Está en la página 1de 35

historia y cultura

LA REVOLUCION
RUSA

sheila fitzpatrick

v w i siglo veintiuno
S Æ \i editores
sheila fitzpatrick
la revolución rusa

y cultura

La historia de la Unión Soviética (1917-1991) se transformó de manera


vertiginosa en las últimas décadas. Los historiadores, hasta hace poco
limitados a usar la escasa información oficial, cuentan ahora con el valioso
auxilio de los archivos, admirablemente conservados, que día a día se abren
para la investigación. A la vez, el derrumbe del régimen soviético invita a mirar
su pasado con una visión menos orientada a buscar en él la prefiguración del
mundo futuro que a rastrear, en ese corto siglo de existencia, el desarrollo
acelerado de procesos característicos de toda la historia occidental: la
industrialización, la urbanización, la transformación agraria, el proyecto
educativo y, sobre todo, la construcción de un estado nacional.

Sheila Fitzpatrick. una de las mayores especialistas en historia


soviética, autora de estudios innovadores acerca del período estalinista.
ha elaborado en LA REVOLUCIÓN RUSA una síntesis comprensiva,
sólidamente sustentada en los últimos avances historiográficos, en la
que combina viejas y nuevas preguntas. Este libro intenta responder una
de ellas: ¿cuándo terminó la revolución soviética? La historiadora elige
el ambiguo lapso de vísperas de la Segunda Guerra Mundial, cuando el
régimen estalinista proclamó la victoria de la revolución y el comienzo de
la normalidad, en momentos en que iniciaba la más profunda “ purga” , que
conllevó la matanza de la primera camada de dirigentes revolucionarios.

v y y j siglo veintiuno
S j & J editores
LA R EV O LU C IÓ N
R U SA

par
S h e ila F itz p a tr ic k

m
Siglo
veintiuno
editores
Argentina
H is to r ia
y
cu ltu ra

D irigida por:
Luis A lb erto Rom ero
m ______________________________________
Siglo veintiuno editores Argentina s. a.
TUCUMÁN 1621 7®N ÍC105QAAG). BUENOS AIRES, R EPÚ SUCA ARGENTINA

Siglo veintiuno editores, s.a, de c.v.


C E R R O D EL AGU A 240, DELEG ACIO N CCIYOACÁN. 04310, MÉXICO. O-F.

9 4 7 .0 8 4 1 F itz p a ír íe k , S h e iU ,
CDD La revolución rusa , - 1* ed. - Buenos Aires: Siglci XXI
Editores Argentina, 2005.
24Q p. ; 2 ¡ s H cm. - fH istom y Cultura / dirigida p ar
Luis Alberto Romero; 12)

Traducido por: Agustín Pico Estrada,

ISBN 987-122001-1

ü. Hisco ría. 3. Revolución Rusa. I, Pko Es ira da, Agustín,


trad. .'I- Título

The Russian - Second Edilicm was originally p u b lish e d in E nglish in 1994,


T his translation is published by a rra n g e m e n t with O xford U niversity Press,

La seg u n d a edición de La revolución rusa fue o rig in alm en te p u b licad a e n inglés en


1994. La p resen te edición Jia sido au to rizad a p o r O xford University Press.

Portada: Peter 'Ijebbes

© 2005, Sheila Fitzpatrick


© 2005, Siglo XXI Editores A rgentinas, A,

ISBN 987-1220-0 M

Im p reso e n 4sobre4 S.R.L.


Jo s é M árm o! 1660, B uenos Aires,
en el m es de abril de 2005

Hecho el d ep ó sito que m arca la ley 11.723


ím nrpíri í*t1 ArtTf*ntin^ ^ XíaHí" m A rnpntina
χ. El e sc e n a r io

A co m ien zo s del siglo XX Rusia e ra u n a d e las g ra n d e s p o te n ­


cias de E uropa. Pero e ra u n a g ran p o tencia universalm ente conside­
rad a a tra s a d a e n c o m p a ra c ió n c o n G ra n B re ta ñ a , A le m a n ia y
F rancia. E n té rm in o s e c o n ó m ic o s, esto sig n ific a b a q u e h a b ía tar­
d a d o e n salir d el fe u d a lis m o (los c a m p e s in o s d e ja r o n d e e sta r
leg a lm e n te som etidos a sus señores o al estado sólo en la d é c ad a d e
1860) y ta rd a d o e n in d u stria liz a rs e . E n té rm in o s p o lític o s , esto
significaba q u e h a sta 1905 n o h a b ía n ex istid o p a rtid o s p o lític o s
legales ni u n p a rla m e n to c e n tr a l e le c to y q u e la a u to c r a c ia so­
brevivía c o n sus p o d e re s in ta c to s . Las c iu d a d e s ru sa s n o te n ía n
tra d ic ió n d e o rg a n iz a c ió n p o lític a ni d e a u to g o b ie rn o , y, e n fo r­
m a sim ilar, su n o b le z a n o h a b ía d e s a rro lla d o u n s e n tid o d e u n i­
d a d c o rp o ra tiv a lo s u fic ie n te m e n te fu e r te c o m o p a r a fo rz a r al
tro n o a h a c e r c o n c e sio n e s. L e g a lm e n te , los c iu d a d a n o s d e Rusia
a ú n p e rte n e c ía n a “e s ta d o s ” (u rb a n o , c a m p e sin o , c le ro y n o b le ­
z a ), a u n q u e el sistem a d e e sta d o s n o c o n te m p la b a a n u e v o s g r u ­
pos sociales c o m o los p ro fe s io n a le s y los tra b a ja d o re s u rb a n o s , y
só lo el c le ro m a n te n ía alg o p a re c id o a las c a ra c te rístic a s d e u n a
casta a u to c o n te n id a .
Las tres d é c ad a s q u e p re c e d ie ro n a la rev o lu ció n d e 1917 n o
se c a ra c te riz a ro n p o r el e m p o b re c im ie n to sino p o r u n a u m e n to
d e la riq u eza n acional; y fue e n este p e río d o q u e R usia e x p e rim e n ­
tó su p rim e ra fase d e c re c im ie n to e c o n ó m ic o , p ro v o c a d o p o r las
políticas oficiales de in d u strializació n , la inversión e x te rn a , la m o­
d e rn iz a c ió n de la b a n c a y la e s tru c tu ra d e c ré d ito y d e u n m o d es­
to c re c im ie n to d e la actividad e m p re sa ria a u tó c to n a . El cam pesi­
n a d o , q u e a ú n c o n stitu ía el 80 p o r c ie n to d e la p o b la c ió n c u a n d o
se p ro d u jo la re v o lu c ió n , n o h a b ía e x p e rim e n ta d o u n a m e jo ra
m a rc a d a en su p o sic ió n e c o n ó m ica . P ero c o n tra ria m e n te a alg u ­
nas o p in io n e s c o n te m p o rá n e a s, casi se p u e d e a firm a r c o n certeza
28 SHEILA FITZPATRICK

q u e tam poco h ab ía existido un d e te rio ro progresivo en la situación


económ ica del cam pesinado.
C om o el ú ltim o zar d e Rusia, N icolás II, p ercib ió c o n tristeza,
la a u to c rac ia peleab a u n a batalla p e rd id a c o n tra las insidiosas in­
fluencias liberales d e O ccidente. La o rie n tac ió n del cam b io políti-
c o __h acia algo p a re c id o a u n a m o n a rq u ía c o n stitu c io n al d e tipo
o c c id e n ta l— p a re c ía e sta r clara, a u n q u e m u c h o s in te g ra n te s de
las clases educadas se im p acien tab an ante la len titu d del cam bio y la
actitud e m p e c in a d a m en te obstruccionista de la autocracia. Tras la
revolución d e 1905, N icolás ced ió y estableció u n p a rla m e n to ele­
g ido a nivel n acio n al, la D um a, leg a liz a n d o al m ism o tie m p o los
p a rtid o s p o lític o s y sin d ic a to s. P e ro las in v e te ra d a s c o stu m b re s
a rb itra ria s d el g o b ie rn o a u to c rá ü c o y la c o n tin u a activ id ad d e la
p o licía se cre ta m in a ro n estas c o n c esio n es.
T ras la re v o lu c ió n b o lc h e v iq u e de o c tu b re d e 1917, m u c h o s
e m ig ra d o s ru so s c o n s id e r a r o n los a ñ o s p re rre v o lu c io n a rio s co ­
m o u n a d o r a d a e d a d d e p ro g re s o , in te r r u m p id a a rb itra ria m e n ­
te (seg ú n p a re c ía ) p o r la P rim e ra G u e rra M u n d ia l, o la c h u sm a
rev o lto sa o los b o lc h e v iq u e s. H a b ía p ro g re s o , p e ro é ste c o n tr i­
buyó en g ra n m e d id a a la in e s ta b ilid a d d e la s o c ie d a d y a la p o ­
sib ilid a d d e tra s to rn o s p o lític o s: c u a n to m ás r á p id a m e n te ca m ­
bia u n a s o c ie d a d (sea q u e los c a m b io s se p e rc ib a n c o m o
p ro g resiv o s o regresivos) m e n o s p o sib ilid a d e s tie n e d e se r e sta ­
ble. Si p e n sa m o s e n la g ra n lite r a tu r a d e la R usia p re rre v o lu c io -
n a ria , las im á g e n e s m ás vividas so n las d e la d islo c a c ió n , a lie n a ­
ción y a u se n c ia d e c o n tro l so b re el p ro p io d e stin o . P a ra N ikolai
G ogol, el e s c rito r d e l siglo x ix , R usia e ra u n trin e o q u e atrav esa­
b a la o s c u rid a d a to d a p risa c o n d e s tin o d e s c o n o c id o . E n u n a
d e n u n c ia a N icolás II y sus m in istro s f o rm u la d a e n 1916 p o r el
p o lític o d e la D u m a A le x a n d e r G uchkov, el país e ra u n a u to m ó ­
vil q u e, m a n e ja d o p o r u n c o n d u c to r d e m e n te , o rilla b a u n p re c i­
p icio, y cuyos a te r ra d o s p a sa je ro s d e b a tía n s o b re los riesg o s d e
to m a r el v o lan te . En 1917 a su m ie ro n el riesg o , y el in c ie rto m o ­
v im ie n to h a c ia a d e la n te d e R usia se tra n s fo rm ó e n z a m b u llid a
e n la rev o lu c ió n .
EL ESCENARIO 29

La s o c ie d a d

El im p e rio ru so c u b ría u n a m p lio te rrito rio q u e se e x te n d ía


en tre P o lo n ia al o este hasta el o c é a n o Pacífico al este, llegaba has­
ta el Á rtico e n el n o r te y alcan zab a el m a r N e g ro y las fro n te ra s
con T u rq u ía y A fganistán al sur. El n ú c le o d el im p e rio , la Rusia e u ­
ropea (in c lu y en d o p a rte d e la a c tu a l U c ra n ia ) te n ía u n a p o b la ­
ción d e 92 m illo n e s e n 1897, m ie n tra s q u e la p o b la c ió n to tal d el
im perio era, seg ú n ese m ism o cen so , d e 126 m illo n e s.1 P ero hasta
la Rusia e u ro p e a y las rela tiv a m e n te ev o lu cio n ad as reg io n e s occi­
d en tales del im p e rio seg u ían sie n d o m a y o rita ria m e n te ru ra le s ν
no urbanizadas. H ab ía u n p u ñ a d o d e g ra n d e s c e n tro s industriales,
la m ayor p a rte de ellos p ro d u c to d e u n a re c ie n te y veloz e x p a n ­
sión: San P e tersb u rg o , la capital im p e ria l, re b a u tiz a d a P e tro g ra d o
d u ra n te la P rim era G u e rra M undial y L e n in g ra d o e n 1924; M oscú,
la a n tig u a y (d esd e 1918) fu tu ra capital; Kiev, Jarkov y O dessa, j u n ­
to a los nuevos c e n tro s m in e ro s y m eta lú rg ic o s d e la c u e n c a del
D on, en la actual U crania; Varsovia, Lodz y Riga al oeste; Rostov y la
ciudad p e tro le ra d e Baku al sur. P ero la m ayor p a rte de las ciudades
provincianas rusas a ú n e ra n so ñ o lien tas y atrasadas a com ienzos del
siglo XX, centros adm inistrativos locales con u n a p e q u e ñ a población
de com erciantes, unas pocas escuelas, u n m erc ad o cam p esin o y, tal
vez, u n a estación de ferro carril.
En las aldeas, la fo rm a tra d icio n a l d e vida sobrevivía e n b u e n a
p a rte . Los cam p esin o s a ú n p o se ía n la tie rra seg ú n u n rég im en co­
m u n al, q u e dividía los cam p o s d e la a ld e a e n an gostas parcelas
q u e e ra n lab o re ad a s e n fo rm a in d e p e n d ie n te p o r los distintos h o ­
gares cam pesinos; ν e n m u ch as aldeas, el mir (consejo de la ald e a ),
a ú n re d is trib u ía p e rió d ic a m e n te las p a rc e la s d e m o d o d e q u e ca­
da h o g a r tuviese igual p a rtic ip a c ió n . Los a ra d o s d e m a d e ra e ra n
de e m p le o h a b itu a l, las técnicas m o d e rn a s de e x p lo ta ció n p e c u a ­
ria e ra n d esco n o cid as e n las aldeas y la a g ric u ltu ra c a m p e sin a a p e ­
nas si so b re p a sa b a el nivel de su b sisten cia. Las chozas d e los
cam p esin o s se a p iñ a b a n a lo larg o d e la calle d e la ald e a , los cam ­
p esin o s d o rm ía n so b re la cocina, convivían e n un m ism o á m b ito
c o n sus a n im a le s y la a n tig u a e s tr u c tu r a p a triarc a] d e la fam ilia
c a m p e sin a sobrevivía. Los c a m p e sin o s e sta b a n a n o m ás de u n a
50 SHEÍLA FITZPATRICK

g e n e ra c ió n tic: distan cia de la se rv id u m b re : un cam p esin o q u e h u ­


