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MEC2110

Métodos Matemáticos em Engenharia Mecânica

Prof. Igor B. de Paula

igordepaula@puc-rio.br
Tel. (21) 3527 1168

1
Ementa da Disciplina

• Equações Diferencias Ordinárias (EDO)

• Sistemas de EDOs

• Séries e Integrais de Fourier

• Transformada de Laplace

• Equações Diferenciais Parciais (EDP)


2
Bibliografia

• Wylie, C.R. & Barret, L.C., Advanced


Engineering Mathematics, 5th Edition, McGraw-
Hill, 1982

• Greenberg, M.D., Advanced Engineering


Mathematics, 2nd Edition, Pearson

3
Avaliações

• Provas ao longo do curso. Para aprovação a


média deve ser >7

• A princípio o curso será oferecido na


modalidade a distância.

• Caso as atividades presenciais sejam


retomadas, é possível que o curso se torne
presencial.

4
Comunicação

• As aulas serão ministradas via zoom e todo o


conteúdo será disponibilizado via moodle.

• Os alunos que não estiverem com a matrícula


regularizada podem ter problemas para acessar
a plataforma.

• Nesses casos é importante procurar


constantemente o professor para ter acesso aos
convites das aulas e aos materiais
5
disponibilizados via plataforma.
Comunicação

• Introdução ao ambiente de aprendizado online


(moodle) para alunos novos
(compartilhamento de tela)

• Conversa com os alunos para avaliar formato


preferencial do curso e disponibilidade para
assistir as aulas online

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1- Equações Diferenciais Ordinárias
(EDO)
1.1 – Introdução

• Definição
Equação diferencial é aquela cujas incógnitas são
funções e que envolve derivadas dessas funções.
Numa equação diferencial em que a incógnita é a
função y(x), x é a variável independente e y é a
variável dependente.

7
EDO

• Exemplo:
𝑑𝑦
= 𝑓 𝑥 ⇒ 𝑑𝑦 = 𝑓 𝑥 𝑑𝑥 ⇒ 𝑦 𝑥 = න 𝑓 𝑥 𝑑𝑥 + 𝐶
𝑑𝑥

• Notação

𝑑𝑦 𝑑3 𝑦
= 𝑦´; 3
= 𝑦´´´
𝑑𝑥 𝑑𝑥
8
Exemplos de Equações Diferenciais

a) Movimento de um pêndulo simples

9
Pêndulo Simples

• Dedução
Seja 𝑠 um arco de círculo de raio 𝐿 e ângulo
central 𝜃, ou seja:
𝑠= 𝜃𝐿
A aceleração “𝑎” é dada por:

𝑑2 𝑠 𝑑2 𝜃
𝑎= 2
, logo 𝑎 = 𝐿
𝑑𝑡 𝑑𝑡 2
10
Pêndulo Simples

Finalmente, 𝐹 = 𝑚𝑎

𝑑2 𝜃
−𝑚 𝑔 sen 𝜃 = 𝑚 𝐿
𝑑𝑡 2
𝑑2 𝜃 𝑔
2
+ sen 𝜃 = 0
𝑑𝑡 𝐿
Variável independente 𝑡 e varável dependente 𝜃

11
Exemplos de Equações Diferenciais

b) Sistema massa-mola

F(t) – força externa


m

𝐹𝑟 = −𝑐 𝑣 força de resistência
𝐹𝑒 = −𝑘 𝑥 força elástica

12
Sistema massa-mola

𝐹𝑅 = 𝐹 𝑡 − 𝐹𝑟 − 𝐹𝑒 = 𝑚 𝑎

𝑚 𝑎 + 𝑐 𝑣 + 𝑘 𝑥 = 𝐹(𝑡)

𝑑2 𝑥 𝑑𝑥
𝑚 2
+𝑐 + 𝑘 𝑥 = 𝐹(𝑡)
𝑑𝑡 𝑑𝑡

Variável dependente 𝑥(𝑡)


Variável independente 𝑡
13
Exemplos de Equações Diferenciais

c) Drenagem de água através de um orifício


A
g

h A0

Velocidade de saída: 𝑣 = 2𝑔ℎ

Volume de água que sai do tanque (por segundo)

2
𝑚
𝐴0 2𝑔ℎ 𝑚 14
𝑠
Drenagem através de um orifício

Seja 𝑉 𝑡 o volume de água (no instante t).


