Está en la página 1de 172

Paidós Básica S.J. Taylor y R.

Bogdan
U lL im o s t í t u l o s p u b lic a d o s :

61. R . K o s e lle c k - F u tu ro p a sa d o
62. A . G e h l e n - A n t r o p o lo g ía f ilo s ó fic a
6 3 . R . R o r t y - O b je tiv id a d , r e l a t i v i s m o y v e r d a d
64. R . R o r l y - E n s a y o s s o b r e H e id e g g e r y o ír o s p e n s a d o r e s c o n t e m p o r á n e o s
Introducción a los
65.
66.
D . G ilm o r e - H a cerse h o m b re
C . G c c r t z - C o n o c i m i e n t o lo c a l
métodos cualitativos
67.
68.
69.
A . S c h ü t z - L a c o n s t r u c c i ó n s ig n i f i c a t i v a d e l m u n d o s o c ia l
G . E . L e n s k i - P o d e r y p r iv ile g io
M . H a m m e r s l e y y P. A t k i n s o n - E tn o g r a fía . M é t o d o s d e in v e s tig a c ió n
de investigación
70. C . S o l í a ■ R a z o n e s e in te r e s e s
7 1 . H . T. E n g e l h a r d t - L o s f u n d a m e n t o s d e la. b io é tic a
7 2 . E . R a b o s s i y o t r o s - F i lo s o fía d e fa. a t e n te y c ie n c ia c o g n itiv a La búsqueda
7 3 . J . D e r r i d a - D a r (el) t i e m p o ¡. L a m o n e d a fa ls a
7 4 . R . N o z i c k - U j n a tu r a le z a d e la r a c io n a l id a d
de significados
7 5 . B . M o r r i s - I n t r o d u c c i ó n a l e s t u d i o a n tr o p o l ó g i c o d e la r e lig ió n
7 6 . D . D e n n e t t - L a c o n c i e n c i a e x p lic a d a .. U n a te o r ía in l e r d i s c i p l i n a r
7 7 . J , L . N a n c y - L a e x p e r ie n c ia d e la lib e r ta d
78 . C . G e e r t z - T ra s io s h e c h o s
7 9 . R . R . A r a m a y o , J . M u r g u e r z a y A . V a l d c c a n t o s - E l i n d i v i d u o y la h is to r i a
8 0 . M . A u g é - E l s e n t i d o d e lo s o tr o s
8 1 . C . T a y l o r - A r g u m e n t o s filo s ó f i c o s
8 2 . T. L u c k m a n n - T eo ría d e la a c c i ó n s o c ia l
8 3 . H . J o ñ a s - T e c n ic a , m e d i c i n a y é tic a
8 4 . K . J . G e i ' g e n - R e a lid a d e s v r e la c io n e s
8 5 . J . S . S e a r l e ■ L a c o n s t r u c c i ó n d e la r e a lid a d s o c ia l
8 6 . M . C r u z ( c o m p . ) - T ie m p o d e s u b j e t i v i d a d
8 7 . C . T a y lo r - F u e n te s d e l y o
8 8 . T. N a g e l - I g u a ld a d y p a r c ia l id a d
8 9 . U . B e c k - L a s o c i e d a d d e l r ie s g o
9 0 . O . N u d i c i - ( c o m p . ) - L a r a c io n a lid a d ; s u p o d e r y s u s l í m i t e s
9 1 . K . R . P o p p e r - E l m ito del m a rc o c o m ú n
9 2 . iM. L e e n h a r d t - D o k a m o
9 3 . M . G o d e lie r - E l e n ig m a d el d o n
9 4 . T. E a g l e t o n - Id e o lo g ía
9 5 . M . P l a t t s - R e a lid a d e s m o r a l e s
9 6 . C . S o l í s - A lta t e n s i ó n : f i l o s o f í a , s o c io lo g ía e h is to r i a d e la c ie n c ia
9 7 . J . B e s t a r d - P a r e n te s c o v m o d e r n i d a d
9 8 . J. H a h e r m a s - L a i n c l u s i ó n d e l o tr o
9 9 . J . G o o d y - R e p r e s e n ta c io n e s y c o n t r a d i c c i o n e s
1 0 0 . M . F o u c a u l t - E n t r e filo s o fía y lite r a tu r a . O b r a s e s e n c ia le s , vo i. 1
1 0 1 . M . F o u c a u l t ■ E s tr a te g ia s d e p o d e r. O b r a s e s e n c ia le s , vo L 2
1 0 2 . M . F o u c a u l t - E s t é t i c a , é tic a y h e r m e n é u t i c a . O b r a s e s e n c ia le s , v o i 3
1 0 3 . K . R . P o p p e r - E l m u n d o d e P a r m é n id e s
1 0 4 . R . R o r ty - V erdad v p ro g re so
1 0 5 . C. G e e r t z - N egara
1 0 6 . H . B l u m e n b e r g - L a le g ib ilid a d d e l m u n d o
1 0 7 . J. D e r r i d a - D a r la m u e r t e
1 0 8 . P. F e y e r a b e n d - L a c o n q u is t a , d e la a b u n d a n c i a
1 0 9 . B . M o o r e - P u r e z a m o r a l y p e r s e c u c i ó n e n la h is to r i a
1 1 0 . H . A r e n d t - L a v id a d e l e s p ír itu
1 1 1 . A . M a c J n l y r e - A n i m a l e s r a c io n a le s y d e p e n d i e n te s
1 1 2 . A . K u p e r - C u ltu r a
1 1 3 . J . R a w l s - L e c c i o n e s s o b r e la. h is to r i a d e la f i l o s o fía m o r a l
J 1 4 . T S . K u h n - E l c a m i n o d e s d e la « e s tr u c tu r a »
1 1 5 . W . V. O . Q u i n e - D e s d e u n p u n t o d e v is t a ló g ic o
1 1 6 . H . B l u m e n b e r g - T r a b a jo s o b r e e l m i t o
1 1 7 . J . E l s t e r - A l q u i m i a s d e la m e n t e
mIII
P AI DÓS
Barc elona * Buenos Aires • México
T í t u l o o r i g i n a l : I n t r o d u c t i o n to Q u a l i t a t i v e R e s e a r c h M e t h o d s .

T h e S e a rc h fo r M e a n in g s
P u b lic a d o e n in g lé s p o r J o h n W ile y a n d S o n s , N u e v a Y o rk
IN D IC E
T r a d u c c ió n d e J o r g e P ia tig o r s k y

C u b ie r t a d e M a r io E s k e n a z i y P a b lo M a r tin

P R E F A C IO ........................................................................................................ .... 11

1. INTRO DU CCION. IR HACIA LA G E N T E ............................................. 15


U na n o ta sobre la historia de los m étodos cualitativos............................ .... 17
M etodología c u a lita tiv a ............................................................................ .... 19
T eo ría y m eto d o lo g ía................................................................................. .... 23

P r im e r a p a r te
E n t r e la g e n te .
C ó m o r e a liz a r in v e s tig a c ió n c u a lita tiv a

Q u e d a n r ig u r o s a m e n t e p r o h ib i d a s , s in >;i a n to r i z a c i ó ii e s c r i t a d e i o s t i t u l a r e s d e l « C o p y r i g h t» , b a jo
2. LA OBSERVACION PARTIC IPAN TE. PREPARACION DEL TR A ­
l a s s a n c i o n e s e s t a b l e c i d a s e n la s l e y e s , la r e p r o d u c c i ó n to ta l o p a r c i a l d e e s t a o b r a p o r c u a lq u i e r BAJO DE C A M PO ............................................................................... .... 31
m é t o d o o p r o c e d i m i e n t o , c o m p r e n d i d o s la r e p r o g r a l'ía y e l t r a t a m i e n t o i n f o r m á t ic o , y la d i s t r ib u c i ó n Diseño de la in v estig ació n .............................................................................. 31
d e e je m p l a r e s d e e l l a m e d i a n t e a l q u i l e r o p r é s t a m o p ú b l ic o s .
Selección de escenarios............................................................................... .... 36
Acceso a las o rg an izacio n es....................................................................... .... 37
Acceso a los escenarios públicos y cuasi p ú b lic o s........................................ 39
© 1 9 8 4 b y J o h n W i l e y a n d S o n s , I n c ., N u e v a Y o r k
© 1 9 8 7 d e to d a s la s e d ic io n e s e n c a s t e lla n o .
Acceso a escenarios p riv a d o s ......................................................................... 41
E d ic io n e s P a id ó s I b é r ic a , S .A .,
¿Qué se les dice a porteros e in fo rm a n te s ? .................................................. 42
M a r ia n o C u b í, 9 2 - 0 8 0 2 1 B a r c e lo n a Recolección de d a t o s ................................................................................. .... 45
y E d ito r ia l P a id ó s , S A I C F , Investigación e n c u b ie rta ............................................................................ .... 46
D e f e n s a , 5 9 9 - B u e n o s A ir e s
h t t p : //w w w .p a id o s .c o m 3. LA OBSERVACION PA RTICIPANTE EN EL C A M P O .......................50
La en trad a en el cam p o ....................................................................................50
IS B N : 8 4 -7 5 0 9 -8 1 6 -9 La negociación del propio ro l...........................................................■. . . . 53
D e p ó s it o le g a l: B - 3 7 .9 5 3 / 2 0 0 2
El establecim iento del ra p p o rt .................................................................. .....55
P a r tic ip a c ió n .............................................................................................. .....58
I m p r e s o e n N o v a g r f t f í k , S . L .,
Inform antes claves...................................................................................... .....61
V iv u ld i, 5 - 0 8 1 1 0 M o n te a d a i R e ix a c h ( B a r c e lo n a )
R elaciones de cam po d i f í c i l e s .................................................................. .....63
I m p lo s o e n E s p u n ti - P r in te d in S p a in
Tácticas de c a m p o ...................................................................................... .....65
8 INDICE INDICE 9

Form ulando p re g u n ta s ............................................................................... ...69 Análisis en p ro g re so .................................................................................... .. 158


El aprendizaje del le n g u a je ............................ ..............................................72 El trabajo con los d a t o s ............................................................................... 159
N otas de c a m p o ............................................* ..............................................74 La construcción de historias de v i d a ........................................................ .. 174
Sugerencias para recordar palabras y a c c io n e s ............................................75
G rabación y to m a de n otas en el c a m p o ................................................... ...79
La foim a de las n o ta s ................................................................................. ...81 S e g u n d a p a r te
C om entarios del observador....................................................................... ...82
Descripciones de escenarios y actividades .................................................84 L a r e d a c c ió n d e lo s in f o r m e s
Descripciones de p erso n as...................................... ................................... ...86
Registro de detalles accesorios del d iá lo g o .................................................88 7. LA PRESENTACION DE LOS H A L L A Z G O S ...................................... 179 '
Registro de las propias observaciones y a c c io n e s .......................................88 Lo que se le debe decir a los l e c t o r e s ........................................................ 180
Registro de lo que no se c o m p r e n d e ........................................................ ...89 U na no ta sobre el e s c r ib ir .......................................................................... .. 183
Los lím ites de un e s tu d io ............................ .. ..............................................89 La presentación de los hallazgos: estudios se le c to s................................. .. 185
R etirada del c a m p o .................................................................................... ...90
T rian g u la ció n .............................................................................................. ...91 8. EL QUE ES JU ZG A DO , NO LOS JUECES. UNA VISIO N DESDE
La ética en el c a m p o ................................................................................. ...94 ADENTRO DEL R ETAR DO M E N T A L ......................................... .. 188
Una visión desde a d e n t r o .......................................................................... .. 189
4. LA EN TR EV ISTA EN PR O FU N D ID A D .................................................100 C onclusión...................................................................................................... 198
Tipos de e n tre v ista s.................................................................................... ... 100
O ptando p o r e n tre v is ta r............................................................................ ... 104 9. SEA HONESTO PERO NO CRU EL, LA COMUNICACION EN TRE
La selección de in fo rm an tes....................................................................... ... 108 LOS PRO GENITO RES Y E L PERSONAL EN UNA UNIDAD
Aproxim ación a los in fo rm an te s................................................................... 111“ N E O N A T A L ......................................................................................... .. 202
E1 com ienzo de las e n tre v is ta s .................................................................. ... 114 I n tr o d u c c ió n ................................................................................................. 202
La guía de la en trev ista.................................................................................. 119 M étodo y p ro ced im ien to ............................................................................ .. 205
La situación de e n tre v is ta .............................................................................119 El co n tex to de la com unicación en unidades n e o n a ta le s ....................... .. 207
El so n d eo .............................. '...................................................................... ...123 C o n clu sió n ................................................................................................... .. 226
C ontroles c r u z a d o s .................................................................................... ... 125
Las relaciones con los in fo rm a n te s .......................................................... ... 128 10. QU E COMAN PROGRAM AS. LAS PERSPECTIVAS DEL PERSO ­
Entrevistas grabadas.................................................................................... ...130 NA L Y LOS PROGRAM AS EN LAS SALAS DE LAS ESCU E­
El diario d e l ent re v istad o r............................................................................. 131 LAS E S T A D U A L E S ............................................................................... 230
“ Ellos no saben realm ente cóm o es” : perspectivas respecto de los
5. DESCUBRIENDO M E T O D O S ...................................................................133 s u p e r io r e s .............................................................................................. .. 232
D estrozando el “m undo del sentido com ún de la vida cotidiana” : Ha- Perspectivas sobre el trabajo: “U n em pleo es un em pleo” .................... .. 235
rold G arfin k el......................................................................................... ...135 Perspectivas sobre los in ternados: “grados b ajos” , “rechazos” y “d e­
Los im postores: D. L. Rosenhan y o t r o s ................................................ ...136 lincuentes” .......................................................................... -..................... 237
Entrevistas g ru p a le s .......................................................................................139 La fraternidad en el fo n d o .......................................................................... ..241
D ocum entos p e r s o n a le s ............................................................................ ...140 Los program as in n o v ad o re s; .......................................................................241
Palabras e imágenes: Michael L e s y ..............................................................142 C on clu sió n ................................................................................................... ..246
M étodos no in tr u s iv o s ............................................................................... ...145
F otografía y m e to d o lo g ía .............................................................................147 11. POLITICA NACIONAL Y SIGNIFICADO SITUADO. EL CASO
Registros oficiales y docum entos p ú b lic o s .................................................149 DEL HEAD START Y LOS D IS C A P A C IT A D O S ....................... .. 247
E ncuesta p rev ia.............................................................................................. 249
6. EL TRABAJO CON LOS DATOS. ANALISIS DE LOS DATOS EN D efiniciones o fic ia le s .................................................................................... 249
LA INVESTIGACION C U A L IT A T IV A ........................................... .. 152 Reacciones del p e r s o n a l............................................................................ .. 250
Estudios descriptivos y te ó r ic o s .................................................................. 152 En busca de los severam ente d is c a p a c ita d o s........................................... .. 250
Desarrollo y verificación de la t e o r í a .......................................................... 154 T razando los lím ite s.................................................................................... .. 251

h
|() INDICE

Efectos de la r o tu la c ió n ...............................................................................252
Lo que m odificó el m a n d a to .......................................................................253
C onclusión................................................................................................... ..2 54

12. DEFEND IEN DO ILUSIO NES. LA LUCHA DE LA INSTITUCION


POR LA S U P E R V IV E N C IA ............................................................. ..257
El ataque desde a f u e r a ............................................................................... ..261
La transform ación sim bólica de las in s titu c io n e s ......................................265
El m anejo de las relaciones con el m undo e x te r io r ................................. ..270
C o nclusión................................. ....................................................................282
PREFAC IO
13. COM ENTARIO F IN A L ...............................................................................284

APENDICE. NOTAS DE C A M P O ........................................................ ..288

B IB L IO G R A FIA ......................................................................................... .. 301

E n el prefacio a la prim era edición de este libro afirm am o s q u e


la década p asada fu e te stig o de u n creciente in terés en el lad o su b ­
je tiv o de la vida social, es decir, en el m o d o en q u e las p erso n as
se ven a s í m ism as y a su m u n d o . E scrib im o s e n to n ces q u e este
in te ré s re q u e ría m é to d o s d escriptivos y h o lístico s: m é to d o s cua­
litativ o s de investigación.
D esde la p u b licació n de la p rim era e d ició n , en 1975, el in te ­
rés en el e stu d io de los significados y p erspectivas sociales m e d ia n ­
te m é to d o s cu alitativ o s ha seguido sien d o fu e rte . P or c ierto , los
e n fo q u e s cu alita tiv o s de la investigación e stán te n ie n d o u n a acep ­
ta c ió n de la q u e nun ca d isfru ta ro n an tes. E x iste n ah o ra p erió d ico s
ex clu siv am en te d edicados a in fo rm a r so b re estu d io s cualitativos.
U n crec ien te n ú m e ro de libros y a rtíc u lo s a b o rd a n los tem as de
la investigación de c am p o , la fo to g ra fía y o tro s m é to d o s c u a lita ­
tivos. E n e d u ca c ió n , asistencia social, evaluación y cam pos apli­
cados, los m é to d o s c u alita tiv o s e stá n ex ig ien d o u n a aten c ió n se­
ria. La investigación cualitativa está llegando a la m a y o ría de ed ad .
E ste lib ro tra ta sobre c ó m o c o n d u cir la investigación cuali­
ta tiv a. E x iste n algunas o b ras ex c e le n te s sobre en fo q u es c u a lita­
tivos esp ecífico s, en especial la observación p a rtic ip a n te , la n a ­
rració n p e rso n a l persp icaz de investigadores de cam p o , y tra ta d o s
sobre los b asa m e n to s te ó ric o s de la investigación cualitativa. Pe-

i
12 METODOS CUALITATIVOS D E INVESTIGACION PREFACIO 13

ro ellas no p ro p o rc io n a n a q u ie n es no e stá n fam iliarizados co n se las co n sid erab a e stu d ia n te s, p ero ta m b ién fu e ro n n u e stro s m aes­
los m é to d o s cu alita tiv o s una in tro d u c c ió n ad ecu ad a, u n a p ersp ec­ tro s. A gradecem os esp ecialm en te a S ue S m ith -C u n n ien por su au ­
tiva general de la gama de en fo q u e s d ifere n tes ni u n a g u ía sobre to riz ac ió n p ara q u e in c lu y éram o s fra g m e n to s de sus n o ta s de cam ­
el m o d o de c o n d u c ir rea lm e n te u n estu d io . La fin alid ad de este p o en el c a p ítu lo 3. T a m b ié n q u e re m o s ag radecer a D ianne F er-
libro es cu b rir esas carencias. guson p o r su straer tie m p o a sus estu d io s y m u ch as o tra s activi­
El libro se basa en n u e stra p ro p ia ex p e rie n cia co m o inves­ dades para ay u d a rn o s en la p re p a ra c ió n del m a n u scrito , y a He-
tigadores, en n u e s tra p ersp ectiv a te ó rica (de la cual surge el m o ­ len T im m in s p o r su a p o y o general. F in a lm e n te , ag radecem os a
do en q u e co n ceb im o s n u e stra in te rac c ió n con las p erso n as de H erb R eich , de Jo h n W iley & Sons, p o r ale n tarn o s a escrib ir este
n u e stra so cied ad ), en n u e s tro s co n o cim ie n to s cu ltu ra le s acerca libro,
de có m o a c tu a r en la vida co tid ia n a , y en n u e stro sen tid o ético .
T am b ién h em o s recu rrid o e x te n sa m e n te a re la to s d irec to s de o tro s Steve J. T ay lo r
R o b e rt B ogdan
investigadores y a varios de los escrito s re c ie n te m e n te p u b licad o s
q u e p o n e n en c u estió n las co n ce p cio n es trad icio n a les del trab ajo Syra cu se, N u e v a Y o rk
de cam po. S e tie m b r e de 1984
E sta o b ra c o n tie n e u n a in tro d u c c ió n y dos p a rte s p rin c ip a ­
les. La in tro d u c c ió n tra ta sobre los m é to d o s cu alita tiv o s en gene­
ral y la trad ic ió n te ó ric a su b y a c en te en la investigación c u a lita ti­
va. La p rim era p a rte co n tien e u n e n fo q u e del tip o “ c ó m o h acer­
lo” . Los c a p ítu lo s 2 y 3 tra ta n so b re la observación p a rtic ip a n te .
Ln el c a p ítu lo 4 e x am in am o s la e n tre v ista en p ro fu n d id a d . El ca­
p ítu lo 5 co n sid era una gam a de e n fo q u es creativos de la investi­
gación cu alitativ a. E l c a p ítu lo 6 describe el análisis de d ato s en
la investigación cualitativa.
E n la segunda p a rte p asam os a la p resen ta ció n de resu ltad o s
de la investigación cualitativa. D espués de u n a breve in tro d u c c ió n ,
incluim os u n a c ie rta c an tid ad de a rtíc u lo s b asados en los m é to d o s
descrip to s en la p rim era p arte . M uchos de los ejem plos u tiliz ad o s
en la prim era p a rte provienen de los estu d io s sobre los q u e se in ­
fo rm a en la segunda. T o d o s esto s a rtíc u lo s son de n u e stra a u to ­
ría. L os p re se n ta m o s p o rq u e ilu stra n algunos de los m od o s e n que
se p u ed en ase n ta r p o r e scrito los re su lta d o s de la investigación.
Tam bién los h em o s elegido para a ferrar el in te rés y la im aginación
tle los recién llegados al cam p o de la investigación cualitativa.
D eb em o s algunas palabras de ag rad ecim ien to a q u ie n es nos
lian a y u d a d o . Q u erem o s agradecer a los n u m e ro so s colegas q u e
a lo largo de los años c o n trib u y e ro n d irecta o in d ire c ta m e n te a
la realización de este libro, en especial a B u rto n B la tt, D ouglas
liiklen, B lanche G eer, B etsy E dinger. S tan Searl, J a n e t B ogdan,
Irw in D eu tsch er, B ill M cC ord, M ichael B aizerm an, S ey m o u r Sara-
son, y n u estro s am igos del C en ter o n H u m a n P o licy. T am b ién agra­
decem os a las n u m e ro sas personas q u e trab a ja ro n con n o so tro s
en ki realización de investigaciones cualitativas. A m uchas de ellas
C apítulo 1

INTRODUCCION
IR HACIA LA GENTE

El té rm in o m e to d o lo g ía designa el m o d o en q u e e n fo cam o s los


p ro b le m a s y buscam o s las resp u estas. E n las ciencias sociales se
aplica a la m a n era de realizar la investigación. N u estro s su p u esto s,
in tereses y p ro p ó sito s nos llevan a elegir u n a u o tra m e to d o lo g ía .
R ed u c id o s a sus rasgos esenciales, los d eb ates sobre m e to d o lo g ía
tra ta n so b re su p u esto s y p ro p ó sito s, sobre te o ría y perspectiva.

E n las ciencias sociales h an prevalecido dos perspectivas te ó ­


ricas p rin cip ales (B ru y n , 1966; D e u tsch er, 1973). La prim era, el
p o sitiv ism o , re co n o c e su origen en el cam p o de las ciencias socia­
les en los grandes te ó rico s del siglo X IX y p rim eras décadas del
X X , esp ecialm en te A ugust C o m te (1 8 9 6 ) y E m ile D urk h eim (1 9 3 8 ,
1951). Los p ositivistas buscan los h e c h o s o causas de los fe n ó m en o s
sociales con in d e p e n d e n c ia de los esta d o s subjetivos de los in d i­
viduos. D u rk h eim (1 9 3 8 , pág. 14) a firm a q u e el cie n tífic o social
debe co n sid e ra r los h ech o s o fe n ó m e n o s sociales com o “ cosas”
q u e ejercen u n a in flu en cia e x te rn a sobre las personas.

La segunda p ersp ectiv a te ó ric a p rin cip al q u e , siguiendo a


D e u tsc h er (1 9 7 3 ), d escrib im o s co m o fe n o m e n o lò g ic a , posee u n a
larga h isto ria en la filo so fía y la so cio lo g ía (B erger y L u ck m an n ,
1967; B ru y n , 1966; H usserl, 1913; P sathas, 1 9 7 3 ; S ch u tz , 1962,
I (• METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION INTRODUCCION. IR HACIA LA GENTE

19 6 7 ).1 E l fen o m e n ó lo g o q u ie re e n te n d e r los fe n ó m e n o s socia­ lib ro n o se p ro p o n e la b ú sq u e d a de las causas sociales y q u e en


les desde la p ro p ia p ersp ectiv a del a c to r. E x am in a el m o d o en que ese te m a n o reside n u e s tro in te ré s investigativo.
se e x p e rim e n ta el m u n d o . La realid ad q u e im p o rta es lo q u e las V olverem os a co n sid era r la p ersp ectiv a fe n o m e n o ló g ic a en
p ersonas p e rc ib e n com o im p o rta n te . Ja c k D ouglas (1 9 7 0 b , pág. este c a p ítu lo , pues ella está en el n ú cleo de e sta obra. Es la pers­
¡x) escribe: pectiva q u e g u ía n u e stra investigación.

Las “fuerzas” qu e m ueven a los seres hum anos com o seres hum anos y
UNA NOTA SOBRE LA HISTORIA DE LOS METODOS CUALITATIVOS
no sim plemente com o cuerpos hum anos... son “ m ateria significativa” . Son
ideas, sentim ientos y m otivos in tern o s.
La o b serv ació n d escriptiva, las e n tre v istas y o tro s m é to d o s c u a­
litativ o s son ta n an tig u o s co m o la h isto ria e scrita (W ax, 1971).
P uesto q u e los positivistas y los fe n o m e n ó lo g o s a b o rd a n dife*
W ax señala q u e los o ríg e n e s del tra b a jo de c am p o p u ed en rastre a r­
ren tes tip o s de p ro b le m as y b u scan d ife re n te s clases de resp u es­
se h a sta h isto ria d o re s, viajeros y e sc rito res q u e van desde el griego
tas, sus investigaciones exigen d istin ta s m e to d o lo g ías. A d o p ta n d o
H e ró d o to h a sta M arco Polo. P ero sólo a p a rtir del siglo X IX y p rin ­
el m o d e lo de investigación de las ciencias n a tu ra les, el positivista
cipios del XX lo q u e a h o ra d e n o m in am o s m é to d o s cualitativos
busca las causas m e d ia n te m é to d o s tales co m o cu estio n ario s, in ­
fu e ro n em p lea d o s c o n sc ie n tem e n te en la investigación social.
ventarios y e stu d io s dem o g ráfico s, q u e p ro d u c en d a to s su scep ti­
El e stu d io de F re d e ric k L eP lay de 1855 sobre fam ilias y co ­
bles de análisis e sta d ístic o . E l fen o m e n ó lo g o busca co m p ren sió n
m u n id ad es eu ro p ea s re p re se n ta u n a de las prim eras piezas a u té n ti­
por m edio de m é to d o s cu alita tiv o s ta les com o la o b serv ació n p a r­
cas de observ ació n p a rticip a n te (B ru y n , 1966). R o b e rt N isb e t (1 9 6 6 )
ticip an te, la e n tre v ista en p ro fu n d id a d y o tro s, q u e g eneran d a to s
escribe q u e el tra b a jo de L eP lay c o n stitu y e la prim era investiga­
descriptivos. E n c o n tra ste 'con lo q u e o c u rre en el caso de las cien­
ción sociológica “ c ie n tífic a ” :
cias de la n a tu ra le z a , e l fen o m e n ó lo g o lu c h a p o r lo q u e Max We-
b er (1 9 6 8 ) d e n o m in a versteh e n , esto es, co m p ren sió n en un nivel
Pero The European Working Class es una obra qu e pertenece sin dudas
perso n al de los m o tiv o s y creencias q u e están d etrá s de las acciones
al campo de la sociología, la prim era obra sociológica auténticam ente cien tí­
de la gente.
fica del siglo... P or lo general se considera qu e Suicide de D urkheim es la p ri­
Este lib ro tra ta so h re la m e to d o lo g ía cu alitativ a: sobre cóm o m era o bra científica de sociología, pero en nada em paña el logro de D u rk ­
recoger d a to s descriptivos, es decir, las p alab ras y c o n d u c ta s de heim la observación de que en los estudios de LePlay sobre parentesco y t i ­
las personas so m e tid a s a la investigación. S u te m a es el estu d io pos de com unidad europeos se encuentra u n esfuerzo m uy anterior de la so ­
íe n o m e n o ló g ic o de la vida social. ciología europea por com binar la observación em pírica con la extracción de
N o esta m o s afirm a n d o q u e los positivistas n o p u e d a n em p lear inferencias esenciales, y p o r hacerlo reconocidam ente den tro de los criterios
m é to d o s c u alita tiv o s para a b o rd a r sus p ro p io s in tereses in v esti­ de te ciencia.
da livos. A sí, D u rk h eim (1 9 1 5 ) u tiliz ó a b u n d a n te s d a to s d escrip ­
tivos reco g id o s p o r a n tro p ó lo g o s com o base para su tra ta d o T h e En a n tro p o lo g ía , la investigación de cam p o hizo valer sus m é­
E le m e n ta r y F o r m s o f R e lig io u s L ife . Lo q u e d ecim o s es q u e este rito s h acia p rin cip io s del siglo. B oas (1 9 1 1 ) y M alinow ski (1 9 3 2 )
esta b le c ie ro n el trab a jo de c am p o co m o u n esfu erzo a n tro p o ló ­
gico le g ítim o . C om o lo señala Wax (1 9 7 1 , págs. 35-3 6 ), M alinow ski
l Lo mismo qu e D eutscher (1 9 7 3 ), em pleam os el térm ino fenom enología fu e el p rim er an tro p ó lo g o p ro fe sio n a l q u e p ro p o rc io n ó u n a des­
cu sentido am plio para designar un a tradición de las ciencias sociales p reocu­
crip ció n de su e n fo q u e investigativo y un cu ad ro d el trab ajo de
póla por la com prensión del m arco de referencia del actor social. Psathas (1973)
cam p o . Q u izás d eb id o a la in flu en cia de B oas y M alinow ski, en
y Hruyn (1966) proporcionan una buena visión general de los orígenes de
i'sl.i tradición. Algunos sociólogos utilizan la palabra con u n sentido m ás estre­ los c írc u lo s acad ém ico s la investigación de cam p o o la observación
cho, con relación a la escuela europea de pensam iento filosófico representada p a rtic ip a n te h a c o n tin u a d o siendo asociada c o n la a n tro p o lo g ía .
por los escritos de A lfred Schutz (1967). Heap y R o th (1 9 7 3 ) sostienen que S ólo p o d em o s esp ecu lar acerca de las razo n e s p o r las cuales
de liu perdido el significado original de la palabra. lo s m é to d o s cu alitativ o s fu e ro n ta n p ro n ta m e n te ace p ta d o s por
INTRODUCCION. IR HACIA LA GENTE 19
18 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION

lo g ia sin h a b e r escu ch a d o n u n c a la ex p re sió n “ d o c u m e n to s p e r­


los a n tro p ó lo g o s y ta n fácilm e n te ig n o rad o s p o r los sociólogos.
sonales” .
El S u ic id e de D u rk h eim , q u e e q u ip a ró análisis e sta d ístic o con so­ D esde la década de 1960 resu rg ió el em p leo de los m é to d o s
ciología c ie n tífic a , h a te n id o gran in flu en cia y p ro p o rc io n ó u n
cu alitativ o s. Se h an p u b licad o ta n to s estu d io s vigorosos y p ro fu n ­
m o d elo de investigación a varias gen eracio n es de sociólogos. H a­ dos b asados en esto s m é to d o s (p o r e je m p lo B eck er, 1 9 6 3 ; G off-
b ría sido d ifíc il p a ra los a n tro p ó lo g o s em p le ar té cn icas de inves­ m an , 1961) q u e ha sido im p o sib le restarles im p o rta n c ia . L o que
tigación ta les co m o los cu e stio n ario s de rele v am ien to y las e sta ­ alguna vez fu e u n a tra d ic ió n o ral de investigación cu alitativ a, ha
d ísticas d em ográficas q u e d e sa rro lla ro n D u rk h e im y sus p re d e ­
q u e d a d o registrado en m o n o g rafías (L o flan d , 19 9 1 , 1976; S chatz-
cesores. Es obvio q u e n o se p u ed e e n tra r en u n a cu ltu ra trib al y m an y S trauss, 1973; V an M aanen y o tro s , 1982) y co m p ilacio ­
p e d ir el registro de e n tra d a s de u n a seccional de p o lic ía o a d m i­ nes (E m erso n , 1983; F ilste ad , 1970; G lazer, 1972; M cCall y Sim-
n istra r u n cu e stio n a rio . A dem ás, m ie n tra s q u e los an tro p ó lo g o s
m ons, 1969; S h affir y o tro s, 1982), T am b ién se p u b licaro n libros
n o h an estad o fam iliarizad o s con la vida co tid ia n a de las c u ltu ra s
q u e e x a m in a n los fu n d a m e n to s filo só fico s, de la investigación c u a ­
que estu d ia b a n , y p o r lo ta n to ella les in teresab a p ro fu n d a m e n te ,
litativa (B ru y n , 1 966), re la c io n a n los m é to d o s cu alitativ o s con
con to d a p ro b a b ilid a d los sociólogos d ab an p o r so b re e n te n d id o el d esarro llo de la te o ría (G laser y S trauss, 1967) y co n tie n en re ­
q u e ya sa b ía n lo b a sta n te so b re la vida diaria de las personas de la to s p erso n ales de las ex p erien cia s de los investigadores en el cam p o
su p ro p ia sociedad com o p ara decidir qué m irar y qué p reg u n ta s (D ouglas, 1976; J o h n s o n ,' 1 9 7 5 ; W ax, 1971). H ay incluso p e rió ­
hacer. dicos d ed icad o s a la p u b licació n de e stu d io s cu alitativ o s ( Urban
P ero los m é to d o s cu alita tiv o s tien en u n a rica h isto ria en la L ife , Q u a lita tiv e S o c io lo g y ).
sociología n o rte a m e ric a n a , incluso a u n q u e h asta el m o m e n to n o .L os e n fo q u e s de sociólogos, an tro p ó lo g o s, psicólogos y o tro s
h a y a n sido o b je to de u n a am plia ac e p ta c ió n . El em p leo de m é to ­ e stu d io so s ded icad o s a la investigación cu alitativ a a c tu alm e n te
d os cu alitativ o s se divulgó p rim ero en los estu d io s de la “ E scue­ son so rp re n d e n te m e n te sim ilares (E m erso n , 1983). P or cierto ,
la de C hicago” en el p e río d o q u e va a p ro x im a d a m e n te de 1910 a veces es d ifícil, si n o im posible, d istin g u ir e n tre la a n tro p o lo ­
a 1940. D u ra n te ese lapso, investigadores aso ciad o s con la U ni­ gía c u ltu ra l y la so cio lo g ía cu alitativ a. A sí, la sociología em p lea
versidad de C hicago p ro d u je ro n d eta lla d o s estu d io s de observa­ té rm in o s c o m o e tn o g ra fía y cultura, q u e poseen u n a clara reso­
ción p a rtic ip a n te so b re la vida u rb a n a (A n d erso n , T h e H o b o , 1923; n ancia a n tro p o ló g ic a ; a n tro p ó lo g o s co m o S p rad ley (1 9 7 9 , 1980)
C ressey, T h e T axi-D ance H all, 1932; T h rash er, T he Gang, 1927; a d o p ta n el in teraccio n ism o sim bólico (u n a p erspectiva sociológi­
W irth, T h e G h e tto , 1928; Z o rb au g h , T h e G o ld C oast a n d th e S lu m , ca) c o m o m arco te ó ric o . El e stu d io “ a n tro p o ló g ic o ” de L iebow
1929); ricas h isto ria s de vida de crim inales y d e lin cu en tes ju v e n i­ (1 9 6 7 ) titu la d o T a lly ’s C o m er, no difiere de los estu d io s “ so cio ­
les (S haw , T h e Ja ck -R o ller, 1966; Shaw , T h e N a tu ra l H isto ry o f lógicos” de W h y te (1 9 5 5 ), S tr e e t C o m e r S o c ie ty , y S u ttles (1 9 6 8 ),
a D e lin q u e n t Career , 1931; S haw y o tro s, B ro th e rs in C rim e, 1938; T h e S o c ia l O rd er o f th e S lu m . A n álo g am en te , C oles (1 9 6 4 , 1971)
S u th erla n d , T h e P ro fessio n a l T h ief, 1937) y u n e stu d io clásico y C o ttle (1 9 7 2 , 1 973), am b o s psicólogos, p o d ría n ser co n sid era­
sobre la vida de los in m ig ran tes y sus fam ilias en P olonia y los E s­ dos so ció lo g o s o a n tro p ó lo g o s. N u estra d escripción de la inves­
tad o s U n id o s basado en d o c u m e n to s p ersonales (T h o m as y Zna- tig ació n cu alitativ a refleja la trad ic ió n sociológica; la m a y o r p ar­
nieck i, T h e Polish P easant in E u ro p e a n d A m erica , 1918 -1 9 2 0 ). te de las o b ra s que citam o s y de los ejem plos q u e u tiliz am o s p ro ­
A n te s de la década de 1940, q u ien es se co n sid erab an estu d io so s vienen de la so cio lo g ía. N o o b sta n te , lo que decim os en los c a p í­
de la sociedad ya e stab a n fam iliarizados con la o b servación p a r­ tu lo s siguientes se aplica en general a la investigación cualitativa,
ticip an te, la en tre v ista en p ro fu n d id a d y los d o c u m e n to s p erso ­ con in d e p e n d e n cia de la disciplina del investigador.
nales.
P or im p o rta n te s que fu e ra n esto s p rim ero s e stu d io s, el in te ­
rés en la m e to d o lo g ía cu alita tiv a d eclin ó hacia el fin al de la d éca­ METODOLOGIA CUALITATIVA
da de 1940 y p rin cip io s de la de 1950, con la p reem in en cia cre­
ciente. de grandes teo ría s (p o r ejem p lo , P arsons, 1951) y de los La frase m e to d o lo g ía cualitativa se refiere en su m ás am plio sen­
m é to d o s c u a n tita tiv o s. T o d a v ía h o y es posible graduarse en socio-
20 METODOS CUALITATIVOS D E INVESTIGACION INTRODUCCION. IR HACIA LA GENTE 21

tid o a la in vestig a ció n q u e p r o d u c e d a to s d escrip tivo s: las p ro p ia s dad actu an te, equivale a arriesgarse al peor tip o de subjetivism o: en el proceso
palabras d e las personas, habladas o escritas , y la c o n d u c ta o b ser­ de in terp retació n , es probable que el observador objetivo llene con sus p ro ­
vable. C om o lo señala R ay R ist (1 9 7 7 ), la m e to d o lo g ía c u a lita ti­ pias conjeturas lo que le falte en la aprehensión del proceso ta l com o él se da
va, a sem ejanza de la m e to d o lo g ía c u a n tita tiv a , consiste en m ás en la experiencia de la unidad actu an te qu e lo em plea.
q u e un c o n ju n to de té cn ica s para recoger d ato s. Es u n m o d o de
en ca ra r el m u n d o e m p íric o : 5. E l in v estig a d o r c u a lita tivo su sp e n d e o aparta sus p ro p ia s
creencias, p ersp ectiva s y p red isp o sicio n es. T al com o lo dice B ru y n
1. La in vestig a ció n cu a lita tiva es in d u ctiva . L os investigadores (1 9 6 6 ), el investigador c u alita tiv o ve las cosas com o si ellas estuvie­
d esarrollan c o n c e p to s, in te lec cio n e s y c o m p re n sio n es p artie n d o ran o c u r r ie n d o . p o r prim era vez. N ada se da p o r so b re n ten d id o .
de p a u ta s de los d ato s, y n o reco g ien d o d ato s para evaluar m o ­ T o d o es un te m a de investigación.
delos, h ip ó te sis o te o ría s p re co n c eb id o s. E n los estu d io s cu a lita­ 6. Para el in vestigador cu a lita tivo , to d a s las persp ectiva s son
tivos los inv estig ad o res siguen u n d iseñ o de la investigación fle­ valiosas. E ste investigador n o busca “ la v e rd a d ” o “ la m o ra lid a d ”
xible. C o m ien zan sus estu d io s co n in te rro g a n te s sólo vagam ente sino u n a co m p ren sió n d etalla d a de las perspectivas de o tra s p e rso ­
fo rm u lad o s. nas. A to d a s se las ve co m o a iguales. A sí, la p ersp ectiv a del delin­
2. E n la m e to d o lo g ía cu alitativa el in vestig a d o r ve al escena­ cu en te ju v en il es ta n im p o rta n te co m o la del ju ez o co n sejero ;
rio y a las p erso n a s en una p ersp ectiva h o lística ; las personas, los la del “ p a ra n o id e ” , ta n to c o m o la del p siq u iatra.
escenarios o los g ru p o s n o so n red u c id o s a variables, sin o co n si­ E n los estu d io s cu alita tiv o s, aquellas p erso n as a las q u e la
d era d o s c o m o u n to d o . El in v estig ad o r c u alita tiv o estu d ia a las sociedad ignora (los p o b res y los “ desviados” ) a m e n u d o o b tie n e n
p erso n as en el c o n te x to de su pasado y de las situ a cio n es en las u n fo ro para e x p o n e r sus p u n to s de vista (B ecker, 1967). O scar
q u e se hallan. Lew is (1 9 6 5 , pág. xii), célebre p o r sus estu d io s sobre los p o b res
3. L o s in vestig a d o res cu a lita tivo s s o n sen sib les a los e fe c to s en A m érica la tin a, escribe: “He tra ta d o de dar u n a voz a p erso ­
q u e ellos m is m o s causan so b re las p erso n a s q u e so n o b je to d e su nas q u e ra ra m e n te son escu ch a d as” .
estu d io . Se h a d ich o de ellos q u e son n a tu ra lista s. E s d ecir q u e 7. L o s m é to d o s cu a lita tivo s son hum anistas. L os m é to d o s m e­
in te ra c tú a n con los in fo rm a n te s de u n m o d o n a tu ra l y no in tru si­ d ia n te los cuales estu d iam o s a las personas necesariam en te in flu ­
vo. E n la o b serv ació n p a rtic ip a n te tra ta n de no d e sen to n a r en la y en sobre el m o d o en q u e las vem os. C u an d o red u cim o s las p ala­
e s tru c tu ra , p o r lo m en o s h a sta q u e h a n llegado a u n a co m p re n sió n bras y a c to s de la gente a ecu acio n es estad ística s, p erd em o s de vis­
del escenario. E n las en tre v ista s en p ro fu n d id a d siguen el m o d e ­ ta el asp ecto h u m a n o de la v id a social. Si estu d iam o s a las p erso ­
lo de u n a conversación n o rm a l, y n o de u n in te rc a m b io fo rm al nas cu alita tiv a m e n te , llegam os a co n o ce rlas en lo p erso n al y a ex p e­
de p reg u n tas y resp u estas. A u n q u e los investigadores cu alitativ o s rim e n ta r lo que ellas sien ten en sus luchas c o tid ian a s en la socie­
n o p u ed en elim in ar sus efe c to s sobre las p erso n as q u e estu d ian , dad. A p re n d e m o s sobre c o n c e p to s tales com o belleza, dolor, fe,
in te n ta n co n tro la rlo s o red u cirlo s a u n m ín im o , o p o r lo m en o s su frim ie n to , fru stra c ió n y am o r, cuya esencia se pierde en o tro s
e n te n d e rlo s cu an d o in te rp re ta n sus d a to s (E m e rso n , 1983). e n fo q u es investigativos. A p ren d em o s sobre “ ...la vida in te rio r de
4. L o s in vestig a d o res cu a lita tivo s tratan de c o m p re n d e r a las la p erso n a, sus lu ch as m orales, sus éx ito s y fracasos en el esfu erzo
p ersonas d e n tr o d e l m a rco d e referen cia d e ellas m ism as. Para la por asegurar su d estin o e n u n m u n d o dem asiado fre c u e n te m e n te
perspectiva fe n o m en o lò g ica y p o r lo ta n to p ara la investigación en d isco rd ia con sus esperanzas e ideales” (B urgess, c ita d o p o r
cu alitativ a es esencial e x p e rim e n ta r la realid ad ta l co m o o tro s la S haw , 1966, pág. 4).
e x p e rim e n ta n . Los investigadores c u alitativ o s se id e n tifica n co n 8; L o s investigadores cu a lita tivo s dan énfasis a la validez en
las personas q u e e stu d ia n p ara p o d e r c o m p re n d e r cóm o ven las su investigación. L os m é to d o s cu alitativ o s nos p e rm ite n p e rm a n e ­
cosas, H e rb e rt B lu m er (1 9 6 9 , pág. 8 6 ) lo explica c o m o sigue: cer p ró x im o s al m u n d o e m p íric o (B lum er, 1969). E s ta S d estinados
a asegurar u n estrec h o ajuste e n tre los d a to s y lo que la gente real­
T ratar de aprehender el proceso interp retativ o perm aneciendo distancia­ m e n te dice y hace. O b servando a las personas en su vida co tid ian a ,
do com o un denom inado observador “ objetivo” y rechazando el rol de u n i­ e sc u ch á n d o las h a b la r sobre lo q u e tie n e n en m en te, y viendo los
METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION 23
INTRODUCCION. IR HACIA LA GENTE

ilo cu m en to s q u e p ro d u c e n , el investigador cu a litativ o o b tie n e u n vida social, p o rq u e a llí es d o n d e aparece m ás ilu m in ad o (H ughes,
c o n o c im ie n to d ire c to de la vida social, n o filtra d o p o r co n ce p to s, 1958. pág. 49). A lgunos procesos sociales que ap arecen con relie­
d efin icio n es o p erac io n ales y escalas clasificatorias. ve n ítid o en ciertas circu n stan cias, en o tra s sólo se destacan te n u e ­
M ientras q u e los inv estig ad o res cu alitativ o s su b ray an la validez, m ente.
los c u a n tita tiv o s h acen hin cap ié en la confiabilidad y la re p ro d u c i- 10. L a investigación cu a lita tiva es u ñ a r te . L os m é to d o s cuali­
bilidad de la investigación (R ist, 1977). T al com o lo dice D euts- ta tiv o s n o han sido ta n refin a d o s y e stan d a rizad o s com o o tro s e n ­
ch er (1 9 7 3 , pág. 4 1 ), a la co n fiab ilid ad se le ha atrib u id o u n a im ­ fo q u es investigativos. E sto es en p a rte un h ech o h istó rico que e stá
p o rta n c ia excesiva en la investigación social: c am b ia n d o con la p u b licació n dé libros com o el p re se n te y de n a­
rracio n es d irectas de investigadores de c am p o ; p o r o tro lado, ta m ­
Nos concentram os en la coherencia sin preocuparnos m ucho por si esta­ bién es u n reflejo de la n a tu ra le za de los m é to d o s en sí m ism os.
mos en lo co rrecto o n o . C om o consecuencia, tal vez hayam os aprendido una L os investigadores cualitativos son flexibles en c u a n to al m o d o en
enorm idad sobre la m anera de seguir un curso incorrecto con un m áxim o de
que in te n ta n co n d u cir sus e stu d io s. E l investigador es u n a rtífic e .
precisión.
El c ie n tífic o social c u alita tiv o es ale n tad o a crea r su p ro p io m é to ­
do (M ills, 1959). Se siguen lin cam ien to s o rie n tad o re s, p ero no
E sto n o significa decir q u e a los investigadores cu alitativ o s n o reglas. L os m é to d o s sirven al investigador; n u n c a es e] in vestigador
les p re o cu p a la precisión de sus d ato s. U n estu d io cu alitativ o no el esclavo de u n p ro c ed im ie n to o técn ica:
es u n análisis im p resio n ista, in fo rm al, basado en u n a m irada su p er­
ficial a u n escenario o a personas. Es u n a pieza de investigación Si fuera posible elegir, yo naturalm ente preferiría m étodos simples, rápi­
sistem ática c o n d u cid a co n p ro c ed im ie n to s rigurosos, au n q u e no dos e infalibles. Si pudiera en co n trar tales m étodos, evitaría las variantes co n ­
n ecesariam en te estan d a rizad o s. E n los c a p ítu lo s que siguen ex a m i­ sum idoras de tiem po, difíciles y sospechables de la “ observación participan­
narem o s algunos de los c o n tro le s a los que los investigadores p u e ­ te ” con la cual he venido a asociarm e (D alton, 1964, pág. 60).
den so m eter la precisión de los d ato s que registran. N o o b s ta n te ,
si deseam os p ro d u c ir estu d io s válidos del m u n d o real no es p o si­
ble lo grar u n a confiabilidad p erfe c ta . L aPiere (c ita d o en D euts- TEOR IA Y METODOLOGIA
cher, 1973, pág. 21) escribe:
L a perspectiva fen o m en o ló g ica es esencial para n u e stra c o n ce p ­
ció n de la m e to d o lo g ía cualitativa. De la perspectiva teó rica d ep en ­
El estudio de la conducta hum ana dem anda m ucho tiem po, es intelec-
tualm ente fatigante y su éxito depende de la capacidad del investigador... Las de lo q u e e stu d ia la m e to d o lo g ía cu alitativ a, el m o d o en q u e lo
mediciones cuantitativas son cuantitativam ente precisas; las evaluaciones cua­ estu d ia, y en q u e se in te rp re ta lo estu d iad o .
litativas están siem pre sujetas a los errores del juicio hu m an o . No ob stan te, Para el fen o m e n ó lo g o , la c o n d u c ta h u m an a, lo q u e la g en te di­
parecería que vale m ucho más la pena una conjetura perspicaz acerca de lo ce y hace, es p ro d u c to del m o d o en q u e define su m u n d o . La ta ­
esencial, que un a medición precisa de lo que probablem ente revele carecer de rea del fe n o m e n ó lo g o y de n o so tro s, estu d io so s de la m e to d o lo g ía
im portancia. cu alitativ a, es ap re h e n d er este pro ceso de in te rp re ta c ió n . C om o
lo hem os su b ray ad o , el fen o m en ó lo g o in te n ta ver las cosas desde
9. Para el in vestig a d o r cu a lita tivo , to d o s los escenarios y p e rso ­ el p u n to de vista de o tra s personas.
nas son d ig n o s d e estu d io . N ingún asp ecto de la v id a social es de­ La p ersp ectiv a fen o m e n o ló g ic a está ligada a u n a am plia gam a
m asiado frív o lo o trivial co m o para ser e stu d ia d o . T o d o s los esce­ de m arco s te ó ric o s y escuelas de p en sam ien to en las ciencias socia­
narios y p erso n as son a la vez sim ilares y únicos. Son sim ilares en les.2 E n este lugar n o p o d em o s ex am inarlas a to d as. E n cam bio,
el sen tid o de que en cu alq u ier escenario o e n tre c u alq u ier grupo
de personas se p u e d e n hallar algunos procesos sociales de tip o ge­ ^D u ran te los últim os veinte años aproxim adam ente ha habido una proli­
neral. S on ú n ic o s p o r c u a n to en cada escenario o a través de cada feración de perspectivas teóricas y escuelas de pensam iento asociadas con la
in fo rm a n te se p u ed e e stu d iar del m e jo r m o d o algún asp ecto de la fenom enología. E n tre ellas se cuentan el m odelo dram atúrgico de G offm an
INTRODUCCION. IR HACIA LA GENTE 25
24 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION

nos cen tra rem o s en dos e n fo q u es te ó rico s principales, el interac- Este proceso tiene dos pasos distintos. Prim ero, el acto r se indica a sí
m ismo las cosas respecto de las cuales está actuando; tiene que señalarse a
cionism o sim bólico y la e tn o m e to d o lo g ía , q u e se han co n v ertid o
s í mismo las cosas que tienen significado. En segundo lugar, en virtud de este
cu fu erzas d o m in an te s en las ciencias sociales y p erte n e c e n a la
proceso de com unicación consigo m ism o ,-la in terpretación se-convierte en
trad ició n fen o m en o ló g ica. una cuestión de m anipular significados. El acto r selecciona, controla, suspende,
El in tera ccio n ism o sim b ó lic o p arte de las obras de C harles reagrupa y transform a los significados a la luz de la situación en la que está
llo rto n C o o le y (1 9 0 2 ), Jo h n D ew ey (1 9 3 0 ), G eorge H e rb e rt M ead ubicado y de la dirección de su acción.
(1 9 3 4 , 1938), R o b e rt P ark (1 9 1 5 ), W. 1. T h o m a s (1 9 3 1 ) y o tro s.
La fo rm u lació n de M ead (1 9 3 4 ) en M in d , S e l f a n d S o c ie ty fu e la
E ste p ro ceso de in te rp re ta c ió n a c tú a com o in term ed ia rio e n ­
más clara e in flu y e n te p re se n ta c ió n de e sta perspectiva. Los segui­
tre los significados o pred isp o sicio n es a ac tu a r de cie rto m o d o y
dores de M ead, e n tre ellos H o w a id B ecker (B ecker y o tro s , 1961;
la acción m ism a. Las p erso n as están c o n s ta n te m e n te in te rp re ta n d o
B ecker y o tro s, 1968). H e rb e rt B lum er (1 9 6 2 , 1969) y E v ere tt
y d efin ien d o a m edida q u e pasan a través de situ acio n es d iferen tes.
H ughes (1 9 5 8 ) h a n aplicado sus perspicaces anáhsis de los p ro c e ­
P o d em o s v er p o r q u é d ifere n tes personas dicen y h acen cosas
sos de in teracció n a la vida c o tid ia n a .3
d istin tas. U na ra z ó n es q u e cada persona ha te n id o d ifere n tes e x p e ­
El in tera cc io n ism o sim bólico a trib u y e una im p o rta n c ia p rim o r­
riencias y ha ap ren d id o d ifere n tes significados sociales. P or ejem p lo ,
dial a los sig n ifica d o s sociales q u e las p erso n as asignan al m u n d o
cada p erso n a o cu p a una posición d e n tro de u n a o rganización, y ha
que las ro d ea. B lu m er (1 9 6 9 ) afirm a q u e el in teraccio n ism o sim b ó ­
a p re n d id o a ver las cosas de c ierta m anera. T o m em o s el ejem plo
lico rep o sa sobre tre s prem isas básicas. La prim era es q u e las p erso ­
del e s tu d ia n te q u e ro m p e una v e n ta n a en la c a fe te ría de la escuela.
nas ac tú a n re sp e c to de las cosas, e incluso re sp e cto de las o tra s
El d ire c to r p o d ría d efin ir la situ ació n co m o un p ro b lem a de c o n d u c ­
p ersonas, sobre la base de los significados q u e estas cosas tie n e n
ta; el co n sejero lo ve com o u n p ro b lem a fam iliar; para el b edel es
p ara ellas. D e m o d o que las personas n o re sp o n d e n sim plem ente
u n p ro b lem a de tra b a jo ; p ara la en ferm era, u n p ro b lem a de salud;
a e s tím u lo s o ex te rio riz an guiones culturales. E s el significado
el a lu m n o q u e ro m p ió la v en tan a n o percibe n ingún p ro b lem a en
lo q u e d eterm in a la acción.
La segunda prem isa de B lum er dice q u e los significados son ab so lu to .
U n a segunda ra z ó n que hace q u e las personas actú en de m o d o
p ro d u c to s sociales q u e surgen d u ra n te la in te ra c c ió n : “El signifi­
cado que tien e u n a cosa p ara u n a p erso n a se desarrolla a p a rtir d ifere n te reside en q u e ellas se hallan en situ acio n es d iferen tes.
de los m od o s en q u e o tra s perso n as ac tú a n con resp e c to a ella en Si q u erem o s e n te n d e r p o r q u é algunos ad o lescen tes se co n v ierten
lo que co n ciern e a la cosa de q u e se tr a ta ” (B lum er, 1969, pág. en “ d elin c u e n te s” y o tro s n o , te n em o s q u e co n sid erar las situ a cio ­
4). U na p erso n a ap ren d e de las o tra s p erso n as a ver el m u n d o . nes que e n fre n ta n .
La te rc e ra prem isa fu n d a m e n ta l del in teraccio n ism o sim bóli­ F in a lm e n te , el proceso de in te rp re ta c ió n es u n proceso dihá-
co, según B lum er, es q u e los acto res sociales asignan significados m ico. La m an era en q u e u n a perso n a in te rp re te algo dep en d erá
a situ acio n es, a o tra s p ersonas, a las cosas y a s í m ism os a través de los significados de q u e se disponga y de cóm o se aprecie una
de u n p ro ceso d e in terp re ta ció n . B lum er (1 9 6 9 , pág. 5) escribe: situ ació n .
D esde u n a perspectiva in teraccio n ista sim bólica, to d a s las o r­
ganizaciones, c u ltu ras y grupos están c o n stitu id o s p o r acto res en­
(1959), la sociología del conocim iento tal como la definieron Berger y Luck- v u elto s en u n proceso c o n sta n te de in te rp re ta c ió n del m u n d o que
mann (1 9 6 7 ), la te o ría de la rotulación (Schur, 1971), la sociología existen- los ro d ea. A u n q u e estas p erso n as p u ed e n a c tu a r d e n tro del m arco
cial (Douglas y Jo h n so n , 1977), la sociología form al (Schw artz y Jacobs, 1979)
de u n a o rg an izació n , cu ltu ra o g ru p o , son sus in te rp re ta c io n e s y
y una sociología del absurdo (L ym an y S co tt, 1970), adem ás del interaccionis­
d efin icio n e s d e la situ ació n lo q u e d eterm in a la acción, y no n o r­
m o sim bólico y la etn o m etodología. Con frecuencia resulta difícil percibir
en qué difieren estas perspectivas, si es que difieren en algo. m as, valores, ro le s o m etas.
A b u n d a n te s co n tro v ersias han ro d e a d o los in flu y e n te s escri­
to s de H aro ld G arfin k e l (1 9 6 7 ) y sus colegas e tn o m e to d ó lo g o s
^ Véase K uhn (1 9 6 4 ) para un exam en de las tendencias del interaccionis­
(M ehan y W ood, 1975; T u rn e r, 1 9 7 4 ;Z im m erm an y W ieder, 1970).
mo sim bólico.
(' METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION INTRODUCCION. IR HACIA LA GENTE 27

1‘ara algunos, la e tn o m e to d o lo g ía se adecúa p e rfec ta m e n te a la ex p licar, ju s tific a r y d ar cu e n ta de su co n d u c ta . M uestra cóm o


perspectiva del in tera c cio n ism o sim b ó lico (D en zin , 1970). Para los re sid e n te s “ hacen co n o c e r el có d ig o ” , aplican m á x im as a situ a ­
« tro s, re p re se n ta u n d esp re n d im ie n to rad ical re sp e cto de las o tra s ciones específicas, cu a n d o se les pide q u e aclaren las causas de
trad icio n es sociológicas (Z im m e rm an y W ieder, 1970). M ehan sus acciones:
y W ood (1 9 7 5 ) cara cterizan a la e tn o m e to d o lo g ía co m o u n a em ­
presa sep arad a de la so cio lo g ía.4 En este e x am en , n o so tro s 'bos­ E l código, entonces, es m ucho más u n método de justificación y persua­
q u ejarem o s cierto s a n te c e d e n te s in te le c tu a le s co m u n es q u e se en ­ sión m oral que la descripción sustancial de u n m odo de vida organizado. Es
c u e n tra n en las o b ra s de los e tn o m e to d ó lo g o s .5 u n m odo o conjunto de m odos de determ inar que las actividades sean vistas
La e tn o m e to d o lo g ía n o se refie re a los m é to d o s de investiga­ com o m oral, repetitiva y obligatoriam ente organizadas (Wieder, 1974, pág,
ción sino al te m a u o b jeto de e stu d io : cóm o (m ed ian te q u é m e to ­ 158).
d o lo g ía) las p erso n as m a n tie n e n u n se n tid o de la realidad e x te rn a
(M ehan y W ood, 1975, pág. 5). Para los e tn o m e to d ó lo g o s, los sig­ A sí, los e tn o m e to d ó lo g o s p o n en e n tre p arén tesis o suspenden
n ificad o s de las acciones son siem pre am biguos y p ro b lem ático s. su p ro p ia creencia en la realidad p ara e stu d iar la realid ad de la
Su tare a consiste e n ex am in ar los m o d o s en q u e las personas apli­ vida co tid ian a. G arfin k e l (1 9 6 7 ) ha e stu d ia d o las reglas del sen ti­
can reglas c u ltu rale s a b strac ta s y p ercep cio n es de sen tid o co m ú n do co m ú n o so b ren ten d id a s q u e rigen la in teracció n en la vida co­
a situ a cio n es co n c re ta s, para q u e las accio n es ap arezcan com o ru ti­ tid ia n a a través de u n a variedad de e x p e rim e n to s m aliciosos q u e
narias, exp licab les y caren tes de am bigüedad. E n consecuencia, él d en o m in a “ p ro c ed im ie n to s de fra c tu ra ” (véase el c a p ítu lo 5).
los significados son u n logro p rá c tic o p o r p a rte de los m iem b ro s M ediante el ex am en del se n tid o co m ú n , el etn o m e to d ó lo g o tra ta
de la sociedad. de e n te n d e r có m o las p erso n as “ em p re n d en la ta re a de ver, d e s­
Un e stu d io de D. L aw rence W ieder (1 9 7 4 ) ilu stra la p e rsp ecti­ cribir y exp lica r el o rd e n en el m u n d o en el q u e viven” (Z im m e r­
va e tn o m e to d o ló g ica . W ieder e x p lo ra el m o d o en q u e los “ a d ic to s ” m an y W ieder, 1970, pág. 289).
en u n hogar de tran sició n u tiliz a n u n “ código de co n v icto s” (ax io ­ E n este c a p ítu lo h em o s in te n ta d o p ro p o rc io n a r u n a cierta idea
m as tales co m o “ n o ro b a r” o “ a y u d a r a los o tro s re sid e n tes” ) para de algunas de las d im en sio n es m eto d o ló g icas y teó ricas de la inves­
tig ació n cualitativa. E l re sto del libro está d ed icad o a la re u n ió n
y análisis de d ato s, y a la p re se n ta c ió n de los d escu b rim ien to s de
4Esto es típ ico de los etnom etodólogos, que recorren grandes caminos pa­ dicha investigación.
ra distanciarse de o tias perspectivas sociológicas, en especial del interaccionis­ La P arte 1 tra ta sobre el m o d o de realizarla. E x am in am o s la
m o sim bólico. Por esta razó n , han sido acusados de actuar com o la camarilla o b servación p artic ip a n te , las en tre v istas en p ro fu n d id a d y u n a m u l­
de u n club privado, con sus propios héroes (G arfinkel, pero nunca Mead o titu d de e n fo q u e s cu alitativ o s creativos. E n la P arte 2 consideram os
Blumer), su p ropio lenguaje ( “ indexicalidad” , “reflexividad” , “ principio e t ­ la p re se n ta c ió n de los re su ltad o s de la investigación cualitativa y
cétera” ) y su propia sede (C alifornia). Es difícil evaluar los puntos de co n tac­ o frecem o s u n a serie de a rtíc u lo s basados en d ato s cualitativos.
to entre la etno m eto d o lo g ía y las o tras perspectivas de la tradición fenom eno- D esp u és de u n a n o ta de cierre en el c a p ítu lo 13, en el A péndice
lógica. Como sociólogos que se identifican con el interaccionism o sim bólico, in c lu im o s u n a m u estra de n o ta s de cam po.
encontram os m uchas ideas útiles en los escritos d e los etnom etodólogos. No
o b stante, sospecham os que la m ayor parte de ellos se desvincularían rápida­
m ente del m odelo de investigación descripto en este libro.

5Esto no es tan fácil com o parece. En prim er lugar, m uchos etn o m eto d ó ­
logos sostienen que l a etn om etodología sólo puede s c t vivida, y no descripta
(véase M ehan y W ood, 1975). En segundo térm ino, no siem pre está claro quién
es y quién no es un etnom etodólogo. Douglas parece ser uno de ellos en libros
publicados en 1970 y 1971. Sin em bargo, se desvinculó de esta perspectiva
en su obra posterior (véase Douglas, 1976, págs. 117-118).
P rim era p arte

E N T R E LA G E N T E

COMO R E A L IZ A R IN V E ST IG A C IO N CUALITA TIVA


C apitulo 2

LA OBSERVACION PA RTICIPANTE
PREPA RACIO N D E L TR ABAJO DE CAMPO

En éste y el p ró x im o c a p ítu lo e x am in arem o s la observación


p a rtic ip a n te , in g red ien te p rin cip al de la m e to d o lo g ía cualitativa.
La ex p resió n o b serva ció n p a rtic ip a n te es em p lea d a a q u í para desig­
nar la in vestig a ció n q u e involucra ¡a in tera cció n so cia l en tre el
in v estig a d o r y los in fo rm a n te s en el m ilieu de los ú ltim o s, y d u ra n ­
te la cual se recogen d a to s de m o d o siste m á tic o y n o in tru sivo .
C o m en zam o s n u e s tro exam en del te m a con la e ta p a del trab a jo
de cam p o previo: ubicar el escenario q u e se desea e stu d ia r e ingre­
sar en él. El siguiente c a p ítu lo tra ta sobre la observación p a rticip a n ­
te en el cam po.

DISEÑO D E LA INVESTIGACION

E n co n tra ste con la m a y o r p arte de los m é to d o s, en los cuales


las h ip ó tesis y p ro c e d im ie n to s de los investigadores e stán d e term i­
n ad o s a p riori, el diseño de la investigación en la observación p a rti­
cip a n te p e rm a n ec e flexible, ta n to a n te s com o d u ran te el proceso
real. A u n q u e los observadores p a rtic ip a n te s tien en una m é to d o lo-
32 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION ■Jl OBSERVACION PARTICIPANTE 33

gía y ta l vez algunos intereses in vestig a tivo s generales, los rasgos ap re n d iero n q u e vivir ju n to s (ta n to para parejas casadas com o no
e sp e c ífic o s d e su e n fo q u e e v o lu cio n a n a m ed id a q u e o p era n . 1 casadas) p u e d e ser u n a situ a ció n flu id a; las circ u n stan cias de la
H asta q u e n o en tra m o s en el ca m p o , n o sa b em o s q u é p re g u n ­ vida cam b ian re g u la rm e n te . C o m p lican d o au n m ás el e stu d io , algu­
tas hacer ni c ó m o hacerlas. E n o tra s palabras, la im agen p rec o n c e ­ n as fam ilias, esp ecialm en te las q u e re c ib ía n subsidio p ú b lico , tr a ­
bida q u e ten em o s de la gente q u e in te n ta m o s e stu d ia r pu ed e ser ta ro n de o c u lta r su situ a ció n d e vida a los investigadores. A pesar
ingenua, engañosa o co m p le ta m e n te falsa. La m a y o r p a rte de los de esto s d esc u b rim ie n to s, el e stu d io q u ed ó ligado a la d istin ció n
observadores p articip a n tes tra ta de e n tra r en el cam p o sin h ip ó te ­ a rb itra ria e n tre fam ilias de u n o o dos p ro g en ito res, y se p ro ced ió
sis o p re c o n c e p to s específicos. Melville D alto n (1 9 6 4 ) escribe: según el su p u e sto de q u e esto c o rre s p o n d ía a la n a tu ra le z a ac tu a l
de las rela cio n es fam iliares.
1) Nunca estoy seguro de lo que es significativo como para formular hi­ D esde luego, la m a y o r p a rte de los investigadores tie n en en
pótesis hasta que he llegado a alguna intimidad con la situación; pienso que m e n te algunos in te rro g a n te s generales cuando e n tra n en el cam po.
una hipótesis es una conjetura bien fundada; 2) una vez formulada, toda hipó­ Es típ ic o q u e esos in te rro g a n te s p erte n e zc a n a u n a de dos am plias
tesis se convierte en obligatoria hasta cierto punto; 3) existe el peligro de que ca teg o rías: son sustanciales o te ó ric o s.2
la hipótesis sea estimada por sí misma y actúe como un símbolo abusivo de E n tre los p rim ero s se c u e n ta n in te rro g a n te s rela cio n ad o s con
la ciencia. p ro b lem a s esp ec ífic o s en u n p articu la r tip o de escen ario . P or ejem ­
plo, p o d ría m o s e sta r in te re sad o s en e s tu d ia r u n h o sp ita l para e n fe r­
U n o de los au to re s de este libro p a rtic ip ó en u n p ro y e c to de m os m e n tales, u n a escuela, u n b ar, u n a pan d illa ju v en il. L a segunda
investigación en gran escala q u e destacaba los peligros de co m en zar
c a te g o ría , la te ó rica, está m ás e stre c h a m e n te ligada con p ro b lem as
u n estu d io con u n diseño investigativo ríg id o . El diseño de la inves­
sociológicos básicos tales com o la socialización, la desviación y
tigación de este estu d io giraba en to rn o de la d istin ció n e n tre fam i­ el c o n tro l social. A sí, el p ro p ó sito e n u n c ia d o p o r G o ffm a n al e s tu ­
lias de u n o o dos progenitores, una d iferen ciació n co m ú n en la diar un h o sp ita l para en fe rm o s m e n tale s era d esarro llar u n a versión
investigación en ciencia social. T a n to el m u e stre o com o los p ro c e ­
sociológica del “ sí-m ism o ” (se lf) m ed ian te el análisis de situ a cio ­
d im ien to s an a lític o s fu ero n diseñados en to m o de esta d istin ció n .
nes en las cuales el sí-m ism o es ata ca d o .
N o o b sta n te , cuando los investigadores de cam p o e n tra ro n en los A m b as c a te g o rías están in terrela cio n ad as. U n b u en estu d io
hogares descubrieron q u e la diferen ciació n e n tre fam ilias de u n o c u a lita tiv o c o m b in a u n a co m p re n sió n en p ro fu n d id a d del escen a­
o dos p ro g en ito res rep resen ta u n a sim plificación grosera de la si­ rio p a rtic u la r e stu d iad o con in te le c c io n e s teó ric a s generales que
tu ació n de vida de las fam ilias actuales. P o r ejem p lo , en “ fam ilias trascien d en ese tip o p a rtic u la r de escenario.
de dos p ro g e n ito re s” hallaron parejas en las q u e u n o de los c ó n y u ­ D esp u és de e n tra r en el cam po, los investigadores c u a lita ti­
ges n o asu m ía ninguna resp o n sab ilid ad re sp e c to de los hijos, y vos con fre cu e n c ia d escu b ren q u e sus áreas de in te rés n o se a ju stan
otras en las q u e el esposo q u e trata b a de c u m p lir con el ro l p a re n ­ a sus escenarios. S us p reg u n ta s p u ed en no ser significativas para
tal se ausen tab a del hogar d u ran te sem anas. En fam ilias de “ u n las p ersp ectiv as y co n d u c ta s de los in fo rm a n te s. En un estu d io
p ro g e n ito r” en c o n tra ro n parejas convivientes en las q u e el n o p ro ­ so b re salas in stitu c io n a le s para “ re ta rd a d o s severos y p ro fu n d o s” ,
g en ito r c o m p a rtía en té rm in o s de igualdad las resp o n sab ilid ad es u n o de los a u to re s de este libro c o m en zó con la in ten c ió n de in d a ­
p o r los hijos; parejas divorciadas q u e h a b ía n v u elto a u n irse, a ve­ gar las p ersp ectiv as de los resid en tes re sp e c to de la in stitu c ió n ,
ces de m o d o p erm an en te y o tra s p o r u n a sola n o c h e ; parejas con­ p ero se e n c o n tró con q u e m u c h o s in te rn a d o s eran “ n o v erbales”
vivientes en las q u e el no p ro g e n ito r ignoraba a los n iñ o s, y u n a y o tro s m u y re n u e n te s a h a b la r sin trab a s (T ay lo r, 1977). V olvió
m u ltitu d de o tra s relaciones. A dem ás, los investigadores de cam p o e n to n c e s su a te n c ió n hacia las persp ectiv as del personal, lo q u e
d e m o stró c o n s titu ir u n a lín e a de in dagación fru c tífe ra . Lo m ism o
*Por supuesto, las propuestas por escrito destinadas a obtener fondos del
o cu rrió en u n e stu d io so b re u n p ro g ram a de e n tre n a m ie n to para
exterior requieren que el investigador especifique el diseño de la investigación.
Cuando redactamos propuestas para estudios cualitativos proporcionamos una
revisión de la bibliografía cualitativa sobre la materia y una descripción deta­ 2Claser y Strauss (1967) distinguen entre teoría “sustancial” y “formal” .
llada de los métodos cualitativos, similar a la de este libro. Esta és una diferenciación análoga a la que realizamos aquí.
METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION LA OBSERVACION PARTICIPANTE 35

el tra b a jo de d esem p lead o s “re siste n te s” (B ogdan, 1971). L os in E n el e stu d io de la in s titu c ió n esta d u a l p ara re ta rd a d o s, el
vestigadores e sp e ra b a n e stu d ia r la “ reso cializ ació n ” , p ero p ro n to investigador pasó el p rim e r a ñ o en observación p a rtic ip a n te en
ad v irtiero n q u e o tro s fa cto re s eran m u c h o m ás im p o rta n te s para u n a ú n ic a sala. H acia el fin de ese añ o h a b ía a d q u irid o u n a com ­
co m p re n d e r el fe n ó m e n o . p rensión en p ro fu n d id a d de las perspectivas y ru tin a s del p erso n al
U na vez iniciado el e stu d io , n o d eb em o s so rp re n d e rn o s si el de esa sala. E n los té rm in o s de G laser y S trau ss (1 9 6 7 ) h a b ía al­
escenario n o es com o p en sáb am o s q u e era (G eer, 1964). En p a rti­ can zad o el p u n to de “ satu ració n te ó ric a ” . Las o b servaciones ad i­
cular, p ro b a b le m e n te el in v estig ad o r in te resad o e n cu estio n es te ó ­ cionales n o c o n d u c ía n a c o m p re n sio n es adicionales. U na vez d e ­
ricas e n c u e n tre q u e u n escenario d eterm in ad o n o es el convenien­ cidida la c o n tin u a c ió n del e stu d io , el in v estig ad o r e n fre n tó la n e c e ­
te para satisfacer sus in te rro g a n te s. Q uien está ligado a cierta cues­ sidad de seleccionar o tro s escen ario s p ara observar. P o d ía satisfa­
tió n te ó ric a en especial debe e star p rep arad o para cam b iar u n es­ cer in tereses su stanciales o te ó rico s (fo rm ales). E n tre las p rin ci­
cenario p o r o tro . N u estro consejo es n o aferrarse dem asiado a n in ­ pales p o sib ilid ad es se c o n ta b a n las siguientes:
gún in te ré s te ó ric o , sino ex p lo ra r los fe n ó m e n o s ta l com o ellos
em ergen d u ra n te la observación. T o d o s los escenarios son in tr ín ­
secam ente in te re san te s y suscitan im p o rta n te s cu estio n es teóricas. Foco sustancial
' E n e l m o m e n to en q u e los observadores p a rticip a n tes inician
u n e stu d io co n in terro g a n tes e in tereses in vestig a tivo s generales, O tro s asp ecto s de la vida del personal de a te n ció n .
p o r lo c o m ú n n o p re d e fin e n la naturaleza y n ú m e ro d e los “casos O tro s asp ecto s del trab a jo del p erso n al (p o r ejem p lo , p ro g ra­
—escenarios o in fo r m a n te s — q u e habrán d e estudiar . E n los estu d io s m as de e n tre n a m ie n to ).
cu an tita tiv o s trad icio n ales, los investigadores seleccionan los casos O tra s salas de la m ism a in stitu c ió n .
sobre la base de las p ro b ab ilid ad e s estad ísticas. El m u e streo al azar O tra s salas en o tra s in stitu cio n es.
o e stra tific a d o y o tra s técn ica s p ro b a b ilístic a s tien en la finalidad O tro tip o de p erso n al en la in stitu c ió n (p o r ejem p lo , ad m in is­
de asegurar la rep re sen tativ id ad d e los casos e stu d ia d o s resp ecto tra d o re s, profesionales).
de u n a p o b lació n m a y o r en la cu al está in teresad o el investigador.
L os investigadores cu alitativ o s definen típ ic a m e n te su m ues­
tra sobre u n a base q u e ev o lu cio n a a m ed id a q u e el e stu d io p ro g re­ Foco teórico
sa. G laser y S trau ss (1 9 6 7 ) u tilizan la ex p resió n “ m u e streo te ó ri­
co ” p ara designar u n p ro ce d im ie n to m e d ian te el cual los investi­ O tro tip o de in stitu c io n e s to ta le s (p o r ejem p lo , h o sp itales
gadores seleccio n an c o n scie n te m en te casos adicio n ales a e stu d iar p siq u iá tric o s, prisiones).
de acuerdo con el p o te n c ia l para el d esarrollo de nuevas in te le c ­ O tro tip o de o rg an izacio n es relacio n ad as co n los su jeto s m e n ­
ciones o p ara e l re fin a m ie n to y la ex p an sió n de las ya adquiridas. ta lm e n te re ta rd ad o s.
Con este p ro c e d im ie n to , los investigadores e x am in an si los des­ O tro tip o de o rg an izacio n es q u e “ p ro cesan p erso n as” (p o r
cu b rim ie n to s de u n escenario son aplicables a o tro s , y en q u é m e d i­ ejem p lo , escuelas, organism os de asistencia social).
da. De acu erd o con G laser y S trauss, el investigador d e b e ría llevar O tro tip o de o rganizaciones (p o r ejem p lo , fábricas).
a u n re n d im ie n to m á x im o la variación de casos adicionales seleccio­
n ad o s p ara am p liar la aplicabilidad de las in te lec cio n es teóricas. El in v estig ad o r prosiguió con su in te ré s sustancial en in s titu ­
E n la o b serva ció n p a rtic ip a n te , el m e jo r co n sejo es a rre m a n ­ ciones p a ra re ta rd a d o s m entales, e stu d ia n d o al p erso n al de a te n ­
garse los p a n ta lo n es: entrar en e l ca m p o , c o m p re n d e r un escenario ción y a los a d m in istra d o re s de o tra s in stitu cio n es. O tro s in v esti­
ú n ico y só lo e n to n c e s to m a r u na d ecisió n so b re e l e stu d io d e o tro s gadores p o d ría n h ab e r a d o p ta d o u n d ife re n te fo c o sustancial, de­
escenarios. C u alq u ier estu d io sugiere u n a can tid a d casi ilim itad a sarro llad o u n fo c o te ó ric o o c o n clu id o ei estu d io c o m o u n a des­
de lín eas adicionales de in dagación. H asta q u e u n o no se c o m p ro ­ crip ció n e tn o g rá fic a de u n a ú n ica sala.
m ete re alm en te en el e stu d io , n o p u e d e saber cuál de esas lín eas
será la m ás fru c tífe ra .
.1(1 METODOS CUALITATrVOS DE INVESTIGACION LA OBSERVACION PARTICIPANTE 37

SELECCION DE ESCENARIOS a o fe n d e r a am igos p o d ría te n d e r a lim itar lo q u e se escriba en


los in fo rm e s sobre la investigación.
El escenario ideal p ara la investigación es aq u el en el cual el o b ­ Q uienes observan en los d o m in io s de su p ro p ia p ro fesió n e n ­
servador o b tie n e fácil acceso, estab lece u n a b u e n a relació n in m e ­ fre n ta n p ro b lem as sim ilares. E s d ifícil para personas e n tre n ad as
diata con los in fo rm a n te s y recoge d ato s d ire c ta m e n te re la c io n a­ e n u n área p ro fesio n al m a n te n e r en suspenso sus propias p ersp ec­
dos con los in tereses investigativos. Tales escenarios sólo ap arecen tivas y sen tim ien to s. T e n d e rá n a c o m p a rtir con los in fo rm a n te s
ra ram en te . E n tra r e n u n escenario por lo general es m u y difícil. su p u e sto s de sen tid o co m ú n . Por ejem p lo , c o n o ce m o s a u n o b ser­
Se n ecesitan diligencia y paciencia. El in v estig ad o r debe negociar v ad o r de u n p ro g ram a de “ m o d ificac ió n c o n d u c ta l” q u e ca ra cte­
el acceso, g rad u alm e n te o b tie n e co n fia n za y le n tam e n te recoge rizab a la c o n d u c ta de los clientes com o “ a p ro p ia d a ” o “ in a p ro ­
d ato s q u e sólo a veces se ad ec ú an a sus in tereses. N o es p o c o fre ­ p ia d a ” .
cu ente q u e los investigadores “ p ed aleen en el a ire” d u ra n te sem a­ Ja ck D ouglas (1 9 7 6 ) sostiene que los inv estig ad o res d e b e ría n
nas, in clu so m eses, tra ta n d o de abrirse paso hacia u n escenario. m a n ten erse alejados de áreas en las cuales se sien ten p ro fu n d a m e n te
N o siem pre se pu ed e d e te rm in a r de a n te m a n o si se p o d rá co m p ro m e tid o s. A u n q u e éste es u n sano consejo general, la inves­
ingresar en u n escenario y satisfacer los p ro p io s intereses. Si se tig ació n n u n c a está “ Ubre de v alo re s” (B ecker, 1 9 6 6 -1 9 6 7 ; G ould-
tro p iez a con d ificu ltad es, hay q u e insistir. N o h a y guías p ara sa­ n er, 1970; Mills, 1959). L os investigadores casi siem pre d esarro ­
ber cu ándo se d e b e ría re n u n c ia r a u n escenario. P ero si el inves­ llan algunas sim p a tía s hacia las personas q u e estu d ian . A dem ás,
tig ad o r no p u e d e realizar sus m ejores esfuerzos para o b te n e r acce­ com o lo a p re n d ió el investigador en la in s titu c ió n p ara re ta rd ad o s,
so a u n á m b ito de estu d io q u e le in teresa, es im p ro b ab le q u e sepa algunos escenarios o fe n d e n a ta l p u n to la sensibilidad h u m an a del
a b o rd ar los p ro b lem as q u e in e v itab lem e n te surgen en el curso del in v estig ad o r q u e re su lta im posible p e rm an ecer desapegado y de­
trab ajo de cam po. sapasio n ad o .
R eco m en d am o s q u e los investigadores se abstengan de e s tu ­
diar escenarios en los cuales ten g an una d irec ta p artic ip a ció n p er­
sonal o p ro fe sio n a l.3 E n los observadores n o v ato s existe la te n d e n ­ ACCESO A LAS ORGANIZACIONES
cia a e stu d iar el m edio de am igos y parien tes. C uando u n o está
d ire c ta m e n te in v o lu crad o en u n escenario, es pro b ab le que vea L os ob serv ad o res p a rtic ip a n te s p o r lo general o b tie n e n el acceso
las cosas desde u n solo p u n to de vista. En la vida co tid ian a, las a las organizaciones so lic itan d o el perm iso de los responsables.
personas asum en m o d o s so b re n ten d id o s de ver las cosas, y e q u i­ A esta s p erso n as las d en o m in a m o s p o rte ro s (B ecker, 1970). In g re­
p aran lo q u e ven con la realid ad objetiva. El investigador debe sar en u n escenario su p o n e u n pro ceso de m anejo de la propia id e n ­
a p re n d e r a co n sid erar q u e su visión de la realid ad es sólo una e n tre tid ad , de p ro y e c ta r u n a im agen q u e asegure las m áxim as p ro b a b i­
m u ch as posibles p erspectivas del m u n d o . P o r o tra p a rte , el te m o r lidades de o b te n e r el acceso (K o ta ib a , 1980). Se tra ta de co n v en ­
cer al p o rte ro de q u e u n o no es una persona am en azan te y q u e
n o dañ ará su o rganización de n in g ú n m o d o .
3Este problem a es m ucho más com plicado de lo que lo presentam os aq u í.
E s esp ecialm en te p ro b ab le q u e los p o rte ro s se sien tan cóm odos
Ha habido algunos estudios destacados escritos por personas que fueron par­
con los e stu d ia n te s. La m a y o r p a rte de las personas su p o n en que
ticipantes de los escenarios que observaron. El estudio de Becker (1963) so­
bre los músicos de jazz y el estudio de R o th (1963) sobre un hospital para
los e stu d ia n te s deb en cu m p lir con tare as asignadas en sus clases
tuberculosos son ejem plos excelentes. Riem er (1 9 7 7 ) proporciona una b u e ­ o con exigencias de los program as. L os e stu d ia n te s ingenuos y
na reseña de investigaciones realizadas p o r participantes en escenarios. Por ansiosos con frecu en cia a tra e n sim p a tía y ay u d a. Es m uy p ro b a ­
las razones que hem os enunciado, sostenem os que es preferible n o estar ín ti­ ble q u e los p o rte ro s d en p o r se n ta d o q u e q u iere n ap ren d e r hechos
m am ente ligado al objeto de estu d io , en particular si no se tiene experiencia y ta re as c o n c re to s en c o n ta c to con “ e x p e rto s ” .
en la observación p articipante. Cuanto más próxim o se está a algo, más d ifí­ E n m u ch o s casos d ará re su lta d o e! e n fo q u e d irecto . La gente
cil resulta desarrollar la perspectiva crítica necesaria para conducir una inves­ suele so rp ren d erse de lo accesible q u e suelen ser la m a y o ría de
tigación consisten te. las o rganizaciones. U no de ios a u to re s de este libro realizó u n es-
,1K METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION LA OBSERVACION PARTICIPANTE 39

lu d io sobre v e n d ed o re s a d om icilio en dos co m p añ ías (B ogdan'; U na de las iro n ía s de la observación de o rg an izacio n es reside en
1972). A u n q u e estas c o m p a ñ ía s e n tre n a b a n a los asp iran tes a vende­ q ue, u n a vez que los investigadores han log rad o q u e los p o rte ro s
dores en la té c n ic a de la tergiversación calculada, los jefes de o fi­ a u to ric e n su acceso, es típ ic o q u e d eb a n to m a r d ista n cia re sp ecto
cina de la sucursal ab riero n sus p u erta s al investigador al cabo de de ésto s (V an M aanen, 1982, págs. 108-109). M uchas o rg an izacio n es
m in u to s de h a b e r fo rm u lad o su so lic itu d de au to riz a ció n para o b ­ se cara cterizan p o r la te n sió n , si n o por el c o n flic to , e n tre los nive­
servar. De h ech o , u n o de los jefes de la sucursal dio el perm iso les su p erio r e in ferio r de la je ra rq u ía . Si a los investigadores les
p or te lé fo n o cu an d o el inv estig ad o r re sp o n d ió a u n “ llam ad o ” in teresa e stu d ia r a personas de los niveles in ferio res, no d eb en apa­
en el p erió d ico para a tra e r p o stu la n te s d isp u esto s a recib ir el e n ­ recer com o co la b o ra n d o con p o rte ro s y fu n cio n ario s, o fla n q u e á n ­
tre n a m ie n to del program a. d olos. D eben te n er ta m b ié n en cu e n ta la p o sib ilid ad de q u e los
N o to d a s las o rganizaciones son ta n fácilm en te estudiables. p o rte ro s les req u ie ran in fo rm es sobre lo q u e h a n o b servado. C u an ­
Los escalones su p erio res de las co rp o racio n es (D a lto n , 1964), h o s­ do negocian su acceso, la m a y o r p arte de los ob serv ad o res sólo se
pitales (H aas y S h affir, 1980) y grandes organism os g u b ern am en ­ c o m p ro m e te n a p ro p o rc io n a r a los p o rte ro s u n in fo rm e m u y gene­
tales son de p e n e tra c ió n n o to ria m e n te difícil. El in v estig ad o r p u e ­ ral, tan genera] q u e n ad ie p u ed a ser id e n tificad o .
de esp erar q u e se le co n sie n ta sólo u n a ráp id a re co rrid a o q u e se D ebe q u e d ar en claro q u e e n tre el in te n to inicial p o r lograr
lo rech ace ab iertam en te. E l m ism o investigador q u e estu d ió a los el acceso y el co m ien zo de las o b servaciones pu ed e m ediar u n lapso
v en d ed o res a dom icilio in te n tó p rim ero observar u n program a de significativo. En algunos casos n o se p o d rá o b te n e r la au to riza c ió n
e n tre n a m ie n to para b o m b e ro s de la F u e rza A érea de los E stad o s para observar, y h ab rá que e m p ezar to d o de n u ev o e n alguna o tra
U nidos. O ficiales de d istin to s niveles quisieron e n tre v ista rlo p erso ­ o rg an iz ació n . E sto h a y q u e te n erlo p resen te cu an d o u n o diseña
n a lm en te . D espués de cada e n tre v ista le d e c ía n q u e para p erm i­ su estu d io . N o es p o c o co rrien te e n tre investigadores n o e x p e rim e n ­
tirle el acceso d e b ía n o b te n e r el perm iso e scrito de alguna o tra tad o s (esp ecialm en te e s tu d ia n te s q u e p re p a ra n d isertacio n es o
persona. C uan d o fin alm en te recib ió u n a au to riza c ió n a p ru eb a tesis) q u e no p revean el tie m p o necesario para lograr el acceso y
para co n d u cir el e stu d io , ya h a b ía p erd id o las esperanzas y estab a c o m p le ta r e l estu d io .
d ed icad o a los vendedores.
C u an d o el e n fo q u e d ire c to n o da re su lta d o , es posible em p lear
o tra s tá c tic a s p ara o b te n e r acceso a u n escenario. M uchos inves­ ACCESO A LOS ESCENARIOS PUBLICOS Y CUASI PUBLICOS
tig ad o res h an logrado el ingreso en organizaciones gracias a q u e
alguien re s p o n d ía p o r ellos. T al co m o lo señala H o ffm an n (1 9 8 0 ), M uchos estu d io s son realizad o s en escen ario s p ú b lico s (p arq u es,
la m a y o r p a rte de los investigadores cu e n tan con am igos, p a rie n ­ e d ificio s g u b e rn am en ta le s, a e ro p u e rto s, e sta cio n es ferroviarias y
tes y co n o cid o s q u e tien e n c o n ta c to s d e n tro de organizaciones, de ó m n ib u s, playas, esquinas de la ciudad, salas públicas de rep o so ,
lisas p erso n as p u e d e n ser re c lu ta d a s p ara q u e ay u d en a p ersu ad ir e tc é te ra ) y sem ipúblicos (b ares, resta u ra n te s, salones de p o o l, te a ­
a p o rte ro s ren u en te s. D el m ism o m o d o , u n m e n to r o colega puede tro s, negocios, etcétera). E n esto s escenarios p o r lo general los
escribir una carta de a p o y o con m e m b re te oficial a p o rte ro s en investigadores n o deb en n egociar su acceso con los p o rtero s. A
perspectiva (Jo h n so n , 1975). esos lugares to d o s p u ed en e n tra r. D esde luego, en los escenarios
Si to d o lo d em ás falla, se pued e tra ta r de ingresar a u n a o rg an i­ cuasi p ú b lico s (e stab lecim ien to s privados) para c o n tin u a r las o b ­
zación “ p o r la p u e rta tra se ra ” . P o r ejem p lo , hem os observado ins­ servaciones el investigador debe o b te n e r el p erm iso del p ro p ie ta rio .
titu c io n e s sig uiendo a m iem b ro s de la fam ilia y personal desde A u n q u e o b te n e r acceso a esto s escenarios n o rep resen ta u n
o tro s organism os. E n u n caso u n o de n o so tro s o b tu v o perm iso p ro b le m a , el o bservador p a rtic ip a n te (en ta n to p artic ip a n te com o
o ficial p ara visitar, y d esp u és negoció el acceso regular con p erso ­ o p u e sto a pasivo) d eb e d esarro llar estrategias para in te ra c tu a r con
nal de nivel in ferio r. A u n q u e el carácter de v o lu n ta rio pued e o b s­ los in fo rm a n tes. S i u n o se ubica d u ra n te el tie m p o su fic ie n te en
taculizar la investigación, algunos observadores lograron su ingre­ la p o sició n correcta, u n p o c o a n te s o u n p o c o d esp u és ocurrirá al­
so inicial en u n escenario asu m ien d o a q u el ro l y d e m o stra n d o q u e go. P rus (1 9 8 0 ) re co m ien d a que en los lugares públicos el observa­
criin in d ividuos dignos de confianza. d o r se u b iq u e en “ p u n to s de m u ch a ac c ió n ” . E n o tra s palabras,
40 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION
LA OBSERVACION PARTICIPANTE 41

ir hacia d o n d e están las p erso n as y tr a ta r de in iciar con alguna de


A u n q u e n o es necesario q u e los o b servadores en estos escena­
ellas u n a conversación casual.
rios se p re sen te n com o investigadores y ex p liq u en sus p ro p ó sito s
L iebow (1 9 6 7 ) describe có m o e n c o n tró a T ally, el in fo rm a n te
a las personas con las que sólo te n d rá n c o n ta c to s e fím e ro s, d ebe­
clave en su estu d io sobre h o m b re s negros de un g ru p o de esquina,
ría n en cam b io ex p lay arse con aquellas con las q u e m a n te n d rá n
m ientras conversaban sobre u n a trivialidad en la calle fre n te a u n
u n a relació n prolongada. I d e n tifiq ú e s e a n te s de q u e la g e n te co ­
re sta u ra n te de com idas para llevar. Ese d ía L ieb o w pasó c u a tro
m ie n c e a d u d a r d e su s in te n c io n e s, en especial si está en vu elta en
horas con T ally, b eb ien d o café y ho lg azan ean d o en el re sta u ra n te .
a ctivid a d e s ilegales o marginales. A sí, L iebow ex p lica sus p ro p ó ­
D espués de su e n c u e n tro con T ally, el e stu d io de L iebow p ro sp eró .
sito s a los in fo rm a n te s después de su p rim er o segundo c o n ta c to
A ntes de m u c h o , T ally lo p re se n tó a los o tro s y re sp o n d ió p o r él
con ellos, m ie n tra s q u e P olsky aconseja id en tificarse a n te los d elin ­
com o p o r u n am igo.
c u en tes p o c o después de h ab erlo s con o cid o .
P ero cu an d o se va a p erm a n ec e r en u n p u n to d u ra n te largo
tiem p o , es preferible asum ir u n ro l a c e p tab le. A u n q u e no es m al
visto que p erso n as que no se co n o ce n inicien u n a conversación
ACCESO A ESCENARIOS PRIVADOS
casual, la g en te sospecha de las m otiv acio n es de alguien q u e d e­
m u estra dem asiado in terés en los o tro s o fo rm u la dem asiadas p re­
La ta re a q u e debe realizar el o bservador p a rtic ip a n te para lo ­
guntas. El o b servador p a rtic ip a n te es fácilm en te c o n fu n d id o con
grar acceso a escenarios (casas) y situ a cio n es privados (algunas ac­
el c u e n te ro , el vo yeu r, el te n o rio o, en cierto s círcu lo s, el agente
tividades tie n e n lugar en to d a una gam a de escen ario s) es análoga
en cu b ie rto (K arp, 1980). W illiam F o o te W hyte (1 9 5 5 ) n arra sus
a la del e n tre v ista d o r para u b icar in fo rm a n te s. T a n to a los escena­
esfuerzos p o r u b icar u n in fo rm a n te en su e stu d io “ C ornerville” .
rios co m o a los individuos hay q u e e n co n trarlo s; el c o n se n tim ie n to
Siguiendo el consejo de u n colega q u e le re co m e n d ó co n cu rrir
para el e stu d io debe ser neg o ciad o con cada in d iv id u o .
a u n bar, pagarle u n trago a una m u jer y alen tarla a que le c o n ta ­
E l e n fo q u e básico para o b te n e r acceso a escenarios privados es
ra la historia de su vida, se e n c o n tró en una situ a ció n em barazosa.
la té cn ica d e la bola d e nieve: c o m e n za r con u n p e q u e ñ o n ú m e ro
W hyte (1 9 5 5 , pág. 28 9 ) escribe:
d e personas, ganar su c o n fia n za y a c o n tin u a c ió n p ed irles q u e n o s
p rese n te n a o tro s. P olsky (1 9 6 9 , pág. 124) escribe:
Miré a m i alrededor nuevam ente y ad v ertí a un terc eto : un hom bre y dos
mujeres. Se me ocurrió que las mujeres estaban m al distribuidas y que yo po­
En m i experiencia, la técnica más ap ta para co nstituir la propia m uestra
día rectificar la situación. Me acerqué al grupo y dije algo a sí como “P erdón...
es la de “ la bo la de nieve” ; lograr ser presentado a un delincuente que respon­
¿Me perm itirían unirm e a ustedes?” H ubo un m om ento de silencio m ientras
derá por n osotros ante terceros, que a su vez nos recom endarán a otros. (Des­
el hom bre m e m iraba fijam ente. A continuación se ofreció a tirarm e escale­
de luego, es preferible em pezar ta n alto como se pueda, es decir, siendo p re­
ras abajo. Le aseguré que no era necesario y lo dem ostré saliendo del lugar
sentado a la persona de m ayor prestigio del grupo que se quiere estudiar.)
sin ninguna ayuda.

H ay varios lugares p o r los q u e se pu ed e com enzar. En p rim er


A lgunos investigadores que han co n d u c id o con é x ito estu d io s
té rm in o , averigüe con am igos, p a rie n tes y c o n ta c to s personales.
sobre escenarios púb lico s y cuasi púb lico s a d o p ta ro n u n ro l par­
P or lo general la gente se so rp ren d e del n ú m e ro de personas d ife­
ticip an te acep tab le. E n u n estu d io sobre ra te ro s y d elin cu en tes,
re n te s q u e c o n o cen los ind iv id u o s con los q u e tien en c o n ta c to .
P olsky pasó h o ras ju g a n d o al p o o l. Según él, si se qu iere e stu d ia r
E n u n e x p e rim e n to llevado a cabo con u n a clase de e stu d ian tes,
crim inales, se debe ir a los lugares d o n d e pasan su tie m p o de ocio
Polsky in fo rm ó q u e u n te rc io de los e stu d ian tes hallaron q u e am i­
y ganarse la co n fian za de algunos de ellos. L aúd H u m p h rey s (1 9 7 5 ),
gos y p arie n te s p o d ría n p resen tarlo s p erso n alm en te a u n d elin cu en ­
cuyo e stu d io ha sido critica d o desde el p u n to de vista ético , p ero
te de carrera.
que ha d e m o strad o una en o rm e sensibilidad an te las personas es­
E n segundo lugar, co m p ro m éta se con la co m u n id ad de p erso ­
tudiadas, d esem p e ñ ó el ro l de “v o y e u r ” y “ m o z o ” en u n estu d io
nas q u e desea estu d iar. Para su estu d io de u n vecindario étn ico
sobre el sexo im p erso n al en las salas públicas de reposo.
in te rio r de la ciudad de B o sto n , H erb ert G ans (1 9 6 2 ) se m u d ó a
LA OBSERVACION PARTICIPANTE 43
42 METODOS CUALITATIVOS D E INVESTIGACION

fo rm a n te s. Q uizás la m a y o r desventaja de la investigación e n c u ­


csc vecin d ario y se c o n v irtió en m iem b ro de esa co m u n id ad . Se
b ie rta resida en las lim itacio n e s q u e im p o n e al investigador. E l
hizo am igo de los vecinos, u tiliz ó los n egocios y servicios locales,
investigador d eclarad o p u e d e trasc e n d e r los e stre c h o s ro les q u e
co n cu rrió a las reu n io n e s públicas. A tra v é s de esas actividades,
desem p eñ an las personas en u n escen ario , y co m p ro m e te rse en
logró fin a lm e n te recib ir in v itacio n es a hogares, te rtu lia s y re u n io ­
reales actividades investigativas. A dem ás, m u c h a s p erso n as serán'
nes in fo rm ales en el vecindario.
E n te rc e r té rm in o , co n cu rra a los organism os y organizaciones m ás a b ie rta s y e sta rá n m ás disp u estas a c o m p a rtir sus p erspectivas
sociales q u e sirven a las p erso n as en las q u e está in teresad o . P or con u n inv estig ad o r q u e con u n co m p añ ero de tra b a jo o co lab o ra­
ejem plo, según sean sus in tereses, p o d ría dirigirse a las iglesias loca­ d o r p artic ip a n te .
les, a los c en tro s vecinales, a los g ru p o s de a u to a y u d a , a las escue­ N o es p r u d e n te p ro p o rc io n a r d eta lles c o n c e rn ie n te s a la in ves­
las o a las asociacio n es frate rn ales. B ercovici (1 9 8 1 ) realizó un es­ tigación y a la p recisió n co n la q u e se to m a rá n las notas. Si tien en
tu d io con observación p a rtic ip a n te so b re residencias y o tro s esce­ n o tic ia de q u e serán o b servadas e stre c h a m e n te , la m a y o ría de las
narios p ara re ta rd a d o s m en tale s a c o m p a ñ a n d o a u n eq u ip o de te- personas se se n tirán in h ib id as en presencia d el investigador. E n
rap istas ocu p ac io n ales q u e visitaba los estab lecim ien to s. El e s tu ­ el caso im p ro b ab le de ser p resio n ad o para aclarar el p u n to , se le
dio de W hyte (1 9 5 5 ) vio d espejado el te rre n o cu a n d o el a u to r fu e pued e decir a la gente q u e se to m a rá n algunas n o ta s m ás ad elan te
p re se n ta d o a D o c, q u ien iba a ser su in fo rm a n te clave y ap ad rin a­ o q u e se llevará u n diario.
dor, por u n asiste n te social en u n a in stitu c ió n del vecindario. A U n m o d o q u e h em o s d escu b ie rto ú til p a ra ex p lic a r los in te ­
d ifere n cia de lo q u e o c u rría en la ép oca en q u e W hyte com enzó reses de la investigación consiste en hacer saber a los su jeto s q u e
su estu d io (fin es de la d écad a de 1930), los investigadores de hoy n o n ece sa riam en te esta m o s in te re sa d o s en esa o rg an izació n p a rti­
p u e d e n esp erar q u e las organizaciones pongan vallas en su cam ino cu lar n i en las personas esp ecíficas q u e e n c o n tra m o s e n ella. En
bajo la fo rm a de exigencias de co n fid en cialid ad y privacidad. to d o s los e stu d io s los in tereses del investigador a b a rc an m ás q u e
U na tá c tic a fin al q u e los investigadores han u tilizad o para u b i­ u n escen ario p a rticu la r y co n ciern en al tip o general de o rg an iz a­
car escenarios e in fo rm a n te s privados es la pub licid ad (K o ta rb a , ción, Si p ro c u ra m o s acceso a una escuela, p o r ejem p lo , d e b e ría ­
1980). L os investigadores han p u b licad o avisos en los p erió d ico s m os sugerir q u e estam o s in te resa d o s en c o m p re n d e r cóm o es una
locales, han p artic ip a d o en m esas re d o n d a s en la zona y p re p a ra ­ escuela, y n o en la n a tu ra lez a de esa escuela en especial. P o d ría ­
do v o lan tes p ara e n tre g ar en m a n o , d istrib u y é n d o lo s en tre los gru­ m os e x p lic ar p o r q u é esa o rg an izació n p a rticu la r c o n s titu y e u n
pos locales, en los q u e describen sus estudios. escen ario ideal p ara la inv estig ació n , esp ecialm en te si la g en te se
e n o rg u llece de lo q u e e stá h acien d o .
E s u n a ex p e rie n cia co m ú n e n tre los investigadores de cam p o
¿QUE SE LES DICE A PORTEROS E INFORMANTES?
en gran d es organizaciones q u e los in fo rm a n te s su p o n g an q u e a q u é ­
llos e stá n a llí p ara a p re n d e r cosas so b re las p erso n as de o tro nivel.
L a explicación de los p ro ce d im ie n to s e in tereses de la investi­
E n el e s tu d io in stitu c io n a l, el p erso n al n a tu ra lm e n te supuso q u e
gación a los p o rte ro s e in fo rm a n te s es u n o de los p ro b le m a s m ás el o b se rv a d o r d eb ía to m a r n o ta de las p a u ta s de c o n d u c ta de los
delicados q u e se e n fre n ta n en la investigación de cam po. N u e stro “ severa y p ro fu n d a m e n te re ta rd a d o s ” , a p re n d e r so b re los re ta rd a ­
p ro p io e n fo q u e d eb e ser veraz, p ero vago e im p reciso , 4 E sta ac ti­ dos lo q u e p o d ía en señ ar el p erso n al de a te n c ió n . S ea q u e los inves­
tu d n o sólo tie n e bases éticas, sino ta m b ién p rácticas. Si se falsean tig ad o res cu ltiv en o n o falsas im p resio n es, co m o lo so stien e D ouglas
d elib erad am en te las p ro p ias in ten cio n es, h ab rá q u e vivir con el (1 9 7 6 ), n o h a y nin g u n a n ecesidad de corregir aquella idea erró n ea.
te m o r y la an g u stia de ser d esc u b ie rto . E x iste ta m b ién la p o sib i­
lidad real de q u e n u e stra c o a rtad a se descu b ra y seam os ex p u lsa ­ A lg u n o s p o rte ro s exigen u n a e lab o rad a ex p licació n y defensa
dos del escenario o se hagan añ ico s n u e stra s relacio n es con los in ­ de la investigación. A l tra ta r de e n tra r e n u n a o rganización, los
o b serv ad o res p a rtic ip a n te s p u e d e n em p a n ta n a rse en p ro lo n g ad a s
discusiones sobre la m e to d o lo g ía de la investigación. E n tre las o b ­
4N o o b s ta n te , véase e n e ste c a p ítu lo el e x a m e n d e la o b s e rv a c ió n e n c u ­
je c io n e s n o rm ales a la o bservación p a rtic ip a n te se cu en tan : “T e ­
b ie r ta .
44 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION LA OBSERVACION PARTICIPANTE 45

nem os q u e p ro te g e r la privacidad y co n fid en cialid ad de n u estro s q u e el e s tu d io es ta n acad ém ico y ab stra c to q u e n o es posible q u e


clien tes” , “ E stam o s dem asiad o o c u p ad o s co m o para re sp o n d e r am en ace a n ad ie. D ouglas (1 9 7 6 , pág. 170) p ro p o rc io n a u n ejem p lo :
a una ristra de p re g u n ta s” , “ U sted o b stacu liza rá lo que estam o s
h a c ie n d o ” , “ D e to d o s m o d o s a q u í n o va a e n c o n tra r m u c h o de Resulta especialmente eficaz decirles algo detalladamente que “estamos
in te re sa n te ” , y “ Su e stu d io n o p arece c ie n tífic o ” . realizando una reducción etnometodológica-fenomenológica de su actitud
A n tic íp e s e a las o b je c io n e s y tenga las respuestas preparadas. natural para exhibir y documentar los procedimientos interpretativos inva­
Por lo general p o d em o s darles ciertas g a ran tía s a los porteros. A riantes que son constitutivos del ego trascendental y por lo tanto de la cogni­
esto a veces se lo d e n o m in a el p a cto . L os observadores d eb e n su­ ción intersubjetiva” .
brayar el h ech o de q u e su investigación no d e sb arata el escenario.
Los p o rte ro s con frecu en c ia su p o n en q u e la investigación incluye S u p o n ie n d o q u e este tip o de m an io b ra dé re su ltad o s, el inves­
cu estio n ario s, e n trev istas e stru c tu ra d a s, uso de anotadores y o tro s tig a d o r deb erá asum ir d u ra n te cierto tiem p o la id e n tid a d conse­
m é to d o s in tru siv o s. E n cam b io , la observación participante en v u el­ cu en te. C o n o cem o s a u n o b serv ad o r q u e se id e n tific ó an te los in ­
ve actividades n o p e rtu rb a d o ra s ni intrusivas. E n realidad, p ara la fo rm a n te s c o m o “ e tn ó g ra fo ” . M ás tard e o y ó q u e u n a persona le
m a y o r p arte de los investigadores p e rtu rb a r lo m ín im o es ta n im ­ su su rra b a a o tra : “N o hagas n in g ú n tip o de b ro m a racial d elante
p o rta n te com o para los p o rte ro s. de ese tip o . E s u n e tn ó g ra fo ” .
T am b ién co rresp o n d e g aran tizar la confidencialidad y la priva­ N o es p o c o co m ú n h o y en d ía q u e los p o rte ro s so liciten a los
cidad de las p erso n as q u e e stu d iam o s. H arem os saber a los in fo rm an ­ o b serv ad o res p artic ip a n te s la prep arac ió n de u n a p ro p u e sta escri­
tes q u e las n o ta s que to m e m o s n o c o n te n d rá n nom bres ni id e n ti­ ta o q u e so m etan el d iseño de su investigación a u n “ co m ité de p ro ­
ficarán in fo rm ació n sobre los individuos o la organización, y q u e te cc ió n de los su jeto s h u m a n o s” . Las m ism as o rien tacio n es genera­
estam o s ta n obligados a re sp e ta r la co n fid en cialid ad como la gen­ les se ap lican a los d o cu m e n to s escrito s: ser h o n e sto , p ero vago.
te de la organización. P or lo general b astará con u n a consideración superficial e im preci­
De la fo rm a en q u e evaluem os a la gente de la organización d e­ sa de los m é to d o s de investigación cualitativos, la te o ría fu n d a m e n ­
p en d e rá la e x a c titu d con q u e h ab rem o s de r e s p o n d e r á las p reg u n ­ ta d a , e tc é te ra .
tas so b re el diseño de la investigación. Las p reg u n ta s críticas sobre
el diseño de la investigación p o r lo general reflejan preocupacio­
nes acerxa de los d escu b rim ien to s o re su lta d o s (H aas y S haffir, RECOLECCION DE DATOS
1980). P o r ejem p lo , los p o rte ro s de in stitu cio n es a veces se escu d an
en la co n fid en cialid ad d el cliente para o c u lta r condiciones in fe rio ­ D u ra n te el p ro ceso d e o b te n e r el ingreso en un escenario se d e ­
res a las norm ales. ben llevar n o ta s de ca m p o detalladas. C om o en el caso de la inves­
E n el e stu d io in stitu c io n al, el o b serv ad o r pasó horas d efen d ien ­ tigación u lte rio r, las n o ta s deb en registrarse después de en cu e n tro s
do la in teg rid ad de su investigación an te fu n cio n ario s que te n ía n cara a cara y conversaciones telefónicas. L os d a to s recogidos e n
p rep aració n en psicología. H asta q u e n o e n c o n tró la frase “ m ed i­ esta e ta p a p u e d e n ser e x tre m a d a m e n te valiosos m ás adelan te. D u ­
das n o in tru siv as” los fu n cio n a rio s n o le o to rg aro n au to rizació n ra n te el p e río d o de o b te n ció n del acceso del estu d io in stitu cio n al,
para observar. Jo h n so n (1 9 7 5 ) in fo rm a q u e su desem peño c h a p u ­ el in v e stig ad o r pasó tiem p o con la d irec to ra de la en tid a d . A de­
cero al ex p licar su investigación a u n g ru p o de asistentes sociales m ás de se n ta r las reglas básicas, ella p re sen tó su perspectiva de la
fu e u n fa c to r esencial p ara o b te n e r el acceso a u n organism o de in s titu c ió n : “N adie es p e rfe c to ” , “ E stam os ate sta d o s” , “ P o d ría­
asistencia social. Los asisten tes sociales llegaron a la conclusión de m os u tiliz ar m ás d in e ro del E s ta d o ” . D espués de co n clu ir su estu ­
que n o te n ía n n ad a q u e te m e r de alguien q u e ex p erim en tab a ta les dio d el p erso n al de a ten c ió n , el investigador estu d ió las perspecti­
d ificu ltad es para ex p licar sus p ro p ó sito s. vas de los fu n cio n a rio s. A quellas afirm aciones de la directora lo
D ouglas (1 9 7 6 ) aboga p o r “ hacerse el b o b o ” o el “ académ ico a y u d a ro n a e n te n d e r el m o d o en q u e los fu n cio n a rio s in stitu cio ­
con cereb ro de ra tó n ” cuando la gente parece tem er la investiga­ nales p ro y e c ta b a n hacia el m u n d o e x te rio r una im agen favorable
ción. Es d ecir q u e el investigador tra ta de convencer al p o rtero de de sí m ism os.
■1<> METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION LA OBSERVACION PARTICIPANTE 47

El pro ceso de o b te n e r acceso a u n escen ario ta m b ién facilita V idich ju s tific ó las seguridades engañosas p ro p o rc io n a d a s so b re
hi co m p ren sió n del m o d o en q u e las p erso n as se relacionan e n tre la p ro te c c ió n de la id e n tid a d co m o p recio de u n a c o n trib u c ió n al
sí y tra ta n a o tro s. U n b u e n m o d o de ad q u irir co n o cim ie n to s so b re co n o c im ie n to . D enzin (1 9 7 8 ) asu m e la posición de q u e cada inves­
l¡! e s tru c tu ra y je ra rq u ía de u n a o rg an izació n consiste en ser pasado tig ad o r d e b e ría decidir cu ál es la c o n d u c ta ética. D enzin (1 9 7 8 ,
de u n o a o tro a través de ella. F in a lm en te , las n o ta s recogidas en pág. 3 3 1 ) aboga p o r “ ...la ab so lu ta lib e rta d para proseguir con-
esa e ta p a a y u d a rá n m ás a d elan te al o bservador a e n te n d e r cóm o las p ro p ias activ id ad es ta l com o u n o lo juzga a d e c u a d o ” . Ja c k D ou-
es visto por la gente de la o rganización. glas (1 9 7 6 ) caracteriza a la sociedad co m o u n m u n d o de “ co rn ad as
e n tre b u ey es” . P uesto q u e, según D ouglas, las m e n tira s, las evasi­
vas y el en g añ o fo rm an p arte de la vida social c o tid ia n a , los inves­
INVESTIGACION ENCUBIERTA tig ad o res d e b e n m e n tir, elu d ir y en g añ a r a sus in fo rm a n te s para
o b te n e r “ la v erd ad ” .
A lo largo de to d o este c a p ítu lo h em o s su b ra y ad o el tem a de O tro s c ie n tífic o s sociales suscriben u n a ética de situación (H u m ­
l;i investigación m an ifiesta , es decir, de estu d io s en los q u e los in ­ ph rey s, 1975). E n o tra s palabras, dicen q u e los b en eficio s sociales
vestigadores c o m u n ic a n sus in tereses investigativos a los p o rte ro s p ráctico s de la investigación p u ed en ju stific a r p rácticas engañosas.
e in fo rm an tes en perspectiva. P ero m u ch o s fru c tu o so s e im p o rta n : Para R a in w a te r y P ittm an (1 9 6 7 ) la investigación en ciencias socia­
les e stu d io s de observación p a rtic ip a n te fu ero n realizad o s con un les acre c ie n ta la re sp o n sab ilid ad de los fu n c io n a rio s públicos.
e n fo q u e en c u b ie rto (F estin g er y o tro s , 1956; H u m p h rey s, 1975; F in a lm e n te , e stá n q u ie n es co n d en a n el en g añ o p o r sí m ism o y
R osenhan, 1973; R o y , 1952a). Con in d e p en d en cia de las conside­ d efie n d e n u n “ d erech o a n o ser in v estig ad o ” (S agarin, 1973). A sí,
raciones p rácticas, la investigación en cu b ierta su scita graves p r o b le ­ algunos c ie n tífic o s sociales ad u cen q u e los investigadores n u n c a
m as éticos. tien en el d e rech o de d a ñ a r a las p ersonas, y q u e los únicos q u e
Las d ecisiones éticas n ece sariam e n te in v o lu cran la propia m o ­ p u e d e n ju z g a r si la investigación d añ a, a u n q u e sólo sea p o r la e x p o ­
ral personal. Se d eb e o p ta r e n tre cierto n ú m e ro de resp o n sab ili­ sición de secreto s 'grupales, son los in fo rm a n te s m ism os (S prad-
d ades y altern ativ as m orales. A lgunos c ie n tífic o s sociales, com o ley, 1980).
K ai E rikson (1 9 6 7 , pág. 2 5 4 ), sostienen q u e la investigación e n c u ­ D e m o d o q u e en m a teria de ética los investigadores deben b a­
bierta y el en g añ o co m p ro m e te n la buen a v o lu n tad de los p o te n ­ lan cear sus resp o n sab ilid ad es m ú ltip le s para con su p ro fesió n , la
ciales su jeto s de investigación y del p ú b lico en general, de los cu a­ b ú sq u ed a del c o n o cim ie n to , la sociedad, los in fo rm a n te s y, en
les los investigadores d ep e n d e n : “ In n ecesario es decir q u e la inves­ ú ltim a in stan cia, ten erse en cu e n ta a s í m ism os.
ic a c ió n de este tip o p u e d e d añ ar la re p u ta c ió n de la sociología N u estro p ro p io p u n to de vista es q u e h ay situ acio n es en la s q u e
en la sociedad m ás am plia y clausurar áreas p rom isorias de inves­ la investigación en c u b ie rta es al m ism o tie m p o necesaria y está éti­
tigación para los investigadores fu tu ro s ” . A n álo g am en te , W arw ick cam en te ju s tific a d a . D ep en d e de lo q u e se estu d ie y de lo q u e se
(1 9 7 5 ) previene q u e una a c titu d de “ al d em o n io con el p ú b lic o ” p re te n d a h ace r con los resu lta d o s. P uesto q u e es m en o s p ro b ab le
e n tre los investigadores de cam p o ya ha cread o un retro c eso social q u e los g ru p o s p o d ero so s de n u e stra sociedad au to rice n el acceso
en d e trim e n to de la investigación social. de los investigadores, la investigación en ciencias sociales tie n d e
O tro s investigadores creen q u e el c o n o cim ie n to cie n tífic o o b ­ a co n ce n tra rse e n tre los q u e n o tien en p o d e r. C o n ta m o s con m u ­
tenido m e d ia n te la investigación ju stific a p rácticas e n o tro s se n ti­ chos m ás e stu d io s so b re trab a ja d o re s q u e so b re g eren tes de c o rp o ­
dos desagradables,5 G laser (1 9 7 2 , pág. 133) in fo rm a q u e A rth u r racio n es, m ás so b re p o b res y desviados q u e so b re p o lític o s y jueces.
Los in v estig ad o res e x p o n en las fa lta s de los débiles, m ie n tra s q u e
los p o d e ro so s p erm a n ecen in to cad o s. E n co n secuencia, estu d ia r
■'Aparentem ente son pocos los científicos sociales que llevarían esta
iTecneia hasta su conclusión lógica. Lofland (1969, pág. 3 01), quien justifica
sil propia investigación encubierta entre grupos de Alcohólicos A nónim os, m uy bien (o d eberían haberlo hecho) que hay lím ites morales definidos sobre
escribe: " L is actividades de ‘investigación’ de la Alemania nazi nos enseñaron lo qu e puede hacerse en nom bre de la ciencia” . Véase tam bién Lofland (1 9 6 1 ).
METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION LA OBSERVACION PARTICIPANTE 49

ile m odo e n c u b ie rto los grupos p o d ero so s pu ed e re su lta r re c o m p e n ­ c íf ic a m e n te , e n f o c a m o s m a te r ia s r e la c io n a d a s c o n la s d e c is io n e s


sa lorio. Pero e n c o n tra m o s d ifíc il ju stific a r el en gaño ab ie rto con q u e lo s o b s e r v a d o r e s d e b e n t o m a r a n te s d e e n t r a r e n e l c a m p o y
el o b je to ú n ic o de cum plir con exigencias de la g raduación o de c o n lo s c o n t a c t o s in ic ia le s q u e d e b e n h a c e r. El c a p ít u l o s i g u i ó t e
a ñ ad ir a u n cu rríc u lu m la p u b licació n de u n a rtíc u lo en u n oscu ro p a s a a lo s p r o b le m a s y a lte r n a tiv a s q u e e l o b s e r v a d o r e n f r e n i
p eriódico especializado. el c a m p o : “ A h o r a q u e y a e s tá d e n t r o , ¿ a d o n d e ir á a p a r tir d e a q u í .
Es ta m b ié n cierto , com o lo señala R o th (1 9 6 2 ), q u e la d istin ­
ción e n tre investigación m an ifiesta o a b ie rta e investigación e n c u ­
b ierta es u n a sim plificación excesiva. P o rq u e to d a investigación
es en alguna m ed id a secreta en el sen tid o de q u e los in vestigado­
res n u n ca le co m u n ican to d o a sus in fo rm an te s. ¿Q ué decir de los
investigadores q u e observan en lugares públicos? ¿D eben in fo rm ar
a la m u ltitu d de p erso n as que están siendo observadas? ¿D eb e ría n
los investigadores ser obligados a p ro p o rc io n a r a los in fo rm a n te s
ren d ic io n es de cu en tas p u n to p o r p u n to de las h ip ó tesis y co n je­
turas em ergentes?
E n el re in o de la ética n o h ay reglas estrictas. L a investigación
en e l c a m p o d eb e involucrar a l in v estig a d o r en un a gran m ed id a
de b ú sq u e d a d e l to n o esp iritu a l , 6 Sea cual fu ere la decisión ética
q u e los investigadores to m e n , n o d e b e ría n ser sencillam ente caba­
llerescos ni fa lto s de m é to d o en lo q u e resp e cta al en gaño de te r­
ceras personas.
Este c a p ítu lo tra tó so b re la e ta p a previa al tra b a jo de cam po
de la investigación m e d ia n te la observación p a rticip a n te. Más espe-

®En años recientes, los com ités de “ protección de los sujetos de investi-
Haoión hum anos” han surgido en las universidades en to d o el país, en gran m e­
dida com o respuesta a las orientaciones federales para la investigación (Depar-
tiim cnt o f H ealth, E ducation and Welfare, 1974, 1978). Con frecuencia, es­
tos comités parecen destinados a proteger a las universidades y a los provee­
dores de fondos, salvándolos de la controversia, más que a la salvaguarda de
los intereses de potenciales “ sujetos” . En to d o caso, el hecho de que una p ro ­
puesta de investigación haya pasado p o r el escrutinio de un com ité de “ p ro tec­
ción de sujetos hum anos” no libera al investigador de tom ar decisiones éticas
en el caso. Es tam bién cierto, como lo señalan KJockars (1 9 7 7 ) y Wax (1983),
que los procedim ientos federales del “ consentim iento in form ado” parecen ina­
decuados en los estudios cualitativos, puesto que el investigador no siem pre
puede (si es que puede alguna vez) especificar de antem ano qué personas o
escenarios serán estudiados, qué preguntas se harán y qué riesgos correrán
los inform antes. K lockars (1 977, pág, 217) cita un maravilloso enunciado de
Margaret Mead relacionado con las orientaciones federales para la investigación:
“ I ji investigación antropológica no tiene sujetos. Trabajam os con los in fo r­
m antes en una atm ósfera de confianza y respeto m u tu o s” .
LA OBSERVACION PARTICIPANTE 51

L o s o b serva d o res p e rm a n e c e n re la tiv a m e n te p a sivo s a lo largo


d e l curso d e l trabajo d e ca m p o , p e ro e n esp ecia l d u ra n te los p r im e ­
ro s d ía s (G eer, 1 9 6 4 ).1 L o s observadores p a rtic ip a n te s “ palp an
la situ a c ió n ” , “ av an zan le n ta m e n te ” , “ to c a n de o íd o ” (J o h n so n ,
1975) y “ a p re n d e n a h ace r los n u d o s ” (G eer, 1964). L os p rim ero s
d ía s en e l cam p o c o n stitu y e n u n p e río d o e n el cual los observ ad o ­
res tra ta n de q u e la g en te se sie n ta có m o d a, d isip an cu alq u ier id ea
en c u an to a q u e e l e n fo q u e de la investigación será in tru siv o , e s ta ­
C apítulo 3
blecen sus id e n tid a d e s com o p erso n as in o b je ta b le s y ap ren d e n
a a c tu a r a d ec u a d am e n te en el escen ario . ¿Q ué ro p a m e p o n d ré?
LA OBSERVACION PARTICIPANTE
¿P u ed o fu m ar? ¿Q uién p arece d em asiad o o c u p a d o com o p ara h a­
EN E L CAMPO
blar conm igo? ¿ D ó n d e p u ed o sen ta rm e sin m o le sta r el paso? ¿P ue­
do cam inar? ¿Q ué p u ed o h ace r p ara n o resaltar com o u n a u ñ a
en ca rn ad a ? ¿P u ed o hablarles a los clientes? ¿Q u ién p arece accesi­
ble y co m u n icativ o ? '
D u ra n te e l p e r ío d o inicial, la reco lecció n d e d a to s es se c u n d a ­
ria para llegar a c o n o c e r el escenario y las personas. Las p reg u n ta s
tien e n la fin alid ad de a y u d a r a ro m p e r el hielo. P u esto q u e algunas
p erso n as p u ed en p reg u n tarle al in v estig ad o r q u é q u ie re saber, es
u n a b u en a id ea a n o ta r algunas p reg u n ta s generales a n te s de ingre­
sar en el cam po. P or lo general, son b u en as a p e rtu ra s p re g u n ta s
E n este c a p ítu lo co n sid erarem o s la fase de trab a jo de cam p o de
c o m o “ ¿ P o d ría d arm e u n a p ersp ectiv a de este lu g ar?” y “ ¿C óm o
la o b servación p a rtic ip a n te . El tra b a jo de cam p o in clu y e tres ac­
e n tró u ste d en e s to ? ”
tividades principales. La p rim era se rela cio n a con u n a in te ra cc ió n
D ife re n te s p erso n as p ro b a b le m e n te p re se n ta rá n d ife re n te s
social n o ofensiva: lograr q u e los in fo rm a n te s se sien tan có m o d o s
g rad o s de rec e p tiv id a d a n te el investigador. A u n q u e el p o rte ro
y ganar su ace p tació n . E l segundo a sp ecto tra ta so b re los m o d o s
h ay a a u to riz a d o el e stu d io , o tro s p u ed en o b je ta r su presencia.
de o b te n e r d a to s: estrateg ias y tá ctic as de cam po. E l asp ecto fin al
S ue S m ith -C u n n ien , en el p rim er d ía de u n e stu d io con observa­
inv o lu cra el reg istro de los d ato s en fo rm a de n o ta s de cam po es­
ción p a rtic ip a n te alcan zó a o ír q u e u n a p e rso n a le p reg u n ta b a a
critas. E n este c a p ítu lo ex am in arem o s esto s y o tro s p ro b lem as
o tra : “ ¿Q ué es lo q u e ella va a h acer... d ar v u eltas y observ arn o s
q u e surgen en el cam po.
to d o el tie m p o ? ” C o m o lo señala J o h n so n (1 9 7 5 ), n o es p oco co m ú n
q u e los o b serv ad o res se e n c u e n tre n en m edio de u n a lu c h a de p o d e ­
res a p ro p ó sito de su presencia. Es im p o rta n te ex p licar quién es
LA ENTRADA EN E L CAMPO
u n o a to d a s las p erso n as d el escen ario . E n u n e stu d io sobre el em pleo
de los m ed io s de co m u n icac ió n p o r los m aestro s, p o r ejem p lo ,
L os o b serv ad o res p a rtic ip a n te s e n tra n en e l cam po con la es­
p eran za de estab lecer rela c io n e s a b iertas con los in fo rm a n te s. Se *Un núm ero creciente de investigadores de campo subrayan la im p o rtan ­
c o m p o rta n de u n m o d o ta l q u e llegan a ser u n a p a rte n o in tru siv a cia de com prender el efecto que el observador produce en el escenario, en
de la escena, p erso n as cuya posición los p a rtic ip a n te s dan p o r so­ lugar de tratar de elim inarlo enteram ente (véase E m erson, 1981). Algunos
b re en ten d id a . Id ea lm e n te , los in fo rm a n te s olvidan q u e el o b ser­ investigadores tam bién defienden el com prom iso activo en el campo como m e­
v ad o r se p ro p o n e investigar. M uchas de las té cn icas em p lead as en dio para revelar procesos sociales que de o tra m anera q uedarían ocultos (Bode-
la o b serv ació n p a rtic ip a n te co rresp o n d en a reglas co tid ian as so b re m ann, 1978). A unque estas posiciones tienen sentido, seguimos sintiendo que
es esencial “ avanzar lentam ente” hasta qu e uno ha desarrollado uña com pren­
la in te rac c ió n social n o ofensiva; las a p titu d e s en esa á rea son u n a
sión del escenario y de su gente.
necesidad.
52 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION LA OBSERVACION PARTICIPANTE 53

los investigadores e n trev istaro n a cada d o c e n te in d iv id u alm en te i iza p o r s e n tim ie n to s de d u d a en si m ism o, in c e rtid u m b re y fru s­
p ara explicarle el estu d io y o b te n e r su perm iso a fin de observar trac ió n , c o n fó rte se p e n san d o q u e se sen tirá m ás c ó m o d o en e l e sce­
en cada salón de clase, p o r m ás q u e esto y a h a b ía sido au to rizu d o nario a m e d id a q u e el e s tu d io progrese.
p o r los ad m in istrad o re s. C u an d o e n tra n p o r p rim e ra vez en el cam p o , los o b serv ad o res
A sim ism o, de m o d o sutil, se d e b e ría h ace r saber a la gente quo e n c u e n tra n con frec u en c ia a b ru m a d o s p o r la ca n tid a d de in fo r­
lo q u e n o s diga n o será co m u n icad o a o tro s . (D esde luego, u n o no m ación q u e recib en . P o r e s ta ra z ó n , se debe tra ta r d e lim itar el
se p re sen ta d icien d o q u e es u n investigador y e stá é ticam en te o b li­ licm po q u e se pasa en el e sc e n a rio d u ra n te cada o b serv ació n . U na
gado a n o violar su co n fid e n cialid ad .) E n la segunda observación liora es p o r lo general su fic ie n te . A m ed id a q u e u n o se fam iliariza
en el estu d io in s titu c io n a l, u n o de los m iem b ro s del perso n al de con u n e sc en a rio y gana en p e ric ia para la o b serv ació n , se puede
a te n c ió n le p re g u n tó al investigador: “ ¿Le h a b ló u ste d (a la d ire c to ­ a u m e n ta r e l lap so q u e se pasa en e l escenario.
ra ) sobre los m u c h ach o s de e sta sala?” E l investigador resp o n d ió La investig ació n de c a m p o p u e d e ser esp ecialm en te e x c ita n te
algo a sí c o m o : “ N o, ni siquiera le dije d ó n d e e sto y . Yo n o le h ablo al co m ien zo d el e stu d io . A lg u n o s o b serv ad o res se in c lin a n a p e rm a ­
so b re la in s titu c ió n a las p erso n as del e x te rio r, de m o d o q u e ¿p o r necer ta n to tie m p o en u n esc en a rio q u e d ejan el cam p o ag o tad o s
q u é h a b ría d e hablarle so b re to d o s u ste d e s? ” E n el e stu d io de S m ith- y llenos de ta n ta in fo rm a c ió n q u e n u n c a llegan a registrarla. Las
C u n n ien , ella ap ro v ech ó la o p o rtu n id a d de asegurar la co n fid e n cia­ o b servaciones son ú tile s só lo en la m e d id a en q u e p u ed e n ser re ­
lidad de su investigación d u ra n te el in te rca m b io siguiente: c o rd ad a s y registradas. N o p e rm a n e zc a e n e l c a m p o si olvidará m u ­
ch o s d e los d a to s o n o ten d rá tie m p o para to m a r notas.

Observador: “ ¿Q uiere usted ser ed ito r en jefe el próxim o año?”


