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KURT LEWIN E A DINÂMICA

DE GRUPOS

Prof. Me. Letícia Oliveira Silva


BIBLIOGRAFIA DE KURT LEWIN
 09/09/1890 – Nasce Kurt Lewin na Prússia;
 1914 – doutora-se em Filosofia pela Universidade de Berlim;
 1926 – Primeira obra: A investigação em psicologia sobre
comportamento e emoção;
 1926 – Professor titular de Psicologia da Universidade de Berlim;
 1933 – Foge da Alemanha;
 1933 – Passa pela Inglaterra e vai para o EUA convidado para
ensinar na Universidade de Stanford (Califórnia);
 1934 – Professor de Psicologia na Universidade de Cornell – Nova
York Cátedra de psicologia da criança na Universidade de Iowa
direção de um Centro de Pesquisa ligado ao departamento de
Psicologia “Childwelfareresearchcenter”. Publicação de dois trabalhos
“A dynamics theoryofpersonality” e “Principlesoftopologicalpsycology”;
 1939 – Volta a Universidade de Stanford;
 1939 – Orientação das pesquisas alteram-se para psicologia dos
grupos que seja dinâmica e gestáltica;
 1940 – Torna-se professor de Harvard;
 1945 – Funda a pedido do MIT um centro de pesquisas em dinâmica
de grupo, que se torna o mais célebre nos EUA;
 1947 (12 de fevereiro) – Com 56 aos morre Kurt Lewin.
 Kurt Lewin (1890 – 1947) foi o psicólogo que
deixou a herança mais importante para o
movimento das Ciências do Comportamento. Com
Gordon Allport, Lewin foi a maior influência para
a introdução da Psicologia Gestalt nas
universidades americanas.

 Suas Contribuições:

 Criação da Teoria de Campo;


 Considerado o fundador de Dinâmica de Grupo;

 A partir dele houve uma gradativa diversificação


das ciências sociais (sociologia, antropologia
cultural e psicologia social).
 Para Lewin, a dinâmica de Grupo é o estudo das
forças que agem no seio dos grupos, suas origens,
consequências e condições modificadoras do
comportamento do grupo. A formação do grupo
fundamenta-se na ideia de consenso nas relações
interpessoais, ou seja, concordância comum sobre os
objetivos e sobre os meios de alcança-los, resultando a
solidariedade grupal.

 Esses fatores psicológicos possuem autonomia, uma


vez que o grupo não funciona num vácuo, mas é
formado a partir de uma organização mais ampla.
Isso dá a ideia genérica de que um grupo pode estar
representado por uma empresa, governo, país, igreja.
Outro fator que influencia a agregação de grupos são
suas condições de igualdade quer sócio-econômica, de
religião, cor, raça, quer mesmo de ideias.
TEORIA DE CAMPO DE KURT
LEWIN
 Para Lewin a teoria de campo é um conjunto de
conceitos por meio dos quais se pode representar a
realidade psicológica. Estes conceitos devem ser
bastante amplos para serem aplicáveis a todas as
formas de comportamento e, ao mesmo tempo,
bastante específico para representarem uma pessoa
definida em sua situação concreta.

 Em 1935 Kurt Lewin já referia em suas pesquisas


sobre o comportamento social ao importante papel da
motivação. Para melhor explicar a motivação do
comportamento, elaborou a teoria de campo que se
baseia em duas suposições fundamentais:

1. O comportamento é derivado da totalidade de fatos


coexistentes ao seu redor;
2. Esses fatos têm um caráter de um campo dinâmico,
no qual cada parte do campo depende de uma
interação-relação com as demais outras partes.
 O comportamento humano não depende somente
do passado ou do futuro, mas do campo dinâmico
atual e presente. Esse campo dinâmico é o
“espaço de vida que contém a pessoa e seu
ambiente psicológico”.

 A teoria do campo psicológico, formulada por


Lewin é influenciada pela Teoria da Gestalt, em
que o aspecto da experiência mais significativo é
a sua totalidade e inter-relacionamento.