A taxa de variação do volume de água é
dada por:
𝑑𝑉
= −𝐴0 2𝑔ℎ (decresce com o tempo)
𝑑𝑡

mas 𝑉 𝑡 = 𝐴 ℎ(𝑡)
𝑑ℎ(𝑡) 𝐴0 Variável dependente ℎ(𝑡)
=− 2 𝑔 ℎ(𝑡) Variável independente 𝑡
𝑑𝑡 𝐴
15
Motivação

• As equações diferenciais estão presentes


na modelagem matemática de diversos
fenômenos estudados nas ciências físicas
(engenharia), biológicas, sociais, mercado
financeiro, dentre outras.

Exemplos: deflexão de vigas, crescimento


populacional, disseminação de doenças,
capitalização de juros
16
1.2 - Classificação

• Tipo

• Ordem

• Grau

• Linearidade

• Termo independente

17
a) Tipo (de função incógnita)

• E. D. Ordinária: quando as funções


incógnitas forem funções de somente uma
variável

• E. D. Parcial: caso contrário


Exemplos:
𝑑 2 𝑦 𝑑𝑦
𝑦 𝑥 ⇒ 2
+ + 𝑦 + 𝑐 = 0 (E. D. O)
𝑑𝑥 𝑑𝑥
𝜕2𝑢 𝜕2𝑢
𝑢 𝑥, 𝑦 ⇒ + 2=0 (E. D. P)
𝜕𝑥 2 𝜕𝑦 18
b) Ordem

• É a ordem da derivada de maior ordem da


equação
Exemplos:
3
𝑑2 𝑦 𝑑𝑦
2
+5 − 4 𝑦 + 𝑒𝑥 = 0 (2ª. ordem)
𝑑𝑥 𝑑𝑥
4 2
2
𝜕 𝑢 𝜕 𝑢 (4ª. ordem)
𝑎 4
+ 2
=0
𝜕𝑥 𝜕𝑡
4
𝑑𝑓 (1ª. ordem)
+ 5 𝑠𝑒𝑛3 𝑥 = 0
𝑑𝑥 19
c) Grau

• É a potência a que se acha elevada a


derivada de mais alta ordem
Exemplo:

𝑦´´ 3 + 3 𝑦 𝑦´ 7 + 5 𝑥 8 𝑦´ 9 + 𝑒𝑥 = 0

3º. grau (2ª. ordem)

20
d) Linearidade

• Uma equação é dita linear quando pode


ser escrita na forma:
𝑎𝑛 𝑥 𝑦 𝑛 + 𝑎𝑛−1 𝑥 𝑦 𝑛−1 + … + 𝑎1 𝑥 𝑦 ´ + 𝑎0 𝑥 𝑦 = 𝑏(𝑥)

• a variável dependente e suas derivadas são de


1º. grau
• cada coeficiente depende apenas da variável
independente (x)

• caso contrário, a equação é dita não-linear 21


Exemplos

𝑑𝑦
𝑥 𝑑𝑦 + 𝑦 𝑑𝑥 = 0 ⇒ 𝑥 +𝑦 =0 (linear)
𝑑𝑥
𝑦´´ − 2 𝑦´ + 𝑦 = 0 (linear)

𝑦 𝑦´´ − 2 𝑦´ = 𝑥 (não linear)


3 2
3
𝑑 𝑦 2
𝑑 𝑦 𝑑𝑦 𝑥
𝑥 − 𝑥 + 3 𝑥 + 5 𝑦 = 𝑒 (linear)
𝑑𝑥 3 𝑑𝑥 2 𝑑𝑥
𝑑2 𝑦 2 =0 (não linear)
+ 𝑦
𝑑𝑥 2
𝑦´ + cos 𝑥 𝑦 = 0 (linear) 22
e) Termo independente

• Da função incógnita e suas derivadas

𝑎2 𝑥 𝑦´´ + 𝑎1 𝑥 𝑦´ + 𝑎0 𝑥 𝑦 = 𝑏(𝑥)

=0 ⇒ homogêneas
𝑏 𝑥 :ቊ
≠0 ⇒ não − homogêneas

23
1.3 – Tipos de soluções de uma E.D.

A solução de uma E.D. é uma função que


satisfaz identicamente essa E.D.
Quando ela é a mais geral possível
associada a constantes de integração é
conhecida como “solução geral”. Quando a
solução é apresentada para alguns valores
específicos das constantes de integração
ela é dita “solução particular”.

24
Tipos de soluções de uma E.D.

Algumas E.D´s possuem um tipo de solução


que foge ao formato geral, sendo conhecida
como “solução singular”. Uma solução
singular só ocorre na solução de equações
não lineares.

