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266 E L CONTINENTE DE SIETE COLORES
g u n o s d e l o s más f a m o s o s e s c u l t o r e s y u r b a n i s t a s d e F r a n c i a .
E n r i g o r , B u e n o s A i r e s h a sido u n p r o d u c t o d e l a indepen-
d e n c i a , u n a c i u d a d h e c h a p o r l a república.
E n l a N u e v a G r a n a d a , C o l o m b i a , l a c a s a d e l marqués d e
S a n J o r g e e n Bogotá, n o es m e j o r e n n i n g ú n c a s o q u e l a d e l
Marqués d e V a l d e H o y o s e n C a r t a g e n a . E n A n t i o q u i a , R i o -
n e g r o , Popayán, T u n j a , e l S o c o r r o o V i l l a d e L e y v a s e c o n -
s e i - v a n sólidas casas b l a s o n a d a s . Y o c u r r e allí l o q u e e n l a
m a y o r p a r t e d e l a s colon¡a.s, q u e c o m o n o f u e r o n m e r c a n t i l e s ,
c o m o l a burquesía f u e a p e n a s u n a c l a s e a c c e s o r i a , y l a r i q u e z a
e r a r u r a l , m i n e r a , d e explotación d e l o s i n d i o s y l o s n e g r o s
e n h a c i e n d a s y e n placeres d e o r o , l a s g r a n d e z a s d e l o s se-
ñores, y a u n d e l a s m i s i o n e s r e l i g i o s a s ; s e p r o y e c t a r o n a c a m -
p o traviesa e n v a s t o s . d o m i n i o s y;.eh soledades q u e r o m p e e l
caserón d e l a h a c i e n d a . L a s c a s a s d e l a s h a c i e n d a s n o s e
d i f e r e n c i a b a n d e l a s d e l a s c i u d a d e s s i n o e n q u e e r a n más
a b i e r t o s l o s j a r d i n e s , e n q u e l o s c o r r a l e s ponían a l h o m b r e e n
c o n t a c t o más d i r e c t o c o n l o s h a t o s : l a c a p i l l a e u l a c a s a
d e l a h a c i e n d a d a a l h a c e n d a d o e l a i r e d e s e r e l señor a b s o -
l u t o d e u n a p e q u e ñ a c o m u n i d a d r u r a l . D e cómo e s t o s e
p r o l o n g a hasta entrado e l siglo x x n o s d a . u n testimonio l a
n o v e l a Gran Señor y RajadiabloSj d e l c h i l e n o E d u a r d o B a -
rrios (1884-1963).
La arquitectura miUlar.
L a arquitectura militar tuvo u n desarrollo notable e nlas
c i u d a d e s d e l C a r i b e más d i r e c t a m e n t e e x p u e s t a s a l o s a t a q u e s
d e c o r s a r i o s , p i r a t a s , f i l i b u s t e r o s , b u c a n e r o s , q u e querían e n -
t r a r a s a c o e n l a s c o l o n i a s , o d i s m i n u i r e l i m p e r i o español.
I n g l e s e s , h o l a n d e s e s , franceses, daneses, r e p i t i e n d o sus a t a q u e s
a Santo D o m i n g o , Veracruz, L aHabana, San Juan'de Puerto
R i c o , S a n J u a n d e Ulúa, P u e r t o C a b e l l o , P a n a m á , C a r t a g e n a
y h a s t a S a n Agustín d e l a F l o r i d a , i m p u s i e r o n l a . n e c e s i d a d d e
c o n s t r u i r g r a n d e s defensas, a m u r a l l a n d o p u e r t o s , l e v a . n t a n d q
LAS ARTES E NLA. COLONIA ESPAfJoLA 267
c a s t i l l o s , f u e r t e s , a t a l a y a s , q^ue s i g u e n s i e n d o u n d o c u m e n t o
e n piedra d e aquellas duras luchas q u e h i c i e r o n famosos a
ingleses c o m o H a w k i n s , D r a k e o M o r g a n , a franceses c o m o
D u c a s s e y e l barón d e P o n t i n s , a h o l a n d e s e s c o m o R o b e r t o
B a a l o A d r i á n J u a n e s P a t e r , y n a t u r a l m e n t e a españoles c o m o
P e d r o Hernández d e A v i l e s o d o n B l a s d e L e z o . L a f o r t a l e z a
d e l C a r i b e se c o n s t r u y e d e a c u e r d o c o n l o s m o d e l o s d e i n g e -
niería m i l i t a r e u r o p e a d e l s i g l o X V L F e l i p e I I envió a l i n -
g e n i e r o i t a l i a n o B a u t i s t a A n t o n e l l i , e n 1 5 8 9 , acompañado d e
su h e r m a n o y d e s u sobrino J u a n Bautista e l M o z o , q u e
traían e n l a m e n t e l o s m u r o s y c a s t i l l o s d e l a s c i u d a d e s i t a -
lianas. Ellos proyectaron, iniciaron y dirigieron , c o n algunos
españoles, u n s i s t e m a d e o b r a s m o n u m e n t a l e s e n t o d o s l o s
p u e r t o s . E s a s o b r a s , e n c u y a ejecución t r a b a j a r o n v a r i a s g e n e -
raciones, m u e s t r a n e l f o r m i d a b l e esfuerzo q u e entonces hizo
España p a r a m a n t e n e r e l l a s o l a u n p o d e r único e n l a m a y o r
parte d e l Continente.'
C a r t a g e n a f u e l a p l a z a e n q u e estas o b r a s a l c a n z a r o n m a -
yores dimensiones, p o r considerarse c o m o l a e n t r a d a a Sud-
américS. E n 1 6 3 2 y a e s t a b a c o n s t r u i d o " u n m u r o a l p a r e c e r
i n e x p u g n a b l e , c o n . t r e s importantísimas f u e r z a s , b a s t a n t e s
para resistir a l enemigo". E l castillo d e San F e l i p e de Barajas
se c o m i e n z a e n 1 6 5 7 , y c a s i s i g l o y m e d i o después a ú n s e l e
hacía a m p l i a c i o n e s . C o m o l a bahí a t i e n e , d o s e n t r a d a s . B o c a -
g r a n d e y BocachicaV para cada boca h u b o sus castillos. N o
o b s t a n t e , C a r t a g e n a sufrió v a r i a s v e c e s s a q u e o s y h u m i l l a -
c i o n e s . Sólo e n 1 7 4 1 e s t a b a d e f i n i t i v a m e n t e e n c o n d i c i o n e s d e
s o s t e n e r v i c t o r i o s a m e n t e e l s i t i o q u e l e i m p u s o eí a l m i r a n t e
inglés V e r n o n , q u i e n c o m a n d a b a l a f l o t a más g r a n d e q u e
n u n c a a n t e s s e v i e r a e n a g u a s d e l C a r i b e . V e r n o n , después
cíe d i s p a r a r c o n t r a l o s m u r o s d e l a c i u d a d 2 8 . 0 0 0 cañonazos y
de tirar 800 bombas, h u b o d e retirarse vencido. E l heroico
o r g a n i z a d o r d e l a defensa fue e l cojo, t u e r t o y m a n c o d o n Blas
de L e z o . P e r o a u n esta e x p e r i e n c i a t a n feliz c o m o d o l o r o s a ,
pues p a r t e d e l a defensa estuvo e n las h a m b r e s q u e pade-
268 E L coVrriÑEÑTE' DE' S I E T E C O L O R E S i i'
L A S A R T E S E N L AC O L O N I A E S P A Ñ O L A 269
c i e r o n l o s s i t i a d o s , indicó l a n e c e s i d a d d e c o n s t r u i r n u e v o s
t r i g a a l o s arqueólogos. C u a n d o v i e n e l a c o l o n i a , e s t e a r l e
a l j i b e s , depósitos, c u a r t e l e s y p a s a d i z o s subterráneos, q u e
m u e r e . Y m u e r e , j u s t a m e n te cuando e l cincel de acero y e l
p e r m i t i e r a n a l castillo p r i n c i p a l de S a n F e l i p e d e Barajas co-
martillo hubieran hecho menos duro el trabajo. B a j o el
m u n i c a r s e c o n las otras lortalezas y resistir cualquier n u e v o
i m p e r i o español l a e s c u l t u r a e n p i e d r a p a s a a s e r más u n a
a s e d i o . H o y , c u a n d o e m p i e z a n a l i m p i a r s e y r e p a r a r s t : estas
p a r t e e n l a decoración d e l o s t e m p l o s , y s e d e s a r r o l l a e n
o b r a s , es p o s i b l e r e c o r r e r más d e u n kilómetro d e e s t o s p a s a -
c a m b i o l a d e madera, tallada, estofada, p o l i c r o m a d a y d o r a d a
d i z o s subterráneos, c o n s t r u i d o s sólidamente e n bóvedas d e
de l o s retablos d e las iglesias. C o n todo , h a y m u e s t r a s sin-
cafión, y c o n hábiles s i s t e m a s d e b u r l a d e r o s y e s c o n d r i j o s , q u e
gulares d e trabajos e n piedra, c o m o las cruces levantadas
h a c e n d e S a n F e l i p e u n e j e m p l o a d m i r a b l e d e t r a b a j o yá
f r e n t e a ciertas iglesias m e x i c a n a s , c o n u n a e l a b o r a d a de-
español, c o m p a r a b l e a l a s f o r t a l e z a s c o n s t r u i d a s . e n I t a h a
coración e n q u e están r e p r e s e n t a d o s l o s i n s t r u m e n t o s d e l a
por S a n g a l l o . O t r o s castillos de l a r e d de defensa d e Carta-
Pasión. L a b r a d a s p o r a r t i s t a s anói-iimos, s e g u r a m e n t e c o n h i
g e n a s o n l o s d e S a n F e r n a n d o y S a n José d e B o c a c h i c a , l o s
colaboración d e l o s i n d i o s , s o n c r e a c i o n e s o r i g i n a l e s e n q u e
d e M a n z a n i l l o y S a n t a C r u z , y e l d e S a n Sebastián d e l P a s t e -
aparecen detalles ornamentales de p u r a estirpe americana
l i l l o . E s t a s c o n s t r u c c i o n e s , y t o d a l a m u r a l l a c o n s u s bóvedas,
fundidos con e l arle cristiano universal. E n l a cruz d e l atrio
y l o s b a l u a r t e s d e S a n t o D o m i n g o y S a n t i a g o , n o c a u s a n más
d e T a j i m a r o a , e n v e z d e ía S a n t a F a z o D i v i n o R o s t r o q u e
a d m i r a c i ó n q u e o t r a o b r a d e d e f e n s a y d e interés c o m e r c i a l :
suele p o n e r s e e n e l c e n t r o d e l a cruz, a p a r e c e u n espejo, de
e l c a n a l d e l D i q u e , a b i e r t o p a r a q u e l a bahí a d e C a r t a g e n a
obsidiana, " q u e r i e n d o significar los i n d i o s —dice P e d r o R o -
p u d i e r a c o m u n i c a r s e d i r e c t a m e n t e c o n e l río M a g d a l e n a , o b r a
j a s — , e n s u l e n g u a j e idolátrico, q u e l o más. p r e c i o s o p a r a
e n q u e t r a b a j a r o n m i l l a r e s d e esclavo.s, y q u e todavía h o y
e l l o s , e s e e s p e j o , e q u i v a l e a l o más p r e c i o s o d e l a c r u z " .