b ie ra te n id o sesenta años aï c o m e n z a r el siglo ya h u b iese sido un
a d u lto joven en tie m p o s d e la e m a n c ip a c ió n d e 1861.
P or su p u e sto q u e la e m a n c ip a c ió n tra n s fo rm ó la vida d e los
cam pesinos, p e ro fue re g la m e n ta d a c o n g ra n c a u te la de m o d o de
m in im iz ar el cam b io y e x te n d e rlo en eí tiem p o . A ntes de la e m a n ­
c ip a c ió n , los c am p esin o s e x p lo ta b a n sus parcelas de tie rra c o m u ­
nal, p e ro tam b ié n tra b a ja b a n en ía tie rra del am o o le p a g a b an en
d in e ro el eq u iv alen te a su trab ajo . Tras Ía e m a n c ip a c ió n , c o n tin u a ­
ro n tra b a ja n d o su p ro p ia tie rra , y a veces tra b a ja b a n bajo c o n tra to
ht tie rra d e su a n te rio r am o, m ie n tra s e fe c tu a b a n p agos “de re d e n ­
c ió n ” al estad o a c u e n ta d e la su m a global q u e se les h a b ía d a d o a
los te rra te n ie n te s a m o d o de c o m p e n sa ció n . Los pagos de re d e n ­
ción se h a b ía n d istrib u id o a lo larg o d e c u a re n ta y n u e v e añ o s
{ a u n q u e , d e h e c h o , el e sta d o los canceló u n o s a ñ o s an tes de su
v e n c im ie n to ) y la c o m u n id a d de la a ld e a e ra co le c tiv a m e n te res­
p o n sa b le de las d e u d a s d e cada u n o d e sus in te g ra n te s. Ello signi­
ficaba q u e los c am p esin o s in dividuales a ú n estab an ligados a la ai-
dea, a u n q u e a h o ra p o r la d e u d a y p o r la re sp o n sa b ilid a d colecdva
del mir, n o p o r la se rv id u m b re . Los té rm in o s d e la e m a n c ip a c ió n
estaban previstos p a ra evitar u n afluencia en m asa d e cam pesinos a
his ciudades y la creación de u n p ro letariad o sin d e rra que re p re se n ­
tara u n a am e n a z a al o rd e n público. T am bién tuvieron el resu lta d o
de re fo rz a r al mir y al viejo sistem a de e x p lo ta ció n d e la tie rra , y d e
h a c e r q u e p a ra los ca m p e sin o s fu e ra casi im p o sib le co n so lid a r sus
parcelas, e x p a n d ir o m e jo ra r sus posesiones o h a c e r la tran sició n
a la g ra n je ria in d e p e n d ie n te en p e q u e ñ a escala.
A u n q u e a b a n d o n a r las ald e a s en fo rm a p e rm a n e n te e ra difí­
cil en las d é c ad a s q u e sig u ie ro n a la e m a n c ip a c ió n , e ra fácil d e ja r­
las en fo rm a te m p o ra ria p a ra tra b a ja r c o m o asalariad o en la a g ri­
c u ltu ra , la c o n s tru c c ió n , la m in e ría o las c iu d a d e s. De h e c h o , ral
tra b a jo era u n a n e c e sid a d p a ra m u ch a s fam ilias cam pesinas: el di­
n e ro e ra n e c e sa rio p a ra p a g a r ios im p u esto s y los pagos de re d e n ­
ció n , Los c a m p e sin o s q u e se d e s e m p e ñ a b a n c o m o tra b a ja d o re s
g o lo n d rin a ( otjodniki) so lía n alejarse d u ra n te m u c h o s m eses al
a ñ o , d e ja n d o q u e sus fam ilias e x p lo ta sen la tie rra en las aldeas. Si
los viajes e ra n larg o s — c o m o en el caso de los cam p e sin o s de las
£L ESCENARIO 31

aldeas d e Rusia c e n tra l q u e ¡bao a trab ajar a las rain as d e la c u e n ­


ca del D o n — ios otjodniki tal vez sólo re g re sa b a n p a ra ia c o sec h a o
p o sib le m e n te p a ra la s ie m b ra d e p rim a v era . L a p rá c tic a d e d e ja r
el te rru ñ o e n busca d e tra b a jo estaciona) e sta b a b ie n e stab lecid a,
especialm ente e n las áreas m en o s fértiles d e R usia e u ro p e a , e n las
cuales los p ro p ie ta rio s ex ig ían q u e sus siervos les p a g a ra n c o n d i­
nero m ás bien q u e c o n trabajo, P e ro se fu e d ifu n d ie n d o cada vez
más a fines del siglo xrx y c o m ie n zo s del xx, e n p a rte p o rq u e h a ­
bía m ás tra b a jo d isp o n ib le e n las ciu d ad es. En los a ñ o s q u e p re c e ­
dieron in m e d ia ta m e n te a la P rim e ra G u e rra M u n d ia l, unos nueve
m illones d e cam p esin o s sacaba p a sa p o rte s cada a ñ o p a ra realizar
trabajos estacionales fu era de su a ld ea natal, y, de éstos, casi la m itad
se em p leab a e n sectores n o a g ra rios.~
C om o u n o de cada dos h o gares cam pesinos d e la Rusia e u ro p e a
tenía u n in teg ran te d e la fam ilia q ue h a b ía d ejad o la aldea en busca
de trab ajo — con u n a p ro p o rc ió n a ú n m ás a lta e n la re g ió n d e Pe-
tersb u rg o y las re g io n e s in d u stria le s c e n tra le s — la im p re sió n de
que la vieja Rusia sobrevivía casi in m u ta b le e n las ald eas b ien p u e ­
de h a b e r sido e n g a ñ o sa . De h e c h o , m u ch o s c a m p e sin o s vivían co n
un pie en el m u n d o a ld e a n o tra d ic io n a l y o tro en el m u n d o m uy
d ife re n te d e la c iu d a d in d u stria l m o d e rn a . El g ra d o h a sta el cual
los c a m p e sin o s p e rm a n e c ía n d e n tr o del m u n d o tra d ic io n a l d e ­
p e n d ía n o sólo d e su u b ica c ió n g eo g ráfica, sin o d e su sexo y e d a d .
Los jó v en e s estab an m ás p re d isp u e sto s a d esp lazarse p a ra tra b a ja r
y, adem ás, los v a ro n e s jó v e n e s e n tra b a n en c o n ta c to con u n m u n ­
d o raás m o d e rn o c u a n d o e ra n con v o cad o s al servicio m ilitar. E ra
m ás p ro b a b le q u e las m u je res y los a n c ia n o s fu e se n q u ie n e s sólo
c o n o c ía n la a ld e a y la a n tig u a fo rm a d e vida c a m p e s in a . Estas di­
fe re n c ia s e n la e x p e rie n c ia c a m p e s in a tu v ie ro n u n a n o ta b le e x ­
p re s ió n e n las cifras d e a lfa b e tiz a c ió n d e l c e n so d e 18Q7. Los j ó ­
v e n e s e sta b a n m u c h o m ás a lfab etizad o s q u e los viejos, los
h o m b re s m ás q u e las m u je re s , y la a lfa b e tiz a c ió n e ra m ás a lta e n
las áreas m e n o s fértiles d e la Rusia e u ro p e a — es decir, en las áreas
en las cuales la e m ig rac ió n estacio n al era m ás c o m ú n — q u e en la
férdl “reg ió n d e la tie rra n e g ra ”.3
La clase o b re ra u rb a n a a ú n e sta b a m u y c e rc a d e l c a m p e sin a ­
d o , El n ú m e ro d e o b re ro s in d u stría le s p e rm a n e n te s (algo m ás d e
32 SHEILA FITZPATRICK

tres m illo n es en 1914) e ra in fe rio r a ia c a n tid a d d e ca m p e sin o s


q u e a b a n d o n a b a n sus aldeas cada a ñ o p a ra dedicarse a tareas esta­
cionales n o agrícolas, y, de h e c h o , e ra casi im posible h a c e r u n a
d istin ció n n e ta e n tr e los tra b a ja d o re s q u e re sid ía n en fo rm a p e r ­
m a n e n te e n los c e n tro s u rb a n o s y a q u e llo s q u e tra b a ja b a n e n la
ciu d ad d u ran c e la m ayor p a rte del año. A un e n tre los trab ajad o res
p e rm a n e n te s , m u c h o s c o n se rv a b a n cierras e n sus ald eas, d o n d e
h a b ía n d e ja d o a sus m u je res e hijos; o tro s tra b a ja d o re s vivían e n
las ald eas m ism as {un p a tró n e sp e c ia lm e n te fre c u e n te e n la re­
gión de M oscú) y se traslad ab an sem an al o d ia ria m e n te a la fábri­
ca. Sólo en San P e te rsb u rg o u n a parce im p o rta n te d e la fu erz a de
trabajo in d u stria l h a b ía c o rta d o to d o lazo con el cam po.
La p rin c ip a l raz ó n p a ra la e stre ch a in te rc o n e x ió n e n tre la cla­
se o b re ra u rb a n a y el c a m p e sin a d o e ra q u e la rá p id a in d u strializa­
ció n d e Rusia e ra u n fe n ó m e n o m uy recienLe. H asta la d é c a d a de
1890 -—m ás de m e d io siglo d e sp u és d e G ran B re ta ñ a — R usia n o
e x p e rim e n tó u n c re c im ie n to a g ra n escala de su in d u stria y u n a
e x p a n sió n de las c iu d a d e s. P e ro a u n e n to n c e s, la creació n d e u n a
clase o b re ra u rb a n a p e rm a n e n te q u e d ó in h ib id a p o r los té rm in o s
de la e m a n c ip a c ió n d e ios c am p esin o s de la d é c a d a de I8 6 0 , q u e
los m antuvo atad o s a las aldeas. Los tra b a ja d o re s d e p rim e ra g e n e ­
rac ió n , p re d o m in a n te m e n te o rig in a d o s e n el c a m p e sin a d o , for­
m a b a n la m ay o r p a rte de la clase o b re ra rusa; y e ra n p o c o s los
o b rero s y h a b ita n Les u rb a n o s de s e g u n d a g e n e ra c ió n . A u n q u e los
h isto ria d o re s soviéticos a firm a n q u e en vísperas d e la P rim e ra
G u e rra M u n d ial m ás del 50 p o r c ie n to de los o b re ro s in d u stríales
e ra n d e se g u n d a g e n e ra c ió n , este c álcu lo c la ra m e n te incluye a
obreros y c a m p e sin o s oÍjodniki cuyos p a d re s tam b ié n h a b ía n sido
otjodniki,
A p e s a r d e estas c a ra c te rístic a s p ro p ia s d e l su b d e sa rro llo , en
a lg u n o s asp ec to s la in d u stria ru sa e sta b a m uy avanzada p a ra la
época d e la P rim e ra G u e rra M undial. El se cto r in d u stria l m o d e r­
no e ra p e q u e ñ o , p e ro d e u n a c o n c e n tra c ió n in u su a lm e n te alta,
tan to e n té rm in o s geográficos (n o ta b le m e n te en las re g io n e s nu-
clead as e n to r n o a S an P e te rs b u rg o y M oscú y la c u e n c a del D on
en U c ra n ia ) y e n té rm in o s de ta m a ñ o d e las p la n ta s in d u stria le s.
C o m o se ñ aló G e rs c h e n k ro n , el acraso relativo te n ía sus ventajas:
EL ESCENARIO 33

al in d u strializarse ta rd ía m e n te y c o n la ay u d a d e la in v ersió n e x ­
tranjera de g ran escala, Rusia p u d o sa lte ar alg u n as d e las p rim e ra s
etapas, a d o p ta r tec n o lo g ía rela tiv a m e n te avanzada y d irigirse rápi­
d a m e n t e a la p ro d u c c ió n m o d e r n a en g ran escala.4 E m p resas co-
mo los céleb res talleres de h e r r e r ía y d e c o n s tru c c ió n d e m á q u i­
nas Putilov e n San P e te rs b u rg o y las p la n ta s m eta lú rg ic a s, e n su
mavor p a rte en m an o s e x tra n je ras, d e la c u e n c a d el D o n , e m p le a ­
ban a m u c h o s m iles d e o b re ro s.
S egún la teo ría m arxista, u n p ro le ta ria d o in d u stria l a lta m e n te
c o n c en tra d o en c o n d ic io n es d e p ro d u c c ió n capitalista avanzada
muy p ro b a b le m e n te sea rev o lu c io n a rio , m ie n tra s q u e u n a clase
ob rera p re m o d e rn a q u e m a n tie n e fu e rte s lazos c o n el cam p esin a­
do no lo será. D e m o d o q u e la clase o b re ra ru sa te n ía característi­
cas co n trad icto rias a ojos de u n m arxista q u e ev a lu a ra su p o ten cial
revolucionario. Sin e m b a rg o , la evidencia e m p íric a d e l p e río d o
1890-1914 su g iere q u e d e h e c h o la clase o b re ra rusa, a pesar d e sus
estrechos vínculos con el c a m p e sin a d o , era e x c e p c io n a lm e n te m i­
litante y revolucionaria. Las huelgas d e g ran escala e ra n habituales,
los o b rero s exhibían c o n sid e rab le so lidaridad fre n te a la a u to rid a d
de p a tro n e s y estado y sus d e m a n d a s solían ser políticas ad em ás de
económ icas. D u ran te la revolución d e 1905, los o b rero s d e San Pe­
tersb u rg o y M oscú o rg a n iz a ro n sus p ro p ia s in stitu c io n e s rev o lu ­
c io n a ria s, los soviets, y c o n tin u a r o n la lu c h a d e s p u é s d e las c o n ­
ce sio n e s c o n s titu c io n a le s h e c h a s p o r el Z a r en o c tu b r e y del
colapso del m o vim iento d e los progresistas de clase m ed ia c o n tra
la au to cracia. En el v e ra n o d e 1914, el m o v im ie n to d e la h u e lg a
de los o b re ro s e n P e tersb u rg o y otros lugares to m ó d im e n sio n e s
tan am enazadoras q u e algunos observadores su p u sie ro n q u e el go­
b iern o no c o rre ría el riesgo de convocar a u n a m ovilización gen eral
p o r la g u e rra .
La fuerza del sen tim ien to revolucionario de la clase o b re ra de
Rusia p u e d e ser explicada d e m uchas form as distintas. E n p rim e r lu­
gar, la p ro testa económ ica lim itada co n tra los e m p lead o res — lo q u e
L e n in llam ó sin d ic a lism o —· e ra m uy d ifícil e n las c o n d ic io n e s
q u e o fre c ía Rusia, El g o b ie rn o te n ía u n a im p o r ta n te p a rtic ip a ­
ció n e n la in d u stria n a c io n a l ru sa y e n la p ro te c c ió n d e las inver­
siones e x tra n je ras, y las a u to rid a d e s estatales n o se d e m o ra b a n en
Μ SH EII-A FÍT 7.PATRICK

