989).
P a r a ilustrar e s te e n fo q u e , d e b a tire m o s b r e v e m e n te lo s fe n ó m e n o s d e l v o to (D o w n s )
y d e la o r g a n iz a c ió n d e lo s g r u p o s d e in te r é s ( O ls o n ) . F ijé m o n o s p r im e r o en e l trata­
m ie n to d e l voto d e A n t h o n y D o w n s e n An Economic Theory ofDem ocracy (1 9 5 7 ). E l
v o to lle v a a u n ú n ic o resu lta d o ( la v ic t o r ia o la d e rro ta e le c to r a l) p a r a to d o s , a un ú n ic o
p a rtid o en e l p o d e r y a u n ú n ic o c o n ju n to d e p o lít ic a s . L o s re s u lta d o s e le c to r a le s tie n en
a lg u n a s d e las c a r a c te r ís tic a s d e los b ie n e s p ú b lic o s , s o b r e to d o la d ific u lta d d e e x c lu ir
a a lg u n a s p e rs o n a s d e lo s b e n e fic io s y c o s te s a s o c ia d o s a l a c o a lic ió n g a n a d o r a . S i
e x is t e a lg ú n c o s t e a s o c ia d o a la p a r t ic ip a c ió n , e sto in c e n t iv a r ía e l « c o m p o r ta m ie n to
d e l p o liz ó n » (jree-ríder).
E l a n á lis is r a c io n a l d e l v o to d e D o w n s r e f u n d e l a te o r ía p o l ít ic a d e m o c r á t ic a en
té r m in o s e c o n ó m ic o s . E l p o lít ic o e s e l s u m in is tr a d o r d e p o lít ic a s y s e r v ic io s g u b e rn a ­
m e n ta le s . E l v o ta n te e s e l c o n s u m id o r , q u e u t iliz a sus v o to s c o r n o d ó la re s p a ra e x p r e ­
s a r d e m a n d a s p o lít ic a s . E l p o l ít ic o c a m b ia s e r v ic io s p o r a p o y o p o l ít ic o . E l v o ta n te
c a m b ia v o to s p o r s e r v ic io s p ú b lic o s , E s f á c i l v e r c ó m o l a p r o p a g a n d a p o lític a , la fin a n ­
c ia c ió n d e c a m p a ñ a s y e l a s e s o ra m ie n to m e d iá tic o en tra n a f o r m a r p a rte d e l p a n o r a ­
m a . L a im a g e n r e s u lta n te e s la d e u n p r o c e s o p o lít ic o en e l q u e lo s in d iv id u o s , a u n q u e
o c u p a n d o p a p e le s p o lít ic o s d ife r e n te s , e s tá n m o t iv a d o s p o r e l in te r é s p r o p io , y e s tá n
d is p u e s to s a p a r tic ip a r e n in te r c a m b io s p a r a a u m e n t a r e s t e in te r é s p r o p io . L a im p o r ­
ta n c ia d e la id e o lo g ía ( la c r e e n c ia en e l New D eal, p o r e je m p lo ) y d e la s fu e r z a s trad i­
c io n a le s ( c o m o la id e n t ific a c ió n c o n u n pa rtid o ) d is m in u y e n e n fa v o r d e l in te r é s y d e
la s p e r c e p c io n e s d e u tilid a d a s o c ia d a s a u n o u o tr o p a r tid o , a u n a u o tr a p o lític a .
¿ C ó m o fu n c io n a e l m o d e lo d e v o to e n l a te o r ía d e D o w n s ? E n e l m o d e lo h a y d o s
p a r tid o s p o lític o s . P r e s u m ib le m e n te , e s to e s e l r e s u lta d o d e u n a e s p e c ific a c ió n in stitu ­
c io n a l q u e s e p r o d u ce fu e r a d e l m o d e lo . P o r e je m p lo , u n a n o rm a q u e e x ig ie r a distritos d e
e le c c ió n d e un s o lo c a n d id a to , c o n u n v e n c e d o r q u e r e c o g ie r a to d o s lo s v o to s , lo q u e
a s e g u r a r ía q u e n o h u b ie r a m á s d e d o s p a r tid o s . L o s v o ta n te s está n o rd e n a d o s a lo la rg o
de un conlinuum u n id im íe n s io n a l d e s d e lib e r a l a co n se rv a d o r. E s to ev ita e l p ro b le m a d e
A r r o w , y a q u e la d istrib u ció n d e lo s v o ta n tes es d e u n so lo p ic o . L o s p a rtid o s in ten tan
fo r m u la r p a q u e te s d e p o lít ic a s ( p r o g r a m a s ) q u e atra ig a n a la m a y o r ía d e lo s v otan tes.-
N o o fr e c e n su s p r o g r a m a s p o r q u e c r e a n e n e llo s o p o r q u e e s té n v in c u la d o s a su c o n te ­
n id o . L o s o fre ce n d e f o r m a in stru m e n ta l, c o m o u n a fo r m a d e c o n s e g u ir e l p o d e r p o lític o .
C o n estas c o n d ic io n e s , D o w n s d e m u e s tr a q u e lo s dos p a r tid o s p o lític o s s e d e s p la ­
z a r a n a l c e n tr o d e l contim um , h a c ia e l v o ta n te m e d io . C u a lq u ie r o tr a e s tr a te g ia n o
s e r ía r a c io n a l, y a q u e n o e s ta ría d is e ñ a d a p a r a g a n a r ¡a s e le c c io n e s . E l g r á fic o 5 ilu s tr a
e s te p u n to . : ■.
E n e s te g r á f ic o lo s v o ta n te s e s tá n a lin e a d o s a lo la r g o d e u n continuum d e s d e e l
m á s co n s e rv a d o r a l m á s lib e r a l. L a m e d ia n a d e lo s v o ta n te s s e e n c u e n tr a en e l p u n to X .

..r-te
564 CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

Gráfico 5. Partidos políticos y la mediana de los votantes

X = mediana
C = conservadores ^
L = liberales

Exactamente la mitad de los votantes son más conservadores y la mitad son más libe­
rales. Si el partido A dirige su programa al votante más liberal, digamos X + 2, lo único
que debe hacer el partido B es orientarse a todos los votantes a la izquierda de X + 2 y i
se asegurará la victoria. L a mediana de los votantes identifica el punto de referencia
para la victoria. Los votantes X + l (y todos los que se sitúen a su izquierda) definen
una coalición mínima ganadora. .
Esta predicción de que los partidos se orientarán al votante medio, se apoya en
una concepción del votante individual y los cálculos subyacentes del voto. Existen
tres componentes de ese cálculo. E l primero es la diferencia en utilidad que se deriva
de que uno u otro partido esté en el poder. E l segundo es la probabilidad de influir
sobre este resultado -e s decir, la probabilidad de provocar una variación- Y el ter­
cero son las recompensas asociadas a la participación en el proceso democrático.
Downs afirmó que a los votantes les importan las elecciones en tanto en cuanto les
importa quién pierde o gana. De forma que una variable importante es lo que le impor­
te a un votante que gane un partido u otro. Esta diferencia puede ser importante sin
que implique mucha motivación para votar. E l individuo puede calcular que la pro­
babilidad de influir sobre e! resultado es muy baja. En efecto, esta probabilidad es
igual a las posibilidades de ser el miembro crítico (el miembro decisivo) de una míni­
ma coalición ganadora. Si el electorado es grande o si se prevé que en la elección se
produzca una victoria arrolladora, la probabilidad de ser el miembro decisivo es muy
pequeña. L a s condiciones bajo las que un individuo tendrá importancia (victorias muy
justas) parecen ser precirnmente aquellas en las que las diferencias entre partidos se
reducen a cero. Si los partidos se comportan de forma racional, adoptarán políticas
orientadas al votante medio.
Hay una ironía evidente en la forma en que la utilidad del diferencial entre partidos
y la probabilidad de influir sobre el resultado electoral compiten entre sí. Si el votante
cree que es importante quién gane, la elección no puede ser muy justa, ya que al menos
uno de los partidos no es del agrado del votante medio. Porotraparte, si los partidos están
muy próximos en términos de los programas ofrecidos, también deberían estarlo en

\
ENFOQUES ECONÓMICOS DE LA POLÍTICA 565

t é r m in o s d e a p o y o e l e c t o r a l , lo q u e s i g n i f i c a q u e l a p r o b a b i l i d a d d e i n f l u i r s o b r e e l
r e s u lta d o es m a y o r .
O t r a á r e a im p o r t a n t e d e l a e le c c i ó n p ú b li c a p o s i t i v a e s t á r e l a c i o n a d a c o n e l a n á li­
sis d e l o s g r u p o s d e i n t e r é s . E n The Logic of Collective Action ( 1 9 6 5 ) , M a n c u r O ls o n
p la n t e ó la s id e a s d e l o s b ie n e s p ú b l i c o s y e l p r o b le m a d e l a a c c i ó n c o l e c t i v a d i r e c t a ­
m e n t e a l a a t e n c ió n d e l o s p o l i t ó l o g o s . L o h i z o in t e n t a n d o d e m o s t r a r q u e lo s f e n ó m e ­
n o s c e n t r a l e s e n p o l í t i c a - l a o r g a n i z a c i ó n d e g r u p o s d e in t e r é s y s u i n f l u e n c i a - s o n
b ie n e s p ú b l i c o s .
A l p la n t e a r e s t e a r g u m e n t o , O l s o n a t a c ó v i g o r o s a m e n t e a l p l u r a l i s m o y a l m a r x i s ­
m o p o r ig n o r a r e l p r o b l e m a d e l a a c c i ó n c o l e c t i v a p a r a g r u p o s y c l a s e s , r e s p e c t i v a ­
m e n t e . L o s p l u r a l i s t a s c r e í a n , d e f o r m a c a s i in c u e s t i o n a b l e , q u e la o r g a n i z a c i ó n e n
g r u p o s d e in t e r é s e r a l a e x p r e s i ó n n a t u r a l d e lo s in t e r e s e s c o l e c t i v o s . A l g u n o s a r g u ­
m e n t a r o n q u e l o s m a r x is t a s c r e ía n q u e l a t r a n s ic ió n d e lo s in t e r e s e s o b j e t i v a m e n t e c o m ­
p a r t id o s a t e o r g a n i z a c i ó n y m o v i l i z a c i ó n d e c l a s e e r a e s p o n t á n e a . O l s o n lo v e í a d e
o tr a f o r m a . É l n o s o l o c u e s t i o n ó l a n a t u r a le z a a u t o m á t i c a d e l a t r a n s i c i ó n d e l in t e r é s
p r i v a d o a l a o r g a n i z a c ió n d e g r u p o , s in o q u e p a r e c i ó in v e r t ir l a c u e s t ió n a f i r m a n d o q u e
n o e s r a c i o n a l p a r a l o s in d iv id u o s c o n t r ib u ir a l a c o n s e c u c i ó n d e l o s in t e r e s e s c o l e c t i ­
v o s . M a l o s m o m e n t o s p a r a l a d e m o c r a c i a . A r r o w c u e s t io n ó l o s c i m i e n t o s l ó g i c o s d e
l a d e m o c r a c ia c o n s u a n á lis is d e l a s r e g la s d e v o t o . O l s o n a t a c ó l a r a c io n a lid a d d e l a o r g a ­
n i z a c i ó n e n g r u p o s d e i n t e r é s , e l m e c a n i s m o p r i n c i p a l p a r a l a t r a n s m i s ió n d e l a s p r e ­
fe r e n c ia s e n p o l ít ic a s e n t r e e l e c c i o n e s .

P e r o d e h e c h o n o e s c ie r t o q u e la id e a s e g ú n la c u a l lo s g r u p o s a c tu a r á n s e g ú n su
in te r é s p ro p io s e a la c o n s e c u e n c ia ló g ic a d e la p re m isa d el c o m p o r ta m ie n to racio n a l
e n interés p r o p io . N o e s l ó g i c o , p o rq u e d el h e c h o q u e to d o s lo s in d iv id u o s d e un
g r u p o s e b e n e fic ia r ía n si c o n s ig u ie r a n su o b je tiv o d e g r u p o , n o s e s ig u e q u e a c tu a ­
ría n p a r a co n se g u ir e s e o b je tiv o , in c lu s o s i to d o s fu eran r a c io n a le s y actuaran e n su
p ro p io in teré s. D e h e c h o , a no ser que e l nú m e ro d e in d iv id u o s en un g r u p o sea m u y
p e q u e ñ o , o q u e e x ista a lg u n a c o a c c ió n o a lg ú n o tr o m e c a n is m o q u e h a g a q u e l o s in d i­
v id u o s a ctú e n g u ia d o s p o r su in te ré s c o m ú n , los individuos racionales e interesados
en sí mismos no actuarán para conseguir sus intereses comunes o de grupo (1965:
1 -2 , c u r s iv a e n e l o rig in a l) .

O l s o n p l a n t e ó e l d e s a f í o a l p l u r a l i s m o e n t é r m in o s d i r e c t o s . A l g u n o s i n t e r e s e s
n u n c a s e o r g a n iz a n , a lg u n o s g r u p o s p e r m a n e c e n s ie m p r e « la t e n t e s » , a lg u n a s c la s e s
s o n s ie m p r e « c la s e s e n s í m is m a s » y n o « c la s e s p a r a s í m is m a s » . Y a l c o n tr a r io q u e
c r ít ic o s d e l p lu r a lis m o c o m o S c h a t t s c h n e id e r e n The Semisovereign People ( 1 9 6 0 ) ,
q u e c r it i c ó a l o s p lu r a lis t a s p o r p a s a r p o r a lt o e l p a p e l d e Ja r iq u e z a y d e l o s r e c u r s o s p a r a
e l f o m e n t o d e l a o r g a n i z a c i ó n d e g r u p o , O l s o n p a r e c í a a f ir m a r q u e l a s f u e r z a s q u e d a n
fo r m a a la o r g a n iz a c ió n d e g r u p o s e e n c u e n tra n e n o tr a p a rte .
D e s d e 1 9 6 5 h a n a p a r e c i d o n u m e r o s o s e s t u d io s s o b r e lo s g r u p o s d e in t e r é s d e s d e
u n a p e r s p e c tiv a e c o n ó m ic a y d e la e le c c i ó n p ú b lic a . S in e m b a r g o , l a l ó g ic a c e n tr a l d e l
a r g u m e n t o e s l a m i s m a . L o s b e n e f i c i o s d e l a o r g a n i z a c i ó n y d e la i n f l u e n c i a d e g r u p o
s o n p ú b l i c o s ; l o s c o s t e s d e e x c l u i r a a l g u i e n d e e s t o s b e n e f i c i o s s o n a lt o s . U n a v e z q u e
l o s b e n e f i c i o s a p a r e c e n p a r a a lg u ie n d e l g r u p o , e s t á n a d i s p o s i c i ó n d e t o d o s . A s í , l a
o r g a n i z a c i ó n y l a s a c t i v i d a d e s d e g r u p o t ie n e n la s p r o p ie d a d e s c a r a c t e r í s t i c a s d e .l o s
b ie n e s p ú b l i c o s : l a o f e r t a e s m e n o r d e l a n e c e s a r ia y e s t á n s u je t o s a l o s p o l i z o n e s . .
liIJI

566 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

D e s d e u n p u n t o d e v i s t a m i c r o e c o n ó m i c o , J o q u e im p o r t a n s o n lo s c á lc u l o s d e l o s
i n d iv id u o s . S i e l in d iv id u o i d e u n g r u p o g r a n d e fu e r a r a c io n a l, e g o ís t a y e s t u v ie r a b i e n
i n f o r m a d o , r a z o n a r ía d e l a s i g u i e n t e f o r m a . E l i n d i v i d u o i e s s ó lo u n m ie m b r o d e u n
g r a n g r u p o . C u a l q u ie r e s fu e r z o p a r a e l s u m in is tr o d e b ie n e s p ú b li c o s r e c a e e n l o p r iv a d o ,
m ie n t r a s q u e lo s b e n e f i c i o s s e c o n s u m e n d e f o r m a c o n j u n t a . A d e m á s , e l b ie n p ú b l i c o
( la o r g a n i z a c i ó n e n g r u p o s d e in t e r é s ) p u e d e s e r s u m in is t r a d o in d e p e n d i e n t e m e n t e d e
lo s e s fu e r z o s d e i. C u a n t o m á s g r a n d e s e a e l g r u p o , m a y o r la p o s ib ilid a d d e q u e lo s
e s fu e r z o s d e i s e a n ir r e le v a n te s .
A l e x p l i c a r p o r q u é lo s g r u p o s d e in t e r é s a p a r e c e n y p r o p o r c io n a n b e n e f ic i o s c o l e c ­
t i v o s , O l s o n n o r e c u r r e a l a ir r a c io n a li d a d i n d i v i d u a l , a lo s p r o p ó s it o s c o l e c t i v o s o a
la s n o r m a s s o c i a l e s q u e fo m e n t a n l a c o o p e r a c ió n . E n s u l u g a r , t r a ta d e id e n t if ic a r e x p l i ­
c a c i o n e s c o h e r e n t e s c o n s u v i s i ó n d e l in t e r é s p r o p io i n d i v i d u a l . L o s in d i v i d u o s p u e ­
d e n p a r t ic ip a r e n g r u p o s p o r q u e s o n c o a c c io n a d o s , p o r q u e s e le s o fr e c e n in c e n tiv o s
s e le c t iv o s o p o r q u e c o n s t it u y e n u n « g r u p o p r iv ile g ia d o » .
L o s c a s o s d e c o a c c i ó n n o s o n d e m u c h o in t e r é s p a r a u n a t e o r í a b a s a d a e n l a e l e c ­
c i ó n v o l u n t a r i a . S i n e m b a r g o , O l s o n e n f a t i z a l a im p o r t a n c i a d e lo s in c e n t i v o s s e l e c t i­
v o s - e s d e c ir , d e l o s p a g o s y r e c o m p e n s a s a l o s p a r t ic ip a n t e s m á s a l l á d e lo s b e n e f ic i o s
d e lo s b ie n e s p ú b li c o s - . L o s in c e n tiv o s s e le c t iv o s « s o n b e n e fic io s q u e p u e d e n o to r ­
g a r s e a l o s c o n t r ib u y e n t e s y n e g a r s e a lo s n o c o n tr ib u y e n t e s - p ó l i z a s d e s e g u r o s , p e r ió ­
d i c o s , d e s c u e n t o s e n p r o d u c t o s y s e r v i c i o s - c u a lq u i e r c o s a q u e lo s i n d i v i d u o s v a l o r e n
y p u e d a s e r o t o r g a d o o n e g a d o d e fo r m a s e l e c t i v a » ( M o e , 1 9 8 0 : 4 ) .
U n g r u p o e s c o n s id e r a d o « p r iv ile g ia d o » c u a n d o e x is t e a lg ú n s u b c o n ju n to d e l
g r u p o p a r a q u i e n l o s b e n e f i c i o s s o n s u p e r io r e s a l o s c o s t e s in d e p e n d i e n t e m e n t e d e
l o q u e h a g a n o tr o s m ie m b r o s d e l g r u p o . S i a lo s E s t a d o s U n id o s le s e s v e n t a j o s o d e ja r
d e e m it ir c lo r o flu o r o c a r b o n o a la a tm ó s fe r a p a r a p r o te g e r la c a p a d e o z o n o , in d e ­
p e n d ie n te m e n t e d e lo q u e h a g a n e l r e s to d e p a ís e s , h a b la m o s d e u n g r u p o « p r iv ile ­
g i a d o » . L a e x i s t e n c i a d e g r u p o s p r i v i l e g i a d o s e s im p o r t a n t e p a r a l a t e o r í a d e O l s o n .
A p a r t ir d e e s t a i d e a , O l s o n a f i r m a q u e l o s g r u p o s g r a n d e s t i e n e n m e n o s p o s i b i l i d a ­
d e s d e t e n e r é x i t o q u e l o s p e q u e ñ o s y q u e lo s g r u p o s c o n c e n t r a d o s - o s e a , g r u p o s
c o n p o c o s m ie m b r o s g r a n d e s - t ie n e n m á s p o s i b i l i d a d e s d e t e n e r é x i t o q u e lo s d i s ­
p e r s o s . S i O l s o n t ie n e r a z ó n , s i g n i f i c a q u e l a d is t r ib u c ió n h e g e m ó n i c a d e l p o d e r in t e r ­
n a c io n a l e s t a r ía a s o c ia d a a lo s b ie n e s p ú b li c o s in t e r n a c io n a le s ( lib r e c a m b io , e s t a b ilid a d
m o n e t a r ia ) , ta l c o m o K in d le b e r g e r ( 1 9 7 3 , 1 9 8 1 ) y G i lp i n ( 1 9 8 1 , 1 9 8 7 ) h a n a fir m a ­
d o . E l l o t a m b ié n s u p o n d r í a q u e e l t r a b a jo e n c u e n t r a m á s d i f i c u l t a d e s o r g a n i z a t i v a s
q u e e l c a p ita l, lo s c o n s u m id o r e s m á s q u e lo s p ro d u c to r e s , e l p e q u e ñ o c a p ita l m á s q u e
e l g r a n d e y c o n c e n t r a d o , y lo s n u m e r o s o s p a í s e s p e q u e ñ o s d e l a C o n f e r e n c i a d e l a s
N a c i o n e s U n id a s s o b r e C o m e r c io y D e s a r r o llo ( U N C T A D ) m á s q u e la s o r g a n iz a c io ­
nes m ás pequeñas.
E l lib r o The Logic ofCollective Action p r o p o r c i o n a u n a te o r ía e c o n ó m ic a d e la
o r g a n i z a c i ó n e i n f l u e n c i a d e l o s g r u p o s d e in t e r é s . C o m o t a l , e s u n a t e o r ía e c o n ó m i c a
d e l a p o l í t i c a . E n f a t i z a la s b a s e s r a c io n a le s y d e in t e r é s p r o p io d e l o s g r u p o s d e in t e r é s
e in t e n t a d e f i n ir u n a t e o r í a d e c ó m o s e r ía l a v i d a e n g r u p o , i n c l u y e n d o q u é g r u p o s n o
e x is t ió a n e x c e p t o c o m o a g r e g a d o s d e in te^ rese c o m p a r t id o s , a ju s t a d o s a l c á lc u l o d e l in te ­
r é s i n d i v i d u a l . E l in t e n t o d e O l s o n d e i d e n t i f i c a r la s c o n d i c i o n e s q u e c o n d u c e n a l a
c o o p e r a c ió n e n tr e in d iv id u o s h a e s t im u la d o m u c h o s tr a b a jo s d e in v e s t ig a c ió n e n tr e
p o lit ó lo g o s y s o c ió lo g o s .
I I R illl

ENFOQUES ECONÓMICOS DE LA POLÍTICA 567

2 .2 . E l a n á f is is e c o n ó m ic o d e la p o l ít ic a e c o n ó m ic a

i:., E n u n s e n t id o , e l a n á l i s i s e c o n ó m i c o d e l a p o l í t i c a e c o n ó m i c a e s u n a a c t i v i d a d q u e
í . e m p i e z a c u a n d o e l a n á l i s i s d e l a e l e c c i ó n p ú b l i c a h a s id o c o m p l e t a d o o a s u m i d o . L a
> t e o r í a d e l a e l e c c i ó n p ú b li c a s e o c u p a d e l m é t o d o d e c o m b i n a r la s p r e f e r e n c ia s i n d i v i ­
d u a le s e n fu n c i o n e s d e b ie n e s t a r s o c i a l y d e e le c c i o n e s p ú b li c a s . E s t a s e c c ió n d a p o r s e n ­
il t a d o q u e l a s p r e f e r e n c i a s y a h a n s i d o c o m b i n a d a s , c o m u n i c a d a s a l o s q u e t o m a n la s
d e c i s i o n e s , y q u e la t a r e a a h o r a e s q u e lo s q u e t o m a n la s d e c is io n e s e s c o j a n e n tr e d i f e ­
rí": r e n te s p o l ít ic a s d e f o n n a q u e s e m a x i m i c e l a s a t is fa c c i ó n ( d e lo s a fe c t a d o s p o r e s a p o l í-
:. t i c a - n o s ó lo d e l q u e t o m a l a s d e c i s i o n e s - ) . A s í , a u n q u e h a y u n a e s t r e c h a r e l a c i ó n e n tr e
?. e l a n á l is is e c o n ó m i c o d e la p o l ít ic a e c o n ó m i c a y la e l e c c i ó n p ú b li c a , e l e n f o q u e d e e s t a
s e c c i ó n e s d if e r e n t e .
r A l t r a ta r s o b r e o p c i o n e s d e p o l ít ic a e c o n ó m i c a , ¿ q u é t ip o d e c u e s t io n e s p la n t e a e l
f‘ . e c o n o m is t a ? ¿ Q u é o r ie n t a c io n e s s e a s u m e n ? ¿ Q u é c r ite r io s s e u t il iz a n ? E l e n f o q u e n e o ­
c lá s ic o d e l a p o l í t i c a e c o n ó m i c a d e b e r ía a y u d a r a r e s p o n d e r a tre s g r a n d e s t ip o s d e p r e ­
g u n t a . E s t a s p r e g u n t a s se r e f i e r e n a l á m b i t o a d e c u a d o d e l g o b i e r n o , a lo s p r i n c i p i o s
;; c o n s t it u t iv o s d e l g o b ie r n o y a la m a n e r a m e jo r ( m á s e fic ie n t e ) d e c o n s e g u i r l o s o b je t i v o s
. c o l e c t i v o s . A u n q u e c e n t r a r e m o s n u e s t r a a t e n c ió n e n e l t e r c e r t e m a , l a e l e c c i ó n e f i ­
c i e n t e , q u e r e m o s a p u n t a r a l g o s o b r e lo s d o s p r i m e r o s .
? ¿ C u á l e s e l á m b it o a d e c u a d o p a r a la a c t iv id a d p o l ít ic a ? O , p a r a d e c ir lo d e o tr a
‘ m a n e r a , ¿ c u á l e s l a l í n e a d iv i s o r i a a p r o p i a d a e n t r e e l E s t a d o y e l m e r c a d o ? E s t a e s u n a
p r e g u n t a q u e s e h i c i e r o n h a c e t ie m p o A d a m S m i t h ( 1 7 7 6 ) y H e r b e r t S p e n c e r ( 1 8 4 3 ) . D e
; h e c h o , e l t r a b a jo d e S p e n c e r s e t it u la « T h e P r o p e r S p h e r e o f G o v e r n m e n t » ( « E l á m b i -
1 to a d e c u a d o d e l g o b ie r n o » ) . P a r a r e s p o n d e r a e s ta p r e g u n ta , lo s e c o n o m is t a s p a rte n
d e l in d iv id u o y d e l m e r c a d o . D e n t r o d e l m e r c a d o , lo s in d iv id u o s e s t a b le c e n in n u m e r a b le s
. a c t iv id a d e s d e in t e r c a m b io , a d q u ir ie n d o y e n tr e g a n d o p r o d u c t o s , s e r v ic io s y fa c t o r e s p r o ­
. d u c t i v o s . E s u n t e o r e m a f u n d a m e n t a l d e l a e c o n o m í a d e l b ie n e s t a r n e o c l á s i c a q u e s i
; l o s m e r c a d o s s o n p e r f e c t a m e n t e c o m p e t i t i v o s , e x is t ir á u n c o n ju n t o d e p r e c io s d e e q u i­
l i b r i o q u e p e r m it ir á q u e s e p r o d u z c a n t o d o s l o s i n t e r c a m b io s q u e a u m e n t e n e l b ie n e s ­
t a r . E n e s t e e q u i l i b r i o , n a d i e p u e d e m e j o r a r s u s i t u a c i ó n s in p e r j u d ic a r l a s i t u a c i ó n d e
o tr ó . E n u n a s o c i e d a d d e m e r c a d o , e l g o b ie r n o e s t a r á l im it a d o a h a c e r l o q u e e l m e r c a d o
n o p u e d e h a c e r o , p o r l o m e n o s , l o q u e n o p u e d e h a c e r b ie n ; e n o t r a s p a l a b r a s , e s t a r á
l i m i t a d o a l o s c a s o s d e f a l l o s d e l m e r c a d o . E l p o d e r d e m e r c a d o p u e d e in c l u ir l a e s p e ­
c i f i c a c i ó n y o b l i g a t o r i e d a d d e l o s d e r e c h o s d e l a p r o p ie d a d , e l s u m in is t r o y o r g a n i z a ­
c i ó n d e l p o d e r m i l i t a r , l o s b i e n e s p ú b l i c o s y la s e x t e r n a l i d a d e s , y e l c o n t r o l d e la s
c o n c e n t r a c io n e s d e p o d e r e c o n ó m ic o ( R h o a d s , 19 85 ; 6 6 ).
L a a fir m a c ió n m á s s im p le d e la d e m a r c a c ió n e s la s ig u ie n t e : e l m e r c a d o a s ig n a
c u a n d o p u e d e h a c e r l o e f i c i e n t e m e n t e ; c u a n d o f a l l a , e l g o b i e r n o i n t e r v ie n e y p r o p o r ­
c i o n a , a t r a v é s d e l a a c t i v i d a d p o l í t i c a , l o q u e n o p u d o p r o p o r c io n a r l a i n i c i a t i v a p r i­
v a d a . E s t a s i m p l e f ó r m u l a f u e a c e p t a d a d u r a n t e u n t ie m p o , p e r o a l g u n o s e c o n o m is t a s
( M c K e a n , 1 9 5 8 ; M c K e n z i e y T u l l o c k , 1 9 8 1 ) h a n d e s t a c a d o q u e l a t e o r ía d e l f a l l o d e l
m e r c a d o d e b e a c o m p a ñ a r s e d e , y c o m p a r a r s e c o n , u n a t e o r ía d e l f a l l o d e l o p o l í t i c o ( y
: g u b e r n a m e n t a l) . A s í , l a l í n e a d i v i s o r i a y a n o e s tá t a n c la r a . L a d e m o s t r a c ió n d e q u e e l
m e r c a d o n o p u e d e s u m in is t r a r a l g u n o s p r o d u c t o s , o n o p u e d e s u m in is t r a r l o s e f i c i e n ­
t e m e n t e , n o c o n s t i t u y e u n a p r u e b a d e q u e e l g o b i e r n o l o p u e d e h a c e r m e jo r . L a a c c i ó n
g u b e r n a m e n t a l c o n s u m e r e c u r s o s q u e , p r e s u m ib le m e n t e , t ie n e n u s o s a lt e r n a t iv o s . L a s
568 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

a c t iv id a d e s d e l o s g r u p o s d e p r e s ió n , l a l e g i s l a c i ó n , l a c o e r c i ó n , l a r e g u la c ió n y la a d j u ­
d i c a c i ó n s o n c o s t o s a s y d e b e n c o m p a r a r s e c o n l o s b e n e f i c i o s r e s u lt a n t e s .
L a s e g u n d a c u e s t ió n s e r e f i e r e a c ó m o d e b e r í a o r g a n i z a r s e e l g o b i e r n o . E x i s t e u n a
p e r s p e c t i v a e c o n ó m i c a s o b r e l o s t e m a s r e l a c i o n a d o s c o n la e s t r u c t u r a p o l í t i c a b á s i c a .
E l p r i m e r p r i n c i p i o e s q u e e l g o b i e r n o d e b e r ía o r g a n i z a r s e c o n e l o b j e t i v o d e m a x i m i -
z a r e l in t e r c a m b io - e s d e c ir , e x p a n d ir e l á m b it o d e l in t e r c a m b io p r iv a d o v o lu n t a r io
in c lu s o d e n tr o d e l g o b i e r n o - . A u n q u e la s a c t iv id a d e s g u b e r n a m e n t a le s d e b e r á n , en
a lg ú n m o m e n t o , im p lic a r in d iv is ib ilid a d e s , q u e v u ln e r a n la e le c c i ó n i n d iv id u a l , e l
e s f u e r z o d e b e r í a c e n t r a r s e e n d e s a g r e g a r e l p r o c e s o p o l í t i c o , e n « d e s c o m p o n e n * a lt e r ­
n a t i v a s i n t e g r a d a s , y e n e s c r i b i r l e y e s q u e s ó lo p e r m it a n l a c o a c c i ó n c u a n d o l o s b e n e ­
f i c i o s in d iv is ib le s y lo s p o liz o n e s e s té n e n ju e g o . A s í , a c tiv id a d e s e s p e c ífic a s c o m o e l
in t e r c a m b i o d e l v o t o , l a s c o n c e s i o n e s m u t u a s y l a v i n c u l a c i ó n d e l p a g o d e im p u e s t o s
a l a o b t e n c i ó n d e b e n e f i c i o s p o l í t i c o s s e f o m e n t a r í a n e n b a s e a q u e l ib e r a n in t e r c a m b io s
q u e f a v o r e c e n e l ó p t i m o d e P a r e t o y p e r m it e n q u e la s in t e n s id a d e s d e p r e f e r e n c i a q u e ­
d e n r e g is tr a d a s e n e l p ro c e so p o lít ic o .
E l s e g u n d o p r i n c i p i o e s e l p r i n c i p i o d e u n a n im id a d ( o c u a s i u n a n im id a d ) w i c k s e l -
lia n o , q u e e s l a id e a d e l ó p t im o d e P a r e to l le v a d a a l te r r e n o p o lít ic o . E n 1 9 8 6 , K n u t
W i c k s e l l e s c r i b i ó u n t r a b a jo q u e s e h a h e c h o p o p u l a r e n t r e l o s d e f e n s o r e s d e l e s t a d o
c o n t r a c t u a l y d e g o b i e r n o l im i t a d o . E n é l, in t e n t ó d e f i n ir f o r m a s e n la s q u e l o s g o b i e r ­
n o s d e m o c r á tic o s p o d ía n o r g a n iz a r s e p a r a a p lic a r p o lít ic a s de fo r m a c o n s e n s u a d a .
W i c k s e l l in t e n t ó i n t r o d u c ir r e g l a s & v o to c o n c r e ta s q u e a s e g u ra ra n e l m ín im o d e c o a c ­
c ió n d e n t r o d e l g o b i e r n o . E s p e c í f i c a m e n t e , e n t e m a s r e l a c i o n a d o s c o n e l g a s t o y l o s
im p u e s t o s , n o c o n s id e r a b a a d e c u a d a u n a s i m p l e m a y o r í a a f a v o r d e n u e v a s p r o p u e s t a s .
W i c k s e ll p r o p u s o u n a c u e r d o d e e n tr e e l 7 5 y e l 9 0 % d e re p r e s e n ta n te s p o lít ic o s y le s
in s t ó a r e t e n e r l o s i m p u e s t o s d e s u s c i r c u n s c r i p c i o n e s s i e l in t e r c a m b io n o s e c o n s i d e ­
r a b a b e n e fic io s o ( W ic k s e ll, 1 9 8 6 ; W a g n e r , 1 9 8 9 : 2 1 0 ).
F in a lm e n t e , u n a v e z e s ta b le c id a s la s e stru c tu ra s p o lític a s b á s ic a s , lo s e c o n o m is ­
t a s p u e d e n d i r i g i r s e a p o l í t i c a s p a r t ic u l a r e s . T a l c o m o d e s t a c a r o n S t o k e y y Z e c k h a u s e r
( 1 9 7 8 : 2 2 ) , lo s e c o n o m i s t a s t i e n d e n a e n f o c a r lo s t e m a s d e p o l í t i c a e c o n ó m i c a c o n
la s m is m a s p r e g u n t a s p l a n t e a d a s s o b r e l a e l e c c i ó n p r i v a d a : ¿ Q u é q u e r e m o s ? ¿ Q u é
p o d e m o s c o n s e g u ir ? L a s c o n d ic io n e s h a b itu a le s se d a n p o r s e n ta d a s : la s p r e fe r e n ­
c ia s e x ó g e n a s , l o s r e c u r s o s e s c a s o s , l a s d if e r e n t e s t r a y e c t o r ia s d e l a s a c t u a c i o n e s , la s
c r e e n c ia s s o b r e la s r e la c io n e s e n tr e la s a lt e r n a t iv a s y l o s r e s u lt a d o s , e t c . L a s d if e ­
r e n c ia s p r i n c i p a l e s s o n q u e l a s a lt e r n a t iv a s s o n p o l í t i c a s y q u e s u s r e s u l t a d o s a f e c t a n
a m u c h a s p e r s o n a s ; e n e l le n g u a je d e lo s e c o n o m is ta s , p r o v o c a n c o s t e s y b e n e fic i o s
n o e x c l u i b l e s . E l e n f o q u e e c o n ó m i c o d e l a p o l í t i c a e n f a t i z a l a c o n t i n u id a d d e l a c a p a ­
c id a d d e c i s o r i a i n d i v i d u a l t a n t o e n lo s c o n t e x t o s d e m e r c a d o c o r n o e n l o s g u b e r n a ­
m e n t a le s .
E l é n f a s i s e n e l i n d i v i d u o s e m a n t i e n e t a n t o e n u n s e n t id o o n t o l ó g i c o c o m o t e ó r i ­
c o 3. D e n t r o d e e s t e m a r c o , e l i n d i v i d u o c o n s t i t u y e e l f u n d a m e n t o o n t o l ó g i c o . E l i n d i ­
v i d u o e s u n f o c o d e p r e f e r e n c ia s y u n a g e n t e q u e b u s c a l a m a x i r n i z a c ió n d e l a u t il id a d .

3. James Buchanan ve el énfasis en el individuo versus el Estado, entendido como una entidad, como la dife­
rencia principal entre la forma cómo los economistas y los politóiogos enfocan el estudio de la políti­
ca. (verBuchamn, «An Econornist'sApproach to “Scienlific Politics”» capítulo 7 en Buchanan, 1979:
143-59).
ENFOQUES ECONÓMICOS DE LA POLÍTICA 569

N o h a y n e c e s id a d e s ni d e s e o s v in c u la d o s a g r u p o s , p a r tid o s p o lít ic o s , a g e n c ia s y d e s ­
p a c h o s g u b e r n a m e n ta le s , le g is la t u r a s , b u r o c r a c ia s y t r ib u n a le s . E n t e o r ía , la s in stitu ­
c io n e s y estru ctu ra s p o lít ic a s d e b e n e n te n d e r s e d e a b a jo a a r r ib a , c o m o re s u lta d o s de
a c c io n e s d e in te ré s p r o p io in d iv id u a l.
E l a n á lis is e c o n ó m i c o d e la p o lít ic a e c o n ó m ic a s e b a s a e n la u tilid a d in d iv id u a l.
L a i d e a d e l m e r c a d o d e Ja s o b e r a n ía d e l c o n s u m id o r s e e x t ie n d e a la s o b e r a n ía p o p u ­
la r d e lo s in d iv id u o s o r g a n iz a d o s p o lít ic a m e n t e . E s v e r d a d q u e lo s d ó la r e s d e s ig u a le s
d e lo s in d iv id u o s en e l m e r c a d o c o n tr a s ta n c o n lo s v o to s ig u a le s d e lo s c iu d a d a n o s y
re p re s e n ta n te s , p e ro e n c u e n tr a n u n p a r a le lis m o c o n e l g a s to (e in flu e n c ia ) d e s ig u a l d e
lo s g r u p o s d e in te r é s . L a s s im ilitu d e s b á s ic a s so n p e r s u a s iv a s .
A l tratar tern as d e p o lít ic a e c o n ó m i c a , lo s e c o n o m is ta s e s tá n m á s c ó m o d o s d e b a ­
tie n d o l a e f ic ie n c ia . C o m o a lg u n o s o b je t iv o s n o p u e d e n a lc a n z a r s e d e f o r m a i n d iv i­
d u a l , la p r e g u n t a e s c u á l e s l a m e jo r m a n e r a d e a lc a n z a r e s o s o b j e t iv o s d e fo r m a
c o le c tiv a . E n o tra s p a la b r a s , ¿ c u á l e s la p o l ít ic a m e jo r (m á s e fic ie n t e ) ?
A n te r io r m e n te v im o s q u e la e fic ie n c ia s ig n ific a b a c o n s e g u ir e l m á x im o d e u n c o n ­
ju n to d a d o d e r e c u r s o s . ¿ Q u é s ig n if ic a e s to e n un c o n t e x t o d e p o lít ic a e c o n ó m ic a ? L a
e fe c tiv id a d d e u n a p o lít ic a tie n e q u e v e r c o n su c a p a c id a d d e lo g r a r su s o b je tiv o s . U n a
p o lític a c o s t e - e f e c t iv a p u e d e se r u n a q u e , d e e n tr e v a r ia s p o lít ic a s q u e c o n s ig u e n e l
m is m o o b j e t i v o , s e a l a m e n o s c o s t o s a . E s t a e s u n a f o r m a tr u n c a d a d e a n á lis is d e
c o s te / b e n e fic io ( y a q u e s e e n tie n d e q u e lo s b e n e fic io s s o n c o n s ta n te s ) . L a m e jo r p o lí­
tic a d e sd e e l p u n to d e v is t a d e l co s te / b e n e fic io es la q u e m a x im iz a las d ife r e n c ia s entre
lo s b e n e fic io s to ta le s y lo s c o s te s to ta le s . L o s co stes y lo s b e n e fic io s d e b e n esta r e x p lí­
c ita m e n te in c lu id o s e n un p r o c e s o d e e v a lu a c ió n y c o m p a r a d o s c o n to d a s la s p o lític a s
a lte r n a tiv a s d is p o n ib le s . A s í e s c o m o n o r m a lm e n te o p e r a e l e c o n o m is ta .
P a r a ilu s t r a r e l p r in c ip io d e e f ic ie n c ia , p la n t e a r e m o s u n e je m p lo . I m a g in e m o s
q u e lo s in d iv id u o s d e n tr o d e u n s is t e m a p o l ít ic o d e s e a n te n e r c a p a c id a d ta n to p a r a
d is u a d ir u n a a g r e s ió n m ilit a r e x te r n a c o m o p a r a d e fe n d e r s e s i la d is u a s ió n fa lla r a . E n
o tras p a la b r a s , q u ie r e n d is u a d ir a e n e m ig o s p o t e n c ia le s d e r e a líz a r in c u r s io n e s m ili­
tares y p o d e r lu c h a r c o n tr a e s ta s in c u r s io n e s si s e p r o d u je r a n . L o s e s tra te g a s m ilita r e s
n o m a lm e n t e c o n c e d e n u n a r e la c ió n n e g a t iv a a e s to s d o s o b je t iv o s . S i un g o b ie r n o
q u ie r e r e d u c ir l a a m e n a z a d e u n a a g r e s ió n m ilit a r ta n to c o m o s e a p o s i b l e , p o n d r á
to d o s su s r e c u r s o s p a r a c o n t r a p o n e r fu e r z a s ( in c lu y e n d o o b je t iv o s u r b a n o s e in d u s ­
tria le s). S in e m b a r g o , e s t o le d e ja rá s in c a p a c id a d p a r a d e fe n d e r s e s i s e p r o d u c e un a ta­
que. P o r o tra p a rte, s i g a s t a to d o su d in e r o e n d e fe n s a , n o le q u e d a r á n a d a c o n lo qu e
a m e n a z a r a l e n e m ig o (en s u p r o p io te r r ito r io ) , lo q u e r e d u c e e l c o s t e d e u n a g u e r r a
n u c le a r .
A u n q u e este s e a un e je m p lo s o m b r ío , e l e c o n o m is t a lo e n fo c a co n e l m is m o e s p í­
ritu c o n e l q u e e n fo c a r ía l a c u e s t ió n d e c ó m o d ife r e n te s o p e r a c io n e s d e p e r fo r a c ió n
p e tro lífe ra a fe c ta r á n a la p r o d u c c ió n d e p e tró le o y a l m e d io a m b ie n te . Im a g in e m o s qu e
e x is te n c in c o p o lít ic a s d ife r e n te s ( e s tr u c tu r a s d e f u e r z a , e s t r a te g ia s , p la n e s d e b a ta lla ,
d e te r m in a c ió n d e o b je t iv o s , e t c .) q u e p r e te n d e n s a tis fa c e r lo s re q u is ito s d e d is u a s ió n
y d e fe n s a . I m a g in e m o s t a m b ié n q u e e s ta s a lte r n a tiv a s s o n ig u a le s en to d o s l o s re s p e c­
to s , in c lu y e n d o lo s c o s te s , e x c e p t o p o r la s d ife r e n te s c o m b in a c io n e s d e d is u a s ió n y
d e fe n s a o fr e c id a s . E l g r á f i c o 6 ilu s t r a e l p r o b le m a d e d e c is ió n . E n e s te g r á f i c o ap are­
ce n n u e s tra s c in c o p o lít ic a s y la s c a n t id a d e s d e d is u a s ió n y d e fe n s a a s o c ia d a s a c a d a
u n a ( u tiliz a n d o u n a e s c a la a r b itra r ia d e l I a l 10).
570 CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

Gráfico 6. Elección de la mejor política combinando la disuasión y la defensa

Defensa

Disuasión

E l e c o n o m is t a e x a m in a e s ta s a lt e r n a t iv a s a la l u z d e lo s o b je tiv o s d e s e a d o s .
R e c o r d e m o s q u e , c o m o lo s d o s o b je tiv o s s o n d e se a d o s , s e p referirá cu a lq u ier p o lític a q u e
a u m e n te la ca p a c id a d g u b e rn a m e n ta l p a ra d is u a d ir y d e fe n d e r a la v e z . S i h a y u n a ú n ic a
a lte r n a tiv a su p erio r a la s d e m á s , e s ta s e r á la p o lít ic a « m e jo r » . S e r á e l p u n to P a r e to -su p e -
rior, u n ú n ic o p u n to s itu a d o a l n o r t e y a l e s te d e to d o s lo s d e m á s . E s t e p u n to n o e x is te .
D a d o q u e n o h a y n in g ú n p u n to P a r e t o - s u p e r io r , ¿ e x i s t e a lg ú n p u n to P a r e t o - e f i -
cie n te d e l q u e n o p o d a m o s d e s v ia r n o s sin e m p e o r a r a l m e n o s u n o d e lo s o b je tiv o s ? E l
p o lític o e lim in a lo s p u n to s E y D . E l E e s tá d o m in a d o p o r C ( C e s tá e n e l n o re ste) y
D e s tá d o m in a d o tan to p o r A c o m o p o r C , p o r J o q u e c u a lq u ie r p o lític o q u e v a lo r a r a
tan to la d is u a s ió n c o m o la d e fe n s a p r e fe r ir ía C a E y C y A a D . S in e m b a r g o , en tre lo s
p u n to s A , B y C n o e x is t e u n a p r e fe r e n c ia c la r a . L o s tr e s p u n to s so n P a r e to -e fic ie n te s .
L o s tres p u n to s s e e n c u e n tr a n e n u n a fr o n te r a d e p o s ib ilid a d e s (u n a fr o n te r a d e p o s i­
b ilid a d e s p a re tia n a ) ( v e r S t o k e y y Z e c k h a u s e r , 1 9 7 8 : 2 4 -5 ) .
E l g r á f ic o 6 p r o p o r c io n a u n a ilu s tr a c ió n g r á f ic a d e la s p o s ib ilid a d e s d e la p o lít ic a .
E n u n s e n t id o , e sta s a lte r n a tiv a s re p r e s e n ta n la fr o n te r a fa m ilia r d e p o s ib ilid a d e s d e
p r o d u c c ió n d e la te o r ía n e o c lá s ic a . N o s p r o p o r c io n a n u n a r e la c ió n d e lo q u e e s t e c n o ­
ló g ic a m e n t e p o s ib l e , p o ro n o d ic e n q u é e s l o d e s e a b le , a e x c e p c ió n d e q u e « m á s e s
m e jo r » . S i n e m b a r g o , la e le c c ió n e x a c t a s ó lo p u e d e d e te r m in a r s e a p a rtir d e in fo r m a ­
c ió n q u e a ú n e la s p r e fe r e n c ia s d e lo s p o lít ic o s y la s a lte r n a tiv a s p o lític a s d is p o n ib le s .
S i h u b ié r a m o s q u e r id o ilu s tr a r e s t a « m e jo r e l e c c ió n » , p r im e r o h a b r ía m o s c o n e c ta d o
lo s p u n to s A , B y C c o n u n a lín e a q u e in d ic a r a la fr o n te r a d e p o s ib ilid a d e s . D e s p u é s
h u b ié r a m o s tra z a d o c u r v a s d e in d ife r e n c ia en e l m is m o e s p a c io .
L a s c u r v a s d e in d ife r e n c ia d e s c rib e n lo s p o r c e n ta je s a lo s q u e u n o e s tá d is p u e sto a
r e n u n c ia r a u n e fe c to a c a m b io d e l o t r o . E n u n s e n tid o , d e s c r ib e n las ta s a s d e s u s titu -
E N F O Q U E S E C O N Ó M IC O S D E L A P O LÍT IC A 571

c ió n in d iv id u a l d e lo s d ife r e n te s b ie n e s . P o r e je m p lo , u n p o lít ic o p u e d e v a lo r a r tan to la


d is u a s ió n c o m o la d e fe n s a , p e ro e s t a r d is p u e s to a r e n u n c ia r s ó lo a u n p o c o ( m u c h o )
d e d is u a s ió n p o r u n m u c h o ( p o c o ) d e d e fe n s a .
L a s o lu c ió n ( e l p u n to p r e fe r id o ) s e e n c u e n tr a d o n d e la p e n d ie n te d e la c u r v a d e
in d ife r e n c ia e s ju s t o ta n g e n te a la p e n d ie n t e d e la fr o n t e r a d e p o s ib ilid a d e s , in d ic a n ­
d o q u e la s ta s a s m a r g in a le s d e tr a n s fo r m a c ió n y s u s t it u c ió n s e i g u a la n . L a ta s a m a r­
g in a l de s u s titu c ió n e s la ta s a a la qu e uno e s tá d is p u e s to a r e n u n c ia r a un e fe c to p o r
o t r o . L a ta s a m a r g in a l d e t r a n s fo r m a c ió n e s la t a s a a la q u e u n o p u e d e a d q u ir ir u n
e f e c t o e n lu g a r d e o tr o . C u a n d o e s ta s d o s ta s a s s e ig u a la n , la m e jo r e le c c ió n q u e d a
d e f in id a .
L a ilu s tr a c ió n s e b a s a e n s u p u e s to s m u y s im p lific a d o s : d o s o b je tiv o s , p r e fe r e n c ia s
u n ita r ia s d e l q u e to m a la s d e c is io n e s y c o s te s f ij o s . O t r o s ca s o s r e q u ie re n u n r e a ju s te
d e lo s r e c u r s o s m á s c o m p lic a d o . E n « E c o n o m ic R e a s o n in g a n d th e E t h i c s o f P o lic y »
( 1 9 8 4 ) , T h o m a s S c h e ll in g e x a m in a n u m e r o s o s e je m p lo s e n lo s q u e la ló g ic a e c o n ó ­
m ic a e s u t iliz a d a p a r a « r e s o lv e r » p r o b le m a s p a r a lo s q u e e l s e n tid o c o m ú n m u c h a s
v e c e s tie n e re sp u e sta s d ife r e n te s . E l r a c io n a m ie n to d e la g a s o lin a e s u n o d e e llo s . S i
l a g a s o lin a e s c a s e a , e l p r e c io s u b e , lo q u e d ific u lt a r á o im p o s ib ilita r á s u c o m p r a p o r
parte d e lo s m á s p o b r e s. U n a s o lu c ió n e s r a c io n a r la g a s o lin a , lo q u e p a r e c e r ía ten er
p r o p ie d a d e s d is tr ib u tiv a s d e s e a b le s , y a q u e to d o e l m u n d o c a r g a r ía co n e l p e so d e la
e s c a s e z . S c h e ll in g , in v o c a n d o a l r a z o n a m ie n t o e c o n ó m ic o , s u g ie r e q u e lo s p o lític o s
d e je n q u e e l p r e c io s u b a , ta s e n lo s b e n e fic io s in e s p e r a d o s y r e d is tr ib u y a n lo s in g r e s o s
e n tr e la s p e rs o n a s m á s p o b r e s , d á n d o le s a s í l a p o s ib ilid a d d e e le g ir s i q u ie r e n g a s ta r
su d in e r o e n g a s o lin a o e n o tr a c o s a . E l a r g u m e n to d e S c h e ll in g s e b a s a e n e l s u p u e s ­
to d e q u e , si n o s p r e o c u p a e l im p a c t o d e la g a s o lin a c a r a s o b r e lo s p o b r e s , p o d e m o s
e n fr e n ta m o s a e s t e im p a c t o d e u n a m a n e ra m á s e fic ie n te u tiliz a n d o e l m e r c a d o , en c o n ­
ju n c ió n c o n otro s in stru m e n to s im p o s itiv o s , q u e r a c io n á n d o la . E l m e rc a d o p u e d e s e g u ir
h a c ie n d o su tra b a jo d e r e fle ja r la e s c a s e z r e la t iv a a tr a v é s d e lo s p r e c io s , fo m e n ta n d o
a s í la s u s t it u c ió n , y e l o b je t iv o d is t r ib u t iv o d e p r o p o r c io n a r p o d e r d e c o m p r a a Jos
p o b r e s p u e d e s a tis fa c e r s e d e o tra s fo r m a s .
L l e v a d o a l e x t r e m o , e s te e n f o q u e p u e d e r e s u lt a r s o r p r e n d e n te . E l e j e m p lo d e
S c h e ll in g d e fe n d ie n d o m e d id a s d e c ir c u la c ió n y s e g u r id a d d ife r e n te s a lr e d e d o r d e lo s
b a r r io s r ic o s y p o b r e s e s p r o v o c a d o r . L o s p o b r e s , s e g u r a m e n te , p r e fe r ir ía n g a s ta r su
d in e r o d e fo r m a s d ife r e n te s a h a c e r lo en m e d id a s d e s e g u r id a d p a r a la s lín e a s a é r e a s,
p e ro ¿ e s esto re le v a n te ? T a m b ié n n o s p o d e m o s im a g in a r a l D e p a r ta m e n to d e S e g u r id a d
y S a lu d L a b o r a l p r e g u n ta n d o a lo s tr a b a ja d o r e s s i p r e fe r ir ía n r e n u n c ia r a p a r te d e su
s e g u r id a d p e r s o n a l a c a m b io d e d in e r o p a ra g a s t a r lo c o m o e llo s q u ie r a n . S i e s a s í, ¿ p o r
q u é n o a p lic a r e l m is m o r a z o n a m ie n to a l d e re c h o a s e r ju z g a d o p o r u n ju r a d o , e t c .? E l
p r o b le m a , ta l c o m o p la n te a L e v i n e ( 1 9 8 3 ) , es qu e la o r ie n t a c ió n qu e p la n t e a la e f i ­
c ie n c ia v e r s u s la e le c c ió n e s in c a p a z d e p r o p o r c io n a r u n a lín e a d iv is o r ia e n tre la e le c ­
c ió n in d iv id u a l g u ia d a p o r las p r e fe r e n c ia s y lo s d e re c h o s . É s to s s e r e fie r e n a to d a u n a
s e r ie d e d e r e c h o s b a sa d o s e n p e r c e p c io n e s a m p lia m e n te r e c o n o c id a s s o b re la s n e c e ­
s id a d e s c o m u n e s y lo s d e r e c h o s d e lo s c iu d a d a n o s y n o p u e d e n s e r in te r c a m b ia d o s
( e s d e c ir , n o p u e d e n c o m p r a r s e y v e n d e r s e ) . A l d is c u t ir s o b r e p o lít ic a e c o n ó m i c a , e l
e c o n o m is t a d e b e r ía d is t in g u ir e n tr e la p o l ít ic a e c o n ó m i c a d is e ñ a d a p a r a m e jo r a r la
e l e c c i ó n y la e f ic ie n c ia y la p o l í t i c a d is e ñ a d a p a r a p r e s e r v a r o p r o m o v e r d e r e c h o s
( L e v in e , 1 9 8 3 : 8 4 ).
572 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

2.3. Análisis económico de las instituciones

Aunque las instituciones no son necesariamente políticas, las instituciones políticas


son centrales a la política. Por eso vamos a estudiar aquí la forma en que el razona­
miento económico se utiliza para explicar el comportamiento dentro de los contextos
institucionales y para explicar el contenido cambiante de las instituciones mismas.
Para empezar necesitamos algunas definiciones. North y Thomas definen la insti­
tución de forma bastante general, «como un acuerdo entre unidades económicas que
define y especifica las formas a través de las cuales estas unidades pueden cooperar o
competiD> (1973: 5). En una fuente diferente, Nortb especifica que «las instituciones con­
sisten en un conjunto de límites al comportamiento en forma de normas y regulacio­
nes; un conjunto de procedimientos para detectar desviaciones de las normas y
regulaciones; y, finalmente, un conjunto de normas de comportamiento moral y ético
que definen los límites a la forma en que estas normas y regulaciones se especifican y
se aplica la coacción» (North, 1984: 8).
Observen que estas definiciones tratan a las instituciones como límites (u oportu­
nidades) externas a los agentes económicos. Esto es importante porque permite pre­
servar tanto el enfoque individual como la hipótesis de maximización, alterando sólo
los costes y beneficios de las distintas formas de proceder. Aquí el individuo maximi-
za sujeto a la distribución de derechos, tecnología, preferencias y contextos institu­
cionales establecidos. L a introducción de las instituciones añade una variable más a la
ecuación económica básica.
El análisis económico de las instituciones destaca las formas en que las institucio­
nes pueden promover el comportamiento cooperativo instrumental, reducir (o aumen­
tar) los costes de transacción y proporcionar las base organizativa para la producción
y el intercambio. E l énfasis se encuentra en la relación entre las instituciones y la efi­
ciencia -es decir, las formas en que las instituciones facilitan o retrasan la búsqueda
del interés propio-.
Dentro de este marco, las instituciones son normas o procedimientos que prescri­
ben, proscriben o permiten comportamientos particulares. Las instituciones políticas,
aplicadas a la economía, pueden definir objetos apropiados de intercambio, las nor­
mas que guían el proceso de intercambio y los derechos de propiedad con respecto a los
beneficios y a las responsabilidades. Los aspectos políticos de las instituciones políti­
cas se encuentran en sus orígenes en el Estado y en el uso del poder, de Ja autoridad y
de las sanciones estatales para imponer el comportamiento prescrito.
Si el enfoque económico de las instituciones se entiende mejor en contraste con las
concepciones sociológicas4, quizá las instituciones políticas se entenderán mejor en con­
traste con los mercados. La pura idea del comportamiento de mercado presenta a los indi­
viduos persiguiendo sus preferencias en un mundo de agentes que intercambian libremente
y de productos comerciables. E l valor de esos productos está determinado por la inter­
acción entre la escasez relativa y las preferencias relativas. Las instituciones políticas
también establecen oportunidades y limitaciones, pero toman la forma de políticas auto-
ritativas que alteran los costes. Volveremos a este punto más adelante en este capítulo.

4. Para un breve repaso del enfoque sociológico de las instituciones, ver Shm uel E . Eisenstadt. « S o c ia l
Instítutions». En Inlemational Encyclopedia of Social Sciences, v o l. 14, cd. D avid S ills . N ew York;
Free Press, 1968), p. 409-429.
E N F O Q U E S E C O N Ó M IC O S D E L A P O L ÍT IC A 573

Instituciones y comportamiento de mercado. L a d is c u s ió n a n te r io r p la n te a la c u e s ­


t ió n d e l a c o n e x i ó n e n t r e l o s m e r c a d o s y l a s i n s t i t u c i o n e s . H a y a l m e n o s t r e s f o r m a s
d e e n t e n d e r e s t a r e l a c i ó n . E n p r i m e r l u g a r , l o s m e r c a d o s s o n e n s í m i s m o s in s t i t u ­
c i o n e s . N o s o n s i m p l e m e n t e a g r u p a c io n e s n o e s t r u c t u r a d a s d e i n d i v i d u o s q u e p a r t i­
c ip a n lib r e m e n te e n l a c o m p r a y v e n t a . L a e c o n o m ía d e m e r c a d o , t a l c o m o p la n te a
P o la n y i , e s « u n p r o c e s o in s t it u id o » ( 1 9 5 7 : 2 4 3 - 7 0 ) , y n o s ó lo e n e l s e n t id o d e q u e
e x is t e n r e g u la r id a d e s d e c o m p o r ta m ie n t o e n e l m e r c a d o , s in o p o r q u e la s n o rm a s
e s t á n in c o r p o r a d a s e n e l m e r c a d o m i s m o . E s t a s n o r m a s d ic t a n l o s t é r m in o s d e l in t e r ­
c a m b i o y l a r e s p o n s a b i l i d a d p o r lo s c o s t e s e x t e r n o s . L o s a c u e r d o s s o b r e d e r e c h o s d e
l a p r o p i e d a d y la o b l i g a c i ó n d e l o s c o n t r a t o s , l a p r o h i b i c i o n d e l r o b o , l a c o a c c i ó n y
e l fr a u d e s o n a c e p ta d o s . E s t o s s o n p a r te d e la s n o rm a s o c o n v e n c io n e s c o n s t it u t iv a s
d e l m e r c a d o s in la s c u a l e s e l in t e r c a m b io e n t r e i n d i v i d u o s d i f í c i l m e n t e f u n c i o n a r í a
( F ie ld , 1 9 8 4 : 6 8 4 ).
E n s e g u n d o l u g a r , l a s in s t i t u c io n e s n o r m a lm e n t e d e f i n e n e l á m b i t o d e l in t e r c a m ­
b io d e m e r c a d o . A l g u n o s o b j e t o s o c a r a c t e r í s t ic a s p u e d e n n o in t e r c a m b i a r s e p o r r a z o ­
n e s p e r s o n a le s o c u l t u r a l e s . U n a p e r s o n a p u e d e n o v e n d e r a u n n i ñ o a u n q u e p u d ie r a
g e n e r a r b e n e fic io s . O t r a p e r s o n a p u e d e n o v e n d e r s u t r a b a jo p a r a ta r e a s q u e p u e d a n
c o n s id e r a r s e c e n s u r a b l e s . A d e m á s d e e s t a s « p r o h i b i c i o n e s s o b r e e l i n t e r c a m b i o » in d i­
v i d u a l e s , m u c h a s d e e s t a s p r o h i b i c io n e s s o n p o l í t i c a s . N o r m a l m e n t e l o s g o b ie r n o s p r o ­
h í b e n e l c a m b i o d e v o t o s p o r d ó l a r e s ( l a c o m p r a d e v o t o s ) , a u n q u e la s n o r m a s s o b r e
la s r e l a c i o n e s e n t r e l o s g r u p o s d e in t e r é s y l o s d ip u t a d o s d e l o s E s t a d o s U n i d o s d e ja n
e s t a c u e s t ió n u n t a n t o a b ie r ta . L o s g o b ie r n o s p u e d e n p r o h ib ir o n o l a p r o d u c c ió n y
v e n t a d e a l c o h o l , la s r e v is t a s p o r n o g r á f ic a s y l a in f o r m a c i ó n p r i v i l e g i a d a e n l a B o l s a .
P u e d e n o n o e s t a b l e c e r l e y e s p a r a r e g u la r l a v e n t a d e l c o n o c i m i e n t o a d q u i r i d o a t r a ­
v é s d e l a e x p e r i e n c i a e n « s e r v i c i o p ú b li c o » - p a r a c o n t r o la r s i lo s e x f u n c i o n a r i o s p u b li­
c a n m e m o r ia s a n te s d e l l e v a r u n c ie r t o p e r io d o d e t ie m p o f u e r a d e l g o b ie r n o o e s t a b le c e r
u n s e r v i c i o d e c o n s u l t o r í a p a r a a s e s o r a r a la s in d u s t r ia s a r m a m e n t ís t ic a s e n b a s e a u n
b r e v e p e r io d o d e e m p le o e n e l D e p a r ta m e n to d e D e f e n s a - .
L a p r o h i b i c i o n d e c ie r t o s t ip o s d e in t e r c a m b io a lt e r a l a a s i g n a c i ó n d e m e r c a d o d e
f o r m a m u y im p o r t a n t e . S i la s n o r m a s f u n c i o n a n p e r f e c t a m e n t e , u n a p o r c i ó n d e l m e r ­
c a d o e s s u p r im id a y lo s p o t e n c ia le s « b e n e f ic io s d e l c o m e r c io » s e p ie r d e n . A d e m á s ,
e x i s t e e l c o s t e d e o p o r t u n id a d d e h a c e r e im p l e m e n t a r l a s n o r m a s . E l t i e m p o , l a e n e r ­
g í a y l o s r e c u r s o s d e lo s l e g i s l a d o r e s , b u r ó c r a t a s y a b o g a d o s t ie n e n o t r o s u s o s q u e s e
ig n o r a n a l h a c e r e i m p l e m e n t a r la s n o r m a s . E s t o s s o n lo s c o s t e s s o c i a l e s d e l a p o l í t i c a
q u e d e s ta c a n a lg u n o s te ó r ic o s d e l a e le c c ió n p ú b lic a .
E n t e r c e r l u g a r , a p a r t e d e s u f u n c i ó n p a r a p r o h i b i r , l a s in s t i t u c i o n e s p o l í t i c a s s o n
n o r m a lm e n t e u t i l i z a d a s p a r a a lt e r a r lo s i n c e n t i v o s s u b y a c e n t e s a l i n t e r c a m b i o d e m e r ­
c a d o . E n la e x R e p ú b lic a F e d e r a l A le m a n a s e o to r g a r o n s u b s id io s e s p e c ia le s y re s e rv a s
p a r a a m o r t i z a c i o n e s a l a s in d u s t r ia s e s p e c i a l i z a d a s e n l a e x p o r t a c i ó n . E n J a p ó n , e l a lt o
n iv e l d e a h o r r o p e r s o n a l e s t á m u y r e l a c i o n a d o c o n l a n a t u r a l e z a d e la s in s t i t u c i o n e s
fin a n c ie r a s y la s r e c o m p e n s a s a l a h o r r o p r o p o r c io n a d a s p o lít ic a m e n t e . E n F r a n c i a s e o to r­
g a n s u b s id io s e s p e c i a l e s a la s t e c n o lo g í a s d e v a n g u a r d i a , y e n l o s E s t a d o s U n i d o s , i g u a l
q u e e n t o d a s p a r t e s , la s p o l í t i c a s im p o s i t i v a s y la s n o r m a s a m b i e n t a l e s n o s e im p o n e n
u n i f o r m e m e n t e ( i g u a l it a r ia m e n t e ) , s in o q u e s e d i s c r i m i n a e n t r e v a r i o s s e c t o r e s , p e n a ­
l i z a n d o a u n o s y g r a t if ic a n d o a o tr o s . A v e c e s , las n o r m a s p o l í t i c a s « m e r a m e n t e » c a n a ­
liz a n l a a c t i v i d a d e c o n ó m ic a d e u n o s s e c t o r e s a o tr o s . N o o b s t a n t e , la s n o n n a s t a m b ié n
574 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

p u e d e n a f e c t a r e l e q u i li b r io e n tr e la s a c t iv id a d e s q u e p r o d u c e n r iq u e z a y la s t r a n s f e ­
r e n c ia s o la s a c t iv id a d e s d e o b t e n c i ó n d e r e n t a s ( K r u e g e r , 1 9 7 4 ; T o l l i s o n , 1 9 8 4 ) .

El razonamiento económico y las instituciones políticas. L a t e o r ía e c o n ó m i c a n e o c l á ­


s ic a h a ig n o r a d o t r a d i c io n a lm e n t e a la s in s t i t u c io n e s . S i la s r e c o n o c í a , la s t r a t a b a c o m o
c o n s t a n t e s s in n in g u n a f e n c i ó n a c t iv a e n l a e x p l i c a c i ó n d e l a s a c t i v i d a d e s d e a s i g n a ­
c i ó n . L a j u s t i f i c a c i ó n h a b i t u a l e r a q u e m ie n t r a s q u e l a s in s t i t u c i o n e s t ie n e n i m p o r t a n ­
c i a a l a r g o p l a z o , é s t a s p u e d e n s e r i g n o r a d a s p a r a la s c u e s t i o n e s r e l a c i o n a d a s c o n l a
a c t i v i d a d a s i g n a t i v a a c o r t o p l a z o . E n l o s ú l t i m o s a ñ o s h a r e n a c i d o e l i n t e r é s p o r la s
in s t i t u c io n e s , e s t im u la d o e n p a r t e p o r l a c r e c ie n t e a t e n c ió n a la h i s t o r ia e c o n ó m i c a y , e n
p a r t e , p o r e l r e c o n o c im ie n t o d e q u e e l c o m p o r ta m ie n t o e c o n ó m ic o c o m p a r a t iv o n o
p u e d e s in r i e s g o i g n o r a r l a s in s t i t u c io n e s .
E n t r e l o s e c o n o m is t a s q u e e s t u d ia n l a s in s t i t u c io n e s e x i s t e n d o s e s c u e la s d e p e n ­
s a m ie n t o . U n a e s c u e la a d m it e q u e la s in s t i t u c io n e s s o n i m p o r t a n t e s , p e r o e n t i e n d e q u e
p r o v i e n e n d e f u e r z a s s it u a d a s f u e r a d e l m o d e l o e c o n ó m i c o . E l o b j e t i v o p r i n c i p a l e n
e s t e c a s o e s e n t e n d e r l a im p o r t a n c i a d e l a s in s t i t u c io n e s p a r a e l c o m p o r t a m i e n t o a s i g -
n a t i v o . E s t o , a s u v e z , s e c o n s i g u e e x p l o r a n d o l a s c a r a c t e r í s t i c a s c o m p a r a d a s d e Jo s
i n c e n t i v o s q u e p r o p o r c io n a n l a s d if e r e n t e s i n s t i t u c i o n e s . C o m o l a s i n s t i t u c i o n e s s o n
e x ó g e n a s ( a u n q u e v a r ia b l e s ) , p o d e m o s r e f e r ir n o s a e s t o c o m o « e l e n f o q u e d e Ja e l e c ­
c i ó n r a c i o n a l c e n t r a d a e n la s in s t i t u c i o n e s » . L a s e g u n d a e s c u e l a e n t i e n d e q u e l a s i n s ­
t it u c io n e s s o n e n d ó g e n a s , e s d e c ir , q u e e lla s m is m a s s e c o n v ie r te n e n v a r ia b le s q u e
d e b e n s e r e x p l i c a d a s p o r e l c o m p o r t a m ie n t o e c o n ó m i c o . E n b r e v e v o l v e r e m o s a e s t e
s e g u n d o e n f o q u e . D e n t r o d e l a e s c u e l a d e l a e le c c i ó n r a c io n a l c e n t r a d a e n l a s in s t i t u ­
c io n e s , e x i s t e u n a d i s t i n c i ó n e n t r e l o s q u e r e a li z a n t r a b a j o e m p í r i c o y l o s q u e r e a li z a n
t r a b a jo a n a l í t i c o . E l t r a b a jo e m p í r i c o s e a j u s t a a l c o m e n t a r i o a n t e r i o r s o b r e l a s c a r a c ­
t e r ís t i c a s c o m p a r a d a s d e lo s in c e n t i v o s d e la s in s t i t u c i o n e s . ¿ Q u é d i f e r e n c i a p r o v o c a n
la s v a r ia c io n e s i n s t i t u c io n a l e s e n e l c o m p o r t a m i e n t o d e a c t o r e s r a c i o n a l e s y p r e o c u ­
p a d o s p o r s u p r o p io in t e r é s ? E s t a e s l a c u e s t ió n p r i n c i p a l q u e s e p la n t e a .
E l t r a b a jo d e D o u g la s s N o r th ( 1 9 8 1 , 1 9 8 4 ), M a r g a r e t L e v i ( 1 9 8 8 ), M a n c u r O ls o n
(1 9 6 5 , 1982) y R o b e r t B a t e s ( 1 9 8 l , 19 8 3 , 1 9 8 8 ) s e e n m a r c a d e n tro d e la t r a d ic ió n
e m p ír ic a . N o r t h e x a m in a e l e f e c t o d e lo s c a m b io s e n l o s d e r e c h o s d e l a p r o p ie d a d s o b r e
e l c r e c i m i e n t o e c o n ó m i c o . S e in t e r e s a p o r c ó m o la s in s t i t u c io n e s p u e d e n c a m b i a r p a r a
a c e r c a r l o s c o s t e s p r iv a d o s y l o s s o c i a le s ( r e d u c ie n d o la s e x t e m a l i d a d e s , p o r e je m p l o ) .
B a te s e s c r ib ió e x te n s a m e n te s o b r e e l d e s a r o ll o e c o n ó m ic o y p o lít ic o y a r g u m e n tó q u e
l a i n c o r p o r a c i ó n d e la s in s t i t u c i o n e s p o l í t i c a s e n l o s m o d e lo s d e d e s a r r o llo p u e d e a y u ­
d a r a e x p l i c a r p o r q u é lo s a c to r e s p o l í t i c o s y e c o n ó m ic o s p a r e c e n c o m p o r t a r s e d e f o r m a
i r r a c io n a l e n t é r m in o s p u r a m e n t e e c o n ó m i c o s . S u t r a b a jo s o b r e e l e s t a b l e c i m i e n t o d e
lo s p r e c io s d e l o s p r o d u c t o s a li m e n t a r io s p o r p a r t e d e la s a g e n c i a s e s t a t a l e s e x p l i c a e n
p a r te l a s a c tit u d e s d e lo s c a m p e s in o s h a c ia l a p r o d u c c ió n ( B a t e s , 1 9 8 1 ) . E l in c e n t i v o p a r a
p r o d u c ir m á s a li m e n t o s p u e d e n o e x i s t i r e n u n p a í s d o n d e lo s t é r m in o s d e l c o m e r c i o
e n t r e l a g r a n j a y l a c i u d a d l o s e s t a b l e c e n l a s in s t i t u c i o n e s e s t a t a l e s c u y o a p o y o p o l í t i ­
c o d e p e n d e d e la s á re a s u rb a n a s.
L a r a m a a n a l ít ic a d e e s t a e s c u e l a p l a n t e a p r e g u n t a s d ife r e n t e s , p r e g u n t a s q u e e x p l o ­
r a n la s p r o p ie d a d e s l ó g i c a s d e l o s m o d e lo s q u e i n c o r p o r a n s i m u l t á n e a m e n t e t é r m in o s
q u e d e s c r i b e n e l c o m p o r t a m ie n t o d e l i n t e r c a m b i o y la s i n s t i t u c io n e s . ¿ E s p o s i b l e d is e ­
ñ a r in s t i t u c i o n e s q u e in c o r p o r e n p r o c e d i m i e n t o s d e e l e c c i ó n d e m o c r á t i c a q u e n o t e n -
ENFOQUES ECONÓMICOS DE LA POLÍTICA 575

g a n la s p r o p ie d a d e s d e in e s t a b i li d a d s e ñ a la d a s p o r A r o w ? ¿ C ó m o , s i e s p o s i b l e , p u e d e
l a in t r o d u c c i ó n d e m a r c o s i n s t i t u c i o n a l e s e s p e c í f i c o s a f e c t a r a l a e s t a b i l i d a d d e v a r io s
s is t e m a s e le c to r a le s ( e le c t o r a d o s , le g is la tu r a s y c o m it é s ) ? ¿ L a s in s t it u c io n e s « h e r e ­
d a n » ( v e r R i k e r , 1 9 8 0 ; S h e p s l e , 1 9 8 3 ) la s m is m a s c a r a c t e r í s t i c a s d e l a s p r e f e r e n c i a s ?
E s d e c i r , ¿ l a s in s t i t u c i o n e s s o n i n e s t a b l e s d e l a m is m a f o r m a e n q u e l a s p r e f e r e n c ia s
p o r lo s r e s u l t a d o s e s p e c í f i c o s s o n i n e s t a b l e s ? E s t a s p r e g u n t a s s o n r e p r e s e n t a t iv a s d e
l a t r a d ic ió n a n a lít ic a .
E n t r e l o s m ie m b r o s d e l a t r a d i c ió n a n a l í t i c a , e l t r a b a jo d e R i k e r ( 1 9 8 0 ) , S c h o f i e l d
( 1 9 8 0 ) , S h e p s l e ( 1 9 7 9 a , b , 1 9 8 3 ) y S h e p s l e y W e i n g a s t ( 1 9 8 1 ) e s p a r t ic u l a r m e n t e r e l e ­
v a n t e p a r a n u e s t r o s p r o p ó s it o s . G r a n p a r te d e l a in v e s t i g a c ió n e n e s t a t r a d i c ió n s e h a in s ­
p ir a d o e n A r r o w . A lg u n o s s e h a n m o s t r a d o a n s io s o s p o r c o n fir m a r o g e n e r a liz a r e l
t e o r e m a b á s i c o d e la i n e s t a b i li d a d ; o t r o s h a n t o m a d o e l l i b r o d e A r r o w c o m o u n r e t o
y h a n p r e g u n t a d o ii. la T u l l o c k ( 1 9 8 1 ) , « ¿ P o r q u é ta n ta e s t a b ilid a d ? » . R ik e r (1 9 8 0 )
e m p e z ó c o n e l t e o r e m a d e Ja in e s t a b i li d a d d e l v o t o p a r a p a s a r a e v a l u a r s u s i m p l i c a ­
c i o n e s p a r a e l e s t u d io d e la s in s t i t u c io n e s p o l í t i c a s . S u p r e g u n t a c e n t r a l e s s i la s i n s t i ­
t u c io n e s h e r e d a n e l m is m o p r o b le m a d e in t r a n s it iv id a d s o c i a l y d e c ir c u la r id a d q u e
c a r a c t e r i z a a l a s p r e f e r e n c i a s s o b r e r e s u lt a d o s e s p e c í f i c o s . S i l a s i n s t i t u c i o n e s s o n , t a l
c o m o é l a f i r m a , « g u s t o s c o n g e l a d o s » , e l l o p a r e c e r ía i m p l i c a r q u e la s in s t i t u c io n e s t a m ­
b ié n s o n in e s t a b le s , a u n q u e e s ta s in e s t a b ilid a d e s s e m a n ifie s t e n m á s le n t a m e n te q u e
l a s i n e s t a b i li d a d e s d e J a p o l í t i c a e s p e c í f i c a . ,
S h e p s l e , u n e s t u d ia n t e d e l a l e g i s l a t u r a d e l o s E s t a d o s U n i d o s , e m p e z ó c o n e l p u n t o
d e q u e e l m u n d o o b s e r v a b le n o e s ta n c a ó t ic o c o m o s e p r e s u p o n e e n e l t r a b a jo d e A r o w
y M c K e lv e y . ¿ P o r q u é ? S h e p s le a s e g u r a q u e p a r te d e la r e s p u e s ta se e n c u e n tr a e n la
f o r m a e n q u e l a s in s t i t u c i o n e s p o l í t i c a s m e d ia n e n tr e l a s p r e f e r e n c ia s y l a s e l e c c i o n e s
s o c i a l e s . C u a l q u i e r p r e f e r e n c i a n o p u e d e s e r e x p r e s a d a e n c u a l q u i e r f o r m a p a r t ic u la r .
E x i s t e n n o n n a s s o b r e q u é p r e f e r e n c ia s p u e d e n e x p r e s a r s e , e n q u é o r d e n , e n c o m b i n a ­
c i ó n c o n q u é o tr a s p r e f e r e n c ia s - e s d e c ir , q u é c o a l i c i o n e s s o n p o s ib l e s ( S h e p s l e , 1 9 8 3 :
1 - 9 ) - . T a l c o m o a f i r m a r o n S h e p s l e y W e in g e s t :

B a jo nu e stro p u n to d e v ista , las p rá cticas leg islativ as rea le s lim itan Ja in e sta b ilid a d d e
l a P^RM (p u ra r e g la d e l a m ay o ría) a tra vé s d e Ja restricción d el á m b ito y c o n te n id o
d el in te r c a m b io le g is la t iv o . E s te ú ltim o , e n n u e stra o p in ió n , fo n n a p a r t e d e l p ro b le ­
m a (a u n q u e n o es p a r a n a d a e l ú n ico ) c o n l a P ^ M , n o d e l a s o lu c ió n . E n to d o n uestro
tra b a jo , p u e s , e sp e ra m o s tran sm itir lo q u e c r e e m o s q ue es un a rg u m en to c o n v in c e n te
p a r a r e s p o n d e r a l a p re g u n ta d e T u llo c k , “ ¿ P o r q u é ta n ta e s ta b ilid a d ? ” c o n un “ lo s
m a r c o s in stitu c io n a le s s o n lo s re s p o n s a b le s " ( 1 9 8 1 :5 0 4 , c u r s iv a en e l o rig in a l).

L o s t r a b a jo s d e S h e p s l e , d e R i k e r y d e F i o r i n a ( 1 9 8 2 ) v u e l v e n d e a l g u n a f o r m a l a
a te n c ió n d e l t e ó r ic o f o n n a l a la s p r e o c u p a c io n e s m á s tr a d ic io n a le s d e l o s p o lit ó lo g o s .
E n su U.S. Senators and Theír World ( 1 9 6 0 ) , D o n a ! s M a t t h e w s p r o p o r c io n ó u n r e la t o
s o b r e e l f u n c i o n a m i e n t o d e l S e n a d o d e lo s E s t a d o s U n i d o s m u y r i c o e n d e t a l le s n o r ­
m a t i v o s e i n s t i t u c i o n a l e s . L o s t e ó r i c o s f o r m a l e s , p a r t ie n d o d e u n a p r o p u e s t a a b s t r a e - .
ta s o b r e l a i n e s t a b i li d a d d e l a s o p c i o n e s s o c i a l e s e n m a r c o s n o l i m i t a d o s n o r m a t i v a e
in s titu c io n a lm e n t e , h a n (r e ) d e s c u b ie r to , c o m o e x p r e s ó S h e p s le , « q u e lo s g u s t o s y su s
e x p r e s io n e s n o s o n n i a u tó n o m o s n i n e c e s a r ia m e n t e d e c is iv o s » ( S h e p s le , 1 9 8 3 : 1 ) .
S e g ú n S h e p s l e , e l m u n d o r e a l d e la s l e g i s l a t u r a s , lo s c o m i t é s y l o s s is t e m a s e le c t o r a l e s ■
576 CRÍTICAA LAECONOMÍAORTODOXA

se caracteriza por complejas divisiones del trabajo (no por el intercambio atomizado),
por restricciones sobre las preferencias con normas sobre su relevancia, y porque se
secuencian nonnas que especifican cómo los temas pueden surgir, ser modificados y ser
votados. Estas condiciones ponen cierta distancia entre las instituciones en funciona­
miento y la pura regla de la mayoría del mundo de Arrow. Después de todo, el equili­
brio es posible.
Finalmente llegamos a la teoría de la elección racional que entiende que las insti­
tuciones son endógenas. Este enfoque difiere de forma importante del enfoque de la
elección racional centrado en las instituciones. Este último enfoque es una extensión natu­
ral del modelo económico básico sencillamente activando un factor que casi todo el
mundo reconoce de entrada. En cambio, la teoría institucional endógena altera el esta­
tus teórico de las instituciones, desplazándolas a la izquierda de la ecuación explica­
tiva básica. En este enfoque, las instituciones mismas se convierten en objetos de
elección, en argumentos en las funciones de utilidad y outputs a ser explicados de la
misma manera que la actividad asignativa en general. E l modelo institucional revisa­
do dice ahora que las variaciones en la fonna y el contenido de las instituciones se pue­
den explicar recurriendo a los cambios exógenos en los derechos, las preferencias y la
tecnología. Por ejemplo, al producirse un aumento exógeno en la relación trabajo/tie-
rra, las asignaciones de los derechos de propiedad deberían cambiarse a favor de los
propietarios del recurso escaso; es decir, más favorable a los terratenientes y menos a
Jos trabajadores.
El intento de crear una teoría endógena de las instituciones está reflejado en el tra­
bajo de North y Thomas (1973), North (1978, 1981, 1984), Levi (1988), y Basu, Jones
y Schlicht (1987). Para North y muchos de sus seguidores, las fuerzas clave que actú­
an en el cambio institucional están relacionadas con los beneficios potenciales aso­
ciados a la innovación, la producción y el intercambio. Los derechos de propiedad que
recortan los beneficios externos (es decir, las externalidades positivas), desaniman la
búsqueda de rentas y reducen los costes de hacer y aplicar contratos son centrales al aná­
lisis del cambio institucional de North. A s í, la empresa moderna (que limita la res­
ponsabilidad personal), la B olsa (que concentra el capital y reduce los costes de
información) y las patentes (que protegen los ingresos derivados de la innovación)
son ejemplos de stock. Los cambios en los precios relativos de los factores y de los
productos proporcionan el estímulo para el cambio en las instituciones. L evi también
se basa en parte en el papel de las instituciones en la reducción de los costes de tran­
sacción, aunque su trabajo se complementa con una teoría del poder y la negociación
(1988: 17-23).
Finalmente, el trabajo de Riker (1980) y Shepsle (1983), a pesar de ser funda­
mentalmente analítico, también puede interpretarse corno parte del movimiento del
cambio institucional endógeno. A l comentar el trabajo de Riker, Shepsle señala que
Riker «trata a las instituciones como alternativas ordinarias de política en un aspecto
importante: son elegidas» (1 983: 27). L a distinción de Shepsle entre el equilibrio ins­
titucional y las instituciones de equilibrio pretende plasmar la diferencia entre aque­
llas instituciones que pueden proporcionar equilibrio en los resultados de la política
económica, y aquellas que pueden ser ellas mismas institucionalmente estables.
El esfuerzo por crear una explicación endógena de las instituciones -e s decir, por
proporcionar una teoría sobre cómo se crean y se cambian las instituciones-, no es
e n f o q u e s e c o n ó m ic o s d e l a p o l ít ic a 577

n u e v o , p e r o e s im p o r t a n t e . R e p r e s e n t a u n e s f u e r z o p a r a r e s u c i t a r u n p r o y e c t o q u e fu e
c e n t r a l e n l a e c o n o m í a p o l í t i c a m a r x ia n a . P e r o m ie n t r a s q u e M a r x v i o e l m o t o r d e l
c a m b io i n s t i t u c i o n a l e n l a t e n s ió n d i a l é c t i c a e n t r e la s f u e r z a s d e p r o d u c c ió n y l a s r e l a ­
c io n e s d e p r o d u c c ió n , e l n u e v o in s titu c io n a lis m o d e la e c o n o m ía n e o c lá s ic a s e c e n tr a
e n l a s in s t i t u c i o n e s c o m o r e s p u e s t a s o r g a n i z a t i v a s , p r o c e d i m e n t a l e s y s i m i l a r e s a la s
n o r m a s p a r a Ja e c o n o m i z a c i ó n e n lo s c o s t e s d e t r a n s a c c ió n y Ja c a p t a c i ó n d e l o s b e n e ­
f i c i o s p r o c e d e n t e s d e l a in n o v a c ió n e n l a p r o d u c c ió n y e l i n t e r c a m b io . E s t a lit e r a t u r a n o
s e l i m i t a a l a t e o r ía d e l a e m p r e s a . S e e x t i e n d e m u c h o m á s a l l á p a r a i n c l u i r l o s e s f u e r ­
z o s p o r e n t e n d e r l o s c a m b i o s l e g a l e s , lo s c a m b io s e n l o s d e r e c h o s d e l a p r o p ie d a d y
l o s c a m b i o s e n l a f o r m a y e l c o n t e n i d o d e l a s in s t i t u c i o n e s p o l í t i c a s d u r a n t e l a r g o s

p e r io d o s h i s t ó r i c o s .

3. C o n c l u s ió n

C o m o á r e a d e e s t u d i o , l a e c o n o m í a h a d e s a r r o l la d o u n m é t o d o c a r a c t e r í s t i c o b a s a d o
e n l a a d a p t a c ió n d e r e c u r s o s e s c a s o s a fin e s e n c o m p e te n c ia . A p lic a d a a la p o l ít ic a , la
p r e s u n c ió n p r i n c ip a l d e l e n f o q u e e c o n ó m i c o e s q u e l o s q u e t o m a n l a s d e c i s i o n e s , ta n to
lo s q u e s o n p ú b l i c o s c o m o lo s p r i v a d o s , p u e d e n d e s c r i b i r s e d e l a m i s m a f o r m a . L o s
d o s t ie n e n r e c u r s o s l i m i t a d o s y f i n e s , y p e r s i g u e n s u s o b j e t i v o s s i g u i e n d o u n c á l c u l o
r a c i o n a l y s u s p r o p io s in t e r e s e s i n d iv id u a l e s .
E n e s t e e n f o q u e , l o s v o t a n t e s s o n c o n s u m i d o r e s q u e e l i g e n e n t r e c a n d id a t o s y p o l í ­
t ic a s d if e r e n t e s ; lo s p o lít ic o s m a x i m i z a n l o s in t e r e s e s d e s u s o r g a n i z a c i o n e s ( p a r tid o s )
p e r s i g u i e n d o a l o s v o t a n t e s m e d io s ; l o s b u r ó c r a t a s s o n a g e n t e s c u y a s f u n c i o n e s o b j e ­
t iv a s i n c l u y e n l a m a x i m i z a c i ó n d e l p r e s u p u e s t o , l a e x p a n s i ó n y p r o t e c c i ó n d e l p e r s o ­
n a l y e l c o m p o r t a m ie n t o d is c r e c i o n a l . L a s l e y e s s o n e s t r u c tu r a s n o r m a t i v a s q u e a f e c t a n
la f o r m a e n q u e p u e d e n p e r s e g u ir s e lo s o b j e t i v o s a l a v e z q u e p r o d u c t o s d e l c á l c u l o
b a s a d o e n e l p r o p i o in t e r é s i n d i v i d u a l . T a l c o m o s e h a d e s a r r o l la d o e n e c o n o m í a , e l
e n f o q u e g e n e r a l e s t á g u i a d o p o r la d e m a n d a c o n c o n s u m i d o r e s q u e p e r s i g u e n s u s o b j e ­
t iv o s p o l ít íc o s y p o l í t i c o s q u e p r o p o r c io n a n p a s iv a m e n t e b i e n e s p ú b l i c o s ( B u c h a n a n ,
1 9 7 9 : 1 7 7 ) . L o s m o d e l o s d e s a r r o l la d o s p o r l o s p o l i t ó l o g o s h a n p e r m it id o u n c o n j u n t o
d e o b je t iv o s d is t in t iv o s p o r p a r t e d e lo s a g e n t e s e s ta ta le s .
E l e n f o q u e e c o n ó m i c o d e l a p o l í t i c a h a f o r z a d o a lo s a n a l i s t a s a d e s a g r e g a r e l
E s t a d o y a cen^trarse e n s u s n u m e r o s o s c o m p o n e n t e s y p r o c e s o s c o n s t it u y e n t e s . S ig u i e n d o
a B e n t l e y , p o d e m o s d e c ir q u e n o h a y n in g u n a n e c e s id a d d e q u e e l E s t a d o e x is t a c o m o
u n a e n t i d a d . U n a v e z h e m o s e s p e c i f i c a d o l o s a g e n t e s , r e c u r s o s , o b j e t i v o s y n o r m a s , Ja
p o l í t i c a e s e l a n á l i s i s d e l a e le c c i ó n e n m a r c o s p o l í t i c o s , m u c h a s v e c e s e n r e l a c i ó n c o n
lo s b i e n e s p ú b l i c o s .
A u n q u e c e n t r a r s e e n a c t o r e s p o l í t i c o s p a r t ic u l a r e s e n d if e r e n t e s m a r c o s e s t r a t é g i­
c o s e s v a l i o s o , e s t e e n f o q u e t ie n e l i m i t a c i o n e s . N o s c e n t r a r e m o s e n tr e s .
P r im e r o s u r g e e l te m a d e s i la p o lít ic a , e n e s p e c ia l la p o lít ic a d e m o c r á tic a , s e d e s ­
c r ib e m e j o r a p a r t ir d e l o s o b j e t i v o s p e r s e g u id o s p o r l o s c iu d a d a n o s o p o r l o s m o d o s
d e a c t i v i d a d e n l o s q u e l o s c iu d a d a n o s p a r t ic ip a n . E n l a m e d id a e n q u e l a p o l í t i c a p u e d e
s e r r e p r e s e n t a d a p o r a g e n t e s q u e t ie n e n o b j e t i v o s q u e p u e d e n s a t i s f a c e r s e e l i g i e n d o
e n t r e d if e r e n t e s a c c i o n e s a lt e r n a t iv a s , e l e n f o q u e e c o n ó m i c o t ie n e s e n t id o . P e r o s u p o n ­
g a m o s q u e e x i s t e a l g o v a l i o s o e n e l p r o c e s o m is m o . S u p o n g a m o s q u e l a g e n t e n o « u t i­
l i z a » l a p o l í t i c a t a n t o p a r a s a t i s f a c e r o b j e t i v o s c o m o p a r a e x p r e s a r s e a t r a v é s d e la s
578 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

instituciones políticas. ¿ Y si parte de la razón para participar es simplemente el hecho


de hacerlo, y no la obtención de los objetivos a los que puede llevar la participación?
El desacuerdo sobre la pertinencia del enfoque económico de la política puede con­
vertirse en parte en desacuerdo sobre la naturaleza de la política. Si la política se refie­
re a la búsqueda de objetivos en contextos políticos, entonces el enfoque es totalmente
pertinente. Sin embargo, existe una concepción alternativa que identifica a la política
con procesos a través de los que los individuos se descubren a sí mismos, aprenden
sobre sus preferencias, debaten y confonnan (y son a su vez conformados por) las opi­
niones de los demás. E l mismo proceso (el proceso político democrático) conforma
las creencias de los ciudadanos, especialmente aquellas referentes a cómo encajar en una
sociedad junto a otros individuos, y por lo tanto modifica sus posibles deseos como
agentes privados.
Una limitación del enfoque económico es que pasa por alto el potencial transfor­
mador de la política. L a política no es sólo un proceso por el que preferencias prede­
terminadas e incontestables se convierten en inputs políticos. Los individuos no se
limitan a actuar en base a unas preferencias preestablecidas a lo largo del proceso polí­
tico. Tal como planteó Barber en T h e C o n q u e st o f P o l i t ic s :

El trayecto desde la opinión privada al juicio político no sigue el camino del prejui­
cio al conocimiento verdadero; va de la soledad a la sociabilidad. Para realizar este tra­
yecto, el ciudadano debe someter sus opiniones privadas a una prueba que es todo
menos epistemológica; debe debatirlas con sus conciudadanos, pasarlas por los tri­
bunales, ofrecerlas como programa para un partido político, probarlas en Ja prensa,
reformularlas en una iniciativa legislativa, experimentarlas en foros locales, estata­
les y federales y, de cualquier otra fonna posible, someterlas al escrutinio cívico y a
la actividad pública de la comunidad a la que pertenece (1988: 199).

L a segunda limitación del enfoque económico de lapolítica estó relacionada con el


esfuerzo por explicar las instituciones y el cambio institucional. Hemos encontrado
dos formas distintas en que las instituciones pueden aparecer en d análisis económico.
Las instituciones pueden entenderse como algo dado (igual que las preferencias y las
derechos) y explorarse las consecuencias de diferentes marcos institucionales.
Alternativamente, las instituciones pueden ser tratadas como fenómenos que hay que
explicar. E l primer enfoque se «limita» a especificar lo que siempre ha estado implícito
en el modelo neoclásico. L a tarea está en elaborar la estructura comparativa de los
incentivos en varios marcos institucionales y evaluar las consecuencias del comporta­
miento asignativo. El segundo enfoque es más ambicioso al intentar derivar cambios ins­
titucionales de un modelo de acción intencional.
Si este esfuerzo tuviera éxito, la afirmación de que la economía se basa (y debe
basarse) en una base no económica se pondría en cuestión. (Field, 1979; 1984). Las
instituciones, o las normas, se refieren a fenómenos no económicos que afectan al com ­
portamiento asignativo, pero no pueden ser explicadas (o aún no han sido explicadas)
a partir de este comportamiento. Según este punto de vista, las instituciones, aunque
pueden cambiar en última instancia, se enfrentan a los agentes electores como hechos
históricos dados, como parte de la arquitectura que define la situación de elección y
no como algo que puede elegirse.
ENFOQUES ECONÓMICOS DE LA POLÍTICA 579

S i l a s in s t i t u c i o n e s s e c o n v i e r t e n e n e l o b j e t o d e l a e x p l i c a c i ó n , ¿ p u e d e e l m o d e lo
: e c o n ó m i c o r e s p o n d e r d e e ll a s d e f o r m a l ó g i c a s in u n a e s p e c i f i c a c i ó n p r e v i a ( d i f e r e n -

T :■ te ) d e la s in s t i t u c i o n e s ? L o s e c o n o m is t a s n e o c l á s i c o s v e n l a s i n s t i t u c io n e s b á s ic a m e n -
■ t e c o m o n o r m a s . I n t e r p r e t a d a s d e e s t a f o r m a , l a s in s t i t u c i o n e s p r e s c r i b e n , p r o h íb e n y
:■ p e r m it e n . C o m o t a le s , s o n r e le v a n t e s p a r a e l c o n ju n t o d e a c c io n e s f a c t i b le s , la s q u e
: s o n p o s ib l e s . A s í , s o n r e l e v a n t e s p a r a l a e x p l i c a c i ó n d e l c o m p o r t a m ie n t o e le c t o r , i n c l u -
i y e n d o l a e l e c c i ó n d e in s t i t u c i o n e s . S i n u n a e s p e c i f i c a c i ó n a n t e c e d e n t e d e n o r m a s , u n a
: v e x p l i c a c i ó n d e l a s n o r m a s s u b s ig u ie n t e s p a r e c e r í a i m p o s i b l e . E s t e n o e s u n a r g u m e n -
v t o c o n tr a e l in t e n t o d e e x p l i c a r la s in s t it u c io n e s c o n e l m o d e lo e c o n ó m ic o , p e r o s í s u g ie -
: ; r e q u e e l in te n to s ó lo p u e d e fu n c io n a r m ie n tr a s s e b a s e en n o r m a s a n te r io r e s
T r e x ó g e n a m e n t e d a d a s . T a l c o m o p la n t e ó F i e l d , « é s t a s [ n o r m a s ] n o p u e d e n , o a l m e n o s
n o t o d a s p u e d e n , e n t e n d e r s e c o m o e l r e s u lt a d o d e j u e g o s p r e v i o s e n l o s q u e n o s e m a n -

■ ;v tu v ie r o n » (1 9 8 4 : 6 8 4 ).
L a t e r c e r a l im it a c i ó n d e l e n f o q u e e c o n ó m i c o d e l a p o l í t i c a e s t á r e l a c i o n a d a c o n la s
i] i n s t i t u c i o n e s y l a s p r e f e r e n c i a s . S i l a s i n s t i t u c i o n e s , i n c l u y e n d o l a s p o l í t i c a s , s ó l o s ir -
C : ; v e n p a r a f a c i l i t a r ( la e f i c i e n c i a e n ) l a s a t i s f a c c i ó n d e lo s d e s e o s , ¿ c ó m o s u r g e n l o s
;: [ d e s e o s ? ¿ Q u é p a p e l p u e d e n te n e r n u e stra s v i d a s s o c ia le s e n la fo r m a c ió n y n o s ó lo en
i : i la s a t i s f a c c i ó n d e lo s d e s e o s ? C o n l a e x t e n s i ó n d e l c á l c u l o i n d iv id u a l e n e l p r o p io in te ­
; ■. r é s a l d is e ñ o d e la s i n s t i t u c i o n e s , p e r d e m o s c u a l q u i e r s e n t id o d e u n m u n d o s o c ia l p e r ­
d u r a b le e n e l q u e l a s p e r s o n a s p u e d a n e n c o n t r a r s e a s í m i s m a s , d e s c u b r ir s u id e n t id a d ,
rT r s u s e n t id o d e s í m i s m o s , y l o s d e s e o s a p r o p i a d o s a e s t e s e n t id o d e s í m i s m o s .
;" T L a s i n s t i t u c io n e s , e n p a r t e , c o n f o n n a n e s t e m u n d o s o c i a l p e r d u r a b le . N u e s t r a s in s -
’ ; t it u c io n e s p e r m it e n l a e x i s t e n c i a d e u n m a r c o d e r e f e r e n c i a q u e n o d e p e n d e d e la s p r e -
< fe r e n c ia s e x ó g e n a s . S i l a s in s t i t u c i o n e s d e b e n a s u m i r e s t e p a p e l, e l in t e r é s in d i v i d u a l
¡I p r o p i o n o le s p u e d e s e r e x ó g e n o , o a l m e n o s n o a t o d a s . C o m o m í n i m o , e s t o s u g ie r e
■í:;; u n a d i v i s i ó n e n t r e l a s i n s t i t u c io n e s o r ie n t a d a s a s e r v i r a l in t e r é s p r o p i o , p a r a las q u e l a
r e x o g e n e i d a d p u e d e s e r u n s u p u e s t o r a z o n a b le , y l a s q u e p a r t ic ip a n e n l a f o r m a c i ó n d e
. l o s in t e r e s e s , p a r a l a s q u e e l s u p u e s t o d e e x o g e n e n i d a d n o e s a d e c u a d o . H a s t a e l p u n t o
, : e n q u e la s i n s t i t u c io n e s p o l í t i c a s e n tr e n d e n t r o d e l s e g u n d o g r u p o , l a e c o n o m í a p o l í t i -
; ; c a p u e d e c o n t r ib u ir a c l a r i f i c a r l a n e c e s a r ia d i s t i n c i ó n .
V: I n c l u s o s o b r e l a b a s e d e u n a d is t in c i ó n a p r o p i a d a e n t r e lo s d o s t ip o s d e in s t i t u c io -
: n e s , e l e n fo q u e d e l a e le c c ió n r a c io n a l p la n te a p r o b le m a s . E s te e n fo q u e e s tá e s p e c ia l-
L m e n t e d is e ñ a d o p a r a tra ta r l a r e la c ió n e n tre la b ú s q u e d a d e l in te ré s p r o p io y l o s r e s u lta d o s
>: c o l e c t i v o s . T o m a c o m o a l g o d a d o l a m o t i v a c i ó n q u e s e s u p o n e e n l a n o c i ó n d e in t e r é s
; p r o p io . L o s p a r t id a r io s d e e s t e e n f o q u e e s c r ib e n m u c h a s v e c e s c o m o s i s u s c o n c l u s i o ­
n e s fu e r a n v á l i d a s m ie n t r a s s e a c e p t e l a p r i m a c ía d e l in t e r é s p r o p io y d e l c á lc u l o r a c io n a l
f (e s d e c ir , d e l c á lc u l o in s tr u m e n ta lm e n te r a c io n a l) e n l a m o t iv a c ió n y e l c o m p o r t a m ie n t o
r ; i n d i v i d u a l . P e r o e s t o n o e s t á ta n c la r o c o m o p a r e c e .
E l a c e p t a r l a b ú s q u e d a d e l in t e r é s p r i v a d o c o m o u n o b j e t i v o d e l in t e r c a m b io ( y e n
m e n o r m e d id a d e l g o b ie r n o ) , n o s ig n ific a q u e a c e p te m o s la fo r m a t íp ic a d e e n te n d e r
1■;;; e l in t e r é s p r o p io y l a r a c io n a li d a d d e l m a r c o d e l a e l e c c i ó n r a c io n a l. A l f i n y a l c a b o , e l
V in t e r é s p r o p io n o e s u n t e m a t a n s e n c il lo ( v e r K o h u t , 1 9 7 7 ) . P a r a s e r u n a g e n t e y p o d e r
e l e g i r , e l i n d i v i d u o d e b e t e n e r u n y o c o h e s i v o a l q u e r e fe r ir s e y a p a r t ir d e l c u a l d e f i ­
n i r s u s o b j e t i v o s . A d e m á s , l a n a t u r a le z a d e e s e y o d e t e r m in a r á la n a t u r a le z a d e la e l e c ­
c i ó n r e a li z a d a p o r e l a g e n t e , p o r e je m p l o s i e s c a p a z o n o d e o r d e n a r j u s t i f i c a d a m e n t e
e l r a n k i n g d e s u s a lt e r n a t iv a s e n u n o r d e n d e p r e f e r e n c i a s . A n t e s d e q u e s u p o n g a m o s
580 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

d e m a s ia d o r á p id a m e n t e q u e l a e l e c c i ó n y Ja r a c i o n a l i d a d t r a t a n s o b r e e l r a n k i n g y l a
p r e f e r e n c ia , d e b e m o s e s t u d ia r m á s p r o f u n d a m e n t e !a n a t u r a l e z a d e l a p r o p i a a g e n c i a
y la s c u a li d a d e s q u e h a c e n q u e u n a g e n t e s e a c a p a z d e e l e g i r .
E s im p o r t a n t e d e s t a c a r , e n r e l a c i ó n c o n e s t o , q u e e l e n f o q u e c l á s i c o e v it a l o s p r o ­
b le m a s d e a g e n c i a y e l e c c i ó n a l c e n t r a r s e e n l a b ú s q u e d a d e l b e n e f ic i o y n o d e l a m a x i -
m i z a c i ó n d e la u t i l i d a d . E s t e e n f o q u e p r o v i e n e d e l h e c h o d e q u e la t e o r í a c l á s i c a e s
fu n d a m e n t a lm e n t e u n a t e o r í a d e l c r e c i m i e n t o d e l a r iq u e z a y n o d e s u a s i g n a c i ó n e s t á ­
t ic a . L o s e c o n o m i s t a s c l á s i c o s n o s e o c u p a n m u c h o d e Ja e l e c c i ó n d e l c o n s u m i d o r y
s e d e d ic a n e n c a m b i o a l a s i m p l i c a c i o n e s d e l a b ú s q u e d a d e l b e n e f i c i o p a r a e l c r e c i ­
m ie n t o d e la r iq u e z a . A l h a c e r e s t o , p r e s t a n m e n o s a t e n c ió n d e Ja q u e p u d ie r a n a l p a p e !
d e la d e m a n d a e n e l f u n c i o n a m i e n t o d e l a e c o n o m í a d e m e r c a d o , a la v e z q u e e v it a n
t a m b ié n lo s p e lig r o s d e in t e r p r e t a r e l m u n d o e n t é n n in o s d e e s c a s e z y d e e l e c c i ó n r a c i o ­
n a l.
C u a n d o h a c e m o s q u e l a s i n s t i t u c i o n e s p o l í t i c a s d e r i v e n d e l in t e r é s p r o p i o , c o n ­
v e r t i m o s d e h e c h o a l y o e n u n a c o n d i c i ó n p r e v i a ir r e d u c t i b le d e l a i n t e r a c c i ó n s o c i a l ,
y e s t o d i f i c u l t a e l t o m a r e n c o n s i d e r a c i ó n a n a l í t i c a m e n t e l o s d e t e r m in a n t e s s o c i a l e s y
e l m a r c o i n s t i t u c i o n a l d e l in t e r é s p r o p i o . E s t a o b s e r v a c i ó n t i e n e r e l a c i ó n c o n u n o d e
n u e s tr o s te m a s c e n tr a le s : e l v ín c u lo e n tr e Ja e c o n o m ía p o lít ic a y la d e s p o lit iz a c ió n d e
la s o c ie d a d , e l d e s p la z a m ie n to d e la p o lít ic a p o r p a rte d e la s o c ie d a d c iv il. U n a r e i­
v in d ic a c ió n q u e n o s o tro s c o n s id e r a m o s q u e e s e l p a p e l n e c e s a r io q u e d e b e n ju g a r la s
in s t i t u c i o n e s p o l í t i c a s , e s t a b l e c i e n d o u n m a r c o p e r d u r a b l e p a r a l a f o r m a c i ó n d e J o s
d e s e o s y q u e p o d r ía l i m i t a r l a e r o s i ó n d e l E s t a d o a s o c i a d a a l p r o y e c t o t r a d i c i o n a l d e
l a e c o n o m ía p o l í t i c a .