Exemplo:
2
𝑦´ − 𝑥 𝑦´ + 𝑦 = 0 1ª. ordem, 2º. grau e não linear

25
2
𝑦´ − 𝑥 𝑦´ + 𝑦 = 0

𝑦 𝑥 = 𝐶𝑥 − 𝐶 2 (geral)

𝑦 𝑥 =𝑥−1 (particulares)
𝑦 𝑥 = 3𝑥 − 9

𝑥2
𝑦 𝑥 = (singular)
4
26
1.4 – Problema de Valor Inicial (PVI)

Seja um problema do tipo:

𝑑𝑦
= 𝑓 𝑥, 𝑦 𝑐𝑜𝑚 𝑦´ 𝑥𝑜 = 𝑦𝑜
𝑑𝑥

Esse problema é chamado de “PROBLEMA


DE VALOR INICIAL”

27
Observações:

a) permite encontrar as soluções


particulares das ED´s;

b) para equações de ordem “n” são


necessárias “n” condições, uma para
cada derivada;

28
Observações:

c) geralmente para PVI as condições são


especificadas no início do intervalo (pois
usualmente a variável independente é o
tempo). Quando as condições são
especificadas no início e no final do
intervalo o problema é dito “PROBLEMA DE
VALOR DE CONTORNO (PVC)” e a
variável independente é o espaço (x)

29
1.5 – Soluções de E.D. Ordinárias

1.5.1 – E.D.O Linear de 1ª Ordem

São equações da forma:

𝑑𝑦
+ 𝑝 𝑥 𝑦 = 𝑞(𝑥)
𝑑𝑥

30
E.D.O Linear de 1ª Ordem

Seja 𝜇 𝑥 uma função tal que se equação


for multiplicada por 𝜇 o membro da esquerda
se torna a derivada do produto 𝜇 𝑥 𝑦:

𝑑𝑦
𝜇 𝑥 + 𝜇 𝑥 𝑝 𝑥 𝑦 = 𝜇 𝑥 𝑞(𝑥) (a)
𝑑𝑥

31
E.D.O Linear de 1ª Ordem

Impondo-se a condição:

𝑑𝑦 𝑑 𝜇 𝑥 𝑦
𝜇 𝑥 + 𝜇 𝑥 𝑝 𝑥 𝑦= (b)
𝑑𝑥 𝑑𝑥

𝑑𝜇(𝑥)
chega-se a: = 𝜇 𝑥 𝑝 𝑥
𝑑𝑥

𝑑𝜇(𝑥)
ou seja: = 𝑝 𝑥 𝑑𝑥
𝜇 𝑥

32
E.D.O Linear de 1ª Ordem

Integrando-se ambos os termos:

ln 𝜇(𝑥) = න 𝑝 𝑥 𝑑𝑥 + 𝐶

como C é arbitrária pode-se escrever:

ln 𝜇(𝑥) = න 𝑝 𝑥 𝑑𝑥 + ln 𝐶′

+
𝜇 𝑥 = 𝐴 𝑒‫𝑝 ׬‬ 𝑥 𝑑𝑥
− 33
Observação:

Notar que 𝜇 𝑥 não precisa ser a mais genérica


+
possível, logo, fazendo-se − 𝐴 = 1, obtem-se:
𝜇 𝑥 = 𝑒 ‫𝑥𝑑 𝑥 𝑝 ׬‬
Combinando-se as equações (a) e (b) tem-se:

𝑑(𝜇 𝑥 𝑦)
= 𝜇 𝑥 𝑞(𝑥)
𝑑𝑥
1
𝑦 𝑥 = න 𝜇 𝑥 𝑞 𝑥 𝑑𝑥 + 𝐵
𝜇(𝑥) 34
Exemplos

𝑑𝑦
i) + 𝑦 = 𝑒𝑥 𝑝 𝑥 = 1 𝑒 𝑞 𝑥 = 𝑒𝑥
𝑑𝑥

1 𝑥
𝑦 𝑥 = 𝑒 + 𝐶 𝑒 −𝑥
2
35
Exemplos

𝑑𝑦 2 2
𝑖𝑖) + 𝑦=𝑥 𝑝 𝑥 = 𝑒𝑞 𝑥 =𝑥
𝑑𝑥 𝑥 𝑥

1 𝑥4
𝑦 𝑥 = 2 +𝐵
𝑥 4 36
Exemplos

𝑑𝑦
𝑖𝑖𝑖) + 1 − 2𝑥 𝑦 = 𝑥 𝑒 −𝑥 𝑦 0 = 2
𝑑𝑥
𝑝 𝑥 = 1 − 2𝑥 𝑒 𝑞 𝑥 = 𝑥 𝑒 −𝑥

𝑒 −𝑥 𝐵 5
𝑦 𝑥 =− + 𝑥−𝑥 2 𝑦 0 =2 ⇒ 𝐵=
2 𝑒 2 37
1.5.2 – E.D.O Não-Linear de 1ª Ordem
1.5.2.1 – Equações Separáveis
São aquelas que podem ser expressas na
forma:
𝑔 𝑦 𝑑𝑦 = 𝑓 𝑥 𝑑𝑥
Equações desse tipo podem ser resolvidas
por integração direta;