s u m in istra r tro p a s c u a n d o las h u e lg a s c o n tra em p re sas privadas


d a b a n in d icio s d e e n d u re c e rs e . Ello sig n ificab a q u e a u n las h u el­
gas p o r reclam os eco n ó m ico s (p ro te sta s so b re salarios v co n dicio­
nes de trabaja) bien p o d ían to m a r u n sesgo político; y el difundido
re se n tim ie n to de los o b rero s rusos c o n tra los a d m in istra d o re s v el
personal técnico ex tra n je ro tuvo un efecto p arecido. A u n q u e fue Le.
nin, un m arxïsta ruso, q u ien dijo q ue, p o r su cu en ta, la clase obrera
sólo p o d ía d e sarro llar u n a "conciencia sindical'’, n o revolucionaria,
la e x p erien cia de Rusia (en co n traste con la de E u ro p a occidental)
n o co n firm ab a su afirm ación.
En se g u n d o lugar, el c o m p o n e n te c a m p e sin o de la clase o b re ­
ra ru s a hacía q u e ésta fuese m ás. n o m en o s, re v o lu c io n a ria . Los
c a m p e sin o s ru so s n o e ra n , c o m o sus p a re s fran ceses, p e q u e ñ o s
p ro p ie ta rio s c o n s e rv a d o re s c o n u n s e n tid o in n a to d e la p ro p ie ­
d ad . La tra d ic ió n d e l c a m p e s in a d o ru so d e re b e lió n v io le n ta y
a n á rq u ic a c o n tra te rra te n ie n te s y fu n c io n a rio s, eje m p lific a d a p o r
la g ra n rev u elta d e P ugachev en la d é c a d a de 1770, se volvió a m a­
n ife sta r en los a lz a m ie n to s c am p esin o s de 1905 ν 1906; la e m a n c i­
p a c ió n de 1861 no h a b ía acallado en fo rm a p e rm a n e n te ei esp íri­
tu re b e ld e de los c a m p e sin o s, p u es éstos n o la c o n s id e ra b a n u n a
e m a n c ip a c ió n ju s ta ni a d e c u a d a y, cad a vez m ás h a m b rie n to s de
tierras, a firm a b a n su rec lam o de las tie rra s q u e n o les h a b ía n sido
c o n c ed id a s. A dem ás, los ca m p e sin o s q u e e m ig rab a n a las ciudades
v se hacían o b rero s a m e n u d o eran jó v en es y libres de ata d u ras de fa­
milia, p ero aún n o estaban aco stu m b rad as a la disciplina de la fábri­
ca y p ad ecían d e los·resentim ientos y fru stracio n es q u e a c o m p a ñ a n
el d e sa rra ig o y la asim ilación in c o m p le ta a u n a m b ie n te p o c o fa­
m iliar.a H asta c ie rto p u n to , la clase o b re ra ru sa fue rev o lu cio n aria,
p u e s n o tuvo tie m p o de a d q u irir la " co n c ie n cia sin d ic a l” so b re la
que escrib ió L e n in , d e ser un p ro le ta ria d o in d u stria l a rra ig a d o , en
c o n d ic io n e s de d e fe n d e r sus in te re se s a través d e p ro c e d im ie n to s
n o -re v o lu cio n a rio s, y d e e n te n d e r las o p o rtu n id a d e s d e ascenso
social q u e b s so c ie d a d es u rb a n a s m o d e rn a s o fre c e n a q u ie n e s tie­
n e n c ie rto nivel de e d u c a c ió n y especialización.
Sin embargo-, las características “m o d e rn a s ” d e la so c ie d a d r u ­
sa, a u n e n el s e c to r u rb a n o y e n ios e stra to s su p e rio re s e d u c a d o s
a ú n e sta b a n m uy in co m p le ta s. A m e n u d o se a firm a b a q u e Rusia
EL ESCENARIO 35

no ten ía clase m edía: y d e h e c h o , su clase c o m e rc ia n te ν d e n e g o ­


cios c o n tin u a b a sie n d o re la tiv a m e n te d é b ií, y las p ro fe sio n e s sólo
h a b í a n a d q u irid o re c ie n te m e n te la je r a r q u ía q u e se d a p o r se n ta ­

da en las so cied ad es in d u strializad as. A p e sar d e la c re c ie n te pro-


fesioiializacíón de la b u ro c ra c ia estatal, sus niveles s u p e rio re s c o n ­
tinuaban d o m in a d o s p o r la n o b lez a , q u e tra d ic io n a lm e n te e ra la
ciase q u e serv ia al estado. Las p re rro g a d v a s e m a n a d a s d e tal servi­
cio e ra n aüsi m ás im p o rta n te s p a ra la n o b le z a d e b id o a 1a d eca­
dencia e c o n ó m ic a q u e el s e c to r te r r a te n ie n te e x p e rim e n tó co n la
abolición de la s e rv id u m b re : sólo u n a m in o ría d e n o b le s te r r a te ­
nientes h a b ía lo g ra d o h a c e r u n a tra n sic ió n ex ito sa a u n a a g ric u l­
tura capitalista y o rie n ta d a al m erc a d o .
L a n a tu ra le z a e q u iz o id e d e la s o c ie d a d ru sa a c o m ie n z o s d el
siglo XX q u e d a bien ilu s tra d a p o r la d e s c o n c e rta n te v a rie d a d de
a u to d e sig n ac io n es q u e o fre c ía n los listados en la g u ía d e la c iu d a d
de San P e ters b u rg o , ía m ay o r y m ás m o d e r n a d e las c iu d a d e s r u ­
sas. A lg u n o s d e los su sc rip to re s se m a n te n ía n fieles a las fo rm as
tra d icio n a le s y se id e n tific a b a n p o r e sta d o social y ra n g o ( “n o b le
h e re d ita r io ”, “co m e rc ia n te de) p r im e r g r e m io ”, “c iu d a d a n o h o n ­
ra d o ”, “c o n se je ro d e e s ta d o ”). O tro s p e rte n e c ía n c la ra m e n te al
nuevo m u n d o y se d e sc rib ía n a sí m ism os en té rm in o s de p ro fe ­
sión y tip o d e e m p le o (“a g e n te d e b o ls a ”, “in g e n ie ro m e c á n ic o ”,
“d ire c to r d e c o m p a ñ ía ”, o, c o m o re p re s e n ta n te d e los logros ru so s
en m a te ria de e m a n c ip a c ió n fe m e n in a , “d o c to r a ”). U n te rc e r g ru ­
po e sta b a c o n fo rm a d o p o r p e rs o n a s q u e no sab ían b ie n a q u é
m u n d o p e rte n e c ía n , y q u e se id e n tific a b a n p o r e s ta d o en la g u ía
de u n a ñ o y p o r p ro fe sió n e n la d e l s ig u ie n te , o q u e h a sta d a b a n
am bas id en tifica c io n es al m ism o tie m p o , c o m o el s u s c rip to r q u e ,
c u rio sa m e n te , se d ice “n o b le , d e n tis ta ”.
En contextos m enos form ales, los rusos e d u c ad o s solían descri­
birse c o m o in te g ra n te s d e la in te lig u e n tsia . S o cio ló g icam en te, se
tra tab a de u n c o n c e p to m uy elusivo, p e ro , en té rm in o s am plios, la
p a la b ra “in te lig u e n ts ia ” d e sc rib ía u n a elite e d u c a d a y o c c id e n ta li-
zada, a lie n ad a d el resto d e la so c ie d a d ru sa p o r su e d u c a c ió n y del
ré g im e n a u to c rític o de R usia p o r su id e o lo g ía radical. Sin e m b a r­
go, la in te lig u e n tsia ru sa n o se veía a sí m ism a c o m o u n a elite, sino
m ái' b ie n com o u n g ru p o sin p e rte n e n c ia de clase u n id o p o r u n a
36 SHEILA FITZPATRICK:

p re o c u p a c ió n m o ral p o r la m e jo r d e la so ciedad, la c a p a c id a d de
“p e n s a m ie n to c rític o ” y, e n p a rticu lar, u n a a c titu d c rític a y semi-
o p o sito ra al rég im en . El té rm in o se hizo de uso c o rrie n te en torn o
a m ed ia d o s d el siglo XIX, p e ro la génesis d el c o n c e p to se e n c u e n ­
tra e n la ú ltim a p a rte del siglo xvin, c u a n d o la n o b leza fue libera­
d a d e la obligación del servir al estado y algunos de sus integrantes,
educados, p e ro q u e e n c o n tra b a n q u e su educación e ra subutilizada,
d esarro llaro n u n a ética de obligación alternativa consistente e n “ser­
vir al p u e b lo ”.6 Id ealm en te (au n q u e n o e n la práctica), p e rte n e c e rá
la inteliguentsia y al servicio b urocrático en form a sim ultánea era im­
posible. El m ovim iento revolucionario ruso de la seg u n d a m itad del
siglo XIX, caracterizado p o r la organización conspirativa e n p e q u e ñ a
escala p a ra co m b atir a la au to cracia, y liberar así al p u eb lo , fue en
b u e n a p a rte resu ltad o d e la id eo lo g ía radicalizada y el d e sco n te n to
político de la inteliguentsia.
A fin del siglo, c u a n d o el d e sa rro llo d e las p ro fesio n es d e alto
estatu s proveyó a los rusos e d u c a d o s d e u n a g a m a m ás a m p lia de
o p c io n e s lab o ra le s q u e la e x iste n te h a sta el m o m e n to , q u e u n in ­
d ividuo se a u to d e fin ie ra c o m o inteligente a m e n u d o e n tr a ñ a b a ac­
titu d e s p ro g re sista s re la tiv a m e n te pasivas m ás b ie n q u e u n c o m ­
p ro m iso re v o lu c io n a rio activo c o n la tra n s fo rm a c ió n p o lític a .
A un así, la n u e v a clase p ro fe sio n a l d e R usia h a b ía h e re d a d o lo su­
fic ie n te d e la vieja tradición' d e la in te lig u e n tsia co m o p a ra s e n tir
s im p a tía y re s p e to p o r los re v o lu c io n a rio s c o m p ro m e tid o s y falta
d e sim patía p o r el régim en, a u n c u a n d o los funcionarios d e éste in­
ten ta b an llevar ad elan te políticas reform istas o resultaban asesinados
p o r revolucionarios terroristas.
A dem ás, alg u n o s tipos d e p ro fe sió n e ra n p a rtic u la rm e n te di­
fíciles d e c o m b in a r co n u n to tal apoyo a la a u to c rac ia . La p ro fe ­
sión legal, p o r e je m p lo , flo reció a resultas d e la re fo rm a del siste­
m a legal e n la d é c a d a d e 1860, p e ro , a largo pla 2 o, las re fo rm a s no
fu e ro n exitosas e n e x te n d e r el im p e rio d e la ley e n la so c ie d a d y la
a d m in istra c ió n rusas, en p a rtic u la r e n el p e río d o d e re a c c ió n q u e
siguió al asesin ato , e n 1881, d el e m p e ra d o r A le ja n d ro II p o r u n
g ru p o d e rev olucionarios terro ristas. A bogados cuya e d u c a c ió n los
h a b ía llevado a c re e r e n el im p e rio d e la ley te n d ía n a d e s a p ro b a r
las p rác tic a s ad m in istrativ as a rb itra ria s, el p o d e r irre stric to d e la
g , ESCENARIO 37

p o lic ía y los in te n to s g u b e rn a m e n ta le s p o r in flu ir e n el a c c io n a r


del s is te m a ju d ic ia l.7 U n a relació n sim ila rm e n te conflictiva con el
régim en e ra la asociada a los zemstvos, c u e rp o s g u b e rn a tiv o s electi­
v o s locales que, in stitu cio n alm en te eran to talm en te in d e p e n d ie n te s
de la burocracia estatal y q u e fre c u e n te m e n te c h o cab an con ésta. A
c o m ie n z o s del siglo XX, los zemstvos em p le ab a n a un o s 70.000 p ro fe­
sio n a le s (doctores, m aestros, agrónom os, e tc é te ra ), cuyas sim patías
radicales eran bien conocidas.
En el caso de los in g en iero s y otros especialistas técnicos q u e tra­
bajaban p a ra el estado o en em presas privadas, los m odvos p a ra que
se sintieran alienados del régim en eran m en o s obvios, especialm en­
te si se co n sid era el e n é rg ico aval de la m o d ern iza c ió n eco n ó m ica y
la industrialización p rac d c a d o p o r el M inisterio de Finanzas d u ra n ­
te la gestión d e Sergei W itte, en la década d e 1890, y, u lte rio rm e n te ,
por el M inisterio d e C om ercio e Industria. D e h e c h o , W itte hizo to­
dos los esfuerzos posibles p o r rec a b a r resp ald o p a ra la a u to cracia y
su im pulso m o d e rn iz a d o r e n tre los especialistas técnicos y la com u­
nidad de negocios de Rusia; p e ro el p ro b le m a e ra q u e el entusiasm o
de W itte p o r el p ro g re so e c o n ó m ico y tecnológico o b viam ente n o
era c o m p a rd d o p o r g ra n p a rte d e la elite bu ro crática d e Rusia, ade­
más d e resultar p o c o atractivo en lo p ersonal p a ra el e m p e ra d o r Ni­
colás II. Los profesionales y em presarios o rie n tad o s a la m o d ern iza ­
ción tal vez n o se o p u sie ra n e n p rin cip io a la id ea d e u n g o b ie rn o
autocrádco (a u n q u e , de h e c h o , m uchos d e ellos sí lo hacían , com o
resultado d e su exposición a d o ctrin as políticas radicalizadas e n su
paso, com o e stu d ia n te s, p o r los institutos p o litécn ico s). P ero p a ra
ellos era m uy difícil p e rc ib ir a la autocracia zarista com o ag ente efec-
dvo de m o d ern iza c ió n : los a n te c e d e n te s de ésta e ra n d em asiad o
erráticos, y su id eo lo g ía política reflejaba c o n d em asiad a clarid ad
nostalgia p o r el pasado m ás q u e u n a visión c o h e re n te del futuro.