B i b l i o g r a f í a CITA D A

A rrow , K e n n e t h . ( 1 9 5 1 ). Social Choice and Individual Valúes. N e w H a v e n , C o n n .: Y a l e


U n iv e r s ity P ress.
B arber , B e n ja m ín R . (19 88 ). The Conquest of Politics: Liberal Philosophy in Democratic Times.
P r in c e to n , N J: P r in c e to n U n ív e r s ity P r e s s.
B asu , K a u s h ip ; JO N E S, E r ic ; S c h u c h t , E k k e h a r t. (1 9 8 7 ). « T h e G r o w t h a n d D e c a y o f C u s t o m :
Explorations in
T h e R o l e o f t h e N e w I n s t it u t io n a l E c o n o m ic s in E c o n o m i c H i s t o r y » ,
Economic History, 2 4 , p 1 -2 1 .
BATES, R obert. (1981). Markets andState in TmpicdAfrica. B e rk e ley : U n iv e rsity o fC a lifo m ia Press.
— . [1 9 8 3 ] ( 1 9 8 7 ). Essays on the Political Economy of Rural Africa. C a m b r id g e : C a m b r id g e
U n iv e r s ity P r e s s . B e r k e le y : U n iv e r s ity o f C a lifo r n ia P r e s s.
— . 1988. « M a c r o - P o lit ic a l E c o n o m y in the F i e l d o f D e v e lo p m e n t » . D u k e U n iv e r s ity P r o g r a m
in In tern atio n a! P o litic a l E c o n o m y , d o c u m e n to d e tra b a jo , n ° 4 0 , p . 1-69.
B e c k e r , G a r y . ( 1 9 7 6 ). The Economic Approach to Human Behavior. C h ic a g o : U n iv e r s it y o f
C h ic a g o P r e s s.
B oW M A N , J o h n R . (19 89 ). C a p ita lis t CoUectiveA c t i o n . C a m b r id g e : C a m b r id g e U n iv e r s ity P r e s s .
B uch an an , J a m e s . (1 9 7 9 ). « A n E c o n o m is t 's A p p r o a c h to " S c ie n t if ic P o lit ic s " » . E n : B u c h a n a n ,
What Economist Do? I n d ia n a p o lis : L ib e r ty F u n d .
— . (1 9 8 4 ). « P o litic s w ith o u t R o m a n c e . A S k e t c h o f P o s itiv e P u b lic C h o i c e T h e o r y an d Its N o r -
m a tiv e I m p lic a lio n s » . En: Ja m e s M . B u c h a n a n y R o b e r t D . T o llis o n , (e d s.). The Theory of
Public Choice-!/. A n n A r b o r : U n iv e r s ity o f M ic h ig a n P r e s s , p . 11 -2 2 .
— . ( 1 9 8 7 ). « T h e C o n s titu tio n o f E c o n o m ic P o l i c y » . American Economic Review, 7 7 , n° 3 ,
p . 2 4 3 -2 5 0 . .
ENFOQUES ECONÓMICOS DELAPOLÍTICA 581

BUCHANAN, James. (1988). «Contactarían Political Economy and Constitutional Interpretation».


Papers and Proceedings o f the American Economic Association, 78, n° 2, p. 135-139.
Buchanan , James; TunLOCK, Gordon. (1962). The Calculus ofConseni. Ann Arbor: University
of Michigan Press.
D 0WNS, Anthony. (1957). An Economic Theocy o f Democracy. Nueva York: Harper & Row.
E k ELUND jr., Robert B.; TOLLlSON, Robert D. (1986). Microeconomics. Boston: Little, Brown.
ELSTER, Jon. (1986). «Introduction». En: Jon Elster (ed.). Rational Choice. Nueva York: New
York Universíty Press, p. 1-33.
—. (1987). «The Possibility of Rational Politics». Atchives Européennes de Sociologie, 28, n° 1,
p. 67-103.
F!ELD, Alexander. {1979). «On the Explanaron ofRules Using Rational Choice Models». Journal
ofEconom ic fssues, 13, n° 1, p. 49-72.
—. 1984. «Microeconomics, Norms, and Rationality». Economic Development and Cultural
Change, 32, p. 683-711.
F ior in a , Morris P. (1982). «Legislative Choice o f Regulatory Forms: Legal Process or
Administrative Process?» Public Choice, 39, p. 33-66.
F rolich , Nonnan; O ppenheimer, Joe A . (1978). Modem Political Economic. Englewood Cliffs,
N .J.: Prentice-Hall.
G ilpin, Robert. (1981). War and Change in World Poliiícs. Nueva York: Cambridge University
Pres s.
— . (1987). The Political Economy o f Internamational Relations. Princeton, N. J.: Princeton
University Press. 1
G owa , Joanne. (1989). «Rational Hegemons, Excludable Goods, and Small Groups: An Epitaph
for Hegemonic Stability Theory?» World Politics , 41, n° 3, p. 3001-324.
H irschleifer , Jack. (1985). «The Expanding Dornain ofEconomics». The American Economic
Review, 75, n° 6, p. 53-68.
K eOHANE, Robert O . (1982). «The Demand fo r Internacional Regimes». International
Organization, 36, n° 2, primavera, p. 325-355.
— . 1984. After Hegemony. Princeton, N.J.: Princeton University Press.
K inoleberger , Charles P. (1973). The World in Depression, 1929-1939. Berkeley: University
o f California Press. .
— . ( 1981). «Dominance and Leadership in the International Economy». International Studies
Quarterly, 25, n° 3, p. 242-254.
KOHur, Heinz. (1977). The Restoration ofthe Self . Nueva York: International University Press.
K rueger , Anne O. (1974). «The Política! Economy o f the Rent-Seekíng Society». American
Economic Review, 64, p. 291-303.
L e v i , Margaret. (1988). O fR ule andRevenue. Berkeley: University ofCalifom ia Press.
L evine , David. (1983). «How Economists View Policy». Democracy, 3, n° 3, p. 83-93.
M arshall , Alfred. [1890] (1930). Principies o f Economics, 8" ed. Londres: Macmillan.
MATrHEWS, Donald. (1960). U.S. Senators and Their World. Chapel Hill, N .C.: University of
North Carolina Press.
McKEAN, Roland J. (1958). Effidency in Govermenl through Systems Analysis. Nueva York:
John Wiley and Sons.
M c K e l v e y , R . D . (1976). «Intransitivities in Multidimensional Voting Models and Sorne
Implications for Agenda Control». Joumal ofEconom ic Theory, 12, p. 472-482.
— . (1979). «General Conditions for Global Intransitivities in Formal Voting Models».
Econometrica, 47, p. 1.085-1.111.
Mc^KENz!E, Richard; Tu^uocK, Gordon. (1981). The New World ofEconomics, 3‘ ed. Homewood.,
I I .: Irwin.
M c L ean , Iaín. (1987). Public Choice: An Inlwduction. Nueva York: Basil Blackwell.
582 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

M o E , T e rry M . ( 1 9 8 0 ). The Organizalion o f Interes!. C h i c a g o : U n iv e r s i t y o f C h i c a g o P r e s s .


M ueller , D e n n is C . (1 9 7 9 ). Public Choice. C a m b r id g e : C a m b r id g e U n iv e r s ity P r e s s .
M usgrave, R ic h a r d A . ( I9 5 9 ) . The Theory o f Public Finance. N u e v a Y o r k : M c G r a w - H i l l .
M u sG R A V E , R . A .; IP E A cocK , A . P. (ed s.). (1958). Classics in th e Theory o f Public Fimmce. N u e v a
Y o r k : S t. M a r tin 's P r e s s.
N orth , D o u g la s s C . ( 1 9 7 8 ). « S t r u c t u r e a n d P e r fo r m a n c e : T h e T a s k o f E c o n o m ic H i s t o r y » .
Journal o f Ecomomic Literature, 16 , n ° 3 , p . 9 6 3 -9 7 8 .
— . (1 9 8 1 ). Structure and Change in Economic History. N u e v a Y o r k : W . W . N o r to n .
— . ( 1 9 8 4 ). « T r a n s a c tio n C o s t s , In stitu tio n s, a n d E c o n o m ic H i s t o r y » . Joum al o f ¡nstitu!ional
and Theoretical Economics, 14, p . 7 -1 7 .
N O R TH , D o u g la s C . ; T h o m a s , R o b e r t P a u l. (1 9 7 3 ). The Rise o f the Western World. C a m b r id g e :
C a m b r id g e U n iv e r s ity Press.
O u ;O N jr ., M a n c u r. (1 9 6 5 ). The l . g i c ofCollective Action. C a m b r id g e , M a s s .: H a rv a rd U n iv e r s ity
P re ss.
— . (1 9 8 2 ). The Rise and Decline o f Nations. N e w H a v e n , C o n n .: Y a l e U n iv e r s ity P r e s s .
P t O I T , C h a r le s R . (1 9 7 6 ). « A x io m a tic S o c ia l C h o i c e T h e o r y : A n O v e r V ie w an d In r e r p r e ta tio n » .
American Journal ofPolitical Science, 2 0 , n ° 3 , p . 5 1 1 -5 9 6 .
Popkin , S a m u e l. (1 9 7 9 ). The Rational Peasant. B e r k e le y : U n iv e r s ity o f C a lifo r n ia P r e s s .
RAE, D o u g la s . (19 69 ). « D e c is io n R u le s a n d In d ivid u a l V a lú e s in C o n s titu tio n a l C h o ic e » . American
Political Science Review, 63, p. 4 0 -5 6 .
RHOADS, S te v e nE . (19 85 ). The Economist's W e v o f the World C ^ b r i d g e : C a m b r id g e U n iv e r s ity
P r e s s.
R iK E R , W illia m H . (1 9 8 0 ). « Im p lic a tio n s fro m th e D is e q u ilib r iu m o f M a j o r i t y R u le fo r th e S tu d y
,
o f In s titu tio n s » . American Political Science Reviev 7 4 , p . 4 3 2 -4 4 7 .
R ollB !N S, L io n e l. (1932). An Essay on the Nature and Significance o f Economic Science. L-Ondres:
M a c m illa n .
ScH A TTSCBN ElD ER, E . E . (1 9 6 0 ). The Semisovereign People: A Realist's View ofD em ocracy in
America. N u e v a Y o r k : H o l t , R in e h a r t, a n d W in s to n . ■
Schelling , T h o m a s C . (1 9 8 4 ). « E c o n o m ic R e a s o n in g a n d th e E t h ic s o f P o l i c y » . E n : T h o m a s
C . S c h e lli n g . Choice and Consequence. C a m b r id g e , M a s s .: H a r v a r d U n iv e r s ity P r e s s .
S chofíeld , N o r m a n . ( 1 9 7 8 ). « In s t a b ilit y o f S im p l e D y n a m i c G a m e s » . Review o f Econom ic
Studies, 4 5 , p . 5 7 5 -5 9 4 .
— . (1 9 8 0 ). « F o r m a iP o li t i c a l T h e o r y » . Quality and Quantity, 14 , p . 2 4 9 -2 7 5 .
Se n , A m a r t y a . ( 1 9 7 0 ). Collective Choice and Social Welfare. E d im b u r g o : O l í v e r a n d B o y d .
— . 1 9 89 . « E c o n o m ic M e t h o d o lo g y : H e te r o g e n e ity a n d R e le v a n c e » . Social Research, 5 6 , n ° 2 ,
p . 2 9 9 -3 2 9 .
S H E 'S L E , K e n n e th A . (1 9 7 9 a). «In stitu tio n a l A rr a n g e m e n ts a n d E q u ilib r iu m in M u ltid im e n s io n a l
V o t in g M o d e ls » . American Joum al o f Political Science, 2 3 , p . 2 7 -5 9 .
— (1 9 7 9 b ) . « T h e R o l e o f In s titu tio n a l S tr u c tu re in t h e C r e a t io n o f P o l i c y E q u ilib r i u m » . E n :
D o u g la s W . R a e y T . J. E is m e ie r ( e d s .) ., Public Choice and Public Policy. B e v e r l y H i l l s ,
C a l i f .: S a g e P u b lic a tio n s , p . 2 4 9 -2 8 3 .
— . ( 1 9 8 3 ). « In s titu tio n a l E q u ilib r iu m a n d E q u ilib r iu m In s t it u t io n s » . C e n t e r f o r t h e S t u d y o f
A m e r ir a n B u s in e s s , W a s h in g to n U n iv e r s ity , S t . L o u i s , d o c u m e n to d e tra b a jo n ° 8 2 , p . 1 -5 4 .
Shepsle , K e n n e th A .; W EINGAST, B a n :y R . (1981). « Stractu re-ln d u ce< l E q u ilib r iu m and L e g is la t iv e
C h o i c e » . Public Choice, 3 7 , p . 5 0 3 -5 1 9 .
S lu s t k y , S . (19 77 ). « A C h a ra cte riza tio n o f S o c ie tie s w ith C o n s is te n t M a jo r ity D e c is io n » . Review
o f Economic Studies, 44, ju n io , p. 2 1 1 -2 2 5 .
S m i t h , A d a r n [1 7 7 6 ] ( 1 9 3 7 ). The Wealth o f Nations. N u e v a Y o r k : M o d e r a L ib r a r y ..
S pencer , H e r b e r t.
[1 8 4 3 ] (1 9 8 1 ). « T h e P ro p e r S p h e r e o f G o v e m m e n t » . E n : The Man Versus the
State: With Síx Essays on Government, Society, and Freedom. In d ia n a p o lis : L ib e r t y F u n d .
ENFOQUES ECONÓMICOS DE LA POLÍTICA ' 583

STIGLITZ, Joseph E. (1988). Economics of the Public Sector 2 ed., Nueva York: W. W. Norton.
. STOKEY, Edith; Z e c k h a u s e r , Richard. (1978). A Primer fo r Poiicy Analysis. Nueva York:

W . W. Norton.
« II TAYLOR Michael J. (1969). «Proof o f a Theorem on Majority Rule». Behavioral Science, 14,
. ■ mayo, p. 228-236.
— . (1988). «Rationality and Revolutionary Collective Action». En: Michael Taylor (ed.).
Rationality and Revolution. Cambridge; Cambridge University Press.
ToLLIsoN, Robert D. (1984). «Public Choice, 1972-1982». En: James M . Buchanan y Robert D,
Tollison (eds.). Tite Theory of Public Choice-Il. Ann Arbor: University of Michigan Press,
p. 3-8.
■TULLOCK, Gordon. {1967). «The General Irrelevance o f the General Impossibílity Theorem».
Quarterly Journal of Economics, 81, mayo, p. 256-270.
— . (1981). «Why So Much Stability?» Public Choice, n° 37, p. 189-202.
W a g n e r , Richard E. (l 989). To Promole the General Welfare: Market Processes vs. Political
Transfers. San Francisco: Pacific Research Institute for Public Policy.
. W i c k Se i x , KouL (18%). <<ANew Principie of Just Taxation». Finanzsheoretishe Untersuchimgen.
Jena, Alemania.
WÓLFF, Richard, D .; R E SN IC K Stephen A. (1987). Economics: Marxian Versus Neoclassical,
■. Baltimore: Johns Hopk.ins University Press.


11
B
¡■I

II
■ BU
i p
H i
lili
CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA 585-598

L a e fic ie n c ia d e la p o lít ic a e c o n ó m ic a *

A la n M a r in

i : [- ]

l. E x p e c t a t iv a s r a c io n a l e s e in e f ic ie n c ia d e l a p o l ít ic a e c o n ó m ic a

||: E s t á c l a r o q u e e l n i v e l d e m u c h a s v a r i a b l e s q u e i n f l u y e n e n e l o u t p u t , c o m o p o r e je m -
í: p lo e l d e la i n v e r s ió n , e s t á a f e c t a d o p o r l a s e x p e c t a t i v a s d e l a g e n t e s o b r e e l fu t u r o .
U n o d e l o s p r o b le m a s p r i n c i p a l e s d e l a .c i e n c i a e c o n ó m i c a h a s i d o e l c ó m o m o d e la r s a ­
lí t is f a c t o r i a m e n t e la f o r m a e n q u e l a s p e r s o n a s f o n n a n s u s e x p e c t a t iv a s s o b r e a c o n t e c i -
l/ : m ie n t o s f u t u r o s , t a le s c o m o l a i n f l a c i ó n f u t u r a . E n e l c a p í t u l o a n te r io r , a l e x p l i c a r la
:; c u r v a d e P h i l l i p s a m p l ia d a c o n e x p e c t a t i v a s y c ó m o e l trade offa c o r t o p la z o e n tr e la
:% i i n f l a c i ó n y e l d e s e m p le o s e a lt e r a b a y a c a b a b a d e s a p a r e c ie n d o , s u p u s i m o s i m p l í c i t a -
lll m e n t e q u e la s e x p e c t a t iv a s s o b r e l a i n f l a c i ó n s e a d a p t a b a n c o n r e t r a s o a lo s n i v e l e s r e -
| | a le s d e i n f l a c i ó n . S i n e m b a r g o , e s t o t ie n e a s p e c t o s in s a t i s f a c t o r i o s , c o m o J a t r ó p li c a -
■|: c i ó n d e q u e l a s p e r s o n a s r e a l i z a n e r r o r e s s i s t e m á t i c o s e n s u s p r e d i c c io n e s d u r a n t e
I p e r io d o s d e i n f l a c i ó n r e g u la n n e n t e c a m b i a n t e .
| : R e c ie n t e m e n t e , s e h a a p lic a d o a l o s m o d e lo s m a c ^ roecon ó m ic o s u n a fo r m a d e m o d e -
| la r la s e x p e c t a t i v a s , p r o p u e s t a i n i c i a l m e n t e p a r a l a m i c r o e c o n o m í a p o r M u t h ( 1 9 6 1 ) .
| A e s t a t e o r ía se l a lla m a « e x p e c t a t iv a s r a c io n a le s » - e l ú l t i m o e n l a la r g a c o r r ie n te d e c o n -
| c e p t o s e c o n ó m i c o s q u e o f i c i a l m e n t e e s t á n l ib r e s d e v a l o r e s p e r o a l o s q u e s e le s a s i g -
: n a n n o r m a t i v a m e n t e n o m b r e s p e r s u a s iv o s : d e s p u é s d e t o d o , ¿ q u ié n q u e r r ía s e r a c u s a d o
II d e t e n e r « e x p e c t a t i v a s i r r a c io n a le s » , o q u ié n s e r ía l o s u f i c i e n t e m e n t e a lt iv o c o m o p a r a
■ a t r ib u ír s e l a s a o t r o s ? - .
A B á s i c a m e n t e , e l e n f o q u e s u p o n e q u e la s p e r s o n a s u t i l i z a n ó p t i m a m e n t e t o d a l a
I i n f o r m a c i ó n d i s p o n i b le a l r e a l i z a r l a s p r e v i s i o n e s q u e f o r m a n p a r t e d e s u s d e c i s i o n e s .
I E s t a i n f o r m a c i ó n n o s ó l o i n c l u y e l a s s e r ie s d e d a t o s d i s p o n i b le s m á s r e c i e n t e s , s in o
: t a m b ié n e l m e j o r c o n o c i m i e n t o d i s p o n i b l e s o b r e l a e s t r u c tu r a d e l a e c o n o m í a ( e s d e c ir ,
: « e l » m e jo r m o d e l o d e la e c o n o m í a , o la p a r t e d e é s t e b a j o c o n s i d e r a c i ó n ) . L a i n f o r ­
m a c i ó n t o m a r á e n c u e n t a l a s p r o p ia s p o l í t i c a s g u b e r n a m e n t a le s s i é s ta s s o n c o n o c i d a s
A o p u e d e n d e d u c ir s e . I n c lu i r á u n c o n o c i m i e n t o d e t o d o s l o s e r r o r e s d e p r e d i c c i ó n a n te -
| r io r e s , y s i é s t o s m o s t r a r a n u n p a t r ó n s is t e m á t ic o , e s t e m is m o p a t r ó n p o d r ía s e r u t iliz a d o
■ p a r a m e j o r a r la s p r e d i c c io n e s . A s í , l o s i n d i v i d u o s n o h a r á n e r r o r e s s is t e m á t ic o s a l f o r ­
m a r sus e x p e c t a t i v a s , y a q u e e s t o s e r r o r e s n o s e r ía n c o h e r e n t e s c o n la s « e x p e c t a t i v a s
r a c io n a le s » .

* Publicado en: Marín, Alan. «The effectiveness of policy». En: Macroeconomic policy. Londres; Nueva
York: Routledge, 1992, p. 9-100. Traducción: Gemma Galdón.
586 CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

A l combinar esto con otros supuestos sobre el comportamiento m acroeconóm ico,


aparecen resultados sorprendentes y potentes. L a proposición concreta en la que nos
centraremos se debe a Lu cas (1972) y la refon.aron Sargent y W allace (1976)'- E n el c o n -.
texto y n ivel de este libro, la form a más fá c il de ver la proposición es u tilizando la'
curva de Phillips am pliada con expectativas desarollada en el capítulo 4. E l argumento ■
se planteará tanto verbalm ente com o utilizando sím bolos.
En ese capítulo, el resultado era que los cambios en el salario nominal estaban reía::'
donados con el desem pleo, y las expectativas sobre la inflación de precios - e n la v er­
sión fu erte del m od elo, los cam bio s en los salarios reaccionaron totalm ente a las ■
expectativas sobre la inflación de los precio s-. Si también existe, tal com o se supone ■
frecuentemente, una relación sistem ática entre los cam bios reales en los precios y los
cam bios en los salarios, se desprende que la inflación real de los precios estará rela­
cionada con el desem pleo y con la inflación de precios esperada. A d em ás, e l equili- ■
brio a largo plazo se definió com o el momento en el que la inflación real igu ala a la
esperada, situándose entonces el desempleo en su tasa «natural» o N A IR U . Por lo tanto,
sólo si la inflación real de los precios no es igual a la inflación esperada, el desempleo
será diferente de su tasa natural o N A IR U (en el resto de la sección, supondremos que ,
N A IR U es la tasa natural a la que la dem anda iguala a la oferta).
En el tratamiento inicial se supuso que los cambios en los salarios, y por lo tanto los ■
cam bios reales de los precios, dependían del desem pleo y de la in flació n esperada,-,
pero la dirección im p lícita de causalidad puede ser invertida (en la explicación de
Fríedman en el capítulo 4, páginas 67-70, éste es claram ente e l caso). E n este caso, el
nivel de desempleo, y por lo tanto el del output, depende de la diferencia entre la infla-;
ción de lo s precios real y la esperada. E l desempleo sólo diferirá de su «tasa natural»
si la inflación esperada difiere de la inflación real. Las políticas sólo podrán afectar al
desem pleo si pueden afectar a la diferencia entre la inflación real y la prevista. Pero
«con expectativas racionales», las personas podrán prever las pautas y los efectos de cual­
quier política gubernam ental sistem ática. Por lo tanto, si los gobiernos responden sis-,
temáticamente a los acontecim ientos, y no erráticamente, no podrán romper el vínculo
entre Ja inflación real y la esperada. Consecuentem ente, no podrán afectar al output y
ai em pleo, que estará a su tasa natural, excepto en los casos en los que se produzcan
shocks aleatorios im previsibles.
E l argumento puede también resumirse utilizando la nota del capítulo 4. Teníamos
la ecuación (4.6):

W = f( U) + ?• (5.1)

Si P = É ", entonces U = U la tasa natural.

D e nuevo, para sim plificar, im aginem os una econ om ía sin crecim iento e im a gi­
nemos también convencionalm ente (aunque. no sin problem as en este contexto), que

l. No vamos a tratar ¡alíaraada «critica deLucas» delamodelación econométrica (Lucas, Í976), cuyos
detalles pueden encontrarse en libros más avanzados centrados en las expectativas racionales, por ejem­
plo Begg (1982), Sheffrin (1983). Estos libros también proporcionan un informe del modelo microe-
conómico del propio Lucas utilizado para desarrollar su proposición, más que el enfoque utilizado aquí,
que es más conveniente para este libro.
LA EFICIENCIA D ELA POLITICA ECONÓMICA 587

■l o s a u m e n t o s s a l a r ia le s s e t r a n s m i t e n t o t a l m e n t e a l o s p r e c i o s . C o n e s t o s s u p u e s t o s ,
f == W d e m o d o q u e ( 5 .1 ) s e c o n v i e r t e , c o m o e n ( 4 .7 ) , e n :

P =/(U) + P c (5.2)

Y p ara = P ‘, U = U . o O = = f ( U .) .
• L a e c u a c i ó n ( 5 .2 ) p u e d e s e r r e e s c r it a c o m o :

/(U ) = P - P ' (5.3)

Que puede reescribirse (ya que la curva de Phillips a corto plazo del capítulo 4 es
siempre de pendiente decreciente) como:

U = j ( P - P “)
(5.4)

Con U . = j ( O), d ó n d e j() denota otra relación funcional. Las implicaciones son
incluso más claras si (5.3) o (5.4) se reescriben como:

,§ ; U - U . = k(f> - ? • ) (5.5)

Con k() denotando también una relación funcional. A sí, el gobierno sólo puede afectar
a U si puede afectar a P = P ‘ , lo que no puede hacer a través de una política sistemá­
tica si existen expectativas racionales P = P‘ , por lo tanto U = U ,.
,. Esta conclusión podría expresarse de otra forma diciendo que, con expectativas
racionales, no existe intercambio a corto plazo entre la inflación y el desempleo, o que
la curva de Phillips es vertical incluso a corto plazo. Bajo estas condiciones, una polí­
tica sistemática no sólo no es efectiva, sino que también es innecesaria, ya que todo el
desempleo es natural (excepto quizá en el caso de algunos errores imprevisibles debi­
dos a shocks puramente aleatorios). Además, como se detallará más tarde, si las polí­
ticas deflacionarias son esperadas pueden utilizarse para reducir la inflación sin producir
ningún efecto perjudicial para el empleo -una perspectiva atractiva para un gobierno-.
Tal como se ha afirmado, la proposición de que una política gubernamental siste­
mática es incapaz de cambiar el output y el empleo, se refiere a los efectos macroeco-
nómicos tanto de la política monetaria como de la fiscal* Pueden producirse efectos
microeconómicos colaterales, llamados popularmente efectos «del lado de Ja oferta»,
debidos a instrumentos concretos de la política fiscal, pero estos son un tema aparte
-cambian la propia tasa natural de desempleo, en lugar de controlar los movimientos
alrededor de una tasa natural existente2
3- .
Se han realizado varias extensiones del modelo (por ejemplo para tratar Ja reali­
dad empírica de los ciclos económicos, que son incoherentes con la forma original4),

2. L a independencia de la «econom ía r ^ » del dinero, incluso a corto plazo, es posiblemente la razón de


la descripción «nueva m acroeconom ía clásica».
3. Tam bién pueden producírse efectos colaterales del equilibrio monetario/fiscal sob re la composición
del output entre la inveraón, el consumo y el gasto público que pueden afectar al ouput a largo plazo vía
cam bios en la tasa de acumulación del capital.
4. Ver nota 22, capítulo 3, para las teorías de los « ciclo s reales», que son un conjunto de extensiones del
m odelo original.
588 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

p e r o a c o n d i c i ó n d e q u e e l o u t p u t , o l o s c a m b io s e n e l o u t p u t , p u e d a n a lt e r a r s e s ó l o
a f e c t a n d o l a d is t a n c ia e n t r e l o s p r e c io s r e a le s y lo s e s p e r a d o s , l a p r o p o s ic i ó n b á s ic a s e
m a n t ie n e , e s d e c ir , q u e l a p o l í t i c a m a c r o e c o n ó m i c a n o e s e f e c t i v a .
L a p r o p o s ic ió n d e in e f i c i e n c i a d e l a p o lít ic a e c o n ó m ic a h a s id o a t a c a d a d e s d e d o s
d i r e c c i o n e s p r i n c i p a l e s . U n a h a c e r e f e r e n c i a a l o s r e q u e r i m i e n t o s d e la s e x p e c t a t i v a s
r a c io n a le s . E n s u fo r m a m á s s im p le , s e c u e s t io n a , p r in c ip a lm e n t e b a s á n d o s e e n la
in t r o s p e c c ió n , si la s p e r s o n a s r e a liz a n la s m e jo r e s p r e v is io n e s p o s ib le s n o s e s g a d a s
u t i l i z a n d o t o d a l a i n f o r m a c i ó n q u e l e s e s d is p o n i b le . S i n e m b a r g o , l a s e x i g e n c i a s p a r a
la s e x p e c t a t i v a s r a c i o n a l e s p u e d e n d e b i l i t a r s e u n p o c o y t o d a v í a s e g u ir m a n t e n ie n d o
l o e s e n c ia l d e l a p r o p o s ic i ó n d e i n e f i c i e n c i a d e l a p o l í t i c a e c o n ó m i c a s i t o d o s l o s d e m á s
s u p u e s t o s s o n v á l i d o s . L a s p r e v i s i o n e s n o s e s g a d a s , s i n e r r o r e s s is t e m á t i c o s , s o n s u f i ­
c ie n te s i n c l u s o s i n o s o n la s m e j o r e s p r e v i s i o n e s p o s i b l e s . L a h a b i li d a d p a r a e s t a b l e ­
c e r p r e v i s i o n e s d e e s t e t ip o ( q u e , p o r r e g l a g e n e r a l, s o n c o r r e c t a s ) p u e d e s e r m á s f á c i l ,
y si e l m u n d o s e m u e v e d e fo r m a s u fic ie n t e m e n te s u a v e , a lg u n a s p r e v is io n e s n a d a
s o f is t ic a d a s , « a d e d o » , ta m b ié n p u e d e n n o s e r s e s g a d a s . A d e m á s , la p r o p o s ic ió n n o
r e q u ie r e q u e c a d a p e r s o n a r e a l i c e p r e v i s i o n e s d e e x p e c t a t i v a s r a c i o n a l e s s o b r e c a d a
u n a d e la s v a r ia b le s d e la e c o n o m ía , s in o s ó lo s o b r e a q u e lla s q u e p u e d e n a fe c t a r s u s
a c c io n e s . P o r e je m p lo , u n t r a b a ja d o r in d iv id u a l c u y o s in g r e s o s e s té n f i ja d o s p o r la
n e g o c i a c i ó n c o l e c t i v a y q u e s e a l o s u f i c i e n t e m e n t e v i e j o c o m o p a r a n o p la n t e a r s e e l
c a m b ia r d e e m p r e s a , y m e n o s t o d a v ía d e o c u p a c ió n , n o n e c e s it a m o le s t a r s e e n r e c o ­
g e r in fo r m a c ió n s o b r e ta n to s a s p e c t o s d e la e c o n o m ía c o m o e l r e p re s e n ta n te s in d ic a l
im p lic a d o e n la n e g o c ia c ió n c o le c t iv a .
E l s u p u e s t o d e q u e t o d o e l m u n d o d is p o n e d e in f o r m a c i ó n c o m p l e t a s o b r e l a e s t r u c ­
tu r a d e l a e c o n o m ía (o a l m e n o s ta n c o m p le t a c o m o s e a n e c e s a r ia p a r a t o m a r s u s p ro ­
p ia s d e c i s i o n e s ) e s a t a c a d o a l s e ñ a l a r q u e i n c l u s o l o s « e x p e r t o s » d i f i e r e n e n s u s
p r e v is io n e s - t a l c o m o e s ■
a p a r e n t e a l l e e r l a s p r e v i s i o n e s m a c r o e c o n ó m i c a s p u b li c a d a s
p o r d ife r e n te s in s t it u c io n e s - . P o r lo ta n to , n o p u e d e s e r v e r d a d q u e to d o e l m u n d o
c o n o z c a e l « v e r d a d e r o » m o d e lo d e l a e c o n o m ía , d e lo c o n tr a r io , h a b r ía u n a n im id a d .
D e l a f o r m a m á s s im p le : ¿ p u e d e n l o s q u e c r e e n e n la s e x p e c t a t i v a s r a c i o n a l e s y e n la
p r o p o s ic i ó n d e l a i n e f i c i e n c i a d e l a p o l í t i c a e c o n ó m i c a c r e e r t a m b ié n q u e l o s d e f e n s o ­
re s d e la s p o lít ic a s d e g e s t ió n d e d e m a n d a k e y n e s ia n a s u t iliz a n l a in f o r m a c ió n m á s
c o m p le t a y m á s c o r r e c t a s o b r e la e s tru c tu r a d e la e c o n o m ía ?
L a i d e a d e q u e l a s p e r s o n a s d i s p o n e n d e in f o r m a c i ó n c o m p l e t a s o b r e l a e s t r u c t u r a
d e l a e c o n o m í a t a m b ié n e s a t a c a d a p o r s e r i n v e r o s í m i l , u n a v e z q u e u n o c o n s id e r a u n a
e c o n o m í a q u e e s t é o c a s i o n a l m e n t e s u j e t a a c a m b i o s e s t r u c t u r a le s i m p o r t a n t e s . P u e d e
s e r p o s i b l e i n f e r i r c o r r e c t a m e n t e la e s t r u c t u r a c u a n t i t a t i v a d e u n a e c o n o m í a e s t á t i c a
u t i l i z a n d o t é c n i c a s e s t a d í s t i c a s a c e p t a d a s , p e r o e x i s t e n p r o b le m a s n o r e s u e lt o s s o b r e
c ó m o p u e d e u n o c o n o c e r lo s c a m b i o s - e s p e c i a l m e n t e d e b id o a q u e e l c o m p o r t a m i e n ­
t o d e c a d a i n d i v i d u o d e p e n d e r á d e l a s e x p e c t a t i v a s ( r a c io n a le s ) s o b r e c o m o l a s o t r a s
p e r s o n a s a lt e r a n l a s e x p e c t a t i v a s ( r a c io n a le s ) d e s p u é s d e u n c a m b i o - . L a p r o p i a t r a ­
y e c t o r ia r e a l d e l a e c o n o m í a d e p e n d e r á e n t o n c e s d e l a s e x p e c t a t i v a s s o b r e la s e x p e c ­
t a t iv a s d e c ó m o e v o l u c i o n a r á l a t r a y e c t o r ia .
D e b e r í a d e s t a c a r s e q u e e l a t a q u e a l r e a l i s m o d e la s e x p e c t a t i v a s r a c i o n a l e s y a l
s u p u e s t o d e a m p l ia i n f o r m a c i ó n t a m b ié n p r o v i e n e d e l o s p a r t id a r io s d e l M o n e t a r i s m o
m á s a n t ig u o . T a l c o m o s e h a e x p lic a d o e n e l c a p ítu lo 3 , p á g in a s 4 2 - 9 , su d e s a c u e r d o
c o n l a p o l ít ic a d e e s t a b iliz a c ió n k e y n e s ia n a s e c e n tr a e n l a f a l t a d e c o n o c im ie n t o p o r p a r te
LA EFICIENCIA DE LA POLÍTICA ECONÓMICA 589

d e l g o b ie r n o . S e o p o n e n a l a p o l í t i c a d e e s t a b i l i z a c i ó n p o r q u e e r a p o d e r o s a y e f e c t i v a ,
p e r o s u s c e p t i b l e d e s e r u t i l i z a d a d e f o r m a in c o r r e c t a . E s t o e s t o t a l m e n t e lo c o n t r a r io
d e la p r o p o s ic ió n d e la in e fic ie n c ia d e la p o lít ic a e c o n ó m ic a .
L a o t r a v í a p r i n c ip a l d e a t a q u e a l a p r o p o s i c i ó n d e la i n e f i c i e n c i a d e la p o l í t i c a
e c o n ó m i c a s e h a c e n t r a d o e n l o s s u p u e s t o s a d i c i o n a l e s , a v e c e s i m p l í c i t o s , n e c e s a r io s
p a r a q u e l a p r o p o s i c i ó n s e m a n t e n g a . S i n e m b a r g o , d e n u e v o , e l a r g u m e n t o p r i n c ip a l
r e v ie r t e a l t e m a d e s i l o s s a l a r io s y l o s p r e c io s s e m u e v e n d e f o r m a a d e c u a d a p a r a q u e
t o d o s l o s m e r c a d o s s e v a c í e n , i n c l u y e n d o e l m e r c a d o l a b o r a l . S i , p o r r a z o n e s in s t i t u ­
c io n a le s o d e o tr o t i p o , lo s s a la r io s y l o s p r e c io s n o s e a ju s t a n r e g u la r y c o n t i n u a m e n t e ,
p u e d e h a b e r e s p a c io p a r a q u e lo s g o b ie r n o s a fe c t e n a l o u tp u t. P o r e je m p lo , si lo s s a la ­
r io s s e f i j a n u n a v e z a l a ñ o , m ie n t r a s q u e lo s g o b i e r n o s p u e d e n c a m b i a r s u s p o l í t i c a s
m o n e t a r ia s c o n m á s f r e c u e n c i a , e n t o n c e s l a p o l í t i c a m o n e t a r ia p u e d e r e v i s a r s e p a r a
in c l u ir l o s a c o n t e c i m i e n t o s q u e n o e r a n p r e v i s i b l e s e n e l m o m e n t o e n e l q u e s e e s t a ­
b le c ie r o n l a m a y o r í a d e l o s a c u e r d o s s a l a r ia le s e n v i g o r 56
. E n a q u e llo s p a í s e s ( e n c o n ­
7
tr a s te c o n l o s E E U U ) d o n d e e l e j e c u t i v o n o e s e l e g i d o s e p a r a d a m e n t e , d e f o r m a q u e
e l g o b ie r n o p u e d e d is p o n e r d e u n a m a y o r í a c a s i a u t o m á t ic a e n e ! P a r la m e n t o / A s a m b le a ,
la s p o l í t i c a s f i s c a l e s t a m b ié n p u e d e n s e r m u c h a s v e c e s a ju s t a d a s a in t e r v a l o s m á s c o r ­
t o s q u e la d u r a c i ó n t í p i c a d e l o s a c u e r d o s s a l a r i a l e s . A s í , l a p o l í t i c a f i s c a l t a m b i é n
p u e d e r e a c c io n a r s is t e m á t ic a m e n t e a n t e a c o n t e c i m i e n t o s n u e v o s q u e n o p u d ie r o n h a b e r
s id o r a c i o n a l m e n t e e s p e r a d o s c u a n d o s e a c o r d a r o n lo s s a l a r io s . S e p u e d e e s t a b l e c e r
a s í u n a s e p a r a c ió n e n t r e e l c a m b i o r e a l d e l o s p r e c io s y e l e s p e r a d o c u a n d o s e f i j a r o n
lo s s a l a r io s ^
E n u n a v i s i ó n m á s t r a d i c i o n a l m e n t e k e y n e s i a n a , l o s s a l a r i o s ( e s p e c ia l m e n t e ) s o n
p e g a d iz o s [ s í i c k y ] d u r a n t e p e r ío d o s b a s t a n t e l a r g o s , y n o r e s p o n d e n s u a v e m e n t e p a r a
e q u ilib r a r la o fe r ta y la d e m a n d a , n i ta l c o m o s o n e n e l m o m e n to d e r e a liz a r n u e v a s
n e g o c i a c i o n e s , n i ta l c o m o s e p r e v é n p a r a e l m o m e n t o d e l a n e g o c i a c i ó n d e l a ñ o s ig u i e n ­
t e . E n t é r m in o s d e s í m b o l o s , u n a v e z q u e s e p e r m it e n r i g i d e c e s d e e s t e t i p o , e n t o n c e s
la s f u n c i o n e s (5 .4 ) o ( 5 .5 ) d e j a n d e s e r r e p r e s e n t a c i o n e s a d e c u a d a s d e l o s d e t e r m in a n ­
te s d e l d e s e m p le o y d e l o u t p u t .
A l g u n o s d e fe n s o r e s d e l a p r o p o s ic ió n d e i n e f i c i e n c i a d e l a p o l í t i c a h a n r e p li c a d o q u e
l a r i g i d e z d e s a la r io s y p r e c io s a n t e c a m b i o s in e s p e r a d o s s e r ía s u b ó p t im a p a r a l a s p a r ­
te s i m p l i c a d a s - e n e l s e n t id o d e q u e l a s d o s p a r t e s p o d r í a n b e n e f i c i a r s e d e u n c o m ­
p o r t a m i e n t o m á s f l e x i b l e - y , p o r l o t a n t o , n o e x i s t i r í a n t a l e s r i g i d e c e s 1. T a l c o m o s e
p la n te ó e n e l c a p ít u lo 3 , a lg u n o s k e y n e s ia n o s h a n d e fe n d id o l a « r a c io n a lid a d » d e la s r ig i­
d e c e s , y o tr o s h a n d ic h o q u e t a n t o s i s e p u e d e e n c o n t r a r u n a b a s e t e ó r i c a m ic r o e c o n ó -
m i c a c o h e r e n t e p a r a lo s s a la r io s / p r e c i o s r íg i d o s c o m o s i n o , é s t o s s o n s im p le m e n t e u n
h e c h o , y p o r l o ta n t o n o p u e d e n s e r ig n o r a d o s e n u n a n á l is is r e a li s t a .
A p e s a r d e q u e l a f l e x i b i l i d a d d e l o s m o v i m i e n t o s d e s a l a r io s / p r e c i o s y s u g r a d o
d e r e a c c i ó n a la s f u e r z a s d e m e r c a d o d e e x c e s o d e d e m a n d a y d e o f e r t a , h a s id o p r o -

5. Este argumento se debe a Fischer ( 1977), Phelps y Taylor ( 1977)


6. El argumento supone, actualmente de forma realista para la mayor parte de los países desarrollados,
que los salarios nominales no están totalmente indexados a los cambios en los niveles de precios, sino
que ocurren durante el periodo de contrato medio.
7. B a ro es frecuentemente mencionado en este contexto. Sus artículos de 1977 y, menos técnicamente,
de 1979, se acercan a esta afinnación pero no acaban de afirmarlo explícitamente de esta fonna.
590 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

bablemente el supuesto adicional más frecuentemente considerado inaceptable por


parte de los economistas que se oponen a la proposición de la ineficiencia de la pdítfr
ca, también se han atacado otros supuestos a los que es sensible esta proposición. La pro­
posición también parece ser vulnerable a algunos de esos ataques8, pero otros disponen ■
de potentes respuestas.
Éstas últimas incluyen la sugerencia de que el gobierno puede tener información
superior a la del sector privado, que puede utilizar para estabilizar en respuesta a acon­
tecimientos sobre los que el sector privado aún' no tiene noticia. La respuesta a esto es
que, si el gobierno dispene de tal información, sería más eficiente simplemente publicitario
al sector privado, que podría entonces utilizarla en su propia toma de decisiones. De:
forma similar, el razonamiento básico previo que llevó a la proposición de ineficiencia
se expresó en términos de que la política sistemática era ineficiente. La implicación es
que la política errática, es decir, la política sistemática mezclada con un componente
puramente aleatorio, podría engañar a la gente, que no podría prever políticas econó­
micas, y por lo tanto éstas tendrían efectos reales. Sin embargo, dentro de un marco
microeconómico neoclásico estándar, con la «optimalidad» normativa de una econo­
mía de mercado de plena información, el engañar a la gente deliberadamente debe redu­
cir la eficiencia -lo s individuos llegarán a las decisiones correctas si conocen todos los
precios (y por lo tanto los precios relativos, incluidos los salarios reales)-. Esta réplica
básicamente reitera los argumentos planteados anteriormente: con expectativas racio­
nales y salarios y precios flexibles, la economía se encuentra en su tasa natural excep­
to por los shocks imprevisibles, y (como se planteó en el capítulo anterior) la tasa natural
bajo los supuestos de competencia perfecta, de salarios/precios flexibles y de plena
información es también la tasa óptima. A sí, a pesar de que podría tener efectos reales, la
política deliberadamente errática no puede mejorar la economía ya que fundamental­
mente no existe ningún problema macroeconomico a resolver por parte de tal política.
L a segunda vía de ataque podría resumirse diciendo que si están enraizadas en un '
modelo que no es de regular funcionamiento de tipo neoclásico o monetarista, las
expectativas racionales por sí mismas no invalidan una política activista. Por ejem­
plo9, si las expectativas son racionales, pero tenemos un mundo keynesiano de sala­
rios rígidos en el que la inversión depende del output esperado o del crecimiento
esperado del output, entonces un anuncio de las intenciones gubernamentales de que,
si es necesario, llevarán a cabo una política fiscal estabilizadora, hace por sí mismo
más estable la economía y hace que la política sea menos necesaria. Com o las empre­
sas esperan que el output sea más estable, mantienen una trayectoria de inversión más
regular, que no fluctuará en respuesta a los shocks temporales de la demanda agrega­
da -y a que confían en que los déficits de demanda serán rectificados por el gobierno-.
L a estabilización de la inversión llevará a un nivel de demanda y de output más esta­
ble que si las fluctuaciones en la inversión reflejaran, y por lo tanto amplificaran, otras
fluctuaciones. D e esta forma, la política fiscal gubernamental tiene propiedades esta­
bilizadores más fuertes cuando existen las expectativas racionales en un mundo típi­
camente keynesiano.

8. Para un informe completo, incluyendo algún material técnicamente avanzado que no se tratará aquí,
ver Buiter (1980) así como los textos en la nota l.
9. Este ejemplo se debe a Baily (1978).
LA EFICIENCIA DE LA POLÍTICA ECONÓMICA 591

A pesar de que, como ya hemos indicado, los antiguos monetaristas y la nueva


escuela clásica también tienen diferencias importantes, los temas analizados aquí indi­
can algunas de las áreas de continuidad. Com o el énfasis en el vaciado del mercado y
V el equilibrio -e l razonamíento más detallado expresado por algunos partidarios de ecua­
ciones como la (5.4)101
2encaja bien con la explicación del capítulo 4 que afirmamos
■:í mantiene el mismo Friedman-. A sí como la implicación de que la política que preten-
j. de afectar a la actividad económica está equivocada porque sólo puede funcionar enga­
ñando a la gente y, por lo tanto, es subóptima. Finalmente, para esta parte, los dos
. grupos están contra los intentos activistas de llevar a cabo una política de estabiliza­
> ción macroeconómica.
Existe una considerable literatura respecto a la comprobación empírica de la pro­
; posición de la ineficiencia de la política económica. Nuestra impresión subjetiva (y ses-
:j gada) es que las expectativas racionales parecen resistir la comprobación mejor al explicar
el comportamiento en algunos mercados de activos concretos y bien estructurados, como
. la Bolsa, pero que en lo relacionado con la proposición de la completa ineficiencia de la
política económica, los resultados van más contra la proposición que a su favor1^
:■ U n comentario final sobre las implicaciones de la política puede ser llamado «El
■ argumento de Pager Pascal». Pascal, el matemático-filósofo, escribió que uno no puede
: encontrar pruebas concluyentes de si Dios (él supuso sólo uno cristiano) existe o no. Sin
■; embargo, vale lapena apostar por su existencia y actuar como si se pudiera estar segu-
. ro. E l razonamiento de Pascal es que si Dios no existe, y uno actúa como si existiera,
; entonces la única pérdida es una pérdida relativamente menor, consistente en algunos
; inconvenientes y en la renuncia a oportunidades de actividades placenteras ocasiona­
;;; les. Sin embargo, si es al contrario, si Dios existe y uno actúa como si este no faera el
■í caso, entonces el beneficio es menor, al evitar tales inconveniencias y obtener placeres
ocasionales, pero la pérdida es inmensa: el sufrimiento eterno a través de la perdición.
V Si uno actúa corno si Dios existiera y así es, entonces se consigue el inmenso benefi-
:: cio correspondiente. Por lo tanto, es prudente actuar siempre tal como uno lo haría si
. estuviera seguro de la existencia de Dios.
S i los defensores de la ineficiencia de la política están en lo correcto, y todo el
; mundo dispone de información completa sobre las políticas públicas y puede prever
; correctamente su impacto sobre los precios, entonces una política activista sistemáti­
ca errónea tiene muy poco efecto. N o afectará al output ni al empleo, sino que sólo
cambiará el nivel de precios. Sin embargo, en un mundo de precios flexibles en el que
todo el mundo conoce todo sobre los cambios en los precios, la inflación sólo tiene
costes triviales para la economía1^ Así, si el mundo es realmente el del modelo de la pro-

10. La más comúnmente citada es !a de Lucas (1972). A las ecuaciones resultantes (como nuestra (5.5)
pero con Y - Y. a la izquierda) se las llama frecuentemente «funciones de oferta sorpresa», debido a
que la divergencia del output de la lasa natural ocurre sólo cuando se produce una «sorpresa» en las
precios -es decir, P it P'-.
11. Ver los textos en nota 1 para referencias de lacomprobación empírica, algunas de las cuales no están libres
de p;oblemas. En los mercados de activos, las expectaüvas racionales forman parte de la hipótesis de
los «mercados eficientes», que excluye los movimientos sistemáticos y amicipables de los precios de los
activos-que permitirían unas ganancias de capital ilimitadas-. ■ ■ '
12. Para un debate sabre los costes menores de la inflación prevista ver Bootle (1981). Nóteec que los cos­
teS son particularmente bajos cuando existen cuentas bancarias que dan intereses. En d coctext0 de .•.
592 CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

MI
posición de ineficiencia de la política económica, Ja utilización errónea de las políti­
cas monetarias/fiscales no causa mucho daño13- Si (el mundo) es realmente keynesia-
no, hay grandes ganancias posibles por la utilización de tales políticas. Contrariamente,
si los gobiernos no intentan estabilizar y el mundo es uno de expectativas racionales
y precios flexibles, entonces la ganancia es trivial, pero si el mundo es realmente b e y -
nesiano, Ja pérdida por abstenerse de la política de estabilización es muy grande. A sí,
frente al desconocimiento de si el mundo es realmente keynesiano o si en realidad se . •
acerca al de la proposición de ineficiencia, los gobiernos deberían apostar por que fuera
keynesiano e intentar activamente estabilizar el empleo y el output.
E l último párrafo supone que el gobierno dispone de suficiente información y sen­
tido para evitar las políticas desestabilizadoras. Las conclusiones de política e co n ó -.
mica de esta sección serían desagradables para un monetarista de la escuela más antigua.
Sin embargo, los monetaristas que aún creen que la falta de información puede lbe
var, inadvertidamente, a una política desestabilizadora, parecen hoy ser relativamen­
te pocos en número. Uno podría, de forma muy despreciativa (y poco comprensiva),
poner la «revolución de las expectativas racionales» en una perspectiva histórica argu­
mentando que se produjo justo cuando los economistas keynesianos afirmaban que la
simulación de modelos econométricos cuantitativos basados en la estadística mostra­
ban que se tenía suficiente información para evitar que las políticas activistas provocasen
una desestabilización involuntaria. E l argumento contra estas políticas pasó entonces
de basarse en la hipótesis de información insuficiente a basarse en el supuesto de que
existe información muy completa accesible para todos141 -
5

2. C r e d ib il id a d y c o n s is t e n c ia

Además del análisis formal de los modelos de expectativas racionales, su enfoque bási­
co ha sido utilizado para atacar las políticas activistas orientadas a aumentar el empleo
desde otro ángulo, que no está limitado a los modelos formales (aunque tampoco es
incompatible con ellos). Este ataque se concentra en las expectativas del público acer­
ca de la política gubernamental. Aunque han sido fuertemente defendidas por algunos
economistas que están asociados a la creencia en las hipótesis de las expectativas racio-
nales/vaciado del mercado, también pueden encontrarse en Jos escritos de economistas
que no son de esta línea1^ Se explicará aquí en un contexto que no se limita a un mundo
en el que se cumple la proposición de ineficiencia de la política económica. E l punto

esta sección, si la política sistemática no puede afectar a las variables reales agregadas, como el out-
pm, evidentemente los cambios en la inflación que también provoca tampoco pueden afectar a estas
variables reales. El supuesto de flexibilídad significa que las rigideces que pueden provocar efectos
distribucionales tampoco serán muy importantes.
13. Evidentemente, como ya se ha mencionado, la vieja crítica monetarista del capítulo 3 es errónea si la pro­
posición de ineficiencia de la política económica es correcta.
14. La critica econornétrica deLucas mencionada en la nota 1podría veise dentro de esta perspectiva como
un descrédito hacia los estudios de simulación que estaban utilizando los keynesianos para reforzar sus
recomendaciones de política económica.
15. Ver, por ejemplo, Okun (1981), o el debate de Fellner (1982) y olios. KydSand y Prescolt (1977) es una
fuente comúnmente citada, a pesar de que de alguna forma este artículo está más íntimamente relacio­
nado con Ja crítica de Lucas de la nota 1 que con el análisis que nosotros consideraremos.
r LA EFICIENCIA DE LA POLÍTICA ECONÓMICA 593

c r u c ia l q u e t ie n e e n c o m ú n c o n l o s m o d e l o s c o m p l e t o s d e e x p e c t a t i v a s r a c i o n a l e s e s
)a a f i r m a c i ó n d e q u e , c u a n d o l a s p e r s o n a s t o m e n s u s p r o p i a s d e c i s i o n e s , t e n d r á n e n
c u e n t a s u s e x p e c t a t iv a s d e l o q u e e s p r o b a b l e q u e e s t é h a c i e n d o e l g o b i e r n o y s u p r e ­
s u m ib l e e f e c t o e n l a e c o n o m í a .
P o r e je m p lo , s i e l g o b ie r n o a c t ú a f r e c u e n t e m e n t e p a r a a u m e n t a r l a d e m a n d a a g r e g a ­
d a p o r q u e q u ie r e e x p a n d i r e l e m p l e o , l a g e n t e a c a b a r á e s p e r a n d o u n a d e m a n d a a g r e ­
g a d a « b o y a n t e » y l a in c o r p o r a r á n a s u p r o p io c o m p o r t a m ie n t o d e e s t a b l e c i m i e n t o d e
s a la r io s / p r e c i o s . S e p r o d u c ir á n g r a n d e s a u m e n t o s d e l o s s a l a r i o s n o m i n a l e s ( y , p o r l o
t a n t o , d e l o s p r e c io s ) y a q u e l a g e n t e e s p e r a r á q u e e l g o b i e r n o i n c r e m e n t e l a d e m a n d a
n o m in a l a g r e g a d a , i n c r e m e n t a n d o p o r e j e m p l o l a o f e r t a m o n e t a r ia . U n a v e z s e h a y a n
p r o d u c id o e s t o s a u m e n t o s d e s a l a r io s n o m in a l e s e l g o b ie r n o s e e n f r e n t a r á a u n a e l e c ­
c ió n d i f í c i l - p u e d e « v a l i d a r a lo s in c r e m e n t o s s a l a r ia le s a u m e n t a n d o a ú n m á s l a o f e r ­
ta. m o n e t a r ia o p u e d e r e h u s a r h a c e r l o - . S i e lig e l o p r im e r o , d e m u e s tr a q u e la s e x p e c ta t iv a s
d e l a g e n t e r e s p e c t o a s u s p o l í t i c a s s o n c o r r e c t a s , p o r l o q u e é s t o s s e g u ir á n a c t u a n d o
b a s á n d o s e e n e l s u p u e s to d e m á s p o lít ic a s e x p a n s io n is t a s . S i e lig e l o ú lt im o , s e p r o ­
d u c ir á u n d é f i c i t d e l a d e m a n d a r e a l ( la d e m a n d a n o m in a l a g r e g a d a n o a u m e n t a r á ta n t o
c o m o l o s s a la r io s n o m in a l e s y lo s p r e c i o s ) y e l o u t p u t c a e r á , o p o r l o m e n o s n o a u m e n ­
t a r á t a n t o c o m o l o h a b r ía h e c h o d e o t r a f o r m a y , p o r l o t a n t o , l a s it u a c i ó n d e l e m p l e o s e
d e t e r io r a r á
U n a f o r m a d e p la n t e a r u n d i l e m a d e e s t e t ip o e s q u e p u e d e p r o d u c ir s e u n a « i n c o n ­
s i s t e n c i a t e m p o r a l » c o n l o q u e e n o t r a s c i r c u n s t a n c i a s s e r í a n p o l í t i c a s ó p t i m a s 16.
C o n s i d e r a n d o d e f o r m a a i s l a d a c u a lq u i e r p e r io d o e n e l q u e e s p r o b a b l e q u e e l e m p l e o
e s t é p o r d e b a j o d e l o q u e d e s e a e l g o b i e r n o , d e b id o p o r e j e m p l o a u n s h o c k c o n t r a c -
c i o n a r io ( y a s e a d e l e x t e r i o r , c o m o u n a u m e n t o e n lo s p r e c i o s d e l p e t r ó l e o , o d o m é s t i­
c o , c o m o u n f u e r t e a u m e n t o e n la s n e g o c i a c i o n e s s a l a r i a l e s ) , l a p o l í t i c a c o r r e c t a s e r ía
t e n e r u n a p o s i c i ó n m o n e t a r ia / fis c a l e x p a n s i o n i s t a . P e r o d e b id o a s u s e f e c t o s s o b r e la s
e x p e c ta t iv a s d e l p ú b lic o s o b r e p o lít ic a s fu tu r a s , la p o lít ic a e x p a n s io n is t a n o e s c o h e ­
r e n t e c o n l o s o b j e t i v o s a l a r g o p l a z o d e l g o b ie r n o , e s p e c i a l m e n t e s u d e s e o d e e v it a r
u n a e s p ir a l i n f l a c i o n i s t a . A l g o b i e r n o l e g u s t a r í a q u e l a g e n t e c r e y e r a q u e n o « s a l v a ­
rá » a la e c o n o m ía s i s e p r o d u c e n s h o c k s c o n tr a c t iv o s , d e f o r m a q u e e l c o m p o r ta m ie n ­
to d e l o s s a la r io s / p r e c i o s f u e r a m o d e r a d o , p a r a d e t o d a s f o r m a s d e s p u é s r e l a n z a n la
e c o n o m ía s i h a y c o n t r a c c ió n . S i n e m b a r g o , n o p u e d e e n g a ñ a r a la g e n te in d e f in id a ­
m e n te .
O t r o a s p e c t o d e l d i l e m a p u e d e v e r s e c u a n d o lo s g o b ie r n o s q u ie r e n r e d u c ir l a i n f la ­
c ió n . E s t o p u e d e v e r s e m á s f á c i l m e n t e u t i l i z a n d o e l d i a g r a m a d e l a c u r v a d e P h i l l i p s
a u m e n t a d o c o n e x p e c ta t iv a s . C o n s id e r e m o s u n a e c o n o m ía e n l a q u e la g e n t e e s p e r a
u n a i n f l a c i ó n d e p r e c io s d e l x % . P a r a s i m p l if ic a r , d e n u e v o e n e l d ia g r a m a , im a g in e m o s
u n a e c o n o m í a s in c r e c im i e n t o n a t u r a l d e l a p r o d u c t i v i d a d , a u n q u e d e n u e v o e s t o n o e s
e s e n c ia l p a r a e l a r g u m e n t o . T a m b i é n p a r a m a n t e n e r e l t r a t a m ie n t o l o m á s c la r o p o s ib le ,
i m a g in e m o s q u e l a v e l o c i d a d d e c ir c u la c ió n d e l a o fe r t a m o n e t a r ia e s c o n s t a n t e . A s í , e s t a
e c o n o m í a s e m a n t e n d r ía a la t a s a n a t u r a l d e d e s e m p le o U . , y a l a i n f l a c i ó n d e p r e c io s
x % ( = a u m e n t o s d e l s a l a r i o n o m i n a l d e xo/a) s i e l c r e c i m i e n t o d e l d in e r o s e m a n t u v ie ­
ra e s ta b le a l x%, e s d e c i r , e n e l p u n t o A e n e l g r á f i c o 5 .1 .

16. N uestro ejem plo aquí no es el del artículo d e K yd lan d y Prescott (1977) que in cluye e l término en
su título.
594 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

G r á f ic o 5 .1 . Influenciade la credibilidadsobre la relación iflación/desempleo

D e s e m p le o

Si el gobierno anuncia que pretende reducir o eliminar la inflación, y que para


conseguirlo reducirá el crecimiento de la oferta monetaria por debajo de x %, lo que en
realidad pretende hacer es pasar directamente a una menor inflación sin que aumen­
te el desempleo, es decir, pasar d eA a B en el gráfico 5.1. Pero si la gente piensa que
el gobierno no cumplirá sus políticas, no esperarán que la inflación baje, y la curva
dePhillips a corto plazo será la misma (en la curva S R I en el gráfico)17. Com o míni­
mo, no esperarán que la inflación baje mucho, y la curva de Phillips se mantendrá
cerca de su posición original (es decir, que se moverá sólo hacia SR3 en el gráfico).
Si el gobierno sigue adelante y reduce de todas formas el crecimiento de la oferta
monetaria (quizá con lo que es coherente con el punto B , que en nuestro caso simpli­
ficado es un nivel constante de dinero, es decir, crecimiento cero), entonces la eco­
nomía se dirigirá hacia un nivel de desempleo mayor que la tasa natural (algo como el
punto C en el primer periodo). Sólo si se cree completamente al gobierno cuando
anuncia su política antiinflacionaria puede éste pasar directamente a una inflación
cero sin pasar por un periodo de alto desempleo, es decir, superior a la tasa natural.
S i se le creyera, podría anunciar que a partir de entonces la oferta monetaria se man­
tendría a un nivel coherente con una inflación cero, e inmediatamente las expectativas
se alterarían y toda la curva de Phillips a corto plazo se desplazaría hacia abajo (hacia
SR2 en el gráfico) de forma que la economía podría mantenerse en la tasa natural sin
inflación.
Cuanto más rápido se crea al gobierno, más rápido cambiará la gente sus expecta­
tivas y, por lo tanto, más rápidamente caerá la curva de Phillips a corto plazo. Por lo tanto,

l7. Ignoramos algunas complicacionesenlasdinámicasamuycortoplazo quepueden resultar del momen­


toexactoy la duracióndelosconveniossalarialesy de los cambios enlos precios comparados conlos
cambios enla ofertamonetaria.
LA EFICIENCIA DE LA POLÍTICA ECONÓMICA 595

m á s c o r t o s e r á e l p e r io d o d u r a n t e e l c u a l l a e c o n o m í a t e n d r á u n d e s e m p le o p o r e n c i ­
m a d e l a ta s a n a t u r a l. '
S i , c u a n d o e l d e s e m p le o a u m e n t a ( p o r e je m p lo h a s t a p u n t o C e n e l g r á f ic o ) , e l g o b ie r ­
n o s e a la n n a p o r e l c o s t e d e su p o l í t i c a y r e la n z a l a e c o n o m ía , n o s ó lo fr a c a s a r á e sta v e z
e n c o n s e g u i r s u s p r o p ó s it o s d e r e d u c c ió n c o m p l e t a d e l a i n f l a c i ó n ( h a s t a c e r o e n n u e s ­
t r o e j e m p l o ) , s in o q u e a u m e n t a r á l o s c o s t e s e n d e s e m p le o d e f u t u r a s p o l í t i c a s a n t i i n f l a -
c i o n i s t a s . L a p r ó x im a v e z , s u p o l í t i c a a n t i in f l a c i o n i s t a s e r á m e n o s c r e íb l e , y p o r l o t a n to
la g e n t e e s t a r á m e n o s d is p u e s t a a a c e p t a r q u e c u a lq u i e r r e d u c c ió n i n i c i a l d e l c r e c im i e n ­
t o m o n e t a r io s e r á s o s te n id a y , a s í , s e p r o d u c ir á u n a c a í d a m e n o r d e s u s e x p e c t a t iv a s d e
in f la c i ó n . P o r lo ta n t o , h a b r á u n a m o d e r a c ió n m e n o r e n lo s a u m e n to s d e lo s s a la r io s
n o m in a le s . E n e l g r á fic o s e p r o d u c ir á u n a c a íd a m e n o r d e la c u r v a d e P h illip s a c o rto
p l a z o . D e b i d o a su s e f e c t o s s o b r e l a c r e d ib ilid a d fu t u r a , c a d a v e z q u e e l g o b ie r n o a d o p ­
ta u n a p o l ít ic a e x p a n s i v a n o s ó l o e x is t e u n c o s t e e n l a in f la c ió n in m e d ia t a , s in o q u e s e p r o ­
d u c e u n c o s t e a m á s la r g o p l a z o s o b r e l a i n f l a c i ó n fu t u r a y t a m b ié n u n c o s t e m á s a lt o e n
e l e m p l e o a m á s l a r g o p l a z o , e n lo s in t e n t o s f u t u r o s d e r e d u c ir l a i n f l a c i ó n .
E s t e t ip o d e m e c a n i s m o s t a m b i é n s e h a n u t i l i z a d o p a r a e x p l i c a r p o r q u é e n a l g u ­
n o s p a í s e s , c o m o e n e l R e i n o U n i d o d e s p u é s d e 1 9 8 0 , la s p o l í t i c a s m o n e t a r ia s y f i s c a ­
le s r e s t r ic t iv a s s e a s o c ia r o n a g r a n d e s a u m e n to s d e l d e s e m p le o , p e r o s ó l o a le n t a s
r e d u c c io n e s e n la t a s a d e a u m e n t o d e l s a la r io n o m i n a l . S e h a s u g e r id o q u e , c o m o d u r a n ­
t e l a s d é c a d a s a n t e r io r e s l o s g o b i e r n o s n u n c a h a b ía n m a n t e n id o u n a p o l í t i c a e s t r i c t a
a n t e l o s a u m e n t o s d e l d e s e m p le o ( q u e h u b i e r a n s id o t r a n s i t o r io s ) , l a g e n t e e s p e r ó u n
n u e v o d e b il it a m ie n t o d e la s r e s t r i c c i o n e s . E s t a e x p l i c a c i ó n p a r e c e q u e s a t i s f i z o p a r t i­
c u l a r m e n t e a l o s s e g u i d o r e s d e l o s p o lít ic o s q u e l u c h a r o n e n l a s e l e c c i o n e s s o s t e n ie n ­
d o q u e , r e d u c ie n d o el c r e c im i e n t o m o n e t a r io , l a i n f l a c i ó n p o d r í a s e r c u r a d a s in d o l o r 18,
p e r o q u e c u a n d o l l e g a r o n a l p o d e r d e s c u b r ie r o n q u e l a r e d u c c ió n d e l a i n f l a c i ó n n o e r a
f á c i l y q u e i m p l i c a b a c o s t e s e n d e s e m p le o . E l h e c h o d e q u e e s t a e x p l i c a c i ó n h a y a s id o
u t iliz a d a d e e s ta f o r m a n o s ig n i f i c a d e p o r s í m is m o q u e s e a f a l s a c o m o , e x p lic a c ió n
d e l o s h e c h o s . S i lo s d e m á s s u p u e s t o s t r a s l a p r o p o s ic i ó n d e i n e f i c i e n c i a d e l a p o l í t i c a
e c o n ó m i c a s o n r e l e v a n t e s , e s t a e x p l i c a c i ó n d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s r e a le s p a r e c e s e r la
m e j o r d e f e n s a d is p o n ib le . U n a v e z q u e l a g e n t e e v a lú e c o r r e c t a m e n t e l o q u e e s t á h a c ie n ­
d o e l g o b i e r n o , l a p r o p o s i c i ó n v o l v e r á a c u m p li r s e .
S e d i j o a n t e s q u e e s t o s a r g u m e n t o s g e n e r a le s s o b r e l a p o s ib l e in c o n s i s t e n c i a a l a r g o
p l a z o d e l a s p o l ít ic a s e x p a n s i o n i s t a s y l a n e c e s id a d d e q u e l o s g o b i e r n o s m a n t e n g a n
l a c r e d i b i l i d a d p a r a la s p o l í t i c a s a n t i in f l a c i o n i s t a s e r a n c o m p a t i b l e s c o n d iv e r s o s p la n ­
t e a m i e n t o s s o b r e l a m a c r o e c o n o m í a . A p e s a r d e s u c o n s is t e n c ia f o r m a l , n o n o s p a r e c e
q u e e n c a j e n m u y b i e n c o n l a c r e e n c i a d e q u e l a g e n t e t ie n e e x p e c t a t iv a s r a c io n a le s y q u e
l o s m e r c a d o s s e v a c í a n r á p id a m e n t e d e b i d o a l a f l e x i b i l i d a d d e s a l a r io s / p r e c i o s .
P a r a e m p e z a r , s i l o s s a l a r i o s y l o s p r e c io s s o n f l e x i b l e s d u r a n t e p e r io d o s r e l a t i v a ­
m e n t e c o r t o s , la s in t e n c i o n e s g u b e r n a m e n t a le s r e le v a n t e s t a m b ié n l o s o n s ó l o d u r a n t e

18. Si la política deflacionaría real es correctamente anticipada, los otros supuestos tras la proposición de
ineftciencia de la política supondrían que la inflación puede reducirse sin aumentar el desempleo -ya que
ninguna política correctamente anticipada puede afectar al output o al empleo en cualquier dirección-.
En este sentido, la proposición de ineficiencia de la política económica tiene el mismo atractivo poHfico
que el monetarismo de caja negra. En los dos casos los gobiernos pueden reducir la inflación ron una
simple herramienta sin tener que preocuparse por el desempleo. En cambio, como no poetó afectar;
al desempleo, no tienen ninguna responsabilidad por él (como mínimo en relación a sus potiücas mácro).
596 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

periodos relativamente cortos19 L a credibilidad para tales períodos cortos sería más
fácil de establecer -especialmente en los primeros años de un nuevo gobierno, cuando
no hay próximas nuevas elecciones-. Además, el tipo de explicación que acabamos de
dar al hablar de credibilidad parece estar de cierta forma más próxima de una explica­
ción del proceso de formación de expectativas en el que las expectativas se adaptan
lentamente a acontecimientos pasados2^ En el espíritu de las expectativas racionales
basadas en la información completa, uno puede preferir postular que la gente tiene una
buena idea de )a determinación del gobierno. Este último punto está relacionado con el
mencionado en la sección previa como uno de los problemas del modelo de las expec­
tativas racionales, v.gr. la falta de una explicación bien fundada de cómo la gente cam­
bia sus expectativas a raíz de un cambio estructural.
En lo que concierne a la versión que trata de la inconsistencia temporal de las polí­
ticas óptimas, si se mantiene la proposición de ineficiencia completa de la política,
aquella apenas tiene importancia -sean cuales sean las políticas que se utilicen a lo
largo del tiempo, no tendrán ningún efecto sobre el empleo-. L a idea de que serían úti­
les si se pudiera engañar a la gente surge de una idea del mundo muy distinta de la idea
subyacente en el enfoque de la expectativas racionales/salarios y precios flexibles/vacia-
do del mercado.
Un aspecto relacionado con el argumento de la inconsistencia de la credi-
bilidad/tiempo que no encaja en el paradigma de la ineficiencia de la política econó­
mica es el que afirma que el motivo de preocupación es debido a que las políticas
expansionistas, incluso como respuesta a un shock que lleve a un periodo de desem­
pleo por encima de la tasa natural, acabarán provocando una mayor inflación o unos
mayores costes de reducción de la inflación. Sin embargo, como ya hemos menciona­
do21, en un mundo de previsiones no sesgadas y flexibilidad de precios, la inflación
no es un problema particularmente grave.
El tono de las discusiones sobre porqué deberían los gobiernos ceñirse a políticas
restrictivas supone que el público tendrá tendencia a ver al gobierno como planteando
un enfoque de o el uno/o el otro. O expandir siempre la demanda o preocuparse siem­
pre sólo por la inflación. Por eJ tono, parece afirmarse que posiblemente no sólo los
gobiernos, sino también el público que evalúa sus políticas, son demasiado sencillos
para poder enfrentarse a la idea de que pueda haber más de un objetivo, con sustitucio­
nes [H a d e o ffs ] entre ellos, de forma que se dé mayor prioridad al control de la infla­
ción cuanto más alta sea ésta (para cualquier nivel dado de desempleo), y mayor prioridad
al empleo cuanto más bajo sea (para cualquier nivel dado de inflación). Cualquier supues­
ta incapacidad del público para entender algo más que el sistema de política económi­
ca más simple parece estar en el polo opuesto a la hipótesis que ha simbolizado la
modelación reciente de las expectativas racionales; es decir, que todos los individuos
están muy bien informados y son capaces de tomar decisiones de forma inteligente.

19. E sto no sería estrictam entecorrecto si los contratos salariales se superponen de alguna form a, co m o en
el modelo Taylor, y a que la superposición «extiende» el efecto de las expectativas a otros periodos. S in
embargo, com o mostró Taylor, los contratos superpuestos destruyen de todas form as las conclusiones
«nuevo clásicas».
20. E s ta crítica concreta no es aplicable al ejem plo específico del artículo citado d e K yd lan d y Prescott.
2L V e rn o!a 12.
* LA EFICIENCIA DE LA POLÍTICA ECONÓMICA 597

IIP
É l De hecho, nos parece que incluso aquellos economistas que no aceptan el enfoque
de las expectativas racionales en su significado técnico, pero que aceptan la racionali­
dad en su significado habitual deberían desconfiar del argumento de la «inconsistencia
temporal» para renunciar s ie m p r e a las políticas expansionistas. No parece exigir una
gran sofisticación que los gobiernos, o Ja opinión pública, se den cuenta que es pro­
bable que los objetivos sean múltiples, y de que pueden sostenerse diferentes posturas
respecto a la política económica según los diferentes niveles relativos de las variables
reales implicadas.
A pesar de todas nuestras matizaciones, sigue siendo verdad que diferentes eco­
nomistas de diversas orientaciones comparten una preocupación por los efectos infla-
cionistas a largo plazo de las políticas expansionistas. Algunos están sieinpre contra
este tipo de políticas, pero otros, que hubieran estado a favor de estas políticas si se
¡1 aplicaran cuando el desempleo es elevado, se toman la preocupación en serio. Muchos
de éstos defenderían una política de rentas como una vía para escapar del dilema de la
inconsistencia temporal. Si una política de rentas adecuada no es factible, entonces
incluso el análisis de los últimos dos párafos apoya la idea de que puede haber momen­
tos de alta inflación en los que el miedo a estimular mayores expectativas inflaciona­
rias inhiba la actuación, a pesar de que el desempleo se encuentre a niveles considerados
demasiado altos. Esto no es lo mismo que decir que estos miedos deberían inhibir siem­
pre las políticas expansionistas.

3. C o n c l u s ió n

La parte principal de este capítulo ha tomado en consideración dos argumentos que


debilitarían los efectos de las políticas macroeconómicas orientadas a Ja alteración del
output y del empleo. E l primero, el teorema Ricardo-Barro, si sus supuestos estuvieran
lo suficientemente cerca de la realidad como para ser aplicables, debilitaría la políti­
ca fiscal, pero no la política monetaria. E l segundo, el teorema de la ineficiencia de la
política económica de Lucas-Sargent-Wallace, convertiría tanto las políticas monetarias
como las fiscales en ineficientes y las haría también innecesarias.
Los dos argumentos tienen varias cosas en común. Ambos suponen una gran can­
tidad de conocimiento y de comportamiento vertido hacia el futuro, que se afirman
racionales -d e hecho, el primer argumento es a veces referido como «superraciona
lidad» y el segundo incorpora el concepto de las «expectativas racionales»-.
Examinándolos más de cerca, Jos dos dependen también de forma crucial de merca­
dos sin rigideces ni limitaciones institucionales - e l primero requiere lo que se llaman
mercados perfectos de capital y el segundo requiere flexibilidad completa de pre-
cios/salarios-. Hasta el momento de escribir estas líneas, parece que ninguno de estos
dos últimos aspectos ha sido utilizado directamente en discusiones populares sobre la
economía y lapolítica, pero han sido muy debatidos pereconomistas y (dados los usua­
les retrasos entre la teoría económica profesional y su influencia en la política) es pro­
bable que en el futuro sean utilizados para justificar políticas de estabilización.
Finalmente, y de forma importante, los dos argumentos tienen en común el hecho de que
no sólo debilitan los efectos de las políticas macroeconómicas dirigidas a cambiar el
empleo, sino que también debilitan las objeciones a dichos argumentos y los riesgos
de seguir tales políticas.
598 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

E l t e r c e r a r g u m e n t o c o n s id e r a d o t ie n e e n c o m ú n c o n l o s d o s a n t e r io r e s e l b a s a r s e
e n l a i m p o r t a n c i a d e !a s e x p e c t a t iv a s d e l a g e n t e . S e c o n c e n t r a e n la s e x p e c t a t iv a s s o b r e
la s p o l ít ic a s g u b e r n a m e n t a le s fu t u r a s , y su r e t r o a c c ió n e n la s d e c is io n e s a c t u a l es
A u n q u e m u c h a s v e c e s s e h a r e l a c i o n a d o e s t e a r g u m e n t o c o n e l e n f o q u e d e la s ^ p u ­
t a t iv a s r a c i o n a l e s , e s p o s i b l e a r g u m e n t a r q u e e s m e n o s p o d e r o s o s i e stá e n r a iz a d o d e n ­
tro d e l c o n j u n t o c o m p l e t o d e s u p u e s t o s a c e r c a d e la p r o p o s i c i ó n d e la i n e f i c i e n c i a d e l a
p o l í t i c a e c o n ó m i c a . P a r a a l g u n o s k e y n e s i a n o s , e s t e e s un a r g u m e n t o a d i c i o n a l a f a v o t
d e u n a p o lít ic a d e r e n ta s . S i ta n to lo s g o b ie r n o s c o m o la p o b la c ió n so n c a p a c e s d e
e n te n d e r r e g l a s d e p o l í t i c a m a c r o e c o n ó m i c a q u e i n c o r p o r e n s u s t it u c io n e s [trade offs]
e n t r e o b j e t i v o s d e s e a b l e s , e n t o n c e s l o s q u e e s t á n a f a v o r d e la u t i l i z a c i ó n a c t i v a - d e
p o l í t i c a s m o n e t a r ia s / f is c a le s a ú n p u e d e n d e f e n d e r q u e l a s p o l ít ic a s e x p a n s i o n i s t a s d e b e
r ía n s e r u t il iz a d a s c u a n d o f u e r a n a p r o p i a d a s . S i n e m b a r g o , a n t e l a a u s e n c ia d e p o l í t i c a s
d e re n ta s e fe c t iv a s , la in flu e n c ia d e la s e x p e c ta t iv a s s o b r e la s m a c r o p o lít ic a s fu tu r a s
p u e d e l i m i t a r a ú n m á s la s c o n d i c i o n e s b a j o l a s c u a le s s e c o n s id e r a a p r o p i a d a l a e x p a n ­
s ió n d e l a d e m a n d a , i n c l u s o p o r p a r t e d e l o s p a r t id a r io s d e l a in t e r v e n c i ó n m a c r o e c o -
n ó m ic a a c t i v a .

B ib l io g r a f ía c it a d a

Ba ily , M. N. (1978). «Stabilisation Policy and Prívate Economic Behaviour». Brookings Papers
on EconomicActivity, p. 11-50.
B arro , R . J. (1977). «Long-tenn Contracting, Sticky Prices and Monetary Policy». Journal of
Monetary Economics, 3, p. 305-316. ' ..
—. (1979). «Second Thoughts on Keynesian Economics». American Economic Review, 69 (2),
p. 54-59. .
Be g g , D. K. H. (1982). The Rational Expectations Revolution in Economics. Oxford: Philip
Alian. .".t '
BOOTLE, R . (1981). «How Important ís it to Defeat Inflation? The Evidence», The Three Banks
Review, 132, p. 23-47.
B üiter , W .H. (1980). «The Macroeconomics o f Dr. Pangloss: A Critícal Survey o f the New
Classical Macroeconomics». Economic Journal, 90, p. 34-50.
F ellner , W. et al. (1982). «Anti-inflation Polícies and the Problem o f Credibility». American
Economic Review, 72, p. 77-91
F ischer , S. (1977). «Long-tenn Contracts, Rational Expectations and the Optimal Money Supply
Rule». Journal ofPolitical Economy, 85, p. 191-205.
K yd lan d , F. E.; PRESCCTI, E. C . (1977). «Rules Rather than Díscretion: The Inconsístency of
Optima! Plans». Joumal o f Polítical Economy, 85, p. 473-491.
L u ca s , R .E . (1972). «Expectations and the Neutralíty o f Money». Joumal o f Economic Theory,
4, p. 103-124. '
M oth , J.F . (1961). «Rational Expectations and the Theory ofPrice Movements». Econometrica,
79, p. 207-210. .
O k u n , A .M . (1981). Price and Quantities: A Macroeconomic Analysis. Oxford: Blackweíl.
P h elps , E .S .; T a y l o r , J.B . (1977). «Stabilising Power o f Monetary Policy under Rational
Expectations». Joumal ofPolitical Economy, 85, p. 163-190.
SARGENT, T. J .; WALLACE, N. (1976). «Rational Expectations and the Theory ofEconomic Policy».i
Joumal of Monetary Economics, 2, p. 169-184.
SHEFFRiN, S .M . (1983). Rational Expectations. Cambridge: Cambridge UP.
c r ít ic a a l a e c o n o m ía o r t o d o x a 599-605

L o s p o s tk e y n e s ia n o s

1 .E l co n texto

Keynes fue una fecunda fuente de inspiración para el pensamiento económico. Por un
lado, los fieles seguidores de Keynes -Hansen, Harrod, J. Robinson y muchos otros en
el entorno de la Universidad de Cambridge ( U K ) - constituyeron un potente foco de
profundización y expansión del pensamiento keynesiano, ampliándolo y completán­
dolo; son los autores que se constituyeron en el eje central del keynesianismo, si bien
gradualmente, a medida que este se convirtió en el pensamiento convencional, mu­
chos keynesianos se distanciarpn mucho en sus análisis de este primer grapo (según
3lgunOs, alterando muy sustancialmente el pensamiento de Keynes). Hemos intentado
recoger la crítica acerca de Keynes y el keynesianismo (sin matices) en el apartado así
denominado.
Pero el pensamiento de Keynes fue también importante dentro del propio esquema
neoclásico. Se pretendió, primero, integrar su pensamiento en la síntesis neoclásica y
lo s diversos desarrollos a los que ésta dio lugar, para, más tarde, con los nuevos de-
sfurollos macroeconómicos, ser incorporado parcialmente por los denominados nue­
vos keynesianos, que hemos presentado brevemente en el apartado anterior.
; En este apartado nos queda por considerar otra línea de desarrollo de la economía
que en su origen se reclama básicamente de Keynes, si bien veremos que los inspira­
dores de esta corriente son más variados. En las lecturas que siguen se observará que
en los años setenta y ochenta empiezan a denominarse postkeynesianos algunos eco­
nomistas que esencialmente se basan en el pensamiento keynesiano, pero que también
incorporan en sus trabajos otros economistas con análisis semejantes. Principalmente
recogen también muchos aspectos del pensamiento del economista polaco M .
Kalecki, que desarrolló de forma independiente, al mismo tiempo que Keynes, un sis­
tema muy parecido al de la Teoría g e n e r a l (quepermanecióprácticamente desconoci­
do hasta que se publicó en inglés) pero que es ahora reconocido como más completo y
rico que el de su famoso colega británico. Inicialmente, nos atreveríamos a decir que
los postkeynesianos integraban de una manera muy vaga a economistas que seguían
las líneas cambridgianas de Keynes, en muchos casos enriquecidas y completadas por
el reconocimiento en el propio Cambridge de Kalecki.
Gradualmente y a medida que se consolidaba esta línea de pensamiento, los eco­
nomistas que han ido utilizando dicha denominación son mucho más numerosos y su
identificación precisa es casi imposible. Según quien realice la clasificación integran
en ella unos u otros grupos que no sólo parten del binomio Keynes/Kalecki sino que
reconocen sus raíces en muchos otros autores que rechazaban la revolución margina-
600 CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

l is t a y p r o p o n í a n n u e v o s e n f o q u e s , c o r n o V e b l e n y C o m r n o n s e n t r e l o s i n s t i t u c i o n a l i s -
t a s a n t e r io r e s a K e y n e s , S r a f f a e n t r e lo s n e o r i c a r d i a n o s , e t c f E n o c a s i o n e s s e t ie n e la
im p r e s ió n d e q u e s e u t i l i z a l a d e n o m in a c i ó n « p o s t k e y n e s ia n o s » p a r a a g r u p a r a to d o s
a q u e l lo s q u e n o r e c o n o c e n l a v a l i d e z d e l e s q u e m a n e o c l á s i c o y l l e g a n a l a c o n c l u s íó n
d e q u e e l e q u i li b r i o a u t o m á t i c o n o e x i s t e y , p o r t a n t o , e s n e c e s a r i a l a in t e r v e n c i ó n p ú ­
b lic a , y q u e t a m p o c o s o n e x c lu s iv a m e n t e m a r x is t a s . P e r o e n to n c e s a p a r e c e n o tr o s g r u ­
p o s , a v e c e s t a m p o c o d e m a s i a d o c la r a m e n t e d e f i n i d o s , q u e c o n f u n d e n l a s it u a c i ó n :
p o r e j e m p l o , l o s n e o r ic a r d ia n o s o l o s in s t i t u c i o n a l i s t a s o e v o l u c i o n i s t a s a c t u a l e s , c o n
l o q u e e s d i f í c i l r e c o n o c e r p r e c i s a m e n t e q u ié n e s o n o p o s t k e y n e s i a n o .
E s t a s it u a c i ó n e s t o d a v í a m á s f l u i d a p o r q u e h a s t a a h o r a l o s p o s t k e y n e s i a n o s r e a li­
z a b a n a p o r t a c io n e s p a r c i a le s a l p e n s a m i e n t o e c o n ó m i c o p e r o n o h a n c o n s t i t u i d o u n
c u e r p o c o m p le to y c o h e r e n te d e p e n s a m ie n to a g r u p a d o e n to m o a u n p a r a d ig m a c ie n ­
t í f i c o u n i t a r i o y b ie n d e f i n i d o , p o r l o q u e t a m p o c o s e p u e d e n i d e n t i f i c a r p o r s u a d s -
c r í p c i ó n a a q u é l . A c t u a l m e n t e s e e s t á p r o d u c ie n d o e l d e b a t e a c e r c a d e l a c o h e r e n c i a d e
c o n j u n t o d e l o s p o s t k e y n e s i a n o s - q u e s e r e f l e j a e n la s l e c t u r a s - y , s i é s t a s e c o n f i r m a y
c o n s o l i d a , q u i z á p r o p o r c io n e n u n a s s e ñ a s d e id e n t id a d q u e p e r m it a n u n a d i l u c i d a c i ó n
m á s p r e c is a .
D e m o m e n t o , r e c o g e m o s la d e f i n i c i ó n q u e p r o p o r c i o n a e l n u e v o P a l g r a v e ( v o l . 3 ,
p . 9 2 4 ) q u e , r e a l i z a d o p r i n c i p a l m e n t e p o r p o s t k e y n e s i a n o s , r e c o n o c e , s in e m b a r g o , la
d ific u lt a d d e su id e n t ific a c ió n : « la e c o n o m ía p o s t k e y n e s ia n a e s u n b a ú l u t iliz a d o p a r a
m e t e r e l t r a b a jo d e u n g r u p o h e t e r o g é n e o d e e c o n o m i s t a s q u e n o s ó lo e s t á n u n i d o s p o r
s u d e s c o n t e n t o c o n l a e c o n o m í a c l á s i c a y la s v e r s i o n e s d e l a t e o r í a k e y n e s ia n a d e e q u i­
l ib r i o g e n e r a l I S / L M , s in o t a m b ié n p o r s u s i n t e n t o s d e p r o p o r c i o n a r e n f o q u e s a lt e r n a ­
t iv o s c o h e r e n t e s d e a n á l i s i s e c o n ó m i c o » .
E l p o s t k e y n e s ia n is r n o c o m i e n z a a p e r f i l a r s e e n l o s a ñ o s c i n c u e n t a y s e s e n t a . S u r g e
i n i c i a l m e n t e c o m o r e s p u e s t a a Ja n u e v a s í n t e s i s n e o c l á s i c a q u e , d e l a m a n o de
S a m u e l s o n , s e d e s a r r o l la e n e l C a m b r i d g e d e E s t a d o s U n i d o s , y q u e s e c o n v i e r t e e n l a
b a s e d e l a t e o r ía e c o n ó m i c a .o r t o d o x a y e n a r g u m e n t o t e ó r i c o b á s i c o p a r a r e c o m e n d a r
p o l ít ic a s m e n o s in t e r v e n c i o n i s t a s . E n e s t a p r i m e r a e t a p a , e l d e b a t e s e c e n t r a e n l a v a l i ­
d e z d e l a I S / L M y l a d e la t e o r í a n e o c l á s i c a d e l a d i s t r i b u c i ó n . B a s t a n t e s d e l o s q u e m á s
t a r d e s e r ía n r e c o n o c i d o s c o m o p o s t k e y n e s i a n o s p a r t i c i p a r o n t a m b i é n e n e l d e b a t e s o ­
b r e la t e o r ía d e l c a p ita l q u e s o s tu v ie r o n con su s h o m ó lo g o s d e C a m b r id g e de
M a s s a c h u s e tts y e n lo s q u e é s to s ú ltim o s tu v ie r o n q u e a c e p ta r q u e su s e n fo q u e s e ra n
errón eo s.
E l r e fu e r z o d e la s e s c u e la s n e o c lá s ic a s d e s d e lo s o c h e n t a ( o lv id a n d o lo s p o b r e s r e ­
s u lt a d o s p a r a e l l o s d e la s f u e r t e s c r ít ic a s q u e s e le s r e a li z a r o n e n l o s s e s e n t a , a l a s q u e
n o p u d ie r o n r e s p o n d e r s a t is f a c t o r i a m e n t e ) l l e v ó a u n a e t a p a d o n d e l o s a s u n t o s t r a t a d o s
p o r lo s p o s t k e y n e s ia n o s s e c e n tr a r o n e n lo s o r íg e n e s d e l a c r is is , la s p o lít ic a s e c o n ó m i­
c a s u t i l i z a d a s y la s p o l í t i c a s a lt e r n a t iv a s a u t il iz a r .
L a h e g e m o n í a n e o c l á s i c a n o h a p e r m it id o a l o s p o s t k e y n e s i a n o s d e j a r d e s e r u n a
c o m e n t e m in o r ita r ia . A d e m á s , ta l y c o rn o s e v e r á e n la s le c tu r a s d e e s te a p a r ta d o y y a
l o h e m o s s e ñ a l a d o , o t r o e le m e n t o im p o r t a n t e q u e d i f i c u l t a s u e x p a n s i ó n e s q u e t o d a v í a
n o e s t á b ie n c o n s o l i d a d o c o m o u n a n á l is is e c o n ó m i c o a l t e r n a t i v o , s in o q u e s e p e r c i b e
m á s c o m o u n a e s c u e la e n fo r m a c ió n .

1. A lgunos comentaristas llegan hasta a incluir en estas raíces rem otas al propio M arshall.
LOS POSTKEYNESIANOS 601

2. A l g u n a s v a r i a n t e t o s t k e y n e s ia n a s

pero, ¿cuáles son los enfoques incluidos dentro del baúl postkeynesiano? No existe
consenso. Por ejemplo, paraArestis (1996) son tres (marshallianos, kaleckianos e ins-
titrdonaSistas), Hamouda y Harcourt (1989) no incluyen a los institucionalistas pero
si a los sraffianos o neoricardianos y a Kaldor, mientras que Lavoie (1992) definepre-
viamente un paradigma postclásico dentro del que diferencia a los postkeynesianos de
los marxistas, radicales norteamericanos, institucionalistas, estructuralistas, evolucio­
nistas, socioeconomistas, regulacionistas y neoricardianos2.
Este hecho deja entrever que nos encontramos ante un enfoque en formación don­
de parece que diferentes corrientes, bajo una serie de nexos comunes, van perfilando
un paradigma alternativo al neoclásico. Para algunos, no coherente {Walters y Young,
1997); para otros, camino de ia cohesión (Hamouda y Harcourt, 1989); y para otros,
coherentes (Arestis, Dunn y Sawyer, 1999)3- Pero volviendo a las diferentes corrientes
que lo forman, las dos principales, y que nadie pone en duda de ser postkeynesianas,
son las siguientes:

-Marshallianos: basándose en Marshall y Keynes, los postkeynesianos americanos


resaltan la incertidumbre, la necesaria integración del dinero desde el inicio del aná­
lisis del funcionamiento de la economía, la posición central del dinero-salario, am­
bos como mayores determinantes del nivel de precios y de la estabilidad de la econo-i
mía, y la interrelación stock-flujo del proceso de acumulación de capital. Iniciada
por Weintraub, incluye a Tarshis, Davidson, Smolesky, Kregel, Minsky ...
- Kaleckianos: parten de los clásicos, Marx y el trabajo de Kalecki. Para ellos, las re­
laciones sociales de la esfera de producción, conjuntamente con la estructura de pro­
ducción, determinan el excedente potencial disponible en cualquier momento del
tiempo. A sí, para cualquier momento, el salario real es determinado históricamente
por la situación de la lucha de clases (entre otros factores) y, a su vez, detennina la
máxima tasa de beneficio disponible. Que se realicen o no las máximas tasas de be­
neficio y acumulación depende de las fuerzas de demanda efectiva. Joan Robinson
lo resume en la interacción entre la función de acumulación, donde la tasa planeada
de acumulación depende de la tasa de beneficios esperada, por un lado, y la función
de ahorro, donde la distribución del ingreso juega un papel clave, por el otro. Dentro
de esta corriente encontramos a Joan Robinson, Steindl, Asimakopoulos, Harcourt,
Sawyer, Cowling, Eichner...

Además de estas dos corrientes, a veces, aunque no siempre, se incluyen los si­
guientes enfoques:

2. Arestis, P. (5996). «Post-Keynesian economics: towards colierence». Cambridge Journal ofEconomics,


vol. 20, núm. i, 1996: 111-135; Hamouda, 0.R; Harcourt, G.C. (1989). «Post-Keynesianism: From
Cristicism to cohercnce?». En: Phcby, J. (ed) NewDirections inPost-Keynesian Economics. Aldershot:
Edward Elgar, 1989: 1-32; Lavoie, M. (1992). «The need for an altemative». En: Foundatiomof Posr-
Ke'nesian EcorwmicAnalysis. Aldershot: Edward Elgar, 1992: 1-41.
3. Wallers, B.; Young, D. (1997). «On the Coherence ofPost-Keynesian Economics». Scottisfi Journal of
Pol/íical Econony, vol. 44, núm. 3, 1997: 329-348; ^Arestis. P.; Dunn, S.P.; Sawyer, M. (1999). «Post Keyne-
sian economics and its crilics». Journal ofPost KeynesianEconomics, vol. 21, núm. 4,1999:527-549.
602 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

- N e o r ic a r d ia n o s : p arte n d e la te o r ía d e K e y n e s d e la d e m a n d a e fe c t iv a , d o n d e e l ah o *
r r o d e s e a d o e s i g u a l a d o a l a in v e r s i ó n d e s e a d a a t r a v é s d e c a m b i o s e n e l n i v e l d e in _
g r e s o . A r g u m e n t a n , n o o b s t a n t e , q u e e s , o p u e d e s e r , u n a t e o r í a d e l n i v e l d e in g r e s 0 y
e m p l e o a l a r g o p l a z o q u e t ie n e q u e s it u a r s e j u n t o a l a s t e o r í a s c l á s i c a s d e l v a l o r y d is ,
tr ib u c ió n e n e l c e n t r o . E s t o im p l ic a r e c h a z a r l a d e t e r m in a c ió n d e lo s p r e c io s p o r ]a'
o fe r t a y la d e m a n d a y lo s v e s t i g io s d e n e o c la s ic is m o e n e l a n á lis is k e y n e s ia n o d e la . :i
in v e r s i ó n ( l a e f i c i e n c i a m a r g i n a l d e c r e c i e n t e d e l c a p i t a l p o r e j e m p l o ) . A q u í e n c o n ­
t r a r ía m o s a S r a f f a , P a s s i n e t t i , S t e e d m a n , N e l l . . . ; '
- I n s t i t u c i o n a l i s t a s : p a r t i e n d o d e V e b l e n y C o m m o n s , e n t ie n d e n l a e c o n o m í a c o m o u n '
p r o c e s o q u e e v o l u c i o n a e n f a t i z a n d o l a d i n á m i c a y l a e s t r u c t u r a d e c la s e / p o d e r d e j
s is t e m a e c o n ó m i c o . E s t a s e s t r u c t u r a s i n s t i t u c i o n a l e s y o r g a n i z a t i v a s p r o v e e n e l m e :'
c a n i s m o f u n d a m e n t a l p o r e l c u a l l o s r e c u r s o s s o n a s i g n a d o s . E s t e e n f o q u e , a d if e r e n ­
c i a d e lo s o t r o s , p o n e e l a c e n t o e n l o s d e t e r m in a n t e s d e la s e x p e c t a t i v a s ( t r a t á n d o la s
e n d ó g e n a m e n t e ) y e n e l a n á l is is m i c r o e c o n ó m i c o . ' -

A la v is t a d e la m e t o d o lo g ía d a d a p o r L a w s o n ( 1 9 9 4 )4 o A r e s t is ( 1 9 9 6 ) , n o p a r e c e
c la r a la e x c lu s ió n o in c lu s ió n d e e s ta s d o s e s c u e la s , d a d o q u e , e n p r im e r lu g a r , e sto s
p u n t o s d e c o n e x i ó n s e r ía n c o m u n e s a o t r a s c o r r ie n t e s h e t e r o d o x a s n o i n c l u i d a s ( c o m o -
l a s c o r r ie n t e s n e o m a r x i s t a s ) ; e n s e g u n d o l u g a r , m ie n t r a s s e a d u c e q u e e l e n f o q u e n e o -
r i c a r d i a n o e s d e e q u i l i b r i o a l a r g o p l a z o m ie n t r a s e l k e y n e s i a n o e s a c o r t o , s e i n c l u y e n
a k a l e c k i a n o s y K a l d o r , c o n s u s m o d e l o s a l a r g o p l a z o ; e n t e r c e r l u g a r , lo s c o n c e p t o s
a n t e s a d u c i d o s p u e d e n s e r in t e r p r e t a d o s d e m a n e r a s m u y d i f e r e n t e s , p o r e j e m p l o e l p a ­
p e l d e la s in s titu c io n e s e n e l a n á lis is d ifie r e b a s ta n te m ie n tr a s , d e s d e u n a ó p t ic a k a le f c í |
k i a n a , la s i n s t i t u c i o n e s c l a v e e s t u d i a d a s e n l a t o m a d e d e c i s i o n e s s o n l a s e m p r e s a s "
(p o r e je m p lo e n C o w l i n g y S u d g e n , 1 9 9 4 ) , e n lo s e n fo q u e s in s titu c io n a lis ta s / e v o lu T ■
c io n is t a s , e l c e n t r o d e a t e n c i ó n r a d i c a e n la s i n s t i t u c i o n e s y c o n v e n c i o n e s q u e p e r m i­
te n d e s a r r o l la r u n a s e n d a d e a p r e n d i z a j e .

3. A l g u n a s id e a s b á s ic a s

E l h e c h o d e q u e lo s p o s t k e y n e s ia n o s c o n s t it u y a n t o d a v ía u n a e s c u e la e n g e s t a c ió n y :
p o c o d e fin id a h a c e q u e r e s u lte b a s ta n te c o m p lic a d o d e te c ta r su s id e a s p r in c ip a le s . P o r ■
e s to e l t r a b a j o q u e h e m o s r e a l i z a d o s e h a c e p a r t ie n d o d e u n a ó p t ic a g e n e r a l , s in c o n s i - ■
d e r a r s u s c l a s i f i c a c i o n e s in t e r n a s . ,
L o s e n fo q u e s p o s t k e y n e s ia n o s c o m p a r te n u n a c o n c e p c ió n d e l t ie m p o ir r e v e r s ib le , ;
d o n d e la e c o n o m ía e s u n p r o c e s o h is t ó r ic o e n e l c u a l n o s e p u e d e v o lv e r a tr á s . E s t e
p r o c e s o h is t ó r ic o s e d e s a r r o lla e n u n m a r c o d e in c e r t id u m b r e , d o n d e la s e x p e c ta t iv a s
j u e g a n u n p a p e l m u y i m p o r t a n t e . T a m p o c o s e p u e d e i g n o r a r l a i m p o r t a n c i a d e l a s in s - ■•
tit u c io n e s y e l r e c o n o c im ie n t o d e q u e lo s a c o n t e c im ie n t o s e c o n ó m ic o s y lo s o b je tiv o s
p o l ít ic o s n o p u e d e n a b s t r a e r s e d e l c o n t e x t o p o l í t i c o y s o c i a l . F i n a l m e n t e , y n o p o r e l l o
m e n o s im p o r t a n t e , la s c l a s e s , e l p o d e r y l a d i s t r i b u c i ó n d e l i n g r e s o e s t á n e n e l c e n t r o
d e l a n á l i s i s , l o q u e , e n n u e s t r a o p i n i ó n , l o a p r o x i m a a la s c o n c e p c i o n e s d e l a e c o n o m í a
e n t é r m in o s d e e c o n o m í a p o l í t i c a .

4. Lawson, T. (1994). «The nature o f postkeynesianism and its links to other tradictions: a realist pers-
pcctive». Journal o f Post Keynesian Economías, vol. 14, n“ 4.
LOS POSTKEYNESIANOS 603

• Para la mayoría de los postkeynesianos, el principal objetivo es completar la ina­


cabada revolución keynesiana, generalizando la T eo ría g e n e ra l de Keynes (Arestis,
1996), con el análisis del principio de la demanda efectiva como piedra angular.
L a producción depende de las expectativas empresariales, que dependen de las ex­
pectativas de la demanda agregada, y es, a su vez, la producción lo que determina el
njvel de ocupación independientemente de los salarios, desvirtuando el concepto de
salario como determinante del empleo y convirtiéndolo en un factor que afecta al con­
junto de la economía.
. Respecto a la demanda, la elección individual está fuertemente influida por el in-
.greso, la clase y las condiciones técnicas de producción, así como por los precios rela­
tivos. Por ello, uno de sus principales objetos de análisis están constituidos por el in­
greso, juntamente con la distribución entre clases sociales y no sólo los efectos
substitución. Además, se reconoce que el comportamiento individual está determina­
do por factores sociales, convencionales e institucionales.
Entendiendo que la inflación se da originariamente vía costes, Jos postkeynesíanos
otorgan a la inflación un contenido político-social en tanto que resulta de la expresión
del conflicto entre capital y trabajo para la obtención del producto social. Por eso se
muestran escépticos frente a las políticas recesivas que controlan la inflación y frenan
el crecimiento económico, perjudicando la ocupación. Por otra parte, esta concepción
social de Ja inflación permite recuperar al terreno de la economía el debate del conflic­
to de clases, marginado y ocultado durante muchos años.
Los postkeynesianos consideran el dinero como variable endógena, lo que permi­
te explicar el carácter cíclico, inestable y vulnerable del sistema.
Los postkeynesianos ponen en tela de juicio las posiciones neoclásicas y cuestio­
nan directamente sus tesis sobre el papel que ha de jugar el Estado actualmente en la
. economía. Ellos consideran necesaria la intervención pública, si bien no exactamente
.en las mismas líneas keynesianas, mostrándose optimistas con las políticas monetarias
y fiscales anticipadas, estimulantes e intervencionistas que permiten situar el creci­
miento económico como objetivo principal de política económica, dándole a la políti­
ca de rentas un papel fundamental como instrumento que mejore la distribución y esti­
mule la inversión.
Actualmente, otro punto clave para definir los enfoques postkeynesianos a nivel
metodológico es, tal y como señala Arestis (1996, 112), «promover una comprensión
clara de cómo funciona la economía, relacionando el análisis económico con los pro­
blemas reales», procurando aproximar sus planteamientos a la realidad económica en
que vivimos. Está en discusión si este objetivo se conseguiría con el realismo crítico5
que parte de Ja complejidad de la realidad donde no existen regularidades claves, lo
que invalida los métodos inductivos o deductivos. En su lugar, son necesarios métodos
de retroducción y abducción de hechos estilizados (Lawson, 1994 y Arestis, 1996).
En este esfuerzo de realismo, los postkeynesianos consideran que los mercados no
son de libre competencia sino que la competencia imperfecta es mucho más relevante,
especialmente en su carácterde oligopolios que caracterizan las economías modernas.

5. E l realism o crítico co m o aspecto m etodológico del postkeynesianismo es una de las discusiones actua­
les en el seno del en foque. Para un amplio debatesobre este tema véase el Joumal ofPost-Keynesim
Economías, de otoño de 1999.

604 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA ¡m
i

4. U n ESBOZO DE CRÍTICA

Y a se ha señalado que, al ser una escuela reciente y en form ación, es d ifícil encontrar ■
..
referencias críticas sobre estos autores desde una óptica de econom ía política.'
Intentam os, no obstante, h acer algunos com entarios que señalen las lim itaciones de
esta escuela todavía en gestación.
Para los postkeynesianos, la inversión, pieza clav e en su m odelo, requiere altos
beneficios y para paliar el impacto social que esto provoca proponen políticas de ren- ■
'■
tas dinám icas. Es decir, aunque aceptan la existencia de un conflicto entre trabajo y ca­
pital, la form ula, vía redistribución, que proponen para resolverlo, no es realmente una--
solución sino una m inim ización de este conflicto para que no llegue a extremos inde­
seables, en vez de enfrentarse directamente con la raíz del problem a: las estructuras de
propiedad y el acceso a los m edios de producción.
Aunque argumenten tam bién que la tasa de inversión depende de los beneficios no
distribuidos, d e las expectativas empresariales, del cam bio tecnológico y, con menor ■
grado, del tipo d e interés, creemos que generalm ente n o m atizan suficiente l a relación
beneficio-inversión y, aunque sean conscientes del papel que ju e g a la especulación en
la actualidad, consideramos que no se le da la alarm ante im portancia que está adqui—
riendo este fenóm eno en la evolución de las desiguales y diferentes econom ías pro­
ductivas de todo el mundo.
Tam bién nos produce una sensación de incertidumbre y escepticism o la confianza' :
ciega de los postkeynesianos en el papel esencial de las instituciones en sus modelos,.:
ya que les otorgan una importante función reguladora sin plantearse ni tener en cuenta
la naturaleza de fondo de éstas, así com o el im pacto de la tecnocracia establecida en
las m ism as. :
En conclusión , al ig u al que lo que hizo K eyn es con los clásico s, los postkeynesia­
nos cuestionan y critican las bases y las tesis del actual pensamiento neoclásico con ar­
gum entos válidos, pero sin entrar a cuestionar a fondo la estructura social, las relacio­
nes sociales que subyacen en e l modelo. Com o con el keynesianism o, puede señalarse
que esta escuela refleja más un trasfondo de reformar el m arco económ ico actual que
no un espíritu transformador del m ism o.
A pesar de esta evaluación que realizam os y creemos justa, nos hem os encontrado
que esta escuela presenta también bastantes desarrollos que parecen proporcionar a
esta línea m ucha m ayor profundidad y realism o y permiten explorar aspectos de la'
econom ía que no hemos encontrado en otras vertientes del pensamiento convencional.
Por esto hemos decidido conceder más atención a esta escuela en el futuro y continuar.
su estudio para evaluar en m ás detalle si, con lím ites, tiene la base y potencialidad ne­
cesaria para constituir una parte significativa de una posible línea de desarrollo alter­
nativo del análisis económ ico. N o estamos seguros, pero nos parece la única con ele­
mentos prometedores entre las estudiadas hasta ahora.
L a única crítica que hemos encontrado, com o y a lo señalam os, es acerca de si se
constituye o no en una escuela coherente y com pleta. Este debate, que parecía resuelto ■
desde mediados de lo s noventa, se vuelve a propiciar en 1997 con la aparición en el
Scottish Journal o f Política! Economy de un artículo deW alters y Y oung argumentan­
do la falta de coherencia. Después de este artículo recogem os la réplica de Arestis,
Dunn y Sawyer en el Journal o f Post Keynesian Econom ics (versión am pliada del que
H I ­

LOS POSTKEYNESIANOS 605

! prese n ta ro n en e l Scottish Journal ofPolitical Economy) y u n a b r e v e c o n tr a r é p lic a de


' : W a lte r s y Y o u n g .
P e r o an tes d e e n tra r en e l d e b a te h e m o s c r e íd o c o n v e n ie n te in c lu ir u n a s le c tu r a s
¡I / in tro d u c to ria s , d a d o q u e lo s e n fo q u e s p o s tk e y n e s ia n o s n o s u e le n ser e x p lic a d o s en las
fa c u lta d e s d e E c o n o m ía . E n p r im e r lu g a r , A r e s t is (1 9 9 6 ) n o s r e s u m e la s p r in c ip a le s
c a r a c te r ís tic a s d e la e s c u e la p o s t k e y n e s ia n a , e s p e c ia lm e n t e la m e to d o lo g ía y la s co n s -
■ tr u c c io n e s te ó r ic a s . E n s e g u n d o lu g a r , s e e n c u e n tr a u n a p arte d e l a r tíc u lo d e H a m o u d a
y H a r c o u r t (1 9 8 9 ), en e l c u a l s e p re se n ta o tra c l a s if i c a c ió n d e c o r r ie n te s p o s tk e y n e s ia -
j ü n as. H e m o s c o n s id e r a d o ú til in c lu ir lo p o r d o s m o t iv o s : p r im e r o , p a r a re sa lta r la d iv e r -
ív: : : sid a d d e c la s ific a c io n e s d e co r r ie n te s dentro del e n fo q u e y , en s e g u n d o lu g a r , p o rq u e
i : n o s p a r e c e m á s c la r a q u e la d a d a en e l a r tíc u lo d e A r e s t is (1 9 9 6 ). F in a l m e n te , a n te s d e l
d e b a te so b re la c o h e r e n c ia , s e e n c u e n tr a la s e g u n d a p a r te d e l a r tíc u lo d e A r e s tis y
; S a w y e r en e l Economic Journal s o b r e p o lít ic a s e c o n ó m ic a s p o s tk e y n e s ia n a s . S ie n d o
i ' ;: la in te r v e n c ió n p ú b lic a u n o d e lo s p u n to s e n c o m ú n d e to d a s la s c o r r ie n te s p o s tk e y n e -
■ s ia n a s , n o s p a r e ce c o r r e c to a h o n d a r e n su p e r c e p c ió n d e l p a p e l d e l E s ta d o .

