Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
Esta es una copia digital de un libro que, durante generaciones, se ha conservado en las estanterías de una biblioteca, hasta que Google ha decidido
escanearlo como parte de un proyecto que pretende que sea posible descubrir en línea libros de todo el mundo.
Ha sobrevivido tantos años como para que los derechos de autor hayan expirado y el libro pase a ser de dominio público. El que un libro sea de
dominio público significa que nunca ha estado protegido por derechos de autor, o bien que el período legal de estos derechos ya ha expirado. Es
posible que una misma obra sea de dominio público en unos países y, sin embargo, no lo sea en otros. Los libros de dominio público son nuestras
puertas hacia el pasado, suponen un patrimonio histórico, cultural y de conocimientos que, a menudo, resulta difícil de descubrir.
Todas las anotaciones, marcas y otras señales en los márgenes que estén presentes en el volumen original aparecerán también en este archivo como
testimonio del largo viaje que el libro ha recorrido desde el editor hasta la biblioteca y, finalmente, hasta usted.
Normas de uso
Google se enorgullece de poder colaborar con distintas bibliotecas para digitalizar los materiales de dominio público a fin de hacerlos accesibles
a todo el mundo. Los libros de dominio público son patrimonio de todos, nosotros somos sus humildes guardianes. No obstante, se trata de un
trabajo caro. Por este motivo, y para poder ofrecer este recurso, hemos tomado medidas para evitar que se produzca un abuso por parte de terceros
con fines comerciales, y hemos incluido restricciones técnicas sobre las solicitudes automatizadas.
Asimismo, le pedimos que:
+ Haga un uso exclusivamente no comercial de estos archivos Hemos diseñado la Búsqueda de libros de Google para el uso de particulares;
como tal, le pedimos que utilice estos archivos con fines personales, y no comerciales.
+ No envíe solicitudes automatizadas Por favor, no envíe solicitudes automatizadas de ningún tipo al sistema de Google. Si está llevando a
cabo una investigación sobre traducción automática, reconocimiento óptico de caracteres u otros campos para los que resulte útil disfrutar
de acceso a una gran cantidad de texto, por favor, envíenos un mensaje. Fomentamos el uso de materiales de dominio público con estos
propósitos y seguro que podremos ayudarle.
+ Conserve la atribución La filigrana de Google que verá en todos los archivos es fundamental para informar a los usuarios sobre este proyecto
y ayudarles a encontrar materiales adicionales en la Búsqueda de libros de Google. Por favor, no la elimine.
+ Manténgase siempre dentro de la legalidad Sea cual sea el uso que haga de estos materiales, recuerde que es responsable de asegurarse de
que todo lo que hace es legal. No dé por sentado que, por el hecho de que una obra se considere de dominio público para los usuarios de
los Estados Unidos, lo será también para los usuarios de otros países. La legislación sobre derechos de autor varía de un país a otro, y no
podemos facilitar información sobre si está permitido un uso específico de algún libro. Por favor, no suponga que la aparición de un libro en
nuestro programa significa que se puede utilizar de igual manera en todo el mundo. La responsabilidad ante la infracción de los derechos de
autor puede ser muy grave.
El objetivo de Google consiste en organizar información procedente de todo el mundo y hacerla accesible y útil de forma universal. El programa de
Búsqueda de libros de Google ayuda a los lectores a descubrir los libros de todo el mundo a la vez que ayuda a autores y editores a llegar a nuevas
audiencias. Podrá realizar búsquedas en el texto completo de este libro en la web, en la página http://books.google.com
¿ a a y a z z z z 4 ozzzº." P/2/2/
o z 2 2 / 2 2 % º ¿vºza 4). 2
) ( - / y
Z -
- º
(
y
. y .
A
º
y.
-
º º
A A - º
- A
” ..." - . .
\
- -
« …
« -
c l e JºU G U E T E S D E L A NIÑez3 6
Y T R A V E S U R A S D E L I N G E N I O . -
D E D. F R A N C I S C O D E Q U E V E D o -
a 6 0 0 v I L L E G A s ,
c A B A L L E R o D E L A o R D E N D E S A N T I A G o .
C O R R E G I D A S D E L O S D E S C U I D O S
d e los trasladadores, y añadidas m u c h a s c o
sas q u e faltaban c o n f o r m e á sus originales
d e s p u e s d e o catálogo.
Z
C
3.
-
F 0 0 6 . A -
\ , . .
E B L 1 0 E C A -
M A D R I D E N L A I M P R E N T A D E R A M O N R U I Z .
A Ñ O D E M I D C C X C I V . -
DE LAS CALAVERAS.
i.e. - , d i c e Herro, q u e en de jº
otro lugar q u e S º 4
\
t e r , y q u e él los e n via ; y en
se h a n d e creer , es así, q u a n d o tocan en c o - S .
sas importantes y pi adosa s, ó las s u e ñ a n R e
y e s y grandes señore s, c o m o se colige del d o c
tísimo y admirable Prope rcio en estos versos
N e c tu s p e r m e piis veniencia s o m n i a portis,
C u m p i a v e n e r u n t s o m n i a , p o n d u s h a b e n t .
Dígolo á propósito, q u e tengo por caido del
cielo u n o q u e y o t u v e estas n o c h e s pa sadas, h a
b i e n d ó cerra do los oj os c o n el lib ro del D a n t e ,
lo q u a l fué c ausa d e s oñar q u e ve ia u n tropel
d e visio nes. Y a u n q u e e n casa d e u n p o e t a e s
cosa d e juicio, a u n p o r sueños, le h u b o e n m í
por la razon q u e d a C l a u d i a n o e n la Prefacion
al libro s e g u n d o del R a p t o , diciendo : q u e t o
d o s los a n i m a l e s s u e ñ a n d e n o c h e , c o m o s o m
bras d e lo q u e trataron d e dia. Y Petronio A r
b i t r o d i c e : - , , -
t o c o m e n z ó á m o v e r s e t o d a la tierra, y á d a r
licencia á los huesos q u e anduviesen unos e n
b u s c a d e otros. Y p a s a n d o t i e m p o , a u n q u e f u e
se breve, v í á los q u e habian sido soldados y
capitanes levantarse d e los sepulcros c o n ira,
...juzgándola por seña d e guerra. A los avarien
tos con ansias y congojas, recelando algun r e
bato. Y los dados á v a n i d a d y gula , c o n ser
á s p e r o el s o n , lo tuvieron p o r cosa d e sarao ó
caza, Esto conocia y o e n los semblantes d e c a
d a u n o , y n o ví q u e llégase el ruido d e la
trompeta á oreja q u e se persuadiese á lo q u e
era. D e s p u e s n o t é d e la m a n e r a q u e algunas
a l m a s h u i a n , u n a s c o n a s c o , y otras c o n m i e
d o d e sus antiguos cuerpos : á qual faltaba u n
b r a z o , á q u a l u n o j o ; y d i ó m e risa v e r la d i
versidad d e figuras; y a d m i r ó m e la p r o v i d e n
cia e n q u e e s t a n d o barajados u n o s c o n otros,
nadie, por yerro d e cuenta se ponia las p i e r
n a s ni los m i e m b r o s d e los vecinos. S o l o e n
u n cementerio m e pareció q u e a n d a b a n d e s
t r o c a n d o c a b e z a s , y q u e v í á u n escribano q u e
n o le venia bien el a l m a , y quiso decir q u e
n o era s u y a p o r descartarse d e ella. D e s p u e s ,
y a q u e á noticia. d e todos llegó q u e era el dia
del juicio, f u é d e ver c o m o los luxuriosos n o
querian q u e los hallasen sus ojos, por n o l l e
v a r , al t r i b u n a l t e s t i g o s c o n t r a sí. L o s m a l d i
cientes las lenguas. L o s ladrones y m a t a d o
- I G $
E l sueño d e las calaveras: . . 3
ras gastaban los pies e n huir d e sus propias m a
nos. Y v o l v i é n d o m e á u n lado, v í á u n a v a
riento q u e es taba preguntando á u n o , q u e p o r
haber sido e m b a l s a m a d o , y estar lejos sus t r i
pas n o habla ba p o r q u e n o habian llegado , si.
resucitarian u n o s bolsones suyos. R i é r a m e si
n o m e lastimara d e otra parte el afan c o n q u e
u n a gran c h u s m a d e escribanos a n d a b a n h u
y e n d o d e sus orejas , deseando n o las llevar
p o r n o oir lo q u e esperaban, m a s solo fueron sin
ellas los q u e acá las habian perdido p o r - l a
drones, q u e por descuido n o fueron los mas.
P e r o lo q u e m a s m e s espantó fué v e r l o s o c u e r
pos d e dos ó tres mercaderes q u e se h a b i a n
vestido las a l m a s del revés, y tenian t o d o s los
c i n c o sentidos e n las u ñ a s d e la m a n o , d e r e
eha. Y o veia t o d o esto d e u n a cuesta m u y a l
t a , q u a n d o oí dar voces á mis pies q u e m e
apartase ; y n o b i e n lo hice q u a n d o c o m e n
z a r o n á sacar las c a b e z a s m u c h a s m u g e r e s h e r
v m osas, l l a m á n d o m e descortés y gr osero p o r q u e
n o hab ia tenido m a s respeto á las d a m a s , q u e
a u n en el infierno están las tales , y a u n n o p i e r
d e n es ta locura, salieron fuera m u y ale gres d e
verse gallardas y d e s n u d a s entre tanta g e n t e
e u e las m i r a s e ; a u n q u e l u e g o , c o n o c i e n d o q u e
era el dia d e la ira, y q u e la h e r m o s u r a las
estaba acusando d e secreto, c o m e n z a r o n á c a
m i n a r al valle c o n pasos m a s entretenidos. U n a ,
q u e habia sido casada siete veces, iba t r a z a n
d o idisculpas para todos los maridos. O t r a d e
ellas, q u e habia sido p ú b l i c a r a m e r a , p o r n o
- . . A 2 l l e
E l sueño de las calaveras
llegar al valle n o hacia sino decir q u e se le
h a b i a n o l v i d a d o las ¿ una ceja , y v o l
via y deteniase; p e r o al fin llegó á vista d e l
teatro, y fué tanta la g e n t e d e los q u e habia
a y u d a d o á perder, y q u e señalandolá d a b a n
gritos contra ella, q u e se quiso e s c o n d e r e n
tre u n a caterva d e corchetes, pareciéndole q u e
aquella n o era g e n t e d e º c u e n t a a u n e n a q u e l
dia. Divirtióme d e esto u n gran ruido , q u e p o r
la orilla d e u n rio venia g r a n cantidad d e g e n
retras u n M é d i c o , q u e d e s p u e s s u p e z q u e l o
era e n la sentencia. E r a n h o m b r e s q u e h a b i a
d e s p a c h a d o sin razon antes d e tiempo , y v e
n i a n p o r hacerle q u e pareciese, y al fin p o r
fuerza le pusieron delante del trono. A m i l a
d o izquierdo oí c o m o ruido d e alguno q u e n a
d a b a , y v í u n J u e z , q u e lo habia sido, q u e
estaba e n m e d i o d e u n a r r o y o l a v a n d o s e las
m a n o s , y esto hacia m u c h a s veces, L l e g u é m e
á preguntarle por q u é se lavaba tanto. Y , d i
x o m e q u e e n v i d a , s o b r e ciertos negocios, s e
las h a b i a n u n t a d o , y q u e estaba p o r f i a n d o allí
p o r n o parecer c o n ellas d e aquella suerte d e
l a n t e la u n i v e r s a l r e s i d e n c i a . E r a d e v e r u n a l e
gion d e verdugos c o n azotes, palos y otros i n s
t r u m e n t o s , c o m o traian á la a u d i e n c i a u n a m u
c h e d u m b r e d e taberneros, sastres y zapateros,
q u e d e m i e d o se hacian sordos, y a u n q u e habian
resucitado n o querian salir d e la sepultura. E n
el c a m i n o p o r d o n d e p a s a b a n , al ruido s a c ó u n
A b o g a d o la c a b e z a , y p r e g u n t ó l e s q u e á d o n d e
iban. Y respondiéronle; al tribunal d e R a d a
I l º l l º
. E l s u e ñ o d e l a s e a l a v e r a s . y
m a n t o ; á lo q u a l , m e t i é n d o s e m a s a d e n t r o , d i
x o : e sto m e ahorraré d e a n d a r d e s p u e s , si h e
d e ir m a s a b a x o , I b a s u d a n d o u n t a b e r n e r o d e
c o n g o j a , t a n t o , q u e c a n s a d o se d e x a b a c a e r á
c a d a p a s o , y á m í m e pareció q u e le dixo u n
v e r d u g o : harto es q u e s u d e s el a g u a , y n o
n o s la v e n d a i s p o r vino. U n o d e los sastres,
p e q u e ñ o d e c u e r p o , r e d o n d o d e cara, m a l a s
barbas y peores hechos, n o hacia sino decir,
¿ q u é p u d e h u r t a r y o , si a n d a b a s i e m p r e m u
r i é n d o m e d e h a m b r e ? Y los o t r o s le d e c i a n v i e n
d o q u e n e g a b a h a b e r sido l a d r o n , ¿ q u é cosa era
despreciarse d e su oficio? c T o p a r o n c o n u n o s
salteadores y c a p e a d o r e s públicos, q u e a n d a
b a n h u y e n d o u n o s d e otros, y luego los v e r
d u g o s cerraron con ellos, diciendo: q u e los
salteadores bien p o d i a n entrar e n el n ú m e r o ,
p o r q u e eran, á su m o d o , sastres silvestres y m o n
t e S e S ¿ del c a m p o , H u b o p e n d e n c i a
entre ellos sobre afrentarse los u n o s d e ir c o n
los otros, y al fin j u n t o s llegaron al valle. T r a s
e l l o s v e n i a l a l o c u r a e n u n a t r o p a c o n s u s q u a i
tro costados, poetas, músicos, e n a m o r a d o s y
valientes, g e n t e e n t o d o a g e n a d e este dia. P u
siéronse á u n lado. A n d a b a n contándose dos ó
tres P r o c u r a d o r e s las caras q u e tenian, y e s
p a n t á b a n s e q u e les sobrasen, tantas h a b i e n d o
vivido descaradamente. A l fin ví, hacer silencio
á todos. E l trono era obra d o n d e trabajaron la
-o m n i p o t e n c i a y el milagro. Júpiter estaba v e s
- t i d o d e sí m i s m o , h e r m o s o p a r a los u n o s , y
—4 - e3 n o j a d o p a r a l o s o t r o s ; e l s Ao l 3 y l a s e s t r e c l l o a l s
- -
6 . E l sueño de las calaveras.
e o l g a n d o d e s u b o c a , el viento tullido y m u
d o , el a g u a recostada e n sus orillas, s u s p e n
sa la tierra, t e m e r o s a , e n sus hijos d e los h o m
b r e s , algunos antenazaban al q u e les enseñó
c o n su m a l e x e m p l o peores costumbres. T o d o s
e n general pensativos. L o s piadosos e n q u é g r a
cias le darian, c ó m o rogarian p o r sí, y los
malos en dar disculpas. A n d a b a n los p r o c u
radores m o s t r a n d o e n sus pasos y colores las
cuentas q u e tenian q u e dar d e sus e n c o m e n
d a d o s , y los verdugos, repasando sus copias,
tarjas y p r o c e s o s : al fin t o d o s los defensores
estaban d e la parte d e adentro, y los a c u s a
d o r e s d e la d e afuera. E s t a b a n guardas .á u n a
puerta tan angosta, q u e a u n los q u e estaban
á puros a y u n o s flacos, a u n tenian algo q u e
d e x a r e n la estrechura. A u n l a d o estaban j u n
tas las desgracias, pestes y p e s a d u m b r e s , d a n
d o voces con los médicos. Decia la peste q u e
ella los habia h e r i d o , p e r o q u e ellos los h a
bian despachado. L a s pesadumbres, q u e n o hal
bian m u e r t o n i n g u n o sin a y u d a d e los d o c t o
res. Y las desgracias, q u e todos los q u e h a b i a n
A - enterrado habian ido por entrambos. C o n eso
los médicos q u e d a r o n c o n cargo de dar c u e n
-ta d e los difuntos. Y así a u n q u e los necios d e
cian q u e ellos habian m u e r t o m a s , se pusieron
los m é d i c o s c o n papel y tinta e n u n alto,
c o n su arancel , y e n n o m b r a n d o la g e n t e
-luego, salió u n é de los , y en alta v o z d e
"cia ante m í pasó á tantos d e tal m e s & c . P i
-
l a t o s s e a n d a b . a. - r . l a v a n d o l a s m a n o s m u y a p r i e
s - S 3 l
-
E l s u e ñ o d e l a s c a l a v e r a s . 7
sa para irse c o n sus m a n o s lavadas al brasero:
E r a d e ver c o m o se e n t r a b a n algunos p o b r e s
entre m e d i a d o c e n a d e R e y e s , q u e t r o p e z a b a n
c o n las c o r o n a s , v i e n d o e n t r a r las d e los S a c e r
d o t e s t a n sin detenerse. L l e g ó e n esto u n h o m
b r e d e m a l c e ñ o , y a l a r g a n d o la m a n o , d i x o :
esta e s la carta d e e x á m e n . A d m i r á n d o s e t o
dos, d i x e r o n los porteros q u e quién era. Y él e n
altas v o c e s r e s p o n d i ó : m a e s t r o d e esgrima e x à
m i n a d o , y d e los m a s diestros del m u n d o ; y
sacando unos papeles del pecho, dixo q u e a q u e
l l o s e r a n los t e s t i m o n i o s d e s u s h a z a ñ a s . C a
yéronsele e n el suelo por descuido los testi
m o n i o s , y f u e r o n á u n t i e m p o á levantarlos d o s
furias y u n alguacil, y él las levantó p r i m e r o
q u e las furias. L l e g ó u n a b o g a d o , y alargó
el b r a z o para asirle y meterle d e n t r o , y él r e
tirándose alargó el s u y o , y d a n d o u n salto, d i
x o esta d e p u ñ o es irreparable, y pues enseño
á m a t a r , bien p u e d o pretender q u e m e l l a m e n
G a l e n o , q u e si m i s h e r i d a s a n d u v i e r a n e n m u
l a p a s a r a n p o r m é d i c o s m a l o s : si m e q u e r e i s
a p r o b a r , y o d a r é b u e n a cuenta. R i é r o n s e todos,
y u n oficial algo m o r e n o le p r e g u n t ó , q u é n u e
v a s tenia d e su alma. Pidiéronle n o sé q u é c o
sas , y r e s p o n d i ó q u e n o sabia tretas contra los
e n e m i g o s d e ellas. M a n d á r o n l e q u e se f u e s e , y
d i c i e n d o : entre otro, se arrojó. Y llegaron u n o s
despenseros á cuentas (y n o rezándolas) y e n
el r u i d o c o n q u e venia la trulla d i x o u n m i - .
nistro : despenseros s o n y otros d i x e r o n : n o
s o n ; y o t r o s : sí s o n ; y t a n t a dio; pendum
4 .
8 E l s u e ñ o d e l a s c a l a v e r a s .
la p a l a b r a sí s o n , q u e se t u r b a r o n m u c h o . C o n
t o d o , pidieron q u e se les buscase su A b o g a d o ,
y dixo u n v e r d u g o : ahí está Judas q u e es A p o s
tol descartado. Q u a n d o ellos o y e r o n esto, v o l
v i é n d o s e á otra furia, q u e n o se d a b a m a n o s á
señalar hojas para leer, dixeron: nadie mire,
y v a m o s á partido , y t o m a m o s infinitos siglos
d e fuego. E l v e r d u g o , c o m o b u e n jugador,
d i x o : ¿partido pedís? n o teneis b u e n juego.
C o m e n z ó á descubrir, y v i e n d o q u e miraba,
se e c h a r o n e n baraja d e bella gracia. P e r o
t a l e s v o c e s c o m o v e n i a n tras d e u n m a l a v e n
turado pastelero no se o y e r o n j a m a s ( d e h o m
bres he chos quartos ) y pidiéndole q u e de clara
se e n q u é les habia a c o m o d a d o sus carn es, c o n
fesó q u e en los pas teles; y m a n d a r o n q u e les
f u e s e n restituidos sus m i e m b r o s , d e qualquier
e s t ó m a g o e n q u e s e h a l l a s e n . D i x é r o n l e si q u e
ria ser j u z g a d o ; y respondió q u e sí, á D i o s y
á la ventura. L a primera acusacion decia : n o sé
q u e d e g a t o p o r liebre , tanto d e huesos , y n o
d e la m i s m a c a r n e , s i n o a d v e n e d i z o s ; t a n t o d e
oveja y cabra, caballo y perro. Y q u a n d o él
vió q u e se les p r o b a b a á sus pasteles haberse h a
llado e n ellos m a s animales q u e e n el arca d e
N o e ( p o r q u e e n ella n o h u b o ratones ni moscas,
y e n ellos sí) v o l v i ó las e s p a l d a s , y dexólos á
t o d o s c o n la palabra e n la b o c a . F u e r o n j u z
gados filósofos, y fué d e ver c o m o o c u p a b a n
sus e n t e n d i m i e n t o s e n hacer silogismos c o n t r a
su salvacion. M a s lo d e los poetas fué m u c h o
d e notar, q u e d e p u r o locos querian hacer á
- J ú
E l s u e ñ o d e l a s c a l a v e r a s .
Júpiter malilla d e todas las cosas. Y Virgilio
a n d a b a c o n su Sicelides M u s a e , d i c i e n d o q u e
era el n a c i m i e n t o ; m a s saltó u n v e r d u g o y d i
x o n o sé q u é d e M e c e n a s y Octavia , y q u e
h a b i a m i l v e c e s a d o r a d o u n o s c u e r n e c i l l o s s u
y o s , q u e los traia p o r ser dia d e m a s fiesta,
e o n t ó n o sé q u é cosas. Y al fin l l e g a n d o O r f e o
( c o m o m a s antiguo) á hablar p o r t o d o s , le m a n
d a r o n q u e se volviese otra v e z á h a c e r el e x
perimento d e entrar e n el infierno p a r a salir, y
á los d e m a s , p o r hacérseles c a m i n o , q u e le
a c o m p a ñ a s e n . e tras ellos u n avariento á
la puerta, y fué preguntado q u é queria; d i
ciéndole que los preceptos guardaban aquella
puerta d e quien n o los habia g u a r d a d o y él
dixo q u e en cosas d e guardar era imposible
q u e hubiese pecado. L e y ó el p r i m e r o , a m a r á
l)ios sobre todas las cosas ; y d i x o , q u e él s o
lo aguardaba á tenerlas todas para a m a r á Dios
s o b r e ellas. N o jurar, d i x o q u e a u n j u r a n d o
falsamente siempre, habia sido por m u y g r a n
d e interes, y q u e así n o habia sido en vano.
G u a r d a r las fiestas. E s t a s y a u n los dias d e
trabajo g u a r d a b a y escondia. H o n r a r padre y
m a d r e . S i e m p r e les quité el s o m b r e r o . N o m a
tar. P o r g u a r d a r esto n o c o m i a , p o r ser m a t a r la
h a m b r e comer. D e m u g e r e s : en cosas q u e c u e s
tan dinero y a está ¿ N o l e v a n t a r falso t e s
timonio. A q u í , dix o un v e r d u g o es el negocio,
a v a r i e n t o , q u e si confiesas haberle levantado
t e c o n d e n a s , y si n o delante del j uez t e l e
v a n t a r a s á tí m e s m o . E n f a d ó s e el av ariento, y
-
-
o E l s u e ñ o d e l a s c a l a v e r a s .
d i x o : si n o h e d e e n t r a r n o g a s t e m o s t i e m p o ,
q u e hasta aquello r e h u s ó d e gastar, c o n v e n c i ó l e
c o n su vida, y fué llevado á d o n d e merecia. E n
traron en esto m u c h o s ladrones, y salváronse d e º
ellos algunos ahorcados. Y fué d e m a n e r a el
á n i m o q u e t o m a r o n los escribanos, q u e estaban
delante d e M a h o m a , Lutero y J u d a s , viendo
salvar ladrones, q u e entraron e g o l p e á ser s e n
tenciados, d e q u e les t o m ó á los verdugos m u y
g r a n risa. L o s p r o c u r a d o r e s c o m e n z a r o n á e s f o r
zarse, y á llamar a b o g a d o s .
D i e r o n princi pio á la acusacion los v e r d u
g o s , y n o la haci an e n los procesos q u e tenian
h e c h o s d e sus c u l p a s , sino c o n los q u e ellos h a
bian hecho en esta vida. D i x e r o n lo primero: e s
tos, s e ñ o r , la m a y o r c u l p a s u y a es ser e s c r i
banos. Y ellos respondieron á v o c e s , p e n s a n d o
q u e disimularian algo, q u e n o eran sino s e c r e
tarios. L o s a b o g a d o s c o m e n z a r o n á d a r d e s c a r
g o , q u e se acabó e n , es h o m b r e , y no lo hará
otra v e z , y alcen el d e d o : al fin se salvaron
d o s ó tres ; y á los d e m a s dixeron los verdugos:
y a entienden. Hiciéronles del o j o , d i c i e n d o q u e
i m p o r t a b a n allí p a r a jurar c o n t r a ciérta g e n t e ;
u n o acusaba testigos, y repartia orejas d e lo
q u e n o se habia d i c h o , y ojos d e lo q u e n o h a
bia sucedido, salpicando d e culpas posti zas la
inocencia. Estaba e n g o r d a n d o la m e n t i r a á p u
ros enredos, y v í á Judas , y á M a h o m a y á L u
tero recatar d e esta v e c i n d a d , el u n o la b o l
sa y el otro el zancarron. L u t e r o decia : lo m i s
m o h a g o y o escribiendo. Solo se lo estorbó 1 1 6 3
-
E l s u e ñ o d e l a s c a l a v e r a s . 1 r
m é d i c o q u e d i x e , q u e f o r z a d o d e los q u e le h a
bian t r a i d o , parecieron él , u n boticario y u n
barbero, á los quales dixo u n v e r d u g o q u e tenia
las copias: ante este doctor h a n pasado los m a s
difuntos, c o n a y u d a d e este botieario y barbero,
y á ellos se les d e b e g r a n parte d e este dia, A l e
g ó u n p r o c u r a d o r p o r el boticario, q u e d a b a d e
balde á los p o b r e s : pero dixo u n verdugo, q u e
hallaba p o r su c u e n t a q u e h a b i a n sido m a s d a
ñ o s o s d o s botes d e su tienda q u e d i e z mil d e p i
c a en la guerra, porque todas sus medicinas eran
espurias, y q u e c o n esto habia, hecho liga c o n
u n a pe s t e , y habia destruido d o s lugares. E l
m é d i c o se d i s c u l p a b a c o n él, y al fin ,el b o t i
cario se d e s a p a r e c i ó , y el m é d i c o y el b a r b a r o
a n d a b a n á d a c a mis m u e r t e s y t o m a las tuyas.
F u é c o n d e n a d o u n a b o g a d o p o r q u e tenia todos
los derechos con corcobas, q u a n d o descubierto
u n h o m b r e q u e estaba detras d e este ágatas p o r
q u e n o le viesen , y p r e g u n t a n d o quién era, d i
x o q u e c ó m i c o ; pero u n v e r d u g o m u y e n f a d a
d o replicó; farandulero es, señor, y p u d i e r a h a
b e r a h o r r a d o aquesta v e n i d a s a b i e n d o lo q u e
h a y : juró d e irse, y fuése sobre su palabra.
E n e s t o d i e r o n c o n m u c h o s t a b e r n e r o s e n el
p u e s t o , y f u e r o n a c u s a d o s d e q u e h a b i a n m u e r
t o m u c h a cantidad d e sed á traicion, v e n d i e n
d o a g u a por vino. Estos venian confiados e n
q u e habian d a d o á u n Hospital siempre vino p u r o
para los Sacrificios, p e r o n o les valió; ni á los
sastres decir q u e habian vestido niños; y así t o
dos fueron despachados c o m o siempre se e s p e r a
- 3 b a ,
I 2 E l s u e ñ o d e las c a l a v e r a s .
ba. Llegaron tres ó quatro extrangeros ricos p i
d i e n d o asientos, y dixo u n ministro: ¿ piensan
g a n a r e n ellos? p u e s esto es lo q u e les m a t a . E s
ta v e z h a n d a d o mala cuenta, y n o h a y d o n d e
se asienten, p o r q u e h a n q u e b r a d o el b a n c o d e
s u crédito; y v o l v i é n d o s e á Júpiter, d i x o u n m i
n i s t r o : t o d o s los d e m a s h o m b r e s , S e ñ o r , d a n
cuenta d e lo q u e es s u y o , m a s estos d e lo a g e
n o y todo. P r o n u n c i ó s e la sentencia contra ellos,
y n o la oí bien, p e r o ellos desaparecieron. V i n o
u n caballero tan d e r e c h o , q u e al parecer queria
c o m p e t i r c o n la m i s m a justicia q u e le a g u a r d a
b a ; hizo m u c h a s reverencias á todos , y c o n la
m a n o u n a ceremonia usada d e los q u e b e b e n e n
charco. Traia u n cuello tan grande q u e n o se
l e e c h a b a d e v e r si t e n i a c a b e z a . P r e g u n t ó l e u n
p o r t e r o d e p a r t e d e J ú p i t e r si e r a h o m b r e : y é l
r e s p o n d i ó c o n g r a n d e s cortesias q u e sí , y q u e
¿ m a s s e ñ a s s e l l a m a b a D o n F u l a n o á f e d e c a
ballero. Rióse u n ministro, y d i x o : d e codicia
e s el m a n c e b o para el infierno. P r e g u n t á r o n l e
q u é pretendia; y respondió: ser salvado; y fué
r e m i t i d o á los v e r d u g o s para q u e le m o l i e s e n , y
él solo r e p a r ó e n q u e le ajarian el cuello. E n
t r ó tras él u n h o m b r e d a n d o v o c e s , d i c i e n d o :
a u n q u e las d o y n o t e n g o m a l p l e y t o , q u e á
quantos simulacros h a y , ó á los m a s h e s a c u
d i d o el polvo. T o d o s esperaban ver u n D i o c l e
c i a n o . ó u n N e r o n , p o r lo d e s a c u d i r el p o l v o ,
y vino á ser u n sacristan q u e azotaba los r e t a
blos, y se habia y a c o n esto puesto e n salvo,
sino q u e dixo u n ministro, q u e se bebia el a o e y
- t e :
E l s u e ñ o d e l a s c a l a v e r a s . I 3
te d e las l á m p a r a s y e c h a b a la c u l p a á u n a l e
c h u z a , por lo qual habian m u e r t o sin ella, q u e
llizcaba d e los o r n a m e n t o s para vestirse, q u e
¿ e n v i d a las v i n a g e r a s , y q u e t o m a b a
alforzas á los oficios. N o sé q u é d e s c a r g o se dió,
q u e le enseñaron el c a m i n o d e la m a n o i z q u i e r
d a , d a n d o lugar unas d a m a s alcorzadas, q u e
c o m e z a r o n á hacer grandes melindres d e las
m a l a s figuras d e los v e r d u g o s ; d i x o u n p r o c u
r a d o r á V e s t a q u e h a bi a n sido d e v o t a s d e s u
n o m b r e aquellas, q u e las a m p a r a s e : y replicó
u n ministro, q u e tambien fueron enemigas de,
s u castidad. Sí p o r cierto, d i x o u n a q u e h a b i a
sido adúltera ; y el d e m o n i o la acusó q u e h a
bia tenido u n m a r i d o e n o c h o c u e r p o s q u e s e h a
bia c a s a d o d e p o r j u n t o , e n u n o para mil. C o n
d e n ó s e esta so la, é ib a d i c i e n d o oxala su pie ra
q u e m e habia d e c o n d e n a r , q u e n o hubiera c a n
s á d o m e en hacer buenas obras. E n esto, q u e era
t o d o a c a b a d o , q u e d a r o n descubiertos J u d a s ,
M a h o m a y Martin Lutero, y preguntando u n
ministro qual d e los tres era J u d a s , Lutero y
M a h o m a d i x e r o n c a d a u n o q u e él; y corrióse J u
d a s t a n t o , q u e d i x o e n altas v o c e s : S e ñ o r , y o
s o y J u d a s , y bien conoceis vos q u e s o y m u c h o
m e j o r q u e e s t o s , p o r q u e si o s v e n d í , r e m e d i é al
m u n d o ; y estos v e n d i é n d o s e á sí y á V o s , l o
h a n destruido todo. F u e r o n m a n d a d o s quitar
d e l a n t e ; y u n A b o g a d o q u e tenia la copia halló
q u e faltaban p o r juzgar dos malos alguaciles y
corchetes. Llamáronlos, y fué d e ver q u e a s o
m a r o n al Puesto m u y tristes, y dixeron : s
- - Q
1 4 E l s u e ñ o d e l a s c a l a v e r a s ,
lo d a m o s p o r c o n d e n a d o , n o es m e n e s t e r n a d a :
N o bien lo dixeron, q u a n d o c a r g a d o d e a s t r o l a
bios y globos entró u n astrólogo d a n d o voces, d i
ciendo q u e se habian e n g a ñ a d o , q u e n o habia
d e ser aquel dia el del juicio, p o r q ü e S a t u r n o n o
habia a c a b a d o s us m o v i m i e n t o s , ni el d e trepi
d a c i o n el suyo. Volvióse u n verdugo, y v i e n d o
le tan cargado d e m a d e r a y papel, le dixo: y a
os traeis la leñ a c o n v o s , c o m o si s upierades
q u e d e quantos cielos habeis tratado en vida, es—
tais d e m a n e r a , q u e p o r falta d e u n o solo e n m u e r
t e , os ireis al in fiern o eso n o , q u e n o iré y o ,
d i x o él; p u e s lle varos h a n , y así se hizo.
- C o n esto se acab ó la resi denc ia y tribunal,
h u y e r o n las s o m bras á su lug ar, q u e d ó el a y r e
c o n n u e v o aliento, floreció la tierra, riósé el
c i e l o , J ú p i t e r s u b i ó c o n s i g o á d e s c a n s a r e n sí los
d i c h o s o s , y y o m e q u e d é e n el valle, y d i s c u r
riendo p o r él oí m u c h o ruido y quejas e n la t i e r
ra. L l e g u é m e por ver lo que habia y ví en u n a
c u e v a h o n d a (garganta d e l A v e r n o ) p e n a r m u
e h o s , y entre otros u n letrado, revolviendo n o
tanto leyes conco caldo. U n escribano c o m i e n d o
solo letras q u e n o habia solo querido leer e n
esta v i d a , todos ajuares del infierno. L a s ropas
y tocados d e los c o n d e n a d o s estaban p r e n d i
d o s e n v e z d e clavos y alfileres c o n alguaciles.
U n avariento contando m a s duelos q u e dineros,
U n m é d i c o p e n s a n d o en u n orinal, y u n boticario
e n u n a m e d i c i n a . D i ó m e tanta risa d e d v e r esto,
q u e m e despertaron las carcaxadas, y fué m u c h o
q u e d a r d e tan triste s u e ñ o m a s alegre q u e e s
- . . p a n
E l s u e ñ o d e l a s c a l a v e r a s . 1 5
p a n t a d o . S u e ñ o s s o n estos, q u e si d u e r m e V m d .
sobre ellos verá q u e p o r ver las cosas c o m o las
v e o , las esperará c o m o las digo.
e-º-º-8-3-3, o 3-2-3-2-3-3, 6-3, 3-6.
E L A L G U A C I L A L G U A C I L A D O .
A L C O N D E D E L E M A s ,
P . R. E S. I D E N Tº E D E I N D I A . S .
-
3 e n
.
sé q u e á los ojos d e V . E . es m a s e n d e
m o n i a d o el a u t o r q u e el s u g e t o ; si lo f u e r e
t a m b i e n el discurso, h a b r é d a d o lo q u e se e s
peraba d e mis pocas letras, q u e a m p a r a d a s c o
m o d e d u e ñ o , d e V . E . y su g r a n d e z a , d e s
preciaran qualquier temor. Ofrézcole este d i s
curso del A l g u a c i l A l g u a c i l a d o : recíbale V . E .
c o n la h u m a n i d a d q u e m e h a c e m e r c e d , así
o v e a e n su C a s a la sucesion q u e tanta n o
¿ y méritos piden. -
E s t é a d v e r t i d o V . E . q u e los seis g é n e r o s
d e d e m o n i o s q u e c u e n t a n los supersticios os y los
h e c h i c e r o s , los quales p o r esta o r d e n d i v i d e
P s e l o e n el cap. I , del lib. d e los d e m o r i o s , s o n
l os m i s m o s q u e las ó r d e n e s e n q u e se d i s t r i b u
e n los alguaciles m a l o s : los p r i m e r o s l l a m a n
¿ , q u e quiere decir igneos, los s e g u n
d o s a é r e o s , los terceros terrenos, los quartos
aquáticos, los quintos subterráneos, los sextos
lucifugos, q u e h u y e n d e la luz. L o s igneos son
l o s
1 6 E l Alguacil alguaciladó.
los criminale s, q u e á sangre y fuego persi guen
los h o m b r e s . L o s acéros son los soplones, q u e
d a n viento. A q u e o s son los porteros, q u e p r e n
d e n p o r si v a ció ó n o vació sin decir agua va,
fuera d e t i e m p o , y s o n a q u e o s , c o n ser casi t o
d o s b o r r a c h o s y vinosos. T e r r e n o s s o n los c i v i
les, q u e á puras comisiones y execuciones d e s
t r u y e n la tierra. L u c í f u g o s los r o n d a d o r e s , q u e
h u y e n d e la l u z , d e b i e n d o la luz huir d e ellos.
L o s subterráneos, q u e están d e b a x o d e tierra,
son los escudriñadores d e vidas, y fiscales d e
hon r a s , y levantadores d e falsos testimonios;
q u e d e b a x o d e tierra sacan q u e acusar, y a n
d a n siempre desenterrando los muertos, y e n
t e r r a n d o los v i v o s . - : " . *
- - -
-
A L P I O L E C T O R .
Y si fueres cruel y n o p i o , p e r d o n a , q u e
este epiteto natural del pollo has h e r e d a d o d e
E n e a s , d e quien desciendes. Y en a g r a d e c i
m i e n t o d e q u e te h a g o cortesia e n n o llamarte
benigno lector, advierte q u e h a y tres géneros
d e h o m b r e s e n el m u n d o : los u n o s q u e p o r h a
llarse ignorantes n o escriben, y estos m e r e c e n
disculpa p o r h a b e r c a l l a d o , y a l a b a n z a p o r h a
b e r s e c o n o c i d o : otros q u e n o c o m u n i c a n lo q u e
s a b e n ; á estos se les h a d e tener lástima d e la
condicion y envidia del ingenio, pidiendo á
D i o s q u e les p e r d o n e lo p a s a d o , y les e n m i e n
d e lo p o r venir los últimos n o escriben d e m i e
d o d e las malas lenguas estos m e r e c e n :
- -
- C l
E l Alguacil alguacilado. 1 7
h e n s i o n , p u e s si la o b r a llega á m a n o s d e h o m
b r e s s a b i o s n o s a b e n d e c i r m a l d e n a d i e ; si d e
ignorantes, c ó m o p u e d e n decir m a l , sabiendo
q u e si lo d i c e n d e lo m a l o lo dicen d e sí m i s
m o s ; y si d e l b u e n o , n o i m p o r t a , q u e y a s a b e n
t o d o s q u e n o lo entienden. Esta r a z o n m e a n i m ó
á escribir el S u e ñ o d e las calaveras y m e p e r m i
tió osadía par a publicar este discurso ; si le qui-,
sieres leer, leele , y si n o , d é x a l e , q u e n o h a y
p e n a para quien n o le leyere. Si le e m p e z a r e s á
leer y te e n f a d a r e , e n tu m a n o está c o n q u e
t e n g a fin d o n d e te fuere enfadoso. Solo h e q u e
rido advertir e n la p r i m e r a hoja q u e este p a p e l
es sola u n a reprehension d e m a i o s ministros d e
justicia, g u a r d a n d o el d e c o r o q u e se d e b e á
m u c h o s q u e h a y loables p o r virtud y nobleza,
p o n i e n d o t o d o lo q u e e n él h a y b a x o la c o r
reccion d e la Iglesia R o m a n a y ministros d e
b u e n a s c o s t u m b r e s . * 2 - s e * -
D I s c U R so, º ,
F
2
q u e c o n e l l o s ; si b i e n n u e s t r a c a r c e l e s p e o r ,
nuestro agarro perdurable. V e r d u g o s y a l g u a
ciles m a l o s p a r e c e q u e t e n e m o s u n m i s m o o f i
cio; p u e s bien m i r a d o nosotros p r o c u r a m o s c o n
denar, y los alguaciles t a m b i e n : nosotros q u e
* - - h a
E l Alguacil alguacilado. 1 9
h a y a vicios y p e c a d o s e n el m u n d o , y los a l g u a
ciles lo d e s e a n y p r o c u r a n al parecer c o n m a s
a h i n c o ; p o r q u e ellos lo h a n m e n e s t e r para s u
sustento, y nosotros para nuestra c o m p a ñ i a . Y
es m u c h o m a s d e culpar este oficio en los a l
guaciles q u e e n nosotros, pues ellos hacen m a l
á h o m b r e s c o m o ellos y á los d e su género, y
n o s o t r o s n o . F u e r a d e esto, los d e m o n i o s lo f u i
m o s por querer ser c o m o Dios, y los alguaciles
s o n alguaciles p o r querer ser m e n o s q u e todos.
Pers uádete q u e alguaciles y nosotros s o m o s d e
u n a profesion, sino q u e ellos son diablos c o n v a
rilla , c o m o cohetes, y nosotros alguaciles sin
v a r a , q u e h a c e m o s áspera v i d a e n el infierno.
A d m i r a r o n m e las sutilezas del diablo ; enojóse
Calabrés, revolvió sus conjuros, quisole e n m u
d e c e r , y n o p u d o ; y al echarle agua bendita
c o m e n z ó á huir y á dar voces, diciendo: C l é
r i g o , cata, q u e n o h a c e estos sentimientos el a l
guacil p o r la parte d e bendita, sino por ser agua:
n o h a y cosa q u e tanto aborrezca, p u e s si e n s u
n o m b r e se l lama alguacil, es e n c a x a d a u n a l e n
medio. Y o n o traygo corchetes, ni soplones,
ni escribanito, q u i t e n m e la tara c o m o al c a r
b o n , y hagase la cuenta entre m í y el a g a r r a
dor. Y p o r q u e acabeis d e conocer quien son, y
q u a n p e c o tienen d e christianos, advertid q u e
e pocos n o m b r e s q u e del tiempo d e los M o
ros q u e d a r o n e n E s p a ñ a , l l a m á n d o s e ellos M e
rinos, le h a n d e x a d o p o r llamarse alguaciles:
q u e alguacil es palabra morisca , y h a c e n bien,
q u e c o n v i e n e el n o m b r e c o n la v i d a , y ella
- * B 2 - C O I l
2 o E l A g u a c i l alguacilado.
c o n sus hechos. E s o es m u y insolente cosa oirlo,
d i x o furioso m i L i c e n c i a d o , y si le d a m o s l i
c e n c i a á este e n r e d a d o r , dirá otras m i l b e l l a
q u e r i a s , y m u c h o m a l d e la justicia p o r q u e
corrige el m u n d o y le quita c o n su t e m o r y
diligencia las a l m a s q u e tiene negociadas. N o
lo h a g o po r eso (re plicó el diablo) sino porque
es e es tu e n e m i g o , el q u e es d e tu oficio, y
te n lástima d e m í , y sá cam e del cuerpo d e e s
te , p o r q u e s o y d e m o n i o d e prendas y calidad,
y perderé despues m u c h o e n el infierno p o r
h a b e r estado a c á c o n m a l a s c o m p a ñ i a s . Y o te
echar é h o y fuera, d i x o C a l a b r é s , d e lástima d e
ese h o m b r e q u e aporreas por m o m e n t o s y maltra
tas, q u e tus culpas n o m e r e c e n piedad, ni tu o b s t i
n a c i o n e s c a p a z d e ella. P i d e m e albricias, r e s p o n
d i ó el diablo, si m e sacas h o y ; y a d v i e r t e q u e e s
t o s g o l p e s q u e le d o y y lo q u e le a p o r r e o n o es
sino q u e y o y él r e ñ i m o s a c á s o b r e q u i e n h a d e
estar e n m e j o r lugar, y a n d a m o s á m a s diablo es
él. A c a b ó esto c o n u n a g r a n risada: corrióse m i
b u e n Elicenciado, y d e t e r m i n ó s e á e n m u d e c e r l e . .
Y o q u e habia c o m e n z a d o á g u s t a r d e las sutilezas
del diablo, le pedí q u e pues estabamos solos, y
él c o m o m i confidente sabia m i s cosas secretas,
y y o c o m o a m i g o las suyas, q u e le dexase hablar,
apremiándole solo á q u e n o maltratase tanto el
- c u e r p o d e l alguacil. H i z o s e asi, y al p u n t o d i x o :
d o n d e h a y poetas parientes tenemos en corte los
diablos, y t odos nos lo debeis por lo q u e e n el i n
fierno os su frimos, q u e habeis hallado tan f aeil
m o d o d e co ndenaros, q u e hierve t o d o él e n p o e
- - º - - . - f a S
E l Alguacil alguacilado. 2 r
tas. Y h e m o s h e c h o u n a e n s a n c h a á su quartel, y
s o n tantos, q u e c o m p i t e n en los votos y elecciones
c o n los escribanos; y n o h a y cosa tan graciosa
c o m o el primer año del noviciado d e u n poeta
e n pen as, p o r q u e h a y quien le lleva d e acá c a r
tas d e favor para ministros: y creese q u e h a
d e top a r c o n R a d a m a n t o , y p r e g u n t a p o r el C e r
b e r o , y Aqueronte, y n o p u e d e creer sino q u e
se los e s c o n d e n . ¿ Q u é g é n e r o s d e p e n a s les d a n
á los poetas, repliqué y o ? M u c h a s , dixo , y p r o
pias; u n o s se atormentan o y e n d o al abar las obras
d e otros. H a y poeta q u e tiene mil años d e i n
fierno, y a u n n o acaba de leer u nas e ndechas
á los zelos. O t r o s verás e n otra parte a p o r
rearse y d a r s e d e t i z o n a z o s s o b r e si dirá f a z ó
cara. Q u a l para hallar u n c o n s o n a n t e n o h a y
cerco e n el infierno q u e n o h a y a r o d a d o , m o r
d i é n d o s e las uñas. Están allá algunos poetas d e
c o m e d i a s p o r las m u c h a s R e y n a s q u e h a n h e c h o ,
las Infantas d e Bretaña q u e h a n deshonrado,
los casamientos desiguales q u e h a n efectuado e n
los fines d e las comedias, y los pa los q u e h a n
d a d o á m u c h o s h o m b r e s honrados p or acabar los
e n t r e m e s e s ; m a s es d e advertir, q u e los poetas
d e c o m e d i a s n o e s t á n e n t r e t o d o s los d e m a s , s i
n o q u e por quanto tratan d e hacer enredos y
m a r a ñ a s se p o n e n entre los p r o c u r a d o r e s y s o
licitadores, gente q u e solo trata d e eso, y e n
el infierno están t o d o s a p o s e n t a d o s ; asi q u e u n
artillero q u e b a x ó allá el otro dia, q u e r i e n d o q u e
le pusiesen entre la gente d e g u e r r a , c o m o al
Preguntarle del oficio q u e habia tenido, dixese
-
E B 3 - q u e
2 2 E l Alguacil alguacilado.
q u e hacer tiros e n el m u n d o , fue remitido al
quartel d e los escribanos, pues son los q u e h a
c e n tiros e n el m u n d o , U n sastre, p o r q u e d i x o
q u e habia vivido d e cortar d e vestir, fue a p o
s e n t a d o e n los maldicientes. U n c ieg o q u e quis o
encaxar se c o n los poetas fue llev ado á los e n a - .
m o r a d o s , p o r serlo todos. L o s q u e v e n i a n p o r
el c a m i n o d e los locos, p o n e m o s c o n los a s t r ó
logos. Y á los por mentecatos, c o n los alquimistas.
U n o vino p o r u n a s m u e r t e s , y está c o n los m é
dicos. L o s mercaderes q u e se c o n d e n a n por v e n
der están c o n Judas. L o s malos ministros, p o r
lo q u e h a n t o m a d o , alojan c o n el m a l ladron.
L o s necios están c o n los verdugos. Y u n a g u a
d o r q u e dixo habia v e n d i d o agua fria, fue l l e
v a d o c o n los taberneros. L l e g ó u n m o a t r e r o tres
dias h a , y d i x o : q u e él se c o n d e n a b a p o r h a b e r
v e n d i d o g a t o p o r liebre, y pusímoslo d e pies c o n
los v e n t e r o s , q u e d a n lo m i s m o . A l fin el i n
fierno está r e p t i d o e n estas partes. O í t e decir
antes d e los e n á m o r a d o s , y p o r ser cosa q u e á
m í m e toca, g u s t a r i a s a b e r si h a y m u c h o s . M a n
c h a es la d e los e n a m o r a d o s , respondió, q u e lo
t o m a t o d o , p o r q u e t o d o s lo s o n d e sí m i s m o s , a l
g u n o s d e sus dineros, otros d e sus palabras, otros
d e sus obras, y algunos d e las mugeres; y d e e s
tos postreros h a y m e n o s q u e d e todos e n el infier
no, p o r q u e las m u g e r e s s o n tales, q u e c o n r u i n d a - ,
des , c o n m a l o s tratos, y peores correspondencias,
les d a n ocasio nes d e arrepentimiento c a d a dia á
los h o m b r e s . C o m o digo, h a y p o c o s d e estos, p e r o
b u e n o s , y d e e n t r e t e n i m i e n t o si allá c u p i e r a , A l
- - - g u
E l Alguacil alguacilado. 2 3
n o s h a y q u e e n zelos y esperanzas a m o r t a j a
d o s , y e n deseos , se v a n p o r la posta al infier
n o , sin saber c ó m o ni q u á n d o , ni d e q u é m a n e
ra. H a y a m a n t e s lacayuelos q u e a r d e n llenos d e
c i n t a s , otros crinitos c o m o c o m e t a s , llenos d e
cabellos, y otros q u e c o n los billetes solos q u e
l l e v a n d e s u s d a m a s a h o r r a n v e i n t e a ñ o s d e l e
ñ a á la fábrica d e la c a s a , a b r a s á n d o s e l a r d e a
d o s e n ellos. S o n d e ver los q u e h a n q u e r i d o d o n
c e l l a s , e n a m o r a d o s d e d o n c e l l a s c o n las b o c a s
abiertas y las m a n o s estendidas : d e estos u n o s
se c o n d e n a n por tocar, sin tocar pieza, hechos
buscones d e los otros, siempre en víspera del c o n
tento, sin tener j a m a s el dia, y c o n solo el título
d e pretendientes: otros se c o n d e n a n p o r el b e s o ,
b r u x u l e a n d o siempre los gustos, sin poderlos d e s
cubrir. D e t r a s d e estos, e n u n a m a z m o r r a , están
los aduladores. Estos son los q u e mejor viven, y
p e o r lo pasan, p u e s otros les sustentan la c a v a l g a
dura, y ellos la g o z a n . G e n t e es esta, d i x e y o , c u
y o s agravios y favores todos son d e u n a manera.