Informante: “ ¿A quién va usted a hablarle de esto , en to d o caso?” LA NEGOCIACION D E L PROPIO ROL
Observador: “ Lo siento, d e b í haberle dicho desde el principio qu e to d o lo
que m e diga es confidencial. Yo n o voy a rep etir nada de esto Las co n d ic io n es de la in v estig ació n de c am p o - q u é , cu án d o y
fuera de aq u í” .
a q u ién o b serv ar— d eb en ser n eg o ciad as c o n tin u a m e n te . H a y q u e
esta b lecer u n eq u ilib rio e n tr e la realización d e la in vestig a ció n tal
D u ra n te los p rim ero s d ía s en el ca m p o , los investigadores se c o m o u n o lo considera a d e c u a d o y a co m p a ñ a r a los in fo rm a n te s
sie n te n in v a ria b lem en te in c ó m o d o s. M uchos d e n o s o tro s reh u im o s
en b e n e fic io d e l ra p p o rt.
la in te ra c ció n inn ecesaria con e x tra ñ o s. N adie se siente cóm odo E l p rim e r p ro b lem a q u e p ro b a b le m e n te se te n g a q u e e n fre n ta r
en u n n u ev o escenario sin n in g ú n ro l d efin ib le q u e d esem peñar. es el de verse fo rza d o a u n ro l in c o m p a tib le con la realizació n de
S m ith -C u n n ien re fle x io n a sobre su p rim er d ía o b serv an d o :
la investigación. E s fre c u e n te q u e las p erso n as n o e n tie n d a n la
o b servación p a rtic ip a n te , in c lu so au n q u e les haya sido ex p licad a
Me siento to talm en te in cóm oda en este escenario. Creo que esto se debe
cu id a d o sa m e n te . E n m u c h o s escen ario s los p o rte ro s e in fo rm a n te s
sobre to d o a m i propia tim id ez, aunque algo proviene definidam ente del hecho
u b ic an a los o b serv ad o res en ro les c o m ú n m e n te d esem p e ñ ad o s
de que allí se destaca un escenario ex trañ o y yo n o estoy haciendo nada sal­
vo m irar... n o to m é n o tas de cam po. Parte de la incom odidad se debe al h e ­ p o r e x tra ñ o s. E l p erso n al de las escuelas, h o sp itales p siq u iátrico s
cho de que en algunos m om entos hay literalm ente m uy poco que observar: y o tra s in stitu c io n e s con fre c u e n c ia tra ta n de fo rzar a los observa­
to d a la acción continúa en los despachos y yo sólo puedo alcanzar a o ír algu­ d o res a asu m ir el ro l de v o lu n ta rio s, esp ecialm en te en el caso de
nas cosas. La próxim a vez que observe, trataré de ser un poco más agresiva m u jeres y estu d ia n te s. D e los o b serv ad o res se espera a veces que
sin serlo dem asiado... ten d ré que trata r de observar escenarios más específi­ firm en el lib ro de e n tra d a s y salidas de los v o lu n tario s, q u e tra b a ­
cos y de descubrir quién es cada cual entre un m ayor núm ero de personas. je n con c ierto s clientes y q u e in fo rm e n al supervisor de v o lu n ta ­
rios. C o n o ce m o s a u n o b se rv a d o r q u e fu e em p u ja d o a u n a relació n
T o d o s los o b serv ad o res e n fre n ta n en el cam p o situaciones de tu t o r con u n m u c h a c h o en u n a cárcel d e m e n o res encausados,
d esco n ce rtan te s. A u n q u e es cierto , tal com o lo escriben S haffir, a pesar de q u e h ab ía e x p lica d o sus intereses al d ire c to r de la in sti­
S te b b in s y T u ro w e tz (1 9 8 0 ), q u e el tra b a jo de cam po se caracte- tu c ió n . A n álo g am en te , E a s te rd a y , P apadem as, S c h o rr y V alen tin e
54 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION
LA OBSERVACION PARTICIPANTE 55

(1 9 7 7 ) in fo rm a n de inv estig ad o ras que, en escenarios d o m in ad o s d ie n te s a c o n tro la r la in vestig a ció n . Id e a lm e n te , son los p ro p io s
p o r h o m b res, h an sido llevadas a asu m ir roles inad ecu ad o s. inv estig ad o res los q u e d e b en elegir los lugares y m o m en to s para
A veces el d esem p e ñ o de u n ro l fam iliar en u n escenario re p re ­ observar. C uan d o los ob serv ad o res estab lecen algún grado de ra p p o rt,
sen ta algunas ventajas: se o b tie n e el acceso con m ay o r facilid ad ;
p o r lo general lo g ran acceso a m ás lugares y personas.
el o b se rv a d o r tien e algo q u e h acer; las p erso n as n o se in h ib en en
su presen cia; algunos d a to s se p u e d e n o b te n e r con m en o s d ificu l­
tad. C o n o cem o s a un o b serv ad o r que, en u n e stu d io so b re u n a o r­ E L ESTABLECIMIENTO DEL R A P P O R T
g anización de caridad, fu e designado co m o v o lu n tario para regis­
tra r in fo rm a ció n sobre d o n a n te s. Sin em bargo, a m edida q u e el E sta b lecer ra p p o rt con los in fo rm a n te s es la m e ta de to d o inves­
e stu d io progresa el o b serv ad o r p e rd e rá c o n tro l sobre él y sufrirá tig ad o r de cam po. C uando se co m ien za a lograr el ra p p o rt con a q u e ­
lim itacio n es en la reco lecció n de d a to s si se ve co n fin ad o a u n es­ llas p erso n as a las q u e se está e stu d ia n d o , se e x p e rim e n ta n sensa­
tre c h o ro l organizativo.
ciones de realizac ió n y e stím u lo . El de ra p p o rt n o es u n co n c e p to
U n segundo p ro b lem a q u e e n fre n ta n los investigadores de cam ­ q u e p u e d a definirse fácilm e n te. Significa m u c h a s cosas:
p o consiste en q u e se les diga qué y cu á n d o observar. A nte los
e x tra ñ o s, to d a s las personas tra ta n de presen tarse bajo la m ejo r C o m u n icar la sim p a tía q u e se siente p o r los in fo rm a n te s y lograr
luz posible (G o ffm an , 1959). L os in fo rm an tes co m p a rtirá n a q u e ­ q u e ellos la ace p ten com o sincera.
llos asp ecto s de su vida y de su trab a jo q u e se p re sta n a u n a visión
fav o rab le, y o c u lta rá n los o tro s, o p o r lo m enos los llevarán a u n P en e tra r a través de las “ d efen sas c o n tra el e x tra ñ o ” de la g en ­
segundo plano. M uchas o rganizaciones tien en g u ía s q u e p ro g ram an te (A rgyris, 1952).
las visitas y re co rrid a s de e x tra ñ o s. A u n q u e tales re c o rrid as son va­
liosas en cierto s asp ecto s, tie n d e n a p ro p o rc io n a r u n a perspectiva L ograr q u e las p erso n as se “ a b ra n ” y m a n ifiesten sus sen ti­
selectiva del escenario. E n las in stitu c io n e s to tales, p o r ejem p lo , m ie n to s re sp e c to del escen ario y de o tra s p erso n as.
los gu ías con frecu en c ia m u e stran a los visitantes las m ejores sa­
las y los p ro g ram as m od elo s, y d esalien tan el re c o rrid o en o tra s S er visto com o u n a p erso n a in o b je ta b le .
partes de la in s titu c ió n (G o ffm an , 1961; T a y lo r y B ogdan, 1980).
En m u c h as o rganizaciones, las p erso n as tra ta n de e s tru c tu ra r Irru m p ir a través d e las “ fa c h a d a s” (G o ffm a n , 1959) q u e las
los tiem p o s en q u e se a u to riz a la visita de los observadores. Las perso n as im p o n e n en la vida c o tid ian a.
in stitu c io n e s to ta le s son bien co n o cid as p o r negar las visitas los
fines de sem ana, p u esto que es e n to n c e s cu an d o sucede lo m enos C o m p a rtir el m u n d o sim bólico de los in fo rm a n te s, su lenguaje
pro g ram a d o y la m a y o r p arte de los m iem b ro s del perso n al están y sus p erspectivas.
de fran co . E s típ ic o q u e los fu n cio n ario s y el perso n al de dirección
de las o rganizaciones tra te n de im p o n e r a los observadores los l í ­ El r a p p o rt ap arece le n ta m e n te en la m a y o ría de las investiga­
m ites de cierto s a c o n te cim ie n to s, co m o re u n io n e s en d ía s de fies­ cio n es de cam po. Y cu an d o aparece, pued e ser te n ta tiv o y frágil.
ta o en d ías de p u e rta s abiertas.
Es d u d o so q u e c u alq u ier p erso n a c o n fíe p o r co m p leto en o tra ,
La m u jeres a veces e n fre n ta n p ro b lem as especiales con los in ­ en to d o s los m o m e n to s y circunstancias. T a l com o n o s lo dice
fo rm an tes, q u e lim itan su investigación (E a ste rd a y y o tro s, 1 977); J o h n J o h n s o n (1 9 7 5 ), el ra p p o rt y la co n fian za p u ed e n crecer y
W arren y R asm ussen, 1977), P or ejem p lo , E a ste rd a y y o tro s a n o ta n dism in u ir en el curso del trab a jo de cam po. C on c ierto s in fo rm a n ­
q u e los varones de m a y o r edad con frecu en cia a c tú a n de m o d o tes n u n c a se llega a estab lecer u n v erd ad e ro ra p p o rt. J o h n so n (1 9 7 5 ,
p a te rn a l con las m ujeres jó v en es; en u n e stu d io sobre u n a m orgue, págs. 141-1 4 2 ) escribe:
u n m édico in te n tó “ p ro te g e r” a u n a jo v en investigadora tra ta n d o
de q u e n o viera los “ casos fe o s” .
Hacia el final de las investigaciones sobre el bienestar llegué a la co n clu ­
S e d eb e tratar d e resistir a los in te n to s de los in fo rm a n te s te n ­ sión de que n o existe la posibilidad realista de desarrollar relaciones de confían-
LA OBSERVACION PARTICIPANTE 57
56 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION

el v e h íc u lo m e d ian te el cual los o b servadores consiguen ro m p e r


za com o tales. Esto era especialm ente cierto en un escenario que incluía a un el hielo. E n el e stu d io so b re e l p rogram a de e n tre n a m ie n to p ara
izquierdista, una m ilitante del m ovim iento de liberación fem enina, personas d esem p lead o s, el o b serv ad o r llegó a c o n o ce r a m u c h o s de sus in ­
de edad, personas jóvenes, extravagantes e individuos form ales, republicanos,
fo rm a n te s a través de conversaciones so b re pesca, so b re los hijos,
dem ócratas, m iem bros de terceros partid o s, jefes y com andantes navales, sar­
so b re en ferm ed ad es, o cu p ac io n es an te rio re s y com idas. E s n a tu ra l
gentos m ayores del ejército de reserva, pacifistas, objetorés de conciencia,
etcétera... D urante los meses finales de la investigación de cam po desarrollé qu e la gente q u ie ra co n o ce r los in tereses y p asatiem p o s d el o b ser­
gradualm ente la n oción de “ confianza suficiente” para reem plazar a los p re­ vador.
supuestos anteriores adquiridos a través de la lectura de la biibiografía trad i­
cional. La confianza suficiente supone u n ju icio personal, de sentido com ún,
sobre lo que puede lograrse con un a persona determ inada. Ayudar a la gente

A u n q u e n o h a y reglas ríg id as so b ré el m o d o de lograr ra p p o rt U n o de los m ejores m o d o s de co m en zar a ganarse la co n fian za


con los in fo rm a n te s, se puede o frecer u n cierto n ú m e ro de orién- de la gente consiste en hacerle favores. J o h n so n (1 9 7 5 ) in fo rm a
tacio n es generales. que d u ra n te su trab ajo de cam p o sirvió co m o ch o fer, le c to r, aca­
rre a d o r de eq u ip ajes, b a b y-sitter, p restam ista, ac o m o d ad o r en u n a
c o n feren cia local, to m a d o r de a p u n te s, te le fo n ista en m o m e n to s
de m u ch a activ id a d , asesor en la co m p ra de au to m ó v iles usados,
Reverenciar sus rutinas
g u ard ae sp ald as de u n a tra b a ja d o ra , m en sajero , ad em ás de h ab er
p re sta d o libros, escrito cartas y o tra s cosas. C o n o cem o s a u n inves­
Los ob serv ad o res sólo p u ed en lograr e l ra p p o rt con los in fo r­ tig ad o r q u e estu d ió u n a sala con p erso n al in su ficien te p ara 40 n i­
m a n tes si se a c o m o d a n a las ru tin a s y m o d o s de hacer las cosas de ñ o s, en u n a in s titu c ió n para re ta rd a d o s m e n tales, q u e pasó u n a
e sto s ú ltim o s. A to d a s las p erso n as les gusta h ace r las cosas de cier­ é p o ca te rrib le en sus rela cio n es con aq u el personal. Esas m ujeres
ta m an era y en ciertos m o m e n to s. Los observadores n o d eb en in ­ e ran b ru scas con él y tra ta b a n de ign o rarlo p o r co m p leto . L a si­
te rfe rir. P olsky (1 9 6 9 , pág. 129) o frec e u n consejo so b re cóm o o b ­ tu a c ió n se h a c ía cada vez m ás in c ó m o d a h asta q u e el o b serv ad o r
servar d elin c u en te s q u e se aplica a la o b servación de cu alq u ier tip o se ofreció u n d ía a a y u d a r a los d o s m iem b ro s d el p erso n al de a te n ­
de personas: “ Si él q u ie re sen tarse fre n te a su ap ara to de televi­ ción q u e le d ab a n de co m er a los n iñ o s. E n cu a n to com enzó a d ar­
sión y b e b e r cerveza m ien tra s ve u n p a rtid o d u ra n te u n par de le de co m e r al prim er n iñ o , esas p erso n as se ab riero n y com enzaron
h o ras, u ste d haga lo m ism o ; si q u ie re cam inar p o r la calle o ir de b ar a c o m p a rtir sus p re o c u p a cio n e s y quejas. Por p rim era vez lo invi­
en bar, aco m p áñ elo ; si q u ie re ir al h ip ó d ro m o , vaya con él; si le ta ro n a unirse a ellas en u n a pausa en el salón de descanso.
dice (p o r c u alq u ier razó n ) q u e ya es h o ra de q u e u ste d se pierd a
de vista, d esap arezca” . C o n o cem o s a u n o b servador q u e, en u n
e stu d io so b re u n h o sp ital, llegó ta rd e a dos reu n io n es y después
Ser humilde
les pidió a los m édicos, q u e te n ía n sus p ro p io s p ro b lem as de tie m ­
po, q u e re p ro g ram aran sus e n c u e n tro s a d ec u án d o lo s a la agenda E s im p o rta n te q u e la g en te sepa q u e el inv estig ad o r es el tip o
del investigador. E ste tip o de personas le crean u n a m ala r e p u ta ­ de p erso n a con la q u e p u ed en exp resarse sin te m o r a revelar algo
ción a los o b serv ad o res p articip a n tes. o a u n a evaluación negativa. M uchos observadores, e n tre los cu a­
les n o s c o n ta m o s n o so tro s, tra ta m o s de “ parecer personas h u m il­
des q u e son tip o s n o rm ales y n o le h a ría n a nadie n in g u n a vileza”
Establecer lo que se tiene en común con la gente
(J o h n so n , 1975, pág. 95).
C on fre cu e n c ia, los o b serv ad o res se co n v ierten en las personas
Es p ro b ab le q u e el cam ino m ás fácil para co nsolidar las rela cio ­ q u e m ejo r c o n o ce n y e n tie n d e n lo q u e piensa cada u n o en el esce­
nes con la gertte consista en e stab lecer lo q u e se tiene en co m ú n n a rio de q u e se tra te . R esérvese ese c o n o c im ie n to para u s te d m ism o.
con ella. E l in te rc a m b io casual de in fo rm a c ió n es con frecu en c ia
58 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION LA OBSERVACION PARTICIPANTE 59

Los in v estig ad o res d eb en ser cu id ad o so s en c u a n to a n o revelar m u e stra de d e sap ro b ació n . P or su p arte , tra tó de ignorar e sto s
ciertas cosas q u e los in fo rm a n te s han d ic h o , au n q u e n o lo h ay a n a c to s d el m e jo r m o d o q u e p u d o .2
h e c h o en privado. D esplegar u n co n o c im ie n to excesivo hace al F in e (1 9 8 0 ) in fo rm a q u e fu e p u esto a p ru e b a p o r los n iñ o s en
o b se rv ad o r am e n az a n te y p o te n c ia lm e n te peligroso. su e s tu d io so b re la p e q u e ñ a liga de b éisbol. P o r eje m p lo , in iciaro n
L os in fo rm a n te s p u e d e n ta m b ién ser re n u e n te s a ex p resa r lo d esó rd en es ru id o so s y se in sta la b an d e sap acib lem en te en sus alo ­
q u e sien ten si el o b serv ad o r a c tú a com o dem asiado e n te ra d o . Per­ ja m ie n to s, en presencia del o b serv ad o r, p ara evaluarlo. E n vista
m ita q u e la gente hable con. lib erta d . D escubrirá q u e m u c h a s p e r­ de las d ific u ltad e s p resen ta d a s p o r la d iferen cia generacional, era
sonas tien en creencias q u e son im precisas cu an d o n o p a te n te m e n te im p o rta n te p a ra él to m a r d ista n cia resp ec to de u n ro l a d u lto de
absurdas. N o es necesario corregir esas creencias, con lo cu al sólo supervisión, p ara ganar la co n fia n za de los p eq u eñ o s.
se consigue q u e la gen te se in h ib a en n u e stra presencia. El o b serv ad o r p a rtic ip a n te cam ina so b re u n a delgada lín e a q u e
separa al p a rtic ip a n te activ o ( “ p a rtic ip a n te com o o b se rv a d o r” )
y el o b serv ad o r pasivo ( “ o b se rv a d o r co m o p a rtic ip a n te ” ) (G o ld ,
Interesarse 1958; J u n k e r, 1960). H ay claras o p o rtu n id a d e s en las q u e es p re­
ferible n o ser ac e p ta d o com o a u té n tic o m iem b ro del escenario o
Innecesario es aclarar q u e h a y q u e in teresarse en lo q u e la g en ­ g ru p o .
te tiene q u e decir. S í, a veces e s fácil ab u rrirse en el cam po, en C ua n d o el c o m p ro m iso coloca a l o b serva d o r en una situ a c ió n
esp ecial si u n o se e n c u e n tra en la situ ació n de q u e alguien m o n o p o ­ c o m p e titiv a co n los in fo rm a n te s, lo m e jo r es retirarse. A veces
lice la conversación con te m a s a p a re n te m e n te triviales o irrelevan­ es d ifíc il d ejar a u n lado al p ro p io ego. L o m ism o q u e las o tra s p e r­
tes. H ay m o d o s p ara canalizar u n a conversación y evitar su tilm e n te sonas, los o b serv ad o res tien en u n c o n c e p to de sí m ism os q u e d e­
a ciertas p ersonas. A algunos de e sto s ú ltim o s nos referim o s en fe n d e r y q u ie ren q u e se piense de ellos q u e son ingeniosos, b rilla n ­
este c a p ítu lo y e n n u e s tro e x am en de las en trev istas. tes y sex u alm en te atractiv o s. E n un e stu d io so b re u n a sala de r e ­
d acc ió n , R asm ussen halló q u e a u n q u e p resen tarse co m o el “ tip o
jo v e n y lin d o con el q u e se p u ed en hacer c ita s ” p e rm itía co n q u is­
ta r a p e rio d istas de sexo fe m e n in o , e n ajen ab a a los d e sexo m a sc u ­
PA RTIC IPA C IO N lino (W arren y R asm ussen, 1977).
T a m b ié n se d e b e evita r a ctu a r y hablar de m o d o s q u e no se a d e ­
Cuando el compromiso activo en las actividades de las perso­ cúan a la p ro p ia p ersonalidad. P or ejem p lo , a u n q u e es preciso ves­
nas es esencial para lograr la aceptación, hay que participar por tirse co m o p a ra n o d e se n to n a r en el escenario (u sa r ro p a in fo rm a l
todos los medios, pero sabiendo dónde trazar la línea divisoria . o fo rm al si las personas hacen u n a u o tra cosa; si ellas visten de
E n algunos escen ario s se d ebe p a rtic ip a r en actividades m argina­ m a n eras d ifere n tes, tra ta r de h allar u n e stilo n e u tro ), u n o n o d e­
les. V an M aanen (1 9 8 2 , pág. 114) q u e presenció m u c h o s casos de b ería po n erse n ad a q u e lo haga sentirse in c ó m o d o o n o n a tu ra l.
b ru ta lid a d policial, escribe: “ S ólo las p ru eb as p rácticas d e m o stra ­ A n álo g am en te , es sensato n o em p le a r el v o cab u lario y la fo rm a
rá n q u e u n o es digno de co n fia n z a” . de h a b la r de la gente h asta q u e u n o los d o m in e y surjan en su c o n ­
El p e rso n a l de a te n c ió n d el e stu d io in stitu c io n a l con fre c u e n ­ versación n a tu ra lm e n te , W hyte (1 9 5 5 , pág. 3 0 4 ) a p re n d ió esta lec­
cia m o lestó a los in d iv id u o s q u e estab a n a su cargo y abusó cruel­ ción cu an d o , cam in an d o p o r la calle con u n g ru p o de esq u in a,
m e n te de ellos: re c ib iero n bald azo s de agua, fu ero n g o lp ead o s, tra ta n d o de e n tra r en el e sp íritu de la conversación trivial, se de­
obligados a p ra c tic ar fellatio , a tragar cigarrillos en cen d id o s, in d u ­ s a tó en u n a sarta de o b scen id ad es. W hyte in fo rm a lo q u e o c u rrió :
cidos a g o lp ear a o tro s in te rn a d o s y a ta d o s a las cam as (e l p erso ­ “ D oc m e n eó la cabeza y dijo: ‘Bill, n o se su p o n e q u e seas así. Eso
n a l sab ía cóm o hacer estas cosas sin d ejar m arcas). A u n q u e el o b ­ n o su en a co m o algo tu y o ’ ” .
servador fu e su tilm e n te a le n ta d o a sum arse a esos abusos, n u n c a
se ejerció so b re él u n a fu e rte p resió n en ta l sen tid o . N o o b sta n te , 2Véase la sección “ La ética en el cam po” , en este cap ítu lo , para un exa­
se lo observ ab a a su vez m u y e stre c h a m e n te , p o r si d ab a alguna m en de los problem as éticos suscitados p o r esta investigación.
60 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION LA OBSERVACION PARTICIPANTE 61

El “ p e lo te o ” era un p a satiem p o co m ú n e n tre los e n tre n a d o s N ingún e x am en sobre el ra p p o rt sería c o m p le to sin la m ención
en el p rogram a para d esem pleados. P o r “ p e lo te o ” se e n te n d ía u n del ra p p o rt e xc esivo (M iller, 1952). A u n q u e e x iste n ejem plos de
in te rc a m b io v erb al co m p e titiv o c u y o o b je to era h acer callar y de­ investigadores de cam p o que se c o n v irtiero n en “ n a tiv o s” , a b a n d o ­
rro ta r a o tra p erso n a m e d ia n te el h á b il em pleo de frases con doble n a n d o su ro l y u n ién d o se a los grupos q u e e sta b a n estu d ia n d o , el
se n tid o (H an n erz, 1969; H o rto n , 1967). El o bservador fu e o b je to p ro b lem a m ás c o m ú n es la id e n tificació n excesiva con los in fo r­
de las b ro m as de los e n tre n a d o s y, después de u n o s d ía s de o b ser­ m an tes, C om o lo señala M iller, es fácil ser afe c tad o p o r am istades
vación, fu e a len tan d o p o r ellos a co m p ro m ete rse en in tercam b io s del cam p o al p u n to de ren u n cia r a lín eas em b arazo sas de in daga­
verbales sobre su p o te n c ia co m o am an te y su cap acid ad co m o b eb e­ ción o, lo que es p eo r, de a b a n d o n a r la p erspectiva c rític a q u e el
dor. A u n q u e él g rad u alm en te co m en zó a p a rtic ip a r en tales in te r­ trabajo de c am p o req u iere. El p ro b lem a del ra p p o rt excesivo su b ra­
cam bios, p ro n to co m p re n d ió q u e le fa ltab a h ab ilid ad para desem ­ ya la im p o rta n c ia de estab lecer rela cio n es co o p erativ as tales com o
peñarse bien. P rim ero co n sid eró su in e p titu d p ara “ p e lo te a r” co­ las de la investigación de cam p o en e q u ip o .
m o u n a barrera. P ero a m ed id a q u e el e stu d io p rogresaba descubrió
que en realid ad se tra ta b a de u n a v entaja. C om o n o sab ía ju g a r bien,
n o se lo fo rz a b a a in terv en ir en esos in terc a m b io s, que era n cada INFORMANTES CLAVES
vez m ás rep etitiv o s, y p o d ía c o n ce n trarse en la recolección de d a­
tos. Id e alm e n te, los observadores p a rtic ip a n te s desarrollan relacio ­
T a m b ién e x iste n situ a c io n e s en las cuales u n o desea apartarse nes estrech as y ab iertas con to d o s los in fo rm an tes. Pero, com o ya
d e su e stilo para señalar ¡as d iferen cia s q u e lo d istin g u en d e los lo h em o s d ic h o a n te rio rm e n te , el ra p p o rt y la co n fian za ap arecen
in fo rm a n te s. P olsky (1 9 6 9 ) ex am in a las cuerdás flojas por las q u e le n ta m e n te en la investigación de cam p o . C on algunos in fo rm a n ­
se d esplazan los investigadores al tra ta r de n o d ese n to n a r con el tes, el in v estig ad o r n u n ca llegará al rapport.
escenario social sin fingir ser algo q u e n o son. E n un e stu d io sobre P or lo general, los investigadores de cam p o tra ta n de cultivar
c o n su m id o res d e h e ro ín a , P olsky insiste en usar cam isas de m angas rela cio n es estrech as con u n a o dos personas resp eta d as y co n o ce­
c o rta s y u n reloj co sto so ; am b as cosas p e rm itía n saber a c u alq u ier doras en las prim eras etap as de la investigación. A estas personas
recién llegado q u e él n o era ad icto . se las d en o m in a in fo rm a n te s claves. E n el fo lk lo re de la observa­
D e b e evitarse cu a lq u ier p a rticip a ció n q u e o b sta cu lice la capa­ ció n p a rtic ip a n te , los in fo rm a n te s claves son casi figuras heroicas.
cid a d d e l in v estig a d o r para reco g er datos. E n su prisa p o r ser a c e p ta ­ Son los m e jo res am igos de los investigadores en el cam po. El D oc
dos p o r los in fo rm a n te s, algunos o b servadores q u ed an ab so rb id o s de W hyte (1 9 5 5 ) y el T ally de L iebow (1 9 6 7 ) c o n stitu y e n ejem plos
e n la p a rticip ació n activa. C o nocem os a u n o b serv ad o r que, en su n o tab les.
prim er d ía en u n a escuela, alcanzó a o ír q u e los m aestro s e x p re sa ­ L os in fo rm a n te s claves ap a d rin a n al investigador en el escenario
ban el deseo de te n e r u n ta lle r de e n tre n a m ie n to sensorial. P u esto y son sus fu e n te s prim arias de in fo rm ac ió n (F in e, 1980). En espe­
q u e él h a b ía c o n d u cid o cierto n ú m e ro de tales talleres p rev iam en ­ cial d u ra n te el p rim e r d ía en el cam p o , los observadores tra ta n de
te, de in m ed iato se ofreció para ay u d arlo s. T erm in ó a b a n d o n a n d o e n c o n tra r personas que “ los co b ijen bajo el ala” : los m u e stra n ,
la investigación. los p re se n ta n a o tro s, re sp o n d e n por ellos, les dicen cóm o deben
Los investigadores de c am p o tien en ta m b ié n q u e cuidarse de a c tu a r y le h ace n saber cóm o son vistos p o r o tro s. W hyte (1 9 5 5 ,
n o ser e x p lo ta d o s p o r los in fo rm a n te s. E x iste u n a d iferencia e n ­ pág. 2 9 2 ) refiere las p alab ras q u e D oc le dirigió en su p rim er en ­
tre estab lecer ra p p o rt y ser tra ta d o co m o u n títe re . P olsky so stie­ c u e n tro :
ne que los investigadores d eb en saber p o n e r lím ite s a los in fo rm a n ­
tes. P olsky (1 9 6 9 , pág. 128) o frece el ejem p lo siguiente: “ H e te n i­ “ ...D ígam e qué es lo que quiere ver, y yo me ocuparé de arreglarlo. C uan­
do n o tic ia s de u n asisten te social que tra b a ja b a con pandillas vio­ do quiera alguna inform ación, yo preguntaré y usted escuche. Cuando quiera
lentas, ta n inseguro, ta n incap az de ‘tra z a r el lím ite ’ por m iedo a conocer la filosofía de vida de ellos, yo iniciaré una discusión para que surja
ser d o m in a d o p o r la fu erza, q u e llegó a re te n e r y o c u lta r arm as y usted se en tere. Si hay alguna o tra cosa que quiere conseguir, haré teatro
que h a b ía n sido u tiliz a d a s en asesinatos” . para usted. No tendrá ningún problem a; viene com o amigo m ío ... H ay una
METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION LA OBSERVACION PARTICIPANTE 63

m e n te am istoso. A u n q u e resu lta u n a a y u d a c o n ta r con un a p a d ri­


sola cosa de la que tiene que cuidarse. No invite a la gente. N o sea m anirroto
con su dinero” . n a d o r e in fo rm a n te en el escenario, ese m iem b ro de la dirección
le im p e d ía in te ra c tu a r con o tro s directivos y con los e n tre n a d o s.
L os o b servadores p a rtic ip a n te s ta m b ién esperan de los in fo r­ E l o b serv ad o r se re tra jo de la relación y sólo la re stab lec ió después
m a n tes claves que ellos les p ro p o rc io n e n u n a co m p ren sió n p ro fu n ­ de h a b e r logrado c o n o ce r a o tro s.
da del escenario. P u esto q u e la investigación de cam p o está lim i­ Las rela cio n es estrech as son esenciales en la investigación de
ta d a en tie m p o y alcances, l,os in fo rm a n te s claves p u ed en n arrar cam po. El in fo rm a n te clave c o rre c to pu ed e h ace r o deshacer u n
la h isto ria del escenario y c o m p le ta r los co n o c im ie n to s del inves­ e stu d io . P ero hay q u e estar p re p ara d o p ara re tro c e d e r en rela cio ­
tig ad o r so b re lo q u e o cu rre cu an d o él no se e n c u e n tra p resen te. nes c o n stitu id a s al p rin cip io de u n e stu d io si y cu an d o las circuns­
Z e ld itc h (1 9 6 2 ) llam a al in fo rm a n te el “ o b serv ad o r del o b serv ad o r” . tancias lo exigen.
E n algunos estu d io s los o b serv ad o res p a rtic ip a n tes u tilizaro n a los
in fo rm a n te s claves p ara co n tro la r los tem as, in tu ic io n e s e h ip ó te ­
RELACIONES DE CAMPO DIFICILES
sis de trab a jo em erg en tes. W hyte in fo rm a q u e D o c se co n v irtió
rea lm en te en u n co la b o ra d o r e n la investigación, reaccio n an d o
a las in te rp re ta c io n e s de W hyte y o fre cien d o las suyas propias. El tra b a jo de cam p o e s tá cara cterizad o p o r to d o s los elem e n ­
A u n q u e los investigadores siem p re están en busca de b u e n o s to s del dram a h u m a n o q u e se e n c u e n tra n en la vida social: co n flic­
in fo rm a n te s y apadrinadores, en g eneral es sen sa to a b sten erse de to , h o stilid ad , rivalidad, sed u cció n , te n sio n e s raciales, celos. En
desarrollar relaciones estrech a s hasta h a b er a d q u irid o una b u en a el cam p o , los observadores suelen e n c o n tra rse en m edio de d ifí­
sen sib ilid a d a l escenario. En la fase inicial de la investigación exis­ ciles y d elicadas situaciones.
te la te n d e n cia a p recip itarse sobre cu alq u iera que parezca a b ie rto La ed ad , el sexo, la raza y o tro s fa c to re s de la id e n tid a d p erso ­
y am istoso en una situación e x tra ñ a . P ero las personas m ás dadas nal p u ed e n ejercer u n a in flu en cia p o d ero sa sobre el m o d o en q u e
y am istosas de un escenario p u ed en ser m iem b ro s m arginales en los in fo rm a n te s reaccio n en a n te el o b serv ad o r (W arren y R asm us-
sí m ism os. A l p rincipio resu lta con fre c u e n c ia d ifícil saber q uién sen, 1977). L iebow (1 9 6 7 ) co n d u jo c o m o investigador b la n co su
es y q u ié n n o es resp eta d o . Si el investigador se liga a u n in d iv id u o estu d io sobre los h o m b re s negros de u n g ru p o de esq u in a. A u n ­
im p o p u lar, es p ro b ab le q u e los o tro s lo vean com o u n a p ro lo n g a ­ q u e d esarrolló u n a relación fu e rte y am isto sa con sus in fo rm a n te s,
ción o aliad o de esa persona. L iebow (1 9 6 7 , pág. 24 8 ) no p re te n d e h ab e r su p erad o las b arre ­
E s ta m b ié n im p o rta n te n o c o n ce n trarse exclusivam ente en un ras del s ta tu s de e x tra ñ o im p u e sta s p o r la raza: “ En m i o p in ió n ,
el h ech o b ru to del color, tal c o m o ellos lo e n te n d ía n e n su e x p e ­
in d iv id u o o en u n p e q u e ñ o n ú m e ro de individuos. N o dé p o r sen ­
ta d o q u e to d o s los in fo rm a n te s c o m p a rte n la m ism a perspectiva. rien cia y y o en la m ía , irrevocable y a b s o lu ta m e n te m e relegaba
al sta tu s de e x tra ñ o ” .
E s p o c o fre c u e n te q u e lo hagan.
En el estu d io in stitu c io n a l, Bill, “ en cargado de la sala” , te n d ía En algunas situaciones, las m ujeres d isfru ta n de ciertas v en ta­
a m o n o p o liza r el tie m p o del o bservador. Se llevaba al o b serv ad o r ja s en la investigación de cam p o (E a ste rd a y y o tro s, 1977; W arren
a p ro lo n g ad as pausas para to m a r café en la cocina del perso n al, y R asm ussen, 1977). E s obvio q u e e n escenarios de d o m in ació n
d u ra n te las cuales e x p o n ía lib rem en te sus p erspectivas sobre la ins­ fem en in a, las m ujeres tien en m ejo res p ro b ab ilid ad e s de ser a c e p ta ­
titu c ió n , los resid en tes, sus supervisores y la vida en general. A das c o m o m ie m b ro s del g ru p o de los h o m b res. W arren y R asm ussen
m edida q u e el e stu d io progresaba, Bill com enzó a rep etirse, n a rra n ­ (1 9 7 7 ) ta m b ié n señalan q u e los investigadores de am b o s exos por
do las m ism as histo rias y ex p resan d o las m ism as o p in io n es en ca­ igual p u ed e n servirse del a tra ctiv o sexual para o b te n e r in fo rm ació n .
da sesión de observación. H asta que el o b servador n o se ab stu v o Sin em bargo, las investigadoras con frecu en c ia e n fre n ta n p ro b le ­
de sus charlas con Bill n o p u d o co m en zar a h ab lar ex te n sa m e n te m as en el cam p o , q u e no a fe c ta n p o r lo general a los hom bres.
con o tro s m iem b ro s d el p erso n al y c o n o ce r sus perspectivas. E l En el e stu d io sobre la fam ilia en el cual p a rtic ip ó u n o de los a u to ­
o bservador en el p rogram a de en tre n a m ie n to para el em pleo e n fre n ­ res de este lib ro , en ocasiones las investigadoras fu ero n o b je to de
tó un p ro b lem a sim ilar con un m iem b ro de la dirección p a rtic u la r­ avances sexuales de los esposos y en co n secu e n cia de los celos de
«4 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION
LA OBSERVACION PARTICIPANTE 65

las m ujeres. E a ste rd ay y o tro s (1 9 7 7 ) dicen q u e el ser co rte jad as


seguirán siendo h o stiles p a ra siem pre. F re c u e n te m e n te las perso­
es u n p ro b lem a co m ú n e n tre las investigadoras jó v e n es en los esce­
nas se suavizan con el tiem p o . En el e stu d io in stitu c io n a l, un em p lea­
narios d o m in ad o s p o r varones. R e la ta n el siguiente in te rc am b io
do, Sam , ev itó al o b serv ad o r d u ra n te seis m eses. A u n q u e o tro s
d u ran te u n a en tre v ista:
e m p lead o s p a re c ía n a c e p ta rlo , Sam p erm a n e c ía m u y a la defensiva
en su presencia. El o b serv ad o r visitó la sala u n a ta rd e en la q u e só­
Yo estaba en m edio de un interrogatorio laborioso a un em pleado sobre
lo tra b a ja b a n Sam y un co m p añ ero . Sam , a cargo del servicio, es­
su trabajo en la m orgue, y m e contestó diciendo: “ ¿Usted es casada?”
ta b a se n ta d o en la oficina del personal. El o b serv ad o r pasó p o r la
Observadora: N o. ¿C uánto hace qu e trabaja aquí?
Empleado: Tres años. ¿Tiene u n amigo estable?
oficina y le p reg u n tó si te n ía algún in co n v en ien te en q u e diera
Observadora: No. ¿E ncuentra difícil su trabajo? una v u elta p o r la sala. De p ro n to , Sam inició u n largo m o n ólogo
Empleado: N o . ¿Tiene citas? so b re p o r q u é era necesario m a n te n e r una d is c ip lin a e stric ta. E x ­
^Observadora: Sí. ¿Por qué este trabajo no es difícil para usted? plicó las ra zo n e s p o r las q u e pensaba q u e los em pleados te n ía n
Empleado: Uno se acostum bra. ¿Qué hace en su tiem po libre? q u e g rita r y pegar a los resid en tes. P arecía q u e h asta ese m o m en to
Y así contin u ó nuestra entrevista durante una h o ra, con cada uno de n o ­ Sam n o h a b ía confiado en el o bservador. T e m ía q u e el observador
sotros persiguiendo distintos propósitos. Dudo d e que ninguno de los dos co n ­ fuera algún tip o de esp ía. D espués de esa visita, Sam , a u n q u e n u n c a
siguiera “ datos utilizables” (E asterd ay y otro s, 1977, pág. 339). d em asiado am isto so , fu e c o rd ial con el o b serv ad o r y p are c ía sen tir­
se có m o d o con él.
C om o dicen E aste rd a y y o tro s, en estas situaciones to d o e n ­ A los in fo rm a n te s hostiles h a y q u e darles la o p o rtu n id a d de
c u e n tro pu ed e co n v ertirse en u n eq u ilib rio e n tre cord ialid ad y cam b iar d e idea. C o n tin ú e siendo am isto so con ellos sin e m p u ja r­
distancia. los a la in te ra c c ió n . Incluso a u n q u e n o p u e d a lograr q u e lo ace p ten ,
Los in fo rm a n te s hostiles p u ed en ser ta n p e rtu rb a d o re s com o ta l vez consiga ev itar que se co n v iertan en sus enem igos y vuelvan
los ex cesiv am en te a te n to s. E n m u c h o s escenarios —casi con seguri­ a o tro s en c o n tra de u sted . Los observadores p u ed en e n c o n tra r­
dad e n las o rg an izacio n es g ran d es—, los o b serv ad o res tro p ie z an se desgarrados p o r co n flicto s y luchas por el p o d e r en la o rg an iz a­
con personas a las q u e p arece m o lestar su m ism a presencia. V an ción (R o y , 1965). Los b an d o s en lucha p u ed en disputárselo com o
M aanen (1 9 8 2 , págs. 111-112) o frece la cita siguiente com o ejem ­ aliado. Q uizás se espere su a p o y o a u n o de ellos com o q u id pro
p lo de re ch azo in e q u ív o c o en su e stu d io so b re la p o licía: q u o o co m p en sació n a cam b io de la in fo rm ació n q u e se le brinde.
Jo h n so n (1 9 7 5 ) e n c o n tró q u e, a cam b io de in fo rm ac ió n , tra ta b a
“ ¿Sociólogo? Basura. Se supone que ustedes tienen que saber lo que está de m a n ip u larlo u n supervisor q u e q u e ría iniciarle u n sum ario a un
pasando afuera. Cristo, vienen a q u í a hacer preguntas com o si n osotros fué­ a siste n te social.
ram os el jo d id o problem a. ¿Por qué no van a estudiar a los m alditos negros
P ro b a b le m e n te el m e jo r m o d o de con d u cirse en un co n flicto
y descubren lo que anda m al en ellos? Ellos son el jodido problem a, no noso­
co n sista en escu ch a r con sim p a tía a am b as p artes. El ard id está en
tros. T odavía no he en contrado u n sociólogo que valga lo que u n grano en el
h acer q u e los dos lados crean q u e el investigador secretam en te
trasero de u n policía de calle” .
co n c u erd a con ellos, sin to m a r re a lm e n te ninguna posición ni sum i­
n istra r arm as a nadie. C on frecu en cia los o b servadores cam inan
Jo h n so n (1 9 7 5 ) llam a “ b o ic o te a d o r” a u n in fo rm a n te no dis­
p o r u n a cu erd a floja y deb en ser sensibles al peligro de la p érd id a
p uesto a co o p era r en la investigación. E n su estu d io sobre u n o r­ del eq u ilib rio .
ganism o de servicio social, se e n c o n tró con 2 b o ic o te a d o re s e n tre
13 asisten tes sociales. L o q u e fin alm en te d escu b rió fu e q u e am bos
b o ic o te a d o re s a u m e n ta b a n artificia lm e n te el n ú m e ro de casos q u e
TACTICAS DE CAMPO
a te n d ía n , es decir q u e llevaban fich as sobre p erso n as q u e n o reci­
b ían n in g ú n servicio.
E sta b le c e r y m a n te n e r el ra p p o rt con los in fo rm a n te s es una
A u n q u e algunas personas puede q u e n u n ca a c e p ten al inves­
activ id ad en desarrollo a lo largo de to d a la investigación de cam po.
tigador, n o h a y q u e su p o n er q u e to d o s los in fo rm a n te s h o stiles
N o o b s ta n te , a m ed id a q u e se dejan atrás los prim eros d ías en el
66 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION LA OBSERVACION PARTICIPANTE 6?

cam p o , los o b serv ad o res d ed ican una ate n c ió n creciente a hallar caban los a c o n te c im ie n to s d el d ía y los m ás re c ie n te s ru m o re s ins­
m o d o s de am p liar sus c o n o cim ie n to s so b re el escen ario y los in fo r­ titu cio n ales.
m an tes. A co n tin u a c ió n p re se n ta m o s algunas tá ctic as para lograrlo. 2. E n el p rim er d ía de su e stu d io , el o b serv ad o r se q u e d ó ro n ­
d an d o con el p erso n al a la te rm in ac ió n del tu rn o cu an d o a q u él
hab lab a sobre ir a to m a r u n trago a la salida. G racias a esa a c titu d
Actuar como ingenuo poco elegante consiguió q u e lo in v itaran a u n b ar de la zo n a fre ­
cu e n ta d o p o r los em pleados.
Para m u c h o s observadores, presen tarse com o e x tra ñ o s ingenuos 3. E l o b serv ad o r q u e b ró la resisten cia de Sam cu ando o cu rrió
p ero in teresad o s c o n stitu y e u n m o d o eficaz de o b te n e r d ato s (L o f- q u e fu e a visitar la sala u n a ta rd e e n q u e sólo el h o m b re y u n co m ­
land, 1971; S anders, 1980). S an d ers (1 9 8 0 , pág. 164) a n o ta q u e p a ñ e ro e sta b a n tra b a ja n d o , y lo e n c o n tró a solas en la o ficin a del
al p resen tarse com o “ in c o m p e te n te a c e p ta b le ” u n o pued e fo rm u la r personal.
p reg u n ta s sobre “ lo q u e to d o el m u n d o sabe” . De los e x tra ñ o s se
espera cierto grado de in g en u id ad resp ecto de u n escenario. Por La m a y o r p a rte de los o b serv ad o res escu ch a n conversaciones
ejem plo, n o se su p o n e q u e u n o b serv ad o r en u n a escuela co n o zca a través de las p u erta s y tr a ta n de conseguir co p ias de co m u n ica­
los planes de estu d io y los te sts estan d a rizad o s. En el estu d io in s ti­ ciones in te rn a s y o tro s d o cu m e n to s. E scu ch a n d o su b re p tic ia m e n te
tu c io n a l, el o b serv ad o r aplicó u n a estrateg ia para lograr acceso a con su tileza a veces se o b tie n e n d ato s im p o rta n te s q u e n o p o d ría n
los reg istro s de la sala fo rm u lan d o p reg u n ta s ingenuas, so b re los lograrse de o tra m an era. D esde luego, el q u e es d escu b ierto a fro n ta
c o cien te s de in teligencia de los resid e n te s y sobre a c o n tecim ien to s u n a situ a ció n em b arazo sa (J o h n so n , 1975).
d e term in ad o s, q u e él sabía q u e el p erso n al no p o d ía re sp o n d e r sin
c o n su ltar los archivos.
Los informantes no deben saber exactamente qué es lo que estudiamos

Estar en el lugar adecuado en el momento oportuno P or lo general no es p ru d e n te q u e los in fo rm a n te s sepan q u é es


lo q u e q u e re m o s a p re n d e r o ver (si es q u e u n o m ism o lo sabe).
Q uizá la tác tic a m ás eficaz consista en ubicarse en situ a cio n es E n p rim er lugar, com o dice H o ffm an n (1 9 8 0 ), a veces es ú til en c u ­
de las q u e p ro b ab le m e n te surjan los d ato s en los q u e estam o s in te ­ brir los in te rro g a n te s reales de la investigación para re d u c ir la in h i­
resados, El investigador pu ed e pegarse a los talo n es de la g en te, b ición d e las p erso n as y la am en aza percibida. H o ffm an n (1 9 8 0 ,
d isp u tan d o invitaciones p ara ir a lugares o ver cosas, a p a re cien d o pág. 51) in fo rm a:
in e sp era d am en te o “ju g a n d o a d o s p u n ta s c o n tra el m e d io ” (J o h ­
n so n , 1975). E sta ú ltim a es u n a variante de la tá c tic a q u e u tiliz an M uchos de mis interrogados se volvieron reticentes cuando percibieron
los n iñ o s para conseguir perm isos de sus padres: a cada p ro g e n ito r que ellos mismos eran el objeto de estu d io , es decir, cuando les dije que me
interesaba el m odo en que trabajaba la antigua élite. Pero d escu b rí que estaban
se le deja creer q u e el o tro ya está de acu erd o , pero sin decirlo
dispuestos a ofrecer más librem ente sus opiniones sobre tem as “ externos”
e x p líc ita m e n te , con lo cual q u e d a u n a salida sí u n o es d escu b ie rto .
tales como la po lítica de reorganización o problem as relacionados con los
E n la in stitu c ió n , el investigador o b tu v o in fo rm ació n de m o d o no
nuevos m iem bros. A nte interrogados que parecían estar a la defensiva en lo
intrusivo m e d ia n te ciertas té cn ica s q u e d esarrolló y a través de o tra s to can te al sistem a antiguo... o que se o p o n ían frontalm ente a preguntas di­
q u e se le cru zaro n en e l cam ino: rectas, m e presenté com o persona interesada en las consecuencias de los p ro ­
blem as de la organización y reorganización, y no en la ju n ta com o grupo so ­
1. F re c u e n te m e n te visitaba la sala p o r la n o c h e , después de q u e cial o en el trab ajo d e la ju n ta com o in stitución social de élite.
los resid e n te s se h u b ie ra n aco sta d o , y cu an d o los em p lead o s te n ía n
tiem p o para so sten er conversaciones prolo n g ad as, y d u ran te los E n segundo lugar, cu a n d o los in fo rm a n te s saben dem asiado
cam bios de tu rn o , cuando los grupos e n tra n te y saliente se c o m u n i­ so b re la investigación, es p ro b a b le q u e o c u lte n cosas al o b serv ad o r
68 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION LA OBSERVACION PARTICIPANTE 69

o pongan en escena d ete rm in a d o s a c o n te cim ie n to s para q u e él los rán lo que la g en te diga y haga. A lgunos o b serv ad o res realizan e n tre ­
vea. El d iseñ o del ya d esc rip to estu d io so b re la fam ilia exigió una vistas e s tru c tu ra d a s hacia el fin al de su trab a jo de cam po. A lth eid e
serie de e n tre v istas con los p ro g en ito res y o b servaciones en el h o ­ (1 9 8 0 ) in fo rm a q u e cu an d o está p ró x im o a d ejar el escenario se
gar, e n tre ellas la o b servación de las ru tin a s de la hora de acostarse vuelve m u c h o m ás agresivo en sus p reg u n ta s, e x p lo ra n d o p ro b le ­
de los n iñ o s. L os tra b a ja d o re s de cam p o o b servaron d iferencias mas p o lític o s delicados.
dram áticas en el m o d o en q u e actu aro n algunos p ad res d u ra n te
las en tre v istas (p o r u n a p a rte ) y las observaciones p rep ro g ram ad as
(p o r la o tra ). E n la m a y o r p arte de las fam ilias los n iñ o s e sta b a n FORMULANDO PREGUNTAS
m e jo r vestidos y te n ía n m ás ju g u e te s a su a lre d e d o r los d ía s de las
observaciones. D u ra n te en tre v istas n o c tu rn a s, los trab a ja d o re s de A u n q u e los observadores p a rtic ip a n te s e n tra n en el cam p o con
cam p o e n c o n tra ro n q u e en m u c h as fam ilias n o h a b ía n in g u n a ru tin a in te rro g a n te s am plios en m e n te , an tes de seguir lín eas específicas
p er se para la h o ra de a c o sta r a los niños. E sto s se q u e d ab a n d o rm i­ de in d ag ació n p erm ite n q u e los tem as em erjan en el escenario.
dos fre n te al televisor en algún m o m e n to d espués de q u e cayera la In ic ialm e n te , los in vestig a d o res de c a m p o fo r m u la n p reg u n ta s c o ­
n o ch e. C u an d o los tra b a jad o res de cam p o volvieron para llevar a m o para p e r m itir q u e ¡a g e n te hable sobre lo q u e tie n e en m e n te
cabo las observaciones p rean u n ciad as, so b re la hora de acostarse y lo q u e la p reo cu p a sin fo rza rla a resp o n d e r a los in tereses, p r e o ­
algunos p ad res en realidad pusieron en escena d eterm in a d as r u ti­ c u p a cio n es o p re c o n c e p to s de los observadores.
n as p ara q u e ellos las o bservaran (d icién d o le al n iñ o que estuviera Al c o m ie n z o d e u n e stu d io , los ob serv ad o res fo rm u la n p re ­
listo para aco starse te m p ra n o , a rro p á n d o lo en la cam a, e tc é te ra ). g u n tas n o directivas y q u e n o involucran ju icio s de valor. U tilice
Al in fo rm a r a los p ad res sobre qué era lo q u e se q u e ría ver, los las e x p resio n es con las q u e co m ú n m e n te inicia u n a conversación:
trab a jad o res de cam p o , n o d e lib e ra d am en te , alen taro n a algunos “ ¿C ó m o an d a to d o ? ” , “ ¿L e gusta e sto ? ” , “ ¿P uede h ab larm e u n
p ad res a fa b ric ar a c o n te c im ie n to s, sea p o rq u e quisieran p arec er p o c o so b re este lugar?” E ste tip o de p reg u n ta s p e rm ite n q u e la
“ b u en o s p a d re s” o ser co o p erativ o s y p ro p o rc io n a r a los in v esti­ g en te re sp o n d a a su m an era y con su p ro p ia perspectiva. O tro m o d o
gadores lo q u e ellos deseaban. ad ec u a d o de lograr q u e las personas h ab len in icialm en te consiste
en aguardar q u e suceda algo, y después p re g u n ta r acerca de ello.
Ya hem os d ic h o que se espera q u e los recién llegados sean in genuos
Se pueden emplear tácticas de campo agresivas y hagan p re g u n ta s sobre cosas que n o han visto antes.
después de haberse llegado a comprender el escenario S a b e r q u é es lo q u e no d eb e p reg u n ta rse p u e d e ser tan im p o r­
ta n te c o m o sa b er q u é preguntar. S anders (1 9 8 0 ) señala q u e cu ando
Al p rin cip io de u n e stu d io , nos c o n d u cim o s com o para re d u c ir u n o está e s tu d ia n d o a personas c o m p ro m etid a s en actividades cues­
al m ín im o los e fe c to s rea ctivo s (W ebb y o tro s , 1 9 6 6 ); n u e stra m e ta tio n ab les desde el p u n to de vista legal, las p reg u n ta s inadecuadas
es q u e la gente actú e en n u e stra presencia ta n n a tu ra lm e n te com o p u e d e n ser ra z o n a b lem e n te in te rp re ta d a s c o m o signo de que el
sea posible (sab ien d o q u e p ro d u c im o s algún e fe c to p o r el h ech o in v estig ad o r es un d elato r. V an M aanen (1 9 8 2 ) afirm a q u e cu al­
de e sta r allí). P or ejem p lo , los observadores p artic ip a n te s no ro n ­ q u ier fo rm a de in te rro g a to rio so sten id o im plica evaluación. E n el
dan con a n o ta d o re s o cuestio n ario s, no to m a n n o ta s ni fo rm u lan e stu d io in s titu c io n a l, el o b serv ad o r sólo fo rm u ló p reg u n ta s direc­
u n a gran c a n tid a d de p reg u n ta s e stru c tu rad a s. T al com o lo so stie­ tas sobre el m a ltra to a un em p lead o (y esto después de unas cu an ­
ne Jac k D ouglas (1 9 7 6 ), c u a n to m ás c o n tro la d a está u n a in v esti­ tas cervezas), au n q u e ése era u n o de los fo co s principales de la
gación, ta n to m ás se aleja de la in teracció n n a tu ra l y m a y o r es la investigación. El te m a era d em asiado delicado y explosivo com o
p ro b ab ilid ad de que u n o term in e e stu d ia n d o los efe c to s de los p ara e x p lo ra rlo de m anera directa.
p ro c e d im ie n to s de investigación. S ab em o s de un g ru p o de o b serv ad o res q u e, en u n a visita a u n
E n u n a eta p a u lte rio r de la investigación, se p u e d e n em plear h o sp ita l p siq u iá tric o , hizo p re g u n ta s a un supervisor sobre las h a b i­
táctic as intrusivas o agresivas, sab ien d o ya lo b a stan te so b re el tacio n es de aislam iento: “ ¿Se les p erm ite ir al b a ñ o ? ” , “ ¿Les alcan ­
escenario c o m o p ara evaluar el m o d o en que tales tá ctic as a fe c ta­ zan co m id a cu a n d o están a llí? ” AI supervisor lo encolerizaron
LA OBSERVACION PARTICIPANTE 71
70 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION

en el cam po. Es u n a b u en a id ea llevar u n reg istro de tem as por ex­


las p re g u n ta s y e sp e tó : “ ¿Q ué creen q u e som os aq u í? ¿S ádicos?”
p lo ra r y p reg u n ta s p o r h acer (co m o lo d escrib irem o s m ás ad elan ­
T am b ién es im p o rta n te sab er c ó m o fo rm u lar las p reguntas.
te, n o s o tro s u tiliz a m o s para e sto los “ C o m e n ta rio s d el o b se rv ad o r” ).
De los e n u n ciad o s d ebe trasc e n d er u n a sim p a tía que dé a p o y o a
D espués de h ab er desarro llad o algunas h ip ó tesis de tra b a jo ,
las d efin icio n e s de sí m ism os de los in fo rm an tes. D u ran te su p rim e­
los o b serv ad o res re d o n d e a n sus co n o c im ie n to s p id ie n d o a los in ­
ra visita a u n a em presa de servicios fú n eb res, un investigador se
fo rm a n te s alguna elab o ració n de te m as q u e to c a ro n prev iam en te
re firió al “ negocio de los fu n e ra les” . El d ire c to r se sintió so rp re n ­
y siguiendo con o tro s in fo rm a n te s cierto s p u n to s m e n cio n ad o s
dido. Esa ex p resió n a p a re n te m e n te ino cu a e n tra b a en c o n tra d ic ­
p o r algunos de ellos. E n el e stu d io in stitu c io n a l, el o b serv ad o r
ción con su idea de q u e el trab a jo q u e realizab a era u n a pro fesió n
c o n je tu ró q u e las carreras del p erso n al de a te n ció n (los em p leo s
y no m e ra m e n te u n negocio.
a n te rio res) y sus red es personales (m iem b ro s de la fam ilia y am igos
E n el e stu d io in stitu c io n al, se vio q u e no era p oco co m ú n que
q u e tra b a ja b a n en la in s titu c ió n ) d e sem p e ñ ab an u n a fu n c ió n en
el perso n al de aten ció n pusiera cam isas de fuerza o atara a los in ­
fo rm ac ió n de sus p erspectivas sobre la ta re a q u e realizab an , des­
te rn a d o s. El o b serv ad o r fu e siem pre cu id ad o so en c u a n to a no
p u és de h ab e r h ab lad o con varios em p lead o s acerca de sus em pleos
fo rm u la r p re g u n ta s q u e in tim id a ra n al p erso n al o p u sieran en cues­
an te rio res y sus p arien tes. D u ran te los d o s m eses siguientes, se
tió n su m o d o de ver: “ ¿S iem pre le causa p ro b lem as? ” , “ ¿C uánto
p re o cu p ó de p re g u n ta r a o tro s em p lead o s q u é h a c ía n an tes de
tiem p o lo d ejará a s í? ” N o hay d uda de q u e las p reg u n ta s q u e re­
tra b a ja r en la in stitu c ió n y si te n ía n am igos y p a rie n te s e n ella.
q u ir ie r a n la ju stifica c ió n de los acto s ( “ ¿C on q u é frecu en cia los
Jack D ouglas (1 9 7 6 , pág. 147) su b ray a la im p o rta n c ia de
dejan salir?” , “ ¿C uál es la p o lític a de la in stitu c ió n sobre las res­
s o m e te r a c o n tro l las n a rracio n es e h isto rias de los in fo rm a n te s:
tricc io n e s?” ) h u b ie ra n te n id o u n e fe c to in h ib id o r.
E n cu a n to los in fo rm a n te s c o m ie n za n a hablar, p o d e m o s a le n - “ El c o n tro l consiste esen cialm en te en co m p arar lo q u e n o s dicen
o tro s con lo q u e es susceptible de ser e x p e rim e n ta d o u observ ad o
tarlos a q u e digan m ás cosas so b re los te m a s en los q u e esta m o s
m ás d ire c ta m e n te , y p o r lo ta n to m ás co n fia b lem en te, o con rela­
interesados. P alabras, in d icio s y gestos q u e in d iq u en n u e stro in te ­
to s m ás dignos de co n fia n za” . Los re la to s q u e le re su lta n so sp ech a­
rés son por lo general suficientes para m a n te n e r a u n in te rlo c u to r
bles al in v estig ad o r al p rin cip io de su e stu d io p u e d en ser c o n tro la ­
en la sen d a: “ Eso es in te re s a n te ” , “ ¿Eso está b ie n ? ” , “ Y o siem p re
dos d esp u és de q u e ya tie n e cierta idea so b re a q u ié n conviene
p reg u n té sobre ese te m a ” . P eq u eñ o s signos de sim p a tía d em u es­
o no conviene creer y en q u é m edida.
tra n a p o y o y alien tan a las personas a c o n tin u ar: “ C o m p re n d o lo
L a m a y o ría de los observadores, tam b ién em p lean tá c tic a s de
que q u iere d ecir” , “ Eso es fa stid io so ” .
in te rro g a to rio m ás agresivas en c u an to h an desarro llad o u n a p e rc e p ­
Es necesario p ed ir aclaracio n es sobre los co m en tario s de los
ción del escen ario y los in fo rm a n te s. E n especial hacia la te rm in a ­
in fo rm a n te s. N o d é p o r su p u e sto q u e está e n te n d ie n d o lo q u e la
ción de u n e stu d io , p la n te a n p reg u n ta s de “ abo g ad o del d ia b lo ”
g e n te q u ie re decir. E m plee frases co m o “ ¿Q ué e n tie n d e u ste d p o r
(S trau ss y o tro s , 1964), e n fre n ta n d o a los in fo rm a n te s co n la fal­
e so ? ” , “ N o lo e sto y sig uiendo e x a c ta m e n te ” y “ E x p líq u e m e lo de
sedad, p o n ie n d o a p ru e b a tem as “ ta b ú e s” (A lth eid e, 1980) y pi­
n u e v o ” . P uede ta m b ién re p e tir lo q u e los in fo rm a n te s h a n dicho,
diendo a los in fo rm a n te s q u e reac cio n en a sus in te rp re ta c io n e s y
y pedirles q u e co n firm en q u e los ha c o m p re n d id o .
c o n clu sio n es (S trau ss y o tro s , 1964).
A m ed id a q u e los o b servadores a d q u ie ren c o n o c im ie n to s y
El o b serv ad o r q u e ha pasado cierto tie m p o en u n escenario
c o m p ren sió n de un escenario, las p reg u n ta s pasan a ser m á s d ire c ­
p ued e u tiliz a r e] co n o c im ie n to q u e ya ha o b te n id o para lograr
tivas y centradas en un fo c o (D en zin , 1978; S p rad ley , 1980). U na
m ás in fo rm a ció n . La id e a es a c tu a r com o si u n o ya supiera acerca
vez que h an em ergido los tem as y perspectivas, los investigadores
de algo para q u e las personas hablen so b re ello en p ro fu n d id a d .
com ienzan a re d o n d e a r sus co n o cim ie n to s del escenario y al c o n tro ­
D ouglas (1 9 7 6 ) llam a a esto la tá c tic a de la “ aserción e n eta p a s” .
lar la in fo rm ació n recogida previam ente.
E n la observación p a rtic ip a n te , el análisis de los d ato s es u n a ac­ H o ffm a n n (1 9 8 0 , pág. 53) describe cóm o utiliz a la in fo rm ació n
tividad en proceso c o n tin u o . Los observadores van y vienen e n ­ co n fid e n cial cu an d o la gente p arece re n u e n te a hablar con d em asia­
tre los d a to s ya reco g id o s y el cam po. De lo q u e ya h an ap re n d id o da lib e rta d :
depende lo q u e tra te n de o bservar y el co n te n id o de las p re g u n ta s
72 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION LA OBSERVACION PARTICIPANTE 73

Prim ero, los interlo cu to res aprendieron qu e yo estaba “ en la cosa” , que h a­ m ie n to para el em p leo , los d irec to re s y los e n tre n a d o s u tiliz ab an
bía atravesado la apariencia ex terio r pública de la realidad social subyacente. té rm in o s especiales para referirse u n o s a o tro s , té rm in o s q u e in d i­
Se desalentaba la pretensión de ap aren tar, p orque ellos sabían que yo podría caban la d esco n fian za q u e e x istía en el escenario. A lgunos d ire c to ­
diferenciarla de la inform ación de bam balinas y p orque podía hacerlos apare­ res llam ab an “ e n tre n a d o s p ro fe sio n a le s” a p erso n as q u e h a b ía n
cer com o o cultando algo. En segundo lugar, el em pleo de detalles que sólo p o ­
p artic ip a d o en o tro s p ro g ram as de e n tre n a m ie n to . A lgunos e n tre ­
d ía conocer una persona “ de d e n tro ” posiblem ente tranquilizaba a in fo rm an ­
n a d o s, p o r su p arte, d e n o m in a b a n a los d irec to re s del p rogram a
tes renuentes. Con frecuencia yo ten ía la im presión de que los interlocutores
se sen tían liberados por el conocim iento de que ellos no eran las únicas p er­ “ ru fian es de la p o b rez a ” , frase q u e sugería q u e v iv ían a costa de
sonas que h ab ían hecho tales descubrim ientos, de que la responsabilidad in i­ las n ecesid ad es de o tra s personas.
cial caía sobre o tro , y de que h ab ían tenido buenas razones para confiar en U n v o ca b u lario p u e d e p o seer in c o rp o ra d o s cierto s supuestos.
m í, antes de to d o . E n las in stitu c io n e s para los d e n o m in a d o s “ re ta rd a d o s m en tale s” ,
p o r ejetm p lo , a las activ id ad es sociales se las llam a “ te ra p ia ” y “ p ro ­
H o ffm an n ta m b ié n to m a n o ta de q u e d ejan d o caer in fo rm a c ió n g ram a ció n ” ; “ e n tre n a m ie n to m o tiv a c io n a l” y “ te ra p ia recreacio -
c o n fid e n cial el investigador d esalien ta q u e los in fo rm a n te s re p a ­ n a l” son n o m b re s p ara las cam in atas, la p in tu ra y actividades sim i­
sen p u n to s ya fam iliares y los c o n d u ce a q u e d en resp u estas signi­ lares (T a y lo r y B ogdan, 1980).
ficativas para los in tereses de la observación. A lgunos o b serv ad o res so n in cap aces de deslizarse p o r en tre
la jerg a y los v o cabularios profesionales. A c e p ta n sin c rític a los
su p u esto s q u e e stá n d etrá s de las categ o rías de la p ro fesió n . T é rm i­
EL APRENDIZAJE DEL LENGUAJE n o s co m o “ e sq u iz o id e ” , “ p a ra n o id e ” y “ p s ic ò tic o ” poseen pocos
significados c o n c re to s , y se basan m ás en id eo lo g ías p siq u iátricas
Un asp ecto im p o rta n te de la observación p a rtic ip a n te consiste q u e el “ c o n o c im ie n to c ie n tífic o ” (Szasz, 1970). De m o d o análogo,
en a p re n d e r el m o d o en q u e la gente u tiliza el lenguaje (B ecker el v o cab u lario q u e se usa en m u c h o s escenarios e d u ca cio n ales re fle ­
y G eer, 1957; S p rad ley , 1980). L o s in vestig a d o res de ca m p o d e b e n ja te n d e n cia s de clase y raciales (C ico u rel y K itsu se, 1963). A los
p a rtir d e la p rem isa d e q u e las palabras y s ím b o lo s u tiliza d o s e n n iñ o s de clase baja q u e n o ap re n d e n a leer o son d estru ctiv o s se
sus p ro p io s m u n d o s p u e d e n te n er sig n ifica d o s d ife re n te s en los los ro tu la com o “ re ta rd a d o s ed u c a b le s” , “ carenciados cu ltu ra le s”
m u n d o s d e sus in fo rm a n te s. D eben ta m b ién sin to n izar y ex p lo ra r y “ em o c io n a lm e n te p e rtu rb a d o s ” , m ie n tra s q u e si n iñ o s de clase
los significados de p alab ras con las cuales n o están fam iliarizados. m edia p re se n ta n las m ism as c o n d u c ta s p ro b a b le m e n te se co n sid e­
Casi siem pre los ob serv ad o res se e n c u e n tra n con nuevas p ala­ re q u e p ad ec en “ in cap acid ad p ara el ap ren d iz a je” o “ disfu n ció n
bras y sím b o lo s. C u alq u ier g ru p o , en especial u n o separado de la cereb ra l m ín im a ” .
sociedad global, desarrolla su p ro p io v o cab u lario . Por ejem p lo , E n algunos escenarios, las p erso n as u tiliz a n v o cabularios esp e­
W allace (1 9 6 8 ) p ro p o rc io n a u n glosario de té rm in o s em p lead o s en ciales p a ra tra z a r lín eas de acción. D en o m in ar a u n individuo “ re ­
el bajo fo n d o : frijo lería , re sta u ra n te b a ra to ; m u e rto , vagabundo ta rd a d o p ro fu n d o ” o “ d iscap acitad o severo” pu ed e servir para
re tira d o ; badajo, el tip o in ferio r de v ag ab u n d o ; sota, d in e ro ; m e r­ m a n te n e r a esa persona in te rn a d a en u n a in stitu c ió n . A u n niño
cado d e esclavos, agencia de em pleos de la esquina. A n álo g am en te, al q u e se llam a “ p e rtu rb a d o e m o c io n a l” se lo pued e ex p u lsar del
G iallo m b ard o (1 9 6 6 ) p resen ta el argot, el lenguaje especial, de u n a colegio.
cárcel de m ujeres: casa d e sabandijas, m an ico m io , in stitu c ió n para E s p reciso a p ren d er a e xa m in a r los vocabularios en fu n c ió n d e
insanos o d e fec tu o so s m e n tale s; carnicero, m édico de la cárcel; los s u p u e s to s y p r o p ó sito s d e los usuarios, y n o c o m o una carac­
señalera, presa q u e in te n ta iniciar una relación sexual con o tra teriza ció n o b je tiv a d e las p erso n a s u o b je to s d e referencia. E sto se
m ás joven. aplica ta m b ié n a las p alab ras bien definidas. De u n a perso n a des-
E l v ocabulario em p lead o en u n escenario p o r lo general p ro ­ crip ta com o “ n o a m b u la to ria ” p o d ría pensarse q u e es a b so lu ta m e n ­
p o rcio n a indicios im p o rta n te s sobre el m o d o en q u e las perso n as te in c ap az de cam inar. P ero en clínicas e in stitu c io n e s con p o co
defin en situ a cio n es y clasifican su m u n d o , de m o d o q u e sugiere p erso n al el té rm in o p o d ría designar a p erso n as q u e cam in an si
lín eas de in dagación e in terro g ació n . E n el program a de e n tre n a ­ tie n e n u n m ín im o de ay u d a.
74- LA OBSERVACION PARTICIPANTE 75
METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION

jo s, escrib ien d o resú m en es b o sq u ejad o s, o m itie n d o d etalle s o p o s­


E l se n tid o y e l sig n ifica d o d e los s ím b o lo s verbales y n o verba­
p o n ie n d o el registro. “ No o c u rrió m u c h o ” es u n a racio n alizació n
les d e la g e n te só lo p u e d e d ete rm in a rse e n e l c o n te x to d e lo q u e
co m ú n . P ero la e s tru c tu ra m e n ta l del o b serv ad o r d ebe ser ta l q u e
re a lm e n te hacen y d esp u és d e u n e x te n s o p e río d o . E xiste el peli­
to d o lo q u e o cu rra en el cam p o c o n s titu y a u n a fu e n te de d a to s
gro de asignar significados q u e n o e stá n en la m e n te de las p erso ­
im p o rta n te . U no n o sabe lo q u e es im p o rta n te h asta n o h a b e r e s ta ­
nas. P olsky (1 9 6 9 , págs. 123-124) previene co n tra la a c titu d de
do en el escenario d u ra n te cierto tie m p o . Incluso la conversación
dar p o r sen tad o q u e el v o cab u lario de u n a p erso n a refleja sen ti­
trivial puede llevar a co m p re n d e r las persp ectiv as de las p erso n as
m ie n to s p ro fu n d o s;
cu an d o se la u b ic a en su c o n te x to al cabo de cierto tie m p o . E s u n a
e x p erien cia co m ú n en la observación p a rtic ip a n te el volver a trá s
Por ejem plo, he visto aducir seriam ente qu e los adictos a la hero ín a deben
en busca de las n o ta s iniciales cu a n d o se em p ie za n a analizar los
de sentirse inconscientem ente culpables a propósito de su hábito p orque d e n o ­
m inan a la droga con térm inos tales com o “basura” y sinónim os. En realidad, d a to s, p ara hallar algo q u e se rec u e rd a vagam ente q u e fu e d ich o
el em pleo de tales térm inos p o r un adicto a la hero ín a no indica nada acerca o h ech o , y se e n c u e n tra q u e n u n c a se escribió n ad a al re sp ecto .
de su sentim iento d e culpa o de la ausencia de tal sentim iento, sino sim plem en­ D esde luego, a m e d id a q u e u n o c o n o c e el escen ario y a las p e rso ­
te que se está sirviendo de nom bres de la droga tradicionales en su grupo. n as y e n fo ca los intereses de su investigación, p u ed e ser m ás selec­
tivo en lo q u e registra. N o so tro s h em o s h allado q u e en las ú ltim a s
A u n q u e las palabras q u e em p lean las personas ay u d an a co m ­ e ta p a s del trab ajo de cam p o p o d e m o s ded icar a la red ac ció n de
p re n d e r los significados q u e asignan a las cosas, es in genuo su p o ­ n o ta s la m itad d el tie m p o q u e el m ism o tra b a jo n o s to m a b a al
n e r q u e los la b erin to s de u n escenario social p u ed en ser revelados p rin cip io .
p o r el sim ple v o cab u lario . H a y q u e tratar d e e n c o n tra r un m e n to r o colega q u e lea n u e s­
tras n o ta s d e ca m p o . E ste es p ro b a b le m e n te el m e jo r m o d o de m o ­
tivarse p ara to m a r n o ta s sesión tra s sesión d u ra n te cierto lapso.
E n v irtu d de su d ista n cia re sp e c to de la dinám ica del escen ario ,
NOTAS D E CAMPO
los le c to re s p u e d e n ta m b ié n señalar te m a s e m e rg en tes q u e escapan
al o b serv ad o r.
C om o m é to d o de investigación a n a lític o , la observa ció n p a rtic i­
Las n o ta s de cam p o deb en in clu ir d escrip cio n es de personas,
p a n te d e p e n d e d e l.r e g is tr o d e n o ta s d e c a m p o co m p leta s, precisas
a c o n te c im ie n to s y conversaciones, ta n tb com o las acciones, se n ti­
y detalladas. Se deb en to m a r n o ta s después de cada observación
m ie n to s, in tu ic io n e s o h ip ó te sis de tra b a jo del o bservador. La se­
y ta m b ié n d espués de c o n ta c to s m ás ocasionales con los in fo rm a n ­
cuencia y d u ra ció n de los a c o n te c im ie n to s y conversaciones se re ­
tes, com o por ejem p lo en c u e n tro s casuales y conversaciones te le ­
gistra con la m a y o r precisión posible. La e s tru c tu ra del escen ario
fónicas. T a l com o ya se h a señalado, ta m b ié n deb en tom arse n o ta s
d u ra n te la e ta p a previa al tra b a jo d e cam po. se describe d e ta lla d a m e n te. E n resu m en , las n o ta s de cam p o p ro c u ­
ra n reg istrar en el p ap el to d o lo q u e se pu ed e re c o rd a r so b re la o b ­
P u esto q u e las n o ta s p ro p o rc io n a n los d a to s q u e son la m a te ­
servación. U na buen a regla esta b le c e q u e si n o está escrito, no s u c e ­
ria prim a de la observación p a rtic ip a n te , hay q u e esforzarse p o r
d ió nunca.
re d a c ta r las m ás co m p leta s y am plias n o ta s de cam p o q u e sea p o ­
sible. E sto exige u n a e n o rm e disciplina, si n o com pulsividad. N o
es p o c o c o m ú n q u e los o b serv ad o res pasen de c u atro a seis h o ras
SUGERENCIAS PARA RECORDAR PALABRAS Y ACCIONES
de re d a c c ió n de n o ta s p o r cada h o ra de observación. A quellos q u e
se d ecid en por los m é to d o s cualitativos p o rq u e parecen m ás fáciles
L o s o b serv ad o res p a rtic ip a n te s deben esforzarse p o r lograr u n
de aplicar q u e la e s ta d ístic a te n d rá n u n d e sp e rta r a b ru p to . Q u ie n ­
nivel de co n c e n tra c ió n su ficien te para rec o rd a r la m a y o r p a rte
quiera q u e haya realizado u n e stu d io con observación p a rtic ip a n ­
de lo q u e ven, o y en , sie n te n , huelen y piensan m ien tra s están en
te sab e q u e la red acció n d e n o ta s de cam po pu ed e ser u n trab ajo
m u y penoso. el c a m p o (ta m b ié n p u ed en “ tra m p e a r” e m p le an d o dispositivos
m ecán ico s p ara el reg istro , pag an d o u n p recio en té rm in o s de rap -
M uchos observadores p a rtic ip a n te s tra ta n de c o rta r p o r a ta ­
LA OBSERVACION PARTICIPANTE 77
76 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION

te unos m i n u to s , ad v iertie n d o las diversas activ id ad es q u e te n ía n


p ó rt, co m o verem os m ás a d e lan te ). A u n q u e el re c u e rd o preciso p a ­ lugar. P e ro a c o n tin u a c ió n cam bió el fo c o , c o n c e n trá n d o se e n u n a
rezc a u n a ta re a d ifíc il si n o im p o sib le, la m a y o r p a rte de los o b se r­ actividad ú n ic a , en u n a e sq u in a de la sala, ig n o ra n d o to d o lo d e­
vadores q u e d a so rp ren d id a p o r la e x a c titu d con q u e logran re te ­ más. E lig ie n d o u n a activ id a d esp ecífica p o r vez, p o ste rio rm e n te
n e r los d etalles m e d ia n te e l e n tre n a m ie n to , la e x p erien cia y la con- pudo r e c o n s tr u ir m u c h o de lo q u e h a b ía o c u rrid o e n ese m o m e n to .
cen tració n . A lgunos o b serv ad o res em p lean la an alo g ía de la llave
3 . B u s q u e “palabras c la ves” en las o b serva cio n es d e la g en te.
de luz p ara describir la cap acid ad q u e h an d esarro llad o para re c o r­
A unque s u s n o ta s deb en ser ta n precisas com o resu lte posible, n o
d ar cosas; p u e d e n “ e n c e n d e r” la co n c e n tra c ió n necesaria p ara o b ser­
es n ecesario re c o rd a r cad a u n a de las p alab ras q u e se p ro n u n c ia n .
var y rec o rd a r. E sta a n alo g ía es b u en a , au n q u e m ás no fu era p o rq u e
N o o b s ta n te , u n o p u e d e c o n ce n trarse y re te n e r de m em o ria pala­
da e l to n o p a ra la m e ta de las h abilidades p a ra la observación.
bras o fra s e s claves de cada conversación q u e le p e rm itirá n re c o r­
La c a n tid a d de cosas q u e se p u e d e n re co rd a r y las técn icas
dar el s ig n ific a d o de las o bservaciones. Y son significados lo q u e
q u e p e rm ite n h ace rlo v aría n de a cu e rd o con las p erso n as de q u e
se tra ta . N o so tro s h em o s h allad o q u e las técn ica s siguientes son nos in te re sa . c
C ie rta s p a la b ra s y frases se d estac an en n u e stra m e n te. E n u n
ú tiles p a ra re c o rd a r d etalle s en u n a am plia gam a de escenarios.
estudio s o b r e la u n id a d n e o n a ta l de u n h o sp ita l (B o g d an y o tro s ,
1982) lo s m é d ic o s y e n fe rm e ra s u tiliz a b a n té rm in o s especiales
\ . Prestar a te n c ió n . La ra zó n p o r la cual la m a y o r p a rte de las
fáciles de r e c o r d a r p ara referirse a los n iñ o s: p o r ejem p lo , ‘ c o m e d o ­
p erso n as n o re cu e rd a cosas en la vida co tid ia n a reside en q u e , p ara
res’' y “ c re c e d o re s ” , “ n o viables” y “ cró n ic o s” . Otras^ p alab ras
e m p e za r, n u n c a las advierten. T al com o lo pénala S p rad ley (1 9 8 0 ),
o frases, m á s fam iliares (c o m o “ bebé m u y e n fe rm o ’ y b u e n b e­
los observadores p a rtic ip a n te s deben su p erar años de d esaten ció n
b é” ), a u n q u e m e n o s so rp re n d e n te s, e ra n fácilm en te reco rd ab les
selectiva. O bservar, escu ch a r, c o n ce n trarse. Es c a ra c te rístic o q u e
después d e q u e los investig ad o res sin to n iz a b a n el m o d o en q u e el
se le a trib u y a al yogui B erra el haber d ich o “ se puede ver m u c h o
con sólo m ira r” . personal m é d ic o d e fin ía a los niños.
2. C am biar la le n te d e l o b je tiv o : pasar d e u r n d e " visión a m ­ 4. C o n c e n tr a rs e en las o b serva cio n es prim era y ú ltim a d e
p lia ” a otra d e “á n g u lo p e q u e ñ o " . E n los lugares ajetread o s los cada c o n v e rs a c ió n . Las conversaciones siguen p o r lo general u n a se­
ob serv ad o res q u e d a n e n general ab ru m a d o s p o r la c a n tid a d de cuencia o r d e n a d a . U na cie rta p reg u n ta suscita u n a cierta resp u e sta ;
conversaciones y activ id ad es q u e tie n e n lugar al m ism o tie m p o . una o b s e rv a c ió n p ro v o ca o tra ; u n te m a co n d u ce a o tro re la cio n ad o .
N o digam os ya re c o rd ar: es im p o sib le co n ce n trarse en to d o lo Si p o d e m o s re c o rd a r có m o co m en zó u n a conversación, con fre ­
q u e o cu rre. U na técn ica p ara rec o rd a r esp ecialm en te eficaz, q u e cuencia p o d r e m o s re te n e rla co m p le ta h asta el final. In clu so cu an d o
p u ed e p erfeccio n arse co n la p ráctica, consiste en e n fo ca r a u n a las c o n v e rsa c io n e s n o siguen u n a secuencia lógica u o rd e n a d a , las
persona, in te ra c c ió n o activ id ad esp ecíficas, m ie n tra s m e n ta lm e n te o b serv acio n es q u e surgen de la n a d a n o d eb en ser d ifíciles de re ­
se b lo q u e a n to d a s las o tras. cordar. L a su sta n c ia de largos m o n ó lo g o s, q u e p o r lo general c o n ­
E n el e stu d io in stitu c io n a l, en u n a gran sala de estar p o d ía funden al o b s e rv a d o r n o v a to , es recu p erab le.
h a b e r al m ism o tie m p o u n o s 7 0 resid en tes y de 1 a 10 em p lead o s. 5. R e p r o d u z c a m e n ta lm e n te las o b serva cio n es y escenas. D es­
La can tid a d de actividades q u e te n ía n lugar sim u ltán e am en te p a re ­ pués de h a b e r visto u o íd o algo, re p íta lo en su m e n te . T ra te de vi­
cía in fin ita: varios in te rn a d o s b alan ceán d o se en bancos, u n o sacán ­ sualizar la e s c e n a u observación. T a m b ié n es u n a b u e n a idea hacer
dose la ro p a , o tr o o rin a n d o en el suelo, dos lim p ia n d o heces y o ri­ una p au sa, d e ja r de h ab lar y observar d u ra n te u n o s in sta n tes en
n a con balde y tra p o de piso, u n o s cu an to s viendo televisión, tre s el curso d e u n a sesión, p a ra re p ro d u c ir m e n ta lm e n te lo q u e ya ha
a co sta d o s en el suelo, varios paseándose de a q u í para allá, dos a b ra ­ sucedido.
zándose, dos en cam isas de fu erza, u n em p lead o rep ren d ie n d o 6. A b a n d o n e el escenario en cu a n to h a ya o b serva d o to d o lo q u e
a u n in te rn a d o , o tro s dos em p lead o s ley en d o el diario, o tro e m p le a ­ esté en c o n d ic io n e s d e recordar. A u n q u e ya lo hem os d ich o , no es
do p rep arán d o se p ara d istrib u ir tra n q u iliz a n te s y drogas de c o n ­ superfluo r e p e tirlo . E n u n n u ev o escenario es p ro b ab le q u e n o se
tro l, e tc é te ra , e tc é te ra . C uando e n tró p o r p rim era vez en la sala, pase o b s e rv a n d o m ás de u n a h o ra , a m en o s q u e suceda algo ím p o r
el o b servador tra tó de abarcar u n cu ad ro en ángulo am plio d u ra n ­
78 METODOS CUALITATIVOS D E INVESTIGACION
LÀ OBSERVACION PARTICIPANTE 79

ta n te . A m edida q u e se c o n o c e u n escen ario y se ap ren d e a re c o r­


d esp u és de la o b servación siguiente. E s to s fra g m e n to s de d a to s de­
dar cosas, se p u e d e pasar m ás tie m p o en el cam po.
ben ser in c o rp o ra d o s a las n o ta s de cam po.
7. T o m e su s n o ta s ta n p r o n to c o m o le resu lte p o sib le, d esp u é s
d e la observación. C u an to m ás tie m p o tra n sc u rra e n tre la o b ser­
vación y el reg istro de los d ato s, m ás será lo q u e se olvide. T rate de
GRABACION Y TOMA DE NOTAS EN E L CAMPO
p ro g ram a r sus o b serv acio n es de m o d o q u e le dejen tiem p o y e n e r­
gía p ara re d a c ta r sus n o ta s.
A u n q u e la m a y o ría de los o b serv ad o res p a rtic ip a n te s c o n fía n
8 .D ib u je u n diagram a d e l escenario y trace su s m o v im ie n to s
en su m e m o ria p ara reg istrar los d a to s, algunos investigadores to m a n
en él. E n cierto sen tid o , cam ine a través de su ex p erien cia. H acer
n o ta s en el cam po o e m p le a n dispositivos m ecánicos p ara la re c o ­
esto c o n stitu y e u n a a y u d a valiosa p ara re c o rd a r a co n tec im ien to s
lecció n de d a to s. P o r cie rto , h a y u n n ú m e ro crecien te de e stu d io s
y p ersonas. De] m ism o m o d o , ta m b ién p u ed e ser ú til u n diagram a
cu alita tiv o s en los cuales los investigadores e m p le a ro n g rab ad o res,
de los lugares en q u e cada cual estab a se n ta d o . E ste diagram a a y u ­
cám aras de video y m á q u in as fo to g ráficas para to m as a in terv alo s
dará a re c o rd a r q uién h izo cada cosa y a las p erso n as m enos c o n s p i ­
cuas. reg u lares (D ab b s, 1 9 8 2 ;W h y te , 1980).
L os o b serv ad o res p a rtic ip a n te s p arecen divididos en c u a n to a
9. D e sp u é s d e h a b er d ib u ja d o u n diagram a y trazado n u e stro s
la conveniencia e in c o n v en ien cia de to m a r n o ta s y em p le ar d isp o ­
m o v im ie n to s, b o sq u e je m o s los a c o n te c im ie n to s y conversaciones
sitivos m ecán ico s en el cam po. A lgunos o b serv ad o res e n tie n d e n q u e
e sp e c ífic o s q u e tu v iero n lugar en cada p u n to a n te s d e q u e to m á ­
los d ispositivos de reg istro in tru siv o atra en in n e cesariam en te la
ra m o s n u estra s n o ta s d e cam po. El b o sq u ejo n o s ay u d a rá a re c o r­
a ten c ió n del o b servador e in te rru m p e n el flu jo n a tu ra l de los aco n ­
dar d etalles adicio n ales y a a p ro x im ar la secuencia en la q u e o c u ­
te c im ie n to s y conversaciones en el escenario, D ouglas (1 9 7 6 , pág.
rrie ro n los aco n te c im ien to s. Ese b o c e to n o tien e q u e ser d em asia­
53) escribe: “ ...to d as las razones llevan a creer que los d isp o siti­
do e la b o ra d o ; sólo n ece sita incluir palabras, escenas y a c o n te c i­
vos de reg istro s intrusivos tien e n e fe c to s fu n d a m e n ta le s en la d e­
m ie n to s claves q u e se d estaq u e n en n u e stra m e n te , las observacio­
te rm in a c ió n de lo que los a c to res pien san y sien ten sobre el inves­
nes p rim era y ú ltim a de las conversaciones, y o tro s ay u d am em o -
tig ad o r (p rin cip a lm e n te , los vuelven te rrib le m e n te suspicaces y
rias. La precisió n y claridad q u e de esta m an era se añ ad e a las n o ­
los p o n e n en g u ard ia) y sobre lo q u e h acen en su p resen cia” . O tro s
tas ju stific a el tie m p o q u e se p ie rd a en tra z a r el bosquejo.
investigadores, esp ecialm en te los id e n tific a d o s con la e tn o m e to -
10. S i h a y u n retraso e n tre e l m o m e n to d e la observa ció n y
d o lo g ía lin g ü ístic a y la so cio lo g ía form al, p o n en en cu estió n que
e l registro d e las n o ta s de ca m p o , grabe u n re su m e n o b o sq u ejo d e
el o b serv ad o r pu ed a re c o rd a r con precisión y reg istrar su b secu en ­
la observación. U n o de los sitios q u e h em o s e stu d ia d o e sta b a si­
te m e n te los detalles im p o rta n te s de lo q u e h a o c u rrid o en el esce­
tu a d o a u n a h o ra de viíye en auto m ó v il. El o b serv ad o r g rab ab a u n
n ario (S ch w artz y Jacobs, 1979).
resu m en d etalla d o de la observación de regreso al hogar, d ejan d o
N u e stra o p in ió n es q u e los investigadores d eb en a b sten erse
q u e las conversaciones y a co n tec im ie n to s flu y e ra n lib rem en te en
d e grabar y t o m a r n o ta s en e l c a m p o p o r lo m e n o s hasta q u e hayan
su m e n te. D espués de haber llegado a su casa, tra n sc rib ía el resu m e n ,
desarrollado u n a idea d e l escenario y p u e d a n e n te n d e r los e fe c to s
o rg an izan d o los a c o n te cim ie n to s según la secuencia en q u e h a b ía n
d e l reg istro so b re los in fo rm a n te s. E n n u e stra ex p erien cia, los dis­
o c u rrid o . A p a rtir de ese resu m en re d a c ta b a u n re la to d etalla d o
positivos m ecánicos p ara el reg istro tie n e n u n e fe c to enojoso p ara
de los a c o n te c im ie n to s del d ía . E n los lapsos e n tre observaciones
las p ersonas. U n o de los a u to re s de este lib ro e m p leó u n g rab ad o r
en su e stu d io sobre el sexo im p erso n al en las salas p ú b licas de re p o ­
d u ra n te la p rim era en tre v ista con la m ad re de u n n iñ o p e q u eñ o
so, H u m p h rey s (1 9 7 5 ) o c asio n a lm en te se dirigía a su a u to m ó v il
en su hogar. E n el “ c a le n ta m ie n to ” previo a la entrevista, el inves­
para dejar grab ad o lo q u e acab ab a de observar.
tig ad o r m e n cio n ó casu alm en te q u e a n tes h a b ía vivido en ese ve­
11. D e sp u é s d e h a b er to m a d o sus n o ta s de cam po, recoja los
cin d ario y le p re g u n tó a la m u jer si le g u sta b a el lugar. E lla e m p e­
fr a g m e n to s d e d a to s perd id o s. L os ob serv ad o res con frecu en cia
zó a q u ejarse sobre los m u ch o s negros q u e se h a b ía n m u d a d o a la
re c u e rd a n cosas,, d ía s o incluso sem anas d espués de haberlas o b ser­
zo n a, y sobre el h ec h o de q u e h u b ie ra n “ to m a d o p o sesió n ” de
vado. A veces los ac o n te c im ie n to s y conversaciones se rec u e rd a n
los p a rq u e s y lugares de ju e g o . A c o n tin u ac ió n vino la en trev ista,
80 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION LA OBSERVACION PARTICIPANTE 81

que in c lu ía p reg u n ta s sobre lo que le g u stab a y disgustaba en el der los significados, p erspectivas y d efin icio n es de la g en te. De
vecindario. C u an d o el investigador hizo las p reg u n ta s con el gra­ hecho, la precisión que el o b serv ad o r e x p e rim e n ta d o in teresad o
b ad o r en fu n c io n a m ie n to , la m ad re dio respuestas suaves a in te ­ en este nivel de análisis p u e d a ganar m ed ian te el uso de u n graba­
rro g an te s so b re aq u el te m a y sobre los cam bios que h a b ía n o c u ­ d o r es p ro b a b le m e n te ilusoria.
rrid o desde que ella vivía allí. N u n ca m e n cio n ó la raza. D espués H ay unos pocos casos en los que es aco n sejab le to m ar n o tas
de q u e la en tre v ista se c o m p le tó y de que el g rab ad o r se d etu v ie­ en el cam po. Más que la g rab ació n , la to m a de n o ta s re c u e rd a a
ra, el e n tre v ista d o r suscitó de n u ev o u n a conversación acerca de la la g en te q u e está b ajo u n a vigilancia c o n sta n te y la aleja de áreas
m ism a c u estió n y la m ad re volvió a quejarse p o r la ca n tid ad de n e­ e n las cuales el o b serv ad o r está in teresad o . C om o ya lo hem os se­
gros que se h a b ía n m u d ad o . C onclusión: nadie, o p o r lo m enos ñ alad o , en m u ch as situ a cio n es el o b serv ad o r desea d istraer la a te n ­
m u y pocas personas, quieren ser racistas registrados. E n o tra s p a­ ción de los in fo rm a n te s re sp e c to de los ob jetiv o s de la investiga­
labras, es in g e n u o su p o n er que u n in d iv id u o nos revelará in m e d ia­ ción. U n o de los p o co s casos en q u e se p u e d e n to m a r n o ta s de m o d o
ta m e n te sus c o n d u cta s y p en sam ien to s privados m ie n tra s está siendo n o in tru siv o se da cu an d o o tra s personas ta m b ié n está n to m a n d o
film ad o o grabado. n o ta s, en u n aula o u n e n c u e n tro fo rm al. In clu so en tales ocasiones,
H ay situaciones y escenarios en los que los observadores p u e d e n el in v estig ad o r debe ser discreto.
o b te n e r b u en o s resu ltad o s e m p lea n d o dispositivos m ecánicos para A lgunos observadores se dirigen a algún lugar con privacidad,
el reg istro sin a ltera r d ra m á tic am en te la investigación. El ex celen te com o p o r ejem p lo u n b a ñ o , para a n o ta r palabras y frases claves
estu d io fo to g rá fic o de W hyte (1 9 8 0 ) sobre p eq u eñ o s lugares u rb a ­ que más ta rd e los ay u d a rá n a rec o rd a r a c o n te cim ie n to s p ro d u c i­
nos d e m u estra q u e u n a cám ara pu ed e ser u n a h erra m ien ta eficaz dos d u ra n te u n a sesión de o b servación p ro lo n g ad a. Se p u ed e u ti­
de investigación en lugares pú b lico s. D el m ism ó m o d o , ha h ab id o lizar una lib re ta o a n o ta d o r p e q u eñ o s, q u e cab en en u n bolsillo
p elícu las d o c u m en ta le s perspicaces de F re d e ríc k W isem an y o tro s , sin hacerse n o ta r. T a n to m ejor si esto nos ay u d a a re c o rd ar cosas
film adas por u n cam aró g rafo q u e p are c ía m overse con u n g ru p o y se pu ed e h acer secretam en te.
de personas y cap tó u n a d im ensión con sid erab le de sus vidas p ri­
vadas, au n q u e u n o q u ed a p re g u n tá n d o se h asta qué p u n to la gente
re p re se n tó p ap eles an te las cám aras. E n n u estras en trev istas h em o s LA FORMA DE LAS NOTAS
hallado que d espués de cierto lapso, la gente parece olvidar al gra­
b ad o r y h ab la con relativa lib e rta d m ie n tra s se está g rabando. C ada cu al desarro lla su p ro p io m o d o de re d a c ta r las n o ta s de
E s ta m b ié n cierto que h ay algunas p au tas sociales q u e n o p u e­ cam p o . A u n q u e la fo rm a v a ría de o b serv ad o r a o b serv ad o r, las
d en ser estu d iad as ni analizadas sin dispositivos de registro au d i­ n o ta s siem pre d eb en p e rm itir la re cu p e ra ció n fácil de los d ato s y
tivos o visuales. A sí, es im p ro b ab le que los observadores rec u e rd e n , c o d ificar (y fra g m e n tar) los tem as. Las siguientes son algunas gu ías
e incluso que ad v iertan , to d o s los m e n u d o s detalles de las p au tas que n o s o tro s tra ta m o s de seguir.
in teraccio n ale s y de las conversaciones, necesarios p ara el análisis
e tn o m e to d o ló g ic o y o tra s lín ea s de indagación. E n u n estu d io 1. C o m e n za r cada c o n ju n to d e n o ta s co n una carátula titulada.
sobre las p a u ta s de in teracció n de los niños y la socialización de Esa carátu la debe in clu ir la fech a, el m o m e n to y el lugar de la obser­
pares, L o th a r K rap p m a n n y H ans O sw ald, del In s titu to M ax P lanck v ación, y el d ía y el m o m e n to en que se realizó e l registro p o r es­
de la U niversidad Libre de B erlín , u tiliz a ro n dos ob serv ad o res to m a n ­ crito . A lgunos o b serv ad o res titu la n cada c o n ju n to de n o ta s con
do n o tas d etalladas y una cám ara de video al m ism o tiem p o , en u n a frase q u e les rec u e rd a el c o n te n id o cu a n d o rec u rre n al m a­
salones de clase. te ria l para c o n tro la r algo.
E n la m a y o r p arte de los estu d io s in te rac c io n ista s sim bólicos 2. I n c lu y a e l diagram a d e l escenario al p rin c ip io d e las notas.
los investigadores no n ecesitan co n fia r en dispositivos m ecánicos T race sus p ro p io s d esp lazam ien to s e in d iq u e en q u é página de las n o ­
de registro para recoger datos im p o rta n te s. M ediante el e n tre n a ­ tas se describe cada m o v im ie n to . E sto servirá c o m o referen c ia có m o ­
m ien to y la ex p erien cia, el investigador asim ila recuerdos su fic ie n ­ da cu a n d o se deseen c o n tro la r a c o n te c im ien to s específicos. A aq u e­
tes de a c o n tec im ien to s y conversaciones necesarios para c o m p re n ­ llos q u e tie n e n la fo rtu n a de c o n ta r con alguien que lee sus n o ta s,
82 METODOS CUALITATIVOS D E INVESTIGACION LA OBSERVACION PARTICIPANTE 83

que o cu rre en u n escenario, sino ta m b ié n u n reg istro de los sen ti­


el diagram a les p e rm ite p ro p o rc io n a r al le c to r u n p u n to de re fe ­
m ien to s, in te rp re ta c io n e s, in tu icio n e s, p re c o n c e p to s del investiga­
ren cia ú til.
do r y áreas fu tu ra s de in d ag ació n . E sto s c o m en ta rio s subjetivos
3. Deje m árgenes s u fic ie n te m e n te a m p lio s para c o m en ta rio s
d eb en distinguirse claram en te de los d ato s d escriptivos m e d ian te
s u y o s y de otra s personas. Los m árgenes am plios ta m b ié n p erm ite n
el em p leo de p arén tesis y las iniciales “ C .O .” ( “ co m e n tario s del
añ ad ir p u n to s olvidados en u n m o m e n to p o sterio r al de la re d a c ­
o b se rv a d o r” ).
ció n , y co d ificar las n o ta s en la e ta p a de análisis de la investigación.
A los e n tre n a d o s en la o b servación “ o b je tiv a ” pu ed e re su lta r­
4. U tilice con fre c u e n c ia el p u n to y aparte. T al com o se señala
les d ifícil a c e p ta r los se n tim ie n to s e in te rp re ta c io n e s del observa­
en el c a p ítu lo sobre análisis de los d ato s, el m ejo r m o d o de reali­
dor c o m o u n a fu e n te im p o rta n te de co m p re n sió n . P ero co m o p ar­
zar este análisis consiste en c o rta r lite ra lm e n te las n o ta s y agrupar
tic ip a n te en el escenario y co m o m iem b ro de la sociedad y la cul­
los frag m en to s p o r tem as. La ta re a de co d ificar y re c o rta r las notas
tu ra globales, es p ro b ab le q u e el investigador c o m p a rta m u ch o s
será m ás fácil si se lian iniciado p árrafo s nuevos p ara cada a c o n te ­
se n tim ie n to s y perspectivas con las p erso n as de u n escenario. Por
cim ien to , p en sam ien to o tem a.
c ie rto , lo s ob serv ad o res p a rtic ip a n te s d e b e n a p re n d e r a id e n tific a r­
5. E m p le e co m illa s para registrar o b serva cio n es ta n to c o m o le
se con los in fo rm a n te s, a te n e r v icariam en te sus ex p erien cias y a
re su lte p o sib le. N o es necesario in clu ir re p ro d u c cio n e s literales e
c o m p artir sus su frim ien to s y goces. D istanciarse de los se n tim ie n ­
in tac ta s de lo que se ha d ic h o . Lo im p o rta n te es a p re h e n d e r el sig­
tos subjetivos equivale a negarse a asum ir el ro l de la o tra persona
n ificad o y la ex p resió n ap ro x im ad a del co m en tario . Si n o re c u e r­
y a ver las cosas desde su p u n to de vista (B lum er, 1969).
da la expresión e x a c ta , p arafrasee: “J o h n dijo algo así com o ‘Me
L o q u e n o s o tro s se n tim o s p u e d e ser lo q u e los in fo rm a n te s
voy a casa’. Bill estuvo de acu e rd o y Jo h n salió ” . Strauss y o tro s
(1 9 6 4 ) sugieren que el investigador em p lee com illas dobles para sien ten o ta l vez sin tiero n en el pasado. D eb em o s usar n u estro s
d ifere n ciar el rec u e rd o ex a c to , com illas sim ples p ara in d icar u n a p ro p io s sen tim ie n to s, creencias, p re c o n c e p to s y su p u esto s .para
m e n o r precisió n en la ex p resió n , y o m itir las com illas p ara in d icar d esarrollar c o m p re n sio n es p o te n c ia le s de las perspectivas de los
un re c u e rd o ra z o n a b le m e n te ap ro x im ad o . o tro s. A l reg istrar estas d efin icio n e s subjetivas co m o “ c o m e n ta rio s
6. Use s e u d ó n im o s para los n o m b re s de p ersonas y lugares. N o del o b se rv a d o r” , id e n tific a m o s áreas p ara investigaciones y análi­
son pocos los o b servadores p articip a n te s a quienes ha in q u ie ta d o sis fu tu ro s. L os c o m en tario s siguientes están e x tra íd o s de las n o ­
lo q u e p o d ría o c u rrir si sus d a to s cayeran en m an o s in a d ecu ad as tas de cam p o del e stu d io sobre la in s titu c ió n e stad u a l:
(H u m p h rey s, 1975; Jo h n so n , 1975; V an M aanen, 1982, 1983).
(C.O. Me s e n tí to talm en te aburrido y deprim ido en la sala esta noche. Me
E n tre to d o lo q u e p o d em o s ver u o ír, u n o nun ca sabe q u é es lo
pregunto si esto tiene algo que ver con el hecho de qu e ahora hay dos em plea­
que pued e re su lta r c o m p ro m e tid o para las personas q u e e s tá e s tu ­
dos trabajando solam ente. Con sólo dos em pleados hay m enos diversiones y
d ia n d o si alguna o tra persona lo co n o ce. T a m p o c o sabem os si e n tre m enos brom as. T al vez ésta sea la razó n p o r la cual los em pleados siempre se
los le cto res de n u e stra s n o ta s no habrá algunos q u e ten g an re la cio ­ quejan de ser pocos e insuficientes. D espués de to d o , nunca hay aq u í más
nes con las personas d escrip tas en ellas. N ada se pierde u tiliz a n d o trabajo que el que puede ocupar el tiem po de dos em pleados, de m odo que
seu d ó n im o s para lugares y personas. lo que los m olesta no es el hecho de no alcanzar a realizar su trabajo.)
7. L a s n o ta s d e b e n conservarse p o r lo m e n o s triplicadas. M an­
téngase u n ju eg o al alcance de la m a n o , guárdese o tro a b u en re­ (C.O. A unque no lo d em uestro, me pongo tenso cuando los internados
cau d o y u tilíc ese el te rc e ro para eventuales lectores. A l co m en zar se m e aproxim an sucios de com ida o excrem entos. T al vez los em pleados sien­
a analizar los d ato s, se n ecesitarán u n a o m ás copias adicionales tan lo mism o y p o r eso con frecuencia los tra te n com o a leprosos.)
p ara co d ificar y c o rta r los frag m en to s.
E n el fra g m e n to sig u ien te, to m a d o del e stu d io sobre el e n tre n a ­
m ie n to p ara el tra b a jo , el o b serv ad o r refleja u n o de sus prim ero s
COMENTARIOS DEL OBSERVADOR c o n ta c to s con un ap re n d iz después de h a b er pasado las e tap as ini­
ciales de la investigación con los m iem b ro s de la dirección.
Las n o ta s de cam po n o deb en incluir sólo descripciones de lo
M METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION LA OBSERV ACIO N PARTICIPANTE 85

Me acerqué a dos aprendices que estaban trabajando en el m ontaje de la an álogo, n o d iríam o s q u e la s perso n as e stab an en u n a sesión de
radio. El varón me m iró. “ H ola” , dije. El contestó “H ola” y continuó con “ te ra p ia o c u p a c io n a l” ; re g is tra ría m o s las actividades en térm in o s
lo qu e estaba haciendo. Pregunté: “ ¿H icieron eso (la radio) desde el principio?” descriptivos: “ L as tres m u je re s estab a n sen tad as a la m esa. U na
(C.O. Después de haber dicho esto pensé que era algo estúpido o quizá m uy e sta b a esterilla n d o u n a silla, m ie n tra s las o tra s dos p in ta b a n con
revelador. R epensando la p regunta la en contré tal vez subestim adora. Pregun­ lápices en lib ro s para c o lo re a r. El m iem b ro del p erso n a l a cargo
tar si lo hab ían hecho to d o desde el principio p o d ía suponer que yo pensaba de la sesión se re firió a estas ac tiv id ad es com o ‘te ra p ia o c u p a c io n a l” ’.
que les faltaba ía capacidad necesaria. El no reaccionó com o si así fuera, pero
Las sensaciones, ev alu ac io n e s e in te rp re ta c io n e s del investiga­
es posible que eso se pensara realm ente en el centro sobre el desocupado “re ­
d o r d eb en ser in c lu id as en los “ c o m e n ta rio s del o b se rv a d o r” , A l
sistente . H acer las cosas bien no es lo norm al sino que sorprende. T al vez en
lugar de esperar qu e produzcan y de tratarlo s com o si fueran a producir, se
hace rlo así, p o d rá id e n tific a r áreas p osibles de investigación o a n á ­
los tra ta com o si el trabajar bien fuera u n evento especial.) lisis sin p re su p o n e r q u e to d o s verán las cosas ex a c ta m e n te com o
él. El e x tra c to siguiente p ro v ie n e de las n o ta s del e stu d io in s titu ­
El o b serv ad o r o b tu v o a sí u n a co m p re n sió n del m o d o posible cional.
en q u e m ie m b ro s de la d irecció n d e fin ía n a los ap ren d ices, reflejan ­
do su p ro p io co m en tario . Cuando entré en el d o rm ito rio más pequeño, u n fuerte olor de excrem en­
to s y orina m ezclado con el de an tisép tico im pregnaba el aire. (C.O. El o lo r me
E n los “ co m en tario s del o b serv ad o r” , el o b servador p a rtic i­
pareció repulsivo, al p u n to de q u e q u ería irm e de inm ediato. Pero los em plea­
p an te ta m b ié n reg istra ideas e in te rp re ta c io n e s em ergentes. E sto s
dos n o parecen n o tar ese olor. A lgunos pretenden haberse acostum brado a él.
co m en tario s p ro p o rc io n a n u n reg istro c o rrie n te de los in te n to s
O tros nunca lo m encionan. Me pregunto si esto refleja una diferencia entre
del o b serv ad o r p o r e n te n d e r el escenario y se co n v ierten en e x tre ­ yo y ellos, o si refleja el hecho d e que, com parado con ellos, yo soy u n recién
m a d am en te valiosos d u ra n te la fase de análisis de la investigación. llegado a la sala.)
El c o m e n ta rio siguiente e stá to m a d o de las n o ta s de cam p o de la
investigación in stitu c io n a l.
U na d escrip ció n d e talla d a del escen ario y de la posició n de las
p erso n as en su seno p ro p o rc io n a im p o rta n te s ap reh e n sio n es sobre
(C.O. M uchos internados de esta sala recogen y atesoran cosas ap aren te­
m ente insignificantes. Esto es análogo a lo que G offm an escribe sobre in s titu ­ la n a tu ra le z a de las activ id ad es de los p artic ip a n te s, sus p au tas de
ciones de este tip o . Tengo que com enzar estudiando esto.) in te ra c c ió n , sus persp ectiv as y m o d o s de presen tarse a n te los o tro s.
E n m u c h as in stitu cio n e s to ta le s , las regiones fro n ta le s o de fach ad a
(las áreas visibles a los ajen o s) están p rep arad as p ara p resen tar u n a
DESCRIPCIONES DE ESCENARIOS Y ACTIVIDADES ap a rie n cia de refugios b en ig n o s, id ílic o s, en los que los in te rn a d o s
recib en u n c u id ad o y tra ta m ie n to ad ec u ad o s (G o ffm an , 1961;
E n las n o ta s de cam p o debe describirse el escenario de la in v esti­ T ay lo r, 1977; T a y lo r y B o g d an , 1980). A sí los te rre n o s de la m a ­
gación y las activ id ad es de las personas. Al re d a c ta r las n o ta s, hay y o ría de las in stitu cio n e s e s tá n llenos de grandes árboles, son m i­
que esfo rzarse p o r describir el escen ario y las actividades con de­ n u c io sa m e n te cu id ad o s p o r ja rd in e ro s y poseen edificios im p o ­
talles suficientes com o p ara d a r fo rm a a u n a im agen m e n ta l del n en tes. Las o ficin as de la ad m in istra c ió n e sta rá n con to d a p ro b a ­
lugar y de lo q u e en él o cu rre. A lgunos investigadores escriben b ilidad en u n a e s tru c tu ra co lo n ial o v ic to rian a , con rev estim ien ­
sus n o tas de cam p o bajo la fo rm a d e n arracio n es eventuales de lo to s de m a d e ra y pisos c u id a d o sa m en te lu stra d o s. L as in stitu c io ­
q u e u n a cám ara c a p ta ría en u n a película. nes cu e n ta n a veces con salas especiales d estin ad a s a recib ir las
A l to m a r n o ta s d e ca m p o , se d eb e te n er e l cu id a d o d e em p lea r visitas fam iliares. T al co m o lo señala G o ffm an (1 9 6 1 ), el m o b i­
té rm in o s d e sc rip tiv o s y n o evaluativos. P o r ejem p lo , no se descri­ liario y la d eco ra ció n de estas salas se ap ro x im a m u c h o m ás a las
birá u n a h ab ita c ió n sim p lem en te co m o “ d ep resiv a” ; a n te s bien, n o rm a s e x te rio re s q u e a los lugares d o n d e resid en realm en te los
se escrib irá algo p arecid o a lo siguiente: “ La h a b ita c ió n era re la ti­ in te rn a d o s.
v am ente o scu ra, con polvo y te larañ as en las esq u in as y en los m arcos E n d ra m á tic o c o n tra ste con esas regiones fro n tales, las re ­
de las ven tan as, y p in tu ra descascarada en las p a re d e s” . De m o d o g iones in s titu c io n a le s trasera s en las q u e viven los resid en tes están
86 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION
LA OBSERVACION PARTICIPANTE 87

d estin ad as a fa c ilita r el c o n tro l p o r p a rte del p erso n al y al m a n ­


qué estad o tie n e n los d ie n tes, y q u é p o d ría d ed u cirse de él sobre
te n im ie n to efic ien te del o rd e n y la lim pieza de las salas (T ay lo r,
los individuos? ¿C óm o c a m in a n ? 3 ¿Q ué clase de a n te o jo s usan?
1977). L os siguientes son rasgos co m u n es en las salas in stitu cio n ales:
¿L levan jo y a s? ¿U san c a rtera las m ujeres? ¿Y los h o m b res? E s­
ta s y o tra s c a ra c te rístic a s d eb e n ser reg istra d as en las n o ta s de cam p o .
Puertas y áreas cerradas d en tro de la sala.
A paratos de televisión y reproductores estereofónicos ubicados altos
Las p ersonas, lo m ism o q u e los escenarios, d eb en ser descriptas
en las paredes y fuera del alcance de los residentes. en té rm in o s c o n c re to s y n o evaluativos. P alabras tales com o “ t í ­
M uebles fu ertes, indestructibles. m id o ” , “ o s te n to so ” , “ agresivo” son in te rp re ta tiv a s y n o d escrip­
A lam bre tejido en las ventanas. tivas. N u estras p ro p ias im p resio n es y su p u e sto s sobre las perso n as
Llaves de luz y controles de tem peratura inaccesibles para los residentes. basados en su asp ecto e n c u e n tra n su lugar p ro p io en los “ c o m e n ­
Baños sin papel higiénico, ja b ó n , toallas ni espejos. ta rio s del o b se rv a d o r” . El fra g m e n to siguiente pro v ien e de las n o ta s
R opas y objetos personales guardados en habitaciones cerradas. de cam p o del e stu d io sobre los v e n d e d o re s p u e rta a p u e rta .
Oficinas para el personal y “estaciones de atención” ubicadas de m odo
ta l que perm iten u n m áxim o de vigilancia del personal sobre los residentes.
Escasos muebles y elem entos de decoración (cuadros, cortinas). La p u erta que daba al corredor se abrió y u n h o m b re, después de d e te ­
nerse un in stan te, en tró en p untas de pie. (C.O. Pareció sorprendido cuando
N o to d o s los asp ecto s de u n escen ario serán significativos. P ero abrió la p u erta, com o si no esperara ver a to d a la gente. Su m anera de en tra r
en puntas de pie parecía u n in te n to de n o hacer dem asiado ru id o . Su actitu d
se debe a d v e rtir y p re g u n ta r el significado de to d o lo q u e se o b ­
era del tip o “ Soy im p o n en te” .) M edía aproxim adam ente u n m etro con seten ­
serve. ta centím etros y estaba m uy to stad o p o r el sol. (C.O. Parecía u n tostado debi­
A u n q u e en las n o ta s de cam p o sólo se necesita describir u n a do al trabajo at aire libre.) Su piet era coriácea. El pelo negro peinado h a d a
vez cada escen ario , es p reciso e sta r sin to n iza d o con los cam bios atrás presentaba algunas estrías grises y entradas en la fren te. P odría ten er
que \se p ro d u z c a n . E sto s cam bios p u e d en reflejar m o d ificac io n es unos cuarenta y d n c o años. Era delgado. Su ro p a estaba lim pia y bien plan­
en el m o d o e n q u e las p erso n as se ven a s í m ism as o a otras. Por chada y le caía bien. De su d n tu ró n , a la espalda, colgaba u n llavero con un
ejem p lo , u n cam b io en la^ d istrib u c ió n de los com ensales e n u n m anojo de llaves. V estía pantalones recto s de franela m arrón oscuro, con u n
c o m e d o r p ara m aestro s pu ed e re fle ja r u n cam bio e n las relacio n es d n tu ró n elástico color canela claro cuya hebilla estaba sobre la cadera. Lle­
sociales de la escuela. vaba una camisa deportiva de color m arrón oscuro, a cuadros, con u n b o tó n
abajo. Sus zapatos estaban bien lustrados y usaba anteojos con m o n tu ra negra.

DESCRIPCIONES D E PERSONAS
E n m u ch o s escenarios, esp e c ia lm e n te en las organizaciones, la
ro p a y el a sp ecto e x te rio r d ife re n c ia a las personas según su po si­
D el m ism o m o d o q u e los escenarios y las actividades, las p er­
ción y statu s. A veces los signos de sta tu s son obvios; p o r ejem p lo ,
sonas d e b e n ser cu id a d o sa m e n te descrip ta s e n las notas. C ada p e r­
algunas p erso n as llevan ro p a de tra b a jo o u n ifo rm e s, m ien tras q u e
sona tra n sm ite cosas im p o rta n te s so b re sí m ism a y asum e su p u es­
o tra s visten trajes o sacos y c o rb a ta s ; las gorras y las ta rjeta s con
to s re sp e cto de o tro s sobre la base del m o d o de vestir, de llevar
el n o m b re ta m b ié n p u e d e n in d ic a r el sta tu s de u n a p erso n a. E n
el cabello, de las jo y a s q u e se usen, de los accesorios, del c o m p o rta ­
o tro s escen ario s los signos q u e revelan statu s son sutiles y serán
m ie n to y del asp ecto general. G o ffm an (1 9 5 9 , 1963, 1971) u ti­
d escu b ie rto s p o r el o b serv ad o r só lo después de cierto lapso pasado
liza la ex p re sió n “ m an ejo de la im p re sió n ” para designar el m o d o
en el cam p o . U n o b serv ad o r n o tó q u e las m ujeres em pleadas en
en que las p erso n as tra ta n de in flu ir activ am en te sobre lo que los
u n a o rg an iz ació n llevaban sus c a rte ra s con ellas a c u alq u ier lugar
o tro s piensan acerca de ellas, a través de sus asp ecto s y acciones.
D ebem os p ercib ir esos rasgos de la g en te que p ro p o rc io n a n
co m p re n sió n sobre có m o ella se ve a sí m ism a y quiere ser vista 3Ryave y Schenkein (1 9 7 4 ) h a n realizado u n estudio etnom etodológico
p o r los o tro s. ¿Q ué tip o de ro p a usa? ¿F o rm al o in fo rm al? ¿Los sobre el m odo en que la gente “ cam ina” . Como ellos lo dem uestran, el cam inar
ho m b res llevan el pelo largo y tie n e n barba o están rapados? ¿En es u n logro práctico en el cual las personas producen y reconocen aspectos
exteriores para moverse en lugares públicos.
LA OBSERVACION PARTICIPANTE 89
88 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION

táneas, y q u e ciertas o b servaciones c a re ce n de sen tid o cu a n d o se


al que fu eran . L e to m ó cie rto tie m p o co m p re n d er q u e esas m u je ­ las co n sid era in d e p e n d ie n te m e n te de las p reg u n ta s que las susci­
res o cu p ab an p osiciones su b o rd in ad as y n o c o n ta b a n con arm arios
ta ro n . A dem ás, reg istrar y analizar las pro p ias accio n es ay u d a a
perso n ales p a ra guardar sus cosas. E n m u ch as in stitu c io n e s to tale s, pasar rev ista a las tá c tic as de c am p o o a d esarrollar o tras nuevas.
m iem b ro s del p erso n al llevan p esados llaveros co lg an d o de sus cin­
tu ro n es. N o es p o c o fre c u e n te observar que los re sid en te s im ite n
al personal, llevando llaves en sarta d as en u n a cu erd a q u e cuelga REGISTRO DE LO QUE NO SE COMPRENDE
del cin tu ró n .
L os o b serv ad o res p a rtic ip a n te s co n fre cu e n c ia o y e n frases y
conversaciones q u e n o co m p re n d e n p o r c o m p le to . P u esto que ta ­
REGISTRO DE DETALLES ACCESORIOS DEL DIALOGO
les c o m e n ta rio s son difíciles de re c o rd a r con precisió n , aparece
la te n d e n c ia a o m itirlo s en las n o tas. Sin em b arg o , in clu so los c o m e n ­
Los gestos, las co m u n icac io n es n o verbales, el to n o de la v o z y
tarios m ás in c o m p re n sib le s p u e d e n ad q u irir su s e n tid o cu a n d o se
la v elocidad del discurso de las personas ay u d an a in te rp re ta r el
los considera a la lu z de co n versa cio n es o a c o n te c im ie n to s u lte r io ­
significado de sus palabras. T o d o s p o d em o s rec o rd a r casos en que
res. E n el e stu d io in stitu c io n a l, el p erso n al h a c ía fre c u e n te re fe ­
alguien dijo “ n o ” de m o d o tal q u e q u e ría d ecir “ s í” . E sto s d etalles
ren cia al “ agujero del ta ru g o ” (en inglés b u n g hole, q u e a veces
accesorios del diálogo son im p o rta n te s para c o m p re n d e r la in te ra c ­ sonaba p arec id o a b u n g le). A u n q u e n o e n te n d ió la ex p resió n , el
ción y deb en ser in clu id o s en las n o ta s de cam p o . Los siguientes o b serv ad o r in c lu y ó esas referen c ias en sus n o ta s de cam po. Sólo
frag m e n to s p resen ta n ejem plos del tip o de gestos que d eb en q u e ­ m ás tard e se e n te ró de q u e “ ag ujerear con el ta ru g o ” significaba
dar reg istrad o s en las n o tas.
en el lenguaje de la in stitu c ió n u n c o ito anal.
H ay tam b ién co m en tario s q u e el o b servador oye casualm ente
Jp e se aflojó la c o rb a ta y dijo y que parecen in a d ecu ad o s o fu era de c o n te x to . T ales d ato s deb en
A m ed id a que P ete r h ab lab a fu e le v an tan d o cada vez m ás el
ser reg istrad o s c o m o son. N o hay q u e tra ta r de re c o n stru ir lo q u e
to n o de voz y co m en zó a a p u n ta rle a Paul con el ded o . P aul
se ha o íd o para que se lea m ejor.
dio u n paso a trá s y enrojeció.
Bill puso los ojos en blan co cu an d o Mike pasaba. (C.O . Lo
in te rp re to com o u n gesto rid ic u liz an te .) LOS LIMITES DE UN ESTUDIO

Se deb en tra ta r tam b ién de ap re h e n d e r ritm o s y p a u ta s de elo­ T al co m o se h a señalado en el c a p ítu lo a n te rio r, en la ob serv a­
cució n cu a n d o p u e d e n ser significativos, es decir, cu an d o expresan ción p a rtic ip a n te y en o tra s investigaciones cu alitativ as el diseño
algo im p o rta n te sobre la p erso n a o sobre el m o d o en q u e es p ro b a ­ de la investigación es flexible. Es decir q u e los investigadores cuali­
ble q u e los o tro s la p ercib an . ta tiv o s p o r lo general com ienzan con m o d e stia; e n tra n en el cam po,
e n tie n d e n u n escen ario ú n ic o y después d ecid en sobre los o tro s
escenarios q u e h ab rán de estu d iar.
REGISTRO DE LAS PROPIAS OBSERVACIONES Y ACCIONES
A n tes o después, es necesario trazar c ierto s lím ites a la inves­
tigación en té rm in o s de n ú m e ro y tipos de escenarios estu d iad o s.
L os ob serv ad o res p a rtic ip a n te s deb en reg istrar su p ro p ia co n ­ L a selección de escenarios o in fo rm a n te s adicionales d ep en d e rá
d u c ta en el cam p o . Las palabras y acciones de las p erso n as sólo de lo q u e se h ay a a p re n d id o y de los intereses de la investigación.
p u e d e n ser co m p re n d id a s si se las ex am in a en el c o n te x to en que A sí, e n el e stu d io in stitu c io n a l el investigador p o d ría haber seguido
fu ero n p ro n u n c ia d a s o realizadas. N o so tro s, co m o observadores u n ’gran n ú m e ro de lín eas d iferen tes de investigación, desde los
p a rtic ip a n tes, fo rm am o s p a rte del c o n te x to . P or ejem p lo , se p o d rá pro g ram as de e n tre n a m ie n to p ara el p erso n al h asta o tro s tip o s de
descubrir que c o m en tario s realizados en resp u esta a u n a p re g u n ta organ izacio n es. P u esto q u e h a b ía desarro llad o u n fu erte in terés
deb en in te rp re ta rse de m o d o d ife re n te que las observaciones e s p o n ­
90 METODOS CUALITATIVOS D E INVESTIGACION
LA OBSERVACION PARTICIPANTE

su stan cial e n las in stitu c io n e s to ta le s y en el significado social del


esa in s titu c ió n , el o b serv ad o r pasó los dos años siguientes ce n tra d o
re ta rd o m e n ta l, c o n tin u ó con el estu d io del personal de ate n c ió n en o tra s in stitu cio n es, y p o r cie rto co n tin ú a e stu d ia n d o in s titu c io ­
y los fu n cio n ario s de o tra s in stitu c io n e s, adem ás de e n tre v istar a
nes h asta el d ía de hoy.
personas ro tu la d as com o re ta rd a d o s m entales.
En la m a y o r p arte de los casos los investigadores pasan por
Es d ifícil tra z a r los lím ites de u n estu d io . S iem pre q u ed an lo m e n o s varios m eses en u n escen ario , co n in d e p e n d e n c ia de lu
m ás p erso n as y lugares p o r estu d iar. Sin em bargo, se h a n llevado a frecu en c ia de sus visitas. Es co m ú n q u e d esarro llen u n a c o m p re n ­
cabo estu d io s ex ce len tes basados en u n escenario ú n ic o , sea u n sión m ás p ro fu n d a del escenario y q u e rech a ce n o revisen h ip ó ­
salón de clase, u n a sala de h o sp ita l o u n a esquina. L o im p o rta n te tesis de tra b a jo después de u n o s c u an to s m eses iniciales. C on fre ­
es que, con in d e p en d en cia de la c an tid ad de escenarios q u e se e s tu ­ cuencia n o se tro p iez a con alguna in telec ció n q u e io enlaza to d o
dien, se llegue a la co m p ren sió n de algo q u e an tes n o se c o m p re n d ía . h asta después de pasar u n p e río d o p ro lo n g ad o en el cam p o . A
M uchos o b serv ad o res p re fie re n hacer u n a pausa después del tra ­ veces sólo se n ecesitan u n o s in sta n te s para q u e los in fo rm a n tes
bajo de cam p o y de h a b e r pasado cierto tie m p o en u n escenario. bajen la g u ard ia a n te el o bservador.
E sto p e rm ite aclarar las ideas, y revisar y analizar los d ato s, estab le­ D ejar el cam p o p u ed e ser u n m o m e n to p e rso n a lm e n te d if í­
cer p rio rid ad es, d esarro llar tá c tic a s y estrategias de cam p o , y de­
cil para los observadores p a rtic ip a n te s (S h affir y o tro s, 1980; S now ,
cidir si se pasa a o tra s áreas o escenarios. U n a treg u a en la observa­
1980). S ignifica ro m p e r apegos y a veces in clu so o fe n d e r a q u ie­
ción in ten siv a q u e la investigación req u iere tam b ién p ro p o rcio n a nes se h a e stu d ia d o , q u e q u ed a n con la sensación de h a b er sido u sa­
descanso y la resisten c ia necesaria p a ra c o n tin u a r el estu d io .
dos y tra ic io n a d o s. Q uizá p o r esta raz ó n m u c h o s observadores te r­
m in an q u e d á n d o se en el c am p o m ás de lo q u e les re su lta necesa­
rio a los fines de la investigación (W ax, 1971).
RETIRA DA DEL CAMPO
U n m o d o co m ú n de a b a n d o n a r el c am p o consiste en “ d esem b a­
razarse con b u en as m an eras” (Ju n k e r, 1960) o “ ir a p a rtá n d o se ”
1 \ Los observadores p a rtic ip a n te s casi n u n ca llegan a u n p u n to en
(G laser y S trau ss, 1968), es decir, en ir re d u c ien d o g rad u alm en te
que sien ten q u e h an co m p leta d o sus estu d io s. S iem pre q u e d a u n a
la fre cu e n c ia de las visitas y h a c ie n d o saber a la g en te q u e la inves­
perso n a m ás p o r en tre v ista r, u n a h eb ra suelta p o r a ta r, u n área
tigación está llegando a su fin. E s una b u e n a id ea no c o rta r los
m ás p o r ab o rd a r. P ero la m a y o r p arte de los investigadores llegan
c o n ta c to s con los in fo rm a n te s dem asiado a b ru p ta m e n te , au n q u e
a u n a e ta p a en q u e las m u ch as h o ra s pasadas en el cam p o les p ro c u ­
esto resu lte fácil o c ó m o d o . M iller y H u m p h re y s (1 9 8 0 ) señalan
ran resu ltad o s d ecrecientes. G laser y S trauss (1 9 6 7 ) em p lean la
q u e hay sanas razo n e s para c o n clu ir la investigación q u e d an d o en
expresión sa turación teórica p ara referirse a ese p u n to de la inves­
b u en o s té rm in o s con los in fo rm a n te s y d e ja n d o la p u e rta a b ie rta
tigación de cam p o en el q u e los d ato s co m ien za n a ser re p e titiv o s
p ara fu tu ro s c o n ta c to s. A sí ellos p u d ie ro n e stu d ia r a personas d u ra n ­
y no sé logran ap reh e n sio n es nuevas im p o rta n te s. Ese es el m o m e n ­
te u n p ro lo n g a d o p e río d o , desde m ed iad o s de la década de 1960 en
to de d ejar el cam po.
el caso de H u m p h rey s, o b te n ie n d o c o n o cim ie n to s sobre los cam ­
Los estu d io s de cam p o en cu alq u ier p a rte d u ran de unos p o co s
bios en las vidas de aquéllas en sus d efin icio n es de sí m ism as. E n
m eses a u n añ o bien cu m p lid o . El e stu d io so b re los v en d ed o res
u n nivel m ás h u m a n o , M iller y H u m p h re y s p u d ie ro n evaluar el
p u erta a p u e rta se ex ten d ió so lam en te p o r tres sem anas. N o o b s ta n ­
e fe c to de la investigación sobre los in fo rm a n te s, env ián d o les co ­
te, el o b serv ad o r tra b a jó d iariam en te y se c e n tró en u n asp ecto
pias de p u b licacio n es y m a n te n ié n d o se en c o n ta c to con ellos, p o r
e strec h o d el p rogram a de e n tre n a m ie n to en ventas. En el estu d io
te lé fo n o o c o rresp o n d en cia.
in stitu c io n al, el o b serv ad o r realizó visitas sem anales o q u in c e n a ­
les a u n a única sala d u ra n te u n año. E n los ú ltim o s dos meses
a p ren d ió re la tiv a m e n te p o cas cosas nuevas so b re el perso n al de
TRIANGULACION
a te n ció n y la vida in stitu c io n a l, au n q u e p u d o re d o n d e a r su co m ­
p rensión del escenario y co n firm a r m uchas in tu ic io n es, co n jetu ras
E n la b ib lio g rafía de Ja observación p a rtic ip a n te se llam a trian­
e h ip ó tesis de trabajo. D espués de c o m p le ta r su investigación en
g u la ció n a la co m b in ació n en u n estu d io ú n ic o de d istin to s m é to ­
LA OBSERVACION PARTICIPANTE 93
92 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION

su investigación. N o so lam en te revisó m ateriales significativos p ara


dos o fu e n te s de d ato s (D en zin , 1978; P a tto n , 1980). A u n q u e
la c o n stitu c ió n de ese p ro g ram a en p articu la r, sino ta m b ién m a te ­
las n o ta s de cam p o basad as en la ex p erien cia d irecta en u n esce­
riales investigados so b re la h isto ria n acio n al y lo cal de los p ro g ra­
n ario p ro p o rc io n a n los d ato s claves en la observación p a rtic ip a n te ,
m as d estin ad o s a los p o b res. A través de u n a p ersp ectiv a h istó rica,
o tro s m é to d o s y e n fo q u e s p u e d e n y deb en em plearse en co n ju n ­
lo s investigadores p u e d en ver u n escen ario en el c o n te x to de su
ción co n el trab a jo de cam po. La trian g u lació n suele ser co n ceb id a
pasado y en sus relaciones con o tro s escenarios.
c o m o u n m o d o de p ro teg erse de las ten d en c ia s del investigador
O tra fo rm a de trian g u la c ió n es la investigación en e q u ip o : dos
y de c o n fro n ta r y so m e te r a c o n tro l re c íp ro c o re lato s de d ifere n ­
o m ás tra b a jad o re s de cam p o e stu d ian el m ism o escenario o esce­
tes in fo rm a n te s. A b rev án d o se en otros^ tip o s y fu e n te s de d ato s,
n ario s sim ilares (véase B eck er y o tro s, 1961, 1 9 6 8 ; B ogdan y o tro s,
los observadores p u e d e n ta m b ié n o b te n e r u n a co m p ren sió n m ás'
1974; G eer y o tro s, 1966; S trau ss y o tro s, 1964). E n la m a y o ría
p ro fu n d a y clara del escen ario y de las p erso n as estu d iad o s.
de las investigaciones en e q u ip o las técnicas básicas de la observa­
P rá c tic a m en te to d o s los observadores p a rtic ip a n te s m a n tie n e n
ción p a rtic ip a n te s siguen siendo las m ism as, con la ex c ep ció n de
en trev istas y analizan d o c u m e n to s escritos d u ra n te o a la fin aliza­
que las tá ctic as de cam p o y las áreas de indagación se desarrollan
ción de su investigación de cam p o . E n especial hacia el fin de la
investigación, después de q u e el o b serv ad o r h a estab lecid o re la cio ­ en co la b o rac ió n con o tro s.
Ja ck D ouglas (1 9 7 6 ) d efie n d e c o n v in ce n te m e n te la investi­
nes con las p erso n as y o b te n id o el “ c o n o c im ie n to - de álguiérTci'e
gación en eq u ip o co m o u n a alte rn a tiv a posible del e n fo q u e tra d i­
d e n tro ” , las en tre v istas de final ab ie rto con in fo rm a n te s p u ed en
cio n al de “ L lanero S o lita rio ” en la investigación de cam po. T al
ser re la tiv a m en te c e n tra d a s y específicas. A ltheide ( i 9 8 0 ) in fo rm a
com o lo observa D ouglas, el e q u ip o de investigación pu ed e desa­
que cu a n d o e sta b a p o r dejar el cam p o co n d u jo en tre v istas agresi­
rro lla r u n a c o m p re n sió n en p ro fu n d id a d típ ic a de la
vas, calan d o en áreas dem asiado sensibles com o para h aberlas e x p lo ­
p a rtic ip a n te , m ie n tra s a p re h e n d e el cu a d ro m ás am plio e stu d ia n d
ra d o a n te s en la investigación. D esde luego, hacia el final del e s tu ­
d ifere n tes escen ario s o a d ife re n te s p erso n as de u n m ism o escen a­
dio ta m b ié n se p u ed e en trev istar a nuevas personas para o b te n e r
rio La investigación en e q u ip o ta m b ién p e rm ite u n alto grado
infoVmación de a n te c e d e n te s y am b ie n te que sea p e rtin e n te según
flex ib ilid ad en las estrateg ia s y tá c tic a s in v e s tig a b a s . P uesto q u e
las m e tas de la investigación, o para c o n fro n ta r y c o n tro la r re c í­
los investigadores d ifieren en sus hab ilid ad es sociales y en su cap a­
p ro c a m e n te las perspectivas de d ifere n tes p ersonas.
cidad p ara relacio n arse con d istin ta s p erso n as, p u e d e n d esem peñar
Los d o c u m en to s escrito s tales c o m o in fo rm es oficiales, co m u ­
roles diversos en el cam p o y e stu d ia r d ife re n tes perspectivas. Por
n icacio n es in tern as, co rresp o n d e n cia , c o n tra to s , n ó m in as de sala­
ejem p lo , en la investigación en e q u ip o un o b serv ad o r pued e ser
rios, archivos, fo rm u lario s de evaluación y diarios p ro p o rc io n a n
agresivo m ie n tra s q u e el o tro es pasivo e n el seno de u n e scen a rio ,
u n a im p o rta n te fu e n te de datos. Y a hem os su b ray ad o en los ú l­
a los investigadores de d istin to sexo se los ve de m o d o d iferen te
tim o s c a p ítu lo s que esto s d o c u m en to s deb en ser ex am in ad o s no
y se reac cio n a a ellos d e m o d o an álo g am e n te d isp ar; p u e d e n , p o r
co m o d ato s “ o b je tiv o s” , sino p ara que a y u d e n a co m p re n d er los
procesos organ izacio n ales y las perspectivas de las p erso n as que lo ta n to , a b o rd a r d ifere n tes áreas de estu d io .
Lo m ism o q u e en m u ch o s esfu erzo s co o p erativ o s, es u n a b u e n a
los han escrito y q u e los em p lean , y ta m b ié n p ara alerta r al inves­
idea e stab lecer reglas básicas claras en lo q u e co n ciern e a las res­
tigador re sp e c to de lín eas fru c tífe ra s de in d ag ació n . P u esto que
p o n sa b ilid ad e s de cad a p erso n a, para asegurarse q u e esa gente p o d ra
los d o c u m e n to s escritos a veces son co n sid era d o s con fid en ciales,
tra b a ja r ju n ta , a n te s de in iciar la investigación en eq u ip o . H aas y
es por lo general sensato ag u ard ar h asta h a b e r estad o en el cam p o
S haffir (1 9 8 0 pág. 2 5 0 ) in fo rm a n so b re e l m o d o en q u e las presio
d u ran te c ie rto tie m p o an tes de p ed ir que nos sean exhibidos.
n es p e rso n ale s y la c o m p e t e d p ro fesio n al Uev6 a ^ d e s tr u e c a n
L os investigadores p u ed en ta m b ién analizar los d o c u m e n to s
de u n e q u ip o de investigación de tre s m iem b ro s: D iferencias de
h istó rico s y p ú b lico s a fin de o b te n e r u n a p ersp ectiv a m ás am plia
o p in ió n so b re los roles de investigación, los m é to d o s para re co g e r
re sp e cto de u n escenario. Los p erió d ico s, los archivos de la o rg an i­
V analizar los d a to s y la p u b licació n y p a te rn id a d a u to ra l de los
zación y las sociedades histó ricas locales p u e d e n ser valiosos re p o ­
hallazgos crearon ten sio n es e n tre los investigadores y am en azaro n
sitorios de in fo rm ació n . El o b serv ad o r del p ro g ram a p ara desem ­
p lead o s “ re siste n te s” analizó con gran p ro fu n d id a d e sto s d a to s en la ap a rien c ia de colegialidad ,
94 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION LA OBSERVACION PARTICIPANTE 95