presta u n servicio regular. E s u n canal q u e , ejecutado, e n
M o r e n o V i l l a r e l a c i o n a estas cruces c o n l a s q u e se c o l o c a b a n
e l s i g l o x v i i r , t i e n e e l a t r e v i m i e n t o q u e correspondería a l o
c o m o h u m i l l a d e r o s e n l o s c a m i n o s d e Españ a e n e l m e d i o e v o ,
q u e f u e p a r a e l s i g l o x x l a o b r a dé Panamá .
y p o r s u decoración c o n l a s c r u c e s d e S a n t i a g o c u y o s b r a z o s
t e r m i n a n e n f l o r e s d e l i s . P e r o e n México h a y u n c a s o e n
q u e l a f l o r d e l i s se r e s u e l v e e n l a m i s m a o r n a m e n t a c i ó n d e
Lfi cscuUiira.
l a s e r p i e n t e e m p l u m a d a . E n . e l r e s t o d e América, e s t o s m o -
L a e s c u l t u r a m o n u m e n t a l d e p i e d r a f u e u n a d e las artes n u m e n t o s s o n cxcepc¡onnlcs.;\Üña c r u z d e c S t a s , f r e n t e a u n a
e n q u e s e expresó m e j o r l a Atnéfica p r e c o l o m b i n a . E n Mé- i g l e s i a d e f a c h a d a p l a t e r e s c a c o m o l a d e AÍcolman, o c o m o
xico, l a s c o l u m n a s a n t r o p o m o r f a s d e T u l a ; l a s cabezas g i - l a d e A t z a c o a l c o , n o p a r e c e n i gótica, n i románica, n i r e n a -
gantes d e L a s Ventas , los relieves'mayas de Palenque, f i g u r a n centista, sino m e x i c a n a . E l m i s m o M o r e n o V i l l a p r o p u s o
e n t r e l o m e j o r d e l a r t e u n i v e r s a l . Esas obras o las d e G u a - i n t r o d u c i r l a expresión d e a r t e l e q u i t q u i - e q u i v a l e n t e a m u -
temala t i e n e n r e m o t o parentesco c o n las solitarias y enig- ' d e j a r — , p a r a d e s i g n a r csta."i o b r a s ¡ndohispáuicas. C o m o la.s
máticas e s t a t u a s d e l a i s l a d e . P a . s c u a , o - d e l o s m o n o l i t o s cruces, s o n f a m o s a s a l g u n a s p i l a s b a u t i s m a l e s .
q u e y a e n t i e r r a p r o p i a d e América, e n T i a h u a n a c u d e l
E n E c u a d o r , d o n d e t a n t o prosperó l a e s c u l t u r a e n m a d e r a ,
a l t i p l a n o b o l i v i a n o o e n S a n Agustín d e C o l o m b i a , f o r m a n
h a y a l g u n o s éjernplos, r a r o s sí, d e o b r a s . d e p i e d r a , conió l a
u n a sucesión d e s i g l o s d e c i d t u r a s c u y o e n c a d e n a m i e n t o i n -
V i r g e r i d e l.?.s M e r c e d e s d e Q u i t o , l a b r a d a p o r v o l u n t a d d e

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270 E L CONTINENTE DE SIETE COLORES
C a r l o s V . E n Bogotá está l a i m a g e n d e N u e s t r a Señora d e l
C a m p o e n l a i g l e s i t a d e S a n D i e g o . E n e l Perú se h i c i e r o n
e s c u l t u r a s e n p i e d r a b l a n d a d e Huámanga, q u e se p r e s t a p a r a
c u a d r o s escultóricos, c o m o n a c i m i e n t o s o c a l v a r i o s , o v i d a s d e
S a n t a R o s a . L a i m a g e n de l a V i r g e n , e n l a iglesia de las
m o n j a s mercedarias de L i m a , sentada e n u n a silla de baqueta
con u n l i b r o e n l a m a n o , tiene e l ambiente de u n cuadro.
A l l a d o d e e s t o s e j e m p l o s a i s l a d o s están l a s f u e n t e s pú-
b l i c a s , q u e l l e n a b a n f i n e s prácticos y e r a n m o n u m e n t o s e n
. t o m o a l o s cuales se d e s a r r o l l a b a p a r t e d e l a v i d a p o p u l a r :
l a v i d a d e l o s a g u a d o r e s . A veces l a p i l a r e m a t a e n u n a esta-
t u i l l a q u e representa, e l orden, l a prudencia, y l a caridad:
es l a i m a g e n d e l s i l e n c i o , c o n e l d e d o .índice s o b r e l a b o c a
cerrada, significando losinconvenientes de q u e los aguadores
y g e n t e s d e s e r v i c i o s e r e ú n a n allí p a r a t r a n s m i t i r l o s c h i s m e s
e i n t i m i d a d e s d e l a s casas, l a s h i s t o r i a s e s c a n d a l o s a s , l a m u r -
m u r a c i ó n d e l b a r r i o . U n b o n i t o e j e m p l o d e e s t a s f u e n t e s se
c o n s e r v a e n e l p a t i o p r i n c i p a l d e l m u s e o c o l o n i a l d e Bogotá.
L a fuente de-la plaza m a y o r de L i m a , famosa c o m o trabajo
b a r r o c o d e l s i g l o x v i i , es, e n b u e n a p a r t e , d e b r o n c e . U n c i r u -
j a n o francés. L e S i e u r B a c h e l i e r q u e , v i a j a n d o e n l a n a v e
La Villa de Bourg, visitó a L i m a e n 1 7 0 9 , l a describía así:
" E n e l centro de l a plaza hay u n a gran fuente, pero sin juego
d e a g u a ; está r e v e s t i d a p o r f u e r a d e b r o n c e , c o n a l g u n o s
v a s o s d e . f l o r e s e n r e l i e v e d e t r e c h o e n t r e c h o ; a l c e n t r o se
l e v a n t a u n a b e l l a p i r á m i de c o m p u e s t a d e t r e s r e c i p i e n t e s
• c o l o c a d o s u n o s o b r e . o t r o , c u y o tamaño v a d i s m i n u y e n d o ;
s o b r e e l ú l t i m o está l a F a m a , b a s t a n t e e s t i m a d a d e l o s c o n o -
cedores, y alrededor, e n los bordes, h a y o c h o leones q u e
abaten a unos dragones: e n los cuatro extremos h a y peque-
ñas f u e n t e s q u e serían m u y cómodas p a r a t o m a r a g u a , p e r o
n o l a h a y n u n c a p o r q u e e s t o sería p e r j u d i c i a l p a r a u n g r a n
n ú m e r o d e e s c l a v o s q u e n o t i e n e n o t r o género d e v i d a q u e e l
a g u a q u e l l e v a n a l a s casas p a r t i c u l a r e s , poniéndola e n p e -
queños b a r r i l e s q u e t r a n s p o r t a n s o b r e a s n o s . . . T o d o s l o s
L A S A R T E S E NL ACOLONIA ESPAfjOLA 271
o r n a m e n t o s d e l a f u e n t e : la^^ f i g u r a , l o s l e o n e s , l a s f u e n t e s
pequeñas, s o n d e b r o n c e , l o q u e d e c o r a b e l l a m e n t e l a p l a z a , y
c o n t r i b u y e a . h a c e r l a u n a d e l a s más h e r m o s a s q u e p u e d e n
darse..."
E l b r o n c e es u n a d e l a s p r i m e r a s n o v e d a d e s q u e i n t r o d u c e
e l español e n América. H e r n á n Cortés f u e e l p r i m e r o e n
i n i c i a r l a s f u n d i c i o n e s y logró f u n d i r cañones e n b r o n c e ,
c o m o l o s f u n d i e r o n e n e l Perú l o s árabes q u e i b a n c o n l o s
P i z a r r o s . " C o n s u m a d a l a c o n q u i s t a d e México - d i c e T o u s -
s a i n t — y a p a c i g u a d o s u n t a n t o l o s ánimos, e l b r o n c e t u v o u n
o b j e t o m u c h o más a p a c i b l e y c a r i t a t i v o : l a s n u m e r o s a s c a m -
panas q u e h u b o necesidad d e f u n d i r para los nuevos tem-
p l o s . " E l m i s m o T o u s s a i n t h a c e u n a b r e v e h i s t o r i a d e Ia;i
c n r h p a n a s , c o n l a descripción y enumeración d e l i i . i q u e f u n -
d i e r o n a p a r t i r d e l siglo x v i . L a p r i m e r a t i e n e l a fecha d e
1 5 7 8 . E n e l m i s m o catálogo s e d a n l o s n o m b r e s d e l o s I n n -
d i d o r e s . F u e r a d e l a s g r a n d e s c a m p a n a s d e l a s t o r r e s se
fundían l a s pcqucñitas p a r a a y u d a r a m i . s a , a l g u n a s o b i a ; i
delicadísimas d e a r t e .
L a o b r a e n b r o n c e más a d m i r a b l e q u e d e j a l a c o l o n i a
española e n América e s l a g r a n d e e s t a t u a e c u e s t r e d e Carhi»
. I V i p o r M a n u e l T o l s a , q u e aún c o n s t i t u y e u n o d e l o s a d o r n o s
n o t a b l e s q u e e m b e l l e c e n a l a c i u d a d d e México. L a repú-
b l i c a l a h a c o n s e r v a d o n o p o r a f e c t o a, C a r l o s I V , q u e p o c a
estimación m e r e c e , ' s i n o p o r l a o b r a e n sí, c o m o o b j e t o o r n a -
m e n t a l . Así l o d e c l a r a u n a l e y e n d a d e l p e d e s t a l . L a e s t a t u a
n o es c o n o c i d a p o r e l n o m b r e d e l n a d a f e l i z m o n a r c a , s i n o
como "El- Caballito".
P o r r a z o n e s arquitectónicas, d o n d e t u v o q u e t r a b a j a r s e l a
p i e d r a c o n m a y o r a r t e f u e e n escaleras y p o r t a l e s b l a s o n a d o s,
y e n l a s f a c h a d a s d e l a s i g l e s i a s . A d m i r a b l e es l a f a c h a d a d e
l a i g l e s i a d e A I c o l m a n , d o n d e están l a s e s t a t u a s d e S a n P e d r o
y S a n P a b l o - y d o s h e r m o s a s cariátides, p e r o p r i n c i p a l m e n t e
l a e s c e n a d e l a Anunciación, e s c u l p i d a e n d o s m e d a l l o n e s , a
lado y lado de l a portada, q u e posiblemente f u e r o n dorados.
