Está en la página 1de 499

WALTER BURKERT (1931), filólogo clásico y profesor de

Historia de la religion y filosofía griegas en la Universi­


dad de Zúrich, es autor, entre otros títulos, de Homo
necans: Interpretationen altgriechischer Opferriten und
Mythen (1972), Die orientalisierende Epoche in der grie­
chischen Religion und Literatur (1984) y Die Griechen
und der Orient. Von Homer bis zu den Magiern (2003).
WALTER BURKERT
Religión griega
ARCAICA Y CLÁSICA

traducción
H ELENA BERNABÉ

revisión
ALBERTO BERNABÉ

X-»
O
O

Q
ce
a
<

A B A D A EDITORES
L E C T U R A S DE H I S T O R I A
LECTURAS
S e rie Historia antigua

Reservados todos los derechos. No se perm ite reproducir, almacenar


en sistemas de recuperación de la inform ación n i transm itir alguna
parte de esta p ublicación, cualquiera que sea el m edio em pleado
—electrónico, mecánico, fotocopia, grabación, etc.—, sin el permiso
previo de los titulares de los derechos de la p ropiedad intelectual.

T ít u l o o r ig in a l : Griechische Religion
Der archaischen und klassischen Epoche

© V e r l a g W . K o h lh a m m e r , 1 9 7 7 . A ll rights reserved. cb
A u th o rised translation fro m the second Italian language edition
published by E d i t o r i a l e J a c a B o o k , S .p .A ., M ilán, marzo 2 0 0 3

© A b a d a E d i t o r e s , s . l . , 2 0 0 7 , para España cb
Plaza de Jesú s, 5
2 8 0 1 4 M ad rid
T e l.: 9 1 4 2 9 6 8 8 2
fax: 9 14 2 9 7 5 0 7
www. a bad aed ¡tores.com

S p a n is h l a n g u a g e e d it io n p u b l is h e d by arran g em en t

w it h E u la m a L i t e r a r y A g e n c y , R o m e , Italy

diseño E s t u d io J o a q u í n G a l l e g o

p ro d u c c ió n GUADALUPE GlSBERT

ISB N 9 7 S -8 4 -9 6 7 7 5 -0 1-5

depósito legal M - 3 8 1 7 1 - 2 0 0 7

p re im p re sió n D a l u b e r t A llé

im p re sió n L a v e l
WALTER BURKERT
Religión griega
ARCAICA Y CLÁSICA

m
■'

Filipos
v A bde ra
i y k C \.
/<<$

N c â p o l i f ~ Í 6 E" o
,>x .'' Λ·,ι«η'. 1 ■■ ■ ',·^
' ' Ό , ■''
Berea 0/ \ P C A L C ÍD IC A P S A M O T R A C IA '°
> id n a ‘) »‘ ί ' Τ '^ α , Λ
?^^Ab¡do
P o lid e a ^ ( ^ φ Α|
vv^/í Troya (llión)
r¿ f o ív ..··
' • n ' ¿r \
LEM NO S
P \ \ C ---- f Λ O sa
' A \ \T r ic a ) oLarisaV,
íí>
lona « P )5 N e ^ -T . v \ A ^ ,
N l t S Λ Pelion J

T iu l 7? c * w . E SC fR O S
>!!^\Ρ·'*-Μ/\ \ \ Ltimin JiS εΝ ο ε λ
Eto V.
■ / i-UCIDt'^-
FOCIDE'·**’^ V
V E T O L IA P- T ° " • ■ 'X
Orcómer^o^ Λ
¿¡«^ »»Termo ¿«Delfos wi_ oLiemu
o Eretria
^Ϊ& ΙίΥ Λ Γ ^.^0^ο^όη »-.Itea s\ « Cálc\d£\ '
/ j W rA C S ^ ^ r ^ v £ lo v' \ ßbu. ^Km^unte - EfeS(

ÍO ^ Ï Î aiL K Â “ ·1■ ) U«s


' / ïü j . λ Ñ Z. * ™ ¡" ^ _ T " S v i “ J > , h£ x j » ..
><{íKJ(Λ
Latmo
■d!x iÄ a ^ 2 ^ ™ 0*
C 3 M IC O N O S
S = c ? fi
Dídima |η./Λ,
6 o fy?
“ ,N,° 3 n5nnMtSO
=
lïrnVnm0
Tegea
oL ern al Tirinfe
9e?(* \K\\ Í^H
grHermíone
{ f lalicarnaso

O CICLAD
λΛC I C L A DA
AS ^-, NAXO S / fr /
-r.inPO^ V s°
λ;(ΛΓΛ^„Te erm DADOC¿
p ttO ^ t» Mesono
^ M ESEN IA eE sp n r ^

d Cnido *t)
ö £ e <?>
M ELOS ^ Ca
°B o «3
TERA
? /
CITERA

rJ \ « C RETA o M a lia ¿t
L .. ■■".^ C n ¿ ’Só ^ C f c r e j o - j ^ P a l e k a s i ™
Í mÍ S ' y Zacro

El mundo de los Griegos


e n Ja ép oca arcaica y clásica

A lgunas ciudades griegas so: encuentran a cierta distan cia:


en la desem bocadura del D nieper: Olbia;
en la o rilla su r d el M ar Negro: Sínope, Trape/,unte;
en la costa su r de A sia M enor: Pcrge (M urtan a), Asperillos;
en la desem bocadura del Nilo: N aucratis;
en Libia: G ircnc;
en el delta del Ródano: M assalia = M arsella;
en España.· Emporion. =A m purias. iO 0 10 20 30 4 0 km
PREFACIO A LA EDICION ESPAÑOLA

W alter B u rk e rt p u b lic ó su Griechische Religion der archaischen und klassischen Epoche en 1 9 7 7 ·


L a solidez y clarid ad de sus p lan team ien to s, la abu n d an tísim a in fo r m a c ió n y la e x ce ­
le n te e stru c tu ra c ió n de sus m ateriales lo c o n v irtie ro n in m e d ia ta m e n te e n el m an u al
m o d e rn o de re fe re n c ia sob re la re lig ió n g riega. E n 1 9 8 4 ap areció u n a p rim e ra t r a ­
d u c c ió n italian a de P ie ro P avan in i y en 19 8 5 , u n a in g lesa de J o h n R a ffa n , que c o n ­
ten ía n u m erosas ad icio n es y co rre ccio n e s al o rig in a l alem án . P o r fin , en 2 0 0 3 v io la
luz u n a segu n d a e d ic ió n italian a, de G ia m p ie ra A r r ig o n i, que revisaba y m o d ific a b a
la p rim e r a y añ ad ía nuevos m ateriales d el au to r.
P a ra llevar a cabo la p resen te tra d u c c ió n , que vien e a c u b rir la n ecesid ad c ie n tí­
fica largam en te sen tid a de c o n tar c o n u n a v e rsió n esp añ ola de esta o b ra fu n d a m e n ­
tal, se h a n te n id o en c u en ta todas las a n te rio re s y u n as in d ic a c io n e s q u e el p r o p io
p r o fe s o r B u rk e rt tuvo la a m a b ilid ad de p r o p o r c io n a r n o s . E n las notas d e esta e d i­
c ió n se h a a ñ a d id o , en tre corch etes cu ad rad o s, in fo rm a c ió n , sob re to d o b ib lio g rá ­
fica, de a p o rtacio n es recientes o de trad u ccio n es españolas de ob ras citadas, antiguas
o m o d e rn a s.
L o s n o m b re s p ro p io s griego s se h a n tra n scrito de a cu erd o c o n las n o rm as h a b i­
tuales en n u e stro país o se h a n m an te n id o e n cursiva, resp etan d o la tra slite ra ció n de
la e d ic ió n o rig in a l, p ro c e d e r éste ú ltim o q u e se h a seg u id o ta m b ié n c o n lo s té r m i­
n o s griego s citados.
E sp e ra m o s h a b e r p o d id o c o n trib u ir d ig n a m e n te a la d ifu sió n de esta ob ra f u n ­
d am en tal.

H e le n a B e rn a b é , A lb e r t o B e rn a b é
Madrid, marzo de ZOO*]
INTRODUCCIÓN

i. Pa n o r á m ic a d e l o s e st u d io s

L a r e lig ió n g r ie g a 1 h a sid o sie m p re algo h asta c ierto p u n to fa m ilia r , p e r o está le jo s


de ser fá c il de c o n o c e r y c o m p re n d e r. A p a re n te m e n te n a tu ra l y sin em b argo a tá v i­
cam en te extrañ a, al m ism o tiem p o re fin a d a y b á rb a ra , se ha to m ad o u n a y o tra vez
c o m o g u ía e n la b ú s q u e d a d e l o r ig e n de c u a lq u ie r tip o de r e lig ió n . P e ro c o m o
fe n ó m e n o h is tó ric o es ú n ica e ir re p e tib le y es en sí m ism a p ro d u c to d e u n a c o m ­
p lic a d a p re h isto ria .

I O bras generales: S. Wide, «G riech isch e R elig io n », en A . Gercke y E . N orden, Einleitung in die Alter­
tumswissenschaft II, 1 9 1 0 , 1 9 1 - 2 5 5 (H3 19 2 1, revisada p o r M . P. Nilsson); R. Pettazzoni, La religione nelia
Grecia antica fino ad AJesandro, 19 2 1 (2I 9 5 3 ); P. Nilsson, AHistoiy o f Greek Religion, 1 9 2 5 [trad, esp.: His­
toria de la religión griega, 19 6 1 ]; « D ie G rie c h e n » , en Ghantepie de la Saussaye, Lehrbuch der Religionsges­
chichte, IIa, 1 9 2 5 . 2 8 0 - 4 1 7 ; G . M urray, Five stages o f Greek religion, 1925 (2i9 3 °> 3l9 5 2 ); T h . Zielinski,
77ie religion o f ancient Greece, an outline, 19 2 6 ; O . K e rn , Die Religion der Griechen I -I I I , 1 9 2 6 - 1 9 3 8 ; W. O tto,
Die Götter Griechenlands, 1 9 2 9 ; W . Nestle, Die griechische Religiosität in ihren Grundlagen und Hauptvertretern von
Homer bis Proklos, I —III, 1 9 3 0 - 1 9 3 4 ; F. Pfister, Die Religion der Griechen und der Römer mit einer Einführung in die
vergleichende Religionswissenschaft, 19 3O ; Gh. Picard, Les origines du polythéisme hellénique, I —II, 1 9 3 0 - 1 9 3 2 ; U.
von W ilam ow itz-M oellendorff, Der Glaube der Hellenen, 1931-1932 ( GdH); L . G e r n e ty A . Boulanger,
Le génie grec dans la religion, 1 9 3 2 (reim p. 1 9 7 0 , con bibliografía complementaria) [trad, esp.: Elgenio
griego en la religión, i 9 6 0 ] ; M . P. Nilsson, Greek popular religion, 194 · ° ; K-· Kerényi, Die antike Religion. Eine
Grundlegung, 1 9 4 ° (nuevas ediciones puestas al día: Die Religion der Griechen und Römer, Iÿ6%·, Antike Reli­
gion, 1 9 7 1 ) ; M . P. Nilsson, Geschichte der griechischen Religion, I, I 9 4 1 ( ^ 9 5 5 » ^ 9 6 7 ) (GGR)·, J . C h arb o n -
neaux, A . J . Festugièrey M . P. Nilsson, « L a Crète et Mycènes. La G re ce» , e n Histoire générale des reli­
gions, II, 19 44» 1- 2 8 9 ? M . P. Nilsson, Greekpiety, 1 9 4 8 [trad, esp.: Historia de la religiosidad griega, 1 9 5 3 h
W . K . G . Guthrie, The Greeks and their Gods, 19 5O ; « L a notion du divin depuis H om ère jusqu’ à Pla­
t o n » , Entretiens de la Fondation Hardt I , 1 9 5 2 ; K . Pruem m , « D ie R eligion der G rie c h e n » , en Christus
und die Religionen der Erde, II (19 5 1) 2I 9 5 6 , pp. 3.-14 O ; É . des Places, « L e s Religions de la Grèce a n ti­
q u e » , en M . B rillan t y R . A ig ra in (eds.), Histoire des Religions, III 1 9 5 5 ' PP· I 5 9 “ 2 9 I >J · W iesner,
Olympos. Götter, Mythen und Stätten von Hellas, i 9 6 0 ; L . Séch an-P . Lévêque, Les grandes divinités de la Grèce,
1 9 6 6 C 1 9 9 0 ) ; R . C rah ay, La religion des Grecs, 19 6 6 ; J . H a w k e s y D . H arissiadis, Dawnofthe Gods,
6 INTRODUCCIÓN

L a r e lig ió n g rie g a se co n se rvó e n la c o n c ie n c ia c u ltu ra l gracias a tres fo rm a s de


t r a d ic ió n 3: a través de su p re s e n c ia e n la lit e r a t u r a a n tig u a y e n to d a la lit e r a t u r a
basada e n ese m o d e lo , a través de las p o lé m ica s de los P adres de la Iglesia y a través de
su asim ilació n , sim b ó licam en te tra n sfo rm a d a , a la filo s o fía n e o p la tó n ica . E l m éto d o
de la in te rp r e ta c ió n a le g ó ric a , q u e e n señ a b a q u e lo s n o m b re s de lo s d io ses d e b ía n
e n te n d erse com o en tid ad es ya sea n a tu ra les ya m etafísicas, fu e em p lead o tan to e n la
lite ra tu ra co m o e n la filo s o fía . C o n e llo se s e n ta ro n las bases p ara re d u c ir las d ife ­
re n c ia s c o n la r e lig ió n c ristia n a —el ú ltim o in te n to e n este se n tid o , a g ra n escala y
co m p le ta m e n te in fru c tu o s o , fu e el simbolismo3 de F r ie d r ic h C r e u z e r— p e r o se m a n ­
tie n e a ú n viva la fa s c in a c ió n p o r c o n s t r u ir u n a p o s ic ió n c o n s c ie n te m e n te p ag an a
o p u e sta al c r is tia n is m o : d esd e el R e n a c im ie n t o h asta el p o e m a Los dioses de Grecia
(17 8 8 ) de S c h ille r o La novia de Corinto ( l 7 9 7 ) <Ae G o e th e y a ú n hasta F r ie d r ic h N ie tz s­
che y W alter F . O tto .
L a crítica h istó rica d el siglo X IX sig n ificó la ru p tu ra c o n tales fo rm a s de in te rp r e ­
ta c ió n n o m ediatas y las sustituyó p o r la in vestigació n crítica y la o rd e n a c ió n c r o n o ­
ló g ica de las fu en tes. A l a cabeza de to d o s se sitúa el Aglaophamus* de C h ristia n A u gu st
L o b ec k , q ue re d u jo las esp ecu lacio n es so b re m iste rio s y o rfism o a realid ad es ta n g i­
bles, quizá in c lu so b an ales. M ás estim u lan te fu e la p ro p u e sta n acid a d el e sp íritu del
R o m a n ticism o : explicar los m itos com o testim o n io s de u n esp íritu p o p u la r específico
(Volkgeist) y co n secu en tem en te, re m o n ta r las « s a g a s » griegas a cada u n a de las estirpes
griegas y a su h isto ria . E l p re c u r s o r e n esta vía fu e K a r l O tfrie d M ü lle r 5 y el m ism o
cam in o fu e seguid o p o r el m aestro de la filo lo g ía h istó ric a W ilam owitz e n su o b ra de
m adurez Der Glaube der Hellenen (Las creencias religiosas de los griegos) 6. C a si com o u n a p r o lo n ­
g a c ió n d e l m ism o p ro y e c to h izo su a p a ric ió n d u ra n te u n c ierto tie m p o , al h ilo d el
flo re c im ie n to de los estudios sobre sán scrito, la re c o n stru c c ió n de u n a re lig ió n y u n a
m ito lo g ía in d o e u ro p e a s, que p e rm a n e c ió estrech am en te ligad a a la c o m p a ra c ió n de
las viejas alegorías de la n atu raleza7. S u d ecad en cia se d eb ió en g ran p arte al p ro g re so
de la lin gü ística.

19 6 8 ; A . W . H . Adkins, « G re e k R e lig io n » , en G . J . Bleeker y G . W idengren (eds.), Historia Reli­


gionum, I, 19 6 9 . PP- 3 7 7 ~ 4 4 t; É . Des Places, La religion grecque. Dieux, cultes, rites et sentiment religieux dans la
Grèce antique, 19 6 9 ; E . Sim on, Die Götter der Griechen, 1 9 6 9 19 8 0 ) ; H . Walter, Griechische Götter. Ihr Ges­
taltwandel aus den Bewusstseinsstufen des Menschen, 1 9 7 1 ! A · M . di Ñola, « G re cia, religione d ella», en Enci­
clopedia delle religioni, III 19 7 1 ' PP· 5 I4 “ 6 6 8 ; U . Bianch i, La religione greca, 1975 (reim p. 1 9 9 2 ) [J. N .
B rem m er, Greek Religion, I 9 9 4 > concebido com o com plem ento a la ed ición inglesa de este libro
(trad. esp. de L . R oig Lanzillotta, La religión griega, 2 0 0 6 ) ; L . B ru it Zaidm an y P. Schm itt Pantel, La
religion grecque dans la cité grecque à l’époque classique, 1 9 9 1 (trad. esp. de F. Diez Platas, La religion griega en la
polis de la época clásica, 2 0 0 2 )].
2 C fr. O . G rup pe, Geschichte der klassischen Mythologie und Religionsgeschichte, 1 9 2 I (Roschers Lexikon S u p ­
plem entband); GGR, pp. 3 - 6 5 ; K . K erényi (ed.), Die Eröffnung des Zugangs zum Mythos, 19 6 7 .
3 F. C re u ze r, Symbolik und Mythologie der alten Völker, besonders der Griechen, 1 8 1 0 C 1 8 1 9 ; 3I 9 3 7 i reim p .
1 9 7 3 ) ; cfr. E . Howald, DerKampfum CreuzersSymbolik, 1 9 2 6 .
4 G . A . Lobeck ( 1 7 8 1 - 1 8 6 0 ) , Aglaophamussive de theologiae mysticae Graecorum I —II, 1 8 2 9 (reimp. I 9 6 1).
5 K . O . M ü ller ( 1 7 9 7 - 1 8 4 0 ) , Geschichte Hellenischer Stämme und Städte, I, Orchomenos und die Minyer, 1 8 2 0
O 18 4 4 ); I I -III, DieDorier, 18 2 4- ; Prolegomena zu einer wissenschaftlichen Mythologie, 1 8 2 5 [trad, ital.: Prolego­
mena ad una mitología scientiftca, I 9 9 1 ] ·
6 U . von W ilam ow itz-M oellend orff ( T8 4 8 - 1 9 3 [ ) > Der Glaube der Hellenen, I 11, I 9 3 I - I 932 (GdH ).
7 Véase sobre todo F. F. A . K u h n ( l 8 12 - 18 8 1), Die Herabkunft des Feuers und des Göttertranks, 1 8 5 9 (2l8 8 6 ,
1. PANORÁMICA DE LOS ESTUDIOS 7

S i hasta en to n ces los m ito s tra n sm itid o s p o r la lite ra tu ra , u n id o s a las « id e a s » o


« c r e e n c ia s » generad as p o r ellos h a b ía n d ete rm in a d o el con cepto de re lig ió n griega,
lo s estu d io s de las tra d ic io n e s p o p u la re s y de la etn o lo g ía d ie ro n lu g a r a u n cam b io
de p ersp e c tiv a d ecisivo . G u a n d o W ilh e lm M a n n h a rd t, u sa n d o n u evo s m éto d o s de
tra b a jo , d io a c o n o c e r los usos y costu m bres de los cam p esin os e u ro p e o s y los c o m ­
p a ró c o n lo s de sus equivalentes a n tig u o s8, la p ersp ectiva se exten d ió m ás allá de los
m ito s , h asta las c o stu m b re s y lo s rito s d e lo s a n tig u o s. C o stu m b re s a n tig u a s y
m o d e rn a s se c o n s id e ra ro n en to n ces com o e x p re sió n de creen cias religiosas « o r i g i ­
n a r ia s » q u e g ir a n e n to r n o al c re c im ie n to y la fe r t ilid a d d e p la n ta s, a n im a le s y
h o m b re s a lo la rg o d el a ñ o . E l « E s p ír it u de la V e g e t a c ió n » , q u e m u e re u n a y o tra
vez p a r a re n a c e r a u n a n u e va v id a , se c o n v ie rte e n la id e a d ire c tr iz . L a sín tesis de
costum bres de cam p esin os y refin ad as alegorías de la n atu raleza realizada p o r M a n n ­
h a rd t fu e re to m a d a y d e sa rro lla d a e n A le m a n ia p o r H e r m a n n U s e n e r 9 y A lb re c h t
D ie te r ic h 10, q u ie n c o n la fu n d a c ió n de la serie Religionswissentschaflliche Versuche und Vorar­
beiten ( 1 9 0 3 ) y la re o r g a n iz a c ió n d e l Archiv fü r Religionswissenschaß ( 1 9 0 4 ) , c o n fir ió u n
estatus c ie n tífic o a u tó n o m o a la h isto ria de las re lig io n e s basada en el estudio de las
de la an tigü edad . D e esta co rrie n te fo rm ó p arte in eq u ívo cam en te M a rtin P. N ilsso n ,
a u to r de las m ás im p o rta n te s y a ú n in s u s titu ib le s o b ra s clásicas so b re r e lig ió n
g r ie g a ” .
Paralelam en te se p ro d u jo u n d esarrollo p arecid o en In glaterra, d on d e desde todas
las partes d el im p e rio co lo n ia l c o n flu y e ro n in fo rm e s sob re p u eb lo s « salv ajes» y, en
p a r tic u la r, so b re sus re lig io n e s (los p r im e r o s e tn ó lo g o s e ra n de h ec h o casi to d o s
m is io n e ro s ). D esd e la co n scien cia d el p r o p io p ro g re so , lo d esco n o cid o se e n te n d ía
com o lo « p r im it iv o » , el to d avía-n o del p rin c ip io . L a im agen sintética de la « c u ltu ra
p rim itiv a » vien e dada p o r E . B . T y lo r 12, q ue in tro d u jo e n la h isto ria de las religio n es
el co n cep to de « a n im is m o » .· u n a creen cia e n las alm as o los esp íritu s que p re su p o n e
la creen cia e n dioses o en u n dios. E l estím ulo que ello d io al estudio de las religion es
de la antigüedad se h izo patente en la E scu ela de C am b rid ge. E n 1 8 8 9 - 1 8 9 0 se p u b li­
c a ro n casi s im u ltá n e a m e n te tres lib r o s : The Religión o f the Semites, de W . R o b e r ts o n
S m ith 13, Mythology and Monuments ofAncient Athens, d e ja n e E . H a r r is o n 14 y la p rim e ra e d i-

reimp. 19 6 8 ); M . Müller ( 1 8 2 3 - 1 9 0 0 ) , Comparative Mythology, 18 5 6 (nueva ed. por A . S. Palmer, f 9 Og ,


reimp. 1977 ).
8 W . E. M annhardt ( 1 8 3 1 - 1 8 8 0 ) , Roggenwolf und Roggenhund, 1 8 6 5 C 18 6 6 ); Die Korndämonen, 18 6 7 ; Wald-
und Feldkulte, I, Der Baumkultus der Germanen und ihrer Nachbarstämme; II, Antike Wald- und Feldkulte, aus nordeuro­
päischer Überlieferungen erläutet, 1 8 7 5 - 1 8 7 7 (3i 9 0 5 , reim p. 1 9 6 3 ) : Mythologische Forschungen, 18 8 4 .
9 H . Usener ( 1 8 3 4 - 1 9 0 5 ) , Kleine Schriften, IV , Arbeiten zur Religionsgeschichte, 1 9 1 3 . De las tesis personales de
Usener, Götternamen. Versuch einer Lehre der religiösen Begriffsbildung, 1 8 9 6 C'l 9 ^ 8 , 3i g 8 4 ) queda muy poco,
fuera de los conceptos de «d io s particular» (Sondergott) y de «d io s del instante» (Augenblicksgott).
10 A . D ieterich ( 1 8 6 6 - 1 9 0 8 ) , Mutter Erde, I9 O5 0 19 13 , ’I9 3 5 ) ■ c Í1’ ■ asimismo Kleine Schriften, 19 1I·
11 M . P. N ilsson ( 1 8 7 4 - 1 9 6 7 ) , GE, MMR, GGR; cfr. GGR p. IO, donde, tras haber citado a D ieterich,
añade: «D esde entonces no se ha producido ningún cambio radical o profundo en el método n i en
la dirección de la investigación».
12 E . B . T ylo r ( 1 8 3 2 - 1 9 1 7 ) - Primitive Gultwe, I —I I , 1 8 7 1 [trad, ital.: Alie origini della cultura, I —III, 1 9 8 5 -
19 8 8 ].
13 W . Robertson Sm ith ( 18 4 6 - 1 8 9 4 ) , Lectures on the Religion o f the Semites, 1 8 8 9 O 18 9 4)·
14 J . E . H arrison ( 1 8 5 0 - 1 9 2 8 ) , Mythology and Monuments o f Ancient Athens, 18 9 0 . M ayor éxito tuviéronlos
Prolegomena to the Study o f Greek Religion, 1 9 0 3 (3I 9 2 2 ) , cfr. n. 2 4 : R . Ackerm ann, GRBS 1 3 4 9 7 2 ). pp.
2 0 9 -2 30 .
8 INTRODUCCIÓN

c ió n de The Golden Bough, de Ja m e s G e o rg e F ra z e r15. L as tres ob ras tie n e n ta m b ié n en


c o m ú n el in te ré s esp ecífico p o r el estud io de lo s rito s. L a a rq u eó lo g a Ja n e H a rris o n ,
q ue p ro v e n ía d el área de la d o c u m e n ta c ió n ic o n o g rá fic a , in te n tó sacar a la lu z u n a
r e lig ió n p re h o m é ric a y p re o lím p ic a ; s ig u ie n d o la lín e a de M a n n b a rd t, la id e a d el
« D e m o n d el A ñ o » se c o n v irtió e n c o n ce p to clave. F raz e r c o n ju g ó la in flu e n c ia de
M a n n h ard t c o n el fascin an te tem a d el re g icid io ritu a l y e n sus re c o p ila c io n es de m a ­
teriales, que au m e n ta b an ve rtig in o sa m e n te e n cada e d ic ió n , re c u rr ió ta m b ié n a las
recien tes teo rías d el « t o t e m is m o » 16 y d el « p r e a n im is m o » . E n este ú ltim o 17 se creía
b a b e r e n c o n tra d o la fo rm a m ás p rim itiv a de re lig ió n : la creen cia e n u n mana im p e r ­
so n a l. Este p u n to de vista fu e ta m b ié n c o m p a rtid o p o r N ils s o n 18.
L a E s c u e la de C a m b rid g e a d q u ir ió u n g r a n p re s tig io s o b re to d o p o r b a b e r
b asado lo s m ito s e n los rito s: la fó rm u la « m ito y r i t o » 19 sigue te n ie n d o efecto, co n
su tesis y su antítesis, hasta el m o m e n to p re se n te. L o s d iscíp u lo s y c o la b o ra d o re s de
J a n e H a r ris o n , G ilb e rt M u rra y y F ra n cis M a cd o n a ld G o r n fo r d , gracias a las teo rías
d el o r ig e n ritu a l de la tr a g e d ia ao y d el rito co sm o g ó n ic o co m o in fra e stru c tu ra de la
filo s o fía jó n ic a de la n a tu ra lez a 51, tu v ie ro n u n efecto m u y estim u lan te sob re la c ie n ­
cia de la a n tigü e d a d y, e n c o n se cu en cia, sob re el estu d io de la lite ra tu ra y la filo s o fía
e n g e n e ra l. E l m o tivo m ito ló g ic o fra z e ria n o d e l « d io s q u e m u e r e » , A d o n is - A t is -
O siris, c o m b in a d o c o n la id ea de la realeza sagrada, o fre c ió u n a clave in te rp reta tiv a
q u e p a r e c ía a b r ir m u ch a s p u e rta s . S ó lo e n las ú ltim a s d écad as, la in flu e n c ia y la
re p u ta c ió n de la « a n tr o p o lo g ía de la R a m a D o r a d a » h a n su frid o u n rá p id o declive
e n tre lo s estu d io so s; u n a c o n c ie n c ia m e to d o ló g ic a m ás rig u ro sa , la esp ecializació n y
la co n sig u ie n te d esco n fian za ante to d a fo r m a d e g e n e ra liz a ció n se im p u sie ro n e n la
e tn o lo g ía y en las filo lo g ía s y a rq u eo lo g ía s p artic u la re s, si b ie n el im p u lso d ad o p o r
Frazer y H a r ris o n sigue e je rc ie n d o su in flu e n c ia al m en o s en la literatu ra y en la c r í­
tica a n g lo am e rica n a .

Ig J . G . Frazer (18 5 4 194-}X The Golden Bough. Astudy in comparative religion, I —II, 189Ο ; 3 a ed. con el subtí­
tulo Astudy in magic and religion, I -X III, 1 9 1 1 - 1 9 3 6 [trad. esp. de la edición abreviada po r el autor, de
1 9 2 5 : La rama dorada, 1 9 44 ('Γ 9 5 1^ > además d e Pausanias’ Description o f Greece, 18 9 6 (G vols. ) , Totemism
and Exogarny, 19 10 (4 vols.), The Library o f Apollodorus, 19 2 1 y muchas otras. C fr. asimismo The New Gol­
den Bough. A N ew Abridgment o f the Classic Work, ed. con notas y prólogo po r T h . H . Gaster, 1 9 5 9 -
16 Crítica fundam ental a este concepto: C . Lévi-Strauss, Le totémisme aujourd’hui, 1 9 6 2 . C fr. I I I , n .8 4 ·
17 R. R. Marett, « T h e T ab u -M an a-Fo rm u la as a M inim um D efinition o f R eligion» , A iW l2 ( 1 9 0 9 ) ,
pp. 1 8 6 - 1 9 4 .
18 GGR, pp. 4 7 - 5 0 > 6 8 s. Sem ejante es la posición de Ludw ig D eubner ( 1 8 7 - 1 9 4 6 ) , discípulo de A .
D ieterich, cfr. A F passim.
19 A c u ñ a d a c o n re fe re n cia a m ateriales del A n tig u o T estam ento y del O rie n te an tigu o : S . H .
H ooke, Myth and Ritual. Essays on the Myth and Ritual o f the Hebrews in relation to the Culture Pattern o f the Ancient
N ear East, 1 9 3 3 ; Myth Ritual, and Kingship, 1 9 5 8 . T h . H . G aster, Thespis. Ritual, Myth, and Drama in the
Ancient Near East, 1 9 5 ° C 1 9 6 1 ) ; E . O . Ja m es, Myth and Ritual in the Ancient Near East, 1 9 5 8 ; C . K lu c -
khohn, «M yth s and Rituals. A general th e o ry». HThR 3 5 ( 19 4 2 )1 pp. 4 5 “ 7 9 · Crítica: J . Fo n ten ­
rose, The Ritual Theory o f Myth, 1 9 6 6 ; G . S. K irk , Myth, Its Meaning and Function in Ancient and other Cultures,
1 9 7 0 , pp. 1 2 - 2 9 [trad, esp.: El mito: su signißcadoj funciones en las distintas culturas, 1 9 7 3 h cfr. H N, pp.
3 9 -4 5
20 G . M urray ( 1 8 6 6 - 1 9 5 7 ) . Excursus on the Ritual Forms preserved in Greek Tragedy, en H arrison (2 ), p p . 3 4 i -
3 6 3 . Crítica: A . Pickard-C am bridge, Dithyramb, Tragedy, and Comedy, 1 9 2 7 . PP· 1 8 5 - 2 0 6 (*19 6 2, pp.
1 2 6 - 1 2 9 ) [C fr. F. R. Adrados, Fiesta, comediaj tragedia, 1 9 7 2 , “1 9 8 3 ] .
21 F. M . C o rn fo rd ( l 8 7 4 “ I 9 4 3 ) ’ From Religion to Philosophy, 19 12 [trad, esp.: Delareligionalafdosoßa, 1 9 8 4 ] ;
Principium sapientiae, 1952 [trad. esp. con el m ism o título, 19 8 7 ] ·
1. PANORÁMICA DE LOS ESTUDIOS 9

M ie n tra s tanto, en el p e r ío d o a caballo e n tre lo s dos siglos, so b rev in o u n n u evo


d o b le im p u ls o d e stin a d o a tr a n s fo r m a r la v id a in te le c tu a l y su a u to c o m p r e n s ió n :
E m ile D ü r k h e im d e s a rr o lló u n a c o h e re n te d o c trin a so c io ló g ic a , S ig m u n d F r e u d
fu n d ó el p sico an álisis. A m b o s sig u ie ro n fie lm e n te en sus tesis sob re la h isto ria d e las
r e lig io n e s 22 la re p re s e n ta c ió n d el r ito s a c r ific ia l p ro p u e sta p o r R o b e r ts o n S m ith .
A m b as o rie n ta c io n e s c o in c id e n en m a n te n e r lim ita d o el supuesto carácter absolu to
e in d e p e n d ie n te d el p en sam ien to , que se m u estra co n d icio n a d o p o r fuerzas in c o n s ­
cien tes de la p siq u e y p o r fu erzas sociales su p ra in d iv id u ale s. E sta es tam b ién , l i m i ­
tada a la base e co n ó m ic a , la tesis d el m arx ism o , a cuyas c o n trib u c io n e s a la h isto ria
de las re lig io n e s p e rju d ic ó m u ch o la fo rz a d a o rto d o x ia p o lític a y la d ep e n d en c ia de
las c o n d ic io n e s h is tó ric o -c ie n tífic a s , ya superad as, de F r ie d r ic h E n g e ls 23.
E n co n secu en cia, la in vestigació n de « c o n c e p t o s » , « id e a s » y « c re e n c ia s » e n el
cam p o de la cien cia de las re lig io n e s p u ed e ser com o m u ch o sólo u n ob jetivo p r o v i­
sio n a l: éstos sólo resu ltan co m p ren sib les cu an d o se in te g ra n d e n tro de u n c o m p le jo
fu n c io n a l m ás a m p lio . E l im p u lso so cio ló g ico e n c o n tró rá p id a m e n te eco en el lib r o
Themis de J a n e H a r r is o n , y, p o s te rio rm e n te , e n las o b ra s de L o u is G e r n e t 24 y e n su
c o n tin u a d o ra , la escuela p a risin a de J e a n - P ie r r e V e rn a n t. K a r l M e u li em p leó a lg u ­
n o s p rin c ip io s fre u d ia n o s en el ám b ito de las tra d ic io n e s p o p u la re s, d e sa rro lla n d o
de este m o d o sus o rig in a le s c o n trib u c io n e s fu n d am e n ta le s p ara la c o m p re n sió n de
la r e lig ió n g r ie g a 25; ta m b ié n E . R . D o d d s u tiliz ó p ersp ectiva s p sico a n a lític as e n la
in t e r p r e t a c ió n de la h is to ria d el p e n sa m ie n to g r ie g o 26. E l aspecto p sic o ló g ic o y el
s o cio ló g ico p u e d e n in tegrarse, desde u n p u n to de vista h istó ric o , al m en o s en p r i n ­
c ip io , p o r la h ip ó tesis de que el d e sa rro llo de las fo rm a s sociales, in c lu id o s los rito s
re lig io so s, y de las fu n c io n e s p síqu icas se h a p ro d u c id o e n u n a re la c ió n de in te ra c ­
c ió n con stan te, de fo rm a que, sig u ien d o la tra d ic ió n , sie m p re h a n estado en s in t o ­
n ía el u n o c o n el o t r o 27. A l m ism o tie m p o , s in e m b a rg o , c o m ie n z a a a flo r a r u n
e stru c tu ra lis m o a h is tó ric o , o rie n ta d o h a cia lo s m o d e lo s fo rm a le s , q u e se lim ita a
re p re se n ta r las re la c io n e s re c íp ro c a s in m a n e n te s de lo s m ito s y lo s rito s en to d a su
c o m p le jid a d 28.

22 É . D urkheim ( i H ^ S !/)(/), Lesformes élémentaires de ¡a uie religieuse. Le système totémique en Australie, 19 i 2 ; S.


Freud ( 1 8 5 6 - 1 9 3 9 ) , TotemundTabu, 1 9 1 3 [trad, esp.: Obras completas I I , 1 9 4 8 , pp. 4 I 9 ~ 5 ° 7]·
23 Ingenuo : I. T rencsén yi-W aldapfel, Untersuchungen zur Religionsgeschichte, 1 9 6 6 , pp. II ~ 33 ί ligado al
m arxismo y a la «Escuela de C am b rid g e »: G . T h om p so n , Studies in Ancient Greek Society, I, The Prehis-
toricAegean, 1 9 4 9 : Π, The first Philosophers, 1 9 5 5 : Aesclylus and Athens, 19 4 6 ·
24 H arriso n ( 2 ) , 1 9 1 2 (“1 9 2 7 ) : Epilegomena to the Study o f Greek Religion, 1 9 2 1 ; L . G ernet ( 1 8 8 2 - 1 9 6 2 ) ,
Anthropologie de la Grèce antique, 19 6 8 [trad, esp.: Antropología de la Grecia antigua, 1 9 8 1 ] . Im portantes en
aporte teórico, aunque no referidos a la antigüedad, son los trabajos de M . Mauss ( i 8 7 2 - I 9 5 ° ) ’
en particular Oeuvres, I, Lesfonctions sociales du sacré, 1 9 6 8 : Vernant, pp. 2 3 2 - 2 4 3 -
25 K a rl M euli ( 1 8 9 1 - 1 9 6 8 ) , Der griechische Agon (escrito en 19 2 6 ) , 1 9 6 8 ; «Bettelum züge im Totenkult.
O pferritual und V olksb rauch », Schweiz. Archiv, für Volkskunde 2 8 ( 1 9 2 7 - 1 .9 2 8 ) , pp. 1 - 3 8 ; « D e r U r ­
sprung der Olympischen S p iele», Die Antike 17 (19 4 1), PP· 1 8 9 - 2 0 8 ; «Griechische O p fe rb rä u ch e»,
en Philobolia. Festschrift P. Von derMühll, 19 4 6 , pp. 1 8 5 - 2 8 8 ; «Entstehung u nd S in n der T ra u ersitten »,
Schweiz Archiv, für Volkskunde 43 ( i 9 4 ^)> PP· 9 1 —10 9 i Gesammelte Schriften, 19 7 6 .
26 E . R . D odds, The Greeks and the Irrational, ï9 5 1 [trad, esp.: Losgriegosj lo irracional, i9 6 0 ; aI9 8 g ],
27 HN, pp. 31 - 4 5 ·
28 Segú n el m odelo de G . Lévi-Strauss, Anthropologie structurale, ig g 8 [trad, esp.: Antropología estructural,
19 7 7 ], Mythologiques, I ί V, 1 9 6 4 - 1 9 7 1 [trad, esp.: Mitológicas 1~ IV , 1 9 7 0 ] , cfr. M . Detienne, Lesjardins
dAdonis, 1 9 7 2 [trad, esp.: Losjardines de Adonis, 1 9 8 3 ] .
ΙΟ INTRODUCCIÓN

Walter F. O tt o 25 y K a r l K e r é n y i30 c o n fig u ra n u n a categoría p a rtic u la r. Die Götter


Griechelands (19 2 9 ^ re p rese n ta el a p a sio n a n te in te n to de to m a r en serio y fin a lm e n te
com o dioses, a los dioses de H o m e r o , fre n te a u n a crítica de 2 .5 0 0 añ os de a n tig ü e ­
d ad . L o s d io ses so n sim p le m e n te re a lid a d , c o m o fe n ó m e n o s o r ig in a rio s (U rphäno-
mene) en el sen tid o que G o e th e d io al té rm in o . A d ec ir ve rd a d la vía así in ic ia d a , n o
se re v e ló accesib le p a ra to d o e l m u n d o y d e se m b o c ó e n u n a su b lim e r e lig ió n p r i ­
vada. Pese a to d o , la o b ra aú n sigu e ir ra d ia n d o u n a p o te n te fu erza de atrac c ió n . L o s
e stu d io s de K a r l K e r é n y i se a lin e a r o n e x p líc ita m e n te c o n lo s de W a lte r F . O tto :
dioses y rito s p a re c ía n te n e r u n p r o fu n d o sig n ifica d o p e r o sin e x p lic a c ió n ra c io n a l;
la síntesis c o n la d o c trin a de lo s a rq u etip o s de G . G . J u n g se estableció sólo te m p o ­
ra lm en te . E s cu estio n able si la a u to n o m ía d el im a g in a rio p o d rá seg u ir m an te n ie n d o
su h ech izo y su p o d e r e n lo s m alo s tiem p o s de la ép o ca p resen te.

1. L as fu e n te s

L a p ro p a g a n d a re lig io s a y la d ifu s ió n de in fo r m a c ió n so b re la r e lig ió n se p ro d u c e


siem p re, au n q u e n o exclusivam ente, a través d el in stru m en to lin g ü ístico . L o s d o c u ­
m en tos m ás im p o rta n te s p ara la re lig ió n griega sigu en sien d o de natu raleza lite ra ria ,
tanto m ás en cuanto que los griegos fu n d a r o n u n a cu ltu ra de carácter d ecid id am en te
lite ra rio . Y , en efecto, casi n o se en cu en tran textos religioso s e n el sen tid o estricto de
textos sagrados: n o existe u n a « S a g ra d a E s c r it u r a » , n o existen o apenas hay fó rm u la s
fija s de o r a c ió n y de litu rg ia p re esta b le cid a s; algunas sectas, co m o la de « O r f e o » 1,
tu viero n m ás tarde sus lib ro s especiales, p e ro n in g u n o com parab le a los Veda o al Avesta
y m u c h o m e n o s a la Tord. S o n lo s p o e ta s lo s q ue c o m p o n e n n u evo s can to s p a r a la
fie sta de lo s d io se s: casi to d a la lír ic a c o ra l a rca ica es lír ic a de cu lto y lo s ra p so d o s
c o m ie n z a n sus re citacio n e s festivas c o n H im n o s h o m é ric o s . S o b re to d o es la p o e sía
épica, y en esp ecial la Ilíada de H o m e ro , la que en treteje las h isto rias de los dioses co n
las n a rrac io n e s h ero icas y la que d ete rm in a así, de m an era especial, la fo rm a de c o n ­
ceb ir a los d io ses2. Y a a p rin c ip io s del siglo V III, H esío d o re u n ió los m itos de los d io ­
ses e n u n sistem a te o gó n ico , al q u e se fu e r o n a ñ ad ien d o los Catálogos am pliables de los
m itos h e ro ic o s 3. L a tragedia clásica m u estra lu ego el su frim ie n to y la d estru cció n del

29 W . F. O tto í 18 y ή ·- 19 5 8 ), Die Götter Griechenlands. Das Bild des Göttlighen im Spiegel des griechischen Geistes, 1 9 2 9
(41 9 5 6 sin alteraciones) [trad. esp. : Los dioses de Grecia, 2 0 0 3 ] ; Dionysos. Aiythos und Kultus, 1 9 3 3 (‘ 1934.)
[trad, esp.: Dioniso. Mitoy culto, 1 9 971 ; Die Gestalt und das Sein. Gesammelte Abhandlungen über den Mythos und
seine Bedeutungfü r die Menschheit, 1955 (3i9 7 4 ); Theophania. Der Geist der altgriechischen Religion, 1 9 5 6 [trad,
esp.: Teofanía: el espíritu de la antigua religión griega, 1 9 7 8 ] ; Mythos und Well, ed. po r K . vo n F ritz, 1 9 6 3 ; Das
Wort der Antike, e d . p o r K . von Fritz, 19 6 2 .
30 K . K e ré n yi ( 1 8 9 7 · ' 9 7 3 ); bibliografía en Dionysos: archetypal image o f indestructible life, T9 / G, p p . 4 4 5 “
4 7 4 [trad, esp.: Dionisios (sic). Raíz de la vida indestructible, 1 99^1 y e n A . M agris, Carlo Kerényi e la ricerca
fenomenologica della religione, 1975 . PP· 3 3 I - 3 3 8 ; Werke in Einzelausgaben, 19 6 7 ss. Ju n to a G . G . Ju n g , Lin
juhrung in das Wesen der Mythologie, I 9 4 1 0; 195 0 [trad, esp.: Introducción a la esencia de la mitología, 2 0 0 4 ] ; con
C . G . J u n g y P . R adin, Der göttliche Schelm, 1954 [trad. ital. : II briccone divino, 1 9 6 5 ] . Se distancia de
Ju n g , Eleusis, Archetypal Image o f Mother and Daughter, 1 9 G7 > PP- X X IV X X X I11 [trad, esp.: Eleusis. Imagen
arquetípica de la madrey la hija, 2 0 0 4 ] ·
1 Véase VI 2 ·
2 Véase III I.
3 Extensos fragm entos de los Catálogos hesiódicos se reco n struyero n gracias al hallazgo de algunos
papiros: R. Merkelbach y M . L . West, Fragmenta Hesiodea, 1 9 6 7 (apéndice Fragmenta selecta, 1 9 8 3 ) ; cfr.
2. LAS FUENTES II

in d iv id u o p ris io n e ro del en igm a de lo d ivin o . P o r tan to, el d o cu m en to fu n d am e n ta l


p a ra la r e lig ió n g rie g a es, e n la p rá ctic a , to d a la p o e sía a n tig u a ; in c lu so la c o m e d ia
p r o p o r c io n a im p o rta n te s a p o rta c io n e s a n u e stro c o n o c im ie n to desde el p u n to de
vista d el h o m b re co rrie n te o p o r m ed io de la p a ro d ia bu rlesca4. S in em bargo sólo se
h a conservad o u n a p arte del p a trim o n io lite ra rio . E l co n te n id o de lo q ue se ha p e r ­
d id o se m a n tie n e e n p arte e n los c o m p e n d io s m ito g rá fic o s, e n tre los cuales, la m ás
rica en m ateriales es la Biblioteca co n o cid a b a jo el n o m b re de A p o lo d o r o 5,
L a « e x p lo r a c ió n » y la r e c o p ila c ió n de las tr a d ic io n e s , la historia, se c o n v irtió a
p a r tir d el siglo V e n u n g é n e ro lite r a r io in d e p e n d ie n te . E n re la c ió n c o n las n a r r a ­
c io n e s m íticas, se d e sc rib e n a q u í ta m b ié n las co stu m b res, lo s drómena, lo s rito s. E l
e je m p lo m ás an tigu o y m ás im p o rta n te que h a llegad o hasta n o so tro s es la o b ra h is ­
tó ric a d e H e r ó d o t o . E n e l siglo IV , e n d iverso s lu g a re s, lo s h is to ria d o r e s lo ca le s se
d e d ic a ro n al cu ltivo de las p ro p ia s tr a d ic io n e s , so b re to d o , lo s « A t id ó g r a f o s » de
A te n a s 6. D e n o tab le in te ré s es ta m b ié n la e ru d ic ió n de la p o esía h e le n ístic a 7. M in u ­
cio sas d e s c rip c io n e s de las c o stu m b re s de la é p o c a se e n c u e n tra n ta m b ié n e n las
o b ra s g e o g rá fic a s de E s t r a b ó n 8 y e n la g u ía de G r e c ia de P a u s a n ia s 9' F in a lm e n te ,
P lu tarco in tro d u jo e n sus v o lu m in o so s escritos diversas p a rtic u la rid ad e s im p o rta n ­
tes, c o n o c id a s p o r é l, so b re rito s e n u s o . A p a r t ir de to d as estas fu e n te s su rg e u n
c u a d ro , v a ria d o γ a m e n u d o ric o en d etalles, de lo s rito s g rie g o s; a u n q u e en to d o s
lo s casos lo q ue p o d em o s d is c e rn ir de ellos es so lam en te fru to de la m e d ia c ió n d e la
fo r m a lit e r a r ia , n o so n , p o r así d e c ir lo , las a n o ta c io n e s d el p a r tic ip a n te , sin o las
c o n sid e ra c io n e s externas de u n ob servad o r real o fic tic io .
D o cu m e n to s d irecto s de la p ráctica re lig io sa so n las « ley e s sa gra d a s» que se h a n
c o n se rv a d o e n u n g r a n n ú m e r o de in s c r ip c io n e s 10, p e r o éstas ta m b ié n p e r m ite n
sólo v islu m b ra r u n a cara extern a d el cu lto . S o n en su m ayo r p arte d ecision es p o p u ­
lares o de asociacio n es religiosas, en p a rtic u la r, estatutos y calen d arios de sacrificio s,
c o n c e rn ie n te s a cu e stio n es organ izativas y, so b re to d o , fin a n c ie ra s . S in e m b a rg o ,
a p o rta n in fo r m a c ió n de p rim e ra m an o so b re el sa cerd o cio , la te rm in o lo g ía cu ltual,

también Esiodo, Opere, Testo greco a fronte. Testi introdotti, tradotti e commentati da G . Arrighetti,
1 9 9 8 , pp. IO O -2 3 1, 4 4 5 - 4 7 9 [trad. esp. de los fragm entos po r A . M artínez, en Hesíodo, Obrasj
fragmentos, 19 7 8 , 1 9 5 - 3 7 9 1 -
4 W . H o rn , Gebet und Gebetsparodie in den Komödien des Aristophanes, 197 ° .
5 Apollodori Bibliotheca, ed. R. W agner, 1 8 9 4 O 19 6 2 ); J . G . Frazer, Apollodorus. TheLibraiy, 19 2 I ; A p o llo ­
d oro , Imitigreci. Biblioteca, ed. a cargo de P. Scarpi, trad, de M . G . C ian i, I 9 9 6 [trad. esp. ele M .
Rodríguez de Sepulveda, A p o lo d oro , Biblioteca, 1 9 8 5 ] .
6 S o n fundam entales las indicacion es sobre estos escritores debidas a F. Ja co b y, FGrHist III, cfr.
Jacoby, Atthis. The Local Chronicles o f Ancient Athens, 1 9 4 9 ·
7 La fuente más im portante son los Aitia y la Hécale de Calim aco, de los que la edición de R. Pfeiffer
( 19 4 9 ) ofrece todos los materiales. [Trad. esp. de M . Brioso en Calim aco, Himnos, epigramasjfrag­
mentos, 1 9 8 0 . Para la Hécale, G . M ontes Cala, Hécale, 19 8 9 ].
8 Ed ició n bilingüe de H . L . Jo n e s, The geography o f Strabo, 1917SS. Incom pletas son las nuevas e d icio ­
nes críticas de F, S b o rd o n e, 1 9 6 3 ; W . A ly, 1 9 6 8 - 1 9 7 2 ? F. Lasserre etalii, C o ll. B udé, I 9 6 6 ss.
[Ed ició n completa: S. Radt, 2 0 0 2 - 2 0 0 4 ; trad. esp. d e j. L . García R am ón, J . M . Blanco, M . J .
M eana, F. Pinero y otros, Estrabón, Geografia, 1 9 9 1, etc.].
9 Ed ició n comentada de H . Hitzig y F ; Blüm m er, 1 8 9 6 -19 1 O ; edición d e j. G . Frazer, cfr. 1 1 , n . 15
[trad. esp. de M . C . H errero Ingelm o, Pausanias, Descripción de Grecia, 3 vols., 1994 ·]·
10 U na colección comentada precedente, I. v. Prott y L . Ziehen, Leges Graecorum Sacrae e titulis collectae, I —II,
1 8 9 6 - 1 9 0 6 . Más reciente, Sokolowski, LSCG, LSAM, LSS [nuevas leyes en E . Lupu, Greek Sacred Law.
A Collection o f New Documents, 2 0 0 5 L Sobre el calendario, cfr. V 2 .
12 INTRODUCCIÓN

n o m b res y epíteto s de d ivin id ad es y, o c a sio n a lm e n te , sob re rito s p artic u la re s. T a m ­


b ié n lo s lib ro s de cuentas y lo s in v e n ta rio s p u e d e n ser u n a ó p tim a fu e n te de in f o r ­
m a c ió n p ara algu n o s d etalles.
T e s tim o n io s e x c e p c io n a le s de la r e lig ió n g rie g a s o n lo s m o n u m e n to s d e l arte
g rie g o : te m p lo s, estatuas y re p rese n ta c io n e s ic o n o g rá fic a s11. A lg u n o s tem p lo s com o
lo s de A te n a s, A g rig e n to o P aestu m h a n so b rev ivid o al tie m p o ; co p ias ro m a n a s de
im ágenes de estatuas de divinidades griegas h a n tran sm itid o d urante siglos la im p ro n ta
de la re lig ió n an tigua; fin a lm e n te la a rq u eo lo g ía cie n tífica h a sacado a la luz d u ran te
m ás de c ie n añ os u n p a trim o n io de d o cu m en to s in e sp e ra d o e im p re sio n a n te . E s p e ­
c ia lm e n te el p e r ío d o de la G r e c ia a rc a ic a h a r e s u rg id o a n te n u e s tro s o jo s c o n
e x tra o rd in a ria in te n sid a d . L a A c r ó p o lis y O lim p ia , D e lfo s y D é lo s, lo s cen tro s m ás
im p o rta n te s e in n u m e ra b le s p e q u e ñ o s sa n tu a rio s h a n sid o excavad os y es p o s ib le
d e te rm in a r c o n e x tre m a e x ac titu d la h is to r ia de cada u n o de e llo s: la c e rá m ica da
u n a só lid a base p a ra la c ro n o lo g ía y m o d e sto s restos a rq u itec tó n ic o s h a ce n p o sib le s
re c o n stru c c io n es co m p letas12. C o n stru c c io n e s destinadas al culto, altares y re c ip ie n ­
tes ritu ales p ro p o r c io n a n ta m b ié n in d ica c io n e s n o d espreciables acerca de lo que los
h o m b re s h a cían e n estos lu gares, sie n d o esp ecialm en te in stru ctivos lo s d ep ó sito s de
o fre n d a s vo tivas13. A m en u d o estas ú ltim as c o n tie n e n ta m b ié n in sc rip c io n e s votivas:
d isp o n e m o s de u n e n o rm e m ate ria l relativo a n o m b re s y epítetos de lo s d ioses, que
o fr e c e n a c la r a c io n e s p re c isa s so b re la d ifu s ió n de d e te rm in a d o s c u lto s. S in
em b argo , d o n d e falta n las fu en tes escritas, fu n c ió n y sig n ifica d o de e d ificio s y u te n ­
silio s se m a n tie n e n a m en u d o oscu ro s.
Las artes figurativas a su m en p o r e llo e n n u e stro con texto u n v a lo r casi igu al al de
la p o e sía . In c lu s o e n el caso de q u e las im á g e n e s c u ltu a le s p r o p ia m e n te d ic h as se
h ayan p e r d id o irre m e d ia b le m e n te , las escenas de cierto s vasos, las estatuas votivas y
las ré p licas tardías p e r m ite n se g u ir el d e s a rro llo g ra d u a l d el co n cep to de d iv in id a d
desde el p e r ío d o p ro to a rc a ic o 14. A e llo se a ñ a d e n las re p re se n ta c io n e s m ito ló g icas,
q ue e m p iezan a a p arecer e n to rn o al a ñ o J O O a .C . y q u e a m en u d o so n m u ch o m ás
antiguas q ue las fu en tes escritas co n servad as13. R elativam en te raras, p e ro p a r tic u la r­
m en te im p o rta n te s, so n las im ágen es de escenas ritu ales que n o s o fre c e n u n a v isió n
de la re a lid a d d el c u lto 16.
U n a fu en te in d ire cta de la d isp o sic ió n re ligio sa s o n lo s n o m b res p ro p io s de p e r ­
son a « t e o f ó r ic o s » , que asign an u n a p e rso n a a la esfera de u n a d ete rm in a d a d iv in i­
d ad y q u e la d e fin e n c o m o u n « r e g a lo » de esta ú ltim a : A p o ló d o to y A p o lo d o r o ,
H e r ó d o to y H e r o d o r o , A p o lo n io , A te n e o , H eca te o , D io n e , H e r ó n , A p e le s y o tro s
m u ch o s17. L o s n o m b res te o fó rico s se d ifu n d ie ro n m u cho tam bién en to d o el O rie n te
a n tig u o ; e n c a m b io p a re c e n fa lta r e n é p o ca m ic é n ic a y e n H o m e r o a p a re c e n só lo
m a rg in a lm e n te 18. L o s n o m b res te o fó ric o s r e fle ja n la d ifu sió n y p o p u la rid a d de u n a

11 K . Schefold, Griechische Kunst als religiöses Phänomen, 1 9 5 9 ·


12 Véase II 5.
13 Véase II 2 ·
14 Véase I, n . I: Sim on, Walter, Hawkes.
15 C fr. Schefold (1 9 6 4 ) ; Fittschen (19 6 9 ).
16 Sobre los problemas de su valoración A . R um pf, «Attische Feste-Attische V a sen », BJb 1 6 1 (19 6 1),
pp. 2 0 8 - 2 1 4 ; encontramos una colección en T . B . L . Webster, Potter and Patron in Classic Athens, 19 72 ,
pp. 1 2 6 - 1 5 1 .
17 Sittig (19 11).
18 E n m icénico sólo Teodora (te-o -do -ra) M Y V 659 ? A re s en a -re-i-m e-n e T H Z 8 4 9 . 8 5 1s. es p r o -
3. DELIMITACIÓN DEL TEMA IS

d ivin id a d p a rtic u la r, si b ie n hasta u n cierto lim ite : la tra d ic ió n fa m ilia r p u ed e c o n ­


servar u n n o m b re , u n a vez in tro d u c id o , in c lu so sin re fe re n c ia a su sign ificad o .
L a re la c ió n en tre im ágen es m ito ló g icas y textos d em u estra la im p o sib ilid a d d e la
p re te n s ió n m eto d o ló gica de d ar u n cu ad ro de la re lig ió n griega arcaica y clásica sólo
sob re la base de fu en tes coetáneas. Q u e los m itó g ra fo s tardíos e in clu so las r e fe r e n ­
cias c o n cretas en c o m e n ta rio s a textos clásicos se re m o n ta n a la lite ra tu ra de é p o c a
clásica o p ro to h e len ístic a es u n h ech o c o m p ro b a d o en u n o s casos y es m u y p ro b a b le
en otro s. A s í la Biblioteca de A p o lo d o ro rep ite en g ran m ed id a los Catálogos de H esío d o ;
algunas d escrip cio n es de ritos p ro v ie n e n m u y a m en u d o de escritores locales del siglo
IV . S in em bargo, debe de h ab er existido u n a tenaz tra d ic ió n local fu era de los canales
de la literatura: el m ito de D em éter en Figalia19, transm itido sólo p o r Pausanias, debe de
re m o n ta rs e a la E d a d d el B r o n c e y ta m b ié n s o n re a lm e n te an tig u o s bastantes rito s
co n o cid o s p o r P lu tarco y Pausanias en su época. P o r e llo , citarem os a m en u d o ta m ­
b ié n estas fuen tes tardías, au n q u e su d atación n o p u ed e p ro p o rc io n a rn o s p ara lo que
te stim o n ia n m ás que u n terminus ante quem.
S i la r e lig ió n es e se n cia lm en te tr a d ic ió n , u n estu d io so b re la r e lig ió n griega de
n in g u n a m a n e ra p o d rá p e rd e r de vista las épocas aú n m ás an tigu as: la p re h o m é ric a ,
esto es, p re g rie g a . D espu és de que los éxitos espectaculares de H e in ric h S c h lie m a n n
y s ir A r t h u r E van s sa ca ran a la lu z la c iv iliz a c ió n c r e to -m ic é n ic a 20, el c u a d ro d e la
p re h isto ria y de la p ro to h is to ria e n el ám b ito g rie g o se h a a m p lia d o y p ro fu n d iz a d o
e n g ra n m ed id a ; se p e r fila n co n e x io n e s b ie n c o n el O rie n te de la E d ad d el B ro n c e ,
b ie n , y e n d o a ú n m ás atrás en el tie m p o , c o n el n e o lític o e u ro p e o y a n a to lio 21. D e
im p o rta n c ia fu n d am e n ta l es la id ea de que la re lig ió n griega « h o m é r ic a » n o r e p r e ­
sen ta u n fe n ó m e n o ú n ic o y a isla d o , s in o q u e d eb e c o n s id e ra rs e ante to d o c o m o
re p re se n ta c ió n de u n tip o m ás g e n e ra l, de u n a koiné de la E d a d d e l B ro n c e . A d e c ir
v e rd a d , se vuelve cada vez m ás d ifíc il trazar, a u n q u e sea a gran d es rasgos, tal m u lti­
p lic id a d de c o n e x io n e s y m u ch o m ás ard u o e la b o ra rla s sin tética m e n te. E l m a te ria l
crece cada vez m ás y lo s p ro b le m as au m en tan .