La investigación en e q u ip o ta m b ié n suscita el peligro de q u e se sin ó n im o de co n tro v ersia é tica para m u ch o s c o m e n ta d o re s, fu e


estab lezca u n a relació n de “ m a n o de o b ra asalariada” e n tre un acu sad o de ser “ có m p lice” de m ás de 200 acto s de fe lla tio .4
d ire c to r de investigación (p o r lo g en eral u n p ro feso r titu la r) y a y u ­ E n el e stu d io in stitu c io n a l, T a y lo r observó re g u la rm e n te golpes,
d an tes de investigación (p o r lo gen era l alu m n o s g raduados) en la b ru ta lid ad y abuso del p erso n al de aten ció n e n p erju icio de los
cu al los tra b a ja d o res de c am p o se vean red u c id o s al sta tu s de “r e ­ resid en tes. C o m p lican d o la situ a ció n , u n o de los fo c o s principales
c o lec to re s de d a to s” , sin voz en el diseño de la investigación y en de la investigación era el m o d o en q u e el p e rso n a l d e fin ía y e x p li­
el análisis y p o r lo ta n to libres de riesgo en lo q u e a dicha inves­ caba e l abuso.
tigación resp e c ta (R o th , 1966). L a m a n o de o b ra asalariada inva­ La b ib lio g ra fía sobre la ética de la investig ació n g en eralm en te
ria b le m e n te tram p e a , falsea d ato s y de o tra s m an eras subvierte la sostiene u n a posición n o in terv en c io n ista en el tra b a jo de cam po.
investigación. L a ú n ica m a n e ra de ev itar u n a m e n talid ad de m an o L a m a y o r p a rte de los investigadores d eb en ser leales a sus in fo rm a n ­
de o b ra asalariada, ta l co m o R o th lo so stien e ta n p ersu asiv am en te, tes o a la co n secu ció n de las m e ta s de la investigación. H ay q u e
consiste en q u e cada inv estig ad o r se vea activ am en te en v u elto en evitar c u alq u ier c o m p ro m iso q u e in te rfiera la in vestigación o viole
el pro ceso de fo rm u la r los in te rro g a n te s, to m a r decisiones sobre las el p a c to con los in fo rm a n te s. C o n o cem o s a u n o b serv ad o r q u e,
estrateg ias de cam p o y e x tra e r el se n tid o de los datos. m ien tra s estu d ia b a u n a pan d illa juvenil, presen ció la golpiza b ru ta l
de u n a jo v e n c ita p o r p a rte de u n m iem b ro de d ich a pan d illa. Ese
o b serv ad o r a d m itió q u e le h a b ía sido d ifíc il conciliar el sueño esa
LA ETICA EN E L CAMPO n o ch e , p ero a d u jo : “ ¿Q ué p o d ía hacer? Y o era sólo u n ob serv a­
d o r. N o m e c o rre s p o n d ía in te rv e n ir” .
E n el c a p ítu lo a n te rio r e x am in am o s los p ro b le m a s é tico s susci­ D espués de haber ob serv ad o c o n d u c ta ilegal, H u m p h rey s,
tad o s p o r la investigación e n c u b ie rta . La o p ció n e n tre investiga­ J o h n so n y V an M aanen so stien e n q u e p re fe riría n ir preso s a n te s
ción a b ie rta e investigación en c u b ie rta es so lam en te u n o e n tre los q u e violar la c o n fid e n cialid ad de los in fo rm a n te s (a u n q u e ta l vez
m u c h o s y d ifíciles p ro b lem as ético s q u e p la n te a la investigación la le c tu ra de estu d io s c u alita tiv o s sobre la vida en la cárcel h a ría
de cam po. C om o m é to d o de investigación q u e n o s in v o lu cra en q u e lo p en saran dos veces). V an M aanen llega al p u n to de negarse
la vida co tid ia n a de la gente, la o bservación p a rtic ip a n te revela lo a e n tre g a r m a teria les re q u e rid o s en u n caso ju d ic ia l so b re u n in c i­
m ejo r y lo p e o r de los o tro s y co n m u c h a frec u en c ia n o s e n fre n ta d en te de b ru ta lid a d p olicial q u e él h a b ía p resen ciad o , basándose
con situ a c io n e s p ro b lem á tic a s é tic a y m o ra lm e n te irresolubles. en u n a co n fid e n cialid ad de la investigación q u e carece de fu n d a ­
E l in g reso en u n escen ario g en eralm en te im plica u n a especie m e n to legal.5
de p a c to : la seguridad im p líc ita o e x p líc ita de q u e n o se desea v io ­ P ero el h ech o de q u e u n o esté llevando a cabo u n a investiga­
lar la privacidad o co n fid en cialid ad de los in fo rm a n te s, ni e x p o n e r­ ción n o b a sta para absolverlo de to d a resp o n sab ilid ad m o ral y éti-
los a perjuicios, ni in te rfe rir en sus actividades. U na vez en el cam p o ,
tra ta m o s de estab lecer ra p p o rt co n ellos, u n c ie rto nivel de c o n fia n ­ 4 La investigación de H um phreys ha sido criticada en general p o r violar
za y d isposición a b ierta, y de ser a ce p ta d o s com o personas q u e n o la privacidad y confidencialidad de lo observado. A unque la im putación de
ab re n ju ic io n i son am en azan tes. ¿Q ué h acer e n to n c e s cu a n d o los h ab er sido “ cóm plice” d e actos de fellatio parece frívola en el d ía de h o y , ella
in fo rm a n te s c o m e ten a cto s q u e n o so tro s consideram os desagrada­ dem uestra el m odo en qu e los investigadores se aniesgan al observar actos que
bles, ilegales o in m orales? o tro s consideran ilegales o inm orales.
Los estu d io s de c am p o p u b licad o s e s tá n llenos de in fo rm es de
investigadores q u e tu v iero n q u e ser te stig o s de u n a am plia gam a 5T al com o lo señala V an M aanen (1 9 8 3 , págs, 276-277), no existe ninguna
de a c to s ilegales y, lo q u e es m ás im p o rta n te , inm orales. A sí V an protección legal asegurada para los científicos sociales sobre la base d e la confi­
M aanen (1 9 8 2 , 1983) o b serv ó d ire c ta m e n te la b ru talid ad policial. dencialidad de la investigación (véase tam bién N ejelsky y Lerm an, 1971). Los
Jo h n so n (1 9 7 5 ) p resen ció n u m e ro so s ac to s ilegales co m etid o s p o r investigadores n o están legalm ente obligados a denunciar actos delictivos, pero
a siste n tes sociales en su e stu d io so b re los organism os de asistencia sí co n stitu y e un deber legal el testificar y proporcionar datos en los procedi­
social. L au d H u m p h rey s (1 9 7 5 ), cuya ex c e le n te investigación es m ientos judiciales.-
96 METODOS CUALITATIVOS D E INVESTIGACION LA OBSERVACION PARTICIPANTE 97

ca p o r las p ro p ia s accio n es o inacciones. A c tu a r o n o a c tu a r es cerlo n o refleja n in g ú n c o m p ro m iso de m a n te n e r el p ac to de la


o p ta r ética y p o lític a m e n te . Es decir q u e las m e tas de la investiga­ investigación o p ro te g e r a los in fo rm a n te s. C om o en la m a y o ría
ció n y el apego a los in fo rm a n te s p re p o n d e ra n sobre o tra s consi­ de los tra b a jo s de c am p o , el p a c to se ac o rd ó con los p o rte ro s in sti­
deraciones. tu cio n ales, los ad m in istra d o re s. A u n q u e el o b serv ad o r sugirió al
El in v estig ad o r de cam p o e n fre n ta ta m b ié n la p o sib ilid ad de p e rso n al de a te n c ió n q u e se le p o d ía te n e r c o n fia n za para p ro p o r­
que en su presencia se alien te a p erso n as a co m p ro m ete rse en a c ti­ cio n arle in fo rm ació n , n o dio n in g u n a g a ra n tía fo rm a l en ese se n ti­
vidades in m o rales o ilegales. V an M aanen te n ía fu e rte s sospechas do. A d em ás, a u n q u e el m a te ria l escrito so b re investigación p resen ­
de q u e los oficiales de la p o lic ía alard eab an d elan te de él cu an d o ta los in tereses de los in fo rm a n te s co m o si fu era n u n ita rio s, las
g o lp eab an a u n d e te n id o . E n el e stu d io in stitu c io n a l, el p erso n al p erso n as del escenario, q u iz ás en la m a y o ría de los escenarios, tie ­
de a ten ció n con fre cu e n c ia m o le sta b a á los resid en tes o los fo rz a ­ n e n in tereses co n tra p u e sto s. A sí, los a d m in istra d o re s, el personal
ba a re a liz a r c iertas cosas, com o trag a r cigarrillos en c e n d id o s, p ara de a te n c ió n y los in te rn a d o s te n ía n in tereses d ifere n tes. Si bien
divertirse a sí m ism os y d iv ertir al o bservador. Incluso au n q u e los se p o d ría asum ir la p o sició n de q u e u n o b serv ad o r n o tiene d ere ­
o b serv ad o res no p ro v o q u e n ciertas c o n d u c ta s, se p u e d e so sten er c h o a p e rju d ica r al p erso n al v iolando la co n fid en cialid ad , tam b ién
con m u y b u en o s fu n d a m e n to s q u e n o hacer n ada, p erm a n ecer p a­ p o d ría aducirse q u e ese m a n to de secreto se o p o n ía a los in te re ­
sivo, significa c o n d o n a r la c o n d u c ta de q u e se tra ta y p o r lo ta n to ses de los in tern a d o s. La decisión de n o h acer n a d a en el escen ario
p e rp e tu a rla . en su m o m e n to re fle ja b a m ás bien la p ro p ia in c e rtid u m b re del
L os o b serv ad o res p a rtic ip a n te s no d ifieren de los p erio d istas, in v estig ad o r re sp e c to de c ó m o m an ejar la situ a ció n y su estim ació n
cuya presen cia, d elib erad a o in v o lu n ta ria m e n te , crea nuev o s a c o n te ­ d el e fe c to de la in terv en ció n . N o h a b ría hech o m u c h o bien,
c im ien to s. Un in c id e n te re c ie n te q u e in v o lu cró a dos cam arógrafos A m e d id a q u e el o b serv ad o r p asab a tie m p o en el escen ario ,
p ro v o có u n a lb o ro to e n los c írc u lo s televisivos. L os o p e ra d o re s a p re n d ió q u e el p erso n al em p leab a cierto n ú m e ro de estrateg ias de
film a ro n pasivam ente a u n h o m b re q u e se c u b ría con u n líq u id o evasión p a ra o c u lta r sus activ id ad es a supervisores y e x tra ñ o s. Por
in flam ab le y luego se p re n d ía fuego, au n q u e ellos p o d ía n h ab erlo ejem p lo , c o lo c ab a n cerca de la p u e rta a u n re sid en te (d en o m in a d o
d ete n id o fácilm en te. D e h ech o , era m an ifiesto q u e el in d iv id u o “ p erro g u a rd iá n ” ) p ara q u e avisara si llegaban visitantes, y p o r o tra
p uso en escena el ep iso d io para q u e lo film aran . E n u n a e n tre v ista p a rte se c u id a b a n de n o dejar m arcas cu a n d o golp eab an o ata b a n
televisiva q u e se tra n sm itió p o c o después, u n o de los cam arógrafos a los in te rn a d o s. Si el o b se rv a d o r h u b ie ra in te n ta d o in terv en ir en
in te n tó la d ifíc il ex p licació n del p ap el q u e él y su colega h a b ía n sus a c to s o in clu so ex p re sad o d e sa p ro b ac ió n , sim p lem en te lo ha­
d e sem p eñ ad o en el in c id e n te : “ In fo rm a r so b re lo q u e o c u rre es b ría n tra ta d o com o a u n e x tra ñ o , su p rim ie n d o o p o rtu n id a d e s para
m i tra b a jo ” . D esde luego, ésta es la m ism a ex p licac ió n ra z o n a d a la v e rd a d e ra c o m p re n sió n del escen ario .
q u e u tiliz a n los tra b a ja d o re s de cam p o p ara ju stific a r la n o in te r­ U n h e c h o q u e se p ro d u jo hacia el fin al de la investigación ta m ­
vención. La co n secu ció n de u n a “ b u e n a h isto ria ” , com o la co n se­ bién ilu stra la fu tilid a d de in fo rm a r so b re los abusos del personal
cución de u n “ b uen e s tu d io ” , excusa accio n es que de o tro m o d o a los ad m in istra d o re s o a o tra s personas. C om o consecu en cia de
se ría n am o rales o inm orales. la q u e ja de u n p ro g e n ito r, la p o lic ía u b ic ó u n agente e n c u b ie rto
A sí q u e volvem os a la p reg u n ta : ¿qué hacem os cu an d o o b ser­ en la in stitu c ió n , com o e m p lead o de a ten c ió n , para d escu b rir el
vam os a p erso n as q u e se c o m p ro m e te n en acto s inm orales? ¿Q ué abuso. El re su lta d o fu e el a rre sto de 24 em p lead o s, acusados de
h ace m o s c u a n d o n u e stro s in fo rm an tes, las personas de las cuales m a ltra to . Los 24 em p lead o s fu e ro n su spendidos, en m ed io de p ro ­
d e p en d em o s para o b te n e r c o n o cim ie n to s y con las cuales se ha clam as d el d ire c to r de la in s titu c ió n en c u a n to a q u e “ en to d o ca­
tra b a jad o d u ro p ara o b te n e r ra p p o rt, hacen d año a o tra g ente? jó n de m a n z a n a s a p arecen u n a s c u a n ta s p o d rid a s” . Pero n in g u n o
Para estas p reg u n ta s n o hay n in g u n a re sp u e sta sim ple ni c o rre c ta . de esos m ie m b ro s del p erso n al h a b ía sido in clu id o en el estu d io ,
El e stu d io in stitu c io n a l ilu stra el caso p e rfe c ta m e n te bien. m ie n tra s q u e to d o el p erso n al q u e sí h a b ía sido in clu id o abusaba
En este e stu d io , el o b serv ad o r p o d ría h a b er in terv en id o d ire c­ ru tin a ria m e n te d e los resid e n tes y no fu e m o lestad o . F in alm e n te , los
ta m e n te cu a n d o el p erso n al de ate n ció n m a ltra ta b a a los resid e n te s 2 4 em p le a d o s fu ero n d eclarad o s in o c e n te s y rein stalad o s en sus
o in fo rm a d o a los supervisores. El q u e h u b ie ra o p ta d o p o r n o h a­ cargos, so b re la base de q u e “ las p ru eb as e ra n in su fic ien te s” . Cual-
METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION LA OBSERVACION PARTICIPANTE 97
96

ca p o r las p ro p ia s acciones o inacciones. A c tu a r o n o ac tu a r es cerlo n o refleja n in g ú n co m p ro m iso de m a n te n e r el p acto de la


o p ta r é tica y p o lític a m e n te . E s decir q u e las m e ta s de la investiga­ investigación o p ro te g e r a los in fo rm a n te s. C om o en la m a y o ría
ció n y el apego a los in fo rm a n te s p re p o n d e ra n sobre o tra s consi­ de los tra b a jo s de c am p o , el p a c to se aco rd ó con los p o rte ro s in s ti­
deraciones. tu cio n ale s, los a d m in istrad o re s. A u n q u e el o b serv ad o r sugirió al
El inv estig ad o r de c am p o e n fre n ta ta m b ién la p o sibilidad de p erso n al de aten c ió n q u e se le p o d ía te n e r co n fia n za para p ro p o r­
que en su presencia se a lien te a p erso n as a co m p ro m e te rse en a c ti­ cio n arle in fo rm a c ió n , n o dio n in g u n a g a ran tía fo rm a l en ese se n ti­
vidades in m o rales o ilegales. V an M aanen te n ía fu e rte s sospechas do. A dem ás, au n q u e el m a te ria l escrito so b re investigación p resen ­
de q u e los oficiales de la p o lic ía alard eab an d elan te de él cu an d o ta los in tereses de los in fo rm a n te s co m o si fu eran u n itario s, las
g o lp eab an a u n d e ten id o . E n el e stu d io in s titu c io n a l, el p erso n al perso n as del escen ario , q u iz ás en la m a y o ría de los escenarios, tie ­
de ate n c ió n con fre c u e n c ia m o lesta b a a los resid en tes o los fo rz a­ n e n in tereses c o n tra p u e sto s. A sí, los a d m in istra d o re s, el perso n al
ba a realizar ciertas cosas, co m o trag ar cigarrillos en ce n d id o s, para de a te n ció n y los in te rn a d o s te n ía n in tereses d iferen tes. Si bien
divertirse a sí m ism os y div e rtir al o bservador. Incluso au n q u e los se p o d ría asu m ir la p o sició n de q u e u n o b serv ad o r n o tiene d e re ­
ob serv ad o res n o p ro v o q u en ciertas co n d u c ta s, se p u ed e so sten er cho a p erju d ic ar al p erso n al v io lan d o la co n fid en cialid ad , tam b ién
con m u y b u e n o s fu n d a m e n to s q u e n o hacer n a d a , p erm a n ecer p a­ p o d ría adu cirse q u e ese m a n to de se creto se o p o n ía a los in tére-
sivo, significa c o n d o n a r la c o n d u c ta de q u e se tra ta y p o r lo ta n to ses de los in te rn a d o s. L a decisión de n o h acer n ad a en el escenario
p e rp e tu a rla . en su m o m e n to refle jab a m ás bien la p ro p ia in c e rtid u m b re del
L os ob serv ad o res p a rtic ip a n te s n o d ifieren de los p e rio d istas, in v estig ad o r re sp e c to de c ó m o m an ejar la situ ació n y su estim ació n
cu y a presencia, d elib erad a o in v o lu n ta ria m e n te , crea nu ev o s a c o n te ­ del e fe c to de la in te rv e n ció n . N o h a b ría h ec h o m u c h o bien.
cim ien to s. Un in c id e n te rec ien te q u e in v o lu cró a d o s cam arógrafos A m edida q u e el o b serv ad o r p asaba tie m p o en el escen ario ,
p ro v o có u n a lb o ro to en los c írc u lo s televisivos. L os o p e ra d o re s ap re n d ió q u e el p erso n al em p leab a cierto n ú m e ro de estrateg ias de
film aro n pasivam ente a u n h o m b re q u e se c u b ría co n u n líq u id o evasión p ara o c u lta r sus activ id ad es a supervisores y e x tra ñ o s. Por
in flam ab le y luego se p re n d ía fuego, a u n q u e ellos p o d ía n h ab erlo ejem p lo , c o lo cab an cerca de la p u e rta a u n re sid en te (d e n o m in a d o
d ete n id o fácilm en te. D e h ech o , era m an ifiesto q u e el in d iv id u o “ p e rro g u a rd iá n ” ) para q u e avisara si llegaban visitantes, y p o r o tra
puso en escena el ep iso d io p ara que lo film aran . En u n a en tre v ista p a rte se c u id ab an de n o dejar m arcas cu an d o golp eab an o atab an
televisiva q u e se tra n sm itió p o co después, u n o de los cam aró g rafo s a los in te rn a d o s. Si el o b se rv a d o r h u b ie ra in te n ta d o in terv en ir en
in te n tó la d ifícil ex p licació n del p a p el q u e él y su colega h a b ía n sus a c to s o in clu so ex p resad o d esa p ro b a c ió n , sim p lem en te lo h a ­
d esem p eñ ad o en el in c id e n te : “ In fo rm a r so b re lo q u e o c u rre es b ría n tra ta d o com o a u n e x tra ñ o , su p rim ie n d o o p o rtu n id a d e s para
m i tra b a jo ” . D esde luego, ésta es la m ism a ex p licac ió n raz o n a d a la v erd ad e ra co m p ren sió n del escen ario .
q u e u tilizan los trab a ja d o re s de cam p o para ju stifica r la n o in te r­ U n h ec h o que se p ro d u jo hacia el fin al de la investigación ta m ­
v ención. La c o n secu c ió n de u n a “ buen a h isto ria ” , com o la conse­ bién ilu stra la fu tilid a d de in fo rm a r sobre los abusos del perso n al
cució n de u n “ b uen e s tu d io ” , excusa acciones q u e de o tro m o d o a los ad m in istrad o re s o a o tra s personas. C o m o consecu en cia de
s e ría n am orales o in m o rales. la q u eja de u n p ro g e n ito r, la p o lic ía u bicó un agente e n c u b ie rto
A sí q u e volvem os a la p re g u n ta : ¿q u é h acem o s cu an d o o b ser­ en la in s titu c ió n , c o m o em p le a d o de aten ció n , para d e scu b rir el
vam os a personas q u e se c o m p ro m e te n en a cto s inm orales? ¿Q ué abuso. El re su lta d o fu e el a rre sto de 2 4 em p lead o s, acusados de
h acem o s cu a n d o n u e s tro s in fo rm a n tes, las p erso n as de las cuales m a ltra to . Los 24 em p lead o s fu ero n su sp en d id o s, en m edio de p ro ­
d ep en d e m o s p ara o b te n e r co n o c im ie n to s y con las cuales se ha clam as del d ire c to r de la in s titu c ió n en c u a n to a q u e “ en to d o ca­
tra b a ja d o d u ro p ara o b te n e r ra p p o rt, hacen d añ o a o tra gente? jó n de m a n z a n a s a p a re c e n u n a s c u a n ta s p o d rid a s” . P ero n in g u n o
P ara estas p re g u n ta s n o h a y n in g u n a resp u e sta sim ple ni co rre c ta . de esos m ie m b ro s del p erso n al h a b ía sido in clu id o en el estu d io ,
El e stu d io in stitu c io n a l ilu stra el caso p e rfe c ta m e n te bien. m ie n tra s q u e to d o el p erso n al q u e s í h a b ía sido in clu id o abu sab a
E n este estu d io , el o b servador p o d ría h ab er in terv en id o d irec­ ru tin a ria m e n te de los re sid en te s y n o fu e m o lestad o . F in a lm e n te, los
ta m e n te cu a n d o el p erso n al de a te n c ió n m a ltra ta b a a los resid e n te s 2 4 em p lea d o s fu e ro n d eclarad o s in o c e n te s y re in stalad o s en sus
o in fo rm a d o a los supervisores. El q u e h u b ie ra o p ta d o p o r n o h a­ cargos, so b re la base de q u e “ las p ru eb as era n in su fic ien te s” . C ual­
M E TOD OS C U A L IT A T IV O S D E IN V E ST IG A C IO N
L A O B SE R V A C IO N PA R T IC IPA N T E 99

q u ie r in te n to d el o b serv ad o r te n d ie n te a d en u n c iar al p erso n al h u ­


y ha te stific a d o com o e x p e rto en ju icio s de d esin stitu cio n a liz a ció n ,
biera te n id o e l m ism o d estin o . basán d o se en su c o n o c im ie n to de las co n d icio n es y el abuso in s ti­
N a d a de e sto d ebe to m a rse co m o u n a ju stific a c ió n de q u e se
tu cio n al.
vuelva la espalda a n te el s u frim ie n to de seres h u m an o s. P or el co n ­
N o to d o s los investigadores se e n c o n tra rá n en las difíciles situ a ­
trario, creem os q u e los investig ad o res tien en la firm e obligación
ciones m orales y éticas que d escrib im o s en esta secció n . P ero sospe­
m oral de a c tu a r basándose en lo que observan, incluso c u a n d o .
cham os que e sta s situ a cio n es son m ás co m u n es de lo que surgiría
las o p cio n es en u n a situ ació n e sp ecífica estén sev eram en te lim ita­
de los in fo rm es. A n te s de q u e d a r d em asiado c o m p ro m e tid o en u n
das. D u ran te el curso d el e s ta d io in stitu c io n a l, e l investigador llegó
e stu d io , d em asiado e stre c h a m e n te ligado a los in fo rm a n te s, an tes
a ver el ab u so y la d esh u m an izació n co m o h ech o s en raizad o s en
de sim p a tiz a r d em asiad o con las persp ectiv as de e sto s ú ltim o s, es
la n a tu ra le z a de las in stitu c io n e s to ta le s (G o ffm a n , 1 9 6 1 ;T a y lo r ,
sen sato sab er d ó n d e h ab rán de traz arse los lím ites.
1977). E l m a ltra to p o r p a rte del p erso n al de a ten ció n era d esen fre­
T al co m o lo señala V an M aanen (1 9 8 3 ), n o h a y posiciones
n a d o en la in s titu c ió n . Sin em b arg o , los em p lead o s n o e ran en
có m o d as q u e el o b serv ad o r p u ed a a d o p ta r en las situ a cio n es de
o tro s sen tid o s in d iv id u o s b ru tales o sádicos. N o eran ta n to “ m alas
cam p o . E s claro que h a y casos en q u e los ob serv ad o res p u ed en y
personas” co m o “ b u en a s p erso n as” en u n “ m al lugar” (p o r lo m enos,
deben in terv en ir en defen sa de o tra s p ersonas. N o o b sta n te , q u ie ­
tan buenas com o la m a y o r p a rte de n o so tro s). E n un sen tid o real,
nes n o p u ed en s o p o rta r u n a cierta am b ig ü ed ad m o ral p ro b a b le m e n ­
tam b ién h a b ía n sido d esh u m a n iz a d o s p o r la in stitu c ió n . A dem ás,
te n o d eb an realizar trab ajo de cam p o , o p o r lo m enos d e b e ría n
a u n q u e p o d ría m o s c o n d e n a r a ese p erso n al p o r a b u so físic o o ste n ­
te n e r el b uen sen tid o de re c o n o c e r cu án d o tie n en q u e salir de cier­
sible, los p ro fesio n ales de la in s titu c ió n san cio n a b an y p re scrib ía n
tas situ acio n es.
m ed id as de c o n tro l tales com o d ro g ar a los in te rn a d o s para que
C om o investigadores, ad v ertim o s el h ech o de q u e re tira rn o s
olvidaran o hacerles co lo ca r cam isas de fu erza, q u e e ran ig ualm ente
de to d a s las situ a cio n es m o ralm e n te p ro b le m á tic a s nos im p e d iría
abusivas y d esh u m an izad o ras. L os em p lead o s era n con frecu en cia
c o m p re n d e r y p o r cierto cam b iar m u c h as cosas del m u n d o en que
las v íctim as p ro p icia to ria s de u n sistem a abusivo. De p o co h u b ie­
vivimos. E n las p alab ras de V an M aanen (1 9 8 3 , pág. 2 7 9 ), “ La
ra servido victim a tizarlos m ás to d a v ía .
esp eran za, desde luego, es q u e fin alm e n te la v erdad, d e scrip ta de
Lo que ap re n d e m o s a trav és de la investigación y lo q u e h ace­
m o d o aca b ad o , n o s ay u d e a f o n d o ” .
m os con n u e stro s d escu b rim ien to s pued e p o r lo m enos absolver­
L os dos ú ltim o s c a p ítu lo s tra ta ro n so b re el ap ren d izaje d ire c­
n o s en p a rte de la resp o n sab ilid ad m o ral de h ab er p resenciado ac­
to del m u n d o . E l c a p ítu lo p ró x im o se vuelve hacia u n ex am en del
tos perjudiciales p a ra p ersonas. E s d u d o so q u e la sola pub licació n
ap ren d izaje sobre el m u n d o o b te n id o in d ire c ta m e n te a través de
de los d escu b rim ien to s en p erió d ico s p ro fesio n ales p u ed a ju s tifi­
rela to s: las en tre v istas en p ro fu n d id a d .
car la p a rtic ip a c ió n en acciones inm orales. P ero p o d em o s usar lo
q u e hem os hallado para tra ta r de cam b iar las circu n stan cias que
co n d u cen al abuso.
E x iste u n a larga trad ic ió n de investigadores cu alita tiv o s c o m p ro ­
m etidos en la acción social com o re su lta d o de sus estu d io s. B ecker
fue u n líd e r te m p ra n o en la O rganización N acio n al para la R e fo rm a
de las L eyes sobre la M arihuana (en los E sta d o s U nidos); G o ffm an
lú e u n o de los fu n d a d o re s d el C o m ité p ara P o n er F in a la In stitu -
eionalización In v o lu n ta ria ; H u m p h rey s ha sido activo en el m o v i­
m iento p o r los d erech o s de los h o m osexuales. A n tes de dos añ o s
de haber co m p leta d o su e stu d io inicial, T a y lo r co n d u jo a u n a m edia
do cen a de p e rio d ista s de m edios gráficos y televisivos a través de
la in stitu ció n en u n a d e n u n cia a m p liam en te p u b licitad a. D espués
lia p a rticip a d o en ex p o sicio n es en m u c h o s o tro s estad o s de la U nión
LA E N T R E V IS T A EN PR O FU N D ID A D 101

co m o las en cu estas de a c titu d o de o p in ió n y los cu estio n ario s.


E stas en tre v istas son típ ic a m e n te “ a d m in istra d a s” a un grupo grande
de “ su je to s” (B enney y H ughes, 1956). P u ed e q u e se le p id a a
los e n cu e stad o s q u e u b iq u e n sus se n tim ie n to s a lo largo de u n a es­
cala, q u e seleccien en las resp u estas más ap ro p ia d as a u n c o n ju n to
p resele ccio n ad o de p reg u n tas, o incluso q u e re sp o n d a n a p reg u n ­
tas a b iertas con sus p ro p ia s palabras. A u n q u e esto s e n fo q u e s inves-
C apítulo 4 tigativos d ifieren en m u ch o s asp ecto s, to d o s a d o p ta n u n a fo rm a
e stan d a rizad a : el investigador tien e las p reg u n ta s y el sujeto de la
LA EN TR EV ISTA EN PROFUN DIDA D investigación tie n e las respuestas. De h ech o , en las en trev istas m ás
e s tru c tu ra d a s a to d a s las p erso n as se les fo rm u lan las p reg u n tas
en té rm in o s id é n tic o s p a ra asegurar que los re su lta d o s sean co m p ara­
bles, E l e n tre v ista d o r s ir v e c o m o u n cu id ad o so re c o le c to r de d a to s;
su ro l in c lu y e el tra b a jo de lo grar q u e los sujetos se relajen lo bas­
ta n te com o p a ra re sp o n d e r p o r co m p leto a la serie p re d efin id a de
p reguntas.
En c o m p leto co n tra ste con la en tre v ista e stru c tu ra d a , las en­
trevistas cu alitativ as son flexibles y dinám icas. Las en trev istas cuali­
tativ as han sido d escrip tas co m o n o directivas, n o estru c tu ra d as,
Los c a p ítu lo s p re ce d e n tes d escrib iero n la m e to d o lo g ía de la n o e sta n d arizad a s y abiertas. U tiÜ zam os la ex p resió n “ en trev istas
observación p a rtic ip a n te : la investigación de cam p o en u n escenario en p ro fu n d id a d ” p ara re fe rirn o s a este m é to d o de investigación
natural. E ste c a p ítu lo tra ta sobre la e n tre v ista cu alitativ a en p ro ­ cu alitativ o . P o r en trevista s cualitativas en p r o fu n d id a d e n te n d e ­
fu n d id a d , u n a investigación rela cio n ad a con la an te rio r, p e ro en m o s reitera d o s en cu e n tro s cara a cara en tre e l in vestig a d o r y los
m uchos se n tid o s d ifere n te. D espués de u n e x am en de los tip o s de in fo rm a n te s, e n c u e n tro s ésto s dirig idos hacia la c o m p ren sió n de
entrevistas y de las p o te n cia lid a d e s y lim itacio n e s de este m é to d o , las p ersp ectiva s q u e tien en los in fo rm a n te s resp ecto de sus vidas,
co n sid erarem o s estrategias y tá ctic a s esp ecíficas de la en tre v ista exp erien cia s o situ a cio n es, ta l c o m o las expresan con sus propias
cu a lita tiv a .1 palabras. L as en trev istas en p ro fu n d id a d siguen el m odelo de u n a
co n versación e n tre iguales, y n o de un in terc am b io fo rm al de p re­
g u n ta s y resp u estas. L ejos de asem ejarse a u n r o b o t reco lec to r de
TIPOS DE ENTREVISTAS dato s, el p ro p io in vestig a d o r es e l in s tr u m e n to de la investigación,
y n o lo es u n p r o to c o lo o fo r m u la r io d e entrevista. El ro l im plica
T al co m o lo señalan B enney y H ughes (1 9 7 0 ), la en trev ista es n o sólo o b te n e r resp u estas, sino tam b ién a p re n d e r qué p re g u n ta s
“ l;i h erra m ien ta de ex c a v a r” fav o rita de los sociólogos. Para a d q u i­ h ace r y cóm o hacerlas.
rir co n o c im ie n to s sobre la vida social, los c ie n tífic o s sociales re p o ­ E n ta n to m é to d o de investigación cu alitativ o , las en trev istas
san en gran m ed id a sobre re la to s verbales. en p ro fu n d id a d tien en m u c h o en co m ú n con la observación p a rti­
C u an d o o y e n la p alab ra “ e n tre v ista ” , la m a y o r p a rte de las cip an te. D el m ism o m o d o q u e los observadores, el en tre v istad o r
personas piensan en u n in s tru m e n to de investigación e s tru c tu ra d o “ avanza le n ta m e n te ” al p rin cip io . T ra ta de e stab lecer ra p p o rt con
los in fo rm a n te s, fo rm u la in ic ia lm e n te p reg u n tas n o directivas y
'T a m b ié n rem itim os al lector a los capítulos sobre la observación p a rti­ a p ren d e lo q u e es im p o rta n te para los in fo rm a n te s a n te s de e n fo ­
cipante, puesto que m uchos de los pun to s considerados en tales capítulos, car los in tereses de la investigación.
como los que tienen que ver con el establecim iento de rapport, se aplican a La d iferen cia p rim o rd ial e n tre la observación p a rtic ip a n te y las
las entrevistas en profundidad. en tre v istas en p ro fu n d id a d reside en los escenarios y situaciones
102 LA E N T R E V IS T A EN PR O FU N D ID A D 103
M ETO D O S C U A L IT A T IV O S D E IN V ESTIG A C IO N

en los cuales tien e lugar la investigación. M ientras que los observa­ ihui'I..i>í de que se dispone y que las interpretaciones del sujeto sean aporta-
.1,11 honestam ente. El sociólogo m antiene al sujeto o rientado h a d a las cues-
do res p a rtic ip a n te s llevan a cab o sus e stu d io s en situ acio n es de cam ­
tiinn-s <-n Lis que está interesada la sociología, haciéndole preguntas sobre acon-
po “ n a tu ra le s ” , los en tre v ista d o res realizan los suyos en situ a cio ­
ii i iiim'iitos que necesitan desarrollo; tra ta de hacer que la historia narrada
nes e sp e c ífic a m e n te p rep arad a s. El o b serv ad o r p a rtic ip a n te o b tie ­ im p i i|iie ver con m aterias que son objeto de registro oficial y con m aterial
ne u n a ex p erie n c ia d irec ta del m u n d o social. El e n tre v ista d o r re­ ln«i|><>idunado p o r o tras personas que conocen al individuo, el acontecim ien-
posa exclusiva e in d ire c ta m e n te sobre los re lato s de o tro s .2 Los ii. i, el lugar que nos es descripto. Hace que el juego sea honesto con nosotros,
n ro b lem as q u e e sto le crea son ex am in ad o s en la sección siguiente.
P ueden diferenciarse tres tip o s de e n trev istas en p ro fu n d id a d , l,;i h isto ria de vida tien e u n a larga trad ició n en las ciencias socia-
estre c h a m e n te rela cio n ad o s e n tre sí. El p rim ero es la h isto ria d e h y íig u ró de m o d o p ro m in e n te en el trab a jo de la Escuela de Chi-
vida o a u to b io g ra fía so cio ló g ica.3 E n la h isto ria de vida, el inves­ i .ic,o d u ra n te las d écadas de 1920, 1930 y 1940 (S haw , 1931, 19 6 6 ;
tig ad o r tr a ta de a p reh e n d e r las ex p erien cias destacadas de la vida Sh;iw y o tro s , 1 9 3 8 ; S u th e rla n d , 1937; véase ta m b ié n A ngelí, 1945,
de u n a p erso n a y las d efin icio n es q u e esa p erso n a aplica a tales ex ­ v I razier, 1978). G ran p a rte de las co n sid eracio n es de este capí-
periencias. L a h isto ria de vida p rese n ta la visión de su vida que tie­ lulo se basan en las historias de vida de u n “ tran se x u a l” (B ogdan,
ne la persona, en sus p ro p ias palabras, en gran m edida com o u n a l l>74) y de dos “ re ta rd a d o s m e n ta le s” (B ogdan y T ay lo r, 1982).
a u to b io g ra fía co m ú n . E. W. B urgess (en S haw , 1966, pág. 4) expli­ El seg u n d o tip o de en tre v ista s en p ro fu n d id a d se dirigen al
ca la im p o rta n c ia de las h isto rias de vida: ap ren d izaje so b re a c o n te c im ie n to s y actividades q u e no se p u ed e n
observar d ire c ta m e n te . En este tip o de en tre v istas n u estro s in te rlo ­
En la historia de vida se revela com o de ninguna o tra m anera la vida in­
c u to re s son in fo rm a n te s en el m ás v erd ad e ro sen tid o de la palabra.
terior de un a persona, sus luchas m orales, sus éxitos y fracasos en el esfuer­
A ctú an c o m o ob serv ad o res del investigador, son sus ojos y o íd o s
zo p o r realizar su destino en un m undo que con dem asiada frecuencia no coin­
cide con ella en sus esperanzas e ideales.
en el cam p o . E n ta n to in fo rm a n te s, su ro l n o consiste sim plem ente
en revelar sus p ro p io s m o d o s de ver, sino que d eb e n describir lo
L o q u e d iferen cia la h isto ria de vida de las a u to b io g rafía s p o ­ que sucede y el m o d o en que o tras p erso n as lo p erciben. E n tre los
pulares es el h ech o de q u e el investigador so licita activ am en te el e jem p lo s de este tip o de e n tre v ista se cu e n ta n el estu d io de Erik-
re la to de las e x p erien cias y los m od o s de ver de la persona, y co n s­ son (1 9 7 6 ) so b re la reacció n de u n a ciu d ad de V irginia O ccid e n tal
tru y e la h isto ria de vida co m o p ro d u c to final. H o w a rd B ecker (1 9 6 6 , a n te u n desastre n a tu ra l, y el e stu d io de D o m h o ff (1 9 7 5 ) sobre
pág. vi) describe e l ro l del in v estig ad o r en las h isto rias de vida so­ las é lites de p o d e r. La investigación de E rikson no p o d ría h a b e r­
ciológicas: se realizad o de o tr o m o d o a m enos que el a u to r se e n c o n tra ra acci­
d e n ta lm e n te en el lugar de u n desastre n atu ra l, algo im probable
El sociólogo que recoge un a historia de vida da pasos para asegurar que ella p o r c ie rto , m ien tra s q u e p o d em o s su p o n er q u e D o m h o ff n o h a­
cubra to d o lo que querem os saber, que ningún factor o acontecim iento im ­ b ría p o d id o lo grar e l acceso a los lugares ín tim o s frec u en ta d o s
po rtan te sea descuidado, que lo que pretende ser fáctico concuerde con las p o r los p o d e ro so s.
El tip o fin a l de en tre v istas cu alitativ as tiene la finalidad de p ro ­
2Se puede estudiar el m odo en que las personas actúan en las situaciones p o rc io n a r u n cu a d ro am plio de u n a gam a de escenarios, situ a cio ­
de entrevista. E strictam ente h ablando, m ás que investigación m ediante e n tre ­ nes o p erso n as. Las en trev istas se u tiliz an para estu d iar u n n ú m e ro
vistas, ésta sería observación participante. re la tiv a m e n te g rande de personas en u n lapso rela tiv am en te breve
si se lo co m p a ra con el tie m p o que re q u e riría u n a investigación m e­
■^Muchas de las historias de vida clásicas preparadas por la Escuela de Chi­ d ian te observ ació n p a rtic ip a n te . Por ejem p lo , p ro b ab le m en te se
cago de sociología, se basaban en realidad en docum entos escritos solicitados p o d ría n realizar varias en tre v istas en p ro fu n d id a d con 20 m aestros
por los investigadores, más que en entrevistas en p ro fundidad. Exam inarem os e m p le a n d o la m ism a c a n tid a d de tiem p o q u e to m a ría u n e stu d io
el p u n to en este mism o capítulo. Asim ism o, en la Escuela de Chicago la frase
de o b servación p a rtic ip a n te en u n aula ú n ica. El e stu d io de R u ­
“ docum entos personales” se utilizaba por igual para designar m ateriales escri­
bín (1 9 7 6 ) so b re fam ilias o b reras, basado en 100 entrevistas de­
tos y relatos basados en entrevistas en profundidad.
104 M ETO D O S C U A L IT A T IV O S D E IN V E ST IG A C IO N LA E N T R E V IS T A EN PR O FU N D ID A D 105

talladas con esposas y esposos, es u n b u e n ejem p lo de este tip o de L o s in tereses de la in vestig a ció n son re la tiv a m e n te claros y es­
investigación. tán rela tiv a m e n te bien d efin id o s. A u n q u e en la investigación cuali­
A u n q u e los investigadores o p ta n p o r u n o u o tro de los tip o s tativa los in tereses de la in vestigación son n ecesa riam e n te am plios
de en trev istas en p ro fu n d id a d con d ifere n tes p ro p ó sito s, las té c ­ y ab ierto s, la claridad y esp ecificid ad de lo q u e se e stá in tere sa d o
nicas básicas son análogas en los tre s tip o s. E n to d o s los casos los en estu d ia r v a ría según los investigadores. P o r ejem p lo , u n inves­
investigadores estab lecen ra p p o rt con los in fo rm a n te s a través de tig ad o r pu ed e e sta r in te resa d o en térm in o s generales en escuelas
rep etid o s c o n ta c to s a lo largo de cie rto tie m p o , y desarrollan u n a y m aestro s, m ie n tra s q u e o tr o p u ed e in teresarse en el m o d o en q u e
c o m p ren sió n d etalla d a de sus ex p erien cias y perspectivas. E ste ca­ los m a estro s ingresan en la p ro fesió n . Las ex p erien cia s d irectas a n te ­
p ítu lo describe e n fo q u e s y estrateg ias para las en trev istas en p ro ­ rio re s y la le c tu ra de o tro s estu d io s cu alitativ o s p u ed e a y u d a r a ce­
fu n d id ad , ta l com o las d efin im o s a q u í. N o o b sta n te , m u c h o de lo ñ ir :Ios in tereses de la investigación. A esto se debe q u e las e n tre ­
que se dice en las páginas siguientes se pu ed e aplicar a to d a s las vistas en p ro fu n d id a d vay an de la m ano con la observación p ar­
e n tre v istas con in d e p e n d e n cia del en fo q u e . ticip an te.

L o s escenarios o las perso n a s n o son accesibles de o tr o m o d o .


OPTANDO POR ENTREVISTAR T al com o lo observam os p rev iam en te, se re c u rre a las en trev istas
en p ro fu n d id a d cu an d o se desean e stu d iar -a co n tecim ien to s del
T o d o e n fo q u e investigativo tiene sus p u n to s fu erte s y sus des­ pasado o n o se puede te n e r acceso a u n p artic u la r tip o de escenario
ventajas. N o so tro s ten d e m o s a c o n co rd a r con B ecker y G eer (1 9 5 7 ) o de personas.
en c u a n to a q u e de la observación p a rtic ip a n te surge u n p a tró n
para m edir los datos recogidos m e d ian te c u alq u ier o tro m é to d o . E l in v estig a d o r tien e lim ita cio n es d e tie m p o . Los observadores
Es d ecir q u e n in g ú n o tro m é to d o p u ed e p ro p o rc io n a r la c o m p re n ­ p a rtic ip a n te s a veces “ p ed alean en el aire” d u ra n te sem anas, in c lu so
sión d etallad a q u e se o b tie n e en la observación d ire c ta de las p erso ­ m eses, al co m ien zo de la investigación. Lleva tie m p o u b icar los
nas y e sc u c h a n d o lo q u e tien e n q u e decir en la escena de los hechos. escenarios, n eg o ciar el acceso, c o n c e rta r visitas y llegar a co n o cer
P ero la observación p a rtic ip a n te n o es p rá c tic a ni siquiera p o ­ in fo rm a n te s. A u n q u e los en tre v ista d o re s p u e d en e n fre n ta r p ro b le­
sible en to d o s los casos. E l o b serv ad o r n o p u e d e re tro c e d e r en m as análogos, los estu d io s basados en en trev istas p o r lo general
el tie m p o p ara e stu d ia r hechos del pasado, o fo rzar su e n tra d a p u ed en co m p leta rse en u n lapso m ás breve q u e la observación p ar­
en to d o s los escenarios y situ acio n es privadas. Los estu d io s de ticip an te. M ientras que el o b serv ad o r p a rtic ip a n te pu ed e p erd er
E rikson (1 9 7 6 ) y D o m h o ff (1 9 7 5 ) ilu stran este p u n to . A dem ás, tie m p o e sp eran d o que alguien diga o haga algo, p o r lo general el
la observación p a rtic ip a n te exige u n a ca n tid a d de tiem p o y esfu er­ e n tre v ista d o r recoge in v ariab lem en te d a to s d u ra n te los p e río d o s
zo q u e no siem pre se ve rec o m p e n sa d a p o r la co m p ren sió n ad ic io ­ que pasa con los in fo rm a n tes. La p resión p o r o b te n e r re su lta d o s
nal q u e se o b te n d ría en co m p aració n con o tro s m éto d o s. N u estras en los e stu d io s subsidiados o p o r escribir d isertacio n es puede lim i­
historias de vida de personas ro tu la d a s com o re ta rd a d o s m e n tale s ta r sev eram en te la ca n tid ad de tie m p o q u e el investigador p u ed e
c o n stitu y e n u n ejem p lo útil. A u n q u e se p o d ría asum ir la posición d ed icar a u n estu d io . C on las en tre v istas se logra el em pleo m ás
de que el m e jo r m o d o de realizar historias de vida consiste en seguir e fic ien te d el tie m p o lim itad o del investigador. Innecesario es decir
¡i los sujetos d u ra n te to d a su vida, se ría u n a neced ad p ro p o n e r q u e e s to n o ju stific a la investigación su p erficial o falsa.
este m é to d o com o altern ativ a a las en trev istas en p ro fu n d id a d .
A sí, n in g ú n m é to d o es igualm ente ad ec u ad o para to d o s los L a in v estig a ció n d e p e n d e d e una a m p lia gam a d e escenarios o
p ro p ó sito s. La elección del m é to d o de investigación debe e star personas. E n la investigación cu alitativ a, u n “ g rupo de u n o ” pu ed e
d ete rm in a d a por los in tereses de la investigación, las circu n stan cias ser ta n e scla reced o r com o u n a m u e stra grande (y con m u c h a fre­
del escenario o de las p erso n as a e stu d iar, y p o r las lim itacio n e s cuencia lo es m ás). Sin em b arg o , h ay casos en que el investigador
prácticas q u e e n fre n ta el investigador. Las e n tre v istas en p ro fu n d i­ q u ie re sacrificar la p ro fu n d id a d de la co m p ren sió n q u e se o b tie n e
dad parecen esp ecialm en te ad ecu ad as en las situaciones siguientes. e n fo c a n d o in te n siv am e n te u n escen ario o u n a persona ú n ico s,
LA E N T R E V IS T A EN P R O FU N D ID A D 107
106 M ETO D O S C U A L IT A T IV O S D E IN V E ST IG A C IO N

no debe a ce p ta r sin sen tid o c rític o la validez fá c tica de las d escrip­


en b eneficio de la a m p litu d y de la p o sib ilid ad de generalizar q u e ciones de a co n te c im ie n to s p o r p a rte de los in fo rm an tes.
se logra e s tu d ia n d o to d a u n a gam a de lugares y personas. P o r ejem ­ E n segundo té rm in o , las p erso n as dicen y h ace n C9 sas d iferen ­
plo, la in d u c c ió n a n a lític a es u n m é to d o p ara c o n stru ir te o ría s a tes en d istin ta s situaciones. P u e sto que la e n tre v ista es u n tip o de
partir de d ato s cu alitativ o s q u e req u ie re u n considerable n ú m e ro situ a ció n , n o debe darse por sen tad o q u e lo q u e u n a p e rso n a dice
de casos (R o b in so n , 1951; T u rn e r, 1953). M ediante la in d u c ció n en la en tre v ista es lo q u e esa p erso n a cree o dice en o tra s situ a c io ­
analítica L in d e sm ith (1 9 6 8 ) d esarro lló u n a te o ría sobre la ad ic­ nes. Irw in D e u tse h e r (1 9 7 3 ) h a e scrito y co m p ilad o u n libro es­
ción al o p io basada en en trev istas con u n gran n ú m e ro de co n su m i­ tu p e n d o q u e tra ta d irec tam en te sobre la d iferen cia e n tre las p ala­
dores de o pio. b ras y los h ech o s de la g en te. D e u tsch e r critica en especial las in ­
v estigaciones sobre ac titu d e s y so b re la o p in ió n p ú b lica en las cu a­
E l in v estig a d o r q u ie re esclarecer exp e rien cia h u m a n a su b je ­ les se su p o n e q u e las p erso n as llevan en su cabeza a c titu d e s q u e
tiva. N os estam o s refirie n d o a q u í a h isto rias de vida basadas en en ­ d e te rm in a rán lo q u e haga e n c u alq u ier situ a ció n d eterm in a d a.
D eu tsch e r reim p rim e y d ed ica b a sta n te espacio a ex am in ar u n
trevistas en p ro fu n d id a d . M ás q u e c u alq u ier o tro e n fo q u e de la cien ­
estu d io de R ic h a rd LaPiere (1 9 3 4 -1 9 3 5 ). A p rin cip io s de la d éca­
cia social, la h isto ria de vida nos p e rm ite c o n o ce r ín tim a m e n te a
da de 1930, L aP iere ac o m p añ ó a u n a pareja ch in a a h o te les, cam ­
las personas, v er el m u n d o a través de sus ojos, e in tro d u c irn o s vi­
p am e n to s de casas ro d a n te s, p en sio n es p ara tu rista s y re s ta u ra n ­
cariam ente en sus ex p erien cia s (S haw , 1931). L as h isto rias de vida
tes a través de los E sta d o s U nidos. E n tre 251 estab lecim ien to s,
rep resen tan u n a lica fu e n te de co m p re n sió n en y p o r s í m ism as.
sólo u n o se reh u só a albergarlos. Seis m eses m ás ta rd e , L aPiere
T al com o lo se m la B eck er (1 9 6 6 ), p ro p o rc io n a n una piedra de
to q u e con la cual p o d em o s evaluar las te o ría s sobre la vida social. envió u n cu estio n ario a cada u n o de esos estab lecim ien to s p reg u n ­
ta n d o si a c e p ta ría n com o huésp ed es a p erso n as de raza china. De
E n n u e stra p ro p ia investigación co n re ta rd a d o s m en tales, las his­
los 128 estab lec im ie n to s q u e c o n te sta ro n , sólo u n o re sp o n d ió q u e
torias de vida p usieron a p ru eb a m ito s y co n ce p cio n es erróneas-
a c e p ta ría a chinos. C om o D e u tsc h e r c o n c ie n zu d am en te explica,
sobre el re ta rd o m e n tal.
la a rtific ialid a d del cu estio n ario y la en tre v ista ceñ id am en te c o n tro ­
Es ta m b ién im p o rta n te señalar las desventajas de las entrevis­
lada p ro d u c e re sp u e sta s “ irreales” .
tas, q u e p ro v ien en del h e ch o de q u e los d a to s q u e se recogen en E n te rc e r lugar, p u e sto q u e los en trev istad o res, e n ta n to tales,
ellas co n sisten so lam en te en e n u n ciad o s verbales o discurso. E n
n o observan d ire c ta m e n te a. las personas en su vida co tid ian a , n o
prim er lugar, en ta n to fo rm a de conversación, las en trev istas son
c o n o c e n el c o n te x to n ecesario para co m p re n d e r m u c h as de las p e rs­
susceptibles de p ro d u cir las m ism as falsificaciones, engaños, ex a­
pectivas en las q u e están in teresad o s. E n su co m p aració n de la
geraciones y d isto rsio n es q u e caracterizan el in te rc a m b io verbal
o b servación p a rtic ip a n te con las en tre v istas, B ecker y G eer (1 9 5 7 )
entre cu alq u ier tip o de p ersonas. A u n q u e los rela to s verbales de
e n u m e ra n u n a lista de d e fe c to s de las e n tre v istas q u e se relacio n an
la gente p u e d e n a p o rta r c o m p re n sió n sobre el m o d o en q u e piensan
con aq u ella id e a general: es p ro b ab le q u e los e n trev istad o res co m ­
acerca del m u n d o y sobre el m o d o en q u e a ctú a n , es posible q u e
p re n d a n m al el lenguaje de los in fo rm a n te s, p u e sto q u e n o tienen
exista u n a gran discrepancia e n tre lo q u e dicen y lo q u e realm en te
la o p o rtu n id a S de e stu d iarlo en su uso c o m ú n ; los in fo rm a n te s n o
hacen (D eu tsch er. 1973), B en n ey y H ughes (1 9 7 0 , pág. 137) des­ q u ieren o n o p u ed en ex p resar m u ch as cosas im p o rta n te s y sólo
criben este p ro b lem a p e rfe c ta m e n te bien: o b serv án d o lo s en sus vidas diarias es posible a d q u irir c o n o cim ie n ­
tos so b re tales cosas; los en tre v istad o res deb en plan tearse su p u es­
Toda conversación posee su propio equilibrio de revelación y ocultam ien- to s so b re cosas q u e p o d ría n h ab er sido observadas, y algunos de
to de pensam ientos e intenciones: sólo en circunstancias m uy inusuales el esos su p u e sto s serán in c o rre c to s.
discurso es tan com pletam ente expositivo que cada palabra puede ser tom ada A pesar de esta s lim itacio n es, pocos investigadores (si es q u e hay
como auténtica.
alguno) p ro p u g n a rá n el a b a n d o n o de las en trev istas com o en fo q u e
básico p ara e stu d ia r la vida social. B ecker y G eer (1 9 5 7 , pág. 32)
A n álo g am en te, B ecker y G eer (1 9 5 7 ) observan q u e la gente ve so stien en q u e los en tre v ista d o re s p u ed en beneficiarse con la con-
el m u n d o a Intvés de lentes d isto rsio n a d o res y q u e el en tre v ista d o r
108
M ETO D O S C U A L IT A T IV O S D E IN V ESTIG A C IO N
LA E N T R E V IS T A EN P R O FU N D ID A D 109

T al com o se vio en el c a p ítu lo sobre el tra b a jo de cam p o previo


d o T a s t t e enS,a ” IÍmítaCÍOneS * ''“ UÍZáS m ej° ren S“ S
en la observación p a rtic ip a n te , el m o d o m ás fácil de; c o n stitu ir un
P recisam en te a causa de esas desventajas su b ray am o s la im g ru p o de in fo rm a n te s es la té c n ic a de la “ b o la de nieve” : co n o ce r

<W ir
V L T T T ' en V* p e r m ite n conooCT
b a sta n te bien com o p ara c o m p re n d e r lo q u e quiere
a algunos in fo rm a n te s y lograr q u e ellos nos p re se n te n a o tro s.
E n el inicio se p u e d e n u b icar in fo rm a n te s p o te n c ia le s a través de
decir, y crean u n a a tm ó sfe ra en la cual es p ro b a b le q u e se exprese las m ism as fu e n te s de las q u e se sirven los o b servadores p a rtic ip a n ­
h b rem e n te. S egún n u e s tro p ro p io p u n to de vista, m ed ian te las tes p ara lograr acceso a escenarios privados: la averiguación con
e n t r e v a s el in v estig ad o r h áb il logra p o r lo g e n e r a l " p f e n d e r de am igos, p a rien tes y c o n ta c to s p ersonales; el c o m p ro m iso activo
q é m o d o los in fo rm a n te s se ven a sí m ism os y a su m u n d o obte co n la co m u n id a d de p erso n as q u e se q u ie re n e stu d iar; la a p ro x i­
m e n d o a veces u n a n a rració n precisa de a c o n te c im ie n to " p ’a íd o s" m ació n a organizaciones y organism os; la p u b licid ad . E n la inves­
y de actividades p resen tes, y casi n u n c a p red ic en c o n e x a c tííu d tig ació n so b re fam ilias co n n iñ o s p e q u eñ o s en la q u e trab a jó u n o
m an era en q u e u n in fo rm a n te actu ará en u n a situ ació n nueva. de los a u to re s de este lib ro , se em p le aro n u n a variedad de té cn icas
para u b icar a las fam ilias, e n tre ellas la revisión de registros de n a ­
cim ien to s, la to m a de c o n ta c to con c en tro s de cuidado d iu rn o de
LA SELECCION DE INFORMANTES n iñ o s, c e n tro s vecinales y p reescolares, iglesias y clubes sociales,
la en tre g a de volantes en los com ercios locales' y (en algunos vecin­
C om o la o b servación p a rtic ip a n te , Jas en tre v istas cualitativas darios) la realizació n de u n a en cu esta p u e rta a p u e rta (los investi­
u n diseño flex ib le de la investigación. Ni el n ú m e ro ni g adores te n ía n ta rje ta s id e n tific a to ria s q u e e stip u la b an su p a rtic i­
el tip o de in fo rm a n tes se especifica de a n te m an o . El investigador p ació n en u n p ro y e c to de investigación universitario).
co m ienza con u n a id ea general so b re las p erso n as a las q u f e n t r e - L as h isto rias de vida se re d a c ta n so b re la base de en tre v istas
f - y .el 11,0(10 de en c o n tra rla s, p e ro está d isp u esto a cam biar en p ro fu n d id a d con u n a p e rso n a o con u n a p e q u e ñ a can tid ad de
r de curso después de las e n tre v istas iniciales,
p ersonas. A u n q u e to d o s tien e n u n a b u en a h isto ria p ara co n ta r
E s d ifícil d e te rm in a r a c u án tas p erso n as se debe en tre v istar en (la p ro p ia ), las h isto rias de algunos son m ejo res q u e las de o tro s,
n e stu d io cu alitativ o . A lgunos inv estig ad o res tra ta n de entrevis­ y algunos in d ividuos son m ejores co m p a ñ e ro s de investigación
ta r al m a y o r n u m e ro posible de p e g o n a s fam iliarizadas con un a los fines de la co n stru c c ió n de la h isto ria de vida. O bv iam en te,
te m a o ac o n te c im ie n to . E n u n estu d io so b re u n sin d icato de m aes­ es esencial q u e la p erso n a de q u e se tra ta tenga tie m p o para d e d i­
tros de la ciudad de N ueva Y ork, C olé (1 9 7 6 ) realizó entrevistas car a las en trev istas. O tra co n sid era ció n im p o rta n te se refiere a la
b u e n a v o lu n tad y capacidad del in d iv id u o p ara h ablar so b re sus
lo" l“ e ,a c ” dad S¡ndicales’ es d ecir “
e x p erien cia s y ex p resar sus en tim ie n to s. S encillam ente, las p erso ­
^ e stra te g if del m a e stre o te ó ric o pu ed e utilizarse com o guía n a s no tie n e n la m ism a capacidad para p ro p o rc io n a r rela to s d e ta ­
p ara seleccionar las p erso n as a e n tre v ista r (G laser y S trau ss 1967) llados de aquello p o r lo q u e h a n pasado y de sus se n tim ie n to s al
E n el m u e stre o te ó rico el n ú m e ro de “ casos” estu d ia d o s carece resp ec to . P or lo general p a re c e ría asim ism o q u e los ex tra ñ o s son
\cadaa ‘‘c^seo ^ n de lm p0,rtanc; a: Lü im p o rta n te es el p o te n c ia l de m ejo res in fo rm a n te s q u e los am igos, p arie n tes, clientes y o tras
cada caso p ara ay u d a r al inv estig ad o r en el d esarro llo de com ­ p erso n as con las cuales el in v estig ad o r tiene u n a rela ció n a n te rio r
p re n s io n e s teó ricas sobre el área estu d iad a de la vida social Des- (S p ra d le y , 1979).
S S , h6 1C° m p !e ta r las e n tre v istas con varios in fo rm a n te s, se diver- Al c o n stru ir h isto rias de vida el investigador busca a u n tip o
s fica d e lib e ra d a m e n te el tip o de p erso n as en tre v istad a s h asta des­ p a rtic u la r de p erso n a q u e h a pasado p o r ciertas experiencias. Por
c u b rir to d a la gam a de persp ectiv as de las p erso n as en las cuales eje m p lo , se h a n e scrito h isto ria s de vida sobre las ex p erien cias de
edf r T rCS? - U n° perCÍbe q u e ha 1Ie«ad o a ese p u n to cuan­ d elin c u en te s juveniles (S haw , 1931, 1966; Shaw y o tro s, 1938),
do las e n trev istas con p erso n as adicionales n o p ro d u c e n ninguna de u n n eg o ciad o r p ro fe sio n al de e fe c to s ro b a d o s (K lockars, 1974),
co m p ren sió n a u té n tic a m e n te nueva. “ igund de u n tran se x u a l (B ogdan, 1974) y de u n lad ró n p ro fesio n al (S u th e r­
E xiste u n cierto n ú m e ro de m an eras de e n c o n tra r in fo rm an tes. lan d , 1937). A u n q u e estem o s in te re sad o s e n e stu d iar a cierto tip o
LA E N T R E V IS T A EN PR O FU N D ID A D 111
M ETOD OS C U A L IT A T IV O S DE IN V ESTIG A C IO N

do persona, ten g am o s p re se n te qu~e las ex p erien cia s pasadas de la dose de m o d o sim ilar. U n o de n o s o tro s la co n o ció cu an d o ella h a­
fíente p u eden n o h a b e r g en era d o u n efe c to im p o rta n te sobre sus b ló en u n a clase en la q u e en se ñ a b a u n colega. La p re se n ta ció n de
vidas y p ersp ectiv as presentes. Lo q u e a n o s o tro s nos p arece signi­ su vida com o tra n se x u a l era s o rp re n d e n te p o r la c o m p re n sió n que
ficativo pued e n o serlo p ara u n in fo rm a n te p o te n cial. P rác tica m en ­ p e rm itía alcan zar y por la d escrip c ió n de sus ex p erien cias. A lgún
te to d o s los jó v en es p a rticip a n en actividades q u e alguien p o d ría tie m p o d espués el a u to r la volvió a e n c o n tra r e n u n c e n tro local
calificar com o d elito s juveniles. P ero p ara la m a y o ría de los jó v e ­ de in terv en ció n en crisis, d o n d e ella estab a h a cie n d o u n v o lu n ta ria ­
nes la p artic ip a c ió n en tales activ id ad es tiene p o c o q u e ver con el do. G racias a ese e n c u e n tro y a varios o tro s , el a u to r llegó a c o n o ­
m inio en q u e se ven a sí m ism os. S p rad ley (1 9 7 9 ) sostiene q u e cerla lo b a s ta n te bien c o m o p ara p o d e r pedirle q u e co o p era ra en
uno de los re q u e rim ie n to s de los b u en o s in fo rm a n te s es la “ e n c u l­ la re d ac ció n de su h isto ria de vida.
tura ción c o m p le ta ” , es decir, q u e co n o zc an ta n b ie n una cu ltu ra
(o su b c u ltu ra , g ru p o u o rg an izació n ) q u e ya n o pien sen acerca de
ella. APROXIMACION A LOS INFORMANTES
N o e x iste n pasos fáciles para e n c o n tra r a u n b u e n in fo rm an te
prov eed o r de u n a h isto ria de vida. E n este tip o de investigación E n la m a y o ría de los casos no se sabe c u án tas e n tre v istas e n p ro ­
es p o co fre c u e n te q u e los in fo rm a n te s su rjan com o co n secu en cia fu n d id a d h ab rá q u e realizar h a sta q u e se co m ien za a h ab lar real­
de u n a b ú sq u ed a ; a n te s b ien , a p are cen en las p ro p ia s actividades m e n te con los in fo rm a n te s. A lgunas personas van e n tra n d o en ca­
co tid ian as. El in v estig ad o r se e n c u e n tra con alguien q u e tiene u n a lor de m o d o gradual; o tra s tie n e n m u c h o q u e decir y con ellas b a s­
h isto ria im p o rta n te p a ra c o n ta r y qu iere c o n ta rla . D esde luego, ta n m u y p o cas sesiones. Los p ro y e c to s de en tre v istas por lo g ene­
c n a n to m ás se p a rtic ip a en círc u lo s que están fu era del escenario ral to m a n en cu alq u ier p arte de varias a m ás de 25 sesiones, y de
universitario, m ás p ro b ab le es q u e se e stab lezca n los c o n ta c to s y 50 a 100 h o ras p ara las h isto rias de vida. _
se ad q u iera la re p u ta c ió n necesaria p ara d escu b rir a u n b u e n in fo r­ P u esto q u e n o se p u ed e decir de a n te m a n o c u a n ta s en tre v istas
m ante. e x a c ta m e n te q u e r e m o s realizar, es rec o m en d ab le avanzar le n ta m e n ­
N o so tro s e n c o n tra m o s a E d M u rphy y a P attie B u rt (los suje­ te al p rin cip io con los in fo rm a n te s. D ígales q u e le g u staría m a n te ­
tos de In sid e O u t) a través de n u e stra p a rtic ip a c ió n en grupos locales ner u n a en tre v ista o dos con ellos, pero n o los c o m p ro m e ta a p e r­
p re o c u p a d o s p o r las p erso n as ro tu la d a s co m o re ta rd a d o s m entales, der m u c h o tie m p o en el p ro ceso . D espués de h a b e r realizad o u n
lül n o s fu e re c o m e n d a d o co m o o ra d o r in v itad o para un curso q u e p ar de e n tre v istas, se p u ed en d isc u tir los planes de m o d o m ás direc­
u n o de n o so tro s e sta b a d ic ta n d o . E d fu e claro en la p resen ta ció n to . N o so tro s nos e n c o n tra m o s con E d M u rp h y y Jane F ry vanas
de su ex p erien cia co m o p erso n a ro tu la d a “ re ta rd a d o m e n ta l” q u e veces a n te s de p la n te a r la p o sib ilid ad de escribir sus h isto ria s de
h ab ía vivido in te rn a d o en u n a in stitu c ió n . D e h ech o , la palabra vida. E s in te re sa n te q u e am b o s h u b ie ra n p en sad o prev iam en te
“ re ta rd a d o ” fu e p e rd ie n d o sen tid o a m e d id a q u e h ablaba. N os en escrib ir sus a u to b io g ra fía s (la m a y o r p arte de las p erso n as p ro ­
m an tu v im o s en c o n ta c to con él d esp u és de esa charla en el curso, b ab le m e n te piensen en lo m ism o en algún p u n to de sus vidas).
e n c o n trá n d o lo e n u n a asociación local. U nos dos añ o s después de Jane h a b ía in te n ta d o re d a c ta r su h isto ria de vida varios añ o s an ­
h ab erlo co n o cid o , fuim os a b o rd á n d o lo con la id ea de tra b a ja r en tes p e ro a b a n d o n ó el p ro y e c to al cabo de u n as pocas paginas.
su historia de vida. U no de n o s o tro s e n c o n tró a P attie cu an d o ella E d ' y Jan e q u e d a ro n e n tu siasm ad o s con el p lan después de q u e p o r
estaba viviendo en u n a in s titu c ió n local. C uando la m u jer dijo q u e p rim era vez lo d iscu tiéram o s seriam en te con cad a u n o de ellos.
P o r lo general n o es d ifíc il conseguir las e n tre v istas iniciales,
(pieria d e sesp erad am en te salir de la in s titu c ió n , el a u to r la ay u d ó
a hacerlo. D u ra n te un lapso breve, ella vivió con el o tro a u to r y su en la m e d id a en q u e los in d iv id u o s de q u e se tra te p u e d a n in tro d u ­
litmilia. V im os co n frecu en cia a P attie en los q u in c e m eses siguien­ cirnos en sus agendas. La m a y o r p a rte de las personas e stá n d ispues­
tes, m ien tras re sid ía en u n a serie de hogares d iferen tes. C om en za­ tas a h a b la r so b re s í m ism as. E n realid ad , se sie n te n con frecuencia
mos a en tre v ista rla p o c o después de q u e ella se m u d ara a su p ro ­ h alagadas p o r la p erspectiva de ser en tre v istad a s para u n p ro y e c to
pio d e p a rta m e n to en u n a ciudad cercana. investigativo. E n el e stu d io so b re las fam ilias, m u ch o s p ro g e n ito ­
La historia de vida de Ja n e F ry , B e in g D iffe r e n t, fu e p rep aran - res se sin tie ro n h o n ra d o s p o r haber sido seleccionados para p artí-
LA E N T R E V IS T A EN PR O FU N D ID A D 113
112 M ETO D O S C U A L IT A T IV O S D E IN V ESTIG A C IO N

cipar en u n e stu d io u n iv e rsitario c o n ce rn ie n te a la crianza de los ta n te s. A u n q u e algunas p erso n as p o d ría n d esear ver sus n o m b re s
niños. D esde luego, es m u y halagador pedirle a alguien q u e n arre en le tras de m o ld e p o r u n a v ariedad de razo n e s, h ay q u e resistirse
su vida. C uan d o e n c a ram o s a in fo rm a n te s p o te n ciales, les decim os a co n fo rm a rlo s, ex p lican d o las razo n e s a los in fo rm an te s. E n la
q u e nos p arece p ro b ab le q u e h a y an te n id o algunas e x p erien cia s h isto ria de vida de Jane F ry , ella q u e ría fe rv ie n te m e n te v er su n o m ­
in te re sa n te s o q u e te n g an algo im p o rta n te q u e decir, y q u e nos b re im p reso , y e l in v estig ad o r al p rin cip io se m a n ife stó de a c u e rd o .
g u sta ría se n ta rn o s ju n to s y h ab lar so b re ellos alguna vez. Si p a ­ N o o b s ta n te , a m ed id a q u e se su c e d ía n las en tre v istas, re s u ltó claro
rece n a c e p ta r la idea, c o n c e rtam o s el p rim er e n c u e n tro . q u e ese p ro c e d e r o c a sio n a ría n u m e ro so s p ro b le m a s y am b o s con-
C u an d o , después de u n par d e sesiones, decid im o s q u e q u e re ­ c o rd a ro n en u tiliz a r seudónim os.
m os e n tre v ista r a u n in d iv id u o u n cierto n ú m e ro de sesiones ad i­ 3, L a palabra fin a l , Un m o d o de ganar la co n fian za de los
cionales, d eb em o s tra ta r de esclarecerlo acerca de c u alq u ier p ro b le ­ in fo rm a n te s consiste en decirles q u e te n d rá n la o p o rtu n id a d de
m a q u e p u e d a te n e r en m e n te , y de cu alq u ier p osible idea e rró n e a . le er y c o m en tar los b o rrad o re s de cu alq u ier libro o a rtíc u lo s an ­
Las h isto ria s de vida, en p artic u la r, son el re su lta d o de u n esfu e r­ tes de la p u b licació n . A lgunos investigadores incluso g aran tizan
zo co o p era tiv o . El to n o q u e d eseam os e stab lecer es de co m p añ eris­ a los. in fo rm a n te s u n p o d e r de veto so b re lo publicable. A u n q u e
m o a n tes q u e e l de u n a relació n in v estig ad o r-su jeto (K lo ck ars, 1977). n o so tro s som os re n u e n te s a c o n ce d er a los in fo rm a n te s la palabra
Los p u n to s siguientes son los q u e con m a y o r facilid ad su scitan fin al sobre el c o n te n id o del m a teria l e scrito , p e rm itirle s q u e rev i­
desinteligencias y p o r lo ta n to lo q u e es m ás im p o rta n te p la n te ar. sen los originales fo rta le c e la relació n e n tre ellos y el investigador
y la calidad d e l e stu d io .
1. L o s m o tiv o s e in te n c io n e s d e l investigador. M uchas p erso n as 4. D in ero . E l d in e ro p u e d e c o rro m p e r e l v ín c u lo e n tre el e n tre ­
se p reg u n ta rá n q u é es lo q u e u ste d espera o b te n e r del p ro y e c to . v ista d o r y el in fo rm a n te , co n v irtien d o el deseable com p añ erism o
P ueden in clu so te m er q u e el p ro d u c to fin al se use en p erju icio de en u n a rela ció n de e m p le a d o r y em p lea d o . T a m b ié n hace surgir
ellas. Si u s te d es u n c ie n tífic o social, es p ro b ab le q u e su m o tiv a ­ el fa n ta sm a de q u e el in fo rm a n te se sien ta a le n ta d o a fab ric a r “ u n a
ción tenga q u e ver con el a p o rte de co n o cim ie n to s a su cam po y b u e n a h isto ria ” p ara ganar algún d in ero . Sin em b arg o , m uch o s p ro ­
con el progreso p ro fesio n al. E sto se pu ed e ex a m in a r con los in fo r­ y ecto s investigativos en gran escala re trib u y e n ec o n ó m ic a m e n te
m antes. A u n q u e algunas p erso n as n o c a p ta n los in tereses precisos a los e n tre v is ta d o s 4 E n el estu d io so b re la fam ilia se ab o n a ro n
de la inv estig ació n , la m a y o r p a rte co m p re n d e las m e tas ed u c a c io ­ retrib u c io n e s a los p ro g en ito res p o r p artic ip a r en las entrevistas.
nales y académ icas. Sin d u d a esto in d u jo a algunos padres a seguir p articip a n d o en
P ro b a b lem e n te u ste d n o sepa si los resu lta d o s de su e stu d io el e stu d io cu an d o q u e ría n d e serta r. N o o b s ta n te , si hay q u e pagar­
serán p u b licad o s n i (en caso a firm ativ o ) d ó n d e lo serán. P ero debe le a la g en te p ara q u e se preste a las e n tre v istas, es d iscu tib le que
ex p licar q u e tra ta rá d e hacer p u b licar d ich o e stu d io e n u n libro hab le con sin cerid ad so b re c u alq u ier cosa q u e posea u n a im p o rta n ­
o en u n p e rió d ico , o (en e l caso de e stu d ia n te s) com o d isertació n cia rea l e n su vida.
o tesis. E n m u y p o co s casos los estu d io s de este tip o se p u b lican C o m p a rtir los d erech o s de a u to r de u n libro con los in fo rm a n ­
co m ercialm en te. T am b ién esto h a y q u e ex p licarlo . F in a lm e n te , te s n o es lo m ism o q u e pagarles p o r las en trev istas. E sto crea u n
au n q u e u n o n o q u e rría p e rd e r su tie m p o en el p ro y e c to si n o p en sa­ e s p íritu de co m p añ erism o en el esfu erzo investigativo. P u esto q u e
ra q u e se o b te n d rá de él algún resu ltad o c o n c re to , ta m b ié n se debe lo s in fo rm a n te s p o r lo general n o ven sus n o m b re s im presos ni se
ad v ertir a los in fo rm a n te s sobre d ific u ltad e s p o te n cia le s p ara la a cre d itan n in g ú n m é rito p ro fesio n al, ta l vez m ere zcan u n a p arte
p u b lic a ció n d e l e stu d io . de los ré d ito s de u n lib ro , a u n q u e la m a y o ría de las o b ras aca d é­
2. A n o n im a to . E s casi siem p re sen sato em p lear seu d ó n im o s p a­ m icas n o devengan derech o s considerables.
ra designar a p erso n as y lugares en los e stu d io s escrito s. S on m u y El a u to r de la h isto ria de vida de Jan e F ry resolvió el te m a de
pocos los in tereses le g ítim o s de la in vestigación q u e se satisfacen
p u b lican d o los n o m b res au té n tic o s. Los riesgos son sustanciales: 4A dem ás, m uchos de los autores o sujetos de las historias de vida prepara­
d ificu ltad es p ara los in fo rm a n te s u o tra s personas; p ro b lem as lega­ das por la E scuela de Chicago recibieron pagos por escribirlas (véase Shaw
les; a u to e x a lta c ió n ; o c u lta m ie n to de d etalles e in fo rm a ció n im p o r­ y o tro s, 1 9 3 8 ;S u th e rlan d , 1937).
M E T O D O S C U A L IT A T IV O S D E IN V E ST IG A C IO N LA E N T R E V IS T A EN P R O FU N D ID A D 115

los d erech o s de a u to r con la a y u d a de u n ab o g ad o . C om o m u ch o s tas generales a n te s de in iciar el tra b a jo . P ero deb en ser c u id ad o ­
sujetos de h isto rias de vida, Ja n e era p o b re en esa ép oca y rec ib ía sos p ara n o fo rz a r su p ro g ram a d em asiado te m p ra n a m e n te A l
un subsidio p ú b lico . Para asegurar q u e los pagos p o r d erec h o de p la n tea r de e n tra d a p reg u n ta s directivas, el in v estig ad o r crea una
a u to r n o a fe c ta ra n sus b eneficios, se rec u rrió al ab o g ad o p ara ab rir te n d e n c ia m e n ta l en los in fo rm a n te s acerca de a q u ello sobre lo
una reserva de d e p ó sito s a n o m b re de ella. que es im p o rta n te h ab lar; esa pred isp o sició n in d u c id a pu ed e ha­
5. L o g ística . F in a lm en te , h ay q u e esta b le c e r u n h o rario g en e­ cer d ifícil, si no im p o sib le, llegar a c o n o cer el m o d o en q u e rea l­
ral y u n lugar para los e n c u e n tro s. La frecu en cia y e x ten sió n de m e n te ellos ven las cosas.
l;is en trev istas d e p e n d e rá de las resp ectiv as agendas. U na en tre v is­ D u ra n te las p rim eras en trev istas el in v estig ad o r estab lece el
ta re q u ie re p o r lo general u n as dos horas. U n tie m p o m e n o r es in ­ to n o de la relación con los in fo rm a n te s. En esas en tre v istas in i­
su ficien te para e x p lo ra r m u ch o s te m as; u n lapso m a y o r dejará p ro ­ ciales, el e n tre v istad o r debe ap a re c e r co m o alguien q u e n o está
b ab lem en te e x h a u s to s a los dos p a rtic ip a n te s. Para p reservar la to ta lm e n te seguro de las p re g u n ta s que q u iere h ace r y q u e e stá
c o n tin u id a d de las en tre v istas, los e n c u e n tro s d eb en ser a p ro x im a ­ d isp u esto a ap re n d e r de los in fo rm a n tes. R o b e rt C oles (1971 pág.
d am en te sem anales. Es d em asiad o d ifíc il re to m a r las cosas en el 3 9) describe con elo cu en cia este m arco de referen cia:
p u n to en q u e se d ejaro n cu a n d o las en tre v istas n o se realizan a
intervalos regulares. L a e x te n sió n d el p ro y e c to general d e p en d e rá Mi trabajo... consiste en presentar vivas hasta donde m e resulte posible'
de la lib e rta d con q u e hable la p erso n a y de lo q u e el investigador un cierto num ero de vidas... que confían en una persona com o yo, alguien
espere cu b rir. C o m p le ta r u n a h isto ria de vida lleva p o r lo m enos de a uera, un ex trañ o , un o y en te, un observador, un curioso... un sujeto al
unos cu an to s m eses. La h isto ria de vida de u n n eg o ciad o r p ro fesio ­ que un m ontañés describió com o uno “que siem pre vuelve y aparentem ente
no sabe exactam ente qué quiere o ír o saber” .
nal de e fe c to s ro b a d o s, realizad a p o r K lo ck ars (1 9 7 4 ) le llevó q u in c e
meses de en tre v istas sem anales o q u in cen ales (K lockars, 1977),
Se d eb e tra ta r de h allar u n sitio con privacidad d o n d e se puede El e n tre v ista d o r c u alita tiv o debe hallar m o d o s de conseguir
hablar sin in te rru p c io n e s y el in fo rm a n te se sienta relajad o . M uchas q u e la g en te com ience a h ab la r sobre sus p erspectivas y ex p erie n ­
personas se sien ten m ás c ó m o d a s en sus p ro p ias casas y oficinas. cias sin e s tru c tu ra r la conversación ni defin ir lo q u e aquélla debe
Sin em b arg o , en los hogares de m u ch o s re su lta d ifícil conversar en decir. A d iferen cia del o b serv ad o r p a rticip a n te , n o pu ed e q u e d a r­
privado. E n el e stu d io so b re la fam ilia, algunos p ro g en ito res in te n ­ se atras y esp erar que las personas hagan algo an tes de fo rm u la r
taro n escu ch ar su b rep tic iam e n te las en trev istas con los cónyuges, p reg u n tas. H ay diversos m o d o s de guiar las en trev istas iniciales
lo cual c o n stitu y e u n fa c to r in h ib id o r obvio. En n u estras inves­ en este tip o de investigación: las p reg u n ta s descriptivas, los rela­
tigaciones sobre Ed M u rp h y y Jan e F ry realizam os las en trev istas to s so lic itad o s, la e n tre v ista con cu ad e rn o de b itác o ra y los d o c u ­
en n u estras o ficinas, u b icad as en u n a casa refacc io n ad a, después m e n to s personales.
de las h o ras de trab a jo . A .P a ttie B u rt la en tre v istam o s en su p ro ­
pio d e p a rta m e n to . N ad a im pide que el investigador co n c ie rte en ­
trevistas en u n re s ta u ra n te o un bar, en la m ed id a en q u e la p ri­ Las preguntas descriptivas
vacidad q u e d e asegurada.
P r o b a b l e m e n te e l m e jo r m o d o d e in ic ia r la s e n tr e v is ta s co n
in f o r m a n t e s c o n s is ta e n p e d ir le s q u e d e s c r ib a n , e n u m e r e n o b o s ­
EL COMIENZO D E LAS ENTREVISTAS q u e je n a c o n te c i m ie n t o s , e x p e r ie n c ia s , lu g a re s o p e r s o n a s d e su s
v id a s. P r á c tic a m e n te e n t o d a s la s e n tr e v is ta s u n o p u e d e p r e s e n ­
Kl sello a u te n tic a d o r de las entrevistas cualitativas en p ro fu n ­ t a r u n a lis ta d e p r e g u n ta s d e s c r ip tiv a s q u e Ies p e r m itir á n a la s p e r ­
didad es el ap ren d izaje sobre lo que es im p o rta n te en la m e n te de s o n a s h a b l a r s o b re lo q u e e llo s c o n s id e r a n i m p o r t a n t e , sin e s t r u c ­
los in fo rm an tes: su s significados, perspectivas y d efin icio n es; el tu r a r le s las r e s p u e s ta s . E n n u e s tr a s h is to r ia s d e v id a d e r e ta r d a d o s
m o d o en q u e ellos ven, clasifican y e x p e rim e n ta n el m u n d o . Es m e n ta le s in ic ia m o s la s e n tr e v is ta s p id ie n d o a io s in f o r m a n te s q u e
presum ible q u e los investigadores q u ieran fo rm u la r algunas p reg u n ­ n o s p r o p o r c i o n a r a n c r o n o lo g ía s d e lo s p r in c ip a le s a c o n te c im ie n to s
METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION LA ENTREVISTA EN PROFUNDIDAD 117

de sus vidas. P attie B u rt e n u m e ró h ech o s tales co m o su n acim ie n ­ S u th e rla n d fu e algo m ás d irectiv o al so licita r la h isto ria de
to, su u b ic ació n en diversos hogares su stitu to s, la in stitu cio n ali- vida titu la d a T h e P ro fe ssio n a l T h ie f (1 9 3 7 ). A u n q u e n o describe
zación y el arrie n d o de su d e p a rta m e n to . E d M urphy listó la m u e r­ d e talla d am en te su e n fo q u e , dice q u e la m a y o r p a rte del te x to fu e
te de su p ad re, la m u e rte de su m a d re, la m u e rte de su h erm an a, escrito por el lad ró n p ro tag o n ista , so b re la base de p reg u n ta s y
adem ás de los lugares en los q u e h a b ía vivido. tem as sugeridos p o r el investigador. A c o n tin u a c ió n S u th erlan d
En n u e s tro trab a jo con E d M urphy fre c u e n te m e n te in iciába­ se en tre v istó con el la d ró n a p ro x im a d a m e n te siete h o ras p o r se­
mos las sesiones hacién d o le p u n tu a liz a r ac o n te c im ie n to s y e x p e ­ m ana d u ra n te doce sem anas, para ex a m in ar lo q u e el su jeto h a­
riencias (a veces esto a b so rb ía to d a la sesión). P u esto q u e su ins- b ía escrito . La h isto ria de vida final incluye el rela to original del
titu cio n aliz ació n fu e m u y g rav itan te en su vida, seguim os esa ex ­ la d ró n , el m a te ria l de las en tre v istas, pasajes m e n o re s escrito s p o r
periencia con gran p ro fu n d id a d . P o r ejem p lo , le ped im o s q u e bos­ S u th erla n d a los fines de la co m p ag in ació n , y n o ta s al pie basadas
quejara cosas tales c o m o las salas en las q u e h a b ía vivido, u n día en una am plia gama de fu e n te s, e n tre ellas en tre v istas con o tro s
típ ic o en las d ife re n te s salas, sus am igos en la in stitu c ió n y las ta reas lad ro n es y con detectives.
q u e se le asignaban. E n el caso de B e in g D iffe r e n t, el investigador le pidió a Jane
C u an d o los in fo rm a n te s m en cio n an ex p erien cias específicas, F ry que escribiera u n a cro n o lo g ía d etalla d a de su vida. D espués
se p u ed en indagar m a y o res detalles. T am b ién es u n a buen a idea u tiliz ó esa cro n o lo g ía com o base p ara en tre v istarse con ella. E n
to m a r n o ta s de tem as p ara volver a ellos u lte rio rm e n te . las ú ltim a s en tre v istas él y Jane re c o rrie ro n la cro n o lo g ía p u n to
p o r p u n to a fin de re to m a r cu alq u ier íte m pasado p o r alto .
N o to d a s las p erso n as p u ed en o e stá n disp u estas a escribir
Relatos solicitados so b re sus ex p erien cias. N o o b s ta n te , los b o sq u ejo s y c ro n o lo g ías
p u e d e n tam b ién em plearse c o m o guías en en trev istas a b iertas en
M uchas de las h isto rias de vida clásicas de las ciencias sociales p ro fu n d id a d .
se han basado en u n a co m b in ació n de en tre v istas en p ro fu n d id a d
y re la to s escritos p o r los p ro p io s in fo rm an te s. Shaw (1 9 3 1 , 1966),
Shaw , M cK ay y M cD onald (1 9 3 8 ) y S u fh erlan d (1 9 3 7 ) h acen u n La entrevista con cuaderno de bitácora
am plio uso de este e n fo q u e en sus h isto rias de vida de d elin cu en tes
y crim inales. E n este e n fo q u e , los in fo rm a n te s llevan u n registro co rrien te
Shaw y sus colegas se sirvieron de diversas técnicas para es­ de sus activ id ad es d u ra n te u n p e río d o e sp ec ífic o ; ese reg istro p ro ­
tru c tu ra r h isto rias de vida de d elin cu e n te s en la década de 1930. p o rcio n a u n a base para las en tre v istas en p ro fu n d id a d . Z im m er­
Shaw (1 9 6 6 ) in fo rm a que, au n q u e se ap o y a b a e n gran m e d id a m an y W ieder (1 9 7 7 ), q u e se re fieren a esta técn ica com o “ m é ­
en en trev istas personales, p re fe ría basarse en d o c u m e n to s escri­ to d o de la en tre v ista con d iario ” , h a n d escrip to p ro c ed im ie n to s
tos. E n T h e J a ck -R o ller, Shaw (1 9 6 6 ) p rim ero en tre v istó a S ta n ­ esp ecífico s asociados con ella.
ley, el p ro ta g o n ista de la h isto ria de vida, para p re p a ra r u n a c ro ­ En u n e stu d io sobre los “estilo s de vida de la c o n tra c u ltu ­
n o lo g ía d etallad a de sus actos y ex p erien cia s delictivos. A con­ ra” , Z im m e rm an y W ieder p id iero n a los in fo rm a n te s q u e lleva­
tin u ació n le e n tre g ó esa cro n o lo g ía a S tan ley para q u e él la usara ra n u n “ c u a d e rn o de b itá c o ra ” en el q u e d e b ía n a n o ta r c ro n o ló ­
com o g u ía en la red ac ció n de su p ro p ia h isto ria. Shaw (1 9 6 6 , pág. gicam en te sus actividades. L os in stru y e ro n para q u e registraran
2 3 ) escribe q u e in s tru y ó a S tan ley en el se n tid o de q u e “ p ro p o r­ esas actividades ta n d eta lla d a m en te com o p u d ie ra n hacerlo, re a ­
cio n ara u n a descripción d etallad a de cada a c o n te c im ie n to , la si­ lizaran a n o ta c io n e s p o r lo m e n o s diarias, y se re m itie ra n a un
tu ació n . en la q u e se p ro d u jo y sus rea c cio n es personales a la e x ­ c o n ju n to n o rm alizad o de p reg u n ta s al co n sid erar cada activ id ad :
p erien cia” . En o tra s h isto rias de vida, c o m o B ro th e rs in C rim e ¿Q uién? ¿Q ué? ¿C uándo? ¿D ónde? ¿C óm o? P u esto q u e Z im m er­
(1 9 3 8 ), Shaw y sus co lab o rad o re s sólo dan a sus in fo rm a n te s la m an y W ieder e stab a n in te resa d o s en las activ id ad es sexuales y
indicación de q u e p ro p o rcio n e n u n a descripción d etallad a de sus el co n su m o de drogas, in d icaro n a los in fo rm a n te s que describie­
ex p erien cias d u ra n te la in fan c ia y adolescencia. ran esas activ id ad es esp e c ífic am e n te .
METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION
LA ENTREVISTA EN PROFUNDIDAD 11 9

Z im m e rm an y W ieder c o n ta b a n con dos investigadores q u e de q u e se nos o cu rrie ra la id ea de escribir su h isto ria de vida. C u an ­
revisaban cada diario y p rep a ra b a n u n c o n ju n to de p reg u n ta s y do los investigadores tien en com o base un c u e rp o de ex p erien cia
ex p lo ra cio n es q u e se fo rm u la ría n a los in fo rm a n te s so b re la base d irec ta, p u e d e n ser algo m ás directivos y agresivos en su indagación
de sus rela to s. In fo rm a n q u e p o r c ad a 5 a 10 páginas de diario, inicial.
los investigadores gen erab an 100 p re g u n ta s q u e su p o n ía n 5 h o ras
de en trev ista.
C om o los re la to s so lic itad o s, la e n tre v ista con cu ad e rn o de LA G U IA D E LA E N T R E V IS T A
b itá co ra n o se ad ecú a a in fo rm a n te s q u e n o son ad e p to s a regis­
trar sus actividades p o r e scrito . T al co m o lo señ alan Z im m e rm an E n los p ro y e c to s de en trev istas en gran escala algunos in v esti­
y W ieder, las conversaciones telefó n ic as diarias y el g rab ad o r p u ed en g adores u tilizan u n a g u ía d e la en trevista para asegurarse de q u e
em plearse co m o m é to d o s su stitu tiv o s. los tem as claves sean e x p lo ra d o s co n un cierto n ú m e ro de in fo r­
m an tes. L a g u ía d e la en tre v ista n o es un p ro to c o lo e s tru c tu ra d o .
Se tra ta de u n a lista de áreas generales q u e d e b e n cubrirse con
Documentos personales cada in fo rm a n te . En la situ a ció n de en tre v ista el in v estig ad o r de­
cide có m o e n u n c ia r las p re g u n ta s y cu án d o form u larlas. La g u ía
Los d o c u m e n to s personales (los diarios, cartas, d ib u jo s, regis­ de la e n tre v ista sirve so lam en te p ara rec o rd a r q u e se d eb en hacer
tros, agendas y listas de cosas im p o rta n te s de las p ro p ias p erso ­ p reg u n ta s so b re cierto s tem as.
nas) p u ed e n u tilizarse p ara guiar las en tre v istas sin im p o n e r una El em p leo de g u ía s p re su p o n e un cierto grado de co n o cim ie n ­
e s tru c tu ra a los in fo rm a n tes. L a m a y o r p a rte de las personas guar­ to sobre las p erso n as q u e u n o in te n ta e stu d ia r (p o r lo m enos en
dan an tig u o s d o c u m e n to s y registros, y están disp u estas a m o stra r las en tre v istas en p ro fu n d id a d ). E ste tip o de g u ía es ú til cu an d o
a lerceros p o r lo m enos algunos de aquellos elem en to s. Si al in­ el inv estig ad o r ya ha a p re n d id o algo so b re los in fo rm a n te s a tr a ­
vestigador n o le falta u n a id ea general de las ex p erien cia s q u e q u ie ­ vés del tra b a jo de cam p o , en tre v ista s p relim in ares u o tra ex p e rie n ­
re c u b rir en las en tre v istas, pu ed e pedir a los in fo rm a n te s q u e le cia d irec ta . E sa g u ía p u e d e asim ism o ser am p liad a o revisada a
m u estren d o c u m e n to s relacio n ad o s con esas ex p erien cias a n tes m ed id a q u e se realizan en tre v istas adicionales.
de em p ezar a en tre v ista r. M ás ad e la n te , en el curso de la entrevis­ La g u ía de la en tre v ista es esp ecialm en te ú til en la investi­
ta, esos m ateriales p u e d e n e n c e n d e r rec u e rd o s y ay u d a r a las p er­ gación y ev alu ació n en e q u ip o , o en o tra s investigaciones subsi­
sonas a revivir an tig u o s sen tim ie n to s. diadas (P a tto n , 1980). En la in vestigación en e q u ip o , la guía p r o ­
Jan e F ry g u a rd ab a a n tig u as cartas y o tro s d o c u m en to s y h a­ p o rc io n a u n m o d o de asegurar q u e to d o s los investigadores e x ­
bía escrito relato s au to b io g rá fic o s en m o m e n to s c rític o s de su plo ren con los in fo rm a n te s las m ism as áreas generales. U no de
vida. Los c o m p a rtió lib rem e n te con el investigador. Esos d o c u ­ los a u to re s de este libro u tiliz ó u n a g u ía de la e n trev ista en un
m en to s n o sólo p ro p o rc io n a ro n un m arco p ara las en trev istas, si­ p ro y e c to de investigación q u e im p licab a visitas al cam p o , in te n si­
n o q u e fin alm en te fu ero n in c o rp o ra d o s a su h isto ria de vida. vas y a c o rto plazo; u n a m edia d o cen a de investigadores d e b ía n
Hn algunas investigaciones m e d ia n te en tre v istas, el en tre v is­ co n c u rrir a cierto n ú m e ro de sitios (véase T ay lo r, 1982). E n la
tad o r tien e u n a b u en a idea de lo q u e pasa p o r la m en te de los in ­ in vestigación su b sid iad a y en la evaluación cu alitativ a la guía de
fo rm an tes a n tes de q u e él em p iece a en tre v ista r. P or ejem p lo , ai- la e n tre v ista pu ed e em plearse para p ro p o rc io n a r a los p a tro c in a ­
m inos en tre v istad o res han realizad o p rev iam en te observación p a r­ d o res u n a id ea de lo q u e el in v estig ad o r ab arca re alm en te con los
tic ip a n te; o tro s u tilizan sus p ro p ia s ex p erien cia s para guiar su in ­ in fo rm a n te s.
vestigación. El e stu d io de B ecker sobre m úsicos de ja zz p artió de
s u propia ex p e rie n cia en u n a b an d a . E n n u e stra investigación, n o ­
s o t r o s pasam os u n a considerable can tid a d de tie m p o con los in fo r­ LA SIT U A C IO N D E E N T R E V IST A
m a n k \ s a n tes di* e m p ezar a en trev istarlo s fo rm a lm e n te . H a b íam o s
o í d o ;i IId M nrphy hablar sobre su vida en las in stitu c io n e s a n tes El e n tre v ista d o r debe crear un clim a en el cual las p erso n as se
METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION LA EN TREVISTA EN PROFUNDIDAD 121

.sientan có m o d as p ara h a b lar lib re m e n te sobre s í m ism as. ¿E n q u é No abrir juicio


tipos de situ ació n es m ás p ro b ab le q u e las p erso n as e x p resen sus
m odos de ver? E n la e n tre v ista e s tru c tu ra d a se in stru y e al e n tre ­ C u an d o los in fo rm a n te s co m ien za n a c o m p a rtir un n ú m e ro
v istad o r p ara que a c tú e com o u n a figura d esin teresad a; el diseño creciente de ex p erien cias y se n tim ie n to s con el en tre v ista d o r, d e­
de la situ a ció n de en tre v ista in te n ta rem e d a r las con d icio n es de ja n caer sus fach ad as p ú b licas y revelan p arte s de s í m ism os que
la b o ra to rio . P ero, com o lo observa D e u tsch e r (1 9 7 3 ; pág. 150); p o r lo co m ú n m an tie n e n o c u ltas. Es fre c u e n te q u e las personas
pocas veces las perso n as ex p resa n sus v erd ad e ro s se n tim ie n to s y in tro d u z c a n o cierren sus revelaciones con re p u d io s o co m en tario s
o p in io n es en esas circu n stan cias: “ Las ex p resio n e s reales de la tales co m o “ U sted d ebe p en sar que e s to y lo co para h acer e so ”
a c titu d o la c o n d u c ta a b ie rta pocas veces se p ro d u c en en las c o n ­ y “ N o p u ed o ju stific a r lo q u e hice, p e ro ...”
diciones de esterilid ad que se e s tru c tu ra n d elib e ra d a m e n te para U na p arte im p o rta n te de la té cn ica de e n tre v ista r consiste
la situ ació n de e n tre v is ta ” . en no ab rir ju ic io . B enney y H ugues (1 9 7 0 , pág. 140) escriben:
E n la e n trev ista cu alitativ a, el in v estig ad o r in te n ta co n stru ir “ ...la en trev ista es u n a co m p re n sió n e n tre dos p arte s en la cual,
una situ a ció n q u e se asem eje a aq u ellas en las q u e las personas a cam b io de p e rm itir al e n tre v is ta d o r dirigir la co m u n icac ió n , se
liablan n a tu ra lm e n te e n tre s í so b re cosas im p o rta n te s. La e n tre ­ asegura al in fo rm a n te q u e n o se e n c o n tra rá con negaciones, c o n ­
vista es relajada y su to n o es el de u n a conversación, pues a sí es trad iccio n es, co m p eten c ia u o tro tip o de h o stig a m ie n to ” . En o tra s
com o las perso n as in te ra c tú a n n o rm a lm e n te . El e n tre v ista d o r se p alabras, si q u erem os q u e la gente se abra y m a n ifieste sus sen ­
re la c io n a con los in fo rm a n te s en u n nivel personal. P or c ie rto , tim ie n to s y o p in io n es, d eb em o s a b sten e rn o s de e m itir ju icio s n e ­
las relacio n es q u e se d esarro llan a m ed id a q u e tran scu rre el tie m p o gativos so b re ella y de “ h u m illa rla” o “ acallarla” .
e n tre el e n tre v is ta d o r y los in fo rm a n te s son la clave de la re c o le c ­ P o r su p u e sto , el m ejo r m o d o de ev itar la ap arien cia de que
ción de datos. se está ju z g a n d o a las p erso n as consiste en tra ta r de acep tarlas p o r
Hay sin d u d a d iferen cias e n tre la situ ació n de en tre v ista y quienes son y p o r lo q u e so n , sin a b rir ju ic io ta m p o c o m e n ta lm e n ­
aquellas en q u e las perso n as in te ra c tú a n n o rm a lm e n te : los e n tre ­ te, C u an d o n o p o d em o s a d o p ta r esa a c titu d , es posible en u n ciar
v istadores a veces deb en co n ten erse y n o ex p re sar sus o p in io n e s; n u estra p o sició n , p e ro a m a b lem e n te y sin co n d en a r a la persona
se e n tie n d e que la conversación es privada y co n fid e n cial; iel flujo com o u n to d o .
de la in fo rm ació n es en gran m edida (a u n q u e n o ex clu siv am en te) D u ra n te la en tre v ista h a y que to m a r la iniciativa de tra n q u i­
u n ilate ra l; los en tre v ista d o re s co m u n ica n u n in terés g enuino en lizar al in te rlo c u to r en c u a n to a q u e en él to d o e stá bien a nu es­
las o p in io n e s y ex p erien cia s de la gente y están d isp u esto s a es­ tro s o jo s, después de que n o s h aya revelado algo p e rtu rb a d o r, p e r­
cucharla d u ra n te h o ras h asta el final. Sin em b arg o , sólo d iseñ an ­ sonal o d esa c re d ita n te . D ebem os co m u n icar n u estra com prensión
do la e n tre v ista según los Jineam ientos de la in teracció n n a tu ra l y sim p a tía : “ Sé lo q u e q u ie re d e c ir” , “ Lo m ism o m e pasó a m í
puede el e n tre v ista d o r calar en lo q u e es m ás im p o rta n te para las u n a vez” , “ Y o he pensado en h a c e rlo ” , “ T engo u n am igo q u e ta m ­
personas. En realid ad , el e n tre v ista d o r tiene m u ch as figuras pa­ bién h iz o eso ” .
ralelas en la vida co tid ia n a : el q u e sabe escu ch ar, el h o m b ro sobre
el q u e se pued e llo rar, el c o n fid e n te.
Lo m ism o que la o b servación p a rticip a n te , las e n tre v istas Permitir que la gente hable
en p ro fu n d id ad re q u ie ren capacidad para relacionarse con o tro s
en sus p ro p io s té rm in o s. N o hay nin g u n a fó rm u la sim ple para e n ­ La e n tre v ista e n p ro fu n d id a d a veces re q u ie re u n a gran c an tid ad
trevistar con é x ito , p ero los p u n to s siguientes dan el to n o de la de paciencia. Los in fo rm a n te s p u ed en ex te n d e rse sobre cosas en
atm ó sfera q u e el investigador debe tra ta r de crear. las q u e n o estam o s in teresad o s. En especial d u ra n te las en trev istas
iniciales, es necesario n o in te rru m p ir al in fo rm a n te au n q u e n o
estem o s in te resa d o s en el te m a q u e to ca.
P or lo general se pu ed e conseguir q u e u n a perso n a vuelva
a trá s m e d ia n te gestos sutiles, c o m o d ejan d o de a sen tir con la ca-
METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION LA ENTREVISTA EN PROFUNDIDAD 123

boza y (le to m a r n o ta s (P a tto n , 1 980), y c a m b ia n d o am ab lem en ­ p e r o m a n te n e r s e a le ja d o s d e la s h e r id a s a b ie r ta s . D e b e n s e r a m is ­


te de tem a d u ra n te las pausas en la co n v ersació n : “Me g u staría to s o s , p e r o n o c o m o q u ie n s ó lo t r a t a d e c o n g r a c ia r s e . L a s e n s i­
volver a algo q u e u ste d dijo el o tro d ía ” . Con el tie m p o , los in ­ b ilid a d e s u n a a c t i t u d q u e u n o d e b e llevar- a la s e n tr e v is ta s y a la
fo rm a n tes p o r lo g en eral a p re n d e n a leer n u e stro s gestos y conocen o b s e r v a c ió n p a r ti c ip a n te . R o b e r t C o le s ( 1 9 7 1 b , p á g . 2 9 ) a lc a n z a
lo l i s t a n t e n u e stro s in tereses co m o para h ab lar so b re algunas cosas ,e l c e n tr o d e la c u e s tió n c u a n d o e s c r ib e :
y no sobre o tras.
C u an d o el e n tre v ista d o co m ien za a h ablar sobre algo im p o r­ De alguna m anera todos debem os aprender a conocer a los o tros... Por
ta n te , deje que la conversación fluya. Los gestos de sim p a tía y cierto debo decir que a m í mismo, am ablem ente y en ocasiones firm e o seve­
Lis p reguntas p e rtin e n te s sirven p a ra m a n te n e rlo en el tem a. ram ente, se me recordó lo absurdas que hab ían sido algunas de mis preguntas,
lo engañosos o presum idos que eran los supuestos que ellas tran sm itían . El
hecho es que reiteradam ente he visto a u n trabajador em igrante iletrado, p o ­
t\'restar atención b re y hum ilde, retroceder u n poco ante algo que yo hice o dije, sonreír un
tan to nerviosam ente, echar chispas por los ojos y enfurruñarse, hacerse algu­
D u ran te las en tre v istas p ro lo n g ad as es fácil q u e la m e n te vague, nas preguntas sobre m í y mis pro p ó sito s, y a través de sus gestos hacerm e co n o ­
listo o c u rre esp ecialm en te cu a n d o se está g rab an d o y u n o no tie ­ cer la desaprobación que seguram ente h ab ía sentido; y, en efecto, la crítica
que tam bién surgía en él, la crítica serena, reflexionada, quizá difícil de ex ­
ne la obligación de co n ce n tra rse p ara re c o rd a r cada palabra que
presar en palabras...
se diga.
P restar a te n ció n significa co m u n ica r u n in te rés sincero en
lo q u e los in fo rm a n te s e stán d ic ien d o , y saber cu án d o y có m o
E L SO NDEO
indagar fo rm u la n d o la p reg u n ta co rre c ta . T al co m o T h o m as C ot-
1le (1 9 7 3 b , pág. 3 5 1 ) lo ex p resa claram en te, p re sta r a ten c ió n ta m ­
U na de las claves de la en tre v ista fru c tu o sa es el co n o cim ie n to
bién significa abrirse para ver las cosas de u n m o d o nuevo y d ife ­
de cu án d o y có m o so n d ear, ex p lo ra r, escu d riñ a r. A lo largo de
re n te :
las en tre v istas, el in v estig ad o r realiza e l seguim iento de tem as que
em ergieron com o consecu en cia de p re g u n ta s específicas, alien ta
Si es que existe una regla para esta forma de investigación, ella podría
al in fo rm a n te a describir las ex p erien cias en d etalle, y presiona
reducirse a un enunciado tan simple como “prestar atención” . Prestar aten­
ción a lo que la persona hace, dice y siente; prestar atención a lo que es evo­ c o n s ta n te m e n te p ara clarificar sus palabras.
cado por estas conversaciones y percepciones, en particular cuando nuestra E n la en tre v ista c u alita tiv a te n em o s q u e so n d ear los detalles
mente vaga muy lejos; finalmente, prestar atención a las respuestas de aque­ de las e x p e rie n c ia s de las personas y los significados q u e éstas les
llos que, a través de nuestro trabajo, podrían oír a estas personas. Prestar aten­ a trib u y e n . Ese es el p u n to en q u e las e n tre v istas en p ro fu n d id a d
ción implica abrirse; no una manera de abrirse especial o metafísica, sino sim­ se a p a rta n de las conversaciones co tid ian as. A d iferen cia de la m a y o r
plemente la observación de uno mismo, la auto conciencia, la creencia de que p a rte de las p ersonas, el e n tre v ista d o r está in te resad o en ac o n te ­
todo lo que uno toma del exterior y experimenta en su interior es digno de c im ie n to s triviales, en las luchas y e x p erien cias diarias, ta n to com o
consideración y esencial para comprender y respetar a aquellos con quienes en los p u n to s b rilla n te s de la vida. A dem ás, e n co n tra ste con la
nos encontramos. conversación n a tu ra l, los e n tre v ista d o re s n o p u ed e n d ar p o r su ­
p u esto q u e e n tie n d e n e x a c ta m e n te lo q u e la gente q u iere decir.
E l e n tre v ista d o r n o p u e d e dar p o r se n ta d o s su p u e s to s y c o m p re n ­
Ser sensible sio n es d e l s e n tid o c o m ú n q u e otra s p ersonas co m p a rten . D euts-
cher (1 9 7 3 , pág. 191) ex p lica c ó m o palabras a p a re n te m e n te o b ­
Los e n tre v istad o res siem pre d e b en p ercib ir el m o d o en q u e sus je tiv a s p u e d e n te n e r d ife re n te s significados culturales:
l>;il;ihr;is y gestos afectan a los in fo rm a n tes. A veces tie n e n que “ ha-
tv ise ios to n to s ” , p ero n o ser in su ltan tes. D eb en ser sim páticos, Cuando un camionero norteamericano se queja a la camarera en el coche
l>nn no tniliir c o n cond escen d en cia. D eben sab er cu án d o indagar, comedor porque la cerveza está “caliente” y la sopa “fría” , el líquido “ calien­
124 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION LA ENTREVISTA EN PROFUNDIDAD 125

te” puede ten er un a tem p eratu ra de 10°C , y el “ frío ” estar a 2 5 °C ... La n o r­ ción del e n tre v ista d o r pu ed e hacerse m ás directiva a m ed id a q u e
ma para los mismos objetos puede variar de cultura a cultura, de país a país, a p re n d e cosas sobre los in fo rm a n te s y sus perspectivas. N o es p o c o
de región a región y , para el caso, dentro de cualquier unidad social —entre co m ú n q u e los in fo rm a n te s n o estén dispuestos o n o p u ed an hablar
clases, grupos de edad, sexos, o lo que se tenga—; una sopa “fría” para un sobre tem as que son o b v ia m e n te im p o rta n te s para ellos. E n n u es­
adulto puede estar dem asiado “ caliente” para u n n iñ o . tras en trev istas con E d M urp h y , p o r ejem plo, él se m o s tró re n u e n te
a c o m e n ta r en térm in o s p ersonales el h e c h o de q u e h a b ía sido
Los en tre v ista d o re s cu alita tiv o s d eb en p ed ir c o n s ta n te m e n te ro tu la d o co m o re ta rd a d o m e n ta l. E n lugar de ello, h ab lab a sobre
íi los in fo rm a n te s q u e clarifiq u e n y elab o ren lo q u e h a n d ich o , el m o d o en q u e el ró tu lo estig m atizab a in ju sta m e n te a o tro s “ re ­
incluso a riesgo de p arecer ingen u o s. S p rad ley (1 9 7 9 ) c o m e n ta ta rd a d o s m e n tale s” . Para conseguir q u e se e x p lay ara sobre la e x p e­
q u e el e n tre v is ta d o r tiene q u e en señ ar al in fo rm a n te a ser u n b u en riencia de sobrellevar ese ró tu lo , p la n team o s p reg u n ta s q u e le p er­
in fo rm a n te , a le n tá n d o lo c o n tin u a m e n te a p ro p o rc io n a r d escrip ­ m itía n conservar u n a id e n tid a d de perso n a “ n o rm a l” : “ U sted es
ciones d etalla d as de sus experien cias. o b v iam en te u n a perso n a b rillan te; ¿có m o se e n re d ó en una in sti­
D u ra n te la en tre v ista se debe c o n tin u a r in d ag an d o para o b ­ tu c ió n p ara re ta rd a d o s ? ” , y “ M uchos niños tien en p ro b lem as de
te n e r clarificación h asta q u e se esté seguro de lo q u e el in fo rm a n ­ ap ren d izaje ; ¿có m o le fu e a u sted e n la escu ela?” D u ran te las e n ­
te quiere d ecir e x a c ta m e n te : re fo rm u la r lo q u e dijo y p ed ir c o n fir­ trevistas con E d M u rphy h u b o ta m b ién o p o rtu n id a d e s en q u e e n ­
m ación; pedir al en tre v istad o q u e p ro p o rc io n e ejem p lo s; señalar fre n ta m o s su te n d e n cia a ev itar cierto s asu n to s. T ratam o s de in cu l­
lo q u e n o e stá claro p ara n o so tro s. T am b ién se d eb en seguir sus carle la id e a de la im p o rtan cia de q u e hab lara sobre esas ex p erien ­
co m e n ta rio s, h asta lograr u n cu a d ro m e n ta l claro de las personas, cias. C u an d o m o stró re lu c ta n c ia a h ab lar sobre su fam ilia, le diji­
lugares, e x p erien cia s y sen tim ie n to s de su vida. F o rm u le u n a c an ­ m os algo p arec id o a lo siguiente:
tid ad de p re g u n ta s específicas:
Creo que es importante conocer su vida familiar. Muchísimas familias
¿Me p u e d e decir a q u é se p are c ía ese lugar? no saben cómo tratar a niftos discapacitados. Pienso que tiene que tratar de
¿C óm o se sin tió en to n ces? hablar sobre sus sentimientos y experiencias.
¿Se acu e rd a de lo q u e d ijo en ese m o m e n to ?
¿Q ué e sta b a h ac ien d o u sted ?
¿Q uién m ás estab a allí? A u n q u e Ed c o n tin u ó sin tién d o se in c ó m o d o con algunos tem as,
¿Q ué o cu rrió d esp u és de eso? fin alm e n te h a b ló sobre m u c h o s de los q u e h a b ía ev itad o .
C o m o el o b serv ad o r p a rtic ip a n te , el e n tre v ista d o r puede ta m ­
bién u tiliz a r lo q u e D ouglas (1 9 7 6 ) d en o m in a “ tá ctic a de la aser­
El e n tre v ista d o r h áb il p re se n ta p re g u n ta s q u e e stim u la n la ción en e ta p a s ” y o tra s técnicas de in dagación agresivas. C om o ya
m em oria. M uchos a c o n te cim ie n to s pasados y acen p ro fu n d a m e n te lo h em o s visto, aquella tá c tic a su p o n e a c tu a r com o si u n o ya “ es­
o c u lto s en el re c u e rd o y m u y alejados de la vida diaria. T ra te de tu v iera e n te ra d o ” , con el fin de o b te n e r m ás in fo rm ació n .
im aginar p reg u n ta s q u e re c u p e re n algunos de esos a c o n te c im ie n to s;
po r ejem p lo :

C O N T R O L ES CRU ZAD OS
¿Hn esa época, cóm o lo d e sc rib ía a u ste d su fam ilia?
¿Sus padres siem pre c o n ta b a n cu en to s sobre cóm o era u sted
cu an d o e stab a creciendo? M ientras los e n tre v istad o res cu alitativ o s tra ta n de d esarrollar
¿Q ué clase de c u e n to s co n ta b a u ste d cu an d o se re u n ía con u n a relació n a b ie rta y h o n e sta con los in fo rm a n te s, deb en estar
sus h erm an o s y herm anas? alertas a n te ev en tu ales exag eracio n es y d isto rsio n es en las historias.
T al co m o lo señala D ouglas (1 9 7 6 ), en la vida diaria la gente o c u l­
A sí com o los ob serv ad o res p a rtic ip a n te s p u e d e n pasar a ser ta hechos im p o rta n te s acerca de sí m ism a. Cada u n o pued e “ m en ­
más agresivos en las ú ltim a s e ta p as de la investigación, la in d a g a­ tir u n p o c o , engañar u n p o c o ” , para decirlo con las palabras de
METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION LA EN TREVISTA EN PROFUNDIDAD 1 27

D eu tsch er (1 9 7 3 ). A dem ás, to d a s las personas son p ro p en sas a e x a ­ pasadas, aspiraciones presentes y planes para el futuro; c) un documento obte­
gerar sus éx ito s y negar o e sc a m o te a r sus fracasos. nido en una situación favorable en el que las tendencias al engaño o el prejui­
A lo largo de estas páginas hem os su b ray a d o q u e en la inves- cio estén presentes en grado mínimo o falten por completo.
1ilic ió n cu alitativ a el p ro b lem a de la “ v erd a d ” es difícil. El inves-
Iiííiidor cu alita tiv o no e stá in te re sa d o en la v erdad p er se, sino en El inv estig ad o r tiene ta m b ién la resp o n sab ilid ad de estab lecer
perspectivas. A sí, el e n tre v ista d o r tra ta de e x tra e r u n a trad u c ció n c o n tro le s cru za d o s sobre las h isto ria s de los in fo rm a n tes. D ebe e x a ­
m;ís o m en o s h o n esta del m o d o en q u e los in fo rm a n te s se ven real­ m in ar la co h eren cia de los dichos en d ifere n tes rela to s del m ism o
m en te a sí m ism os y a sus experiencias. Shaw (1 9 5 5 , págs. 2-3) a c o n te c im ie n to o experiencia- (K lockars, 1977). E n la investiga­
ex p lica m u y bien este p u n to en su in tro d u c c ió n a T h e J a ck -R o ller: ción con Jane F ry , p o r ejem p lo , eí inv estig ad o r co n tro ló la co h e­
ren cia de su h isto ria. C on frecu en c ia Jane saltaba de u n te m a a o tro .
P uesto q u e en el curso de las en trev istas se re firió varias veces a
Tam bién debe señalarse que la validez y el valor del docum ento personal los m ism os a co n te c im ie n to s, se p u d iero n co m p arar versiones di­
no depende de su objetividad o veracidad. No se espera que el delincuente fe re n te s p ro p o rc io n a d a s en d istin to s m o m e n to s.
necesariam ente describirá sus situaciones de vida con objetividad. Por el con­ A sim ism o, p ara c o n tro lar las afirm acio n es de los in fo rm a n te s
trario, lo que se desea es que su historia refleje sus propias actitudes e in te r­ se d e b en ap elar a ta n ta s fu e n te s de d a to s d ifere n tes com o resultp
pretaciones personales. Las racionalizaciones, las fábulas, los prejuicios, las posible. E n las p rim eras o b ras de la E scuela de C hicago, los inves­
exageraciones, son tan valiosos com o las descripciones objetivas, siempre que, tigadores c o m p ara b a n reg u larm en te las n arracio n es de los in fo r­
desde luego, esas reacciones sean adecuadam ente identificadas y clasificadas.
m a n tes con los registros oficiales conservados p o r la p o licía y por
organism os de asistencia social. S u th e rla n d (1 9 3 7 ) hizo leer la
D espués de escribir esas palabras, Shaw cita u n célebre afo ris­
h isto ria de vida de u n ladrón p ro fesio n al p o r o tro s lad ro n es p ro fe ­
m o de W. I. T h o m a s (1 9 2 8 , pág. 5 7 2 ): “ Si los h o m b res definen
sionales y p o r d etectives, para o b te n e r sus o p in io n es sobre la ve­
las situaciones co m o reales, ellas son reales en sus co n secu en cias” .
ra c id a d d el re la to . E n n u e stra investigación, c o n fro n ta m o s las n a­
En co n tra ste con los o b serv ad o res p artic ip a n tes, al e n tre v ista ­
rracio n es de n u e stro s in fo rm a n te s con o tra s de personas co n o ce­
dor le falta el co n o cim ie n to d irec to del m o d o en q u e actú an las
d o ras y con n u e stra s p ro p ias observaciones y experiencias. Por
personas que estu d ia en sus vidas co tid ian as. E sto pued e h acer que
ejem p lo , h a b ía m o s realizad o u n a e x te n sa observación p a rtic ip a n te
resulte d ifíc il d iferen ciar las disto rsio n e s d elib erad as y tas exagera­
en las in stitu c io n e s en las q u e estu v iero n u b icad o s E d M urphy y
ciones groseras, por u n a p arte, y las perspectivas a u té n tic a s (q u e
P attie B urt. A l re d a c ta r la h isto ria de vida de Ja n e F ry , el investi­
son n ecesa riam e n te “ su b jetiv as” y “ te n d e n c io sa s” ), p o r la o tra.
g ad o r en tre v istó a o tra s personas q u e h a b ía n pasado p o r e x p e rie n ­
S i u s te d c o n o c e s u fic ie n te m e n te b ien a u na persona, p o r lo
cias sim ilares. A sí, in te rro g ó a u n ex oficial naval so b re la e x ac ti­
Kvneral p u e d e d ecir cu á n d o ella elu d e u n te m a o sim ula. En las
tu d del re la to de Jan e sobre la vida en la arm ada. A l final de la his­
en tre v istas en p ro fu n d id a d pasam os con la gente el tie m p o n ece­
to ria de vida, y u x ta p u so los rela to s de ex p erien cias de Jan e con
sario com o p ara p o d er “ leer e n tre lín e as” sus observaciones y so n ­
reg istro s p siq u iá trico s, au n q u e su p ro p ó sito era m en o s c o n tro lar
dear detalles suficientes para saber si e stán fab rican d o u n a h isto ria.
la h isto ria q u e co m p arar id e o lo g ías co m p etitiv as so b re la tran sex u a-
}’.ii su ex am en de T h e N a tu ra l H is to r y o f a D e lin q u e n t Career, lidad.
de Shaw , E rn e st Burgess (en Shaw , 1931, pág. 2 4 0 ) a d u ce q u e la
P ro b a b le m e n te el m ejor m o d o de tra ta r las co n tra d iccio n es e
v alid e/ de una h isto ria de vida d ep en d e de la m anera en q u e ha
in c o h eren cia s in te rn a s consista en p la n te a r el p ro b lem a d irec tam en ­
sido o b te n id a:
te. E n fre n te a la perso n a con las p ru eb as, en té rm in o s am ables.
A mi ju icio , la validez del enunciado de actitudes en la historia de vida pa-
huc depender estrecham ente de los elem entos siguientes: a) un docum ento
Quizás usted pueda explicarm e algo. En una opo rtu n id ad usted m e dijo es­
sobre el qu e se inform a con las palabras de la persona, es decir una autobio-
to , pero lo que m e dijo en o tro m o m ento no concuerda con eso. No lo com ­
f.nil íii escrita o un registro palabra por palabra de u n relato o ra l;b ) un docum en-
prendo .
Iti que represente una expresión libre, espontánea y detallada de experiencias
METODOS CUALITATIVOS D E INVESTIGACION LA ENTREVISTA EN PROFUNDIDAD Î 29

Lo q u e se sospecha q u e son m e n tira s o en g añ o s con frecu en c ia tro s in fo rm a n te s. E ste c o n ta c to fo rta le c ió la relació n , adem ás de
st* co n v ierten en desinteligencias o cam bios sinceros en las perspec- p e rm itim o s conversar in fo rm a lm e n te con ellos y ap ren d e r algo
(¡v;is del in fo rm a n te . Es ta m b ié n im p o rta n te señalar, com o lo o b ­ m ás so b re sus vidas co tid ian as. T a n to con Ja n e F ry , u n a tran sex u al,
serva M erton (1 9 4 6 ) q u e a veces u n a p erso n a sostiene m od o s de com o con Ed M u rphy, u n h o m b re ro tu la d o com o re ta rd a d o con
ver q u e son c o n tra d ic to rio s desde u n e n fo q u e lógico. discapacidades físicas m en o res, ap ren d im o s m u c h ísim o con la sim ­
ple observación del m o d o en q u e la gente re a c c io n a b a a ellos y en
que ellos re a c c io n ab a n a su vez.
LAS R EL A C IO N E S CON LOS IN FO R M A N T E S E n m u ch o s p ro y e c to s de e n tre v ista s,’los in fo rm a n te s son “ p e­
rro s s o m e tid o s” (B ecker, 1966) de la sociedad, caren tes de p o d e r
La relación e n tre e n tre v ista d o r e in fo rm a n te es en gran m ed id a p o r su sta tu s social o ec o n ó m ic o . L os investigadores, en c o n tra ste ,
un ilateral. A través de ella, el e n tre v ista d o r tiene la o p o rtu n id a d es p ro b ab le q u e o cu p en con seguridad su sta tu s en las u niversida­
de realizar u n e stu d io y con él g an ar el s ta tu s y las reco m p en sas des. P or esta razó n , los investigadores e stá n bien ub icad o s com o
q u e ac o m p añ an a la o b te n c ió n de u n títu lo o a la p u b licació n de p ara a y u d a r a los in fo rm a n te s en la defensa de sus derechos. C u a n ­
libros o a rtíc u lo s. N o e stá claro q u é es lo q u e o b tie n e n los in fo rm a n ­ do el college de u n a c o m u n id a d discrim inó c o n tra Jan e F ry , el
tes, si es q u e o b tie n e n algo, salvo la satisfacción de q u e alguien in v estig ad o r le consiguió u n ab o g ad o y la puso en c o n ta c to con
piense q u e sus vidas y m o d o s de ver tien e n im p o rta n c ia. A u n q u e u n g ru p o de d erech o s de la salu d m en tal.
las reco m p en sas tangibles p ara los in fo rm a n te s son m u y pocas, C o m o o c u rre con cu alq u ier relació n , e n el curso de las e n tre ­
se les pide q u e d ed iq u en con sid erab le tie m p o y en e rg ía al esfu erzo . vistas p u ed e n em erg er te n sio n e s e n tre el e n tre v ista d o r y su in fo r­
A causa de la n a tu ra le z a u n ila te ra l de la re la c ió n , con fre c u e n ­ m an te. N o es p o co co m ú n q u e el ra p p o rt decline d u ra n te p ro y e c ­
cia los e n tre v istad o res deb en tra b a ja r in te n sa m e n te para m a n te n e r to s p ro lo n g ad o s (Jo h n so n , 1975). El in fo rm a n te pued e cansarse
la m o tiv ació n de los in fo rm a n te s. El m ejor m o d o de lograr é x ito de c o n te sta r p reguntas, o co m en zar a ver las en tre v istas com o u n a
en esa ta re a consiste e n relacionarse con esto s ú ltim o s com o p er­ im posición en su vida. El e n tre v ista d o r pu ed e em p e z ar a im p a cie n ­
sonas y n o co m o si fu e ra n m eras fuentes, de d ato s. tarse cu an d o el in fo rm a n te se m u e stra re n u e n te a c o n te sta r o elude
P u esto q u e se espera q u e los in fo rm a n te s se ab ran p o r co m p le ­ c ierto s tem as. Incluso u n o de los dos pu ed e haberse ab u rrid o .
to (co m o si d e sn u d aran sus alm as) tie n e n que e n c o n tra r alguna Se d ebe tra ta r de ser sensible a los se n tim ie n to s y p u n to s d é­
co m p en sació n en lo que los e n tre v istad o res dicen sobre sí m ism os. biles del in fo rm a n te . C u an d o u sted piensa q u e algo está m al, tr a ­
P ro b a b le m en te no sea p r u d e n te q u e los e n trev ista d o res no e x te r io ­ te de v en tilar la atm ó sfera e x p resa n d o sus p reo cu p acio n es. A ve­
ricen en a b s o lu to su s s e n tim ie n to s. Es obvio q u e el e n tre v ista d o r ces es u n a b u e n a id ea hacer u n a pausa en las entrevistas.
no d eb erá m a n ifesta r su o p in ió n sobre cada te m a q u e surja, en es­ Un p ro b le m a co m ú n en los p ro y e c to s en gran escala son las ci­
pecial d u ra n te las en tre v istas iniciales. E n algún lugar e n tre la re­ tas canceladas o m alogradas. En el e stu d io so b re la fam ilia, u n c o n ­
velación to ta l y el to ta l m u tism o e stá el “ feliz p u n to m e d io ” que siderable n ú m e ro de p ro g e n ito re s cancelaban las en trev istas en el
el e n tre v is ta d o r debe tra ta r de hallar. El m ejo r consejo es ser dis­ ú ltim o m in u to o n o se e n c o n tra b a n en el hogar en el m o m e n to
creto en las entrevistas, p e ro h ab lar sobre u n o m ism o en o tra s si­ c o n c e rta d o . El eq u ip o de investigación in tro d u jo u n a serie de tá c ­
tuaciones. ticas p ara im p e d ir las cancelaciones, e n tre ellas llam adas te le fó n i­
H ay q u e e sta r d isp u esto a vincularse con los in fo rm a n te s e n té r­ cas el d ía a n te rio r a cada e n trev ista, ta rje ta s re c o rd a n d o las citas,
m in o s q u e n o sean los de la relació n e n tre v ista d o r-in fo rm a n te . co m p ra de agendas para algunas fam ilias, llegada con u n a h o ra de
Los e n tre v istad o re s p u e d en ser em p lead o s com o m ensajeros e rra n ­ a n ticip a c ió n y n o ta s e x p resan d o perp lejid ad cuando las fam ilias
tes, choferes, b a b y-sitters, abogados y , lo deseen o no, te ra p e u ta s n o se e n c o n tra b a n en la casa. C uando los p ro g en ito res in c u m p lie­
rogerianos (si u sted es u n e n tre v ista d o r eficaz, e stá obligado a sus­ ro n citas re p e tid a m e n te , se les p re g u n tó de m o d o d ire c to si q u e ­
citar re cu e rd o s y sen tim ie n to s penosos y debe e sta r p rep a ra d o ría n o n o c o n tin u a r en el e stu d io . A u n q u e estas táctic as red u je ro n
para tra ta r con ellos). E n n u estra s en tre v istas d estin ad as a reco g e r el n ú m e ro de cancelaciones, re su ltó obvio que algunos p ad res sim ­
liislorias de vida, o casio n a lm e n te alm o rzam o s o cenam os con nues­ p le m en te n o q u e ría n p a rtic ip a r en el e stu d io , p ero se resistían a
1.10 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION LA ENTREVISTA EN PROFUNDIDAD 131

decirlo, p o r u n a u o tra razó n . E n e L e q u ip o de in vestigación se p ro ­ de q u e las p erso n as tie n e n en general u n a m e m o ria m ejor de lo
d u je ro n d esacu erd o s en c u an to a lo q u e se d e b ía hacer con esas que sospechan. A u n q u e en la m a y o ría de n u e stra s en tre v ista s hem os
fam ilias; algunos m iem b ro s so stu v iero n q u e si n o q u e ría n p a rtic i­ u tiliz ad o g rab ad o res, co n fiam o s en n u e stras m em o rias para regis­
par h ab ía q u e dejarlas en p az, y o tro s ab o g a ro n p o r c o n tin u a r tra r la su stan cia de e n tre v istas breves, de' u n a h o ra de d u ració n .
con los in te n to s p ara o b te n e r los d ato s. A m ed id a q u e avanzaba, A lg u n o s investigadores, c o m o p o r ejem p lo T h o m a s C o ttle (1 9 7 2 ),
i-l e stu d io a b a n d o n ó a m u ch as de estas fam ilias cu an d o in te n to s realizan re g u la rm en te en tre v istas sin usar g rab ad o r.
reiterad o s de c o n c e rta r citas se fu e ro n fru s tra n d o en el tran scu rso Es obvio q u e n o se d eb e n g rab ar las en tre v istas si ello hace q u e
tic l tiem p o . los in fo rm a n te s se sie n ta n in c ó m o d o s (K lockars, 1977). A n tes de
p ro p o n e r la id ea de g rab ar, h ay q u e relacionarse su ficien tem en te
con la p erso n a. Incluso au n q u e los in fo rm a n te s n o p re ste n m u ch a
E N T R E V IST A S G R A B A D A S a ten ció n a la g rab ació n , trate de re d u c ir a u n m ín im o la presencia
del g rab ad o r. Use u n a p a ra to p e q u e ñ o y co ló q u elo fu era de la vi­
E n el c a p ítu lo sobre la o b servación p artic ip a n te aconsejam os sión. El m ic ró fo n o n o debe ser in tru siv o ; te n d rá u n a sensibilidad
a los investigadores q u e co n fia ra n en su m e m o ria p ara el registro su ficien te com o para recoger las voces sin q u e sea necesario hablar
de los datos, p o r lo m enos h asta q u e h u b ie ra n desarro llad o Una fre n te a él. U tilice cassettes de larga d u ració n p ara q u e n o sea n ece­
iilon del escen ario . A d u jim o s q u e los dispositivos a u to m á tic o s para sario in te rru m p ir la conversación con frecu en cia.
el registro p o d ía n in h ib ir a las personas. U nas po cas p alab ras finales de ad v erten cia : ro tu le cada cassette
A u n q u e los g rab ad o res, p o r sim ple presencia, p u e d en m o d i­ claram en te y a n te s de co m en zar cada e n tre v ista asegúrese de q u e
ficar lo q u e la g en te dice en las p rim eras e ta p a s de la investigación, su e q u ip o está fu n c io n a n d o de m o d o ad ec u ad o . E n u n o de n u e s­
los e n tre v istad o res p u ed en p o r lo general salir del paso con e n tre ­ tro s estu d io s n o s olvidam os d e realizar este c o n tro l a n tes de algunas
vistas grabadas. E n las e n tre v istas los in fo rm a n te s son ag u d am en te de las en trev istas. C u an d o p o ste rio rm e n te quisim os escu ch ar esas
co n scien tes de q u e el p ro p ó sito del e n tre v ista d o r es realizar una g rab acio n es, re su lta ro n ap en as audibles. N u e stro m e can ó g rafo n i
investigación. P u esto q u e ya saben q u e sus p alab ras son sopesadas, siquiera in te n tó tran scrib irla s, y te rm in a m o s p e rd ie n d o m uchas h o ­
es m enos p ro b ab le q u e los alarm e la presen cia de u n g rabador. ras re p ro d u c ié n d o la s re ite ra d a m e n te p ara recoger los datos.
A sim ism o, el e n tre v ista d o r c u e n ta con u n lapso considerable p ara
lograr q u e los in fo rm a n te s se relajen y a c o stu m b re n al a p a ra to .
Kn la observación p a rtic ip a n te los investigadores in te ra c tú a n con E L D IA R IO D E L E N T R EV IS T A D O R
mi cierto n ú m e ro de p ersonas, algunas de las cuales n u n c a llegan
a co n o ce rlo s, n o digam os ya a c o n fia r en ellos. E s u n a b u e n a idea llevar u n diario d etalla d o d u ran te el p e río d o
Un g ra b a d o r p erm ite al e n tre v ista d o r ca p ta r m u c h o m ás q u e de en tre v istas. E l diario del e n tre v ista d o r p u ed e servir a varios p ro ­
si rep o sara ú n ic a m e n te sobre su m em o ria. Los d ato s del e n tre v ista ­ p ó sito s. E n p rim er lugar, debe c o n te n e r u n b o sq u ejo de los tem as
d o r son casi ex clu siv am en te palabras. A d iferen cia de los observa­ e x a m in a d o s en cada en trev ista. E sto lo ay u d ará a seguir la p ista
dores p articip a n tes, los en tre v istad o re s n o p u ed en q uedarse sen ta­ de lo q u e ya h a sido cu b ie rto y a volver atrá s, a conversaciones
dos u n ra to , o b serv an d o so la m e n te , d u ra n te las lagunas en la c o n ­ específicas, cu an d o q u ie ra seguir d esarro llan d o algo q u e dijo el
versación, Es posible q u e m u c h as de las m ás im p o rta n te s histo rias in fo rm a n te . E n n u estra s e n tre v istas con E d M u rp h y n o hicim os
de vida de las ciencias sociales n u n c a se h u b ie ra n escrito de n o m e­ e s to y p e rd im o s m u c h o tie m p o escu c h a n d o g rabaciones y ley en d o
diar el em p leo de dispositivos de reg istro e lec tró n ic o . O scar Lew is tran sc rip cio n e s en busca de p u n to s esp ecífico s.
( 196.?, p;íg. xii) escribe en su in tro d u c c ió n a T h e C hildren o f S á n ­ En segundo lugar, el diario cum ple la fu n c ió n de los “ c o m e n ta ­
ch e z: “ líl g rab ad o r, u tiliz ad o p a ra to m a r n o ta de las historias de vi­ rios de 1 o b se rv a d o r” rccistrados-feB la_s n o ta s de cam p o de la o b se r-
da de este libro, ha h e ch o p osible el co m ien zo de u n nuevo tip o vacíóli p a rtic ip a n te . L o m ism o q u e el o bservador, el en tre v ista d o r
de literatu ra de realism o so cial” . debe to m a r n o ta de los tem as, in te rp re ta c io n e s, in tu icio n es y co n ­
lisias observaciones n o deb en hacern o s p e rd e r de vista el h ech o je tu ra s em e rg e n tes, gestos n o ta b le s y ex p resio n e s n o verbales esen-
METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION

para c o m p re n d e r el significado de lo q u e se dice. Los siguien-


irs so n ejem plos del tip o de co m en tario s q u e deb en incluirse en
el <li;ir¡o;

l’o r las caras que p o n ía , creo que ella ironizaba al hablar sobre su madre'.
IVm no parecía querer decir nada realm ente negativo sobre ella.