A b a x o e n u n a p a r t a m i e n t o m u y sucio, lleno d e
m o n d a d u r a s d e rastro (quiero decir cuernos) e s
t án los q u e acá l l a m a m o s c o r n u d o s , g e n t e q u e a u n
e n el infierno n o pierde la paciencia,que c o m o la
llevan h e c h a á p r u e b a d e la m a l a m u g e r q u e h a n
tenido, n i n g u n a cosa le espanta. T r a s ellos están
los q u e se e n a m o r a n d e viejas, c o n cadenas, q u e
los diablos, d e h o m b r e s d e tan m a l gusto,aun n o
p e n s a m o s q u e estamos seguros, y sino estuviesen
c o n prisiones, Barrabas aun n o tendria bien g u a r
dadas las asentaderas d e ellos, y tales c o m o son
. o d * B 4 " º "º" m o s
2 4 , E l Alguacil alguacilado.
m o s , les p a r e c e m o s blancos y rubios. L o p r i m e r o
q u e con estos se h a c e es condenarles la luxuria, y
su herramienta, á perpetua carcel; m a s d e x a n d o
estos, os quiero decir q u e e s t a m o s m u y sentidos
d e los potages q u e haceis d e nosot ros, p i n t á n d o
n o s c o n garras s in ser a g u i l u c h o s , c o n colas n o
h a b i e n d o diablo s rabones, c o n cue rnos n o s i e n d o
casados; y m a l barbados siempre, habiendo d i a
blos d e nosotros q u e p o d e m o s ser hermitaños y
corregidores. R e m e d i a d esto, q u e p o c o h a q u e f u e
G e r ó n i m o B o s c o allá; y preguntándole por q u é
habia h e c h o tantos guisados d e nosotros en sus
sueños, dixo: p o r q u e n o habia creido n u n c a q u e
habia d e m o n i o s d e veras. L o otro, y lo q u e m a s
s e n t i m o s es, q u e h a b l a n d o c o m u n m e n t e soleis d e
cír m i r e n el d i a b l o d e l sastre, ó d i a b l o es el s a s t r e
cillo. ¿ A sastres n o s comparais? Q u e d a m o s leña
c o n ellos al infierno, y a u n n o s h a c e m o s d e r o g a r
p a r a r e c i b i r l o s , q u e si n o es la p ó l i z a d e q u i
nientos, n u n c a h a c e m o s recibo p o r n o m a l
versarnos, y q u e ellos n o aleguen posesion: Q u o
m i a m c o n s u e t u d o est altera? y c o m o tienen p o
sesion e n el hurtar y q u e b r a n t a r las fiestas, f u n
d a n a g r a v i o si n o les, a b r i m o s las p u e r t a s g r a n
d e s c o m o si f u e s e n d e casa. T a m b i e n nos q u e
j a m o s d e q u e n o h a y cosa por mala q u e sea
q u e n o la d e i s al diabló y enfadandoos algo, l u e
g o decis: p u e s el diablo te lleve. P u e s advertid q u e
son m a s los q u e se v a n allá q u e los q u e t r a e
m ó s , q u e n o d e todo h a c e m o s caso. Dais al d i a
b l o u n m a l trapillo, y n o le t o m a el diablo, p o r q u e
h a y algun m a l trapillo q u e
- - - -
n o le tomará el d i a
- e
* A
-
... E l A l g u a c i l a l g u a c i l a d o . 2 5
blo. Dais al diablo u n extrangero, y n o le t o
m a el diablo ; p o r q u e h a y Italiano q u e t o m a r á
al d i a b l o ; y advertid q u e las m a s veces dais al
diablo lo q u e él y a se tiene, d i g o n o s t e n e m o s .
¿ H a y R e y e s e n el infierno ? le p r e g u n t é y o .
Y satisfizo á m i d u d a d i c i e n d o : t o d o el i n f i e r
n o es figu ras, y h a y m u c h o s d e l os Gentile s,
p o r q u e el p o d e r , lib ertad y m a n d o les h a c e s a
car á las virtudes d e su m e d i o , y llegan l os
vici os á su e x t r e m o ; y viéndose e n la s u m a r e
verencia d e sus m u c h o s vasallos, y c o n la g r a n
d e z a puestos á Dioses, quieren valer p u n t o m e
n o s , y parecerlo, y tienen m u c h o s c a m i n o s p a
ra c o n d e n a r s e , y m u c h o s q u e los a y u d a n ; p o r
q u e u n o se c o n d e n a p o r su m u c h a crueldad,
y m a t a n d o y d e s t r u y e n d o es u n a g u a d a ñ a c o
r o n a d a d e vicios, y u n a peste real d e sus reynos.
Y otros se v a n al infierno p o r terceras p e r s o
nas, y se c o n d e n a n p o r poderes, fiándose d e i n
f a m e s ministros. Y es dolor verlos p e n a r , p o r
q u e c o m o bozales e n trabajos, se les d o b l a el
d o l o r c o n qualquiera cosa. L o s R e y e s , c o m o es
g e n t e h o n r a d a , n u n c a v i e n e n solos, a u n q u e P r i
v a d o y R e y es m a s penitencia q u e oficio, y m a s
c a r g a q u e g o z o ; ni h a y cosa t a n a t o r m e n t a d a
c o m o la oreja del Príncipe y del Privado, p u e s
d e ella n u n c a e s c a p a n pretendientes quejosos
y aduladores; y estos tormentos los califican p a
ra el descanso. L o s malos R e y e s se v a n al i n
fierno p o r el c a m i n o real, y los m e r c a d e r e s
p o r el d e la plata. ¿ Q u i é n te m e t e ahora c o n los
m e r c a d e r e s , d i x o C a l a b r é s ? M a n j a r e s q u e t n 1 G o - sn
« s - -
2 6 E l Alguacil alguacilado.
tiene y a empalagados á los diablos, y ahitos, y
a u n los v o m i t a m o s ; v i e n e n allá á millares, c o n
denándose en castellano y e n guarismo. Y h a
beis d e saber q u e e n E s p a ñ a los misterios d e
las cuentas d e los extrangeros son dolorosos
para los millones q u e v i e n e n d e las Indias, y
q u e los cañones d e sus p l u m a s son d e bateria
c o n t r a las b o l s a s ; y n o h a y renta q u e si, la
c o g e n e n m e d i o del tajo d e sus p l u m a s y el j a
r a m a d e su tinta, n o la a h o g u e n . Y e n fin h a n
h e c h o entre nosotros sospechoso este n o m b r e
d e asientos, q u e c o m o signifiean otra cosa q u e
m e corro d e n o m b r a r l a , n o s a b e m o s q u a n d o h a
bla á lo n e g o c i a n t e , ó q u a n d o á lo honesto.
H o m b r e d e estos h a i d o al infierno, q u e v i e n d o
la leña y f u e g o q u e se gasta, h a q u e r i d o hacer
estanco d e la l u m b r e ; y otro quiso arrendar
los t o r m e n t o s , pareciéndole q u e g a n á r a c o n
ellos m u c h o . Estos t e n e m o s allá junto á los J u e
ces q u e a c á los permitieron. ¿ L u e g o a l g u n o s
J u e c e s h a y allá? ¿ P u e s n o ? d i x o el espíritu: los
J u e c e s s o n nuestros faisanes, nuestros platos r e
galados, y la simiente q u e m a s p r o v e c h o y f r u
to nos d a á los diablos, p o r q u e d e c a d a J u e z
q u e s e m b r a m o s c o g e m o s seis p r o c u r a d o r e s , d o s
relatores, quatro escribanos, cinco letrados,
y cinco mil negociantes, y esto cada dia. D e
c a d a escribano c o g e m o s veinte oficiales, d e c a
d a oficial treinta alguaciles, d e c a d a alguacil
d i e z c o r c h e t e s : y si el a ñ o es fertil d e t r a m
p a s , n o h a y troxes e n el infierno d o n d e r e c o
g e r e l f r u t o d e u n m a l m i n i s t r o . ¿ T a m b i e n q u Le a rS
- - -
E l Alguacil alguacilado, 2 7
ras decir q u e n o h a y justicia e n la tierra r e
belde á los Dioses? Y c ó m o q u e n o h a y j u s
ticia! ¿ P u e s n o has sabido lo d e A s t r e a , q u e es
la justicia q u a n d o h u y e n d o d e la tierra se s u
b i ó al cielo? P u e s p o r si n o lo s a b e s , te lo q u i e
r o contar: vinieron la v e r d a d y la justicia á la
tierra, la u n a n o halló c o m o d i d a d p o r d e s n u d a ,
n i la otra p o r rigurosa; a n d u v i e r o n m u c h o t i e m
p o así, hasta q u e la v e r d a d d e p u r o necesitada
a s e n t ó c o n u n m u d o .
L a justicia d e d e s a c o m o d a d a a n d u v o p o r
t o d a la tierra r o g a n d o á t o d o s , y v i e n d o q u e
n o hacian caso d e ella, y q u e la u s u r p a b a n s u
n o m b r e para h o n r a r tiranias, d e t e r m i n ó v o l v e r
s e h u y e n d o a l c i e e l s o , ; y y f s u a e l s i óe s áe d e las g r a n
des ciudades y cort las aldeas d e
villanos, d o n d e por algúnos dias escondida e n
su p o b r e z a fue h o s p e d a d a d e la simplicid ad,
hasta q u e envió requisitoria contr a ella la m a
licia. H u y ó e n t o n c e s d e t o d o p u n t o , y fue d e
casa e n casa p i d i e n d o q u e la recogiesen. P r e
g u n t a b a n todos quién era; y ella , q u e n o s a
b e m e n t i r , decia q u e la justicia. R e s p o n d í a n
le todos : justicia, y n o por m i casa : v a y a por
o t r a ; y asi n o entraba e n ninguna. Subióse al
cielo, y apenas d e x ó acá pisadas. L o s h o m
bres q u e esto vieron bautizaron c o n su n o m
bre algunas varas q u e arden m u y bien allá, y
a c á solo tienen n o m b r e d e justicia ellas y los
q u e las traen, p o r q u e h a y m u c h o s d e estos e n
q u i e n la vara hurta m a s q u e el ladron c o n g a n
z u a , llave falsa y escala. Y h a b e i s d e a d v e t rI I ,
* - - -
2 8 E l Alguacil alguacilado.
tir q u e la codicia d e los h o m b r e s h a h e c h o i n s
t r u m e n t o para hurtar todas sus partes, sentidos
y potencias q u e D i o s les d i ó , las u n a s para v i
vir , y las otras para vivir bien. ¿ N o hurta la
h o n r a d e u n a d o n c e l l a c o n la v o l u n t a d el e n a
m o r a d o ? n o h u r t a c o n el e n t e n d i m i e n t o el l e
t r a d o q u e le d a m a l o y torcido á la ley ? n o h u r
ta c o n la m e m o r i a el representante q u e nos l l e
v a el t i e m p o ? n o hurta el a m o r c o n los ojos ? el
discreto c o n la b o c a ? el p o d e r o s o c o n los b r a
z o s , p u e s n o m e d r a q u i e n n o tiene los suyos?
e l v a l i e n t e c o n l a s m a n o s ? e l m ú s i c o c o n l o s d e
d o s ? el gitano y cicatero c o n las u ñ a s ? el m é
d i c o c o n l a m u e r t e ? e l b o t i c a r i o c o n l a s u l u d ?
el astrólogo c o n el cielo? Y al fin, c a d a u n o
hurta c o n u n a parte ó c o n otra. Solo el a l g u a
cil h u r t a c o n t o d o el c u e r p o , p u e s a c e c h a c o n
los ojos, sigue c o n los pies, ase c o n las m a n o s ,
y atestigua c o n la b o c a ; y al fin s o n tales los
alguaciles, q u e d e ellos y d e nosotros d e f i e n
d e n á los h o m b r e s p o c a s cosas. -
o º e o e o e o º e s e º e o e
L A S Z A H U R D A S
D E P L U T O N .
C a r t a á u n a m i g o suyo.
Envie 4
-
- .
V m d . este d i s c u r s o t e r c e r o , al S u e
ñ o y al Aguacil, d o n d e p u e d o decir q u e h e r e
m a t a d o las p o c a s fuerzas d e m i ingenio ( n o sé
si c o n alguna d i c h a ) : quiera D i o s halle a l g u n
agradecimiento m i deseo, q u a n d o m o m e r e z c a
a l a b a n z a m i trab ajo, q u e c o n esto t e n d r é a l g u n
p r e m i o d e los q u e d a el v u l g o c o n m a n o escasa.
Q u e n o s o y t a n soberbio q u e m e precie d e t e
n e r envidiosos, p u e s d e tenerlos tuviera p o r
gloriosa r e c o m p e n s a el merecerlos tener. V m d .
c o m u n i q u e este p a p e l , haciéndole la a c o g i d a
q u e á todas mis cosas, mientras y o acá esfuerzo
la paciencia á maliciosas calu m n i a s q u e al p a r
t o d e m i s obras (sea a b o r t o ) suelen antici par
m i s enemigos. D é D i o s á V m d . p a z y sal ud.
D e l Fresno y M a y o 3 de 16o8. . . . . ..»
D o n Francisco d e Q u e v e d o Villegas.
-
L P R O
3 2 L a s Z a h u r d a s d e P l u t o n .
c º
P R O L O G O A L I N G R A T O Y D E S C O
- * - - n o c i d o L e c t o r . -
-
-
-
- - - - - -
- - - -
- - - J D I S
-
. . . . . .
L a s Z - a h a - r — d a s e d e . P . l . u .t o n . . . . s .
. * 3 e s3
D I S C U R S O . s o , z so
y - , s . . . . . . . o o
. º o q u e en el sueño v í t a n t a s cosas, y en el
Algu acil. A lgu a c i l a d o oí parte d e las q u e n o h a
bia visto, c o m o sé q u e los s u e ñ o s las m a s v e c e s
son burla d e la fantasia y ocio del a l m a , y
que el m a l o n u n c a dixo v e r d a d , p o r n o tendr
cierta noticia d e las cosas q u e justamente se nós
esconden, ví, guiado d e m i ingenio, lo q u e se
sigue p o r particular providencia , q u e f u e p a r a
t r a e r m e e n el m i e d o la v e r d a d e r a paz, H a l l é m e
en u n lugar favorecido d e naturalezai por el e s
siego a m a b l e , d o n d e sin malicia la h e r m o s u r a
entretenia la vista ( m u d a recreacion y sin r e s
puesta humana), pláticaban las fuentes entre las º
guijas, y los árboles por las hojas; tal v e z eali
taba el p á x a r o , ni sé d e t e r m i n a d a m i e n t e si e n
competencia s u y a ó agradeciéndoles su h a r m o
nia. V e d qual es de peregrino nuestró deseo,
q u e n o halló p a z e n n a d a d e esto. T e n d í los
ójos codicioso de ver algun camino per buscar
compañia, y veo (cosa digna de admiracion) dos
sendas q u e nacian d e u n m i s m o lugar, y u n a
se iba apartando de la otra, c o m o q u e huian
d e a c o m p a ñ a r s e . E r a la d e m a n o derecha tan
argosta q u e n o admite encarecimientó, y e s
t a b a ( d e la p o c a g e n t e q u e p o r ella b a ) " l l e n a
d e abrojos, asperezas y malos pasos con todo
ví algunos que trabajaban en pasarla; pero por
ir desealzos y d e s n u d o s se iban d e x a n d o e n el
C -
c a m i n o u n o s e l p e l l e j o , o t r o Cs l o s . b r a A z o s , o t r l o a s s
-
3 4 .. L a s Z a h u r d a s d e P l u t o n .
las cabezas, otros los pies, y todos iban a m a r i
llos y flacos. P e r o n o t é q u e n i n g u n o d e los q u e
i b a n p o r a q u í m i r a b a n atras, sino t o d o s a d e l a n
te. D e c i r que, p u e d e ir a l g u n o á caballo, es c o - .
s a d e r i s a . U n o d e los q u e allí e s t a b a n , p r e g u n
t á n d o l e si p o d r i a y o c a m i n a r aquel, desierto á
caballo m e dixo dexese de caballerias, y c a i
a de su asno. Y miré con todo, eso, y n o ví
huella d e bestia ninguna. Y es cosa d e admirar
q u e n o habia señal d e rueda de coche, ni m e
moria apenas de que hubiese nadie caminado
e n él p o r allí j a m a s . P r e g u n t é ( e s p a n t a d o d e e s
-to)á u n mendígo que estaba descansando y t o
m a n d o a l i e n t o , si a c a s o habia, v e n t a s e n a q u e l
camino ó mesones en los paradores, R e s p o n
d i ó m e venta aquí, señor, ni m e s o n , ¿ c ó m o q u e
reis q u e le h a y a e n e s e c a m i n o , si es el d e la
virtud? E n el c a m i n o d e la vida, dixo , el p a r
tir, e s n a c e r , el vivir es c a m i n a r s e la v e n
ta es el m u n d o , y e n saliendo d e ella, es u n a
j o r n a d a sola y, b r e v e desde él á la p e n a ó á la
gloria. D i c i e n d o esto se levantó y dixot Q u e
d a o s c o n D i o s , q u e e n el c a m i n o d e la virtud
es perder tiempo el pararse uno, y peligroso r e s
p o n d e r á quien pregunta por curiosidad y n o
por provecho. C o m e n z ó á andar d a n d o t r o p e
-zones y zancadillas y suspirando. Parecia q u e
los ojos con lágrimas osaban ablandar los p e
úascos á los pies, y hacer tratables los abrojos
Pesiata, dixe y o entre m í , pues tras ser el c a
m i n o tan trabajoso es la g e n t e q u e e n él a n d a
*
tan seca y poco entretenida - «...
p a r a m i h u m o C rS
.
• º º « - -
L a s Z a h u r d a s d e P l u t a n . 3 5
es b u e n o . D í u n paso atrás y salíme del c a m i
n o del bien , q u e j a m a s quise retirarme d e la
virtud, q u e tuviese m u c h o q u e desandar, ni q u e
descansar. V o l v í m e á la m a n o izquierda, y v í
u n a c o m p a ñ a m i e n t o , tan re verendo, tanto c o
e h e , tanta carroza carg ada d e competencias al
sol e n h u m a n a s h e r m o s u r a s , y g r a n c a n t i d a d
de galas y libreas, lindos caballos, m u c h a g e n
te d e c a p a n e g r a , m u c h o s caballeros; y o q u e
siempre oí decir d i m e con quien andas y d i r e
t e q u i e n e r e s ; p o r ir con b u e n a g o m p a ñ i a p u
se el pie e n el u m b r a l del c a m i n o , y sin s e n
tirlo m e hallé resvalado e n a m e d i o d e él, c o
m o el q u e se desliza por el hielo, y topé c o n
lo q u e habia menester. P o r q u e aqui todos eran
bayles, fiestas, juegos y saraos , y n o el otro
c a m i n o , q u e por falta d e sastres iban e n él d e s
nudos y rotos, y aquí nos sobraban m e r c a d e
res, joyeros y todos oficios. P u e s ven tas á ca-,
d a p aso , y b o d e g o n e s sin número, N o , p o
dré encarece r qué, contento m e hallé en ir e n
c o m p a ñ i a d e gente tan h o n r a d a , a u n q u e el c a
m i n o esta ba a lgo e m b a r a z a d o , n o tanto c o n las
m u l a s d e los m é d i c o s , c o m o c o n las b a r b a s d e
los letrad os, q u e era terrible la e s q u a d r a d e
ello s q u e i b a del ante d e u n o s - J u e c e s , N o , di-.
g o esto p o r q u e fuese m e n o r el batallon d e dos,
d o c t o r e s , á q u i e n n u e v a eloqüencia llama p o n
zoñas grad uadas, pues se sabe q u e e n las Uni-,
versidades estudia n par a tósigos. A n i m ó m e pa-,
ra prosegui r m i c a m i n o el ver n o solo q u e iban
m u c h o s po r él, sino la g q u e llevaban,
- - - 2 . y
36 , .. L a s Z a h u r d a s d e P l u t o n ;
y q u e del otro se pasaban algunos al nues tro,
-
L a s Z a h u r d a s d e P l u t o n . 3 7
tros; m a s para los ojos eternos, q u e abiertos s o b r e
todos, juzgan el secreto, m a s obscuro d e los
retiramientos del a l m a , n o tienen máscara. B i e n
q u e h a y m u c h o s b u e n o s , m a s son diferentes d e
estos á q u i e n antes se les v e la disimulacion
q u e la c a r a , y a l i m e n t a n su a m b i c i o s a felici
d a d d e aplauso d e los pueblos: y diciendo q u e
son u n o s indignos y grandísimos pecadores, y
los m a s m a l o s d e la tierra, l l a m á n d o s e j u m e n
t o s , e n g a ñ a n c o n la v e r d a d , p u e s siendo h i p ó
critas, lo s o n al fin. I b a n estos solos aparte,
y r e p u t a d o s p o r m a s n ecios q u e los M o r o s , m a s
castos q u e los bárbaros , y sin ley, p u e s aquellos
y a q u e n o c o n o c i e r o n la vida e t e r n a , ni la v a n
á g o z a r , c o n o c i e r o n la presente y holgáronse e n
ella : p e r o los hipócritas ni la u n a ni la otra c o
n o c e n , p u e s e n esta se a t o r m e n t a n , y e n la otra
son atormentados: y e n conclusion de estos se
d i c e c o n t o d a v e r d a d q u e g a n a n el infierno c o n
trabajos. T o d o s i b a m o s d i c i e n d o m a l u n o s d e
otros: los ricos tras la riqueza: los pobres, p i d i e n
d o á los ricos lo q u e D i o s les quitó, v a n p o r u n
c a m i n o . L o s discretos p o r n o dexarse g o b e r n a r d e
o t r o s ; y los necios por n o e n t e n d e r á quien los
g o b i e r n a , aguijan á t o d o andar. L a s justicias
I l e v a n tras sí los negociantes, la pasion á las
m a l g o b e r n a d a s justicias, y los R e y e s d e s v a n e
c i d o s y ambiciosos todas las Repúblicas. V í a l
g u n o s soldados , pero, p o c o s , q u e p o r la otra
s e n d a infinitos i b a n e n hileras o r d e n a d o s h o n
r a d a m e n t e t r i u n f a n d o :, p e r o l o s p o c o s q u e n o s
c u p i " e , r o n a c á e r a , g e n t e q C u 3e s i c o m o h a b i a n t ee I s l
- -
3 8 L a s Z a h u r d a s a e Pluton.
t e n d i d o el n o m b r e d e D i o s jurando, lo h u b i e
ran hecho peleando, fuera n famosos. D o s c o r
rilleros solos iban m u y d esnudos, q u e por la
m a y o r parte los tales q u e viven por su culpa
traen los golpes e n los vesti dos, y sanos los c u e r
pos. A n d a b a n c o n t a n d o e n t r e sí las o c a s i o n e s
e n q u e se habian visto, y los malos pasos q u e h a
bian a n d a d o ( q u e n u n c a estos a n d a n en b u e
n o s p a s o s ) : n a d a los o i a m o s , solo q u a n d o p o r
e n c a r e c e r sus servicios, d i x o u n o á los otros:
¿ Q u é digo c a m a r a d a , q u é tranc es h e m o s p a s a
d o , y q u é tragos ? L o d e los t ragos se le c r e
ó. M i r a b a n á esto s pocos los m u c h o s Capita nes,
estres d e C a m p o , Generales d e Exércitos, q u e
i b a n p o r el c a m i n o d e la m a n o d e r e c h a e n t e r
necidos. Y oí decir á u n o d e ellos q u e n o lo
p u d o sufrir m i r a n d o las hojas d e lata llenas d e
papeles inútiles q u e llevaban estos ciegos. ¿ Q u é
d i g o , soldados por a c á ? Esto es de valientes
dexar este c a m i n o , d e m i e d o d e sus dificulta
des? V e n i d , q u e por aquí d e cierto s a b e m o s q u e
solo coronan al q u e v e n c e ; ¿ q u é v a n a e s p e
ranza os arrastra con anticipadas promesas d e
los R e y e s ? N o siempre c o n almas vendidas es
b i e n q u e t e m e r o s a m e n t e s u e n e e n vuestros o i
d o s m a t a ó m u e r e . R e p r e h e n d e d la h a m b r e del
p r e m i o , q u e d e b u e n varon es seguir la v i rt ud
sola, y d e codiciosos los premios n o m a s ; y
q u i e n n o se sosiega e n la virtud, y la s ig ue
p o r el interes y mercedes q u e se sigue n, m a s es
m e r c a d e r q u e v i r t u o s o , p u e s la h a c e á precio d e
p e r e c e d e r o s bienes. Ella es d o n d e sí m i s m a ;
3 q u i e
L a s Z a h n r a d a s d e P l u t o n . -
q u i e t a o s e n ella. Y a q u í alzó la v o z y d i x o :
A d v e r t i d q u e la v i d a del h o m b r e es g u e r r a c o n
sigo m i s m o , y q u e t o d a la v i d a n o s t i e n e e n :
a r m a los e n e m i g o s del a l m a , q u e n o s a m e n a z a n
m a s dañoso vencimiento. Y advertid q u e y a los
Príncipes tienen por d e u d a nuestra sangre y
v i d a , p u e s perdiéndolas p o r ellos, los m a s di-.
c e n q u e los p a g a m o s , y n o q u e los servimos:
v o l v e d , volved, O y é r o m l o ellos m u y a t e n t a m e n
t e , y enternecidos y enseñados se e n c a m i n a
r o n b i e n c o n los d e m a s s o l d a d o s . I b a n las m u
g e r e s al infierno tras el dinero d e los h o m b r e s ,
y los h o m b r e s tras ellas y su d i n e r o , t r o p e z a n
d o u n o s c o n o t r o s . N o t é c o m o al fin d e l c a
m i n o d e los buenos algunos se engañaban y
p a s a b a n al d e la p e r d i c i o n , p o r q u e c o m o ellos.
s a b e n q u e el c a m i n o es a n g o s t o , y el del i n
fierno a n c h o , y al cacabar veían al s u y o a n
c h o , y el nuestro a n g o s t o , p e n s a n d o q u e h a
b i a n o erra d o ó t r o c a d o los c a m i n o s , se pasaban.
a c á , y d e a c á allá los q u e se d e s e n g a ñ a b a n d e l
r e m a t e del nuestro. V í u n a m u g e r q u e iba á pie,
y e s p a n t a d o d e q u e m u g e r , se fuese al i n
fierno sin silla ó c o c h e , b u s q u é á u n e s c r i b a
n o para q u e m e diera fe d e ello, y e n t o d o el
c a m i n o del infierno p u d e hallar n i n g u n e s c r i
b a n o ni a lguacil; y c o m o n o los ví e n él, l u e
g o colegí q u e era aque l el c a m i n o , y este otro
al reves. Q u e d é algo c onso lado, y sol o m e q u e
d a b a d u d a q u e c o m o y o habia o ido decir q u e
iban con agrandes asperezas y penitencias por
el c a m i n o d e él , y veia q u e t o d o s se i b a n h o l
- C 4 g a n
4 c e L a s Z a h i r d a s d e P l u t o n i .
g a n d o , q u a n d o m e sacó d e esta d u d a u n a gran-.
dísima parva d e casados q u e venian c o n sus
m u g e r e s asidos d e las m a n o s , y q u e la m u g e r
era a y u n o del m a r i d o , pues por darle la per-.
diz y el c a p o n n o comia, y q u e era su d e s n u
d e z , pues por darle galas demasiadas y joyas
impertinentes iba e n cueros; y al fin conocí.
q u e u n mal casado tiene en su m u g e r toda la
herramienta necesaria para la m u e r t e , y ellos
y ellas á veces el infierno portátil. V e r esta
asperísima penitencia m e confirmó d e n u e v o e n
¿ ibamos bien. M a s d u r ó m e poco, porque oí
cir á m i s espaldas: d e x e n pasar los boticarios.
¿Boticarios p a s a n ? d i x e y o entre m í ; al infierno
v a m o s , y fue así: p o r q u e al p u n t o nos hallamos
d e n t r o p o r u n a p u e r t a c o m o d e ratonera, facil,
d e e n t r a r , é i m p o s i b l e d e salir. - e : , ... . . -
-. T r a b ó s e u n a p e n d e n c i a adentro , y el d i a
blo acudió á v e r lo q u e era. Y o , q u e m e ví s u e l
to, entréme por u n corral adelante , y hedia á
c h i n c h e s q u e n o se p o d i a sufrir. A c h i n c h e s h i e
d e , dixe y o : apostaré q u e alojan por aquí los
zapateros, y fue así, porque luego sentí el r u i
d o d e los b o x e s y ví los trinchetes. T a p é m e las
narices, y a s o m é m e á la z a h u r d a d o n d e estaban,
y habia infinitos. D í x o m e el g u a r d i a n : estos s o n
los q u e viniéron corisigo m i s m o s , d i g o e n c u e
ros; y c o m o otros se v a n al infierno p o r su pie,
estos se v a n p o r los agenos, y p o r los s u y o s t a m
b i e n , y así vienen tan Rgeros. Y d o y d e q u e
r . Lº - C I n
L a s Z a h u r d a s d e P l u t o n . 4 7
e n t o d o el infierno n o h a y árbol n i n g u n o chico
ni grande, y q u e mintió Virgilio en decir q u e
habia mirtos e n el lugar d e los a m a n t e s , p o r q u e
y o n o ví selva ninguna e n todo él, sino fue en
el quartel q u e dixe d e los zapateros, q u e e s t a
b a t o d o lleno d e boxes, q u e n o se gasta otra
m a d e r a en los edificios q u e hacen. o
Estaban todos los zapateros v o m i t a n d o d e
a s c o d e u n o s pasteleros q u e se les a r r i m a b a n
á las puertas, q u e n o c a b i a n e n u n silo, d o n
d e estaban tantos q u e a n d a b a n mil dia blos c o a
¿ atestando almas d e pasteleros, y a u n n o
bastaban. A y d e nosotros, dixo u n o , q u e n os
c o n d e n a m o s p o r el p e c a d e d e la carne , sin c or
n o c e r m u g e r , tratando m a s e n huesos. L a m e l a r
tábase bravamente, quando dixo un diablo: l a
drones, ¿quién m e r e c e el infierno m e j o r q u e v o
sotros, pues habeis h e c h o c o m e r á los h o m b r e s
caspa, y os h a n servido d e p a ñ u e l o s los d e
á r e a l s o n a n d o o s e n ellos, d o n d e m u c h a s veces
p a s ó p o r c a ñ a el t u é t a n o d e las narices? ¿ q u é
d e e s t ó m a g o s p u d i e r a n l a d r a r si resucitaran los
perros q u e les hicisteis c o m e r ? ¿ quántas veces
p a s ó p o r pasa la m e s c a golosa, y m u c h a s fue
el m a y o r b o c a d o d e carne q u e comió, el d u e r
ñ o d e l ¿ dientes habeis h e c h o ginetes,
y q u é d e estómagos habes traido á caballo d á n
doles á c o m e r rocines enteros, y os quejais s i e n
d o antes gente c o n d e n a d a q u e nacida los q u e
haceis así vuestro oficio ? ¿pues q u é pudiera d e
cir d e vuestros caldos º m a s no s o y a m i g o d e
revolver caldos. Padeced y callad enhoramala,
- - - q u e
4 8 L a s Z a h u r d a s de Pluton,
q u e mas hacemos nosotros en atormentaros que
vosotros e n sufrirlo. Y v o s a n d a d adelante, m e
dixo á m í , q u e tenemos q u e hacer estes y y o .
P a r t í m e d e allí, y s u b i n e p o r u n a c u e s t a d o n d e
e n la c u m b r e y al r e d e d o r se estaban a b r a s a n
d o unos h o m b r e s e n fuego inmortal, el q ual e n
cendian los di ablos en lugar d e fuel les c o n
corchetes q u e soplaban m u c h o m a s , q u e a u n
allá tienen este oficio, s o n abanicos de cu lpas
y resuello d e la provincia y baharada del
v e r d u g o . º
¿ P u e s q u é diré d e la h o n r a m u n d a n a ? q u e
m a s tiranias h a c e e n el m u n d o y m a s d a ñ o s , y
la q u e m a s gustos estorba. M u e r e d e h a m b r e u n
caballero p o b r e , n o tiene c o n q u e vestirse, á n
dase roto y r e m e n d a d o , ó d a en ladron, y n o lo
pide p o r q u e dice q u e tiene honra , ni quiere s e r
vir p o r q u e dice q u e es deshonra. T o d o q u a n t o se
busca y afana dicen los h o m b r e s q u e es por sus—
tentar h o n r a . ¡ O lo q u e gasta la h o n r a y l l e g a d o
á ver lo q u e es la h o n r a m u n d a n a , n o es n a d a . P o r
la h o n r a n o c o m e el q u e tiene g a n a d o n d e l e s a
bria bien. P o r la h o n r a se m u e r e la v i u d a e n t r e
d o s paredes. P o r la honra, sin saber q u é es h o m b r e ,
ni q u é es gusto, se pasa la doncella treinta a ñ o s
c a s a d a consigo m i s m a . P o r la h o n r a la c a s a d a se
quita á su d e s e o q u a n t o pide. P o r la h o n r a p a s a n
l o s h o m b r e s el m a r . P o r la h o n r a m a t a u n h o m
b r e á otro. P o r la h o n r a g a s t a n t o d o s m a s d e lo q u e
tienen. Y es la h o n r a m u n d a n a , s e g u n e s t o , u n a
n e c e d a d del c u e r p o y a l m a , p u e s al u n o quita
los g u s t o s , y al otro el descanso. Y p o r q u e
veais quales sois los h o m b r e s desgraciados, y
q u a n ¿ ? teneis lo q u e m a s estimais, h a
se d e advertir q u e las cosas d e m a s valor e n
v o s o t r o s s o n la h o n r a , la v i d a y la h a c i e n d a .
L a h o n r a está e n arbitrio ( c o m o v u l g a r m e n t e se
dice) d e las m u g e r e s ; la vida e n m a n o s d e los
d o c t o r e s , y la h a c i e n d a e n las p l u m a s d e los e s
cribanos. D e s v a n e c e o s , p u e s , bien m o r t a l e s , d i
x e y o entre m í , y c ó m o se echa d e ver q u e e s
. D 2 1 O
N
N er
5 2 L a s Z a h u r a d a s d e P l u t o n . A
to es el infierno, d o n d e p o r a t o r m e n t a r á los
h o m b r e s c o n a m a r g u r a s les d i c e n las v e r d a d e s .
T o r n ó e n esto á p r o s e g u i r , y d i x o la v a
lentia: ¿ H a y cosa tan d i g n a d e b u r l a , p u e s n o
h a b i e n d o n i n g u n a e n el m u n d o si n o la c a r i d a d
c o n q u e se v e n c e la fiereza d e o t r o s y la d e sí
m i s m o y la d e los M á r t i r e s , t o d o el m u n d o es
valiente? S i e n d o v e r d a d q u e t o d o q u a n t o h a c e n
los h o m b r e s , y q u a n t o h a n h e c h o tantos C a
p i t a n e s t a n valerosos c o m o h a h a b i d o e n la g u e r
r a n o lo h a n h e c h o d e valentia , s i n o d e m i e d o ,
q u e el q u e pelea e n la tie rra p o r de fenderla,
pelea d e m i e d o d e m a y o r m a l , q u e es ser c a u
tivo y verse m u e r t o ; y el q u e sale á c o n q u i s
tar los q u e es tán e n sus c asa s, á veces lo - h a c e
d e m i e d o d e q u e el otro n o le a c o m e t a ; y los
q u e n o llevan este intento v a n v e n c i d o s d e la
codicia : v e d q u e valientes á robar o r o y á i n
quietar los pueblos apartados, á q u i e n D i o s puso,
c o m o d e f e n s a á n u e s t r a a m b i c i o n , m a r e s e n m e
d i o y m o n t a ñ a s ásperas.
M a t a u n o á otro, p r i m e r o v e n c i d o d e la ira,
pasion c i e g a , y otras v e c e s d e m i e d o d e q u e le
m a t e á él. A s í , h o m b r e s , q u e t o d o lo e n t e n d e i s
al reves , b o b o llamais al q u e n o es sedicioso,
a l b o r o t a d o r y maldiciente: sábio llamais al q u e
es m a l a c o n d i c i o n a d o , p e r t u r b a d o r y e s c a n d a l o
s o : valiente al q u e p e r t u r b a el sosiego, y c o
b a r d e al q u e c o n bien c o m p u e s t a s c o s t u m b r e s e s
c o n d i d o d e las ocasiones n u n c a d a lugar á q u e
le pierdan el respeto. Estos tales s o n e n q u i e n
n i n g u n vicio tiene licencia. O pesia tal, d i x e y o ,
C , I l l a S
L a s Z a h u r a d a s d e P l u t o u . 5 3
m a s estimo el h a b e r o i d o á este diablo, q u e
q u a n t o tengo. D i x o e n esto el d e las calzas a r a
cadas m u y m o h i n o : t o d o eso se e n t i e n d e c o n
ese e s c u d e r o , p e r o n o c o n m i g o ; á fe d e c a b a l l e
r o (y t a r d ó e n repetir caballero tres quartos d e
hora) q u e es ruin t é r m i n o y descortesia . D e b e n d e
p e n s a r q u e t o d o s s o m o s unos. E s t o le s d i ó g r a n
d í s i m a risa, y luego llegándose u n o á él le d i
x o q u e se desenojase, y mirase q u e habia m e
nester, y q u e era la cosa q u e m a s p e n a le
d a b a , p o r q u e le queria tratar c o m o quien era.
Y al p u n t o d i x o , besoos las m a n o s ; u n m o l d e
p a r a repasar el cuello. T o r n a r o n á reir, y él á
a t o r m e n t a r s e d e n u e v o .
Y o , q u e tenia g a n a d e v e r t o d o lo q u e h u
1 3 m C . ¿ ?
biese, p a r e c i e n d o q u e m e h
á p o c o q u e a n
abia
d u v e
d e t e n i d o m u c h o ,
t o p é u n a l a g u n a
m u y g r a n d e , c o m o el m a r , y m a s sucia, á d o n
d e era tanto el ruido, q u e se m e desvanecia la
cabeza. Pregunté lo q u e era aquello, y d i x e
r o m m e q u e allí p e n a b a n las m u g e r e s q u e e n el m u n
d o se volvieron dueñas. Así supe c o m o las d u e
ñ a s d e a c á s o n ranas del infierno, q u e e t e r n a
m e n t e c o m o ranas están h a b l a n d o sin t o n y sin
son, h ú m e d a s y en cieno y son propriamente
ranas infernales, p o r q u e las d u e ñ a s ni s o n c a r
n e ni p e s c a d o c o m o ellas. D i ó m e g r a n d e risa el
verlas convertidas e n sabandixas, tan p e r n i a b i e r
tas, y q u e n o se c o m e n sino d e m e d i o abaxo,
c o m o la d u e ñ a , c u y a cara s i e m p r e es trabajosa y
a r r u g a d a .
Salí, d e x a n d o el charco á m a n o izquierda,
3
-
A se
54. L a s Z a h i r a i s d e P l u t o n . -
á u n a d e h e s a , d o n d e e s t a b a n m u c h o s h o m b r e s
a r a ñ a n d o s e y d a n d o v o c e s , y eran infinitísimos,
y tenian seis porteros. P r e g u n t é á u n o , ¿ q u é
gente era aquella tan vieja y en tanta c a n t i
d a d ? Este e s , d i x o , el q u a r t o d e los p a d r e s
q u e se c o n d e n a n p o r d e x a r ricos á sus hijos,
q u e p o r otro n o m b r e se llama el q u a r t o d e los
necios. ¡ A y de mil dixo e n esto u n o , q u e n o
t u v e dia s o s e g a d o e n la otra v i d a , n i c o m í , ni
vestí p o r hacer u n m a y o r a z g o ; y d e s p u e s d e
h e c h o p e r a u m e n t a r l e , y e n h a c i é n d o l e , m e m o
rí sin r e m e d i o , p o r n o gastar dinero s a m o n t o
n a d o s ; y a p e n a s espiré q u a n d o m i hijo se e n
j u g ó las lágrimas c o n ellos; y cierto d e q u e es--
taba e n el infierno, p o r lo q u e v i ó q u e habia
a h o r r a d o , v i e n d o q u e n o habia m e n e s t e r Misas,
n o m e las d i x o , ni c u m p l i ó m a n d a m i a , y p e r
m i t e D i o s q u e aquí, para m a s p e n a , le v e a d e s
perdiciar lo q u e y o afané, y le oigo decir: y a q u e
se c o n d e n ó m i p a d r e , ¿por q u é n o t o m ó m a s s o
b r e su á n i m a , y se c o n d e n ó p o r cosas d e m a s
i m p o r t a n c i a ? ¿ Q u e r e i s s a b e r , d i x o u n d e m o n i o ,
q u é tanta v e r d a d es esa? tienen y a p o r refran
e n e l m u n d o c o n t r a e s t o s m i s e r a b l e s d e c i r : d i
c h o o el hijo q u e tiene á su p a d r e e n el infier
no. A p e n a s o y e r o n esto q u a n d o se pusieron t o
d o s á ahullar y darse d e bofetones. H i c i é r o n m e
lástima, n o lo p u d e sufrir, y pasé adelante.
Y llegando á u n a cárcel obscurísima oí g r a n
d e ruido d e cadenas y grillos, fuego , azotes y
gritos. P r e g u n t é á u n o d e los q u e allí e s t a b a n ,
q u é estancia era aquella , y dixéronme q u e
- C a
L a s Z a h u r a d a s d e P l u t o n . -
5 6 L º s Z a h a r las d e Pluton.
n e s t e r , y n o c o m o ella es, purísima é infinita
e n los c a p a c e s d e ella, p u e s los m i s m o s q u e m a s
e n ella están confiados, s o n los q u e m e n o s la d a n
para su remedio. N o m e r e c e la piedad d e D i o s
q u i e n s a b i e n d o q u e es tanta la c o n v i e r t e e n
licencia, y n o e n p r o v e c h o espiritual. Y d e m u
c h o s tiene B i o s misericordia q u e n o la m e r e c e n
ellos, y en los m a s es así, p u e s n a d a d e su m a
n o p u e d e n sino t o d o p o r favor; y el h o m b r e q u e
m a s hace es procurar merecerla: p o r q u e n o os
desvanezcais, y sepais q u e ¿ siempre al
postrero dia lo que quisiérades haber hecho al
p r i m e r o , y q u e las m a s veces está p a s a n d o p o r
vosotros lo q u e temeis q u e h a d e venir. E s t o se
v e y se o y e en el infierno. ¡ A h lo q u e a p r o
vechára allá u n o d e estos esca rmentados .
Diciendo esto ll egué á u n a caballeriza, d o n
d e estaban lo s tin to reros, q u e no averiguára u n
pesquisidor quienes eran, p o r q u e los diablos p a
recian tintoreros, y los tintoreros diablos. P r e
gunté á u n mulato, q u e á puros cuernos tenia
h e c h a , espetera la f r e n t e , q u e d ó n d e e s t a b a n
los s o d o m i t a s ; las viejas y los cornud o s . D i x o ,
e n t o d o el infierno están, q u e esa es gente q u e
e n vida son diablos, pues es su ofici o traer c o
rona d e hueso. D e los sodomitas y viejas n o
solo n o s a b e m o s d e ellos, p e r o ni querriamos s a
b e r q u e supiesen d e nosotros, q u e e n ellos p e
ligran nuestras asentaderas; y los diablos por
eso traemos colas, p o r q u e c o m o aquellos están.
a c á , h a b e m o s m e n e s t e r m o s q u e a d o r d e los r a
bos. D e las viejas , p o r q u e a u n acá nos e n f a d a n
- - - - - y
L a s Z a h i r , l a s d e P l u t o n . 5 7
y atormentan, y n o hartas d e vida, h a y a l
g u n a s q u e nos e n a m o r a n : m u c h a s h a n v e n i d o
acá m u y arrugadas y canas, y sin diente ni
m u e l a , y ninguna ha venido cansada d e vivir.
Y o t r a c o s a m a s g r a c i o s a , q u e si o s i n f o r m a i s
d e ellas n i n g u n a vieja h a y e n el infierno, p o r
q u e la q u e está calva y sin m u e l a s , a r r u g a d a
y lagañosa d e p u r a e d a d y d e p u r o vieja, d i
c e q u e el cabello se le c a y ó d e u n a e n f e r m e
d a d , q u e los dientes y m u e l a s se le c a y e r o n d e
c o m e r dulces, q u e está gibada d e u n golpe, y
n o c o n f e s a r á q u e s o n a ñ o s si p e n s a r a r e m o z a r p o r
c o n f e s a r l o .
J u n t o á estos estaban unos pocos d a n d o v o
ces y q u e j a n d o s e d e su desdicha. ¿ Q u é g e n t e
es esta p r e g u n t é ; y r e s p o n d i ó m e u n o d e ellos:
los sin ventura m u e r t o s d e repente. M e n t i s , d i
x o u n d i a b l o , q u e n i n g u n h o m b r e m u e r e d e r e
p e n t e ; d e d e s c u i d a d o y d i v e r t i d o sí. ¿ C ó m o p u e
d e morir d e repente quien desde q u e nace v e
q u e v a corriendo p o r la v i d a , y lleva consigo
la m u e r t e ? ¿ q u é otra co sa veis e n el m u n d o s i
n o entierros, m u e r t o s y sepultur as? ¿ q u é otra
c o s a ois? ¿ A q u é volvei s l os ojos q u e n o os a c u e r
d e d e la m u e r t e ? V u e s t r o vestido q u e se gasta,
la casa q u e se cae, el m u r o q u e se envejece,
y hasta el s u e ñ o c a d a dia os a c u e r d a d e la
m u e r t e r e t r a t a n d o l a e n sí. P u e s ¿ c ó m o p u e
d e h a b e r h o m b r e q u e se m u e r a d e repente e n
el m u n d o , si s i e m p r e l o a n d a n a v i s a n d o t a n t a s
cosas? N o os habeis de llamar, no, gente q u e
m u r i ó d e repente, sino gente q u e murió
v. -
incia a l
5 8 . L a s Z a h u r d a s d e Pluto n.
la d e q u e p o d i a m o r i r así, s a b i e n d o c o n q u a n
secret os p ies entra la m u e r t e e n la m a y o r m o
c e d a d , y q u e e n u n a m i s m a h o r a e n dar b i e n
m a l sue le ser m a d r e y ma dr astra.
V o l v í la c a b e z a á u n l a d o , y ví e n u n s e n o
m u y grande apretura d e almas, y d i ó m e u n
m a l olor. ¿ Q u é es esto? d i x e ; y r e s p o n d i ó m e
u n juez amarillo q u e estaba castigándolos: e s
tos son los boticarios, q u e tienen el infierno lleno
d e bote en bote; gente q u e c o m o otros buscan
a y u d a s para salvarse, estos las tienen para c o n
denarse. Estos s o n los v e r d a d e r o s alquimistas,
q u e n o D e m ó c r i t o A b d e r i t a e n la A r t e Sacra,
A v i c e n a , Jeber, ni R a y m u n d o Lull, p o r q u e ellos
escribieron c o m o d e los metales se podia h a c e r
o r o , y n o lo hicieron ellos; y si lo hicieron, na.
die lo h a sabido hacer d e s p u e s a c á ; p e r o estos
tales boticarios, d e la a g u a turbia ( q u e n o clara)
h a c e n oro, y d e los palos: o r o h a c e n d e las m o s
c a s , del estiercol: o r o h a c e n d e las a r a ñ a s , d e
los alacranes y sapos: y oro hacen del papel,
pues v e n d e n hasta el papel e n q u e d a n el u n
güento. Así q u e solo para estos puso D i o s v i r
t u d e n las y e rbas, piedras y palabras, pues n o
h a y yerba , por dañosa q u e sea y mala, q u e n o
les valga d i n e r o s , hasta la hortiga y cicuta; mi
h a y piedra q u e n o les d é ganancia, hasta el
guijarro c r u d o sirv iendo d e moleta. E n las p a
labras tambien , pu es jamas á estos les falta c o
sa q u e les p i d a n , a u n q u e n o la tengan, c o m o
v e a n dinero; pues d a n por aceyte de matio lo
aceyte d e ballena, y n o c o m p r a sino las
- - - l a S
- L a s Z a h u r a a s d e P l u t o n . 5 9
b r a s el q u e c o m p r a . Y su n o m b r e n o habia d e
s e r b o t i c a r i o , s i n o a r m e r o s ; ni s u s t i e n d a s n o se
h a b i a n d e l l a m a r boticas,sino a r m e r i a s d e los d o c
tores, d o n d e el m é d i c o t o m a la d a g a d e los l a
m e d o r e s , el m o n t a n t e d e los x a r a b e s , y el m o s
quete d e la p u r g a maldita d e m a s i a d a , recetada
á m a l a s a z o n , y sin tiempo. Allí se v e t o d o
º
esmeril d e u n g ü e n t o s , la a s q u e r o s a a r c a b u c e r i a
d e m e d i c i n a s c o n m u n i c i o n d e calas. M u c h o s d e
estos se sa lvan; p e r o n o h a y q u e pens ar q u e
q u a n d o m u e r e n t e n g a n c o n q u e enterrars e.
Y si q uereis reir, v e d tra s ellos los b a r b e
rillos c o m o p e n a n , q u e e n s u b i e n d o esos d o s es—
calones están en ese cerro: p e r o p a s é allá y ví.
(¡qué cosa tan admirable, y q u é justa penal) los
barberos atados y las m a n o s sueltas, y sobre la
cabeza una guitarra , y en tre las piernas u n a
a x e d r e z c o n las piezas d e juego d e d a m a s , y
q u a n d o iba c o n aquella ans ia natural d e p a s a
ea lles á tañer la gui tarra , le huia , y q u a n d o
vo lvia a b a x o á d a r d e c o m e r á u n a pieza se le
se pult aba el a x e d r e z , y esta era su pena. N o
e n t e n d í p o d e r jamas salir d e allí d e risa.
E s t a b a n tras d e u n a puerta unos h o m b r e s ,
m u c h o s en cantidad , quejandose d e q u e n o h i
ciesen caso d e ellos a u n para atormentarlos. Y
estábales dici endo u n dia blo q u e era n todos
tan diablos c o m o ellos, q u e ator menta sen á otros.
¿ Q u i é n son ? le pregunté. Y di xo el dia blo ( h a
blando c o n p e r d o n ) los z u r d o s , ge nte q u e n o
p u e d e h a c e r cosa á derechas , q u e j á n d o s e d e
q u e n o están c o n los otros c o n d e n a d o s ; y a c á
d u
6 3 L a s Z a h u r a d a s d e P l u t o m t .
d u d a m o s si s o n h o m b r e s ú otra c o s a , q u e e n e l
m u n d o ellos n o sirven sino d e e n f a d o s y d e m a l
a g ü e r o , p u e s si u n o v a e n n e g o c i o s y t o p a z u r
d o s , s e v u e l v e c o m o si t o p á r a u n c u e r v o ú o y e
ra u n a lechuza. Y habeis d e saber q u e q u a n d o
S c é b o l a se q u e m ó el b r a z o d e r e c h o p o r q u e e r r ó
á P o r c e n a , q u e fue ( c o m o dicen) p o r n o q u e
m a r l e y q u e d a r m a n c o , sino q u e r i e n d o h a c e r e n
sí u n g r a n c a s t i g o , d i x o : ¿ q u é , erré el g o l
p e ? ¿ p u e s e n p e n a h e d e q u e d a r z u r d o . Y q u a n
d o la justicia m a n d a cortar á u n o la m a n o d e
recha p o r u n a resistencia, es la p e n a hacerle
z u r d o , n o el golpe. Y n o querais mas, q u e q u e
r i e n d o el otro echar u n a m a l d i c i o n m u y g r a n
d e , fea y afrentosa, d i x o : l a n z a d a d e m o r o i z
q u i e r d o te atraviese el corazon. A l fin es g e n t e
h e c h a al r e v e s , q u e se d u d a si s o n g e n t e .
E n esto m e l l a m ó u n diablo p o r s e ñ a s , y
m e advirtió c o n las m a n o s q u e n o hiciese ruido.