La tradición revolucionaria

La m isión q u e la in te lig u e n tsia ru sa se h a b ía a u to a sig n a d o e ra


m e jo ra r a Rusia: p rim e ro , tra z a n d o los m ap a s sociales y p o lític o s
d el fu tu ro del país y lu e g o , d e se r p o sib le, h a c ié n d o lo s re a lid a d .
38 SHEILA FITZPATRICK

La m e d id a d e l fu tu ro de R usia e ra el p re s e n te d e E u ro p a o ccid en ­
tal. Los in telectu ales ru so s p o d ía n d e c id ir a c e p ta r o re c h a z a r u n o
u o tro d e los fe n ó m e n o s q u e o c u rría n e n E u ro p a , p e ro todos éstos
e sta b a n e n la a g e n d a de discusión ru sa p a ra su posible in clu sió n en
los p lan e s p a ra el fu tu ro d e Rusia. D u ra n te el te rc e r c u a rto del si­
glo xiXf u n o de los tem as de discusión c e n trale s e ra la in dustrializa­
ció n de E u ro p a o c c id e n ta l y las co n sec u e n c ia s sociales y políticas
de ésta.
U n a in te rp re ta c ió n a firm a b a que la ind u strializació n capitalis­
ta h a b ía p ro d u c id o d e g ra d a c ió n h u m a n a , e m p o b re c im ie n to de
las m asas y la d e stru c c ió n del tejido social d e O c c id e n te y q u e , p o r
lo ta n to , Rusia d e b ía evitaría a to d a costa. Los in te le c tu ale s rad ica­
les q u e p ro fe sa b an este p u n to d e vista h a n sido a g ru p a d o s re tro s­
p e c tiv a m e n te en la c a te g o ría d e “p o p u lista s", a u n q u e el ró tu lo su­
p o n e u n g ra d o d e o rg a n iz a c ió n c o h e re n te q u e , de h e c h o , no
existía (fue e m p le a d o o rig in a ria m e n te p o r los m arxistas ru so s p a­
ra d ife re n c ia rse de los diversos g r u p o s d e la in te lig u e n tsia q u e n o
e sta b a n de a c u e rd o c o n ellos) - Ei p o p u lis m o era, e se n c ia lm e n te ,
la c o rrie n te p rin c ip al d e l p e n s a m ie n to ra d ic a liz a d o ru so d e sd e la
d é c a d a d e 1860 h asta la d e 1880.
P o r lo g e n e ra l, la in te lig u e n ts ia ru s a a c e p ta b a el socialism o
(en el s e n tid o q u e le d ab an -lo s socialistas p re m a rx ista s e u ro p e o s,
en p a rtic u la r los “u to p ista s” fran ceses) c o m o la fo rm a m ás desea­
b le d e o rg a n iz a c ió n social, a u n q u e n o se c o n s id e ra b a q u e ésta
fuese in c o m p a tib le co n u n a a c e p ta c ió n d el lib eralism o co m o id e o ­
logía d e tra n s fo rm a c ió n p o lític a . La in te lig u e n ts ia ta m b ié n res­
p o n d ió a su a isla m ie n to social c o n u n d e se o fe rv ie n te d e te n d e r
p u e n te s so b re el abism o q u e 3a se p a ra b a del “p u e b lo ” (narod). La
v e rtie n te d e p e n s a m ie n to de la in te lig u e n tsia c o n o c id a c o m o p o ­
p u lism o c o m b in a b a la o p o sic ió n a la in d u stria liz a c ió n cap italista
con u n a idealización del cam p esin ad o ruso. Los populistas percibie­
ro n q u e el capitalism o h a b ía ten id o u n im p a c to destructivo so b re
las c o m u n id a d e s ru ra le s tra d icio n a le s d e E u ro p a , d e s a rra ig a n d o a
los c a m p e sin o s d e la tie rra y fo rz á n d o lo s a a s e n ta rs e en las c iu d a ­
des, lo q u e los tra n s fo rm a b a e n un p r o le ta r ia d o in d u stria l e x p lo ­
ta d o y c a re n te de tie rra s, A n h e la b a n salv ar la fo rm a tra d ic io n a l
d e o rg a n iz a c ió n a ld e a n a d e los c a m p e s in o s ru so s, la c o m u n a o
t t ESCENARIO 39

mir, de los estragos del capitalism o, p u e s c re ía n q u e el T a re ra u n a


institución ig u alita ria — tal vez u n a re liq u ia d el c o m u n ism o p rim i­
tivo—- m e d ía n te el cual Rusia tal vez e n c o n tra ra su p ro p io c a m in o
al socialism o.
A c o m ie n z o s d e la d é c a d a d e 1870, ia id e a liz a c ió n d e l cam ­
p esin ad o p o r p a rte d e la in te lig u e n ts ia , así c o m o la f ru s tra c ió n
de ésta c o n re s p e c to a su p r o p ia s itu a c ió n y a las p e rsp e c tiv a s de
re fo rm a p o lític a , lle v a ro n al m o v im ie n to d e m asas e s p o n tá n e o
que m e jo r e je m p lific a los a n h e lo s p o p u lista s: el “ir al p u e b lo ” d e
1873-4. M iles d e e s tu d ia n te s e in te g r a n te s d e la in te lig u e n ts ia
d e ja ro n las c iu d a d e s p a ra ir a las ald eas, a lg u n o s d e ello s c re y e n ­
do ser e s c la re c e d o re s del c a m p e s in a d o , o tro s, m ás h u m ild e s , en
busca d e la sim p le s a b id u ría d e l p u e b lo , a veces c o n la e s p e ra n ­
za de llev ar a d e la n te la o rg a n iz a c ió n y p r o p a g a n d a re v o lu c io n a ­
rias. El m o v im ie n to n o te n ía u n a c o n d u c c ió n c e n tra liz a d a n i, e n
lo q u e re s p e c ta a la m ay o r p a r te d e los p a rtic ip a n te s , u n a in te n ­
ción p o lític a d e fin id a : su e s p ír itu e r a m ás b ie n el d e u n a p e r e ­
g rin a c ió n re lig io s a q u e el d e u n a c a m p a ñ a p o lític a . P e ro éste
era u n m atiz difícil de p e rc ib ir ta n to p a ra los c a m p e s in o s c o m o
p a ra la p o lic ía z arista. Las a u to r id a d e s se a la rm a ro n y re a liz a ro n
a rre sto s en m asa. L os c a m p e s in o s s e n tía n so sp ec h a s, c o n s id e ra ­
b an a sus v isitan tes n o in v ita d o s c o m o h ijo s de la n o b le z a y p r o ­
b a b le s e n e m ig o s de clase, y a m e n u d o los e n tr e g a b a n a la p o li­
cía. E ste d e s a s tre p r o d u jo u n h o n d o d e s e n g a ñ o e n tr e los
p o p u lista s. No v a c ilaro n e n su d e c isió n d e s e r v ir a i p u e b lo , p e ro
a lg u n o s lle g a ro n a la c o n c lu s ió n q u e e r a su d e b e r h a c e r lo e n el
p a p e l d e p ro sc rip to s , re v o lu c io n a rio s d isp u e sto s a to d o cuyas ac­
c io n e s h e ro ic a s só io s e ria n v a lo ra d a s d e s p u é s d e sus m u e rte s .
H u b o u n b r o te d e te rro ris m o re v o lu c io n a rio a fin e s d e la d é c a ­
d a d e 1870, m o tiv a d o e n p a rte p o r el d e se o d e los p o p u lis ta s d e
v e n g a r a sus c a m a ra d a s e n c a rc e la d o s y d e s tru ir to d a la su p e­
re s tru c tu ra de la R usia a u to c rá tic a , d e ja n d o al p u e b lo ru so en
lib e rta d de eleg ir su p ro p io d e s u n o . E n 1881, el g ru p o d e te rro ris­
tas p o p u listas V o lu n tad d el P u e b lo lo g ró a sesin a r al e m p e r a d o r
A le ja n d ro II. El efe c to lo g ra d o n o fue d e s tru ir la a u to c rac ia , sin o
a sustarla, p ro v o c a n d o m ás p o líticas represivas, m ayor a rb itra rie ­
d ad y d e sp re c io d e la ley, así c o m o la c re a c ió n d e algo p a re c id o a
40 SHEILA FITZPATRICK

u n estado policial m o d e rn o ,8 La resp u e sta p o p u la r al asesinato ίη-


cluvó p o g ro m o s antisem itas en U crania, así com o la difusión en las
aldeas d e ru m o re s que afirm a b a n q u e ios nobles h a b ía n asesinado
al Zar p o rq u e éste había librado a los cam pesinos d e la servidum bre.
E n la d é c a d a d e 1880, c o m o re s u lta d o de esto s dos desastres
p o p u listas, los m arx istas s u rg ie ro n co m o g r u p o d e fin id o d e n tro
d e la im e lig u e n tsia rusa, re p u d ia n d o el u to p ism o idealista, las tác­
ticas te rro rista s y la o rie n tac ió n c a m p e sin a q u e c a ra c te riz a b an has­
ta e n to n c e s al m o v im ien to re v o lu c io n a rio . D e b id o al clim a p o líti­
co d esfav o rab le d e Rusia, y a su p ro p io re c h a z o del te rro ris m o , el
im p a c to inicial d e los m arxistas se dio en el d e b a te in te le c tu a l m ás
q u e e n la a c ció n rev o lu cio n aria. A rg ü ían q u e la in d u stria liz a ció n
c a p ita lista de Rusia e ra in ev itab le, ν q u e e l mir c a m p e sin o ya esta­
b a en u n e sta d o d e d e sin te g ra c ió n in te r n a , a p e n a s s u s te n ta d o p o r
el e sta d o y tas re sp o n sa b ilid a d e s d e re c a u d a c ió n d e im p u e sto s y
p agos d e re d e n c ió n im p u estas p o r éste. A firm a b a n q u e el c a p ita ­
lism o c o n stitu ía la ú n ica vía p o sib le al socialism o, y q u e el p ro le ta ­
ria d o in d u stria l p ro d u c id o p o r el d e sa rro llo cap italista e ra la ú n i­
ca clase e n c o n d ic io n e s d e p r o d u c ir la a u té n tic a rev o lu ció n
socialista. Estas prem isas, d e c ía n , p o d ía n ser d e m o stra d a s cien tífi­
c a m e n te m e d ía n te las leyes objetivas del d e s a rro llo h istó ric o ex­
p u e sta s e n los escrito s d e M a rx y E ngels. Los m arx ista s d e s d e ñ a ­
b a n a a q u e llo s q u e escogían al socialism o c o m o id e o lo g ía p o r
c o n s id e ra rlo é tic a m e n te s u p e rio r (p o r s u p u e sto q u e io e ra , p e ro
n o se tra ta b a de e s o ). De lo q u e se tra ta b a e ra q u e el socialism o, al
igu al q u e el capitalism o, e ra u n a e ta p a p re d e c ib le e n el d e sarro llo
d e la so c ie d a d h u m a n a .
A Karl M arx, q u ien e ra u n viejo re v o lu c io n a rio e u ro p e o q u e
a p la u d ía in stin tiv am e n te la lu c h a d e la V o lu n tad d e l P u e b lo c o n ­
tra la a u to c ra c ia rusa, los prim itivos m arxistas rusos, q u e e n la em i­
gración se n u cleab an en to rn o de G eorguii Plejánov, le p are c ía n d e­
m asiado pasivos y p ed an tes, revolucionarios q u e se c o n fo rm ab a n
con escribir artículos sobre la inevitabilidad histórica d e la revolu­
ción m ie n tra s o tro s p eleaban y m o ría n p o r la causa. P ero el im pacto
sobre la inteliguencsia rusa fue d iferen te, p u es u n a d e las pred iccio ­
nes m arxistas n o ta rd ó en cum plirse: ellos d ecían que R usia debía in­
dustrializarse y, en la décad a de 1890, b<yo la en é rg ica d irecció n de
EL ESCENARIO 41