 L A S A R T E S E N L A C O L O N I A E S P A Ñ O L A 273
272 E L C O N T I N E N T E D ES I E T E C O L O R E S

y q u e s o n d e u n a s o r p r e n d e n t e belleza. N o se e n c u e n t r a e n se hacían s e p a r a d a m e n t e , y sé a j u s t a b a n c o m o c l a v i j a s . L o s
América l a p o r t a d a m e d i e v a l d e e s c e n a s mágicas c o n d i a b l o s y t r a j e s e r a n d e v i n a s u n t u o s i d a d c o p i a d a d e l o q u e s e veía e n
m i s t e r i o s q i i e s e a g r u p a n " a l a s o m b r a d e l a s o j i v a s góticas. l a s p i n t u r a s i t a l i a n a s o s e sabía p o r tradición, y e l a c a b a d o
E l a r t e se p r o n u n c i a p o r l o r e n a c e n t i s t a y b a r r o c o , y l a t a - d e c o l o r e s y d o r a d o s i g u a l a b a a l a m e j o r imaginería e u r o p e a .
c h a d a l l e g a a veces a ser e l traslado a l a p i e d r a d e los grandes S e siguió m u c h o a l o s m a e s t r o s españoles — B e r r u g u e t e , M e n a ,
r e t a b l o s ele m a d e r a d e l a s c a p i l l a s i n t e r i o r e s . A s i , e l S a g r a r i o , Montañés, G r e g o r i o F e r n á n d e z - e n l a s o b r a s m a y o r e s , p e r o
e n l a p l a z a m a y o r , d e México, e l t e m p l O | d e S a n t a G e r t r u d i s e n l a profusión d e e s t a t u i l l a s d i m i n u t a s p a r a l o s N a c i m i e n t o s
e n O r i z a b a , e l S a n t u a r i o d e l a V i r g e n d e Ocotlán, e t c . e t c . t r i u n f a b a e l a r t e p o p u l a r , y se hacían r e p r e s e n t a c i o n e s d e
t o d o género d e p e r s o n a j e s l o c a l e s p a r a q u e a c o m p a ñ a r a n a
L a e s c u l t u r a e n m a d e r a sí o f r e c e m i l m o d a l i d a d e s y e m p l e o s
los Reyes M a g o s y a los pastores q u e i b a n a postrarse a n t e e l
e n l a imaginería, y a u n es ocasión d e q u e s e f o r m e n e s c u e l a s
N i ñ o Jesús, s i n c o n t a r l o s a n i m a l e s ; b u r r o s , c a b a l l o s , o v e j a s ,
y t a l l e r e s f a m o s o s c o m o l o s d e Q u i t o . Allí encontró t r a b a j o
p e r r o s , g a t o s , g a l l i n a s . . . L a s m u j e r e s d e l p u e b l o aparecían
m u c h í s i m a g e n t e , t a n t a q u e s e f o r m a b a n cofradías d e e s c u l t o -
l l e v a n d o sobre l a cabeza canastadas d e r o p a q u e i b a n a l a v a r
r e s e n l a s i g l e s i a s , o g r e m i o s e n l a s c i u d a d e s , c o n u n régimen
a u n r i a c h u e l o de papel de plata o a u n lago d e espejo, o
semejante a} de las corporaciones medievales de Europa. E l
q u e c a r g a b a n e l m e r c a d o o e l cántaro d e a g u a . L o s i n d i o s ,
m a e s t r o tenía q u e a c r e d i t a r s u p e r i c i a y d i s p o n e r d e t a l l e r
l l e v a n d o a cuestas l a lefia. L o s esclavos t a nnegros c o m o u n o
p r o p i o , con abundancia de herramientas y utei;silios para e l
d e los tres R e y e s M a g o s . J o r o b a d o s , cojos, ciegos, c o n s u laza-
t r a b a j o y ensefianza d e l o s aprendices. " L a capacidad d e l
r i l l o . . . H a c e n d a d o s y señores f l a m a n t e s e n s u s c a b a l l o s . E r a
m a e s t r o e s c u l t o r — d i c e José G a b r i e l N a v a r r o — , c o n s t a b a e n e l
u n a m u c h e d u m b r e d e p e r e g r i n o s q u e s e movía p o i r m o n t e s
título e x t e n d i d o p o r e l c a b i l d o d e l a c i u d a d , p r e v i a u n a p r u e -
d e m u s g o . E n c a d a casa se m o n t a b a est e t e a t r o d e c i e n o d o s -
b a teórica y o t r a práctica d e l a r t e . L a teórica v e r s a b a s o b r e e l
c i e n t a s . f i g u r i l l a s quiteñas y d u r a n t e l a s n o c h e s d e n o v e n a r i o
e s t u d i o d e l a geometría, e l c o n o c i m i e n t o d e l a s p r o p o r c i o n e s
t o m a b a v i c i a e s a B i b l i a r e d u c i d a a u n a e s c e n a do'péstica y
d e l c u e r p o l | u m a n o y l a s r e g l a s y enseñanzas d e l a r t e e n c e -
a m e r i c a n a c o n l o s c a n t o s d e l o s v i l l a n c i c o s y l a música l o c a l .
rradas e n varios libros, m u y e n u s o e n aquel tiempo; y l a
Q u i t o ' f u e l a g r a n fábrica, y s u s n a c i m i e n t o s , f a m o s o s l l e g a r o n
práctica consistía e n l a ejecución d e a l g u n a o b r a . Después •
a l a s casas d e l a s h a c i e n d a s y a l a s p r i n c i p a l e s e n c i u d a d e s y
d e e s t o s exámenes, e l e s c u l t o r r e c o n o c i d o c o m o m a e s t r o l l e -
a l d e a s , l o m i s m o d e l Perú q u e d e l a N u e v a G r a n a d a , d o n d e
, v a b a l a autorización d e a b r i r t a l l e r y r e c i b i r , a s u v e z , a o t r a s
aún se e n c u e n t r a n c o l e c c i o n e s d e e s t a s o b r a s d e l i c i o s a s p o r
p e r s o n a s c o m o apréndiqes y o f i c i a l e s . " .
s u g r a c i a e i n g e n u i d a d , c u a n d o , n o e s t u p e n d a s p o r .su a g u d o
E l m a e s t r o t a l l a b a l a m a d e r a hasta sacar e l cuerpo de l a
s e n t i d o . c a r i c a t u r e s c o — l a s o b e r b i a d e l patrón q u e v a a c a b a -
i m a g e n , q u e pasaba a l oficial e n c a r n a d o r p a r a q u e l o estu-
l l o , algún p e r s o n a j e d e l a a u d i e n c i a . . . - e n d o n d e n o p o c a s
c a r a y p i n t a r a . E l p r o c e s o q u e venía l u e g o d e p u l i m e n t o e r a
v e c e s se v e l a m a n o m a e s t r a d e u n C a s p i c a r a . E s t o s n a c i -
t a n p e r f e c t o q u é e l r o s t r o y l a c a r a . d e l a s imágenes q u e d a b a
m i e n t o s carecen d e l a t e a t r a l i d a d i t a l i a n a - d e los n a p o l i t a n o s ,
cómo d e p o r c e l a n a . . F u e r a ! d e l o s C r i s t o s y l o s ángeles, l o s
E n Q u i t o n o s e h a p e r d i d o l a e s c u e l a , y aún e x i s t e n f a m i l i a s
d e s n u d o s n u n c a se.hacían, y m u c h o m e n o s d e s n u d o s d e m u -
d e i m a g i n e r o ? . L a p e r s i s t e n c i a d e l a tradición q u e f u n d e así
j e r . A l a s e s t a t u a s solían p o n e r s e o j o s d e v i d r i o , ; p e l o s , c e j a s
imágenes, escenografías, música y f i e s t a , poesía o r i g i n a l y
y h a s t a uñas n a t u r a l e s . L a s m a n o s e n l a s p e q u e ñ a s imágenes

83
274 E L CONTINENTE DpSIETE COLORES
r e c u e r d o s d e v i e j o s v i l l a n c i c o s españoles, p o e m i l l a s a l N i ñ o
q u e p u e d e n s e r l o m i s m o d e Góngora q u e d e u n a u t o r anóni-
f n o , s e p r o l o n g a l i a s t a n u e s t r o s días. U n e j e m p l o magnífico
d e t o d o e s t o l o d a n h o y e n México l o s N a c i m i e n t o s d e C a r l o s
P e l l i c e r , e l g r a n p o e t a , q u e c a d a año m o n t a l a e s c e n a s e l e c -
c i o n a n d o l o s personajes q u e m e j o r sirven a l m o t i v o siempre
d i s t i n t o q u e d e s a r r o l l a d e e n t r e c e n t e n a r e s d e imágenes h e -
c h a s p o r u n o s m a e s t r o s i m a g i n e r o s l o c a l e s . E l niño u n a s v e -
ces n a c e e n e l P e d r e g a l , q u e ps e l p a i s a j e volcánico d e l a s
cercanías d e l a C i u d a d U n i v e r s i t a r i a , o t r a s f r e n t e a l l a g o d e
Pázcuaro, etcétera. E l a r t e d e l p o e t a h a l l e g a d o a a l t u r a s t a l e s ,
q u e a México v a n e n d i c i e m b r o ' g e n t e s d e países d i s t a n t e s a
v e r sus N a c i m i e n t o s .
E n l o s r e t a b l o s d e l a s i g l e s i a s , l a s imágenes o s e t r a j e r o n d ?
España, o s o n p r o d u c t o s d e l a c a s a . L o q u e s e h a c e e n Amé-
r i c a c a m b i a b a s t a n t e e l g u s t o y l a inspiración. S i e n S e v i l l a
los escultores e r a n aficionados a l o s Cristos sangrantes, a l
E c c e H o m o c o n l a c o r o n a dé e s p i n a s , a l Señor a t a d o a l a
c o l u m n a h o r r i b l e m e n t e f l a g e l a d o — e n p a r t e f u e esta u n a
m a n e r a d e l a C o n t r a r r e f o r m a , p a r a e l u d i r l a poesía m u n d a n a
d e l a s imágenes i t a l i a n a s - , e n América s e p r e f i r i e r o n e s c e n a s
m e n o s dramáticas, más i t a l i a n a s , c o m o l a H u i d a a E g i p t o , c o n
l a V i r g e n s o n r i e n t e sobre e l asno, q u em o n t a a l a m a n e r a de
l a s c a m p e s i n a s q u e v a n a l p u e b l o , y l a p a l m a q u e se i n c l i n a
p a r a o f r e c e r l e s u s f r u t o s a l o s f u g i t i v o s ; S a n Martín d e P o r r e s
que pone a comer e n e l m i s m o , plato a l gato y los ratones;
S a n I s i d r o y s u y u n t a de bueyes. . .
G r a n d e e s c u l t o r ele l a nación indígena f u e M a n u e l C h i l i ,
conocido univeirsalmente c o m o Caspicara (siglo x v n i ) , de
q u i c n ^ se c o n s e r v a n o b r a s fangosas c o m o u n S a n F r a n c i s c o y
u n g r u p o d e l a Asunción d e . l a V i r g e n e n l a i g l e s i a d e S a n
F r a n c i s c o d e Q u i t o , l a Impresión d e l o s e s t i g m a s a S a n F r a n -
c i s c o e n l a i g l e s i a d e Cantuña, e l g r u p o d e l . d e s c e n d i m i e n t o
de Cristo y L a s V i r t u d e s e n l a Catedral. Puestas e n l a balanza
las i n f l u e n c i a s europeas q u e h a y e n e l arte de Caspicara,
i 84
LAS ARTES E N L AC O L O N I A ESPAÑOLA 275
-' p a r e c e n t r i u n f a r l a s i t a l i a n a s , y señaladamente l a s d e l o s
D e l l a R o b b i a . L a m a n o m a e s t r a d e C a s p i c a r a c o r r e también
e n imágenes d i m i p u t a s , c o n f u n d i d a s c o n l a d e l o s i m a g i n e r o s
anónimos. A C a s p i c a r a s u c e d e e l i n d i o G a s p a r Z a n g u r i m a ,
q u e además d e e s c u l t o r f u e a r q u i t e c t o y o r f e b r e ; E s t o s s o n
a p e n a s u n o s n o m b r e s d e I p f r o n d o s a escuela d e Q u i t o q u e se
. prolong ó p o r d o s o t r e s s i g l o s , y e n l a c i i a l d e s c o l l a r o n e s c u l -
tores c o m o e l padre Carlos y otros m u c h o s cuyos' n o m b r e s o
sólo c o n o c e n l o s e r u d i t o s , o s e h a n p e r d i d o e n l a m e m o r i a .
