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4.

Mar português – Fernando Pessoa


Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena


Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.

5. Amor é fogo que arde sem se ver – Camões


Amor é um fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;


É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;


É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor


Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

TRES TEXTOS DEL POEMA DRAMÁTICO “TU PAÍS ESTÁ FELIZ”


Miranda los escribió directamente en castellano, cuando estudiaba en
Venezuela hace más de cuarenta años. Años después los tradujo al
portugués y se publicó en Brasil recién el año 1989.
VIAJO TU CUERPO
Viajo tu cuerpo como un sol
que dora los contornos
suaves de tu juventud.
El paisaje en paralelo
resbalante al sol arena
oscilante al sol verano.
Velas arrugadas emergen ganando
tu cuerpo en la playa
tu cuerpo en la arena.
Las formas oblongas
las velas infladas
y ganando el mar
tu cuerpo en la arena
tu cuerpo en la playa.
Hay como que un giro
angular en estas formas
curvas cuerpo playa
inmersos, dorso, escamas
tu cuerpo en la arena
y el cuerpo en el cuerpo.
Nuestros cuerpos confundiéndose
fundiéndose en la combustión solar
la sal de nuestro éxtasis, sudor
arena y goce, orgasmo.
El paisaje en paralelo
relieves, sinuosidades, nalgas
y algas, inmersión, curvas
playas desnudas, luego aderna.
Resbalante sol arena
esquiadores
de nuevo el verano en nosotros.
Sea al mar
estillazando espumas
curvas, cuerpo, playa
inmerso, dorso
escamas, mar inmenso:
oscilante
al sol verano.
 
Velas arrugas emergen
ganando el mástil erecto
tu cuerpo en la playa
formas oblongas
las velas infladas
ganando el mar:
tu cuerpo en la arena.
Dorso, la piel
la brisa tangente del mar
las formas sumergidas
y el cuerpo en el cuerpo.
La forma de tu cuerpo es un espacio
por demás pensado y rumiado
lazos de tu cuerpo envolviendo
el mío, aún en ausencia.
Larga espera de tu cuerpo
y la transformación del cuerpo
en el tiempo, deseo acumulando
y explotando en dura angustia.
En los libros que leo te encuentro
en las fórmulas matemáticas
en las especulaciones filosóficas
páginas tristes que escribo.
Estás a mi alcance
y nada hay que me impida
conquistarte y convencerte
es que la victoria es derrota.
Que el tiempo sólo no basta
Ni basta la simple razón.
 
EL MUNDO ESTA LLENO DE PALABRAS
 
 
El mundo está lleno de palabras
Tú consumes pan y palabras:
Democracia libertad temor
Felicidad.
El mundo está lleno de palabras…
Y tan sólo una palabra
una tan sólo
te quita la corona
o te inflama la garganta.
¡El mundo está lleno de palabras!
 
 
 

Música surda

Como num louco mar, tudo naufraga.

A luz do mundo é como a de um farol

Na névoa. E a vida assim é coisa vaga.

O tempo se desfaz em cinza fria,

E da ampulheta milenar do sol

Escorre em poeira a luz de mais um dia.

Cego, surdo, mortal encantamento.

A luz do mundo é como a de um farol…

Oh, paisagem do imenso esquecimento.

 
Escultura

Una forma femenina se integró a un cuerpo de macho,

Ambos una sola piedra

Donde resaltan, invisibles, separándose

Las dos almas superfluas.

Escultura

A forma da fêmea integrou-se no corpo do macho,

Ambos uma só pedra

Onde ressaltam, invisíveis, separando-os

As duas almas supérfluas.

Escenario

Todo está solo, la montaña sola, el mar solo,

La luna está aún más sola.

Si encontraras a alguno
Él estaría solo también.

¿Qué haces a estas horas en esta calle?

¿Qué soledad es la tuya

Que te hace procurar

Un escenario mayor

O de una soledad mayor que la tuya?