L l e g u é m e á él, y a s o m é m e á u n a ventana, y d i
x o : mira lo q u e h a c e n las feas. Y v e o u n a m u
c h e d u m b r e d e m u g e r e s , u n a s t o m á n d o s e p u n t o s
e n las caras, otras h a c i é n d o s e d e n u e v o , p o r
q u e ni la estatura e n los c h a p i n e s , ni la ceja c o n
el c o h o l , ni el c a b e l l o e n la t i n t a , ni el c u e r p o
e n la r o p a , ni las m a n o s c o n la m u d a , ni la
cara c o n el a c e y t e , ni los labios c o n la c o
l o r , eran los c o n q u e n a c i e r o n ellas. Y ví a l
g u n a s p o b l a n d o sus calvas c o n cabellos q u e e r a n
suyos solo p o r q u e los habian c o m p r a d o . O t r a
ví q i e tenia su m e d i a cara e n las m a n o s e n
los botes d e unto y e n la color. Y n o querais
- A 3 S
L a s Z a h u r a d a s d e P l u t o n . 6 1
m a s d e las invenciones d e las m u g e r e s (dixo u n
diablo) q u e hasta resplandor tienen sin ser soles
ni estrellas. L a s m a s d u e r m e n c o n u n a c a r a , y
se levantan c o n otra al e s t r a d o ; y d u e r n e n c o n
u n o s cabellos, y a m a n e c e n c o n otros. M u c h a s
v e c e s pensais q u e gozais las m u g e r e s d e otro, y
n o pasais el adulterio d e la c a r n e : m i r a d c o
m o consultan c o n el espejo sus caras. Estas s o n
las q u e se c o n d e n a n s o l a m e n t e p o r b u e n a s s i e n
d o malas. E s p a n t ó n e la n o v e d a d d e la causa
c o n q u e se habian c o n d e n a d o aquellas mugeres.
Y v o l v i e n d o v í u n h o m b r e a s e n t a d o e n u n a si-.
lla á solas , sin f u e g o , ni hielo, ni d e m o n i o , ni
p e n a a l g u n a , d a n d o las m a s desesperadas v o
c e s q u e oí e n el infierno; llorando, el p r o p i o c o
r a z o n haciéndose p e d a z o s á g o l p e s y á vuelcos.
¡ V a l g a m e Dios! dixe e n m i a l m a ; ¿ d e q u é se
q u e j a este n o a t o r m e n t á n d o l e nadie ? y él c a d a
p u n t o d o b l a b a sus alaridos y voces. D i m e , d i x e
y o , ¿ q u i é n eres, y d e q u é te q u e j a s si n i n g u n o te
m o l e s t a , si el f u e g o n o te a r d e , n i el y e l o te c e r
ca? A y ! dixo d a n d o voces, q u e la m a y o r p e n a
d e l infierno es la m i a : ¿ v e r d u g o s te parece q u e
m e faltan ? ¡Triste d e m í , q u e los m a s crueles
estan entregados á m i alma! ¿ N o los ves dixo, y
e m p e z ó á m o r d e r la silla y á d a r v u e l t a s al r e
d e d o r y gemir. V e s lo q u e sin p i e d a d v a n m i
d i e n d o , á de scompasadas culpas, eternas penas.
¡ A y q u é terrible d e m o n i o eres, m e m o r i a del
bien q u e p u d e hacer, y de los consejos q u e des.
precié, y d e los males q u e hice! ¡qué r e p r e s e n
tacion tan co ntinual i ) e x a s m e t ú , y sale el e n
- t e n
6 2 L a s Z a h u r d a s d e P l u t o n .
tendimiento con imaginaciones d e q u e h a y g l o
ria q u e p u e d e g o z a r , y q u e otros g o z a n á m e
nos costa que y o mis penas. O q u é h e r m o s o q u e
pintas el cielo, entendimiento , para acaba rme; d é
x a m e u n p o c o siquiera! ¿Es posible q u e m i v o
l u n t a d n o h a d e tener p a z c o n m i g o u n p u n t o ?
¡ A y h u e s p e d , y q u é tres llamas invisibles, y q u é
s a y o n e s incorpóreos, m e a t o r m e n t a n e n las tres
potencias del a l m a y q u a n d o estos se cansan
entra el g u s a n o d e la conciencia, c u y a h a m b r e e n
c o m e r del a l m a n u n c a se a c a b a : v e s m e a q u í m i
serable y p e r p e t u o alimento d e sus dientes. Y
d i c i e n d o esto s alió la v o z : ¿ h a y e n t o d o e ste
desesperado palacio quien trueque sus almas y
sus v e r d u g o s á m i s penas? A s í , m o r t a l , p a g a n
los q u e supieron e n el m u n d o , tuvieron letras
y discurso, y fueron discretos; ellos se son i n
fierno y m a r t i r i o d e sí m i s m o s . T o r n ó a m o r t e c i
d o á s u e x e r c i c i o c o n m a s m u e s t r a s d e d o l o r .
A p a r t é m e d e él m e d r o s o d i c i e n d o : ¿ d e q u é s i r
v e c a u d a l d e r a z o n y doctrina y b u e n e n t e n
d i m i e n t o m a l a p r o v e c h a d o ? ¿quién se lo vió l l o
rar solo, y tenia dentro d e su alma aposentado
el i n f i e r n o ?
L e g u é m e diciendo esto á u n a gran c o m p a
ñia, d o n d e p e n a b a n e n diversos puestos m u - ,
c h o s , y ví u n o s carros e n q u e traian a t e n a
c e a n d o m u c h a s a l m a s , c o n p r e g o n e s delante.
L l e g u é m e á oir el p r e g o n , y d e c i a : estos m a n
d a D i o s castigar p o r escandalosos, y p o r q u e d i e
ron m a l e x e m p l o ; y v í á todos los q u e p e n a b a n
q u e c a d a u n o los metia e n sus p e n a s y así p a
- S a
- L a s Zahuradas d e Pluton. 6 3
s a b a n las d e t o d o s , c o m o causadores d e su p e r
dicion, pues estos son los q u e enseñan e n el m u n
d o m a l a s c o s t u m b r e s .
P e r o d i ó m e risa v e r u n o s taberneros q u e
s e a n d a b a n sueltos p o r t o d o el infierno, p e n a n d o
s o b r e su palabra, sin prision n i n g u n a , t e n i é n
d o l a q u a n t o s e s t a b a n e n él. Y preguntando por
q u é á ellos solos los d e x a b a n a n d a r sueltos,
d i x o u n diablo ; y les a b r i m o s las puertas, q u e
n o h a y q u e t e m e r q u e se irá del infierno g e n
t e q u e hace e n el m u n d o tantas diligencias p a
ra venir, fuera d e q u e los taberneros t r a s p l a n
t a d o s a c á , e n tres m e s e s s o n t a n d i a b l o s c o m o
nosotros. T e n e m o s solo c u e n t a d e q u e n o l l e
g u e al f u e g o d e los otros p o r q u e n o lo a g ü e n .
P e r o si q u e r e i s s a b e r n o t a b l e s cosas lle gaos
á a q u e l c e r c o , vereis e n la parte del infi erno
m a s h o n d o á J u d a s c o n su famili a d e s c o m u l
g a d a d e malditos despenseros. Hícelo así, y ví
á J u d a s , q u e m e h o l g u é m u c h o , c e r c a d o d e s u
cesores suyos, y sin cara. N o sabré decir sino
q u e m e sacó d e la d u d a d e ser barbirojo, c o m o le
pintan los extrangeros p o r hacerle E s p a ñ o l , p o r
q u e él ( á m i v e r ) m e pareció c a p o n , y n o es p o
sible m e n o s , ni q u e tan m a l a inclinacion y á n i m o
t a n d o b l a d o se hallase sino e n quien (por serlo) n o
fuese ni h o m b r e ni m u g e r : ¿ y q u i é n sino u n c a
p o n tuviera tan p o c a v e r g ü e n z a ? ¿ y q u i é n sino u n
c a p o n pudiera condenarse p o r llevar las bolsas?
¿ y q u i é n sino u n c a p o n tuviera t a n p o c o á n i
m o q u e se ahorcase sin acordarse d e la m u
c h a misericordia d e Dios? Ello y o creo por m u y
- - C l e
- - -
-
6 4 L a s Z a h u r a d a s d e P l u t o n .
cierto lo q u e fuere v e r d a d ; pero c a p o n m e p a
reció q u e era J u d a s . Y lo m i s m o d i g o d e los
diablos, q u e todos, s o n c a p o n e s sin pelo d e b a r
b a , y arrugados, a u n q u e sospecho q u e c o m o
t o d o s se q u e m a n , el estar l a m p i ñ o s es d e c h a
m u s c a d o el pelo c o n el f u e g o , y lo a r r u g a d o
del calor; y d e b e ser así, p o r q u e n o víceja ni
pestaña , y todos eran calvos.
Estaba, pues, Judas m u y contento d e ver
q u a n bien lo hacen algunos despenseros en v e
nirle á cortejar y á, entretener ( q u e m u y p o c o s
m e d i x e r o n q u e le d e x a b a n d e imitar). M i r é
m a s a t e n t a m e n t e , y f u i m e llega ndo d o n d e e s
taba J u d a s , y ví q u e la p e n a d e los d e s p e n
seros era , q u e c o m o á Ticio le c o m e u n b u y
t r e las e n t r a ñ a s , á ellos se las d e s c a r n a b a n
aves q u e llaman sisones; y u n diablo decia á
v o c e s d e rato e n rato: sisones s o n despenseros,
y los despenseros sisones. A este p r e g o n se e s
t r e m e c i a n t o d o s , y J u d a s estaba c o n sus t r e i n
t a d i n e r o s a t o r m e n t á n d o s e , Y o le d i x e : u n a c o
sa querria saber d e tí, ¿ p o r q u é te p i n t a n c o n
b o t a s , y d i c e n p o r refran las botas d e J u d a s ?
N o p o r q u e y o las traxe (respondió), m a s q u i
sieron significar p o n i é n d o m e b o t a s , q u e a n d u
v e s i e m p r e d e c a m i n o para el infierno, y p o r
ser d e s p e n s e r o ; y así se h a n d e pintar t o d o s
los q u e lo son. Esta fue la causa, y n o lo q u e
a l g u n o s h a n colegido d e v e r m e c o n botas, d i
c i e n d o q u e era P o r t u g e s , q u e es m e n t i r a , q u e
y o fui ( y n o m e acuerdo bien d e d o n d e m e d i
x o q u e e r a , si d e C a l a b r i a , si d e o t r a p a r t e ) Y
h a s
L a s Z a h u r d a s d e P l u t o n . 6 5
has d e advertir q u e y o solo s o y el d e s p e n s e
r o q u e se h a c o n d e n a d o p o r v e n d e r , q u e t o
d o s los d e m a s (fuera d e a l g u n o s ) se c o n d e n a n
p o r c o m p r a r , Y e n lo q u e dices q u e fui t r a i
d o r y maldito en dar á mi Maestro por tan p o
c o precio, tien es r azo n, y n o p odia hacer y o otra
co sa f i á n d o m e d e g e n t e c o m o los J u d i o s , q u e
er a tañ ru in q u e pie nso q u e si p i d i e r a u n d i
n e r o m a s p o r él, n o m e lo t o m a r a n . Y p o r q u e
estás m u y e s p a n t a d o y fiado e n q u e y o s o y el
p e o r h o m b r e q u e ha habido , ve ahí d e b a x o y
verás m u c h í s i m o s tan malos. V e t e , d i x o , q u e
y a basta d e conversacion , q u e n o los o b s c u
C Z C O .
D i c e s la v e r d a d , le r e s p o n d í , y a c o g í m e
d o n d e m e señaló, y t o p é m u c h o s d e m o n i o s e n
el c a m i n o con palos y lanzas e c h a n d o del i n
fierno m u c h a s m u g e r e s h e r m o s a s y m u c h o s m a
los letrados. P r e g u n t é q
u e p o r q u é los q u e
rian echar del infierno a aquellos solos. Y d i
x o u n d e m o n i o , p o r q u e e
ran d e g r a n d í s i m o p r o
v e c h o para la p o b l a c i o n d e l infiel n o e n el m u n
d o , las d a m a s c o n s us caras y c o n sus m e n
tirosas hermosuras y b u e n o s pareceres, y los
letrados c o n buenas caras y malos pareceres,
q u e así los e c h a b a n p o r q u e trax esen g ent e,
P e r o el ple yto m a s intrincado, y el ca so
m a s dificil q u e y o ví e n el infierno, f u e el q u e
p r o p u s o u n a m u g e r c o n d e n a d a c o n otras m u
chas, p o r malas, e n frente d e u n o s ladrones , la
q u a l decia : d e c i d n o s , S e ñ o r , ¿ c ó m o h a d e ser
esto d e d a r y r e c i b i r , si los l a d r o n e s se
-
e C
6 6 L a s Z a h u r a l a s d e P l u t o n .
d e n a n por t o m a r lo a g e n o , y la m u g e r p o r dar
lo suyo? ¡Aquí d e D i o s q u e el ser pu ta es ser
j u s t i c i a , si es justicia dar á c a d a u n o lo suyo,
p u e s lo h a c e m o s así, ¿de q u é n os cul pan? D e
x é d e escucharla, y pregunté ( c o m o n o m b r a
r o n ladrones) ¿ d ó n d e estan los escribanos?
E s posible q u e n o h a y e n el infierno n i n
g u n o , ni le p u d e topar e n t o d o el c a m i n o R e s
p o n d i ó m e u n v e r d u g o : b i e n creo y o q u e n o
t o p a r i a d e s n i n g u n o p o r él. P u e s q u é hacen,
¿salvanse todos? N o , d i x o , p e r o d e x a n d e a n
dar, y v u e l a n c o n plumas. Y el n o h a b e r e s
cribanos p o r el c a m i n o d e la perd icion n o es
p o r q u e infinitísimos q u e son malos n o vienen
a c á p o r él , sino p o r q u e es tanta la priesa c o n
q u e vienen, q u e v o l a r , llegar y entrar es t o d o
u n o , (tales p l u m a s se tienen ellos), y así n o
s e v e n e n el c a m i n o . Y a c á , d i x e y o , ¿ c ó m o
n o h a y ninguno ? Si h a y , m e respondió, m a s
n o u s a n ellos d e n o m b r e d e escribano, q u e acá
p o r gatos los c o n o c e m o s . Y para q u e echeis
d e ver q u e tantos h a y , n o habeis d e m i r a r
sino q u e c o n ser el infierno tan g r a n c a s a , t a n
a n t i g u a , tan maltratada y sucia, n o h a y u n
raton e n t o d a ella, q u e ellos los cazan.
¿ Y los alguaciles m a l o s n o están e n el i n
fierno? N i n g u n o esta e n el infierno, d i x o el
d e m o n i o : ¿ c ó m o p u e d e ser si s e c o n d e n a n a l
g u n o s m a l o s entre m u c h o s b u e n o s q u e h a y ?
D i g o o s q u e n o están e n el infierno, p o r q u e e n
c a d a alguacil m a l o , a u n e n vida , está t o d o el
infierno e n él. S a n t i g ü é m e , y d i x e brava cosa
C S
L a s Z a h u r d a s d e P l u t o n . 6 7
es lo m a l q u e los quereis los diablos á los a l
guaciles. ¿ N o los h a b e m o s d e querer m a l ? P u e s
segun son en diabl ados los malo s alguaciles, t e
m e m o s q u e h a n d e veni r á hacer q u e s o b r e
m o s nosotros para lo q u e es materia d e c o n
d e n a r a l m a s , y q u e se n o s h a n d e levantar
c c n el oficio d e d e m o n i o s , y q u e h a d e venir
Lucifer á ahorrarse d e diablos y despedirnos
á nosotros p o r recibirlos á ellos.
N o quise e n esta materia escuchar m a s ,
y así m e fui adelante, y p o r u n a red ví u n a m e
nísimo cercado, t o d o lleno d e almas, q u e unas
c o n silencio, y otras c o n llanto, se estaban l a
m e n t a n d o : d i x é r o n m e q u e era el retiramiento
d e los e n a m o r a d o s . G e m í tristemente v i e n d o q u e
a u n e n la m u e r t e n o d e x a n los suspir os. U n o s se
respon dian en sus amo res, y p e n a b a n con d u d o
sas des confianzas. O q u é n ú m e r o d e ellos e c h a
b a n la culpa d e su pe rdicion á sus de seos c u y a
fuerza ó c u y o pincel los mintió las h e r m o s u r a s ,
L o s m a s estaban descuidados por pensé que segun
m e dixo u n diablo. ¿ Q u i é n es p e n s é que, d i x e y o ,
ó q u é g é n e r o d e delito R i ó s e , y replicó: n o es
sino q u e se d e s t r u y e n f iándose d e fabulosos s e m
blante s, y l u e g o dicen p e n s é q u e n o m e oblig ara:
p e n s é q u e n o m e ama rtelara: p e n s é q u e ella
m e di era á m í y n o m e quitara p e n s é q u e n o t u
viera ot ro c o n quien y o riñera: pensé q u e se c o n
tentara c o n m i g o solo ; pensé q u e m e adoraba; y
así t o d o s los a m a n t e s e n el infierno est án por p e n
sé q u e . Esto s son la gente e n quien m a s e x e c u
ciones h a c e el arrepentimiento,2y los q u e m e n o s $ 3 l
6 8 L a s Z a h u r a d a s d e P l u t o n .
s a b i a n d e sí. E s t a b a e n m e d i o d e ellos el A m o r
lleno d e sarna, c o n u n rótulo q u e decia:
N o h a y q u i e n este a m o r n o d o m e ,
S i n justicia, ó c o n r a z o n ,
P o r q u e es s a r n a , y no aficion,
A m o r q u e se p e g a , y c o m e .
¿Copla hay? dixe y o , n o a n d a n lejos d e aquí
-
los poetas, q u a n d o v o l v i é n d o m e á u n l a d o v e o
u n a b a n d a d a d e h a s t a c i e n m i l d e ellos e n u n a
g r a n d e jaula, q u e l l a m a n los orates e n el infierno.
V o l v í á mirarlos, y d í x o m e u n o s e ñ a l a n d o á
las m u g e r e s : q u e , d i g o , esas señoras h e r m o s a s
t o d a s se h a n v u e l t o m e d i o c a m a r e r a s d e los
h o m b r e s , p u e s los d e s n u d a n y n o los visten.
¿ C o n c e p t o s gastais a u n e s t a n d o a q u í ? B u e n o s
cascos teneis, d i x e y o . Q u a n d o u n o entre t o
dos, q u e estaba aherrojado y c o n m a s p e n a s q u e
t o d o s , d i x o , p l e g u e á D i o s , h e r m a n o , q u e
así se v e a el q u e inventó los consonantes p u e s
p o r q u e e n u n - -
S O N E T O ,
D i x e que u n a señora era absoluta;
Y siendo m a s honesta que Lucrecia,
P o r d a r fin al quarteto la hice puta.
F o r z ó m e e l c o n s o n a n t e á l l a m a r n e c i a
A la d e m a s talento, y m a y o r brio: , ,
o d e c o n s o n a n t e s d u r a y r e c i a l
a b i e n d o e n u n t e r c e t o d i c h o lio,
U n H i d a l g o afrenté t a n solamente,
P o r q u e el verso acabó bien en Judio.
A H e r o d e s o t r a v e z l l a m é i n o c e n t e ;
M i l veces á lo dulce diare a m a r g o ,
L a s Z a h u r d a s d e P l u t o n . 6 9
-". Y llamé al apacibl e im pertinente. .
- Y p o r el conson ante tengo, á cargo
O t r o s delitos torpes, feo s y r u d o s ,
Y llega m i pro ceso á ser t a n largo,
Q u e p o r q u e en u n a o ctava diare escudos,
H i c e , s i n m a s m i m a s siete m a r i d o s
C o n h o n r a d a s mugeres, ser cornudos. .
A q u i nos tienen , ,c o m o ves, m e t i d o s ,
Y por el consonante condenados:
O míseros poetas desdichados;
-
A p u r o s v e r s o s , - . c. o m 3 o v e s , p e r d i d o s .
-
ñ ó el l e n g u a g e c o n q u e habeis d e tratar c o n
él. Qu i s i e r o n á esto r e s p o n d e r m e , m a s n o les
d a b a n ese lugar las m o r d a z a s .
Y o , q u e ví q u e n o h a b i a n d e hablar palabra,
pasé adelante d o n d e estaban juntos los e n s a l
m a d o r e s ar diéndose v i v o s , y los saluda dores
t a m b i e n c o n d e n a d o s p o r embustidores. D i x o
m n diablo: veislos a q u í á e stos tratantes e n s a n
ti guaduras, m e r c a d e r e s d e cruces, q u e e m b e l e
sa ron el m u n d o y qu isiero n hacer creer q u e p o
dia, t e n e r c o s a b u e n a u n h a b l a d o r . G e n t e es
esta ensalmadora q u e jamas h u b o nadie q u e se
q u e j a s e d e ellos : p o r q u e si les s a n a n a n t e s se
l o a g r a d e c e n ; y si los m a t a n , n o se p u e d e n
quejar , y siempre les a g r a d e c e n lo q u e h a c e n
y d a n c o n t e n t o : p o r q u e si s a n a n , el e n f e r m o
l o s r e g a l a ; y si m a t a n , el h e r e d e r o les a g r a
d e c e el trabajo. Si c u r a n c o n a g u a y trapos
la herida , q u e sanará p o r virtud d e n a t u r a
l e z a , d i c e n q u e es p o r ciertas palabras v i r t u o
sas q u e les e n s e ñ ó u n J u d i o . M i r a d q u é b u e n
o r i g e n d e p a l a b r a s v i r t u o s a s : y si s e e n f i s t o
la, e m p e o r a , y m u e r e , d i c e n q u e llegó su h o
r a , y el b a d a j o q u e se la d i ó , y t o d o . P u e s q u é
es oir á estos las m e n t i r a s q u e c u e n t a n d e u n o
q u e tenia las tripas fuera e n la m a n o e n tal
parte, y otro q u e estaba pasado por las h i j a
das. Y lo q u e m a s m e espa nta es, q u e s i e m
p r e h e m e d i d o la di stancia d e sus curas , y s i e m
p r e las hicieron q u a r e n t a ó cin cuent a leguas
d e a llí, e s t a n d o e n servicio d e u n s eñor q u e
h a y a t r e c e a ñ o s q u e m u r i ó , p o r q u e n o s e a vT 1e -
* - -
L a s Z a h u r a d a s d e P l u t o n . 7 3
rigüe tan presto la m e n t i r a ; y p o r la m a y o r
parte estos tales q u e c u r a n c o n a g u a , e n f e r
m a n ellos p o r vino. A l fin estos s o n p o r los
q u e se dixo: hurtan q u e es bendicion, p o r q u e
e o n la b e n d i c i o n h u r t a n , tras ser s i e m p r e g e n
te, ignorante. Y h e n o t a d o q u e casi t o d o los
e n s a l m o s están llenos d e solecismos, y n o sé
q u e v i r t u d se t e n g a el s o l e c i s m o p o r lo q u a l
se p u e d a h a c e r n a d a : al fin v a y a d o fuere,
ellos están a c á a l g u n o s ; q u e otros h a y b u e n o s
h o m b r e s , q u e c o m o a m i g o s d e D i o s alcanzan d e
él la salud para los q u e c u r a n q u e la s o m
b ra d e sus a m i g o s suele d a r vida.
P e r o para ver b u e n a g e n t e m i r a d los s a l u
d a d o r e s , q u e t a m b i e n d i c e n q u e tienen virtud.
Ellos se agraviaron, y d i x e r o n q u e era v e r d a d
q u e la tenian. Y á esto r e s p o n d i ó u n diablo:
¿ C ó m o es posible q u e p o r n i n g u n c a m i n o se h a
lle virtud e n g e n t e q u e a n d a s i e m p r e s o p l a n
d o ? Alto, dixo u n d e m o n i o , q u e m e he enojado;
v a y a n al quartel d e los p o r q u e r o n e s , q u e v i v e n
d e lo m i s m o : fueron, a u n q u e á su pesar; y y o
b a x é otra g r a d a por ver lo q u e J u d a s m e
d i x o , y t o p é en una alcoba m u y grande u n a
g e n t e d e s a t i n a d a , q u e los diablos c o n f e s a b a n
q u e ni los entendian ni se podian averiguar c o n
ellos. E r a n astrólogos y alquimistas. Estos a n
llenos d e h o r n o s y crisoles, d e lodos, d e
d a b a n
minerales, d e escorias, d e c u e r n o s , d e estiercol
d e sangre h u m a n a , d e polvos y d e alambiques.
A q u í c a l c i n a b a n , allí l a v a b a n , allí a p a r t a b a n , y
acullá purificaban: qual estaba fixando el m e r
/ - C U l
v,
7 4 L a s Z a h u r a d a s d e P l u t o n .
curio al martillo, y h a b i e n d o resuelto la m a t e
ria viscosa, y a h u y e n t a n d o la parte sutil lo c o r
r u p t i v o del fuego, e n llegándose á la c o p e l a se le
i b a e n h u m o . O t r o s d i s p u t a b a n si se h a b i a d e
d a r f u e g o d e m e c h a , ó si el f u e g o ó n o f u e g o
d e R a y m u n d o h a b i a d e e n t e n d e r s e d e la cal, ó
si d e l u z efectiva del calor, y n o d e calor e f e c
tivo d e fuego. Q u a l e s c o n el signo d e H e r m e t e
d a b a n principio á la o b r a m a g n a , y e n otra p a r
te mirában y a el negro blanco, y le a g u a r d a b a n
c o l o r a d o . Y j u n t a n d o á esto la p r o p o r c i o n d e
n a t u r a l e z a c o n n a t u r a l e z a , se c o n t e n t a la n a
turaleza , y c o n ella m i s m a se a y u d a , y los d e
m a s oráculos, ciegos s u y o s , esperaban la r e d u c
c i o n d e la p r i m e r a m a t e r i a , y al c a b o r e d u c i a n
s u s a n g r e á la postrera p o d r e ; y e n lugar d e
h a c e r del estiercol cabellos, sangre h u m a n a ,
c u e r n o s y escoria d e o r o , hacian del o r o e s
tiercol gastándolo neciamente. O q u é v o c e s q u e
oí sobre el p a d r e m u e r t o h a resucitado y t o r
narlo á matar! Y q u é bravas las d a b a n s o b r e
ente nder aquellas palabras ta n referidas d e t o
d o s los autores qu ímicos: O gracias sean d a
das á Dios, q u e d e la co sa m a s vil del m u n
d o permite hacer u n a cosa t an rical S o b r e qual
e r a la c o s a m a s vil s e a r d i a n t o d o s . U n o d e
e i a q u e y a la h a b i a h a l l a d o ; y , si l a p i e d r a f i
losofal s e h a b i a d e h a c e r d e la c o s a m a s vil , e r a
fuerza hacerse d e corchetes : y los cocieran y
d e s t i l a r a n si n o d i x e r a o t r o q u e t e n i a n m u c h a
narte d e a y r e para p o d e r hacer la p i e d r a , q u e
n o habia de tener materiales tan vaporosos
-
y
« A S l
L a s Z a h u r d a s d e P l u t o n . 7 5
así se resolvieron q u e la cosa m a s vil del m u n
d o eran los sastres, pues á cada p u n t o se c o n
d e n a b a n , y q u e era gente m a s enjuta. C e r r a
r a n c o n e l l o s , si n o d i x e r a u n d i a b l o : ¿ Q u e r e i s
saber q u á l es la cosa m a s vil? L o s a l q u i m i s
tas, y así p o r q u e se h a g a la piedra es mienester
q u e m a r o s á todos. Diéronles f u e g o , y ardian c a
si d e b u e n a g a n a solo p o r v e r la p i e d r a f i l o
s o f a l .
A l o t r o l a d o n o era m e n o s la trulla d e a s
trólogos y supersticiosos. U n quiromántico iba
t o m a n d o las m a n o s á todos los otros q u e se h a
bian condenado, diciendo, q u e claro q u e se v e
q u e se habian d e condenar estos por el m o n t e d e
S a t u r n o . O t r o q u e estaba á g a t a s c o n u n c o m p a s ,
m i d i e n d o alturas y n o t a n d o estrellas, cercado d e
efemérides y tablas, se levantó y dixo e n altas
v o c e s : v i v e D i o s q u e si m e p a r i e r a m i m a d r e m e
dio m i n u t o antes, q u e m e salvo: p o r q u e S a t u r
n o e n aquel p u n t o m u d a b a el aspecto, y M a r
te se p a s a b a á la casa d e la v i d a , el E s c o r
pion perdia su malicia, y y o c o m o dí en p r o
curador fui p o b r e m e n d i g o . O t r o tras él a n d a
b a diciendo á los diablos q u e le mortificaban,
q u e m i r a s e n b i e n si era v e r d a d q u e él h a b i a
m u e r t o , q u e n o p o d i a ser, á causa q u e tenia J ú
piter p o r ascendiente, y á V e n u s e n la casa
d e la v i d a , sin aspecto n i n g u n o m a l o , y q u e
era fuerza q u e viviese n o v e n t a años. M i r e n ,
d e c i a , q u e les n o t i f i c o , q u e m i r e n b i e n si s o y
difunto , porque por m i cuenta hallo q u e
es imposible q u e p u e d a ser esto. E n esto iba y
- - - - Y C
7 6 L a s Z a h u r d a s d e Pluton.
venia sin poderlo nadie sacar d e aquí.
Y p a r a e n m e n d a r la locura d e estos salió
otro g e o m é t r i c o p o n i é n d o s e e n p u n t o s c o n las º
ciencias, h a c i e n d o sus d o c e casas g o b e r n a d a s
p o r el i m p u l s o d e la m a n o y rayas, á imitacion
d e los d e d o s , c o n supersticiosas palabras y o r a
ciones: y l u e g o d e s p u e s d e s u m a d o s ; sus pares
nones, sacando juez y testigos, c o m e n z a
b a á quere r p r o b a r q u á l era el astrólogo m a s
ciert o y si d i x e ra m a s pun tual, ac ertára, p u e s es
s u ci encia d e p u n t o , c o m o calza sin n i n g u n f u n
d a m e n t o , a u n q u e pes e á P e d r o A l b a n o , q u e
e r a u n o d e los q u e allí e s t a b a n a c o m p a ñ a n d o
á C o r n e l i o A g r i p a , ( q u e c o n u n a a l m a ardia,
e n q u a t r o c u e r p o s d e sus obras mald itas y d e s
c o m u l g a d a s ) f a m o s o hechicero. T r a s este ví c o n
s u Poligrafi a y Este nografia á T r i m e n i o ; q u e así
l l a m a n al a utor d e aquellas o b r a s e scandalosas,
m u y enojado c o n C a r d a n o , q u e estaba e n f r e n
t e , p o r q u e d i x o m a l d e él s o l o , y s u p o ser
m a y o r mentiroso en sus libros d e Subtilitate,
p o r hechizos d e viejas q u e e n ellos juntó, Julio
C e s a r Escalígero se estaba a t o r m e n t a n d o p o r
o t r o lado e n sus Eacercitaciones, mientras p e n
s a b a las d e s v e r g o n z a d a s mentiras q u e escribió
d e H o m e r o , y los testimonios q u e le levantó p o r
l e v a n t a r á Virgilio A r a s , h e c h o idólatra d e M a
r o n . E s t a b a r i é n d o s e d e sí m i s m o A r t e s i o c o n
su M á g i c a , h a c i e n d o las tablillas p a r a e n t e n
d e r el l e n g u a g e d e las aves. Y . C h e c o d e A s
coli m u y triste y p e l á n d o s e las b a r b a s , p o r q u e
tras tanto experimento disparatado n o podia h a
- - llar
L a s Z a h u r a d a s d e P l u t o n . 7 7
llar nuevas necedades q u e escribir. Teofrasto P a
racelso estaba quejándose del tiempo q u e h a
bia g a s t a d o e n la a l q u i m i a ; p e r o c o n t e n t o e n
h a b e r escrito m e d i c i n a y m á g i c a , q u e n a d i e la
e n t e n d i a , y h a b e r llenado las i m p r e n t a s d e p u
llas á vuelta d e m u y a g u d a s cosas. Y detras d e
t o d o s e s t a b a H u b e q u e r el P o r d i o s e r o , v e s t i d o
d e los andrajos d e todos q u a n t o s escribieron m e n
tiras y d e s v e r g ü e n z a s , hechizos y s u p e r s t i c i o
n e s , h e c h o s u libro u n G i n e b r a d e M o r o s , G e n
tiles y Christianos. Alli estaba el secreto autor
d e la C l a v i c u l a S a l o m o n i s , y el q u e le i m p u t ó
los sueños. ¡ O c ó m o se abrasaba burlado d e
v a n a s y necias oraciones el h e r e g e q u e h i z o el
libro A d v e r s u s o m n i a pericula m u n d i ! ¡ q u é b i e n
ardia el C a t a n y las o b r a s d e R a c e s E s t a b a
Taisnerio c o n su libro d e Fisonomias y m a n o s
p e n a n d o p o r los m u c h o s h o m b r e s q u e habia
v u e l t o locos c o n sus disparates; y reíase s a
b i e n d o el bellaco q u e las fisonomias n o se p u e
d e n sacar por ciertas d e particulares rostros d e
h o m b r e s ; q u e ó por m i e d o ó por n o poder, n o
m u e s t r a n sus ínclinaciones, y las r e p r i m e n , s i
n o solo d e rostros y caras de Príncipes y S e
ñ o r e s sin superior, e n q u i e n las inclinaciones
n o r e s p e t a n n a d a p a r a m o s t r a r s e . E s t a b a l u e
g o u n triste a u t o r c o n s u s rostros y m a n o s , y
los brut os, concertand o p o r las caras la simi li
t u d d e las costumbres. A E s c o t o el Ital iano ví
allá, n o po r hechicero y m á g i c o , sin o po r m e n
tiroso y em bustero. H a b i a otra gran tr opa, y
-
¿ sin d u d a m u c h a gente, p o r q u e ¿
l a
y.
8 L a s Z a h u r d a s d e P l u t o n .
bia g r a n d e s c a m p o s vacios; y n a d i e estaba c o n
justicia entre t o d o s estos autores presos p o r h e
c h i c e r o s , si n o f u e r o n u n a s m u g e r e s h e r m o s a s ,
p o r q u e sus caras lo fueron solas e n el m u n d o .
V e r d a d e r o s hechizos Q u e las d a m a s solo s o n
v e n e n o d e la vida, q u e p e r t u r b a n d o las p o t e n
c i a s , y o f e n d i e n d o los ó r g a n o s á la vista, s o n
causa, d e q u e la v o l u n t a d quiera p o r b u e n o lo
q u e ofendidas las especies representan. V i e n
d o esto, d i x e entre m í , y a m e p a r e c e q u e v a
m o s l l e g á n d o n o s al quartel d e esta gente.
D í m e priesa á llegar allá, y al fin a s o m é
m e á parte d o n d e sin favor particular del c i e
lo n o se podia decir lo q u e habia. A la p u e r t a
estaba la justicia e s p a n t o s a , y e n la s e g u n d a
e n t r a d a el vicio d e s v e r g o n z a d o y s o b e r b i o , la
malicia ingrata é i g n o r a n t e , la i n c r e d u l i d a d r e
soluta y ciega, y la inobediencia bestial y d e s
bocada. Estaba la blasfemia insolente y tirana
llena d e sangre ladrando por cien bocas, y v e r
t i e n d o v e n e n o p o r todas, c o n los ojos a r m a d o s
d e l l a m a s a r d i e n t e s . G r a n d e h o r r o r m e d i ó e l
u m b r a l . E n t r é , y v í á la p u e r t a la g r a n s u m a
d e hereges antes d e Christo. Estaban los O f i
teos, q u e se l l a m a n asi e n G r i e g o , d e la S e r
p i e n t e q u e e n g a ñ ó á, E v a , la q u a l v e n e r a r o n á
c a u s a d e q u e s u p i é s e m o s del bien y del m a l .
L o s C a i n a n o s , q u e alabaron á C a i n p o r q u e , c o
m o d e c i a n , sien do hijo del m a l prevaleció su
m a y o r fuerza co ntra Abel. E s t a b a Dotileo a r
d i e n d o c o m o u n h o r n o , el qual c r e y ó q u e se
-
habia d e vivir solo s e g u n la c a r n e , y n o s : 8 .
L a s Z a h u r d a s d e P l u t o n . 7 9
l a r e s u r r e c c i o n , p r i v á n d o s e á sí m i s m o ( i g n o
rante m a s q u e todas las bestias) d e u n b i e n tan
g r a n d e : pues q u a n d o fuera así q u e f u é r a m o s
solos ani males c o m o los otros p a r a m o r i r c o n
s o l a d o s , habian ios d e fingirnos etern idad á n o
sotros m i s m o s . Y así llama L u c a n o e n b o c a a g e
n a á los q u e n o creen la inmortalidad del a lma:
F a l i c e s e r r o r e s u o , d i c h o s o s c o n s u e r r o r , si e s o
fuera así q u e m u r i e r a n las a l m a s c o n los c u e r
P o s . M a l d i t o s , d i x e y o , ¿siguiérase q u e el a n i
m a l del m u n d o á q u i e n D i o s d í ó m e n o s discurso,
e s el h o m b r e , p u e s entiende al reves lo q u e
m a s i m p o r t a e s p e r a n d o inmortalidad? Y s e g u i r
se h a , q u e á la m a s n o b l e criatura d i ó m e n o s
c o n o c i m i e n t o y crió para m a y o r miseria la n a
turaleza , q u e D i o s n o : p u e s q u i e n sigue esa
o p i n i o n n o l o fie. E s t a b a l u e g o A s p a d , a u t o r d e
los Saduceos. L o s Fariseos estaban a g u a r d a n
d o al M e s i a s , n o c o m o D i o s , s i n o c o m o h o m
bre. E s t a b a n los Eliogaristas, Divictiáticos, a d o
radores del sol; p e r o los m a s graciosos s o n los
q u e v e n e r a n las ranas, q u e fueron plaga á F a
r a o n , p o r ser azote d e IDios. E s t a b a n los M u s
coritos h a c i e n d o ratonera al arca á p u r o raton
d e oro. E s t a b a n los q u e a d o r a r o n la m o s c a A c a
ronita. O z i a s , el q u e quiso pedir antes á u n a
m o s c a salud q u e á D i o s , p o r lo qual Elias le
castigó. E s t a b a n los Trogloditas , los d e la f o r
t u n a del cielo, los d e B a h a l , los d e Astarot,
los d e l í d o l o M o l o h , y T e m p h a n d e la A r a d e
T o p h e t , los Patooritas, hereges veraniscos d e
P o z o s , los d e la S e r p i e n t e d e metal. M entre ¿ . Q S
8 o L a s Z a h u r a d a s d e P l u t o n .
d o s s o n a b a n la b a r a u n d a y el llanto d e las J u
dias, q u e d e b a x o d e tierra e n las c u e v a s l l o r a
b a S a m a r e n su simu lacro. S e g u i a n los D a t h a
litas, l u e g o la Phit onisa a r r e m a n g a d a , y d e
tras los d e A s t h a r y A s t a r o t ; y al fin, los q u e
a g u a r d a b a n á H e r o d e s , y d e esto se l l a m a n
Herodianos. Y tuve á todos estos por locos y
m e n t e c a t o s . M a s llegué l u e g o á los h e r e g e s
q u e habia despues d e Christo allí ví á m u e h o s ,
c o m o M e n a n d r o , y S i m o n M a g o su maestro. E s
taba S a t u r n o i n v e n t a n d o disparates. E s t a b a e l
m a l d i t o B a s i l i d e s H e r e s i a r c a . E s t a b a N i c o l a s
A n t i o c h e n o , C a r p o c r a t e s y C h e r i n t o , y el i n
f a m e A b i o n . V i n o l u e g o V a l e n t i n i a n o , el q u e
d i ó p o r princ ipio d e t o d o el m a r y el silencio.
M e n a n d r o el m o z o d e S a m a r i a de cia q u e él
era el S a l v a d o r , y q u e ha bia caido del cielo, y
p o r imitarlo, decia detras del M o n t a n o Frigio,
q u e él era el Paracleto. Síguenle las d e s d i c h a
d a s Prisca y M a x i m i l a Heresiarcas. L l a m á r o n
le sus sequaces Catafriges, y llegaron á t a n
ta locuras q u e decian, q u e en ellos, y n o e n
los Apóstoles, vino el Espíritu Santo. E s t a b a N e
p o s O b i s p o , e n quien fue coroza la mitra, a f i r
m a n d o q u e los S a n t o s h a b i a n d e r e y n a r c o n
C h r i s t o e n la tierra m i l a ñ o s e n lascivias y r e
galos. V e n i a luego Sabino Prelado, herege A r
r i a n o , el q u e e n el Concil io N i c e n o l l a m ó i d i o
tas á todos aquel los q u e n o seguian á Arrio. D e s
p u e s e n miserab le lugar estaban a r d i e n d o p o r
sentencia d e C l e m e n t e Pon tifice M a x i m o , q u e
sucedió á Benedicto, los Templarios, primero
S a n
L a s Z a h u r d a s d e P l u t o n . 8 r
S a n t o s e n J e r u s a l e n , y l u e g o d e p u r o ricos,
idólatras y deshonestos. Y q u é fue ver á G u i l l e r
m o el hipócrita d e A m b e r s h e c h o p a d r e d e p u
tas, prefiriendo las rameras á las honestas, y
la fornicacion á la castidad. A los pies d e este
yacia Bárbara, m u g e r , del E m p e r a d o r S e g i s
m u n d o , l l a m a n d o neci as á las vírgenes , h a
b i e n d o hartas. Ell a (bá rbara c o m o s u n o m b r e )
servia d e E m p e r a t r i z á los d iab los , y n o es—
t a n d o harta d e del itos, ni a u n c a n s a d a ( q u e
e n esto quiso llevar la ventaja á M e s a l i n a ) -
oia q u e m o r i a el a l m a c o n el c u e r p o , y otras c o
sas bien dignas d e su n o m b r e .
F u i p a s a n d o p o r estos, y llegué á u n a p a r
te d o n d e es taba u n o solo arrinconado , y m u y
sucio, c o n u n zancajo m e n o s y u n chirlo
p o r la car a, l leno d e cencerros, y ardiendo
y blas fema ndo. ¿ Q u i é n eres tú, le pregunté,
q u e entre tantos m a l o s eres el p e o r ? Y o , d i
x o él, s o y M a h o m a , y deciaselo el tallecillo,
la cuchillada y los dijes d e arriero. T ú eres,
d i x e y o , el m a s m a l h o m b r e q u e h a h a b i d o ena
el m u n d o , y el q u e m a s a l m a s h a traido acá.
T o d o lo estoy p a g a n d o , d i x o , mientras los m a l
a v e n t u r a d o s A f r i c a n o s a d o r a n el z a n c a r r o n
ó z a n c a j o q u e a q u í m e falta. ¿ P i c a r o n , p o r q u é
v e d a s t e e l v i n o á l o s ¿ Y m e ¿
p o r q u e si tras las b o r r a c h e r a s q u e les d e x é e n
m i A l c o r a n les permitiera la del v i n o , t o d o s
f u e r a n borrachos. ¿ Y el tocino p o r q u é se lo
vedaste, perro, esclavo, descendiente d e A g a r ?
E s o hice por n o hacer
- -
al v i n o , a : sº . Q .
8 2 L a s Z a h u r d a s d e P l u t o n .
lo fuera c o m e r torreznos y b e b e r a g u a : a u n
q u e y o vino y tocino gastaba ; y quise tan m a l
á los q u e c r e y e r o n e n m í q u e a c á los quité la
gloria, y allá los perniles y las botas. Y ú l t i m a
m e n t e m a n d é q u e n o defendiesen m i ley p o r
r a z o n , p o r q u e n i n g u n a h a y , ni para o b e d e c e r
la ni p a r a sustentarla. Remitísela á las a r m a s ,
y metílos e n ruido p a r a t o d a la vida. Y el
s e g u i r m e tanta g e n t e n o es e n virtud d e m i
lagros, sino solo e n virtud d e darles la ley á
m e d i d a de sus apetitos, dándoles m u g e r e s p a
ra m u d a r , y por extraordinario deshonestidades
t a n feas c o m o las quisiesen; y c o n esto m e
s e g u i a n t o d o s ; p e r o n o se r e m a t ó e n m í t o d o
el d a ñ o , tiende por ahí los ojos y verás q u é
h o n r a d a g e n t e topas.
V o l v í m e á u n l a d o , y ví todos los H e r e g e s
d e a h o r a , y t o p é c o n Manichèo... ¡ O q u é ví d e
C a l v i n i s t a s a r a ñ a n d o á C a l v i n o Y e n t r e e s t o s
estaba el principal J o s e p h o Escaligero, p o r t e
n e r su p u n t a d e ateista, y ser tan blasfemo,
d e s l e n g u a d o , v a n o y sin juicio. A l c a b o e s t a
b a el maldito L u t e r o c o n su capilla y sus m u
geres, hinchado c o m o u n sapo y blasfemando;
y M e l a n c t o n c o m i é n d o s e las m a n o s tras sus h e
regias. E s t a b a el r e n e g a d o B e z a , m a e s t r o d e
G i n e b r a , l e y e n d o sentado en cátedra d e p e s t i
l e n c i a ; y allí lloré v i e n d o á H e n r i c o E s t e p h a
n o : preguntéle m o sé q u é d e la l e n g u a G r i e
g a , y estaba tal la s u y a q u e n o p u d o r e s p o n
d e r m e sino c o n b r a m i d o s . E s p á n t o m e , H e n r i
c o , d e q u e supieses nada. ¿ D e q u é re º r :C I l d
L a s Z a h u r d a s d e P l u t o n . 8 3 .
charon tus letras y agudezas M a s le dixera
si n o m e enterneciera la d e s v e n t u r a d a figura e n
q u e estaba el miserable p e n a n d o . Estaba a h o r
c a d o d e u n pie H e l y o h e o v a n o H e s s o , célebre
P o e t a c o m p e t i d o r d e M e l a n c t o n . ¡ O c ó m o
lloré m i r a n d o su gesto torpe c o n heridas y
golpes, y afeados c o n llamas sus ojos ! -
L l e g ó á m í el portero, y m e d i x o : L u c i
fer m a n d a , q u e p o r q u e tengais q u e contar e n
el otro m u n d o , q u e veais su camarin. E n t r é
allá; era u n a p o s e n t o m u y curioso y lleno d e
b u e n a s joyas ; tenia cosa d e seis ó siete mil c o r
n u d o s y otros tantos alguaciles manidos. ¿ A q u í
estais , dixe y o , c ó m o diablos os habia de h a
llar e n el i n f i e r n o , si e s t á b a d e s a q u í ? H a
bia pipotes d e m é d i c o s y muchísimos coronistas,
lindas piezas, aduladores d e m o l d e y c o n l i
-
... - ,
-
- F 2 - - C e n
8 4 L a s Z a h u r d a s d e P l u t o n .
c e n c i a ; y e n las q u a t r o esquinas estaban a r d i e n
d o p o r h a c h a s q u a t r o m a l o s pesquisido res; y t o
d a s las p o y a t a s ( q u e s o n los estantes) llenas d e
vírgene s rociadas , don cellas p e n a d a s c o m o
tazas ; y d i x o el d e m o n i o : doncellas s o n , q u e
s e v i n i e r o n al i n f i e r n o c o n las d o n c e l l e c e s f i a m
b r e s , y p o r cosa rara se g u a r d a n . Seguianse l u e
g o d e m a n d a d o r e s haciendo labor c o n diferen
tes s a y o s , y d e las á n i m a s ha bia m u c h o s , p o r
q u e p i d e n pa ra sí m i s m o s , y c o n s u m e n el los e n
v i n o q u a n t o le s d a n . H a b i a m a d r e s p ostizas
y t rastendera s d e sus sobrina s, y sueg ras d e
s u s n u e r a s . P o r m a s c a r o n e s al r e d e d o r e s t a b a e n
u n a p e a n a Sebastian Gertel, G e n e r a l e n lo d e
A l e m a n i a contra el E m p e r a d o r , tras h a b e r sido
alabardero suyo.
N o acabara y o d e contar lo q u e ví e n
-
e l c a m i n o si l o h u b i e r a d e d e c i r t o d o . S a l í
m e f u e r a , y q u e d é c o m o e s p a n t a d o repiti endo
c o n m i g o estas cosas. S o l o p i d o á q u i e n las l e y e
r e las lea d e suerte q u e el crédito q u e les d iere
l e sea p r o v e c h o s o para n o e x p e r i m e n t a r ni v e r
e stos lugares. Certificando al lector, q u e n o p r e
t e n d o e n ello n i n g u n escándalo ni reprehens ion,
s ino d e los vicios: p u e s decir d e los q u e está n e n
e l infierno n o p u e d e tocar á los buenos. A c a b é
este discurso en el Fresno á postrero d e Abril
d e 1 6 o 8 . -
8;
2 - 3 - 2 - 3 - 2 - 3 - 2 - 3 - 8 - 3 - 2 - 3 - 3 - e - 2 , 6 - 3 ,
E L M U N D O P O R D E D E N T R O .
A D o N P E D R o G I R o N , D v Q U E D E o s o N A ,
M a r q u e s d e Peñafiel , C o n d e d e U r e ñ a .
E s t a s burlas, q u e llevan e n la risa d i s i m u
l a d o a l g u n m i e d o p r o v e c h o s o , e n v i o para q u e
V . E. se divierta d e grandes ocupaciones a l
g u n rato. P e q u e ñ a es la d e m o s t r a c i o n , m a s y o
n o p u e d o dar m a s : y solo m e consuela v e r
q u e la g r a n d e z a d e V . E . á m u c h o m e n o s h a
ce honra y merced. E n la A l d e a , Abril 2 6
d e 1 6 1 o . .
D o n Francisco d e Q u e v e d o Villegas.
3 - 3 - 2 - 3 - 2 - 3 - 3 , 3 - 2 - 3 - 3 - 3 - 3 - 3 , 3 - 3 - 2 -
A L L E C T O R , c o M o D r o s M E L o D E P A R E ,
c á n d i d o ó p u r p u r e o , pio o c r u e l , b e n i g n o
l º º A - Aº e A - -
-
ó s i n s a r n a .
A l 8 7
L e c t o r .
r e b i e n , agradécelo á lo p o c o q u e sabes, p u e s
d e tan m a l a cosa te contentas. Y si te p a r e
ciere m a l o , culpa m i ignorancia en escribirlo,
y la t u y a e n esperar otra cosa d e mí. D i o s
te libre, lector, d e prólogos largos y d e m a
los epitetos.
D I s c U R so.