Ks la tercera vez que plantea el tem a. D ebe ser im p o rtan te para ella. T en ­ C apítulo 5
ido que estudiar esto en el fu tu ro .
DESCUBRIENDO METODOS
De algún m odo los dos estábam os aburridos esta noche. Sólo queríam os
ijiK1 la entrevista term inara. Quizás esto se debió al tem a o tal vez am bos está­
bam os cansados h oy.

Creo que fui dem asiado agresivo esta noche. Me pregunto si dijo esas
rusas sólo para que yo no lo aprem iara. D ebo tenerlo presente cuando repase
l:i conversación.

N o tas de este tip o a y u d a rá n a o rie n ta r fu tu ra s e n tre v istas y a


in te rp re ta r los d a to s u lte rio rm e n te .
F in a lm e n te, el diario es u n b u e n lugar para llevar u n reg istro
ilr conversaciones con los in fo rm a n te s fu era de la situ ació n de E n 1966 u n e q u ip o de cie n tífic o s sociales p u b licó u n libro titu ­
en(revista. E d M u rp h y con frecu en c ia h ab lab a e x ten sa m e n te sobre lado U n o b tru sive M easures: N o n r e a c tiv e R esea rch in the S o c ia l
cosas im p o rta n te s de su vida e n tre en tre v ista y e n tre v ista , e n co n tac- S c ie n c e s , con el cual e sp e ra b a “ am p liar la p resen te gam a estre c h a
los in form ales con los investigadores. Tales d ato s son sin d u d a sig­ de m e to d o lo g ía s u tilizad as y a le n tar la e x p lo ta c ió n creativa que
nificativos y deb en ser analizad o s ju n to con los recogidos d u ra n te apro v ech e las o p o rtu n id a d e s únicas de m e d ic ió n ” (W ebb y o tro s,
las en Irevistas. 1966, pág. I ) . 1 C o n tin ú an :
F.s n ecesario esforzarse por escrib ir en el diario después de cada
c o n ta c to con los in fo rm a n te s, y ad em ás siem pre q u e se crea te n e r H oy, la masa dom inante de la investigación en ciencias sociales se basa
ali’o im p o rta n te para reg istrar. De ta n to en ta n to repase su diario en entrevistas y cuestionarios. Lam entam os esta dependencia excesiva de un
para re d o n d e a r u n a id e a de lo q u e ha cu b ie rto y de lo q u e ha a p re n ­ m étodo único y falible (Webb y o tro s, 1966, pág. 1).
dido.
Fn varios de los cap ítu lo s a n te rio re s p resen ta m o s las e s tra te ­ A u n q u e los a u to re s de U n o b tru sive M easures se alin ean con los
g i a s y tácticas de los m é to d o s de investigación cualitativos p re d o ­ m é to d o s de investigación cu alita tiv o s, su d efen sa de la creatividad
mina 11Les: la observación p a rtic ip a n te y la e n tre v ista en p ro fu n d i­ y la in n o v a c ió n debe ser a te n d id a tam b ién por los investigadores
dad. Fu el c a p ítu lo p ró x im o o frecere m o s ejem plos de o tro s m o d o s cu alitativ o s. D eb em o s g u ard arn o s de la d e p en d e n cia excesiva a la
de llevar a cabo la investigación cualitativa. E n ese c a p ítu lo cam bia­ q u e se re fie re n esos a u to re s, es decir, d ebem os cu idarnos de n o
m os el en fo q u e, pasan d o del “ có m o h ac e r” a la descrip ció n . N ues- q u e d a r e n c e rra d o s en u n re p e rto rio lim itad o de en fo q u e s in v e sti­
Ira niela en ese c a p ítu lo es a le n ta r la creatividad y la in n o v ació n ga tivos.
i-n la investigación. H asta a h o ra nos hem os c o n c e n tra d o en dos de tales en fo q u es:

1 Libro revisado y publicado con el títu lo de Nonreactive Measures in


the Social Sciences por Webb, C am pbell, Schw artz, Sechrest y Grove (1981).
I ,í4 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION DESCUBRIENDO METODOS 135

la o bservación p a rtic ip a n te , el p rin cip al de los m é to d o s c u a lita ti­ D E ST R O Z A N D O E L “ M UNDO D E L SEN TID O CO M UN
D E LA V ID A C O T ID IA N A ” : H A R O L D G A R F IN K E L
vos, y las e n trev istas en p ro fu n d id a d , m en o s c o m ú n m e n te e m p le a ­
das p e ro bien co n o cid as p o r la m a y a ría de los investigadores. A d e ­
nitis, p ara describir esos m é to d o s h em o s a d o p ta d o u n e n fo q u e de C ien to tre in ta y cinco p erso n as vagan en negocios y tra ta n
“ có m o h ac e r” . A h o ra bien, e x iste u n peligro. P o d em o s h ab er d ado de reg atear p recio s de a rtíc u lo s ta n com u n es com o cigarrillos y
la im presión de q u e ésto s son los ú n ic o s m o d o s de p ro c u ra r la co m ­ revistas. O tra s salen y e n c u e n tra n d esprevenidos co m p añ ero s pa­
prensión su b jetiv a y el análisis in d u c tiv o . ra ju g a r al ta te tí: cu an d o les to c a el tu rn o co rren casualm ente las
C on este p e n sam ie n to en m e n te , en este c a p ítu lo cam biam os fichas de sus o p o n e n te s y las pasan a o tra s casillas a n te s de co lo ­
de foco, y p asam o s al e x am en de estu d io s basados en m é to d o s car las suyas pro p ias. U na p erso n a inicia u n a conversación con
innovadores. L o q u e ha de ap ren d erse en esto s estu d io s es q u e o tra e im p asib le m en te a p ro x im a su ro stro al del in te rlo c u to r al
los cien tífico s sociales d eb en educarse so b re los m o d o s de e stu d ia r p u n to de q u e sus n arices casi se to can . D espués de estas activ id a­
el m u n d o social. E m p leam o s el té rm in o “ e d u c a rse ” com o o p u es­ des, los “ tra m p o so s” vuelven a sus casas para escrib ir n o ta s d e­
to a “ e n tre n a rs e ” , p o rq u e e n tre am b o s ex iste u n a diferencia im ­ talladas so b re sus en c u e n tro s. T o d a s éstas son estrateg ias e m p le a­
p o rta n te . T al com o lo señala Irw in D eu tsc h er (1 9 7 3 ), u n o p u ed e das p o r H aro ld G arfin k el (1 9 6 7 ) en sus in flu y e n te s estu d io s et-
e n tren arse so lam en te en algo q u e ya existe. S er e d u cad o consis­ n o m e to d o ló g ic o s. G arfin k el p arece p reg u n tarse : “ ¿Q ué se puede
te en a p re n d e r a crear de u n m o d o n u ev o . D e b e m o s crear co n s­ h acer para crear p ro b le m a s? ” G en eran d o co n fu sió n , an g u stia, azo-
ta n te m e n te n u e v o s m é to d o s y en fo q u es. D eb em o s to m a rn o s a ra m ie n to e in teracció n d eso rg an izad a tra ta de d escu b rir lo q u e
pech o las p alab ras de C. W right Mills (1 9 5 9 , pág. 2 24) en su co n ­ de o tro m o d o está o c u lto : las reglas s o b re e n te n d id a s de la in te r­
clusión de T h e S o cio lo g ica l Im a g in a tio n : acción social.
E x am in e m o s algunas de las o tra s estrateg ias q u e G arfinkel
Sea un b uen artesano: evite u n conjunto rígido de procedim ientos. Por ha u tiliz a d o p a ra alcanzar sus m etas. E n u n ejercicio se pide a las
sobre to d o , trate de desarrollar y aplicar la im aginación sociológica. Eluda el p erso n as q u e en una carilla escrib an conversaciones reales q u e h a­
fetichism o del m éto d o y la técnica. Im pulse la rehabilitación de una artesa­ y an so sten id o con u n am igo o p a rie n te , A l dorso se les pide q u e
nía intelectual no presuntuosa, y tra te de convertirse en artesano usted m is­ e scrib an lo q u e p ara ellas el in te rlo c u to r q u iso d ecir con cada o ra ­
m o. Que cada hom bre sea su propio m etodólogo... ción. A co n tin u a c ió n se estu d ia la relació n e n tre am bos te x to s,
en busca de lo q u e revelan so b re lo q u e se da p o r se n ta d o , los su ­
E sos m é to d o s n o se h an d e copiar, sino m ás bien de em u lar. p u e sto s su b y a c e n te s y los significados co m p artid o s.
Ellos n o d e te rm in a n la gam a de p o sib ilid ad e s; sólo n u e stro s p e n ­ E n o tr o ejercicio m ás p ro v o cativ o , se le dice a la g en te q u e
sam ien to s lo hacen. inicie conversaciones con o tro s y q u e insista en q u e estos ú ltim o s
Los e s tu d io s q u e siguen ejem p lifican el ideal del investiga­ aclaren los significados de los lugares com unes. A lguien le p reg u n ­
d o r com o in n o v a d o r. A lgunos p re se n ta n d eb ilid ad es serias; n o s­ ta a u n o de los e x p e rim e n ta d o re s: “ ¿C óm o e stá u s te d ? ” El ex ­
o tro s nos refe rim o s a ellos a causa de sus m érito s. p e rim e n ta d o r replica: “C ó m o e sto y ¿con referen c ia a qué? ¿Mi
No e x am in am o s las co n secu en cias éticas de los en fo q u es que salud, m is fin an zas, m i tra b a jo aca d ém ico , m i paz m e n tal, m i...? ”
siguen. Los p ro b le m a s éticos han sido e x p lo ra d o s en c a p ítu lo s El in te rlo c u to r, con el ro s tro co n g estio n ad o y fu era de c o n tro l,
an terio res. A lgunos de los m é to d o s q u e d escribim os irru m p e n en esp eta: “ M ire, sólo estab a tra ta n d o de ser b ien ed u ca d o . F ra n c a ­
le u d o s ético s de an tig u a vigencia. Al describir esto s estu d io s no m e n te , m e im p o rta u n p ito cóm o está u s te d ” .
n ece sa riam en te avalam os las p osiciones éticas asum idas p o r los O tra tá c tic a usada p o r G arfin k el consiste en p ed ir a la per­
in vest igad ores. so n a q u e vea u n a escena o rd in a ria y co m ú n de su p ro p ia vida des­
de la p e rsp ectiv a de u n e x tra ñ o . Se indica a los alu m n o s q u e en
la casa de su fam ilia ac tú e n com o huéspedes. A través de este ejer­
cicio la gente . to m a conciencia de cosas q u e n u n ca h a b ía ad v erti­
do en su vida co tid ian a , co m o las m an eras en la m esa, los saludos
136 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION
DESCUBRIENDO METODOS 13 7

y o tra s co n v en cio n es sutiles. E n u n e x p e rim en to ligeram ente di­


A parte de aducir síntom as y falsear los nom bres, profesiones y em pleos,
feren te se p o n e énfasis en las rea c c io n e s de los o tro s a la co n d u c ­
no se realizó ninguna o tra alteración referente a la persona, su historia o sus
ta del e s tu d ia n te q u e se c o m p o rta co m o u n hu ésp ed en su p ro ­ circunstancias. Los acontecim ientos significativos de la historia de vida del
pio hogar. seudopaciente fueron presentados tal como h ab ían ocurrido realm ente. Las
G a rfin k e l ha creado u n a serie de estrateg ia s q u e le p e rm ite n relaciones con los padres y herm anos, con los cónyuges e hijos, con las per­
e x p lo ra r aq u ellas áreas de la in te ra c c ió n social en las que está in ­ sonas del am biente en el trabajo y la escuela, guardando coherencia con las
te re sa d o . U tilizá a sus e x p e rim e n ta d o re s p ara d escu b rir lo q u e se ya m encionadas excepciones, fu ero n descriptas tal com o eran o h ab ían sido.
ve p ero p o r lo gen era l n o se ad v ierte: el m u n d o d el se n tid o co m ú n Las frustraciones y trasto rn o s se describieron ju n to a las alegrías y satisfac­
de la vida co tid ian a . ciones...

Inm ediatam ente después de la adm isión en la sala psiquiátrica, los seu­
dopacientes dejaron de sim ular cualquier sín to m a o anorm alidad. En algunos
LOS IM PO STO R ES: D. L. R O S E N H A N Y O T R O S
casos hubo u n breve período de nerviosidad y angustia m oderadas, puesto
que ninguno de ellos h abía creído en realidad que iba a ser adm itido tan fá ­
U n a rtíc u lo pub licad o p o r D. L. R o se n h an (1 9 7 3 )2 com ienza cilm ente. Por cierto, su miedo com partido consistía en que tem ían ser in m e­
co n la p re g u n ta siguiente: “ Si la co rd u ra y la lo c u ra e x iste n , ¿ có ­ diatam ente denunciados com o fraudulentos y puestos en u n gran aprieto.
m o las re c o n o c e re m o s? ” R o sen h an re fle x io n ó so b re esa p re g u n ­ A dem ás, m uchos nunca h ab ían visitado una sala psiquiátrica, e inclusp aq u e­
ta con la a y u d a de d a to s q u e él y sus colegas recogieron en 12 hos­ llos qu e sí lo h abían hecho te n ía n una au tén tica aprensión acerca de lo que
p itales p siq u iátrico s. p o d ría sucederles. De m odo que su nerviosidad era to talm ente adecuada a n ­
R o se n h an y sus c o lab o rad o res realizaro n la investigación co­ te la novedad del escenario hospitalario, y dism inuyó rápidam ente.
m o im p o sto re s. E ran personas “ sanas” o “ n o rm a les” , q u e n u n c a
h a b ía n sido d e fin id o s co m o “ en fe rm o s m e n ta le s” n i p o r ellos m is­ Con la excepción de esa breve nerviosidad, los seudopacientes se co m p o r­
m os n i p o r o tro s , y se p rese n ta ro n com o tales a n te el perso n al taro n en la sala com o lo hacían “n o rm alm ente” . H ablaban con los otros pa­
de los h o sp itales q u e q u e ría n estu d iar. E sto s “ seu d o p a c ie n te s” , cientes y con el personal com o en circunstancias ordinarias. Puesto que es
inusitado lo p oco que h ay que hacer en una sala psiquiátrica, in ten taro n in i­
3 m ujeres y 5 h om bres, in c lu ía n a 3 psicólogos, 1 p e d ia tra , 1 psi­
ciar conversaciones con otros.
q u ia tra , 1 p in to r, 1 am a de casa y 1 e stu d ia n te g ra d u ad o de psico­
Cuando el personal les preguntó cóm o se sen tían , respondieron que m uy
logía. E ste ú ltim o , un varón d e p o co m ás de 20 años, era el m ás
bien, qu e h ab ían dejado de experim entar síntom as. Siguieron las instrucciones
jo v e n d el grupo. del personal de atención, concurrieron a los llam ados para m edicación (pero
C on la ex c e p c ió n de R o sen h an , q u e p revino so b re sus planes n o to m aro n las pildoras), y cum plieron las indicaciones del salón com edor.
al a d m in istra d o r y al psicólogo je fe del h o sp ita l, los seu d o p a c ien ­ Más allá de las actividades que p o d ían realizar en la sala de adm isión, dedica­
tes realizaro n su ex p e rim e n to sin co n o cim ie n to del p erso n al de ban su tiem p o a redactar las observaciones sobre la sala, los pacientes y el p er­
las in stitu c io n e s. T o d o s los im p o sto re s usaro n seu d ó n im o s. Los sonal. Al principio esas notas fueron escritas “ en secreto” , pero p ro n to resul­
p ro fesio n ales d el cam po de la salud m e n ta l m in tiero n so b re sus tó claro que a nadie le preocupaba m ucho que lo hicieran, de m odo que en
o cu p acio n es p ara ev itar cu alq u ier tra to especial. Los p ro ce d im ie n ­ adelante los seudopacientes em plearon anotadores norm ales en lugares públi­
tos q u e siguieron los im p o sto res e stá n d esc rip to s del m e jo r m odo cos, com o p o r ejem plo el salón de d ía. N o se hizo ningún secreto de esas a c ­
tividades.
po r las p ro p ias p alab ras de R osen h an (1 9 7 3 ):
Los seudopacicntes, en gran m edida com o verdaderos pacientes psiquiá­
tricos, entraron en los hospitales sin saber de antem ano cuándo serían dados
Después d e solicitar hora en el hospital, los seudopacientes llegaron a
de alta. A cada uno se le dijo que lograría salir por sus propios m edios, esen­
las oficinas de adm isión quejándose de que h ab ían estado oyendo voees...
cialm ente convenciendo al personal de que estaba sano... Por lo ta n to , estaban
m otivados n o sólo para com portarse de m odo sano, sino tam bién para ser
2D. L. R osenhan, “O n being sane iii insane places” , Science, 179 (en e­ ejem plos de cooperación.
ro), págs. 250-258, 1973. Copyright 1973 by Am erican A ssociation for th e
Advjincement o f Science. Utilizado con perm iso.
T al com o lo in d ica R o se n h a n , los seu d o p a cie n te s lo g raro n con
METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION D ESC U B R IE N D O M ETOD OS 139

tocio é x ito ser ad m itid o s en los h o sp ita les. Con la ex cep ció n de p ara q u e lo g raran u n a co m p re n sió n p erso n a l de las p erspectivas
u n o , to d o s fu e ro n d iag n o sticad o s co m o “ esq u izo fré n ic o s” , y dados de las p erso n as q u e p a d e c ía n efe c tiv am e n te esos problem as.
de ;ilta con u n d iag n ó stico de “ esq u izo fren ia en rem isió n ” . L a ex ­
tensión de la h o sp ita liz ació n fu e de los 7 a los 52 días, con u n
p ro m ed io de 19 días. E N T R E V IS T A S G RU PA LES

El tra b a jo de R o sen h an es e stim u la n te en u n a variedad de sen­


U n m é to d o q u e ha sido m u y p o c o e m p lea d o e n el pasado p ero
tidos. P erm itió a los im p o sto re s recoger d ato s y (lo q u e es m ás
posee u n gran p o te n c ial es la. en trev ista grupal. E n este caso los
im p o rta n te ) e x p e rim e n ta r re alm en te la h o sp italiz ació n de los “ e n ­
e n tre v istad o res reú n e n grupos de p erso n as para q u e hablen sobre
ferm os m e n ta le s” . P u d iero n ex a m in a r a través de u n co n o c im ie n to
sus vidas y ex p erien cia s en e l curso de discusiones a b iertas y libre­
d irecto el p ro c eso p o r el cual las p erso n as son rec ib id as y clasifica­
m e n te flu y en tes. C om o en la e n tre v ista en p ro fu n d id a d , el inves­
das com o “ cu erd as” o “ locas” . E sto s investigadores tu v iero n ta m ­
tig a d o r aplica u n e n fo q u e n o d irec tiv o . N o o b s ta n te , e n las e n tre ­
bién la o p o rtu n id a d de o b serv ar el c o m p o rta m ie n to desprevenido
vistas grupales p ro b a b le m e n te n u n c a o b te n g a la co m p re n sió n h o n d a
del personal.
q u e se a d q u iere en las en tre v istas p erso n a a persona.
A u n q u e los inv estig ad o res de R o sen h an p o d ría n h a b e r logrado D os geógrafos, R o w a n R o u n d tre e y B arry G o rd an , u tiliz aro n
m uch o s de los m ism os c o n o c im ie n to s y co m p ren sio n es m ed ian te crea tiv am en te la en trev ista g ru p al para e stu d ia r el m o d o e n q u e
el em p leo de técn icas ab ie rta s de o b servación p a rtic ip a n te , su c o n ­ la g en te define el espacio geográfico, e sp e c ífica m e n te los b o sq u es.3
dición de im p o sto re s les p e rm itió vivir a ellos m ism os la e x p e rie n ­ A l p rin cip io tra ta ro n de realizar o b servaciones en el “ c am p o ” ,
cia. A sí alcan zaro n u n a co m p re n sió n p ro fu n d a q u e h a b ría sido di­ es decir, en zo n as boscosas. E ste p lan te n ía sus desventajas. P u esto
fícil de conseguir con o tro s m é to d o s. q u e la m a y o r p a rte de las p erso n as se rad ica en esas zo n as p ara
D esde luego, R o se n h a n y sus colegas n o son los p rim ero s q u e alejarse, in clu so de las o tra s p ersonas, re s u lta ría d ifíc il e n c o n tra r
realizaro n estu d io s o bservacionales e n c u b ie rto s (véase, p o r ejem ­ ind iv id u o s q u e se p re sta ra n a ser estu d ia d o s. Ellos esta b a n ta m b ién
plo, D a lto n , 1961; F estin g er y o tro s, 1956; H u m p h rey s, 1975). in te re sad o s en las definiciones de personas q u e p o d ría n n o h ab er
Los p ro b le m a s ético s p la n te a d o s p o r la investigación e n c u b ie rta estad o n u n c a en u n bosque.
ya fu ero n e x am in ad o s en este libro. E n u n e s tu d io esp ecialm en te Lo q u e los investigadores decid iero n h acer fu e re u n ir grupos,
in n o v a d o r sobre el m u n d o de u n a jo v e n c ita “ sorda, ciega, severa­ m o stra rle s u n co n ju n to de 10 d iap o sitiv as de áreas boscosas, y
m ente re ta rd a d a ” , G o o d e (1 9 8 0 ) consiguió la c o m p re n sió n su b je­ alen ta rlo s a h a b la r so b re lo q u e h a b ía n visto. E sta investigación
tiva q u e se pu ed e lograr m e d ia n te la im p o stu ra , ev itan d o al m is­ p ro c u ra b a la co m p ren sió n del m o d o en q u e los d ifere n tes indivi­
m o tie m p o los p ro b le m a s é tic o s su scitad o s p o r la observación e n c u ­ duos v eían y u tiliz ab a n las zo n as boscosas.
bierta. G o o d e em p leó u n cierto n ú m e ro de estrateg ia s tra ta n d o de O tra s p erspicaces en tre v istas grupales fu e ro n co n d u cid as por
in tro d u cirse en el m u n d o su b jetiv o de esa jo v e n c ita : la observación T h o m a s C o ttle y u n grupo de investigadores en la Escuela de T ra­
intensiva d u ra n te p e río d o s de 2 4 h o ras o m ás; la v id eo g rab ació n ; bajo S ocial de la U niversidad de M ichigan. C o ttle (1 9 7 3 c ) describe
el uso de u n a ven d a p ara los ojos y ta p o n es para los o íd o s en la estas en tre v istas, en las q u e se basa su ex c e le n te a rtíc u lo “ T he
sala de la in s titu c ió n en q u e ella vivía, y “ p ro c e d im ie n to s in te rac - G h e tto S c ie n tis t” :
cionales” q u e in c lu ían la im ita c ió n de su c o n d u c ta y la “ o b e d ie n ­
cia pasiva” d el in v estig ad o r, q u e p e rm itía q u e ella organizara a c ti­ Es difícil decir cuántos de nosotros estábam os hablando esa tarde en el
vidades p a ra los dos. M ediante esta s técn icas, G oode (1 9 8 0 , pág. pequeño parque próxim o al hospital. T anto era lo que estaba sucediendo —como
195) tra tó de “ in tu ir, m ie n tra s in te ra c tu a b a con ella, la in te n c io n a ­ por ejem plo u n colosal partido de basket-batt y m uchachos persiguiendo a
lidad o rac io n a lid a d q u e las actividades de la jo v e n c ita p o d ría n te ­ chicas, o una lucha fingida—, que nuestra población se m an ten ía en movimien-
n er desde su p ro p ia p ersp ectiv a” . T am b ién c o n o ce m o s a varios p ro ­
fesores, e n tre ellos Bill E nglish y Steve M urp h y , q u e enviaron a
sus alu m n o s a lugares p ú b lico s fin g ien d o d ife re n tes d iscapacidad 3Sus ideas fueron en parte inspiradas por Craig (1970).
METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION DESCUBRIENDO METODOS 141
MO

to es u n a ex c e le n te fu e n te de d a to s a causa de su in tim id a d y de
i», l’ero siem pre h abía cuatro o cinco jovencitos de unos diez aftos que se me
unían en el césped ju n to a las canchas de basket, y la conversación no era p ro ­
la re flex ió n so b re las p ro p ias ex p erien cias in m ed iatas.
funda ni sistem ática, de m odo que todos podíam os seguirla y los recién llega­ El d iario evoca la im agen de la ad o lesc en te q u e se re tira a la in ­
dos p odían participar fácilm ente. Los chicos y chicas hablaban sobre Ja escue­ tim id ad de su h ab ita c ió n p ara to m a r el cu ad e rn o del lugar en que
la, sus estudios, los m aestros, los padres, herm anos y herm anas, aunque (lo- lo o c u lta y d e sn u d ar su alm a. Sin em b arg o , h ay o tra s clases de va­
cual era inusual) h ab ía habido u n desliz hacia la po lítica. En m om entos com o liosos reg istro s d e hechos en progreso. L os viajeros con frecu en c ia
ése deseaba ser to talm en te libre para decirles cualquier cosa a los jovencitos, re d a c ta n diarios de viaje. M uchos profesio n ales y h o m b res de n e ­
un esle caso negros. N o es que pensara algo en particular sobre ellos, sino que gocios llevan agendas q u e in c lu y e n re fle x io n es so b re los a c o n te ­
retengo ideas que por un a u o tra razón siento que deben perm anecer ocultas. cim ien to s, adem ás de los h o rario s. A lgunos p ad res m a n tie n e n al
Quizás ello tenía que ver con la pereza del día o con el hecho de que nadie d ía u n registro d e l desarrollo sobre los progresos de sus hijos (véase
pareciera especialm ente ansioso de aferrarse a algunos tem as. Tal vez se tra ta ­ C hurch, 1966). Los á lb u m e s d e f o t o s o d e re c o rte s son o tra s fo r­
ra del m odo en que algunos investigam os, entrando en áreas pobres de las ciu­
m as im p o rta n te s de d o c u m e n to s personales.
dades y lim itándonos a hablar con la gente, dejando que las conversaciones
Las cartas privadas c o n stitu y e n u n a b u en a fu e n te de in fo rm a ­
fluyan sin interpretaciones o análisis. Puede ser tam bién qu e algunos tuviéra­
mos un intenso deseo de saber lo que esas personas pensaban de nosotros y del
ción sobre a c o n te c im ie n to s y ex p erien cias esp ecífico s de la vida
trabajo qu e hacíam os. de la gente. El soldado en el cam po de b ataíla , el a b u elo q u e está
a m iles de k iló m e tro s de su fam iü a, el in m ig ran te, c o m p a rte n p o r
El grupo de M ichigan e stu d ia b a el m o d o e n q u e d e fin ía n el igual sus tristez a s y alegrías a través de cartas. El estu d io clásico
bienestar las m adres q u e re c ib ía n ay u d a p ú b lic a (G lasser y Glas- de T h o m a s y Z n an ieck i (1 9 2 7 ) titu la d o T h e P olish P easant in E u r o ­
scr, 1970). E n ese e stu d io , las m adres fu e ro n in v itad as a fo rm ar p e a n d A m e r ic a se basó en g ran m ed id a en cartas escritas a p arie n ­
grupos de discusión para ex a m in a r el p ro g ram a de ay u d a. C ada g ru ­ tes q u e e sta b a n al o tro lado del o céan o .
po se ce n tró en u n área ú n ica, co m o p o r ejem p lo las o p o rtu n id a ­ U na fo rm a de co rresp o n d e n c ia privada q u e ha recib id o co n sid e­
des de em p le o , los p ad res in c a p ac ita d o s, la crianza de los n iñ o s rab le a te n c ió n en las ciencias sociales es la n o ta de suicida (D ouglas,
y los p ro b lem as escolares; se realizaro n de 6 a 12 sesiones sem a­ 1967; Ja c o b s, 1967). E stas n o ta s son im p o rta n te s para co m p re n ­
nales. der n o só lo p o r qué la gente decide q u itarse la vida, sino tam b ién
lo q u e tra ta b a n de co m u n icar a o tro s al hacerlo.
T al com o se observó en el c a p ítu lo d e d icad o a las en tre v istas
en p ro fu n d id a d , los rela to s so lic ita d o s han sido a m p liam en te u ti­
D O C U M EN TO S PERSO N A LES lizados en los estu d io s cu alitativ o s. Las investigaciones de Shaw
(1 9 3 1 , 1966) y sus colegas, S u th e rla n d (1 9 3 7 ), y de o tro s se basa­
El em p le o de d o cu m en to s personales tieríe u n a so b erb ia h isto ria ro n en h isto rias de vida re alm e n te escritas p o r d e lin cu en tes y cri­
en la investigación en ciencias sociales, q u e se re m o n ta al apogeo m inales. Para u n e stu d io de las histo rias de vida de refugiados ale­
de la E scuela de C hicago (A llp o rt, 1942; D o llard , 1935; G o ttsch alk , m anes, G o rd o n A llp o rt (1 9 4 1 ) o rganizó u n co n cu rso en el q u e se
1945 y o tro s ; véase ta m b ié n B ecker, 1966, y F razier, 1978). E n p rem iab a el m ejor en say o so b re el te m a “ Mi vida en A lem ania
so ciología, m uchas de las h isto rias de vida clásicas se basaro n en an tes y d espués del 30 de e n e ro de 19 3 3 ” . R ecibió 200 m an u scri­
gran m e d id a so b re d o c u m e n to s personales. to s de u n p ro m e d io de 100 páginas cada u no. E n co m p aració n con
o tro s d o c u m e n to s personales, los re lato s so licitad o s p ro d u c en una
La e x p re sió n “d o c u m e n to s p erso n a le s” se refiere a relatos d e l
can tid ad re lativ a m en te p e q u eñ a de d a to s irrelev an tes o no utili-
in d iv id u o escrito s en p rim era perso n a so b re to d a su vida o p a rte
zables, al p rec io de sacrificar la esp o n ta n e id a d .
d e ella, o a re fle x io n e s so b re u n a c o n te c im ie n to o te m a e s p e c ífi­
A u n q u e h ay literalm en te m illones de d o cu m e n to s personales
cos. El diario es p ro b a b le m e n te el tip o m ás re v elad o r y privado de
“ q u e ag u a rd a n q u e alguien los e n c u e n tre ” , el in vestig a d o r siem p re
d o c u m e n to personal. En la In tro d u c c ió n de su fam o so diario, A n n a
ten d rá q u e buscarlos im aginativa y agresivam ente. L as b ib lio te cas,
l ’r a n k ( 1 9 5 2 ) escribió: “ E spero p o d er c o n fia r en ti co m p le ta m e n te ,
los archivos llevados p o r organizaciones y las sociedades h istó ricas
com o n u n c a p u d e confiar en nadie a n te s” . E ste tip o de d o c u m e n ­
DESCUBRIENDO METODOS 1 43
14’ METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION

La o b ra de Lesy es u n a co m p o sició n de fo to g ra fía s y citas


son buen o s lu gares p a ra em p ezar. U n o de los m ejores m od o s de
reco g id as en la c iu d ad de B lack R iver F alls, W isconsin, y en sus
o h le n e r d o c u m e n to s co n siste en c o lo car avisos e n periódicos de
alre d ed o res, y tra ta so b re el p e río d o q u e va de 1890 a 1910. E m ­
venta p ública o exclusivos p a ra su scrip to res. A sí fu e com o T h o m as
p le an d o u n o s 3 0 .0 0 0 negativos so b re vidrio d el archivo de la S o ­
y Z n an ieck i u b ic a ro n cartas p a ra su estu d io . Los d irecto res de
ciedad H istó rica E sta d u a l de W isconsin y citas y reg istro s del pe­
es;is pub licacio n es, los co lu m n istas, las perso n as fam osas y o tra s
rió d ic o B a d g er S ta te B a n n er, d el H o sp ital P siq u iátrico E sta d u a l
q u e re cib e n u n g ran v olum en de co rresp o n d en cia tam b ién p u e ­
M en d o ta, y o tra s fu en te s, L esy in te n ta a p re h e n d e r “ la e s tru c tu ra
den estar d isp u esta s a c o m p a rtirla con fines investigativos. F in a l­
de la e x p e rie n c ia de las p erso n as m ism as, en esp ecial ese aspecto
m e n te , los am igos y c o n o c id o s p u e d e n p ro p o rc io n a r d o cu m en -
de la e s tru c tu ra q u e p o d ría ser con sid erad o p a to ló g ic o ” ,
los. M uchas p erso n as p re fe riría n d estin ar sus c a rta s y listas re c o r­
W isconsin D e a th T rip c o n tie n e cen ten ares de citas y f o to ­
d a to ria s a algún p ro p ó sito “ ú til” en lugar de q uem arlas. Los dia­
grafías, e n tre m e zc lad a s co n los co m en tario s del p ro p io L esy. El
rios se re d a c ta n a veces con la e x p e c ta tiv a de q u e alguien los lea
em p lea esto s m ateriales p a ra ver a las p erso n as com o o tro s no
en el fu tu ro .
lo h a n h e c h o y para c u estio n a r, im p líc ita si no e x p líc ita m e n te ,
Los d o c u m e n to s p erso n ales re s u lta n qu izás m ás valiosos cu an ­
n u e s tro m o d o tra d ic io n a l de co n sid erar ese p e río d o . A fin de dar
do se usan en c o n ju n ció n con en tre v istas y o bservación d ire c ta .4
al le c to r u n a m u e stra de la n a tu ra le z a d el lib ro , p re se n ta re m o s
Si bien re c o n o c e su valor, H e rb e rt B lu m er (1 9 6 9 ) critica el em ­
algunas de las citas que se e n c u e n tra n en él.7
pleo de d o c u m e n to s personales, sobre la base de q u e ellos se pres­
ta n m ás q u e o tro s tip o s de d a to s a in te rp re ta c io n e s diversas. T al
Milo L. N icholas, enviado al hospital psiquiátrico hace un año o dos,
co in o lo ilu stró e l en g añ o re c ie n te co n los p resu n to s diarios de
después de qu e incendiara prem editadam ente la granja de la señora Nicholas,
llille r, esto s d o c u m e n to s son re la tiv a m e n te fáciles de fab ricar,
está ahora en lib ertad .„ y ha sido visto cerca del antiguo lugar a principios
a u n q u e en la m a y o r p arte de la investigación en ciencias sociales de la sem ana pasada... Ha dem ostrado ser u n pirom aníaco vengativo.
n o liay nin g u n a ra z ó n re a l p a ra h a c e rlo .5
H enry Jo h n so n , un antiguo bachiller de G rand D yke, les cortó la cabe­
za recientem ente a todas sus gallinas, hizo una hoguera con s u m ejor ropa
PA LA B R A S E IM A G EN ES: M IC H AEL LES Y y se m ató con arsénico.

L lam am os “ m o n ta r” , e n u n a de sus acepciones, al proceso de El lem a de los egresados en 1895 de la escuela secundaria era “ El trabajo
realizar una co m p o sició n a p a rtir de p alab ras y cuadros c u id a d o ­ es la ley de la vida” .
sam en te o rd e n a d o s co m o en u n a im agen inm óvil o p re sen tad o s
Jo h n Pabelow ski, un m uchacho de 16 años de Stevens Point, fue con­
sucesivam ente d u ra n te in terv alo s breves com o en u n a p elícu la ;
vertido en id io ta por el uso del tabaco.
a los p ro d u c to s d e esa activ id ad los llam am os “ m o n ta je s” . E sta
palabra se aplica m u y ad e c u a d am e n te al libro de M ichael Lesy Se afirm a que George K anuck, un jo rn alero , vendió su hijo de 7 años
(1 9 7 3 ) titu la d o W isconsin D e a th T r ip ,6 a buhoneros italianos que hab ían estado trabajando en M anitow oc. Se dice
que la venta tuvo lugar en la casa de K anuck du ran te una orgía alcohólica
4 Esto se debe a lo que D enzin (1978) denom ina “ problem a de la dis­ en la que participaron to d o s. Los italianos, dos mujeres y un hom bre, al día
tancia de la realidad” . Al analizar docum entos personales el investigador es siguiente dejaron la ciudad llevándose al niño.
a veces ap artado del fenóm eno que le interesa. Desde luego, hay m uchos ca­
sos en que es im posible analizar docum entos en conjunción con la realización La esposa de Billie Neverson era una excéntrica. Se hizo cargo del antiguo
de investigación eara a cara, paraje de C restón en el o tro ex trem o del valle. Nadie sabe lo que sucedió real­
5 Denzin (1 9 7 8 ) pasa revista a los criterios para juzgar la validez y auten- m ente. A lgunos dicen que el hecho se produjo después de que Billie descu-
licidad de los doeum entos personales.
7 Michael Lesy, Wisconsin Death Trip. C opyright 1973, P antheon Books,
6 Véase tam bién el libro de Lesy, publicado m ás recientem ente, Real a División o f R andom H ouse, Inc. Utilizado con permiso de los editores.
t ife Lnuisvillc ¡n íhe Twenties (1976).
I II METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION DESCUBRIENDO METODOS 145

tu in a que ella te n ía u n hijo desde antes de que se casaran. De todos m odos, F in a lm e n te , Lesy e x am in a el proceso m e d ian te el cual co m p a­
clin se sostenía a sí misma. Quizás un a vez al año alguien la vería en la ciu­ ginó el libro. S o stien e q u e el trab ajo fue m ás de a rte sa n o q u e de
dad, pero ella n o saludaba ni inclinando la cabeza. Por actuar de esa m anera, técnico.
tam poco nadie se m olestó en visitarla.
El tex to fue com puesto com o se com pone m úsica. P retendía obedecer
A dm itido el 21 de noviem bre de 1899. Ciudad de Franklin. N oruego. sus propias leyes de tonalidad, diapasón, ritm o y repetición. A unque ahora,
M) lirio s. Casado. Dos h ijo s, el m enor de 3 años. G ranjero en malas circuns­ en tre las dos tap as de este libro, acom paña a las imágnes, ello no significa que
tancias... Tiene la idea de que la gente le está sacando lo poco que tien e, de las sirva como u n cuarteto intercalado para disim ular las pausas indecorosas
(¡iic irán a su casa incluso cuando él esté allí. No es hom icida... Pobre estado en la chism ografía del siglo X V III. A ntes bien, se quiere que llenen el espacio
tísico... linero 2 4 de 1900. Murió h o y . A gotam iento. de este libro con u n tem a constantem ente repetido que p o d ría recapturar
la aten ció n del lector siem pre que ella se aparte de los rostros y las m anos
Lesy n o tie n e m u c h o q u e d e c ir so b re sus m é to d o s. D espués de de las personas de las ilustraciones.
lo d o , su tare a se lim ita b a al p ro ceso de leer y o rd e n a r los m ateria-
ios para p re se n ta rlo s en el libro. A d em ás, m ás im p o rta n te q u e su Lesy es u n a rtista , u n h isto ria d o r y u n c ie n tífic o social p o r
m e to d o lo g ía es la p ersp ectiv a y c o m p re n sió n q u e a p o rta a sus d a­ ex celen cia. A l ilu m in ar una p a rtic u la r ciu d ad , reg ió n y d istrito
los. Por ejem p lo , n o s rec u e rd a q u e n in g u n a de las im ágenes que e n u n p a rtic u la r p e río d o h istó ric o , ilu m in a ta m b ién el m u n d o ac­
re p ro d u c e co rresp o n d e a u n a fo to g ra fía in sta n tá n e a : p u e sto que tual. N os p e rm ite e n tra r en el pasado e im aginar lo q u e sabrá de
era necesario posar p ara p e rm itir la ex p o sició n re q u e rid a de m e­ n o so tro s la g en te del fu tu ro . Las o b ra s h istó rica s com o la de Le­
dio segundo, la gente te n ía la o p o rtu n id a d de pensar so b re cóm o sy n o s llevan a ex am in ar con u n a p ersp ectiv a m ás desapegada n u es­
q u e r ía a p are cer en la placa. tra p ro p ia co m p re n sió n d el m u n d o basada en el sen tid o com ún.
lin su in tro d u c c ió n , Lesy re fle x io n a so b re el significado de
los m ateriales q u e h a re u n id o .

Cuando las imágenes fueron registradas y los acontecim ientos experi­ M ETODO S NO IN TRU SIV O S
m entados, ni unas ni o tro s se consideraron únicos, extraordinarios o sensa­
cionales... Las personas que m iraban las im ágenes después de obtenidas no E n su libro U n o b tru sive M easures, W ebb y o tro s (1 9 6 6 ) p re­
quedaban sorprendidas, y quienes leían sobre los acontecim ientos en letras se n ta n u n a serie de e n fo q u es investigativos d estin a d o s a re d u c ir
de molde no se sen tían horrorizados. al m ín im o o a elim inar los e fe c to s de la presencia del in v estig ad o r
so b re las p e rso n a s y escen ario s q u e a q u é l estu d ia. E sto es lo que
C on re sp ec to a los re d a c to re s del p erió d ico , escribe: ellos e n tie n d e n p o r investigación n o reactiva.
E n tre los m é to d o s q u e W ebb y o tro s describen se cu e n ta el
Hilos no cuestionaban los acontecim ientos, los confirm aban. Con el análisis de las hu ellas físicas q u e la g en te deja d e trá s de sí, los a r­
tiem po podrían haberse convertido en particularm ente sensibles a las aparien­ chivos, la observ ació n “ sim p le” (n o in teractiv a), y la observación
cias, pero nunca du d aro n de su significado. Charley to m ó centenares y cente­ m a q u in ad a (q u e in clu y e la observ ació n e n c u b ie rta y los disposi­
nares de fotografías de caballos porque se le pidió que lo hiciera; to m ó do­
tivos de reg istro a u to m á tic o ). En su in tro d u c c ió n , esos a u to re s
cenas y docenas de imágenes de casas con sus propietarios porque se le o fre­
o fre c e n algunos ejem p lo s in q u ie ta n te s de los tip o s de m é to d o s
ció el trabajo. Los Cooper [directores y redactores del periódico local] vili­
pendiaban a los huelguistas de Pullman porque to d o el m undo era republi­ co n sid era d o s en su libró.
cano; inform aban sobre una partida, una llegada o una visita porque todos
p artían , llegaban o visitaban; dedicaban una colum na semanal a la ab stin en ­ Las baldosas de la exhibición de incubación de pollos del Museo de Cien­
cia poique la tem perancia era un deber cristiano. T odos le decían que sí a cia e In d u stria de Chicago deben ser reem plazadas cada seis sem anas. Las b al­
lo que se suponía que apoyaban y que no a lo que se suponía que rechazaban, dosas de otras partes del museo no se reem plazan d u ran te aflos. La erosión
liran los cronistas prosaicos de un universo convencionalizado. selectiva de esas baldosas, cuyo índice es el ritm o del reem plazo, constituye
un a m edida de la popularidad relativa de la exhibición.
METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION DESCUBRIENDO METODOS 147

La tasa d e acum ulación es o tra m edida. Un investigador quiso saber F O T O G R A F IA V M ETO D O LO G IA


cuál era el nivel del consum o de w hisky en u n a ciudad oficialm ente conside-
mdu abstem ia. Lo logró contando las botellas vacías en los recipientes de re­ T al com o lo d e m u e stra ta n m e rito ria m e n te e l e stu d io de L esy,
siduos. los fo tó g ra fo s p u ed e n p ro p o rc io n a r u n a e x c e le n te fu e n te de da­
to s para el análisis. C om o los d o c u m e n to s perso n ales, las im áge­
El grado de tem o r inducido por una sesión de narración de historias nes q u e la g en te to m a a p o rta n co m p re n sió n so b re lo q u e es im p o r­
de fantasm as puede m edirse observando la reducción del diám etro de u n círc u ­ ta n te para ella y so b re la m a n era en q u e se percib e a sí m ism a y
lo de niños sentados.
a o tro s. Sin em b arg o , éste n o es el ú n ic o m o d o en q u e la fo to g ra fía
e n tra en la investigación cu alitativ a.
Los vendedores chinos de jade han observado la dilatación de las p u p i­
La cám ara se está co n v irtien d o en u n in s tru m e n to de inves­
las de sus clientes com o m edida del interés de estos últim os en determ inadas
piedras, y en 1872 D arw in advirtió la misma variable com o índice de m iedo. tig ació n de d ifu sió n crec ien te en las ciencias sociales (D abbs, 1982;
S tasz, 1979). A sí com o el g ra b a d o r p u ed e ay u d ar en el reg istro
Los retiros de libros en una biblioteca fueron utilizados para dem ostrar d e los d a to s, los eq u ip o s de film ación, o v id eo g rab ació n p u ed e n
los efectos de la intro d u cció n de la televisión en una com unidad. L a cantidad c a p ta r d etalles q u e d e o tro m o d o q u e d a ría n o lv id ad o s o in ad v er­
de títu lo s de ficción retirados cayó; la no ficción no se vio afeetada. tid o s.9 T al com o lo observa D ab b s (1 9 8 2 , pág. 3 8 ),

El rol del grado de interacción en el reclutam iento de directores está Hay dos razones para que estos m edios m e gusten. En prim er lugar, son
dem ostrado p o r la gran proporción de mánagers de béisbol que en sus días observadores confiables y pacientes. R ecuerdan to d o lo que ven y pueden
de jugadores eran infktders o catchers (posiciones de interacción alta). registrar de m anera co ntinua du ran te largos períodos. E n segundo térm in o ...
nos perm iten expandir o com prim ir el tiem po y hacer visibles pautas que de
Sir F rancis G alton em pleó ap arato s para estim ar las dim ensiones corpa- o tro m odo se desplegarían con dem asiada len titu d o rapidez como para ser
rales de m ujeres africanas cuyo idiom a no hablaba.
percibidas.

El interés de los niños por la N avidad queda dem ostrado por las d isto r­
L os e tn o m e to d ó lo g o s p a rec en e sp e cialm en te e n am o rad o s de
siones en el tam año de los dibujos de S anta Claus (Webb y otros, 1966, pág. 2),
lo s d isp o sitiv o s e le c tró n ic o s para e stu d iar los asp ecto s triviales
y s o b re n te n d id o s de la vida co tid ian a. A sí, R yave y S ch enkein
Iró n ic a m e n te , en la fu e rz a de los m é to d o s n o in tru siv o s reside
(1 9 7 4 ) e stu d ia ro n “ el a rte de cam in ar” , el d esp lazam ien to de las
ta m b ién su d eb ilid ad : p u e sto q u e los investigadores n o in te rac -
p erso n as en lugares p ú b lico s, film an d o frag m e n to s de o c h o m in u ­
tú a n con la g en te , n o sólo elim in an los e fec to s reactivos, sino q u e
to s de g rab ació n de v ideo e n u n lugar p ú b lico . C o m e n tan d o su
no logran c o n o ce r el m o d o en q u e aquélla percibe y e x p e rim e n ta
em pleo del e q u ip o de v id eo g rab ació n , R yave y S ch en k ein (1 9 4 7 ,
su m u n d o . D en zin (1 9 7 8 ) critica los m é to d o s no in trusivos por
pág. 2 6 6 ) escriben:
su e x tre m a te n d e n c ia c o n d u c tista y su im p o sib ilid ad de revelar
el lado sub jetiv o de la vida social.8 P ara el in v estig ad o r c u a lita ti­
Es b astan te evidente que el uso de una cámara de video nos dio la o p o r­
vo, los m é to d o s n o in tru siv o s p o cas veces p u ed en co n stitu ir la tu n id ad de volver a ver u n ejem plo determ inado del fenóm eno innum erables
única fu e n te de d ato s. N o o b s ta n te , U n o b tru sive M easures es u n veces, sin atenerse a la observación única de un episodio esencialm ente
libro im p o rta n te p a ra sensibilizar a los inv estig ad o res cu alitativ o s tran sito rio . A dem ás... necesitam os estudios ín tim o s de casos reales de per­
an te cosas q u e u su a lm en te pasan inad v ertid as. sonas cam inando y n o puede satisfacernos el estudio de inform es sobre esos
casos.

9 Para un a buena perspectiva general sobre los equipos de film ación y


8 Véase Dabbs (1 9 8 2 ) para una defensa sobre esta base de los m étodos
no intrusivos. videograbación que pueden utilizarse en la investigación, véase Dabbs (1982).
148 METODOS CUALITATIVOS D E INVESTIGACION DESCUBRIENDO METODOS 1 49

W illiam H. W hyte (1 9 8 0 ) ha em p lead o to m a s fo to g ráfica s a perficie de lugares q u e v isitam o s con fre c u en c ia p e ro n u n c a re a l­


in terv alo s reg u lares p ara e stu d ia r p e q u e ñ o s espacios u rb a n o s ta les m e n te v e m o s.11 Las fo to s d e D iane A rb u s (1 9 7 2 ) y los ensayos
com o p a rq u e s y p lazas.10 F o to g ra fia n d o d u ra n te d ía s en te ro s, fo to g rá fic o s so b re in s titu c io n e s p ara “re ta rd a d o s ¿neníales” de
ex am in a lo q u e hace q u e la g en te use algunos esp acio s y n o o tro s. B la tt y K ap lan (1 9 7 4 ) y de B la tt, O zo lin s y M cN ally (1 9 8 0 ) son
Su investigación d e m u e stra q u e la fo to g ra fía a in terv alo s es u n n o ta b le s p o r su re tra to de la co n d ició n h um ana.
en fo q u e investigativo esp ecialm en te fru c tífe ro .
Las fo to g ra fía s y p elícu la s ta m b ié n p u ed en em p learse para
presen tar e ilu stra r los d e sc u b rim ie n to s. Las im ágenes p u e d e n to ­ R E G IS T R O S O F IC IA L E S Y D O C U M EN TO S PU BLIC O S
mar el lugar d e las p alab ras o p o r lo m en o s tra n sm itir algo q u e
las p alab ras n o p u e d e n . Por cierto , al le cto r de u n estu d io cuali­ Para to d o s los fines p ráctico s, h ay u n n ú m e ro ilim itad o de d o ­
tativo la im agen le p ro p o rc io n a u n a sensación de “ estar a llí” , vien­ cu m en to s, registros y m ateriales oficiales y p ú b lico s, disp o n ib les
do d ire c ta m e n te al escen ario y las personas. H a h ab id o asim ism o c o m o fu e n te s de d ato s. E n tre ellos se c u e n ta n los d o c u m e n to s
trab ajo s p u b licad o s en p erió d ic o s sociológicos tales co m o Quali- o rganizacionales, los a rtíc u lo s de los p erió d ico s, los reg istro s de
ta tive S o c io lo g y q u e c o n sistía n s o la m e n te en im ágenes sin nin- los org an ism o s, los in fo rm es g u b ern am en tales, las tran scrip cio n es
gtin c o m e n ta rio n i análisis (véase p o r ejem p lo Jack so n , 1978). ju d ic ia les y u n a m u ltitu d de o tro s m ateriales.
S tasz (1 9 7 9 , pág. 3 6 ) señala q u e los “ sociólogos visuales” p u ed en D esde luego, los inv estig ad o res h an analizado los registros
im itar al arte , d ejan d o q u e las im ágenes hab len p o r sí m ism as, o y las e s ta d ís tic a s oficiales desde los inicios de las ciencias sociales.
“ a p u n ta r a los ideales de la e tn o g ra fía visual, en la q u e los te x to s E l e stu d io clásico de D u rk h eim (1 9 5 1 ) sobre el suicidio c o n s titu ­
ac o m p a ñ a n a las fo to g ra fía s p ara p ro p o rc io n a r rasgos descriptivos ye u n ejem p lo n o ta b le . Ha h ab id o in c o n ta b le s estu d io s so b re el
y generalizaciones a b strac ta s q u e n o p u e d e n m an ip u larse con im á ­ crim en b asad o s en reg istro s policiales, y so b re el suicidio basados
genes so la m e n te ” . en los in fo rm es de los fu n cio n a rio s encargados de cada caso. N o
D abbs (1 9 8 2 ) d escrib e e stu d io s de Ziller y sus colegas (Zil- o b sta n te , el investigador cu a litativ o a p o rta a los in fo rm e s y d o ­
Icr y Lew is, 1981; Ziller y S m ith , 1977) q u e d e m u e stra n o tro m o ­ c u m e n to s u n a p ersp ectiv a d ife re n te de la q u e ha sido co m ú n en
do en q u e la fo to g ra fía p u ed e ser u tiliz a d a crea tiv am en te p ara las ciencias sociales.
estu d ia r las p ersp ectiv as de la gente. E n un e stu d io , Ziller y Le- El in v estig ad o r c u alita tiv o analiza los d o c u m e n to s p ú b lico s
wis (1 9 8 1 ) en tre g a ro n cám aras a las p erso n as y les p id ie ro n q u e y oficiales para a d q u irir c o n o c im ie n to s sobre las personas q u e los
lo m a ra n fo to s p ara ex p resar q u ié n e s era n ellas. E n c o n tra ro n que re d a c ta n y m a n tien e n al d ía. C om o los d o c u m e n to s personales,
los e s tu d ia n te s co n p ro m e d io s a lto s p ro d u c ía n m ás fo to g ra fía s e s to s m a teria les p e r m ite n c o m p re n d e r las persp ectiva s, los s u p u e s­
cu las q u e a p a re c ía n lib ro s d esplegados con p ro m in en cia , m ien ­ tos, las p re o c u p a c io n e s y a ctivid a d es d e q u ie n e s los p ro d u c e n .
tras q u e los d elin c u e n tes ju v en iles to m a b a n m ás fo to s de su jeto s K itsuse y C icourel (1 9 6 3 ) señalan q u e las e sta d ístic a s oficiales
h u m a n o s y m en o s de la escuela y el hogar q u e o tro s grupos. E n nos p ro p o rc io n a n in fo rm a ció n so b re los procesos o rg an izacio n a­
o tr o e stu d io , Z iller y S m ith (1 9 7 7 ) h allaro n q u e, cu an d o p id iero n les, m ás q u e sobre crim inales, desviados u o tro s tip o s de perso n as
la d escrip ció n de la u niversidad, los alu m n o s nuevos en tre g aro n acerca de las q u e tra ta n . A n álo g am en te , G arfin k el (1 9 6 7 ) so stie­
im ágenes de ed ificio s y los e stu d ia n te s a n tig u o s to m a ro n fo to s de ne q u e los registros o rganizacionales son p ro d u cid o s con el p ro ­
personas. p ó s ito de d o c u m e n ta r el desem p eñ o satisfa c to rio de las respon-
F o tó g rafo s, artista s plásticos y o tro s h an realizad o en los
m edios de co m u n icac ió n social m u c h o s p ro d u c to s ricos en c o m ­ 11 Para u n breve exam en de las películas de Wiseman, véase “ View -point:
prensión sociológica. Las p e líc u la s de F re d e ric k W isem an, T itti- Shooting th e in stitu tio n ” , Time, The Weekly Newsmagazine (diciem bre 9),
c u t l'hllivx, llig h S c h o o l, H o sp ita l y o tras, van m ás allá de la su ­ págs. 9 5-98, 1974. Wiseman describe sus docum entales com o “ ficciones reales:
reales en cuanto son reales las personas y los acontecim ientos sin ninguna pues­
1 "W hyte tam bién ha producido una película titu lad a The Social Life ta en escena; ficciones en el sentido de que he coiidensado y ordenado esos
<>} SntaU Urhan Places que ha sido exhibida en la televisión pública. acontecim ientos com o no lo estaban en la vida real” .
METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION DESCUBRIENDO METODOS 151

sabilidades de la organización resp ec to de sus clientes. En lo q u e E n este c a p ítu lo hem os d estac ad o los e n fo q u e s innovadores
concierne a los reg istro s p siq u iá tric o s, G a ifin k e l (1 9 6 7 , pág. 198) en el e s tu d io de la vida social. El e sp íritu de los estu d io s q u e he­
escribe: m o s d escrip to ha sido c a p ta d o p o r u n c ie n tífic o q u e o b tu v o el
P rem io N o b el, P. W. B ridgem an (c itad o e n D a lto n , 1964, pág. 6 0 ):
En nuestra opinión, los contenidos de las historias clínicas se com pilan
fcniendo en cuenta la posibilidad de qu e la relación sea describible com o co n ­ No existe el m étodo científico com o tal... El rasgo más vital de los p ro ­
cordante con las expectativas de desem peño legítim o p o r parte de clínicos cedim ientos del científico ha consistido m eram ente en hacer to d o lo posible
y pacientes. con su inteligencia...

E n u n a v en a ligeram ente d istin ta, D ouglas (1 9 6 7 , 1971) ex am i­ E n los c a p ítu lo s p re c e d e n te s h em o s ex a m in ad o u n a am plia


na la co m p ren sió n a trav és del se n tid o co m ú n de por q u é la gen- gam a de m o d o s de reco g e r d a to s cu alitativ o s. D edicarem os el ca­
le se suicida, an alizan d o los reg istro s de los fu n c io n a rio s, y P la tt p ítu lo siguiente al análisis de d a to s en la investigación cualitativa.
(1 9 6 9 ) co n sid era las d efin icio n e s de la d elin cu en cia ju v en il a p rin ­
cipios de siglo, revisando in fo rm es oficiales de o rg an izacio n es de
caridad, in fo rm es g u b e rn a m en ta le s y o tro s d o c u m en to s históricos.
Los m ed io s de com unicación social (los p erió d ico s, revistas,
la televisión, el cine y la ra d ío ) co n stitu y e n o tra im p o rta n te fu en ­
te de d ato s. P or ejem p lo , algunos investigadores h an e stu d ia d o
los e ste re o tip o s sociales sobre los “ en fe rm o s m e n ta le s” en las his-
lo rictas (S ch eff, 1966), las im ágenes de los discap acitad o s en p e­
riódicos, libros y p e líc u la s (B ogdan y B iklen, 1977), y d escrip­
ciones de los ro les sexuales en los libros para niños.
La m a y o r parte de los reg istro s oficiales y los d o c u m e n to s
públicos están fácilm e n te al alcance de los investigadores. Las bi­
bliotecas públicas, los archivos de las o rg an izacio n es y las socie­
dades h istó ric a s son b u en as fu e n te s de este tip o de m ateriales.
El acceso a los reg istro s policiales y de organism os se puede lograr
por lo general m e d ia n te los m ism os recu rso s que p erm iten la e n ­
trada en esos escenarios a los o b serv ad o res p artic ip a n te s. M uchos
in fo rm es y d o c u m e n to s g u b e rn am en tales c o n s titu y e n in fo rm a ­
ción p ú b lica y el acceso a ellos está regulado p o r la L ey de L ib er­
tad de In fo rm ac ió n . T a y lo r y o tro s (1 9 8 1 ) o b tu v ie ro n in fo rm e s
de inspección de in stitu cio n e s subsidiadas p o r M edicaid* para re ­
ta rd ad o s m e n tale s m e d ia n te u n a d em an d a de “ lib ertad de in fo r­
m a ció n ” p resen ta d a an te el g o b iern o federal.
El análisis cu a lita tiv o de d o c u m e n to s oficiales abre m u ch as
nuevas fu e n te s de co m p re n sió n . M ateriales q u e los que buscan
“ I r * c l i o s o b je tiv o s” consideran in ú tiles, son valiosos para el inves-
li^julor cu alitativ o p recisam en te d eb id o a su n atu ra leza subjetiva.
* Programa de salud, qu e cuenta con fondos federales y estaduales y
(]tip se hflee cargo de ciertos gastos m édicos y hospitalarios de personas m en o ­
res ilc 65 ¡iflos, carentes de recursos o de bajos ingresos. [T.]
E L T R A B A JO CO N LOS D A TO S 153

to de vista de ellos. De m o d o q u e la in vestigación cu alita tiv a p ro ­


p o rc io n a ría u n a “ d escrip ció n ín tim a ” de la vida social (G eertz,
1983). C om o escribe E m erso n (1 9 8 3 , pág. 24), “ L as.d escrip cio n es
ín tim a s p re se n ta n d e ta lla d a m e n te el c o n te x to y los significados
de los a c o n te c im ie n to s y escenas im p o rta n te s para los in v o lu crad o s” .
N o o b s ta n te , p o d em o s d istin g u ir los e stu d io s p u ra m e n te des­
criptivos, a veces d en o m in a d o s etn o g ra fía s, d e los estu d io s te ó ri­
C apítulo 6 cos o co n ce p tu ales. E n la d escrip ció n e tn o g rá fica el investigador
tra ta de p ro p o rc io n a r u n a im agen “ fiel a la v id a” de lo q u e la gen­
E L TRABAJO CON LOS DATOS te dice y del m o d o en q u e a ctú a ; se deja q u e las p alab ras y accio ­
ANALISIS DE LOS DATOS EN LA INVESTIGACION CUALITATIVA nes de las personas hablen p o r s í m ism as. L os e stu d io s d escrip ­
tivos se c a ra cterizan p o r u n m ín im o de in te rp re ta c ió n y concep-
tu alizació n . E s tá n re d a c ta d o s de m o d o tal q u e p e rm ite n a los lec­
to re s e x tra e r sus p ro p ias conclusiones y g eneralizaciones a p ar­
tir de los dato s.
E n sociología, los estu d io s clásicos de la E scu ela de Chicago
p ro b a b le m e n te p ro p o rc io n a n los ejem plos más' claros de e tn o g ra ­
fía d escriptiva. M otivados p o r u n agudo in te ré s en los p ro b lem as
sociales, los investigadores de la E scuela de C hicago p ro c u ra ro n
d escrib ir en té rm in o s gráficos la te x tu ra de la vida u rb an a . T h e
En los c a p ítu lo s p re ce d e n tes hem os ex a m in ad o u n a variedad H o b o (1 9 2 3 ) de N eis A n d e rso n , es u n ejem p lo n o ta b le . B asándose
de m aneras de recoger d a to s cu alitativ o s, e n tre ellas la ob serv a­ en su p ro p ia ex p e rie n cia co m o v ag ab u n d o , en la o b servación p ar­
ción p a rtic ip a n te , las en tre v ista s en p ro fu n d id a d , los d o c u m e n to s ticip an te (a n te s in clu so de q u e este e n fo q u e se d en o m in ara así)
escritos y cierto n ú m e ro de e n fo q u e s creativos. E n este c a p ítu lo y en d o c u m e n to s, A n d erso n describe el m o d o de vida del vaga­
pasam os a u n e x a m e n del m o d o en q u e los investigadores cu ali­ b u n d o tal co m o lo e x p e rim e n ta n los p ro p io s vagabundos: con
tativos p u e d e n an alizar los d a to s y hallar su sen tid o . P resen tam o s su lenguaje, sus lugares fav o rito s, sus co stu m b res, sus o cu p ac io n es,
estrateg ias y técn icas q u e n o so tro s h em o s u tilizad o y q u e el lec­ sus p erso n alid ad es, sus b alad as y canciones.
to r ta l vez e n c u e n tre ú tiles p ara sacar el m a y o r p a rtid o posible L as h isto rias de vida, tal co m o las p ro d u je ro n los m iem b ro s
de los d a to s q u e ha reco g id o . C o m en zam o s c o n sid eran d o los tip o s de la E scuela de C hicago y o tro s investigadores, re p re se n ta n la
difere n tes de e stu d io s cualitativos. fo rm a m ás p u ra de los estu d io s descriptivos. E n ellas, el p ro ta g o n is­
ta n a rra su h isto ria con sus p ro p ia s palabras: “ E l rasgo singular de
esos d o c u m e n to s reside en q u e se registran en p rim era p erso n a,
ESTU D IO S D E SC R IPT IV O S Y T E O R IC O S con las p ro p ia s palabras del m u c h ach o , sin trad u c irla s al lenguaje
de la p e rso n a que investiga el caso ” (S haw , 1966, pág. 1).
lo d o s los estu d io s c u ah tativ o s c o n tie n e n d ato s d escriptivos S e ría en g añ o so so sten er q u e los estu d io s descriptivos se escri­
ricos: las p ro p ia s p alab ras p ro n u n c ia d a s o escritas de la gente y ben solos. E n to d o s los estu d io s los investigadores p re se n ta n y o r­
las activ id ad es observables. E n los estu d io s m e d ia n te observación denan los d a to s de a c u erd o con lo q u e eilos piensan que es im p o r­
p artic ip a n te , los inv estig ad o res tra ta n de tra n s m itir u n a sensación ta n te . P o r ejem p lo , en las h isto ria s de vida decid en qué in c lu ir y
de (|ue se “ está a llí” y se e x p e rim e n ta n d ire c ta m e n te los escen a­ q u é ex c lu ir, co m p ilan los d ato s en b ru to , añ ad en frag m e n to s de
rios, A n álo g am en te, en los e stu d io s basados e n en tre v ista s en p ro ­ co n ex ió n e n tre observaciones, y d isp o n en el rela to según algún ti­
fu n d id ad tra ta n de que los le cto res te n g an la sensación de q u e po de secuencia. A dem ás, al realizar sus estu d io s los investigado­
“ están en la piel” de los in fo rm a n te s y ven las cosas desde el p u n ­ res to m a n decisiones sobre lo q u e deb en observar, p re g u n ta r y re-
I S4 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION E L TRABAJO CON LOS DATOS 155

Kistnir, d ecisiones q u e d e te rm in a n lo q u e p u e d e n describir y el generación de la te o ría , p o r u n a p a rte , de la verificación de la te o ­


m o d o en q u e lo describen. ría, p o r la o tra , con los resp ectiv o s recu rso s de la te o ría fu n d a m e n ­
L a m a y o r p a rte de los estu d io s cu alitativ o s se o rie n ta n hacia ta d a y la in d u c ció n an alítica.
H d esarro llo o verificación de la te o ría sociológica. El p ro p ó sito El e n fo q u e de la te o ría fu n d a m e n ta d a es u n m é to d o para des­
ilc los estu d io s te ó rico s consiste en c o m p re n d e r o ex p licar rasgos cu b rir te o ría s, co n ce p to s, h ip ó tesis y p ro p o sicio n es p a rtie n d o direc­
tic la vida social q u e van m ás allá de las p erso n as y escenarios es­ ta m e n te de los d a to s, y n o de su p u esto s a p rio ri, de o tra s in v esti­
tu d iad o s en p a rtic u la r. En esto s estu d io s los inv estig ad o res señalan gaciones o de m arco s te ó rico s ex isten te s. Según G laser y S trauss
activ am en te lo q u e es im p o rta n te . U tilizan los d ato s descriptivos (1 9 6 7 , págs. 6-7), los cie n tífic o s sociales han su b ray ad o en exceso
para ilu strar sus te o ría s y co n ce p to s y para co n v en c er a los le c to ­ la p u esta a p ru e b a y verificación de las te o ría s, y han d escuidado
res de q u e lo q u e ellos dicen es la verdad. la m ás im p o rta n te actividad de g en erar te o ría sociológica:
G laser y S trau ss (1 9 6 7 ) distinguen dos tip o s de te o ría s: las sus­
tanciales y las fo rm ales (véase el c a p ítu lo 2). Las prim eras se rela ­
cionan con u n área sustancial o c o n c re ta de in d ag ació n ; p o r ejem ­ La descripción, la etnografía, el hallazgo de hechos, la verificación (llá­
plo, con escuelas, prisiones, con la d elin cu en cia ju v en il y el cu id a­ meselos como se quiera) son bien realizados por profesionales de otros campos
do de p acien tes. Las te o ría s fo rm ales se re fie re n a áreas c o n c e p tu a ­ y por legos de diversos organismos de investigación. Pero esas personas no
pueden generar teoría sociológica a partir de su trabajo. Solamente los soció­
les de in d ag ació n , tales c o m o los estigm as, las o rganizaciones fo r­
logos están entrenados para desearla, buscarla y generarla.
m ales, la socialización y la desviación. E n la investigación c u a lita ti­
va la m a y o r p a rte de los estu d io s se h a n c e n tra d o en áreas su stan ­
ciales sim ples. G laser y S trauss p ro p o n e n dos estragegias prin cip ales p ara de­
sarro llar te o ría fu n d am e n tad a . L a p rim era es el m é to d o co m p a ra ­
tivo c o n sta n te , p o r el cual el investigador sim u ltá n e am e n te codifica
D E S A R R O L L O Y V E R IF IC A C IO N D E LA T E O R IA y analiza d a to s para d esarrollar co n ce p to s. M ediante la c o m p ara­
ción c o n tin u a de in c id e n te s esp ecífico s de los d ato s, el investigador
D esde la p u b licació n del in flu y e n te libro de G laser y S trauss refin a esos co n c e p to s, id e n tifica sus p ro p ied ad es, ex p lo ra sus in-
(1 9 6 7 ) titu la d o T h e D isc o v e ry o f G ro u n d e d T h e o ry , los investiga­ te rre la c io n es y los in teg ra en u n a te o ría co h ere n te.
dores cu alita tiv o s han d e b a tid o si el p ro p ó sito de los estu d io s te ó ­ L a segunda estrateg ia p ro p u e s ta p o r G laser y S trau ss es el m u es-
ricos debe ser desarrollar o verificar la te o ría social, o am bas co­ treo te ó rico , q u e ya hem os d escrip to en este libro. En el m u e streo
sas (véase p o r ejem p lo C harm az, 1 9 8 3 ;E m erso n , 1 9 8 3 ;K atz, 1983). te ó ric o el in v estig ad o r selecciona nuevos casos a e stu d ia r según su
G laser y S trau ss son p ro b a b le m e n te los m ás firm es so sten ed o res p o te n c ia l para a y u d a r a re fin a r o e x p a n d ir los c o n c e p to s y te o ría s
de la o p in ió n de q u e los sociólogos cu alitativ o s (y o tro s) deben y a desarrollados. La reco lecció n de d ato s y el análisis se realizan
dirigir su a te n ció n al d esarrollo o generación de te o ría s y co n ce p ­ al m ism o tie m p o .
tos sociales (véase ta m b ié n G laser, 1978). S u e n fo q u e d e la teo ría M ediante el e stu d io de d ifere n te s áreas sustanciales, el inves­
fu n d a m e n ta d a tien e la fin alid ad de p e rm itir q u e los investigadores tig ad o r p u e d e am pliar u n a te o ría su stan cial y co n v ertirla en fo rm al.
lo llagan. P ara o tro s a u to re s, la investigación cu alitativ a, lo m ism o G laser y S trau ss ex p lican el m o d o en que su te o ría fu n d a m e n ta ­
que los estu d io s cu a n tita tiv o s, pued e y debe ser u tiliz a d a con el da sobre la relació n e n tre la e stim ació n p o r las en ferm eras del valor
fin de d esarro llar y verificar o p o n e r a p ru e b a p ro p o sicio n es sobre social de los p ac ien te s m o rib u n d o s y el cu id ad o q u e se les b rin d a,
la n a tu ra le za de la vida social. El p ro ce d im ie n to de la in d u cció n pued e dar lugar a la te o ría de nivel su p erio r sobre el m o d o en q u e
analítica ha sido el m ed io p rin cip al em p leado con tal o b je to (Cres- los p ro fesio n ales p restan servicios a sus clien tes b asándose en el
sey, 1953; K atz, 1983; L in d esm ith , 1947; R o b in so n , 1 9 5 1 ;T u rn e r, valor so cial de éstos.
1()5 3 ; Z n aniecki, 1934). A u n q u e la m a y o r p arte de los in vestigado­ A l g en era r te o ría fu n d a m e n ta d a , los investigadores n o tra ta n
res ad o p ta n en sus estu d io s e lem en to s de am b o s en fo q u es, al consi­ de p ro b a r sus ideas, sino sólo de d e m o stra r que son plausibles.
derar el análisis de los d ato s cu alitativ o s resu lta ú til diferenciar la G laser y S trau ss (1 9 6 7 , pág. 3) adu cen q u e el criterio clave p ara
156 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION EL TRABAJO CON LOS DATOS 157

evaluar las te o ría s co n siste en ex am in ar si se “ a ju sta n ” y “ fu n ­ E m p lean d o este en fo q u e , C ressey (1 9 5 3 , pág. 30) llegó a la
c io n an ” . siguiente ex p licació n de los ab usadores de co n fian za (fo rm u lació n
revisada de los desfalcadores):
Por “ajuste” entendem os qu e las categorías deben ser fácilm ente aplica­
bles (sin forzarlas) a los datos que se estudian y surgir de ellos; el “ fun cio n a­ Los individuos en los que se ha confiado se convierten en abusadores de
m ien to ” supone que deben ser significativam ente apropiadas y capaces de e x ­ confianza cuando se ven a s í mismos com o personas que tienen un problem a
plicar la conducta en estudio. económ ico n o com partible, saben que ese problem a puede ser resuelto secreta­
m ente violando la confianza que se ha depositado en ellos, y pueden aplicar
a su propia conducta en esa situación verbalizaciones que les perm iten ajustar
En ú ltim a in sta n cia, para G laser y S trauss, los le cto res deben
sus concepciones de sí mismos com o personas en las que se ha confiado, con
ju z g ar la cred ib ilid ad de los estu d io s cualitativos.
sus concepciones de sí mismas com o usuarios de los fondos o propiedad con­
La in d u c ció n a n a lític a es un p ro c e d im ie n to p ara verificar te o ­ fiados.
ría s y p ro p o sicio n es basado en d ato s cualitativos. T al com o lo
fo rm u ló Z n aniecki en 1934, su fin alid ad co n siste en id e n tifica r La in d u c c ió n a n alític a ha sido criticad a p o r no e sta r a la altu ra
p ro p o sic io n e s universales y leyes causales. Z n an ieck i o p u so la in d u c ­ de las p rete n sio n es de sus p rim ero s p ro p o n e n te s, quienes la v eían
ción a n a lític a a la “ in d u c c ció n e n u m e ra tiv a ” q u e p ro p o rc io n a com o u n m é to d o para e sta b le c e r leyes causales y universales (R o b in -
m eras co rrelacio n es y no pued e ex p lic ar las ex cep cio n es a las rela­ sorí, 1951; T u rn e r, 1953). T u rn e r (1 9 5 3 ) so stien e q u e la in d u c ­
ciones e stad ística s. El p ro c e d im ie n to fue refin a d o p o r L in d e sm ith
ción a n a lític a es fu n d a m e n ta lm e n te u n m é to d o p ara p ro d u cir d e fi­
(1 9 4 7 ) y C ressey (1 9 5 0 , 1953) en sus respectivos estu d io s so b re
n icio n es de los fen ó m en o s sociales; p o r lo ta n to , las explicaciones
la adicción al o p io y sobre d esfalcad o res y u tiliz ad o p o r H ow ard
basadas en ella p u ed en ser de carácter circular.
B ecker (1 9 6 3 ) en su e stu d io clásico sobre los co n su m id o res de N o o b s ta n te , la lógica básica su b y a c en te en este m é to d o es ú til
m arih u an a. Más re c ie n te m e n te , K atz (1 9 8 3 ) ha ca ra cterizad o la en el análisis de los d ato s cualitativos. A l dirigir la a ten ció n hacia
in d u c c ió n a n alític a, a la q u e él llam a investigación a n a lític a , com o los casos negativos, la in d u cció n a n a lític a obliga al in vestigador
u n m é to d o c u a litativ o riguroso para a rrib ar a un ajuste p erfec to a re fin a r y m a tizar las te o ría s y p roposiciones. K atz (1 9 8 3 , pág.
e n tre los d ato s y las ex p licacio n es de los fen ó m e n o s sociales. 133) so stien e que:
L os pasos q u e in clu y e la in d u c ció n a n a lític a son rela tiv a m en te
sim ples y d irec to s (véase C ressey, 1950; D enzin, 1 9 7 8 ;K atz, 1983): La prueba no consiste en exam inar si se ha logrado u n estado final de e x ­
plicación perfecta, sino en la distancia que se ha recorrido p o r sobre los casos
1. D esarrollar u n a d efin ició n ap ro x im a d a del fe n ó m e n o a negativos y a través de los m atices consecuentes, a p artir de u n estado inicial
explicar. del conocim iento. La búsqueda p o r inducción analítica de una explicación
2. F o rm u la r u n a h ip ó tesis para ex p licar d icho fen ó m e n o (ésta perfecta, o de “universales” , debe entenderse com o una estrategia de inves­
pu ed e basarse en los d ato s, en o tra investigación o en la tigación antes que com o la m edida últim a del m étodo.
co m p re n sió n e in tu ic ió n del in vestigador).
3. E stu d ia r u n caso para ver si la h ip ó tesis se ajusta. E n co n tra ste con el e n fo q u e de la te o ría fu n d a m e n ta d a , la in ­
4. Si la hip ó tesis n o ex plica el caso, refo rm u la rla o re d e fin ir d u cció n a n a lític a tam b ién ay u d a a los investigadores a p la n te a r
el fen ó m e n o . la c u estió n del p o te n c ial de generalización de sus resu ltad o s. Si
5. B uscar activ am en te casos negativos q u e re fu te n la hipótesis. los inv estig ad o res p u ed en d e m o stra r q u e h an e x am in ad o u n a su ­
6. C u an d o se e n c u e n tren casos negativos, re fo rm u la r la hipó- fic ie n te m e n te am plia gam a de casos de un fen ó m e n o , y buscado
■tesis o re d e fin ir el fen ó m en o . e sp e c ífic a m e n te casos negativos, e stá n en co n d icio n es de d efen d er
7. C o n tin u a r hasta que se ha p u e sto a p ru eb a a d e c u ad a m e n te m e jo r la n a tu ra le z a general de lo q u e hay an hallado.
la hip ó tesis (h asta que se ha estab lecid o una relació n u n i­
versal, según algunos investigadores) ex am in an d o u n a am plia
gam a de casos.
158 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION EL TRABAJO CON LOS DATOS 15 9

A N A LISIS EN P R O G R ESO E L T R A B A JO CON LOS P A T O S

Q uizás sea en g añ o so d ed ica r u n c a p ítu lo separado al tra b a jo con T o d o s los investigadores d esarro llan sus p ro p io s m o d o s de a n a­
los d ato s, p u e sto q u e el análisis de los d a to s es u n p ro ceso en c o n ti­ lizar los d a to s cualitativ o s. E n esta sección describim os el e n fo q u e
n u o p rogreso en la in v estig a ció n cualitativa. La reco lecció n y el b ásico q u e u tiliz am o s p a ra dar sen tid o a los d ato s descriptivos
anátisis de los d a to s van de la m ano. A lo largo de la observación par- recogidos m e d ian te m é to d o s de investigación cualitativos.
(ieip an te, las en tre v istas en p ro fu n d id a d y o tra s investigaciones cuali­ N u e stro en fo q u e se o rie n ta hacia el d esa rro llo d e un a c o m p re n ­
tativas, los investigadores siguen la pista de los tem as em ergentes, sió n en p r o fu n d id a d de los escenarios o p erso n a s q u e se estudian.
Icen sus n o ta s de cam po o tran scrip c io n e s y d esarrollan co n ce p to s E ste e n fo q u e tien e m u c h o s paralelos con el m é to d o de la te o ría
y p ro p o sicio n es p ara co m enzar a d ar sen tid o a sus datos, A m ed id a fu n d a m e n ta d a de G laser y S trau ss (1 9 6 7 ). C om o surge del análi­
q u e su e stu d io avanza, co m ie n za n a en fo c a r los intereses de su sis q u e sigue, las co m p re n sio n es e stá n fu n d a m e n ta d a s e n los d ato s
investigación, fo rm u la r p reg u n ta s directivas, c o n tro la r las h isto rias y se desarrollan a p a rtir de ellos. P ero, en c o n tra ste con G laser y
de los in fo rm a n te s y a seguir los filones e in tu icio n es. En m u ch o s S trauss, a n o so tro s nos in te re sa m enos el d esarro llo de co n c e p to s
e stu d io s los investigadores se ab stien en de seleccionar escenarios, y te o ría s q u e la co m p ren sió n de los escenarios o las p erso n as eri
personas o d o c u m e n to s adicionales para su e stu d io h asta q u e han sus p ro p io s té rm in o s. L ogram os e sto ú ltim o m e d ia n te la d escrip ­
realizad o algún análisis inicial de los d ato s. E sto es necesario ta n to ción y la te o ría . A sí, los co n c e p to s sociológicos se em p lean para
en la estra teg ia del m u e streo te ó ric o de la te o ría fu n d a m e n ta d a , ilu m in ar rasgos de los escenarios o p erso n as estu d iad o s y p ara q u e
co m o en la b ú sq u ed a de casos negativos de la in d u cció n a n alítica . fac ilite n la co m p re n sió n . A d em ás, n u e stro e n fo q u e su b ray a el an á­
D esde luego, hacia el fin al de la investigación, to d o d em u es­ lisis de los “ casos neg ativ o s” y del c o n te x to en el q u e fu e ro n re c o ­
tra q u e el in v estig ad o r se c o n c e n tra de m o d o e x tre m o en el análi-' gidos los d ato s con m ás énfasis q u e el q u e p one el m é to d o de G la­
sis e in te rp re ta c ió n de los d ato s. M uchos de los pasos q u e b o sq u e ja ­ ser y S trauss, a u n q u e n o llegue a im p o n e r la b ú sq u ed a sistem ática
m os en las secciones siguientes, com o p o r e jem p lo el re co rte de de generalizaciones y universales im p lic ad a en la in d u c ció n a n alítica .
los d ato s, se dan después de q u e los d ato s h an sido recogidos. E n la investigación cu alitativ a, los investigadores analizan y co­
A lgunos investig ad o res p re fie re n to m a r d istancia resp ecto de la difican sus p ro p io s datos, A d iferen cia de lo q u e o cu rre en la inves­
investigación an tes de iniciar u n análisis in ten siv o . A lgunas consi­ tigación cualitativa, en este caso no ex iste u n a división d el trab ajo
deraciones p rá ctica s p u ed en ta m b ié n fo rza r al inv estig ad o r a p o s ­ e n tre re c o le c to re s de d a to s y co d ificad o res. El análisis de los d atos
p o n e r el análisis. P or ejem p lo , a veces se su b estim a la ca n tid a d de es u n p ro ceso dinám ico y creativo. A lo largo del análisis, se tra ta
tiem po q u e se necesita para tra n scrib ir las cin tas grabadas de las de o b te n e r u n a co m p ren sió n m ás p ro fu n d a de lo q u e se h a e stu d ia ­
entrevistas. d o , y se c o n tin ú a n re fin a n d o las in te rp re ta c io n e s. L os investiga­
Es u n a b u en a idea co m en zar el análisis inten siv o lo a n te s p o ­ dores ta m b ién se abrevan en su ex p erie n c ia d ire c ta con escenarios,
sible, después de h a b er co m p le ta d o el tra b a jo de cam p o o reco g id o in fo rm a n te s y d o c u m e n to s, p a ra llegar al sen tid o de los fen ó m en o s
los d ato s. C u an to m ás se espere, m ás d ifíc il re su ltará volver a to ­ p a rtie n d o de los d ato s.
m ar c o n ta c to con los in fo rm a n te s para aclarar algunos p u n to s o El análisis de los d ato s, co m o vem os, im plica ciertas etap as
a ta r algunas h eb ras sueltas. A lg u n o s investigadores tien en c o n ta c ­ diferen ciad as. La p rim era es u n a fase de d esc u b rim ien to en p ro g re­
tos ocasionales con los in fo rm a n te s a lo largo del análisis de los so: id e n tific a r te m as y d esarro llar co n ce p to s y p roposiciones.
d a to s e incluso después de q u e los d ato s h an sido analizados y el La segunda fase, q u e típ ic a m e n te se p ro d u ce cuando los d ato s ya
estu d io re d a c ta d o (véase M iller y H u m p h re y s, 1980). Los inves­ h a n sido reco g id o s, in c lu y e la co d ificació n de los d ato s y el re fin a ­
tigadores ta m b ién p u ed en h acer q u e los in fo rm a n te s lean los b o ­ m ie n to de la co m p ren sió n del tem a de estu d io . E n la fase final,
rra d o re s p a ra c o n tro la r su validez (D ouglas, 1976). el in v estig ad o r tra ta de relativ izar sus d esc u b rim ie n to s (D eu tsch er,
1973), es decir, de co m p re n d e r los d a to s en e l c o n te x to en que
fu ero n recogidos.
E L T R A B A JO CON LOS D A TO S 161
METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION

em p lea fo rm u lario s, listas, m a p as y diagram as m u y e lab o ra d o s para


Descubrimiento
d escu b rir p a u ta s su b y acen tes.
E n los estu d io s cu alitativ o s, los investigadores le van d a n d o gra­ 3. B u s q u e los tem a s em erg en tes. Es preciso b u scar en los d a to s
du alm en te se n tid o a lo q u e e stu d ia n c o m b in a n d o p erspicacia e los tem as o p a u ta s em erg en tes: tem as de conversación, v o cab u la­
in tu ic ió n y u n a fam iliarid ad ín tim a con los d ato s. C on frecu en c ia, rio actividades re c u rren te s, significados, se n tim ie n to s, dichos y
ése es u n p ro ceso d ifícil. La m a y o r p a rte de las p erso n as sin e x p e ­ p ro v erb io s p o p u la re s (S p rad ley , 1980). N o vacile en co n feccio n a r
riencia en investigación cu alitativ a tien en d ific u lta d es para re c o n o ­ listas te n ta tiv a s d e te m a s en esta eta p a d e l proceso. P ero n o a p u este
cer las p a u ta s q u e em ergen de sus d ato s. H a y q u e a p ren d er a b u s­ a n in g u n a idea en p a rtic u la r h asta h a b e r te n id o la o p o rtu n id a d de
car te m a s e x a m in a n d o los d a to s de to d o s los m o d o s posibles. No
e x p e rim e n ta rla y c o n tro larla . .
hay n in g u n a fó rm u la sim ple p ara id e n tific a r te m as y d esarro llar A lgunas p a u ta s se d e sta c a rán en sus dato s. E n el e stu d io in s ti­
co n c e p to s, p e ro las sugerencias siguientes p u ed en p o n e r al le c to r tu c io n a l, las “ re stric cio n es físic as” , el “ ser castigado , lim piar
en la b u en a senda. la sala” , las “ m ed icacio n es” y los “ program as ’ eran tem as fre cu en ­
te s de conversación. El v o c ab u lario del p erso n al in c lu ía ex p re sio ­
1. L ea r e p e tid a m e n te su s d a to s. R e ú n a to d a s las n o ta s de cam - ■ nes tales com o “ bajo g ra d o ” , “ m u c h ac h o tra b a ja d o r” , “ m o m e n to
po, las tran scrip cio n es, d o c u m e n to s y o tro s m ateriales y léalos d e dar u n a v u e lta ” . . ...
cu id ad o sa m en te. A c o n tin u a c ió n vuelva a leerlos. E n el m o m e n to O tra s p a u ta s n o son ta n evidentes. H ay q u e b u scar significados
en q u e e sté listo p ara iniciar el análisis in ten siv o , debe co n o ce r sus m ás p ro fu n d o s. E n su e stu d io titu la d o S tig m a , G o ffm a n (1 9 6 3 )
d ato s al dedillo. A lg u n o s investigadores pasan sem anas o incluso cita u n a ca rta ficticia rica en co m p re n sió n sociológica y com pasiva
m eses e s tu d ia n d o a te n ta m e n te sus d a to s a n tes de iniciar el a n á li­ en té rm in o s hum an o s. Esa carta p erm ite d e m o strar el m o d o en q u e
sis intensivo. los tem as se p u ed en id e n tific a r en los datos.
C om o se sugirió en el c a p ítu lo so b re el trab ajo de cam p o , s ie m ­
pre es una b u en a idea q u e alguien m ás lea n u e stro s datos. U na m i­ Q u e r id a S e ñ o r i t a C o r a z ó n S o li t a r i o :
rad a ajena pu ed e a veces p ercib ir asp ecto s su tiles q u e al p ro p io in ­ A hora tengo dieciséis años y no sé qué hacer; apreciaría m ucho que usted
vestigador se le escapan. me lo dijera. Cuando era una niñita n o m e parecía ta n malo porque m e acos­
tu m b ré a que los chicos de la m anzana se rieran de m í, pero ahora m e gusta­
ría ten er amigos com o las o tras chicas y salir los sábados por la noche, pero
2. Siga la p ista d e tem as, in tu icio n es, in terp re ta cio n e s e ideas. ningún chico m e lleva porque n ac í sin nariz, aunque soy buena bailarina y es­
Se debe reg istra r to d a id ea im p o rta n te q u e se ten g a d u ra n te la le c tu ­ to y bien form ada y mi padre m e com pra linda ropa.
ra y refle x ió n so b re los d ato s. E n la observación p a rtic ip a n te , los Me siento y m e m iro a m í m isma to d o el d ía y lloro. Tengo u n gran
investigadores a veces e m p lea n los “ c o m en tario s de o b se rv ad o r” agujero en el m edio de la cara que asusta a la gente y tam bién a m i misma
para a n o ta r te m a s y reg istrar in te rp re ta c io n e s, m ie n tra s q u e en las así que no puedo culpar a los m uchachos p orque n o me inviten. Mi m adre m e
e n trev istas en p ro fu n d id a d se p u e d e usar con el m ism o p ro p ó sito quiere, pero Hora terriblem ente cuando m e m ira. ¿Q ué hice para m erecer ese
el diario del e n tre v ista d o r. A m edida q u e se leen los d ato s, ta m b ién destino terrible? A unque hubiera echo algunas cosas malas, no hice nada antes
se p u ed en e fe c tu a r a n o ta c io n e s en los m árgenes. de ten er u n año y yo ya n ací como soy. Le pregunté a papá y él m e dijo que
A lgunos inv estig ad o res re d a c ta n m e m o ra n d o s para s í m ism os n o sabe, pero qu e quizás yo hice algo en el o tro m undo antes de nacer, o que
estoy siendo castigada por los pecados d e él. Yo n o creo esto porque es un h o m ­
cu an d o se e n c u e n tra n con te m as en sus d a to s o ap re h e n d e n c o n c e p ­
bre excelente. ¿Tengo que suicidarme?
to s q u e p o d ría n ap licar a lo q u e e stá n e stu d ia n d o . Por ejem p lo ,
Sinceram ente suya,
C harm az (1 9 8 3 ) describe u n proceso de red ac ció n , clasificación Desesperada
e in teg ració n de m e m o ran d o s para el d esarro llo de te o ría s fu n d a ­
m entadas. D esde luego, en la investigación en e q u ip o los m e m o ­ E n e s ta pieza p u ed en verse u n o s c u a n to s tem as. El p rim ero es
ran d o s a y u d a n a los investigadores a m an ten erse al día con lo que la d esesp eració n . “ D esesp erad a” dice q u e se m ira y llora y p reg u n ta
to d o s los m iem b ro s e stá n a p re n d ie n d o y p e n san d o . S p rad ley (1 9 8 0 )
METODOS CUALITATIVOS D E INVESTIGACION EL TRABAJO CON LOS DATOS 163

si debe suicidarse; la firm a m ism a refleja ese e sta d o m e n tal. E l tu c ió n . E l sen tid o co m ú n co n v en cio n al su g ería q u e los em p lead o s
tem a siguiente se rela cio n a con el in te n to de hallar u n a ex p licac ió n an tig u o s e s ta ría n m ás a trin c h e ra d o s en sus perspectivas. C lasifican­
para su situ a ció n . “ ¿Q ué hice, p re g u n ta , p ara m erecer ese d estin o do al p erso n al según fu e ra n u ev o o an tig u o , p o d ía e x am in ar si este
te rrib le ? ” C o n tin ú a e sp ecu lan d o so b re lo q u e p u d o haber h ech o fa c to r p a re c ía d e term in a r alguna diferencia. Llegó a la conclusión
en “ el o tro m u n d o ” y so b re los p eca d o s de su p ad re. U n te rc e r de q u e esta d istin c ió n de se n tid o co m ú n e n tre e m p lead o s nuevos
tem a, q u e es algo m ás su til, tiene q u e ver con los significados del y an tig u o s te n ía p o c o q u e ver con sus persp ectiv as y prácticas.
estigm a físic o en d ifere n tes m o m e n to s d e la vida de u n a p erso n a.
“ N o le p a re c ía ta n m a lo ” cu a n d o era p eq u e ñ a , p e ro en la ad o les­ 5 .D e sa rro lle c o n c e p to s y p ro p o sicio n e s teóricas. E l investiga­
cencia, cu an d o o tra s jo v e n c ita s tien en novios y salen los sáb ad o s d o r pasa de la d escrip c ió n a la in te rp re ta c ió n y la te o ría a través
p o r la n o ch e , es in so p o rta b le . Un te m a final se relacio n a con el de c o n c e p to s y p ro p o sicio n es. L os co n c e p to s son ideas ab stra c ta s
h ec h o de q u e las cualidades de “ D esesp erad a” n o p revalecen so b re generalizadas a p a rtir de hechos em p írico s. E n la investigación cua­
su estigm a. P uede ser u n a b u e n a b ailarin a, e sta r bien fo rm a d a y litativ a los c o n c e p to s son in s tru m e n to s sensibilizantes (B lum er,
lu cir lin d a ro p a , p ero de to d o s m o d o s n o consigue que la in v ite n . 1969- B ru y n , 1966). Los c o n c e p to s sen sib iliza d o res, según B lum er
(1 9 6 9 pág. 148) p ro p o rc io n a n u n “ sen tid o de re fe re n c ia general
4. E la b o re tip o lo g ía s. L as tip o lo g ía s, o esq u em as de clasifica­ y sugieren “ d ireccio n es para la o b serv ació n ” . B lu m er co n tin ú a
ción, p u ed en ser a y u d as útiles p ara id e n tific a r tem as y d esarro ­ ex p lica n d o q u e los c o n c e p to s sensibilizadores son co m u n icad o s
llar c o n c e p to s y te o rías. U na clase de tip o lo g ía se relacio n a con el p o r “ la e x p o sic ió n q u e p ro d u ce u n a im agen significativa, in d u c i­
m o d o en q u e las p erso n as clasifican a los o tro s y co n los o b je to s da p o r las ilu stracio n e s a p ta s q u e p e rm ita n a p re h e n d e r la re fe re n ­
de sus v id as.1 E n el e stu d io in stitu c io n a l, el inv estig ad o r elab o ró u n a cia en los té rm in o s de la ex p e rie n cia p ro p ia ” . L os c o n c e p to s se u ti­
tip o lo g ía del m o d o en q u e el p erso n al clasificaba a los resid en tes, lizan p ara ilu m in a r los p ro ceso s y fen ó m e n o s sociales q u e n o son
c o n fe c c io n a n d o u n a lista de los té rm in o s q u e e m p lea b a n p ara re fe ­ fácilm e n te p e rce p tib le s en las descripciones de casos esp ecífico s.
rirse a ellos. E m p le a b a n p alab ras tales com o “ h ip e ra ctiv o s” , “ pelea­ E l de estigm a es u n e jem p lo ex c e le n te de c o n c e p to sensibilizador.
do res” , “ esp á stic o s” , “ v o m ita d o re s” , “ fu g itiv o s” , “ p estes” , “ m u ­ C uan d o p e n sam o s en e l estig m a com o u n a m ácu la en el cará cter
ch ach o s de c o m e d o r” , “ m u c h a c h o s tra b a ja d o re s” y “ fav o rito s” . m oral, y n o so la m e n te co m o u n a a n o rm a lid ad física, estam os en
La o tra clase de tip o lo g ía se basa en el esq u em a de clasificación m ejo res co n d icio n es p ara e n te n d e r lo q u e e x p e rim e n ta la Deses­
del p ro p io in v estig ad o r. A sí, en e l e stu d io in s titu c io n a l, el in v esti­ p e ra d a ” c itad a p o r G offm an. (1 9 6 3 ), y para rela cio n ar esa e x p e ­
g ad o r quiso saber si p erso n al de a te n c ió n d e c ía y h a c ía cosas di­ rie n c ia con la d e o tro s.
fere n te s según fu era el tiem p o q u e llevaba tra b a ja n d o en la insti- E l d esarro llo de c o n c e p to s es u n p ro ceso in tu itiv o , r u e d e ser
a p re n d id o , p e ro n o o b je to d e u n a en señ an z a fo rm al. N o o b s ta n te ,
h ay algunos lu gares en los q u e se p u ed e em p ezar. P rim ero, buscar
'■i
Los científicos sociales a veces diferencian el en foque émico del en fo ­
que ético, y los conceptos de primer orden de los conceptos de segundo orden p ala b ra s y frases del p ro p io v o cab u lario de los in fo rm a n te s que
(E m erson, 1983; P atto n , 1980). De acuerdo con el enfoque ém ico, la conducta c a p te n el se n tid o de lo q u e ellos dicen o hacen. A los c o n c e p to s
social debe exam inarse en los térm inos de las categorías de significados (c o n ­ de los in fo rm a n te s los d en o m in am o s c o n c e p to s co n creto s: ...el
ceptos, tipologías, etcétera) de las personas que se estudian. Estas categorías c o n c e p to c o n c re to se deriva n a tiv a m e n te de la cu ltu ra estu d iad a ;
de significados son conceptos de prim er orden. En el enfoque ético, los inves­ to m a su se n tid o solam en te de esa cu ltu ra y n o de la defin ició n del
tigadores aplican sus propios conceptos para en tender la conducta social de c ie n tífic o ” (B ru y n , 1966, pág. 39). E n el e stu d io in stitu c io n al,
las personas en estu d io . E stos se denom inan conceptos de segundo o rd en , el p e rso n a l h a b lab a con frecu en c ia del c o n tro l de los resid en tes.
puesto que se trata de “ constructos de los constructos elaborados por los a c ­
E x a m in a n d o sus d ato s a la luz de este co n c e p to , <el investigador
tores de la escena social” (S chutz, 1962, pa'g. 6). La prim era clase de tipología
e n c o n tró q u e u n a am plia gam a de actividades co tid ian a s de los
que describim os se relaciona con el enfoque émico y los conceptos de prim er
orden; la segunda está relacionada con el enfoque ético y los conceptos de em p le a d o s p o d ía n in te rp re ta rse com o m ed id as de c o n tro l: su p er­
segundo orden. Como nuestro exam en lo indica, am bos enfoques pueden em ­ visión c o n s ta n te , lim itació n d e la lib ertad de m o v im ien to s y del
plearse en un estudio único. acceso de los re sid e n te s a o b je to s y posesiones, recursos para la
1í>4 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION
E L T R A B A JO CON LOS D A TO S 165

restricció n física, la m ed icació n con drogas, el o fre c im ie n to a los nal aplicaba a los resid en tes. P re stan d o a ten ció n a las ex p resio n es
residentes de reco m p en sas y privilegios, la fu erza física, la o bliga­ y co m e n ta rio s sobre los ú ltim o s, el investigador d escu b rió q u e los
ción de tra b a jar y o tras. em p lead o s los clasificaban en varias c ateg o rías am plias, según el
S eg u n d o , cu an d o d escu b ra u n te m a en sus d a to s, c o m p are los tip o de p ro b lem as q u e p rese n ta ra n : p ro b lem as de c o n tro l ( “ p e r tu r ­
e n u n c iad o s y accio n es e n tre s í para ver si e x iste u n c o n c e p to q u e b a d o re s” , “ p e lead o res” ); p ro b lem a s de c u sto d ia ( “ m o ja d o re s” ,
los u n ifiq u e. G laser y S trau ss (1 9 6 7 , pág. 106) señalan q u e dicha “ v o m ita d o re s” ); p ro b lem as de supervisión (“ fu g itiv o s” , “ au to a b u -
co m p a ra c ió n p u ed e p o r lo g en eral realizarse de m em o ria. El p erso n al sad o res” ); p ro b lem as de a u to rid a d (“ sa b ih o n d o s” , “ p e tu la n te s ” );
to m a b a p re ca u cio n es p ara ev itar q u e lo d escu b rie ran violando re ­ tra ta m ie n to s especiales ( “esco la res” ); co o p erativ o s (“ chicas tra b a ­
glas in stitu cio n ales. P or ejem p lo , u b ic a b a n a u n “ p erro g u a rd iá n ” ja d o ra s ” , “ m u c h a c h o del b ald e” ); fav o rito s y sin p ro b lem as ( “ in­
en la p u e rta p ara q u e les avisara de la llegada de supervisores o vi­ fo rm a d o re s ” , “ te sta fe rro s ” ). La hebra q u e enlaza to d a s estas cate­
sita n te s y g o lp eab an a los resid en tes de m o d o tal q u e no q u e d ab a n gorías se rela cio n a con los p ro b lem as q u e los in te rn o s crean en el
m arcas. El inv estig ad o r se p la n te ó el co n c e p to de estrateg ias de trab a jo c o tid ia n o de los e m p lead o s; de a llí la p ro p o sició n .
evasión p a ra referirse a esas actividades. D esp u és de haber desa­
rro lla d o d ich o co n c e p to , advirtió q u e o tra s actividades, co m o los 6. Lea el m a teria l b ibliográfico. Los investigadores cualitativos
reg istro s fra u d u le n to s, e stab a n relacio n ad as con aquellas e s tra te ­ com ienzan sus estu d io s c o m p ro m etién d o se m ín im a m e n te con te o ­
gias.
ría s y su p u esto s a p riori (G laser y S trauss, 1967). C u an d o el le c to r
T e rc e ro , a m ed id a q u e id e n tifica tem as d iferen tes, b u sq u e las en care el análisis in ten siv o , sin em b arg o , y a deb erá haberse fam ilia­
sem ejanzas su b y acen tes q u e p u e d a n ex istir e n tre ellos. C uando se riza d o con la lite ratu ra sociológica y con los m arcos teó rico s p e rti­
p u ed e n rela c io n a r los te m as de esa m a n era, hay q u e b uscar una n e n te s para su investigación.
palabra o frase q u e tra n sm ita lo q u e tien en de sim ilar. A sí, el co n ­
La le c tu ra de o tro s estu d io s con frecu en cia p ro p o rc io n a p ro p o ­
c ep to de fach a d as de G o ffm a n (1 9 5 9 , 1961) se aplica ig u alm en te
siciones y c o n c e p to s fru c tífe ro s q u e ay u d an a in te rp re ta r los d ato s.
a tem as rela cio n ad o s con el m o d o en q u e los fu n c io n a rio s in s titu ­
N o es p o c o co m ú n que las m ejores ap reh e n sio n es provengan de
cionales m a n tie n e n los espacios ab ie rto s y en q u e m an ejan las re la ­
estu d io s sobre u n área su stan cial to ta lm e n te d ife re n te . Por ejem p lo ,
cio n es con los m edios.
en el e stu d io so b re in stitu c io n e s el o b serv ad o r se abrevó en m a te ­
Una p ro p o sició n es u n e n u n c ia d o general de hechos, basado rial sobre la desviación p ara co m p re n d e r m u c h a s de las p ersp e cti­
en los d ato s. La afirm ació n de q u e “ El p erso n al to m a b a p rec a u c io ­
vas y p rá ctica s del personal.
nes para ev ita r q u e lo d escu b rie ran v io lan d o reglas in stitu c io n a le s”
es u n a p ro p o sició n . M ientras q u e los co n c e p to s p u ed en o n o “ ajus­ Si se carece de ex p erien cia en investigación cu alita tiv a se deben
tarse , las p ro p o sicio n es son verd ad eras o erró n eas, au n q u e el inves­ leer d e te n id a m e n te algunos estu d io s cualitativ o s, para ver el m odo
tig ad o r p o d ría no estar en co n d icio n es de d em o strarlas. e n q u e los investigadores analizan y p resen ta n sus d ato s. Los c a p í­
tu lo s de la P arte 2 de este lib ro darán u n a idea de c ó m o re d a c ta r
Lo m ism o q u e los c o n ce p to s, las p ro p o sicio n es se d esarrollan
m e d ia n te el e stu d io cuid ad o so de los datos. E stu d ia n d o los tem as, u n e s tu d io cu alitativ o . L ibros c o m o S tr e e t C órner S o c ie ty , de W hyte
ela b o ra n d o tip o lo g ías, re la c io n a n d o e n tre sí d ife re n te s piezas de (1 9 5 5 ), T a lly 's C o m er, de L iebow (1 9 6 7 ), M a kin g th e G rade , de
los d ato s, g rad u alm en te e n c u e n tra generalizaciones. En el e stu d io B ecker, G eer y H ughes (1 9 6 8 ), T im eta b les, de R o th (1 9 6 3 ) y Tea-
in stitu c io n al, el investigador p la n te ó la p ro p o sició n de que el p e r­ r o o m Trade, de H u m p h re y s (1 9 7 5 ) son ejem plos de estu d io s pers­
sonal d e fin ía a los in te rn a d o s según ellos a y u d a ra n o e sto rb a ra n picaces cla ra m e n te escritos.
en el trab a jo de cu sto d ia. M ientras q u e los m aestro s tal vez clasifi­ In clu so q u ien conoce estu d io s cu alitativ o s debp revisar el m a ­
caran a los re ta rd a d o s m en tale s de a cu e rd o con su capacidad para terial b ib lio g ráfic o para re la c io n a r su p ro p io tra b a jo con lo q u e
el ap ren d izaje , y los m édicos según sus co n d icio n es clínicas, las han h ec h o o tro s. La m a y o r p arte de los b u en o s investigadores cons­
definiciones del p erso n al de ate n c ió n refle jab an la p reo cu p ació n tru y e n sobre lo q u e ya se h a realizad o antes.
de este ú ltim o con el o rd en y Ja lim pieza de la sala. H a y q u e te n e r e l cu id a d o de n o fo r z a r n u e stro s d a to s para q u e
Esa p ro p o sició n se derivó de la tip o lo g ía q u e el p ro p io p e rso ­ encajen e n e l m a rc o de alg ún otro. Si los co n ce p to s del colega se
METODOS CUALITATIVOS D E INVESTIGACION EL TRABAJO CON LOS DATOS 1 67

aju stan a sus d ato s, n o te m a em p learlo s. Si éste n o es el caso, o lv í­ Codificación


delos.
El m o d o en q u e u n o in te rp re ta sus d ato s d ep en d e de los su p u es­ E n la investigación cualitativa, la co d ificació n es u n m o d o sis­
tos te ó ric o s q u e ha asum ido. Es im p o rta n te co n o cer m arcos te ó ­ te m á tic o de d esarrollar y re fin a r las in te rp re ta c io n e s de los d ato s.
ricos d u ra n te la e ta p a de análisis inten siv o de la investigación. N u es­ El p ro ceso de co dificación in clu y e la re u n ió n y análisis de to d o s
tro p ro p io m a rc o te ó ric o , el in te ra c cio n ism o sim bólico, n o s lleva los d ato s q u e se re fie re n a tem as, ideas, co n ce p to s, in te rp re ta c io ­
a b u scar ciertas persp ectiv as, significados y definiciones sociales. nes y p ro p o sicio n es. D u ra n te e sta e ta p a del análisis, lo q u e inicial­
!il in te ra c cio n ism o sim bólico e stá in te re sad o en p reg u n tas co m o m en te fu e ro n ideas e in tu ic io n e s vagas se refin a n , e x p a n d e n , des­
las siguientes: c artan o desarrollan p o r c o m p le to . El siguiente es u n m o d o de co­
dificar los d a to s cualitativos.
¿C óm o se d efin e n las personas a s í m ism as y a o tro s, a sus es­
cenarios y sus actividades? 1. D esarrolle categorías d e co d ifica ció n . E m p iece re d a c ta n d o
¿C óm o se d esarrollan y cam bian las d efin icio n es y p e rsp ecti­ u n a lista de to d o s los tem as, c o n c e p to s, in te rp re ta c io n e s, tip o lo g ía s
vas de la g ente? y p ro p o sicio n es id e n tifica d o s o p ro d u c id o s d u ra n te el análisis ini­
¿C uál es el ajuste e n tre las d ifere n te s p erspectivas de d istin tas cial. A l p o n e r p o r escrito sus ideas, sea lo m ás e sp ecífico posible.
personas? Se debe te n e r alguna p ersp ectiv a del tip o de d ato s q u e se aju stan
¿C uál es el ajuste e n tre las p erspectivas de la gente y sus a c ti­ a cada categ o ría. N o o b s ta n te , algunas de las ideas serán te n ta ti­
vidades? vas y estarán vagam ente fo rm u lad as. Por ejem p lo , u n a categ o ría
¿C óm o tra ta n las p erso n as con las discrepancias e n tre sus p ers­ de la co d ificació n p o d ría relacio n arse con u n te m a de conversación
pectivas y actividades? re c u rre n te . T ales tem as ta m b ié n deb en incluirse en la lista.
U na vez q u e ha id e n tific a d o las prin cip ales c a teg o rías de la co­
A u n q u e la m a y o r p arte de los investigadores se e n cu a d ran en dificación, repase la lista n u ev am en te . H allará q u e algunas categ o ­
un m arc o te ó ric o esp e cífico , es n o rm al q u e a p elen a m arcos diver­ ría s se su p e rp o n e n y p u ed en ser suprim idas.
sos p a ra e x tra e r u n se n tid o de sus d ato s. El n ú m e ro de categ o rías q u e se a d o p te n d e p en d e rá de la ca n ti­
dad de d ato s recogidos y de la co m p lejid ad de n u e stro esquem a
7. D esarrollle u na g u ía d e la historia. A veces es ú til d esarro ­ a n a lític o . En el estu d io sobre el e n tre n a m ie n to para el trab a jo ,
llar una lín ea g u ía de la h isto ria para o rie n ta r el análisis. La g u ía el inv estig ad o r co d ificó sus d a to s en a p ro x im a d a m e n te 150 c a te ­
de la h isto ria es la heb ra a n a lític a q u e u n e e in teg ra a los p rin c ip a ­ gorías. En el e stu d io in stitu c io n a l, se em p le a ro n m ás o m enos 50
les tem as de los d ato s. Es la re sp u e sta a la p re g u n ta “ ¿sobre qué c a te g o ría s de co dificación. El esq u em a in clu y ó p ro p o sicio n es desa­
tra ta este e s tu d io ? ” rro lla d a s ( “ el p erso n al cu estio n a el cocien te in te le c tu a l com o in d i­
Q uizás el m ejor m o d o de d esarro llar u n a g u ía de la h isto ria c o n ­ cad o r de in telig en cia” ) y tem as de conversación (los “ p ro g ram as” ).
sista en id ear u n a sen ten c ia o frase q u e describa el trab a jo en té r­ A signe u n n ú m e ro o letra a cada c a te g o ría de co d ificació n . Con
m inos generales. E sto es algo q u e a veces hacen los títu lo s y su b ­ m ás de u n s ím b o lo se p u ed en in d icar relacio n es lógicas. Por ejem ­
títu lo s de los estu d io s cualitativos. P or ejem p lo M a kin g th e G rade: plo, “ 17” p o d ría in d ic a r la tip o lo g ía de los in te rn a d o s ta l com o
T h e A c a d e m ic S id e o f C ollege L ife (O b te n ie n d o el títu lo : El asp ec­ los ve el p erso n al, m ie n tra s q u e las letras p o d ría n referirse a tip o s
to aca d ém ico de la vida en el college; B ecker y o tro s , 1968) n o s esp ecífico s: “ 17a” , p ro b lem as de c u sto d ia; “ 17b” , p ro b lem as de
habla sobre la im p o rta n c ia de los títu lo s p ara los e stu d ia n te s; C loak c o n tro l, e tc é te ra .
o f C o m p e te n c e : S tig m a in th e L ives o f th e M e n ta lly R e ta r d e d
(M anto de suficiencia: El estigm a en las vidas de los re ta rd a d o s 2. C o d ifiq u e to d o s los datos. C o d ifiq u e to d a s las n o ta s de cam ­
m en tale s; E d g e rto n , 1967) n o s dice q u e las perso n as ro tu la d a s co ­ po, las tra n scrip cio n es, los d o c u m e n to s y o tro s m ateriales, escri­
m o re ta rd a d o s m e n tales tra ta n de o c u lta r su estigm a. bien d o en el m argen el n ú m e ro asignado o la le tra co rresp o n d ie n te
a cada c a teg o ría. S e d e b e n co d ifica r ta n to los in c id e n te s negativos
EL TRABAJO CON LOS DATOS 169
168 METODOS CUALITATIVOS D E INVESTIGACION

c o m o los p o sitiv o s rela cio n a d o s con la ca teg o ría d e q u e se trate. A l p ro p o sició n . A m b o s p ro g ram as son utilizab les en m ic ro c o m p u ta-
analizar la p ro p o sició n de q u e el p erso n al c u estio n a el co cien te d o ras o en c o m p u ta d o ra s personales. El p ro p ó sito de los dos es
in te le c tu a l co m o in d ic ad o r de in teligencia, el investigador c o d ifi­ servir com o “ am anuenses m e cán ico s” . D rass, y S eidel y C lark re c o ­
ca ta n to los e n u n c ia d o s q u e la ap o y a n ( “ N o se p u ed e co n fia r e n el n o c e n q u e las c o m p u ta d o ra s n o p u e d en u tilizarse p ara s u stitu ir
co cien te in te le c tu a l” ), com o los q u e la re fu ta n ( “ N o se le puede la p erspicacia e in tu ic ió n d el inv estig ad o r en la in te rp re ta c ió n de
enseñ ar m u c h o p o rq u e su co c ien te in te le c tu a l es m u y b a jo ” ). los d a to s .3
A m edida q u e se co d ifican los d ato s, h a y q u e refin a r el esq u em a
de la co d ificació n ; añ ad ir, su p rim ir, e x p a n d ir y re d e fin ir las c a te ­ 4. Vea q u é d a to s han so b ra d o . D espués de h a b e r co d ificad o y
gorías. La regla cardinal de la co d ificació n en el análisis cu alitativ o sep arad o to d o s los d a to s, repase el re m a n en te de d a to s q u e n o han
consiste en hacer q u e los có d ig o s se a ju ste n a lo s d a to s y n o a la ingresado en el análisis. A lg u n o s de esos d a to s p ro b a b le m en te se
inversa. R egistre cada cam b io en su lista m aestra de categorías. aju sten a las c a te g o rías de co dificación e x isten tes. T am b ién se
Se p o d rá ad v e rtir q u e algunos frag m e n to s de d ato s e n tra n en p u e d e n p la n te a r nuevas cate g o rías q u e se re la cio n en con las d esa­
dos o m ás categ o rías; se les d eb en asignar los códigos de to d a s ellas. rro llad as prev iam en te y con la guía de la h isto ria su b y ac e n te. Pero
d ebe observarse q u e n in g ú n e stu d io u tiliza to d o s los d a to s recogi­
3. S ep a re lo s d a to s p e r te n e c ie n te s a las diversas categorías de dos. Si n o se aju stan , n o tra te de fo rz a r el ingreso de to d o s los d a­
co d ifica ció n . La sep aració n de los d a to s es u n a o p erac ió n m e c á n i­ to s en su esq u em a an a lític o .
ca, n o in te rp re ta tiv a (D rass, 1980). El investigador reúne los d a to s
codificados p e rte n e c ie n te s a cada categ o ría. H acem o s esto m a n u a l­ 5. R e fin e su análisis. La co d ificació n y sep aració n de los d a to s
m e n te: se re c o rta n las n o ta s de cam p o , las tran scrip cio n es y o tro s p e rm ite c o m p arar d ifere n tes frag m e n to s relacio n ad o s con cada
m a teriales y se co lo can los d a to s de cada categ o ría e n c arp e tas tem a, c o n c e p to , p ro p o sic ió n , etc é te ra , y en consecuencia refin a r
de archivo o en sobres de p ap el m anila. C uando se separan los d a­ y aju star las ideas. Se e n c o n tra rá q u e algunos tem as q u e p a re c ía n
to s de esta m anera se d ebe in c lu ir en cada re c o rte u n a p arte su fi­ vagos y o scu ro s ap are cen claram en te ilum inados. T am b ién es p ro b a ­
ciente del c o n te x to co m o para q u e el fra g m e n to re su lte e n te ra m e n te ble q u e algunos co n c e p to s n o se aju sten a los d a to s y q u e algunas
com prensible. P o r ejem p lo , la p reg u n ta del e n tre v ista d o r debe p ro p o sicio n es p ierd a n validez. H ay q u e e sta r p re p a rad o p ara des­
ac o m p a ñ ar a la resp u esta del in fo rm a n te . T am b ién es una b u en a cartarlo s y d esarro llar o tro s nuevos, m e jo r adecuados.
idea in d icar de q u é c o n ju n to e sp ecífico de m ateriales se e x tra jo E n el c o n ju n to de d ato s ap are cen casi siem pre c o n trad iccio n es
cada frag m e n to , a u n q u e esta o p e rac ió n co n su m e tie m p o . E sto y casos negativos. Si se está ap lican d o u n e n fo q u e com o el de la
p erm ite volver a las n o ta s, tran sc rip c io n es o d o c u m e n to s para a n u ­ in d u cció n a n a lític a , h ab rá q u e m o d ificar las in te rp re ta c io n e s para
dar cu alq u ier hebra suelta. C onserve in ta cta una copia d e to d o s ex p licarlo s a to d o s y cada u n o . La m a y o r p arte de los in vestigado­
los m ateriales en su s resp ectivo s c o n ju n to s. res n o lo hacen. En la m a y o ría de los estu d io s el investigador tra ta
D rass (1 9 8 0 ) y Seidel y C lark2 han d esarro llad o pro g ram as de de llegar a conclusiones y g eneralizaciones razo n a b les basadas en
c o m p u ta d o ra para m a n ejar la etap a a u to m á tic a d el análisis de d a­ u n a p re p o n d e ra n c ia de los d ato s. E sto se d ebe a la co m plejidad de
to s cu alitativ o . El p ro g ram a de D rass se d e n o m in a LIPSQ U A L, la vida social. D ebe esperarse q u e la g en te a veces haga y diga co­
y el de S eidel y C lark, T H E E T H N O G R A P H . A m b o s program as sas q u e van en c o n tra de lo q u e ella cree.
tien en la fin alid ad de alm acen ar, separar y re cu p e ra r los d a to s cu a­ S e d e b e n analizar los casos n eg a tivo s para p r o fu n d iz a r la c o m ­
litativos. D rass señala q u e LIPSQ U A L pu ed e ta m b ié n u tilizarse p ren sió n d e las perso n a s q u e se está n estu d ia n d o . Los casos negati-
para p re p a ra r “ cuasi e s ta d ís tic a s ” ; p o r eje m p lo , pu ed e d a r la fre ­
cuencia de los in c id en te s negativos y positivos q u e atañ en a u n a 3E n contraste, Stone, D unphy, S m ith y Ogilvie (1966) han desarrollado
u n program a para com putadora que analiza estadísticam ente los datos cua­
2 Se puede o btener inform ación sobre THE ETN O G RA PH , el program a de litativos de acuerdo con un m arco conceptual predeterm inado. Este enfoque
Seidel y Clark, requiriéndola a John Seidel (7 7 0 0 W. Glasgow I4-D , L ittleto n , se encuadra m ás en la investigación cuantitativa tradicional que en los m étodos
CO 80 1 2 3 ) o a Jack Clark (1 0 2 0 1 3th St., B oulder, C0 80302). cualitativos.
170 METODOS CUALITATIVOS D E INVESTIGACION EL TRABAJO CON LOS DATOS 171

vos son con fre c u e n c ia u n a fu e n te fru c tífe ra de co m p ren sio n es, Relativización de los datos
líl perso n al v eía a los in te rn a d o s com o personas con severas lim ita­
ciones en su p o te n c ial para e l ap ren d izaje. “ T o d o s ésto s son de La fase fin a l d el análisis cu alitativ o consiste en lo q u e D euts-
í^nido b ajo ” y “ N o se les p u ed e e n se ñ ar n a d a ” , era n co m e n ta rio s c h er y Mills (1 9 4 0 ) d en o m in a n rela tiviza ció n de los d ato s: se tra ­
típ ico s. Al revisar los d a to s, los investigadores e n c o n tra ro n u n ta de in te rp re ta rlo s en el c o n te x to en q u e fu e ro n recogidos. T al
cierto n ú m e ro de en u n cia d o s q u e se o p o n ía n a aq u ella perspectiva. com o D e u tsc h e r lo señala (1 9 7 3 , pág. 5), to d o s los d ato s son p o ­
Un em p le ad o , q u e p o r lo general denigraba la in teligencia de los te n c ia lm e n te valiosos si sab em o s evaluar su credibilidad.
resid en tes, co m e n tó en u n a o casió n : “ S í, son to n to s com o u n z o ­
rro ” , d a n d o a e n te n d e r q u e . era n m ás listos de lo q u e p arecían . Desde luego, nosotros relativizam os rutinariam ente la historia o la biogra­
I; 1 in v estig ad o r e x p lo ró el significado de esos en u n ciad o s. D escu­ fía de acuerdo con lo que sabem os sobre el au to r... No descartam os los in fo r­
brió q u e el p e rso n al d esc rib ía a los in te rn a d o s com o “ m ás listos mes por el m ero hecho de que presenten preconceptos o defectos de uno u otro
de lo q u e p a re c e n ” cu an d o iba a reg añ arlo s o castigarlos. E sta b an tipo. Si lo hiciéram os, no ex istiría la historia. Ella es siem pre presentada por
d icien d o q u e los in te rn a d o s sa b ía n có m o n o causar p ro b lem as y hom bres qu e h an hecho alguna clase de apuesta en las m aterias sobre las cua­
les escriben, qu e ocupan un a posición determ inada en su propia sociedad (y
q u e d e b ía n resp o n d er p o r su c o n d u c ta . E sto s en u n c iad o s p re te n d ía n
tien d en a ver el m undo con esa perspectiva), y cuyo trabajo está más o m enos,
e x p licar o ju s tific a r el tra ta m ie n to q u e se d ab a a los resid en tes.
ab ierto a la crítica m etodológica. La m isma observación se aplica a to d o dis­
Lo q u e al p rin cip io pareció u n a c o n tra d icc ió n q u e d ó re su e lto m e­ curso, incluso el de los inform antes d e investigación de las ciencias sociales.
d ian te la d istin ció n a n a lític a e n tre las p erspectivas (el m o d o en
que la g en te ve a su m u n d o ) y las ex p licacio n es (el m o d o en q u e
E n este se n tid o , to d o s los d a to s d e b en relativizarse. Para e n te n ­
la gente ju stific a sus acciones a n te s í m ism a y an te o tro s). A u n q u e
derlos, h ay q u e d eten erse en el m o d o en q u e fu e ro n reco g id o s.
el p erso n al viera a u té n tic a m e n te a los resid e n te s com o in d ividuos
N o se d e scarta n ad a. S ólo v aría la in te rp re ta c ió n , de a c u erd o con
con severas lim itacio n e s in te le c tu a le s, ex p re sa b a u n a o p in ió n o p u e s­
el c o n te x to . H ay al re sp ecto u n cierto n ú m e ro de consideraciones.
ta cu an d o le co n v en ía hacerlo.
En la investig ació n c u alita tiv a n o h a y lín e a s g u ía s q u e d e ter­
m inen la c a n tid ad de d a to s necesarios para re fre n d a r u n a c o n c lu ­ 1, D a to s so lic ita d o s o n o so licitados. A u n q u e los investigado­
sión o in te rp re ta c ió n . E sto siem pre q u ed a su je to a ju ic io . Las m ejo ­ res c u alita tiv o s p o r lo general tra ta n de p e rm itir q u e las personas
res ap reh en sio n es p rovienen a veces de u n a c a n tid a d p e q u e ñ a de hab len so b re lo q u e tien en en m e n te , n u n c a son to ta lm e n te pasi­
datos. G laser y S trau ss (1 9 6 7 ) so stien e n q u e u n ú n ico in c id en te vos. F o rm u la n cierto s tip o s de p re g u n ta s y persiguen cierto s tem as.
es su ficien te p ara d esarro llar u n a ca te g o ría c o n c e p tu a l para la te o ­ A l h acerlo , so licitan d ato s q u e p o d ría n n o h a b e r em ergido e sp o n ­
ría fu n d a m e n ta d a . tá n e a m e n te .
A lg u n o s in v e stig ad o res p ro p o rc io n a n p ru eb as cuasi e s ta d ís ­ Se debe observar si la g en te, cu an d o resp o n d e a n u e stra s p re­
ticas de sus co n clu sio n es cu an d o asien tan p o r e scrito sus d escu b ri­ guntas, dice cosas d istin ta s q u e cu an d o habla p o r p ro p ia iniciativa.
m ientos. En su e stu d io so b re el asp ecto acad ém ico de la vida en C om o c o n tro l de sus d ato s, B ecker, G eer y H ughes (1 9 6 8 ) co m p a­
el college, B ecker, G eer y H ughes (1 9 6 8 ) a p o rta n u n a avalancha ra n los e n u n cia d o s v o lu n ta rio s y dirigidos de los in fo rm a n te s. Sin
e s ta d ístic a de e n u n c ia d o s y actividades q u e avalan su tesis p rinci­ em b arg o , u n a revisión rá p id a de los d a to s es p o r lo general sufi­
pal sobre la im p o rta n c ia de la g rad u ac ió n y los títu lo s para los ciente.
e stu d ia n te s. P ero en la investigación cu alitativ a las p ru eb as son
elusivas. Es p ro b ab le q u e el in v estig ad o r c u a litativ o p u ed a d e m o s­ 2. L a in flu e n c ia d e l o b serva d o r so b re e l escenario. La m a y o r
tra r q u e sus co n clu sio n es e in te rp re ta c io n e s tie n e n u n a base p la u ­ p arte de los o b serv ad o res p a rtic ip a n te s tra ta n de re d u c ir al m ín i­
sible, p ero n u n c a p re se n ta r u n a p ru eb a definitiva. m o los e fe c to s de su presencia so b re las p erso n as q u e e stá n e stu d ia n ­
do, h asta q u e h an logrado u n a co m p ren sió n básica del escenario.
E n el c a p ítu lo sobre el tra b a jo de cam p o aconsejam os a los o b ser­
vad o res q u e “ avanzaran le n ta m e n te ” d u ra n te las prim eras eta p a s
172 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION EL TRABAJO CON LOS DATOS 173

ilc la investigación. T a l co m o lo señalam os en ese c a p ítu lo , los d iría n a su d irec to r. Se debe e s ta r a le rta a las d iferencias en lo que
o b servadores p a rtic ip a n te s in flu y e n casi siem pre so b re el escen ario la g en te dice y hace cu a n d o e stá sola y cu an d o h a y o tro s e n el
q u e e stu d ian .
lugar. B ecker, G eer, H ughes y S trauss (1 9 6 1 ) ta b u la ro n e n u n c ia ­
En esp ecial d u ra n te los p rim ero s d ía s en el cam p o , los in fo rm a n ­ dos y actividades de acu e rd o con ese asp ecto del fen ó m e n o , co m o
tes p o d ría n ser cau telo so s en lo q u e dicen y hacen. Incluso p o d ría n u n m o d o de evaluar la cred ib ilid ad de las p ru eb as de la observación
tra ta r de re p re s e n ta r” para el o bservador. El p erso n al de aten ció rt p a rtic ip a n te .
ad m itió q u e hizo m u c h a s cosas de m o d o d ife re n te cu an d o el o b se r­
v ad o r p a rtic ip a n te co m en zó a visitar la sala. U n em p lead o ex p licó 4 .D a to s d ire c to s e in d irecto s. C uan d o analizam o s n u estro s da­
el m o d o en q u e él re ac cio n a b a a las p erso n as de afuera: tos, co d ificam o s ta n to los e n u n ciad o s d irec to s com o los d ato s in ­
d irecto s re fe re n te s a u n te m a, in te rp re ta c ió n o p ro p o sició n . El
Por lo general sabem os cuando alguien va a venir, más o m enos con una o b serv ad o r llegó a la co n clu sió n de q u e el p e rso n a l e sta b a o rie n ta ­
h ora de anticipación. Nos hacen saber cuando alguien va a venir, de m odo que do hacia el c o n tro l de los in te rn a d o s, an tes que hacia enseñarles
podem os ponerles alguna ro p a, asegurarnos que no estén con el traste al aire h ab ilid ad es, m e d ia n te el ex am en de lo q u e d e c ía so b re ellos ( “ H ay
o tiro n ean d o cuando alguno venga. H oy tuve algunos visitantes... Me hicieron q u e c o n tro la rlo s ” ) y del m o d o en q u e a c tu a b a con re sp e c to a ellos
un m o n tó n de preguntas. Yo les co n testé, pero no iba a exagerar. ¿Sabe?, no
(m u y pocas veces in te ra c tu a b a con los in te rn a d o s, salvo para d e­
iba a decirles to d o .
cirles lo que te n ía n que hacer). C u an to m ás se tie n e q u e leer en
los d a to s y e x tra e r in feren cias basadas en d ato s in d irec to s, m enos
E s im p o rta n te e n te n d e r los e fe c to s de n u estra presencia en u n seguro se pu ed e e sta r acerca de la validez de las in te rp re ta c io n e s
escen ario . E m erso n (1 9 8 1 , pág. 3 6 5 ) escribe q u e e l o b serv ad o r p ar­ y co n clu sio n es (B eck er y G eer, 1957).
ticip an te debe tra ta r de “ convertirse en sensible y p e rce p tiv o respec-
to del m o d o en q u e es p e rcib id o y tra ta d o p o r los o tro s ” . Una 5 .F u e n te s . E xiste el peligro de generalizar acerca de un g ru p o
m a n era de lograrlo consiste en observar có m o reac cio n an las p er­ de p erso n as sobre la base de lo que u n a sola o unas pocas h a n d icho
sonas a su presen cia en los d ife re n tes m o m e n to s de la investiga­ y h ech o . A lgunos o b serv ad o res p a rtic ip a n te s han sido tan ab so r­
ción. E n el e stu d io in s titu c io n a l el o b serv ad o r distinguió las siguien­ b id o s p o r “in fo rm a n te s claves” , han d e p e n d id o ta n to de ellos para
tes fases, según la ace p ta c ió n q u e le disp en sab a el p erso n al: 1) de reco g e r in fo rm a c ió n , q u e te rm in a ro n p o r reco g e r u n a visión selec­
a fu era: tra ta d o con c au tela ; 2) v isita n te fre c u e n te : los em p lead o s tiva del escenario. Una perso n a h a b la d o ra pued e p ro d u c ir grandes
hab lab an lib re m e n te , p ero seg u ían algo a la defensiva resp ecto de can tid ad e s de d atos q u e a p are cen a lo largo de las n o ta s de cam p o
sus accio n es; 3) p a rtic ip a n te ocasio n al: el p e rso n a l p a re c ía h ablar o de las tran scrip cio n es.
y a c tu a r con lib e rta d ; 4) p a rtic ip a n te : los em p lead o s a c e p taro n al P or esta razó n , se debe p resta r ate n ció n a las fu e n te s de los d a­
o b serv ad o r com o “ u n o de los su y o s” . D esde luego, este esquem a to s en los q u e se basan las in te rp re ta c io n e s. E stá bien re c u rrir a in ­
sim plifica en exceso la n a tu ra le z a flu id a de las rela cio n es de cam p o . fo rm a n te s claves p ara lograr co m p re n sio n es esenciales, p ero conviene
Pero, m e d ia n te la co m p aració n de los d ato s reco g id o s en las d ife­ sab er distin g u ir e n tre las persp ectiv as de u n a sola p erso n a y las de
re n te s fases de la investigación, el investigador q u ed a m ejo r e q u i­ u n g ru p o m ás am plio. E sta es la razón de q u e p o r lo general tr a te ­
p a d o p ara ex a m in a r e l m o d o én q u e las reac cio n es de los in fo rm a n ­ m os de d a r a los le cto res u n a idea de q u ié n dijo e h izo cada cosa
tes a su presen cia p u ed en h a b e r in flu id o sobre lo q u e dijeron e hi­ ( “ u n in fo rm a n te ” , “ algunas p erso n as” , “ la m a y o ría de los in fo r­
cieron.
m a n te s ” , e tc é te ra ) cu an d o co m u n icam o s p o r escrito n u estro s des­
cu b rim ien to s.
3. ¿ Q u ién estaba a llí? A s í com o el o b serv ad o r puede in flu ir
sobre lo que u n in fo rm a n te diga o haga, lo m ism o vale para m u ch as 6. N u e s tr o s p ro p io s su p u e sto s. E n los m é to d o s cualitativos, ta l
o tra s p erso n as del escen ario . P or ejem p lo , los em pleados de a te n ­ com o los h em o s d escrip to , el in v estig ad o r co m ien za el e stu d io con
ció n ac tú a n de m a n era d istin ta con los supervisores q u e e n tre ellos un m ín im o de supuestos. N o o b sta n te , n u e stro s p ro p io s c o m p ro ­
m ism os; los m aestro s qu izás hablen e n tre sí de cosas q u e n o le m isos y p re c o n c e p to s son im p o sib les de evitar. Los d ato s n u n c a
174 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION
E L T R A B A JO C ON LOS D A TO S 175
se ex p lican a sí m ism os. T o d o s los investigadores se abrevan en sus
to m o de su carrera co m o tra n se x u a l, es decir, de la cro n o lo g ía de
p ro p io s su p u esto s te ó rico s y en sus c o n o c im ie n to s c u ltu rale s para
e x tra e r el se n tid o de sus d ato s. las ex p erien cias rela cio n ad a s co n el d esarro llo de su id e n tid a d so ­
cial c o m o tra n sex u a l. La n a rra c ió n re c o rre su vida fam iliar, sus
P ro b a b le m e n te el m e jo r c o n tro l de las p arcialid ad es del inves­
años de e stu d ia n te secu n d ario , su vida e n la m a rin a, el m a trim o ­
tig ad o r sea la a u to rre fle x ió n c rític a . Para e n te n d e r los d ato s se n ece­
n io con una m u jer, la insti tu d o n a liza ció n co m o e n fe rm o m e n ta l,
sita alguna co m p ren sió n de las p ro p ias perspectivas, la p ro p ia ló ­
el in icio de u n a nueva vida c o m o m u jer, y refle x io n es sobre el fu ­
gica y los p ro p io s su p u esto s. T al co m o lo in d icam o s en el c a p ítu ­
tu ro .
lo sobre el tra b a jo de cam p o , algunos investigadores reg istran lo
que sien ten , y sus p ro p io s su p u esto s, co m o “ co m en ta rio s del o b ser­ Los análisis en la investigación cualitativa co m ien zan con el
v a d o r” , a lo largo de sus estu d io s, p ara co n tro la rse a sí m ism os. c o n o c im ie n to ín tim o de los d ato s. Se d e b en leer to d a s las tra n s­
Los colegas e in clu so los in fo rm a n te s q u e estén d isp u esto s crip cio n es, n o ta s, d o c u m e n to s y o tro s d ato s. Id e n tific a r las p rin ­
a leer los b o rrad o res p u ed en evaluar la validez y credibilidad de cipales e ta p as, los p rin cip ale s a c o n te c im ie n to s y las prin cip ales ex ­
n u e stro análisis. p erien cias de la vida de la persona. La h isto ria de vida se elaboro
co d ifica n d o y sep aran d o los d ato s de a cu e rd o con aquellas etapas.
C ada p e río d o se co n v ierte e n u n c a p ítu lo o sección.
LA C O N ST R U C C IO N D E H IST O R IA S D E VIDA E n la h isto ria de vida es im posible in c o rp o ra r to d o s los d ato s.
A lgunos re la to s y te m as n o serán p e rtin e n te s en vista de los in te ­
Las h isto rias de vida c o n tie n e n una descripción de los a c o n te ­ reses de la investigación y p u e d e n dejarse a u n lado. N o o b sta n te ,
cim ien to s y ex p erien cias im p o rta n te s de la vida de u n a p erso n a, o se debe tra ta r de in c lu ir to d o s los d a to s q u e p u e d an m o d ificar
alguna p a rte p rin cip al de ella, en las p ro p ia s palabras del p ro ta g o ­ c u a lq u ie r in te rp re ta c ió n de la vida y ex p erien cia s del p ro tag o n is­
nista. E n la c o n stru c c ió n de h isto rias de vida, el análisis consiste ta (F ra z ie r, 1978).
en un p ro ceso de com paginación y reu n ió n del re la to , de m o d o El paso fin al co n siste en co m p ag in ar los rela to s de las e x p e ­
tal q u e el re su lta d o cap te los sen tim ie n to s, m o d o s de ver y p ersp e c ­ riencias, para p ro d u c ir ú n d o c u m e n to c o h e re n te . P u esto q u e n o
tivas de la p erso n a. to d a s las perso n as tie n e n la m ism a capacidad p ara expresarse con
C om o d o c u m e n to sociológico, la h isto ria de vida debe ilu m i­ clarid a d , d ife re n te s re la to s exigirán d istin to s esfuerzos de c o m p a­
n ar los rasgos sociales significativos de los h ech o s q u e n arra El ginación. E n n u e stra s en tre v istas con ro tu la d o s com o re ta rd a d o s
c o n c e p to de carrera p ro b a b le m e n te p ro p o rc io n a el m o d o m ás fru c ­ m e n tale s, Ed M u rphy era m u c h o m ás proclive a caer en triv ialid a­
tífe ro de hacerlo. E l té rm in o carrera designa la secuencia d e p o si­ des y salirse p o r la ta n g e n te q u e P attie B u rt; en consecuencia, la
cio n es sociales q u e las p erso n a s o c u p a n a través d e su s vidas y las h isto ria del h o m b re re q u irió un m a y o r trab a jo de com paginación.
d e fin ic io n e s ca m b ia n tes d e s í m ism a s y d e su m u n d o q u e su ste n ta n
C o m o regla, la h isto ria d e vida d e b e resultar legible sin q u e se
en las diversas etapas d e esa secuencia. El c o n c e p to dirige n u estra
h a ya n a trib u id o a l p ro ta g o n ista cosas q u e no dijo o cam biado el
a ten c ió n hacia el h e ch o de q u e las d efin icio n es de sí m ism as y de
sig n ifica d o d e su s palabras. Se p u e d en o m itir frases y palabras re p e ­
los o tro s q u e su ste n ta n las p erso n as n o son ú n ic a s o id io sin crási­
titivas, p e ro co rresp o n d e re fle ja r las p a u ta s expresivas c ara cterís­
cas, sino q u e m ás bien siguen u n a n o rm a y u n a p a u ta o rd e n a d a s
ticas, las co n stru cc io n e s g ram aticales y la mala p ro n u n cia c ió n (si
de a cu e rd o con las situ acio n es en las q u e se e n c u e n tra n (G o ffm an ,
la h isto ria de vida va a publicarse, h ay q u e ser firm e en este aspecto
1961). A l re u n ir la h isto ria de vida, se tra ta de id e n tifica r las eta-
con los encarg ad o s de la ed ició n ). H abrá q u e agregar pasajes y fra ­
p.is y p e rio d o s c rític o s q u e dan fo rm a a las d efin icio n e s y p ersp ec­
ses de co n ex ió n para h acer inteligibles las p alabras del re la to . A
tivas del p ro tag o n ista. P o r ejem p lo , p o d em o s v er el m o d o en q u e
veces las p re g u n ta s del in v estig ad o r se in c o rp o ra rá n a las resp u estas
el significado de ser ro tu la d o co m o re ta rd a d o m e n ta l se m o d ifica
del p ro ta g o n ista. P or ejem p lo , la p reg u n ta “ ¿C uándo o y ó hablar
m edida q u e la p erso n a atraviesa las e tap as de la in fan cia la a d o ­
lescencia y la ad u lte z . p o r p rim era vez de la escuela e s ta d u a l? ” y la re sp u esta “ Más o m e­
nos u n a sem ana an tes de q u e m e en viaran a ella” , p u e d en c o m b i­
I'.n l:i historia de vida de Jan e F ry , el re la to fu e o rganizado en
narse en el en u n c iad o siguiente: “P o r prim era vez o í h ab lar sobre
176 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION

la escuela e sta d u a l m ás o m enos una sem ana a n te s de q u e m e en v ia­


ra n a ella” .
S egunda p arte
E n la m a y o r p arte de las h isto rias de vida, los c o m en ta rio s e
in te rp re ta c io n e s d el in v estig ad o r q u e d a n relegados a la in tro d u c ­
ción o a la conclu sió n . A lgunos investigadores, com o S u th e rla n d R E D A C C IO N D E LOS IN FO R M E S
(1 9 3 7 ), em p le a n n o ta s al pie p ara clarificar y ex p lic ar las p alabras
de los in fo rm an tes.
Los c a p ítu lo s p re c e d e n te s h a n tra ta d o so b re la lógica y los p ro ­
c ed im ie n to s de los m é to d o s de la investigación cu alitativ a: diseño
d el estu d io , reco lecció n y análisis de los d a to s. D espués de q u e los
investigadores h a n recogido y hallado e l sen tid o de sus d a to s, d eb en
decidir cóm o p re se n ta rá n lo q u e h an d esc u b ie rto y co m p re n d id o .
L a P arte 2 se p ro p o n e a y u d a r al inv estig ad o r e n ese esfu erz o . El
c a p ítu lo 7 p ro p o rc io n a u n a o rie n ta c ió n g en eral sobre la p u e sta
p o r escrito de lo s d e scu b rim ien to s, y los c a p ítu lo s 8 y 11 c o n tie ­
n en a rtíc u lo s basados en in vestigaciones cualitativas.
C apítulo 7

LA P R E S E N T A C IO N DE LOS HALLAZGOS

E ste c a p ítu lo tra ta so b re la cu lm in ació n del proceso de in v esti­


gació n : la p re sen ta c ió n de los re su lta d o s.1 E l p ro p ó sito de la inves­
tigación n o es sólo in c re m e n ta r la co m p ren sió n de la vida social
por p arte del investigador, sino ta m b ié n c o m p a rtir esa co m p ren sió n
con o tra s personas.
La m a y o r p arte de los estu d io s cu alitativ o s dan origen a diser­
tacio n es, tesis, in fo rm e s so b re la investigación y libros. A parecen
ta m b ié n u n n ú m e ro crecien te de p u b licacio n es en las q u e hallan
cabida a rtíc u lo s so b re investigaciones basadas en los m é to d o s cu a­
litativos. E n so cio lo g ía y a n tro p o lo g ía , p erió d ico s tales com o Ur­
ban L ife , Q u a lita tiv e S o c io lo g y y H u m a n O rg a n iza tio n se dedican
a estu d io s b asad o s en la o b servación p a rtic ip a n te , las en trev istas
en p ro fu n d id a d y o tro s e n fo q u e s cualitativ o s. A n álo g am en te , S o ­
cial P ro b le m s y S o cio lo g ica l Q u a rterly p u b lican en n ú m e ro consi­
derab le este tip o de estudios. Los p erió d ico s p ro fesio n ales de cam ­
pos ap licad o s, ta les com o la ed u c a c ió n , la asistencia social, la a te n ­
ción de n iñ o s, e l re ta rd o m e n ta l, la salu d m e n ta l, la psico lo g ía y

*Para u n a crítica de los estilos de los inform es sobre las investigaciones


cualitativas, véase Lofland (1974). En Davis (1 9 7 4 ) y en R o th (1 9 7 4 ) se en­
cu entran relaciones de investigadores acerca del m odo en que inform an sobre
sus hallazgos.