D e entre los conocidos, B e r n a r d o Legarda h a c e ' u n a Santa
R o s a d e L i m a t a ndeliciosa p o r e l m o v i m i e n t o y s u a r r u l l a r
d e l N i ñ o , q u e t o d a e l l a p a r e c e h e c h a d e música y l a I n m a -
• c u l a d a Concepción q u e p a r a G a b r i e l N a v a r r o , t a n e n a m o r a d o
s i e m p r e d e l o q u i t e ñ o , s u p e r a a l a s jmágenes d e . C a n o y
Montañés.
L a s o r d e n a n z a s d e México s o b r e e s c u l t o r e s y cntalladoreí
s o n u n b u e n e j e m p l o de l a s ideas q u e o r i e n t a b a n l a educa-
ción d e l v i r r e i n a t o e n e l c a m p o d e l a s B e l l a s A r t e s . C o r r e n -
p o n d e n a l a época e n q u e u n o d e l o s a r t i s t a s q u e tenía má.i
a u t o r i d a d e n l a c o l o n i a e r a e l f l a m e n c o Simón P c r c y n s , p o -
s i b l e a u t o r d e l r e t a b l o d e Cuautinchán-y d e l a s p i n t u r a s d r l
H u e j o t z i n g o . L o s e s c u l t o r e s debían e x a m i n a r s e p r e s e n t a n d o
" u n a f i g u r a d e s n u d a y o t r a v e s t i d a d a n d o razón d e s u c o m -
p o s t u r a p o r d i b u j o y arfe, y luego hacerla d e bulto, b i e n
m e d i d a y c o n b u e r i a g r a c i a , y e n s a b i e n d o e s t o se l e s dé l a
carta de examen presentando el e x a m i n a d o a l cabildo". L o s
e n t a l l a d o r e s "debían s a b e i : e s c u l p i r u n . c a p i t e l , u p a c o l u m n a
v e s t i d a d e t a l l a y f o l l a j e , u n serafín, u n p a j a r i t o , ' c o r t a r b i e n
la m a d e r a y g u a r d a r los campos, y q u e I p sepa d i b u j a r todo y
s a b i e n d o e s t o s e l e dé c a r f a d e e x a m e n * ' . L o s i n d i o s e s t a b a n
l i b r e s d e c s l a s o r d e n a n z a ^ y . podí.-ui e j e c u t a r H b r e m e n i c s u s
o f i c i o s . P e r o , d i c e T o u s s a i n t , s e prohibí a q u e n i n g ú n español,
a u n q u e fuese m a e s t r o . e x a m i n a d o , l e s c o m p r a s e - o b r a s p a r a
revenderlas e n s u tienda.
C o n t a n t a s i g l e s i a s c o m o se l e v a n t a b a n e n México, había
276 E L CONTINENTE DpSIETE COLORES
c a m p o y m e r c a d o p a r a l o s escultores. Y los h u b o d e m u c h o s
orígenes. A d r i á n S u s t e r había n a c i d o e n A m b e r e s e n 1 5 6 4 ,
pasó a M é x i c o e n 1 5 7 3 , y f u e p r o c e s a d o p o r l u t e r a n o e n 1 5 9 8 .
Dejó e s c u l t u r a s e n V e r a c r u z , P u e b l a , Michoacán, y e n l a c a -
pital. J u a n M o n t a n o , sevillaijo, q u e e n 1590 figura c o m o
v e e d o r , d e l g r e m i o d e e s c u l t o r e s y e n t a l l a d o r e s , esculpió l a
•sillería d e l c o r o e n l a c a t e d r a l V i e j a d e México. P l a y e s c u l -
t o r e s o r i u n d o s d e México, y e n t r e e l l o s , i n d i o s . T o r q u e m a d a
d i c e : "Dé b u l t o h a y m u y b u e p o s e s c u l t o r e s , y t e n g o e n e s t e
p u e b l o d e S a n t i a g o u n i n d i o n a t u r a l d e él, q u e s e l l a m a
M i g u e r M a u r i c i o , q u e e n t r e o t r o s b u e n o s q u e h a y es a v e n t a -
jadísimo, y s o n s u s o b r a s m u p h o más e s t i m a d a s q u e l a s d e
a l g u n o s e s c u l t o r e s españoles; y . j u n t a m e n t e c o n s e r t a n b u e n
o f i c i a l , n o es n o t a d o d e v i c i o n i n g u n o . . . "
E n e l A l t o Perú h u b o u n f a m o s o i n d i o e s c u l t o r : T i t o Y u -
p a n q u e , d e Potosí, a u t o r d e l a V i r g e n d e C o p a c a b a n a , e j e -
c u t a d a e n 1 5 8 2 - 8 3 , q u e se v e n e r a e n e l s a n t u a r i o d e l a Jsla d e
Copacabana, e n e l lago de Titicaca.- Siendo obra' d e indio,
l a i m a g e n adquirió u n p r e s t i g i o f o r m i d a b l e .
P i n t u r a europea en América.
E n e l m u n d o d e l a p i n t u r a e l p a n o r a m a es m á s v a s t o .
D e n t r o d e l a m b i e n t e d e l a s i g l e s i a s s e m u l t i p l i c a n l a s imá-
g e n e s d e l o s s a n t o s , y e n l o s c l a u s t r o s d e . l o s c o n v e n t o s se
f o r m a n galerías c o n l a s v i d a s d e Jesús o d e l a V i r g e n , o d e
l o s f u n d a d o r e s . d e l a s órdenes, t o d o l o c u a l r e c l a m a l a más
. a c t i v a participación d e l o s p i n t o r e s .
D e s d e c o m i e n z o s d e lá eoíonia, eclesiásticos y l a i c o s l l e v a r o n
a América imágenes e u r o p e a s , y s u devoción s e confundía c o n
l a fundación d e l a s c i u d a d e s . ; L o p r i m e r o q u e colocó s o b r e e l
arnés d e s u c a b a l l o doña Inés d e Suárez, l a compañera d e d o n
P e d r o d e V a l d i v i a , a l lanzarse a l a conquista, de C h i l e , f u e
u n a p e q u e ñ a e s c u l t u r a d e l a V i r g e n , l l e v a d a d e España , q u e
a ú n s e v e n e r a e n S a n t i a g o . L a . i m a g e n l u e g o se r e p r o d u c e e n
85
LAS ARTES E N L A C O L O N I A ESPAÑOLA 277
las p i n t u r a s . M u r i l l o , q u e p i n t a b a s i n t r e g u a n i reposo, y
c u y o s c u a d r o s se s a c a b a n a l m e r c a d o e n l a f e r i a d e S e v i l l a ,
f u e u n p i n t o r c u y a s o b r a s l l e g a r o n e n a b u n d a n c i a a América:
e n Q u i t o se h a n e n c o n t r a d o c u a t r o o c i n c o , y h a y u i i a S a n t a
T e r e s a d e Jesús, a d m i r a b l e , q u e s e c o n s e r v a e n e l c o n v e n t o
d e l C a r m e n . E n Bogotá h a y c u a n d o m e n o s e l S a n José y u n
b o c e t o d e N u e s t r a Señora d e l R o s a r i o q u e están e n e l p a l a c i o
. a r z o b i s p a l . Y así e n o t r o s l u g a r e s d e América. T a n i n t e r e -
s a n t e es e l h a l l a r M u r i l l o s auténticos, c o m o M u r i l j o s a t r i -
b u i d o s a s u p i n c e l , o M u r i l l o s d e escuela, p o r q u e e l c b n j u n t o
d e t o d o s d a u n a i d e a d e l a m b i e n t e q u e se f o r m a b a e n l a
c o l o n i a y q u e se h a c e p a t e n t e v i s i t a n d o h o y l a s i g l e s i a s d e
e n t o n c e s . T o u . s s a i n t d i c e d e México: " D e M u r i l l o p o s e e m o s
u n b u e n c o n j u n t o d e cuadros; desde l u e g o los q i i e existen e n
l a s galerías d e p i n t u r a : S a n J u a n B a u t i s t a , S a n - J u a n d e D i o s ,
y o t r o s q u e habían s i d o a t r i b u i d o s á s u e s c u e l a ; R e c i e n t e -
m e n t e d o n D i e g o A n g u l o Iñíguez,- h a c i e n d o u n a revisión d e
e s t a s p i n t u r a s , h a d e s c a r t a d o l a atribución d e M u r i l l o d e a l g u -
nas. E n G u a d a l a j a r a existen varios cuadros q u e s e ' a t r i b u y e n
a l s e v i l l a n o : e n l a c a t e d r a l , u n a magnífica p u r í s i m a , d e l t i p o
h a b i t u a l del m a e s t r o y con caracteres i n d u b i t a b l e s . . . Obser-
v a n d o d e t e n i d a m e n t e estos cuadros se v e q u e e x i s t e n d e t a l l e s
iconográficos, c o m o l o s ' p e t a t e s ' q u e d a n s o m b r a a S a n F r a n -
cisco d i s t r i b u y e n d o l o s panes; c o m o los r e t r a t o s q u e a p a r e c e n
e n l a p i n t u r a , e n t r e e l l o s e l d e u n señor o b i s p o d e N u e v a G a -
l i c i a ; e l d e l d o n a d o r , q u e se h a t o m a d o f a l s a r n e n t e ' p o r u n
a u t o r r e t r a t o d e M u r i l l o , q u e h a c e n i m p o s i b l e l a atribución.
