UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO (UPE)
ESCOLA POLITÉCNICA DE PERNAMBUCO (POLI)
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA (DEE)
Disciplina: Laboratório de Eletrônica 1
Professor: Luciano A. C. Lisboa
CURVA CARACTERÍSTICA DO DIODO
Leandro Dantas Maria Isabel
1 Resumo
Os Diodos são elementos ou componentes
eletrônicos compostos de cristais semicondutores
de silício ou germânio numa película cristalina
cujas faces opostas são dopadas por diferentes
materiais durante sua formação, o que causa a
polarização de cada uma das extremidades,
permitindo a passagem de corrente somente
quando está diretamente polarizado.
Em contrapartida, quando o Diodo está
inversamente polarizado, ele se comporta como
uma oposição à passagem de corrente, como uma
chave “aberta”, dentro dos limites nominais de
funcionamento. Assim, ele pode ser utilizado para
evitar correntes reversas em circuitos eletrônicos.
2 Objetivo
Estudar uma curva característica de um Diodo.
3 Metodologia
A prática foi baseada na atividade, em forma de
lista de exercícios, proposta pelo professor da
disciplina a qual continha um circuito com uma
fonte regulável, um Diodo e um resistor, para
conferir, na prática – através da montagem física
do circuito –, o que prediz a teoria – através da
análise de circuitos e de simulações virtuais.
Diagrama do circuito e arranjo experimental –
O circuito dado utiliza uma fonte variável, um
diodo e um resistor de 1kΩ (Fig. 2).
Resultados esperados – Espera-se que os dados
medidos no circuito real se aproximem bastante
dos dados obtidos teoricamente pela análise do
circuito e pelas simulações executadas, visto que
não há perdas significativas de energia nesse
circuito que é bem simples e utiliza componentes
com uma precisão relativamente alta. Ao
construirmos um gráfico da corrente que atravessa
o Diodo em função da tensão nos seus terminais,
devemos esperar um comportamento próximo da
1
Período: 2º semestre de 2022
Data de entrega: 09/03/2023
Matheus Cazé
Curva Característica do Diodo, representada na
Fig.1.
Dados obtidos – Primeiro montamos o circuito no
simulador ThinkerCad, inserimos os dados
pedidos na lista e coletamos os respectivos dados
pedidos. No laboratório montarmos o circuito na
protoboard, alimentado pela fonte regulável e
acoplado ao multímetro digital nos terminais do
Diodo, e também em série para medir a corrente,
também inserindo e coletando os dados pedidos e
organizamos esses dados nas Tabelas em anexo.
4 Análise
Parte 1: Os dados coletados no simulador estão
expressos na Tabela 1. Nessa parte o Diodo estava
polarizado diretamente (Fig. 3).
Parte 2: Os dados coletados no simulador estão
expressos na Tabela 2. Nessa parte o Diodo estava
polarizado reversamente (Fig. 4).
Parte 3: Não conseguimos realizar a Parte 1 de
forma experimental, pois a fonte disponível não
permitia variações tão pequenas de tensão (30 mV,
como pedido). Na Parte 2, o experimento gerou os
dados expressos na Tabela 3.
Parte 4: Construímos o gráfico Corrente versus
Tensão (Gráfico 1), da parte 1, do Diodo a partir
dos dados obtidos pelo simulador, visto que não
conseguimos realizá-la experimentalmente por
causa dos intervalos de tensão mencionados
anteriormente. Construímos também o mesmo
gráfico da Parte 2 para a Polarização Reversa tanto
para a simulação quanto para a montagem (Gráfico
2), que foram praticamente os mesmos.
Pelos dados obtidos e a construção dos gráficos,
percebemos que na polarização direta o diodo
obedeceu quase que exatamente a Curva
Característica do Diodo.
Na polarização reversa, também percebemos que o
Diodo cumpriu o seu papel, servindo como uma
chave “aberta” dentro das tensões testadas. Não
chegamos a medir a tensão de ruptura do Diodo,
pois a máxima tensão fornecida pela fonte era de
30 V, que não era suficiente para “rompê-lo”, pois
normalmente a tensão de ruptura dos Diodos Montagens no Simulador
comuns giram em torno dos 50 V.
Pela Lei de Ohm (𝑉 = 𝑅. 𝐼), a corrente é
diretamente proporcional à tensão. Assim,
esperamos que o gráfico seja linear. Conseguimos
observar essa linearidade por volta da tensão de
480 mV, como mostrado no Gráfico.

5 Conclusão
Fig. 3. Circuito com Diodo Polarizado Diretamente
Os dados medidos no circuito real foram
praticamente iguais aos teóricos simulados, o que
nos surpreendeu bastante, visto que esperávamos
um desvio um pouco maior, da ordem de 5% que
era a tolerância dos componentes utilizados.

Apêndice

Curva Característica do Diodo Fig. 4. Circuito com Diodo Polarizado Reversamente

Fig. 1. Curva Característica de um Diodo

(Fonte imagem: https://tinyurl.com/CurvaDiodo)

Circuito fornecido pelo professor

Fig. 5. Montagem do Circuito no laboratório

Fig. 2. Circuito para análise

2
Dados obtidos
POLARIZAÇÃO REVERSA
PROTOBOARD
POLARIZAÇÃO DIRETA
SIMULADOR Tensão Tensão Corrente
Fonte Diodo no Diodo
Tensão Tensão Corrente (V) (V) (µA)
Fonte Diodo no Diodo
0 0 0
(mV) (mV) (µA)
5 5 0
300 300 0 10 9 0
330 330 0 15 15 0
360 359 0 20 20 0
390 387 0 25 25 0
Tabela 3. Dados obtidos na montagem – Polarização
420 412 0 Reversa
450 432 18,4
480 447 33,2 Gráficos I x V
510 458 51,7
540 467 72,9
570 474 95,8
600 480 120
630 485 145
660 489 171
690 493 197
720 496 224
750 499 251
780 502 278
810 504 306
840 506 334
Gráfico 1. Polarização Direta – Dados do simulador
850 507 343
Tabela 1. Dados obtidos no simulador – Polarização
Direta

POLARIZAÇÃO REVERSA
SIMULADOR

Tensão Tensão Corrente

Fonte Diodo no Diodo
(V) (V) (µA)

0 0 0
5 5 0
10 10 0
15 15 0 Gráfico 2. Polarização Reversa – Simulador e
Montagem
20 20 0
25 25 0
Tabela 2. Dados obtidos no simulador – Polarização
Reversa Referências
BOYLESTAD, Robert L. Introdução à Análise de
Circuitos - 12ª ed – São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2012.