5. L ecturas

: A R E S T ls , P h ilip . « E c o n o m ía p o s tk e y n e s ia n a : h a c ia la c o h e r e n c ia » . Cambridge
Journal ofEconomics, v o l. 2 Q , 1 9 9 6 , p . 1 1 1 -1 3 5 .
H A M O U D A , O . F ,; H arcourt, G . C . « P o s tk e y n e s ia n is m o : ¿ d e l a c r í t i c a a l a c o h e r e n c ia ? » .
■ E n : P h e b y , J . (ed .). N e w Directions in Post-Keynesian Economics. A ld e r s h o t:
.: E d w a r d E lg a r , 1989, p . 1 -3 2 .
A R E S T IS , P h ilip ; S aw yer , M a l c o m . « P o lít ic a s e c o n ó m ic a s k e y n e s ia n a s p a r a e l n u e v o
m ile n io » . The Economic Journal, 1 0 8 , e n e r o 1 9 9 8 , p . 1 8 1 -1 9 5 .
" W alters, B e rn a rd ; Y o u n g , D a v i d . « S o b r e la c o h e r e n c ia d e la e c o n o m ía p o s t k e y -
nesiana>>. Scottish Joumal of Political Economy, v o l. 4 4 , n ° 3, a g o s t o 1 9 9 7 ,
p . 3 2 9 -3 4 9 .

■A R E s T is , P h ilip ; D un n , S te p h e n ; S a w yer , M a l c o m . « L a e c o n o m ía p o s tk e y n e s ia n a y
su s c r ít ic o s » . Joumal ofPost Keynesian Economics, v o l. 2 1 , n° 4 , v eran o 1999,
' p . 5 2 7 -5 4 9 .
W alters, B e r n a rd ; Y oung , D a v id . « P o s t -k e y n e s ia n is m o y c o h e r e n c ia : u n a re s p u e s ta
a A r e s t is , D u n n y S a w y e r » . Scottish Joumal of Political Economy, v o l. 4 6 , n ° 3,
a g o s to l9 9 9 , p . 3 4 6 -3 4 8 .

■ p l:.
I
CRíTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA 607-635

E c o n o m ía p o s tk e y n e s ia n a : h a c ia la c o h e r e n c ia *

m P h i li p A r e s t i s

118

Este artículo proporciona un survey de la economía postkeynesiana. Mantiene que la


economía postkeynesiana ha suporado la importante fase inicial de construcción de una
crítica de la economía convencional. No obstante, se concentra en la investigación
postkeynesiana actual, que, según se afirma en el artículo, se centra en la elabora-
dón de un enfoque característico y coherente que prime por encima de la crítica. Se
identifican diversas tradiciones sobre las que se basa la economía postkeynesiana.
S e propone el institudonalismo como una tradición adicional que contribuye al pos-
tlceynesianisrno, un aspecto innovador del artículo. Se reconoce, no obstante, que es
: necesario investigar más para completar el enfoque postkeynesíano (© 1996 Academic
Press Limited).

Una creciente comunidad internacional de economistas se describe a sí misma como


teynesiana». A posar de todas las diferencias existentes entre ellos, se aforran a la

: J■ F F F J . F F
prensión clara de cómo funciona Ja economía, relacionando el análisis económico con

* Publicado en: Arestis, Philip. «Post Keynesian Econom ics: Towards Coherence». CambridgeJoumal
ofEconomía, vol. 20, núm. 1, i9 9 6 . P. 111-135. Traducción: G e m m a Galdon.
1. Elüsten varios estudios sobre la economía postkeynesiana que difieren en énfasis y en cobertura de este
estudio. E xiste un ensayo de Eichner y Kregel (1975) que muestra la emergencia de laecon o m ía post-
...... beyilesiana com o unparadigma capaz de desafiar a la economía neoclásica, y el deArestis (1990), que no
es tan completo com o el actual. Harcourt (1985) y Harcourt y Ham ouda (1988) estudian la econom íapos-
tkeJnesiana desde el punto de vista de sus participantes, más que de los temas, como se hace en este ensa-
y (que también es más comprensivo). Tres libros recientes, Arestis (1993), Carvalho (1993) y Lavoie
-’ (1903) difieren de forma sustancial no solamenteentre ellos, sino también de este ensayo. Arestis (1993)
-• ■ define elm odelode ^ a n síntesis neoclásica, y lo critica en ¡gran manera a n te sd e ^ ^ o d e r a analizar los com-
. ponentes básicos de un modelo postkeynesiano, planteado inicialmente en Arestis (1989). Carvalho (1993)
demuestra que la idea de unaeconom ía m onetariade producción es el tema unificadorde la economía
postkeynesiana, mostrando de este modo que esta econom ía proporciona un programa de investigación
- coherente. Lavoie (1903) orquestasu enfoquesobreuna división de micro/macr^conomía mostrar que
■ ' l i mejor fonna de describir a la economía postkeynesiana es com o una economía «postclásica».
, 2. ■ U n aspecto importante de la econom ía postkeynesiana es su crítica im plícita y explícita a Ja economía
neoclásica convencional. D e hecho, se ha sugerido que lo que une a tos postkeynesianos es su rechazo
608 CRÍTICAALAECONOMÍAORTODOXA

keynesiana inacabada, generalizar la T eoría g e n e ra l (Eichner y Kregel, 1975: 1293;


Robinson, 1956). E l «principio d ela demanda efectiva» es la piedra angular de su aná­
lisis, tal como lo fue en la T eoría g e n e ra l de Keynes (1936)3 La demanda efectiva en
el análisis postkeynesiano supone que es a la escasez de la demanda y no a la escasez
de los recursos a lo que debe enfrentarse la economía moderna, de forma que la pro­
ducción está normalmente limitada por la demanda efectiva, aunque se reconoce que las
limitaciones de la oferta están presentes en las economías capitalistas modernas4. La
elección individua! está fuertemente influida por la renta, la clase y las condiciones
técnicas de producción, así como por los precios relativos, de forma que la renta, y no
sólo los efectos de sustitución, junto con la distribución de la renta entre las clases
sociales, se convierten en los objetos principales de análisis. También se reconoce que
el comportamiento individual está determinado por factores sociales, convencionales
e institucionales. Estas son las aportaciones principales que Ja tradición instituciona-
lista ha proporcionado al pensamiento postkeynesiano, tal como afirmamos más abajo.
Las ideas que se clasifican como postkeynesianas tienen una larga historia. L a eco­
nomía postkeynesiana refleja la tradición clásica y a M arx tanto como a Keynes y a
Kalecki. Es posible identificar tres tradiciones en las que se inspira la economía pos­
tkeynesiana5.

de la econom ía convencional {D ow , 1990). S in em bargo, a m edida que la econom ía poslkeynesiana


madura, la atención se dirige hacia un enfoque más positivo, uno que destaca la evolución de esta escue-
1a d e pensamiento, con menos referencias a la critica d e l a economía neoclásica. L a intención de este aruí- •
cu lo es d e centrarse en l os aspectos más positivos d e l a econom ía postkeynesiana, e n un intento d e
proporcionar una alternativa a la econom ía ortodoxa. En cualquier c a so , las lim itaciones de esp acio
nos ■
impiden estudiar totalmente la parte m ás crítica del postkeynesianismo, una tarea que se ha empren­
dido recientemente en Arestis (1992, cap. 3).
3. E l principio de la «demanda efectiva» fue form ulado antes que K eyn es p o r K aleck i {R obínson, 1977; ■
Targetti y K índa-H ass, 1982; Harcourt, l 99 i ). Existen, evidentemente, diferencias entre los dos e n fo ­
ques, pero sus elementos comunes son sustanciales (K aleck i, 1971; Keynes, 1936). Ver Saw yer ( l982a,
1982b, 1985) para un estudio exhaustivo de las sim ilitudes y diferencias entre los enfoques de K eyn es
y K alecki (ver también Robinson, 1977; y Sardoni, 1987). N o todos los postkeynesianos están de acuer­
do en que K aleck i y Keynes descubrieron ia «demanda efectiva» de forma independiente. D avidson
(1992), por ejem plo, m antiene que no lo hicieron, y ha defendido que K aleck i está más cerca d e los ■
modelos de no vaciam iento de mercados de los neokeynesianos que del análisis de! dinero no neutral
y de ia incertidumbre de Keynes. Está claro a partir de este estudio que el análisis de K aleck i es central
a la econom ía postkeynesiana.
4. K a le c k i afum ó que la escasez de la demanda, y no la escasez de Jos recursos, es lo que tiende a carac­
terizar a las econom ías capitalistas, y a las no socialistas. L a s econom ías socialistas experimentaban la ■
tendencia opuesta, una escasez de los recursos y no de la demanda.
5. Hamouda y Harcourt (1980) y Arestis (1990) sugieren tres com entes diferentes que comprometen nues­
tras dos primeras tradiciones y una tercera, basada en Sraffa. L a escuela de pensamiento sraffiana enfa­
tiza el largo plazo en su análisis de ¡os niveles de renta y de em pleo. L a demanda efectiva de K eynes
dentro de un análisis sraffiano «com petitivo» de largo plazo ( 1960) reestablece la teoría clásica y mar-
xiana del valor y de la distribución en un contexto de largo plazo en el que los precios se encuentran a nive­
les nonnales y el nivel y la com posición del output se ajusta al nivel y com posición de la dem anda. La
econom ía política clásica y el reeslablecim ienw por Sraffa de su teoría del valor y la distribución se
reconcilianasí con la econom ía de K eynes (Garegnani, 1978, 1979; R on caglia, 1978). L a teoría del out­
put, los precios y el empleo detcnnina la posición nonnal y a lÜrgo plazo de! sistema económ ico (Eatwell,
1983). E sta corriente, que parte del sistema de producción de Sraffa, proporciona un análisis que con ­
tiene diversos elementos en común con la econom ía postkeynesiana. Pero el supuesto de que existen
m i
S É

ECONOMÍA POSTKEYNESIANA: HACIA LA COHERENCIA 609

L a p r im e r a t r a d ic ió n p r o v ie n e d e M a r s h a l l y e s t á f i n n e m e n t e e n r a iz a d a e n e l Treatise
on Money y la Teoría general. S u b r a y a la in c e r t i d u m b r e , q u e e s c o n c e b i d a c o m o u n
a sp e c t o in h e r e n t e d e lo s e v e n t o s v i s t o s e n t ie m p o h i s t ó r i c o . E l f u t u r o e s incognosci­
ble c o n a n t e la c i ó n y lo s a g e n t e s n o p u e d e n c o n s t r u i r d i s t r i b u c i o n e s d e p r o b a b i l i d a d
o b je t i v a s , y a q u e la s d is t r ib u c io n e s p a s a d a s s o n n o - e s t a c io n a r ia s in c l u s o a u n q u e e x i s ­
ta n ( e s d e c i r , q u e l o s h e c h o s e c o n ó m i c o s d e p e n d e n d e l tiempo). D e b id o a l a i n c e r t i-
d u m b ie , la s e x p e c t a t iv a s p u e d e n v e r s e fr u s tr a d a s , p r o v o c a n d o a s í c a m b io s e n e l
■c o m ; r t ! e n t o : o n ó m i c o . E s n o e s m o d e s : o l l a r u n a t e o r í a e n d ó g e n a d e l a s e x g a c -
ta t i v a s , u n r e q u e r i m i e n t o q u e e s p r o b a b l e q u e s a t i s f a g a l a i n v e s t i g a c i ó n f u t u r a . O t r a
c o n s e c u e n c i a d e l a i n c e r t id u m b r e e s q u e e l d in e r o n o e s n e u t r a l, l o q u e d e m u e s t r a e l
a c t iv o r o l q u e e l d in e r o j u e g a e n l a s f l u c t u a c i o n e s e c o n ó m i c a s . E l d in e r o s e a s o c i a c o n
: la le y d e c o n tr a to s ( D a v id s o n , 1 9 7 8 ; M in s k y , 1 9 7 5 ; K a h n , 1 9 5 8 ; R o b in s o n , 1 9 7 0 ), c o n
e l s a la r io n o m in a l, a s u m ie n d o u n r o l m u y im p o r t a n t e e n e l a n á l i s i s n o s ó l o d e b id o a q u e
e s e l d e t e r m i n a n t e f u n d a m e n t a l d e l m v e l d e p r e c io s ( R o b i n s o n , 1 9 6 9 ) , s i n o p o r q u e e l
s a la r io n o m in a l e s e l c o n t r a t o m á s a m p l i a m e n t e u t il iz a d o e n e l s is t e m a e m p r e s a r i a l e n
e l q u e s e u t il iz a e l d in e r o ( D a v i d s o n , 1 9 9 2 ) . E l s a l a r io n o m in a l t a m b ié n h a s i d o u t i l i -
• z a d o e n u n a p a r a t o d i a g r a m á t i c o , d e s a r r o l la d o p o r W e in t r a u b ( 1 9 5 8 ) , p a r a e l u c i d a r la s
r e l a c i o n e s d e l a o f r ta a g r e g a d a y l a d e m a n d a a g r e g a d a , y s u i n t e r a c c i ó n t a l c o m o la
p ro p u s o K e y n e s (1 9 3 6 ): « e l v o lu m e n d e l e m p le o v ie n e d a d o p o r e l p u n to d e in te r s e c ­
c i ó n e n t r e l a f u n c i ó n d e 1a d e m a n d a a g r e g a d a y l a f u n c i ó n d e l a o f e r t a a g r e g a d a » ( p .
2 5 ) . E s t a i n t e r a c c i ó n e s l a b a s e d e la s t e o r í a s d e l a d i s t r ib u c ió n , e l o u t p u t y e l e m p l e o
( T a r s h is , 1 9 3 9 , 1 9 4 7 ) . E n e s t a t r a d i c i ó n , a d e m á s d e l a s p o l ít ic a s e c o n ó m i c a s p a r a c o n ­
t r o la r 1 a d e m a n d a a g r e g a d a , l a s p o l í t i c a s d e r e n t a s e s t á n e n p r i m e r p la n o e n v i s t a d e la
im p o r t a n c i a q u e e l s a l a r io n o m i n a l j u e g a e n l a d e t e r m in a c ió n d e l o s p r e c i o s .
- L a s e g u n d a t r a d i c i ó n r e s u m e la s a p o r t a c i o n e s d e J o a n R o b i n s o n y s u s s e g u i d o r e s ,
y es e s e n c ia lm e n t e k a le c k ia n a . E n fa t iz a e l r o l d e la in s u fic ie n c ia d e la d e m a n d a a g r e -
¡ g a d a , s ie n d o l a d e m a n d a d e in v e r s i ó n l a f u e r z a m o t r iz . S u p u n to d e p a r t id a e s u n a d is ­
tin c ió n e n tr e la s c la s e s s o c ia le s , y n o la b a s e n e o c lá s ic a a to m ís tic a y s in c la s e s . A s í ,
la s r e l a c i o n e s s o c i a l e s s o n e s e n c i a l e s a l a n á l i s i s y l a t r a d ic ió n e s m a r x i s t a e n u n s e n ­
t id o a m p l i o y a q u e a d a p t a s u e s q u e m a d e r e p r o d u c c i ó n p a r a a b o r d a r e l p r o b l e m a d e
r e a l i z a c i ó n . C l a r a m e n t e , e l n ú c l e o d e e s t e a n á l is is e s , c o m o e n K e y n e s , l a i d e a d e l a
d e m a n d a e f e c t i v a P e r o t o m a c o m o p u n t o d e p a r t id a e l e s q u e m a d e r e p r o d u c c ió n d e
M a r x , en e l q u e l a d is t r ib u c ió n d e l a r e n t a j u e g a u n r o l c r u c i a l . L a e s c u e la d e l « c i r c u i ­
to m o n e t a r io » ( P a r g u e z , 1 9 8 4 ; G r a z i a n a , 1 9 8 9 ) h a c o n s t r u id o e l m i s m o c o r p u s d e t e o ­
r ía d e s d e l a p a r t e m o n e t a r ia . E n c u e n t r a s u s r a í c e s e n Treatise on Money y e n K a le c k i,
y e s u n f u e r te c o m p o n e n t e d e l a te s is d e l d in e r o e n d ó g e n o . E l c o n tr o l d e l a d e m a n d a a g r e ­
g a d a y s u c o m p o s i c i ó n , c o n e l é n f a s i s e n la i n v e r s i ó n , e s la r e c o m e n d a c i ó n p r i n c ip a l
d e p o lít ic a e c o n ó m ic a d e e s te e n fo q u e .

fuerzas persistentes que llevan a la economía hacia una posición norma! o a largoplazo cuando el mundo
está caracterizado por las incertidumbres y los contratos nominales, encaja difícilmente con la econo­
mía keynesiana. Roncaglia (1992) lo ha planteado muy bien: «La interpretación de los resultados de
Sraffa como “centros de gravitación de largo periodo” . . . es por lo tanto un obstáculo para la integra­
ción de los análisis sraffiano y keynesiano, y debería ser abandonada» (p. 17). Además, el hecho de que
el análisis de esta escuela de pensamiento ignora las instituciones está en marcado contraste con la tesis
postkeynesiana de que una de las instituciones más importantes es la del dinero y los contratos.
610 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

L a t e r c e r a e s l a t r a d i c ió n in s t l t u c i o n a l i s t a d e V e b l e n ( 1 8 9 8 , 1 8 9 9 ) y o tr o s ( v e , p o r
e j e m p l o , T o o , 1 9 8 8 a , 1 9 8 8 b ) . E s t á o r i e n t a d a a l p r o c e s o y a l a e v o l u c i ó n y d e s t e C a la
e s t r u c tu r a d in á m i c a y d e p o d e r / c la s e d e lo s s i s t e m a s e c o n ó m i c o s . E s t a s e s t r u c tu r a s i r s -
t i t u c io n a l e s y o r g a n i z a t i v a s p r o p o r c io n a n e l m e c a n i s m o f u n d a m e n t a l m e d ia n t e e l e u a l1
s e a s ig n a n l o s r e c u r s o s . E n l o s e s c r i t o s d e V e b l e n ( 1 8 8 8 , 1 8 8 9 ) , e l c o n c e p t o d e « i n s t j .
t u c io n e s » e s m u y a m p l io e i n c l u y e y e n f a t iz a l a i d e a d e l c o m p o r t a m ie n t o h a b it u a l d e las,
e m p r e s a s y la s f ^ ^ i a s , e x h ib ie n d o lo q u e a h o r a s e lla m a r ía « r a c io n a lid a d c o n d ic io n a d a » .
P e r o o tr a s in s t it u c io n e s s o n t a m b ié n im p o r t a n t e s , c o m o u n s is te m a b a n c a r io q u e p e r i t a
q u e l a in v e r s ió n s e a f i n a n c i a d a , e l c a p i t a l i s m o e m p r e s a r i a l y l o s s i n d i c a t o s , j u n t o a ■
e s t a d o in t e r v e n c i o n i s t a c o n s u c a p a c i d a d p a r a p r o v o c a r c i c l o s p o l í t i c o s . E n e s t e e n f o - : .
q u e , la s p r o p u e s t a s d e p o l í t i c a e c o n ó m i c a e s t á n d is e ñ a d a s e s p e c í f i c a m e n t e p a r a i n f l u ^ '
e n e l f u n c i o n a m i e n t o d e e s ta s in s t i t u c i o n e s y s e c e n t r a n e n e l « c o n s e n s o s o c i a l » . E s t a
tr a d ic ió n r e fu e r z a d o s e le m e n t o s d é b ile s d e l a n á lis is p o s t k e y n e s ia n o . E l p r im e r o e s t é r e l a ■
c i o n a d o c o n e l a r g u m e n t o d e q u e K e y n e s ( 1 9 3 6 ) t r a ta la s e x p e c t a t iv a s c o m o a l g o C x ó -
g e n o . A u n q u e e x is t e u n r ic o a n á lis is d e lo s e fe c to s d e la s e x p e c t a t i v a s e n d
c o m p o r t a m ie n t o e c o n ó m i c o , p a r e c e q u e h a y m u y p o c o s o b r e l o s d e t e r m in a n t e s d e e sa s,
e x p e c t a t i v a s . E s n e c e s a r i a u n a t e o r í a e n d ó g e n a d e l a f o r m a c i ó n d e l a s e x p e c t a t iv a s ;
b a s a d a e n e l e s t u d io d e la s in s t i t u c i o n e s p o l í t i c a s y e c o n ó m i c a s ( H o d g s o n , 1 9 8 8 ) . E l¡
s e g u n d o e le m e n t o d é b i l q u e e l e n f o q u e i n s t i t u c i o n a l i s t a r e f u e r z a e s l a n a t u r a le z a s u h -
d e s a r r o lla d a d e l o s a n á lis is m ic r o e c o n ó m i c o s d e K a l e c k i y K e y n e s , a p e s a r d e l o s in t a n ­
t o s q u e s e h a n l l e v a d o a c a b o p a r a s u p e r a r e s t a d e b i l i d a d ( p o r e j e m p l o , E i c h n e r , 1 9 a 3 ;" ,
H a r c o u r t y K e n y o n , 1 9 7 6 ).
E l c a r á c t e r p o s t k e y n e s i a n o d e la t r a d i c i ó n i n s t i t u c i o n a l i s t a p u e d e s u b r a y a r s e r e ff a
r ié n d o s e a l p a p e l p r e d o m in a n t e d e l a s in s t i t u c i o n e s y d e l a c u l t u r a e n la c o n fo r m a c ió n -
d e l c o m p o r t a m i e n t o e c o n ó m i c o : « E l s i s t e m a r e a c c i o n a a n te l a a u s e n c i a d e la i n f o r ­
m a c i ó n q u e e l m e r c a d o n o p u e d e p r o p o r c io n a r c r e a n d o in s t i t u c i o n e s r e d u c t o r a s d c ; l a
i n c e r t i d u m b r e : c o n t r a t o s s a l a r i a l e s , c o n t r a t o s d e d e u d a , a c u e r d o s d e o f e r t a , p r e c io s ;'
a d m in i s t r a d o s , a c u e r d o s c o m e r c i a l e s » ( K r e g e l , 1 9 8 0 : 4 6 ) . S i n e m b a r g o , la s in s t i t u c i o -
n e s y l a s c o n v e n c i o n e s e x is t e n t e s c a m b i a n , y s i e m p r e p u e d e n p r o v o c a r u n f a l l o e n la s
p a u ta s e s t a b le c id a s , d e fu r n i a q u e s o b r e v e n g a n c r is is y q u ie b r a s e s t r u c tu r a le s . A s í , l a ru ti­
n a y e l h á b i t o p u e d e n p r o d u c ir t e n s io n e s e n t r e l a r e g u la r id a d y l a s c r i s i s . K e y n e s e n fa - ,
t iz ó la « p r e c a r ie d a d » d e la s « c o n v e n c i o n e s » y la p o s i b i l i d a d d e u n c a m b i o v i o le n t o det
« h u m o r » y d e l a s « e x p e c t a t i v a s » d e f o r m a a c u m u l a t i v a ( K e y n e s , 1 9 3 6 : c a p . 1 2 ) .: E l
s is t e m a e c o n ó m i c o n o e s u n p r o c e s o « a u t o e q u i l i b r a n t e » , s in o « d e d e s p l i e g u e a c u m u :
l a t i v o » . E s t e e s u n p u n t o d e v i s t a c o m p a r t i d o t a n t o p o r K e y n e s c o m o p o r V e b l e n (y
o t r o s in s t i t u c i o n a l i s t a s ) , y p r o p o r c i o n a l a b a s e d e l a t r a d i c i ó n i n s t i t u c i o n a l i s t a d e n t r o
d e l a e c o n o m í a p o s t k e y n e s ia n a . L a i n c l u s i ó n d e l in s t i t u c io n a l is m o d e e s t e m o d o e s u n a
c a r a c t e r í s t i c a d i s t i n t i v a e in n o v a d o r a d e e s t e a r t í c u l o .
E x i s t e n d i f e r e n c i a s e n t r e e s t a s tre s t r a d i c i o n e s , p e r o a l a v e z c ie r t a s c a r a c t e r í s t ic a s
q u e l e s s o n c o m u n e s . E l é n f a s i s e n la r e l e v a n c i a d e l a n á l i s i s e c o n ó m i c o p a r a l o s p r o ­
b le m a s e c o n ó m i c o s r e a le s y l a i n s i s t e n c i a e n q u e e l o b j e t i v o e s « h a c e r d e l m u n d o u n
lu g a r m e jo r p a r a lo s h o m b r e s y m u je r e s c o r r ie n te s , p r o d u c ir u n a s o c ie d a d m á s j u s t a y
e q u it a t iv a » ( H a r c o u r t e n A r t e s is y S a w y e r , 1 9 9 2 : 2 3 9 ) s o n la s m á s p r o fu n d a s . L o s
t e m a s d e c l a s e , p o d e r y d is t r ib u c ió n d e l a r e n t a y d e l a r iq u e z a s e e n c u e n t r a n e n e l c o r a ­
z ó n d e l a n á lis is . L a e c o n o m ía fu n c io n a s u je t a a u n p r o c e s o histórico e n un m undo
i n c i e r t o , e n e l q u e la s expectativas t ie n e n i n e v i t a b l e m e n t e e f e c t o s s i g n i f i c a t i v o s e n lo s
ECONOMÍAPOSTKEYNESIANA: HACIA LA COHERENCIA 611

resultados económicos. Las in s titu c io n e s sociales, convencionales, políticas y otras


moldean los hechos económicos, y su evolución es estudiada con detenimiento.
El resto del artículo está organizado de la siguiente fonna: empezamos con la meto-
dólogfu y procedemos a reunir los principales ingredientes teóricos de la economía
postkeynesiana. Sigue una breve explicación de temas de política económica antes de
llegar a la sección final, que resume el argumento y establece las conclusiones.

2. L a m e t o d o l o g ía e n l a e c o n o m ía p o s t k e y n e s ia n a

Eri el modo de pensamiento postkeynesiano, la economía ya no es el estudio de cómo


sefeparten los recursos escasos entre necesidades infinitas. E s, en cambio, el estudio
de cómo' los sistemas económicos actuales pueden expandir su producto a lo largo del
tiempo creando, produciendo, distribuyendo y utilizando el excedente social resultan-
t'C*La trayectoria de la expansión es desigual y es muy probable que cambie Ja naturaleza
piisma de los sistemas económicos de fonnas sin p^ecdente, de manera que los procesos
económicos son vistos como algo errático, caracterizado por la «causalidad circular y
acumulativa» (Myrdal, 1957). L a causalidad acumulativa es una idea que funciona a
diferentes niveles. A nivel de la empresa, es vista como el resultado de las oportuni-
dMes de inversión de los beneficios y de los rendimientos crecientes dinámicos (Kaldor,
l9 7 Ó ).A l nivel más agregado de regiones, países y grupos de países, se considera que
la interacción de las fuerzas de mercado aumenta más que reduce las desigualdades
(Myrdal, 1957). Está también el tema más «filosófico» de que en la «historia» siem­
pre coexisten varios procesos dinámicos y que el cambio se produce cuando éstos se
refuerzan entre ellos a modo de la causalidad acumulativa tipo Myrdal. Por lo tanto,
ei análisis Püstkeynesiano se refiere a la «(ciencia) económica sin equilibrio» (Kaldor,
1985) entendida como una parte integral de las ciencias sociales, relacionada con per­
sonas organizadas en grupos para satisfacer sus necesidades. E l comportamiento de
éstos grupos en el tiempo histórico, donde el pasado es inmutable y el futuro es incier­
to e insondable, es el centro del análisis. .
: ‘ L a emergencia de la economía postkeynesiana tal como se ha descrito ha sido faci­
litada por el desarrollo de un marco «sistémico o cibernético», que ve los procesos
económicos como no ergódicos, es decir «dependientes de su trayectoria» (Eichner,
1991). En este esquema, la economía es modelada como un grupo de subsistemas diná­
micos. Cada ■uno de ellos interacciona con todos los demás subsistemas, influyéndo­
los y siendo influido por ellos. E l sistema económico forma parte de varios sistemas
sociale s, cada uno con su propia dinámica particular. Com o tal, la economía postkey­
nesiana adopta un enfoque de sistemas abiertos. Este aspecto es destacado en Dow
.9 8 5 ; 1990), ■donde se realiza un intento de teorizar sobre una realidad compleja en
un siste m a esencialmente abierto y e stru c tu ra d o , y que sugiere que el estudio de los
fenómenos económicos puede requerir una variedad de supuestos y de modos de aná­
lisis y, por lo tanto, un número de enfoques igualmente válidos para entender el mismo
fenómeno. Este enfoque «babilónico» (Dow, 1990) o de «caballos para carreras»
(Hamouda y Harcourt, 1988) demuestra que el conocimiento es endémicamente incom­
pleto, de fonna que existe una gran categoría de cosas que se «cree que se conocen,
sujetas a la incertidumbre en grados diferentes y que generalmente no son cuantifica-
bles» ■ (Dow, 1990: 148).
612 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

2.1. Realism o crítico y relevancia

L a m e t o d o lo g ía p o s t k e y n e s ia n a e s d e realismo crítico, t r a t a n d o c o n u n s is t e m a abier­ ¡I


to y estructurado'. « E s e s t r u c t u r a d o e n e l s e n t id o d e q u e p o r d e b a j o d e lo s f e n ó m e n 0 $ ' ’’
m a n i f i e s t o s a c u a l q u i e r n i v e l e x is t e n e s t r u c t u r a s m á s p r o f u n d a s , p o d e r e s , m e c a n i s m 0 s ,
y r e l a c i o n e s n e c e s a r i a s , e t c é t e r a , q u e l o s g o b ie r n a n . E s a b i e r t o e n e l s e n t i d o d e q u e lo s
f e n ó m e n o s m a n i f i e s t o s e s t á n t í p i c a m e n t e g o b e r n a d o s p o r v a r i o s m e c a n i s m o s c o jo ) ,
p e n s a to r io s d e fo r m a s im u ltá n e a , d e m a n e r a q u e la s e s tr u c tu r a s m á s p r o fu n d a s p o c a s
v e c e s p u e d e n s e r " o b s e r v a d a s ” d ir e c t a m e n t e » ( L a w s o n , 1 9 9 4 : 3 0 ) . E l c r it e r io p a r a ;d e s ­
c r i b i r l o s s is t e m a s c o m o a b i e r t o s e s q u e s e p r o d u z c a n o n o a g r u p a m i e n t o s r e g u la r e s y
p e r m a n e n t e s d e e v e n t o s r e a le s 6 ( L a w s o n , 1 9 9 0 ) . L a p o s i c i ó n d e l a e c o n o m í a c o n v ¿ q . .
c i o n a l e s q u e e l a g r u p a m i e n t o r e p e t id o d e e v e n t o s e s u n a c o n t e c i m i e n t o n o r m a l , e n ,
c u y o c a s o e l s is t e m a s u b y a c e n t e e s cerrado. E l r e a li s m o c r í t i c o , e n c a m b i o , a f i r m a q u e ■ ■; S
e n u n m u n d o s o c i a l in h e r e n t e m e n t e d i n á m i c o y a b i e r t o , l o s a g r u p a m i e n t o s r e p e t i d a V i
d e e v e n t o s o d e r e g u la r id a d e s e m p ír ic a s s o n i n s i g n i f i c a n t e s ( e n e l m u n d o n a t u r a l, é s t a s ’ ' ,
s o n n o r m a lm e n t e e l r e s u lt a d o d e la in t e r v e n c ió n h u m a n a a c t i v a , e s e n c i a l m e n t e a t r a v é s , 1 .
d e l c o n t r o l e x p e r i m e n t a l q u e c ie r r a e l s i s t e m a ) . O t r a d i f e r e n c i a e s t á r e l a c i o n a d a c o n e l
a n á l is is d e l a p o l í t i c a e c o n ó m i c a . M i e n t r a s q u e l a p o s i c i ó n c o n v e n c i o n a l e n e c o n o m í a ' '■
e s f i j a r c i e r o s a c o n t e c i m i e n t o s p a r a a s í c o n t r o la r o t r o s , e l r e a li s m o c r í t i c o e n f a t i z a l o
t r a n s f o r m a c i ó n d e la s e s t r u c t u r a s p a r a a m p l i a r l a s o p o r t u n i d a d e s y r e a l i z a r e l p o t e n ­
c ia l h u m a n o . ,
E l m é to d o d e in f e r e n c ia e n e l r e a lis m o c r ít ic o n o e s n i la in d u c c ió n n i la d e d i
c i ó n , s i n o la retroducción o abducción. E s t e m é t o d o se b a s a e n p a s a r d e s d e u n c o n ­
j u n t o d e « h e c h o s e s t i l i z a d o s » , q u e in d ic a la e x i s t e n c i a d e u n f e n ó m e n o q u e n e c e s io a
d e u n a e x p l i c a c i ó n « m á s p r o f u n d a » , a u n a t e o r í a p a r a a n a l i z a r l a s r e l a c i o n e s , e s ti jc -
t u r a s , c o n d i c i o n e s y m e c a n i s m o s s u b y a c e n t e s q u e s o n r e s p o n s a b l e s d e d i c h o fu ñ ó m e -;
n o . E s u n m o v i m i e n t o d e s d e un « f e n ó m e n o e n l a s u p e r f i c i e » a u n f a c t o r c a u s a l « m á s
p r o f u n d o » . L a t a r e a d e l a c i e n c i a s o c i a l e s l a e l a b o r a c i ó n d e l a s e s t r u c t u r a s y r e l u c ió -
n e s p r o fu n d a s q u e s u b y a c e n en lo s fe n ó m e n o s s o c ia le s .
E l r e a l i s m o c r í t i c o u t i l i z a , c o m o s u c r it e r io d e i d o n e i d a d d e u n a t e o r í a , l a p r o f u n ­
d id a d d e l p o d e r e x p l i c a t i v o d e u n a b a n i c o d e f e n ó m e n o s e m p í r i c o s , m á s q u e la p r e c F
s ió n p r e d ic t iv a ( L a w s o n , 1 9 8 9 ). N o p o d e m o s r e a liz a r p r e d ic c io n e s d e b id o a la í.:..-::
i n c e r t id u m b r e y a l c a r á c t e r n o e r g ó d i c o d e l m u n d o r e a l . L a s s e r ie s e c o n ó m i c a s t e m - ••
p o r a le s s e a p r o x i m a n a l o s p a s e o s a le a t o r i o s c o n d e s v i a c i o n e s { y n i s iq u ie r a s o n s i e m ­
p re c u a n t i f i c a b l e s d e f o r m a p r e c i s a ) . E s t o n o s i g n i f i c a q u e la c a p a c i d a d p r e d i c t i v a n o
s e t e n g a e n c u e n ta . S ig n if ic a s im p le m e n t e q u e u n a p r e d ic c ió n d e l t ip o « c u a n d o s u c e ­
d e X e n to n c e s s u c e d e Y » ( lo q u e im p lic a a g r u p a m ie n t o s p e r m a n e n te s d e h e c h o s ) e s
r a r a m e n t e f a c t i b l e . L a s p r e d i c c i o n e s d e l a s t e n d e n c ia s e n l a s m a g n i t u d e s e c o n ó m i c a s
s o n p o s ib le s d e n t r o d e l r e a li s m o c r í t i c o , y s e r e a li z a n c o n s t a n t e m e n t e ( p o d r í a m o s r e f e ­
r im o s a la a c e r t a d a p r e d i c c ió n d e l a s t e n d e n c ia s d e l a e c o n o n ú a b r i t á n ic a d e l C a m b r i d g e
E c o n o m i c P o l i c y G r o u p , e n e l c o n t e x t o d e u n m o d e l o e s t r u c t u r a l q u e t ie n e e n c u e n t a
l a s c a r a c t e r í s t i c a s c u a li t a t i v a s e in s t i t u c i o n a l e s d e l a e c o n o m í a ) .

6. Se interpreta que la expresión «constanl conjunclions of actual evenls» del texto original quiere signi­
ficar que se producen agrupamientos (conjuntos) regulares y permanentes de elementos reales, lo que
da lugar a la expresión en castellano que se señala y a su abreviación como agruparníentos repetidos
[Nota de la traductora].
ECONOMÍA POSTKEYNESIANA: HACIA LA COHERENCIA 613

L a f o r m a q u e d e b e r ía t o m a r l a e c o n o m e t r í a e s , i g u a l q u e la t e o r í a , diversa y espe­
cífica para cada contexto ( L a w s o n , 1 9 8 3 ). L a v is ió n r e a lis t a s u p o n e q u e la « c ie n c ia
e c o n o m é t r ic a » e s p o s ib le p e r o q u e d e b e s e r m á s e x p l i c a t i v a q u e p r e d i c t i v a , d e b id o a q u e
e l a lc a n c e d e l a p r e d i c c i ó n e s l i m i t a d o ( L a w s o n , 1 9 8 9 ) . L a id e a d e q u e e l m u n d o e s t á
c a r a c t e r iz a d o p o r « r e g u l a r id a d e s e m p í r i c a s » e s c u e s t io n a d a :

L a e co n o m ía e s una c ie n c ia d e pensar e n té n n in o s d e m o d e lo s, ju n io c o n e l a rte d e e le ­


gir m o d e lo s que so n r e le v a n te s p ara el m u n d o c o n te m p o r á n e o . E s tá o b lig a d a a ser
a sí y a q u e , a d ife re n c ia d e las c ie n c ia s naturales típ icas, e l m ale rial a l q u e s e a p lic a e s,
en d em asiad os resp ectos, n o h o m o g én e o a través d el tiem p o . E l p ro p ósito d e un m o d e ­
lo e s s e g re g a r lo s fa c to re s sem i p erm an e n te s o relati v a m e n te co n sta n te s d e a q u e llo s
q u e s o n tr a n s ito r io s o flu c lu a n te s , p a r a a sí d e s a r r o lla r u n a fo r m a l ó g ic a d e p e n s a ­
m ie n to sob re e sto s ú ltim o s , y d e e n te n d e r la s c o n s e c u e n c ia s tem p ora le s a la s q u e dan
lu g a r en c a s o s c o n c r e to s { K e y n e s , 1973: 296-7).

L a s t e o r í a s d e b e r í a n s e r « r e l e v a n t e s » e n e l s e n t i d o d e q u e d e b e r ía n r e p r e s e n t a r l a
r e a li d a d d e l a f o r m a m á s p r e c i s a p o s i b l e y d e b e r ía n e s f o r z a r s e p o r e x p l i c a r e l m u n d o
r e a l ta l c o m o s e o b s e r v a e m p ír ic a m e n t e . L a te o r ía e c o n ó m ic a o r t o d o x a n o s e a d h ie r e
a e s ta p r e m is a b á s ic a , y a q u e e s fo r m a lis t a y r e a liz a a priori supuestos inapropiados.
L a te o r ía p o s t k e y n e s ia n a , e n c a m b io , e m p ie z a c o n l a o b s e r v a c ió n y p r o c e d e c o n s tru ­
y e n d o s o b r e « a b s t r a c c io n e s r e a lis t a s » , y n o s o b r e « m o d e lo s im a g in a r io s » ( R o g e r s ,
1 9 8 9 : 1 8 9 -1 9 2 ). E s t a p r e m is a h a e s ta d o in f lu i d a e n g r a n p a r t e p o r la s o p in io n e s d e
K a ld o r s o b r e e l m é to d o ( v e r , p o r e je m p lo , 1 9 8 5 ). K a ld o r p a rte d e « h e c h o s e s t iliz a ­
d o s » y c o n tin ú a h a c ia e x p lic a c io n e s te ó r ic a s q u e re p r e s e n ta n lo s « h e c h o s » , « in d e ­
p e n d ie n t e m e n t e d e s i e n c a j a n e n e l m a r c o g e n e r a l d e l a t e o r ía r e c i b i d a o n o » ( K a l d o r ,
1985: 8 ). S o n « h e c h o s e s t i l i z a d o s » , « d e b i d o a q u e e n l a s c ie n c ia s s o c i a l e s , a d i f e r e n ­
c i a d e la s c i e n c i a s n a t u r a le s , e s i m p o s i b l e e s t a b l e c e r h e c h o s q u e s e a n p r e c i s o s y a l a
v e z s u g e s t i v o s e in t e r e s a n t e s e n s u s i m p l i c a c i o n e s , y q u e n o a d m it a n e x c e p c i o n e s »
(Ibíd.: 8 - 9 ) .

2.2. Incertidum bre e historia

L o s i n d i v i d u o s n o s o n o m n i s c i e n t e s y s o n c a p a c e s d e o b t e n e r i n f o r m a c i ó n , p e r o su
c a p a c i d a d p a r a e l l o e s l i m i t a d a . L a c o m p l e j i d a d d e l a in f o r m a c i ó n y la l i m i t a d a h a b i ­
lid a d c o m p u t a c io n a l d e l a m e n t e r e s t r in g e n c o n s id e r a b le m e n t e l a c a p a c id a d d e l o s in d i­
v i d u o s d e t r a ta r c o n u n v a s t o n ú m e r o d e p o s i b i l i d a d e s ( p o s ib le m e n t e e n c o n f l i c t o ) y
s u s r e s u l t a d o s , q u e e s t á n s u j e t o s a in c e r t i d u m b r e . L o s a g e n t e s n o p u e d e n optimizar,
y a q u e l a in f o r m a c i ó n s ie m p r e e s i n a d e c u a d a . E n c o n s e c u e n c i a , b a j o e s t a « r a c io n a l id a d
c o n d i c i o n a d a » , l o s r e s u l t a d o s t ie n d e n a s e r j u z g a d o s e n b a s e a s i s o n s a t i s f a c t o r i o s o
in s a t is f a c t o r io s m á s q u e s i s o n m e d i b l e s e n u n a e s c a l a c a r d i n a l u o r d in a l. E s t o e s e s p e ­
c i a lm e n t e v e r d a d c u a n d o l o s in d iv id u o s in t e n t a n f o r m u la r c o n je t u r a s s o b r e e l f u t u r o , q u e
e s i n c i e r t o . A s í , l a « r a c i o n a l i d a d c o n d i c i o n a d a » y l a in c e r t i d u m b r e s o n d o s in g r e d i e n ­
t e s e s t r e c h a m e n t e r e l a c i o n a d o s ; a u n q u e l a « r a c i o n a l i d a d c o n d i c i o n a d a » p u e d e n o ir
s u f i c i e n t e m e n t e l e j o s p a r a e l a n á l i s i s e c o n ó m i c o p o s t k e y n e s ia n o ( D a v i d s o n , 1 9 8 8 A ) .
S e a c o m o fu e r e , la e s e n c ia d e l a r g u m e n t o e s q u e l a o p t i m i z a c i ó n n o e s e l p r in c ip io
o r g a n i z a t i v o p a r a la e c o n o m í a p o s t k e y n e s i a n a .
614 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

L a e s e n c ia d e la i n c e r t i d u m b r e en la e c o n o m ía p o s tk e y n e s ia n a s e b a s a en u n m u n d 0 ■
n o e r g ó d ic o y n o d e te r m in is ta e n te n d id o c o m o un s is t e m a a b ie r to . E l fu tu r o es d e s e o -
n o c id o e in c o g n o s c ib le , d e f o n n a q u e la s e x p e c ta tiv a s d e lo s a g e n t e s e c o n ó m ic o s p u e ­
d e n s e r fá c il m e n t e fr u s t r a d a s . L a s fu e r z a s d e m e r c a d o n o p u e d e n h a c e r f r e n te a ' ]a
i n c o g n o s c ib il id a d e im p r e v is ib ilid a d d e l fu t u r o , p o r lo q u e s ó lo p u e d e n d is e m in ar
in fo r m a c ió n in c o m p le t a e in c lu s o e r r ó n e a . E l « c o n o c im ie n t o » d e l fu tu r o s ó lo p u e d e
fo r m a r s e d e fo r m a in d ir e c ta a p a rtir d e h e c h o s p a s a d o s . E s t e « c o n o c im ie n to » d e l fu tti-
ro p u e d e se r d e te r m in a d o c o n p r o b a b ilid a d . P e r o la s c o n d ic io n e s b a jo la s q u e p u ed e'
c u a n t ific a r s e ta l p r o b a b ilid a d r a r a m e n te s e e n c u e n tr a n e n l a v i d a c o tid ia n a , d e f o m i a ■
q u e , en té r m in o s g e n e r a le s , n o e s p o s ib le ll e g a r a p r o b a b ilid a d e s d e e s te tip o ( K e y n e s ,
1 973). E n a u s e n c ia d e c o n o c im ie n to s o b r e e l fu tu r o , lo s in d iv id u o s s e basan en su im a ­
g in a c ió n y s u s e x p e c t a t iv a s . P e r o « n o s e b a s a n en n a d a s ó lid o , d e te r m in a b le , d e m o s ­
tr a b le » ( S h a c k le , 1 9 7 3 : 5 1 6 ) . A s í , a n te la p r e s e n c ia d e u n a in c e r tid u m b r e ta n d is tin ta
a l r ie s g o ( in c e r tid u m b r e c u a n t if ic a b le ) , lo s h e c h o s p a s a d o s y p r e s e n te s n o p r o p o r c io ­
n a n u n a g u í a e s t a d ís t ic a p a r a e l c o n o c im ie n t o d e lo s re s u lta d o s fu tu r o s ( H ic k s , 1 9 8 8 ),
de fo r m a q u e lo s in d iv id u o s a c tú a n en r e la c ió n c o n e l a l c a n c e de l a « s o r p r e s a p o t e n ­
c ia l» ( S h a c k le , 1 9 8 8 ). E n c o n s e c u e n c ia , a m e d id a q u e e l fu tu r o s e a p r o x im a y s e c o n ­
v ie r te e n e l p re s e n te , s e re q u ie re n aju stes c o n tin u o s . E s t e p r o c e s o s ig u e in d e fin id a m e n te
s in q u e j a m á s s e ll e g u e a l e q u ilib r io , n i s iq u ie r a a q u e s e m a n t e n g a ; a s í, la h is t o r ia
im p o r ta ( R o b in s o n , 1 9 7 4 ). P o r lo ta n to , la e c o n o m ía e s m á s c o m o l a h is to ria q u e c o m o
la f í s i c a ( H i c k s , 1 9 7 7 ).
K e y n e s , a d e m á s d e p resta r a te n c ió n a la r e la ció n e n tre la s e x p e c ta tiv a s d e lo s a g e rn
tes s o b r e a c o n t e c im ie n t o s in c ie r t o s , e n fa t iz ó la s e x p e c t a t iv a s d e lo s in d iv id u o s a c e r c a
d e la s p o s ic io n e s d e lo s d e m á s en e l c o n t e x t o d e l a p r e o c u p a c ió n m u tu a p o r l a in c e r ti­
d u m b r e ( D a v is , 1993; v e r tam b ién H a rc o u rt, 1987; C a r a b e lli, 1988; y O ’ D o n n e ll, 1 9 8 9 ):
Y para c it a r a K e y n e s (1 9 7 3 ): « S a b ie n d o que n u e stro j u i c i o in d iv id u a l n o tie n e n in g ú n
v a lo r , in te n ta m o s re cu rrir a l j u i c i o d e l r e s to d e l m u n d o , q u e q u iz á e s tá m e jo r i n f o r m a
d o . E s d e c ir , q u e in te n ta m o s a ju sta rn o s a l c o m p o r ta m ie n to d e la m a y o r ía o d e la m e d ia »
(p . 11 4 ). L a in c e r tid u m b r e n o e s s o la m e n te la in c o g n o s c ib ilid a d d e l fu tu r o , s in o t a m ­
b ié n l a in te r r e la c ió n e n tre la s e x p e c t a t iv a s e s p e r a d a s q u e tie n e n la e x p e c ta tiv a m e d ia
c o m o r e fe r e n c ia . E s t e a n á lis is s u p o n e u n c a r á c te r d u a l e n té r m in o s d e in d iv id u a lid a d y
d e r e la c io n e s s o c ia le s . E s d e c ir , q u e l a a d e c u a d a c o m p r e n s ió n d e la in d iv id u a lid a d p r e ­
s u p o n e la c o m p r e n s ió n d e la s o c ia lid a d , y la a d e c u a d a c o m p r e n s ió n d e la s r e la c io n e s
s o c ia le s s ig n if ic a l a c o m p r e n s ió n d e la in d iv id u a lid a d . L o s in d iv id u o s r e v is a n y c a m ­
b ia n su s c r e e n c ia s a l in te r a c tu a r e n tre s í, lo q u e p r o d u c e u n s is t e m a id e n t if ic a b le d e
e x p e c ta tiv a s in te r d e p e n d ie n te s . L a f o r m a e n q u e la s e x p e c ta tiv a s in d iv id u a le s s e h a c e n
c o h e r e n t e s c o n la s r e la c io n e s s o c ia le s es a tra v é s d e la in s titu c ió n d e la c o n v e n c ió n .
E s t a in te r p r e ta c ió n d e l a f i l o s o f í a d e K e y n e s e n l a T e o r í a g e n e r a l d e m u e s tr a q u e l a
in c e r tid u m b r e e s m e jo r e x p r e s a d a c o m o u n a r e la c ió n s o c ia l. C u a n d o l a in c e r tid u m b r e
e s d e s c r ita e n e sto s té r m in o s , p u e d e se r c o n s id e r a d a c o m o u n a v is ió n d ife r e n te d e la
« r a c io n a lid a d c o n d ic io n a d a » , e n c u y o c a s o e l arg u m e n to p la n te a d o a n te r io n n e n te d e q u e
l a « r a c io n a lid a d c o n d ic io n a d a » p u e d e n o in te g r a r s e b ie n e n l a e c o n o m í a p o s t k e y n e ­
s ia n a p ie r d e p a rte d e su « p e s o » . .
E s t o lle v a , c o n v e n ie n te m e n te , a l « p e s o » d e este arg u m e n to e n la filo s o fía d e K e y n e s .
K e y n e s (1 9 3 6 ) s u g ie r e q u e « s e r ía a b s u r d o , a l fo r m a r n u e stra s e x p e c ta tiv a s , d ar u n g r a n
p e s o a te m a s q u e s o n m u y in cie rto s)) ( p . 148), d o n d e p o r « m u y in c ie r to s » n o q u ie r e
ECONOMÍA POSTKEYNESIANA: HACIA LA COHERENCIA 615

d e c i r « m u y im p r o b a b l e s » ( v e r s u n o t a 1 e n l a p . 1 4 8 , d o n d e s e r e f i e r e a l l e c t o r a A
Treatise on Ptobability y a l c a p ítu lo s o b r e « T h e W e ig h t o f A r g u m e n t» ) . A f ir m a d e s­
p u é s q u e « e s r a z o n a b l e , p o r l o t a n t o , g u i a r s e , e n u n g r a d o c o n s i d e r a b l e , p o r lo s h e c h o s
s o b r e l o s c u a le s s e n t im o s u n a c ie r t a c o n f i a n z a , a u n q u e p u e d a n s e r m e n o s d e c i s i v a ­
m e n t e r e le v a n t e s p a r a e l t e m a q u e o t r o s h e c h o s s o b r e l o s q u e n u e s t r o c o n o c i m i e n t o e s
v a g o y e s c a s o » (/bí<¿: 1 4 8 ). P o r l o t a n t o , e l p e s o e s c o n s id e r a d o e n r e l a c i ó n c o n l a c a n ­
t id a d d e p r u e b a s r e l e v a n t e s i n c o r p o r a d a s a l a r g u m e n t o e s t u d ia d o y , t a m b ié n , p o r « e l
g r a d o d e h a s ta d o n d e Ja in f o r m a c i ó n e s c o m p l e t a , o e q u i v a le n t e m e n t e , c o m o e l e q u i ­
lib r io e n tr e e l c o n o c im ie n t o r e le v a n t e y l a ig n o r a n c i a r e le v a n t e e n l a q u e s e b a s a u n a e s t i­
m a c i ó n d e p r o b a b ilid a d » ( R u n d e , 1 9 9 0 : 2 7 6 ) . C u a n d o e l p e s o d e l a r g u m e n t o e s d e f i n id o
d e e s t a f o r m a , e x is t e u n a in t e r e s a n t e r e l a c i ó n d ir e c t a e n t r e é s t e y l a c o n f ia n z a ; e s d e c ir ,
q u e a u n a lto p e s o s e a s o c i a u n a lto n iv e l d e c o n f i a n z a , y u n p e s o b a j o a u n b a j o n i v e l
d e c o n f ia n z a . S e p u e d e n e n c o n t r a r e je m p lo s d e e s t a r e l a c i ó n e n Ja e x p o s i c i ó n d e K e y n e s


■ i s o b r e l a i n v e r s ió n y l a l i q u i d e z , d e f o r m a q u e l a i m p o r t a n c i a d e l p e s o d e l a r g u m e n t o
e s s u r e l a c i ó n c o n l a c o n f i a n z a d e l in v e r s o r , c u y a f a l t a p r o d u c e « l a p r e c a r i a n a t u r a le z a
d e l a s e x p e c t a t iv a s a l a r g o p l a z o » ( R u n d e , 1 9 9 0 : 2 9 0 ) .
L o s a s p e c to s m e t o d o ló g ic o s e x p lo r a d o s e n e s ta s e c c ió n s u p o n e n v a r ia s p r o p o s i­
c io n e s te ó r ic a s q u e p a s a m o s a e x p lo r a r .

■ fe
1 1
K||pí iP R IN CIP A LES ASPECTOS TEÓRICOS
I I I
mm- L a e c o n o m í a p o s t k e y n e s ia n a s e c e n t r a e n e l a n á l is is d e l n o e q u i l i b r i o , d e l n o v a c í a -
1 m ie n to d e m e r c a d o y d e l c a m b io e n e l t ie m p o . E l c r e c im ie n t o y Ja d in á m ic a s o n su s
p a r t e s c e n t r a l e s , d e f o r m a q u e la e x p l i c a c i ó n d e l a n a t u r a le z a e r r á t ic a d e l a t r a y e c t o r ia
d e .e x p a n s i ó n d e u n a e c o n o m í a c a p i t a l i s t a s e c o n v i e r t e e n e l p r i n c i p a l f o c o d e s u a n á ­
I l i s i s . - E n e l a n á l i s i s e c o n ó m i c o p o s t k e y n e s i a n o , s e c o n c e d e a l d e s e m p l e o u n in t e r é s

M ■i lI
M il 'e s p e c i a l, i g u a l q u e a l t e m a r e l a c i o n a d o c o n é s t e d e la s c r i s i s e c o n ó m i c a s . S e c o n s i d e -
■ r a q u e la d e m a n d a e fe c t iv a e s la f u e r z a m o tr iz d e l s is t e m a e c o n ó m ic o , e s p e c ia lm e n te
■ 1
B l la inversión; d e fo r m a q u e l a a c u m u la c ió n d e c a p i t a l , a s í c o m o la s e x p e c ta t iv a s y l o s e f e c ­
t o s d is í:r ib u t iv o s , s e e n c u e n t r a n e n e l c o r a z ó n d e l a s t e o r í a s t a n t o d e l c r e c im i e n t o c o m o
d e l o s c i c l o s . L a in v e r s ió n e s t á e s t r e c h a m e n t e r e l a c i o n a d a c o n l a d is t r ib u c ió n y l a f i j a ­
c i ó n . d e .p r e c io s , y a m b o s e s t á n r e l a c i o n a d o s c o n e l c o n f l i c t o ( M a r g l i n , 1 9 8 4 a ) . E l d in e ­
r o y la s fin a n z a s e stá n n e c e s a r ia m e n t e in t e g r a d o s e n la e c o n o m ía « r e a l» d e s d e el
■K
jip i p r in c ip io d e l a n á lis is . S e p r e s t a u n a a t e n c ió n p a r t ic u la r a l m a r c o in s titu c io n a l, q u e s e c o n -

ii ■
s id e r a q u e t ie n e u n a im p o r t a n c i a m á x i m a y a l q u e n o s r e f e r ir e m o s a h o r a .


■I 3.1. Instituciones
IB
mm E l g o b i e r n o e s l a i n s t i t u c ió n q u e t i e n e e l p o d e r d e a d o p t a r p o l í t i c a s c o n t r a c í c lic a s e n
u n in t e n t o d e r e d u c ir e l c o m p o r t a m i e n t o c í c l i c o d e l a s e c o n o m í a s c a p i t a l i s t a s . E s t á
t a m b ié n l a e c o n o m ía in t e r n a c io n a l, c o n s u s p r o p ia s in s t it u c io n e s q u e in t e r a c tú a n c o n la s

in s t i t u c i o n e s n a c i o n a l e s . H a y d o s i n s t i t u c i o n e s q u e t i e n e n u n a im p o r t a n c i a d ir e c t a e n
n u e s t r o a n á l is is : l a g r a n e m p r e s a y e l s i n d i c a t o .
. •L a g r a n e m p r e s a e s l a i n s t i t u c i ó n d o m i n a n t e e n e l á m b it o p r o d u c t i v o d e l a e c o n o ­
m ía . ■
E x i s t e t a m b ié n la e m p r e s a n o o l i g o p o l i s t a , q u e , n o o b s t a n t e , n o s e c o m p o r t a c o m o
u n a e m p r e s a « p e r f e c t a m e n t e c o m p e t i t i v a » , s in o q u e e s m á s p a r e c i d a a !o q u e K a l e c k í
616 CRÍTICA A LAECONOMÍA ORTODOXA ■■

(1 9 7 1 ) d e s c r ib e c o m o « p u r a c o m p e te n c ia im p e r fe c t a » . L a g r a n e m p r e s a , y d e fo r m a
m á s s i g n i f i c a t i v a e l r e c o n o c i m i e n t o d e s u p o d e r d e m e rc a d o y e l « h e c h o e s t i l i z a d o »
d e q u e la s e m p r e s a s s o n f ija d o r a s d e p r e c io s y to m a d o ra s de c a n tid a d , e s s u b r a y a d a
e n e l a n á l is is e c o n ó m i c o p o s t k e y n e s i a n o . L a f i j a c i ó n d e lo s p r e c i o s e s t á r e l a c i o n a d a ■
a ;*:-::
: :v :
c o n l a i n v e r s i ó n , y J o s p r e c i o s s e e s t a b l e c e n p a r a p r o p o r c io n a r s u f i c i e n t e s b e n e f i c i o s ■ Bí
n o d is t r ib u id o s q u e , j u n t o c o n l a f i n a n c i a c i ó n e x t e r n a , p e r m it a n a la s g r a n d e s e m p r e s a s
l l e v a r a c a b o s u i n v e r s i ó n p l a n i f i c a d a . E l p u n t o h a s t a e l q u e s e p r o d u c e l a in v e r s i ó n
p l a n i f i c a d a u n a v e z q u e l o s f o n d o s s u f i c i e n t e s e s t á n d i s p o n i b l e s d e p e n d e d e la s e x p e c ­
t a t iv a s a l a r g o p la z o e n r e l a c i ó n a l o s m e r c a d o s d e p r o d u c t o s , y d e la s e x p e c t a t iv a s a c o r t o 1
p la z o q u e r e fe r e n t e s a lo s p r e c io s d e l o s a c t iv o s f i n a n c i e r o s . L a e s t r u c tu r a i n s t i t u c i o n a l
y l a o r g a n i z a c i ó n in d u s t r ia l e v o l u c i o n a n c o n t i n u a m e n t e , i n f l u y e n d o e n e l p r o c e s o d e :»
d e s a r r o llo h i s t ó r ic o d e l a s e c o n o m í a s , y j u e g a n u n p a p e l c r u c ia l e n t é r m in o s d e l a d e t e r ­
m in a c ió n d e l n iv e l y d e la c o m p o s ic ió n d e l o u tp u t, d e la g e n e r a c ió n d e e x c e d e n t e y d e
i;:
su d is t r ib u c ió n .
L a p r e r r o g a t i v a d e a d m in i s t r a r l o s p r e c io s s e o b t i e n e t a n t o d e l p o d e r s o c i o p o l í t i c o
c o m o d e l p o d e r e c o n ó m i c o d e la s g r a n d e s e m p r e s a s e n l o s m e r c a d o s d e p r o d u c t o s .
P a r a h a c e r l o , la s e m p r e s a s e s t á n l i m it a d a s e n s u c a p a c i d a d d e f i j a r p r e c i o s a c u a l q u i e r
n i v e l p o r v a r i o s f a c t o r e s . S o n e v i d e n t e s c u a t r o f a c t o r e s : 1) e l e f e c t o d e s u s t i t u c i ó n , e s
d e c ir , J a p é r d i d a d e c u o t a d e m e r c a d o a f a v o r d e p r o d u c t o s c o m p e t i t i v o s ; 2 ) e l f a c t o r d e ■v■■lili
! ■:»
e p t r a d a , l a p é r d i d a p o t e n c i a l d e la c u o t a d e m e r c a d o d e s p u é s d e l o s c a m b i o s d e p r e ­
c io s ; 3) l a i n t e r v e n c ió n g u b e r n a m e n t a l e n f o r m a d e c o n t r o l d e lo s p r e c io s , im p u e s t o s
11113
e s p e c ia le s , n a c i o n a liz a c ió n , e t c .; y 4 ) la p r e s e n c ia d e s in d ic a t o s fu e r te s q u e a c t ú e n ■
:ilif!
c o m o l i m i t a c i ó n a l a s u b id a d e l o s p r e c i o s , d e b i d o a q u e s i e l a u m e n t o v a m á s a l l á d e
u n c ie r t o p u n t o , p o d r ía m u y b i e n d e s e n c a d e n a r l a a c c i ó n m i l i t a n t e d e l o s s i n d i c a t o s .
®11
L o s s in d ic a t o s p u e d e n s e n t ir q u e s i la e m p r e s a e s tá c o n s ig u ie n d o e le v a d a s t a s a s d e .lili
b e n e f i c i o , t a m b ié n e l l o s m e r e c e n u n a m a y o r p a r t i c i p a c i ó n . lis
aSill
L a o t r a in s t i t u c ió n i m p o r t a n t e e s e l s i n d i c a t o , q u e n e g o c i a c o n l o s e m p r e s a r i o s l a s
c o n d i c i o n e s d e l e m p l e o e n g e n e r a l , y d e l o s s a l a r io s e n p a r t ic u l a r . A q u í s e p r o d u c e u n III
c o n f l i c t o d e in t e r e s e s : J a d i s t r i b u c i ó n e n tr e s a l a r io s y b e n e f i c i o s e s t á d e t e r m i n a d a e n
g r a n p a r t e p o r la s d e m a n d a s s a l a r i a l e s d e lo s t r a b a ja d o r e s y lo s o b j e t i v o s d e b e n e f i c i o i!-:.-- '•••/■
d e la s e m p r e s a s . L o s t r a b a ja d o r e s n e g o c i a n l o s s a l a r io s n o m i n a l e s , d e t e r m in a d o s p o r u n
- H |t l
o b j e t i v o d e s a l a r i o r e a l , p o r l a i n f o r m a c i ó n s o b r e la i n f l a c i ó n p a s a d a r e c i e n t e y l a s
e x p e c t a t i v a s s o b r e l a i n f l a c i ó n f u t u r a . L o s t r a b a ja d o r e s t i e n e n d e s v e n t a j a e n e s t e p r o ­ .' v:;i ■
:
c e s o , y a q u e e l s a l a r io r e a l o b t e n i d o s ó l o p u e d e c o n o c e r s e a p o s te r io r í c o m o u n a f u n ­ fi-i:■
I■
c i ó n d e l a s d e c i s i o n e s c a p i t a l i s t a s s o b r e l o s p r e c i o s . E l p u n t o c l a v e e n e s t e a n á l is is e s
q u e l o s s a l a r i o s n o m in a le s s o n e l r e s u lt a d o d e p r o c e s o s d e n e g o c i a c i ó n e n l o s m e r c a ­
d o s la b o r a le s, m ie n t r a s q u e l o s sa la r io s reales e s t á n d e t e r m in a d o s p o r l a p r o d u c t i v i d a d
l a b o r a l y l o s p r e c i o s a d m in i s t r a d o s e s t a b l e c id o s p o r l a s e m p r e s a s e n l o s m e r c a d o s d e
p r o d u cto s. U n a im p l i c a c i ó n in t e r e s a n t e d e e s t e a n á l is is e s q u e d e b id o a q u e e l m a r c o d e
d e m a n d a y o f e r t a d e t r a b a jo c o m o d e t e r m in a n t e d e l o s s a l a r io s r e a le s e s r e c h a z a d o , u n
s a l a r io r e a l m e n o r n o t ie n e p o r q u é c a u s a r u n m a y o r e m p l e o . E n t o d o c a s o , s e e s p e r a
q u e u n s a l a r io r e a l m e n o r , a t r a v é s d e s u i m p a c t o s o b r e l a d e m a n d a a g r e g a d a , r e d u z c a
el e m p le o .
L a s in s t i t u c io n e s m o n e t a r ia s , a l f u n c i o n a r y e v o lu c i o n a r , r e f l e j a n l a s c a r a c t e r í s t ic a s
fu n d a m e n t a le s d e l d in e r o , y c o n s t it u y e n u n a p a r t e e s e n c ia l d e la t e o r ía m o n e t a r ia y
f i n a n c i e r a p o s t k e y n e s ia n a .
ECONOMÍA POSTKEYNESIANA: HACIA LA COHERENCIA 617

3.2. E l dinero y las finanzas

La característica más importante de la teoría monetaria y financiera postkeynesiana es


que el dinero es un enlaceentre el pasado y el presente y también entre el presente y el
futuro (Keynes, 1936: 294). El pasado está dado y no puede cambiar, mientras que el
futuro es incierto. L a incertidumbre, que es inherente al tiempo histórico, se conside­
ra como condición suficiente y necesaria para la existencia del dinero, de forma que
el dinero es integrado completamente en el análisis. Las instituciones son igualmente
importantes, ya que en las economías modernas el dinero esta íntimamente vinculado
a la institución de la banca (Minsky, 1986). En consecuencia, el dinero sólo puede ser
estudiado en un contexto histórico e institucional. Un aspecto institucional crucial del
dinero es que es una magnitud endógena y determinada por la demanda. E l dinero no
es exógeno, como en el análisis ortodoxo, sino el resultado de flujos de crédito en una
economía productiva dinámica y monetizada (Eichner y Kregel, 1975; Parguez, 1984;
Moore, 1988; Graziani, 1989), donde el papel principal lo juegan esencialmente los
empresarios y sus «espíritus animales». Los empresarios deben predecir la evolución
de la demanda efectiva e inferir de ésta los desembolsos necesarios para pagar para los
factores de producción empleados. Deben también estimar los desembolsos necesa­
rios parafinanciar la inversión. Una vez hecho esto, pueden establecerse sus requisitos
crediticios a los bancos y formularse sus demandas de crédito.
E l Banco Central administra el nível de los tipos de descuento y los bancos comer­
ciales administran sus tipos para los préstamos y depósitos (dada la valoración incier­
ta del riesgo y el valor de las garantías por los bancos). A este nivel y estructura de los
tipos de interés, los bancos están dispuestos a proporcionar todos los préstamos que
soliciten los empresarios, siempre que se sitúen dentro de los límites crediticios prea­
cordados. Un aumento de la demanda de crédito lleva a un aumento de su ofertay, por
tanto, a un aumento de la cantidad de dinero existente, sin que sea necesario un cam­
bio de los tipos de interés, a no ser que el Banco Central varíe su tipo administrado;
cuando el Banco Central varía el tipo de interés, a través del proceso de precios admi­
nistrados, influye directamente en los tipos de interés de la banca comercial. Los tipos
de interés son el instrumento de control de la política monetaria.
En las economías abiertas, los cambios de los tipos de interés puede ser también
el resultado de hechos que provengan del exterior (obsérvese, por ejemplo, la posición
del Reino Unido en la Unión Europea a este respecto). E l nivel de los tipos a corto
plazo, administrados por las autoridades monetarias domésticas en relación a lo esta­
blecido por las autoridades monetarias extranjeras, afecta a la tasa de cambio. Esta vin­
culación trae a primera plana los aspectos del s e c to r e x terio r del sistema económíco.
Estos aspectos se incorporan al análisis a través de las cuentas corrientes y de capital
de la balanza de pagos, donde la tasa de cambio influye sobre y es influida por el esta­
do de ambas cuentas^ L a importancia de la balanza de pagos como limitación al cre­
cimiento ha sido debatida extensamente (ver, por ejemplo, ’^ i w a l l , 1980). E l argumento
es que los países con una alta elasticidad-renta en la demanda de importaciones, y una7

7. Una nueva característica de la parte de las importaciones de la cuenta corriente es la proposición de


que laspropensiones marginales de im ^rtar delos trabajadores y los capitalistas son diferentes. Arcstis
y Driver (1987) exploran esta proposición con apoyo empírico en el caso del Reino Unido. Estn es una
extensión de la idea de distinguir el consumoporrenta de las clasessociales.
618 CRÍTICA ALAECONOMÍA ORTODOXA

baja elasticidad-renta de la demanda de exportaciones, experimentan dificultades en


la balanza de pagos que limitan a sus gobiernos en su intento de expandir la demanda
agregada.
N o obstante, también se argumenta, que la oferta de dinero sólo puede estar deter­
minada por la demanda hasta un cierto punto (Dow y Dow, 1989; Wray, 1990). Esta
opinión combina la teoría de la preferencia por la liquidez y la teoría endógena de la ofer­
ta monetaria para afirmar que, como los bancos comerciales tienen un conjunto varia­
do y complejo de opciones de cartera, tienen su propia preferencia por la liquidez.
Pueden, por lo tanto, no estar dispuestos a prestar una cantidad indefinida en unos tér­
minos dados. Los cambios en la preferencia por la liquidez de los bancos influyen sobre
la cantidad de crédito disponible y por tanto sobre la cantidad de dinero. Como la valo­
ración del riesgo de los bancos se basa en un conocimiento incompleto, su preferen­
cia por la liquidez cambia a medida que sus percepciones de riesgo se alteran (cuando
las expectativas no se cumplen y cuando la confianza cambia debido a nueva infor­
mación). Además, las periódicas retiradas masivas de liquidez per parte de bancos, que
generan deflación de las deudas, suponen que no se creará el dinero a menos que se
incrementen las primas de liquidez para introducir la expansión de los balances. Dado
el tipo de interés administrado, los bancos comerciales racionan el crédito si así lo dicta
su preferencia por la liquidez.
En este proceso, existe una tendencia inherente de los inversores a incrementar el
nivel de su endeudamiento y, en momentos de optimismo, lo hacen rápidamente. Si
las instituciones de préstamo comparten este optimismo y si su preferencia por la liqui­
dez no cambia, la demanda del sector privado será satisfecha. Com o resultado, la vul­
nerabilidad tanto de las empresas como de los bancos se intensifica, de forma que la
fragilidad financiera aumenta, lo que puede causar la deflación de la deuda si va acom­
pañada de cambios en las expectativas y los consiguientes intentos de reestablecer posi­
ciones de liquidez. Esta es la «hipótesis de la inestabilidad financiera» de Minsky (1982,
1986), que destaca la interacción entre las variables financieras y las reales y demues­
tra que las crisis están causadas principalmente por prácticas financieras arriesgadas
durante periodos de fragilidad financiera. '
L a «hipótesis de la inestabilidad financiera» puede relacionarse con el enfoque de
las «etapas de la banca» (Chick, 1986, 1989), visto como una reconstrucción «lógica»
del desarollo de los sistemas bancarios. L a capacidad de los bancos de crear crédito
depende de forma crucial de la etapa de evolución en que se encuentren. Esta capaci­
dad se ve acrecentada con el grado de desarrollo bancario que permite a los bancos ser
más independientes de los requerimientos de reserva, haciendo así que la oferta de cré­
dito, y de dinero, responda más a la demanda. A medida que el sistema bancario se
desarrolla, la naturaleza y el grado de endogeneidad del crédito y del dinero cambian.
Chick ( 1989) ha sugerido que recientemente ha emergido una nueva etapa, cuya prin­
cipal característica es la titularización, por la cual los bancos comerciales diseñan prés­
tamos que son comercializables, de forma que el desfase entre los vencimientos de los '
activos y los compromisos de los bancos comerciales disminuye. Este proceso de titu-
larización permite a los bancos comerciales evitar «los coeficientes de capital», refor­
zando así la endogeneidad del dinero. Sin embargo, 'a pesar de que la titularización
elimina el crédito de los balances bancarios, sólo aumenta la endogeneidad del dinero
si éste es definido de forma más amplia que como depósito bancario. L a globalización
ECONOMÍA POSTKEYNESIANA: HACIA LA COHERENCIA 619

d e lo s m e r c a d o s f i n a n c i e r o s t i e n e i m p l i c a c i o n e s s im il a r e s e n l o r e f e r e n t e a l a e n d o g e -
: n e id a d d e l d in e r o . E s t a e v o l u c i ó n f i n a n c i e r a r e f u e r z a e l v í n c u l o c o n l a « h i p ó t e s i s d e
i n e s t a b i li d a d f i n a n c i e r a » d e M i n s k y , e n e l s e n t id o d e q u e l a c a p a c i d a d d e l a s in s t i t u ­
ir- c i o n e s f i n a n c i e r a s d e c r e a r m á s d e u d a a u m e n t a e l g r a d o d e f r a g i l i d a d d e l s is t e m a y ,
p o r l o t a n t o , l a v u ln e r a b ilid a d t a n t o d e lo s b a n c o s c o m o d e la s e m p r e s a s . L o m á s im p o r ­
t a n t e , n o o b s t a n t e , e s q u e e l e n f o q u e d e la s « e t a p a s d e l a b a n c a » s it ú a la s d o s v i s i o n e s
d e l d in e r o , l a v is ió n d e l « d in e r o e x ó g e n o » y la v is ió n d e l « c r é d ito e n d ó g e n o » , e n su
p e r s p e c tiv a h is t ó r ic a a p r o p ia d a .

3 .3 . P r o d u c c ió n , p r e c io s y f i ja c ió n d e p r e c io s

E l d in e r o y l a p r o d u c c ió n e s t á n r e l a c i o n a d o s o r g á n i c a m e n t e e n l a e c o n o m í a p o s t k e y -
n e s ia n a . L a f i ja c ió n d e p r e c io s , e l p r o c e s o d e fo r m a c ió n d e lo s p r e c io s , y l a d e t e r m in a c ió n
d e p r e c io s e s t a b le s q u e d a o r i g e n a u n a t e o r í a d e lo s p r e c i o s , n o s o n e l r e s u lt a d o d e u n
p r o c e s o d e v a c i a m i e n t o d e l m e r c a d o , c o m o e n e l a n á l i s i s e c o n ó m i c o o r t o d o x o , s in o
q u e e s tá n d e t e r m in a d o s p o r f a c t o r e s y c o n d ic io n e s q u e p r e v a le c e n e n e l á m b i t o d e l a p r o ­
d u c c i ó n . T a m b i é n e stá n d ir e c t a m e n t e r e l a c i o n a d o s c o n la in v e r s ió n y la d is t r i b u c i ó n .
E s t a s r e l a c i o n e s s o n a m p l i f i c a d a s y e l u c i d a d a s e n l a s p á g in a s s i g u i e n t e s .
E l m o d e lo d e p r o d u c c ió n p o s t k e y n e s ia n o e s u n m o d e lo d e in p u t - o u t p u t q u e s e
c a r a c t e r i z a p o r e l s u p u e s t o q u e e n J a p r o d u c c i ó n l o s in p u t s s d l o p u e d e n u t i l i z a r s e e n
p r o p o r c io n e s f i j a s 8^ L e o n t i e f ( 1 9 5 1 ) l o f o r m u ló e n t é r m in o s t a n t o t e ó r i c o s c o m o e m p í ­
r ic o s , y p u e d e r e la c io n a r s e c o n e l m o d e lo d e c o e fic ie n t e s f i jo s d e S r a f f a ( 1 9 6 0 ) y e l
m o d e lo in p u t - o u t p u t d e P a s i n e t t i ( 1 9 8 1 ) , q u e s u b r a y a n l o s t e m a s d e d i s t r i b u c i ó n y c r e ­
c i m i e n t o . E l m o d e lo L e o n t i e f c o n s is t e d e n in d u s tr ia s ( d o n d e n e s m a y o r q u e d o s ) , c a d a
u n a d e la s c u a l e s p r o d u c e o u t p u ts in t e r m e d io s y / o f i n a l e s . E s t e m o d e l o p u e d e r e s o l ­
v e r s e p o r e l v e c to r d el o u tp u t (q) p a r a d ar: q = ( / - A ) “ 1x, d o n d e I e s u n a m a t r iz d e n
x n u n i d a d e s , A e s l a m a t r iz d e l o s c o e f i c ie n t e s t é c n ic o s f i j o s , d e f o r m a q u e ( / ~ A ) _ 1 es
l a in v e r s a d e L e o n t i e f y x es e l v e c t o r d e l o u tp u t fin a l. E s t a e c u a c ió n d e t e r m in a e l o u t­
p u t d e c a d a u n a d e la s in d u s t r ia s q u e c o m p r e n d e n e l s is t e m a p r o d u c t i v o . E l m o d e lo
L e o n t i e f t a m b i é n p u e d e r e s o l v e r s e p o r e l v e c t o r d e p r e c io s ( p ) : p = ( / - A ) - 1V , donde
V e s l a m a t r i z d e lo s v a l o r e s d e l o s in p u t s , d e f i n i d o c o m o + n;, d o n d e ro e s u n a
m a g n it u d ( la t a s a s a la r ia l) , l y s o n v e c t o r e s d e in p u ts d e tr a b a jo y r e n ta s r e s id u a le s g a n a ­
d a s p o r c a d a in d u s t r ia , ta n to p o r u n i d a d c o m o p o r o u t p u t p r o d u c i d o . L a e c u a c i ó n P
p r o p o r c i o n a l a s o l u c i ó n p a r a e l c o n j u n t o d e p r e c io s r e l a t iv o s q u e d e b e n c o b r a r s e s i s e
q u ie r e q u e e l s is t e m a p r o d u c t i v o c u b r a t o d o s lo s c o s t e s d e p r o d u c c i ó n . E s p e c i f i c a u n a
c o n d ic ió n d e v a lo r q u e d e b e c u m p lir s e a la r g o p la z o ; n o re p r e s e n ta e l c o n ju n to d e p re ­
c i o s q u e e n r e a li d a d s e im p o n d r á n . P a r a e s t a b l e c e r e s t o s ú l t i m o s , e s n e c e s a r i o c o m ­
p le t a r l a d e t e r m in a c ió n d e l o s p r e c io s a l a r g o p la z o c o n u n m o d e lo d e c o m p o r t a m ie n t o
d e f i j a c i ó n d e p r e c io s a c o r t o p l a z o , t a l c o m o s e e x p l i c a m á s a b a j o 9.

8. E l m odelo de producción postkeynesiano pertenece a la categoría m ás general de m odelos de produc­


ción de «coeficientes fijo s», que encuentran sus raíces en el lablcaueconomique de Fra n fo is Q u e s n a y .'.
B a jo estas circunstancias, la propiedad de convexidad del conjunto de producción neoclásico y sus cos­
tes marginales crecientes son supuestos que no son necesarios para los objetivos del análisis económ i­
co postkeynesiano. :
9. Es importante distinguir en esta coyuntura entre los términos « p l^ té r r n in o » y «periodo», que ni son' s in ó -' . ■
nimos ni tienen una correspondencia directa entre ellos. «Periodo» se refiere a estados de «equilibrio», !

1
8 §¡

620 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

E l modelo Leontief ha sido ampliado en varias direcciones. Existe la reformula­


ción de Sraffa (1960), que produce la importante proposíción de que la distribución de
la renta no puede ser tratada independientemente de los precios10. A l pasar del mode­
lo Leontief al modelo sraffiano, lo primero que advertimos es que en este último, el
vector de renta residual (1)t se supone como una tasa de beneficios uniforme (n:0) en
todas las industrias, lo que identifica claramente sus raíces en la tradición clásica. De
forma que, ahora, en la expresión V rol + 1t, deberíamos tener: V ro l + n:0p A .
Sustituyendo por V en la ecuación P llegamos a: p ( l + n0) p A + rol, que es la ecua­
ción sraffiana estándar P. Contiene un rasgo muy importante, que es que los salarios y
los beneficios ahora compiten por el excedente económico, aunque es ambigua sobre
la escala de la producción y el nivel de la demanda efectiva, dado que la expresión está
libre de escala. L a tasa de salarios y la tasa de beneficios dependen fuertemente de la
lucha entre los trabajadores y los capitalistas. Robinson (1980) resumió todo ello de
la siguiente forma: «Sraffa estableció un sistema input-output multi-mercancía y mos­
tró que, correspondiendo a cualquier proporción de salarios, existe un conjunto con­
creto de precios normales que produce una tasa de beneficios particular y uniforme
sobre el capital valorado a tales precios» (p. 81).
La generación del excedente por cada industria y su división entre los trabajado­
res y los capitalistas se explica dentro del modelo. L a distribución depende de factores
no económicos que determinan el poder negociador relativo de los dos grupos. Los
cambios en la distribución entre ro y llevan a cambios en el valor añadido por. cada
industria (V) y, a través de ello, a cambios en los precios relativos debido a que p depen­
de de V. En consecuencia, los precios en el modelo sraffiano están íntimamente rela­
cionados con la distribución de la renta a través de la tasa de beneficios en relación a
la tasa de salarios. Un importante supuesto del análisis es que la tasa de beneficios se
refiere a las necesidades de capital variable de cada industria para la producción y, por
lo tanto, al gasto en salarios. En la segunda parte de su libro, Sraffa (1960) establece tam­
bién las necesidades de capital fijo. Sugiere que el capital fijo debería ser considera­
do como un input que da lugar a un output, que es el producto o servicio producido
por el capital fijo. También proporciona otro output, el propio capital fijo, que se con- ■
vierte en un input de capital de tipo distinto una vez que ha producido un tipo de pro­
ducto o servicio.

mientras que «plazo» está relacionado con los «procesos de movimiento». E l «equilibrio» a corto y largo
periodo puede ser definido independientemente del corto y e l largo plazo. E l corto y e l largo plazo se .
refieren a m ovim ientos hacia e l «equilibrio» que deben tener lugar en el tiem po histórico. R obinson
(1956) plantea la diferencia de la siguiente forma: «Los cambios a largo periodo se producen en situaciones,
a corto periodo. Los cam bios del output, el empleo y los precios, que se producen con un stock dado de
capital, son cam bios a corto periodo; mientras q u e lo s cam bios en el stock de capital, la fuerza de tra­
bajo y las técnicas de producción son cam bios a largo plazo . . . U n a situación dada a corto periodo con - '
tiene en s í m ism a una tendencia al cam bio a largo periodo» (p. 180). En esta visión, el análisis a largo .
periodo se centra en el examen de una secuencia de periodos cortos. Carvalho (1984/85, 1990) proper-
ciona varios ejem plos para clarificar esta diferencia, y en C arvalho (1990: 280, Nota 1), se reconoce la
insistencia de Harcourt sobre la importancia de la distinción entre «plazo» y «periodo».
10. E l modelo sraffiano se refiere a un sistema económico que se limita a reproducirse a sí m ism o a !o largo
del tiempo, y no explica los cam bios en la técnica ni la expansión del excedente económ ico. Estos dos
-aspectos los trata V o n Neum ann (1945-6). V e r Schefotd para las similitudes y diferencias entre los dos
modelos, y Eichner (1991) para una síntesis de los m odelas de Sraffa y de Yon Neum ann.
ECONOMÍA POSTKEYNESIANA: HACIA LA COHERENCIA 621

Otra extensión del modelo de Leontief es la construcción de Pasinetti (1981) de


una versión verticalmente integrada en la que el trabajo es el único input. E l progreso
técnico se incluye en el modelo, posibilitando así el estudio de su impacto sobre la pro­
ductividad, definida como el output por trabajador dividido por el tiempo. Leontief
et al. (1978) extendieron aún más el modelo para incluir los recursos naturales, ade­
más del trabajo, como los inputs de producción a escala global. Lo que les permite
estudiar los términos de intercambio entre los países productores de productos prima­
rios y los países industriales.
Estos modelos producen un vector precio, o un conjunto de precios relativos, que
puede interpretarse como un conjunto de precios de coste de producción. Esta solu­
ción de los precios requiere que la tasa salarial y los coeficientes de trabajo de cada
industria sean especificados, y depende de la renta residual o del margen establecido en
cada industria. Estos son los precios que deben prevalecer en el largo periodo para que
se cubran los costes de producción. Esta configuración de los precios, que satisface
algunas condiciones económicas de reproducción estable, genera una teoría de los pre­
cios sin referirse al proceso de formación de precios.
E l interés por el proceso de formación de los precios, o por cómo se determinan
los precios al nivel de la empresa o de la industria, da origen a la consideración del
mecanismo de fijación de precios. Una teoría de fijación de precios es que el margen
de aumento está determinado por las necesidades financieras de las empresas en rela­
ción al poder monopolístico que pueden ejercer (Eichner, 1973, 1976; Wood, 1975;
Harcourt y Kenyon, 1976)11- Ésta y otras teorías postkeynesianas de fijación de pre­
cios (Steindl, 1952, 1979; Asimakopoulos, 1975; Cow ling y Waterson, 1976) se basan
en Kalecki (1954), en el sentido de que reconocen que todos los mercados no son per­
fectamente competitivos y que existe una distinción entre los sectores en los que los
cambios en los precios están «determinados por el coste», y aquellos donde están «deter­
minados por la demanda». Además, todos postulan que los precios de Íos bienes aca­
bados están determinados por un margen sobre alguna de las medidas de los costes por
unidad. E l margen está determinado por la necesidad de financiar la inversión (Eichner,
1976)12, de forma que la fijación de los precios puede relacionarse con la teoría de la
in v e r sió n y c o n e l c o n flic to d e c ia s e s .

3.4. Inversión, distribución y lucha de clases


|íf
En la tradición postkeynesiana, la inversión está determinada, in te r a lia , por la renta­
bilidad esperada. Pero se reconoce que, mientras que es la rentabilidad e sp e ra d a lo
que induce la acumulación de capital, la inversión re a liz a d a es la que crea la rentabi­
lidad que posibilita la inversión, en parte a través de fondos generados internamente
(Robinson, 1962). L a rentabilidad esperada está influida esencialmente por dos con-

11. Mientras que las aportaciones de Eichncr y Word son modelos del tipo «edad de oro» y de tiempo lógi­
co, el análisis de Harcourt y Kenyon (1976) se conduce en tiempo histórico. En este sentido, el ntode--
lo Harcourt y Kenyon (1976) está mucho más en el espíritu del análisis postkeynesiano en genera!,;y de_
la fijación de precios en particular. : í-' '
12. Existen importantes diferencias entre los poslkeynesianos en relación a la fijación de los precmsXyer
Sawyer, 1990, para una explicación extensa de estas diferencias).
622 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

j u n t o s d e f a c t o r e s . L a t a s a d e r e n d im ie n t o e s p e r a d o s o b r e l a i n v e r s i ó n o , e n o t r a s p a l a ­
b r a s , l a e f i c i e n c i a m a r g i n a l d e l a i n v e r s ió n ( E M I ) , q u e d a l u g a r a u n a f u n c i ó n d e i n v e r ­
s ió n q u e e s s e n s ib le a l a s f l u c t u a c i o n e s e n l o s t ip o s d e in t e r é s y a la s e x p e c t a t i v a s d e
c r e c im i e n t o d e l a s v e n t a s .
E s t a s p r o p o s i c i o n e s s e b a s a n e n l a s t e o r ía s d e l a in v e r s i ó n t a n t o d e K e y n e s ( 1 9 3 6 )
c o m o d e K a l e c k i (1 9 7 1 ). S e p u e d e a fir m a r q u e l a te o ría d e K a l e c k i s u p o n e u n a m e jo ­
r a d e l a t e o r í a E M I d e K e y n e s e n e l s e n t id o d e q u e K a l e c k i i d e n t i f i c a l o s f a c t o r e s q u e
c a u s a n e l c a m b i o e n l a r e l a c i ó n E M I . L a p r e m is a b á s i c a d e K a l e c k i e s q u e j a in v e r s i ó n
d e p e n d e d e l n iv e l d e b e n e fic io s r e s p e c t o a l c a p i t a l, a s í c o m o a l t ip o d e in t e r é s . E s t a
p o s i c i ó n n o e s m u y d ife r e n t e d e l a d e K e y n e s , u n a v e z r e c o n o c e m o s q u e l a t a s a d e r e n ­
d im ie n to e n K a le c k i se c a lc u la a n iv e l a g r e g a d o y n o a l n iv e l d e e m p r e s a c o m o en
K e y n e s , y q u e la d i m e n s i ó n d e l s t o c k d e c a p i t a l t i e n e u n e f e c t o s o b r e la s d e c i s i o n e s
d e in v e r s i ó n q u e n o s e p r o d u c e e n e l m o d e l o d e K e y n e s ( v e r , s i n e m b a r g o , D a v i d s o n ,
1 9 7 8 ). N o o b s t a n t e , e x is t e u n a d ife r e n c ia im p o r t a n t e d e m é t o d o e n tr e e l tr a ta m ie n to
d e la in v e r s ió n d e K a l e c k i y d e K e y n e s . K e y n e s s u p o n e d a d o e l e s t a d o d e la s e x p e c ­
t a t iv a s d e r e n d im ie n to s e n la d e t e r m in a c ió n d e l n iv e l d e in v e r s ió n ( a u n q u e c u a n d o
K e y n e s p a s a a l c a p ítu lo s o b r e lo s c ic lo s e s te s u p u e s to n o s e m a n t ie n e ; v e r K r e g e l,
1 9 7 6 ) . E n c a m b i o , e n e l a n á l i s i s d e l a in v e r s i ó n d e K a l e c k i , e l e s t a d o d e l a s e x p e c t a t i ­
v a s s e v e a f e c t a d o p o r lo s c a m b i o s e n l a i n v e r s ió n . C u a n d o e l e s t a d o d e l a s e x p e c t a t i v a s
s e v e a f e c t a d o d e e s t a f o r m a , p r o v o c a c a m b i o s e n e l p r e c i o d e l o s b ie n e s d e i n v e r s i ó n
y e n lo s t ip o s d e in te r é s , d e fo r m a q u e s e e s t a b le c e u n n u e v o n iv e l d e in v e r s ió n ( v e r
T a r g e t t i y K .i n d a - H a a s , 1 9 8 2 ; t a m b i é n , R o b i n s o n , 1 9 6 2 ; y A s i m a k o p u l o s , 1 9 7 7 ) .
E x i s t e n a h o r a d o s f o r m a s d if e r e n t e s a t r a v é s d e l a s q u e e l n i v e l d e b e n e f i c i o s a f e c ­
ta a J a i n v e r s i ó n . E n l a p r i m e r a , lo s b e n e f i c i o s s o n v i s t o s c o m o u n a f u e n t e d e f o n d o s
q u e p e r m it ir ía n l a r e a l i z a c i ó n d e l a i n v e r s i ó n . O b v i a m e n t e , d e e s t a f o r m a l o s b e n e f i ­
c io s r e t e n id o s y lo s fo n d o s d e a m o r tiz a c ió n a s u m e n u n r o l m u y im p o r t a n t e e n e l p r o ­
c e s o d e d e c is ió n d e l a in v e r s ió n . C u a n t o m a y o r s e a la c a n t id a d d e b e n e f ic i o s y la s
a s i g n a c i o n e s a d e p r e c ia c ió n , m a y o r s e r á l a c a p a c i d a d d e la s e m p r e s a s d e c o n t i n u a r c o n
lo s p r o g r a m a s d e g a s to e n c a p it a l. L a s fu e n t e s e x te r n a s d e fo n d o s t a m b ié n s e c o n s id e ­
r a n i m p o r t a n t e s , p e r o d e b id o a l p r i n c i p i o d e l r i e s g o c r e c i e n t e ( K a l e c k i , 1 9 5 4 ) , e l n i v e l
d e in v e r s ió n s ig u e e s ta n d o , h a s ta c ie r t o p u n to , lim it a d o p o r Jo s fo n d o s in t e r n o s d is p o ­
n i b l e s . T a n t o K a l e c k i c o m o K e y n e s p u s i e r o n m u c h o é n f a s i s e n l a i m p o r t a n c i a d e la s
f i n a n z a s p a r a p e r m it ir q u e l a t a s a d e in v e r s i ó n s e p r o d u j e r a 13.
L a s e g u n d a f o r m a e n q u e lo s b e n e fic io s a fe c ta n a la in v e r s ió n e s e n té r m in o s d e
si e s p r o b a b le q u e la s e x p e c ta t iv a s d e la s e m p r e s a s s o b r e e l fu tu r o s e m a t e r ia lic e n :
u n o s b e n e fic io s c r e c ie n te s in d ic a n u n a s c o n d ic io n e s e c o n ó m ic a s s a lu d a b le s e n e l
fu tu r o , q u e e s p r o b a b le q u e h a g a n q u e la s e m p r e s a s a d o p te n u n a p o s tu r a m á s o p t i­
m is ta y , p o r lo ta n t o , lle v e n a c a b o s u s p la n e s d e in v e r s ió n . U n o s b e n e f i c i o s d e c r e -

13. Asimakopulos (1983) argumenta que las posiciones teóricas adoptadas tanto por Kalcci como por
Keynes sobre la financiación de la inversión suponen ciertas debilidades en el sentido de que: «Las dos
subestimaron el tiempo necesario para que la posición inicial de liquidez del sistema bancario pudiera
ser recstablecida después de que los bancos aumentaran sus préstamos para financiar un aumento de
la inversión ... También se prestó una atención insuficiente a la necesidad de financiación a largo plazo
(o al menos de confianza en su disponibilidad) para que las empresas ejwutaran sus planes de inver­
sión» (p. 232). La respuesta a esta acusación ha sido sustancialmente de apoyo a Keynes y Kalecki;
ver, por ejemplo, Kregei (1984-6), Davidson (1986, 1992), y Shapiro (1992), entre otros.
ECONOMÍA POSTKEYNESIANA: HACIA LA COHERENCIA 623

£ ¿ - ., cientes indican a las empresas que las condiciones económicas se están deterioran­
do, y éstas se vuelven pesimistas y son más reticentes a seguir su inversión planeada.
j Por lo tanto, los cambios en el nivel de los beneficios son la causa principal de los
cambios en el E M I.
E l cálculo del E M I depende de forma crucial de los valores asignados al flujo
esperado de rendimientos netos de la inversión. Sin embargo, estos valores son muy
. inciertos. Keynes (1936) afirmó que, a p r io r i, poco puede decirse sobre el estado de
la confianza. En la T e o ría g e n e r a l se destaca la «convención», que es vista como
basada en la suposición de que el «estado de las cosas existente» no cambia (ver tam­
bién Kregel, 1976, 1987). D e este modo, la inversión es el resultado del «espíritu
: animal» de los empresarios, lo que Keynes llamó las expectativas de beneficios de la
comunidad empresarial (Keynes, 1936: 161-2), un concepto puramente subjetivo
: que no es susceptible a la manipulación probabilística. L a naturaleza de las expectativas
bajo incertidumbre que influye sobre el «espfritu animal» de los empresarios es de vital
importancia en el proceso de acumulación de capital, tanto que se considera que la
volatilidad de las expectativas bajo incertidumbre conduce potencialmente a fallos
estructurales y a crisis. L a incertidumbre conduce a la volatilidad en el sentido de
. *
: que la estabilidad, que emerge de la creación de instituciones y de convenciones
^’ apropiadas para ayudar a tratar el tema de la incertidumbre, está sujeta a cambios
periódicos, i 11predecibles y discontinuos. Estas instituciones y convenciones, sin
i;;.. embargo, generan mucha más estabilidad de la que ofrecería el continuo y simultá-
p ., neo mecanismo de vaciamiento del mercado. Una implicación importante de este
análisis es que el «equilibrio» con desempleo de Keynes no se basa en las imper­
fecciones en el funcionamiento del mecanismo de los precios, sino en la «imperfec­
ción del conocim iento de los agentes, que provoca incertidumbre sobre las
Ü:' proposiciones que determinan el rendimiento d elo s proyectos de inversión» (Kregel,
|j 1987: 531).
Una elaboración interesante de las visiones que acabamos de resumir, pero apo­
yándose más en la teoría de la inversión de Kalecki, es la «tesis de la madurez» de
Steindl (1952, 1979). E l argumento de Steindl es que el aumento de la concentración
lleva a mayores márgenes y que, estando los beneficios determinados por las decisio­
nes pasadas de inversión, se produce una disminución en la utilización de la capaci­
dad, lo que aumenta el exceso de capacidad. Este proceso afecta a las decisiones sobre
i■ la inversión de forma adversa, ya que las empresas temen aumentar el exceso de capa-
( ■ cidad cuando la economía tiene tendencia al estancamiento. E l crecimiento de la con­
: centración, por tanto, reduce el incentivo a invertir y exacerba las tendencias al
estancamiento. Por lo tanto, el grado de concentración tiene importantes consecuen­
cias para los resultados macroeconómicos. Otra implicación más es que Steindl pro­
>. porciona de esta forma un análisis que endogeniza la concentración.
L a inversión es, a su vez, la variable más importante en la te o r ía d e la d is trib u ­
c ió n . L a economía postkeynesiana demuestra que los mercados distribuyen la renta
según el poder relativo (Nell, 1980). El output producido por una clase de la sociedad
(los asalariados) es planificado, dirigido y gestionado por otra clase de la sociedad que
( no participa directamente en la producción (los receptores de las rentas por benefi-
, cios). En esta relación de poder, los objetivos del capital están en conflicto con los
' objetivos del trabajo, de forma que el «conflicto» se encuentra en el corazón del aná-

íiife-v..-
I-
i
624 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

lis i s . L a s p r o p e n s io n e s m a r g in a le s a c o n s u m i r a p a r t ir d e l o s s a la r io s y d e lo s b e n e f ic i o s
d i f i e r e n , d e f o r m a q u e , e n u n a t r a y e c t o r ia e s t a b l e d e c r e c i m i e n t o , la s p a r t i c i p a c i o n e s
d e l o s b e n e f i c i o s y d e l o s s a l a r i o s e s t á n e n r e l a c i ó n a l a s p r o p e n s io n e s m a r g i n a l e s a
c o n s u m i r y a l p o r c e n t a je d e in v e r s ió n e n r e l a c i ó n a l a r e n t a . P a s i n e t t i ( 1 9 7 4 : 1 1 3 ) h a
m o s t r a d o q u e e l c o n t r o l s o b r e l a t a s a d e in v e r s ió n i m p l i c a e l c o n t r o l s o b r e l a d is t r ib u ­
c ió n y la ta s a d e b e n e fic io .
E l e l e m e n t o d e « c o n f l i c t o » d e l a e c o n o m í a p o s t k e y n e s ia n a e s d e s t a c a d o e n l a t e o ­
r ía d e la determinación de los salarios, d o n d e la n e g o c ia c ió n e n e l m e r c a d o la b o r a l es
e l n ú c l e o d e l a n á l i s i s . L o s t r a b a ja d o r e s t ie n e n a s p i r a c i o n e s , a d e m á s d e p o d e r e c o n ó ­
m i c o y p o l í t i c o , q u e s e d e s c r i b e n e n t é r m in o s d e u n « s a l a r i o r e a l d e s e a d o » . L a s d e s ­
v i a c i o n e s d e l o s s a la r io s r e a le s a c t u a l e s r e s p e c t o a l n i v e l d e s e a d o a f e c t a n a l n i v e l d e
l a s d e m a n d a s d e s a la r io n o m i n a l , p r o v o c a n d o a s í u n a p r e s i ó n a l a l z a s o b r e lo s s a la r io s
n o m i n a l e s s i e l n i v e l d e s e a d o e s m a y o r q u e e l r e a l . D e f o r m a s im il a r , s i e l s a l a r i o r e a l
e x c e d i e r a a l s a l a r i o r e a l d e s e a d o , s e p r o d u c ir ía u n a p r e s i ó n a la b a j a s o b r e l o s s a l a r io s
n o m i n a l e s . L a s e x p e c t a t iv a s d e i n f l a c i ó n d e l o s p r e c i o s d u r a n t e e l p e r io d o d e l c o n t r a ­
t o , l a t a s a d e c a m b i o d e l d e s e m p le o v i s t a c o m o u n i n d i c a d o r d e l a v e l o c i d a d d e e x p a n ­
s i ó n o c o n t r a c c i ó n d e l « e j é r c i t o d e r e s e r v a d e d e s e m p l e a d o s » , y la p o s i c i ó n d e lo s
t r a b a j a d o r e s e n l a d i s t r ib u c ió n d e l a r e n t a e n r e l a c i ó n a c i e r t o s g r u p o s d e r e f e r e n c i a
s o n o t r a s v a r i a b l e s q u e s e c o n s i d e r a n d e t e r m in a n t e s im p o r t a n t e s d e l o s s a l a r i o s n o m i ­
n a le s ( A r e s t i s , 1 9 9 2 ; A r e s t is y S k o t t , 1 9 9 3 ; M a r g l i n , 1 9 8 4 b ; R o w t h o r n , 1 9 7 7 ; H a r c o u r t ,
1 9 6 5 ) . D e e s ta f o r m a , l o s s a l a r io s a p a r e c e n c o m o e l r e s u l t a d o d e u n « c o n f l i c t o » e n tr e
lo s e m p r e s a r io s y lo s t r a b a j a d o r e s . L a d e t e r m i n a c i ó n d e lo s s a l a r i o s e s tá i n f l u i d a d e
f o r m a c r u c i a l n o s ó l o p o r l a e c o n o r r ú a , s i n o p o r u n s in n ú m e r o d e f a c t o r e s a d i c i o n a l e s ,
in c lu y e n d o fu e r z a s p o lít ic a s , h is t ó r ic a s , s o c io ló g ic a s y p s ic o ló g ic a s , e n c u y o c a s o e s
c o n c e b i b l e q u e u n o s s a la r io s r e a le s m á s a l t o s v a y a n a c o m p a ñ a d o s p o r u n a d e m a n d a
a d ic io n a l d e tr a b a jo , y n o u n a r e d u c c ió n ( c o m o e n e l a n á lis is o r t o d o x o ) . S e a p e la a la .
h ip ó t e s is d e lo s p r e c io s a d m in is t r a d o s , d e f o r m a q u e lo s s a la r io s r e a le s e s t á n d e te r ­
m in a d o s e n lo s m e r c a d o s ta n to d e tr a b a jo c o m o d e p r o d u c to s ( K a le c k i, 1 9 6 9 ; R o b in -
s o n , 1 9 7 7 ).
L a t a s a d e i n f l a c i ó n s a l a r ia l r e l a t iv a a J a p r o d u c t i v i d a d , j u n t o c o n l a d e l o s p r e c io s
d e la s i m p o r t a c i o n e s y d e l a s m a t e r i a s p r i m a s , s o n c o n s i d e r a d a s c o m o l o s d e t e r m i ­
n a n t e s m á s v i t a l e s d e l a i n f l a c i ó n d e p r e c io s . E x i s t e , e n t o n c e s , u n p r o c e s o d e c a m b i o s
d e p r e c io s y d e s a la r io s q u e s e r e f u e r z a n m u t u a m e n t e , in h e r e n t e a l s is t e m a e c o n ó m i c o
A s í , s i l o s t r a b a ja d o r e s c o n s ig u e n in c r e m e n t a r l o s s a l a r io s n o m i n a l e s , e s t o s a u m e n t o s
s a l a r i a le s s e t r a n s m i t ir á n a p r e c i o s m á s a l t o s . A n t e u n a s e m p r e s a s q u e o p e r a n e n u n
e n to r n o o l i g o p o l i s t a y m o n o p o l i s t a , l o s t r a b a ja d o r e s e n c o n t r a r á n d i f í c i l s u b ir s u p a r t i­
c ip a c i ó n s a l a r i a l a c o s t a d e lo s b e n e f i c i o s . P o r lo t a n t o , e l r e s u l t a d o d e la l u c h a s e r á
u n a t e n d e n c i a i n e x o r a b l e a la s u b id a d e l n iv e l d e p r e c i o s . E s t o n o e s l o m i s m o q u e
d e c i r q u e l a p r e s i ó n s a l a r ia l s e a l a causa d e la in f la c ió n per se. L o s a u m e n to s d e lo s
s a la r io s y d e lo s p r e c io s e s tá n v in c u la d o s d e fo r m a in e x t r ic a b le y n o s o n m á s q u e s ín ­
t o m a s d e u n p r o b le m a e s tr u c tu r a l s u b y a c e n t e , d e f o r m a q u e l a te o r ía d e l a in f la c ió n
a lu d id a p o r l o s p o s t k e y n e s i a n o s p e r t e n e c e c la r a m e n t e a l m a r c o d e l a « t e o r í a d e l c o n ­
flic t o » .
L a in v e r s i ó n y l a d is t r ib u c ió n s o n d e t e r m in a n t e s f u n d a m e n t a l e s d e l c r e c i m i e n t o y
d e lo s c ic lo s e n la e c o n o m ía p o s t k e y n e s ia n a , y e s e n e sto s a s p e c t o s e n lo s q u e c e n tr a ­
■M -
■ m :
r e m o s a h o r a n u e s t r a a t e n c ió n .
ECONOMÍA POSTKEYNESIANA: HACIA LA COHERENCIA 625

3 .5 . C r e c im ie n t o y d in á m ic a s c íc lic a s

L a s d in á m ic a s d e l c r e c im ie n t o e m a n a n d e la p r e o c u p a c ió n d e l a e c o n o m ía p o s tk e y n e -
s ia n a p o r u n a e c o n o m í a q u e c r e c e a t r a v é s d e l t ie m p o e n e l c o n t e x t o d e l a h is t o r ia . L a
f ó r m u l a p a r a l a ta s a d e c r e c i m i e n t o d e l a r e n ta n a c í o n a l , G s!v, d o n d e G e s la ta s a d e
c r e c i m i e n t o , s e s la t e n d e n c i a m e d i a a a h o r r a r y v e s l a r e l a c i ó n c a p i t a l/ p r o d u c t o , e s e l
p u n t o d e p a r t id a . E s t a e x p r e s i ó n , q u e e x t i e n d e e l a n á l i s i s e c o n ó m i c o d e K e y n e s e n l a
Teoría general a l c a s o d e u n a « e c o n o m ía e n c r e c im ie n t o » , e s m o d if ic a d a p a r a to m a r
e n c u e n t a e l a r g u m e n t o d e q u e l a t e n d e n c ía m e d ia a a h o r r a r e s t á a f e c t a d a p o r 1 a d is t r i­
b u c i ó n d e l a r e n t a , p o r l o q u e l a s p r o p e n s io n e s m a r g i n a l e s a a h o r r a r d e l o s b e n e f i c i o s
y d e lo s s a la r io s d ífie r e n . L a p r o p o s ic ió n q u e s ig u e e s , e n to n c e s , q u e e l c r e c im ie n t o
e s t a b l e e n e l p le n o e m p l e o e s t á r e l a c i o n a d o d e f o r m a c r u c i a l c o n l a d i s t r i b u c i ó n y la
a c u m u l a c i ó n d e c a p i t a l. L a r e l a c i ó n b e n e f ic i o s / r e n t a a s e g u r a q u e l a p r o p e n s ió n m e d ia
a a h o r r a r ( e n s í m is m a u n a fu n c i ó n d e l a p r o p e n s ió n m a r g in a l a a h o r r a r a p a r tir d e l a r e n ta
c a p i t a l i s t a y d e la p a r t i c i p a c i ó n d e lo s b e n e f i c i o s ) e s t a l q u e s e p r o d u c e l a i g u a l d a d
e n t r e la s t a s a s d e c r e c im i e n t o n a tu r a le s y la s r e a li z a d a s . S e c o n s id e r a q u e , a l a r g o p la z o ,
¡a s a » Bsmmms-mmmm

lo s c a m b i o s e n l a d is t r ib u c ió n d e l a r e n t a p u e d e n p r o d u c ir y m a n t e n e r e l p le n o e m p l e o .
R o b i n s o n ( 1 9 5 6 , 1 9 6 2 ) y K a l e c k i ( 1 9 7 1 ) c r e y e r o n q u e la s s i t u a c i o n e s e s t a b le s a
l a r g o p l a z o n o t e n ía n u n a e x i s t e n c i a i n d e p e n d i e n t e e x c e p t o c o m o e s t a d o s i m a g i n a ­
r i o s q u e s ó l o p o d r ía n u t i l i z a r s e c o m o c o n v e n i e n t e s p u n t o s d e r e f e r e n c i a t e ó r i c o s . E n
e s t e p la n t e a m i e n t o , n o e s t a n t o l a d is t r ib u c ió n l o q u e d e t e r m in a e l c r e c i m i e n t o , s in o J a
in v e r s ió n y e l p r o g r e s o t é c n ic o ; e s p e c ia lm e n t e l a in v e r s ió n , q u e e s e l « m o t o r d e l c r e ­
c i m i e n t o » . R o w t h o r n ( 1 9 8 1 ) c o n t e m p l a Ja in v e r s i ó n b a s a d a e n a h o r r o s q u e g e n e r a n
b e n e fic io s e n fo r m a d e b e n e fic io s n o d is t r ib u id o s q u e f in a n c ia n l a in v e r s ió n ; e l p ro ­
..... c e s o d e c r e a c ió n d e b e n e fic io s s ó lo p u e d e e n te n d e r s e e n r e fe r e n c ia a l a f i ja c ió n d e
: p r e c i o s , d e f o r m a q u e , e n e s t e m o d e l o , e l c r e c i m i e n t o , l a d i s t r i b u c i ó n , l a a c u m u la c ió n
d e c a p i t a l y l a f i j a c i ó n d e l o s p r e c io s e s t á n t o d o s r e l a c i o n a d o s . U n e s t u d io m á s r e c ie n -

I
-r t e e n e l e s p í r i t u d e e s t e a n á l i s i s q u e i n c o r p o r a e l c a s o d e l a s e c o n o m ía s a b i e r t a s e s e l
:;f d e B h a d u r i y M a r g l in ( 1 9 9 0 ) ( v e r ta m b ié n M a r g l i n , 1 9 8 4 a ; y M a r g lin y B h a d u r i,

'ir 1 9 9 1 ) . E s t e m o d e l o d e m u e s t r a q u e , b a j o c ie r t a s c i r c u n s t a n c i a s , e l c r e c i m i e n t o b a s a d o
p e n l o s s a l a r i o s , m á s q u e e l c r e c i m i e n t o b a s a d o e n l o s b e n e f i c i o s j u n t o a u n a d is t r ib u ­
c ió n m á s j u s t a d e l a r e n t a , p r e s e n t a n m á s o p o r t u n i d a d e s d e l l e v a r a l a e c o n o m í a a l
i
626 CRÍTICA A LAECONOMÍA ORTODOXA

L a teoría de la «causalidad circular y acum ulativa» (M yrdal, 1939, 1957) se


esencialm ente en Ja interacción dinám ica entre el crecim iento de la inversión y el ¡je
la productividad, y está relacionado con el debate de las desigualdades y las diferencias
regionales en el desarrollo económ ico. E n este planteam iento, e l desarrollo industria
se explica por factores endógenos en un contexto dinámico, y no por la exógena «d 0t;i.
ción de recursos» (K aldor, 1970: 343). Los desarrollos recientes de la teoría del cre­
cim iento (Rom er, 1986; B aldw in, 1989) destacan el papel de las econom ías de escala
en el proceso de crecim iento. E l supuesto básico que se realiza es que los rendiniie n_
tos crecientes están causados en gran parte por el progreso tecnológico. Existen alerras
im plicaciones de este supuesto en términos de propiedades estables: cuando la elasti- -
cidad capital del producto es la unidad, los cambios exógenos en la'felación output/cápi-
tal tendrán un im pacto sobre la tasa de crecim iento, y el porcentaje de ahorros influirá
sobre la tasa de crecim iento. Por lo tanto, el ahorro asume un importante papel en ei
proceso de crecim iento, aunque queda aún pendiente el tem a de si las economías' de
escala son importantes al nivel de toda la econom ía (Baldw in, 1989: 257).
L a teoría postkeynesiana del ciclo parte del supuesto fundamental de que lo s ciclos
son inherentes a las economías capitalistas. Por ello, los ciclos se describen como fenó­
menos endógenos causados por el funcionamiento non n al d el sistema económ ico cap i-
talista (Kaldor, 1940; K alecki, 1971: cap. 11; Goodwin, 1967), con los shocks exógen os,
com o, por ejem plo, los cam bios en el precio del petróleo, percibidos bomo intensifi-
cadores de una inestabilidad endógena. Esta inestabilidad surge del im pulso tanto d elo s
productores com o de los inversores financieros de acum ular riqueza por sí m ism a. Por
lo tanto, no es ninguna sorpresa encontrar que la inversión, las expectativas y la dis­
tribución están en el centro de la teoría postkeynesiana de los ciclos.
E l modelo de K ald or (1940) ha influido en el análisis postkeynesiano de los ciclos.
Este m odelo depende de la intersección de relaciones de ahorros e inversión no linea­
les y de sus m ovim ientos causados por los cambios en el stock de capital. Estos erean
«equilibrios», tanto estables com o inestables, que son responsables de los m ov im ier-
tos cíclico s. E l m odelo sufre porque ignora el m ercado laboral. C o m o se construye
sólo alrededor del m ercado de productos, la posición negociadora y la fu erza de los
trabajadores son ignoradas. E ste es un aspecto predominante en la teoría de los ciclos
de Goodw in (1967), que se basa en las participaciones del capital y del trabajo para
explicar el com portamiento cíclico de la econom ía. L a lucha de clases por la distribu­
ción se limita exclusivam ente al m ercado laboral. N o hay problem as de dem anda agre­
gada por los que preocuparse, y a q u e Ja inversión siem pre se ajusta automáticamente
para vaciar e l mercado de productos. Tanto la inversión com o el output son variables
pasivas y acom odaticias. E l control sobre las decisiones de producción y de inversión,
que es un arma poderosa en m anos del capital en la lu cha de clases, está totalm ente :
ausente. M á s recientem ente, no obstante, Goodw in y Punzo (1987) han integrado ■ la '
dem anda efectiv a en el m odelo, y Skott (1989) ha am pliado el m odelo de G oo dw in
incorporando elementos keynesianos. E l mecanismo cíclico subyacente de este m ode­
lo presenta diferencias significativas respecto al original de G oodw in.
En cam bio, el m odelo de los ciclo s de K alecki (1971) se basa en la idea de que es •
el co m p o ^ m ien to cíclico del gasto en inversión lo que constituye la causa principal de
las fluctuaciones m acroeconómicas. E l supuesto simplificador de una econom ía cerrada'
se mantiene, junto con el supuesto kaleckiano estándar de que la propensión m arginal a
ECONOMÍA POSTKEYNESIANA: HACIA LA COHERENCIA 627


■ B a h o rrar a p artir d e lo s s a la r io s e s c e r o . E l m o d e lo d e K a l e c k i s e b a s a fu e r te m e n te e n e l s e c -
t o r r e a r p a r a e x p l i c a r l o s c i c l o s , d e l a m i s m a f o r m a q u e e l m o d e lo d e G o o d w i n e n f a t iz a
e l fu n c io n a m ie n t o d e l m e r c a d o la b o r a l. L o s d o s ig n o r a n l a s f u e r z a s m o n e t a r ia s , y M i n s k y
( 1 9 8 2 ,1 9 8 6 ) d a r a z ó n d e e lla s e n u n m o d e lo d e c ic l o s e m p r e s '.1 ? a le s q u e s e b a s a e n J a in te -
r ¿ c c ió n e n tr e lo s f a c t o r e s f i n a n c ie r o s y lo s r e a le s ( v e r t a m b ié n H u d s o n , 1 9 5 7 ) .