3. D e lim ita c ió n d e l te m a

U n a e x p o sició n adecuada de la re lig ió n griega b a jo m ás de u n aspecto es h oy im p o s i­


b le . E l m ate ria l es d esm esu rad o p ara u n a p e rso n a sola, los m étod os, ab solu tam en te
c o n tro ve rtid o s, y el o b jeto de estu d io m ism o está lejos de ser d e fin id o . P o r tanto, es
m ás fácil d ecir lo que el p resente lib ro n o p u ed e n i q u ie re ser q u e lo que es: no es u n
m an u al c o m p le to , co m o el que e scrib ió M a rtin P. N ils s o n hace 3 5 años, n o es u n a
a n im a d a re p re se n ta c ió n p ro fé tic a , co m o la p ro p u e sta p o r W alter F. O tto , y m u ch o
m en o s u n lib ro de im ágenes, que con stitu yen el atractivo de las obras de lo s a rq u e ó ­
lo g o s. L o q ue p re te n d e este lib r o , sie n d o sie m p re co n scie n te de su carácter p r o v i­
sio n a l, es o fre c e r u n a o r ie n ta c ió n en la m u ltip lic id a d de datos y de p ro b le m as, s in

bablem ente un apelativo (véase III 2 . 1 2 , n . 2 ) . H eracles y Diom edes, que es ya de p o r sí divino,
son casos particulares. A sí en H om ero no queda más que Diocles.
19 Véase III 2 -3 , n · 3 5 ; III 2 -9 , n. 2 0 .
20 Véase I 3 -
21 Véase I I.
i4 INTRODUCCIÓN

n in g u n a p re te n s ió n de exhau stivid ad , n i e n lo que respecta a los m ateriales, n i en lo


que respecta a la b ib lio g ra fía . D e n tro de lo s lím ites p re fija d o s, n o h abía espacio p ara
d iscu tir ín te gra m en te to d os los p ro b le m a s y las con tro versias; se p o d rá se n tir la falta
de u n a n á lisis su fic ie n te de la « r e l ig i ó n d e lo s tr á g ic o s » , p e r o su c o m p le jid a d n o
n o s p e r m it e u n esb ozo e n p o c a s p á g in a s . L a r e lig ió n a p a re c e a q u í m ás q u e n a d a
co m o u n sistem a de c o m u n ic a c ió n su p ra p e rso n a l. L o que sí se p re te n d e es a p o rta r
la m ayo r can tid ad p o sib le de te stim o n io s de p rim e ra m an o y se p re fie re n en la elec­
c ió n aq u ello s que se p re sta n a in te rc o n e x io n e s significativas.
L a re lig ió n griega, co m o el resto de la cu ltu ra, v ie n e d e fin id a , segú n el lu g a r y el
p e r ío d o , p o r la esfera de in flu e n c ia de la le n g u a y la lite ra tu ra griegas. S u au tén tico
fin a l se alcanzará só lo c o n la v ic to ria d el c ristia n ism o , u n id a a la d evastación de las
in v a sio n e s b á rb a r a s ; lo s ju e g o s o lím p ic o s y lo s m is te rio s e le u s in io s s o b r e v iv ie ro n
h asta q u e el e m p e r a d o r T e o d o s io , e n e l a ñ o 3 9 3 d . C . , p r o h ib ió to d o s lo s cu lto s
p agan os. L o s o ríge n e s se p ie r d e n e n la n o ch e de la p re h isto ria . P ero las catástrofes y
las in v a sio n e s e n to r n o a y d esp u és de 1 2 0 0 a .G . m a rc a n u n p r o fu n d o c o r te 1 : p o r
ta n to , el c o n c e p to de « g r i e g o » , e n c o n tra ste c o n el de « m i c é n i c o » , se u tiliz a rá
a q u í sólo a p a rtir de la cu ltu ra q u e em p ieza a este lad o de dich o lím ite. S in em b argo,
n o se p u e d e re n u n c ia r a u n esb ozo d e la r e lig ió n m in o ic o - m ic é n ic a c o m o p r e s u ­
p u esto de la griega. S ó lo e n los siglos I X -V I I I la re lig ió n griega será v e rd a d eram e n te
tan g ib le; lite ra tu ra y re p rese n ta cio n e s ic o n o g rá fic a s ra ra m en te se re m o n ta n m ás allá
del añ o 7 0 0 . Tales lím ites d e fin iría n a ú n u n p e río d o de u n o s IIO O añ os, u n arco de
tie m p o ric o e n d e só rd e n e s m ilita re s y so c ia le s, e c o n ó m ic o s y e sp iritu a le s. E l p r e ­
sente estud io se h a p u esto com o lím ite in f e r io r la re v o lu c ió n p ro d u c id a p o r las c o n ­
quistas de A le ja n d ro . D ad o que a m p lia ro n e n o rm e m e n te el espacio vital de los g r ie ­
gos, c re a ro n nuevos cen tro s y al m ism o tiem p o p r o p ic ia ro n u n nu evo con tacto co n
las culturas altam ente d esarrollad as de O rie n te , m erecid am en te p u e d e n ser tom adas
co m o lím it e de u n a é p o ca . Q u e d a c o m o o b je to de a n á lisis p r o p ia m e n te d ic h o la
re lig ió n de ese g ru p o de ciu d ad es y estirpes, u n id a s p o r u n a len gu a y u n a cu ltu ra, en
G re c ia , e n las islas d e l E g e o , e n la costa de A s ia M e n o r y e n tod as las c o lo n ia s d el
m a r N e g ro , hasta S ic ilia , la Italia m e r id io n a l, M a rsella y E sp a ñ a , en la épo ca ta rd o -
ge o m é trica, arcaica y clásica, m ás o m en o s e n tre el a ñ o 8 0 0 y el 3 0 0 a .G . L a fo rm a
de vid a característica de esta épo ca es la polis griega.
P e ro in c lu s o d e n tro de estos lím ite s su rg e u n p r o b le m a : ¿h a sta q u é p u n to se
p u ed e h a b la r efectivam en te de « r e lig ió n g r ie g a » tout court? G ad a e stirp e, cada t e r r i­
to rio , cada ciu d a d p o see su p r o p ia tr a d ic ió n ten azm en te d e fe n d id a . A d em á s re g is­
tra m o s la d ifu s ió n de « m o v im ie n t o s » re lig io s o s y fin a lm e n te , la re lig ió n , c o n la
a p a ric ió n de la filo so fía , e n tra e n crisis: ¿ s e ría m ás exacto h a b lar de u n a p lu ra lid a d
de « re lig io n e s g r ie g a s » 2? F ren te a este h ech o hay que te n e r en cuenta el v ín c u lo que
re p rese n ta el uso de u n a len gu a c o m ú n , al q u e se añ ad e, desde el siglo V III u n a c u l­
tu ra lite r a r ia c o m ú n , d o m in a d a p o r la p o esía h o m é ric a ; al m ism o tie m p o , algu n o s
san tu ario s, com o D e lfo s y O lim p ia , a d q u irie ro n u n sig n ifica d o p a n h e lé n ic o y p r e ­
cisa m e n te e n esa ép o ca se d e s a rr o lla ta m b ié n , a p e sa r de algu n as p a rtic u la rid a d e s
lo c a le s, el típ ic o estilo d el arte fig u ra tiv o g r ie g o , q u e e n seg u id a d o m in a rá to d a la

1 Véase I 4 ·
2 C fr. el título del libro de des Places 1955 (véase 1 1, n. i) [y tam bién del de S. Price, Religions o f the
Ancient Greeks, 19 9 9 ].
3. DELIMITACIÓN DEL TEMA 15

cuenca m ed iterrá n e a. A d em ás, c o n sid e ra n d o las diversas características locales y se c ­


tarias, las m an ife sta cio n es religiosas de los griego s so n con sid erad as p o r lo s p ro p io s
g rie g o s su stan cialm en te co m p atib les, co m o u n a d iversid ad de p rácticas e n la d e v o ­
c ió n a lo s m ism o s d io se s, d e n tro d el m a rc o de u n ú n ic o m u n d o . Q u e lo s d io se s
p e rte n e c ía n a este m u n d o n o lo p u so e n d u d a n i siq u ie ra la p r o p ia filo s o fía griega.
L a re lig ió n g riega se p resen ta al estu d io so de la c ie n cia de la re lig ió n e n la d o b le
a p a rie n c ia de rito y de m ito . F altan lo s fu n d a d o re s de la r e lig ió n y te stim o n io s de
re ve la cio n e s3; faltan tam b ién organ izacio n es sacerdotales y m onacales. L a re lig ió n se
le g itim a e n tan to q u e tr a d ic ió n , e n el m o m e n to e n q u e e lla m ism a , in cisiva fu e rz a
de la c o n tin u id a d , se conserva de g e n e ra c ió n en g e n e ra c ió n . E l « r i t o » , visto desde
el e x te rio r, es u n p ro g ra m a de accion es dem o strativas —fija d o seg ú n el tip o de e je ­
c u c ió n y a m en u d o segú n el lu ga r y el p e r ío d o —y es « s a g r a d o » e n cu an to que cada
o m is ió n o d esvia ció n suscita g ra n m ie d o y es causa de sa n cio n e s. A l ser c o m u n ic a ­
c ió n e im p r o n t a so c ia l al m ism o tie m p o , el r ito crea y aseg u ra la s o lid a rid a d d e l
g ru p o c e rra d o ; en tal fu n c ió n , h a aco m p añ ad o las fo rm a s de la con viven cia h u m a n a
d esd e lo s tiem p o s p r im o r d ia le s 4. In c lu id a e n el m ito « s a c r o » está la in v o c a c ió n a
p o d e r e s in v is ib le s , a lo s q u e u n o se d irig e c o m o a u n a p e r s o n a a la q u e se tie n e
e n fre n te : « d io s e s » , theoí, así se les lla m a desde lo s p rim e r o s textos de lo s q u e d is p o ­
n em o s. M ás in fo rm a c ió n sobre ellos n os a p o rta el m ito : u n co m p le jo de relatos tr a ­
d ic io n a le s 5. A estos ú ltim o s los griegos n u n c a les a trib u y e ro n u n carácter a b so lu ta ­
m e n te v in c u la n te : la v e rd a d de u n m ito n o está n u n c a g a ra n tiz a d a y n o debe s e r
n ecesariam en te « c r e íd a » . P e ro , p re sc in d ie n d o d el h ech o de q ue el m ito en u n p r i ­
m e r m o m e n to re p re se n ta b a la ú n ic a fo r m a e x p líc ita d e a c tiv id a d e sp ir itu a l y de
s u p e ra c ió n de la re a lid a d , el m ito de lo s d io ses a d q u ie re re a lm e n te su re le va n cia a
p a r tir de su c o n e x ió n c o n los rito s sagrados, a los que o fre ce a m en u d o u n a m o tiva ­
c ió n , u n a « e t io lo g í a » , fre c u e n te m e n te exp u esta in c lu s o de fo r m a festiva. E l a rte
p oética, p o r su p arte, ha dado después fo rm a fija y persuasiva a lo s m itos p articu lares
y p re cisa m en te la re c ita c ió n de esta p o esía constitu ye u n c o m p o n e n te irre n u n c ia b le
de la fiesta de los d ioses. C o m p le jo tanto en su esencia co m o en sus efectos, el m ito
g rie g o se sustrae a tod a c la sifica ció n y an álisis u n id im e n sio n a l.

3 A m bos aparecen en conexión con el orfism o, véase VI 2 .


4 HN, pp. 3 1 - 9 6 .
5 C fr. G . S. K irk , Myth. Its Meaning and Function in ancient and other Cultures, 19 7 0 [trad, esp.: El mito; su signi-
ficadoy fijnciones en las distintas culturas, [9 / 3 j (cfr. la recensión en Gnomon 4 4 0 9 7 y·) - pp. 2 2 5 2 3 0 ) ; The
Nature o f Greek Myths, 1974 [trad, esp.: La naturaleza de los mitos griegos, 1984» reim p. 2 0 0 0 ] ; HN, pp. 3 9 “
4 5 . Perdura la discusión teórica sobre la esencia y el concepto de m ito; en particular, el debate
co n Lévi-Strau ss (véase I, n. 2 8 ) ; cfr. P. M aranda (ed .), Mythology, 1 9 7 2 ; sobre la historia de las
interpretaciones, K erényi (véase I, n. 2) y j . d e V rie s, Forschungsgeschichte der Anthologie, 19 6 I ; Burkert
(1 9 8 0 ) . Sobre el concepto de mito en la antigüedad véase W . Th eiler, Untersuchungen zur antiken Litera­
tur, 1 9 7 0 . pp· I 3 0 - I 4 7 · E l material griego es elaborado m ejor en PR, más extensamente en RML.
Para las imágenes, véase I 2 , n . 15 . Entre los numerosos compendios de mitología griega se recuer­
dan: H . H unger, Lexikon der griechischen und römischen Mythologie, 1953 ( ' 1975 ) ; H . J . Rose, A Handbook o f
Greek Mythology, 1 9 2 8 (5I 9 5 3 ) [trad, esp.: Mitología griega, 1 9 7 0 ] ; E . T rip p, A Handbook o f Classical Mytho-
logy, 197 ° ; P· G rim ai, Dictionnaire de la mythologie grecque et romaine, 1951 [trad, esp.: Diccionario de mitología
griegaj romana, 1 9 8 I ; cfr. tam bién T . Gantz, Early Greek Myth, 1 9 9 3 ; Lexicon Iconographicum Mythologiae
Classicae, 1 9 8 1 - 1 9 9 7 ] .
1. PREHISTORIA Y ÉPOCA M INOICO-MICÉNICÂ

i. N e o l ít ic o y p r im e r a Edad del B ronce

L a re lig ió n an tigu a es tra d ic ió n y u n a tr a d ic ió n quizá ta n an tigu a com o la h u m a n i­


dad, p e ro sus h u ellas se p ie rd e n en la p re h isto ria , en el m o m en to en que se alargan
los in te rva lo s de tie m p o . S i a p a r tir d el siglo V III a .G . las épocas se m id e n en siglos
0 in clu so en d ecen io s, este lím ite va p re ce d id o de cuatro « sig lo s o s c u ro s » y de cerca
de o c h o sig lo s de c iv iliz a c ió n e v o lu c io n a d a de la E d a d d e l B r o n c e . A ú n antes, se
e xtien d e la p rim e r a E d a d d el B ro n c e p o r m ás de u n m ile n io y el n e o lític o d u ra n te
m ás de tres m ile n io s. Y aú n antes de todas estas épocas, el p ale o lític o su p e rio r, q ue
abarca m ás de 2 5 · ° ° ° años, p e ro que está lejos de rep resen tar el in ic io de la h isto ria
de la h u m a n id a d , d ad o q u e hay in d ic io s de u n a c o n tin u id a d re lig io s a ya desde el
p a le o lític o in f e r io r 1.
P ara to d o s los p e río d o s de la p re h isto ria se ha p e r d id o p ara siem p re el te stim o ­
n io de la len gu a, la p alab ra auténtica que p u ed a esclarecer el sign ificad o de los v a ria ­
dos y a m e n u d o d esco n certan tes h allazgos. S í se ha co n servad o , e n cam bio, gracias a
c irc u n sta n c ia s fo rtu ita s de n a tu ra lez a f ís ic o - q u ím ic a , u n a se le c c ió n , a u n q u e m u y
lim itad a , de restos m o rtales. L as sep u ltu ras re su lta n así m ás fácilm e n te c o m p r e n si­
bles q ue los testim o n io s de vida, C o n n o tab le p re c isió n es p o sib le d e fin ir y clasificar
los fra g m en to s de cerám ica, hasta que, a p a rtir de la in v e n c ió n de la a lfa re ría, ésta se
vuelve v e rd a d e ra m e n te d e te rm in a n te p ara la d e lim ita c ió n de la c ro n o lo g ía de cada
u n a de las civilizacion es. Las fo rm a s de co m p o rta m ie n to , p o r n o h ab lar d e las ideas,
d e l h o m b re p r im it iv o s o n in te lig ib le s e n la m a y o ría d e lo s casos só lo in d ir e c t a ­
m e n te ; y, c o n el au m e n to d el m ate ria l y el p ro g re so m e to d o ló g ic o , crece la cautela
ante la c o n fro n ta c ió n de in te rp re ta c io n e s p re cip ita d as, ta m b ié n en el cam p o de la
re lig ió n : ya n o es ad m isib le d e fin ir com o « r e lig io s o » o « r it u a l» to d o aq u ello q u e

1 M euli (194.6) j HN, pp. 2 0 - 6 9 ; M . Eliade, Histoire des croyances et des idées religieuses, I, [9 7 6 , pp. I 3 “39
[trad. esp. : Historia de las creenciasy las ideas religiosas, :Γ9 9 6].
ι8 1. PREHISTORIA Y ÉPOCA MINOICO-MICÉNICA

n o se co m p re n d e y « e x p lic a r lo » c o n algu n a an alo gía to m ad a de q u ié n sabe d ó n d e .


S in em b argo , el p rin c ip io crítico o p u esto , q u e exige e n cada caso la p ru e b a p ositiva
de u n sen tid o re lig io so , c o rre el riesg o , co m o to d o m in im a lism o , de d escu id a r p r e ­
c isam en te lo s aspectos m ás im p o rta n te s . A este re sp e cto , p o d e m o s c o n s id e ra r que
re p re se n ta c io n e s re lig io sa s, co m o p ro c e s io n e s y danzas, c o ro n a s y m áscaras, sa cra ­
m en to s y c e re m o n ia s, n o tie n e n p o r q ué d e ja r la m ín im a h u e lla . E l p rim itiv o arte
fig u ra tiv o p u e d e o c a sio n a lm e n te se rv ir de ayuda, p e r o c o m p o rta sus p ro p io s p r o ­
b lem as in terp retativ o s.
P o r o tra vía, es p re cisa m en te la le n g u a la que c o n d u ce a la p re h isto ria : el g riego
p erte n ec e al g ru p o de las len gu as in d o e u ro p e a s y la re c o n stru c c ió n cie n tífica de u n
« p r o t o in d o e u r o p e o » c o n tie n e en sí m ism a el p ostu lad o de u n p u e b lo de « in d o e u ­
r o p e o s » e n el I V o en el III m ile n io . S in em bargo, el p ro b le m a que rep resen ta p o n e r
e n re la c ió n u n ívo c a lo s resu ltad os de la in v estig a ció n lin g ü ística c o n lo s h allazgos de
las excavaciones p arece ser in so lu b le : n i la « p a tria o r ig in a ria de lo s in d o e u r o p e o s » ,
n i la m ig r a c ió n a G r e c ia de lo s g r ie g o s in d o e u r o p e o s , n i s iq u ie ra la m ig r a c ió n
d o ria , m u c h o m ás ta rd ía e h is tó ric a m e n te te stim o n ia d a , p u e d e n ser v e rific a d a s de
m o d o in c o n tro v e rtib le sob re la base de h allazgos a rq u eo ló g ico s, de la cerám ica, o de
las fo rm a s de e n te rra m ie n to 2.
Y a e n el p a le o lític o , G re c ia estaba h a b ita d a p o r e l h o m b r e 3. L o s asen ta m ien to s
p erm a n e n te s em p iezan en el p a le o lític o in f e r io r 4 ( v i l m ile n io ) : sus o ríg e n e s p re c e ­
d e n a la in v e n c ió n d e la c e rá m ic a . C o n e llo c u lm in a el d ecisivo trá n s ito d e u n a
so c ie d a d d e c a z a d o r e s -re c o le c to r e s a o tra de a g ric u lto re s y g a n a d e ro s. E n c o n s e ­
cu en cia, sus cen tro s de asen tam ien to so n las lla n u ra s fértile s, p a rtic u la rm e n te la de
T esalia, d o n d e se e n c u en tra la im p o rta n tísim a zon a a rq u e o ló g ic a de S e sk lo 3, la p r i ­
m e ra e n ser excavada, c o n v ertid a e n e p ó n im a de los estadios de la civiliz a ció n n e o ­
lítica; la sigu en M a ce d o n ia , p o r u n la d o , B e o c ia , A rg ó lid e y M esen ia p o r o tro ; antes
del fin a l d el V II m ile n io su in flu e n c ia llega in clu so hasta G reta.
Esta c ivilizació n agríco la, la m ás a n tigu a de E u ro p a , p ro v e n ía de O rie n te . N i los
c erea le s, ceb ad a y tr ig o , n i lo s a n im a le s de c ría m ás im p o rta n te s , cabras y ovejas,
e ra n o r ig in a rio s de G re c ia . L o s in ic io s de la c ivilizació n n e o lític a están en el « C r e ­
ciente fé r t il» e n tre I r á n y je r i c ó ; de a llí se d ifu n d e n p o r A sia M e n o r: en la A n a to lia
m e r id io n a l h a sa lid o a la lu z re c ie n te m e n te , g ra c ia s a las excava cio n e s d e Ç a ta l
H ü y ü k y H a c ila r 6, u n cen tro c o n rasgos q ue a p u n ta n claram en te a Sesklo . T a m b ié n
la cerám ica p in tad a vin o a G re c ia de O rie n te , com o la m etalu rgia, e n el III m ile n io ,
y, m ás tard e a ú n , el im p u lso h acia la civiliz a ció n e vo lu cio n ad a y la c iviliz a ció n de la
e scritu ra . L a fó rm u la de la « c o r r ie n te c u ltu ra l E s t e - O e s t e » 7 caracteriza la re a lid a d

2 Véase I 2; I 4 , en particular la discusión en Crossland -B irch all.


3 H allazgos más recientes en Petralona (T esalia): BC H 8 9 ( 1 9 6 5 ) , p p . 8 1 O - 8 1 4 ; V . M ilo jc ic, J .
Boessneck, D . J u n g y H . Schneider, Paläolithikum um Larissa in Thessalien, 19 6 5*
4 F. Matz, DieAegäis. Handbuch der Archäologie, II, 195 ° · F. Schacherm eyr, Die ältesten Kulturen Griechenlands,
1 9 5 5 ; REXXII ( 1 9 5 4 ) , cols. 1 4 8 3 - 1 4 8 6 ; Dos ägäische Neolithikum, 1 9 6 4 ; Aegäis und Orient, 1 9 6 7 ; Dieägäis-
che Frühzeit, I, Die vormykenischen Perioden (SB W ien 3 ° 3 )> * 9 ^ 7 ; Verm eule (i), pp. 1 9 - 2 2 ; S. G . W ein­
berg, GAH, I, pp. 5 5 7 - 6 1 8 ; M ü lle r-K a rp e II—III ; Christopulos, 1 9 7 4 - N a rr, 1 9 7 5 » D . R . T h e o ­
charis (ed.), Neolithic Greece, 1977 *
5 Gh. Tsountas, HaiproistorikaiAkropoleisDiminioukaiSesklou, 1 9 0 8 .
6 J . M ellaart, Çatal Hüyük. A neolithic town in Anatolia, 1 9 6 7 ; Excavations at Hacilar, I - l l , 19 70 .
7 F. Schacherm eyr (cfr. n. 4 )·
1. NEOLÍTICO Y PRIMERA EDAD DEL BRONCE 19

de estos L ech o s. P ero tam b ién al N o rte , e n la fé r til cuen ca d a n u b ia n a m ás allá de lo s


m o n tes b a lcán ico s, se c o n fig u ra ro n , ya desde el V I m ile n io , civilizacion es ca m p esi­
nas q ue e je rc ie ro n re p etid a m e n te su in flu e n c ia sobre G re c ia ; algu n as características
de la fo rta le z a de D im in i e n T e s a lia y d e la c e rá m ic a a llí d e sc u b ie rta se e x p lic a n
co m o u n a p ro b a b le avanzada de estas p o b la c io n e s en el IV m ile n io .
E n gen eral, el n eo lítico griego parece abarcar, sin fracturas radicales y sin p r o fu n ­
das d ife re n c ia c io n e s, u n p e r ío d o de m ás de tres m ile n io s . E scaso s so n e n tod a esta
ép o ca lo s te stim o n io s relativos a la r e lig ió n ; in c lu so d ism in u y e n en el cu rso de su
d e sa rro llo . E l co m p le jo m ás im p o rta n te de hallazgos de p ro b a b le relevan cia religio sa
está re p re se n ta d o p o r las estatu illas, q u e a c o m p a ñ a n ta m b ié n el n e o lític o asiático ,
a fr ic a n o y e u ro p e o : p e q u e ñ a s fig u ra s de a rc illa , a v e c e s de p ie d r a , g e n e ra lm e n te
rep resen tacio n es de m u jeres desnudas, a m en u d o co n exagerada acen tu ación del b a jo
v ie n t r e , las n algas y el sexo . E je m p lo s p re c e d e n te s d e este tip o se re m o n ta n ya al
p a le o lític o y so b re v iv e n p o s te rio rm e n te e n d iversas fo rm a s h asta el p e r ío d o de las
civiliz a cio n e s s u p e rio re s, en G re c ia , p o r lo m e n o s hasta la ép o ca arcaica. D esde lo s
o ríg e n e s hasta su d e sa p a ric ió n h a n c o m p o rta d o s ie m p re p ro b le m a s de in t e r p r e t a ­
ció n : según u n a in te rp re ta c ió n antigua y co rrie n te , re p rese n ta ría n u n a d io sa m ad re,
im a g e n sim b ó lica de la fe r tilid a d de h o m b re s, a n im ales y tie rra . S e ría te n ta d o r v e r
u n a re la c ió n co n el p re d o m in io de d ivin id ades fem en in as en el culto griego h istó rico
y c o n la « S e ñ o r a » d el m u n d o m icén ico rep resen tad a en m ú ltip les ocasiones. Pero se
sa ld ría de lo s c o n fin e s de lo d o cu m en ta b le ; el h ech o de que estas fig u ras a m e n u d o
sean e n co n trad as en gru p o s, de que n o se p u ed a h a b lar de u n a c o n e x ió n segura c o n
san tu arios, h a suscitado u n crecien te escepticism o hacia esta in te rp re ta c ió n 9.
L o s h allazgos m ás sin gu lares, m ás in teresan tes y al m ism o tiem p o m ás c o m p r e n ­
sibles so n lo s de Ç a ta l H ü yü k. A q u í, e n la ciu d a d p ro to n e o lític a , se ha e n c o n tra d o
u n a serie de « s a n t u a r io s » , cám aras c o n características p ro p ia s d e n tro de casas c o n
varias h a b ita cio n e s. Sus rasgos d istin tivos so n e n te rra m ie n to s secu n d a rio s (es d ec ir,
que c o n tie n e n sólo h u eso s), b an cos c o n c u e rn o s de to ro s, p in tu ra s p arietales f ig u ­
rativas y sob re to d o escultu ras de u n a « G r a n D io s a » c o n las m an o s levantadas y las
p ie rn a s separadas ju n to a la p ared , evid en tem en te la m ad re p ro g e n ito ra de lo s a n i­
m ales y de la vid a en g e n e ra l. G u a n d o ju n to a u n a estatu illa fe m e n in a se e n cu en tra
u n c o m p a ñ e ro de aspecto in fa n til o b ie n o tra p o d e ro sa fig u ra de m u je r está d an d o
a lu z a u n n iñ o , e n tro n iz a d a e n tre dos le o p a r d o s , o c u a n d o u n a p in tu r a p a r ie ta l
re p rese n ta h o m b re s d isfrazad os de le o p ard o s q ue cazan al to ro , en to n ces es in n e g a ­
b le el n exo c o n la « G r a n M a d r e » m in o ra siá tic a de épo ca h istó ric a , co n sus le o p a r­
dos o le o n e s, su paredros, el g ru p o m ascu lin o y el s a c rific io d el to r o . L a c o n tin u id a d
re lig io sa p o r m ás de cin co m ile n io s es aq u í so rp re n d e n te m e n te clara.
E s c u e stio n a b le , e n c a m b io , si a p a r t ir de estos p re su p u e sto s , en v ir tu d de la
« c o r r ie n t e c u ltu r a l E s t e - O e s t e » , se p u e d e a r r o ja r lu z so b re la r e lig ió n n e o lític a
co m o tal o so b re la re lig ió n de la G re c ia n e o lític a e n p a rtic u la r. J . G . F raz e r h ab ía

8 M ás significativos son los testim onios de la cuenca danubiana, de la que parte Gim butas 1 9 7 4 -
U na tentativa precedente de una amplia síntesis: G . R . Levy, The Gate o f Horn, 19 4 8 = Religious Concep­
tions o f the Stone Age, 1 9 6 3 .
9 Sobre el debate, cfr. D . B . Th om pson, Troy Suppl. Ill: The Terracotta Figurines ofthe Hellenistic Period, 1 9 6 3 ,
pp. 8 7 - 9 ^ ; M ü lle r-K a rp e , II, pp. 3 8 0 - 3 9 5 ; P. J · Ucko, Anthropomorphic Figurines ofPredynastic Egypt and
Neolithic Crete with Comparative Material from the Prehistoric N ear East and Mainland Greece, 1 9 6 8 ; W . H elck,
Betrachtungen zurgrossen Göttin, 19 7 I ; D ietrich, pp. 9 - I I ; véase además la η. 3 3 ·
2 0 1. PREHISTORIA Y ÉPOCA MINOICO-MICÉNICA

e x tra íd o de « A d o n is - A t is - O s ir is » la im a g e n p r im o r d ia l de la G r a n D io s a c o n su
c o m p a ñ e ro que m u e re , sím b o lo de la ve getació n , q u e an u a lm e n te se m arch ita p e ro
re n a c e d e sp u é s. S ir A r t h u r E va n s la h a b ía e n c o n tra d o e n el m u n d o fig u r a tiv o
m in o ic o 10. S in em b argo , ta m b ié n e n este caso, la g ra n síntesis está b ie n le jo s de ser
u n á n im e m e n te co m p a rtid a . L as in vestigacio n es de lo s especialistas p o n e n de relieve
las p artic u la rid a d e s de cada u n o de lo s respectivos cam p os; las m ín im a s p o s ib ilid a ­
des com un icativas de la E d a d de P ie d ra llevan a e sp erar el fra c c io n a m ie n to e n lu ga r
de la u n id a d e s p ir itu a l. E n e fe c to , e n tre las e sta tu illa s de S e sk lo , se e n c u e n tra n
diversas fig u ras m ascu lin as e n tro n iz a d a s11, m ie n tra s q u e las fig u ras fe m e n in a s están
de p ie o a c u rru c a d a s, lo q u e p re s u p o n e u n o r d e n p a tria rc a l, q u iz á u n a d iv in id a d
m ascu lin a, quizá ta m b ié n u n a p a re ja de d io ses. E xiste ta m b ié n la fig u r a de la m u je r
sentada c o n u n n iñ o , la llam ad a kourotróphos12. E statu illas itifá lic a s13, a m en u d o ta m ­
b ié n sim p le s fa lo s 14, p u e d e n s ig n ific a r fe r tilid a d , p e r o ta m b ié n u n a d e m a rc a c ió n
a p o tro p aic a d el te rr ito rio , sin que p u e d a sin em b argo asegu rarse c o n certeza.
U n e d ific io de N e o N ik o m id ia (M a ce d o n ia ) h a sid o d e fin id o co m o « t e m p lo » ;
se e n c u e n tra , aislado y re lativam en te g ra n d e , e n m e d io d el a sen ta m ien to ; c o n te n ía
e xtrañ o s re c ip ie n te s y cin co e sta tu illa s1®. L a c o n stru c c ió n es d el V I m ile n io , de u n a
ép o ca m u ch ísim o m ás alejada de H o m e r o de lo q ue lo está H o m e r o de n u e stro p r e ­
sen te . E n o tro lu g a r se h a n e n c o n tra d o a lg u n o s in d ic io s , a u n q u e d is c u tid o s , de
lu gares d estin ad os a sa crific io s y a lta re s16. C ierta s fosas sacrificiales, sob re to d o en la
« m a g u ía » de O tzaki e n T e salia 17, c o n capas de ceniza, h u esos de an im ales, fra g m e n ­
tos de re c ip ie n te s y fig u r illa s , se a trib u y e n a u n a in flu e n c ia d el n o rte de lo s B a lc a ­
nes. P arece que algunas cuevas, co n vertid as d espués en san tu ario s, fu e r o n utilizad as
aú n e n el n e o lític o com o vivie n d a s18.
S in e m b a rg o , es líc ito s u p o n e r u n a c ie rta c o n tin u id a d de la r e lig ió n e n tie r r a
grie ga c o n secu en te c o n la in e rc ia de la c u ltu ra y de las costu m b res cam p esin as. L o s
a n im a le s s a c r ific a d o s e n tre lo s g r ie g o s s o n la o v eja y la vaca, la c a b ra y e l c e rd o ,
m ie n tra s q ue el asno y el caballo so n g e n e ra lm e n te exclu id o s. E sto s ú ltim o s n o fu e ­
r o n in tro d u cid o s hasta el III o el II m ile n io ; p o r tanto, ya antes de esta épo ca el m ito
d e b ía p r e s c r ib ir lo s a n im a le s d o m é stic o s n e o lít ic o s . E n A ji l io n , e n T e s a lia , se

10 Véase Introducción I, n. 15 ; 1 3 . 5 , n. 3 8 .
11 Christopulos, p. 6 6 ; N arr, p. 16 3 ·
12 M ü lle r-K a rp e , II, lám. 133 * *6; C h . Zervos, Naissance de ¡a civilisation en Grèce, 19 6 2 , p. 3 0 5 , fig. 3 9 5 ;
lám. G ; cfr. Price (19 7 8 ).
13 E n particular una gran figura procedente de Larisa (Museo Nacional de A ten as), Christopulos, p.
9 0 , Gim butas, p. 2 3 2 , que sin em bargo es más bien protoheládica (H . M öbius, AA [ 1 9 5 4 L PP·
2 0 7 - 2 1 6 ) ; cfr. una figura m edioheládica de Zerelia: A . J . B . Wace y M . S. T h o m p so n , Prehistoric
Thessaly, 1 9 1 2 , p. 1 6 3 , fig. ΙΟ.
14 Gim butas, fig. 2 1 9 ; Zervos (supra η. 1 2 ) , p. 2 5 ° . Sobre la interpretación, véase infra III 2 .8 , n. 4 ;
HN, p. 7 0 .
15 M ü lle r-K a rp e , II, p. 4 5 1 » n ° I 2 I·
16 A lta r a cielo abierto en un patio de Q ueronea: Christopulos, p. 9 I ; un hogar en el patio central
de D im in i; fosas sacrificiales en Elatea: M ü lle r-K a rp e , II, p. 3 4 6 .
17 J . M ilo jcic von Zum busch y V . M ilo jcic, Die deutschen Ausgi'abungen a uf der Otzaki-Magula in Thessalien, I,
19 7 I · M ü lle r-K a rp e , II, p. 4 5 L n ° I 2 3 : N arr, p. 16 9 .
18 G ruta de Franjzi (A rgólid e): M . H . Ja m eso n , Hesperia 3 8 (1 9 6 9 ) , pp. 3 4 2 - 3 8 I ; Arch. Rep. ( 1 9 7 1 -
1 9 7 2 ) , p. IO; gruta de M aronea (Tracia): Ergon ( 19 7 1), pp. 94 ,- Ι θ 5 ; Arch. Rep. ( 1 9 7 1 - 1 9 7 2 ) , p. 1 8 ;
gruta de Kitsos cerca de L au rion : Arch. Rep. ( l 9 7 I _ I 9 7 2 )> pp· 6 s. ; gruta de Pan en M aratona: Ergon
(1 9 5 8 ) . pp. 1 5 - 2 2 ; Rutkowski, pp. 2 7 2 s . ; M ü lle r-K a rp e , II, p. 4 5 ° ’ n ° 1 1 7 ·
1. NEOLÍTICO Y PRIMERA EDAD DEL BRONCE 21

e n c o n tró u n a p e q u e ñ a m áscara de a rc illa co lga d a de u n a e sp ecie de p a lo 19, lo q u e


recu e rd a in m ed iatam en te las colu m n as c o n m áscaras de D io n is o que aparecen en las
re p re se n ta c io n e s de algu n o s vasos g rie g o s; n o obstante, el m o d e lo n e o lític o se data
ya h a cia 6 0 0 0 a .G . U n fra g m e n to , in c lu id o e n tre la cerá m ica de D im in i, m u estra
u n a fig u r a h u m a n a c o n las m an o s levan tad as e n el gesto de la « e p i f a n í a » 20, c o m o
aparece e n el arte m in o ic o -m ic é n ic o e in c lu so antes, ya e n Ç atal H ü yü k.
E n t r e las fiestas a grarias de lo s g rie g o s, las T e sm o fo ria s d an la im p r e s ió n de ser
de e x tra o rd in a ria an tigü edad : se co n sid e ra que p ro c e d e n de la E d a d de P ie d ra 21. U n
ra sg o e sp e c ífic o de estas fiesta s e ra e l s a c r ific io de c e r d o s ; e n e fe c to , n o es r a r o
e n c o n tra r cerd o s vo tivo s de a rc illa e n lo s sa n tu a rio s de D e m é te r. U n a in te re sa n te
escu ltu ra q ue re p rese n ta u n cerd o , p e rte n e c ie n te de n u evo al p r o t o n e o lític o 22, fu e
en c o n tra d a e n N ea M a k ri, ju n t o a M a ra tó n . L o s cerd os de te rra co ta c o n gran os de
c e re a l in c ru sta d o s e n c o n tra d o s e n lo s B a lc a n e s están e n r e la c ió n e v id e n te c o n la
a g ric u ltu ra 23. E n H e r m io n e tie n e n lu g a r « s a c r ific io s se c re to s » a D e m é te r d e n tro
de u n c írc u lo fo rm a d o p o r g ru esas p ie d r a s s in la b r a r : es d if íc il a tr ib u ir lo s a o tra
ép o ca q ue a la E d a d de P ie d ra 24. B a jo esta p ersp ectiva p u e d e n co n sid e ra rse algu nos
a n tiq u ísim o s co m p o n e n te s au tó cto n os de la re lig ió n g riega, in c lu so au n q u e los te s­
tim o n io s estén c o n sid e ra b le m e n te d isp e rso s y haya serias lagu n as que só lo p u e d e n
ser p a lia d a s p o r m e d io de c o n je tu ra s ; n u e v o s h a lla z g o s lo g r a r á n qu izá c o lm a r las
lagun as e n el fu tu ro .
E l paso a la E d a d d el B ro n c e se p ro d u c e e n el tran scu rso d el III m ile n io gracias a
nuevos im pulsos de O rien te. M ientras en M esopotam ia y e n el valle del N ilo se d esa rro ­
lla b a n las p rim e ra s civilizacio n es e vo lu cio n a d a s, c o n la m e ta lu rg ia llega a G re c ia , a
través de A s ia M e n o r, u n cre cie n te p ro g re so c u ltu ra l. T r o y a 25 alcanza e n to n ces u n
p r im e r p e r ío d o de p ro s p e r id a d , co m o te stim o n ia el « T e s o r o d e P r ía m o » . G re c ia
n o alcanza este d e sa rro llo . S in em b argo , co m o c o n se cu en cia de la d iv isió n del t r a ­
b a jo y de la c o n c e n t r a c ió n de riq u e z a y p o d e r , n a c e n ta m b ié n a llí a se n ta m ie n to s
s im ila re s a c iu d a d e s, a m u ra lla d o s y c o n g ra n d e s e d ific io s c e n tra le s. L o s m e jo re s
re su lta d o s se h a n co n se g u id o e n las excavaciones de L e r n a en A r g ó lid e ; su n o m b re
p u ed e re la c io n a rse c o n la len gu a p ro to h á tica de A n a to lia 26: ab u n d an tes « fu e n t e s »
c aracterizan el lu g a r. A q u í se e rig ió u n a esp ecie de p ala c io , la « G a s a de las T e ja s » ,
lla m a d o así p o r sus restos característicos; fu e vio le n ta m en te d estru id o h acia 2 I 0 0 27.
E l ritm o de la h isto ria se acelera; se n o ta u n a m ayo r d ife re n c ia c ió n in clu so en el
p a isa je . S e d is tin g u e al m e n o s la c iv iliz a c ió n d e l c o n tin e n te , q u e a h o ra se lla m a

19 Gim butas, p. 6 1, fig. 18 (encontrada en 1973 ); sobre los «vasos len eo s» véase V 2 .4 , n. 2 2 . M ás­
caras de Sesklo: N a rr, p. 16 3 .
20 K . G rund m ann , J d l 6 8 ( 1 9 5 3 ) , p· 2 8 , fig. 3 3 ; véase I 3 . 2 , n. 14 .
21 S im o n , p . 9 2 ; véase I 2-5-
22 A M 7 1 (1 9 5 6 ), p. 2 4 , Beilage, 15 , I.
23 Gim butas, p. 2 11.
24 Paus. 2 , 3 4 , IO, cfr. 7, 2 2 , 4 i 9 > 3 ®> 1 (O rcóm eno); po r supuesto, el uso de estos círculos de piedra
—com o tam bién los de Eu ro p a occidental— no fue siem pre continuo. U n santuario de piedra es
tam bién el lugar de iniciación de Gilgal (A T Gs 4 , 2 0 ; 5 , 9 ). L a circuncisión, como la castración
en el culto de A tis, se efectúa con un cuchillo de piedra.
25 G . W . Biegen (ed.), Troy, I, 195 ° · Entre Troya y Grecia debe m encionarse Poliojni en Lem nos: L .
Bernabo Brea, Poliochni, [ 9 6 4 - 1 9 7 6 .
26 Prefijo plural protohático le- y arinna, arria « fu e n te » : lo duda E . Forrer, Glotta 2 6 ( 19 3 8 ), pp. 19 5 ss.
27 J · Gaskey, Hesperia 2 9 ( i9 6 0 ), pp. 2 8 5 - 3 0 3 ; Verm eule (i), pp. 3 4 - 3 6 ·
22 1. PREHISTORIA Y ÉPOCA MINOICO-MICÉNICA

« p r o t o h e lá d ic a » , d e la c iviliz a ció n « c ic lá d ic a » de las islas d el E g e o y de la « p r o t o -


m in o ic a » d e G re ta , q u e p r o g r e s a s in r u p tu r a h a c ia la c iv iliz a c ió n e v o lu c io n a d a
m in o ic a .
L o s d o cu m en to s de la re lig ió n p ro to h e lá d ica p arece n ser aú n m ás escasos que los
d el n e o lític o . Las estatuillas se vuelven cada vez m ás raras, in d icio quizá de u n a d ism i­
n u c ió n d el culto p riv a d o y d o m é stic o . E n c a m b io , existen claros restos de u n culto
s a c rific ia l. D e la c o n stru c c ió n de L e r n a q u e p re c e d ió a la « G a s a de las T e ja s » p r o ­
v ie n e u n g ra n p iló n de te rra co ta , b a jo , re c ta n g u la r y rica m e n te d e c o ra d o , c o n u n a
cavidad e n el cen tro en fo rm a de d o b le h ach a; p resen ta restos de fu eg o y, p o r tanto,
d e b ió de se rv ir c o m o h o g a r c e r e m o n ia l28. E n algu n as c o n stru c c io n e s c irc u la re s de
O rc ó m e n o se h a n e n c o n tra d o n o to ria s capas de ceniza, q u e se a trib u y e n s in d u d a a
s a c rific io s 29. Im p o rta n tísim o es el h allazgo de E u tresis e n la isla de E u b e a 30: e n u n a
de las casas d el y a c im ie n to , u n p a tio d e la n te r o y u n a sala c o n d u c ía n a u n a te rc e ra
h a b ita c ió n m ás gran d e, que ten ía, adem ás d e l h a b itu al h o g a r ad osado a la p ared , u n
b an co de p ie d ra en el cen tro y u n a p la ta fo rm a c ircu la r d ecorad a, que m ostrab a restos
de fu ego y huesos de an im ales; u n a fosa de o fren d as co n te n ía cenizas, huesos de a n i­
m ales y cerám ica d e te rio ra d a p o r las llam as; ju n to a la p la ta fo rm a se e n c o n tra b a u n
re cip ie n te en fo rm a de to ro : el m ás an tigu o ritó n c o n fo rm a de a n im al. A q u í d eb ie ­
r o n de te n e r lu gar sacrificio s de an im ales acom pañad os de lib acio n es, aun cu an d o n o
se e n cu en tre n im ágenes de u n « d io s » , se p u ed e h ab lar de u n « s a n tu a r io » . U n a fosa
de o fre n d a s de u n estrato m ás an tigu o e n E u tresis co n te n ía u n p eq u e ñ o p ila r de p ie ­
d ra, u n « b e t ilo » . E n la c o n stru c c ió n de ép o ca a n te rio r al san tu ario se d escu b rió el
en igm ático chásma, u n p ozo c ircu la r c o n fo rm a de e m b u d o , de seis m etro s de d iá m e ­
tro y de u n a p ro fu n d id a d de m ás de tres m etro s, ro d ea d o p o r u n m u ro c irc u la r; ¿es
lícito asociarlo a las p o ste rio re s c o n stru ccio n es circu lares en to rn o a fosas sa crific ia ­
le s ? D e ép o ca p o s te rio r al sa n tu ario es u n n o to rio e d ific io c o n u n a g ra n h a b ita c ió n
que co n tie n e u n a co lu m n a cen tral, sin n in g ú n otro in d ic io de fu n c ió n cultual.
G u a n d o la « G a s a de las T e ja s » fu e d estru id a , e vid en tem en te a c o n se c u en cia de
u n ata q u e e n e m ig o , se le v a n tó so b re sus r u in a s u n g r a n tú m u lo r e d o n d o q u e fu e
re sp e ta d o d u ra n te s ig lo s 31, c o m o s ím b o lo de u n m u n d o p e r d id o y q u izá ta m b ié n
c o m o c en tro de culto d ed icad o a a lg ú n p o d e r « c t ó n ic o » . E n tre lo s que lo v ie r o n y
re sp e ta ro n estaban ya sin d u d a lo s g rie g o s de len gu a griega.
A l fin a l de la épo ca p ro to n e o lític a , se h a b ía d ifu n d id o la n avegació n en to rn o a
las C icla d a s, de h ec h o , la o b sid ia n a d e la isla de M elo s re p rese n ta b a u n a m erca n c ía
m u y p re ciad a . L a c iviliz a ció n ciclá d ica de la E d a d d el B r o n c e 32 se fu n d a e n la a g ri­
c u ltu ra y el artesan ad o c o m b in a d o s c o n el c o m e rc io m a rítim o ; p eq u eñ as c o m u n i­

28 Verm eule (i), pp. 3 9 , 4 4 > lám . I V G ; M ü lle r-K a rp e , III, p. 6 4 6 .


29 H . Bulle, Orchomenos, I, 1 9 0 7 , pp. i g - 2 5 - M ü lle r-K a rp e , III, p. 6 4 7 . lám. 4 0 3 F ; RE Sup pi. X I V
(1 9 7 4 ) col. 3 0 3 ; cfr. asimismo M ü lle r-K a rp e , III, p. 8 7 4 ·
30 H . G oldm an, Excavations at Eutresis in Boeotia, 1 9 3 1 , pp. Ι 5 “ 2 0 ; J . Gaskey, Hesperia 2 9 ( i9 6 0 ), pp. 15 IS .
(« G a s a L » Protoh elád ico I I ); ritó n : G o ld m a n , lám . V I I , M ü lle r-K a rp e , III, lám . 4 0 7 G 1 4 ;
betilo: M ü lle r-K a rp e , III, p p . 6 4 6 s., lám . 4 0 7 B 4 ~ 7 i chasma: Hesperia 2 9 ( i9 6 0 ) , pp. I 3 7 _I 3 9 >
16 2 s ., Verm eule (i), p. 4 4 · Sobre las construcciones circulares griegas: F. Robert, Thymélè. Recher­
ches sur la signification et la destination des monuments circulaires dans l’architecture religieuse de la Grèce, 1 9 3 9 .
31 Hesperia 2 9 ( i9 6 0 ) , p. 2 9 3 ; Verm eule (i), p. 3O ; M ü lle r-K a rp e , III, p. 6 4 6 .
32 C h . Zervos, L ’art des Cyclades, ¡ 9 5 7 ' G . R en frew , « T h e D evelopm en t and C h ro n o lo g y o f E arly
Gycladic F ig u rin e s», AJA 73 ( ^ 6 9 ) > PP· I _ 3 2 ; Verm eule (i), pp. 4 5 “ 5 7 ¡ M ü lle r-K a rp e , III, pp.
1 5 1 - 1 5 5 ; Renfrew, 19 72 .
1. NEOLÍTICO Y PRIMERA EDAD DEL BRONCE 33

dades flo re c ie n te s d e s a rro lla ro n su p r o p io estilo e n la c o m u n ic a c ió n c o n O rie n te y


O c c id e n te . D ig n a s de a te n c ió n so n las c o n stru c c io n e s de g ran d e s tu m b as, algu n as
de ellas cu b ie rta s p o r u n a « fa ls a b ó v e d a » , p a r a e n te rr a m ie n to s c o le ctivo s. D e las
tum bas p ro v ie n e n las ob ras artísticas que m ás h a n c o n trib u id o a h acer fam oso el arte
de las C icla d a s, tanto q ue se co n v ie rte casi e n u n a m o d a : lo s íd o lo s de m á rm o l q u e
a ve ces alcanzan d im en sio n es m o n u m en tales. E l tip o p rin c ip a l rep resen ta u n a m u je r
d esn u d a, de p ie , au n q u e n o p u ed e sosten erse sobre sus p ies exten d id os h acia a b ajo ,
c o n lo s b ra z o s ríg id a m e n te cru z a d o s b a jo el p e c h o , c o n la c a ra a p e n a s esb o zad a,
m ir a n d o h a c ia a r r ib a . Se h a n e n c o n tra d o ta m b ié n fig u r a s de m ú sic o s c o n l ir a o
fla u ta . T ales fig u ra s n o se c re a b a n e x clu siv a m e n te c o m o o fre n d a s fu n e r a ria s : u n a
estatua g ra n d e se r o m p ía e n p ed azos p a ra q u e en trase e n la tu m b a . E l o b se rv a d o r
m o d e rn o q u ed a fascin ad o ante la fo rm a abstracta y sin em b argo a rm o n io sa , p e ro la
in te rp re ta c ió n h is tó ric o -re lig io s a sigue sien d o m era e sp ecu lació n : ¿se trata quizá de
u n a « G r a n D io s a » , m a d re de la v id a y d e la m u e r te , o s o n d iv in id a d e s , n in fa s u
o fre n d a s al m u erto p a ra que le sirv ie ra n en el M ás A llá 33? A ú n m ás enigm ática es la
fig u ra de u n a « d io s a - p á ja r o » grab ad a sob re u n a lá m in a de p lata, de p ie , p e ro p r o ­
vista de p ic o y alas34. C u a lq u ie r in te n to de in te rp re ta c ió n n o p o d rá en este caso ser
m ás q ue p u ra c o n je tu ra . S in e m b argo , existe ta m b ié n a q u í u n a c o n tin u id a d c o n el
culto g riego de época p o ste rio r, com o lo p ru e b a la fo rm a del característico vaso c u l­
tual, lla m a d o kérnos3S, u n p lato de b a rr o ro d e a d o de p eq u eñ o s cu en cos o tazas.
N ils s o n , a p ro p ó s ito de la re lig ió n h elá d ica , esc rib ió la p id a ria m e n te : « w e k n o w
n o t h in g » ( « n o sab em os n a d a » ) 36. In c lu so d esp u és d e las excavacio n es d e L e rn a y
E u tre s is es p o c o lo q ue h ay q u e a ñ a d ir; s in e m b a rg o , es s u fic ie n te se ñ a la r que lo s
p u eb lo s m ig ra to rio s in d o eu ro p eo s/g rie g o s e n c o n tra ro n y re c ib ie ro n fo rm a s de cu lto
p le n a m en te d esarrollad as. P ara d em o strar el o rig e n m icén ico de la m ito lo g ía griega,
N ils s o n 37 p u so de re lie v e el h e c h o de q u e lo s c en tro s de lo s g ra n d e s c iclo s m ític o s
c o in c id e n c o n los cen tro s m ic é n ic o s; p e ro e n todas p artes las ciu d ad es m icén icas se
e n c u e n tra n e n lo s te r r it o r io s de a se n ta m ie n to n e o lític o s y de la p r im e r a E d a d d e l
B ro n c e , d o n d e se d ifu n d ió la an tigu a cu ltu ra agríco la: T esalia, B eo c ia , E to lia , A tic a
o A rg ó lid e , la lla n u ra del E u ro ta s o M esen ia. D e m o d o q u e p o d ría o c u r rir n o que la
tesis de N ilsso n vaya e n cierto sen tid o dem asiado lejo s, sin o m ás b ie n q u e n o vaya lo
bastante lejos. Se observa que algunos san tu arios, distantes de las p o sterio res ciudades
griegas, o cu p a n el lu ga r de u n antigu o asen tam ien to h elád ico . E sto es aplicable so b re
to d o al Heraion de A rg o s 38, q u izá ta m b ié n al de S a m o s 39 y al de O lim p ia . U n íd o lo
calco lítico fu e e n co n trad o cerca d el san tu ario de A fr o d ita en P afo s40. L a lo calid ad de
L e r n a , ric a e n m a n a n tia le s, será p o s te rio rm e n te el lu g a r de lo s m iste rio s de D io -

33 J . Thim m e, « D ie religiöse Bedeutung der K ykladenidole», AK 8 (19 6 5 ), pp. 7 2 - 8 6 (renacimiento


del difunto en la G ra n D iosa); desde otros puntos de vista, K . Schefold, « H e ro e n u nd Nym phen
in Kykladengrabern», A K 8 (19 6 5 ), pp. 8 7 - 9 0 (« N in fa s » ); «sirvientas» según Nilsson, MMR, pp.
2 9 3 s· U n a figura masculina: J . D örig (ed.), Art antique. Collections privées de Suisse Romande, 1975 * n ° 3 2 ·
34. Verm eule (i), p. 5 3 , fig. 9; Cook, I, p. 3 3 4 .
35 K ern o s de Filakopi, M elos (Museo Nacional de Atenas), Christopulos, p. 1 0 8 ; véase I 3 -4 - η · 2 3 ·
36 MMR, p. 5.
37 TheMycenaean Origin o f Creek Mjthologÿ, 1 9 3 2 , pp. 3 5 _ I^^> véase I 3 .1 .
38 C . W . Biegen, Prosymna. TheHelladicSettlementprecedingtheArgiveHeraeum, 19 37 ·
39 J . M ilojcic, Samos, Ï, Die prähistorische Siedlung unter dem Heraion, I9 6 1 , sobre todo pp. 2 7 - 3 °> 68.
40 F. G . M aier, Report o f the Department o f Antiquities Cyprus, 19 8 1 , p. 1 0 4 , lám. 1 2 , 3 ·
24 1. PREHISTORIA Y ÉPOCA MINOICO-MICÉNICA

n is o 41; el vaso c o n dos asas de este d io s, el kántharos, re p re se n ta e n L e r n a u n a típ ica


fo rm a de re c ip ie n te de la E d a d d el B ro n c e m ed ia. Y algun os elem en tos que p arece n
falta r o estar sólo en el fo n d o e n la r e lig ió n m in o ic o -m ic é n ic a , en lazan la re lig ió n
griega c o n el n e o lític o y el p ro to h e lá d ic o : sa crific io s de an im ales c o n fu eg o , re p r e ­
sen tacion es itifálicas y m áscaras. A u n q u e n o se p u ed a n to m ar a la lig e ra las m ú ltip les
lín e a s d e fra c tu ra de la tr a d ic ió n y las in n u m e ra b le s catástro fes de la era p rim itiv a ,
sie m p re h a n seg u id o a firm á n d o se fu erzas c o n tin u ista s y p ro b a b le m e n te e n n in g ú n
sitio tanto com o en la esfera de la re lig ió n .