 Exemplo: A água morna é sentida como quente


por uma pessoa que tenha estado com a mão
imersa em água gelada, mas é sentida como fria
quando a mão esteve anteriormente na água
quente. Uma pessoa de 1,80 parece pequena
quando jogando basquete em uma equipe
profissional, mas parece um gigante quando se
encontra entre pigmeus.
 A psicologia da Gestalt dirige seus interesses para os processos
de pensamento, raciocínio e solução de problemas. Uma
importante lei de organização perceptual da Gestalt é a de
agrupamento perceptual, noção que está intimamente
relacionada à ideia que temos sobre conceitos. Tendemos a
organizar nosso campo vivencial (iniciando pelo mundo visual)
em grupos significativos de objetos, configurações ou
estímulos. A ideia de agrupamento ilustra não apenas uma
tendência classificatória dos conceitos, mas sublinha
claramente a noção de que o todo é diferente da soma de suas
partes. Uma cena global depende de como se vê a relação entre
os objetos (figura-fundo) e de como as várias partes da cena
estão organizadas umas em relação às outras.

 Tecendo sua teoria à partir desses conhecimentos, para Lewin


as variações individuais do comportamento humano com
relação à norma são condicionadas pela tensão entre as
percepções que o individuo tem de si mesmo e pelo ambiente
psicológico em que se insere, o espaço vital, onde abriu novos
caminhos para o estudo dos grupos humanos. Dedicou-se às
área de processos sociais, motivação e personalidade, aplicou
os princípios da psicologia da Gestalt.
 ESPAÇO VITAL (V) = PESSOA + MEIO
PSICOLÓGICO

 Espaço Vital: O espaço em que vivemos é um espaço


psicológico e não físico. Duas pessoas que caminham pela
rua se destinam a lugares diferentes e o lugar em que
andam tem diferente significados para ambos. O espaço
vital é aquele em que vivemos psicologicamente, tomando
por base nossa posição existencial. Trata-se de um espaço
quase físico, quase social e quase conceptual porque está
condicionado e influenciado pelo meio físico, social e
conceptual, mas não pode ser absolutamente identificado
com o ambiente propriamente dito.

 A pessoa no espaço vital: A pessoa é um ponto que se


desloca no espaço vital. É uma região do espaço vital, tendo
uma estrutura própria. A criança, por exemplo, vive dentro
das dimensões do espaço vital que não são semelhantes às
do espaço vital do adulto. Ela não pode distinguir suas
esperanças e desejos e as circunstâncias reais da vida.
Conforme envelhece, a pessoa tem maior diferenciação
entre a realidade e a irrealidade, maior compreensão do
passado, presente e futuro.
 Portanto, a teoria de campo segundo a definição de Lewin,
não é uma teoria no sentido habitual, mas um método de
análise das relações causais e de elaboração dos construtos
científicos. Está intimamente ligada à teoria da Gestalt,
sobre tudo no que se refere à interdependência das
diferentes relações causais entre o parcial e o global na
experiência do comportamento. Entre os conceitos de base
da teoria de campo figuram:

 Espaço de vida (vital): todos os fatos que existem para o


individuo ou grupo num dado momento;

 Processos como a percepção, a ação e a recordação, meios


pelos quais as tensões de um sistema se igualam;

 A aprendizagem que provoca mudanças várias, por exemplo


da motivação (adquirir novos gostos ou aversões), ou a
mudança do grau de pertença ao grupo, por exemplo
assimilar uma nova cultura;

 Só os fatos concretos no espaço vital podem produzir efeitos


e estes constituem conceitos dinâmicos essenciais para
analisar o comportamento:
 Princípio de contemporaneidade: só os fatos presentes
podem criar um comportamento atual;

 Energia: força presente no ser humano localizada em


algum sistema;

 Tensão: estado alterado de uma região com relação à outra


região;

 Valência: valor que se dá a necessidade;

 Vetor: força que pode operar mudança e que possui


direção, energia e ponto de aplicação.

 Lewin propõe a seguinte equação para explicar o


comportamento humano: C=f (P, M)

 O comportamento (C) é função ou resultado (F) da


interação entre a pessoa (P) e o meio ambiente que a rodeia
(M).
 Para Lewin, toda a necessidade cria um estado de
tensão no indivíduo, uma predisposição à ação
sem nenhuma direção especifica. Lewin utilizou
uma combinação de análise topológica (mapear o
espaço vital) e vetorial (para indicar a força dos
motivos no comportamento), desenvolveu uma
série experimentos sobre a motivação, satisfação
e a frustração os efeitos da liderança autocrática
e democrática em grupos de trabalho.
NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS
 Pode-se definir como necessidade a força consciente
ou inconsciente que leva um indivíduo a determinado
comportamento. Essas necessidades motivam o
comportamento humano, dando-lhe direção e
conteúdo.

