Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
ec
, ,.-·SARANCE.. ·
· ·� �
,. -�
' .
:�
·
·
-
-
::
";·
. ....
. .
-
�.
· _
..
._,
..
.
.
.
ngosto 1989
EDITOR: INSTITUTO OTAVALEÑO DE ANTROPOLOGIA
CONSEJO EDITORIAL:
.·
.'' " .. ··
-
_¿ • ;.i:j;�����i
· : ';. .•''\ . · : .Carloi.Coba.Andfade
J�s.� icJdif�!flmeida
�
. : ·
Págs.
E d ito rial 9
Historiograffa indígen a
y tradición de lucha . Segundo E. Moreno Yánez 63
La alparg atería:
Una antigua actividad
artesanal e n l mbabura Hernán J aramillo Cisneros 71
Comunidad de Calpaquí:
Tecnología utilizada actualmente
por la fam i l i a rural y/o incorpo-
ración de tecnologías apropiadas Betsy Salazar 1 39
7
Ce cie r Ko ckelm a n s
1 27
fandango es típico de estas fiestas y mercado. En los últimos años, sobre
no se halla en n inguna otra ocasión . tod o , el mercad o tu rístico se h a
D u rante , m i residencia e n Otavalo aumentado enormemente. Además d e
tomé parte de una Casa Nueva y en esto cu ltivan la tie rra.
'
dos Matri monios . De sgraciadamente
no tomé parté en un Velorio. En esta La tierra en los al rededores de
ponenc i a describi ré susci ntamen te Otavalo, - la cual es habitada casi
los re s u l t a d o s de dicha s o l ame nte p o r i nd í g e n as , está
i nvestigac i ó n . d i v i d i d a e n c o m u n i d a d e s . Los
i n d íg e n as q u e viven e n u n a
Otavalo está situado al norte d e comun idad son dependientes de u n
Ecuador, aproximadamente 1 00 km. s iste m a d e ay u d a rec í p roca y
al norte de Quito, en los Andes. El c olaborac i ó n , que es d e n o m i nado
pueblo está entre el monte l mbabura " m i n g a " . E s te es un s i ste m a
y el volcán Cotacach i , en u n valle. m u l t i se c u l a r q ue d esc i e nd e d e
Cuando los españoles invad ie ro n el t iempos anterio res a l o s i ncas. E l
país, se fueron a vivir e n Otavalo, s i stema - i m p l ica q u e tod os l o s
por lo cual se convirtió en un pueblo g randes trabajos prolijos, c o m o l a
de me_s tizos. Los i nd ígenas fueron c onstrucci ó n d e u n a c a s a o u n a
expu lsados y. tuvieron que retirarse aceq u i a de 1 r n g ac 1 o n , son
a las laderas del Cotacac h i y del ejecutados colectivamente, por l a
l m babura. Cu ltivaron estas laderas comu n idad . Por ejemplo, s i alg u ie n
tan i ntensamente como pudieron, y va a constru i r una n ueva casa, e s
después de varios años de trabajo ayudado por l os vec inos y amigos.
d u ro fueron capaces de rescata r Se espera lo m ismo de él, cuando
g randes l otes d e te rre n o de los otra persona necesite ayuda. Cuando
hacendados. H oy d ía la mitad de l a se h a con stru ido una n ueva casa
población de Otavalo e s indígena. c olectivame nte , el dueño de esta
ofrece una fiesta de i naug uración a
los q u e le h a n ay u d ad o e n l a
H asta hace 50 años los indígenas
construcci ó n . D u rante tal fiesta s e
v iviero n s o l a me nte de la
tocan fandangos.
a g r i c u l t u ra . Desde e n t o n ces
desc u b r i e ro n q u e pod ían g a n a r
H asta h ace poco el s istem a de
d inero c o n la artesan ía. Actualmente " m i ng a " actu ó c o m o un med i o
' fam i l i as i n d ígenas e nteras hace n sobresal iente d e trabajo colectivo y
cada año miles de ponchos, sacos y c o m o u n a g a ra n t í a p a r a l a
tapices de lana, para vender en e l subsiste ncia d e la comunidad. Desde
1 28
h ace u nos vei nte años, diferentes fiestas. En pri mer l ug ar s e celebran
sociedades de misioneros, como los fi�stas cató l i cas dete rmi n ad as.. por
Mormones , l os Adventistas y los el c a l e n d ar i o . Estas s o n p o r
Testigos de Jehová, pe netraron en eje m p l o : N av i d ad , B a i l e s d e
los pa íses a n d i n o s , q u i e nes se i n oce n tes , C arnav a l , l a S e m a n a
propusieron evangelizar la población S a n t a y l a P asc u a . A estas
local . Entraron en l as comun idades pertenecen también l as fiestas de
para 'ayudar a l os i n d ígenas' por los santos c at ó l icos , como por
m e d i o d e l establ e c i m i e n t o d e ejemplo la fiesta de San Juan y San
escuelas, hospitales y estaciones de Ped ro. En seg u ndo lugar se celebran
rad io, y en poco t i empo muchas fiestas más peq ueñas que no están
fami lias indígenas se convirtieron al l ig ad as al c a l e n d a r i o , o fiestas
evangelismo. Este proceso siembra familiares. Estas son por ejemplo la
la cizaña en la comunidad ya que los Casa N uev a, e l Matrimonio y el
evangélicos no pueden colaborar con · V e l o r i o . En l a s ú l t im as d os
l os catól icos, y con esto se pone en situac i o nes e l fandango j uega un
pel i g ro e l s is!ema de 'm i nga' o de papel muy i mportante . . -
1 29
beben, bailan _ y hacen m úsica. E l lo civi l . Después viene la be ndición
repe_rtorio para . u n a Casa N ueva � e e c l es i ást i c a . Los p a d ri n os se
compone de sanjuanitos y fandangos. e ncargan de todos los g astos del
N ormalmente la fiesta dura dos d ías. m at ri m o n i o * ) .