2. Elem entos in d o e u r o p e o s

Se sabe ya desde h ace tie m p o q u e la le n g u a g rie g a está e strech am en te e m p a re n ta d a


c o n u n g ru p o de len gu as de E u r o p a y A s ia , hasta el p u n to de q ue es p o sib le re c o n s ­
t r u ir , a p a r tir de detalles de la fo n é tic a , d e la m o rfo lo g ía y d e la fo rm a c ió n d e p a la ­
b ras, u n a le n g u a c o m ú n o rig in a ria lla m a d a « in d o e u r o p e o » 1. D e p a rtic u la r in terés
son los rasgos com unes a aquellas dos lenguas de las que desde u n p rin c ip io se p o seía n
los m ás an tigu o s testim o n io s: el g rie g o h o m é ric o y el sán scrito vé d ic o . E l d e sc u b ri­
m ie n to d e l h itita y de las le n g u a s a fin e s a n a to lia s, q u e se r e m o n t a n a la p r im e r a
m itad d el II m ile n io , h a h ech o m ás co m p lejas las co rre lac io n e s, p e ro ha c o n firm a d o
e n e se n c ia la r e c o n s tr u c c ió n de u n id io m a c o m ú n . L a c o n c lu s ió n o b via es q u e la
len gu a fru to de la re c o n stru c c ió n fu e en a lgú n m o m en to hablada p o r u n « p u e b lo » ,
p o r u n g ru p o o p o r g ru p o s de « in d o e u r o p e o s » . E ste p u eb lo se d ivid ió e n g ru p o s,
q u e p e n e tr a r o n e n In d ia , A sia , M e n o r y G re c ia , así c o m o e n Ita lia y e n la E u r o p a
o c c id e n ta l y s e p te n trio n a l; e n el tra n scu rso de las m ig ra c io n e s se fu e r o n fo rm a n d o ,
a p a r tir de la le n g u a o r ig in a ria , las le n g u a s h istó ric a s p a rtic u la re s. L a a p a ric ió n de
lo s h ititas rep rese n ta el lím ite te m p o ra l in f e r io r d e n tro de este p ro c e so de d ife r e n ­
c ia c ió n . P o r o tra p arte , el p e río d o de la c o m u n id a d lin g ü ística n o p u ed e ser r e tr o ­
tra íd o m ás y m ás a u n a le ja n a p re h isto r ia : de ser así, e n las in evitab les tr a n s fo rm a ­
cio n es lin g ü ística s de épocas caren tes de e sc ritu ra , vé d ico y g rie g o , p o r e je m p lo , se
h a b r ía n d e b id o d e d e s a r r o lla r de u n a fo r m a ta n d ife r e n te q u e su o r ig e n c o m ú n
resu ltaría irre c o n o c ib le . N o se p o d rá p o r tan to re m o n ta r m u ch o m ás atrás de la p r i ­
m e ra m itad d el III m ile n io .
M u y co n tro v e rtid a es la c o n c re tiz a ció n h istó ric a de estos p ostu lad o s, la c u e stió n
de la « p a t r ia o r ig in a ria de los in d o e u r o p e o s » , que s ig n ific a ría asign ar a u n a c iv ili­

41 Los testim onios son sólo de la Antig üedad tardía: Plut. Delsid. et Osír. 3 6 4 F ; Paus. 2, 3 7 . 5 ; A.P. 9,
6 8 8 ; IG II-IIP 3674'i 4 8 4 1 ; IV 6 6 6 ; C/L V I 17 7 9 - 8 o . Kantharoi (m edioheládicos), p o r ejem plo en
Hesperia 2 3 ( 1 9 5 4 ) , lám . 7a; 2 6 ( i g 5 7 )· lám . 4' 3 a ^· En cam bio es p ro to n e o lític a la fig urita, p a rti­
cularm en te bella, de L ern a: Hesperia 2 5 ( 1 9 5 ^), P- [7 5 ■
I No es ah o ra n u estro p ro p ó sito a d e n trarn o s e n e l p ro b le m a de la lingüística in d o e u ro p e a com o
tal. S o b re la « c ie n c ia de la antigü ed ad in d o e u r o p e a » , O . S c h ra d e r y A . N ehring, Reallexikon der
indogermanischen Altertumskunde, 1 9 1 7 - 1 9 2 8 ( 2 a e d .). A S c h e re r (ed .), Die Urheimat der Indogermanen, 19 6 8 ;
É. B en veniste, Le vocabulaire des institutions indoeuropéennes, 1 969 [trad, esp.: Vocabulario de las instituciones
indoeuropeas, 1 9 8 3 ] ; G. C ard on a, H. M. H oenigsw ald y A . S e n n (eds.), Indo-European and Indo-Euro-
peans, 19 7Ο ; J . Puhvel (ed .), Myth and Law among Indo-Europeans. Studies in Indo-European comparative nyitho-
logy, 1 9 7 ° ; B· Schlerath, Die Indogermanen. Das Problem der Expansion eines Volkes im Lichte seiner sozialen Struktur,
1 9 7 3 ; M . M ayrh o fer (ed .), AntiquitatesIndogermanicae, 1974 [J* P· M allo ry -D . Ç3 . Adam s, Encyclopedia
o f Indo-European Culture, 19971 ·
2. ELEMENTOS INDOEUROPEOS 25

za ció n n e o lític a , a rq u e o ló g ic a m e n te id e n tific a b le , la etiq u eta d e « p u e b lo in d o e u ­


r o p e o » 5. Las teo rías lo s sitú an desde lo s m on tes de A lta i hasta A le m a n ia s e p te n trio ­
n a l y n o hay esperanza de u n a respu esta con clu yen te.
G re c ia , e n cu a lq u ier caso, al ig u al q ue Italia, A n a to lia e In d ia fu e « in d o e u r o p e i-
z a d a » só lo d esp u és de u n m o v im ie n to m ig r a t o r io e n la E d a d d el B r o n c e . S in
e m b a rg o la lle g a d a de lo s g rie g o s a G re c ia o , m ás ex actam e n te , la in m ig r a c ió n d e
h a b la n te s d e u n a le n g u a d eriva d a d el in d o e u r o p e o , c o n o c id a p o r n o so tro s c o m o
« g r i e g o » , la le n g u a de los « h e le n o s » , re p rese n ta u n p ro b le m a n o m en o s c o n t r o ­
v e r t id o , in c lu s o a u n q u e esté m e jo r d e f in i d o 3. L a le n g u a g rie g a n o s es c o n o c id a
d esd e el sig lo X IV a .G . e n lo s textos e n lin e a l B . N a d ie p o n e e n d u d a e l h ech o d e
q ue lo s señ o res de M icen as h a b la ra n la m ism a le n g u a ya antes, p o r lo m en o s d esd e
el p e r ío d o d e las tu m bas de fo sa . L as lim ita c io n e s e n la d a ta c ió n de lo s in d o e u r o ­
p e o s h a ce n su m a m en te im p ro b a b le q ue se h ab lase g rie g o en é p o ca p ro to h e lá d ic a ,
p o r e je m p lo e n E u tre sis y e n L e r n a . D e este m o d o , las h ip ó te sis se c o n c e n tra n e n
d os zo n as d e fra c tu ra te stim o n ia d a s a rq u e o ló g ic a m e n te e n las q u e d estru c c io n e s y
nuevos com ienzos atestiguan u n a rad ical tra n sfo rm a c ió n : antes y después d el llam ad o
« p e r ío d o p ro to h e lá d ic o I I I » . E n to rn o a 2 2 0 0 d espués de la d estru c c ió n de T ro y a
II, tam b ién fu e r o n d estruidas E u tresis y la « G a s a de las T e ja s » e n L e rn a . H acia 1 9 0 0
h ace su a p a ric ió n u n in te re sa n tísim o tip o d e c erá m ica , la « c e r á m ic a m in ia » , c o n
b a rn iz g ris p á lid o , q u e de n u evo tien e c o n e x io n e s c o n T r o y a 4. N in g u n a de las d os
c on vu lsion es afecta a G reta, d o n d e la civilización m in o ic a, n o griega, se p rep ara p a ra
la tra n s ic ió n a la civiliz a ció n s u p e rio r. L a e le c c ió n se co m p lic a a q u í ta m b ié n p o r el
m o vim ien to m ig ra to rio de otro s gru p o s, n o griegos p e ro sí in d o eu ro p eo s, « p r e g r ie -
g o s » , que a m e n u d o se cre en e m p a re n ta d o s c o n lo s h ititas y c o n los luvitas de A s ia
M e n o r 5. A d em ás n o se p u ed e exclu ir la p o sib ilid a d de q ue los « g r ie g o s » se h u b ie ra n
in filtra d o g rad u alm en te antes o después, sin conqu istas violen tas n i p ro p ó sito s d e s ­
tructivos. T a m b ié n aq u í es d ifíc il que se p u ed a llegar a u n resu ltad o concluyente e n la
d iscu sió n : n o existen n i u n a cerám ica in d o e u ro p e a n i u n a p ro to g riega.
E l v o c ab u lario d el in d o e u r o p e o c o m p o rta u n m u n d o e sp iritu a l a p a r tir del q u e
se p u e d e n re c o n o c e r escalas de valo res, je r a r q u ía s so ciales y ta m b ié n c o n c e p c io n e s
r e lig io s a s . R e su lta e v id e n te la o r g a n iz a c ió n p a tria r c a l, el p a p e l fu n d a m e n ta l d e l
p a d re e n la g r a n fa m ilia ; la a g ric u ltu ra es c o n o c id a , p e r o t ie n e n m u c h a m a y o r
im p o r t a n c ia el p a s to re o , el g a n a d o v a c u n o y el c a b a llo . E llo n o s lleva p o r tan to a
im a g in a r u n p u e b lo g u e rre ro de n ó m ad as o sem in ó m ad a s q u e vivían al m arg e n de
las c iv iliz a c io n e s s u p e rio re s e n vías d e d e s a r r o llo p e r o q ue c o n s ig u ie r o n d esp u és

2 L a tesis de la cultura de la cerámica cordada, que dom inó durante u n cierto período (por ejem ­
plo Schwyzer, p. 5 2 ) ha perdido crédito p o r sus abusos políticos; véase M ü ller-K a rp e , III, p. I O .
C f r . R . P ittio n i, Propyläen-Weltgeschichte, I, 1 9 6 1 , p p . 2 5 4 s * (cultura de la cerám ica de cuello de
em budo); G . Devoto, Origini indoeuropee, 1 9 6 2 (cultura de la cerámica con decoración en franjas);
K . Je ttm a r, Paideuma 5 ( 1 9 5 0 - 1 9 5 4 ) - PP- 2 3 6 - 2 5 2 (cultura de A n d ro n o vo en A sia central) ; M .
Gim butas, The Prehistory o f Eastern Europe, I, 19 5 6 , pp. 79 s*i JIE S I ( i 97 3 )> PP- 1 6 3 - 2 1 4 (cultura de los
kurganes en Rusia m eridional) ; réplica de R . Schm itt, JIE S 2 ( l 9 7 4 )> PP· 279 284·; H . Birnbaum ,
JIE S 2 ( 1 9 7 4 ) . ΡΡ· 3 6 1 - 3 8 4 ·
3 GA H I 2 , pp. 4 0 6 - 4 1 0 , 8 0 4 - 8 0 7 , 8 4 5 8 5 0 ; F. Schacherm eyr, « Z u m Problem der griechischen
E in w an d eru n g», e n Atti e Memorie del I Congresso internationale di Micenologia, 1 9 6 8 , pp. ^O5 - 3 J 2 ; C ro ss-
lan d -B irch all; V . R . d ’A . Desborough, Gnomon 45 (I 97 3 )» PP· 3 9 3 “ 3 9 9 ·
4 CA H I 2 , pp. 8 4 5 - 8 5 0 ; Verm eule (l), pp. 7 2 ~ 7 4 ·
5 C fr. A . Heubeck, Praegraeca, 19 6 I ; L . R. Palmer, MycenaeansandMinoons, 19 6 1, pp. 2 3 2 - 2 5 ° ·
26 1. PREHISTORIA Y ÉPOCA MINOICO-MICÉNICA

c o n v e r tir s e e n p r e d o m in a n te s . C o n s id e r a n d o este d e s a r r o llo e n d e ta lle , s u rg e n


p ro b le m a s e sp e c ífic o s seg ú n el caso : c a m b io de s ig n ific a d o de p ala b ras c o n c reta s,
evolu cion es lin gü ísticas p articu la re s y p aralelas, p réstam o s de p alab ras de otro s id io ­
m as; de m o d o q ue el p a trim o n io lé xic o c o m ú n a todas las len gu as in d o e u ro p e a s es
re d u c id ísim o . E n el cam p o re lig io so , p ara c o m p lic a r m ás las cosas, se c o m p ru e b a a
m e n u d o q u e la m ism a p a la b ra e n u n a le n g u a se u sa c o n u n se n tid o u n ív o c a m e n te
sagrad o, y en otra, e n cam b io , e n u n sen tid o p ro fa n o y co m ú n . E l uso re lig io so n o
es n e cesa ria m en te el o r ig in a rio .
S in em b a rg o , q u ed a n algu n o s te stim o n io s seguros de u n a re lig ió n e vo lu cio n ad a
de los « in d o e u r o p e o s » 6, c o n d ioses, cu lto y p o esía sob re los dioses. E s el caso sob re
to d o d e l « P a d r e d e l C i e l o » , el m a y o r d e lo s d io se s e n tre g rie g o s y ro m a n o s : /(pits
patér, D iespiter-Juppiter 7. A p a r t ir de la m is m a raíz se fo r m a u n a p a la b r a p a r a lo s
« lu m in o s o s » d ioses celestes: in d io an tig u o deváh, la tín deus; en g rie g o , sin em b argo ,
esta p ala b ra es sustituid a p o r theós&. N in g ú n o tro n o m b re d el círcu lo de dioses o lím ­
p ic o s p u e d e re m o n tarse c o n seg u rid a d a u n a d iv in id a d in d o e u ro p e a , au n q u e a lg u ­
n o s, com o H e ra , P o sid ó n o A re s están fo rm a d o s p o r raíces in d o e u ro p e a s 9. E n cam ­
b io , H e lio , d io s d e l so l, y E o s - A u r o r a s o n s in d u d a de o r ig e n in d o e u r o p e o ,
ta m b ié n e n su status d iv in o : p e r o e n tre lo s g rie g o s a m b o s están a la s o m b ra d e lo s
d io se s o lím p ic o s . L o s g rie g o s ya n o s a b ía n q u e e n el n o m b r e de P la te a , d o n d e se
ad o rab a a la d io sa de la tie rra , se co n servab a la d esig n a c ió n in d o e u ro p e a de la d iosa
de la tie r ra , lite ra lm e n te « l a A n c h a » 10. In d u d a b le es la c o n e x ió n de los D io s c u ro s
co n lo s asvins de la m ito lo g ía véd ica: am b os so n jó v e n e s gem elo s, señ ores de lo s caba­
llo s, salvadores de lo s p e lig ro s , p e r o n o se h a co n se rva d o u n n o m b re c o m ú n , sin o
que lo s D io sc u ro s se fu n d e n c o n « G r a n d e s D io s e s » n o g rie g o s11.
S e h a p r o b a d o la e x iste n c ia de u n a p o e sía in d o e u r o p e a 12: p o e sía e n v e rs o c o n
re c u rs o s p o é tic o s fijo s , a lg u n a s de cuyas fó r m u la s a flo r a n e n fo r m a id é n tic a e n
véd ico y e n g rie g o . L a p re se n c ia de la fó rm u la « g lo r ia im p e re c e d e ra » , (kléos dphthi-
ton), ap u n ta a u n a p o e sía q u e canta a h é ro e s, m ie n tra s q u e la d e fin ic ió n de lo s d io ­
ses c o m o « d is p e n s a d o re s de b ie n e s » (dótor, dotéres eáon) te s tim o n ia u n a p o e sía q u e
can ta a lo s d io se s. H a b ía ta m b ié n u n a m ito lo g ía p o lite ísta , e n la q u e H e lio y E o s
d e se m p e ñ a b a n u n p a p e l. Se m a n ifie s ta n im p o rta n te s e sp e cu la c io n e s e n to rn o a la
n e g a c ió n de la m u erte , a la fu erza vital y a la in m o rta lid a d : ámbrotos, a m b ro sía 13.
P u e d e n ta m b ié n e n tre v e rse lín e a s g e n e ra le s de u n c u lto : v e n e r a c ió n de lo
sagrado c o n sacrificio s y o racio n es. L a raíz d el griego hdzesthai « te m e r, v e n e r a r » , hag-
nós « p u r o » , hdgios « s a n t o » e n la r e lig ió n ira n ia -a v é stic a da lu g a r a u n té rm in o fu n -

6 F. C o rn e liu s, Indogermanische Religiongeschichte, 1 9 4 2 (a rb itra rio y sin docu m en tación ) ; W . H avers,


« D ie R elig io n d e r U rin d o g e rm a n e n im L ichte d e r S p ra c h e » , en F. K ö n ig (ed .), Christus und die
Religionen der Erde, IIa, 1 9 5 6 , PP· 6 g 7 “7 4 8 ; P· T h iem e, Studien zur indogermanischen Wortkunde und Religions­
geschichte (B er. Leipzig, p h .-h . K l. 9 8 , 5 ), 1 9 5 2 (parcialm ente reeditado en Schm itt, pp. 1 0 2 - 1 5 3 ) ;
Benveniste (supra, η . i) II, p p . 17 9 - 2 79 ·
7 Véase III 2 .1 .
8 Véase V 4 > n n. 3 1 - 3 2 .
9 V éase III 2 -2 , η . 2; HI 2 -3 , η . 2; m 2.12 , η . 2-
ΙΟ Risch, p. 7 4 ·
11 Véase IV 5 . 2 t η . 2 .
12 C fr. S ch m itt (19 6 8 ) y Dichtung und Dichtersprache in indogermanischer /(ßit, 1967*
13 P. T h iem e en Sch m itt, pp. 1 1 3 - 1 3 ^·
2. ELEM ENTO S INDOEUROPEOS 27

d a m e n ta l de la lit u r g ia c u ltu a l14, m ie n tra s q u e e n g r ie g o , este g ru p o d e v o c a b lo s


q u ed a relegad o al m arg e n de la esfera re ligio sa, desplazado p o r hierós y sébesthai. S im i­
la r es el caso de la raíz de choaí (las lib a c io n e s, sob re to d o e n el cu lto de lo s m u erto s y
de lo s p o d eres su b terrán eo s), que se re fie re a « v e rte r co m o fo rm a de s a c rific io » ; e n
in d io y en ir a n io esta raíz se usa sim p le m e n te p ara el títu lo d el sacerdote que hace el
s a c r ific io , hotar, zaotar ; en g rie g o sin e m b a rg o , el v e rb o p u e d e u sa rse ta m b ié n p a r a
« v e r t e r » e n u n sen tid o p ro fa n o , m ie n tra s q u e spéndein y spondé15, p ro v en ien te s de la
tra d ic ió n an ato lia, se im p u sie ro n com o té rm in o s esp ecíficam en te cultuales. L a d e s ­
c rip c ió n m ás d etallad a de las choaí, q ue se e n c u e n tra e n Edipo en Colono de S ó fo c le s 1 ,
re la c io n a c o n la a sp e rsió n el u so de ram as, lo que c o rre sp o n d e so rp re n d e n te m e n te
al in d o - ir a n io baresman-barhis: la tr a d ic ió n ritu a l in d o e u ro p e a se h a conservad o c la ­
ra m e n te a q u í m ás allá d e l te stim o n io lin g ü ístic o .
Q u e el s a c r ific io de a n im a les e ra ta m b ié n u n a in s titu c ió n in d o e u r o p e a p u e d e
d ed u cirse de la p ala b ra « h e c a to m b e » : el c u rio so h ech o de q u e la h ecato m b e n o sea
n e c e sa ria m e n te u n « s a c r ific io de c ie n v a c a s» p u e d e e x p lic a rse a p a r tir d e las leyes
in d o e u r o p e a s de f o r m a c ió n d e p a la b ra s, se g ú n las c u ales ésta d eb e s e r m ás b ie n
c o m p re n d id a co m o u n a a cció n q u e « p r o d u c e c ie n v a c a s » 17. E sta im agen d el s a c r i­
fic io com o u n a especie de acto m ágico de m u ltip lic a c ió n está p resen te sólo de fo rm a
m a r g in a l e n g r ie g o , fre n te al in d io a n tig u o , p o r e je m p lo . F in a lm e n te , se p u e d e
señ alar que el té rm in o p ara la in v o c a c ió n de la p le g a ria y el voto aparece e n g rie g o y
e n avéstico e n u n a fo rm a que se re m o n ta a u n té rm in o id é n t ic o '8, lo q u e in d ic a el
o rig e n in d o e u r o p e o de tal fo rm a de in v o c a c ió n de la d ivin id a d .
M u c h o m ás allá va n o tro s fa scin a n tes in te n to s de re c o n s tru c c ió n q ue b u sca n la
id e n tific a c ió n de estru ctu ras m ític o -re lig io s a s com o c o rre sp o n d ie n te s a la o r g a n i­
zación social. A s í, G e o rg e D u m éz il, en sus estu d ios m uchas veces am p liad o s y re e la -
b o r a d o s '9, p u so de relieve el sistem a de las « tr e s fu n c io n e s » de sacerd otes, g u e rr e ­
ro s y cam pesinos, com o u n a estructura fu n d am en tal que se en cu en tra c o n tin u am en te
e n el p a n t e ó n , e n el r ito , e n el m ito y e n o tra s fo rm a s n a rra tiv a s y e sp e cu la tiva s.
A n d re a s A lfö ld i p u d o d e lin e a r u n a e stru c tu ra d ife re n te de u n a so cie d a d de p a s to ­
res g u e rre ro s c o n u n a m ito lo g ía de an cestros an im ales y c o n u n a d o b le realeza, q u e
se ex te n d ía desde lo s p u eb lo s de jin e te s e u ro asiá tico s h asta el m ás p rim itiv o estado
r o m a n o 20. O b via m en te las in c e rtid u m b re s a u m e n ta n cuanto m ás se alarga el m arco
de re fe re n c ia . Es destacable sob re to d o q u e, tanto p ara D u m éz il co m o p ara A lfö ld i,
el m a t e r ia l p u ra m e n te g rie g o es p a r tic u la r m e n te e s té ril: a q u í la c u ltu ra g rie g a
p a re c e d e b e r m ás a la c iv iliz a c ió n u rb a n a n e o lít ic a - a n a t o lia q u e al n o m a d is m o
in d o e u r o p e o .

14 Raízja z ~ , Tasna, Yast.


15 Véase 112 , n . 3 4 ; IV 3.
16 Véase II 2 , η . 5 1 ; II 7 , 1 1 . 7 9 .
17 P. T h iem e, Studien zur indogermanischen Wortkunde und Religionsgeschichte, 1 9 5 2 , pp. 6 2 - 7 6 .
18 Thebaisfr. 3 , 3 Bernabé2 = fr. 3 , 3 Davies eûkto-,avésticoaoxta, Havers (supra, η . 6), p. 735·
19 Ouranos-Varuna, 1 9 3 4 ; Jupiter, Mars, Quirinus, 1 9 4 1 ; L ’héritageindoeuropéen à Rome, 19 4 9 ; L ’ideologie tripartite
des Ïndo-Européens, 195 ^ ; Mythe et Epopée. L ’idéologie des trois fonctions dans les épopées des peuples indo-européens,
1 9 6 8 [trad, esp.: M itoj epopeya, 19 7 7 ]· Véase la crítica de Sclilerath (supra, n. i) y de A lfö ld i (cfr. n.
2 0 ), p. 54 5.
20 Die Struktur des voretruskischen Römerstaates, 1 9 7 4 ·
2 8 1. PREHISTORIA Y ÉPOCA MINOICO-MICÉNICA

Q u e el g rie g o , y c o n él la r e lig ió n g rie g a , d eb a e n te n d e rse co m o sín tesis d e u n


su strato a u tó c to n o y de u n a s u p e r p o s ic ió n in d o e u r o p e a re p re se n ta ya d esd e h ace
tie m p o u n a c o n v ic c ió n fu n d a m e n ta l de la h is t o r io g r a fía 81. O tra c u e stió n , s in
em bargo, es a d o n d e lleva este p resu p u esto y si es p o sib le v e rific a rlo e n los casos p a r ­
tic u la re s. Se im p o n e n c o n d em a sia d a fa c ilid a d d u a lism o s glo b ales q u e e x ag eran la
d is tin c ió n e n tre « in d o e u r o p e o » y « n o in d o e u r o p e o » : m a sc u lin o y fe m e n in o ,
p atriarcad o y m a tria rca d o 28, cielo y tierra , o lím p ico y ctó n ico , intelecto e in stin to . L a
in t e r a c c ió n e n tre lo s dos p o lo s se r e fle ja r ía e n to n c e s e n la r e lig ió n g rie g a , e n el
m o m en to en que los nuevos dioses d e rro c a n a los antiguos T ita n es o tam b ién cu an d o
el in d o e u ro p e o P ad re C ie lo to m a a la « S e ñ o r a » m ed iterrá n e a com o esp osa23.
U n a n á lisis m ás aten to m u estra h asta q u é p u n to este e sq u em atism o d isto rsio n a
lo s h e c h o s. E l m ito de las g e n e ra c io n e s de d io ses p ro v ie n e d el a n tig u o o r ie n te , así
c o m o la im a g e n de lo s d io ses celestes c o n tra p u e sto s a lo s te rre s tre s 84. S o n las choaí
« c tó n ic a s » las q ue se re la c io n a n c o n lo in d o e u r o p e o , m ien tras el sa crific io « o l í m ­
p ic o » tie n e c o n e x io n e s c o n la t r a d ic ió n s e m ític a 25. C o m o d io s d e la te m p e sta d ,
in v en cib le gracias a su rayo, el P ad re C ie lo , que com o « p a d r e » n o p u ed e carecer de
m u je r, es sosp ech osam en te cercan o al d io s de la tem pestad a n a to lio 26.
Se sabe ya d esd e h ace tie m p o q u e g ra n p a rte d e l p a trim o n io lé xic o g rie g o , y e n
p a rtic u la r la m ayo r p a rte de lo s to p ó n im o s g rie g o s, n o es in d o e u r o p e o . D ig n o s de
a te n c ió n so n so b re to d o lo s su fijo s -nth(os) y -ss(os); éstos tie n e n c o rre sp o n d e n c ia s
e n A n a to lia , co m o se h a c o n firm a d o d espués, tras el co n o c im ie n to d el hi tita'’'7. A d e ­
m ás de to p ó n im o s com o C o r in t o y T ir in t e , C n o s o y P a rn a so , se p u e d e n citar ta m ­
b ié n n o m b res de plantas com o erébinthos « g a r b a n z o » , kissás « h ie d r a » o el ja c in to y el
n a rc iso . E n estos casos se h a n con servad o sin d u d a p alab ras au tó cto n as, p r e in d o e u -
ro p e a s. Q u e d a n sin re sp u e sta p re g u n ta s co m o si la le n g u a q u e subyace a ellas d eb e
ser d e fin id a c o m o d e la p r im e r a E d a d d e l B r o n c e o in c lu s o n e o lític a , si ésta tie n e
u n a relación particu lar co n la C reta m in o ica o si, en definitiva, se p o d ría h ab lar de u n a
len gu a u n ita ria o de u n co n g lo m e ra d o m u ltifo rm e y h e te ro g é n e o .

21 C fr . p o r ejem plo R . Pettazzoni, « L e s deux sources de la religion g recq u e», Mnemosyne 4 (I 9 5 1 )*


pp. 1 - 8 .
22 N o hay testim onios de m atriarcado en sentido p ro p io en la prehistoria egea y del próxim o
o riente; p o r lo tanto, pese al m ito de B ach o fen y la ortodoxia de Engels, no desem peña papel
alguno en la historia de la religión griega, incluso si la situación de la m ujer en la Greta m inoica
era distinta a la que tenía en la polis griega. E l papel de las diosas y la pasajera suprem acía de las
m ujeres en el rito y en el m ito deben explicarse de otro m odo, b ien bajo el prism a estructural,
bien bajo el psicológico; cfr. S. Pem broke, «W o m e n in charge. T h e fu n ctio n o f alternatives in
early Greek tradition and the ancient idea o f m atriarch y», Journal o f the Warburg and Courtauld Institutes
3 0 ( 19 6 7 ), pp. 1 - 3 7 ; U N , pp. 5 3 , 9 4 ·
23 Véase III 2 .1 , n. 14.; I 3 .6 .
24 Véase IV 3, nn. 2 7 - 2 8 .
25 Véase I 4» n . 4 5 * Burkert, Grazer Beiträge 4 ( l 9 7 5 )> PP· 7 5 “ 7 7 *
26 Véase III 2 . 1, η. II.
27 P· Kretschm er, Einleitung in die Geschichte der griechischen Sprache, 18 9 6 , pp. 4 0 I~ 4 ° 9 ? A . Fick, Vorgriechis-
che Ortsnamen, 1 9 0 5 ; Schwyzer, pp. 51O S.; Risch, p. 1 7 4 ; <<(^e la prim era Ed ad del B ro n c e » según
V erm eu le (i), p p . 6 0 - 6 5 . « n e o lít ic o » según Schach erm eyr, p . l 6 ; cfr. W . B ran d en stein , RE
S u p p l. V I ( l 9 3 5 )> c° ï · 17 ° Y <<:F)ie vorgesch ichtlich en V ö lk e r - u n d Sprach bew egun gen in der
A e g ä is » , en In memoriam H. Bossert, 19 ^ 5 » PP* I H - I 3 2 ; J . M ellaart, « B ro n ze A ge and E arlier L a n ­
guages o f the N ear E a st» , e n Archaeological Theory and Practice (Festschrift W. F. Grimm), 19 73 . PP· l 6 3 ~ l 7 ^»
E . J . Furnée, Die wichtigsten konsonantischen Erscheinungen des Vorg-iechischen, 1972 ·
3 .1 . PANORAMA HISTÓRICO 39

J a c in t o , f lo r y d io s al m ism o tie m p o , e n el m ito g rie g o es u n jo v e n am an te de


A p o lo al q ue éste m ata la n z á n d o le u n d isc o . E n A m id a s , la sed e re a l p r e d o r ia , es
ve n e ra d o com o dios ctó n ico , p e ro al m ism o tiem p o se dice de él que h a en trad o e n
el c ie lo . E s o p in ió n c o m ú n q u e en este caso se co n serva « u n d io s de la v e g e ta c ió n
que m u e r e » p re g rie g o y que el m ito n a rra su su stitu ció n p o r el d o rio A p o lo 28. S in
em b a rg o , la fiesta, q ue tom a el n o m b re de Ja c in t o y n o de A p o lo , es g e n e ra lm e n te
d o r ia , c o m o d e m u e stra la d ifu s ió n d e l n o m b r e d e l m es « J a c i n t i o » 29, m ie n tra s
A m id a s p resen ta p articu lares lín eas de c o n e x ió n co n el O rie n te se m ític o 30. E v id e n ­
tem en te, sólo ten em o s acceso a u n a am algam a d el p e r ío d o de las m ig ra c io n e s, d if í­
cil de an alizar tanto desde el p u n to de vista lin g ü ístico co m o desde el m ito ló g ico ; e n
p articu lar, la p recaria casi-id en tid ad de dios y víctim a n o p ued e subd ividirse en estra­
tos h istó ric o s. Y aq u í com o en otro s casos las relacio n es c o n las tra d icio n e s del a n ti­
guo O rie n te P ró x im o , anatolias y sem íticas m u estra n q u e la p o la rid a d e n tre « in d o ­
e u r o p e o » y « m e d it e r r á n e o » lim ita in d e b id a m e n te la m u ltip lic id a d h istó ric a . S i es
cierto que la re lig ió n griega recib e la im p ro n ta de su p re h isto ria , igu alm en te c ierto
es q ue esta ú ltim a rep resen ta u n a in trin c a d a re d de in te r re la c io n e s. L o q ue d eb ería
im p o n e rse e n c u a lq u ie r caso sería u n a id e a negativa: n o hay u n ú n ic o « o r ig e n de la
re lig ió n g r ie g a » .

3 . L A RELIGIÓN M IN O IG O -M IG É N IG A

3 . 1 . P a n o ra m a h is tó r ic o

L a re fin a d a c ivilizació n cretense de la E d a d d el B ro n c e , cuya p ro p a g a c ió n p e rm e ó y


caracterizó to d o a q u e llo q u e lle g a ría a ser G re c ia 1, fu e d e sc u b ierta en tres etapas: a
p a r tir de 1 8 7 1 H e in ric h S ch lie m an n , gracias a sus excavaciones e n M icen as, sacó a la

28 MMR, pp. 5 5 6 - 5 5 8 , cfr. GP, pp. 12 9 -14 O ; GGR, p. 3 1 6 ; M . Mellink, Hyakinthos, Dissertation Utrecht;
L . Piccirilli, «R icerch e sul culto di H yakinthos», Studi classici e orientali 16 (19 6 7 ), pp. 9 9 II G; cfr.
Dietrich, pp. l8 s. y Kadmos 14 ( l 9 7 S)< PP· I 3 3 ~I 4 2 .
29 Esparta, Gition (Mégara), Bizancio, Greta, Tera, Rodas, Calim no, Gnido, Cos, cfr. Samuel, Index s.v.
30 Burkert, Gräzer Beiträge 4 ( l 9 7 S)> PP· 5 I " 7 9 -
I La obra fundam ental es A . Evans, The Palace o f Minos, I -I V , 1 9 2 1 - 1 9 3 6 ; para la cronología: A . Furvi
mark, Mycenaean Pottery, 19 4 Γ. Obras posteriores de carácter general: F. Matz, DieAegäis, Handbuch der
Archäologie, II, 19 5 0 > PP- 2 3 0 - 3 0 8 ; Kreta, Mykene, Troia, 19 5 ^ f 97 5 [trad. ita l.: Greta, Micene, Troia,
1 9 5 8 ] ; G . K a ro , Greifen am Thron, 1 9 5 9 : E. Matz, Kreta undfrühes Griechenland, 1 9 6 2 ; R. W . H u tch in ­
son, Prehistoric Grete, 1 9 6 3 [trad. esp. : La Creta prehistórica, 19 7 8 ] ; Verm eule ( i) , 19 6 4 : F. Schachermeyr,
Die minoische Kultur des alten Kreta, 1 9 6 4 ; W . T aylo u r, The Mycenaeans, 1 9 6 4 ; N . Platon, Kreta, 1 9 6 4
(Archaeologia M u n d i); R. F. Willetts, Ancient Crete. A Social Historyfrom Early Times until the Roman Occupa­
tion, 1 9 6 5 ; G . Mylonas, Mycenae and Mycenaean Age, 19 6 6 ; C A H II, 19 7 0 ; Branigan, 197° ; H ood, 1971 ;
B uchholz-K arageorghis, 19 7 I ; Renfrew, 19 7 2 ; M arin ato s-H irm er, *19 7 3 ; J ■ Chadwick, TheMyce-
naean World, 197 ^ [trad, esp.: El mundo micénico, 1977 h Fundam entales para la re ligio n m in o ic o -
micénica: MMR 19 27 , i ()f)0; A . Evans, «M ycenaean Tree and Pillar C u lt » , JH S 2 1 ( 1 9 0 1), pp- 9 9 “
2 0 4 ; además G . K a ro , Religion des ägäischen Kreises; Bilderatlas zur Religionsgeschichte, 7 , 1 9 2 5 ; A . Persson,
The Religion o f Greece in Prehistoric Times, 1 9 4 2 ; C h . Picard, Les religions préhelléniques. Crete et Mycènes, 1 9 4 8 ;
Matz, 1 9 5 8 ; W illets, 1 9 6 2 , pp. 5 4 _U 9 ; R . H ägg, «M yken isch e Kultstätten im archäologischen
M aterial», Opuscula Atheniensia 8 (19 6 8 ), pp. 3 9 - 6 O ; Rutkowski (i), 1 9 72 ; D ietrich, 1 9 7 4 ; Vermeule
(2), 1 9 7 4 ; P· Lévêque, « L e syncrétisme créto-m ycénien », en. Les syncrétismes dans les religions de l’antiquité,
J 9 7 5 > PP· [9 7 3 ; g . E . M ylonas, Mykenaike Threskeía, 1 9 77 ; Rutkowski (2 ), 1 9 8 ï ; H ägg-M arin atos
3 0 1. PREHISTORIA Y ÉPOCA MINOICO-MICÉNICA

luz p o r p rim e ra vez el e sp le n d o r de la G re c ia de la E d ad d el B ro n c e , que él c o n sid e ­


rab a h o m é r ic a 2; desde 1 9 0 0 A r t h u r E van s p u so al d escu b ierto el g ra n d io so p alacio
de C n o so en G reta, e n c o n tra n d o así en la civilizació n « m in o ic a » el p u n to de p a r ­
tid a ta m b ié n p ara la « m i c é n i c a » 3. D esp u és de que n u m ero sa s excavaciones h u b ie ­
ra n h ech o m u ch o m ás ric o y d ife re n c ia d o el c u ad ro de estas civilizacion es, M ic h a e l
V e n tris p u b lic ó e n 1 9 5 3 su d e sc ifra m ie n to d e las tablillas en « lin e a l B » e n co n trad as
en G n o so , M icen as y P ilo 4. A s í, al m en o s la fase fin a l d el m u n d o m in o ic o -m ic é n ic o
em p ezó a h a b la r en su p r o p ia le n g u a : el g rie g o .
P e rm an ec e n a ú n a la esp era de ser d escifrad o s lo s je ro g lífic o s cretenses y la lin e a l
A , así co m o las escritu ras c h ip ro m in o ic a s. L a m ayo r p arte de aqu ella épo ca se m a n ­
tie n e p o r a h o ra re le g a d a a la m u d a p r e h is t o r ia . S in e m b a rg o , es p o s ib le , so b re la
base de lo s h allazgos a rq u e o ló g ic o s, d ar u n cu ad ro m u y d etallad o de la h isto ria e c o ­
n ó m ic a y cu ltu ra l, q ue a q u í esb ozarem o s sólo a gran d es rasgo s. E n la base d el p r o ­
greso e c o n ó m ic o d e l III m ile n io está la in te n s ific a c ió n d el cu ltivo d el o livo y de la
v id , e n c o n se c u e n c ia , el c e n tro de g rav ed a d se d esp lazó de las fé r tile s lla n u ra s d el
N o rte de G re c ia a las co lin as de la G re c ia m e r id io n a l y de las isla s5; de O rie n te lleg ó
adem ás la e la b o ra c ió n de lo s m etales; am bas in n o v a c io n e s e x ig ie ro n y re fo rz a ro n la
o rg a n iz a c ió n c e n tra l d el in te rc a m b io y d el ab a ste cim ien to . P o r e llo , la civ iliz a ció n
s u p e rio r q ue se fo rm a en to rn o a 2,000 (M in o ic o M e d io I - I l ) , n o sin con tacto c o n
E g ip to y el P ró x im o O r ie n t e , se c a ra c te riz a p o r el g r a n p a la c io re a l, c e n tro d e la
a d m in istra c ió n e co n ó m ic a y p o lític a . E l m ás im p o rta n te es el de G n o so , p e ro ta m ­
b ié n so n im p o n e n te s lo s c o m p le jo s d e F e s to 6, A y ia T ria d a , M a lia 7 y K a t o Z a k r o 8.
A p a r e c e u n a fo r m a de e sc ritu ra je r o g líf ic a . E n to r n o a lo s p a la c io s se d e s a rr o lla n
c iu d a d e s, ya casi g ra n d e s c iu d a d e s ; se c a lc u la q u e G n o s o c o n ta b a c o n m ás de
8 0 . 0 0 0 h a b ita n te s9. A l « p e r ío d o p a la c ia l» p e rte n e c e to d o lo q ue h a h ech o c o n o ­
c id a , in c lu s o p o p u la r , a la c iv iliz a c ió n c re te n s e : lo s fre sc o s p a r ie ta le s de c o lo re s
lu m in o so s lle n o s de v irtu o sism o ; lo s re c ip ie n te s p in ta d o s, que c o n sus d iseñ o s r í t ­
m ico s y o n d u la d o s p a re c e n re fle ja r el m o v im ie n to de las olas m arin a s; las elegantes
m u jeres c o n el p ech o d esn u d o y oscilantes faldas e n fo rm a de cam p ana; las acróbatas
q ue b rin c a n sob re los cu e rn o s d el to ro ; el re fin a m ie n to a rq u itec tó n ic o de lo s g r a n ­
des e d ific io s , la riq u e z a de la d e c o r a c ió n ; u n m o d e la d o sie m p re in c o n fu n d ib le ­
m en te c o n se g u id o , tras el q u e se p u e d e p e r c ib ir u n sen tim ie n to de la vid a d esp ierto
y ágil, casi « m o d e r n o » . E l p e lig ro de g u e rr a p arec e le ja n o : n i las c iu d a d es n i lo s
p alacio s están fo rtific a d o s.

1 9 8 1 |J. Chadwick, <<What do we know about M ycenaean R e lig io n ? » , en Linear B: A 19 8 4 Survey,


1 9 8 8 , pp. 1 9 1 - 2 0 2 ] .
2 H . Schliem ann, Mykenae, 1 8 7 8 ; Tirons, 18 8 6 .
3 PM ( 1 9 2 1 - 1 9 3 6 ) .
4 JH S 7 3 ( 1 9 S 3 ) , pp. 8 4 - 1 0 3 ; véase I 3 .6 .
5 Sob re la base de los estudios de R enfrew . Sob re el desarrollo p ro to m in o ico véase en particular
B ranigan (i) y W arren.
6 L . Pernier y L . Banti, II Palazzo Minoico di Festos, I —II, 1 9 3 5 - 1 9 5 I ; D . Levi, Festos e la civiîtàminoica, I -I V ,
19 7 6 .
7 F. C h apoutier y P. D em argne, Fouilles exécutées à Mallia, 1 9 2 8 - 1 9 7 0 .
8 D esde 1 9 6 2 ; p o r el m om ento se h an pu blicado estudios en Praktika ( 1 9 6 3 ss.), Ergon ( 1 9 6 4 ss.) ;
N . Platon, %pkros, I 9 7 1 ·
9 iW II, p. 5 6 4 .
3 ,1 . PANORAMA HISTÓRICO 31

U n te rr e m o to d estru y ó h a cia 1 7 3 0 lo s p r im e r o s p a la c io s, q u e fu e r o n r á p id a ­
m e n te r e c o n s t r u id o s : el p e r ío d o d e lo s « n u e v o s p a la c io s » ( M in o ic o M e d io I I I -
M in o ic o R e c ie n te i) re p re se n ta el v e rd a d e ro e sp le n d o r de la c iv iliz a ció n m in o ic a .
E n ese m o m en to se gen eraliza el uso de u n tip o de e scritu ra silábica, la lin e a l A . L a
c iv iliz a c ió n c re te n se p e n e tr a e n el E g e o —la su n tu o sa c iu d a d d e T e r a 10 es el m ás
re c ie n te y sen sacio n al d esc u b rim ien to de la a rq u e o lo g ía m in o ic a —y em p ieza a d e ja r
su im p r o n t a ta m b ié n e n el c o n tin e n te g r ie g o . H a c ia 1 4 5 ° u n a seg u n d a c a tástro fe
n a tu ra l, la in a u d ita e r u p c ió n d e l v o lc á n de T e r a 11, m a rc ó n o el fin a l p e r o sí u n
p u n to de in fle x ió n e n la h isto ria m in o ic a . L o s p alacio s de M a lia y K a to Z ak ro q u e ­
d a ro n p a ra sie m p re re d u cid o s a ru in a s; p artes de la tie rra cultivada fu e r o n devasta­
das; la h e g e m o n ía p asó a la G re c ia c o n tin e n tal.
A q u í, ya e n el siglo X V I , las tu m bas de fosa de M ic e n a s12, c o n su fab u lo sa riq u eza
de o r o , a n u n c ia n u n so r p re n d e n te y al p a r e c e r r e p e n tin o c re c im ie n to d el p o d e r
p rin c ip e sc o . E l elem en to b élico está m u ch o m ás acentu ad o que e n G reta: fortalezas
c o n m u ro s « c ic ló p e o s » e n lu g a r d e p a la c io s, c a rro s d e g u e rr a co m o sím b o lo d e l
p o d e r re a l, seg ú n el m o d e lo h u r r o - h itit a ; ta m b ié n la casa re c ta n g u la r c o n mégaron,
co n el g ra n h o g a r en el cen tro y el vestíbu lo c o n p ilastras, d esco n ocid a e n G reta. S o n
griegos los que aq u í d o m in a n p e ro n o según u n a h eren cia exclusivam ente in d o e u r o ­
pea, sin o de acu erdo co n u n estilo m arcad am en te p ró x im o -o rie n ta l y cretense.
A l a decaden cia de G reta después de 1 5 0 0 co rre sp o n d e la exp an sió n de los griegos
m icén icos. M ien tras, e n la p ro p ia G re c ia se d esa rro lla ro n , adem ás d e la A r g ó lid e c o n
M ic e n a s y T i r i n t e 13, so b re to d o M e se n ia c o n P ilo 14, A tic a c o n A te n a s, B e o c ia c o n
Tebas y O rc ó m e n o y Tesalia c o n Y o lc o s. S u rg ie ro n tam b ién asentam ien tos m icén icos
en las islas egeas, e n A sia M e n o r y, fin a lm e n te , en C h ip r e y q u izá en S ic ilia . E n tre
1 5 0 0 y 1 3 7 5 con q u istad o res griegos se a p o d e ra ro n del ú ltim o p alacio de G n o so 15; la
e sc ritu ra m in o ic a se tr a n s fo rm ó e n lin e a l B y se u tiliz ó en a n o ta c io n e s e n le n g u a
g rie g a , e n C n o s o y d esp u és ta m b ié n e n lo s p a la c io s de T eb as, M ic e n a s y P ilo . L a
m ayo r p arte de las fo rm a s expresivas de la c iv iliz a ció n y d el a rte están e n c u a lq u ie r
caso ta n estrecham en te ligadas a la tra d ic ió n creten se q u e se ha ad op tad o la c o n v e n ­
c ió n de e m p lear la d esig n a ció n u n ita ria « m in o ic o - m ic é n ic a » p ara d e n o m in a r esta
época. T am b ién las tum bas de cú pu la siguen m od elo s cretenses, au nq ue estos ú ltim o s

10 M arin ato s-H irm er, pp. 5 3 - 6 2 ; S. M arinatos, Excavations at Thera, I -I V , 19 6 8 Γ9 / I ■


11 H an generado un gran debate los detalles relativos a los hechos físicos y a los acontecimientos h is­
tóricos; D . L . Page, The Santorini Volcano and the Destruction o f Minoan Crete, 197 ° ! P· M . W arren Gnomon
4 5 ( 1 9 7 3 ) ’ PP- i 7 3 - i 7 8 - La ciudad sobre la isla de Tera fue abandonada hacia 1 5 0 0 y la catastró­
fica erupción volcánica tuvo lugar hacia 1 4 5 ° ·
12 G . K a ro , Die Schachtgräber von Mykenai, 19 3Ο ; A . J . P. Wace, Mycenae. An Archaeological Histoij and Guide,
19 4 9 , 1964.. E l segundo círculo de tumbas de fosa: G . E . M ylonas, Ho taphikos kyklos B ton Mykenon,
1 9 7 3 ; sobre el debate: Verm eule (i), pp. 1 0 6 - I I 0 .
13 T frin s I-IX , 1 9 1 2 - 1 9 8 0 .
14 Biegen, 1 9 6 6 - 1 9 7 3 .
15 L . R. Palm er dio vida a u n encendido debate, aún no cerrado, en torno a la datación del últim o
palacio de Gnoso y de las tablillas en lineal B de G noso, cfr. L . R . Palm er y j . Boardm an, On the
Knossos Tablets, 1 9 6 3 ; M . R . Popham, The Last Days o f the Palace at Knossos, 19 6 4 : The Destruction o f the Palace at
Knossos, 1 9 7 0 ; S. H ood , Kadmos4 (1965)» PP· l 6 ~ 4 4 ; 5 (19 6 6 ), pp. I 2 I - I 4 1 : H ood, I 9 7 1 [J· D rie s-
sen, An Early Destruction in the Mycenaean Palace at Knossos: A New Interpretation o f the Excavation Field-Notes o f the
South-East Area ofthe WestWing, J9 9 0 , postula que las tablillas conservadas en el palacio de Cnoso res­
ponden a tres fases diferentes de destrucción del palacio, con u n siglo de separación entre la p r i­
m era y la ú ltim a].
32 1. PREHISTORIA Y ÉPOCA MINOICO-MICÉNICA

n u n ca alcan zaro n la m o n u m e n ta lid a d d el « T e so ro de A t r e o » ju n to a M icenas. H asta


q ué p u n to se d eb e o se p u e d e d is tin g u ir e n tre r e lig ió n m in o ic a y m ic é n ic a es u n a
p regun ta p ara la que aú n n o se h a e n co n trad o u n a respuesta c o n clu yen telG. E n la ic o ­
n o g ra fía de los frescos y sobre to d o de los an illo s de o ro p arecen p re d o m in a r los ra s­
gos comunes-, sin d u d a h ab ía artistas cretenses q u e trab ajab an p ara los griego s m ic é ­
n ico s. E n las co n stru ccio n es dedicadas al culto hay d iferen cias, p e ro nuevos hallazgos
p u e d e n c o rre g ir esta evalu ación ; e n el c o n tin e n te n o se h a n e n co n tra d o hasta ah o ra
sa n tu a rio s e n cuevas, p e r o u n s a n tu a rio e n a ltu ra h a sid o id e n tific a d o r e c ie n te ­
m e n te 16“. Se e sp e ra ría q u e la re la c ió n e n tre la r e lig ió n m ic é n ic a y la c reten se fu e r a
sim ila r a la que existe en tre la civilización etrusca y la griega arcaica, o en tre la griega
h elen ística y la ro m a n a ; p e ro q u ed an m u ch o s p ro b lem as abiertos en el detalle. A d e ­
m ás, la civilización m in o ic a tard ía se m u estra sujeta a u n a p ro fu n d a tra n sfo rm a c ió n .
In v a sio n e s e n em ig as d e s tru y e ro n e l p a la c io d e Festo h a cia 1 4 0 0 y el de G n o so
h acia 1 3 7 5 · U n a civiliz a ció n m in o ic a « r e d u c id a » sobrevive e n G re ta hasta d espués
d el ca m b io de m ile n io y es p re c isa m e n te e n este p e r ío d o cu an d o lo s m o n u m e n to s
re lig io so s y, so b re to d o , las g ran d e s estatuas de d iv in id a d e s a d q u ie re n u n a im p o r ­
ta n c ia m a y o r q ue e n p e r ío d o s a n te rio r e s . E n la G re c ia c o n tin e n ta l se p r o d u je r o n
agitacion es esp orád icas: T ebas fu e d estru id a en to rn o a I 2 5 ° l7>p e ro M icen as y P ilo
v iv ie ro n e n el siglo X III su p e r ío d o de a p o g e o , hasta q u e h acia 1 2 0 0 u n a catástro fe
de g ra n d e s p r o p o r c io n e s su m ió e n el caos to d o el m u n d o m e d ite r rá n e o o r ie n ta l
in c lu ye n d o A n a to lia . Ju n t o a T ro y a V I I, H atusas y U g a rit fu e r o n an iq u ila d as y ta m ­
b ié n e n ese m o m e n to P ilo , T ir in t e y M ic e n a s. E stas d e s tru c c io n e s se a tr ib u y e n
g e n e ra lm e n te, sob re la base de d o cu m en to s egip cios, a lo s « p u e b lo s d el m a r » 18. E n
c u a lq u ie r caso, se d e rru m b ó en esta ép o ca to d o el sistem a eco n ó m ic o y social, ju n to
a la realeza, la a d m in istra c ió n c en tralizad a, la e x te n sió n d el c o m e rc io , la artesan ía,
el arte y la e scritu ra ; al e sp le n d o r de lo s p alacio s sigu e n lo s « sig lo s o s c u r o s » . R estos
de la a n tig u a c iv iliz a c ió n se m a n tie n e n e n u n a b o r r o s a ex iste n cia « s u b m ic é n ic a » ,
m ien tras co m ien za a to m a r fo rm a la c iviliz a ció n p ro p ia m e n te griega.