 Satisfeita uma necessidade, surge outra em seu lugar.

 As necessidades motivam o comportamento humano.

 Ao longo de sua vida, o indivíduo evolui por três


níveis de motivação. À medida que vai crescendo e
amadurecendo, vai ultrapassando os estágios mais
baixos e desenvolvendo necessidades de níveis
gradativamente mais elevados. Os três níveis de
motivação correspondem às:
 Necessidades fisiológicas ou vegetativas – São as
necessidades vitais do ser humano. São inatas e instintivas.
As principais necessidades vegetativas são as de alimentação,
sono, exercício fisco, satisfação sexual, abrigo, proteção contra
os elementos e de segurança física contra os perigos. Se
satisfeitas não mais atuam no comportamento humano.
 Necessidades psicológicas – São exclusivas do ser humano.
São aprendidas e adquiridas no decorrer da vida e
representam um padrão mais elevado e complexo de
necessidades. Raramente são satisfeitas em sua plenitude.
 Necessidade de segurança íntima - busca de proteção
contra o perigo, a ameaça, busca de ajustamento e
tranquilidade pessoal.
 Necessidade de participação - necessidade de fazer parte,
necessidade de ter contato humano. Simpatia: leva à coesão
sócia. Antipatia: leva a dispersão social.
 Necessidade de autoconfiança – necessidade decorrente da
auto-avaliação de cada indivíduo.
 Necessidade de afeição – necessidade de dar e receber amor
e carinho.
 Necessidade de auto-realização e de expressão criativa
– são produtos da educação e da cultura. Também são
raramente satisfeitas em sua plenitude.
 Segunda a teoria, as necessidades de nível mais
baixo do indivíduo precisam estar satisfeitas
antes que ele pudesse se interessar pelas de nível
superior. Estudos feitos não sustentam
claramente a questão da progressão nos níveis
hierárquicos, porém a sua grande contribuição é o
reconhecimento e a identificação das
necessidades individuais com o propósito de
motivar o comportamento.
CICLO MOTIVACIONAL

 Todo o comportamento do indivíduo é motivado.


O ciclo motivacional pode ser explicado através
de seis variáveis. O corpo humano permanece em
estado de equilíbrio até que um estímulo o
invada, surgindo assim uma necessidade. Essa
necessidade gera uma tensão no indivíduo a qual
conduz para um comportamento ou ação que
provoque a satisfação daquela necessidade. Se a
necessidade é satisfeita, o indivíduo retorna ao
equilíbrio psicológico.
 Frustração

 A satisfação de necessidades nem sempre é


obtida. Sempre que alguma satisfação é
bloqueada por alguma barreira, ocorre a
frustração e, conseqüentemente, a tensão
existente não é liberada pelo indivíduo,
ocasionando um estado de desequilíbrio. De outro
lado, o ciclo motivacional pode ter outras solução,
que é denominada compensação ou transferência.
A compensação ocorre quando o indivíduo tenta
satisfazer uma necessidade impossível de ser
satisfeita, através da satisfação de outra
necessidade complementar ou substitutiva. Pode
ocasionar: desorganização do comportamento;
agressividade; reações emocionais (ansiedade,
aflição, insônia, nervosismo); alienação e apatia.
 Moral e Atitude

 O moral pode ser definido como uma decorrência do estado


motivacional, uma atitude mental provocada pela
satisfação ou não satisfação das necessidades do indivíduo.
 O moral elevado pressupõe a satisfação das necessidades e
provoca no indivíduo uma atitude de interesse e
colaboração para com a organização.
 O moral baixo sugere a não satisfação das necessidades e
provoca no indivíduo uma atitude negativa, de desinteresse
e apatia para com a organização.

 Moral Elevado:
 Coesão – Colaboração – Aceitação dos objetivos – Boa
vontade – Identificação

 Moral Baixo:
 Rejeição dos objetivos – Má vontade – Resistência –
Dispersão – Agressão – Insatisfação – Pessimismo.
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 MINICCUCCI, A. Dinâmica de grupo: teorias e


sistemas. São Paulo: Atlas, 2002. 5ª edição.

 _______________. Técnicas do trabalho de


grupo. São Paulo: Atlas, 2001. 3ª edição.

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