න 𝑔 𝑦 𝑑𝑦 = න 𝑓 𝑥 𝑑𝑥 + 𝐶
38
Exemplos

𝑑𝑦
𝑖) 2 𝑦 = −4 𝑥
𝑑𝑥

𝑦2 + 2 𝑥2 = 𝐶
39
Exemplos

𝑑𝑦
𝑖𝑖) 𝑥 + 1 = 𝑥 (𝑦 2 + 1)
𝑑𝑥

tan−1 𝑦 = 𝑥 − ln 𝑥 + 1 + 𝐶
40
1.5.2.2 – Equações Homogêneas

São aquelas que podem ser colocadas na


forma:
𝑑𝑦 𝑦
=𝐹 (𝑎)
𝑑𝑥 𝑥
Exemplo:

𝑦Τ
𝑑𝑦 𝑦−𝑥 𝑥 −1 𝑦
= = 𝑦Τ =𝐹
𝑑𝑥 𝑦+𝑥 𝑥 +1 𝑥

41
Exemplo

𝑑𝑦 2𝑥+𝑦 𝑦
=− = −2 −
𝑑𝑥 𝑥 𝑥

𝐶
𝑦= −𝑥
𝑥 42
Equações Homogêneas

Uma E.D.O da forma


𝑀(𝑥, 𝑦) 𝑑𝑥 + 𝑁 𝑥, 𝑦 𝑑𝑦 = 0
é homogênea se as funções 𝑀 𝑥, 𝑦 𝑒 𝑁 𝑥, 𝑦
forem homogêneas do mesmo grau, ou seja:
𝑀 𝛼𝑥, 𝛼𝑦 = 𝛼 𝑛 𝑀(𝑥, 𝑦)

𝑁 𝛼𝑥, 𝛼𝑦 = 𝛼 𝑛 𝑁(𝑥, 𝑦)
Ex: 2𝑥 3 𝑦 se fizermos 𝑥 = 2𝑥 𝑒 𝑦 = 2𝑦, isto é
𝛼 = 2, tem-se 24 23 𝑥 3 𝑦 ⇒ grau 4
43
Equações Homogêneas – Solução Geral
𝑥
Seja 𝑣 = (quando o termo dy for mais
𝑦
simples que o termo dx)
𝑑𝑦 𝑑𝑣
=𝑥 +𝑣
𝑑𝑥 𝑑𝑥

A equação (a) se torna:

𝑑𝑣
𝑣+𝑥 =𝐹 𝑣 𝑏
𝑑𝑥 44
Equações Homogêneas

Dessa forma a equação (b) pode ser resolvida


pelo método das equações separáveis:
𝑑𝑥 𝑑𝑣
+ =0 (c)
𝑥 𝑣 −𝐹(𝑣)

Finalmente, a partir da solução da equação (c)


pode-se encontrar a solução do problema
𝑦Τ
original, substituindo-se 𝑣 por 𝑥

45
Expressão Alternativa

Quando o coeficiente do termo “𝑑𝑥” for mais


simples do que o do termo “𝑑𝑦” a
substituição deve ser 𝑥 = 𝑣 𝑦, ou seja:

𝑑𝑥 = 𝑣 𝑑𝑦 + 𝑦 𝑑𝑣

𝑑𝑥 𝑑𝑣
=𝑣+𝑦
𝑑𝑦 𝑑𝑦
46
Expressão Alternativa

𝑑𝑥 𝑥
mas =𝐺 ,
𝑑𝑦 𝑦
𝑑𝑣
logo 𝑣 + 𝑦 =𝐺 𝑣
𝑑𝑦

𝑑𝑦 𝑑𝑣
+ =0
𝑦 𝑣 − 𝐺(𝑣)

A solução final pode ser obtida substituindo-


se 𝑣 por 𝑥Τ𝑦. 47
Exemplos

a) (2𝑥 3 𝑦) 𝑑𝑥 + 𝑥 4 + 𝑦 4 𝑑𝑦 = 0

𝑦 6 + 3𝑥 4 𝑦 2 = 𝐶
48
Exemplos

b) 𝑥 2 + 𝑦 2 𝑑𝑥 + 2 𝑥𝑦 𝑑𝑦 = 0

𝑥 𝑥 2 + 3𝑦 2 = 𝐶
49

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