3 -2 . E s ta d o d e l a s f u e n t e s

E l e stu d io de la r e lig ió n m in o ic a d eb e b a sa rse to d a vía casi e x clu siv a m e n te e n el


m ate ria l a rq u e o ló g ic o . A d ec ir verd ad , gracias a recen tísim o s y sign ificativo s h allaz­

16 « N o hay diferencia», constató Nilsson MMR, p. 6, pero se corrige poco más adelante en pp. 3 0 s .,
cfr. GGR, p. 3 3 6 ? Verm eule (i), pp. 2 8 2 s . y (2 ), pp. 2 s ., subraya profundas diferencias; de dis­
tinto parecer, a su vez, D ietrich, AJA 79 (^9 7 5 )» PP· 2 9 3 s .
16a U n «santuario en altura» fue identificado en el recinto de A p o lo Maleátas, cerca de Epidauro, W .
Lam brinoudakis, «Rem arks o n the M ycenaean Period in the Sanctuary o f A p o llo n M aleatas», en
R. H ä g g y N . M arinatos (eds.), Sanctuaries and Cults in the Aegean Bronze Age, 19 8 1, pp. 5 9 - 6 5 .
17 S. Sym eo n o glo u , K ad m eia,!, Mycenaean Finds from Thebes, 1 9 7 3 ? cfr· A . M . Snodgrass, Gnomon 4.7
( ! 97 5 ). PP- 3 ΐ 3 - 3 ΐ β ; T h . G . Spyropoulos y j . Chadwick, The Thebes Tablets, II (Afinos Supl. 4. ), 1975
[nuevos hallazgos: V . L . Aravantinos, L . G od art y A . Sacconi, Thèbes. Fouilles de la Cadmée, I, Les tablet­
tes en linéaire B de la odos Pelopidou, édition et comméntaire, 2 0 0 1 ; Thèbes. Fouilles de la Cadmée, III, Corpus des
documents d'archives en linéaire B de Thèbes ( l~ 4 3 3 ) , 2 0 0 2 ] .
18 C fr. C A H II 2 , pp. 3 5 9 - 3 7 ^> D esborough (i) y (2 ), Snodgrass; véase I 4 . η. I; nuevos hallazgos en
M icenas y T irin te hacen pensar en una catástrofe sísmica en torno a 1 2 3 0 y u n declive gradual
desde 1 2 0 0 .
3. 2. ESTADO DE LAS FUENTES 33

gos, el even tu al d e sc ifra m ie n to de la lin e a l A 1 p arece estar m ás p r ó x im o ; se esp era


c o n m ayo r im p a cie n cia ya que la escritu ra lin e a l A se em p lea e n con textos in e q u ív o ­
cam en te re lig io so s, e n la p uesta p o r escrito de o fre n d a s votivas; en p a rtic u la r, u n a
fó rm u la bastante larga aparece re iterad am en te sobre las « m esas de lib a c io n e s » 8. E n
cam bio, la lin e a l B , sobre cuya lectu ra griega ya n o existen serias d u d as3, se em pleaba
sólo p ara in ven tario s y cuentas, así com o p ara m arcas de p ro p ie d a d en algunos vasos.
L a o rto g ra fía , q ue se adapta p o b re m e n te a la le n g u a griega, ad m ite a m en u d o varias
le c tu ra s , el co n te x to se re d u c e al m ín im o y p r e d o m in a n lo s n o m b r e s p r o p io s .
M u ch o q ued a p o r tanto in c ie rto , casi in c o m p re n sib le . S in em b argo la p re se n c ia en
estos d o c u m e n to s de u n a s e rie de d iv in id a d e s g rie g a s c o n su cu lto h a asen ta d o la
in v estigació n sob re u n a nueva base.
E n t r e lo s re sto s m a te ria le s m ás im p o rta n te s se c u e n ta n a lg u n o s tip o s de c o n s ­
tru c c io n e s claram en te cu ltu ales4: las cuevas, los san tu arios situ ad os en alturas, s a n ­
tu a rio s d o m é stic o s y a lg u n o s « t e m p lo s » . S o n fá c ilm e n te id e n tific a b le s g racias al
g ra n n ú m e ro de o fre n d a s votivas: la in te rp re ta c ió n sagrada se c o n firm a p o r la p r e ­
s e n c ia de u te n s ilio s in a d e c u a d o s p a r a u n u so p rá c tic o , c o m o h ach as d e o ro o de
p lo m o , vasos e n m in ia tu ra , adem ás de m o d e lo s de a rc illa o de m etal de u te n silio s,
a n im a les y h o m b re s. E x iste n ta m b ié n a lgu n o s m o d e lo s votivos d e san tu ario s c o m ­
p le to s . U n culto sin fig u ras vo tiva s, q u e es c ie rtam e n te co n c e b ib le , escap aría, p o r
su p u esto , a estos crite rio s.
L o s testim o n io s m ás claros de la re alid ad im agin ad a so n las rep resen tacio n es ic o ­
n o g rá fic as. S o b re to d o so n d ign o s de m e n c ió n en este cam po u n g ru p o de gran d es
a n illo s de o ro , y tam b ién algunos de plata y de electro, e n los que se rep resen tan c la ­
ra m en te escenas cultuales o m íticas; se llevab an p u estos com o am u letos y se d e p o s i­
taban en las tum bas de los n o b le s6. M otivos sin gu lares de estas rep resen tacio n es a p a ­
re cen co n tin u a m en te tam b ién e n in n u m e ra b le s gem as, sellos e im p ro n ta s de se llo s7.
P e ro el verd ad ero p u n to de p artid a de la tra d ic ió n ic o n o g rá fic a so n los gran des f r e s ­
cos p a rie ta le s 8, de lo s cuales, sin e m b argo , se co n servan sólo escasos restos. A lg u n o s
re c ip ie n te s ritu ales m u estra n re p rese n ta c io n e s en relieve de e d ificio s y escenas c u l­

1 J . R aison y M . Pope, Index transnuméré du Linéaire A , 1977 eKt superado; L . G o dart y J . P. O livier,
Recueil des inscriptions en Linéaire A, 1—I I I , 19 7 6 ; IV, 1 9 8 2 ; V , 19 8 5 [J.-P .O liv ie r, «R ap po rt sur les textes
en hiéroglyphique crétois, en linéaire A et en linéaire B » , en J . - P . O livier (ed.), Mjkena'ika. Actes du
IXe Colloque international sur les textes mycéniens et égéens, 1 9 9 2 , pp. 4 4 3 45^.1 ■
2 U na tentativa de lectura luvita por A . Furumark, Opuscula Atheniensia 6 ( 19 6 5 ), ρ· 97 y Por L. R. Pal­
m er, Transactions o f the Philological Society Oxford ( 1 9 5 8 ) , pp. 7 5 _ΙΟ ° ; Micenaeans and Minoans, 1 9 6 1, pp.
2 3 2 - 2 5 ° (cfr. W . G . Lambert y G . R. H art, BICS 16 [1 9 6 9 ] ’ PP· 16 6 s.) llevó a una diosa A -sa-sa-ra
« s e ñ o r a » ; en contra, E. Grum ach, Kadmos 7 (19 6 8 ) , pp. 7 —2 6 ; pero cfr. P. Faure, BABG 4 ( 1 9 7 2 ) ,
p p . 2 6 1 - 2 7 8 ; P. M eriggi, Kadmos 1 3 ( 1 9 7 4 ) ’ PP· 8 6 - 9 2 · N o parece que haya esperanzas para los
«d escifram ientos» del disco de Festo, PM I, p. 65O ; Buchholz-Karageorghis, n ° 14 O9; c f r . J . P.
O livier, Le disque de Phaistos, édition photographique, 19 75 ·
3 Véase 1 3 -6 .
4 C fr. Rutkowski (i) y Verm eule (2 ); véase I 3 . 3 .
5 M od elo de K a m ila ri: D . Levi, ASAtene 3 9 - 4 ° ( 1 9 6 1 - 1 9 6 2 ) , p p . 1 2 3 - 1 3 8 ; EAA V ( 1 9 6 3 ) , p. 9 3 ;
Rutkowski (i), p. 1 9 9 , fig- 8 0 ; B u ch h o lz-K a ra g e o rg h is, n ° 1 2 2 3 ; proviene de una tumba de
bóveda. Véase 1 3 -5 - n. 3 9 ·
6 Rutkowski (i), pp. 6 0 s .; Verm eule (2), pp. 1 3 - 1 8 .
7 F. Matz y H . Biesantz, Corpus der minoischen und myhenischen Siegel, I - , 1 9 6 4 - (CM S).
8 Dem ostrado de m anera ejemplar por I. A . Sakellarakis, AE ( 1 9 7 2 ) , pp. 2 4 5 " 2 5 ^·
1. PREHISTORIA Y ÉPOCA MINOICO-MICÉNICA
34

tu ales9. F in a lm e n te a flo ra n e n ép o ca ta rd o m in o ic a sarcófagos de b a rr o p in ta d o s 10;


en tre ello s destaca, en calid ad y c o n te n id o , el sarcófago de A g ia T r ia d a 11; p e r o éste,
al ig u a l q ue el m ás g ra n d e e n tre lo s a n illo s de o r o , el « a n illo de N é s t o r » 12, es u n a
cla ra d e m o s tra c ió n de c u á n to s e n ig m a s q u e d a n s in re s o lv e r a p e s a r d e to d o s lo s
esfuerzos in te rp reta tiv o s.
Las fig u ra s h u m a n a s de las p in tu ra s y las estatu illas de te rra co ta y de m etal, que
p r o v ie n e n o p u e d e n p r o v e n ir de s a n tu a rio s , p la n te a n el p ro b le m a de si d eb em o s
in terp retarlas com o d ivinid ades, com o fieles en actitud de a d o ra ció n o quizás in clu so
co m o sacerd o tes q ue re p re s e n ta n a d iv in id a d e s. U n a d e c isió n a tal re sp e cto p u e d e
b asarse ex clu siv a m e n te e n la p o s ic ió n d e l c u e rp o y e n lo s a trib u to s de la fig u r a : la
g ra n m ayo ría de ellas re p rese n ta a h o m b re s en actitu d de a d o ra c ió n , c o n lo s brazo s
c ru z a d o s, o c o n la m an o d e re c h a le va n ta d a a m o d o de sa lu d o , ta m b ié n a m e n u d o
apo yada e n la fr e n t e 13; a veces lle v a n u n a o fre n d a e n la m a n o . E n ca m b io , el gesto
de las dos palm as alzadas d istin gu e al que, p o r estar en p o sic ió n cen tral, atrae sobre sí
las m irad as de to d os: se trata d el « g e sto e p ifá n ic o » de la d io sa14. P o r tan to, tam b ién
las dos estatuillas de terraco ta, p ro v en ien te s de u n alm acén de G n o so , so n id e n tifica -
bles com o d ivin id ades, las « D io s a s de las s e r p ie n te s » 15, p recisam en te p o rq u e las s e r­
p ien tes de u n a y la p an te ra sob re el so m b re ro de la otra so n in d ica d o res de u n estatus
so b reh u m a n o . A sim ism o las fig u ras rep resen tad as e n los sellos acom pañ adas de le o ­
n es y g r ifo s d e b e n ser c o n sid e ra d a s d iv in id a d e s 16; e n las escenas de cu lto aparece a
m en u d o u n a diosa sentada e n u n tro n o com o ob jeto de a d o ra c ió n 17. Estatuas de culto
p ro p ia m e n te dich as, expuestas e n el in t e r io r d el sa n tu ario de fre n te a los fieles q u e
acceden a él, se en cu en tran sólo en época ta rd o m in o ica: rígid os íd o lo s « c a m p a n ifo r­
m e s» e n el gesto de la epifanía18. Estos ú ltim o s, en contraste co n la im agen cultual del
tem p lo g rie g o , se e n c u e n tra n ge n e ra lm e n te en gru p o s.
E sta b le ce r si las re p rese n ta c io n e s ic o n o g rá fic a s m in o ic o -m ic é n ic a s se re fie r e n a
m itos, a n a rracio n e s trad icion ales sob re dioses y h éroes, constituye u n p ro b le m a p a r ­

9 Sobre todo el ritón de K ato Zakro; véase I 3 . 3 , n. 2 4 ; im portante tam bién el «vaso de los cose-
chadores» de A yia Triada: MMR, pp. l6 0 s ., fig. 6 6 ; GGR, lám, 17 , 3 ; B uchholz-K arageorghis, n °
I 1 6 5 ; M arinato s-H irm er, lám. 1 0 3 - 1 0 5 .
10 Sobre todo en Tanagra: T h . Spyropoulos, AAA 3 (19 7 0 ), pp. 1 8 4 - 1 9 5 ; Antike Kunstwerke aus der Samm­
lung Ludwigï, 1 9 7 9 , n ° 2.
11 MMR, pp. 4 2 6 - 4 4 3 ; GGi?,pp. 3 2 6 s ,; Matz, pp. 3 9 8 ~4 ° 7 i J · P· Nauert, A K 8 (19 6 5 ), pp. 9 1 - 9 ^ ϊ Ι ­
Α . Sakellarakis, Prähistorische Zeitschrift 4 5 (1 9 7 0 ) , pp. 1 3 5 - 2 1 9 ; T . Small, AJA 7 6 (1 9 7 2 ), p. 3 2 7 : Gh.
R. Long, The AyiaTriada Sarcophagus. Astudy o flate Minoan-Mycenaeanpractices andbeliefs, 1 9 74 ; Dietrich, p. 4 1 ·
12 JH S 4 5 ( 1 9 2 5 ) , p. 6 5 ; PM II, p. 4 8 2 ; III, pp. 1 4 5 - 1 5 7 ; MMR, pp. 4 3 - 5 ° ; C o o k III, pp. 4 0 3 - 4 0 8 .
Sobre la autenticidad I. A . Sakellarakis, Pepragmena tou 3. diethnous kretologikou synedriou, 1973 » PP· 3 ° 3 “
318 .
13 Sobre el «gesto de a do ració n » : E . Brandt, Gruss und Gebet. Eine Studie *u Gebärden in der mmoisch-myfcenis-
chen undfrühgriechischen Kunst, 1 9 6 5 ·
14 S. A le xio u , « H e m inoike thea m eth ’hypsom enon c h e iro n » , Kretika Chronika 12 ( 1 9 5 8 ) , pp. 1 79 “
2 9 9 ; ya en Çatal Hüyük: A S 1 3 (19 63)» p- 6 l, lám . IXa; Schacherm eyr, fig. 2, 3 » 5 ¡ véase 1 1 , η. 2 0 .
U n tipo particular son los «íd o lo s en form a de Φ » del período tardío.
15 PM I, pp. 5 0 0 - 5 0 5 ; MMR, pp. 8 4 s ., cfr. p. 3 1 2 , η. l 8 ; GGJ?, lám. 1 5 ; Buchholz-Karageorghis, η °
1 2 3 3 ; M arin ato s-H irm er, lám. 70» X X V . Matz, pp. 3 3 ~ 3 5 » discutió la interpretación como d io ­
sas, cfr. F. K iechle, Historia 19 ( 1 9 7 0 ) , pp. 2 5 9 “ ^ 7 1 · Véase I 3 . 3 , η. 5 0 .
16 Véase I 3 -3 , η . 3 7 ; i 3 -5 . η . 8 .
17 V erm eule ( 2 ), p p . 1 6 - 1 8 ; véase I 3 . 4., n . 3 ; I 3 . 5 , n. 2 6 .
18 Véase i 3 -5 , n n · 3 I“34-
3. 2. ESTADO DE LAS FUENTES 35

ticu larm en te e sp in o so 19. D esde el p rin c ip io se esperaba que fu e ra efectivam ente así,
e sp e c ia lm e n te p o r q u e G re ta , M ic e n a s, P ilo , T ebas y O rc ó m e n o se m e n c io n a n a
m e n u d o e n la m ito lo g ía griega p o s te rio r y, e n efecto , lo s m ism o s n o m b res d el m ito
g rie g o se h a n co n v ertid o e n d esig n a c io n e s m o d e rn a s: cerá m ica m in ia , civiliz a ció n
m in o ica. A d em ás, m ucho antes de Evans, los h isto riad o res de las religio n es q u ed aro n
fascin a d o s ante algu n o s elem en to s, p ro b a b le m e n te a n tiq u ísim o s, re la c io n a d o s co n
C reta: el dios com o to ro (Zeus y E u r o p a 80; P asífae, q u e se en trega al to ro y ge n e ra al
M in o t a u r o 21) ; n a c im ie n to y m u e rte de u n d io s (Z e u s n iñ o e n la cueva d el Id a y la
in fa m e « T u m b a de Z e u s » cerca de G n o s o 22) ; m iste rio s a g ra rio s c o n m a trim o n io s
sagrados (la u n ió n de D e m é ter co n Y a sió n e n el cam po de g ran o arad o tres veces23).
U n a tab lilla de G n o so m en cio n a in clu so u n Daiddleion, o tra h abla de u n a « S e ñ o r a del
la b e r in t o » 24; p e ro q ued a aú n p o r saber qué sig n ifica n estos n o m b res. S in em bargo,
los hallazgos artísticos del p e río d o p alacial cretense n o h a n apo rtad o n in g u n a c o n f ir ­
m a c ió n a estas expectativas. N a d a h ab la de u n dios t o r o 25, fa lta n lo s sím bolo s sex u a ­
les. U n a ú n ica im p ro n ta de sello p ro ced en te de G n o so 2 , que m uestra a u n n iñ o b a jo
u n a oveja, constituye u n d éb il testim o n io d el m ito de la in fa n c ia de Z e u s; la q u e fu e
co n sid e ra d a la « tu m b a de Z e u s » desde la E d a d M ed ia ha resu ltad o ser sólo u n o de
los m u ch o s san tu arios m icén icos e n a ltu ras27. E n los sellos se re p rese n ta n a m en u d o
figu ras fantásticas: e n u n o aparece e n u n tro n o u n ser m itad h o m b re y m itad an im a l
lla m a d o « m i n o t a u r o » , p e r o fa lta n tan to lo s c u e rn o s co m o e l la b e r in t o 28. Q u e d a
« E u r o p a so b re el t o r o » ; p e r o , si se ob serva m e jo r, ésta p e rte n e c e a u n g ru p o q u e
m uestra a u n a diosa, en gesto ep ifán ico , sentada sobre u n an im al fantástico re p rese n ­
tado de diversas m an eras, p e ro que la m ayo ría de las veces es sim ila r a u n caballo; en
cu a lq u ier caso n o va sobre u n to ro n a d a d o r29. L o s « g r ifo s » —cu erp o de le ó n alad o y
cabeza de h alcó n — tom ados de la tra d ic ió n d el P ró x im o O rie n te , aparecen en escenas
lú d icas, que p ro b a b le m en te se usaran com o base p ara c o n tar h isto ria s30; en algu nos
vasos de C h ip re u n gigantesco p ájaro se e n fren ta a u n carro de g u e rra ..., p ero en este
caso lo s e q u ivalen tes g rie g o s h a n s u fr id o a su vez evid en tes tr a n s fo rm a c io n e s 31; en

19 V . Karageorghis, «M yth and Ep ic in Mycenaean V ase-P ain tin g», AJA 6 2 (19 5 8 ), pp. 3 ^ 3 ~3 ^ 7 ; A .
Sacconi, « I I M ito nel M ondo M ic e n e o » , PP 15 ( i9 6 0 ) , pp. 1 6 1 - 1 7 8 ; D ietrich, pp. 3 1 0 - 3 1 4 ; E.
Verm eule y V . Karageorghis, Mycenian Pictorial Vast' Painting, 19 8 1.
20 PR II, pp. 3 5 2 - 3 5 4 ; W . B ü h ler, Europa. Eine Sammlung der Zeugnisse des Mythos in der Antiken Literatur und
Kunst, 1 9 6 7 ; el texto más antiguo Hes. fr. 1 4 0 - 1 4 1 [trad. A . M artínez, H esíodo, Obrasjfragmentos,
19 7 8 , pp. 2 6 4 s .] ; la imagen vascular más antigua: Schefold, lám. lib (ca. 6 5 0 ).
21 PR II, pp. 3 6 1 - 3 6 4 ; determ inante E u rip . Cret. fr. 4 7 2 K annicht.
22 Véase III 2 . 1 , n. 18 ; I 3 . 3 , n. 21 .
23 Véase II 7 j n - 96 .
2 4 K N Fp (l), I , 3 ; X 7 2 3 ; K N G g 7 0 2 = Doc. n ° 2 0 5 ; Heubeck, pp. 97 s· D ibujo de un laberinto:
P Y C n I 2 8 7 ; J . L . H eller, AJA 6 5 (19 6 1), pp. 5 7 “ 6 2 ; G érard-Rousseau, lám. g, T.
25 Véase I 3 *5 » η · 1 4·■
2 6 PM I , p. 2 7 3 ; Ρ· 5 ι 5 > % · 3 7 3 * HI, p. 4 7 6 ; MMR, p. 5 4 0 ; GGR, lám. 2 6 , 6.
27 Véase I 3 · 3 > η . 21 .
2 8 H arrison (i), p. 4 8 2 ; R M L V ( 1 9 1 6 - 1 9 2 4 ) 1 col. 7 5 5 ! PM II, p. 7 6 3 ¡ GGR, lám. 2 2 , 4 ·
29 Pasta vitrea de M idea, MMR, p. 3 6 ; GGR, lám. 2 6 , 7 ; D . Levi, « L a dea m icenea a cavallo», en Stu-
diesD. M. Robinson, 19 51» I> pp· 1 0 8 - 12 5 ; D ietrich, p. 3 * 2 .
30 H . Frankfort, BSA % J ( 1 9 3 6 - 1 9 3 7 ) , pp· 1 0 6 - 1 2 2 ; MMR, p. 3 8 7 ; A . B. Bisi, Ilgrifone, 19 6 5 · Carácter
narrativo tiene el fresco de la nave de Tera; se ven grifos que cazan en el « N i lo » : M arin a to s-H ir-
m er, lám. 4O ; véase I 3 . 5 , nn. 4 4 “ 5 1 ·
31 Karageorghis, AJA 6 2 ( 19 5 8 ), pp. 3 8 4 - 3 8 5 y iM, 1 9 7 2 , pp. 4 7 - 5 2 , en com paración con el tema de
1. PREHISTORIA Y ÉPOCA MINOICO-MICÉNICA
36

o tro vaso, a p a re c e n m u je re s a r r o ja n d o lan zas q u e p o d r ía n in te rp r e ta rs e c o m o


« A m a z o n a s » 32. P ero m uchas im ágen es sigu en resu ltan d o enigm áticas, co m o el vaso
llam ado « Z e u s c o n la balanza d el d e s t in o » 33. E s p elig ro so p ro yectar d irectam en te la
tra d ic ió n griega a la E d ad d el B ro n c e .
O tra fo rm a de acceso al m u n d o m in o ic o , a través de las coetáneas civilizacion es
orie n ta le s de la E d a d d el B ro n c e , p arec e a d q u irir m ayo r im p o rta n cia . Y a el p ro p io
E van s r e c u r r ió re g u la rm e n te a te s tim o n io s e g ip c io s y d e l P ró x im o O r ie n t e co m o
e lem en to s de c o m p a ra c ió n . D esd e e n to n c e s, c o n el d e sc u b rim ie n to de las civiliza­
c io n es h itita y u g a rític a , se h a n sacad o a la lu z, ad em ás d e m o n u m e n to s, ta m b ié n
textos, q ue o fre c e n m ateria de c o m p a ra c ió n p ara los rito s y la m ito lo g ía . Se h abla ya
de u n a koiné de la E d a d d el B ro n c e q ue, p o r lo m en o s en el p e r ío d o de A m a rn a , en
el siglo X I V , constitu yó u n a cierta u n id a d e co n ó m ic a y cu ltu ral en la cu en ca o rie n ta l
d el M e d ite rrá n e o . Tales re la c io n e s so n p a rtic u la rm e n te ú tiles p ara u n a in te rp r e ta ­
c ió n m ás exacta de la ic o n o g r a fía 34. In c lu so aq u ellos sím b olo s cultuales tan caracte­
rísticos, com o cu e rn o s o d ob les hachas, p u e d e n h o y re la cio n a rse c o n la tra d ic ió n de
la a n tigu a A n a t o lia 35. L a r e c e p c ió n de e lem en to s de otras tra d ic io n e s p u e d e tra e r
co n sig o la c re a c ió n de n u e v o s s ig n ific a d o s ; la c re c ie n te m u ltip lic id a d de p o sib le s
p u n to s de contacto n o h a fa c ilita d o , p o r ta n to , la tarea de in te rp re ta c ió n .

3 .3 . Los E D IFIC IO S CULTUALES

Cuevas

S egú n u n co n o c id o esquem a evolu tivo, la cueva re p rese n ta ría el p r im e r alb ergu e d el


h om bre, que se conserva p o sterio rm en te com o lu gar de sepultura y fin alm en te es c o n ­
s id e ra d a c o m o m o ra d a de lo s d io s e s 1. P e ro e n n in g u n a de las cuevas de G re ta es
p o sib le d em o stra r la secu en cia h a b ita c ió n -tu m b a -s a n tu a rio ; la m ayo ría de ellas so n
absolutam en te in ad ecu ad as p ara ser h abitad as p o r el h o m b re a causa de la h u m e d a d
y el fr ío y m u ch as se e n c u e n tra n d e m a sia d o le jo s de lo s a sen ta m ien to s p a ra s e rv ir
com o lugares de se p u ltu ra 2. S in e m b a rgo , las cu evas-san tu ario so n características de
la G re ta m in o ic a : se h a n id e n tific a d o c o n certeza al m e n o s q u in c e y o tra s tantas
p u ed e n a ñ a d irse c o n m u ch a p ro b a b ilid a d 3. E vid e n tem en te se bu scaba el e n c u en tro

las grullas y los pigm eos (II. 3, 3 ' ?) Y grifos-A rim aspos. Lucha contra un m onstruo m arino: P M I,
p. 6 9 8 ; GGR, lám. 2 6 , I-
32 Vaso de Yáliso, J . W iesner, Olympos, i 9 6 0 , pp. 2 4 5 s· i D ietrich, pp. 3 1 2 s., lo interpreta como las
Danaides de Lindos.
33 Cratera de En k om i, N ilsson, Op., I, p p . 4 4 3 _ 4 5 6 ; MMR, p. 3 5 ; GGR, pp. 3 6 6 s ., lám . 2 5 · I; V .
Karageorghis, AJA 6 2 ( l 9 5 &), P· 3^5 y lám. 9 8 , 2 ; de un m odo completamente diferente J . W ies­
ner, « D ie Hochzeit des Polypu s», J d l 74 (r 9 5 9 )> PP- 4 9 Ί 1 ■
34 C fr . p o r ejem plo la interpretación del anillo de M ojlos (PM II, p. 2 5 ° ; MMR, p. 2 6 9 , fig. 1 3 6 ;
GGR, lám. 12 , 6) ofrecida p o r C h . So u rvin o u-In w o od , Kadmos 12 ( l 9 7 3 )> PP* E4 9 ' 1 5 8■
35 Véase I 3 . 4 , n n . 3 5 - 3 6 , 3 9 .
1 MMR, p. 5 3 .
2 C o m o subraya Rutkowski (1), pp. 4 2 , I 3 4 > J 4 7 -
3 MMR, pp. 5 3 - 6 8 ; S. M arinatos, « T h e C u lt o f the C retan C ave s», Review ofReligions 5 ( 19 4 Ό -194*0 ,
pp. 1 2 9 ^ 3 6 ; Faure, 1 9 6 4 y B C H 9 6 ( 1 9 7 2 ) , pp. 3 8 9 " 4 ^ 6 ; I 0 2 (1 9 7 8 ), pp. 6 2 9 - 6 4 0 ; Rutkowski
(i), pp. I 2 1 - 1 5 I · Sobre las grutas en Grecia véase 1 1 , n . l 8 ; Willets, pp. 141 - 14 7 ·
3. 3. LOS EDIFICIOS CULTUALES 37

c o n lo d iv in o p re c isa m e n te e n sitio s de d if íc il a cce so , in q u ie ta n te s y o sc u ro s . Es


líc ito evocar de le jo s las p in tu ra s de las cuevas d el P aleo lítico S u p e rio r, e n las q u e los
cazad o res c r e a r o n u n m u n d o fig u ra tiv o d e l M ás A llá . E n la cueva d e S k o tin ó , n o
le jo s de G n o so , las fig u ra s p arie ta les so b re la ro c a , a la luz de la a n to rch a , p a re c e n
avanzar co m o m o n s tru o s y se h a n d isp u e sto m o n to n e s de e sc o m b ro s e n fo rm a de
a n im a les e sq u e m á tic o s4. Se p u ed e p e n sa r e n rito s in ic iá tic o s y e n el m ito d el la b e ­
rin to c o n los m uchach os am enazados p o r el m o n stru o , que q u ie re d evorarlos. N ad a
de esto es, sin e m b argo , d em o strab le p o r m e d io de la a rq u e o lo g ía 5.
M ás fá c ile s d e id e n tific a r y de d atar s o n las o fre n d a s d eja d a s en las cuevas a los
p o d e re s de la o scu rid ad : p e rte n e c e n esen cialm en te a la época p ala cia l6. A s í, la cueva
de K a m a ré s 7, visib le desde le jo s en el la d o S u r d el Id a sobre Festo, ha dado n o m b re
a u n tip o de c e rá m ic a m e d io m in o ic a , de la q ue se e n c o n t r a r o n a llí n u m e r o s o s
e je m p la re s. E n esta cueva se d ep o sitab an exclu sivam ente re cip ie n te s de b a rro ; e n el
m o m e n to e n q ue fu e r o n e n c o n tra d o s c o n te n ía n to d avía g ra n o s de cereales y ta m ­
b ié n huesos de an im ales: los a lim en tos p ara la vida d ia ria se tra n sp o rta b a n hasta aq u í
d u ra n te el ve ra n o , p ara vo lverlo s a tra e r, quizá en el ám b ito d e u n a fiesta de la c o se ­
cha, quizá ta m b ié n tras u n in tervalo m ayo r; la cueva p e rm a n e ce aislada p o r la n ieve
hasta d espués d el in ic io d el veran o .
M ás im p o n e n te s so n las o fre n d a s vo tivas e n c o n tra d a s e n cuevas co m o la s de
A r k a lo jo r i y P s ijro : d obles hachas —algunas de o r o — cien to s de espadas largas y d e l­
gadas, dagas y cu ch illo s, y ta m b ié n estatuillas de b ro n c e de an im ales y h o m b re s, así
c o m o fig u rilla s de b a rro de to d o tip o . E n la cueva de P sijro —e rró n e a m e n te llam ad a
« C u e v a de D i c t e » 8— las h ach as y las esp ad as fu e r o n colgad as e n tre las e stu p en d as
estalactitas de la cavidad in fe r io r o in c lu so encajadas e n las fisu ra s de la ro ca; o f r e n ­
das m ás p eq u eñ as se a r r o ja r o n a u n a ch arca. E n la cavidad s u p e rio r se h a n e n c o n ­
tra d o con sisten tes d ep ósitos co n estratos de cenizas y h u esos d e an im ales, n u m e r o ­
sos re sto s de m esas d e lib a c io n e s, so b re to d o , cerca de u n a e le v a c ió n e n fo r m a de
a lta r: a q u í se cele b rab a n fiestas sacrific ia les, se m ataban y asab an vacas, ovejas, c e r ­
d os y cabras m on teses. L o s p articip a n tes de lo s rito s p ro v e n ía n de le jo s: en P s ijro se
ha e n c o n tra d o cerám ica de F e sto 9.
A q u í se c o n sagrab an in stru m en to s p ara m atar en m ed io d e cru en to s sa crificio s:
arm as y hachas, sím b o lo s de p o d e r. S i a q u í tam b ién vale el p rin c ip io d el do ut des, el
r ito sig n ific a p o d e r a cam b io de p o d e r . S e g ú n la tr a d ic ió n g rie g a p o s te rio r, el rey
M in o s iba cada och o años a la cueva d el Id a a visitar a su p ad re Zeus « p a r a h a b la r »
c o n él, a fin de re n o v a r su p o d e r r e a l10; desde el p ala cio de M a lia no era d ifíc il lle -

4 Faure, pp. 16 6 -1 7 O ; « A l a recherche du vrai labyrinthe de C rè te » , Kretika Chronika 17 ( 19 ^ 3 ), pp.


3 1 5 - 3 3 6 ; Rutkowski (i), pp. 1 2 1 - 1 2 5 , 1 3 1 , 3 2 0 .
5 E l dibujo de una « S e ñ o ra de los anim ales» que Faure, B C H 9 3 (19 6 9 ), pp. 195 99 creía haber
encontrado bajo u n pasadizo rocoso cerca de Vernofeto es u n garabato m oderno: B. Rutkowski y
K . Nowicki, Archäologisches Korrespondenzblatt 16 ( 19 8 6 ) , pp. 4 5 - 4 7 -
6 Sobre la escasez de hallazgos más antiguos: Rutkowski (i), pp, I 4 7 _I 4 9 ·
7 MMR, pp. 6 5 - 6 7 ; Faure, pp. 1 7 8 - 1 8 3 ; Rutkowski (i), pp. I 3 7 s-> 1 4 3 , 3 I 8.
8 MMR, pp. 6 1 - 6 4 ; Boardm an; Faure, pp. I 5 I - I 5 9 , Rutkowski (i), pp. 1 3 IS., 1 3 8 s ., 3 1 9 ; el nom bre
de «cu eva D icte a » le fue dado p o r el arqueólogo D . G . H ogarth. C fr . MMR, pp. 4 5 8 s.; Faure,
pp. 9 6 s .; West, p. 2 9 7 ·
9 Rutkowski (i), p. 1 4 4 ·
10 H om . Od. 1 9 , 179; Plat. Leg. 6 2 4 a, Minos 3 1 9 b; PR, p. 351, véase I 3 .4 , n. 45·
1. PREHISTORIA Y ÉPOCA MINOICO-MICÉNICA

gar a la cueva de P s ijro . E n la cueva de A r k a lo jo r i, sin em b argo , algu n o s u te n silio s a


m ed io te rm in a r e n tre las o fre n d a s votivas de b ro n c e a p u n ta n a u n a estrecha re la c ió n
c o n el tra b a jo de lo s h e r r e r o s 11 q u e, a su vez, evoca a h e r re ro s m ítico s, lo s « D á c t i­
lo s » d el Id a . M u y c u rio so es u n p la to vo tivo de b ro n c e de la cueva de P s ijro , e n el
que está re p rese n ta d o u n h o m b re q ue b a ila , u n á rb o l, u n p á ja ro y u n pez b a jo el sol
y la lu n a y en tre tres c u e rn o s de c o n sa g ra c ió n . Se h a p en sad o en u n a c o sm o go n ía , o
in c lu so en A fr o d ita U r a n ia 12, p e r o p o r a h o ra so n sólo esp ecu lacio n es n o d em o stra ­
das: las in sc rip c io n e s en lin e a l A de ciertas o fre n d a s so n a ú n in c o m p re n sib le s.
L a Odisea m e n c io n a la « c u ev a de I l i t ia » , ju n to a A m n is o , n o le jo s de G n o so . E n
esta c u e va 13 n o se h a n e n c o n tra d o o b je to s d e m eta l, ú n ic a m e n te c e rá m ic a de la
é p o ca n e o lític a h asta la ro m a n a . S ó lo e n el ú ltim o p e r ío d o m in o ic o ( M in o ic o
R e cien te I I I ) em p ieza a h a b er o fre n d a s a b u n d an tes. Se e n c u e n tra n extrañas fo r m a ­
cio n es ro c o sa s: n o le jo s de la e n tra d a hay u n a e leva ció n oval q ue p arece u n vie n tre
c o n u n o m b lig o y al fo n d o de la cueva hay u n a fig u ra sed en te; ju sto en el c en tro hay
u n a esta lag m ita q u e s u g ie re u n a fig u r a f e m e n in a ; la p u n ta de la e sta lag m ita , la
« c a b e z a » , h a sid o vio le n ta m en te a rra n c a d a en a lgú n m o m en to p o s te rio r. L a fig u ra
está ro d ea d a p o r u n p e q u e ñ o m u ro , u n b lo q u e de p ie d ra , p arec id o a u n altar, tras­
la d ad o d ela n te de e lla; la estalagm ita p a re c e h a b e r sid o to cad a, a c aric ia d a , p u lid a ,
p o r in c o n ta b le s m an os h u m an as. A l fo n d o de la gru ta se e n c u e n tra n p ozos de agua
rica en m in e ra le s, de la q ue evid e n te m e n te se h acía u so . A q u í, p o r tan to , lo s h o m ­
b re s b u sc a ro n ayuda en el con tacto c o n p o d e re s m iste rio so s. Ilitia es la d io sa griega
d el p a rto . U n a ta b lilla , e n c o n tra d a e n G n o s o , d ice: « A m n is o , p a ra Ilitia (Eleuthia)
u n á n fo ra de m i e l » 14. E l n o m b re q u e, p o r tan to , ya existía e n la E d a d d el B ro n c e ,
d eb e e n te n d e rs e e n esta p re c isa fo r m a c o m o a b so lu tam e n te g r ie g o ; a e llo c o r re s ­
p o n d e el f lo r e c im ie n to d e l c u lto e n esta cueva só lo e n la fase ta rd ía ; el p e r ío d o
m in o ic o m ás an tigu o q u ed a e n la o sc u rid a d .
Ilitia es u n a d iosa, n o m b ra d a de m a n e ra in d iv id u a l y c o n u n a fu n c ió n esp ecífica.
L a cueva d e P a tso s14 fu e d e d ica d a p o s te r io r m e n te a H e r m e s Kránaios, la de L e r a , a
u n a « N i n f a » 16; e n la cueva d e l Id a se feste ja b a a Z e u s, u n cu lto q u e, sin e m b a rg o ,
n o se in ic ia h asta el sig lo V I I I 17. L a s m arc ad a s d ife r e n c ia s e n tre lo s h a lla z g o s, p o r
e je m p lo de IC am arés y de P s ijr o , de A m n is o y de S k o tin o , d e m u e s tra n q u e n o es
p o s ib le p r e s u p o n e r y a e n ép o ca m in o ic a u n a d iv in id a d g e n e ra l d e las cuevas, sin o
q ue existían d iverso s d io ses, cada u n o c o n fu n c io n e s e sp e c ífic a s'8. Y , a p esa r de las
in te rru p c io n e s y lo s nuevos c o m ien zo s, el e je m p lo de Eleuthia/ïlitia in d ica u n a c o n ­
tin u id a d , al m en o s p arcia l, d el m in o ic o al g rie g o .

11 S. M arinatos, Kadmosl ( 1 9 6 2 ) , pp. 8 y - 9 4· ; Rutkowski (i), pp. 1 3 9 s .


12 PM I, p. 6 3 2 ; MMR, p. 17 1 ; C ook II, p. 2 9 7 ; GGR, lám. 7, 3 ; cfr. Boardm an, p. 4 6 y Faure, pp. 15 6 s.
13 Horn. Od. 19 , 1 8 8 ; MMR, p. 3 8 ; Faure, pp. 8 2 -9 O ; Rutkowski (l), pp. 1 2 9 - 1 3 1 , 1 3 8 , 3 1 7 ; SMEA 3
(19 6 7 ), pp. 3IS .
14 Véase I 3 *6 » n · 4 ·
15 MMR, p. 67? Boardm an, pp. 7 6 - 7 8 ; Faure, pp. 1 3 6 —1 3 9 ; Rutkowski (i), p. 3 1 9 ; Z C I I lX l.
16 Faure, pp. 1 4 0 - 1 4 4 ; B C H 8 6 ( 1 9 6 2 ) , p. 4 7 ; Bulletin épigraphique (1 9 6 4 ), n ° 4 ^5 ·
17 C o m o subrayaron Nilsson, MMR, pp. 6 4 s . y F au re , pp. 1 2 0 - 1 2 6 ; cfr. Rutkowski (i), pp. I 3 5 > 3 1 8 ;
véase III 2 . 1, n . 16 .
18 C fr. M arinatos (supra, n. 3 ); MMR, p. 3 9 5 ; Faure, passim; Rutkowski (i), pp. I 4 5 ~I 4 7 > I 5 ° s·; adora­
dores ante una diosa entronizada bajo u n techo de estalactitas: im pronta de u n sello de C no so PM
II, p. 7 6 7 ; IV , p. 3 9 5 - MMR, p. 3 4 ^; GGR, lám. 18 , 5 ; Rutkowski (1), p. 2 0 9 , fig. 8 8 , pero cfr. Pili III,
3. 3. LOS EDIFICIOS CULTUALES 39

San tu arios en alturas

N o m en o s característicos que las cuevas dedicadas al cu lto so n los santu arios situados
e n a ltu ras19. Se e n c u en tra n e n la cim a de m on tes p elad os y n o p articu larm en te altos,
le jo s de lo s a sen ta m ien to s h u m a n o s, a u n q u e g e n e ra lm e n te n o están a m ás de u n a
h o ra de cam in o de ellos. Se d istin gu e n p o r la can tid ad de terracotas votivas de va rio s
tip o s, a m en u d o m uy sim ples, p eq u eñ as y de escaso v a lo r. P re d o m in a n las figu ras de
anim ales, sobre to d o vacas y ovejas; u n a con m o ved o ra o fre n d a es u n a rebanada de p an
sob re u n p lato de p o co s cen tím etro s. T a m b ié n hay estatuillas d e h o m b re s y m u je re s
de p ie e n actitu d d e a d o ra c ió n . N o se h a n e n c o n tra d o d o b les hachas n i espadas n i
ta m p o co m esas de lib a c ió n ; lo s h allazgos de m etal so n m uy ra ro s . In teresan tes, a la
vez q u e e n ig m á tic a s, s o n a lg u n a s f ig u r illa s d e b a r r o q u e re p re s e n ta n u n a e sp e cie
lo c a l de escarabajo p e lo te ro (coprisHispanus) 20; este in se cto , cuya existencia está e stre ­
ch am en te ligad a a la cría d el gan ado o v in o , p o d ría c o n fir m a r la im p re sió n , su gerid a
ta m b ié n p o r otro s h allazgos, de que tenga q u e ve r c o n u n cu lto d ifu n d id o e n tre los
p astores de la m o n tañ a.
S e h a n id e n tific a d o c o n certeza m ás de ve in te san tu arios e n alturas, entre e llo s la
« tu m b a de Z e u s » so b re el m o n te Y u k ta s , ju n t o a C n o s o 21; h a lla z g o s p a r t ic u la r ­
m en te rico s e im p o rtan tes p ro v ie n e n de Petsofás, cerca de P alek astro22. L as p rim era s
fig u ra s de b a rr o em p iezan a p a r tir d el p r im e r p e r ío d o p ala cia l en to rn o a 2 0 0 0 23;
e n el segund o p e río d o palacial se e rig ie r o n m ás a m en u d o co n stru ccio n es en p ie d ra ,
de las q ue se c o n se rva n los c im ie n to s. C o n la catástro fe v o lc á n ic a en to rn o a 1 5 0 0
p a re c e in ic ia r s e u n a fase de b ru sc a d e c a d e n c ia ; lo s h a lla z go s p e r te n e c ie n te s a lo s
siglo s p o ste rio re s (M in o ic o R e cie n te I I - I I l ) so n escasos. E n la G re c ia m ic é n ic a u n
sa n tu a rio s im ila r se e n c o n tró sólo e n é p o ca re c ie n te e n el lu g a r de A p o lo Maledtas,
cerca de E p id a u r o 24.
E n u n ritó n c o n relieve d el p alacio de K a to Z a k r o 25 se rep resen ta u n e sp lé n d id o
e je m p lo de sa n tu ario en altu ra, lo que al m ism o tiem p o c o n firm a la c o n e x ió n e n tre
p ala cio y culto « e n a ltu ra s» e n el segu n d o p e río d o p alacial. L a fach ada del te m p lo ,

pp. 2 2 5 , 5 ° 2 ; M arinatos-H irm er, lám. 2 3 4 (en m edio, a la izquierda). Orantes ante dos escudos
en una cueva: sello de Zacro, ASAtene 8 - 9 ( * 9 2 5 - 1 9 2 6 ) , p. 1 8 3 ; 4/ ^ 4 9 ( l 9 4 í})> PP· 3 0 0 s ·
19 N ilsson no los considera aún grupos autónom os, cfr. N . Platon, « Τ ο h ieron Maza kai m inoika
hiera koryphes», Kretika Chronika 5 (19 5 1), PP· 9 6 -16 O ; P. Faure, BCH 9 1 (19 6 7 ), pp. 115- 133 ; B . G.
D ietrich, Historia 18 (19 6 9 ), pp. 2 5 7 - 9 ,7 5 ; B. Rutkowski, Historia 2 0 (1 9 7 1 ), pp. I - I 9 ; D ietrich, His­
toria 2 0 (19 7 1), pp. 5 1 3 - 5 2 3 ; Rutkowski (i), pp. 1 5 2 - 1 8 8 ; P. Faure, B C H 9 6 (1 9 7 2 ), pp. 3 9 0 - 4 0 2 ;
Dietrich, 1 9 7 4 , pp. 2 9 0 - 3 0 7 .
20 Faure, B C H ( 19 6 7 ) , p. 1 4 1 ; Rutkowski (i), pp. I 7 5 “ I 7 9 -
21 PM I, pp. 1 5 3 - 1 5 9 ; G o o k l, pp. 1 5 7 - 1 6 3 ; MMR, pp. 7 1 s·; Ρ· Faure, Minoica (Festschrift Sundwaíí), 1 9 5 8 ,
PP· I 3 3 “ I 4 8 ; Rutkowski (i), pp. 1 5 6 - 1 5 9 , 3 2 1 .
22 BSA 9 ( 1 9 0 2 - 1 9 0 3 ) , pp. 3 5 6 - 3 8 7 ; P M I, pp. 1 5 1 - 1 5 3 ; MMR, pp. 6 8 - 7 0 ; Rutkowski (i), pp. 1 5 9 -
16 2 , 3 2 2 .
23 S in embargo, Branigan (2 ), p. 1 0 3 γ Kadmos 8 (19 6 9 ), p. 3 , sitúa los inicios de Petsofás en el P ro -
tom inoico III; Platon (supra, n. ig ), p. 122 y Faure, BCH ( 19 6 7 ), p. 121 , consideran el com plejo de
Jam ezi (M inoico M edio i) com o santuario en altura; diferente parecer manifiesta Rutkowski (i),
pp. 5 0 s.
24 V . Lam brinoudakis, Praktika (19 7 6 ), pp. 2 0 2 - 2 0 9 ; Archaiognosia I (1 9 8 0 ) , pp. 4 .3 -4 6 ; H ä g g -M a ri-
natos, pp. 5 9 - 6 5 .
25 Archaeological Reports ( l 9 6 3 - I 9 6 4 ),pp- 2 9 s·» fig· 3 9 ; BC H 8 8 (19 6 4 )1 p- 8 4 3 ; Sim on, p. 152 ; N . Pla­
ton, Zsikros. The discover)! o f a lost palace o f ancient Crete, 1 9 7 1 , pp· 1 6 4 - 1 6 9 ; M arin ato s-H irm er, p . 1 4 5 ·
40 1. PREHISTORIA Y ÉPOCA MINOICO-MICÉNICA

sim étric a m en te trip a rtita , se levan ta so b re u n a base c o n stru id a e n p ie d r a co lo cad a


so b re u n fo n d o ro c o so ; e n el c en tro , u n a g ra n p u erta y parejas de cu e rn o s a d o rn a ­
dos c o n esp irales sob resalen de las dos alas d el e d ific io . T re s altares co n fo rm a s d ife ­
re n te s, a lg u n o s c o r o n a d o s p o r c u e r n o s , o c u p a n la p a rte a n te r io r . D e la n te de la
fach ada de la co n stru c c ió n , p e ro sep arad os de ella, se levantan altos p ilares te rm in a ­
d os e n p u n ta q u e, e n la p a rte in f e r io r , so s tie n e n u n a esp ecie de e sta n d a rte 86. L a s
cabras m on teses so b re el tech o d el te m p lo estaban sin d ud a destinadas al s a c rific io :
tam b ién u n a n illo de o ro e n c o n tra d o en P ilo 87 m u estra u n a cabra que se d irig e a u n
san tu ario e n alturas. A esta fo rm a de cu lto p e rte n e c e ta m b ié n u n a p in tu ra , re c o n s ­
tr u id a a p a r t ir de v a rio s fra g m e n to s , e n la q u e u n a sa c e rd o tisa lle v a a u n a lta r de
m ad e ra u n a cabra ya sa crific a d a 88.
E l a sp ecto m ás im p r e s io n a n te d e las c e le b r a c io n e s e n lo a lto de la m o n ta ñ a
p u e d e in fe r ir s e a p a r tir de lo s re sto s: se e n c e n d ía u n g ra n fu e g o —seg u ra m e n te de
n o ch e , co m o p ru e b a n lo s restos de lu c e rn a s— y se tira b a n a las brasas a rd ie n te s esas
fig u rilla s de a rcilla . D e cu an d o e n cu a n d o , p ro b a b le m e n te antes de la n ueva fiesta,
el lu g a r se lim p ia b a y las c en izas, c o n lo s re sto s de las fig u r illa s , se tira b a n e n las
grietas m ás cercan as de la ro c a , d o n d e se h a n d escu b ierto . N o fa lta n restos de h u e ­
sos de a n im a le s89.
E s in e v ita b le re la c io n a r estos rito s c o n las p o s te rio re s fiestas d e l fu e g o g rie g a s.
P a ra las fiestas Dafdala de P latea se e rig ía to d avía u n altar de m a d e ra 30. N o s h a n lle ­
gado te stim o n io s relativos a detalles lú gu b res y cru eles: en Patras se ech aban a las lla ­
m as an im ales salvajes vivos en h o n o r de A rte m is L a fr ía 31; en el mégaron de L ic o su ra se
a rro ja b a n al « h o g a r » an im ales d esp ed azad o s38. E n tre lo s hallazgos de lo s san tu arios
en altu ras saltan a la vista te rra co ta s q ue re p r o d u c e n m ie m b ro s h u m a n o s, brazo s y
p ie rn a s, a v e c es p rovisto s de u n a g u jero p a ra co lgarlo s; algunas fig u ras están p e r fe c ­
tam en te cortad as p o r la m ita d . ¿ S e trata q u izá de exvotos p a ra u n a d iv in id a d de la
s a lu d ? N ils s o n m e n c io n a al re sp e c to a lg u n o s rito s de d e s m e m b ra m ie n to 33. E n las
fiestas d e l fu e g o g riegas, c o m o e n las d el m o n te E ta , vuelve a a flo r a r el m o tivo d el
sa crific io h u m a n o .
L a e x p re sió n « s a c rific io c re te n se » se co n vierte e n p ro v e r b io 34 p ara d esign ar algo
q ue se in te rru m p e de u n m o d o b ru sc o y d eso rd e n a d o . Se con taba que A g a m e n ó n ,
m ie n tra s estaba re alizan d o u n s a c rific io e n las alturas de P o lirre n io n , se d io cu en ta
de que algunos p ris io n e ro s estaban p re n d ié n d o le s fu ego a sus naves; en to n ces a b a n -

lám. 1 0 8 - I I 0 ; Rutkowski (1), pp. 16 4 s., figs. 5 8 - 6 0 . C fr. además el ritón fragmentario de Cnoso,
Rutkowski (i), p. 16 6 ; Verm eule (2 ), p. I I ; Buchholz-K arageorghis, n ° I16 7 .
26 C h . K ard ara, AE ( 1 9 6 6 ) , pp. I 4 9 ~ 2 0 0 , sostiene que durante las torm entas atraerían los rayos
como epifanía divina. M odelo egipcio; S. A lexiou , AAA 2 ( 19 6 9 ), pp. 8 4 - 8 8 .
27 Matz, fig. 6; Verm eule (2 ), p- 13 - f*g· 2 (f).
28 I. A . Sakellarakis, AE ( 1 9 7 2 ) , pp· 2 4 5 ~ 2 5 8 .
29 Platon (supra, η. 19 ), pp. 1 0 3 , 1 5 7 .
30 Paus. 9 , 3 , 7 ; véase II 7 » η . 9 3 » HI 2 -2 , η . 5 5 ·
31 Paus. 7 » I 8 , IX—1 3 ; véase II I , n. 6 8 .
32 Paus. 8, 3 7 , 8 ; véase VI 1 . 2 , n. 19*
3 3 MMR, p p . 6 6 s., 7 5 ; c o n sid e rad o u n exvoto p a ra p ro c u ra rse c u ra c ió n p o r G . Davaras, Kadmos 6
( 1967 ), p. 1 0 2 y Rutkowski (i), p. 173· So b re la fiesta del m onte Eta véase II I, η . 7 1.
34 - Zen ob . 5» 5 o (Paroem. Gr. I, p. 1 4 1) = Z en o b . A th . proverbia 7 B üh ler (vol. IV ). Q uizá puede rela­
cionarse con el culto de D ictinna en Polirrénion (Strab. IO, p. 4 9 7 ; FI. Walter y U . Jantzen, «D as
D iktynn aion», en F. Matz, Forschungen a uf Kreta, 19 51» pp. IO 6 -IO 7)·
3 .3 . LOS EDIFICIOS CULTUALES 41

d o n ó lo s tro z o s a rd ie n te s de la victim a , se p re c ip itó h a cia el m a r y escap ó m a ld i­


c ie n d o e n la ú ltim a n ave salvada de las lla m a s. L a h u id a p re c ip ita d a d e l lu g a r d el
fu e g o , de la q ue se tie n e n te stim o n io s p o s te rio re s ta m b ié n e n T it o r e a 35, a ñ a d iría
o tra d im e n s ió n d ram ática al c u ad ro de la fiesta d el fu e g o . Q u iz á cada p a rtic ip a n te
te n ía q u e t ir a r al fu e g o al m e n o s u n a p e q u e ñ e z , a u n q u e fu e r a só lo u n a b o lita de
a rc illa (tam b ién se h a n e n co n tra d o a lg u n a s).
S ó lo p o d em o s c o n je tu ra r a qué d ivin id a d se in te n ta ría in v o c a r c o n tal fo rm a de
a d o ra c ió n 36. N o se ha en con trad o n in g u n a fig u ra que p u d ie ra re p rese n ta r un a d iv i­
n id a d . L a cim a d el m o n te hace p en sa r e n u n dios de la tem pestad, p e ro las fiestas del
fu ego griegas so n e n h o n o r de u n a d iosa. U n sello de G n o s o 37 m uestra u n a d io sa de
p ie en tre dos leon es, en la cim a de u n m o n te, m ien tras tien d e u n a lanza con tra u n a
fig u ra m ascu lin a, que la está m ira n d o ; al o tro lad o d el m on te p u ed e verse u na c o n s ­
tru c c ió n cultual d ecorad a c o n cu ern o s. Se p u ed e e n ten d er la im agen en el sentido de
que la d iosa d el m o n te entrega al rey el sím b o lo de su p o d e r, p e r o está a ú n p o r v e r si
esto o fre c e la clave p a ra la c o m p r e n s ió n d e l cu lto « e n a ltu r a s » . L a im a g e n es d el
p e r ío d o ta r d o m in o ic o (M in o ic o R e c ie n te II), c u a n d o los sa n tu a rio s e n a ltu ras ya
h a b ía n co m en zad o su d ecad en cia. S e g u ra m e n te , sin em b a rg o , la im a g e n se in se rta
d en tro de u n a tra d ic ió n ic o n o g rá fic a que p ro v ie n e de O rie n te . A llí, la « S e ñ o r a d el
m o n t e » , en su m e rio N in h u rsag, era ya b ie n co n o cid a m u cho antes.
E llo p o d r ía h a ce r p e n sa r q ue to d o el cu lto « e n a ltu r a s » se asocia c o n la t r a d i­
c ió n o r ie n ta l. E n G a n a á n se lle v a b a n a cab o s a c r ific io s de fu e g o « e n a ltu r a s » en
h o n o r de B a a l38; en T arso , la fiesta d el fu ego se celeb raba en h o n o r de u n dios id e n ­
tifica d o c o n H e r a c le s 39. P ero el c u ad ro d el cu lto s irio -p a le s tin o en el II m ile n io es
a ú n m u y c o n fu so co m o p ara p o d e r v e rific a r tal h ip ó te sis40.