4. POLÍTICAS ECONÓMICAS

' L a é c o n o m í a p o s t k e y n e s i a n a e n f a t iz a l a in c e r t id u m b r e n o e r g ó d ic a , e l t i e m p o h is t ó r i-
í ^ e i r e a l i s m o c r í t i c o y l a r e l e v a n c i a . L a s e c o n o m ía s c a p i t a l i s t a s a v a n z a d a s s o n in h e -
| § ¡j] t é m e n te c íc lic a s e in e s t a b le s . P o r s í m is m a s , n o p u e d e n c o n s e g u ir y m a n t e n e r el
p ie r io e m p l e o d e l o s r e c u r s o s . E s t a s e c o n o m í a s e s t á n t a m b i é n d a ñ a d a s p o r l a s d e -
■. ig u a ld a d e s e n l a d is t r ib u c ió n d e l p o d e r d e m e rc a d o y , p o r lo ta n to , e n l a d e l a r e n ta y
“ d e la ■
r iq u e z a . L a s f u e r z a s d e m e r c a d o , s in t r a b a s , e n l u g a r d e r e d u c i r t i e n d e n a e x a ­
c e r b a r e s ta s i n e s t a b i l i d a d e s y d i f e r e n c i a s . L a s f u e r z a s d e l a c a u s a l i d a d a c u m u l a t i v a
f u n c i o n a n p l e n a m e n t e ( M y r d a l , 1 9 3 9 , 1 9 5 7 ; K a l d o r , 1 9 7 0 ) . E s t a s i n e s t a b i li d a d e s s e
, ¡ b u y e n a l c o m p o r t a m i e n t o d e l a i n v e r s i ó n p r i v a d a c o m o r e s u l t a d o d e l a s e x p e c t a t i-
, v a s y o o lá tile s y d e lo s im p r e d e c ib l e s á n im o s e m p r e s a r ia le s . P o r l o t a n t o , e x is t e u n e n o r -
m e íp ó t e n c ía l y u n a e n o r m e n e c e s id a d d e q u e lo s g o b ie r n o s i n i c ie n , m a n t e n g a n y a p liq u e n

A p o lít ic a s e c o n ó m i c a s .
■L a i n t e r v e n c ió n g u b e r n a m e n t a l p a r a e s t i m u l a r la d e m a n d a a g r e g a d a e s n e c e s a r ia
'e n p r i n c ip io p a r a a y u d a r a l a e c o n o m í a a c o n s e g u i r y m a n t e n e r e l p l e n o e m p l e o . S i n
e m b a r g o , e s t o p u e d e i n t e n s i f i c a r e l p o d e r d e l o s s in d i c a t o s y d e l o s t r a b a ja d o r e s e n e l
p lc íio e m p le o y g e n e r a r p r e s io n e s in fla c io n a r ia s . L a r e d u c c ió n , s i n o l a e lim in a c ió n ,
■ á e'esfa s p r e s i o n e s r e q u e r ir ía l a e x i s t e n c i a d e u n a p o l í t i c a d e r e n t a s . E l c o n s e n s o s o c i a l
s ó b r e l a p a r t i c i p a c i ó n e n l a s r e n t a s y l a p a r t ic ip a c i ó n d e l o s t r a b a ja d o r e s e s u n a c o n d i­
c ió n sine-q'ua n o n p a r a q u e e x i s t a n p o l í t i c a s « d e p l a n i f i c a c i ó n d e r e n t a s » . L o s p r o b le ­
m a s d e l a b a l a n z a d e p a g o s p u e d e n a p a r e c e r e n e l p le n o e m p l e o o i n c u s o a n te s d e q u e
é ste s e c o n s i g a ( T h i r l w a l l , 1 9 8 0 ) . U n a in v e s t i g a c i ó n y d e s a r r o llo in a d e c u a d o s q u e p r o -
v o q u e n i n s u f i c i e n t e i n n o v a c i ó n e i n v e r s i ó n , J a f a l t a d e u n a f u e r z a d e t r a b a j o b ie n f o r -
m a d á y e x p e r i m e n t a d a , u n a c a p a c i d a d i n s u f i c i e n t e e in a d e c u a d a o , i n c l u s o u n a o f e r t a
d e s e q u il ib r a d a , s o n l i m i t a c i o n e s p o t e n c i a l e s a d ic i o n a l e s . E s t o s u p o n e q u e e s n e c e s a -
■ i i n t r o d u c ir a l g ú n t ip o d e c o n t r o l d e l a in v e r s ió n p a r a e l i m i n a r e s t a s l i m i t a c i o n e s .
1 te p u e d e ■
t o m a r l a fo r m a d e s o c ia liz a c ió n d e l a in v e r s ió n , c o m o e n K e y n e s (1 9 8 0 ):

: ;■: ■
■S i d o s tercios o tres cu a rta s p a rle s de la in v e rs ió n to tal e s lle v a d a a ca b o o p u e d e ser
: ' i í l . l n f l u i d a p o r s o c ie d a d e s p ú b lic a s o s e m i p ú b lic a s , un p r o g r a m a d e c a rá c te r e sta b le a
í i i r ; v - Ja r g o p la z o d e b e r ía ser c a p a z d e r e d u c ir el in te rv a lo p o te n c ia l d e flu c tu a c io n e s hasta
r lím ite s m u c h o m á s e stre ch o s q u e antes, c u a n d o u n m e n o r v o lu m e n d e in v e rsió n e sta -
A; í ;; ;■. b a b a jo c o n tr o l p ú b lic o e in c lu s o e sta p a rte te n d ía a s e g u ir , m ás q u e a c o rre g ir, las
flu c tu a c io n e s d e la in v e r s ió n en e l s e c to r e s tric ta m e n te p riv a d o {p . 3 2 2 ).

L a s o c ia liz a c ió n d e l a in v e r s ió n , p o r ta n to , es p o t e n c ia lm e n t e c a p a z d e r e lle n a r e l
i c í o d e ja d o p o r l a in v e r s i ó n p r i v a d a d e b id o a la s p e n e tr a n te s in c e r t id u m b r e s a la s q u e
s e e n fr e n t a n l o s in v e r s o r e s e n r e l a c i ó n a l r e n d im ie n t o e c o n ó m i c o e n e l fu t u r o . D e e s t a
1 "n ía , l a s o c i a l i z a c i ó n d e l a in v e r s ió n e s v i s t a c o m o u n m e d io p a r a r e d u c ir l a in c e r t i-
628 CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

dumbre a través de la creación de un entorno económico más estable. Sin embargo,


incluso así es posible que el control de Ja inversión en sí mismo no sea efectivo si no
se asegura la cooperación del movimiento sindical. D e hecho, los sindicatos sólo esta­
rían dispuestos a cooperar si se les incluyera en el proceso de torna de decisiones. La
consecuencia es que el tipo de socialización de la inversión concebido proporcionaría
un papel activo no sólo a los gobiernos, sino también a los trabajadores y a los sindi­
catos (Harcourt, 1977, 1986, 1992; Arestis, 1992: cap. 10).
Existen varias limitaciones asociadas a estas recetas de política económica. Está
el funcionamiento de las corporaciones transnacionales y de los centros financieros
internacionales, que pueden imponer limitaciones considerables a la aplicación del tipo
de políticas económicas a las que se refiere el análisis económico postkeynesiano (la
experiencia del Reino Unido después de la Segunda Guerra Mundial es un ejemplo
excelente en este contexto). Es, por lo tanto, muy importante que los gobiernos esta­
blezcan controles sobre las operaciones de los centros transnacionales y financieros.
L a liberalización del mercado financiero y las políticas de estabilización del tipo F M I
han producido un entorno en el que lo que importa son las políticas deflacionarias para
mantener la «confianza» de los mercados financieros. Inevitablemente, se han mate­
rializado altos niveles de desempleo y efectos distribucionales no deseados, especial­
mente en los P M D [Países Menos Desarrollados] (Arestis y Demetriades, 1993) sin
ningún signo de que la liberalización financiera o las políticas tipo F M I hayan tenido
éxito ni remotamente en términos de producir altas tasas de crecimiento sostenibles.
Los decisores en política económica deberían intentar afectar directamente al ámbito de
la regulación del capital internacional, así como los flujos comerciales. T al esfuerzo
podría también aliviar los problemas de la balanza de pagos (Christodoulakis y Godley,
1987). Keynes (1980) propuso controles permanentes del capital, tanto hacia dentro
como hacia fuera, para tratar situaciones en las que los financierosinternacionales se
hacen indomables. También insistió en que el sistema financiero en su totalidad debe­
ría ser sometido a un control permanente, y planteó la idea de la planificación para
organizar todo el sistema internacional (ver también Hicks, 1985). En este sentido, la
coordinación internacional de la política económica, especialmente entre Jos princi­
pales países industrializados, adopta una importancia principal.
Otra limitación potencialmente grave sobre este tipo de política económ ica es su
fuerte dependencia de la cooperación y el consenso social entre el trabajo, la industria
y el Estado. Este consenso puede ser difícil de conseguir a la vista de la reciente des­
regulación del mercado laboral. Existen ejemplos de países donde los intentos de rea­
lizar tales consensos no siempre han tenido éxito (por ejem plo, el R eino U n id o);
igualmente, existen economías que han tenido más suerte con estos esfuerzos (Austria
y los países escandinavos son buenos ejemplos en este contexto). Vale la pena tomar en
consideración la experiencia y los arreglos institucionales de los países del segundo
grupo, ya que proporcionan algunas pruebas de que el consenso, por lo menos poten­
cialmente, es posible. Hay evidencia adicional de que una mayor participación de los
trabajadores en la toma de decisiones es un detenninante importante de los aumentos
de productividad. D e fonna que las empresas que adoptan la «participación de los tra­
bajadores» corno una política consciente experimentan mejores resultados (en términos
de ventas, crecimiento, rentabilidad y también de efectividad general) que empresas
similares que no siguen estas políticas (Hodgson, 1984).
ECONOMÍA POSTKEYNESIANA: HACIA LA COHERENCIA 629

p fu a lm e n te , la in t e m a c io n a liz a c ió n y la g lo b a liz a c ió n d e l c a p ita l ta n to fin a n c ie r o


c o m o in d u s tr ia l h a n im p u e s t o lim it a c io n e s a d ic io n a le s a l o s p a í s e s in d iv id u a le s e n l a a p li­
c a c i ó n d e p o lít ic a s e c o n ó m i c a s . E s t e t ip o d e e v o l u c i o n e s , n o o b s t a n t e , i n d i c a n q u e la s
p o l í t i c a s e c o n ó m i c a s t e n d r ía n u n a m a y o r o p o r tu n id a d d e é x it o s i fu e r a n e x p l í c i t a y f i r ­
m e m e n t e « i n t e m a c i o n a l i s t a s » ( R a d i c e , 1 9 8 9 ) . U n m u y b u e n e j e m p l o e n e s t e s e n t id o
e s la p r o p u e s t a d e u n a c o la b o r a c i ó n y c o o r d i n a c i ó n m á s c e r c a n a d e la s p o l ít ic a s m a c r o -
e c o n ó m ic a s e n t r e l o s E s t a d o s m ie m b r o s d e l a U n i ó n E u r o p e a .

5. R e s u m e n y c o n c l u s io n e s

E s t e a r t íc u l o h a in t e n t a d o i d e n t i f i c a r l o s i n g r e d i e n t e s m e t o d o l ó g i c o s y t e ó r i c o s p r i n ­
c ip a le s d e l a e c o n o m í a p o s t k e y n e s ia n a . H a in t e n t a d o m o s t r a r q u e e s t a f o r m a d e p e n s a r
s o b r e c ó m o fu n c io n a la e c o n o m ía g ir a s o b r e u n corpus d e m é to d o y te o r ía q u e re p re ­
s e n t a u n a f o r m a c o h e r e n t e d e a n a l iz a r l o s f e n ó m e n o s e c o n ó m i c o s . D e h e c h o , n o s g u s ­
t a r ía a c a b a r e s t e a r t í c u l o s u g ir ie n d o q u e l a e c o n o m í a p o s t k e y n e s i a n a h a l l e g a d o a u n
m o m e n to d e s u e v o lu c ió n q u e le d a d e r e c h o a c o n fir m a r s u c o h e r e n c ia in te r n a (v e r
t a m b ié n A r e s t i s , 1 9 9 2 ; B o t r i s , 1 9 8 6 ) .
E x i s t e n , s in e m b a r g o , á r e a s q u e a ú n e s t á n s u b d e s a r r o l l a d a s o q u e n e c e s i t a n s e r
d e s a r r o lla d a s . L a e le c c i ó n d e l c o n s u m id o r y e l c o m p o r t a m ie n t o h u m a n o s o n q u iz á
I q s e j e m p l o s m á s c la r o s . A p o r t a c i o n e s r e c i e n t e s d e E i c h n e r ( 1 9 9 1 ) y L a v o i e ( 1 9 9 4 ) ,
q u e h a n id e n t if ic a d o v a r io s p r in c ip io s s o b r e lo s q u e c o n s t r u ir u n t r a b a jo e n e s t e s e n ­
t id o , re p r e s e n ta n u n p a s o im p o r ta n te e n la d ir e c c ió n c o r r e c ta . S e n e c e s ita u r g e n te ­
m e n te in v e s tig a c ió n a d ic io n a l s o b re c ó m o d e b e r ía m o ld e a r s e l a o fe r ta a g r e g a d a si
s e r e c h a z a l a m a x im iz a c ió n d e l b e n e fic io (v e r , n o o b s t a n t e , E ic h n e r , 19 7 6 , 1991 ).
L a e c o n o m í a in t e r n a c io n a l y l a e c o n o m í a d e l o s p a í s e s e n d e s a r r o l lo d e b e r ía n t a m b ié n
m e n c i o n a r s e e n e s t e c o n t e x t o , a u n q u e d e b e d e c i r s e q u e e n e s t o s á m b it o s s e h a n h e c h o
c ie r t o s p r o g r e s o s : A r e s t is y M ilb e r g (1 9 9 3 -4 ) y C o w l i n g y S u g d e n (1 9 9 4 ) s o n b u e ­
n o s e je m p lo s e n e l c a s o d e l a e c o n o m ía in t e r n a c io n a l, y D u tt (1 9 9 0 ) e n e l c a s o d e la
e c o n o m í a d e l o s p a í s e s e n d e s a r r o l l o . U n á m b it o r e l a c i o n a d o e n e l q u e s e n e c e s i t a
m á s in v e s t ig a c ió n e s e l d e l a d im e n s ió n in t e r n a c io n a l d e l a g e s t ió n d e l a d e m a n d a
r e s u lta n te d e lo s e fe c t o s d e la in t e r a c c ió n N o r t e - S u r s o b r e lo s p r e c io s d e la s m e r ­
c a n c ía s p r im a r ia s , s ig u ie n d o e l in ic io m a r c a d o p o r K a le c k i (1 9 7 1 ) y K a ld o r (1 9 7 6 )
y c o n tin u a d o p o r T h i r l w a l l ( 1 9 8 0 ) - v e r t a m b ié n B e c k e r m a n y J e n k i n s o n , 1 9 8 6 - . E s
s o r p r e n d e n t e e l h e c h o d e q u e , a u n q u e l a p o l í t i c a m o n e t a r i a p o s t k e y n e s i a n a h a s id o
in v e s tig a d a d e fo r m a m u y s u s ta n c ia l, la te o r ía fin a n c ie r a e s tá aú n b a s ta n te su b d e sa ­
r r o l l a d a . N o o b s t a n t e , e x i s t e n i n d i c a d o r e s q u e s e ñ a la n h a c i a d i r e c c i o n e s q u e p u e d e n
s e r s e g u i d a s f r u c t í f e r a m e n t e ( v e r p o r e je m p lo D a v i d s o n , 1 9 8 8 b ; y F i n d l a y y W i l l i a m s ,
1 9 8 5 ). T a m b ié n e s s o r p r e n d e n te , d e n tro d e la e c o n o m ía m o n e t a r ia , l a a u s e n c ia d e l
d e s a r r o l l o d e l r o l d e l a p o l í t i c a m o n e t a r ia versus l a p o l ít ic a f i s c a l e n lo s d e s r e g u la d o s
m e r c a d o s fin a n c ie r o s in t e r n a c io n a le s , u n á r e a e n la q u e d e b e e m p r e n d e r s e la in v e s ­
t ig a c ió n d e fo r m a u r g e n te .
E s t o s s o n a lg u n o s e je m p lo s q u e d e s t a c a n e l h e c h o d e q u e e x i s t e n a ú n m u c h o s á m b i­
t o s q u e p la n t e a n i m p o r t a n t e s p r o b le m a s p a r a l a t e o r í a p o s t k e y n e s i a n a . P e r o e l p r o g r e ­
s o c o n s i d e r a b l e q u e s e h a r e a l i z a d o e n lo s ú l t i m o s a ñ o s j u s t i f i c a a m p l i a m e n t e l a
a f i r m a c i ó n d e q u e l a e c o n o m í a p o s t k e y n e s ia n a h a p r o g r e s a d o m á s a l l á d e o f r e c e r m e r a ­
m e n t e u n a c r í t i c a d e la e c o n o m í a c o n v e n c i o n a l y , ta l y c o m o e s t e a r t í c u l o p r e t e n d e
630 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

demostrar, ha llegado ahora al punto de constituir un enfoque positivo c a ra cte riz a ^


por la coherencia interna.

6. B ib l io g r a f ía

A restis , P. (1989). «On the post Keynesian challenge to neoclassical economics: a compldc
quantitatíve macro model for the UK economy». Jo u rn a l o f P ost K eyn esia n E con om ics;
vol. 11, n° 2, verano.
— . (1990). «Post-Keynesianism: a new approach to economics». Review o f Social E con om rny;
otoño.
— . (1992). T h eP o st-K eyn esia n Approach to Econom ics: A n Alternative A n a lysis o f E c o n o m ic ' W
Theory and P o licy. Aldershot: Edward Elgar. ■■
ARESTIS, P.; D r iver , C. (1980). «Cionsumption out of different types o f income in the UK->.

Bulletin o f E con om ic R esea rch , noviembre.
A r estis , P.; S a w y e r , M . C . (1992). A B iog ra p h ica l D ictio n a ry o f D isse n tin g E con om ists,
Aldershot: Edward Elgar.
A restis , P.; D emctriades , P. (1993). «Financia] liberaiisalion and economic development». En:
Arestis, P. (ed.). M o n ey and Ban king: Issu es f o r the T w enty-First C en tu ry. Londres:
Macmillan.
A restis , P.; SKOIT, P. (1993). «Conflict, wage relativities and hysieresis in U K wage determi-
nation»t Jo u rn a l o f P o st Keynesian Econ om ics , primavera.
A restis , P.; M ilberg , W. (1993-1994). «Degree of monopoly, pricing flexible exchange rates».
Jo u rn a l o f Post K eynesian E con om ics, invierno.
A sim akopülos , A . (1975). «A Kaleckian theory o f income distribution». Canadian J o u m a lo f
E con om ics, agosto.
— . (1997). «Profits and investment: a Kaleckian approach». En: Harcourt, G . C . (ed.). The
M io v e c o n o m ic Foun dations ofM a croecon om ics . Londres: Macmillan.
— . (1983). «Kalecki and Keynes on finance, investment ans saving». Cam bridge J o u m a lo f
E con om ics, setiembre-diciembre.
BALDWIN, R . (1989). «The growth effects of 1992». E con om ic P o lic y , octubre.
B eckerm an , W.; J enkinson , T. (1986). «What stopped the inflaction? Unemployment or com-
modity process?». E con om ic Jo u rn a l, diciembre.
B ha d ur i , A.; M a rg lin , S. A . (1990). «Unemployment and the real wage: üie econornic basi s
for contesting political ideologies». Cam bridge Jo u m a l o f Econom ics, vol. 14.
B ortis , H. (1986). «An Essay on Post-Keynesían Economics». Friburgo, Suiza, mimeo. !
C a ra belli , A . M . (1988). 0 n K eyn es's M ethod. Londres: Macmillan.
C arvalho , E (1984-5). «Alternative analices o f short and long run in post Keynesian econn-
mics». Jo u m a l o f Post K eyn esia n Econom ics, invierno.
— . (1990). «Keynes and the long period». Cam bridge E con om ic Jo u rn a l, vol.14.
— . (1993). M i: K eynes a n d the P o st Keynesians . Aldershot: Edward Elgar.
C h ick , V . (1986). «The evolution o f the banking system and the theory o f saving, investment
and interest». E co n om ies et Societes, C a h ie rs de l ’JS M E A , Serie M on n a ie et Produciion,
n° 3.
— . (1989). «The evolution o f the banking system and the theory of monetary policy». UniversUy
C o lleg e Lo n d o n D iscu ssio n P a p ers in Econom ics, n° 89/03. ■:
C hristo do ulakis , N.; G o d ley , W. A . H. (1987). « A Dynamic model for the análisis o f trade
policy options». Jo u rn a l o f P o lic y M odelling, n° 9.
COWLING, K .; S u g d e n , R . (1994). B eyond Capitalism . Londres: Francis Pinter.
C ow ling , K .; W aterson , M . (1976). «Price-cost margins and market structure». E co n o m ics,
agosto.
W ~
ECONOMÍA POSTKEYNESIANA: HACIA LA COHERENCIA 631

D a v i Ds o n , P . (1 9 7 8 ). M oney in the R ea l World, 2‘ e d . L o n d re s : M a c m illa n .


___ . (1 9 8 6 ). « F in a n c e , fu n d in g , s a v in g a n d in v e s tm e n t» . Jo u m a l o fP o s t Keynesian Econom ics,
o to ñ o , v o l. 9 , n ° l .
— . (19 88 a). « A te c h n ic a l d e fin itio n od u n c e rta in ty an d th e lo n g -r u n n o n -n e u tra lity o f m o n e y » .
: Cambridge Jo u m a l o f Econom ics, v o l. 12.
. — . (1 9 8 8 B ). « F in a n c ia l m a r k e ts , in v e s tm e n t and e m p lo y m en b > . E n : K r e g e l, J . A .; M a tz n e r , E .;
R o n c a g lia , A . (e d s.). Barriers lo Ful/ Employment. L o n d r e s : M a c m illa n .
(1 9 9 2 ). « T h e A s ir n a k o p u lo s V ie w o f K e y n e s ’s G e n e r a l T h e o r y » . P r e s e n ta ció n le íd a e n la
.
c o n fe r e n c ia Employment, Distribution am i M arkets L e v y In s titu te , B a r d C o l le g e , N u e v a
Y o r k , 2 4 - 2 6 d e sep tiem b re .
i DAVJS, J . B . (1993). Keynes's Philosophica! Developmeni. Crunb rid ge: C a m b rid g e U n iv e rsity P ress.
■" ; D o w , A . C .; D o w , S . C . (1989). « E n d o ge n o u s m o n ey cratio n a n d id le b a la n c e s» . E n : P heb y, J . (ed.).
.. New Directíons in Post-Keynesian Econom ics. A ld e r s h o t: E d w a r d E lg a r .
D o w , S . C . (1 9 8 5 ). M a croecon om ic Thought: A M eth o d o lo g ica l A p p roa ch . O x f o r d : B a s ií
B la c k w e ll.
___ . (1 9 9 0 ). « B e y o n d Dualism >>. Cam bridge Jou rn al o f Econom ics, v o l . 14.
D U T I , A . K . ( 1 9 9 0 ). Growth, Distribution and Uneven Developm ent. C a m b r id g e : C a m b r id g e
U n iv e r s ity P ress.
E Á r ^ ^ U ., J . (1 9 8 3 ). « T h e o rie s o f v a lu e , o u tp u t and em p lo y m en b > . E n : E a tw e ll, J . ; M ilg a t e , M .
(ed s.). Keynes's Economics and the Theory o f Value and Distribution. L o n d re s : D u c k w o r th .
EiC^ffljR, A . S . (1973). « A th eo ry o f the d eten n ina tio n o f the m a rk u p A n d e r o lig o p o ly » . Economic
Jo u m a l, d ic ie m b r e .
n
— . (1976). T h eM egacorp and O ligopoly: M icro Fou datíons o fM a cro D y ia m ics. C a m b rid g e :
C a m b r id g e U n iv e r s ity P re ss.
(_'■ — .
(1 9 9 1 ). The M acrodynam ics o f Advanced M arket Econom ies A r m o n k , N e w Y o r k : M . E .
Á ,- S h ap e, In c .
. ElCHNER, A . S .; K regel, J . A . (1 9 7 5 ). « A n E s s a y on p o s t-K e y n e s ia n th e o ry : a n e w p a r a d ig m in
Sj . s e c o n o m ic s » . Jo u m a l o f Econom ic U teralure, d ic ie m b r e .
' ' FtNDLAY, M . C .; W il l ia m s , E . E . (1 9 8 5 ). « A p o s t-K e y n e s ia n v ie w o f m o d e r n fin a n c ía l e c o n o -
m ic s : in s e a r c h o f altern a tiv e p ara d íg rn s». Jo u m a l o f Business Finance andAccounting, pri-
L-; m avera.
G aregnani , P . (1 9 7 8 ). « N o t e s o n c o n su m p tio n , in v estm e n t a n d e ffe c tiv e d em a n d : I » . Cambridge
\• Jo u rn a l o f Econom ics, v o l. 2 .
í — (19 78 ). « N o t e s o n c o n s u m p tio n , in v e s tm e n t a n d e ffe c tiv e d em a n d : II» . Cam bridge Jou rn al
" , o f Econom ics, v o l . 3 .
G o o n w m , R . M . (19 67 ). « A g r o w t h c y c l e » . E n : F e in s te in , C . H . (ed .). Capitalísm andEconom ic
' Growth. C a m b r id g e : C a m b r id g e U n iv e r s it y P re ss.
GOODW IN , R . M .; P U N Z O , L . F . (1987). The D ynam ics o f a Capitalisl Econom y. O x f o r d : B a s íl
B la c k w e ll.
G razia NI, A . (19 89 ). « T h e th eo ry o f th e m o n e ta ry cir c u it» . Thames Papers in Political Economy,
- ; p rim a v e ra .
' H ^ m o u d a , O . F .; H arcourt, G . C . (1 9 8 8 ). « P o s t-K e y n e s ia n is m : fro m c riticism to c o h e r e n c e ? » .
' Bulletin o f Econom ic R esearch, e n e r o . R e im p r e s o e n : P h e b y , J . ( e d .). New D irections in
Post-Keynesian Econom ics. A ld e r s b o t: E d w a r d E lg a r .
; S fr HARCO URT, G . C . ( 1 9 6 5 ). « A tw o s e c to r m o d e l o f th e d is tr ib u tio n o f in c o m e and th e le v e l o f
' e m p lo y m e n t in the s h o r t-ru n » . Econom ic Record, m a r z o . R e im p r e s o e n : H a r c o u r t, 19 82 .
, — . (1977). « T h e theo retica l a n d s o c ia l s ig n ific a n c e o f the C a m b r id g e co n tro ve rsie s in the theory
; ' o f c a p ita l» . R evue d'econom ie Politique, v o l. 87. R e im p r e s o en: H a rc o u rt, 19 82 .
' — (1982). 77te Social Science Imperialists: Selected essays. E n : K err, P . (ed .). L o n d re s: R ou tled ge
& K e g a n P a u l.
632 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

H arcourt, G . C . ( 1985). « P o s t K e y n e s ia n is m : Q u it e w r o n g and/or n o th in g n e w » . E n : A r e stis, P.-


S k o u r a s , T . ( e d s .) . P o st-K eyn esia n T h eory: A C h a llen g e to N e o -C la ssic a l E c o n om ic s .
B r ig h to n : H a r v e s te r W h e a t s h e a f.
— . (1 9 8 6 ). « M a k in g s o c ia lis m in y o u r o w n c o u n tr y » . E n : H a m o u d a , O . F. (e d .). Controversias
in P o litica l E co n o m y: Selected E ssa ys by G .C . H arcourt . B r ig h t o n : W h e a t s h e a f B o o k s .
—. ( 1 9 8 7 ). « T h e o r e tic a l m e th o d s an d u n fin is h e d b u s in e s s » . E n : R e e s e , D . A . ( e d .) . The Legacy
o f Keynes. L o n d r e s : H a r p e r an d R o w .
— . (19 91 ). « R e s e ñ a d e Collected Works by M ichal Kalecki, Volume 1: Capitalista Business Cycles
and F u ll Employment. O s ia t y n s k í, J . ( e d .)» . Econom ic Journ al, n o v ie m b re .
— . ( 1 9 9 2 ). « M a r k e t s , M a d n e s s and a M id d l e W a y » . E n : The Seco n d D o n a ld H o m e Address.
N a t io n a l C e n t r e fo r A u s tr a lia n S tu d ie s , M o n a s h U n iv e r s ity .
HARCOURT, G . C .; K enyon , P . (1 9 7 6 ). « P ric in g a n d the in v e s tm e n t d e c is io n » . Kyklos, v o l. 2 9 , f . 3,
H lC K S , J . R . ( 1 9 7 7 ). Econ om ics Perspectivas: Further E ssa ys on M oney and Growth. O x fo r d :
O x f o r d U n iv e r s ity P r e s s .
— . ( 1 9 8 2 ). M oney, Interest a n d W age s, Col!ected E ssa ys on Econom ic Theory, v o l . 2 . O x fo r d :
O x f o r d U n iv e r s ity P r e s s . ;
— . (1 9 8 5 ). « K e y n e s a n d th e W o r ld E c o n o m y » . E n V ic a r e ili, F . (e d .). Keynes's Relevance Today.
L o n d r e s : M a c m illa n .
H od gson , G . M . ( 1 9 8 4 ). The Dem ocratic Econom y. H a r m o n d sw o rth : P e n g u in .
— . ( 1 9 8 8 ) . E co n o m ics an d Institutions: A M a n ife sto fo r a M odern Institutional Econom ic s.
C a m b r id g e : P o lit y P r e s s .
H udson , H . R . ( 1 9 5 7 ). « A M o d e l o f the tra d e c y c l e » . E con om ic Record , d ic ie m b r e .

mmm
K ahn , R . F . ( 1 9 5 8 ). « M e m o r á n d u m o f E v i d e n c e » , p re se n ta d o a l R a d c l i f f e C o m m it t e e o n the
W o r k in g o f th e M o n e t a r y S y s te m , P r in c ip a l M e m o r a n d a o f E v id e n c e . R e im p r e s o en: K a h n ,
R . F . (1 9 7 2 ). Selected Essays on Employment and Grow th. C a m b r id g e : C a m b r id g e U n iv ersity
P r e s s.
KALDOR, N . ( 19 40 ). « A m o d e l o f th e trad e c y c le » . Econom ic Jo u r n a l, m a r z o .
—. ( 1 9 6 0 ). E ssa y s on E con om ic Stability and Grow th. L o n d r e s : D u c k w o r th . ■
— . ( 1 9 6 6 ). C a u se s o f the Slow Rate o f E con om ic Growth o fth e U nited Kingdom . C a m b r id g e :
C a m b r i d g e U n iv e r s ity P r e s s .
— . ( 1 9 7 0 ). « T h e c a s e fo r r e g io n a l p o lic ie s » . Scottish Journ al o f Political Econom y, n o v ie m b re .
— . ( 1 9 7 6 ) . « I n f la t io n a n d r e c e s s io n in th e w o r ld e c o n o m y » . E con om ic Jo u rn a l, d ic ie m b r e .
— . ( 1 9 8 5 ). E con om ics without Equilibrium . C a r d iff: U n iv e r s ity C o l l e g e C a r d i f f P r e s s.
K a l e c k i, M . ( 1 9 5 4 ) . T heory o f E con om ic D yn a m ics: A n E s sa y 011 C y c lic a l an d Lon g-R u n
Changes in Capitalist Econom y. L o n d r e s : U n w in U n iv e r s ity B o o k s .
— . ( 1 9 6 9 ). Studies in the T h eoiy o f B u siness C y c le s : 1 9 3 3 -1 9 3 9 . L o n d r e s : B a s il B l a c k w e lk
— . (1 9 7 1 ). Selected Essa ys on the Dynam ics o fth e Capitalist Economy, 1 9 3 3 -1 9 7 0 . C a m b r id g e :
C a m b r id g e U n iv e r s it y P r e s s.
K eyn es, J . M . ( 1 9 3 6 ) . The G e n e ra l Theory o f Em ploym ent, Interest an d M o n e y . L o n d r e s :
M a c m i lla n .
— . (1 9 7 3 ). The G en era l Theory and After. C o l le c t e d W r itin g s , v o l. X I V . L o n d r e s : M a c m illa n .
,
— . (1 9 8 0 ). Activities 1 9 4 0 -1 9 4 6 : Shapíng the Post-War World: Employment. C o lle c te d W ritin g s,
v o l. x x v i i. L o n d r e s : M a c m i lla n .
KREGEL, J. A . (1 9 7 6 ). « E c o n o m ic m e th o d o lo g y in the fa c e o f u n ce rta in ty : the r n o d e llin g m eth o d s
o f K e y n e s a n d the p o s t K e y n e s ia n s » . Econom ic Jou rn a l, j u n i o . •
— . ( 1 9 8 0 ). « M a r k e t s a n d in s titu tio n s as fe a tu r e s o f a c a p ita lis t p ro d u c tio n s y s te m » . Jo u rn a l o f
P o s t Keynesian E co n om ics, o to ñ o .
— . (1 9 8 4 -5 ). « C o n s tr a in ts o n o u tp u t an d e m p lo y m e n t» . Jou rn a l o f P ost Keynesian Econom ics,
in v ie r n o , v o l . 7 , n ° 2.
— . ( 1 9 8 6 ) . « A n o te o n f i n a n c e » . Jo u rn a l o fP o s t Keynesian E co n o m ics, o to ñ o , v o l . 9, n ° l .
ECONOMÍA POSTKEYNESIANA: HACIA LA COHERENCIA 633

K regel, J . A . { l 9 8 7 ) . « R a tio n a l sp irits a n d the p o s t K e y n e s ia n r n a c ro th e o ry o f rn ic ro e c o n o -


m iCS>>. D eEconomist, v o l. 13 5 , n ° 4 .
L aVO!E , M . (1 9 9 3 ). Foundations of Post-Keynesian Economic Analysis. A ld e rs h o t: E d w a r E lg a r .
- . ( 1 9 9 4 ) . « A p o s t K e y n e s ia n a p p r o a c h to c o n s u m e r c h o i c e » . Journal of Post Keynesian
Economics, v e r a n o , v o l. 16, n ° 4.
L a w s o n , T . ( 1 9 8 3 ) . « D if f e r e n t a p p r o a c h e s to e c o n o m ic m o d e llin g » . Cambridge Journal of
Economics, m a r z o .
(1989). « R e a lism and in stm m entalísm in th e d ev elo p m en t o f e co n o m e trics» . O>;fordEconomic
papers, enero. R e im p r e s o en: D e M a r c h i, N .; G ilb e r t, C . (ed s.). TiteHistory andMetldology
of Econometrics. O x f o r d : O x fo r d U n iv e r s ity P re s s.
— . (1 9 9 0 ). « R e a lis m , c lo s e d syste m s and e x p e c ta tio n s » . M im e o .
Handbook of
____( 1 9 9 4 ). « M e t h o d o lo g y » . E n : H o d g s o n , G . ; T o o l, M .; S a m u e ls , W . J . ( e d s .).
Evoliftionary and Institutional Economics. A ld e r s h o t: E d w a r E lg a r .
LEONTIBF, W . (19 51 ). The Structure ofAmerican Ecanomy 1919-1939.2' e d ., N u e v a Y o r k : O x fo r d
U n iv e r s it y P ress.
L W .; C a r t e r , A . P .; PETRI, P . A . (1 9 7 8 ). The Future of the World Economy. A United
e o n t je f ,

Nations Study. O x fo r d : O x fo r d U n iv e r s iiy P ress.


M ARGLIN, S . A . (19 8 4 a). Growth, Distribution and Prices. C a m b r id g e , M a s s .: H a rva rd U n iv e r sity
P r e s s.
___ . (1 9 8 4 b ). « G r o w th , d istrib u tio n a nd in fla tio n : a c e n te n n ia l s y n th e s is » . Cambridge Journal
of Economics, v o l . 8.
MARGLIN, S . A .; BH A DU Rl, A . (19 91 ). « P ro fit sq u e e ze and K e y n e s ia n th eo ry» . E n : N e ll y S e ^ l e r ,
1991.
M in sk y , H . P . (1 9 7 5 ). John Maynard Keynes. L o n d r e s : M a c m illa n .
___ . (1 9 8 2 ). Can «it» Happen Again? Essays 011 lnstability and Finalice. A r m o n k , N e w Y ork:
M . E . Sh arp e.
— . (1 9 8 6 ). Stabilizing an Unstable Economy. N e w H a v e n y L o n d r e s : Y a le U n iv e r s ity P r e s s.
M o O R E , B . J . (1 9 8 ) . Horizontalists and Verticalists: the Macroeconomics of Credit Money.
C a m b r id g e : C a m b r id g e U n iv e r s ity P r e s s .
M y Monetary Equilibrium. L o n d r e s : W illia r n H o d g e .
R d a L, G . (1 9 3 9 ).
— . (1 9 5 7 ). Economic Theory and the UnderdevelopedRegions. L o n d r e s : D u c k w o r rth .
Grcnvth, Profits and
N E l , E . J . (1 9 8 0 ). « T h e r e v iv a l o f p o lític a ! e c o n o m y » . E n p y e l l , E J . (e d .).
Ptvpei'ty.' Essays in theRevival ofPolitical Eco/IraínyLGam bridge: C a m b rid g e U n iv ersity Press.
N e l l , E . J . ; S e m m le r , W . (1 9 9 1 ). NicholasKaldorijitdMainstreamEconomics: Confrontaron
or Convergence? L o n d re s: M a c m illa n . ^
O ’ D o n n e l l , R . M . (19 89 ). Keynes: Philosophy, Economics and Politics. L o n d re s : M a c m illa n .
P a r g u e z , A . (1 9 8 4 ). « L a d y n a m íq u e d e la r n o n n a ie » . Économies et Sociéiés, SerieMonnaieet
production, n ° l .
P A S IN E T , L . L . (1974). Gimvth andIncome Distribution: Essays in E c o n o m ic Theory. C a m b rid g e ;
C a m b r id g e U n iv e r s ity P re s s.
— . (1 9 8 1 ). Structural Change and Economic Growth: A Theoretical Essayan the Dynamics of
the Wealth ofNations. C a m b r id g e : C a m b r id g e U n iv e r s ity P r e s s.
R A D iC E , H . (1 9 8 9 ). « B r itís h c a p íta iis m in a c h a n g in g g lo b a l e c o n o m y » . E n : M a c E w a n , A .; T a b b ,
lnstability and Change in the World Economy. N u e v a Y o r k :
N . T . ( e d s .) . M o n th ly R e v ic w .
TheAccwnulation of capital. L o n d r e s : M a c m illa n .
R o b in s o n , J . (1 9 5 6 ).
— . (1 9 6 2 ). Essays in the Theory of Economic Growth. L o n d r e s : M a c m illa n .
— . (1 9 6 9 ). « In tr o d u c tio n » . E n : K a le c k i, 19 69 .
— . (1 9 7 0 ). « Q u a n tity theories o ld a n d new : a c o m m e n t» . Journal ofMoney, Credit and Banking,
n o v ie m b re .
R ob in son , J . (1 9 7 4 ). « H is to r y ve rsu s e q u ilib r iu m » . Thames Papers in Political Economy, o to ñ o .
634 CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

R obinson , J . (1 9 7 7 }. « M i c h a l K a l e c k i o n th e e c o n o m ic s o f c a p i t a l i s m » . O xford B u lletin of


Econom ics and Statistics, v o l. 3 9 .
— . (1 9 8 0 ). Further Contributions to M odern Econom ics. O x f o r d : B a s il B la c k w e ll.
ROGERS, C . (19 89 ). Money, ¡nterest and Capital: A Study in the Foundations ofM onetary Theory.
C a m b r id g e : C a m b r id g e U n iv e r s ity P r e s s . '
RoiMER, P . (1986). «In crea sin g retum s a n d lo n g -m n g r o w th » . Journal o f Political Economy v o l. , 94
n° 5 . ’
R oncaglia , A . (1 9 7 8 ). Sraffa a n d the Theory o f P rice s. N u e v a Y o r k : J o h n W ile y .
— . ( 1 9 9 2 ). « O n th e c o m p a tib ility b e tw e e n K e y n e s ’s and S r a ffa 's v ie w p o in t s o n o u tp u t le v e ls » .
A r t íc u lo p resentado e n u n a c o n fe r e n c ia en m e m o r ia d e A . A s im a k o p u lo s en e l L e v y In stitu ie
B a r d C o l le g e , N u e v a Y o r k , s e p tie m b re .
R o w tto r n , R . ( 1 9 7 7 ). « C o n f l i c t , i n f la t i o n a n d m o n e y » . C am bridge Jo u rn a l o f E con om ics,
v o l. L R e e d ita d o e n : R o w t h o m , R . ( l 9 8 0 ). Capitalism , C o n flic t an d inflation. L o n d r e s
L a w r e n c e a n d W ish a r t.
— . (1 9 8 1 ). « D e m a n d , r e a l w a g e s an d e c o n o m ic g r o w th » . Thames P a p ers in Political Econom y,
o to ñ o .
R und e , J . ( 1 9 9 0 ). « K e y n e s ia n u n c e r t a in t y a n d t h e w e ig h t o f a r g u m e n t s » . E c o n o m ic s and
Philosophy , v o l. 6 .
Sardoni, C . (1 9 8 7 ). M a rx and keynes on E con om ic R ecession: The T heoey o f Unem ploymeni
and Effective Dem and. B r ig h to n ; W h e a t s h e a f B o o k s .
Sawyer , M . C . ( 1 9 8 2 A ). M acroeconom ics in Question: The Keynesian-M onetarist Orthodoxies
and the Kaleckian A ltem ative. B r ig h to n : W h e a t s h e a f B o o k s .
— . ( 1 9 8 2 B ) . « T o w a r d s a p o s t - K a l e c k i a n m a c r o e c o n o m i c s » . T ham es p a p ers in P o l i t ic ¡¡
Econom y, o to ñ o . R e e d ita d o e n : A r e s t is , P .; S k o u r a s , T . (e d s.). P ost-K eyn esia n Econom ía
Theory: A Challenge to N e o -C la ssic a l E co n o m ics. B r ig h t o n : W h e a t s h e a f B o o k s .
— . (1 9 8 5 ). The Econom ics o f M ich a l K a lecki. L o n d r e s : M a c m illa n .
— . ( 1 9 9 0 ). <<On the p o s t -K e y n e s ia n tra d itio n a n d in d u s tr ia l e c o n o m ic s » . R eview o f P o litic al
Econom y , v o l. 2 , n ° 1.
ScH EFO LD , B . (1 9 8 0 ). V o n N e w m a n n a n d S r a ffa : m a th e m a tic a l e q u iv a le n c e an d c o n c e p tu a l d if-
fe r e n c e » . Econom ic Jou rn a l, m a r z o .
Sh ackle , G . L . S . ( 1 9 7 3 ). « K e y n e s a n d t o d a y ’s e s ta b lis h m e n t in e c o n o m ic th e o r y ; a v íe w » .
Jo u rn a l o f Econom ic Literature, ju n io .
— , (1 9 8 8 ). « E la s t ic it ie s o f su rp rise in the c o n c e p t o f p o lic y » . E n A r e s t is , P . (ed .). Contem pe a r ry
Issues in M oney and Banking. L o n d r e s ; M a c m i ll a n .
Shapiro , N . (1 9 9 2 ). « S a v in g and in v e s tm e n t: a r e v ie w o f A s im a k o p u lo s ’ s in v e s tm e n t, e m p lo y -
m en t a n d in c o m e d is t r ib u t io n » . R esea rch in the H isto ry o f E con om ic T hought and
M ethodology, v o l. 1 0 . :
SKOTT, P. f
(1 9 8 9 ). Conflict a n d Ef ective em and in Econ om ic G row th. C a m b r id g e : C a m b r id g e
U n iv e r s ity P r e s s.
Sraffa, P. (1 9 6 0 ). Production o j Com m odities b y M ea n s o f Com m odities: Prelude to a Critique
o j Econom ic Theory. C a m b r id g e : C a m b r id g e U n iv e r s ity P r e s s .
STEJNDL, J . (1952). Maturity and Stagnation inA m erican Capitalism . O x f o r d : O x f o r d U n iv e r s ity
P res s.
— . (19 79 ). « S ta g n a tío n th eo ry a n d s ta g n a tio n p o lic y » . Cam bridge Jo u rn a l o f Econom ics v o l . 3. ' ,
TARGETTI, F.; K!NDA-HASS, B . (19 82 ). « K a le c k i’ s r e v ie w o f K e u n e s ’ s g e n e r a l th e o r y » . Australian
Econom ic Papers , v o l. 21 .
T arshjs, L . (1 9 3 9 ). The D eterm in a tion o f L a b o u r ¡n com e. T e s is n o p u b li c a d a , C a m b r i d g e '
U n iv e r s ity . .
— . (19 47 ). The Elements o f Econom ics: A n Intm duction to the Theory o f Price and Empfoyment.
B o s to n , M a s s .: H o u g b t o n M i f f l i n .
ECONOMÍA POSTKEYNESIANA: HACIA LA COHERENCIA 635

THIRLVALL, A . P. (1980). Balance ofPaymenls Theory and ¡he United Kingdom Experience.
Londres: Macmillan.
TOOL, M . R. (l 988a). Evolutionary Economics, volwne /: Foundations of Institutional Thoughi.
Armonk, Nueva York: M . E. Sharpe.
- . (1988B). Evolutionary Economics, volume II: Institutional Theoiy and Policy. Annonk,
Nueva York: M . E. Sharpe.
VEBLEN, T. (1898). «Why is economics not an evolutionary sicence?». Quarterly Joumal of
Economics, julio. Reeditado en: Veblen, T. The Plave o f Science in Modern Civilisation.
Huebsch, 1919.
___. (1899). Theory oftite Leisure Class. Modern Library Edition, 1961.
•VoN N e w m a n n , J . (1945-6). « A model o f general equilibrium». Review of Economic Studies,
n° l .
W^EINTRAUB, S. (1958). AnApproach tothe Theory ofíncomeDistribution. Filadeffia: Chilton.
WOOD, A . (1975). A Theory ofPorfits. Cambridge: Cambridge University Press.
W ray , L . R . (1990). Money and Credut in Capitalist Economies: The Endogenous Money
'ÍW. Appmach. Aldershot: Edwar Elgar.
i
CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA 637-668

P o s tk e y n e s ia n is m o : ¿ d e la c r ític a a la c o h e r e n c ia ? *

O . F. H am o u d a y G . C . H arcourt

l . I n t r o d u c c ió n

Se han publicado muchos artículos que ofrecen una visión general y/o de interpreta­
ción sobre el postkeynesianismo y la economía postkeynesiana en los últimos doce
años aproximadamente: Harris (1975), Eichner y K regel (1975), Shapiro (1977),
Davidson (1980, 1981), Rowthorn (1974, 1981), Harcourt (1982c), Cohen y Cohen
(1983), Groenewegen (1986), Am edeo y Dutt (1986). L a American Economic
Association dedicó una sesión a este tema en su reunión anual que se celebró en Atlanta,
Georgia, en 1979 (verTarshis, 1980; Yellen, 1980; Crotty, 1980; Kenyon, 1980; y
Harcourt, 1980). También se han publicado varios libros: Reconstruction ofPolitical
Economy, Kregel (1973, 1975); Harrís (1978); Eichner (1979) (que recopila una serie
de artículos sobre aspectos del postkeynesianismo ya publicados en Challenge) ; Nell
(1980); Walsh y Gram (1980); Blatt (1983); Broome (1983); Liechtenstein (1983);
Mainwaring (1983); Arestis y Skouras (1985) (que vuelve a publicar una colección de
los Thames Papers in Political Economy que versan sobre la economía postkeynesia­
na); y Eichner (1985) (que avanza un trabajo mucho más extenso sobre los postkey-
nesianos y los institucionalistas que Eichner está preparando). Maiglin (1984b) publicó
recientemente una obra básica que intenta sintetizar algunas corrientes de las teorías
postkeynesiana y marxista en tanto que éstas se relacionan con los problemas del cre­
cimiento, la distribución y los precios (ver también Bhadhuri, 1986, que sintetiza las prin­
cipales corrientes macroeconómicas en M arx, Keynes y Kalecki; y Jarsulic, 1987).
Pero, ajuzgar por las reacciones que provocan en la profesión (ver, por ejemplo, Hahn,
1982, 1984; Solow, 1984, p. 137-8), lo que es exactamente el postkeynesianismo toda­
vía no está claro en las mentes de muchos [economistas]. Los postkeynesianos no han
conseguido transmitir su mensaje, en parte debido a los difíciles y polémicos temas
económicos que tratan, en parte por la diversidad de teorías que han generado, y, tam­
bién, en la actualidad, en parte debido a los recelos ideológicos de la mayoría de la

* Publicado en: Hamouda, O . F.; Harcourt, G . C . «Post-Keynesianism: From Crilicism to Coherence?» En:
Pheby, J. (ed.). Wat' Direciions ín Post-Keynesian Economics. Aldershot: Edward Elgar, 1989, p. l-32.
Traducción: Bcaliiu Krayenbühl.
N . de la T.: el mark-uppricilig se refiere a un sistema de fijar los precios sin depender de ¡a oferta y la
demanda en el mercado sino que la empresa fija el precio unilateralmente estableciendo un margen
sobre e! coste de producción [margen sobre coste]; en España se ha traducido con frecuencia por la
expresión «precios administrados».
l. Agradecemos, pero de ningún modo involucramos, a Roger Backhouse, Sheiia Dow, Peler Kriesler,
Cristina Marcuzza y Petcr Reíd por sus comentarios sobre una versión preliminar del estudio.
638 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

p r o fe s ió n . A v e c e s , la s te o r ía s p r o p u e s ta s ta m b ié n está n e n p u g n a e n tr e s í ( v e r , p o r
e je m p lo , E a t w e l l, 1 9 8 3 , y K r e g e l , 1 9 8 3 b , e n e l n ú m e r o e s p e c ia l c o n m e m o r a t iv o d e
J o a n R o b in s o n q u e a p a r e c ió e n e l C a m b r id g e J o u r n a l o f E c o n o m ic s ).
L a e c o n o m ía p o s t k e y n e s ia n a e s p u e s u n a e x p r e s ió n g e n é r ic a q u e c o m p r e n d e e l
tr a b a jo d e u n g r u p o h e t e r o g é n e o d e e c o n o m is t a s q u e , n o o b s t a n t e , e s tá n u n id o s , n o
s ó lo en su a v e r s ió n p o r la t e o r ía n e o c l á s ic a c o n v e n c io n a l y la s v e r s io n e s d e e q u i l i ­
b r io g e n e r a l I S / L M d e la t e o r ía « k e y n e s ia n a » , s in o t a m b ié n e n su s in te n to s d e p r o ­
p o rcio n a r e n fo q u e s a lte rn a tiv o s c o h e r e n te s d e a n á lis is e c o n ó m ic o . ( T a m p o c o s e s ien ten
m u y p a r t id a r io s d e lo s d e s a r r o llo s d e la t e o r ía k e y n e s i a n a a s o c i a d o s a C l o w e r y
L e ijo n h u f v u d , p o r u n la d o [v e r , p o r e je m p lo , C h i c k , 1 9 7 8 ) , n i d e la s t e o r ía s d e l d e ­
s e q u ilib r io d e lo s e c o n o m is t a s fr a n c e s e s , p o r e l o t r o ) . U t il iz a m o s e l té r m in o « e n f o ­
q u es» p o r q u e p o d e m o s id e n tific a r d iv e rs a s co rrien tes q u e d ifie r e n e n tre s í tan to re s p e cto
a l m é t o d o c o m o a la s c a r a c t e r ís tic a s d e la e c o n o m ía q u e e s tá n in c lu id a s e n s u s m o d e - :
lo s . P a r a c o m p r e n d e r e s ta s d ife r e n c ia s r e s u lta p r o v e c h o s o , en p r im e r lu g a r , e x a m in a r .
la s d iv e r s a s lín e a s q u e s u r g ie r o n ( o q u e s e p e r c ib ió c o m o si s u rg ie s e n ) d e la e c o n o ­
m ía p o lít ic a c lá s ic a .

2. L ín e a s q u e s e d e r iv a n d e l a e c o n o m ía p o l ít ic a c l á s ic a 2

L a p r im e r a lín e a c o n d u c e a M a r s h a l l, q u e i n f lu y ó d ir e c t a m e n t e a K e y n e s y a a q u e ­
llo s p o s t k e y n e s ia n o s q u e p a r t e n d e l T ra ta d o y la T e o ría g e n e r a l. S id n e y W e in t r a u b , .
P a u l D a v id s o n , a s í c o m o (e n m e n o r g r a d o ) K r e g e l y M i n s k y . L a s e g u n d a lín e a c o n ­
d u c e a M a r x . C o n t ie n e e l e n fo q u e q u e f u e r e a v iv a d o p o r S r a f f a , a l c u a l s e h a a ñ a d i­
d o r e c ie n te m e n te la c o n t r ib u c ió n d e K e y n e s d e l a d e m a n d a e f e c t i v a , s o b r e t o d o .e n
e l t r a b a jo d e G a r e g n a n i 3 ( 1 9 7 6 ; 1 9 7 8 ; 1 9 7 9 ; 1 9 8 3 a , 1 9 8 3 b ) , K r i s h n a B h a r a d w a j
(1 9 7 8 a , 1 9 7 8 b , 1 9 8 3 ), E a t w e l l ( 1 9 7 9 , 1 9 8 3 ), M i l g a t e ( 1 9 8 2 , 1 9 8 3 ) y P a s in e t t i ( 1 9 6 2 ,
1 9 7 4 , 1 9 8 1 ). D o b b y M e e k , q u e tu v ie r o n p a p e le s e x c e p c io n a lm e n t e im p o r ta n te s e n e l
m a n t e n im ie n t o a fl o t e d e la e c o n o m í a m a r x is t a e n e l R e i n o U n i d o d e s d e lo s a ñ o s ■
.
v e in te (1 9 2 0 ) h a s ta lo s c in c u e n t a , fu e r o n ig u a lm e n t e im p o r ta n te s e n la ta r e a d e r e la ­
c io n a r la s c o n t r ib u c io n e s d e S r a f f a c o n l a e c o n o m í a p o l ít ic a c l á s ic a y l a m a r x is t a e n '
lo s a ñ o s s e s e n ta y s e te n ta ( v e r D o b b , 1 9 7 0 ; 1 9 7 3 , y M e e k , 1 9 6 1 , 1 9 6 7 ; 1 9 7 3 , 1 9 7 7 ).
L a te r c e r a lín e a ta m b ié n p a s a p o r M a r x y s u r g e a t r a v é s d e la a d a p ta c ió n d e K a l e c k
a lo s e s q u e m a s d e r e p r o d u c c ió n d e M a r x , a f i n d e a b o r d a r e l p r o b le m a d e l a r e a liz a - ■
c ió n , h a s ta J o a n R o b in s o n y s u s s e g u id o r e s . ( H a c i a e l f in a l d e s u v id a , J o a n R o b in s o n .
s e v o lv ió e s c é p t ic a r e s p e c to a c u a lq u ie r in te n to d e p r o p o r c io n a r u n a « te o r ía c o m p le - .
ta» a lte r n a tiv a . C o n s id e r a b a q u e e s to « s ó lo s e r ía o tr a c a ja d e tr u c o s » ( R o b in s o n , 1 9 7 9 ,
v o l. 5 , p . 1 1 9 )4.

2. L a disposición de los recontóos y de las corrientes asociadas a éstos es debida puramente a la conve­
niencia de la exposición; no implica ni importancia relativa ni prioridad cronológica de ninguna corrien­
te particular.
3. Aunque los artículos de Garegnani fueron publicados en inglés a finales de los años setenta, se basan en
una investigación que efectuó al principio de los años sesenta,jusío después de finalizar su tesis doc­
toral (Garegnani, 1959) sobre la teoría de la distribución. .
4. Carvalho (1984-5) examinólas (res corrientes desde el punto de vista decómo éstas reaccionan y ana­
lizan el corto y el largo plazo. Se siente más próximo a las corrientes una y tres que a la dos. Este autor
tiene especial interés por el trabajo de Shackle. (Ver también Carvalho, 1983-4.)
POSTKEYNESIANISMO: ¿DE LA CRÍTiCAA LA COHERENCIA? 639

A l i g u a l q u e e s t o s g r u p o s p r i n c ip a l e s , t a m b ié n e x is t e n a lg u n a s fig u r a s i n d iv id u a l e s
d e S ta c a d a s q u e d e s a f í a n c u a lq u i e r c l a s i f i c a c i ó n d e n t r o d e u n g r u p o o c o r r ie n t e e n p a r -
t i l l a r . L a m á s n o t a b le e s K a l d o r . É s t e e f e c t u ó e n o r m e s c o n t r i b u c i o n e s ( v e r K a l d o r ,
1 9 6 0 , 1 9 6 1 , 1 9 7 8 ) a t r a v é s d e s u l la m a d a t e o r í a k e y n e s ia n a d e l a d is t r ib u c ió n ( K a l d o r ,
1 9 5 5 -6 , 1 9 5 7 , 1 9 5 9 , 1 9 6 1 ) e n l a q u e lo s d is t in t o s v a lo r e s d e la s p r o p e n s io n e s a l a h o r r o
de lo s p r e c e p t o r e s d e b e n e f i c i o s y d e lo s a s a la r i a d o s j u e g a n u n p a p e l v i t a l ; a t r a v é s d e
s u s t e o r ía s d e l c r e c im i e n t o ; a tra v é s d e s u s m o d e l o s d e d e s a r r o llo d e la e c o n o m í a m u n ­
d ia l e n l o s q u e s u b r a y a la s p e r c e p c io n e s d e A l l y n Y o u n g r e s p e c t o a l o s r e n d im ie n t o s
d in á m i c o s c r e c ie n t e s y l a c a u s a c ió n a c u m u la t i v a ; y a t r a v é s d e s u s i m a g in a t iv a s e i n n o ­
v a d o r a s a p o r t a c io n e s a lo s d e b a t e s s o b r e p o l í t i c a e c o n ó m i c a , a m e n u d o c o m o a s e s o r
d e lo s g o b ie r n o s . ( S u c r ít ic a d e l s is t e m a d e K e y n e s r e s p e c t o a la e n d o g e n e id a d d e l
d in e r o [ v e r , p o r e j e m p l o , K a l d o r , 1 9 8 3 , K a l d o r y T r e v i t h i c k , 1 9 8 1 ] , s e g ú n l a c u a l
la ■
d ir e c c ió n c a u s a l d e l a t e o r ía c u a n t i t a t i v a d e l a m o n e d a s e i n v ie r t e d e f o r m a q u e « l a
o fe r t a d e d in e r o s e c o n s id e r a m á s c o m o u n a f u n c i ó n d e l a r e n t a n o m in a l q u e a l a in v e r ­
t í [ R o u s s e a s , 1 9 8 6 , p . i x ] , h a e n c o n t r a d o u n o y e n t e b i e n d is p u e s t o e n B a s i l M o o r e
[ 1 9 7 9 ] e n E s t a d o s U n id o s [v e r t a m b i é n W e i n t r a u b , 1 9 7 8 b , c a p . 1 , R o u s s e a s , 1 9 8 6 ] ,
d e b id o a l s o r p r e n d e n t e o l v i d o d e l d in e r o e n l a m a y o r p a r t e d e l a m a c r o e c o n o m í a d e
C a m b r i d g e d e s p u é s d e K e y n e s , K r e g e l , 1 9 8 5 a .) S i g u e n la s c o n t r ib u c io n e s d e G o o d w i n
:Y P a s in e t t i. E s t o s a b a r c a n p o r l o m e n o s d o s d e l a s t r e s c o r r ie n t e s . G . L . S . S h a c k l e ^ m -
b i é n r e p r e s e n t a u n a i n f l u e n c i a i m p o r t a n t e t a n t o e n la p r i m e r a c o r r ie n t e c o m o e n la
te r c e r a { v e r , p o r e je m p lo , S h a c k l e , 1 9 7 3 ; H a m o u d a , 1 9 8 7 , y H a r c o u r t , 1 9 8 l b ) .
F in a lm e n te , G o d le y y su s c o le g a s d e l D e p a r ta m e n t o d e E c o n o m ía A p lic a d a d e
C a m b r i d g e s e s it ú a n d e n tr o d e l a t r a d i c ió n d e l a t e o r í a d e K e y n e s d e l a d e m a n d a e f e c ­
tiv a p e r o s e a p a r ta n d e l é n fa s is d e K e y n e s e n e l e q u ilib r io d e fl u jo s a f i n d e p o n e r d e r e lie ­
v e e l e q u i li b r i o d e s t o c k s ( v e r G o d l e y y C r i p p s , 1 9 8 3 , y G o d l e y , 1 9 8 3 ) .

3 .D E LA ECONOMÍA POLÍTICA CLÁSICA, A TRAVÉS DE MARSHALL, A KEYNES

Efnúcleo de la economía clásica, aquél que ahora recibe el nombre de enfoque del
excedente (su r p lu s ap p roa ch) (ver Garegnani, 1984), implica que las teorías del valor
y )a distribución tienen que estar relacionadas con la capacidad de la economía para
producir un excedente por encima de las necesidades de producción utilizadas en el
proceso periódico de producción. D e qué fom la el excedente se crea, se extrae, se dis­
tribuye y se utiliza en el sistema capitalista, tal como lo analizan los economistas polí­
ticos clásicos y especialmente Marx, resulta de la capacidad de la clase capitalista para
hacer que la cl se de los asalariados trabaje más tiempo del que necesita para producir
para sus propias necesidades. Se requería una teoría del valor para medir el exceden­
te de tal forma que su distribución y composición se pudiesen analizar en un momen­
to dado en el tiempo y que su magnitud se pudiera comparar en el tiempo. Se necesitaba
una teoría separada para explicar el nivel de los salarios (o, alternativamente, la tasa
de beneficios), de tai manera que se pudiese introducir un valor dado en el «núcleo»
a fin de determinar el conjunto de precios relativos y la otra variable distributiva en
un sistema de libre competencia. Los precios -precios naturales clásicos o precios mar­
xistes de producción- se asociaron con la capacidad del sistema para reproducirse. E l
objetivo principal del análisis económico era explicar las características de la posición
de la economía a largo plazo, los precios naturales de las mercancías y las tasas natu-
ÍS tll®

640 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

rales de salarios, beneficios y rentas, determinadas por fuerzas dominantes y persi s­


tentes.
L o s precios naturales se consideran co m o los centros de gravedad; se argumenta
que están determinados por fuerzas que en gran parte son independientes de los fa c ­
tores de la oferta y la demanda que determinan los precios del mercado; y que los pre­
cios del m ercado, siem pre que sus valores se desvían de los valores de los precios
naturales, tienden a revertir estos o , por lo m enos, a flu ctu ar a su alrededor. L o s eco ­
nomistas clásicos dedicaron m ucha atención al análisis de estos procesos. Sin embar­
go, sólo en años recientes han vuelto los investigadores modernos a estos temas y han
analizado las condiciones bajo la s que la convergencia puede tener lugar o nos (ver,
por ejem plo, M ed io , 1978; Steedm an, 1984; Sem m ler, 1984).
E l nivel general de precios se «explicó» entonces m ediante la teoría c u a n tita tm .
del dinero56. L a s crisis y los ciclos fueron considerados com o de corto plazo, y com o
desviaciones monetarias alrededor de la posición central a largo plazo. L a s teorías
del valor y la distribución, por un lado, y del dinero, los ciclos y las crisis, por el otro,
pertenecían a volúm enes distintos. E l dinero era un velo extendido sobre los fu n cio ­
namientos reales de la econom ía en la que, normalmente, la ley de Say im plicaba que
un exceso de oferta de productos no podría tener lugar a largo plazo. Por lo tanto, n o : : :
había ninguna necesidad de una teoría independiente del nivel del output total. Garegnani
(1985; 1986) ha sostenido recientem ente que para los econom istas clásicos, excepto
Say y sus seguidores, lejos de ser el caso de que la oferta crea su propia demanda, ju s- ■
tamente sucedía al revés en cuanto a la m ano de obra y el capital: la oferta de mano
de obra y de capital tiende a responder con el tiempo a la demanda de éstos. Y mien­
tras que Ja libre com petencia, tal com o la entienden los economistas políticos clásicos,
tiende a determinar e l nivel del salario natural, esto únicam ente sucedería dentro de 1, •
un límite superior y un lím ite inferior que estarían determinados por una serie corn- i;,;';
pleja de fuerzas sociales (ver, tam bién, S ch efo ld , 1985, para una elaboración de estos
temas y de por qué el sistema clásico de precios y distribución, tal com o lo expone
Sraffa, 1960, no puede ser subsum ido com o un caso especial de la teoría neoclásica "!
del equilibrio general, tal com o, por ejem plo, H ahn [1982] planteaba).
M arshall mantuvo la dicotom ía entre valor y distribución, por un lado, y dinero, per .
el otro, pero mutiló la teoría del valor al exp licar los precios normales a largo plazo
en términos de fuerzas de oferta y dem anda (ver Bharadw aj, 1978)7^A pesar de que
en el texto de los Principios sólo utilizó el análisis de equilibrio parcial, en los apén­
dices trazó explícitam ente las grandes líneas de un m odelo de equilibrio general en e l '

5. Como resultado de esta renovación del análisis, se ha puesto en duda la coherencia del concepto de
precios naturales y su independencia de los precios de mercado; ver Harcourt (198 l, 1982}; Hamouda
(1984); Lcvine (vol. 11, 1981); Allaoua (1986).
6. Cristina Marcuzza nos advierte que esta afinnación refleja una lectura retrospectiva; que en la teoría .
clásica, Ricardo, por ejemplo, sostenía que a pesar de que es cierto que la causalidad pasaba del dine- '
to a los precios, sin embargo esto no implicaba una teoría del nivel de equilibrio de los precios (o del .
dinero). (
7. Roger Backhousc escribe que la explicación del texto hace que la ruptura aparezca demasiado m = a -
da, que «Samuel Bailey [...] un economista clásico muy influyente [...] ya en 1825 tenía una teoría
subjetiva del valor [y que], en Mili, el enfoque de! excedente coexiste con una teoría de los precios que -
tiene mucho en común con la de Marshall». ..
POSTKEYNESIANISMO: ¿DE LA CRÍTICA A LA COHERENCIA? 641

Síi
q u e to dos io s p r e c io s y c a n t id a d e s e r a n d e t e r m in a d o s s im u l t á n e a m e n t e . L a p o s i c i ó n
n o r m a l d e l a e c o n o m ía q u e p r e s e n t a b a l a l e y d e S a y , a s í c o m o la s t e o r ía s d e l d in e r o , d e l
n iv e l g e n e r a l d e p r e c io s y d e l a s f l u c t u a c i o n e s y c r i s i s , t a m b ié n t e n ía n q u e s e r i n c l u i ­
d o s e n e l s e g u n d o v o l u m e n . S i a l g u n a v e z s e h u b i e s e e s c r it o d e f o n n a c o m p l e t a ( v e r
K .e y n e s , 1 9 7 2 , v o l . x , p . 1 9 1 - 5 ) , h u b ié r a m o s e n c o n t r a d o a l l í u n a e x p l i c a c i ó n d e l a s c a u ­
s a s d e la s d e s v ia c io n e s d e la s p o s i c i o n e s n o r m a l e s y d e c ó m o l a g e s t i ó n d e l d i n e r o s e
p o d r ía u t il iz a r p a r a m i n i m i z a r l a s d e s v i a c i o n e s d e u n a p o s i c i ó n d e t e n n i n a d a y p a r a
g u i a r l a e c o n o m ía c o n u n a m ín im a a l t e r a c i ó n , d e u n a p o s i c i ó n d e l a r g o p l a z o a o tr a ,

«S: c u a n d o lo s g u s to s y / o la s c o n d ic i o n e s t é c n ic a s c a m b ia s e n . E l c o n c e p t o c lá s ic o d e l e x c e ­
d e n t e d e s a p a r e c ió , lo s p r e c io s y a n o r e f l e j a b a n l a r e p r o d u c c ió n s i n o q u e s e c o n v i r t i e ­
r o n e n in d ic a d o r e s d e l a e s c a s e z q u e r e f l e j a b a n lo s f a c t o r e s s u b je t i v o s q u e s u b y a c e n
e n l a s fu n c i o n e s d e o f e r t a y d e m a n d a ® . L o s p r e c i o s y la s c a n t id a d e s s e d e t e r m in a b a n
d e f o n n a c o n ju n t a , e l n i v e l g e n e r a l d e p r e c io s s e e x p l i c a b a p o r l a c a n t i d a d d e d i n e r o .
K e y n e s h e r e d ó e s t a f o r m a d e v e r y m o d e la r e l m u n d o y l a u t il iz ó c o n b u e n o s r e s u l­
t a d o s e n Tract y , c r e y ó é l , e n e l Tra ta do. P e r o a l e s t a b l e c e r s u s e c u a c i o n e s f u n d a m e n ­
ta le s e n e l Tm tado, in a d v e r t id a m e n te , p r o p o r c io n ó u n a t e m í a r iv a l a la t e o r ía c u a n t it a t iv a ,
u n a d e n iv e le s s e c t o r ia le s d e p r e c i o s , e n Ja q u e e l n iv e l d e l s a la r io n o m i n a l ( e s t r ic t a ­
m e n t e h a b la n d o , l o s in g r e s o s n o n n a l e s p o r u n id a d d e o u t p u t ) y e l m a r g e n d e b e n e f i ­
c i o ( t a l c o m o s e r e f l e j a e n lo s b e n e f i c i o s p o r u n id a d d e o u t p u t ) e r a n l o s p r i n c i p a l e s
d e t e n n in a n t e s d e lo s n i v e l e s d e p r e c i o s . E l d a r s e c u e n t a d e q u e s e h a b í a e m a n c i p a d o a
s í m is m o d e l a t e o r í a c u a n t i t a t i v a l e l i b e r ó p a r a e s c r ib ir l a T eo ría g e n e r a l ( v e r K a h n ,
1 9 8 4 ) . E n e ll a t a m b ié n r e b a t ía e l p r i n c ip io f u n d a m e n t a l d e l a e c o n o m í a n e o c l á s i c a ( ta l
. c o m o l e h a b ía s id o t r a n s m i t id o p o r M a r s h a l l ) , l a l e y d e S a y - e l sitie q u a n o n p a r a q u e
bí s e m a n t e n g a l a t e o r í a c u a n t i t a t i v a - . S i n e m b a r g o , e n l a m i s m a T eoría g e n e r a l r e t u v o
l a t e o r ía m a r s h a llia n a d e l o s p r e c io s d e o f e r t a y d e m a n d a . N o o b s t a n t e , s u c o n c e p t o d e
d e m a n d a y o fe r t a a g r e g a d a s , s u d i c o t o m í a s e g ú n l a c u a l l a i n v e r s i ó n , a d i f e r e n c i a d e l
c o n s u m o , n o e s t á l i m i t a d a p o r l a r e n t a c o r r ie n t e y e s t á d e t e m ú n a d a p r e d o m in a n t e m e n t e
p o r la r e n ta b ilid a d e s p e r a d a , l e p e r m it ió d e s a r r o lla r u n a t e o r í a d e l e q u i li b r io c o n s u b e m ­
p le o . E l m e r c a d o d e t r a b a jo s e p o d r ía m a n t e n e r s in v a c ia r s e a u n q u e e l m e r c a d o d e p r o ­
d u c t o s s e v a c ia r a p o r q u e lo s d e s e m p le a d o s n o t e n ía n f o r m a s e f e c t i v a s d e i n d i c a r a l o s
e m p r e s a r io s q u e s e r í a r e n t a b l e c o n t r a t a r l o s . R e a l m e n t e , a ú n c u a n d o l o p u d i e s e n i n d i ­
c a r , t a m p o c o s e r ía p o s ib l e c o n t r a t a r l o s p o r q u e n o h a b r í a n in g ú n m e c a n i s m o ( t a l c o m o
s e c r e ía q u e lo h a b í a e n la t e o r ía n e o c l á s i c a , m e d ia n t e e l t ip o d e in t e r é s ) q u e g a r a n t iz a s e
q u e l a in v e r s ió n fu e s e la n e c e s a r ia p a r a a b s o r b e r e l a h o r r o e n p le n o e m p l e o .

4. C o r r ie n t e 1

L a s im p l i c a c i o n e s d e l T ra ta do y d e l a T eo ría g e n e ra l c o n s t i t u y e r o n l a b a s e s o b r e l a
c u a l l o s p o s t k e y n e s ia n o s e d i f i c a r o n . D e s t a c a r o n !a i n c e r t id u m b r e , l a n e c e s a r i a i n t e ­
g r a c i ó n d e l d in e r o d e s d e e l in i c i o d e l a n á l i s i s d e l f u n c i o n a m i e n t o d e l a e c o n o m í a , l a ,
p o s i c i ó n c e n t r a l d e l s a l a r i o n o m i n a l , t a n t o c o m o p r i n c i p a l d e t e r m in a n t e d e l n i v e l d e
p r e c io s y d e l a e s t a b il id a d ( o in e s t a b i li d a d ) d e l a e c o n o m í a , c o m o d e l a i n t e r r e l a c i ó n

1
i ... 8. D avid Levine (1986, p. 16) plantea el contraste sucintamente; «la teoría clásica se centraba en Ja tec­
m ­ nología, la reproducción y !a distribución agregada; la teoría neoclásica se centraba en factores esca­
sos y preferencias individuales».
i i
642 c r Et ic a a l a e c o n o m ía o r t o d o x a

d e f l u j o s - s t o c k s d e l p r o c e s o d e a c u m u l a c i ó n d e c a p i t a l . A s í , W e in t r a u b ( v e r , p o r e j e m ­
p lo , W e in t r a u b , 1 9 5 8 ) t o m ó l o q u e a h o r a l l a m a r í a m o s f u n d a m e n t o s m i c r o e c o n ó m i c o s
d e la fu n c ió n d e la o fe r t a a g r e g a d a c o m o su b a s e ( v e r K r e g e l , 1 9 8 5 b ) y d e s a r r o lló u n a
m a c r o t e o r ía d e l a d i s t r i b u c i ó n , a s í c o m o d e l o u t p u t y e l e m p l e o .
L o r ie T a r s h is f u e d e s a r r o lla n d o d e f o r m a in d e p e n d ie n t e u n a m a c r o t e o r ía d e la
d is t r ib u c ió n p a r a in t e g r a r la c o n la t e o r ía d e la d e m a n d a e f e c t i v a d e la Teoría gene-
mi y lo s fu n d a m e n t o s m ic r o e c o n ó m ic o s q u e e m a n a n a b a n ta n to d e l tr a b a jo d e R ic h a r d
K a h n « T h e E c o n o m i c s o f th e S h o r t P e r io d » ( K a h n , 1 9 2 9 ) c o m o d e Economics of
Impeifect Competition d e J o a n R o b in s o n ( R o b in s o n , 1 9 3 3 ). T a r s h is e m p e z ó e s t e t r a ­
b a j o c o m o u n a t e s is d o c t o r a l , « T h e D e t e r m i n a t i o n o f L a b o u r I n c o m e » ( T a r s h is , 1 9 3 9 ) ,
e n C a m b r i d g e a m e d ia d o s d e lo s a ñ o s t r e in t a . S e t r a ta b a fu n d a m e n t a lm e n t e d e u n a
v e r s i ó n d e s c u b ie r t a in d e p e n d i e n t e m e n t e d e l a m a c r o t e o r ía d e l a d is t r ib u c ió n d e K a l e c k i
y c o n t e n í a c o n s id e r a b l e m e n t e m á s t r a b a jo e m p í r i c o . T a r h is e s t a b a i n f l u i d o p o r G a r d i n e r ' J
M e a n s y o tr o s q u e p o r a q u e l e n t o n c e s t r a b a ja b a n e n l a f i j a c i ó n d e p r e c i o s c o n m á r g e n e s
s o b r e c o s te s [p r e c io s a d m in is tr a d o s ]. I n c lu y ó e sta s id e a s e n s u m a r c o t e ó r ic o , a n a li­
z a n d o la r e la c i ó n e n t r e lo s c o s t e s m e d io s y m a r g in a le s d e l t r a b a jo y la d is p a r id a d '
e n t r e p r e c i o y c o s t o c o m o la c l a v e d e l a d i s t r i b u c i ó n . T h a r s i s d e s a r r o l l ó c o n s i d e r a ­
b le m e n t e e s t e m a r c o p a r t ic u la r d u r a n t e t o d a s u v i d a l a b o r a l ( v e r , p o r e j e m p l o , T h a r s i s , . 1
1 9 4 7 , 1 9 4 8 ). S u t r a b a j o m á s e la b o r a d o e s t á b i e n r e p r e s e n t a d o p o r s u a r t í c u l o m a g i s t r a
s o b re la fu n c ió n d e la o fe r ta a g r e g a d a e n Festschrift d e S c it o v s k y ( T h a r s is , 1 9 7 9 a ) ,
y e n e l a p é n d ic e a T h a r s is (1 9 8 4 ) ( v e r t a m b ié n T h a r s is , 1 9 7 9 b , 1 9 8 0 , 1 9 8 5 ). A l ig u a l ‘j
q u e W e in t r a u b y s u s d i s c í p u l o s , D a v i d s o n y S m o l e n s k y , y s u m a e s t r o c o m ú n , K e y n e s ,
T h a r s is c o n s id e r a l a f u n c i ó n d e o fe r t a a g r e g a d a ta n im p o r t a n t e c o m o l a fu n c ió n d e

¿r
d e m a n d a a g r e g a d a . A m b o s , T h a r s is y W e in t r a u b , a r g u m e n t a b a n q u e s u r e la t iv o a b a -
d o n o h a s id o u n e r r o r fu n d a m e n t a l d e la m o d e r n a te o r ía k e y n e s ia n a - y l o h ic ie r o n en
lo s a ñ o s c u a r e n ta y c in c u e n ta c u a n d o v ir tu a lm e n te n a d ie m á s lo h a c í a - . E m p ie z a n
su e x p o s ic ió n d e l n ú c le o b á s ic o d e la Teoría general c o n l a f u n c i ó n d e o f e r t a ag
g a d a E l p u n to d e p a r t id a t íp ic o d e W e in t r a u b e s u n a f u n c i ó n m a r s h a llia n a d e o fe r t a
a c o r t o p la z o e n u n a in d u s tr ia e s p e c í f ic a (v e r W e in t r a u b , 1 9 7 7 ) . S e s u p o n e q u e lo s
e m p r e s a r io s t ie n e n e x p e c t a t iv a s d e p r e c io s q u e im p l i c a n c ie r t o s n iv e l e s d e o u tp u t

d e s e a d o s y p o r l o ta n to « in g r e s o s » q u e ju s t i f ic a n e l o fr e c e r c ie r t o s n iv e le s d e e m p le o
- e x i s t e u n a p r e s u n c ió n im p líc it a d e f i ja c i ó n d e p r e c io s a l c o s te m a r g i n a l - . L o s in g r e ­
s o s d e l a s in d u s t r i a s p a r t i c u l a r e s s e a g r e g a n p a r a e s t a b l e c e r u n p u n t o p a r t i c u l a r e n l a
fu n c ió n d e o fe r ta a g rega d a® P o r c o n tr a s te , T h a r s is (1 9 7 9 a ) e m p ie z a d e s d e u n a m ic r o -
fu n d a c ió n e x p l í c i t a d e c o m p e t e n c i a i m p e r f e c t a , d e t a l f o n n a q u e l o s e m p r e s a r io s i n d i - '■
v id u a le s tie n e n e x p e c t a t iv a s d e v e n ta s d e t e r m in a d a s e n c u a lq u ie r m o m e n to en el
t i e m p o ( e n s u m o d e l o , e l r e s u l t a d o d e l o s i n g r e s o s m a r g i n a l e s e s p e r a d o s i g u a l a a lo s
c o s t e s m a r g in a le s ) . L a a g r e g a c ió n d e e s t a s c a n t id a d e s lle v a a la d e t e r m in a c ió n d e !
e m p le o , e l o u tp u t y l a r e n ta q u e , a tra v é s d e la fu n c ió n d e la d e m a n d a a g r e g a d a , d eter­
m i n a s i l a s e x p e c t a t i v a s d e v e n t a s a c o r t o p l a z o d e l o s e m p r e s a r io s e r a n c o r r e c t a s o n o .
S e g ú n K r e g e l ( 1 9 7 6 ) , K e y n e s e m p le ó a m e n u d o u n m o d e lo en el q u e e r a « c o m o ' s i»
s e c u m p lie s e n la s e x p e c t a t iv a s a c o r to p la z o , d e fo r m a q u e e l p r o c e s o q u e a c a b a m o s
d e d e s c r ib ir c o in c id ie s e c o n q u e la e c o n o m ía se e n c o n tr a b a in m e d ia ta m e n te e n e l

9. Otros aspectos de las m uchas contribuciones de Weintraub se pueden encontrar, porejem plo, en Weintraub
(1958, 1961, 1977a, 1977b, 1978a, 1978b, 1980, 1980-1, 1981).
POSTKEYNESIANISMO: ¿DE LA CRÍTICAA LA COHERENCIA? 643

p u n t o d e d e m a n d a e f e c t i v a p a r a u n a s c o n d i c i o n e s d a d a s . S i n e m b a r g o , l a m a y o r p a r te
d e l t r a b a j o d e T h a r s i s y W e i n t r a u b , y d e n u e v o d e l d e K e y n e s ( v e r K r e g e l , 1 9 7 6 ) , se
o c u p a d e c ó m o r e a c c i o n a r í a n l o s e m p r e s a r io s s i la s e x p e c t a t iv a s a c o r t o p l a z o no s e
c u m p lie s e n in m e d ia t a m e n te . E s to s te m a s ta m b ié n han s id o d is c u tid o s por
A s im a k o p u lo s (1 9 8 2 ) y P a r in e llo ( 1 9 8 0 ), e n tr e o tr o s .
W e in t r a u b f u e u n p io n e r o d e l o s e s q u e m a s a n t i in f l a c i o n a r i o s ( c o m ú n m e n t e l l a m a ­
d o s p o l í t i c a d e r e n t a s b a s a d a e n l o s im p u e s t o s , T I P ) q u e p r o p o r c io n a b a n s a n c io n e s e
i n c e n t i v o s a l o s r e s p o n s a b l e s d e la s d e c i s i o n e s , e s p e c i a l m e n t e e n l o r e f e r id o a l o s s a l a ­
r io s n o m i n a l e s , a f i n d e a lc a n z a r u n r e s u l t a d o g e n e r a l a c e p t a b le r e s p e c t o a lo s c a m b i o s
e n e l n i v e l g e n e r a l d e p r e c i o s . A b b a L e r n e r s e l e u n ió e n e s t a t a r e a c o n c r e t a . A m b o s
d is e ñ a r o n a r r e g lo s in s t i t u c i o n a l e s p a r a a l c a n z a r l o s r e s u lt a d o s d e s e a d o s n o p o r c o e r ­
c i ó n s in o a p e la n d o a l p r o p io in t e r é s d e l o s in d i v i d u o s . E n e l c a s o d e W e in t r a u b , a t r a ­
v é s d e lo s in c e n t iv o s d e l a z a n a h o r ia y e l b a s tó n m a r s h a ü ia n o - p ig o v ia n o s p r o p o r c io n a d o s
p o r e l s is t e m a im p o s i t i v o . S e p e n a li z a a lo s in d iv id u o s m e d ia n t e u n im p u e s t o s o b r e l o s
b e n e f i c i o s e x c e s i v o s s i é s t o s e m p r e n d e n a c c i o n e s q u e h a c e n s u b ir l o s p r e c i o s e n p r o ­
p o r c i o n e s s u p e r io r e s a l o q u e s e c o n s i d e r a s o c i a l m e n t e d e s e a b l e . S e l e s p r e m i a c o n
d e s g r a v a c io n e s f i s c a l e s s i e m p r e n d e n l a s a c c i o n e s o p u e s t a s . L a s o l u c i ó n d e L e r n e r f u e
l a d e a lc a n z a r e l p l e n o e m p l e o y u n n i v e l g e n e r a l d e p r e c io s e s t a b l e m e d ia n t e l a c r e a ­
c i ó n d e u n m e r c a d o c o n d e r e c h o a c o m p r a r o v e n d e r p e r m is o s p a r a in c r e m e n t a r o r e d u ­
c i r lo s p r e c io s ( v e r L e m e r y C o l a n d e r , 1 9 7 9 , 1 9 8 3 ) . D e e s t a f o r m a , lo s l ib e r t a r io s n o
p o d ía n q u e j a r s e , t a l c o m o l o h a b í a n h e c h o d e l T I P , d e q u e s e h u b i e s e e s t a b l e c i d o u n a
s e p a r a c ió n e n t r e lo s b e n e f i c i o s s o c i a l e s y l o s p r i v a d o s .
D a v i d s o n t a m b ié n u t i l i z a e l m a r c o m a r s h a llia n o d e l Tratado y d e la Teoría general
p a r a a n a l iz a r e l d e s a r r o l lo d e u n a e c o n o m í a m o n e t a r ia d e p r o d u c c ió n q u e o p e r a e n u n
e n t o r n o in c i e r t o e n e l q u e l a g e n t e « r a z o n a b l e » d e M a r s h a l l a c t ú a l o m e jo r q u e p u e d e .
E n s u t e o r ía d e l a a c u m u l a c i ó n , r e l a c i o n a l o s f l u j o s c o r r ie n t e s d e l g a s t o d e in v e r s ió n
c o n l o s s t o c k s e x i s t e n t e s , u t i l i z a n d o l a t e o r ía d e K e y n e s d e m e r c a d o s a l c o n t a d o y d e
fu t u r o s p a r a c o n e c t a r a a m b o s ( v e r , p o r e je m p l o , D a v i d s o n , 1 9 6 5 , 1 9 6 7 , 1 9 7 8 , 1 9 8 0 a ,
1 9 8 0 b , 1 9 8 2 ) . E l m is m o c o n t r a s t e e n t r e l o s m e r c a d o s a l c o n t a d o y l o s d e f u t u r o s ( y
s u s p r e c io s r e s p e c t iv o s ) e s u t i l i z a d o p o r D a v i d s o n y K r e g e l ( 1 9 8 0 ) ( v e r t a m b ié n K r e g e l ,
1 9 8 2 , 1 9 8 3 a , 1 9 8 3 b , l 9 8 3 c ) p a r a e x p l i c a r e l a n á l is is d e l c a p í t u l o 17 d e l a Teoría gene­
ral e n e l q u e la s fu e r z a s r e a l e s a s o c ia d a s a l a a c u m u la c ió n y la s fu e r z a s m o n e t a r ia s q u e
d e t e r m in a n e l t ip o d e in t e r é s c o n v e r g e n . E l e le m e n t o f u n d a m e n t a l r e s id e e n l a s p r o ­
p ie d a d e s s in g u l a r e s y e s e n c ia l e s d e l a l i q u i d e z . E l e q u i li b r io c o n s u b e m p le o e s p o s i ­
b l e p o r q u e a l c a m b i a r l a d e m a n d a d e l o s b i e n e s a l d in e r o n o s e c r e a n n e c e s a r ia m e n t e
o p o r t u n id a d e s d e e m p l e o d e b i d o a l a s i n s i g n i f i c a n t e s e la s t i c i d a d e s d e p r o d u c c i ó n y
d is t r ib u c ió n d e a q u é l. L o s d e t a lle s d e e s te c o m p le jo a r g u m e n t o , ta l c o m o se e n c u e n ­
tra e n l a p r o p ia Teoría general y t a l c o m o h a s id o d e s a r r o lla d o p o r K r e g e l , D a v i d s o n y

■o t r o s , c o n s t it u y e u n a f u e n t e b á s i c a d e d e s a c u e r d o e n t r e e s t a c o r r ie n t e p a r t i c u l a r d e l
. p o s t k e y n e s i a n i s m o y l a s e g u n d a c o r r ie n t e ( v e r p . 6 4 5 - 6 4 7 ) . E n p a r t i c u l a r , l o s f u n d a ­
m e n t o s m a r s h a l l ia n o s d e l a r g u m e n t o d e K e y n e s p o r l o s q u e K e y n e s , s u p o n e q u e la s
c u r v a s d e o f e r t a y d e m a n d a d e v a r i o s a c t i v o s s o n « a d e c u a d a s » , s o n c o n s id e r a d o s e r r o -
n e o s p o r e sta ú ltim a .
L a h i p ó t e s is d e M i n s k y d e l a i n e s t a b i l i d a d f i n a n c i e r a , q u e é s t e s it ú a e n l a Teoría
general ( M i n s k y , 1 9 7 5 ) , s e r e f i e r e a u n a t e o r ía e n d ó g e n a d e f l u c t u a c i o n e s c í c l i c a s q u e

■I
r e s u lta n d e l a in t e r a c c ió n d e fa c t o r e s r e a le s y m o n e t a r io s . L a n o r e a li z a c ió n d e l o s c a s h -
644 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

flo w s e s p e ra d o s cr e a m o v im ie n t o s re a le s e x a g e r a d o s (en e l sen tid o d e te n e r u n a m a y o r


a m p litu d d e lo q u e d e o tr a fo r m a s u c e d e r ía ) a m e d id a q u e la s e m p r e s a s r e s p o n d e n a
la s im p lic a c io n e s d e lo s c o m p r o m is o s fin a n c ie r o s a d q u irid o s ó in cu r rid o s s o b r e l a b a s e
d e su s e x p e c t a t iv a s in ic ia le s . L a e s e n c ia del p r o c e s o e s c o m o s ig u e (v e r, p o r e je m p lo ,
M in s k y , 1 9 7 4 , 1 9 7 5 , 1 9 7 7 , 1 9 7 8 , 1 9 8 2 ): la s d e c is io n e s d e p r o d u c c ió n e in v e r s ió n s e
t ie n e n q u e t o m a r a n te s d e su r e a liz a c ió n e f e c t i v a . E s t o a m e n u d o r e q u ie r e o b te n e r l a
fin a n c ia c ió n p a r a e l lo , lo q u e o b li g u e a la s e m p r e s a s in d iv id u a le s a c ie r to s c o m p r o m i­
s o s d e r e e m b o ls o d e l in te r é s y d e l p r in c ip a l. C u a n d o lo s c a s h - flo w s r e a le s r e s u lta n ser
d istin tos d e a q u e llo s q u e s e a n ticip a ro n in ic ia lm e n te , la s em p re sa s s e e n cu en tran c o n q u e
s u s p o s ic io n e s d e liq u id e z s e v e n in e s p e r a d a m e n t e in c r e m e n ta d a s , en r e la c ió n a s u s
c o m p r o m is o s a n te rio re s , si lo s r e s u lta d o s s o n m á s fa v o r a b le s q u e lo s e s p e r a d o s , o in e s­
peradam en te red u cid as si lo s r e su lta d o s so n d e ce p cio n a n te s. P ro b a b le m e n te , la s d e cisio n e s
a c e r c a d e la p r o d u c c ió n r e a l, e l e m p le o y la in v e r s ió n s e r e e v a lu a r á n . L o q u e c r e a r á
c a m b io s e n la a c t iv id a d q u e so n a d ic io n a le s a los r itm o s rea les a s o c ia d o s c o n , p o n g a ­
m o s p o r c a s o , e l m e c a n is m o b ie n c o n o c id o d e l m u ltip lic a d o r -a c e le r a d o r . V i c t o r ia C h i c k .
(1 9 8 4 , p. 2 9 1 ) e x p o n e e s ta v is i ó n d e f o r m a s u c in ta :

L a s interacciones entre las relaciones de com portam iento esen ciales com parten co n
el aspecto financiero la responsabilidad po r la asim etría entre el descenso precipitado
y e l repunte g r a d u a l L o s aspectos fin an ciero s y reales están totalm ente integrados.

M í n s k y a r g u m e n t a (v e r , p o r e je m p lo , M i n s k y , 1 9 7 8 ) q u e e s to s m o v im ie n t o s n o
s o n a c u m u la t iv o s p o r n a tu r a le z a s in o q u e , a l c o n t r a r io , c o n tie n e n e n s í la g é n e s is d e
u n a e v o lu c ió n c í c l i c a in h e r e n te .

Tenem os [ .. .] un m o d e lo en el cu a l la trayectoria de la renta depende cracialm en te


de dos fenóm enos: la deterrninarión de la dem anda de inversión total y la financíación
extern a de la inversión a trav és de cam bios m onetarios. P or tanto, son las opiniones
de los em presarios y de los banqueros respecto a las relaciones financieras adecuadas
las que llevan la v o z cantante para la dem anda agregada y el em pleo. E stas opiniones
son v o látiles, responden al pasado de la eco n o m ía y van cam biando a m e d id a q u e la
e c o n o m ía pasa por lo s diversos tipos de com portam iento {expan sión, crisis, deuda-
d eflació n , estancam iento y exp an sión relativam ente regular) q u é caracterizan la e v o ­
lución del capitalism o (M in s k y , 1975, p . 136).

A l ig u a l q u e M a r x , K a l e c k i , G o o d w in , K a l d o r , P a s in e t t i y J o a n R o b in s o n , M in s k y
e x tr a e e l s ig n if ic a d o d e la s d is t in t a s r e s t r ic c io n e s s o b r e la s d e c is io n e s d e g a s to d e la s
d o s c la s e s p r in c ip a le s d e la e c o n o m í a c a p it a lis t a . L o s a s a la r ia d o s s e v e n fu n d a m e n - ^ 't o ­
t a lm e n t e lim it a d o s e n s u s d e c is io n e s d e g a s t o (q u e p r in c ip a lm e n t e s e r e fie r e n a lo s -V fl
b ie n e s d e c o n s u m o ) p o r su s in g r e s o s , m ie n t r a s q u e lo s e m p r e s a r io s s e v e n lim it a d o s ¡ -( / L O '’
en s u s d e c is io n e s r e s p e c t o a la a c u m u la c ió n p o r la s c o n d ic io n e s e n la s c u a le s e s tá n lO y .
d is p o n ib le s la s fin a n z a s a c o r t o y la r g o p l a z o ( M in s k y , 1 9 7 8 , 1 9 8 2 ). L a s ú ltim a s e s tá n JÓ -
b á s ic a m e n t e d e te r m in a d a s p o r la s in s t it u c io n e s b a n c a r ia s y f in a n c ie r a s . E s t a d ic o t o - :;0
m ía p a r t ic u la r s e h a c o n v e r t id o e n e l d is t in t iv o d e la m a y o r p a rte d e la te o r ía d e l c i c l o :: r t i t
y d e l c r e c im ie n t o p o s t k e y n e s ia n a ( v e r , p o r e je m p lo , M a r g l i n , 19 8 4 a , 1 9 8 4 b , y p a r a
u n b u e n e je m p lo d e u n a a m p lia c ió n d e e s t a s id e a s a u n a e c o n o m í a a b ie r t a , S h e l i a :
D o w , 1 9 8 6 -7 ) .
POSTKEYNESIANISMO: ¿DE LA CRÍTICA A LA COHERENCIA? 645

5. L a s e g u n d a c o r r ie n t e

La segunda corriente, normalmente conocida corno de los neoricardianos, toma de la


teoría de la demanda efectiva de Keynes el que el ahorro deseado se iguala a la inver­
sión deseada a través de cambios en el nivel de la renta. Sin embargo, argumentan que
esto es, o debería ser, una teoría del mvel de íngresos y empleo a largo plazo (en el
sentido de constituir el resultado final de fuerzas persistentes) que debería situarse al lado
de las teorías clásicas del valor y la distribución (ver también Groenewegen, 1986,
p. 11).
Ahora hacemos una breve digresión para recordar al lector las contribuciones de
Sraffa (ver también Harcourt, 1982a, 1983, 1986, E s s a y 5; Kurz, 1985; Roncaglia,
1978). Lo relativamente poco que Sraffa publicó en su larga vida ha tenido un impac­
to profundo en la teoría económica (ver Harcourt, 1982a; 1983, p. 117; 1986, p. 76). Era
ricardiano sin aceptar la ley de Say, marxista aunque raramente se refería explícita­
mente a la teoría de Marx. Intentó volver a establecer el enfoque del excedente al aná­
lisis económico que se había perdido -«sumergido y olvidado»- con la emergencia de
la escuela marginal, con el método «marginal» y el correspondiente dominio de la teo­
ría subjetiva del valor, llevado a su forma más refinada en la teoría neoclásica del equi­
librio general ,0.
Sraffa atacó en dos frentes; el objetivo del primero era derribar la teoría marginal
del valor y la distribución, incluyendo la teoría del valor tal corno se había presenta­
do al mundo de habla inglesa, en particular en el trabajo de Marshall. Sus artículos de
1925 y 1926 estaban específicamente dirigidos contra la teoría de Marshall (ver tam­
bién Sraffa, 1930).
Tanto las introducciones a los volúmenes de Ricardo, Sraffa con Dobb (1951-5),
así com o el propio P r o d u c tio n o f C o m m o d itie s . .. , estuvieron dirigidos contra la teoría
neoclásica del valor y la distribución que recurría a la oferta y la demanda, en el sen­
tido de que la idea fundamental era que los precios relativos del «capital» y del «trabajo»
y sus participaciones relativas eran lo que eran debido a las escaseces relativas-la tasa
de beneficio, por ejemplo, era alta o baja dependiendo de si la economía en cuestión
tenía <<poco>> o «mucho» «capital» en relación a su oferta de «trabajo»-. Esta noción,
juntamente con «el principio dinámico de “ substitución” » [ ...] que siempre opera
(Marshall, 1890, p. xv), eran las claves principales de los niveles de beneficios nor­
males y de los de los salarios en una economía competitiva (ver Sraffa, 1961, 1962).
Sraffa tenía unos estándares muy exigentes respecto a la medición, la teoría y los
criterios que deberían satisfacer. Expuso sus puntos de vista de forma sucinta en la
.Conferencia de Corfú sobre la teoría del capital a finales de los años cincuenta, dis­
tinguiendo entre dos tipos de medidas:

En primer lugar, existía aquella en la que los estadísticos estaban particularmente


interesados. En segundo lugar, existía la medición teórica. Las medidas de los esta­
dísticos sólo eran aproximadas [...}. Las medidas teóricas requerían una precisión

JO. Krishna Bharadwaj (1978) llam a a este proceso la «em ergencia del dominio de las teorías de la oferta
y la demanda». E l propio Sraffa (1926, pág. 535) se refería al resultado del proceso como «el acuerdo
casi unánim e que los econom istas han alcanzado respecto a la teoría del valor com petitívo», como
«[una] característica sorprendente de la posición actual de la ciencia económ íca».