VViue, así o c u rrió . Es c ie rto q u e la in d u stria liz a ció n fue tan to p ro ­


ducto del aval d e l estado y d e la in v ersió n e x tra n je ra c o m o d el d e­
sarrollo capitalista e sp o n tá n e o , así q u e e n c ie rto m o d o , Rusia tom ó
una vía in d e p e n d ie n te de la o c c id e n ta l.3 P e ro p a ra los c o n te m p o
c ú n e o s , la ráp id a in d u stria liz a ció n d e R usia p a re c ió u n a e sp ec tac u ­
lar d e m o stra c ió n d e q u e las p re d ic c io n e s d e los m a rx ista s e ra n
acertadas y q u e el m arx ism o ten ía al m en o s a lg u n a s d e las resp u e s­
tas a las “g ran d e s p reg u n ta s" d e la in te tig u e n tsia ru sa.
Ei m arx ism o e n R usia — c o m o e n C h in a , I n d ia y o tro s países
en d e sarro llo — te n ía un sig n ific a d o m uy d istin to d e l q u e se le d a ­
ba en los países in d u stria liz a d o s d e E u ro p a o c c id e n ta l. E ra u n a
id eo lo g ía d e m o d e rn iz a c ió n a d e m á s de u n a id e o lo g ía d e rev o lu ­
ción, H a sta L e n in , a q u ie n m al se p u e d e acu sar d e pasividad en lo
rev o lu cio n ario , se c o n sa g ró co m o m a rx ista c o n u n v o lu m in o so e s­
tudio, E l desarrollo del capitalismo en Rusia, q u e e ra ta n to análisis co­
m o a d v o c ac ió n del p ro c e s o d e m o d e rn iz a c ió n e c o n ó m ic a . V ir­
tu a lm e n te , el re sto d e los p rin c ip a le s m a rx ista s ru so s de su
g e n e ra c ió n p ro d u jo o b ras sim ilares a ésa. P o r s u p u e s to q u e la a d ­
vocación se p re s e n ta e n té rm in o s m arx ista s ( “te lo a d v e rtí” m ás
b ien q u e “yo re s p a ld o .,.”) y p u e d e s o r p r e n d e r a los le c to re s m o ­
d e rn o s q u e c o n o c e n a L e n in c o m o a u n re v o lu c io n a rio a n tic a p i­
talista. P ero el cap italism o e ra u n fe n ó m e n o “p ro g re s is ta ” p a ra los
m arxistas de la R usia de fines d el siglo x ix , u n a so c ie d a d a tra s a d a
q u e, s e g ú n la d e fin ic ió n m a rx ista , a ú n e ra se m ife u d a l. E n té rm i­
n o s id eo ló g ic o s, esta b a n a favor d el ca p italism o p o r q u e lo co n si­
d e ra b a n u n a e ta p a n e c e s a ria en la vía al so cialism o. P e ro en té r­
m in o s e m o c io n a le s, el c o m p ro m is o e ra m ás p ro fu n d o : los
m arx ista s ru so s a d m ira b a n el m u n d o m o d e r n o , in d u stria l, u rb a ­
n o y les d e s a g ra d a b a el atraso d e la R usia ru ra l. Se h a se ñ a la d o a
m e n u d o q u e L e n in — u n re v o lu c io n a rio activista d e seo so d e d a r­
le a la h isto ria u n e m p u jó n e n la d ire c c ió n a d e c u a d a — e ra u n
m a rx ista h e te r o d o x o q u e e x h ib ía alg o d e l v o lu n ta ris m o rev o lu ­
c io n a rio de la vieja tra d ic ió n p o p u lis ta . E sto es asi, p e ro es re le ­
van te a n te to d o a su c o n d u c ta e n m o m e n to s de v e rd a d e ra rev o lu ­
ción, e n to rn o d e 1905 y e n 1917. En la d é c a d a d e 1890, escogió al
m arx ism o m ás b ien que al p o p u lism o p o rq u e estab a d e l lado d e ia
m odernización; y esa elección básica explica b u e n a p a rte del cam ino
42 SHEIIA FITZPATRICK

seg u id o p o r la rev o lu c ió n ru sa d e sp u és d e q u e L e n in y su p artid o ,


to m a ra n el p o d e r e n 1917.
Los m arxistas h icie ro n o tra elección im p o rta n te e n la tem pra­
n a c o n tro v e rsia re s p e c to al cap italism o q u e m a n tu v ie ro n con el
p o p u lism o : e sc o g ie ro n la clase o b re ra u rb a n a c o m o base d e sus­
ten tació n y com o principal fuerza potencial revolucionaria de Rusia.
Ello los distinguió de la vieja tradición de la in teliguentsia revolucio­
naria rusa (p racticad a p o r los populistas y, u lte rio rm e n te, a p a rtir de
su form ación a com ienzos del siglo XX, del p a rtid o socialista revolu­
cio n ario [SR ]), con su a m o r u n ilateral p o r el cam pesinado. Tam ­
bién los distinguió de los liberales (algunos d e los cuales habían sido
m arxistas), cuyo m ovim iento de liberación em erg ería com o fuerza
p o lítica po co a n te s d e 1905, ya q u e los liberales c o n ta b a n co n u n a
revolución “b u rg u e s a ” y o btuvieron el resp a ld o de la nueva clase
profesional ν de la n obleza progresista e n ro la d a en los zemstvos.
In ic ialm e n te , la e lecció n d e ios m arxistas n o p a re c ía p a rtic u ­
la rm e n te p ro m iso ria : la clase o b re ra era p e q u e ñ a c o n rela ció n al
c a m p e sin a d o , y, en c o m p a ra c ió n co n las clases altas u rb a n a s, c a re ­
cía de estatus, e d u c a c ió n y recursos Financieros. Los p rim e ro s c o n ­
tactos de los m arx istas co n los o b re ro s fu e ro n e se n c ia lm e n te e d u ­
cativos, y co n sistie ro n en círculos y g ru p o s de e stu d io e n los cuales
in te le c tu ale s íes o fre c ía n a*los o b rero s c ie rto g ra d o d e e d u c ac ió n
g e n e ra l, así co m o e le m e n to s de m arxism o. Los h isto ria d o res difie­
re n resp e c to d e la im p o rta n c ia q u e tuvo esto en el d e s a rro llo de
u n m o v im ie n to o b re ro re v o lu c io n a rio .10 P e ro las a u to rid a d e s za­
ristas se to m a ro n la am e n a z a po lítica con b a sta n te se rie d ad . S egún
u n in fo rm e policial de 1901,11

Los agitadores que pretenden llevar a cabo sus designios han teni­
do cierto éxito en organizar a los obreros para que éstos combatan
al gobierno. En el transcurso de los últimos tres o cuatro años, el
apacible joven ruso ha sido transform ado en un tipo especial de in-
íí’ftg'CTítósemialfabeLizado, quien siente la obligación de rechazar fa­
milia y religión, ignorar la ley y negar y desafiar la autoridad consti­
tuida. A fortunadam ente, en las fábricas no abundan estos jóvenes,
pero ese m inúsculo puñado aterroriza a la mayoría inerte de los
obreros, de modo que éstos lo siguen.
£L ESCENARIO 43

Estaba claro q u e los m arxistas te n ía n u n a v en taja so b re otros


g r u p o s prim itivos d e rev o lu c io n a rio s q u e b u sc a b a n c o n ta c to con
jas m asas: h a b ía n d a d o co n un se c to r d e tas m asas d isp u e sto a es­
c u c h a r l o s . A u n q u e los o b re ro s ru so s n o e sta b a n m uy lejos d e su

orígenes cam p esin o s, e ra n m u c h o m ás alfab etizad o s c o m o g ru p o


y al m en o s alg u n o s d e ellos h a b ía n a d q u irid o u n s e n tid o m o d e r­
no, u rb a n o , de q u e p o d ía n “m e jo ra rs e ”. La e d u c a c ió n e ra u n m e­
dio d e ascenso social ta n to c o m o u n a vía h acia la rev o lu ció n a los
ojos de los in te le c tu a le s rev o lu c io n a rio s co m o de la p o licía. Los
m aestros m arxistas, a d ife ren c ia d e los m isio n ero s p o p u listas que
los p re c e d ie ro n , te n ía n p a ra o fre c e rles a sus e s tu d ia n te s algo m ás
que acoso policial.
A p a rtir d e sus c a m p a ñ a s de e d u c a c ió n de los o b re ro s, los
m a rx ista s — d esd e 1898 o rg a n iz a d o s ile g a lm e n te bajo el n o m b re
de P artid o S o c iald e m ó c rata Ruso de los T ra b aja d o re s— p ro g re sa ­
ron h a sta c o m p ro m e te rs e en o rg a n iz a r sin d icato s e n fo rm a m ás
a b ie rta m e n te p o lític a , h u e lg a s y, e n 1905, la re v o lu c ió n . La p ro ­
p o rc ió n e n tr e las o rg a n iz a c io n e s p a rtid a rio -p o lític a s y la v e rd a ­
d e ra p ro te s ta o b r e r a n u n c a fue p a re ja y p a ra 1905, a los p a rtid o s
socialistas les co stab a m a n te n e rse a la p a r del m o v im ie n to revolu­
cionario o b re ro . Sin e m b a rg o , e n tre 1898 y 1914, el P a rtid o Social­
d e m ó c ra ta R uso de los T ra b aja d o re s d ejó de se r te r r e n o exclusivo
de la in te lig u e n tsia y se tra n sfo rm ó , en se n tid o literal, en u n p a rti­
do o b re ro . Sus d irig e n te s a ú n p ro v en ía n de la in te lig u e n tsia y p a­
saban la m ayor p a rte de su tie m p o fu e ra d e Rusia, e m ig ra d o s en
E uropa, p e ro e n Rusia, la m ayor p a rte de los in te g ran te s y activistas
e ra n o b re ro s (o, en el caso de los re v o lu c io n a rio s p ro fe sio n a le s,
ex o b r e r o s ) . 12
En té rm in o s d e su teo ría, los m arxistas ru so s c o m e n z a ro n con
lo q u e p a re c e u n a grave d esv en taja en lo rev o lu c io n a rio : estab an
o b lig a d o s a tra b a ja r n o p a ra la p ró x im a rev o lu c ió n , sin o p a ra la
q u e v e n d ría d e sp u és de ésa. S eg ú n la p re d ic c ió n m a rx ista o rto d o ­
xa, el in g re so d e R usia en la fase cap italista (q u e sólo tuvo lu g ar a
fines del siglo xix) llevaría in ev ita b le m e n te al d e rro c a m ie n to de la
auto cracia p o r u n a revolución liberal burguesa. Tal vez el p roletaria­
d o resp a ld ara tal revolución, p e ro n o p arecía p ro b a b le q u e desem ­
p e ñ a ra m ás q u e u n p ap el se cu n d a rio en ésta. Rusia e sta ría m a d u ra
44 SHEILA FITZPATRICK

p a ra la rev o lu ció n p ro le ta ria socialista sólo d e sp u é s de q u e el capi­


talism o llegase a su m ad u re z, y tal vez faltara m u c h o p a ra ese m o­
m e n to .
A ntes d e 1905, éste n o p a re c ía u n p ro b le m a m uy acu cian te, ya
q u e n o h a b ía u n a rev o lu c ió n e n m a rc h a , y los m arx istas esta b a n
te n ie n d o u n relativo é x ito e n o rg a n iz a r a la clase o b re ra . S in em ­
b a rg o , un p e q u e ñ o g r u p o — los “m arx ista s leg a les” e n c ab e z a d o s
p o r P e tr Struve— llegó a id en tifica rse m a rc a d a m e n te c o n los ob­
jetiv o s d e la p rim e ra rev o lu ció n (la lib eral) de la a g e n d a m arx ista,
y a p e rd e r in te ré s e n el o b jetivo final d e la re v o lu c ió n socialista.
N o e ra s o rp r e n d e n te q u e o p o sito res a la a u to c rac ia d e m e n ta lid a d
m o d e rn iz a d o ra com o Struve h u b ie ra n a d h e rid o a los m arxistas e n
la d é c a d a d e 1890, ya q u e p a ra e n to n c e s n o h a b ía u n m o v im ien to
liberal al q u e p u d ie ra n unirse; y e ra ig u a lm e n te n a tu ra l q u e en tor­
no a fin de siglo hayan a b a n d o n a d o a los m arxistas p a ra p a rticip a r
en la fu n d ació n del liberal M ovim iento de L iberación. Sin e m b a rg o ,
la h e re jía d el m arx ism o legal fue d e n u n c ia d a sin a te n u a n te s p o r
los líd e re s s o c ia ld e m o c rá ttc o s ru so s, e n p a rtic u la r L e n in . La vio­
len ia h o stilid a d d e L enin h a c ia el “lib e ralism o b u rg u é s ” e ra algo
ilógica e n té rm in o s m arx istas y causó c ie rta p e rp le jid a d e n tr e sus
colegas. Sin e m b a rg o , e n té rm in o s re v o lu c io n a rio s, la a c titu d de
L enin e ra e x tre m a d a m e n te , racio n al.
Más o m e n o s en esa m ism a época, los líderes socialdem ócratas
ru so s re p u d ia ro n la h e re jía d e l e c o n o m icism o , es d e c ir la id e a de
q u e el m o vim iento o b re ro d e b ía en fatizar los objetivos eco n ó m ico s
m ás b ie n q u e los políticos, D e h e c h o , h a h ía pocos econom istas co­
h e re n te s en el m o v im ien to ru so , e n p a rre p o rq u e las p ro testas
o b re ra s ru sas te n d ía n a p ro g re s a r m uy rá p id a m e n te de reclam o s
p u ra m e n te ec o n ó m ico s, p o r e je m p lo , los re fe rid o s a salarios, a
otro s de n atu ra le z a p o lítica. P ero ios líd eres em ig rad o s, a m e n u d o
m ás p erceptivos de las te n d e n c ia s in te rn a s d e la so ciald em o cracia
e u ro p e a que de la situación rusa, tem ían a las ten d e n c ia s revisionis­
tas y refo rm istas q u e se h a b ía n d e s a rro lla d o en el m o v im ien to ale­
m án . En los d e b a te s d o c trin a rio s e n to rn o d el ec o n o m icism o y al
m arx ism o legal, los m arxistas ru so s d e ja b a n c la ra m e n te a se n ta d o
q u e e ra n rev o lu cio n ario s, n o refo rm istas y q u e su causa e ra la revo­
lu ció n o b re ra socialista, no la revolución d e la b u rg u esía liberal.
ESCENARIO 45