c asamiento, primero los nov ios van ciudad , los cuales j u g arán un papel
1 30
Después dél alr'n'uerzo todos · sé
·
cuando u n niño fallece·, s·e vuel�e· u ff
v a n al río para l a c e re m o n i a a n g e l i t o y asc i e n d e a l c i e l o
trad ic i o n a l . 'ñavi m ay ll ay' o ' l avar d i rect a m e n t e . La fam i l i a y los
cara'. En una fue nte se pone ag ua am ig os quedan e n la tierra y desde
l i mpia del río y e n ella se ponen e ste m o m e nto tienen un
hojuelas de flores. Con esta agua los i ntermed i a ri o e n t re e l c i e l o y l a
n ovios tienen que l av arse el uno . al tie rra q ue l o s ayudará a l legar a l
otr"o l a cara, las manos y los pies, cielo. P o r eso, l a muerte de u n n i ño
e n lo cual son ayud ados por los no es u n motivo de tristeza sino de
padrinos. Seg uidamente se extiende aleg ría.
u na g ran tel a blanca e n e l suelo y en
esta se pone maíz, papas hervidas y C u a n d o u n a · pers o n a fal l ece
h abas. Cada u n o t o m a u n l u g a r pri me ro lavan e l cuerpo, pei nan el
al rededor de l a teta, y se s i rven cabe l l o y le cambian l as ropas .
chicha y aguard iente. E ntretanto el Después se levanta el catafalco, y
a rpo n e r o toc a , j u n t o con e l desde este momento velan dos d ías
golpeador, sanjuanitos y fandang os. sobre el cuerpo. El cuerpo de un niño
Después de la comida se levanta una se levanta en una mesa o una si lla.
te la cuad rad a y los n ovios y. _ los Du rante e l velorio s i rven chicha y
pad ri n os b a i l a n baj o la te l a al ag u ard ie n t e . D. u ra n t e u n wawa
compás de l a m úsica. Después · de ve lo rio tambié n bai lan. Al terce·r día
este baile . la multitud se v a a la casa el cuerpo es l levado al cementerio.
de la novia, donde sig ue la fiesta. U n A l l á rezan y c a n ta n c an c i o nes
matri monio puede d u rar de 8 a 1 O fúnebres. También come n y toman
d ías. chic ha.
131
fandangos. Estas danzas tienen para k e n a , l a f l a u t a t rave r s a , u n
l o s i n d íg e n as u n s i g n i fi c a d o rondador y/o u n bombo. J unto con
i m po rtante. esto también se puede cantar.*
L os f a n d a n g o s s e t o c a n S h a m u pas h c a c u m bari t a i ta
p r i n c i p a l m e n te e n mat ri m o n ios y mingachih uai
v e l o rios. Forman parte d e estas cumbari mingachihua cu mari
cere m o n i as y . j u e g a n u n papel
i m p o rtante . No e x i ste d i fe re n c i a Cashnaguman m ingarimupai buenas
e ntre u n fandango para matri monio noches cu mari
y uno para velorio. Solame nte e n el buenas noches cumbari mingachihuai
texto se puede hallar una i ndicación
q ue designa para cuál situación se
ha destinado.
Cuando se cantan, se lo hace con una
tocan fandangos en arpa o viol ín. percibe e ste tono agudo de las
1 32
Buenas noches 'ach ij' mamita D u ra n te l as ú lt i m as pal abras el
Buenas noches 'achij ' taitico arpero empieza a tocar suavemente.
S h am u payari 'ach ij' mam ita La. melod ía existe e n dos ciclos
Sham upayari 'ac h i( taitico consecutivos co n c u rvas melódicas
desce nd ie ntes en escalones. Las
Caipi l laqu i apashca tianajupanchi l o n g i tudes de los c i c l os n o son
ig uales.