L
646 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

absoluta. Cualquier imperfección en estas medidas teóricas no sólo era perturbadora,


sino que derribaba toda la base teórica [...] . El trabajo de J. B. Clark, Bohm-Bawerk
y otros pretendía producir definiciones de capital puras, tal como lo requerían sus
teorías [...] . Si encontrábamos contradicciones, entonces éstas indicaban defectos en
la teoría, así como una incapacidad para definir medidas correctas del capital. Era en
esto -el fracaso principal de la teoría del capital- en lo que debiéramos concentrarnos
(Sraffa, 1961, p. 305-6).

Según estos estándares, Sraffa encontró defectuosa la teoría ortodoxa. É l mismo


meramente expresó los resultados: recolocando (Sraffa, 1960, parte III), el famoso
pasaje en paréntesis en el capítulo «Reduction to Dated Labour» (p. 38) y el «notable
efecto» en el capítulo sobre el capital fijo (p. 70). Sraffa consideraba

una serie completa de n máquinas similares, cada una, un año más vieja que la ante-'
rior y, por tanto, formando un grupo tal como podríamos encontrarlo en un sistema que
se substituye a sí mismo. El requisito de que la suma total de las cuotas de deprecia­
ción debería ser constante e independiente de Ja tasa de beneficios está ahora incor­
porado al hecho de que [...] tal grupo tal se mantiene simplemente introduciendo una
máquina nueva cada año. Pero la redistribución durante los distintas etapas de esta
suma total constante tiene el notable efecto que, con cualquier incremento en la tasa
de beneficios, el valor del grupo en su conjunto se incrementa en relación al valor ,
original de una nueva máquina.

A sus colegas más jóvenes, especialmente Krishna Bharadwaj, Eatwell, Garegnani,


Pasinetti, Steedman, les ha tocado explicarlo detalladamente, y a Roncaglia (1978), el
documentar la historia en tanto que se aplica al propio Sraffa. E l resultado de la dis­
cusión fue el argumentar que la teoría de la oferta y la demanda de la tasa de beneficios
en la economía era incoherente11-
E l segundo frente desde el cual atacó contenía sus contribuciones positivas. Es
decir, dió coherencia al concepto central de excedente en la reconstrucción moderna
del análisis clásico. L a propia estructura es descrita, por ejemplo, por Walsh y Gram
(1980) (ver también Dutt, 1986). E l propio Sraffa dirigió su atención a algunos pro­
blemas sin resolver en Ricardo y Marx; por ejemplo, el estándar invariable del valor
y el problema de la transformación, respectivamente. Mostró que tan pronto como se
permitían alteraciones en los métodos de producción, no era posible definir coheren­
temente un estándar invariable del valor. También proporcionó una neta solución al
problema de la transfonnación en un modelo de circulación de mercancías como el
que Meek (1961, 1967) observó en su revisión. Garegnani (1984), siguiendo las con­
tribuciones de Sraffa, estableció la estructura analítica del enfoque del excedente, tanto
como se encuentra en la economía política clásica y en M arx, como en su forma más
adecuada para su utilización moderna.
Combinar la teoría de la demanda efectiva a largo plazo con el enfoque del exce­
dente implica rechazar la detenninación de los precios a través de la oferta y la deman­
da (distribución y cantidades), así como los vestigios del neoclasicismo en el análisis

1 !. Para una evaluación similar de las contribuciones y objetivos de Sraffa, ver Chakravarty ( 1986). Ver
también Gargegnani (1970, 1983a, 1983b, 1984, 1985. 1986). .
POSTKEYNESIANISMO: ¿DE LA CRITICA A LA COHERENCIA?_____________ 647

■ de Keynes de la inversión la pendiente descendente de las curvas de la eficiencia mar­


ginal del capital y de la curva de demanda de los activos tal y como se presentan en el
capítulo 17 de la Teoría general. Se dice que estas construcciones son inconsistentes con
los hallazgos de los debates de Ja teoría del capital respecto a la recolocación y la rever­
sión del capital (ver, por ejemplo, Harcourt, 1969, 1986, E s s a y 7; 1972; 1982b, E s s a y s
16-19), por ejemplo, que no existe la presunción de que ni la curva de eficiencia mar­
ginal del capital (m ec) o la eficiencia marginal de la inversión (mei) d eb e ría tener pen-
; diente descendente. Según Garegnani (1983b), de ello resulta que, excepto en un modelo
■ de una economía de grano, no es posible derivar una detenninación coherente de pre-
■ cios, de distribuciones y de cantidades a través de la oferta y de la demanda, en el sen­
tido de que no se puede demostrar que existe un equilibrio estable a largo plazo de la
v, oferta y la demanda. Pero si el mei se refiere a la «expansión» de capital y no a la <<pro-
■ '. fundización» de capital, resulta problemática la validez del argumento de Garegnani12.
?' Además, la utilización de la teoría de la preferencia de la liquidez del tipo de interés
•' en el argumento del capítulo 17, según la cual el tipo de interés nominal domina, se
„, considera como un ejemplo de la utilización de «imperfecciones», una utilización que
': es inadmisible en la teoría de largo plazo. Por contraste, argumentan que lograr una
teoría correcta del output y el empleo a largo plazo deja el camino libre para una teo­
ría coherente de la acumulación con Ja que reemplazar la teoría neoclásica construida
í■ sobre una base fisheriana (o walrasiana o darkiana)1^
,; Los resultados de Ja teoría del capital también afectan a otras áreas. Steedman, a
' menudo acompañado por M etcalfe, ha rehecho una gran parte de la teoría del comer-
i cio internacional para ver de qué manera Jos resultados de la teoría ortodoxa resisten la
crítica, especialmente aquel aspecto que destaca las implicaciones de las mercancías
. producidas por mercancías. N o es sorprendente que la respuesta sea que muchos resul­
tados no la resisten (Steedman, 1979). (David Evans, 1975, 1976, 1984, 1986, ha apli-
5 cado la crítica marxista-sraffiana a la teoría del comercio internacional en el contexto
de teorías de comercio y desarrollo.) En segundo lugar, Steedman (1977) ha argu­
mentado que la mayor parte de percepciones marxistas se puede alcanzar comenzando
con el sistema de producción sraffiano más que con valores trabajo que muchos eco­
nomistas modernos consideran sujetos a objeciones.
N o hace falta decir que los argumentos de Steedman no han sido aceptados por
todas las partes interesadas. L a reacción se ha centrado en si Ja teoría del valor traba­
jo es necesaria o no, en particular qué es lo que significa exactamente, y si es o no
necesario que todas las proposiciones de una teoría económica coherente sean expre­
sadas de una forma precisa, usualmente análogas a una serie de argumentos matemá­
ticos, o si el razonamiento teórico de una ciencia social se puede llevar a cabo en muchas
; dimensiones, de las cuales la forma matemática sólo es una (ver, por ejemplo, Harcourt,
: 1979b, 1982b, Essay 14). En tercer lugar, Steedman y Schefold (1971, 1976) han inves­
; tigado problemas de producción conjunta y cambio técnico, extendiendo considera-
■ blemente Jos resultados de S r a fa a estas y otras áreas. -

:V:;: 12. En este aspecto estamos en deuda con Ernst M aug y Brothwell (1987, p. 5, n' !). .
- 13. También deberíamos mencionar a Edward N ell, el protegido de Adolph Lowe en la New Schoot fór
Social Research de Nueva York, cuyas contribuciones vigorosas, entusiastas y enérgicas abarcan las
p íf tres corrientes de la economía postkeynesiana y están especialmente influidas por las contribuciones
fr; deJoan Robinson y Sraffa(ver, por ejemplo, Nell, 1967, 1980, !983). ■■ ' ■"
648 C R ÍT IC A A L A E C O N O M ÍA O R T O D O X A

6. L a t e r c e r a c o r r ie n t e

L a t e r c e r a c o r r i e n t e t a m b i é n e m p i e z a a p a r t ir d e l a e c o n o m í a c l á s i c a y d e l a e c o n o m í a
m a r x is ta . L a s r e la c io n e s s o c ia le s d e la e s fe r a d e p r o d u c c ió n , ju n t o c o n l a e s tr u c tu r a
t é c n ic a d e p r o d u c c ió n , d e t e r m in a n e l e x c e d e n t e p o t e n c ia l d is p o n ib le e n c u a lq u i e r
m o m e n t o e n e l t ie m p o . E s d e c ir , e n t o d o m o m e n t o e l s a l a r i o r e a l e s t á h i s t ó r i c a m e n t e
d e t e r m in a d o p o r e l e s t a d o d e la g u e r r a d e c la s e s ( e n t r e o t r o s f a c t o r e s ) y d e t e r m i n a a
s u v e z l a « m á x i m a » t a s a d e b e n e f i c i o s d i s p o n ib le . E l q u e l o q u e e s « p o t e n c i a l m e n t e »
p o s ib le s e r e a lic e « d e h e c h o » c o m o u n a ta s a d e b e n e fic io y u n a t a s a d e a c u m u la c ió n
d e p e n d e d e la s fu e r z a s d e l a d e m a n d a e f e c t i v a . É s t a s s e r e s u m e n e n l a i n t e r a c c i ó n e n tr e
la fu n c ió n d e a c u m u la c ió n , la fu n c ió n d e lo s « e s p ír itu s a n im a le s » («animal spirits»)
d e J o a n R o b i n s o n , e n l a c u a l l a ta s a d e a c u m u l a c i ó n p l a n e a d a d e p e n d e d e la t a s a d e
b e n e fic io s e sp e r a d a , p o r u n la d o , y d e u n a fu n c ió n d e a h o rro e n l a q u e l a d is tr ib u c ió n
d e l a r e n t a r e p r e s e n t a u n p a p e l f u n d a m e n t a l ( d e b i d o a la s d is t in t a s p r o p e n s i o n e s a l a h o ­
r r o d e la s d is t in t a s c la s e s ) , p o r e l o tr o . K a l e c k i ( 1 9 3 8 , 1 9 4 3 , 1 9 5 4 , 1 9 7 1 ) e s l a f i g u r a p i o ­
n e r a . ( P a r a u n e s t u d io m i n u c i o s o d e la s c o n t r i b u c i o n e s d e K a l e c k i , v e r , p o r e j e m p l o ,
S a w y e r , 1 9 8 5 ).
A l ig u a l q u e K e y n e s , K a l e c k i a n a l i z ó l a i d e a d e u n a d e m a n d a e f e c t i v a , p e r o e m p e ­
z ó d e s d e u n p u n t o d e v is t a d if e r e n t e , lo s e s q u e m a s d e r e p r o d u c c i ó n d e M a r x . B a s ó s u
t e o r ía e n la id e a d e M a r x d e q u e l a d i n á m i c a d e l a e c o n o m í a c a p i t a l i s t a e s u n r e s u l t a ­
d o d e l a l u c h a d e c l a s e s . P o r l o t a n t o , l a s r e l a c i o n e s s o c i a l e s d e b e r ía n s e r t e n i d a s e n
c u e n ta a l a n a liz a r e l p ro c e s o d in á m ic o . K a l e c k i p a r e c e n o h a b e r d e c la r a d o n u n c a p o r
e s c r it o s u p o s i c i ó n r e s p e c t o a l a t e o r í a d e l v a l o r t r a b a j o . S u p o n í a q u e l o s p r e c i o s e r a n
fija d o s p o r la s e m p r e s a s d e a c u e r d o c o n s u s c o s to s u n ita r io s d e p r o d u c c ió n a lo s c u a ­
le s s e a ñ a d ía n l o s m á r g e n e s o mark-ups p a r a a s e g u r a r c ie r to s n iv e le s d e b e n e f ic i o .
K a l e c k i in t e n t ó e n t o n c e s e s t u d ia r , a p a r t ir d e h e c h o s o b s e r v a d o s , d e q u é m a n e r a l o s
m á r g e n e s s e r e l a c i o n a b a n c o n l o s g r a d o s d e m o n o p o l i o d e la s e m p r e s a s .
C o m o m e n c i o n a m o s a n t e s , K a l e c k i c o n s i d e r ó q u e la t e o r í a d e l a e x p l o t a c i ó n d e
M a r x e r a d e t e r m i n a n t e a c e r c a d e c u á l e s p o d r í a n s e r l o s l í m i t e s d e la t a s a d e s a l a r i o
r e a l, a s í c o m o d e la t a s a g e n e r a l d e b e n e f ic i o s e n c u a lq u ie r m o m e n t o e n e l t ie m p o .
D e n t r o d e e s t o s l í m i t e s , s u t e o r ía d e l a d e m a n d a e f e c t i v a , j u n t o c o n s u t e o r í a d e l a f i j a ­
c ió n d e p r e c io s y d is t r ib u c ió n , d e t e n n i n a b a c u á l s e r ía d e h e c h o l a t a s a d e b e n e f i c i o s , e l
s a l a r io r e a l y e l n i v e l g e n e r a l d e a c t i v i d a d . C o m o e n K e y n e s , e l g a s t o d e i n v e r s i ó n e s
la causa causans. E n la t e o r í a d e K a l e c k i , m ie n t r a s q u e lo s b e n e f i c i o s e s p e r a d o s p r o ­
p o r c io n a n e l p r i n c i p a l in c e n t i v o p a r a l a i n v e r s i ó n , l a in v e r s i ó n r e a l U u n t o c o n e l c o n ­
s u m o d e l o s c a p i t a li s t a s ) e s l a p r i n c i p a l c r e a d o r a d e l o s b e n e f i c i o s r e a l e s , q u e a s u v e z
s o n u n d e t e r m in a n t e p r i n c i p a l d e J a c a p a c i d a d d e in v e r t ir . T a n t o l a a c t i v i d a d d e e q u i l i ­
b r i o c o m o la d is t r ib u c ió n e s t á n d e t e r m in a d a s p o r la i g u a l d a d d e l a h o r r o y l a i n v e r s i ó n .
L a i n v e r s ió n , l a f u e r z a m o t r i z e n e l m o d e l o d e K a l e c k i , r e q u ie r e u n t i e m p o d e p l a ­
n i f i c a c i ó n , d e r e a l i z a c i ó n y d e p u e s t a e n f u n c i o n a m i e n t o . E n t r e la s d e c i s i o n e s p u e d e n
s u c e d e r v a r ia s c o s a s , y l o s a ju s t e s t ie n e n l u g a r d e f o r m a c o n t i n u a . L a t e o r í a d e l c o m ­
p o r t a m ie n t o d e l a in v e r s i ó n q u e K a l e c k i in t e n t ó d e s a r r o l la r d u r a n t e t o d a s u v i d a l a b o ­
r a l p r e t e n d ía s e r u n a t e o r ía e n d ó g e n a d e l a a c u m u la c ió n , la c l a v e d e l m o d e lo d e
c r e c i m i e n t o c í c l i c o d e l c a p i t a l i s m o e n e l c u a l « l a t e n d e n c i a a l a r g o p l a z o ( n o s e r ía )
m á s q u e u n c o m p o n e n t e d e c a m b io le n t o d e u n a c a d e n a d e s it u a c i o n e s d e c o r t o p l a z o . . .
( n o u n a ) e n t id a d i n d e p e n d i e n t e » . ( K a l e c k i , 1 9 7 1 , p . 1 6 5 ) . A d e m á s , p o r t é n n i n o m e d i o ,

POSTKEYNESIANISMO: ¿DE LA CRÍTICA A LA COHERENCIA? 649

no habría pleno empleo, ni del trabajo, ni del stock de bienes de capital. Jo sef Steindl
(1952, 1981), un antiguo colega de Kalecki, hace una contribución única en esta coyun­
tura con sus teorías de los ciclos y el estancamiento en el contexto del capitalismo
monopolista moderno.
Kalecki ya era consciente de la importancia central de este enfoque para la teoría
de la inversión cuando escribió su revisión crítica de la T eoría g e n e ra l de Keynes en
1936. Otorgó a Keynes el máximo crédito por su teoría de la determinación del nivel
de empleo, s i el nivel de inversión se podía considerar como dado - y entonces avanzó
las razones por las que el análisis de la inversión de Keynes era erróneo-. E l siguien­
te pasaje de la traducción de Targetti y Kinda-Hass de 1982 del análisis de Kalecki
expone sus argumentos:

Por lo tanto resulta difícil considerar la solución de Keynes al problema dela inver­
sión como satisfactoria. La razón de este fracaso se halla en un enfoque que es bási­
camente estático respecto a una materia que por naturaleza es dinámica. Keynes toma
como dado el estado de las expectativas de los rendimientos, y de ello deduce un
nivel determinado de inversión, pasando por alto los efectos que la inversión tendrá
a su vez sobre las expoctativas. Aquí, uno puede ver un [boceto] (sic) del camino que
uno debe seguir a fin de construir una teoría realista de la inversión. Su punto de par­
tida debería ser la solucióp al problema de las decisiones de inversión, de la inver­
sión ex ante. Supongamos que en un momento dado existe un cierto estado de
expectativas respecto a las futuras rentas, un nivel de precios dado de los bienes de
inversión y, finalmente, un tipo de interés dado. ¿Cuál será ia inversión que los empre­
sarios intentan realizar en una unidad de tiempo? Supongamos que este problema se
ha resuelto (a pesar de que nos parece imposible hacer esto sin introducir alguna hipó­
tesis especial sobre la psicología de los empresarios o, incluso, una hipótesis sobre
las imperfecciones del mercado del dinero). Un desarrollo más amplio de la teoría
de la inversión podría ser como sigue. Las decisiones relativas a la inversión, que
corresponden al estado inicial, generalmente no serán iguales al nivel de inversión
real. Por lo tanto, en el periodo siguiente, la magnitud de la inversión generalmente
será distinta y el equilibrio a cono plazo cambiará con ella. Así pues, deberíamos
ocupamos ahora de un estado de las expectativas que en general será distinto del del
periodo inicial, precios distintos de los bienes de inversión y un tipo de interés dife­
rente. De ello resultarán unas decisiones de un nuevo nivel de inversión, y así suce­
sivamente (p. 252).

Además de Kalecki y Steindl, estas teorías han sido desarrolladas sobre todo por Joan
Robinson (cinco volúmenes, 1959-79, 1956, 1962) y sus seguidores (especialmente
Asimakopulos, 1969, 1970, 1975, 1977, 1980-81, 1982, 1983) -v e r su famoso día-
grama de la banana (Robínson, 1962, p. 48)-. Aclara la relación bilateral entre acu­
mulación y beneficios -lo s beneficios esperados inducen a la acumulación, mientras
que la acumulación realizada crea los beneficios, lo que hace que la acumulación sea
posible, en parte a través de la oferta de fondos internos-.
Si suponemos un vínculo entre la rentabilidad obtenida y la rentabilidad esperada
(con fines expositivos, hagámoslo de uno a uno; es decir, se espera que lo que ha
sucedido vuelva a suceder), obtenemos las relaciones que aparecen en el gráfico 1
para determinados estados de expectativas a largo plazo y condiciones financieras.
650 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

G r á f ic o 1.

g * ;; g * ( r * ) e s l a p r im e r a r e la c ió n , d o n d e g * es l a ta s a d e a c u m u la c ió n p la n e a d a y r *
s o n l o s b e n e f ic i o s e s p e r a d o s . r ; ; r(g) e s l a s e g u n d a r e l a c i ó n , d o n d e r e s la t a s a d e b e n e ­
f i c i o r e a l i z a d a y g e s l a t a s a d e a c u m u l a c i ó n r e a l i z a d a . ( E s t o s e d e r iv a d e l a f a m o s a
r e la c ió n d e C a m b r id g e p a r a la ta s a g e n e r a l d e b e n e f ic i o s , r g/sc, d o n d e sc e s la p ro ­
p e n s ió n a l a h o r r o d e la c l a s e c a p i t a li s t a .)
S i la t a s a r e a l d e a c u m u la c ió n fu e s e g,, l o s b e n e f i c i o s r e a l i z a d o s s e r ía n E s to
i m p l i c a u n a r e n t a b il id a d e s p e r a d a d e l o q u e in d u c e a u n a t a s a d e a c u m u la c ió n d e
g2 ^S i l a s d o s f u n c i o n e s s o n e s t a b l e s - u n o d e l o s a s p e c t o s m á s im p o r t a n t e s e n J o a n
R o b i n s o n e s q u e e x i s t e n p o c a s r a z o n e s p a r a s u p o n e r q u e d e b e r ía n s e r l o - , y d a d o q u e
l a r e l a c i ó n g * = g * ( r * ) e s b a s t a n t e i n e l á s t i c a , u n p r o c e s o it e r a t i v o l l e v a la e c o n o m í a a l
p u n t o d e i n t e r s e c c i ó n , g c, rt. P e r o in c lu s o a q u í n o h e m o s « r e s u e lto » e l p r o b le m a d e
H a r r o d o D o m a r , y a q u e n o e x is t e n i n g u n a r a z ó n p a r a q u e g, d e b a c o in c id ir c o n la ta s a
n a tu r a l d e c r e c im ie n t o , g „ . T a m p o c o e x is t e n m e c a n is m o s e n e l m o d e lo q u e lo l le v e n a
b u s c a r u n a v í a a g „ . A d e m á s , in c l u s o s i l a e c o n o m í a a l c a n z a e l p u n t o , g , , r , , n o h a y
n a d a q u e g a r a n t ic e q u e n o s e v e r á a le ja d a d e é s te e n c ie r t o s m o m e n to s e n e l fu tu r o .
E s t a f o r m a d e a n á l is is t a m b ié n r e f l e j a s u s ú l t i m a s o p i n io n e s r e s p e c t o a l m é t o d o :
« E l c o r t o p l a z o e s a q u í y a h o r a , c o n s t o c k s c o n c r e t o s d e l o s m e d io s d e p r o d u c c ió n e x i s ­
t e n t e s . L a s i n c o m p a t i b i l i d a d e s e n l a s i t u a c i ó n d e t e r m in a r á n q u é v a a s u c e d e r d e s p u é s .
E l e q u i li b r i o a l a r g o p l a z o n o s e e n c u e n t r a e n a l g u n a f e c h a e n e l fu t u r o : s e t r a t a d e u n
e s t a d o im a g in a r io d e l a s c o s a s e n e l q u e n o e :G s t e n i n g u n a i n c o m p a t ib il id a d e n l a s it u a ­
c ió n e x is t e n t e , a q u í y a h o r a » ( J o a n R o b i n s o n , 1 9 6 2 a , p . 6 9 0 ; v o l . m , 1 9 6 5 , p . 1 0 1 ; v e r
t a m b ié n H a r c o u r t , 1 9 8 l a , 1 9 8 2 b , Essay 1 5 ) .
In ic ia lm e n t e , J o a n R o b in s o n e s tu v o d e a c u e r d o c o n la s c r ític a s a s o c ia d a s c o n e l
d e b a te d e l a t e o r ía d e l c a p i t a l ( d e h e c h o , e l l a m is m a in i c i ó a lg u n a s d e e ll a s ) , c e l e b r a n d o
l o s r e s u lt a d o s d e l o s d e b a t e s a c e r c a d e l a r e c o l o c a c i ó n ( reswitching) y la r e v e r s ió n d e l
c a p ita l (capiial-reversing), y s ie m p r e p o c o d is p u e s t a a a c e p t a r J a l e g i t i m i d a d d e la t e o -
POSTKEYNESIANISMO: ¿DE LA CRÍTICA ALA COHERENCIA? 651

r ía n e o c l á s i c a d e l b e n e f i c i o p a r a c o m p r e n d e r e l c a p i t a l i s m o . S i n e m b a r g o , m á s t a r d e
s e se p a ró d e l g ru p o n e o r ic a r d ia n o , p r e fir ie n d o p o n e r e l é n fa s is e n o tr a c r ít ic a , la fa lta
d e le g it im id a d d e u t iliz a r c o m p a r a c io n e s d e p o s ic i o n e s a la r g o p la z o , in d e p e n d ie n t e m e n te
d e s i e s t a b a n a s o c i a d a s c o n e l r e s u r g im ie n t o d e la t e o r í a c l á s i c a o d e l a t e o r í a n e o c l á ­
s i c a , c o m o u n a f o n n a d e e x a m in a r lo s p r o c e s o s d e d is t r ib u c ió n y a c u m u la c ió n d e la s e c o ­
n o m í a s c a p i t a l i s t a s 14- V o l v i ó a e s t e t e m a m u c h a s v e c e s . E n e f e c t o , c o n s t i t u y ó u n a
c o r r ie n te im p o r t a n t e d e s u p e n s a m ie n t o d e s d e u n a é p o c a m u y te m p r a n a , c o m o p o r
e je m p lo , s u d e s ta c a d a « L e c t u r e D e liv e r e d a t O x f o r d b y a C a m b r id g e E c o n o m is t »
( R o b i n s o n , 1 9 5 3 ; s e v o l v i ó a im p r i m i r e n e l v o l . iv , 1 9 7 3 ). Q u iz á s la e x p lic a c ió n m á s
s u c in t a e s s u a r t íc u lo d e 1 9 7 4 , « H is to r y versus E q u i l i b r i u m » ( r e im p r e s o e n e l v o l . v ,
1 9 7 9 ) , c u y o t ít u lo r e s u m e s u s o b j e c i o n e s a l m é t o d o . C o n c l u y ó e s t e e n s a y o , c u y a c o n ­
c i s i ó n s e r e s i s t e a l r e s u m e n , t a l c o m o s ig u e :

L a fa lta d e un tra ta m ie n to c o m p r e n s ib le d e l t ie m p o h is tó r ic o y e l fr a c a s o e n e s p e c i­
f i c a r la s n o rm a s d e l ju e g o e n e l tip o d e e c o n o m ía q u e s e e stá d is c u tie n d o h a c e n q u e
e l a p a r a to te ó ric o q u e s e p r e se n ta e n lo s lib ro s d e te x to n e o c lá s ic o s re s u lte n in ú tile s
p ara e l an álisis d e lo s p ro b le m as co n te m p e rá n e o s, tanto en l a m ic r o c o m o en l a m acro -
e s fe r a ( v o l. v , p. 5 8 ) .

P o r a ñ a d id u r a , e n u n a r t íc u l o p o s t e r io r ( R o b i n s o n , 1 9 8 0 , p . 1 2 8 ) , a ñ a d ía : « ¿ Q u é p a p e l
r e p r e s e n t a e l l a r g o p l a z o d e G a r e g n a n i e n e l t ip o d e a n á lis is q u e t ie n e c o m o f i n a l i d a d
a y u d a r n o s a c o m p r e n d e r e l m u n d o e n e l c u a l v i v i m o s ? » 15.

7. P r e c io s

P o r lo t a n t o , e n l a t r a d i c ió n k a l e c k i a n a , e l a c e n t o s e p o n e e n l a s m a c r o t e o r í a s a c e r c a
d e l a a c t i v i d a d y l a d i s t r i b u c i ó n . A s u v e z , la s m a c r o r e l a c i o n e s t i e n e n m i c r o f u n d a -
m e n t o s e n la s d e c is io n e s d e la s e m p r e s a s r e s p e c t o a l a f i j a c ió n d e p r e c io s . L o q u e s e s itú a
h a b it u a lm e n t e e n e n to r n o s o li g o p o l i s t a s d e f i j a c i ó n d e p r e c io s . E n e l t r a b a jo d e K a l e c k i ,
e s t o s e a s o c ia c o n s u t e o r í a d e l « g r a d o d e m o n o p o l i o » . ( L a e x p l i c a c i ó n m á s c o m p l e t a
d e l d e s a r r o l lo d e l a id e a s d e K a l e c k i r e s p e c t o a l a f i j a c i ó n d e p r e c i o s y s u v í n c u l o c o n
l a d is t r ib u c ió n s e e n c u e n t r a e n K r i e s l e r , 1 9 8 7 ) .
J o a n R o b i n s o n ( 1 9 7 7 , p . 7 - 1 7 ) p r o p o r c i o n ó u n a i l u m i n a d o r a e x p o s i c i ó n d e l s is t e ­
m a d e K a l e c k i , e n la q u e s e h a n e d u c a d o g e n e r a c i o n e s d e e s t u d ia n t e s d e C a m b r i d g e .
C o n s i d e r e m o s e l c a s o m á s s i m p l e d e n o c o n s u m o p o r l o s r e n t is t a s , n o a h o r r o p o r p a r te
d e ¡o s t r a b a j a d o r e s y s i n s e c t o r e x t r a n j e r o o g u b e r n a m e n t a l . E n t o n c e s , s e g ú n e s t o s
s u p u e s t o s , l o s b e n e f i c i o s (1t) d e b e n s e r e x a c t a m e n t e i g u a l e s a l a in v e r s ió n ( / ) . K a l e c k i
( 1 9 7 1 , p . 7 8 - 9 ) a r g u m e n t a b a q u e « lo s c a p i t a li s t a s p u e d e n d e c i d i r [ . . . ] i n v e r t ir m á s e n
u n p e r io d o d a d o q u e e n u n o a n te rio r , p e r o n o p u e d e n d e c id ir g a n a r m á s [ . . . ] , p o r lo
t a n t o , s u d e c i s i o n e s [ . . . ] d e i n v e r s i ó n [ . . . ] d e t e r m in a n l o s b e n e f i c i o s , n o v i c e v e r s a » ,
e s d e c ir , l a c a u s a ü d a d f u n c i o n a : / - - > * .

14. Evidentem ente, a menudo la p ro p ia Joan Robinson utilizó estas comparaciones para mostrar a los eco­
nomistas neoclásicos cuáles habrían sido sus respuestas «en sus propios contextos» y cuán limitadas
eran para estos otros objetivos.
15. Para una evaluación bien dispuesta de las contribuciones de Joan Robinson a lo largo de cm cu en ta tó p e
ver G ram y W alsh (1983). : ;
652 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

Gráfico 2.

Ahora consideremos el gráfico 2 en el que costos y precios se miden en el eje ver­


tical, y el empleo en los sectores de consumo y bienes de inversión en el eje horizon­
tal. Suponemos que el producto margínal del trabajo directo en el cortoplazo es constante
hasta su capacidad en las transacciones de bienes de consumo (!a inversa de la curva de
costos marginales en forma de L), que la inversión (en términos reales) está dada para
el periodo que estamos considerando y requiere AB de la mano de obra disponible.
Debido a nuestro supuesto de costos marginales constantes, si medimos todas las can­
tidades reales en términos de la cantidad de trabajo que se necesita para producir una
unidad debien de consumo, precios y costo, por un lado, y precio por unidad de trabajo
y de la propia tasa salarial, por el otro, todo se puede medir en el eje vertical.
Los gastos de consumo de los asalariados en el sector de los bienes de inversión
constituyen los beneficios totales del sector de bienes de consumo. Sea cual fuere el
empleo en el último, recuperan sus costos (los costos salariales para el sector en su
conjunto) del gasto de los asalariados en el sector de bienes de consumo. es una
hipérbola rectangular que subtiende el área w.AB, en la que w es el salario nominal, y
es el beneficio del sector de bienes de consumo. Si hubiesen fuerzas competitivas en la
fijación de precios, un precio O p c tendería a ser fijado acompañado depleno empleo del
stock existente de bienes de capital en el sector de bienes de consumo, empleo OA de
la mano de obra y beneficio por unidad de empleo de w p c. Sin embargo, si existen pre­
cios administrados en el sector de bienes de consumo, de tal manera que se fija un pre­
cio más alto de O p m, habrá desempleo de C A , básicamente porque el salario real de
los trabajadores es m á s bajo que en la primera situación. E l salario nominal es el mismo,
pero el precio es más alto; los beneficios totales son los mismos, pero el beneficio por
unidad de output, w pm, es más elevado en la segunda situación.
Los precios de los bienes de inversión y los beneficios de las transacciones del sec­
tor de bienes de inversión no están determinados de forma explícita en el modelo. Sin
embargo, dado que el gasto en inversión en términos reales está fijado, cualquier pro-
POSTKEYNESIANISMO: ¿DE LA CRÍTICA A LA COHERENCIA?______________ 653

ceso que determine el margen sobre costos (m ark-up) en el sector de bienes de inver­
sión asegurará que el gasto monetario en los bienes de inversión cubrirá los costos
salariales y los beneficios totales que supone la dimensión del margen (m ark-up).
L a teoría del grado de monopolio de Kalecki ha sido refinada y modificada poste­
riormente por diversas teorías del margen sobre costos (m ark-u p theories), algunas de
las cuales están asociadas a la hipótesis de los precios de costos normales de Steindl
(1952), Sylos-Labini (1962), Neild (1963), Godley y Nordhaus (1972), Coutts, Godley
y Nordhaus (1978) y muchos otros. En otras versiones, la financiación de la inversión
está vinculada a la capacidad de las empresas para fijar precios que elevan su capaci­
dad financiera, directamente a través de la retención de los beneficios e indirectamen­
te a través de los efectos sobre su capacidad para obtener fondos externos (ver, por
ejemplo, Sylos-Labini, 1962, 1974, l979; Ball, 1964; Cow ling, 1981, 1982; Eichner,
1973, 1976; Harcourt y Kenyon, 1976; Harris, 1974; Wood, 1975, 1978; Sylos-Labini,
1962, 1974, 1979). Sardoni (1984) vincula de forma perspicaz la influencia de Sraffa
sobre Kalecki respecto a la teoría de la empresa, de la inversión (y sus finanzas) y de
la distribución de la renta, por una parte, con la teoría de la demanda efectiva, por la otra
(ver también Sardoni, 1986, 1987).
Una característica que es común a estos últimos modelos es que éstos intentan pro­
porcionar una teoría endógena de la determinación del margen (m ark-u p ) a la vez que
relacionan la dimensión del propio m a rk -u p con la teoría tradicional de la inversión
-cuán ta y qué tipo de inversión efectuar y cómo financiarla-. Las teorías de Ball,
Eichner y Wood son teorías de equilibrio a largo plazo, mientras que los modelos de
Steindl, Sylos-Labini y de Harcourt y Kenyon se hallan más en el espíritu del análisis
de Joan Robinson. Harcourt y Kenyon también incorporan aspectos del análisis de
Salter de los modelos clásicos y de la elección de tecnología (ver Salter, 1960, 1966).
A veces, las dimensiones de los márgenes sobre costos (m ark-u p s) están relacio­
nadas con una teoría subyacente sraffiana de los precios de producción. Se acentúa la
naturaleza de largo plazo de los factores que determinan los precios, oponiéndola a la
naturaleza a corto plazo de la fijación de precios en los mercados para las materias pri­
mas en los que se cree que los factores de oferta y demanda marshallianos dominan
(una dicotomía que Kalecki [1938] fue uno de los primeros en establecer). Mainwaring
(1977) y Bhaduri y Joan Robinson (1980) establecen este vínculo, mientras que el
modelo del funcionamiento de la economía mundial de Kaldor se construye alrededor
de dos comportamientos distintos de fijación de precios, uno para los bienes indus­
triales y otro para los productos primarios. Finalmente, mencionamos a Sylos-Labini,
cuyas contribuciones se anticipan a la mayor parte de las demás. Han sido admirable­
mente resumidas por Groenewegen (1986, p. 10; ver también p. 30):

A ñ ad ien d o algunas d in ám icas e historia schum peterianas y roberísonianas, [lo que


llam am o s la tercera corriente] in clu y e a S y lo s -L a b in i, aunque en m uchos aspectos
éste constituye una clase por sí m ism o [ ...] , su com binación de las consideraciones
a corto plazo de K a le ck i con la d in ám ica de lo s clá sico s, convenientem ente m odifi­
ca d a por su énfasis sobre la fo n n a distinta de competencia inducida por una mayor con­
centración de la industria id e n tifica d a in icialm en te po r M a rx y desarrollada en su
teo ría del o ligopolio y del progreso técnico, encarna una gran parte de lo que se valo­
ra en esta parte de la tradición postkeynesiana.
654 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

8. L a s c o n t r ib u c io n e s d e K ald or

K a l d o r (1 9 8 5 ) c o m b in ó s u s p u n to s d e v is t a s o b r e Ja fija c ió n d e p r e c io s c o n la o p in ió n
d e q u e la s e c o n o m ía s d e e s c a la d in á m ic a s s e e n c u e n tr a n m á s b ie n en lo s p a ís e s in d u s ­
t r ia liz a d o s q u e p r o d u c e n p r o d u c t o s in d u s t r ia le s , m ie n t r a s q u e lo s p a ís e s m e n o s d e ­
sa rro lla d o s d e p e n d e n m á s d e la p r o d u c c ió n d e p r o d u cto s p r im a r io s , b ie n s e a a lim e n to s
o m a terias p r im a s p a r a lo s p a ís e s in d u s tr ia liz a d o s . E n e s to s ú ltim o s a ñ o s , H ic k s (1 9 7 6 )
h a h e c h o u s o d e u n a d is tin c ió n s im ila r c o n b u e n o s re s u lta d o s en s u s a n á lis is d e ia i n f l a ­
c ió n m u n d ia l y lo s p r o b le m a s d e l c r e c im ie n t o .
R e s u lt a d e m a s ia d o r e s tr ictiv o c o m e n ta r so b re la in flu e n c ia g e n e r a l d e K a l d o r s o b r e
la e c o n o m ía p o s t k e y n e s ia n a d is c u t ie n d o a is la d a m e n t e su p u n to d e v is ta s o b r e la f i j a ­
c ió n d e p r e c io s y a q u e , d e b id o a la a m p lit u d d e s u s in t e r e s e s , ta n to en la te o r ía c o m o
en la p o lít ic a e c o n ó m i c a , K a l d o r s e p a r e c ió a K e y n e s m á s q u e n in g ú n o tr o e c o n o ­
m is t a d e l s i g l o XX, i n c lu s o h a s t a e l p u n to d e p e r te n e c e r [ta m b ié n ] a la C á m a r a d e lo s
L o r e s . D e b e r ía m o s e m p e z a r r e a lm e n t e p o r s u s p u n to s d e v is t a d e ]a p o s g u e r r a s o b r e
e l m é to d o (v e r, p o r e je m p lo , K a l d o r , 1 9 6 6 , 1 9 7 2 , 1 9 8 5 ). K a l d o r p a r tía d e r e g u la r id a ­
d e s e m p ír ic a s - s u s « h e c h o s e s t i l i z a d o s » - q u e so n c ie r t a s e n la g r a n m a y o r ía d e c a s o s ■
o b s e r v a d o s , s in d u d a s u fic ie n t e m e n t e a m e n u d o p ara r e q u e r ir u n a e x p li c a c i ó n , h a s ta
lle g a r a la s e x p lic a c io n e s q u e p o r s í m is m a s d e b ie r a n s e r la s fo r m a s m á s r a z o n a b le s
'Capaces « d e d a r c u e n ta d e lo s “ h e c h o s ” in d e p e n d ie n te m e n te d e si e n c a ja n e n e l m a r c o
g e n e r a l d e la t e o r ía r e c ib id a o n o » ( K a ld o r , 1 9 8 5 , p . 8 ). K a l d o r q u e r ía q u e e s c a p á s e ­
m o s d e l c o r s é d e te n e r q u e a d a p ta r s ie m p r e lo s tern as y lo s p r o b le m a s a la te o r ía r e c i­
b id a , d e ta l fo r m a q u e n o a b o r d á r a m o s la s p r e g u n ta s r e s p e c t o a la s s it u a c io n e s r e a le s
q u e s e preten d en e x a m in a r . E n v e z d e e s to , d e b e ría m o s c o n s tru ir u n tip o d e m o d e lo a b s ­
tr a c t o d is tin to a l d e l e q u ilib r io g e n e r a l. E s t e ú lt im o , a r g u m e n ta b a , « h a s u p u e s to u n
s e r io fr e n o a l d e s a r r o llo d e l p e n s a m ie n t o e c o n ó m ic o » ( K a ld o r , 1 9 8 5 , p . 5 7 ) ; t a n to ,
q u e lo s p u n to s d e v is t a s o b r e e l m u n d o d e lo s t e ó r ic o s m o d e r n o s s e h a n id o d is t o r ­
s io n a n d o h a s ta h a c e r e n c a ja r la r e a lid a d e n la te o r ía m á s q u e a la in v e r s a . N e c e s it a m o s
u n m o d e lo « q u e r e c o n o z c a [ . . . ] q u e e l tie m p o es u n p r o c e s o c o n tin u o e ir r e v e r s ib le ;
q u e e s im p o s i b le im a g in a r la c o n s t a n c ia d e c u a lq u ie r c o s a c o n e l p a s o d e l t ie m p o »
( K a ld o r , 1 9 8 5 , p . 5 7 ). N o e s c a s u a lid a d s i d u r a n te u n a g r a n p a r t e d e l p e r i o d o d e l a
p o s g u e r r a a t a c ó , p r im e r o , « e l m o d e lo e s t á n d a r d e m e r c a d o d e f i j a c i ó n d e p r e c io s y
v a c ia d o d e m e r c a d o s d e la e c o n o m í a » y , e n s e g u n d o lu g a r , la id e a m is m a d e la e c o ­
n o m ía d e l e q u il ib r io ( v e r , p o r e j e m p lo , K a l d o r , 1 9 7 2 , 1 9 7 5 ) . E n s u lu g a r , d e s e a b a
p o n e r u n a t e o r ía d e l a c a u s a c ió n c u m u la t i v a , d e r e n d im ie n t o s d in á m i c o s ( v e r , p o r
e je m p lo , T h ir lw a ll e? a l., 1 9 8 3 ; T h i r lw a ll , 1 9 8 6 , p a r a u n a e v a lu a c ió n e in te r p r e ta c ió n ■
d e e s t e a s p e c t o d e s u s c o n t r ib u c io n e s ) .
O tr o te m a k a ld o r ia n o e s la im p o r ta n c ia d e la e x is te n c ia d e n o rm a s e s ta b le c id a s p a r a
a lc a n z a r la e s t a b ilid a d en lo s s is te m a s e c o n ó m ic o s . A n t e s d e la s e g u n d a g u e r r a m u n ­
d ia l, K a l d o r e s c r ib ió u n a r t íc u lo d e a lt o c a lib r e s o b r e e l v ín c u lo e n tr e e s p e c u la c ió n y .
e s ta b ilid a d e n e l c o n t e x t o d e la t e o r ía d e l a d e m a n d a e f e c t i v a d e K e y n e s ( K a l d o r ,
1 9 3 9 ). E n su p r im e r a C o n f e r e n c i a d e O k u n , K a l d o r (1 9 8 5 ) d is c u t ía e l p a p e l d e l p r e ­
c io n o r m a l en l o s m e r c a d o s d e p r o d u c t o s , a q u e llo s m e r c a d o s q u e s e p e n s a b a q u e
e ra n e l e q u iv a le n t e m á s c e r c a n o d e l m u n d o r e a l a lo q u e W a lr a s t e n í a e n l a m e n t e e n
s u te o r ía d e l e q u ilib r io g e n e r a l. K a l d o r a t r ib u ía e l g r a n in c r e m e n to d e la v o la t ilid a d
d e la s f l u c t u a c io n e s d e a q u e llo s p r e c io s e n e l p e r io d o d e l a p o s g u e r r a , y e s p e c i a l -
POSTKEYNESIANISMO: ¿DE LA CRÍTICA A LA COHERENCIA? 655

mente desde los años setenta, a la falta de «normas». Sin ellas, la especulación lleva
a aumentar más que a moderar las fluctuaciones. Finalmente, deberíamos observar
que los puntos de vista de Kaldor sobre el método coincidían en términos amplios
con los de Joan Robinson en el periodo de la posguerra (admitiendo las diferencias
de temperamento -Kaldor siguió siendo el optimista perpetuo, Joan Robinson se vol­
vió cada vez más pesimista-), y que, en estos últimos años, John Hicks (1976, 1977,
1979, 1985) estuvo expresando puntos de vista similares sobre el método, distan­
ciándose pues de su « ío» J. R. Hicks de Valué a n d C a p it a l (ver Hicks, 1975, p. 365).
E l trabajo de Kaldor influyó a Cornwall (1972, 1977, 1983), que estudia los proce­
sos de crecimiento en las economías capitalistas modernas como el resultado de la
mterrelación de los factores de demanda y oferta. Desdibuja la marcada distinción
entre las dos en la tradición Harrod-keynesiana, por un lado, donde g n se postula
como independiente de g w y del propio g , y el énfasis de las teorías neoclásicas del
crecimiento en el crecimiento de la población, la substitución y el cambio técnico,
lo que lleva al abandono de la demanda como el medio necesario de representación,
por el otro.
;;■ En los últimos años, Cornwall se ha ido interesando en las causas de la estan­
ca ció n y en el diseño de políticas económicas para superar sus efectos. Parte inte­
grante de su paquete de políticas son las reformas institucionales con el objeto de
permitir el establecimiento de alguna forma permanente de política de rentas (ver
'Cornwall, 1985). En efecto, se trata de una característica de virtualmente todas las
corrientes de la economía postkeynesiana -lo s neoricardianos pueden constituir una
excepción- que su lógica lleva ineludiblemente a la defensa de las políticas de ren­
tes -porque incorporan la percepción keynesiana fundamental de que el nivel de los
salarios nominales es el eje alrededor del cual giran tanto la explicación del nivel
general de precios co m o la estabilidad general de la propia economía (ver, por ejem­
plo,Eich ner, 1985, cap. 9; Harcourt, 1982, E s s a y s 18 y 20; 1986, E s s a y s 9 y 10;
Weíntraub, 1978b).

■9. C r e c im ie n t o y D IN Á M IC A : J oan R o b in s o n , Pa s in e t o y G o o d w in

Excepto Kaldor, Kicks y los neoricardianos, las teorías comentadas hasta ahora se han
ocupado, bien sea de la teoría del empleo a corto plazo y la distribución de la renta,
bien -sea del crecimiento cíclico. Pero, evidentemente, en el periodo de la posguerra,
la teoría del crecimiento fue la principal preocupación de todos estos grupos. Harrod
(1936, 1939, 1948) fue el estímulo; T h e A c c w n u la tio n o f C a p it a l de Joan Robinson
(Robinson, 1956) constituye uno de los clásicos de la literatura aunque se trate de un
libro que causó una gran perplejidad; tanto, que la propia autora sintió que era nece-
■ S.filio que le siguiesen por lo menos dos «Child’s Guides» (Robinson, 1960, 1962b).
:Las contribuciones de Kahn también son de la máxima importancia, especialmente por
sus opiniones sabias y prudentes sobre el método y las limitaciones del análisis (Kahn,
1972,1984). Quizá la perplejidad habría sido menor si la autora hubiese incluido en
ediciones posteriores el prólogo siguiente, cuyo borrador se encontró entre sus papeles.
•.Explica de forma muy clara los cuatro tipos de cuestiones y temas que le preocupa­
ban. L a lista también muestra porqué el libro resultaba difícil de comprender en su
totalidad.
656 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

Joan Robinson considera un modelo de una econom ía de libre empresa sin regu­
laciones en el cual las empresas «dentro de los lím ites establecidos por sus posibili­
dades de financiación» determinan la tasa de acum ulación de capital, mientras que los
miembros del público, limitados «por su capacidad de poder adquisitivo, son libres de
establecer la tasa de gastos que quieran, [ ...] [un] m odelo [ ...] no [ ...] irreal en aspec­
tos fundamentales».
E l m odelo puede em plearse «para analizar las p osibilid ades y cam bio s del de­
sarrollo de una econom ía con el paso del tiem po» mediante la consideración de «cu a­
tro grupos distintos de cuestiones»:

1. Comparamos situaciones, cada una con su propio pasado, que evolucionan hacia su
futuro, que son diferentes en algún aspecto (por ejem plo, la tasa de acum ulación que
tiene lugar en cada una), a fin de ver qué es lo que supone la diferencia postulada.
2. Seguim os la trayectoria que toma una econom ía cuando las condiciones técnicas
(incluyendo su tipo de cam bio), así com o las propensiones a consum ir e invertir,
son constantes a través del tiempo.
3. Averiguam os las consecuencias de un cam bio en cualquiera de estas condiciones
para el futuro desarrollo de la econom ía.
4. Exam inam os la reacción a corto plazo de la econom ía ante acontecimientos inespe­
rados. (

E l prim er grupo de cuestiones se maneja naturalmente en térm inos de com para­


ciones entre situaciones estables (incluyendo estados estacionarios). L as condiciones para
alcanzar estados estables son co no cidas, pero de ello no se sigu e que el com porta­
m iento no regulado de los responsables de las decisiones las produzcan. C u an d o se
discute la elección de las técnicas, la relación entre el valor del capital y el capital fís i­
co en el conjunto de la econom ía se vuelve relevante y «ocupa varios capítulos (Libro
n, sección n) y resulta exageradamente d ifícil en relación a su im portancia».
E l segundo grupo de cuestiones se ocupa de lo que sucede cuando una de las co n ­
diciones para un crecim iento estable (excepto las condiciones técnicas y las propen­
siones al consumo) no se cum ple. E l tercer grupo está relacionado con la trayectoria
que la econom ía seguirá cuando, habiendo pennanecido estable, tenga lugar un cam ­
bio fundamental, por ejem plo, «un incremento del m onopolio que hace que los m ár­
genes de beneficio aum enten». E l cuarto grupo se ocupa de las reaccio n es ante los
acontecimientos actuales del estím ulo a la inversión en un m undo incierto y se rela­
ciona con la posibilidad de una oscilación en la transición de un estado de cosas a otro,
o incluso con la generación de un ciclo económ ico por «mera incertidumbre», sin n in­
gún cam bio en las condiciones básicas. En principio, «este tipo de análisis nos capacita
para enfrentarnos con todas las vicisitudes posibles de una econom ía en desarrollo y
prepara el camino para discusiones sobre política pública».
Pasinetti (1974, 1980, 1981) es quien probablemente ha llevado el análisis más
lejos y ha creado un sistema más unificado. Durante treinta años ha ido desarrollando
un m odelo de crecim iento rnultisectorial que abarca tanto las preocupaciones clásicas
com o las keynesianas (ver, por ejem plo, Pasinetti, 1962, 1966, 1981). E s clásico en
cuanto a que se ocupa del origen del beneficio en las características de los sistemas de
producción y distribución; keynesiano, debido a su preocupación por la dem anda efec-
POSTKEYNESIANISMO: ¿DE LA CRÍTICA A LA COHERENCIA?______________657

t i v a y la s c o n d i c i o n e s n e c e s a r i a s p a r a u n p l e n o e m p l e o , t a n t o e n u n m o m e n t o d a d o
c o m o a t r a v é s d e l t i e m p o . S u s a p o r t a c io n e s p a r t ic u l a r e s n o s o n s ó l o s u t r a b a j o s o b r e
l a t a s a d e b e n e f i c i o y la d is t r ib u c ió n d e l a r e n t a d e n t r o d e u n a e c o n o m í a e n c r e c im i e n t o
e n la q u e l a in v e r s ió n s e v e o b l i g a d a a s it u a r s e e n lo s n iv e l e s n e c e s a r io s p a r a m a n t e ­
n e r e l c r e c im i e n t o c o n p le n o e m p le o e n e l t i e m p o , s in o q u e t a m b ié n [h a r e a li z a d o ] u n a
a m p l i a c i ó n im p o r t a n t e p a r a t e n e r e n c u e n t a la s p a u t a s c a m b i a n t e s d e l a d e m a n d a a
m e d i d a q u e c r e c e l a r e n t a , p o r q u e la s d e m a n d a s d e p r o d u c t o s in d iv id u a l e s c r e c e n a r it ­
m o s d is t in t o s d u r a n t e s u s c i c l o s d e v i d a . É l t a m b ié n c o n s i d e r a l o s p r o b le m a s d e l a in te r ­
d e p e n d e n c i a d e l a p r o d u c c i ó n , e l a v a n c e t é c n i c o , e l a g o t a m ie n t o d e lo s r e c u r s o s y l a s
c o n s id e r a c io n e s i n t e r n a c io n a l e s d e s d e e l p u n t o d e v i s t a d e m a n t e n e r u n e q u i l i b r i o c o n ­
j u n t o e n e l t i e m p o , d e r i v a n d o u n a s e r ie d e c o n d i c i o n e s c o m p l e j a s y d e g r a n a l c a n c e .
E n s u a r t íc u lo s o b r e P a s i n e t t i ( 1 9 8 1 ) , H a r r i s ( 1 9 8 2 ) i n d i c a q u e a l in t e n t a r o b t e n e r e s t a s
c o n d ic io n e s , P a s in e tti s e v e c o n d u c id o a

u n a t e o r ía d e lo q u e s e p o d r ía lla m a r d e s e m p le o “ e stru c tu r a l” o “ t e c n o ló g i c o ” ,
c o n s id e r a d o c o m o u n a c a r a c t e r í s t ic a in h e r e n t e d e l p r o c e s o d e e x p a n s ió n y d e ­
s a r r o llo d e l a e c o n o m ía . E s t á m u y a le ja d a d e l a e x p lic a c ió n k e y n e s ia n a h a b itu a l
d e l d e s e m p le o y , p o r lo ta n to , d e b e c o n s id e r a r s e c o m o u n a te o r ía d is tin ta [ . . . ].
[ L ] a im p o r t a n c ia c o m p le t a d e l a n á lis is d e P a s in e t t i c o n s is t e en s u g e r ir q u e “ la
n a tu r a le z a m is m a d e l p r o c e s o d e c r e c im ie n t o a la r g o p la z o re q u ie re u n a d in á m ic a
e s tru c tu r a l q u e c o n d u c e a d ifi c u lt a d e s a c o r to p la z o ” ( p . 2 4 3 ) . C o m o t a l , fo r m a
p a r te d e l a c la s e g e n e r a l d e la s t e o r ía s del e s ta n c a m ie n to s e c u la r d e b id o al " s u b ­
c o n s u m o ’ ’ , a p e s a r d e q u e d e n tro d e e s ta c la s e d e s ta c a d e b id o a s u s c a r a c te r ís t i­
c a s e s p e c ia le s y ú n ic a s (p . 3 6 ).

P a r a P a s in e t t i, c o m o p a r a l a m a y o r í a d e p o s t k e y n e s ia n o s , lo s p r e c io s r e la t iv o s e s tá n
r e la c io n a d o s n o ta n t o c o n la e s c a s e z c o m o c o n la s c o n d ic i o n e s d e r e p r o d u c c ió n y e x p a n ­
s ió n . E n u n a r t íc u l o r e c ie n t e ( P a s i n e t t i , 1 9 8 6 ) , é s t e h a v u e l t o a e x p o n e r s u s id e a s r e s ­
p e c t o a e s t a d i f e r e n c ia , a r g u m e n t a n d o q u e l a d u a l id a d i n t e r c a m b io - p r o d u c c ió n , a l ig u a l
q u e e n tr e e l e n fo q u e d e l e x c e d e n t e , p o r u n l a d o , y la t e o r ía s u b je t iv a d e l v a lo r , p o r e l o tr o ,
« s e r e m o n t a a u n a d i c o t o m í a m á s p r o f u n d a e n la s t e o r í a s d e l v a l o r » ( B a r a n z i n i y
S c a z z i e r i , 1 9 8 6 , p . 7 7 ) 16.
E n c ie r t o s e n t id o , la s c o n t r ib u c io n e s d e R ic h a r d G o o d w i n s ir v e n p a r a v in c u la r
a sp e c to s d e l e n fo q u e d e K a le c k i- R o b in s o n c o n e l e n fo q u e d e P a s in e tti. D u ra n te
m u c h o s a ñ o s , s u s p e n s a m ie n t o s e v o lu c io n a r o n e n d o s lín e a s s e p a r a d a s - p o r u n la d o ,
Ja n a tu r a le z a d e lo s p r o c e s o s c íc l ic o s e n lo s m o d e lo s a g r e g a d o s y , p o r e l o tr o , la n a tu ­
r a l e z a d e l a i n t e r d e p e n d e n c i a d e l a p r o d u c c i ó n e n lo s m o d e l o s m u l t i s e c t o r i a l e s
( G o o d w i n , 1 9 8 2 , 1 9 8 3 ) - . L a s i d e a s d e G o o d w i n s o b r e la t e n d e n c i a y e l c i c l o , s e g ú n
la s c u a le s é s to s d e b e r ía n c o n s id e r a r s e c o m o « in d is o lu b le m e n t e fu n d id o s » ( v e r
G o o d w i n , 1 9 8 2 , p . 1 1 7 ), e v o lu c io n a r o n c o n s id e r a b le m e n t e c o n lo s a ñ o s . U n a r t íc u ­
l o b á s i c o , « T h e P r o b l e m o f T r e n d a n d C y c l e » , f u e p u b li c a d o e n e l Yorskshire Bulkiin
e n 1 9 5 3 ( E s s a y 9 e n G o o d w i n , 1 9 8 2 ) . A d e m á s d e d is c u tir a fo n d o e s te a s p e c t o c e n ­
t r a l, a l c o m p l e t a r lo s d e t a l le s d e la s f a s e s d e l c i c l o a p r o v e c h ó d e b id a m e n t e « e l f a m o ­
s o p r i n c ip io d e M a r s h a l l d e q u e e l p l a z o c o r t o e s m u c h o m á s c o r t o p a r a la s e x p a n s i o n e s

16. Para un ensayo estimulante y que hace refle xio n ar sobre este tema y «Una reconceptualización de la
econom ía clásica», ver Levine (1986).
658 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

q u e p a r a la s c o n t r a c c i o n e s » ( G o o d w i n , 1 9 8 2 , p . 1 1 7 ) , l a p e r c e p c i ó n m e d i a n t e l a c u a l
K a h n ib a a i n f l u i r a K e y n e s c u a n d o p a s a b a d e l Tratado a la Teoría general ( v e r K a h n ,
1 9 8 4 , p . 1 7 4 ). L a s id e a s d e G o o d w i n a lc a n z a r o n s u m a d u r e z e n su a r t íc u lo d e 1 9 6 7
(en Festschrift d e D o b b : F e in s t e in , 1 9 6 7 ) q u e , d e f o r m a s i g n i f i c a t i v a , s e t it u la « A
G r o w th C y c l e » . E n é l u t iliz ó e l m o d e lo d e p r e s a -p r e d a d o r ( prey-predator model) d e
V o lt e r r a s e g ú n e l c u a l l a a n a l o g í a d e « l a s i m b i o s i s d e d o s p o b l a c i o n e s - e n p a r t e c o m ­
p le m e n t a r ia s y e n p a r t e h o s t i l e s - r e s u l t a ú t i l [ . . . ] p a r a c o m p r e n d e r [ . . . ] l a s c o n t r a ­
d ic c io n e s d in á m ic a s d e l c a p it a lis m o , e s p e c ia lm e n t e c u a n d o s e e x p lic a n d e [ . . . ] fo r m a
m a r x is ta } ) ( G o o d w i n , 1 9 8 2 , p . 1 6 7 ) . A n a l i z ó l a l u c h a e n t r e s a l a r i o s y b e n e f i c i o s , a s í
c o m o la r e t r o a c c i ó n e n la s v a r i a b l e s r e a le s - y e x p a n d i ó u n a l it e r a t u r a q u e t o d a v í a
e stá a m p liá n d o s e - .
S in e m b a r g o , G o o d w i n n o e s t a b a s a t is f e c h o ; N e c e s i t a b a r e a lm e n t e in t e g r a r l a
d e m a n d a e fe c t iv a e n e l m o d e lo . A s í q u e e s ta s d o s lín e a s d e p e n s a m ie n to s e h a n u n id o
a h o r a e n u n t o d o im p r e s io n a n t e e n G o o d w i n y P u n z o ( 1 9 8 7 ) . E l t r a b a j o e s e x t r e m a ­
d a m e n t e e c l é c t i c o ; s e p u e d e n d is c e r n ir t o d a s la s i n f l u e n c i a s , l a s d e M a r x , S c h u m p e t e r ,
K e y n e s , V o n N e u m a n n , J o a n R o b i n s o n , S r a f f a y K a l e c k i ( v e r t a m b ié n G o o d w i n , 1 9 8 6 ) .
T a m b i é n s e p u e d e n o b s e r v a r l o s d e s a r r o llo s d e l a t e o r ía d e la s c a t á s t r o f e s y e l c o n c e p t o
d e « b ifu r c a c ió n » , ju n t o c o n la a n a lo g ía b io ló g i c a m á s a n t ig u a e x tr a íd a d e l m o d e lo d e
p r e s a - p r e d a d o r d e V o l t e r r a . G o o d w i n s e c o n c e n t r a e n l a n a t u r a le z a d e l a s e s t r u c t u r a s
e v o lu t iv a s q u e d e v e z e n c u a n d o e x p e r i m e n t a n g r a n d e s s a l t o s y r u p t u r a s , l o q u e é l c o n ­
s i d e r a c o m o l a c l a v e d e l d e s a r r o l lo c í c l i c o d e l a s e c o n o m í a s c a r a c t e r i z a d a s p o r i n t e r ­

d e p e n d e n c ia s d e la p r o d u c c ió n .

10. L a s c o n t r ib u c io n e s d e G o d l e y y su s c o le g a s d e l D A E

F i n a l m e n t e , l le g a m o s a G o d l e y y s u s c o l e g a s , q u e s e m a n t ie n e n a p a r t e d e b i d o a q u e
s u c o n tr ib u c ió n p a r t ic u la r s e o c u p a , e n s u m a y o r p a r t e , d e s t o c k s y n o d e f l u j o s . M á s q u e
la c u e n ta d e p é r d id a s y g a n a n c ia s y lo s f lu jo s d e in g r e s o s y g a s t o s , e s e l b a la n c e d e
s it u a c ió n y l a c u e n t a d e l f l u j o d e f o n d o s l o q u e c o n s t i t u y e e l m a r c o c r u c i a l d e s u s e n f o ­
q u e s . E n r e a l i d a d , t o m a n c o m o s u p u n t o d e r e f e r e n c i a t e ó r i c o e l fi n a l d e u n p e r io d o
m a r s h a llia n o d e l a r g o p la z o ( a p lic a d o a l a e c o n o m í a e n s u c o n ju n t o ) e n e l q u e lo s s t o c k s
y lo s f l u j o s e s t á n e n e q u i li b r io . S u o b j e t i v o e s v e r s i l a p o s i c i ó n a l a r g o p la z o c o n s t it u y e
u n r e s u lt a d o a d e c u a d o d e la s r e l a c i o n e s d e f l u j o s c u a n d o é s t a s e s t á n l im it a d a s p o r c ie r ­
ta s r e l a c i o n e s c l a v e s t o c k s - f l u j o s , p o r , p o r e j e m p l o , l a r e l a c i ó n e n t r e l a r i q u e z a d e ­
s e a d a y lo s in g r e s o s ( a ) ( v e r C r ip p s y G o d le y , 1 9 7 6 ; G o d l e y y C r ip p s , 1 9 8 3 ) . U n
r e s u lt a d o c l a v e e s q u e « e l r e t a r d o m e d i o e n l a r e s p u e s t a d e l g a s t o r e s p e c t o a l o s i n g r e ­
s o s e s n e c e s a r ia m e n t e ig u a l a a : y q u e e s te r e ta r d o m e d io e s e n te r a m e n t e in d e p e n ­
d ie n t e d e l p r o p io p r o c e s o d e a j u s t e d e l o s a c t i v o s » ( G o d l e y , 1 9 8 3 , p . 1 4 0 ) .
E l e n fo q u e e s s e m e ja n t e a l d e lo s n e o r ic a r d ia n o s p o r q u e e l é n fa s is s e p o n e e n l a
e x i s t e n c i a d e f u e r z a s s i s t e m á t ic a s y p e r s i s t e n t e s , l a s c a r a c t e r í s t i c a s d e l a s p o s i c i o n e s
a la r g o p la z o y la n o p e r m a n e n c ia d e la s p o s ic io n e s a c o r t o p la z o , p o r q u e lo s f l u jo s
a s o c ia d o s c o n e ll a s , p o r d e f i n i c i ó n , t ie n e n q u e c a m b ia r p r o n t o l o s s t o c k s y , p o r l o t a n t o ,
u n o d e l o s c o n j u n t o s im p o r t a n t e s d e d e t e r m in a n t e s d e l o s p r o p io s f l u j o s d e e q u i l i b r i o .
A q u í , l o s s t o c k s s e r e fi e r e n a l o s a c t i v o s r e a le s y a l p a s i v o f i n a n c i e r o d e l b a l a n c e d e
s it u a c i ó n y , e n p a r t ic u l a r , a l o s r e c u r s o s m e d i a n t e l o s c u a l e s l o s in v e n t a r io s s e f i n a n ­
c ia n e s t a b le c ie n d o e l e q u ilib r io y s a lie n d o d e é l. T a l c o m o V i n e s (1 9 8 4 ) a p u n ta , e s te
í
fe

POSTKEYNESIANISMO: ¿DE LA CRÍTiCAA LA COHERENCIA? 659

trabajo se vincula a la literatura de Blinder y Solow (ver, por ejemplo, Blinder y Solow,
1973, 1974, l 976a, 1976b) y a la preocupación de Tobin por las relaciones de equilí-
brio total de la cartera de valores (ver, por ejemplo, Tobin, 1978, 1980, L e c tu r e 4).
Evidentemente, todos son completamente keynesíanos en su perspectiva; se ha argu­
mentado que quizá demasiado (ver Malinvaud, 1983, y Solow, 1983), dado que Godley
hace la afirmación muy fuerte de que «la expansión sostenida de la demanda real es
condición necesaria y suficiente para la expansión del output real a largo plazo en cual­
quier escala» (Godley, 1983, p. 157). (En una nota a pie de página añade que la afir­
mación en e s t a fo r m a «es vacua. ¿E s el largo plazo 5 ó 2.000 años?» [p. 157]. En
cualquier caso, su visión del papel de la demanda no sería inaceptable, pongamos por
caso, para Garegnani.)
Godley y Cripps también investigan la naturaleza del mecanismo de precios que
es consistente con lo que ellos llaman neutralidad inflacionaria, haciendo un juicio
empírico al señalar que el mundo no está demasiado lejos de esta posición la mayor
parte del tiempo. Derivan las condiciones en las cuales las políticas monetarias y fis­
cales pueden determinar la renta real independientemente de lo que suceda con la infla­
ción. Dado que estas condiciones están relacionadas con otras relaciones clave, por
. ejemplo, que la relación riqueza-renta debería ser inflación neutral, cuya determina­
ción, medición y definición a veces siguen siendo poco claras, estas afirmaciones tam­
bién han sido criticadas (ver, por ejemplo, Vines, 1984, p. 399).

11. C o n c l u s i ó n

Hemos subtitulado este ensayo de revisión «de la crítica a la coherencia», acabando


de forma deliberada con un signo de interrogación. L o que hemos intentado mostrar
es que, dentro de las distintas corrientes que hemos percibido y descrito, existen imar­
cos y enfoques coherentes, aunque, obviamente, en cada uno de ellos quedan cuestio­
nes incompletas y ternas sin resolver. L a dificultad real surge cuando se hacen intentos
de sintetizar las corrientes a fin de ver si emerge un todo coherente. Nuestra opinión
es que éste es un ejercicio equivocado, que intentar hacerlo es buscar inútilmente lo
que Joan Robinson llamó «sólo otra caja de trucos» para substituir la «teoría comple­
ta» de la línea convencional de la economía que todos estos enfoques rechazan. Creemos
que la perspectiva importante que hay que alcanzar es que no existe una manera uniforme
de abordar todos los problemas de la economía y que las distintas corrientes de la eco­
nomía postkeynesiana difieren entre sí, entre otras cosas porque tratan diversos pro­
blemas y a menudo a distintos niveles de abstracción analítica1^

17. U n am able, y posiblem ente persuasivo, caso a fa vo r de la coherencia ha sido realizado p o r Bortis
(1986). C o n c lu y e (p ág. 69) que «se puede establecer una sistem a postkeynesiano coherente situan­
do las opiniones que mantienen las [otras tres corrientes] en su lugar co rrecto . L o s neorícardianos
[ . .. ] proporcionan una teoría del output, el em pleo, la distribución y ios precios a largo plazo. Los
robinsonianos [se ocupan del] medio plazo: los ciclos económ icos y los ajustes estructurales. [La pri­
mera corriente] [ ...] trata sobre todo de problem as a corto plazo [ ...] y del papel de la incertidum­
bre. P o r lo tanto, la econom ía postkeynesiana em erge [ ...] com o una síntesis de Ricardo y K cynes».
Garegnani (1983b, p ág . 77) ilustra e ste enfoque co n un claro diagram a contrastándolo con el enfo­
que d e la oferta y la demanda en el que los c ic lo s se encuentran en torno a una línea de ava n ce del
pleno em pleo.
f¡60 CRÍTiCA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

U n a c o n s e c u e n c ia im p o rta n te d e la c o n c lu s ió n a n te r io r e s q u e la s p o lít ic a s q u e se
p u e d e n r a c io n a liz a r en e l a n á lis is p o s t k e y n e s ia n o e s t á n e s p e c ia lm e n t e a d a p ta d a s a
s itu a c io n e s c o n c r e t a s , la s e x p e r ie n c ia s h is tó ric a s y la s c a r a c te r ís tic a s s o c io ló g ic a s d e la s
e c o n o m ía s im p lic a d a s . D e m o d o m á s g e n e r a l, e s te e n fo q u e , q u e f u e e l d e , p o r e je m ­
p l o , K e y n e s , K a l e c k i , Jo a n R o b in s o n y A r t h u r O k u n , h a s id o a p o d a d o , a v e c e s y d e
fo r m a m u y a d e c u a d a , e l e n fo q u e d e lo s « c a b a llo s d e c a r r e r a s » 18.

12. B ib l io g r a f ía

A llaoua, H . A . (1 9 8 6 ). « R ic a r d o ’s T h e o r y o f G r o w th a n d D is tr ib u tio n : A N a tu r a l E q u ilib r iu m


In te r p r e ta r o n » . C a m b r id g e U n iv e r s ity , Research Paper series, n ° 3 3 , m im e o .
A medeo , E . J .; D u n , A . K (19 86 ). « T h e N e o - R ic a r d ia n K e y n e s ia n s a n d th e P o s t - K e y n e s ia n s » .
R io d e Ja n e r io y M ia m i, m im e o .
.
A ^ O T S , P.; SKOU R A S, T . (19 85 ). Post-Keynesian Economic Theory B rig h to n : W h e a t s h e a f B o o k s .
ASIMAKOPULOS, A . (19 69 , 1970). « A R o b in s o n ia n gro w th m o d e l in o n e-secto r n o ta tio n » . Australia i
Economic Papers, v o l. 8 , p . 4 1 , 5 8 ; « A n a m e n d m e n t» , v o l. 9, p. 1 7 1 -1 7 6 .
— . ( 1 9 7 5 ). « A K a l e c k ia n th e o r y o f in c o m e d is t r ib u t io n » . Canadian Journal o f Economics,
v o l. 8 , p . 3 1 3 -3 3 3 .
— . ( 1 9 7 7 ). « P r o f i t s a n d in v e s tm e n t: a K a l e c k i a n a p p r o a c h » . E n : O . C . H a r c o u r t (e d .). The
Microeconomic Foundations o f Macroeconomics, L o n d r e s : M a c m i lla n , p . 3 2 8 -3 4 2 .
— . (1 9 8 0 -1 9 8 1 ). « T h e m e s in a p o s t- K e y n e s ia n th eo ry o f in c o m e d is tr ib u tio n » . Journal o f Post-
■Ysfe
Keynesian Economics, v o l. 3 , in v ie r n o , p . 1 5 8 -1 6 9 . i'-vTX
— . (19 82 ). « K e y n e s ' th eo ry o f e ffe c tiv e d em an d r e v is ite d » . Australian Economic Papers, v o l. 2 1 ,
p . 1 8 -3 6 .
— . ( 1983). « T h e R o l e o f th e S h o r t P e r io d » . E n : K r e g e ! (ed .) ( l 9 8 3 a ), p . 2 8 -3 4 . VBÍÍSiSi

B a l l , R . J . (1 9 6 4 ). Iniflation and the Theoiy o f Money. L o n d r e s : A li e n a n d U n w in . K Slti


B aranzini , M .; Sc,AZ.ziERJ, R . (ed s.) (19 86 ). Foundations o f Economics. O x fo r d : B a s il B la c k w e ll. llt
B H A D U R I, A . ( 1 9 8 6 ) . Macroeconomics: the Dynamics o f Commodity Production. L o n d r e s : II»
M a c m illa n .
B had uri , A .; R obinson , J . (1 9 8 0 ).) « A c c u m u la t io n and e x p lo ita tio n -a n a n a ly s is in th e tra d itio n iS ü i
-■■(‘mSííSP
,
o f M a r x , S r a ffa , K a le c k i» . Cambridge Journal o f Economics v o l. 4 , n ° 2, j u n io , p. 1 0 3 -1 1 5 .
i#
Bharadwaj, K . (1 9 7 8 a ). Classical Poiitical Economy and the Rise to Dominance ofSupply and
Demand Theories. C a lc u tt a : O r ie n t L o n g m a n .
'■ ■ i,
— . (1 9 7 8 b ). « T h e su b v e rsio n o f c la s s ic a l a n a ly s is : A lf r e d M a r s h a ll’ s e a r ly w r itin g o n v a lu e » . *
Cambridge Journal o f Economics, v o l. 2 , p . 2 5 3 -2 7 1 .
— . ( 1 9 8 3 ). « O n e f f e c t i v e d e m a n d : c e r ta in r e c e n t c r itiq u e s » . E n : J . A . K r e g e l ( e d .) ( 1 9 8 3 a ) .
p . 3 -2 7 .
B LA 'IT, J . ( 1 9 8 3 ). Dynamic Economic Systems: a Post Keynesian Approach. A r m o n k , N u e v a
¡Í:SI
Y o rk : M . E . Sharp e.
BLINDER, A . S .; S o w w , R . M . (1973). « D o e s fis c a l p o lic y m atter?» . Journal o f Public Economics,
v o l. 2 , p . 3 1 9 -3 3 7 .

18. E n su imporUinte Macroeconomic Thouglns: A Methodological Approach, S h eila D o w ( 1985) a rgu­


menta que lo que los postkeynesianos tienen en común es exclusivam ente una visión particular de las
funciones del capitalism o, la im portancia de los grupos/clases en com binación con la acción in d iv i­
dual, y un interés central en algunos problemas particulares tales com o el desem pleo involuntario y la
inestabilidad financiera. Por lo tanto, la teoría postkeynesiana f?S holística en lénninos de una visión
del mundo, no en términos de la técnica. E s el tema de la p o lític a económ ica el que determ ina la e le c­
ción del m étodo y la técnica - lo s neoricardianos pueden ser una exce p ció n -. E n la econom ía co n ven ­
cional dom inante, la técnica tiende a detenninar qué problemas hay que tratar.
POSTKEYNESIANISMO: ¿DE LA CRÍTICA ALA COHERENCIA? 661

B u n d e r , A . S . ; S o l o w , R . M . ( 1974). « A n a ly t ic a l fo u n d a tio n s o f fis c a l policy>>. E n : B lin d e r ,


A . S . , et a l. The Economics o f Public Finalice. W a s h in g to n , D C : B r o o k in g s In s t it u t io n .
— . (1 9 7 6 a) « D o e s fi s c a l p o lic y m atte r? A c o r r e c tio n » . Journal o f Public Economics, v o l. 1 S ,
p . 1 8 3 -1 8 4 .
— . ( l9 7 6 b ) . « D o e s fis c a l p o lic y s till m atte r? A r e p ly » . Joumal ofMonetaryEconomics, v o l. 2 ,
p . 5 0 1 -5 1 0 .
'
B o r t i s , H . (1 9 8 6 ). An Essay on Post-Keynesian Economics . F r ib u r g o , S u iz a , m im e o .
B R O O M E , J . (1 9 8 3 ). The Microeconomics o f Capitalism. N u e v a Y o r k , A c a d e m ic P r e s s.
C a r v a l h o , F . (1 9 8 3 -1 9 8 4 ) « O n th e c o n c e p t o f tim e in S h a c k le a n an d S r a f f i a n e c o n o m ic s » .

Si: Journal o f Post-Keynesian Economics, v o l. 6 , n ° 2 , in v ie rn o , p . 2 6 5 -2 8 0 .


— . ( 1 9 8 4 -1 9 8 5 ) « A lt e r n a t iv e a n a ly s e s o f sh o r t and lo n g ru n in p o s t-K e y n e s ia n e c o n o m ic s » .
P' Joum alofP ost Keynesian Economics, v o l. 7 , n ° 2 , p . 2 1 4 -2 3 4 .
W -
C hakravarty, S . ( 1 9 8 6 ) . « S o r n e r e m a r k s o n " P r o d u c t io n o f C o m m o d it ie s b y M e a n s o f
k
;|v C o m m o d it ie s ” >>, C a m b r id g e U n iv e r s ity , m im e o .
r C H 1CK , V (19 78 ). « T h e N a tu r e o f (he K e y n e s ia n revolutio n: a reassessm ent». Australian Economic
Papers, v o l. 17 , p . 1-20.
W' — . (1 9 8 3 ). Macmeconomics After Keynes: A Reconsideraron ofthe General Theory. O x f o r d :
P h ilip A li e n .

I
COHEN, A . J .; C ohen, J . S . (1 9 8 3 ). « C la s s ic a l a n d n e o c la s s ic a l th eo ries o f g e n e ra l e q u ilib r iu m » .
Auslmlian Economic Papers, v o l . 2 2 , p . 1 8 0 -2 0 0 .

I
C o r n w a l l , J . (1 9 7 2 ). Growth and Swbility in a Mature Economy. L o n d re s: M a r tin R o b e r ts o n .
r
— . ( 1 9 7 7 ). Modern Capitalism: lis Growth and Transforma on. L o n d re s: M a r tin R o b e r t s o n .
— . (19 83 ). The Conditionsfor Economic Recovery: A Post-Keynesian Analysis A . nn o n k , N u e v a
..... Y o rk : M . E . Sharp e.
?:í;, Co^UTIS, K ., GODLEY, W . A . H . ; N o r d h a u s , W . (19 78 ). Industrial Pricing in the United Kingdom.

I C a m b r id g e : C a m b r id g e U n iv e r s ity P ress.
C o w L iN G , K . (19 8 1 }. « O lig o p o ly , d istrib utio n a n d the rate o f p ro fit» . European Economic Review,
v o l. 15, p. 1 9 5 -2 2 4 .

w
Iy
mn':
— . (1 9 8 2 ). Monopoly Capitalism. L o n d r e s : M a c m illa n .
C r ip p s , F .; G odley, W . A . H . (1 9 7 6 ). « A fo r m a l a n a ly sis o f th e C a m b r id g e E c o n o m ic P o li c y
G r o u p m o d e l» . Economica, v o l. 4 3 , p . 3 3 5 -3 4 8 .
C r G ' Y , J . R . (1980). « P o s t-K e y n e s ia n ih e o y : a n o v e rv ie w a n d e v a lu a tio n ». American Economic
m. Review, v o l. 7 0 , p . 2 0 -2 5 .
s :f D a v íd s o n , P. {1 9 6 5 ) . « K e y n e s ' fin a n c e m o tiv e » . O xford Econom ic Papers, v o l . Í 7 , p . 4 7 -6 5 .
— . ( 1 9 6 7 ). « T h e im p o r ta n c e o f th e d e m a n d f o r f in a n c e » . Oxford Economic Papers, v o l . 19,
SA.,.
p . 2 4 5 -2 5 3 .

— . (19 72 , 1 9 7 8 ). Money and the Real World, 2 e d ., L o n d re s : M a c m illa n .
— . (1 9 8 0 a ). « P o s t -K e y n e s ia n e c o n o m ic s » . T/ie Public Interest (n ú m e ro e sp e c ia l).
§;;■
— . ( l9 8 0 b ) . « T h e d u a l-fa c e te d na tu re o f the K e y n e s ia n r e v o lu tio n » . Journal o f Post-Keynesian
*
Economics, v o l. 2 ., p rim a v e r a , p . 2 9 1 -3 0 7 .
— . (1 9 8 1 ). « P o s t -K e y n e s ia n E c o n o m ic s » . E n : D . B e ll; l . K r is t o l (ed s). The Crisis in Economic
Theory. N u e v a Y o r k : B a s ic B o o k s .
— . (1 9 8 2 ). International Money and the Real World. L o n d r e s : M a c m illa n .
D a v í d s o n , P .; K R E G EL , J . A . {1 9 8 0 ). « K e y n e s ’ s p a r a d ig m : a theo retical fr a m e w o rk fo r m o n etary
a n a ly s is » . E n : N e l l (ed .) (1 9 8 0 ), c a p ítu lo 8.
D o b b , M . H . ( 1 9 7 0 ). « T h e S r a ffa S y s te m a n d c r itiq u e o f th e n e o - c la s s ic a l t h e o r y o f d is tr ib u ­
tio n » . D e economisl, n ° 118, p . 3 4 7 -3 6 2 .
— . ( 1 9 7 3 ). Theories o f Volite and Distribution since Adam Smith. C a m b r i d g e : C a m b r i d g e
U n iv e r s ity P ress.
D o w , S . C (1985). Macroeconomic VioughttA Methodological Appmach O x fo r d : B a s il B la c k w e ll.
662 CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

D o w , S . C . . (1 9 8 6 -1 9 8 7 ). « P o s t-K e y n e s ia n m o n etary th e o r y fo r an o p e n e c o n o m y » . Jo u rn a l of
Post-Keynesian Econom ics , v o l. 9 .
D u r r , A . K . ( 1 9 8 6 ). « O n th e c la s s i c a l d ic h o to m y ; th e th e o ry o f p r ic e s w it h g ív e n o u tp u t a n d
d is tr ib u tio n » . D e p a r tm e n t o f E c o n o m ic s , F lo r id a In te r n a tio n a l U n iv e r s ity , d o c u m e n to d e
d is c u sió n n ° 4 7 .
E a t w e l l , J . ( 1 9 7 9 ). Theories o f Value, Output and Employment, T h a m e s P a p e r s in P o lí t i c a ]
E c o n o m y , ve ra n o . R e e d ita d o en: E a tw e ll y M ilg a t e (ed s.) (1 9 8 3 ).
— . (1 9 8 3 ). « T h e lo n g -p e rio d theory o f e m p lo y m e n t» . Cam bridge Journal o f Economics v o l . 7 , ,
p . 2 6 9 -2 8 5 .
E a t w e l l , J .; M il g a t e , M . ( e d s .) . ( 1 9 8 3 ). K e y n e s’s E con om ics an d the Theory. o f Value and
Distribution. L o n d re s : D u c k w o r th .
E ic h n e r , A . S . (1973). « A theory o f the d eterm ination o f the m a r k -u p u n d er o lig o p o ly » . Economic
Journ al, v o l. 8 3 , p . 1 .1 8 4 -1 .2 0 0 .
— . (1 9 7 6 ). The M egacorp and Oligopoly. C a m b r id g e : C a m b r id g e U n iv e r s ity P ress.
— . ( 1 9 7 9 ). « A P o s t - K e y n e s ia n s h o r t-p e r io d m o d e l» . Jo u rn a l o f Post-K eynesian E con om ics,
v o l. l .
— . (e d .). (1 9 7 9 ). A G u ide to Post-Keynesian Economics. W h it e P la in s: M . E . S h a r p e .
— . (1 9 8 5 ). Towards a N ew Econom ics: E ssa ys in Post-Keynesian and Institutionalist Theory
A rm o n k , N Y : M . E . Sharpe. ., ¡j .;
— . K regel , J . A . (1 9 7 5 ). « A n e s s a y o n p o s t K e y n e s ia n th eo ry: a n e w p a r a d ig m in e c o n o m ic s » ;
Journ al o f Econom ic Literature, v o l. 13 , p . 1 .2 9 3 -1 .3 1 4 .
E v a n s , D . (1 9 7 5 , 1976). « U n e q u a l e x c h a n g e and e c o n o m ic p o lic ie s : sorne im p lic a tio n s o f the
,
n e o -R ic a r d ia n c ritiq u e o f the th eo ry o f co m p a ra tiv e a d v a n ta g e » . ID S Bulletin n° 4 , p . 28 -52 ;
,
re e d ita d o ( c o n c o rr e c c io n e s) en: Econom ic and Political Weekly v o l. U , p .1 4 3 -1 5 8 . .
— . (1 9 8 4 ). « A c r it ic a l a s s e s s m e n t o f n e o - M a r x ia n trad e th e o r ie s » . J o u rn a l o f D evelopm en t
Studies , n ú m e ro e s p e c ia l s o b re In d u s tr ia liz a c ió n (o ctu b re).
— . (1 9 8 6 ). A Political Econom y c f T rade and Development , v o l .I , Comparative Adva ntage and
Growth. B r ig h to n : W h e a ts h e a f.
F einstein , C . H . (e d .) ( 1 9 6 7 ). Socia lism , Capitalista and E co n o m ic Grow th. C a m b r id g e :
C a m b r id g e U n iv e r s ity P ress.
GA R EGN AN I, P . (1 9 5 9 ). « A p ro b le m in the th eo ry o f d istr ib u tio n fr o m R ic a r d o to W ic k s e ll» , tesis
d o c to r a l in é d ita , U n iv e r s ity o f C a m b r id g e . ..
— , (1 9 7 0 ). « H e t e r o g e n e o u s c a p ita l, th e p r o d u c tio n fu n c tio n and th e th e o ry o f d is tr ib u tio n » .
Review o f Econom ic Studies , v o l. 37 , p . 4 0 7 -4 3 6 .
— . (1 9 7 6 ). « O n a c h a n g e in the n o tio n o f e q u ilib r iu m in rece n t w o r k on v a lu e and d istr ib u tio n » .
E n : M . B r o w n ; K . S a to ; P. Z a r e m b k a (e d s.). Essays in M odem Capital Theory. A m ste r d a m : ■
:
N o r th H o lla n d ; re e d ita d o e n : E a tw e ll; M il g a t e (ed s.) (1 9 8 3 ).
— . ( 1978). « N o te s on co n su m p tio n , in v estm e n t and e ffe c tiv e d e m a n d , P a r t I» . Cambridge Journal
o f Econom ics, v o l. 2 , p . 3 3 5 -3 5 3 ; re e d ita d o en: E a tw e ll; M ilg a t e (ed s.) (19 83 ).
—. (1 9 7 9 a ). « N o t e s on c o n s u m p tio n , in v e s tm e n t a n d e ffe c tiv e d e m a n d , P a r t 11». Cam bridge:
Jo u m a l o f Econom ics, v o l. 3 , p . 6 3 -8 2 ; r e e d ita d o en: E a tw e ll; M il g a t e (ed s.) (1 9 8 3 ). 7
— . (1979b). « N o te s o n co n su m p tio n , in v estm e n t an d e ffe c tiv e d em an d: a rep ly to Jo a n R o b in so n » .'
Cam bridge Jo u m a l o f Econom ics , v o l. 3 , n“ 2 , j u n io , p . 1 8 1 -1 8 7 ; re e d ita d o e n : E a tw e ll;'
M ilg a t e (1 9 8 3 ).
— . ( 1 9 8 3 a ) . « T h e c la s s ic a l th e o r y c f w a g e s an d th e r o le o f d e m a n d s c h e d u le s in th e d e te r ­
m in a tio n o f r e la tiv e p r ic e s » . A m erican E con om ic R eview ( s u p le m e n to ), v o l. 7 3 , p . 3 O ? : .
318.
— . (1 9 8 3 b ). « T w o fo u te s to e ffe c tiv e d e m a n d » . E n : K re ge l- (ed .) (1 9 8 3 a) p . 6 9 -8 0 .
— . (1 9 8 4 ). « V a lu e a n d d istr ib u tio n in the c la s s ic a l e c o n o m is ts a n d M a r x » . Oxford Econornic
Papers, v o l. 36, p. 2 9 1 -3 2 5 .
P O S T K E Y N E S IA N I S M O : ¿ D E L A C R Í T I C A A L A C O H E R E N C IA ? 663

G a r e g n a n i, P. (1 9 8 5 ). « S r a ffa : c la s s ic a l ve rsu s m a r g in a lís t a n a ly s is » (artícu lo p ara una c o n fe ­


r e n c ia s o b r e Production o f Commodities, d e S r a ffa d e s p u é s d e 2 5 a ñ o s ) , U n iv e r s it y o f
F lo r e n c e , m im e o .
— . (1 9 8 6 ). « P ro fe ss o r H a h n a n d th e n e o c la s s ic a l H o s s - S h a y » . C a m b r i d g e U n iv e r s ity , m im e o .
G odley, W . A . H . (1983). « K e y n e s and th e m an a g e m en t o f real national in co m e an d e xpen difure».
E n : W o r s w ic k ; T r e v ith ic k ( 1 9 8 3 ), p . 1 3 5 -1 5 6 .
G odley, W . A . H .; C r jp p s , F . C . ( 1 9 8 3 ). Macroeconomics. O x f o r d : O x fo r d U n iv e r s ity P r e s s .
G odley, W . A . H .; N ord h aus, W . D . (1 9 7 2 ). « P r ic ín g in the Irad e c y c l e » . Economic Journal,
v o l. 8 2 , p . 8 5 3 -8 8 2 .
Essays in Economic Dynamics. L o n d re s : M a c m illa n .
G O O D W IN , R . M . ( 1 9 8 2 ).
— . (1 9 8 3 ). Essays in linear Economic Structures. L o n d r e s : M a c m illa n .
— . (1986). « T h e M - K - S s y s te m : the fo n c t io n in g a n d e v o lu tio n o f c a p ita lism » . E n : H . J . W a g e n er;
J . W . D r u k k e r ( e d s .) . The Economíc Laws o f Modern Society. C a m b r id g e : C a m b r i d g e
U n iv e r s ity P re ss.
G o o d w in , R . M .; P u n z o , L F. (1 9 8 7 ). The Dynamics ofa Capitalist Economy. O x fo r d : P o lity
P r e s s , B a s il B la c k w e ll.
G ram , H .; W A L SH , V . (1 9 8 3 ). « Jo a n R o b in s o n 's e c o n o m ic s in retro sp e ct» . Joumal of Economic
Literature, v o l. 2 1 , p . 5 1 8 -5 5 0 .
G roenew egen, P . D . (1 9 8 6 ). « I n d e fe n c e o f p o s t -K e y n e s ia n e c o n o m ic s » ( th e 1986 N e w c a s t le
L e c tu r e in P o litic a l E c o n o m y ) . U n iv e r s ity o f N e w c a s t le , N S W .
H a h n , P. H . (19 81 ) « G e n e r a l e q u ilib r iu m th e o r y » . E n : B e ll ; K r is t o l (19 81 ) p . 12 3-1 38 .
— . ( 1 9 8 2 ) . « T h e n e o - R ic a r d ia n s » . C a m b r i d g e Joum al o f Economics, v o l . 6 , p . 3 5 3 -3 7 4 ;
r e e d ita d o e n : F r a n k H a h n ( 1 9 8 4 ) . Equilibrium and Macroeconomics. O x fo r d : B a s il
_ __________________ ________

B l a c k w e ll .
H a m o u d a , O . F . (1 9 8 4 ). « O n the n o tio n o fs h o r t - r u n a n d lo n g -r u n : M a r s h a ll, R ic a r d o a n d e q u i­
lib riu m th eo rie s» . British Review of Economic Issues, v o l. 6 , p rim a v e r a , p . 5 5 -8 2 .
Joumal of
H a RCOURT, G . C . (1 9 6 9 ). « S o m e C a m b r id g e c o n tr o v e rs ie s in the th e o r y o f c a p ita l» .
Economic Literature, v o l. 7 , p 3 6 9 -4 0 5 ; re e d ita d o en: H a r c o u r t (1 9 8 6 ) p . 1 4 5 -2 0 6 .
— . (1 9 7 2 ). Some Cambridge Controversies in the Theory of Capital. C a m b r id g e : C a m b r id g e
U n iv e r s ity P ress.
— . (1979). « R e v ie w o f Ian S te e d m a n , Marx afier Sraffa, 1 9 7 7 » . Joumal of Economic Literature,
v o l. 17, p. 5 3 4 -5 3 6 .
— . (1 9 8 0 ). « A p p r a is a l o f p o s t-K e y n e s ia n e c o n o m ic s : d is c u s s io n » . American Economic Review,
Papers and P ro ce ed in g .?, v o l. 7 , p . 2 7 -2 8 .
— . (l 9 8 la ) . « M a rsh a ll, S r a ffa and K e y n e s : in c o m p a tib le b e d fe llo w s ? » Eastem Economic Joumal, '
v o l. 5, p . 3 9 -5 0 ; ree d ita d o e n : H a r c o u r t {1 9 8 2 b ), p . 2 0 5 -2 2 1 .
— . (1 9 8 1 b ). « N o t e s o n a n e c o n o m ic q u e r is t: G . L . S . S h a c k l e » . Joumal o f Post-Keynesian
Economics, v o l. 4 , o to ñ o , p. 1 3 6 -1 4 4 .
— . ( l9 8 2 a ) . « T h e S ra ffia n co n trib u tio n : an e v a lu a tio n » . E n : Ia n B r a d le y ; M ic h a e l H o w a rd (ed s.).
Classícal and Marxian P o li t i c a l Economy: Essays in Honour ofRonald L Meek. L o n d re s:
M a c m illa n , p . 2 5 5 -2 7 5 .
— . ( l9 8 2 b ) . The Social Science ¡mperialists. P r u e K e r r (ed .). L o n d re s: R o u tle d g e a n d K e g a n P a u l.
— . (1 9 8 2 c). « P o s t-K e y n e s ia n is m : quite w ro n g and/or n o th in g n e w ? » Thames Papers in Political
Economy, v e ran o ; re e d ita d o en: A r e s t is , P .; S k o u r a s , T . (e d s.) (19 85 }.
— . (1 9 8 3 ). « O n P ie r o S r a f f a ’ s c o n tr ib u tio n s to e c o n o m ic th e o r y » . E n : G r o e n e w e g e n ; H a le v i
(e d s.); ree d ita d o e n : H a r c o u r t (1 9 8 6 ).
— . (1 9 8 6 a). Controversies in Political Economy. O . F . H a m o u d a (ed .). B r ig h to n : W h e a t s h e a f. ■
B o o k s. ...
— . (1 9 8 6 b ) . « T h e l e g a c y o f K e y n e s : t h e o r e t ic a l m e th o d s and u n fin is h e d b u s in e s s » . Ñ ° b é í
C o n fe r e n c e , S t. P e te r, M in n e s o ta .
664 CRÍTJCA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

H A R C O U IT , G . C .; K E N Y O N , P e te r (19 76 ). « P r ic in g an d the in v e s tm e n t d e c is ió n . K y k lo s , v o l. 2 9 ,
fa s e . 3 , p . 4 4 9 -4 7 7 ; re e d ita d o en : H a r c o u r t (1 9 8 2 b ), p . 10 4-1 2 6 . ■
H arris , D . J . ( 1 9 7 4 ). « T h e p ric e p o l ic y o f f ir m s , th e le v e l o f e m p lo y m e n l and d istr ib u tio n o f
in c o m e in th e s h o r t r u n » . Australian Economic Papers, v o l. 13, p . 1 4 4 -1 5 7 .
— . (19 75 ). « T h e t h e o r y o f e c o n o m ic g ro w th : a c r itiq u e and re fo r m u la tio n » . American Economic
Review, v o l. 65, p . 3 2 9 -3 3 7 .
— . (1978). CapitalAccumulalion and Income Distribution. S ta n fo rd : S ta n fo rd U n iv e r s ity P ress.
— . (1982). « S tru c tu r a l c h a n g e a n d e c o n o m ic gro w th : a rev iew a rtic le » . Contributions to Political
Economy, v o l. 1, p. 2 5 -4 6 .
H arrod , R . The Trade Cycle: An Essay. O x f o r d : C la r e n d o n P r e s s.
F . (1 9 3 6 ).
Economic Journal, v o l . 4 9 , p . 14 -3 3 .
— . (19 39 ). <(An E s s a y in D y n a m i c T h e o r y » .
— . (1 9 4 8 ). Towards a Dynamic Economics. N u e v a Y o r k : M a c m illa n .
H icks , J o h n . (1 9 7 6 ). The Crisis in Keynesian Economics. O x fo r d : C la r e n d o n P r e s s.
— . (1 9 7 7 ). Economic Perspeclives: Further Essays on Money and Growth. O x f o r d : C la r e n d o n
P ress.
— . ( 1 9 7 9 a ). Causality in Economics. N u e v a Y o r k : B a s ic B o o k s .
— . (1 9 7 9 b ). « Is in terest th e p r ic e o f a fa c to r o f p r o d u c tio n ? » . E n : R iz z o ( e d .) (1 9 7 9 ), p . 5 1 -6 3 .
— . (19 8 5 a) « K e y n e s a n d the w o rld e c o n o m y » . E n : F . V icareM i ( e d .) . Keynes's Relevance Today.
L o n d r e s : M a c m illa n .
— . (1 9 8 5 b ). Methods of Dynamic Economics. O x f o r d : C la r e n d o n P r e s s .
J a rsu lic , M . (1 9 8 7 ). Effective Demand and Income Distribution. A Criticai Exposition o f Post-
Keynesian and Surplus Economics. O x f o r d : P o lit y P r e s s , B a s il B la c k w e lL
K a h n , R . F . ( 1 9 7 2 ). Selected Essays on Employment and Growth. C a m b r i d g e : C a m b r i d g e
U n iv e r s ity P r e s s.
— . (1 9 8 4 ). The Making of Keynes' General Theory. C a m b r id g e : C a m b r id g e U n iv e r s ity P r e s s .
K a ld o r , Review of Economic Studies,
N . ( 1 9 3 9 ) . « S p e c u la t i o n a n d E c o n o m i c S t a b i l i t y » .
v o l. 7 , p . 1-2 7.
— . (19 56 ). « A lte m a t iv e theories o f d istrib u tio n ». Review of Economic Studies, v o l . 2 3 , p . 8 3 - l OO.
— . (1 9 5 7 ). « A m o d e l o f e c o n o m ic g r o w lh » . Economic Joumal, v o l. 6 7 , p . 5 9 1 -6 2 4 .
— . (1 9 5 9 ). « E c o n o m ic g r o w th an d th e p r o b le m o f in fla tio n » . Partes I y I I , Economica, v o l. 2 6 ,
p . 2 1 2 -2 2 6 , 2 8 7 -2 9 8 .
— . (1 9 6 0 ). Essays on Economic Stability and Growth. L o n d re s: D u c k w o r th .
— . (1 9 6 1 a ). « C a p i t a l a c c u m u la tio n and e c o n o m ic g r o w th » . E n : F . A . L u tz ; D . C . H a g u e ( e d s .) .
The Theory o f Capital. L o n d re s : M a c m illa n .
Essays on Value and Distribution. L o n d r e s : D u c k w o r th .
— . ( 1 9 6 lb ) .
— . ( 1 9 6 6 ). « M a r g in a l p r o d u c tiv ity and th e m a c r o e c o n o m ic th e o rie s o f d is tr ib u tio n » . Review
of Economic Studies, v o l. 33 , p . 3 0 9 -3 1 9 .
— . (1972). « T h e irre le v a n ce o f equilibriu m e co n o m ic s » . Economic Journal, v o l. 8 2 , p. 1 .2 37-1 .2 55 .
— . (1 9 7 8 ). Further Essays on Economic Theory. L o n d r e s : D u c k w o r th .
— . (1 9 8 5 ). Economics Without Equilibrium. A r m o n k , N Y : M .E . S h a r p e .
K a ld o r , N .; T revith ic , J . ( l 9 8 l a ) . « A K e y n e s ia n o n m o n e y » . Lloyds Bank Review, n ° 1 3 9 ,
e n e r o , p . 1-1 9.
K A L E C K I, M . (1 9 3 8 ). « T h e d eterm in an ts o fd is t r ib u t io n o f n ation al in c o m e » . Econometrica, v o l.
6 , p . 6 7 -1 1 2 . >
Political Quarterly, v o l . 1 4 , p . 3 2 2 -3 3 1 .
— . ( 1 9 4 3 ). « P o lit ic a l a s p e c ts o f fu il e m p lo y m e n t » ,
— . (1 9 5 4 ). Theory of Economic Dynamics. L o n d r e s : A ll e n & U n w in .
—. ( 1971 }. Selected Essays on the Dynamics of/he Capitalist Economy (1933-1970). C a m b rid g e :
C a m b r id g e U n iv e r s ity P r e s s . .
^KENYON, P e le r (19 80 ). « A p p ra isa! o f p o s t-K e y n e s ia n e co n o m ics: d isc u ss io n » . American Economic
Revirn, Papers and Proceedings, v o l. 7 0 , p . 2 6 -2 7 .
POSTKEYNESIANISMO: ¿DE LA CRÍTICA A LA COHERENCIA? 665

KEYNES, J. M . (1 9 7 2 a). Essays in Persuasión, C ollecied Writings, v o l. I X , L o n d re s: M a c m illa n .


— . (1 9 7 2 b ). C ollected Writings, v o l. X . L o n d r e s : M a c m illa n .
K REGEL, J . A . (1973). The Reconstmction ofP olitical Economy: An Introduction to Post-Keynesian
Econom ics. N u e v a Y o r k : W ile y , H a lste d P r e s s .
— . {1 9 7 6 ). « E c o n o m ic M e t h o d o lo g y in the f a c e o f u n c e r t a in ty » . Econom ic Journal, v o l. 86,
p . 2 0 9 -2 2 5 .
— . (1982). « M o n e y , expectatio ns and relative p rices in K e y n e s ’ m o n etary eq u ilib riu m » . Economie
Appliquée, v o !. 3 5 , n° 4 , 4 4 9 -4 6 5 .
— . (ed .) (1983a). Distribution, Effective Demand and International Econom ic Relations. L o n d res:
M a c m illa n .
— . (1 9 8 3 b ). « T h e m icro fo u n d a tio n s o f the ‘G e n e r a lis a tio n o f The General Theory' a n d ‘B a sta rd
K e y n e s ia n is m ’: K e y n e s ’s th e o ry o f e m p lo y m e n t in the lo n g and the short p erio d». Cambridge
Jou rn al o f Econom ics , v o l. 7, p. 3 4 3 -3 6 1 .
— . (1 9 8 3 c ). « E ffe c t iv e d em a n d : o rig in s and d e v e lo p m e n t o f t h e n o tio n » . E n : K r e g e l, J . A . (ed .)
( l 9 8 3 a ) p . 5 0 -6 8 .
— . (19 85 a). « H a m le t w itho ut th e prince: C a m b r id g e m a c r o e c o n o m ic s w ith o u t m o n e y » . American
Econom ic Review (Papers and Proceedings), v o l. 7 5 , p. 1 3 3 -1 3 9 .
— . (1 9 8 5 b ). « S id n e y W e in tra u b ’s m a c r o fo u n d a tio n s o f m ic r o e c o n o m ic s and the th e o r y o f d is-
trib u tio n » . Jo u r n a l o f Post-Keynesian Econom ics, v o l. 7 , v e r a n o , p . 5 4 0 -5 5 8 .
K urz, H . D . ( 1 9 8 5 ). « S r a f fa ’s c o n tr ib u tio n to t h e d e b a te o n c a p ita l th e o r y » . Contribm ions to
Political Econom y, v o l. 4 , p . 3 -2 4 .
LE R N E R , A b b a P .; C o ia n d e r , D . C . (1 9 7 9 ). «M A P : a c u r e fo r in fla tio n » . E n : D a v id C . C o S an d er
(e d .). Solutions to Inflation N u e v a Y o r k : H a r c o u r t B r a c e Jo v a n o v ic h ; reeditado en: C o lan d er
(ed.) (1 9 8 7 ).
,
L E V JN E , D . P . (1 9 8 1 ). Econom ic Theory v o l. 2: The System o f Econom ic Relations as a Whole.
L o n d r e s , R o u tle d g e and K e g a n P a u l.
— . (1 9 8 6 ). «Reconcepm alizing C la ssica l Econom ics». E n : P. M ir o w s k i (ed.). (1 9 8 6 ), p . 13 -40 .
L ichtenstein , M . (1 9 8 3 ). An Intxvduction to P ost-K eynesian and M arxian Theories o f Value
and P rice. A r m o n k , N .Y .: M . E . S h a ¡ p i .
MAIINWARING, L . ( 1979). « M o n o p o ly pow er, in c o m e distribution an d p ric e deterrn in ation ». Kyklos,
v o l. 30, p. 6 7 4 -6 9 0 .
— . ( 1984). Valúe and Distribution in Capitalist Economies: An Introduction to Sraffian Ecrnomics.
C a m b r id g e : C a m b r id g e U n iv e r s ity P r e s s.
M A R G L IN , S . A . (19 84 a). « G r o w t h , d istrib utio n and in fla tio n : a cen te n n ia l sy n th e s is » , Cambridge
Jou rn al o fE co n o m ics , v o l. 8, p. 11 5-1 44 .
— . (1 9 8 4 b ). Growth, D istribuiion and P rices. C a m b r i d g e , M a s s .: H a r v a r d U n iv e r s ity P r e s s .
M a r sh a ll , A . (1 9 2 0 -1 9 5 9 ). Principies o f Econom ics. L o n d r e s : M a c m illa n .
M edio , A . (1 9 7 8 ). « A m a th e m a tic a l n o te o n e q u ilib r iu m in v a lu e a n d d istr ib u tio n » , Econom ic
Notes , v o l. 7 .
M E E K , R . L . (1 9 6 1 ). « M r S r a ffa ’s re h a b ilita tio n o f c l a s s i c a l e c o n o m ic s » . E n : R . L . M e e k (1967).
Econom ics and Ideology and Other Essays: Studies in the Development o f Economic Thought.
L o n d r e s : C h a p m a n and H a l l.
— . (1 9 7 3 ). Studies in the Labour Theory o fV a lu e, 2a e d . L o n d r e s : L a w r e n c e and W ish a r t.
— . (I 9 7 7 ) . Smith, M arx and After. L o n d re s: C h a p m a n a n d H a ll.
M in sk y , H . P . (1 9 7 4 ). « T h e m o d e llin g o f f i n a n c ia l in s ta b ility : an in tro d u ctio n » . E n : W . G . V o g t;
M . H . M ic k l e ( e d s ). M odelling and Sim ulation, v o l. 5 , P r o c e e d in g s o f Ih e F i f t h A n n u a l
P ittsb u r g h C o n fe r e n c e , S ch o o i o f E n g i n e e r i n g , U n iv e r s ity o f P ittsb u r g h .
— . ( 1 9 7 5 ). Jo h n M aynard Keynes. N u e v a Y o r k : C o lu m b ia U n iv e r s ity P r e s s.
— . ( 1 9 7 7 ). « A th eo ry o f s y s te m ic fr a g il it y » . E n : E . A lt m a n ; A . N . S a m e t z , ( e d s ). Financial
Crises. N u e v a Y o r k : W ile y In te rsc ie n c e .
666 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

M insky , H . P. (19 78 ). « T h e fin a n c ia ! in s ta b ility h y p o th e s is : a r e s ta te m e n t» . E n : Thames Papers


in Political Economy, o to ñ o ; ree d ita d o e n : A r e s t is ; S k o u r a s ( n d s .), ( 1 9 8 5 ).
—. ( l9 8 2 a ) . « C a n it h a p p e n a g a in ? A r e p r is e » . Challenge, v o l . 2 5 , p . 5 - 1 3 .
—. (1 9 8 2 b ). Can'it' Happen Again? A r m o n k , N .Y.: M . E . S h a r p e .
— . (1 9 8 2 c). Inflation, Recession and Economic Policy. B r ig h to n : W h e a t s h e a f. ■
M oore , B . J . (1 9 7 9 ). « T h e e n d o g e n o u s m o n e y s to c k » . Journal o f Post-Keynesian Economics,
v o l . 2 , o to ño , p . 4 9 -7 0 .
NEtLD, R . R . ( 1 9 6 3 ). « P r i c in g a n d e m p lo y m e n t in th e tra d e c y c l e » . N!ES Occasional Paper,
n ° 2 1 . C a m b r id g e : C a m b r id g e U n iv e r s ity P r e s s .
N ell,E . J . (1 9 6 7 ). « T h e o r ie s o f g ro w th a n d t h e o r ie s o f v a lu e » . Economic Development and
Cultural Change, v o l. 16, p . 15-26; re e d ita d o e n : H a r c o u r t; L a i n g ( e d s .) (1 9 7 1 ) p . 1 9 6 -2 1 0 .
— . (e d .) (1 9 8 0 ) Growth, Profits andProperty. N u e v a Y o r k : C a m b r id g e U n iv e r s ity P r e s s .
— . ( 1 9 8 3 ). « K e y n e s a fte r S r a f f a . T h e e s s e n tia l p ro p e r tie s o f K e y n e s ’s t h e o r y o f in te r e s t an d
m o n e y : co m m e n t o n K r e g e l» . E n : K r e g e l (e d .), (1 9 8 3 ).
Parrinello , S . (19 80 ). « T h e p n c e le v e ! im p lic it in K e y n e s ’ e ffe c tiv e d e m a n d » . Journal o f Post-
Keynesian Economics, v o l. 3 , o to ñ o , p . 6 3 -7 8 .
PasineT'J, L . L . ( 1 9 6 2 ). « R a t e o f p ro fit a n d in c o m e d is tr ib u tio n in r e la tio n to th e r a te o f e c o ­
n o m ic g r o w th » . Review o f Economic Studies, v o l. 2 9 , p . 2 6 7 -2 7 9 ; r e e d ita d o e n : P a s in e tti
(1 9 7 4 ).
— . ( 1 9 6 6 ). « N e w re su lts in an o ld fr a m e w o rk : c o m m e n t o n S a m u e ls o n ; M o d ig li a n i » . Review
o f Economic Studies, v o l. 3 3 , p . 3 0 3 -3 3 6 ; r e e d ita d o en: P a s in e tti ( 1 9 7 4 ).
.
— . (1 9 7 4 ). Growth and Income Distribution: Essays in Economic Theory C a m b r id g e : C a m b r id g e
U n iv e r s ity P re ss.
— . (e d .) ( ¡9 8 0 ) . Essays on the Theory ofJoimProduction. L o n d r e s : M a c m illa n .
— . ( 1 9 8 1 ). Structural Change and Economic Growth, A Theoretical Essay on the Dynamics o f
the Wealth ofNations. C a m b r id g e : C a m b r id g e U n iv e r s ity P r e s s.
— . ( 1 9 8 6 ). « T b e o r y o f v a lu e - a s o u r c e o f a lte r n a tiv e p a r a d ig m s in e c o n o m ic a n a l y s is » . E n :
M . B a r a n z in i; R . S c a z z ie r i (e d s.) (1 9 8 6 ), p . 4 0 9 -4 3 1 .
R obinson , J o a n . ,
( 1 9 5 9 -1 9 7 9 ). Collected Economic Papers 5 v o l s . O x f o r d : B a s il B l a c k w e ll .
.
— . (1 9 6 0 ). Exerr:ises in Economic Analysis L o n d r e s : M a c m i lla n .
— . (1 9 6 2 a). « R e v ie w o f H . G . Jo h n s o n , M o n e y , T r a d e a n d E c o n o m ic G r o w th 1 9 6 2 » . Economic
Journal, v o l. 72, p . 6 9 0 -6 9 2 .
— . (1 9 6 2 b ). Essays in the Theory o f Economic Growth. L o n d r e s : M a c m illa n .
— . (1 9 7 9 b ). « G a r e g n a n l o n e ffe c tiv e d e m a n d » . Cambridge Journal o f Economics, v o l . 3 , n ° 2 ,
j u n i o , p . 1 7 9 -1 8 0 ; re e d ita d o e n : E a tw e lí; M i l g a t e (1 9 8 3 ). .
,
— . ( 1 9 8 0 ). Further Contributions to Modem Economics O x f o r d : B a s il B l a c k w e ll .
Ronca GLIa , A . (1 9 7 8 ). Sraffa and the Theory o f Prices. C h ic h e s te r : W ile y .
R ousseaS, S . (19 86 ). Post-Keynesian Monetary Theory. L o n d r e s : M a c m i lla n .
R owthorn , R . (1 9 7 4 ). « N e o - C la s s ic is m , n e o - R ic a r d ia n is m , a n d M a r x is m » . New Left Review,
n ° 8 6 ; r e e d ita d o e n : R . R o w t h o r n ( 1 9 8 0 ). Capitalista, Conflict and Inflation. L o n d r e s :
L a w r e n c e and W ish a rt.
— . (1 9 8 1 ). « D e m a n d , r e a l w a g e s an d e c o n o m ic g r o w th » . 11w m es papers in Polítical Economy,
o to ñ o .
Sa lter , W . E . G . (1 9 6 0 , 1 9 6 6 ). Ptvducúvity and Teclmical Change. C a m b r id g e : C a m b r id g e
U n iv e r s ity P r e s s; 2* e d ., c o n a ñ a d id o s d e W . B . R e d d a w a y , 1 9 66 .
Sardonj, C . (1 9 8 4 ). « S o r n e líe s o f K a l e c k i to the 1926 ‘ S r a ffia n M a n i f es t o ’» Journal o f Post-
Keynesian Economics, p r im a v e r a , v o l. 6, p . 4 5 8 -4 6 5 .
— . (1 9 8 6 ). « M a r x a n d K e y n e s o n e ffe c tiv e d e m a n d a n d u n e m p lo y m e n t» . Hislory o f Political
Economy, v o l. 18, p . 4 1 9 -4 4 1 .
.
— . (1 9 8 7 ). Marx and Keynes on Economic Depression B r ig h to n : W h e a t s h e a f.
POSTKEYNESIANISMO: ¿DE LA CRÍTICA A LA COHERENCIA? 667

S aw yer , M . C . (1 9 8 5 ). The Economics ofM ichal Kalecki. L o n d r e s : M a c m illa n .