Cenário

Tudo é só, a montanha é só, o mar é só,

A lua ainda é mais só.

Se encontrares alguém

Ele está só também.

Que fazes a estas horas nesta rua?

Que solidão é a tua

Que te faz procurar

O cenário maior,

O de uma solidão maior que a tua?

 
 

Paraje

Solo

Como mis bueyes,

Mis bueyes que mugen y comen del suelo,

Mis bueyes detenidos,

De ojos detenidos,

Llorando,

Observando…

El buey de mi soledad,

El buey de mi tristeza,

El buey de mi cansancio,

El buey de mi humillación.

Y esta calma, este yugo, esta obediencia.

Paragem

Com os meus bois.


Os meus bois que mugem e comem o chão,

Os meus bois parados,

De olhos parados,

Chorando,

Olhando…

O boi da minha solidão,

O boi da minha tristeza,

O boi do meu cansaço,

O boi da minha humilhação.

E esta calma, esta canga, esta obediência.

Salmo perdido

Creo en un dios moderno,

Un dios sin piedad,

Un dios moderno, dios de guerra y no de paz.

Dios de los que matan, no de los que mueren,

De los victoriosos, no de los vencidos.

Dios de gloria profana y de los falsos profetas.

 
El mundo no es más un paisaje antiguo,

Un paisaje sagrado.

Ciudades vertiginosas, edificios a pique,

Torres, puentes, mástiles, luces, cuerdas, silbatos, signos.

Soñamos tanto que el mundo no nos reconoce más,

Las aves, los montes, las nubes no nos reconocen más,

Dios no nos reconoce más.

Salmo perdido

Creio num deus moderno,

Um deus sem piedade,

Um deus moderno, deus de guerra e não de paz.

Deus dos que matam, não dos que morrem,

Dos vitoriosos, não dos vencidos.

Deus da glória profana e dos falsos profetas.

O mundo não é mais a paisagem antiga,

A paisagem sagrada.
 

Cidades vertiginosas, edifícios a pique,

Torres, pontes, mastros, luzes, fios, apitos, sinais.

Sonhamos tanto que o mundo não nos reconhece mais,

As aves, os montes, as nuvens não nos reconhecem mais,

Deus não nos reconhece mais.

5555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555

Alegria, Alegria
Caetano Veloso

Caminhando contra o vento


Sem lenço e sem documento
No sol de quase Dezembro
Eu vou

O sol se reparte em crimes


Espaço naves, guerrilhas
Em cardinales bonitas
Eu vou

Em caras de presidentes
Em grandes beijos de amor
Em dentes, pernas, bandeiras
Bomba e Brigitte Bardot

O sol nas bancas de revista


Me enche de alegria e preguiça
Quem lê tanta notícia
Eu vou

Por entre fotos e nomes


Os olhos cheios de cores
O peito cheio de amores vãos
Eu vou
Por que não, por que não
Por que não, por que não

Ela pensa em casamento


E eu nunca mais fui à escola
Sem lenço e sem documento
Eu vou
Eu tomo uma Coca-Cola
Ela pensa em casamento
E uma canção me consola
Eu vou

Por entre fotos e nomes


Sem livros…

Pppppppppppppppppppppppppppppppp

Águas de março
Elis Regina

É o pau, é a pedra, é o fim do caminho


É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
É peroba no campo, é o nó da madeira
Caingá candeia, é o matita-pereira

É madeira de vento, tombo da ribanceira


É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento vetando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da ciumeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de a tiradeira

É uma ave no céu, é uma ave no chão


É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto um desgosto, é um pouco sozinho

É um estepe, é um prego, é uma conta, é um conto


É um pingo pingando, é uma conta, é um ponto
É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manha, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama

É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã


É um resto de mato na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um belo horizonte, é uma febre terça
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração

Pau, erda
Im, inho
Esto, oco
Oco, inho
Aco, idro
Ida, ol
Oite, orte
Aço, zol
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração

Traducir al español

Coisa do destino
Alexandre Pires

Isso é coisa do destino


Eu sofri, mas estou indo
E hoje eu vou resistindo
Essa dor me consumindo
Quero aprender a viver
Sem você

Eu te amei e você sabe


Não mereço essa maldade
Sofrimento que invade
Inimiga da verdade
Sua infidelidade
Apagou

Os sonhos que eu tinha


Pra nós dois
Os planos eu deixo
Pra depois
Pra depois

Porque você insiste


Em me ligar
Me tortura, ignora
E adora me fazer chorar
Porque não me esquece de uma vez
Te desejo o bem
Apesar do mal que você fez

Porque você insiste


Em me ligar
Me tortura, ignora
E adora me fazer chorar
Porque não me esquece de uma vez
Te desejo o bem
Apesar do mal que você fez

Me fez, me fez

Eu te amei e você sabe


Não mereço essa maldade
Sofrimento que invade
Inimiga da verdade
Sua infidelidade
Apagou

Os sonhos que eu tinha


Pra nós dois
Os planos eu deixo
Pra depois
Pra depois

Porque você insiste


Em me ligar
Me tortura, ignora
E adora me fazer chorar
Porque não me esquece de uma vez
Te desejo o bem
Apesar do mal que você fez

Porque você insiste


Em me ligar
Me tortura, ignora
E adora me fazer chorar
Porque não me esquece de uma vez
Te desejo o bem
Apesar do mal que você fez

Porque você insiste


Em me ligar
Me tortura, ignora
E adora me fazer chorar
Porque não me esquece de uma vez
Te desejo o bem
Apesar do mal que você fez

Me fez, me fez
Mmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm

Larga de Bobeira
Michel Teló

Por que não larga de bobeira e vem ficar comigo


E deixa o sentimento apenas te levar
Tô precisando do seu beijo e do seu carinho
Eu tô te esperando pra gente se amar

Chega de me controlar, aceite como eu sou


Chega de falar que eu tenho outro amor
Te quero só pra mim

Chega de fazer promessa pro meu coração


Eu já não aguento essa solidão
Por que me trata assim?

Será que não percebe o quanto eu te amo?


Quando a saudade bate, é seu nome que eu chamo
E tudo que eu olho me lembra você

Será que não percebe o quanto eu te quero?


Cansei dessa ilusão, faz tempo que te espero
Eu já tentei, mas não consigo te esquecer

Por que não larga de bobeira e vem ficar comigo


E deixa o sentimento apenas te levar
Tô precisando do seu beijo e do seu carinho
Eu tô te esperando pra gente se amar

Por que não larga de bobeira e vem ficar comigo


E deixa o sentimento apenas te levar
Tô precisando do seu beijo e do seu carinho
Eu tô te esperando pra gente se amar

Chega de me controlar, aceite como eu sou


Chega de falar que eu tenho outro amor
Te quero só pra mim

Chega de fazer promessa pro meu coração


Eu já não aguento essa solidão
Por que me trata assim?

Será que não percebe o quanto eu te amo?


Quando a saudade bate, é seu nome que eu chamo
E tudo que eu olho me lembra você
Será que não percebe o quanto que eu te quero?
Cansei dessa ilusão, faz tempo que te espero
Eu já tentei, mas não consigo te esquecer

Por que não larga de bobeira e vem ficar comigo


E deixa o sentimento apenas te levar
Tô precisando do seu beijo e do seu carinho
Eu tô te esperando pra gente se amar

Por que não larga de bobeira e vem ficar comigo


E deixa o sentimento apenas te levar
Tô precisando do seu beijo e do seu carinho
Eu tô te esperando pra gente se amar

Aí quero ver todo mundo cantando junto comigo


Simbora!

Por que não larga (de bobeira e vem ficar comigo)


(E deixa o sentimento apenas te levar)
Tô precisando do seu beijo (e do seu carinho)
Eu tô te esperando pra gente se amar

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