1
ISO METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION LA PRESENTACION DE LOS HALLAZGOS 181

l;i geografía, acogen cada vez 'con m a y o r recep tiv id ad las investi- tra b a jo de cam po o en tre v ista s se realizaro n ). E n consecu en cia,
Hiiciones cualitativas. L a m e n ta b le m e n te , algunos de los p erió d ico s n o sabem os cóm o ju z g ar la cred ib ilid ad y validez del re la to del
sociológicos de prim era lín e a , co m o p o r ejem p lo la A m e r ic a n S o - investigador.
cio lo g ica l R e v ie w y el A m e r ic a n J o u rn a l o f S o c io lo g y p u b lican La co n tro v ersia en to rn o de los escrito s p o p u la re s de C arlos
p rirn o rd ia lm e n te investig ació n c u a n tita tiv a y en say o s te ó rico s, y C asten ad a (1 9 6 8 , 1971, 1972, 1974, 1977) y su d isertació n a p ro ­
pocos estu d io s cu alita tiv o s (F a u lk n er, 1982). E s iró n ic o observar b ada para o b te n e r el d o c to ra d o en a n tro p o lo g ía (1 9 7 3 ) ejem p li­
que el A m e r ic a n J o u rn a l o f S o c io lo g y es p u b licad o por la U niver­ fican p o r q u é es ta n im p o rta n te q u e los inv estig ad o res p ro p o rc io ­
sidad de C hicago, q u e con to d o d e re c h o pu ed e considerarse el n e n d etalles su ficien tes sobre el m o d o en q u e realizaro n su inves­
lugar de n a c im ie n to d e la investigación cualitativa en los E stad o s tigación. E sc rito r, psicólogo y a n tro p ó lo g o a u to d id a c to , R ich ard
U nidos. Sin em b arg o , incluso los p erió d ico s o rie n ta d o s hacia la de Mille (1 9 7 6 , 1980), un id o a n u m e ro so s cie n tífic o s sociales,
investigación c u a n tita tiv a básica, o casio n a lm e n te p u b lican tra b a ­ a d u ce de m o d o co n vincente q u e las m arav illo sam en te e n tre te n i­
jo s basados en m é to d o s cu alitativ o s. El a rtíc u lo “ El q u e es ju z g a ­ das y, en m uchos sen tid o s, perspicaces o b ras de C asten ad a son
do , n o los ju e c e s ” , q u e in c lu im o s en el c a p ítu lo 8, ap areció origi­ u n en g añ o . D e te c ta n d o in c o h e ren c ia s in tern as en los libros de C as­
n a lm e n te en T h e A m e r ic a n P sych o lo g ist, u n p erió d ico cono cid o ta n e d a , co m p a ra n d o sus escrito s con o tro s so b re filo so fía y reli­
p o r la im p o rta n c ia q u e da a la “ ciencia rig u ro sa” . gión, y ex a m in a n d o in e x a c titu d e s fác tic a s en sus rela to s, de Mille
N o es éste el lugar para co n sid erar el m o d o en q u e se llegan llega a la conclusión de q u e lo q u e C asten ad a p rese n ta com o tra b a ­
a p ublicar libros o a rtíc u lo s . B aste con d ecir q u e ex isten m u ch o s jo de cam p o etn o g rá fic o es en realidad ficción b asada en inves­
fo ro s en los q u e p u e d e n ap arecer los estu d io s cu alitativ o s. El que tigación de b ib lio te c a. En C asten ad a se e n c u e n tra n pocos elem en ­
se p u ed a o n o p resen ta r p o r e scrito y p u b licar los p ro p io s d escu ­ to s q u e p e rm ita n d efe n d e rlo de esas im p u tacio n es. N o sólo n o
brim ien to s d ep en d e de la calidad del tra b a jo , de la perseverancia d escribe el m o d o en q u e realizó el trab ajo de cam p o , sino q u e ta m ­
en la b ú sq u ed a de u n p erió d ico o e d ito r q u e se in te re se n y de u n p o co ha p ro d u c id o las p ru eb as, p o r ejem p lo n o ta s de cam po d e­
fa c to r de su erte. T éngase p resen te q u e incluso a los investigadores talladas, q u e p o d ría n s u ste n ta r su n arració n .
m ás perspicaces y p ro d u c tiv o s, en algún m o m e n to se le rech a zaro n A lgunos de los d efen so res de C asten ad a so stie n e n q u e en sus
sus obras. e sc rito s se e n c u e n tra n im p o rta n te s lecciones so b re la n atu ra lez a
E n lo q u e re sta de este c a p ítu lo o frecerem o s algunas o rie n ta ­ de la realid ad y los sistem as de c o n o cim ie n to . En esto p u ed e h ab er
ciones para la p re sen ta ció n escrita de estu d io s cu alitativ o s y p ro lo ­ algo de verdad. La ficción de nivel p o p u la r pued e c o n te n e r ta m ­
garem os los a rtíc u lo s in c lu id o s en los c a p ítu lo s q u e siguen. bién c o m p ren sio n es sociológicas. P ero existe u n a d ifere n cia e n tre
n a rra r u n a bu en a historia sociológica, y d escrib ir con precisión
u n m o d o de vida. Los le c to re s tien en d e rech o a saber si se tra ta
LO Q U E SE LE D EB E D EC IR A LOS LEC TO R ES de u n a cosa u o tra . E sto se ha d ic h o b asta n te a p ro p ó sito de esta
co n tro v ersia.
En ta n to investigadores, d e b e m o s exp lica rles a los lecto res el A u n q u e p o co s investigadores fa b ric a n sus investigaciones, es
m o d o e n q u e se reco g iero n e in te rp re ta ro n los datos. H ay q u e p r o ­ p ro b a b le m e n te cie rto , según lo so stien e Ja c k D ouglas (1 9 7 6 , pág.
p o rcio n arles in fo rm a c ió n su ficien te so b re la m an era en q u e fu e xiii) q u e la m a y o ría o quizás to d o s los in fo rm es de investigaciones
realizada la investigación para q u e ellos rela tivicen los hallazgos, sean “ lav ad o s” : “ ...los a u to re s o p ta n p o r o m itir ciertas p a rte s im ­
es decir, para q u e los co m p re n d a n en su c o n te x to (D eu tsch er, 1973). p o rta n te s del c o n te x to , c ierto s d etalles de lo que realm en te suce­
K ntre m u c h o s investigadores ex iste la te n d en c ia a p restar só lo u n a dió, el m o d o en q u e rea lm en te o b tu v ie ro n los d a to s o n o p u d ie ­
a te n ció n su p erficial a los asp e cto s esp ecífico s de su m e to d o lo g ía . ro n h ac e rlo ” . S ólo n o s qu ed a esp erar de cada a u to r to d a la fra n q u e ­
C uando leem os esto s estu d io s, n o te n em o s m o d o alguno de saber za p osible cu an d o nos p ro p o rc io n a los detalles q u e n ece sitam o s
si los hallazgos pro v ien en del co n o c im ie n to cu ltu ral de m arcos te ó ­ para e n te n d e r e in te rp re ta r lo que ha hallado. El ín tim o in fo rm e de
ricos previos, de la e x p erien cia p erso n al d irecta o del tra b a jo de Jo h n J o h n so n (1 9 7 5 ) sobre su investigación de cam po es ejem plai
cam p o y en tre v istas reales (en cu y o caso, ig n o ram o s q u é tip o de en este sen tid o .
METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION LA PRESENTACION DE LOS HALLAZGOS 1 83

P o d em o s b o sq u ejar algunos p u n to s básicos q u e los in v estig a­ visaron los in fo rm a n te s los hallazgos d el in v estig ad o r? ¿Q ué dijeron?
d o res deb en to c a r al in fo rm a r so b re sus e stu d io s; au n q u e n o c u b ra n
to d a la n arrac ió n , ellos a y u d a rá n a los le cto res a co m en zar a eva­
luar la credibilidad de los hallazgos. E n libros o in fo rm e s de inves­ UNA N O T A SO B R E E L E S C R IB IR
tigación ex ten so s se d eb en te n e r en c u e n ta to d o s los p u n to s - s i­
g uientes. E n trab a jo s m ás breves y a rtíc u lo s para p u b licacio n es A lguien ha d ic h o en to n o de b ro m a q u e ser u n c ie n tífic o social
p erió d icas, es p ro b ab le q u e las lim itacio n e s de espacio im p id an a b o r­ equivale a ser u n e sc rito r m e d io c re (C ow ley, 1956). La je rg a y la
d ar to d o s esto s p u n to s , p o r lo m enos d e ta lla d a m e n te . U no d eb e verborragia o scu recen m u c h as id eas im p o rta n te s y h acen q u e m u c h as
siem pre p re g u n ta rse si h a e x p licad o to d o lo q u e los le cto res n e c e ­ ideas triviales p arezcan p ro fu n d a s (M ills, 1959).
sita n saber. L a cap acid ad para escribir de m o d o claro y conciso es algo vi­
tal. Lo m ism o q u e las m u c h as o tra s a p titu d e s co n sid erad as en es­
1 .M e to d o lo g ía . Se debe in fo rm a r a los le cto res so b re la m e to ­ te lib ro , se ad q u ie re m e d ian te la p ráctica, la d iscip lin a y el c o n ta c ­
d o lo g ía general (o b serv ació n p a rtic ip a n te , en tre v ista s en p ro fu n d i­ to con o b ras ejem plares. N o hay n in g ú n m o d o fácil y rá p id o de
dad, d o c u m e n to s, e tc é te ra ) y so b re los p ro c e d im ie n to s de in v esti­ convertirse en u n b u e n e sc rito r, p ero las siguientes sugerencias p u e ­
gación esp ecífico s (investigación a b ie rta o e n c u b ie rta , dispositivos den ser ú tile s cu a n d o el in v estig ad o r red ac te el in fo rm e sobre sus
para el reg istro a u to m á tic o ) u tiliz a d o s e n el e stu d io . P uesto q u e hallazgos.
las ex p resio n es “ o b servación p a rtic ip a n te ” y “ en tre v istas en p ro ­ 1 . A n t e s d e c o m e n za r a redacta r b o sq u e je su s ideas en el p a p e l
fu n d id a d ” significan cosas d ife re n te s para d ife re n te s p ersonas, L o q u e se ha a p re n d id o en la investigación (los co n ce p to s, in te r­
hay q u e ser lo m ás c o n c re to y d etalla d o posible en la explicación p reta cio n e s y p ro p o sicio n es) p ro p o rc io n a rá n la e s tru c tu ra del es­
de los m é to d o s. Si el in v e stig ad o r se id e n tific a con u n e n fo q u e crito . H ay q u e o p ta r p o r u n a lín e a d e l re la to , p o r el p u n to p rin ci­
p a rticu la r, com o el parad ig m a investigativo de D ouglas (1 9 7 6 ), p al q u e se q u ie re e n fo c a r, y m o stra r cóm o los o tro s p u n to s se rela ­
debe aclarárselo a los lectores. c io n an con él. H ay q u e rec o rd a r q u e en u n e scrito ú n ico n o se
2. T ie m p o y e x te n s ió n d e l estu d io . L os le cto res d eb e n saber p u e d e n in c lu ir to d o s los d a to s e in te rp re ta c io n e s. El b o sq u ejo d eb e
cu án to tie m p o se pasó con los in fo rm a n te s y de q u é m o d o se d is­ considerarse u n m o d e lo flex ib le p ara el tra b a jo , algo q u e p u ed e
trib u y ó . revisarse a m e d id a q u e se escribe.
3. N a tu ra le za y n ú m e ro d e lo s escenarios e in fo rm a n te s. ¿Q ué 2. D e c id a a q u é p ú b lic o q u ie re llegar y a d a p te el e stilo y el c o n ­
tip o s de escen ario s se e stu d ia ro n ? ¿C u á n to s fu e ro n ? ¿Q uiénes te n id o a esa d ecisió n . E s ú til te n e r en m e n te u n p ú b lico o u n tip o
eran los in fo rm a n te s? ¿A c u á n to s se en trev istó ? d e le c to r esp e c ífic o m ie n tra s se escribe. Se re d a c ta de m o d o d ife ­
4. D iseñ o d e Ja investigación. Se d eb e ex p lic a r cóm o se id e n ti­ re n te para sociólogos cu alita tiv o s, para u n p ú b lico sociológico
ficaro n y eligieron los escenarios, los in fo rm a n te s y los d o c u m e n to s. general, p ara p ro fesio n ales d e cam p o s ap licad o s, e tc é te ra . H ay que
¿La selección fu e guiada p o r el m u e streo te ó ric o o la in d u c ció n tra ta r de p o n erse en el lugar d el le c to r: ¿ en te n d e rá lo q u e u n o
an alític a? ¿El in v estig ad o r c o n o c ía de a n te m a n o a los in fo rm a n te s e stá d icien d o ?
o los escenarios? E sto n o significa q u e se soslayen hallazgos para agradar a los
5. E l en cu a d re m e n ta l d e l investigador. ¿C uál fu e su p ro p ó si­ lecto res. Sin em b arg o , es c ie rto , com o lo so stien e W arren (1 9 8 0 ),
to original? ¿C óm o se m o d ificó al tra n s c u rrir el tiem p o ? ¿C óm o q u e los inv estig ad o res to m a n en cu e n ta las re a c c io n e s previstas de
llegó a c o m p re n d e r a los in fo rm a n te s o el escen ario ? los colegas, am igos, d ire c to res de p erió d ico s, in fo rm a n te s y o tra s
6. L a s relaciones c o n los in fo rm a n te s. Se debe e x am in ar cu án ­ perso n as, cu an d o p rep aran in fo rm es de investigación; esto in flu ­
do y en q u é m e d id a se estab leció el ra p p o rt con las p ersonas. ¿C ó­ ye sobre “ la acu m u lac ió n de co n o c im ie n to s q u e d en o m in a m o s
m o v eían los in fo rm a n te s al investigador? ¿C óm o se m o d ificó la c ien cia” .
rela ció n e n tre ellos a lo largo del tiem p o ? 3 . L o s le c to re s d e b e n saber hacia d ó n d e se a p u n ta . H ay q u e
7. E l c o n tr o l d e los datos. ¿C óm o se an alizaro n los d ato s? a y u d a r al le c to r a clarán d o le el p ro p ó sito en los co m ienzos d el escri­
¿C óm o se c o n tro la ro n las afirm acio n es de los in fo rm a n tes? ¿ R e ­ to y e x p lic a n d o el m o d o en q u e cada te m a se re la c io n a con aquél,
18 4 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION LA PRESENTACION DE LOS HALLAZGOS 185

;i lo largo del cam ino. E sto a y u d a al p ro p io in v estig ad o r a n o a b a n ­ to , hay q u e elim in ar las p alab ras, o racio n es, frases y p á rrafo s in n e ­
d o n a r el cam ino. cesarios. La m a y o r p a rte de los a u to re s p u ed e n re d u c ir el prim er
4. Sea co n ciso y d irecto . En la m e d id a de lo posible em plee b o rra d o r en u n a c u a rta p a rte , sin q u e se p ierd a n a d a del c o n te n id o .
o rac io n e s b reves y p a lab ras directas. L os cie n tífic o s sociales h an H ay q u ie n e s re d a c ta n p rim e ro s b o rra d o re s q u e só lo n ec e sita n u n
sitio acusados de u sar p alab ras co m p lica d as cu a n d o p ara los m is­ tra b a jo p eq u e ñ o de co m p ag in ació n en el segundo in te n to . U n o
m os fines ex iste n o tra s sim ples. M alcolm C ow ley (1 9 5 6 ) recoge de n o s o tro s elab o ra un b o rra d o r inicial, p ero lo q u e re su lta e stá
este p u n to en el ejem p lo siguiente: p o r lo gen eral m u y cerca de la versión d efin itiv a.
7. Haga q u e colegas o a m ig o s lean y c o m e n te n su escrito. In ­
Un niño dice “Hágalo de n u ev o "; un m aestro dice “ R epita el ejercicio” , cluso a u n q u e alguien n o e sté fam iliarizad o con el cam p o , p u ed e
pero el sociólogo dice “ Se ha determ inado que se encare una réplica de 3a in ­ c ritica r el e scrito en c u a n to a clarid ad y lógica. U n b u e n le cto r
vestigación” . E n lugar de com entar qu e dos cosas son sem ejantes o similares, es a q u el q u e n o te m e fo rm u la r co m e n ta rio s c rític o s y para revi­
como lo h aría u n lego, el sociólogo las describe com o isom órficas u hom ólo- sar n u e s tro tra b a jo no se to m a m ás de u n par de sem anas.
gas. En lugar de decir qu e son diferentes, las llama alotrópicas...

...Un sociólogo nunca co rta p o r la m itad ni divide en dos partes com o LA PRESENTACION DE LOS HALLAZGOS: ESTUDIOS SELECTOS
los legos; él dicotom iza, bifurca, som ete a un proceso de fisión binaria o rees­
tru c tu ra en una conform ación diádica... en to rn o de focos polares. L os c a p ítu lo s 8 a 12 co n tien en a rtíc u lo s escrito s p o r n o s o tro s
y p o r colegas, basados en los m é to d o s d e sc rip to s en este libro.
5. S u s te n te el escrito en e je m p lo s esp ecífic o s. La in vestigación S on ejem p lo s de algunos de los m o d o s en q u e se p u ed en p resen ­
c u alita tiv a p u e d e g en erar ricas descripciones. Las citas y d e scrip ­ ta r los estu d io s cualitativos. D esde luego, ellos refle jan n u e stro s
ciones ilu stra tiv a s p e rm ite n co m p re n d e r en p ro fu n d id a d cóm o p ro p io s in tereses, valores y m arcos teóricos.
ap arecen los escenarios y personas, y p ro p o rc io n a n las p ru eb as de “ El q u e es ju z g a d o , n o los ju eces: U n a visión in te rio r d el re ta r­
q u e las cosas son com o se dice en el in fo rm e . E l in fo rm e de inves­ do m e n ta l” es u n a versión abreviada de u n a h isto ria de vida (la his­
tig ació n debe e sta r lleno de ejem plos claros. N o o b sta n te , esto s to ria de vida co m p le ta de Ed M u rphy, ju n to a la de P a ttie B u rt,
deb en ser breves y o p o rtu n o s . Para la m a y o ría de los lecto res es se e n c u e n tra en el libro titu la d o In s id e O u t). E sta h isto ria en s í
ted io so leer citas extensas. m ism a es d escrip c ió n p u ra: el rela to de Ed M u rphy en sus p ro p ias
Se debe resistir la te n ta c ió n de servirse en exceso de d a to s palabras, tal com o fu e grab ad o d u ra n te en tre v istas en p ro fu n d id a d ,
p in to resco s. N in g u n a cita o d escrip ció n debe em plearse m ás de y co m p ilad o y com p ag in ad o p o r n o so tro s. N o o b sta n te , en la in tro ­
u n a vez. Si n o se e n c u e n tra n ejem plos alte rn a tiv o s, es posible q u e d u c ció n y en la conclu sió n b o sq u ejam o s n u e s tra perspectiva so b re
el p u n to no sea ta n im p o rta n te com o se piensa, lrw in D e u tsch er el significado social del re ta rd o m e n ta l y co m en tam o s b rev em en te
n os ha d ic h o , en u n a c o m u n icac ió n p erso n al, q u e escribe la p ala ­ las lecciones generales q u e deja el re la to de Ed.
b ra “ u s a d o ” cru za n d o los m a teriales q u e va e m p le an d o , p ara es­ C u an d o se p u b licó p o r p rim era vez en 1 9 7 6 , “ El q u e es ju z g a­
tar seguro d e n o re p e tir n ad a. do, n o los ju e c e s ” suscitó n u m e ro sa s re ac cio n es y so licitu d es de
6. E scriba algo. E n el m o m en to en q u e se sien tan para m e c a n o ­ co p ias p o r p arte de inv estig ad o res cu alitativ o s, psicólogos y p ro fe ­
grafiar o escrib ir a m a n o , algunas perso n as e x p e rim e n ta n el “ b lo ­ sionales del cam p o del re ta rd o m e n ta l. M uchos lecto res vieron el
q u e o d el e s c rito r” . El ú n ic o m o d o de su p era rlo consiste en escri­ a rtíc u lo com o u n re la to sensible y c o n m o v ed o r de las ex p erien cias
b ir algo, cu a lq u ier cosa. H ay q u e co n ce n trarse en la ex p resió n de de u n a p e rso n a q u e h a sido o b je to de los prejuicios y la d iscrim in a­
las ideas. Se p u e d e co m p ag in ar m ás ad e lan te . ción sociales. Esa n a rra c ió n re p re s e n ta u n a acusación por el tra to
La m a y o ría de los a u to re s re d a c ta n varios b o rra d o res para ca­ a q u e se so m e te n en n u e s tra so cied a d a los d e n o m in ad o s re ta rd a d o s.
da a rtíc u lo . Se d ebe p e rm itir q u e el prim er b o rra d o r flu y a lib re m e n ­ Sin em b arg o , algunos le cto res tra ta ro n de d e scartar lo q u e n o so ­
te. D espués de h ab erlo c o m p le ta d o , a b a n d o n a rlo p o r u n d ía o tro s co n sid erá b am o s las lecciones de la h isto ria de E d , ad u cien d o
d o s p a T a to m a r cie rta d istan cia. A l re to m a rlo en u n segundo in te n ­ q u e se tra ta b a de u n caso in fo rtu n a d o de d iag n ó stico erró n eo .
I« ( i M E TOD OS C U A L IT A T IV O S D E IN V E ST IG A C IO N L A PR ESE N T A C IO N D E LOS H A LLA ZG O S 1 87

lin o tra s p alab ras, s u p o n ía n q u e E d n o p o d ía ser re ta rd a d o , p u e sto d io d iscu te lo q u e sucedió cu an d o esos p ro g ram as re cib iero n el
q u e era p erce p tiv o y se e x p resab a claram en te. P ero aseguro a los m a n d a to de servir a u n 10 p o r c ie n to de n iñ o s con discapacidades.
lecto res q u e E d es u n “ re ta rd a d o m e n ta l” según cu alq u ier d efin i­ E ste e stu d io es u n ejem p lo de evaluación cu alitativ a o investigación
ción. Si el c o n c e p to n o se ajusta, n o se debe a u n e rro r de diagnós­ so b re p o lític a s (P a tto n , 1980). E n c o n tra ste con o tra s fo rm a s de
tico, sino a q u e el c o n c e p to es d efe c tu o so . investigación evaluativa, el e n fo q u e cu alitativ o dirige la ate n c ió n
El c a p ítu lo 9 co n tie n e u n a rtíc u lo titu la d o “ Sea h o n esto p ero hacia el m o d o en q u e las cosas fu n c io n a n , no hacia la d e te rm in a ­
n o cruel: La co m u n icac ió n e n tre los p ro g en ito re s y el p erso n al ción de si fu n c io n a n o n o . D esp u és de u n a co n sid eració n p ro fu n d a
en u n a u n id a d n e o n a ta l” , c u y o s c o a u to re s son R o b e rt B ogdan, de la m a n e ra en q u e el m a n d a to n a cio n a l afec tó las perspectivas,
M ary A lice B ro w n y S u san B a n n e rm an F o s te r. El a rtíc u lo se basa significados y p rá c tic as del p erso n al del H ead S ta rt local, el a rtíc u ­
en o b serv ació n p a rtic ip a n te y en tre v istas. A u n q u e n o p u ed e co n si­ lo pasa a realizar u n análisis sociológico gen eral de los efec to s del
derarse u n a e tn o g ra fía p u ra , es en gran m e d id a descriptivo. Los “ c o n te o ” , la p ro d u c c ió n de e sta d ístic a s oficiales y la ro tu la c ió n
a u to re s se c e n tra n en las p ersp ectiv as y tip o lo g ía s so b re los recién de los clientes.
nacid o s p re m a tu ro s y frágiles y sus fam ilias, su ste n ta d a s p o r los C om o “ Q u e com an p ro g ra m a s” , “ M a n ten ie n d o ilusiones: La
m iem b ro s d el p erso n al del h o sp ita l. El títu lo d el a rtíc u lo se origi­ lu c h a de la in stitu c ió n p o r la supervivencia” se ce n tra en e l área
n ó e n tre el p erso n al h o sp ita lario y tra n sm ite su p ersp ectiv a so b re su stan cial de las in stitu c io n e s to ta le s p ara “ re ta rd a d o s m e n ta le s” .
la co m u n icac ió n con los padres. P ero este a rtíc u lo está m ás o rie n ta d o hacia la te o ría sociológica:
El a rtíc u lo d el c a p ítu lo 10, “ Q ue com an program as: L as p ers­ a b o rd a el m o d o en que los “ p o rta e sta n d a rte s ” o “ p o rta v o c e s”
pectivas del p erso n a l y los p ro g ram as en salas de escuelas e stad u a - m a n ejan sim b ó licam en te las discrepancias e n tre las m e ta s fo rm ales
les” , se basó en la o b servación p a rtic ip a n te en tres in stitu c io n e s y las p rác tic a s y co n d icio n es reales. C itan d o e s tu d io s so b re o tro s
d ife re n te s p ara re ta rd a d o s m e n ta le s. S us co a u to re s son T a y lo r y tip o s de organ izacio n es, los a u to re s tra ta n de am pliar sus a p re h e n ­
B ogdan, B ernard d eG ra n d p re y S an d ra H aynes. E l a rtíc u lo está siones te ó ric a s p ara aplicarlas al m o d o en q u e las o rg an izacio n es
a m ed io cam ino e n tre la pieza d escriptiva y el tra b a jo te ó rico . D es­ en g en eral se legitim an a sí m ism as.
pués de d escrib ir las persp ectiv as co m u n es del p erso n a l de a te n c ió n “ M a n te n ie n d o ilu sio n es” se basó en gran m ed id a en d a to s p ro ­
en las in stitu c io n e s, los a u to re s v inculan esas p ersp ectiv as con la v en ien tes de la o b servación p a rtic ip a n te y de en tre v ista s en 15
in s tru m e n ta c ió n de “ p ro g ram as in n o v a d o re s” diseñ ad o s por su p e r­ in stitu c io n e s d istin tas. L os a u to re s ta m b ié n se abrevaron en una
visores y p ro fesio n ales. Se m u estra el m o d o en q u e el p erso n al gam a de o tra s fu e n te s de d a to s, q u e in c lu ía m ateria les escrito s de
diluye o a lte ra los pro g ram as, c o h e re n te m e n te co n las p e rsp e cti­ las in stitu c io n e s, rela to s de p erió d ico s, casos ju d iciales y c o n ta c to s
vas que su ste n ta n re sp e c to de sus su p erio res, de los p ro fesio n ales, o casionales con fu n c io n a rio s de las in stitu c io n e s.
de su tra b a jo y de los resid en tes. El títu lo p re te n d e cap tar la iro-
n ía de in tro d u c ir p ro g ram as en in stitu c io n e s q u e p o r su n a tu ra le z a
aislada deso cializan y d esh u m an iza n a aq u ello s q u e están d e stin a ­
das a servir.
El a rtíc u lo d el c a p ítu lo 11, “ P o lític a n a c io n a l y significado
s itu a d o ” , ex a m in a el e fe c to de u n m a n d a to n a c io n a l so b re p ro g ra ­
m as locales, desde u n a perspectiva in te ra c c io n ista sim bólica. B a­
sados en la o bservación p a rtic ip a n te y en en tre v ista s in fo rm ales
realizadas p o r los investigadores en 30 c en tro s H ead S ta rt,* el estu -

* “ Head S ta rt” : literalm ente, “Com ienzo A n ticip ad o ” . Programa del go­
bierno de los E stados U nidos, establecido en 1964 p o r el A cta de O p ortunidad
Económ ica, para preparar a los niños culturalm ente carenciados de edad pre-
escolar, haciendo participar a los padres y a las com unidades locales. [T.]
EL QUE ES JUZGADO, NO LOS JUECES 18 9

su c o n d u c ta m e d ia n te te o ría s especiales. E s com o si la h u m an id ad


p u d ie ra dividirse en dos grupos: el de los “ n o rm a le s” y el de los
“ re ta rd a d o s ” .
A q u ie n es ro tu la d o com o re ta rd a d o se le im p u ta u n a am plia
gam a de im p erfeccio n es. U na de esas im p erfe c cio n e s es la in c a p a ­
cid ad para analizar su vida y su s itu a c ió n p re sen te. O tra es la in c a ­
pacid ad p ara ex p resarse, para saber y d ecir q u ié n es y e n q u é se
C apítulo 8 q u ie re co n v ertir.
E n las páginas que siguen p re se n ta m o s las tran scrip cio n es
E L QUE ES JUZG A D O , NO LOS JUECES* c o m p ag in ad as de algunas de las co n versaciones q u e sostu v im o s el
UNA VISION DESDE AD EN TRO D E L RETAR DO MENTAL a ñ o pasado co n u n h o m b re de 26 a ñ o s al q u e llam arem o s E d M ur-
ph y . (S o b re la m e to d o lo g ía , véase B ogdan, 1974, y B ogdan y T a y ­
lo r, 1975). Ed h a b ía sido ro tu la d o com o re ta rd a d o m e n ta l p o r su
fam ilia, sus m a e stro s y o tra s p ersonas. A la ed ad de 15 años fu e
u b ic ad o en u n a in stitu c ió n e sta d u a l para re ta rd a d o s. Sus registros
in stitu c io n a le s lo describ en (lo m ism o q u e m u c h o s p ro fesio n ales
co n los q u e e n tró e n c o n ta c to ) co m o “ u n b u en m u c h a c h o , q u e
se c o n fu n d e con facilid ad ; re ta rd o m e n tal, tip o fam iliar-c u ltu ra l” .
E d tra b a ja com o p o rte ro de u n a g ran clín ica u rb a n a y vive en u n a
p en sió n con o tro s c u a tro h o m b re s q u e, com o él, son ex residen­
Si u n o desea e n te n d e r la e x p resió n “ agua b e n d ita ” , no debe es­ te s de in stitu c io n e s estaduales.
tu d iar las p ro p ied a d e s del agua, sino los su p u esto s y creencias de
la gente q u e la em plea. Es d ecir q u e el agua b e n d ita deriva su sig­
n ificad o de a q u ello s q u e le a trib u y e n u n a esencia especial (S zasz U NA V IS IO N D ESD E A D EN TR O
1974).
D el m ism o m o d o , el significado de la ex p resió n “re ta rd o m e n ­ C u an d o y o n a c í los m é d ico s n o m e d a b a n seis m eses de vida.
tí) 1” d e p e n d e de aq u ello s q u e la usan p ara d escrib ir los e sta d o s cog- Mi m a d re les d ijo q u e ella conseguiría q u e y o viviera, p ero n o le
n itivos de o tra s p ersonas. C o m o algunos han ad u cid o , el re ta rd o crey ero n . Le d io u n e n o rm e tra b a jo , p e ro ella d e m o stró co n am o r
m e n ta l es u n a co n stru cc ió n social o u n co n c e p to q u e ex iste en y d e te rm in a c ió n q u e p o d ía ser la m ad re de u n chico m inusválido.
las m e n te s de los “ju e c e s ” a n te s q u e en las m e n te s de los “ju z g a ­ N o sé. rea lm en te lo q u e te n ía , p ero ellos p en sab an q u e era un r e ­
d o s ” (B la tt, 1 9 7 0 ; B raginsky y B raginsky, 1971; D ex ter, 1964; ta rd o severo y parálisis cerebral. C reían q u e n u n c a iba a cam inar.
H urley, 1969; M ercer, 1973). U n re ta rd a d o m e n ta l es alguien q u e T o d a v ía tengo tra b a s. A lo m ejo r tien e algo q u e ver co n aquello.
ha sido ro tu la d o co m o tal según criterio s m ás bien a rb itrariam en ­ Mi p rim er recu e rd o es so b re m i abuela. Ella era u n a gran dam a.
te creados y aplicados. F u i a visitarla a n te s de q u e m u riera. Yo sabía q u e esta b a e n fe rm a ,
El ró tu lo de “ re ta rd a d o ” y o tro s ró tu lo s c lín ico s de ese tip o su ­ p e ro n o c o m p re n d ía q u e n o ib a a volver a verla. Yo era alguien es­
gieren g en eralizacio n es sobre la n atu ra le z a de los h o m b res y m u je­ pecial a los o jo s de m i abuela. Mi m a d re m e dijo q u e ella te n ia
res a los q u e se les ap lican (G o ffm an , 1963). S u p o n em o s q u e los u n deseo: q u e y o cam inara. C am iné, p e ro no a n tes de la edad de
re ta rd a d o s m e n tales poseen c a ra c te rístic a s c o m u n es q u e p e rm ite n c u a tro añ o s. Mi ab uela ro g ab a a D ios q u e le p erm itiera llegar a
d iferen ciarlo s sin am b ig ü ed ad de las o tra s p ersonas. E x p licam o s verlo. Mi m a d re m e c o n tó m u c h as veces la historia de cóm o y o
estu v e con ella an tes de q u e m u riera. Ella e sta b a en el ex tre m o
*R obert Bogdan y Steven T aylor. Este artícu lo fue originalm ente publi­ o p u e sto de la h ab ita c ió n y m e llam ó: “V en cam in an d o h asta d o n d e
cado en American Psychoiogist, vol. 31, N o. 1, enero de 1976, págs. 47-52. está la ab u ela, ven c a m in a n d o ” . Y y o lo hice. N o sé si lo hice tan
190 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION EL QUE ES JUZGADO, NO LOS JUECES 191

bien com o p o d ía , pero lo hice. M irando hacia a trá s, esto m e hace Mi m a d re m e p ro te g ía. N o e sta b a m al q u e m e p ro te g ie ra, p ero
sentir bien. E ra fru s tra n te p ara m is p ad res q u e yo no cam inara. llega u n m o m e n to en q u e u n o tie n e q u e zafarse. R ecu e rd o q u e tra ­
Kse fu e u n g ran d ía en la vida de to d o s. ta b a de ser ig u al a los o tro s ch ico s y a llí estab a m i m a d re q u e m e
Los m é d ico s le d ijero n a m i m ad re q u e y o sería u n a carga p a ­ ap a rta b a . S iem pre e sta b a p re o c u p a d a p o r m í. U no n o p u e d e d e cir­
ra ella. C uan d o y o e sta b a creciendo n u n c a 'm e p e rd ía de vista. Siem ­ le a la m ad re : ‘‘B asta, p u e d o h acerlo y o m ism o ” . A veces pienso
pre e stab a a llí p re sta n d o a te n c ió n . Si yo g rita b a , ella c o rría hacia q u e lo la m e n ta b le de ser u n d iscap a citad o co n siste e n q u e la g en te
m í. M uchos n iñ o s con d esventajas deb en estar en esa situ ació n : le da a u n o ta n to a m o r q u e se co n v ierte en u n peso p ara u n o m ism o
se co n v ierten en m u y d e p e n d ie n te s de su m a d re. M irando hacia y p a ra la gente. No h ay m o d o d e zafarse sin herirlos, sin se n tim ie n ­
a trá s, creo q u e n o h u b ie ra dejad o de p ro te g e rm e au n q u e y o h u b iera to s n egativos, culpa. Es co m o u n a tra m p a p o r el h ec h o de q u e u n o
sido capaz de b a starm e a m í m ism o. R ecu erd o lo d ifíc il q u e era está re strin g id o a sus p e n sa m ie n to s in te rio res. D esp u és de algún
zafarse de eso. Ella n u n c a creyó rea lm e n te q u e después de h a b e r tiem p o u n o se resigna. La tra m p a está e n q u e u n o n o p u e d e d e c ir­
vivido los seis p rim ero s m eses y o iba a ser co m o cu alq u ier o tra les “ S u é lte n m e ” , H ay q u e vivir la situ a ció n y su frirla. T iene q u e
persona. v er con la lástim a. M irando hacia a trá s n o p u e d o d ecir q u e estu v iera
Me acu erd o de la escuela p rim aria; m i m e n te so lía divagar m u ­ m al. E lla m e q u e ría . U n o n o n ecesita a te n c ió n especial, sino sólo
cho. C u an d o e sta b a en la escuela, c o n c e n tra rm e m e re su lta b a casi la co rrecta.
im posible. E sta b a d em asiado d e n tro de m is p ro p io s p en sam ien ­ U na vez, cu an d o y o te n d ría 13 años, iba al cam p am e n to y tu ­
to s, m is en su eñ o s; realm e n te n o esta b a en clase. P ensaría en p e lí-' vim os q u e ir h asta el lugar de d o n d e salía el ó m n ib u s. Mi m a d re
culas de v aq u ero s; el re sto de los chicos e s ta ría en clase y y o en el m e p re g u n ta b a si no m e h a b ía olvidado de n a d a , m e d e cía d ó n d e
cam p o de b a ta lla en algún lugar. Las m o n jas m e g rita b an q u e d eja­ e sta b a n m is valijas y q u e ría q u e le dijera si m e s e n tía b ie n . A c tu a b a
ra de p en sar en esas cosas, p ero e ran am ables. Ese fu e m i p ro b le ­ com o o tra s m a d res, pero ello resa lta en m i m e n te . Y o e sta b a lu c h an ­
m a p rin c ip al en la escuela: m e p e rd ía en ensueños. Creo q u e to d a s do p o r ser u n chico n o rm a l, así q u e para m í te n ía m ás significado.
las p erso n as sueñ an . E sto n o está re la cio n ad o con el re ta rd o . Creo D espués de q u e m i m a d re volvió al a u to , los o tro s chicos se b u rla ­
q u e m u c h o s chicos lo h acen y se los diagnostica com o re ta rd a d o s, ro n de m í. Me d e c ía n cosas, com o “ n en e de m a m á ” . E sto es lo
p ero el re ta rd o n o tiene n a d a q u e ver en ab so lu to . T iene q u e ver q u e resalta en m i recu e rd o .
con el m o d o en q u e las p erso n as tra ta n a q u ie n e s las ro d e an y a su A m í m e g u stab a el c a m p a m e n to . L os e n ca rg ad o s y consejeros
situ a c ió n . N o creo q u e m e ab u rriera. Pienso q u e to d o s los chicos e ran b u en o s. Y o te n ía un p ro b le m a con m is piernas. N o e ra n m u y
c o m p e tía n p o r e sta r en el cu ad ro d e h o n o r, p ero eso a m í n u n c a fu erte s. C u an d o en u n a c a m in ata q u e d a b a rezagado con resp ecto
m e in teresó . Y o esta b a en m i p ro p io m u n d o ; era feliz. N o se lo re ­ al g ru p o , com o n o p esaba m u c h o ellos m e p o d ía n cargar sobre
co m e n d a ría a n ad ie, p ero e l en su eñ o p u ed e ser algo b u e n o . No sus espaldas. Y o o c u p a b a el m e jo r sitio en la cam in ata. M irando
m e m o le sta b a e sta r en u n segundo p lan o , sab er q u e era d ife re n te ; hacia atrá s, p ien so q u e si n o m e h u b ie ra n cargado de esa m an era,
sab ía q u e te n ía u n p ro b le m a , p e ro cu a n d o u n o es chico no piensa m e h a b ría n p e rd id o de vista. E sta b a c o n te n to de pesar p o c o p o r­
q u e eso sea u n p ro b lem a. M uchas p erso n as son com o yo era. El q u e a sí era m ás fácil p ara ellos. Y o n ec e sita b a a y u d a y ellos me
p ro b lem a es ser ro tu la d o com o algo. D espués de eso, u n o n o es a y u d a b a n . N o m e im p o rta b a q u e tu v ieran q u e cargarm e. Lo im p o r­
rea lm en te u n a persona. Es co m o u n o rzu elo en el ojo: se n o ta . ta n te era q u e e stab a a llí y to m a b a p a rte en los a c o n te c im ie n to s
Lo m ism o q u e la m a estra y el m o d o en q u e m iraba. E n el q u in to com o to d o s los o tro s.
grad o ... en el q u in to grado m is co m p añ ero s de clase p en sab an que R ec u e rd o el d ía en q u e fu e ro n los p erio d istas. E ra el d ía del p re ­
y o e ra d ife re n te , y m i m a estra sa b ía q u e yo era d ife re n te. Un día m io an u al. E llo s vinieron a escrib ir el re la to . E n el diario salió la
m e m iraba m ie n tras hab lab a p o r te lé fo n o con la oficina. Su co n v er­ fo to g ra fía del m e jo r c a m p a m e n tista . T a m b ié n salió m i n o m b re .
sación era m ás o m enos: “ ¿C uándo van a tra n s fe rirlo ? ” E ra el te lé ­ A m í m e d istin g u ie ro n p o r ser u n b u e n c am p am e n tista. E ra algo
fo n o del salón. Y o e stab a allí. Ella m e m irab a y sab ía q u e yo m e q u e y o h a b ía co nseguido y m e s e n tí m u y bien p o r ello. Mi m ad re
e n te ra b a de lo q u e e stab a d icien d o . La p in tu ra negativa q u e h ac ía g uardó el a rtíc u lo y los vecinos ta m b ié n lo vieron.
de m í resa lta b a com o u n a u ñ a en ca rn ad a. E n e n e ro de 1963, sin q u e n a d a lo hiciera esp erar, m u rió m i pa-
METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION E L Q U E ES JU Z G A D O , NO LOS JU E C E S 193

<ire. Un par de m eses después, ta m b ién m u rió m i m am á. F u e d u ro so n a q u e q u e ría resp u estas h o n e stas, pero ser h o n e sto en esa situ a ­
pura n o so tro s, m i h erm a n a y y o . D u ran te algún tie m p o estuvim os ción n o lleva a n in g u n a p a rte , salvo a la escuela e stad u a l.
con am igos de la fam ilia, p e ro d esp u és ellos se m u d a ro n . N o s d ije­ C u an d o el p siq u ia tra m e e n tre v istó te n ía el in fo rm e sobre m í
ron q u e te n ía m o s q u e irn o s. A sí q u e nos en v iaro n a u n o rfa n a to en su e sc rito rio , de m o d o q u e y a sab ía q u e yo era re ta rd a d o m e n ­
por unos p o c o s m eses, p e ro fin a lm en te fu im o s a d ar a la escuela tal. Es lo m ism o con to d o s. Si u s te d es co n sid era d o re ta rd a d o m en ­
usladual. Y o te n ía 15 años.
tal, p ie rd e siem pre. N o h a y m o d o de conseguir u n in fo rm e fav o ra­
A n tes de q u e n o s en v iaran a m í y a m i h erm a n a a esa escuela ble. Se a p a rta n de la desgracia m ás rá p id o q u e la gente. Ser enviado
seis psicólogos nos e x a m in a ro n p a ra d ete rm in a r cuán in telig en tes a la escuela e s ta d u a l es u n v e rd a d e ro golpe.
éram os. C reo q u e fu e u n a p é rd id a d e tiem p o . Me p re g u n ta b a n , R ecu e rd o el d ía en q u e n o s llevaron a m í y a m i herm ana. Sa­
por^ eje m p lo , ¿Q ué ap are ce en tu m en te cu a n d o yo digo “ a m a n e ­ b ía m o s a d ó n d e íb a m o s, p e ro n o sab ía m o s n a d a e sp ecífico sobre
cer” ? U no c o n te sta “ lu z ” . C osas co m o ésa. Lo q u e e ra d ifíc il era el lugar. Eso n o s a m e d re n ta b a .
arm ar los ro m p e c ab e za s y los cachivaches m ecánicos. A l p rin cip io Y o n o sab ía lo q u e era u n a escuela estad u al. M e p arecía q u e
eran m u y sim ples, p ero después los iban co m p lica n d o y cada vez esas p alab ras se re fe ría n a u n lugar d o n d e se re c ib ía e n tre n a m ie n to
se h acían m ás difíciles. en u n a p ro fesió n o se o b te n ía algún tip o de e d u c a ció n . E ste no es
Si u ste d va a hacer algo con la vida de u n a p erso n a n o n ece sita p rec isa m e n te el caso de la E scuela E sta d u a l E m p ire. E llos han reci­
gastar to d o ese d in ero a d m in istrán d o le te sts. Y o n o te n ía o tr o lu bido m illones de d ó lares y los g a sta ro n sin h ab e r re h a b ilita d o a los
ííar ad o n d e ir. Q u iero d ecir q u e a q u í e s to y y o , m ás o m enos in te qu e se s u p o n ía q u e te n ía n q u e reh ab ilitar. Si u sted m ira a los in d i­
ligente, y a q u í e stá n seis psicólogos so m e tié n d o m e a te sts y envián vid u o s y escu ch a lo q u e dicen q u e se su p o n e q u e tien en q u e h acer
d o m e a la escuela esta d u a l. ¿C óm o se s e n tiría u ste d si fu era e x a m i­ p o r esas p ersonas, y después se fija en lo q u e re a lm e n te hacen,
n ad o p o r to d a s esas p erso n as y te rm in a ra co m o te rm in é y o ? Se e n c o n tra ría q u e m uchas de ellas fu e ro n re alm e n te d añ ad a s, n o a y u ­
su p o n e q u e los psicólogos n o s ay u d an . Por el m o d o en q u e m e h a­ dadas. A m í n o m e gu sta la p alab ra vegetal, p e ro en m i p ro p io
blaban d eb e n de h ab e r p e n sad o q u e y o era b a sta n te in telig en te caso p u e d o ver q u e si m e h u b ie ra n u b ic ad o en la sala de grado b a­
U no de ellos dijo: “ P areces un jo v e n d e sp ie rto ” . Y e n to n c e s a p a ­ jo , p o d ría n h ab erm e ido c o n v irtie n d o en vegetal. E m p ecé a se n tir
re c í allí. N o creo q u e los tests h ic ieran la diferen cia. D e cu alquier q u e m e e sta b a o c u rrie n d o . P o d ría n h a b erm e co n v ertid o en u n
m odo, ya se h a b ía n h ech o a la idea. v egetal. Si y o h u b ie ra p e rm itid o q u e el lugar m e afe c ta ra y me
O tro tip o con el q u e h ab lé era u n p siq u ia tra. E so fu e d u ro . Por d ep rim iera , to d a v ía e s ta ría a llí en e l d ía de h o y .
E n rea lid a d , fu e u n h o m b re el q u e m e salvó. Me h a b ía n o rd e ­
u n a p a rte , y o e sta b a m e n ta lm e n te d esp rev en id o . U no n o está real­
n a d o q u e fu era a P-8 (u n a sala trasera ), cu an d o u n h o m b re m e m iró.
m e n te p re p a ra d o p a ra n a d a de eso. U sted n o se da c u e n ta de lo q u e
Y o era u n a ru in a . E sta b a b a rb u d o y v e stía ro p a s abolsadas de la
le e stá n d ic ie n d o ni del m o d o en q u e e stá c o n te sta n d o n i to d o
in stitu c ió n . A cab a b a de llegar al lugar. E sta b a tra ta n d o de e n te n ­
lo q u e eso significa... n o h asta e l final. C u an d o llegó el fin al yo
e stab a a cargo del estad o . d e r lo q u e o c u rría . E sta b a c o n fu n d id o . P arecía m aterial para la
P-8. H a b ía u n a supervisora. V in o a la sala, m e m iró d ire c tam en te
Me a c u erd o bien del p siq u ia tra. E ra bajo, de m ediana ed ad y y dijo “ Lo ten g o d e stin ad o a la P-8” . A llí h a b ía u n em p lead o de
tenía a c e n to e x tra n je ro . D u ra n te los p rim ero s m in u to s m e p reg u n ­ a te n c ió n m ás a n tig u o . El m e m iró y dijo: “ Es d em asiad o in telig en ­
tó cóm o m e s e n tía y yo c o n te sté “ B asta n te b ie n ” . D espués c a í te p ara esa sala. C reo q u e n o s q u ed a re m o s co n él” . E n ese m o m e n to
en su tram pa. M e p re g u n tó si yo p en sab a q u e la g en te m e o d ia b a n o se m e v eía bien. Ella o bservó en voz b aja q u e le p a re c ía b a s ta n ­
y c o n te sté Sí . C o m en cé a p o n erm e m u y nervioso. P or e n to n c es te re ta rd a d o . V io q u e y o la m irab a d ire c ta m en te a los o j o s - .
él ya te n ía el pez en el a n zu e lo y n o h a b ía o tra altern ativ a. C om ­ T e n ía u n v estid o blanco y u n gorro con tres franjas: es com o si
p ren d ió q u e estab a n ervioso y d io p o r te rm in a d a la en tre v ista la e stu v iera viendo. E lla m e m iró y dijo: “ No te q u e d e s a h í, ve a
lira am isto so y m e hizo m o rd e r el cebo. El h ech o es q u e to d o te r­
tra b a ja r5’.
m inó m u y rá p id o . E n c u an to salí, m e di cu e n ta de q u e h ab ía h ech o P or su p u e sto , en ese m o m e n to y o n o sa b ía lo q u e era la P-8,
m uecas. Lloré. E sta b a tra s to rn a d o . El se p re se n tó com o u n a p er­ p ero m e lo p a lp itab a . La visité u n a s veces p o r razo n e s de tra b a jo .
METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION EL QUE ES JUZGADO, NO LOS IUECES 195

1'■se h o m b re m e salvó la vida. H a b ía u n a m u jer q u e yo n u n c a h a b ía do en u n a escuela esta d u a l n o es de b u en to n o n i n u n c a lo será.


vislo y q u e d e c ía n q u e era la supervisora d el ed ificio , y q u e m e E n lo p ro fu n d o , u n o q u ie re ev ita r la id e n tific ac ió n . Si yo p u d iera
m iniba d e te n id a m e n te . Y o e s to y seguro de q u e si en ese m o m e n to co n v en c erm e de q u e fin a lm e n te serán elim in ad as m e s e n tiría m ejor
me m a n d ab an allí, m e h a b ría a d a p ta d o y to d a v ía e sta ría en ese al re sp e c to . U no ha e n fre n ta d o al enem igo y sabe cóm o es.
lunar. Y o he pasado de ser u n re sid en te en u n a escuela e s ta d u a l a
Me a c u e rd o d el d ía en q u e vino B o b b y K e n n e d y . E so era algo, e star d el o tro lado d ic ien d o q u e n o son buenas. Me h a n rec o rd a d o :
lo d o el d ía sab íam o s q u e v e n d ría y él dio u n a re co rrid a. P ude “ ¿D ó n d e d e m o n io s e sta ría s si n o fu e ra p o r la escuela e s ta d u a l? ”
verlo. El le dijo a to d o el m u n d o el n id o de v íb o ra s q u e era el lu­ Eso c o n tie n e eL a g u a, p ero a h o ra q u e e sto y d el o tro lad o , la presa
gar, de m o d o q u e las cosas m e jo raro n p o r u n o s pocos días. Por se está secan d o . S eg u ram en te la n e ce sité, p e ro ellos le dan a uno
lo m enos logró q u e algunas p erso n as se in te re sa ra n d u ra n te u n u n to n o bajo. N o h a b ía n ad a m ejor. N ecesitab a ir a algún lugar,
tiem p o . Y o re alm e n te ad m ira b a a ese h o m b re. P ero to m e u n m o n ­ p ero la m e n ta b le m e n te n o te n ía o p ció n , Al fin al de cu en tas, en la
tó n de c ru z a d o s, co m o los p o lític o s locales; ellos re c o rren la es­ escuela h u b o q u ien es m e a y u d a ro n , de m o d o q u e e s to y agradeci­
cuela esta d u a l y g ritan m u c h o . S ólo lo h ace n cu an d o se los obliga, do, p ero a u n así algún o tro lugar h u b ie ra sido m ejor.
c o m o cu an d o se e n te ra n p o r el p erió d ico de q u e alguien ha sido S u p o n g o q u e la escuela estad u a l n o era co m p le ta m en te m ala.
golp ead o o e s tá m al a causa de u n a sobredosis de m edicación. Lo E ra d ifícil irse, a pesar d e to d o . A llí se h acen cargo de to d a s sus
más n u ev o en la escuela fu e q u e alguien g ritó “ s o d o m ía ” . A lgunos n ecesid ad es. U n o n o tiene q u e p re o cu p a rse acerca de cóm o co n se­
padres descubrieron^ algo so b re eso y llam aro n al legislador. G ran guir su p ró x im a co m id a o u n lugar p ara d o rm ir.
cosa. Si ellos h u b ie ra n sabido lo q u e e sta b a p asan d o n o h a b ría n A h o ra n o lo e sto y p a san d o m al. T engo m i p ro p ia h ab ita c ió n
creado ta n to p ro b lem a p o r u n in c id en te de so d o m ía . D em onios, y com o en la casa. A pesar de to d o , el p ro p ie ta rio va a a u m e n ta r
para el caso te n d ría n q u e h a b e r m irad o en to rn o de ellos y fijarse el alq u iler (45 d ó lares a la sem an a p o r h ab ita ció n y co m id a). Yo
cuál era la c o n d u c ta sexual de la gente q u e e s ta b a afu era. p u e d o pagarlos, p ero n o sé lo q u e h ará n F ra n k y L o u , q u e e stá n
Es gracioso. Se o y e a m u c h as personas h ab lar so b re el cocien­ d el o tro lado d el hall. E llos son lavaplatos en u n re sta u ra n te y n o
te in te lec tu al. La p rim era vez q u e yo o í la e x p resió n fue cu ando ganan ta n to .
e stab a en la E scuela E sta d u al E m pire. Y o n o sa b ía lo q u e q u e ría E s re alm e n te gracioso. El do m in g o m e levanté y salí a d ar una
d ecir ni n ad a, p e ro algunos e sta b a n h ab lan d o y to c a ro n el tem a. cam in ata. De p ro n to m e vino a la m e n te el n o m b re de J o a n . Ella
Yo estab a en la sala, y fu i y le p re g u n té a u n em p lead o cuál era es u n a especie de novia. N o sé p o r q u é, p ero pienso q u e ella se va
m i co cien te. Me dijo q u e 4 9 ; 49 n o es 5 0 , p ero q u e d é b astan te a m u d a r a la casa q u e e s tá a l lado del lugar d o n d e vivo. S erá p o r
c o n te n to . Q uiero d e c ir q u e m e im aginaba q u e n o e ra u n nivel bajo, algo.
tin realid ad n o sab ía lo q u e significaba, p ero sonaba com o b a s ta n ­ ¿H ay to d a v ía algún m ag n etism o e n tre esa m u jer y yo? H ace
te alto. D em o n io s, y o h a b ía n a cid o en 1948 y 49 n o m e p a re c ía tre s m eses q u e n o la veo, pero p u e d o d ecir q u e to d a v ía h ay algo.
dem asiad o m al. 49 n o p arec e algo d esesp erad o . Yo n o sab ía n ad a Lo n u e s tro e ra algo b u en o . Y o a b rí m u c h o su m e n te . Y o v eía en
so b re lo q u e era a lto y lo q u e era bajo, pero sa b ía q u e yo e stab a ella a u n a p e rso n a m u y d ife re n te de la q u e v eían o tro s. Para m í
m ejor q u e la m a y o ría d e ellos. era u n a m u je r q u e p o d ía h acer algo con su vida. Si consiguiera
La sem ana p asada v o lv í a u n a escuela e sta d u a l p o r p rim era vez d esp erta rse u n a m añ an a y d ec ir “ V o y a h acer algo con m i v id a” ,
desde q u e fu i d ado de a lta co m o p u p ilo d el e sta d o , hace ap ro x im a ­ p o d ría h ace rlo . C reo q u e el re ta rd o no la a ta ta n to com o los p ro ­
d a m e n te tre s años. Sólo fu i de visita. D e lib erad am e n te evitaba ir. blem as afectiv o s. Si ella tuviera co n fian za, eso h a ría la diferencia.
Me puso n erv io so . H ay b u en o s re cu e rd o s y m alos recuerdos. La C reo q u e p o d ría darse u n a fo rm a c ió n .
ideíi d e h a b er e sta d o en u n a de esas escuelas lo p o n e a u n o n erv io ­ La fam ilia m e re sp e ta , p o r lo m e n o s h asta cierto p u n to , pero
so; a u n o lo tra s to rn a , en p rim er lugar, q u e alguna vez lo h a y a n m a n ­ n o creen q u e ella deba casarse. N o s acercam os b astan te psicológi­
dil ti o allí. Yo e s to y afu era ah o ra, p ero alguna vez estu v e del o tro ca y físic a m e n te ... N o es q u e h ay a h ech o algo. E n la A sociación
latió de la cerca. E sto tie n e m enos q u e ver con lo q u e e sto y h acien ­ para N iñ o s R e ta rd a d o s n o tie n e n p ro g ram as q u e le digan a los a d u l­
do que con la m a n e ra e n q u e se jü eg a el ju e g o . E sta r o h a b e r e s ta ­ to s “ u ste d es u n a d u lto y p u e d e h a c e rlo ” . Ella estu v o e n la A socia-
METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION EL QUE ES JUZGADO, NO LOS JUECES 19 7

eión m u c h o tie m p o . E ra a y u d a n te en el ó m n ib u s, de m o d o que un p o c o eriz ad o , nervioso p o d ría m o s decir. D esde luego, se su p o ­


en un se n tid o le d e m o stra ro n q u e p o d ía tra b a jar, p e ro p o r o tra ne q u e las e n tra d a s hay q u e dárselas al a c o m o d a d o r. La b o le te ra
p arte no le d ie ro n la co n fia n za su ficien te co m o p ara que sintiera m e m iró ... fija m en te , y m e in d ic ó el cam in o con el d ed o . E ra gra­
que p o d ía tra b a ja r afuera. cioso p ensar e n n u estras edades. Y o te n ía 22 añ o s y ella 28. Pa­
La ú ltim a vez q u e la vi n o dijo u n a palabra. C u an d o está m ead a, re c ía m o s a d o lesc en tes en n u e s tra p rim era cita.
está m eada. E so es lo que tien e de irlandesa. E n m i o p in ió n ella E sta n d o en la escuela e s ta d u a l n u n c a se tie n e n las p osibilidades
está fu e ra de lugar en la A sociación p ara N iños R eta rd a d o s. P ero de ro m an c e q u e ex isten afuera. S up o n g o q u e siem pre fu i tím id o
p o r u n a p a rte sus padres n o q u ie re n co rrer riesgos. C om o m u c h o s con el sexo o p u e sto , incluso en la escuela. H a b ía bailes y y o m e
de los padres, e n v ían a sus niños de 30 años con el alm u erzo en s e n tía b u en m o z o , p e ro te n ía vergüenza y casi siem pre m e q u e d a ­
u n a caja de lata, q u e tien e u n p erso n aje de h isto rie ta estam p ad o b a sen tad o . E ra tím id o con Jo an en el cine. E n m i m e n te m e sen­
en la ta p a. Su te m o r es de tip o e c o n ó m ico y no p u ed o culparlos. tía e x tra ñ o , to rp e . N o sa b ía có m o acercarm e a ella. ¿T e n ía q u e
Si ella sale a d efen d e rse sola, ellos tie n e n m ied o de que se in te rru m ­ ab razarla? P ero ¿có m o d em o n io s iba a ab razarla si n o sabía com o
pa el subsidio que les paga S eguridad Social, y si en to n c e s ella c o n ­ lo to m a ría ella? Los se n tim ie n to s e stán allí, pero u n o no sabe hacia
tinúa, n o te n d ría n n ada. P o d ría n p erd e r el beneficio. d ó n d e m overse. Si u n o le p asab a el b ra zo sobre los h o m b ro s, ella
C o n o c í a Jo an en 1970. F u e cu a n d o co m encé a trab a jar en el p o d ría g rita r y c o n v ertirlo en h o m b re acab ad o . Si n o gritaba, u n o
taller de la A sociación. Me sen tab a allí y tal vez el segundo o el ta m b ié n e sta b a acabado.
tercer d ía ech é u n a o jeada y la vi. La prim era vez q u e n o té su p re­ Y o n u n ca pensé de m í m ism o q u e era u n in d iv id u o re ta rd a d o ,
sencia ella e sta b a en el área de co m id a; yo e stab a alm o rzan d o . pfero ¿ q u ién q u e rría hacerlo? U n o n o sabe lo que dicen a sus espal­
Miré alre d e d o r y ella fu e la ú n ic a q u e m e atra jo . T e n ía algo. A l das. La gente que n o s ro d e a nos co m unica u n a sensación; ellos
p rincipio n o era fácil ad ela n ta r. N o m e h ac ía caso, y eso h a c ía q u e tra ta n de o cu lta rla p e ro sus in te n c io n e s son inútiles. Ellos d ic e n ,
pensara m ás en ella. que h arán e s to y aq u ello , q u e lo cuid arán ... tra ta n dé p ro teg erlo ,
U na vez m e peleé con u n o de los m u c h ach o s del taller. El h a b ía p e ro u n o siente u n a especie de culpa. U n o tie n e la sensación de
sido su novio. Ese d ía y o e stab a saliendo del ó m n ib u s y él dijo que que lo q u ie re n p ero lo están m iran d o desde arriba. Siem pre se tiene
lo em p u jé. El m e em p u jó y e n to n ces, cu a n d o fu im o s al vestuario, la sensación de q u e e x iste u n a b a rrera e n tre u n o y aq u ello s que
el a su n to se puso más v io len to . Le g rité “ A léjate de m í” . E m p ecé lo q u ie re n . P or el hech o m ism o de q u e se a d m ita q u e lo p ro teg e n ,
a m aldecir y em p ezam o s a dar vueltas. S upongo q u e estab a celoso u n o tien e en cim a u n paraguas, y ese paraguas significa q u e u n o y
p o r el tie m p o q u e Jo a n p asaba conversan d o conm igo. E ra u n tip o ellos e n tie n d e n q u e algo anda m al... que h ay una barrera.
g rande; m e pegó en la b o ca y m e h izo un co rte. V in o el perso n al A m e d id a q u e g an ab a en ed ad iba d e sp e rtá n d o m e m e n ta lm e n te .
de a ten c ió n y nos separó. Ellos to m a ro n el a su n to com o si to d o Me c o n c e n trab a . C om o en la televisión. M uchas personas se p reg u n ­
fu era u n a b ro m a. Les p a re c ía lindo que nos peléaram os p o r Jo an . tan p o r q u é te n g o b u e n a gram ática. Se d ebe a la televisión. Y o era
Se b u rla ro n de n o so tro s com o siem pre se b u rlab an cu an d o se tr a ta ­ co m o u n g rab ad o r:, m em o riza b a to d o lo q u e o ía. C uando te n d ría
ba de nov io s y novias. 10 ó 12 años, escu ch a b a a H u n tle y y B rin k ley . E ran m is fav o rito s.
A ella le to m ó su tie m p o e n te n d e r lo que sen tía. N o q u e ría ser C u an d o pasaro n los años c o m p re n d í de qué h ab lab an . La gente se
dem asiado am istosa. N o q u e ría q u e le pasara el brazo sobre los so rp re n d ía de lo q u e yo sabía. E m p e za ro n a p re g u n ta rm e q u é p e n ­
hom bros. S alíam o s a dar cam inatas d u ra n te el a lm u erzo y m e to m ó saba so b re esto o aq u ello . C om o m i tía , q u e siem pre m e p reg u n ­
b astan te afecto , y y o a ella. U n d ía le p reg u n té : “ ¿V am os a ver ta b a so b re las no ticias, cuáles eran mis o piniones. E m p ecé a co m p re n ­
una p e líc u la ? ” E lla dijo “ B u e n o ” , p e ro te n ía q u e pedirle perm iso d er q u e e ra u n p oco m ás in te lig e n te q u e lo q u e ellos pensaban.
a la m adre. U n d ía dijo que p o d ía ir al cine. E ra u n a p e lícu la de Se co n v irtió en u n a afición. N o sab ía rea lm en te lo q u e significaba...
gangsters de u n a ta rd e de sábado. N os citam o s en la parad a del q u e yo c o m p re n d ie ra m u c h as cosas im p o rta n te s... los d istu rb io s
ó m n ib u s de la ciudad baja. R ecu erd o q u e llegué te m p ran o y co m ­ raciales, M artin L u th e r K ing en la cárcel... Lo q u e estab a su ced ien ­
pró las e n tra d a s an tes de que ella llegara. Me e n c o n tré con ella en do re alm e n te e ra q u e esta b a e m p e z a n d o a e n c o n tra r alguna o tra cosa,
la parad a y fu i a la b o le te ría con las e n tra d a s en la m an o . Y o estab a en lugar de lim itarm e a ab u rrirm e. E ra e n tre te n id o . En ese e n to n -
] ‘)H METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION EL QUE ES JUZGADO, NO LOS JUECES 1 99

cc.s y o n o sab ía que eso p o d ía significar algo. Q uiero decir q u e no R e lato s com o el de E d p e rm ite n u n ap ren d izaje sobre p u n to s
sab ía q u e iba a e star se n tad o a q u í c o n tá n d o le a u ste d to d o esto. esp ecífico s (p ara e l e x am en , véase A llp o rt, 1942; B ecker, 1966;
C u an d o u n o e stá crecien d o n o piensa de sí m ism o q u e es u n a p er­ B ogdan, 1974). P or ejem p lo , esta n arració n ilu stra claram en te q u e
sona, sino u n chico. A m edida q u e u n o se hace m a y o r se d esarro ­ el de re ta rd o m e n ta l es un c o n c e p to d esv alo rizad o r q u e co n d u ce
lla solo... q u ié n es u n o en p ro fu n d id a d ... q u ién se debe ser. U no a c ie rto n ú m e ro de sanciones im p u e sta s a los así ro tu la d o s. E n tre
tien e en lo p ro fu n d o u n a im agen de sí m ism o. T ra ta de sacarla a fu e ­ tales sanciones se cu e n ta n u n a au to im a g e n m en g u ad a y o p o rtu n id a ­
ra. U n o sabe lo que es en lo p ro fu n d o d e n tro de sí pero q u ien es des eco n ó m ica s v sociales lim itad as. T am b ién este re la to m u e stra
lo ro d e an reflejan y devuelven u n a im agen negativa. Ese es el p a ra­ el p ro fu n d o e fe c to de u n p ro n ó stic o te m p ra n o sobre el m o d o en
guas que u n o lleva encim a. que las personas son tra ta d a s y sobre lo que piensan de sí m ism as.
¿Q ué es el re ta rd o ? Es d ifíc il decirlo. S upongo q u e consiste D em u estra claram en te q u e los a m b ie n te s de vida y los servicios
en te n e r p ro b lem as p ara pensar. A lgunas personas creen q u e se segregados tales co m o las escuelas estad u a les lim itan severam ente
pu ed e decir si u n a p erso n a es re ta rd a d a con sólo m irarla. Q uien la socialización básica m e d ia n te hab ilid ad es q u e se n ecesitan para
piensa a s í n o le concede a la g en te el b en eficio de la dud a. Ju zg a p artic ip a r en la sociedad global. L a h isto ria ilu stra ta m b ié n cóm o
a u n a p erso n a p o r lo q u e parece, o p o r la fo rm a en que habla, o e! h ec h o de ser in stitu c io n a liz a d o e stá en fu n c ió n de u n a v ariedad
por lo que m u e stra n los te sts, p e ro n u n c a pu ed e re alm en te decir de co n tin g en cias eco n ó m ica s y sociales (d ificu lta d es fam iliares,
qué hay d e n tro de la persona. fa lta de altern ativ as), m ás q u e de la n a tu ra le z a de la in c ap acid ad o
T o m em o s una p areja de am igos m ío s, T o m m y M cCann y P. del tra ta m ie n to que se necesita. T am b ién se to c a n las d ificu ltad es
J. T o m m y era u n tip o con el q u e realm en te se estab a a gusto. U no que en caran las personas “ p ro te g id a s” . P od em o s evaluar con m ás
p o d ía sentarse con él, te n e r conversaciones agradables y d isfru tar. precisión el re se n tim ie n to y las re stric cio n es q u e esa p ro te c c ió n
E ra m ogólico. E l p ro b lem a e sta b a en q u e la g en te no p o d ía ver im p o n e. P o d em o s asim ism o p ercib ir los efe c to s p ro fu n d o s q u e
n ada m ás allá de eso. Si h u b iera te n id o o tro asp ecto h a b ría sido tie n e n sobre el a u to c o n c e p to de la p erso n a sim ples p alab ras de elo­
d ife re n te , p e ro e stab a ap risio n ad o en lo q u e las o tra s personas gio o rech a zo . La h isto ria de E d señala q u e algunas p erso n as q u e
pensaban que era. P .-J. e ra re a lm e n te u n a cosa d istin ta. Yo o b se r­ trab a ja n “ c o n ” los d e n o m in ad o s “ re ta rd a d o s ” desarrollan estilos
vé a ese tip o y en sus ojos p u d e ver q u e tie n e conciencia. Sabe b u rlo n e s q u e a trib u y e n u n valor m ín im o a los co n flic to s y p ro b le ­
lo q u e está p asan d o . Sólo p u e d e g atear y 110 h ab la, p ero u n o no m as n o rm ales q u e el ro tu la d o in te n ta a b o rd a r; vem os ta m b ié n
sabe lo q u e tiene d e n tro . C uando yo e sta b a con él y lo to c ab a, qué es lo q u e sien ten al re sp e c to q uienes son o b je to de ese tra ta ­
sab ía q u e él sabía. m ie n to . A u n q u e este re la to m e n c io n a to d o s esto s te m as e sp e c í­
N o sé. T al vez y o era re ta rd a d o . De to d o s m o d o s, eso era lo ficos, h a y dos p u n to s generales q u e d eb em o s reco rd ar.
que d ecían . Me g u sta ría que m e vieran ahora. Me p reg u n to q u é E l p rim er p u n to es sim ple, p ero p o cas veces se lo to m a en c u e n ­
d iría n si m e vieran con un em pleo regular y h acien d o to d a clase ta en la realizació n de investigaciones o en la ela b o ració n de p ro g ra­
de cosas. A p u e sto a q u e no lo creerían . m as. L as p erso n as ro tu la d a s c o m o re ta rd a d o s m e n ta le s tien en su
p ro p ia co m p re n sió n de sí m ism as, de sus situ a cio n es y sus e x p e ­
riencias. E sas co m p ren sio n es d ifieren con frecu en c ia de las q u e
CO N CLU SIO N
tie n e n los p ro fesio n ales. P or ejem p lo , a u n q u e la cu ració n y el tra ­
ta m ie n to p re d o m in e n en la visión o ficial de las escuelas estad u ales
La h isto ria de E d aparece p o r s í m ism a com o u n a rica fu e n te de y de los c en tro s y program as de re h a b ilitac ió n , en las perspectivas
co m p ren sió n . R e sistirem o s la te n ta c ió n de analizarla y reflejar de los d e stin a ta rio s con fre c u e n c ia prevalecen el a b u rrim ie n to , la
lo q u e ella nos dice sobre su p ro tag o n ista. P ensam os q u e a veces, m a n ip u la c ió n , la co erc ió n y las p e rtu rb a cio n e s. S egún n u estras
y m u c h o m ás de lo q u e lo hacem os ah o ra, deb em o s escuchar a las p ro p ias en tre v ista s co n p erso n as ro tu la d a s (B ogdan. 1974) y la
p ersonas ro tu la d a s com o reta rd a d a s, con la idea de d escu b rirn o s h isto ria de E d , el v o cab u lario del te ra p e u ta suele e n tra r en c o n tra ­
a n o so tro s m ism os, a n u e stra sociedad y a la n a tu ra le z a d el ró tu lo dicció n con el d el p acien te . E l d iscap acitad o (el d en o m in ad o “ re­
(B ecker, 1966). ta rd a d o ” ) re sp o n d e a la te ra p ia y a los servicios según el m o d o
200 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION EL QUE ES JUZGADO, NO LOS JUECES

en q u e él los percibe, no según el m o d o en q u e los ve el p erso n al. su vida p o d em o s e n fo c a r el c o n c e p to de in telig en cia en sus dim
La desvalorización de la p ersp ectiv a de u n in d iv id u o p o r co n sid e­ siones m ás hum anas. A través de esa in tim id a d a p ren d e m o s c l
rársela ingenua, sim plista, in m a d u ra o sin to m ática de alguna p a to ­ el su jeto se ve a sí m ism o, y se aclara lo q u e tien e en co m ú n i
lo g ía su b y ac e n te pu ed e hacer q u e la investigación sea u n ila te ra l to d o s n o so tro s. Las d iferen cias pierden im p o rta n c ia . Las p ro p .
y q u e las o rganizaciones de los servicios se u b iq u e n en á m b ito s en p alab ras de la p erso n a n o s fu erzan a pensar en los su jeto s corr,
los q u e se realizan ritu a le s en n o m b re de la ciencia. in d iv id u o s, y las cate g o ría s de to d a clase pasan a ser m enos per<
La seg u n d a área a la q u e este re la to a p u n ta tiene q u e ver con n e n te s.
la falta de cam inos altern ativ o s p ara q u e los “ d ife re n te s” concep-
tu a licen su situación.
El e sta d o a c tu a l de cam p o s tales com o el del re ta rd o m e n ta l
es c o n tro la d o por p o d ero so s m o n o p o lio s ideológicos. T al com o
el re la to de Ed lo sugiere, en n u e stra so cied ad ex iste u n a escasez
de d efin icio n e s; asim ism o, p ara los q u e son física y m e n ta lm e n te
d ife re n te s y lu ch an y su fren , h a y p ocos organism os divergentes
q u e los provean de m o d o s de co n cep tu alizarse a sí m ism os sin re ­
c u rrir al v o cab u lario desv alo rizad o r q u e in c lu y e las palabras “ e n fe r­
m e d a d ” , “ d isc ap a cid ad ” y “ desviación” , y al q u e ta m b ién p e rte n e ­
ce eí té rm in o “ re ta rd a d o ” .
Las categ o rías de q u e se dispone para u b icar a los individuos no
a y u d a n p e ro in flu y en sobre el m o d o en q u e n o so tro s sen tim o s a c e r­
ca de ellos y en q u e ellos sien ten acerca de sí m ism os. C u an d o
p resen ta m o s “ su je to s” o “ clien tes” co m o n ú m e ro s o com o c a te ­
g o rías diagnósticas, n o cream os en o tro s un se n tim ie n to de re sp e to
o de ap ro x im ac ió n a las p erso n as so b re las q u e se discute. Esa m an era
de ver a los seres h u m an o s n o es perversa o in necesaria, p ero a b a r­
ca una sola perspectiva. La im p o rta n c ia excesiva a trib u id a a esa
perspectiva, o m itie n d o los aspectos sub jetiv o s, d isto rsio n a n u e stro
c o n o c im ie n to de un m o d o peligroso. (E n tre los c ie n tífic o s socia­
les q u e p resen ta n la visión alte rn a tiv a se c u e n ta n Coles, 1971; C o t­
tle, 1971, 1972, 1973; Lew is, 1962; S haw , 1966; S u th e rla n d , 1937.)
T ra d ic io n a lm e n te , los cie n tífic o s sociales han e s tu d ia d o a
los re ta rd a d o s com o u n a cate g o ría sep arad a de seres h u m a n o s, y
al h acerlo a c e p taro n las d efin icio n e s del sen tid o co m ú n . Se su p o n e
q u e el re ta rd a d o es b ásicam en te d istin to del resto de n o s o tro s y
q u e debe ser explicado m e d ia n te te o ría s especiales d ifere n te s de
las q u e em p leam o s para ex p lic a r la c o n d u c ta de personas “ n o rm a ­
les” . Al asum ir ese e n fo q u e , los c ie n tífic o s sociales han c o n trib u id o
a la legitim ación de las clasificaciones del se n tid o co m ú n q u e dis­
tin g u en e n tre “ n o rm a le s” y “ re ta rd a d o s ” . Le hem os d ich o al m u n d o
q u e e x isten dos clases de seres h u m a n o s. Las pro p ias p alab ras de
E d c o n stitu y e n u n a fu e n te de d ato s y u n a fu e n te de co m p ren sió n
que nos p erm ite c o n o cer a u n a p erso n a ín tim a m e n te . Al c o m p a rtir
SEA HONESTO PERO NO CRUEL 203

el h e c h o a los p ad res, ésto s q u e d a ro n a b ru m a d o s p o r la p esad u m ­


bre. La m a d re dijo q u e la n o tic ia la to m a b a co m p le ta m e n te p o r
sorpresa. La c o m u n icació n e n tre e l p erso n al y los p ro g e n ito res
se co n v irtió en el fo c o de n u e stro e stu d io de cam p o sobre las u n i­
dades n e o n a tale s. En té rm in o s esp ecífico s, n o s in te re só c o m p re n ­
der q u ién h ab la a los p ad res so b re el e sta d o de los n iñ o s, q u é se
les dice, y q u é es lo q u e los p adres o y en .
C apítulo 9 Lo que los m édicos dicen a los p ac ie n te s (C artw rig h t, 1964,
1967; W aitzkin y S to eck le, 1972) y a los p ro g e n ito re s de d e lin cu e n ­
SEA HONESTÓ PERO NO CRUEL* tes juveniles (F . Davis, 1960, 1963; K o rsch , 1974; S k ip p er y Leo-
LA COMUNICACION EN TR E LOS PRO GEN ITO RES nard, 1968) h a sido o b je to de investigación de las ciencias sociales
Y E L PERSON AL EN UNA UNIDAD NEO NA TAL desde que ex iste u n a ciencia social de la m ed icin a (P arsons, 1951).
De especial in terés ha sido la co m u n icac ió n de m alas n o tic ia s (M cln-
to sh , 1 979), de am en aza de m u e rte (F rie d m an y o tro s, 1 963),
de e n fe rm e d a d crónica (G laser y S trauss, 1965, 1968) y de an o r­
m a lid ad es d iscap a citan tes físicas y m e n tale s (Jaco b s, 1969; Tai-
ch ert, 1 9 7 5 ).1
La m a y o r p arte de los ex ám en es de la rela c ió n m éd ico -p acien ­
te co m ien zan con Parsons (P arsons, 1951) y su m o d e lo de sistem a
social, q u e p o stu la p ara e l caso u n a in te ra c c ió n estab le y co m p le ­
IN T R O D U C C IO N m e n ta ria . A lgunos e stu d io s se basan e n esos su p u esto s funcionalis-
tas (F o x , 19 5 9 ; M erton, 1957). O tro s cu estio n an los m ism os su ­
La segunda vez q u e visitam os u n a sala de cuidado in ten siv o para p u esto s (E m e rso n , 19 7 0 ; F rie d so n , 1962, 1970; Ja c o b s, 1971;
niños (u n id ad n e o n a ta l) p resen ciam o s u n in c id en te q u e defin ió lo S tim so n , 1 9 7 4 ; V o y sey , 1972a, 1972b, 1975). F rie d so n (1 9 6 2 ,
q u e iba a ser el foco de la investigación sobre la q u e in fo rm am o s 1 970) sugiere u n a colisión de perspectivas in h e re n te a la relación
a q u í. U na p areja h a b ía ido a visitar a su hijo p re m a tu ro , c rític a ­ m é d ic o -p a cie n te . H ay estu d io s q u e m u e stra n q u e los p acien tes tie n ­
m e n te en fe rm o , q u e pesaba tres c u a rto s de k ilogram o. E ran p o b res d en a e sta r m ás in satisfech o s con la in fo rm a c ió n q u e recib en y con
de una zona ru ra l, te n ía n p o co m ás de 20 años y esa m a ñ an a h a b ía n el m o d o en q u e la recib en q u e con c u alq u ier o tro asp ecto del cuida­
m anejado 128 k iló m e tro s para llegar a la u n id a d . T o m aro n el cla­ do de la salud (C a rtw rig h t, 1 9 6 4 ; D u ff y H ollingshead, 1968; K o r­
vel q u e h a b ía n co m p ra d o en el negocio de regalos del h o sp ita l sch, 1974; K o rsc h y o tro s, 1 968). R o th (1 9 5 8 ), en su e stu d io so b re
y lo d e p o sita ro n en la pesada b arra de acero q u e so ste n ía u n calefac­ el tra ta m ie n to de la tu b e rc u lo sis, su b ray a la negociación entrfe el
tor sobre la caja a b ie rta de p lástico en la q u e e sta b a el n iñ o . P erm a­ m é d ico y e l p acien te acerca d el cro n o g ram a del tra ta m ie n to y la
n eciero n cerca de la cria tu ra h ab lan d o e n tre sí y dirigiéndose ta m ­ m ala co m u n icac ió n de las novedades. F . Davis (1 9 6 0 , 1963) ha
bién al frágil in fa n te . “P ro n to estará s en casa, c o m p a ñ e ro ” , le dijo e stu d ia d o a v íc tim a s de la p o lio y a sus fam ilias, y p ro p o rc io n a u n a
el padre. “ T o d o e stá listo p ara re c ib irte ” , añad ió la m adre. U na tip o lo g ía de lo q u e los m éd ico s dicen y n o dicen a los p ad res en
e n ferm era, q u e e sta b a a u n a d ista n cia desde la q u e o ía , se a p ro x i­ co n d ic io n e s de in c e rtid u m b re m édica.
m ó a la p areja y dijo: “ B uen o , deb en ser realistas; tie n e n u n b eb é
m uy e n fe rm o ” . Esa n o c h e el b ebé m u rió . C uando se com unicó
t a m b i é n se ha exam inado la obediencia de paciente y padre a las “ó r­
denes d el d o c to r” , lo mismo que su com placencia con el tratam ien to (véase
*R obert Bogdan, M ary Alice Brown y Susan Barnierm an F oster. Este H. Becker y o tro , 1972; M. Davis, 1968, 1971; M. Davis y E ichhom , 1963;
artícu lo apareció originariam ente en Human Organization, No. 41 (1) pdgs Elling y o tro s, 1960; Cordis y o tros, 1969; K orsch y o tro s, 1968; Svorstad,
6 -1 6 ,1 9 8 2 . 1976).
SEA HONESTO PERO NO CRUEL 2U5
2U4 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION

la casa q u e sirven a la u n id a d m ien tras realizan su e n tre n a m ie n to


E l e s tu d io so b re el q u e in fo rm a m o s a q u í se u b ic a en la tra d ició n
in te ra c cio n ista (véase ta m b ié n G laser y S trauss, 1967), E n lugar de especializado.
L a m a y o ría de los p acien te s son p re m a tu ro s; los m ás p e q u eñ o s
cen trarse en la com unicación con p ac ie n te s q u e su fren e n fe rm ed a ­
pesan u n o s 5 0 0 gram os. O tro s p re se n ta n d efec to s de n ac im ie n to
des p articu la re s, o en a d u lto s en la e ta p a te rm in a l, se consid eran los
q u e c o n s titu y e n u n a am en aza p ara la vida. A p ro x im ad a m e n te el
p ro g en ito res de niños con u n a v ariedad de dolen cias p o te n c ia lm e n ­
15 p o r cien to de los n iñ o s m u e re ; algunos son ta n p re m a tu ro s que
te d iscap a citan tes o q u e c o n s titu y e n u n a am enaza p ara la vida
nece sitan u n tra ta m ie n to p ro lo n g a d o del q u e se co n v ie rten en d e p e n ­
(D u ff y C am pbell, 1973; Jo n sen y L ister, 1978). A dem ás, los in ­
d ien tes, o q u e puede causarles daños irreversibles (ceguera, d e s tru c ­
vestigadores su elen e stu d ia r u n te m a co m o el de la com u n icació n
ción de te jid o cereb ral, e n fe rm ed a d e s p u lm o n ares cró n icas). A u n ­
p ro fesio n al-p acien te en ta n to suceso aislado, es decir, sin q u e m edie
qu e la m a y o r p a rte de los n iñ o s deja la u n id ad p ara vivir e x iste n ­
u n a co m p ren sió n del escen ario en el q u e se p ro d u c e (p o r ejem p lo ,
cias re la tiv a m e n te no rm ales, estas u n id a d es son lugares d o n d e m u ­
C lym an y o tro s , 1979; W iener, 1970), m ien tras q u e n o s o tro s p o n e ­
chos in te rn a d o s co rre n u n a lto riesgo de fo rm a r p a rte de la p ró x im a
m os el énfasis en el c o n te x to de la c o m u n icac ió n en las u n id ad es
g eneración de d iscap a citad o s p o r re ta rd o m e n ta l u o tra s causas.
n e o n atale s, su b ray a n d o el m o d o en que el p e rso n a l percibe a esas
E l recién llegado a u n a u n id a d q u ed a im p re sio n ad o p o r el r i t ­
un id ad es y d e sta c a n d o asp ecto s de ellas q u e se relacio n an con la
m o de la activ id ad , la c a n tid a d de h o ras de d ed icació n in te n sa q u e
co m u n icac ió n e n tre p erso n al y p ro g en ito res. T ratam o s sobre la
el p erso n al tra b a ja, la te c n o lo g ía re fin a d a y la lucha de vida o m u e r­
m anera en q u e el p e rso n al clasifica a los in fan tes, a los p ad res;
te q u e es u n a p arte reg u lar de la ru tin a . A m e d id a q u e u n o pasa
tam b ién co n sid eram o s c ó m o los em p lead o s se clasifican e n tre sí.
tie m p o en estas u n id a d es, to d o s esto s fa c to re s, m ás la te rrib le vi­
A dem ás, describim os las perspectivas co m p artid a s vinculadas con
sión de c ria tu ras m u y p eq u eñ a s con u n a su stan cial p o rc ió n de su
el h ab lar a los p ro g e n ito re s so b re sus n iñ o s. A co n tin u a c ió n p re sen ­
cu erp o cu b ierta p o r tela adhesiva, co n ec tad o s a resp irad o res, m ás­
tam o s el m u n d o de los p adres: el m o d o en q u e ex p e rim e n ta n la
caras de o x íg e n o , frascos de su ero , m o n ito re s, bajo c a le fa c to re s '
u n id ad y las in flu en cia s sobre lo q u e o y e n cu a n d o h ab la el personal.
y luces de b ilirru b in a , m ien tras se escu ch an las señales acústicas
C oncluim os con u n a discusión de las consecuencias de n u e stro s
p u n tu a le s que prev ien en sobre p aro s card íaco s, p ro n to se convier­
hallazgos p a ra la te o ría , el m é to d o , la p rá c tic a y la p o lític a social.
te n e n detalles de la vida de to d o s los días.

La unidad neonatal
M ETODO Y PR O C ED IM IE N TO

Las u n id a d es n e o n a ta le s d o ta d a s de a lta te c n o lo g ía se co n v irtie­


Los d a to s sobre los q u e se in fo rm a fu e ro n recogidos d u ra n te un
ro n en u n a p a rte de la escena m édica d u ra n te la década pasada.
Las u n id a d es p a rticu la re s q u e a n o so tro s n o s in teresan fo rm an p a r­ p e río d o de u n añ o , e n tre p erso n as vinculadas co n u n id a d es de
te de sistem as p e rin a tales rec ien te m e n te desarro llad o s. P ro p o rcio ­ a te n c ió n n e o n a ta l intensiva de h o sp ita les escuelas u rb an o s, y tra ­
nan a ten c ió n de nivel III, lo q u e significa q u e su p erso n al tien e un ta n sobre dichas personas. N u e stro trab ajo co m en zó con los au sp i­
e n tre n a m ie n to del m ás a lto nivel, q u e c u e n ta n con el ap arataje cios de u n p ro y e c to su b sid iad o de p restac ió n de servicios, en el
cu al fisio te ra p e u ta s, e d u c a d o re s, a siste n tes sociales y o tro s p ro fe ­
m ás re fin a d o y q u e tra ta n a los n iñ o s en m ás grave estad o de las
regiones q u e cu b re n . R ecib en derivaciones de h o sp ita les q u e tien en sionales a te n d e ría n a in fa n te s que c o rría n u n a lto riesgo de p ad ec er
u n id a d es de los niveles 1 y II. E q u ip o s especiales de tra n sp o rte re tra so s en su d esarrollo. L os p re sta d o re s de esto s servicios ib a n
q u e u tiliz an aviones fle tad o s acercan a algunos p acien te s desde a ingresar en los hogares de los n iñ o s q u e h a b ía n esta d o en la u n i­
dad y a b a rc a ría n a los p adres en la “ in te rv e n c ió n ” . N o so tro s íb a ­
m ás de 1 6 0 ‘k iló m e tro s. Las u n id a d e s que estu d iam o s tie n e n u n a
m os a in fo rm a r a los eq u ip o s sobre el ajuste e n tre lo q u e se p la n ea­
capacidad m á x im a de 35 a 6 4 niños cada u n a (6 0 0 a 1200 p acien ­
tes p o r añ o ) y e m p lea n de 80 a 100 en ferm eras de dedicación co m ­ b a h ace r y el sistem a d el servicio ta l com o lo observábam os en o p e ­
p le ta , de 3 a 6 n e o n a tó lo g o s de dedicación co m p leta , u n gran n ú ­ ració n . P a re c ía im p o rta n te p a ra ellos e n te n d e r lo q u e los p ro g e n ito ­
res e x p e rim e n ta b a n en la u n id a d y lo q u e los padres h a b ía n co m ­
m e ro de té cn ico s y o tr o tip o de p erso n al, y de 6 a 10 m édicos de
206 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION
SEA HONESTO PERO NO CRUEL 207

p ren d id o re sp ec to d el e sta d o de los niños. N u estro s intereses p ro n to


E L C O N TEX TO D E LA COM UNICACION
fu ero n m ás allá del p ro y é c to , y la reco lecció n de d ato s se am p lió ,
EN U N ID A D E S N EO N A TA LES
de m o d o ta l q u e p u d im o s ex p lo ra r los p ro b le m a s m ás am plios q u e
presen ta m o s aq u í.
Los pacientes tal como los ve el personal
In iciam o s n u e stra investigación realizan d o o bservación p a rtic i­
p an te (B o g d an y T ay lo r, 1975) en la u n id a d q u e el p ro y e c to ser­
E n las u n id a d e s n eo n a ta le s, los p ro g en ito res buscan al p erso n al
vía. H icim o s visitas d u ra n te c u a tro m eses, de dos a cu a tro veces
p ara pedirle in fo rm ació n sobre el estad o de los niños. E n ciertos
p o r sem ana y de u n a a tres h p ras p o r sesión, to m a n d o ex ten sas
m o m e n to s, algunos m iem b ro s del p erso n al persiguen a los p ad res
n o ta s de cam p o después de cada visita. E n c o n ju n ció n con estas
para co m u n icarles las novedades. Para saber q u ién h ab lará a lo s p a­
o b servaciones en tre v istam o s a m édicos, e n ferm eras y p ro g en ito res, dres de u n p ac ien te en p a rtic u la r, y qué h a b rá q u e decirles, es n ece­
adem ás de revisar d o c u m e n to s oficiales. D espués de los c u a tro m e ­
sario co n o ce r el m o d o en q u e el personal piensa sobre los niños.
ses iniciales in c re m e n ta m o s n u e stra s en tre v istas con padres y re d u ­
L os bebés n o son sólo bebés. C ada bebé p u e d e clasificarse según
jim o s n u e stra s observ acio n es en la u n id a d . A d icio n alm en te, am p lia­ u n a tip o lo g ía h olgada q u e fo rm a p arte del m o d o en que el p e rso ­
mos n u e stra s o b servaciones a o tra s tre s u n id a d es; u n a de u n E sta­
n al ve las cosas.
do lim ítro fe , y dos en o tra s ciudades p ero en el m ism o E sta d o de
E l p erso n al de las u n id a d es estu d iad as co m p arte un sistem a de
la u n id a d d el p ro y e c to . N u e stro p ro p ó sito en esas visitas fu e e x p lo ­
clasificación in fo rm a l de los p acien te s; los d ifere n te s estad o s son
ra r la p o sibilidad de generalizar y am pliar el m o d e lo em erg en te.
id e n tific a d o s m e d ia n te un v o cab u lario especial. (E sq u em as clasifi­
Las visitas a las o tra s u n id a d es sólo nos to m a ro n u n d ía cada una,
ca to rio s análogos, au n q u e m e n o s detallados, fu e ro n o bservados
y en ellas e n tre v istam o s al p e rso n a l clave y realizam o s observaciones.
p o r H. B eck er y o tro s, 1961, y D u ff y H ollingshead, 1968). A u n q u e
D u ra n te n u e stra s observ acio n es e n la u n id ad d el p ro y e c to p ar­
ex isten d iferencias en las frases concretas u tilizad as y en o tro s de­
ticipam os en reco rrid as, asistim os a co n su ltas sobre casos e n tre
talles, los esquem as clasificato rio s de los d istin to s h o sp ita les son
varios p ro fesio n ales, estuvim os en sesiones de o rien tac ió n para p er­
co h e re n tes e n tre sí.
sonal n u ev o y observam os las actividades diarias, e n tre ellas las
La figura 1 describe el esquem a c o n c e p tu a l de los p acien te s
conversaciones e n tre el p erso n al y los p ro g en ito res sobre el estad o s u ste n ta d o p o r el personal. Las palabras e n tre co m illad a s son em ­
de los niños. (O bservam os activ id ad es sim ilares en las o tra s u n i­
p leadas siste m á tica m e n te en las unidades. Las ex p resio n es sin co m i­
dades, p e ro con una base m ás lim itad a.) C o m p letam o s m ás de 40
llas son n u e stra s; se refieren a categ o rías p ara las cuales el perso n al
e n tre v istas g rab ad as de u n a e x ten sió n de 35 m in u to s a 2 horas,
n o em p lea p alab ras específicas o sistem áticas, pero, p o r el m o d o
más las e n tre v istas m en o s form ales realizadas en el curso de n u es­
en que h ab la ( “ U n n iñ o c o m o é ste ...” , “ E sta clase de n iñ o ...” )
tra s observaciones. M uchos de los p ro fesio n ales con los que h a b la ­
y a c tú a (p o r ejem p lo , en c u a n to a la c an tid ad de tie m p o q u e se
m os h a b ía n trab a ja d o o fu e ro n e n tre n a d o s en un id ad es q u e n o dedica a d iscu tir el caso de ese b ebé en las re c o rrid a s) vem os que
eran las q u e hicim os o b je to de n u e stra o b servación. Les fo rm u la ­
piensa en ta les p acien tes com o abarcado p o r la designación de que
m os p reg u n ta s so b re esas unid ad es y llegam os a la conclusión de se tra ta . A u n q u e to d o el p erso n al p ro fesio n al de to d a s las u n id a ­
q u e eran su stan cialm e n te sim ilares a las d escrip tas en este a rtíc u ­ des estu d ia d as em p lea u n esq u em a sim ilar al p re se n ta d o , el n u e stro
lo. Lo q u e in fo rm am o s aquí, fu e p resen ta d o en varios b o rrad o res es u n “ tip o id e a l” en el se n tid o w eberiano, e n c u a n to no c a p ta a
al p erso n al p ro fesio n a l de las u n id a d es, se d iscu tió con él y, una la p e rfe cc ió n ni d isto rsio n a seriam ente cu alq u iera de los esquem as
vez avalado, se m o d ificó de ac u erd o con las reaccio n es suscitadas. de las u n id ad es. N o to d o el p erso n al de u n a u n id a d ve a los p acien ­
te s e x a c ta m e n te del m ism o m o d o . Las enferm eras, p o r ejem plo,
u tiliz a n u n sistem a ligeram ente d iferen te del de los m édicos, p ero
en cada u n id a d el p erso n al co m p a rte un v o cab u lario gen eral y un
esquem a com unes. A pesar de q u e to d o s co n cu e rd an en la tip o lo ­
gía general, p ara cada n iñ o en p a rticu la r pu ed e h a b e r d esacuerdo
en c u a n to al “ tip o ” al q u e pertenece. C om o verem os m ás adelan-
20« METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION SEA HONESTO PERO NO CRUEL 209

te , esto p u ed e ser u n a fu e n te de c o n flic to s acerca de lo que se


h a b rá de decir a los p ad res y acerca de q u ié n h a b rá de hacerlo.
T al com o el diagram a lo sugiere (véase a la iz q u ierd a) el siste­
m a de clasificación u tiliz a d o p o r el p erso n a l m é d ico es tem p o ral.
Las c ateg o rías q u e se em p lean p rim ero en la carrera del p acien te
ap arecen a la cabeza del diagram a, y las ú ltim a s, al pie. C om o lo
decim os en n u e stro e x am en , el sistem a clasificatorio del p erso n al
p ro fesio n a l e stá rela cio n ad o co n cro n o lo g ía s c o n c e rn ien te s a las
p a u ta s de la carrera de los p ac ien te s en la u n id a d (D avis, 1963;
R o th , 1963).
D u ran te los p rim ero s m in u to s en la u n id ad , el p acien te es
clasificado co m o “ b e b é ” o “ n o v ia b le ” .2 El ju ic io se fu n d a en u n a
co m b in ació n de tie m p o de g estació n , peso al nacer, p u n ta jes apgar,

Figura l. La cJasificadón de los ninos por el p erso n al


o tro s te sts y d esc u b rim ie n to s y, en casos e x tre m o s, la ex ten sió n
y n a tu ra lez a de las a n o rm alid a d es físicas y m en tale s visibles o su*
puestas. A u n q u e el p e rso n al de u n a u n id a d en p a rtic u la r tiene u n
sistem a co n v en cio n al p ara to m a r la p rim era decisión clasificatoria,
siem pre h a y u n ele m e n to de ju ic io estim ativo. Las convenciones
p u e d e n variar de u n id a d en u n id a d y con el tran scu rso del tiem p o .
E l ta m a ñ o y el tie m p o de gestació n de u n p acien te con sid erad o
viable se h an re d u c id o d rástica m e n te en años recien tes, com o re ­
su lta d o del d esarro llo de la te c n o lo g ía y de la n e o n a to lo g ía .
Los no viables, a m e n u d o d e n o m in a d o s “ f e to s ” , p u ed en ser u b i­
cados en u n a h a b ita c ió n especial o en o tro lugar ap a rta d o de la
u n id a d , y n o se les p ro p o rc io n a tra ta m ie n to a lg u n o .3 Los bebés
son tra ta d o s , con frec u e n c ia u tiliz a n d o m ed io s heroicos. C u an d o

2 Hallazgos análogos han sido realizados por Glaser y Strauss (1 9 6 8 ) y


Sudnow (1 9 6 7 ). Glaser y Strauss observan que la adm isión en la sala de p rem a­
tu ro s a veces se pospone hasta que la criatura haya vivido una h ora y m edia
desde el m o m en to del p arto . “ Si el prem atu ro dem uestra que tiene posibili­
dades de vivir, se le perm ite el ingreso en la sala...” (Glaser y Strauss, 1968,
págs. 44-45). Sudnow a n o ta que “ H ay u n sistem a de definiciones y pesos que
in te n ta n describir el status del feto . Según el peso, la longitud y el tiem po de
gestación hasta el m om ento del p arto , u n feto es considerado ‘h u m an o ’ o *no
h u m an o ’ ” (S udnow , 1967, pa'g, 108).

3No pretendem os sugerir qu e en estas unidades ocurra todos los días que
bebés severam ente deform ados y con daños cerebrales sean abandonados a su
suerte y m ueran, o que de m anera regular no se trate a bebés que p o d rían
S3S3W b so*nuiui ap a ju o p s ia o d u iajx
hab er vivido. Las unidades que estudiam os ponen en práctica lo que algunos
m iem bros del personal llam an “ tratam ientos agresivos” .
210 METODOS CUALITATIVOS D E INVESTIGACION SEA HONESTO PERO NO CRUEL 2 11

a un b eb é se le ha asignado u n tra ta m ie n to en p a rtic u la r (p o r e jem ­ a alguna de tre s categ o rías: “ bebé m u y e n fe rm o ” , “ b u e n b e b é ”


plo, el re sp irad o r), ese tra ta m ie n to m u y pocas veces se in te rru m p e , o “ b ebé con p ro b lem as especiales” . E ste ú ltim o tip o in c lu y e cria­
au n q u e , previa co n su lta con los padres, pued e om itirse u n a in te r­ tu ras co n p ro b lem as tales com o d efecto s card íaco s, h id ro cefalia,
vención ad icio n al p o te n c ia lm e n te revivificadora. Los n iñ o s p u e ­ espina b ífid a , sexo in d iferen ciad o . sín d ro m e s especiales y o tro s
den ser “n o c o d ificad o s” , lo q u e significa q u e h a y ó rd en es de no d efe c to s in n a to s. Ellos a b a n d o n a n la u n id a d a los p o co s d ías o se
aplicar n in g ú n tra ta m ie n to ad icio n al si el p acien te se estaciona. u n en a las categ o rías de bebé m u y e n fe rm o o u n b uen b eb é con
Con frecu en cia los p ad res de los n o viables llegan después de la u n a a n o m a lía especial. C iertos b eb és de c a te g o rías especiales (p o r
m uerte y se les co m unica el h ech o in m e d ia ta m e n te ; lo hace el m éd i­ ejem p lo , n iñ o s con m en in g o m ielo cele) e n fre n ta n el riesgo de q u e
co asignado al p acien te o el m iem b ro del p erso n al p resen te de m a y o r se les reh ú sen los p ro c e d im ie n to s ex cep cio n ales necesarios para
je ra rq u ía . (A veces se le dice a los p ad res q u e el n iñ o es n o viable, m a n te n e rlo s vivos. Los b eb és de c ate g o ría especial, m ás q u e n in g ú n
y cu an d o a rrib a n lo e n c u e n tra n en tra ta m ie n to , con u n a re c u p e ra ­ o tr o tip o de bebé, son re te n id o s y en treg ad o s en a d o p c ió n o ins­
da p o sibilidad de vida.) C u an d o los p ad res llegan an tes del deceso, titu cio n aliz ad o s. L a m a y o r can tid ad de tie m p o se d ed ica a h ablar
el m é d ico tra ta n te o u n m éd ico de la casa asignado al n iñ o , o u n in ten siv am en te con los p adres involucrados en estas decisiones,
m iem bro del p erso n al d isp o n ib le, ex am in a la situación con los y el m o d o en q u e se p rese n ta el estad o del n iñ o p u ed e ser esencial
padres, in d ican d o q u e la m u e rte es in m in e n te y que la cria tu ra no en la fo rm u la ció n del p en sa m ie n to de los padres.
e stá siendo tra ta d a . Si los p adres p resio n an p id ie n d o tra ta m ie n to , Los b u en o s bebés son b eb és q u e se co n sid era n o co rren u n ries­
puede hab er in terv en ció n . La gran m a y o ría de los no viables están go alto de m o rir p ero q u e n e ce sitan ay u d a y observación, sea d eb i­
m u e rto s al llegar o fallecen p o co después, p e ro en to d a s las u n id a ­ do a un tra u m a rela c io n a d o con el p a rto , sea debido a su cará cter
des ha h a b id o casos de u n o s pocos q u e supervivieron y se c o n v irtie­ p re m a tu ro . C on frecu en c ia n ece sitan crecer h asta alcan zar el peso
ro n en bebés. O casio n alm en te, u n recién llegado al q u e algunos re q u e rid o p ara q u e les den el alta en la u n id a d , q u e es de 1,8 a
m iem bros del p erso n al d efin en c o m o bebé, es d efin id o com o no 2,3 kilogram os. Los buen o s bebés q u e p erm an ecen en la u n id a d
viable p o r o tro s m iem bros. A ciertas cria tu ra s en tra ta m ie n to , al­ d u ra n te u n d ía o m enos son d e n o m in ad o s “ bebés en o b serv ació n ”
gunos, de m o d o c rític o , las d e n o m in an “ fe to s ” . E stas y o tra s situ a­ o en “ p arad a sobre el fo so ” co m o los au to m ó v iles de carrera; só­
ciones en las q u e h ay desacu erd o generan m ucha ten sió n en los lo req u ie ren u n rá p id o co n tro l, algún ajuste m e n o r, y y a están en
m iem b ro s d el p erso n al, p o rq u e se espera de ellos q u e p resen ten su cam ino. (C om o lo in d ica la figura 1, los bebés en observación
un fre n te u n id o an te los padres. Para el p erso n al q u e critica una no se co n sid era n “g ra d u ad o s” e n la u n id ad . Esa designación se
decisión co n c e rn ie n te al tra ta m ie n to es d ifíc il no hablar sobre reserva p ara las cria tu ras q u e pasan p e río d o s m ás p ro lo n g ad o s en
el te m a con los p adres, en especial si se tra ta de una en fe rm era que el lugar.)
tra ta con ellos y los conoce. Los b u e n o s bebés q u e n o e stá n allí sólo con fines de observa­
D u ra n te las prim eras h o ras en la u n id a d , la m a y o ría de los p a­ ción son “ co m ed o res y c re c e d o res” . Se utiliz a esta ex p resió n p o r­
cientes son consid erad o s bebés. A algunos se les asignan categ o rías q u e el p e rso n a l p ro fesio n al los ve c o m o b ásicam en te sanos, salvo
q u e n o son n i “ b e b é ” n i “ no v iab le” d u ra n te los p rim ero s m in u to s, p o r su p o c o peso y p ro b lem as m enores. E sta cate g o ría in c lu y e
p ero en la m a y o r p a rte de los casos cu alq u ier designación m ás espe­ cierto n ú m e ro de su b categ o rías. H ay “ bebés de 3 h o ras” y “ bebés
cífica se m a n tie n e en suspenso hasta q u e la c ria tu ra sea observada, de 4 h o ra s ” , según sea el lapso q u e tran scu rre e n tre co m id a y com i­
so m etid a a tests y tra ta d a. D u ra n te ese p e río d o a los p adres se les da. H ay ta m b ié n “ p e z o n e a d o re s” , bebés q u e está n co m en zan d o
p ro p o rcio n a in fo rm a c ió n general sobre la c o n d ició n del n iñ o , con a to m a r a lim e n to p o r succión. T am b ién en o tra s categ o rías hay
una ex p licació n sobre lo d ifícil q u e resu lta saber algo esp ecífico subdivisiones detalladas.
en esa te m p ra n a e ta p a ; algo m ás se p o d rá c o n o c e r al cabo de cier­ L os b eb és m u y en ferm o s son aquellos q u e a los o jo s del perso­
to tie m p o . Los p ro fesio n ales suelen referirse a u n lapso d e te rm i­ nal co rren un a lto riesgo de m orir. L a m a y o ría de estas c ria tu ras
nado: “ S ab rem o s algo m ás en 4 8 h o ra s” o “ en 72 h o ra s ” . pesan m u y p o c o al n ace r (1 k ilo g ram o o m en o s) o n o han pasado
El p acien te p u ed e p e rm a n ecer sim plem ente com o b ebé d u ra n ­ u n tie m p o su ficien te en el ú te ro com o p ara d esarro llar sus p u lm o ­
te u n o s pocos m in u to s o u n o s pocos días, p ero fin alm en te pasa nes y resp irar p o r sus p ro p io s m edios. T íp ic a m e n te con ellos se
212 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION SEA HONESTO PERO NO CRUEL 213

recurre a resp irad o res y o x íg e n o y d ep en d e n de o tra te cn o lo g ía H ay o tro s fa c to re s rela cio n ad o s con el m o d o en q u e el p erso ­
vivificante. L os bebés m u y e n fe rm o s p u ed en re sp o n d e r al tra ta m ie n ­ nal define a los p a cien tes, q u e son im p o rta n te s p ara la co m u n ica­
to, ser sep arad o s del a p ara taje y convertirse en co m ed o res y crece- ción e n tre a q u él y los p ro g en ito res. Las cria tu ras llegan a la u n id ad
dores. O tro s bebés siguen d ep e n d ie n d o de dispositivos de ap o y o siguiendo u n cierto n ú m e ro de ru ta s. Lo m ás c o m ú n es q u e sean
;i la vida, y se co n v ierten en “ cró n ic o s” . A los cró n ico s cuyo e sta ­ tra n s p o rta d a s desde o tro h o sp ita l (el h o sp ital en el q u e n acie ro n ;
do se d ete rio ra o q u e siguen re q u irie n d o el m ism o a lto nivel de a p o ­ a p ro x im a d a m e n te u n 5 0 p o r cie n to ) o tran sfe rid o s desde la sala
y o tecn o ló g ic o , n o s o tro s los d en o m in a m o s “ cró n ic o s c ró n ic o s ” , de p a rto s del m ism o h o sp ita l del q u e la u n id a d fo rm a p a rte (el
pero para ellos el p erso n al u tiliz a u n a v ariedad de adjetiv o s.4 Bajo o tro 50 p o r cie n to ). A los b eb és de o tro s h o sp ita les se los d en o m i­
el en c a b ez a m ie n to de bebés m u y en ferm o s h ay o tra s criatu ras cu ­ na “ tra n s p o rta d o s ” y a los p ro c e d e n te s del m ism o h o sp ita l se los
ya d ep en d en cia del ap arataje vivificador flu ctú a. A veces parece llam a “ n u e stro s b eb é s” o “ bebés de a rrib a” o “ de a b a jo ” , según
que p u ed en ser re tira d o s, y a co n tin u a ció n tie n en un serio re tro c e ­ sea la u b ic ació n de la sala de p arto s. A los tra n s p o rta d o s los lleva
so. U n p acien te con este tip o de p a u ta oscila e n tre las cate g o ría s u n e q u ip o especial y n o llegan ac o m p añ a d o s p o r los p adres, q u ie ­
de cró n ico y c o m ed o r y crecedor. T o d o b ebé m u y e n fe rm o puede nes, a lo largo de la carrera del p a cie n te , tie n e n u n acceso m e n o r
m orir o pasar a ser u n b u en b ebé. A u n q u e con m enos frecu en cia, a la c ria tu ra y al p erso n al d eb id o a la d istan cia q u e separa al h o sp i­
los co m ed o res y creced o res se co n v ierten a veces en bebés m u y ta l de sus hogares. Los b eb és del m ism o h o sp ita l son llevados a la
en ferm o s. El m a y o r im pulso del trab ajo del p erso n al p ro fesio n al u n id a d in m e d ia ta m e n te después del p arto . En to d o s los casos, el
tien d e a lograr q u e los p ac ien te s sean c o m ed o res y crecedores. padre suele llegar p oco después q u e la criatura. T íp ic a m e n te visi­
U nos pocos p acien te s designados cró n ico s dejan la u n id a d con ta n p rim ero la un id ad y hab lan con el personal. A u n q u e el m édi­
u n nivel bajo de re q u e rim ie n to s tecn o ló g ico s, p o r lo general p a ra co tra ta n te con frec u en c ia insiste en h a b lar con la m a d re, sea p o r
pasar a u n a sala p ed iátrica, p e ro la m a y o ría de los q u e salen siguen te lé fo n o o v isitán d o la en la sala de m a te rn id a d , d u ra n te los p rim e­
el cam ino de los c o m ed o res y crecedores. La m a y o r p a rte de la co ­ ros d ías son los p ad res q u ie n es tra n sm ite n a las m ad re s la in fo rm a ­
m u nicación en cu rso e n tre m édicos y p ad res tie n e lugar en relación ción p ro p o rc io n a d a p o r el p erso n al; el padre es por lo genera] la
con los nuevos ingresos y los bebés m u y en ferm o s, crónicos, cró ­ prim era p erso n a q u e le explica a la m adre el estad o de la criatura.
nicos crónicos y los in te rm ite n te s. Las co m p licacio n es a largo p lazo Q u ién será el q u e hable a los p ad res sobre el estad o de la cria­
que p u ed en re su lta r del tra ta m ie n to , así com o las discapacidades, tu ra y lo q u e se diga d ep e n d e del tip o de p ac ien te y de su u b ica­
pasan a o c u p a r u n p rim er p lan o (y son tem a de análisis) a m ed id a ción en su carrera en la u n id ad . L as designaciones y lo q u e ellas
q u e los b eb és crónicos q u ed a n re te n id o s m ás tie m p o en la u n id a d significan para el p erso n al son algo q u e sólo pued e ser c o m p re n d i­
y cu an d o las c ria tu ra s están listas para ser llevadas al hogar de la do en el c o n te x to de la cro n o lo g ía en la q u e a cada designación
fam ilia. Los co m e d o re s y creced o res son u b icad o s en u n e x tre m o c o rresp o n d e u n p eldaño.
de la u n id a d (o en una h a b ita c ió n separada) y re c ib e n rela tiv a m en te C u an d o la criatu ra ingresa en la u n id a d , los m édicos tie n d e n
p oca a te n c ió n de los m édicos; en este caso las en ferm eras son m ás a com unicarse con los p ro g e n ito re s para decirles q u e “ es m u y p ro n ­
activas en la co m u n icació n co n los padres y la ate n c ió n de los p e ­ to para h a b la r” . A m e d id a q u e pasa el tie m p o , crece el p apel de
qu eñ o s p acientes. las e n ferm e ra s en la co m u n ica c ió n , deb id o a su m a y o r acceso a los
padres y a su m a y o r c o n ta c to con los bebés. En ciertos m o m e n to s
4 Los adjetivos que se em plean para designar a los crónicos crónicos varían y con c iertas c a teg o rías la id e a de la m u e rte prevalece en las con­
de unidad a unid ad . A veces se utilizan expresiones tan benignas com o “ caso versaciones; en o tro s casos se h ab la sobre el fu tu ro del niño. Es
triste” y “bebé que nunca se irá a su casa” ; el personal de una unidad los lla­ m ás fácil h ab la r a los p adres so b re buen o s bebés q u e sobre cróni­
ma “desecho p rem atu ro ” . O tras expresiones se aplican a las restantes ca te­ cos; h ab lar so b re crónicos crónicos e in te rm ite n te s resu lta m u y
gorías. E sta m anera de hablar por lo general no se com parte con personas de con flictiv o . C u an d o se tra ta de com ed o res y crecedores, el c o n te n i­
afuera, y nunca se utiliza cuando hay padres cerca. El personal que recurre do de la in fo rm a c ió n se c e n tra en el progreso.
a tales expresiones se justifica diciendo que el trabajo en las unidades es algo
difícil y que ése es su m odo de desahogar la frustración.
SEA HONESTO PERO NO CRUEL 215
214 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION

El status de los progenitores tal como lo ve el personal el tra ta m ie n to a u m e n ta n a m ed id a q u e pasa el tiem p o . A gradecen
el nivel de la a ten ció n q u e se les b rin d a. C o m p re n d en y se ad ecú an
La tip o lo g ía de los p ac ien te s q u e acabam os de p re sen ta r es n e ­ a las p rácticas y h o rario s de la u n id ad .
cesaria para e n te n d e r el c o n te x to de la decisión sobre q uién h ab la­ 2. S e interesan so ste n id a m e n te p o r el bebé. Lo visitan reg u lar­
rá a los p ad res y sobre q u é les dirá. Los p a cie n te s son o b je to de m en te, lo to c a n , h ace n p reg u n ta s sobre su e sta d o , y reac cio n an de
d iag n ó stico y p ro n ó stic o , y d e stin a tario s de tra ta m ie n to según un m o d o que el p erso n al co n sid era ap ro p iad o a las b u en as y m alas
las e stip u lacio n es de los profesio n ales. P ero hem os e n c o n tra d o q u e noticias. La d ista n cia a la q u e la pareja vive resp ecto del h o sp ital
cu an d o el p ac ie n te es u n a c ria tu ra , ta m b ié n se evalúa a los padres. se to m a en cu en ta al ju z g ar si la frecu en cia de las visitas in d ica o
S obre la base de estas evaluaciones, se decide p o n d e rativ a m en te n o p reo cu p ació n . A lgunos m iem b ro s del p erso n al hab lan de * co ­
q u ién hab lará a los padres y lo q u e se les dirá re sp ecto del esta d o n e x ió n ” p ara referirse a esta d im en sió n de u n b u e n padre.
del niño y de la p articip a ció n de los p ro g en ito re s en el tra ta m ie n to . 3. D em u estra n p o se e r capacidad para p ro p o rc io n a r a l b e b é u n
Los m éd ico s y las en ferm eras se p ro p o rc io n a n re c íp ro c a m e n te cu id a d o adecu a d o si deja el h o sp ita l. D e los bebés q u e dejan la u n i­
in fo rm ació n y ta m b ié n la recib en de los p ad res; sobre esas bases dad se piensa que n ecesitan m ás cu id ad o , y m ás h ab ilid ad p o r p arte
a b re n ju icio sobre el “ tip o ” de p ad res con los q u e están tra ta n d o . de q u ie n es los cuidan, q u e los bebés típ ico s. L os b u e n o s p ad res
E n los e n c u e n tro s con ellos, los m édicos y las en ferm eras los “ pal­ d em u estran que p u e d e n p ro p o rc io n a r el cu id ad o ad ecu ad o en el
p a n ” . O bservándolos, o y é n d o lo s h ab lar y, lo q u e es m ás im p o rta n ­ a m b ien te p ropio.
te , evaluando sus reaccio n es a n te la in fo rm ació n p ro p o rc io n a d a ,
el p erso n al ju zg a q u é se debe decir, c ó m o decirlo y q u ién te n d rá P ara el m o d o de ver del personal, la clase social, la edad y la ra ­
que hacerlo . E l p erso n al señala q u e “ p ara h a b la r con los p ad res za están relacionadas con el h ech o de q u e se sea o n o u n b u e n pa­
h ay que po n erse en el nivel de e llo s” . De m o d o q u e se a d ap tan las dre, p ero no en té rm in o s invariables. A u n q u e algunos ad o lescen ­
explicaciones al nivel q u e p erm ite a los p ro g e n ito re s ca p ta r lo q u e tes, negros de las ciu d ad es y p ro g en ito res so ltero s son co n sid erad o s
se tra ta de tran sm itirles, en vista de lo q u e el p erso n al piensa acer­ b u en o s padres, la m a y o r p arte de los individuos clasificados en es­
ca de su in teligencia, e d u c a c ió n y esta d o em ocional. ta cate g o ría p e rte n e c e n a la clase m edia m ed ia y alta. A l perso n al
El p erso n a l habla de tres tip o s de padres: los “ bu en o s p a d re s” , le gu sta h ab lar to d o lo p osible con los b u en o s padres. E stos p ad res
los “n o ta n bu en o s p a d re s” y los “ p e rtu rb a d o re s ” . [Para u n a tip o ­ son ta m b ié n generosos en el elogio. D ejan ver que co m p re n d en
lo gía sim ilar de los p acien te s ad u lto s, véase la discusión de L o rb er cóm o se los h a tra ta d o en la u n id a d , a ellos y a sus hijos.
(1 9 6 7 , 1975) sobre buenos y m alos pacientes.] A u n q u e esto s té r­ Los no ta n b u e n o s p ad res, a algunos de los cuales se los llam a
m in o s se em p lean , las ca teg o rías se su p erp o n en , surgen desacu er­ “ u n o de ésos” , son fru s tra n te s p ara el personal. E l p ro to tip o de
dos en c u a n to a la clasificación q u e co rresp o n d e en diversos casos, los no ta n bu en o s p ad res tiene cara cterísticas o p u estas a las de los
y h a y cam bios de ca te g o ría con el tran scu rso del tiem p o . b u e n o s padres.
Según n u e stro ex am en , lo q u e se espera de u n p ad re del q u e se
piensa que es b u en o d ep en d e del sta tu s del niño y de la can tid ad 1. H ablar con ellos es c o m o hablar con una pared. A los ojos
de tie m p o q u e este ú ltim o ha pasado en la u n id a d . U n buen padre del p erso n al, esto s padres no p u e d e n o se niegan a d em o strar que
qu ed a d efin id o p o r el h e c h o de q u e posee u n m ín im o de las siguien­ co m p re n d e n cuál es el estad o de su b eb e. La m a y o ría de las veces
tes características. e sto significa que n o re co n o c e n la gravedad de la criatu ra. P or esta
fa lta de co m u n icac ió n se cu lp a a los padres y se p iensa q u e resp o n d e
1. L o s b u e n o s padres co m p re n d e n . P ara decirlo con las p ala­ a u n a de dos causas posibles. La p rim era es q u e el p ro g e n ito r es
bras de u n m édico q u e d efin ía a los b u e n o s padres, con ellos “ nos dem asiado fa lto de e d u cació n o de inteligencia p ara co m p re n d er.
c o m u n ic a m o s” . Los b u en o s p ad res fo rm u lan p reg u n ta s q u e el La segunda es q u e el padre está e x p e rim e n ta n d o u n estad o psico ­
personal co n sid era adecuadas. R e co n o c en la gravedad del estad o lógico d en o m in ad o “ n eg ac ió n ” . A lgunos m iem bros del perso n al
del niño. T o le ra n el h ec h o de q u e no se p u ed a prever el desenlace ap lican la p alab ra “ n eg ació n ” p a ra referirse in d isc rim in ad am e n te
del tra ta m ie n to . Sus co n o c im ie n to s sobre el estad o del b eb é y a lo q u e o cu rre con to d o s los p ad res q u e n o c o m p a rte n con ellos
217
Jlf) METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION sea h o n est o pe r o no cr uel

el m o d o de ver el estad o el n iño. O tro s la em plean para designar fech o s con el tra ta m ie n to q u e recib en sus niños. P o r ejem p lo , algu­
co n d u c tas p are n tale s m ás esp ecíficas y, c o m o verem os más ad e­ nos no sien ten q u e la vida de su hijo deba ser m a n te n id a p o r m edios
lante, en relació n con un m o d e lo de e tap as co n c e rn ie n te a padres especiales, y so stien e n asertiv am en te ese p u n to de vista, incluso
(|ue e x p erim e n tan la crisis de te n e r u n n iñ o que re q u ie re cuid ad o s au n q u e d ifiera de la o p in ió n del personal. O tro s p ad res son d efin i­
intensivos. Sea cual fu ere la razó n , estos p ro g en ito res fo rm u lan dos co m o a b ie rta m e n te c rític o s o “ busca p le ito s” . S egún dice el
p reg u n ta s q u e al p erso n al le p arec en in a p ro p ia d a s (p re g u n ta n , p o r p erso n al, esto s padres h acen la m ism a p reg u n ta a d istin ta s p erso ­
ejem plo, “ ¿ c u á n d o nos llevarem os el n iñ o a casa?” o “ ¿cu án d o nas para so rp ren d erlas e n falta. Y hay o tro s q u e n u n c a parecen
será c irc u n c id a d o ? ” , en m o m e n to s en que la cria tu ra e stá p ró x im a satisfechos. En lugar de e sta r agradecidos, siem pre e n c u e n tra n
a m o rir). Se piensa q u e este tip o de p ad re no oye cu an d o se le cosas in c o rre ctas. El p erso n al es e x tre m a d a m e n te cau telo so en sus
habla de am en aza de m u e rte o de las com plicaciones a largo plazo co m u n icac io n es con los p e rtu rb a d o re s.
q u e p u ed en a fe c ta r al n iño. De a cu e rd o con e l p erso n al, los p ad res deb en ser e n te n d id o s
2. N o p u e d e n interesarse m e n o s en el niño. N o visitan ni lla­ en los té rm in o s de su pasaje a través de la ex p erien cia de te n e r u n
m an. C uando se p resen ta n en la u n id a d , se q u e d a n p oco tie m p o b eb é q u e n ece sita cuid ad o s intensivos. P arte del p erso n al, ab rev á n ­
y no to can al bebé, ni lo alzan, ni d em u estran in terés de ninguna dose en el m ateria l b ib lio g ráfico p ro fesio n al sobre la resp u esta
o tra m anera. E ste asp ecto de los n o ta n buen o s p adres es m otivo p a re n ta l a la m u e rte o la e n ferm e d a d , p iensa q u e los p ro g en ito res
de p re o c u p ació n e n tre el p erso n al, po rq u e' se considera q u e él es atraviesan e ta p a s específicas en su re sp u esta a la “ crisis” (C ulberg,
la fu e n te de p o te n c iale s “ faltas de d esarro llo v ig o ro so " y de “ casos 1972; K laus y K ennell, 1 9 7 6 ; K ubler-R oss, 1969). E se personal
d escu id ad o s” . h ab la de cinco etap as a través de las cuales se espera q u e pasen los
3. N o tie n e n capacidad para brindar u n b u en cuidado. Se p ie n ­ p ad res p ara e n fre n ta r el hech o de que su recién n acid o n o es n o r­
sa q u e carecen de las habilidades, a n tec e d e n te s, recu rso s o incluso m al. E stas etap as son la cólera; la negación, el reg ateo y la salida
u n a casa necesarios p ara cu id ar ad e c u a d a m e n te el n iño. A u n a p ráctica. La tip o lo g ía de los p ad res q u e p rese n ta m o s (b u en o s p a­
variedad de los n o tan b u en o s p ad res (los ad o lesc en tes) el perso n al dres, e tc é te ra ) d ebe ser e n te n d id a en su relación con el m odelo de
la tip ific a con la ex p resió n “ C reen q u e tie n e n u n a m u ñ e c a ” , aco m p a­ las etap as. A lgunas co n d u c ta s que hem os señalado com o p ropias
ñ ad a de o tra : “N o saben ni el abecé de lo q u e es el cu id ad o de u n de los padres b u en o s, no ta n b u e n o s o p e rtu rb a d o re s, son vistas
n iñ o ” . M uchas en ferm eras ex p resan u n a fru stra c ió n especial con c o m o típ ic a s de ciertas etapas. Se suele clasificar a los p ro g e n ito ­
padres q u e p re sen ta n estas cara cterísticas, pues se ven a sí m ism as res en las cate g o ría s de n o ta n b u e n o s o p e rtu rb a d o re s sólo cu an d o
p ro p o rc io n a n d o u n cu id ad o in ten siv o b eb é por b eb é d u ra n te largos las c o n d u c ta s o b jetab le s son excesivas con re sp e cto a lo que el
p e río d o s, sólo para en tre g a r al n iñ o a u n m edio en el que será o b je ­ p erso n al considera n o rm al, o c u a n d o los p adres se co m p o rtan de
to de cuidados in ad ecu ad o s. tal m o d o en m o m e n to s q u e el p erso n al ju zg a in a p ro p iad o s. Es
im p o rta n te señ alar que el p erso n al no aplica ríg id a o u n ifo rm e ­
E l p erso n al co n sid era d ifíc il hablar a los n o ta n b u e n o s padres. m e n te el m o d e lo de e ta p a s en la evaluación de los p ad res; m ás
A u n q u e ta l vez se realicen re p e tid o s esfu erzo s para “ alcan zarlo s” bien se tra ta de u n m o d o de ex p lica r y e n te n d e r co n d u ctas.
y algunos cam bian de sta tu s y se co n v ierten en b u en o s padres, E l p erso n a l tien e en c u e n ta con qué tip o de p adres h ab la cu ando
la frecu en c ia y la e x te n sió n de los co n ta c to s declin an d espués de c o m en ta el e sta d o de los n iñ o s. C om plica la cu estió n el hech o de
que esto s p ro g en ito res han te n id o la conversación inicial con el que u n p ro g e n ito r pued e ser b u e n o y el o tro no tan b u en o o p e rtu r­
personal. M uchos de los n o ta n buenos p ad res son p o b res, jó v e n es b a d o r. C ierto s m iem bros del p erso n al p u ed en te n e r asignada la
y c u ltu ra lm e n te d ifere n te s del personal. tarea exclusiva de la co m u n icac ió n co n p adres p articu lares.
La te rc era c a te g o ría de padres según el p erso n al es la de los p er­ C on algunas ex ce p cio n es (en esp ecial la de los b u en o s padres
tu rb a d o re s. E sto s son padres q u e p la n te a n p ro b lem as especiales que tie n e n c ria tu ra s en la u n id a d d u ra n te m eses) la evaluación
o fo rm u lan d em an d as q u e el p erso n al considera n o razonables. que re a liz a el p e rso n al acerca de los p adres, de la disposición de
A lgunos de los q u e caen en esta ca teg o ría son b u en o s padres en éstos re sp e c to de los niños y del grado en que e n tie n d e n lo que
c u an to e n tie n d e n , cuid an y son co m p ete n te s, p ero n o están satis­ se les dice, es co n frecu en cia in ex acta. La m a y o ría de las ev aluacio­
218 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION SEA HONESTO PERO NO CRUEL 219

nes de padres se basan e n u n co n o c im ie n to lim ita d o , derivado p rin ­ específicas y sobre asp ecto s esp ecífico s. L as en ferm eras saben que
cip alm e n te de observaciones breves, conversaciones c o rta s o in fo r­ sólo d eb e n referirse al estad o in m e d ia to de los p acien tes, siem pre
m ación general o sobre in c id e n te s esp ecífico s, pero en to d o s los y cu an d o n o se p ro d u z c a u n v u elco d rá stico p ara p eo r. Las e n fe r­
casos in d irecta . L o q u e se sabe es ep isó d ico , n o ilu m in a d o por el m eras y el asiste n te social p u e d e n e x am in ar en té rm in o s m ás am ­
c o n te x to de la ex p e rien c ia p e rin a ta l en la vida de los padres. plios el d ia g n ó stico y el p ro n ó stic o , p ero sólo p a ra aclarar lo q u e
Al perso n al le p re o c u p a com u n icarse con los padres. P ro cu ra los m éd ico s ya le dijero n a los padres. Les p re g u n ta n a los p ro g en i­
h ab lar reg u la rm e n te con ellos, y llam a d iariam en te p o r te lé fo n o to res qué es lo q u e saben, y a co n tin u ac ió n les re sp o n d e n d e n tro
a los p ro g e n ito re s de b eb és tra n sp o rta d o s en las prim eras e tap as de ese c o n te x to ; con frecu en c ia los derivan de n u ev o hacia un m é d i­
de la carrera del p a cien te . L as u n id ad es tie n e n u n a p o lític a de p u e r­ co para q u e los esclarezca. E n dos unidades, los m éd ico s tra ta n te s
tas ab ie rtas en c u a n to a las visitas de p ad res y abuelos. Ellos p u e d e n tien en la resp o n sab ilid ad de la co m u n icació n co n los padres cu an d o
c o n cu rrir en cu a lq u ie r m o m e n to , sin anunciarse. Se los alien ta a el n iñ o ingresa, y ta m b ié n de m a n te n e rlo s in fo rm a d o s sobre los
to c a r al b e b é y a llam ar a la u n id a d con la frecu en cia que q u ieran . cam bios significativos en el e sta d o del p eq u eñ o p a c ien te . En las
A pesar de esto , y con algunas ex cep cio n es, el personal, y especial­ o tra s dos, el p erso n al de la casa asignado a los n iñ o s d esem p eñ ab a
m e n te los m édicos, pasan rela tiv am en te p o co tie m p o con los p a­ ese ro l. P ara decidir lo q u e se d irá a los p adres, el p erso n al tra ta
dres. L a p rio rid ad es salvar y cu rar el c u e rp o del n iño. E n general, de evaluar lo q u e ya se les ha d ic h o . A u n q u e esto es así, ex iste el
el p erso n al sabe m uy p o c o sobre lo que los p ad res piensan y sobre c o n c e p to c o m p a rtid o de q u e a los p ad res se les debe p ro p o rc io n a r
su vida fu e ra del h o sp ita l. nueva in fo rm a c ió n y resp u estas a sus p reg u n ta s lo a n tes posible.
P o r lo ta n to , el p erso n al de la casa con frec u en c ia h ab la a los p a­
dres en lugar de los m édicos de la u n id a d . A cada m éd ico in te rn o
El personal se le asigna u n a cierta ca n tid ad de cria tu ras de la u n id a d , y él es
q uien está m ás d isp o n ib le cu an d o los p adres visitan el lugar, de m o ­
H em os d escrip to a los p ac ien te s y a sus p ro g en ito re s ta l com o d o que a veces h ab la con ellos. Las en ferm eras b rin d an ate n c ió n
los ve el p erso n al. A h o ra nos volvem os hacia el m o d o en q u e el p rim aria a los m ism os p ac ie n te s o cada d ía se les asignan p a c ie n ­
personal se ve a sí m ism o. E l p erso n al se divide en seis categ o rías tes al azar. E n cu a n to la en fe rm era e stá a cargo de un d e te rm in a d o
principales: m édicos tra ta n te s , m édicos de la casa, en ferm eras, b eb é d u ra n te el d ía , p o r lo general h a b la con los padres. A u n q u e
especialistas técn ico s, asiste n te s sociales, y encargados del m a n te ­ el asiste n te social p o d ría te n e r el o b jetiv o de co n o cer a los p ad res
n im ien to y la lim pieza. L os m édicos tra ta n te s son p o r lo general de cada n iñ o y aconsejarlos, la c a n tid ad de casos tien e u n efe c to
n eo n ató lo g o s de d ed icació n c o m p le ta q u e trab a ja n en las u n id a ­ p ro h ib itiv o . El asisten te social lim ita su ro l a in fo rm a r a los p adres
des, m ás cu alq u ier o tro m éd ico que tenga la resp o n sab ilid ad p rim a­ sobre la ay u d a e c o n ó m ica a la q u e p u ed en acced er p ara h acer fre n ­
ria re sp e c to de u n n iñ o in te rn a d o en la u n id ad . E n tre los m édicos te a los g asto s e x tra o rd in a rio s de te n e r u n n iñ o en a te n ció n in te n ­
de la casa se c u e n ta n los becarios y los p e d iatras in te rn o s y re sid e n ­ siva; ta m b ié n los deriva h a cia o tro s organism os y en u n o s p o co s
tes (P L 1, PL2 y PL 3) q u e ro ta n en las u n id a d es n eo n atales com o casos p ro p o rc io n a aseso ram ien to de tip o personal. El tra b a jo de
p a rte de su e n tre n a m ie n to especializado. E l p erso n al de en ferm e ­ a siste n tes sociales v aría en la m e d id a en q u e están c o m p ro m e tid o s
ría incluye en ferm eras y supervisoras; este p erso n al tra b a ja en tu r­ a ctiv am en te co n el p erso n al de o tra s unidades. A u n q u e es posible
n o s ro tativ o s. S o n especialistas técn ico s lo s físio te ra p eu ta s y los realizar algunas g eneralizaciones sobre q u ié n es el que habla con
te ra p e u ta s de in h a lació n ; las unidades, p o r o tra p arte , disponen los padres, el ritm o y los h o ra rio s de los que tra b a ja n e n la u n id ad
de u n asiste n te social de d ed icació n co m p le ta o lo co m p arte n con cam b ian con ta n ta frecu en c ia q u e tales generalizaciones tie n e n só ­
o tro d e p a rta m e n to . lo u n v alo r lim itad o .
S o la m e n te las enferm eras, el asiste n te social, los m édicos de H em o s ex am in ad o las p o sicio n es del p erso n al en la unidad.
la u n id a d y de la casa hablan o ficialm en te a los padres sobre el Las en fe rm e ras con fre c u e n c ia ap elan a los m éd ico s para q u e den
estad o de los niños. Las personas q u e o c u p a n los d ife re n te s p u esto s in fo rm a c ió n a los padres, y la capacidad del m édico para c o m u n i­
tie n e n , la resp o n sab ilid ad de h ab lar con los p ad res en situ acio n es carse ellos a fe c ta las relacio n es e n tre esto s ú ltim o s y aquéllas. De
METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION SEA HONESTO PERO NO CRUEL

num era in fo rm al, u n o de los m o d o s en que las en ferm eras clasifican S aber h ab lar a los p ad res se co n sid era un arte. T a l com o n u e stro
;i los m édicos se fu n d a en la cap acid ad para h ab lar con los padres. ex am en lo sugiere, se considera q u e u n a p a rte del p erso n al está m e­
I.os m édicos son “ b u en o s d o c to re s ” o “ m alos d o c to re s ” . (Ellas jo r d o ta d a que o tra p ara esa tarea. A lgunos, en especial los m é d i­
tam bién los clasifican según su h ab ilid ad técn ica, o según el m o d o cos de la casa, quizás se definan a sí m ism os co m o c o m u n icad o res
en q u e se relacio n an con las en ferm eras, p ero consideran q u e estos pob res y ap elen a o tro s cu a n d o n o rm a lm en te se supone q u e tie ­
tres asp ecto s con frecu en c ia e stán ín tim a m e n te relacio n ad o s.) n e n que h ab lar ellos. A u n q u e algunos m édicos tra ta n te s n o son
Los b u en o s d o c to re s son d irecto s con los padres. Según las e n fe rm e ­ co n sid erad o s ta n b u en o s co m o o tro s en el área de la co m u n ica­
ras, se aseguran de que los p adres e n tie n d a n lo q u e se les dice, ex p li­ ción, siem pre se esp era que ellos cu m plan con su d eb e r de hablar
can d o de d iferen tes fo rm a s y siem pre con u n lenguaje n o técn ico . a los padres.
Los b u en o s d o c to re s tie n en un c o n ta c to reg u lar (id ealm e n te dia­ T o d o el p erso n al e stá de acu erd o en q u e d eb ería ser m ás siste­
rio) con los p ad res, y les hab lan p o r te léfo n o a la casa de ser n ece­ m á tic o en la ap ro x im a ció n a los padres. A lgunas en ferm eras de u n i­
sario; lo que es m ás im p o rta n te , n u n c a los elu d en . Les p ro p o rc io ­ dades en las q u e la a te n c ió n p rim aria de cada p acien te es ro ta tiv a
nan in fo rm ac ió n sobre el progreso de sus niños y ta m b ién sobre abogan p o r un sistem a en el q u e cada cria tu ra sea asignada a la
asp ecto s negativos. F in a lm e n te , los buen o s d o c to re s cu e n ta n con m ism a e n fe rm e ra sem ana tra s sem ana, para hacer m ás co h ere n te
las en ferm eras para in fo rm a r a los padres. E sto se considera im p o r­ la co m u n icac ió n . O tras so stien en q u e u n a m a y o r co m u n icac ió n
ta n te p o rq u e asegura la co h ere n cia de la co m u n icac ió n y re d u c e e n tre m éd ico s y e n ferm eras, con re sp e cto a lo q u e va a decírsele
la posibilidad de q u e los p ro g en ito res “ju e g u e n ” a las en ferm eras a u n p ad re en cada caso p articu la r, m e jo ra ría la situ ació n . A u n q u e
c o n tra los m éd ico s tra ta n d o de o b te n e r in fo rm ació n adicional. to d o s co n c u e rd a n en que es necesario u n p e rfe c c io n a m ie n to , saben
En c o n tra ste , los m alos d o c to re s son m enos d irecto s, y con que o tro s a sp ecto s de su trab a jo son m ás ap rem ian tes. El tiem p o
frecu en cia no logran que los p ad res q u ed en en claro sobre el es­ es escaso, y la ta re a de m a n te n e r vivos a n u m e ro so s bebés y co n ­
ta d o de sus bebés. N o ded ican u n tie m p o ad icio n al a d ar ex plica­ v ertirlo s en “ co m e d o re s y cre c ed o re s” p re d o m in a e n sus largas-
ciones, y cu an d o to m a n c o n ta c to con la fam ilia es sólo para co m u ­ jo rn a d a s. A dem ás, el trab a jo que realizan con los p acien te s co m o
n icar m alas noticias. A dem ás, los m alos d o c to re s n o les hacen saber seres con un cu erp o es m ás visible q u e las conversaciones con los
lo q u e han d icho a las enferm eras. E stas observan a los m édicos padres. El tra b a jo m édico está so m etid o a u n a discusión regular
sobre la base de su sistem a clasificatorio in fo rm al, y lo q u e ellas y a u n a revisión cu idadosa en las reco rrid as y en re u n io n e s de c o n ­
por su p a rte h ab lan co n los p ro g en ito res ta m b ié n está d e te rm in a ­ su lta so b re casos. Las conversaciones con los p ad res con frecu en c ia
do p o r el h e ch o de q u e saben q u ién ha sido prev iam en te su in te r­ tie n e n lugar e n privado y, cu an d o alguien las escucha, no son so m e­
lo cu to r. tid as a c rític a s com o lo es el re sto del tra b a jo . Por o tra p a rte , el
p erso n al recib e resp u estas positivas de los “ b u en o s padres , de lo
cual ded u ce que tien e é x ito en la co m u n icac ió n . La co m u n icació n
Las perspectivas del personal sobre el hablar con los padres o b v ia m e n te p o b re con los “ no ta n b u en o s p ad res” y con los “ p e r­
tu rb a d o re s ” p u ed e atrib u irse a las cara c te rístic a s de esos p ro g en i­
En alguna m ed id a, lo q u e se les diga a los padres y el m o d o en tores.
que se fo rm u le está en fu n ció n de la p erso n a q u e se encarga de la A lg u n o s m iem b ro s del p erso n al se in terro g an sobre el m é rito
co m u n icació n . Los d ifere n tes m iem b ro s d el perso n al han desa­ de m a n te n e r vivas a criatu ras q u e pesan m u y p o co al nacer o p re ­
rro llad o diversos estilos. A lgunos dicen q u e han elab o rad o su e n fo ­ sentan u n d e te rio ro severo. E x p re san reservas con re sp e c to a proce-
q u e d u ra n te el e n tre n a m ie n to o desde q u e están en la u n id ad . Es
m u y p oco fre c u e n te que se h ay a estu d iad o q u é decir y cóm o acer­
médicos no tienen las habilidades necesarias para comunicarse con pacientes
carse a los padres; ésta no es u n a p arte fo rm al d el e n tre n a m ie n to .5 y padres, en especial cuando hay de por m edio requerim ientos particulares;
por ejem plo, cuando se trata de com unicar a un padre que su hijo ha m u erto .
5 La única preparación con que cuentan los'm édicos se refiere a la e n tre ­ (Véase Bergm an, 1974; David, 1975; E lliot, 1978; F ischoff y O ’Brien, 1976;
vista m édica. Ha habido una preocupación creciente por el hecho de que I q s Gilson, 1976, y M ayerson, 1976).
222 M ETO D O S C U A L IT A T IV O S D E IN V ESTIG A C IO N SEA H O N ESTO PE R O NO C R U E L 223

d im ien to s m éd ico s agresivos que salvan vidas, p e ro después de d ejar sin esperanzas. Es cru el ser dem asiado negativo; eí p a d re p o ­
los cuales los p ad res se llevan al h o g a r a u n n iñ o gravem ente m e n o s­ d ría to m a r d istan cia re sp e c to d el n iñ o y, si éste sobrevive, ta l vez
cabado y u n a fa c tu ra so b reco g ed o ra del h o sp ita l, o b ien u n b eb é la rela ció n e n tre am bos q u e d e irrev ersib lem en te d a ñ a d a .7 P o r o tra
que vive u n o s meses bajo a te n c ió n intensiva, sólo para m o rir des­ p a rte , el p erso n al co m p a rte la p ersp ectiv a de que es m alo so rp re n ­
pués de m o d o a p a re n te m e n te inevitable. A lgunos sien ten q u e a u n ­ der a los p ad res co n m alas n o ticias; es im p o rta n te p re a n u n c ia r
que los p ad res p a rtic ip e n en la to m a de decisiones, ésto s realm en te las posibles revelaciones y , si e x iste u n a p o sib ilid ad de m uerte,-
no p u e d e n darse cu en ta de las co m p licacio n es a largo plazo. N o d ebe h a b e r alguna ad v erten cia previa. El p e rso n al a veces suaviza
o b sta n te , esas reservas son dejadas de lado o c o n tra rre sta d a s p o r las m alas n o ticias añ a d ien d o q u e el te m p e ra m e n to o la disposi­
una perspectiva c o m p a rtid a según la cual “ nu n ca se p u ed e re a lm e n ­ ción del n iño p ro p o rc io n a n ra zo n e s p ara te n e r esperanza. A u n p ro ­
te sa b e r” q u é es lo q u e resu lta rá co n una c ria tu ra q u e se está tra ­ g e n ito r se le dijo que a u n q u e su n iño estab a m u y en ferm o , era
tan d o . Las en ferm eras tie n e n álbum es o co leccio n es de fo to g ra fía s u n “ p e le a d o r” . A o tro padre se le c o m e n tó que su hijo n o era de
de niños que se “g ra d u a ro n ” con é x ito . Los p ad res de los g ra d u a ­ los q u e se dab an p o r v encidos y q u e ta m b ié n el p erso n a l seguía
dos visitan las u n id a d es llevando a los n iñ o s consigo. U na u n id a d lu c h an d o . A p esar del grave e sta d o c lín ico de esto s niños, las fam i­
organiza una re u n ió n a n u al de ex p acien te s con sus padres. Los lias fu e ro n alen tad a s a no desesperar.
que vuelven están v isiblem ente agradecidos y sus n iñ o s son en su O tro asp ec to del “ S ea h o n e sto , p ero n o c ru e l” consiste en no
m ay o ría norm ales. Ellos c o n s titu y e n u n te stim o n io viviente del cargar a los p ad res con dem asiad o s p ro b lem as de los q u e ta l vez
valor del tra b a jo del personal. C on frecu en cia se o y e decir: “E sta h ay a que e n fre n ta r u lte rio rm e n te en la carrera del n iñ o , en no ser
niña p esaba m en o s de m il gram os, y m íre n la a h o ra ” .6 dem asiado pesim ista en el p ro n ó s tic o a largo plazo. A lgunos u ti­
“N unca se p u ed e re a lm en te sa b e r” es u n te m a im p o rta n te lizan la té cn ica de p re se n ta r co m o m ás n o rm al el estad o del p e ­
para co m p re n d e r lo que se les dice a los padres. El p erso n al refiere q u e ñ o p acien te, c o m e n ta n d o q u e “ He v isto o tro s niños q u e e sta ­
casos de n iñ o s co n sid era d o s no viables, que fu e ro n ap a rta d o s en b a n p e o r y ah o ra está n p e rfe c to s ” . E n algunas o casiones c ierto s
espera de la m u e rte , y sobrevivieron; o tro s niños, con hem orragias m iem b ro s del p erso n al citan e sta d ístic a s de p ro n ó stic o s, p ero de
cerebrales, llegaron a d esarro llar una inteligencia norm al. A u n q u e las e sta d ístic a s se piensa en general q u e son p o co precisas y tie n d e n
el p erso n al ab re ju ic io , e stim a n d o q u ién es vivirán y q uiénes n o , a c o n fu n d ir, pu es los padres tie n d e n a in te rp re ta r m al su p o te n c ia l
y los m iem b ro s h ab lan e n tre sí de bebés que “ n u n ca se irán a la p re d ic tiv o re sp e cto de los niños.
casa” , esas a c titu d e s son in v ariab lem en te a tem p erad a s con el c o m e n ­ O tra p rá ctic a rela cio n ad a con la perspectiva “ Sea h o n e sto , p e­
tario de que “ nu n ca se p u e d e rea lm e n te sa b e r” . En las conv ersacio ­ ro no c ru e l” , co n siste en el em p leo de eu fem ism o s y m o d o s de d e­
nes con los padres, a m en o s que exista una m u y clara evidencia de cir in d ire c to s al considerar el esta d o del p acien te. A veces se u ti­
am enaza de m u e rte o un d iag n ó stico seguro de m en o scab o , el “ n u n ­ lizan ex p resio n es ta le s co m o “ T ien en un b ebé m u y .e n fe rm o ” , “ Su
ca se p u e d e re a lm e n te sa b e r” p re d o m in a en el to n o de la c o m u n i­ b eb é es m u y in m a d u ro ” o “ T iene m uchas d ificu lta d e s” , en lugar
cación. de “ C reem os que el b eb é va a m o rir” . “ D esarro llo d e m o ra d o ”
El hech o de q u e el “ nun ca se p u ed e re alm en te sa b e r” prevalez­ y “ d iscap acid ad p ara el a p re n d iz a je ” reem p lazan en o tro s casos
ca en la c o m u n icac ió n con los padres, y n o u n a evaluación m ás
fran ca, tie n e que ver con o tro m o d o de ver que el perso n al c o m p ar­
le: “ Sea h o n e sto , p ero n o c ru e l” . A u n q u e el grado de o p tim ism o 7 Esta posición es sem ejante a la de Friedm an (1 9 6 3 , 1974), quien sostie­
ne que hay que prevenir a los progenitores en cuanto a que el niño m orirá,
ile las conversaciones con los p ad res es variable (C lym an y o tro s ,
para que puedan pasar por una fase de aflicción anticipatoria. Los padres que
1^79), ex iste u n consenso general en c u a n to a que n o se los debe
han ex perim entado esa fase están m ejor preparados para en fren tar la m uerte
del niñ o . A m bas posiciones colocan al personal en una disyuntiva; debe selec­
6Esta posición es análoga a la que defienden Klaus y K ennell (1 9 7 6 ), cionar cuidadosam ente la inform ación y la actitu d optim ista o pesim ista. Esto
tjuicnes observan que si el niño vive y el m édico fue pesim ista, a veces les resul­ se aplica n o sólo a la inform ación concerniente a la m uerte, sino tam bién a la
ta difícil a los padres vincularse ín tim am ente a él después de “ haber echado que se refiere a posibles discapacidades, como por ejem plo el daño cerebral
C ifrad am en te unas cuántas paladas de tie rra ” (ibíd., pág. 153). o el retardo m ental.
SEA H O N ESTO PE R O NO C R U E L 2 25
M ETOD OS C U A L IT A T IV O S D E IN V E ST IG A C IO N

¡i “ re ta rd o m e n ta l” . E] em p leo de eu fem ism o s es co h eren te ta n to d en tes y experiencias. E n su gran m a y o ría son p o b res y jóv en es,
con el “ N o sea cru e l” co m o con el “N u n ca se pued e re alm en te p ero la clase m edia y los ricos ta m b ié n están rep rese n tad o s. A lgu­
s;ilx’,r". n as m ad res n o han te n id o n in g u n a a te n c ió n p re n ata l, y n o p en saro n
en el n a c im ie n to p e n d ie n te h asta el m o m e n to en q u e se p ro d u jo .
Para o tro s, el bebé c o n stitu y e la realizació n de u n sueño. A lgunos
Loa progenitores n o fu e ro n prev en id o s en c u a n to a q u e el p a rto p o d ría n o ser n o r­
m al, y q u e el b eb é p o d ría co rre r u n alto riesgo de m o rir o de p a d e ­
El espacio de q u e d isp o n em o s n p n o s p e rm ite ex am in ar aca b a­ cer u n d esarro llo an ó m alo . O tro s han estad o en tra ta m ie n to con
d am en te el te m a de los p ro g en ito res. Ellos n o co n o ce n las tip o lo ­ especialistas p o rq u e se sab ía q u e el em b arazo era “ de a lto riesgo \
gías que el p erso n al aplica a los p acien tes, a los padres y al p ro p io A lgunos p ad res tien en e n tre n a m ie n to m é d ic o ; o tro s no saben ni
personal. T a m p o c o e n tie n d e n las reglas y p erspectivas q u e tien e el p ara q u é sirve el corazón. E n algunos casos se tr a ta de u n p rim er
personal para h a b la r con los padres. Para el p erso n al, las u n id a d e s h ijo ; en o tro s, de u n a c ria tu ra m ás e n tre varias. A lgunas m adres
y las in teraccio n es con los p ad res son p arte de la ru tin a co tid ian a . están casadas, y o tra s n o tie n e n pareja con la q u e p u e d an co m ­
Para los pro fesio n ales, la u n id a d es u n lugar d o n d e realizan p rá c ti­ p artir los ac o n te c im ie n to s. A lgunos h an p erd id o re c ie n te m e n te el
ca m édica; para los padres, es u n lugar donde, está SU H IJO . e m p le o ; o tro s ac a b an de iniciar nuevos negocios. Para algunos,
Para la m a y o r p a rte de los p adres, la u n id a d n e o n a ta l es al h ay q u e p ed ir o rie n ta c ió n a los abuelos del b e b é ; p ara o tro s, a sa­
p rincipio un m u n d o d esco n o cid o : “ n e o n a to lo g ia ” e incluso “ a te n ­ ce rd o te s, o a especialistas; h a y q u ie n e s rep o san p o r c o m p leto en el
ción intensiva de n iñ o s” son ex p resio n es q u e n u n c a h an o íd o a n tes p e rso n a l de la u n id ad . Solo co n o cien d o los detalles de los m ú lti­
del n acim ie n to d el b e b é .8 D e m o d o análogo, algunos de los e stad o s ples m u n d o s de los p ad res a n te s y d u ra n te la ex p e rien c ia n e o n a ta l,
p o r los q u e p u e d e n pasar las c riatu ras está n p o r c o m p le to fue- p o d em o s e m p e z ar a e n te n d e r el m o d o en q u e e x p e rim e n ta n la
r;i de su cam p o de ex p erien cia. Más au n , m u c h o s n o co n o c e n la u n id a d y lo q u e ellos o y e n cu a n d o el p erso n al les habla.
d iferen cia e n tre u n m éd ico in te rn o y u n n e o n ató lo g o . Los p ro g e­ A u n q u e lo q u e los p ad res o y e n y co m p re n d e n e stá re lacio n ad o
n ito res p rocesan la in fo rm a c ió n q u e recib en del p erso n al a través con su m u n d o , esa co m p ren sió n es m o d ifica d a p o r los a c o n te c i­
de los té rm in o s en q u e ellos e n tie n d e n al m u n d o . C on frecu en c ia, m ie n to s del n a c im ie n to y sus ex p erien cia s en la u n id a d y en to rn o
lo q u e el p e rso n al cree q u e e stá co m u n ic an d o n o es lo q u e los pa­ de ella. D espués del p a rto , las m a d re s están físic am en te e x h a u s­
dres o y e n . P o r ejem p lo , en u n escenario en el q u e la m u e rte es u n tas, cu a n d o n o in co n scien te s. M uchas no en tie n d en ad o n d e se h an
hecho reg u lar, “ T ienen u n b eb é m u y e n fe rm o ” pu ed e significar llevado a sus hijos. Los padres, p o r o tra p a rte (si están p resen tes),
“ El b eb é va a m o rir” , p ero en el c o n te x to de la vida de los p ad res se sie n te n divididos p o r los im pulsos in c o m p a tib le s de quedarse
quizás signifique q u e la cria tu ra va a p e rm a n ecer en el h o sp ital u n o s a c o m p a ñ a n d o a su pareja o seguir al recién n acid o . M uchas de las
días adicionales. G ran p a rte de la actividad inicial de los p adres m ad res e stá n in te rn a d a s en salas de m a te rn id a d d o n d e o tra s m u je­
en la u n id a d , lo m ism o q u e su estad o m e n tal, a p u n ta n a tra ta r de res tie n e n a sus n iñ o s ju n t o a sí; ésta a c e n tú a la pena p o r n o p o d er
e n te n d e r lo q u e ha sucedido y lo q u e significa. El hech o de que h acer lo m ism o. L a p rim era visita a la u n id a d p u ed e ser trau m ática.
110 c u e n te n con un c o n ju n to de c o n o cim ie n to s a los q u e p u ed an La visión de los b eb és con su ap a ra ta je m édico, la can tid a d de p er­
recu rrir, co n fre cu e n c ia los deja perp lejo s y los priva de cu alq u ier sonas p re se n te s y la in te n sid a d de la activ id ad p u e d en re su lta r a b ru ­
re p e rto rio de co n d u c ta s co h eren tes. m adoras. A lg u n o s p adres d e p o sita n to d a su co n fian za en los m é­
L os p ro g en ito res tie n e n d e trá s de s í u n a v ariedad de an tece- dicos, sea cu al fu ere su c ateg o ría, y no h acen m u c h as preguntas.
D ejan a los p ro fesio n ales a cargo de los detalles. O tro s qu ieren
co n o ce r esto s d etalles del esta d o del n iñ o , c o n su lta n a varias p er­
®Hay ocasionales “repetidores” , que es la palabra que el personal aplica
sonas, co n tro la n activ am en te a los m éd ico s, escuchan con a te n ­
;i los padres que han tenido más de un recién nacido internado en la unidad.
ción e in te rp re ta n lo q u e se les dice. P uede ser engañoso generali­
Una joven de 19 años tuvo internados en la unidad a sus cinco hijos. El térm i­
no se emplea a veces con sentido peyorativo,- por cuanto en algunos casos se zar ace rca de las e ta p as q u e los p ad res atra v esa ría n m ien tra s a d q u ie ­
considera una indicación de que se es un no tan buen padre. ren c o n o c im ie n to s sobre la u n id ad y so b re su n iñ o . Q ue la criatu ra
226 M ETODO S C U A L IT A T IV O S D E IN V ESTIG A C IO N
SEA H O N ESTO PE R O N O C R U E L 227

haya sido in te rn a d a en la u n id a d ta l vez n o sea algo ta n tra u m á ti­


co com o o tro s hechos q u e q u izá deb an en carar m ás ad e lan te : p o r ción e n tre p e rso n a l y p ro g en ito res. Lo q u e los m éd ico s y o tro s
ejem p lo , la am en aza de m u e rte o de discapacidad física o m e n ta l m iem bros del p erso n al del h o sp ita l creían q u e les d ecían a los pa­
p erm a n e n te. dres fre c u e n te m e n te n o era lo q u e los padres o ía n . N u e stra in v esti­
L os p ro g en ito res b u scan in fo rm ac ió n y la recib en de u n a varie­ gación fu e o rie n ta d a p o r los siguientes in te rro g a n te s: ¿Q uién h ab la
dad de fu e n te s, adem ás de las palabras del personal. V an c o n o c ie n ­ a los p ad res? ¿Q ué les dice? ¿Q ué es lo q u e los p a d re s o y e n ? N ues­
do la d istrib u ció n del espacio en las u n id a d es y lo q u e significa en tra p re sen ta c ió n revela q u e n o h a y re sp u estas sim ples. Sólo m e d ia n ­
té rm in o s de estad o c lín ic o el traslad o del nifío de u n lugar a o tro . te u n a d escrip ció n de los asp ecto s salien tes de un escen ario p o d e ­
P restan a te n c ió n a los gestos del p erso n a l y a su to n o de voz, p ro c u ­ mos co m en zar a cap ta r el significado, el pro ceso , la e s tru c tu ra y
ran d o reco g er in fo rm a ció n n o verbalizada. C o m p a ran a su n iñ o con la in trin c a d a co m u n icac ió n en un a m b ie n te ta n co m p lejo . H em os
o tro s q u e han co n o cid o o q u e ta m b ié n están in tern a d o s. H ablan d e scrito los ru d im e n to s de u n sistem a de co m u n icac ió n m u y ela­
con am igos y p a rie n tes y to m a n n o ta de las o b servaciones casuales, b o rad o , q u e opera en varios niveles y con m u c h as perspectivas.
q u e o y en en la u n id a d . A dem ás, se m a n tie n e n a te n to s a lo que Las frases “ Sea h o n e s to ” y “ D ígalo to d o ” , p o r eje m p lo , ad q u ieren
ap arece en los m ed io s de co m u n icac ió n social en busca de indicios d istin to s significados según q u ié n hable con q u ié n , so b re q u ié n ,
q u e les p e rm itan co m p re n d e r lo q u e le pasa al n iño. A u n q u e la en q u é co n d icio n es, y ta m b ié n en fu n c ió n de la in fo rm ació n q u e
m a y o ría de los p acien te s n o llegan a p erm a n ecer u n mes en la u n i­ d ebe tran sm itirse.
d ad, algunos q u e d a n in te rn a d o s en ella h a sta d u ra n te u n año. Los Las u n id a d es n eo n a ta le s c o n stitu y e n u n m a rc o m ás co m plejo
p ro g en ito res de niños de estad a p ro lo n g ad a a d q u ieren u n co n o ci­ y an im a d o q u e la m a y o ría de los escen ario s en los cuales los p r o ­
m ie n to d etalla d o del escen ario , leen las fichas de los n iñ o s y llegan fesionales h ab lan a los clientes. T am b ién es m u y singular el tip o
a c o n o cer b ien al personal. A u n q u e al p rin cip io estos p ad res p ie n ­ de n o tic ia s q u e se co m u n ican , p ero p o d em o s derivar u n a c o m p re n ­
san q u e sus hijos se p o n d rá n bien p ro n to , después m o d ifican sus sión q u e trascien d e el fo c o su stan cial de n u e s tra descrip ció n . En
e x p ec tativ as y buscan p e q u e ñ o s signos de cam bio. En algunos pa­ u n e stu d io rea liz ad o p o r u n o de n o s o tro s (B ogdan y B arnes, 1979)
dres, p a rtic u la rm e n te los de p acien tes de in te rn a c ió n p ro lo n g ad a , so b re los program as para alu m n o s d iscap acitad o s de las escuelas
la ex p erien cia de la u n id a d m o d ifica seriam en te las relaciones e n tre p rim arias y secu n d arias, e x p licitam o s las com plejas tip o lo g ía s q u e
los m iem b ro s de la pareja y de ellos con los am igos y con la fam i­ el p erso n al de las escuelas fo rm u la p ara los e s tu d ia n te s (m ás allá
lia: m o d ifica su vida. Para algunos, se tra ta del inicio de u n a vida de c a te g o ría s trad icio n a les tales c o m o “e m o c io n a lm e n te p e rtu r­
com o p ádres de u n n iñ o d iscap acitad o . E n la m a y o ría de los ca­ b a d o ” , “ re ta rd a d o m e n ta l” , “ cieg o ” , e tc é te ra ).9 T am b ién los d o ­
sos, los p ro g e n ito re s d ejan la u n id a d sab ien d o q u e su existencia cen tes, de u n a m a n era análoga a la d escrip ta en este a rtíc u lo , eva­
ha cam b iad o , p ero ig n o ran d o la c o n d ic ió n de su n iñ o y por lo ge­ lú an y tip ific an a los padres, y sobre esa base deciden q u é decirles,
n era l sin te n e r m u c h a co n cien cia de lo q u e p u ed e n esp erar del cóm o d ecirlo , y si p ed irá n o n o su p a rticip ació n en los program as
fu tu ro , ed u ca c io n a les p a ra los n iñ o s. Las escuelas, com o los h o sp itales,
d esarro llan co n v en cio n es con re sp e c to a q u ién habla y q u é dice,
y esto in flu y e so b re lo q u e los p ad res oyen . P ara los p adres q u e
CON CLU SIO N
p ro c u ra n in fo rm a c ió n , los e n c u e n tro s con p ro fesio n ales, ta n to en
C u an d o p o r p rim era vez les p re g u n ta m o s a los m édicos q u é les las escuelas c o m o en los h o sp itales, son episó d ico s y, cu an d o se
d e c ía n a los p adres so b re el estad o de sus niños, n o s c o n te sta ro n : p ro d u c e n , los p ad res ig n o ran p o r lo general el c o n te x to a p a rtir
S om os co m p le ta m e n te h o n e s to s ” . D el m ism o m o d o , d u ra n te n u e s­ del cual a c tú a n sus in te rlo c u to re s. E l m o d o en q u e hem os en ca ra­
tras p rim eras visitas, cu an d o le fo rm u lam o s esa p re g u n ta a las e n fe r­ d o el e stu d io de la co m u n icac ió n e n tre p ro fesio n ales y padres tie ­
m eras, ellas d ijero n : ‘ T o d o ” . E n tre q u ien es tra b a jan en u n id ad es ne ap licac io n es am plias y exige q u e nos c o n c e n tre m o s en ver la
n eo n atales, estas ex p resio n es tie n e n u n significado especial y circuns­
crip to . A dem ás, en n u estras e n trev istas con p adres y a través de
la observación com en zam o s a p ercib ir el o tro lado de la co m u n ica­ 9 Para esta investigación se recibieron fondos del subsidio N o. 3.532.413
del In stitu to N acional de E ducación.
228 M ETO D O S C U A L IT A T IV O S D E IN V E ST IG A C IO N
SEA H O N ESTO PER O NO C R U E L 229

co m u n icació n desde el p u n to de vista de los p a rtic ip a n te s y q u e com ­


a las crisis en la u n id a d en cu a n to se p ro d u c ía n : cu an d o u n n iñ o
p ren d am o s el c o n te x to del escen ario en q u e aq uella co m unicación
n ec e sita b a a te n c ió n , to d o lo dem ás p asaba a u n p la n o secu n d ario .
se p ro d u c e. La o b te n c ió n de ta l in fo rm ació n en u n a v ariedad de
A dem ás, su h o ra rio era irregular en co m p aració n con la jo rn a d a de
escenarios n o s llevará hacia u n a te o ría fu n d a m e n ta d a de la c o m u n i­
9 a 17 de p arte del p erso n al del p ro y e c to . H ab ía q u e e n carar la
cación e n tre p ro fe sio n a l y cliente.
lo g ística de las reu n io n e s y la conciliación de las d iferen cias e n tre
N u estra investigación fu e p a tro c in a d a p o r u n p ro y e c to de pres­
los estilo s de vida y las p rio rid ad e s del p erso n al del h o sp ita l, p o r
tació n de servicios su b sid iad o p o r el E sta d o , cuya fin alid ad era a y u ­
u n a p a rte , y los em p lead o s del p ro y e c to , p o r la o tra . P o d ría m o s
dar a los g rad u ad o s de las u n id a d es n eo n atales. ¿C uál es la u tilid ad
c o n tin u a r, pero b aste con d ecir q u e n u e stro s hallazgos te n ía n ap li­
de n u e stro s d esc u b rim ie n to s para ese esfu erzo ? Los in tereses bá­
cación a las activ id ad es de las p erso n as c o m p ro m e tid a s en la p rá c ­
sicos de n u e stra investigación n o s llevaron jnás allá de los confines
tica.
de n u e stro ro l en el p ro y e c to , ro l éste e stre c h a m e n te co n ce b id o ,
A m ed id a q u e av an záb am o s en n u e stro tra b a jo , p re sen ta m o s
pero p u d im o s señalar p ro b lem as y p rev en ir a los p a rtic ip a n te s so b re
b o sq u ejo s de los co n te n id o s de este a rtíc u lo al p erso n al del p ro y e c ­
d ificu ltad es p o ten ciales. P or u n a p a rte , el p ro y e c to se c o n e c ta b a
to y ta m b ién al p erso n al de la u n id a d en la q u e n o s co n ce n tram o s
con u n a u n id a d n e o n a ta l. Los n iñ o s y sus p ad res era n derivados a
para reco g er d ato s. A u n q u e esos b o sq u ejo s su scita ro n m u c h a discu­
los eq u ip o s de in te rv en c ió n p o r el p erso n al del hospital. La decla­
sió n , sabem os q u e la n a tu ra le z a de la co m u n icac ió n n o ha cam b ia­
ració n de p ro p ó sito s de la subvención estip u la b a q u e los servicios
do com o co n secu en cia de n u e stro tra b a jo . La p rio rid ad del p erso ­
d e b ía n p restarse a n iñ o s q u e se considerara q u e c o rría n “ u n alto
n al es salvar vidas; la co m u n icac ió n se co n sid era accesoria. La tip i­
riesg o ” de d esarro llar e stad o s d iscapacitantes. T al com o lo descu­
ficació n de p ro g e n ito re s y p ac ie n te s q u e su ste n ta el personal se
brió n u e stro e stu d io , el p erso n al del h o sp ita l no d e fin ía a las cria­
adecúa a la lógica de aq u ella p rio rid ad , y para m o d ificar las co m u ­
tu ra s de ese m o d o : su tip o lo g ía se basaba en el e sta d o p resen te de
nicaciones, si esto fu e ra deseable, h a b ría q u e hacer algo m ás q u e
los bebés, n o en previsiones del fu tu ro . El m o d o en q u e clasificaba
e d u c a r al p erso n al señ alán d o le el m o d o en q u e se c o m p o rta en el
a los p acien te s, así com o las persp ectiv as “N u n ca se pu ed e re a l­
p resen te.
m e n te sa b e r” y “ Sea h o n e sto , p ero n o cru e l” , d e b ían in c o rp o rarse
C o n clu im o s este a rtíc u lo con u n a a d v erten cia so b re la d e b i­
a los planes. A dem ás, al seleccio n ar a las fam ilias q u e p a rtic ip a b a n
lid ad de n u e s tra investigación. Es im p o rta n te señalarla p o rq u e
en el p ro y e c to d e b ía darse p rio rid ad a las de bajo s ta tu s so cio ec o ­
n u e s tro fo c o fu e un escenario an im ad o p o r d ram as h u m a n o s y
nó m ico . C om o señalam os en n u e stra discusión so b re las d efin icio ­
sa tu ra d o de d isy u n tiv as m orales y éticas. En estas u n id a d es se to m a n
nes de los p ad res q u e su ste n ta b a el p erso n al del h o sp ita l, los n o
decisiones so b re q u é p ac ie n te s d eb e n ser tra ta d o s o no tra ta d o s.
ta n buen o s p ad res te n d ía n a ser p o b res, jó v e n es y c u ltu ra lm en te
La co m u n ic ac ió n e n tre el p e rso n al y los padres in flu y e sobre tales
d ifere n tes d el personal, blanco y de clase m edia. Esos eran Jos p ad res
decisiones, p ero la p o lític a social y la cu ltu ra q u e crearon esa situ a­
con los cuales el p erso n al te n ía u n a co m u n icació n m en o s eficaz,
ción en la q u e se e n c u e n tra n los dos grupos, tam b ién deb en ser
y de los q u e se pen sab a q u e p ro v eía n hogares q u e p ro m o v ía n m í­
estu d iad as. L as u n id a d es n e o n ata le s son en p a rte la resp u e sta de
n im a m e n te el desarrollo de los niños. A dem ás, los p acien tes tra n s ­
los E sta d o s U n id o s a su em b arazo sa posición e n tre o tro s p aíses
p o rta d o s era n co n sid era d o s p o r el p erso n al co m o los q u e necesi­
en lo q u e re s p e c ta a las tasas de m o rtalid ad in fan til. H abrá q u e
taban el m a y o r seguim iento, deb id o a los recu rso s escasos de las
co m p re n d e r p o r q u é se o p tó p o r u n a solución tecnológica del p r o ­
áreas ru rales, p ero las disp o n ib ilid ad es del p ro y e c to , en los té rm i­
blem a, en lugar de su b ray arse la p revención. C om o n o p o d em o s
nos del subsidio, d e b ía n o rie n ta rse hacia la zo n a geográfica m ás
ig n o rar la so cied ad y la cu ltu ra q u e crearon esto s escenarios, ta m ­
p ró x im a al h o sp ita l. Lo q u e h a ría el p erso n al del p ro y e c to para
bién se ría m o s negligentes si n o señ aláram o s q u e lo q u e está o c u ­
su p erar las b arreras q u e o b stac u liz a b a n el cam ino hacia el servicio
rrie n d o a llí p u ed e te n e r e fe c to s p ro fu n d o s so b re el fu tu ro social.
de aquellos q u e, según la defin ició n del p ro p io personal, eran q u ie­
A l re d u c ir el peso y el tie m p o de gestación necesarios para q u e una
nes m ás lo n ec e sita b a n , se convirtió en u n p ro b lem a q u e h a b ría
c ria tu ra se co n sid ere viable, al cam biar las definiciones de lo q u e
q u e encarar.
es “ u n b e b é ” , som os testigos de a co n te c im ie n to s q u e p u e d en tra n s ­
S eñalam os o tra s d ificultades. El p erso n al del h o sp ital re s p o n d ía
fo rm a r las d efin icio n e s de la vida m ism a.
QUE COMAN PROGRAMAS 231

(lentes. N u e stro e x am en ha sido realizad o e n u n tip o de in stitu c ió n


to ta l q u e es rela tiv a m en te d esco n o c id a para el c ie n tífic o social:
las escuelas e sta d u ales para “ re ta rd a d o s m e n ta le s” .
E n los E sta d o s U nidos h ay e n tre 2 0 0 .0 0 0 y 2 5 0 ,0 0 0 p erso n as
in te rn ad as en esto s servicios g en era lm en te m u ltitu d in a rio s q u e f í ­
sica y a d m in istrativ a m e n te se asem ejan a los h o sp ita les p siq u iá tri­
cos estad u ales. (G e n e ralm e n te o p e ra n con u n a je ra rq u ía ríg id a y
en ellos prevalece el m o d e lo m é d ico .)
C apítulo 10
A u n q u e h s cond icio n es p ara el ingreso en las escuelas e s ta d u a ­
QUE COMAN PROGRAMAS* les v arían , en la m a y o ría de los E sta d o s los c a n d id a to s tie n e n u n
co cie n te in te le c tu a l de 75 o m e n o s; la c o n d u c ta “ in a d a p ta d a ”
LAS PERSPECTIVAS D E L PERSON AL Y LOS PROGRAMAS
co m b in ad a con las co n tin g en cias sociales de la p o b reza , las crisis
EN LAS SALAS DE LAS ESCUELAS ESTADUALES
fam iliares y la falta de o tro s servicios c o m u n ita rio s c o m p le ta la
fó rm u la. La ex p re sió n “ escu ela e s ta d u a l” es, en las in stitu cio n e s
q u e hem os e stu d ia d o , u n eu fem ism o p ara designar el m ás estéril
tip o de c u sto d ia o frecid o en n u e stra sociedad a cu alq u ier categ o ­
ría de “ c lie n te ” . Las cam isas de fu erza, las celdas de aislam ien to ,
las golpizas, la d esn u d ez, la gregarización, la desate n ció n m édica
(p o r eje m p lo , en los casos de piel q u e m a d a p o r el c o n ta c to con
o rin a), la m ed icac ió n m asiva, las co n d icio n es de in salu b rid ad (p o r
ejem p lo , se b eb e agua de los ex c u sa d o s), cara cterizan las d e n o m i­
Q u ien es in te n ta n in tro d u c ir p ro g ram as te ra p é u tico s en las “ ins­
n ad as “ salas tra se ra s” de esto s servicios; sin em b arg o , fo rm a s m ás
titu c io n e s to ta le s ” (G o ffm a n , 1961) pocas veces tie n e n en cu en ta
sutiles de d esh u m an izació n a fec tan a la m e jo r de las salas. Es cró ­
los, e fe c to s c o n sta n te s del escenario de la sala (S cheff, 1961). Es
nico el h ec h o de q u e sobrelleven u n a carencia de p erso n al y o tro s
decir q u e se ela b o ra n e in stru m e n ta n nuevos program as sin que
im p e d im e n to s q u e les im p id en p re sta r u n a a te n ció n siquiera d e ­
m edie u n a c o m p ren sió n su ficien te del c o n te x to en el q u e e stán
cente.
siendo in tro d u c id o s. M uchos de los in te resa d o s en el cam bio, p o r
ejem p lo , suscriben u n sistem a de d efin icio n e s y creencias q u e su p o ­ E l e stu d io sobre el q u e se in fo rm a a q u í se basa en d a to s re c o ­
n e n c o m p a rtid o p o r aquellas personas del escen ario a las q u e p re­ gidos a través de la observ ació n intensiva en tre s salas d ifere n tes
de tres in stitu c io n e s d istin ta s, y en o tro s d ato s de a p o y o o b te n id o s
te n d e n cam biar. E stas últim a s, sin em b arg o , p u ed en ac tu a r con
m e d ia n te tra b a jo de cam p o m ás c irc u n stan cial en o tra s salas de
perspectivas to ta lm e n te d ifere n tes. El re su lta d o es u n a co n ex ió n
p o b re e n tre el ag en te de cam b io y el escen ario , fa c to r éste que las escuelas ya m e n c io n a d a s y tam b ién en o tra s o c h o in stitu cio n e s.
in e v ita b le m e n te lim ita la eficacia p o te n c ia l d el cam bio. T o d as estas in stitu c io n e s se e n c u e n tra n en E sta d o s del n o rd e ste de
E l p ro p ó sito p rim o rd ia l de este a rtíc u lo consiste en p re se n ­ los E stad o s U nidos. E l tra b a jo de cam p o p rim ario fu e realizad o
p o r tre s de los a u to re s. La reco lecció n de d ato s de a p o y o fu e lle­
ta r asp ecto s esp ecífico s de las persp ectiv as q u e el p erso n al de a te n ­
vada a cabo p o r o tro s, d u ra n te u n p e río d o de tre s años. L os a u to re s
ción su ste n ta con re sp e cto a sus supervisores, sus em pleos y los
qu e realizaro n el tra b a jo de cam p o pasaro n u n m ín im o de u n a ñ o ,
in te rn a d o s, y en m o stra r el m o d o en q u e ese p erso n al se rela cio n a
e fe c tu a n d o o b servaciones p o r lo m e n o s sem anales, cada u n o en
con la in s tru m e n ta c ió n de program as “ in n o v a d o re s” d iseñados p o r
una de las tres salas. U no vivió e n la in s titu c ió n d u ra n te cinco m eses,
supervisores y p ro fesio n ales para satisfacer necesidades de los resi-
ad em ás de llevar a cabo o b servaciones an tes y después .de ese p e río ­
do. Los o b serv ad o res, con el e stilo de la observación p a rtic ip a n te
♦R obert Bogdan, Steven T aylor, Bernard deG randpre y Sandra Haynes. (B o g d an , 1 9 7 2 ), pasaro n p e río d o s p ro lo n g a d o s con el perso n al
Este artícu lo apareció originalm ente en el Journal fo r Health and Social Beha-
en los escen ario s n a tu ra les, in te ra c tu a n d o con él m ie n tra s se d ed i­
viour, No. 15 (ju n io ), págs. 14 2 -1 5 1 ,1 9 ^4 ,
232 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION
QUE COMAN PROGRAMAS 2 33

caba a sus activ id ad es no rm ales. Se p re se n ta ro n co m o e stu d ia n te s


sim ilar acerca de las re u n io n e s en las cuales se to m a n decisiones
u n iv ersitario s in tere sa d o s en el re ta rd o m e n ta l y lo g raro n desa­
sobre la u b ic ac ió n de los resid e n te s, y de las cuales está ex clu id o
rro lla r u n ra p p o rt cara cte riz a d o p o r la co nfianza y la fran q u e z a ,
el persona] de ate n c ió n .
lal com o lo sugieren las citas incluidas en el a rtíc u lo . Los o b se r­
vadores re u n ie ro n m iles de páginas de n o ta s de cam p o , de las cu a­
N osotras som os las qu e pasam os la m ay o r parte del tiem p o con los niños.
les se e x tra je ro n las citas in c o rp o ra d a s a este te x to para ilu strar Sabem os lo que saben hacer y lo qu e n o saben hacer. En la últim a reunión
n u e stra s afirm acio n es. participó un m aestro qu e difícilm ente haya ten id o alguna relación con cu al­
Las tre s in stitu c io n e s en las cuales se co n c e n tró este estu d io quiera de los chicos. Alguien de T .O . (Terapia O cupacional),,. tienen poco
están u b ic ad as en el lím ite de u n a ciudad de ta m a ñ o m ed ian o y en que ver con los chicos. Y después la d o cto ra E rth ard m an ,1 qu e ni siquiera los
co m u n id a d es rurales. U na in s titu c ió n alberga a 4 0 0 in te rn a d o s, conoce. A lo m ejor decide adm inistrarle a u n chico un test de cociente in telec­
o tra a 2 5 0 0 y la te rc era a 3 0 0 0 . Las salas estu d ia d as fu e ro n una tual para ver en qué cambió desde el test anterior. Yo estoy en condiciones
sala para niños, u n a p ara m ujeres a d o lesc en tes de capacidad rela­ de decirle qu é puede y qué n o puede hacer.
tiv am en te alta, y o tra d estin ad a a “ varones a d u lto s jó v en es, agresi­
vos, con re ta rd o m e n ta l severo y p ro fu n d o ” (la edad iba de los T al com o e s ta cita co m ien za a sugerirlo, la id e a de q u e el p e r­
14 a los 44 añ o s); a esta ú ltim a sala n o s referire m o s al h ab lar de so n al de a te n c ió n es “ el q u e m ás sa b e” se basa ta m b ié n en el es­
la sala trasera . E stas salas, co m o se pu ed e im aginar p o r los té rm i­ cep ticism o re sp e c to de los p ro fesio n ales y de los p ro c e d im ie n to s
nos de esta breve in tro d u c c ió n , v aría n en c u a n to al tip o de re sid e n ­ y e n fo q u e s q u e u tilizan . Los m iem b ro s del p erso n al de a te n c ió n ,
tes y a la, n a tu ra lez a del a m b ie n te y de los servicios p restad o s en m uchos de los cuales n o han c o m p le ta d o el nivel de e stu d io s secun­
ellas. N o so tro s in te n ta m o s e x tra e r de n u e stro s d a to s los asp ecto s dario , creen en la o b servación d ire c ta y en la ap licació n del “ sen ti­
com unes de las p erspectivas del p erso n al d ire c ta m e n te rela cio n ad o s do c o m ú n ” , y tie n d e n a m irar con suspicacia los p u n ta je s de los
con la c o m p re n sió n de la in stru m e n ta c ió n de los program as. A u n ­ te sts, las ex p lica c io n e s y v o c a b u lario s eso térico s y el e n fo q u e g en e­
que n o p re te n d e m o s q u e el m a teria l re p re se n te los p u n to s de vista ral q u e em p le a n algunos p ro fesio n ales en el tra ta m ie n to de los
de to d o s los m iem b ro s del personal, co n sid eram o s q u e ca ra c teri­ “ p ac ien te s” (d en o m in a c ió n q u e con fre c u e n c ia se aplica a los resi­
za a los m o d o s de v er prev alecien tes e n tre ellos. d en tes). Por ejem p lo , el p erso n al de a te n c ió n de la sala trasera,
ta n to co m o e l de la sala de ad o lesc en tes, tiene u n a o p in ió n m u y
d u b ita tiv a so b re los consejos de los p ro fesio n ales de la in s titu c ió n .
“ ELLOS NO SABEN REALMENTE COMO E S ” :
PERSPECTIVAS RESPECTO DE LOS SUPERIORES D éjem e que le diga que estos psiquiatras están to d o s locos... No saben
lo que hacen. Dicen que hay qu e sentarse y hablar con ellos cuando em piezan
El p erso n al co m p arte la o p in ió n de q u e sus superiores, sean los (a pelearse). C risto, si yo trata ra de hacer eso me reventarían los sesos a p u n ­
a d m in istrad o re s, los profesio n ales tra ta n te s o los supervisores, n o tapiés.
e n tie n d e n las necesidades de los resid en tes n i la n atu ra leza de la
vida y el tra b a jo en las salas. C reen q u e su p ro p ia p ro x im id ad a los En las tre s salas el p erso n al c u e stio n a la validez de los p u n tajes
in te rn a d o s y el tie m p o q u e pasan en las salas les p ro p o rc io n a n u n de co c ien te in te le c tu a l.
co n o c im ie n to so b re ese asp ecto de la vida in stitu c io n a l q u e es in a c ­
cesible para o tro s. U n em p lead o de la sala trasera lo dijo con las Eso (el p u n taje) no puede estar b ien. No es tan estúpido.
siguientes palabras:
Sé que nos dijeron que es retardada, pero después de trabajar con ella una
semana sé que n o lo es, por más qu e digan.
Se limitan a sentarse en sus oficinas y a decimos qué es lo que tenemos
que hacer, pero no están aquí. No saben lo que sabemos nosotros.

U na em p le a d a de la sala p ara niños e x p resó un p u n to de vista


1Todos los nom bres propios son seudónim os.
QUE COMAN PROGRAMAS 235
METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION

Siem pre están afuera, en una reunión o conferencia. Uno diría que n o so ­
Es ta m b ié n claro q u e el p erso n al d u d a de la co m p eten c ia de los
tro s tam bién p odríam os ten er un a conferencia o algo.
p rofesio n ales p artic u la re s q u e tra b a ja n en las in stitu cio n e s. El p e r­ El d o cto r Lee no vino en to d o el día. ¡M uchacho! Sería lindo en trar
sonal co n o ce y d iscu te el h ec h o de q u e el tra b a jo p ro fesio n al en la y salir así.
in stitu c ió n tie n e un valor bajo desde el p u n to de vista del sta tu s
que co n fiere, y sabe ta m b ié n que ex isten d ificu ltad es para re c lu ­ El escep ticism o y la h o stilid ad de este p e rso n a l se e x tie n d e a
tar p ro fesio n ales e n tre n a d o s y c o m p ete n tes. L a g ran m a y o ría de los alto s fu n c io n a rio s del E sta d o y a los legisladores q u e son en
los m éd ico s de las in stitu c io n e s no llen an los re q u e rim ie n to s de ú ltim a in sta n c ia resp o n sab les de las in stitu c io n es. L os legisladores,_
la c ertific ació n e stad u a l, y m ás de la m itad h an n a cid o y se h a n en ­ según el p erso n al, “ n o nos q u ie re n d ar lo q u e n e c e sita m o s” , y los
tre n a d o en el e x tra n je ro , cosa q u e en sí m ism a crea b arreras en la fu n cio n a rio s del E stad o “ n o d an u n a m ie rd a ” . Se señalan la ca re n ­
c o m u n icació n . E n la m e n te del p erso n al estas cara cte rística s se aso ­ cia de p erso n al, las co n d ic io n e s generales de las salas, la fa lta de
cian co n la idea de in fe rio rid a d . La cita siguiente ilu stra la p ersp e c­ p rovisiones básicas y la inaccesibilidad de los fu n cio n a rio s y legis­
tiva q u e estam o s d escrib ien d o .
ladores, p ara su ste n ta r la o p in ió n de q u e el ú n ic o q u e se p re o c u p a
es el p erso n al de a te n c ió n . V eam os el siguiente c o m e n ta rio , q u e
Tenem os un m édico extranjero y creo qu e n o sabe lo qu e hace. Se lim ita
a ponerles un a pom ada amarilla en los pies y ellas em peoran. No en tiendo un a fue re aliz a d o p o r u n em p lead o de la sala trasera, u n a sala en la
palabra de lo que dice. Tenem os o tro m édico al que es to davía más difícil cual el o lo r a heces y o rin a sa tu ra el aire.
en ten d er. Creo que a la m itad de estas chicas se las medica m al. Se diría que
es im posible conseguir un m édico decente. U no les dice que n o nos dan antiséptico n i ropas para los pacientes. Uno
les dice qu e no podem os hacer n ad a porque n o nos dan lo qu e necesitam os.
El p erso n al o frece in c o n ta b le s ejem plos p ara su ste n ta r su o p i­
nión de que los p ro fesio n ales de la in stitu c ió n son in c o m p e te n te s, O tro em p le a d o resu m e sus p ro p io s se n tim ie n to s y los de sus
p erezo so s y flo jo s en el c u m p lim ie n to de sus deberes. Los c o m en ­ co m p añ ero s so b re el e sta d o de las in stitu cio n e s.
ta rio s siguientes son b u en as m u e stras de los q u e se o y en p o r lo
co m ú n en las salas. A q u í se está realm ente m al... no hay program as, nada de nad a. Nos sen ta­
mos y observam os cuerpos. Yo he estado a q u í 27 años... El E stado y los m édi­
(Los profesionales) leen el cociente in telectual y la lista de las cosas que cos... están en o tra cosa. Los directores tienen grandes sueldos... carecen de
el paciente sabe hacer; de to d o s m odos el m aterial no está puesto ai d ía. A experiencia sobre las salas... no saben lo que sucede. Después de que les pagan
lo m ejor a llí dice que el paciente es ciego y usted se lo encuentra corriendo a ellos n o queda nada para la gente y los servicios de aq u í. C uando m e jubile
alrededor de la sala de d ía. voy a hablar con mis amigos en el C apitolio sobre la form a en que se hacen
las cosas.
La atención que reciben estos chicos es criminal. No sé p o r qué no pueden
PERSPECTIVAS SOBRE E L TRABAJO: “UN EMPLEO ES UN EMPLEO’.’
proporcionarles un cuidado m édico decente. Tienen que estar m edio m u er­
tos para que hagan algo. R ecuerdo haber enviado un chico al hospital con
39 grados de tem peratura y ellos no hacían nada. A unque el p erso n al o b tie n e alguna satisfacció n de asp ecto s
in trín s e c o s de su tra b a jo (p o r eje m p lo , el c o m p añ erism o ), defin e
Desde que yo estoy, nunca he visto a q u í a u n psiquiatra. p rim o rd ia lm e n te el e m p leo en los té rm in o s de los ben eficio s e x ­
trín se c o s. P o r sus d efin icio n es del tra b a jo , se asem eja a los o p e ra ­
C om o lo in d ican las citas, el p erso n al de a ten c ió n está ta m b ié n rio s n o calificad o s en o tro s escen ario s.2
re sen tid o con los profesio n ales, supervisores y a d m in istrad o re s de
Es un em pleo... nada más ni nada m enos.
las in stitu c io n e s. C reen q u e a ellos se Ies d e stin an las tare as m ás
rudas, y a los o tro s se les paga dem asiado y tra b a ja n poco. Para la m ay o ría de los em pleados, la alternativa del trabajo en la in sti­
tu ció n es un em pleo de bajo nivel en una fábrica o en la industria de la cons­
Los que están sentados to d o el d ía consiguen aire acondicionado, m ien­
tru cció n .
tras que n o so tro s correm os de u n lado a otro sudando la gota gorda.
METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION QUE COMAN PROGRAMAS 237

S egún las p alab ras de u n e m p lea d o de la sala de ad o lesc en tes, bajar m ás q u e e n la re a lid a d , c o m o lo h ace n los o b re ro s de fáb ri­
cas (R o y , 1952a, 1952b). A sí, esos em p le ad o s pasan gran p a rte
Si no necesitara ta n to el d inero, m e iría. de su tie m p o h acien d o to n te ría s , a pesar de q u e se q u e ja n de no
te n e r n u n c a tie m p o su ficien te. E n las salas tra seras se encarga a
El p erso n a l de la sala trase ra a trib u ía la m ism a im p o rta n c ia a u n resid e n te q u e vigile la e v en tu a l llegada de supervisores, m ie n ­
la re trib u c ió n e c o n ó m ic a y a los ben eficio s adicionales. tra s los em p lead o s ju e g a n con m o n e d as, leen el diario, hostigan
a los in te rn a d o s, b eb en o pasan e l tie m p o en conversaciones o cio ­
Todos estam os a q u í p o r un a sola y única razón: el dinero. Está b ien, sas. E n to d a s las salas la televisión, en la q u e e l p e rso n al elige los
to d o s están a q u í p o r el dinero. Por eso se em plearon en esto . Yo tam bién lo canales, p ro p o rc io n a d istra cció n d u ra n te los p ro lo n g ad o s d escan ­
hice p o r eso. sos. T am b ién en to d a s las salas los resp ectiv o s ob serv ad o res q u e ­
d aro n a cargo, sin nin g u n a a y u d a, p ro teg ien d o a los em p lead o s q u e
De a cu e rd o con e sta p ersp ectiv a, los m iem b ro s del perso n al no a b a n d o n a b a n el lugar para h acer u n a pausa.
se ven a sí m ism os co m o “ p ro fe sio n a le s” resp o n sab les de h ac e r El p erso n al e x p e rim e n ta re se n tim ie n to hacia q u ien es p e rtu rb a n
p articip a r a los re sid e n te s en las activ id ad es p ro g ram ad as, sino sus ru tin as. D irige c o m en ta rio s negativos a los em p lead o s q u e tr a ­
m ás bien co m o cu sto d io s a c u y o cargo e stá m a n te n e r la lim pieza b ajan m u y p oco o d em asiad o ; asim ism o, lo m o le stan las personas
de la sala y el c o n tro l y el o rd en e n tre los in te rn a d o s (T aylor, 1973). de afu era q u e van a la sala p ara a y u d a r, pero q u e in te rfie re n . Los
V eam os los c o m e n tario s siguientes o fre c id o s p o r u n em p lead o de c o m e n ta rio s siguientes se refieren a u n g ru p o de alu m n as del curso
la sala trasera. de a y u d a n te s de e n fe rm e ría q u e q u e ría n co lab o rar a lim e n ta n d o ,
v istien d o y b a ñ a n d o a los in te rn a d o s de la sala para niños.
Se supone que debem os alim entarlos y vigilarlos y asegurarnos que están
bien. T ienen especialistas en recreación... psicólogos y sociólogos. Se supone Son un a m olestia. A cada una de las m uchachas se le asignó u n chico.
que son ellos los que tien en que enseñarles y trabajar con ellos, no no so tro s. Bañarlos les to m a ta n to tiem po que ten íam o s que estar detrás de ellas. D ejaron
el lavadero to d o revuelto.
Este h in c a p ié en la cu sto d ia es ta n in te n so q u e el b ie n estar de
los resid en tes es con frecu en c ia ignorado o d elib era d a m e n te v io la­ De m o d o q u e para la m a y o ría de los em p lead o s el tra b a jo en
do (T ay lo r, 1973). U n em p lea d o c o m en tó : la in s titu c ió n n o re p re se n ta m ás q u e u n e m p leo , a u n q u e bien paga­
d o. A lgunos se m a n ifiesta n esto ico s al h a b lar del te m a . Es decir,
No tenem os tiem po para m antener las cosas com o debieran estar, no h a­ so stie n e n q u e el tra b a jo n o es algo q u e tenga q u e g u star o disgus­
blem os ya de ayudar a los internados. A veces tenem os que atar a alguno para ta r, sino algo q u e se debe hacer. En sus p ro p ias palabras:
p oder hacer n uestro trabajo.
Mi esposo siem pre m e pregunta cómo puedo seguir en este em pleo. B ueno,
O tro sostuvo: m e figuro que alguien tiene qu e hacerlo. Tiene que ser hecho.

Cuando uno ha term inado con su trabajo, está dem asiado cansado para A lguien lo va a hacer. A lguien va a cu id ar de esto s chicos.
cualquier o tra cosa.

El p erso n al d esarro lla ru tin a s para llevar al m ín im o su tra b a jo PERSPECTIVAS SOBRE LOS INTERNADOS:
do c u sto d ia, y m é to d o s de c o n tro l para m an ejar a los re sid en tes "GRADOS BAJOS” , “RECHAZO S” Y “DELINCUENTES”
p e rtu rb a d o res. E n la sala trasera , los em p lead o s u tiliz a n a los in­
tern ad o s m ás “ b rilla n te s” (los llam ados “ m u ch ach o s tra b a ja d o re s ” ) E n vista de la im p o rta n cia q u e los em p lead o s ,asignan en su tr a ­
en tiran p a rte del tra b a jo de c u sto d ia y c o n tro l de los o tro s resid en ­ b ajo al a sp ecto de cu sto d ia, n o p u e d e s o rp re n d e r q u e d efin an a los
tes. En to d a s las salas e l p erso n al se re p a rte el tra b a jo y finge tr a ­ re sid e n te s según sus d iscap acid ad es o la can tid ad de p roblem as
METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION
QUE COMAN PROGRAMAS 239

o tra b a jo q u e ocasionan. El p e rso n al se -refiere a los in te rn a d o s


Yo d aría cualquier cosa p o r poder ayudar a estos chicos, pero no se puede.
con p alab ras q u e su b ra y a n esas cara c te rístic as: “v o m ita d o r” , “ re-
Son de grado dem asiado bajo.
K urgitador” , “ te s ta fe rro ” , “ tra m p o s o ” , “ a rre b a ta d o r” , “ e n su c ia d o r” ,
“g o lp e ad o r de c ab e z a” , “ de g rad o b a jo ” , “ v egetal” , “ m a le d u c a d o ” ,
“ p e le a d o r” . E n la sala para a d o lescen tes los em p lead o s tie n e n o p in io n e s
ig u alm en te fa ta lista s co n re sp e c to a las cap acid ad es in n a ta s de
E n to d a s las salas, c ierto s resid e n te s son m o tiv o de p re o c u p a ­
las re sid e n te s q u e ellos llam an “ p o b re s chicas” o de las “ realm en te
ción para el p erso n al d e a ten c ió n . L os “ h ip e ra c tiv o s” y aquellos
re ta rd a d a s ” . E in clu so a las “ d e lin c u e n te s” d e esta sala se las ve
q u e carecen de las cap acid ad es básicas p ara bastarse a sí m ism os
co m o m o ra lm en te d añ ad as p o r sus fam ilias al p u n to de q u e resu l­
son o b je to especial de d isgusto. E n la sala para n iñ o s, las em p le a­
ta d ifíc il en señ arles “ h ab ilid ad es n u ev as” .
das se q u ejan de las cria tu ra s q u e n o se d esplazan p o r sus p ro p io s
E l p erso n al ta m b ié n co n sid era q u e los resid e n te s p u e d e n “ e ch a r­
m edios y q u e pesan m u c h o para alzarlas. E sos n iñ o s son tra n sferi­
se a p e rd e r” . Con e sta o p in ió n , ju stific a n su p ro p ia in activ id ad y
dos sin q u e se tenga en cu en ta su ed ad , a pesar de q u e se su p o n e
fa lta de p a rtic ip a ció n en el tra b a jo y el juego de los in te rn a d o s.
que deb en p erm a n e c e r en esa sala hasta los 12 a ñ o s.3 E n la sala
P or eje m p lo , en la sala para n iñ o s, el p erso n al p e rm ite con fre c u e n ­
trasera la p o b la c ió n e stá co m p u esta p o r lo q u e el p erso n a l llam a
cia q u e p erm a n e z ca n en sus cunas, sem ejan tes a jaulas, e n lugar
“ re c h a z o s” de o tra s salas, re sid e n te s u b icad o s en ese lugar p o rq u e
de hacerlos lev an tar, con e l ra z o n a m ie n to de q u e ya h an sido e c h a­
les causaban d em asiados p ro b le m a s a o tro s em p lead o s. En la sala
dos a p e rd er en el pasado y si se les p re sta m ás a te n c ió n ello sólo
para ad o lesc en tes, el p erso n al cree q u e a p ro x im a d a m e n te una te r­
p u ed e co n d u c ir a hacerlos m ás in ú tile s to d a v ía . U n o de esto s em p lea­
cera p arte de las re sid en te s fu e ro n u b icad as allí no p o r ser re ta rd a ­
dos describ ió el e fe c to d el ya m e n c io n a d o g ru p o de a y u d a n te s de
das sino m ás bien p o r ser incorregibles.
e n fe rm e ría en e n tre n a m ie n to , q u e pasó u n a sem an a en la sala y h a­
b ía co la b o ra d o y m im ad o a los niños.
Este m o n tó n de chicas no son retardadas, son delincuentes. No les gusta
estudiar y los padres no las obligan. Las recibim os de vuelta cuando los padres
no pueden m anejarlas. No es ju sto para los chicos. Se acostum bran a esa aten ció n y entonces se
la retiran. A lgunos de ellos fueron echados a perder en sólo cinco días.
P ocos em p lead o s creen e n la capacidad de los in te rn a d o s para
a p re n d e r o p ara cam biar. D esde su p u n to de v is ta ,. p o co puede U n em p lead o de la sala trasera reveló u n p u n to de vista sim i­
hacerse p o r ellos, m ás allá de lo q u e ya se e stá hacien d o . U n e m ­ lar cu a n d o d isc u tió las acciones d el p erso n al d e o tra sala.
p lead o tip ific ó e sta p ersp ectiv a en su resp u e sta a una p reg u n ta so ­ Esas m ujeres echan a perder a los chicos. Los dejan hacer cualquier cosa.
bre e l fu tu ro de los n iñ o s de su sala. Jim m y estuvo en esa sala. Era el qu e m andaba en el lugar. Pero nos lo trajeron
a n o so tro s. Sacaba el m iem bro y perseguía a las m ujeres. Cuando vino a q u í
F inalm ente irán a o tro edificio. La m ay o ría de ellos seguirán así el res­ estaba echado a perder, pero eso no duró m ucho. T rataba de robarle com ida
to de sus vidas. a los o tro s chicos y ellas lo dejaban. Caramba, no hizo esa p o rq u ería nunca más.

El p erso n al de la sala trasera c o m en ta q u e sus in te rn a d o s son O tro em p lea d o de la m ism a sala dijo:
“ de g rad o dem asiado b a jo ” para ap re n d e r, a pesar del h ech o de
q u e algunos de ellos d em u estra n co m p eten c ia para h ab lar y es­ No se les puede dar to d o lo qu e quieren; si n o , es im posible controlarlos.
cribir.
3 * F in a lm e n te , esa m ism a p ersp ectiv a ( “ d éles la m a n o y le agarran
Esta práctica tiene conseeuencias terribles para los nifios que no pueden
el b ra z o ” ) fu e e x p resad a p o r u n e m p lead o d e la sala p ara ad o les­
movilizarse por s í m ismos. Los que no cam inan en el m om ento en que dejan
centes.
esta sala son transferidos a salas para adolescentes o adultos que tam poco ca­
m inan, donde no reciben ningún entrenam iento físico. En consecuencia, la
m ayoría n o cam inarán nunca. Si el personal no m antiene to d o bajo co n tro l, es culpa suya. H ay que
dem ostrarles quién m anda.
240 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION QUE COMAN PROGRAMAS 241

A los o jo s de este p erso n al, los profesio n ales, supervisores y fu n ­ a los nuevos em p lead o s en c o n ta c to con los “ v e tera n o s” desde
cio n ario s del E stad o cu estio n an su o p in ió n en cu a n to al riesgo de el p rim er d ía , lo cu al les p e rm ite co n o c e r las p ersp ectiv as q u e h e ­
“ darles la m a n o ” . D ebe reco rd arse q u e esas personas “n o saben m os d iscu tid o , en el p rin cip io m ism o de su c arrera com o m iem b ro s
realm en te có m o es” . Sin em b arg o , ellas im p o n en re stric cio n es p o r de la in s titu c ió n .
las q u e los em p lead o s q u e d a n resen tid o s. S on p o r lo ta n to consi­
d erad as am en azan tes. Los em p lead o s se agravian p o r fallos o deci­
siones q u e ad u ce n afirm ar el d erec h o de los resid en tes, por la p re o ­ LA FRA TERNID AD EN EL FONDO
cupación de los su p erio res acerca de ep iso d io s de abuso, p o r n u e ­
vas d em an d as de tie m p o , y p o r las ideas de program as. A d em ás del e n tre n a m ie n to , h a y o tro s fa c to re s q u e a p o y a n ,
A u n q u e este p erso n al sub ray a la d ifere n cia e n tre su p ro p ia in te n sific a n y validan las p ersp ectiv as del p erso n al de aten c ió n .
perspectiva y las persp ectiv as de los Otros secto re s, es fre c u e n te A u n q u e en este p u n to no los ex am in am o s a to d o s , u n co n c e p to
q u e los ad m in istrativ o s y los p ro fesio n ales ap o y en el m o d o de im p o rta n te q u e se d ebe c o m p re n d e r a este re sp e cto es el de lo
ver de los em p lead o s de a te n c ió n . Por ejem p lo , los m édicos pres­ q u e p o d ría m o s d en o m in a r “ la fra te rn id a d en el f o n d o ” . Q u erem o s
criben grandes dosis de tra n q u iliz a n te s para c o n tro la r a los resi­ d ecir q u e e sto s em p le ad o s e stá n o c u p ac io n al y so cialm en te aisla­
dentes, y las escuelas de la in s titu c ió n p ro p o rcio n a n servicios e d u c a ­ dos de los supervisores, p ro fesio n ales y a d m in istrad o re s de la in s­
tivos a u n n ú m e ro re la tiv a m e n te p e q u e ñ o de alum nos. N o o b s ta n ­ titu c ió n .
te, lo m ás significativo a este re sp e c to es. el e n tre n a m ie n to q u e E n el c o n te x to de su tra b a jo , ese p erso n al tien e pocos co n ­
to d o s los em p lead o s de a ten c ió n reciben com o prep arac ió n para ta c to s reales con o tro s m iem b ro s de la in s titu c ió n . L os em p lead o s
sus p u esto s. de a ten ció n pasan su tie m p o ju n to s en las salas y ex am in an los
El fo c o del e n tre n a m ie n to fo rm al en las tre s in stitu cio n e s d efec to s de éste o a q u el s u p e rio r o p ro fesio n al y co n sid era n la idea
a p u n ta a la e tio lo g ía del “ re ta rd o m e n ta l” y a las cara c te rístic a s de q u e “ ellos no saben re alm e n te c ó m o e s ” . Pero adem ás de e sto ,
del desarrollo de los “ re ta rd a d o s m e n tale s” . V eam os las citas si­ c o m p a rte n á m b ito s so c io ec o n ó m ico s y geográficos y tie n e n o p o r­
guientes: tu n id a d e s de verse fu era del trab a jo . M uchos e m p lead o s pasan su
tie m p o Ubre ju n to s en los b ares y clubes locales, y son n u m e ro so s
A prendem os cosas sobre m edicaciones, sobre el m odo en que esas perso ­ lo s q u e e stán rela cio n ad o s p o r p are n te sc o o m a trim o n io . En la
nas son diferentes de usted y y o, sobre cóm o cuidarlas, cóm o tratarlas, qué sala trasera , p o r ejem p lo , un e m p le ad o te n ía o c h o p a rie n tes q u e
esperar, y o tras com o ésas. tra b a ja b a n en las m ism as fu n cio n e s en la in stitu c ió n .
Las persp ectiv as del p erso n al se re fu erza n en esto s c o n ta c to s
Le enseñan m ucho sobre las causas y cosas, pero eso no se puede apli­
car aq u í.
en y fu era del tra b a jo . T am b ién d esarro llan se n tim ie n to s de soli­
daridad e n tre ellos y de alien ació n re sp e c to de o tro s.
E sos “ h e c h o s” y el c o n c e p to de “ re ta rd o m e n ta l” q u ed an rei-
ficados a trav és de u n a serie de co n feren c ias y gráficos q u e descri­
ben las lim itacio n es de los “ re ta rd a d o s ” . Un gráfico afirm a q u e LOS PROGRAMAS INNOVADORES
los “ re ta rd a d o s p ro fu n d o s ” son “ irrem ed ia b les” . De m o d o q u e el
p erso n al es e n tre n a d o para q u e se c o n c e n tre en las lim itacio n e s N o d e b e ría ser d ifícil im aginar lo q u e o c u rre cu a n d o los su p er­
in n a ta s de los residentes. visores y p ro fe sio n ale s in te n ta n in tro d u c ir p ro g ram as “ in n o v a d o res”
A d em ás de las sesiones de e n tre n a m ie n to fo rm al en las cuales en esas salas. E n esta sección d iscu tirem o s b rev em en te el efec to
se ex p lica “ el re ta rd o ” , a los nu ev o s em p lead o s se les enseñan p ri­ y los d e sen la ces de ese tip o de in te n to s .
m ero s au x ilio s y las reglas y regulaciones de la in stitu c ió n . Q uizás A l p ro g ram a in tro d u c id o en la sala trasera el p erso n al y los su ­
u n asp ecto m ás im p o rta n te del p rogram a de o rie n ta c ió n de tres pervisores lo d e n o m in a b a n p ro g ram a de “ e n tre n a m ie n to m otivacio-
sem anas es la ex p erien cia q u e o b tie n e n tra b a jan d o en las salas a n a l” . El p erso n a l n u n c a estu v o e n te ra m e n te seguro del p ro p ó sito
m e d id a q u e ro ta n de edificio a edificio. El tra b a jo en las salas p one de este p ro g ram a, y de h ec h o rec ib ió in fo rm a c ió n so b re él de co m ­
2 42 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION QUE COMAN PROGRAMAS ¿43

p añ ero s de o tra s salas y tu rn o s. En la cita sig u ien te, u n “ encargado r ía de los in te rn a d o s ése era el ú n ic o “ e n tre n a m ie n to ” o la ú n ica
de sala” (em p lead o su p erv isan te ) descaribe e l m o d o en q u e se e n te ­ recreació n que les p ro p o rc io n a b a la in stitu c ió n .
ró del program a. N o o b sta n te , la m a y o ría de los em p lead o s p e rc ib ía n las a c ti­
vidades de c o lo re ar y escuchar m úsica c o m o algún tip o de “ e n tre ­
Estaba conversando con o tro encargado y m e habló sobre el program a. n a m ie n to ” , A pesar de la (a lo su m o ) te n u e co n ex ió n e n tre tales
Vea, se supone que se pondrá en práctica todas las noches, de 18 a 2 0 :3 0 . Ca­ activ id ad es y cu alq u ier fo rm a de e n tre n a m ie n to , el p erso n al veía
da tipo tom ará a 12 chicos (en esta sala las edades van de 14 a 44 años), los a esas activ id a d es co m o la e ta p a inicial de un p ro g ram a m ás am plio.
hará sentar y les enseñará cosas... p o r ejem plo cóm o cuidarse y vestirse. Ca­
d a sala te n d ía u n aparato para to sta r m aíz, y com o prem io cada noche les d a ­ Se supone que vamos a progresar a p artir de este p u n to ... em pezar a ense­
rem os m aíz to stad o y reventado. ñarles cóm o vestirse y otras cosas.

A u n q u e algunos em p lead o s estu v iero n d isp u esto s a dar al p ro ­ P ero el d esem p eñ o de los resid en tes en estas actividades su m a­
gram a su ap ro b ac ió n cau telo sa a n te s de la in s tru m e n ta c ió n , la m a y o ­ m e n te sim ples sirvió p ara c o n firm a r ad ic io n a lm e n te las p ersp ec ti­
ría lo vio con escep ticism o desde el p rincipio. H ubo q u ie n ad u jo vas del p erso n al en c u a n to a que el e n tre n a m ie n to en esa sala era
q u e ellos te n ía n d em asiado p o co tie m p o y dem asiado tra b a jo co­ in ú til. Su creencia general en la incap acid ad de los in te rn a d o s para
m o para dedicarse a esa actividad. cam b iar se vio a p o y a d a y a d q u irió caracteres específicos. U n em plea­
do explicó:
¿Cómo se supone que vamos a m otivarlos y lim piar este lugar y to d o ?
T raté de enseñarles cóm o colorear, pero con la m ay o ría de ellos fue im ­
N o tenem os suficientes em pleados. posible. No cambian de color y no quieren quedarse quietos. T raté de enseñar­
les, pero ellos sólo hacen garabatos.
O tro s c re ía n q u e la cap acid ad in tele c tu al de los in te rn o s im p e­
d ía cu a lq u ier “ m e jo ra m ie n to significativo” . El p ro g ram a se dio p o r te rm in a d o de m a n era n o oficial seis
sem anas después de su inicio. U n e m p lead o re la tó :
Vea, to d o s los pacientes qu e tenem os son rechazos y se supone que te n e ­
m os que h acer algo con ellos. Se les puede enseñar h asta cierto p u n to , y eso es Más bien fracasó. Ya n o lo hacem os m ás.,
to d o . No pueden aprender nada más. ■
Y o tro dijo:
A u n q u e este en cargado de sala p o sp u so la in stru m e n ta c ió n
del p rogram a d u ra n te c u a tro sem anas c o n tad as a p a rtir del m o m e n ­ Pararon más o m enos to d as las salas. Se suponía que to d a la institución
to en que se s u p o n ía que h a b ía co m en zad o , fin a lm e n te dicho p ro g ra­ lo estaba cum pliendo, pero la m ay o r p arte paró. No sé... n o hace ta n to que
m a fu e in tro d u c id o co n la a y u d a de u n em p lead o “ e n tre n a d o ” esto y aq u í, pero creo que las cosas son siempre así... es m uy difícil hacerles
de o tra sala. El p rogram a real c o n sistía en dos actividades que se p restar atención.
iban a lte rn a n d o d ía p o r m e d io : co lo re ar lib ro s con d ib u jo s y escu­
ch ar los discos y cassettes de los residentes. Las sesiones se e x te n ­ F in a lm e n te , u n em p lead o resum ió su p ro p io fa ta lism o y el de
d ía n de u n a h o ra a u n a h o ra y m ed ia cu an d o el p ro g ram a estab a sus pares, cu a n d o observó:
en o p eració n .
¿C óm o v eían los em p lead o s el program a? P a ra algunos era A p o staría a que usted piensa que a q u í no hay más que un m ontón de pe­
u n a m a n e ra de m a n te n e r a los resid en tes o cu p ad o s. rezosos con el trasero de plom o... B ueno, estam os sentados m ucho tiem po
sin hacer nada. Leem os el diario y m iram os televisión. Pero en realidad no es
No creo que les haga ningún bien. Les da algo que hacer, eso es to d o . m ucho lo que podríam os hacer con ellos, aunque quisiéram os.

H a b ía algo dé verdad en esa afirm ació n , pues p ara la gran m a y o ­ El p ro g ram a que se p u so e n p rá c tic a en la sala p ara ad o lescen ­
244 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION QUE COMAN PROGRAMAS 245

tes d u ró m u c h o m ás q u e el q u e acab am o s de considerar; h asta p ro n to se co n v irtió p ara el p erso n al en “ sólo un m o n tó n de p ro b le ­


do n d e sabem os, c o n tin ú a o p erán d o se. E ste p rogram a fu e diseñado m as” . A l fin a l del p e río d o de o b servación, a p ro x im a d a m e n te seis
po r el Jefe del Servicio de N iños, el d o c to r W arner, quien lo descri­ m eses d espués de la in stru m e n ta c ió n del p rogram a, los registros de
be co m o un p ro g ram a para la m o d ificació n de la c o n d u c ta (e c o ­ p u n ta je s se llevaban de m anera e x tre m a d a m e n te laxa, y sencillam en­
n o m ía de fichas) cuya fin a lid a d es in c u lcar resp o n sab ilid ad a las te los em p lead o s olvidaban a n o ta r los p u n to s que algunas chicas
n iñ a s” . De a c u e rd o co n este plan, las jo v e n cita s iban a ser rec o m ­ acu m u lab an .
pensadas por realizar las tareas asignadas en la sala y p o r el trab a jo E l m é d ic o tra ta n te y la encarg ad a del tu rn o d iu rn o (u n a e n fer­
escolar sa tisfac to rio con p u n to s (fich as) q u e p o d ía n cam biarse p o r m era d ip lo m ad a) de la sala p a ra n iñ o s in tro d u je ro n en ella u n p ro ­
m e rc ad ería s. E l d o c to r W arner le dijo a u n o de los a u to re s de este gram a de “ sesiones de m o v im ie n to ” . De los tres p ro g ram as q u e
a rtíc u lo :
hem os co n sid era d o , éste es el q u e m enos du ró , y de h ech o n u n c a
llegó a in stru m e n ta rse con m u c h o s de los residentes.
Esto las recom pensará p o r su buena conducta. Pienso realm ente que L a m e ta de este p rogram a era p ro p o rc io n a r a los niños la es­
hará una diferencia. A q u í necesitam os m ucho más de m odificación conducta].
Esa es la respuesta.
tim u la c ió n físic a necesaria para im p ed ir la regresión física y el d e­
sarro llo de esp asticid ad y c o n tra c tu ra s irreversibles. R e sp o n d ía
al h e c h o de q u e esos procesos y a h ab ían a fec tad o a m u c h o s niños,
A u n q u e escép tico s con resp ecto al d o c to r W arner, los em p lea­
y si no se in s tru m e n ta b a algún program a, seguirían afe c ta n d o a m u ­
dos in icialm en te vieron el sistem a de p u n to s com o un m o d o p o ­
chos más. El ú n ic o fisio te ra p e u ta de la in stitu c ió n (p o b lac ió n ins­
te n cialm en te eficaz de c o n tro la r la c o n d u c ta de las in te rn a d a s y
titu c io n a l: 2 5 0 0 in te rn a d o s) visitó la sala, evaluó a to d o s los niños
ver fac ilitad o su p ro p io tra b a jo . U no de ellos ex p licó :
y describió p o r escrito la te ra p ia p re sc rip ta p ara cada u n o de ellos.
Se asignó cada re sid en te a u n a em p lead a de a te n c ió n a la q u e se
Las chicas lo están pescando al vuelo y hacen lo que se supone que tien en
h a b ía in stru id o sobre los ejercicios de la sesión de m o v im ie n to con
que hacer. Si uno les dice que van a perder algunos p u n to s, ahora le prestan
aten c ió n . los q u e d eb ía tra b a ja r d iariam en te.
La o b servación d ire c ta en los d o rm ito rio s reveló q u e pocas
em pleadas llegaron a tra ta r a los niños q u e te n ía n asignados con la
C om o lo sugiere este c o m e n ta rio , el program a, que e sta b a des­ te ra p ia de las sesiones de m o v im ien to . E n u n m o m e n to d eterm in a ­
tin ad o a re co m p en sar a las re sid e n te s p o r la “ c o n d u c ta a p ro p ia d a ”
do, la encarg ad a d iu rn a , q u e era en ú ltim a in sta n cia la resp o n sab le
se u tiliz ó para castigarlas p o r la c o n d u c ta m olesta. A sí, los em p lea­
de la in stru m e n ta c ió n del pro g ram a, to m ó co n ciencia del p ro b le ­
dos re tira b a n p u n to s p o r ser in so len te o vulgar. P uesto que las re ­
m a y le h ab ló sobre él a su supervisora, en presencia del observador,
sid en tes sólo p o d ía n recib ir p u n to s de ese personal, éste se convir­
tió en u n o de los m ed io s q u e p e rm itía n re te n e r el c o n tro l a los
“ Las em pleadas no están haciendo n ad a ", dijo la señora D ey, encargada
em p lead o s de aten c ió n .
del turno diurno.
A los ojos de los em p lead o s, el d o c to r W arner era dem asiado “ ¿Q ué clase de cosas cree usted que ten d ría n que estar haciendo?” ,
perm isivo y n o c o m p re n d ía a las chicas. S o ste n ía n q u e el nuevo preguntó el observador.
sistem a y o tra s in n o v acio n es no servirían m ás que p ara echarlas
a p erd er. V eam os los siguientes c o m en tario s de u n o de los em p lea­ “Creo que deberían estar haciendo las sesiones de m ovim iento” , res­
dos: pondió .

“ ¿No lo están haciendo?” , preguntó la señora Dum as, la enferm era su ­


¿No conoce la últim a idea del d o cto r Warner? Quiere hacer que haya vo­
pervisora.
luntarios que lleven a com er afuera a algún lugar fantástico a los chicos y chi­
cas que tengan más puntos. Es probable que estos chicos golpeen al voluntario.
“N o ” , respondió la señora D ey m eneando la cabeza. “V o y al dorm itorio
del frente y están to d as sentadas sin hacer ,nada” .
El sistem a de p u n to s ex ig ía llevar reg istro s cuidadosos, lo cual
246 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION

C u an d o estu v iero n solas con el o b serv ad o r, las em pleadas


ex p re saro n las ra z o n e s de su fracaso en la p ro secu ció n d el p ro g ra­
m a. S o ste n ía n , e n tre o tra s cosas, q u e la selección de los n iñ o s p a r­
tic ip a n te s n o h a b ía sido correcta^ y q u e ellas n o te n ía n ni capaci­
dad (e n tre n a m ie n to ) n i v o lu n ta d (paga su fic ie n te ) para hacer lo
q u e se esp erab a q u e hicieran.

CONCLUSION
C apítulo 11

N u e stra p o sició n p rim aria en este e stu d io ha sido la de que los POLITICA NACIO NAL Y SIGNIFICA DO SITUADO*
program as in s titu c io n a le s d eb en ser ex am in ad o s en el c o n te x to de E L CASO D EL HEAD START Y LOS DISCAPACITADOS
los escenarios de las salas en los cuales son in tro d u c id o s. H em os
e stu d ia d o u n a sp e c to de tales escenarios: el m o d o en q u e los em ­
p leados de a te n ció n d efin e n a sus supervisores, a sus em p leo s y a
los re sid e n te s q u e están a su cargo.
A l leer u n a rtíc u lo com o el n u e stro , se p o d ría llegar a la con­
clusión de que el p ro b le m a de in tro d u c ir p ro g ram as en las in s titu ­
ciones to ta le s reside so lam en te en las a c titu d e s y en la fa lta de
e n tre n a m ie n to del personal. A u n q u e éste es u n m o d o se d u c to r de
defin ir d icho p ro b lem a, m ie n tra s u n o cam ina p o r esto s edificios
m u ltitu d in a rio s y aislados llenos de seres h u m an o s indeseados, E n 1972, el C ongreso re q u irió al H ead S ta rt q u e in c re m e n ta ­
debe p la n te ar la cu estió n de si la d ificu ltad n o reside en el m o d elo ra activ am en te el n ú m e ro de n iñ o s “ d isc a p acitad o s” al 10 p o r cien to
in stitu c io n a l en sí m ism o. Q uizás lo s.d éb ile s in te n to s de in tro d u c ir del to ta l de los a te n d id o s (ley 9 2 -4 2 4 , 1972). E n el o to ñ o de 1973,
program as sobre los q u e hem os in fo rm a d o a q u í re p re sen te n las los p ro g ram as de los c en tro s H ead S ta rt locales se o rie n ta ro n hacia
m e n tiras m ás crueles de este sistem a d iscap a citan te. Q uizás las el cu m p lim ien to de la reso lu ció n . Los n iñ o s d iscap acitad o s eran
reaccio n es de los em p lead o s de a ten ció n a los program as c o n s titu ­ defin id o s com o
yan a d a p ta c io n e s re alistas a la realidad de esto s servicios. O frecer
program as co m o rem e d io p ara u n sistem a q u e p o r su m ism a n a tu ra ­ ...m entalm ente retardados, duros de o ído, sordos, con problem as de len ­
guaje, m enoscabo visual, perturbaciones em ocionales serias, lisiados o con o tro
leza aísla, desocializa y d esh ú m an iza, es algo q u e n o s re c u e rd a el
tip o de deterio ro de la salud, qu e p o r tales razones requieren una educación
c o m e n ta rio de M aría A n to n ie ta cu an d o fue in fo rm ad a de q u e sus
y servicios relacionados especiales (ley 9 2 -2 3 2 ,1 9 6 5 ).
sú b d ito s e sta b a n h a m b rie n to s, q u e n o te n ía n pan. Su resp u esta
fue: “ Q ue com an to r ta s ” .
La in te n c ió n del m a n d a to era p ro p o rc io n a r servicios a los pe­
q u eñ o s severam ente m e n o scab ad o s, en el escenario reg u lar del
H ead S ta rt (p ara una h isto ria de la legislación, véase L aV or, 1972).
E ste a rtíc u lo ex am in a las consecu en cias q u e tu v o esa legisla­
ción sobre los pro g ram as locales d u ra n te sus p rim ero s seis m eses
(S y racu se U niversity, 1974). L os d ato s fu e ro n recogidos p o r 16
v isitad o res de sedes q u e salieron solos o en eq u ip o s de dos y pasa-

* R o b ert Bogdan. Este articu lo apareció originalm ente en el American


Jo u rn a lo f Orthopsychiatry, N o. 46 (2), 1976.
POLITICA NACIONAL Y SIGNIFICADO SITUADO 249
248 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION

ENCUESTA PREVIA
ro n de u n o a tre s d ías en cada u n o de 30 program as locales H ead
S ta rt. E m p learo n técnicas de observación p a rtic ip a n te (B ecker,
Es im p o rta n te señalar q u e, con el fin de c o n tra sta r situ a cio n es,
1970; B ogdan, 1972; B ogdan y T ay lo r, 1975; B ru y n , 1966) y to m a ­
in m e d ia ta m e n te a n tes de n u e stra s visitas, la O ficina de D esarro llo
ro n n o ta s de cam p o detalladas. Para elegir la m a y o r p arte de los
del N iñ o envió p o r co rreo u n cu e stio n ario a to d o s los d irec to res del
pro g ram as se u tiliz ó una técn ica sim plificada de m u e streo al azar,
H ead S ta rt, req u irién d o le s q u e in fo rm a ra n sobre el n ú m e ro de
p ero a veces se ap licaro n o tro s criterio s. E n o tro lugar (S yracuse
n iñ o s d iscap a citad o s q u e te n ía n e m p a d ro n a d o s y el tip o d e d iscapaci­
U niversity, 1 9 7 4 ) se p u e d e e n c o n tra r u n a discusión co m p leta de
dad. S o b re la base de esa e n c u e sta, se estab leció q u e
la selección de la m u e stra y la m e to d o lo g ía . El e stu d io fu e e x p lo ra ­
to rio y d e stin a d o a generar co m p ren sió n acerca de los e fe c to s del
E n relación con el afío pasado, el núm ero de niños discapacitados del
m a n d a to . Head S tart aproxim adam ente se ha duplicado (System Research, Inc., 1974).
H ace m ás de diez años q u e K itsuse y C icourel (1 9 6 3 ) clarifi­
caro n la d istin ció n e n tre el e stu d io de las “ causas” de la ru p tu ra de U n in fo rm e basado en esto s re su ltad o s, so m etid o a la co n sid e­
reglas (la e tio lo g ía de la desviación) y el e stu d io de la actividad or- ració n del C ongreso en a b ril de 1974, afirm ab a:
g anizacional q u e p ro d u c e u n a tasa de c o n d u c ta desviada (p ro ceso s
p ro d u c to re s de tasa). La designación de ciertas personas com o des­ A la fecha, los nifios profesionalm ente diagnosticados com o discapa cita­
viadas y la p ro d u c ció n de tasas oficiales de desviación tien e lugar dos constituyen p o r lo menos el 10,1 p o r ciento de los niños em padronados...
en c o n te x to s situ acio n ales esp ecífico s ta les com o trib u n ales, h o sp i­ Adem as, el 3,1 p o r ciento de los niños em padronados... han sido diagnostica­
tales, c e n tro s de re h a b ilita c ió n y program as locales H ead S tart. dos com o discapacitados parciales o potenciales (U.S. D ept. o f H ealth, Educa-
Las p o lític a s n acionales q u e asignan recu rso s y e m ite n el m a n d a to tio n , and W elfare, 1974, pág. iii).
de p re sta r servicios “ a” d e te rm in a d a s c a te g o rías de “ c lie n te s” in ­
flu y en sobre el pro ceso de defin ició n . Es im p o rta n te co m p re n d e r T al co m o surge de la discusión de n u e stro s d a to s, el e fe c to del
el m o d o en q u e las acciones realizadas en el nivel n acio n al se en ­ m a n d a to p o d ría n o ser co m p re n d id o p a rtie n d o de las cifras de
tre te je n en in te ra c c io n e s en la vida co tid ian a de la gente. Para cap­ ese in fo rm e . L a d ifere n cia p rin cip al e n tre el e n fo q u e de la en cu e s­
ta r el proceso m e d ian te el cual se em p lean los ró tu lo s, se negocia ta y el de n u e s tro tra b a jo de cam p o reside en q u e el cu estio n ario
el significado y se p ro d u c e n las tasas de c o n d u c ta desviada, es d e­ daba p o r s o b re e n te n d id a s las cu estio n es de la defin ició n y la cuanti-
seable el tra b a jo de cam p o ; sin em bargo, d eb id o al co sto y la n a tu ­ ficación: n o co n sid era b a p ro b le m á tic o el m o d o en que se d e fin ían
raleza de ese tip o de investigación (con frecu en cia estos estu d io s o censaban las d iscapacidades, m ie n tras q u e el escepticism o a ese
no c u e n ta n con subsidios y son realizad o s p o r u n a sola p erso n a) re sp e c to es esencial en n u e s tro m o d o de en carar el tem a.
la o b serv ació n p a rtic ip a n te se ha v isto lim itad a ta n to en el n ú m e ro
co m o en la diversidad de los escenarios e x p lo ra d o s en los diversos
estu d io s. L a investigación sobre la q u e se in fo rm a a q u í o fre ció u n a
DEFINICIONES OFICIALES
o p o rtu n id a d única para ex p lo ra r, en u n a v aried ad de escenarios,
los efec to s de u n m a n d a to n acio n al en u n área a la cual los cien­
L os p ro fesio n ales q u e tra ta n a los “ d isc ap a c ita d o s” se han em ­
tífic o s sociales han p restad o rela tiv a m en té p o ca a te n c ió n , es de­
b a rca d o c o n tin u a m e n te en d eb ates sobre las d efin icio n es de los
cir, la ap licació n en gran escala de la designación “ niño d iscap aci­
té rm in o s em p lead o s en el diag n ó stico . Si bien en cu alq u ier m o m en ­
ta d o ” (B eeghley y B u tler, 1974; E d g erto n y E d g erto n , 1973; Mer-
to pued e decirse q u e una d e fin ició n es la “ o fic ia l” (la a c e p ta d a p o r
cer, 1973; R ic h ard so n y Higgins, 1965; S c o tt, 1969). Los re su lta ­
la o rg an iz ació n p ro fesio n al m ás in flu y e n te ), n u n c a se logra u n
dos tie n e n consecuencias teóricas, sustan ciales y de p o lític a g en e­
consen so claro en c u a n to al significado de té rm in o s tales com o dis­
ral.
ca p a citad o ni so b re las ca teg o rías diagnósticas esp ecíficas q u e se
ag ru p an bajo ese en c a b e z am ien to . C ierto n ú m e ro de cie n tífic o s
sociales han señ alad o la am b ig ü ed ad de esa te rm in o lo g ía y la d ife ­
250 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION
POLITICA NACIONAL Y SIGNIFICADO SITUADO 251

re n te ap licac ió n de los té rm in o s e n d istin to s co n te x to s. M ercer y a e sta b a n cu m p lien d o con el m a n d a to y n o realizaro n n in g ú n


(1 9 7 3 ), B raginsky y B raginsky (1 9 7 1 ), H u rley (1 9 6 9 ) y D e x te r e sfu erzo ad ic io n a l de re c lu ta m ie n to , en la m a y o r p a rte de los p ro ­
(1 9 6 4 ) están de a cu e rd o con re sp e c to al cam p o del re ta rd o m e n tal. gram as se tr a tó de re c lu ta r y em p a d ro n a r n iñ o s severam ente dis­
S c o tt (1 9 6 9 ) a p u n ta al p ro b le m a del significado en el área a p a re n ­ cap acitad o s con m ás e m p e ñ o q u e a n te s del m a n d a to . Se to m ó
te m e n te “ o b je tiv a ” de la ceguera. Szasz (1 9 6 1 , 1970), B ogdan c o n ta c to con organism os especiales, se lan zaro n cam p añ as p u b lici­
(1 9 7 4 ) y m u c h ísim o s o tro s han observ ad o la am b ig ü ed ad y el carác­ ta rias a través de p erió d ico s, rad io s y v o lan tes. A pesar de to d o
te r m e ta fó ric o de la te rm in o lo g ía del área de la e n fe rm ed a d m e n ta l e s to , la gran m a y o ría de los n iñ o s designados c o m o d isc ap a citad o s
y la p e rtu rb a c ió n em o cio n al. ingresaron a trav és de los p ro ce d im ie n to s reg u lares del H ead S tart.
E ran la clase de n iñ o s a los q u e el p ro g ram a siem pre h a b ía a te n d id o .
Lo típ ic o fu e q u e la co n d ició n de “ d isc a p a c ita d o ” fu era asignada
REACCIONES DEL PERSONAL
a los n iñ o s d espués de su e n tra d a en d ich o p rogram a.
E n cie rto n ú m e ro de o casio n es se nos dijo q u e “ tra ta m o s de
Las in stru ccio n es q u e se dieron al p erso n al del H ead S ta rt no e n c o n tra r n iñ o s severam en te d iscap a citad o s, p ero sen cillam en te
e ran precisas en c u a n to a la defin ició n de la d iscapacidad y de sus n o los h a b ía ” . El fracaso de los esfu erzo s especiales te n d ie n te s al
diversas su b ca te g o ría s; n o p o d ía n serlo, en vista de la n atu ra le za re c lu ta m ie n to se pued e ex p lica r e n p a rte p o r el m o d o en q u e re a c­
de esos té rm in o s y de las co n tro v ersias en to m o de ellos. La gran c io n a ro n a esos esfuerzos los organism os c o m u n ita rio s q u e tra d i­
m a y o ría de las personas con las q u e hablam os dijeron q u e q u e d a ­ c io n alm e n te a te n d ía n a los “ d isc a p a c ita d o s” e n a m b ie n te s segrega­
ro n en u n p rin cip io co n fu sas p o r el m a n d a to . “ N o sab íam o s con
dos. V isitam o s a re p re s e n ta n te s de esos organism os com o p a rte
claridad so b re q u ié n e sta b a n h a b la n d o ” y “N o era claro a q u é ‘cla­
de n u e s tro trab a jo de cam po. M uchos so stu v iero n q u e, au n q u e en
se’ de n iñ o se re fe ría el m a n d a to ” , fu e ro n co m e n ta rio s típ ic o s.
g eneral e sta b a n de ac u erd o con la idea de m ezclar n iñ o s discapaci­
A u n q u e el p erso n al m a n ifestó haberse sen tid o in icialm en te insegu­
ta d o s con n iñ o s típ ic o s, se n tía n q u e el H ead S ta rt n o satisfac ía
ro con re sp e c to al significado del m a n d a to , cada u n o sab ía lo que
las n ecesid ad es de los p e q u e ñ o s sev eram en te d iscap acitad o s. La
pen sa b a q u e significaba. A p ro x im a d a m e n te la m itad de los d irec ­
im p o sib ilid ad d el H ead S ta rt de re c lu ta r n iñ o s severam ente disca­
to re s del H ead S ta rt con los q u e h ab lam o s p en sab an que d ic h o m a n ­
p a citad o s p a re c ía e sta r d ire c ta m e n te re la c io n ad a con tales p ersp e c ­
d ato se re fe ría a lo q u e ellos d en o m in ab an n iñ o severam ente dis­
tivas, y ta m b ié n con el m o n o p o lio de la p re stac ió n de servicios
c ap acitad o . En las p alab ras de u n o de los d irec to res, “ N iños q u e
p o r p a rte de p erso n as q u e s u ste n ta b a n esas o p in io n es.
n o p u ed en h ab lar ni ca m in a r” . Los o tro s te n ía n d efin icio n es m ás
O tro fa c to r de im p o rta n c ia en el m ism o fracaso reside en q u e
am plias de la discapacidad. En el o tro e x tre m o de la escala de la
la in c id en cia de las d iscap acid ad es severas en la p o b la c ió n prees-
severidad del m en o sca b o , h a b ía q u ien es so ste n ía n que el m a n d a to
co lar es m u y baja. Son p o co s los niños co n esas características,
se re fe ría a to d o s los n iñ o s de los program as H ead S ta rt. U n d irec­
esp ecialm en te en las co m u n id ad es en las cuales o tro s organism os
to r dijo: “ Q u ieren u n 10 p o r cien to de dis capa citados. D em onios,
tie n e n p ro g ram as bien desarrollados.
n o so tro s te n em o s u n 100 p o r c ie n to ” . La co m p ren sió n del signifi­
cado inicial del m a n d a to y de las in stru c c io n es esp ecíficas tra n sm i­
tidas q u e d ó librada al sen tid o co m ú n de los d ire c to re s del p ro y e c to
TRAZANDO LOS LIMITES
y de su personal.
C o m o ya hem os señ alad o , las ca ra c te rístic a s generales de la
p o b la ció n de los n iñ o s del H ead S ta rt sólo cam bió en té rm in o s m o ­
EN BUSCA DE LOS SEVERAMENTE DISCAPACITADOS
d esto s, si es q u e cam bió en algo, co m o resu ltad o del m a n d ato .
E n vista de q u e los rasgos de esa p o b la c ió n fu e ro n los m ism os del
A u n q u e u n o s p o co s d ire c to re s del program a, a c tu a n d o sobre
añ o a n te rio r, y q u e u n 10 p o r cien to te n ía n q u e ser d efin id o s com o
la base de la defin ició n am plia de d iscap acid ad (según la cu al to ­
d iscap a citad o s, surgió e l p ro b lem a de decidir a q u ién designar con
dos los niños del H ead S ta rt sqn d iscap acitad o s) co n sid eraro n q u e
tal d en o m in a c ió n .
252 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION
PO L IT IC A N A C IO N A L Y SIG N IFIC A D O SIT U A D O 253

D e a cu e rd o con las in stru c c io n e s q u e ac o m p añ a b a n a los p ro g ra­ sidad de d ia g n o stica r y el deseo de n o estig m a tiza r ab sten ién d o se
m as, sólo d e b ía n considerarse p a rte d el 10 p o r cien to re q u e rid o a de co m u n ic ar a los p ad res, al re s to del p e rso n a l y a los organism os
los n iñ o s q u e h a b ía n sido p ro fe s io n a lm e n te d iagnosticados com o c o m u n ita rio s q u é n iñ o s e sta b a n e n las listas de d iscap acitad o s, a
d iscap acitad o s. Para tra ta r de cu m p lir con el m a n d a to , los p ro g ra­ los q u e p o r o tra p a rte n o designaban de esa m anera. E n esos casos,
m as re c u rrie ro n en m a y o r m ed id a a p ro fesio n ales para el ex am en el ser d isca p a c itad o re p re se n ta b a m ás u n asp ecto ad m in istra tiv o
y la evaluación de los n iñ o s. E sto a y u d ó al p erso n al del H ead S ta rt q u e u n a p re o c u p a c ió n p ro g ra m á tic a o un r ó tu lo estig m a tiza n te.
a en c a ra r algunas de las am b ig ü ed ad es in v o lu crad as en el diagnós­ P ero en o tro s pro g ram as las cosas n o se h ic iero n a sí, y fu e ro n desig­
tico de d iscapacidad, p ero n o resolvió el p ro b lem a. A l ex a m in ar a n a d o s com o d iscap acitad o s cierto s p e q u eñ o s q u e en el pasado n o
u n n iñ o , p o r ejem p lo , los p ro fesio n ales a n o ta n en su h isto ria clí­ lo h a b ría n sido. A l visitar algunos c e n tro s, n u e s tro s observadores
nica q u e tien e u n a h ern ia um b ilical, u n p ro b le m a de articu lacio n es e n c o n tra ro n q u e el p e rso n a l no e sta b a seguro de si u n n iñ o d e te rm i­
o u n so p lo card íaco . P ero es el p erso n al el q u e d eb e decidir si esas n a d o e sta b a en la lista o n o . E n o tro s cen tro s, e l h ech o d e q u e
d o len cias son “ d isc a p a c ita n te s” . Los n iñ o s era n designados com o estuviera en la lista h a c ía q u e el n iñ o fu era o b je to de a te n c ió n es­
discapaci+ados p o r el p erso n al del H ead S ta rt, y en ú ltim a in sta n c ia pecial y q u e el p erso n al tu v iera m a y o r co n cien cia de las d ife re n ­
e ra su ju ic io el q u e p revalecía. El p erso n al de d ife re n te s program as cias y n ecesid ad es peculiares de esa c ria tu ra . Para algunos de esto s
d esarro lló sus p ro p ias d e fin icio n e s y las aplicó para satisfacer las n iñ o s, ser d isc a p a c ita d o s” significaba re c ib ir servicios q u e de o tro
exigencias d el m a n d a to . D e m o d o q u e las variaciones en las tasas m o d o n o se les h u b ie ran b rin d a d o . Para o tro s, sólo significaba q u e
de e m p a d ro n a m ie n to de los d iscap acitad o s sólo a d q u iría n se n tid o se los co n o c ía com o ‘ d isca p a c ita d o s” sin q u e re cib ie ran n in g ú n
en rela ció n con los diversos c o n c e p to s de “ d isc ap a cid ad ” , q u e servicio especial. D e m o d o q u e el ser in clu id o en la lista de disca­
cam b iab a n de p ro g ram a a program a. p a c ita d o s p o d ía te n e r diversos efec to s.
La n a tu ra le z a y d isp o n ib ilid ad de los organism os c o m u n ita ­
rios q u e p re sta n servicios a los n iñ o s d iscap a citad o s n o só lo afe c tó
el re c lu ta m ie n to posible p o r p a rte d el H ead S ta rt, sin o q u e tam b ién LO QUE MODIFICO E L MANDATO
d e term in ó las c a te g o rías en las q u e se clasificaba a los n iñ o s. Si,
p o r ejem p lo , u n a co m u n id ad c o n ta b a con u n a clínica bien in sta la ­ Les p re g u n ta m o s a d ire c to re s de cen tro s locales H ead S ta rt si
da de a u d ició n y lenguaje, e x istía la te n d e n c ia a q u e m ás n iñ o s fu e ­ a n te s del m a n d a to h a b ía n ate n d id o a n iñ o s d iscap a citad o s. Casi
ra n clasificados co m o d iscap acitad o s en esa área, p u esto q u e era sin ex c e p c io n e s re sp o n d ie ro n q u e sí, p ero q u e no n ece sariam e n te
p ro b a b le q u e se pidiera a esa clín ica q u e p re stara asistencia especial los h a b ía n visto co m o discapacitados. C u an d o les p re g u n ta m o s a
en la evaluación al p erso n al del H ead S tart. c u á n to s n iñ o s d iscap a citad o s h a b ía n a te n d id o el añ o a n te rio r, c o n ­
i
te staro n q u e estim a r esas cifras era d ifícil, sí n o im p o sib le. Las ra­
zo n es era n q u e “el añ o pasado los n iñ o s n o fu e ro n ro tu la d o s com o
EFECTOS DE LA ROTULACION d isc a p a c ita d o s” , “ a n te s n o separam os a n u e stro s d isca p a c itad o s” ,
h asta h ace p o c o tie m p o la m a y o ría n o e stab a n d iagnosticados
El p erso n al del H ead S ta rt en algunos program as e ra re n u e n te p ro fe s io n a lm e n te ” , e tc é te ra . De m o d o q u e al persona] le re su lta ­
a ro tu la r n iñ o s com o “ d isc ap a citad o s” ; les p re o c u p a b a n las co n se­ b a d ifíc il d e te rm in a r re tro sp e c tiv a m e n te cuáles de los n iñ o s e m p a ­
cuencias d u rad eras de iniciar u n a carrera esco lar con tal estigm a. d ro n a d o s el a ñ o a n te rio r h a b ría n sido clasificados co m o d iscap aci­
T al com o u n m aestro nos d ijo , “ Ya es b a sta n te m alo q u e a e sto s ta d o s de ser re c lu ta d o s en el an o del m a n d a to . E x istía u n a fu e rte
n iñ o s se los co n o zca com o ‘C hicos d el H ead S ta rt’. U no n o q u ie re te n d e n c ia a su b e stim a r ese n ú m e ro .
q u e em p iecen re c ib ien d o dos golpes” . L a m a y o r p a rte del p erso n al de los pro g ram as con el q u e h ab la­
A u n q u e p o d ría h ab er co n fu sió n y ansiedad en c u a n to a la m os e n te n d ía q u e h a b ía c u m p lid o con las reglas del C ongreso:
designación de los p e q u eñ o s, los supervisores del H ead S ta rt s e n tía n esta b a n a te n d ie n d o y h a b ía n d iag n o sticad o com o discapacitada
que d e b ía n realizar esa ta rea p a ra cu m p lir con los re q u e rim ie n to s al 10 p o r c ie n to de su p o b la ció n . E n general, lo q u e n u e stro s o b ­
de W ashington. A lgunos resolvieron la co n tra d icc ió n e n tre la n e c e ­ serv ad o res v iero n in d icab a q u e el p erso n al del H ead S ta rt no reali­
POLITICA NACIONAL Y SIGNIFICADO SITUADO 255
254 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION

m o d o en q u e , al req u erirse a u n a organ izació n q u e preste servicios


zaba n in g u n a tergiversación d e lib erad a al co m u n ic ar las cifras a
a “ tip o s ” esp ecífico s de clientes, ta les tip o s se co n v ierten e n m erca­
W ashington. Se tra ta b a de p erso n as q u e in te n ta b a n en c a rar p ro b le ­
d e ría m ás p reciada, se in te n sific a la c o m p ete n c ia p o r ellos y a u m e n ­
m as de significados y de d efin icio n es, p ro c u ra n d o d esarro llar u n a
tan las tasas oficiales de o cu rre n c ia (B ogdan, 1 9 7 3 ; W allace, 1968).
defin ició n o p e ra tiv a de lo q u e se les h a b ía o rd e n a d o q u e d efin ie­
C uando a u n a o rg an izació n se le pide q u e re c lu te y cense “ tip o s ”
ran y censaran. C om o ya lo h em o s señalado, p arte del p erso n al
p a rtic u la re s de clientes, el p erso n al tien d e a a d o p ta r definiciones
in icialm en te p en só q u e el m a n d a to se re fe ría a los n iñ o s sev eram en ­
m ás am plias, q u e p e rm ita n a b a rc a r a m ás personas d e n tro de la ca­
te m en o scab ad o s, cosa que era co rrecta. P ero al tra ta r de re c lu ta r
te g o ría de q u e se tra te (B ogdan, 1971). Los d a to s so b re los q u e
a tales n iñ o s e n c o n tra ro n p o co s c a n d id ato s, de m o d o q u e red efi-
in fo rm am o s a q u í ta m b ién d em u e stra n q u e u n m a n d a to n a c io n a l
n ie ro n la d iscapacidad p ara p o d e r in c lu ir en la c a te g o ría a n iñ o s
q u e exige el c o n te o de “ tip o s ” p articu la res p u ed e reificar y legiti­
m ás “ típ ic o s ” . A q u ello s q u e a n te rio rm e n te h a b ía n su ste n ta d o de­
m a r c a te g o rías d iagnósticas; por ejem p lo , los n iñ o s q u e tien en
fin icio n es m ás am plias, d esarro llaro n o tra s q u e clarificaban d istin ­
p ro b le m a s p ara q u ed arse tra n q u ilo s se co n v ierten en em o cio n al­
ciones. Se d iscu tiero n las co n secu en cias m o rales de clasificar n iñ o s
m e n te p e rtu rb a d o s, y los n iñ o s q u e e ra n le n to s se c o n v ierten en
co m o d iscap acitad o s. El p erso n al buscó consejo p ro fe sio n a l q u e
retra sa d o s m en tales.
lo a y u d a ra a esclarecer los co n ce p to s. A lg u n o s d esistiero n fru s tra ­
El e stu d io nos p e rm itió p ercib ir la am plia variedad de resp u es­
dos. O tro s (c a d a vez m ás a m e d id a q u e tra n s c u rría el tie m p o ) c o m e n ­
tas, d efin icio n e s y e fe c to s q u e p o d ría g en erar u n a d ete rm in a d a
z aro n a p en sar de d istin ta m a n era sobre los n iñ o s q u e a te n d ía n .
p o lític a n acio n al. P or cierto , en n u e stro e stu d io h ay d ato s q u e su­
U n d ire c to r nos dijo: “N o sa b íam o s q u e te n ía m o s ta n to s d iscapaci­
gieren q u e si se le req u ie re a la g en te q u e cu en te a cierto s “ tip o s ”
ta d o s hasta q u e e m p ezam o s a c o n ta rlo s ” . O tro afirm ó: “ A h o ra de clientes, el re su lta d o es u n a “ ro tu la c ió n ” de p ersonas. Pero se
que el p erso n al tien e u n a idea de cóm o se define al ‘d is c a p a c ita d o ’, ve con claridad q u e el p ed id o de c o n te o tie n e u n a variedad de e fe c ­
se siente có m o d o . Los h an te n id o siem pre, la d efin ició n los c a m b ió ” , tos. A lg u n as perso n as se resisten en érg icam en te a ap licar ró tu lo s
A u n q u e n o e ra n los n iñ o s los q u e c am b iaro n , el p erso n al m o d ificó y e n c u e n tra n m o d o s de llenar los req u e rim ie n to s de p ro d u cció n
sus d efin icio n e s y se vieron a lterad as las id eas q u e re s p o n d ía n al de u n a tasa o ficial ab ste n ié n d o se de estig m atizar. De m o d o q u e
sen tid o co m ú n . L as cifras oficiales so m etid as p o r el H ead S ta rt este e stu d io p re se n ta u n cu ad ro m ás c o m p lica d o y diverso de la
a la co n sid eració n de W ashington re fle jab a n esos cam bios. A sí, ap licación de ró tu lo s, la p ro d u c c ió n de e sta d ístic a s oficiales y la
el m a n d a to tu v o u n e fe c to significativo so b re la tasa oficial de rela ció n e n tre am b o s p u n to s. A u n q u e dirigido hacia to d a s estas
n iñ o s d iscap acitad o s em p a d ro n ad o s, sin q u e se m o d ific a ra n apre- cosas, e stip u la u n p rin cip io de im p o rta n c ia su p rem a p ara los in te ­
ciab lem en te las ca ra c terística s de la p o b lació n a la q u e se p restab a n resad o s en la te o ría sociológica y su relació n con las p o lític a s p ú ­
servicios. blicas.
A l p rin cip io de este a rtíc u lo citam o s u n in fo rm e al C ongreso
(U .S . D e p t. o f H ealth , E d u c a tio n , a n d W elfare, 1 974), según el
CONCLUSION
cu al el 10,1 p o r cien to de los n iñ o s del H ead S ta rt h a b ía n sido
p ro fe sio n a lm e n te d ia g n o sticad o s co m o d iscap acitad o s, y el n ú m e ­
A m ed id a q u e el m a n d a to p asaba al m u n d o del sen tid o c o m ú n ,
ro de n iñ o s d iscap a citad o s em p a d ro n a d o s se h a b ía d u p licad o a p ro x i­
su in te n c ió n inicial se p e rd ía o tra n sfo rm a b a en el curso de u n
m a d a m e n te desde el añ o a n te rio r. H em o s señalado la gran d isp ari­
p ro ceso co m p lejo m e d ian te el cu al las p erso n as d iscern iero n , o rd e ­
dad e n tre tales d a to s y los n u e stro s. La d iferen cia se p ro d u c e p o r­
n a ro n y re o rd e n a ro n sus p ro p io s m u n d o s. N u e stra p re o c u p a c ió n
q u e la e n c u e sta so b re la q u e se in fo rm a al C ongreso n o considera
n o ha sido la de c o n c e n tra rn o s en los e fe c to s del m a n d a to so b re
p ro b le m á tic o el té rm in o “ d is c a p a c ita d o ” n i sus diversas subcate-
los n iñ o s, au n q u e ésta es u n a cu estió n im p o rta n te , sino en sus c o n ­
g o rías, ni ta m p o c o c u e stio n a el p ro ceso de c o n te o de los d iscap a­
secuencias p ara los investigadores, los e lab o ra d o re s de p o lític a s,
citad o s, te m a s q u e a n o s o tro s n o s in te resa ro n esen cialm en te. El
los p ro fesio n ales y los e stu d io so s universitarios.
h e c h o de q u e da p o r sen tad a la te rm in o lo g ía y de q u e no le p re o c u ­
Los re su lta d o s esp ecífico s de n u e stro e stu d io tie n e n ap lica­
pa la n a tu ra le z a social de la p ro d u c c ió n de tasas oficiales de desvia­
ción general. E n p rim er té rm in o , pro v een u n a clara ilu strac ió n del
_56 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION

ción llevó a la O ficin a de D esarro llo del N iñ o a fo rm u la r p re g u n ta s


que fo rz a ro n al p erso n al d el H ead S ta rt a p ro p o rc io n a r c o n teo s
e sp ecífico s de los n iñ o s d iscap acitad o s, a veces a pesar de su m e jo r
ju ic io e n co n tra rio . . .
La m a y o r p a rte de los estu d io s sobre el e fe c to de las decisio ­
nes p o lític a s nacionales o e sta d u a le s n o ex am in an la cu estió n del
significado n i la m a n u fa c tu ra de e sta d ístic a s oficiales. E sto es p a rti­ C apítulo 12
c u larm en te cierto re sp e c to de los estu d io s q u e se c e n tra n en c a te ­
g o ría s tales co m o “ el d esem p lead o re s is te n te ” , “ las personas m a y o ­ D EFEN D IEN D O ILU SIO NES*
re s ” y, m ás re c ie n te m e n te , “ los p ad res q u e m a ltra ta n a los n iñ o s . LA LUCHA DE LA INSTITUCION PO R LA SUPERVIVENCIA
Lo q u e parece su b ray arse es el gran ta m a ñ o de la m u e stra, adem ás
de “ los h e ch o s” . L os in tere sa d o s en los e fec to s de las p o lític a s n a­
cionales, ta n to en el nivel te ó rico com o en el ap licad o , con fre ­
cuencia co m p re n d en p o co e l m o d o en q u e tales p o lític a s e n tra n en
la tra m a de in tera cc ió n de sus p ro p ias actividades, e in flu y en sobre
la p ro d u c ció n de tasas oficiales de desviación. H em os tra ta d o de
.' "p n rd o n a r algún grado de co m p re n sió n so b re d ic h o proceso,
\ iL in teresar .i i'iio s en n u e s tro en fo q u e.