S cH E FO LD , B . (1 9 7 1 ). Mr Sraffa on Joini Production, tesis d o c to r a l, U n iv e r s ity o f B a s le .
— . ( 1 9 7 6 ). « D if fe r e n t fo r m s o f te c h n ic a l p r o g r e s s » . Economic Journal, v o !. 8 6 , p . 8 0 6 -8 1 9 .
Semmler , W. (1 9 8 4 ). «On th e c la s s ic a l th eo ry o f c o m p e titio n , v a lu e a n d p ric e s o f p ro d u c tio n » .
Australian Economic Papers, v o l. 2 3 , p . 13 0-1 50 .
Shackle , G . L . S . (1 9 7 3 ). « K e y n e s and to d a y ’ s e sta b lish m e n t in e c o n o m ic t h e o r y » . Journal o f
Economic Literature, v o l. 1 1 ,ju n io , p . 5 1 6 -5 1 9 .
Shapiro , N . (1 9 7 7 ). « T h e r e v o lu tio n a r y c h a r a c te r o f p o s t K e y n e s ia n e c o n o m ic s » . Journal of
Economic ¡ssues, v o l. 11 , p . 5 4 1 -5 6 0 .
Solow , R . M . (1 9 8 4 ). « R o b e r t M . S o lo w » . E n : K la m e r ( 1 9 8 4 ), p . 1 3 7 -1 3 8 .
SR A FFA , P ie ro (1 9 2 6 ). « T h e la w s o f retu m s u n d er c o m p e titiv e c o n d itio n s » . Economic Journal,
v o l. 36, p. 5 3 5 -5 5 0 .
— . (1 9 3 0 ). « A c r itic is m a n d ‘ A r e jo in d e r ’» . Economic Journal, v o l. 6 0 , p . 8 9 -9 3 .
— . ( 1 9 6 0 ). Production o f Commodities by Means o f Commodities. Prelude to a Critique o f
Economic Theory. C a m b r id g e : C a m b r id g e U n iv e r s ity P r e s s .
— . (1 9 6 1 ). « C o m m e n í» . E n : L u tz ; H a g u e (eds.) (1 9 6 1 ), p . 3 0 5 -3 0 6 .
Steedm an , I. (1 9 7 7 ). Marx after Sraffa. L o n d re s: N e w L e f t B o o k s .
— . (e d .) (1 9 7 9 ). Fundamental Issues in Trade Theory. L o n d r e s : M a c m illa n .
— . (1 9 8 4 ). « N a tu ra l p r ic e s , d iffe r e n tia l p ro fit rates a n d the c la s s ic a l c o m p e titiv e p r o c e s s » . The
Manchester School o f Economic and Social Studies, v o l. 5 2 , p . 1 2 3 -1 4 0 .
STE IN D L, J . (1 9 5 2 ). Maturity and Stagnation in American Capitalism. O x fo r d : B a s il B la c k w e ll.
— . {1 9 8 1 ). « Id e a s an d c o n ce p ts o f lo n g run g r o w th » . BNL Quarterly Review, v o l. 136, p . 3 5 -4 8 .
SYLO S-^LA BM , P. (1962). Oligopoly and Technical Progress. C a m b rid g e , M a s s .: H a rva rd U n iv ersity
P ress. '
.
— . (1 9 7 4 ). Trade Unions, Inflation and Productivity L e x in g t o n , M a s s .: L e x in g t o n B o o k s .
— . (1979). « P rices a n d in c o m e distribution in m an u factu rin g in d u stry» . Joumal o f Post-Keynesian
Economics, v o l. 11, o to ñ o , p. 3 -2 5 .
T arshis, L . (1 9 3 9 ). « T h e d ete rm ín a tio n o f Ja b o u r in c o m e » . T e sis d o c to r a l in é d ita , C a m b r id g e
U n iv e r s ity .
— . (1 9 4 7 ). The Elemenls o f Economics: An Introduction to the Theory o f Price and Employment.
B o s to n , M a s s .: H o u g h to n M if f li n .
— . ( 1 9 4 8 ). « A n E x p o s it io n o f K e y n e s ia n E c o n o m ic s » . American Economic Review, v o l. 38,
p . 2 6 1 -2 9 1 .
— . (1979a). « T í e a gg reg ate s u p p ly fu n ctio n in K e y n e s ’s General Theory». E n : M ic h a e l J . B o s k in
(e d .). Economics and Human Welfare: Essays in Honour o f Tibor Scitovsky. N u e v a Y o r k :
A c a d e m ic P r e s s , p . 3 6 1 -3 9 2 .
— . (1 9 7 9 b ). « T h e m a c r o e c o n o r n ic e ffe c ts o f O P E C ’ s p r ic e h ik e s » . Ontario Economic Council,
D o c u m e n to s d e una c o n fe r e n c ia sob re p o lític a e n e rg é tic a .
— . (1 9 8 0 ). « P o s t-K e y n e s ia n e co n o m ic s: a p ro m is e th a t b o u n c e d ? » . American Economic Revietv,
Papers and Proceedings, v o l. 7 0 , p. 1 0 -1 5 .
— . (19 84 ). World Economy in Crisis, Unemployment, Inflation and International Debt, C a n a d ia n
In stitu te fo r E c o n o m ic P o lic y . T o ro n to : Ja m e s L o r im e r .
T hirlwall, A . P. e t a l. (19 83 ). « S y m p o s iu m : K a ld o r ’s G r o w th L a w s » . Joumal o f Post-Keynesian
Economics, v o l. 5, p rim a v e r a , p. 3 4 1 -3 7 9 .
— . (19 86 ). « A g e n e ra l m o d e l o f gro w th a n d d e v elo p m en t o n K a ld o r ia n lin e s » . Oxford Economic
Papers , vo f. 38, p . 19 9-2 19 .
T obin, J . (1 9 7 8 ). « G o v e r n m e n t d e fic íts a n d c a p ita l a c c u m u la tio n » . E n : D . A . C u r r ie ; W . Peters
(e d s.). Contemporary EconomicAnalysis, v o l. 2 . L o n d re s : C r o o m H e lm .
— . (1 9 8 0 ). Asset Accumulation and Economic Activity. O x fo r d : B a s il B la c k w e ll.
,
V^INES, D . (19 84 ). « R e v ie w o f G o d le y and C rip p s (19 83 )». Economic Journal v o l. 9 4 , p . 397-399.
668 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

W A L S H , V .; G r a m , H . (1980). Classical and Neoclassícal Theories o f General Equilibrium.

Oxford: Oxford Uníversity Press. ■


WE1NTRAUB, S. (1958). An Approach lo the Theory ofíncome Distriblltion. Filadelfia: Chilton.
— . (1977a). «The price level in the open economy». Kykios, vol. 30, p. 22-37.
— . (1977b). «Hicksian Keynesianism: dominance and decline». En: S. Weintraub (ed.). Modem
Economíc Thought. Filadelfia: Uníversity o f Pennsylvania Press.
— . (1978b). Keynes, Keynesians and Moneiarists. Filadelfia: Uníversity o f Pennsylvania Press.
W o od ,A . (1975). A Theoryo/Profits. Cambridge: Cambridge Uníversity Press.
— . (1978). A Theoiy o fPay. Cambridge: Cambridge Uníversity Press.
Y e l l e n , Janet L . (1980). <<On Keynesian economics and the economics of post-Keynesíans»,
American Economic Review, Papers and Proceedíng, vol. 70, p. 15-19.
CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA 669-683

P o lít ic a s e c o n ó m ic a s k e y n e s ia n a s p a r a e l n u e v o m ile n io *

P h ilip A r e s tis y M a lc o m S a w y e r 1

l. Introducción
E n e s t e a r t íc u l o p r e s e n t a m o s u n e n f o q u e d e p o l í t i c a e c o n ó m i c a e n e l q u e s e d e s t a c a l a
n e c e s id a d d e p o l í t i c a s , t a n t o .d e o fe r t a c o m o d e d e m a n d a , p a r a a s e g u r a r e l p le n o e m p l e o .
N u e s t r o e n f o q u e p u e d e c o n s id e r a r s e k e y n e s ia n o e n e l s e n t id o d e q u e s u s i m p l ic a c i o n e s
d e p o l í t í c a e c o n ó m i c a s u r g e n d e l a p e r c e p c ió n d e l p a p e l d e l a d e m a n d a a g r e g a d a e n e l
e s t a b l e c i m i e n t o d e l n i v e l d e a c t iv id a d e c o n ó m i c a y d e l a c a r e n c i a d e f u e r z a s a u t o ­
m á t ic a s q u e lle v e n a la e c o n o m ía d e m e r c a d o a l p le n o e m p le o . N u e s t r a c o n c e p c ió n
d e l fu n c io n a m ie n to d e l a e c o n o m ía d e m e r c a d o e s b r e v e m e n te d e s c r ito e n la s e c ­
c ió n 2. L o q u e s e e la b o r a m á s a m p l i a m e n t e e n l a s e c c i ó n 3 , a c o n s id e r a r l a s l i m i t a ­
c i o n e s p a r a lo g r a r e l p le n o e m p l e o q u e o p e r a n e n u n a e c o n o m í a d e m e r c a d o . E s t o l l e v a
a l a s e c c i ó n 4 , d o n d e e s b o z a m o s y a n a l i z a m o s l a n a t u r a le z a d e l a s p o l í t i c a s k e y n e s i a ­
n a s r e la c io n a d a s ta n to c o n la o fe rta c o m o c o n l a d e m a n d a e n la e c o n o m ía . L a s e c c ió n
f i n a l y p r i n c i p a l , l a 5 , p l a n t e a a lg u n a s d e l a s l i m i t a c i o n e s , y l a s f o r m a s d e s u p e r a r la s
c o n l a r e a l i z a c i ó n d e l t ip o d e p o l ít ic a s k e y n e s i a n a s q u e d e f e n d e m o s .
N o s in s p ir a m o s e n d o s e le m e n t o s d e K e y n e s ( 1 9 3 6 ) . E l p r i m e r o e s e l a r g u m e n t o
d e q u e u n a e c o n o m ía d e m e r c a d o d e laissezfaire n o g e n e r a r á n o r m a l m e n t e e l p le n o
e m p l e o . L o s o b s t á c u l o s a l a c o n s e c u c i ó n d e l p le n o e m p l e o n o s o n « i m p e r f e c c i o n e s » ,
c o m o l a c o m p e te n c ia m o n o p o lís t ic a o l a a c tiv id a d s in d ic a l, q u e p u e d e n s e r p o te n ­
c ia lm e n t e e lim in a d a s a tr a v é s d e l a a c c i ó n g u b e r n a m e n t a l ( c fr . S h a p ir o , 1 9 9 6 ) . S e
tra ta m á s b ie n d e q u e u n a e c o n o m ía d e m e r c a d o d e laissez faire e x h i b i r á e le m e n t o s
d e i n e s t a b i li d a d y n o g e n e r a n o r m a lm e n t e u n n i v e l d e d e m a n d a a g r e g a d a c o h e r e n t e
c o n e l p le n o e m p le o . E l s e g u n d o e s q u e u n a d is t r ib u c ió n m e n o s d e s ig u a l d e l p o d e r
d e m e r c a d o , d e r e n ta y d e r iq u e z a e s o tr o o b je t i v o d e s e a b le e n s í m is m o y u n a v í a
p a r a in c r e m e n t a r l a p r o s p e r id a d g e n e r a l. T a l c o r n o K e y n e s ( 1 9 3 6 ) o b s e r v ó , « l o s f a l l o s
p r in c ip a le s d e l a s o c ie d a d e c o n ó m ic a e n la q u e v iv im o s s o n su in c a p a c id a d d e p r o ­
p o r c i o n a r e l p l e n o e m p l e o y s u a r b it r a r ia y d e s i g u a l d i s t r i b u c i ó n d e l a r i q u e z a y d e
la s re n ta s » (p . 3 7 2 ).

* Publicadoen; Arcstis, Philip; Sawyer, Malcom. «Keynesian economic policies for thenewmillen-
nium». T h e E c o n o m ic Jo u r n a l, 108,'enero.1998, p. 181-195. Traducción: GcmmaGaldon.
l. Agradecemos aDerickBoyd, KeithCowiing, SheilaDow, MurrayGlickman, WynneGodley, Peter
Howells, MikeMarshaSl, Will Milberg y Nina Shapirosusútilescomentarios sobreel borradorante­
rior. Nuestro agradecimiento seextiende a Kevin McCauley por su excelente ayuda enlainvesti­
gación.
670 C R ÍT IC A A L A E C O N O M ÍA O R T O D O X A

2. E l f u n c io n a m ie n t o d e l a s e c o n o m ía s d e m e r c a d o

U n a c a r a c te r ís tic a p r in c ip a l d e u n a e c o n o m ía m o n e ta r ia d e s c e n tr a liz a d a e s la a u s e n ­
c ia d e c u a lq u ie r m e c a n is m o a u to m á tic o d e m e r c a d o q u e a s e g u r e q u e la d e m a n d a a g re ­
g a d a s e a s u fic ie n t e p a r a ab so rb e r la o fe r ta a g r e g a d a d e p le n o e m p le o . L o s p r o b le m a s
p a ra ase g u ra r u n e q u ilib r io entre la d e m an d a a g re g a d a y la o fe rta a g r e g a d a p o te n c ia l p u e ­
den v erse c o m o u n a c o n s e c u e n c ia in e v ita b le de u n a e c o n o m ía m o n e ta r ia d e s c e n tr a li­
z a d a , a p e s a r d e q u e a lg u n o s d e e s o s p ro b lem a s p u e d e n s e r r e d u c id o s a trav és d e p o lítica s
ap ro p iad as y d e a c u e rd o s in stitu cio n a le s. H a y v e n ta jas d e riv a d a s de la e x is te n c ia d e l d in e ­
ro y d e l in te r c a m b io , p e ro tam b ién s e p ro d u ce n a lg u n o s c o s te s in e v ita b le s , c o n s e c u e n c ia
d e fa llo s d e c o o r d in a c ió n e n u n a e c o n o m ía d e s c e n tr a liz a d a ( C lo w e r , 1 9 6 5 ), y , aú n m á s
im p o r ta n te , d e la e x is t e n c ia d e la p r e fe r e n c ia d e liq u id e z y d e la in c e r tid u m b r e q u e la
c a u s a , q u e im p id e la c o o r d in a c ió n d e la d e m a n d a y d e la o fe r ta a g r e g a d a e n e l p le n o
e m p le o ( C h i c k , 1 9 8 3 ; D a v id s o n , 1 9 9 4 ). P a r tim o s d e la p e r s p e c tiv a e m p ír ic a d e q u e e l
p le n o e m p le o h a s id o u n a s itu a c ió n p o c o h a b it u a l e n t ie m p o s d e p a z e n la s e c o n o m ía s
d e m e r c a d o , lo q u e s u g ie r e q u e la s fu e r z a s q u e c r e a n e l d e s e m p le o son p o d e r o s a s .
O b s e r v a m o s q u e , a c t u a lm e n t e , s e c o m p u t a n en u n o s 18 m illo n e s d e p e r s o n a s ( e l I 1%
d e la fu e r z a d e tr a b a jo ) lo s d e s e m p le a d o s e n la U n i ó n E u r o p e a , y 3 3 m il lo n e s e n e l
áre a d e la O C D E (y m u c h a s e s tim a c io n e s s itu a r ía n e l d e s e m p le o re a l a n iv e le s m u c h o
m á s a lto s ). L a m a y o r ía e s ta r ía d e a c u e r d o c o n q u e lo s n iv e le s d e d e s e m p le o h a n s id o
s ig n ific a t iv o s d u r a n te , c o m o m ín im o , lo s ú lt im o s 2 5 a ñ o s ( y d u r a n te g r a n p a r te d e l
p e r io d o d e e n tr e g u e rr a s a n te rio r).
E l p la n t e a m ie n t o d e l fu n c io n a m ie n t o d e la s e c o n o m ía s d e m e r c a d o q u e s u b y a c e
en n u e s tro e n fo q u e c o n s t a d e tres e je s . E l p r im e r o , q u e la c o m p e t e n c ia e n u na e c o n o ­
m ía d e m e r c a d o e s u n p r o c e s o d e r iv a lid a d c o n g a n a d o r e s y p e r d e d o r e s . E x is t e n fu e r ­
za s e c o n ó m i c a s , s o c i a l e s y p o l ít ic a s s i g n i f i c a t i v a s q u e g e n e r a n y r e f u e r z a n la s
d is p a r id a d e s y la s d e s ig u a ld a d e s , y a s e a e n tr e in d iv id u o s , e n t r e r e g io n e s o e n tr e p a í­
s e s . E s to e s u na a p lic a c ió n d e la n o c ió n d e q u e e l é x ito l l e v a a l é x ito y e l c o r o la r io d e
q u e e l fr a c a s o lle v a a l fr a c a s o 2- E n e l á m b ito e c o n ó m ic o , e l fu n c io n a m ie n to d e la s fu e r ­
zas de m e r c a d o g e n e r a Ja c a u s a c ió n a c u m u la t iv a ( M y r d a l, 1 9 5 7 ) y e l c e n tr ip e tis m o
( C o w l i n g , 1 9 8 7 , 1 9 9 0 ). U n a r e g ió n c o n é x i t o e c o n ó m ic o g e n e r a b e n e fic io s q u e r e s ­
p a ld a n y fo m e n t a n n u e v a s in v e r s io n e s ; te n d e r á a a tr a e r m a n o d e o b r a c u a lif ic a d a d e
o tra s r e g io n e s ; s e b e n e fic ia r á d e e c o n o m ía s d e e s c a la e s tá tic a s y d in á m ic a s ( K a ld o r ,
1 9 7 2 ). C o e x is t e e l p le n o e m p le o en la s r e g io n e s m á s p r ó s p e ra s c o n e l d e s e m p le o en
la s d e m e n o s é x ito , y e l e s tím u lo g e n e ra l a la d e m an d a p r o v o c a p r o b le m a s d e in s u fic ie n te
c a p a c id a d , e s c a s e z d e m a n o d e o b r a c u a lific a d a y p r e s io n e s in fla c io n is ta s e n la s r e g i o ­
n e s m a s p r ó s p e ra s s in e lim in a r e l d e s e m p le o e n la s m e n o s p r ó s p e r a s . U n e f e c t o d e la
c a u s a c ió n a c u m u la tiv a e s q u e r e g io n e s r e la tiv a m e n te a tr a s a d a s n o s ó lo e x p e r im e n ta ­
r á n m e n o r e s n iv e le s d e r e n ta p e r r á p it a , s in o ta m b ié n m a y o r e s n iv e le s d e d e s e m p le o y
s e v e r a s lim it a c io n e s en su c a p a c id a d d e c r e c im ie n t o . L a c o n s e c u e n c ia d e e s to e s q u e ,
m ie n tr a s q u e e x is t e n fu e r z a s p a r a la c o n v e r g e n c ia e n t r e la s r e g io n e s y lo s p a ís e s , t a m ­
b ié n e x is te n fu e r t e s fu e r z a s p a r a la d iv e r g e n c ia . L a s r e g io n e s qu e e s tá n r e la tiv a m e n te
a tr a s a d a s e x h ib ir á n ta n to m e n o r e s n iv e le s d e r e n ta p e r c á p it a c o m o m a y o r e s n iv e le s

2. Existen muchas pruebas empíricas sobre la persistencia de las disparidades económicas y el papel de los
mercados perpetuando la desigualdad. Sawyer (1989) es una aportación reciente en este respecto, y
sobre la causación acumulativa (ver también Skott, 1988).
POLÍTICAS ECONÓMICAS KEYNESIANAS PARA EL NUEVO MILENIO 671

de desempleo, y encontrarán dificultades considerables para llegar al nivel de las regio­


nes más prósperas34.
E l segundo es que muchos factores que podrían ser tachados de «imperfecciones»
utilizando el parámetro de la competencia perfecta, pueden tener un papel positivo a
jugar en el funcionamiento de una economía de mercado. Un ejemplo concreto sería
la utilización de los contratos a largo plazo en el mercado laboral, que no existirían en
un llamado mercado laboral flexible que se pretende que imite al mercado al contado
de la competencia perfecta. Los contratos a largo plazo pueden contribuir a fomentar
la formación y el compromiso de los trabajadores con la empresa y a evitar la relación
de confrontación entre los trabajadores y los empresarios, todo lo cual se podría espe­
rar razonablemente que tuviera un impacto positivo sobre la productividad. Se pueden
elaborar argumentos similares en el caso de los sindicatos, el salario mínimo, etcétera.
En tercer lugar, existen muchas limitaciones, algunas relacionadas con la deman­
da y otras con la oferta, para la consecución del pleno empleo. Inversamente, la con­
secución del pleno empleo a largo plazo requiere que todas las limitaciones sean
suficientemente suavizadas. Pasamos ahora a considerar estas limitaciones.

3. L a s l im it a c io n e s a l p l e n o e m p l e o

Existen cinco limitaciones potenciales a la consecución del pleno empleo en las que
nos vamos a centrar aquí: la lista probablemente no es exhaustiva, pero contiene las
que son particularmente significativas. N o todas las limitaciones se cumplen todo el
tiempo, y, en concreto, la limitación del comercio exterior no es aplicable (y de hecho
no puede serlo) a todos los países de forma simultánea^ Estas limitaciones son:

3.1. L a limitación de la demanda agregada

Para nosotros, existe una falta notable de fuerzas automáticas dentro de una economía
de mercado que operen para asegurar que el nivel de demanda agregada sea compati­
ble con el pleno empleo del trabajo y del stock de capital existente. Normalmente se
sugieren dos mecanismos, a saber: el efecto del equilibrio real que opera a través de un
menor nivel de precios y unos tipos de interés que equilibren (ex ante) los ahorros y la
inversión. E l efecto de unos precios menores sobre la riqueza real es mínima en las eco­
nomías industrializadas en las que la oferta monetaria consiste abrumadoramente de

3. Para una breve discusión sobre Sadesigualdad entre regiones ver Sawyer (1989: 425). Se ha producido
un debate considerable sobre si ha habido convergencia entre países en términos del nivel de desarro­
llo económico. Baumol (1986) observa convergencia de los niveles de renta entre el grupo más rico de
países pero divergencia entre el grupo de los más pobres, que también quedaron por detrás del resto.
Amable (1993) encuentra una pauta general de divergencia más que de convergencia en los niveles de
productividad (entre 59 países durante el periodo 1960-1985). Durante !os años 80, los países de renta
baja (en términos de PNB per cápíta) aumentaron a un ritmo medio anual del 1,0% (excluyendo India
y China, cuyoritmo medio fue del5,6%), los países de renta media-baja cayeron a una media del 0,1%
anual, los de renta media-alta aumentaron en un 0,6% y los países de renta alta aumentaron en un 2,3%.
la media mundial era del 1,2% (World Bank, 1993a).
4. Para una explicación adicional sobre estas limitaciones, verArestis ( 1992, 19%, 1997) y Sawyer (1995a,
b, c). Ver también Arestis y Sawyer (l 997a), donde muchas de las aportaciones se centran en el papel
del gobierno en la reducción de la incertidumbre que alentaría la inversión.
672 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

d in e r o b a n c a r io , d e fo r m a q u e e l v a lo r r e a l d e lo s a c t iv o s y o b lig a c io n e s fin a n c ie r a s
v arían co n ju n tam e n te . La g e n e ra ció n d e p recio s m e n o re s d e b e im p lica r, en a lg ú n m o m e n ­
to , la c a íd a d e los p r e c io s , p e ro m ie n tra s q u e lo s p r im e r o s p u e d e n ser a n a liz a d o s d e n ­
tr o d e l m a r c o e s tá tic o c o n v e n c io n a l, c o n lo s s e g u n d o s e s to n o e s p o s ib le . S in e m b a r g o ,
la c a íd a d e lo s p r e c io s g e n e r a e x p e c t a t iv a s d e c a íd a s a d ic io n a le s ( r e d u c ie n d o a s í la
d e m a n d a ) y s o c a v a n la c a p a c id a d d e lo s d e u d o r e s d e m a n te n e r s u s o b lig a c io n e s , a m e ­
n a z a n d o a s í la e s ta b ilid a d d e l s is te m a fin a n c ie r o ( D a v id s o n , 19 9 4 : 1 9 3 -5 ).
L o s tip o s d e in terés está n m á s d e te rm in a d o s p o r c o n s id e r a c io n e s d e liq u id e z q u e p o r
la s fu e r z a s d e p r o d u c tiv id a d y a h o r r o . E s p e c ífic a m e n t e , lo s tip o s d e in te ré s n o a c tú a n
p a ra eq u ilib ra r e l ah o rro c o n la in v e rs ió n . Ll:is ah o rro s p la n e a d o s están d e te rm in a d o s p o r
un co n ju n to d e v a ria b le s bastan te d iferen tes d e la s q u e d e te rm in a n la in v e rs ió n p la n e a d a ,
y n o e x is te n fu e rz a s fu e rte s q u e ase g u re n su ig u a ld a d p a ra u n a re n ta d e p le n o e m p le o . .

3 .2 . L a l i m i t a c i ó n d e l a i n f la c ió n

L a in fla c ió n p la n te a u na lim it a c ió n a la c o n s e c u c ió n d e l p le n o e m p le o en tres a s p e c ­


to s. E n p r im e r lu g a r , e l p r o c e s o d e d e s p la z a m ie n to h a c ia e l p le n o e m p le o im p lic a n e c e ­
saria m e n te u n a c a íd a d e l d e s e m p le o ( y p r o b a b le m e n te un au m e n to d e la u t iliz a c ió n d e : : ;
la c a p a c id a d ) , lo q u e e s p r o b a b le q u e g e n e r e p r e s io n e s in fla c io n is t a s y u n c l im a d e :
e x p e c ta tiv a s in fla c io n a r ia s (A r e s tis y S k o t t , 1 9 9 3 ). S e g u n d o , e l p le n o e m p le o s o s t e n i - , ■L v .
d o p u e d e lle v a r a u n a u m e n to d e la s p r e s io n e s in fla c io n is ta s ( c u y o a lc a n c e d e p e n d e d e ^: :
lo s a c u e r d o s in s titu c io n a le s , q u e s e e x p lic a n m á s a b a jo ) . E n t e r c e r lu g a r , la p r e o c u p a - .--y
c ió n s o b r e la in c o n s is te n c ia te m p o r a l y e l p o s ib le s e s g o in fla c io n is ta d e u n r é g im e n d e ■
p o l ít ic a e c o n ó m i c a d is c r e c io n a l ( o p e r a d o p o r lo s p o l ít ic o s ) h a lle v a d o a m u c h o s a : j
d efen d er la in d ep e n d e n cia d e l b a i c o ce n tra l c o n el o b je tiv o d e la co n s e cu c ió n d e lo s o b je - : ■
í;
tiv o s in fla c io n a r io s 56
. N o o b s ta n te , S k o tt (1 9 8 8 ) s u g ie r e q u e , e n p r e s e n c ia d e s in d ic a to s ,
lo s b a n c o s c e n tr a le s q u e n o e lig e n c o m o o b je t iv o la i n f la c i ó n p u e d e n , sin e m b a r g o , : .)
lo g r a r a lta s tasa s d e e m p le o c o n c e r o in fla c ió n . E n c a m b io , lo s b a n c o s ce n tr a le s a d v e r ­
so s a la in fla c ió n g e n e ra n b a ja s ta s a s d e e m p le o c o n tasas d e in fla c ió n p o s itiv a s .
L a N A I R U ( t a s a d e d e se m p le o n o a c elerad o ra d e la in fla c ió n ) es u n a barrera a l p le n o \
em p le o s ó lo p o r la cree n cia en e l l a d e lo s d e cid id o res d e p o lítica e c o n ó m ic a y d e otros (cre- 'v::
e n c ia e q u iv o c a d a en n u e stra o p in ió n ), q u e lim ita (o in c lu s o ev ita ) la s m e d id a s de r e la n - ;v
za m ie n to p a r a d is m in u ir e l d e s e m p le o . N o s o tr o s d u d a m o s d e si e x is te u n a N A I R U ú n ic a j;
y e sta b le determ in ad a so la m e n te p o r fa cto res d e o fe rta. A p o r ta c io n e s recien tes ( R o w th o m , ::: ■
1 9 9 5 ; A r e s tis y B ie fa n g - F r is a n c h o M a r is c a l, 1 9 9 7 ) d e s ta c a n ta n to la r e la c ió n te ó r ic a : l:
c o m o la e m p ír ic a e n t r e e l d e s e m p le o y la in v e r s ió n e n c a p it a l f i j o y en e d u c a c ió n y fo r - V:
m a ció n p r o fe s io n a l. E s ta s c o n s id e r a c io n e s , ju n t o a lo s c a m b io s en l a N A I R U e s p e r a d a «;
(alin ea d a gro s s o m o d o c o n e l d e se m p le o o b se rv a d o ), l o s e fe c to s d e h istéresis ( in c lu y e n d o :
el im p acto d e la d e m a n d a ag re ga d a en la crea ció n d e ca p a cid a d y la participación d e la fu e r- ;j
z a d e trab a jo ) y la c o n fu s ió n d e la te o r ía s u b y a c e n te , s u g ie r e n q u e a u n q u e c o n c e p to d e :.
N A I R U h a sid o m u y u tiliza d o e n la teo riza ció n e c o n ó m ic a , e n m a n u ales y en fo n n u la c ió n V
d e la p o lít ic a e c o n ó m ic a , n o e x is te b a jo n in g u n a fo r m a s ig n ific a tiv a en la e c o n o m ía real® :

5. Para una visióncrítica sobre!a independenciadel bancocentral ver Arestis y Sawyer (1977). :;
6. Parauna ampliación deestos crípticos comentarios, verArcstis y Sawyer (1997a: cap. 10) y Sawyer .' £
(1997); ver tambiénGalbraith(1997).
POLÍTICAS ECONÓMICAS KEYNESiANAS PARAEL NUEVO MILENIO 673

B a j o esta s c ir c u n s ta n c ia s , la r e d u c c ió n d e l d e s e m p le o p u e d e p r o d u cir r ie s g o s in fla c io -


n istas (y a s í c r e a r p resio n es p a ra la d e fla c ió n ), y un p le n o e m p le o p ro lo n g a d o p u e d e pro­
d u cir u n au m ento d e la s presio n es in fla cio n a ria s. M ie n tras q u e las p resion es in fla cio n aria s
em an an n o n n a lm e n te d e Ja parte rea l d e la e c o n o m ía , é sta s p u e d en ser fá c ilm e n te trans-
n útid as d e b id o a la «e la sticid a d » d e l s to c k m o n e ta rio resu lta n te d e la fa c ilid a d c o n la qu e
s e c r e a e l d in ero a través d e la c r e a c ió n d e créd ito y de la fa lt a d e h a b ilid a d del esta d o
d e co n tr o la r su c r e c in ú e n to ( A r e s tis , 1 9 9 2 ).

I 3 .3 . L a li m i t a c i ó n d e la b a l a n z a c o m e r c i a l

L a lim it a c ió n d e la b a la n z a c o m e r c ia l s u r g e d e b id o a q u e e l n iv e l d e a c tiv id a d e c o n ó ­
m ic a p u e d e se r lin ú ta d o p a ra ase g u ra r q u e e l n iv e l d e im p o rta cio n e s es c o m p a tib le co n
e l n iv e l d e ex p o rta cio n es. C u a lq u ie r d ife re n cia en tre la s im p o rta cio n e s y la s ex p orta cion es
d e b e c u b r ir s e a trav és d e p ré s ta m o s del e x tr a n je r o , c r e a n d o a s í o b lig a c io n e s d e p a g o s
fu tu r o s d e in te r e s e s . U n d é fic it c o m e r c ia l p e r s is te n te s u p o n d r ía u n d é fic it d e c u e n ta
c o r r ie n te c r e c ie n t e , a m e d id a q u e lo s p a g o s d e lo s in te r e s e s p o r e l p r é s ta m o a u m e n ta ­
r a n . S i n e m b a r g o , si e l c r e c im ie n to d e la e c o n o m ía d o m é s tic a e x c e d ie r a e l tip o d e in te ­
rés s o b r e Jo s em p ré s tito s d e l e x te rio r, e l p o r c e n t a je d e e sta s o b lig a c io n e s r e s p e c to al
p r o d u c to in te r io r , y p o r lo tanto los p a g o s d e in te r e s e s s o b r e la ren ta, a c a b a r ía e s ta b i­
liz á n d o s e ( S a w y e r , 1995 a ) . S i e s ta c o n d ic ió n n o s e c u m p le , e l p a ís c a e e n Ja tram p a
d e la d e u d a . E x is t e u n a s p e c to d e c r e c im ie n t o en la lim it a c ió n d e la b a la n z a c o m e r c ia l
c u a n d o s e p r o d u c e u n a te n d e n c ia a q u e e l c r e c im ie n t o d e la s im p o r ta c io n e s e x c e d a al
c r e c in ú e n to d e las e x p o rta c io n e s . C u a n d o la e la s tic id a d re n ta (d o m é s tic a ) d e l a d e m a n ­
d a d e im p o r ta c io n e s es m a y o r q u e la e la s t ic id a d r e n t a ( m u n d ia l) d e la d e m a n d a d e la s
e x p o r ta c io n e s d e l p a ís , e n to n c e s e l m a n te n im ie n to d e u n d é fic it c o m e r c ia l c o n tr o la d o
r e q u ie re q u e la tasa d e c r e c im ie n to d o m é s tic o e s té lo s u fic ie n te m e n te p o r d e b a jo d e Ja
ta s a d e c r e c im ie n t o m u n d ia l d e fo r m a q u e la s im p o r t a c io n e s y e x p o r ta c io n e s re a le s
c r e z c a n e n lín e a u nas c o n otras ( M c C o m b i e y T h ir lw a ll, 1 9 9 7 a, b ). C la r a m e n te , la lin ú -
ta c ió n d e la b a la n z a c o m e r c ia l n o es u na q u e a fe c t e a to d o s lo s p a ís e s d e fo r m a s im u l­
tá n e a , y a q u e n ú e n tra s a lg u n o s p a íse s tie n en d é ficits c o m e r c ia le s , o tro s tie n en q u e ten er
e x c e d e n te s c o m e r c ia le s . A d e m á s , la lim it a c ió n p u e d e ser m it ig a d a a tra v é s d e la d e v a ­
lu a c ió n d e la m o n e d a , a p esar d e q u e m u c h a s v e c e s s e ev ita e s ta ru ta d e b id o a su e f e c ­
to p e r c ib id o s o b r e la in fla c ió n y Ja re d u cc ió n d e lo s n iv e les d e v id a d o m é s tic o s (para no
h a b la r d e la s c o n s id e r a c io n e s r e la c io n a d a s c o n e l o r g u llo n a c io n a l) . C o n e c ta d o c o n la
lim ita c ió n d e la b a la n z a d e p a g o s e n co n tra m o s e l s e s g o d e fla c io n a r io d e l s is te m a m o n e ­
ta r io in t e r n a c io n a l y d e l s is te m a p r o p u e s to p a r a la U E d e un b a n c o c e n tr a l in d e p e n ­
d ie n te y p a n -e u r o p e o ( A r e s tis , 19 9 7 : c á p . 6 ).

3 .4 . L a l i m i t a c i ó n d e l a a l t a p r o d u c t i v i d a d

L a o b te n c ió n d e a lto s n iv e le s d e p r o d u c tiv id a d r e q u ie r e u n a in te n s id a d en e l tra b a jo y


u n c o m p r o m is o a p ro p ia d o s p o r p a rte d e lo s t r a b a ja d o r e s , a s í c o m o e l s u m in is tr o sufí-,.
c ie n te d e b ie n e s d e e q u ip o , fo r m a c ió n p r o fe s io n a l y g e s tió n . E n m u c h a s ec o n o m ía s, d e

í m e r c a d o , e l d e s e m p le o ( y m á s p a r tic u la r m e n te la a m e n a z a d e d e s e m p le o ) s ir v e COfl1 0
un m e c a n is m o s i g n if ic a t iv o p a r a im p o n e r u n a lt o n iv e l d e in te n s id a d e n e l tr a b a jo
( K a l e c k i , 1 9 4 3 ). L a id e a d e q u e e l d e s e m p le o p u e d e ser n e c e s a r io p a r a im p e d ir , u n a

!Í'
v...
674 C R ÍT IC A A L A E C O N O M ÍA O R T O D O X A

actitud de «tirarse a la bartola» por parte de los trabajadores está fonnalizada en Shapiro
y Stiglitz (1984) y Bowles (1985). E l nivel de desempleo no lo eligen las empresas,
sino que proporciona el marco sobre el que operan las empresas. E l desempleo es per­
cibido como realizador de una función sistemática (al ayudar a disciplínar a los traba­
jadores). Esto no significa afirmar que el desempleo es n e c e s a r io para asegurar el
esfuerzo en el trabajo; de hecho, el desempleo intensifica el miedo y provoca desmo­
ralización, lo que socava el esfuerzo, y diversas economías de mercado han recurrido
a mecanismos alternativos al desempleo. Weisskopf (1987), por ejemplo, examina hasta
dónde los países utilizan el desempleo como un mecanismo disciplinario, y concluye
que sólo algunas economías lo utilizan. Esto plantea «la importante cuestión de un
marco institucional que mantenga la disciplina laboral y no disminuya los incentivos,
incluso cuando la economía esté a un nivel de pleno em pleo... E l problema no es irre­
soluble ni en principio ni en la práctica, como lo ha indicado la experiencia de gran­
des empresas japonesas que han ofrecido empleos para toda la vida a sus trabajadores
y planes de remuneración basados en gran parte en la antigüedad». (Singh, 1994: 489).
Evidentemente, un alto nivel de empleo sostenido requiere el desarrollo de otros meca­
nismos para sostener altos niveles de productividad. Estos mecanismos es probable
que incluyan formas de implicación y participación de los trabajadores en la toma de
decisiones, realización personal en el trabajo, etc.

3.5. L a falta de capacidad

Los factores que influyen en la inversión y, por lo tanto, en la dimensión del stock de
capital (tales como la rentabilidad y la utilización de la capacidad) son generalmente bas­
tante distintos de Jos que determinan la dimensión de la fuerza de trabajo (principal­
mente demográficos). Esta simple observación sugiere que no existe ninguna razón
particular para prever que el stock de capital sea el adecuado para sostener el pleno:
empleo. Las oportunidades de substitución entre el trabajo y el stock de capital son:
bastante limitadas, sobre todo a corto plazo. Después de un periodo de crecimiento
lento pero prolongado (como el de las últimas dos décadas), se podría esperar que el:
tamaño del stock de capital no fuese suficiente para mantener el pleno empleo. Además,
la ince tidumbre sobre el futuro, que genera un bajo nivel de «espíritu animal», con-:
tribuye a que la tendencia a la inversión sea menor de la necesaria.

4. P o l ít ic a s k e y n e s ia n a s

4.1. Políticas de la demanda

Empezamos considerando las políticas orientadas a la demanda. Nótese, no obstante,


que la demanda agregada y la oferta agregada no son independientes. E l nivel actual de.
la demanda tiene numerosos efectos sobre la futura ofe ta potencial de la economía, a.
través, por ejemplo, de sus efectos sobre la inversión actual y sobre el stock futuro de:
capital y Ja capacidad productiva, y Jos efectos de los niveles actuales de empleo sobre
la potencial futura fuerza de trabajo. Una de las her amientas principales de la políti­
ca keynesiana sigue siendo la política fiscal, aunque no en el sentido del ajuste fino,
para el que puede no existir una adecuada información actualizada y capacidad pre-
POLÍTICAS ECONÓMICAS KEYNESIANAS PARA EL NUEVO MILENIO 675

dictiva. En cambio, lo que se necesita es lo que podría llamarse un «ajuste burdo», a tra­
vés del cual, el gobierno pretende, a medio plazo, asegurar un nivel adecuado de deman­
da agregada por medio de los canales habituales de equilibrio entre la fiscalidad y el
gasto público y, como se ha apuntado anteriormente, a través del equilibrio entre el
ahorro y la inversión.
Existen muchos argumentos teóricos para afirmar que la política fiscal será impo­
tente. Pero estos argumentos parten de una posición de equilibrio de pleno empleo
(siendo el ejemplo más claro la «tasa natural de desempleo») y, por lo tanto, suponen
lo que debe probarse. N o es sorprendente que los modelos que no imponen este tipo
de limitaciones descubran que la política fiscal puede ser potente (ver, por ejemplo,
Arestis y Bain, 1994). Nos centraremos en dos temas. Primero, ¿qué pruebas existen de
que la política fiscal puede tener efecto? Arestis y Bain (1994) repasan la literatura y pro­
porcionan pruebas (al menos para el caso del Reino Unido) que sugieren que el gasto
público no expulsa al gasto privado. Se dice que los déficits presupuestarios excluyen
al gasto público a través del impacto del déficit en los tipos de interés, pero la evidencia
empírica que relaciona los déficits presupuestarios con los tipos de interés son débi­
les. Por ejemplo, Cunningham y Vilasuso (1994-5) tienen que admitir que «desgra­
ciadamente, los estudios empíricos que examinan la relación entre los tipos de interés
y los déficits fiscales están lejos de ser concluyentes» (p. 190) y que « si los déficits
fiscales están asociados con tipos de interés más altos está aún por resolverse en la lite­
ratura económica» (p. 191).
Segundo, ¿cuáles son los límites de la política fiscal? E l límite principal proviene
no del volumen del déficit p e r s e , sino de la relación entre el tipo de interés r (post
impuestos), y la tasa de Crecimiento de la renta nacional, g. Es bien conocido que la
proporción entre la deuda y la renta nacional aumentará de forma continuada para cual­
quier déficit primario de r g , aunque se debe reconocer que el déficit puede aumen­
tar tanto el nivel de renta como la tasa de crecimiento de la economía (en tanto en que
el gasto público sea gasto en bienes de capital, incluyendo en este último gran parte del
gasto en educación, sanidad, etc.). A pesar de que durante gran parte del periodo de pos­
guerra esta condición no se cumplió, la experiencia más reciente ha sido de tipos de
interés reales (post impuestos) superiores a las tasas de crecimiento. Incluso si r está
ligeramente por debajo de g, la relación deuda I renta resultante puede ser importante
en algún sentido significativo (político), ya que la tasa de deuda sostenible es igual a la
relación del déficit primario y la rentamultiplicado por la recíproca de (g - r). Esto plan­
tea la cuestión de porqué los tipos de interés han sido tan altos durante los últimos quin­
c e años, y nosotros atribuiríamos en gran parte esta experienciaa los intentos generalizados
de impulsar políticas monetarias rigurosas, a las características sistémicas del sistema
bancario y a la inestabilidad financiera desde el colapso del sistema de Bretton Woods7.
En la contabilidad nacional la contraparte contable de un déficit presupuestario es
una combinación de ahorro privado neto (ahorro menos inversión) y del déficit comer-

7. En los últimos años, los tipos reales de interés se han situado en niveles muy altos sin precedentes his­
tóricos, mientras que el crecimiento económico ha sido lento. Homer y Sylla (1983) sugieren que «desde
la aparición de los modernos mercados de capitales, nunca habían existido tasas tan altas a largo 'ptero
como las que hemos visto recientemente en todo el mundo» (p. !; ver también Tease eí al., 1991, para •
cálculos relacionados).
676 CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

cial (entradas de capital). Efectivamente, la alternativa a contraer un déficit presu­


puestario para asegurar una demanda agregada compatible con el nivel deseado de
empleo, es una combinación de una reducción del ahorro privado neto y del déficit
comercial. Mientras que lograr estas reducciones no es una materia simple (aunque
puede ser deseada por otras razones), tal planificación macroeconómica sería una alter­
nativa a los déficits presupuestarios. E l fomento de la inversión es claramente una posi­
bilidad en este sentido, aunque en última instancia la relación entre la inversión neta
y la renta nacional esté limitada por la tasa de crecimiento de la propia renta nacional
(que puede ser aumentada por la inversión) y de la proporción (incremental) capital I
producto (ya que, de otra forma, la proporción capital / producto real disminuiría con
una combinación de la reducción de la utilización de la capacidad y de la tasa de bene­
ficio).
Los mercados financieros imponen límites a la utilización de la política fiscal (sobre
todo de los déficits presupuestarios) potencialmente por lo menos a través de dos cana­
les. Primero, los tipos de interés (particularmente para la deuda pública) pueden aumen­
tar con un déficit presupuestario, limitando así la capacidad del gobierno de contraer
préstamos. Se podría argumentar que los altos tipos de interés son Ja consecuencia de
los altos niveles de préstamos obtenidos por el gobierno. Pero, como hemos señalado
antes, las pruebas que relacionan los déficits presupuestarios y los tipos de interés son
débiles. Segundo, las reacciones adversas de lo& mercados de cambio extranjeros ante
algunas políticas concretas pueden llevar a una caída del valor de la moneda. Los mer­
cados financieros plantean un tipo de limitación diferente a la consecución de políti­
cas fiscales sostenibles cuando las «burbujas, los caprichos y el comportamiento
gregario» determinan movimientos de los precios (en particular de los tipos de interés
y las tasas de cambio). Existe actualmente una extensa literatura que indica que los
precios de los mercados financieros son «excesivamente volátiles» (y la observación de
los movimientos de las tasas de cambio durante los últimos veinte años corroboraría
esta visión; ver, por ejemplo, Shiller (1981, 1989), donde se sugiere contundentemen­
te que existe una volatibilidad excesiva en Ja bolsa y los mercados de valores de renta
fija). En un mundo de incertidumbre keynesiana, donde el futuro es inherentemente
incognoscible, los precios de los activos financieros están impulsados en gran medi­
da por las expectativas sobre las visiones de los demás (y no por los fundamentos eco­
nómicos) y es quizá inevitable que los precios de los activos fluctúen y sigan los
caprichos y las modas® Aquí, la cuestión significativa es si la adopción de una reflación
keynesiana de la demanda provocaría reacciones adversas en los mercados financie­
ros, lo que la socavaría. Es probable que las reacciones creasen un aire de crisis y fuer­
tes presiones políticas para abortar la reflación.
L a política monetaria también puede tener un impacto importante sobre el nivel
de actividad económica, y nosotros no rechazaremos su papel. Sin embargo, el stock de
dinero ya no es (si es que alguna v ez lo fue) fácilmente controlable por las autorida­
des, y ahora la política monetaria es, en la práctica, una política de tipos de interés
(Goodhart, 1989). Cualquier política de tipos de interés está inevitablemente restrin­
gida por los mercados financieros globales. Las variaciones de los tipos de interés pue­
den ser más potentes que hasta ahora debido a la extensión de los créditos al consumo

8. Para una explicación más am plia de lo ternas m encionados en el texto , v e r A r e stis y S aw yer (I 998).
POLÍTJCAS ECONÓMICAS KEYNESIANAS PARA EL NUEVO MILENIO 677

y a l a u m e n t o , e n r e la c ió n a l p a s a d o , d e l e n d e u d a m ie n t o a tip o s d e in te r é s v a r ia b le
(A re stis y H o w e lls , 1 9 9 2 ), lo q u e h a c e , s in em b a rg o , q u e lo s ca m b io s en !os tip o s d e in te­
rés sea n p o lít ic a m e n t e m á s s e n s ib le s . E s n e ce s a ria u n a p o lít ic a m o n e ta ria q u e a s e g u r e
l a e s t a b ilid a d d e l s is t e m a fin a n c ie r o y q u e b a je lo m á s p o s ib l e lo s tip o s d e in te r é s
( te n ie n d o e n c u e n ta la s lim it a c io n e s in te rn a cio n a le s ), y a q u e e s to p o d r ía e s tim u la r (p ro ­
b a b le m e n te lig e r a m e n te ) l a d e m a n d a , p e ro ta m b ié n p u e d e e lim in a r lo s lím ite s in d ic a ­
d o s an tes e n la u t iliz a c ió n d e lo s d é fic it s p re s u p u e sta r io s .
L a s p e r s p e c tiv a s d e u n o s n iv e le s d e e m p le o e le v a d o s s e v e ría n in te n s ific a d a s p o r
un s is te m a m o n e ta r io in t e r n a c io n a l q u e n o t u v ie r a u n s e s g o d e fla c io n a r io . E l p r im e r
r e q u is ito d e un s is t e m a a s í s e r ía q u e a s e g u ra ra u n g r a d o d e e s ta b ilid a d d e la s tasa s de
c a m b io q u e fo m e n t a r a e l c o m e r c io . E s to e x c lu ir ía u n s is te m a d e ta s a d e c a m b io f l e x i ­
b le d a d a l a c o n s id e r a b le v o la t ilid a d d e la s ta s a s d e c a m b io o b s e r v a d a d e s d e e l c o la p s o
d e l s is te m a d e B r e tto n W o o d s . N o o b s ta n te , u n s is te m a r íg id o d e tasa s d e c a m b io fija s
g e n e ra p re s io n e s q u e , a la la r g a , h a c e n q u e e s ta lle ( c o m o ilu s tra la e x p e r ie n c ia d e l E R M
a p r in c ip io s d e los 9 0 ) . E s t o h a c e p e n s a r en u n s is te m a v in c u la d o a ju s ta b le c o n m e d i­
d a s e s p e c ia le s p a r a q u e lo s p a ís e s d e fic ita r io s s u p e re n s u p o s ic ió n d e fic it a r ia ( c o m o
e n D a v id s o n , 1 9 9 2 , s o b r e e l s is t e m a m o n e ta r io in te r n a c io n a l; y A r e s tis , 19 9 7 : c a p . 7 ,
s o b r e e l s is t e m a m o n e t a r io e u r o p e o ) . E l p r in c ip a l r e q u is it o p a r a c u a lq u ie r s is t e m a
m o n e ta rio in te r n a c io n a l e n e l c o n t e x t o d e la b ú s q u e d a d e l p le n o e m p le o e s e l r e c h a z o
a lo s s e s g o s d e fla c io n a r io s , y l a c a p a c id a d d e lo s p aíses d e aju starse a lo s d é fic its c o m e r ­
c ia le s sin re d u cir n e ce s a r ia m e n te l a d e m an d a. O tr o re q u isito a d ic io n a l e s q u e e l siste m a
d e b e r ía c u b r ir la s n e c e s id a d e s d e l c o m e r c io , m á s q u e e s tim u la r lo s flu jo s fin a n c ie r o s ,
q u e tie n d e n a in c r e m e n ta r l a v o la t ib ilid a d d e la s ta s a s d e c a m b io . E l p a p e l d e la s in s ti­
tu c io n e s fin a n c ie r a s in te rn a s d e b e r ía e n te n d e rs e c o m o e l d e s e r v ir a la s n e c e s id a d e s d e
la p r o d u c c ió n , y a q u e e s a p a rtir d e la p r o d u c c ió n q u e se g e n e ra n l a r e n ta y l a r iq u e z a .
E n c o n c r e t o , so n n e c e s a r io s a c u e r d o s y r e g u la c io n e s in s t it u c io n a le s , q u e c a n a lic e n e l
a h o rro h a c ia l a in v e rsió n p r o d u c tiv a y q u e a s e g u r e n q u e la fr a g ilid a d d e l s is te m a fin a n ­
c ie r o n o lle g u e a p r o v o c a r in e s ta b ilid a d e n la e c o n o m ía p r o d u c tiv a . E s t o p u e d e s u p o ­
n e r , p o r e je m p lo , la im p o s ic ió n d e ra tio s d e c r é d ito p a r a im p e d ir la s o b r e e x p a n s ió n d e l
m is m o , ta l c o m o s u c e d ió e n e l R e in o U n id o a fin a le s d e lo s 8 0 , e s p e c ia lm e n te e n los
ca s o s e n lo s q u e e l r á p id o c r e c im ie n to d e l c r é d it o p r o v o c a p r in c ip a lm e n te in fla c ió n d e
lo s p r e c io s d e lo s a c tiv o s (en lu g a r d e e s tim u la r l a p r o d u c c ió n ) . E l p r o b le m a e s e n c ia l
q u e s e e n c u e n tr a en e l c e n tr o d e lo s a c u e r d o s fin a n c ie r o s , y a se a n d o m é s tic o s o in ter­
n a c io n a le s , e s q u e la c r e a c ió n d e d in e ro p u e d e a y u d a r a fin a n c ia r u n a e x p a n s ió n d e l
o u t p u t r e a l o u n a u m e n to d e lo s p r e c io s . D e fo r m a sim ila r, e l s u m in is tr o d e fin a n c ia c ió n
a lo s p a ís e s q u e e x p e r im e n te n d é f ic it s c o m e r c ia le s p u e d e se r u tiliz a d o p a r a in tro d u c ir
c a m b io s en la e c o n o m ía q u e lle v e n a u n a m e jo r a d e la c o m p e titiv id a d in te r n a c io n a l o
p u e d e se r u t iliz a d o p a r a ( n iv e le s in s o s te n ib le s d e ) e l c o n s u m o .

4 .2 . P o lític a s d e o fe r ta

E n lo r e fe r e n te a l a o fe r ta , co n s id e r a re m o s p rim e ro e l p r o b le m a d e l a in fla c ió n . E x is te n
m u c h a s ru tas a tr a v é s d e la s c u a le s s e p u e d e n lim ita r la s p re sio n e s in fla c io n a r ia s , a lg u ­
n a s d e la s c u a le s s o n m á s a c e p ta b le s s o c ia lm e n te q u e o tra s . U n a ru ta fr e c u e n te m e n te
a d o p ta d a e s l a d e u n b a jo n iv e l d e d e m a n d a q u e lim ite la c a p a c id a d d e la s e m p r e s a s
d e su b ir lo s p r e c io s y d e lo s trab a ja d o res d e a u m e n ta r lo s s a la r io s , p e ro esto e n tra en c o n -
678 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

flicto con el objetivo del pleno empleo. Otra ruta es la generación de un consenso sobre
la distribución de la renta. El crecimiento de la desigualdad que ha sido particular­
mente aparente en el Reino Unido y en los Estados Unidos desde finales de los 70 (cfr.
Atkinson et a l., 1995) ha hecho que la perspectiva de creación de un consenso sobre
la distribución de la renta (lo que incluiría la división entre salarios y beneficios y ren­
tas relativas) sea más difícil. N o se genera fácilmente un consenso sobre la distribu­
ción de la renta. Por eso, las propuestas de políticas en este sentido deben centrarse
más en acuerdos institucionales que minimicen los efectos inflacionístas de la deter­
minación de los salarios y de los precios. No existe ninguna razón particular para pen­
sar que la determinación descentralizada de los salarios, poniendo el énfasis en el pago
relacionado con el rendimiento, será no inflacionaria al aproximarse aJ pleno empleo.
Si la negociación atomizada implica el ajuste frecuente de los precios y de los sala­
rios, entonces es probable que aquélla acelere el proceso inflacionario, mientras que
un cierto grado de rigidez institucional supone un freno a los ajustes al alza del los pre­
cios y de Jos salarios. Además, cuanto más unidades negociadoras existan, menor es
la atención que presta cada una de ellas al impacto global de su propio acuerdo, y menor
efecto tendrá cualquier llamado a la limitación salarial. L a literatura sobre el impacto
de los acuerdos institucionales (incluidas las estructuras de negociación salarial) sobre
los resultados económicos se ha centrado en los efectos sobre el desempleo (por ejem­
plo, Calmfors y D riffill, 1988; Calm fors, 1993). Nuestra inquietud, sin embargo, es
diferente, en el sentido que nos preocupa si los acuerdos para la fijación de los sala­
rios y de los precios son coherentes con la ausencia de presiones inflacionarias en el
pleno empleo. Sugerimos que cierto grado de centralización y de coordinación del esta­
blecimiento de Jos salarios es necesario (Soskice, 1990).
Un segundo aspecto desde e l lado de la oferta surge del requisito de un amplio equi­
librio en la balanza de cuenta corriente en el pleno empleo, y eso significará normal­
mente tener una capacidad de competir en el ámbito de sectores de (relativamente) alta
tecnología (ya que estos son sectores en los que la demanda es elástica con respecto a la
renta y los costes disminuyen a través de los efectos del aprendizaje y de las economías
de escala). Esto conduce a la necesidad de que se desarrollen nuevos productos y pro­
cesos que requieren no sólo inversión en investigación y desarrollo, sino también la for­
mación de relaciones entre empresas para desarrollar el sistema productivo en su conjunto.
Com o el mercado está mal preparado para realizar estas funciones, es necesaria una
estrategia industrial. La esencia de una estrategia industrial es el compromiso del gobier­
no de apoyar el desarrollo industrial. Surge de la visión de que el gobierno puede jugar
un papel estratégico clave en la promoción de este desarrollo. Una estrategia industrial
no implica una planificación central detallada, sino el desarrollo de una estrategia g lo ­
bal coherente para que las decisiones detalladas sobre, por ejemplo, el apoyo a la inves­
tigación y el desarollo, puedan tomarse sobre una base bien informada Es bien conocido
que las actividades económicas, como proporcionar formación y capacidad profesional
o la promoción de la investigación y del desarrollo, se ofertan por debajo de su necesi­
dad en el mercado libre. Mientras que el caso a favor de una estrategia industrial utili-
zaríaestos argumentos, se requiere más que la corrección de «fallos de mercado» estáticos
(como pretende la teoría neoclásica). Proporciona un marco para la toma de decisiones
porparte del gobierno y de la empresa privada, y compromete al gobierno a asumir en
su política económica un papel activo para el desarrollo.
¡F

POLÍTICAS ECONÓMICAS KEYNESIANAS PARA ELNUEVO MILENIO 679

y El aspecto final a considerar de las políticas de oferta es el de la organización del


i:' trabajo. Anteriormente se ha afirmado que el desempleo sirve como un mecanismo de
: control de los trabajadores para imponer la intensidad en el trabajo, y que el pleno
' empleo requeriría del desarrollo de mecanismos alternativos para asegurar niveles ele­
vados de productividad, y sugeríamos que la participación de los trabajadores es uno de
j estos mecanismos. Existen importantes pruebas que demuestran que la participación
de los trabajadores en la toma de decisiones aumenta la productividad (ver, por ejem-
: plo, Levine y Tyson, 1990; Sawyer, 1989: 66-73). Además, muchas empresas han uti-
■ lizado varias formas de implicación de los trabajadores en la búsqueda de niveles más
:v altos de productividad. Pero este no es el caso en todas las ocasiones, ya que en algu-
:i nas empresas no existe esta implicación y se utiliza abiertamente la amenaza de pér-
■: dida del empleo. Sea cual sea el mecanismo que utilice una empresa (y pueden utilizarse
combinaciones de mecanismos o mecanismos diferentes para diferentes tipos de tra-
■ bajadores), lo hace sobre un fondo de desempleo. La cuestión de si deben existir pre-
t; siones externas sobre los trabajadores para asegurar la intensidad laboral está aún
:; abierta. Esta presión externa puede ejercerse a través de la amenaza que supone la com ­
petencia de otras empresas para la supervivencia de la empresa de un grupo concreto
de trabajadores. L a competencia siempre provocará ganadores y perdedores, y los que
:■ perderán más serán los trabajadores de la empresa que no sobreviva. E l desempleo
í: temporal para el individuo seguirá siendo una característica de cualquier economía
y :. dinámica en la que exista competencia entre empresas independientes. El desafío en
; este contexto es el de encontrar formas de organizar el trabajo que hagan que el siste-
L ma económico no necesite el desempleo como una amenaza «de reserva». L a partici-
■ ■■ pación de los trabajadores en la toma de decisiones y el esfuerzo por eliminar los
í: trabajos «que no llenan» y que no son interesantes a través del,cambio tecnológico
j■ pueden ayudar en este sentido. C o n unos niveles de productividad relativamente altos,
/y-.: cierto grado de ineficiencia técnica puede ser un precio que merezca la pena pagar en
: aras del pleno empleo. Sin embargo, la visión expresada aquí es que es necesario el
y desarrollo de una serie de formas que fomenten la eficiencia técnica si se pretende eli­
minar el desempleo.

:: 5. A l g u n o s t e m a s p e n d ie n t e s

:: Existen dos grandes temas a los que debe enfrentarse el análisis keynesiano, y que aquí
■ |: sólo tenemos espacio para mencionar. En primer lugar está la cuestión de la globali-
; zación (incluyendo la inversión directa extranjera transnacional, la integración inter-
(■ fronteriza de la producción y el funcionamiento internacional de los mercados
; financieros). L as políticas keynesianas han sido asociadas a las políticas nacionales
: - seguidas por gobiernos independientes poco preocupados por la coordinación y que
í: ■ tuvieron, en la era Bretton Woods, alguna capacidad de utilizar controles de intercam-
o1,; bio exterior. N o hemos especificado el nivel de gobierno al que deberían aplicarse las
y políticas keynesianas (aunque la limitación de la balanza de pagos opera a nivel nacio-
:■ nal). Aceptaríamos la afirmación de que los gobiernos nacionales están más limitados
■ ahora que durante la era Bretton Woods en su pretensión de adoptar medidas moneta-
y rías y fiscales, sobre todo por la mayor apertura de las economías y las consiguientes
;; mayores filtraciones de demanda hacia el exterior y el muy importante aumento de la
680 C R ÍT IC A A L A E C O N O M ÍA O R T O D O X A

e s c a la d e lo s m e r c a d o s fin a n c ie r o s . E n a lg u n a s áre a s d e la s m e d id a s r e la c io n a d a s c o n
Ja o fe r ta , e l n iv e l d e g o b ie r n o ap ro p ia d o p u e d e esta r p o r d e b a jo d e l n iv e l n a c io n a l (au n ­
qu e e s to d e p e n d e r ía h a sta c ie r to p u n to d e l ta m a ñ o d e l E s t a d o ) . L a s p o lític a s d e g e s ­
tió n d e la d e m a n d a d e n tro d e una e c o n o m ía e u ro p e a en co n trarían m e n o s trabas d e riv ad a s
d e la s filt r a c io n e s d e d e m a n d a qu e lo s p a ís e s in d iv id u a le s , p e r o , e v id e n t e m e n t e , la
a u s e n c ia d e u n a a u to rid a d fe d e r a l e u ro p e a d e scarta estas p o lític a s p o r e l m o m e n to (au n ­
que la p o lít ic a m o n e t a r ia e u ro p e a en trará en v ig o r c u a n d o e n tre en v ig o r e l b a n c o c e n ­
tr a l). Y , s in e m b a r g o , la s p o lít ic a s d e c o o p e r a c ió n in t e r n a c io n a l s o n c r u c ia le s . E s ta s
p o lític a s d e b e r ía n in c lu ir e l c o m e r c io tan to c o m o la s p o lític a s fis c a le s y m o n e ta r ia s , y
ta m b ié n d e b e r ía n te n e r la m ir a p u e s ta en e l n iv e l d e la p r o d u c c ió n ( c o n s tr u y e n d o p o r
e je m p lo u n s is t e m a in t e r n a c io n a l d e r e d e s d e p r o d u c c ió n d e p e q u e ñ a s e m p r e s a s c o m o
a n tíd o to a la e m p r e s a in t e r n a c io n a l g ig a n te ) .
E n s e g u n d o lu g a r , l a r e a liz a c ió n d e la s p o lít ic a s p r e c is a u n E s t a d o c o m p e te n te y
c o m p r o m e t id o , a s í c o m o u n e le c to r a d o q u e lo r e s p a ld e (o q u iz á , p a r a se r m á s e x a c to s ,
u n o s « p o d e r e s f á c t ic o s » q u e lo r e s p a ld e n ) y , q u iz á m á s im p o r ta n te , u n « b u e n » g o b ie r ­
n o . E l m is m o tip o d e p o lít ic a s p u e d en fu n c io n a r d e f o r m a m u y d ife r e n te e n d ife r e n te s
p a ís e s d e b id o a la s d if e r e n c ia s e n la e f e c t iv id a d d e la s in s t it u c io n e s q u e la s a p lic a n .
U n a a d m in is t r a c ió n p ú b l ic a e f e c t iv a y n o c o r r o m p id a e s tá en u n a m e jo r p o s ic ió n p a r a
d is e ñ a r y a p lic a r p o lít i c a s d ir ig id a s a lo s fr a c a s o s d e l m e r c a d o q u e u n a a d m in is tr a c ió n
i in e fe c tiv a y c o r r u p ta q u e e s v ista c o m o u n a c a r g a s o b r e la s a c tiv id a d e s p r o d u c tiv a s de
la e c o n o m ía ( W o r ld B a n k , 1 9 9 3 b ). P o r e je m p lo , e l s o b o r n a r a lo s fu n c io n a r io s p a r a
o b te n e r p e r m is o s y lic e n c ia s p a r a p a s a r p o r la s a d u a n a s , e l p r o h ib ir la e n tr a d a a lo s
c o m p e tid o r e s , e t c . s e c o n v ie r t e n en e l c e n tr o d e la a c t iv id a d e n la s e c o n o m ía s c o r r u p ­
ta s . L a c o r r u p c ió n e s « p e n e tr a n te y s ig n ific a t iv a » ta n to e n lo s p a ís e s e n v ía s d e d e s a ­
r r o llo c o m o e n lo s d e s a r r o lla d o s , y e s c o s to s a p a r a e l d e s a r r o llo e c o n ó m i c o p o r d o s
razo n es: la d e b ilid a d d e l g o b ie r n o c e n tra l q u e p e rm ite a lo s b u ró cra ta s c o rru p to s q u e e v i­
ten q u e s e m a te r ia lic e n lo s p r o y e c t o s p r o d u c t iv o s , o b s t a c u liz a n d o a s í la in v e r s ió n ; y
e l n e c e s a r io s e c r e tis m o d e l a c o r r u p c ió n , q u e p u e d e p r o v o c a r la s u s titu c ió n d e la in v e r ­
sió n e n p r o y e c t o s d e a lt o v a lo r p o r la a p u e s ta p o r p r o y e c t o s « in ú t ile s » s i é s to s p r o ­
p o r c io n a n m e jo r e s o p o r tu n id a d e s d e s e c re ta c o r r u p c ió n .

6. R e s u m e n y c o n c l u s io n e s ■

E l a r g u m e n to d e l a r tíc u lo p u e d e ser r e s u m id o b r e v e m e n te . L a in te r v e n c ió n g u b e r n a ­
m e n ta l e s n e c e s a r ia p a r a c o n s e g u ir y m a n te n e r e l p le n o e m p le o . E l c r e c ie n te p o d e r d e
lo s s in d ic a to s y d e lo s tr a b a ja d o r e s en e l p le n o e m p le o , a s í c o m o la s p r e s io n e s i n f l a ­
c io n a r ia s r e s u lta n te s , d e b e n s e r g e s tio n a d o s E l c o n s e n s o s o c ia l s o b r e la d is tr ib u c ió n
d e la re n ta , a s í c o m o lo s m e c a n is m o s d e fija c ió n d e s a la r io s y p r e c io s q u e s o n « p r o p i­
c io s » a la b a ja in fla c ió n s o n c o m p o n e n te s n e ce s a rio s d e la s p o lític a s d e la o fe r ta . P o d r ía
m u y b ie n s u r g ir u n a g r a v e lim it a c ió n de la b a la n z a de p a g o s m u c h o an te s de la c o n s e ­
c u c ió n d e l p le n o e m p le o . L a s p o lític a s o r ie n ta d a s a fo m e n t a r e l a s p e c to d e la o fe r ta e n
la e c o n o m ía , n o ta b le m e n te la p o lít ic a in d u str ia l, p u e d e n s e r n e c e s a r ia s p a r a a liv ia r e s te
p r o b le m a . In c lu s o c o n u n a d e m a n d a s u fic ie n t e , e l p le n o e m p le o p u e d e a ú n se r d i f í c i l ,
s i n o im p o s ib le d e m a n te n e r , s i e l p o t e n c ia l d e la o fe r t a es in a d e c u a d o o d e s e q u ilib r a ­
d o . E n ú lt im a in s t a n c ia , e l c o m p r o m is o d e p r o m o v e r un e n to r n o e s ta b le p a r a e l s e c to r
p r iv a d o p a r a a s í p e r m it ir le r e d u c ir la e s p e c u la c ió n y la p r e fe r e n c ia p o r la liq u id e z y ,
POLÍTICAS ECONÓMICAS KEYNESIANAS PARAEL NUEVO MILENIO 681

en consecuencia, los tipos de interés. Esto estimularía la inversión del sector privado.
Serían necesarias unas instituciones internacionales fuertes para fom entar este efecto a
escala global, superando así los efectos de la globalización. Este artículo ha intentado
demostrar el potencial de estas políticas e c o n ó m ic a s y, al hacerlo, ha trqtado sobre las
lim itaciones y los obstáculos que pueden presentarse en su aplicación.

7, R e f e r e n c ia s

AMABLE, B. (1993). «Catch-up and convergence: a model of cumulative growth». Intemational


Review of Applied Economics, vol. 7, p. 1-26.
A restis , P. (1992). The Post-Keynesian Approach to Economics: An Aliemative Analysis of
Economic Theory and Policy. Aldershot: Edward Elgar.
— . (1996). «Post-Keynesian economics: towards coherence». Cambridge Joumal of Economics,
vol. 20, p. 111-135.
— . (1997). Money, Pricing, Disiribution and Invesiment. Londres: Macmillan.
A restis, P.; B ain , K. ( 1994). «Budget deficits and stabilisation policies in the U K : 1979-1993».
Economics and Societies, Cahiers de I'ISM EA , Serie Monnaie et Production, vol. 28, n° 1,
2,p . 207-230.
A restis , P.; B iefang -F risancho M a risca l , L (1997). «Conflict, effort and capital stock in U K
wage determinaron». Empirica, vol. 24, p. 179-193.
A restis , P.; H ow ells , P. G . A . (1992). «Institutional developments and the effectiveness of
monetary policy». Joumal of Economic Jssues, vol. 36, p. 13-57.
A restis , P.; M ilberg , W . (1993). «Degree o f monopoly, pricing and flexible exchange rates».
Joumal ofPostKeynesian Economics, vol. 16, p. 167-188.
ARESTIS, P.; S awyer , M . (1996). «European monetary integration: a post Keynesian critique and
sorne proposaSs». En: Arestis, P. (ed.). Keynes, Money and the Open Economy: Essays in
Honour ofPmd Davidson, vol. l. Aldershot: Edward Elgar.
— . (eds.). (1997a). The Relevance o f Keynesian Policies Today. Londres: Macmillan.
— . (eds.). (1997b). «The problematic nature o f independent central banks». En: Cohen, A .;
Hagemann, H.; Smithin, J . (eds.). Money, Financial Insiitutions and Macroeconomics.
Boston: Dordrecht, y Londres: Kluwer.
— . (1998). «How many cheers for the Tobin tax?». Cambridge Journal o f Economics.
A restis , P.; SKoTT, P. (1993). «Conflict, wage relativities and hysteresís in U K wage determi-
nation». Joumal ofPost Keynesian Economics, vol. 15, p. 365-386.
A tk inson , A . B.; R ainw ater , L .; S m eed in g , T . M . (1995). Income Disiribution in O E CD
Countries. París: O ECD .
B au m o l , W. (1986). «Productivity growth, convergence and welfare: what the long-run data
show». American Economic Review, vol. 76, p. 1.072-1.085.
BowLES, S. (1985). «The production process in a competitive economy: Waljasian, neo-Hobbesian
and Marxist models». American Economic Review, vol. 75, p. 16-36.
CALMFORS, L . (1993). «Centralisation o f wage bargaining and macroeconomic performance: a sur-
vey». En: O EC D Economics Department Working Papers, n° 131.
C almfors , L.; DRJFFILL, J . (1988). «Bargaining structure, corporatism and macrüe{:onomic per­
formance». Economic Policy, n° 6, p. 13-61.
C hick , V. (1983). Macroeconomics after Keynes: A Reconsideraron o f ihe General Theory. ^
Oxford: Philip Alian. /
C lower , R. E . (1965). «The Keynesian counterrevolution: a theoretical appraisa». En: Hahn, ■
F. H.; Brechling, F. P. R. (eds.). The Theory oflnteresi Rales. Actas de la IntematioMl,
Economic Association Conference de 1962, p. 103-125. Londres: Macmillan. Reeditad° en
682 CRÍTICA A L A ECONOMÍA ORTODOXA

Walker, D . A . (ed.). Money and Markets: Essays byR. W Clower, 1984, p . 34-58. Cam bridge:
C am brid ge U n iversity Press.
C owling , K . (1987). « A n in d u strial strategy fo r B r ita in » . International Review o f Applied
Economics, v o l. 1 ,p . 1-22.
— . (1990). « T h e strateg ic ap p ro ach to e c o n o m ic and in d u stria l p o lic y » . E n : C o w lin g , K .;
Sugden, R . (eds.). A New Economic Policyfor Britain. M anchester: M an ch ester U n iversity
Press.
C owling , K .; Sugden , R . (1989). « E x ch a n g e rate adjustm ent and o lig o p o ly pricing behavio 01.1»r .
Cambridge Journal o f Economics, v o l. 13, p . 373-393.
CuNNlNGHAM, S . R .; V ILA su so , J . (1994-5). « I s K ey n e sian dem and m anagem ent policy s till v ia ­
b le ?». Journal ofPost Keynesian Economics, v o l. 17, p. 187-210.
D avjdson, P . (1992). «R e fo rm in g th e w o rld ’s m o n e y » . Journal ofPost Keynesian Economics,
vol. 15, p. 153-179.
— . (1994). Post-Keynesian Macroeconomic Theory: A Foundation for Successful Economic
Policiesfor ihe Tweniy-first Century. A ldersh o t: Edw ard E lgar.
G albraith , J . K . (1997). «T im e to d itch the N A I R U » . Journal o f Economic Perspectives, v ol.
11, p. 93-108.
GOODHART, C . A . E . (1989). « T h e C o n d u ct p fm o n e ta r y p o lic y » . The Economic Journal, v o l.
99, p. 293-346.
H omer , S .; Sy l l a , R . (1983). A Histoiy ofInterest Rates. Tercera E d ició n . N e w B ru n sw ick:
R u tgers University Press.
^ ^ E C K I , M . (1943). «P olitical aspects o f fo li em ploym ent». Political Quarterly, v ol. 14, p . 322­
331.
K eynes , J . M . (1936). The General Theory o f Employment, ¡nlerest and Money. L o n d re s:
M acm iila n .
L ayard , R .; N ickel , S .; J ackm an , R . (1991). Unemployment: Macroeconomic Performance
and the Labour market. O xfo rd : O x fo r d U n ive rsity P ress.
L evine , D . I .; T yson , L . d ’ A. (1990). «P articipation, productivity and the firm 's en vironm ent».
E n B línd er, A . S . (ed.). Payíngfor Productivity: A Look at the Evidence. W ash in gton, D C :
T h e B ro o kin gs Institution, p. 183-244.
M c C ombie , J. S . L .; T hirlwall , A . P . (1997a). « E c o n o m ic grow th and balan ce -o f-p ay m en ts
c o n stra ín t revísited>>. E n : A r e s t is , P .; P a lm a , G . ; S a w y e r , M . ( e d s .) . Markets,
Unemployment and Economic Policy: Essays in Honour of GeoffHarcourt, v o l. 2 .
L o n d re s: R o u tle d g e .
— . (1997b). « T h e d y n am ic H arrod foreign trade m u ltip lier and the dem and-oriented approach
to eco n o m ic grow th: an ev alu a tio n ». irnernational Review of Applied Economics, v o l. 11,
p . 5-26.
M yr dal , G . (1957). Economic Theory and Underdeveloped Regions. L on d re s: D u ck w o rth .
Rowthorn , R . (1995). « C a p ita l form ation and u n e m p lo ym e n t». Oxford Review of Economic
Policy, v o l. 11, p. 26-39.
Sawyer , M . (1989). The Challenge o f Radical Political Economy. Hem e] H em pstead: Harvester
W heatsheaf.
— . (1995a). «O b stacles to the ach iev em en t o f full em p lo y m en t in capitalist eco n o m ies». E n :
The Political Economy o f Ful! Employment: Conservatism,
A restis, P .; M arsh all, M . (eds.).
Corporalism and Institutional Change. A ld ersh o t: Edw ard E lgar.
— . (1995b). «The intellectual and institulional requirem enís for fu tí employmenU>. En: D avidson ,
P.; K re g e l, J . (eds.). Employment, Growlh and Finance. A ldershot: Edw ard E lga r.
Economie
— . (1995c). «O v erco m in g the barriers to fu íí em plo ym en t in ca p ita lis t econ om ies».
Appliqué, vol. 4 8 , p. 185-218.
— . (1997). «C a stin g doubt on the N ^ R U » . L e v y Institute: A n nendale-H u dson.
í POLÍTICAS ECONÓMICAS KEYNESIANAS PARA EL NUEVO MILENIO 683

SETIERFIELD, M .; G ordon , D . V .; O sb Erg , L . (1992). «Search in g for a w ill o 'w isp : an em pírica!
study o f the N A I R U in C a ñ a d a» . European Economic Review, v o l. 36, p. 119-136.
S hapiro , N . (1996). «Im perfect com petition an d K e y n e s » . E n : H arcou rt, G .; R ia c h , P . (eds.).
The Second Edilion of the General Theory. Londres: R outledge.
S hapjro , C .; STIGLITZ, J . (1984). «E qu ilibrium u nem ploym ent as a w orker discip lin e d e vice ».
American Economic Review, v o l. 7 4 , p . 433-444.
S hiller , R. J . (1981). « D o stock prices m ove too m u ch to b e ju s tifie d b y subsequent changes
in dividen ds?». American Economic Review, v o l. 71 , p . 421-435.
— . (1989). Market Volatility. C am brid ge, M A .: M I T Press.
StNGH, A . (1994). «Institutional requirem ents fo r fu ll em ploym en t in ad vanced eco n o m ies».
International Labour Review, v o l. 134, p. 471-495.
Thames Papers in Political
S K O IT , P- (1985). « V ic io u s circ le s an d cu m u la tiv e c a u sa tio n » .
Economy, v eran o, p. 1-22. R ee d itad o en : A re s tis , P .; K itro m ilid e s, Y . (eds.). Theory and
Policy in Political Economy: Essays in Pricing, Distribution and Gmwth. Aldershot: Edward
Elgar.
— -. (1998). «S tag fla tio n a ry co n sequ en ces o f “ prudent” m onetary p o licy in a u n ion ised e c o ­
n om y». Oxford Economic Paper;.
SosK JCE, D . (1990). «W afe determ ination: the ch an gin g role o f institutions un advanced indus-
trialised countries». Oxford Review o f Economic Policy, v o l. 6, p. 36-61.
T ease , W .; D ean , P.; E lmeskow , J . ; H oeller , P. (1991). «R e al interest rate trends: the ínfluen-
ce o f savin g, ínvestm ent and o th er facto rs». OECD Economic Studies, n ° 17, otoño.
U nited N ations D evelopment P rogram (1996). Human Development Report. 7‘ e d ., N u e v a
York: O xfo rd University Press.
W eisskopf , T . {1987). «T h e effe ct o f u nem pioym en t on labo u r productivity: an in tem al co m -
parative analysis». International Review o f Applied Economics, v o l. 1, p . 127-151.
W orld B a n k (1993a). World Development Report, 1993. O x fo rd : O x fo r d U n iv e rsity P ress.
— . (1993b). The EastAsian Miracle: Economic Growth and Public Policy. O x fo r d : O x fo r d
U n iversity Press. :
CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA 685-706

S o b r e la c o h e r e n c ia d e la e c o n o m ía p o s tk e y n e s ia n a *

B e m a r d W a lte r s y D a v id Y o u n g

R esu m en

Recientemente, la afirmación de que el postkeynesianismo representa una alternativa


coherente a las teorías ortodoxa y neoclásica ha recuperado el favor de muchos post-
keynesianos notables. E l objetivo de este artículo es considerar la base para la afirma­
ción que el postkeynesianismo es una alternativa coherente. Se considera una diversidad
de formas de coherencia en relación a los análisis postkeynesianos y se identifican un
cierto número de limitaciones. L a conclusión general es que el postkeynesianismo no
se ha decidido aún por su concepción preferida de coherencia y, por consiguiente,
no puede ser considerado actualmente como una escuela de pensamiento económico
alternativa.

l . I n t r o d u c c ió n

Veinte años atrás, Eichner y Kregel (1975) afirmaron que el postkeynesianismo era
una escuela de pensamiento coherente y que representaba una alternativa plausible y
atractiva a la teoría neoclásica predominante*1. Se consideró que la teoría postkeyne­
siana

tenía e l potencial p a r a p o d e r convertirse en u na alternativa co m p le ta y p ositiv a al


paradigm a neo clásico predom inante (p. 1294).

Aún cuando la propia defensa de Eichner y Kregel de una afirmación tan fuerte no
se puede considerar corno completamente convincente, para los postkeynesianos se
planteaba así el reto de desarrollar sus teorías en directa oposición a las teorías predo­
minantes. Apareció una amplia diversidad de análisis que comprendían una serie de
temas impresionante, pero es justo decir que no surgió un consenso que apoyase Ja
afirmación de Eichner y Kregel. M ás tarde, Hamouda y Harcourt (1988) sugirieron
que aunque había temas que proporcionaban la base para algo identificable como post­
keynesianismo, la búsqueda de la coherencia más allá de esto era equivocado.

* Publicado en; WaSters, Bemard; Young, David. «On the coherence o f post-Keynesian economics».
Scottis/i Journal o f Po/irical Ecorwmy, vol. 44, n. 3, agosto 1997, p. 329-349. Traducción; Bcasriu
Krayenbiihl.
l. Reconocemos, por supuesto, que los orígenes de la teoría postkeynesiana son muy anteriores. Los ini­
cios del nacimieto de una escuela de pensamiento postkeynesiano parecen hallarse en los trabajos de
Robinson en el Reino Unido y de Weintraub y Davidson en Estados Unidos.
686 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA ' •

S e p u e d e n e n c o n tr a r m a r c o s y e n fo q u e s c o h e r e n t e s , a u n q u e o b v ia m e n t e e n c a d a
u n o q u e d a n a s u n t o s i n c o m p l e t o s y a s p e c t o s s in r e s o l v e r . L a d i f i c u l t a d r e a l a p a r e c e

c u a n d o s e in t e n t a n s i n t e t i z a r l a s p i e z a s c o n e l o b j e t o d e v e r s i a p a r e c e u n c o n j u n t o
c o h e r e n te . N u e s t r o p u n t o d e v í s t a e s q u e é s te e s u n e je r c íc io e q u iv o c a d o , q u e in t e n ­
t ó l o e s s o b r e t o d o b u s c a r l o q u e J o a n R o b i n s o n l l a m ó « s ó l o o tr a c a j a d e t r u c o s » p a r a
r e e m p l a z a r la « t e o r ía c o m p l e t a » d e l a e c o n o m í a p r e d o m in a n t e q u e t o d a s la s c o r r i e n ­
te s r e c h a z a n (p á g s . 2 4 -2 5 ).
S i n e m b a r g o , e n a ñ o s r e c ie n t e s , l a r e i v i n d i c a c i ó n i n i c i a l h a s id o r e a f i r m a d a p o r
n u m e r o s o s p o s t k e y n e s ia n o s im p o r t a n t e s . P o r e j e m p l o , L a v o i e ( 1 9 9 2 ) a f i r m a :

M i p ro p ó sito e s p u e s id é n tic o a l d e E ic h n e r ( 1 9 8 6 , p . 3), q u e d e s e a b a p r e s e n ta r la


teo ría p o s tk e y n e s ia n a « c o m o u n tod o in te g ra l, d e m o stra n d o a s í q u e e s p r e c is a m e n te
tan a m p lia y c o h ere n te co m o ia s ín te sis n e o c lá s ic a (p . 1).

T a le s c o m e n t a r io s h a n p r o v o c a d o m u c h a s r e a c c io n e s q u e c u e s t io n a n l a v a l i d e z d e
l a a lt e r n a t iv a p o s t k e y n e s i a n a p r o p u e s t a y h a n r e a b i e r t o e l d e b a t e s o b r e e l e s t a t u s d e l
p o s t k e y n e s i a n i s m o c o m o a lt e r n a t iv a a l a e c o n o m í a n e o c l á s i c a ( v e r C h i c k , 1 9 9 5 ) 2. E l
o b j e t i v o p r i n c ip a l d e e s t e a r t íc u l o e s ( r e ) c o n s id e r a r l a f u e r z a d e l a a f i r m a c i ó n d e q u e
la e c o n o m í a p o s t k e y n e s i a n a p u e d e , e n c u a l q u i e r s e n t i d o , s e r c o n s i d e r a d a c o m o u n a
e s c u e l a a lt e r n a t iv a d e p e n s a m i e n t o . E s t o n o i m p l i c a f u n d a m e n t a l m e n t e u n a c o m p a r a -
c i ó n c o n e s c u e la s d e p e n s a m i e n t o e s t a b l e c id a s o c o n u n a particular n o c i ó n de cohe­
r e n c ia . N u e s t r a t a r e a e s m á s b ie n l a d e c o n s id e r a r to d a s la s c o n c e p c i o n e s p r i n c ip a l e s d e
c o h e r e n c i a q u e h a n s id o p r o p u e s t a s e n l a lit e r a t u r a p o s t k e y n e s i a n a .
E n c o n s e c u e n c i a , l a c u e s t ió n p r i n c ip a l e s l a n a t u r a le z a d e l a c o h e r e n c i a . É s t a p u e d e
t o m a r m u c h a s f o r m a s , p e r o s o s t e n e m o s q u e a lg u n a n o c i ó n d e c o h e r e n c i a e s c r í t i c a p a r a
e l e s ta b le c im ie n to de c u a lq u ie r r e iv in d ic a c ió n de q u e l a e c o n o m ía p o s t k e y n e s ia n a
r e p r e s e n t a u n a e s c u e l a d e p e n s a m i e n t o p a r t ic u la r . L o s p r o p io s p o s t k e y n e s i a n o s c r e e n
c l a r a m e n t e q u e l a c o h e r e n c i a e s i m p o r t a n t e ,t a l c o m o l o t e s t i f i c a n l a s m u c h a s s u g e ­
r e n c ia s r e l a t iv a s a s u f o r m a a p r o p i a d a r e s p e c t o a l p o s t k e y n e s i a n i s m o . E l p r i m e r p a s o
p a r a e v a l u a r e s t a a f i r m a c i ó n e s c o m p a r a r la c o n la s e s c u e l a s d e p e n s a m i e n t o e x i s t e n t e s .
S o s t e n e m o s q u e , e n b a s e a l a s f o r m a s e n q u e e s t a s a lt e r n a t iv a s s e d e f i n e n , a l p o s t k e y ­
n e s i a n i s m o le f a l t a u n a c u e r d o s o b r e u n c o n j u n t o d e f u n d a m e n t o s . D e s p u é s , c o n s i d e ­
r a m o s lo s a r g u m e n t o s p a r a la d e f i n ic ió n e n t é r m in o s d e u n e n f o q u e m e t o d o l ó g i c o
p a r t ic u la r . I d e n t i f i c a m o s p o r l o m e n o s t r e s e n f o q u e s m e t o d o l ó g i c o s d if e r e n t e s r e i v i n ­
d i c a d o s p o r lo s p o s t k e y n e s ia n o s y s u g e r i m o s q u e é s t o s t a m b i é n s o n in c o m p a t i b l e s . U n
e n f o q u e a lt e r n a t iv o c o n s i d e r a q u e l a c o h e r e n c i a s u r g e d e l a c u e r d o s o b r e l a a g e n d a d e
l a t e o r ía o l a p o l ít ic a e c o n ó m i c a . S i n e m b a r g o , u n e x a m e n d e l a s p o s ic i o n e s d e l o s p r i n ­
c ip a le s p o s t k e y n e s ia n o s s u g ie r e q u e n o e x i s t e t a l a g e n d a t e ó r i c a c o m p a r t i d a . T a m p o c o
p a r e c e e x is t ir u n a c u e r d o s o b r e e l c o n ju n to d e p o lít ic a s e c o n ó m ic a s . F in a lm e n t e , e x is ­
te e l e n f o q u e d e H a m o u d a - H a r c o u r t : l a c o h e r e n c i a t ie n e q u e e n c o n t r a r s e m á s b ie n d e n ­
t r o q u e e n t r e l a s c o r r ie n t e s q u e c o n s t i t u y e n e l p o s t k e y n e s i a n i s m o . P a r a e v a l u a r e s t a
a f i r m a c i ó n , c o n s id e r a m o s tre s t e m a s c l a v e d e l a t e o r í a p o s t k e y n e s ia n a : f i j a c i ó n d e p r e -

2. Se identifican cinco amplias críticas, a saber, que el postkeynesianismo 1) es incoherente, 2) no es


moderno, 3) no es científico, 4) no es una teoría, 5} no es economía. Sólo nos ocupamos de la primera
crítica y, al igual que Chíck, en términos generales descartaríamos los puntos 2) y 5).
I
SOBRE LACOHERENCIA DELA ECONOMIAPOSTKEYNESIANA 687

c i o s , in c e r t id u m b r e y d in e r o . A q u í t a m b ié n id e n t i f i c a m o s p r o b le m a s p a r a s u b s t a n c i a r
l a a f i r m a c i ó n d e u n e n f o q u e p a r t ic u la r .

2. L a importancia de la coherencia
P a r a e v a lu a r e l e sta tu s d e l p o s t k e y n e s ia n is m o e n ta n to q u e e s c u e la d e p e n s a m ie n to e s
n e c e s a r io c o n s id e r a r l a n a tu r a le z a d e la c o h e r e n c ia c o n c ie r t o d e t a lle . P a r e c e d if í c i l
s e c u n d a r l a a f i n n a c i ó n d e q u e e l p o s t k e y n e s ia n is m o r e p r e s e n t a u n c u e r p o t e ó r i c o a lte r ­
n a tiv o a m en o s q ue h a y a algo e n t o r n o a l o q u e la s d is t in t a s c o n t r ib u c io n e s p u e d a n s e r
c o h e r e n t e s . E s d e c ir , e n la s d iv e r s a s c o n t r ib u c io n e s t ie n e q u e h a b e r c o s a s e n c o m ú n s i
h a y a lg o q u e ganar a l p r o p o n e r e l p o s t k e y n e s ia n is m o c o m o e s c u e la d e p e n s a m i e n t o . E n
c u a l q u i e r c a s o , e l p u n t o im p o r t a n t e e n e s t e c o n t e x t o e s q u e lo s m i s m o s p o s t k e y n e s i a -
n o s p a r e c e n p e n s a r q u e l a c o h e r e n c i a e s n e c e s a r ia y / o d e s e a b l e a u n c u a n d o e x i s t e c ie r ­
t o d e s a c u e r d o r e s p e c t o a s u s ig n i f ic a d o ( c o m p a r a r , p o r e j e m p l o , A r e s t i s , 1 9 9 2 , c a p í t u l o
4 , y L a v o i e , 1 9 9 2 , c a p í t u l o 1 ).
L a i m p o r t a n c i a d e l a s d is c u s i o n e s s o b r e l a c o h e r e n c i a e n l a lit e r a t u r a p o s t k e y n e -
s ia n a p a r e c e h a b e r a u m e n t a d o c o n s id e r a b le m e n t e a m e d id a q u e e l d e s e o d e p r o p o r ­
c i o n a r u n a a lt e r n a t iv a « c o m p l e t a » a l a t e o r í a n e o c l á s i c a s e h a v u e l t o m á s e x p l í c i t o . E l
d e s e o d e c o h e r e n c i a e n e l p o s t k e y n e s i a n i s m o p u e d e s e r c o n s id e r a d o p u e s c o m o p a r t e
d e l i n t e i lt o d e r e f l e j a r l a t e o r í a p r e d o m in a n t e p a r a e m u l a r s u a l c a n c e . E n o t r a s p a l a ­
b r a s , e l p r o y e c t o e s r i v a l i z a r c o n l a e c o n o m ía c o n v e n c i o n a l , y s e c o n s id e r a q u e l a c o h e ­
r e n c ia e s u n p a s o n e c e s a r io p a r a c o n s e g u ir lo . E n c ie r t o s e n t id o , e sto c o n s t it u y e u n
in t e n t o d e e n fr e n t a r s e a l a e c o n o m í a n e o c l á s i c a e n s u s p r o p io s t é r m in o s . S i n e m b a r g o ,
l o s p o s t k e y n e s i a n o s e s t a r ía n a n s io s o s p o r d e s t a c a r q u e l a c o h e r e n c i a q u e p r e v a l e c e e n
s u e n f o q u e e s d e u n t ip o d i f e r e n t e d e l a q u e e x i s t e e n l a t e o r í a p r e d o m in a n t e .
E n g e n e r a l , l a c o h e r e n c i a p u e d e s e r c o n c e b i d a d e m u c h a s f o r m a s d is t in t a s . E n e l
n i v e l m á s s i m p l e , i m p l i c a l o s r e q u i s i t o s d e u n a e s t r u c tu r a l ó g i c a . E s t o p u e d e l im it a r s e
a u n a ú n i c a p r o p o s ic i ó n o a u n c o n j u n t o d e p r o p o s ic i o n e s . P o r s u p u e s t o , e s t a f o r m a d e
c o n s i s t e n c i a in t e r n a e s im p o r t a n t e . S i n e m b a r g o , ta n p r o n t o c o m o in t e n t a m o s r e l a c i o ­
n ar u n a t e o r ía e s p e c í f ic a c o n o tr a s t e o r ía s , u n a fo r m a s im p le d e c o n s is t e n c ia l ó g ic a
in t e r n a r e s u l t a in a d e c u a d a ; n e c e s it a m o s u n a c o n c e p c i ó n m á s a m p l i a d e l a c o n s i s t e n ­
c i a . T a l c o n s i s t e n c i a n o e s e n a b s o lu t o u n a c u e s t i ó n s i m p l e y a q u e , c o m o a c t u a l m e n t e
s e a c e p t a d e f o r m a g e n e r a l, l a c o n s is t e n c ia s e p u e d e lo g r a r e n a lg u n o s n iv e le s p e r o
n o e n o t r o s . C i e r t a s p r o p o s ic i o n e s p u e d e n s e r c o n s is t e n t e s e n a lg u n o s a s p e c t o s p e r o n o
e n o tr o s.
E n c u a n t o a m p lia m o s a ú n m á s l a i m a g e n , l a n o c i ó n d e c o h e r e n c i a c a m b i a y a m e n u ­
d o s e c o n c i b e e n t é r m in o s d e a d h e s i ó n a u n c o n j u n t o p a r t ic u l a r d e p r i n c i p i o s o f u n d a ­
m e n t o s . E s t o n o r e q u ie r e n e c e s a r ia m e n t e u n a c o n s is t e n c ia e s t r i c t a e n t r e t o d a s la s t e o r ía s
p o r s e p a r a d o p e ro s í q u e r e q u ie r e q u e e s té n v in c u la d a s e n r e fe r e n c ia a e s to s fu n d a ­
m e n t o s , p r o p o r c i o n a n d o u n a u n i d a d e n t é r m in o s d e l e n f o q u e g e n e r a l . E s t o s e p a r e c e
a l a n o c i ó n d e e s c u e l a d e p e n s a m i e n t o . L a c u e s t ió n q u e s u r g e e n t o n c e s e s s i q u e r e m o s
o n o in s is tir e n l a c o n s i s t e n c i a d e t o d a s la s t e o r í a s c o n e s t a t e o r í a s u p e r io r (overarching
theory) o e n f o q u e t e ó r i c o g e n e r a l ( e s d e c ir , a q u e llo a lo q u e a m e n u d o n o s r e f e r im o s
c o m o g r a n n a r r a t iv a ) . P a r t e d e l m o t i v o p o r e l c u a l t a le s t e o r í a s g e n e r a le s h a n s id o s e v e ­
r a m e n te c r it i c a d a s , e s p e c i a l m e n t e p o r l o s m e t o d ó l o g o s , r e s id e e n q u e t íp ic a m e n t e i n v o ­
c a n e l c r it e r io d e q u e t e n d r í a n q u e s e r j u s t i f i c a d a s o e v a l u a d a s e n r e l a c i ó n a u n n i v e l
688 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

p a r tic u la r d e a n á lis is . P o r e je m p lo , la teo ría a u s tr ía c a ( y c a d a v e z m á s , la te o r ía n e o ­


c lá s ic a ) r e q u ie re n o r m a lm e n te q u e to d o s e a e x p lic a b le e n té r m in o s d e c o m p o r ta m ie n ­
to in d iv id u a l. E s t o im p lic a p o r s u p u e s to io s p r o b le m a s e s tá n d a r d e r e d u c c io n is m o q u e
d e s d e P o p p e r , Q u in e y o tr o s e s c o n s id e r a d o in a c e p ta b le . E n r e s p u e sta a e s to , m u c h o s
r e c u r r ir ía n a h o r a , c o m o u n a fo r m a d e a c tu a r m á s p r o v e c h o s a , a u n e n fo q u e m á s p lu ­
ralista e n e l c u a l n o s e a n e c e s a r io e v a lu a r d ife re n te s te o ría s en té r m in o s d e o tras teorías
a d is tin to s n iv e le s .
P o r c o n s i g u i e n t e , a u n c u a n d o e s le g ít im o p r e g u n ta r s e s i s e p u e d e id e n t if ic a r un
c o n ju n to s im ila r d e fu n d a m e n to s p a ra la teo ría p o s tk e y n e s ia n a , s e p u e d e ju s t if ic a r q u e
lo s p o s tk e y n e s ia n o s n o e s té n lim it a d o s p o r u n a e s tr u ctu r a s u p e r io r . S i n e m b a r g o , io s
p o s tk e y n e s ia n o s a fir m a n q u e la c o h e r e n c ia s e la p r o p o r c io n a su p a r tic u la r p e r s p e c ti­
v a m e t o d o ló g ic a o fo r m a d e p e n sa r y q u e é s ta e s s u fic ie n te p a r a o to r g a r u n a b a s e p a ra
e l e s ta tu s d e l p o s tk e y n e s ia n is m o c o m o u n a e s c u e la d e p e n s a m ie n to . A p e s a r d e q u e es
d is tin to d e Ja a f ir m a c ió n d e q u e e x is t e u n c o n ju n t o d e fu n d a m e n to s e x p líc it o s , e s te
p la n te a m ie n to a ú n p a rte d e la id e a d e q u e e x is t e u n a u n id a d d e e n fo q u e q u e d e fin e e l
p o s tk e y n e s ia n is m o . E s te tipo d e c o h e r e n c ia req u iere un e n fo q u e m e to d o ló g ic o u n ific a d o
o , c o m o m ín im o , e s p e c í f i c o . A u n q u e é s te p u e d e s e r p lu r a lis ta , s i tie n e q u e c o n s titu ir
la b a s e d e la c o h e r e n c ia d e n t r o d e l p o s t k e y n e s ia n is m o , n e c e s ita p u e s se r c la r a m e n te
id e n t ific a b le c o m o u n a p e r s p e c tiv a e s p e c ífic a . P o r s u p u e s to , Ja c o h e r e n c ia p u e d e ser
m á s u n a c a r a c te r ís tic a im p u e s ta s o b r e la estru ctu ra q u e id e n t if ic a d a c o n e lla . E n o tras
p a la b r a s , la c l a s if i c a c ió n d e g r u p o s d e te o r ía s y su p r o c la m a d a u n id a d p u e d e r e p r e ­
s e n ta r u n p r o g r a m a te ó r ic o o p o lít ic o . E n e s te c a s o , la c o h e r e n c ia e x is t ir ía m á s e n tér­
m in os de los o b je t iv o s d e l p r o y e c to que e n la c o n s is t e n c ia d e las teorías in d iv id u a le s o
g r u p o s d e te o r ía s . V e r d a d e r a m e n te , u n a v e r s ió n fu e r te d e e s ta p o s ic ió n c o n s id e r a r ía la
te o ría p o s t k e y n e s ia n a to d a v ía e n u n n iv e l d e fo r m a c ió n y v e r ía la in c o h e r e n c ia a c ie r ­
tos n iv e le s c o m o in e v it a b le en e l p r e s e n te , p e ro n o c o m o un fe n ó m e n o p r e o c u p a n te .
S i la c o h e r e n c ia n o s e p u e d e id e n t ific a r a un n iv e l s u p e r io r , e n to n c e s la n e c e s id a d
d e u na c o n c e p c ió n alte rn a tiv a q u e in v o lu c r e g r u p o s d e te o ría s a s o c ia d a s s e v u e lv e m á s
n e c e s a r ia . E s t o n o r e q u ie r e u n a c o n s is t e n c ia in terna e s tr ic ta b a s a d a en un m a r c o q u e
lo a b a r q u e to d o . A u n a s í, te n d r ía q u e h a b e r a lg u n a c o n s is te n c ia e n tre te o r ía s a lte r n a ­
tiv a s en té r m in o s d e l s e n t i d o d e las c o n s t r u c c io n e s t e ó r ic a s c l a v e , y e s t o , a su v e z ,
d e p e n d e d e l m a r c o p a r t ic u la r y d e Jo s p r o p ó s ito s d e la te o r ía s q u e s e e s tá n c o n s id e ­
r a n d o . U n a e s tr u ctu r a t e ó r ic a b a s a d a e n te o ría s q u e v in c u la n o s in te tiz a n to rn a d a s d e
d ife r e n te s p e r s p e c tiv a s o tr a d ic io n e s tie n e q u e c o n s id e r a r m u y s e r ia m e n te e s te a s p e c ­
to d e c o n s is t e n c ia si tie n e q u e h a b e r c o h e r e n c ia a n iv e l d e lo s te m a s e s p e c íf ic o s . E s ta s
cu a tro n o c io n e s g e n e r a le s d e c o h e r e n c ia , a s a b e r , c o n fo r m id a d c o n e s c u e la s d e p e n s a ­
m ie n to a c e p ta d a s , m e t o d o lo g ía o m o d o d e p e n s a m ie n to p a r tic u la r , p r o g r a m a u n if ic a ­
d o y te m a s e s p e c í f i c o s , p a r e c e n s e r la s n o c io n e s id e n t i f i c a d a s e n la lit e r a t u r a
p o s tk e y n e s ia n a . V a m o s a h o r a a c o n s id e r a rla s u n a a u n a .