En 1903, c u a n d o el P a rtid o S o c iald e m ó c rata R uso de los T ra ­


b a d o r e s c e le b ró su s e g u n d o c o n g re so , sus d irig e n te s c h o c a ro n
por u n te m a a p a re n te m e n te m e n o r: la co m p o sic ió n d e l c o m ité
editori3^ del p e rió d ic o d e l p a rtid o , M r a .13 N o h u b o d e p o r m e d io
v e r d a d e r a s c u e stio n e s de fo n d o , a u n q u e , c u a n d o la d is p u ta g iró
en to rn o d e L e n in , p u e d e decirse que él m ism o fue el te m a en
cuestión, y q u e sus colegas c o n sid e ra b a n q u e b u sc ab a co n d e m a ­
sia d a agresividad u n a p o sic ió n d o m in a n te . La a c titu d de L e n in en
eJ co n g reso fu e avasalladora; y rec ien te m e n ce h a b ía fija d o con
gran d ecisió n el d o g m a e n varias c u e stio n es teó ricas, e n p a rtic u la r
las que h a c ía n a la o rg an iz ac ió n y las fu n c io n e s del p a rtid o . H a b ía
te n s io n e n tr e L e n in y Plejánov, el d e c a n o de los m arx ista s rusos; y
la a m istad e n tr e L e n in y su c o n te m p o rá n e o lu r i M a rto v e stab a a
p u n to d e q u e b ra rse .
El re s u lta d o del s e g u n d o co n g reso fue la división del P a rtid o
S o c iald e m ó c rata R uso d e los T ra b a ja d o re s e n las fac c io n e s “b o l­
chevique” y “m e n c h e v iq u e ”. Los bo lch ev iq u es e ra n q u ie n e s se­
guían la c o n d u c c ió n de L e n in , y los m e n c h e v iq u e s (q u e in c lu ía n
a Plejánov, M artov y T rotsky) c o n stitu ía n u n g ru p o d e in te g ra n te s,
m ayor y m ás diverso, q u e c o n sid e ra b a q u e L e n in se h a b ía e x c e d i­
do en sus a trib u c io n e s. La división n o les p a re c ió significativa a los
m arxistas q u e e sta b a n e n R usia y, c u a n d o o c u rrió , ni siq u ie ra los
e m ig rad o s la c re y e ro n irre v ersib le . Sin e m b a rg o , re su ltó p e rm a ­
n e n te ; y c o n el p aso d e l tie m p o , am b as facciones a d q u irie ro n ca­
racterísticas individuales m ás d iferen ciad as q ue las q u e las c aracteri­
zaron en 1903. U lte rio rm e n te L en in , en ocasiones e x p resó o rg u llo
p o r h a b e r sido u n “d isid e n te ”, con lo q u e m anifestaba su convicción
de q u e las org an izacio n es políticas g ran d es, d e afiliaciones p o c o in ­
tensas, e ra n m e n o s efectivas q u e g ru p o s rad icalizad o s m ás p e q u e ­
ños y d isc ip lin a d o s im b u id o s d e u n m ayor g ra d o d e c o m p ro m iso y
u n id a d id eo ló g ica. P e ro alg u n o s a trib u y e ro n esta p re fe re n c ia a su
d ific u ltad p a ra to le ra r el d e s a c u e rd o — esa “suspicacia m aliciosa"
que T rotsky llam ó “c a ric a tu ra d e la in to le ra n c ia ja c o b in a ” e n u n a
p o lém ic a a n te r io r a la re v o lu c ió n .54
En los a ñ o s p o ste rio re s a 1903, los m en c h e v iq u e s e m e rg ie ro n
com o los re p re s e n ta n te s m ás o rto d o x o s del m arxism o (sin c o n ta r a
Trotsky, q u ie n , a u n q u e fu e m en c h e v iq u e hasta m e d ia d o s d e 1917,
46 SHEILA FITZPATRICK

siem p re te n d ió a ser u n fra n c o tira d o r), m en o s in clin a d o s a forzar


la m arc h a d e los sucesos q u e c o n d u c iría n a ia rev o lu ció n y menos
in te resa d o s en c re a r u n p a rtid o rev o lu c io n a rio o rg an iz ad o y disci­
p lin ad o . T uvieron m ás éxito q u e los bo lch ev iq u es e n g a n a r ad h é ­
re n te s en las reg io n es n o rusas del im p e rio , m ie n tra s q u e los bol­
cheviques los su p e ra b a n e n su c o n v o c a to ria e n tre los o b rero s
rusos. (Sin e m b a rg o , e n am b o s p a rtid o s, los ju d ío s y o tro s n o ru ­
sos e ra n im p o rta n te s en ia c ú p u la directiva, o rig in a d a en ¡a inteli­
guentsia.) En los últim os años de la p re g u e rra , 1910-4, los m en c h e ­
viques p e rd ie ro n resp ald o o b re ro , q u e fu e g a n a d o p o r los
bolcheviques a m ed id a que el estado d e á n im o de los o b rero s se ha­
cía m ás m ilitante: los m encheviques e ra n p ercib id o s com o u n parti­
d o m ás “re s p e ta b le ” y vin cu lad o a la b u rg u esía, m ie n tra s q u e a los
bolcheviques se los c o n sid e rab a m ás o b re ro s y rev o lu cio n ario s.1^
A d ife re n c ia d e los m en ch ev iq u es, los bo lch ev iq u es te n ía n só­
lo u n líder, y su id e n tid a d esta b a d e fin id a en b u e n a p a rte p o r las
ideas y la p e rso n a lid a d de L en in . El p rim e r rasgo distintivo d e Le­
n in c o m o id eó lo g o m arx ista fue su énfasis e n la o rg an iz ac ió n p a r­
tidaria. P ercib ía al p a rtid o n o sólo co m o la v a n g u a rd ia d e la revo­
lu ció n p ro le ta ria sino, e n c ie rto se n tid o , c o m o c re a d o r de ésta,
d a d o q u e a rg ü ía q u e , p o r su c u e n ta , el p ro le ta ria d o sólo p o d ía ac­
c e d e r a u n a c o n c ie n c ia sindical n o rev o lu cio n aria.
L e n in cre ía q u e el n ú cfeo del p a rtid o d e b ía esta r c o n stitu id o
p o r rev o lu cio n ario s p rofesionales d e tie m p o c o m p le to , reclu tad o s
tan to e n tre la intelig u en tsia co m o e n tre la clase o b rera , p e ro q u e se
c o n c e n tra ra n e n la o rg an iz ac ió n p o lítica de los trabajadores más
q u e en n in g ú n o tro g ru p o social. En ¿(hié hacer? (1902) insistió en la
im p o rta n c ia de la centralización, la disciplina estricta y la u n id ad
ideológica d e n tro del partid o . P o r su p u esto q u e éstas eran co n d u c ­
tas lógicas p a ra u n partid o q u e o p e ra b a clan d estin am en te en u n es­
tado policial. Así y todo, a m uchos d e los c o n te m p o rá n e o s d e L enin
(y u lte rio rm e n te a m u ch o s estudiosos) les p a re c ía q u e el d esag rad o
de L enin p o r las o rg an izacio n es d e m asas am plias q u e p e rm itía n
m ayor diversidad y e sp o n ta n e id a d n o e ra sólo u n a cuestión prácti­
ca sino q u e reflejaba su n atu ral te n d e n c ia al au toritarism o.
L en in d ifería d e m u ch o s o tro s m arx istas ru so s en q u e p arecía
d e s e a r a ctiv am en te u n a re v o lu c ió n p ro le ta ria m ás b ien q u e sim-
^ - e s c e n a r io 47

; jeiTiente p re d e c ir q u e ésta o c u rriría . Éste e ra u n rasgo d e carác­


ter que in d u d a b le m e n te h a b ría d e s p e rta d o la sim p a tía d e Karl
j^arx, a p e sar del h e c h o d e q u e re q u e ría d e a lg u n a revisión del
iuarxisroo o rto d o x o . La id e a de q u e la b u rg u e sía lib e ral d e b ía ser
ja c o n d u c to ra n a tu ra l d e la rev o lu ció n a n tia u to c rá tic a de Rusia
nunca fue v e rd a d e ra m e n te a c e p ta b le p a ra L enin; y e n D os tácticas
¿g la socialdemocracia, escrita e n p le n a rev o lu ció n d e 1905, insistió
en que el p ro le ta ria d o — a lia d o al revo lto so c a m p e s in a d o r u s o —
podía y d e b ía d e s e m p e ñ a r u n p ap el d o m in a n te . E staba claro q u e
era necesario p a ra c u a lq u ie r m arx ista ru so con in te n c io n e s revo­
lucionarias serias e n c o n tra r u n a fo rm a d e p asar p o r alto la d o c tri­
na del liderazgo rev o lu c io n a rio b u rg u és, ν T rotskv hizo u n in te n to
similar y tal vez m ás exitoso co n su teo ría de la "revolución p e rm a ­
n e n te ”. A p a rtir d e 1905, e n los escritos d e L e n in a p a re c e n c o n
creciente frecuencia las palabras “d ic ta d u ra ”, “in su rre c c ió n ” ν 'g u e ­
rra civil”. C oncebía la fu tu ra transferencia d e p o d e r revolucionaria
en estos térm in o s ásperos, vio len to s y realistas.

La r e v o lu c ió n d e 1 9 0 5 y s u s c o n s e c u e n c ia s ;
la P rim era G u er ra M u n d ia l

La Rusia zarista tard ía e ra u n a p o te n c ia m ilita r e n e x p a n sió n ,


do tad a del m ayor ejército p e rm a n e n te de todas las g ra n d e s p o te n ­
cias de E u ro p a . Su fu erza fre n te al m u n d o e x te rio r e ra u n a fu e n te
de org u llo , un lo g ro q u e h a c ía de c o n tra p e s o a los p ro b le m a s in ­
tern o s po lítico s y e c o n ó m ic o s del país. E n p alab ras q u e se le a tri­
buyen a un m in istro d e l I n te r io r de p rin c ip io s del siglo XX, u n a
“p e q u e ñ a g u e rra v icto rio sa ” e ra el m e jo r re m e d io a la in tra n q u ili­
d a d in te r n a de R usia. Sin e m b a rg o , h istó ric a m e n te , éste e ra u n
p o stu lad o m ás b ien d u d o so . En el tra n sc u rso del m e d io siglo pasa­
do, las g u e rra s rusas n o h a b ía n te n d id o ni a ser exitosas ni a fo rta ­
le c e r la co n fian za d e la s o c ie d a d e n el g o b ie rn o . La h u m illa c ió n
m ilitar de la g u e rr a d e C rim e a p re c ip itó las rad icales re fo rm a s in­
te rn a s de la d é c a d a de I860. La d e rr o ta d ip lo m á tic a su frid a p o r
Rusia tras su in te rv e n c ió n m ilita r e n los B alcanes a fines de la d é ­
cad a d e 1870 p ro d u jo u n a crisis p o lític a in te r n a q u e sólo finalizó
48 SHEILA FITZPATRICK

co n el asesin a to d e A le ja n d ro IL A c o m ie n z o s d e l siglo XX, la ex­


p a n sió n ru sa en el L ejano O rie n te la llevaba a un c h o q u e co n otra
p o ten cia e x p a n sio n ista d e la reg ió n , J a p ó n . A u n q u e alg u n o s d e los
m inistros d e N icolás II in sta ro n a la calm a, el s e n tim ie n to q u e pre-
valecía en la c o rte y ¡os a lto s círcu lo s b u ro c rá tic o s e ra q u e h a b ía '
cosas e n el E x tre m o O rie n te d e las q u e sería fácil a d u e ñ a rs e y que.
J a p ó n — a fin de c u e n ta s, u n a p o te n c ia in ferio r, no e u ro p e a -— no
se ría u n ad v ersario p e lig ro so . In ic ia d a p o r J a p ó n , p e ro p ro v o ca d a
casi e n el m ism o g ra d o p o r la p o lític a ru sa e n el L e jan o O rie n te ,
ia g u e rra ru so -jap o n e sa estalló e n e n e ro cié 1904.
P ara Rusia, la g u e rra tuvo c o m o resu lta d o u n a serie d e desas­
tres y hum illacio n es en tie rra y m ar. El en tu siasm o p a trió tic o inicia!
d e la so c ie d a d re sp e ta b le n o ta rd ó e n m a rc h ita rs e y — tal co m o
o c u rrió e n la h a m b ru n a d e 1891-— ios in te n to s d e o rg anizaciones
p úblicas co m o los zemstvos d e av u d ar al g o b ie rn o en la em e rg en c ia
sólo c o n d u je ro n a fru stra c ió n ¿ s y conflictos c o n la b u ro cra c ia . Es­
to dio im p u lso al m o v im ien to lib eral, p u e s ia a u to c ra c ia sie m p re
p a re c ía m en o s to lerab le c u a n to m ás c la ra m e n te d e m o stra b a ser in­
c o m p e te n te e in eficien te; y la n o b leza de los zemstvos y los profesio­
nales se alin earo n tras el ilegal m o vim iento llam ad o “lib e ra c ió n 3', di­
rig id o d esd e E u ro p a p o r P e tr Struve y o tro s activistas liberales. En
los últim os m eses d e 1904, m ie n tra s la g u e rra p ro se g u ía , los lib era­
les d e Rusia o rg a n iz a ro n u n a c a m p a ñ a d e b a n q u e te s (q u e tuvo co­
m o m o d e lo la e m p le a d a c o n tra el rey d e F rancia, Luis F elip e, en
1847) p o r m ed io de la cual la e lite social ex p re só su apoyo a la id ea
d e re fo rm a c o n stitu c io n al. AÎ m ism o tie m p o , el g o b ie rn o estaba
bajo otras presiones, in clu y e n d o ataques terro ristas c o n tra sus fun­
cionarios, m anifestaciones estu d ian tiles y h u e lg a s o b reras. E n e n e ­
ro d e 1905, ios tra b a ja d o re s d e P e te rsb u rg o c o n v o c aro n a u n a
d e m o stra c ió n pacífica — n o o rg a n iz a d a p o r m ilitan tes y revolucio­
n ario s sino p o r un sacerd o te re n e g a d o con co n ex io n es policiales, el
p a d re G ap o n — p ara lla m a r ia a te n c ió n del Z ar so b re sus reclam os
económ icos. El d o m in g o sa n g rie n to (9 de e n e ro ) , las tro p as disp a­
ra r o n so b re los m an ifestan te s q u e se h a lla b an fre n te al Palacio de
In v ie rn o , y la revolución d e 1905 com enzó.
El espíritu d e solidaridad nacio n al c o n tra la a u to c rac ia fue m uy
fu e rte d u ra n te los p rim e ro s nu ev e m eses d e 1905. La p rete n sió n
‘(■Et ESCENARIO 49