P u e d e a s e g u r a r s e q u e e s t o s c u a d r o s f u e r o n o b r a d e \ i n discí-
p u l o d e l s e v i l l a n o q u e pasó p o r G u a d a l a j a r a h a c i a m e d i a d o s
d e l s i g l o x v n . E n l a c a t e d r a l d e México e x i s t e e n s u m u s e o
u n a V i r g e n d e Belén q u e p r e s e n t a l o s r a s g o s característicos
d e l g r a n p i n t o r . E n c o l e c c i o n e s p a r t i c u l a r e s también e x i s t e
u n b u e n númer o d e c u a d r o s d e e s t e m a e s t r o ; e n t r e e l l o s h e
v i s t o u n a V i r g e n c o n e l Niño, réplica r n u y s u p e r i o r a l a d e l a
c a s a d e S a n t i a g o e n L o n d r e s ; u n a Adoración d e l o s p a s t o r e s ,
 LAS ARTES E NL ^ COLONIA ESPAÑOLA 279
278 . E L CONTINENTE DE SIETE COLORES

d e g r a n v i g o r , u n S a n J u a n B a n t i s t a Niño, u n S a n F e l i p e d e h i z o i n v e n t a r i a r l o s b i e n e s p e r s o n a l e s q u e h a b í a traído c o n -
. C a n t a l i c i o , i g u a l m e n t e d e g r a n interés, y o t r o s m u c l i o s c u a - s i g o d e España, p a r a q u e n o f u e s e n a c o n f u n d i r s e c o n l o s d e
dros q u e , i n d u d a b l e m e n t e , o f u e r o n copias antiguas o i m i - l a i g l e s i a . E s t o ocurría e n 1 7 7 7 , y es u n a m u e s t r a , p o s i b l e -
taciones y a d e tiqmpos posteriores q u e i n u n d a r o n l o s mer- m e n t e e x c e p c i o n a l , d e l o q u e u n eclesiástico d e l a época d e l
cados d e l m u n d o . " d e s p o t i s m o i l u s t r a d o l l e v a b a e n s u e q u i p a j e. F u e r a d e 3 8 cajas
de l i b r o s q u e l o s peritos se d e c l a r a r o n i n c o m p e t e n t e s p a r a
U n o . d e l o s Z u r b a r a n e s q u e se e x h i b e n h o y e n e l M u s e o
a v a l u a r , p o r q u e n ó podían p o n e r p r e c i o a - t a n r i c a y v a r i a d a
Británico f u e a d q u i r i d o e n Q u i t o . S o b r e l o s Z u r b a r a n e s d e
biblioteca "nunca igual vista", y fuera de j a riqueza! en orna-
México, d i c e T o u s s a i n t : "Zurbarán t a m p o c o es extraño a
m e n t o s , cálices, v a j i l l a s d e p l a t a , y d e l a colección d e m e d a l l a s
n u e s t r a s c o l e c c i o n e s ; e n l a s m j s m a s galerías e x i s t e u n o d e
y m o n e d a s e n q u e se c o n t a b a n 5 0 4 rómaups d e l c o m i e n z o d e
s u s c u a d r o s más h e r m o s o s : Jesús e n Émaús, f i r m a d o p o r e l
d e l a república h a s t a J u l i o César y m i l l a r e s d e l a época i m p e -
m a e s t r o e n 1 6 3 9 ; o t r o s c u a d r o s ; d e Zurbarán p u e d e n e n c o n -
r i a l , c i e n t o s d e a n t i g u a s españolas, d e p a p i i s , d e r e y e s d e C a s -
t r a r s e e n d i v e r s o s s i t i o s d e l a República; e n P u e b l a , e n l a
t i l l a , arábigas, góticas, e t c . , e n m a t e r i a d e p i n t u r a l l e v a b a
colección d e d o n José L u i s I j e l l o , i m S a n P e d r o o y e n d o
seis p a i s a j e s d e Antolínez c o n f i g u r a s p i n t a d a s p o r ' M u r i l l o ;
c a n t a r e l . g a l l o , e l c u a l a c a s o es r,éplica d e o t r o m u y s e m e j a n t e
u n a n a t u r a l e z a m u e r t a d e A r e l l a n o ; u n Niño d o r m i d o y u n
que existe e n l a vieja iglesia d e l . C a r m e n , d e A t l i x c o . E n
C r i s t o d e A l o n s o C a n o ; u n a Presentación e n e l T p m p l o d e
T l a x c a l a , e n l a v i e j a i g l e s i a f r a n c i s c a n a , d o s pequeños s a n t o s
Carreño; c u a t r o c u a d r o s d e A n t o n i o d e l C a s t i l l o ; q i i a A s u n -
d e c u e r p o e n t e r o , c u y a f a c t u r a r e c u e r d a las, m a r a v i l l o s a s p i n -
ción d e M a t e o C e r e z o ; u n S a n M i g u e l y u n r e t r a t o ' d e P a b l o
t u r a s d e j M u s e o d e Cádiz,"
d e Céspedes; u n S a n P e d r o d e F r a n c i s c o I T e r r e r a ; i m . S a n
E n el M u s e o d e l S e m i n a r i o d e Bogotá sé c o n s e r v a u n a
Matías y u n S a n A n t o n i o A b a d d e l D i v i n o M o r a l e s ; c u a t r o
V i r g e n O r a n t e d e ; Q u i n t í n d e M e t s y s . E n México h a y v a r i o s
cuadros d e M u r i l l o ; u n S a nPedro d e R i v e r a ; e l retrato de
c u a d r o s d e Martín d e V o s . E n l a pequeña i g l e s i a f r a n c i s c a n a
u n D o m i n i c o , d e Velázquez, c o m o o b r a s d e l a e s c p e l a e s p a -
d e Cuatititlá n h a y d o s g r a n d i o s a s o b r a s s u y a s : u n S a n P e d r o
ñola. L u e g o , u n a lámina dé b r o n c e d o r a d o d e M i g u e l A n g e l
y u n S a n P a b l o , y además u n S a n M i g u e l y , u n a Concepción.
B u o n n r r o t i y d e R u s c o n i ; dos tablas d e G i o r d a n o ; y n a Nega-
E n e l M u s e o d e l a C a t e d r a l d e México está u n S a n J u a n E v a n ^
ción d e S a n P e d r o d e G u e r c i n o ; d o s o b r a s d e G u i d o R e n i ;
g e l i s t a , y e n u n a d e l a s c a p i l l a s - u n Tobías y e l A n g e l . E n e l
dos d e J u l i o Romanó; d o s d e l T i c i a n o , q u e r e p r e s e n t a b a n l a s
m u s e o d e G u a d a l a j a r a h a y tre.^ c u a d r o s d e G i o r d a n o L u c a ,
e s c u e l a s i t a l i a n a s . D e l a f l a m e n c a , seis o b r a s d e ; B r e u g h e l ,
E n e l p a l a c i o d e . l o s v i r r e y e s existía u n r e t r a t o d e C a r l o s V
u n a cocina d e R u b e n s , y tres paisajes d e D a v i d T e n j e r s . . .
del T i c i a n o . . . j
* C a d a i g l e s i a e r a a s u m o d o u n m u s e o q u e recogía l e c c i o n e s
d e E u r o p a y l o s p r i m e r o s e n s a y o s d e América, y e ; . d o n d e Grabados europeos y pintura americana.
t r a b a j a b a n l o s m i s m o s españoles q u e f l a m e n c o s o i n d i o s . L o s
españoles q u e i b a n a v i v i r e n A m ^ i ' i c a l l e v a b a n a v e c e s b i - • E s s o r p r e n d e n t e l a i m p o r t a n c i a q u e t o m a e n México, d e s d e
b l i o t e c a s y o b r a s d e a r t e . A n t o n i o C a b a l l e r o y Góngura, q u e e l p r i m e r m o p i e n t o , l a p i q t u r a a l fresco, E r a y a cosa d e l o s
f u e o b i s p o d e Mérida e n Yucatán, pasó a a r z o b i s p o d e B o - a z t e c a s y r n a y a s p i n t a r m u r o s , y l o más e x t r a o r d i n a r i o e s l a
gotá. L u e g o f u e v i r r e y - a r z o b i s p o . A s u p a s o p o r México p e r s i s t e n c i a d e e s t a tradición q u e continúa e n l o s t i e m p o s

86
280. E L CONTINENTE P E SIETE COLORES
m o d e r n o s con D i e g o R i v e r a , Orozco, S i q u e i r o s . . . Puede de-
c i r s e q u e s e t r a t a d e u n a disposición n a t u r a l e n e l país, q u e
n o aniquila l a colonia, aunque le cambie e lr u m b o . Fray T o -
r i b i o d e B e n a v é n t e e n s u Historia de las Indios r e l a t a a l g o
o c u r r i d o ' e n T l a x c a l a e n 1 5 3 9 , q u e n o podría e x p l i c a r s e e n
o t r o país c o l o n i a l a t a n p o c o ? años d e e s t a r b a j o l a b a n d e r a
d e u n a n a c i ó n e u r o p e a ; " P a r a l a P a s c u a tenían, u c a b a d a l a
c a p i l l a d e l p a t i o ( e n q u e i b a n a celebrarse' las festividades
r e l i g i o s a s d e l o s i n d i o s ) , l a r c u a l resultó u n a solemnísima
p i e z a : llámanla B e t l e m . P o r p a r t e d e f u e r a l a p i n t a r o n a l
f r e s c o e n c u a t r o días, p o r q u e así l a s a g u a s n u n c a l a d e s p i n -
t a r a n : ' e n u n e s p a c i o d e e l l a p i n t a r o n l a s o b r a s d e l a creación-
d e l m u n d o d e l o s p r i m e r o s f r e s días, y . e n ' o t r o e s p a c i o l a s
o b r a s d e l o s o t r o s t r e s días; e i t o t r o s d o s e s p a c i o s , e n e l u n o l a
v a r a d e José, c o n l a generación d e l a M a d r e d e D i o s , l a c u a l
está e n l o a l t o , . p u c s t a m u y h e r m o s a ; e n e l o t r o está n u e s t r o
P a d r e S a n F r a n c i s c o ; e n o t r a p a r t e está l a - I g l e s i a , sü S a n t i d a d
el-Papa, Cardenales, obispos,'etc.; y a l a o t r a b a n d a e l E n i p e -
r a d o r , r e y e s y c a b a l l e r o s . L o s españoles q u e h a n v i s t o l a c a -
p i l l a d i c e n q u p e s c l e l a s niás g r a c i o s a s p i e z a s ' q u e d e s u
m a n e r a h a y e n E s p a ñ a ," T o u s s a i n t s e ñ a l a , a u n u n a p i n t u r a ,
m u r a l anterior; l a d e l convento Franciscano de Cholula, e n
1 5 3 0 . Y así, o t r o s c o n v e n t o s ' e n m u c h o s l u g a r e s d e México;
Huejotzingo, T l a l m a n a l c o , Cuernavaca, O c u i t u c o . . . E ne l
de A I c o l m a n , e n e l Calvario,-'Toussain t e n c u e n t ra u n paren-
t e s c o c o n l a s xilografías e u r o p e a s d e l s i g l o X V T , " a u n a q u e l l a s
que salieron de l a incomparfible mano de'Durero".
E l s o t o c o r o d e l t e m p l o d e ' T e c a m a c h a l c o fué p i n t a d o a l a
t e m p e r a p o r e l j u d í o J u a n Gersón s o b r e paños, y r e p r e s e n t a
e s c e n a s t o m a d a s d e l Généáis y d e E z e q u i e l , d e ' a l g u n o s p a s a j e s
d e l / a p o c a l i p s i s , c o m p l e m e n t j i d o s c o n l o s símbolos d e l o s c u a -
t r o E v a n g e l i s t a s . P e d r o R o j a s escribe sobre est?s p i n t u r a s :
" E l o r i g e n d e l a extraña y a , v e c e s t e r r i b l e iconografía q u e s e
proyectó e n e s a bóveda s e s u p o n e e n g r a b a d o s h e c h o s e n
p i a d e r a , a u n q u e sólo s e h a p o d i d o e s c l a r e c e r l o s q u e s e r e -
87
LAS ARTES E N L AC O L O N I A ESPAÑOLA 281
f i e r e n a d o s m e d a l l o n e s , q u e p r o v i e n e n d e l a versión española
d e 1 5 4 9 d e l a o b r a d e H o l b e i n : Icones hisloriarum vcleris
leslamenti, f e c h a d a e n 1 5 4 7 . D i c l i o s m e d a l l o n e s r e p r e s e n t a n
e l a l t a r d e A r i e l y e l t e m p l o d e Salomón. O t r o s m e d a l l o n e s
debieron tomarse de modelos originales de D u r c r o , reprodu-
cidos p o r l o s ilustradores d e l a B i b l i a d e ' W i t t e n b e r g , q u e
inspiró a g r a b a d o r e s p o s t e r i o r e s t a l e s c o m o H o l b e j n . P a r a u n o
s o l o d e l o s m e d a l l o n e s , e l d e l a medición d e l t e m p l o , r e f e r i d a
e n e l A p o c a l i p s i s , s e utilizó c o m o m o d e l o u n a p i n t u r a r e n a -
c e n t i s t a i t a l i a n a . " E n las. p i n t u r a s d e l c l a u s t r o d e E p a z o y u c a n
se h a señalado c o m o m o d e l o u n g r a b a d o d e S c h o h g a h u e r .
