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RESENHA CRÍTICA DO LIVRO “POR QUE GRITAMOS GOLPE?


O livro “Por que gritamos golpe? Para entender o impeachment e a crise
política no Brasil” trata-se de uma produção da editora BOITEMPO, que através
de uma compilação, com análises de várias personalidades representativas da
atual conjuntura apresenta as circunstâncias do golpe parlamentar sofrido pela
ex presidente Dilma Rousseff em 2016.
Em destaque, tem-se o capítulo escrito por Marilena Chauí, com título “A
nova classe trabalhadora brasileira e a ascensão do conservadorismo”. A autora
desse texto é uma filosofa brasileira e professora na área de ciências humanas
linguística na Universidade de São Paulo.
A humanidade em sua história é constituída por classes, sendo que, ao
longo do tempo, a mesma passa por uma série de modificações em sua
estrutura, anteriormente aos anos 2000, a classe social era determinada e
dividida em poucas estruturas e bem marcadas, sendo elas a burguesia por
composição dos proprietários dos meios de produção e do capital financeiro, o
proletariado que possui a força do trabalho e a pequena burguesia e/ou
funcionários públicos, que dependem da sua força de trabalho, porém não é
submetida aos caprichos da burguesia.
A partir dos anos 2002, houve uma significativa mudança nessa estrutura,
uma vez que por meio de políticas sociais, muitas pessoas de classes mais
baixas puderam se desenvolver. O texto de Marilena Chauí apresenta dados de
pesquisas que demonstram a evolução de uma classe mais baixa para outra,
isto significa que milhões de pessoas saíram da extrema pobreza, ao passo que
a classe média aumentou, assim como suas subdivisões.
O acesso a serviços essenciais a dignidade humana como: saúde,
educação, previdência social, entre outros, bem como a qualificação e a
formação acadêmica, e a localização geográfica de moradia são fatores que
sevem para identificar e determinar a classe social que a pessoa pertence. Fato
é que a posição em que a pessoa pertence tem poder para influenciar nas suas
relações sociais.
A nova classe média, um tipo diferente de trabalhadores, tem seus
interesses e seu padrão de vida ameaçados pela ascensão das camadas
populares, certo que, com a política de Lula, que visava valorizar e ofertar
oportunidades para os mais pobres, muitas vezes, com programas sociais que
tinham como objetivo levar energia elétrica para lugares no Norte e Nordeste do
país, que haviam sido negligenciados por todos os governos anteriores.
O desmonte do país através do golpe de 2016, foi um golpe parlamentar
gerido pela direita brasileira. Um golpe parlamentar aliado de uma imprensa
filiada a empresas com interesses, que são característicos do capitalismo. Isto é
visto quando a nova classe média, ao ver seus interesses afetados, mesmo
tendo acesso de consumo de serviços privados como educação e saúde. Um
ciclo e um conservadorismo que é iniciado em 2013, que com as manifestações
de junho. Uma luta que sem proposito inicial pré-definido, serviu como base para
o golpe, que se tornou o precursor de diversos retrocessos em direitos para o
povo brasileiro.
Layla Raabe Brito de Araujo

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