Shinata capashnaca C umarilla
cai mortaj�j uta chu rac h ishpa carai . Las curvas melód icas van desde
el 'e' -alto h asta el 'e' -baj o y
Traducció n : acentúan los tonos 'b', 'g', y 'e' y
con esto la ton al idad e-me nor.
Hoye ! Vienen los compadres?
H oy Jesús. Están vinie ndo? La pieza no es métrica y no hay
u n a estructu ra c lara de medidas. El
Vengo compadrito, se puede m ás i mportante patró n rítmico es :
comad re se puede compadre.
,
n 1. ,
Vengan bienvenido, buenas n oches
com ad re
buenas n oches qompadre, vengan
El grupo 'Peg uche' dice ace rca de
Buenas noches madrinita este fandango:
Buenas noches padrinito
"El c o n t ra ste c o n l a c u l t u ra
Venga mad ri n ita ofi c i a l , e n l a c u l t u ra q u ic h u a l a
Venga pad rin ito . m ue rte n o t i e n e significad o de luto,
de tristeza, de desesperac i ó n . La
Aquí estamos con una tristeza muerte es n ada más u n paso natural
de la. misma vida. La m úsica quichua
Así es Comadrita n o es siempre triste n i de eterno
Haga el favor de vestir esta repita. l a m e n to . Como c u alq u i e r s e n t i r
·
J33
1 1 . 'Ac h i rñ a rñ ila ' , u n fand a n g o veces. Ambos temas coinciden e n el
tocado por el g rupo Ñanda Mañanchi ritm o :
(transc ripción 2.)
He aqu í e l texto:
134
· T ra n s c r i p c i ó-n 1 ' Huahu a h u a ñ u i ' (Pegu c he.)
i n leid i n g MM: i = 1 so +
1
h =
J
f{
�
1
1 1
� �
�
l' u
•
A - - -
=
/. /. /. /.
"-.
1
:1 1/ 1 1/ 1 '/ 1 I..J 1 1
) 1
,, . � � "
\ 1 1 1 ' 1
' G
�
\ �
ry lJ. /. /. /. /. /. ;/. - � � � L l. /. /.
1 LJ \ \) 1 ' \ \ \ \ 1 ' 1
." •
.1 1 1 1 1 1
1
'*
� -� /.
Ju. - - - /. /. "/. ;/. Y. /. ;/. /.
• .
E..,..
1 1 G
/. � � �
1� :;. /. · /. /. /'. /. ;/. /. - /.
J
\ , 1 \.) \ ·\) : 1 I_J 1
.
1 1 1 1 1
.. . . ..
.... :_u • � • ,. • • ,. ·•
, 1
'·E:_,
3·
/. ji. /. ;/. y: /. /- .,
'• /.
� r
\ .l J 1 \ . , '\ \
.. A . . . . . • -•
1 35
t ra n s c ri p c i ó n 2 Ac h i m a m it a { Ñ a nd a M a ñ a c h l )
� M : ,1 .. , ... '�
A JL -= l....... ,..--::¡ �
..n.
- -
)
r1 � r--, �' b
IT
-
1
1
1
"""" "...:l
!
- - - -
_A
o ,.--:¡ ,......., 1 .� ,...._,
:
'--'
.L
��c.. .l
� 1 '
) A ('.. t.; ,.,. iu.,.·,f.a. c. u ...... c.. r o c..u. ,.... o.. .. , A e-\...;. � a.....:.-t o... - .. .. .
1 1i
l cr-:t , -., � r---
li. ·'
._,
1
1
}
:;,¡. •
1� i1
1
1
- ___, - ·-
1
· ��a Jl. • 11 1 Jt 1 •
·- ........ ·-
.IJ
L
1 1 __-:L 1__.1 1
[],
l__:l 1---l. . 1 1
1 • Jt . • . h ..
--...
J
·-
e
1 36
situaCiones.- La seg unda forma est á. . m uestran, como con s u i d i oma, su
de acuerdo al -fandango de la segu nda d anza y su poesía, s u ·pr o p i a
transcri pci ó n . Este f a n d a n g o se identidad cultural . También p o r esta
puede tocar también e n u na casa trad ición, los i n d íg e n as de Otavalo
n ueva.' · son capaces d e q uedarse con su
posición re l at i v a m� n te
L a fo r m a d e l f a n d a n g o n o i ndependiente en Latino-América.
s o l a m e n te está deter m i n ada por
c aracte r í s ti c as · m t,; s ic a. l e s , s i n o
pri ncipal mente por e l . contexto. Esto
demuestra la existencia de dos tipos
de· fandangos ; La conexión · con el
' contexto dete rm ina la denominación
de la pieza musical.
D e s g r ac i ad am e nt e c o m p ro b é
d urante m i residencia e n Otavalo ·
1 37
1
1 38