E n t r e l o s p i n t o r e s quiteños d e l a p r i m e r a época f i g u r a M i -
g u e l d e Belalcázar, h i j o d e l f a m o s o c o n q u i s t a d o r d o n S e b a s -
tián, a q u i e n e n e l 1 5 8 6 j a a u d i e n c i a concedió p e r m i s o p a r a
q u e p i n t a r a cartas d e naipes. L o s naipes f o r m a b a n p a r t e d e
l o q u e tenía e l español p o r más n e c e s a r i o p a r a s u s o c i o s y e l
juego, y s o n n u m e r o s a s las ordenanzas q u e r e g l a m e n t a n e l
u s o d e las b a r a j a s. " M i g u e l - ^ r e l a t a N a y a r r o — p i n t a b a n a i p e s
y l o s vendía c o n l i c e n c i a d e l a s a u t o r i d a d e s p a r a s u m i n i s t r a r s e
e l s u s t e n t o n e c e s a r i o p a r a l a v i d a ; habiéndole p r o h i b i d o l a s .
a u t o r i d a d e s d i c h o n e g o c i o , m u r m u r ó c o n t r a e l l a s , razón p o r
la c u a l f u e c a l u m n i a d o p o r sedicioso y.apresado. E n l a pri-
sión l e t o r t u r a r o n s o b r e u n p o t r o p a r a o b l i g a r l e a qué d e c l a -
r a s e q u i e n e s e r a n l o s c o n s p i r a d o r e s ; c o m o riada c o n s i g u i e r o n
c o n e l l o , l o s e n t e n c i a r o n a m u e r t e . E n efecto, murió a h o r c a d o
en 27 de mayo."
N o todos c o r r i e r o n u n a suerte t a n triste c o m o e l h i j o d e l
g r a n conquistador. T a l era l a necesidad d e lj u e g o d e naipes
q u e e n l a c o n q u i s t a llegó a d a r s e e l c a s o d e q u e , a c a b a d a s l a s
b a r a j a s a f u e r z a d e u s o , se l a s r e e m p l a z a c o n o t r a s h e c h a s e n
c o r t e z a s d e árboles. L a s f i g u r a s d e l o s q a i p e s españoles d e b i e -
r o n h e r m a n a r s e m e j o r q u e ningún g r a b a d o c o n l a s q u e l o s
m e x i c a n o s d i b u j a b a n e n sus l i b r o s p i n t a d o s antes d e l a c o n -
q u i s t a . H a y d i b u j o s aztecas d e l o s dioses q u e p a r e c e n reyes
de oros. L ad e m a n d a d e barajas f u e t a ng r a n d e e n l a c o l o n i a
4
282 - E L C O N T I N E N T E Dlí S I E T E COLORES
q u e h a c i a 1 5 8 2 s e e s t a m p a b a n e n México n u e v e m i l d o c e n a s
d e n a i p e s . F r a y P e d r o Simón d i c e q u e e n 1 6 2 3 existía e n C a r -
tagena u n a i m p r e n t a de naipes.
N a i p e s a p a r t e , G a b r i e l G i r a l d o J a r a m i l l o , q u i e n r e c o g e es-
t a s i n f o r m a c i o n e s e n s u Hislorja del grabado en Colombia,
señala l o s n o m b r e s d e l o s g r a b a d o r e s q u e p r a c t i c a r o n e s t e
a r t e e n México, G u a t e m a l a , Q u i t o , L i m a , P a r a g u a y , C u 7 . c o ,
Potosí y B u e n o s A i r e s . A l l a d o d e g r a b a d o r e s d e o r i g e n e s p a -
ñol a p a r e c e n o t r o s d e o r i g e n francés, c o m o J u a n O r t i z , e l
p r i m e r o e n l a h i s t o r i a d e l g r a b a d o e n México, o c o m o f r a y
J u a n Nolasco, q u e e n 1660 hace grabados e n L i m a . E n las
M i s i o n e s j e s v i l t i c n s d e l P a r a g u a y se f o r m a n e x c e l e n t e s g r a b a -
d o r e s indígenas c o m o J u a n Y a p a r í y T o m á s T i l c a r a . S e d i c e
q u e l l e g a r o n a c o p i a r c o n t a l perfección l a s l e t r a s c a p i t a l e s d e
u n m i s a l e s t a m p a d o e n A m b e r e s q u e r e s u l t a b a difícil s a b e r
cuál e r a l a c o p i a y cuál e l o r i g i n a l . G i r a l d o J a r a m i l l o d e s t a c a
e l n o m b r e d e l d e á n F r a n c i s c o jvfartínez q u e publicó e n S a n t a
F e d e B o g o t á e n t r e 1 7 9 1 y 1 7 9 3 d o s l i b r o s científicos: Una
historia de las ciencias naturales t r a d u c i d a d e l francés, y u n
t r a t a d o d e M u r a t o r i s o b r e l a f u e r z a d e l a fantasía h u m a n a .
E l deán escribió l u e g o u n p e q u e ñ o t r a t a d o s o b r e e l g r a b a d o
para s u d i c c i o n a r i o d e lasartes n o b l e s . . . " E n l a p i n t u r a del
N u e v o R e i n o d e G r a n a d a —dice G i r a l d o J a r a m i l l o — y e n sus
d o s e s c u e l a s básicas, l a t u n j a n a y l a santafereña, es p a t e n t e e l
i n f l u j o d e l o s grabados. L a h u e l l a p u e d e seguirse desde l o s
p r i m i t i v o s —Médoro, F r a n c i s c o d e l P o z o , P e d r o A g o i r r e y e l
enigmático a u t o r d e u n S a n B a r t o l o m é ( i g l e s i a d e S a n L a u -
r e a n o , e n T u n j a ) y M . S e g u n d o G a l b e r i , q u e c o p i a u n a lámi-
n a d e l a anatomía d e l c u e r p o h u m a n o c o m p u e s t a p o r G i o v a n
V a l v e r d e d u I-íamnsco ( R o r n a , 1 5 6 0 ) , h a s t a l o s m a e s t r o s d e
fines d e l siglo x v n i , pasando p o r A c e r o d e l a Cruz, l o s F i -
g u e r o a s y G r e g o r i o Vásquez' C e b a l l o s . U n o s p o c o s e j e m p l o s
b a s t a n p a r a p r e c i s a r u n t a i i t o estas f u e n t e s r e v e l a d o r a s ; l a
Flagelación d é G a s p a r d e F i g u e r o a ( M u s e o C o l o n i a l d e B o -
gotá) está d i r e c t a m e n t e i n s p i r a d a p o r u n ' g r a b a d o f l a m e n c o
LAS ARTES E NL A C O L O N I A ESPAÑOLA 283
de m a l a c a l i d a d . . . Baltasar, d e F i g u e r o a copia, c o n ligeras
v a r i a n t e s , l a Adoración d e l o s P a s t o r e s ( M u s e o C o l o n i a l ) d e
algún g r a b a d o h e c h o s o b r e e l c u a d r o d e G e r a r d o S e g h e r s
q u e s e c o n s e r v a e n l a i g l e s i a d e N u e s t r a Señora d e B r u j a s .
Vásquez C e b a l l o s a p r o v e c h a g r a b a d o s d e m u y d i v e r . S O S orí-
g e n e s p u e s e n s u v a s t a producción pictórica e n c o n t r a m o s
modelos d e R a f a e l , d e Sassoferrato, d e G u i d o R e n i , entre l o s
i t a l i a n o s , d e M u r i l l o y Z u r b a r á n e n t r e l o s españoles, amén
de claras r e m i n i s c e n c i a s d e m a e s t r o s f l a m e n c o s y d e a l g u n a
h u e l l a d e l o s a l e m a n e s . , . " U n o d e l o s c a s o s más n o t a b l e s
e n C o l o m b i a h a s i d o e l d e l R i n o c e r o n t e y o t r o s símbolos q u e
a p a r e c e n e n l a s p i n t u r a s a l fresco q u e d e c o r a n l a casa d e d o n
J u a n d e V a r g a s e n T u n j a . " E l r i n o c e r o n t e de T j i n j a —dice
G i r a l d o . J a r a m i l l o — v i e n e a ser, e n e f i g i e , e l b i s n i e t o d e l q u e
d e c a r n e y h u e s o envió e l sultán M u z a f a r d e C a m b a y , e n I n
I n d i a O r i e n t a l , a M a n u e l I d e P o r t u g a l , q u i e n l o donó n i
P a p a León X e n 1 5 1 5 , s i n q u e h u b i e r a p o d i d o l l e g a r a R o m a ,
p u e s s e ahogó e n e l g o l f o d e G e n o v a . F u e c o p i a d o p o r D u -
r e r o d e u n d i b u j o q u e h i z o e n L i s b o a e l i m p r e s o r Valentín
F e r d i n a n d o de M o r a v i a , y grabado con u n apintoresca leyen-
d a d e s c r i p t i v a . D e D u r e r o l o tomó J u a n d e A r f e y d e l t r a -
t a d o D e w a n ' a conmensuración e l artista tunjano. L o s elefan-
tes t i e n e n m u y d i s t i n t o o r i g e n ; p r o c e d e n d e l a s láminas d e l
notable pintor flamenco G i o v a n n i Stradanus,'o loannes van
der Straet, grabadas p o r loannes Collaert y publicadas e n
Amberes e n 1578 p o re lfamoso editor Philippus Galle e n l a
o b r a Vcnationes jcrrarum, avium, piscium. L o s d i o s e s p a g a -
n o s , Júpiter, M i n e r v a y D i a n a , p r o v i e n e n d e l p i n t o r h o l a n -
dés L e o n a r d T h i r y , c u y o s d i b u j o s f u e r o n g r a b a d o s p o r e l
b u r i l i s t a francés R e n e B o y v i n e n l a s e g u n d a m i t a d d e l s i -
g l o X V L P a r a o t r o s detalles d e c o r a t i v o s las f u e n t e s se e n c u e n -
tran e n las ornamentaciones. inventadas p o r J a n V r e d c m a n
de Vries y publicadas e n A m b e r e s p o r H i e r o n y m u s ' C o c k , y
en u n grabado d e lI n v i e r n o d e M a r c Eiuval."