E s n u e s t r o d e s e o s i e m p r e
p e r e g r i n o e n las
cosas d e esta v i d a , y así c o n v a n a solic itud
a n d a d e u n a s e n otras sin saber hal lar pa tria
ni d e s c a n s o : aliméntase d e la v a r i e d a d , y d i
viértese c o n ella tiene p o r exercicio el a p e
tito, y este nace d e la ignorancia d e las c o
sas, p u e s si las c o n o c i e r a q u a n d o codicioso y
d e s a l e n t a d o las b u s c a , así las a b o r r e c i e r a c o
m o q u a n d o arrepentido las d e s p r e c i a ; y es
d e considerar la fuerza g r a n d e q u e tiene, p u e s
p r o m e t e y p e r s u a d e tanta h e r m o s u r a e n los
deleytes y g u s t o s , lo qual d u r a solo e n la p r e
tension d e ellos: p o r q u e e n llegando qualquiera
á ser p o s e e d o r es j u n t a m e n t e descontento.
m u n d o q u e á nuestro d e s e o sabe la c o n d i
cion para lisonjearla, p ó n ese delante m u d a
ble y vario , porque la n o v e d a d y d i f e r e n
cia es el afeyte c o n q u e m a s n o s atrae: c o n
e s t o acaricia n u e s t r o s d e s e o s : llévalos tras sí,
ellos á nosotros, (sea p o r todas las e x p e
riencias m i suceso) p u e s q u a n d o m a s a p u r a d o
m e h a b i a d e t e n e r el c o n o c i m i e n t o d e e s t a s c o
sas, m e hallé t o d o e n p o d e r d e la confusion
F 4 p o
8 8 E l M u n d o p o r d e d e n t r o .
p o s e i d o d e la v a n i d a d , d e tal m a n e r a q u e e n
la gran poblacion del m u n d o (perdido y a ) c o r
r i a , d o n d e tras la h e r m o s u r a m e l l e v a b a n los
ojos, y á d o n d e tras la conversacion los amigos,
d e u n a calle e n otra h e c h o f á b u l a d e t o d o s :
y e n lugar d e desear salida al laberinto , p r o
c u r a b a q u e se m e alargase el engaño. Y a p o r
la calle d e la ira d e s c o m p u e s t o seguia las p e n
dencias, pisando sangre y heridas. Y a p o r la
d e la g u l a veia r e s p o n d e r á los brindis t u r b a
d o s : al fin d e u n a calle e n otra a n d a b a (siendo
infinitas) d e tal m a n e r a c o n f u s o , q u e la a d
m i r a c i o n a u n n o d e x a b a sentido para el c a n
sancio; q u a n d o l l a m a d o d e unas g r a n d e s y d e s
compuestas voces, y tirado m u y porfiadamente
del m a n t e o , volví la cabeza. E r a u n viejo
venerabl e e n sus c a n a s , m a l t r a t a d o , y roto
p o r m u c h a s partes el vestido y p i s a d o : n o
p o r eso ridículo, antes m u y severo y digno d e
respeto. ¿ Q u i é n eres, dixe, q u e así te c o n f i e
sas envidioso d e mis gustos? D é x a m e , q u e s i e m
p r e los ancianos teneis p o r c o s t u m b r e a b o r r e
cef en los m o z o s los placeres y deleytes, n o
q u e los dexais d e vuestra v o l u n t a d , sino q u e
p o r fuerza os quita el t i e m p o . T ú vas y y o v e n
g o , d e x a m e g o z a r y ver el m u n d o . D e s m i n t i e n
d o s u s s e n t i m i e n t o s r i é n d o s e , d i x o : n o te e s t o r
b o ni te envidio lo q u e deseas, antes te tengo
lástima. ¿ T ú p o r v e n t u r a sabes lo q u e vale u n
dia? ¿entiendes d e quánto precio es una h o
r a ? ¿ h a s e x á m i n a d o el valor del t i e m p o ? C i e r
to es q u e n o , p u e s así alegre le dexas ¿
- - l l
E l M u n d o p o r dedentr o. 8 9
h u r t a d o d e la hora, q u e fugitiva y secreta te
lleva preciosís imo r obo. ¿ Q u i é n te ha dicho
q u e lo q u e y a fue volv erá q u a n d o lo , hayas
m e n e s t e r si l o l l a m a r e s ? D i m e , ¿ h a s v i s t o a l
g u n a s pisadas d e los dias? N o p o r cierto, q u e
ellos solo vu e l v e n la c a b e z a á reirse y b u r l a r
se d e los q u e así los d e x a r o n pasar. Sabete q u e
la m uerte y ellos están e slabonados e n u n a
cade na, y q u e q u a n d o m a s c a m i n a n los dias q u e
- v a n delante d e tí, tiran ácia tí y te a c e r c a n
á la m u e r t e , q u e q u i z á la a g u a r d a s , y es y a l l e
g a d a : y s e g u n v i v e s , antes será p a s a d a q u e c r e i
d a . P o r u e c i o t e n g o al q u e t o d a la v i d a se m u e
re d e m i e d o q u e se h a d e m o r i r y p o r m a l o
a l q u e v i v e t a n s i n m i e d o d e e l l a , c o m o si n o
la hubiese, q u e este lo viene á temer q u a n d o lo
p a d e c e , y e m b a r a z a d o c o n el t e m o r , ni halla
r e m e d i o á la v i d a n i c o n s u e l o á s u fin. C u e r
d o es solo el q u e vive c a d a dia c o m o q u i e n c a
d a dia y cada hora p u e d e morir. Eficaces p a
labras tienes, b u e n viejo, traidome has el a l m a
á m í , q u e m e la llevaban e m b e l e s a d a v a n o s
deseos. ¿ Q u i é n eres, d e d ó n d e y q u é hac es
¿ aq uí? M i hábito y trage dice q u e s o y h o m
re d e bien, y a m i g o d e decir verd ades, en lo
roto y p o c o m e d r a d o . Y lo peor q u e tu vi da t ie
n e e s n o h a b e r m e v i s t o la c a r a h a s t a a h o r a .
Y o s o y el d e sengaño; es tos rasgone s d e la r o
p a son de los tirones q u e d a n de m í los q u e d i
c e n e n el m u n d o q u e m e qui eren: y estos c a r
denales del ro stro, estos gol pes y co ces m e d a n
en llegando p o r q u e vine y porque m e vaya,
* , q u e
9 o E l M u n d o por dedentro. • .
E n
esto llegamos á la calle m a y o r , ví
t o d o el c o n c u r s o q u e el viejo m e ¿ p r o
metido. T o m a m o s puesto conveniente para r e
gistrar lo q u e ¿ u n e n t i e r r o e n e s
t a f o r m a . V e n i a n envaynados e n u n o s s a y o s
grandes d e diferentes colores unos pícaros, h a
ciendo una taracea d e mullidores. Pasó esta requa
í n c e n s a n d o c o n las c a m p a n i l l a s ; seguian los
m u c h a c h o s d e la D o c t r i n a , m e n i n o s d e la m u e r
te y lacayuelos del atahud, chirriando la cala
vera. Seguianse luego d o c e galloferos, h i p ó c r i
. a 8
,
9 4 E l M u n d o por dedentro,
tas d e la p o b r e z a , c o n d o c e hachas, a c o m p a
ñ a n d o el c u e r d o y a b r i g a n d o á los d e la c a p a c h a ,
q u e h o m b r e a n d o testificaban el d e s o d e la d i
funta. Detras seguia larga procesion de amigos
q u e a c o m p a ñ a b a n e n la tristeza y luto al viudo,
q u e a n e g a d o en c a p u z d e bayeta y d e b a n a d o
e n u n a c h i a , perdido, el rostro e n la falta d e
u n s o m b r e r o , d e suerte q u e n o se le p o d i a n
hall ar los ojos : corbos é i m p e d i d o s los p a
sos c o n el peso d e diez arrobas d e cola q u e
arrastraban, iba t a r d o y perezoso. L a s t i m a d o
d e este e s p e c t á c u l o , d i c h o s a m u g e r , d i x e , (si l o
p u e d e ser a l g u n a e n la m u e r t e ) p u e s hallaste m a .
ri do q u e pasó c o n la fe y el a m o r m a s allá d e
la vida y sepu ltura : y di choso viudo q u e h a
ha llado tales a migos, q u e n o solo a c o m p a ñ a n s u
se ntimi ento, pero pa rece q u e le v e n c e n e n él;
¿ n o ve s q u é tristes v a n y suspensos? El v i e
jo m o v i e n d o la c a b e z a y s o n r i é n d o s e , dixo:
be, o
, eso t o d o es por fuerza, y p a r e
ce así; pero ahora lo verás por dedentro, y v e
rás c o n q u a n t a v e r d a d el ser d e s m i e n t e á las
apariencias. V e s aquellas luces, campanillas y
mullidores, y t o d o este a c o m p a ñ a m i e n t o p i a d o
so, q u e es refugio christiano y limosnero, e s
to es saludables ; m a s las bravatas q u e en los
t ú m u l o s sobrescriben podricion y g u s a n o s , se
podrian excusar : e m p e r o tambien los muertos
tienen su vanidad, y los difuntos y difuntas
s u soberbia. A l l í n o v a sino tierra d e m e n o s fruto,
y m a s e s p a n t o s a d e la q u e p i s a s , p o r sí n o
merecedora d e alguna h o n r a , ni a u n d e ser
- -
c u l
E l M u n d o p o r d e d e n t r o . 9 5
cultivada c o n a r a d o ni a z a d o n . ¿ V e s aquellos
viejos q u e llevan las hachas? p u e s algunos n o
las atizan para q u e atizadas alumbren m a s , s i
n o p o r q u e atizadas á m e n u d o se derritan m a s ,
y ellos hurten m a s cera para vender. Estos son
los q u e á la sepultura h a c e n la salva e n el d i
f u n t o y difunta; p u e s antes q u e ella lo c o m a
n i lo p r u e b e , c a d a u n o le h a d a d o u n b o c a
d o a r r a n c á n d o l e u n real ó d o s ; m a s c o n t o d o
esto tiene el valor d e la limosna. ¿ V e s la t r i s
t e z a d e los a m i g o s ? p u e s t o d o es d e ir e n el
entierro, y los c o n v i d a d o s v a n d a d o s al d i a
b l e c o n los q u e los c o n v i d a r o n , q u e quisieran
m a s pasearse ó asistir á sus negocios. A q u e l q u e
habla d e m a n o c o n el otro le va d i c i e n d o , q u e
c o n v i d a r á entierro y á misa catanos d o n d e se
ofrece q u e n o se p u e d e hacer c o n u n a m i g o , y q u e
el entierro solo es convite para la tierra , p u e s
á ella s o l a m e n t e llevan q u e c o m a . E l v i u d o n o
v a triste del caso y v i u d e z , sino d e ver q u e p u
d i e n d o él h a b e r e n t e r r a do á su m u g e r e n u n m u
l a d a r y sin costa y fiesta n i n g u n a , le h a y a n m e
tido e n s e m e j a n t e b a r a h u n d a y gasto d e c o f r a
días y cera; y entre sí dice q u e le d e b e p o c o ,
q u e y a q u e se habia d e m o r i r p u d i e r a haberse
u n u e r t o d e r e p e n t e , sin gastarle e n médicos,
b a r b e r o s , ni boticarios, y n o dexarle e m p e ñ a d o
e n Xaraves y p ó c i m a s . D o s h a e n t e r r a d o c o n e s
t a , y es tanto el g u s t o q u e recibe d e e n v i u
d a r , q u e v a y a t r a z a n d o el c a s a m i e n t o c o n u n a
a m i g a q u e h a tenido ; y fiado en su mala c o n
dicion y e n d e m o n i a d a vida piensa doblarla el
. . º . C º l
9 6 E l M u n d o por dedentro.
c a p u z por p o c o tiempo. Q u e d é espantado d e
v e r t o d o esto ser así, d i c i e n d o q u é diferentes
s o n las c o s a s d e l m u n d o d e c o m o las v e m o s !
d e s d e h o y perderán c o n m i g o t o d o el crédito
m i s ojos, y nada creeré m e n o s d e lo q u e v i e
r e . P a s ó p o r n o s o t r o s el e n t i e r r o c o m o si n o
hubiera d e pasar p or nosotros tan b r e v e m e n t e :
y c o m o si a q u e l l a d i f u n t a n o n o s f u e r a e n s e ñ a n
d o el c a m i n o , y m u d a n o n o s dixera á todos:
delante v o y , d o n d e a g u a r d o á los q u e quedais
a c o m p a ñ a n d o á otros, y q u e y o ví pasar c o n
ese p r o p i o descuido.
Apartónos d e esta consideracion el r u i d o
q u e a n d a b a en u n a casa á nuestras espaldas,
entramos dentro á ver lo q u e fuese, y al t i e m
p o q u e sintieron gente, c o m e n z ó u n plañido
á seis v o c e s d e m u g e r e s q u e a c o m p a ñ a b a n u n a
viuda. E r a el llanto m u y a u t o r i z a d o , p e r o p o
c o provechoso al difunto sonaban p a l m a d a s
d e rato e n rato, q u e parecia p a l m e a d o d e d i s
ciplinantes. Oíanse unos sollozos estirados e m
butidos d e suspiros, p u j a d o s por falta d e g a
na. L a casa estaba d e s p o j a d a , las paredes d e s
n u d a s , la c u i t a d a e s t a b a e n u n a p o s e n t o o b s
curo sin luz ninguna, lleno d e vayetas, d o n
d e lloraban á tiento. U n a s d e c i a n a m i g a , n a
d a se r e m e d i a c o n llo rar; otras sin d u d a g o
z a d e D i o s ; q u a l la a n i m a b a á q u e se c o n f o r
m a s e c o n la v o l u n t a d del Señor . Y ella l u e g o
c o m e n z a b a á soltar el trapo, y llorando á c á n
taros, decia: ¿para q u é quiero y o vivir sin f u
lano? D e s d i c h a d a nací, pues n o m e q u e d a á
q u i e n
E l M u n d o p o r ded entra. 9 7
q u i e n volver los ojos. ¿ Q u i é n ha d e a m p a r a s
á una pobre m u g e r sola y aquí plañian tor
das c o n ella, y a n d a b a una sonadera d e n a r i
ces q u e se undia la quadra. Y e n t o n e e s a d
vertí q u e las m u g e r e s se p u r g a n e n u n p é s a
m e d e estos, p u e s p o r los ojos y las narices
e c h a n q u a n t o mal tienen. E n t e r n e c í m e , y d í
x e : q u é lástima tan bien e m p l e a d a es la q u e
se tiene á u n a v i u d a ; pues p o r sí u n a m u
g e r es sola, y v i u d a m u c h o m a s : y así su n o m
b r e es d e m i u d a s sin l e n g u a , q u e eso significa
la v o z q u e dice yiuda en H e b r e o , pues ni
tiene q u i e n h a b l e p o r ella , ni a t r e v i m i e n t o , y
c o m o se ve sola para hablar, y a u n q u e hable,
c o m o n o la o y e n , lo m i s m o es q u e ser m u d a s ,
y peor. Esto re media n co n meterse du eñas, pues
e n siéndolo hab lan d e m a n e r a , q u e d e lo q u e
las sobra p u e d e n ha blar todos los m u d o s , y
brar palabras para los tartajosos y pausados.
m a r i d o m u e r t o l l a m a n el q u e p u d r e ; m i r a d
q u a l e s s o n estas: y si m u e r t o , q u e ni las asiste,
ni las g u a r d a , ni las a c e c h a , dicen q u e p u
d r e , ¿ q u é dirán q u a n d o vivo hacia t o d o esto?
E s o , r e s p o n d í , es malicia q u e se verifica e n
-algunas , m a s todas s o n : u n género, f e m e n i n o
d e s a m p a r a d o , y tal c o m o a q u í se representa
.e n esta d e s v e n t u r a d a m u g e r . D e x a d m e , dixe al
v i e j o , llorar s e m e j a n t e d e s v e n t u r a , y juntar m i s
lágrimas á, las d e estas m u g e r e s . E l viejo a l g o
e n o j a d o d i x o : ¿ ahora lloras d e s p u e s d e h a b e r
h e c h o ostenracion v a n a d e tus estudios, y m o s
trandote d o c t o y teólogo q u a n d o era menester
G . m o s »
9 8 E l M u n d o p o r dedentro.
mostrarte prudente ? N o aguardaras á q u e y o
te hubiera d e c l a r a do estas cosas p a r a v e r c o
m o m e r e c i a n q u e se h a b l a s e d e ellas. ¿ M a s q u i é n
h a b r á q u e d e t e n g a la sentencia y a i m a g i n a d a
e n la b o c a ? N o es m u c h o q u e n o sabes otra
c o s a , y q u e á n o ofrecerse la viuda te q u e
d a b a s c o n t o d a tu ciencia e n el e s t ó m a g o . N o es
fil ósofo el q u e sabe d o n d e está el tesoro, s ino
el q u e trabaja y le saca ni a u n ese lo es del t o
d o , sino el q u e despues d e pos eido usa bien d e
él. ¿ Q u é importa q u e sep as dos chistes y dos l u
g a r e s , si n o tienes p r u d e n c i a para a c o m o d a r l o ?
O y e , verás esta viuda q u e por defuera tiene u n
c u e r p o d e responsos, c o m o por dedentro tiene
u n a á n i m a d e aleluyas , las tocas negras y los
pensamientos verdes. V e s la obscuridad del
a p o s e n t o , y el estar cubiertos los rostros c o n
el m a n t o ; p u e s es p o r q u e así c o m o n o las p u e
d e n ver c o n hablar u n p o c o g a n g o s o , escupir
y remedar sollozos, hace u n llanto c asero y
¿ teniendo los ojos hechos u n a yesc a.
¿Quiéreslas consolar º pues déxalas solas y b a y
larán e n n o habiendo c o n quien cump lir, y
- l u e g o las a m i g a s h a r á n su oficio: q u e d a í s m o
z a , y es malograros; h o m b r e s habrá q u e os e s
timen; y a sabeis quien es fulano, q u e q u a n d o
i n o supla la falta de l q u e es tá e n la gloria, & c .
O t r a s , m u c h o de bei s á D o n P e d r o , q u e os a c u
dió e n este trabaj o ; n o sé q u é m e s o s p e c h e , y
e n v e r d a d q u e si hub iera d e ser a l g o , q u e p o r
- q u e d a r t a n niña os será f orzoso. Y e n t o n c e s
la viuda m u y
"... -
recoleta d e ojos y muy aire. C l 2
E l M u n d o p o r dedeutro, 9 9
d a d e b o c a , dice: n o es ahora tiempo d e eso,
á cargo d e D i o s está; él lo hará si v i e r e q u e
conviene. Y advertid, q u e el dia d e la ¿
es el dia q u e m a s c o m e n estas viudas, p o r q u e
ara a n i m a r l a , n o entra n i n g u n a q u e n o le d é
u n trago y le hace c o m e r u n b o c a d o , y ella
lo c o m e diciendo ; t o d o se vuelve p o n z o ñ a ; y
m e d i o m a s c a n d o dice ¿ q u é provecho p u e d e
h a c e r esto á la a m a r g a v i u d a q u e estaba h e c h a
á c o m e r á m e d i a s todas las cosas y c o n c o m
p a ñ í a , y ahora se las habrá d e c o m e r todas e n
teras sin dar parte á nadie d e p u r o desdichada?
M i r a , pues, siendo esto así, q u e á propósito
y i e n e n tus e x c l a m a c i o n e s ,
A p e n a s esto dixo el viejo, q u a n d o a r r e
batados de unos gritos ahogados en vino d e
gran ruido d e gente, salimos á ver q u é f u e
s e , y era u n alguacil, el q u a l c o n solo u n p e d a z o
d e vara e n la m a n o y las narices ajadas, d e s
h e c h o el cuello, sin s o m b r e r o y e n c u e r p o , i b a
p i d i e n d o favor al R e y , favor á la Justicia, tras
u n ladron q u e en seguimiento d e u n a Iglesia
( y no de puro buen christiano) iba tan ligero
c o m o pe d i a la necesidad y le m a n d a b a el m i e
d o . A t r á s , c e r c a d o d e g e n t e , q u e d a b a el e s c r i
b a n o lleno d e lodo, c o n las caxas e n el b r a n
z o izquierdo escribiendo sobre la rodilla. Y n o .
té q u e n o h a y cosa q u e crezca, tanto e n tan
p o c o tiempo c o m o culpa e n poder d e escriba
n o , p u e s e n u n instante tenia u n a r e s m a al c a
b o . P r e g u n t é la c a u s a del a l b o r o t o ; d i x e r o n q u e
aquel h o m b r e q u e huia era r , del alguacil,
- 2 y
y r Q O O E l M u n d o por dedentro.
q u e le fió n o sé q u é secreto t o c a n t e e n d e
ito, y por n o dexarlo á otro q u e lo hiciese q u i
s o él asirle. H u y ó s e l e d e s p u e s d e h a b e r l e d a d o
m u c h a s p u ñ a d a s : y v i e n d o q u e venia a l g u n a
gente, e n c o m e n d ó s e á sus pies, y fuése á dar
c u e n t a d e sus negocios á u n reta blo. E l e s c r i -
º v
“ ” , º ... - G 3
s :El e l - . E c )
Y o 2 E l M u n d o p o r dedentro.
c h o s : p e r o d e sí el oficio es c o n los b u e n o s
c o m o la m a r c o n los m u e r t o s , q u e n o los c o n
siente, y dentro d e tres dias los echa á la o r i
lla. Bien m e par ece á m í u n escribano á c a b a
llo y u n alguacil c o n cap a y gorra h o n r a n d o
u n o s azotes c o m o p udier a u n bautismo , d e
trás d e una sarta d e ladr oñes q u e azotan : ,p e
ro siento q u e q u a n d o el pregonero dice á e s
tos h o m b r e s p o r ladrones, s u e n a el e c o e n la
v a r a del alguacil y e n la p l u m a del escribano.
M a s d i x e r a si n o le d e t u v i e r a la g r a n d e
za con que un h o m b r e rico iba en una c a r
roza, tan hinchado que parecia porfiaba á s a
carla d e husillo, pretendiendo parecer tan g r a
v e q u e á las quatro bestias a u n se lo parecia,
s e g ú n el espacio c o n q u e andaban. Iba m u y
derecho preciándose d e espetado, escasó d e
ojos, y avariento d e miraduras, a h o r r a n d o
cortesías c o n todos, su m i d a la cara en u n c u e
llo abierto hácia arr iba , q u e parecia vela e n p a
pel , y tan olvidado d e sus conjuntu ras q u e n o
sabia p o r d o n d e volverse á h a c e r u n a c o r t e
sía, ni levantar el b r a z o á quitarse el s o m b r e r o ,
el qual parecia m i e m b r o segun estaba fixo y fir
m e . C e r c a b a n el c o c h e cantidad d e criados t r a i
d o s c o n artificio , entretenidos c o n p r o m e s a s
y sustentados con esperanzas. Otra parte iba d e
a c o m p a ñ a m i e n t o d e a c r e e d o r e s , c u y o crédito
sustent ab a t oda a quell a máq uina. Iba u n b u f o n
e n el co che entr eteni éndole . P a r a tí se hizo el
m u n d o , di xe y o lueg o q u e le v í , q u e tan d e s
cuidad o viv es y c o n tanto descanso y g r a n d e
- - - z a s
E l M u n d o por dedentro. i e 3
za. ¡ Q u é bien e m p l e a d a hacienda q u é lucida!
i y c ó m o representa bien quien es este c a b a
llero! T o d o q u a n t o piensas, d i x o el viejo, es
disparate, y mentira quanto dices, y solo a c i e r
tas e n decir q u e el m u n d o solo se hizo p a
ra este : y es v e r d a d , p o r q u e el m u n d o es s o l o
trabajo y v a n i d a d ; y este es todo vanidad y
locura. ¿ V e s los caballos? p u e s c o m i e n d o le v a n
á vueltas d e la cebada y p a j a al q u e la fia á e s
t e , y p o r cortesía d e las execuciones tra e r o
pilla. M a s trabajo le cuesta la fábrica d e sus
e m b u s t e s para c o m e r q u e sí l o g a n a r a c a v a n
d o . ¿ V e s aquel b u f o n ? p u e s has d e adverti r q u e
tiene p o r b u f o n al q u e le sustenta y le d a lo
q u e tie ne. ¿ Q u é m a s miseria quieres d e estos
ricos q u e t o d o el a ñ o a n d a n c o m p r a n d o , m e n
tiras y a d u l a c i o n e s , y gastan sus haciendas e n
falsos testimonios? V a a q u e l tan c o n t e n t o p o r
q u e el t r u h a n le h a d i c h o q u e n o h a y tal P r í n
cipe c o m o él, y q u e todos los d e m a s son u n o s
e s c u d e r o s , c o m o si ello f u e r a así: y d i f e r e n
cian m u y p o c o , p o r q u e el u n o es juglar d e l
otro d e esta suerte el rico se rie c o n el b u f o n ,
y el b u f o n se rie del rico , , p o r q u e h a c e caso
d e lo q u e le lisonjea.
V e n i a u n a m u g e r h e r m o s a ¿ d e
:
E l M u n d o p o r dedentro. ro;
q u é talle t o d o s s o n causa d e perdicion y j u n
t a m e n t e disculpa del q u e se pierde p o r ella!
¿ Q u é m a s le q u e d a á la e d a d q u e decir, y al a p e
tito q u e desear ? D i x o el viejo trabajo tienes,
si c o n c a d a c o s a q u e v e s h a c e s esto. T r i s t e f u e
t u v i d a , n o naciste sino para a d m i r a d o . H a s t a
ahora te juzgaba por ciego, y ahora veo q u e
tambien eres loco; y echo d e ver q u e hasta
a h o r a n o sabes para lo q u e D i o s te d i ó los ojos,
ni qual es su oficio. Ellos h a n d e v e r , y l u e g o
la r a z o n h a d e j u z g a r y alegar: al reves lo
haces, ó nada haces, q u e es peor. Si te andas
á creerlos, p a d e c e r á s mil confusiones; tendrás
-
las sierras por azules, y lo grande por p e q u e ñ o ,
q u e la longitud y la p r o x i m i d a d e n g a ñ a n la
vista. ¡ Q u é rio caudaloso n o se burla d e
ella pues para saber hácia d o n d e corre es
m e n e s t e r u n a paja ó r a m o q u e se lo muestre.
¿Viste esa vision , q u e acostándose fea se h i z o
esta m a ñ a n a h e r m o s a ella m i s m a , y h a c e e s t r e
m o s grandes: P u e s sábete q u e las m u g e r e s lo p r i
m e r o q u e se visten e n d e s p e r t a n d o es u n a cara,
u n a g a r g a n t a y u n a s m a n o s , y l u e g o las s u
yas. T o d o q u a n t o ves e n ella es tienda y n o
natural. ¿ V e s el cabello ? pues c o m p r a d o es, y
n o c r i a d o ; las cejas tienen m a s d e a h u m a d a s
q u e d e n e g r a s : y si c o m o s e h a c e n cejas s e
hicieran las narices, n o las tuvieran : los d i e n
tes q u e v e s , y la b o c a era d e p u r o n e g r a u n
tintero, y á p u r o s polvos se h a h e c h o s a l v a
d e r a : la cera d e los oidos se h a p a s a d o á los
labios, y c a d a u n o es u n a candelilla las m a A
1 1 0 3 /
t c 6 E l M u n d o p o r dedentro. -
Sí es, decia el v e j e t e , c o n u n a v o z t r o m p l e a
d a e n toses y c o n juanetes d e gargajos: ella
es; m a s p o r d e b a x o d e la c u e r d a h a c e estas h a b i
l i d a d e s y a q u e l q u e e s t a b a allí t a n a j u s t a d o d e
ferreruelo, tan a t u f a d o d e trage , tan recoleto
d e rostro, tan angustiado d e ojos, tan mortifi
e a d o d e habla, q u e d a b a respeto y veneracion,
dixe y o , c ó m o n o h u b o pasado q u a n d o se d e s
cerrajó d e m o h a t r a s y d e usuras, m o n t e r o d e
necesidades q u e las a r m a t r a m p a s , y p e r p e t u o
vocinglero del tanto m a s q u a n t o , a n d a a z e c h a n
d o logros? Y a te h e dicho q u e eso es por d e
b a x o d e la cuerda. V á l g a t e el diablo p o r c u e r
da q u e tales cosas u r d e s . A q u e l q u e anda escri
b i e n d o billetes, son sacando virginidades, y s o
licitando deshonras, y faciltando m a l d a d e s , y o
l o c o n o c í á la orilla d e la c u e r d a d i g n i d a d g r a
vísima. P u e s p o r d e b a x o d e la c u e r d a tiene esas
o c u p a c i o n e s , r e s p o n d i ó m i a y o . A q u e l q u e a m
d a allí j u n t a n d o b r e g a s , a g u z a n d o p e n d e n c i a s ,
r e v o l v i e n d o caldos, a l i m e n t a n d o cizañas, y c a l i
ficando porfias, y d a n d o pistos á t emas d e s m a
y a d a s , y o lo ví fuera d e la c u e r d a revolviendo
libros, ajustand o leyes, e x á m i n a n d o la justicia,
o r d e n a n d o petic iones, d a n d o parec eres. ¿ C ó m o
h e d e e n t e n d e r estas c o s a s ? Y a t e lo h e d i c h o ,
d i x o el b u e n c a d u c o : ese p r o p i o p o r d e b a x o d e
la c u e r d a h a c e lo q u e v e s , tan al contrario d e
lo q u e profesa M i r a a q u e l q u e fuera d e la c u e r
d a viste á la b r i d a e n m u l a t a r t a m u d a d e paso,
c o n ropilla y ferreruelo y guantes, y receta d a n
d o x a r a b e s , qual a n d a a q u í á la brida º e
2
E l M u n d o p o r dedentro. 1 o 9
basilisco, c o n peto y espaldar, y c o n m a n o s
plas, repartiendo puñaladas d e tabardillos, y
c o n q u i s t a n d o las v i d a s , q u e allí p a r e c i a q u e
c u r a b a , aquí p o r d e b a x o d e la c u e r d a está e s
tirando las e n f e r m e d a d e s para q u e d e n d e sí
y se a l a r g u e n , y allí parecia q u e r e h u s a b a las
p a g a s d e las visitas. M i r a , m i r a aquel m a l d i t o
c o r t e s a n o , a c o m p a ñ a n t e perdurable d e los d i
c h o s o s , q u a l a n d a b a alií fuera á la vista d e a q u e l
m i n i s t r o m i r a n d o las z a l e m a s d e los otros p a r a
e x c e d e r l a s r e m a t a n d o las r e v e r e n c i a s e n d e s
a p a r e c i m i e n t o s tan b a x a s las h aci a, p o r puj ar
á otros la ceremonia, q u e t o c a b a n e n d e b u c e s .
¿ N o le viste s i e m p r e inclinada la c a b e z a c o m o si
recibiera b e n d i c i o n e s , y negoc ia r ( de p u r o h u
m i l d e ) á lo G u a d i a n o p o r d e b a x o d e tierra; y
a q u e l a m e n s o n o r o y anticipado á t o d o s los otros
v e r g a n t e s á q u a n t o el p a t r o n dice y contradice?
P u e s m i r a l e allí p o r d e b a x o d e la c u e r d a r o
y é n d o l e los z a n c a j o s , q u e y a se le v e el hueso,
abrasándole en chismes, maldiciéndole y e n g a
ñ á n d o l e , y v o l v i e n d o e n gestos y e n m u e c a s las
esclavitu des d e la lisonja, lo cari aconteci do del
s e m b l a n t e , y l as adulaciones m e n u d a s del coléo,
d e la b a r b a , y d e los entretenimie ntos d e la g e
ta: ¿vist e allá fuera aquel maridi llo d a r v o c e s
q u e u n d i a el barrio : cierren esa puerta ; q u é
c o s a es ventanas: n o quiero c o c h e : e n m i casa
m e c o m o calle y p a s e , q u e así h a g o y o , y t o
d o el séquito d e la n e g r a h o n r a ? P u e s m i r a
le p o r d e b a x o d e la cuerda encarecer c o n sus
desabrimientos los encierros d e su m u g e r , M i
- 1 2
I I O E l M u n d o p o r dedentro.
rale a m o d o r r i d o c o n una p r o m e s a y los n e g o
cios q u e se le o f r e c e n , q u a n d o le ofiecen, c o
m o v u e l v e á su casa c o n u n esquilon p o r tos t a n
sonora q u e se o y e á seis calles. ¡ Q u é calidad t a n
i n m e n s
a , y q u é honra halla en lo q u e c o m e
y e n lo q u e le sobra, y q u é nota e n lo q u e
pide y le falta! ¡ q u é s o s p e c h o s o es d e los p o
¿ , y q u é b u e n concepto tiene d e los d a d i
vosos y ricos! ¡ q u é á raiz tiene el c e ñ o d e los
q u e n o p u e d e n m a s , y q u é á propósito las
jornadas para los precipitados d e dádiva ¿ V e s
a q u e l b e l l a c o n a z o q u e allí está v e n d i é n d o s e p o r
a m i g o d e aquel h o m b r e casado , y a r r e m e t i é n
d o s e á h e r m a n o q u e ¿
á sus pleytos, y q u e le prestaba y le a c o m p a
¿ ? ¿ ¿ d e b a x o de la ¿
a ñ a d i é n d o l e hijos y e m b a r a z o s e n la c a b e z a
t r o m p i c o n e s e n el pelo. O y e c o m o r e p r e h e n d i é n
doselo aquel vecino, q u e parece mal q u e entre
á cosas semejantes e n casa d e su a m i g o d o n d e
le a d m i t e n y se fian d e é l , y le a b r e n la p u e r
ta á todas horas, él r e s p o n d e : ¿Pues q u é quereis
q u e v a y a d o n d e m e a g u a r d e n c o n u n a e s c o p e
t a ? N o se fien d e m í , y m e n i e g u e n la e n t r a
d a . E s o seria s e r n e c i o si e s t o t r o es ser b e l l a
c o . Q u e d é m u y a d m i r a d o d e oir al b u e n viejo,
y d e ver lo q u e pasaba p o r d e b a x o d e la c u e r
d a e n el m u n d o , y e n t o n c e s d i x e e n t r e m í : si á
tan delgada s o m b r a , fiando su cubierta del b u l
t o d e u n a c u e r d a , s o n tales los h o m b r e s , ¿ q u é s e
r á n d e b a x o d e tinieblas d e m a y o r b u l t o y l a - ,
titud?. r -
-
- E x
E l M u n d o por dedentro. I I I
E x t r a ñ a c o s a e r a d e v e r c o m o c a s i t o d o s
se v e n i a n d e la otra p a r t e d e l m u n d o á d e c l a
rarse d e c o s t u m b r e s e n e s t a n d o d e b a x o d e la
cuerda ; y luego á la postre ví otra maravilla,
u e s i e n d o esta c u e r d a u n a linea invisible, casi
d e b a x o d e ella cabian infinitas multitudes, y q u e
h a y d e b a x o d e cuerda en todos los sentidos y p o
tencias, y e n todas partes y e n todos oficios;
y y o lo v e o p o r m í , q u e a h o r a escribo este d i s
c u r s o , diciendo q u e es para entretener, y por
d e b a x o d e la cuerda d o y u n x a b o n m u y b u e n o
á los q u e p r o m e t í alhagos m u y sazonados, C o n
e s t o el viejo m e dixo: forzoso es q u e d e s c a n
s e s , q u e el c h o q u e d e tantas a d m i r a c i o n e s y
d e tantos d e s e n g a ñ o s fatigan el seso, y t e m o
s e te desconcierte la imaginacio n. R e p o s a u n
p o c o p a r a q u e ¿ q u e resta te e n s e ñ e y n o te
a t o r m e n t e . Y o tal estaba q u e dí c o n m i g o e n el
s u e ñ o , y e n el suelo obediente y cansado.
I 2
e e e º e s º e o e e e s e-e e s
v Is I T A D E L o s c H Is T es,
a D a Mirna riguera.
H a r o es q u e m e h a y a q u e d a d o algun d i s
curso despues q u e veo á V m d . , y creo q u e m e
d e x ó este p o r ser d e la m u e r t e . N o se l o d e d i
c o p o r q u e m e lo a m p a r e ; llévoselo y o p o r q u e
el m a y o r designio desinteresado es el m i o p a
ra la e n m i e n d a d e lo q u e p u e d e estar escrito
c o n algun desaliño, ó i m a g i n a d o c o n p o c a fe-.
y o á encarecer la i n v e n
l i c i d a d : n o m e a t r e v o
c i o n , p o r n o acreditarme d e invencionero. P r o
c u r a d o h e pulir el estilo y s a z o n a r la p l u m a c o n
c u r i o s i d a d . N i e n t r e la risa m e h e o l v i d a d o d e la
d o c t r i n a , sí m e h a n a p r o v e c h a d o el estilo y la
diligencia. L e r e m i t o á la c e n s u r a q u e V m d .
h i c i e r e d e él, si llega á m e r e c e r q u e le m i r e ; y
p o d r é y o decir entonces q u e s o y dichoso por
sueños. G u a r d e D i o s á V i n d . , q u e lo m i s m o h i
ciera y o . E n la prision y e n la torre á seis d e
Abril d e mil seiscientos veinte y dos,
/
A quien leyere.
. q u e r i d o q u e la m u e r t e a c a b e m i s d i s c u r
sos c o m o las d e m a s cosas ; querrá D i o s q u e t e n
g a
-
A quien leyere. I 1 3
g a b u e n a suerte. Este es el quinto s u e ñ o ; n o
-
m e q u e d a y a q u e s o ñ a r . Y si e n la V i s i t a d e
los chi stes n o despie rto, n o h a y q u e a g u a r d a r —
m e . Si te pareciere q u e y a es m u c h o s u e ñ o , p e r
d o n a a lgo la m o d o r r a q u e p a d e z c o , y s i n ó g u a r
d a m e el s u e ñ o , q u e y o se ré siet e d u r m i e n t e
d e las tales figuras. Va le.
d e m u g e r f l a c a , d e miserias lleno,
á b r e v e v i d a , c o m o flor traido, * .
L u e g o se s e g u i a n los cirujanos c a r g a d o s
d e p i n z a s , tientas, cauter ios, tixeras, n avajas,
s ierras , limas , tenazas y l a n c e t o n e s ; y entre
e llos se oia u n a v o z m u y dolorosa q u e decia:
c orta, a r r a n c a , a b r e , asier ra , d e s p e d a z a , pica,
p u n z a , agigota, rebana, descarna y abrasa.
D i ó m e g r a n t e m o r , y m a s verlos el p a l o t e a d o
q u e hacian c o n los cauterios y tientas: unos
h u e s o s se m e querian entrar d e m i e d o d e n t r o
d e otros, y h i c e m e u n obilo.
E n t a n t o v i n i e r o n u n o s d e m o n i o s c o n u n a s
c a d e n a s d e m u e l a s y dientes h a c i e n d o b r a g u e
ros: y en esto conocí q u e eran sacamuelas, el
oficio m a s mald ito del m u n d o , p u e s n o sir ven
sino d e d e s p o b l a r b o c a s y adela ntar la vej ez.
E s t o s c o n las m u e l a s a g e n a s y n o ver die nte
q u e n o quieran v e r antes e n s u collar q u e e n
las q u i x a d a s , desconfian á las g entes d e S a n t a
Polonia, levantan testimonios á las encias, y d e s
C l e s
Y
V i s i t a d e los c h i s t e s . I 1 9
e m p i e d r a n las bocas. N o h e tenido p e o r rato q u e
el q u e tuve e n ver sus gatillos andar tras d e los
d i e n t e s a g e n o s c o m o si f u e r a n r a t o n e s , y l u e
g o p e d i r d i n e r o s p o r sacar u n a m u e l a c o m o si la
p u s i e r a n .
¿ Q u i é n v e n d r á a c o m p a ñ a d o d e esta mal-,
dita canalla decia y o , y m e parecia q u e a u n
el dia blo era p o c a cosa para tan maldita ge nte,
q u a n d o v e o v enir g r a n r u i d o d e guitarras: a l e
g r é m e u n p o c o , t o c a b a n tod as pasacalle y v a
c a s : q u e m e m a t e n si n o s o n b a r b e r o s , y ellos
q u e en tran. N o fue m u c h a habilidad el a c e r
tar, q u e esta gente tiene pasacalles infusos y
guitarra gratisdata: era d e v e r p u n t e a r á u n o s
rasgará otros. Y o decia entre m í : jdolor d e
º. barba, q u e e n s a y a d a e n saltarenes se h a d e ver
raspar, y del brazo q u e ha d e recibir u n a s a n
gría pasada por chaconas y folías Consideré q u e
t o d o s los d e m a s m i n i s t r o s d e l m a r t i r i o , i n d u c i
dores d e la m u e r t e , q u e estaban e n m a l a m o
n e d a , y eran oficiales d e vellon y hierro viejo,
y q u e solos los b a r b e r o s se h a b i a n t r o c a d o e n
plata ; y e n t r e t ú v e m e e n verlos m a n o s e a r u n a
c a r a , sobajar otra, y lo q u e se h u e l g a n c o n u n
t e s t u z e n e l l a v a t o r i o .
L u e g o c o m e n z ó á entrar u n a g r a n c a n t i
d a d d e g e n t e , los p r i m e r o s eran habladores, p a - .
recian a z u d a s e n conversacion , c u y a m ú s i c a
era p e o r q u e la d e órganos d e s t e m p l a d o s . U n o s
h a b l a b a n d e h i l v a n , otros á b o r b o t o n e s , o t r o s
á c h o r r e t a d a s , otros h a b l a d o r í s i m o s h a b l a b a n á
cántaros, gente q u e parece q u e lleva p u j o d e
r. *..., H 4 d e
Y 2 6 V i s i t a d e los c h i s t e s .
d e c i r n e c e d a d e s , c o m o si h u b i e r a t o m a d o a l g u
n a p u r g a c o n f e c i o n a d a d e hojas d e C a l e p i n o d e
o c h o lenguas. Estos m e dixeron q u e era n h a b l a
do res d e diluvios, sin escampar d e dia n i d e m o
c h e gente q u e habla entre sueños y q u e m a
d r u g a á hablar. H a b i a habladores secos, y h a b l a
do res q u e llaman del rio ó del rocío y d e la
e s p u m a ; g e n t e q u e graniza d e p e r d i g o n e s ; otros
q u e llam an ta ravilla, gente q u e se va d e p a l a
bras c o m o d e cámaras, q u e hablan á toda f u
ria. H a b i a otr os habladores n adadores, q u e h a
blan n a d a n d o con los brazos hácia toda s partes,
y tirando m a n o t a d a s y coces; otros g í m i o s h a
ciendo m u c h o s gestos y visages. V e n i a n los unos
c o n s u m i e n d o á los o t r o s .
S i g u e n s e los c h i s m o s o s , m u y solícitos d e
orejas, m u y atentos d e ojos, m u y e n c a r n i z a
d o s d e malicia, y a n d a b a n h e c h o s u ñ a s d e las
vidas a g e n a s espulgándolos á todos. V e n i a n tras
ellos los mentirosos contentos , m u y gordos,
risueños, bien vestidos y m e d r a d o s , q u e n o t e
n i e n d o o t r o oficio, s o n m i l a g r o d e l m u n d o , c o n
u n gran auditorio d e mentecatos y ruines.
D e t r a s v e n i a n los e n t r e m e t i d o s m u y s o b e r
bios y satisfechos y presumidos, q u e son las tres
lepras d e la h o n r a del m u n d o . V e n i a n i n g i r i é n
d o s e e n los otros y p e n e t r á n d o s e e n t o d o , t e x i
d o s y e n m a r a ñ a d o s e n qualquier n e g o c i o ; s o
lapas d e la a m b i c i o n , y p u l p o s d e la prosperidad.
E s t o s v e n i a n los postreros, s e g u n pareció, p o r
q u e n o ,entró e n g r a n rato n a d i e : p r e g u n t é
¿que c ó m o venian tan apartados? y d i x é r o n
m e
V i s i t a d e los c h i s t e s . Y 2 1
E n esto llegamos á u n a s i m a g a n d í s i m a ,
la m u e r t e predicadora, y y o desengañado: z a
bullóse sin llamar, c o m o d e casa , y y o tras ella
a n i m a d o c o n el esfuerzo q u e m e d a b a m i c o
n o c i m i e n t o t a n valiente. E s t a b a n á la e n t r a d a
tres bultos a r m a d o s á u n lado, y otro m o n s t r u o
t e r r i b l e e n f r e n t e , s i e m p r e c o m b a t i e n d o e n t r e sí
t O
1 2 4 V i s i t a ale los c h i s t e s .
t o d o s , y los tres c o n el u n o , y el u n o c o n los
tres. P a r ó s e la M u e r t e , y d í x o m e : ¿ c o n o c e s e s
ta g e n t e ? N i D i o s m e la d e x e c o n o c e r , d i x e
yo. P u e s c o n ellos andas á las vueltas, dixo ella,
d e s d e q u e naciste ; m i r a c o m o vives , replicó;
estos s o n los e n e m i g o s del h o m b r e , el m u n d o
es a q u e l , este es el d i a b l o , y aquella la carne;
y es cosa notable q u e eran todos parecidos u n o s
á otros q u e n o se diferenciaban. D í x o m e la
M u e r t e : s o n tan parecidos , q u e e n el m u n d o
teneis á los u n o s p o r los otros. Piensa u n s o
b e r b i o q u e tiene t o d o el m u n d o ; y tiene al d i a
blo. Pie nsa u n luxurioso q u e tiene la c a r n e , y
tiene al d e m o n i o , y así a n d a todo. ¿ Q u i é n es,
d i x e y o , a q u e l q u e está allí aparado h a c i é n
d o s e p e d a z o s c o n estos tres, c o n tantas caras y
figuras E s e es, d i x o la M u e r t e , el dine ro, q u e
tiene puesto p l e y t o á los tres e n e m i g o s del a l
m a , diciend o q u e quiere ahorrar d e é m u l o s , y
q u e á d o n d e él está n o son m e n e s t e r , p o r q u e él
solo es todos los tres e n e m i g o s , y fúndase p a
ra decir q u e el d i n e r o es el diablo, e n q u e t o
d o s decis: diablo es el dinero, y q u e lo q u e n o
hiciere el d i n e r o n o lo hará el diablo. E n d i a
b l a d a cosa es el dinero. P a r a ser m u n d o , d i c e
q u e vosotros decis, q u e n o h a y m a s m u n d o q u e
el dinero: q u i e n n o tiene d i n e r o v a y a s e del
m u n d o . A l q u e le quitan el d i n e r o decis q u e
le echan del m u n d o , y q u e todo se d a por
el dinero. P a r a decir q u e es la c a r n e el d i n e
r o , dice el dinero dígalo la carne, y r e m i t e
sele á las putas y m u g e r e s malas, q u e es lo m i s
- 1 O
V i s i t a d e los c h i s t e s . I 2 5
m o q u e intere sadas. N o tiene m a l p l e y t o el d i
n e r o , dixe y o , s e g u n se plat ica p o r allá. C o n
esto n o s f u i m o s m a s a b a x o , y antes d e entrar
p o r u n a puer ta m u y chica y lóbrega m e dixo:
estos d o s q u e saldrán aquí c o n m i g o s o n las P o s
trimerías. A b r i ó s e la p u e r t a , y estaban á u n l a
d o el infierno, y el q u e llaman juicio d e M i n o s ,
(así m e d i x o la M u e r t e q u e se llamaban). E s
t u v e m i r a n d o al infierno c o n a t e n c i o n , y m e
p a r e c i ó notable cosa. D í x o m e la M u e r t e : ¿ Q u é
m i r a s ? M i r o , r e s p o n d í , al infierno, y m e p a r e c e
q u e le h e visto otras veces. D ó n d e ? p r e g u n t ó .
D ó n d e ? dixe y o , e n la codicia d e los Jueces,
e n el o d i o d e los p o d e r o s o s , e n las lenguas d e
los maldieientes, e n las m a l a s intenciones, e n
las v e n g a n z a s , e n el apetito d e los luxuriosos,
e n la v a n i d a d d e los P r í n c i p e s ; y d o n d e c a b e el
infierno todo sin q u e se pierda gota es en la
hipocresía d e los m o a t r e r o s d e las virtudes, q u e
h a c e n logro del a y u n o y del oir M i s a ; y lo
q u e m a s h e e s t i m a d o es h a b e r visto el ju icio
d e M i n o s , p o r q u e hasta a h o r a h e v i v i d o e n
g a ñ a d o , y a h o r a v e o el juicio c o m o es. E c h o
d e v e r q u e el q u e h a y e n el m u n d o n o es j u i
cio, ni h a y h o m b r e d e juicio, y q u e h a y m u y
p o c o juicio e n el m u n d o . Pesia tal (decia y o )
si d e este juicio hubiera allá n o d i g o parte,
s i n o n u e v a s c r e i d a s , s o m b r a s ó s e ñ a s , o t r a c o
sa fuera. Si los q u e h a n d e ser J u e c e s h a n d e
tener d e este juicio, b u e n a a n d a la cosa e n el
m u n d o ; m i e d o m e d a d e t o r n a r a r r i b a v i e n d o
q u e siendo este el juicio se está aquí casi e n t e
r o ,
1 2 6 Visita d e los chiste,
ro, y q u e poca parte está repartida entre los
vivos. M a s quiero m u e r t e c o n juicio q u e v i
d a sin él.
C o n esto b a x a m o s á u n g r a n d í s i m o llano,
d o n d e parecia estaba d e p o s i t a d a la o b s c u r i
d a d p a r a las noches. D í x o m e la m u e r t e : a q u í
has d e parar, q u e h e m o s llegado á m i tribunal
y audiencia. A q u í estaban las paredes c o l g a
d a s d e p é s a m e s ; á u n lado estaban las m a l a s
n u e v a s ciert as y creidas, y n o e s p e r a d a s ; el l l a n
t o e n las m u g e r e s e n g a ñ o s o , e n g a ñ a d o e n los
a m a n t e s , p e r d i d o d e los nec ios, y d e s a c r e d i
t a d o e n los p obres. E l dolor se habia d e s c o n s o
lado y creido, y solos los cuidados estaban s o
lícitos y vigilantes hechos c a r c o m a s d e R e y e s y
Príncipes , a l i m e n t á n d o s e d e los soberbios y a m
b i c i o s o s . E s t a b a la e n v i d i a . c o n h á b i t o d e v i u
d a tan parecida á d u e ñ a , q u e la quise llamar
A l v a r e z ó G o n z a l e z : e n a y u n a s d e t o d a s las
cos as, c e b a d a e n sí m i s m a , m a g r a y e x p r i m i d a :
los die ntés (con anda r sie mpre m o r d i e n d o d e lo
m e j o r y d e lo b u e n o ) los tenia amar illos y g a s
tad os; y es la c a u s a , q u e lo b u e n o y santo p a
ra m o r d e r l o lo llega á los dientes; m a s n a d a
b u e n o le p u e d e entrar d e los dientes adentro.
L a discordia estaba d e b a x o d e ella, c o m o q u e
nacia d e su vientre, y creo q u e es su hija legíti
m a . Esta ( h u y e n d o d e los casados, q u e siempre
a n d a n á voc es) se habia ido á las C o m u n i d a d e s y
Colegios , y vien do q u e sobraba en a m b a s p a r
tes, se fue á los Palacios y Cortes, d o n d e e s
lugar-tenien te d e los diablos. L a ingratitud e s
- t a - .
- - - -
V i s i t a d e los c h i s t e s , 1 2 7
taba en u n gran h o r n o haciendo d e u n a masa d e
soberbios y odiosos d e m o n i o s nuevos cada m o
m e n t o . H o l g u é m e d e verla, p o r q u e s i e m p r e h a
bia sospechado q u e los ingratos eran diablos,
caí e n t o n c e s e n q u e los ángeles p a r a ser
diablos fueron primero ingratos: a n d a b a t o d o
h i r b i e n d o d e maldiciones. ¿ Q u i é n diablos, d i x e
y o , está lloviendo maldiciones aquí? D í x o m e
u n m u e r t o q u e estaba á m i l a d o : ¿maldiciones
quereis q u e falten d o n d e h a y casamenteros y s a s
tres, q u e s o n la g e n t e m a s m a l d i t a del m u n d o ?
P u e s todos decis: m a l h a y a quien m e casó, m a l
h a y a quien c o n vos m e juntó ; y los m a s , m a l
h a y a q u i e n m e vistió. ¿ Q u é tiene q u e v e r , d i x e
y o , sastres y c a s a m e n t e r o s e n la audiencia d e la
m u e r t e ? ¡Pesia tal d i x o el m u e r t o (que era i m
p a c i e n t e ) ¿ e s t a i s l o c o ? p u e s si n o h u b i e r a c a s a
m e n t e r o s , hubiera la m i t a d d e los muertos, y
desesperados á m í m e lo decid, que soy m a
r i d o c i n c o ( c o m o b o l o ) , y se m e q u e d ó alla la
m u g e r , y pi ensa a c o m p a ñ a r m e c o n otros di ez?