Arboles-santuario

E n las im ágenes, sob re to d o de los an illo s, aparecen a m en u d o in d u d ab les re p re se n ­


tacio n es cultuales, q ue n o p u e d e n re la c io n a rse n i c o n las cuevas n i c o n las cim as de
m o n tañ as n i m u ch o m en o s c o n lo s p a la c io s41. S u rasgo d istin tivo es u n im p o n e n te
á rb o l, casi sie m p re ro d ea d o p o r u n m u ro y, p o r tan to, aislado com o « s a g ra d o » ; el
m u ro p u e d e estar d e c o ra d o c o n estu co s y c o r o n a d o de c u e rn o s c u ltu a le s; u n a
p u erta, tam b ién d eco rad a, lleva al in te rio r y a veces d eja en trever u n p ila r de p ie d ra .

35 Paus. 10 , 3 2 , 17.
36 C fr. la discusión entre D ietrich y Rutkowski (supra, η . 19 ).
37 PM II, p. 8 0 9 ; III, p. 4 ^ 3 ; MMR, p. 3 5 3 ; GGR, lám. 18 , I ; Rutkowski (1), p. 1 7 3 ; Vermeule (2), p. 13 .
fig. 2 (a). C fr. la diosa entre los leones en la gema de Micenas: JH S 2 1 (19 0 1), p. 164·, GGR, lám. 2 0 ,
5 y además láms. 2 0 . 6 ; 21 , I. E n un fresco del palacio de M ari, la diosa, en pie sobre un león ,
ofrece u n cetro y u n anillo al rey: E. Strom m enger, Fünf Jahrtausende Mesopotamien, 1 9 6 2 , lám. 1 6 5 ·
38 Por ejemplo, A T 2 , Re 2 3 , 5 ·
39 Véase IV 5 .1 , n. 18 .
40 E l estudio de W . F. A lb rig h t, « T h é H ig h Place in A n c ie n t P a le stin e » , Vetus Testamentum Suppl. 4
( 1 9 5 7 ). pp. 2 4 2 - 2 5 8 , pone de manifiesto hasta qué punto son inciertos los conceptos y las in te r­
pretaciones; véase I 4 , n. 4 5 ; 11 !» n n · 6 8 - 7 4 ; una fiesta del fuego en Bam bice: Lu c. Syr. dea 4 9 ·
41 P o r ejem plo GGR, lám . 1 3 , 4 _ 8 ; i 7 > I; ε^Γ· MMR, p p . 2 6 2 - 2 7 2 ; GGR, p p . 2 8 0 - 2 8 4 ; Faure, BG H
( 19 6 7 ), p. 1 1 4 ; ( 1 9 7 2 ) , pp. 4 1 9 - 4 2 2 : Rutkowski (i), pp. 1 8 9 - 2 1 4 , 3 2 3 - 3 2 5 ·
43 1. PREHISTORIA Y ÉPOCA MINOICO-MICÉNICA

N o fa lta n altares de d iversas fo rm a s ; e n a lgu n o s, casi e n fre n te d el á rb o l, se levanta


u n e d ific io p a re c id o a u n te m p lo . Se su giere a veces u n suelo n a tu ra l, p ed re g o so .
E n la m ayo r p arte de lo s casos p a re c e n rep resen tarse h igu eras y olivos. U n a gem a
en co n tra d a e n N axos m u estra u n h o m b re c o n u n a lanza de p ie d elante de u n a p a l­
m e ra , ju n to a u n a m esa c o n re c ip ie n te s p ara lib a c io n e s. E n otras escenas, fre n te al
á rb o l, b a ila rin e s y b a ila rin a s se m u ev en co n gestos extáticos o u n a d ivin id a d se a p a ­
rece a sus a d o ra d o res. U n fre sc o e n m in ia tu ra de C n o s o 43 m u estra u n a m u ltitu d de
h o m b re s ju n to a u n b o sq u e cillo , m ie n tra s u n g ru p o de fig u ras fem en in a s levanta las
m an o s en estado de e x cita ció n o b a ila n d o .
T ales á rb o le s n o se e n c u e n tra n n i e n lo s m o n tes n i e n lo s c o m p le jo s p alaciales,
de m o d o que estos san tu arios estaban situados e n cam po a b ie rto 44·. E s d ifíc il e n c o n ­
tra r te stim o n io s de co n stru c c io n es sim ilares c o n los m ed io s de la a rq u eo lo g ía , d ado
que lo s restos de e d ific io s aislados o lo s re c in to s e n te rre n o cultivable están e xp u es­
tos a d esap arecer m u ch o m ás rá p id a y ra d ic a lm e n te q ue las gran d es ciu d ad es en r u i­
n as o las c u e v a s-s a n tu a rio , p r o te g id a s p o r su p o s ic ió n e x c e p c io n a l. E x is te n , sin
e m b argo , d iversos lu gares d o n d e las excavaciones h a n sacado a la luz, ju n t o a restos
de algunas co n stru ccio n es, tam b ién fig u ras votivas de anim ales y de h o m b re s en acti­
tu d de a d o ra c ió n , lo q u e apo ya la h ip ó te sis de que u n a p arte im p o rta n te de la vid a
re lig io sa se d e s a rro lla ría al a ire lib r e , le jo s de la existen cia c o tid ia n a d e lo s a sen ta ­
m ie n to s. A llí se d irig ir ía n p ro c e sio n e s y, d u ran te la danza b a jo el á rb o l, p o d ría ap a ­
recerse la d ivin id a d .

Santuarios domésticos

D a d o que el d e sc u b rim ie n to d e la civiliz a ció n m in o ic a co m en zó c o n las excavacio­


n es d el p alacio de C n o s o , lo s h allazgos en co n tra d o s allí fu e r o n ta m b ié n en u n p r in ­
c ip io d e te rm in a n te s e n la r e c o n s t r u c c ió n de la r e lig ió n m in o ic a . S e c re ía q u e lo s
tem p lo s e ra n d esco n o cid o s p a ra esta re lig ió n . E n su lu ga r h abía p eq u eñ as h a b ita c io ­
nes dedicadas al culto en el in t e r io r de lo s p alacios y de las vivie n d a s45, id e n tifica b le s
p o r las o fre n d a s vo tivas, u t e n s ilio s y s ím b o lo s c u ltu a le s, c o m o c u e rn o s o d o b le s
hachas. S in em b argo, aú n q u ed a n p ro fu n d a s in c e rtid u m b re s co n respecto tanto a su
in te rp re ta c ió n com o a su re c o n stru c c ió n .
P o d e r o s o s p ila r e s c u a d r a n g u la r e s , ta n to e n el só ta n o d e l p a la c io de C n o s o
c o m o e n o tro s e d ific io s , e stá n a m e n u d o d e c o ra d o s c o n s ím b o lo s c o m o d o b le s
hachas, c u e rn o s o estrellas. E vans d e d u jo a p a r tir de ello u n « c u lto al p il a r » , h ab ló
de u n a « c r ip ta sa g ra d a » j c o n je tu ró q u e en esos lu gares p o r regla g e n e ra l d eb ía de
h a b e r h a b id o sa n tu a rio s4 . S in e m b a rg o , los h allazgos e n c o n tra d o s p o s te rio rm e n te

42 Verm eule (i), p. 29O ; (2 ), pp. 3 9 , 5 8 ; Sim on, p. 16 0 .


43 PM III, pp. 6 6 - 8 8 .
44 N ilsson habló de «santuarios rú sticos» (MMR, p. 2 7 2 ); Faure, de «santuarios del ca m p o »; R u t­
kowski, de «recinto s sagrados».
45 MMR, pp. 7 7 - I I 6 ; n . Platon, « T a M inoika o ik iak ah iera», Kretika Chronika 8 ( 1 9 5 4 ) , pp. 4 2 8 - 4 8 3 ;
Rutkowski (1), pp. 2 I 5 “ 2 5 9 ; G . G . Gesell, The archaeological evidence forihe Minoan house cult and its survival
in Iron Age Crete, D issertation C h ap e l H ill 1972 (DA 3 3 [ 1 9 3 2 ] , 1 6 2 6 A ) ; K . B ra n ig a n , Kadmos 8
(1 9 6 9 ), p. 4 .
46 JH S 2 1 ( 1 9 0 1), pp. 1 0 6 - 1 1 8 ; 1 4 3 - 1 4 6 ; PM I, pp. 4 2 5 - 4 2 9 .
3. 3. LOS EDIFICIOS CULTUALES
43

e n G n o s o s o n ta n h e te r o g é n e o s q u e n o p u e d e n ava la r la tesis d e u n s ig n ific a d o


r e lig io s o 47.
N o m en o s en igm á tico s so n lo s « b a ñ o s lu s tr a le s » en lo s p a la c io s48. S o n lu gares
q ue están en u n n iv el m ás b a jo q u e las h a b ita c io n e s circ u n d a n tes, sep arad o s g e n e ­
ra lm en te p o r balaustrad as c o n co lu m n as y a los q u e se accede p o r u n a escalera. U n a
c o n s tru c c ió n de este tip o se e n c u e n tra ju n t o a la sala d e l tr o n o d e C n o s o . T ales
h a b ita cio n e s n o p o d ría n h a b er sid o n u n c a usadas com o b a ñ o s a causa de los estucos
de yeso . S ó lo e n p o co s casos se h a n e n c o n tra d o sím b o lo s cultuales.
E l « S a n t u a r io de la D io sa de las p a lo m a s » 49 e n el p ala cio de G n o so , se lla m a así
p o r u n a serie de estatuillas de te rra co ta caídas d el p r im e r p iso ; el n o m b re se debe a
tres p ostes de te rra co ta sob re lo s q u e se p o sa n p alo m a s. E l « s a n tu a rio c e n tra l» del
p a la c io , seg ú n la re c o n s tru c c ió n , d eb ía de e n c o n tra rse so b re el só tan o , d o n d e , en
algu n o s recep tácu lo s de p ie d ra , se e n c o n trá ro n la s célebres estatuillas que re p re s e n ­
ta n a las « D io s a s de las s e r p ie n t e s » 50. E l « S a n t u a r io de las D o b les H a c h a s» fu e el
ú n ic o e n co n tra d o com pleto y sin a lte ra ció n (sólo las dobles hachas están re c o n stru i­
das); p erte n ec e al p e río d o d espués de 1 3 7 5 ’ cu an d o el p ala cio de G n o so h a b ía q u e­
d ado d efin itiva m e n te re d u c id o a ru in a s, au n q u e e n algunas partes, quizá re la c io n a ­
das p re c isa m e n te c o n este s a n tu a rio , se h a b ía n d isp u e sto de m o d o p ro v is io n a l
algunas h a b ita c io n e s51.
M ás a n tig u o s, a u n q u e ta m b ié n m en o s ric o s e n h allazgo s, so n lo s sa n tu a rio s de
lo s p ala c io s de F e s to 52, A y ia T r ia d a 53 y M a lia ; n ad a p a re c id o se e n c u e n tra e n K a to
Z a k ro , M icen as y T ir in t e ; e n P ilo se h a id e n tific a d o com o sa n tu ario u n a h a b ita c ió n
p e q u e ñ a e n u n n iv e l s u p e r io r cu yo eje está e n lín e a c o n u n a lta r situ a d o en el
p a t io 54. M u y s im ila r e n su c o n ju n to al « S a n t u a r io de las D o b le s H a c h a s » es u n a
estancia de u n a casa d el siglo X I I 55, situada e n el c en tro d el asen tam ien to de A s in e en
A r g ó lid e , y ta m b ié n u n a c o n s tru c c ió n a islad a m u c h o m ás a n tig u a , u n p e q u e ñ o
« t e m p lo » , en la ciu d ad m in o ic a de G u r n ia (M in o ic o R e cien te i ) 56. Las excavacio­
n es e n M irto , sin e m b a rg o , h a n d em o stra d o q u e la cám ara de cu lto m in o ic a tien e
o ríg e n e s m u c h o m ás re m o to s : a q u í se h a sacado a la luz u n s a n tu a rio de este tipo
p ro c e d e n te de la m ita d d e l III m il e n io 57. A d e m á s de lo s r e c ip ie n te s c u ltu a le s de
fo rm a p a rtic u la r y la m esita c o n tres patas situada e n el c en tro (com o las e n c o n tra ­

47 MMR, pp. 2 3 6 - 2 4 9 ; Rutlcowsld (1), pp. 7 3 - 1 2 0 .


48 MMR, p p . 9 2 - 9 4 ; Rutkowski (i), p p . 2 2 9 - 2 3 1 , 3 2 8 ; J . W . G rah am , «B a th ro o m s and lustral
ch am bers», en Greece and the Eastern Mediterranean in Ancient ί ί istory and Prehistoiy: studies presented to F. Schacher­
meyr, 1 9 7 7 , pp. I I O - I 2 5 -
49 PM I, pp. 2 2 0 , 2 4 8 ; MMR, pp. 8 7 s .; GGR, lám . I I , 2 ; M arin a to s-H irm er, lám . 2 2 7 : Rutkowski
(i), pp. 2 2 2 , 2 2 4 -
gO PM I, pp. 4 6 3 - 4 8 5 , 4 9 5 - 5 2 3 ; MMR, pp. 8 3 - 8 6 ; Rutkowski (l), pp. 2 2 8 s .
g l PM II, pp. 3 3 5 - 3 4 4 ; MMR, pp. 7 8 -8 O ; Rutkowski (1), p p . 2 2 4 ®·, 2 5 ° ! M . R . Popham , Kadmos ζ
(1 9 6 6 ), pp. 1 7 - 2 4 ; véase I 3 ,1 , n . 1 5 . A ú n más tardío (M icénico Reciente III B ) es el «santuario
de los fetich es»; véase I 3 . 5 , η . I I .
52 MMR, pp. 9 4 - 9 6 (M inoico M edio II).
53 MMR, pp. 9 6 - 9 8 ; Rutkowski (1), pp. 5 6 s ., 2 3 9 s*
54 G. W . Bieg en, AJA 62 ( 19 58 ), p. 1 7 6 ; Biegen I, pp. 3 0 3 - 3 0 5 ; V erm eule ( 2 ), p. 3^·
55 MMR, pp . IIO -II4; V erm eule (i), pp. 2 8 4 s.; ( 2 ), p. 57¡ Rutkowski (i), pp. 2 8 1 , 2 8 3 ; D esborough
(i), p. 42 (H eládico R eciente III C ); R. Hägg en H ägg-M arinatos, p p . 9 I“94'·
56 MMR, pp. 8 0 - 8 2 ; GGR, lám . I; Rutkowski (i), pp . 2 15 s·
57 W a rren , pp . 8 5 - 8 7 * 2 0 9 s., 2 6 5 s., lám . 7 0 , 6 9 .
1. PREHISTORIA Y ÉPOCA MINOICO-MICÉNICA
44

das en C n o s o y en G u r n ia ) , la característica p rin c ip a l de todas estas h a b ita cio n e s es


u n b a n co de p ie d ra o de a rcilla ad osad o a u n a de las p ared es —u n a d is trib u c ió n s im ­
p le y p rá c tic a p a r a u n a é p o ca q u e a ú n n o c o n o c ía e l m o b ilia r io —, so b re el q u e se
p o n ía n ob jeto s que se q u e ría n resaltar y v e n e ra r: pares de cu ern o s c o n d ob les hachas
e n el « S a n tu a rio de las D o b les H a c h a s» de G n o so , p e ro sobre to d o fig u ras de b a rro
c o n fo r m a h u m a n a , íd o lo s d e d im e n s io n e s m o d e sta s. C in c o e sta tu illa s estab an
expuestas en el « S a n t u a r io de las D o b le s H a c h a s» y b a jo el c o rre sp o n d ie n te b a n co
en A s in e se e n c o n tra ro n caídas e n el su e lo cin co fig u rilla s y u n a cabeza m u ch o m ás
g ran d e ; e n G u r n ia se h a lló u n a fig u r a co m p leta, adem ás de n u m e ro so s fra g m en to s,
e in c lu so o tra fig u r a sem ejan te e n M ir t o . P a rtic u la rm e n te , lo s íd o lo s d e ép o ca ta r ­
día tie n e n u n aspecto p rim itiv o , quizás co n scie n tem en te p rim itiv o , p o r su p o s ic ió n
ríg id a m e n te fr o n t a l y su fa ld a c ilin d r ic a . N o o b sta n te , el gesto e p ifá n ic o d e las
m an o s levantadas in d ic a al visitan te la p re se n c ia de u n a d iv in id a d ; el estatus so b re ­
h u m a n o es a ú n m ás e v id e n te si, c o m o e n el « S a n t u a r io de las D o b le s H a c h a s » ,
so b re la cabeza d e la d io sa h a y u n p á ja r o p o sa d o o si, c o m o e n G u r n ia , u n a s e r ­
p ie n te ro d e a sus h o m b ro s . E s casi in d u d a b le q u e las « D io s a s d e las S e r p ie n t e s » 38
d el a lm a c é n d e l p ala c io de G n o so (M in o ic o M e d io II), m ás an tigu as e in c o m p a r a ­
b le m e n te m ás elegantes, te n d ría n u n a fu n c ió n sim ila r y se ría n c o n sid e ra d a s diosas.
S ó lo e n lo s sa n tu a rio s d o m éstico s se e n c u e n tra n tales íd o lo s, n u n c a e n lo s situ ad os
e n alturas o e n cuevas. Se trata sie m p re de im ágen es fe m e n in a s. E llo h ace p e n sa r en
la tr a d ic ió n , p ro c e d e n te d e l p a le o lític o , de fig u r a s v in c u la d a s a la m u je r y al
a m b ien te d o m é stico , in c lu so si lo s íd o lo s m in o ic o s n o p u e d e n re la c io n a rse ic o n o ­
g ráfic a m e n te c o n las fig u rilla s n eo lític a s, q u e n o so n ra ra s en C reta.
O tra ca ra c te rístic a d e l cu lto d o m é stic o so n las re p re se n ta c io n e s de se rp ie n te s.
S o b r e to d o e n G u r n ia , se h a n e n c o n t r a d o ju n t o a la m esa s a c r ific ia l r e c ip ie n te s
c ilin d ric o s de te rra co ta c o n la base alargad a, sob re los q ue se e n ro sc a n serp ien tes a
m a n e ra d e asas. E je m p lo s s im ila re s se e n c u e n tra n n o só lo e n o tro s sa n tu a rio s
d o m éstico s m in o ic o s 59 y en C h ip r e 60, s in o ta m b ié n en P a le stin a 61. A l|-un as r e p r o ­
d u ccio n e s d e b a rr o de p an ales están asim ism o ro d ead as p o r serp ien tes 2.
P o sterio rm e n te, en ám b ito g rie g o , la serp ien te sim boliza el m u n d o de lo s rriuer-
tos, de los h éro e s y de los dioses de lo s In fie rn o s : ta m b ié n en el cu lto a lo s m u erto s
aparecen recip ien tes sim ilares c o n se rp ie n te s63. S in em bargo, en el ám bito m in o ic o ,
n a d a p a r e c e in d ic a r u n a r e la c ió n c o n tu m b a s y d ifu n to s ; la s e r p ie n te a p a re c e a
m e n u d o , c o m o s e ñ a la ro n E v a n s y N ils s o n 64, c o m o g u a rd ia n a de la casa. L a s e r -

58 Véase I 3 · 2 > η . 1 5 . ídolos de barro de la «D io sa de las Serpientes» se encontraron en las habita­


ciones dedicadas al culto de la V illa d e ja n iá , E A A V ( 1 9 6 3 ) , p. 6 9 , Verm eule (2), pp. 2 0 s ., M a ri-
n a to s-H irm e r, lám . I 3 3 > Rutkowski (i), pp. 2 4 ° s . , 2 4 8 s ., datados en el s. XIII; de procedencia
desconocida es la estatuilla crisoelefantina de la Diosa de las Serpientes del M useo de Boston, PM
III, pp. 4 3 9 - 4 4 3 ; MMR, p. 3 1 3 , fig. 1 5 0 ; GGR, lám. 15 , 3 .
59 PM IV , pp. 1 4 0 - 1 6 1 ; MMR, pp. 8 1, 3 * 6 - 3 2 1 ; GGR, láms. i ; 2 , 1 . E n Kato Sim e (véase I 4» n · J 7 ) ’
Ergon ( 1 9 7 2 ) , p. 19 5 ; (I 9 7 3 )* P· n 9 ; una síntesis en G . G . Gesell, AJA 8 0 (19 7 6 ), pp. 2 4 7 - 2 5 9 ·
60 PM IV , pp. 1 6 3 - 1 6 8 ; V . Karageorghis, Report o f the Department o f Antiquities Cyprus ( 1 9 7 2 ) , pp. IO 9 -I I 2
(de una tumba de E n k o m i).
61 B eth Shan: PM TV, p. X67 » M . D u n an d , Fouilles de Bybios, I, 1 9 3 9 * p· 2 7 4 ; J · C . C o u rto is, Alasia I
(1 9 7 1 ), pp. 1 9 0 - 1 9 5 .
62 MMR, p. 9O; GGR, lám. 16 , ΐ - 2 · C fr. asimismo el sello PM IV , p. ig i.
63 GGR, lám . 5 2 , 4 ; véase IV I , n. 4 4 ; ^ 2 , n. 3 ·
64 PM IV , pp. 1 4 0 - 1 6 I ; MMR, pp. 3 2 3 - 3 2 9 ; GGR, pp, 2 8 9 s ., 4 ° 4 “ 4 ° 6 ; Rutkowski (1), p. 2 5 6 · C fr.
3. 3. LOS EDIFICIO S CULTUALES
45

p íe n te d o m é stica es u n a fig u ra fa m ilia r e n el fo lk lo re e u ro p e o ; en cie rto s p u e b lo s


b a lcán ico s, a ú n p u e d e n verse serp ien tes reales e in o fen sivas q ue so n alim en tad as en
las casas. L o s c u e n co s, co m o lo s d e le c h e , e n c o n tra d o s ju n t o a lo s re c ip ie n te s con
serp ien tes e n u n a estancia d el p alacio de C n o so , p o d ría n h a b e r sido usados p a ra a li­
m e n ta r s e r p ie n te s v e rd a d e ra s ; p e r o n o es im p r o b a b le q u e e n el c u lto m in o ic o la
re p re se n ta c ió n sim b ó lica fu e ra su ficien te .
E l in stin tivo m ie d o d el h o m b re a las serp ien tes es algo g e n e ra lm e n te d ifu n d id o ,
quizá in clu so in n a to . S i se supera el te rr o r , si se « m itig a » e l sen tim ien to de in q u ie ­
tu d y si se in tro d u c e c o n sc ie n tem en te e n la vid a, esta ú ltim a a d q u ie re u n a d im e n ­
s ió n m ás p ro fu n d a . E l p ala cio , au n q u e está claram en te o rie n ta d o a u n a vida te rren a
de riq u eza y de lu jo , necesita aú n h ab itacio n es en las que d ar de co m e r a las s e r p ie n ­
tes, e n las q ue asegu rarse, c o n o fre n d a s p eq u eñ as, p e ro b rin d a d a s c o n te m o r re v e ­
re n c ia l, la p ro x im id a d y la b e n e vo le n c ia de la d ivin id a d .

Templos

H ace tiem p o era o ja in ió n c o m ú n que e n el ám b ito m in o ic o -m ic é n ic o n o existía u n


v e rd a d e ro te m p lo 5, n i d el tip o d el p o s te r io r te m p lo g riego n i e n el sen tid o d e u n
e d ific io m ás g ra n d e y rep resen tativo o u n g ru p o de e d ific io s q ue sirv ie ra exclu siva­
m e n te p a ra el c u lto . E l « t e m p lo » de G u r n ia , q u e m e d ía so lo 3 x 4 m · (v e r n o ta
5 6 ) , c o n stitu y e u n a e x c e p c ió n p o c o s ig n ific a tiv a . E l s a n tu a rio s u b m in o ic o de
K a r f i 66, c o n sus im p o rta n te s estatuas cu ltu ales, con siste ese n cia lm en te en u n p atio
a b ie rto , c o n u n a serie de p eq u eñ as co n stru c c io n es q u e se a b re n a él.
Es e n ig m á tica , p o r tan to , la fach ad a « d e te m p lo » sim é tric a y trip artita , q u e se
e n c u e n tra a m e n u d o en la ic o n o g r a fía m in o ic o - m ic é n ic a 67, ya que la a rq u e o lo g ía
n o h a p o d id o n u n c a c o m p r o b a r la e x iste n c ia re a l d e u n e d ific io s im ila r. E l ú n ic o
resto que p u ed e even tualm en te te n e r algu n a re la c ió n c o n estas antiguas im ágen es es
u n a c o n s t r u c c ió n m u y sim p le en el p a tio d e u n a casa de c a m p o en V a z ip e t r o n 68.
Evans reco n stru yó atrevid am en te la fach ada d el ala o ccid e n ta l d el p ala cio de C n o s o
según ese m o d e lo , sin ten er n in g u n a base só lid a en lo s restos a rq u e o ló g ic o s69. N o se
p u ed e e x clu ir tam p o co la sospecha de que e n este caso estem os ante u n a m era tr a d i­
c ió n ic o n o g rá fic a , que deriva en ú ltim o té rm in o de la s u m e ria 7°.
S in em bargo, excavaciones p osteriores h a n aportado sustanciales m od ificacion es en
este cam p o . U n a c o n stru c c ió n sagrada, d atable e n to rn o a 1 7 0 0 , fu e d escu b ierta en
A rjan es, ju n to a C n o so , en 19 7 9 e in te rp reta d a com o tem plo trip artito c o n los restos

sin embargo K . Branigan, <<The Genesis o f the Household G od dess», SMEA 8 (19 6 9 ), pp. 2 8 - 3 8 .
65 MMR, p. 7 7 ; GGR, p. 264·; Vermeule (i), p. 2 8 3 . Contra S. H oo d , en Greece and the Eastern Mediterranean
(supra, n. 4 8 ) , pp. 1 5 8 - 1 7 2 .
66 MMR, p p . Ι Ο Ι s. ; Verm eule (2 ), p p . 2 2 s. ; Rutkowski ( l ) , p p . 2 1 6 s.
67 MMR, pp . 2 5 9 - 2 6 1 ; la más antigua es el o rnam ento de oro de la I V tum ba de fosa en M icenas:
MMR, p. 17 5 ; GGR, lám . 7■ I; M arin a to s-H irm er, lám . 2 2 7 · Fresco parietal en C n o so : PM II, p.
597; lám. 1 6 ; MMR, p. 1 7 5 ; Rutkowski (1), p . 2 0 0 .
68 Verm eule (2 ), p. I O ; J. W . Shaw, AJA 8 2 ( ϊ 9 7 8 ), ρρ· 4' 2 9 “ 4,4 8 . Véase el texto en la n. 7 2 -
69 P M II, p. 814.; Verm eule (2 ), p. 8.
70 C fr. S. N . K ram er, History begins at Sumer, Γ9 5 6 , lám. 12 (Tell U qair) [trad, esp.: La historia empieza en
Sumer, 1 9 7 8 ] ; P. A m iet, Elam, 19 6 6 , p. 3 9 2 ; H . Thiersch , ZATW ζ ο ( 1 9 3 2 ) , pp. 7 3 “ 8 6 .
46 1. PREHISTORIA Y ÉPOCA MINOICO-MICÉNICA

de u n sa crific io h u m a n o 71. E llo h a d ad o lu g a r a vio len tas d iscu sio n es, in c lu so antes
de la p u b lic a c ió n . A d em á s, e n A y ia I r in i, e n la isla de C e o s 72, se h a id e n tific a d o u n
tem p lo (en el in t e r io r de u n a g ra n co n stru c c ió n ) de a p ro xim ad am en te 2 3 x 6 m - ! se
e n c u e n tra e n el in t e r io r d el a se n ta m ie n to , p e r o in d e p e n d ie n te de otras c o n s tru c ­
cio n es y fu e cla ra m e n te u sad o p a ra fin e s cu ltu ales p o r m ás de m il a ñ o s. E stre c h o y
la rg o , c o n tie n e varias h a b ita c io n e s, u n a p r in c ip a l y otras secu n d a rias, así co m o u n
ddyton. E l hallazgo m ás sugestivo y e x tra o rd in a rio está c o n stitu id o p o r restos de u n a
ve in ten a de estatuas de b a rr o , e n p arte de tam añ o n a tu ra l, q u e re p re se n ta n m u je re s
c o n el p ech o d esn u d o , c o n lo s brazo s lig e ra m e n te apoyados e n las caderas. ¿ S e trata
de d io sa s? S u actitud re c u e rd a m ás a sacerdotisas « b a ila r in a s » . L a c o n stru c c ió n fu e
e rig id a e n el sig lo XV y re c o n s t r u id a ex novo d esp u és de u n te rr e m o to h a c ia 1 2 0 0 .
U n a g r a n cabeza d e las a n tig u a s estatuas fu e exp u esta o b v ia m en te c o m o o b je to de
culto . E l culto p e r d u r ó sin in te rru p c ió n hasta épo ca griega, cu an d o u n a in sc rip c ió n
vo tiva n o m b r a s o r p re n d e n te m e n te a D io n is o co m o s e ñ o r d el s a n tu a rio . A s í, este
tem p lo de ép o ca m in o ic a se h a co n v ertid o c o n el tiem p o en u n o de los te stim o n io s
m ás im p o rta n te s de la c o n tin u id a d en tre el m u n d o m in o ic o y el griego .
M ie n tra s q ue e n A s in e , e n el c o n tin e n te , la estan cia d ed ica d a al c u lto (v. n o ta
5 5 ) c o rre sp o n d e exactam en te al m o d e lo creten se, existen e vid en tem en te otras tr a ­
d ic io n es au tó cto n as que a trib u y e n u n v a lo r d ife re n te al h o g a r y al sa crific io de a n i­
m ales. E l m o d o e n q u e, co m o e n el « p a la c io de N é s t o r » en P ilo , el g ran h o g a r c ir ­
cu lar fo rm a el c en tro de la sala d el t r o n o 73 n o tien e equ ivalen te e n G reta. A n t e r io r
a la in flu e n c ia m in o ic a es e l e d ific io d e M a lz i (M e s s e n ia ), q u e se h a c o n s id e ra d o
com o sa ló n de re c e p c ió n d el rey o co m o s a n tu a rio 74; sus rasgos m ás n o tab les so n la
c o lu m n a c e n tra l y el g ra n h o g a r se m ic irc u la r, c o n restos de cenizas y h u eso s, a lg u ­
n o s re c ip ie n te s g ran d e s, u n h ach a de p ie d r a y u n a escu ltu ra e n fo rm a de m a rtillo ,
que p o d ría ser u n íd o lo ; es m u y p ro b a b le que a q u í tu vie ra n lu g a r rito s sa crificia les;
es p o sib le establecer co n e x io n e s c o n lo s hallazgos a ú n m ás an tigu os, p o r e je m p lo , de
E u tre s is 75.
S o r p r e n d e q u e el c e n tro c u ltu a l d e M ic e n a s n o haya salid o a la luz h asta ép o ca
m u y re c ie n te 76, au n q u e ya desde h acía tiem p o se su p o n ía que la zon a al S u d este d el

71 Inform e prelim inar de Y . Sakellarakis y E. Sapouna en National Geographic 1 5 9 (19 8 1)1 pp. 2 0 5 - 2 2 2 ;
Praktika (1 9 7 9 ), pp. 3 3 Ι ~ 3 9 2 ·
72 Inform es de excavación p o r J . Gaskey, Hesperia 3 1 ( 1 9 6 2 ) , pp. 2 6 3 - 2 8 3 ; 3 3 ( 1 9 6 4 ) , pp. 3 14 - 3 5 5 ;
3 5 ( 1 9 6 6 ) , pp. 3 6 3 - 3 7 6 ; 4 0 ( 1 9 7 1 ) , pp. 3 5 9 - 3 9 6 ; 4 1 ( 1 9 7 2 ) , pp. 3 5 7 - 4 0 I ; Deltion (Chronika) 1 9
( 1 9 6 4 ) , pp. 4 1 4 - 4 1 9 ; 2 0 ( 1 9 6 5 ) , p p . 5 2 7 - 5 3 3 ; 2 2 ( 1 9 6 7 ) , pp- 4 7 0 - 4 7 9 ; 2 3 ( 1 9 6 8 ) , pp. 3 8 9 -
3 9 3 ; 2 4 ( 1 9 6 9 ) , p p . 3 9 5 - 4 0 O ; V erm eu le (1), p p . 217 . 2 8 5 - 2 8 7 ; lám . 4 0 A B ; ( 2 ) , p p . 3 4 " 3 7 ;
lám. 5 a -d ; Rutkowski (i), pp. 2 7 5 “ 2 7 9 . 3 3 2 ; M . E . Gaskey en H ägg-M arinatos, pp. 1 2 7 - 1 3 5 . Ins­
cripción votiva a D ioniso ; Hesperia 3 3 ( 1 9 6 4 ) , pp. 3 2 6 - 3 3 5 ; cabeza; Hesperia 3 3 ( 1 9 6 4 ) , p. 3 3 0 . C fr.
R. Eisner, « T h e Tem ple o f A yia Irini. Mythology and A rch a e o lo g y», G RBS1 3 ( 1 9 7 2 ) , pp. I 2 3 " I 3 3 ·
73 Verm eule (i), lám. 2 5 ; (2 ), lám. 2.
74 M . N . Valm in, The Swedish Messenia Expedition, 1 9 3 8 , pp. 7 8 - 8 3 («estancia A I » ) ; M ü lle r-K a rp e III,
p. 8 7 8 ; con reservas, Verm eule (2 ), p. 3 7 ; Rutkowski (l), p. 2 9 6 .
75 Véase 1 1 , n . 3 0 .
76 « C a s a de los íd o lo s » y « C a s a de los fre s c o s » ; W . T aylour, Antiquity 4 3 ( 1 9 6 9 ) , pp. 9 I _ 9 9 ; 4 4
( 1 9 7 0 ) , pp. 2 7 0 - 2 7 9 ; AAA 3 ( 1 9 7 0 ) , pp. 7 2 - 8 0 . C asa G am m a (Γ ) y el yacim iento com pleto: G .
M ylonas, « Τ ο threskeutikon kentron ton M yk e n o n » (resum en en inglés: « T h e C u lt C en ter o f
M yce n a e », Pragnmteiai tes Akademias Athenon 3 3 ( 1 9 7 2 ) ; «M ykenaike T h reskeia» ibid. 39 (* 9 7 7 )» PP·
19 -2 4 ,; E . French en H ägg-M arinatos, pp. 4 1 - 4 8 ; cfr. Rutkowski (i), pp. 2 8 2 - 2 8 7 . Sobre los id o -
3, 3, LOS EDIFICIO S CULTUALES 47

círcu lo de la « T u m b a de la L a n z a » , a ú n d e n tro de lo s m u ro s de la a c ró p o lis, te n ía


a lg u n a im p o rta n c ia re lig io s a . U n c a m in o p a ra las p ro c e s io n e s que p o d ía c e rra rse
c o n u n a p u erta de m ad era lleva d el p alacio a la ciu d ad baja in tra m u ro s; describe u n a
curva cerra d a h acia la casa G a m m a (Γ) a h o ra lla m a d a « t e m p lo » . Ju s to e n fren te de
la e n trad a hay, a la iz q u ie rd a , u n altar re c ta n g u la r y b lo q u e s p o ro so s c o n cavidades,
p ro b a b le m e n te p a ra so sten e r u n a m esa de o fre n d a s; e n fre n te se ve u n p o d io y u n
a sie n to p a ra lo s asiste n te s. S ig u e u n r e c in t o a n u la r lle n o d e cen izas. L a e stan cia
d ela n tera d el tem p lo está d o m in a d a p o r u n g ran altar de b a rro , e n fo rm a de h e r r a ­
d u ra , c o n restos de fu eg o , y, ju n t o a él, u n b lo q u e de p ie d ra , d o n d e se cree q u e se
daba m u erte a las víctim as destinadas a lo s sa c rific io s. L a estancia in t e r io r c o n te n ía
u n a lo s a de p ie d r a caliza p in ta d a , q u e h a sid o fa m o s a d u ra n te m u c h o tie m p o , la
« D io s a d el e s c u d o » ; la m ism a estan cia d eb e de h a b e r c o n te n id o ta m b ié n el f r a g ­
m e n to de fre sc o , e n c o n tra d o m u y cerca, q ue re p re se n ta u n a d io sa, to cad a c o n u n
y e lm o de c o lm illo s de ja b a lí q u e lleva en brazos u n g r if o 77. U n a escalera con d uce d el
p a tio d e la n te ro d el te m p lo a o tro p a tio m ás b a jo , e n el que h ay u n a lta r re d o n d o ,
d el q u e p ro c e d e n u n d ep ó sito de cen izas, u n c o n ju n to de re c ip ie n te s y h u eso s de
an im ales e n co n trad o s ju n to al m u ro in te rio r. Ju n t o al altar está la « G a s a de los I d o ­
l o s » . E sta c o n s tru c c ió n s u b te rr á n e a c o m p r e n d e u n a e sta n c ia m ás a m p lia c o n
c o lu m n a s y a sie n to s c u ltu a le s, d o n d e fu e d e sc u b ie rta u n a esta tu illa in situ , fre n te a
u n a m esa sa crific ia l; detrás, u n a p e q u eñ a estancia m ás elevada, que co n ten ía n u m e ­
ro so s íd o lo s g ran d e s y e xtrañ o s y fig u r illa s de b a rr o d e se rp ie n te s en ro scad as. H a y
ta m b ié n u n a esp ecie de alcoba, d o n d e q u ed a a la vista la ro ca sin tallar. L o s íd o lo s,
u n o s m ascu lin o s y o tro s fem en in o s, m id e n m ás de 6 o cm . A lgu n as de sus caras están
p in tad as de u n m o d o a te rra d o r y h o r rib le , co m o m áscaras. P o r d eb ajo so n h u eco s y
p o d ía n ser p o rta d o s so b re p alo s d u ra n te las p ro c e s io n e s . C e rc a de la « G a s a de lo s
Id o lo s » se e n c u e n tra la « G a s a de lo s F r e s c o s » : el fre sc o de la h a b ita c ió n p rin c ip a l
re p rese n ta b a quizá u n a d iosa y u n dios a cada lad o de la co lu m n a y u n a sacerd o tisa o
d io sa c o n espigas de g ran o e n la m a n o . E l c en tro de la estancia está ocu p ad o p o r u n
h o g a r ; fu e e n c o n tra d o u n íd o lo de b a rr o e n u n a estan cia ad yacen te. E l c en tro de
culto data d el siglo X III y fu e ab a n d o n a d o d espués de 1 2 0 0 .
L o que a p rim e ra vista p arecía ú n ico p ro n to e n c o n tró equ ivalen cias. Las excava­
c io n e s de la p a rte in f e r io r d e la ciu d a d ela de T ir in t e h a n a p o rta d o d atos c u rio so s
so b re u n a sen tam ien to ocu p ad o sob re to d o a p r in c ip io s del siglo X II, esto es, p o c o
d esp ués d el p u n to de in fle x ió n de la civiliz a ció n m ic én ic a. A q u í hay va rio s sa n tu a ­
rio s, casas m u y p eq u eñ as de u n a h a b ita c ió n , c o n re c ip ie n te s cu ltu ales y estatu illas,
algunas de ellas se a sem ejan m u ch o a las de la « G a s a de lo s íd o lo s » de M ic e n a s78.
U n san tu ario ta rd o -m ic é n ic o p arec id o fu e e n c o n tra d o en F ila k o p i (e n la isla de
M elo s) co n fig u rilla s de b a rr o d el m ism o tip o y o tro s ob jeto s vo tivos, in c lu id a u n a
e sta tu illa de b ro n c e o r ie n ta l q u e re p re se n ta u n g u e r r e r o 79. P a re c e q u e sólo a h o ra
com en zam os a h a ce rn o s u n a id ea de la d iversid ad y riq u eza de lo s cultos m icén ico s.

los S. M arinatosÆ 4A 6 ( 1 9 7 3 ) , pp 1 8 9 - 1 9 2 ; habla de « D e m éter Erinis>> (véase III 2 . 3 , n. 3 5 ) y


hace una com paración con la pintura de guerra de aborígenes australianos.
77 Mylonas, 1 9 7 2 (.supra, n. 7 6 ), lám. 1 3 ; sobre la «d io sa del escu do » véase I 3 . 5 , n. 4 6 -
78 AJA 8 2 (Γ9 78 ), pp. 3 3 9 - 3 4 I ; Rutkowski ( 2 ) , lám. 1 6 ; K . K ilia n en H ägg-M arinatos, pp. 4 9 “ 5 8 ·
79 AJA 8 2 ( 1 9 7 8 ) , pp. 3 4 9 - 3 5 I ; Arch. Reports 2 4 ( 1 9 7 7 - 1 9 7 8 ), pp. 5 2 - 5 5 ; C . Renfrew en H ä g g -M a ri-
natos, pp. 6 7 ~ 7 9 ·
48 PREHISTORIA Y ÉPOCA MINOICO-MICÉNICA

Tumbas

E l m o n u m e n to a rq u ite c tó n ic o m ás sign ificativo de épo ca m in o ic o -m ic é n ic a q u e se


h a con servad o es el « T e s o r o de A t r e o » e n M icen as, la tu m b a re a l d el siglo X IV . L a
a n tigu a d e n o m in a c ió n « t e s o r o » (thesaurós) p arece r e fle ja r el alegre a so m b ro de los
la d ro n e s de tum bas de la edad oscu ra. L o s ob jeto s de o ro en co n tra d o s e n las tum bas
de fo sa , q ue S c h lie m a n n p u d o h a lla r to d avía, m u estra n hasta q ué p u n to lleg a b a ya
hacía siglos el d isp e n d io de riqu ezas p ara lo s m u e r to s 80.
L a s g ra n d e s c o n s tru c c io n e s c irc u la re s (thóloi) p a r a lo s d ifu n to s a p a re c e n ya e n
época p ro to m in o ic a en el S u r de G reta, e n la lla n u ra de M esará. S ervían com o lu g a ­
res de e n te rram ie n to p ara estirpes en teras, a través de varias ge n e ra cio n es. L as « p i s ­
tas de b a ile » p avim entadas erig id as ju n t o a ellas te stim o n ia n que las tu m bas e ra n e n
la é p o ca cen tro s cu ltu ales p a ra la c o m u n id a d ; algu n o s e xtrañ o s c ilin d r o s de te rr a ­
cota, p a r a p o n e r e n p o s ic ió n v e rtic a l, p u e d e n se r in te rp r e ta d o s c o m o f a lo s 81. L a
danza e n lo s re c in to s de los m u erto s re n u eva la v o lu n ta d de vivir.
E n el p e r ío d o p alacial creten se las tu m bas p a re c e n a d q u irir m e n o r im p o rta n cia ,
m ie n tra s se d e s a rro lla n n u evo s c en tro s ritu a le s d el cu lto « e n a ltu r a s » . L a s tu m bas
de c á m a ra excavadas e n la ro c a c o m o las de thólos sig u e n u sá n d o se p a r a m ú ltip le s
sep u ltu ras. L a a cu m u la ció n de c rán eo s en la n e c ró p o lis de A rja n e s e n C n o so da u n a
im p re s ió n s o rp re n d e n te y p rim itiv a 88.
D e l p e r ío d o m in o ic o de m áx im o e sp le n d o r es la so rp re n d e n te c o n stru c c ió n de
dos p iso s de G ip sa d e s, cerca de C n o s o , q u e E vans d e n o m in ó la « t u m b a - t e m p lo » .
J u n t o a u n a c rip ta c o n p ila re s b a jo u n a sala c o n co lu m n a s, se e n c u e n tra u n a gru ta
excavada en la ro c a co n el techo p in ta d o de azul. Se ha su gerid o que éste p o d ía ser el
lu g a r de s e p u ltu ra de lo s reyes de C n o s o ; n a tu ra lm e n te , antes de la lle g a d a de lo s
a rq u eó lo g o s, h ab ía sid o ya h acía tiem p o saqu eada de sus riq u e z as83.
E n el co n tin e n te, se da en u n p r im e r m o m en to m ayo r im p o rta n cia a los sa c rifi­
cios en h o n o r de los d ifu n to s que a las con stru ccio n es fu n erarias. Y a en M alth i se cree
p o d e r id e n tific a r u n « s a n tu a r io p a ra el c u lto f u n e r a r io » e n lo s m á rg e n e s de la
n e c ró p o lis 84: u n a co n stru cció n co n dos estancias, cada u n a con u n « a lt a r » , u n a losa
de p ie d r a re c ta n g u la r sep u ltad a b a jo u n a capa de cenizas y m ad era ca rb o n iz a d a . E n
M icenas se e n c o n tra ro n sobre todas las tum bas de fosa restos de cenizas y de huesos de
a n im a les. T a m b ié n se id e n tific ó u n altar c irc u la r sob re la tu m ba I V y u n a p ro fu n d a
fosa, p a rc ia lm e n te lle n a de cenizas, e n tre la tu m b a I y la IV ; p e ro c u a n d o e n ép o ca
ta rd o m ic én ic a to d o el c o m p le jo fu e a gran d ad o y tra n sfo rm a d o en el « c írc u lo de las
tum bas de fo s a » c o n u n d ob le a n illo de losas, el « a lt a r » ya n o era v isib le 83.

80 Sobre el culto de los muertos m m o ico -m icé n ico : W iesner, 1 9 3 8 ; Andronikos, 19 6 8 ; J . Pini, Bei­
träge zur minoischen Gräberkunde, 1 9 6 9 · Sobre C h ip re: H . Cassimatis, Report o f the Department o f Antiquities
Cyprus (19 7 3 )* PP· I 1 6 - 1 6 6 ; véase IV I . «T e so ro de A t r e o » : Buchholz-Karageorghis, nos. 169 - 1 7 1 .
81 S. Xanthoudides, The Vaulted Tombs ofMessara, 1 9 2 4 ; Branigan (i) y J . Boardm an, CR 2 2 ( 1 9 7 2 ) , pp.
2 5 5 s·! B uchholz-K arageorghis, n ° 1 3 2 ; véase I 3 . 5 , nn. 5 3 ~ 5 4 ·
82 Archaeology 2 0 ( 19 6 7 ), p. 2 7 6 (M inoico M edio I).
83 P M IV , p p . 9 6 2 - 9 8 3 ; Matz, p. 2 6 ; B u ch h o lz-K a ra g e o rg h is, n n . 1 4 1 - 1 4 .9 ; M a rin a to s-H irm er,
láms. 4 6 s .; escéptico: MMR, p. 2 4 1 ·
84 Valm in (supra, n. 74 )« PP· 1 2 6 - 1 3 I ; M ü lle r-K a rp e III, p. 8 7 8 .
85 G. M ylonas, Mykenae and the Mycenaean Age, 1 9 6 6 , p. 9 4 ; F. M atz, Gnomon 3 0 ( 1 9 5 8 ) 1 PP· 3 2 6 s . ;
Andronikos, pp. 127 s. ; Verm eule (2 ). PP· 3 ^ s·! en consecuencia, quedan superados Rohde I, p.
3 5 , MMR, pp. 6 0 7 - 6 0 9 , GGR, p. 3 7 9 · Sobre las tumbas de fosa, véase I 3 ·Ι> η · * 2 .
3.4. RITOS Y S IM BO LO S 49

E n ép o ca ta rd o m ic é n ic a , las tum bas e n thólos so n im itad as ta m b ié n e n el c o n ti­


n e n te , alcan zan d o u n n iv el de m o n u m e n ta lid a d hasta e n to n ces d e sc o n o c id o y q u e
c u lm in a c o n el « T e s o ro de A t r e o » . E l e d ific io c irc u la r c o n fo rm a de co lm en a está
c u b ie rto p o r u n a « fa ls a b ó v e d a » q u e d esa p a re c e b a jo u n a c o lin a a r t ific ia l; u n
c o r re d o r revestid o de m am p o stería, el drómos, co n d u ce a la p u erta de en trad a. D e s ­
p u é s de cada e n te r r a m ie n t o , e ra lle n a d o de n u e v o y re e xc a va d o p a ra la sig u ie n te
in h u m a c ió n . L a cám ara sep u lcral p ro p ia m e n te d ich a es u n p eq u e ñ o h u ec o anexo a
la g ra n d io sa estancia abovedada, q u e servía p a ra el rito y re p rese n ta b a sim p le m e n te
el m u n d o de lo s In fie rn o s .
L a ú n ica tum ba de thólos n o saqueada se e n co n tró en A rja n e s, n o lejos de C n o so ;
a q u í está sep u ltad a u n a re in a de la ép o ca en la q u e los g rie g o s re in a b a n e n C n o s o .
P a rtic u la rm e n te im p o rta n te s, ad em ás de lo s resto s d el te so ro , s o n los te stim o n io s
relativos al rito del sa crific io de an im ales. E l c rán eo de u n to ro sacrificad o se p o n ía
delante de la p u erta de entrad a a la cám ara sep u lcral; en la thólos se m ataba y d espeda­
zaba u n c a b a llo . E n o tro s lu g a re s, lo s cab allo s d el d ifu n to se ñ o r e ra n d eg o lla d o s y
sep u ltad o s ju n to a é l87. R estos de fu ego se e n c u e n tra n g e n e ra lm e n te en las thóloi. S e
p u ed e im a g in a r u n a de estas suntuosas e in q u ietan tes cerem o n ias fu n era ria s: el drómos
se excava p ara d ejar pasar al cortejo fú n eb re y se abre la p u erta de lo s In fie rn o s ; la thó­
los se p u rific a c o n fu eg o y sacrific io s; lo s h ueso s de los a n te rio re s e n te rram ie n to s se
apartan sin c u id ad o ; sigu en sacrificio s de an im ales y u n b an q u ete sa crificia l y, fin a l­
m en te, la tie rra vuelve a cerrarse sobre los m u erto s y sus p erten en cias.