I n f l u y e también e l g r a b a d o e n l a e s c u l t u r a . E n u n a d e l a s

284 E L CONTINENTE DE SIETE COLORES
p r e c i o s a s c a p i l l a s d e S a n M i g u e l , e n Calpán, México, s e esce-
n i f i c a e l d r a m a d e l J u i c i o F i n a l " c o p i a d o e n este caso —dice
Pedro Rojas—.apenas si con modificaciones, d e lgrabado i n -
s e r t o e n l a Crónica de Nurcmberg d e 1 4 9 3 , y p r o p a l a d o e n
o t r a s o b r a s c o m o e l Flos Sanclorum d e P e d r o V e g a y l a Gra-
mática Burgalesa d e 1 4 9 8 " . •
Influye e l grabado e n l a arquitectura, e n forma definitiva:
n o d e o t r a m a n e r a podían s e g u i r s e l a s l e c c i o n e s d e H e r r e r a
y d e l o s a r q u i t e c t o s españoles, n i l a s d e l o s i t a l i a n o s o góticos.
L o s a r q u i t e c t o s españoles l l e v a b a n a América s u s l i b r o s , y
p a r a e l c r i o l l o e r a n l a única f u e n t e d e información. O b r a s
p r e d i l e c t a s e r a n l o s t r a t a d o s d e . S e r l i o y V i g n o l a . Así s e p r o -
d u c e n casos t a n e x t r a o r d i n a r i o s , c o m o h a l l a r e n u n a iglesia d e
P a s t o , e n C o l o m b i a , u n p o r t a l q u e es réplica d e l q u é M i g u e l
Angel.ideó p a r a l a v i l l a G r i m a n i e n l o s a l r e d e d o r e s d e R o -
m a , , r e p r o d u c i d o p o r V i g n o l a . L a Q u i n t a d e Bolívar e n B o -
gotá t i e n e l a p o r t a d a q u e V i g n o l a proyectó p a r a e l p a l a c i o
d e C a p r a r o l a . D e l a o b r a d e S e r l i o s e sacó e l m o d e l o p a r a l a
iglesia d e S a n Ignacip e n T u n j a .
S a n t i a g o Sebastián, a l e s t u d i a r l a circulación d e l o s l i b r o s
d e g r a b a d o s e n C o l o m b i a , d u r a n t e e l s i g l o x v i i , d i c e : "Él
i n f l u j o m a y o r llegó a través d e g r a b a d o s o i l u s t r a c i o n e s d e
l o s t r a t a d o s . " C o n razón escribía'en 1 8 2 6 e l v i a j e r o francés
M o l l i e n : " E l a r t e d e l a a r q u i t e c t u r a es e l q u e más p r o g r e s o s
h a h e c h o e n C o l o m b i a ; s u s a d e l a n t o s s o n t a n t o más s o r p r e n -
d e n t e s c u a n t o e n e s e a s p e c t o n o h a t e n i d o más m a e s t r o s p a r a
d i r i g i r s u s p a s o s q u e l o s l i b r o s y l a s e s t a m p a s . " N o sólo f u e -
r o n i l u s t r a c i o n e s i t a l i a n a s l a s q u e v i n i e r o n , también d e b i e r o n
d e l l e g a r e s t a m p a s d e p r o c e d e n c i a española, a u n q u e c a r g a -
d a s d e e v o c a c i o n e s i t a l i a n a s , c o m o l a s q u e reproducían l a
o b r a d e J u a n d e H e r r e r a . F e l i p e I I concedió a e s t e ' a r q u i t e c t o
el p r i v i l e g i o d e " e s t a m p a r y v e n d e r e n las I n d i a s , islas y T i e -
r r a f i r m e d e l m a r océano" la.Fábrica d e l E s c o r i a l . E n 1 5 5 8
se h i z o l a impresión c o n láminas d e l f l a m e n c o P e d r o P e r r e t .
A l a ñ o s i g u i e n t e 3 0 0 e j e m p l a r e s d e está o b r a p a s a r o n a L i m a
s• . •
I^S ARTES E NL A COLONIA ESPAÑOLA 285
e n l a n a o C a p i t a n a . N a d a tendría d e e x t r a ñ o q u e está o b r a
h u b i e r a l l e g a d o a l a N u e v a G r a n a d a , y a q u e e n 1619 se r e i m -
primió " p o r h a b e r s e v e n d i d o y r e c i b i d o m U y b i e n d e l o s e x -
tranjeros y otras personas curiosas q u e l a h a n c o m p r a d o . . . " .
L a s i n f o r m a c i o n e s a n t e r i o r e s i n d i c a n q u e l a i m p r e n t a jugó
u n papel d e p r i m e r orden e n e l proceso d e l a c u l t u r a d e l
n u e v o m u n d o , n o y a sólo d e s d e e l p u n t o d e v i s t a d e l a s l e t r a s ,
s i n o c o m o enseñanza v i s u a l , p o r m e d i o d e l o s g r a b a d o s . . A
esto h a y q u e agregar q u e i m p u s o u n a m a n e r a d e i n t e r p r e t a -
ción e u r o p e a . L a s últimas m a n i f e s t a c i o n e s d e a r t e indígena
q u e p o d e m o s r e g i s t r a r e n México, e n q u e l a h i s t o r i a s e r e l a t e
a l a m a n e r a a z t e c a , están e n l o s códices q u e r e c u e r d a n l a
e n t r a d a d e Cortés, l a s e n t r e v i s t a s c o n M o c t e z u m a , e t c . E n
e l l o s s e s i g u e e l m i s m o e s t i l o d e l o s códices p r e c o l o m b i n o s ,
i n t r o d u c i e n d o c o m o nuevos personajes las figuras de l o s con-
q u i s t a d o r e s . P e r o y a e n l o s frescos d e l o s c o n v e n t o s , e n l a
p i n t u r a , e n l a e s c u l t u r a , a p e n a s .He d e s l i z a n l o s e l e m e n t o s indí-
g e n a s . L a composición g e n e r a l es i idéntica a l o s m o d e l o s q u e
t r a e l a i g l e s i a o f i c i a l . Sé t o m a u n g r a b a d o d e D u r e r o , s e d e s a r
r r o l l a e n u n f r e s c o , y e l r e s u l t a d o es u n a n u e v a versión d e
l o q u e h a hecho e l maestro interpretand o trozos d e l a n t i g u o
o d e l n u e v o t e s t a m e n t o . E n u n a vasta escala, l a p i n t u r a a m e -
r i c a n a pasa a ser u n a m a n e r a m i e n t o , o m a n e r i s m o . A veces
se d u d a s i u n a o b r a es d e u n c r i o l l o o es u n M u r i l l o . C o n
e s t a r e s e r v a h a y q u e m i r a r t o d o e l p a n o r a m a pictórico coló- .
n i a l , e n d o n d e e l i n d i o , ái-í:toma p a r t e , e s . c o m o u n o d e l o s
e l e m e n t o s q u e l e h a c e n c o r o a l m i s r n o a r t e . E n este p u n t o
hay q u e indicar e l peligro de q u e las desviaciones p u d i e r a n
l l e v a r a p r o c e s o s d e l a Inquisición.
A c o n t r a p e l o , l a p r e s e n c i a d e América s e e n c u e n t r a más
v i s i b l e e n E u r o p a , e n l o s g r a b a d o s . E s t a m p a s f i g u r a n d o esce-
'; ñas d e caníbales, d e i n d i o s d e l a s A n t i l l a s o d e l B r a s i l , g r a b a - ,
d o s g l o r i f i c a n d o a Colón o a V e s p u c c i , p i n t a n d o l a s m a r c h a s
d e Cortés o d e B i z a r r o , r e t r a t o s d e l o s c o n q u i s t a d o r e s , t r u c u -
lentas h i s t o r i e t a s d e f i l i b u s t e r o s , b u c a n e r o s , piratas y corsa-
89
286 E LC O N T I N E N T E D ES I E T E C O L O R E S
rios, m a p n s c o n orlas e n q u e aparecen paisajes a m e r i c a n o s ,
c o n s u f a u n a y s u f l o r a , se p u b l i c a n e n . l i b r o s y c u l i o j a s
sueltas, t o d o eso, m i t a d basado e n l a verdad, m i t a d e n l a •
fantasía. E s a s o b r a s m a r c a n l o q u e p a g a b a América c o m o
r e c i p r o c i d a d p o r l o q u e , e n g r a b a d o s , recibía d e E u r o p a c o n
imágenes d e l a V i r g e n y c u a d r o s d e l a Pasión.
I - I a y u n g r a b a d o alemán, q u e s e c o n s e r v a e n l a b i b l i o t e c a
pública d e N u e v a Y o r k , i m p r e s o l i a c i a 1505, q u e r e p r e s e n t a
u n a escena e n e l Brasil, p r o b a b l e m e n t e i n t e r p r e t a n d o u n a
carta d eV e s p u c c i . U n p u e b l o desnudo, h e r m o s o y oscuro, dice
la leyenda, bien dispuesto de cuerpo y de buen semblante,
c u b i e r t a s c o n p l u m a s l a s vergüenzas, y a d o r n a n d o e l r o s t r o
c o n p i e d r a s p r e c i o s a s , u n p u e b l o e n d o n d e t o d o .se p o s e e e n
común, s e e n t r e g a a a s a r y a h u m a r p i e r n a s y b r a z o s d e l o s
enemigos p a r a celebrar e l banquete. G i o v a n n i St.-adano, e n
F l o r e n c i a , p r e s e n t a u n a b e l l a alegoría d e V e s p u c c i d i a l o g a n -
d o c o n América: América e s u n a h e r i n o s a i n d i a t e n d i d a e n
u n a h a m a c a . L a famosísima o b r a d e T h e o d o r o B r y , Gollec-
tioncs percgrinalionum in India Ortenlalem el Indiam Occi-
dentalcm, es u n m u s e o d e e s c e n a s e n q u e a p a r e c e n l o s m o -
m e n t o s g l o r i o s o s d e Colón, y d e V e s p u c c i , l a s a l i d a d e l a s n a v e s
d e Cádiz, e l d e s e m b a r c o e n V e n e z u e l a , e s c e n a s d e a n t r o p o f a -
gia e n l a costa d e l B r a s i l , etc., etc. D e l o s mapas, c o n retratos
e n l a s o r l a . s , s a l e l a iconografía d e l o s n a v e g a n t e s . D e l a s
p o r t a d a s d e I g S l i b r o s d e H e r r e r a , Solís, G o m a r a , i m p r e s o s e n •
A m b e r e s , l a iconografía d e l o s c o n q u i s t a d o r e s . E n m u c h o s
de esos g r a b a d o s se i n s p i r a n l u e g o R a b e l a i s , . N f o n t a i g n e , y
c u a n t o s se p r e o c u p a n p o r e l h o m b r e n a t u r a l y e l b u e n salvaje.
E n l o s viajes d e L ' H e r m i t e h a y estupendos grabados sobre
las d e p r a v a c i o n e s c o m e t i d a s p o r l o s p i r a t a s holandeses e n
C h i l e ; e n l o s v i a j e s d e D r a k e , t o d o l o q u e se q u i e r a s o b r e l a s
c i u d a d e s d e l C a r i b e , y l a s c o s t a s d e l Atlántico y e l Pacificó.