P u e s sastres, ¿á q u i é n n o m a t a r á n las m e n t i
ras y largas d e lo s sa stres y hurtos ? Y s o n t a
les, q u e para l l a m a r á la desdicha peor n o m b r e ,
la l l a m a n desastre, del sastre, y es el p r i n c i
pal m i e m b r o d e este tribunal que aquí ves.
A l c é los ojos, y ví la m u e r t e e n s u trono,
y á los lados mida,
m u e r t e s . E s t a b a la m u e r
t e d e a m o r e s , la m u e r t e d e frio , la m u e r t e d e
h a m b r e , la m u e r t e d e m i e d o , y la m u e r t e d e
risa, todas c o n diferentes insignias. L a m u e r t e
d e amores estaba (como siempre) con m u y p o
- q u i
1 2 8 Visita d e los chistes.
quito seso. T e n i a , por estar a c o m p a ñ a d a ,
p o r q u e n o se le c o r r o m p i e s e p o r la a n t i g ü e d a d ,
á P i r a m o y T i s b e e m b a l s a m a d o s , y á L e a n d r o
y H e r o , y a Mazias en ceniza, y algunos P o r
tugueses derretidos. M u c h a g e n t e ví q u e e s t a
b a y a para acabar d e b a x o d e su g u a d a ñ a , y
á p u r o s milagros del interes resucitaban. E n
la m u e r t e d e frio v í á todos los ricos, q u e c o
m o n o tienen m u g e r , ni hijos, ni sobrinos q u e
los quieran sino á sus h a c i e n d a s , e s t a n d o m a
los c a d a u n o carga c o n lo q u e p u e d e , y m u e
r e n d e frio. L a m u e r t e d e m i e d o e s t a b a la m a s
rica y p o m p o s a , y c o n a c o m p a ñ a m i e n t o m a s
magnífico, porque estaba toda cercada d e g r a n
d e n ú m e r o d e tiranos y p o d e r o s o s Estos m u e r e n
á sus m i s m a s m a n o s , y sus sayones son sus c o n
ciencias, y ellos s o n v e r d u g o s d e sí m i s m o s ,
y solo u n bien h a c e n e n el m u n d o , q u e i n a
t á n d o s e á sí d e m i e d o , r e c e l o y d e s c o n f i a n z a ,
v e n g a n d e sí p r o p i o s á los inocentes. E s t a b a n
c o n ellos los avarientos c e r r a n d o cofres, a r
c o n e s y v e n t a n a s , e n l o d a n d o resquicios, h e
c h o s sepulturas d e sus talegos, y p e n d i e n t e s
d e qualquier r u i d o del viento : los ojos h a m
brientos del s u e ñ o , las b o c a s quejosas d e las
m a n o s , las a l m a s trocadas e n plata y oro. L a
m u e r t e d e risa e r a la p o s t r e r a , y tenia u n g r a n
d í s i m o c e r c o d e confiados y tarde arrepentidos.
G e n t e q u e v i v e c o m o si n o h u b i e s e j u s t i c i a , y
m u e r e c o m o si n o h u b i e s e m i s e r i c o r d i a . E s t o s
s o n los q u e diciéndoles restituid lo m a l l l e v a
d o , d i c e n : es cosa d e risa. M i r a d q u e estais
V 1 6
-
-
V i s i t a d e los chistes. 1 2 9
viejo, y q u e y a n o tiene el p e c a d o q u e roer e n
v o s , d e x a d la mugercilla q u e e m b a r a z a i s i n
útil , q u e cansais e n f e r m o : m i r a d q u e el m i s m o
diablo os desprecia y a por trasto embarazoso,
y la m i s m a c u l p a tiene asco d e vos. R e s p o n
d e n : es cosa d e risa, y q u e n u n c a se sintieron
mejores. Otros h a y q u e están enfermos, y e x h o r
t á n d o l o s á q u e h a g a n t e s t a m e n t o , q u e se c o n
fiesen, dicen q u e se sienten b u e n o s , y q u e h a n
e s t a d o d e aq uella m a n e r a mil veces. E s t o s s o n
g e n t e q u e est án e n el otro m u n d o , y a u n n o
se p e r s u a d e n q u e s o n difu ntos. M a r a v i l l ó m e e s
ta, vision, y dixe h e r i d o del d o l o r y c o n o c i
miento: ¿diónos Dios u n a vida sola, y tantas m u e r
tes? ¿ d e u n a m a n e r a se nace, y d e tantas se m u e
r e ? Si y o v u e l v o al m u n d o , y o p r o c u r a r é e m
p e z a r a v i v i r . ,
E n esto estaba , q u a n d o se o y ó u ñ a v o z
- -
q u e d i x o tres veces : m u e r t o s , m u e r t o s , m u e r
t o s ; c o n e s o se r e b u l l ó el s u e l o , y todas las p a
r e d e s , y e m p e z a r o n á salir c a b e z a s , b r a z o s y
b u l t o s e x t r a o r d i n a r i o s . P u s i é r o n s e e n o r d e n c o n
silencio. H a b l e n p o r su o r d e n , d i x o la M u e r
t e : l u e g o salió u n o c o n g r a n d i s i m a cólera y
priesa, y se v i n o para m í , q u e e n t e n d í m e q u e
ria maltratar, y d i x o : vivos d e S a t a n a s , ¿ q u e
m e quereis, q u e n o m e dexais m u e r t o y c o n s u
m i d o ? ¿qué os h e h e c h o , q u e sin tener parte
e n n a d a m e disfamais en todo, y m e echais la
c u l p a d e lo q u e n o sé ? ¿ Q u i é n eres, le dixe,
c o n u n a cortesía t e m e r o s a , q u e n o te e n t i e n d o ?
S o y y o , d i x o , el malrenun J u a n d e la E n
4 3 1
/
1 3 o V i s i t a d e los c h i s t e s .
cina, el q u e h a b i e n d o m u c h o s años q u e estoy
a q u í , t o d a la vida a ndais e n h a c i é n d o s e u n d i s
parate ó e n di ciéndo le vosotros, d i c i e n d o n o h i
ciera m a s J u a n d e l a E n c i n a , d a c a los d i s p a r a
tes d e J u a n d e la Encina. H a b e i s d e sabe r
q u e para hacer y decir disparates, todos los
h o m b r e s sois J u a n d e la E n c i n a , y q u e este
apellido d e E n c i n a es m u y largo e n q u a n t o á
disparates. P e r o p r e g u n t o , si y o h i c e los t e s
t a m e n t o s e n q u e dexais q u e otros h a g a n p o r
vuestra a l m a lo q u e n o habeis q u e r i d o hacer?
¿ H e porfiado c o n los p o d e r o s o s ? ¿ t e ñ i m e la b a r
b a por n o parecer viejo? ¿ fui viejo sucio y m e n
tiroso? ¿llamé favor el p e d i r m e lo q u e tenia ? ¿ e n
a m o r é m e c o n m i d i n e r o , y el q u i t a r m e lo q u e
tenia? ¿entendí y o q u e seria b u e n o para m í
el q u e á m i intercesion fue ruin c o n otro q u e
se fi ó d e él ? ¿gas té y o la v i d a e n p r e t e n d e r c o n
q u e vivi r? ¿ y q u a n d o t u v e c o n q u é , n o t u v e
v i d a ,q u e vivir? cre í las sumisi ones del q u e
m e h u b o m e n e s t e r ? ¿ c a s é m e p o r v e n g a r m e
d e m i a m i g a ? ¿fui y o tan miserable q u e g a s t a
se u n real s e g o v i a n o e n b u s c a r u n q u a r t o i n
cierto? ¿ p u d r í m e d e q u e otro fuese rico ó m e
drase ? ¿he creido las apariencias d e la f o r t u
n a ? ¿tuve y o p o r dichosos á los q u e al lado d e
los Príncipes d a n t o d a la v i d a p o r u n a h o r a ?
¿ h e m e preciado d e herege y d e m a l reglado
e n t o d o ; y p e o r c o n t e n t o p o r q u e m e t e n g a n p o r
e n t e n d i d o ? ¿fui d e s v e r g o n z a d o p o r c a m p a r d e
valiente? P u e s si J u a n d e la E n c i n a n o h a h e
c h o n a d a d e esto, ¿ q u é n e e e d a d e s h i z o este ¿ .
- * - T G
V i s i t a d e los c h i s t e s , r 3 r
bre d e J u a n d e la E n c i n a ? P u e s e n q u a n t o á
decir n e c e d a d e s , s a c a d m e u n ojo c o n una. L a
d r o n e s , q u e llamais disparates los m i o s y p a r a
tes los vuestros; p r e g u n t o y o : ¿ J u a n d e la E n
cina fue acaso el q u e d i x o : h a z bien, y n o c a
tes á q u i e n , h a b i e n d o d e ser al contrario? Si
hicieres bien mira á quien. ¿ F u e J u a n d e la E n
c i n a , q u i e n p a r a decir q u e u n o era m a l o , d i x o ,
es h o m b r e q u e ni t e m e ni d e b e , h a b i e n d o d e
decir q u e ni t e m e ni p a g a ? pues es cierto q u e
la m e j o r señal d e ser b u e n o e s , ni tener ni
d e b e r ; y la m a y o r d e la m a l d a d , ni t e m e r ni p a
gar. ¿ D i x o J u a n d e la E n c i n a : d e los p e s c a d o s
e l m e r o : d e las c a r n e s el c a r n e r o : d e las a v e s
la p e r d i z d e las d a m a s la Beatriz ? N o lo d i
x o , p o r q u e él n o dixera sino: d e las carnes la
m u g e r : d e los p e s c a d o s el carnero d e las aves
el Á v e M a r i a , y despues la presentada d e las
d a m a s l a m a s b a r a t a . M i r a d si e s d e s b a r a t a d o
J u a n d e la Encina. N o prestó sino paciencia,
n o dió sino p e s a d u m b r e s , él n o gastaba c o n los
h o m b r e s q u e p i d e n dinero, ni c o n las m u g e
res q u e p i d e n m a t r i m o n i o . ¿ Q u é n e c e d a d e s p u
d o . h a c e r J u a n d e la E n c i n a d e s n u d o p o r n o
tratar c o n sastr es? q u e se d e x ó quitar la h a
c i e n d a p o r n o h a b e r m e n e s t e r letrados ? q u e
se murió antes d e enfermo q u e d e curado, p a
ra ahorrarse el m é d i c o ? Solo u n disparate h i
z o , q u e fue siendo calvo quitar á nadie el s o m
b r e r o , p u e s fuera m e n o s m a l ser descortés q u e
c a l v o , y fuera m e j o r q u e le m a t a r a n á palos
p o r q u e n o quitaba el e n t º l 2
, q u e n o á " O¿ S
1 3 2 V i s i t a d e los c h i s t e s . -
d o s p o r q u e era calvario. Y si p o r h a c e r u n a n e
c e d a d a n d a J u a n d e la E n c i n a p o r todos esos
púlpitos y cátedras c o n votos, gobiernos y e s
t a d o s ; e n h o r a m a l a para ellos, q u e t o d o el m u n
d o es m u e r t e , y t o d o s s o n Encinas.
E n esto estabamos q u a n d o m u y estirado y
c o n g r a n c e ñ o e m p a r e j ó otro m u e r t o c o n m i g o ,
dixo : V o l v e d acá la c a r a , n o penseis q u e
¿ c o n J u a n d e la E n c i n a . ¿ Q u i é n es v.
m e r c e d , dixe y o , q u e c o n tanto imperio habla,
d o n d e t o d o s s o n igua les p r e s u m e difer enci a?
& s o y , dix o, el R e y q u e rabió ; y si n o m e c o
n o c e i s , p o r lo m e n o s n o p o d e i s d e x a r d e a c o r
d a r o s d e m í , p o r q u e soi s los v ivos tan e n d i a
blados q u e á todo decis q u e se acuerda del R e y
q u e rabió ; y e n habiendo u n paredon viejo, u n
m u r o c a i d o , u n a g º r r a calva, u n ferreruelo
l a m p i ñ o , u n trabajo rancio, u n vestido caduco,
u n a m u g e r m a n i d a d e a ñ o s y rellena d e s i
glos, luego decis q u e se acuerda del R e y q u e
rabió. N o h a habido tan desdichado R e y en el
m u n d o , p u e s n o se a c u e r d a n d e él sine v e j e
ces y arapos , a n t i g ü e d a d e s y visiones, y n i h a
h a b i d o R e y d e tan m a l a m e m o r i a , ni tan a s
q u e r o s a , ni tan c a r r o ñ a , ni tan c a d u c a , t a n
c a r c o m i d a y apolillada. H a n d a d o e n decir q u e
r a b i é , y juro á D i o s q u e m i e n t e n , sino q u e
h a n d a d o todos en decir q u e rabio, y n o tiene
a r e m e d i o , y n o s o y el p r i m e r R e y q u e r a
¿ , ni el solo, q u e n o h a y R e y , ni le h a h a
b i d o , ni le habrá, á quien n o levanten q u e r a
b i a ; ni sé y o c ó m o p u e d a n dexar d e rabiar t o
- - - d o s
V i s i t a d e los c h i s t e s . 1 3 3
d o s los Reyes, p o r q u e a n d a n siempre mordidos por
las orejas d e envidiosos, y aduladores q u e rabian.
O t r o q u e estaba al l a d o del R e y q u e r a
b i ó , d i x o : v. m e r c e d se consuele c o n m i g o , q u e
s o y el R e y P e r i c o , y n o m e d e x a n descansar
d e dia ni de noche. N o h a y cosa sucia, ni d e s
a l i ñ a d a , ni p o b r e , ni a n t i g u a , ni m a l a , q u e n o
d i g a n q u e fue en tiempo del R e y Perico. M i
t i e m p o fue m e j o r q u e ellos p u e d e n pensar; y
p a r a ver q u i e n fui y o y m i t i e m p o , y q u i e n
s o n ellos, n o es m e n e s t e r m a s q u e oirlos: p o r
q u e e n d i c i e n d o á u n a d o n c e l l a a h o r a la m a d r e :
hija, las m u g e r e s b a x a r los ojos y mirar á la
tierra, y n o á los h o m b r e s , r e s p o n d e n : eso fue
e n t i e m p o del R e y Perico ; los h o m b r e s h a n
d e m i r a r á la tierra, p u e s f u e r o n h e c h o s d e ella, y
las m u g e r e s al h o m b r e , p u e s f u e r o n h e c h a s d e él.
Si u n p a d r e dice á u n hijo : n o jures, n o juegues,
reza las oraciones c a d a m a ñ a n a , persignate e n l e
v a n t á n d o t e , e c h a la b e n d i c i o n á la m e s a ; d i c e q u e
eso se u s a b a e n t i e m p o del R e y Perico. A h o r a
le t e n d r á n p o r u n m a l t i e m p o si s a b e p e r s i g
n a r s e , y s e r e i r á n d e él si n o j u r a y b l a s f e m a ,
p o r q u e e n n u e s t r o s t i e m p o s m a s t i e n e n p o r
h o m b r e al q u e jura q u e al q u e tiene barbas.
A l a c a b a r d e decir esto se llegó u n m u e r
tecillo m u y a g u d o , y sin hacer cortesia, dixo:
basta lo q u e h a n hablado, q u e s o m o s muchos,
y e s t e h o m b r e v i v o está f u e r a d e sí y a t u r d
d o . N o dixera m a s M a t e o Pico. Y o v e n g o á
eso solo. P u e s bellaco v i v o , ¿ q u é d i x o M a t e o
P i c o q u e l u e g o a n d a i s si d i x e r a m a s ó n o d i
- º
- º * I 3 X 2 - -
1 3 4 V i s i t a d e los c h i s t e s .
x e r a m a s ? ¿ c ó m o sabeis q u e n o dixera m a s M a
t e o P i c o ? D e x a d m e t o r n a r á v i v i r s i n t o r n a r
á n a c e r , q u e n o m e hallo b i e n e n barrigas d e
m u g e r e s , q u e m e h a n c o s t a d o m u c h o ; y v e
reis si d i g o m a s , l a d r o n e s viejos. P u e s si y o v i e
r a v u e s t r a s m a l d a d e s , v u e s t r a s tiranías, v u e s
tras insolencias , vuestros robos, ¿ n o dixera m a s ?
Dixera m a s , y m a s , y dixera tanto q u e e n
m e n d á r a d e s el refran, d i c i e n d o : M a s d i x e r a M a
t e o Pico. A q u í estoy , y d i g o m a s ; y avis ad d e
esto á los habladores d e allá; q u e y o a p e l o d e
este refran c o n los m i l y quinie ntos. Q u e d é c o n
fuso d e m i inadverten cia y d e s d i c h a e n t o p a r
c o n e l m i s m o M a t e o P i c o . E r a u n h o m b r e c i l l o
m e n u d o , t o d o chillido, q u e parecia q u e r e z u
m a b a d e palabras p o r t o d a s sus c o y u n t u r a s ,
z a m b o d e ojos y bizco d e piernas, y m e p a r e
c e q u e le h e visto mil v e c e s e n diferentes partes.
Quitóse d e delante, y descubrióse una g r a n
d í s i m a r e d o m a d e vidrio. D i x é r o n m e q u e l l e
gase, y ví gigote q u e se bullia e n u n ardor
terrible, y a n d a b a d a n z a n d o p o r t o d o el g a r
rafon, y p o c o á p o c o se fueron juntando u n o s
p e d a z o s d e carne y unas tajadas, y d e esta se
fue c o m p o n i e n d o u n brazo y u n muslo y u n a
ierna, y al fin se coció y e n d e r e z ó u n h o m
¿ entero. D e todo lo que habia visto y p a
s a d o m e o l v i d é , y esta vision m e d e x ó tan f u e
ra d e m í q u e n o diferenciaba d e los m u e r t o s .
Jestis mil veces dixe, ¿ q u é h o m b r e es este,
n a c i d o e n g u i s a d o , hijo d e u n a r e d o m a ? E n e s
to oí u n a v o z q u e salia d e la vasija, y dixo:
¿ q u é
V i s i t a d e los c h i s t e s . 1 3 5
¿ q u é a ñ o es este? D e seiscientos y veinte
y d o s , respondí. Este a ñ o esperaba y o .
¿ Q u i é n eres, d i x e , q u e p a r i d o d e u n a r e d o
m a hablas y vives ? ¿ N o m e conoces? d i x o : ¿la
r e d o m a y las tajadas n o te a dvierten q u e
s o y a q u e l fapmoso n i g r o m á n t i c o d e E u r o p a ? ¿ n o
h a s o i d o decir q u e m e hice tajad as d e n t r o d e
u n a r e d o m a para ser inmortal ? T o d a m i v i d a
lo h e o i d o d e c i r , le r e s p o n d í ; m a s túvelo p o r
eo n v e r s a c i o n d e la c u n a y c u e n t o d e entre d i
xes y babador. ¿ Q u é tú eres? Y o confieso q u e
lo m a s q u e llegué á sospechar fue q u e eras
a l g u n alquimista q u e p e n a b a s e n esa r e d o m a ,
ó a l g u n boticario : t o d o s m i s t e m o r e s d o y p o r
b i e n e m p l e a d o s p o r haberte visto. S á b e t e , d i
-
I 4 o V i s i t a d e los chistes. -
D í m e : h a y todavia V e n e c i a e n el m u n d o ?
Sí la h a y , dixe y o ; n o h a y otra cosa sino
V e n e c i a y V e n e c i a n o s . O d o y l a al diablo , d i
x o el n i g r o m á n t i c o , p o r v e n g a r m e del m i s m o
diablo, q u e n o sé q u e p u e d a darla á nadie s i
n o p o r hacerle mal. E s R e p ú b l i c a esa q u e m i e n
t r a s n o t u v i e r e c o n c i e n c i a d u r a r á , p o r q u e si
restituye lo a g e n o n o les q u e d a nada. L i n
d a gente! L a C i u d a d fundada en el a g u a , el
tesoro y la libertad e n el a y r e , y la d e s h o
nestidad e n el fuego; y al fin es gen te d e quien
h u y ó la tierra , y son narices d e las naciones
y el albañal d e las M o n a r q u i a s , por d o n d e
P u r g a n las i n m u n d i c i a s d a la p a z y d e la g u e r
ra ; y el T u r c o lo s p e r m i t e p o r hacer m a l á
los Chr istianos, y lo s Christiano s p o r h a c e r
m a l á los T u r c o s : y ellos p o r p o d e r hacer m a l
á u n o s y á otros n o son M o r o s n i Christianos;
y
I 4 2 Visita d e los chistes.
y así dixo u n o d e ellos m i s m o s e n u n a ocasion
d e guerra para a n i m a r á los s u y o s c o n t r a los
Christianos: e a , q u e antes fuisteis V e n e c i a n o s
q u e Christianos.
D e x e m o s eso, y d i m e : ¿ h a y m u c h o s g o
losos d e v a l i m i e n t o s d e los h o m b r e s d e l m u n d o ?
E n f e r m e d a d es, dixe y o , esa d e q u e todos
los R e y n o s son hospitales. Y él replicó: antes
casas d e orates entendí y o ; m a s segun la
relacion q u e m e haces, n o m e he d e m o v e r
d e a q u í ; m a s quiero q u e tú les digas á esas
bestias, q u e e n albarda tienen la v a n i d a d y
a m b i c i o n , q u e los R e y e s y Principes son a z o
g u e e n t o d o . L o p r i m e r o , el a z o g u e si le q u i e
ren apretar se v a ; y así sucede á los q u e q u i e
ren tomarse c o n los R e y e s m a s m a n o d e lo q u e
es razon. E l a z o g u e n o tiene q u i e t u d , así s o n
los á n i m o s p o r la continua m a r e t a d e negocios.
L o s q u e tratan y a n d a n c o n el a z o g u e todos
a n d a n t e m b l a n d o : así h a n d e hacer los q u e
tratan c o n los R e y e s , t e m b l a r delante d e ellos
d e r e s p e t o y t e m o r , p o r q u e si n ó e s f u e r z a
q u e tiemblen despues hasta q u e caigan.
¿ Q u i é n r e y n a a h o r a e n E s p a ñ a , q u e es
la postrera curiosidad q u he d e saber, q u e m e
quiero v o l v e r á gigote, q u e m e hallo mejor?
M u r i ó Filipo III. dixe yo. F u e santo R e y , y
d e virtud i n c o m p a r a b l e ( d i x o el n i g r o m á n t i c o )
seg u n leí y o e n las estrellas prono sticado. R e y
n a Filipo I V . dias h a , dixe yo. E s o pasa? d i
x o : ¿qué, y a ha d a d o el tercero quarto para la
hor a q u e y o esperaba? Y dicie ndo y h a c i e n
s s .
V i s i t a d e los c h i s t e s . 1 4 3
d o , subió p o r la r e d o m a y la trastornó, y s a
lió fuera. Iba corriendo y diciendo : m a s j u s
ticia se h a d e hac er a h o r a p o r u n q u a r t o q u e
e n otros t i e m p o s p o r d o c e millones.
Y o qui se p arti r tras é l , q u a n d o m e asió
del b r a z o u n m u e r t o , y d i x o d é x a l e ir, q u e
n o s tenia c o n c u i d a d o á t o d o s ; y q u a n d o v a
y a s al otro m u n d o dí: q u e A g r a g e s e s t u v o c o n
tigo, y q u e se queja q u e le levanteis : a h o r a
lo veredes. Y o s o y A g r a g e s , m i r a bien q u e n o
h e d i c h o tal, q u e á m í n o se m e d a n a d a q u e
ahora ni n u n c a lo veais; y siempre andais d i
c i e n d o : ahora lo v e r e d e s , d i x o A g r a g e s . S o l o
a h o r a , q u e á tí, y al d e la r e d o m a os oí decir
q u e r e y n a b a Filipo I V . d i g o , q u e ahora lo v e
r e d e s ; y p u e s s o y A g r a g e s , a h o r a lo veredes,
d i x o A g r a g e s . F u e s e , y p ú s o s e m e delante e n
frente d e m í u n h o m b r e c i l l o , q u e parecia r e
m a t e d e cuchara , c o n pelo d e l i m p i a d e r a , e n r i
z a d o , b e r m e x i z o y pecoso. Dí gote sastre , dixe
y o ; y él tan prest o dixo: O l q u e n o pica ; pues
n o s oy sino solici tador , y n o pongais n o m b r e s
á nad ie: y o m e lla mo Arbalias á u n o s y á otros,
sin saber á q u i e n lo decis. - s
M u y enojado se llegó á m í u n h o m b r e v i e
jo m u y p o n d e r a d o d e testuz, d e los q u e traen
canas por v a n i d a d , u n gran h a z de barbas,
ojos á la s o m b r a m u y m e t i d o s , frentaza lle
n a d e surcos, c e ñ o d e s c o n t e n t o , vestido q u e
j u n t a n d o lo extraordinario c o n el desaliño h a
cia misteriosa la p o b r e z a . M a s d e espacio te
h e menester q u e Arbalias, m e dixo; siéntate;
$ C I l
1 4 4 V i s i t a d e los c h i s t e s .
s e n t ó s e y s e n t é m e ; y c o m o si le disparáran d e
u n arcabuz en figura d e trasgo, se apareció
entre los d o s otro h o m b r e c i l l o q u e parecia h a s
tilla d e Arbali as, y n o hacia sino chillar y b u
llir. D í x o l e el viejo c o n u n a v o z m u y h o n r a
d a : ido s á e nfadar á otra parte, q u e luego
vendreis . Y o tambien he d e hablar, de cia, y
n o paraba. ¿ Q u i é n es este, p r e g u n t é ? D i x o el
viejo : ¿ n o has caido e n q u i e n p u e d e ser? E s
te es Chisgaravis. D o s c i e n t o s mil d e estos a n
d a n por M a d r i d , dixe y o ; n o h a y otra cosa
sino chisgaravises. R e p l i c ó el viejo : este a n d a ,
a q u í c a n s a n d o á los m u e r t o s y á los diablos: p e
r o d é x a t e d e e s o , y v a m o s á lo q u e importa. Y o .
s o y P e d r o , y n o P e r o G r u l l o , q u e q u i t á n d o
m e u n a d e n el n o m b r e , m e h a c e i s el S a n t o
fruta. E s D i o s v e r d a d , q u e q u a n d o d i x o P e r o
G r u l l o , m e pare ció q u e le via las alas. H u é l
g o m e d e c o n o c e r t e , r epli qué. ¿ Q u é tú eres el
d e las pro fecías q u e di cen d e P e r o G r u l l o ? A
eso v e n g o , d i x o el Pro feta E s t a n t i g u a ; d e e s o
h a b e m o s d e tratar. V o s o t r o s decis q u e mis p r o
fecías s o n disparates, y haceis m u c h a burla d e
ellas. E s t e m o s á c u e n t a ; las profecías d e P e
r o G r u l l o , q u e s o y y o , d i c e n así:
¿ c o s a s m o s d e x a r o n
las antiguas profecias :
d i r e r o n q u e e n nuestros d i a s
s e r á lo q u e D i o s q uisiere.
P u e s bribones, adorm ecidos en m a l d a d ,
infames, ¿si esta profecía se cumpliera habia
unas q u e desear Si fuera l o q u e D i o s q u i s i e
r c :
Visita d e los chistes. 1 4 5
r e , fuera siempre lo justo, lo b u e n o , lo s a n
t o : n o fuera lo q u e quiere el d i a b l o , el d i n e
r o y la codicia; p u e s h o y lo m e n o s es lo q u e
D i o s q u i e r e , y lo m a s lo q u e q u e r e m o s n o
sotros contra su ley ; y ahora el dinero es t o
d o s los q u e r e r e s , p o r q u e e s el q u e r i d o y el
q u e q u i e r e , y n o se h a c e sino lo q u e él q u i e
r e , y el dinero es el narciso q u e se quiere á
sí m i s m o , y n o t i e n e a m o r s i n o á sí. P r o s i g o :
Si lloviere, h a r á lodos ;
y será cosa d e ver
-
V i s i t a d e los chistes. • 1 4 7
T r a s estos se a n d a el dinero, y n o tenga a s
c o qualquier bien aliñado d e costumbres y p u
lido d e conciencia d e c o m u n i c a r l e n i n g u n d e
seo. D e x e m o s e s t o , y v a m o s á la s e g u n d a p r o
fecí a, q u e d i c e : Será el c a s a d o m a r i d o . V i v e
el c ielo d e la c a m a (d ixo m u y colérico, p o r
q u e hice n o sé q u é ge sto o y e n d o la G r u l l a
d a ) q u e si n o ois c o n m e s u r a , y si os r e z u m a i s
d e c a r c a x a d a s , q u e os pele las barbas. O i d n o
ramala, q u e á oir habeis venido y á aprender.
¿Pensais q u e todos los casados son maridos?
P u e s vos m e n t i s , q u e h a y m u c h o s casados s o l
teros , y h a y m u c h o s solteros m a r i d o s ; y h a y
t a m b i e n h o m b r e q u e se casa para m o r i r don cel ,
y doncella q u e s e casa para m o r i r vírgen d e s u
m a r i d o . Y h a b e i s m e e n g a ñ a d o , y sois m a l d i t o
h o m b r e ; y aquí h a n venido mil muertos d i c i e n
d o q u e los habeis m u e r t o á puras bellaquerias;
y certificoos q u e si n o m i r a r a . . . q u e o s a r r a n
cara las narices y los ojos, bellaconazo, e n e
m i g o d e todas las cosas. R e i o s t a m b i e n d e e s
ta profecía:
L a s m u g e r e s p a r i r á n ,
si se e m p r e ñ a n , y p a r i e r e n ;
y los hijos ,q u e nacieren
d e cuyos f u e r e n serán.
¿ V e i s q u e parece b o b a d a d e P e r o Grullo?
P u e s y o o s p r o m e t o q u e si se a v e r i g u a r a e s t o
d e los p a d r e s , habia d e h a b e r u n a confusion
d e d a c a m i m a y o r a z g o y t o m a tu herencia.
H a y e n esto d e las barrigas m u c h o q u e decir:
y c o m o los hijos es u n a cosa q u e se hace á
K 2 o b s
1 4 8 . V i s i t a d e los c h i s t e s . ”
obscuras y sin luz, no h a y quien averigüe
q u i é n fue c o n c e b i d o á escote, ni q u i e n á m e
dias; y es menester creer el parto, y todos h e
r e d a m o s p o r el d i c h o del nacer sin m a s acá
ni m a s allá. E s t o se e n t i e n d e d e las m u g e r e s
q u e m e t e n oficiales, q u e m i profecía n o habla
c o n la g e n t e h o n r a d a , si a l g u n m a l d i t o c o m o
v o s n o lo tuerce . ¿ Q u á n t o s pensais q u e el dia
de l juicio c o n o c e r á n p o r p a d r e á su paje, á
su e s c u d e r o , á su esclavo y á su v e c i n o ? ¿ Y
quántos padres se hallarán sin descendencia º
allá lo vereis. Esta profecía y las d e m a s , d i
x e y o , n o las c o n s i d e r a m o s allá d e esta m a
nera ; y te p r o m e t o q u e tienen m a s veras d e las
q u e parecen, y q u e oidas en tu boca son d e
otra suerte, y confieso q u e te hacen agravio.
P u e s o y e , d i x o , otra:
Volaráse con las plumas,
-
.. a n d a r á s e c o n l o s p i e s ,
s e r á n s e i s d o s v o c e s t r e s .
- V o l a r á s e c o n las p l u m a s . Pensais q u e lo
d i g o por los p á x a r o s , y os engañais, q u e e s o
fuera necedad dígolo por los escribanos y G e
n o v e s e s , q u e estos n o s v u e l a n c o n las p l u m a s
el dinero d e d e l a n t e ; y p o r q u e v e a n e n el o t r o
m u n d o q u e profeticé d e los t i e m p o s d e a h o r a ,
y q u e h a y P e r o G r u l l o para los q u e vivis, l l é
v a t e este m e n d r u g o d e profecías , q u e á fe q u e
h a y q u e hacer e n entenderlo. F u e s e y d e x ó m e
u n p a p e l e n q u e estaban escritos estos r e n g l o
n e s p o r esta orden:
- . N a
* .
V i s t a d e los c h i s t e s . I 4 9
N a c i ó V i e r n e s d e P a s i o n , -
p a r a q u e z a h o r í f u e r a ,
p o r q u e e n s u d i a , m u r i e r a
el b u e n o y el m a l L a d r o n .
H a b r á m i l r e v o l u c i o n e s
entre linages honrados, - v
r e s t i t u i r á los h u r t a d o s ,
c a s t i g a r á los ladrones.
M i s profecías m a y o r e s
v e r á n cumplida la ley
q u a n d o fuere Q u a r t o el Rey,
y quartos los m a l hechores.
L e í c o n a d m i r a c i o n las cinco profecías d e
P e r o G r u l l o , y estaba m e d i t a n d o e n ellas q u a n
d o p o r detras m e llamaron. V o l v í m e , y era u n
m u e r t o m u y lacio y afligido, m u y blanco, y
vestido d e blanco, y dixo: Duélete de m í , y
si eres b u e n Christiano, s á c a m e d e p o d e r d e
los c u e n t o s d e los habladores y d e los i g n o r a n
tes q u e n o m e d e x a n descansar, y m é t e m e d o n
d o quisieres. H i n c ó s e d e rodillas, y d e s p e d a z á n
d o s e á bofetadas lloraba c o m o niño. ¿ Q u i é n
eres , d i x e , q u e á tanta desventura estás c o n
d e n a d o ? Y o s o y , dixo, u n h o m b r e m u y viejo
á q u i e n levantan mil testimonios y a c h a c a n m i l
m e n t i r a s ; y o s o y el O t r o , y m e conocerás; p u e s
n o h a y cosa q u e n o la diga el O t r o ; y l u e g o
e n n o s a b i e n d o c o m o d a r r a z o n d e sí, d i c e n :
c o m o d i x o el O t r o . Y o n o h e d i c h o n a d a n i d e s
p e g o la boca. E n latin m e l l a m a n Q u i d a m , y
p o r esos libros m e hallarás a b u l t a n d o renglones
y llenando cláusulas; y quiero por a m o r d e
a º - K 3 - D i o s
1 5 o V i s i t a d e los c h i s t e s .
D i o s , q u e v a y a s al otro m u n d o y digas e o m o
h a s visto al O t r o e n b l a n c o , q u e n o tiene n a
d a escrito, y q u e n o dice n a d a , ni lo h a d e
decir, ni lo ha dicho , y q u e desmiente aquí
á q u a n t o s le citan y a c h a c a n lo q u e n o saben;
p u e s s o y el autor d e los idiotas y el texto d e
los ignorantes; y has d e advertir q u e en los c h i s
m e s m e l l a m a n , cierta p e r s o n a ; e n los e n r e
d o s , n o sé q u i e n ; e n las cátedras, cierto a u
t o r , y t o d o lo s o y el d e s d i c h a d o O t r o . H a z e s
t o , y s á c a m e d e tanta desventura y miseria,
A u n a q u í estais , y n o quereis d e x a r h a b l a r á
nadie (dixo u n m u e r t o hablando a r m a d o d e
p u n t a e n b l a n c o , m u y colérico , y a s i é n d o m e
del b r a z o ) : oid acá; y pues habeis venido p o r
estafeta d e los m u e r t o s á los vivos, q u a n d o
vayais allá, decidles q u e m e tienen m u y e n f a
d a d o s t o d o s juntos. ¿ Q u i é n eres? le p r e g u n t é .
S o y , d i x o , Calainos. ¿Calainos eres? d i x e , n o
sé c o m o n o estás d e s a y n a d o , p o r q u e e t e r n a
m e n t e d i c e n c a v a i g a b a Calainos. ¿ S a b e n ellos
m i s c u e n t o s ? m i s c u e n t o s f u e r o n m u y b u e n o s
y m u y verdaderos, y n o se m e t a n en cuentos
c o n m i g o . M u c h a r a z o n tiene e n esto el s e ñ o r
C a l a i n o s , d i x o otro q u e se llegó, y él y y o
estamos m u y agraviados. Y o soy. Cantipalos,
y n o h a c e n sino decir: el ansar d e C a n t i p a
los, q u e salia al l o b o al c a m i n o ; y es m e n e s
ter q u e les digais q u e m e h a n h e c h o d e a s
n o ansar, y q u e era asno el q u e y o tenia , y
n o ansar, y los ansares n o tienen q u e ver c o n
los l o b o s , y q u e m e restituyan á m i a s n o e n
e l
V i s i t a d e los c h i s t e s . 1 5 r
el refran, y q u e m e le restituyan luego, y t o
m e n su ansar : justicia c o n costas, y p a r a
ello , & c . -
•e . - Y o
- V i s i t a d e los c h i s t e s . 1 6
e . Y o q u e d é confuso q u a n d o se llegaron á
m í Perico d e los Palotes, y Pateta , J u a n d e
las C a l z a s b l a n c a s , P e d r o p o r D e m a s , el B o b o
d e C o r i a , P e d r o d e U r d e m a l a s (así m e d i x e r o n se
l l a m a b a n ) , y d i x e r o n : n o q u e r e m o s tratar del
agravio q u e se n o s h a c e á nosotros e n los c u e n
tos y e n conversaciones, q u e n o se h a d e h a
c e r t o d o e n u n dia. Y o les dixe q u e h a c i a n
b i e n , p o r q u e estaba tal c o n la v a r i e d a d d e c o
sas q u e habia visto, q u e n o m e acordaba d e n a
d a . So lo q u e r e m o s , d i x o Pateta, q u e ve as el r e
tablo q u e t e n e m o s d e los m u e r t o s á p u r o retran.
A l c é los ojos, y estaban á u n lado el sa nto M o
carro j u g a n d o al a v e j o n , y á su lado el d e santo
L e p r i s c o ; lu ego e n m e d i o estaba san Ciruelo,
y m u c h a s m a n d a s y promesas d e señores y P r í n
cipes a g u a r d a n d o su dia , p o r q u e entonces las
harian b u e n a s , lo q u e seria el dia d e san C i r u e
lo. P o r e n c i m a d e él estaba el santo d e Pajares,
y fray Jarro h e c h o una b o t a , por sacristan junº
to á san P o r r o , q u e se quejaba d e los c a r r e t e
ros. D i x o fray Jarr o (co n u n a v e n d i m i a p o r ojos,
e s c u p i e n d o racimo s y o liendo á lagares, h e c h a s
las m a n o s d o s piez gos, y la nariz espita, la h a
bla r e m o s t a d a c o n u n tonillo del carro): estos
s o n los santos q u e h a c a n o n i z a d o la picardía
c o n p o c o t e m o r d e Di o s . Y o m e q u e r i a ir , y
o i g o q u e decia el sant o d e Pajares: h a c o m - >
p a ñ e r o , decidles á los del siglo q u e m u c h o s p i
c a r o n e s q u e allá teneis p o r santos tienen a c á
guardados los pajares, y lo d e m a s q u e tenemos
q u e decir se dirá otro dia. V o l v í las espaldas
- L a y
1 6 4 V i s i t a d e las c h i s t e s .
y topé cosido c o n m i g o á D o n D i e g o d e noche
rascándose e n u n a esquina ; y conocíle, y d í x e
le : ¿es posible q u e a u n h a y q u e c o m e r e n v. m .
señor D o n D i e g o ? d í x o m e : p o r m i s p e c a
dos soy refitorio y b o d e g o n d e piojos ; querria
suplicaros, p u e s os vais, y allá h a b r á m u c h o s , y
a c á n o se hallan p o r el b i e n p a r e c e r , q u e a n
d o m u y desabrigado, q u e m e envieis a l g u n m o n
dadientes , q u e c o m o y o lo traiga e n la boca, t o
d o m e s o b r a , q u e s o y a m i g o d e traer las q u i
x a d a s h e c h a s j u g a d o r d e m a n o s , y al fin se
m a s c a y s e c h u p a , y si h a y a l g o e n t r e l o s d i e n
tes p o c o á p o c o s e r o e : y si e s d e l e n t i s c o , e s
b u e n o p a r a las opilaciones. D i ó m e g r a n d e risa, y
a p a r t é m e d e él h u y e n d o p o r n o lo ver aserrar
c o n las costillas u n p a r e d o n á p u r o s corcovos.
... D a n d o g r i t o s y a l a r i d o s v e n i a u n m u e r t o
diciendo : á m í m e toca, y o lo sabré, ello d i
r á , e n t e n d e r é m o n o s . ¿ Q u é es esto ? y otras r a
z o n e s tales. ¿ Q u i é n es este tan e n t r e m e t i d o e n
todas las cosas? Y respondióme u n difunto:
este es V a r g a s , q u e c o m o d i c e n averigüelo V a r
g a s , viene a v e r i g u a n d o l o todo. T o p ó e n el c a
m i n o á Villadiego ; el p o b r e estaba afligidísimo
h a b l a n d o e n t r e sí; l l a m ó l e y d í x o l e : s e ñ o r V a r
g a s , p u e s v. m . lo averigua t o d o , h a g a m e m e r
c e d d e averiguar quién fueron las d e V i l l a d i e
g o , q u e t o d o s las t o m a n , p o r q u e y o s o y V i l l a
d i e g o , y e n tantos a ñ o s n o lo h e p o d i d o saber,
ni las echo m e n o s , y queria salir d e este e n
canto. V a r g a s le d i x o : t i e m p o h a y , q u e a h o r a
ando averiguando quál fue primero, la m e n t i
I e ,
... a d e los chistes. 1 6 5
r a ó el sastre; p o r q u e si la m e n t i r a fue p r i m e
r o ¿ q u i é n la p u d o d e c i r si n o h a bia sastres ?
¿ y si f u e r a n p r i m e r o los sastres, c ó m o p u d o h a
b e r sastres sin m e n t i r a ? E n a v e r i g u a n d o e s t o
volveré, y c o n esto se desapareció. V e n i a tras
él M i g u e l d e V e r g a s diciendo : y o s o y el M i
guel d e las n e g a c i o n e s , sin q u é ni para q u é ,
¿ a n d o c o n u n n o á las a n c a s : e s o n o ,
igue l d e V e r g a s , y n a d i e m e c o n c e d e na da,
y n o sé p o r q u é ni q u é h e h e c h o y o . M a s d i
x e r a , s e g u n m o s t r a b a p a s i o n , si n o l l e g a r a u n a
p o b r e m u g e r c a r g a d a d e b o d i g o s , y llena d e
m ales, y plañendo. ¿ Q u i é n eres, la d i x e , m u g e r
desdichada ? L a m a n c e b a del A b a d , respondió
el la, q u e a n d a e n l os cu en tos d e niños p a r
t i e n d o el m a l c o n el q u e le v a á b u s c a r ; así d i
c e n l as e m p u ñ a d u r a s d e l as cons ejas, y el m a l
p a r a quien le fue re á b u s c a r y p a r a la m a n c e
b a del A b a d : y o n o descaso á nadie, antes h a
g o q u e se casen todos: ¿qué m e quieren? ¿que
n o h a y m a l ( v e n g a p o r d o n d e viniere) q u e n o
sea para m í ? F u e s e , y q u e d ó á su lado u n h o m
b r e triste, entre calavera y m a l a nueva. ¿ Q u i é n
e r e s , le d i x e , tán aciago q u e a u n para M a r
tes sobras ? Y o s o y , d i x o , M á t a l a s callando,
y nadie sabe por q u é m e llaman así, y es bella
quería, q u e quien mata es á puro hablar, y
es os s o n mátalas h a b l a n d o ; q u e l as m u g e r e s n o
q u i e r e n e n u n h o m b r e sino q u e o t o r g u e , s u
p u e s t o q u e ellas p i d e n siempre. Y si q u i e n c alla
o t o r g a , y o m e h e d e llamar Resu citalas c a l l a n
d o ; y n o q u e a n d a n por ahi unos mozuelos con
L 3 U l I 1 3 l S
1 6 6 V i s i t a d e los c h i s t e s ,
unas lenguas de portante m a t a n d o á quantos
los o y e n : y así h a y infinitos o i d o s c o n m a t a d u
ras. A s í es v e r d a d , d i x o L a n z a r o t e , q u e á m í
m e tienen esos c o n s u m i d o á p u r o lanzarotear c o n
si v i e n e ó n o v i e n e d e B r e t a ñ a , y s o n t a n g r a n
des habladores q u e viendo q u e m i r o m a n c e dice:
D o n c e l l a s c u r a b a n del,
Y D u e ñ a s d e s u rocino,
h a n dicho q u e d e aquí se saca, q u e e n m i
t i e m p o las d u e ñ a s eran m o z o s d e caballos, p u e s
c u r a b a n d e l r o c i n o . B u e n o e s t u v i e r a el r o c i n
e n p o d e r d e d u e ñ a s , el diablo se lo d a b a ; e s
v e r d a d , y y o n o lo p u e d o negar q u e las d u e
ñ a s p o r ser m o z o s , a u n q u e fuese d e caballos, s e
e n t r e m e t i e r o n e n e s o , c o m o e n o t r a s c o s a s , m a s
y o hice lo q u e convenia. C r e a n al señor L a n
zarote, dixo u n pobre m o z o , sencillo, humilde,
y c a r i b o b o , q u e y o lo certifico. ¿ Q u i é n eres t ú
q u e pretendes crédito entre los podridos? Y o
s o y el p o b r e J u a n d e B u e n a l m a , q u e mi m e h a
a p r o v e c h a d o tener b u e n a l m a ni n a d a , para q u e
m e d e x e n ser muerto. Extr aña cosa q u e s i r
v a y o en el inundo d e apod o. E s u n J u a n d e
B u e n a l m a , d i c e n al m a r i d o q u e sufre, y al
g a l a n q u e e n g a ñ a n , y al h o m b r e q u e estafan,
y a señor q u e r o b a n , y á la m u g e r q u e e m b e
lecan : y o estoy aquí sin m e t e r m e c o n nadie.
E s o es n a d a d i x o J u a n R a m o s , q u e v o t o á...-
q u e los d i a b l o s m e h i c i e r o n t e n e r u n a g a t a ;
m a s m e valiera c o m e r m e d e r a t o n e s , q u e n o m e
d e x a n descansar : d a c a la gata d e J u a n R a m o s ,
t o m a la g a t a d e J u a n R a m o s . Y a h o r a n º r
- * - . - - n
V i s i t a d e los c h i s t e s . 1 6 7
doncellita, ni contadorcito , q u e a y e r n o tenia
q u e contar sino duelos y q u e b r a n t o s , ni s e c r e
tario, ni ministro, hipócrita, pretendi ente, juez,
p l e y t e a n t e , ni v i u d a q u e n o se h a g a la g a t a d e
J u a n R a m o s , y t o d o s o y gatas, q u e p a r e z c o á.
F e b r e r o , y quisiera ser antes sastre del C a m
pillo q u e J u a n R a m o s . T a n presto saltó el s a s
tre del C a m p i l l o , y dixo: ¿que quién metia á
J u a n R a m o s c o n el sastr e? Y él d i x o , p u e s n o
m e j o r a b a d e ape llido a u n q u e m u d a b a d e se xó;
p u e s dix eran el g a t o d e J u a n R a m o s , y n o la
g a t a : si d i x e r a n , n o d i x e r a n , el sastre d e s c o n
fió d e las tixeras y fió d e las u ñ a s ( c o n razon),
y e m p e z ó s e u n a b r e g a d el diabl o. V i e n d o t a l e s
carapel a i b a m e p o c o á p o c o , y b u s c a n d o q u i e n
m e gui ase, q u a n d o sin h ablar palabra ni c h i s
tar ( c o m o d i c e n los ni ño s) u n m u e r t o d e b u e
n a disposicion, bien vestido y d e b u e n a cara,
cerró c o n m i g o . Y o t e m í q u e era l o c o , y cerré
c o n él, m e t i é r o n n o s e n p a z ; decia el m u e r t o : d e
x e n m e á ese b e l l a c o , d e s h o n r a b u e n o s ; v o t o al
cielo d e la c a m a q u e le h e d e hacer q u e se q u e
d e acá. Y o estaba colérico, y díxele : llega y
te tornaré á m a t a r , i n f a m e , q u e n o p u e d e s ser
h o m b r e d e b i e n , llega, c a b r o n . ¿ Q u i é n tal d i x o ?
N o le h u b e l l a m a d o la m a l a p a l a b r a , q u a n d o
otra v e z se q u i s o a b a l a n z a r á m í y y o á él. L l e
gáronse otros m u e r t o s , y dixeron: ¿qué habeis
h e c h o , sabeis c o n quien hablais? ¿á Diego M o
r e n o llamais c a b r o n ? ¿ n o hallastes, savandixas d e
m e j o r frente? ¿ Q u é , este es D i e g o M o r e n o ? d i
x e y o . E n o j é m e m a s , y alcé la v o z d i c i e n d o : in,
f a m e , ¿ p u e s tú hablas, tú dices á los otros d e s
L 4 h o n
I 6 8 V i s i t a d e los chistes.
honra b u e n o s ? L a m u e r t e n o tiene honra, p u e s
consiente q u e este a n d e aquí. ¿ Q u é le h e h e
c h o yo? Entremes, dix o tan presto D i e g o M o r e
reno. Y o s o y c a b r o n , y otras bellaquerías q u e
c o m p u s i s t e á él semejantes: ¿no h a y otros M o
r e n o s d e q u i e n e c h a r m a n o ? ¿ n o sabias q u e t o
d o s los M o r e n o s , a u n q u e se l l a m e n J u a n e s , e n
c a s á n d o s e se v u e l v e n D i e g o s , y q u e el color d e
los m a s maridos es m o r e n o ? ¿qué he h e c h o y o
q u e n o h a y a n hecho otros m u c h o s mas? ¿ a c a
b ó s e e n m í el c u e r n o ? ¿ l e v a n t é m e y o á m a
y o r e s c o n la c o r n a m e n t a ? ¿encareciéronse p o r
m i m u e r t e los cabos d e los cuchillos y d e los
tinteros? ¿ p u e s q u é los ha m o v i d o á t r a e r m e
p o r tablados ? Y o fui m a r i d o d e t o m o y l o m o ,
p o r q u e t o m a b a y e n g o r d a b a ; siete durmientes
era c o n los ricos, y grulla c o n los p o b r e s , p o
c o malic ioso; lo q u e p o d i a echa r á la bolsa, n o
lo e c h a b a á m a l a parte. M i m u g e r er a u n a p i
c a r o n a z a , y el la m e d i s f a m a b a p o r q u e d i ó e n
d e c i r : D i o s m e le g u a r d e a l m i D i e g o M o r e n o ,
q u e n u n c a m e dixo m a l o ni b u e n o ; y miente
la g r a n d í s i m a bellaca, q u e y o dixe m a l o y b u e
n o d o s c i e n t a s v e c e s ; y si está el r e m e d i o e n eso,
á los c a b r o n a z o s q u e h a y a h o r a e n el m u n d o
decidles q u e se a n d e n diciendo m a l o y b u e n o
á sus m u g e r e s , á v e r si les d e s m o c h a r á n las
s i e n e s , y si p o d r á n r e s t a ñ a r el f l u x o d e l h u e
so. L o otro, y o , dicer, q u e n o dixe m a l o ni b u e
n o ; y es tan al reves q u e e n v i e n d o entrar e n
m i casa poetas decia: m a l o ; y e n v i e n d o s a
lir G e n o v e s e s , d e c i a : b u e n o ; si v i a c o n m i m u
g e r galancetes, d e c i a : m a l o ; si via m e r c a d e r e s ,
d e
V i s i t a d e los c h i s t e s , 1 6 9
d e c i a : b u e n o ; si t o p a b a e n m i e s c a l e r a v a l i e n
tes, d e c i a : r e m a l o ; si e n c o n t r a b a o b l i g a d o s y
tratantes, d e c i a : r e b u e n o . ¿ P u e s q u é m a s b u e
n o y m a l o habia d e decir? , , ,
E n m i t i e m p o hacia tanto ruido u n m a
rido postizo q u e se vendia el m u n d o por u n o ,
y n o se hallaba; ahora se casan por suficien
cia, y se p o n e n á maridos c o m o á sastres y escri
bientes, y h a y platicantes d e c o r n u d o y a p r e n
dices d e marideria ; y a n d a el negocio d e s u e r
t e , q u e si v o l v i e r a al m u n d o ( c o n ser el p r o
p i o D i e g o M o r e n o ) á ser c o r n u d o , m e pusiera
á platicante y aprendiz delante del a q a t a m i e n
t o d e los q u e p e y n a n medellin y b a r b a n d e c a
brio. ¿ P a r a q u é son esas h u m i l d a d e s , d i x e y o ,
si fuiste el p r i m e r h o m b r e q u e e n d u r e c i ó d e
c a b e z a los m a t r i m o n i o s ? ¿el p r i m e r o q u e crió
d e s d e el s o m b r e r o vidrieras d e linternas ? ¿el
p r i m e r o q u e inxirió los casamientos sin m o n t e r a ? ,
A l m u n d o v o y solo á escribir d e dia y d e n o
c h e e n t r e m e s e s d e t u v i d a : n o irás esta v e z ,
d i x o : y a s í m o n o s á b o c a d o s , y á la grita y r u i d o
q u e traiamos, despues d e u n v u e l c o q u e dí e n
la c a m a , d i c i e n d o : ¿v álgate el diablo, a h o r a te
enojas ? (propia c o n d i c io n d e c o r n u d o s enojarse
d e s p u e s d e muertos). C o n esto m e hal lé e n m i
a p o s e n t o tan c a n s a d o y tan colérico, c o m o si
la p e n d e n c i a hubiera sido v e r d a d , y la p e r e g r i
n a c i o n n o h u b i e r a s i d o s u e ñ o . C o n t o d o e s o m e
pareció n o despreciar esta vision, sino darle a l
g u n crédito, p o r q u e los m u e r t o s p o c a s v e c e s
se b u r l a n ; y q u e gente sin pretension y d e s e n
g a ñ a d a , m a s atienden á enseñar q u e á e n t r e t e n e r
C A R
1 7 o
• º e s o e º e º e e o e-e-e e s
C A R T A S
D E L C A B A L L E R O
- ,
N
-
D E L A T E N A Z A ,
D O N D E S E H A L L A N M U C H O S
y saludables consejos para g u a r d a r la m o s c a
y gastar e n la prosa.