3. C o h e r e n c ia e n r e l a c i ó n a l a s e s c u e l a s d e p e n s a m ie n t o e x is t e n t e s

A n t e s d e c o m p a r a r e l p o s t k e y n e s ia n is m o c o n la s e s c u e la s d e p e n s a m ie n to e x is te n te s
e s im p o r t a n t e d a rs e c u e n ta d e q u e la s e x p lic a c io n e s d e lo q u e c o n s t it u y e la e s c u e la
p o s tk e y n e s ia n a n o e s tá n d e l t o d o c la r a s . E s d e c ir , h a y p r o b le m a s d e c o n s is te n c ia e n e l
n iv e l b á s i c o d e c l a s i f i c a c i ó n . P o r e je m p lo , L a v o i e (1 9 9 2 ) id e n t if ic a un v a r ie d a d d e
SOBRE LA COHERENCIA DE LA ECONOMÍA POSTKEYNESIANA 689

e n fo q u e s q u e é l d is tin g u e c o m o « p a r a d ig m a p o s t c lá s ic o » . S e c o n s id e r a q u e e s to in c lu ­
y e a:

M arxistas, radicales, institucionalistas, estructuralistas, evolu cion istas, socioecono-


m istas, las escuelas francesas del circu ito y la regu lació n , los neo-ricardianos y los
postkeynesianos (p. 5).

y , p o r lo ta n to , p u e d e n c o n s id e r a r s e v ir t u a lm e n t e c o m o t o d o s lo s e n fo q u e s n o p r e d o ­
m in a n te s e x c e p tu a n d o la e s c u e la au stría c a . E l p o s tk e y n e s ia n is m o s e representa a s í c o m o
u n e le m e n to d e n tr o d e u n p a r a d ig m a p o s tc lá s ic o . E l p r o p io e n fo q u e d e L a v o ie s e ca r a c­
teriza c o m o u n a « m e z c la d e e c o n o m ía k a ld o r ia n a y k a le c k ia n a » (o p . c it . p. 4) q u e repre­
sen ta e l «p u e n te entre e l an á lisis c lá s ic o y e l p o s tk e y n e s ia n o » (o p . c it. p . 4 ). S in e m b a rg o ,
e s to n o acla ra si K a ld o r y K a le c k i tie n en q u e ser c o n s id e r a d o s c o m o parte d e l p o s tk e y ­
n e s ia n is m o . L a v o ie ta m b ié n a s e g u r a ( s ig u ie n d o a J o a n R o b in s o n ) q u e M a r x y S r a ffa
s o n p a rte s v ita le s de la tr a d ic ió n p o s tk e y n e s ia n a . P e r o c o m o ta m b ié n se le s id e n tific a
c o m o p a r t e s s e p a r a d a s d e l p a r a d ig m a p o s t c lá s ic o , n o e s tá c la r o si ta m b ié n tie n e n q u e
s e r c o n s id e r a d o s c o m o p a rte d e la e s c u e la p o s tk e y n e s ia n a . A d e m á s , ¿ q u é q u e d a en el
r e g is tr o p o s t k e y n e s ia n o ? Q u iz á s ó lo K e y n e s , p e ro r e s u lta q u e la p r in c ip a l fu e r z a d e l
a n á lisis d e L a v o ie e s tá e n n e g a r la p o s ic ió n ce n tra l d e K e y n e s y p on er a K a l e c k i e n e l ce n ­
tro d e l e s c e n a r io . L a s o b s e r v a c io n e s fin a le s d e L a v o ie n o h a c e n q u e el e s q u e m a c la s i­
fic a d o r s e a m á s c la r o : 1

la e co n o m ía d e K a le c k i sum inistra m ejores fundam entos para un program a de inves­


tigación postclásico o postkeynesiano que la eco n o m ía de K e y n e s [ .. .] las innova­
doras opiniones teóricas de K alecki parecen constituir e l cem ento que mantiene unidas
las distintas escuelas d e l programa po stclásico (p. 422).

E s t a s te n s io n e s y c o n flic t o s s e r e fle ja n e n e l r e s to d e la lite r a tu r a p o s tk e y n e s ia n a .


P o r e je m p lo , G e rra rd (1995) h a d e fe n d id o m á s u n a in te rp re ta ció n p o s tc lá s ic a d e K e y n e s
q u e u na in te r p r e ta c ió n p o s tk e y n e s ia n a r a d ic a l. E s t á c la r o que e l s e n tid o d e l a p a la b ra
p o s t c lá s ic o e s b a s ta n te d is tin to d e l o t o r g a d o p o r L a v o i e ( 1 9 9 2 ): la t e r m in o lo g ía de
G e r ra r d n o s e u t iliz a e n u n in te n to d e id e n tific a r u na tr a d ic ió n n o o r to d o x a . S in e m b ar­
g o , a p a rte d e esto s p r o b le m a s d e c la s if i c a c ió n , p o d e m o s in te n ta r c o n s id e r a r la c o h e ­
r e n c ia d e l p o s tk e y n e s ia n is m o e n r e la c ió n a la s e s c u e la s d e p e n s a m ie n to r e c o n o c id a s .
L a s e s c u e la s d e p e n s a m ie n to m á s c la r a s y m e jo r d e s a r r o lla d a s s o n , p r e s u m ib le ­
m e n te , la a u s t r ía c a , la m a r x is t a y la n e o c lá s ic a . L a e s c u e la a u s tr ía c a s e c a r a c te r iz a p o r
su c o m p r o m is o c o n u n a m e to d o lo g ía in d iv id u a lis ta , u n s u b je tiv is m o r a d ic a l y u n a p a r ­
t i c u l a r v is ió n d e l t ie m p o . E l m a r x is m o s e c a r a c t e r iz a p o r la im p o r ta n c ia c e n tr a l d e la

c la s e c o m o u n id a d d e a n á lis is y c o m o f o c o d e in v e s t ig a c ió n , u n a in te r p r e ta c ió n m a te ­
ria lis ta d e l c a m b io e c o n ó m ic o y u na v isió n d is tin tiv a d e la h is to ria . L a te o r ía n e o c lá s ic a
se b a s a in s tru m e n ta lm e n te en a g e n te s e c o n ó m ic o s r a c io n a le s c u y o c o m p o r ta m ie n to se
c a r a c te r iz a p o r la m a x im iz a c ió n d e la u tilid a d . E s t e m é to d o s e a p lic a ta m b ié n a e s tr u c­
tu ras d e o r d e n s u p e r io r (p o r e je m p lo , la s e m p r e s a s ) y p o s tu la e l b u e n fu n c io n a m ie n to
de lo s m e r c a d o s . P o r lo ta n to , p a r e ce e v id e n t e q u e e s to s e n fo q u e s s e b a sa n en p r in c i­
p io s c la r o s y b ie n d e s a r ro lla d o s . P o r co n tr a s te , y p o r lo m e n o s a p r im e r a v is ta , e l p o s t­
k e y n e s ia n is m o , d e b id o a su a m p lio e c le c t ic is m o , n o c o n s e g u ir ía p re se n ta r u n a v is ió n
690 C R ÍT IC A A L A E C O N O M ÍA O R T O D O X A

c a r a c te r ís tic a d e l c o m p o r ta m ie n to e c o n ó m ic o . L o s p r in c ip io s fu n d a c io n a le s d e l e n f o ­
q u e p o s tk e y n e s ia n o n o s o n ta n c la r a m e n te id e n t if ic a b le s . P o r e je m p lo , n o e x is te u n a
« u n id a d d e a n á lis is » e s p e c íf ic a .
L a m a y o r p a r te d e lo s a n á lis is p o s t k e y n e s ia n o s se b a s a n e n un c o m p o r ta m ie n to
in d iv id u a l o en m a c r o a g r e g a d o s , p e r o « e l c o n flic t o d e c la s e s » s e id e n t if ic a a m e n u d o
c o m o c r u c ia l p a ra e l e n fo q u e p o s tk e y n e s ia n o (v e r A r e s t is , 1 9 9 2 , c a p . 4 ) . A lg u n o s p o s t­
k e y n e s ia n o s p la n te a r ía n la s v e n ta ja s d e u n e n fo q u e q u e i m p liq u e in te r a c c io n e s in d iv i-
d u a le s / s o c ia le s a v a r io s n iv e le s . S i n e m b a r g o , e s to n o o f r e c e p o r s í m is m o n in g u n a
te o r ía p a r tic u la r a c e r c a d e lo s a g e n te s e c o n ó m ic o s . D e m o d o s im ila r , a u n q u e a m e n u ­
d o s e in s is te en l a im p o r ta n c ia d e ! t ie m p o , n o s e d e s a r r o lla u n a v is ió n p a r tic u la r o te o ­
r ía d e la d in á m i c a c o m o u n a c a r a c t e r iz a c ió n d e l e n fo q u e p o s t k e y n e s ia n o . D e i g u a l
m o d o , e l tr a ta m ie n to d e Ja in c e r tid u m b r e ilu s t r a e l in t e n t o d e a b a r ca r u n a s p e c to c r ít i­
c o d e l c o m p o r ta m ie n to e c o n ó m ic o sin l a c o n s id e r a c ió n to ta l d e sus im p lic a c io n e s p a r a
e l c a r á c te r fu n d a m e n t a l d e su s te o r ía s e c o n ó m ic a s . E s t o s e n fo q u e s d ife r e n te s s e p r e ­
s e n ta n a m e n u d o c o m o m e ra s d ife r e n c ia s d e é n fa s is q u e e x is te n , p o r s u p u e s to , en to d a s
la s e s c u e la s d e p e n s a m ie n to . P o r e je m p lo , en Ja te o r ía c o n v e n c io n a l h a h a b id o un c ie r ­
to n ú m ero d e in ten to s p a r a p r e s e n ta r m o d ific a c io n e s y altern ativ as s ig n ific a tiv a s a Ja te o ­
r ía d e la u tilid a d e s p e r a d a , y la te o r ía d e los j u e g o s t a m b ié n h a p r o d u c id o d ife r e n te s
v is io n e s d e la r a c io n a lid a d . D e m o d o p a r e c id o , e l d e s a r ro llo d e la d in á m ic a h a lle v a d o
a la in tr o d u c c ió n d e id e a s e v o lu c io n is t a s . i
S in e m b a r g o , p a r e c e c l a r o q u e h a y p r in c ip io s d e fin id o s r e c o n o c ib le s q u e fo r m a n
los fu n d a m e n to s d e la te o r ía n e o c lá s ic a en to d a s sus d iv e r s a s fo r m a s . S e a n c u a le s f u e ­
ren la s d e s v ia c io n e s q u e tie n e n lu g a r , la s n u e v a s id e a s y a lte r n a tiv a s están h e c h a s p a r a
e n c a ja r en e l c u e r p o t e ó r ic o e x is t e n t e , c o n su p a r tic u la r f o r m a d e u tilita r is m o in s tr u ­
m e n ta l. E n r e a lid a d , lo s p o s tk e y n e sia n o s y o tro s e co n o m ista s h ete ro d o x o s a m e n u d o v e n
é ste c o m o u n a d e la s lim ita c io n e s p r in c ip a le s d e l a te o r ía c o n v e n c io n a l. P o r lo ta n to , e l
re cu r r ir a Ja d iv e r s id a d d e n tro d e la te o r ía n e o c lá s ic a p a r a e s ta b le c e r u n e s ta tu s s im ila r
p a r a l a v is ió n p o s tk e y n e s ia n a n o e s c o n v in c e n t e . T a l c o m p a r a c ió n s o la m e n te p o d r ía
s e r c o n v in c e n t e u n a v e z q u e lo s fu n d a m e n to s d e l p o s t k e y n e s ia n is m o s e h u b ie s e n e l u ­
c id a d o , y s o s te n e m o s q u e e s to n o h a s u c e d id o . A d e m á s , v a le l a p e n a n o ta r q u e l a id e a
fr e cu e n te m e n te e x p r e s a d a (v e r L a w s o n , 1994) d e q u e lo s p o s tk e y n e s ia n o s está n u n id o s
en su o p o s ic ió n a l a t e o r ía n e o c lá s ic a e s in s u f ic ie n t e p a r a p r o p o r c io n a r u n p u n to d e
v is ta d e lo q u e e s e l p o s t k e y n e s ia n is m o o d e c ó m o s e r e la c io n a c o n o tr o s e n fo q u e s n o
o r to d o x o s . E l m a r c o n e o c lá s ic o t a m b ié n e s r e c h a z a d o ta n to p o r l a e s c u e la a u s t r ía c a
c o m o la m a r x is t a y , sin e m b a r g o , e l p o s t k e y n e s ia n is m o h a b u s c a d o d ife r e n c ia r s e de
e s to s e n fo q u e s . E l r e c it a r la o p o s ic ió n a l a o r t o d o x ia n o a y u d a en a b s o lu to a d e fin ir la
n a tu r a le z a o e l g r a d o d e p a r tic u la r id a d d e l p o s t k e y n e s ia n is m o c o m o u n a e s c u e la p a r ­
tic u la r d e p e n s a m ie n to .

4. C o h e r e n c ia e n t é r m in o s d e u n a p a r t ic u l a r

m e t o d o l o g í a /m o d o d e p e n s a m i e n t o

S i g u ie n d o a D o w ( 1 9 8 5 ) , s e h a a fir m a d o q u e lo s p o s t k e y n e s ia n o s e s tá n u n id o s p o r
un m o d o p a r t ic u la r d e p e n s a m ie n t o o e n f o q u e m e t o d o ló g i c o ( v e r C h i c k , 1 9 9 5 ) .
N o r m a lm e n t e , u n a m e t o d o lo g ía p a r tic u la r e s ta rá a s o c ia d a a u n c o n ju n to p a r tic u la r d e
fu n d a m e n to s q u e p r o p o r c io n a !a b a s e d e u n a v is ió n e s p e c íf ic a d e l fu n c io n a m ie n to d e l
SOBRE LA COHERENCIA DE LA ECONOMÍA POSTKEYNESIANA 691

s is t e m a c o m o u n t o d o . L o s p o s t k e y n e s ia n o s fr e c u e n t e m e n t e a f i n n a n q u e s u m é t o d o e s
h o lís t ic o . S in e m b a r g o , s o s te n e m o s q u e d e h e c h o e x is te n e s tr a te g ia s m e to d o ló g ic a s
s ig n ific a tiv a m e n te diferentes y mutuamente incompatibles. E n p a r t i c u l a r , e l r e a li s m o
d e L a w s o n , q u e L a v o i e y A r e s t i s e n g r a n m e d id a p a r e c e n a d o p t a r , e l m é t o d o b a b i l ó ­
n i c o d e D o w y o t r o s y , f i n a l m e n t e , l a m e t o d o l o g í a g e n e r a liz a n t e q u e a p a r e c e e n v a r ia s
c o n tr ib u c io n e s , p e r o q u e e s tá m á s e s tr e c h a m e n te a s o c ia d a a D a v id s o n .
L a w s o n ( 1 9 8 9 ) d e s c r i b e e l r e a li s m o c o m o l a d o c t r i n a q u e :

e x is te u n m u n d o m a te ria l y s o c ia l q u e e x is t e in d e p e n d ie n te m e n te d e c u a lq u ie r c o n ­
c ie n c ia in d iv id u a ! y q u e se p u e d e co n o c e r a tra v é s d e la c o n s c ie n c ia (p . 61).

E s t o n o e s a l g o p o l é m i c o e n e l s e n t id o d e q u e c r e e m o s q u e la m a y o r í a d e e c o n o ­
m i s t a s p o d r í a a c e p t a r lo c o n f a c i l i d a d . L a d i f i c u l t a d a p a r e c e c u a n d o s e r e c o n o c e q u e
e s ta a fir m a c ió n , a u n q u e a m p lia m e n t e a c e p ta d a , e s m e t a fís ic a . ( V e r P o p p e r , 1 9 8 3 , p .
8 2 ). E s t o s ig n i fic a q u e te n e m o s q u e d e c id ir s o b r e la m e jo r m a n e r a d e e s t a b le c e r u n
c o n o c i m i e n t o d e l m u n d o r e a l q u e c r e e m o s e x i s t e . P o r c o n s i g u i e n t e , e l r e a li s m o s i m p l e
d e b e d i s t in g u ir s e c u i d a d o s a m e n t e d e l a s a f i r m a c i o n e s m á s p r e s c r ip t iv a s d e l r e a li s m o
c i e n t í f i c o ( v e r B h a s k a r , 1 9 7 8 ) . L a p r i n c ip a l f u e r z a d e l a u t il iz a c i ó n p o r L a w s o n d e l r e a ­
lis m o ( c ie n t ífic o ) es Ja a fir m a c ió n d e q u e e s ta d o c tr in a e s t a b le c e u n a p r e s u n c ió n r e s ­
p e c t o a l e s t a t u s d e lo s c o n s t r u c t o s t e ó r i c o s q u e e m p l e a n la s t e o r í a s e c o n ó m i c a s :

E n e l c o n te x to d e u n a a c tiv id a d c ie n tífic a c o m o e l a n á lis is e c o n ó m ic o ( c ie n tífic o ) , el


realismo a fir m a la e x is t e n c ia d e lo s o b je to s d e in v e s tig a c ió n c o m o in d e p e n d ie n te s
d e la in v e s tig a c ió n d e la q u e so n o b je to ( L a w s o n , 1 9 89 , p . 6 1 ),

y q u e e s t o s o b j e t o s « r e a l e s » d e l a t e o r ía e s t á n c o n e c t a d o s a t r a v é s d e « e s t r u c t u r a s ir r e ­
d u c t i b l e s , m e c a n i s m o s c a u s a l e s , p o d e r e s y t e n d e n c i a s » . E s t o n o r e q u ie r e u n e n f o q u e
n i d e d u c tiv o n i in d u c t iv o ; e l m é to d o a p r o p ia d o e s la « r e tr o d u c c ió n o a b d u c c ió n » q u e
s i g n i f i c a « p a s a r d e l a s o b s e r v a c io n e s p a r t ic u l a r e s [ . . . ] a u n a t e o r í a d e u n m e c a n i s m o
i n t r í n s e c o . . . [ a l o b je t o d e ! e s t u d i o ] » . D e f o r m a c a r a c t e r í s t ic a , e s t a m e t o d o l o g í a r e a li s ­
t a e s c o n tr a s t a d a c o n e l p o s it iv is m o in s tr u m e n ta l q u e s e c o n s id e r a c u b r e l o s m é t o d o s c o n ­
v e n c i o n a l e s 1. E s t a d o c t r i n a r e a lis t a p a r e c e e s t a r s u je t a a la s c r í t i c a s d e P o p p e r ( 1 9 7 9 )
d e l e s e n c ia lis m o ; p e r o , d e ja n d o te m a s m á s a m p lio s d e la d o , p a r a n u e s tr o s o b je tiv o s e s
s u f i c i e n t e c o n h a c e r a lg u n a s o b s e r v a c io n e s . P r im e r o , lo s o b je t o s d e u n a t e o r iz a c ió n
r e a li s t a y la s « e s t r u c t u r a s c a u s a l e s p r o f u n d a s » n o s o n n e c e s a r ia m e n t e ( o n i s i q u i e r a e s
p r o b a b l e q u e l o s e a n ) l o s o b j e t o s d e l a e x p e r i e n c i a c o t i d ia n a . L a w s o n ( 1 9 9 4 , p . 5 1 5 )
d e s c r i b e l a t e o r i z a c ió n r e a li s t a c o m o « u n m o v i m i e n t o , p a r a d i g m á t i c a m e n t e , d e s d e l o s
f e n ó m e n o s d e “ s u p e r f ic i e ” a a lg u n o s e l e m e n t o s c a u s a l e s “ m á s p r o f u n d o s ” » . D e m o d o
q u e e s t e e n f o q u e n o p r o p o r c io n a u n m é t o d o p a r a c l a s i f i c a r l a s t e o r í a s a lt e r n a t iv a s d e
a c u e r d o c o n s u r e a li s m o d e « s u p e r f i c i e » o « g r a d o d e r e a l i s m o » ( v e r M a k i , 1 9 8 9 , p a r a
u n a d i s c u s i ó n s o b r e e l g r a d o d e r e a li s m o ) .
L o s o b j e t o s d e l a s e x p l i c a c i o n e s r e a li s t a s n o p u e d e n e v i t a r s e r c o n s t r u c t o s t e ó r i­

c o s ( p o r e j e m p l o , la s e m p r e s a s ) c u y a s c a r a c t e r í s t i c a s e s e n c i a l e s , a u n q u e p u e d e n te n e r
u n a e x i s t e n c i a r e a l ( r e a li s m o s i m p l e ) , n o s e p u e d e n s e p a r a r d e la t e o r í a d e n t r o d e la

3. E l hecho de si lo s neoclásicos son realmente positivistas no está totalmente claro. Ver Caldw ell (1982).
692 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

c u a l s e e s p e c if ic a su c o m p o r t a m ie n t o . S e g u n d o , a u n q u e la te o r iz a c ió n r e a lis ta p r o ­
p o r c io n a u n a fo r m a p o d e r o s a d e e x p r e s a r u n a c r ític a d e la e c o n o m e tr ía , n o r e s u e lv e y
n i s iq u ie r a a te n ú a la s d ific u lt a d e s d e la e v a lu a c ió n d e la t e o r ía . L o s o b je to s d e l a n á li­
sis r e a lis ta s e d e s v a n e c e n c u a n d o u n a te o r ía e s r e e m p la z a d a p o r o tr a ; e l r e a lis m o c ie n ­
tífic o n o p r o p o r c io n a u n a r e g la q u e n o s m a r q u e e l lím ite y q u e n os p e rm ita sa b e r c u á n d o
h e m o s a lc a n z a d o la e s tr u c tu r a c a u s a l p r o fu n d a e ir r e d u ctib le . P o r Jo ta n to , e l r e a lis m o
s e e n tie n d e m e jo r c o m o u n m é to d o d e e x p r e s a r o in terp reta r u n a te o r ía q u e d e e v a lu a r
u n a te o r ía e n c o m p a r a c ió n c o n o tra 4.
D e s a fo r tu n a d a m e n te , s in e m b a r g o , lo s p o s tk e y n e s ia n o s h an re c u r r id o a l r e a lis m o
c a s i e x c lu s iv a m e n te c o m o u n in ten to d e e v a lu a r teo rías en b a s e a su r e a lis m o d e « s u p e r ­
f i c i e » , sin ten er en c u e n ta e l m é to d o e m p le a d o o la s in te n c io n e s d e l a te o r ía p a r tic u ­
lar. P o r e je m p lo , e l p u n to d e v is t a p o s tk e y n e s ia n o fre cu e n te m e n te e x p re s a d o , fo r m u la d o
d e la m a n e r a m á s c a t e g ó r ic a p o r S a r d o n i ( 1 9 8 7 ) , d e q u e lo s m ic r o f u n d a m e n t o s d e
K a l e c k i s o n c la r a m e n te m á s r e a lis ta s q u e l o s d e M a r x o K e y n e s , m u e s tr a u n a fa lt a d e
a te n c ió n a la s in te n c io n e s d e e s to s d o s (g r a n d e s ) t e ó r ic o s . S a r d o n i c r e e q u e la c o m p e ­
te n c ia im p e r fe c t a e s u n a c a r a c te r ís tic a m á s r e a lis t a d e la e c o n o m ía , p e r o n o c o n s ig u e
e s p e c ific a r la b a s e s o b r e la q u e d e c id ir q u é su p u e s to s so n m á s re a lis ta s y p o r q u é . E s t o ,
p o r s u p u e s to , e s tá ín tim a m e n te c o n e c ta d o c o n e l t e m a d e lo s h e c h o s e s tiliz a d o s y m á s
g e n e r a lm e n te c o n la s n o c io n e s d e e v id e n c ia . L a u t iliz a c ió n d e s p r e o c u p a d a d e l c o n ­
c e p to d e h e c h o s e s t iliz a d o s g e n e r a d o s a p a r tir d e u n a e s tr u c tu r a te ó r ic a r e a lis ta s in
e x p lic a r lo s c r ite r io s q u e e s t a b le c e n ta le s h e c h o s p a r e c e p r o b le m á tic a . P o r e je m p lo ,
L a v o i e (1 9 9 2 ) s u g ie r e q u e lo q u e s ig u e s o n h e c h o s e s tiliz a d o s :

coeficientes fijos de producción, procedimientos de coste más porcentaje o de mar­


gen comercial (precios administrados), costes marginales constantes, dinero endó­
geno, desempleo involuntario.

¿ S o n é sto s lo s h e c h o s e s t iliz a d o s a c o r d a d o s d e las e c o n o m ía s m o d e rn a s o s e trata


d e lo s « p r e s u p u e s to s » te ó r ic o s p r in c ip a le s d e la e c o n o m ía p o s tk e y n e s ia n a ? S o s t e n ­
d r ía m o s q u e l a t o s c a u tiliz a c ió n d e l r e a lis m o p a r a d e sc a r ta r o tra s te o ría s c o m o ile g ít i­
m a s sin p r e g u n ta rs e c o n q u é p r o p ó s ito l a o t r a te o r ía e f e c t u ó su s a b s tr a c c io n e s , es u n a
c a r a c te r ís tic a p r e o c u p a n te d e l a u t iliz a c ió n d e e s t a d o c tr in a . A d e m á s , la s a fir m a c io n e s
s im p le s a c e r c a d e l r e a lis m o c ie n t ífic o p u e d e n p r o p o r c io n a r p r o b le m a s a lo s p o s tk e y ­
n e s ia n o s c u a n d o se c o n s id e r a a l m is m o tie m p o su é n fa s is e n la in c e r tid u m b r e y Jo s
m é rito s d e u n a p lu r a lid a d d e e n fo q u e s y e x p lic a c io n e s . E s to n o s lle v a a l m é to d o b a b i­
l ó n ic o q u e s e p r e s e n ta m á s c o m o u n a c o n c e p c ió n m á s a m p lia e n v e z d e c o m o u n a
m e to d o lo g ía q u e « i n f l u y e s o b r e n u e stro j u i c i o r e s p e c to a l o q u e c o n s titu y e u n a p o s i­
c ió n m e t o d o ló g ic a a c e p ta b le » ( D o w , 1 9 8 5 , p . 11). S in e m b a r g o , e l h e c h o d e s i p o r e llo
s e p u e d e d e scrib ir d e f o r m a le g ítim a c o m o u n a m e ta m e to d o lo g ía e s c u e stio n a b le ; n o p ro ­
p o r c io n a un m a rc o e v a lu a d o r p a ra d e c id ir e n tr e m e to d o lo g ía s e n c o m p e te n c ia . E s m á s
e x a c to d e s c r ib ir e s t e m é t o d o c o m o u n c o n ju n t o d e p r e s u p u e sto s q u e d e riv a n d e c ie r -

4. Por ejem plo, parece bastante claro q u e u n o podría expresar consistentemente un realismo individua­
lista en el cual la estructura causal fuera el comportamiento y las decisiones de los individuos que sub­
yacen en el realism o de superficie de las empresas, sindicatos, e tc . V e rM lik i (1992) para un intento de
interpreta la econom ía austríaca en un m arco realista.
S O B R E L A C O H E R E N C IA D E L A E C O N O M ÍA P O S T K E Y N E S IA N A 693

tas tradiciones pragmáticas y que estructuran formas características de pensar sobre el


mundo56
. Dow sostiene que estas tradiciones son consistentes con el pensamiento meto­
dológico moderno y pueden ser contrastadas con las presunciones de la manera de pen­
sar cartesiana/euclidiana, característica de la tradición cien tífica occidental®
Una característica principa! del método babilónico es aceptar, como una premisa,
que el mundo es dem asiado com plejo para ser reproducido por estructuras teóricas
generales, de tal form a que existe una presunción a favor de tener una pluralidad de
tipos de explicaciones no necesariamente consistentes.

. . . [E l] e n fo q u e c o n s is te en u tiliz a r v a r ia s lín e a s d e a rg u m en to s que tien e n p u n to s d e


p a r tid a d istin to s y q u e , en u n a te o ría a c e r ta d a , s e r e fu e r za n u n a s a o tra s; a s í p u e s , un
a rg u m e n to c u a lq u ie r a n o s e m a n tie n e o c a e s e g ú n l a a c e p ta b ilid a d d e u n c o n ju n to
c u a lq u iera d e a x io m a s. E l co n o c im ie n to se genera p o r ap lica cio n es p rácticas d e las teo­
ría s co m o e je m p lo s , u tiliz a n d o u n a v a rie d a d d e m é to d o s (o p . cit. p. 14).

E sta posición parecería sostener el pluralism o, tanto teórico com o m etodológico, y


es consistente con la apreciación moderna de la naturaleza conjetural del conocim ien­
to. Sin em bargo, una segunda característica del método babilónico es la afirm ación de
que estas líneas o niveles de explicación son, en algún sentido, consistentes con la apre­
ciación holística de cómo opera el sistema en su conjunto:

[el] fa c to r d e u n ió n e s u n a p e r c e p c ió n g e n e r a l d e c ó m o o p e ra e l siste m a e n c o n ju n to
(o p . c it. p . I 6).

Aún cuando no es nuestra intención el ofrecer una crítica explícita del método babi­
lónico, esta afirmación parece ir contra la ju stificación anterior del pluralism o, basa­
da en la naturaleza irreductiblemente com pleja de la realidad social. Presumiblemente,
la percepción holística del sistema es sim ilar a alguna perspectiva teórica y, en conse­
cuencia, tal teoría no es básicamente diferente de teorías a otros niveles. N o solamen­
te no está claro cóm o esta perspectiva holística podría, pues, forzar la consistencia
(«unir») entre los distintos ternas, sino que e l criterio de que necesariamente tendría­
mos que buscar una consistencia entre las diversas corrientes parecería ser contradic­
torio con un enfoque pluralista de la teorización. S i el papel de la percepción holística
es llevar a cabo una consistencia de conjunto, entonces esto parecería ser lo m ism o
que Jos requisitos de una gran narrativa previamente descartada com o insostenible fren­
te a la com plejidad fundamental y la incertidumbre. A s í, parece no haber más motivo
para la confianza en nuestro conocim iento de la estructura del sistema en su conjunto
que para cualquier elem ento y, por consiguiente, ningún motivo para reivindicar que
tal punto de vista holístico «unirá» las corrientes individuales.
S in em bargo, y a pesar de estas reservas, este enfoque es evidentemente consis­
tente con el realismo simple. L o que está m ucho menos claro es si es consistente con
el realismo científico. E n particular, la premisa del enfoque -q u e el mundo es tan irre-

5. Dow identifica este método con el rabínico, así como con las tradiciones estoicas y romanas.
6. Aunque Dow identifica el método babilónico con el pensamiento metodológico moderno, el metodologista
moderno fundamental con el que ella se identifica es Kuhn. Está claro que Dow no se refiere al pen­
samiento (post)moderno reciente.
694 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

ductiblernente complejo que no hay que esperar la elucidación de su estructura causal


esencial (de la cual depende la suposición de la necesidad de muchos aspectos distin­
tos)- parece inconsistente con las suposiciones del realismo científico de que existe
una «estructura causal irreductible» y de que esta estructura «se puede conocer por la
consciencia». Por supuesto, esto podría ser consistente si por método babilónico se
entiende la idea más simple de que los fenómenos del mundo de la observación tienen
múltiples causas que hacen que su estructura causal sea «difícil» de elucidar. Sin embar­
go, puesto que esto es perfectamente consistente con el enfoque cartesiano-euclídeo y
es realmente un elemento de éste, no parece ser lo que se entiende por babilonismo.
E l babilonismo parece plantear mucho más categóricamente que tendríamos que «acep­
tar» que no podernos esperar jamás ser capaces de proporcionar una teoría completa
de nuestra compleja realidad observada y, por lo tanto, tendríamos que contentamos
con líneas muy diversas. En este caso, es difícil considerar esto compatible con el hecho
de que exista una estructura causal única y cognoscible7. Además, la afirmación de que
una percepción holística une los temas entre sí (lo que presupone que la estructura cau- ,
sal a un nivel general es más inmediatamente accesible que a niveles más bajos) tam­
bién puede ser incompatible con el realismo científico. Los principios centrales del
realismo científico incluyen la opinión de que la estructura causal profunda es:
a) ontológicamente diferenciada de b) normalmente desfasada respecto a c) quizá
en oposición a los fenómenos'(o formas fenomenales) que generan (Bhaskar, 1991,
p. 458).
Esto implica, por supuesto, que una «percepción general de cómo el sistema opera
en su conjunto» (op. c it. p. 16) podría no reflejar, y probablemente no reflejará, las
estructuras causales subyacentes y no constituiría el centro de una investigación rea­
lista. Sin embargo, si esta percepción holística general no se distingue de Ja teoría a otros
niveles, entonces su teoría de las estructuras causales subyacentes se vuelve tan pro­
blemática como la estructura axiomático-deductiva de la teoría a cualquier otro nivel.
A sí pues, aunque el babilonismo es consistente con el realismo simple, sus hipótesis
centrales parecen hacerlo incompatible con Ja forma prescriptiva de realismo defen­
dida por Lawson y otros postkeynesianos. En particular, los intentos de algunos post-
keynesianos de alinear la noción de una apreciación holística del sistema con la
estructura causal subyacente propuesta por los realistas críticos, están mal orienta­
dos. Finalmente, existe un ala del postkeynesianismo que tiene por objeto proporcio­
nar una teoría general alternativa completa equivalente e incluso que abarque el
neoclasicismo. Por ejemplo, Davidson (1991), parece considerar la teoría neoclásica
como un caso especial, que asume la neutralidad del dinero y la validez de la ley de
Say, d ela posición postkeynesiana más general. Tales tendencias también son demos­
tradas por Gerrard (1995) que intenta interpretar el método de Keynes como si englo­
base las teorías previas. Este punto de vista sobre cómo establecer mejor una teoría
alternativa parecería involucrar un punto de vista positivista al estilo antiguo, antité­
tico al enfoque babilónico. Además, como hemos indicado previamente, tales enfo­
ques padecen las objeciones, ahora ya estándar, relativas a los problemas de las teo ría s
g e n e r a le s .

7. También está claro que esto podría motivar que este enfoque se ocupase más de explicar que de pre­
decir, tal corno Caldwell (l 989) plantea.
SOBRE LA COHERENCIA DE LAECONOMÍAPOSTKEYNESIANA 695

5. C o h e r e n c ia r e sp e c t o a un p r o g r a m a UNIFICADO

A u n q u e d is t in t o s t e ó r i c o s r e c u r r e n a fu e n t e s a lt e r n a t iv a s p a r a s u i n s p i r a c i ó n t e ó r i c a ,
p u e d e n e s t a r u n i d o s a o t r o s p o r u n in t e r é s c o m ú n e n u n a s e r ie d e t e m a s e n p a r t ic u la r .
P o d e m o s p e n s a r e n l o s ú l t i m o s c o m o u n p r o g r a m a u n i f i c a d o q u e p u e d e s u r g ir d e u n
e n f o q u e p a r t ic u l a r d e l a t e o r ía e c o n ó m i c a ( p o r e j e m p l o , l a e s c u e l a a u s t r ía c a ) o p u e d e
c o n s t r u i r s e p a r a p r o p o r c i o n a r u n e n f o q u e c o m ú n p a r a u n a s e r ie m á s d is p a r d e p e r s ­
p e c t i v a s . D a d a s n u e s t r a s d is c u s io n e s p r e v i a s , a h o r a t e n e m o s q u e c o n s id e r a r l a s e g u n ­
d a p o s i b i l i d a d e n r e l a c i ó n a l p o s t k e y n e s ia n is m o .
P a r e c e n e x is t ir v a r io s p r o g r a m a s d e tr a b a jo d is t in t o s e n t r e Jo s p r in c ip a le s e x p o ­
n e n te s d e l p o s t k e y n e s ia n is m o . S u g e r im o s q u e é s to s e s tá n e n c o n flic t o y es im p r o b a ­
b le q u e p r o p o r c io n e n la b a s e p a r a c u a lq u ie r p r o y e c t o p o s t k e y n e s ia n o c o n ju n to . P o r
e je m p lo , C h i c k (1 9 9 5 ) id e n t ific a e l o b je t iv o d e e x p a n d ir y c o m p le t a r e l p r o y e c t o d e
K e y n e s o lv i d a n d o r e l a t iv a m e n t e l a s t e o r ía s k a l e c k i a n a s y p o s t c l á s i c a s :
E l p r o y e c t o P K t i e n e t r e s e le m e n t o s :
1) r e c u p e r a r la s p e r c e p c i o n e s d e K e y n e s , K a l e c k i y s u s p r i m e r o s d i s c í p u l o s , 2 )
e x t e n d e r a q u e lla s p e r c e p c io n e s m á s a l l á d e la s fr o n te r a s d e l a Teoría general d e K eynes
y , p o r l o ta n t o , 3 ) c o m p le t a r la r e v o lu c ió n k e y n e s ia n a (p . 2 0 ).
A u n c u a n d o a q u í h a y a lg u n a r e f e r e n c ia a K a l e c k i , l a im p o r t a n c i a d e l a s i d e a s k a l e c ­
k ia n a s e n su e s q u e m a d e e s te p ro y e c to n o e s c ie r t a m e n t e m á s s u b s t a n c ia l q u e la d e ,
p o r e j e m p l o , S h a c k l e . P o r c o n t r a s t e , L a v o i e ( 1 9 9 2 ) d e s t a c a l a p r i m a c ía d e l o s p r o g r a ­
m a s k a l e c k i a n o s y k a ld o r i a n o s y , a l h a c e r l o , o b s e r v a e l p o t e n c i a l d e e r r a r e l c a m i n o
d e b i d o a l o s e s c r it o s d e K e y n e s :

L a e c o n o m ía d e K a le c k i p r o p o r c io n a m e jo r e s fu n d a m e n to s para u n p ro g r a m a d e
in v e s tig a c ió n postcSásico o p o s tk e y n e s ia n o q u e la e c o n o m ía d e K e y n e s [ . . . ] . K e y n e s
t e n ía g r a n d e s in tu icio n e s , n o ta b le m e n te s o b r e la c u e s tió n d e Sos sa la r io s r e la tiv o s ,
pero en m u c h o s a sp ecto s s u s e scritos h a n lle v a d o p o r c a m in o s e rrón eo s a lo s n o o rto ­
d o x o s (p. 4 2 2 ).

M á s t o d a v í a , p a r e c e r ía q u e a lg u n o s p o s t k e y n e s ia n o s n o t a b le s c o n s id e r a n p o c o r e le ­
v a n t e e l e s t a b l e c e r u n p r o g r a m a a lt e r n a t iv o . P o r e j e m p l o , D a v i d s o n ( 1 9 9 1 ) p r á c t i c a ­
m e n t e n o p r e s ta a t e n c ió n a la s c o n tr ib u c io n e s d e K a l e c k i in c lu s o a l m ic r o n iv e l. L a
i m p o r t a n c i a d e e s to p a r a n u e s t r o s o b j e t i v o s e s q u e d e m u e s t r a q u e e l « n ú c l e o » d e l p o s t ­
k e y n e s i a n i s m o n o p u e d e v e r s e c o m o u n p r o g r a m a c o n j u n t o e n r e l a c i ó n c o n lo s t e m a s
t e ó r i c o s b á s i c o s 8. N o o b s t a n t e , s e p o d r ía a r g u m e n t a r q u e s e p o d r ía c o n s t r u ir u n p r o ­
g r a m a u n i f i c a d o e n t o r n o a u n c o n j u n t o a c o r d a d o d e p o l í t i c a s . E s t o p a r e c e r ía e s t a r d e
a c u e r d o c o n v a r i o s a s p e c t o s d e s u s e n f o q u e s m e t o d o l ó g i c o s - t a l e s c o m o t ie m p o ir r e ­
v e r s i b l e , e s p e c i f i c i d a d i n s t i t u c i o n a l e h i s t ó r i c a y la p r e o c u p a c i ó n . p o r lo s h e c h o s e s t i ­
l i z a d o s - 9. S i n e m b a r g o , a p e s a r d e v a r i o s in t e n t o s d e c o n s t r u ir u n c o n j u n t o e s p e c í f i c o
d e p o l í t i c a s p a r t ic u l a r e s , t o d o a q u e l lo a l o q u e e l p o s t k e y n e s i a n i s m o p a r e c e e s t a r a s o -

8. Ver Boris (1996) para un intento reciente de reconciliar algunos de los diversos temas asociados a los
intentos de construir un marco coherente,
9. Es i^pertante reconocer aquí elgrado en que los teóricos austríacos contemporáneos, por ejem plo, f ue­
r o n capaces de constm ir un pumo de vista coherente respecto del papel de la política económ ica, a
pesar de la diversidad teórica subyacente que se podría atribuir en general a la teoría austríaca.
696 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

c i a d o e n e l á m b it o d e l a p o l í t i c a e c o n ó m i c a e s l a p o l í t i c a d e r e n t a s . O t r a s p o l ít ic a s p a r e ­
c e n v a r ia r c o n s id e r a b l e m e n t e s e g ú n la s p o s t u r a s k e y n e s i a n a s , k a l e c k i a n a s o k a ld o r i a -
n a s a d o p t a d a s p o r d i s t i n t o s a u t o r e s 10. A d e m á s , i n c l u s o r e s p e c t o d e u n a p o l í t i c a d e
re n ta s, n o e s tá c la r o q u e é sta p ro c e d a d e u n a v is ió n k e y n e s ia n a d e la p o lít ic a e c o n ó ­
m i c a y p a r e c e r ía s e r e n c i e r t o m o d o a n t i t é t i c a e n r e l a c i ó n c o n l a s p e r s p e c t i v a s r a d i-
c a l/ k a ,le c k ia n a s . C u a l q u i e r c o h e r e n c i a a p a r e n t e e n l a p o l í t i c a d e r e n t a s e s u n a f u n c i ó n
d e s u n o e s p e c i f i c i d a d q u e l e p e r m i t e s e r in t e r p r e t a d a d e s d e u n a v a r ie d a d d e p e r s p e c ­
t i v a s . C u a l q u i e r p o l í t i c a e s p e c í f i c a , s in e m b a r g o , s u b r a y a l a s d i f e r e n c i a s f u n d a m e n t a ­
le s e n tr e l o s p o s t k e y n e s i a n o s c o n r e s p e c t o a l a n a t u r a le z a y e l p a p e l d e l a p o l í t i c a d e
ren tas.

6. C o h e r e n c ia r e s p e c t o a l o s t e m a s

S i se a c e p ta q u e e l p o s t k e y n e s ia n is m o n o s e p u e d e id e n t ific a r o d e fin ir c o n r e s p e c to a
c u a lq u i e r p r i n c ip io f u n d a m e n t a l o c u a l q u i e r e n f o q u e m e t o d o l ó g i c o p a r t ic u la r , a ú n n o s
q u e d a p o r c o n s i d e r a r s i h a y o n o u n c i e r t o n ú m e r o d e t e m a s q u e p o d r ía n s e r r e c o n o ­
c i d o s c o m o u n a c a r a c t e r i z a c i ó n d e l e n f o q u e p o s t k e y n e s ia n o . A r e s t i s ( 1 9 9 2 ) , p o r e j e m ­
p lo , m a n t ie n e q u e « la c o h e r e n c ia p r e v a le c e e n tr e lo s te m a s id e n t if ic a d o s c o m o
p o s t k e y n e s ia n is m o » ( p . 8 7 ) . E s t o c o n c u e r d a c o n H a m o u d a y H a r c o u r t ( 1 9 8 8 ) , a u n q u e
a r g u m e n t a r e m o s q u e i n c l u s o e s t o e s d i f í c i l d e m a n t e n e r s in r e c o n o c e r la s o p i n io n e s
s i g n i f i c a t i v a m e n t e d iv e r g e n t e s e x is t e n t e s dentro de c a d a t e m a p r i n c ip a l . E n t é r m in o s
a m p l io s , p a r e c e h a b e r tr e s á r e a s f u n d a m e n t a l e s q u e p u e d e n s e r c o n s id e r a d a s c o m o d e
e s p e c i a l r e l e v a n c i a p a r a e l p o s t k e y n e s ia n is m o : a s a b e r , la t e o r ía d e l o s p r e c io s , l a in c e r ­
t id u m b r e y e l d in e r o . E v i d e n t e m e n t e , e s t o n o e s n i e x h a u s t iv o n i id é n t ic o a o tr o s in t e n ­
t o s d e i d e n t i f i c a r la s p r e o c u p a c i o n e s p o s t k e y n e s i a n a s , p e r o e s t a s á r e a s a b s o r b e n la
m a y o r p a r t e d e l t r a b a jo q u e p r e t e n d e t e n e r ú n c a r á c t e r p o s t k e y n e s i a n o .

6 .1 . T u o r ía n o m a r g i n a l í s t a d e lo s p r e c io s

L a p r e f e r e n c i a p o r l a t e o r í a d e l a f i j a c i ó n d e p r e c io s c o n u n m a r g e n c o m e r c i a l s o b r e
lo s c o s t o s d e p r o d u c c ió n ( p r e c io s a d m in is t r a d o s ) e n la lit e r a t u r a p o s t k e y n e s ia n a s e
id e n t if ic a fá c ilm e n t e . E s t o t ie n e s u s r a í c e s e n la t e o r í a d e lo s p r e c io s k a le c k ia n a a s í
c o m o e n o tr a s f u e n t e s , p o r e je m p lo , A n d r e w s ( 1 9 4 9 ) y M e a o s ( 1 9 3 9 , 1 9 7 2 ). T a le s
i n f lu e n c i a s p a r e c e n s e r b a s t a n t e d o m in a n t e s , h a s t a e l p u n t o d e q u e la s p r e s u n c io n e s d e
K e y n e s r e s p e c t o a lo s p r e c i o s s o n c o n s i d e r a d a s i n a p r o p ia d a s . P o r e j e m p l o , a v a n z a n ­
d o e l p u n t o d e v is t a k a l e c k i a n o , L a v o i e ( 1 9 9 2 ) c o m e n t a q u e :

E l tratamiento de K ey n es de la teoría de los precios { . . .] se considera que está d em a­


siado estrecham ente asociado a las o pin io n es n eo clásica s para ser m antenido en la
síntesis [postkeynesiana] (p. 3).

10. Reconocemos por supuesto que hay series de políticas asociadas al postkeynesianismo pero éstas no
parecen proporcionar el enfoque necesario para una política económica unificada. Más bien existen
diferentes prescripciones de políticas de postkeynesianos específicos talescom o las que se encuentran
en Kaldor (1996). Pero para una discusión general sobre políticas, ver Harcourt (1995).
SOBRE LA COHERENCIA DE LA ECONOMÍA POSTKEYNESIANA 697

Este predominio de la teoría kaleckiana podría ser preocupante, sin em bargo, si su


resultado fuese la distorsión de las presumiblemente legítim as opiniones postkeyne-
sianas alternativas y la disolución de la propia teoría kaleckiana. Se podría argumentar
incluso que los fundamentos subyacentes y el centro de la teoría kaleckiana se pier­
den a causa de estas tendencias sintetizadoras. Sin embargo, parece que los postkey-
nesianos desean com binar las teorías del comportamiento de los precios kaleckianas
con las keynesianas y/o sraffianas/clásicas. Q u izá esto no es sorprendente a la lu z de la
sugerencia de Jo an Robinson de que el proyecto de los postkeynesianos im plica e l con­
jugar las percepciones de Keynes, Kalecki y M arx.ISrafa (ver Lavoie, 1992). Sostenemos
ahora que este triunvirato proporciona marcos bastante distintos para examinar la evo­
lución de los precios. Adem ás, la predominancia de uno o una otra síntesis com pro­
mete la particularidad y el valor de los diversos enfoques.
L a visión de Keynes de los precios fu e Ja de suponer el funcionam iento de mer­
cados com petitivos con objeto de ilustrar el desajuste del sistema com o resultado de
otros factores clave, en particular, el papel del dinero en un entorno incierto. Sin embar­
go, muchos postkeynesianos parecen considerar el supuesto de los precios com petiti­
vos com o inapropiado y equivalente a la teoría ortodoxa. Esto es lo que parece dar
origen a una preferencia por la teoría del poder monopolístico de K a le ck i. Por ejem plo,
Sardoni (1987) sostiene que:

Desde el principio, Kalecki situó su análisis dentro de! marco en el cual se descarta
la hipótesis de libre competencia y se supone que la competencia imperfecta y el oli-
gopolio son las formas de mercado que prevalecen. Al hacer esto, Kalecki se separa
de Marx y de Keynes.

Adem ás, parece evidente que la opinión de Keynes sobre los precios es incom pa­
tible con el enfoque sraffiano o neo-ricardiano. Por ejem plo, C h ick (1995) observa de
form a bastante correcta que:

Simplemente no se trata del equilibrio a largo plazo, puesto que a Keynes la cues­
tión íe parecía sin sentido: incluso si después del final de la vida úül de unos equi­
pamientos se hubiesen realizado los beneficios esperados, no existe una presunción
de que sería racional repetir la inversión ya que, casi con certeza, el mundo habría
cambiado significativamente.

y por consiguiente:

el sistema depende de su trayectoria en acentuado contraste con la teoría neo-ricar-


diana (p. 27, cursivas nuestras).

Esto indica, sin em bargo, que las opiniones de Keynes son incom patibles con la
teoría neo-ricardiana, y no debido a la hipótesis de «libre» com petencia, sino debido
al carácter de dependencia de la trayectoria del sistema que, por lo demás, los post­
keynesianos desean sostener. Sin em bargo, puesto que serechaza el punto de vista de
K eyn es, la pregunta clav e es si el postkeynesianism o puede tom ar sim plem ente a
K a le ck i (y a otros teóricos del margen sobre el coste) com o base de su teoría de los
precios y aun así retener las ideas keynesianas esenciales relativas a la incertidumbre
698 C R ÍT IC A A L A E C O N O M ÍA O R T O D O X A

y al dinero. En otras palabras, ¿es apropiado adoptar realmente la teoría kaleckiana de


los precios y después, de algún modo, hacerla compatible con otros aspectos de la teo­
ría keynesiana? Evidentemente, un enfoque alternativo sería aceptar que la adopción de
la mícroteoría de Kalecki lleva a una teoría de la inversión y Ja distribución bastante
distinta de Ja propuesta por Keynes y, en consecuencia, a abandonar completamente
esta última. Obviamente, la microeconomía postkeynesiana tendría entonces poco que
ver con Keynes y mucho que ver con Kalecki. Esta no parece ser la ruta postkeyne­
siana preferida. Sin embargo, debería destacarse que no es la adopción de la hipótesis
de la competencia imperfecta la que causa los problemas con respecto a la compatibi­
lidad de las opiniones keynesianas y kaleckianas. Más bien es la formulación particu­
lar de Kalecki del comportamiento de competencia imperfecta de las empresas lo que
está en desacuerdo con la explicación de Keynes de la insuficiencia de la demanda
efectiva. Una vez que el comportamiento de ¡as empresas monopolísticas se convier­
te en central, ello oscurece la idea de que una variedad de formas de mercado puede
emitir señales inapropiadas debido a razones que surgen del papel del dinero.
Para completar, tenemos que considerar también la compatibilidad potencial de las
teorías de los precios kaleckiana y sraffiana/neo-ricardiana/clásica. Como es bien sabi­
do, el punto central de estas últimas es un equilibrio a largo plazo, que constituye su
marco para considerar la evolución de los precios. E l tema básico se refiere a la posi­
bilidad de captar la teoría del margen sobre costos de Kalecki en el contexto de los
precios naturales a largo plazo. Esto ha sido debatido durante un cierto tiempo y las
contribuciones recientes sugieren que el tema aún no se ha resuelto totalmente. Por
ejemplo, Halevi y Kriesler (1991) argumentan que es totalmente inapropiado situar a
Kalecki dentro de cualquier marco de equilibrio a largo plazo. Alternativamente,
Mainwaring (1992), respondiendo al análisis input-output de Steedman (1992) de pre­
cios administrados, sugiere que podrían establecerse teorías del margen sobre costos
dentro de la disciplina del equilibrio a largo plazo11- N o obstante, está claro que Kalecki
no adoptó el marco del equilibrio a largo plazo y destacó continuamente la importan­
cia de la dinámica y el comportamiento cíclico del sistema capitalista. Aún más, si hay
que situar la teoría del margen sobre costos de Kalecki en un escenario sraffíano o clá­
sico, tenemos derecho a preguntar qué se gana con ello. Las dos son maneras bastan­
te distintas de considerar la evolución de Jos precios del mercado y están pensadas para
aclarar diferentes temas y responder a preguntas distintas.
Además de la teoría de los precios p e r s e , las teorías de la competencia subyacen­
tes en Kalecki y en los clásicos son bastante diferentes. En particular, se puede argu­
mentar que esto se debe en parte a la influencia neoclásica sobre el análisis de Kalecki
de las empresas oligopolísticas. Si consideramos a Kalecki como uno más entre los
muchos teóricos radicales o neo-marxistas, incluyendo a otros como Mandel, Baran y
Sweezy, y Steindl, entonces se produce un marcado contraste respecto de la ortodoxia
neoclásica en cuanto a que el sistema (capitalista) es considerado como «inherente­
mente» monopolístico en su naturaleza. Sin embargo, tales teorías son similares a la

11. Steedman (1992) ilustra la necesidad de considerar las interconexiones entre empresas en un escena­
rio de input-output. Se tendría que destacar que esto es imporÚU1 te para la teoria kaleckiana del mar­
gen sobre costes independientemente de cualquier (in)compatibilidad con los precios de equilibrio a
largo plaw.
I
SOBRE LA COHERENCIA DE LA ECONOMÍA POSTKEYNESIANA 699

te o r ía n e o c lá s ic a en c u a n to a s u a d o p c ió n d e l co n stru c to d e la e s tr u ctu r a d e m e r c a d o
( v e r S e m m ie r , 1 9 8 2 ). L o q u e e s tá en c o n tr a s te d ir e c to c o n la id e a c lá s ic a y m a r x is ta
tr a d ic io n a l d e la c o m p e t e n c ia q u e im p lic a l a id e a d e b lo q u e s d e c a p it a l q u e c o m p ite n
e n tr e s í in ten tado a c u m u la r y , a l h a c e r lo , in v a d ie n d o e l e s p a c io d e o tro s ca p ita le s . E s e s te
p r o c e s o e l q u e c o n s t it u y e la c o m p e t e n c ia . A l g u n a s v e c e s e sto s e c o n s id e r a m á s c o m o
u n a v is ió n c o m p e t it iv a q u e o lig o p o lis t a d e l a c o m p e t e n c ia . S a r d o n i ( 1 9 8 7 ), p o r e je m ­
p lo , con trasta Ja id e a d e K a le c k i s o b r e e l com po^rtam iento d e la s em p resas c o n e l s u p u e s­
to d e la « lib r e » c o m p e te n c ia tan to d e M a r x c o m o d e K e y n e s . P e r o co n sid e ra r q u e M a r x
to m ó a lg u n a p o s ic ió n c o n r e s p e c t o a l a estru ctu ra d e m e rc a d o a p r o p ia d a e q u iv a le a
m a lin te r p r e ta r su v is ió n d e la c o m p e t e n c ia . E s t o ilu s tr a la im p o r ta n c ia d e c o n s id e r a r
la s teorías en su c o n te x to y ta m b ié n p o n e d e r e lie v e e l c o n tr a s te e n tre la s id e a s k a le c -
k ia n a s y c lá s ic a s d e l a c o m p e t e n c ia .
P o r co n sigu ien te, parecería q u e la s e x p lic a c io n e s k e y n esia n a s, k a leck ian as y s r a fia n a s
s o b r e la fija c ió n d e p r e c io s c o n s t it u y e n , v e r d a d e r a m e n te , m a rc o s m u y d ife r e n te s p ara
c o n s id e r a r l a e v o lu c ió n d e lo s p r e c io s . P a r a c o n c lu ir e s ta s e c c ió n , p u e d e r e s u lta r ú til
p o n e r é n fa s is e n e s te p u n to o b s e r v a n d o io s c o n te x to s te m p o ra le s en lo s q u e s e e n c u a d ra
c a d a u n a d e e sta s te o r ía s . C o n p o c a s e x c e p c io n e s , K e y n e s s e p r e o c u p ó p o r lo s p r e c io s
d e m e rc a d o a co rto p la z o y su s c a m b io s e n e l tie m p o . K a le c k i s e in te re sa b a m á s p o r la s
te n d e n c ia s a la r g o p la z o y lo s c ic lo s en lo s m a c r o a g r e g a d o s , y e s ta b a in te re s a d o s o b r e
t o d o po r la fo r m a e n q u e e l c o m p o r ta m ie n to d e la s e m p r e s a s a c o r to p la z o a fe c ta b a a
ta le s c ic lo s . E l ce n tro d e a te n c ió n s e h a lla m á s e n la t e n d e n c ia a la r g o p la z o en K a l e c k i
q u e en K e y n e s , p ero e llo n o s u p o n e , c la r a m e n te , u n a n á lis is a la r g o p la z o !2 P o r s u p u e s ­
to , e s te ú ltim o c o n s titu y e p r e c is a m e n t e e l e s c e n a r io d e la te o r ía n e o -r ica r d ia n a / s r a ffia -
n a d e lo s p r e c io s .

6 .2 . In c e r tid u m b r e fu n d a m e n ta l

K e y n e s (1 9 3 7 ) id e n t ific ó d o s id e a s fu n d a m e n ta le s q u e g u ía n l a e s tru ctu ra te ó r ic a q u e


in te n ta b a in tro d u c ir . U n a e s l a n e c e s id a d d e te n e r u n a te o r ía d e l o u tp u t c o m o u n to d o .
K e y n e s so sten ía q u e lo s « c lá s ic o s » n o te n ía n ta l te o r ía y p o r e l lo n o c o n s ig u ie r o n ap re­
c ia r o in v e s tig a r l a im p o r t a n c ia d e la in v e r s ió n c o m o la ca u sa ca u sa n s d e l n iv e l a g r e ­
g a d o d e l o u tp u t y d e l e m p le o . E n e ste p u n t o , la t e o r ía d e K e y n e s s e p a r e c e a Ja d e
K a l e c k i . P o r c o n s ig u ie n te , e n c ie r to m o d o r e s u lt a ir ó n ic o q u e e s te a s p e c to d e l p la n ­
te a m ie n to d e K e y n e s n o h a y a sid o p r o s e g u id o p o r m u c h o s te ó r ic o s p o s tk e y n e s ia n o s a
p e s a r d e su s in te n to s d e e s ta b le c e r s im ilitu d e s e n tr e e l tra ta m ie n to d e l a d e m a n d a e f e c ­
t iv a d e K e y n e s y e l d e K a l e c k i . E l c e n tr o d e a te n c ió n p o s tk e y n e s ia n o h a e s ta d o e n la
s e g u n d a id e a fu n d a m e n ta l q u e K e y n e s id e n t if ic ó - l a in flu e n c ia d e la in c e r tid u m b r e en
e l c o m p o r ta m ie n to d e lo s p r in c ip a le s a g e n t e s e n s u s is t e m a - . E s to n o c o n e c t a c o n la
p e r s p e c t iv a d e K a l e c k i .
E l m a r c o en e l c u a l K e y n e s s itu ó e l c o n c e p t o d e d e m a n d a e f e c tiv a e r a u n o e n e l
c u a l lo s in te n to s d e lo s a g e n t e s d e d o m in a r « la s fu e r z a s o s c u r a s d e l tie m p o y d e la
in c e r tid u m b r e » lle v a b a n , e n e l a g r e g a d o , a u n a d iv e r g e n c ia e n tre la d e m a n d a e f e c t i v a
y e l n iv e l d e d e m a n d a a g r e g a d a n e c e s a r io p a r a m a n te n e r e l p le n o e m p le o d e Jo s re cu r-

12. N o obstante, éste es el análisis de K aleck i (1968) que intenta desarrollar un visión c íc lic a del creci­
miento sin distinción entre tendencia y ciclo.
700 CRÍTICAA LA ECONOMÍA ORTODOXA

sos. L a historia de Keynes es una en la que las consecuencias agregadas del compor­
tamiento individual racional ante la incertidumbre no se hacen autom áticam ente con­
sistentes131
. E l análisis se centra en el com portamiento de los individuos y se abstrae
4
deliberadamente de los detalles institucionales y de las rigideces del mercado; es deli­
beradamente no «realista» en el sentido de Sardoni (1987) y L a v o ie (1992). En cam ­
bio, la relevancia de la incertidumbre fundamental para los temas clásicos y kaleckianos
parece insignificante.
Com o Saw yer (1985) comenta, «en general, K alecki dice poca cosa sobre las expec­
tativas», y la estructura teórica en la cual se desarrollan la im portancia de la inversión
y el concepto de demanda efectiva es bastantediferente. E l fo co de la teoría de la inver­
sión de Kalecki no se centra en el comportamiento de los agentes individuales y está vin­
culado a su macroteoría de los ciclos ec onómicos y la distribución de la renta. Esto no
quiere decir, p o r supuesto, que K a le ck i considerase la s relaciones econ óm icas de una
manera puramente determinista. K a le ck i (1954), p o r ejem plo, pone cu idado en desta­
car que la relación entre una caída en el volum en de n egocios y un tipo de interés a
corto plazo resulta incierta a largo plazo. Sim ilarm ente, acepta que la expansión de la
empresa se ve influida por el riesgo de altos niveles de endeudam iento, pero esto no
tiene por qué implicar incertidumbre fundamental alguna (no probabilística). A d em ás,
está claro que la incertidumbre en sí mism a y las numerosas im p licacio n es que tiene
para considerar el funcionam iento del capitalism o nunca constituyó una preocupación
de Kalecki, com o tampoco es evidente en trabajos kaleckianos más recientes (por ejem­
plo, Kriesler, 1987; Dutt, 1988). A s í pues, los marcos en los cuales se sitúa el concep­
to de dem anda efectiva son bastante distintos. L a incertidum bre fundam ental en el
contexto de K eynes es m ediada por el com portam iento individual para producir una
serie de precios de m ercado que no son capaces de estim ular un n ivel su ficien te de
inversión. N o existe un medio correspondiente dentro de la teoría kaleckiana a través
del cual esta incertidumbre pueda ser introducida fácilm ente en el análisisM.
Evidentem ente, el desarrollo del argumento de K eyn es tiene sus puntos débiles.
E n particular, Ja correspondencia a partir de las respuestas individuales en co n d icio ­
nes de incertidum bre con los resultados agregados no está clara; ésta fu e u n a de las
percepciones clav e de Coddington (1983). A u n así, aunque un concepto de dem anda
efectiva conecte los enfoques keynesiano y k aleckiano, la importancia de la incerti­
dumbre fundam ental para las estructuras teóricas en las cuales este concepto se de­
sarrolla su giere un program a diferente e in clu so opuesto de in v e s tig a c ió n . E l ala
keynesiana del postkeynesianism o ha desarrollado varios aspectos de la teoría de la
elección y de la teoría monetaria basados en la importancia crítica de la incertidumbre
fundamental. Esta última, por supuesto, fu e considerada por Shackle corno el principal
mensaje de la Teoría general, e investigaciones recientes que desarrollan las ideas
shackleanas respecto a la incertidumbre y la elección han sido incluidas en la teoría
postkeynesiana. Sin embargo, Ja interpretación de S h ackle de Ja teoría keynesiana y

13. Por supuesto, la palabra racional se usa aquí en un sentido más amplio que en la teoría ortodoxa. Sin
embargo, es importante destacar que la teoría de Keyncs se basa en agentes individuales que persiguen
su propio interés de la mejor forma que sus circunstancias y conocimientos lo permiten.
14. A pesar del análisis de Kaledti (1937) del comportamiento de inversión de un empresario individual, el
centro de atención de la teoría kaleckiana reside en el comportamiento monopolístico de las empresas
y sus consecuencias globales en la macroeconomía.
s o b r e l a c o h e r e n c ia d e l a e c o n o m ía p o s t k e y n e s ia n a 701

s u p r o p io d e s a r r o llo e s u n p r o y e c t o p a r tic u la r q u e p a r e c e s e r b a sta n te o p u e s to a otros


asp e cto s d e la te o r ía p o s tk e y n e s ia n a .
L a id e a d e lo s in te n to s d é lo s in d iv id u o s d e m a n e ja r u n m u n d o c o m p le jo e im p r e ­
d e c ib le q u e c o n d u c e , en c o n ju n t o , a c o n s e c u e n c ia s in e s p e r a d a s s u g ie r e u n a c o in c i­
d e n c ia c o n lo s a u s tr ía c o s . E s t a c o n e x ió n f u e in ic ia lm e n te e x p u e s ta p o r L a c h m a n n y es
r e c o n o c id a p o r lo s au stría c o s co n te m p o r á n e o s (por e je m p lo , O ’ D r is c o ll y R i z z o , 1985).
E s to p a re ce ría u n a le ja m ie n to d e c is iv o p a ra m u c h o s p o s tk e y n e s ia n o s , y su p o n d ría ig n o ­
rar p a r te s im p o r ta n te s d e l a te o r ía k e y n e s ia n a , e n p a r tic u la r , lo s a s p e c t o s n o in d iv i­
d u a lis t a s q u e , s u g e r ir n o s , r e q u ie r e n u n e x a m e n m á s d e t a ll a d o p o r p a r te d e lo s
p o s tk e y n e s ia n o s . A d e m á s , e s tá c l a r o q u e la v is ió n k a le c k ia n a d e lo s fu n c io n a m ie n to s
d e l s is te m a e c o n ó m ic o n o p u e d e s e r m o d ific a d a m e d ia n te la s im p le a n e x ió n d e la in ce r­
tid u m b r e fu n d a m e n ta l, c u y o s o r íg e n e s su rg e n d e u na p e r s p e c tiv a te ó r ic a tan d ife r e n te .

6 .3 . D in e r o e n d ó g e n o

O t r o te m a im p o rta n te d e la te o r ía p o s t k e y n e s ia n a e s la n a tu r a le z a y e l p a p e l d e ! d in e ­
r o . S e h a s u g e r id o a m e n u d o ( p o r e je m p lo , L a v o i e , 1992) q u e , m ie n tr a s q u e e n la te o ­
r ía n e o c l á s i c a e l d in e r o es e x ó g e n o y lo s t ip o s d e in te r é s e n d ó g e n o s , e n l a te o r ía
p o s tk e y n e s ia n a s u ce d e lo c o n tr a r io , c o n d in e r o e n d ó g e n o y tip o s d e in te r é s d a d o s . S in
e x p lo r a r l a te o r ía m o n e ta r ia p o s tk e y n e s ia n a e n d e ta lle , n u e stro a r g u m e n to p r in c ip a l es
q u e é s ta e s o tra áre a en la q u e s e d a n p u n to s d e v is ta e s e n c ia lm e n te m u y d ife r e n te s e
in c o m p a t ib le s . E s t a s v is io n e s d is tin ta s s e r e la c io n a n c o n t e o r ía s m o n e ta r ia s d e r iv a d a s
d e K e y n e s y K a l e c k i . E m p e c e m o s c o n u n a b r e v e c o n s id e r a c ió n d e Ja n a tu r a le z a y e l
p a p e l d e l d in e ro e n e l t r a b a jo d e K a l e c k i . C o m o S a w y e r (1 9 8 5 ) a p u n ta , e n g e n e r a l
K a l e c k i s e p r e o c u p ó p o c o d e l d e t a lle d e lo s s e c to r e s fin a n c ie r o s o d e la n a tu r a le z a d e l
d in e r o p e r s e . C o m o S a w y e r o b s e rv a :

K e y n e s puso m u ch o m ás énfasis en el sector financiero del que puso K a le c k i [ .. .] el


en foque de K a le c k i lim itó e l papel del dinero al p a p el de m edio de ca m b io y se cen­
tró en la dem anda de dinero para transacciones.

L a p r e o c u p a c ió n p r in c ip a l d e K a l e c k i f u e la im p o r ta n c ia d e l d in e r o d e c r é d ito q u e
p u e d e ser c r ític a p a ra fa c ilita r la e x p a n sió n d e la e m p resa. E s t a id e a d e l d in e ro c o m o c r é ­
d ito fin a n c ie r o e s u n r e f le j o d e la t r a d ic ió n r a d ic a l e n q u e K a l e c k i e s ta b a tr a b a ja n d o .
S ig u ie n d o e l tr a b a jo s e m in a l d e H i l f e r d i n g ( 1 9 1 0 ), e s ta t r a d ic ió n s e h a o c u p a d o típ i­
c a m e n te d e l c a p it a l fin a n c ie r o y n o d e lo s d e ta lle s d e lo s d ife r e n te s a c tiv o s fin a n c ie ­
ro s y la d e te r m in a c ió n d e lo s d is tin to s tip o s d e in te r é s ( cie r ta m e n te n o d e la m a n e ra en
q u e lo h ic ie r o n K e y n e s y lo s k e y n e s ia n o s p o s te rio r e s). A s í p u e s, au n q u e K a l e c k i p r o ­
p o r c io n a u n m o d e lo d e l s e c to r fin a n c ie r o c o n u n a tr ip le d is t in c ió n en tre d in e r o , letras
y b o n o s , s u p r in c ip a l c e n tr o d e a te n c ió n fu e m á s la d e m a n d a m o n e ta ria d e tr a n s a c c io ­
n e s q u e s u p a p e l d e d e p ó s ito d e v a lo r . L o q u e r e s u lta c r ít ic o , y a q u e es p r e c is a m e n te
e s te a s p e c to d e l d in e r o e l q u e p r o p o r c io n a e l fu n d a m e n to p a r a la p r e f e r e n c ia p o r la
liq u id e z q u e e s c e n t r a l e n la t e o r ía d e la d e m a n d a e f e c t iv a d e K e y n e s . E l in te n to d e
in te rp re ta r a K e y n e s e n u n m a r c o e s e n c ia lm e n t e k a le c k ia n o h a l l e v a d o a u n a d is to r ­
s ió n d e l c o n c e p t o d e p r e fe r e n c ia p o r la liq u id e z . L a a fir m a c ió n m á s a tr e v id a en e s ta
lín e a e s Ja d e S a r d o n i (1 9 8 7 ) q u e c o n c lu y e q u e a l fin a l:
702 C R ÍT IC A A L A E C O N O M ÍA O R T O D O X A

L a s d e c is io n e s d e los b a n c o s de p restar o n o d in e r o son e q u iv a le n te s a las d e c is io ­


n e s r e la t iv a s a la liq u id e z . K a l e c k i, a u n q u e d e fo r m a d istin ta q ue K e y n e s , in c o r p o r ó
d ir e c ta m e n te e sto s fa c to r e s a su teo ría d e Ja in v e r s ió n '5

L a id e a d e q u e J a p r e f e r e n c ia p o r l a l iq u id e z p u e d e a ju s t a r s e a u n a e s t r u c t u r a k a l e c -
k ia n a e s u n t e m a p o s t k e y n e s ia n o r e c u r r e n t e 1
16. O t r o e je m p lo e s A s i m a k o p u lo s ( 1 9 8 3 ) q u e
5
i d e n t i f i c a l a in v e r s i ó n c o r n o e l c e n t r o c o m ú n d e K e y n e s y K a l e c k i , e in t e r p r e t a la d i s ­
t in ta e s t r u c tu r a d e s u s e x p l i c a c i o n e s t e ó r i c a s s ó l o c o m o d i f e r e n c i a s d e é n f a s i s . P e r o e l
in te ré s c o m ú n e n l a t a s a d e i n v e r s ió n n o e s in d ic a t i v o d e n in g u n a s im il it u d r e a l e n tr e s u s
t e o r í a s . M á s b i e n , d a d o q u e c a d a u n o a t r ib u y e u n p a p e l m u y d i f e r e n t e a l d i n e r o , l a s
c o r r e s p o n d ie n t e s t e o r í a s d e in v e r s i ó n t a m b ié n s o n d if e r e n t e s y , s o s t e n e m o s , i n c o m p a ­
t ib le s .
L a p r e g u n t a t e ó r ic a m á s g e n e r a l q u e K e y n e s s e p la n te a e s s i, e n u n s is t e m a q u e
u t iliz a d in e r o y q u e f u n c i o n a a d e c u a d a m e n t e , la d ife r e n c ia e n la s c a r a c t e r ís t ic a s d e
l i q u i d e z d e b ie n e s y d in e r o p u e d e n a le j a r e l p r e c io d e l d in e r o ( e l t ip o d e in t e r é s ) d e l
h i v e l q u e r e f l e j a l a r e l a t i v a e s c a s e z r e a l d e l o s b ie n e s e n t r e e l p r e s e n t e y e l fu t u r o . E n
la s e c o n o m ía s c a p ita lis t a s m o d e r n a s , e s to s e e x a m in a p r e g u n tá n d o s e s i la e x is t e n c ia
d e m e r c a d o s a g r a n e s c a l a q u e m a x i m i z a n l a l i q u i d e z i n d i v i d u a l in t e r c a m b i a n d o v a l o ­
r e s p o r r i q u e z a p u e d e n t e n e r e v e n t u a l m e n t e u n e f e c t o p e r j u d i c i a l s o b r e l o s t é r m in o s y
la s c o n d i c i o n e s e n l a s c u a l e s s e a v a n z a r á n f o n d o s p a r a l a c r e a c i ó n d e n u e v a r i q u e z a .
L a r e s p u e s t a d e K e y n e s e s , c l a r o e s t á , q u e e s t o o c u r r ir á d e b i d o a l a p e c u l i a r p o s i c i ó n
in t e r m e d ia r ia d e l d in e r o ta n t o c o m o m e d io d e c a m b io c o r n o d e p ó s it o d e v a lo r ; e s to
a le j a r á l o s t ip o s d e in t e r é s d e l d in e r o d e l n i v e l n e c e s a r io p a r a m a n t e n e r u n f l u j o a p r o ­
p i a d o d e n u e v a i n v e r s ió n . E s t a id e a s e s it ú a d e l ib e r a d a m e n t e e n u n m a r c o s u a v e y , d e
h e c h o , i n s t i t u c i o n a l m e n t e v a c í o , y s e p r e t e n d e a p l i c a r a t o d a s la s e c o n o m í a s q u e u t i ­
l i z a n e l d in e r o . E l c e n t r o d e l a n á lis is s o n la s s e ñ a le s e i n c e n t i v o s p r o p o r c io n a d o s p o r e l
c o n t e x t o d e l m e r c a d o ; e l p u n t o q u e K e y n e s q u ie r e e s t a b l e c e r e s q u e e n u n a e c o n o m í a
q u e u t i l i z a e l d in e r o , i n c l u s o l o s m e r c a d o s c o m p e t i t i v o s q u e f u n c i o n a n p le n a m e n t e n o
a p o r ta n la s s e ñ a le s y l o s i n c e n t i v o s p a r a p r o p o r c io n a r a u t o m á t i c a m e n t e u n f l u j o s u f i ­
c i e n t e d e i n v e r s ió n . P o r c o n t r a s t e , e l c e n t r o d e l a n á l i s i s d e K a l e c k i n o s o n l a s s e ñ a l e s

15. Habría que destacar que Keynes y K a l e á i construyeron teorías de la inversión bastante diferentes.
Keynes estaba claramente más interesado en las decisiones de inversión individuales, especialmente en
circunstancias de incertidumbre fundamental. Kalecki, en cambio, se interesaba en las fluctuaciones
agregadas de ia inversión. El trabajo de K alectí sobre ios ciclos muestra su interés por los movimien­
tos cíclicos de la actividad económica en relación con el comportamiento de fas empresas y el cambio téc­
nico. Esto no se refiere a las decisiones individuales y ciertamente tampoco a las diversas maneras en
que los agentes individuales perciben y responden a un ambiente incierto. Debido a estos puntos de par­
tida alternativos, los temas importantes son radicalmente diferentes. Para Keynes, los temas son: incer­
tidumbre, expectativas y preferencia por la liquidez; Kaleced:i son: poder de mercado de las empresas,
beneficios y participaciones en la renta nacional. Dentro de estos enfoques distintos, los costos de finan­
ciación son cruciales ^para el punto de vista keynesiano porque el poderresideen el mercado, mientras que
la explicación de Kalecki se limita al capital financieroporqueel poder reside en las empresas. Esta dis­
tinción puede considerarse como equivalente a las visiones alternativas del dinero.
16. Siguiendo a Kaldor, algunos postkeynesianos, han continuado tratando la preferencia por la liquidez
de una manera que es antitética respecto a la concepción de Keynes, y porlo tanto han sostenido que la
preferencia por la liquidez es consistente con la visión kaleckiana del crédito monetario. Véase Lavoie
(1996).
SOBRE LA COHERENCIA DE LA ECONOMÍA POSTKEYNESIANA 703

e i n c e n t i v o s p r o p o r c io n a d o s p o r l o s m e r c a d o s s in o e l c o m p o r t a m ie n t o d e l a s e m p r e ­
s a s m o n o p o l í s t i c a s in t e n t a n d o a c u m u la r c a p i t a l . S o n l a s d e c i s i o n e s d e e s t a s e m p r e s a s
l a s q u e e s e n c i a l m e n t e d e t e r m in a n l o s r e s u l t a d o s q u e p r e d o m in a n e n l o s m e r c a d o s . E l
s is te m a fin a n c ie r o re s p o n d e a la s d e m a n d a s d e l m o n o p o lio c a p ita lis ta . E l c o n tr a s te
e n t r e K e y n e s y K a l e c k i e n .e s t e t e m a p a r e c e r í a s e r r e a lm e n t e m u y s i g n i f i c a t i v o .
L a m a y o r p a r t e d e la t e o r í a m o n e t a r ia r e c i e n t e d e s a r r o l la d a p o r l o s p o s t k e y n e s i a -
n o s p a r e c e s e g u i r e l e s q u e m a d e K a l e c k i , p a r a e l c u a l e l d in e r o t e n í a u n a i m p o r t a n ­
c i a s e c u n d a r i a , m á s q u e e l d e K e y n e s , p a r a q u ie n é s t e e r a f u n d a m e n t a l ( v e r , p o r
e j e m p l o , A r e s t i s , 1 9 8 8 ) 17- S e t r a ta fu n d a m e n t a l m e n t e d e u n a a p l i c a c i ó n a l s e c t o r f i n a n ­
c i e r o d e l a t e o r í a a c e r c a d e l a s g r a n d e s e m p r e s a s q u e e s t a b l e c e n e l p r e c io d e l o s s e r ­
v i c i o s f i n a n c i e r o s c o n u n m a r g e n s o b r e lo s c o s t e s ; e l in p u t c l a v e o c o s t e e s e l p r e c io
a l c u a l lo s fo n d o s e s tá n d is p o n ib le s e n e l b a n c o c e n t r a l. E s t o e s b á s ic a m e n t e k a le c -
k i a n o , y n o p o r q u e e l d in e r o e n d ó g e n o s e a u n a h i p ó t e s is m á s r a z o n a b le p a r a u n s is t e m a
c a p it a lis t a m o d e r n o y d e s a r r o lla d o , s in o p o r q u e e s tá c o n s t r u id o p a r a r e s p o n d e r m á s
a l a s p r e g u n t a s p l a n t e a d a s p o r K a l e c k i q u e a l a s p la n t e a d a s p o r K e y n e s . L a s c a r a c t e ­
r í s t i c a s d e u n s is t e m a f i n a n c i e r o m o d e r n o , i n c l u y e n d o l a e n d o g e n e i d a d d e l a o f e r t a
m o n e t a r i a , n o s o n n e c e s a r ia m e n t e c o n t r a r ia s a l m a r c o k e y n e s i a n o ; l a s i d e a s t e ó r i c a s
d e K e y n e s s im p le m e n t e e x ig e n q u e s e fo r m u le l a p r e g u n ta a c u a lq u ie r s is t e m a fin a n ­
c ie r o particular a c e r c a d e s i e s p r o b a b l e q u e l a s o p e r a c io n e s n o r m a le s p a r a a d a p t a r
l o s o b j e t i v o s d e l i q u i d e z d e l o s a g e n t e s a lt e r e n la s c o n d i c i o n e s e n l a s q u e la s e m p r e ­
s a s p u e d e n e fe c t u a r n u e v a s in v e r s io n e s . É s t a n o e s u n a c u e s t ió n q u e l a te o ría m o n e ­
t a r ia p o s t k e y n e s ia n a s e h a y a p la n t e a d o a m e n u d o 1^ L a t e o r ía m o n e t a r ia p o s t k e y n e s ia n a ,
e n s u in t e n t o p o r c o m b i n a r la s id e a s k e y n e s i a n a s y k a l e c k i a n a s r e s p e c t o d e l a n a t u ­
r a l e z a y e l p a p e l d e l d in e r o , d e s t r u y e l a e s e n c ia d e l e n f o q u e d e K e y n e s a u n q u e a f i r m a
q u e s e lo h a a p r o p ia d o .
N u e s t r a c o n s i d e r a c i ó n s o b r e e s t a s c o r r ie n t e s d e l p e n s a m i e n t o p o s t k e y n e s i a n o n o s
l l e v a a c o n c l u i r q u e e s d i f í c i l e n c o n t r a r u n a p o y o s u b s t a n c i a l p a r a a f ir m a r q u e e x i s t e
u n a c o h e r e n c i a t e m á t i c a I n c l u s o a q u í h a y d i f e r e n c i a s f u n d a m e n t a l e s q u e p r o v ie n e n
d e la s p e r s p e c t i v a s a lt e r n a t iv a s a s o c i a d a s a K e y n e s , K a l e c k i y S r a f f a .

7. C o n c l u s io n e s

H e m o s a r g u m e n ta d o q u e la a fir m a c ió n r e ite r a d a d e q u e l a e c o n o m ía p o s t k e y n e s ia n a
r e p r e s e n t a u n a e s c u e l a d e p e n s a m i e n t o a lt e r n a t i v a a l a o r t o d o x i a n e o c l á s i c a m á s q u e
u n a v a g a a s o c ia c ió n d e a lg u n o s o p o n e n te s d e e s t a o r t o d o x ia , n o h a s id o e s t a b le c id a .
P a r a s u s t a n t iv a r e s t a a f i r m a c i ó n , u n a c ie r t a n o c i ó n d e c o h e r e n c i a e s n e c e s a r ia , y é s t a n o
h a s i d o p r o p o r c i o n a d a . U n a c o m p a r a c i ó n c o n o t r a s e s c u e la s d e p e n s a m i e n t o c o n o c i ­
d a s s u g ie r e q u e a l o s p o s t k e y n e s ia n o s l e s f a l t a u n c o n ju n t o c o m ú n d e f u n d a m e n t o s . L a
id e a d e q u e p o d r ía s e r c o h e r e n te e n t o m o a u n e n fo q u e m e t o d o ló g ic o e s p e c ífic o ta m ­
b i é n f u e r e c h a z a d a e n r a z ó n d e l a i n c o m p a t i b i l i d a d d e l a s d iv e r s a s p o s i c i o n e s m e t o ­
d o ló g ic a s a d o p ta d a s . A s ím is m o , lo s p r o g r a m a s d e in v e s tig a c ió n q u e c o m p ite n e n tr e s í
s u g i e r e n q u e e s d i f í c i l d e f i n i r e l p o s t k e y n e s i a n i s m o a lr e d e d o r d e u n p r o g r a m a c o n -

17. Por supuesto, aquellos autores que representan el ala keynesiana, tales como Chick y Dow, constitu­
yen excepciones en este aspecto.
J 8. Sin embargo, ver Wray (1992) para una visión que simpatiza con nuestra posición.
704 CRÍTICA A LA ECONOMfA ORTODOXA

junto. Finalmente, la afirmación de coherencia en las diversas temáticas específicas


también ha sido cuestionada a la vista de la tensión, y a veces contradicción, entre los
marcos analíticos, en particular los de Keynes y Kalecki.
Además, hemos sostenido que el deseo de construir una alternativa completa ha
llevado a intentos de síntesis equivocados. Una afirmación implícita de este artículo
es que la síntesis no es apropiada, al menos por ahora. L a elaboración de una síntesis
postkeynesiana general no es un enfoque metodológico útil; parece entrar en conflic­
to tanto con el deseo de pluralismo como con la diversidad metodológica. Es más, si la
coherencia se busca a través de la síntesis, parecería que esto derivaría inevitablemente
en una batalla innecesariamente destructiva para la posición predominante.
El desarrollo de una concepción alternativa de coherencia podría ser una estrate­
gia más apropiada para los postkeynesianos qúe desean establecer el postkeynesianis-
mo como una escuela de pensamiento; pero esto, como ya hemos señalado, implicaría
una investigación mucho más detallada del sentido y papel de la coherencia Cuando esto
se haya logrado, los postkeynesianos estarán en una posición mucho más fuerte para
desafiar la teoría neoclásica predominante.

A g r a d e c im i e n t o s ..... .
Los autores agradecen a los participantes en la reunión del grupo de estudio postkey- • • ^ V v .:-V

nesiano financiado por E S R C , en U C L , mayo de 1995, y la Conferencia M alvem para


la R e v ie w o f P o lit ic a l E c o n o m y , agosto de 1995, por sus comentarios. Les gustaría
agradecer especialmente a Vicki Chick, Pat Devine, M arc Lavoie, Malcolm Sawyer e
Jan Steedman por sus comentarios (y en algunos casos discusiones útiles) sobre ver­
siones previas de este artículo. Además, estarnos muy agradecidos a G e o ff Harcourt iiii
por sus comentarios detallados y a un referee anónimo de esta revista. Los errores aún
presentes son responsabilidad de los autores. :®8il
11
BIBLIOGRAFÍA üi
« i!
ANDREWS, P. W . S. (1949). Manufacturing Business. L o ndres: M a c m illa n . I Ii':-".'.'
I
ARES'Í1S, P. (1988). «P ost-K eyn esian theory o f m oney, credit and fin a n ce » . E n : P. A restis (ed.).
Post-Keynesian Monetary Economics. A ldershot: Edw ard E lgar. ......®
— . (1992). The Post-Keynesian Approach to Economics. A ld ersh o t: Edw ard Elgar.
AslMAKOPOULOS, A . (1983). « K a le c k i and Keynes on finance, investrnent and savíng».Cambridge
Journal o f Economics, setiem bre-diciem bre. ••-I:-
B aran , P. A .; Sweezy , P. M . (1966). Monopoly Capital. N u evaY o rk: M R P .
BRASKAR, R (1978). A Realist Theory of Science. B righto n : Harvester.
— . «R e alism » . En: B o ttom ore, T . (ed.). A Dictionary ofMarxist Thought. 2 ed. O xford : B asil
B la c k w e ll.
Bortjs, H . (1996). Institutions, Behaviour and Economic Theory. C a m b rid ge , C .U .P .
C aidw ell , B . (1982). Beyond Positivism: Economic Methodology in the Twentieth Centuiy.
Londres: A lie n and U n w m .
C a id w ell , B . J . (1989). «P o st-K ey n esian m e th o d o lo gy: an assessm ent». Review o f Political
Economy, m arzo. •
C hick , V . (1995). « Is there a case fo r P o st K eynesian eco n o m ics». Scoltish Journal of Political
Economy, 4 2 ,1 , p. 20-36.
SOBRE LA COHERENCIA DE LA ECONOMÍA POSTKEYNES1ANA 705

CoDDlNGlON, A. (1983). Keynesian Economics: The Search for First Principies. Londres: George
Alien and Unwin.
D avidson , P. (1991). Controversies in Post Keynesian Economics. Aldershot: Edward Elgar.
Dow , S. C. (1985). Macmeconomic Thought: A Methodological Approach. Oxford: Basil
Biackwell. ,
D IT f, A.(l 988). «Competition, monopoly power and the prices o f production». Thames (Papers
in Political Economy, otoño, p. 1-29.
E ichner , A. S. (1986). Towards a New Economics: Essays in Post-Keynesian andlnstitutionalist
Theory. Londres: Macrnillan, ^Arark (NY): M .E. Sharpe (1985).
E ichner , A . S .; K R E G E L , J. A . (1975). «An essay on post-Keynesian theory: a new paradígrn in
econornics». Journal of Economic Uterature, diciembre.
G e rrard , B . (1995). «Keynes, the Keynesians and the classícs: a suggested interpretation».
Economic Journal, 105, p. 429.
H alevj, I.; KRJESLER, P. (1991). «Kalecki, classical economics and the surplus approach». Review
of Political Economy, 3, l.
H am ouda ; O . F.; H arcourt , G . C . (1988). «Post-Keynesíanism: from criticisrn to coherence?»
Bulletin o f Economic Research, enero; reeditado en: J. Pheby (ed.) 1989).
H arcou rt , G . C . (1995). Capitalism, Socialism and Post Keynesianism. Aldershot: Edward
Elgar.
HiLFERDiNG, R. (1981). Finance Capital. Routledge & Keganpaul. {Original: Finanz Kapital,
1910).
KALDOR, N. (1996). Causes of Growth and Stagnation in the World Economy, Cambridge, C.U.P.
KALECKJ, M . (I937a). «A theory o f the business cycle». Review o f Economic Studies, 5.
— . (1937b). «The principie ofincreasing risk». Economica, noviembre.
— . (1954). Theoiy of Economic Dynamics. Londres: George Alien & Unwin.
— . (1968). «Trend and business cycles re-considered>>. Economic Journal, 78, vol. 2.
K e yn e s , J . M . (1967). The general theory o f ernployment. Quarterly Journal of Economics,
febrero.
— . (1973). The General Theory of Employment, Interest and Money. Macrnillan and the
Cambridge University Press for the Royal Econornic Society.
K riesler , P. (1987). Kalecki's Microanalysis. Cambridge: Cambridge University Press.
L avoie , M . (1992). Foundations of Post-Keynesian Economic Analysis. Aldershot: Edward Elgar.
— . (1996). «Horizontalism, structuralisrn, liquidity preference and the principie of increasing
r is h . Scottish Journal of Political Economy, 43, 3.
L awson , T. (1989). «Abstraction, tendencies and stylised facts: a realist approach to economic
analysis». Cambridge Joumal of Economics, 13.
— . (1994). «The nature of Post Keynesianism and its links to other traditions: a realist pers-
pective». Journal of Post Keynesian Economics, 14, 4.
MAJNWARING, L . (1992). «Steedman’s critique: a tentative response». Review o f Political Economy,
4 ,2 .
M a k i , U . (1989). «On the problern o f realísrn in economics». Ricerche Economiche, 43, 1-2.
Reeditado en: B . Caldwell (ed.). The Philosophy and Methodology o f Economics, Worcester:
Edward Elgar.
— . (1992). «The market as an isolated casual process: a metaphysical ground for realism». En:
B . Caidw ell; S. Boehm (eds.) Austrian Economics: Tensions and New Directions.
Boston/Dordrech^fondres: KluwerAcademic Pubüshers.
M eans , G . C . (1939). The Structure of /he American Economy. Parte I: Basic Characteristics.
Washington D C : GPO.
— . (1972). «The administered-price thesis reconfirrned». The American Economic Review, 62,
junio, p. 292-306.
706 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

O ’ D riscoll , G . P ; R i z z o ., M . ( 1 9 8 5 ). The Economics of Tíme and ¡gnorance. O x f o r d : B a s il


B ia c k w e ll.
Popper, K . R. (1979). Conjectures andRefutations. L o n d re s : R o u t le d g e .
— . (1 9 8 3 ). Realismand theAim ofScience. L o n d r e s : H u tc h in s o n .
SARDONi, C . (1987). MarxandKeynes on Economic Recession The Theory of Unemployment and
Effective Demand. B r ig h to n , S u s s e x : W h e a t s h e a f B o o k s .
SAW YER, M . C . (1982). Maciveconomics in Question The Keynesian-Monetarist Orthodoxies and
the Kaleckian Altemative. B r ig h to n , S u s s e x : W h e a t s h e a f B o o k s .
— . (1985). The Economics ofMichal Kalecki. L o n d r e s : M a c m illa n .
S ^ E M E R , W . (1982). « T h e o rie s o f co m p e titio n and m o n o p o ly » . Capital and Class, 18, in v ie rn o .
S teedman , I . (1992). « Q u e s tio n s f o r K a le c k ia n s » . Review ofPolhical Economy, 4,2.
S T E IN D L, J . (J 952). Maturity and Stagnation inAmerican Capitalism. N u e v a Y o r k : M o n t h ly
R e v ie w P ress.
SWEEZY, P. M . (1942). The Theory of Capiialist Development. N e w Y o r k : O . U .R
W R A Y, R . (1992). « A lte m a tiv e theories o f the rate o f ¡nterest». CambridgeJoumal ofEconomics, 16.
C R ÍT 1C A A L A E C O N O M ÍA O R T O D O X A 7 0 7 -7 2 5

L a e c o n o m ía p o s tk e y n e s ia n a y s u s c r ític o s *

P h ilip A r e s t i s , S t e p h e n P. D u n n y M a l c o m S a w y e r

L a e c o n o m ía p o s t k e y n e s ia n a h a s id o c r it ic a d a r e c ie n t e m e n t e p o r W a l t e r s y Y o u n g ( 1 9 9 7 )
e n u n a r t íc u l o e n e l S c o ttish J o u r n a l o f P o litic a l E c o n o m y ' * * . A r g u m e n t a n q u e , a d i f e ­
r e n c ia d e l o q u e a f i r m a n r e p e t id a m e n t e s u s p a r t i d a r i o s , l a e c o n o m í a p o s t k e y n e s i a n a
: c o m o a lt e r n a t iv a a [a o r t o d o x i a n e o c l á s i c a n o h a s id o a d e c u a d a m e n t e e s t a b l e c id a , y q u e
a la e c o n o m ía p o s t k e y n e s ia n a le fa lta n u n c o n ju n to d e b a s e s c o m u n e s y u n a m e t o d o lo -
: g í a e s p e c í f i c a . L a c r ít i c a c o n s t r u c t iv a s i e m p r e e s b i e n v e n i d a p a r a c u a lq u i e r c o r p u s d e
p e n s a m ie n t o , p a r t ic u la r m e n t e s i é s t e e s a c t i v o y e v o l u c i o n a a n t e u n o s t e m a s e c o n ó m i ­
c o s , c ir c u n s t a n c ia s y e x p e r i e n c i a s c a m b i a n t e s . S i n e m b a r g o , n o s o t r o s a f i r m a m o s q u e a
;v ■
■ lo s a r g u m e n t o s d e W a l t e r s y Y o u n g l e s f a l t a c o h e r e n c i a y q u e s u p o n e n c o n s i d e r a b l e s
■ m a l e n t e n d i d o s y u n a e r r ó n e a in t e r p r e t a c i ó n d e l a e c o n o m í a p o s t k e y n e s i a n a . L o q u e
s u g e r i m o s e s q u e W a l t e r s y Y o u n g ig n o r a n c o m p l e t a m e n t e v a r ia s c o n t r i b u c i o n e s b á s i-
;:: ; c a s , im p o r t a n t e s y c l a v e s . A l h a c e r e s t o , n o a f ir m a m o s q u e l a e c o n o m í a p o s t k e y n e s i a -
: : n a s e a totalm en te c o h e r e n t e ( e n e l s e n t id o d e u n c o r p u s a n a l í t i c o b i e n e s t a b l e c i d o y
> m u t u a m e n t e c o n s is t e n t e - o a l m e n o s n o in c o n s i s t e n t e - ) , n i q u e e l a n á l is is d e l a e c o n o ­
m ía p o s t k e y n e s ia n a s e a c o m p le t o . D e h e c h o , n in g u n a e s c u e la d e p e n s a m ie n to p u e d e
A A - a f i r m a r s e r 1 0 0 % c o h e r e n t e . E n r e a li d a d , n o s o t r o s m i s m o s h e m o s e x p l o r a d o a lg u n a s
d e la s d ife r e n c ia s d e n tro d e la e c o n o m ía p o s t k e y n e s ia n a (p . e j. S a w y e r 1 9 9 5 : c . 3 ;
A r e s t i s , 1 9 9 2 , 1 9 9 6 a ) , p e r o s í a f i r m a r í a m o s q u e d if e r e n t e s c o r r ie n t e s d e n t r o d e l a e c o ­
n o m ía p o s t k e y n e s ia n a ( e n g e n e r a l , a q u e l la s i d e n t if ic a d a s c o m o p r o c e d e n t e s d e K e y n e s ,
. K a l e c k i y l o s in s t i t u c io n a l ís t a s ) s o n c o h e r e n t e s . E s e n e s t e s e n t id o q u e r e c ie n t e m e n t e
.............. a f i r m a m o s q u e l a e c o n o m í a p o s t k e y n e s i a n a t ie n d e a l a c o h e r e n c i a , y q u e u n a d e l a s
c a r a c t e r í s t ic a s c e n t r a le s e s e l p a p e l d e l a d e m a n d a a g r e g a d a e n e l c o n t e x t o d e u n a e c o ­
n o m ía m o n e t a r ia d e p r o d u c c ió n ( A r e s t i s , 1 9 9 6 a ) . N o o b s t a n t e , l a c o h e r e n c i a e s u n c r i-
. t e r io p o t e n c i a l m e n t e ú t il p a r a c l a s i f i c a r y / o e v a lu a r c u a lq u i e r e s c u e la d e p e n s a m i e n t o .
P r o s e g u im o s a n a l iz a n d o o c h o t e m a s u t i l i z a d o s p o r W a lt e r s y Y o u n g e n s u a t a q u e a
la e c o n o m ía p o s t k e y n e s ia n a . E s t o s s o n : la fa lt a d e u n t e m a o r g a n iz a d o r c e n t r a l y d e

* Publicado en: A restis, Philip; Dunn, Stephen P.; Saw yer, M alcom . «PostK eyn esian econom ics and its
critics». Journal ofPosl Keynesian Economics, v o l. 2 ¡ , núm. 4 , verano 1999, p. 527-549. Traducción:
. Gem m a G ald on.
l. El Scollislt Joumal of Political Economy contestó a nuestra petición d e responder plenamente a los c n -
ticos ofreciéndonos la publicación de una pieza corla (Arestis, Dunn y Saw yer, 1999). E l presente artí­
culo es una versión sustancialmenle ampliada de ese artícu!o. Dam os las gracias a Victoria C h ick , Sheila
D ow , G e o ff Harcourt y Tony Law son por sus comentarios sobre un borrador anterior, y a PaulD avidson
■ por sus comentarios sobre diferentes versiones de este artículo. \
:'í:;>./
** N ota de los editores: Tam bién hemos publicado la traducción de este artículo en las p . 685-7(l() óe este >
volum en. . . .í
708 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

coherente; aspectos m etodológicos; expectativas, incertidumbre y tiempo; estructura


de mercado y naturaleza de los precios; el análisis postkeynesiano del dinero; la apro­
xim ación postkeynesiana a la política económ ica; la relación entre la obra de K alecky
y la de Keynes; y la econom ía postkeynesiana y los neoricardianos.

l. L a f a l t a d e u n t e m a o r g a n iz a d o r c e n t r a l y d e c o r r e n c i a

Walters y Young alegan que «la idea frecuentemente expresada (ver Law son, 1994) de
que los postkeynesianos están unidos por su oposición a la teoría neoclásica es insu­
ficiente para proporcionar una visión de lo que es el postkeynesianismo o de cóm o se
relaciona con otros enfoques no ortodoxos» (p. 690). Esto supone establecer un hom ­
bre de paja, en el sentido de que nadie afirmaría que la oposición a X puede establecer
lo que es Z . Nosotros hemos advertido que «algunasveces se ha dicho que Ja caracte­
rística unificadora de Jos postkeynesianos es el rechazo de la econonúa n eoclásica»
(Sawyer, 1988: 1, cursivas nuestras), pero también que «la econonúa postkeynesiana ha
superado ya el importante cambio inicial de montar una crítica concertada de la economía
convencional» (A restis, 1996a: l l l ) . Aunque estaríam os de acuerdo con W alters y
Young en que <<el recitarla oposición a la ortodoxia no contribuye en nada a establecer
la naturaleza o las características del postkeynesianism o, com o una escuela de pensa­
miento diferenciada» (p. 690), el realizar esta afirm ación en el contexto de un debate
sobre la coherencia del postkeynesianism o parece suponer que los postkeynesianos
recitan regularmente la oposición a la econom ía neoclásica. U n a rápida ojeada a, por
ejem plo, el Journal o/Post Keynesian Economics o la asistencia a conferencias pos-
tkeynesianas revelaría rápidamente que se dedica m uy poco tiempo a recitar la oposi­
ción a la ortodoxia.
A diferencia de Walters y Young, nosotros afirm am os que existen temas c e n tra -'
les en la econom ía postkeynesiana que incluyen una preocupación por la historia, la
incertidum bre, los aspectos- distributivos y la importancia de las instituciones p o líti­
cas y económ icas en la determ inación del nivel de actividad en una econom ía (ver
A restis, 1996a). Pero el tem a principal central son las aportaciones clave de K eyn es
y K a le cld , específicam ente las que plantean que, en una econom ía m onetaria de pro­
ducción, el nivel de actividad económ ica es fijado por el nivel de la demanda efecti­
va, y que hay muy pocas razones para pensar que el nivel de demanda efectiva vaya
a ser coherente con el pleno em pleo. L a expansión de la demanda efectiva requiere
una extensión del crédito, lo que generalmente supone la creación de dinero. E l dine­
ro es visto com o creado endógenam ente por el sector privado «para satisfacer las
necesidades del com ercio». Se considera que el gasto en inversión ju ega un papel cru­
cial en la determ inación del nivel de dem anda efectiva. E s precisamente este papel
clave de la demanda efectiva en la determ inación del nivel de actividad económ ica
de una econom ía m onetaria de producción, lo que n iega la econom ía neoclásica, el
monetarismo en sus varias form as, la nueva m acroeconom ía clásica, la econonúa aus-
triaca y el nuevo keynesianism o. Adem ás, el desem pleo observado en las econom ías
industrializadas avanzadas se tom a com o una prueba prim afacie de este argumento.
M ien tras que W alters y Y o u n g m encionan estas contribuciones más adelante en el
contexto de un debate sobre la incertidumbre fundamental (p. 699), parecen olvidar­
las en el resto del artículo.
L A E C O N O M ÍA P O S T K E Y N E S IA N A Y S U S C R ÍT IC O S 709

Walters y Young (p. 690) afinnan que «no existe “ unidad de análisis” específica»
en la economía postkeynesiana. Claramente, la economía postkeynesiana no se basa
en el individualismo metodológico. Una respuesta postkeynesiana a la idea de que la
macroeconomía debe tener una base microeconómica es que la microeconomía debe
también tener una base macroeconómica. L a obra de Kalecki y Keynes deja claro que
la economía postkeynesiana siempre tuvo una base microeconómica (aunque fueran
algo distintas). E l análisis postkeynesiano Qunto con algunos otros) pretende enlazar el
comportamiento individual, organizativo y sistémico. Los individuos toman sus pro­
pias decisiones sobre qué comprar, cuánto trabajo ofertar, etcétera, pero lo hacen en
un contexto de esfuerzos de ventas, de disponibilidad de crédito, del nivel de deman­
da agregada, de normas sociales, etcétera, lo que implica que «ninguna persona es una
isla», más que que «no existe una cosa com o la sociedad».
L a perspectiva postkeynesiana sobre estos temas ha sido bien resumida por Chick
(1995), quien afirma que la relación entre las preferencias y las decisiones individua­
les y los agregados es compleja. Prosigue explicando que:

a) L a E P K [E c o n o m ía P o s tk e y n e s ia n a ] resp e ta l a n e c e s id a d d e te o r ía s d e la a c c ió n
in d iv id u a l b ie n d e sa rro lla d a s. N o o b s ta n te , d o s d e la s c o n c lu s io n e s m á s im p o rtan tes
d e K e y n e s , la p a ra d o ja d el ah o rro y la in e fic ie n c ia d e lo s r e c o rte s salaria le s p ara res­
taurar e l p le n o e m p le o , re s u lta n d e la o p e r a c ió n d e la fa la c ia d e la c o m p o s ic ió n . E l
tod o e s a v e c e s m e n o s y a v e c e s m á s q u e la s u m a d e las p artes. L a s a c c io n e s in d iv i­
d u a le s tie n e n c o n s e c u e n c ia s m a c r o e c o n ó m ic a s in in te n c io n a d a s .
b ) L a c o n s e c u e n c ia e s q u e e l in d iv id u a lis m o m e t o d o ló g ic o , q u e su p o n e q u e e l c o n o ­
c im ie n to d el co m p o rta m ien to a to m iz a d o e s s u fic ie n te para co n stru ir resultados m acro -
e c o n ó m ic o s , e s re c h a z a d o .
c) L o s P K r e c h a z a n el a to m is m o e n fa v o r d e una c o n c e p c ió n d e la s a c c io n e s in d iv i­
d u a le s c o m o s o c ia lm e n te c o n d ic io n a d a s o co n tin g e n te s . P o r lo ta n to ,
- la s c o n v e n c io n e s ju e g a n un p a p e l im p o rta n te ;
- la a g r e g a c ió n e n g r u p o s c o n in te r e se s, lim ita c io n e s o c o n v e n c io n e s sim ila re s
e s tan to p a s ib le c o m o , p ara a lg u n o s p ro p ó s ito s , e fic ie n te .
d ) H a b ie n d o a c e p ta d o la v a lid e z d e l a a g r e g a c ió n p o r g r u p o s d e in te r é s , e s p o s ib le
a n a liz a r e l c o n flic to e ntre g r u p o s y su r e s o lu c ió n . L o s P K co n sid e ra n q u e ésta e s u n a
t a r e a im p o rtan te . p . 26 .

:iL •' • '


Walters y Young afirman que el enfoque que supone interacciones individuales y
sociales a varios niveles «en sí mismo, no proporciona ninguna teoría característica
del acto económico» (p. 690). Sin embargo, existe una teoría así desarrollada por los
postkeynesianos que puede ser descrita como la concepción transformadora de la
agencia humana. En esta concepción, «los individuos re p ro d u c en o tra n sfo rm a n la
estructura social que, en el momento de cualquier acto individual, sólo puede ser tra­
tada corno algo dado [ ... ] la acción humana en total siempre es reproductora/trans-
formadora» (Lawson, 1994: 520, cursivas nuestras). Además, <da toma crucial de
decisiones económicas, por definición, asegura que las variables económicas que
interfieren en el entorno del que toma las decisiones no son ahistóricas. Las decisio­
nes cruciales crean un nuevo futuro» (Davidson, 1989: 153). Existe una concepción
organicista (más que atomística) del acto económico. Por ejemplo, «una visión orgá­
nica del proceso económico toma una visión más compleja de la naturaleza humana
710 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

y d e l c o m p o r t a m ie n t o i n d i v i d u a l , v i e n d o a lo s i n d i v i d u o s c o m o s e r e s s o c i a l e s » ( D o w ,
1 9 9 1 : 1 8 5 ).