3 .4 . R ito s y sím b o lo s

S o n sob re to d o las estatuillas votivas las que m u estra n có m o se v e rific a el e n c u en tro


d el h o m b re c o n lo sagrado en el culto m in o ic o y m ic é n ic o : erectas y rígid as, con la
m ira d a hacia arrib a , c o n las m an os cruzadas sob re el p ech o o co n la d iestra levantada
salu d an d o y tam b ién a m en u d o apoyadas en la fre n te ; de este m o d o aparecen re p re ­
sen tados h o m b re s y m u je re s en estatuillas, fre cu e n tem e n te de b ro n c e , que testim o ­
n ia n la con stan te p re se n cia de los ad o ra d o res en el s a n tu a rio 1.
E l arte figu rativo m uestra dos fo rm as fu n d am en tales de actividad cu ltual: la p r o ­
cesió n y la d anza. Las p ro c e sio n e s festivas de m u je re s c o n p re c io so s trajes eran u n
tem a re c u rre n te en lo s fresco s de los gran d es p a la c io s2. T a m b ié n los a n illo s de o ro
m u e s tra n re p e tid a m e n te m u je re s q u e, así ve stid a s, se d ir ig e n al s a n tu a rio , al
e n c u e n tro de la d io sa 3.

86 I. A . Sakellaralds, Archaeology 2 0 (19 6 7 ), pp. 2 / 6 - 2 8 1 ; Praktika ( 19 6 6 ), pp. 1 7 4 - 1 8 4 ; «D as K u ppel­


grab A vo n A rch an es u n d das kretisch-m ykenische T ie r o p fe r r it u a l» , Prähistorische /fiischrifi 4 5
( l 9 7 °)> PP- I 3 5 ~ 2 l 8 (M icénico Reciente III A ).
87 M aratona: Vermeule (l), lám. 47 B; Buchholz-K arageorghis, η 18 1. A ú n en el siglo VIII en Sala-
m ina de C h ipre: BGH 8 j (1 9 6 3 ), pp. 2 8 2 - 2 8 6 , 3 7 8 - 3 8 Ο 1 Archaeology 18 (19 6 g ), pp. 2 8 2 - 2 9 0 : V .
Karageorghis, Salamis, 1 9 7 0 , pp. 3 2 - 1 5 4 .
1 Véase I 3 . 2 , n. 1 3 ; p o r ejemplo B uchholz-K arageorghis, nu\ I 2 2 4 “ I 2 2 6 , 1 2 3 0 - 1 2 3 I -
2 Fresco de las procesiones en G noso: PM II, pp. 7 '9 7 ^ 5 ; Suppl. láms. 2 f,- 2 7 : Verm eule (2), pp.
4 5 s·; sobre Tebas, Pilo, Micenas y T irin te véase Verm eule (2), p. 4 8 ·
3 Por ejemplo, anillo de oro de Micenas, MMR, p. 18 0 , fig. 8 5 ; anillo de plata de Micenas, MMR, p.
18 I ; anillo de oro de Micenas, PM II, p. 3 4 1G> MMR, p. 34 7 > GGR, lám. 17 , I; M arinatos-H irm er,
lám. 2 2 9 - Rutkowski (1), p. 2 6 3 , CMS I, n ° 17 . Sobre la vestimenta cultual: MMR, pp. I 5 5 _I 6 4 -
50 1, PREHISTORIA Y ÉPOCA MINOICO-MICÉNICA

L a im p o rta n cia de la danza en G reta se sugiere ya e n la m ism a Ilíada, q ue h abla de


u n a plaza p ara la danza en G n o so , c o n stru id a p o r D é d alo p ara A r ia d n a 4. L o s an illo s
de o ro r e p r o d u c e n a m e n u d o fig u ra s d an zan tes, so b re to d o m u je re s, q u e d e b e n
en te n d erse casi c o n seg u rid a d com o h u m an as, quizá com o sacerdotisas; a ellas se les
aparece la d io sa 5. A sim ism o las gran des estatuas de b a rr o en contradas en el tem plo de
A y ia I r in i su g ie re n m o v im ie n to s de d a n z a 6. P e ro ta m b ié n lo s h o m b re s b a ila n : u n
m o d e lo de b a r r o , p ro c e d e n te d e K a m ila r i cerca de F esto , m u e stra c u a tro fig u ra s
m ascu lin a s d esn u d a s, c o n g o r r o de p u n ta , q ue, e n tre c u e rn o s cu ltu ales, b a ila n e n
c irc u lo 7.
E n el c en tro de u n o d e lo s a n illo s de o ro de M icen as danza u n a m u je r; otra, a su
d e re c h a , se in c lin a p r o fu n d a m e n t e a n te u n a e sp e cie de a lta r, m ie n tra s q u e e n el
la d o o p u e sto u n h o m b re tie n d e las m a n o s h a c ia a r r ib a h a c ia las ra m a s d e l á r b o l
sagrad o. Se ha p en sa d o a q u í e n el lu to p o r u n d io s de la vegetació n d el tip o de A d o ­
n is 8, p e r o n o es p o sib le v e rific a rlo . L a fig u ra , la m ayo ría de las veces m ascu lin a, que
e xtien d e sus dos m an o s h acia el á rb o l in c lin a d o se re p ro d u c e a m en u d o e n los a n i­
llo s; n o se le ve n u n c a cog er fru ta s; p arec e que sólo toca las ram as. A v e c e s está p r e ­
sente u n a segund a fig u ra a rro d illa d a , q u e p arece abrazar o h acer ro d a r u n g ra n b lo ­
que de p ie d r a 9. Q uizás se trata de u n a b ú sq u ed a de con tacto c o n lo sagrado o quizás
ta m b ié n el á rb o l y la p ie d r a p a r tic ip a n e n el m o v im ie n to de la e p ifa n ía d iv in a : la
m iste rio sa escena d eja el cam p o a b ie rto a m ú ltip les in te rp reta c io n e s.
A m e n u d o lo s acto s ritu a le s a p a re c e n re a liz a d o s n o p o r a d o ra d o r e s h u m a n o s
s in o p o r g ro te sc o s m o n s tr u o s , q u e se m u e v e n s o ste n id o s p o r d os p ie r n a s , o m ás
b ie n p atas; tie n e n algo p a re c id o a u n h o c ic o c a n in o , o rejas p u n tiag u d a s y patas de
a n im a l ta m b ié n en el lu g a r de las m an o s; la espalda está cu b ierta p o r u n a especie de
coraza que te rm in a en p u n ta. Se les llam a, n o sin rep aro s, « d e m o n io s » o « g e n io s »
m in o ic o s; n in g u n a fu en te escrita da n o tic ia de e llo s10. Ic o n o g rá fica m en te se p u e d e n

4 II· l8 , 5 9 I ; véase I 3 -2 , n. 2 4 ·
5 Sobre todo el anillo de oro de Isopata, P M III, p. 6 8 , MMR, p. 2 7 9 . GGR, lám. 18 , 3 » M arinatos-
H irm e r, lám. I I 5 . A n illo de oro de D endra cerca de M idea, GGR, lám. 1 7 , 4a, Rutkowski (i), p.
2 6 6 , fig. 1 3 2 ; fresco en miniatura en Gnoso, PM III, pp. 6 6 -6 9 ; grupo de Palekastro, MMR, p. 10 9 ·
6 Véase I 3 . 3 , n. 7 2 .
7 ASAtene 2 3 - 2 4 ( 1 9 6 1 - 1 9 6 2 ) , p. 1 3 9 ; Rutkowski (i), p. 2 1 1, fig. 9 0 .
8 PM 1, p. l 6 í ; III, p. 1 4 2 ; A . Persso n (véase I 3 .1 , n. i), p. IOO; reproducido también e n MMR, p.
2 5 6 , GGR, lám . 1 3 , 5 > M arin a to s-H irm e r, lám . 2 2 8 , CMS I, n ° 12 6 , etc. C fr . MMR, pp. 2 8 7 s .,
GGR, pp. 2 8 3 s.
9 A rb o l y piedra: anillo de oro de Festo, MMR, p. 2 6 8 , fig. 13 3 * M arinato s-H irm er, lám. H g, R u t­
kowski (i), p. 19 1 ; anillo de oro de A rjanes, Archaeology 2 0 (1 9 6 7 ), p, 2 8 0 , Rutkowski (i), p. 19O ;
anillo de oro de Sellopulo, Arch. Reports ( 1 9 6 8 - 1 9 6 9 ) , fig. 4 3 ; Rutkowski (i), p. 2 0 6 , fig. 8 7 ; sobre
los «recolectores del á rb o l» : supra, n. 8 ; anillo de oro de V afio, MMR, p. 2 7 5 ? im pronta de sello
de Zakro , MMR, p. 2 8 3 ; sello de Nueva Y o rk , AJA 6 8 (19 6 4 )» lám . 4 , 1 9 · C fr , MMR, pp. 2 ^74*s* ;
M ylonas (véase I 3 -1» n · pp· I 4 I “ I 4'5 ·
10 P M IV , pp. 4 3 1 - 4 6 7 ; MMR, pp. 3 7 6 - 3 8 3 ; GGR, pp. 2 9 6 ; M . A . V . Gill, « T h e M inoan 'G e n iu s’ » ,
AM 79 (1 9 6 4 ), ρρ· I - 2 I. F. T . van Straten, « T k e Minoan. 'G en iu s’ in Mycenaean G r e e c e » , BABesch
4 4 (1 9 6 9 )' Ρ Ρ· Π Ο - Ι 2 Ι; J . H . Grouwel, Talanta 2 ( l 9 7 o ), pp. 2 3 - 3 I ; van Straten, ibidem, pp. 3 3 ~ 3 5 *
S. M arinatos propuso identificarlos con los d i-p i-si-jo , los «sed ien to s» (dípsioi) de los textos m icé-
nicos: Proc. ofthe Cambridge Coll. ofMyc. Studies, 19 6 6 , pp. 2 6 5 ~ 2 7 4 · Los «g e n io s» aparecen en frescos
de M icenas (PM IV , pp, 4 4 I s ·* MMR, p. 3 7 7 » M arin a to s-H irm er, lám . LVIII, V erm eu le (2 ), pp.
5 0 s.), en Pilo (Biegen II, p. 7 9 > n ° 4 ° H ne) y en un relieve de m arfil de Tebas (S. Sym eonoglou,
Kadmeia I , 1 9 7 3 » PP· 4 ^ - 5 2 , láms. 7 ° - 7 3 )· L a representación más antigua del p rim er palacio de
3. 4. RITOS Y SIM B O LO S 51

re la c io n a r c o n la d io sa -h ip o p ó ta m o egip cia T a -u rt, « la G r a n d e » , cuya espalda está


c u b ie rta p o r u n a p ie l de c o c o d r ilo 11; p e r o n i p o r su g ra n n ú m e ro n i p o r su fu n c ió n
de servid o res p u e d e n p ro c e d e r d el ám bito e gip cio . Se v e n en p in tu ra s parietales y e n
las im ágen es de sellos y siem p re e n el ám b ito de u n a activid ad ritu a l: llevan el ja r r o
p ara las lib a c io n e s, v ie rte n el co n te n id o so b re p ied ras o c u ern o s ritu ales, sa crific a n
an im ales o partes de e llo s; ta m b ié n ap arecen , al ig u al q u e lo s le o n e s y lo s g rifo s, e n
c o m p o sic io n e s sim étricas y h e rá ld ica s, c o m o fig u ra s m a rg in a le s o en el c e n tro . S e
d ife re n c ia n de o tro s m o n stru o s, p ro d u c id o s a m en u d o p o r la fan tasía de lo s g ra b a ­
d ores m in o ic o s '2, p o r su fo rm a fija y p o r su fu n c ió n re la c io n a d a c o n las cerem o n ia s
festivas; n o so n e sp íritu s, n o a te rro riz a n a lo s h o m b re s, sin o q u e so n servid o res de
la d iv in id a d . S e p o d r ía p e n s a r e n sa ce rd o te s e n m a sc a ra d o s, q u e v e stid o s de esta
m a n e ra p a rtic ip a n e n la c e re m o n ia 13: p e r o n u n c a se re p re se n ta n h o m b re s d isfra za ­
dos, sólo seres in e q u ívo c am e n te an im ales. Q u iz á su e x tra ñ o aspecto p u e d a s ig n ifi­
car q ue lo d ivin o es p re cisa m en te lo O tro .
L a re la c ió n c o n la d ivin id a d se establece m ed ia n te o fre n d a s. O fre n d a s votivas d e
to d o tip o so n la característica c o m ú n a lo s d iversos san tu ario s: ob jeto s im p o rta n te s,
de v a lo r , b e llo s , d esd e a lim e n to s c o tid ia n o s a u te n s ilio s de o r o , co n c h a s, ram as y
flo re s, co m o las q ue llevan e n la m an o las m u je re s que, e n el a n illo de o r o de M ic e ­
n as, v a n al e n c u e n tro de la d io sa 14. L a u n ió n e n tre e l h o m b re y lo sagrad o se c o n ­
sum a m ed ia n te el c o n tin u o in te rc a m b io de d o n es. P e ro , dado q u e la o fre n d a n o es
m ás q ue u n sím b o lo , u n a d e m o stra c ió n de la re la c ió n c o n lo so b re h u m a n o , p u ed e
ser su stitu id o p o r u n a im a g e n , p o r u n a re p ro d u c c ió n s in v a lo r e n te rra co ta : en el
sa n tu a rio se a c u m u la n de este m o d o c o le ó p te ro s y p á ja ro s, ovejas y to ro s, h o m b re s,
arm as y v e stid o s13, in c lu so altares e n tero s y san tu ario s, así com o sim ples re c ip ie n te s
de b a rr o , u tilizab les o n o .
E l r e c in t o sa g ra d o se c a ra c te riz a p o r la p re s e n c ia d e altares d e d iv e rso s tip o s:
a lg u n o s p e q u e ñ o s , o tro s p o rtá tile s c o n fo rm a b ic ó n ic a o g ra n d e s c o n stru c c io n e s,
e lab orad as c o n cu id a d o , a veces estucadas y d eco rad as c o n c u e rn o s ’6. N u n c a se u t i­
liz a n —e n c o n tra ste c o n la p o s t e r io r c o s tu m b re g rie g a — p a ra e n c e n d e r u n fu e g o ,
p ara q u em a r p artes d el a n im a l sa c rific a d o 17. M ás b ie n , en el m arco de u n a c erem o -

Festo: ASAterte 3 5 “ 3 ^ ( l 9 5 7 _ I 9 5 8 ), pp- 1 2 4 s - : anillo de oro de T irin te: AM 55 ( l 9 3 °)> láms. 2 - 4 :


MMR, p. 1 4 7 , M arinato s-H irm er, lám. 2 2 9 : para una escena sacrificial particularmente compleja
sobre un sello de cilindro de O xfo rd véase G ill, AM 79 (19 6 4 ), pp. l6 ss., n° 1 3 , lám. 2 , 6.
11 A sí ya Evans, PAÍIV, p. 4 3 4 : cfr· Schacherm eyr, p. 3 1 , figs. 6 3 - 6 9 ; indeciso MMR, pp. 3 8 0 s .
12 P M I , pp. 7 0 2 s.; MMR, pp. 3 6 8 - 3 7 6 .
13 H . H erkenrath, AJA 4 1 ( 19 3 7 )· PP· 4 2 0 s . ; en contra Nilsson, MMR, p. 3 7 6 , n . 2 2 . Algunas fig u ­
ras animalescas semejantes sumerias y asirías son a m enudo indudablemente máscaras: C . J . Gadd,
Histoiy and Monuments ofUr, 1 9 2 0 , pp. 3 5 “ 3 7 y lám. 8 ; PM IV , p. 4 3 2 .
14 MMR, p. 3 4 7 : véase supra, n. 3.
15 Vestidos en m iniatura procedentes del «san tuario de la diosa de las serpien tes»: PM I, p. 5 0 6 ;
MMR, p. 86 .
16 MMR, pp. II 7 - I 2 2 ; Rutkowski (2 ), pp. 3 5 _ 5 ° ; G . Mylonas, Mykenaíke Threskeía, I 9 7 7 > PP· ?t7 “ 5 1 ; sobre
el ritón de K ato Zakro véase 3 -3 » η · 2 5 ; ('Fr. asimismo MMR, p. 16 9 , fig. 69 y ρ· I 7 1 - fig· 7 3 · Altares
monumentales con ornamento de cuernos se encuentran en el siglo X II en Chipre, en particular en
M irtu-Pigades; véase 1 .4 , n. 7 ·
17 G om o subraya Yavis: véase I .4 , n . 4 4 ; 11 r- C o n todo, el altar en form a de herradura del santuario
de M icenas presenta huellas de fuego y allí, cerca del altar circular, se hallaron huesos quemados
de anímales: Ergon ( 1 9 7 3 ) ’ PP· 6 8 , 7 I; véase I 3 . 3 , n. 76 .
52 1. PREHISTORIA Y ÉPOCA MINOICO-MICÉNICA

n ia sa crific ia l, se d ep o sitan d ete rm in a d a s o fre n d a s y se re c itan o ra cio n e s an te ello s.


Se em p lean b rasero s p eq u eñ o s p a ra q u em a r in cien so , p e ro n o es d esco n o cid o el uso
de v e rd a d ero s in c e n sa rio s e n fo rm a de c o lu m n a 18.
L a s lib a c io n e s , c o m o e n la A n a t o lia de la E d a d d e l B r o n c e , d e s e m p e ñ a n u n
p a p e l d e te rm in a n te d e n tro d e l c u lto ; el t é r m in o c o r r e s p o n d ie n t e , h itita sipandi,
griego spéndein, d eb ía de estar en uso ya e n to n c e s19. C o m u n e s a am bas tra d icio n e s so n
ta m b ié n lo s « r it o n e s de cabeza de a n im a l» , re c ip ie n te s así lla m a d o s p o r su fo rm a
de cabeza de a n im a l, q u e, d esp u és de la lib a c ió n e ra n a b a n d o n a d o s e n el sa n tu a ­
r i o 80. E l típ ico ja r r o de lib a c ió n c o n el p ic o levantad o, hech o de m etal p re cio so , q ue
e n la re a lid a d te n ía p o c a s p o s ib ilid a d e s de m a n te n e rs e in ta c to , p u e d e v e rse a
m en u d o en num erosas representaciones ico n ográficas81. Hallazgos característicos de lo s
sa n tu a rio s m in o ic o s so n « m e sa s de lib a c io n e s » de diversas fo rm a s, de p ie d r a o de
te rr a c o ta , c o n u n a c avid ad r e d o n d a e n el c e n tro d o n d e se v e rtía n lo s líq u id o s 88.
P e rten e c en al rito de la lib a c ió n ta m b ié n algu n o s ob jeto s c o m p le jo s, co m o gran d es
m esas re d o n d a s provistas de n u m ero sa s cavidades sig u ien d o la fo rm a d el c írc u lo . L a
m ás im p o rta n te se e n cu en tra e n el p ala cio de M alia, u n a p arecid a se h alló en la p r o -
to m in o ic a M ir t o 83. Q u iz á se cre a b a u n c o m p le to sistem a de re la c io n e s sagrad as a
través de u n in t r in c a d o c e r e m o n ia l, e n la ju sta d is p o s ic ió n y su c e s ió n d e d iversas
« lib a c io n e s » ; religio e n el sen tid o de e sc ru p u lo sid a d . L o s textos e n lin e a l B h a b la n
de aceite y m ie l; cie rtam e n te p a ra las lib a c io n e s se u tilizab a ta m b ié n v in o . L a lib a ­
c ió n es u n gesto re g io ; ju n t o al t r o n o , e n el p a la c io de P ilo , e stán in c is o s e n el
te rre n o lo s surco s p a ra el flu jo de lo s líq u id o s 8^.
E stratos de cenizas y de restos de huesos en las cuevas, com o en P sijro y en los san ­
tu a rio s e n altu ras, h a b la n de la d ifu s ió n de lo s sa c rific io s de a n im a le s; ta m b ié n las
represen tacion es ico n ográficas d an testim o n io constante de e llo 85. A p a rtir de los res­
tos de q ue d isp o n e m o s n o es p o sib le estab lecer q ué re la c ió n existía e n tre b a n q u e te
s a c rific ia l y q u em a de o fre n d a s. L a « G a s a d el G r a n S a c e rd o te » e n G n o so p arece
h ab er sid o em pleada p ara sacrificar an im ales sagrados; la entrada escalonada cond uce,
a través de dos cofres rectangu lares y u n a balaustrada co n stru id a a am bos lad os, a u n a
estancia, de la q ue d eb ía n d e fo r m a r p a rte —au n q u e éstos n o fu e r o n e n c o n tra d o s in
situ— u n altar de p ied ra y el sop orte de u n a d oble hacha; u n canal de desagüe c o rre a lo
largo de los escalones hacia el e x te rio r. S eg ú n la in te rp reta c ió n de Evans, el sacerdote

18 Sobre el anillo de oro de T irin te ; MMR, p. 1 4 7 (supra, n. lo ).


19 Véase II 2 , n. 3 4 .
20 PM II, pp. 5 2 7 - 3 6 ; MMR, pp. 14 4 ' 4 ^; K · Tuchelt, Tiergefässe, 19 6 2 ; O . Carruba, Kadmos 6 (1967)»
pp. 8 8 - 9 7 .
21 MMR, pp. 1 4 6 - 1 5 3 ; P M 1, p. 6 2 .
22 MMR, pp. 1 2 2 - 1 3 3 ·
23 W arren, p p . 2 3 0 s . ; lám . 7 8 . M alia: Γ. C h ap o u tie r, BC H ζ 2 ( l 9 ^ 8 ) , pp. 2 9 2 “ 3 2 3 - MMR, pp.
12 9 s ., GGR, lám. 3 ; M arinatos-H irm er, lám. 5 6 ; «tablero de ju e g o » PM III, p. 3 9 ° “ 3 9 6 ; R u t-
kowski (i), pp. 5 5 s .; argum enta en su contra u n hallazgo reciente en u n templo de G itio, CRAI
( 1 9 7 6 ) , pp. 2 3 5 - 2 3 7 , B C H IO O (19 76 )» P* δ δ 2 . D e otro género es el kernos, el recipiente cultual
compuesto; véase MMR, pp. I 3 3 - I 4 I; véase asimismo 1 1, n. 3 5 .
24 Biegen I, p. 8 8 y fig. 7 ° : Archaeology 1 3 ( i9 6 0 ) , p. 3 8 .
25 C fr . I 3, 3 , n n. 2 7 - 2 8 ; 8 3 ; MMR, pp. 2 2 9 “ 2 3 5 - E . Verm eule tiene razón al señalar que el sacrifi­
cio de animales está más docum entado en el continente, pero exagera cuando duda de la existen­
cia del sacrificio de animales en el culto m inoico: Verm eule (2 ), pp. 12 , 6 l. C fr. asimismo PM IV ,
PP- 4 1. 7 7 3 -
3 .4 . RITOS Y SÍMBOLOS
53

lleva a cabo el sa c rific io d el a n im a l e n la estan cia in t e r io r y d eja q u e la san gre flu ya


después hacia el exterio r a través del canal, m ien tras que depositaban regalos para él en
lo s c o fre s de la e n tra d a 26. E n la e sq u in a de u n a casa cercan a al p ala c io de G n o so se
e n c o n tra ro n dos gran des cráneos de to ro ju n to a u n u ten silio cultual: quizá se tratara
de u n sacrificio expiatorio p ara los p o d eres de las p ro fu n d id a d es, antes de que el e d i­
fic io , d estru id o p o r u n terrem o to , fu era re llen ad o de tie r ra 27. L a rep resen tació n m ás
m in u c io sa de u n sa crificio n os la p ro p o r c io n a el sarcófago de A y ia T ria d a 38. Ju n t o a
u n á rb o l-s a n tu a r io se y e rgu e u n a d o b le h ach a, sob re la q u e está p o sa d o u n p á ja ro ;
d elan te se e n cu en tra u n altar, que u n a sacerdotisa, c o n el traje ritu a l de p ie l de a n i­
m al, toca co n am bas m an os com o en el acto de b e n d ec ir; sobre el altar están p in tad o s
u n a ja r r a de lib a c ió n y u n a cesta co n frutas o p an es, alu sion es a las o fren d as p re lim i­
nares que se b rin d a n e n el altar. D etrás de la sacerdotisa, yace sobre u n a m esa u n to ro
re c ié n sa crifica d o , cuya sangre m an a de su gargan ta al in te rio r de u n recip ien te. U n
flautista aco m p añ a la c erem o n ia c o n su in stru m e n to estrid en te; detrás de él, avanza
u n a p ro c e s ió n de cin co m u jeres en actitu d cerem o n ia l. P a re cen estar presentes a q u í
casi to d os los elem en tos del p o ste rio r rito sa crificia l g rie g o : p ro c e sió n (pompé), altar,
ofren d as p re lim in a re s, acom pañ am ien to de flauta, recogid a de la sangre; sólo falta el
fu eg o sob re el altar. U n a p in tu ra p arie ta l de P ilo rep resen tab a u n c o rte jo sacrific ia l
co n u n g ran to ro en el c e n tro 39. E n u n a n illo de o ro de M icen as, u n h o m b re , con los
brazos levantados a m o d o de saludo ante u n á rb o l santuario, va seguido p o r u na cabra,
de cuyo lo m o b ro ta u n a ram a igual a la d el á rb o l rep rese n ta d o 3“ : se p u ed e p ensar e n
la h o stil p o la rid a d en tre cabra y árb o l, m otivo p o r el q u e, en la A c ró p o lis de A tenas,
d o n d e crece el olivo sagrad o, u n a vez al añ o se o fre c ía el sa c rific io de u n a cabra: su
cruenta m uerte garantizaba la co n tin u id ad de la vida vegetal.
D e s c u b rim ie n to s p o s te rio re s ( ΐ 9 7 9 - Ι 9 ^ ° ) h a n a b ie rto expectativas to ta lm en te
in esp erad as de sacrific io s h u m an o s exactam ente en la re g ió n de G n o so . E n el te m ­
p lo de A rja n e s , los esq u eletos de tres p erso n a s, in c id e n talm e n te m u erto s a causa de
u n te rr e m o to , h a n sid o in te rp re ta d o s co m o sa ce rd o te , sa ce rd o tisa y v íc tim a 31. E n
G n o s o se h a d e s c u b ie rto u n d e p ó sito c o n h u e so s de n iñ o s , c o n claras m arcas de
c u c h illo , lo q ue ha su g e rid o la h ip ó te sis de u n a fiesta c a n ib a le sca de a lg ú n m in o -
t a u r o 32. E s n e c e sa rio e sp e ra r a la p u b lic a c ió n co m p leta de los m ateriales y a p o s te ­
rio re s d iscu sio n es antes de e m itir u n ju ic io seg u ro acerca de lo s p o sib les lím ites d e
re fin a m ie n to y b a rb a rie en la re lig ió n m in o ic a.

26 PM IV , pp. 2 0 2 - 215 ; MMR, p. 9 2 (M inoico M edio III-M in o ico Reciente II); escéptico Rutkowski
(1), p. 5 2 . Per o los santuarios de Beycesultan presentan una disposición notablem ente sim ilar,
S. Lloyd y j . Mellaart, Beycesultan I, 19 6 2 , pp. 4 ° " 4' 5 î dos pilastras separan una estancia interior de
una cámara de acceso, frente a las cuales hay dos pithoi para ofrendas, u n símbolo de los cuernos
cierra el acceso al interior. E n las paredes laterales se encuentra u n «altar de sangre» con canali-
llos de desagüe (prim era Edad del Bronce, ca. 2 7 ° 0 - 2 3 0 0 ). Tam bién L . R . Palmer, Mycenaeansand
Minoans, 1961» pp· 2 3 8 - 2 4 0 , ha puesto de relieve los nexos entre Beycesultan y el m undo m inoico.
27 « L a casa de la vaca sacrificada» ; PM II, pp. 3 0 I S .
28 Véase I 3 . 2 , η . I I .
29 Biegen II, pp. 1 9 2 s . , lám . I I 9 ; cfr. lám. 1 3 2 : u n ciervo cerca de un altar. MMR, p. 1 7 8 : un toro
frente a un altar.
30 MMR, p. 2 5 9 : GGR, lám . 1 3 , I; M arin ato s-H irm er, lám. 2 2 8 ; cfr. HN, pp. I 7 2 s . N o obstante, el
árbol parece más una higuera que un olivo. C fr. asimismo PM III, p. 1 8 5 y Verm eule (2 ), p. 12 .
3 1 - Véase I 3 . 3 , n. J l .
32 P. W arren, en H ägg-M arinatos, pp. I 5 5 ~ l6 6 .
54 1. PREHISTORIA Y ÉPOCA MINOICO-MICÉNICA

L o s d os c é le b re s s ím b o lo s d e lo s a g ra d o , q u e se re p ite n s ie m p re e n el c u lto
m in o ic o -m ic é n ic o , p ares de c u e rn o s y d ob les hachas, están re la cio n a d o s c o n el m ás
n o b le de to d os lo s sa c rific io s, el d e l to r o . E n re a lid a d , éstos lle g a ro n a G re ta, d e s­
p ués de u n a la rg a p re h isto ria q u e c o m ien za e n A n a to lia , ya com o sím b o lo s c o n s o li­
d a d o s, d e sv in c u la d o s de su u tiliz a c ió n p rá c tic a . Q u e el p a r de c u e rn o s, a lo s q u e
E vans llam ab a horns o f consecration (c u e rn o s de c o n sa g ra c ió n )33, so n e n efecto v e rd a d e ­
ro s cu e rn o s de to ro n o p u e d e p o n e rs e e n d u d a desde q u e, en los san tu ario s d o m é s­
tic o s de la c iu d a d n e o lít ic a de Ç a ta l H ü y ü k , se e n c o n tr ó u n a s e rie de a u té n tic o s
c u e rn o s de to ro : tro feo s de caza, a ú n e n aq u ella épo ca d el to ro salvaje, q u e se c o lo ­
cab an e n el re c in to d e la d io s a 34. D e tr á s de este r ito se o c u lta la c o stu m b re de lo s
cazadores de la re sta u ra c ió n p a rcia l, la sim b ó lica re stitu c ió n d el a n im a l sa crific a d o .
C o m ie n z a n así a d elin ea rse p u n to s de c o n e x ió n en tre Ç a tal H ü y ü k y G reta. A lg u n o s
m o d e lo s de sa n tu a rio s, e n c o n tra d o s e n C h ip r e y datables en to rn o a fin a le s d el III
m ile n io 35, m u estra n u n a fig u r a h u m a n a o fre c ie n d o lib a c io n e s ante u n a esp ecie de
fach ad a de te m p lo , co n stitu id a p o r tres altos p ila re s cu a d ra n g u la re s, q u e te rm in a n
e n e n o rm e s cabezas de to ro . L o s tres p ila re s a p arecen ya en Ç a tal H ü y ü k 36, p e ro los
crá n e o s de to ro q ue lo s c o r o n a n p a re c e n fo r m a r u n to d o c o n ello s: ya n o so n c rá ­
n e o s re a les so b re p u e sto s, sin o ré p lic a s e sc u lp id a s. M ás a n tig u o a ú n , d el p r in c ip io
d e l III m ile n io , es u n p a r de c u e rn o s p ro c e d e n te de T e ll B ra q , en la alta M e so p o ta ­
m ia, q ue p arece m u y sim ila r al p a r de c u e rn o s m ás an tigu o de C r e t a 37; fu erte m e n te
estilizadas, p e r o aú n así d ifíc ilm e n te sep arables de este con texto, so n las re p ro d u c ­
c io n e s q u e c ie r r a n el acceso a la e sta n cia in t e r io r de lo s sa n tu a rio s de B ey c e su lta n
(e n la A n a t o lia o c c id e n ta l) 38. E n C r e t a el p a r d e c u e rn o s n o a p a re ce e n su fo r m a
esta n d ariz a d a 39 hasta d espués d el in ic io d e l p e río d o p alacial (M in o ic o M e d io I I ) ; el
sen tid o d e la fo rm a creten se fa v o re c ió e n to n ces la e stiliz a ció n g e o m é tric a y el d e s­
a rro llo sim b ó lic o , de tal m a n e ra q u e el ve rd a d ero b u c ra n io p u ed e ser casi o lv id ad o :
sobre u n a base alargad a las dos p u n tas se levan tan , elegantes, casi verticalm en te, p ara
d espués curvarse a la m ita d d e sc rib ie n d o u n se m ic írc u lo . E sto s sím b o lo s, a m en u d o
a lin e a d o s e n m u ch o s p ares, a d o rn a n y c o n sa g ran altares y san tu a rio s; d os e je m p la ­
res se e n c u e n tra n en el b a n co d el « S a n t u a r io de las D o b les H a c h a s» . P ero el p a r de
c u e rn o s aparece tam b ién aislad o : el m ás g ran d e , e n la en trad a m e r id io n a l d el p a la ­
cio de C n o s o , su p era lo s dos m etro s de a ltu ra. E l sign o de los cu e rn o s ta m b ié n está
p resen te e n lo s p alacio s de P ilo y G la 4°.
Se h a v e rific a d o que el h acha se usaba p a ra el sa crific io de reses; e n la fo rm a de la
d ob le h ach a se u n e n la u tiliz a c ió n p rá ctica y u n m otivo d estacadam ente o rn a m e n tal,

33 JH S 21 (1901), p. 135; cfr. MMR, pp. 1 6 5 -1 9 0 ; GGR , p p . 2 7 2 -2 7 5 ; C o o k l, p p . 5 0 6 - 5 1 0 ; D ietrich ,


p. I O I ; Rutkowski (2 ), p p . 75-9O ; in terp retad o s com o « p o t-s ta n d s » p o r S. D ia m a n ty J . R utter,
AS 19 (1 9 6 9 ), p p . 147-177. V éase I 4 , n . 7.
34 V éase 1 1, n . 6.
35 M o d elo s de K o tc h a ti ( 2 3 0 0 - 2 0 O 0 ) ; V . K a ra g e o rg h is, Repports o f the Department o f Antiquity Cyprus
(1 9 7 0 ), p p . 1 0 -1 3 ; B C H 95 (1971), p. 3 4 4 ; Rutkowski ( i) , p. 213.
36 A S 1 3 ( 1 9 6 3 ), p. 77.
37 M . E . L . Mallowan, Iraq 9 ( i 9 4 7 )> P· lám . 1 3 9 (ca. 3 0 0 0 a .G .).
38 Véase n. S>6.
39 P ro to m in o ico es el par de cuernos de M ojlo s (P M I, p. 5 7 > fig· 16 G ; MMR, p. 1 8 8 ) que co rres­
ponde más al tipo estandarizado de Tell B raq que al estandarizado m inoico.
40 P M II, p . 1 5 9 ; Ergon ( i9 6 0 ) , lám. 4.8, fig. 5 8 ; Praktika ( i9 6 0 ) , p. 3 8 ; AJA 6 5 (19 6 1), lám. 5 5 , fig. 15 ;
Verm eule (2 ), p. 3 1 ·
3. i. RITOS Y SÍM BO LO S 55

que sin d ud a asum ió u n a fu n c ió n sim b ó lica ya e n época antigu a. S u h isto ria es p a r e ­


cid a a la d el sím b o lo de los cu e rn o s, p e ro n o está v in cu lad a a e lla 4,1. T e stim o n io s de
la d o b le h a ch a , a ú n e n el m o d e lo de p ie d r a , se tie n e n a p a r t ir d e l IV m ile n io e n
A rp atch iya en la M esopotam ia su p erio r; en el III m ilen io aparece en E la m y en S u m e r,
p e ro ta m b ié n en T ro y a II. A G reta llega ya en épo ca p ro to m in o ic a y p o r tanto antes
d el s ím b o lo de lo s c u e rn o s. L a m a y o r p a rte de las d o b le s h ach as e n c o n tra d a s s o n
o fre n d a s votivas, inadecu adas p ara el uso p rá ctic o : d em asiado p eq u eñ as o dem asiado
g ra n d e s , d e m a sia d o fin a s o in te n c io n a d a m e n te o r n a m e n ta le s ; a m e n u d o e stán
h echas de p lo m o , de p lata o de o ro . Se e n c o n tra b a n a m o n to n ad as sobre to d o en las
cu evas-san tu ario s, p e r o , h in cad as e n u n a base de p ie d ra , caracterizan ta m b ié n o tro s
s a n tu a rio s ; e n el sa rc ó fa g o de A y ia T r ia d a , p r e s id e n ta n to la e sce n a d e l s a c r ific io
com o la de la lib a c ió n ; están ta m b ié n e n el « S a n t u a r io d e las D o b le s H a c h a s» , q ue
to m a su n o m b re de ellas, y en la « G a s a d el G r a n S a c e r d o t e » ; u n a n illo de o ro de
M ice n a s m u estra u n a d o b le h ach a en el c e n tro de la p ro c e s ió n h a cia la d io sa 43. L a
d o b le h acha está p re se n te frecu en tem en te e n lo s sellos y las p in tu ra s vasculares, hasta
el p u n to de te n e r u n a fu n c ió n m eram en te o rn a m e n tal. S in em b argo, la im agen f r e ­
cuen te de la d o b le h ach a en tre lo s cu e rn o s de u n c rán eo de to ro sigue a p u n ta n d o a
su fu n c ió n o rig in a l. E l h ech o de que la d o b le h ach a aparezca e n tre los c u ern o s c u l­
tuales estilizados c o n firm a el sig n ifica d o q u e se les ha a trib u id o a estos ú ltim o s43.
E n u n a tr a d ic ió n de A sia M e n o r, q u e lle g a rá p o s te rio rm e n te ta m b ié n a L ic ia y
C a r ia , la d o b le h a ch a , e n la m an o d e u n a d iv in id a d m a sc u lin a a m e n u d o lla m a d a
Z e u s, sim b o liza cla ra m e n te el rayo d el d io s d e la te m p e sta d 44. S e h a in te n ta d o d a r
ta m b ié n la m ism a e x p lic a c ió n a la d o b le h ach a m in o ic a , p e ro lo s h allazgos n o su s­
te n ta n tal h ip ó te sis; ésta n o está n u n c a v in c u la d a a u n a fig u r a m ascu lin a , sin o m ás
b ie n a u n a d ivin id ad fe m e n in a que, c o n las m an o s levantadas, agita un a d o b le h acha
e n cada m a n o 43. L a d o b le h a ch a es in s t r u m e n t o y s ig n o de su p o d e r , p e r o e lla
m ism a n o está p e rso n ific a d a com o d ivina.
L a d o b le h ach a es p u es u n sign o de p o d e r, d el p o d e r de m atar. L o s b u c ra n io s y
los c u e rn o s cu ltu ales e n su b lim e estiliz a ció n re c u e rd a n la v ic to ria sob re el to ro . E l
efectivo p o d e r p o lític o - e c o n ó m ic o , co m o e n las c ivilizacio n es p aralelas de la E d a d
del B ro n c e , estaba en m an os de u n rey; su sala d el tro n o re p rese n ta el c en tro d in á ­
m ico d el p ala cio . N o es co n ceb ib le u n re in o sin c erem o n ia l real. E l « b a ñ o lu s t r a l» ,
ju n to a la sala d el tr o n o de C n o s o , el can al de d esagüe p a ra las lib a c io n e s, ju n to al

4-1 P M I, pp. 4 3 4 - 4 4 7 ; C o o k II, pp. 5 I 3 ~ 5 4 3 ; MMR, pp. 1 9 4 - 2 2 9 ; H . G . Buchholz, Herkunft der


Kretischen Doppelaxt, 1 9 5 9 ; Rutkowski (2 ), pp. 9 I “ 9 7 · N o es seguro si un ornam ento en form a de
m ariposa de Çatal H üyük debe ser considerado una doble hacha: AS 1 3 ( 1 9 6 3 ) , lám. 8 b.
42 GGR, lám. 17 , I (supra, n. 3)
43 D oble hacha y bucranio: P M I, p. 4 3 5 ; L[, p- 6 19 ; MMR, p. 2 0 5 ; GGR, lám. 8, 3 ; C o ok II, pp. 5 2 6 ,
5 3 7 ' 5 3 9 · Doble hacha y símbolo de los cuernos: PM, p. 19 6 , fig. 1 4 4 ; M arinatos-H irm er, lám. 12 8 .
44 C o o k II, pp. 5 4 3 - 5 9 9 . L a más antigua representación de un dios con u n a doble hacha: relieve
tardohitita (s. V III) de Sakcegözü, E . Akurgal, Orient und Okzident, 19 6 6 , lám. 23 b. La tradición del
Zeus de Labranda relaciona la doble hacha con las Am azonas y con O nfale, reina de Lidia, Plut.
Quaest. Graec. 3 ° l F . D obles hachas halladas tam bién en el santuario de O rtia, Dawkins, pp. 2 5 4 -
264, 38 3·
45 Relieve de Palekastro, MMR, p. 2 2 5 ; GGR, lám. 9, 2 ; sello de C n o so , PMI, p. 4 3 5 » &£· 3*2a ; M ari-
n a to s-H irm e r, p. 1 2 8 . A q u í hay tam bién representaciones de sacerdotes y sacerdotisas con otro
tipo de hacha (¿destinada al verdadero sacrificio?), E A A V (19 6 3)» p· 7 2 ; Schacherm eyr, fig. 8 5 ;
C M S l, p. 2 2 5 ; M arinato s-H irm er, lám. 1 2 2 .
1. PREH ISTO R IA Y ÉPOCA M INO ICO -MICÉNICA
56

tr o n o d e P ilo , s o n a lg u n o s e je m p lo s d e e l lo 46. L a im p o r t a n c ia d e las c e re m o n ia s


p a ra lo s p o d e ro so s se m u estra ta m b ié n e n el h ech o de que lo s a n illo s de o r o , que se
sep u ltab an sólo e n las tu m bas de n o b le s, reyes y re in a s, re p rese n ta n m u y fre c u e n te ­
m en te escenas cu ltu ales. Se p u e d e s u p o n e r, p e r o n o p ro b a r , q u e e n G n o so y d e s­
pu és ta m b ié n e n M icen as y P ilo existía u n « r e in o s a g r a d o » , que el rey —en m icén ico
wdnax— e ra in v e stid o de u n estatus s o b r e h u m a n o , q u izá d iv in o 47. L o s g ra b a d o s e n
sellos y a n illo s m u estra n m uchas veces, ju n t o a la G r a n D io sa , u n a fig u ra m ascu lin a
m ás p e q u e ñ a ; la D io s a p a re c e c o n v e r s a r c o n e lla y le e n tre g a u n b a s tó n o u n a
lan za48. N o p u ed e d ecid irse p o r el m o m en to si el rey es co m p a ñ e ro de la diosa, o u n
m ític o paredros o si, c o m o e n la t r a d ic ió n m eso p o tá m ic a , el re y asu m e e l p a p e l d el
d ivin o paredros.

3 .5 . Las D IVINIDADES M IN O IG AS

E l d e s c u b rim ie n to de la c iv iliz a c ió n m in o ic a c o in c id ió c o n el p e r ío d o d e m ay o r
in flu e n c ia d e la « E s c u e la h is t ó r ic o - r e lig io s a de C a m b r id g e » 1 . D u r a n te m u c h o
tiem p o se h abía in d agad o acerca d el o r ig e n de la re lig ió n griega; ah o ra, éste p arecía
h ab er salid o fin a lm e n te a la luz; la re lig ió n p regriega h ab ía sido descub ierta. L a a n tí­
tesis d el m u n d o « o lím p ic o » , a n tro p o m ó rfic o y p oliteísta de los dioses d e H o m e ro se
buscó y se e n c o n tró in m e d ia ta m e n te: u n p re d o m in o de p o d eres ctó n ico s, m a tria r­
cado y d eid ad es n o a n tro p o m ó rfic a s o u n a ú n ic a fig u ra d ivin a e n lu g a r de u n p a n ­
teó n . P e ro estas expectativas y tesis se h a n c o n firm a d o sólo e n u n a p e q u eñ a p arte.
S ir A r t h u r E van s, p o c o desp u és d el c o m ie n z o de sus excavaciones, fo rm u ló p o r
p rim e r a vez la sugestiva tesis d el « c u lto m in o ic o d el á rb o l y d el p i l a r » 2 ; p e ro b ie n
p o c o h a s o b re v iv id o a la c rític a d e N ils s o n 3. E l á r b o l se ñ a la u n s a n tu a rio , está
in c lu id o e n u n re c in to sagrado y es « s a g r a d o » él m ism o , p e ro , cu an d o u n a p r o c e ­
s ió n se a c erca al á rb o l, u n a d io sa a n t r o p o m ó r fic a es e n tr o n iz a d a d e b a jo de é l.
D u ra n te la danza se toca el á rb o l, p e r o n o es a d o ra d o com o u n in te rlo c u to r p e r s o ­
n a l. A lg o s im ila r o c u rre c o n los p ila re s y las p ied ras alin eadas. L as m arcas de cin cel
e n las « c rip ta s de p ila stra s» n o p ru e b a n n in g ú n cu lto . P ied ras p eq u eñ as apiladas a
m o d o de co lu m n a so n visibles a la p u erta de u n san tu ario c o n á rb o le s4 y a veces, u n a

46 Véase n. 2 4 ¡ 1 3 -3 » 11 · 4 8 ·
47 A . Furum ark, «W as a Sacral K in gsh ip in M in o an G r e te ? » , Numen Sup pi. 4 ( 1 9 5 9 ) , p p . 3 6 9 s .;
Opuscuia Atheniensia 6 ( 1 9 6 5 ) , p p . 9 5 “ 9 7 ; van Effe n te rre , «P o litiq u e et religio n dans la Crète
m in o e n n e » , Revue historique 2 2 9 (τ 9 ^ 3 ), ΡΡ· l - l 8 ; C . G . T h om as, « T h e nature o f M ycenaean
kingsh ip», SM EA1 7 ( 1 9 7 6 ) ’ pp* 9 3 “ I *6.
48 E l sello de C n o so de la «M ad re de la m o n ta ñ a »: véase I 3 . 3 , η. 3 7 ? anillo de ámbar de M icenas
con «sacra conversazione^, PM III, p. 4 ^ 4 ; MMR, p. 3 5 1 ; GGR, lám. 17 , 2 ; M arin a to s-H irm er, lám.
2 2 8 ; véase asimismo el sello de G inebra, J . D ö rig (ed.), Artantique. Collections privées de Suisse Romande,
1975 , n ° 5 9 ? im pronta de sello de Ayia Triada, PM II, p. J6 & ; MMR, p. 3 4 6 ; GGR, lám. 16 , 6. A n i­
llo de oro de Tebas, MMR, 1 7 9 » GGR, lám. 19 , 2 . Interpretado com o rey-sacerdote PM II, pp. 7 7 4 “
79O ; como « a d o ra d o r» GGR, p. 2 9 3 ·
1 Véase Introducción I, nn. 1 3 - 1 5 .
2 «M ycenaean Tree and Pillar C u lt » , JH S 2 1 ( 1 9 0 1) , pp. 9 9 - 2 0 4 ; cfr. Rutkowski (2), pp. 5 I - 7 4 ·
3 MMR, p p . 2 3 6 - 2 8 8 ; s o b r e el « c u l t o d e l á r b o l » véase I 3 . 3 , n n . 4 1 - 4 3 ; I 3 . 4 , η . 9 ; s o b r e las
« c r i p t a s de p i la s t r a s » véase I 3 . 3 , n . 4 6 .
4 A n illo de oro de G noso, MMR, p. 2 5 6 , fig. 1 2 3 ; GGR, lám . 1 3 , 4 ; Rutkowski (1), p. 1 9 2 , fig. 7 2 ;
anillo de oro de M icenas, véase I 3 · 4 > n · 8.
3. 5. LAS DIVINIDADES MINOICAS 57

e sp ecie de p ila re s de p ie d r a to scam en te la b ra d o s flo ta n lib re m e n te en el fo n d o de


escenas cu ltu ales5. E s p o sib le q u e u n « b e t ilo » sea sig n o de lo sagrad o, al ig u al q u e
el á rb o l; la Odisea d escrib e la p ie d ra que b rilla p o r el aceite e n el lu ga r de s a c rific io
de la P ilo de N é s t o r 6. P ero u n a p ie d ra sem ejan te —o u n m o n tó n de p ied ras— d o n d e
h a c e n lib a c io n e s « d e m o n io s » , in d ic a u n lu g a r sagrad o, n o u n d io s. U n a co lu m n a
a p a re c e fre c u e n te m e n te e n el c e n tro de c o m p o s ic io n e s h e rá ld ic a s fo rm a d a s p o r
g ru p o s de an im ales; c ele b é rrim a es la p u e rta de los le o n e s de M ice n a s7. T a m b ié n el
« S e ñ o r » y la « S e ñ o r a d e lo s a n im a le s » a p a re c e n e n la m ism a p o s ic ió n 8, p e r o el
e sq u e m a ic o n o g r á fic o n o p ru e b a n in g u n a id e n tid a d ; h o y se e n tie n d e la c o lu m n a
so b re to d o co m o u n sím b o lo alusivo d e l sa n tu a rio o d e l p a la c io 9. E n algu n o s s a n ­
tu ario s d om ésticos se e n c o n tra ro n estalactitas, com o las de los a n te rio re s san tu ario s
de Ç a ta l H ü yü k ; p e r o sólo e n u n san tu ario d el p e r ío d o de d ecad en cia, e n el « s a n ­
tu a rio de los fetich es d el p alacio p e q u e ñ o » de C n o s o 10 estaban expuestas, en el lu g a r
de lo s íd o lo s, fig u rita s de p ie d ra de aspecto vagam ente h u m a n o 11. Q u e d a la estalag­
m ita de la cueva de Ilitia , c o n su m u ro a lre d e d o r , el a lta r y el r ito « m á g ic o » q u e
con siste en to carla; p e r o p recisam en te en este contexto aparece el n o m b re griego de
la d io sa g rie g a 18.
A lg u n o s m itos griegos p arecen rem on tarse a u n culto cretense del to ro y se p u ed e n
aso ciar c o n él las célebres re p resen tacio n es de lo s « ju e g o s del t o r o » , d o n d e a c ró b a ­
tas m asc u lin o s y fe m e n in o s d an vo lteretas p o r e n cim a d e los c u e rn o s d e l to r o 13. E s
p ro b a b le q ue lo s ju e g o s c u lm in a ra n c o n el s a c r ific io d e l to r o . N o es s in em b a rg o
d e m o stra b le q u e el a n im a l fu e ra c o n sid e ra d o y v e n e ra d o co m o u n d io s; n u n ca u n
gesto de a d o ra c ió n o u n a p ro c e s ió n cu ltu al están d irig id o s a u n to ro n i tam poco lo s
sím b o lo s sagrados, com o d obles hachas, cu e rn o s o ja r r o s de lib a c ió n , están v in c u la ­
dos a e llo s 14.
E r a o b vio a sig n a r a los in d o e u r o p e o s la r e lig ió n « o l í m p i c a » , p a tria rc a l y a lo s
pi’egriego s el re in o « c t ó n ic o » m atriarca l. E n efecto , se ha d em o strad o la existencia
de cu lto s de ép o ca p r o t o m in o ic a re la c io n a d o s c o n lo s m u e rto s, com o in d ic a n las

5 A n illo de oro de A rjanes, véase I 3 . 4 , n. 9; anillo de oro de M ojlos, véase I 3 .2 , n. 3 4 .


6 Od. 3 , 4 0 6 - 4 1 1 .
7 Buchholz-Karageorghis, n ° 8 3-8 4 ·· C fr. MMR, p. 2 5 0 ; GGR, lám. 12 , lyM M R , p. 2 5 3 ; GGR, lám. 12 , 3 .
8 Véase I 3 . 3 , n. 3 7 ; un <<Señor de los anim ales» GGR, lám. 2 0 , 4 ; lám. 2 1, 4 ; lám · 19 , 5 ; cfr. n. 4 8 .
9 Q ued a la única representación de seis colum nas y u n hom bre en gesto de adoración en el sello
cilindrico de M icenas, MMR, p. 257 y GGR, lám . 1 2 , 5 > J de una procesión hacia una columna en
un modelo de Eleusis, G . E . Mylonas, Mykertaike Threskeia, 1977 - PP- 54 ·" 5 6 , lám. 14 . La imagen en
fo rm a de colum na del A p o lo de A m id a s (Paus. 3 , 19 , 2) y la «c o lu m n a de Dioniso>> en Tebas
(E u r, fr. 2 0 3 K annich t; Glem . A lex. Strom. I, 1 6 3 ) se h an relacio n ad o co n el culto a la co lu m n a
en el m un do m in o ic o -m ic én ic o .
10 N. P laton, « P e r i tes en K rete latreias ton s ta la k tito n » , A E (1 9 3 0 ), pp. 1 6 0 -1 6 8 . Rutkokski ( i) , p.
1^ 9 ; D ietrich , p p . 9 2 - 113; véase adem ás la im p ro n ta de sello de A yia T ria d a, MMR, p . 180, fig .
8 4 ; Rutkowski ( l) , p. 2 0 2 .
11 Sobre el « sa n tu a rio de los fe tich es» : PM II, p p . 3 4 6 . ; MMR, pp. 9 0 - 9 2 ; GGR, lám . 3, 4 ;
Rutkowski ( i) , p p. 2 3 6 s ., 2 4 7 , 3 2 6.
12 V éase I 3 .5 , n n . 13-14.
13 PM III, p p. 2 0 9 - 2 3 2 ; A . R eich el, AM 34 (1 9 0 9 ), p p. 8 5 - 9 9 ; C o o k l, pp. 4 9 7 - 5 0 0 ; GGiï, p. 2 7 6 .
14 MMR, pp. 2 3 Is-> 3 7 4 - 4 ^Ii n . gO; F. Matz, « M in o isc h e r S tie r g o tt? » , Kretîka C h ro n ik a l$-l6 (1961-
1 9 62), pp. 2 I5 " 2 2 3 - Por el co n trario , el « a n illo de N é sto r» (véase I 3 .2 , η . 12) p arece in d icar la
ad o ració n de u n le ó n y de u n grifo.
58 1. PREHISTORIA Y ÉPOCA MINOICO-MICÉNICA