- A los d e la g u a r d a .
Habiendo
º
c o n s i d e r a d o , c o n discreta miseria,
la sonsaca q u e corre, m e h a parecido a d v e r
tir á los d e s c u i d a d o s d e bolsa para q u e l e y e n
d o m i s escritos restriñan las faltriqueras, y q u e
p r o c u r e n antes m e r e c e r el n o m b r e d e g u a r d i a
nes q u e el d e datarios ; y el d a r sea e n las
m u g e r e s , y n o á las m u g e r e s , para q u e así m e
r e z c a n el n o m b r e d e c o f r a d e s d e la t e n a z a d e
Nihil d e m u s ó N e q u e d e m u s , q u e hasta ahora
se decia N i c o d e m u s , p o r el p o c o c o n o c i m i e n
to d e esta materia; y sea su n o m b r e d e t o d o
e n a m o r a d o A u r o m a t i a s , llámese c o m o se l l a m á
re, a u n q u e n o se llame Matias, y sea su a b o
g a d o el A n g e l d e la G u a r d a ; q u e c o n r a z o n
se l l a m a n dias d e g u a r d a r los dias q u e s o n d e
fiesta, y todos s o n d e fiesta para g u a r d a r . .
- - . E x e r
e . - 1 7 1
Exercicio quotidiano que h a de hacer todo C a
ballero p a r a salvar su dinero a la
h o r a d e l a d a c a .
E n l e v a n t á n d o s e , lo p r i m e r o conjurará s u
d i n e r o p o r q u e n o se lo p i d a n ; y alegrarase q u e
le h a n d e x a d o a m a n e c e r , diciendo: y o m e a l e
g r o , a u n q u e s e y C a b a l l e r o d e la T e n a z a , p o r
q u e m e h a n d e x a d o d o r m i r los embestidores y
pedigones ; y ofrezco firmemente d e n o dar, ni
prestar, ni prometer por palabra, obra ni p e n
s a m i e n t o ; y l u e g o dirá aquellas palabras:
Solamente u n d a r m e a g r a d a ,
q u e es el d a r e n n o d a r n a d a .
A l sentarse á c o m e r m i r a r á la m e s a , y v i é n
d o l a sin p e g o t e , m o s c o n , ni g o r r a , e c h a r á
la b e n d i c i o n , d i c i e n d o : b e n d i t o sea D i o s q u e
m e d a c o m e z o n y n o c o m e d o r e s , c o n s i d e
r a n d o q u e los c o n v i d a d o s e n las m e s a s s o n c u
chillos d e los tenedores. A l irse á acostar, a n
tes d e d o r m i r se llegará al talegon v a c i o , q u e
t e n d r á c o l g a d o á la c a b e c e r a d e s u c a m a p o r
calavera d e los p e r d i d o s , c o n rótulo q u e d iga:
T ú que m e m i r a s á m í
t a n triste, m o r t a l y feo,
m i r a t a l e g a n p o r tí,
q u e c o m o m e ves m e ví,
y veraste qual m e veo.
Y e m p e z a n d o á d o r m i r , dirá: b e n d i t o seais vos,
S e ñ o r , q u e habeis p e r mi t i d o q u e m e d e s n u d e
y o , y q u e n o m e h a y a d e s n u d a d o otro antes,
y n o dormirá á sueño suelto, p o r q u e n o se le ,
desperdicie nada. -
4.
172 Cartas del Caballers º,
T r i a c a d e e m b e s t i m i e n t o s m a s c u l i n o s .
I . L .
l i m o s n a es o b r a p i a , si se h a c e d e
d i n e r o p r o p i o , m a s si (lo q u e D i o s n o q u i e r a )
se hiciese d e dinero a g e n o , seria obra cruel. Y o ,
s e ñ o r a , c o n las palabras querria declarar m i v o
l u n t a d , y n o c o n la bolsa. E l t i e m p o es santo,
la d e m a n d a jus ta , y o p e c a d o r , m a l nos p o d e
m o s c o n c e r t a r , n o h a y q u e da r: D i o s la p r o v e a ,
v a y a c o n D i o s : cierto q u e n o t e n g o ; q u e s o n
t o d o s los m o d o s d e despedir pi carona s bergantas.
M a d r i d , todos los meses y cada dia y c a d a h o
ra q u e m e hablare.
II. D í c e m e v. m e r c e d q u e m e quiere tanto,
q u e querria q u e n o tuviese pesadumbre. S e ñ o
ra m i a , d é x e m e tener v. m e r c e d , y sea lo q u e
f u e r e , q u e a u n n o querria q u e m e quitase p e s a
d u m b r e s ; y persuádase v. m e r c e d q u e á m í y al
R e y nos ha d a d o Dios dos Angeles d e guarda,
á él para q u e acierte, y á m í para q u e n o dé.
D i o s d é á v. m e r c e d salud y vida.
III. Q u a n t o m a s m e pide v. m e r c e d , m a s
m e e n a m o r a , y m e n o s la d o y , M i r e n d o n d e fue
á hallar q u e pedir pasteles h e c h i z o s q u e a u n
q u e á m í m e es fácil enviar los pasteles, y á v.
m e r c e d hacerlos hechizos, he querido s u s p e n
derlo por ahora; y, merced muerda de otro e n a
- - - - m , s
-,
1 7 4 C a r t a s del Caballero
m o r a d o q u e para m í peor es v e r m e c o m i d o d e
m u g e r e s q u e d e g u s a n o s ; p o r q u e v. m e r c e d c o
m e los vivos, y ellos los muertos. A D i o s hija.
H o y dia d e a y u n o . D e n i n g u n a parte, p o r q u e
los q u e n o e n v i a n , n o estan e n n i n g u n a p a r
t e , solo están e n su juicio.
I V . ¿Ventanicas para ver toros y cañas, m i
v i d a ? ¿ q u é m a s toros y cañas q u e v e r n o s á tí
pedir , y á m í n e g a r ? ¿ q u é piensas q u e se saca
d e u n a fiesta d e estas? C a n s a n c i o y modorra,
falta d e dinero al q u e p a g a los balcones: d a
l. al diablo, q u e es fiesta d e Gentiles, y t o d o
es ver morir h o m b r e s q u e son c o m o bestias, y
bestias q u e son c o m o maridos. Y o por m í bien
te alquilara d o s altos, m a s m i dinero es el d i a
blo. Quitate d e ruidos, y haz cuenta q u e los
h a s visto, y verá s q u é tarde n o s p a s a m o s , t u
sin v e n t a n a , y y o c o n dineros. -
m e r e n d a r y q u e g u a r d e secreto; y o le g u a r d a
r é d e m a n e r a , q u e ni salga d e m i b o c a , ni e n
tre e n la d e v. m e r c e d . Pesia tal ¿ n o basta
h a b e r m e c o m i d o y c e n a d o , sino q u e r e r m e m e
r e n d a r ? A y u n e v. m e r c e d u n dia á sus s e r v i d o
res, si es servida. D o s m e s e s , tres dias, y seis horas
h a q u e v. m e r c e d y dos vi ej as, tres a migas, u n
paje y su h e r m a n a , m e p ac en d e dia y d e n o
c h e , d e q u e estoy desva íd o y seco. D é x e n m e
vues as me r c e d e s , si s o n se rvidas, y saque y o
libre siquiera m i c u e r p o , y c o m e r á n m e á m e d i a s
v. m e r c e d y la s epultura, q u e estaré e n el p u r
g a t o r i o , y a u n n o seguro. D e c a s a , e n t i é n d a
lo v. m e r c e d p o r fecha y n o p o r oferta.
V I I . R í ñ e m e v. m e r c e d p o r q u e n o h e v u e l
t o á su casa, y es p o r q u e n o h e vuelto e n m í
d e las visiones q u e ví el otro dia. S e ñ o r a m i a ,
p o r c u r i o s i d a d se p u e d e ir á s u c a s a , m a s n o
p o r a m o r , p o r q u e se v e n e n ella todas las n a
ciones, lenguas y trages del m u n d o . ¿ Q u é fi
g u r a quiere v. m e r c e d q u e h a g a u n e s t u d i a n
ton entre Julios y Octavios hablando dineros y
e s c u p i e n d o reales. P u e s entre todas las n a c i o
- I n C S
1 7 6 C a r t a s d e l C a b a l l e r e
nes, solo el p o b r e es el extrangero, y h a m e
nester ser u n m o h a t r o n para q u e le e n t i e n
d a n esos señores. E n conclusion, y o estaba
c o m o v e n d i d o , y v. m e r c e d c o m o c o m p r a d a .
Y a u n q u e pienso q u e d e x a n holgar á v. m e r c e d
p o r m i s barrios, n o m e t e n g o p o r tan s e g u r o
e n casas d o n d e la s o m b r a d e u n e x t r a n g e r o s e
e n c a x a e n c i m a . -
V I I I . Q u a n d o n o h u b i e r a s e r v i d o el n o e n
vi ar á v. m e r c e d la telilla, q u e tan i n u m e r a
bl es veces m e ha p e d i d o , sino d e ver el g r a n
c a u d a l q u e D i o s la h a d a d o , p u e s u n a m i s m a c o
sa m e la ha sabid o pedir c a d a d i a , d o s m e s e s
á reo por o c h o ó n u e v e billetes y por diferen
tes m o d o s , e ra g r a n d e interés, y pa ra d a r g r a
cias á nuestr o S e ñ o r ; y si lo q u e v. m e r c e d
h a g a s t a d o e n papel y tinta, lo h ubiera e m
p l e a d o e n la tela, sin d u d a h ubier a a h o r r a d o
d e d i n e r o . M a s t a m b i e n a d v i e r t o á v , m e r c e d
q u e el vestido q u e h u b i e r a h e c h o estuvie ra r o
t o , y la alaba nza d e sus bil lete s d u r a r á p a r a
si empre. N o la envio c o n es te, p o r q u e darla
l u e g o pareceria n e c e d a d , y p o c o d e s p u e s l o c u
ra, y ahora es y a frialdad, y se acabaria el e n
tretenimiento d e las d e m a n d a s y respuestas.
G u a r d e D i o s , & c . -
I X . P r e s t o h a d e s c u b i e r t o v . m e r c e d la h i l a
z a y la c o n d i c i o n q u e tiene, c o m o h o m b r e al
fin , y m a s m u d a b l e q u e todos. Si y o h u b i e r a
creido á m i s t i a s , n o m e quejara d e lo q u e v
m e r c e d h a c e ; m a s y a estoy d e t e r m i n a d a d e c o r
rer c o n lo q u e se usa , s i r v i e n d o m e esto d e e s
C 2 - a
« º d e l a T e n a z a . 1 7 7
carmiento para adelante. D í c e n m e q u e está v.
m e r c e d m u y bien e m p l e a d o , y c o n o z c o á la
dicha señora: cosa en q u e ha mostrado su b u e n
gusto. Así le g u a r d e D i o s q u e h a g a d e l a s s u
yas, a u n q u e "esto n o es menester e n c o m e n d á r
selo. D i o s le g u a r d e . - « .
- - - C
º .
1 7 8 C a r t a s d e l C a b a l l e r o
el a m a n t e , y v. m e r c e d la q u e r i d a , hallo q u e
s o m o s c o m p e t i d o r e s d e m i d i n e r o y galanes;
y n o quiero dexar d e advertir á v. m e r c e d , q u e
h a m a s q u e le quiero y o , y q u e hasta a h o r a n o
le h e visto h a c e r m e n i n g u n desden. S e ñ o r a mia,
n o h a y persona c o n quien á m í m e p u e d a n dar
m a s zelos q u e c o n querer m i hacienda. Si v.
m e r c e d m e quiere á m í , ¿ q u é t e n g o y o q u e v e r
c o n vestidos, joyas y dineros, q u e s o n cosas m u n
d a n a s y d e v a n i d a d ? Y si q u i e r e á m i s d o b l o
nes. ¿por q u é n o habla v e r d a d ? y, c o m o e n
los papeles m e llama m i vida, m i a l m a , m i
c o r a z o n , m i s ojos; m e l l a m e m i s reales, m i s d o
b l o n e s , m i s talegones, m i s bolsas. V . m e r c e d
crea q u e pa ra m í n o h a y faccio n b u e n a si n o
es de b a l d e , q u e a u n las m a s b arata s las t e n
g o a penas por razona bles . L o q u e cuesta e s
feo, y n o h a y donay re, d o n d e h a y pedidura .
D e x e m o s el d i n e r o , c o m o si tal n o h u b i e r a s i
d o , y a n d e n finezas y requiebros por alto : y
si n o , l o q u e c o n v i e n e es q u e v. m e r c e d se q u e
d e c o n sus deseos, y y o c o n mis dineros. G u a r
d e & c o y o e ... . .
X I I . - N o pag aré y o e n m i vida á v. m e r
-
X V . N o es posible sin o q u e q u a n d o v. m e r
c e d m e e m p e z ó á q u e r e r m e c o n t ó el dine ro,
p o r q u e á la propia hora q u e se a c a b ó la b o l
sa espiráron las finezas. N o m e h a q u e r i d o u n
r e a l m a s m i a l m a ; h o n r a d o t e r m i n i l l o h a t e n i
d o ; y y a q u e el diablo le ha dicho á v. m e r c e d
q u e se a c a b ó la m o s c a , q u i é r a m e s o b r e p r e n d a s ,
hasta q u e m e d e x e e n carnes, y f a v e r é z c a m e
u n o s dias sobre la c a p a , calzones y el j u b o n .
X V I . A h o r a es, y a u n n o e . d e s a n t i
g u a r m e d e la n o t a del b illetico d e esta m a ñ a n a .
M u g e r q u e tal piensa y tal escribe, ¿ q u é a g u a r
d a p a r a asir d e u n g a r a b a t o , y a n d a r s e á h u r
tar almas del peso d e S a n M i g u e l ? C o n c e r
* - º . t a d
r. D e l a T e n a z a . I 8 1
t a d m e esas razones. D e s p u e s d e h a b e r m e m o n
d a d o el c u e r p o , r o í d o m e los huesos, c h u p á
d o m e la b o l s a , d e s a p a r e c í d o m e la h o n r a , d e
s a i n á d o m e la h a c i e n d a : el t i e m p o es s a n t o , e s
t o se ha b i a d e acabar algun d i a , la v e c i n d a d ,
tiene q u e decir, m i tia g r u ñ e dia y n o c h e , n o
p u e d o sufrir la soberbia d e m i h e r m a n a : p o r
v i d a t u y a q u e e x c u s e s el v e r m e y p a s a r p o r
esta calle, y q u e d e m o s á D i o s a l g u n a parte
d e nuestra vida. A b u e n t i e m p o se a r r e m a n g ó
Celestina á r e m e d i a r la nota d e F r a y Luis. I n
fernal h e m b r a , di abla a f e y t a d a , mientras q u e
t u v e q u e d a r , y m e d u r ó el granil lo, el t i e m p o
fue p e c a d o r , n o h u b o vecinas; t u maldita y
d e s c o m u l g a d a tia, q u e ahora g r u ñ e dia y n o c h e ,
e n t o n c e s d e dia m e c o m i a , y d e n o c h e m e c e n a
b a ; y c o n aquellos d o s colmillos, q u e sirven d e
m u l e t a s á sus quixadas, pedia casi tanto c o m o
t ú , c o n m a s dientes q u e treinta mastines. ¿ Q u é
diré d e la b e n d i t a d e tu h e r m a n a ? q u e e n v i é n
d o m e se volvia c a m p a n a , y n o se le oia ot ra c o
sa, sin o d a n , d a n . V e l l a c o n a s , ¿ q u é h a si do,
est o ? Y o e c h o d e v e r q u e p a r a con ve rtir os
n o h a y otra cos a c o m o sacaros u n g asta do . T o
d a s o s h a b e i s v u e l t o á D i o s e n v i é n d o m e sin,
blanca. C o s a devotísima d e b e ser u n p o b r e , y
vuestra calavera es bolsa vacía. E n gracia m e
c a e lo d e q u e d e m o s á D i o s parte d e nuestra
vida y q u é vida para dar parte d e ella sino
á Lucifer, y a u n con vergüenza y habl ando
c o n perdon, q uitas á los h o m b r e s lo q u e h a n m e
nester, y da s á Dios lo q u e n o es par a su
- M 3 d i v i
I 8 2 C a r t a s d e l C a b a l l e r o "
divina Magestad. L a T o m o n a se quiere hacer
d a d i v o s a d e la otra vida; sin d u d a te pusieron
á d e p r e n d e r conciencia e n casa d e a l g u n sastre.
D i g o que no pasaré por tu calle, ni menos por
estafa tan d e s v e r g o n z a d a , sino q u e n o s c o n v i r
t a m o s á medias; y o m e arrepentiré d e lo q u e te
h e d a d o para salvarme, y tú m e lo restituirás
para q u e Dios te p e r d o n e lo d e m a s sea p l e y
t o p e n d i e n t e p a r a el p u r g a t o r i o , si a c a s o v a s ;
p o r q u e si v a s al i n f i e r n o , y o d e s i s t o , q u e n o
m e está b i e n p o n e r t e d e m a n d a e n casa d e
t t l t l a l . - -
X V I I . E s t a n d o pensando q u é responderia
á las cosas q u e v. m e r c e d m e pide , se m e v i n i e
r o n á la m e m o r i a aquellas inefables palabras
q u e á los pobres se dicen c o n lástima, y á las
m u g e r e s c o n r a z o n : n o h a y q u e d a r , s e ñ o —
ra mia; y o bien entendí q u e habia O r d e n e s M e n
dicantes, pero n o niñas mendicantes sin orden.
Para m í u n a m u g e r pedigüeña es lo propio q u e
u n texedor. Q u i e n m e quisiere hacer casto, p i
d a m e a l g o ; y si el d i a b l o es t a n i n t e r e s a d o c o
m o la c a r n e , n o d u d e v. m e r c e d q u e m e p r o
curaré salvar d e p u r o miserable. ¿ E s posible.
q u e n o se persuadirán á creer q u e sino es d a n
d o y n o pidie ndo, n o p u e d e n ser bien q u i s
tas? M i r e n q u e cara les hace u n pobre h o m
bre q u a n d o o y e : d a m e , tr áeme, c ó m p r a m e , º
envia, muestra. D e x e v, m e r c e d palabras m a y o
res, y q u e e n el d u e l o d e la bolsa afrentan h a s
ta el á n i m a . Estése q u e d o el pedir, y a n d e n los
billetes por alto, q u e y o ofrezco escribir m a s
- q u e
D e l a T e n a z a . 1 8 3
q u e el T o s t a d o . N u e s t r o S e ñ o r la g u a r d e á
v. m e r c e d , a u n q u e t e m o q u e es tan e n e m i g a
d e guardosos, q u e a u n Dios n o querrá q u e
la g u a r d e .
X V I I I . B u e n o m e hallo y o , q u e habia e s
crito á m i tierra á u n a m i g o c o m o m e habia e n
c o n t r a d o m i v e n t u r a e n M a d r i d c o n u n a m u
c h a c h a tan h e r m o s a y tan linda, q u e n o h a
bia m a s q u e pedir, y ahora he descubierto e n
su condicion q u e cada dia h a y q u e pedir m u
c h o mas. Y o , señora , m e hallo tan bien c o n
m i dinero, q u e n o sé por d ó n d e ni c ó m o e c h a r
le d e m í , y m e aplico m a s á t o m a r q u e á r e
parti r. A d v i e r t a v . m e r c e d q u e lleva c a m i n o d e
s a c a r m e d e p e c a d o , p o r q u e estoy resu elto a n
tes s a l v a r m e d e b a l d e , q u e c o n d e n a r m e á
p u r o d i n e r o ; y b ien m i r a d o t o d o el inf ierno n o
v a l e n a d a , y v . m e r c e d lo e n c a r e c e , c o m o si
faltaran d e m o n i o s á quienes los quisiere v.
m e r c e d v u e l v a los dien tes y las u ñ a s á otra
p a r t e , p o r q u e y o t e n g o la castidad p o r logro,
y s o y p e c a d o r d e l a n c e ; y lo m i o fue ra s u
y o , si n o tuviera u n a lux uria q u e se precia
d e miserable. D o y m e por respondido, y á m a s
v e r y m e n o s pedir.
X I X . D í c e m e v. m e r c e d q u e n o m e e n s a n
c h e porque m e pide, y se obliga, y m e trata c o
m o d e casa. ¿ E s o se t e m e v. m e r c e d , r e y n a
m i a ? ¿ n o a g u a r d a r á á v e r lo q u e h a g o ? ¿ e n s a n
c h a r m e tenia, m i bien? A h o r a lo v e r á , q u e m e
h e fruncido y reunido de m a n e r a , q u e p u e d o
voltear e n u n c a ñ u t o d e alfileres d e p u r o a n
- M 4 g o s
1 8 4 C a r t a s del Caballero
gosto. D í c e m e v. m e r c e d q u e se obliga c o n p e
dirme; pero y o hallo q u e es obligarse á t o m a r s o
l a m e n t e . ¿ E s o es tratarme c o m o d e casa, ó c o m o
para su casa? N o hija, y o s o y d e los d e la c a
lle, y h e c o n o c i d o q u e si sus ojos d e v. m e r c e d .
s o n el m a t a d e r o d e las á n i m a s , son el rastro d e
las bolsas. T o d o se a c a b a , y el d i n e r o m a s p r e s
t o si n o se m i r a p o r él. V . m e r c e d h a g a c u e n
ta q u e n o m e ha pedido n a d a , q u e y o hago la
m i s m a ; p o r q u e n o hall o otro c a m i n o d e g u a r d a r
los m a n d a m i e n t o s , y hacerlos g u a r d a r , s i n o
g u a r d a n d o m i dinero d e v. m e r c e d . L a bolsa
sea sorda d e s d e h o y e n adelante. - -
L A
1 8 7
e e e e e º e e º e s e º o e s 3.
L A C U L T A
L A T I N I P A R L A ,
CATECISMA D E v o C A B L o s
p a r a instruir á las m u g e r e s cultas
y hembrilatinas.
L L E I V A U T N D I S P A R A T A R I O
c o m o v o c a b u l a r i o p a r a i n t e r p r e t a r y
t r a d u c i r las d a m a s g e r i g o n z a s , q u e
p a r l a n el A l c o r a n m a c a r r ó n i c o , c o n
el laberinto d e la s o c h o p a l a b r a s .
C O M P U E S T O P O R A L D R O B A N D O
A n a t e m a C a t a c u z a n o , g r a d u a d o e n t i
n i e b l a s , d o c t o á o b s c u r a s , n a t u r a l
- d e l a s s o l e d a d e s d e a b a x o .
Sando
".
v. m e r c e d m a s c o n o c i d a p o r los c i r
cunloquios, q u e por los m o ñ o s d e tan lindas
- s i
1 8 8 D e d i c a t o r i a
sinedoches y cacofonias, y tan ayrosa d e h i p é r
boles, y tan Nebrisense d e palabras, q u e t i e
n e m a s n o m i n a t i v o s q u e galanes; y s i e n d o la
d a m a d e m a s arte (de A n t o n i o ) q u e se h a vis—
t o : m a s M e r l i c o c a y c a q u e M e r l i n : obligacion le
corre al m a s perito (y n o es fruta) d e e n c i
m a r l a e n los p r e c i p i c i o s i n a c e s o s d e o t r a , si n o
t a n s i d e r e a e s t i m a c i o n a p l a u d i d a , si b i e n d e
m e n o s trisulca p e n a (Plauto sea s o r d o ) , d i r i
giéndola este candil para a n d a r p o r las prosas
lúgubres. E s v. m e r c e d adivinanza perene , y
tiene e n i g m a lluvia, y p u e d e n á su m e n o r v i
sita e x á m i n a r o r d e n a n t e s . E s v . m e r c e d m a s r e
petida p o r su estilo , q u e el s u s o d i c h o : a q u e l
hidalgo q u e n o d e x a descansar renglon e n los
procesos. S o n v, m e r c e d y la algaravía m a s p a
recidas q u e el freir y el llover. U n papel s u
y o leimo s ayer y o y u n O b i s p o A r m e n i o y
dos Gitan os, y casi u n Astrólogo y m e d i o D o c
tor: í b a m o s p o r él tan á obscuras, c o m o si l e y é
r a m o s si mas, y nos h u b i m o s de m atar en u n
obstáculo y dos naufragantes q u e estaban al
volver d e la hoja. N o bastó construirle ni e s t u
diarle : y así le c o n j u r a m o s , y á p o d e r d e e x ô r
c i s m o s se d e s c u b r i e r o n d o s m e d i o s renglones
q u e iban e n hábito d e P a c u b i o s , y le l a n z a m o s
los obsol etos c o m o espíritus. M i l T u c i d i d e s e c h é
á v. m e r c e d c o m o b e n d i c i o n e s , q u e discurre tan
á m a t a r candelas, q u e la p o d e m o s llamar d i s
creta pa ulina. Si v. m e r c e d escr ibiendo tan d
porta inferi acaba d e logobrecerse, dirá q u e
su l e n g u a g e está c o m o u n a b o c a d e l o b o , c o n
- - t a I l
D e d i c a t o r i a 1 8 9
tanta propiedad c o m o una mala n o c h e , y q u e
n o se p u e d e ir p o r s u c o n v e r s a c i o n d e v. m e r
c e d sin linterna. A u r o r e D i o s á v, m e r c e d , y
la s a q u e d e Princesa d e las tinieblas, q u e es
relativo del d e m o n i o , p u e s es Príncipe d e ellas.
V a l e e n c u l t o , n o e n t e s t a d o d e e s c r i b a n o . P r i
die Idus. Y a entiende v. m e r c e d , y si n o h a
g a c u e n t a q u e se o y e . A , \.
- s - .
- L i c e n c i a d o C a n t a c u z a n o . .
- º r - • - º *
e 3-2 3 - 2 - 8 - 3 - 9 - 2 - 3 - e - e - 3 - 2 - 3 - o - e .
A L c L A R o , D 1 4 F A N o , c H I R LE,
transparente y meridiana Lector de lenguage
tápido, y á buenas noches.
D a e . e
- - - - - ? -
v e r a p a r e a d a la b l a n d u r a d e
los requiebros e n c o n c h a s d e latines d e a c a r
r e o , y los r u e g o s e n a m o r a d o s c o n el silencio
d e gramaticales c e r d a s ; y c o n s i d e r a n d o c o n el
p u j o q u e los e n a m o r a d o s d e r o m a n c e deletrean
lo culterano d e las d a m a s , q u e a h o r a h a b l a n
n u b l a d o , y retazos d e Q u i s , vel qui: y c o m
p a d e c i d o d e q u e á las h e r m o s u r a s legas por
justos juicios se les h a y a revestido e n el c u e r
p o tan extraña gerihabla ; y viendo q u e los
clamistas d e n o c h e al s on d e c a m p a n i l l a , dicen:
acuérdense, h e r m a n o s , d e los q u e están en p e
c a d o mortal, y d e los q u e a n d a n por la mar,
y d e aquellos y aquellas q u e están e n p o
- - º. G
1 9 o L a Calta Latiniparla.
d e culteros. P o r t o d a s estas c o s a s h e r e s u e l t o f a
bricarte este L a m p i o n contra palabras m u r c i é
galas y razonamientos lechuzas. T o d o d e b a x o
d e la c o r r e c c i o n d e los clarísimos d e
A º
V e n e c i a ,
A
y n o es pulla.
-
v , º s - •
-
- = * - - - - - - -
L A M P I O N . g a
* - 2
C U L T I G R A C I A .
A
* " ... -
* - -
d i t a t i v o . , , , , , , , , , , ,
"... A las r e v a n a d a s d e p a n l l a m a r á p l a n i c i e s .
e Y p o r q u e la palabra g o t a e s m u y f a c i n e
r o s a , y para los o y e n t e s a b u n d a d e cosquillas;
si se ofrecie re decir d e m e u n a gota d e agua,
ó d e m e dos gotas d e vin o, diga d e m n e u n a
p o d a g r a d e agaa, ó d e n m e dos p o d a g r a s d e vino.
A l n u d o ciego llamará n u d o rezante.
e . A l q u e s o , c e n i z a d e leche... o
A l e s c u d e r o llamará m a n í p u l o . a y
P a r a n o decir estoy c o n el m e s , ó c o n la
r e g l a , se acordará d e q u e las fiestas d e g u a r
d a r se escriben, c o n letra c o l o r a d a , y dirá e s
t o y d e g u a r d a r ; y si el i n t e r l o c u t o r e s g r a
d u a d o , dirá tengo calendas purpúreas. -
º Q u a n d o la p r e g u n t a r e n ¿ c ó m o v a v. m e r
c e d ? p o r n o r e s p o n d e r c o n nota d e a g u a v a , la
palabra fregona, al servicio d e v u e s a m e r c e d ,
dirá estoy á v u e s a m e r c e d oficiosa y afecta: y
si s e quisiere encarnar m a s e n latin, diga a d i e c
f a . La riña llamará palestra al espanto es-.
- , , , , - f r
y
L a culta Latiniparla. 1 9 3
t u p o r : s u p i n i d a d e s las ignorancias; estoy d u .
bia dirá, n o estoy d u d o s a . A l a r r o p e llamará
crepúsculo de dulce, ó abrigo sabroso, q u e a r r o
p e y abrigue t o d o es u n o , y digalo e n el i n
V I C r l o .
D a m e v i n o n o lo dirá , s i n o c u l t i v a n d o la
e m b r i a g u e z , dirá: d a m e , llegó, q u e llegó y v i
n o t o d o es u n o ; y n o se di sfama el g a z n a t e , y
u n a d a m a p i d e t a b e r n a e n b u e n hábito , q u e
y o c o n o z c o b ú c a r o s q u e s irven al tragazo d e
carátula s d e P o r t u g a l , c o n p o c o t e m o r d e los
e m p e g a d o s .
• A l m o ñ o e n culto llamará h e r e n c i a , p u e s
q u e d a d e las ¿ e n p l u s q u a m culto d i
rá: traigo el eco d e l m a l o r i z a d o , ó el e n e m i
o sin di, p u e s d i m o ñ o es el e n e m i g o , y q u i t á n
d o l e el d i , es m o ñ o di ablo m u d o , y t a m b i e n le
llamará el casi diablo, y advierta n o resvale y
le l l a m e el c a c h i d i a b l o d e pelo.
A la olla llamará la m a d r e m e r i d i a n a , y
p a r a decir n o c o m o olla, dirá estoy desollada,
y p o d r á acertar c o n d o s verdades. A l r u i d o
l l a m a r á estrépito, á la h o g u e r a pira.
Para decir y o gusto d e beber frio d e n i e
v e , dirá: bebo con a r m i ñ o del frio, con r e q u e
somes d e a g u a , c o n vidrieras d e D i c i e m b r e , c o n
algodon llovido, con p e c h u g a s d e nubes; q u e p o
d e r r e m u d a r frases es limpieza. . .. .
... N i n g u n a culteraha d e todos quatro v o c a
blos h a d e llamar al c o c h e c o c h e , p o r q u e n o
la r e s p o n d a n los regüeldos ó los c o c h i n o s ; d e
b e decir : A u r i g a , p o n el p a s a c a l l e s , q u e a u n
º N q u e
1 9 4 L a culta Latiniparla.
q u e va á riesgo d e u n a arrebatiña d e b a r b e
r o s , es m e j o r v o z á p a g a r d e m i prosa.
Si la culta fuere vieja , c o m o suele s u c e
d e r , para n o decir á la criada q u e la afeyte»
m a c í z a m e d e pegotes d e soliman estas q u i x a
d a s ; y p o r los c a r c a b u e s o s d e las a r r u g a s , d i
rá: j o r d a n a m e esas N a v i d a d e s c ó n c a v a s ; y si
h u b i e r e d e m a n d a r l a q u e la tiña la g r e ñ a d e
c a n a s , la dirá: p é l a m e esos siglos c á n d i d o s ,
o b s c u r é c e m e e s a s a l b a s .
Si llegare á m a n d a r q u e p o r falta d e d i e n
tes la l l e n e n la b o c a d e chitas forasteras, d i
rá: f u l a n a , e m p i é d r a m e la habla, q u e tengo la
v o z s i n h u e s o s .
Si fuere m o z a , a u n q u e t e n g a u n a c a r a
b r u x a , q u e d e p u r o u n t a d a v u e l e p o r las c h i
m e n e a s , n o h a d e decir q u e se a f e y t a , dirá:
v e n g o bien mentirosa d e facciones.
Y para decir q u e se p o n e m u d a s , en las
m a n o s , dirá: y o traigo concallados los diez e m
b e l e c o s .
A los chapines llamará posteridades d e c o r
c h o , adicciones d e alcornoque, t a r a d e la p e r
s o n a , c e r o s d e la e s t a t u r a .
Si se ofreciere decir n o v e n g o a p e r c i b i
d a , dirá vengo i n e r m e , y encomiéndese á B e
g e c i o .
E l b u r l a r , l l a m e f r u s t r a r .
A las d u e ñ a s l l a m e f u n e s t a s ; y si al e p i
teto pusieron p l e y t o los cipreses, e n tanto q u e
lo j u z g a n las lentejas, llamarálas d e s o m b r a d a s .
N o dirá a u n q u e la asierren, estoy p r
3
L a culta Latiniparla. I 9 5
d a e n tres ó quatro m e s e s : pero dirá: dos e n
tres, dos e n cinco, dos e n nueve, y al c a b o a ñ a
dirá, y o m e entiendo, q u e para eso se hizo el
chiste.
E n las visitas n o d i r á , arrastre e s a silla,
q u e es ajusticiarla, dirá: a p r o x í m a requiem, sin
t e m o r d e los responsos.
Ingredientes l l a m a r á á l o s e n t r a n t e s , a u n
q u e lo g r u ñ a n los boticarios y alquimistas.
N o dirá zapatilla d e pocos puntos, ni c a l
z o , ó t e n g o el pie p e q u e ñ o ; dirá tengo pie
lacónico, ó calzo vizcaino.
Si se ofreciere decir quisiera aloja y b a r
quillos , antes la b u e n a cultosa reviente d e sed
q u e d i g a barquillos y aloja , dirá: t r a i g a n b i
be y r u m o r e s d e o b l e a ; y si h u b i e r e s u p l i c a c i o
n e s , llámelas preces i i i . ; y h a g a Dios lo
¿ fuere servido, q u e aloja y vive para c o n
D i o s t o d o es u n o , y así se platíca e n las casas
d e posadas.
E s h o m b r e honesto, dirá por n o decir p e
s a d o . , y º
- N.
M e t i c i a , es m e j o r q u e tristeza.
P o r n o decir t e n g o v e n t o s i d a d e s , dirá:
tengo éolos ó cefiros infectos. - -
P i d e el m é d i c o el p u l s o ú otra cosa á a l
g u n a p e r s o n a , n o se h a d e d e c i r : t o m e v. m e r
c e d , ni esta maldita v o z se oiga e n b o c a d e
h e m b r a . T o m e , d i g a n ellos; y la cultísima d i
rá : a p r e h e n d a ó accipia. s -
E n los p é s a m e s h a d e e n c a d e n a r s e la p a
labra singultos por sollozos, atros por lutos,
sarcofago por sepultura. - -
.. Si hablare d e P r e d i c a d o r e s , llámelos m e
tódicos, provectos, eruditos, fecundos, i n v e c
tivos é hiperbólicos.
º A la melecina ó, xeringa llamará o j e
r i z a d e a z o f a r ; y á la cala, e n t r e m e t i d a e n c o
s a s particulares. , ,
. P o r n o d e c i r , antes es a p r e t a d o d e b o l
sa q u e dadivoso, dirá v. m e r c e d antes es e s
zítico d e bolsa , q u e diurético. -
- - Y p o r q u e si d u r a , la visita ó c o n v e r s a c i o n
m u c h o t i e m p o , suele acabarse á, algunas cultas
la culteria, y tienen c o n v e r s a c i o n r e m e n d a d a
d e lego y d o c t o , y se q u e d a n á b u e n o s r o
m a n c e s c o m o á b u e n a s n o c h e s , se h a d e v a l e r
del laberinto d e las o c h o palabras q u e n u n c a
s e a c a b a n . -
1 9 8 L a culta Latiniparla. -
A u n q u e c e d a el descrédito, es galante la f i
n e z a , si a p l a u d i d a a n h e l a ; sí b i e n e m u l a r es d e s .
aseo d e p o c a s a z o n : así, m a s n o d e x a d e ser
galante p o r fino ; y lo cierto es así, q u e n o
se está d e b u e n a y r e e n el d e s c r é d i t o ; así
p o r aplausos d e la e m u l a c i o n ; así c e d i d a á los
esfuerzos desacreditados e n lo galante d e m e
jor a y r e , sí b i e n d e s a c r e d i t a n e s f o r z a d o s así.
Y c o n v o l v e r á lo: c ierto es, q u e es c o y u n
tura d e t o d o s los desali ños, y s e m b r a r la p l á
tica d e : ansí es, irá la b u e n a C u l t e r a n a s a l p i
c a n d o d e n e c e d a d e s p o r d o n d e quier a q u e h a
blare. Si así lo hiciese, el latin la a y u d e ; y
si n o , el r o m a n c e la lleve. A m e n .
o -
... . . . . . . .
r s ,
s
-
- - - *
- ... r . -
e, f , o e - -
- - - - o , -
18. - - - -
-
- . . . . . - - - - - .
. E L
-
(. -
. t º r - v º .
- 1 9 9
º e - º - 8 e - º - 8 - 8 - 8 - 8 - 8 - 9 - e - e - 2 o 3.
E L E N T R E M E T I D O ,
L A D U E Ñ A Y E L s o P L o N .
D I S C U . R . S O
D E L c H I L I N D R o n L E G I T I M O D E L E N F A D O ,
- - D E L A N E A L DEL LIBRO,
Y sease Prólogo, ó Proemio quien quisiere.
Estos p r i m e r o s r e n g l o n e s , q u e suelen, c o m o
a l a b a r d e r o s d e los d i s c u r s o s , ir d e l a n t e h a c i e n
d o lugar c o n sus lectores al h o m b r o , p i o s , c á n
d i d o s , b e n é v o l o s ó b e n i g n o s ; aquí d e s c a n s a n d e
este trabajo , y d e x a n d e ser lacayos d e m o l
d e , y r e m u d a n el apellido, q u e p o r lo m e n o s
es limpieza ; y á D i o s y á ventura , sea v, m e r
c e d quien fuere, q u e s o y el primer Prólogo sin
tú, y bien criado q u e se h a visto ó l e a , ú o i
g a leer. E s t e es el discurso del E n t r e m e t i d o
y la D u e ñ a ; si le p a r e c i e r e q u e s o n u n a p r o
pia cosa, sea en b u e n a h o r a , q u e y a s a b e m o s
q u e n o h a y entreteniniento sin d u e ñ a , ni d u e
ñ a sin e n t r e m e t i m i e n t o ; ni se d e t e n g a v. m e r
c e d en exáminar q u é g é n e r o d e animal es la
N 4. t r i s
- 2 O ó E l
Entremetido,
triste figura d e los estrados, y avergüéncese,
p u e s e n cosa tan m e n u d a se atollan tan r e v e
rendas sopalandas, y u n grado tan iluminado,
y u n a barba tan rasa. Esta es d e mis obras la
q u i n t a d e m o n i a , c o m o la quinta esencia : n o
se escandalice del título; créame y hártese de
d u e ñ a vuesa m e r c e d , que podria ser diligen
cia para excusarla. Si se e s p a n t a r e , conjúrela,
y n o la lea, ni la d é
á los diablos, q u e suya
es. Si le fueren d e en
tretenimiento, b u e n p r o
v e c h o l e h a g a , q u e
aquel sabe m e d i c i n a que
d e los venenos ha ce
remedios; y a g r a d é z c a m e
v . m e r c e d q u e p o r m í s les e n s e ñ a n las d u e ñ a s
q u e chian y tientan. Si v. m e r c e d fuese m u r
m u r a d o r , seria otro tanto o r o , q u e á p u r a s c o n
tradicciones y advertencias m e daria á c o n o
c e r ; y n o ha d e h a b e r z o y l o , ni e n v i d í a , ni
m o r d a z , ni maldíciente, q u e s o n el S o d o m a ,
G o m o r r a , D a t a n y A b i r o n d e la paulina d e los
a u t o r e s ; y si fuer e título q u i e n leyere estos r e n
glones , trágu ese la m e r c e d , y h a g a c u e n t a q u e
t o p ó c o n u n s e ñ o r d e lugares p o r m a d u r a r , ó
c o n u n h e r m a n o s e g u n d o q u e n o p i d e p r e s t a
d o , q u e suelen rapar á navaja las señorías.
-
-
'' - > - - - - - C h i s
la D u e ñ a y el Soplon. 2 O I
- r a c a ñ o s , v e r g a n t e s , e m b u s t e r o s , perversos
a b o m i n a b l e s , t o d o lo escrito e n este d i s c u r s o
h a b l a c o n v u e s t r a s v i d a s , m u e r t e s , c o s t u m b r e s
y m e m o r i a s ; n o h a y q u e rempujar n a d a hácial
los b u e n o s ; lo q u e h a n d e h a c e r es n o t o m a r
l o n i n g u n o p o r sí, sino u n o s p o r otros, y c o n
esto ellos q u e d a r á n p o r q u i e n s o n , y m i libro
será bien quisto d e los propios q u e abrasa y -
E l Entretenido, la D u e ñ a y el Soplon.
S a l i e n e
-
-
e n la c a l d e r a d e P e r o b o t e r o u n S o
p l o n , u n a D u e ñ a y u n Entrerñetido, ehilindron
-legitimo del e m b u s t e y c o n ser la casa d e s u
y o c o n f u s a , revuelta y d e s e s p e r a d a , y d o n d e
m u l l u s est o r d o , los d e m o n i o s n o se c o n o c i a n ,
-ni se p o d i a n averiguar consigo m i s m o s . L o s m a l - =
d i t o s se d a b a n otra v e z á los d i a b l o s ; n o h a
b i a c o s a c o n c o s a ; t o d o ardia e n c h i s m e s ; los
u n o s se m e t i a n e n las p e n a s d e los otros. M i
r a d q u i e n son e n t r e m e r i d o s , d u e ñ a s y s o p l o
n e s , q u e p u d i e r o n añadir t o r m e n t o s á los c o n
d e n a d o s , malicia á los diablos, y confusion al
infierno. Pluton d a b a gritos, y a n d a b a p o r -
- - a S
2 O 2 . E l E n t r e m e t i d o , -
la D u e ñ a y el Soplon. 2o.3 ,
b r a n T u d e s c o s y A l e m a n e s para ella, despues
q u e L u t e r o y C a l v i n o ladraron las a l m a s d e los
Ú l t r a m o n t a ñ o s ) e m p e z ó la visita d e todas sus
m a z m o r r a s p a r a r e c o n o c e r prisiones, presos y
ministros. I b a delante el soplon h a c i e n d o a y r e
q u e atizaba y encendia sin alumbrar. L a d u e
ñ a en zancos d e fuego se seguia atisvando ( c o
m o dicen los pícaros) t o d o lo q u e pasaba. E l
ent remetido m i r a n d o á todas partes, n o d e x a
b a á n i m a sin gesto y reverencia : á qual decia
bes oos las m a n o s : á qual ¿es menester algo?
V o c e á b a s e c o n los precitos; llamábase d e tú
c o n los v e r d u g o s y los dañados. A cada c o r t e
sía d e las s u y a s , d e c i a n o x t e m a s recio q u e á
la l l a m a r a d a : m a s quiero f u e g o , decia una:
otra le l l a m a b a a ñ a d i d u r a á las p e n a s otra s o
brehueso del castigo. Estaba u n testigo falso
entre infinita caterva d e ellos, e n lugar m a s
p r e e m i n e n t e q u e t o d o s , h e c h o m a e s t r o d e f a l
sos testimonios, c o m o d e capilla; llevábales el
d i c h o c o m o el c o m p a s , y todos juraban á u n
son. T e n i a n los ojos e n las faltriqueras, m i r a n
d o lo q u e n o veian; y e n la cara p o r ojos
d o s bolsas d e fuego y así c o m o vió al e n t r e
m e t i d o , dixo el maestro: p o r n o verte m e vine
a l i n f i e r n o ; y si a d v i r t i e r a e n q u e " é s t e h a b i a
d e venir a c á , fuera b u e n o , n o por salvarme,
sino p o r ir d o n d e n o p o d i a entrar. E n esto e s
tábamos quando oimos gran tumulto de v o
ces a r m a s , golpes y llantos , m e z c l a d o s c o n i n
jurias y quejas: tirabanse unos á otros por fal
ta d e lanzas los m i e m b r o s a r d i e n d o ; arrojában
- - S e
2 6 4 E l E n t r e m e t i d o , . .
se á sí m i s m o s e n c e n d i d o s los c u e r p o s , y se f u l
m i n a b a n c o n las propias personas. N o se p u e
d e representar tan rigurosa batalla; u n o a n d a
b a disparándose á todos , parecia. E m p e r a d o r ,
la cabeza tenia c o r o n a d a d e laurel, el c u e r p o .
lleno de heridas, el cuello, lleno d e sangre, y
estaba c e r c a d o d e S e n a d o r e s , q u e c o n a l m a r a
d a s afiladas m a l se d e f e n d i a n d e su rabiosa f u r
ria y cruel enojo. L l e g ó á él: P l u t o n , y d a n d o
u n trueno q u e hizo temblar tod o el in fierno,
le dixo : ¿quién eres a l m a , a u n aquí p r e s u m i
d a Y o s o y , le respo n d i ó , el gran Jul io Cesar,
y despues q u e se des barató, y m e z c l ó tu R e y
n o dí c o n B r u t o y C a s i o , los q u e m e m a t a r o n
á, p u ñ a l a d a s c o n pretexto d e la libertad, s i e n
do, solo persuasion d e la envidia y codicia p r o
pia d e estos perros, el u n o hijo y el otro c o n
fidente no, aborrecieron estos infames, el I m
perio, sinos, el E m p e r a d o r . M a t á r o n m e p o r q u e
f u n d é la M o n a r q u í a ; n o la d e r r i b a r o n , antes
apresuradamente ellos instituyeron la s u c e
s i o n i d e ella, M a y o r delito u e el q u i t a r m e á
m í la v i d a , q u e , quitar y o el d o m i n i o a los S e
nadores, p u e s y o q u e d é E m p e r a d o r , y ellos t r a i
dores : y o fui a d o r a d o del pueblo en m u r i e n
d o , y ellos fueron justiciados en m a t á n d o m e .
Perros (decia la g r a n d e a l m a d e Julio Cesar)
¿estaba m e j o r el gobierno e n m u c h o s S e n a d o
res, q u e se supieron perder, q u e e n u n C a p i
t a n q u e lo, m e r e c i ó g a n a r ? ¿es m a s d i g n o d e
c o r o n a q u i e n p r e s i d e e n la c a l u m n i a y es d o c
t o e n la a c u s a c i o n , q u e el s o l d a d o , gloria d e
S l l
la D u e ñ a y el Soplon. 2o.5
s u patria, y miedo, d e los enemigos? es m a s
d i g n o d e I m p e r i o el q u e sabe leyes q u e el q u e
las defiende ? Este m e r e c e hacerlas, y los otros
estudiarlas. Libertad es obedecer la discordia d e
m u c h o s , y s e r v i d u m b r e atender al d o m i n i o d e
u n o á m u c h a s codicias y ambiciones jun tas
llamais padr es, y al valor d e u n o tiranía! ¿ Q u á n
ta m a s gloria s erá al p u e b l o R o m a n o h a b e r
t e n i d o u n hijo q u e la hizo señora d e t o d o el
m u n d o , q u e u n o s padres q u e la hi cie ron c o n
g u e r r a s civiles m adrastra d e sus hijo s ? M a l d i
t o s , m i r a d q u e era el g o b i e r n o d e lo s S e n a
dores, q u e h a b i e n d o gustado el p u e b l o d e la M o
n a r q u í a , quisieron antes a N e r o n e s , Tiberios,
C a l í g u l a s , Eliogábalos q u e Senadores. E n esto,
B r u t o ( c o n v o z t u r b a d a , y rostro a v e r g o n z a
do) dixo á gritos : ¡ah Senadores! ¿no ois á
C e s a r ? ¿esa m a l d a d añadís á las otras contra
el Príncipe, siendo autores d e la m a l d a d c u l
p a r á q u i e n os c r e y ó ? H a b l a d , r e s p o n d e d :
c o n vosotros habla el divino Julio. Tales sois
q u e y o y Casio fuimos traidores, p o r q u e os
c r e i m o s ; y si e n las R e p ú b l i c a s multiplicando
d o m i n i o s , exercisteis la s o b e r a n í a , la c o d i c i a
d e repetir la p r i m e r a d i g n i d a d os hizo n e g o
ciar y n o regir; ó la c o n s i d e r a c i o n d e la suer.
te alternativa os a m e d r e n t ó , para disgustar
al q u e p u d o tener a l g u n o c a p a z del m i s m o p u e s
t o , p o r pariente ó p o r a m i g o . ¿ Q u é p r e t e n d i s
teis c o n vuestro e n g a ñ o ó nuestra traicion ? R e s
p o n d e d á C e s a r , q u e nosotros p a d e c e m o s c a s
s -
migos e n nuestras afrentas. U n o d e
-
l o s S e d n oa
s
a o 6 E l E n t r e m e t i d o , y
dores c o n sobrecejo severo, m u y p o n d e r a d o d e
facciones, c o n v o z d e s m a y a d a y t r é m u l a , d i
x o : ¿ q u é h a b l a i s los P r í n c i p e s , si T o l o m e o
R e y m a t ó vilmente al gran P o m p e y o p o r t u
c a u s a , á quien debia el r e y n o q u e tenia ? ¿ Q u é
delito fue e n los S e n a d o r e s m a t a r t e á tí p a r a
c o b r a r lo s R e y n o s q u e n o s arre bataste? D e s
quitar á P o m p e y o e s m a l d a d j ú z g u e n l o los d i a
blos. A chi las m a t ó al M a g n o p o r m a n d a d o d e
s u R e y , y e ra u n v e r g a n t e q u e c o m i a d e s u s
delitos. M a s infame fuiste tú, q u e viendo la c a
b e z a d e P o m p e y o llor aste: m a s traidor f u e t u
llanto q u e s u e s p a d a se ntimiento m a n d a d o f u e
el t u y o : d e la p i e d a d hicistes v e n g a n z a . M a s
a t r o z fuis tes m i r á n d o l e m u e r t o , q u e v e n c i é n
dole vivo ojos hipócritas n o han d e estar e n
la p r i m e r a c a b e z a del m u n d o : nosotros e m p e
z a m o s la r estauracion c o n tu m u e r t e ; n o a p r e
s u r a m o s la v e n i d a d e N e r o n : e l p u e b l o n o s u
p o escoger . T a l fuist e, tirano , q u e d e tu s a n
g r e saliero n, c o m o d e I m p e r i o ¿ , d e u n a
c a b e z a c o r t a d a d o c e . T o r n á r a n s e á e m b e s t i r si
Lucifer n o m a n d a r a c o n a m e n a z a s q u e C e s a r
se fuera á padecer los castigos d e su c o n f i a n
z a , despreciadora d e avisos y advertencias : y
á Bruto y Casio envió á q u e fuesen escándalo
d e las almas políticas; y á los S e n a d o r e s r e
partió entre M i n o s y R a d a m a n t o : y n o m b r a n
d o infinitos b u e n o s Consejeros e n todos t i e m
oos los atormentaban, y cada letra d e sus n o m
res era u n tizon para aquellos malditos S e n a
dores. Q u a n d o entendieron que todo estaba
- -
¿ 3 r º
la D u e ñ a y el Soplon. ae.7
b a d o , a s o m a r o n por u n cerro u n o s h o m b r e s
c o r r i e n d o tras d e u n a s m u g e r e s : ellas gritaban
q u e las socorriesen ellos d e c i a n , ténganlas.