E n l o s m a p a s se e n c u e n t r a n e s t u p e n d a s i d e a l i z a c i o n e s d e l a s
. c i u d a d e s d e T e n o c h l i t l á n o d e C u z c o , e t c . , e t c . E s u n a Amé-
r i c a t r u c u l e n t a e idílica, libérrima y s a l v a j e , p o b l a d a d e hé-
L A S A R T E S E NL AC O L O N I A E S P A R O L A
287
r o e s e u r o p e o s y a m e r i c a n o s , q u e seguirá presentándose así a
la curiosidad europea p o r ires o c u a t r o siglos, y q u e , cuan-
d o l a Ilustración, a d q u i r i r á u n a i m p o r t a n c i a e x t r a o r d i n a r i a .
F i n a l m e n t e , h a y l a h i s t o r i a d e l g r a b a d o e n América, q u e
e m p i e z a c o n l o s p r o p i o s h i j o s d é l o s " c o n q u i s t a d o r e s y.íos f a -
b r i c a n t e s . d e n a i p e s . . T o u s s a i n t n o s d a u n a abundantísima
n ó m i n a d e g r a b a d o r e s d e México, d e s d e S a m u e l S t r a d a n u s
(160G-1622) h a s t a ' l o s q u e y a e n vísperas d e l a I n d e p e n d e n c i a
t o m a b a n p a r t e importantísim a e n l a e s c u e l a d e B e l l a s A r t e s ,
c o n José J o a q u í n F a b r e g a t a l a c a b e z a , español q u e llegó a
enseñar e n 1788 y m u r i ó e n 1807. E n t r e l o s p r i m e r o s g r a b a -
dores e n m a d e r a f i g u r a J u a n . O r t i z , e l d e los naipes, d e o r i g e n
francés, a q u i e n s e l e s i g u e u n p r o c e s o p o r l a Inquisición. D u
e s t o s r e m o t o s a n t e c e d e n t e s .se llegará u n día a t e n e r e n México
u n o d e l o s más g e n i a l e s g r a b a d o r e s d e l a h i s t o r i a d e l a r l e ,
José G u a d a l u p e P o s a d a (1851-1913).
Los maestros pintores.
L a p i n t u r a a l óleo está d e s t i n a d a e n l a c o l o n i a a t e n e r u n
f o r m i d a b l e d e s a r r o l l o p o r l a d e m a n d a d e telas p a r a l a s igle-
sias. L o i m p o r t a n t e e r a m a n t e n e r e n l o s t e m a s , e n l a c o m -
posición, e n l a técnica, n o r m a s e u r o p e a s . F u e u n a p i n t u r a
esencialmente religiosa.. E v e n t u a l m e n t e l acoinpletaron retra-
tos d e virreyes, oidpres, i n q u i s i d o r e s y m o n j a s .
A m e d i a d o s d e l s i g l o x v i , e l c o n q u i s t a d o r F r a n c i s c o Vás-
q u e z d e C o r o n a d o comandó l a f a m o s a exijedición q u e . i b a e n
b u s c a d e l a s " S i e t e c i u d a d e s ! d e Cíbola", y q u e llegó a l o s
a c t u a l e s t e r r i t o r i o s d e C o l o r a d o y A r k a n s a s . C o n él v i a j a b a
u n p i n t o r , Cristóbal Q u e s a d a , s e v i l l a n o , " p a r a p i n t a r l a s c o s a s
d e . l a t i e r r a " . E s t a p r i m e r a mención i n d i c a u n a t e m p r a n a
i d e a d e t e n e r u n a documentación gráfica q u e c o m p l e m e n t a r a
l a s i n f o r m a c i o n e s d e l o s c o n q u i s t a d o r e s , c o s a q u e , s i existió,
a p e n a s dejó h u e l l a s . Y a c o n e l v i r r e y b a s t ó n d e P e r a l t a l l e g a
a México e n 1566 u n f l a m e n c o , Simón P e r e y n s , a q u i e n s e
288 K L CONTINENTE DE SIETE COLORES

c o n s i d e r a e l m a e s t r o d e s u t i e m p o . T r a e , c o n s u -tradición
f l a m e n c a , i n q u i e t u d e s b a r r o c a s . L a i n f l u e n c i a d e P e r e y n s se
p r o l o n g a - u n s i g l o después e n D i e g o B o r g r a f , f l a m e n c o e s t a -
b l e c i d o e n P u e b l a . E l español B a l t a s a r d e E c h a v e O r i o l l e g a
a México e n 1 6 7 3 , d e v e i n t i c i n c o años, y v a a t e n e r u n a i n -
f l u e n c i a g r a n d e a través d e s u s o b r a s y d é l a s o b r a s d e s u s
h i j o s B a l t a s a r y M a n u e l E c h a v e Ibía. E c h a v e t r a e ía e s c u e l a
d e R i b e r a , e l Españoleto, q u e a l c a n z a a señalarse én l a s o b r a s
d e Cristóbal d e V a l l a l p a n d o (Í644-171.4). A Echave-taiiibién
se l e s e ñ á l a l a i n f l u e n c i a d é C a r a v a g g i o . Z u r b a r á n es l a f u e n -
t e dé inspiración d e a l g u n a s o b r a s d e José Juárez, m e x i c a n o
f a m o s o q u e p i n t a a m e d i a d o s d e l s i g l o x v i i . , y a q u i e n se l e
señala también, e n o t r a s o b r a s , c o m o , s e g u i d o r d e R a f a e l . Z u r -
barári es e l m a e s t r o a q u i e n s i g u e P e d r o Ramírez e n e l s i -
glo'xvií. M u r i l l o i n f l u y e , e h t f e o t r o s m u c h o s , e n F r a n c i s c o
A n t o n i o V a l l e j o , fecundo p i n t o r d e l x v i i i , etc. S o n decenas
dé a r t i s t a s , a l g u n o s , laboriosísimos, q u e p i n t a n e n M é x i c o ,
t o m o si-trabajaran-bajo l a gula directa de losmaestros q u e
eran,el orgullo de Europa.
E n Q u i t o e l fenónieno es s e m e j a n t e . E l f u n d a d o r d e l a
e s c u e l a d e p i n t u r a es e l f l a m e n c o f r a y P e d r o G o s s e a l , c o m p a -
ñero d e f r a y J o d o k o R i c k e , a q u i e n e s s i g u e n p i n t o r e s o e s p a -
ñoles o quiteños. C u l m i n a n e n ía f i g u r a d e M i g u e l d e S a n -
t i a g o , - i n u c r t o e n 1 6 7 3 , él más f a m o s o d e l o s e c u a t o r i a n o s , c u y a
a b u n d a n t e o b r a debió i n s p i r a r s c i s e g u n d o s críticos, e n M u r i -
l l o y.Velázquez, y a u n e n e l G r e c o .
' E n C o l o m b i a l a pintura comienza propiamente c o n u n a
i m a g e n - f a m o s a : N u e s t r a Señora d e C h i q u i n q u i r á , d e A l o n s o
d e Narváez, p i n t o r español q u e l l e g a a l a c o l o n i a p o c o d e s -
pués d e lá-fundación d e Bogotá: s i g u e c o n d o s i t a l i a n o s r e n a -
centistas) Francisco de l P o z o y A n g e l i n o M e d o r o , l o sd o s d e l
s i g l o x v i — M e d o r o p i n t a l u e g o én Q u i t o y e n L i m a — , y
alcanza personalidad nacional e n l a obra d e lbogotano A n -
t o n i o A c é r q ' d e l a C r u z q u e f l o r e c e e n e l s i g l o x v n , " e l más
auténtico r e p r e s e n t a n t e — d i c e G i r a l d o J a r a m i l l o — d e l o q u e
 LA.á A R T E S E NL A . C O L O N I A E S P A R O L A . 289

hemos convenido en denominar primitivismo e n l a pintura

colombiana, aunque p o r otra parte,'presienta y a las nuevas
l u c e s q u e iluminarían e l m u n d o d e l a r t e " . L u e g o a p a r e c e
Gaspar de F i g u e r o a (bogotano, siglo x v n ) , e n q u i e n comien-
z a n a s e n t i r s e , l.as i n O u e n c i a s hispánicas. S u h i j o B a l t a s a r ,
más i m p o r t a n t e y m o v i d o , más b a r r o c o también, e n u n a d e
sus lelas s i g u e d e cerca u n g r a b a d o d e S e g h e r s . C u l m i n a
t o d o e s t e m o v i m i e n t o c o l o n i a l . c o n G r e g o r i o Vásquez A r c e y
C e b a l l o s ( 1 6 3 8 - 1 7 1 1 ) , d i b u j a n t e d e a l t a clase y p i n t o r m a -
d u r o , e n q u i e n c o n v e r g e n t o d a s l a s c o r r i e n t e s estéticas d e s u
t i e m p o , v e r d a d e r o a r t i s t a h i s p a n o a m e r i c a n o p o r e l d o b l e ca-
rácter d e s u v a s t a o b r a .
E n C u z c o podría s u p o n e r s e u n a m a y o r americanización d e '
l a p i n t u r a , y s i n e m b a r g o , se s i g u e n c o n f r e c u e n c i a idealeii
m o d e l o s i t a l i a n o s ; e j e m p l o común a t o d a América e s l a D i -
v i n a P a s t o r a . A v e c e s h a y c i e r t a t e n d e n c i a p r i m i t i v a , i>blt-„
g a d a p o r r a z o n e s d e catequización, c o m o l a ' I ' r i n i d a d r c p r f f - :
sentada p o r tres rostros iguales, q u e l e p e r m i t i e r a n a l i n d i o
e x p l i c a r s e más fácilmente q u e e l P a d r e , e l H i j o y e l E s p b i i u
S a n t o f u e r a n l a m i s m a persona.. E s t o se v e e x c c p c i o n a l m e n t e
e n a l g u n a s a n t i g u a s p i n t u r a s i t a l i a n a s . E n México, e n l a
i g l e s i a d e S a n F r a n c i s c o d e l a c a p i t a l , h a y u n a T r i n i d a d poé-
t i c a m e n t e i m a g i n a d a , e n q u e l a s t r e s p e r s o n a s están r e p r e -
s e n t a d a s p o r e l s o l . q u e b r i l l a e n e l c i e l o , se r e t r a t a e n u n
e s p e j o q u e s o s t i e n e ' ü n ángel a l a o r i l l a d e i m e s t a n q u e y
d e l espejo p a s a a' reflejarse e n e l agua.
A f i n e s d e l s i g l o x v n a p a i ^ e c e e n Potosí e l p i n t o r M e l c h o r
Pérez H o l g u í n , q u i e n s e a c e r c a p o r u n a p a r t e a l a e s c u e l a
d e M u r i l l o , y p o r l a o t r a a l a d e Z u r b a r á n . E s él p i n t o r d e
ía g r a n c i u d a d d e l a p l a t a . J u s t a m e n t e e n l a p i n t u r a d e Pérez
H o l g u i n e l i n d i o e n t r a e n escena, a p a r e c i e n d o c o n s t a n t e m e n -
t e s u i m a g e n c o m o u n f o n d o melancólico. P a r e c e e l c o n v i d a d o
i n o p o r t u n o q u e r e c u e r d a a l b l a n c o l a p a r t e q u e se l e d e b e e n
las obras, a l m e n o s , d e m i s e r i c o r d i a .

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