« p ista s de b a ile » q ue hay ju n t o a las tu m b as de c ú p u la de M e s a ra 15. E n el p e r ío d o


p ala c ia l su rg e n , sin e m b a rg o , otras fo rm a s de cu lto , co m o las fiestas e n las cu evas-
san tu ario y la danza ante el á rb o l. L a v e n e ra c ió n de la d io sa de las serp ien tes e n casas
y p a la c io s n o está re la c io n a d a c o n lo s m u e r to s 16 y e n las cuevas sagrad as ya n o h ay
tum bas. E s cierto que n o fa lta n las ricas o fre n d a s fu n e ra ria s y lo s sa crific io s de a n i­
m ale s d u ra n te las c e re m o n ia s fú n e b r e s . E n el s a rc ó fa g o de A y ia T r i a d a 17, e n la
escena q ue ilu stra u n sa c rific io fu n e r a r io d e tip o eg ip c io , el p r o p io d ifu n to p arece
m o strarse ante su sep u lc ro . P e ro n o es ésta la esfera de lo s dioses.
E l aspecto m ás característico y significativo de la experien cia d ivina m in o ic a es, p o r
el c o n tra rio , la ep ifan ía de la d ivin id ad desde lo alto d u ran te la danza. E n el a n illo de
o ro de Iso p a ta 18, cuatro m u je re s c o n trajes de fiesta ejecu tan en tre flo re s q ue b ro ta n
u n a danza d e fig u ra s cam b ian tes in c lin á n d o s e o le v a n ta n d o las m an o s. P e ro , p o r
en cim a de las m an os extendidas h acia arrib a , aparece u n a fig u ra m u ch o m ás p eq u eñ a,
vestida de m an era d iferen te, que p arece flo ta r en el aire. L o s estudiosos c o in c id e n en
la in te rp r e ta c ió n : d u ra n te la v e rtig in o s a dan za de lo s fie le s, a p arece la d iv in id a d
m ism a. Pequeñas figu ras flotan tes sim ilares aparecen tam b ién en otras re p rese n ta cio ­
nes y siem p re se in terp retan com o la ep ifan ía de u n dios. A sí, en u n an illo p roced en te
de C n o s o '9, ju n t o a u n á rb o l-s a n tu a r io y a u n p o ste clavado en el su elo , u n a fig u ra
evid entem ente m ascu lin a desciende de lo alto al en cu en tro de u n a m u je r ergu id a que
le salu d a; u n a im p r o n ta de sello de Z a k r o 20 m u estra u n a fig u ra , q u e re c u e rd a a lo s
« íd o lo s e n fo rm a de c a m p a n a» , sobre u n a co n stru cció n cultual ju n to a u n a escena de
« re co le cto res d el á r b o l» . E n el a n illo de M ice n a s21, que re p ro d u ce la p ro c e sió n de las
m u je re s h a cia la d io sa e n tro n iz a d a b a jo el á rb o l sa gra d o , se ob serva e n lo a lto , al
fo n d o , flo ta n d o , u n a fig u ra p e q u eñ a casi com p letam en te cu bierta p o r u n escudo en
fo rm a de o c h o ; en u n a n illo de P ilo 33, la p e q u e ñ a fig u ra p arece d esc e n d er v o lan d o
cerca de u n san tuario en altura. N o se p u ed e d ecir cóm o se rep resen tab a esta e p ifan ía
e n el c u lto ; es p o s ib le q u e la danza de las m u je re s llev a ra al éx ta sis; ta m b ié n p o d ía n
e n te n d e rse co m o u n a e p ifa n ía de lo s d io se s, seg ú n u n a in te rp r e ta c ió n c o r r ie n t e 83,
p ájaros com o los que se p osan sobre las dobles hachas d urante el sacrificio en el sarcó­
fago de A y ia T ria d a o sobre las colu m n as d el « S a n tu a rio de la diosa de las p a lo m a s » 34
o in clu so sobre la cabeza de íd o los d el M in o ic o R e c ie n te 35.
E n lo s g ra b a d o s de lo s a n illo s d e o r o se re p re s e n ta re ite r a d a m e n te u n a d io sa
e n tro n iza d a e n m ajesta d 2 d eb ajo de su á rb o l o d elan te d el sa n tu a rio , ob servan d o a

15 Véase I 3 . 3 , n. 8 l.
16 Véase I 3 · 3 > n · 64·
17 Véase I 3 -2 , n. II.
18 Véase I 3 · 4 > n · 5 ; Matz, p. 8 y fig. 3 -
19 PM I, p. 16 0 ; MMR, p. 2 5 6 , fig. 123 ; GGR , lám. 13 , 4 ; Rutkowski (i), p. 19 2, fig. 7 2 · Una escena parecida
se encuentra en u n anillo de oro de Oxford, P/Vf II, p. 8 4 2 ; MMR, p. 3 4 2 ; Kadmos IO (1971), pp· 6 0 -6 9 .
20 MMR, p. 2 8 3 ; GGR, lám. 1 3 , 3 ; Rutkowski (1), p. 2 0 0 , fig. 8 2 .
21 GGR, lám . 17 , I : véase I 3 . 4 , n. 3 .
22 Matz, p. 12 y fig. 6 (figura m asculina). U na diosa voladora provista de alas en un sarcófago: V e r­
meule (2 ), p. 4 3 ·
23 MMR, pp. 3 3 0 - 3 4 0 ; Matz, p. 17 .
24 Véase I 3 -3 - n · 4 9 ·
25 Véanse nn. 3 2 - 3 3 ·
26 MMR, pp. 3 4 6 - 3 5 2 ; Verm eule (2 ), p. 16 ; véase n . 21 ; I 3 -4 > n. 4 6 ; anillo de oro de T irin te : véase
I 3 . 4 , n. I O ; cfr. Buchholz-K arageorghis, n ° 1 3 8 5 , entre otros.
3. 5. LAS DIVINIDADES MINOICAS 59

sus a d o ra d o r e s h u m a n o s m ás p e q u e ñ o s o u n a p r o c e s ió n de g e n io s . A v e c e s , p o r
en cim a de la escena, se re p rese n ta n u n sol, u n a lu n a y u n a e stre lla 27: la c ele b rac ió n
d el rito tien e lu g a r d e n tro de u n m arco c ó sm ico , e x p re sió n y g a ran tía d e u n o r d e n
q ue abarca el cielo y la tie rra . E ste « a rte m e n o r » está p ro b a b le m e n te in sp ira d o p o r
las p in tu r a s p a r ie ta le s de lo s p a la c io s. R e c o m p o n ie n d o e in t e r p r e t a n d o a lg u n o s
fra g m e n to s e n c o n tra d o s e n G n o s o 28, P ilo 29 y M ic e n a s 30 se h a n p o d id o re c o n s tru ir
im á g e n es de u n a d io sa ; p e r o estos fre sc o s n o p e r te n e c e n a v e rd a d e ro s sa n tu a rio s,
sin o q ue fo r m a n p a rte de las m a n ife s ta c io n e s g e n e ra le s d el lu jo re a l. L o s íd o lo s 31
exp u esto s e n lo s sa n tu a rio s —fig u ras p e q u e ñ a s y ríg id a s, g e n e ra lm e n te e n g r u p o s -
s o n c o n o c id o s d esd e la é p o ca t a r d o m in o ic a ; e n lo s s a n tu a rio s s u b m in o ic o s d e
G a z i32y K a r f i 33 las estatuas de las d ivin id ades alcanzan ya d im en sio n e s con sid erab les.
S e h a p o s tu la d o q u e e l p e r ío d o p a la c ia l c re te n se n o c o n o c ía e l u so de íd o lo s ; s in
e m b a rg o , e n G n o s o , ad em ás de las « d io s a s de las s e r p ie n t e s » 34 con servad as e n el
alm acén , se h a n e n c o n tra d o m ech o n es de p e lo e n b ro n c e p erte n ec ien tes e v id e n te ­
m e n te a u n a g r a n estatu a de m u je r de m a d e r a 35: ¿ e r a la im a g e n sa g ra d a de u n a
d io sa ? E n c u a lq u ie r caso, los h allazgos de M irto h a n ra tific ad o la existen cia del tip o
de sa n tu a rio d o m éstico c o n íd o lo s ya en el III m ile n io , c o n firm a n d o así la a n tig ü e ­
dad de la tra d ic ió n , ya su gerid a p o r el carácter p rim itiv o de lo s íd o lo s 36.
L o s íd o lo s, al ig u al q ue la d ivin id a d sed ente de las p in tu ra s, so n sin d u d a de sexo
fe m e n in o . O c a s io n a lm e n te , fre n te a la d io sa , está p re se n te u n a fig u r a m a sc u lin a
m ás p e q u e ñ a 37. Y a Evans re c u rrió p ara su in te rp re ta c ió n al esq u em a frazerian o de la
g ra n D io s a -M a d r e c o n su paredros q u e m u e re , el d io s d e la ve g e ta c ió n , y m u ch o s lo
h a n s e g u id o 38. S eg ú n tal in te rp re ta c ió n , la « D io s a - M a d r e m in o ic a » sería la d iv in i­
dad p rin c ip a l, quizá la ú n ica , de la an tigu a G reta.
E n e fe c to , n o existe e n C r e ta u n a re p re s e n ta c ió n seg u ra d e u n a p lu ra lid a d d e
d io se s 39, p e ro ta m b ié n la im a g e n de la m a d re c o n u n h ijo —el tip o , que co m o tal es

27 A n illo de oro de Micenas: véase n. 21 ; de Tebas: véase I 3 .4 . n. 4 6 ; de Tirin te: véase I 3 · 4 > η · Ι 0 ί de
Berlín: MMR, p. 2 6 6 ; cfr. la tablilla «cosm ogónica» de Psijro: véase I 3 .3 , n . 1 2 ; MMR, pp. 4 1 2 - 4 2 1 .
28 PM II, p. 7 2 3 ; Suppl. lám . XXVI.
29 La «d io sa blanca» : Biegen I, pp. 57 s.
30 Verm eule (2 ), pp. 3 2 , lám. 1 3 b; véase I 3 . 3 , η . 76 .
31 MMR, pp. 2 8 9 - 3 2 9 ; D . Levi, «Im m agin i di culto m in o ich e », PP 1 4 ( ΐ 9 5 θ)> PP· 3 7 7 _ 3 9 1 ·
32 S. Marinatos, AE (1937)» PP· 2 7 8 - 291 ; MMR, pp. IOOs.; GGR, lám. 14 , 4 “ 5 ; Buchholz-Karageorghis,
n ° 1 2 6 8 ; M arin ato s-H irm er, láms. I 3 4 “‘I 3 7 ; Rutkowski (i), pp. 2 0 6 , 2 4 9 > fig· h 6 .
33 Véase I 3 -3 ’ n · 6 6 ; Bucholz-Karageorghis, n ° 12 67 ; M arinatos-H irm er, láms. I 4 I - I 4 3 ; Rutkowski
(i), p. 2 4 9 . % . 117.
34 Véase I 3 - 2 , η . 15 .
35 P M III, pp. 5 2 2 - 5 2 5 ; Verm eule (2 ), p. 9 ; pero R . H ägg sugiere que deben atribuirse a estatuillas
de muchachos, m ucho más pequeñas, con u n tipo de cabello ahora ejemplificado en los frescos de
Tera. Para A rjanes véase I 3 . 3 , n. J l .
36 Véase I 3 · 3 > n · 5 7 ; cfr - MMP, p. IIO. La tesis de Matz (1 9 5 8 ) era que la verdadera religión minoica
no conocería imágenes cultuales, sino sólo la epifanía de la divinidad durante la danza.
37 C fr. la «M ad re de la m o n tañ a» en I 3 . 3 , n. 37 7 «sacra conversazione» en I 3 · 4 > n · 4 6 .
38 PM II, p. 277 7 reiteradam ente; Persson (véase I 3 . I , n . l); W . K . C . G u th rie, GAH H , 2, p. 8 7 I ;
D ietrich, pp. 1 6 9 - 1 9 0 .
39 Las cuatro figuras entronizadas sobre el modelo de K am ilari (véase I3.2 , n. 5) se interpretan como
«m uertos heroizados» (? ). Singular es el grupo de m arfil de Micenas, que representa dos mujeres
con u n niño, que recuerda muchísimo las diosas eleusinias (véase VI 1 .4 ) ; se piensa sin embargo en
un fragmento de u n mueble; A . J . B. W ace./HS 59 (ϊ 9 3 9 )> ΡΡ· 2 1 0 - 212 ; MMR, p. 3 1 3 ; Vermeule (i),
p. 2 2 0 , lám. 3 8 ; Simon, pp. 9 4 s·; Buchholz-Karageorghis, n ° 128O ; Marinatos-Hirmer, láms. 2 4 2 s .
6ο 1. PREHISTORIA Y ÉPOCA M1N0IC0-MICÉNICA

m ás a n tig u o , de la kourothrópos— se e n c u e n tra e n u n ú n ic o e je m p la r , b u r d o y t a r ­


d í o 40, p a r a el q u e la d e f in i c ió n « D io s a - M a d r e » es m ás q u e d u d o s a . N i l s s o n y
M a r in a t o s 41 h a n c u e s tio n a d o e n é r g ic a m e n te la tesis de q u e se tra te e n e l f o n d o
sie m p re de la m ism a d iv in id a d y h a n señ ala d o la a n a lo g ía c o n tod as las d em ás c iv i­
liz a c io n e s d e la E d a d d e l B r o n c e , in c lu id o s lo s te s tim o n io s m ic é n ic o s re v e la d o s
c o n el d e s c ifra m ie n to de la lin e a l B . Y a la h e te ro g e n e id a d de lo s h a lla z g o s d e las
cuevas d e K a m a ré s, p o r u n la d o , y de A r k a lo jo r i y P s ijro , p o r o tro , in d u c e n a esta­
b le c e r d ife re n c ia s·, e n la s p r im e r a s p r e d o m in a la a g r ic u ltu r a , e n las ú lt im a s , e l
p o d e r b é lic o 43. E l h ech o de q u e e n u n a n illo de o ro la d io sa sed en te te n g a u n a vez
e n la m an o u n ta llo de a m a p o la y o tra , u n e s p e jo 43 p o d r ía ser irre le v a n te ; p e r o si
de las dos diosas de G azi, situadas u n a al la d o de la o tra (v. n o ta 312), u n a lleva e n la
cabeza c o m o a d o rn o u n a cáp su la d e a m a p o la y la o tra , p á ja ro s y el s ím b o lo de lo s
c u e rn o s , e l c o n tra ste se v u e lv e in t e n c io n a d o . E n a lg u n a s im á g e n e s de lo s se llo s,
u n a fig u r a f e m e n in a , a c o m p a ñ a d a de u n le ó n , s o s tie n e u n a e sp a d a o la n z a 44.
In c o n fu n d ib le es la « d io s a d e las s e r p ie n t e s » , q u e p e r te n e c e a lo s s a n tu a r io s
d o m é stic o s45; sin e m b a rg o , aparece só lo e n estatu illas, n u n c a e n fre sco s o a n illo s.
M u y s in g u la r es la « d io s a d e l e s c u d o » d e M ic e n a s: u n g ra n e scu d o c o n fo r m a de
o c h o d etrás d el q ue a so m an p ie s, m a n o s y cabeza. J u n t o al m ism o s a n tu a rio se ha
e n c o n tra d o el fre sc o de u n a d io sa c o n casco de c o lm illo s de ja b a lí46. A lg u n a s lá m i­
nas de o r o e n u n a tu m b a de fo sa de M ic e n a s re p re se n ta n u n a m u je r d esn u d a , c o n
p a lo m a s v o la n d o a su a lr e d e d o r : la a s o c ia c ió n c o n A fr o d it a es in n e g a b le 47; p e r o
a q u í se trata só lo d e u n c o lla r, in s p ira d o quizás p o r a lg ú n m o d e lo im p o rta d o , n o
de u n o b je to c u ltu a l. E l e sq u e m a h e r á ld ic o de lo s a n im a le s a g ru p a d o s a n tité tic a ­
m e n te , e n tre lo s q u e p u e d e a p a re c e r u n a « S e ñ o r a » o u n « S e ñ o r de lo s a n im a ­
l e s » 48 h a sid o seg u ra m e n te to m ad o de O rie n te . T a m b ié n la im a g e n de la d io sa e n
b a rc a es de in flu jo e x tra n je ro , c o n c re ta m e n te e g ip c io 49.

40 PM II, pp. 2 2 6 5 ., Sup pl. lám . XXI; III, p. 4 6 9 ; MMR, p. 3 0 I ; GGR, lám. 14 , 3 ; D ietrich , p. IIO;
Price, 1 9 7 8 , pp. 17 . 8 5 (ejemplares m icénicos, pp. 1 8 - 2 2 ) .
4-1 MMR, pp. 2 8 6 - 2 8 8 , 2 9 2 , 3 8 9 - 4 0 6 ; S. M arinatos, Review ofReligions 5 ( l 9 4 0 - I 9 4 l)> ΡΡ· 1 2 9 - 1 3 6 .
42 Véase I 3 . 3 , η. ι8 .
43 A n illo de oro de M icenas: véase n. 2 1 ; anillo de oro de Greta: Buchholz-Karageorghis, n ° 13 8 5 ■
44 P M I I , p. 7 9 3 ; MMR, p. 3 4 9 ; P M I, p. 5 ° 5 ; MMR, p. 3 5 5 ’ fig* 16 5 ; GGR, lám. 18 , 4 ; una diosa con
grifo: PM II, p. 78 5? M arin a to s-H irm er, láms. 2 2 8 , 2 3 4 · Sacerdotisa o diosa con hacha, véase I
3 -4 . n . 4 3 .
45 Véase I 3 . 3 , n. 5 8 .
46 Tablilla pintada de la casa Gamma (véase I 3 . 3 , n. 77 )- P M U I, p. 13 5 ; MMR, p. 3 4 4 ; GGR, lám. 2 4 . I;
Verm eule (2 ), pp. 5 l s ·; véase asimismo el sello de amatista del British M useum , Kadmos 5 (19 6 6 ),
p. 1 0 7 ; útiles para la com paración son la figurita en u n anillo de oro de M icenas (véase n. 2 l) y el
paladión en el molde de Palekastro, GGR, lám. 2 3 - 1 ■ Sobre el «cu lto del escu do», MMR, pp. 4 0 6 -
4 1 2 ; sello de Zakro: véase I 3 . 3 , n. 18 ; diosa con yelm o: véase I 3 - 3 , η. 7 7 ·
47 E n este sentido ya Schliem ann, Myhenae, 1 8 7 8 , p. 2 0 9 , nos. 2 6 7 - 2 6 8 ; PMI, p. 224 ·; MMR, pp. 3 3 3 ,
3 9 7 s.; GGR, lám. 2 3 . 3 ~4 ; es evidente la asociación con la «diosa de las palom as» de Cnoso (véase
I 3 -3 , n. 4 9 )·
48 MMR, p p . 3 5 7 - 3 6 8 , 3 8 3 - 3 8 8 ; GGR, p p . 3 0 8 s . ; E . Spartz, Das Wappenbild des Herrn und der Herrinder
Tiere, tesis doctoral, M únich, 19 ^ 4 ! C h . Ch ristou, Potnia Theron, Tesalónica, 1 9 6 8 ; el concepto y la
especificidad de la «P otn ia th e rô n » fu eron establecidos por vez prim era p o r F. Studnicza, Kyrene,
1 8 9 0 , p p . 1 5 3 - 1 6 5 * C fr. n . 8 ; véase III 2 . 6 ,
49 E n particular sobre el anillo de M ojlos: véase I 3 . 2 , n. 3 4 . E l «a n illo de M in o s» (GGR, lám. 19 ,
3) es probablem ente falso: M arin ato s-H irm er, pp. lOOs. U n testimonio tardío de Délos para este
tipo de representaciones: L . Basch, BG H Suppl. I ( l 9 7 3 )< P P · 7 I - 7 6 ·
3. 5. LAS DIVINIDADES MINOICAS 6l

E l estatus de las d ivin id ad es m ascu lin as en la ic o n o g ra fía es p re c a rio . E l c o m p a ­


ñ e ro de la d io sa (v. n o ta 3 7 ) p u ed e ser in te rp re ta d o c o m o u n d io s o co m o u n a d o ­
ra d o r h u m a n o , co m o sa cerd o te o co m o rey. S i la fig u r a de u n jo v e n se e n c u e n tra
en tre dos cu ern o s cu ltu ales 50 y delante de él u n « g e n io » levanta el ja r r o de lib a c ió n ,
se p u ed e p e n sa r e n la a d o ra c ió n de u n d io s, p e r o ta m b ié n en u n a in ic ia c ió n o e n la
c o n s a g r a c ió n d e u n rey. E l « S e ñ o r de lo s a n im a le s » (v. n o ta 4 8 ) es u n m o tiv o
im p o rta d o ; la fig u ra m asc u lin a q u e e n las im ágen es de lo s sello s avanza ju n to a u n
le ó n o u n g r ifo 51 es ciertam en te u n ser so b reh u m a n o , p e ro n o es seguro si p erten ece
a u n c u lto d ifu n d id o o a u n m ito p re s ta d o . A s í q u e d a n c o m o te s tim o n io s m ás
im p o rta n te s las escen as e p ifá n ic a s c o m o las d e lo s a n illo s de o r o de G n o so y P ilo
(notas 19 a 2,2,): la fig u ra que flo ta h acia abajo c o n lanza e n la m an o es sin duda m a s­
c u lin a y es u n d io s el q ue aq u í se m an ifiesta. Se deb e c o n sid e ra r, sin em b argo, q u e
la id e a de u n d io s y su a d o ra c ió n n o re q u ie re n n e cesariam en te la co n cretiz a ció n de
u n a im agen cultual; los cultos « e n a ltu ra s» n o n ecesitan íd o lo s y m ás tarde en tre lo s
g r ie g o s , las m ay o re s d iv in id a d e s m a sc u lin a s, Z e u s y P o s id ó n , p e r m a n e c ie r o n
d u ra n te m u c h o tiem p o sin im ágen es cu ltu ales y sin te m p lo s. E l p re d o m in io de las
fig u ra s fe m e n in a s p e rte n e c e a u n a tr a d ic ió n a n tiq u ísim a 52, p e r o p re cisa m en te p o r
eso n o se debe e x clu ir u n sistem a p o liteísta en la c ivilizació n m in o ic a e vo lu cio n ad a,
al c o n tra rio , c o n el apoyo de todas las an alogías de la E d a d d el B ro n c e , e llo es b a s ­
tante p ro b a b le , a u n q u e, a d e c ir ve rd a d , sólo el te stim o n io e scrito p o d ría s u m in is ­
tra r la p ru e b a decisiva.
U n a fo rm a de m an ife sta c ió n d ivin a to talm en te d ife r e n te 53 se m u estra e n la im a ­
g e n d e u n p la to d el p r im e r p a la c io d e F esto : d os fig u r a s fe m e n in a s d an zan tes y,
en tre ellas, u n a tercera, p arecid a a las otras p e ro sin brazo s n i p ie rn a s, cu b ierta p o r
u n tip o de vegetació n c o n lín eas se rp e n tifo rm e s —que re c u e rd a lo s « re c ip ie n te s c o n
s e r p ie n t e s » — p arece b ro ta r de la tie rra . V u e lve la cabeza h acia u n a g ra n f lo r e s tili­
zada; flo re s p arecid as su rg e n en tre las b a ila rin a s d el a n illo de Iso p ata. R e c u e rd a n a
P e rsé fo n e y a sus c o m p a ñ e ra s re c o g ie n d o flo re s . E l co n texto lo c a l y te m p o ra l h ace
p e n sa r e n las fiestas d e los m u erto s de M esará, en las danzas e n to rn o a las tum bas,
e n p a r tic u la r , c u a n d o el g ra n se p u lc ro e ra a b ie rto p a r a n u evo s e n te rr a m ie n to s y
d espués vu elto a c e rra r. L a cau tivado ra im a g e n m ítica d e l ánodos de la S e ñ o ra de lo s
In fie rn o s , a q u í visib le sólo fu gazm en te, p o d ría estar re la c io n a d a c o n estos rito s. D e
época su b m in o ica y geom étrica cretense so n algu n o s m o d elo s de terraco ta de « te m ­
p lo s » , sim ila re s a las u rn as e u ro p eas c o n fo rm a de casa: se trata de c o n stru c c io n es
c irc u la re s, c o n fo rm a de vasija, cerrad as p o r a rrib a y p ro v ista s d e u n a g ra n p u e rta
q ue p u e d e c e rra rs e ; d e n tro p u e d e verse de c in tu ra p a ra a rrib a u n a d io sa en gesto
e p ifá n ic o . U n a de las m ás a n tig u a s p ro c e d e d e l sa n tu a rio de la fu e n te ju n t o a

50 Gem a de Cidonia: PM I, p. 7 0 8 ; MMR, pp. 1 4 8 , 4 ° 0 ; GGR, lám. 19 , 6. mu-jo-me-no P Y U n 2 puede


ser entendido como una iniciación. Doc. n ° 9 7, Gérard-Rousseau, pp. 14 6 s [F. Au ra Jo rr o , Diccio­
nario micénico, I, 19 8 5 , 5.fJ.]
51 C o n león: MMR, p. 3 5 4 ; GGR, lám. 18 , 2 ; MMR, p. 3 5 5 , fig. 1 6 4 ; GGR, lám . 18 , 4 ; co n grifo: PM
II, p. 783.
52 Véase 1 1, n. 9 . Sobre ídolos masculinos en Micenas véase I 3 . 3 , n. 76 . Sigue siendo controvertido
el sexo de la cabeza encontrada en el santuario de A sin e (véase I 3 . 3 , n. 5 5 ) , D ietrich, p. 1 5 1; m as­
culina según Nilsson, MMR, p. I 14 ; Guthrie, C A H II, 2, p. 8 7 9 ; fem enina según Vermeule (2), pp.
55, 57-
53 Matz, p. 3 8 , fig. 2 5 ; K erén yi (2 ), p. XIX; (4 ), fig· 4 ; cfr · fig- 5 ; Branigan (1), p. 1 3 6 y fig. 29.
62 1. PREHISTORIA Y ÉPOCA MINOICO-MICÉNICA

G n o s o , p o s te r io r m e n te tr a n s fo r m a d o e n s a n tu a rio de D e m é t e r 54. S in e m b a rg o ,
« P e r s é fo n e » es sólo u n o de lo s p o sib les n o m b res de esta d iosa q u e surge de las p r o ­
fu n d id a d e s de la tie rra ,

3 .6 . Los D IO SES MIGÉNIGO S Y LA LIN E A L B

L o s in c e n d io s catastró ficos que d e stru y e ro n d efin itiva m e n te lo s p alacio s m in o ic o s y


m ic é n ic o s —G n o so h a cia 1 3 7 5 » T e b a s h a c ia M ic e n a s h a cia 1 2 3 0 y P ilo h a cia
I 2 0 0 1— ta m b ié n c o c ie r o n las ta b lilla s d e b a r r o de lo s a rc h iv o s, q u e, d esp u és de
h a b er sid o d esc ifra d a s2, n o s h a b la n co m o d o cu m en to s de esa ú ltim a fase. E n r e a li­
d ad se trata de sim p le s listas, q u e c o n t ie n e n e se n c ia lm e n te n o m b re s y c ifra s, p e r o
en tre lo s n o m b re s destacan u n a serie de n o m b re s de dioses, que será n c o m ú n m en te
u sa d o s m ás ta rd e e n G r e c ia . P o r ta n to , sí q u e se aseg u ra la ex iste n c ia de u n ric o y
d ife re n c ia d o sistem a de d ioses p o lite ísta al m en o s e n la re lig ió n m icén ica.

5 4 PM II I , p. 12 9 ; SM EA 15 (19 7 ^ ), lám . 5 » 8 ; «in tro d u cid o durante el siglo doce>>: D esborough (2),
p / 2 8 5 ; cfr. J . N . Coldstream , Knossos. The Sanduaiji o f Demeter, 1 9 7 3 ? G . Mavriyannaki, «M o d e llin i
fittili di costruzioni circolari della Creta M in o ic a » , SMEA 1 5 ( 1 9 7 2 ) , ρρ· 1 6 1- 17 O ; u n ejemplar de
C h ip re : B C H 9 4 ( l 9 7 °)» PP* 2 7 “ 33 ; el m odelo más veces rep ro d u cid o , el de A rja n es, es ya del
siglo IX : Kretika Chronika 4 ( l 9 5 °)> PP* 4 4 5 “4 4 8 y E A A Y ( 1 9 6 3 ) , pp. 48 s. ; M arinatos-H irm er, lám.
14 4 s .; Rutkowski (i), p. 1 9 8 , fig. 7 9 ; V erm e u le (2)» p p · 2 5 s·; interpretado com o gra n ero : R.
N ich ols, Auckland Classical Essays presented to E. M. Blaiklock, 1 9 7 0 , pp. 16 s. Las urnas en fo rm a de casa
europeas son más tardías: véase al respecto J . Bergm an n, «Ju ngbron zezeitlich er Totenkult und
die Entstehung der europäischen H au su rnensitte», Germania g l 0 9 7 3 )» PP· 5 4 - 7 2 ·
1 Véase I 3 .1 , nn. 1 7 - 1 8 .
2 M . Ventris y j . Chadwick, «Evidence fo r Greek Dialect in the Mycenaean A rch ives», JH S 73 ( l 9 5 3 )>
pp. 8 4 - 1 0 3 ; Documents in Mycenaean Greek, 195 ^. 2I 972 ; J . Chadwick, The Decipherment o f Linear B, 19 5 8 [trad,
esp. : El enigma micénico, " 1 9 7 3 ] · L o s textos: J . Chadwick y J . T . K ille n , The Knossos Tablets, 4I 9 7 r U· T .
K i l l e n y J .- P . O livier, The Knossos Tablets, 5I 9 8 9 ]; J . Chadwick, « T h e Thebes Tablets I » , Minos IO
(19 6 9 ), pp. I I 5 _ I 3 7 ; T h . G . Spyropoulos y J . Chadwick, The Tîiebes Tablets II, Suj>j)f. de Minos 4 0 9 7 5 ) ;
L . Godart y A . Sacconi, Les tablettes en Linéaire B de Thèbes, 19 5 8 [Nuevos hallazgos: V . L . Aravantinos, L .
G o d a r ty A . Sacconi, Thèbes. Fouillesdela Cadmée, I, Les tablettes en linéaire B de la odos Pelopidou, édition et com-
méntaire, 2 0 0 1 . Nueva edición de conjunto: V . L . Aravantinos, L . Godart y A . Sacconi, Thèbes. Fouilles
delà Cadmée, III, Corpus des documents d’archives en linéaire B de Thèbes ( l~ 4 3 3 )> 2 0 0 2 ] ; E . L . Bennett, « T h e
M ycenae Tablets I, Proceedings o f the American Philosophical Society 9 7 / 4 ( ϊ 9 5 3 )> PP· 4 2 2 - 4 7 0 ; TheMycenae
Tablets, II, 1 9 5 8 ; J . Chadwick, TheMycenae Tablets, III, i960·, J .- P . Olivier, The Mycenae Tablets, IV, 1969·, A .
Sacconi, Corpus delle iscrizioni in Lineare B di Micene, 1974 M elena y J . - P . O livier, TlTHEMY, 1 9 9 1
(tablillas de Tirinte, Tebas y Micenas)] ; E . L . Bennett y J .- P . Olivier, ThePylos Tablets Transcribed, I, 1973 ;
G . Gallavotti y A . Sacconi, Inscriptiones Pyliae, 1 9 6 1 ; tablilla de T irin te: Tyrins, V III, 1975 . ΡΡ· 3 7 ~ 5 3 ;
AÂ (19 7 9 ), p· 4 5 ° [Tablillas d ejan iá (Cidon ia): E . Hallager, M . Vlasakis y B. P. Hallager, « T h e first
Linear B tablet(s) fro m K h an ia» , Kadmos 29 ( ΐ 9 9 θ)> PP· 2 4 - 3 4 ? <<:New Linear B Tablets from K h a -
n ia » , Kadmos 3 1 (19 9 2 ), pp. S i —8 7 î L · Godart e Y . Tzedakis, « L e s nouveaux textes en linéaire B de
L a C a n é e » , RFIC II9 (I 9 9 1 )« PP- I 2 9 _ I 4 9 h Sobre la vastísima bibliografía específica cfr. E . G r u -
mach, Bibliogi’aphie der kretisch-mykenischen Epigraphik, 19 64» Suppl. I, 1 9 6 7 [L , Baum bach et al. , Studies in
Mycenaean Inscriptions and Dialects, 19 6 8 ; A . M o rp u rg o -Davies e Y , D uo ux (eds.), Linear B: a 19 8 4 Survey,
1 9 8 5 ; B . E d e r, Stoat, Herrschaft, Gesellschaft in frühgriechischer %ßit. Eine Bibliographie lC jj8 - 1 9 9 l/ $ 2 , 1 9 9 4 ;
B . Feuer, Mycenaean Civilization. A Research Guide, 19 9 6 ; P. Dardano, Decenio distudi micenei. Rassegna bibliograftca
( l9 9 ° ~ 1997)> 2 0 0 0 ] ; Heubeck, 19 6 6 ; C h . Sourvinou-Inw ood, Minos 1 3 (19 7 2 ), pp. 67 ~ 9 7 ; S. H iller
y O . Panagl, Die frühgriechischen Texte aus mykenischer/¿it, 19 7 6 ; J . T . H ooker, Linear B. An introduction, 198O ;
A . M orpurgo, Mycenaeae GraecitatisLexicon, 19 6 3* J · Chadwicky L . Baumbach, « T h e Mycenaean Greek
Vocabulary», Glotta 4 1 (19 6 3 ). ρρ· I 57 “ 27 I > 4 9 (I 9 7 1)» PP* [F. A u ra jo r ro , Diccionario Micénico,
I, 1985» H» 19 9 3 ] · Sobre la religión en textos en lineal B : L . A . Stella, « L a religione greca nei testi
3. 6. LOS DIOSES MICÉN1COS Y LA LINEAL B 63

U n a ta b lilla de G n o s o 3 c o n tie n e p o r e je m p lo u n a sim p le lista: Atanapotinija, E n u -


warijo, Pajawone, Poseda[one], to d os en dativo: « P a r a la se ñ o ra de A t(h )a n a , p ara E n ia -
lio , p a r a P a ia o n , p a ra P o s id ó n » . O t r a 4 s e ñ a la : « A m n is o : p a r a Ilitia (Ereutija) u n
á n fo ra de m ie l» . U n a te rc e ra 3 d eja c o n stan cia de entregas de aceite: « E n el m es de
D e u k io s , p a ra Z e u s ( ? ) D ic te o , p a ra el D e d a le io n , p a r a ... , p a r a to d o s lo s d io se s,
p ara ... ; A m n iso , p ara todos los dioses, p ara E rin is , p ara ..., p ara la Sacerdotisa de lo s
V i e n t o s » . E l d o c u m e n to m ás im p o rta n te , p r o c e d e n t e d el a rc h iv o d e l p a la c io d e
P ilo 6, es u n a larga lista que detalla el en vío (ijetoqe) de o fre n d a s, con cretam en te v a s i­
ja s d e o r o , y m u je re s u h o m b re s a to d a u n a se rie de sa n tu a rio s y de d io se s: p a ra la
« S e ñ o r a e n P a k ija n a » , p a ra Manasa, « T r i s h e r o s » 7, D opota ; « p a r a el sa n tu a rio de
P o s i d ó n » ; « p a r a e l s a n tu a rio de Ipem edeja^, « p a r a el s a n tu a rio de D íw ija», c o n
o fre n d a s p a ra Ipemedeja, Diwija y Emaa Areja — ¿ u n « H e r m a s A r e i a s » ? — y ad em ás,
« p a r a el san tu ario de Z e u s » , « p a r a Z eu s, H e ra , D rim io el h ijo de Z e u s » , para Z eu s
se envía u n h o m b re y p a ra H e ra u n a m u je r. S o b re u n a m esa, re c ie n te m en te e n c o n ­
trada, de J a n iá (C id o n ia ) se o rd e n a n o fre n d a s de m ie l « p a r a Z e u s » y « p a r a D i o ­
n iso , en el sa n tu a rio de Z e u s » 7“.
L o fa m ilia r y lo in c o m p re n sib le se en trem ezclan de u n a m a n e ra e x tra o rd in a ria .
A lg u n o s n o m b re s p a r e c e n c o in c id ir ex actam e n te c o n el p o s te r io r u so lin g ü ís tic o
g rie g o , co m o Z eu s y H e ra , P a ia o n y E n ia lio , P o sid ó n , in c lu y e n d o in c lu so el h ech o
de q ue su san tu ario se llam e Posidaion, escrito c o n i b re ve ; en o tro s casos, la re la c ió n
c o n la fo rm a p o s te r io r n o está d el to d o cla ra : ¿Ipemedeja c o rre sp o n d e a Iphimédeia ? 8
¿ H e rm e s, A r e s ? 9 O tro s resu ltan absolutam ente d esco n ocid o s, com o Manasa o « D r i ­
m io el h ijo de Z e u s » 10.

m icen ei», Numen 5 (19 5 8 ), pp. 18 5 7 ; W . K . C . Guthrie, « E a rly Greek Religion in the Light o f the
Decipherm ent o f Linear B » , BIGS 6 ( 19 0 9 ) > PP* 3 5 ~ 4*6 ; un resumen es ofrecido por Gérard -Rous
seau, 19 6 8 , cfr. Heubeck, Gnomon 42 (19 7 0 ), pp. 8 1 0 - 8 14 y Vermeule (2), pp. 59~73 0 · Chadwick,
e n A . M orpurgo Davies e Y . Duhoux (eds.), L inearB:Aigd4Sw ve)}, 19 8 5 - PP· 191- 2 0 3 ; F. R. Adrados,
en G . M addoli (ed.), La civïltà micenea. Guida storica e crittica, aI 9 9 2 , pp. 1 1 5 - 1 4 ° ; sobre la religión en los
nuevos textos de Tebas, cfr. V . Aravantinos, L . G o d arty A . Sacconi, 2 0 0 1 (supra), las reseñas de T h .
G . Palaima, Minos 3 5 - 3 6 ( 2 0 0 0 - 2 0 0 1 ) , pp. 4 7 5 - 4 8 6 , y C . J . Ruigh, Mn. 5 6 ( 2 0 0 3 ) , pp. 2 1 9 - 2 2 8 ] .
3 K N V 5 2 = Doc. n° 2 0 8 .
4 K N G g 7 0 5 = T)oc. n ° 2 0 6 ; Gérard-Rousseau, p. I O I . E l nom bre de la diosa se puede entender en
términos puramente griegos como la «q u e v ie n e » , Faure, pp. 8 7 s. ; A . Heubeck, Kadmos II ( 1 9 7 2 ) ,
PP· 8 7 - 9 5 . Véase I 3 . 3 , n. 13 .
5 K N F p I = Doc. n° 2 0 0 ; G érard-Rousseau discute la lectura Diwe.
6 P Y T n 3 1 6 = Doc. n° 1 7 2 ; Heubeck, pp. 1 0 0 - 1 0 3 ; Verm eule (2 ), pp- 6 3 s.
7 B. Hemberg, «Tripator und Trisheros», Eranos52 (l 954 )> PP· I72 I90; Gérard-Rousseau, pp. 222 - 2 2 4 -
7a Kadmos 3 1 ( l 9 9 2 ), pp. 7 5 “ 8 l; T . G . Palaima, en Die Geschichte der Hellenischen Sprache und Schrift, A lte n ­
berg, 19 9 6 , pp. 2 0 5 - 2 2 2 .
8 Se esperaría wipimedeja; G érard-R ou sseau, pp. I 1 6 - I 1 8 ; H . M ühlenstein, en Colloquium Mycenaeum:
actes du sixième colloque international, 1 9 7 9 , ΡΡ· 2 3 5 ~ 2 3 7 ·
9 e-m a-a^ = H erm es, sin duda para A . Heubeck, Gnomon 4 2 (19 7 0 )1 p- 8 12 ; contra Gérard-Rousseau,
p p .8 5 - 8 8 ; u n nuevo testimonio en Tebas, T H O f 3 I , 3 - Sobre « A r e s » (a-re K N F p I 4 + 2 7 +2 8 -
Doc. n ° 2 0 1 ; para el nom bre de persona A reim enes en Tebas véase Introdu cción 2 , n. l8 ), véase
G érard-Rousseau, p p . 3 8 s .; A . Heubeck, Athenaeum 4 7 (19 6 9 ), pp. I 4 4 s-> Die Sprache I j (l 9 7 r) ■ pp·
1 4 - 7 7 y Gnomon 4 2 ( 1 9 7 0 ) , p. 8 14 .
10 Se ha pensado en la tríada Z e u s-H e ra-D io n iso Kemélios en A lceo fr. 12 9 Voigt. G . Gallavotti, RFIC
3 4 ( 1 9 5 6 ) , p p . 2 2 3 - 2 3 6 ; L . A . Stella, PP I I ( 1 9 5 6 ) , pp. 3 2 1 - 3 3 4 ;K e ré n y i (3 ), p p . 2 3 s . H e ra
aparece en Tebas tam bién con el enigmático epíteto era heoteja T H O f 2 8 , 2 . Tam bién entre otros
nom bres seguros de dioses han desaparecido luego: pade, dopota, qerasija, cfr. n. 3 3 -
PREHISTORIA Y ÉPOCA MINOICO-MICÉNICA
64

P ero ta m b ié n existen d ife re n c ia s e n tre C n o so y P ilo : com u n es a am bos s o n sólo


los dioses Z eus, P o sid ó n y el epíteto g e n e ra l Pótnia, « S e ñ o r a » , u n títu lo c o m ú n p ara
diosas d iferen tes. E n C n o s o , Z eu s da n o m b re a u n m es; « Z e u s D ic t e o » n o es le g i­
b le c o n absoluta seg u rid a d p o rq u e la ta b lilla está dañ ada (v. n o ta 5 )· E n P ilo , H e ra
c o m p a rte sa n tu a rio c o n Z e u s, ya e v id e n te m e n te c o m o su m u je r, m ie n tra s q u e u n
m iste rio so D rim io aparece co m o h ijo su yo. A l sa n tu ario de Z eu s en P ilo p e rte n e c e
ta m b ié n u n diwieu fre c u e n te m e n te m e n c io n a d o , q ue p o d r ía e n te n d e r s e c o m o
« sa c e rd o te de Z e u s » 11.
E n P ilo , P o s id ó n tie n e a ú n m ayo r re le va n cia q ue Z e u s; re cu é rd ese el g ra n sa cri­
fic io a P o sid ó n de N é s to r e n P ilo , d escrito e n la Odisea1*. E s claro q ue P o sid ó n tien e
su s a n tu a rio , el Posidaion, e n la c iu d a d ; re c ib e trib u to s re g u la rm e n te , lo q ue h a lle ­
vad o a c o n je tu ra r q ue e n su sa n tu a rio se cu sto d iab a el teso ro d el E stad o . P a ra P o si­
d ó n se p re s c rib e ta m b ié n u n a c e r e m o n ia e sp e cia l, u n a « p r e p a r a c ió n d e l le c h o »
(reketoroterijo, ¡echestrotéríon)13, d u ra n te la q u e se em p lea aceite p ara lib a c io n e s. P o d ría
p e n sa rse e n u n a fie sta de « m a t r im o n io s a g r a d o » . U n g r a n n ú m e r o de Posidaiewes
están ap a re n tem e n te al servicio de P o sid ó n y ju n to s fo r m a n u n a a so c ia c ió n cu ltu al.
In te re sa n te y a n ó m a lo es el h ech o de q u e, adem ás de a Z eu s, se a d o re ta m b ié n a u n a
d io sa Diwija y, ad em ás de a P o sid ó n , ta m b ié n a u n a d io sa Posidaeja, cada u n a c o n u n
culto p r o p io y u n lu g a r sagrad o, Diwija e n u n sa n tu a rio especial y Posidaeja en Pakijane.
L a p re se n c ia d e to d a u n a s e rie de d io sas q u e lle v a n el títu lo Pótnia, « S e ñ o r a » ,
c o n firm a el p ap e l esp ecial asign ad o a las d ivin id a d e s fem en in a s, co m o ya se h a visto
e n la ic o n o g r a fía 14. Pótnia, s in n in g u n a o tra c a lific a c ió n , es el títu lo de la d io sa d el
san tuario p rin c ip a l en P ilo , Pakijane15, u n san tu ario que n o ha p o d id o ser id en tificad o
n i a rq u eo ló g ica n i geog ráficam en te. E n T eb as se h acen entregas « a la C asa de la Pót­
n ia » 16. P o r tanto, gen eralm en te las S eñ o ras se d istin gu en unas de otras p o r el añadido
de u n a d esign ació n in d ivid u a l. E n C n o so están m u y d ifu n d id o s los títulos « Pótnia de
A t(h )a n a » 17 y « Pótnia d el la b e r in t o » , p e ro n o está claro si hay algun a c o n e x ió n aqu í
c o n la ciu d a d de A te n a s o q ué sig n ific a el la b e rin to . U n a « S e ñ o r a de los c a b a llo s»
(potinija iqeja) es m e n c io n a d a en u n a tab lilla de P ilo 18, en co n tra d a e n el arsen al, en el
p atio in te rio r del p alacio ; ju n to a ella, se e n cu en tra el p eq u eñ o san tu ario e rig id o en
to rn o al altar d el p atio , evid en tem en te d ed icad o a esta d iosa. E n P ilo se testim o n ian
otras cin co « S e ñ o r a s » de n o m b re y fu n c ió n in c ie rto s y en M icenas hay adem ás u n a
« S e ñ o r a d e l G r a n o » (sitopotinija)13. E n C n o s o la m e n c ió n de Eleuthia en A m n is o (v.
no ta 4 ) establece u n vín cu lo c o n los h allazgos a rq u eo ló g ico s de la cueva co n las esta­
lagm itas e n fo rm a de íd o lo s; p o r tan to , a q u í tanto el culto com o el n o m b re p arecen

11 A . Heubeck, DieSprache 9 ( l 9 ^ 3 )> p. 1 9 8 ; S M E A ll ( 1 9 7 0 ) , p. 6 9 .


12 Od. 3 , 4 - 6 6 (véase III 2 . 3 , n . 3 ) ; G érard-R ou sseau, pp. 1 8 1 - 1 8 5 ; Verm eule (2 ), p. 6 2 .
13 P Y F r 3 4 3 ; G érard-Rousseau, pp. 2 0 1 - 2 0 3 .
14 Véase I 3 . 5 , n. 3 8 .
15 J . Chadwick, «P o tn ia » , Minos 5 ( l 957 )> PP· I I 7 - I 2 9 · Sobre Pakijane, L . Deroy, Revue internationale d’ono­
mastique ι6 (1964·)» ρρ· 8 9 - 1 0 3 .
16 Potinija wokode T H O f 3 6 .2 ; woikos, en contraposición a do « c a sa » , podría significar tam bién «área
residencial»: « u n a unidad in d u strial», según L . R . Palmer, Gnomon 4 8 (1976)» pp· 4 4 3 s.
17 N o « se ñ o ra A t e n a » , cfr. H eubeck, p. 9 9 * y G é rard -R o u sseau , p p . 4 4 - 4 7 * Sob re el laberinto,
véase I 3 . 2 , n. 2 4 ; I 3 · 3 > η · 4 ·
18 P Y A n Ι 2 δ ΐ, G érard-Rousseau, pp. I 1 8 - 1 2 0 . V éase I 3 *3 > η · 5 4 ; I 3 - 2 , n. 2 9 .
19 M Y O i 7 0 1 , 7 ° 4 ; G érard-Rousseau, pp. 2 0 6 s .
3. 6. LOS DIOSES MICÉNICOS Y LA LINEAL B 65

m a rc a r u n nuevo ru m b o en re la c ió n c o n el m u n d o m in o ic o . Paiáon in d ic a en tre los


g rie g o s u n a danza y u n canto c o n u n ritm o e sp e c ífic o , al q u e se a trib u y e n p o d e re s
p u rific a d o re s y curativos, así com o u n dios p resen te en este canto que sería id e n tifi­
cado c o n A p o lo 20; la e p ifa n ía d el d io s en la danza y el canto se adapta b ie n a lo q ue
p u ed e c o n jetu rarse a p a rtir de la ic o n o g ra fía m in o ica. E rin is , e n sin gu lar, recu erd a a
D e m é ter E rin is de A rc a d ia , la m adre d el caballo A r i ó n 21, m ás q u e al g ru p o de fu ria s
vengativas. A re s y E n ia lio , casi dobles en el m u n d o griego p o ste rio r com o dioses d e la
g u e rr a , a p a re c e n a m b os m e n c io n a d o s e n d o c u m e n to s de C n o s o , m ie n tra s q u e en
P ilo , se te s tim o n ia u n HermaasAreias y u n n o m b r e de p e r s o n a A r e io s , y e n T eb as se
d ocu m en ta Areimenes (v. n o ta 9).
E n P ilo se c o n o c e n ta m b ié n u n a « M a d r e D iv in a » ( matere teija, en d a tiv o )22, q ue
deb e e n te n d erse co m o « M a d r e de lo s D io s e s » , y A rte m is 23, p e r o en C id o n ia y P ilo ,
aparece D io n is o 24, lo que p ro d u jo u n a verd a d era so rp resa. D io n is o re c ib e o fren d as
de m ie l « e n el s a n tu a rio de Z e u s » e n C id o n ia ; lo s c o n te xto s e n P ilo so n m u c h o
m e n o s c la ro s 24a, ad em ás se añ a d e el h e c h o de q u e la fie sta m ás a n tig u a d el d io s ,
c o m ú n a lo s jo n io s y al A tic a , es p re c isa m e n te la fie sta d e l v in o , las A n te s te ria s .
T a m b ié n debe c o n sid erarse la c o n tin u id a d d el culto e n el tem p lo de C e o s, d o n d e ya
e n e l sig lo X V las m u je re s d an zan tes e sp e ra b a n la a p a r ic ió n d e l d io s y en é p o ca
a rc a ic a se h a c ía n o fre n d a s votivas a D io n is o ; d u ra n te las A n te s te ria s d a n z a n
b e b ie n d o v in o ante la m áscara del d io s 25.
E l p re d o m in io d el elem en to fe m e n in o e n la re lig ió n m in o ic a se c o n firm a p o r el
h ec h o de q u e en C n o s o , salvo u n a e x c e p c ió n , sólo se m e n c io n a n sa cerd o tisas, en
p a rtic u la r, la « S a c e rd o tis a de los V i e n t o s » 26; en P ilo aparece m u y fre cu e n te m e n te
ta m b ié n u n sa c e rd o te (ijereu)27. E l s u fijo e m p le a d o p a ra fo r m a r la p a la b ra in d ic a
ge n e ra lm e n te p ro fe sió n y o rig e n ; e n el culto m ic é n ic o , p o r tan to, ser sacerdote, hie-
reús, n o era u n a fu n c ió n te m p o ra l, sin o u n a tarea a tiem p o com p leto y de p o r vid a.
E x iste n san tu ario s b ie n o rgan izad os, d ed icad o s a dioses in d ivid u a les o a varios d io ­
ses; la « C a s a de la Pótnia » e n T ebas (v. n o ta 16 ) debe de ten er c o n u n alto grad o de
p ro b ab ilid ad el estatus de u n tem plo, lo que hace más p robable la in terp retación de u n
títu lo e n P ilo , karawiporo, c o m o klawiphóros, « c la v e r a (sa ce rd o tisa q u e tie n e la
lla v e ) » 28. L a in stitu c ió n de lo s « esclavo s d el d io s » resu lta bastante extrañ a desde el
p u n to de vista de las épocas p o ste rio re s, p e ro es sin d u d a co m p a rab le c o n p rácticas

20 Véase I 3 . 4 , nn. 4 - 5 ; I 3 . 5 , nn. 1 8 - 1 9 ; II 3 , n. 14 ; III 2 -5 , nn. 2 0 - 21 .


21 Paus. 8, 2 5 ; véase I 3 . 3 , n. 76 ; III 2 -3 , n. 3 5 .
22 P Y F 1-12 12 .
23 Escépticas Gérard-Rousseau, pp. 4 6 s.: Gh. Sourvinou-In w ood, Kadmos 9 (19 7 0 ), pp. 4 2 - 4 7 ; con~
tra A . Heubeck, Gnomon 4 2 ( 1 9 7 0 ) , pp. 8 11 s. ; T . Christidis, Kadmos I I ( 1 9 7 2 ) , pp· Ι 2 5 _Ι 2 δ.
24 P Y X a 1 0 2 = Doc. p. 1 2 7 ; X b I 4 ! 9 ; G érard -R o u sseau , pp. 7 4 “ 7 6 ; K e rén yi (4)1 pp· 7 ° " 7 2 ; ε^Γ·
supra, η . 7 · Véase III 2·ΙΟ, η . 7 ·
2 4 a [La u nión (raccord) de dos fragmentos (P Y Ea ΙΟ 2+ΙΟ 7) llevada a cabo p o r J . L . M elena ha aclarado
uno de los contextos de Pilo: ahora leemos Diwonusojo ekara, es decir «altar de cenizas de D io n iso » ;
J . L . Melena, Textos griegos micénicos comentados, 2 0 0 1 , pp. 3 ^ s .l
25 Véase I 3 . 3 , n. 7 2 ; V 2 . 4 .
26 Anemo ijereja K N Fp (i) I ; 1 3 ; R . H am pe, Kult der Winde in Athen und Kreta, SB Heidelberg, 19 6 7 , I ; véase
III 3 . 3 , n n . I I - 1 3 .
27 G érard-Rousseau, pp. 1 0 9 - I I I ; M . Lejeune, Mémoires de philologie mycénienne, II, I 9 7 1 ’ ΡΡ· ^ 5 ~ 9 3 ; F.
R . Ad rados, « L e s institutions religieuses m ycénienn es», ActaÁ4ycenaea, 1 9 7 2 , f pp. 1 7 0 - 2 0 2 -
28 G érard-Rousseau, pp. 123 - 12 5 ; Verm eule (2 ), pp. 7 1 s·
66 1. PREHISTORIA Y ÉPOCA MINOICO-MICÉNICA

d e l P ró x im o O r ie n t e 29. M ie n tra s q u e e n G n o so sólo se te stim o n ia u n « e sc la v o de


lo s d io se s » (feo doero), e n P ilo se c o n o c e n m ás de cie n « e sc la v o s» y «esclavas de los
d io se s » (teojo doero/doera); cu aren ta y cin co p e rte n e c e n al re cin to sagrado de Pakijane;
ta m b ié n hay u n «esclavo de Diwija » , u n a « esclava de D/ajy'a» y u n « esclavo de A r t e -
m i s » ( ? ) . E sto s esclavos d e lo s d io ses, co m o lo s «esclavo s d e la s a c e rd o tis a » , n o so n
siervo s c o m u n e s. S ie m p re se les lla m a p o r e l n o m b re , p o se e n sus p ro p ia s tie rra s y,
p o r tan to, so n tratad os le ga lm e n te m ás b ie n com o h o m b re s lib res. L o s te stim o n io s
de lo s q ue d isp o n e m o s n o a p o rta n n in g u n a in fo r m a c ió n acerca de q ué s ig n ifica b a
p ara ellos el v ín c u lo c o n la d ivin id a d y có m o se creaba, si m ed ian te u n acto de a u to -
d e d ica c ió n o m ed ia n te m a n u m isió n sagrada.
L a im p o rta n c ia e c o n ó m ic a de u n sa n tu a rio co m o e l d e Pakijane , c o n su a c u m u ­
la c ió n de riq u e z a y sus sacerd o tes y esclavos d e l d io s, d eb e de h a b er sid o c o n s id e ra ­
b le . L a s ta b lilla s re v e la n p o c a in f o r m a c ió n m ás a llá de lo s asp ecto s c o n ta b le s. Se
h a ce n o fre n d a s de aceite y m ie l, quizás se u n g e n lo s vestid o s y se u sa n p e r fu m e s 30.
Se c ele b ran fiestas cuya d e n o m in a c ió n c o rre sp o n d e exactam ente al tip o g rie g o p o s ­
t e r io r d e n o m b r e s de fie sta s: e n P ilo , a d em á s de la « p r e p a r a c ió n d e l le c h o » (v.
n o ta 1 3 ) existía ta m b ié n u n a fiesta d e « lle v a r el tr o n o en p r o c e s ió n » 31 y e n G n o so
u n a fie sta e n la q u e se « lle v a al d io s » , Theophoria3 i . E n u n a o c a s ió n se e s p e c ific a n
c o m o d estin a d o s a P o sid ó n , o m ás b ie n , a u n a d iv in id a d d e sc o n o c id a P e r e -8 2 33 —el
e sc rib a h iz o u n a c o r r e c c ió n — u n a vaca, u n a o v eja y u n c e r d o 34: a q u í se p re s c rib e
u n a suovetaurilia, u n tip o d e s a c r ific io m u y d ifu n d id o e n tre g rie g o s y ro m a n o s . U n
in v e n ta rio de P ilo 35 d e tá lla la s sigu ien tes o fre n d a s « p a r a Poseidaon» : trig o , v in o , u n
t o r o , d iez q u e so s, u n a zalea de c a r n e r o ; y d e n u e v o : d os c a r n e r o s , g r a n o , v in o ,
cin co q uesos y m ie l. N o só lo la c o m b in a c ió n d e elem en to s sin o ta m b ié n el p r o p io
o r d e n e n q ue a p a re c e n e n la lista c o in c id e c o n las p re sc rip c io n e s cu ltu ales g riegas:
p r im e r o u n sa c rific io p r e lim in a r de vegetales —cereales o to rtas— desp ués u n a lib a ­
c ió n , lu e g o el sa c rific io de a n im a le s, d esp u és o fre n d a s in c ru e n ta s y el v e lló n p r o ­
b a b le m e n te p ara la p u r ific a c ió n . E n P ilo se p ra ctic a b a p o r tanto u n rito de s a c r ifi­
cio , q ue e n a lgu n o s aspectos esen ciales se c o rre sp o n d ía c o n el p o s te rio r rito g rie g o
y, ad em ás, se m an tu vo el n o m b r e d e l d io s P o s id ó n . In c lu s o p a re c e q u e se d o c u ­