%t>efal d e H derar el m o v im ie n to re v o lu c io n a rio n o su frió c u e stio ­


nan! ien to s senos; y su cap ac id ad d e n e g o c ia r con e! ré g im e n se ba­
só n o sólo e n el resp a ld o de ios zevisívm y d e los n uevos sin d ic a to s
de p ro fesio n ales d e clase m e d ia sin o tam b ié n e n las h e te ro g é n e a s
presiones re p re s e n ta d a s p o r m a rc h a s e stu d ia n tile s, h u e lg a s o b re ­
ras, d e só rd e n e s cam p esin o s, m o tin es e n las fuerzas a rm a d a s y agi­
tación e n las reg io n e s n o rusas del im p e rio . P o r su parce, la a u to ­
c r a c i a se m an tu v o c o n siste n te m e n te a la defensiva, e m b a rg a d a p o r

el p án ico y la co n fu sió n y a p a re n te m e n te fue in c a p a z d e re s ta u ra r


el o rd e n , Sus perspectivas d e su p erv iv en cia tu v ie ro n u n a m a rc a d a
m ejora c u a n d o W itte se las in g e n ió p a ra n e g o c ia r la paz c o n J a p ó n
(tra ta d o d e P o rts m o u th ) e n té rm in o s n o ta b le m e n te v en tajo so s a
fines d e a g o sto d e 1905, P e ro el ré g im e n a ú n te n ía u n m illó n de
h o m b re s e n M a n ch u ria, y ie e ra im p o sib le re g re sa rlo s al fre n te in­
te rn o e n el fe rro c a rril íra n s ib e ria n o h asta q u e los ferro v ia rio s en
h u e lg a n o volvieran a sus tareas.
L a c u lm in a c ió n d e la rev o lu c ió n lib e ra l fue eí M an ifiesto d e
o c tu b re d e N icolás 11 (1 9 0 5 ), en eí cual c o n c e d ía el p rin c ip io de
u n a c o n s titu c ió n y p ro m e tía c re a r u n p a rla m e n to electivo n a c io ­
nal, la D um a. El m an ifiesto dividió a los liberales: los o c tu b rista s lo
a c e p ta ro n , m ie n tra s q u e los d e m ó c ra ta s c o n s titu c io n a le s (ca d e ­
tes) su sp e n d ie ro n fo rm a lm e n te su a c ep ta ció n h asta ta n to n o se hi­
ciesen nuevas c o n cesio n es. Sin e m b a rg o , e n la p rác tic a , los lib e ra ­
les a b a n d o n a r o n la actividad re v o lu c io n a ria p o r el m o m e n to y
c o n c e n tra ro n sus e n e rg ía s e n o rg a n iz a r los nuevos p a rtid o s octu-
b rista y c a d ete p a ra las u lte rio re s e le c c io n e s d e la D u m a .
Sin e m b a rg o , los o b re ro s m a n tu v ie ro n su activ id ad rev o lu cio ­
n a ria h asta fin d e a ñ o , h a c ié n d o se m ás visibles q u e n u n c a e in te n ­
sifican d o su m ü ttan cia. En o c tu b re , los tra b a ja d o re s d e P e te rs b u r­
go o rg a n iz a ro n u n “soviet" o co n sejo d e r e p r e s e n ta n te s d e los
tra b a ja d o re s elegidos en las Fábricas. La fu n ció n p rá c tic a d el soviet
d e P e te rsb u rg o e ra p ro v e e r a la c iu d a d c o n u n a s u e rte d e g o b ie r­
n o m u n ic ip a l de e m e rg e n c ia d u r a n te u n p e río d o e n q u e ías o tra s
in stitu c io n e s esta b a n paralizad as y te n ía lu g ar u n a h u e lg a g e n e ra l.
P e ro ta m b ié n se co nvirtió e n u n fo ro p o lític o p a ra los tra b a ja d o ­
res, y, e n m e n o r g ra d o , p a ra los socialistas d e ios p a rtid o s revolu­
c io n a rio s (Trotsky, q u e p o r e n to n c e s e ra m e n c h e v iq u e , d e v in o e n
50 SHEILA FITZPATRICK

u n o d e los líd eres de los soviets). D u ra n te u n o s m eses, las a u to ri­


d a d e s zaristas tra ta ro n al soviet c o n c a u te la , y s u rg ie ro n cu e rp o s
sim ilares e n M oscú y otras ciudades. P ero a com ienzos de diciem ­
b re, fue d isp ersad o m e d ia n te u n a exitosa o p e ra c ió n policial. La
n o tic ia del a ta q u e c o n tra el soviet d e P e tersb u rg o p ro d u jo u n a in ­
su rre c ció n a rm a d a del soviet de M oscú, en el q u e los bolcheviques
h a b ía n g a n a d o c o n sid e rab le in flu e n cia . Las tro p a s la a p la staro n ,
p e ro los o b re ro s se d e fe n d ie ro n y h u b o m uchas bajas.
La revolución u rb a n a de 1905 p ro d u jo los m ás serios alza­
m ien to s cam pesinos desde la revuelta d e Pugachev a fines del siglo
XVIII. P ero las revoluciones u rb a n a y ru ra l no fu e ro n sim ultáneas.
Las in su rre c c io n e s cam pesinas — q u e consistían en sa q u ea r y q u e ­
m a r las casas solariegas y a ta c a r a te rra te n ie n te s y fu n c io n a rio s—
c o m e n z a ro n en el verano de 1905, a lcan zaro n u n pico a fines del
o to ñ o , a m a in a ro n v‘ regO re saro n en Oç ra n escala en 1906. P ero inclu-
so a fines de 1905, el ré g im e n ten ía la suficiente fu erza com o p a ra
e m p le a r tropas en u n a c a m p a ñ a de pacificación a ld e a p o r aldea.
Para m ed iad o s de 1906, todas las tro p as h a b ía n reg resad o del Le­
ja n o O r ie n te y la d isc ip lin a h a b ía sido re s ta u ra d a en las fu erz a s
a rm a d a s . En el in v ie rn o de 1906-7, b u e n a p a rte d e la R usia r u ­
ral e sta b a bajo la ley m arcial y la ju s tic ia s u m a ria (in c lu y e n d o
m ás d e mil e je c u c io n e s) e ra a d m in is tra d a p o r u n a c o rte m arcial
de c a m p a ñ a .
La n o b leza te rra te n ie n te ru sa a p re n d ió u n a lección d e los
ep iso d io s de 1905-6: q u e sus in te re se s esta b a n ligados a los d e la
a u to c rac ia (que tal vez p u d ie ra p ro te g e rla del vengativo cam p esi­
n a d o ) y n o a los d e los lib e rale s.!6 P ero en té rm in o s u rb a n o s, la r e ­
volución d e 1905 no p ro d u jo u n a co n cien cia tan clara d e la p olari­
zación de clases: ni siq u iera los m ás socialistas c o n sid e ra b a n que
éste fu era un 1848 ru so en e! q u e q u e d a b a n al d e scu b ie rto la n a tu ­
raleza tra icio n era del liberalism o y el a n ta g o n ism o esencial de b u r­
g uesía y p ro le ta ria d o . Los liberales — q u ie n e s re p re s e n ta b a n u n a
clase m ed ia más bien profesional q u e capitalista— se h ab ían h e c h o
a u n lado en octu b re, p e ro no se h a b ía n u n id o al rég im en en el ata­
q u e c o n tra la revolución d e los trab ajad o res. Su a c titu d h acia los
m ovim ientos o b re ro y socialista fue m ucho m ás b e n ig n a q u e la de
los liberales de la m ayor p a rte d e ios países e u ro p e o s. P o r su p a rte ,
£LESCENARIO 51

los trabajadores p a re c e n h a b e r p e rc ib id o q u e los liberates e ra n u n


a|iado m ás tim o ra to q u e tra icio n e ro .
Ei resu lta d o político d e la revolución d e 1905 fu e a m b ig u o , y,
en cierto m o d o , insatisfactorio p a ra todos los im plicados. E n las le·
yes fu n d a m e n ta le s de 1906 — lo m ás p a re c id o q u e R usia h u b ie ra
tenido a u n a c o n stitu c ió n — N icolás dejó clara su c re e n c ia d e q u e
Rusia a ú n era u n a au to cracia. Es cierto q u e el a u tó c ra ta a h o ra c o n ­
sultaba con un p a rla m e n to electo, y que los p artid o s h a b ía n sido le­
galizados. P ero la D u m a te n ía p o d eres lim itados; los m inistros sólo
le resp o n d ía n al au tó crata; y, u n a vez q u e las dos p rim e ra s D um as
d e m o stra ro n s e r in su b o rd in a d a s y fu e ro n a rb itra ria m e n te d isu el­
tas, se in tro d u jo un nuevo sistem a ele c to ra l q u e les q u itó p rá c tic a ­
m e n te to d a a u to rid a d a varios g ru p o s sociales y d io u n a excesiva
re p re s e n ta c ió n a la n o b le z a te rra te n ie n te . Tal vez la p rin c ip a l im ­
p o rta n c ia q u e tuvo la D u m a fue la de p ro v ee r u n fo ro p ú b lic o p a­
ra el d e b a te p o lític o y un ca m p o d e e n tre n a m ie n to p a ra los p o líti­
cos. Las re fo rm a s p o líticas d e 1905-7 c re a ro n p a rla m e n ta rio s d el
m ism o m o d o en q u e las refo rm a s legales d e la d é c a d a de 1860 h a­
bían c re a d o a b o g a d o s; y a m b o s g ru p o s te n ía n u n a te n d e n c ia
in n a ta a d e s a rro lla r v alores y a sp ira c io n e s q u e la a u to c ra c ia n o
p o d ía to lerar.
Algo q u e la rev o lu ció n d e 1905 no cam bió fue el ré g im e n p o ­
licial q u e se h a b ía d e sa rro lla d o p le n a m e n te en la d é c ad a d e 1880.
El p ro ce so d e ju stic ia o rd in a ria c o n tin u a b a s u sp e n d id o (co m o lo
ejem plifican las c o rte s m arciales d e c a m p a ñ a q u e lid iaro n co n los
cam p esin o s re b e ld e s en 1906-7) p a ra b u e n a p a rte d e la p o b lac ió n
d u ra n te c o n sid e ra b le s p e río d o s. P o r su p u e sto q u e h a b ía razo n es
c o m p re n sib le s p a ra q u e esto fuese así: el h e c h o de q u e en 1908,
u n a ñ o c o m p a ra tiv a m e n te tra n q u ilo , 1.800 fu n c io n a rio s re su lta ­
ran h e rid o s y 2.083 m u e rto s e n ata q u e s de m otiv ació n p o lític a 1'
Índica cu án tu m u ltu o sa seg u ía sie n d o la so cied ad y h asta q u é p u n ­
to el ré g im e n c o n tin u a b a a la defensiva. P ero esto significaba que,
e n m u c h o s p u n to s, las refo rm a s polídcas no e ra n m ás q u e u n a fa­
ch ad a. Los sin d icato s, p o r e je m p lo , h a b ía n sido, en p rin c ip io , le­
galizados, p e ro a m e n u d o g rem io s específicos e ra n c la u su rad o s
p o r la policía. Los p a rtid o s políticos e ra n legales, y h a sta los p a rti­
dos socialistas rev o lu c io n a rio s p o d ía n c o m p e tir en las e le c c io n e s
52 SHEILA FITZPATRlCRj

de la D um a y g a n a r alg u n o s escaños; p e ro sin e m b a rg o los inte­


g ra n te s d e los p a rtid o s socialistas rev o lu c io n a rio s c o n tin u a b a n
sie n d o a rrestad o s con ta n ta fre c u e n c ia co m o en el p asad o , y los je ­
fes p artid ario s (la m ayor p a rte de los cuales h a b ía reg re sad o a Ru­
sia d u ra n te la revolución de 1905) fu e ro n forzados a e m ig ra r otra
vez p a ra evitar la cárcel y el exilio.
En retrospectiva, p u e d e p a re c e r q u e los rev o lu cio n ario s m ar­
xistas, co n las concesiones o b te n id a s e n 1905, y 1917 q u e ya se per­
filaba e n el h o riz o n te , d e b e n de h a b e rse c o n g ra tu la d o p o r el es­
p e c ta c u la r d e b u t re v o lu c io n a rio d e los trab ajad o res y m ira d o con
co nfianza hacia el fu tu ro . P ero , d e h e c h o , su e sta d o de án im o e ra
m uy d ife re n te . Ni los bolch ev iq u es ni los m e n c h e v iq u e s tuvieron
m ás q u e u n a p a rtic ip a c ió n m a rg in a l e n la rev o lu ció n o b re ra de
1905: n o es q u e los o b rero s los h u b ie se n rec h a z ad o , sino m ás b ien
q u e los so b re p a sa ro n , y esto hizo q u e m u ch o s, y en p a rtic u la r Le­
n in , m ira se n las cosas c o n c ie rta fria ld a d . La revolución h a b ía lle­
g ad o , p e ro el rég im en se h a b ía d e fe n d id o y h ab ía sobrevivido. En
la in te lig u e n tsia se hab ló m u c h o d e a b a n d o n a r el su eñ o revolucio­
nario y las viejas ilusiones d e p e rfe c d b ilid a d social. Desde el p u n to
de vista revolucionario, te n e r u n a fach ad a d e instituciones políticas
legales y u n a nueva g e n e ra c ió n d e políticos liberales e n g re íd o s y
p a rlan ch in es (para resu m ir lo q u e p e n sab a de ellos L en in , q u e no
d ife ría d e m a siad o d e la o p in ió n d e N icolás II) n o re p re s e n ta b a
n in g u n a g an ancia. P ara los líd e res rev olucionarios tam b ién era
h o n d a, casi in so p o rtab lem en te d e cep cio n an te, regresar a la fam iliar
so rdidez d e la vida en la em igración. Los em igrados n u n c a fu ero n
m ás susceptibles y litigiosos q u e e n los años c o m p re n d id o s e n tre
1905 y 1917; d e hech o , las co n tin u a s riñas m ezquinas de los rusos
constituían u n o de los escándalos de la socialdem ocracia eu ro p e a , y
L enin e ra u n o d e los peores en ese sentido.
U n a d e las m alas noticias q u e tra je ro n los años d e p re g u e rra
fue q u e el rég im en se estaba p o r e m b a rc a r en u n p ro g ra m a de re ­
fo rm a a g ra ria de fo n d o . Las in su rre c c io n e s cam p esin as d e 1905-7
h a b ía n p e rsu a d id o al g o b ie rn o d e a b a n d o n a r su p rem isa a n te rio r
de q u e el m ir e ra la m ejor g a ra n tía d e esta b ilid ad ru ra l. C ifrab a
a h o ra sus esperanzas e n la c re a c ió n de u n a nueva clase de p e q u e ­
ñ o s g ra n je ro s in d e p e n d ie n te s, u n a a p u e sta p o r los “sobrios y fuer-
| l e s c e n a r io 33