M a n d ó l o s P l u t o n asir, ¿ q u é es esto? p r e g u n t ó ;
y u n o d e ellos m u y asustado, dixo; s o m o s los
p a d r e s sin hijos ; y estas bellacas...; D í x o l e u n
d i a b l o q u e hablase m a s b i e n criado , y v e r
d a d , q u e padres sin hijos n o podia ser. E l r e
plicó, p u e s t o d o s nosotros s o m o s p a d r e s , q u e
f u i m o s e n el m u n d o c a s a d o s , h o m b r e s d e r e
c a t o d e los d e e n m i casa m e c o m o , y otra s h i
da lguías zelosas, cartuxos d e a l o j a m i e n t o , a t u
f a d o s d e visitas, calvos d e a m i g a s , q u e s o n t o
d o s los calzadores c o n q u e u n a frente cal za, el
c u e r n o q u e le revienta e n las sienes. C o n é s
t o n o s e c h a m o s á d o r m i r : c a d a a ñ o n o s n a
c e n hijos q u e c r i a m o s p o r sustentarlos r o z a
m o s nuestras a l m a s , y á p u r a c o n d e n a c i o n a r a
ñ a m o s q u e dexarlos; y ahora habiendo m u e r
t o ellas, se ha sabido q u e los hijos fueron c o n
cebidos á escote entre los criados y los a m i
g o s , y algunas c o n c i b i e r o n c o m o c o m a d r e j a s
p o r el oido. E n esto salió u n maridillo, q u e p a
recia c a b o d e h o m b r e , c o m o d e h a c h a , m u y c e r
c e n a d o d e c a r n e s , c o n u n a s b a r b a s d e o r o z u z
m a s c a d o y la habla entre ladrido y sinfonía,
q u e p arecia q u e habia c o m i d o g o z q u e s , y d i
x o : v o t o á N . i n f a m e , q u e m e h a s d e d e s e m
p a d r a r : y o h e sido a y o del hij o d e m i negro;
u n re al sobr e o tro m e h a n d e v olver m i l e g i
tima. Y y o , q u e n u n c a e n t e n d í q u e hiciera la
infame pecados tintos, teniendo tanto m o z u e l o
- m O S
2 o . 8 . E l E n t r e m e t i d o ,
moscatel e n q u e escoger, le decia : D o m i n g o ,
n o entiendo á tu a m a ; y él luego riéndose con
u n a geta d e tan p a l m o m e respondia: m i alma
c o n la s u y a ; y esto s o n a b a a l a b a n z a , y era
pulla. B i e n m i r a d o , b u e n o es, decian todos los
p a d r e s g ü e r o s , q u e u n h o m b r e pasase su vida
sufriendo una preñada, regalando una parida,
t r a g a n d o u n n i ñ o , sufriendo a m a s , o y e n d o t a y
ta, llorando d e risa p o r las b a r b a s abaxo d e
q u e d i x o c o c o , m a m a , y d e esto estamos c o r
r i d o s , q u e a n d a b a m o s c o n t a n d o p o r las casas,
m i hijo d i x o h o y p u t e n o r p a r e . H a y tal cosal
h a d e ser grande h o m b r e : y vive D i o s q u e p a
reciéndose á bulto nuestros hijos, á sus padres,
n o s decian las malditas: á fe q u e n o niegue á
s u p a d r e : hijo d e p a d r e si l l o r a b a : h i j o d e p a
d r e si reia ; y n o s o t r o s la b o c a abierta y el m o
c o tan l a r g o , c o m p r a n d o b a b a d o r e s y dixes; y
a h o r a n o s h a l l a m o s e n l o s i n f i e r n o s c o n d e n a d o s
cuquillos n o h a d e pasar así: fueles m a n d a
d o q u e se retirasen á p a d e c e r su c r e d u l i d a d , y
l l e v á r o n l o s al X a r a m a d e l i n f i e r n o .
G r a n revolucion se veia e n u n a sima m u y
h o n d a d e a l m a s y diablos ; paróse la vista á e n
t e n d e r lo q u e e r a ; n o se vió tal cosa jamas.
E s t a b a n a t o r m e n t á n d o s e u n o s presumidos, y otros
vengativos, y a l g u n o s e n v i d i o s o s : si y o v o l
v i e r a á n a c e r : si y o v o l v i e r a á la v i d a : si m u
riera d e d o s veces. L o s d e m o n i o s estaban tan
e n f a d a d o s d e oirlo, q u e les d e c i a n : ladrones,
e m b u s t e r o s , infames , q u e estais q u e b r á n d o n o s
las c a b e z a s c o n si v o l v i é r a d e s á n a c e r : si v o l
v i é
- -
« .
— -
la D u e ñ a y el Soplon. 2 0 9
v i é r a d e s á n a c e r m i l v e c e s , c a d a v e z t o r n á r a
des á morir p e o r , y a palos n o os p o d r é m o s
e c h a r d e a q u í M a s para q u e se vea q u i e n sois,
y a tenemos o r d e n para q u e volvais á nacer:
e a p i c a ñ o s , alto á n a c e r , alto á n a c e r . C o s a e x
traña q u e los malditos q u e tanto lo b l a s o n a
b a n , así c o m o o y e r o n decir alto á nacer se
c o n s u m i e r o n , y afligidos y tristes se sepultaron
e n u n silencio m e d r o s o . U n o d e ellos, q u e p a
recia m a s e n t e n d i d o , c o n m u c h o e s p a c i o , s u s
p e n s o d e cejas, e m p e z ó á decir ; si m e h a n
d e e n g e n d r a r b a s t a r d o , h a y p e c a d o , c o n c i e r
t o , p a g a , al cahueta y tercera parte c o m o c a
sa. Si h e d e ser d e legítimo m a t r i m o n i o h a d e
h a b e r c a s a m e n t e r o , mentiras y d o t e , q u e s o n
epitetos, y n o dos cosas. Y o he d e estar a p o
s e n t a d o e n u n o s riñones, y d e ellos c o n m a s
v e r g ü e n z a q u e g u s t o , diciendo q u e se h a g a n ,
a l l á á los o r i n e s ; h e d e ir á ser v e c i n o d e la n e
c e s a r i a ; n u e v e m e s e s h e d e a l i m e n t a r m e d e l a s
c o d e los m e s e s ; y la regla, q u e es l a f r e g o
n a d e t o d a s las m u g e r e s , q u e vacia sus i n m u n
dicias , será m i d e s p e n s e r a ; a n d a r é sin saber lo
q u e m e h a g o ; antes d e ver lleno d e antojos,
p a r a nacer traeré m a s dolores q u e el m a l f r a n
c é s ; saldré revuelto e n la s á b a n a d e la p o s a
d a , c o m o quien da m a d r u g o n ; lloraré p o r q u e
n a c í ; viviré sin saber q u e es v i d a ; e m p e z a r é
á m o r i r sin saber q u e es m u e r t e ; e n v o l v e r á m e
la c o m a d r e e n m a n t i l l a s , q u e m e la j u r a r á n d e
m o r t a j a , y e n x u g a r é los pechos d e u n a m a ; aquí
e n t r a lo d e tener la leche e n los labios; p ó
- O I n G I l
2 I O E l E n t r e m e t i d o ,
n e n m e e n u n a c u n a ; si lloro l l a m a n el c o c o ,
si d u e r m o m e c a n t a n c o n la g r a n d e p o l v a r e d a :
la m u l l a m a n al s u e ñ o las m u g e r e s , y el m u
al q u e se d u e r m e : p ó n e n m e u n b a b a d o r , c u é l
g a n m e d i x e s , n á c e n m e los dientes : v o t o á N .
p o r n o a g u a r d a r eso y u n a s viruelas y el p a
lo m i n o m u e r t o , y q u e n o m e r a s q u e , a y el a n
gelito, y á r ó , ró, m e estaré e n los infiernos
s i e m p r e j a m a s ; p u e s q u e si p a s o el s a r a m p i o n , y
y a m a y o r v o y á la escuela, e n invierno c o n u n
a l a m b i q u e p o r nar iz , t o m a d o s t o d o s los c a b o s
d e l c u e r p o c o n s a b a ñ o n e s , d o s p o r arracadas,
u n o á la ginet a e n el pico d e la nariz, d o s
c o n v i d a d o s á c o m e r y c e n a r e n lo s zancajos,
l l a m a n d o señor al m a e s t r o ; y si t a r d o m e t o
m a n á cuestas, y c o m o si el c u l o a p r e n d i e r a
a l g o ó, le e n c o m e n d a r a n la leccion , le a b r e n á
azotes : m a l d i t o sea q u i e n tal quiere v o l v e r á
n a c e r . P u e s c o n s i d e r a o s m a n c e b o s a c e c h a d o s d e
la luxuria d e las m u g e r e s e n t o d a p a r t e , y s i
tiados d e su apetito, h a c i e n d o vuestras vidas y
vuestras a l m a s a l i m e n t o d e su d e s o r d e n . ¿ A h o
ra habia y o d e volver allá á calzar justo, y
a n d a r m i r á n d o m e á la s o m b r a , t r o t a n d o c o n
los ojos las azo teas y los t e r r a d o s , s u s p i r a n d o
d e n o c h e , h e c h o m a l a g ü e r o , e n c o m p e t e n c i a
d e las l e c h u z a s , a b r i g a n d o esquinas, r e c o g i e n
d o c a n a l e s , a d o r a n d o ca bellos, y d a n d o m i
patr i m o n i o p o r la cint a d e u n z apato, y l l a
m a r favor q u e m e pid an lo q u e n o tengo ? ¡ O
mald ito sea, sobre ma ldito, qu ien tal quiere
v o l v e r á repasar p u e s q u e y a h o m b r e e s :
* . e
la D u e ñ a y el Soplon. 3 I I
la D u e ñ a y el Soplon. 2 1 9
c i o n d i v i n a , y consejero q u e p o r linea recta d e
v a r o n l e i é . m a y o r a z g o del Cielo y h e r e
d e r o forzos o d el r a y o y el t r u e n o : y o le h a
cia t ales r e c u e r d o s d e las cosas d e su g r a n p a
d r e , q u e le decia : p o c o le falta á esa d e s c e n
d e n c i a p a r a di vina. P u e s pa ra v e r q u i é n fue este
desatinado tirano, y qual su violencia por t e s
tigo d e su g r a n d e z a , p o r v o z d e las a l a b a n z a s
d e su p a d r e , c o n sus propias m a n o s m e m a t ó
á p u ñ a l a d a s ; m a s él m u r i ó e n la m e s a , y v i
v i ó e n la g u e r r a : c o n c e r t a d m e estas m e d i d a s .
S u m a e s t r o , d e q u i e n n o quiso a p r e n d e r á v i
vir, e n s e ñ ó c o n q u e le m a t a s e n , y u n a u ñ a d e a s
n o disimuló el v e n e n o , y él se q u e d ó c o r n u d o ,
sin D i o s , sin R e y n o y sin vida. A m í m e d i ó
el fin q u e h e d i c h o p o r lo q u e habeis oido,
y A b d o l o N i m o , m o n d a pozos, estándolos m o n
d a n d o le hizo R e y d e S i d o n i a , n o p o r e n s a l
z a r la v i r t u d , sino p o r mortificar c o n a f r e n
ta la soberbia d e los nobles d e Persia d e s p u e s
d e la m u e r t e d e Dario. T o p é r n e aquí c o n él,
p o r q u e los privados q u e h a h a b i d o e n el m u n
d o n o s j u n t a m o s á t o m a r satisfaccion d e n u e s
tros Príncipes, y díxele q u e d ó n d e habia d e
x a d o lo d e D i o s ; q u e si estaba d e s e n g a ñ a d o ;
y e n r a z o n d e est o n o s asimos q u a n d o l l e g a s
t e : m a t ó m e p o r q u e alabé á su p a d r e ; mira lo
q u e es delito d i g n o d e m u e r t e e n u n tirano,
s i é n d o l o solo e n el p a d r e haberl e e n g e n d r a d o .
A P a r m e n o n y Filotea, sus privados, tambien los
m a n d ó m a t a r , a u n q u e le a d o r a b a n y tenian p o r
hijo d e Júpiter; á A m i n t a su p r i m a , y á su m a
- d r a s
2 2 0 * E l E n t r e m e t i d o ,
drastra y h e r m a n o , y á Calistene su privado,
m a n d ó m a t a r : d e sue rte q u e el delito es ser
p r i v a d o , n o ser m a l o ni b u e n o ; y es c o m o lo
q u e pasa e n la vid a h u m a n a , q u e todos m u e
r e n d e h o m b r e s y n o d e e n f e r m o s , q u e ese es
a c h a q u e . ¿ A h o r a sab es, d i x o P l u t o n , q u e la p r i
v a n z a es t r o p e z o n y zancadilla? ¿ q u e los t i
ranos lo aborrecen todo, y á lo b u e n o p o r q u e
n o es m a l o , y á lo m a l o p o r q u e n o es peor?
¿ Q u é p r i v a d o h a n h e c h o , q u e n o le h a y a n p r e
cipitado? ¿ q u é d i g o ? A c u é r d e s e o s d e la e m
b l e m a d e la e s p o n j a : todos sois e sponja s d e
los Príncipes: d e x a n os c h u p a r hast a q u e estais
m u y hinchados, y luego os esprimen, y sacan
el z u m o p a r a sí. A estas razones se o y ó m u y
grande alarido, y llegándose u n h o m b r e blan--
quecino, desangrado, viejo y venerable, y d i g
n o d e respeto, dixo: p a r e c e q u e h a b l a n c o n
n i g o esas razones d e la e s p o n j a , p o r los m u
c h o s tesoros y riquezas q u e t u v e ; y o s o y S é
n e c a , E s p a ñ o l , m a e s t r o y p r i v a d o d e N e r o n ;
los desperdicios d e su g r a n d e z a c a r g a r o n m i
á n i m o , n o le llenaron. E n recibir lo q u e m e
d i ó , sin y o pretenderlo , n o fui codicioso, sino
obediente. Q u i e r e el Príncipe e n h o n r a s y h a
ciendas mostrarse, m u y m a g n á n i m o , g e n e r o s o
y agradecido c o n u n privado s u y o : c o n t r a d e
cir al Príncipe tales d e m o s t r a c i o n e s es d e s
a m o r y a t e n c i o n á la utilidad p r o p i a : p u e s r e
husar d e admitirlos, es q u e r e r q u e el acto d e
virtud sea el s u y o , y preferir la a d m i r a c i o n
d e la m o d e s t i a y t e m p l a n z a d e l c r i a d o á la e s
c l a
- A
la D u e ñ a y el Soplon. 22.1 .
clarecida generosidad del Príncipe: recibir el
valido lo q u e el Príncipe le d a , es q u e r e r q u e
se vea su g r a n d e z a antes q u e la virtud y h u
m i l d a d propia; y dar l u z á la virtud del P r í n
c i p e , es el m a s r e c o n o c i d o vasallage q u e p u e
d e darle u n vasallo. D i ó m e N e r o n q u a n t o es
d e c e n t e á tal P r í n c i p e ; el precio y m é r i t o d e
esto f u e la e n s e ñ a n z a : permitia tantos b i e n e s
la d e m o s t r a c i o n d e p r e m i o , n o la p r e s u n c i o n
d e h a c i e n d a , ni el d e s v a n e c i m i e n t o d e p a t r i
m o n i o : n o e m p e r e z ó el tesoro d a r m e c o n o c i
m i e n t o del séquito q u e tiene f o r z o s o e n la e n
vidia, q u e executiva m e procesaba p o r las calles,
a f i r m a n d o q u e persuadia á otros el desprecio d e
los tesoros, p o r d e s e m b a r a z a r d e c o m p e t i d o r e s
la sed m i a d e riquezas: y o ví adolecer m i
opinion, y enfermar m i b u e n a dicha, m o m i c u l
p a , sino m i crecimiento, p o r q u e el e s c á n d a
lo n o está e n el q u e p r i v a , sino e n todos los
q u e n o privan ; y n u n c a p u e d e ser bien quisto
d e todos quien tiene puesto q u e los q u e son
c o m o él d e s e a n para sí, y los q u e n o , p a r a
otro e n q u i e n t e n g a m a s c o n f i a n z a la m e d r a :
d e t e r m i n é , a d e s t r a d o c o n estas c o n s i d e r a c i o n e s ,
desembarazar m i á n i m o y descansar d e todos
estos odios: f u i m e al Príncipe, y volvile q u a n
to m e habia d a d o ; y p o r q u e la restitucion f u e
se cortés y n o grosera, la a c o m p a ñ é c o n p a
labras, q u e Tácito refiere y mejora, p e r s u a
d i é n d o l e á q u e e n d a r m e tanto c a u d a l se m o s
tró e s p l é n d i d o , y e n recibirlo p r u d e n t e , p u e s
m o s t r a b a q u e lo habia d a d o al b e n e m é r i t o , p u e s
- " l o
2 2 2 - E l E n t r e m e t i d o , y
lo sabia despreciar. Y o t u v e tan g r a n d e a m o r
al Príncipe y q u e n o a c o b a r d a r o n m i b u e n z e
l o las a m e n a z a s d e s u c o n d i c i o n : batalla, n o c o
m u n i c a c i o n , era c o n m i g o la suya, s e g u n las g r a n
d e s contradiciones c o n q u e s i e m p r e le d i s g u s t a
b a : n o a c a l l a r o n m i v e r d a d s u l o c u r a n i s u f u e r
za, ni m e n o s d e r r a m ó sangre, q u e á m i r e p r e h e n
s i o n s e a d e l a n t a s e el d e s v e l o d e la c o n c i e n c i a .
M a t ó á su m a d r e , q u e m ó á R o m a éste, q u e d e s
p o b l ó t o d o el I m p e r i o d e b e n e m é r i t o s c o n el c u
chillo: y estas cosas q u e pudieron persuadirá
P i s o n la conjuracion q u e se l l a m ó d e s u m i s m o
n o m b r e Pisoniana, m u y bien propuesta, p e r o m a l
callada, d o n d e m u r i e r o n los m i s m o s q u e h a b i a n
d e matar. S o n pasos d e la P r o v i d e n c i a el g u a r
d a r al tirano del peligro d e la v i d a , p o r n o v e
nir c o l m a d o d e las m u c h a s afrentas y d e s e s p e
raciones q u e merecia. A s e g u r ó s e el Príncipe d e
estos , pero n o d e sus vicios , y luego al p u n t o
m a n d ó m a t a r á L u c a n o p o r q u e era m e j o r P o e t a
q u e él, y á m í t a m b i e n m e dió á escoger m u e r
t e , m a s eso n o lo h i z o p o r p i e d a d , ante s b i e n
fue fuerza m a ñ o s a , pareciéndole á él q u e la p a d e
ceria m u c h a s v e c e s repetida e n la elecci on d e
ella, y q u e padeceria la q u e escogiese c o n e l e f e c
t o , y las q u e d e x a s e c o n m i e d o , q u e las r e h u
s a b a . Y o m e t i d o e n u n b a ñ o , c o r t a d a s las v e n a s ,
m e d e s p a c h é para este puesto q u e h o y t e n g o ,
d o n d e e s t e m a l d i t o a u n n o s e h a r t a d e c r u e l d a
d e s , y lee cátedra á los diablos. E n el S e n a
d o q u a n d o m a t ó á su m a d r e , hicieron votos y
sacrificios públicos, y osaron adularle c o n las
3 . 3 1 S
la D u e ñ a y el Soplon. 2 2 3
aras y los t e m p l o s ; y q u a n d o s e difirió d e la
c o n j u r a d e Pison hicieron lo m i s m o p o r la s a
l u d del P r í n c i p e , y m a n d a r o n q u e al m e s d e
A b r i l e n h o n r a s u y a le l lamase n N e r o n . M i
r a d q u e S e n a d o r e s , q u e l u e g o le sentenciaron
á m u e r t e ellos propios siendo su Príncipe, y le
h i c i e r o n m o r i r c o m o m e r e c i a M a s l o s S e n a
d o r e s m a l o s m u c h a s v e c e s aconsejan al P r í n
c i p e lo q u e le p u e d e n acusar : C a r u s eris
V e r r i , qui V e r r e m t e m p o r e , quo vult accusare
potest. Y h u b o alguno q u e e n viendo p r o p u e s
ta alguna g r a n m a l d a d , d e s e a b a q u e t o d o s sus
c o m p a ñ e r o s f u e s e n justos y santos, solo p o r q u e
s u bellaqueria fuese ú n i c a , y su iniquidad el
a p o y o d e la perdicion. L e v a n t á r o n s e Q u i n t o
Aterio y M a r c o Escauro diciendo: ¿ y esos q u e
t ú acusas bastaron. á profanar tantos grandes
S e n a d o r e s c u y o á n i m o n u n c a t e m i ó los p e l i
gros d e la v e r d a d , ni las a m e n a z a s d e los P r í n
cipes ? L o s malos ministros se escrib en , y se
c u e n t a n , y se maldicen, to do para imitarl os;
d e los b u e n o s nadie hace m e m o r i a , p o r q u e el
b i e n n o se a p r e n d e , y el m a l se p e g a d e la
m a n e r a q u e u n e n f e r m o p e g a el m a l á veinte
s a n o s , y mil sanos n o pega rán jama s salud á
u n doliente. N e r o n c e ñ u d o , y c o n l os ojos e n
el s u e l o , la v o z delgada y te mer osa, dixo: s a
b e r m a s q u e el Príncipe el pri vado y m a e s
tro , es necesario y c o n v e n i e n t e disimularlo
c o n el r e s p e t o ; p r e s u m i r c o n el Príncipe e s
ta ventaja, es delito: ¿pues q u é será porfiar
á convencer el criado á su señor á q u e sabe
y I I l d S
2 2 4 E l E n t r e m e t i d o ,
m a s q u e él ? E n tanto q u e m e ens eñas te á
m í c o n lo m a s q u e sabia s, te preferí e n t o
d o , y fue estimaci on d e tu prudencia m i I m
p e r i o , y llegó á escánda lo del m u n d o : l uego
pasaste á enseñar á t o d o s q u e sabias m a s q u e
y o , cosa q u e debiste excusar , y aquí fue m i
e n o j o , y quiero antes sufrir lo q u e p a d e z c o q u e
privado q u e hace caudal d e m i descrédito ; y
si n ó d í g a n l o t o d o s esos P r í n c i p es, y d i ó v o
e e s : h a R e y e s , ¿ha p a s a d o a l g u n p r i v a d o v u e s
tro m a s adelante e n llegando á p r e s u m i r e n sí
suficiencia y discurso superior al vuestro E n
t a n t o q u e los pueblos creen q u e el Prínci pe tie-,
n e talento y q u e obra por sí, se sustenta el
p r i v a d o q u e lo p e r s u a d e , m a s e n d e s e m b o
z á n d o s e la v e r d a d , y en d e s m a y a n d o el e n g a
ñ o , m u e r e súpito t o d o valimiento. D e c i d :
si e s t o es asi. Y á u n a v o z d i x e r o n t o d o s : n o ,
n o , n i p a s a r á a d e l a n t e d e a q u í á la fin d e l m u n
d o , q u e así d e x a m o s t o m a d a la palabra á n u e s
tros s u c e s o r e s , y e n c a r g a d a esa a c u s a c i o n á
la envidia. ¿ Q u é t e n g o y o q u e ver c o n eso, d i
x o S e y a n o , q u e s u p e y disimulé, m e n o s q u e
Tiberio, y habiendole obligado c o n mis s e r v i
cios, m e m a n d ó adorar, y m e hizo estatuas, y
las c o n c e d i ó privilegios sagrados ? F u e m i n o m
b r e aclamacion del p u e b l o R o m a n o , m i felici-,
d a d lisonja d e t o d o el I m p e r i o , m i s a l u d v o
to d e las gentes y r u e g o c o m u n ; y s i e n d o el
p r i v a d o d e m a y o r d o m i n i o e n el a l m a d e s u r
señor, este maldito y siempre abominable T i
berio m e hizo prender y despedazar, u s º
la D u e ñ a y el Soplon. 2 2 5
m é r i t o e n el f u r o r d e l os a m o t i n a d o s t r a e r e n
los chuzos algun p e d a z o d e m i cuerpo. C o n
garfios m e arrastraron d e las q u i x a d a s p o r las
calles ; y la c r u e l d a d insana n o se d e t u v o e n la
sepultura, m a s , allá pasó, q u e á m i s hijos h i
z o morir afrentosamente; y u n a hija q u e por
el priv ilegio d e la virginidad n o p o d i a m o r i r
justici ada, m a n d ó q u e el v e r d u g o la violase
p r i m e r o , y q u e l u e g o la degollase. Testigos t e n
g o d e m i a b o n o ; B e l e y o Patérculo encarece m i
v a l o r , m i i n g e n i o , m i m a ñ a y m i asistencia; y
T á c i t o , q u e c o n la malicia se h i z o bien quisto
d e los lectore s á costa d e los difuntos, él t a m p o
c o m e niega las a l a b a n z a s : nadie m e d i x o v e r
d a d ; y c o n ser tantos los q u e acababan c o n
m i c a i d a , n a d i e s e dolió d e m í , ni t a m p o c o
m e o s ó enojar ; m i ruina e m p e z ó d e s d e q u e q u i
se prevenir todos los h a d o s , quitar á la f o r t u
n a el p o d e r , burlar sus diligencias á la p r o
videncia d e Dios. Entonces m a s sacrílego q u e
p r u d e n t e m e fortalecí contra la m a ñ a d e
os h o m b r e s , h a c i e n d o m o r i r lo s b u e n o s y los
a t e n t o s , d esterrando á los ociosos y a dve rtidos,
y p r o v o q u é p o r a n e m i g o al C i e l o , á q u i e n q u i
se excluir d e m i causa. T a m b i e n es v e r d a d q u e
- y o m e valí y a c o m p a ñ é d e g e n t e r u i n , del m é
d i c o para los v e n e n o s , del sedicioso p a r a la v e n
... g a n z a , d e l t e s t i g o f a l s o y d e l m a l m i n i s t r o , v e n
tero d e las leyes; m a s n o fue eleccion d e m i
voluntad, fue necesidad d e mi puesto. Y o u s a
b a d e los q u e son siempre trastos del p o d e r ; y
c o m o sabia que e n e y e n d e , ms habian
- 2.
2 2 6 E l Entremetido,
faltar los m a l o s c o m o los b u e n o s , u s a b a d e los
m a l o s c o m o d e c ó m p l i c e s , huia d e los justos
c o m o d e acusacion. C a d a virtuoso para el q u e
p u e d e es u n d e d o á la m á r g e n , y c a d a e n t e n
dido u n a espia y u n testigo en b u e n l e n g u a
g e , q u e si h a b l a p e r s i g u e , y si calla c u l p a : n o
i n t e n t é la tiranía ni s u s m a l a s c o s t u m b r e s ; T i
berio las a p r e n d i ó d e m í , q u e m a s las p a d e
cí aprobándolas lisonjero, q u e e n las cárceles
el cuchillo los sentenciados. Si d i c e n q u e y o
aconsejé crueldades para quitarle el a m o r del
p u e b l o y disponer m i levantamiento, ¿quién le
acon sejó los q u e hizo c o n m i g o ? E l ca so es, P l u
t o n , q u e los Príncipes tienen p o r di sculpa d e
los q u e p e r m i t e n la ruina del m e d i o q u e p ara
ello e s c o g i e r o n , y q u e nuestra c u l p a e s , ser s o
l a m e n t e la s u f i c i e n t e s a t i s f a c c i o n d e l o s o d i o s
nuestras m u e r t e s : y al c a b o , R e y e s , la n o t a
cae sobre vosotros y vuestra inconstancia, y
la lástima sobre nuestros castigos. L a s historias,
c o n t a n d o nuestras caidas, dicen s i e m p r e : este
fin tienen los q u e se llegan al favor d e los R e
y e s y Príncipes ; y nuestra desdicha e n cada c r ó
nica es advertencia d e u n m a l paso. H a c e r
u n p r i v a d o p o d e r o s o , rico , es mostrar el p o
d e r conservarle, es acredit ar el juicio q u e d e
él hiciste y tu eleccion ; y deshacerle, es d e s
decirte y darte á partido c o n los m a l c o n t e n
r t o s : m i r a d , m i r a d lo q u e s o m o s ; y v o l v i e n d o
j u g a b a n á la pelota S a v a r e n o , favorecido d e l
E m p e r a d o r L e o n , á q u i e n m a n d ó sacar los ojos;
- a -
y P a t r i c i o , f a v .o r e c i d o d e D i o c l e c i a n o , á q u e
la D u e ñ a y el Soplon. 2 2 7
h i z o p e d a z o s decia S a v a r e n o t o m a n d o la p e
lota : este es el p o d e r o s o h i n c h a d o d e v i e n
to. P o n e el Príncipe toda su fuerza e n l e v a n
tarlo d e u n b o l e o , y a n d a e n el a y r e , m a s s i e m
re b a m b o l e a n d o ; y mientras le d a n , dura e n
o alto; y e n n o le d a n d o , cae; y en d e s c u i
d á n d o s e , s e p i e r d e , y si l e d a n m u y r e c i o , r e
vienta, y en lo alto se sustenta á puros g o l
pes. M a s Plauciano, favorecido q u e fue d e S e
v e r o , á q uien d e s p e ñ ó p o r u n a alta ventana p a
ra q u e fuese espectáculo del p u e b l o , decia : fui
cohete, subí m u y apriesa, y ardiendo y con r u i
d o , e n lo alto m e calificó p o r estrella la vista;
duré p o c o , y b a x é desmintiendo mis luces e n
h u m o y ceniza. F a u s t o , favorecido d e Pirro,
R e y d e los Epirotas; y Perene y Cleandro f a
vorecidos; d e C o m o d o ; y Cincinato, favorecido
d e Britilo E m p e r a d o r ; y R u f o , favorecido d e
D o m i c i a n o ; y A m p r o n i a s o , favorecido d e A d r i a
n o , e s t a b a n o y e n d o la v o z t e m e r o s a y v e n e r a
ble del grande Belisario, favorecido d e Justi
n i a n o , q u e c i e g o , h a b i e n d o d a d o c o n el b o r d o n
d o s golpes, y m e n e a d o la cabeza en torno para
prevenir silencio, dixo: ¿es posible, Príncipes,
q u e todos vuestros validos h a n sido malos? peor
es e n vosotros ser verdugos d e los yerros d e v u e s
tra eleccion , q u e nuestras desgracias. Y o s e r
.vi á Príncipe christiano y justo, y q u e enseñó
q u é era justicia, y hacerla ; y debiendo á m i
g r a n , v a l o r el I m p e r i o , d e s p o j o s , M o n a r q u í a s
y triunfos, m e hizo cegar, y m e d e x ó p i d i e n
. d o p o r las esquinas el sustento c o n los m i s e
» , - P 2 - - º * - r a
e 2 8 E l E n t r e m e t i d o , -
rables : y el n o m b r e q u e se oia a n i m a n d o á
todo s los estand art es, y espantando los enemig os,
y q u e valió p or exér cito apellidado , a n d a b a
por las plazas y por las calles p i d i e ndo sin s a
ber á quien. El favo r de los Príncip es es a z o
g u e , cosa q u e n o sabe tener sosiego , q u e se v a
d e entre lo s d e d o s , q u e e n q u e r i e n d o fixarle
se v a e n h u m o : q u a n t o m a s le s u b l i m a n es
m a s v e n e n o s o , y d e favor pasa á s o l i m a n : m a
n o s e á n d o l o se m e t e e n los h u e s o s ; y el q u e
m u c h o le c o m u n i c a y trabaja p o r sacarle, q u e
d a siempre t e m b l a n d o , y a n d a t e m b l a n d o hasta
q u e m u e r e , y m u e r e d e él. S i g u i e r o n l u e g o á
estas palabras quejas lastimosas, y terribles a l a
ridos, s e ñ a l a n d o todos c o n a y d o n d e tenian
el azogue del favor; y e m p e z a r o n todos á t e m
blar, q u e parecia familia del A l m a d e n . M a s
Belisario t o r n ó otra v e z á h a b l a r , y t o d o s a t e n
dieron. V e d la infamia d e Justiniano, q u e a c o
bardados sus premios del exceso de mis méritos
y servicios, m e cegó, y m i virtud tan s o l a m e n
te m e n e g o c i ó la d e s d i c h a ; y h a b i e n d o d e
dexarme, temió m i razon y a c a b ó c o n m i g o : y
t o d o s vosotros lo habeis h e c h o d e la m i s m a s u e r
t e ; y e n vuestras corónicas s o m o s inanchas c o
loradas d e vuestra reputacion. Y u n afligido q u e
n o se dió á c o n o c e r , dixo: n o esteis u f a n o s
d e la miseria d e los q u e os creen y p u e d e n
con vosotros, que Príncipes ha habido c o n s t a n
tes, y privados firmes : esto es echaros el a g r a z
en el ojo. J o s e p h e n las sagradas letras, E l e á
zaro , c o n d e y Príncipe, fue privado d e R o b e r
t o
la D u e ñ a y el Soplon. 2 2 9
to R e y d e Francia; y ni tropezó, ni resvaló, ni
c a y ó , ni otros m u c h o s c u y a alabanza vivió igual
hasta su fin , c u y o aplauso n o d e s c a e c i ó , c u y a
d i c h a n u n c a la e n f e r m a r o n los envidiosos: v i
v o s , y muertos, y escritos fueron exàltacion d e
sus R e y e s , c o m o nosotros acusacion, e s c á n d a
lo y q ueja. E n esto estaban o c u p a d o s todos,
q u a n d o vimos u n h o m b r e q u e en las insignias
parecia h e r r a d o r , c o n u n silencio p o d r i d o , e s
t a b a e m b o l s a d o e n sí p r o p i o , m u y c e r r a d o d e
campiña; conociase en la atencion y los g e s
t o s q u e h a b l a b a n alla d e n t r o d e él. ¿ Q u i é n
eres, dixo el Fiscal, c o n ese y u n q u e , ese m a r
tillo, y esos clavos ? E l , c o n v o z d e grito p o r
azote en tono d e o x , dixo: y o m e entiendo. S a l
t ó la d u e ñ a , h e c h a o t r a d u e ñ a , p o r n o d e c i r u n
rejalgar, y d i x o : e n t e n d i d o para tí m i s m o , h a
bla claro, q u e a u n q u e n o te entienda te c h i s
m a r é todo ; di tu n o m b r e , y q u é hierras aquí
d o n d e n o h a y bestias ? Y dilo l u e g o , q u e si
n o lo dices luego ten p o n d r é otra d u e ñ a b u i d a
á los pechos ha sta q u e lo digas . El p o b r e , q u e
entend ió q u e e staba y a en los profundos d e la
dueña, dixo: en esto conocereis q u e y o m e e n
tiendo solo, pu es p r e g u n t á n d o m e quién soy, y
m i oficio, y h a b i e n d o l o d i c h o claro, n o m e h á
beis enten dido : y o soy aquel des dichado y o m e
entiendo, q u e a n d a en el m u n d o p a l a d e a n d o
confiados, dis culpando necios, y entreteniendo
bellacos: si m e repreh enden los vicios, digo
q u e y o m e e n t i e n d o ; si m e a c o n s e j a n e n los p e
ligros, y o m e e n t i e n d o ; si m e t i e n e n lástima e n
P 3 l o s
2 3 o . E l E n t r e m e t i d o , - -
d e l a , V e r a c r u z :
y o m e bullo y m e meneo,
- m e baylo, m e zangoteo,
m e refocilo y recreo,
p o r m e d i o m a r a v e d i :
z a r a b u l l i .
J ú z
-
l a D u e ñ a el Soplon. 2 3 9
Júzguenlo los diablos, q u á n t o es mejor
zarabulli q u e a d u n c o y c u z c u z , q u e p o r o y
m e n e o , q u e pira y zangoteo , q u e lustro y q u e
refocilo, q u e trisulca ; lo u n o es culto y lo otro
pimien ta. Q u á l hará mejor c a l d o , dígalo u n
cocine ro ; ello bien p u e d o y o ser el poeta d e
los pí caros, m a s ellos son los pícaros poetas;
y p o r lo m e n o s á m í n o m e v e d a la I n q u i
sicion , ni tengo exáminador es; y mírese bien
la c a u s a ; q u e y o s o y el m e j o r d e todos, y D i o s
m e h a g a bien c o n m i s seguidillas y j a c a r a n
dinas, q u e n o m e e n t i e n d o c o n octavas ni c o n
esotras historias, ni se hallará q u e h a y a d i c h o
m a l d e otro poeta. E l culto se iba á e m b e s
tir c o n él a r m a d o d e c e d e e n j o v e n , c o m o d e
p u n t a e n blanco. M a n d ó l e Satanas detener; y
r e c o n o c i é n d o l e , hallaron q u e llevaba e s c o n d i
d a s y desenvaynadas dos paludes buidas, y
u n adolescente d e chispa. M a n d ó P l u t o n , q u e
p u e s c a d a u n o d e p o r sí bastaba á revolver
el m u n d o , q u e e n t r e sí t u v i e s e n p a z , y q u e
se repartiesen el u n o á ser confusion d e l e n
g u a s , d el o t r o s o n s o n e t e . E l c u l t o c o n d o s
p i r a s d e a y u d a entre construyes y eriges, se
fue á m a t a r candelas, digo las luces d e t o d o s
los escritos d e España , y á enseñará discurrir
á b u e n a s n o c h e s ; y d e s d e entonces l l a m a n al
c u l t o , c o m o á vuestra d i a b l e d a d , Príncipe d e
las tinieblas: el poeta d e los pícaros se fue c o n
c o m i e n d o d e chistes, á festejar la b o c a d e n o
che y el m i e d o d e los niños, y á revestirse
e n el c u e r p o d e los poetas m e c á n i c o s , i n g e
º, I l 1 O S
2 4 c o E l E n t r e m e t i d o . Y
nios cantores y m u s a s d e alquiler, c o m o mulas.
C o n g r a n risa q u e d ó la visita ; m a s s u c e
dióla n o m e n o r e s p a n t o e n la tabaol a (así la
l l a m a n los contra-cultos) q u e se o y ó : t o d o era
voces y gritos; los q u e los d a b a n parecian g e n
te d e c u e n t a y p u e s t o , diferentes e n los t r a
ges y e n las e d a d e s : u n o s a n d a b a n e n c i m a d e
otros : víase u n a batalla desigual ; los u n o s h e
rian c o n puñales d e s n u d o s ; los otros, viejos y
caidos , se adargaban c o n libros y quadernos.
T e n e o s , d i x o u n ministro : s u s p e n d i e r o n s u e x e
c u c i o n violenta, n o sin e n o j o , y la o b e d i e n
cia n o d i s i m u l ó el m o t i n r e s p o n d i e n d o : si s u
p i é r a d e s q u i e n s o m o s , y la c a u s a y r a z o n q u e
t e n e m o s , sin d u d a os añadiérades al castigo;
q u a n d o m e n o s , v í á N i n o y á Y u g u r t a , á
¿ y á D a r í o , todos R e y e s ; y siendo infi
nitos , t o d o s eran M a g e s t a d e s y Altezas . I b a L u
cifer á satisfacerlos, q u a n d o se levant ó u n h o m
b r e viejo, y c o n él otros m u c h o s q u e ar rastra
d o s d e los Príncipes tenian el suelo lle no d e
canas y d e sangre. Y o soy, d i x o , Solon ; a q u e
llos los siete S a b i o s ; a q u e l q u e m a j a allí á a q u e l
tirano N i c o r o c r e o n t e , es A n a x á g o r a s ; este, S ó
crates; aquel p o b r e c o x o y esclavo, E p i t e t o ;
Aristóteles el q u e detras d e t o d o s saca la c a
b e z a c o n t e m o r ; Platon a q u e l q u e n o p u e d e
e c h a r la habla del c u e r p o ; Sócrates el q u e n o
h a vuelto e n sí, y tiene c o m o veis d u d o s a v i
d a : los q u e veis arrinconados son otros m u c h o s
q u e c o m o nosotros h a n escrito políticas y a d
vertimientos, diciendo en libros c ó m o h a n d e
5 C
L a D u e ñ a y el Soplon. 2 4 1 .
ser los Príncipes, y c ó m o han de gobernar; que
a m e n la justicia, q u e p r e m i e n la v i r t u d , q u e
h o n r e n los soldados, q u e se sirvan d e los d o c
tos, q u e se e s c o n d a n á los aduladores, q u e
b u s q u e n los ministros severos, q u e castiguen
premien c o n igualdad , q u e su o f i c i o e s s e r
V i c a r i o s d e D i o s e n la tierra y representarle,
y por esto, sin n o m b r a r á ninguno ni m e t e r
n o s c o n ellos, n o s tienen e n el estado q u e veis,
p o r q u e los servimos d e guia y d e c a m i n o : a q u e
Ilos gloriosos R e y e s y E m p e r a d o r e s en quien
e s t u d i a m o s esta d o c t r i n a , diferente patria t i e
n e n q u e vosotros. N u m a está entre los Dioses:
T a r q u i n o , tizon a h u m a : Sardanápalo d i f e r e n
te m e m o r i a tiene q u e A u g u s t o ; y N e r o n , q u e
T r a j a n o ; y otro detras d e él dixo acerca m a s
el discurso á los t i e m p o s d e a h o r a , D o n F e r
n a n d o el S a n t o , y D o n F e r n a n d o el Católico
y Cárlos Q u i n t o tienen crónica; R o d r i g o y
D o n P e d r o , paulina c o n sobrescrito d e h i s t o
ria. L a M i t r a e n F r a y Francisco X i m e n e z es
d i a d e m a , y e n O p a s coroza. M i e n t e s , infame
filósofo, dixo Dionisio el Siciliano y Falaris á
voces, y c o n ellos Juliano Apóstata, y otros m u
chos: mientes por todos, q u e vosotros sois c a u
sa d e nuestras infamias y acusaciones, d e s h o n
ras, muertes violentas, y ruinas; pues por m e n
tir e n vuestros escritos y hablar d e lo q u e n o
t e n e i s noticia , y d a r p r e c e p t o s e n lo q u e n o s a
beis, estamos los m a s disfamados en m u e r t e , y
¿ e n vida. ¿ C ó m o , señor, dixo J u
liano Apóstata, m i r a n d o á Pluton, q u e u n
-
º : r e
3 4 2 E l Ent remetido,
—, bre de estos, sopon y m e n d i g o , q u e pasa su
vida c o n las sobras d e las tabernas, y v i v e d e
la liberalidad d e los b odegoneros, d e s p r e c i a
d o e n el t r a g e , solo e n la d o c t r i n a , sin c o
municacion ni exercic io, haciendo d e lo v a g a
m u n d o mérito, y d e la desvergüenza c o n s t a n
cia, sin saber q u é es R e y n o n i R e y , escriban
c ó m o han d e ser R e y e s y R e y n o s , y pretendan
u e su doctrina elija , y su opinion los d e p o n
¿ y que en su ima ginacion esté lo durable
d e las C o r o n a s ? ¿ P u e d e t o d o el infierno d a r
m a y o r quartana al poder , ni m a s asquerosa
mortificacion á la g r a n d e z a del m u n d o , q u e
rascándose u n o d e estos bribones c o n u n a c a
ra e m b o s c a d a en su barba, y unos ojos r e c u
lados háci a el cog ote , c o n habla m a l m a n t e n i
d a , diga qu ien m i r a p o r sí e s t i r a n o , q u i e n
mira por los otr os es R e y ? ¿ P u e s l a d r o n , si el
R e y mira por los otros, y n o por sí, quién h a
d e mirar p o r él ? N o sino a b o r r e c é r e m o n o s c o
m o á nuestros enemigos, tendrémos odio c o n
los otros, y nuestra enemistad n o pasará d e
nuestra persona , y la guerra nos tendrá p o r
límite. P e r r o s , d e c i d la v e r d a d , y escribid d e
dia y d e noche: n o escribais lo q u e habia d e
ser , q u e esa es doctrina del deseo, n o lo q u e
d e b i a d e ser, q u e esa es leccion d e la p r u
dencia, sino lo q u e p u e d e ser, ¿ Y es posible
( r e s p o n d e d m e ) podrá u n o ser M o n a r c a y t e
nerlo todo, sin quitárselo á m u c h o s ? ¿po drá ser
superior y S o b e r a n o , y subordinarse á c o n s e
j o ? ¿ P o d r á s e r p o d e r o s o , y n o v e n g a r s u e n J oo
* , A
-
la D u e ñ a y el Sopton. 2 4 3
jo, y no llenar su codicia, y n o satisfacer su
luxuria ? ¿ p o d r á ( p a r a h a c e r estas cosas) s e r
virse d e b u e n o s , y d e x a r los m a l o s ? N o ; p o r
q u e eso tiene lo m a l o d e p e o r , q u e siempre
necesita d e ruines para su efecto y e x e c u c i o n .
¿ P o d r á p r e m i a r los méritos q u i e n e n ellos t i e
n e su acusacion y su t e m o r ? ¿ p o d r á dexar d e
rogar á los mentirosos, y á los entremetidos y
facinerosos c o n las D i g n i d a d e s y C o n s u l a d o s ,
si n o tiene su abrigo en sus demasías, y su c a
lidad e n su imitacion , y su disculpa e n s u e x
ceso ? N o ; pues picarones , b a r b u d o s , ¿ p o r
q u é n o escribís la v e r d a d ? ¿ S e r i a b u e n a d o c
t r i n a , si u n o d i x e s e q u e el b u e n c a r n i c e r o e n
g o r d a las ovejas, y q u e el desollador las p o n e
pellejo, y q u e el b u e n barbero q u a n d o sangra
cierra las v e n a s ? P u e s lo m i s m o es decir q u e
los tiranos h a n d e guardar palabra, ser justos,
verdaderos y humildes; y c o m o decis esto q u e
habia d e ser, y nosotros s o m o s lo q u e se usa,
y n o p u e d e ser m e n o s en los tiranos. T o d o s
nos aborrecen por h o m b r e s q u e n o c u m p l i
m o s c o n nuestro oficio; decid y escribid lo q u e
h a n d e ser t o d o s los q u e quisieren p a r a sí s o
los, lo q u e es d e todos inobedientes á la ley
d e los Dioses, y nadie se quejará d e nosotros,
r e y n a r é m o s e n p a z ; y si n o , c a l l a d t o d o s , y
able y escriba del gobierno solo Fotino , o i d
le : y e n esto u n bellaconazo t o d o b e r m e j o , c o n
m u c h a cara y poca barba, cabeza c o n a c o m e
timientos d e calvo, hácia v i z c o , c o n resabios d e
z u r d o , propio para persuadir m a l d a d e s , y m e
- 2 j o r
2 4 4 E l E n t r e m e t i d o ,
jor para conocer los tiranos, abriendo la s i
m a d e las injurias p o r b o c a , y ladrando P r o
n u n c i ó este v e n e n o r a z o n a d o ;
# é, f a s m u l t o s f a c i u n t P t o l e m a r e n o c e n t e s ,
at panas laudata fides, c u m sustine inquie,
¿ Fortuna premit : fatis accede, Deisque,
cole felices, miseros fuge sidera terra,
v t distat & f a m m a m a r i , sic utile recto,
S c e p t r o r u m vis tota perit, sie p e n d e r e j u s t a
Incipit, evertitque arces respeclu h o m e s t i ,
L i b e r t a s s c e l e r u m est, quae r e g n a invisa tuetur,
Sublatusque modus gladiis facere omnia saeve
N o n impugnelicet, misi d u n facis: exeat aula
Q u i volet esse pius virtus, ó s u m m a p o t a s ,
Ñoncoeunt, semper metuet,quem sava pudebunt,
L o lícito y lo justo á m u c h o s h a c e n ,
P t o l o m e o , delinqiientes ; y p a d e c e
Castigos la fe honesta y verdadera,
Q u a n d o defiende gente perseguida
D e l a f o r t u n a ; ¿ á los h a d o s ,
y á los D i o s e s , y asiste á los dichosos,
H u y e los m i s e r a b l e s ; c o m o el f u e g o
ZDista del m a r , y el cielo d e la tierra,
A s í dista lo útil d e lo bueno.
T o d a la f u e r z a d e los cetros m u e r e
E n e m p e z a n d o á obrar justificados
- -
Y el m i r a r a lo honesto d e s b a r a t a
Las esquadras el Reyno aborrecido,
Sola la libertad d e los delitos
L a defiende, y el d a r licencia al ir f º
s 4 . -
-
L a D u e ñ a y el Soplon. 2 4 5 N
H a c e r todas las cosas con fineza .
N o es lícito sin p e n a , sino solo
Q u a n d o las haces s a g a del palacio
9 . quisiere ser p i o ; n o se j u n t e n
a s u m a potestad y las virtudes.
Q u i e n tuviere v e r g ü e n z a d e ser malo,
S i e m p r e estará t e m b l a n d o y temeroso.