W a lte r s y Y o u n g a fir m a n q u e « e l d e s e o d e c o h e r e n c ia e n e l p o s t k e y n e s ia n is m o
p u e d e . . . s e r c o n s i d e r a d o c o m o p a r t e d e l in t e n t o d e r e f l e j a r l a t e o r í a p r e d o m i n a n t e
p a r a e m u la r s u a l c a n c e » ( p . 6 8 7 ) . P r i m e r o , n ó t e s e q u e l o s p o s t k e y n e s i a n o s d u d a r ía n
d e l a lc a n c e d e la a p Jic a b ilid a d d e la te o r ía n e o c lá s ic a (s i é s ta s e id e n t if ic a c o n la c o n ­
v e n c i o n a l ) . L o s m i s m o s W a l t e r s y Y o u n g s e ñ a la n q u e D a v i d s o n ( 1 9 9 l a ) , e n p a r t ic u ­
la r , p a r e c e « c o n s i d e r a r a la t e o r í a n e o c l á s i c a c o m o u n c a s o e s p e c i a l d e J a p o s i c i ó n
p o s t k e y n e s i a n a m á s g e n e r a l , q u e a s u m e l a n e u t r a li d a d d e l d i n e r o y l a v a l i d e z d e l a
l e y d e Say>> ( p . 6 9 4 ) . K e y n e s ( 1 9 3 6 ) t it u ló l a Teoría general, l o q u e s e p u e d e e n te n d e r
c o m o q u e K e y n e s v e í a su t e o r í a c o m o l a g e n e r a l , d e la q u e e l e q u i l i b r i o d e p l e n o
e m p le o e r a u n c a s o e s p e c i a l. S e g u n d o , la e c o n o m ía n e o c lá s ic a s e p u e d e c o n s id e r a r
c o m p l e t a e n q u e s e p u e d e a f i r m a r q u e c u b r e t o d a s la s á r e a s d e u n a e c o n o m í a , p a r a
t o d o s l o s t ie m p o s y t o d o s lo s l u g a r e s . E s t o s e c o n s i g u e c o n s i d e r a n d o q u e t o d o s l o s
t ip o s d e m e r c a d o o p e r a n e s e n c i a l m e n t e d e la m is m a f o r m a , m ie n t r a s q u e e l a n á l i s i s
p o s t k e y n e s ia n o c o n s id e r a q u e lo s m e r c a d o s fin a n c ie r o s , d e tr a b a jo y d e p r o d u c to s
f u n c i o n a n d e f o r m a s b a s t a n t e d if e r e n t e s . T e r c e r o , n o s o t r o s n o a f i r m a m o s q u e e l p o s t ­
k e y n e s ia n is m o s e a c o m p l e t o e n s u c o b e r t u r a : p o r e je m p lo , e l p o s t k e y n e s ia n is m o h a t e n i­
d o p o c o q u e d e c i r s o b r e la s r e l a c i o n e s d e p r o d u c c i ó n y d e e m p l e o y e l c a m b i o
t e c n o ló g ic o . E s n e c e s a r io c o m p le ta r e l a n á lis is p o s tk e y n e s ia n o c o n o tr o s v a r io s , y
e x i s t e n á r e a s q u e a ú n e s t á n s u b d e s a r r o lla d a s o n e c e s i t a n s e r d e s a r o l l a d a s ( v e r A r e s t i s ,
1 9 9 6 a : 1 3 0 p a r a m á s d e t a l le s ) .

2. A s p e c t o s m e t o d o l ó g ic o s

W a lt e r s y Y o u n g ( p . 6 8 8 ) s o n c r ít i c o s c o n l a a c e p t a c i ó n p o s t k e y n e s i a n a d e m á s d e u n a
m e t o d o l o g í a , y a f i r m a n q u e « [ d e s a f o r t u n a d a m e n t e .. . l o s p o s t k e y n e s i a n o s h a n r e c u ­
r r id o , c a s i d e f o r m a e x c l u s i v a , a l r e a l i s m o e n u n in t e n t o d e e v a l u a r l a s t e o r í a s e n b a s e
a s u r e a l i s m o “ d e s u p e r f i c i e '’, s in p r e s t a r a t e n c i ó n a l m é t o d o u t i l i z a d o o a l a s in t e n ­
c io n e s d e la te o r ía c o n c r e ta » (p . 6 8 9 ). U n a e s c u e la d e p e n s a m ie n t o p u e d e s e r u n i f ic a ­
d a p o r u n a p e r s p e c tiv a m e to d o ló g ic a c o n c r e ta . D e h e c h o , e s te e s u n a rg u m e n to c o m ú n
e n tr e lo s p o s t k e y n e s ia n o s ( C h i c k , 1995; L a w s o n , 1 9 9 4 ; D o w , 1 9 9 5 ). A r g u m e n t a n q u e
lo q u e c a r a c te r iz a a lo s p o s t k e y n e s ia n o s e s u n m é t o d o y u n a v is ió n d is t in t iv a . W a lte r s
y Y o u n g ( p . 6 9 0 ) s o s t i e n e n , sin e m b a r g o , « q u e e x i s t e n , d e h e c h o , e s t r a t e g i a s m e t o d o ­
ló g ic a s s ig n ific a t iv a m e n t e diferentes y mutuamente incompatibles» . I d e n t i f i c a n tre s
e n f o q u e s m e t o d o l ó g i c o s p o s t k e y n e s ia n o s y c o n tr a s t a n e l r e a li s m o c r í t i c o , e x p u e s t o p o r
L a w s o n ( l 9 9 7 ) , c o n e l m é t o d o b a b i l ó n i c o d e D o w ( 1 9 8 5 , 1 9 9 0 ) y « la m e t o d o l o g í a
g e n e r a l i z a d o r a ... a s o c i a d a m á s e s t r e c h a m e n t e c o n D a v i d s o n » . S i n e m b a r g o , v i r t u a l ­
m e n t e , t o d a s u d i s c u s i ó n e s t á r e l a c i o n a d a c o n lo s d o s p r i m e r o s , p o r l o q u e c o n t i n u a ­
r e m o s e n e s t e s e n t id o . E s b o z a m o s b r e v e m e n t e la s d o s p r i m e r a s m e t o d o l o g í a s p a r a v e r
s i, e n e s e n c i a , s o n in c o m p a t i b l e s .
E l r e a li s m o c r í t i c o a c e p t a l a e x i s t e n c i a d e u n m u n d o m a t e r i a l i n d e p e n d i e n t e d e l o s
p e n s a m ie n to s y la c o n s c ie n c ia d e lo s in d iv id u o s ( L a w s o n , 1 9 9 7 ). P r o p o n e u n a o n to -
lo g ía d ife r e n c ia d a y d e fie n d e u n m é t o d o e s p e c í fic o , la r e t r o d u c c ió n , p a r a e s t a b le c e r
c o n o c im ie n t o s o b r e e l m u n d o (y s u c o n te n id o ) , q u e s e p r e s u m e q u e e x is t e . L a r e tro ­
d u c c i ó n , q u e n o e s n i d e d u c t i v a n i i n d u c t i v a , im p l i c a q u e e l a n á l i s i s p r o c e d e d e f e n ó -
LA ECONOMÍA POSTKEYNESIANA Y SUS CRÍTICOS 711

m e n o s m a n i f i e s t o s h a c i a la s e s t r u c t u r a s « p r o f u n d a s » . C o m o r e s u l t a d o , l a s a b s t r a c c i o ­
n e s d e b e n s e r a p r o p i a d a s y r e l a c i o n a d a s c o n e s t r u c t u r a s r e a le s ( y n o c o n s t r u c c i o n e s
a r t i f i c i a l e s ) y c o n l o e s e n c i a l ( a u n q u e n o n e c e s a r ia m e n t e l o m á s g e n e r a l) . L a t e o r i z a ­
c ió n r e a lis t a s u p o n e i r d e lo s fe n ó m e n o s s u p e r fic ia le s h a s t a l o s m e c a n is m o s c a u s a l e s m á s
p r o f u n d o s . S i n e m b a r g o , e s t a s e s t r u c t u r a s m á s p r o f u n d a s n o s o n e n n i n g ú n s e n t id o
n a t u r a le s o i n m u t a b l e s . M á s b i e n , s e p r o p o n e u n a v i s i ó n e s p e c í f i c a d e l a a c t u a c i ó n
h u m a n a b a s a d a e n l a in t e n c i o n a l id a d d e l o s a g e n t e s ( e c o n ó m i c o s ) y s u c a p a c i d a d t r a n s ­
f o r m a d o r a . C o m o t a l e s , l o s r e a li s t a s c r í t i c o s t r a t a n c o n u n a o n t o l o g í a e s t r u c t u r a d a y ,
s in e m b a r g o , d e s is t e m a a b i e r t o , y n o c o n u n a o n t o l o g í a d e s is t e m a c e r r a d o q u e p u e d e
u t i l i z a r s e p a r a d e s c r i b i r l a e c o n o m í a c o n v e n c i o n a l . P a r a a y u d a r a l a r g u m e n t o s u b s i­
g u i e n t e , h a r e m o s u n a b r e v e d ig r e s ió n p a r a c o n s id e r a r l a d i s t in c i ó n e n tr e s i s t e m a s a b ie r ­
to s y c e r r a d o s . ■
L a w s o n ( 1 9 9 4 , 1 9 9 5 a , 1 9 9 7 ) a f i r m a q u e la e c o n o m í a n e o c l á s i c a e s t á a p u n t a l a d a
p o r u n a f i l o s o f í a p o s i t i v i s t a t i p o H u m e , s e g ú n Ja c u a l l a r e a li d a d c o m p r e n d e l a c o n ­
ju n c ió n c o n s ta n te d e a c o n t e c im ie n t o s a to m iz a d o s - u n a p e r s p e c tiv a o n t o ló g ic a d e s is ­
t e m a c e r r a d o - . E n e s t e e n f o q u e , e l o b j e t i v o d e la c i e n c i a e c o n ó m i c a e s e l a b o r a r
r e g u la r id a d e s u n i v e r s a l e s d e a c o n t e c i m i e n t o s y p r o p o r c io n a r e x p l i c a c i o n e s t e ó r i c a s d e
l a f o r m a ( g e n e r a l ) « s ie m p r e q u e s e p r o d u z c a e l a c o n t e c i m i e n t o ( d e l t i p o ) X , e n t o n c e s
t e n d r á Ju g a r e l a c o n t e c im ie n t o ( d e l t ip o ) Y » . E s ta e s tr u c tu r a d e c ie n c i a s e d e d u c e
v a g a m e n t e d e d o s fo r m a s p a r t ic u la r e s d e c ie r r e - l a in t r ín s e c a y la q x t r f u s e c a - . L a
c o n d i c i ó n i n t r í n s e c a d e c ie r r e s e r e f i e r e a l a i n m u t a b i li d a d d e l f e n ó m e n o e n c u e s t i ó n
y p u e d e d e c ir s e q u e , a p r o x im a d a m e n t e , s u g ie r e q u e u n a c a u s a p r o d u c e s ie m p r e e l
m is m o e fe c t o . L a c o n d ic ió n e x tr ín s e c a r e q u ie r e q u e e l fe n ó m e n o e n c u e s t ió n s e a a is ­
la d o d e la s in f lu e n c ia s e x te r n a s y s e r e fie r e a la c o n d ic ió n d e q u e u n e f e c t o t ie n e la
m i s m a c a u s a . J u n t a s , e s t a s d o s c o n d i c i o n e s d e c i e r r e p e r m it e n u n a r e l a c i ó n d e t e r m i­
n a d a d e a c o n t e c i m i e n t o s r e g u l a r e s . E n c a m b i o , u n e n f o q u e d e s is t e m a a b i e r t o s o s ­
t ie n e q u e , e n g e n e r a l , l a s c o n d i c i o n e s d e c i e r r e n o s o n a p l i c a b l e s , d e b i d o a q u e e l
fe n ó m e n o e n e s t u d io e s o tr a n s m u t a b le y / o v in c u la d o o r g á n ic a m e n t e . C o m o r e s u lta ­
d o , in c l u s o c u a n d o se p u e d a n c o n s id e r a r a c o n t e c im ie n t o s r e g u la r e s e n e l á m b it o
s o c i a l , p u e d e n e x i s t i r d e b id o a l a in t e r a c c i ó n c o n t i n u a e n tr e e l a g e n t e r e f l e x i v o ( in t r ín ­
s e c o ) y la e s t r u c t u r a ; é s t a s r e g u l a r i d a d e s s e r á n p a r c ia le s y m u l t i f a c é t i c a s , y n o p r e ­
d e c ib le s n i u n iv e r s a le s .
W a lt e r s y Y o u n g , s i n e m b a r g o , s u b r a y a n v a r ia s d e f i c ie n c i a s ( p e r c ib id a s ) e n e l e n f o ­
q u e r e a li s t a c r í t i c o . S u g i e r e n q u e , m ie n t r a s e l e n f o q u e r e a li s t a c r í t i c o p u e d e l l e v a r a
u n a p o d e ro s a c r ític a d e la e c o n o m e tr ía p r e d ic tiv a ( L a w s o n , 1 9 9 5 b ), en s í m is m o « n o
r e s u e lv e n i, e n r e a li d a d , a l i v i a s u s t a n c i a l m e n t e l o s p r o b le m a s d e e v a l u a c i ó n d e l a t e o ­
r í a » ( W a lt e r s y Y o u n g : 6 8 8 ) . E s p e c í f i c a m e n t e , ¿ c ó m o s a b e u n o c u a n d o s e h a e n c o n ­
t r a d o c o n u n a e s t r u c tu r a c a u s a l « p r o f u n d a » ? E n e l m e j o r d e l o s c a s o s , a f i n n a n W a lt e r s
y Y o u n g , e l r e a lis m o c r ít ic o s ó lo p u e d e s e r e n te n d id o c o m o un m e d io d e e x p r e s a r , o
in te r p r e ta r , m á s q u e d e e v a lu a r , l a t e o r í a . A u n q u e e s t a s c r ít ic a s s o n b ie n v e n id a s , W a lt e r s
y Y o u n g s ó l o c o n s i g u e n d e s t a c a r a l g u n o s d e l o s p r o b le m a s ( in t r ín s e c o s ) d e l a t e o r i z a ­
c ió n e n s is t e m a s a b ie r t o s y d e e l u c i d a c i ó n d e las e s t r u c tu r a s t r a n s f o r m a d o r a s . L a s c r í"
t ic a s q u e W a lt e r s y Y o u n g e x p o n e n c o r r e s p o n d e n a la o n t o l o g í a d e l s is t e m a s o c i a l ( a s í ■
c o n s t it u id o ) y n o a l método d e l r e a li s m o c r í t i c o per se. A d e m á s , e x i s t e u n c o m p r o m i­
s o im p l í c i t o ( a u n q u e a m p l i o ) h a c ia la s t e o r í a s q u e p r e s u p o n e n a p e r t u r a e n e l ■ á ^ i f u ,
d e lo s o c i a l , s o b r e a q u e l la s q u e n o l o h a c e n .
712 C R ÍT IC A A L A E C O N O M ÍA O R T O D O X A

Walters y Young prosiguen discutiendo el método babilónico asociado a Dow (1985,


1990). El enfoque babilónico afinna la existencia de una realidad transmutable compleja
y vinculada orgánicamente, pareciendo así que rechaza todas las estructuras generales
te ó r ic a s globales. E l método babilónico, sugiere Dow, puede entonces considerarse _
una meta-metodología. Sin embargo, afirman Walters y Young, como el babilonismo,
igual que el realismo crítico, no proporciona ningún marco evaluativo para comparar
y contrastar metodologías y/o teorías que compiten entre sí, no puede ser considerado
como tal y, por lo tanto, no puede ser contrastado con otras metodologías. Se presen­
tan dos planteamientos contra este enfoque babilónico con respecto a la coherencia
metodológica del postkeynesianismo. E n primer lugar, el pluralismo y el holismo
expuestos por la perspectiva babilónica parecen estar en desacuerdo con la noción de
consistencia y coherencia. Sin embargo, aquí Walters y Young mezclan teoría con méto­
do. Debido a las complejidades y apertura del sistema social (la posición metodológi­
ca), el pluralismo al nivel de la teoría es aceptado (Dow, 1990). D e hecho, la discusión '
anterior acerca del realismo crítico implicaba que, en ausencia de un marco evaluativo
riguroso, el pluralismo en la teoría es muy probable (Lawson, 1994: 525-6). Además,
el método babilónico está predispuesto a la teorización en sistemas abiertos, ya que el
organicismo, un presupuesto central, imposibilita el cierre (p. ej., la condición extrín­
seca está ausente).
Se sigue un segundo argumento que esboza una tensión entre la complejidad irre­
ducible y la apertura asociada con el babilonismo y su incompatibilidad con la eluci­
dación de estructuras causales «profundas» asociadas con el realismo crítico. Sin
embargo, las estructuras causales «profundas» no son inmutables; en realidad, son
abiertas e indeterminadas, y no simultáneas con otros dominios de experiencia y acon­
tecimientos, y son, como tales, complejos. T al como se ha mencionado anteriormen­
te, el organicismo y el holismo, que D ow subraya como algo particular del método
babilónico, son razones específicas para la ausencia de cierre esbozada más arriba. D e
hecho, esto sugiere otra vinculación con el realismo crítico. A nivel general, a pesar
de las diferencias semánticas (que Walters y Young interpretan como diferencias sus­
tantivas), tanto el babilonismo como el realismo críti co suponen un compromiso con la
teorización en sistema abierto. N o son incoherentes.
Walters y Young sostienen que las metodologías babilónicas y del realismo crítico
son incompatibles con las otras tradiciones metodológicas, básicamente por dos razo­
nes. Primero, porque éstas aparentemente implican un modo de pensamiento cartesia­
no o positivista lógico que aparece como antitético a los enfoques babilónico y realista
crítico. Segundo, perque el método babilónico subraya explícitamente el problema de
construir teorías generales, lo que este enfoque aparentemente evita. Sin embargo, esto
ignora la consideración del estilo retórico de Keynes (intentando convencer a los par­
tidarios de la teoría ortodoxa de que están equivocados ocultando el verdadero conte­
nido revolucionario de la Teoría g en era l) y el paradigmático cambio de visión requerido
desde esta perspectiva. A l rechazar el axioma ergódico, el sistema de Keynes rechaza
el supuesto de la naturaleza inmutable de los fenómenos económicos a través del tiem­
po y exhíbe así una preocupación por la historia. Y , asumiendo una concepción trans­
mutable de los procesos económicos y el agente humano) tanto Keynes como Davidson
establecen importantes límites a la posibilidad de cierre. A sí, mientras que la T eoría
g e n e r a l es más general en un sentido axiomático, no es general en términos de la his-
LA ECONOMÍA POSTKEYNESIANA Y SUS CRÍTICOS 713

to ria (el s en tid o a l q u e s e re fie r e D o w ) , e s d e c ir , n o e s u n iv e r s a lm e n te a p lic a b le a to d a s


la s e c o n o m ía s en to d o s lo s tie m p o s .
E s t e e n fo q u e g e n e r a liz a d o , d e fo r m a s im ila r ta n to a l r e a lis m o c r ític o c o m o a l b a b i-
Jo n ia n is m o , e x h ib e ta m b ié n u n c o m p r o m is o c o n la te o r iz a c ió n e n s is te m a a b ie r to . D e
h e c h o , este e s e l e le m e n to m e t o d o ló g ic o q u e u n e a lo s p o s tk e y n e s ia n o s . A d e m á s , en
e s to s e n fo q u e s p u e d e n id e n t ific a r s e c u a tr o e le m e n to s c o m u n e s ( v in c u la d o s o r g á n ic a ­
m e n te ) . D e s t a c a n 1) u n a c o n c e p c ió n t r a n s fo r m a c io n a l d e l a g e n t e h u m a n o , e s d e c ir ,
q u e la e le c c ió n es g e n u in a e im p o rta ; 2) u n a c o n c e p c ió n o r g a n ic is ta d e d ic h o a g e n te ; 3)
e s to im p id e e l c ie r r e ( c o m p le t o ) y la e la b o r a c ió n d e u n in fo r m e d e te r m in is ta d e lo s
fe n ó m e n o s e c o n ó m ic o s ; y , p o r lo t a n to , 4 ) e l o b je tiv o d e la c ie n c ia e c o n ó m ic a eS" e n to n ­
c e s la e x p lic a c ió n , n o la p r e d ic c ió n .
A s í , ig n o r a n d o la s c u e s tio n e s d e p r e s e n ta c ió n , lo s te m a s m e to d o ló g ic o s e s p e c íf i­
c o s p u e d e n e s b o z a r s e e id e n t if ic a r s e , c o n t r a r ia m e n t e a Ja c o n c lu s ió n d e W a lte r s y
Y o u n g . A u n q u e p u e d e p e r s is tir u n a c ie r ta t e n s ió n , p u e d e d is c e r n ir s e u n a v is ió n m e to ­
d o ló g ic a fu n d a m e n ta l q u e c a r a c t e r iz a a lo s e c o n o m is ta s p o s tk e y n e s ia n o s - e l c o m p ro ­
m iso c o n la teoriza ción e n sisten m a b ierto , u n e n fo q u e q u e e n fa tiz a fu n d a m e n ta lm e n te
e l a g e n te , la t r a n s fo r m a c ió n , la in t e r d e p e n d e n c ia y la e x p l i c a c i ó n - . S e e n c u e n tr a la
c o h e r e n c ia a n iv e l m e t o d o ló g ic o . A d e m á s , e s e s ta p e r s p e c t iv a m e t o d o ló g ic a la q u e
s o s tie n e a lg u n o s d e lo s p r in c ip a le s r e c h a z o s a las c r ít ic a s r e a liz a d a s c o n tr a e l p o s -
tk e y n e s ia n is m o .
L a « m e t o d o lo g ía g e n e r a liz a d o r a » a la q u e s e r e fie r e n W a lte r s y Y o u n g p a r e c e
c o n s is tir en la id e a d e q u e la e c o n o m ía n e o c lá s ic a e s un c a s o e s p e c ia l (de e q u ilib r io
q u e v a c ía lo s m e r c a d o s e n a u s e n c ia d e in c e r t id u m b r e y d o n d e s e c u m p le la le y d e
S a y ) y q u e e l a n á lis is d e K e y n e s p u e d e s e r c o n s id e r a d o c o m o u n c a s o m á s g e n e r a l.
W a lte r s y Y o u n g c r it ic a n e s ta t e n d e n c ia g e n e r a liz a d o r a c u a n d o e s c r ib e n q u e « e s to s
e n fo q u e s s u fr e n d e la s o b je c io n e s a h o r a e s tá n d a r r e la c io n a d a s c o n lo s p r o b le m a s d e
la s teo ría s g e n e r a le s » (p . 3 3 8 , é n fa s is e n e l o r ig in a l) . E s e x tr a ñ o q u e W a lte r s y Y o u n g
n o v u e lv a n e s t a c r ít ic a h a c i a la e c o n o m í a n e o c l á s ic a , q u e s í s e p r e s e n ta c o m o u n a
te o r ía g e n e r a l.
W a lt e r s y Y o u n g a fir m a n , c o n m u y p o c a s p r u e b a s , q u e « d e s a fo r tu n a d a m e n te , sin
e m b a r g o , lo s p o s t k e y n e s ia n o s h a n a p e la d o , c a s i e x c lu s iv a m e n t e , a] r e a lis m o en u n
in te n to d e v a lo r a r te o r ía s e n b a s e a su r e a lis m o “ d e s u p e r fic ie " s in te n e r e n c u e n ta ni
e l m é to d o u t iliz a d o ni la s in t e n c io n e s de la te o r ía c o n c r e ta » (p . 3 3 6 ). E s v e r d a d q u e
lo s p o s t k e y n e s ia n o s h a n d e fe n d id o su s te o r ía s e n b a s e a l r e a lis m o « d e s u p e r fi c ie » ,
p e r o n o s o la m e n te e n b a s e a e s to ( la c o h e r e n c ia ló g i c a y la e x p lic a c ió n ta m b ié n so n
r e le v a n te s ). A e s te r e s p e c to , e l r e a lis m o p u e d e re fe r ir se a la s s u p o s ic io n e s d e la te o ­
r í a o a la s p r e d ic c io n e s d e l a te o r ía . U n o d e lo s a u to r e s d e e s te t e x t o ( S a w y e r , 1982)
a v a n z ó su e n fo q u e k a le c k ia n o en a m b o s té r m in o s y a fir m ó q u e , « e n e l c o r a z ó n d e
n u e s tra a p r o x im a c ió n a la m a c r o e c o n o m ía e s tá la v is ió n d e q u e é s ta d e b e r e fle ja r la s
r e a lid a d e s m ic r o e c o n ó r n ic a s e in s t it u c io n a le s d e la s e c o n o m ía s c a p ita lis ta s d e s a r ro ­
lla d a s , y q u e la s e m p r e s a s o lig o p o lic a s e n e l m e rc a d o d e p r o d u c to s y la n e g o c ia c ió n
c o l e c t iv a e n e l m e r c a d o d e tr a b a jo so n e le m e n t o s im p o r ta n te s d e e s ta s r e a lid a d e s »
( p . 8 8 ). C o n t in u ó e n to n c e s c it a n d o d a to s d e c o n c e n tr a c ió n in d u s tr ia l y d e a f ilia c ió n
s in d ic a l, a p a r tir d e lo c u a l q u e d a c la r o q u e a q u í e l r e a lis m o f u e u tiliz a d o p a r a r e fe ­
r ir s e a u n a r e a lid a d e s tr u c tu r a l ( y , e n e l c a p ít u lo 7 , s e p r o p o r c io n a s o p o r te e m p ír ic o
p a r a e l e n fo q u e k a le c k ia n o ) .
714 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

3. E x p e c t a t iv a s , in c e r t id u m b r e y t ie m p o

Walters y Young indican que varios autores, como Hamouda y Harcourt (1988: 330)
y Arestis (1992: 340) han afirmado que hay coherencia dentro de las co rrie n te s iden­
tificadas como postkeynesianas. Walters y Young interpretan esto como coherencia
entre te m a s como la teoría de los precios, la incertidumbre fundamental y el dinero
endógeno, mientras que los planteamientos de los autores mencionados aquí están rela­
cionados con las diferentes corrientes o escuelas (p. ej. kaleckiana, keynesiana, insti-
tucionalistas). Por lo tanto, Wal ters y Young entienden mal la afirmación que se realiza.
N o obstante, nosotros discutimos sus puntos de vista y afirmamos que su discusión es
errónea en varios respectos. Cada uno de estos temas (especialmente la incertidumbre
fundamental y el dinero endógeno) es materia de una continua investigación y de un
debate vigoroso entre los postkeynesianos, y no existe coherencia en el análisis pos-
tkeynesiano si se interpreta que esto significa que todos los que aceptan la etiqueta de
postkeynesianos se adscriben al mismo análisis detallado de, por ejemplo, el dinero o
la incertidumbre, o si eso significa que todos los postkeynesianos dan la misma impor­
tancia al significado de la incertidumbre.
Walters y Young parecen estar p re ^ p a d o s porque «una idea fundamental identi­
ficada por Keynes - la influencia de la incertidumbre sobre el comportamiento de los
agentes principales en su sistem a- [ . . . ] Vio se interrelaciona con la perspectiva de
Kalecki» (p. 700). Un poco después, su argumento cambia a «está claro que la visión
kaleckiana sobre el funcionamiento del sislema económico no puede ser modificado
simplemente agregando la incertidumbre fundamental, cuyos orígenes surgen de esta
misma muy distinta perspectiva teórica» (p. 701).
Está claro queunaparte significativa del análisis de Keynes se centró en «las oscu­
ras fuerzas del tiempo y la incertidumbre», aunque se Je prestó poca atención en Ja lite­
ratura keynesiana. Sin embargo, en los últimos años se ha producido un renacimiento
del interés [en ello] en la literatura postkeynesiana. También está claro que «general­
mente, Kalecki dice poco sobre las expectativas» (tal como Walters y Young, p. 700, citan
de Sawyer, 1985). El tema surge entonces de si se produce una inconsistencia básica entre
estos enfoques, lo que parece ser la visión de Walters y Young, pero nosotros afirma­
mos que no se produce ninguna inconsistencia esencial. E l análisis de Keynes recurre
a la distinción entre el riesgo y la incertidumbre. Bajo el primero (que, siguiendo a
Paul Davidson, se llamaría ahora el caso ergódico), el que toma las decisiones se enfren­
ta a una probabilidad conocida de la distribución de los resultados que podrían produ­
cir sus acciones: la distribución de probabilidades es totalmente conocida por el
i ndividuo, que puede realizar cálculos optimizadores. Con la incertidumbre (no-ergo-
cidad), el futuro es desconocido y el pasado y el presente sólo proporcionan perspec­
tivas limitadas del futuro. Los cálculos optimizadores precisos no pueden realizarse
ya que la información requerida no está disponible y no puede estar disponible debido
a la incertidumbre. Tal como afirmó Coddington (1983), una respuesta a la incerti­
dumbre es decir que nada puede decirse sobre la toma individual de decisiones bajo
esas circunstancias de incertidumbre. Otra respuesta es «el estudio práctico de los p r o ­
c e d im ie n to s empleados por los que toman las decisiones como base para sus opciones
en situaciones de incertidumbre keynesiana» (Earl y Kay, 1985: 47; ver Dunn, 1998a,
1998b, para otros debates). Sawyer (1985) exploró las suposiciones (implícitas) que
LAECONOMÍAPOSTKEYNESIANAY SUS CRÍTICOS 7 15

r e a li z ó K a l e c k i s o b r e l a s e x p e c t a t i v a s d e la s e m p r e s a s y a r g u m e n t ó q u e a d o p t ó l o q u e
h o y p o d r í a l la m a r s e u n e n f o q u e d e « e x p e c t a t i v a s a d a p t a t i v a s » : l a s v i s i o n e s s o b r e e l
fu t u r o e s t a b a n fu e r t e m e n t e c o n d i c i o n a d a s p o r l o s a c o n t e c i m i e n t o s p a s a d o s y p r e s e n ­
te s . P u e d e a s í v e r s e q u e e l a n á lis is d e K a l e c k i s o b r e lo s p r e c io s y la s d e c is io n e s d e
in v e r s ió n n o i n c o r p o r a b a u n c o m p o r t a m ie n t o o p t im i z a d o r b a j o c o n d i c i o n e s d e r ie s g o .
D e h e c h o , in d ic ó q u e « a n t e la s in c e r t id u m b r e s q u e a p a r e c e n e n e l p r o c e s o d e f i j a c i ó n
d e lo s p r e c io s , n o s e a s u m i r á q u e l a e m p r e s a in t e n t a m a x i m i z a r s u s b e n e f i c i o s d e c u a l ­
q u i e r f o r m a p r e c i s a » ( K a l e c k i , 1 9 7 1 ) . E n r e a l i d a d , K a l e c k i m o d e ló la s p r i n c i p a l e s
i n f l u e n c i a s s o b r e l a s d e c i s i o n e s e n l o s p r e c i o s y l a in v e r s i ó n d e l a s e m p r e s a s d e u n a
f o r m a q u e e s c o h e r e n t e c o n l a in c e r t id u m b r e .
W a lt e r s y Y o u n g s u g ie r e n q u e « a p e s a r d e q u e s e s o s t ie n e c o n f r e c u e n c i a l a im p o r ­
t a n c ia d e l t ie m p o , n o s e d e s a r r o lla n in g u n a v is ió n c o n c r e t a o te o r ía d e l a d in á m ic a
c o m o c a r a c te r iz a c ió n d e l e n f o q u e p o s t k e y n e s ia n o » ( p . 3 3 4 ) . E s b a s ta n t e d i f í c i l d is ­
c e r n ir l o q u e s e q u ie r e d e c ir c o n e s t o , y s e h a c e m u y p e r t in e n t e p r e g u n t a r q u é e s u n a te o ­
r í a d e la d i n á m i c a . A d e m á s , l a v i s i ó n d e l t ie m p o e n l a e c o n o m í a p o s t k e y n e s i a n a e s t á
c la r a . L o s p r o c e s o s e c o n ó m i c o s d e b e n a n a l iz a r s e c o m o p r o c e s o s q u e s e p r o d u c e n e n u n
t ie m p o h i s t ó r i c o e n e l q u e l a s e x p e r i e n c i a s p a s a d a s , t a l c o m o s e r e f l e j a e n l a s e x p e c ­
t a t i v a s , la s c r e e n c i a s , la s i n s t i t u c i o n e s , e t c é t e r a , i n f l u y e n s o b r e l a s p e r c e p c i o n e s y la s
d e c is io n e s a c tu a le s q u e m o ld e a n l o q u e p a s a e n e l fu tu r o p e r o d o n d e e l fu tu r o n o e s
u n a r e p e t ic ió n d e l p a s a d o . E n c o n s e c u e n c ia , l a u t ilid a d d e lo s a n á lis is b a s a d o s e n la
u t i l i z a c i ó n d e l t ie m p o l ó g i c o e s t á l i m i t a d a e n l a c o m p r e n s ió n d e lo s p r o c e s o s h i s t ó r i­
c o s . L o s p r o c e s o s e c o n ó m i c o s d e p e n d e n d e s u t r a y e c t o r ia . C o m o t a l e s , c u a lq u i e r r e s u l­
ta d o q u e p r o d u z c a n e s t o s p r o c e s o s , s e a o n o e l e q u i l i b r i o , d e p e n d e d e l a r u t a s e g u id a .
L o s p o s t k e y n e s ia n o s m o ld e a n l o s p r o c e s o s e c o n ó m i c o s « c o r n o u n g r u p o d e s u b s is t e ­
m a s d i n á m i c o s , d e f o r m a q u e l a e c o n o m í a y a n o e s e l e s t u d io d e c ó m o lo s r e c u r s o s
e s c a s o s s o n a s ig n a d o s a u n a s n e c e s id a d e s in f in it a s . M á s b i e n e s e l e s t u d io d e c ó m o l o s
s is t e m a s e c o n ó m i c o s p u e d e n e x p a n d i r s u o u t p u t a t r a v é s d e l t i e m p o c r e a n d o , p r o d u ­
c ie n d o , d is t r ib u y e n d o y u t i l i z a n d o e l e x c e d e n t e s o c i a l r e s u lt a n t e » ( A r e s t i s , 1 9 9 7 : 41 ) .

4, L a ESTRUCTURA DEL MERCADO Y LA NATURALEZA DE LOS PRECIOS

W a lt e r s y Y o u n g s e ñ a la n la s d i f e r e n c ia s e n t r e K a l e c k i y K e y n e s s o b r e l a f o r m a c i ó n d e
lo s p r e c i o s , y c l a r a m e n t e e x i s t e n d i f e r e n c i a s : e l p r i m e r o v e í a e l p r e c i o c o m o u n p r e ­
c i o a d m in i s t r a d o c o n u n m a r g e n p o r e n c i m a d e lo s c o s t e s m e d io s d ir e c t o s , e s t a n d o e s t e
m a r g e n i n f l u i d o p o r e l g r a d o d e m o n o p o l i o y lo s c o s t e s m e d io s d ir e c t o s a p r o x i m a d a ­
m e n t e c o n s t a n t e s ( c o n r e s p e c t o a l o u tp u t) s o b r e u n a m p l i o i n t e r v a l o ; e l ú l t i m o c o n s i ­
d e r a b a e l p r e c io c o m o a lg o ig u a l a l c o s t e m a r g in a l, q u e a u m e n ta c o n e l o u tp u t.
S o r p r e n d e n t e m e n t e , W a l t e r s y Y o u n g n o i n v e s t i g a n l a s d i f e r e n c i a s e n t r e l o s d iv e r s o s
t r a t a m ie n t o s d e lo s p r e c io s a d m in i s t r a d o s d e n t r o y f u e r a d e l a lit e r a t u r a p o s t k e y n e s i a ­
n a (v e r S a w y e r , 1 9 9 2 ). ;
T ie n e c ie r t a s ig n i f ic a c ió n p a r a e l a n á lis is e c o n ó m ic o e s t a b le c e r q u é e n fo q u e d e
f i j a c i ó n d e p r e c i o s e s e l m á s r e l e v a n t e ( c o m o q u i e r a q u e s e j u z g u e l a im p o r t a n c i a ) , y
s i , e f e c t i v a m e n t e , u n s o l o e n f o q u e a c e r c a d e l a f i j a c i ó n d e p r e c io s p u e d e r e s u m i r a d e - :
c u a d a m e n t e u n a r e a li d a d d iv e r s a . P e r o e l t e m a a q u í s e r e f i e r e a l a i n t e r a c c i ó n e n t r e e l Y : Y
a n á l is is d e l a f i j a c i ó n d e p r e c io s a d o p t a d o y e l r e s t o d e l a n á l is is . W a lt e r s y Y o u n g p a r e - i 7 ■: ■
■■
■;■

c e n c r e e r q u e e l a n á l i s i s d e K e y n e s d e b e s e r a c e p t a d o ( o r e c h a z a d o ) e n s u t o t a lid a d :' . i; : :
716 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

«d a d o q u e la v is ió n d e K e y n e s [so b re la fija c ió n d e p re c io s] e s re c h a z a d a ,» e s c rib e n , « la


cu e s tió n c r u c ia l e s si e l p o s tk e y n e s ia n is m o p u e d e s e n c illa m e n te to m a r a K a l e c k i ( y a
otros te ó r ic o s d e l m a r g e n d e p r e c io s ) c o m o b a se p a r a su te o r ía d e p re c io s y s e g u ir m a n ­
te n ie n d o lo s a n á lis is k e y n e s ia n o s r e fe r e n te s a la in c e r tid u m b r e y e l d in e r o » (p . 3 4 1 ).
S i e s to s ig n ific a q u e l a a p r o x im a c ió n d e K a l e c k i a la fija c ió n d e p r e c io s e s in c o m p a ti­
b le c o n la s id e a s d e in c e r tid u m b r e y p r e fe r e n c ia d e liq u id e z , e n to n c e s s e n c illa m e n te
te n d re m o s q u e e s ta r e n d e s a c u e r d o . K a l e c k i y K e y n e s c o m p a r te n la v is ió n d e q u e lo s
p r e c io s r e fle ja n lo s c o s te s (a u n n iv e l d e o u tp u t d e te rm in a d o p o r la d e m a n d a a g re g a d a )
y q u e las d e c is io n e s s o b re lo s p r e c io s tie n e n im p o rta n te s im p lic a c io n e s p a r a lo s s a la ­
r io s r e a le s . E n lo s d o s c a s o s , la s e m p r e s a s está n r o d e a d a s d e in c e r tid u m b r e y n o p u e ­
d e n c a lc u la r e l p r e c io « Ó p tim o » c o n p r e c is ió n . E n lo s d o s c a s o s , la e x p a n s ió n d e la
d e m a n d a a g r e g a d a r e q u ie re la c r e a c ió n d e c r é d ito ; la s c o n s id e r a c io n e s s o b r e la p r e f e ­
r e n c ia d e liq u id e z tie n e n un im p a c to s o b re la d e m a n d a y la o fe r ta d e d in e r o , p e ro e s to
es in d e p e n d ie n te d e c u a lq u ie r c o n s id e r a c ió n so b re c ó m o lle g a n la s em p resas a su s d e c i­
s io n e s s o b r e lo s p r e c io s .
E n t é r m in o s d e la n a t u r a le z a d e lo s p r e c io s , W a lt e r s y Y o u n g c o n s id e r a n q u e
«m u ch o s p o stk e yn esia n o s [ . . . ] p a rece n co n sid era r e l supuesto d e lo s precios c o m p e titiv o s
c o m o in a p r o p ia d a y e q u iv a le n t e a Ja te o r ía o r t o d o x a . E s t o e s lo qu e p a r e c e ca u sa r la
p r e fe r e n c ia p o r la te o r ía d e K a l e c k i d e l p o d e r m o n o p o lís t ic o » (p . 3 4 1 , é n fa s is e n e l
o r ig in a l). N o s e p r o p o r c io n a n in g u n a p r u e b a d e e s ta s a f in n a c io n e s . M u c h o s p o s tk e y ­
n esian o s ( in c lu y e n d o a lo s a u to r e s d e l p re s e n te a r tíc u lo ) tra ta ría n a la m a y o r ía d e p r e ­
c io s c o m o si fu e ra n fija d o s e n m e d io s im p e r fe c ta m e n te c o m p e titiv o s (si b ie n a c e p ta n d o
q u e a lg u n o s p r e c io s s o n fija d o s en m e r c a d o s a to m ís tic a m e n te c o m p e titiv o s ). T a m b ié n
e s v erdad que la o r to d o x ia im p lic a e l a n á lis is d e la c o m p e t e n c ia p e rfe c ta , y s i la h ip ó ­
tesis d e lo s p r e c io s c o m p e titiv o s im p lic a e l a n á lis is d e la c o m p e te n c ia p e r fe c ta , e n to n ­
c e s ev id e n te m e n te e l su p u esto d e p r e c io s c o m p e titiv o s s e to m a d e u n a p a r te d e l a n á lis is
o r to d o x o . P e r o la m a y o r p a rte d e lo s p o s tk e y n e s ia n o s n o v e r ía n e sto c o m o u n a r a z ó n
en s í m is m a p a r a d e s e c h a r lo s p r e c io s c o m p e t it iv o s . L o s p o s t k e y n e s ia n o s t a m b ié n
a d ve rtiría n g e n e ra lm e n te q u e e l a n á lis is d e K e y n e s d e lo s m e rc a d o s y lo s p r e c io s c o m ­
p e titiv o s d iv e r g ía s ig n ific a t iv a m e n t e d e la o r to d o x ia ( v e r a b a jo ).

5. E l a n á l is is p o s t k e y n e s ia n o d e l d in e r o

N o d e b e r ía s o r p r e n d e r a n a d ie q u e lo s e c o n o m is t a s p o s tk e y n e s ia n o s d ifie r a n e n s u s
v isio n e s so bre e l an á lisis d e l d in e ro : artícu lo s d e autores c o m o A r e s t is y H o w e lls (1 9 9 6 ),
D o w (1 9 9 6 ), L a v o ie (1 9 9 6 ) y P o llin (1 9 9 1 ) e x p r e s a n c la r a m e n te e sta s d ife r e n c ia s . S i n
e m b a r g o , lo s a c u e rd o s a m p lio s n o d e b e r ía n s e r ig n o r a d o s , e s p e c ia lm e n te c u a n d o e x is ­
te u n a d is ta n c ia tan g r a n d e e n tr e lo s e n fo q u e s p o s t k e y n e s ia n o y o r to d o x o . L o s a c u e r ­
d o s a m p lio s s e r ía n q u e e l d in e r o e s e n g r a n p a rte o e n su to ta lid a d d in e r o d e c r é d ito ,
c r e a d o en e l s e c t o r p r iv a d o p o r lo s b a n c o s . E l p ú b lic o n o b a n c a r io d e m a n d a c r é d ito s
y , a m e d id a q u e e sto s c r é d ito s s e c o n c e d e n , s e c r e a e l d in e r o (y e s a la v e z d e str u id o
a l c a n c e la r lo s c r é d ito s ). L o s a u m e n to s d e l g a s to (ta n to s i rep re se n ta n u n a u m e n to r e a l
c o m o si r e fle ja n unos p r e c io s m á s a lto s ) tienen que s e r fin a n c ia d o s . E n e s te p r o c e s o , la
p r e fe r e n c ia d e liq u id e z d e l s e c to r b a n c a r io o c u p a e l e s c e n a r io c e n tr a l, ta l c o m o s e h a
d e m o s tra d o e n A r e s t is y H o w e lls ( 1 9 9 6 ). E l p a p e l c la v e d e l d in e r o en l a e x p a n s ió n d e
la d e m a n d a q u e d a c la r o c o n lo s ig u ie n te :
LA ECONOMÍA POSTKEYNESIANA Y SUS CRÍTICOS

E l aum ento del output resultará en un aum ento de dem an da de dinero en circu la­
ción, y esto requerirá un aumento d e los créditos del banco central. Si el b anco res­
pondiera a esto aumentando e! tipo de interés hasta un nivel en el que la inversión total
d ism in u ye ra en una cantidad igu a l a la in ve rsió n a d icio n a l c a u sa d a por la nueva
in v e n c ió n , no se produciría n ingún aumento d e la in v e rsió n , y la situación eco n ó ­
m ica no m ejoraría. P or lo tanto, la precondición para la m ejora es que el tipo de inte­
rés no aumente demasiado en respuesta a un aumento de dem anda de crédito [K alecki,
1990: 191].

W a l t e r s y Y o u n g ( p . 7 0 1 ) s e ñ a la n c o r r e c t a m e n t e q u e u n o d e n o s o t r o s e s c r i b i ó q u e
« K a l e c k i e s t u v o g e n e r a lm e n t e p o c o p r e o c u p a d o c o n e l d e t a l l e d e l o s s e c t o r e s f i n a n ­
c i e r o s o l a n a t u r a le z a d e l d in e r o per s e » ( S a w y e r , 1 9 8 5 ) . N o l o n e g a m o s , p e r o s e ñ a la ­
m o s , p o r e l c o n t r a r i o , q u e e l a n á l is is d e K a l e c k i p u e d e e n r i q u e c e r s e a p a r t i r d e J a
c o n s id e r a c ió n d e l s e c t o r f in a n c ie r o y d e l a n a tu r a le z a d e l d in e r o , o b s e r v a n d o q u e K a l e c k i
a n a l i z a b a u n s is t e m a f i n a n c i e r o q u e e r a b a s ta n t e r u d i m e n t a r io c o m p a r a d o c o n l o s s is ­
t e m a s f i n a n c i e r o s a c t u a l e s . N u e s t r o s p r o p io s e s c r it o s s o b r e lo s a n á l i s i s d e lo s t e m a s
f i n a n c i e r o s y m o n e t a r io s d e K a l e c k i ( A r e s t is , 1 9 9 6 b ; S a w y e r , 1 9 9 6 ) r e v e l a n q u e , in c l u ­
s o c o n l a l i m i t a d a a t e n c ió n q u e K a l e c k i p r e s t ó a e s t o s f e n ó m e n o s , s u a n á l i s i s e n c a j a
d e n t r o d e la s l ín e a s g e n e r a le s e x p u e s t a s a q u í .
E s t a c o n c lu s ió n s e r e fu e r z a c u a n d o to m a m o s e n c o n s id e r a c ió n lo s r e c ie n t e s a v a n ­
c e s p o s t k e y n e s i a n o s e n t e o r í a f i n a n c i e r a y m o n e t a r ia . É s t o s c o n s is t e n e s e n c i a l m e n t e
e n u n a a p lic a c ió n a l s e c t o r fin a n c ie r o d e la te o ría d e la s g r a n d e s e m p r e s a s q u e f i ja n
l o s p r e c i o s d e l o s s e r v i c i o s f i n a n c ie r o s c o n u n m a r g e n s o b r e e l c o s t e ; e l in p u t o c o s t e
c l a v e e s e l p r e c i o a l q u e l o s f o n d o s d e l b a n c o c e n t r a l e s t á n d i s p o n ib le s . E s t o e s b á s i­
c a m e n t e k a l e c k i a n o , n o p o r q u e e l d in e r o e n d ó g e n o s e a u n a h i p ó t e s i s m á s r a z o n a b le
p a r a u n a e c o n o m í a m o d e r n a d e s a r r o l la d a , s in o p o r q u e e s t á c o n s t r u id o p a r a r e s p o n d e r
a la s c u e s t io n e s p la n t e a d a s p o r K a l e c k i . N o s o t r o s c o n s i d e r a m o s q u e l a t e o r í a m o n e t a ­
r i a r e c i e n t e t i e n e c u a t r o c o r r ie n t e s : e n p r i m e r l u g a r , s e c e n t r a e n e l v í n c u l o e n t r e l o s
a u m e n t o s p l a n i f i c a d o s d e l g a s t o , l a d e m a n d a y l a o fe r t a d e c r é d i t o s y l a r e l a c i ó n e n tr e
l a c r e a c ió n d e c r é d it o s y e l d in e r o . E n s e g u n d o l u g a r , e x i s t e u n a t e o r í a d e l a f i j a c i ó n
d e p r e c i o s e n t é r m in o s d e la r e l a c i ó n e n t r e l a t a s a d e d e s c u e n t o d e l b a n c o c e n t r a l , e l
t ip o d e in t e r é s s o b r e l o s p r é s t a m o s y o tr o s t ip o s . E n t e r c e r l u g a r , e x i s t e u n a v i s i ó n g e n e ­
r a l d e q u e lo s c r é d i t o s c r e a n d e p ó s i t o s y r e s e r v a s , e n l u g a r d e s e r la s r e s e r v a s y lo s
d e p ó s it o s l o s q u e c r e a n lo s p r é s t a m o s ( c o m o e n l a h i s t o r ia t r a d i c i o n a l d e l m u l t i p l i c a ­
d o r d e l c r é d it o ) . E n c u a r t o l u g a r , e x is t e n a lg u n a s c o n s i d e r a c i o n e s a c e r c a d e l o s f l u j o s
( d e m a n d a , o fe r t a d e n u e v o s p r é s t a m o s ) , p e r o t a m b ié n e x is t e n c o n s id e r a c io n e s d e l s t o c k .
E l d in e r o s ó l o s ig u e e x i s t i e n d o s i e x is t e u n a d e m a n d a p a r a e s e s t o c k d e d in e r o . L a s
c o n s id e r a c io n e s s o b r e l a p r e fe r e n c ia d e liq u id e z ( in c lu y e n d o , s ig n i fic a t i v a m e n t e , la
d e l s e c t o r b a n c a r i o , c o m o s e h a s e ñ a la d o a n t e r i o r m e n t e ) p u e d e n i n f l u i r t a n t o e n l a
d e m a n d a d e u n s t o c k d e d in e r o c o m o e n l a p o s i c i ó n d e l a c a r t e r a d e l b a n c o .

6. L a PüLÍTICA ECONÓMICA

E n t é r m in o s d e p o l í t i c a e c o n ó m i c a , W a lt e r s y Y o u n g p la n te a n q u e « p o d r í a a r g u m e n ­
t a r s e q u e s e p o d r í a c o n s t r u ir u n a a g e n d a u n i f i c a d a a lr e d e d o r d e u n c o n j u n t o a c o r d a d o
d e p o l ít ic a s » ( p . 6 9 5 ) . ^ ^ m a n q u e , « a p e s a r d e lo s d iv e r s o s in t e n t o s d e c o n s t r u ir u n c o n -
718 C R ÍT IC A A LA E C O N O M ÍA O R T O D O X A

ju n t o c o n c r e to d e p o lít ic a s e c o n ó m ic a s c a r a c te r ís tic a s , t o d o a lo q u e p u e d e a s o c ia r s e
e l p o s t k e y n e s ia n is m o e n e l á m b ito d e p o lít ic a s e c o n ó m ic a s e s la p o lít ic a d e r e n ta s »
(p. 6 9 5 ) . N o s e d a n r e fe r e n c ia s d e lo s « d iv e r s o s in t e n t o s » , y n o s o tr o s n o c o n o c e m o s
n in g ú n in te n to d e e s ta b le c e r p o lít ic a s c a r a c te r ís tic a m e n te p o s tk e y n e s ia n a s ( a d ife r e n ­
c ia d e p o s tk e y n e s ia n o s in d iv id u a le s q u e e s c r ib e n s o b r e p o lít ic a s e c o n ó m ic a s - v e r , p o r
e je m p lo , A r e s t is y S a w y e r , 1 9 9 8 ) -. E s t a m o s e n d e s a c u e r d o c o n s u a f ir m a c ió n , ta n to
e n té r m in o s d e l a a s o c ia c ió n d e l p o s tk e y n e s ia n is m o c o n la p o l ít ic a d e re n ta s c o m o c o n
la c o n s ig u ie n t e a u s e n c ia d e p o lít ic a s q u e p u e d e a s o c ia r s e c o n e l p o s tk e y n e s ia n is m o .
M ie n tr a s q u e u n o s p o c o s d e sta ca d o s p o s tk e y n e s ia n o s a m e r ic a n o s (n o ta b le m e n te S id n e y
W e in tr a u b ) s í d e fe n d ie r o n u n a p o lít ic a d e r e n ta s b a s a d a e n lo s im p u e s to s , n o so tr o s n o
v e m o s la p o l ít ic a d e r e n ta s c o m o a lg o e s p e c ífic a m e n t e p o s t k e y n e s ia n o n i e n té r m in o s
d e q u e l a m a y o r ía d e (o to d o s ) lo s p o s tk e y n e s ia n o s d e fie n d a n l a p o lít ic a d e r e n ta s n i
d e q u e é s ta s e a e x c lu s iv a d e lo s p o s tk e y n e s ia n o s ( y , c la r a m e n te , la d e fe n s a d e e s ta p o lí­
tic a e n lo s a ñ o s 6 0 y 7 0 s e e x te n d ió m u c h o m á s a llá d e lo s p o s tk e y n e s ia n o s ) . E l ú n ic o
s e n tid o en e l q u e n o s o tr o s v e r ía m o s la p o lít ic a d e ren tas c o m o p arte d e l a p o lít ic a e c o ­
n ó m ic a p o s t k e y n e s ia n a s u r g e d e l r e c h a z o d e lo s p o s t k e y n e s ia n o s a l a in te r p r e ta c ió n
m o n e ta rista d e l a in fla c ió n , p o r la c u a l e l a u m e n to d e l s t o c k d e d in ero c a u s a la in fla c ió n ,
y d e l a v is i ó n p o s t k e y n e s ia n a d e q u e la in fla c ió n s u r g e d e l la d o re a l d e la e c o n o m ía ,
s ie n d o lo s a u m e n to s d e l s t o c k d e d in e r o c a u s a d o s p o r e l p r o c e s o in fla c io n a r io . E l c o n ­
tr o l d e la in fla c ió n r e q u ie r e a lg o m á s q u e e l c o n tr o l d e l s t o c k d e d in e r o ( s u p o n ie n d o
in c lu s o q u e ta l c o n t r o l fu e r a p o s ib le ) .
A r e s t is ( 1 9 9 2 , 1 9 9 6 a ) c o n s id e r a la s p o lít ic a s e c o n ó m ic a s p o s tk e y n e s ia n a s , y a u n ­
q u e h a c e r e f e r e n c ia a la p o lít ic a d e r e n ta s , ta l p o lít ic a e s c r itic a d a y r e c h a z a d a . P e r o
e x is te u n c la r o y p o s it iv o a n á lis is e c o n ó m ic o p o s t k e y n e s ia n o q u e a f ir m a q u e e l s is te ­
m a ca p ita lista b a sa d o en lo s p rin cip io s d e l m e rc a d o lib re es in he ren tem e n te c íc lic o e in e s ­
ta b le. D e ja d a a s í m is m a , la e c o n o m ía d e m e rc a d o n o c o n s e g u ir ía , n i p o d r ía m a n te n e r,
la u t iliz a c ió n to tal d e lo s recu rsos e x is te n te s ; t a m p o c o p o d r ía p r o m o v e r la d is tr ib u c ió n
e q u ita tiv a d e l a re n ta y d e la riq u eza . E x is t e , p o r lo ta n to , u n p a p e l p o te n c ia l p a r a la s p o lí­
tic a s e c o n ó m i c a s . N o o b s t a n t e , la s p o lít ic a s e c o n ó m i c a s n o p u e d e n g e n e r a liz a r s e a
to d a s la s s it u a c io n e s y e x p e r ie n c ia s . L a s s itu a c io n e s c o n c r e t a s , la s e x p e r ie n c ia s h is tó ­
r ic a s y la s c a r a c t e r ís tic a s s o c io ló g ic a s tie n e n u n a im p o r t a n c ia c o n s id e r a b le p a r a la s
p r o p u e sta s e s p e c íf ic a s d e p o lít ic a s . T e n ie n d o en c u e n t a e s t e p r in c ip io g e n e r a l, s u g e r i­
r ía m o s q u e e x is t e u n c o n ju n t o d e p o lít ic a s e c o n ó m ic a s a m p lia m e n t e c o m p a r tid a s y
c a r a c te r ís tic a s p o s t k e y n e s ia n a s q u e s u rg e n d e l a c u e r d o d e q u e u n o s a lto s n iv e le s d e
e m p le o re q u ie re n ( c o m o c o n d ic ió n n e ce s a ria p e ro n o s u ficie n te ) a lto s n iv e le s d e d e m a n ­
d a a g r e g a d a , y q u e e n u n a e c o n o m ía d e m e r c a d o d e s c e n tr a liz a d a n o e x is te n m e c a n is ­
m o s a u t o m á t ic o s q u e a s e g u r e n e s to s a lt o s n iv e le s d e d e m a n d a a g r e g a d a . L o s
p o s tk e y n e s ia n o s d ifie r e n s o b r e la s fo r m a s p o r Jas c u a le s s e p u e d e a s e g u r a r un a lto n iv e l
d e d e m a n d a a g r e g a d a y la s lim it a c io n e s e n la a p lic a c ió n y fu n c io n a m ie n t o d e e s ta s
p o lít ic a s . P o r e je m p lo , a lg u n o s v e r ía n lo s d é fic it s f is c a le s c o m o e l c a m in o , m ie n tr a s
q u e o tro s v e r ía n q u e esto s d é fic its y a n o iio n p o s ib le s b a jo la s lim ita c io n e s im p u e s ta s
p o r lo s m e r c a d o s fin a n c ie r o s g lo b a liz a d o s . A lg u n o s s e c e n tr a r ía n e n fo r m a s d e e s ti­
m u la r la in v e r s ió n ( v e r lo s a r tíc u lo s e n A r e s t is y S a w y e r , 1 9 9 7 a ), m ie n tr a s q u e o tr o s
p re sta ría n a te n c ió n a l a r e fo r m a d e lo s c o n v e n io s in s t it u c io n a le s , ta n to d e a q u e llo s q u e
g o b ie r n a n e l s is te m a fin a n c ie r o in te rn a cio n a l (p o r e je m p lo , D a v id s o n , 199 2 -3 ) c o m o d e
a q u e llo s r e la c io n a d o s m á s d e c e r c a c o n l a U n ió n E u r o p e a ( A r e s t is , 1 9 9 7 ; A r e s t is y
LA ECONOMÍA POSTKEYNESIANA Y SUS CRÍTICOS 719

S a w y e r , l 9 9 7 b ) . E s t a s p r o p u e sta s o b v ia m e n t e n o s o n in c o m p a t ib le s y r e f le ja n d if e ­
ren tes p e r c e p c io n e s d e la s lim it a c io n e s d e la p o lít ic a e c o n ó m ic a . .

7 . So b re K A L E C K I y K eynes

E n e l c u r s o d e s u s a ta q u e s a la e c o n o m ía p o s t k e y n e s ia n a , W a lte r s y Y o u n g r e a liz a n
d iv e r s a s a fir m a c io n e s s o b r e la o b r a d e K a l e c k i y d e K e y n e s q u e c r e e m o s q u e so n in c o ­
rre cta s o e r r ó n e a s { o , c o m o m á x im o , in te r p r e ta c io n e s id io s in c r á tic a s d e K a l e c k i y d e
K e y n e s q u e n o se ría n a c e p ta d a s p o r lo s a c a d é m ic o s p o s tk e y n e s ia n o s ) . N o s o tr o s par­
tic u la r m e n te d is c r e p a m o s d e las s ig u ie n t e s d e c la r a c io n e s :

L a historia de K ey n e s es una en la qu e la s co n secu encias agregadas d e l com porta­


miento individual racio nal ante la incertidumbre n o se convierten autom áticam ente en
autocoherentes. E l análisis se centra en el com portam iento de los individuos y se abs­
trae deliberadam ente del detalle institucional y de las rigideces de m ercado; es deli­
beradamente no «realista» (p. 700).

L a visión de los precios d e K e y n e s era suponer el funcionam iento de lo s mercados


com petitivos para así ilustrar e l desajuste del sistem a com o resultado de otros fa cto ­
res claves, en particular, el papel del dinero en un entorno incierto (p. 697).

U n m e r c a d o c o m p e titiv o e s u n a in s titu c ió n ta n to c o m o u n a in d u s tr ia m o n o p o lís -


tic a y , en e s te s e n tid o , K e y n e s n o s e a b str a e d e l d e t a lle in s t itu c io n a l. W a lte r s y Y o u n g
s u g ie r e n fu e rte m e n te q u e K e y n e s n o r e a liz ó la h ip ó te s is d e lo s m e r c a d o s c o m p e titiv o s
p o r q u e p e n s a ra q u e la c o m p e t e n c ia e ra u n a b u e n a h ip ó te s is a r e a liz a r ( c o m o q u ie r a q u e
u n o d e fin a « b u e n a » ) , sin o q u e K e y n e s s u p u s o la c o m p e t e n c ia p a r a m o s tr a r q u e e l a n á ­
lis is p r e v io , b a s a d o en la c o m p e t e n c ia a t o m ís t ic a , e r a e rró n e o . N o c o n o c e m o s n in g u n a
a fir m a c ió n d e K e y n e s q u e in d iq u e q u e é l , d e fo r m a d e lib e r a d a y c o n s c ie n te , r e a liz a ra
la h ip ó te s is d e la c o m p e te n c ia p a r a a s í a t a c a r a lo s « e c o n o m is ta s c lá s ic o s » e n su p r o ­
p io te r r e n o . P o r q u é K e y n e s s u p u s o la c o m p e t e n c ia a t o m ís t ic a y n o la c o m p e t e n c ia
im p e r fe c t a es u n a cu e stió n in te re s a n te , d a d o e l c o m p r o m is o d e su s a s o c ia d o s m á s p ró ­
x im o s , c o m o J o a n R o b in s o n y R ic h a r d K a h n , c o n e l d e s a r r o llo d e la te o r ía d e la c o m ­
p e te n c ia im p e r fe c ta . E l m is m o K e y n e s , sin e m b a r g o , n o v io n in g u n a ra zó n p a r a u tiliza r
la c o m p e t e n c ia im p e r fe c ta . ¡:
C h i c k (1 9 9 2 ) s eñ ala: « e s tá c la r a y a m p lia m e n te a c o r d a d o q u e e n la T e o ría g en e­
r a l, K e y n e s u tiliz ó la s c o n v e n c io n e s d e la c o m p e te n c ia p e r fe c t a » . P e r o « la p e q u e ñ a
e m p r e s a e s tá lim it a d a p o r la d e m a n d a y n o p u e d e v e n d e r u n a c a n tid a d in fin ita m e n te
g ra n d e » y « la teo ría esta b le cid a d e la c o m p e te n c ia p e rfe c ta im p o n e la h ip ó te s is d e la pre- ; ■
v is ió n p e r fe c ta . E n c a m b io , en la T eoría g e n e r a l, lo s p r o d u c to r e s están in c ie r to s a c e r­
c a d e la d e m a n d a a la q u e s e e n fr e n t a n » ( p . 1 4 9 ). S i g u e a fir m a n d o q u e « u n a v e z se !
a b o rd a la c u e s tió n d e la in c e r tid u m b r e , la T eoría g e n e ra l e s c o m p a tib le c o n c u a lq u ie r ■
o c o n t o d a s la s e s tr u ctu r a s d e m e r c a d o » . D e fo r m a s im ila r , D u t t (1 9 9 2 ) a f ir m a q u e . :
« K e y n e s c r e y ó q u e su a n á lis is d e l e q u ilib r io c o n d e se m p le o n o r e q u e r ía n in g ú n tip o ■..'.'■
d e im p e r fe c c ió n d e m e rc a d o , s in o q u e su te o r ía d is c r e p a b a d e a lg u n a fo r m a o b v ia d e f ■
s u p u e s to n e o c lá s ic o d e la c o m p e t e n c ia p e r fe c ta » ( e s p e c ífic a m e n te , K e y n e s n o su p ú $ o ^
e l c o n o c im ie n t o p e r fe c to , n i q u e la s e m p r e s a s p o d ía n v e n d e r ta n to c o m o d e s e a r a r ía l v £ j
p r e c io c o r r ie n te ). ■■ ■
720 CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA

W a lt e r s y Y o u n g in s i s t e n e n q u e

n o e s la a d o p c ió n d el su p u esto d e la c o m p e te n c ia im p e rfe c ta lo q u e c a u s a p ro b le m a s
e n r e la c ió n a la c o m p a tib ilid a d d e las v is io n e s k e y n e s ia n a y k a le c k ia n a . M á s bien es
la fo r m u la c ió n c o n c r e ta d el c o m p o r ta m ie n to im p e r fe c ta m e n te c o m p e titiv o d e las
e m p r e s a s e n K a l e c k i lo q u e d is c r e p a d e la e x p lic a c ió n d e K e y n e s d e l f a l l o d e Ja
d e m a n d a e fe c t iv a . U n a v e z q u e e l c o m p o rta m ie n to d e las e m p resas m o n o p o lis ta s se
c o n v ie rte e n fu n d a m e n ta l, e llo d ific u lt a ¡a co m p ren sió n d e q u e lo s m erca d o s d e v arias
fo r m a s p u e d e n p r o p o r c io n a r s e ñ a le s in a p ro p ia d a s p o r r a z o n e s q u e s e d e r iv a n d el
p a p e l d e l d in e ro ( p . 341).

N o s e s d i f í c i l d e s e n m a r a ñ a r l o q u e e s t á n d i c ie n d o e n e s t e p a s a j e . C o n v e r t i r e n f u n ­
d a m e n t a l e l c o m p o r t a m i e n t o d e l a s e m p r e s a s m o n o p o li s t a s p u e d e o b s c u r e c e r e l a n á ­
l i s i s , p e r o e s t o n o s i g n i f i c a n e c e s a r i a m e n t e q u e e x is t a u n a i n c o m p a t i b i l i d a d : e n f a t i z a r
e l p u n t o X p u e d e o b s c u r e c e r e l p u n t o Y , p e r o n o h a c e q u e X e Y s e a n in c o m p a t i b l e s .
¿ Q u é s e q u ie r e d e c i r c o n c o n v e r t i r e n f u n d a m e n t a l e l c o m p o r t a m i e n t o d e l a s e m p r e ­
s a s ? S i s e q u ie r e d e c i r q u e , e n a u s e n c i a d e f i j a c i ó n m o n o p o l í s t i c a d e p r e c i o s ( p . e j . ,
a lg ú n t ip o d e f i j a c i ó n d e p r e c i o s c o m p e t i t i v o , d e c u a lq u i e r f o r m a q u e s e d e f i n a ) , e x i s ­
tir ía p le n o e m p le o d e a c u e r d o c o n e l a n á lis is k a le c k ia n o , e s to ir ía e n c o n tr a d e la p r o ­
p ia o b r a d e K a l e c k i . S u f o r m u la c ió n in i c ia l d e l p r in c ip io d e J a d e m a n d a e f e c t i v a ( K a l e c k i ,
1 9 3 4 ) s u p o n ía la « lib r e c o m p e t e n c ia » . S u e n fo q u e d e la fi ja c ió n d e lo s p r e c io s b a s a ­
d o e n e l g r a d o d e m o n o p o li o f u e d e s a r r o l la d o a p a r t ir d e s u s o b s e r v a c io n e s s o b r e e l
c o m p o r t a m i e n t o d e f i j a c i ó n d e l o s p r e c io s y l a s c o n d i c i o n e s d e l c o s t e , y s e p l a n t e ó
c o m o u n a n á l is is r e le v a n t e d e l a f i j a c i ó n d e p r e c io s , c o n im p l i c a c i o n e s c la r a m e n t e d e r i­
v a d a s p a r a l a d i s t r ib u c ió n d e la r e n t a .
W a lt e r s y Y o u n g s u g ie r e n a d e m á s q u e « la s t e o r ía s s u b y a c e n t e s d e l a c o m p e t e n c i a
e n K a l e c k i y e n lo s c lá s ic o s s o n b a s ta n te d ife r e n t e s » . E n c o n c r e t o , s e p u e d e a fir m a r
q u e e s t o s e d e b e , e n p a r t e , a la i n f l u e n c i a n e o c l á s i c a d e l a n á l i s i s d e K a l e c k i d e l a s
e m p r e s a s o lig o p o lís t ic a s (p . 6 9 5 ). A p e s a r d e q u e K a le c k i (1 9 4 0 ) d e r iv ó u n a c u r v a d e
o fe r t a b a j o c o m p e t e n c i a i m p e r f e c t a q u e p o d r ía c o n s id e r a r s e c o m o n e o c l á s i c a , y d e q u e
su p u so la m a x im iz a c ió n d e l b e n e fic io p o r p a r te d e e m p r e s a s « d e c a ja n e g r a » c o n in fo r ­
m a c i ó n c o m p l e t a , s u s a r t íc u l o s t a n t o d e a n t e s c o m o d e d e s p u é s d e e s a f e c h a n o m u e s ­
t r a n n i n g u n a i n f l u e n c i a n e o c l á s i c a . I g n o r a n t a m b i é n l a p r o f u n d a i n f l u e n c i a d e lo s
e c o n o m is ta s c lá s ic o s , in c lu y e n d o a M a r x , s o b r e K a l e c k i, q u e f u e c la r a m e n t e m u c h o
m a y o r q u e c u a l q u i e r i n f l u e n c i a n e o c l á s i c a . E l s e n t id o e n e l q u e e l e n f o q u e d e K a l e c k i
p u e d e s e r c o n s id e r a d o c o m o n e o c l á s i c o e s q u e é l v e r í a q u e u n a m a y o r c o n c e n t r a c i ó n
lle v a r ía a u n a m a y o r g r a d o d e m o n o p o lio , lo q u e a su v e z lle v a r ía a u n m a y o r m a r g e n
s o b r e l o s p r e c i o s p o r e n c i m a d e l c o s t e , l o c u a l e s , e v id e n t e m e n t e , p a r e c i d o a la te s is
q u e e n c o n t r a m o s e n e l e n f o q u e d e e s t r u c t u r a - c o n d u c t a - a c t u a c ió n . A p e s a r d e q u e e s e
e n f o q u e a l c a n z ó e n u n m o m e n t o d a d o e l e s t a t u s d e o r t o d o x ia , e n c a r n a u n a v i s i ó n b a s ­
t a n t e d if e r e n t e d e l o s d e t e r m in a n t e s d e l o s b e n e f i c i o s y d e l a d i s t r ib u c ió n d e b e n e f i ­
c i o s d e l é n fa s is n e o c l á s i c o e n la p r o d u c t i v i d a d m a r g i n a l ; p o r l o t a n t o , p a r a n o s o t r o s e l
e n f o q u e e s t r u c t u r a - c o n d u c t a - a c t u a c i ó n n o e s n e o c l á s i c o . E n K a l e c k i , la d i s t r i b u c i ó n
d e b e n e fic io s e s tá in f lu i d a p o r e l g r a d o d e m o n o p o lio , y e l v o lu m e n d e b e n e fic io s p o r
e l g a s t o e n i n v e r s i ó n , m ie n t r a s q u e e n e l e n f o q u e n e o c l á s i c o l a s c o n s id e r a c io n e s s o b r e
la p r o d u c t i v i d a d m a r g i n a l s o n s u p r e m a s ( v e r S a w y e r , 1 9 9 0 p a r a m á s d e t a l le s ) .
L A E C O N O M Í A P O S T K E Y N E S I A N A Y S U S CRÍTICOS
721

8. L a E C O N O M Í A P O S T K E Y N E S IA N A Y E L E N F O Q U E N E O R lC A R D lA N O

W a lte rs y Y o u n g ( p . 6 9 8 -6 9 9 ) a lu d e n a la r e la c ió n e n tr e e l a n á lis is s r a ffia n o ( n e o ri-


c a r d ia n o ) y la e c o n o m ía p o s t k e y n e s ia n a . L a c a r a c t e r ís tic a p r in c ip a l d e la e c o n o m ía
s r a ffia n a q u e e s re le v a n te a q u í e s la u t iliz a c ió n d e l a n á lis is d e la r g o p la i.o e n e l q u e se
p r o d u c ir ía u n a ig u a la c ió n d e la s t.asas d e b e n e fic io y la u t iliz a c ió n c o m p le ta d e la c a p a ­
c id a d a la r g o p la z o . E l s u p u e s to d e q u e e x is te n fu e r z a s p e rs is te n te s q u e c ó n du c e n a la
e c o n o m ía h a c ia u n a p o s ic ió n n o r m a l o d e la r g o p la z o c u a n d o e l m u n d o e stá c a r a c te ­
r iz a d o p o r las in certidu m bres, lo s co n trato s n o m in a le s y la d e p e n d e n cia d e la tray ectoria,
e s p o c o co h e re n te co n lo s e le m e n to s b á s ic o s d e la e c o n o m ía p o s tk e y n e s ia n a . ■
R o n c a g liá
(1 9 9 2 ) r e s u m e e l a r g u m e n to c u a n d o d ic e q u e « la in te r p r e ta c ió n d e l o u tp u t d e ■
S r a ffa
c o m o “ ce n tr o s d e g r a v it a c ió n d e la r g o p l a z o ” [ . . . ] e s [ . . . ] u n o b s tá c u lo a l a in te g r a ­
c ió n d e los a n á lis is s r a ffia n o y k e y n e s ia n o , y d e b e ía s e r a b a n d o n a d a » ( p . 1 7 ). :
D iv e r s o s au to res h a n v is t o e l e n fo q u e s r a ffia n o c o m o d ife r e n te a l p o s lk e v n e s ia n o .
P o r e je m p lo , L a v o ie (1 9 9 2 ) in d ic a q u e « v a r ia s c o r r ie n te s d e la e c o n o m ía n o o r to d o x a
p u e d e n se r r e a g r u p a d a s b a jo e l m is m o p a r a g u a s , e s p e c ia lm e n te lo s p o s tk e y n e s ia n o s , ,
lo s n e o r ic a r d ia n o s , lo s r a d ic a le s ( m a r x is ta s ) y lo s in s t it u c io n a lis ta s [ .. .].' Y o ll a m a ié
a lo s e le m e n t o s c o m u n e s d e e s to s c u a tr o e n fo q u e s e l p r o g r a m a d e in v e s tig a c ió n p o s t-i
c lá s ic o » (p . 2). E n c a m b io , H a m o u d a y H a c o u r t (1 9 8 8 ) id e n tific a n tres co rrien tes 'd en -'
tr o d e la e c o n o m ía p o s t k e y n e s ia n a , in c lu y e n d o u n a s r a ff ia n a ; m ie n tr a s q u e k e s t i S
{1 9 9 6 a ) , q u e id e n t ific a c u a tr o r a m a s , la e x c lu y e ( p á g , 1 1 2 , e s p e c ia lm e n te e l n ° 4 ),
H a y v a r io s a s p e c to s d e la r e la c ió n e n tr e la e c o n o m ía p o s tk e y n e s ia n a y l a n e o r i-
ca r d ia n a . E l p rim e ro tie n e q u e v e r c o n la r e la c ió n e n t r e lo s e n fo q u e s k a le c k ia r o y sra f­
fia n o . W a lte r s y Y o u n g a firm a n q u e «si s e q u ie r e s it u a r Ja te o r ía d e l au m e n to d e jo s ■
p r e c io s a d m in is tr a d o s d e K a l e c k i en u n e s c e n a r io s r a ffia n o o c l á s ic o , e n to n ce s - teñ e-?
m o s d e re c h o a p r e g u n ta r p a r a q u é . L a s d o s s o n fo r m a s m u y d ife r e n te s d e e n te n d e r la
e v o lu c ió n d e lo s p r e c io s d e m e r c a d o y e s tá n d is e ñ a d a s p a r a ilu m in a r d ife r e n te s te m a s
y re s p o n d e r a c u e s tio n e s d is tin ta s » (p. 6 9 9 ) . P o d e m o s e s ta d e a c u e r d o en qu e' e l a n á ­
lis is k a le c k ia n o y s r a ffia n o , ta l c o m o fu e r o n d e s a r r o lla d o s in ic ia lm e n te , fu e r o n d is e ­
ñ a d o s c o n in te n c io n e s d ife r e n te s y , q u e , u tiliz a n d o u n a p e r s p e c tiv a d e « u n c a b a llo p ara
c a d a c a r r e r a » , lo s d o s p u e d e n u t iliz a r s e d e p e n d ie n d o d e la s c ir c u n s ta n c ia s . E l b e n e fi- :
c io p o te n c ia l d e u n a sín te s is s e r ía c la r a m e n te u n a n a ifcis m á s r ic o y m á s g e n e ra l: h a s ta
q u é p u n to p u e d e c o n s e g u ir s e u n a s ín te sis es a ú n u n te m a d e d e b a te . S o m o s p le n a m e n te
c o n s c ie n t e s d e q u e la c a r a c t e r iz a c ió n d e l la r g o p l a z o , c o n c r e ta m e n te e l h e c h o d e si
d e b e c a r a c t e r iz a r s e p o r la u t iliz a c ió n p le n a d e la c a p a c id a d y u n a ta s a d e b e n e f ic io
ig u a la d a , e s u n te m a d e d e b a te e n tr e a lg u n o s a u to r e s k a le c k ia n o s y s r a ffia n o s . ■
O tr o a s p e c to es la fo r m a en q u e se to m a e n c o n s id e r a c ió n e l an á lis is d e la r g o p la z o . -
S i e l la rg o p la z o es co n s id e r a d o c o m o u n a p o s ic ió n qu e s e a lc a n z a r á alg ú n d ía y qu e es
in d e p e n d ie n te d e la tr a y e c to r ia d e la e c o n o m ía , e n to n c e s e l a n á lis is d e la r g o p la z o n o
s e p u e d e r e c o n c ilia r c o n la p e rs p e c tiv a p o s tk e y n e s ia n a . S i e m b a r g o , si e l la r g o p la z o es
c o n s id e r a d o c o m o u n a p o s ic ió n q u e n o s e c o n s e g u ir á n u n c a , p e r o a la c u a l l a e c o n o m ía
tie n d e en t o d o m o m e n to , e n to n c e s p u e d e e x is t ir u n g r a d o d e c o m p a tib ilid a d e n tre la s,
p e rs p e ctiv a s s r a ffia n a y p o s tk e y n e s ia n a , en la s q u e d ife re n te s a n á lis is so n co n sid era d o s
c o m o re le v a n te s p ara d ife re n te s tem as y d ife r e n te s c u e s tio n e s . H a rc o u rt y S p a jic ' ( j 997:;
2 5 ) s e ñ a la n q u e « K a l e c k i y J o a n R o b in s o n y s u s s e g u id o r e s , y P a u l D a v id s o n -y ’
ÍL-1€&
s u y o s (a u n q u e la s teo ría s d ifie r e n c o n s id e r a b le m e n te ) , affirm an q u e e l m é to d o d e

íf f ®
722 C R ÍT IC A A L A E C O N O M ÍA O R T O D O X A

p la z o n o tie n e m u c h a u t ilid a d p a r a e l a n á lis is d e s c r ip tiv o )). P e r o e l m é to d o d e la r g o


p la z o p u e d e a ú n ser ú til p a r a o t r o s tip o s d e a n á lis is .
H a m o u d a y H a r c o u r t (1 9 8 8 ) c o n c lu y e r o n s u a r tíc u lo s o b r e l a e c o n o m ía p o s tk e y -
n e s ia n a c o n la s ig u ie n te o b s e r v a c ió n :

L o q u e h e m o s in te n ta d o d e m o s tr a r e s q u e , d e n tr o d e la s d ife r e n te s c o r r ie n te s q u e
h e m o s d e b a tid o y d e s c r ito , s e p u e d e n e n c o n tr a r m a r c o s y e n fo q u e s c o h e r e n t e s , a
p e s a r d e q u e aún q u e d a n e n c a d a u n a tem a s in a c a b a d o s y cu e stio n e s p o r r e so lv e r. L a
v e rd a d e ra d ificu lta d a p a r e c e c u a n d o se in ten ta sin te tiz a r la s c o rr ie n te s p ara a s í v e r si
e m e r g e un to d o c o h e r e n te . N u e s t r a o p in ió n e s q u e e ste e s u n e je r c ic io e q u iv o c a d o
[ . . . ] . L a p e r sp e c tiv a q u e e s im p o rta n te d e d u c ir , c r e e m o s , e s la d e q u e n o e x is t e u n a
fo r m a u n ifo rm e d e a b o rd a r to d o s lo s te m a s en e c o n o m ía y q u e v a r ia s co rrie n te s de
la e co n o m ía p o s tk e y n e s ia n a d ifie r e n entre ellas p o rq u e se p re o c u p a n d e te m a s d ife ­
re n te s y m u c h a s v e c e s a d ife r e n t e s n iv e le s d e a b s tr a c c ió n d e l a n á lis is .

S o la m e n t e d is c r e p a m o s e n e s to e n q u e n o so tr o s v e r ía m o s l a e c o n o m ía p o s tk e y n e - i
sian a d e u n a f o n n a rela tiv am e n te m á s lim ita d a , y co n sid era ría m o s lo s e n fo q u e s s ra ffia n o , : '
p o s tk e y n e s ia n o y otros c o m o parte d e u na d e n o m in a c ió n m á s am p lia d e e c o n o m ía p o lí­
tic a p o s tc lá s ic a o r a d ic a l. E x is t e n m u c h a s c o m p le m e n ta r ie d a d e s e n tre e s to s e n fo q u e s ; :1
( a s í c o m o a lg u n o s c o n f l ic t o s ) , y e n n u e s tr o p r o p io tr a b a jo r e c u r r im o s a a s p e c t o s d e \ ;
m u c h o s d e e s to s e n fo q u e s . i i (

9. R e s u m e n y c o n c l u s ió n ^ ■■/■■■

W a lte r s y Y o u n g p r o p o n e n c u a tr o a m p lia s n o c io n e s d e c o h e r e n c ia : « l a c o n fo r m id a d 1; -
c o n la s e s c u e la s d e p e n s a m ie n to a c e p ta d a s , u n a m e t o d o lo g ía c o n c r e t a o m o d o d e p e n - i■
: ; :
s a m ie n to , u n a a g e n d a u n if ic a d a y u n o s t e m a s e s p e c íf ic o s » (p . 3 3 2 ). N o s o tr o s h e m o s V& í;.''.:.
p la n te a d o q u e l a c o h e r e n c ia d e l a e c o n o m ía p o s t k e y n e s ia n a en té r m in o s d e u n t e m a v'ViVY-'
q u e e n m a rc a e l resto p r o v ie n e d e l p a p e l d e la d e m a n d a e fe c tiv a en u n a e c o n o m ía m o n e - : ■
ta ria d e p r o d u c c ió n , y q u e e s to d is tin g u e la e c o n o m ía p o s tk e y n e s ia n a d e la m a y o r p a rte ;■
: i
d e l re s to d e e s c u e la s d e p e n s a m ie n to . T a m b ié n h e m o s a fir m a d o q u e la a g e n d a d e p o lí- Y/vv
tic a e c o n ó m ic a en térm in o s a m p lio s d e l a e c o n o m ía p o s tk e y n e s ia n a c o n s is tir ía d e p o lí- í : ■
tic a s y a c u e r d o s in s titu c io n a le s fa v o r a b le s a lo g r a r a lto s n iv e le s d e d e m a n d a a g r e g a d a V.V .
en b ú s q u e d a d e l o b je tiv o d e l p le n o e m p le o . L o s p o s tk e y n e s ia n o s s o n co n s tru c to re s d e ;; :.fY .V
in s titu c io n e s ; so n la s in s t it u c io n e s la s q u e p u e d e n p r o p o r c io n a r e s ta b ilid a d y , s i so n :
c o m e c ta m e n te d is e ñ a d a s , e s ta b ilid a d p r ó x im a a l p le n o e m p le o . E n c o n s e c u e n c ia , esta - v i­
m o s d e a c u e r d o e n q u e e x is t e n tres g r a n d e s c o r r ie n te s en l a e c o n o m ía p o s tk e y n e s ia -
n a , d e riv a d a s d e K a l e c k i , K e y n e s y lo s in s titu c io n a lis ta s . H e m o s s u g e rid o q u e la a g e n d a v i
u n if ic a d o r a d e e s ta s c o r r ie n te s es e l p a p e l d e l a d e m a n d a e f e c t i v a e n u na e c o n o m í a i: i- :
m o n e ta r ia d e p r o d u c c ió n en l a q u e la s c a r a c t e r ís tic a s in s t it u c io n a le s s o n e s e n c ia le s . : ■: i
L o s tr e s te m a s id e n tific a d o s p o r W a lte r s y Y o u n g h an ju g a d o cla r a m e n te u n im p o rta n te i i
p a p e l en la e c o n o m ía p o s tk e y n e s ia n a y , a u n q u e e x is te n d ife r e n c ia s e n e sto s tre s te m a s , : i;-i i
la s d ife r e n c ia s so n r e la t iv a m e n t e m e n o r e s s i la s c o m p a r a m o s c o n la s s im ilit u d e s , y v V:V-
m a y o r e s t o d a v ía s i la s c o m p a r a m o s c o n la s d if e r e n c ia s e n tr e lo s e c o n o m is ta s p o s - 'i
tk e y n e s ia n o s y o r to d o x o s s o b r e lo s m is m o s te m a s . ' V-V/V
LA ECONOMÍA POSTKEYNES1ANAY SUS CRÍTICOS 723

10. R e f e r e n c ia s

A restis , P. (1992). The Post Keynesian Approach to E ca n om ics: An A ltem alive A n a lysis o f
Econom ic Theoiy and P olicy. Aldershot, R U : Edward Elgar.
— . (1996a). «Post Keynesian economics: towards coherence». Cambridge Joum al o f Economics,
n°20 (1),p. 111-136.
— . (1996b). «Kalecki's papele in Post Keynesian economics: an overview», En: K ing, J. E.
(ed.). An A ltem alive M acroeconom ic Theory: The Kaleckian M odel mid Post Keynesian
Econom ics . Londres: Kluwer Academic. .
— . (1997). Money, Pricing, Distribution and Econom ic Integration. Londres: Macmillan.
A restis, P.; D unn , P.; Sawyer , M . (1999). «On the coherence od Post Keynesian economics: a
commentary on Walters and Young». Scottish Jo u m a l o f political Economy.
A restis , P.; H ow ells , P. (1996). «Theoretical reflections on endogenous money; the pro-
blem with “ convenience lending” ». Cam bridge Jo u m a l o f Econom ics, n° 20 (5), p. 539­
552.
^ ^ C T s, P.; SAWYER, M. (1997a). The Relevance o f Keynesian Econom ic Policies Today. Londres:
Macmillan.
— . (1997b). «Unemployment and lhe independen! european system of central banks: propspects
and sorne altemative arrangements», Am erican Jo u m a l o f Econom ics and Sociology, n° 56
(3), p. 353-367.
— . (1998). «Keynesian policies for lhe new millenium». Econom ic Jo u m a l, n° 108 (1), p. 181­
195.
CHlCK, V. (1992). «The smalS firm under uncertainty: a puzzle o f The General Theory». En:
Gerrard, B .; Hillard, J. (eds.). The Philosophy a n d Econom ics o f J . M . Keynes. Cheltenham,
RU: Edward Elgar.
—. (1995). «Is there a case for Post Keynesian economics?», Scottish Jo u m a l o f P o litica l
Econom y, n° 42 (1), p. 20-36.
CoDDiNGTON, A . (1983). Keynesian Econom ics: Tire Sea rch fo r F ir st Principies. Londres: Alien
& Unwin, 1983.
CoTrREL, A . (1994). «Post Keynesian rnonetary economics». Cam bridge Jou rn al o f Econom ics,
n° 18 (4), p. 587-606.
D avidson , P. (1989-91). «Shackle and Keynes vs. rational expectations theory on the papele of
time, liquidity and financia! rnarkets». En: ¡nflations, Open Econom ics and Resources: The
Collected IVritúigs o fP a u l D avidson, vol. 2. Londres: Macmillan.
— . (1991a). Controversies in P ost Keynesian Econom ics. Aldershot, RU: Edward Elgar.
— . (1991b). «Is probability theory relevant for uncertainty: A Post Keynesian perspectiva».
Jo u m a l o f Econom ic Perspectives, n° 5 (1), p. 129-143.
— . (1992-3). «Reforming the worid's money». Jou rn al o f P ost Keynesia n Econom ics, n° 15 (2),
p. 153-179.
Dow, S. C . (1985). M a croecon om ic Thought: A M e th o d o lo g ica l A p p roach . Oxford: Basil
Blackwell.
—. (1990). «Beyond dualism». Cam bridge Jo u m a l o f Econom ics, n° 14, p. 143-157.
— . (1991). «The Post Keynesian school». En: Mair, D .; Miller, A . G. (eds.). A M od em G u ide
to Econom ic Thought. Aldershot, RU: Edward Elgar.
— . (1995). «Conversaron». En: King, J. E. (ed.). Conversations with Post Keynesians. Londres:
Macmillan
— . ( 1^996). «Horizontalism: a critique». Cajnbridgp Jo u m a l o f Econom ics, n° 20, p. 497-508.
D unn , S. P. (1998a). «A Post Keynesian aproach to the theory o f the firm». En: Dow, S. C .;
Hillard, J. (eds.). Post Keynesian Econometrics and the Theory o fthe Fimi: Beyond Keynes,
vol. 1. Cheltenham, RU: Edward Elgar.
724 C R ÍT J C A A L A E C O N O M ÍA O R T O D O X A

D u n n , S. P. (1998b). «B ou nded rationality, “ fundam ental” uncertainty and the flrm in the long
run». E n : D o w , S .C .; E arl, P. (eds.). Economic Organisation and Economic Knoweledge:
Essays in Honour ofBrian Loasby, v o l. 2. Ch elten ham , R U : Edw ard E lgar.
D ü i t , A . (1992). «K eynes, market fo rm s and com petition». E n : G e rrard , B .; H illard , J . (eds.).
The Philosophy andEconomics o f J . M. Keynes. C h elten ham , R U : Edw ard E lgar.
EARL, P ; K A Y , N . (1985). «H o w econom ists can accept Sh a ck le’s critique o f econom ic doctrines
without arguing themselves out o f a jo b ». Joumal o f Economic Studies, n° 12, p . 34-48.
E ichner,A .; Kregel , J . (1975). « A n essay on Post K ey n esian theory: a new paradigm in eco ­
n om ics». Joumal o f Economic Llterature, n° 13, p. 1.293-1.314.
H am ouda , O .; H arcourt, G . C . (1988). « P o st K eynesian ism : fro m criticism to coh erence?»,
Bulletin o f Economic Research, n° 4 0 , p. 1-30.
H arcourt, G . C .; S p a jic , L . D . (1997). «Post K ey n e sian ism ». M im e o .
KALECKI, M . (1934). «T rzy u k la d y » . Ekonomista, n° 3 (versión en in g lé s en K a le c k i, 1990).
— . {1940). «The supply curve o f an industry under im perfect com petition » . Review of Economic
Studies, n° 7, p. 91-112.
— . (1971). Selected Essays on the Dynamics ofthe Capitalíst Economy. Cam bridge: Cam bridge
U n iversity Press.
— . (1990). Capitalista: Business Cycles and Full Employment, Collected Wbrks, v ol. 1, edición
a cargo de: O siatyn ski, J . O xford: Clarendon Press, 1990.
K eynes , J . M . (1 9 3 6 ). The General Theory o f Employment, ¡nterest and Money. L o n d re s:
M a c m illa n .
— . (1939). «R e lativ e m ovem ents o f real w ages and m on ey w a g e s» . Economic Joumal, n° 49,
p. 34-51.
— . (1973). The General Theory and Afier, Part i!; Defence and Development. The Collected
Wrilings o f John Maynard Keynes, v o l. X I V . Londres: M a c m illa n .
L avoie, M . (1992). Foundations ofPost Keynesian EconomicAnalysis. Cheltenham , R U : Edw ard
Elgar.
— . (1996). «H orizontalism , structuralism , liquidity preference and the principle o f increasíng
risk». Scottish Journal ofPolitical Economy, n° 4 3 , p. 275-300.
L aWSOn , T . (1994). «T h e nature o f P ost K eynesian ism and its lin ks to oth er traditions: a realist
perspective». Joumal of Post Keynesian Economics, v o l. 16 (4), p . 503-538.
Cambridge Journal of Economics, n° 19
— . (1995). «T h e “ L u ca s critique": a generalisation».
(2), p . 257-276.
Pollin , R . (1991). «Tw o theories o f m o n ey supply en d o gen eity: sorne em pirícal ev id e n ce »,
Joumal ofPost Keynesian Economics, v o l. 13 (3), p. 366-396.
R o n c a g u a , A . (1995). « O n the com patibility between K e y n e s ’s and Sra ffa 's view points on out-
¡ncome and Employment in
put leveis». En: H arcourt, G .; R o n c a g lia , A .; R o w le y , R . (eds.).
Theory and Prectice. N u e va York: S t M artin 's Press.
S a r d o n i , C . (1987). Marx and Keynes on Economic Recessions: The Theory ofUnemployment
and Effective Demand. B righton , R U : H arvester-W heatsheaf.
S awyer, M . (1982). Macro-economics in Queslion. B righto n , R U : W h e a tsh e a fB o o k s.
— . (1985). The Economics o f Michal Kalecki. Londres: M a cm illan ; .^ Aronk; N Y : M . E . Sharpe.
— . (ed.) (1988). Post Keynesian Economics. A ld ersh o t, R U : E d w ard E lgar.
— . (1990). «O n the relationship between Post K ey n esian eco no m ics and industrial econom ics».
Review ofPolitical Economy, n° 2 ( I ) , p. 43-68.
— . (1992). « O n the origins o fP o s t K eynesian pricing theory and m acro-econom ics». E n : A restis,
P.; C h ic k , V . (eds.). Recent Developments in Post Keynesian Economics. A ld e rsh o t, R U :
Edw ard E lgar. ■
— . (1995). Unemployment, Impetfect Competition and Macroeconomics: Essays in the Post
Keynesian Tradition. A ldershot, R U : Edw ard E lgar.
L A E C O N O M ÍA P O S T K E Y N E S IA N A Y S U S C R ÍT IC O S 725

Saw yer , M . (1996}. « Money, finance and interest rates: sorne Post Keynesian reflections». En:
Arestis, P. (ed.). Keynes, Money ami the Open Economy: Essays in Hotwur ofPaul Davidson,
vol. l. Aldershot, RU: Edward Elgar.
— . (1997}. «Aggregate demand, invesunent and the N A IR U ». Jerome l.avy Economics Institute,
documento de trabajo.
W A L T E R S , B .; Y o u n g , D . (1997). «On the coherence o f PostKeynesian economics». Scottish
Journal ofPolitical Economy, n° 44 (3), p. 329-349.
Sí*®
CRÍTICA A LA ECONOMÍA ORTODOXA 727-729

P o s t-k e y n e s ia n is m o y c o h e r e n c ia :

u n a re s p u e sta a A r e s tis , D u n n y S a w y e r*

B e m a r d W a lte r s y D a v id Y o u n g

E l o b j e t i v o d e W a l t e r s y Y o u n g ( 1 9 9 7 ) e r a c u e s t io n a r la s r e i v i n d i c a c i o n e s r e c i e n t e s
s o b r e e l h e c h o d e q u e l a c o h e r e n c i a d e l p o s t k e y n e s i a n i s m o e s t a l q u e p r o p o r c io n a u n a
a lt e r n a t iv a c o n v i n c e n t e y c o m p l e t a a l a t e o r í a d o m in a n t e . A m o d o d e c o r o l a r i o , c r i t i ­
c á b a m o s l a u t i l i d a d d e in t e n t a r a l c a n z a r u n a c o h e r e n c i a a t r a v é s d e u n a s í n t e s i s . S i n
e m b a r g o , e l a r t íc u l o n o h a c í a n in g u n a a f i r m a c i ó n r e s p e c t o a u n a v i s i ó n e s p e c í f i c a d e Ja
c o h e r e n c i a , c o m o t a m p o c o in s is t í a e n q u e l o s p o s t k e y n e s i a n o s s e m a n t u v ie s e n d e n t r o
d e c r it e r io s m e t o d o l ó g i c o s e s p e c í f i c o s . A d e m á s , e l a r t íc u l o n o r e c o m e n d a b a n in g u n a
p r e s c r ip c ió n e n l o to c a n te a e n fo q u e s te ó r ic o s c o n c r e to s . N u e s t r o o b je tiv o e r a s im p le ­
m e n t e e v a l u a r l a c o n s i s t e n c i a y u t il id a d d e l o s r e c ie n t e s in t e n t o s d e l p o s t - k e y n e s i a n i s ­
m o d e f o r j a r u n a e s c u e l a d e p e n s a m i e n t o a lt e r n a t i v o c o h e r e n t e .
E x i s t e n m u c h a s r e s p u e s t a s p o s i b l e s a n u e s t r a s in q u i e t u d e s . U n a d e e l l a s e s v o l v e r
a la p o s ic ió n d e H a m o u d a y H a r c o u r t (1 9 8 8 ) q u e , ta l c o m o s u g e r ía m o s , e s m e n o s p r o ­
b l e m á t i c a , p u e s t o q u e c o n s i d e r a e l p o s t - k e y n e s i a n i s m o c o m o u n a a m p l i a s e r ie d e t e m a s
d e n t r o d e l o s c u a le s h a y c o h e r e n c i a , p e r o e n t r e l o s c u a le s s e r ía a b s u r d o f o r z a r u n a u n i ­
d a d . A p e s a r d e q u e c u e s t io n á b a m o s e l a lc a n c e d e u n a c o h e r e n c ia e n tr e e s t o s te m a s ,
e n t é r m in o s g e n e r a l e s n o s s e n t ía m o s y n o s s e n t im o s p r ó x i m o s a e s t a p o s i c i ó n . A r e s t i s ,
D u n n y S a w y e r ( A D S ) (1 9 9 9 ) e m p ie z a n p o r s u g e r ir q u e e llo s n o a fir m a r ía n q u e e l
p o s t -k e y n e s ia n is m o es « to ta lm e n te c o h e r e n te , . . . , n i t a m p o c o q u e e s c o m p le t o . P e r o
s í q u e a fir m a r ía m o s q u e la s d is tin ta s c o r r ie n te s t ie n d e n h a c ia l a c o h e r e n c ia .» I n ic ia lm e n t e
e s t o p a r e c e s e r m á s c o n s i s t e n t e c o n H a m o u d a y H a r c o u r t q u e a l g u n a s d e la s a f i r m a ­
c io n e s m á s c a t e g ó r ic a s q u e e s t u d ia m o s (p o r e je m p lo , A r e s t is , 1 9 9 2 : L a v o i e , 1 9 9 2 ; y , m á s
r e c ie n t e m e n t e , A r e s t i s , 1 9 9 6 ) . S in e m b a r g o , n o e s t á c l a r o q u é e s l o q u e s e q u ie r e d e c ir
e x a c t a m e n t e c o n « t ie n d e n h a c i a l a c o h e r e n c i a » . S o s p e c h a m o s q u e il u s t r a u n a p r e o c u ­
p a c i ó n d e n u e s t r o a r t íc u l o o r i g i n a l , a s a b e r , e l d e s e o d e f o r z a r u n a c o h e r e n c i a m á s a ll á
d e u n a d é b i l a s o c i a c i ó n d e t e o r ía s r e l a c i o n a d a s e n t r e s í .
A D S e m p ie z a n p o r d e fin ir e] p o s t -k e y n e s ia n is m o c o m o « e m a n a n d o d e K e y n e s ,
K a l e c k i y lo s in s titu c io n a lis ta s » . M e r e c e la p e n a o b s e r v a r q u e é s ta n o e s u n a d e fin i­
c i ó n a m p l i a m e n t e a c e p t a d a d e lo s o r í g e n e s d e l p o s t - k e y n e s i a n i s m o . E n p a r t i c u l a r ,
e x c l u y e a l o s n e o - r ic a r d ia n o s e i m p l í c i t a m e n t e e l p r o y e c t o d e J o a n R o b i n s o n d e in t e ­
g r a r e l l a r g o p e r ío d o c l á s i c o . A d e m á s , i n c l u y e a J o s in s t i t u c i o n a l i s t a s . E s t o p a r e c e r ía
s e r u n a e v o l u c i ó n b a s t a n t e r e c ie n t e q u e q u iz á s h a s u r g id o c o m o r e s u l t a d o d e l o s p r o ­
b le m a s v i n c u l a d o s a J o s in t e n t o s d e f o r z a r l a c o h e r e n c i a . :

* Publicado en: Walters, Bemard; Young, David. «Post-Keynesianism and coherence: A reply to Arestis,.■

■■
.
Dunn and Sawyer». Scollish Journal ofPolilical Economy, vol. 46, núm. 3, agosto 1999, p.
Traducción: Beatriu Krayenbüh!.

Síilfi®
M i l ® '#
728 C R ÍT IC A A L A E C O N O M ÍA O R T O D O X A

L a a fir m a c ió n d e c o n s is te n c ia en tre la s d iv e r s a s tr a d ic io n e s m e to d o ló g ic a s es p o c o
c o n v in c e n te . E n p r im e r Ju g a r , a u n q u e n o s e d is c u te en p r o fu n d id a d , e l p la n te a m ie n to
d e qu e u n a la im p o rta n te d e lo s p o s t-k e y n e s ia n o s tie n e u n a te n d e n c ia g e n e r a liz a d o r a ,
q u e e s in c o n s is te n te c o n o tro s e n fo q u e s m e t o d o ló g ic o s , n o se d is c u t e s e r ia m e n te . E l
e n fo q u e a x io m á t ic o e m p le a d o p o r la c o r r ie n t e d e D a v id s o n d e l p o s t-k e y n e s ia n is m o
p a re ce ría s e r o p u e sto a l r e c h a z o d e lo s rea lista s cr ític o s d e la s teo ría s a x io m á tic a s s o b r e
la b ase d e su su d e d u c tiv is m o ( L a w s o n , 1 9 9 7 ). L o q u e n o m e jo r a c o n la p re te n s ió n d e
q u e c u a lq u ie r a d e e sto s e n fo q u e s « n o e s g e n e r a l e n té r m in o s d e la h is to r ia » . D e fo r m a
s im ila r , e l in te n to d e c o m b in a r e l r e a lis m o c r ít ic o c o n e l b a b ilo n ia ln is m o a tr a v é s d e
la s u p o s ic ió n d e u n s is te m a a b ie r to c o m ú n n o c o n s ig u e r e s o lv e r a lg u n a s d ife r e n c ia s
im p o rta n te s . E n n u e stra o p in ió n , la m á s im p o r ta n te e s la p r e te n d id a c a p a c id a d d e l rea­
lis m o c r ític o d e « f ija r » lo s m e c a n is m o s c a u s a le s s u b y a c e n te s e n un m u n d o c o n tr a s ta ­
d o c o n la a c e p ta c ió n d e l b a b ilo n ia lis m o d e la c o m p le jid a d ir r e d u c tib le d e la r e a lid a d
s o c ia l.
A D S a fir m a n q u e n o e x is t e u n c o n f l ic t o b á s ic o e n tr e e l p a p e l k e y n e s ia n o o d e l a
in c e r tid u m b r e fu n d a m e n ta l y la a d a p ta c ió n k a le c k ia n a d e u n a in c e r tid u m b r e « g e n e ­
r a liz a d a » , L o q u e n o r e s p o n d e a n u e s tro p u n to c e n tr a l d e q u e tie n e s e n tid o c o n s e r v a r
la s d is tin ta s v e r s io n e s d e l fu n c io n a m ie n t o d e la s e c o n o m ía s c a p ita lis ta s o fr e c id a s p o r
K e y n e s y K a l e c k i . L a n a tu r a le z a y e l p a p e l d e la in c e r t id u m b r e so n d ife r e n te s en lo s
d o s e n fo q u e s , d e m o d o q u e e l in te n to d e s ín te s is h a ll e v a d o a u n a d is m in u c ió n d e la s
dos te o r ía s . N o s o t r o s n o s u g e r im o s q u e c ie r t o g r a d o d e in c e r t id u m b r e n o s e a r e le ­
v a n te p a r a la t e o r ía d e la f i j a c i ó n d e p r e c io s d e K a l e c k i , p e r o Ja in tr o d u c c ió n d e la
in certid u m b re « fu n d a m e n ta l» e s cla r a m e n te in n e ce s a ria p a ra la s p r o p o s ic io n e s c e n tr a le s
d e K a l e c k i e , in c lu s o p u e d e n alte ra r a lg u n o s d e lo s s u p u e s to s b á s ic o s re sp e cto a l c o m ­
p o r ta m ie n to d e la s e m p r e s a s . P u e d e s e r c ie r t o q u e , d e b id o a la n a tu r a le z a n o o p tim i­
z a n te d e la s e m p re s a s k a le c k ia n a s , Ja in tr o d u c c ió n d e la in c e r tid u m b r e fu n d a m e n ta l
s e a m e n o s d e s tr u c tiv a q u e p a r a la t e o r ía n e o c lá s ic a . S in e m b a r g o , e s tá m e n o s c la r o
q u e l a c a p a c id a d d e u n a e m p r e s a p a r a m a n t e n e r s u f ic i e n t e p o d e r d e m e r c a d o p a r a
co n tro la r lo s m e rcad o s d e p ro d u cto s s e m a n te n g a in tacta si e l m u n d o es ta n rad ic a lm e n te
in c ie r to .
L a p e r c e p c ió n b á s ic a d e la t e o r ía d e la p r e fe r e n c ia p o r la liq u id e z d e K e y n e s e s
q u e lo s p r e c io s d e m e r c a d o p u e d e n v e r s e a le ja d o s d e m a n ife s ta r la s e s c a s e c e s r e a le s
e n tan to q u e lo s b ie n e s in co rp o ra n la liq u id e z . E l d in e ro p r o p o r c io n a e l p r in c ip a l e je m ­
p lo d e ta l b ie n d e fo r m a q u e e l tip o d e in terés n o r e f le ja la ta s a d e s u b s titu c ió n in te r ­
te m p o r a l s u p u e s ta e n e l a n á lis is c l á s ic o . E s t o s im p le m e n te n o e s e l c e n tr o d e la te o r ía
k a le c k ia n a , q u e se o cu p a d e Ja r e la ció n entre la s em p re sa s m o n o p o lís tic a s y e l sector b a n -
c a r io . U n a v e z m á s , c u e s tio n a m o s la u tilid a d de in te n ta r u na s ín te s is .
A D S p a r e c e r ía n a c e p ta r n u e s t r o p u n to d e v is t a d e q u e lo s p o s t -k e y n e s ia n o s n o
e s tá n u n id o s p o r r e c o m e n d a c ió n e s s im ila r e s d e p o lít ic a e c o n ó m i c a . A c e p t a n q u e la
p o lít ic a d e ren tas e s , e n e l m e jo r d e lo s c a s o s , s ó lo u n in g r e d ie n te q u e a lg u n o s p o s t-
k e y n e s ia n o s p r e c o n iz a r ía n . N o o b s t a n t e , a fir m a n q u e e x is te n p o lít ic a s d is tin tiv a s q u e -
s u rg e n d e « u n an á lis is e c o n ó m ic o p o s t -k e y n e s ia n o c l a r o y p o s it iv o » . S in e m b a r g o , s u
ú n ic a in d ic a c ió n r e s p e c to a c u á le s p o d r ía n s e r é sta s n o p a r e c e e s p e c ífic a m e n t e p o s t-
k e y n e s ia n o . M u c h o s e c o n o m ista s ( in c lu y e n d o a lg u n o s n e o c lá s ic o s ) e sta rían d e a c u e rd o
e n q u e lo s lib r e m e r c a d o s p u e d e n n o a lc a n z a r o m a n te n e r la u tiliz a c ió n c o m p le ta d e
lo s r e c u r s o s o p r o d u c ir un d is tr ib u c ió n d e la r e n ta q u e s e a e q u ita tiv a .
POST-KEYNESIANISMO Y COHERENCIA: UNA RESPUESTAA ARESTIS, D^UN Y SAWYER 729

En resumen, insistiríamos en que nuestro objetivo era investigar las recientes pre­
tensiones de coherencia y criticar los intentos de forzar una coherencia glob al a costa
de perder algunas percepciones importantes. Todavía creernos que éste es un tem a
importante que los post-keynesianos tienen que tratar con seriedad.

R e f e r e n c ia s

A restjs , P. (1992). The Post-Keynesian Approach to Economics. A ld e rsh o t: E d w ard E lg a r.


— . (1996). «Post-keynesian econom ics: towards coherence». Cambridge Journal o f Economics,
20, p. l l 1-135.
A restjs , P .; D unn , S . P.; S aw yer , M . (1999). « O n th e coherence o f p o st-K e y n esian e c o n o ­
m ics: a com m ent on W alters and Y o u n g » . The Scotlish Journal ofPolitical Economy, 4 6 ,
3, p. 339-345.
HM1 0 UDA, O . R ; HARCOURT, G . C . (1988). «K eynesianism : from criticism to coherence». Bulletin
o f Economic Research, enero. R eeditado en: Pheby, J . (ed.) ( 1989).
L avoie, M . (1992). Foundations of Post-Keynesian EconomicAnalysis. Aldershot: Edw ard Elgar.
L awson , T . (1997). Economics and Reality. Londres: R outledge.
W alters , B .; Y o u n g , D . (1997). « O n the coherence o f post-K eynesian e c o n o m ics» , Scottish
Journal of Political Economy, 4 4 , 3, p. 329-349.

. \:.i .•••• •
• "•: . ••. ••••• .
■ ••••:. Y••.»• ••!

También podría gustarte