tes”, según la d escrib ió el p rim e r m in istro de N icolás, P e tr Stoly-


pin- A hora, se a le n ta b a a los cam p esin o s a c o n so lid a r sus posesio­
nes y separarse del mir, y se e sta b lec iero n co m isio n es de tierras en
las provincias p a ra facilitar el proceso. Se d ab a p o r sen tad o q u e los
pobres v en d erían su p a rte y se irían a las ciudades, m ie n tra s q u e los
más p ró sp e ro s m e jo ra ría n y e x p a n d iría n sus p ro p ie d a d e s , a d q u i­
r ie n d o así la m e n ta lid a d c o n se rv a d o ra y p e q u e ñ o b u rg u e sa de,
por ejem plo, el g ra n je ro c a m p e sin o francés. P ara 1914, a p ro x im a ­
dam ente u n 40 p o r c ie n to d e los h o g ares c a m p e sin o s d e la Rusia
europea se h a b ía n se p a ra d o fo rm a lm e n te del mir, a u n q u e , d e b id o
a la c o m p lejid ad legal y p rác tic a del p ro ce so , sólo u n a c a n tid a d re ­
lativam ente p e q u e ñ a d e ellos h a b ía c o m p le ta d o los pasos u lte rio ­
res necesarios p a ra e stab lecerse com o p ro p ie ta rio s q u e e x p lo ta ra n
sus p o rc io n e s d e tie rra p ro p ia s y c o n so lid a d a s.13 Las refo rm as de
Stolypin eran “progresistas”, según la term inología m arxista, ya que
sentaban las bases p a ra u n desarrollo capitalista de la agricultura.. Pe­
ro en contraste con el desarrollo del capitalism o u rbano, las im plica­
ciones d e co rto y m e d ia n o plazo d e este paso para, la revolución r u ­
sa e ra n m uy d e p rim e n te s. El c a m p e sin a d o trad icio n al d e Rusia e ra
dado a la in su rrec c ió n . Si las refo rm as de Stolypin fu n c io n a ra n (y
L enin, e n tre otros, tem ía q u e así p o d ía o c u rrir), el p ro le ta ria d o r u ­
so p e rd e ría un im p o rta n te aliad o revolucionario.
En 1906 la e c o n o m ía ru sa fue refo rz a d a p o r u n e n o rm e em ­
p ré stito (d o s mil d o sc ie n to s c in c u e n ta m illones de fran co s) q u e
W itte n eg o ció c o n u n co nsorcio b a n c ario in te rn a c io n a l; y la in d u s­
tria n acio n al y de capital e x tra n je ro se e x p a n d ió velozm ente e n los
añ o s de p re g u e rra . P o r su p u e sto q u e ello significó q u e la clase
o b re ra in d u stria l ta m b ié n se e x p a n d ió . P e ro la p ro te sta lab o ra l
d ism inuyó a b ru p ta m e n te d u ra n te alg u n o s años tras el feroz aplas­
ta m ie n to del m o v im ie n to rev o lu c io n a rio o b re ro d u ra n te el invier­
n o de 1905-6, y sólo re c u p e ró fu e rz a e n to rn o de 1910. Las h u e l­
gas d e g ra n escala se h ic ie ro n c ad a vez m ás fre c u e n te s en los años
in m e d ia ta m e n te a n te rio re s a la g u e rra , c u lm in a n d o c o n la h u e lg a
g e n e ra l de P e tro g ra d o e n el v e ra n o d e 1914, q u e fue lo suficiente­
m en te seria com o p a ra q u e algunos observadores d u d a ra n de si Ru­
sia p o d ría arriesgarse a m ovilizar su ejército p a ra ir a la g u erra. Las
d em an d as d e los trabajadores e ra n políticas adem ás de económ icas;
54 SHEILA FITZPATRICK

y sus quejas c o n tra el rég im en in clu ían resp o n sab ilizarlo del dom i­
nio e x tra n je ro en m uchos sectores de la in d u stria rusa, así com o el
e m p le o de la c o e rc ió n c o n tra los tra b a ja d o res m ism os. En Rusia,
los m encheviques p ercib ían q u e p e rd ía n respaldo a m e d id a q u e los
o b rero s se volvían más violentos y beligerantes, m ien tras q u e los bol­
cheviques to g a n a b an . P ero ello n o alegró en fo rm a p e rc e p tib le a
los líd eres bolcheviques em ig rad o s: d e b id o a las m alas c o m u n ic a ­
ciones c o n Rusia, es p ro b ab le q u e no tuvieran p le n a c o n c ie n c ia de
la situ ació n , y su p o sición e n la c o m u n id a d d e ru so s e m ig ra d o s y
socialistas e u ro p e o s era cad a vez m ás d éb il y a isla d a.15
C u a n d o e n agosto d e 1914 estalló la g u e rra e n E u ro p a y Rusia
se alió con F ra n cia e In g la te rra c o n tra A lem an ia y A ustria-H un-
gría, ios e m ig rad o s p o líticos q u e d a ro n casi c o m p le ta m e n te aisla­
dos d e Rusia, ad em ás d e e x p e rim e n ta r los p ro b le m a s h a b itu a le s
p a ra los resid e n te s e x tra n je ro s en tiem pos d e g u e rra . E n el movi­
m ie n to socialista e u ro p e o e n g e n e ra l, m u ch o s q u e h asta e n to n c e s
e ra n in te m a c io n a lis ta s se h ic ie ro n p a trio ta s de u n d ía p a ra o tro
c u a n d o se d e c la ró la g u e rra . Los ru so s te n ía n m en o s in clin a c ió n
q u e los o tro s p o r el p atrio tism o d ire c to , p e ro la m ayor p a rte d e
ellos a d o p tó ¡a posición “d e fe n sista ” q u e im p licab a re sp a ld a r el es­
fuerzo bélico de Rusia e n tan to éste se realizase en d e fe n sa del te­
rrito rio ruso. Sin e m b a rg o , L en in p e rte n e c ía al m in o rita rio g ru p o
de los “d e rro tis ta s ”, q u ien e s re p u d ia b a n d e p la n o la cau sa d e su
país: e n lo q u e re sp e c ta a L e n in , c o n sid e ra b a q u e se tra ta b a d e
u n a g u e rra im p erialista, y lo m ejo r q u e se p o d ía e s p e ra r e ra u n a
d e rro ta ru sa q u e tal vez provocase la g u e rra civil ν la rev o lu ció n .
Esta e ra u n a p o stu ra c o n tro v e rtid a , a u n en el m o v im ien to socialis­
ta, ν ios bolcheviques se e n c o n tra ro n con q u e los h acía o b jeto de
m u ch a s m iradas frías. En Rusia, todos los bolch ev iq u es co n o cid o s
— in clu y en d o a los d ip u ta d o s d e la D um a— fu e ro n a rre sta d o s d u ­
ra n te el tran scu rso de la g u e rra .
Al igual q u e en 1904, la d e c la ra c ió n ru sa d e g u e rr a p ro d u jo
u n a o le a d a p ú b lic a d e e n tu sia sm o p a trió tic o , m u c h o a g ita r de
b a n d e ra s p a trio te ro , u n a m o ra to ria tem p o ral a los e n fre n ta m ie n ­
tos in te rn o s y b ie n in te n c io n a d o s in te n to s p o r p a rte d e la so cied ad
re sp e ta b le y las o rg an iz ac io n e s no g u b e rn a m e n ta le s d e asistir al
g o b ie rn o e n su esfu erzo b élico. P ero u n a vez m ás, los án im o s n o
EL ESCENARIO 55

tard aro n e n agriarse. El ejército ru so sufrió a p la sta n te s d e rro ta s y


pérdidas (u n total de cinco m illones de bajas e n tre 1914-7), y el ejér­
cito a le m án p e n e tró p ro fu n d a m e n te en los te rrito rio s o c c id e n ta ­
les del im p e rio , p ro v o c a n d o un c a ó tico in g re so d e re fu g ia d o s a
Rusia c e n trai. La d e rro ta p ro d u c e sospechas so b re traición en los
altos niveles, y u n o d e los b lan co s p rin c ip ale s fue la esposa de Ni­
colás, la e m p e ra triz A lejan d ra, q u ie n , p o r n a c im ie n to , era u n a
princesa a le m an a . El e scá n d a lo ro d e a b a la re la c ió n d e A lejan d ra
con R asputin, u n p e rso n a je d u d o s o p e ro carism ático , en q u ien
ella confiaba, p o r c o n s id e ra d o un v e rd a d e ro h o m b re de Dios que
p o d ía c o n tro la r la hem ofilia de su hijo. C u a n d o N icolás asum ió las
resp o n sab ilid ad es de c o m a n d a n te en je fe del ejército ru so , que lo
alejaro n d e la capital d u ra n te largos p e río d o s, A le ja n d ra y R aspu­
tin c o m e n z a ro n a e je rce r u n a desastrosa in flu en cia so b re las desig­
naciones m inisteriales. Las relacio n es e n tre el g o b ie rn o y la c u a r­
ta D u m a se d e te rio ra ro n d rá sü c a m e n te : el á n im o e n la D u m a y en
la p o b la c ió n e d u c a d a e n g e n e ra l fue c a p tu ra d o p o r la frase con
q u e el d irig e n te d e los cadetes Pavel M ilyukov p u n tu ó u n discurso
sobre las deficiencias del g o b iern o : “¿es e stu p id ez o traició n ?” A fi­
nes d e 1916, R asputin fue a sesin a d o p o r alg u n o s jó v e n e s nobles
cerc a n o s a la c o rte y p o r u n d ip u ta d o de la D um a, cuyos m otivos
e ra n salvar el h o n o r d e Rusia y d e la au to cracia.
Las p re sio n e s d e la P rim e ra G u e rra M u n d ial — e in d u d a b le ­
m e n te las p e rso n a lid a d e s d e N icolás y su esposa, así co m o la trage­
dia fam iliar d e la h em o filia de su p e q u e ñ o hijo— 20 d e sta c aro n en
u n m arc ad o relieve las características a n a c ró n ic a s d e la au to c rac ia
ru sa e h ic ie ro n que Nicolás p a re c ie ra m enos u n d e fe n so r de la tra­
d ició n a u to c rá tic a q u e u n in v o lu n ta rio c a ric a tu rista d e ésta. El
ju e g o d e las sillas” m inisterial de favoritos in c o m p e te n te s en el ga­
b in e te , el c u ra n d e ro cam p esin o y a n a lfab e to e n la c o rte , las in tri­
gas de la alta n o b leza q u e llevaron al asesin ato de R asputin y hasta
la é p ica h isto ria de la e m p e c in a d a resisten cia de éste a la m u e rte
p o r v e n e n o , balas y a h o g a m ie n to ; to d o p a re c ía p e rte n e c e r a u n a
ép o c a p asada, ser u n a c o m p a ñ a m ie n to g ro tesco e irrelev an te a las
realid ad es p ro p ias del siglo XX: tre n e s d e tropas, g u e rra de trin ch e­
ras y m ovilización e n m asa. Rusia no sólo ten ía u n a p o b lació n e d u ­
cada q u e p e rc ib ía esto, sino tam b ién in stitu cio n es co m o la D um a,
56 SHEILA FITZPATRICK

los p a r lidos politicos, los zemscvos ν el co m ité de in d u stria s d e gue­


rra de los in d u striales, q u e e ra n ag en tes p o te n c ia le s d e transición
e n tre el viejo rég im en y el nuevo in u n d o ,
E n vísperas de la P rim e ra G u e rra M u n d ial, la situ a c ió n d e la
a u to c rac ia e ra precaria, La so cied ad estaba p r o fu n d a m e n te dividi­
d a ν la e s tru c tu ra b u ro crá tic a e ra frágil y su c a p ac id ad estab a exce­
d id a. El rég im en e ra tan v u ln e ra b le a c u a lq u ie r tipo de sa cu d id a u
o b stácu lo q u e es difícil im a g in a r q u e h u b ie ra p o d id o sobrevivir
p o r m u c h o tie m p o , aun sin la g u e rra , si b ie n está claro q u e , bajo
o tras circu n stan cias, e! cam bio p o d ía h a b e rse p ro d u c id o m e n o s
v io le n ta m e n te y co n m en o s co n secu en cias rad icales q u e la fo rm a
e n q u e esto o c u rrió en 1917.
La P rim era G u e rra M u n d ial ex p u so e in c re m e n tó la v u ln e ra ­
bilid ad del an tig u o rég im en ruso. El p ú b lic o a p la u d ió las victorias,
p e ro n o to le ró las d e rro tas. C u a n d o éstas ten ía n lugar, la so cied ad
n o se u n ía tras el g o b ie rn o ( u n a re a c c ió n re la tiv a m e n te n o rm a l,
e sp ec ialm en te si el e n e m ig o invade el suelo p a trio , y q u e Fue la de
R usia e n 1812 y e n 1941-2) sin o q u e se volvió v io le n ta m e n te c o n ­
tra éste, d e n u n c ia n d o su in c o m p e te n c ia y a tra so en to n o d e d es­
p rec io y su p e rio rid a d m oral. Ello sugiere q u e la leg itim id ad d el ré­
gim en ya e ra e x tre m a d a m e n te precaria, y q u e su supervivencia
estaba e stre c h a m e n te vinculada a los logros tangibles q u e ob tu v iera
y, d e n o h a b e rlo s, a ía m e ra su e rte . El viejo ré g im e n fue a fo rtu n a ­
do en 1904-6, o tra ocasión en q u e las d e rro ta s bélicas lo su m ie ro n
e n la rev o lu ció n , p u e s p u d o sa lir de la g u e rr a c o n relativa p r o n ti­
tu d y h o n o r, o b te n ie n d o a d e m á s u n im p o r ta n te e m p ré s tito p o s ­
b é lic o de E u ro p a , q u e p o r e n to n c e s e s ta b a e n paz. N o tuvo ta n ­
ta s u e rte e n 1914-7. La g u e rr a se p r o lo n g ó d e m a sia d o , a g o ta n d o
n o só lo a R usia, sin o a to d a E u ro p a . Más de un a ñ o an tes de q u e
el arm isticio se celebrara en E uropa, el viejo régim en d e Rusia h ab ía
m u erto .

También podría gustarte