P or d efin ició n , to d a s las o rg an izacio n es tie n e n m e ta s y e s tru c ­


tu ra s form ales. Siguiendo la tra d ic ió n w eberiana (W eber, 1947),
hasta h ace p o co tie m p o los c ie n tífic o s sociales su b ray aro n los ele­
m e n to s in stru m e n ta le s de las o rg an izacio n es form ales. E stas o rg a­
n izacio n es han sido c o n ce p tu aliza d a s co m o e s tru c tu ra s racio n ales
o rie n ta d a s hacia la p ro secu ció n de las m e tas e sta tu id a s (B lau y
S c o tt, 1962; E tz io n i, 1962). P or ejem p lo , Blau y S c o tt (1 9 6 2 ,
pág. 1) d efin e n la organ izació n c o m o u n a u n id a d social c o m p u esta
p o r personas q u e tra b a jan ju n ta s p ara alcan zar fin es com unes. Vis­
tas desde esta perspectiva, las m e tas d efin e n el p ro p ó sito de la
o rg an iz ació n , la razó n de su ex isten cia , m ien tras q u e las e s tru c tu ­
ras fo rm ales re p re se n ta n los m edios racio n ales u tiliz a d o s p ara lo ­
grar aquellas m etas.
N o o b s ta n te , cada vez m ás los sociólogos y an tro p ó lo g o s han
co m e n z a d o a dirigir su a te n c ió n hacia la n atu ra lez a sim bólica de
las m e ta s o rg an izacio n ales y de las e stru c tu ra s fo rm ales (B ittn e r,
1964; Ja co b s, 1969; K am ens, 1 9 7 7 ; M eyer y R o w an , 1977). Las
m e tas o rg an izacio n ales ju s tific a n la ex isten cia de la organización
y dan a los m iem b ro s u n a idea d el se n tid o de sus actividades (Jaco b s,

•Stev en T ay lo r y R o b ert Bogdan. Este artícu lo apareció originalmente


en Human Organization, N o. 39 (3), págs. 2 0 9 -2 1 8 ,1 9 8 0 .
258 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION
DEFENDIENDO ILUSIONES 259
1969). Las e s tru c tu ra s fo rm ales re p re se n ta n u n m e d io para o s te n ­
ta r la resp o n sab ilid ad y rac io n alid ad de la o rg an iz ació n (M eyer y na es la am bivalencia e incluso la h o stilid ad e n tre los d ife re n te s
R o w a n , 1977, pág. 3 4 4 ). De m o d o q u e las m e tas o rganizacionales niveles d el p erso n al: el p erso n a l de sala q de a te n c ió n , p o r u n a p ar­
y las e s tru c tu ra s fo rm ales a c tú a n co m o m ito s leg itim an te s e m p le a ­ te, y los fu n cio n ario s de la in s titu c ió n , p o r la o tra. Los fu n cio n a -
dos p ara o b te n e r el a p o y o del p ú b lic o e x te rn o del q u e las o rg an iza­ n o s c o m p a rte n cierto s asp ecto s q u e los d istin g u en de los o tro s
ciones d ep en d e n para su supervivencia. P or eje m p lo , las m etas niveles: su trab a jo n o in v o lu cra u n c o n ta c to d ire c to c o tid ia n o con
y las e s tru c tu ra s fo rm a le s de las u niversidades e stán d e stin a d as a los resid en tes, sus id e n tid a d e s y carreras p ro fesio n ales están e n tra m a ­
legitim ar la idea de q u e los e stu d ia n te s han a d q u irid o las e x p e rie n ­ das en el tra b a jo con gente (G o ffm a n , 1961, pág. 7 4 ), su fo rm ac ió n
cias e d u ca cio n ales necesarias p ara el d esem p eñ o de cierto s ro les acad ém ica les ha in c u lc a d o u n a id e o lo g ía de servicio a la h u m a n i­
en la so cied ad (K am ens, 1 9 7 7 ).. dad y, com o el n o m b re de “ p o rta e s ta n d a rte ” lo sugiere, rep re sen ­
T o d a o rganización e n fre n ta la p o sib ilid ad de q u e sus m ito s ta n a la o rg an iz ació n en sus rela cio n es con el m u n d o e x te rio r.
leg itim an te s estallen . H ay u n a zona de so m b ra e n tre lo q u e las ,.P. ^ o r c ie rt0 ’ los p ro fesio n ales y a d m in istra d o re s de la in stitu c ió n
o rganizaciones dicen q u e h acen y las cosas en las q u e re alm en te difieren e n tre s í de a c u e rd o con sus resp o n sab ilid ad es y p o sicio ­
se c o m p ro m e te n : e n tre las m e ta s p o r las q u e ab ogan y sus p rá c ti­ nes en la je ra rq u ía . N o o b sta n te , a n o s o tro s n o s in teresa lo q u e
cas cotid ian as. Los e stu d io s so b re org an izacio n es de servicios h u ­ íenen en co m ú n en sus persp ectiv as y e n sus re a ccio n es al m u n d o
m an o s revelan u n a gran d iscrep an cia e n tre el m ito fo rm al y la reali­ e x te rio r. A sim ism o, a u n q u e n o so sten em o s q u e esas p erspectivas
dad: los h o sp itales p siq u iá trico s n o curan, las clínicas n o vivifican, y re ac cio n es sean c o m p a rtid a s p o r to d o s los p o rta e sta n d a rte s, p o s­
las escuelas re fo rm a to rio n o p ro te g e n , los c e n tro s de lucha c o n tra tu lam o s q u e ellas cara cterizan las o p in io n es d o m in an tes de aq u e­
llos q u e h em o s estu d iad o .
la d ro g ad ic ció n no re h a b ilita n y los pro g ram as de e n tre n a m ie n to
p ara el tra b a jo n o e n tre n a n .1 , ,+E ste ^Ltudlj ° ^ basa en m é to d o s cu alitativ o s y p ro ce d im ie n to s
E ste a rtíc u lo tra ta sobre u n tip o de o rganización q u e está em ­ a n a lític o s (B ogdan y T ay lo r, 1975). Las fu e n te s de los d a to s son
b arc a d a en u n a lucha p o r la supervivencia: se tra ta de las in s titu ­ am p lias y diversas. U na de las prin cip ales fu e u n a e x te n sa observa­
ciones p a ra “re ta rd a d o s m e n ta le s” , d en o m in ad as “ escuelas estad u a- ción p a rtic ip a n te en in stitu c io n e s del n o rd e ste (las Escuelas E stadua-
les” . T al com o se em p lea la p ala b ra en este a rtíc u lo , “ in s titu c io n e s ” C e^ tra l, C o rn ersto n e, E astern y E m p ire )2 realizad a p o r los au ­
significa “ in stitu c io n e s to ta le s ” , en el se n tid o de G o ffm an (1 9 6 1 , to re s y p o r o b serv ad o res alu m n o s e n tre 1970 y 1979. Tres de esas
pág. xiii). in stitu c io n e s estab a n u b icad as en u n m ism o E sta d o , y u n a cu a rta
N os in teresa a q u í e l m o d o en q u e los p o rta e sta n d a rte s de la o r­ en o tro ; tres eran antiguas, estab lecid as a fines del siglo pasado
ganización (p ro fesio n ales y fu n c io n a rio s q u e o c u p an posicio n es m ien tra s q u e la cu a rta era u n a in stitu c ió n nueva, erigida en la d é­
a d m in istrativ as) m an ejan la d iscrep an cia visible e n tre m e tas y p rá c ­ cada de 1970: tres e sta b a n u b icad as en ciudades p eq u eñ a s, y la
ticas. E n tre los p ro ta g o n istas de n u e stro estu d io se cu e n ta n p e rso ­ cu arta en u n área u rb an a. En los m o m e n to s e n q u e fu e ro n e stu d ia ­
nas con los títu lo s de d ire c to r (s u p e rin te n d e n te ), d ire c to r asiste n ­ das, la p o b la c ió n de estas in stitu c io n e s iba desde p o c o m ás de 250
te, fu n c io n a rio com ercial, je fe de servicio (a d m in istra d o r de nivel h asta a p ro x im a d a m e n te 3 3 0 0 resid en tes.
m e d io ) y líd e r de e q u ip o (a d m in istra d o r de nivel bajo). E n A s y lu m s , T am b ién hem os u tiliz ad o d a to s de observación p a rtic ip a n te
G o ffm a n (1 9 6 1 ) describ e la d istin ció n ríg id a e n tre el p erso n al de recogidos p o r o b serv ad o res alu m n o s en siete escuelas estaduales
la in s titu c ió n y las p erso n as albergadas. L o q u e G o ffm an n o e x a m i­ adicio n ales u b icad as en el E sta d o m e n cio n ad o e n p rim er té rm in o
D el m ism o m o d o q u e E astern , E m p ire, C o rn e rsto n e y C en tral
estas escuelas e sta d u a les eran co n sid era b lem en te diversas e n tre sí
1 Carol Weiss (1 9 7 2 , pág. 11) sostiene: “ lo más frecuente es qu e los resul­
en c u a n to a tam añ o , a n tig ü ed ad y área geográfica. A u n q u e estos
tados de las investigaciones evaluativas revelen pocos cambios positivos” . V éan­
d a to s n o s p e rm itie ro n generalizar n u e stro s hallazgos, n o basam os
se los estudios de G offm an (1961), W iseman (1 9 7 0 ), G ubrium (1 9 7 5 ); Bogdan
y o tro s (1 9 7 4 ), Scott (1 9 6 9 ), R o th (1 9 7 1 ) y Kleinm en y otros (1 9 7 7 ). Véanse n in g u n a co n clu sió n ex clu siv am en te e n los d ato s reco g id o s p o r o tro s.
tam bién críticas históricas recientes tales com o las de P latt (1 9 6 9 ) y R o th A d em ás, u n o de n o so tro s, em p lean d o u n e n fo q u e de obser-
(1 9 7 1 ), adem ás de Piven y Cloward (1971) y Szasz (1970). 2
Todos los nom bres em pleados en este artícu lo son seudónim os.
METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION DEFENDIENDO ILUSIONES 261
260

vación p a rtic ip a n te , visitó o tra s 11 in stitu c io n e s de o tro s 5 E sta d o s, in stitu cio n e s. En segundo lugar consideram os la m an era en q u e
u n a en u n te rc e r E sta d o del N o rd este, u n a en un E stad o d el O este, los a d m in istrad o re s m an ejan las rela cio n es con el m u n d o ex te rio r.
dos en u n E sta d o del C e n tro o e ste , tre s en u n E sta d o del Sur, cu atro E n te rc e r té rm in o , describim os los in fo rm es y defensas u tiliz ad o s
en u n E sta d o del c e n tro de la co sta a tlán tic a . T res de estas in s titu c io ­ po r los p o rta e sta n d a rte s cu an d o e n fre n ta n la c rític a e x terio r.
n es fu e ro n reco rrid as en 1979; las re sta n te s, en 1980.
T o d a s las o b serv acio n es p artic ip a n te s, realizad as p o r n o s o tro s
m ism os o p o r o tro s , se c e n tra ro n en la vida en las salas de estas EL ATAQUE DESDE AFUERA
15 in stitu c io n e s (véase B ogdan y o tro s, 1974; T ay lo r, 1977). N o
o b sta n te , ta m b ié n se llevaron a cabo e n trev istas sem ifo rm ales con Las escuelas estad u ales p a ra re ta rd a d o s m en tales son o b je to de
p o r lo m enos u n o y u su alm e n te con varios fu n cio n a rio s de a lto n i­ c rític a desde hace unos quince años. T odas las o rg an izacio n es son
vel de cada in stitu c ió n . A sim ism o, fu e típ ic o q u e n o s o tro s y los criticad as en u n m o m e n to u o tro . Lo que distingue en este asp ecto
ob serv ad o res alu m n o s fu éram o s llevados a re c o rre r las in s titu c io ­ a las escuelas estad u ales es que la c rític a provino de u n a gam a de
nes p o r fu n cio n ario s, a n tes de q u e em p ezáram o s a o b serv ar la vida fu e n te s resp etab les, tu v o u n a am p lía difusión y puso en cuestión
en las salas. E n varias in stitu c io n e s, in fo rm a m o s sobre n u e stro s la legitim idad de la e x isten cia m ism a de las in stitu c io n e s com o
re su ltad o s a los fu n cio n a rio s, al co n clu ir el p e río d o de o b servación. org an izacio n es de servicio.
En la E m p ire, p o r ejem p lo , nos reu n im o s con los a d m in istra d o re s
p ara d isc u tir las observaciones de 15 o b serv ad o res alu m n o s g rad u a­
dos, cad a u n o de los cuales pasó 6 d ía s co m p le to s viviendo e n la Denuncias
in stitu c ió n . D esde luego, en esas o casiones registram os c u id a d o sa­
m e n te las reaccio n es de los fu n cio n a rio s a n u e stro s hallazgos y A lo largo de su h isto ria, las escuelas estad u ales n o han sido
observaciones. in m u n e s a la c rític a pública. Un nuevo y sostenido asalto se inició
U na segunda fu e n te de d ato s la c o n s titu y e n los d o c u m e n to s a m ed iad o s de la década de 1960, cu an d o el senador R o b e rt K en ­
y m a teria les escrito s: fo lle to s, e n u n ciad o s de p o lític a s, c o m u n ic a ­ n e d y realizó visitas sorpresivas a cie rto n ú m ero de escuelas e sta d u a ­
ciones in te rn a s, e s ta d ístic a s y p erió d ico s de la in s titu c ió n p ara sus- les de E stad o s d el N o rd este. La in d ig n ació n de K e n n ed y p o r lo q u e
c rip to res. E n algunas ocasiones o b tu v im o s re sp u e sta s escritas de observó tu v o difusión en escala n acio n al y colocó a los fu n c io n a rio s
los ad m in istrad o re s a la c rític a p ro v en ie n te del ex te rio r. in stitu c io n a le s en u n a p o sició n defensiva de la que n u n c a han p o d i­
O tra fu e n te es la in fo rm ació n pú b lica, p o r ejem p lo los regis­ d o em erger. K e n n ed y re c o rrió u n a de las escuelas estad u ales que
tro s trib u n alicio s y los a rtíc u lo s de diarios. C u an d o n u e stra ú n ica to m a ro n p a rte de este estu d io , y fue citad o com o sigue en T h e
fu e n te de d ato s fu e la in fo rm ació n p ú b lica, nó tra ta m o s de o c u l­ N e w Y o r k T im es: “ He sido so rp ren d id o y e n triste c id o p o r lo que vi
ta r los n o m b re s de las in stitu cio n es. allí... H ay n iñ o s deslizándose hacía la confusión to ta l y la d e p e n ­
F in a lm e n te , pasam os cierto tie m p o con los a d m in istra d o re s dencia de p o r v id a ” .
y p ro fesio n ales en convenciones anuales de profesio n ales, re u n io ­ P o co d espués de la d e n u n cia de K e n n ed y , B la tt y K aplan
nes sociales y o tro s e n cu e n tro s. C on frecu en c ia esos c o n ta c to s co n s­ (1 9 7 4 ), el p rim ero u n re sp e ta d o especialista del cam po del re ta rd o
titu y e ro n las m ejores fu e n te s de d a to s acerca de las perspectivas m e n tal y el segundo fo tó g ra fo , p u b licaro n o tra d en u n cia basada
de los ad m in istrad o res. en fo to g ra fía s to m ad as sec reta m e n te e n las salas traseras de escue­
En la sección siguiente describim os los a c o n te c im ie n to s que han las e sta d u ales de cierto n ú m e ro de E stados del N o rd este. Su lib ro ,
p u e sto a p ru eb a la legitim idad de las escuelas estad u ales p ara re­ C hristm as in P u rg a to ry, p in ta la degradación, el m a ltra to y la es­
ta rd a d o s. E l resto d el a rtíc u lo está d ed icad o al m o d o en q u e los cualidez; u lte rio rm e n te c o n s titu y ó la base de un a rtíc u lo que a p a ­
p o rta e sta n d a rte s in stitu c io n a les desarrollan u n a m anera de v er el re c ió en L o o k , a rtíc u lo éste q u e m ereció la m a y o r re sp u esta de
m u n d o y estrategias p rácticas para m a n ejar la d iscrep an cia e n tre los le c to re s en la h isto ria de esa revista.
m e tas y logros. P rim ero m o stra m o s c ó m o se ha d esarro llad o u n La década de 1970 presen ció u n a ta q u e fro n ta l a las escuelas
c o n ju n to de m itos leg itim an tes para ju stific a r la e x isten cia de las e sta d u a les bajo la fo rm a de d en u n cias en los m edios de com uni-
262
METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION DEFENDIENDO ILUSIONES 263

cación social. L a ex p o sició n de G erald o R ivera (1 9 7 2 ) sobre la del d añ o . El ju e z Ju d d , el ju e z fe d e ral del que se tra ta , e n c o n tró
E scuela E sta d u a l W illo w b ro o k de S ta te n Island, N ueva Y o rk tu v o que las co n d icio n es en W illo w b ro o k eran “ in h u m a n a s” y to m ó n o ­
una d ifu sió n de nivel nacional. F rag m en to s de u n a p e lícu la to m a d a ta de “ u n fracaso en la p ro tec c ió n de la seguridad físic a de los...
en la in stitu c ió n fu e ro n ex h ib id o s u lte rio rm e n te en el S h o w d e niños, y d e te rio ro m ás bien q u e m e jo ría d espués de la in te rn a c ió n
a- , e tt' n casi to d o s los E sta d o s del p a ís h an ap a re cid o en los en la E scuela E sta d u a l W illo w b ro o k ” . U na co rte que d ic tó se n te n ­
m ed io s d e n u n c ia s sim ilares.
cia en el caso de H a ld erm a n versus E scuela E sta d u a l P en n h u rst,
en P ennsylvania, cu estio n ó la legalidad de la e x isten cia m ism a de
in stitu c io n e s to ta le s segregadas para re ta rd a d o s m entales. En esta
El movimiento del consumidor
sen ten c ia, que h a sido m o d ific ad a p o r trib u n a le s de nivel su p erio r
y aú n está en ap elació n , el ju e z d e d istrito fed eral R a y m o n d B ro-
La p rim era o rganización n acio n al de p ad res de re ta rd a d o s m e n ­ d erick o rd e n ó al E stado de P ennsylvania q u e creara altern ativ as
tales fue fu n d a d a h acia 1950. D esde e n to n c e s los a g ru p am ien to s co m u n ita rias para to d o s los re sid e n te s en P e n n h u rst y que e fe c ti­
de padres en to d o el te rrito rio de los E stad o s U n id o s son cada vez v am en te cerrara esa escuela, co n sid era d a co m o u n a “ in stitu c ió n
m as activos en la d e m an d a de servicios de calidad p ara sus hijos típ ic a ” en la causa. Juicios análogos se reg istra ro n o fu e ro n gana­
M ientras q u e en u n a épo ca los p ro g en ito res c u m p lían fu n c io n e s dos en u n a gran can tid ad de E stad o s, e n tre ellos M innesota, N ebras-
de v o lu n ta rio s en las in stitu c io n e s (p o r ejem p lo , p atro c in a n d o la ka, T ennessee, F lo rid a , K e n tu c k y , M ichigan, V irginia O ccid e n tal,
v enta de p ro d u c to s h o rn e a d o s) en la ac tu alid ad es m ás fre c u e n te C o n n e c tic u t, M aine, R h o d e Island, M assachusetts, D a k o ta del N o r­
que ac tú e n co m o guardianes. E n la m a y o ría de los litigios in s titu ­ te, N ueva Jersey y o tro s.
cionales reg istrad o s en to d o el país, las org an izacio n es de padres
han sido a c to re s d em an d an te s. L a d écad a de 1970 ta m b ié n p re se n ­
cio el d esarrollo de o rganizaciones de las pro p ias p erso n as reta rd a-- La legislación federal
as, la m ás n o ta b le, P eo p le F irst ( “ las personas p rim e ro ” ) inició
su activ id ad en O regon y ah o ra tiene c a p ítu lo s en cie rto n ú m e ro A g u ijo n ead o p o r la am plia p u b licid ad negativa que a fe c tó a
de E stados. T al com o im p líc ita m e n te lo p ro p o n e su n o m b re , P e o ­ estas in stitu c io n e s en to d o el p aís, el C ongreso de los E stad o s U n i­
p le r i r s t ha d e m a n d a d o que se aseguren a los re ta rd a d o s los m is­ dos p ro m u lg ó u n a larga serie de leyes d estin ad as a m e jo ra r las ins­
m os d erech o s y privilegios de q u e gozan los o tro s m iem b ro s de la titu c io n e s e x iste n te s o a crear altern ativ as co m u n itarias. E n tre
sociedad.
estas leyes se d estacan la Sección 5 0 4 del A c ta de R e h ab ilitació n
de 1973, q u e o rd e n ó n o discrim in ar en p erjuicio de personas dis­
capa citad as; el A cta de A sisten cia a los D iscap acitad o s p o r R a zo ­
La extensión del Movimiento de los Derechos Civiles
nes de D esarro llo y D eclaración de D erechos de 1975, que p ro p o r­
cionó fo n d o s a los E sta d o s p ara b rin d a r servicios a los re ta rd a d o s
H acia fines de la d éca d a de 1960, el in te rés p ú b lic o y los ab o g a­ m e n ta le s; el T ítu lo X IX de la legislación M edicaid, que, e n tre o tra s
dos de los d erech o s civiles co m en zaro n a dirigir su ate n c ió n hacia cosas, destin a im p o rta n te s subsidios a los E sta d o s para fin a n c iar
la situ a c ió n de los re ta rd a d o s. Sus esfu erzo s d iero n p o r resu ltad o servicios in stitu c io n a les y co m u n ita rio s para los re ta rd a d o s, y la
u n a larga sen e de a p la sta n te s victorias legales. En el ju ic io de W v a tt ley 9 4 -1 4 2 que d isp o n e una “ ed u cació n pública ap ro p ia d a g ratu i­
versus S tic k n e y , u n h ito legal en el E stad o de A lab am a, en el año t a ” p ara to d o s los n iñ o s d iscap acitad o s, incluso p ara los m ás seve­
1972 un ju e z de d istrito fe d eral e stip u ló que los re ta rd a d o s m e n ­ ra m e n te m en o sca b ad o s y para los resid en tes en in stitu cio n es. El
tales in stitu c io n a liz a d o s tie n e n el d e rec h o c o n stitu c io n a l de reci­ te stim o n io legislativo en to rn o de la sanción de cada u n a de estas
bir tra ta m ie n to (en las co n d icio n es “ m enos re stric tiv a s” es decir leyes p e rm ite ad v ertir la e x iste n c ia de u n a aguda conciencia en el
m as n orm aies). En W illow brook, o tro ju e z fed eral d ic ta m in ó en C ongreso so b re la situ a ció n de las p erso n as in stitu cio n alizad as.
R S A C versus R o c k e fe lle r que las personas resid e n te s en es­
tas in stitu c io n e s tie n e n el d erec h o c o n stitu c io n a l de ser p ro teg id as
264 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION DEFENDIENDO ILUSIONES 265

Las perspectivas de la ciencia social


LA TRANSFORMACION SIMBOLICA DE LAS INSTITUCIONES

T ra d ic io n a lm e n te , el cam p o del re ta rd o m e n ta l o, según la Ha sido tra d ic io n a l q u e para ju stific a r la ex iste n cia de escu e­
designación m ás co n o cid a, de la “ d eficiencia m e n ta l” , ha estad o las estad u ales p ara re ta rd a d o s m e n ta le s se re cu rriera a u n o o m ás
d o m in a d o p o r las perspectivas m édica y psicológica. Sin em b arg o , de tres m ito s leg itim an te s (D avis, 1959; K an n er, 1 9 6 4 ; S arason y
desde co m ien zo s de la década de 1960 las perspectivas de la ciencia D oris, 1959; W olfensberger, 1975; véanse ta m b ié n los a rtíc u lo s
social h an d esem p e ñ ad o u n im p o rta n te p apel en la fo rm a c ió n de de los fu n d a d o re s del m o d e lo in stitu c io n a l m o d e rn o , in c lu id o s en
la o p in ió n p ro fesio n al sobre el tem a. Los estu d io s de B raginsky R o sen y o tro s , 1976). En p rim er lugar, c o m o la d en o m in ació n
y B raginsky (1 9 7 1 ), G o ffm a n (1 9 6 1 ), T izzard (1 9 7 0 ), V ail (1 9 6 7 ) “ escuelas e sta d u a le s” lo sugiere, estas in stitu c io n e s han sido erigi­
y W olfensberger (1.975), to d o s los cuales, elab o rad o s a p a rtir de das co m o c e n tro s de e n tre n a m ie n to y e d u ca ció n para los re ta rd a ­
perspectivas sociológicas o an tro p o ló g ic a s, a p u n ta n a los e fe c to s dos m o d era d o s. La ed u c a c ió n y el e n tre n a m ie n to se d efin iero n n o
desh u m an izan te« de la in stitu c io n a liz a c ió n , son am p liam en te c o n o ­ ta n to en té rm in o s de in stru c c ió n esco lar com o de disciplina m o ral
cidos y re sp e ta d o s e n tre los p ro fesio n ales e investigadores del cam po y tra b a jo in te n so , sin q u e se e x c lu y e ra el c u id ad o de los d iscapaci­
del re ta rd o m e n tal. D e las perspectivas de la ciencia social p ro v ie­ ta d o s severos. E n segundo té rm in o , las in stitu c io n e s se han legiti­
ne el p rin cip io de la n o rm aliza ció n , desarro llad o p rim e ram e n te en m ado c o m o en cargadas de la cu sto d ia de los re ta rd a d o s severos
E scandinavia, y d ifu n d id o en los E sta d o s U nidos p o r W o lfen sb er­ y p ro fu n d o s y de los d iscap a citad o s m ú ltip les. A lgunas in s titu c io ­
ger (1 9 7 2 ). La im p o rta n c ia del p rin cip io de n o rm aliza ció n reside nes fu e ro n fu n d a d a s co m o asilos de cu sto d ia o e n fe rm e ría s para
en que a rtic u la u n a filo so fía y u n e n fo q u e altern ativ o s y claros, su jeto s in cap aces de m ovilizarse p o r sí m ism os. P or ejem p lo , Em -
en re e m p laz o de la p ráctica de segregar a las personas re ta rd a d a s pire, creada a fines del siglo X IX , se d en o m in ó in icialm en te “ A silo
en in stitu c io n e s congregantes.
E sta d u a l de C u sto d ia E m p ire para Id io ta s In e d u c a b le s” . T o d a s las
Los p o rta e sta n d a rte s in stitu c io n ale s de este e stu d io n o sólo in stitu c io n e s, con in d e p e n d e n c ia de sus fines originales, fin alm en te
tie n e n plena co n cien cia de las c rítica s re cie n tes a la vida de las desarro llaro n d e p a rta m e n to s de cu sto d ia p ara el cu id ad o de los
in stitu cio n e s, sino q u e ellos m ism os e n fre n ta ro n la c rític a del e x ­ resid e n te s severam ente discap acitad o s. F in a lm en te , las escuelas
te rio r. C on u n a posible e x cep ció n , to d a s estas escuelas esta d u a le s estad u ales se han ju stifica d o com o o rganism os de c o n tro l social.
han sido o b je to de d en u n cias públicas en la década de 1970. E n A g u ijo n ead as p o r el m o v im ie n to eugenésico de fines de siglo, m u ­
algunas se realizaro n investigaciones in d e p e n d ie n tes especiales chas in stitu c io n e s fu e ro n fu n d a d a s para segregar a los reta rd a d o s,
sobre m u e rte s cu estio n ab le s y co n d icio n es abusivas. Por lo m en o s en especial a los “ débiles m e n ta le s de a lto g ra d o ” , y de ta l m anera
c u a tro fu e ro n so m etid as a ju icio s, en ta n to q u e otras h an sido a ta ­ im p e d ir la p ro liferació n en la p o b lació n de los se d ice n tes genes
cadas por grupos legales o de am p aro . E n la E scuela E sta d u a l E m p ire , d efe c tu o so s asociados con el d elito , la d eb ilid ad m e n ta l y la dege­
fu e ro n d e te n id o s hace u n o s añ o s 2 4 m iem b ro s del p e rso n a l de n erac ió n . A sí, la Escuela E sta d u a l C en tral, se estab leció d u ra n te
a te n c ió n acusados de ser resp o n sab les de abusos, com o resu ltad o la ú ltim a p arte del siglo X IX com o “ A silo E sta d u al de C ustodia
de u n a investigación realizad a p o r u n p o lic ía esta d u a l e n c u b ie rto , para M ujeres D ébiles M entales en E d a d de P ro c re a r” .
que se h izo pasar por em p lead o de a te n ció n d u ran te un año. E sto s E n el p e río d o m o d e rn o (u lte rio r a la S egunda G uerra M undial)
hechos arro ja ro n a las escuelas estad u ales a u n a lucha p o r la exis­ las escuelas esta d u a les h an te n id o co m o m ito s leg itim an te s la e d u ­
te n cia, que u n c o m e n ta d o r (W olfensberger, 1975) ha d en o m in a d o cación de los re ta rd a d o s m á s m o d e ra d o s y la cu sto d ia de los dis­
la a g o n ía del m o d elo in s titu c io n a l.3 c ap a cita d o s m ás severos. C on el d e b ilita m ie n to del m o v im ien to
eu genésico en la década de 1920, el c o n tro l social dejó g ra d u a l­
Obsérvese qu e las críticas a las escuelas estaduales no han exigido sim ­ m en te de servir com o m ito leg itim an te . H acia el fin al de la Segunda
plem ente la liberación de los retardados m entales recluidos en Jas in stitu cio ­ G u erra M undial, los p ro fesio n ales y fu n c io n a rio s de las in s titu c io -
nes, sino tam bién la provisión de servicios en pequeños escenarios hogareños
con program as, trabajo y actividades sociales desarrollados en el seno de la
nitarios se encuentran en el Este de N ebraska y en la región M acomb-O akland,
com unidad. En segundo lugar, los m u y publicitados sistemas de servicios com u-
de M ichigan.
266
METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION DEFENDIENDO ILUSIONES 267

- e s an siab an q u e su posición n o diera pie a n in g u n a co n fu sió n con tas a la c rític a del e x te rio r, p ro v en ie n te de e stra d o s ju d iciales, p e rio ­
cu alq u ier p ro lo n g ac ió n lógica de las p o lític a s eugenésicas de la distas, p ro fesio n ales o p adres, es a p a re n te m e n te m ás p ro b ab le que
A lem ania nazi.
suscriban un m o d e lo basado en el desarrollo. Las ubicadas en áreas
H asta hace p o c o tie m p o , la in s titu c ió n m o d e rn a se legitim ó rem o tas es m ás p ro b ab le q u e se a fe rre n a los e le m e n to s de un m o d e ­
p re se n tá n d o se co m o un lugar en el cual se p ro p o rc io n a a los re ta r­ lo m é d ic o o de c u sto d ia trad icio n a l. Sin em b arg o , n u e stro s d a to s
d ad o s u n cu id ad o y tra ta m ie n to s benig n o s. L os c rítico s, n o o b s ta n ­ no avalan u n a explicación lineal sim ple. Lo im p o rta n te es q u e to ­
te , han h e ch o esta llar esta im agen. T al co m o surge fe h a c ie n te m e n te das las in stitu c io n e s se están m o v ien d o en la m ism a dirección.
de d en u n cias publicas, investigaciones de estu d io so s, p ru eb as tri-
bunalicias y c rític a s de p ro fesio n ales, las escuelas esta d u a le s n o han
p ro p o rc io n a d o e d u ca c ió n ni cu id ad o h u m a n ita rio . A n tes q u e e d u ­
car, la in s titu c ió n d eb ilita ; en lugar de p ro p o rc io n a r cu id ad o , so m e­ Las metas
te a abusos. De m o d o crecien te , algunos c rític o s n o se c o n fo rm a n
con señalar una d iscrep an cia e n tre las m e tas y las co n d icio n es rea­ M uchas de las in stitu cio n e s de este estu d io se d en o m in a ro n
les; ellos so stie n e n q u e la in stitu c ió n , p o r su n a tu ra le z a m ism a es o rig in alm en te “ asilos” . U n p o c o a n tes de p rin cip io s de siglo fu e ro n
in c o m p a tib le con m e ta s te ra p éu tic a s, ed u ca cio n ales o h u m a n ita ­ re b au tiz ad a s com o “ escuelas esta d u a le s” u “ h o sp itales estad u a les” .
rias. En la década de 1970 m uchas in stitu c io n e s volvieron a recib ir u n
L o q u e está o c u rrie n d o en el p resen te es u n a tran sfo rm a ció n n o m b re n u ev o : “ c e n tro de d e sarro llo ” , “ c e n tro re g io n al” o “ c e n tro
sim bólica de las escuelas estad u ales, com o re sp u esta a los ataq u es de e d u c a ció n y e n tre n a m ie n to ” . El E sta d o en el q u e está n u b ic a­
desde el e x te rio r. Las m etas, e stru c tu ra s form ales y el v o cab u lario das las escuelas C en tral, E m p ire y C o rn ersto n e ha re b a u tiz a d o
an tig u o s ya n o sirven p ara legitim ar la e x isten cia de estas escuelas re c ie n te m e n te a to d a s las in stitu c io n e s de este tip o , que a h o ra se
a los ojos del p ú b lic o e x te rn o , n i ta m p o c o a n te los p ro p io s fu n c io ­ d e n o m in an “ c e n tro s de d esa rro llo ” .
narios in stitu c io n a le s. Los an tig u o s m ito s leg itim an tes e stá n siendo A p rin cip io s de la década de 1970, las m etas in stitu cio n ales
descartad o s, y se crean o tro s nuevos. N o pu ed e s o rp re n d e r q u e fu e ro n en u n ciad as en té rm in o s de e d u ca ció n y custodia. U n b o le tín
esto s nuev o s m ito s le g itim an tes se ad ec ú en a las id eo lo g ías c o rrie n ­ o ficial p u b licad o p o r la E scuela E sta d u al E m pire hacia 1972 dice lo
tes en el cam p o del re ta rd o m e n ta l y al v o cab u lario em p lea d o p o r siguiente:
los c rític o s de las in stitu cio n e s.
Las escuelas estad u a les de este e stu d io está n p ro c e d ien d o a La Escuela E stadual Em pire, responsable del cuidado y tratam ien to de
cam b iar sus m etas, e stru c tu ra s y v o cab u lario siguiendo los lin ca­ retardados m entales, es una de las varias escuelas estaduales del D epartam en­
to de Higiene M ental de (nom bre del E stado)... Algunos de los propósitos de
m ien to s de lo q u e se h a d en o m in a d o “m o d e lo basado en el desa­
la escuela son: 1) cuidar a los residentes incapaces de valerse por sí m ismos;
r ro llo ” (W olfensberger, 1975), eq u iv alen te clín ico del p rin cip io
2) ayudar a aquellos que pueden ser aceptados en la com unidad como ciuda­
de n o rm aliza ció n . E sta te n d e n c ia está b ien resu m id a p o r el hech o danos útiles, y 3) enseñar a cada residente a bastarse a sí mismo en la m edida
de q u e la E scuela E sta d u al W illow brook, cuyo n o m b re se convirtió de lo posible.
e n sin ó n im o de n id o de v íb o ras en la m e n te del p ú b lico ha sido
re b a u tiz a d a com o “C e n tro de D esarrollo S ta te n ls la n d ” . ’ N inguna A m ed iad o s de la m ism a década, m uchas in stitu c io n e s h ab ía n
de las in stitu c io n e s de este e stu d io ha re a liz a d o u n a tra n s fo rm a ­ desarro llad o un nuevo c o n ju n to de m e tas, que su b ray ab a el p o te n ­
ción sim b ó lica p e rfe cta . E n alguna m e d id a p ersisten las e s tru c tu ­ cial de los resid en tes p ara desarrollarse y crecer. U n a declaración
ras y el v o c ab u lario antiguos.
p re p a rad a p o r la a d m in istrac ió n de la Escuela E stad u al C en tral
A lgunas in stitu c io n e s h an avanzado m ás q u e o tra s en la crea­ p re se n ta las m etas del servicio p re sta d o a los n iñ o s de la m anera
ción de nuevos m ito s legitim antes. Las relacio n es de u n a in stitu c ió n siguiente:
con el m u n d o e x te rio r p arecen im p o rta n te s en c u an to a su gravi­
ta c ió n so b re la m ed id a en q u e ha d esarro llad o m etas, e s tru c tu ra s El objetivo del Servicio de Capacitación de Niños será prom over la reali­
y v o cab u lario nuevos. A sí, las in stitu c io n e s ru tin a ria m e n te e x p u e s­ zación óptim a del potencial de cada individuo para lograr una adaptación fru c­
268 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION D E F E N D IE N D O IL U SIO N ES 269

tuosa y satisfactoria a su ambiente, y a las otras personas de ese ambiente, p a c ie n te y el p ac ie n te no quiere vivir de un m o d o q u e sim p lem en te
y para realizar aportes a la sociedad.
es co n v en ien te p ara el p e rso n a l” . O tro p o rta e sta n d a rte ex p licó lo
que el en fo q u e de eq u ip o significaría en su in stitu c ió n :
^ La E scuela E sta d u a l C o rn e rsto n e , u n a de las in stitu c io n e s m ás
progresistas del e stu d io , a d o p tó la m e ta de la n o rm alizació n a El psicólogo p o d ría diagnosticar problem as y prescribir servicios y dar
m ed iad o s de la década de 1970. U na declaración acerca de su poli? instrucciones. El asistente social p o d ría utilizar el escenario de la com unidad
tica oficial expresa la m e ta de “ p ro m o v e r p rogram as, ta n to en la para ubicar sensatam ente a estos hom bres en actividades com unitarias. Los
in s titu c ió n com o en co m u n id a d , q u e se rijan tan e stre c h a m e n te consejeros p o d rían tim onear el barco cotidiano de los residentes. El m édico
com o sea posible p o r los p rin cip io s de la n o rm a liz a c ió n ” . O tra y el enferm ero p o d rían ocuparse de los problem as m édicos. El m aestro p o d ría
p u b licació n define la filo so fía de C o rn e rsto n e : “N o rm alizació n , prepararlos básicam ente según las necesidades educacionales que se les p lan ­
el c o n c e p to de p ro p o rc io n a r un am b ien te y program as q u e p erm i­ tearán cuando en tren en la com unidad. El terap eu ta en lenguaje p o d ría m ejo­
tirán a los d iscap acitad o s a c tu a r d e n tro de lo q u e se consid eran rar sus capacidades al respecto, hasta que logren u n m odo de hablar expresivo
y bien acogido. F inalm ente, el personal de atención podría seguir las recom en­
n o rm as ace p tab les de su so cied a d ” . H acia fines de la década de
daciones de to d o s los profesionales consultados, en lugar de com portarse com o
1970, el organism o resp o n sab le del fu n c io n a m ie n to de las in s titu ­
baby-sitters.
ciones de ese E stad o h a b ía a d o p ta d o la m eta de la n o rm alizació n
en to d as sus escuelas.
O tra te n d e n c ia re cie n te en las in stitu c io n e s es la p ro liferació n
de p o lític a s q u e g o b iern an casi to d o s los asp ecto s del cu idado de
Las estructuras formales los resid en tes. E sto refleja la a trib u c ió n de u n a im p o rta n c ia cre­
cien te al despliegue de racio n alid ad y resp o n sab ilid ad an te el m u n d o
e x te rio r, y ta m b ié n los re q u erim ie n to s de las n o rm as federales del
T al co m o lo fo rm u la n M eyer y R o w an (1 9 7 7 , pág. 3 4 6 ), las
M edicaid. A sí, en to d a s las in stitu c io n e s h a y p o lític a s co n ce rn ien ­
o rganizaciones refle jan e stru c tu ra lm e n te la realidad social creada
te s a la in fo rm ació n so b re in c id en te s, la aplicación de restriccio n es,
p o r sus m etas. T rad icio n a lm e n te , los asilos o las escuelas estadua-
té cn ica s p o stu ra le s para los re sid e n te s q u e n o se m ovilizan p o r
les estab an o rganizados co m o una ríg id a je ra rq u ía m édica. G o b er­
sí m ism os, -procedim ientos de e c o n o m ía d o m éstica, la p rep arac ió n
n a n d o a las in stitu c io n e s h a b ía “ fu n cio n a rio s m é d ic o s” o “ su p erin ­
de com idas, etc é te ra . A dem ás, to d o s los re sid en te s in stitu c io n a li­
te n d e n te s ” . Los supervisores del servicio en las salas, p o r lo g en e­
zad o s tie n e n “ plan es de tr a ta m ie n to ” o “ planes de cap acitació n
ral e n ferm e ro s, o cu p ab a n el nivel siguiente en el o rd e n de p ic o teo
in d iv id u al” que co n tie n e n un en u n ciad o de las m etas te ra p éu ticas,
in stitu c io n a l. Los em p lead o s de a ten ció n en las salas estab an en
m edios p ara alcan zar esas m etas y m ed icio n es del progreso realizad o .
el ú ltim o p eld añ o de la organización. Los m a estro s y o tro s p ro fe ­
Iró n ic a m e n te , según lo d em u estran en alguna m edida n u estro s
sionales eran em p lead o s sin a u to rid a d ejecutiva.
dato s, la to m a de decisiones en las in stitu cio n es, en to d o caso, ha
La in stitu c ió n m o d e rn a está en p ro ceso de reo rg an izació n
pasado a ser m ás cen tralizad a en la ú ltim a década. En el p asad o ,
De acu e rd o con su o rganización fo rm al, la a u to rid a d y la re sp o n sa ­
los em p lead o s de aten ció n to m a b a n decisiones acerca de la aplica­
bilidad están siendo descentralizadas. S u b sisten e lem en to s je rá r­
ción de re stric cio n es o del aislam iento. H o y los m éd ico s deb en
quicos. H ay un d irec to r, un d ire c to r a siste n te, je fe s de servicio
c ertific ar q u e tales p rácticas tien en la fin alid ad de servir “ los m ejo ­
(p o r ejem p lo , a cargo de los servicios de n iñ o s o a d u lto s), líd e res
res in tereses del re sid e n te ” . A dem ás, los eq u ip o s de tra ta m ie n to
de eq u ip o , c o o rd in a d o re s de u n id ad y p erso n al de a te n c ió n d ire c­
y los em p lead o s a títu lo ind iv id u al evitan to m a r decisiones p o te n ­
ta. T íp ic a m e n te , las p osiciones ad m in istrativ as son o cu p a d a s p o r
cialm e n te c o n tro v e rtib le s sobre el cuidado de los resid en tes o las
p ro fesio n ales con fo rm ació n en p sicología, ed u cació n o gerencia.
p rácticas en las salas, d ejando la resp o n sab ilid ad a los fu n c io n a rio s
P ero, según la e s tru c tu ra form al, la to m a de decisiones co tid ia n a s
de a lto nivel.
se realiza con u n “e n fo q u e de e q u ip o ” o “ u n id a d iz a c ió n ” (S lu y te r,
1976). En los té rm in o s de un a d m in is tra d o r o p tim ista , “N u estra
nueva filo so fía es la u n id a d izac ió n . El servicio girará en to rn o del
270 METODOS CUALITATIVOS D E INVESTIGACION DEFENDIEN DO ILUSIONES 271

Vocabulario u n a rtíc u lo de N e w s w e e k ) los p ad res de n iñ o s co n p ro b lem as


severos explican la in te rru p c ió n de los tra ta m ie n to s q u e los m a n tie ­
En n in g u n a p arte es m ás ev id en te la tra n sfo rm a c ió n sim bóli­ n e n vivos a d u c ien d o que te n d ría n q u e te rm in a r en u n a in stitu c ió n
ca de las escuelas e sta d u a les q u e en el v o cab u lario in stitu c io n a l y debe evitárseles ese su frim ien to . E n resu m en , el re y no tie n e
(M eyer y R o w an , 1977, pág. 3 4 9 ). C om o h em o s señalado, h a n cam ­ ro p a , y debe p erm a n ec e r d e sn u d o a la vista de to d o s.
b iad o los n o m b re s de las in stitu c io n e s y de los cargos p ara p resen ­ Los p o rta e sta n d a rte s in stitu c io n ale s, c o m o los ad m in istra d o ­
ta r u n a nu ev a im agen. D el m ism o m o d o , a los in te rn a d o s y a n o se res de to d a s las o rganizaciones, m a n ejan activ am en te las im p resio ­
los d en o m in a “ p a c ie n te s” , sino “ re sid e n te s” o “ clien te s” . Los n es que se llevan de la in s titu c ió n las personas de fu e ra , p re s e n ta n ­
edificios y las u n id a d es de e sta r h a n sido reb au tizad a s p ara re fle ­ do fach ad as co h ere n te s con las m etas organ izacio n ales (G o ffm an ,
ja r las presiones ideológicas actuales. E n la E astern , los edificios 1959, 1961). E sto n o es nuevo. Lo nuevo es q u e a c o n te c im ie n to s
de c u sto d ia ah o ra se d e n o m in a n “ u n id a d es de e s ta r y a p re n d iz a je ” recie n te s tales com o las d en u n cias, el esc ru tin io p ú b lico , los p adres
O tra in stitu c ió n se refiere a sus salas co m o a “ hogares de tra n si­ m ilitan te s, e tc é te ra , h an ex ig id o técnicas para el m an ejo de las
c ió n ” . E n las salas ( “ u n id a d e s” ) las activ id ad es triviales y las p rá c ­ im presiones cada vez m ás refin ad as. Las in stitu c io n e s ya no p u e d e n
ticas trad ic io n a le s llevan nuevos n o m b res. P o r ejem p lo , la activ id ad negar a u to m á tic a m e n te el acceso a personas del m u n d o e x terio r.
de co lo re ar dibujos y escu ch a r m úsica, e n u n a de las escuelas e s ta ­ E n el tra to con la g en te de afu era, las in stitu c io n e s p u e d en
duales se llam a “ e n tre n a m ie n to m o tiv a cio n a l” . E n la ta b la 1 se u tiliz a r m u c h as té cn ica s n o rm ales de relacio n es públicas. C om o
e n c u e n tra n los m ito s leg itim an tes de la in s titu c ió n trad icio n a les signo de los tiem p o s, son n u m ero sas las que em plean a u n especia­
(m etas, e stru c tu ra s fo rm a le s y v o cab u lario s) y, c o n tra sta n d o con lista en rela cio n es públicas, p recisam en te con ese p ro p ó sito . P or
ellos, los nuevos m ito s basados en el d esarro llo creados en los úl­ ejem p lo , los fu n c io n a rio s re d a c ta n y d istrib u y e n diversos fo lleto s,
tim os años. U n a vez m ás d ebem os aclarar q u e n o to d a s las in s ti­ b o sq u e jan d o las m etas y la filo so fía de la in s titu c ió n , así com o la
tu c io n e s han in c o rp o ra d o to d o s los e le m e n to s de los nuevos m i­ am plia gam a de servicios q u e se sup o n e se b rin d an a los resid en tes.
to s legitim antes. Los escrito s in stitu c io n a le s p re se n ta n un cu ad ro iró n ic am e n te b ie n a­
C am bios re cie n te s en las m etas, e stru c tu ra s y v o cab u lario de v e n tu ra d o de la vida en la in s titu c ió n . U n fo lle to d istrib u id o p o r
las in stitu c io n e s tra n sm ite n u n a p re o c u p a c ió n p o r p ro p o rc io n a r la E scuela E sta d u al C en tral in c lu ía el siguiente frag m e n to :
a los resid e n te s u n c u id ad o n o rm aliza d o e individualizado. A n te s
q u e reales, esto s cam bios h an de verse com o sim bólicos. E stas escu e­ Se ha dicho que ningún hom bre es una isla. T am poco lo es esta institución
las estad u ales son in stitu c io n e s to tales. L a vida diaria de los resi­ ni la gente que la form a. Para m uchos es u n p u ente, u n puente en tre una vida
d en tes e stá ru tin iz a d a y reg im en tad a. N u estras p ropias o b serv acio ­ aislada y sin objeto e n la com unidad, y una participación en la sociedad, ú til
nes d u ra n te u n p e río d o de m ás de u n a década in d ican q u e las c o n ­ e integrada. Para o tro s, es u n oasis, que les ofrece el tip o de cuidado, p ro tec­
d iciones y abusos d en u n ciad o s en los ú ltim o s 15 años, en alguna ción y crianza necesarios para fom en tar el florecim iento de una planta deli­
m e d id a p ersisten h asta el d ía de hoy. cada. Para ninguno es un a celda olvidada y descuidada, separada por u n m uro
del resto del m undo. Es antes bien u n lugar de dedicación y celo, que se n u ­
EL MANEJO DE LAS RELACIONES CON E L MUNDO EXTERIOR tre de la buen a voluntad y los recursos y servicios de la sociedad y, a su tu m o ,
contribuye al beneficio y el bienestar de la m isma sociedad. S í... “E sta es la
Escuela E stadual C entral” .
U na de las co nsecuencias de las d en u n cias sobre la in s titu c ió n ,
los ju icio s y las crític a s p úblicas ha sido q u e las actividades de u n a D el m ism o m o d o , la in s titu c ió n e n v ía gacetillas a la prensa
o rg an izació n cerrad a se ab rieran a la m irad a de to d o s. H o y en d ía an u n c ia n d o a c o n te c im ie n to s especiales: d ías de cam po, picnics,
es u n co n o c im ie n to co m ú n que las in stitu c io n e s son lugares “ m a­ p rem io s al p erso n al, la visita de u n a celebridad. E n 1976, u n a ins­
lo s” . Casi to d a s las perso n as vinculadas de algún m o d o con el r e ta r­ titu c ió n in fo rm ó sobre el cam bio de n o m b re s de sus edificios, que
do m e n ta l han visto fo to s de las escuálidas co n d icio n es in s titu c io ­ en a d e la n te llevarían designaciones v inculadas con la celebración
nales, e n diarios, revistas o n o ticiario s. Los m ales de las in s titu c io ­ del b ic e n te n a rio de la in d e p e n d e n c ia de los E stad o s U nidos; p o r
nes son ta n bien conocidos q u e (según lo in fo rm ó re c ie n te m e n te ejem p lo , “ H all de la In d e p e n d e n c ia ” . O tra in s titu c ió n p atro c in ó
272 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION D EFEND IEN DO ILUSIONES 273

u n p u b licita d o c o n cu rso de carteles en las escuelas secu n d arias de estar, en esp ecial las d e stin a d a s a los re sid e n te s m ás severam ente
locales, sobre el te m a “ E n la escuela esta d u a l, cu id am o s” . d iscap acitad o s). De h ech o , la “ casa a b ie rta ” p u e d e consistir sólo
Los fu n cio n a rio s ap are cen re g u larm en te en p ú b lico p ara p ro m o ­ en ex p o sicio n es realizadas p o r el personal. E n u n a de las in stitu c io ­
ver la im agen p referid a de la in s titu c ió n ; d isertan an te g ru p o s de nes, en esas o p o rtu n id a d e s los fu n c io n a rio s e x h ib en diapositivas
la co m u n id a d , h ab lan p o r la rad io o en la televisión locales. El de u n id ad es de e sta r seleccionadas.
d ire c to r de u n a in s titu c ió n es in v itad o a escribir ed ito ria le s en u n
gran d iario u rb a n o . A dem ás, con frecuencia las in stitu c io n e s a tie n ­ t a b l a i
L a tr a n s f o r m a c ió n s im b ó lic a d e la s in s titu c io n e s . M eta s , e s tr u c t u r a s , v o c a b u la rio
den p e q u eñ o s p u esto s en las re u n io n e s de la co m u n id ad , a través
de los cuales d istrib u y e n m a te ria l escrito. M O D E L O T R A D IC IO N A L NU EV O M ODELO
BA SAD O
Las in stitu c io n e s recib en re g u la rm en te ped id o s de p erso n as E N liL D E S A R R O L L O

del e x te rio r que solicitan a u to riza c ió n para visitar o re co rre r las M eta s C u s t o d ia N o r m a liz a c ió n
in stalacio n es. Los fu n c io n a rio s em p lean u n a m u ltitu d de e s tra te ­ E d u c a c ió n C a p a c ita c ió n

gias p ara e n c a ra r esa situ ació n . P ueden negar el acceso a cierto s E s tr u c tu ra fo r m a l J e r a r q u í a r íg id a d o m in a d a E n f o q u e e n e q u ip o s , u n id a -


p o r m é d ic o * d iz a c ió n
so lic ita n te s (e stu d ian te s u n iv ersitario s o ind iv id u o s sin p a tro c in io ) P o l í t i c a s f o r m u la d a s v a g a ­ T o d o s lo s a s p e c to s d e la

ap elan d o a la retórica d e los derech o s, es decir q u e re c u rre n a su m e n te


P ráctica.!! e n g r a n m e d id a 1
in s t it u c ió n y d e Ja a te n ­
c ió n d e Jo s r e s id e n te s g o ­
obligación de re sp e ta r el d e rec h o de los re sid en te s a la p rivacidad g o b e r n a d a s p o r la c o s- b e r n a d o s p o r p o l ít ic a s e s­
. l u m b r e , la tr a d ic ió u c rita s
y la co n fid e n cialid ad para m a n te n e r las co n d icio n es de la in s titu ­
V ocabulario E s c u e la e s ta d u a l C e n t r o d e d e s a r r o llo , c e n ­
ción o c u ltas al público. N o o b sta n te , a ciertas p erso n as es d ifíc il N o m b re de Ja i n s titu c ió n H o s p i ta l e s ta d u a l tr o r e g io n a l, o c e n tr o d e

negarles el ingreso (p ad res, abogados, g ru p o s p ro te c to re s, fu n c io n a ­ e d u c a c ió n y e n tr e n a m i e n ­


to
rios electo s y o tra s p erso n as in flu y e n te s), pu es h acerlo equivale
T [l u lo s d e l p e rs o n a ] S u p e r in t e n d e n t e D ir e c to r
a co rrer el riesgo de q u e parezca u n o c u lta m ie n to . S u p e r v is o r J e f e d e s e r v i d o , l íd e r d e
E n c a r g a d o d e sa la e q u ip o
A veces las in stitu c io n e s tien en salones a p a rta d o s en los c u a­ F ,m p l« a d o d e a te n c ió n C o o r d in a d o r d e u n id a d
A y u d a n te A y u d a n t e te r a p é u ti c o , asi&-
les se re ú n e n los resid e n te s con los m iem b ro s de sus fam ilias que t e n t e d e h ig ie n e m e n i a l,
los visitan. C om o lo señala G o ffm a n (1 9 6 1 , pág. 102), el d eco ra d o d e fe n so r

y el m o b iliario de esos a m b ie n te s se a p ro x im a n m u c h o m ás a las n o r ­ L u g a re s d e a lo ja m ie n to Sala U n id a d , h o g a r d e tra n si-


Sale d e c u s to d ia . c ió n , u n i d a d d e e s ta r y
m as del e x te rio r q u e a los lugares de alo ja m ie n to reales. El p e rso ­ S a la d e c a stig o a p r e n d iz a je , u n i d a d d e
t r a t a m i e n t o e s p e c ia l, u n i­
nal lleva a esos salones a los v isitan te s in e sp era d o s, para “ p ro teg e r d a d d e 'm o d e l a c i ó n d e la
la privacidad de los o tro s re sid e n te s” o “ p erm itir q u e u ste d e sté c o n d u c ta

a solas con su h ijo ” . T en g an o n o salones para visitantes, el perso n al D e s ig n a c ió n d e Los a lb e r g a ­


dos
P a c ie n t e s R e s id e n te s , c lie n te s

desea q u e los p a rie n tes avisen a n tes de apersonarse en el lugar. C a te g o r ía s d e lo s a lb e r g a ­ G r a d o a lt o , g r a d o b a jo , R e c a rd a d o s su a v es , m o d e ­


E sto p erm ite vestir a los resid en tes con ro p a s no rm ales (en lugar dos . m o r ó n , i d io ta , im b é c il r a d o s , s e v e ro s y p r o f u n -
. dos
de las “e sta d u a les” ) y asegurarse de q u e e sté n b añ ad o s y afeitad o s. D i s c a p a c ita d o s p o r r a z o n e s
d e d e s a r r o llo
Q uizás la in s titu c ió n p a tro c in e visitas de “ p u e rta s a b ie rta s ”
E x t e n s i ó n d e las i n s t it u c io ­ C o l o n ia s H o g a re s d e tr a n s ic ió n , h o ­
o “ casa a b ie rta ” p ara los m iem b ro s de la co m u n id ad . E stas tie n ­ nes g a re s g r u p a le s , r e s id e n c ia s
c o m u n ita r ia s
den a ser re p re se n ta c io n e s m u y p rep arad a s d u ra n te las cuales las
personas de afuera to m a n c o n ta c to con los program as m o d elo s, P rácticas C a m is a s d<: tu e r z a
Trippinx
M e d io s r e s tric tiv o s
T o i le t in g
se les m u e stra n los m ás nu ev o s eq u ip o s y las m ás nuevas in sta la c io ­ A i s la m ie n t o | E x c lu s ió n t e m p o r a r ia

nes, y se Ies p re sen ta a los “ perso n ajes de la in s titu c ió n ” : u n a m u ­ A c tiv id a d e s A c t iv i d a d e s d e n o m in a d a s E n t r e n a m ie n t o m o ti v a ti o ­


n a l te r a p ia d e r e c r e a c ió n
je r de 101 años, u n h o m b re q u e p in ta cu ad ro s, u n n iñ o co n u n a . c o n p a la b r a s q u e Jas d es­
c r i b e n : p . e j., c a m ín a la s ,
e n ferm e d ad ex ó tica. L a “ casa a b ie rta ” n o está n u n ca rea lm en te c o l o r e a r d ib u jo s

ab ierta, p u e sto q u e n o se llega a las regiones traseras (las u n id a d es


274 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION DEFENDIENDO ILUSIONES 275

A lgunas in stitu c io n e s o frecen re c o rrid a s a los grupos c o m u n i­ lo h acen alguna (ésta es u n a queja co m ú n e n tre e l p erso n a l de a te n ­
ta rio s in teresad o s. T o d a s las in stitu c io n e s lo h acen con las p erso n as ción d irecta). E n gran m edida, los p o rta e sta n d a rte s in s titu c io n a ­
in flu y e n te s. L os fu n c io n a rio s d esalien tan las reco rrid as e n fin es les creen en la realid ad q u e crean para las p erso n as de afuera.
de sem ana, p u e sto q u e en esto s d ías las in stitu c io n e s se c a ra c te ri­ Los m ito s le g itim an te s de u n a o rg an iz ació n e s tru c tu ra rá n
zan p o r u n a co m p leta ausencia de activ id a d es e stru c tu ra d a s; d e n tro las ex p licacio n es q u e a p ro p ó sito de sus activ id ad es b rin d an los
de lo posible, ev ita rá n asim ism o llevar a los e x tra ñ o s a u n id ad es p o rta e sta n d a rte s. P o r ejem p lo , los ejecutivos de em presas c o m er­
de e star típ icas, esp ecialm en te a las “ salas tra se ra s” (d e n o m in ad as ciales tien en ex p licacio n es p rep arad as para ju stific a r las ganancias
a s í p o rq u e las u n id a d es de c u sto d ia e sta b a n h istó rica m e n te u b ica­ excesivas; los fu n c io n a rio s de .cárceles (p o r lo m en o s los q u e suscri­
das en la p a rte m ás alejad a d el ed ificio de la ad m in istrac ió n ). b en m e tas retrib u tiv a s) tien en p rep arad a s ju stific a c io n e s para el
C u an d o va a p ro d u cirse la visita de u n a p e rso n a im p o rta n te , trab ajo im p u e sto a su p o b lació n de presos; los oficiales m ilitares
el p erso n a l fregará los pisos, co lo cará nuevos cubrecam as, p ro v ee­ tien en ex p licacio n es p rep arad as para la p é rd id a de vidas. L os fu n ­
rá a los b a ñ o s con ja b ó n y p ap el higiénico, d isp o n d rá e le m e n to s cionarios in stitu c io n ale s tie n d e n a p ro p o rc io n a r ex p licacio n es di­
de d e co ra c ió n en las p ared e s y realizará esfu erzo s especiales para fe ren tes de las co n d icio n es abusivas o d esh u m an izan tes, según sean
q u e los resid e n te s estén lim pios y vestidos. E n u n a sala de la E sc u e ­ p artid a rio s de u n m o d e lo de servicio de c u sto d ia tra d ic io n a l o de
la E sta d u a l E m p ire , in m e d ia ta m e n te a n te s de u n a reco rrid a el p e r­ u n nuevo m o d e lo basado en el d esarro llo . D esde luego, p u esto que
sonal colo có en las cam as de los resid e n te s anim ales de felp a q u e la m a y o ría de las escuelas estad u ales e stá n su frien d o tran sfo rm a ­
fu e ro n re tira d o s después de la visita. cio n es sim bólicas, d ifere n te s fu n c io n a rio s de u n a m ism a escuela
Los g u ía s de la in s titu c ió n d efin en (L y m an y S c o tt, 1 970) y esta d u a l tal vez p resen ten ex p licacio n es q u e en algunos casos re ­
p re d efin e n (H e w itt y S to k es, 1975) las ex p erien cias y observ acio ­ flejan los m ito s legitim antes trad icio n a les, y en o tro s los nuevos
nes de los e x tra ñ o s d u ra n te su rec o rrid a . La re c o rrid a típ ic a c o m ie n ­ m itos. D e m o d o análogo, u n m ism o fu n c io n a rio p u e d e o fre c er
za con u n a breve co n sid eració n de la filo so fía de la in stitu c ió n , d istin to s tip o s de ex p licacio n es en d ife re n te s m o m e n to s o e n situ a­
el c a rá c ter de sus clientes, sus p en u rias fin an c ieras y de o tro tip o , ciones diversas.
y sus progresos a lo largo de los años. D u ra n te la reco rrid a, los g u ía s Lo q u e d e te rm in a u n a d iferen cia en los in fo rm es de los fu n c io ­
les dicen a los v isitan te s q u é es lo q u e deb en ver y cóm o deb en n ario s es el h ec h o de q u e n ie g u en o por el c o n tra rio a d m itan la
in te rp re ta rlo . P o r lo general tien en p rep arad a s ju stific a c io n e s pa­ n o civ id ad de las co n d icio n es o de las p rácticas. Si u n a in stitu ció n
ra la au sencia de p ro g ram as o de cu alq u ier fo rm a de activ id ad signi­ se cara cteriza p o r m ito s leg itim an tes trad icio n ales, sus fu n cio n a rio s
ficativa: los v isitan tes “ se aca b an de p e rd e r” o “ llegaron dem asiado se in c lin arán a sugerir q u e las co n d icio n es n o son perjudiciales o
te m p ra n o ” para o b serv ar los pro g ram as o frecid o s a los resid e n te s, q u e son inevitables. Si, p o r o tra p arte, la in s titu c ió n su sten ta u n
o sucede q u e ese d ía es “ fe ria d o en la escu e la ” o “ n u e stro te ra p e u ta m o d e lo basado en el d esarrollo, los fu n c io n a rio s te n d e rán a ad m i­
tien e f ra n c o ” . tir la n o civ id ad de las co n d icio n es, p ero p ro p o rc io n a rá n d etallad as
S ería engañoso so sten er q u e el fu n c io n a rio típ ic o m an ip u la ju stific a c io n e s ra z o n a d a s o ex cu sas acerca de las causas de esa n o c i­
o m ien te c o n sc ie n te m e n te a los e x tra ñ o s. L os ad m in istra d o re s y vidad. C ualquier fu n c io n a rio n e g a ría la ex isten cia de ciertas co n d i­
p ro fesio n ales e n fo c a n su tra b a jo d e sta c a n d o los rasgos positivos de ciones o a co n tec im ien to s. N o o b s ta n te , los c rític o s p u ed en d o c u ­
las in stitu c io n e s y disim u lan d o los negativos. O rganizan su activi­ m e n ta r p o r lo m enos algunas de sus acusaciones, de m o d o q u e
dad de m o d o tal q u e se fam iliarizan m ás con aquellas p a rte s de la aq u ella d efen sa tiene u n a u tilid a d lim itada.
in stitu ció n q u e m ás e stre c h a m e n te se ap ro x im a n al ideal te ra p é u ­
tico , y no con aquellas en las q u e o ste n sib le m e n te se p ro d u c e el
abuso. T al co m o lo señala R o th (1 9 7 1 ) a p ro p ó sito de ios p ro fe ­ Negación del daño
sionales de los h ospitales públicos, los fu n cio n a rio s de las escuelas
e sta d u a les tie n d e n a d a r la espalda a los a co n tec im ie n to s c o tid ia ­ Los fu n c io n a rio s p u ed en explicar las condiciones d e sh u m an i­
nos de las salas y pasan su tie m p o físic a m e n te aislados en enclaves zantes a trib u y é n d o la s a la n atu ra lez a de su p o b lació n . T al com o
a d m in istrativ o s. M uy pocas veces visitan las salas traseras, si es que u n fu n c io n a rio lo co m e n tó d u ra n te una re co rrid a, “ Las co n d ic io ­
276 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION DEFENDIENDO ILUSIONES 277

nes a q u í son m alas, pero ¿qué se p u ed e esp erar con resid e n te s q u e n a n d o a los c rític o s (S y k es y M atza, 1957). U n p o rta e sta n d a rte
son re ta rd a d o s severos?” E sto es análogo a lo q u e S y k es y M atza sostuvo q u e “ L a gente está siem pre c ritic a n d o a las in stitu c io n es
(1 9 5 7 ) d esignan com o “ negar a la v íc tim a ” , y R y a n (1 9 7 2 ) com o y el m o d o en q u e son c o n d u cid as; incluso cu estio n a n q u e d eb an
“ cu lp ar a la v íc tim a ” . existir. Pero no o fre c en a ltern ativ as o so lu c io n e s” . C u an d o los
H istó ric a m en te, las escuelas estad u a les n u n ca asp iraro n a na-, fu n cio n a rio s u tiliz a n esta defensa, está n sug irien d o q u e los c ríti­
da m ás q u e a p ro p o rc io n a r una sim ple c u sto d ia en los casos d e los cos son ingenuos o están d esen ca m in ad o s al creer q u e las co n d i­
re ta rd a d o s severos y p ro fu n d o s y de los d iscap acitad o s m ú ltip les: ciones p o d ría n ser d istin tas. E n resu m en , los ajen o s “ n o saben re al­
alim en tarlo s, supervisarlos y lim piar lo q u e ensuciaran. L os fu n c io ­ m e n te có m o e s” . A lgunos fu n cio n ario s' van m ás lejos, acu san d o
n ario s q u e se a fe rra n a las perspectivas trad icio n a les niegan q u e a los c rític o s de servir a sus p ro p io s intereses. S egún ellos, los p o lí­
el c o n ju n to de. los re sid e n te s m ás sev eram en te d iscap a citad o s p u e ­ tico s b u scan v o to s, los p erio d istas h isto rias sensacionalistas, los
den m e jo ra r.“'Si las salas h ied en y están sucias, e s to s e a trib u y e a la ab o g ad o s d ó lares fáciles, los u n iv ersitario s re p u ta c ió n y los p ad res
p re su n ta im p erm ea b ilid ad de los re sid en tes a la e d u ca c ió n de es­ tra ta n de aliviar su p ro p io s e n tim ie n to de culpa. C o n d e n an d o a
fín te re s ; si los resid e n te s se m ecen , se g olpean en la cabeza, se sacan q u ie n es los c o n d e n a n , los fu n cio n a rio s tra ta n de desligarse del
la ro p a , se m a ltra ta n a sí m ism os o a o tro s, la ex p licac ió n es q u e a ta q u e a las in stitu cio n es.
to d o ello se debe a las c ara c te rístic a s in trín se c a s de los re ta rd a d o s C u alq u ier fu n c io n a rio p u ed e em p lear la ' n eg ac ió n co m o d e­
m e n tale s severos. E s ta línea de defensa ha sido resu m id a p o r N el- fensa. E n c u alq u ier in stitu c ió n , algunos fu n c io n a rio s acusarán a
son R o c k e fe lle r en la ex p licac ió n so b re las co n d icio n es d e sh u m an i­ las v íc tim as, d e sacred itará n las altern ativ as co m u n itaria s y fam ilia­
z a n te s de W illow brook, q u e ofreció en resp u esta a una p reg u n ta res y p o r lo m en o s en privado cu e stio n ará n las m o tiv acio n es de
fo rm u la d a d u ra n te la au d ie n c ia en el S en ad o q u e d e b ía c o n firm arlo los c rític o s. P ero esta lín e a de defen sa no es c o h e re n te con los m i­
com o v icep resid en te en 1974: “ Es m u y d ifíc il conseguir q u e la to s e id e o lo g ía le g itim an te s actuales. U n o n o pu ed e s u ste n ta r u n
gente d e d iq u e su vida a cu id ar a seres h u m a n o s q u e rea lm e n te n o m o d e lo basado en el d esarro llo y al m ism o tie m p o negar el p o te n ­
son m ás q u e vegetales” . cial para el d esarro llo de los resid en tes. T a m p o c o los abusos en es­
U n m o d o de negar la nocividad de las in stitu c io n es consiste cenarios n o in stitu cio n ale s o las m o tiv acio n es de los crític o s e x c u ­
en d a r ejem p lo s de co n d icio n es abusivas o d e sh u m an izan tes de san el fracaso en c u a n to a p ro p o rc io n a r pro g ram as o incluso u n
escenarios n o in stitu c io n ale s. A lgunos fu n cio n ario s a d u ce n q u e am b ie n te vital seguro. C ada vez m ás los fu n cio n a rio s e x p lican las
si bien las co n d icio n es in stitu c io n a le s n o son buenas, en ellas se co n d icio n es abusivas, n o so ste n ie n d o su in e v itab ilid a d , sino a tri­
brin d a a los re ta rd a d o s u n a m ejo r a te n c ió n q u e la q u e p u e d e n re ­ b u y é n d o la s a circ u n stan cias q u e e stán m ás allá de las in stitu c io n e s
cibir en cu alq u ier o tra p a rte . E n las p alab ras de u n a d m in istra d o r, o de su co n tro l.
“ S iem p re habrá necesid ad de las in stitu cio n es... m ien tra s te n g am o s
p ro b le m a s serios, co m o el de los re ta rd a d o s severos y p ro fu n d o s.
E ste es el m ejo r tra ta m ie n to q u e algunos de los chicos p o d rán c o n ­ Negación de la responsabilidad
seguir” . Los fu n c io n a rio s p ro p o rc io n a n in c o n ta b le s ejem p lo s de
abuso y e x p lo ta c ió n p o r p arte de hogares grupales, fam ilias su sti­ E n tre los fu n c io n a rio s in s titu c io n a le s ex iste la p ro fu n d a creen ­
tu ía s e incluso de las p ro p ia s fam ilias de los resid en tes. U n o de cia de q u e la so cied ad (el p ú b lic o gen eral y los fu n cio n a rio s ele c­
ellos ex p licó : to s) n u n c a les ha p ro p o rc io n a d o los recursos y fo n d o s necesarios
p ara alcan zar sus m etas. E llos d efien d en a la in s titu c ió n y se defien-
E n lo que respecta a esta in stitu ció n , esto es lo m ejor para algunos de •den a s í m ism os d irigiendo u n d ed o a cu sa d o r hacia o tra p a rte . Un
estos chicos. A q u í se les d a d e com er, se los m antiene abrigados y vestidos. a d m in istra d o r ex p lic ó com o sigue los p ro b le m a s de esta in stitu c ió n :
E n los casos de algunos de ellos, esto no p o d ría haber ocurrido de o tro m o d o ,
porque provienen de situaciones hogareñas increíbles. El problema es el dinero. Tenemos que trabajar dentro del presupuesto.
Necesitamos más empleados y algunas instalaciones modernas a prueba de
Los fu n c io n a rio s ta m b ié n d efie n d en a las in stitu c io n e s c o n d e ­ fuego.
278 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION DEFENDIENDO ILUSIONES 279

O tro fu n c io n a rio ex p resó esa- id ea m ás d ire c ta m e n te : “ El A] a trib u ir la resp o n sab ilid ad p o r los p ro b lem as de la in s titu ­
p ú b lico se q u eja, p ero n a d a m ás p u e d e hacerse si la gente n o está ció n al p ú b lico , a los legisladores, a los organism os co m u n itario s,
d isp u esta a a y u d a r y n o s o tro s n o p o d em o s conseguir m ás fo n d o s ” . a los padres y a o tro s, los fu n c io n a rio s q u e d a n en co n d icio n es de
U n co ro la rio a e sta creen cia es la co nvicción de q u e las co n d i­ m a n te n e r su creencia en los m ito s leg itim an te s de la in stitu ció n
ciones in stitu c io n a le s m e jo ra ro n en el pasado y c o n tin u a rá n m e jo ­ y de elu d ir la resp o n sab ilid ad p erso n al e in stitu c io n a l p o r los abusos
ra n d o en c u a n to el p ú b lico p ro p o rc io n e m ay o res re c u rso s con y las c o n d icio n es d esh u m an izan tes. Sus in stitu c io n e s son buenas,
los cuales p u e d a n alcanzarse los n o b le s fin e s de la in s titu c ió n . L os a u n q u e sean m alas.
fu n cio n a rio s p u n tu a liz a n e l d ec re cim ien to de la p o b la ció n de resi­
d e n tes y el in c re m e n to d e l p erso n al para d e m o stra r q u e las cosas
h a n m e jo rad o . U n a d m in istra d o r de la E scuela E stad u al E m p ire La retórica de los derechos
afirm ó : “ Ha h ab id o m u ch as m ejoras. En 1965 h a b ía 4 3 0 0 resid en ­
tes; hem os re d u c id o m u c h o ese n ú m e ro y hem os to m a d o m ás em ­ Y a h em o s ex a m in ad o el m o d o en q u e la re tó ric a de los d ere­
p le a d o s” . El d ire c to r de la E a stern , u n a d m in istra d o r rela tiv a m e n te chos (esp e c ífica m e n te , el d ere c h o de los resid e n te s a la privacidad
n u e v o , e x p lic ó : “V a a ver q u e esta in s titu c ió n es p ro b a b le m e n te y c o n fid e n cialid ad ) pued e usarse para m a n te n e r el fu n c io n a m ie n to
d istin ta de c u alq u ier o tra en la q u e u sted h ay a estad o . En el ú lti­ de la in s titu c ió n o c u lto a la vista del p ú b lico . A veces los fu n c io n a ­
m o p ar de años realizam o s m u ch o s cam b io s” . Y u n p o rta e sta n d a r­ rios apelan a los derech o s de los resid en tes p ara ex p licar ciertas
te de la C en tral dijo lo siguiente: “ He tra b a ja d o a q u í d u ra n te 25 p rácticas y condiciones.
áflos y he v isto m uchas m ejo ras im p o rta n te s. D esde luego, no to d o La re tó ric a de los derech o s pued e u tilizarse p ara cu estio n a r
es p e rfe c to to d a v ía ” . L os fu n cio n a rio s suelen ta m b ié n co m p arar cam bios q u e d eb e n realizarse p o r m a n d a to , o para ju stific a r la
sus in stitu c io n e s con o tra s p ara d e m o stra r q u e las co n d icio n es n o negligencia benigna. Un ejem p lo del p rim e r caso se e n c u e n tra en
son ta n m alas com o p o d ría n serlo. A sí, u n d ire c to r co m isio n ad o la resp u e sta de los fu n cio n a rio s a leyes recie n te s que p ro h íb e n h a­
en el E a ste rn a d m itió q u e su in s titu c ió n era “ un ag u jero ” , pero, cer tra b a ja r a los residentes. U n a d m in istra d o r c o m e n tó :
añ ad ió : “ Es la m e jo r in s titu c ió n del E s ta d o ” .
Los fu n c io n a rio s, ad m itie n d o que sus in stalacio n es están su p er­ Solíamos tenerlos haciendo todo tipo de trabajo, y a ellos les gustaba.
po b lad as y q u e los re ta rd a d o s m ás suaves n o d e b e ría n ser in s titu ­ Los hacía sentirse importantes. Ya no los podemos dejar trabajar, de modo
cionalizados, culp an cada vez m ás a la co m u n id a d por los p ro b le ­ que tienen que estar sentados todo el día sin hacer nada.
m as que p adecen. Se ha acusado a los vecindarios de no a c e p ta r
a los re ta rd a d o s: “ Si la co m u n id a d n o está d isp u esta a a c e p ta r a C om o ju stifica c ió n de p rácticas co rrie n tes, la re tó ric a de los
estas p ersonas, es p o co lo q u e p o d em o s h a c e r” . A los p adres y a d erech o s p u ed e servir p a ra explicar la fa lta de program as para los
los organism os co m u n itario s se los ha acu sad o de ejercer p resión resid en tes o el hech o de q u e n o se los aliente a ac tu a r de m o d o
para q u e la in stitu c ió n ace p te m ás resid en tes que los que p u ed e so cialm en te ap ro p ia d o . E n u n a in stitu c ió n , los ad m in istra d o re s
albergar. U n fu n c io n a rio de u n a escuela esta d u a l del m edio-O este ju s tific a ro n la fa lta de program as p ara u n resid en te re ta rd a d o p ro fu n ­
ofreció la siguiente ex p licació n del fracaso de su in stitu c ió n en la d o q u e n o h ab lab a, sobre la base de q u e él se negaba a p a rtic ip a r
ta re a de u b ic a r personas en la c o m u n id ad : en activ id ad es recreativas. E n u n a escuela estad u a l del m edio-O este,
un fu n c io n a rio ex p licó com o sigue la circu n stan cia de q u e los re ­
...los residentes deben ser atendidos en program as de en trenam iento en sid en tes estu v ieran d esn u d o s en las salas diurnas: “ ...si hablam os
la com unidad. Pero éstos no existen y por lo tan to los padres y los organism os de d erech o s, quizás u n o tenga el d erec h o de estar d esn u d o en su
com unitarios continúan dem andando el em pleo de las instituciones... N osotros a m b ie n te p e rs o n a l” . E ste fu n c io n a rio ju stific ó sobre las m ism as
teníam os u n program a de desinstitucionalización en proceso, pero sólo p udi­ bases la ro p a n o u n ifo rm e de los resid en tes: “ T ra tam o s de p ro p o r­
mos desinstitucionalizar en la m edida en que se disponía de servicios en la
cionarles ro p a ‘n o rm a l’, pero algunos p refieren pren d as que p u ed en
com unidad.
p a re c e r ‘a b o lsad a s’ e in ad ecu ad as... y ésas son las q u e fre c u e n te m e n ­
te elig en ” . C o n sum a frecu en c ia la re tó ric a de los d erechos se u tili-
280 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION DEFENDIENDO ILUSIONES 281

za ta m b ié n para ju stific a r d e c o ra cio n es in fan tiles e n salas p ara co n to d a s sus d eb ilid ad es” . O tro fu n c io n a rio , h ab lan d o e n u n a co n ­
a d u lto s, lo m ism o q u e la posesión p o r ad u lto s de ju g u e te s o an im a­ v en ció n p ro fesio n al, sostuvo q u e los a d m in istrad o re s n o tie n en
les de felp a p ara niños. Es p ro b ab le q u e los fu n cio n ario s ad u zcan n in g ú n c o n tro l sobre las accio n es del p erso n al de a te n ció n :
que los ad u lto s re ta rd a d o s desean o b je to s y e lem en to s de d e co ra­
ción in fan tiles, au n q u e no se h a y a in te n ta d o n u n c a re e m p lazar a Les diré cuál es el problem a de la institución. El problem a reside en esas
aquéllos p o r elem en to s ap ro p ia d o s a la ed ad de esos resid en tes. m alditas regulaciones del servicio civil y en to d a esa p o rq u ería de los derechos
D esde luego, la re tó ric a de los derech o s va de la m ano con los n u e ­ civiles. No podem os sacarnos a nadie de encim a. T.enemos que darles una repri-
vos m ito s legitim antes de las in stitu cio n es. m enda... Si pudiéram os em pezar a despedir .gente, term inaríam os con el m al­
tra to en las salas.

La protección de políticas L os fu n c io n a rio s p u e d e n ta m b ié n ex p licar de la m ism a m an e­


ra u n a fa lta de program as. Para algunos, los em p lead o s de aten c ió n
U na de las razo n e s de la p ro liferació n de p o lític a s in s titu c io n a ­ son personas p o c o intelig en tes: “ R ec u e rd e q u e la m a y o ría de ellos
les reside en el deseo de crear u n a ap arien cia de eficiencia y ra c io ­ n o han te rm in a d o e stu d io s secu n d ario s y n o tie n e n ex p erien cia
n alid ad b u ro c rá tic a . O tra a p u n ta a elu d ir la resp o n sab ilid ad organi- e n ab so lu to . Ese es u n o de los p u n to s débiles de la in s titu c ió n ” .
zacio n al y ad m in istrativ a con resp ecto a las acciones del p erso n al Para o tro s , los em p lead o s sim p lem e n te n o se p reo cu p a n :
de a te n c ió n directa.
C om o se señaló a n te rio rm e n te , los fu n cio n a rio s de la in s titu ­ Esas salas son realm ente lugares m alos. Los em pleados n o se preocupan
ció n e stip u lan p o lític a s q u e ab arc an casi to d o s los asp ecto s del por los chicos... Pasan el tiem po en otras cosas, y no se dedican a los chicos.
c u id ad o de los residentes. Esas p o lític a s p ro h íb e n el m a ltra to f í ­
sico o psicológico; d efin en cu á n d o y có m o los resid en tes p u ed en C u lp ar al p erso n al de a te n c ió n p o r los p ro b lem as de la in s ti­
ser o b je to s de restriccio n es o aislam ien to ; especifican p ro c ed im ie n ­ tu c ió n equivale a d estru ir la m o ral del p erso n al y a crear h o stilid ad
to s p ara in fo rm ar sobre acc id e n te s y d a ñ o ; req u ie re n la in s tru m e n ­ e n tre los niveles alto y bajo. Q uizás p o r esta raz ó n , la m a y o ría de
ta ció n de pro g ram as p ara las salas. C u an d o sus in stitu c io n e s son los fu n c io n a rio s con frecu en cia te stim o n ia n p ú b lica m e n te la d ed i­
caracterizad as com o abusivas o represivas, los fu n cio n ario s re sp o n ­ cación de la m a y o r p a rte de los em p lead o s de a ten c ió n y, p o r lo
den o s te n ta n d o las p o lític a s asen tad as p o r e scrito , p ara desligar .menos en sus declaraciones públicas, cu lp an de los abusos y de las
a las organizaciones y desligarse ellos m ism os. Un fu n c io n a rio del v iolaciones a las p o lític a s e stip u lad as a “ u n a s pocas m an zan as p o d ri­
M edio-O este re sp o n d ió a la acusación d e que los resid e n te s eran das del c a jó n ” . Un a d m in istra d o r d esarro lló ese te m a:
reclu id o s d u ra n te el d ía en d o rm ito rio s cerrad o s con la afirm ació n
de que “ ésa no era la p o lític a ” . De m o d o análogo, el d ire c to r de Tengo algunas malas hierbas en m i departam ento y estoy seguro de que
u n a in s titu c ió n del lejano O este re sp o n d ió a las im p u ta c io n e s de las en co n trará en cualquier organización. No puedo hacer nada con ellos porque
un a organización de a y u d a legal en c u a n to a que las restriccio n es son lo suficientem ente despiertos com o para n o dejarse sorprender. El sindi­
físicas se u tiliz ab an exclu siv am en te p o r conveniencia del p erso n al cato tiene reglas estrictas que protegen al mal trabajador. En cualquier m om en­
to defenderé a mis em pleados b uenos. Cuando vemos algo mal lo asentam os
y com o castigo, env ian d o a los abogados una co p ia del e n u n c ia d o
p o r escrito y lo llevamos al despacho del director.
de las p o lític a s de la in s titu c ió n sobre restric ció n física y m o d ifi­
cación de la co n d u cta.
L os em p lead o s de a te n c ió n , p o r su p a rte , se quejan de q u e “ los
U tilizan d o las p o lític a s com o u n m ed io de defensa, los ad m in is­
de a rrib a ” les im p o n en e x p ectativ as n o realistas y los co n v ierten
tra d o re s crearo n u n a d e fin ició n del m a ltra to q u e los ca ra cteriza
en v íc tim as p ro p ic iato rias h acién d o lo s resp o n sab les p o r c o n d icio ­
com o idiosincrásico e in c o n tro la b le. El ab u so se p re sen ta com o
nes que e stá n m ás allá de su c o n tro l (B ogdan y o tro s, 1 9 7 4 ;T a y lo r,
u n a consecu en cia de los d e fe c to s de los em p lead o s de ate n c ió n .
1977).
U n fu n c io n a rio explicó: “ T ra tam o s de e n se ñ a r a n u e stro s em p le a ­
dos... N o es fácil, p u esto q u e estam o s tra ta n d o con seres h u m a n o s
282 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION DEFENDIENDO ILUSIONES 283

CONCLUSION área de los servicios hum an o s. L os p ro fesio n ales han h ec h o u n a


gran inversión en tie m p o y e n tre n a m ie n to p ara llegar a las p o sicio ­
De este e stu d io p u ed en e x tra erse dos conclusiones generales. nes q u e ocupan. A l red u cirse las p osibilidades de em p leo y carre­
L a p rim era tiene q u e ver con la supervivencia de las instituciones ra alternativos, les resu lta d ifícil a b a n d o n a r p o sicio n es en las cua­
to ta le s para re ta rd a d o s m entales. T al co m o hem os a d u cid o , las ins­ les no p u eden realizar su vocación: ay u d ar a la g en te. A m ed id a
titu c io n e s han a d o p ta d o u n a nu ev a im agen y nuevos m itos legiti­ q u e sus p rete x to s y excusas se hacen m ás tra n sp a re n te s, p u ed e que
m a n te s en resp u e sta a las fu e rz as ex te rn a s q u e im pulsan el cambio. la tra m p a en que se e n c u e n tra n c o n stitu y a u n o de los p ro b lem as
Y los fu n c io n a rio s in stitu c io n a le s han d esarro llad o estrategias y significativos que esta generación te n d rá que encarar. Q uizás su
defensas cada vez m ás refin a d as p ara tra ta r con el m u n d o exterior. crisis sea uno de los precios que te n d re m o s q u e pagar p a ra e n fre n ­
N o p o d em o s p red ecir si las in stitu c io n e s to ta le s te n d rán éxito ta r d irectam en te a n u e s tro sistem a de servicios h u m a n o s y liberar
en su lucha p o r la supervivencia organizaeional. Pero podem os afir­ a sus clientes.
m ar q u e la b atalla girará en to rn o de su cap acidad para sustentar
su legitim idad a n te se c to re s im p o rta n te s del p ú b lico ex te rn o . Aun­
que la observación d ire c ta de la vida in stitu c io n a l revela u n a amplia
d iscrepancia e n tre m etas y p rácticas, los nuevos m ito s legitimantes
so stien e n la im agen de la in s titu c ió n c o m o u n escenario terapéuti­
co b enigno q u e sirve a fines h u m a n itario s, A dem ás, cu an d o el fu ­
ro r a ctu a l acerca del abuso y la d esh u m an izació n institucionales
vaya d isip án d o se, es posible q u e las in stitu c io n e s to ta le s vuelvan
a cubrirse con los m ito s legitim antes del pasado. El m o d elo institu­
cio n al o b tu v o in icialm en te u n a am plia a c e p tació n d u ra n te la vigen­
cia del m o v im ie n to eugenésico, a p rin cip io s de siglo. El renovado
in te ré s de las ciencias sociales sobre las bases biológicas de la con­
d u c ta y la h ered ab ilid ad de la in telig en cia no presagia nada bueno
para los re ta rd a d o s m entales. Sea cual fu ere el caso, la lucha de
la in s titu c ió n p o r la supervivencia c o n tin u a rá to m a n d o una forma
sim bólica.
L a segunda conclusión se re la c io n a con los fu n cio n a rio s y pro­
fesionales de la in stitu c ió n , aquéllos a los q u e hem os llam ado por­
ta e sta n d a rte s organizacionales. Esos fu n c io n a rio s n o están solos
a n te la c rític a p ro v en ien te del e x te rio r. P or el co n tra rio , su suerte
es c o m p a rtid a p o r p ro fesio n ales de u n a am plia gam a de organiza­
ciones de servicio acusados de d añ a r a aq u ello s q u e d eb erían ayu­
d ar (B iklen, 1975; Lasch, 1978; Piven y C low ard, 1971; Ryan,
1972; S c o tt, 1969; Szasz, 1970). ¿Q ué o cu rre con los seres huma­
nos e n tre n a d o s en escuelas profesio n ales para servir a los “ menos
a fo rtu n a d o s ” y q u e luego o cu p a n p o sicio n es en la fu erza de traba­
jo desde las cuales realizan actividades q u e tien en u n efec to perju­
dicial? Esas actividades ¿no tien en la fin alid ad de servir a los clien­
tes, sino más bien la de ab so rb er el tra b a jo sucio de la sociedad?
L os fu n c io n a rio s de n u estro estu d io p o d ría n ser in d icio del adve­
n im ie n to de u n a crisis para los p ro fesio n ales q u e trab ajan en el
COMENTARIO FINA L 285

lidades y una d ed icació n que deben desarrollarse y cultivarse en


el m u n d o real.
M uchas, si n o la m a y o ría de las personas que realizan estu d io s
en el área de las ciencias sociales, n o se sienten a tra íd a s p o r el tip o
de trab a jo s q u e ap a re c e n en los p e rió d ic o s y publicaciones especia­
lizados. A u n q u e a la cu ltu ra de la universidad le re su lta d ifíc il ad­
m itirlo , n u m e ro so s e stu d ian te s llegan a las ciencias sociales con el
C apítulo 13
deseo de e n te n d e r su m u n d o y m ejo rarlo . A estos “ b ie n h e c h o re s” ,
lo m ism o q u e a los “ tip o s p e rio d ístic o s” , el m undo acad ém ico su e­
COM ENTARIO FIN A L
le in tim id arlo s. E sto debe cam b iar para q u e las ciencias sociales
d esem p e ñ en u n p a p el im p o rta n te en la universidad y en la sociedad.
A lo largo de este libro hem os d escrip to a la m e to d o lo g ía cua­
litativa co m o u n e n fo q u e q u e p e rm ite o b te n e r com prensión y c o n o ­
c im ien to básicos en el área de las ciencias sociales. Esa n o es la ú n i­
ca p o sibilidad de esta m e to d o lo g ía.
En las ciencias sociales ex iste u n a larga tradición de “investiga­
ción de a c c ió n ” ligada con los estu d io s cualitativos (M adge, 1953).
P or c ie rto , los investigadores de la E scuela de Chicago co n d u ci­
dos p o r R o b e rt Parle tra ta ro n de cam b iar las cond icio n es de los
El p ro p ó sito de estas páginas ha sido p resen tar la in vestigación b arrio s precario s u rb a n o s m e d ia n te sus incisivos estu d io s e in fo rm e s
C ualitativa com o u n e n fo q u e de la co m p re n sió n fen o m en o lò g ica. de cam p o (H ughes, 1971). B asán d o n o s en nuestra investigación en
H asta a q u í pued e llegar u n lib ro ; ah o ra es al le c to r a q u ie n le co ­ las in stitu c io n e s estad u ales p ara los denom inados “re ta rd a d o s m e n ­
ta le s” h em o s p re p a ra d o in fo rm es d escriptivos en p ro fu n d id a d sobre
rre sp o n d e c o n tin u ar.
N o cu alq u ier persona p u ed e destacarse en el e n fo q u e investiga­ el m a ltra to y la negligencia in stitu c io n a le s para trib u n ales fe d e ra ­
tivo q u e h em o s d escrip to . Los p rim ero s q u e lo p rac tic a ro n p en sab an les, m edios de c o m u n icac ió n m asiva, form uladores de p o lític a s y
q u e los individuos “in terstic ia le s” , aferrad o s e n tre dos culturas, organizaciones co m p u e sta s p o r p erso n as discapacitadas y sus fam ilias.
tien en las m ay o res posibilidades de convertirse en b u en o s in v e sti­ H o w ard B ecker (1 9 6 6 -1 9 6 7 ) so stien e que los investigadores
gadores cu alitativ o s, p u e sto q u e cu e n ta n con el d ista n c iam ie n to o n o p u e d e n ev itar to m a r p a rtid o en sus estudios,1 La investigación
desapego q u e este tip o de investigación requiere. Según n u e stra n u n c a está lib re de ju icio s de valor (G o u ld n er, 1968, 1970; Mills,
ex p erien cia , las perso n as con u n a gam a am plia de a n te c e d e n te s 1959). C u an d o nos acercam o s a la g en te, en especial a los q u e la
e in tereses se co n v ierten en investigadores cu alitativ o s de éx ito . sociedad co nsidera “ desv iad o s” , desarro llam o s una p ro fu n d a sim p a­
P ero to d o s los q u e o p e ra n bien tie n e n capacidad para relacionarse tía p o r ellos. A p re n d e m o s q u e el m o d o oficial de ver la m o ral re ­
con las o tra s p erso n as en los té rm in o s q u e son p ro p io s de ellas. p resen ta sólo u n a p arte del cuadro. B ecker afirm a q u e deb em o s
T am b ién los ca ra cteriza la pasión p o r lo q u e hacen. Ella los e stim u ­
la a salir al m u n d o y desarrollar la co m p ren sió n de escenarios y *Una negativa a to m ar partido con frecuencia equivale a defender el
p erso n as diversas. Para algunos, la investigación pasa a ser u n a p arte status quo, sea el que fuere. Quienes creen que los investigadores pueden evitar
de la vida. . , . los com prom isos valorativos deben estudiar la experiencia de u n grupo de in ­
Es cierto q u e los m é to d o s de investigación p u ed en ser in síp i­ vestigadores sociales que, sin saberlo, recogieron inform ación de inteligencia
dos y ab u rrid o s si se los estu d ia en u n au la o d etrá s de u n e sc rito ­ sobre Am érica latin a para los militares de los Estados Unidos (véase Sjoberg,
rio. L a investigación cu alitativ a es u n a a rte sa n ía q u e so lam en te p u e ­ 1967). S pradley (1 9 8 0 ) tam bién inform a sobre un caso en el que el gobierno
de ap ren d erse y apreciarse a través de la experiencia. R e q u iere h a b i­ de Sudáfrica utilizó la investigación etnográfica para tratar de hacer más efi­
caz el apartheid.
METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION COMENTARIO FINAL 287

p o n e m o s del lado de los “ p e rro s so m etid o s” de la sociedad, de a q u e ­ tivos oficiales, p ara e x p lo ra r lo q u e está re a lm e n te su ced ien d o en
llos q u e n o tie n e n u n fo ro en el q u e p u e d an ser escuchados. A l p re­ u n a organ izació n o en u n program a.
se n ta r sus perspectivas, eq u ilib ram o s las versiones oficiales de la rea­ Se h a n realizad o e stu d io s cu alitativ o s desde el in ic io de lo q u e
lidad. a h o ra d e n o m in a m o s ciencias sociales. P ero los e stu d io so s q u e se
B odem ann (1 9 7 8 ) da u n paso ad icio n al en el, sen tid o de la d ed icaro n a ellos fu e ro n pocos. E ste es u n m o m e n to e stim u la n te
trad ició n activista de la in vestigación cu alitativ a, y en d o m ás lejos p ara q u ie n es ab o rd a n la investig ació n cu alitativ a , p u es es creciente
q u e B ecker y los investigadores de la E scuela de Chicago. S egún el in terés su sc ita d o por esta m e to d o lo g ía . H em os llegado a u n p u n to
B odem an n , el in v estig ad o r c u alita tiv o debe in terv en ir activ am en te en el q u e se n ecesitan m u c h o s in v e stig ad o res q u e vay an a la g en te.
en la vida de las personas p ara aliviar el su frim ien to h u m a n o . E x ­ H ay m u c h o q u e ap re n d e r y m u c h o s d eb erá n ser los q u e realicen
ho rta a los investigadores a p a rtic ip a r a c a b ad am e n te en los escen a­ el trab a jo .
rios q u e e s tu d ia n , señ alan d o o p c io n es a u n a co m u n id ad q u e ha sido
privada de ellas y h acien d o c o n o cer los hallazgos d irec tam e n te a
esa co m u n id ad .
Las ideas de B o n em an n se alinean p e rfe c ta m e n te co n el llam a­
d o a la acción realizad o p o r C. W right Mills dos d écadas a n te s en
su libro clásico titu la d o T h e S o cio lo g ica l Im a g in a tio n (1 9 5 9 ). Para
Mills (1 9 5 9 , pág. 187) el ro l del sociólogo, y por lo ta n to el del
investigador cu alitativ o , es ay u d ar a la g en te a co n v ertir sus “ p er­
tu rb a c io n e s p e rso n ale s” en “ p ro b lem a s p ú b lic o s” :

Tengan o no conciencia de ellas, los hom bres de una sociedad de masas


están aferrados p o r perturbaciones personales que no pueden convertir en p ro ­
blem as sociales... Es la tarea p o lítica del científico social... traducir co n tin u a­
m ente las perturbaciones personales a los térm inos de los problem as públicos
y los problem as públicos al lenguaje de su significado hum ano para un a varie­
d ad de Individuos.

P ara aq u ello s q u e se sien ten có m o d o s con la firm e posición


de defensa a d o p ta d a p o r B ecker, B o d em an n , Mills y o tro s , la inves­
tigación evaluativa cu alitativ a re p re se n ta u n m o d o altern ativ o de
u tiliz ar los m é to d o s cu alita tiv o s para ab o rd ar los p ro b lem as p rác­
ticos de la vida co tid ia n a (P a tto n , 1 9 8 0 ).2 E n co n tra ste con la m a­
y o ría de las fo rm a s de investigación de evaluación, la evaluación
cu alitativ a en fo ca el m o d o en q u e las cosas fu n c io n a n , en lugar de
plantearse el in te rro g a n te de si fu n c io n a n o n o . A l realizar la eva­
luación cu alitativ a el inv estig ad o r hace a u n lado las m e tas y obje-

En la evaluación y en o tra investigación subsidiada, el investigador


debe ten er el cuidado de no perm itir que los patrocinadores o proveedores
de los fondos ejerzan una influencia indebida sobre el m odo en que se realiza
el estudio y en qu e los resultados son analizados y presentados (véase Warren,
I9H0).
APENDICE. NOTAS DE CAMPO 289

O BSER V A G O N E S E N L A IN S T IT U C IO N E S T A D U A L

N otos d e cam po N o. 9 D iagram a

Apéndice

NOTAS DE CAMPO

E ste ap én d ice co n tien e una serie de n o ta s de cam po del e stu d io Figurp A. Un plano de la sala de la institución estadual
so b re la in s titu c ió n estad u a l ex am in ad o en el te x to . T ra ta n de
p ro p o rc io n a r u n ejem p lo de cóm o deb en ser las n o ta s de cam p o El c o rre d o r in te rio r del edificio está ta m b ién v ac ío y relativ a­
en c u a n to a fo rm a y co n ten id o . m e n te o sc u ro ; h ay u n as pocas luces en ce n d id as e n el cielo raso.
U na breve observación explicativa: p u esto q u e estas n o ta s Paso ca m in an d o d e lan te de las diversas oficinas q u e dan al co rre­
c o rre sp o n d en a la novena visita al escenario, n o lo describen ta n dor: lenguaje y a u d ic ió n , ra y o s X y algunas o tras. E stá n to d a s vacías.
a c a b ad am en te com o en n o ta s an terio res. L os observadores p a rti­ Llego h asta la escalera, después de h a b er re c o rrid o u n as tre s cu ar­
cip an tes deb en describir d etalla d am en te su escenario u n a sola vez. ta s p arte s d el cam in o hacia el hall.
A m edida q u e su estu d io progresa, p u e d e n o m itir m u ch o s de los C u a n d o llego a la escalera, co m ien zo a o ír voces apagadas p ro v e­
d etalles q u e ya q u e d a ro n reflejados. n ie n tes de los pisos altos. El o lo r q u e h a b ía n o ta d o en c u a n to e n tré
V o y en m i a u to m ó v il a la escuela e stad u a l y e n tro h asta el f o n ­ en el e d ific io se hace algo m ás in te n so . (C.O. N o ta n to co m o o tra s
do de la in stitu c ió n . Los espacios a b ie rto s e stán casi v acío s en ese veces. Q uizás e sto tenga algo q u e ver con la refrig e ra ció n .) Es un
m o m e n to de la ta rd e , con la excepción de un as pocas personas q u e o lo r raro : ta l vez a heces y o rin a, vapores de com ida y d e sin fec tan te.
veo sen tad a s fre n te a los edificios a m ed id a q u e paso. D espués de S u b o p o r la escalera, e n c a jo n a d a e n u n a tra m a de h ie rro re tic u -
h a b e r esta c io n a d o , ad v ierto u n a doble fila de p erso n as (p o r lo m en o s lado p in ta d o de am arillo. Las p ared es de co lo r verde p astel tie n en
100) q u e se dirigen cam inando hacia el ed ificio del lado d e stin a d o la p in tu ra m a n ch a d a y descascarada. Mis pasos resu e n a n en la esca­
a las m ujeres. A u n q u e esas personas están dem asiado lejos de m í lera. A h o ra algunas de las voces se h acen m ás fu erte s, esp ecialm en te
c o m o p ara verlas claram en te, p u ed o o ír las voces de las m ujeres. c u an d o paso p o r las p u erta s q u e llevan a las salas en los d istin to s
C am ino hacia el E dificio 27. La p e q u eñ a a n tecám ara está v acía pisos. V arias v e n tan a s e stá n a b iertas so b re la escalera; al pasar p ro v o ­
y oscura. A la iz q u ie rd a de la p u e rta hay varias hileras de b an co s, co q u e u n p o c o de aire fresco pase a través de ellas.
d isp u esto s de m o d o tal q u e desde ellos se p u e d e m irar a través de C erca del cu a rto piso oigo u n fu e rte grito, q u e resuena en la
las v e n tan as de la h ab itació n . escalera.
291
290 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION APENDICE. NOTAS DE CAMPO

Llego a i c u a rto y ú ltim o piso. La p u e rta e stá a b ierta. E n el Es p resum ible q u e lo hagan para ev itar los p arásito s, q u e en esta
c o rre d o r h a y u n a g ran p in tu ra m ural, de u n m e tro y m edio de a n ­ sala p ro life ra ría n rá p id a m e n te .)
cho y n o v e n ta c e n tím e tro s de a lto , ap ro x im a d am e n te . E n ella D esde la p u e rta d el saló n de d ía , veo q u e en él e stá n to d o s los
p re d o m in a n los colores azul, n aran ja y am arillo. re sid e n te s S ó lo alcanzo a ver a dos em p lead o s: V in c e y o tro h o m ­
D o b lo a la d erec h a y cam in o hasta el c o rre d o r cen tral, p asando
b re m ás jo v e n . (C .O . E s in te re sa n te q u e a u to ^ f ^
d elan te del ascensor y de la cocina del personal. p o r se n ta d o q u e ese o tr o h o m b re era u n em p le a d o , y n o u n resi
C uan d o llego al c o rre d o r m iro a la iz q u ierd a. P u ed o ver a u n a d e n te . V ario s indicios: p elo largo, b ig o te , a n te o jo s, ^ s a de alg
em p lead a en la p u e rta del salón de d ía de la sala ad y ac en te a la Hñn v n a n ta lo n e s vaqueros, b o ta s de cuero m a rró n . T a m b ié n esta
Sala 83. fu m a n d o u n cigarrillo, y u n re sid e n te , B o b b y B arí, le estáR ustran_o
L a em p lead a , q u e es ro b u sta, lleva u n g u ardapolvo ro sa de a y u ­ las b o ta s con u n tra p o . D e m o d o q u e p o r su a sp ecto y u ro p a
d a n te de e n ferm era, tien e z a p a to s blancos, p elo ru b io , usa a n te o ­ este e m p lea d o se d ifere n cia de los re sid e n tes.) V in ce que: tien e 21
jo s y a p a re n ta u n o s c in c u e n ta años, m e ignora cu an d o yo e n tro . añ o s lleva v aq u ero s, b o ta s de cuero m a rró n y u n p u lo v e r q u e
(C .O . Las m u jeres de esa sala n o m e co n o cen n i q u ie re n co nocerm e m u e stra im presa la p alab ra A M O R . Usa el pelo largo, patillas y
p o r alguna razó n . P arecen e sta r c o n te n ta s de q u e n o vaya a visitar
su sala. Me d o y c u e n ta en ese m o m e n to de q u e m u c h as de las em p lea­ b ig o te .3 l u ^ ^ ^ ^ m£jno Me c o n te sta de la m ism a m a n era
d as de la in s titu c ió n visten algún tip o de u n ifo rm e —ro sa , b lan co
sin e n tu siasm o . (C .O . N o creo q u e V ince se h ay a a c ° s^ u ^ do.
o a z u l—, m ie n tra s q u e sólo dos de los em p lead o s varones de “ m i” p o r c o m p le to a m i p resen cia.) E l o tro em p lead o n o m e p re sta a te n
sala, e n tre los 30 asignados a ella a lo largo del d ía , usan u n ifo rm es
blancos. Q uizás esto ten g a q u e ver con el m o d o e n q u e p ercib en C1° n 'V a rio s re sid e n te s m e salu d an ag itan d o la m an o o m e llam an.
sus em pleos, o q u izás con diferen cias de ro l e n tre los sexos. T ra ta ­
ré de in te rro g a r a algunos de los em p lead o s sobre este p u n to .) D evuelvo los saludos.
K e lly m e s o n r íe . (C .O . E stá o b v ia m e n te c o n t e n t o
Llego ta m b ié n a ver a u n par de resid en te s en e l salón de d ía
x j - “ U n ía B ill ; c o m o e s ta s ? b l c o n te s ta , m ua,
de la sala a d y ac e n te . S o n dos m u ch ach o s de u n o s 14 años. U n o
está d esn u d o y p arece e sta r cam in an d o p o r e l salón. El o tro tie n e Stevelg°- cóm o va la escu ela?” “ M uy b ie n ” . Me dice: “ La escuela
algún tip o de in d u m e n ta ria gris, y se m ece sen tad o en u n a silla. es u n g ran o en el trasero. T e e x tra ñ é ” . (C.O S egún los em p lead o s
K elly c o n c u rrió a la escuela de la in s titu c ió n hace v a n o s años.)
D esde el c o rre d o r p u e d o o ír a u n ru id o so ap a ra to de televi­
sión q u e está en el salón de d ía de la Sala 8 3 . El c o rre d o r está v acío “ Y n ta m b ié n te e x tra ñ é ” , le re sp o n d o .
Me acerco a V ince y al o tro em p lead o . Me siento en unai m ece-
ah o ra, lo m ism o q u e e l d o rm ito rio u b ic ad o en u n e x tre m o . Las
d o r a d e p lá s t ic o e n tr e a m b o s , p e r o u n p o c o d etra s d e e U o s j a _ o t r o
p u e rta s del salón de d ía e stá n cerradas, e x c e p to u n a u b icad a en
p m n lead o sigue sin p re sta rm e a te n c ió n . V ince n o m e presen ta.
la m ita d del co rred o r.
El o lo r a e x c re m e n to s y o rin a es p e rfe c ta m e n te n o ta b le , p o
V eo a B ill K elly, u n resid en te de p o c o m ás de 20 años, s e n ta d o
e n tre el salón de d ía y el co rred o r. (C .O . Según los em p lead o s,
"“ ‘“ o t ñ ° o C°con to sT m p T e a d o s y u n o s c in c o o seis r e s id e n tes ,
K elly sirve com o “ p e rro g u a rd iá n ” . D esde su p o sició n , p u e d e ver
e s to v s e n ta d o fre n te al televisor, fijad o a la p ared a u n a altu ra ap ro x i
a c u alq u iera q u e llegue d esd e el hall. Previene a los em p lead o s cu an d o
m ada de 2 m e tro s y m edio y fuera del alcance de los resid en tes.
se acerca u n supervisor.)
K elly m e salu d a co n la m an o . S o n ríe . V iste u n o s p a n ta lo n e s M uchos de los a p ro x im a d a m e n te 70 re sid e n tes e stán sen tad o s
grises de u n a te la gruesa q u e usan to d o s en esta sala, u n a cam isa en los b a n co s de m adera d istrib u id o s en “ U* en m edio, del salón
b lan ca de m angas c o rtas y zapatillas negras de tenis, sin m edias. de d ía U nos p o co s se m ecen . D os se cu id an re c ip ro c a m e n t .
Su pelo tie n e el a sp e cto de h ab e r sido co rta d o rec ie n te m e n te . En p a rtic u la r D eier co n tro la al re sid e n te q u e los em p lead o s llam an
su cabeza re sa lta n las cicatrices. (C .O . El p elo de K elly, lo m ism o “ C o n e jito ’” . (C .O . D eier está asignado a “ C o n ejito ; debe evitar
q u e el de los o tro s residentes, n u n c a está largo. A p a re n te m e n te , a u e éste se em b a d u rn e el c u e rp o con sus e x c re m e n to s.)
e n tre c o rte y co rte n o d ejan pasar m ás q u e unas pocas sem anas. M uchos re sid e n te s e stá n se n ta d o s en el suelo, algunos de ellos
METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION APENDICE. NOTAS D E CAMPO 293

ap o y a d o s c o n tra la pared. U nos cu an to s, ta l vez cerca de 10, vagan m a tu ra m e n te . (C .O . L os re sid e n te s m e jo r vestid o s y q u e llevan a t i­
p o r el salón. zado son ta m b ié n los c o n sid era d o s m ás in te lig e n te s p o r los em p le a­
E s posible q u e haya tres o c u atro resid en tes co m p le ta m en te dos. D esde luego, ellos tie n d e n ta m b ié n a ser los tra b a ja d o res de
d e sn u d o s. H ago u n re c u e n to rá p id o y veo q u e cinco e stá n calzados la sala. Me p re g u n to si recib en ro p a p o r el h e ch o de q u e trab a ja n
de cu a lq u ier m o d o . La m a y o ría de los re sid e n te s llevan su in d u m e n ­ o si ellos cuid an m ás de su in d u m e n ta ria q u e los o tro s .) ^
ta ria usual: p esada ro p a de la in s titu c ió n o los resto s de p ren d as L e digo a D avid: “ H ola, D avid. ¿C óm o e stá s? ” “M uy b ien ,
no rm ales. m e re sp o n d e . V ince in te rru m p e : “ D espués de to d o , David D u n n
A p a re n te m e n te , M iller y P oller están “ con el b ald e” . M iller n o va a ir al E d ificio 48. L o v an a m a n te n e r a q u í p a ra q u e cuide
está sen ta d o en u n a de las cam as del d o rm ito rio ; tie n e el b ald e m e ­ a Ig o r” . (C .O . “ Ig o r” es e l a p o d o q u e los em p le a d o s le p u siero n
tálico ju n to a sus pies. P oller está sen tad o en el suelo y su balde a u n resid e n te a lto de rasgos duros. Les p o n e n a p o d o s a m u ch o s de
rep o sa n o lejos de m í. los resid en tes. C o n sid ero q u e m u c h o s de eso s a p o d o s son d esh u m a ­
T re sh viene a saludarm e. H ace m uecas, agita la m an o y m a sc u ­ n izan tes. D e u n o u o tro m o d o , los em p lea d o s n o ven a los resid en ­
lla algo q u e n o e n tie n d o . T ien e u n a p e lo ta de tra p o q u e arroja al tes com o v erd ad e ro s seres h u m an o s. He n o ta d o el m o d o en q u e
aire, a u n a a ltu ra de 1 m e tro y m ed io a p ro x im a d a m e n te sobre su V ince habla de D avid fre n te a él, p ero sin dirigirse a él. E sto es co­
cabeza, y la vuelve a to m a r. (C.O . E n e sta sala n o h ay o tra s cosas m ú n . A veces los em p le ad o s a c tú a n com o si los resid e n te s n o im p o r­
con las q u e los resid e n te s p u e d a n jugar. Es triste q u e ten g an q u e ta ra n . El c o m e n ta rio de V ince revela algo m u y in te re sa n te : las p o ­
ju g a r con tra p o s para m a n ten erse o cu p ad o s.) lític a s de u b ic ació n n o se basan e n e l b ien estar d e los resid en tes,
B o b b y B art sigue lu stra n d o el calzado del em p lead o . E ste e n ­ sino en su u tilid a d en las salas. Los e m p lead o s d e te sta n p erd er b u e ­
ciende u n cigarrillo. N os d ice a V ince y a m í: “ Lo ú n ico q u e falta n o s trab a jad o res. D avid cuida a o tro re sid e n te las 2 4 h o ras del d ía .)
es q u e ap arezca el supervisor y m e so rp re n d a fu m an d o y h a c ié n d o ­ B o b b y B art te rm in a de lu stra r las b o ta s del em p lead o . El
m e lu stra r las b o tas. Se su p o n e q u e ellos n o lu stra n z a p a to s” . Lo e m p lead o le dice: “N o tengo m o n e d a s ah o ra, B o b b y . Te pagaré
dice co m o si fu era algo caprich o so . D esp u és vuelve a m irar televi­
d esp u és”
sión. L os d o s em p lead o s h an d isp u esto sus sillas de m o d o tal q u e Bill, el e n c arg ad o , e n tra en el saló n con u n a ta za de café. Lo si­
sin d ejar de ver el televisor, p u ed en c o n tro la r to d o el salón. g uen Jim y N ick , o tro s dos em p lead o s. T o d o s m e salu d an ag itan d o
Le p re g u n to a los em p lead o s: “ ¿D ó n d e e stá n los o tro s esta la m a n o , y yo hago lo m ism o.
no ch e? ¿ F a lta ro n m u c h o s? ” (C .O . U n viernes p o r la n o c h e p o r lo Bill se m e acerca y m e dice: “ H ola, Steve. ¿Q uieres cafe . Ve
general h ay tres o c u a tro e m p lead o s tra b a ja n d o , si n o m ás.) V ince a servirte tú m ism o si q u ie re s” . D igo: “A h o ra n o , G racias, Bill.
re sp o n d e : “ N o, salieron a alm o rzar. V uelven d e n tro de u n r a to ” .
P uede q u e m ás ta rd e ” .
(C .O . Es in te resa n te q u e los h o m b re s de ese tu r n o llam en “ a lm u e rz o ” Bill y los o tro s em p lead o s visten p a n ta lo n e s o scu ro s, cam isas
a su co m id a v esp ertin a.) de algodón y z ap a to s n eg ro s con cord o n es. T o d o s llevan el pelo
P re g u n to : “ ¿C uándo vuelve M ike?” (C .O . M ike ha esta d o re la tiv a m e n te c o rto y son m a y o re s q u e los dos em p lead o s q u e
tra b a ja n d o desde el m es pasado en u n a sala d e los pisos in ferio res e sta b a n e n el salón. B ill tiene a lre d ed o r de 50 años, y los o tro s dos
en la q u e h a c ía fa lta p erso n al.) V ince resp o n d e : “ V uelve m u y p ro n ­ m ás o m en o s 30. D el c in tu ró n de Bill cuelga u n llavero. T ien e ta m ­
to , ta l vez la sem ana p ró x im a. E stu v o u n ra to a q u í esta n o c h e ” . b ién u n a p e q u e ñ a placa con su n o m b re p re n d id a en la cam isa. Es
V ince d ice algo sobre el n ú m e ro de re sid e n te s de la sala. N o el ú n ic o en la sala q u e lleva u n a placa co n el n o m b re . (C.O . Parece
o í e x a c ta m e n te lo q u e c o m en tó . P reg u n to : “ ¿N o se s u p o n ía q u e e x tra ñ o q u e B ill lleve esa placa. La sala casi n o tiene v isitan tes,
ib a n a tran sfe rir a alg u n o s?” V ince re sp o n d e: “ S í, pero ah o ra n o y a él lo c o n o cen to d o s los em p lead o s y resid en tes. ¿U n signo de
sé a cu án to s. V inieron a llevarse algunos, pero Bill n o e sta b a y sta tu s? Es ta m b ié n in te re sa n te q u e los em p lead o s de m ás ed ad tie n ­
n o se los llev aro n ” . d a n a p e rm a n e c e r ju n to s .)
V iene D avid D u n n , u n re sid en te de u n o s 35 ó 4 0 años. David M ien tras J im y N ick cam inan hacia m í, veo q u e N ick tra ta
es tím id o p ero am istoso. V iste u n p ulóver an ara n jad o , v aq u ero s de su su rra rle algo a Jim . Jim p arece n o o írlo , p u e sto q u e n o lo
sin c in tu ró n y zapatillas de tenis. Su pelo c o rto ha en can ecid o p re ­ m ira n i acusa recib o . (C .O . N o m e s o rp re n d e ría q u e N ick h ay a d i­
294 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION APENDICE. NOTAS DE CAMPO 295

ch o algo so b re e l h ech o de q u e y o estuviera a llí, com o, p o r ejem plo: parálisis cereb ral, que a fe c ta la m ita d izq u ierd a de su cu erp o . R o m a ­
“ O h, n o , está a q u í o tra v ez” .) n o me dice: “H o la, S teve” . Le re sp o n d o : ‘ H ola, V ito . ¿C óm o
N ick viene hacia m í y m e dice am isto sa m en te “ H ola, S tev e” . e s tá s? ” El sonríe.
N ick y Jim salen d el salón n u ev am en te. V ito se p o n e d etrás de Bill y co m ienza a fro ta rle la espalda.
N o to q u e u n resid e n te q u e está d etrás d e m í y a m i d erec h a se Bill le g rita: “ Sal de allí, m a ld ito sea. N o q u ie ro q u e m e fro te n la
bajó los p a n ta lo n e s y se está m a stu rb a n d o . P arece n o p restar a te n ­ e sp ald a” .
ción a n ad ie. M iller se lev an ta y se dirige hacia u n ch arc o d e o rin a, Bill le señala al nuevo e m p lead o y le dice: “ Ve a fro ta rle la
q u e e stá a m i izq u ierd a. Se p o n e de rodillas, lim pia el piso con u n esp ald a a él, V ito ” . E l em p lead o dice: “E l n o q u iere fro ta rm e la
tra p o h ú m e d o , lo e stru ja y lo vuelve a arro jar en el balde. Pasa ju n ­ e sp ald a p o r lo q u e y o le hice u n a noche. ¿ R e c u e rd a s? ” (C .O . E l
to a m í al dirigirse a su silla. El o lo r ab ru m a . H ay e x c re m e n to s flo ­ e m p lead o d ijo e sto en u n to n o tal q u e n o cre í q u e y o debiera insis­
ta n d o en el agua (C .O . M iller, a d ifere n cia de o tro s re sid en tes, lim ­ tir en el tem a, dem asiado d elicad o en ese m o m e n to . N o q u ie ro pa­
p ia a u to m á tic a m e n te la o rin a y las heces q u e ap arecen en el piso. recer un e n tre m e tid o .)
M uchos d e los o tro s esp eran a q u e las zonas sucias les sean señ ala­ E l e m p lead o le dice en to n c e s a V ito : “ ¿Q ué pasa, V ito? ¿No
das.) quieres fro ta rm e la espalda? ¿N o te g u s to ? ” (C .O . Dice esto m o fá n ­
D u ran te e l tie m p o en q u e p erm a n ezco en Ja sala, M iller lim pia d o se.) V ito está d etrá s de m í y no p u e d o ver su ro stro , pero el em ­
con fre c u e n c ia h eces y orina. p le ad o c o n tin ú a : “ ¿Por qué no, V ito ? V am os, fró ta m e la e sp a ld a ” .
Bill, q u e h a b ía esta d o de pie cerca de m í, to m a u n a silla y se V ito va hacia él y co m ienza a fro ta rle la espalda.
sienta al lado de V ince. (C .O . E n el salón h ay cinco sillas de p lá sti­ V ince m e p re g u n ta : “ ¿Te fro tó V ito alguna vez la esp ald a?”
co, q u e son u sad as p o r los em p lead o s. Los re sid e n te s pocas veces Le dice a V ito: “ V e a fro ta rle la espalda a S tev e” . Y o digo: “ Sí,
tra ta n de sentarse en alguna de ellas. C u an d o lo hacen, so n castiga­ él m e ha fro ta d o la e sp ald a ” . V ince le dice a V ito : “M uy bien,
dos p o r los em p lead o s.) V ito . D é ja lo ” . Y m e co m en ta a m í: “ E n to n c e s sabes có m o es.
Un re sid en te llam ado Jim está se n ta d o eñ e l suelo fre n te a to ­ R e a lm e n te fro ta con fu e rz a ” .
dos n o so tro s. Jim tien e p o co m enos de 20 añ o s, viste p a n ta lo n e s U n o de los resid en tes da vu eltas cerca de la p u e rta del salón.
grises y zap ato s, p e ro n a d a m ás. E l nuevo e m p lea d o dice: “ H ola Bill le g rita: “ B ates, aléjate de esa p u e rta ” .
Jim , hola Jim . M uy bien, m u y b ie n ” . Su to n o es d e burla. Jim E l nuevo em p lead o señala la p e lo ta de tra p o de T resh y dice:
(p ro n u n c ia n d o m al el n o m b re ) re p ite : “ H ola, G em . M uy b ien , m u y “ D am e e s o ” . T resh se !a da. El e m p le ad o arro ja la p e lo ta a Bates
b ie n ” . El e m p le a d o dice: “M uy b ien , G em . M uy bien, m u y b ie n ” . y lo golpea en la espalda. El re sid en te se ap a rta rá p id a m e n te de
Jim le hace eco de n u ev o . E l em p lead o e n to n c e s dice: “A la la p u erta .
m ierd a, G em , a la m ie rd a ” . J im ag ita los b razo s y d a m a n o ta z o s en M iller está d e trá s de m í lim p ia n d o u n charco de orina. U n re ­
el aire. T o d o s los em p lead o s ríe n . Bill, rie n d o , m e observa, com o sid en te p ró x im o a n o so tro s se baja los p a n ta lo n e s h asta las rodillas
p ara q u e c o m p a rta la risa. S o n río . (C .O . Las situ acio n es co m o y se acuclilla. V ince le g rita a M iller: “ M iller, levántalo. ¡ R ápido!
ésta son siem p re difíciles. Me siento culpable al so n reír, p ero n o Llévalo al baño. ¡A p ú ra te , an tes de que lo haga en el su elo !” Mi­
q u ie ro q u e parezca q u e m e creo su p erio r a los em p lead o s.) ller to m a de la m a n o al re sid en te y lo saca del salón.
El n uevo em p lead o se vuelve hacia B o b b y B art. D ice: “ H azte V ito está to d a v ía fro ta n d o la esp ald a del nuevo em pleado,
coger, B o b b y ” , y le ex h ib e vigo ro sam en te su d e d o m a y o r ríg id o . q u e le p reg u n ta a V ince: “ ¿Tengo que pagarle por el m asaje?”
B o b b y devuelve el gesto, rien d o . (C.O . B o b b y es so rd o , según los V ince re sp o n d e : “ Y o le d o y u n a m o n e d a si hace u n buen trab a jo .
em pleados, p ero b a sta n te in telig en te.) P ero n o la m erece si fro ta con dem asiada fu e rz a ” .
El m ism o em pleado em p ieza a cantar. (C.O . P arece estar chan­ Bill dice algo sobre el p ro b le m a de im p ed ir q u e los resid en tes
ceándose.) “E sto está parecién d o se m u c h o a N av id ad ...” Bill dice: orin en y d efeq u e n en el suelo. E n to n c e s c o m e n ta al re sp ecto : “ Es­
“T e ad elan ta s un p o c o , ¿no te p are c e ? ” El em p lead o re sp o n d e : to s p ac ien te s son to d o s de grado b a jo ” .
“N o, va a ser N avidad en cu alq u ier m o m e n to ” . Bill c o n tin ú a: “ Me e n c a n ta ría p o d e r e n tren arlo s. R ealm ente.
R o m a n o , de 21 años, viene co rrie n d o hacia m í. T iene u n a P ero n o se puede. A quí no se p u e d e ” . Bill señala a un resid en te a
METODOS CUALITATIVOS D E INVESTIGACION APENDICE. NOTAS DE CAMPO 297

un m edio m e tro de n o so tro s y dice: “ E ste no es m alo. Se le p u ed e guir más fo n d o s federales. E l d in e ro no va a los p acien te s ni va a
enseñar algo” . Señala a V ito y agrega: “ Ese ta m p o c o es m alo. Se los em p lead o s, a sí q u e ¿ad o n d e va? Y o sé a d o n d e va y creo que
le p u ed e enseñar algo. Q u iero decir que se 'les pued e en señ ar h a sta tú ta m b ié n lo sabes: se lo ro b a n . La gente que reg en tea este lugar
cierto p u n to . H ay u n lím ite. T ien en una fro n te ra . Se puede ir h a sta se e stá h ac ien d o rica ro b a n d o . Los de arriba lo saben, pero no les
cierto p u n to con ellos, p ero eso es to d o . T ien en u n a fro n te ra y es im p o rta ” . , ,
im posible pasarla. Saben h ab lar, de m o d o que u n o pued e decirles Bill co n tin ú a: “Te digo que sé q u e aq u í se r o b a . T o d o s los
qué tie n e n q u e h acer. Si saben hablar se pu ed e h ace r algo con ellos. años en en ero em p iezan a re d u c ir la com ida. E l ejercicio em p ieza
P ued en c o m p re n d e r” . en abril, así q u e en en ero está te rm in a n d o ^ e l a n te rio r y les qued a
Bill co n tin ú a: “ Si p u e d en h ab lar se pu ed e h acer algo con ellos. p o c o d in ero . E n to n c e s em p iezan a esc a tim a r .
Se les puede d ecir q u e hagan algo, y ellos lo hacen. A la m a y o ría Le dije: “ B u en o , to d a v ía no estam o s en enero y ya te falta n m a­
de los q u e están a q u í n o se les pued e hablar. S o lam en te e n tie n d e n te ria le s” . Bill dijo: “ Es cierto . N o nos dan su ficien te d esin fe c ta n te .
dos cosas” . H ace u n a pausa, cierra el p u ñ o y dice: “ E s to ” ; da u n a P or eso tengo q u e co m p ra rlo y o m ism o, con m i p ro p io d in ero .
b o fe ta d a en el aire y agrega: “ O e s to ” . D em o n io s, en el E d ificio 29, el edificio m é d ico , tie n e n to d o el que
Bill se p o n e de pie y m e p re g u n ta : “ ¿Q uieres café, Steve? n ecesitan . Eso es p o rq u e to d o s los visitantes van allí. A q u í no viene
V am o s” . Se dirige a la p u e rta , y y o me paro y lo sigo. Salim os del nadie, p ero ésto s son los ed ificio s que m ás lo n ecesitan . .
salón y p o r el co rre d o r pasam os a la cocina. Le p re g u n té a Bill: “ ¿ D ó n d e estab a s a n tes de venir a q u í?
A m b o s nos servim os u n a ta za de café en la ca fe te ra de la cocina. “ A n te s e sta b a e n u n piso de abajo. Era sub en carg ad o . A llí el en car­
Bill abre la h elad era y to m a un gran envase de c a rtó n que co n tien e gado n o se p re o cu p a b a por n ada. N u n ca lim piaba el lugar. D ecía
leche. V ierte un p o co de leche en su café y me pasa el envase a que si el lugar estab a sucio n o te n d ría v isita n te s y sup o n g o que es
m í. N os sen tam o s a la m esa de la cocina. E n u n a m esa p ró x im a así. Y o era su b en carg ad o , y cada vez que el en carg ad o se ib a y o
a la h elad era hay cinco p an es y u n a caja co n bananas verdes. lim p ia b a to d o el lugar. E n to n ces el supervisor m e dijo q u e q u e ría
Bill en cien d e u n cigarrillo, se en dereza en su silla y dice: “El que m e h ic iera cargo de esto. E ste era el lugar m ás sucio del m u n d o .
supervisor nos dijo que te n e m o s que em p ezar a llevar a los de grado A l en carg ad o de a q u í no le p reo cu p a b a. E] p o n ía a sus perros g u ar­
bajo a un baile especial para ellos. E ste m a rtes ten em o s que llevar­ dianes en la p u e rta y ju g a b a a las cartas. Yo lim pié ta m b ié n a este
los. Lo q u e te n em o s que h acer es vestirlos a to d o s con sus propias lugar. N o so p o rto la in m u n d icia. Y a h o ra q u e esto y a q u í no m e
ro p as y después u n em p leado tiene que llevarlos al baile y e star q u ie re n d a r lo q u e n e ce sito p ara m a n te n e r la lim pieza .
co n ellos to d a la n o ch e. ¿C óm o vam os a hacerlo? N o te n em o s su­ Le dije: “ E sta rá s d e s a le n ta d o ” . Bill re sp o n d ió : “ P or cierto
ficien tes em pleados. E starán to d o s vestidos, em p ezarem o s a llevar­ que e sto y d esalen tad o . N o nos q u ie re n d ar d esin fe c ta n te ni nada
los y uno se ensuciará en los p a n talo n es y te n d re m o s que trae rlo s p o r el estilo . AI E stad o n o fe im p o rta que y o p u e d a llevar alguna
a to d o s de v u e lta ” . e n ferm e d a d a m i casa y c o n tag iar a mis hijos. B ien, a m í s í m e im ­
Le p reg u n té a Bill: “ ¿P or qué tie n e n ese baile especial?” “ Te p o rta N o les voy a co n tag iar u n a h e p a titis o algo p arecid o a mis
diré p o r q u é ” , m e re sp o n d ió . “E s p o rq u e con ta n to s p acien te s en hijos. V o y a m a n te n e r lim pio a este lugar. S im p lem en te no so p o rto
el p ro g ram a o b tie n e n fo n d o s federales. P o r eso ten em o s ta n to s la in m u n d ic ia ” .
program as a q u í. (C.O. D esde la perspectiva de Bill hay dem asiad o s Bill se p one de pie rá p id a m e n te y dice: “ Si ahora n o voy a sol­
program as. P ero son m u y pocos los resid e n te s que p articip an en ta r el c h o rro , m e o rin o en lo s p an talo n es. V uelvo enseguida. A d e ­
program as.) C onsiguen fo n d o s del E sta d o , del d istrito y federales. la n te , sírv ete o tra taza de café” . Bill sale a p u ra d o de la h ab ita c ió n .
E l p ro g ram a p o d ría desarrollarse de to d o s m o d o s, pero el g o b iern o (C .O . Bill m e p ro p o rc io n ó im p o rta n te s elem en to s para com ­
les da m ás d in ero si p articip an m ás pacientes. Los discos y a los p re n d e r el m o d o en que d efin e a sus supervisores y a su em pleo.
te n ía n . Ya tie n e n al em p lead o q u e atien d e e l tocadiscos. Lo que h i­ T engo q u e seguir con esto s te m as del ro b o y la lim p ieza.)
cieron fue a ñ ad ir m ás p acien tes para conseguir m ás fo n d o s fe d e ­ Me serví o tra ta za de café y p e rm a n e c í sen tad o solo d u ran te
rales. ¿A d ó n d e va el d inero? En el to cad isco s sigue h ab ien d o un u n o s m in u to s.
solo em p lead o . Lo que h iciero n fu e añ ad ir m ás p acien tes para conse­ Bill volvió y de in m ed ia to co m en zo a hablar. T o d o s estam o s
METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION APENDICE. NOTAS DE CAMPO 299

a q u í por u n a sola y ú n ic a ra zó n : el dinero. E stá b ien , to d o s están z a p a to s? ” “ N o ” , resp o n d o . El dice: “D e b e ría s verlo. R ealm en te
aq u í p o r el d in e ro . Por eso se em p learo n en esto . Y o ta m b ié n lo es algo esp ecial” . V ince busca en el salón y llam a: “ E h , F ra n k ie ,
liice p o r eso. T engo 50 añ o s y cu an d o vine a q u í te n ía 40, ¿Q uién ven a q u í” . F ran k ie ignora a V ince. E n cam bio, le da p u n ta p ié s a
lo va a to m a r a u n o a los 4 0 años? N adie q u iere a un tip o de 40 un re sid en te q u e e stá se n ta d o en el suelo. E l re sid en te n o hace n a ­
a ñ o s” . da. V ince llam a a F ra n k ie de n uevo. E sta vez F ra n k ie se acerca.
Le p re g u n té a Bill: “ ¿T ienes p ro b lem as para conservar a los F ra n k ie es u n h o m b re c o rp u le n to de p o co m ás de v ein te años.
b u en o s em pleados? Q uiero decir, ¿h ay m u ch o s cam bios?” “ N o ” , res­ N o tie n e za p a to s, pero viste la ro p a de la in s titu c ió n .
p o n d ió . “T engo b u en o s em p le a d o s ah o ra. H acen lo q u e les digo. V ince le dice a F ra n k ie : “ A ta los c o rd o n es de Steve, F ra n k ie ” .
Son lim pios com o y o ” . F ra n k ie m e d esata los z a p a to s y después m e tó d ic a m e n te los vuelve
Bill c o n tin ú a: “ Mi esposa es supervisora, p e ro deja q u e la gente a a ta r sin siquiera m irarlos.
se aproveche de ella ” . Le p reg u n to : “ ¿D ó n d e trab aja? ¿En el o tro V ince le dice a F ra n k ie: “A ta mis co rd o n es, F ra n k ie ” . V ince
la d o ? ” “ S í, en el 18” , re sp o n d e. “ ¿El 18 n o es el ed ificio de n iñ o s? ” , u sa b o ta s sin cordones. F ra n k ie n o re sp o n d e nada.
averiguo. R esp o n d e: “ Sí, se q u e d a n con m i m u jer h asta q u e tien e n El em p le a d o nuevo dice: “ E h , F ra n k ie ” , m u e stra el p u ñ o
de 12 a 16 años, h asta q u e los m id en (sic). C u an d o los m iden (sic) cerrad o y señala con él a u n jo v en residente, n eg ro q u e e stá sen tad o
los ubican en o tra guardia. E n la sala de m i esposa hay solam en te c o n tra la pared, cerca del televisor. F ra n k ie se acerca a ese re sid e n ­
tres em p lead o s, y los fines de sem ana sólo dos. Los fines de sem ana, te y lo golpea en la cabeza. El negro se hu m illa y h u y e hacia el sec­
el supervisor de m i m u jer los está h acien d o tra b a ja r o c h o h o ras to r del d o rm ito rio . F ra n k ie ta m b ié n se aleja. El em p lead o n o pres­
y m ed ia sin alm u erzo . ¿P uedes cree rlo ?” (C.O. Me aso m b ra la c a n ti­ tó ate n c ió n a lo q u e h izo F ra n k ie . (C.O . E n la sala h ay tre s resi­
dad de em p lead o s q u e tien en p arie n te s tra b a ja n d o en la in stitu c ió n . d e n te s negros. T o d o s los e m p lead o s parecen ser racistas p o r su
La in stitu ció n casi convierte esto en u n p u e b lo satélite de u n a em ­ c o m p o rta m ie n to re sp e c to de esos resid en tes y p o r el m o d o en q u e
presa.) se re fie re n a ellos.)
Jim e n tra en la co cina con u n a caja y d ifere n tes ta rje ta s. Son V ince le señala a M iller un ch arc o de orina. M iller va y lo
fo rm u lario s p ara u n a lo te ría de la W orld Series. Bill llena u n a ta rje ­ lim pia.
ta y le da a Jim u n dólar. Jim se va después de h acer u n co m en tario Le p re g u n to a V ince: “ ¿Q ué hizo M iller p ara q u e lo castigaran
trivial sobre béisbol. con el b a ld e ? ” “ N o hizo n a d a ” , resp o n d e. “ N o le m o lesta an d ar
Bill se p o n e de pie, va h a sta la p ileta y lava su taza. Yo hago con el b ald e. Sabe q u e si hace ese tra b a jo te n d rá co m id a adicional.
lo m ism o. V olvem os al salón de día. H em os pasado en la cocina Le d am o s m ás com ida a q u ie n q u ie ra q u e esté con el balde. M iller
u n o s 25 m in u to s. lo sabe, así q u e n o le m olesta. A lg u n o s de los o tro s n o son tan
Jim y N ick están en el salón de d ía se n tad o s fre n te al televisor. lisios, p ero M iller lo e s” .
V ince y el o tro em p lead o ta m b ién están en el salón. Bill cam ina V ince com ienza a h ab lar de béisbol con el nuevo em pleado.
por el salón. Y o m e sien to ju n to a Vince. D ecid o irm e. Le digo a V ince: “ B uen o , ah o ra tengo q u e irm e
U n re sid en te se m e acerca p o r d e trá s y se q u e d a allí. V ince a m i casa. H asta la v u e lta ” . El m e resp o n d e : “ M uy bien, h asta la
lo m ira y grita: “ H arris, sal de allí. D éjalo en p az” . V ince m e dice: v u e lta ” . Digo ad ió s co n la m a n o al o tro em p lead o y a algunos de
“ N unca p e rm ita s q u e se te pongan d etrás. N o sabes lo q u e te p o d ría n los resid en tes. D ejo el salón. S aliendo p o r el co rred o r, paso d elan te
hacer. P o d ría n estran g u larte. U na vez, B o b b y B art to m ó a o tr o p o r de la o ficin a.
la garganta y no lo q u e ría so ltar. T a m p o c o nadie p o d ía sacárselo ” . Bill e s tá sen ta d o en el e scrito rio de la oficina. L lena algún ti­
(('.O . N u n ca he v isto q u e u n resid e n te a ta q u e o golpee a u n em p lea­ po de planilla. Le digo: “Me v oy, B ill” . “ M uy bien, Steve - m e
do. T am p o c o he visto a B o b b y B art hacerle d a ñ o a nad ie.) re s p o n d e —, tó m a te lo con calm a. H az alguna pausa en el tra b a jo ” .
Bill sale del salón. Salgo de la sala y del edificio.
N ick y Jim hablan sobre v eh ícu lo s m o to riz a d o s para la nieve C u an d o m e dirijo hacia m i au to m ó v il, u n h o m b re se m e acer­
y ven televisión. ca. (C .O . Me im agino q u e es un re sid en te p o r sus ropas, viejas y
V in ce m e p reg u n ta : “ ¿H as v isto a F ran k ie a ta r co rd o n es de ab o lsad a s, su p elo y el m o d o en q u e habla.) Me dice: “N o tengo
MliTODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION

ningún d ía libre h asta el dom ingo. T rab a jo to d o el tie m p o ” . C am i­


na ju n to a m í. Señala a u n árb o l y co m e n ta : “Mi h erm a n o c o rtó
mía ram a de ese árb o l. T rabaja a q u í. T engo o tro h erm a n o que
(am bien tra b a ja a q u í. Y u n o m ás q u e está e n casa” .
Llegam os a la playa de esta c io n am ie n to . Me p re g u n ta : “ ;C uáI
es su a u to m ó v il? ” Lo señalo y le d ig o :“ E se” . E l c o n tin ú a : “ /N e c e ­
sita a alguien q u e se lo lave? Se lo lavaré alguna vez. No le saldrá
más q u e 25 centavos. T rab ajo b ie n ” . L e digo: “ Me parece m u y
B IB L IO G R A F IA
bien. N os v erem o s” . El se aleja. Yo cam ino h asta mi au to El h o m b re
vuelve y m e dice: “ T rab ajo en el E dificio 22. Venga a b uscarm e
si quiere q u e le lave el a u to ; lo lim p io p o r d e n tro y lo lavo por
fuera . Le digo “M uy b ie n ” y salgo de la in stitu c ió n . (C.O . Era
im p o rta n te para ese h o m b re q u e yo n o creyera q u e era un re sid e n ­
te, sino q u e su p iera q u e es e m p lead o . E sto tien e p ro b ab le m en te
q u e ver con el estigm a de ser “re ta rd a d o ” .)