N o h u b o ful minado esta post re r p o n z o
ñ a , q u a n d o levant ándose Crisipo, d ixo: p o r
eso n o quise y o ser R e y , y respond í á los q u e
m e lo preguntaron c o n estas palab ra s : si g o
bier no m a l , enojo á los Dioses; y si g o b i e r
n o b i e n á los h o m b r e s ; n o quiero oficio q u e
d e t o d a s m a n e r a s se yerra. G a l v a , q u e e s t a
b a limpiándose unas babas, m u y aterido, c o n
g r a n melancolía, d i x o : algo d e la leccion se v e
rifica e n mí. E s t á b a m e y o q u a n d o se ardia el
m u n d o c o n t a n t a f l e m a c o m o d e v o c i o n s a c r i
ficando á los Dioses , y O t o n s a q u e a n d o á R o - s
m a y u s u r p á n d o m e el I m p e r i o : y o asistia á la
Religion para ser E m p e r a d o r ; él al r o b o v i
n o p o r el atajo, y siguió la v e r d a d del oficio;
y y o acabé, c o m o se h a leido, c o n m a s d e s p r e
cio q u e sentimiento : él se q u e d ó M o n a r c a , y
y o babera. H í z o l e callar D o m i c i a n o , q u e traia
arrastrando p o r u n a pierna al miserable S u e
tonio Tranquilo, y á grandes voces decia: ¿ q u á n
t o peores s o n estos infames historiadores y c r o
nistas q u e a g u a r d a b a n detras d e la vida d e
u n E m p e r a d o r , y con su deshonra hacen l i
sonja á sus descendientes ? A h í se v é quién sois
Q 3 V O
2 4 6 E l E n t r e m e t i d o ,
v o s o t r o s , d e c i a S u e t o n i o c o n sollozos m a l f o r
m a d o s , q u e os es sabrosa la i g n o m i n i a d e v u e s
t r o s a n t e c e s o r e s , c o m o si p a r a la v u e s t r a n o
diera lieencia el a p l a u s o q u e haceis á la a g e
n a . S e ñ o r , d e c i a D o m i c i a n o : estos m a l d i t o s
cronistas n o d e x a n vivir su vida á los R e y e s ,
y les h a c e n tornar á vivir entre su malicia y
p l u m a , c o m o le c o n v i e n e al l u c i m i e n t o d e s u
m a l i c i a . E s t e t r a i d o r i n s o l e n t e e s c r i b i e n d o la v i
d a , d e q u e e n la m a y o r parte él f u e el d e l i n
q ü e n t e , e n la diferencia d o c e ,tratando d e m i
p o b r e z a , y d e q u e y o procuré socorrerme, a l i
v i a n d o gastos d e m i s vasallos, e c h a este c o n
t r a p a n t o :
E x h a u s t u s operum, ac m u n e r u m impensis,
stipendioque quo adjecerat, tentavit q u i d e m , a d
¿ castrenses sumptus, militum n u m e
r u m d i m i n u e r e . S e d c u m o b n o x i u m s e B a r b a r i s
p e r hoc animadverteret : neque eo cetius in e x
plicandi s oneribus o m n i b u s haereret: nihil pensi
habuit, quin praedaretur o m n i m o d o b o n a v i v o
r u m & m o r t u o r u m u s q u e q u a q u e quolibet, &.
a c c u s a t o r e , ó c r i m i n e corripiebantur. S a t i s
erat objici q u a l e c u m q u e f a c t u m , d i c t u m q u e a d
v e r s u m majestatem Principis. Confiscabantur
alienissimae hacreditates, vel existente u n o , q u i
diceret audisse se e x d e f u n c t o , c u m viveret,
h e r e d e m sib i C e s a r e m esse.
, H a b i e n d o e m p o b r e c i d o con gastos e n obras
»,y d ádiv as, y en lo s sueldos q u e habia c r e c i
a d o . “ ¿ P u e s en q u é ha d e gastar u n Príncipe
sino e n d a r , edificar y m a n t e n e r la milicia c o n
- " º p r e
la D u e ñ a , y el Soplon. 2 4 7
premios? , I n t e n t ó para aliviar los gastos m i l i
, tares disminuir el n ú m e r o d e los soldados;
, m a s conociendo q u e por esto venia á ser e n o
,joso á los extrangeros desenfrenadamente, sin
,,reparar e n algo, dió e n robar d e todas m a n e
,,ras.“¿Este es m o d o d e hablar d e los Príncipes?
se diria d e los infames ladrones ? ¿ n o es
ellaquería usar d e u n m i s m o vocabulario c o n
el cetro y la g a n z u a ? , L o s bienes d e los vivos
,,y d e los m u e r t o s e n todas partes y d e todas m a .
,,neras p o r qualquier delito y acusador a g a r
,,raban; bastaba alegar a l g u n d i c h o ó h e c h o c o n
,,tra la m a g e s t a d del Príncipe confiscábanse h e
,,redades r e m o t a s y a g e na s d e la acusacion c o n
,solo u n o q u e dixese q u e habia o i d o al difunto,
, q u a n d o vivia, q u e Cesar era su h e r e d e r o . “ Y es
tan g r a n d e bellaco q u e escribiendo e n m i t i e m p o
osa decir estas palabras: Interfuisse m e a d o
lescentulum nemini c u m a p r o c u r a t o r e , f r e
quentissimoque consilio inspiceretur, n o n a g e n a
rius senes a n c i r c u m c i d a t u s esset. , S i e n d o y o
, n i ñ o , m e a c u e r d o q u e el p r o c u r a d o r f r e q ü e n
, t e m e n t e , y p o r el C o n c i l i o se m i r ó si u n v i e
,,jo d e n o v e n t a a ñ o s estaba c i r c u n c i d a d o . “ ¿ Q u é
culpa tenia y o del exceso d e los ministros i n
feriores, y d e la d e m a s í a , y q u e m e s u c e d a n
Príncipes q u e consientan tal libro con tra m í ,
q u e gasté m i tesoro, m i c a u d a l , y el t i e m p o
e n repara r las librerías q u e se m e q u e m a r o n ?
N o lo h u b o d i c h o , q u a n d o c o n v o z casi e n
terrada , y acentos d e s m a y a d o s , d i x o S uetonio:
si e s o f u e ¿ , t a m b i e n lo d i x e ; ¿ m a s , q u é
Q 4 C
2 4 8 . E l E n t r e m e t i d o , , ,
replícas tú, que dictando una carta para d a r
u n a o r d e n dixiste d e tí p r o p i o : ¿ v u e s t r e S e
ñ º r y Dios lo m a n d a así? D e l divino A u g u s
to, del g r a n d e Julio y d e T r a j a n o , ¿ q u é v i r t u d
c a l l é ? ¿ q u é a c c i o n n o e n c a r e c í ? si fuisteis p e s t e s
c o r o n a d a s , ¿ q u é p e c a d o es acordaros vuestras
m a l d a d e s ? D e vosotros teneis horror y asco, y
n o quereis ser contados los q u e fuisteis p a r e c i
dos. N a d i e se p u e d e quejar d e ese v e r d u g o d e
M o n a r c a s sino y o , d i x o u n h o m b r e d e m a l a
cara, feo, calvo y espeluznado, zancas d e l g a
d a s y m a l puestas, color pálido, talle p e r v e r
s o , y p o r las señas fué c o n o c i d o p o r C a l í g u
la. ¿ Q u é m a l d a d , q u é sacrilegio, q u é c r u e l
d a d , q u é locuras n o escribió d e m í ? las m a s
increibles; q u e estudiaba gestos para h a c e r m e
f e r o z . M i r a si haria e s t o q u i e n i n v e n t ó los c a l
zadillos para disimular las malas piernas q u e
p o r q u e n o m e viesen la calva era delito d e
m u e r t e mirar desde arriba q u a n d o y o pasaba, y
d e c i r c a b r a . P o r e s o d i x o Pisistrato: ,, c o n o c i e n
, d o y o el peligro q u e t e n e m o s los tiranos, e n
,los q u e piensan y discurren sobre las vidas a g e
,,nas, e n los d o c t o s q u e se j u n t a n , e n los m a l i
, c i o s o s q u e se pasean. “ E l i a n o lib. 9. c. 25. P i
s i s t r a t u s c u m i n R e g n u m e s s e t e v e c t u s , a c c e r
sit, jussiteos qui in foro d e a m b u l a n d o , a t q u e
otiando t e m p u s tererent : & interrogavit, n u m
q u e causa esset ipsis in foro oberrandiº s i m u l
q u e diarit. S i tibi b o v e s a r a t o r m o r t u i s u n t , d e
m e o c a p e r u r s u s alios, a t q u e a d labores te c o m
fere; si egenus , & inops es s e m i n u m , d e ¿ -
2 7
L a D u e ñ a y el Soplon. 2 4 9
d e n t u r tibi veritus me h o r u m otium insidias
aliquas pararet. -
I
la D u e ñ a y el Sopl on. 2 . 5 3
charla, q u e son m u c h o s los q u e vienen á la c a l
dera d e Pero Botero, y m u c h o s los q u e h a y
e n ella. U n o s se tiñen c o m o los viejos, á quien
a c á l l a m a m o s los tiñosos d e la e d a d ; o t r o s se
c u e c e n , otros se guisan, otros se frien. E n esto
dió tres ó quatro borbotones la caldera q u e
casi se salia; y el b u e n P e r o B o t e r o agarró p o r
c u c h a r o n u n esquife, y e m p e z ó á e s p u m a r . D a
b a saltos e n m e d i o u n b u l t o grande. ¿ Q u i é n es
aquel ( p r e g u n t ó la d u e ñ a ) q u e m e ha llenado
el ojo? A q u e l , dixo el b u e n Botero, es el p u n
to crudo, q u e h a mil siglos q u e gasto c o n él
l u m b r e y c a r b o n , y n u n c a se h a e m p e z a d o á
calentar. V á l a t e la mala ventura por p u n t o
c r u d o , dixo el soplon , y q u é d u r o q u e eres, y
u é maldito q u é d e veces te h e t o p a d o y e n
¿ á pedir dineros, y m e responden: v. m e r c e d
m e p e r d o n e , q u e h a llegado á p u n t o c r u d o . Si
y o los debia, y venían á cobrar, y suplicaba m e
aguardasen, respondia el a c r e e d o r : señor , el
venir á cobrar h a sido tan á p u n t o c r u d o , q u e
n o lo p u e d o suspender. Si pretendia algo , lo
d a b a n á o t r o , y m e d e c i a n : si v. m e r c e d a g u a r
d a á hablar á p u n t o c r u d o , ¿ d e q u é se queja? .
Si solic itaba a l g u n favor d e a l g u n a d a m a , m e
decia : s e ñ o r , v. m e r c e d llega á u n p u n t o tan
c r u d o , q u e m e e x e c u t a n p o r d o s mil reales.
V á l a t e el diablo p o r p u n t o c r u d o , q u e t o d a
l. vida m e h a s atosigado c o n tus c r u d e z a s . S e
ñ o r Bot ero, cuézale v. m e r c e d h asta q u e se d e s
h a g a , y si n o á s e l e , y t e n g a a s a d o r c o m o t i e
n e caldera. E n esto e m p e z ó á alborotarse la c a l
. -
d e
2 5 4 E l E n t r e m e t i d o , y
dera, y á hacer e s p u m a 3 víase u n figuron d a n
z a n d o entre el caldo y chirriando, A s i ó el c u
c h a r o n , y e n c a x á n d o l e e n el b o d r i o , d i x o : a u n
n o está e n su p u n t o . D i ó l e c o n él d o s e m p e
llones, y zambul l ó s e d a n d o fieros gritos. ¿ Q u i é n
es este, le p r e g u n t ó la d u e ñ a ? Y él r e s p o n
dió: este es u n b ien quisto, q u e está el m a s d e s
abrido del m u n d o , y n o le p u e d o guisar c o n
ninguna cosa; y ello era así, p o r q u e d e lo h o n
d o d e la calder a d a b a unos gritos temer osos,
y decia: y o soy el m a s necio, maldito y d e s d i
c h a d o h o m b r e d e l m u n d o . P u e d o e n s e ñ a r á m a
jadero á u n preguntador, y estoy por decir á
u n porfiado. ¡ Q u e creyese y o q u e toda m i f e
licidad era ser bien quisto, cosa q u e a c o n s e
j a n siempre los bribones y emprestilladores! Y o
convidaba por ser bien quisto, y gastaba e n
tragos y b o c a d o s m i p a t r i m o n i o c o n a l a b a n
ceros meridianos, q u e alaban al p a s o q u e m a s
can: y o prestaba q u a n t o m e pedian sobre la n o
ta d e u n billete s a c a b o c a d o s , p o r ser b i e n
quisto; y o pagaba por todos p o r ser bien quisto:
e n a l a b á n d o m e , la e s p a d a , la g a l a , la p r e s e a , la
d a b a por ser bien quisto y entre la hojarasca
d e es u n P r í n c i p e , n o h a y caballero , ni tal
m e s a , n o se h a b l a e n la & . d e o t r a c o s a ,
sino e n el plato: todos sino es v. m e r c e d s o n
u n o s piojosos; y las dolencias d e caballero v a
d e a , l l a m a n d o despensero al lacayo, y c o c i
n e r o á la a m a , y m a y o r d o m o á u n pícaro q u e m e
servia c o n mesura d e c o m p a ñ e r o : solo por ser
bien quisto vine á quedar sin hacienda, sin
q u é
la D u e ñ a y el Soplon. 2 5 5
q u é comer, y hecho andrajos, por ser bien q u i s
to. H o m b r e s d e l m u n d o , n o presteis , n o c o n
videis, n o deis: p e d i d , y agarrad, y a n d e el m o
gollon, q u e ser quisto n o es tan b u e n o c o m o
ser g u a r d o s o ; y ser rico es m e j o r q u e quitarse
c o n los pidones. N o h a y cosa tan cara c o m o
ser bien quisto, ni d e tanta c o m o d i d a d y a h o r
r o c o m o ser m a l quisto. N o lleven y g r u ñ a n ,
n o c o m a n y m u r m u r e n ; ser caballero d e a y u
n o es g r a n c o s a , q u e alabanzas pasadas p o r
hospita l peo res s o n q u e u n vituperio p o r a h o r
ro. Ata jóle otra l e g u m b r e d e la c a l d e r a , q u e
n a d a b a e n t r e m e t i d o c o n t o d o , b i e n d e s c u b i e r
t o ; y sabido su n o m b r e , era el P e r o , fruta
d e los a c h a q u e s y d e la malicia, d e q u i e n se
h a c e los postres á q u a n t o o y e la c a l u m n i a : el
p e r o q u e n o d e x a m a d u r a r n i n g u n a h o n r a ni
crédito. D o n c e l l a es, pero a m i g a d e ventana;
h i d a l g o es, p e r o n o sé q u é m e h e o i d o ; h o m b r e
d e bien es, p e r o m u y soberbio; y este pero
n o h a y lengua q u e n o se lleve, y los h a y d e
inv ierno y v e r a n o ; y o y e n d o esto, d i x o B o t e
r o: es t an agrio diablo q u e m e tiene h e c h a
u n vinag re la c a l d e r a , y él se está tan v e r
d e c o m o al principio. E n est o arremetió á la
caldera c o n u n cobertor, y tapóla. P r e g u n t á
ronle la causa , y d i x o : están hirbiendo ahí;
p e n s é q u e aquel m a l d i t o , q u e es discreto d e s
p u e s , y adv erti do sin t i e m p o , y ot ro picaron
q u e d a m a l s abor á toda la calde ra, y m e tie
n e atur dido, q u e ni sabe lo q u e se h a c e , ni lo
q u e se dice, ni l o que se calde ra, y siempre
- - r C S
2 5 6 ... E l E n t r e m e t i d o ,
re spond e, q u e él ata bien su d e d o , y solo trata
d e atar sa d e d o , y q u e c o m o él ate bien s u
d e d o , le basta; y seria mejor q u e por l o
c o le at ase su d e d o á él. Esto hace peor c a l
d o q u e los mogiga ticos q u e ahí están.
G o z a n d o d e la ocasion y del d i v e r t i m i e n
to, se entraron g r a n d e c a n t i d a d d e g e n t e d e
r o n d o n , sin q u e nadie les dixera nada. P r e g u n
tó á u n portero el soplon ¿ q u e c ó m o se entra-.
b a n aquellos sin dar razon? Y respondió: e s
t o s s o n l o s d e : m i a l m a c o n la ¿ y así v i e
n e n e n r a c i m o s ; g e n t e q u e se o f r e c e al i n f i e r
n o e n vida , sin saber c ó m o ni q u á n d o , y e n
g a ñ a d o s d e los embustes d e la hipocresía. L u e
g o dicen : m i alma c o n la su ya; concéd esel es
la peticion , y vienen a quí e n romerías asid os
u n o s d e o t r o s . - -
M a n i a t a d o y asido c o n g r a n d e alarido y
e m p e l l o n e s , q u e llama el C a l e p i n o d e los C o r
c h e t e s , traian m u c h o s espíritus m a l o s al d i a
b l o d e los l a d r o n e s . G r a n d e m e n t e a c r i m i n a n s u
delito. P l u t o n se m e s u r ó , y u n relator d i x o :
señor, este diablo n o sabe lo q u e se diabla, n i
vale u n diablo, y es v e r g ü e n z a q u e sea d i a
blo, p o r q u e n o trata sino d e hacer q u e se s a l
v e n l o s h o m b r e s s i e n d o o t r a s u i n t e n c i o n . E s
t r e m e c i ó s e t o d o el tribunal e n o y e n d o la p a l a
b r a salven : refrescáronse las llagas , º m o r d i é
. ronse los labios, y d i x o el s u p r e m o m a l d i t o : ¿
esto es cierto? Y replicó el fiscal: señor, e s
te n o gasta el t i e m p o sino e n hacer q u e r o
b e n y hurten los h o m b r e s ; llévanlos á la c á r
- c e l ,
la D u e ñ a y el Soplon. 2 5 7
s e l , a h ó r c a n l o s , ó si s o n m o n e d e r o s falsos q u é
man los, pred ícan los, previénenlos, confiésan
se, sálvanse; y este n o pensaba q u e por la
hor ca y por el f uego se p o d i a ir al C i e l o , y
e n ahorcados y q u e m a d o s ha usurpa do infinito
pat rimonio á los torme ntos. N o h a y q u e a g u a r
d a r , eso n o tiene respuesta , d i x o el P r e s i d e n
te ; m a s el p o b r e d i a b l o , q u e p o r este se dixo,
re plicó p i d i e n d o q u e le oyesen. O í g a m e , d i x o
á g r a n d e s gritos, q u e a u n q u e d i c e n : el d i a
b l o sea s o r d o , n o se dice p o r v u e s a d i a b l e d a d .
C a l l a r o n e n t o n c e s t o d o s , y él d i x o : señor, y o
co nfieso q u e se m e salvan los a h o r c a d o s , m a s
recíbanseme e n cuenta los otros q u e se c o n
d e n a n p o r c o n d e n a r á estos, y n o á sus c o m
p a ñ e r o s ni á sus ministros. Y o c o n u n l a d r o n
q u e a h o r c a n y se m e salva, c o n d e n o al a l g u a
cil q u e le p r e n d i ó , y se suelda así: al e s c r i b a
n o q u e escribe contra el q u e h u r t ó á u n o , y
n o c o n t r a sí, si h u r t a á t o d o s ; al p r o c u r a d o r
q u e le defiende m e n o s q u e le i m i t a , y al otro
q u e le c o n d e n a , n o p o r q u e n o h a y a ladrones
sino p o r q u e n o h a y a o t r o : n o p o r q u e n o h a
m u c h o s , sino p o r q u e d a r solo á la R e p ú
lica, q u e p o r quitar los l a d r o n e s trae m u c h o s
o tros; s u c e d e lo m i s m o q u e al q u e p o r l i m
-p i a r s e d e r a t o n e s t r a e g a t o s , q u e si el r a t o n le
ºr oia u n m e n d r u g o d e p a n , u n arca vieja, u n
p o c o d e m a d e r a , u n p e r g a m i n o , viene el g a
t a z o , y h o y le c o m e la olla, y m a ñ a n a la c e n a ,
- y esotro dia las p e r d i c e s , y e n p o c o t i e m p o
suspira p o r sus ratones. A m í se m e d e b e e s
º - R . t a
2 5 8 E l E n t r e m e t i d o , \
ta treta, y y o trueco u n ahorcado á doscien.
tos ahorcadores y á tres mil viejas hechiceras
q u e v a n p o r s o g a y m u e l a s , y m a l e n t e n d i
d o y p e o r agradecido. Y o estoy c a n s a d o , e n
c o m i é n d e n l o á o t r o , q u e y o m e q u i e r o retirar
á u n pretendiente. Diósele toda satisfaccion y
fradiabla, c o m o fraterna, á los acusadores, y
dixéronl e q u e n o cesase , q u e n o era t i e m p o d e
retirarse ; fuera d e q u e á u n p r e t e n d i e n t e , antes
era t a h o n a q u e alivio. - -
Y o o b e d e c e r é , m a s y o m e e n t i e n d o , q u e
c o n u n pretendi ente u n diablo se está m a n o
sobre m a n o y la b o c a abierta, a p r e n d i e n d o d i a
bluras d e él, sin ser m e n e s t e r para n a d a . E s
ir á recreacion asistir á u n o y á la escuela d e
d i a b l o , p u e s e n s e ñ a n estos la cartilla d e d e
m o n i o s á todos nosotros; y allí n o h a y s i n o
a p r e n d e r y callar. - - -
p a r a el infierno; si e n p o l v o para el r o m a d i z o .
D e t r a s d e estos d o s v e n i a el d i a b l o d e l
c o h e c h o , y este diablo tenia linda cara y t a
lle, cosa q u e n o ví e n o t r o , y era c o m o u n
oro, y m e parece q u e le h e visto e n mil d i
ferentes partes, e n u n a s a r r e b o z a d o , e n otras
d e s c u b i e r t o , l l a m á n d o l e u n a s v e c e s niñería, otras
regalos, otras presente, otras limosnas , otras
p a g a , otras restitucion ; y n u n c a le ví c o n
su n o m b r e propio y m e acuerdo de haberle
visto llamar herencia, ganancia, barato , p a
trimonio, reconocimiento, y n a d a ; y le h e c o
n o c i d o en unas partes d o c t o r , en m u c h a s l i
cenciado, entre m u g e r e s bachiller, entre e s
cribanos derecho , y entre confesores limosna.
Este venia c o n g r a n d e séquito p r e t e n d i e n
d o título d e d i a b l o m á x i m o , m a s se lo c o n
t r a d i x o c o n n o t a b l e satisfaccion el d i a b l o d e
la conseqüencia díciendo: y o s o y el enredo
político y la fullería d e los P r í n c i p e s , y el
a c h a q u e d e los indignos, y la d i s c u l p a d e los
tiranos : y o soy tintorer o d e las bellaquerí as,
q u e las d o y color, y lo atropello, y tengo el
m u n d o confuso y revuel to: y o h e desterr ado
la r a z o n , y h e c h o m é r i t o la porfia , y p o d e r o s o
el e x e m p l o , y h e d a d o f u e r z a d e l e y al s u
c e s o , y a u t o r i d a d á la bellaquería, y a c r e d i
t a d o á l a i n s o l e n c i a .
Para alcanzar u n bellaco lo q u e á otro
d i ó la i n i q u i d a d , e n a l e g a n d o : c o n o t r o se h i
z o , d a u n t a p a b o c a á las consultas y á las a d
< R . 2 V e r e s
2 6 o E l E n t r e m e t i d o ,
vertencías : á lo imposible saca d e quicio; y
m i e n t r a s y o d u r á r e e n el m u n d o , n ò h a y q u e
temer virtud ni justicia, ni b u e n gobierno, y
ese diablo del c o h e c h o , si n o le a r r e b o z o , ¿ c o n
q u é cara se entrará, p o r u n a s u ñ a s g r a d u a d a s
y p o r u n a s o p a l a n d a s magnificas Calle el p í
c a r o , q u e el título d e m á x i m o diablo solo e s
m i o . ¿ Y y o , d i x o otro, m o n d o virtudes? ¿ c o m o
nispolas? ¿ s o y d e los diablos d e m a l a m u e r
te, q u e se hallan detras d e la puerta? ¿ c o n
t é n t o m e c o n niñerias ? ¿ v á l g o m e y o d e e m b e l e
cos, d e á ciento e n libra? Y o s o y d e m o n i o d e
p o c a s palabras , q u a t r o r a z o n e s diré, y h a b l e
q u i e n se atreviere. Y o , el tal d i a b l o , h e h e c h o
h o n r a el ser c o r n u d o s , gracia el ser p u t a s, o f i
cio el ser l a d r o n , ladrones los oficios, Y entre
tantos n o h u b o quien t o m a s e la m a n o ; todos
callaron, d a n d o lugar á u n diablazo, q u é h a
sido d e u n hablador y d e u n v a n o y l isonje
ro ; decia: d é x e n m e entrar q u e traigo. ¿ Q u é
traes? d i x o el entremetido. R e s p o n d i ó , estos
dos. ¿Quién son U n hablador y un lisonje
r o y v a n o , s o n piezas d e R e y , y p o r eso l o s
traigo al nuestro. V i ó l o s Lucifer c o n a s c o , y
d i x o y c o m o si s o n pie zas de R e y e s , m a s a u n
q u e R e y diablo y arch idiablo, n o gusto d e e s
ta gente. D e s d e lejos u n d e m o ñ u e l o dec ia: .
P r í n c i p e , seis a ñ o s ha q u e a n d o tras u n ru in,
y es tan ruin , q u e n o sé c o m o lo acabe d e
destruir, p o r q u e d e p u r o ruin n o es para n a
da, ni b u e n o ni m a l o . ¿ E s o d u d a s ? d i x o la d u e
ñ º ; si es r u i n p o n l e c o n h o n r a y a c a b a r á s c o n
- ” . . . y - . éls
la D u e ñ a y el Soplon. 2 ó r
él, y él c o n el m u n d o . ¿ D i x e r a m a s el d i a
blo ? d i x o el soplon. R e s p o n d i ó l e el e n t r e m é
tido p u e s q u é le falta á la d u e ñ a ?
E l soplon, q u e a n d a b a e n f o r m a de cañúto
a v e n t a n d o c u l p a s , d i ó e n u n rincon c o n u n
h a z d e diablos viejos y llenos d e telarañas y
m o h o s o s : dió cuenta d e ellos: n o los podia
d espertar. Preguntáronles ¿qué d e m o n i o s eran,
y á quién estaban repartidos, y c ó m o n o h a
c ian su oficio? Y respondieron bostezando, q u e
e ran los diablos d e los e n a m o r a d o s , y q u e
d e s d e q u e el d i n e r o c a y ó m a s e n e á l a s
mugeres que su honor ni los requiebros, s e
h a b i a n v e n i d o allí, p o r q u e la m o n e d a suplia
sus faltas, y q u e antes e m b a r a z a b a n , p u e s u n a
tentacion de talego, vale por mil d e diablo, y
caen m u c h o antes en una dádiva que en u n a
tentacion, y antes consienten e n u n t o m a que,
e n u n p e n s a m i e n t o . -
Y o soy, el diablo d e los j u z g a - m u n d o s :
d e u n o s bellacos a c e c h o n e s , q u e tintos e n p o
líticos son el p e r o d e t o d o lo q u e se o r d e n a . B i e n
fue m a n d a r l o ; pero se debia mirar. Bien m e r e
ció el oficio... p e r o g e n t e q u e s i e m p r e a c a b a e n
p e r o s lo q u e discurre, s o n u n o s envidiosos d e
buena capa, y una carcoma confitada en estado;
y c o m o estos para condenarse n o aguardan sino
q u e los Príncipes m a n d e n a l g o , sus validos l o
p r o p o n g a n , ó los C o n s e j o s lo determinen, fiado e n
su maldita contradiccion á q u a n t o n o o r d e n a s u
malicia, m e d u e r m o , y los a g u a r d o y los recibo,
p o r q u e ellos n o se d u e r m e n en venirse, y e n s ó n s a
- † 3. R 3 - I B 3 ) -
2 6 2 E l E n t r e m e t i d o ,
c a r á otros para q u e vengan. G e n t e t a n i n
f a m e q u e para ser bien quistos dicen m a l d e
todos, y para tener buenos dias desean á t o
d o s m a l ; pues c o m o son m a s las desdichas q u e
los gustos, siempre a n d a n recibiendo p a r a b i e
n e s d e ruinas y desgracias. Bien le pareció á
a d v e r t e n c i a , y p o r r e m e d i a r l o t o
o, y prevenir los m a y o r e s a u m e n t o s d e su d o
minio, m a n d ó juntar las c o m u n i d a d e s , r e p a r
timientos d e sus prisiones, y o b e d e c i e n d o á s u
señor, se vió junta una, gran, s u m a de e s p í
ritus infames entonces abriendo p o r b o c a u n a
s i m a , ahulló e ste razonamiento.
U n i o n des e s p e r a d a , p u e b l o s precitos , los
-
-
a 6 6 . E l E n t r e m e t i d o ,
sueldo. Estense baradas en ese zahurdon, y c o n
d e n a r é á los diablos á d u e ñ a s c o m o á g a l e
ras. C o n esto desaparecieron t o d o s a t e m o r i z a
d o s del castigo, y P l u t o n se retiró á su a n
tigua n o c h e , d e x a n d o á su familia h o r r o r , á
sus estados l e y e s , y á los h o m b r e s a d v e r t e n
c i a , q u e si la l o g r a m o s p o d r é m o s d e c i r q u e
t a l v e z e s m e d i c i n a el v e n e n o .
- - 2 6 7
6 o º e e º e s e o s e e o e º º
C UENTo D E CUENTos,
D o n d e se L E E N J U N T A s
las vulgaridades rústicas, q u e a u n d u
ran e n nuestra habla , barridas .
d e
-
la c o n v e r s a c i o n .
-
- ,
A D . Alonso M e s í a d e Leyva.
. . . , ser
L ,
- -
habla q u e l l a m a m o s castellana y r o m a n
c e tiene p o r d u e ñ o s t o d a s las naciones ; los
A r a b e s , los H e b r e o s , los Griegos. L o s R o m a
n o s naturalizaron c o n la victoria tantas v o - ó
c e s e n n u e s t r o i d i o m a , q u e la s u c e d e lo q u e
á la c a p a del p o b r e , q u e s o n tantos los r e
miendos, q u e su principio se equivoca c o n ellos.
E n el o r í g e n d e ella h a n h a b l a d o a l g u n o s
linajudos d e vocablo q u e desentierran los h u e
sos á las v o c e s : cosa m a s , entretenida q u e d e
m o s t r a d a , y dicen q u e averiguan lo q u e i n
V C I n t a n , . :
T a m b i e n se h a h e c h o : tesoro d e la l e n
g u a E s p a ñ o l a , d o n d e el p a p e l es m a s q u e la
r a z o n : o b r a g r a n d e , y d e erudicion d e s a l i
ñ a d a . - -
N i n g u n o h a escrito g r a m á t i c a , y h a b l a
m o s la c o s t u m b r e , n o la v e r d a d , c o n s o l e c i s
m o s . E l a l m a d e c i m o s ; y s u p u e s t o q u e el a l
- - I I n d
2 6 8
m a b u e n o , n o se p u e d e decir, e l , q u e es a r
tículo masculino, ha d e ser la , y pronunciar
la a l m a . " - - -
N o quiero n a d a : p e c a e n lo d e las d o s n e
g a c i o n e s , y d e b e decirse : quiero n a d a .
o B i e n c o n s i d e r a b l e es el e n t r e m e t i m i e n t o
d e esta palabra, m e n t e , q u e se a n d a e n f a d a n
d o las cláusulas y paseándose por v o c e s , e t e r
n a m e n t e , ricament e, gloriosamente, a l t a m e n
te, santamente, y esta porfia sin fin. H a y n e
c e d a d tan repetida d e t o d o s i g u a l m e n t e c a
so q u e a l g u n lector se m e quiera e xc usar d e
n o haberla dicho. M a l h a b l a d o l l a m a n al q u e
habla m a l , h a b i é n d o l e d e llamar m a l h a b l a
d o r . M i r e lo q u e le d i g o , d e c i m o s t o d o s , p o r
o i g a m e , p u e s n o se p a r e c e n los ojos y las o r e
jas. A q u e s t e p o r este, agora p o r ahora , s o n
infinitas voces q u e p u d i e n d o escoger u s a m o s
lo peor. H a y cosa c o m o ver á u n g r a d u a d o
c o n m a s b a r b a s q u e textos decir e n f u r e c i d o :
voto á Dios q u e se lo dixe d e p e á p a ! ¿ Q u é
es p e á p a , lice nciado ? Y para e n m e n d a r l o ,
dice q u e se está erre q u e erre t o d o el dia.
¿ Q u é se rá n o d a r á u n o u n a s e d d e a g u a ? q u e
tan freqü ente se o y e e n las queja s d e los a m i
gos y d e los criados; y hacer baylar el a g u a
dela nte e s t á propósito. E n c a r e c e u n o s u v e r - ,
d a d , y dic e : y o le , d i x e d o s p o r tres ; y d e
cir d o s p o r tres ¿ q u i é n n e g a r á q u e n o es d e
cir u n a cosa p o r otra ? habia d e decir y o le
d i x e d o s p o r dos. P u e s u n o q u e e n c a r e c i e n d o
su diligencia dice, q u e v i n o e n u n santiamens :
... I , d e
2 6
d e b e n d e tener los s a n t i a m e n e s g r a n paso, º.
los q u e para eno ar ecer su p r u d e n c i a d i c e n , q u e
lo escogieron á m o c o d e candil ? ¡ M i r e n q u e
juicio t e n d r á u n m o c o d e candil para e s c o
ger. U n e n o j a d o q u e dice á otro q u e le trae
s o b r e o j o , es (c on p e r d o n ) llamarle nalgas ; q u e
p a r a decir q u e le atiende , lo p r o p i o era traer
los ojos sobre él ; y el ,blason tan p r e s u m i d o
d e tener sangre e n el ojo m a s d e n o t a a l m o r r a
n a s q u e h o n r a ; y p i e r d o d o b l a d o si lo j u z g a n
los pujos. H a b l e n cartas, y callen b a r b a s , sin
h a b e r quien h a y a o i d o decir á las barbas es-,
ta b o c a es m i a , a u n q u a n d o las caldean y las
r a p a n . Q u e d e h o m b r e s se h a c e n moxigatos,
y nadie sabe q u e s o n estos gatos m o x i . V e r - ,
se y desearse n o p a s ó d e Narciso. P o n e r pies.
e n p a r e d , n o sirve d e n a d a , y o lo h e p r o b a
d o v i é n d o m e e n trabajos , c o m o oia decir: no,
h a y sino poner pies e n p a r e d , y solo sirve d e
trepar ó dar, d e cogote. A n d a r la b a r b a sobre
el h o m b r o , quien lo tuvi ere por b u e n consejo,
lo p r u e b e , y andará h e c h o corderito d e A g - ,
n u s D e i . D i ó m e u n r e m o q u e t e ; es d á d i v a d e
cata rro. L l e v a r la s o g a arrastrando d i c e n q u e
es l a m a y o r d e s d i c h a ; y o h e llevad o a rrastra n
d o s o g a s , y hallo q u e es p e o r q u e la soga l l e
v e arr astrando al h o m b r e . Para decir q u e u n o
es m u y m a l o , dicen q u e ni t e m e ni debe. ¿ P u e
d e ser m a y o r n e c e d a d ? P u e s solo es b u e n o el ,
q u e ni t e m e ni d e b e : habian d e decir, q u e ni
t e m e ni p a g a , y esto pregúntenseló á los m e r - ,
c a d e r e s , y á t o d o s l o s q u e f i a n . N o m e l o Th a i a l
. -
2 7 o
r e s quantos áran y cavan. Cons ider e v .
m e r c e d q u e letrados ó teólogos b u s c ó , sin o g a
ñanes. ¿ V . m e r c e d h a visto algun b a z o c a g a
d o ? q u e y o n o sé por d o n d e entran á p r o v e e r
se e n u n b a z o . ¿ H a y cosa tan m o r t a l c o m o
z a s ? m a s h a n m u e r t o d e zas q u e d e otra e n
f e r m e d a d . N o se c u e n t a p e n d e n c i a q u e n o d i
g a n ; y llega y z a s , y c a y ó luego. N o es el m u n
d o tan g r a n d e c o m o tris, t o d o esta e n u n tris, y
n o h a y d o s trises; estaban e n u n tris; estuvo t o
d a la ciudad en u n tris; todo el R e y n o estuvo
e n u n tris, y espantaranse d e q u e la Fenis s e a
u n a s i e n d o el tris u n o siempre. Y aquellos m a j a
d e r o s m ú s i c o s q u e se v a n c a n t a n d o las tres a n a
d e s m a d r e , q u e n o c a n t a r á n las d o s si los q u e m á s
r a n , ni la quarta. C o n s i d e r e v . m e r c e d el b u e n
talle d e estas v o c e s , q u e se n o s h a c e n reacias
e n la l e n g u a y n o las p o d e m o s escupir z u r
riburri, á c a d a triquete, traque b a r r a q u e , zis
z a s , z i p i z a p e , á barrisco, irse á chitos, c h i
chota, c o n sus o n c e d e oveja, trochimoche y
cochiteherbite ; es decir q u e n o tienen d e s v e r
g ü e n z a para deslizarse en u n a historia y e n
tremeterse e n u n s e r m o n , y están y a t a n h a
lladas , q u e pocas p l u m a s las d e s d e ñ a n ; y
para ver á qual m e n d i g u e z está redu cida la l e n
g u a E s p a ñ o l a , considere v. m e r c e d q u e si D i o s
p o r su infinita misericordia n o nos h ubiera d a
d o estas dos voces: ahora bien nadi e se p u d i e
ra ir, ni se despidiera d e u n a conversacion. T o
d o s dicen ; ahora bien , y a es hora: ahora bien,
y a es t a r d e , n a d i e se p u d i e r a ir , ni se d e s
p
2 7 1
-
-
c U E N
2 7 2
C U E N T O D E C U E N T O S .
Ello se h a d e c o n t a r ; y si se h a d e c o n t a r ,
n o h a y sino sus , m a n o s á la obra. D i g o , pues,
q u e en Sigüenza habia u n h o m b r e m u y c a
bal y m a c h u c h o , q u e d i z q u e se decia M e n c h a c a ,
d e m u y b u e n a c a p a ; estab a c a s a d o c o n u n a
m u g e r , y esta m u g e r era d e p u n t o , y m a s g r a
v e q u e otro tanto (llámese c o m o se llam áre).
T e n i a n d o s hijos, q u e c o m o d i g o , er an p i n t i
p a r a d o s , y n o le quitaban pizca al padre. E l
u n o d e ellos era la piel del d i a b l o : el otro u n
chisgaravis, y c a d a dia a n d a b a n al m o r r o p o r
q u í t a m e allá esas pajas: el m e n o r era v i v o c o
m o u n a c e n d r a , y a m i g o d e h a c e r t r a c a m u n
d a n a s , y b a l a d r o n ; el p a d r e lo sentia á par d e
m u e r t e , m a s él ni p o r esas ni por esotras. E l
m a y o r era h o m b r e d e pelo en p e c h o , y e c h a
b a el b o f e p o r u n a m o z u e l a c o m o u n p i n o d e
o r o , delicada, v e m e n o m e tengas y a l h a r a
3 . E r a v i u d a , y su m a r i d o , c o m o d i g o
e m i c u e n t o , m u r i ó , y d i z q u e se t u v o b a r
r u n t o s q u e ella le h a b i a d a d o c o n la d e l M a r
t e s . E s t u v o e n u n tris d e s u c e d e r u n a d e t o
d o s los diablos ; el p a d r e , q u e era m a r r a j o , l l o
raba hilo á hilo, é iba y venia en estas y e s
totras. Y u n d i a , entre otros, q u e le d i ó lugar
la m u r r i a , la d i x o m u y bien su parecer, d e
* - - -
p e
C u e n t o d e c u e n t o s . 2 7 3
p e á pa; y seco y sin llover m a n d ó l a que se m e
tiese e n u n C o n v e n t o al p r o v i s o . E l l a s e c e r r ó d e
c a m p i ñ a , y así se estuvieron erre q u e erre m u
chos dias hasta q u e el padre, q u e y a estaba a t u
fado, la d i x o q u e p o r tantos y q u a n t o s , q u e
habia d e h a c e r y a c o n t e c e r , v e r v e a m o s si h a n
de ser tixeretas; y en justos y e n verenjustos
dió c o n ella e n u n a recoleccion. E r a la p u p i l e
ra m u g e r d e c h a p a , y n o a m i g a d e carambolas,
y el l i c e n c i a d o p e r s o n a d e t o m o y lomo. L a
moza que vió esto, viene y t o m a , y qué h a
c e , y s i n m a s n i m a s , c o m o q u i e n n o q u i e r e
la cosa, escribe á su g a l a n , q u e y a a n d a b a c o n
m o s c a , diciéndole q u e t o d o era a g u a d e c e r
rajas, y q u e ella habia puesto pies e n p a r e d , y
q u e quisiese q u e n o quisiese se iria c o n él c a n
t a n d o las tres a n a d e s m a d r e , q u e atase él b i e n
su d e d o , y se riese d e toda la zalagarda y
t r a q u e barraque. - -
v e r el m o r m u l l o y la tabahola q u e habian m e
tido e n su c a s a ; el hermanillo p o r d e s m e n t i r
espias la e m p e z ó á traer la m a n o s o b r e el c e r
r o ; y en estas y estas, cata q u e hace el diablo,
ételo el p a d r e sin m a s ni m a s , a t o l o n d r a n d o
se t o d o s , y e n b o l a n d a s llegaron á las i n
mediatas. D i x é r o n s e los n o m b r e s d e las fiestas
( y h u b o m u c h o s d a r e s y t o m a r e s ) si h a d e s a
lir , n o h a d e salir. Y o s a l d r é , d i x o la v i u d a ,
z u r r i a n d o c o m o u n r a y o : m a s esta.... A q u í f u e
ello, q u e c o m o la tia n o las tenia todas c o n
sigo , e m p e z ó á tartalear, y diz q u e dixo : ¿ q u é
h a d e haber? M i r e n quien se mete en docena;
y o la aseguro q u e h a caido la viudica e n el
m e s del Obispo. T a n t o m o n t a , dixo la m o
z u e l a ; y replicó la pupilera: n o sino el alba.
E l hermanillo v i e n d o q u e a n d a b a n al m o r r o ;
v o t o á tal y á q u a l , q u e t o d o lo h a b i a d e l l e
- V a r
C u e n t o d e cientos. 2 7 5
v a r á barrisco. ¿ Q u é es á barrisco e n m i s b a r
bas? dixo el p a d r e ; y zas. Llegó á p u n t o c r u
d o el lice nciado q u a n d o a n d a b a el cipizape; m e
tiólos en paz; m a s á cada trique te a n d a b a la
m i a sobre la t u y a ; y vien d o el p elotero , l l e
vósela el p a d r e á su casa, p o r q u e n o se m e
tiese e n d i b u x o s ; y e n l l e g a n d o tris tras á la
p u e r t a , el viejo tenia barruntos d e q u e u n h e r
m a n o d e la m o z u e l a , q u e n o la quitaba p i n
ta, y tenia m u y malas m a n c h a s , enguizgaba
el n e g o c i o , n o quiso abrir. Esto fue el d i a
b l o , q u e e m p e z ó á decir ( y ahora es y n o a c a
b a ) q u e n o habia d e dexar roso ni belloso, ni
piante, ni m a m a n t e , y q u e los habia d e traer
al r e t o r t e r o á t o d o s , y salga si es h o m b r e . E l
p o b r e padre n o hacia sino chiton c o m o e n
t e n d i a el busilis; la hija q u e olió el p o s t e , y
h e n d i a u n cabello e n el a y r e , escurrió la b o l a
t e n i e n d o q u e el p a d r e la m e n e a r i a el zarzo:
q u e h a c e sino vase á chitos. E l picaron p o r n o
hacer u n a b o r r u m b a d a , d i x o : arda B a y o n a ,
y esos t u r r o n a z o s n o c o n m i q u i s ; y acogióse
calla c a l l a n d o . I b a la hija s a l t a n d o b a r d a l e s ,
s i n d e c i r o x t e ni m o x t e e n b u s c a d e l b r i b o n
corriendo á p u t o el postre c o n la lengua tan
larga.
D e esto los vecinos t o m a b a n el cielo c o n
- -
A t o l o n d r a d o e l n o v i o , así c o m o o y ó d e
cir q u e le vendria m u y a n c h o , d i x o tras q u e
S 3 I I l C
2 7 S C u e n t o d e c u e n t o s ,
m e v e n g a m u y a n c h o a n d o y o ; d é x e n m e , q u e
lo m e t e r é t o d o á la v e n t a d e la z a r z a , y v o l v e
r é m o s las n u e c e s al c á n t a r o . -
P ú s o s e el b r i b o n m a s c o l o r a d o q u e u n a s
brasas, y dixo: q u e llevado por bien harian d e
él cera y pavilo, y q u e le diria t o d o lo q u e d e
s e a b a s a b e r sin faltar c h i c h o t a . - -
E l b e r g a n t o n le d i x o d o s p o r tres , º q u e
m e n t i a , y si n o lo h a v . m e r c e d p o r e n o j o , s e
tornaron á e m b e d i j a r , y a n d a b a n al pelo.
E l licenciado, q u e vió la b a r a h u n d a , e c h ó
l o á d o c e . E l h e r m a n i l l o c a s c ó la m o l l e r a a l
c u ñ a d o ; todos a n d a b a n hechos u n a pella y al
C S t r C O t e , * -
P u e s vea aquí v. m e r c e d q u e si n o es p o r
la v i u d a , el licenciado p a g a el p a t o c o n t o d o s u
apatusco. El echaba d e v icio, y ella le c a n t a ba
la sorna diciendo, q u e m a s queria andarse á la
flor del b e r r o , y q u é m e sé y o . - ,
c e r t o d o c o c h i t e h e r b i t e : m i r á b a l e d e h i t o e n h i
to el hermanillo: el escribano estaba c o n el ojo
tan largo. N o estoy d e gorja, dixo el p a d r e , ni
m e m a m o e l d e d o .
E m p e z ó el maridillo á echar v e r b o s , ¿ a l
N g u a
C u e n t o d e cuentos. 2 7 9 a
guacil e n m i casa? y e n esto iba y venia. Y o
traigo u n m a n d a m i e n t o tan g o r d o , q u e n o v e n
g o á h u m o d e pajas, d i x o el escribano. ¿ M a n
d a m i e n t o ? d i x o el licenciado; n o m e lo h a r á n
e n creyentes quantos áran y c a v a n , y sobre e s
t o s e b a t i ó e l c o b r e l i n d a m e n t e .
D i x o el a l g u a c i l , y o n o d o y m i b r a z o á.
torcer : replicó el hijo, ni y o m e d e x o a g r a
viar e n el b l a n c o d e la u ñ a , y esta casa n o es
c o m o q u i e r a , y m i r e m e á la cara: ¿ q u é queria
l l e v a r s e d e b o b i l i s b o b i l i s m i h a c i e n d a ? a n t e s m e
d e x a r é hacer trizas; y advierta q u e n o s o m o s
t o d o s u n o s , y m e m a t a r é c o n m i p a d r e e n d o s
paletas , y m e haré añicos.
A r d a B a y o n a , dixo el alguacil, q u e estoy
y a hasta el gollete, y h e d e hacer m i oficio;
el escribano estaba d e m a m p u e s t o di ciendo,
q u e n o le u ntasen el c a s c o , q u e los pe garia á
m a n t e n i e n t e c o n la d e r e n g o : el h e r m a n o se
fu e r a b o en tre pierna s ; el maridillo e c h a n
d o chispas, y todos se q u e d a r o n enjolito. E n
t o n c e s la m o z a h a b l ó al alguacil m u y s o b r e
p e y n e , y le aconsejó q u e n o se a n d u v i e s e r e
g o d e a n d o , y q u e se acordase d e la d e marras,
y q u e era t o d o fruslería, y q u e n o habia d e t e
n e r m a s así q u e a s a d o , q u e t o d a era g e n t e h o n
rada , escogida á m o c o d e candil, y personas d e
chapa. E l alguacil gritaba c o m o u n descosido
v i e n d o q u e la m o z u e l a le habia d a d o entre c e
ja y ceja c o n la d e m a r r a s , y t o m ó la h i n c h a
c o n ella: el escribano decia q u e n o se la h a
bia d e cubrir pelo; la m a d r e y el padre q u e
- - S 4 $ C
2 8 o C u e n t o d e c u e n t o s .
se estaba n á m a s y m e j o r , dixeron: esto v a d e
rota, n o h a y sin o hacer d e las tripas corazon ,
y ojo al badil, gritando : n o m e hagan q u e
echaré p or esos trigos, y á toda la ley habe d e
t u y o . -
¿ N o h a d e m e d i a r s e esto? d i x o el l i c e n
ciado vien d o la esc arape la; e m p e z a r o n todos á
encogerse de h o m b r o s , y á decir q u e se rugia
cierta cos a, y q u e a u n q u e n o importaba u n
bledo , ba staba el run run y el q u é dirán; y
q u e si n o se e s t o r b a b a , era fuerza q u e el a l
guacil llevase u n a t u n d a d e coces. E l n o d i
x o esta b o c a es m i a , y tieso q u e tieso; ahí m e
las d e n todas , decia el b r i b o n , q u e e n m a
n o s está el p a n d e r o , & c . N o lo d i x o á sordos,
q u e se q u e m ó d e oirlo el escribano, y le d i
x o : p a r a m i n o s o n m e n e s t e r t a n t a s a r e n g a s , q u e
sé d o n d e m e aprieta el z a p a t o ; y lo q u e a p u n
tó la señora lo t e n g o al c a b o del t r e n z a d o : p e
r o las razoncitas y o las g u a r d a r é c o m o o r o e n
d I l O . -
A l e g r ó s e l e la paxarilla al alguacil , y d i
x o : y o los m e t e r é e n pretina, ó p o d r é p o c o ; y o
les h a r é , d i x o cl escribano , q u e m e b a y l e n el
a g u a d e l a n t e , y los d e x a r é e n el pelo d e la c a
m i s a , q u e n o d e s e r t o d o c h a n c h a r a s m a n
chas, y basta y a la trisca. O y ó el p a d r e lo q u e
trataban , y d i x o : oxte p u t o , m a s á m í n o se
m e d a u n ardite, q u e ni t e m o ni d e b o , y al
c a b o h a b r á dello c o n dello. -
D é x e n s e d e filaterías q u e u n a p o r u n a y a
e s t á n c a s a d o s ( d i x o el l i c e n c i a d o ) , y si h a b l a
m o s m a s , n o s e c h a n el g a t o á las b a r b a s , y
v o l v e r é m o s las n u e c e s al c á n t a r o . L i b e r t a d m e
fecit , dixo el hermanillo, y c o n esto se f u e
r o n todos á la desilada c o n m u y g r a n d e s c o
gijos , sin respetar al c o r a m vobis del p a d r e ,
q u e d a b a gracias á D i o s d e v e r a c a b a d a t a n
g r a n d e c a r a m b o l a . -
I N
2 8 6
I N D . I. C . E
º .
D E L A S O B R A S C O N T E N I D A S
C I l C S t C t O I I 1 O .
E l S u e ñ o d e l a s C a l a v e r a s . . . . . . . . . . p á g . r.
E l A g u a c i l alguacilado................. e e e e s e I 5
L a s Z a h u r a a s d e Pluton.................... 3 r.
E l M u n d o p o r dedentro..................... 8 5 .
L a Vi sita d e los chistes............. ....... I I a.
C a r t a s del C a b a l l e r o d e la Tenaza.... 1 7 o .
L a C u l t a Latiniparla......................... I 8 7 .
E l E n t r e m e t i d o , la D u e ñ a y el Soplon... 9 9 .
C u e n t o d e cuentos...................... º e e s s e º º º 2 6 7 .
º: ¿ ?
: 3
... " , º ¿ s y
: ¿ º
- - -
º , ¿ .
ss ... º
- - - -
s
º
-
-
.
.
| - | - | -