A cadem ic F reedom and Tenure C om m ittee: “ S tatem ents o f Principles” , Bul­


letin o f the American Association o f University Professors, 2 6: 49-54,
1940.
A dams, R. N, y Preiss, J. J. (com ps.): Human Organization Research, H om e­
w ood, 111., D orsey Press, 1960.
Agar, M. H.: The Professional Stranger: A n Informal Introduction to Ethno­
graphy, Nueva Y ork, A cadem ic Press, 1980.
Agar, M. H.: “ W hatever happened to cognitive anthropology: A partial review ” ,
Human Organization, 4 1: 82-86, 1982.
Agar, M. H.: “ E thnography and cognition” , en R. M. Em erson (com p.), Con­
temporary Field Research, B oston, L ittle , Brown, pags. 68-77, 1983.
A llport, G.: The Use o f Personal Documents in Psychological Science, Nueva
Y ork, Social Science Research C ouncil, 1942.
A llport, G ., B runer, J. S. y Jan d o rf, E. M.: “ Personality u nder social catastro ­
phe: An analysis o f 90 Germ an refugee life histories” , Character and
Personality, 5(10): 1 -2 2 ,1 9 4 1 .
A ltheide, D. L.: “ Leaving the new sroom ” , en W. B. Shaffir, R. A. Stebbins
y A. T urow etz (com ps.) Fieldwork Experience: Qualitative Approaches
to Social Research, Nueva Y ork, St, M artin’s Press, pags. 301-310, 1980.
A m erican A nthropological A ssociation: “ Principles o f professional responsi­
b ility ” , Newsletter o f the American Anthropological Association, 11
(noviem bre): 14-16 (A doptados en m ayo de 1971), 1970.
A m erican Psychologist: “ Ethical standards o f psychologists” , 18: 5 6 -6 0 ,1 9 6 3 .
A m erican Sociologist Staff: “Tow ard a code o f ethics for sociologists” , A m e­
rican Sociologist, 3 (noviem bre): 316-318, 1968.
A nderson, N .: The Hobo, Chicago, University o f Chicago Press, 1923.
Angell, R .: The Family Encounters the Depression, Nueva Y ork, Scribner,
1936.
METODOS CUALITATIVOS D E INVESTIGACION B IB L tO G R A F IA 303
302

Angell, R .: “A critical review o f th e developm ent o f th e personal docum ent B arton, A. H. y Lazarsfeld, P. F .: “ Some functions o f qualitative analysis in
m eth o d in sociology 1920-1940” , en L. G ottschalk, P . K luckhohn y social research” , Frankfurter Beitrage zur Soziologie, I: 321 -361, 1955.
R . Angell, The Use o f Personal Documents in History, Anthropology, B ateson, G.: “E xperim ents in thinking abo u t observed ethnological m aterials” ,
and Sociology, Nueva Y ork, Social Science R esearch Council, 1945. Philosophy o f Science, 8 :5 3 -68, 1941.
Angell, R . D. y Friedm an, R .: “The use o f docum ents, records, census m ate­ Beals, R. L.: “ Native term s and anthropological m eth o d s” , American A nthro­
rials, and indices” , en L. Festinger y D. K atz (com ps.), Research Methods pologist, 59: 7 1 6 -7 1 7 ,1 9 5 7 .
in the Behavioral Sciences, Nueva Y ork, H olt, pags. 3 0 0 -3 2 6 ,1 9 5 3 . Beals, R. L .: Politics o f Social Research, Chicago, A ldine, 1968.
Becker, H. S.: “ The career o f th e Chicago public school teach er” , American
Angell, R. D. y T urner, R . H.: “C om m ent and reply on discussions o f the
analytic induction m eth o d ” , American Sociological Review, 19: 476- Journal o f Sociology, 57 (m arzo): 470-477, 1952.
4 7 8 ,1 9 5 4 . Becker, H. S.: “The teacher in the au th o rity system o f the public school” ,
Appell, G.: Ethical Dilemmas in Anthropological Inquiry: A Case Book, Wal­ J o u r n a l o f Educational Sociology, 27 (noviem bre): 128-141, 1953.

th am , Mass., Crossroads, 1978. Becker, H. S.: “ A note on interview ing tactics” , Human Organization, 12(4):
A rbus, D.: Diane Arbus, Nueva Y ork, An A perture M onograph, 1972. 3 1 -3 2 ,1 9 5 4 .
Arensberg, C. M.: “T he com m unity -study m e th o d ” , American Journal o f Becker, H. S.: “ Interview ing medical stu d en ts” , American Journal o f Sociolo­
Sociology, 60 : 109-124, 1954. gy, 62: 1 9 9 -2 0 1 ,1 9 5 6 .
Argyris, C.: “ Diagnosing defenses against the o u tsider” , Journal o f Social Issues, Becker, H. S.: “ Problem s o f inference and p ro o f in participant observation” ,
8(3): 2 4 -3 4 ,1 9 5 2 . American Sociological Review, 2 3: 6 5 2 -6 6 0 ,1 9 5 8 .
A rrington, R .: “Tim e sampling in studies o f social behavior” , Psychological Becker, H. S.: “ Notes on the concept o f com m itm ent” , American Journal o f
Bulletin, 40: 8 1 -1 2 4 ,1 9 4 3 . Sociology, 66 (julio): 3 2 -4 0 ,1 9 6 0 ,
Asad, R. (com p.): Anthropology and the Colonial Encounter, Londres, Ithaca Becker, H. S.: Outsiders: Studies in the Sociology o f Deviance, Nueva Y ork,
Press, 1973. F ree Press, 1963.
B abchuck, N.: “T he role o f the researcher as p articipant observer and parti- Becker, H, S.: “ Problems in th e publication o f field studies” , en A. J. Vidich,
cipant-as observer in the field situ atio n ” , Human Organization, 21(3): S. Bensman y M. R. Stein (com ps.). Reflections on Community Studies,
2 2 5 -2 2 8 ,1 9 6 2 . Nueva Y ork, Wiley, pags. 2 6 7 -2 8 4 ,1 9 6 4 .
Back, K. W.: “The w ell-inform ed in form ant” , Human Organization, 14(4): B ecker, H. S.: “ In tro d u c tio n ” , en C. Shaw The Jack-roller, Chicago, III., U ni­
30-33, 1956. versity o f Chicago Press, 1966.
Bader, C.: “S tandardized field p ractice” , International Journal o f Opinion Becker, H. S.: “Whose side are we o n ? ” , Social Problems, 14 (invierno), 239-
and A ttitude Research, 2: 2 4 3 -2 4 4 ,1 9 4 8 . 2 4 7 ,1 9 6 6 -1 9 6 7 .
Bain, R .: “ The im personal confession and social research” , Journal o f A p ­ Becker, H. S. (com p.): The Other Side, Nueva Y ork, Free Press, 1967.
plied Sociology, 9: 3 5 6 -3 6 1 ,1 9 2 5 . Becker, H. S.: Sociological Work: Method and Substance, Chicago, Aldine,
Bain, R. K.: “The researcher’s role: A case stu d y '’, Human Organization, 9(1): 1970.
23-28, 1950. Becker, H. S. y Carper, J. W.: “ The developm ent o f identification w ith an
Baldamus, W.: “ The role o f discoveries in social science” , en T. Shanin (com p.), o ccupation” , American Sociological Review, 61 (enero): 2 8 9 -2 9 8 ,1956a.
The Rules o f the Game: Cross-Disciplinary Essays on Models in Scholarly Becker, H. S. y C arper, J. W.: “The elem ents o f identification w ith an occu­
Thought, Londres, Tavistock, pags. 2 7 6 -3 0 2 ,1 9 7 2 . p atio n ” , American Sociological Review, 21 (junio): 3 4 1 -3 4 8 ,1956b.
Ball, D.: “ An abortion clinic eth n o g rap h y ” , Social Problems, 5(14): 293-301, Becker, H. S. y Friedson, E.: “ Against the code o f ethics” , American Sociolo­
1966-1967. gical Review, 29: 4 0 9 -4 1 0 ,1 9 6 4 .
Banaka, W. H .: Training in Depth Interviewing, Nueva Y ork, H arper and R ow , Becker, H. S. y Geer, B.: “ Participant observation and interview ing: A com pari­
1971. so n ” , Human Organization, 16 (3): 28-32, 1957.
Barber, B.: “R esearch on hum an subjects: Problem s o f access to a pow erful Becker, H. S. y Geer, B.: “T he fate o f idealism in medical school” , American
profession” , Social Problems, 21 (verano): 103-112, 1973, Sociological Review, 23 (febrero): 50-56, 1958a.
Barnes, J. A.: “Some ethical problem s in m odern field w o rk ” , British Jour­ Becker, H. S. y Geer, B.: “ ‘Participant observation and interview ing’: A rejoin­
nal o f Sociology, 1 4 (ju n io ): 118-134. 1963. der” , Human Organization, 17 (2): 39-40, 1958b.
B arlett, F.C .: “ Psychological m ethods and anthropological problem s” , Afri- B ecker, H. S. y Geer, B.: “ L atent cu lture: A note on the theory o f latent social
ca, 10: 4 0 1 -4 2 0 ,1 9 3 7 . roles” , Administrative Science Quarterly, 5 (septiem bre): 304 313, 1960a.
304 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION BIBLIOGRAFIA 305

Becker, H. S. y Geer, B.: “Participant observation: The analysis o f qualitative Berk, R. A. y A dams, R. A.: “Establishing rapport w ith deviant g ro u p s” , Social
field d ata” , en R, N. A dams y J, J. Preiss (com ps.), Human Organization Problems, 18 (verano): 1 0 2 -1 1 7 ,1 9 7 0 .
Research, H om ew ood, 111., D orsey Press, pags. 2.67-289, 1960b. Berk, S. F . y Berheide, C. W.: “Going backstage: Gaining access to observe
Becker, H. S., G eer, B. y Hughes, E.: Making the Grade, Nueva Y ork, Wiley, household w ork ”, Sociology o f Work and Occupations, 4: 2 7 -4 8 ,1 9 7 7 .
1968.
Bernard, J.: “O bservation and generalization in cultural anthropology” , A m eri­
Becker, H. S., Geer, B., Hughes, E . C. y Strauss, A. L.: Boys in White: Student can Journal o f Sociology, 50: 2 8 4 -2 9 1 ,1 9 4 5 .
Culture in Medical School, Chicago, U niversity o f Chicago Press, 1961. B errem an, G. D.: “E thnography: M ethod and p ro d u c t” , en J . A, C lifton
Becker, H. S. y H orow itz, I. L. : “ Radical politics and sociological research: (com p.), Introduction to Cultural Anthropology: Essays in the Scope
O bservations on m ethodology and ideology” , American Journal o f Socio­ and Methods o f the Science o f Man, B oston, H oughton M ifflin, págs.
logy, 78 (julio): 4 8 :6 6 , 1972. 3 3 7 -3 7 3 ,1 9 6 8 .
Becker, H, S. y Strauss, A. L.: “Careers, personality and adulte socialization” , Bevis, J, C.: “ Interviewing w ith tape recorders” , Public Opinion Quarterly,
American Journal o f Sociology, 62 (noviem bre): 253-263, 1956. 13: 629-634, 1950.
Becker, H. S. y otros (com ps.): Institutions and the Person: Essays Presented B ickm an, L. y H enchy, T . (com ps.): Beyond the Laboratory: Field Research
to Everett C. Hughes, Chicago, A ldine, 1968. in Social Psychology, Nueva Y ork, M cGraw-Hill, 1972.
Becker, M. y o tro s: “Predicting m o th e r’s com pliance w ith m edical regim ens” , B ierstedt, R .: “A critique o f em piricism in sociology” , American Sociological
Journal o f Pediatrics, 81: 843-854, 1972. Review, 24: 5 8 4 -5 9 2 ,1 9 4 9 .
Beecher, H. K.: Research and the Individual: Human Studies, B oston, L ittle, Bilden, D. (com p.): Human Report 1: Observations in Mental Health, Mental
B ro w n ,1970. Retardation Facilities, en colaboración con el W orkshop o n Human
Beeghley, L. y B utler, E.: “The consequences o f intelligence testing in public Abuse P ro tectio n and Public Policy, Syracuse U niversity, 1970.
schools before and after desegregation” , Social Problems, 21(5), 1974. Bilden, D.: Patterns o f power, Tesis inédita, 1973.
Beezer, R. H.: ‘ Research on m ethods o f interview ing foreign inform ants” , Bilden, D.: L et Our Children Go, Syracuse, H um an Policy Press, 1975.
George W ashington U niversity Hum an R esources Research Office T ech ­ B ittner, E.: “T he concept o f organization” , Social Research, 31 : 239-255,
nical R ep o rt, No. 30, 1956. 1964.
Bendix, It.: “C oncepts and generalizations in com parative sociological studies” , B ittner, E.: “O bjectivity and realism in sociology” , en G. Psathas (com p,),
American Sociological Review, 28: 5 3 2 -5 3 9 ,1 9 6 3 . Phenomenological Sociology: Issues and Applications, Nueva Y ork,
B ennett, C. C.: “W hat price privacy?” , American Psychologist, 22: 371-376 Wiley, págs. 1 0 9 -1 2 5 ,1 9 7 3 .
1967.
B ittner, E .: “ Realism in field research” , en R. M. Em erson (com p.), Contempo­
B ennett, J. W.: “T he study o f cultures: A survey o f technique and m eth o d o ­ rary Field Research, B oston, L ittle, Brown, págs. 149-155, 1983.
logy in field w o rk ” , American Sociological Review, 13: 672-689, 1948. Black, D . I . y Reiss, A. J.: “Police control o f juveniles” , American Sociological
Benney, M. y Hughes, E. C.: “ O f sociology and the interview ” , en N, K. Den- Review, 3 5: 6 3 -7 7 ,1 9 7 0 .
zin (com p.), Sociological Methods: A Sourcebook, Chicago, A ldine, Blalock, H. M. (h.): Social Statistics, Nueva Y ork, McGraw-Hill, 1960.
pags. 175-181, 1970. B latt, B.: Exodus From Pandemonium, B oston, Allyn & Bacon, 1970.
Bensm an, J. y V idich, A.: “Social th eo ry in field research” , American Journal B latt, B.: Souls in Extremis, B oston, Allyn & Bacon, 1973.
o f Sociology, 65: 5 7 7 -5 8 4 ,1 9 6 0 . B latt, B., Biklen, D . y Bogdan, R. (com ps.): An Alternative Textbook in Spe­
Bercovici, S.: “Q ualitative m ethods and cultural perspectives in the study cial Education, Denver, Love, 1977.
o f deinstitu tio n alizatio n ” , en R. H. B m ininks, C. E. M eyers, B. B. Sig- B latt, B. y Kaplan F .: Christmas in Purgatory, Syracuse, N. Y., H um an Policy
ford y K, C. Lakin (com ps.), Deinstitutionalization and Community Press, 1974.
Adjustm ent o f Mentally Retarded People, W ashington, D. C., Am erican B latt, B., O zolins, A . y M cNally, J.: The Family Papers: A Return to Purga­
A ssociation on M ental Deficiency, 1981. tory, Nueva Y ork, Longm an, 1980.
Berger, P.; “On existential phenom enology and sociology (II)” , American Blau, P. M.: The Dynamics o f Bureaucracy, Chicago, University o f Chicago
Sociological Review, 31 (abril): 2 5 9 -2 6 0 ,1 9 6 6 . Press, 1955.
Berger, P. L. y Luckm ann, T.: The Social Construction o f Reality, G arden Blau, P. M.: Bureaucracy in Modern Society, Nueva Y ork, R andom House,
C ity, N. Y., D oubleday, 1967. 1956.
Bergman, A. B.: “Psychological aspects o f sudden and unexpected d eath in Blau, P. M.: “ O rientation tow ard clients in a public welfare , Adminis­
infants and children” , Review and Commentary, Pediatric Clinics o f trative Science Quarterly, 5(3): 341-361, 1960.
North American, 21: I1 5 -J2 3 , 1974. Blau, P. M.: Exchange and Power in Oficial Life, Nueva Y ork, Wiley, 1964.
306 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION BIBLIOGRAFIA 307

B lau, P. M. y S co tt, W. R .: Formal organization, San Francisco, C handler, Phenomenological Approach to the Social Sciences, Nueva Y ork, Wiley,
1962. 1975.
B launer, R , y W ellman, D.: ‘T o w a rd th e decolonization o f social research” , Bogdan, R. y T aylor, S. J.: Inside Out: The Social Meaning o f Mental Retarda­
en J. L adner (com p.), The Death o f White Sociology, Nueva Y ork, V in­ tion, T o ro n to , U. o f T o ro n to Press, 1982.
tage B ooks, 1973. Bogdan, R ., T aylor, S., de G randpre, B. y Haynes, S.: “L et them eat program s:
Bloor, M. J.: “O n the analysis o f observational d ata: A discussion o f th e w o rth A tten d an ts’ perspectives and program m ing on w ards in state schools” ,
and uses o f inductive techniques and respondent validation” , Sociology, Journal o f Health and Social Behavior, 15 (junio): 1 4 2 -1 5 1 ,1 9 7 4 ,
12: 5 4 5 -5 5 2 ,1 9 7 8 . Bonacich, P.: “Deceiving subjects: The p ollution o f o u r environm ent” , Ameri­
Bloor, M, J.: “N otes on m em ber validation” , en R . M. Em erson (com p.), Con­ can Sociologist, 5 (febrero): 4 5 , 1970.
temporary Field Research, B oston, L ittle, Brow n, págs. 1 5 6 -1 7 2 ,1 9 8 3 . B onaparte, M. A.: “ A defense of biography” , International Journal o f Psycho-
Blum, F . H.: “G etting individuals to give in form ation to th e o u tsider” , Jour­ Analysis, 5 (20) : 2 31 -240 , 19 39.
nal o f Social Issues, 8(3): 35-42, 1952. Bowers, R . V .: “ R esearch m ethodology in sociology: The first half-century” ,
B lum er, H .: A n Appraisal o f Thomas and Znaniecki’s “The Polish Peasant in en R. F. Spencer (com p.), Method and Perspective in Anthropology,
Europe and America”, Nueva Y ork, Social Science Research Council, M inneapolis, University o f M innesota Press, pags. 251-270, 1954.
1939. Braginsky, D. y Braginsky, B.: Hansels and Gretels, Nueva Y ork, H olt, R inehart
B lum er, H .: “ Sociological analysis o f th e Variable’ ” , American Sociological & W inston, 1971.
Review, 21 (diciem bre): 683-690, 1956. Brom ley, D. G. y Shupe, A. D. (h.): “Evolving foci in participant observation:
B lum er, H.: “ Sociological im plications o f th e th o u g h t o f George H erbert M ead” , Research as an em ergent process” , en W. B. Shaffir, R. A. Stebbins y A.
American Journal o f Sociology, 71 (m arzo): 5 3 5 -5 4 4 ,1 9 6 6 . Turow etz (com ps.), Fieldwork Experience: Qualitative Approaches to
Blumer, H.: “S ociety as sym bolic in tera ctio n ” , en J.M a n isy B .M entzer (com ps.), Social Research, Nueva Y ork, St, M artin’s Press, pags. 1 9 1 -2 0 2 ,1 9 8 0 .
Symbolic Interaction, B oston, A lly n & Bacon, 1967. Brookover, L. A. y Black, K. W.: “ Tim e sampling as a field tech n iq u e” , Human
B lum er, H.: Symbolic Interactionism: Perspective and Method, Englew ood Organization, 25: 64-70, 1966.
Cliffs, N . J.,P ren tice-H all, 1969. Brown, C.: Manchild in the Promised Land, Nueva Y ork, New A m erican Li­
Boas, F .: Handbook o f American Indian Languages, W ashington, D . C., Bureau b rary , 1965.
o f A m erican E thnology, B ulletin 4 0, 1911. Bruininks, R. H., M eyers, C. E., Sigford, B. B. y L akin, K. C. (com ps.).: Deins­
B odem ann, Y, M,: “ A problem o f sociological praxis: The case fo r interventive titutionalization and Community Adjustment o f Mentally Retarded Peo­
observation in field w o rk ” , Theory and Society, 5: 387-420, 1978. ple, W ashington, D. C., Am erican Association on M ental Deficiency, 1981.
Bogdan, R .: A Forgotten Organizational Type, Tesis inédita, 1971. Bruyn, S. T.: The Human Perspective in Sociology: The Methodology o f Par­
Bogdan, R .: “ Learning to sell d o o r to d o o r” , The American Behavioral Scientist, ticipant Observation, Englew ood Cliffs, N. J., Prentice-Hall, 1966.
septiem b re/o ctu b re, 5 5 - 6 4 ,1972a. Brym er, R . A. y Faris, B.: “ Ethical and political dilemmas in th e investigation
Bogdan, R .: Participant Observation in Organization Settings, Syracuse, Nueva o f deviance: A study o f juvenile delinquency” , en G. Sjoberg (com p.),
Y ork, Syracuse University Division o f Special E ducation and R ehabili­ Ethics, Politics, and Social Research, Cam bridge, Mass., Schenkm an,
tatio n , 1972b. pags. 2 9 7 -3 1 8 ,1 9 6 7 .
Bogdan, R .: Being Different: The Autobiography o f Jane Fry, Nueva Y ork, Buckner, H. T.: “O rganization o f a large scale field w ork course” , Urban L i­
Wiley, 1974. fe and Culture, 2(3) (o ctu b re): 361-379, 1973.
Bogdan, R .: “ Interview ing people labeled retard ed ” , en W. B. Shaffir, R. A. Bulm er, M,: “C oncepts in th e analysis o f qualitative d ata: A sym posium ” ,
S tebbins y A. T urow etz (com ps.), Fieldwork Experience: Qualitative Sociological Review, 27: 6 5 1 -6 7 7 ,1 9 7 9 .
Approaches to Social Research, Nueva Y ork, S t. M artin’s Press, págs. B urchard, W. W.: “ Law yers, political scientists, so cio lo g ists-an d concealed
2 35-243, 1980. m icrophones” , American Sociological Review, 23 : 6 8 6 -6 9 1 ,1 9 5 8 .
Bogdan, R . y Barnes, E.: “A qualitative sociological study o f m ainstream ing” , Burgess, E. W.: “W hat social case records should contain to be useful for socio­
m im eografiado, 1979. logical in terp re tatio n ” , Social Forces, 6: 524-532, 1925.
Bogdan, R . y Biklen, D .: “H andicapism ” ,S o r ia / Policy, A bril, 14 -1 9 ,1 9 7 7 . Burgess, E. W.: “Statistics and case studies as m ethods o f sociological research” ,
Bogdan, R ., Brow n, M. A. y F o ster, S. B.: “ Be honest b u t n o t cruel: S taff/ Social Forces, 12: 103-120, 1927.
p aren t com m unication on a neonatal u n it” , Human Organization, 41 (1 ): Burgess, E . W.: “ R esearch m ethods in sociology” , en G. G urvitch y W. M oore
6-16, 1982. (com ps.), Twentieth Century Sociology, Nueva Y ork, Philosophical
Bogdan, R . y T aylor, S.: Introduction to ■ Qualitative Research Methods: A Library, pags. 2 0 ^ 1 , 1945a.
308
METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION
BIBLIOGRAFIA 309

BU'i T c i,B 5 * " 4 ; S ! ^ S b ! ’ “ rch A m e r lC m J ° ™ ! Castenada, C.: The Second Ring o f Power, Nueva Y ork, Sim on and S chuster,
1977,
8 l i > n t e s G G e o ^ P/ m e f M d U n w “ rei 9 8 2 S ° U ' C e b o o k “ J F I M
Caudill, W.: The Psychiatric Hospital as a Small Society, Cam bridge, Mass.,
Harvard University Press, 1958.
“ “ N ueva Cavan, R . S.: “ Interviewing for life-history m aterial” , The American Journal
o f Sociology, 35: 1 0 0 -1 1 5,1929-1930.
Cavan, S.: Liquor License: A n Ethnography o f Bar Behavior, Chicago, A ldine,
1966.
q,,alitadve re!e*rch" ’ « Cavan, S.: “Seeing social structure in a rural setting” , Urban Life and Culture,
Campbell, D. T.: “Factors relevant to the valiriitv nf 3 (o ctu b re): 3 2 9 -3 4 6 ,1 9 7 4 .
settings” , Psychological Bulletin, 54: 297-312 \ 957 eXpenments in *><** Chapin, F. S .: Field Work and Social Research, Nueva Y ork, C en tu ry , 1920.
Charm az, K .: “The grounded theory m eth o d : An explication and in terp reta­
tio n ” , en R . M. Em erson (com p.), Contemporary Field Research, B oston,
L ittle, Brow n, pag s. 1 0 9 -1 2 6 ,1 9 8 3 .
Chesler, M. y Schm uck, R .: “P articipant observation in a superpatriot discus­
sion group” , Journal o f Social Issues, 19(2): 18-30, 1963.
ricrn ^ ^ interview ” Chrism an, N. J.: “ Secret societies and the ethics o f u rb an fieldw ork” , en M.
A. R ynkiew ich y J. P. Spradley (com ps.), Ethics and Anthropology:
Caplo: ; s « i<, s e, s n s m .“ r ,u o n ’ i n t o ,e w in 8 ''' * ■— Dilemmas in Fieldwork, Nueva Y ork, Wiley, 1976.
Christie, R . M.: “C om m ent on conflict m ethodology: A protagonist p o sition” ,
radical a i w - *«► Sociological Quarterly, 17: 513-519, 1976.
C hurch, J.: Three Babies, Nueva Y ork, R andom House, 1966.
^ P o itm S ^ S scL ““ ' a"dd“,;,: The Cicourel, A.: M ethod and Measurement in Sociology, Nueva Y ork, Free Press,
1964.
Q re' « « “ s e and C icourel, A .: The Social Organization o f Juvenile Justice, Nueva Y ork, Wiley,
1968.
" " 'W ’- L ° " ‘t e . * ° - t l e d 8 e K egan Cicourel, A.: Cognitive Sociology: Language and Meaning in Social Interac­
Cartwright, D. y French J R p Ch v “Th i* u-i- tion, Nueva Y ork, Free Press, 1974a.
Cicourel, A .: “Interviewing and m em o ry ” , en C. Cherry (com p.), Pragmatic
Character and Personality, 8: H O - l S 1 9 3 9 ' Studies” >
Aspects o f Human Communications, D o rd rech t, The N etherlands, D.
13: 10 SIJbJe c , s o f f ie ld w o r k ” , American S ociology, R eidel, 1974b.
C icourel, A. y K itsuse, J.: The Educational Decision-makers, Indianapolis,
Bobbs-M errill, 1963.
f" “ n<iucting “ d 'rork” • Clark, K .-.Dark Ghetto, Nueva Y ork, Harper T orchbooks, 1967.
“ ' ¿ / 64W “ 's M -: “ E 'h i» » l p r o b le m , o f f ie ld w o r k ” , Social Problems, 27: Clarke, J.: “ Survival in the field: Im plications o f personal experience in fiel-
w o rk ” , Theory and Society, 2: 95-123, 1975.
C lym an, R, 1. y otros: “What pediatricians say to m others of sick new borns:
^ .^ f S S p i^ r " ^ »* - An in d irect evaluation o f the counseling process” , Pediatrics, 63:719-
7 2 3 ,1 9 7 9 .
co" ~ « * “ * ^ Code o f Federal R egulations: “P ro tectio n o f Hum an subjects” , 45 Public Wel­
n ‘ ’L m « » " * * Y o r k , S im o n fare C FR P art 46, Revised O ctober 1, W ashington, D. C., GPO, 1977.
Coles, R .: Children o f Crisis, B oston, L ittle, Brow n, 1964.
C‘ ! t e ™ L CS; m T : A D‘ ^ " ” <0n °f R a “ »■ A “ A ' » 0 ' . U n iv e r s it y M i- Coles, R .: The South goes North, B oston, Little, Brow n, 1971a.
Coles, R .: Migrants Sharecroppers, Mountaineers, B oston, L ittle, Brown, 1971b.
C a .te n a d a , C : Tales o f Power, N u e v a Y o r k , S im o n a n d S t a t e r , 1974.
Cole, S.: The Sociological Method, 2a. ed., Chicago, Rand M cNally, 1976.
U METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION BIBLIOGRAFIA

Colem an, J. S.: “ R elational analysis: The study o f social organizations w ith en R . Q uinney (com p.), Crime and Justice in Society, B oston, L ittle,
survey m eth o d s ”,Human Organization, 17(4): 28-36; 1958.
Brow n, 1969.
Colfax, D. J .: “Pressure tow ard d isto rtio n and involvem ent in studying a civil
Cressey, P. G.: The Taxi-Dance Hall, Chicago, University o f Chicago Press,
rights organization” , Human Organization, XXV (veranoV 140-149
1932.
1966.
Culberg, J,: “M ental reactions o f w om en to p erinatal d eath ” , en N. Morris
Collier, J. (h.,): Visual Anthropology: Photography as a Research Method, (com p.), Psychosomatic Medicine in Obstetrics and Gynecology, Nueva
Nueva Y ork, H olt, 1967.
Y ork, S. Karger, pägs. 326-329, 1972.
Colvard, R .: “In teractio n and identification in reporting field research: A D abbs, J . M. (h.): “M aking things visible” , en J. Van M aanen, J. M. Dabbs,
critical reconsideration o f p rotective procedures” , en G. Sjoberg (com p.), (h .) y R. R. F aulkner (com ps.), Varieties o f Qualitative Research, Be­
Ethics, Politics and Social Research , Cam bridge, Mass., Schenkam n' verly Hills, Sage, pägs. 31-64, 1982.
pags. 3 1 9 -3 5 8 ,1 9 6 7 .
D alton, M.: Men Who Manage, Nueva Y ork, Wiley, 1961.
C om te, A,: The Positive Philosophy, trad, de H arriet M artineau, Londres
George Bell & Sons, 1896. D alton, M.: “Preconceptions and m ethods in Men Who Manage’’, en P. E.
H am m ond (com p.), Sociologists at Work, Nueva Y ork, Basic Books,
C onklin, H. C.: “ Lexicographical trea tm e n t o f folk taxonom ies” , en S. A. T y­
pägs. 5 0 -9 5 ,1 9 6 4 .
ler (com p.), Cognitive Anthropology, Nueva Y ork, H olt, R inehart &
W inston, pigs. 4 1 -5 9 ,1 9 6 9 . Daniels, A. K .: ‘T h e low-caste stranger in social research” , en G. Sjoberg
(com p,), Ethics, Politics, and Social Research, C am bridge, Mass., Schenk-
Cook, P. H .: “M ethods o f field research” , Australian Journal o f Psychology
3(2): 8 4 -9 8 ,1 9 5 1 . m an, pägs. 267-296, 1967.
Cooley, C. H .: Human Nature and the Social Order, Nueva Y ork Scribner David, C. J.: “G rief, m ourning and pathological m ourning” , Primcay Care,
1902. 2: 81-93, 1975.
Cooper, K. J .: “R ural-urban differences in responses to field tecniques” ,//u m a n Davis, A. J.: “Sexual assaults in th e Philadelphia prison system and sh eriffs
Organization, 18(3): 1 3 5 -1 3 9 ,1 9 5 9 . vans” , Trans-Action, 6 (diciem bre): 8 -1 6 ,1 9 6 8 .
Coser, L, A., R o th , J. A., Sullivan, M. A. (h .) y Q ueen, S. A ,: “Participant Davis, F .: ‘T h e cabdriver and his fare” , A merican Journal o f Sociology, 63 (2 ):
observation and th e m ilitary: An exchange” , American Sociological 158-165, 1959.
Review, 24: 397-400, 1959. Davis, F ,: “ U n certainty in medical prognosis” , American Journal o f Sociology,
Coser, R. L.: “C om m ent ”,American Sociologist, 13: 1 5 6 -1 5 7 ,1 9 7 8 . 66 (julio): 41-47, 1960.
C ottle, T. J.: Tim e’s Children, B oston, L ittle, Brow n, 1971. Davis, F .: “C o m m en t on initial in teraction o f new com ers in Alcoholics A n o n ­
C ottle, T. J.: The Abandoners: Portraits o f Loss, Separation, and Neglect, ym ous” , Social Problems, 8(4): 364-365, 1961,
B oston, L ittle, Brown, 1972. Davis, F. : Passage Through Crisis, Indianapolis, Bobbs-M errill, 1963.
C ottle, T. J .: The Voices o f School: Educational Images Through Personal Davis, F .: “Deviance disavowal: The m anagem ent o f strained interaction by
Accounts, B oston, L ittle, Brown, 1973a. th e visibly h an dicapped” , en H. S. Becker (com p.) The Other Side, N ue­
C ottle, T. J.: ‘T h e life stu d y : On m u tu al recognition and th e subjective inqui­ va Y ork, Free Press, 1964.
ry ” , Urban Life and Culture, 2((3 ) (o ctubre): 344-360, 1973b. Davis, F.: “The M artian and the. convert: O ntological polarities in social re­
C ottle, T. J.: ‘T h e ghetto scientists” , trabajo in id ito , 1973c. search” , Urban Life and Culture, 2 (3 ) (o ctubre): 3 3 3 -3 4 3 ,1 9 7 3 .
C oulter, J .. D econtextualized meanings: C urrent approaches to verstehende Davis, F .: “Stories and Sociology” , Urban Life and Culture, 3 (o ctubre): 310-
investigations” , Sociological Review, 19: 3 0 1 -3 2 3 ,1 9 7 1 . 3 1 6 ,1 9 7 4 .
Cow ley, M,: Sociological h ab it patterns in linguistic transm ogrification” Davis, M.: “ Physiologic, psychological and dem ographic factors in patient
The Reporter, septiem bre 20, 170-175, 1956. com pliance w ith d o cto rs’ orders ”,Medical Care, 6: 115-122, 1968a.
Crarg, K. H .. T h e com prehension o f the everyday physical environm ent” , Davis, M.: “V ariations in p atien ts’ com pliance w ith d o cto rs’ advice: An em pi­
en H. M. Proshansky, W. H. Ittelson y L. E. Rivlin, Environmental Psy­ rical analysis o f patterns o f com m unication” , American Journal o f Public
chology, Nueva Y ork, H olt, R inehart & W inston, 1970. Health, 5 8 : 274-288, 1968b.
Cressey, D, R .: “Crim inal violations o f financial tru st” , American Sociologi­ Davis, M.: “V ariations in p atien ts’ com pliance w ith d o cto rs’ orders: Medical
cal Review, 15: 738-743, 1950. practice and doctor-patient in teractio n ” , Psychiatry in Medicine, 2:
Cressey, D .: Other People’s M oney: A Study in the Social Psychology o f E m ­ 31-54, 1971.
bezzlement, G lencoe, 111., Free Press, 1953. Davis, M. S. y E ichhorn, R . L.: “Com pliance w ith medical regimens: Panel
Cressey, D .: “ L im itations on organization o f treatm en t in the m odern prison” , s tu d y " , Journal o f Health and Human Behavior, 4: 240-249, 1963.
31 2 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION BIBLIOGRAFIA 313

Davis, S. P.: The Mentally Retarded in Society, Nueva Y ork, Colum bia Uni­
versity Press, 1959. eher y E. T hom pson (com ps.), Among the People: Encounters with the
Poor, Nueva Y ork, Basic Books, 1968.
D ean, J. P.: “Participant observation and interview ing” , en J. T. D oby (com p.),
D eutscher, I.: “ Looking backw ard: Case studies on th e progress o f m eth o d o ­
A n Introduction to Social Research, Harrisburg, Pa., Stackpole naes
2 2 5 -2 5 2 ,1 9 5 4 . F logy in sociological research” , The American Sociologist, 4 (febrero),
34-42, 1969.
D ean, J. P., E ich h o m , R . L . y D ean, L . R.: “O bservation and interview ing” ,
D eutscher, 1.: What We Say ¡What We Do: Sentiments and Acts, Glenview,
en J. T. D oby (com p.), A n Introduction to Social Research, 2a. ed „
111., S co tt, Foresm an, 1973.
Nueva Y ork, A ppleton-C entury-C rofts,pags. 2 7 4 -3 0 4 ,1 9 6 7 .
Dean, J. P, y W hyte, W. F .; “How do you know if the in fo rm an t is telling the D eutscher, I. y T hom pson, E.: Am ong the People: Encounters with the Poor,
tru th ? ” Human Organization, 17(2): 34-38, 1958. Nueva Y ork, Basic B ooks, 1968.
D ew ey, J.: Human Nature and Conduct, Nueva Y ork,-M odern Library, 1930,
D ean, L. R .: “ In teractio n , rep o rted and observed: The case o f one local u n io n ” ,
D exter, L. A .: “ Role relationships and conceptions of n eu trality in intervie­
Human Organization, 17(3): 3 6 ^ 4 ,1 9 5 8 .
wing” , ^ merican Journal o f Sociology, 62 : 153-157, 1956,
Deegan, M. J. y Burger, J, S.: “George H erbert Mead and social reform ” , Jour­
D exter, L. A.: “ The good will o f im p o rtan t people: More on the jeo p ard y o f
nal o f the History o f the Behavioral Sciences, 14: 362-372, 1978.
th e interview ”,Public Opinion Quarterly, 28: 556-563, 1964a.
Deegan, M. J. y Burger, J. S.: “W. I. Thom as and social reform : His w ork and
D ex ter, L. A .: The Tyranny o f Schooling, Nueva Y ork, Basic B ooks, 1964b.
his w ritings” , Journal o f the History o f the Behavioral Sciences 17-
114-125, 1981. D exter, L. A.: “O n the politics and sociology o f stupidity in o u r society” ,
en H. S. Becker (com p.), The Other Side, Nueva Y ork, Free Press, 1967.
de G randpre, B.: “ The culture o f a state school w ard” ,te s is in id ita J 1973. D exter, L. A.: Elite and Specialized Interviewing, E vanston, N orthw estern
DeLaguna, F ,: “ Some problem s o f objectivity in ethnology” , M m , 57: 179- University Press, 1970.
Diesing, P.: Pattern o f Discovery in the Social Sciences, Chicago, Aldine-A ther-
de Mille, R .: Castaneda’s Journey: The Power and the Allegory, S anta Bar­
to n , 1971.
bara, Capra, 1976.
Dingwall, R .: “ Ethics and eth n o g rap h y ” , Sociological Review, 2 8: 871-891,
de Mille, R .. The Don Juan Papers: fu rth e r Castaneda Controversies, Santa
1980.
Barbara, Ross-Erikson, 1980.
D ollard, J.: Criteria fo r the Life History, Nueva Y ork, Social Science Research
D enzin, N .: “O n the ethics of disguised observation” , Social Problems 15- C ouncil, 1935.
502-504, 1968. ’ ' D ollard, J.: Caste and Class in a Southern Town, 2a. ed., Nueva Y ork, H arper,
D enzi^ N|. (com p.): Sociological Methods: A Sourcebook, Chicago, Aldine, 1949.
D om hoff, G. W.: The Bohemian Grove and Other Retreats, Nueva Y ork, R an ­
D enzin, N.: “ The logic o f naturalistic in q u iry ” ; Social Forces 50- 166-182 dom H ouse, 1975.
1971. D orn, D. S. y Long, G. L.: “ Brier rem arks on th e A ssociation’s code o f ethics",
Denzin, N ,: ‘T he Research A ct: A Theoretical Introduction to Sociological American Sociologist, 9 (febrero) 31-35, 1974.
Methods, 2a, ed., Nueva Y ork, McGraw-Hill, 1978. D ornbusch, S. M.: “T he m ilitary as an assimilating in stitu tio n ” , Social Forces,
33(4): 316-321, 1955.
D epartm ent o f H ealth, E ducation and Welfare: “P ro tectio n o f hum an subjects” ,
D oughty, C. M.: Travels in Arabia Deserta, Nueva Y ork, Random House, 1936,
W ashington, D. C., Federal Register, m ayo 30, 1974 (39 F R 1 8 9 1 4 )’
Douglas, J. D.: The Social Meaning o f Suicide, P rinceton, N. J „ Princeton
University Press, 1967.
D epartm ent o f H ealth, E ducation and W elfare: “P ro tectio n of hum an subjects: Douglas, J. D. (com p.): Deviance and Responsibility: The Social Construction
Institu tio n al review boards , W ashington, D, C., Federal Register noviem- o f Moral Meanings, Nueva Y ork, Basic Books, 1970a.
bre 3 0, 1978 (43 F R 56174), 1978. Douglas, J. D,: Observations o f Deviance, Nueva Y ork, R andom House, 1970b.
D eutscher, I.: “Words and deeds: Social science and social policy” , Social Douglas, J. D. (com p,): Understanding Everyday Life: Toward the Reconstruc­
froblems, 13 (invierno): 233-254, 1966. tion o f Sociological Knowledge, Chicago, Aldine, 1970c.
D eutscher, I.: “ N otes on language and hum an co n d u ct” , The Maxwell G radua­ Douglas, J. D .: American Social Order: Social Rules in a Pluralistic Society,
te School o f Social Sciences and the Y o u th D evelopm ent C enter, S yra­ N ueva Y ork, Free Press, 1971.
cuse U niversity, 1967.
Douglas, J. D. (com p.): Research on Deviance, Nueva Y ork, R andom House,
D eutscher, 1.: ‘T h e bureaucratic gatekeeper in public housing” , en I. Deuts-
1972.
J 14
METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION
BIBLIOGRAFIA 3 15

Douglas, J D .: Investigative Social Research; Individual and Team Field R e­


search, Beverly Hills, Calif. Sage Publications, 1976. Elling, R. y o tro s: “P atient participation in a pediatric program ” , Journal o f
Health and Human Behavior, 1: 183-189, 1960.
Douglas, J D. y Jo h n so n , J. M. (com ps.): Existential Sociology, Nueva York
E lliott, B. A .: “N eonatal d eath : R eflections for parents” , Pediatrics, 62: 100-
Cam bridge University Press, 1977. ’
1 0 2 ,1 9 7 8 .
DraSS£ ^ U 9 3 ) - I3 ^ V l 5 yl9 8 O0 qUa'itatiVe d3ta: A com Pu te r program ” , Urban Eisner, H .: Robert E. Park: The Crowd and the Public, and Other Essays, Chi­
cago, University o f Chicago Press, 1972.
Driscoll, J.: Trans-Action, 8(5-6): 28-38, 1971, Em erson, J. P.: “ Sustaining definitions o f reality in gynecological exam ina­
DuBois, C .: “Some psychological objectives and techniques in ethnography” tio n s” , en H. P. D reitzel (co m p .), Recent Sociology, No. 2, Nueva Y ork,
Journal o f Social Psychology, 285-301, 1937. M acmillan, págs. 74-95, 1970.
D uff, R. S. y Cam pbell, A. G. M.: “M oral and ethical dilem mas in the special- E m erson, R. M.: “O bservational field w ork” , Annual Review o f Sociology,
care nursery , N ew England Journal o f Medicine, 289: 890-894 1973 7: 351-378, 1981.
D uif, R. S. y Hollinghead, A.: Sickness and Society, Nueva Y ork, H arper and E m erson, R. M. (com p.): Contemporary Field Research, B oston, L ittle, Brow n,
R ow , 1968. r 1983.
E pstein, A. L. (com p.): The Craft o f Social Anthropology, Nueva Y ork, Barnes
D um ont R. V.: “ N a m in g English and how to be silent: Studies in American
& N oble, 1967.
Indian Class-rooms” , en V.P. Johns, C. B. Cazden y D. H. Hymes (com ps.)
Erikson, K. T .: “A com m ent on disguised observation in sociology” , Social
Functions o f Language m the Classroom, Nueva Y ork, Colum bia Univer­ Problems, 14: 366-373, 1967.
sity , Teacher’ College Press, 1971.
Erikson, K .: Everything in Its Path, Nueva Y ork, Sim on and S chuster, 1976.
D urkheim E.: Suicide: A Study o f Sociology, trad, y rev. por George Sim pson E tzioni, A.: ‘T w o approaches to organizational analysis: A critique and sug­
Nueva Y ork, Free Press, 1951. o f ,
gestion” , Administrative Science Quarterly, 5: 257-278, I9 6 0 .
D urkheim , E .: The Elementary Forms o f Religious Life, Nueva Y ork Free E tzioni, A .: A Comparative Analysis o f Complex Organizations, Nueva Y ork,
Press, 1915. Free Press, 1961.
D urkheim , E.: The Rules o f Sociological Method, Nueva Y ork, Free Press, E tzioni, A. (com p.): Complex Organizations, Nueva Y ork, H olt, R inehart
D uster, T „ M atza, D y W ellman, D .: “ Field w ork and the pro tectio n o f hu ’ & W inston, 1962a.
m an subjects *American Sociologist, 14: 1 3 6 - 1 4 2 , 1 9 7 9 E tzioni, A .: Modern Organizations, Englewood Cliffs, N. J,, Pretince-Hall,
1962b.
Earle, W.: The Autobiographical Consciousness: A Philosophical Inquiry into
Evans-Pritchard, E. E.: Social Anthropology and Other Essays, Nueva Y ork,
Existence, Chicago, Q uadrangle, 1972.
Free Press, 1964.
Easterday, L P apadem as/ D „ S chorr, L. y V alentine, C.: ‘T h e m aking o f Evans-Pritchard, E. h . : “Som e reminiscences and reflections on fieldw ork” ,
348 l9 77 reSearC R ° Ie probIems b fieldw ork” , Urban Life, 6: 333- A péndice IV en Witchcraft, Oracles and Magic among the Azande (ver­
sión abreviada) O x fo rd ,C laren d o n Press, 1976,
Faulkner, R .: Hollywood Studio Musicians, Chicago, A ldine, 1971.
Faulkner, R .: “ Improvising on a tra id ” , en J. Van M aanen, J. M. Dabbs (h.)
y R. R. F aulkner (com ps.), Varieties o f Qualitative Research, Beverly
EC°n0HR 1 2 ? 5 ^ 1 b AreTin97TntS’ ^ 9^ 24’ ^ Co1* - Hills, Sage, págs. 6 5 -1 0 2 ,1 9 8 2 .
Edgerton^R.gB.^: The Cloak o f Competence, Berkeley, University o f California Ferleger, S. y B oyd, P. A.: “A nti-institutionalization: The promise o f the Penn-
hu rst case” , Stanford Law Review, 31(4): 717-752, 1979.
Festinger, L. y K atz, D. (com ps.): Research Methods in the Behavioral Scien­
Edgers°ch o o r yenE? f n ’ C V. “? ecom ing m entally retarded in a Hawaiian ces, Nueva Y ork, H olt, 1953,
Festinger, 1,., R iecken, H. y S chacter, S.: When Prophecy Fails, M inneapolis,
University o f M innesota Press, 1956.
E ggan R .: “ S o c ia l a n th r o p o lo g y a n d th e m e t h o d o f c o n t r o l l e d c o m p a r i s o n ” Feyerabend, P. K .: Against Method: Outline o f an Anarchistic Theory o f Know­
American Anthropologist, 5 6: 7 4 3 -7 6 3 , 1 9 5 4 , ledge, A tlantic Highlands, N. J., Hum anities Press, 1975.
Elem entary and Secondary E ducation A ct, Public Law 92-232, Title VI. 1965 P itch er, J. H. y K olb, W. L.: “Ethical lim itations on sociological reporting” ,
American Sociological Review. 1 8 :5 4 4 -5 5 0 , 1953,
BIBLIOGRAFIA 317
METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION

F rench J R P (h.): “ E xperim ents in field settings” , en L . Festm ger y D .


Filstead, W. (com p.): Qualitative Methodology: Firsthand involvement with
K atz (com ps.), Research Methods in the Behavioral Sciences, Nueva
the Social World, Chicago, M arkham , 1970.
Y ork, H olt, pdgs. 9 8 -1 3 5 ,1 9 5 3 .
Fine, G. A .: “ Cracking diam onds: Observer role in little league baseball settings F rench K. S.: “R esearch interview ers in a m edical setting: Roles and social
and th e acquisition o f social com petence” , en W, B. Shaffir, R . A. Steb- system s ”,Human Organization, 2 1(3); 2 1 9 -2 2 4 ,1 9 6 2 .
bins, y A. T urow etz (com ps.), Fieldwork Experience: Qualitative A p ­ Frenkel-Brunsw ik, E.: “ M echanisms o f self-deception’ , Journal o f Social Psy-
proaches to Social Research, Nueva Y ork, St. M artin’s Press, pags. 117-
131, 1980. Friedenbeirgf*E5 Z . ^ ‘T h e films o f Frederick Wiseman” , The N ew York Review
Fischoff, J. y O ’Brien, N .: “A fter the child dies” , Journal o f Pediatrics, 88:
140, 1976. Friedm an,°N / ’^ S o c i a l Nature o f Psychological Research:The Psychological
Forccse, D. P. y Richer, S.: Social Research Methods, Englew ood Cliffs, N. Experiment as a Social Interaction, Nueva Y ork, Basic B ooks, 1967 •
J., Prentice-H all, 1973, F riedm an, S. B.: “ Psychological aspects o f sudden unex p ected deaths m rn fa n
Form , W. H .: ‘T h e Sociology o f social research” , en R, T . O ’Toole (com p.), a n d c h ild r e n " , Pediatric Clinics o f North America, 2 1 :1 0 3 -1 1 3 ,1 9 7 4 .
The Organization, Management, and Tactics o f Social Research, Cam ­ Friedm an, S. B. y otros: “B ehavioral observations o n parents anticipating the
bridge, Mass., Schenkm an, 1971. d eath o f a child” , Pediatrics, 32: 6 1 0 -6 2 5 ,1 9 6 3 .
F’o x , J. y L undm an, R.: “P roblem s and strategies in gaining access in police G allaher, A. (h.): “ Plainville: The twice studied to w n ” , en A rth u r J. Vidicft,
organizations” , Criminology, 12: 5 2 -6 9 ,1 9 7 4 . Joseph Bensm an y Maurice R. Stein (com ps.), Reflections on Communi-
Fox, R. C.: Experiment Perilous: Physicians and Patients Facing the Unknown, tv Studies Nueva Y ork, Wiley, pags. 2 8 5 -3 0 3 ,1 9 6 4 .
G lencoe, 111., The Free Press, 1959. G alliher, J. F .: “ The pro tectio n o f hum an subjects: A reexam ination o f the p ro ­
Frake, C. 0 .: “The diagnosis o f disease among the Subanun o f M indanao” , fessional code o f ethics” , The American Sociologist, 8 (agosto). 93-100,
American Anthropologist, 6 3: 113-1 3 2 ,1 9 6 1 .
Frake, C. 0 . : ‘T h e ethnographic study o f cognitive system s” , en T. Gladw in G alliher, J. F .: “Professor Galliher replies” , American Sociologist, 9: 159-
y W. C. S turtevant (com ps.), Anthropology and Human Behavior, Was­
hington, A nthropological Society o f W ashington, pags. 7 2 - 8 5 ,1962a. G a U i h e r ^ L F ^ T h e ASA Code o f E thics on the protection o f h u m ® beings:
Frake, C. 0 . : “C ultural ecology and ethnography” , American Anthropologist, Are students hum an to o ? ” , American Sociologist, 10. 1 1 3 -1 1 7 ,1 9 /X
6 4 :5 3 -5 9 , 1962b. G alliher J F • “ Social scientists’ ethical responsibilities to superordinates.
Frake, C. 0 . : “A structural description o f Subanun ‘religious behavior’ ” , en “ l o o L g upw ard m eekly” , en R . M. Em erson (compO
W, H. G oodenough (com p.), Explorations in Cultural Anthropology, Field Research, B oston, L ittle, Brow n, pags. 300-312 1983.
Nueva Y ork, McGraw-Hill, pags. 1 1 1 -1 2 9 ,1964a. Gans, H.: The Urban Villagers, Nueva Y ork, Free Press, 1962^
Frake, C. 0 . : “N otes on queries in ethnography” , American Anthropologist, Gans H ■ ‘T h e participant-observer as a h um an being: O bservations on the
66 : 132-145, 1964b. personal aspects o f field w o rk ” , en H. S. Becker, ^ G r e e r D ^R iesm an
Frake, C. 0 . : “ Plying fram es can be dangerous: Some reflections on m eth o d o ­ y R . S. Weiss (comps'), Institutions and the Person, Chicago, Aid m e, pigs.
logy in cognitive anthropology” , 77/e Quarterly Newsletter o f the Insti­ 3 0 0 -3 1 7 ,1 9 6 8 .
tute fo r Comparative Human Development, 1: 1 -7 ,1 9 7 7 . Gans H • The Levittowners, Nueva Y ork, R andom H ouse, 1969.
Frake, C. 0 ,: “ E thnography” , en R . M. Em erson (com p.), Contemporary Field G ardner, B. B. y W hyte, W. F .: “M ethods for th e study o f hum an relations m
Research, B oston, L ittle, Brow n, pags. 60-67, 1983. in d u stry ” , American Sociological Review, 11. 506-512, _
Francis, R. G .: The Rhetoric o f Science, M inneapolis, University of M innesota G arfinkel, H .: “C onditions o f successful degradation cerem onies , American
Press, 1961. Journal o f Sociology, 59 (m arzo): 4 2 0 4 2 4 1956.
l-rank, A.: The Diary o f a Young Girl, Nueva Y ork, D oubleday, 1952. G arfinkel, H .: Studies in Ethnomethodology, Englew ood Cliffs, Prentice-H all,
Frazier, C. E.: “T he use o f life-histories in testing theories o f criminal behavior:
T ow ard reviving a m eth o d ” , Qualitative Sociology, 1(1): 12 2 -1 4 2 ,1 9 7 8 . G eer, “F irst days in th e field” , en P. E. H am m ond (com p.), Sociologist
Frcidson, E.: “Dilem mas in the doctor-patient relationship” , en A. Rose (com p.), ’ at Work N ueva Y ork, Basic B ooks, pags. 3 2 2 -3 4 4 ,1 9 6 4 .
Human Behavior and Social Processes: An Interactionist Approach, G eer, B „ Haas, J., Vivona, C ., Miller, S., W oods, C. y Becker, H. S.: ‘^ “ m ng
B oston, H oughton M ifflin, pags. 2 0 7 -2 2 4 ,1 9 6 2 . the ropes: S ituational learning in four occupational training program s ,
Freiiison, F.: Profession o f Medicine: A Study o f the Sociolog}’ o f Applied en I. D eutscher y E. T hom pson (com ps.), Among the People, Nueva
Knowledge, Nueva Y ork, D odd M ead, 1970. Y ork, Basic B ooks, 1966.
318 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION BIBLIOGRAFIA 319

G eertz, C.: “F rom the native’s point o f view: On the n ature o f anthropologi­ Sjoberg (com p.), Ethics, Politics, and Social Research, Cam bridge, Mass.,
cal understanding” , en K. H. Basso y H. A, Selby (com ps.), Meaning Schenkm an, pags. 2 4 5 -2 6 6 ,1 9 6 7 .
in Anthropology, A lbuquerque, University o f New M exico Press, pass. G oode, D, A .: “ The w orld o f the congenitally deaf-blind: Tow ard th e grounds
221-237, 1976.
for achieving hum an understanding” , en J. Jacobs (com p.), Mental R e­
G eertz, C.: ‘T h ic k description: Tow ard an interpretive th eo ry o f cu ltu re” , tardation; A Phenomenological Approach, Springfield, 111., Charles C.
en R. M. Em erson (com p.), Contemporary Field Research, B oston, Lit­ Thom as, 1980.
tle, Brow n, pags. 3 7 -5 9 ,1 9 8 3 .
G oode, W.: “C om m unity w ithin a com m unity: The professions” , American
Georges, R. A. y Jones, M. O .: People Studying People: The Human Element Sociological Review, 22 (abril), 194-200, 1957.
in Fieldwork, Berkeley, University o f C alifornia Press, 1980. G oode, W.: “ E ncroachm ent, charlatinism , and the emerging professions: Psy­
G iallom bardo, R .: Society o f Women: A Study o f a Woman’s Prison, Nueva chology, Sociology, and M edicine” , American Sociological Review, 25
Y ork, Wiley, 1966. (diciem bre): 9 0 3 , I9 6 0 .
Gilson, G. J.: “ Care o f the family w ho has lost a new born” , Postgraduate Medi­ G oode, W. J. y H att, P. K.: Methods in Social Research, Nueva Y ork, McGraw-
cine, 60(6): 67-70, 1976. Hill, 1952.
Glaser, B. G .: “The constant com parative m ethod o f qualitative analysis” G oodenough, W. H.: “ Cultural anthropology and linguistics” , Georgetown
Social Problems, 12: 436-445, 1965. Lntversitv Monograph Serit - n Language and Linguistics, 9 : 167-173,
Glaser, B. G. (com p.): Organizational Careers, Chicago, Aldine, 1968. 1957.
Glaser, B. G.: Theoretical Sensitivity, Mill Valley, Calif., Sociology Press, 1978. oodenough, W. H.: “C ulture, language, and society” , Reading, Mass., Addi-
Glaser, B. G. y Strauss, A.: Awareness o f Dying, C hicago, Aldine, 1965. son-Wesley M odular Publications, 1971.
Glaser, B. G. y Strauss, A .: The Discovery o f Grounded Theory: Strategies irdcn, R L.: “Dim ensions o f the depth interview ” , American Journal o f
for Qualitative Research, Chicago, A ldine, 1967. Sociology, 62: 158-164, 1956.
Glaser, B. G. y Strauss, A. L.: Time for Dying, Chicago, A ldine, 1968. idis, L. y o tro s: “Why p atien ts d o n ’t follow medical advice: A study of
Glaser, B. G. y Strauss, A.. A Status Passage: A Formal Theory, Chicago, Aldine children on long term antistreptococcal prophylaxis” , Journal o f Pe­
1971. diatrics, 7 5: 957-968, 1969.
Glasser, P. H. y Glasser, L. N .: Families in Crisis, Evanston, H arper and Row o ttsch alk , L., K luckhohn, C. y Angell, R. D.: The Use o f Personal Documents
1970. in History, Anthropology and Sociology, Nueva Y ork, Social Science
Glasser, P. H. y Navarre, E. L.: ‘T h e problem s o f families in the A.F.D.C. Research C ouncil, 1945.
program ” , en P. H. Glasser y L. N. Glasser (com ps.), Families in Crisis m ldner, A .: Patterns o f Industrial Bureaucracy, Nueva Y ork, Free Press,
Nueva Y ork, H arper & Row , 1970. 1954.
Glazer, M.: The Research Adventure: Promise and Problems o f Field Work ou ld n er, A.: “The sociologist as partisan. Sociology and the welfare state” ,
Nueva Y ork, R andom House, 1972. The American Sociologist, 3 (m ayo): 103-116, 1968.
G offm an, E.: The Presentation o f S elf in Everyday Life, G arden City N. Y. io u ld n er, A.: The Coming Crisis o f Western Sociology, Nueva York, Basic
D oubleday, 1959.
Books, 1970.
G offm an, E.: Asylums: Essays on the Social Situation o f Mental Patients and G reen, P.: “The obligations o f A m erican social scientists” , The Annals o f the
Other Inmates, G arden C ity, N. Y., D oubleday, A nchor Books, 1961. American Acaderrv o f Political and Social Science, 394-: 13-27,1971,
G offm an, E ,: Stigma, Englewood Cliffs, N. J., Prentice-H all, 1963.
G riffin, J. H.: Black Like Me, B oston, H oughton M ifflin, 1962.
G offm an, E.: Interaction Ritual, G arden C ity, N. Y., D oubleday, 1967. Gross, N. y M ason, W.: “Som e m ethodological problem s o f eight h o u r in ter­
G offm an, E.: Relations in Public, Nueva Y ork, Harper & R ow , 1971. views” , American Journal o f Sociology, 59 (noviem bre): 1 9 7 -2 0 4 ,1 9 5 3 .
G old, D.: “C om m ent on ‘A critique o f tests o f significance’ ” , American Socio­ G "b riu m , J.: Living and Dying in Murray Manor, Nueva Y ork, St. M artin’s
logical Review, 24: 328-338, 1959. Press, 1975.
Gold, R.: “Janitors versus tenants: A status-incom e dilem m a” , American Jour­ Ciullahorn, J. y Strauss, G. T h e field w orker in union research” , Human
nal o f Sociology, 57 (m arzo) 4 8 6 4 9 3 ,1 9 5 2 . Organization, 13(3): 28-32, 1954.
G old, R. L.: “ Roles in sociological field observations” , Social Forces 3 6 ' G urw itsch, A.: Studies in Phenomenology and Psychology, Fvanslon, III.,
2 1 7 -2 2 3 ,1 9 5 8 . N orthw estern University Press, 1966.
G olde, P. (com p.): Women in the Field, Chicago, A ldine, 1970. GusfieJd, J. G .: “ Field w ork reciprocities in studying a social movom enl” ,
Goldner, F. H.: “ Role em ergence and the ethics o f am biguity” , en o id eo n Hum, '! Organiz ation, 14(3): 'M
320 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION BIBLIOGRAFIA 321

G ussow , Z.: “The observer-observed relationship as inform ation abo u t struc­ H erskovits, M. J.: ‘T h e hypoth etical situ atio n : A technique o f field research” ,
ture in sm all-group research: A com parative study of urban elem entary Southwestern Journal o f Anthropology, 6: 32-40, 1950.
school classroom s” , Psychiatry, 27: 230-247, 1964. Herskovits, M. J.: “Problems o f m eth o d in ethnography” , en R. F-. Skinner
Haas, J.: From Punk to Scale: A Study o f High Steel Ironworkers, tesis inédi­ (com p.), M ethod and Perspective in Anthropology, M inneapolis, U ni­
ta, University M icrofilm , 1.970. versity o f M innesota Press, 1954.
Haas, J. y Shaffir, W.: “Fieldw orkers m istakes at work: problem s in m ain tai­ H ew itt, J. P. y S tokes, R .: “D isclaim ers” , Sociological Review, 4 0: 1 -1 1 ,1 9 7 5 .
ning research, and researcher bargains” , en W. B. Shaffir, R. A. Steb- Heyns, R. W. y L ip p itt, R .: “System atic observational techniques” , en G.
bins y A. T urow etz (com ps.). Fieldwork Experience: Qualitative A p ­ Lindsey (com p.), Handbook o f Social Psychology, Vol. 1, Cam bridge,
proaches to Social Research, Nueva. Y ork, S t. M artin’s Press, págs. 244- Mass., Addison-Wesley, págs. 3 7 0 -4 0 4 ,1 9 5 4 .
2 5 6 ,1 9 8 0 . Hinkle, R. D. (h.) y Hinkle, G. J.: The Development o f M odem Sociology,
H abenstein, R .: Pathways to Data: Field Methods fo r Studying Ongoing Orga­ Nueva Y ork, R andom H ouse, 1954.
nizations, Chicago, A ldine, 1970. H offm an, N,, H orow itz, I. L. y R ainw ater, L.: “Sociological snoopers and
H ader, J. J. y Lindem an, £ . C.: Dynamic Social Research, Londres, Kegan journalistic m oralizers: C om m ent—An exchange” , Trans-Action, 7(7):
Paul, 1933. 4-10, 1970.
Haley, A.: “Epilogue” , en M alcolm X., The Autobiography o f Malcolm X., H offm ann, J . E.: “Problems o f access in th e study o f social elites and boards
Nueva Y ork, Grove Press, 1966. o f directors” , en W. B. Shaffir, R. A. Stebbins y A. T urow etz (com ps.),
Hall, E. T .: The Silent Language, Nueva Y ork, D oubleday, 1959. Fieldwork Experience: Qualitative Approaches to Social Research, N ue­
H am m ond, P. £ . (com p.): Sociologist at Work: The Craft o f Social Research, va Y ork, St. M artin’s Press, págs. 4 5 -5 6 ,1 9 8 0 .
Nueva Y ork, Basic Books, 1964. H om ans, G . C.: Social Behavior: Its Elementary Forms, Nueva Y ork, H arcourt
H annerz, U Soulside: Inquiries into Ghetto Culture and Community, 1969. Brace, 1961.
H annerz, U.: Exploring the City: Inquiries toward an Urban Anthropology, H om ans, G. C.: “ C ontem porary th eo ry in sociology” , en R. E. L. Foris (com p.),
Nueva Y ork, C olum bia University Press, 1980. Handbook o f Modern Sociology, Chicago, Rand M cNally, págs. 951-977,
D. G .: “C om m ent on field techniques in ethnography, illustrated by 1964.
a survey in the R yuke Islands” , Southwestern Journal o f Anthropology, H onigm ann, J. J.: ‘T h e personal approach in cultural anthropological research” ,
10: 255-267, 1954. Current Anthropology, 17: 243-251, 1976,
! , Jl-B o n d , B.: “Studying elites; Some special problem s” , en M. A. Ryn- H orow itz, I. L,: ‘T h e life and d eath o f Project C am elot” , Transaction, 3(7):
kiew ich y J. P. Spradley (com ps.), Ethics and Anthropology: Dilemmas 4 4 -4 7 ,1 9 6 5 .
in Fieldwork, Nueva Y ork, Wiley, 1976. H orow itz, 1. L. (com p.): The Rise and Fall o f Project Camelot, Cam bridge,
Harris, R .: The Police Academ y: A n Inside View, Nueva Y ork, Wiley, 1973. Mass., M .I.T. Press, 1967.
Harvey, S. M.: “ A prelim inary investigation o f the interview ” , British Jour­ H orow itz, I. L. y R ainw ater, L.: “Journalistic m oralizers” , Transaction, 7(7):
nal o f Psychology, 28: 263-287, 1938. 5-8, 1970.
Haynes, S.: Change in a State School, tesis inédita, 1973. H o rto n , J.: “Tim e cool p eo p le” , Trans-Action, 4(5): 5-12, 1967.
Heap, J, L, y R o th , P. A.: “ On phenom enological sociology” , American So­ H uber, J.: “ Sym bolic in teraction as a pragm atic perspective: The bias o f em er­
ciological Review, 38 (junio), 354-367, 1973. gent th eo ry ” , American Sociological Review, 38 (abril): 274-284, 1973.
H earnshaw , L. S.: Cyril Burt, Psychologist, Ithaca, Cornel! University Press, Hughes, E. C.: “A study o f a secular in stitu tio n : The Chicago Real Estate
1979. B oard” , tesis inédita, D epartm ent o f Sociology, University o f Chicago,
H eber, R. : A Manual on Terminology and Classification in Mental Retarda­ 1928.
tion, W ashington, The Am erican A ssociation on M ental Deficiency, Hughes, E. C.: “ Institutional offices and the person” , American Journal o f
1961. Sociology, 43 (noviem bre), 404-413, 1934.
H enry, J. y Spiro, M.: “Ps> etiological techniques in projective tests in field Hughes, E. C.: “ In stitu tio n s and th e person” , en A. L. McClung (com p.), Prin­
w o rk ” , en Alfred K oreber (com p.), Anthropology- Today, Chicago, U ni­ ciples o f Sociology, Nueva Y ork, Bam es & N oble, 1951.
versity of Chicago Press, págs. 417-429, 1953. Hughe's, E. C.: Men and Their Work, Nueva Y ork, Free Press, 1958.
Hughes, E. C.: The Sociological Eye: Selected Papers, Chicago, A ldine, 1971.
H enry, R. y Saberw al, S. (com ps.): Stress and Response in Field Work, Nueva
H um phreys, L.: “ Tearoom trad e: Im personal sex in public places” , Trans-
Y ork, H olt, R inehart & W inston. 1969.
A ction , 7(3): 10-25, 1970.
H erskovits, M. J.: Man and His Works, Nueva Y ork, K nopf, 1948.
H um phreys, L.: TearoomTrade, ed, am pliada, Chicago, Aldine, 1 9 7 '.
322 BIBLIOGRAFIA 323
METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION

H urley, R.: Poverty and Mental Retardation , Nueva Y ork, Vintage Books, K ahn, R. L. y M ann, F .: “D eveloping research partnerships” , Journal o f Social
1969. Issues, 8 (3): 4 -1 0 ,1 9 5 2 .
Husserl, E.: Ideas, Londres, George Allen and U nw in, 1913. K am ens, D. H.: “ Legitim ating m yths and educational organization” , A m erica«
H ym an, H, H.: Survey Design and Analysis, Nueva Y ork, Free Press, 1955. Sociological Review, 4 2 : 208-219, 1977.
H ym an, H. H., Cobbs, W. J., Feldm en, J. J., H art, C. W. y Stem ber, C. H.: K anner, L.: A History o f the Care and Study o f the Mentally Retarded, Spring­
Interviewing in Social Research, Chicago, U niversity o f Chicago Press, field, 111., Charles C. T hom as, 1964.
1954. K arp, D. A.: “ Observing behavior in public places: -Problems and strategies” ,
H ym an, J. J.: “D o they tell the tru th ? ” , Public Opinion Quarterly, 8; 557- en W. B. Shaffir, R. A. Stebbins y A. T urow etz (com ps,), Fieldwork
559, 1944. Experience: Qualitative Approaches to Social Research, Nueva Y ork,
H ym es, D. H .: ‘T h e ethnology o f speaking” , en T. Gladw in y W. C. Sturte- St. M artin’s Press, pags. 82-97, 1980.
vant (com ps,), Anthropology and Human Behavior, W ashington, D. C., K arp, 1. y K endall, M. B.: “ Reflexivity in field w o rk ” , en P. F. Secord (com p.),
A nthropological Society o f W ashington, 1962. Explaining Human Behavior: Consciousness, Human Action and Social
H ym es, D. H .: “ In tro d u ctio n : Tow ard ethnographies o f com m unication” , Structure, Beverly Hills, Sage, 1982,
American Anthropologist, 6 6: 1 -3 4 ,1 9 6 4 . K atz, D.: “ Psychological barriers to com m unication” , Annals o f the Ameri­
Jackson, B.: “Killing tim e: Life in the Arkansas p en iten tiary ” , Qualitative can Academy o f Political and Social Science, Social Science, 2 5 0 : 17-
Sociology , 1(1): 21-32, 1978. 25, 1947.
K atz, J.: “A theory o f qualitative m ethodology: The social science system o f
Jacobs, G. (com p.): The Participant Observer, Nueva Y ork, Braziller, 1970.
analytic fieldw ork” , en R. M. Em erson (com p.), Contemporary Field
Jacobs, J.: “A phenom enological study o f suicide n o tes” , Social Problems,
Research, B oston, L ittle, Brow n, pags. 1 2 7 -1 4 8 ,1 9 8 3 .
15 (verano), 60-72, 1967.
Kay, P.: “ C om m ent on B. N, Colby, ‘E thnographic Sem antics: A Prelim inary
Jacobs, J.: The Search fo r Help: A Study o f the Retarded Child in the Com­
Survey’ ” , Current Anthropology, 1 : 20-23, 1966,
munity, Nueva Y ork, B runner/M azel, 1969a.
Kay, P.: “ Some theoretical im plications o f ethnographic sem antics” , en Cur­
Jacobs, J.: “Sym bolic bureaucracy: A case study of a social welfare agency” ,
rent Directions in Anthropology, Bulletins o f th e American A n th ro p o ­
Social Forces, 4 7 : 4 1 3 4 2 2 , 1969b.
logical Association 3 (no. 3), part 2 ,1 9 7 0 .
Jacobs, J.: “P erplexity, confusion and suspicion: A study o f selected form s
K elm an, H. C.: “ Hum an use o f hum an subjects: The problem o f deception
o f docto r-p atien t in teractio n s” , Social Science and Medicine, 5: 151-
in social psychological experim ents” , Psychological Bulletin , 67 (enero),
157, 1971.
1-11, 1967.
Jacobs, J.: Getting By: Illustrations o f Marginal Living, B oston, L ittle, Brown,
Kitsuse, J . I.: “Societal reaction to deviant behavior” , Social Problems, 9(3):
1972.
247-256, 1962.
Jacobs, J. (com p.): Devance: Field Studies and S e lf Disclosures, Palo A lto,
K itsuse, J. y C icourel, A. V.: “ A n o te on the uses o f official statistics” , So­
Calif., N ational Press, 1974.
cial Problems, II, 1 3 1 -1 3 9 ,1 9 6 3 .
Jacobs, J. (com p.): Mental Retardation: A Phenomenological Approach, Spring-
K laber, M.: “ Institu tio n al program m ing and research: A vital partnership in
gield, 111., Charles C. Thom as, 1980.
actio n ” , en A. A. Baum eister y E. C. B utterfield (com ps.): Residential
Jam es, W.: The Meaning o f Truth: A Sequel to Pragmatism, Ann A rbor, U ni­
Facilities for the Mentally Retarded, Chicago, 111., Aldine, pags. 163-
versity o f Michigan Press, 1970.
200, 1971.
Janes, R. W.: “A no te on phases o f the com m unity role of the particip an t
Klaus, M. H, y K ennell, J. H.: Matemal-Infant Bonding, St. Louis, Mosby,
observer” , American Sociological Review, 2 6 : 4 4 6 4 5 0 , 1961.
1976.
Janow itz, M.: “ In tro d u c tio n ” , en W. I Thomas: On Social Organization and
K leinm an, S.: “ Learning th e ropes, as fieldw ork analysis” , en W. B, Shaffir,
Social Personality, Chicago, University o f Chicago Press, 1966.
R. A. Stebbins y A. Turow etz (com ps.), Fieldwork Experience: Qualita­
Jo h n so n , J. M.: Doing Field Research, Nueva Y ork, Free Press, 1975.
tive Approaches to Social Research, Nueva Y ork, St. M artin’s Press,
Jonsen, A. R. y Lister, G.: “ N ew born intensive care: The ethical problem s” ,
pags. 171-184, 1980.
Hastings Center Report, 8(1): 15-18, 1978.
K lockars, C. B.: The Professional Fence, Nueva Y ork, Free Press, 1974.
Ju n k er, B. H.: Field Work: An Introduction to the Social Sciences, Chicago,
Klockars, C. B.: “ Field ethics for the life h isto ry ” , en R. S. W eppner (com p.),
University o f Chicago Press, 1960.
Street Ethnography, Beverly Hills, Sage, pags. 201-226, 1977.
Kahn, R. L. y Cannell, C. F.: The Dynamics o f Interviewing, Nueva Y ork, K lockars, C. B. y O ’C onnor, R. W. (com ps.): Deviance and Decency: The Ethics
Wiley, 1957. o f Research with Human Subjects, Beverly Hills, Sage, 1979.
324 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION B IB L IO G R A F IA 325

K luckhohn, C.: “P articipation in cerem onies in a Navajo com m unity” , Ameri­ Lazarsfeld, P. F .: ‘T h e controversy over detailed in terv iew s-A n offer for ne­
can Anthropologist, 4 0 : 3 5 9 -3 6 9 ,1 9 3 8 , g o tiatio n ” , Public Opinion Quarterly, 8: 3 6 -6 0 ,1 9 4 4 .
K luckhohn, C.: ‘T h eo retical basis for an em pirical m ethod o f studying the Lazarsfeld, P. F.: “Evidence and interference in social research” , en D. Lemer
acquisition o f culture by individuals” , 39 : 9 8 -1 0 3 ,1 9 3 9 . (com p.), Envidence and Inference, Nueva Y ork, Free Press, pags. 107-
K luckhohn, F.: “The p articipant observer technique in small com m unities” , 1 3 8 ,1 9 5 9 ,
American Journal o f Sociology, 4 6: 3 3 1 -3 4 3 ,1 9 4 0 . Lazarsfeld, P.: Qualitative Analysis: Historical and Critical Essays, Boston,
K obben, A. J.: “ New ways o f presenting an old idea: The statistical m ethod Allyn & Bacon, 1972.
in social anthropology” , Journal o f the Royal Anthropological Institu­ Lazarsfeld, P. E. y Allen, B.: “ Some functions o f qualitative analysis in socio-
te o f Great Britain and Ireland, 8 2 : 1 2 9 -1 4 6 ,1 9 5 2 . logical research” , Sociologica, 1: 3 2 4 -3 6 1 ,1 9 5 5 .
K olaja, J.: “C ontribution to the theory o f p articipant observation” , Social Lazarsfeld, P. F . y R obinson, W. S.: ‘T h e quantification o f case studies” ,
Forces, 35: 1 5 9 -1 6 3 ,1 9 5 6 . Journal o f Applied Psychology, 24 : 817-825, 1940.
K orsch, B. M.: ‘T h e A rm strong L ecture; Physicians, patients and decisions” , Lazarsfeld, P. F . y Rosenberg, M. (com ps.): The Language o f Research, Nueva
American Journal o f the Diseases o f Children, 127: 328-332, 1974. Y ork, Free Press, 1955.
K orsch, B. M. y otros: “Gaps in d octor-patient com m unication in doctor- Leach, E. R.: Culture and Communication, Cam bridge, Mass., Cambridge Uni­
p atien t in teraction and patient satisfaction” , Pediatrics, 42: 855-871, versity Press, 1976.
1968. L em ent, E.: Social Pathology, Nueva Y ork, M cGraw-Hill, 1951.
K o tarb a, J. A.: “Discovering am orphous social experience: The case o f chro­ L em ert, E. M.: “Paranoia and th e dynam ics of exclusion” , Sociometry, 25:
nic pain” , en W. B. Shaffir, R. A. Stebbins, y A. T urow etz (com ps.), 2-25, 1962.
Fieldwork Experience: Qualitative Approaches to Social Research, Nue- Lesser, A .: “ Research procedure and laws o f cu ltu re” , Philosophy o f Science,
va Y ork, St. M artin’s Press, pags. 57-67, 1980. 6: 345-355, 1939.
K ozol, S. : Death at an Early Age, B oston, H oughton Mifflin, 1967.
K roeber, A. L. (com p.): Anthropology Today, Chicago, University o f Chicago Lesy, M.: Wisconsin Death Trip, Nueva Y ork, R andom House, 1973.
Press, 1953. L esy , M.: Real Life: Louisville in the Twenties, Nueva Y ork, Pantheon, 1976.
Krueger, E. T.: “ The value o f life history docum ents for social research” , Jour­ L etkem ann, P.: “Crime as w ork: Leaving the field” , en W. B. Shaffir, R. A.
nal o f Applied Sociology, 9: 196-201, 1925. Stebbins, y A. T urow etz (com ps.), Fieldwork Experience: Qualitative
Krueger, E. T. y Reckeless, W. C.: Social Psychology, Nueva York, Longm an, Approaches to Social Research, Nueva Y ork, St. M artin’s Press, pags.
1931. 292-300, 1980.
K ubier-Ross, E.: On Death and Dying, Nueva Y ork, M acmillan, 1969. Levy, C. J.: Voluntary Servitude: Whites in the Negro Movement, Nueva York,
K uhn, M.: “ M ajor trends in sym bolic interaction in the past twenty-five years” , A ppleton-C entury-C rofts, 1968.
Sociological Quarterly 5 (invierno), 61-84, 1964. Lewis, O .: “C ontrols and experim ents in field w ork” , en A. L. K roeber (comp.),
Labovitz, S. y H agedorn, R.: Introduction to Social Research, Nueva Y ork, Anthropology Today, Chicago, University o f Chicago Press, pags. 452-
McGraw-Hill, 1971. 4 7 5 ,1 9 5 3 .
Lang, K. y Lang, G. E.: “The unique perspective o f television and its effect: Lew is, O .: Five Families, Cap. I, Nueva Y ork, Wiley, 1962.
A pilot stu d y ” , American Sociological Review, 18: 3 -1 2 ,1 9 5 3 . Lewis, O .: The Children o f Sanchez, Nueva York, Vintage, 1963.
Langness, L. L.: li fe History in Anthropological Science, Nueva Y ork, H olt, Lewis, O.: Pedro Martinez, Nueva Y ork, R andom H ouse, 1964.
1965. Lew is, 0 .\L a Vida, Nueva Y ork, V intage, 1965.
LaPiere, R. T.: “A ttitudes and actions” , Social Forces, 13: 230-237, 1934- L eznoff, M.: “ Interview ing H om osexuals” , American Journal o f Sociology,
1935. 62: 2 0 2 -2 0 4 ,1 9 5 6 .
Lasch, C.: Haven in a Heartless World, Nueva Y ork, Basic Books, 1978. Liazos, A.: “The poverty o f th e sociology o f deviance: N uts, sluts, and per­
Lasswell, H. D.: “The contributions o f F reud’s insight interview to th e social verts” , Social Problems, 20 : 103-120, 1972.
sciences”, American Journal o f Sociology, 4 5: 375-390, 1939. L iebow , E .: Tally’s Comer, B oston, L ittle, Brow n, 1967.
LaV or, M.: “ Econom ic o p p o rtu n ity am endm ents o f 1972, Public Law 9 2 4 2 4 ” ,
L indem an, E. C.: Social Discovery, Nueva Y ork, R epublic, 1924.
Exceptional Children, noviem bre, 1972. L indesm ith, A .: Opiate Addiction, Bloom ington, In d ., Principia Press. 1947.
Lazarsfeld, P. F.: “The A rt o f Asking Why” , National Marketing Review, 1: L indesm ith, A.: Addiction and Opiates, Chicago, Aldine, 1968.
26-38, 1935. L indesm ith. A., Weinberg, S. K. y R obinson, W. S.: “ Two com m ents and re­
B IB L IO G R A FIA
326 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION

M alinowski, B.: Argonauts o f the Western Pacific, Londres, R outledge, 1932.


jo in d er to ‘The logical stru ctu re o f analytic in d u ctio n ’” , American So­ M alinowski, B.: A Diary in the Strict Sense o f the Term, Nueva Y ork, H arcourt,
ciological Review, 1 7 :4 9 2 -4 9 4 ,1 9 5 2 .
Brace and W orld, 1967.
L ipetz, B.: “In fo rm atio n , storage and retrieval” , Scientific American , 2 J 5(3): Manis, J. y M eltzer, B. (com ps.): Symbolic Interaction, B oston, Aliyn & Bacon,
2 2 4 -2 4 2 ,1 9 6 6 .
L ittrell, W. B.: “Vagueness, social structure, and social research in law ” , Social M ann, F .: “H um an relations skills in social resarch” , Human Relations, 4<4):
Problems, 21 (verano), 3 8 -5 2 ,1 9 7 3 .
3 4 1 -3 5 4 ,1 9 5 1 .
L ofland, J.: “ R eply to Davis -C o m m en t on ‘Initial in teractio n ’ ” , Social Pro­
M anning P. K .: “ Observing the police: D eviants, respectables and th e law ,
blems, 8(4): 3 6 5 -3 6 7 ,1 9 6 1 .
e n ’ j . Douglas (com p.), Research on Deviance, Nueva Y ork, R andom
L ofland, J .: Doomsday Cult: A Study o f Conversion, Proselytization, and
Maintenance o f Faith, Englew ood Cliffs, N. J., Prentice-Hall, 1966. H ouse, 1972.
M anning, P. K.: “ The researcher: An alien in the police world , en A. Neider-
L ofland, J.: Deviance and Identity, Englewood Cliffs, N. J., Prentice-H all,
h o ffer y A. Blumberg (com ps.) The Ambivalent Force, 2a. ed., Chicago,
1969.
L ofland , A n a l y z i n g Social Settings, B elm ont, Calif., W adsw orth, 1971. D ryden Press, 1976.
L ofland, J .: “E ditorial in tro d u ctio n —analyzing qualitative data: F irst person Mayenson, E. W.: Putting the III at Ease, Nueva Y ork, H arper and Row, 1976.
acco u n ts” , Urban Life and Culture, 3 (o ctu b re) 307-309, J9 7 4 . McCall, G. y Sim m ons, J. L, (com ps.): Issues in Participant Observation, Reading
L ofland, J,: Doing Social Life: The Qualitative Study o f Human Interaction Pa., Addison-Wesley, 1969.
inNaturalSettings, Nueva Y ork,W iley, 1976. McCall, M.: “Who and where are the artists?” , en W. B. Shaffir, R. A. Stebbins
L ohm an, J. D .: “T he p articipant observer in com m unity studies” , American y A. T urow etz (com ps.), Fieldwork Experience: Qualitative Approaches
Sociological Review, 2: 8 9 0 -8 9 7 ,1 9 3 7 . to Social Research, Nueva Y ork, St. M artin’s Press, paginas 145-157,
L om bard, G. F . F.: “Self-awareness and scientific m eth o d ” , Science, 112:
1980.
2 8 9 -2 9 3 ,1 9 5 0 .
M cCartney, J. L.: “ On being scientific: Changing styles o f presentation o f
L opata, H. Z .: “ Interviewing American w idow s” , en W. B. Shaffir, R. A . Steb- sociological research” , American Sociologist, 5 (febrero): 30-35, 1970.
bins y A. Turow etz (com ps.), Fieldwork Experience: Qualitative A p ­
M cEw en, W. J.: “ Form s and problem s o f validation in social anthropology” ,
proaches to Social Research, Nueva Y ork, St. M artin’s Press, pdgs. 68-
8 1 ,1 9 8 0 . Current Anthropology, 4: 155-169, 1963.
L orber, J.: “Deviance as perform ance: The case o f illness” , Social Problems, M cGinnis, R.: “ R andom ization and inference in sociological research’ A m e r i­
14(3): 302-310, 1967. can Sociological Review, 22: 408-414, 1957.
L orber, J.: “ G ood p atients and problem patients: C onform ity and deviance M cHugh, P.: Defining the Situation, Indianapolis, Bobbs-Merrill, 1968.
in a general hospital” , Journal o f Health and Social Behavior, 16: 213- M cIntosh, J.: Communication and Awareness in a Cancer Ward, Londres,
22 5 , 1975. Crom m H elm , 1979.
Low ie, R. H.: The History o f Ethnological Theory, Nueva Y ork, F arrar and M cKeganey, N. P. y Bloor, M. J.: “On th e retrieval of sociological description:
R inehart, 1937, R espondent validation and the critical case o f eth nom ethodology” , In­
Lundberg, G. A .: “Case w ork and the statistical m eth o d ” , Social Forces, 5(5): ternational Journal o f Sociology and Social Policy, 1: 3 3 2 -3 5 4 ,1 9 8 1 .
61-65', 1926.
M cK inney, J. C.: Constructive Typology and Social Theory, Nueva Y ork,
L undm an, R. J. y M cFarlane, P. T,: “Conflict m ethodology: An in tro d u ctio n
and prelim inary assessm ent” , Sociological Quarterly, 17: 503-512, 1976. A ppleton-C entury-C rofts, 1966.
L ym an, S. M. y S co tt, M. B.: A Sociology o f the Absurd, Nueva Y ork, Apple- M ead, G. H.: Mind, S e lf and Society, Chicago, University o f Chicago Press, 1934,
ton-C entury-C rofts, 1970. [Hay version castellana: Espiritu, persona y sociedad, Buenos Aires, Pai-
Madge, J.: The Tools o f Social Science, Londres, Longm ans, G reen, 1953. dos, 1959.]
M aines, D. R ., Shaffir, W. B. y T urow etz, A .: “Leaving the field in ethnogra­ M ead, G. H.: The Philosophy o f the Act, Chicago, University o f Chicago Press,
phic research: Reflections on th e entrance-exit hypothesis” , en W. B. 1938.
Shaffir, R . A. Stebbins y A. Turow etz ( c o m p s Fieldwork Experience: M ead, M.: “More comprehensive field m ethods” , American Anthropologist,
Qualitative Approaches to Social Research, Nueva York, St. M artin’s 35: 1-15, 1933.
Press, pags. 2 6 1 -2 8 0 ,1 9 8 0 . M ead, M. y M etruay, R.: The Study o f a Culture at a Distance, Chicago, Uni­
M alcolm, X.: The Autobiography o f Malcolm X., Nueva Y ork, Grove Press, versity o f Chicago Press, 1953.
1966.
BIBLIOGRAFIA
328 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION

M ehan, H. y W ood, H .: The Reality o f Ethnomethodology, Nueva Y ork, Wiley, (com p.), Anthropology Today, Chicago, U niversity o f Chicago Press,
1975. pags. 476-487, 1953. „
M elbin, M.: “ An in teraction recording device for particip an t observers ”,Human Myers, V.: “T ow ard a synthesis o f ethnographic and survey m ethods , Human
Organization, 13(2): 29-33, 1954. Organization, 36: 2 4 4 -2 5 1 ,1 9 7 7 .
M ensh, I. N. y H enry, J.: “ D irect observation and psychological tests in a n th ro ­ M yrdal, G .: An American Dilemma (Vol. 2 ), Nueva Y ork, H arper & Row,
pological field w o rk ” , American Anthropologist, 55: 4 6 1 4 8 0 ,1 9 5 3 . 1944.
N ader, L.: “ Up the anthropologist-Perspectives gained from studying u p ” ,
M ercer, J.: Labelling the Mentally Retarded, B erkeley, University o f California
en D. H ym es (com p.), Reinventing Anthropology , Nueva Y ork, V intage,
Press, 1973.
M erton, R. K .: Social Theory and Social Structure , ed, rev., Nueva Y ork, Free pags. 2 8 4 -3 1 1 ,1 9 6 9 . ,
Press, 1957a. N ader, L.: “Perspectives gained from fieldw ork” , en Sol T ax (com p.), Hori­
M erton, R. K. (com p.): The Student-Physician, Cam bridge, Mass., Harvard zons o f Anthropology, Chicago, A ldine, pags. 2 8 4 -3 1 1 ,1 9 6 9 .
University Press, 1957b. N aroll, R .: Data Quality Control, Nueva Y ork, Free Press, 1962.
M erton, R. y Kendall, P.: “ The focused interview ” , American Journal o f Socio­ Naroll', R,: “ Native concepts and cross-cultural surveys” . American Anthro­
logy, 51 (m ayo), 541-557, 1946. pologist, 69 : 511-512, 1967.
M etraux, R. y M ead, M.: Themes in French Culture, S tanford University Press, N aroll, R .y N aroll, F .: “On bias o f exotic d ata” ,M in , 2 5 :2 4 -2 6 , 1963.
Nash, D .: “T he ethnologist as stranger: An essay in the sociology o f know ­
1954.
ledge” , South-western Journal o f Anthropology, 19: 149-167, 1963.
M ey, H.: Field-Theory: Study o f its Applications in the Social Sciences, T rad,
Nash, D. y W introb, R .: “The em ergence o f self-consciousness in ethnography” ,
de Douglas S co tt, Nueva Y ork, St. M artin's Press, 1972.
Current Anthropology, 13: 5 2 7 -5 4 2 ,1 9 7 2 .
M eyer, J. W. y R ow an, B.: “ Institutionalized organizations: Form al structure
N athanson, N. L .: “ Social science, adm inistrative law, and the inform ation
as m y th and cerem ony” , American Journal o f Sociology, 83(2): 340-363,
a c t o f 1966 ", Social Problems, 21(verano): 2 1 -3 7 ,1 9 7 3 .
1977. Nejelski, P. y F inster Buch, K .: ‘T h e prosecutor and the researcher: Present
M ichels, R .: Political Parties, Nueva Y ork, Dover, 1957. and prospective variations on the Suprem e C ourt’s B ranzburg decision ,
Miller, B. y H um phreys, L.: “K eeping in to u ch : M aintaining co n tact w ith
Social Problems, 21(verano): 3 -2 1 ,1 9 7 3 .
stigm atized subjects” , en W. B. Shaffir, R, A. Stebbins y A. T urow etz
Nejelski, P. y Lerm an, L. M.: “ A researcher-subject testim onial privilege: W hat
(com ps.): Fieldwork Experience: Qualitative Approaches to Social Re­
to’ do before the subpoena arrives” , Wisconsin Law Review: 1085-1148,
search, Nueva Y ork, St. M artin’s Press, pags. 2 1 2 -2 2 2 ,1 9 8 0 .
Miller, S. M.: “T he participant observer and ‘over-rapport’ ” , American Socio­ \9 1 \. _ ,
N ew com b, T. M.: “A n approach to the study o f com m unicative acts ’, Psycho­
logical Review, 17: 97-99, 1952,
logical Review, 60 : 3 9 3 -4 0 4 ,1 9 5 3 .
Miller, S. M., R o b y , P. y Steew ijk, A .: “Creaming the p o o r” , Trans-Action,
N isbet, R. A .: The Sociological Tradition, Nueva Y ork, Basic Books, 1966.
8 (ju n io ): 39-45, 1970.
Oeser, O. A .: “ M ethods and assum ptions o f field w ork in social psychology \
Miller, S.: Prescription fo r Leadership: Training fo r the Medical Elite, Chicago,
British Journal o f Psychology, 2 7: 3 4 3 -3 6 3 ,1 9 3 7 .
A ldine, 1970.
O leson, V. L. y W hittaker, E .: “Role-m aking in particip an t observation: P ro ­
Mills, C. W.: “S itu ated actions and vocabularies o f m otive” , American Socio­
cess in the researcher-actor relationship” , Human Organization, 26:
logical Review, 5 (o ctu b re): 9 0 4 -9 1 3 ,1 9 4 0 .
2 7 3 -2 8 1 ,1 9 6 7 .
Mills, C. W.: The Sociological imagination, Londres, O x ford U niversity Press, Orlans, H .: “ Ethical problem s in the relations o f research sponsors and inves­
1959. tigators” , en G. Sjoberg (co m p .), Ethics, Politics and Social Research,
M iner, H.: “Body ritual am ong the N acirem a” , American Anthropologist, Cam bridge, Mass., Schenkm an, pags. 3-24, 1967.
5 8 : 5 0 3 -5 0 7 ,1 9 5 6 . O rne, M. T .: “O n the social psychology o f th e psychological experim ent ,
Mishler, E. G .: “ M eaning in c o n tex t: Is there any other kind?” , Harvard Edu­ American Psychologist, 17: 776-783, 1962.
cational Review, 4 9 : 1-19, 1979. O sgood, C.: “ Inform ants” , en C. Osgood (com p.), Ingalik Material Culture,
Moore, J. W.: “Social constraints on sociological know ledge: Academics and Yale University Publications in A nthropology, 22: 5 0 -5 5 ,1 9 4 0 ,
research concerning m inorities” , Social Problems, 21(verano): 65-77, P. S., N ew sletter o f the Am erican Political Science Association: “ Ethical p ro ­
1973. blem s o f academ ic political scientists” ,1: 3-28, 1968.
Morris, P.: Put Away, Nueva Y ork, A th erto n , 1969. Palmer, V. M.: Field Studies in Sociology: A Student's Manual, Chicago, Uni­
M urdock, G. P.: “T he processing o f anthropological m aterials” , en A. L. K roeher versity o f Chicago Press, 1928.
330 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION
BIBLIOGRAFIA 331

Park, R .: Principles o f Human Behavior, Chicago, The Zalaz C orp., 1915.


B. Shaffir, R . A. Stebbins y A. Turowetz (com ps.), Fieldwork Expe­
Park, R .: “M urder and the case study m ethod” , American Journal o f Socio­
rience: Qualitative Approaches to Social Research, Nueva Y ork, St.
logy, 36 : 447-454, 1930. M artin’s Press, pags. 203 -2 1 1 ,1 9 8 0 .
Park, R .: “The city: Suggestions for the investigation o f hum an behavior in
the urban environm ent” , en Human Communities: The City and Human Pow derm aker, H ,: Stranger and Friend: The Way o f an Anthropologist, Nueva
Y ork, N o rto n , 1967.
Ecology, G lencoe, 111., Free Press, 1915, 1952.
Parsons, T .: The Social System, G lencoe, 111., The Free Press, 1951. Prus, R .: “Sociologist as hustler: The dynamics of acquiring in fo rm atio n ” ,
Parsons, T . y F o x , R .: “Illness, therapy and the m odern urban American fa­ en W. B. Shaffir, R. A. Stebbins y A. Turow etz (com ps.), Fieldwork
m ily” , Journal o f Social Issues, 8: 3 1 4 4 , 1952. Experience: Qualitative Approaches to Social Research, Nueva Y ork,
St. M artin’s Press, pags. 132-144, 1980,
Passin, H.: “T arahum ara prevarication: A problem in field m eth o d ” , American
Anthropologist, 4 4: 2 35-247, 1942. Psathas, G.: Phenomenological Sociology: Issues and Applications Nueva
P atto n , R .: Qualitative Evaluation Methods, Beverly Hills, Sage, 1980. Y ork, Wiley, 1973.
Paul, B.: “Interview techniques and field relationships” , en A. L. K roeber R adin, P.: The Method and Theory o f Ethnology, Nueva Y ork, McGraw-Hill
(com p.), Anthropology Today, Chicago, University o f Chicago Press, 1933.
pdgs. 430-451, 1953. R ainw ater, L. y P ittm an, D. J .: “E thical problems in studying a politically
Payne, S. L.: The A rt o f Asking Questions, P rinceton, Princeton University sensitive and deviant com m unity” , Social Problems, 14: 357-366, 1967.
Press, 1951. R eck, A, J, (com p.): George Herbert Mead: Selected Writings, Indianapolis,
Bobbs-M errill, 1964.
Pearsall, M.: “ P articipant observation as role and m ethod in behavioral re­
search” , Nursing Research, 1 4 :3 7 -4 7 ,1 9 6 5 . R ecord, J. C.: ‘T h e research institute and the pressure group” , en G. Sjoberg
Pepinsky, H. E.: “A sociologist on police patro l” , en W. B. Shaffir, R. A. Steb- (com p.), Ethics, Politics and Social Research, Cambridge, Schenkm an,
pags. 2 5 -4 9 ,1 9 6 7 .
bins y A. Turow etz (com ps.), Fieldwork Experience: Qualitative Approa­
ches to Social Research, Nueva Y ork, St. M artin’s Press, pags. 223-234, R edlich, F. y B rody, E. B.: “Emotional problems of interdisciplinary research
1980. in psychiatry” , Psychiatry, 18: 233-240,1955.
Phillips, D. L.: Knowledge from What? Theories and Methods in Social R e­ R einharz, S.: On Becoming a Social Scientist: From Survey Research and
search, Chicago, R and M cNally, 1971. Participant Observation to Experimental Analysis, San Francisco, Jossey-
Pike, K. L.: Language in Relation to a Unified Theory o f the Structure o f Bass, 1979.
Human Behavior, P art I, 2a. ed., La H aya, M outon, 1954, 1967. Reiss, A. J. (h.): “Some logical and methodological problem s in com m unity
P itt, D. C.: Using Historical Sources in Anthropology and Sociology, Nueva research” , Social Forces, 33: 5 2 -54,1954.
Y ork, H olt, R inehart & W inston, 1972. Reiss, A. J. (h.): “ The sociological study of com m unities” , Rural Sociology,
Piven, F. F . y Clow ard, R .: Regulating the Poor: The Functions o f Public 24 : 118-1 3 0 ,1 9 5 9 .
Welfare, Nueva Y ork, R andom House, 1971. Reiss, A. J. (h,): The Police and the Public, New Haven, Yale University Press,
P latt, A. M.: The Child Savers, Chicago, University o f Chicago Press, 1969. 1971.
P latt, J .: “O n interview ing one’s peers” , British Journal o f Sociology, 32: Reissm an, L .: ‘ A study of role conceptions in bureaucracy” Social Force
75-91, 1981. 27(m arzo): 305-310, 1949.
Polansky, N., Freem an, W., H orow itz, M ., Irw in, L., Papania, N., R apaport, R eynolds, P. D .: *On the protection o f human subjects and social science” ,
D. y Whaley, F .: “Problem s o f interpersonal relation in research on International Social Science Journal, 24: 693-719 1 9 7 2
groups ”,Human Relations, 2: 281-292, 1949. Rice, S. A .: “C ontagious bias in the interview: A m ethodological n o te” , A m e­
Pollner, M. y Em erson, R. M.: ‘T h e dynam ics o f inclusion and distance in rica« Journal o f Sociology, 35: 420-423,1929.
fieldw ork relations” , en R. M. Em erson (com p.), Contemporary Field R ichardson, J. T ., Steart, M. W. y Simmonds, R. B.: “Researching a fundam en­
Research, B oston, L ittle, Brown, pags. 235-252, 1983. talist com m une , en J. Needleman y G. Baker (comps.), Understanding
Polsky, N .: Hustlers, Beats and Others, G arden C ity, N. Y., D oubleday, Anchor the New Religions, Nueva York, Seabury Press, 1978.
Books, 1969. R ichardson, S. A .: ‘T rain in g infield relations skills” , Journal o f Social Issues
Polya, G .: Patterns o f Plausible Inference, P rinceton, Princeton University 8 :4 3 - 5 0 ,1 9 5 2 .
Press, 1954. R ichardson, S. A.: A framework for reporting field relations experiences” ,
Ponsansky, N. A .: English Diaries, Londres, M ethuen, 1923. en R. N. Adams y J. H. Preiss (comps.), Human Organization Research,
Posner, J.: “ Urban anthropology: Fieldw ork in semifam iliar settings” , en W. H om ew ood, 111., Dorsey Press, pags. 124-139,1960.
33 2 METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION B IB L IO G R A F IA 3 .U

R ichardson, S. A., D ohrenw end, B. S. y K lein, D»: Interviewing: Its Forms R o th , J.: “ R itual and magic in the co n tro l o f contagion” , en E. Jaco (com p.),
and Functions, Nueva Y ork, Basic B ooks, 1965. Patients, Physicians and Illness, Nueva Y ork, Free Press, pags. 229-234,
R ichardson, W. y Higgins, A .: The Handicapped Children o f Acamance County, 1958.
North Carolina, W ilm ington, Del., Nemours F o u n d atio n , 1965. R o th , J.: “ C om m ents o n secret observation” , Social Problems, 9 : 283-284,
R ichter, C. P.: “F ree research versus design research” , Science 118- 91-93 1962.
1953. R o th , J.: Timetables, Indianapolis, Bobbs-M errill, 1963.
R iecken, H. W.: “Varieties o f opportu n istic research” , Urban Life, 5(4V 467- R o th , J.: “ Hired hand research” , The American Sociologist, l(ag o sto ), 190-196,
4 78, 1977. 1966.
R o th , J.: “T he public hospital: Refuge for damaged hum ans” , en S. Wallace
Riener, J. W.: “Varieties o f op p o rtu n istic research” , Urban Life S rtV 467-
4 7 8 ,1 9 7 7 . (com p.), Total Institutions, R utgers, Transaction B ooks, 1971.
R o th , J.: “T urning adversity to ac eo u n t” , Urban Life and Culture, 3(o ctu b re),
Riesm an, D. y B enney, M.: ‘T h e sociology o f the interview ” , Midwest Socio­
logists, 18: 3-15, 1956. 3 47-361, 1974.
R ist, R .: “ On th e relations am ong education research paradigms: F ro m disdain R oy, D.: “ Efficiency and ‘th e fix’ : Inform al intergroup relations in a piece­
to d ete n te ” , Anthropology and Education, 8(2): 42-50, 1977. w ork m achine shop” , American Journal o f Sociology, 60(noviem bre),
Rivera, G .: Willowbrook, Nueva Y ork, Vintage, 1972. 225-260, 1952a.
Roadberg, A.: “ Breaking relationships w ith research subjects: Some problem s R o y , D .: “Q uota restriction and goldbricking in a m achine shop” , American
and suggestions” , en W. B. Shaffir, R. A, Stebbins y A. T urow etz (com ps.), Journal o f Sociology, 57(m arzo), 4 2 7 -4 4 2 ,1952b.
Fieldwork Experience: Qualitative Approaches to Social Research, Nueva R oy, D .: “Work satisfaction and social rew ard in q u o ta achievem ent: An ana­
Y ork, St. M artin’s Press, pags. 281-291, 1980. lysis of piecew ork incentives” , American Sociological Review, 18:
R obbins, T ., A n th o n y , D. y C urtis, T. E .: ‘T h e lim its o f sym bolic realism: 507-514, 1953.
Problem s o f em pathetic field observation in a sectarian co n tex t” , Journal R o y , D .: “ Banana tim e: Jo b satisfaction and inform al in teractio n ” , Human
fo r the Scientific Study o f Religion, 12: 2 5 9 -2 7 1 ,1 9 7 3 . Organization, 18(inviem o), 1 5 8 -1 6 8 ,1 9 5 9 -1 9 6 0 ,
R obinson, W. S.: “The logical stru ctu re o f analytic in d u ctio n ” , American So­ R oy, D.: ‘T h e role o f th e researcher in the study o f social conflict: A theory
ciological Review, 16: 8 1 2 -8 1 8 ,1 9 5 1 . o f protective disto rtio n o f response” , Human Organization, 2 4: 262-271,
R ock, P.: The Making o f Symbolic Interactionism, Totaw a, N. J., R om an and 1965.
L ittlefield, 1979.
R ubin, L.: Worlds o f Pain: Life in the Working-Class Family , Nueva Y ork,
R oethlisberger, F. J. y D ickson, W. J.: Management and the Worker, Cam­ Basic Books, 1976.
bridge, Mass., Harvard University Press, 1939.
R ubin, L.: Women o f a Certain Age, Nueva Y ork, H arper & R ow , 1979.
Rogers, C. R .: ‘T h e non-directive m ethod as a technique for social research” ,
R uebhausen, O. M. y Brim , O. G .: “Privacy and behavioral research” , A m e­
American Journal o f Sociology, 5 0: 2 7 9 -2 8 3 ,1 9 4 5 .
rican Psychologist, 21: 423-437.
Rogers, C. R. y R oethlisberger, F. J ,: “Barriers and gatew ays to com m unica­ R yan, W.: Blaming the Victim, Nueva Y ork, Vintage, 1972.
tio n ” , Harvard Business Review, 30(4): 4 6 -5 2 ,1 9 5 2 .
Rose, A .: “A research no te on interview ing” , American Journal o f Sociology Ryave, A. L. y Schenkein, J. N.: “N otes on the art o f walking” , en R. T urner
5 1 :1 4 3 -1 4 4 ,1 9 4 5 . (co m p .), Ethnomethodology, Baltim ore, Md., Penguin, 1974.
Rose, A. (com p.): Human Behavior and Social Processes, B oston, H oughton Rynkiew ich, M. A. y Spradley, J. P. (com ps.): Ethics and Anthropology: Di­
M ifflin, 1962a. lemmas in Fieldwork , Nueva Y ork, Wiley, 1976.
Rose, A.: “A system atic sum m ary o f sym bolic interactio n th eo ry ” , en A. Sagarin, E.: “ T he research setting and the right n o t to be researched” , Social
Rose (com p.), Human Behavior and Social Processes, B oston, H oughton Problems, 21 (verano), 52-64, 1973.
M ifflin, 1962b. Sanday, P. R.: “ T he ethnographic paradigm (s)’\ Administrative Science Quar­
Rosen, M., Clark, G. R. y K ivits, M. S. (com ps.): The History o f Mental Re­ terly, 24: 5 2 7 -5 3 8 ,1 9 7 9 .
tardation, Vols. 1 y 11, B altim ore, University Park Press, 1976, Sanders, C. R .: “R ope bum s: Im pedim ents to the achievem ent o f basic com ­
R osenhan, D. L.: “O n being sane in insane place” , Science, 179(4070) (enero) fo rt early in the field research experience” , en W. B. Shaffir, R . A. S teb­
2 5 0 -2 5 8 ,1 9 7 3 . ' bins y A. T urow etz (com ps.), Fieldwork Experience: Qualitative Approa­
R osenthal, R .: Experimenter Effects ir. Behavioral Research, Nueva York ches to Social Research, Nueva Y ork, St. M artin’ Press, pags. 158-170,
A ppletor.-C entuiy-C rofts, 1966. 1980.
334 METODOS CUALITATIVOS D E INVESTIGACION BIBLIOGRAFIA

Sanders, W. B. (com p.): The Sociologist as Detective: A n Introduction to S co tt, R .: The Making o f Blind Men, Nueva Y ork, Russell Sage F o u n d atio n ,
Research Methods, Nueva Y ork, Praeger, 1974. 1969.
Sarason, S.: The Culture o f the School and the Problem o f Change, B oston, S co tt, R , W.: “ Field w ork in a form al organization: Some dilem mas in the
A llyn & Bacon, 1971. role o f observer” , Human Organization, 22(2): 162-168, 1963.
Sarason, S.: The Psychological Sense o f Community, San Francisco, Jossey- S co tt, R. W.: “ Field m ethods in the study o f organizations” , en J. G. March
Bass, 1974. (comp.), Handbook o f Organizations, Chicago, Rand M cNally, 1965.
Sarason, S. B. y Doris, J.: Psychological Problems in Mental Deficiency, Nueva Seashore, S. R .: “ Field experim ents w ith form al organizations” , Human Or­
Y ork, H arper & R ow , 1959. ganization, 2 3(2): 1 6 4 -1 7 8 ,1 9 6 4 ,
Saw yer, E.: “ M ethodological problem s in studying so-called ‘deviant’ com m u­ Sells, S. B. y Travers, R. M. W.: “ O bservational m ethods o f research” , Review
nities” , en A. J. L adner (com p.), The Death o f White Sociology, Nueva o f Educational Research, 40 : 39 4 4 07, 1945.
Y ork, Vintage B ooks, 1973. Selltiz, C., Jah o d a, M., D eutsch, M. y Cook, S. W.: Research Methods in So­
Schatzm an, L. y Strauss, A. L.: Field Research: Strategies fo r a Natural So­ cial Relations, ed. rev,, Nueva Y ork, H olt, 1959,
ciology, Englew ood Cliffs, N. J ., Prentice-Hall, 1973. Selvin, H. C.: “A critique o f tests o f significance in survey research” , Ameri­
S ch ed u ler, R .: Public Domain: Essays on the Theater, Nueva Y ork, Bobbs- can Sociological Review, 22: 519-527, 1957.
M errill, 1969. Sahffir, W. B., S tebbins, R. A. y T urow etz, A. (com ps.): Fieldwork Experience:
Scheff, T. J .: “C ontrol over policy by atten d a n ts in a m ental hospital” , Journal Qualitative Approaches to Social Research, Nueva Y ork, St. M artin’s
o f Health and Human Behavior, 2 (verano), 93-105, 1961. Press, 1980.
Scheff, T. S.: Being Mentally III: A Sociological Theory, Chicago, Aldine, 1966. Shaw, C.: “Case study m eth o d ” , Publications of The American Sociological
Scheff, T .: ‘T h e labeling theory o f m ental illness” , American Sociological Society, 21 : 149-157, 1927.
Review, 39(3), 1974. Shaw, C.: The Natural History o f a Delinquent Career, Chicago, University
Schneider, E. V.: “ L im itations on observation in industrial sociology” , So­ o f Chicago Press, 1931.
cial Forces, 2 8: 279-284, 1950. Shaw, C.: The Jack Roller, 2a. ed., Chicago, University o f Chicago Press, 1966.
Schuler, E.: “ Tow ard a code o f ethics fo r sociologists: A historical n o te ” , Shaw , C., M cKay, N. D. y M cD onald, J. F.: Brothers in Crime, Chicago, U ni­
American Sociologist, 3 (noviem bre), 316-318, 1969. versity o f Chicago Press, 1938.
Schur, E. M.: Labeling Deviant Behavior: Its Sociological Implications, Nueva S hibutani, T.: Human Nature and Collective Behavior: Papers in Honor o f
Y ork, Harper & R ow , 1971. HerbertBlumer, Englew ood Cliffs, N, J., Prentice-Hall, 1970.
S chütz, A.: Collected Papers, Vol. I: The Problem o f Social Reality, M. Na- S hibutani, T.: “ R eference groups as perspectives” , A merican Journal o f Socio­
tan so n (com p.), La H aya, M artinus N ijhoff, 1962. logy, 40 (m ay o ), 5 6 2 -5 6 9 ,1 9 5 5 .
Sieber, S. D .: “T he integration o f fieldw ork and survey m eth o d s” , American
Schütz, A.: Collected Papers, Vol. II: Studies in Social Theory, M. N atanson
Journal o f Sociology, 78: 1335-1359, 1973.
(com p.), La Haya, M artinus N ijhoff, 1966.
Sjoberg, G.: “Project C am elot: Selected reactions and personal reflections” ,
Schütz, A.: The Phenomenology o f the Social World, Evanston, 111., N o rth ­
en G. Sjoberg (com p.), Ethics, Politics and Social Research, Cambridge,
w estern University Press, 1967.
Mass., Schenkm an, 1967.
Schw ab, W. B.: “ Looking backw ard: An appraisal o f tw o field trips” , Human
Sjoberg, G. (com p.): Ethics, Politics and Social Research, Cam bridge, Mass.,
Organization, 24: 372-380, 1965,
Schenkm an, 1967,
Schw artz, G. y M erten, D .: “ Participant observation and the discovery o f m ea­
Sjoberg, G. y Miller, P. J.: “Social research on bureaucracy: Lim itations and
ning” , Philosophy o f the Social Sciences, 1: 2 7 9 -2 9 8 ,1 9 7 1 .
o p p o rtu n itie s", Social Problems, 21(verano), 129-143, 1973.
Schw artz, H. y Jacobs, J.: Qualitative Sociology: A M ethod to the Madness,
S kipper, J. A. y L eonard, R. D.: “Children, stress and hospitalization” , Jour­
Nueva Y ork, Free Press, 1979.
nal o f Health and Social Behavior, 9: 275-286, 1968.
Schw artz, M. S. y Schw artz, C. G.: “Problem s in participant observation” ,
Sluyter, G. V.: “The u n it m anagem ent system ” , Mental Retardation, 14(3):
American Journal o f Sociology, 60: 3 4 3 -3 5 4 ,1 9 5 5 .
14-16, 1976.
Scott, J.: “Black science and nation-building” , en J. Ladner (com p.), The
Smigel, E.: “Interview ing a legal elite: The Wall Street law yer” , American
Death o f White Sociology, Nueva Y ork, Vintage Books, 1973.
Journal o f Sociology, 64(2): 159 -1 6 4 ,1 9 5 8 .
S co tt, M.: The Racing Game, Chicago, Aldine, 1968.
S m ith, H. T.: “A com parison o f interview and observation m ethods of stu ­
S co tt, M. B. y Lym an, S. M.: “A ccounts” , American Sociological Review,
dying m o th er behavior” , Journal o f Abnormal and Social Psychology,
3 3 :4 6 -6 2 ,1 9 6 8 .
5 7 :2 7 8 -2 8 2 ,1 9 5 8 .
336 ' METODOS CUALITATIVOS DE INVESTIGACION B IB L IO G R A FIA .1.17

Snow , D, A .: “ The disengagem ent process: A neglected problem in partici­ Stryker, S.: “ Sym bolic interactio n as an approach to family research” , Mar­
p an t observation research” , Qualitative Sociology, 3: 100-122, 1980. riage and Family Living, 2 l(m ay o ), 1 1 1 -1 1 9 ,1 9 5 9 .
S pector, M.: “ Learning to stu d y public figures” , en W, B. Shaffir, R. A. Steb- S turtevant, W. C.: “Studies in E thnoscience” , American Anthropologist, 66:
bins y A. T urow ets (com ps,), Fieldwork Experience: Qualitative Approa­ 99-131, 1964.
ches to Social Research, Nueva Y ork, St, M artin’s Press, pigs. 98-110, S udnow , D.: Passing On: The Social Organization o f Dying, Englewood Cliffs,
1980. N. J ,, Prentice-Hall, 1967.
Spencer, G.: “M ethodological issues in th e study o f bureaucratic elites: A S udnow , D. (com p.): Studies in Social Interaction, Nueva Y ork, Free Press.,
case study o f West P oint” , Social Problems, 21(verano), 90-103, 1973. 1972.
Spencer, R. F . (com p.): Method and Perspective in Anthropology, M inneapolis, Sullivan, H. S.: “A note on im plications o f psy ch iatry , the study o f in terp er­
University o f M innesota Press, 1954. sonal relations, for investigations in social science” , American Journal
Spindler, G. y G oldschm idt, W.: “ E xperim ental design in th e study o f cul­ o f Sociology, 4 2: 848-861, 1937.
ture change” , Southwestern Journal o f Anthropology, 8: 68-83, 1952. Sullivan, M. A. (h.), Q ueen, S. A. y Patrick, R. C. (h .): “ Participant observa­
Spradley, J.: You Owe Yourself a Drunk, B oston, L ittle, B row n, 1970. tio n as em ployed in th e study o f a m ilitary training program ” , Am eri­
Spradley, J.: The Ethnographic Interview, Nueva Y ork, H olt, R inehart & Wins­ can Sociological Review, 2 3, 6 6 0 -6 6 7 ,1 9 5 8 .
to n , 1979. S utherland, E .: The Professional Thief, Chicago, University o f Chicago Press,
Spradley, J. P.: Participant Observation, Nueva Y ork, H olt, R inehart & Wins­ 1937.
to n , 1980. S uttles, G. D.: The Social Order o f the Slum, Chicago, University o f Chicago
S tan to n , A. y Schw artz, M.: The Mental Hospital, Nueva Y ork, Basic Books, Press, 1968.
1954. Svorstad, B. L.: “Physician-patient com m unication and p atien t conform ity
Stasz, C.: “T est, images and display conventions in sociology” , Qualitative So­ w ith medical advice” , en D. M echanic (com p.), The Growth o f Bureau­
ciology, 2(1): 29-44, 1979. cratic Medicine, Nueva Y ork, Wiley, pags. 220-238, 1976.
Stavrionos, B. K ,: “ Research m ethods in cultural anthropology in relation Sykes, G. M.: The Society o f Captives, P rinceton, Princeton University Press,
to scientific criteria” , Psychological Review, 57: 334-344, 1950. 1958.
Stim son, G. V .: “O beying d o c to r’s orders: A view from the other side” , Social Sykes, G. M.: “Feeling our w ay: A report on a conference on ethical issues
Science and Medicine, 8: 97-104, 1974. in th e social sciences” , The Journal o f Criminal Law, Criminology and
S tone, G. P.: “Appearance and th e s e lf ’, en A. M. Rose (com p.), Human Be­ Police Science, 58(junio), 2 0 1 -2 1 3 ,1 9 6 8 .
havior and Social Processes: An Interactionist Approach, B oston, H ough­ Sykes, G. M. y M atza, D.: “ Techniques o f neutralization: A th eo ry o f delin­
to n M ifflin, 1962. q uency” , American Sociological Review, 22: 6 6 4 -6 7 0 ,1 9 5 7 .
S tone, P. J., Bales, R. F ., N am enw irth, J . Z. y Ogilvie, D, M.: “The general Syracuse U niversity, Division o f Special E ducation and R ehabilitation: Inte­
inquirer: A co m puter system for co n ten t analysis and retrieval based rim report on assessment o f the handicapped effort in experimental
on the sentence as a u n it o f in fo rm atio n ” , Behavioral Science, 7: 1-15, and selected other Head Start programs serving the handicapped, pre-
1962. sentado al U. S. D epartm ent o f HEW, OCD, por Policy R esearch, Inc.,
Stone, P. J ., D unphy, D. C., Sm ith, M. S. y Ogilvie, D. M.: The General In ­ 1974.
quirer: A Computer Approach to Content Analysis, Cam bridge, MIT System R esearch, Inc.: The Status o f Handicapped Children in Head Start,
Press, 1966. preparado para Office o f Child D evelopm ent, Lansing, Mich., 1974.
Sto uffer, S. A.: Social Research to Test Ideas, Nueva Y ork, Free Press, 1962. Szasz, T.: The Myth o f Mental Illness, Nueva Y ork, Hoeber-H arper, 1961.
Strauss, A .: The Social Psychology o f George Herbert Mead, Chicago, Univer­ Szasz, T.: Ideology and Insanity, Garden C ity, N. Y., D oubleday, A nchor
sity o f Chicago Press, 1956. B ooks, 1970.
Strauss, A. y Schatzm an, L.: “Social Class & Modes o f C om m unication” , A m e­ Szasz, T. S.: Ceremonial chemistry’: The ritual persecution o f drugs, addicts,
rican Journal o f Sociology, 60(4): 329-338, 1955. and the pushers, G arden C ity , N. Y., D oubleday, 1974.
Strauss. A., Schatzm an, L., Bucher, R ., Ehrlich, D. y Sabshin, M.: Psychiatric T aichert, L. C.: “ Parental denial as a factor in the m anagem ent o f the severely
Ideologies and Institutions, Nueva Y ork, Free Press, 1964. retarded child: Discussion o f tw o p atien ts” , Clinical Pediatrics, 14(7):
Strickland, D. A. y Schlesinger, L. E.: “ ‘L urking’ as a research m eth o d ” ,.//« - 6 6 -6 8 ,1 9 7 5 .
man Organization, 28: 2 4 8 -2 5 0 ,1 9 6 9 . T aylor, S. J.: “ A tten d an ts’ perspectives: A view from the back w ard” , trabajo
S trunk, W. (h.): The Elements o f Style, rev. p o r E. B. W hite, Nueva Y ork, inedito presentado a la 97a. reunion anual de The Am erican Associa­
M acmillan, 1972. tion on M ental Deficiency, 1973.
338 M ETO D O S C U A L IT A T IV O S D E IN V ESTIG A C IO N B IB L IO G R A F IA

T aylor, S. J.: ‘T h e custodians: A tten d an ts and th eir w ork at state institutions T izard, J., “T he role o f social in stitu tio n s in the causation, prevention, and
for the m entally retard ed ” , A nn A rbor, University M icrofilm , 1977. alleviation o f m ental retard atio n ” , en H. C. H ayw ood (com p,), Social-
Taylor, S. J.: “ F ro m segregation to integration: Strategies for integrating se­ Cultural Aspects o f Mental Retardation, Nueva Y ork, A ppleton-C entury-
verely handicapped students in norm al school and com m unity settings” , C rofts, pags. 281-340, 1970.
The Journal o f the Association fo r the Severely Handicapped, 8: 42-49, Trice, H. M.: “The outsider’s role in field stu d y ” , Sociology and Social R e ­
1982. search, 4 1(1): 2 7 -3 2 ,1 9 5 6 .
T aylor, S. J. y Bogdan, R ,: “D efending illusions: The institutions struggle Trice, H, M. y R om an, P.: “ Delabeling and alcoholics anonym ous” , Social
for survival” , Human Organization, 39(3): 2 0 9 -2 1 8 ,198Q. Problems, 17(4): 5 3 8 -5 4 6 ,1 9 6 9 -1 9 7 0 .
T aylor, S. J. y Bogdan, R .: “A qualitative approach to com m unity ad justm ent” , Trow , M.: “ Com m ent on ‘P articipant observation and interview ing: a com ­
en R. H. Bruininks, C. E. M eyers, B. B. Sigford y K. C. Larkin (com ps.), parison’ ” , Human Organization, 16(3): 33-35, 1957.
Deinstitutionalization and Community Adjustment o f Mentally Retarded Truzzi, M. (com p.): Subjective Understanding in the Social Sciences, R eading,
People, W ashington, D. C., A m erican A ssociation on M ental D eficiency, M ass., Addison-W esley, 1974,
1981. T urnbull, C.: The Forest People, Nueva Y ork, Sim on and S chuster, 1962,
T aylor, S. J., Brow n, K., M cCord, W., G iam betti, A., Searl, S., M linarcik, S., T urner, R. (com p.): Ethnomethodology, B altim ore, Penguin, 1974.
A tkinson, T. y Lichter, S.: Title X IX and Deinstitutionalization: The T urner, R. H.: “T he quest for universals in Sociological research” , American
Issue fo r the 8 0 ’s, Syracuse, H um an Policy Press, 1981. Sociological Review, 18: 604-611, 1953.
Tax, S. (com p.): Horizons o f Anthropology, Chicago, A ldine, 1964. U.S. D ept, o f H ealth, E ducation and W elfare, Office o f Child Developm ent:
T hibaut, J, W. y K elly, H, H.: The Social Psychology o f Groups, Nueva Y ork, Head Start Services to Handicapped Children, Second Annual R eport
Wiley, 1959. to th e U.S. Congress, W ashington, D .C., 1974.
Thom as, P.: Down these Mean Streets, Nueva Y ork, K nopf, 1967.
Vail, D.: Dehumanization and the Institutional Career, Springfield, 111., Charles
Thom as, W. 1.: The Unadjusted Girl, B oston, L ittle, Brown, 1931.
Thom as, W. I.: Social Behavior and Personality, Nueva Y ork, Social Science C. T hom as, 1967.
Van M aanen, J.: “W atching th e w atchers” , en P. K. Manning y J. Van M aanen
R esearch Council, 1951.
(com ps.), Policing, Pacific Palisades, Calif., G oodyear, 1978.
Thom as, W. 1. y Thom as, D. S.: The Child in America, Nueva Y ork, Alfred
V an M aanen, J.: “ N otes on th e p roduction o f ethnographic d ata in an A m eri­
A. K nopf, 1928.
can police agency” , en R. Luckham (com p.), Law and Social Inquiry,
Thom as, W, I. y Znantecki, F.r The Polish Peasant in Europe and America,
Uppsala, Scandinavian In stitu te o f A friean Studies, 1981.
Nueva Y ork, K nopf, 1927.
Van M aanen, J.: “ Fieldw ork o n th e b e a t” , en J. Van M aanen, J. M. Dabbs
T hom pson, J. y M cEwen, W.: “O rganizational goals and environm ent” , A m e­
(h.) y R. R. F aulkner (com ps.), Varieties o f Qualitative Research, Be­
rican Sociological Review, 23(1): 23-31, 1958.
verly Hills, Sage, pags. 103-151, 1982.
T h o m e, B.: “ Political activist as participant observer: Conflicts o f com m it­
V an M aanen, J.: “T he m oral fix: On th e ethics o f fieldw ork” , en R. M. E m er­
m ent in a study o f the draft resistance m ovem ent o f the 196Q’s” , S ym ­
son (com p.), Contemporary Field Research, B oston, L ittle, Brow n, pigs,
bolic Interaction, 2: 73-88, 1979,
T horne, B.: “ ‘You still tak in ' n o tes.’ Fieldw ork and problem s o f inform ed 2 6 9 -2 8 7 ,1 9 8 3 .
Van M aanen, J ., D abbs, J. M. (h .) y F aulkner, R. R. (com ps.): Varieties o f
consent” , Social Problems, 27: 284-297, 1980.
Qualitative Research, Beverly Hills, Sage, pags. 1 0 3 -1 5 1 ,1 9 8 2 .
T h o m e, B.: “Political activist as participant observer: Conflicts o f co m m it­
m ent in a study o f the draft resistance m ovem ent o f the 1960s” , en V aughan, T . R. y Sjoberg, G.: “ C om m ent” ,A m erica« Sociologist, 13: 171-172,
R. M. Em erson (com p.), Contemporary Field Research, B oston, L ittle, 1978.
Brow n, pags. 216-234, 1983. V idich, A. J.: “M ethodological problem s in th e observation o f husband-w ife
in teractio n ” , Marriage and Family Living, 28: 2 3 4 -2 3 9 ,1955a.
T hrasher, F.: The Gang, Chicago, University o f Chicago Press, 1927.
T hrasher, F.: “ How to study the boys’ gang in the open", Journal o f Educa­ Vidich, A. J.: “P articipant observation and th e collection and in terp retatio n
tional Psychology, 1: 244-254, 1928. o f d a ta ” , American Journal o f Sociology, 6o: 3 5 4 -3 6 0 ,1955b.
T ibbitts, H. G.: “ Research in the developm ent o f sociology: A pilot study Vidich, A. J. y Bensm an, J.: “T he validity o f field d ata ", Human Organization,
in m ethodology” , American Sociological Review, 27 (d iciem bre), 892-901, 13(1): 2 0 -2 7 ,1 9 5 4 ,
1962. Vidich, A. J. y Bensm an, J.: Small Town in Mass Society, P rinceton, Princeton
U niversity Press, 1958.
Tiryakian, E.: “E xistential phenom enology and sociology” , American Sociolo­
V idich, A. J. y Bensm an, J.: "T he Springdale case: Academ ic bureaucrats
gical Review, 30(octubre), 674-688, 1965.
340 M ETOD OS C U A L IT A T IV O S D E IN V ESTIG A C IO N B IB L IO G R A F IA 341

and sensitive to w n sp eo p le” , en A. J. V idich, J. Bensm an y M. R . Stein Wax, M. y Cassell, J. (com ps.): Federal Regulations: Ethical Issues and Social
(com ps.), Reflections on Community Studies, Nueva Y ork, Wiley, 1964. Research, B oulder, Westview, 1979.
V idich, A. J., B ensm an, J. y S tein , M. R.: Reflections ¡on Community Studies, Wax, M. y Shapiro, L. J.: “R epeated interview ing” , American Journal o f Soch)-
Nueva Y ork, Wiley, 1964. logy, 62: 215-217, 1956.
V idich, A. J. y Shapiro, G .: “A com parison o f participant observation and Wax, R . H.: “Field m ethods and techniques: R eciprocity as a field tech n iq u e",
survey d ata” , American Sociological Review, 20: 28-33, 1955. Human Organization, 11(3): 3 4 -3 7 ,1 9 5 2 .
V olkar, E. H. (com p.): Social Behavior and Personality: Contribution o f W. Wax, R. H.: ‘T w elve years later: An analysis o f field experience” , American
I. Thomas to Theory and Research, Nueva Y ork, Social Science Research Journal o f Sociology, 63: 1 3 3 -1 4 2 ,1 9 5 7 ..
C ouncil, 1951. Wax, R . H.: Doing Fieldwork: Warnings and Advice, Chicago, University o f
V on H offm an, N,: “Sociological snoopers” , Transaction, 7(7): 4-6, 1970. Chicago Press, 1971.
V oysey, M.: “Im pression m anagem ent by parents w ith disabled children: The Wax, R . H.: “G ender and age in fieldw ork and fieldw ork education: No good
re co n stru ctio n o f good p aren ts” , Journal o f Health and Social Behavior, thing is done by any m an alone” , Social Problems, 26: 5 0 9 -5 2 2 ,1 9 7 9 .
13: 8 0 - 8 9 ,1972a. W ebb, E . J ., Cam pbell, D. T., Schw artz, R . D. y Sechrest, L.: Unobtrusive
V oysey, M.: “O fficial agents and the legitim ation o f suffering” , Sociological Measures: Nonreactive Research in Social Sciences, Chicago, R and McNal­
Review, 15: 533-552, 1972b. ly, 1966.
V oysey, M.: A Constant Burden: The Reconstitution o f Family Life, L on­ W ebb, E, J ., Cam pbell, D. T ., Schw artz, R . D., Sechrest, L. y Grove, J.: Non­
dres, R outledge and Kegan Paul, 1975. reactive Measures in the Social Sciences, B oston, H oughton M ifflin,
1981.
W aitzkin, H. y Stoeckle, J. D.: “The com m unication o f in form ation ab o u t
Webb, S. y W ebb, B.: Methods o f Social Study, Nueva Y ork, Longm ans, Green,
illness” , Advances in Psychosomatic Medicine, 8: 1 8 0 -2 1 5 ,1 9 7 2 .
1932.
Wald, A .: Sequential Analysis, Nueva Y ork, Wiley, 1947.
Weber, M,: The Theory o f Social and Economic Organization, Nueva Y ork,
W alker, A. L. y Lidz, C. W.: “M ethodological notes on the em ploym ent o f
O xford University Press, 1947.
indigenous observers” , en R. S. W eppner (co m p .), Street Ethnography,
W eber, M.: The Methodology o f the Social Sciences, com p, por E . A. Shils
Beverly Hills, Sage, pâgs. 103-123, 1977.
y H. A. Finch, Nueva York) Free Press, 1949.
Wallace, S.: Skid Row as a Way o f Life, Nueva Y ork, Harper T orchbooks,
Weber, M.: From Max Weber: Essays in Sociology. T rad, y com p, por Hans
1968.
G erth y C. Wright Mills, Nueva Y ork, O xford University Press, 1958.
W arren, C. A. B.: “ Data p resentation and th e audience: Responses, ethics, Weber, M.: Economy and Society, Nueva Y ork, B edm inster Press, 1968.
and effects” , Urban Life, 9: 2 8 2 -3 0 8 ,1 9 8 0 . Weis, R. S.: “A lternative approaches in the study o f com plex situations” ,
W arren, C. A. B, y Rasm ussen, P. K,: “ Sex and gender in field research” , Urban Human Organization, 2 5: 1 0 8 -2 0 6 ,1 9 6 6 .
Life, 6: 3 4 9 -3 7 0 ,1 9 7 7 .
Weiss, C. (com p.): Evaluating Action Programs, B oston, Allyn & Bacon, 1972.
Warwick, D. P.: “ Tearoom trade: Means and ends in social research” , The Has­
West, W. G.: “Access to adolescent deviants and deviance” , en W. B. Shaffir,
tings Center Studies, 1: 2 7 -3 8 ,1 9 7 3 .
R. A. Stebbins y A. T urow etz (com ps.), Fieldwork Experience: Quali­
W arwick, D. P.: “Who deserves p ro tec tio n ?” , American Sociologist 9- 158- tative Approaches to Social Research, Nueva Y ork, St. M artin’s Press,
1 5 9 ,1 9 7 4 . pags. 31-44, 1980.
W arwick, D. P.: “Social scientists ought to stop lying” , Psychology Today W estley, W.: “ Secrecy and th e police” , Social Forces, 34 (m arzo), 254-257,
8 (feb rero ), 3 8 ,4 0 , 1 0 5 -1 0 6 ,1 9 7 5 . 1956.
Wax, M.: “ On m isunderstanding Verstehen: A reply to A bel” , Sociology and W hyte, W. F.: “The social stru ctu re o f the restau ran t” , American Journal
Social Research, 51: 323-333, 1967. o f Sociology, 54(2): 3 0 2 -3 1 0 ,1 9 4 9 .
Wax, M.: “ Tenting w ith M alinowski” , American Sociological Review 37- W hyte, W. F.: “ Observation field m eth o d s” , en M. V ahoda, M. D eutsch y
1 -1 3 ,1 9 7 2 . S. W. C ook (com ps.), Research Methods in Social Relations, Vol. II,
Wax, M.: “Paradoxes o f ‘consent’ to th e practice o f fieldw ork” , Social Problems la . ed., Nueva Y ork, H olt, pags. 493-513, 1951.
27: 272-283, 1980. W hyte, W. F .: “ Interviewing fo r organizational research” , Human Organization,
Wax, M.: “ On fieldw orkers and those exposed to fieldw ork: Federal regulations 12(2): 1 5 -2 2 ,1 9 5 3 .
and m oral issues” , en R . M. Em erson (co m p .), Contemporary Field R e­ W hyte, W. F.: Street Comer Society, Chicago, University o f Chicago Press,
search, B oston, L ittle, Brow n, pdgs. 288-299, 1983. 1955.
342 M ETODO S C U A L IT A T IV O S D E IN V ESTIG A C IO N
B IB L IO G R A F IA 343

W hyte, W. F.: “On asking in direct questions” , Human Organization, 15(4):


Z etterberg, H. L.: On Theory and Verification in Sociology, ed. rev., T otow a,
2 1 -2 3 ,1 9 5 7 .
N. J ., Bedm inster Press, 1963.
W hyte, W. F.: “ Interviewing in field research” , eh R. N. A dams, y J. J . Preiss
Ziller, R . C. y Lewis, D.: “O rientations: Self, social and environm ental p re­
(com ps.), Human Organizational Research, H om ew ood, 111., Dorsey
cepts through au to-photography” , Personality and Social Psychology
Press, pags. 352-374, I960. Bulletin, 7: 3 3 8 -3 4 3 ,1 9 8 1 .
W hyte, W. H.: The Social Life o f Small Urban Spaces, W ashington, D , C., The
Ziller, R. C. y Sm ith, D. E,: “A phenom enological utilization o f photographs” ,
C onservation F o u n d atio n , 1980,
Journal o f Phenomenological Psychology, 7: 172-185, 1977,
W ieder, D. L.: Language and Social Reality: The Case o f Telling the Convict
Z im m erm an, D. H. y W ieder, D. L.: “E thnom ethodology and the problem
Code, La Haya, M outon, 1974. o f order: C om m ent on D enzin” , en J. Douglas (com p.), Understanding
W iener, J. M.: “ The attitu d es o f pediatricians tow ard th e care o f fatally ill Everyday Life, Chicago, A ldine, pags. 2 8 5 -2 9 5 ,1 9 7 0 .
children” , Journal o f Pediatrics, 76: 700-705, 1970.
Zim m erm an, D. H. y W ieder, D . L,: ‘T h e diary: Diary-interview m eth o d ” ,
Williams, T. R .: Field Methods in the Study o f Culture, Nueva Y ork, H olt, Urban Life, 5(4): 4 7 9 -4 9 8 ,1 9 7 7 .
1967. Znaniecki, F.: The Method o f Sociology, Nueva Y ork, Farrar & R inehart,
Wilson, J.: “Interaction analysis: A supplem entary field w ork technique used 1934.
in th e stu d y o f leadership in a ‘new style’ A ustralian aboriginal com m u­ Zola, I. K.: Missing Pieces: A Chronicle o f Living with a Disability, Filadelfia,
n ity ” , Human Organization, 21(4): 2 9 0 -2 9 4 ,1 9 6 2 . Tem ple University Press, 1982.
W ilson, T. P.: “ C onceptions o f in teraction and form s o f sociological explana­ Zorbaugh, H.: The Gold Coast and the Slum, Chicago, University o f Chicago
tio n ” , American Sociological Review, 35: 6 9 7 -7 1 0 ,1 9 7 0 . Press, 1929.
W irth, L.: The Ghetto, C hicago, University o f Chicago Press, 1928.
Wiseman, J. P.: Stations o f the Lost: The Treatment o f Skid Row Alcoholics,
Englew ood Cliffs, N, J.,P ren tice-H all, 1970.
Wiseman, J. P.: “ The research w eb” , Unborn Life and Culture, 3 (o ctubre),
317-328, 1974.
W ohl, J.: “T raditional and contem porary views o f psychological testing” ,
Journal o f Projective Techniques, 27: 3 5 9 -3 6 5 ,1 9 6 3 ,
Wolf, K. K.: “A m ethodological no te on th e em pirical establishm ent o f cultural
p attern s” , American Sociological Review, 10: 1 7 6 -1 8 4 ,1 9 4 5 .
W olfensberger, W.: Normalization, T o ro n to , N ational In stitu te on Mental
R etard atio n , 1972,
W olfensberger, W.: The Origin and Nature o f our Institutional Models, Syracuse,
H um an Policy Press, 1975.
W o lff,K . H.: Trying Sociology, Nueva Y ork, Wiley, 1974.
Y ablonsky, L.: “E xperiences w ith the criminal com m unity” , en A, G ouldner
y S, M. Miller (com ps.), Applied Sociology, Nueva Y ork, Free Press,
1965.
Y ablonsky, L.: “On crim e, violence, LSD, and legal im m unity o f social scien­
tists” , American Sociologist, 3: 1 4 8 -1 4 9 ,1 9 6 8 .
Y ancey, W. L. y R ainw ater, L.: “Problem s in th e ethnography o f th e urban
underclass” , en R. H abenstein (com p,), Pathways to Data: Field Methods
fo r Studying Ongoing Social Organizations, Chicago, Aldine, pigs. 245-
2 6 9 ,1 9 7 0 .
Young, F. W. y Young, R, C.: “Key in form ant reliability in rural Mexican
villages” , Human Organization, 20(3): 1 4 1 -1 4 8 ,1 9 6 1 .
Z elditch, M. (h .): “ Some m ethodological problem s o f field studies” , Am eri­
can Journal o f Sociology, 67: 5 6 6 -6 7 5 ,1 9 6 2 .

También podría gustarte