29 Gérard-R ousseau, pp. 7 6 - 7 8 ; K . W undsam , Die politische und soziale Struktur in den mykenischen Residenzen
nach den Linear-B-Texten, tesis doctoral, V iena, 1 9 6 8 , pp. 1 6 9 - 1 7 9 .
30 Tuweta, thyéstes. P Y U n 2 6 7 ; quizá en u n contexto profan o, cfr. sobre «ungüentos, perfum es, con­
d im en to s», M . Lejeune, R E G jZ ( l 9 5 9 )> PP* I 3 9 - I 4,5 * Ü· E rard -C erceau , «Végétaux, parfum s et
parfum eurs à l ’époque m ycén ien n e», SMEA 23 ( 1 9 9 0 ) , pp. 2 5 1 - 2 8 5 . ]
31 Tonoeketerijo P Y F r 1 2 2 2 ; Heubeck, p. 1 0 5 , I. K . Probonas, The Athenian Festival Thronoelkteria (to-no-e-
ke-te-ri-jo) and its Survival into Historical Times, 1974 ·· C fr . los pequeños m odelos de barro de u n trono
con una diosa: G . Buchholz, fytrHerkunft der kretischen Doppelaxt, 1 9 5 9 » Ρ· I 7 7 41·
32 K N Ga 1 0 5 8 · O tros probables nom bres de fiesta: porenozoterija, sapakaterija (sphaktéria). porenotute [rija],
turupterija, keseniwija (=xénia)·, sobre el « c a le n d a rio » : K N V 2 8 0 = Doc. n ° 2 0 7 , L . R. Palm er, Gno­
mon 4 8 (1 9 7 6 ), p. 4-4?2 .
33 Leído Peresa o Pereswa, en general entendido com o péleia « p a lo m a » o bien como una form a p rim i­
tiva de Perséfone, G . Pu gliese-C arratelli, Studi classici e orientali 7 ( 1 9 5 8 ) , pp. 2 0 - 2 6 ; M . S. R u ip é-
rez, Minoica, FestschriftJ. Sundwall, 1 9 5 8 . ρ ρ· 3 5 9 - 3 6 4 ·
34 P Y U n 6 + 1 1 8 9 + 1 2 5 ° . M . G érard-R ou sseau, SMEA 1 3 (I 9 7 1 )» PP· I 3 9 _l 4 2 ; V erm eule (2 ), p. 6 8 ;
véase v 3 . 2 , n. 3 8 .
35 P Y U n 7 1 8 = Doc. n ° 17 I ; Verm eule (2 ), p. 6 8 . G fr. II 1. Sobre el queso véase III 2 -6 , η . 3 2 ; sobre
la zalea véase II I, η. 9 6 ; II 4 > η η · 3 7 “ 3 9 ·
3. 6. LOS DIOSES MICÉNICOS Y LA LINEAL B 67

m en ta la ca ra cte rística e x p re sió n g rie g a p a ra in d ic a r u n a p r o h ib ic ió n re lig io s a : ou


thémis36.
L a o r g a n iz a c ió n re lig io s a p a re c e e stre c h a m e n te v in c u la d a a la a d m in is tr a c ió n
d el p ala c io . L as tablillas n o a p o rtan testim o n io s segu ros de u n a especial re la c ió n d el
re y —su títu lo es wanax— c o n lo s d io se s, esto es, de u n a e v e n tu a l re a le z a d iv in a 37.
T o d o a p u n ta a u n a re la c ió n re c íp ro c a d e d a r y to m a r. Se h a o b servad o que la g ra n
ta b lilla q ue c o n tie n e el en vío de vasijas de o r o y de h o m b re s y m u je re s, adem ás de
la e n u m e r a c ió n d e d iv e rso s s a n tu a rio s (v. n o ta 6) p a r e c e h a b e r sid o e sc rita c o n
m u c h a p ris a : es te n ta d o r im a g in a r q u e e n lo s ú ltim o s días d e l p a la c io de P ilo , el
s o b e ra n o , q u izá ya c o n u n a fu e rz a e n e m ig a s u p e r io r a la vista , re a liz ó u n ú ltim o
in t e n t o d e g a n a rs e e l fa v o r d e lo s d io se s c o n las o fr e n d a s m á s ric a s . N o se d eb e
e x c lu ir ta m p o co q u e este en vío de h o m b re s y m u je re s al sa n tu a rio im p lic a ra s a c r i­
fic io s h u m a n o s 38.
E l m u n d o de lo s dioses de P ilo p arece estar estru ctu rad o seg ú n diversas re la c io ­
nes q ue se solap an . H ay p o r lo m en o s in d icio s de u n a fa m ilia m ítica de dioses: Z e u s,
H e ra y Drimios, el h ijo de Zeu s y u n a M ad re de lo s D io ses. H ay tam b ién p ares de d iv i­
n id a d es u n id a s p o r el n o m b re p e r o , co m o h em o s visto , ve n e ra d as sep a ra d am e n te :
Z eu s —Diwija, P o sid ó n —Posidaeja. L as diosas q u e c o m p a rte n el títu lo c o m ú n Pótnia n o
se d ife r e n c ia n p o r el n o m b r e sin o p o r su e sfe ra de a c tiv id a d . E n C n o s o so n m u y
frecu en tes las o fren d as p ara « to d o s los d io se s » ; éstas n o se d ife re n c ia n de las o f r e n ­
das p a ra d ioses in d ivid u a les n i p o r su p o s ic ió n n i p o r su can tid ad ; ante la m u ltip li­
c id a d de d io se s, estas o fre n d a s s in d u d a p r e te n d ía n g a ra n tiz a r el p le n o c u m p li­
m ie n to de la o b lig a c ió n re ligio sa.
N o es p o s ib le a ú n estab lecer u n a re la c ió n d ire c ta e n tre el sistem a de los d io se s
cuyos n o m b r e s c o n o c e m o s y las re p re s e n ta c io n e s ic o n o g r á fic a s y lo s íd o lo s 39. E l
m u n d o de los dioses es m ás ric o y d ife re n c ia d o de lo q u e p o d em o s su p o n e r a p a r tir
de la ic o n o g r a fía . E sto a p o rta u n su sten to d ecisivo a la h ip ó te sis de q u e la re lig ió n
m in o ic a p ro fe sa b a u n p o liteísm o y n o u n c a si-m o n o te ísm o de la « G r a n D io s a » 40.
E n cam b io , nad a se dice en n u estro s textos acerca de p articu larid ad es ta n sig n ific a ti­
vas co m o la « D io s a de las se rp ie n te s» o los árb o les sagrados. L o s « g e n io s » m ic é n i­
cos p o r el m o m en to sigu en sien d o tan a n ó n im o s com o las a te rrad o ra s estatuillas de
M ice n a s. Las so rp re n d e n te s c o in cid en cias c o n lo s h allazgos griego s p o ste rio re s c o n ­
viven co n elem en to s to talm en te in c o m p re n sib le s. L a re lig ió n griega h u n d e sus r a í­
ces e n la épo ca m in o ic a -m ic é n ic a , p e ro n o es e q u ip a ra b le c o n ella.

36 G érard -R o u sse a u , pp. 1 5 8 s. E l sacerdote del sacrificio era llam ado hieroworgos, ijerowoko P Y E p
6 1 3 .7 . A lib a cio n e s se refieren los términos keupoda, ¿cheuspondas?, Gérard-Rousseau, pp. 13 1 s. ; una
conexión sagrada no es segura, como tampoco lo es en el caso de prochoay epichoa (porokowa, epikowa),
G érard-Rousseau, p. 9 1.
37 Se discute el significado de manasoi, wanasemijo, que se asocian, bien a « r e in a » (manassa), bien a las
« D o s S eñ o ras», G érard-Rousseau, pp. 2 3 8 - 2 4 2 : A . Heubeck, Gnomon 4 2 (19 7 0 ), pp. 8 l2 s .
38 Véase I 3.4., nn. 3 1 - 3 2 .
39 E . Sim on, S E Suppl. 15 (19 7 8 ), col. 14 19 sugiere, identificando como Zeus al ídolo más grande de
Micenas (véase I 3 . 3 , n. 7 6 ), que tiene u n martillo.
40 Véase I 3 · 5 > n * 3 8 .
68 1. PREHISTORIA Y ÉPOCA MINOICO-MICÉNICA

4- LOS «SIGLOS OSCUROS» Y EL PROBLEMA DE LA CONTINUIDAD

L a d ecad en cia p ro v o ca d a p o r las in vasio n es de los « p u e b lo s d el m a r » a lre d e d o r de


1 2 0 0 tuvo co m o co n se cu en cia q ue G re c ia y G re ta v o lv ie ra n p o r m ás de 4 0 0 añ os a
u n a é p o ca s in e sc r itu r a y p o r ta n to , a u n n iv e l p r e h is t ó r ic o . L a escasez de re sto s
m a te ria le s vu elve « o s c u r o s » estos sig lo s e n u n s e n tid o m ás a m p lio . C e sa to d a la
c o n s t r u c c ió n e n p ie d r a a g r a n escala, al ig u a l q u e las artes fig u ra tiv a s y p lá stic a s;
in c lu so las sim ples fig u rilla s de b a rro d esap arecen p o r u n tiem p o . S in d u d a se p r o ­
d u jo u n fu e rte descenso de la p o b la c ió n 1.
E n el d etalle, p o r su p u esto , so n n e cesa ria s algunas p re c isio n e s. L a d ecad en cia a
p rin c ip io s d el siglo XII afecta al P e lo p o n e so y a G re c ia cen tral, m ien tras que el A tica
o r ie n ta l y las islas so n e n u n p r in c ip io in m u n e s a ella; u n re fu g io te m p o ra l p a ra la
cu ltu ra m icén ica se e n cu en tra al N o rte d el P e lo p o n e so , en A caya, d o n d e claram en te
sobrevive el n o m b re de los m icén ico s, q u e se llam ab an a sí m ism os « a q u e o s » . S egú n
el te s tim o n io de la g e o g ra fía d ia le c ta l, a lg u n o s sectores de la p o b la c ió n a n tig u a se
re fu g ia ro n e n A rc a d ia , otro s e m ig ra ro n a C h ip re . L a e m ig ra c ió n aqu ea a C h ip re en
1 ^ 0 0 ah o ra p u ed e d isp o n e r tam b ién d e testim o n io s a rq u e o ló g ic o s8. A q u í com ien za
u n verd ad ero p e río d o de re n a c im ie n to , que se extiende in clu so m ás allá del siglo XII.
E l aspecto m ás so rp re n d e n te de esta épo ca es la co n stru c c ió n de gran des tem plo s, d el
tip o de los d el P ró x im o O rie n te , que n u n c a h a b ía n existid o antes e n tierra s griegas,
co n gran d es e im p o n e n te s estatuas de b ro n c e ; n o fu e casual que C h ip re d ie ra n o m ­
b re al co b re. E n E n k o m i se e n cu en tra el san tu ario cen tral d el « D io s c o n c u e r n o s » 3
y el s a n tu a rio d e l « D io s so b re el lin g o te d e c o b r e » 4 y e n C itio , el s a n tu a rio d el
« D io s H e r r e r o » 5; p o r o tra p arte, los escasos p e ro claros restos de Pafos te stim o n ia n
la co n stru c c ió n d el san tu ario que p o ste rio rm e n te p ersistió hasta la an tigü ed ad tardía
com o la p re e m in e n te sede de A fr o d it a 6. L a h eren c ia m icén ica es evidente sobre todo
en el uso de gran des cu ern o s cultuales7 p ara d ec o ra r los altares en C itio , en Pafos y de
fo rm a m ás m o n u m e n ta l en el lu g a r de sa crific io en M irtu -P ig a d e s.
E l a c o n te c im ie n to m ás im p o rta n te al p r in c ip io de lo s « s ig lo s o s c u r o s » p u e d e
d isc ern irse a través de los re c u e rd o s sem im ític o s de lo s griego s y a través de lo s e fe c ­
tos de la d is tr ib u c ió n d ia lecta l, in c lu so a u n q u e n o p u e d a n seg u irse cla ra m e n te sus
h u ellas a rq u e o ló g ic a s8; la m ig ra c ió n d o ria , el avance de algu n o s g ru p o s de trib u s de

1 Véase I 3 -1 , n. 18 ; P. A lin , Das Ende der mykenischen Fundstätten, 1 9 6 2 ; Desborougli (i) y ('2) ; Snodgrass.
2 D esb o ro ug h (i), pp . 1 9 6 - 2 0 5 ; P. D ikaios, Enkomi, II, 19 7 1, p p . 5 I 9 _ 5 2 I; F- G . M aier, Acts o f the
International Archaeological Symposium «The Aiycenaeans in the Eastern Mediterranean», 19 73 , PP· 6 8 - 7 9 -
3 AA (19 6 2 ), pp. 1- 3 9 ; B C H 8 6 (19 6 2 ), pp. 3 9 5 ®·; 8 7 ( 19 6 3 ), p. 3 7 1 ; Enkomi, I, 19 6 9 , p. 2 9 5 ; Enkomi,
II, 19 7 1 . pp- 5 2 7 - 5 3 0 ; Verm eule (2 ), pp. 1 5 9 s.; B uchholz-K arageorghis, n ° 174 ° -
4 B C H 8 8 (1 9 6 4 ) , pp. 3 5 3 - 3 5 6 , lám. 16 ; Alasia I, 19 7 1 , pp. 1 5 1 - 3 6 2 ; C Í A /( 1 9 7 3 ) , pp. 2 2 3 - 2 4 6 ; AA
( 1 9 7 4 ) , p. 3 7 ° ; B uchholz-K arageorghis, n ° 1 7 4 1 ·
5 B C H 9 7 (19 7 3 ), pp. 6 4 8 - 6 5 3 ; 9 8 (19 7 4 ), pp· 8 6 5 - 8 7 0 ; V . Karageorghis, CZM/(19 7 3 ), pp. 5 2 0 - 5 3 0 ;
« K itio n , Mycenaean and Ph o en ician », Proceedings o f the British Academy 59 (19 73 ) > pp. 2 5 9 - 2 8 2 ; CRAI
(1976), pp. 2 2 9 - 2 4 5 · La definición «santuario del dios con cuernos» o del «dios herrero» sirve sólo
para una distinción práctica; queda por descubrir qué dios o dioses fueron venerados en realidad.
6 F. G . M aier, AA ( 1 9 7 5 ), pp. 4 3 6 - 4 4 6 ; (1 9 7 7 ) , pp. 2 7 5 - 2 8 5 ; (1 9 7 8 ). PP- 3 0 9 - 3 1 6 .
7 B C H 97 (J 9 7 3 ) > P* ^ 5 3 ; sobre M irtu-Pigades, B C H 9 4 ( l 9 7 ° ) * P- 2 9 9 ; J · du Plat Taylor, Myrtou-
Pigadhes. A Late Bronze Age Sanctuary in Cyprus, 1957 5 M · Loulloupis, «M ycenaean 'H o rn s o f C o n secra­
tion in C y p ru s» , en Acts o f the Intern. Archaeol. Symp. (supra, n. 2 ), pp. 2 2 5 - 244 ··
8 N . G . L. H am m ond, CAH, II, 2 , pp. 6 7 8 - 7 1 2 . Desborough (2 ), pp. 1 0 7 - I I I se inclina a considerar
« d o r io » el estado submicénico: contra Snodgrass, pp. I17 , 3IIs. γ passim. J . Chadwick, Anz d. Akad. der
ύ. LOS «SIGLOS OSCUROS» Y EL PROBLEMA DE LA CONTINUIDAD 69

G re c ia ñ o r occid en tal h acia G re c ia cen tral y el P e lo p o n e so , d o n d e se e rig ie ro n co m o


s o b e ra n o s de la p o b la c ió n a u tó c to n a ; só lo el A tic a se su stra jo a este p ro c e s o . T ra s
esta in v a sió n , g ru p o s de « jo n io s » p re d o rio s e m ig ra ro n p o r las islas a las costas de
A s ia M e n o r 9, p o ste rio rm e n te e n c o m p e te n c ia c o n o tro s g ru p o s: e to lio s al N o r te y
d o r io s al S u r . L a c o m p le jid a d h is tó ric a de estos m o v im ie n to s, e n lo s q u e q u iz á se
p ro d u c iría n m ín im as alianzas cam biantes de u n o s con otros y de u n o s con tra otros, no
p u ed e exp licarse d etallad am en te n i c o n ayuda d el m ito n i c o n la de la a rq u eo lo g ía .
G ru p o s d o rio s e sc in d id o s lle g a ro n m ás allá de C h ip re , a P a n filia , ya e n época m uy
te m p ran a, m ie n tra s que en A m id a s cerca de E sp arta, u n re in o n o d o rio , casi m ic é ­
n ic o p ervivió d u ra n te g e n e ra c io n e s10. D esp u és de estas co n vu lsio n es, m arcadas p o r
la p o b re z a y la v io le n c ia , se p ro d u c e u n p e r ío d o de calm a; el nu evo com ien zo d e la
c u ltu r a v e rd a d e ra m e n te g rie g a se o r ig in a c o n el « E s t ilo P r o t o g e o m é t r ic o » , en
to rn o a 1 0 5 0 , en A ten as, la ciu d ad q u e h a b ía resistid o las agitacion es externas.
L a c o n tin u id a d de la p o b la c ió n e n el ám b ito g rie g o , a p esa r de to d o s los v io le n ­
tos c a m b io s, q u e d a a seg u ra d a p o r la le n g u a . M u c h o s to p ó n im o s h a n m a n te n id o
ta m b ié n su id e n tid a d : n o m b res co m o G n o so , A m n is o , Festo, P ilo , C o rin to y T ebas
a p a re c e n ya en lo s textos e n lin e a l B . A d e c ir verd ad , el n o m b re P ilo design a a h o ra
u n asen tam ien to so b re u n m o n te, a u n o s diez k iló m e tro s al su r del p alacio de N é s ­
to r , y lu g a re s c o m o G la q u e d a n to ta lm e n te d e sh a b ita d o s. E n lo q u e re sp e c ta a la
religió n , los nom bres de los dioses son la p ru eb a más clara de la con tin u id ad no sólo de
vagos re cu erd o s sin o de u n culto todavía vivo. E s ob vio, p o r supuesto, q ue sólo cerca
de la m itad de los dioses m icén icos sobreviven, la otra m itad fu e r o n olvid ados11. Q u e
las fiesta s de lo s d io se s y ju n t o c o n ellas lo s e le m e n to s b á sic o s d el c a le n d a rio se
re m o n ta n al p e r ío d o a n te r io r al a se n ta m ie n to e n A s ia M e n o r se m a n ifie sta e n la
co in c id en c ia e n lo s n o m b res de m eses aten ien ses y jo n io s , y ta m b ié n en varios n o m ­
b res de m eses e o lio s y d o r io s 18. A lg u n o s u te n silio s cu ltuales típ ico s de época m ic é ­
n ic a sig u e n a ú n e n u so , c o m o lo s tu b o s c o n fo r m a d e s e r p ie n te —q u e a h o ra sin
e m b a rg o se e m p le a n e n el cu lto a lo s m u e r to s — o lo s kérnoi I3. P e ro , so b re to d o , la
ic o n o g ra fía m icén ica co n tin ú a en las artes plásticas, q ue rea p a re ce n e n el siglo VIII:
las p iezas m ás an tigu as m u estra n a d io ses c o n las m an o s levantad as e n gesto e p ifá -
n ic o , in clu so se ha e n co n trad o en A ten as u n a « D io s a de las S e rp ie n te s » en esa a c ti­
t u d 14. O b v ia m e n te se c o n s e rv a r o n a lg u n o s íd o lo s m ic é n ic o s d u ra n te to d os estos
siglo s, y n o m e ra m e n te co m o p o se sio n e s u o b je to s o rn a m e n ta le s, s in o d e n tro del
ám b ito de u n culto sen cillo , que n o d ejó tras de sí n in g u n a h u ella a rq u eo ló g ica.

Wíss. Wien 1 1 2 ( 1 9 7 6 ) , pp. 1 8 3 - 2 0 4 , PP 3 1 ( 1 9 7 6 ) , PP· I 0 3 ~ I I 7 niega que hubiera habido una


m igración doria; contra E . Risch, Kleine Schriften, 19 8 1, pp. 2 7 9 - 2 8 ΐ·
9 M . Sakellariou, La migrationgi'ecque en Ionie, 1958-
10 F. K iechle, Lakonien und Sparta, I 9 ^ 3 > PP· 3 9 “ 5 4 ·
11 Véase 1 3 . 6 .
12 Véase V 2 . 1 ; V 2 -4 , η · 2 .
13 Véase I 3 . 4 , η. 2 3 ·
14 Verm eule (2 ), lám. IO b. J . N . Coldstream, Deities in Aegean Art before and after the Dark Age, 1977 · Estatui­
lla de Zeus de O lim pia: E . Kunze, Antike und Abenland 2 (19 4 6 ), PP· 9 8 - 1 0 1 ; Achter Bericht über die Ausgra­
bungen in Olympia, 19 6 7 , pp. 213 - 215 ; H errm ann (2), p. 7 3 ; pueden remontarse incluso al siglo X (C .
R oley). ídolos de diosas en Greta: D ietrich, pp. 2 1 8 s .; R. A . Higgins, Geek Terracottas, 19 ^ 7 - Ρ· ■

fig. 10 ; también Schefold, láms. 12 - 13 · C fr. V . - H . H errm ann, A M 77 ( 19 6 2 ), pp. 2 6 - 3 4 , sobre un


ídolo m icénico de O lim pia; véase I 3 . 3 , n. 59 (tubos en form a de serpiente); 1 1, n . 35 (kérnoi).
7o 1. PREHISTORIA Y ÉPOCA MINOICO-MICÉNICA

E s sob re to d o e n G reta y en C h ip re d o n d e lo v iejo y lo n uevo se e n c u e n tra n u n o


al lad o d el o tro e in d u d a b le m e n te ta m b ié n e n contacto en tre sí. L a ciu d ad de G a rfi,
situ ad a so b re u n a m o n ta ñ a , c o n su s a n tu a rio y sus g ran d e s estatuillas de d io sas, se
c o n s id e ra u n a c iu d a d de re fu g ia d o s m in o ic o s 1®. L a s c iu d a d e s de lo s d o r io s se v a n
exp a n d ie n d o . U n o de los tem plos excavados m ás an tiguos, el de D re ro s '6, está d ire c ­
tam en te re la c io n a d o c o n lo s san tu ario s d o m éstico s m in o ic o s p o r su m o b ilia rio : u n
b a n co al fin a l de la estancia sobre el que se colo cab an íd o lo s y recip ien tes. E n el c e n ­
tro , sin em b a rg o , se e n c u e n tra el h o g a r, el fu e g o p ara sa c rific io s y b a n q u etes, algo
que n o te n ía lu g a r en el sa n tu a rio m in o ic o ; el te m p lo , adem ás, está co n sagrad o a la
tría d a A p o lo - L e t o - A r t e m is , q u e seg u ra m e n te n o existía to d avía cu an d o Paiawon era
v e n e ra d o e n G n o so . L as estatuas d e lo s d io se s, hechas e n b ro n c e b a tid o , so n quizá
o b ra de artesan os em igrad o s de O rie n te .
Las cuevas sagradas sigu en sie n d o visitad as; e n A m n is o se d em u estra la existencia
de u n a d io sa q ue es v e n e ra d a c o n el m ism o n o m b r e , E le u t h ia - I lit ia 17. T a m b ié n la
cueva d el Id a h a b ía serv id o , de u n a fo r m a m o d esta, c o m o cueva de cu lto e n ép o ca
m in o ic a . A h o r a , sin e m b a rg o , tie n e n lu g a r e n e lla g ra n d e s fiestas s a c r ific ia le s de
carácter in ic iá tic o , e x tra o rd in a ria m e n te d o cu m en tad as en el siglo VIII p o r lo s escu ­
dos de b ro n c e o rie n ta liz a n tes; éstos te stim o n ia n el g ru p o de lo s G u retes, el m ito de
la in fa n c ia de Z e u s 18. E llo p e rte n e c e s in e m b a rg o a la ciu d a d d o ria de A so s y n o es
p o sib le u n a tra n sp o sició n tel quel a la E d a d d e l B ro n c e . S erá m ás fác il e n c o n tra r c o n ­
tin u id a d en los p eq u eñ o s san tu ario s q u e p u d ie r o n p ro lo n g a r su m od esta existen cia
s in g ra n d e s c a m b io s; la su p e rv iv e n c ia d e l te m p lo de C e o s 19 p u e d e v e rse ta m b ié n
desde esta p ersp ectiva . E n G reta, a d e c ir v e rd a d , el sa n tu a rio de S im e V ia n n u , a is­
la d o e n las m o n ta ñ a s ju n t o a u n a fu e n te , fu e visitad o sin s o lu c ió n de c o n tin u id a d
desde la ép o ca m e d io -m in o ic a hasta la h e le n ístic a ; las o fre n d a s votivas te stim o n ia n
u n culto variab le p e r o p e rsiste n te 19“. E n C h ip re hay d estru ccio n es p rovocad as p o r la
g u e rra a co m ie n z o s d el siglo XII. E n to rn o a 1 0 5 0 , E n k o m i es d estru id a y a b a n d o ­
n ad a y en su lu g a r aparece ah o ra la p o lis co m p letam en te griega de S a la m in a 80. C itio
se co n vierte e n u n a ciud ad fe n ic ia h acia el 8 0 0 . O tro s san tu arios d el siglo XII sigu en
ex istie n d o , esp ecialm en te el de A fr o d it a en P a fo s; aq u í sobrevive in c lu so u n a e sc ri­

15 Véase I 3 . 5 , n . 3 3 .
16 S. M arinatos, Praktika ( 1 9 3 5 ) , pp. 2 0 3 - 2 1 2 ; BC H 6 0 ( 1 9 3 6 ) , p p . 2 1 4 - 2 5 6 ; AA ( 1 9 3 6 ) , p p . 2 1 5 -
2 2 2 ; MMR, p p . 4 5 5 s·. RE Su p p i. V I I ( 1 9 4 0 ) , cois. 1 3 2 - 1 3 8 ; las estatuas en lám ina de b ron ce
batido: J . Boardm an, 19 6 1. p· 137 y en Dádalische Kunst auf Kreta im J. Jh. v. Chr. Katalog einer Ausstellung im
Museum fü r Kunst und Gewerbe Hamburg, 1 97 ° » P · S im o n , p . 1 2 5 · E n el santuario de K ato Sim e
(véase n. I j ) el banco cultual permanece hasta la época tardohelenística, Ergon ( 1 9 7 3 ) . p· H 9 ·
17 Véase I 3 - 3 * n. 1 3 . Sobre la continuidad en la gruta de Psijro (véase I 3 . 3 , n. 8) tam bién D esb o -
rough (2 ), p. 2 8 4 ; Snodgrass, p. 2 7 5 · Parece haber continuidad de culto también en el santuario
de Veljanos en A yia Triada, ASAtene 1 9 - 2 1 ( l 9 4 I - I 9 4 3 )> PP· 5 2 -6 9 (ruptura entre el período geo­
m étrico y el helenístico) y en el santuario de H erm es y A fro d ita en K ato Sim e, Praktika ( 1 9 7 2 ) , pp.
193 -2 0 3 ; Ergon (1973). ρρ· ι ι 8 - ΐ 2 3 ; BC H 99 (1975). pp. 6 8 5 -68 9 .
18 V é a s e I 3 - 3 > η · l 7 > ΠΙ 2 .1 , η · l 6 ; V I I .2 , η η . 2 2 - 2 5 : E . K unze, Kretische Bronzereliefs, Ι 9 3 1 » C o o k I,
lám . 3 5 ; F. C anciani, Bronzi orientali e orientalizzanti a Creta nelVviIIe VIIsecolo a. C., 1 9 7 0 ; Boardm an, 1 9 7 0
(supra n. 16 ), pp. 7 9 - 8 4 ; Snodgrass, p. 3 4 1 ·
19 Véase I 3 . 3 , n . 7 2 : no puede excluirse del todo una ruptura en época submicénica.
19 a A . Lebesi, To hiero toûHermoû kai tes Aphrodites stè Syme Viánnou I, Atenas, 1 9 8 5 ; AA (1 9 9 0 ), pp. 3 ! 5 ~ 3 3 6 .
2 0 Pero el santuario del « d io s sobre el lingo te de c o b r e » (supra n . 4 ) continúa durante u n cierto
tiempo, A A (19 74)» P· 3 7 1 ·
4. LOS «SIGLOS OSCUROS» Y EL PROBLEMA DE LA CONTINUIDAD 71

tu ra lin e a l co m o la de la E d a d d el B r o n c e y se usa a h o ra e n u n a fo rm a m o d ific a d a


p a ra red actar textos g rie g o s 21.
E n te rrito rio p ro p ia m e n te griego el h iato es m u ch o m ás m arcad o ; lo s a rq u e ó lo ­
gos se h a n vu elto re cie n te m en te aú n m ás escépticos respecto a la supuesta c o n tin u i­
dad in in te rru m p id a en lo s san tu arios p a rtic u la re s22. E n el siglo VIII, q u e trajo c o n ­
sigo la expan sió n eco n ó m ica y u n significativo au m en to de p o b la ció n , es m an ifiesta la
p re se n cia en m u ch o s lugares de recin to s sagrados, altares y tem plos c o n sus ofren d as
votivas; p e ro sólo en casos excepcionales el testim o n io d irecto n o s lleva a épocas a n te ­
rio re s . E n D e lfo s se d escu b rió u n g ran n ú m e ro de estatuillas m icén icas b ajo el te m ­
p lo de A te n e a Prónaia y se d e d u jo la e x iste n c ia de u n sa n tu a rio m ic é n ic o a n te r io r ;
p e ro , e n realid ad, se trataba de u n « d e p ó sito de fu n d a c ió n » d el siglo VIII, p ru e b a de
u n nuevo c o m ie n z o , n o de la c o n tin u id a d e n el lu g a r33. L o s hallazgos d e D élo s so n
sim ila re s 24·: se h a n id e n tific a d o u n a serie de e d ificio s m ic é n ic o s, que p o sib le m e n te
p o d r ía n h a b e r sid o te m p lo s, p e r o lo s o b je to s de v a lo r m ic é n ic o s y g e o m é tric o s
e n co n trad o s bajo el tem p lo de A rtem is, co n stru id o e n t o r n o a J O O , so n , ta m b ié n en
este caso, o fren d as depositadas c o n m otivo de la fu n d a c ió n d el tem plo y n o vestigios
d irecto s de u n culto m in o ic o -m ic é n ic o . A d em á s, si lo s restos de las tu m bas m ic é n i­
cas e n D élo s so n ah o ra ven erad os com o las « T u m b a s de las vírgen es h ip e r b ó r e a s » 25,
queda claro que h a ten id o lu ga r u n a rad ical re in te rp re ta ció n . E n E leu sis, en el lu g a r
d el p o ste rio r Telestérion, se h a id en tificad o u n ed ificio m icén ico , al que se llam a « t e m ­
p lo » ; el h ech o de que u n trozo de ro ca n a tu ra l estuviera siem p re a la vista en el A ndk-
toron p u ed e asociarse co n la ro ca en el « t e m p lo » de M icen as. S in em bargo, en E le u ­
sis n o hay h allazgo s sagrad os de ép o ca m ic é n ic a y p a ra a lg u n o s siglo s p o s te rio re s
carecem os ta m b ié n prácticam ente de te stim o n io s26. E n A m id a s 27, se h a n descubierto
fig u rilla s votivas su b m icén icas y g e o m é tricas e n el sa n tu a rio d e A p o lo , p e ro e n este
caso hay tam b ién u n a laguna cro n o ló g ic a en tre ellas. E l recin to de A faya en E g in a 28 y
el san tu ario de A p o lo Maleatas29 en E p id a u ro p arecen tam b ién erigid os e n el em plaza­

21 O . M asson, Les inscriptions chypriotes syllabiques, i g 6 l . L a in scrip ció n más antigua (s. X I) en CRAI
(1 9 8 0 ) , pp. 122 - 137 - E l santuario de A y ia Irin i en Chipre revive después de 1 0 5 0 y el sacrificio de
animales adquiere relieve: Swedisch Cyprus Expedition, II, 19 35 » PP· 6 4 2 s., 8 2 0 - 8 2 4 -
22 E n particular D esborough (i), pp. 4 0 - 4 7 : ( s ) , PP· 2 7 8 - 2 8 7 ; Snodgrass, pp. 3 9 4 ~4 0 1 · contra el
optim ism o de MMR, pp. 4 4 7 - 4-8 4 : a su vez en contra D ietrich, pp. 1 9 1 - 2 8 9 y «P rolegom ena to
the Study o f G reek C u lt C o n tin u ity » , Acto Classica II ( 1 9 6 8 ) , pp. 1 ^ 3 —16 9 ; « S o m e Evidence o f
Religious Contin uity in the Greek D ark A g e » , B I C S l J ( 19 7 0 ) · pp. 16 - 3 ¡ > cfr. W . den Boer, HSCP
77 ( l 9 7 3 )í P· 5 : im portante para u n grupo de testimonios R . Nicholls, <<Greek Votive Statuettes
and Religious C o n tin u ity» , en Auckland Classical Essays presented toE. M. Blaiklock, 197 ° , pp* I~ 3 7 -
23 C o n tra MMR, pp. 4 6 6 - 4 6 8 ; L . Lerat, BC H 8 1 ( 1 9 5 7 )' PP- 7 ° 8 - 7 1 0 : D esborough (i), pp. 4 3 s·:
d ifiere D ieterich , p. 2 2 4 : sobre el ritó n en fo rm a de león bajo el tem plo de A p o lo en D elfo s:
GGR, p. 3 3 9 ; M . Guarducci, SMSR 1 9 - 2 0 ( 1 9 4 3 - 1 9 4 6 ) , pp. 8 5 - 1 1 4 .
24 Gallet de Santerre, pp. 2 0 3 - 2 1 8 ; BCH 71-72 ( 1 9 4 7 - 1 9 4 8 ) , pp. 148 - 2 5 4 ; MMR, p. 6 1I; G. Vatin,
BC H 8 9 (1 9 6 5 ), PP- 2 2 5 - 2 3 0 ; Bergquist, pp. 2 6 - 2 9 : C . Rolley, BCH Suppl. I ( l 9 7 3 )> PP· 5 ^ 3 s· ’
subraya que ningún culto se documenta antes del siglo IX.
25 MMR, pp. 6 1 1 - 6 1 4 ; Gallet de Santerre, pp. 9 3 - 9 6 .
26 MMR, pp. 4 6 8 - 4 7 ° ; Mylonas, pp. 3 3 “ 4 9 i D esborough (i), p. 4 3 ; Snodgrass, p. 3 9 5 ·
27 E . B u sc h o ryW . von Massow, AM 52 (1927)» pp. 1- 8 5 : MMR, pp. 4 7 0 s *i Dietrich, pp. 2 2 2 s .; D es­
borough (2 ), pp. 8 3 , 2 4 1 , 28 O ; Snodgrass,.p. 3 9 5 ·
28 MMR, pp. 3 0 5 , 4 7 1 s·; D esborough (i), p. I I 9 ; Snodgrass, p. 3 9 7 ·
29 D esborou gh (1), p. 4 2 ; ( 2 ) , p. 2 8 3 ; Snodgrass, p. 3 9 7 : D ietrich , p. 2 2 2 . W . Lam brinudakis,
Archaiognosia I ( 1 9 8 0 ) , pp. 4 3 4 6 (ningún hallazgo entre el M icénico Reciente y el sigío V l I T L
1. PREHISTORIA Y ÉPOCA MINOICO-MICÉNICA
72

m ien to de sa n tu a rio s m ic é n ic o s, p e r o n o p u e d e p ro b a rse u n a c o n tin u id a d in in t e ­


rru m p id a. T otalm ente n uevo y fu n d ad o sobre suelo virge n es el santuario de O rtia en
E sp a rta 30 y, a p esa r de todas las co n je tu ra s e in vestigacio n es, n o hay nad a e n el sa n ­
tu ario de Z eu s en O lim p ia que ap u n te a u n cu lto a n te rio r al siglo X31. L a excavación
de K a la p o d i- H ia m p o lis e n F ó c id e h a d ad o lu g a r a u n a n u eva situ a c ió n : allí, e n el
siglo XII, se erige u n san tu ario , q ue desde en to n ces subsiste c o n c o n tin u id ad y que en
el siglo IX se am p lía en u n d ob le san tu ario . Se trata, según aseguran las in scrip cio n e s,
del santuario de A rte m is Elaphebólos de H iá m p o lis y de A p o lo (que n o to ria m en te n o se
añadió hasta el siglo IX318)·
Se adm ite desde hace ya tiem p o que el te m p lo clásico es a rq u itectó n icam en te u n a
c o n tin u a c ió n d e l mégaron d e lo s p a la c io s m ic é n ic o s : el a tr io re c ta n g u la r c o n la
entrad a en el lad o m ás estrecho y el vestíb u lo c o n dos c o lu m n a s32. P arecía h a b e r dos
casos e n lo s q u e el te m p lo g rie g o su stitu yó e n efecto al p a la c io m ic é n ic o q u e h a b ía
en el m ism o sitio : e n T ir in t e y e n A te n a s. E n la Odisea33, la d io sa A te n e a llega a A te ­
nas y « e n t r a e n la só lid a casa de E r e c t e o » , el re y p r im ig e n io , n a c id o de la tie r ra ;
E re c te o y A te n e a s o n h o n r a d o s d esd e el f in a l d e l sig lo V e n la m ism a « c a s a » : el
E re c te io n , situ ac ió n que, segú n N ils s o n 34, se c o rre sp o n d e c o n la d el re y m ic é n ic o y
su diosa d om éstica. A lg u n o s aspectos de los cu ltos de la A c ró p o lis re c u e rd a n la tra ­
d ic ió n m in o ic o -m ic é n ic a : la « s e r p ie n te p ro te c to ra de la c a sa » , a la que se o fre c e n
to rtas de m ie l, el olivo in c lu id o d e n tro d e l re c in to de la « D io s a d el R o c ío » (P á n -
d ro so ) y las dos m uchach as q ue sirv en en el te m p lo com o « a r r é f o r o s » 35. P e ro p o s ­
te rio r m e n te se d e s c u b r ió q u e e l b a s a m e n to q u e se a tr ib u ía g e n e ra lm e n te a las
colu m n as d el p ala cio m ic é n ic o p e rte n e c e sin em b argo al te m p lo g e o m é tric o 36; d el
palacio , p o r tan to, n o q ued a a llí n in g ú n re sto ; n i siq u ie ra se co n o ce su lo c a liz a c ió n
exacta. L a escalera, que d esem p eñaba u n p a p e l en el culto n o ctu rn o de las a rré fo ro s,
fue c o n stru id a e n el siglo XI en el lu g a r d o n d e estaba u n a fu en te m ic é n ic a 36“. H ab ía
u n sa n tu a rio su b m ic é n ic o e n las ru in a s de la to rr e e n el acceso a la A c r ó p o lis , que
p o s te rio rm e n te se c o n v irtió en e l pyrgos de Nike·, este h e c h o p u e d e e n te n d e rse b ie n
com o u n signo de d iscon tin u id ad o b ie n com o u n estrecho p u en te que u n e el p e río d o
m ic én ic o c o n la h is to ria p o s t e r io r 37. L o s h allazgo s de T ir in t e h a n sid o d esd e hace
tiem p o ob jeto de co n tro ve rsia ; hay p u es u n a g ra n lagun a en tre la re c o n stru c c ió n d el
siglo XII y el tem p lo d el siglo V III38.

30 Dawkins; datación más tardía de sus com ienzos (en torno a *700)·. J . B oardm an, BSA 5 8 ( 1 9 6 3 ) ,
pp. 1- 7 ; Bergquist, pp. 4 7 - 4 9 · Véase III 2 . 6 , n. 3 2 ; V 3 . 4 , n. 18 .
31 Mallwitz, pp. 7 7 - 8 4 ; cfr. H errm an n (2), pp. 4 9 “ 5 9 i D esborough (2 ), p. 2 8 1 ; D ietrich, p. 2 2 3 ;
P. Lévêque, PP 2 8 ( 1 9 7 3 ) . PP· 2 3 - 5 ° ·
31a R. G . Felsch, AA (1 9 8 7 ), pp. 1 - 9 9 ; Kctlapodil, M ainz, 1 9 9 7 ; P· Eliinger, La légende nationale phocidienne.
Artémis, les situations extrêmes et les récits de guerre d'anéantissement, BCH Suppl. X X V II, Atenas/París, 1 9 9 3 , pp.
27- 37·
32 Gruben, pp. 2 8 s .
33 Od. 7, 8 1.
34 MMR, pp. 4 8 5 - 4 9 8 ; GGR, pp. 3 4 5 " 3 5 o .
35 Véase V 2 - 2 , n n . II, 3 5 ; I 3 . 4 , η . 3 0 . Las representaciones m in o ico -m icé n ica s m uestran a
menudo dos muchachas que Evans llamó «handm aidens o f the G o d dess», po r ei. P M Il, pp. 2 4 0 -
342, m , P. 458.
36 C . Nylander, Opuscula Atheniensia 4 (1962), pp. 3 Ι - 7 7 ·
36a P. Brûlé, La fille d’Athènes, París, 1987» pp· 9 3 - 9 5 ·
37 CK. Kardara, AE(i96o), pp. 165-184· En el siglo XIII se instalaron tumbas en la Acrópolis, Des­
borough (2), p. 64.
4. LOS «SIGLO S OSCU RO S» Y EL PR O B LE M A DE LA CONTINUIDAD 73

G e n e ra lm e n te se acepta que en A ten as el basileús, el « r e y » , q u e se ocu p a p r in c i­


p a lm e n te de lo s d eb eres c u ltu a le s, e ra su c e so r d el re y m ic é n ic o 39, al ig u a l q u e e n
R o m a el « r e y de lo s rito s sa g ra d o s » , el rex sacrorum, asu m ió estas fu n c io n e s d esp u és
de la e xp u lsió n de lo s reyes. P o d ría p arece r extrañ o que el basileús n o tuviera nada q u e
v e r c o n los cultos de la A c ró p o lis, c o n A te n e a P o líad e y c o n E re c te o —de ello se o c u ­
p ab a la e stirp e de lo s B u tad as—, p e r o el d e s c ifra m ie n to de la lin e a l B h a m o stra d o
q u e e l títu lo d e l re y m ic é n ic o en P ilo , G n o s o y T e b a s e ra wdnax, m ie n tra s q u e el
títu lo basiléus se reservab a p a ra u n a esp ecie de « m a e s tro d el g r e m io » de lo s h e r r e ­
r o s 40. B ie n p o d ía ser éste el m otivo de q u e el basileús a ten ien se estu viera so b re to d o
e strech am en te re la c io n a d o c o n el cu lto de D io n is o , p e r o en este á m b ito n o q u ed a
h u e lla algu n a de la realeza m icén ica.
E l sa n tu a rio g rie g o n o rm a l a p a r tir d el siglo V III41 se d istin g u e p o r la d e lim ita ­
c ió n d e u n re c in to (témenos), p o r el a lta r p a ra la s o fre n d a s q u em a d a s y , h a b it u a l­
m e n te a u n q u e n o sie m p re , p o r el te m p lo o rie n ta d o h a cia el a lta r que alb erga u n a
im a g e n cu ltu al. E n n in g ú n lu g a r y en n in g ú n m o m e n to se e n cu en tra esta tríad a de
a lta r, te m p lo e im a g e n c u ltu a l en el m u n d o m in o ic o - m ic é n ic o , a u n c u a n d o lo s
in d ic io s de lo s e le m e n to s in d iv id u a le s se h a c e n cada vez m ás m a n ifie s to s h a cia el
fin a l d el p e r ío d o y a p arecen in c lu so de fo rm a m ás m arcad a d espués de la catástrofe.
L o s « í d o l o s » se v u e lv e n g ra n d e s e im p o rta n te s , c o m o e n G a z i y K a r f i 42, p e r o
sigu en e n c o n trá n d o se en gru p o s, esp ecialm en te en M ice n a s. H ay « te m p lo s » , e n el
sen tid o de c o n stru c c io n e s a u tó n o m a s d estin ad as al cu lto , p e r o so n e d ific io s c o m ­
p le jo s c o n m u ch as h a b ita c io n e s que n a d a tie n e n q u e v e r c o n la celia c o n la im a g e n
cu ltual, au n q u e la m e n c ió n e n Tebas de la « G a s a de la P ó tn ia » llam a, p o r su puesto,
la a te n c ió n 43. E l a lta r m in o ic o y m ic é n ic o es g e n e ra lm e n te u n a m esa de o fre n d a s
(table o f offerings); sin em b argo, e n M icen as, se h a n id e n tific a d o altares c o n hu ellas de
c re m a c io n e s44 y a ú n se p u e d e n e sp e ra r m ás sorpresas.
E n c u a lq u ie r caso es s o r p re n d e n te q u e ta n to el te m p lo c o n la im a g e n c u ltu a l
c o m o e l a lta r de o fre n d a s q u em a d a s fu e r a n ya h a b itu a le s e n e l P ró x im o O r ie n t e
m u ch o antes. L a quem a de o fren d as es u n a característica d el área sem ítica o c c id e n ­
tal, d o n d e se h a n id e n tific a d o h o gares d ela n te de la e n tra d a d e l te m p lo y ta m b ié n
altares de p ie d ra c o n huesos qu em ad o s ya en la E d a d d e l B r o n c e 45. L a secu en cia de
« s a c rific io to ta l» y b an q u ete sagrado46, la c o m b in a c ió n de o fre n d a de com id a, lib a ­
c ió n y quem a de partes del an im al sacrificad o re la c io n a n el A n tig u o Testam ento c o n

38 C ontra MMR, pp. 4 7 5 - 4 7 9 ’ cfr * K - M üller, Tyrins, III, 1 9 3 0 , pp. 2 1 3 s .; D esborough (1), p. 4 1 ·
39 MMR, pp. 4 8 5 s-; c f r · Arist. Ath.pol. 5 7 ; véase I 3 . 3 , nn. 4 5 - 4 *5 .
40 M . Lejeune, Mémoires de philologie mycénienne, II,19 71, pp. 1 6 9 - 1 9 5 [cfr. F. A u ra Jo rr o , Diccionario inicé
nica, II, 1 9 9 3 , pp. 1 8 9 - 1 9 0 ] .
41 Véase II 5 ; agálmata, neoi, hnnwí t í'lt. I , 1 3 I ; 4 , 59’ c'c -
42 Véase I 3 . 5 , nn. 3 2 - 3 3 ; I 3 -3 , n . 66.
43 Véase I 3 -6 , n. 16.
44 Ergon ( 1 9 7 2 ) ’ PP- 6 0 - 6 4 ; Archaeological Reports ( l 9 7 2 - I 9 7 3 ) ’ PP· 13 s - ; véase I 3 · 3 > η · 7 ^·
45 D . C onrad, Studien zum Altargesetz, tesis doctoral, M arburgo, 1 9 9 6 , pp. 8 5-1Ο Ο . Sobre los altares en
el templo de Beth Shan: A . Rowe, The four Canaanite Temples o f Beth Shan, I, 19 4 O ; H . O . T h om p son,
Mekal, the God o f Beth Shan, 1 9 7 0 , PP· I 7 - 2 I. Tam bién en Pilo una construcción, interpretada com o
santuario, se orienta hacia u n altar (sin huellas de fuego): véase I 3 . 3 , n · 5 4 ·
46 A TN m 6, 1 4 - 1 7 ; I Sam IO , 8 ; 1 3 , 9 ; I Re 8, 6 4 ; 9, 2 5 ; Je r 7, 2 l s .; & 4 5 , 17 ; srpwslmn en Ugarit, C .
H J . G o rd o n , UgariticManual, I 9 5 5 > P· 13 2 , texto 9 > 7 ; Iwh w dbhn en u n texto arameo: A . Cowley,
Aramaic Papyri oftheßfht Century B. C., I 9 2 3 , p- 3 0 , n. 2 8 ; cfr. L S C G 1 5 1 A 2 9 - 3 6 ; HN, pp. 16 , 4 1 ·
1. PREHISTORIA Y ÉPOCA MINOICO-MICÉNICA
74

la p ráctica sacrificial griega. E n efecto , e n C h ip re en el siglo XII la tra d ic ió n p r ó x i-


m o o rie n ta l-se m ític a d el altar e n tró e n con tacto c o n la m icén ica: d elan te d el tem p lo
de C itio u n altar re c ta n g u la r de p ie d r a c o n el sím b o lo m ic é n ic o de lo s c u e rn o s se
encuentra al lado de u n altar oval p ara ofren d as quem adas que co n ten ía restos de c a r­
b ó n y huesos de anim ales ca rb o n iz a d o s47. E l hallazgo de n u m ero so s crán eos de vacas
en los santuarios de E n k o m i p o n e de relieve el im p o rta n te p ap e l de los sa crificio s de
an im ales, esp ecialm ente los sacrific io s de vacas, en C h ip re en esta é p o c a 48; de p a r ­
ticu lar in terés so n las m áscaras hechas c o n c rán eo s de to ro s y llevadas p o r lo s sa ce r­
dotes d u ran te el sa c rific io 49. A l o la rg o de lo s siglos oscu ro s y hasta el p e r ío d o g e o ­
m é tric o , C h ip r e e ra u n p o d e r o s o c e n tro d e in flu e n c ia ; ta m b ié n e l tra b a jo d e l
h ie r r o se d ifu n d e desde C h ip r e . D e m o d o q u e si u n a tr a d ic ió n g rie g a a trib u y e la
« in v e n c ió n » d el sa c rific io a C h ip r e 50, e llo d eb e e n te n d e rse co m o u n te s tim o n io
directo de u n p roceso en la h isto ria de las re lig io n e s que tuvo lu g a r e n lo s siglos X II-
XI. L a h isto ria de este p ro ce so se c o m p lic a p o r el d e sc u b rim ie n to de que hay claras
co rresp o n d en cias en la E u ro p a c en tra l de la E d a d d el B r o n c e y d el H ie r r o 51 c o n los
gran des « a lta re s de c e n iz a » , com o el altar de Z eu s e n O lim p ia , d o n d e se a m o n to ­
n a b a n lo s re sto s de las v íctim a s q u e m a d a s s ie m p re e n el m is m o s itio . N o p a re c e
todavía p o sib le d istin g u ir y d ese n tra ñ ar tod as las lín eas de in flu e n c ia s h istó ricas.
A d em ás de íd o lo s m icén ico s, ta m b ié n se c o n se rv a ro n fre cu e n tem e n te estatuillas
orien tales de dioses d u ran te los siglos o scu ro s e n G re c ia . E n to rn o a u n a d o ce n a de
p e q u e ñ o s b ro n c e s d el « d io s - g u e r r e r o » d e tip o s ir o - h it it a h a n sa lid o a la lu z e n
G re cia , y otros siete h a n ap arecid o e n C h ip re , d o n d e ta m b ié n el « d io s sob re el l in ­
gote de c o b re » sigue la m ism a tra d ic ió n ic o n o g r á fic a 52. E n el siglo VIII las e scu ltu ­
ras griegas m ás an tigu as u s a ro n este tip o c o m o m o d e lo p a r a e sta tu illa s de Z e u s y
A p o lo y q uizá ta m b ié n de P o sid ó n . N o te n e m o s n in g u n a p ru e b a d ire c ta d e h asta
qué p u n to se ad op tó algo d el co n texto re lig io s o ju n t o c o n estas estatu illas. E s m u y
p osib le, sin em bargo, que el n o m b re de A m id a s derive de u n dios que p o d ía id e n ti­
ficarse e n P alestina y C h ip re com o MM-AmuMos, u n re fle jo de las re la c io n e s e n tre el
P elop on eso y C h ip re en el siglo XII.
E n tre los dioses griegos que aú n n o h a n sid o id e n tifica d o s en la lin e a l B , A p o lo 53
y A fr o d ita so n sin d ud a los m ás im p o rta n te s . E n cu an to a A p o lo , u n a vía c o n d u c e
a h o ra , a través de A m id a s y las e sta tu illa s de g u e r r e r o s , a C h ip r e y al P ró x im o
O rie n te, m ientras que en el caso de A fr o d ita el san tu ario de Pafos en C h ip re ha sido

47 CRAI (1973), pp. 5 2 3 s·. véase n. 5.


48 B C H 88 (1964), pp· 3 5 4 s· : véase n. 4; AA (1962), pp. 7-12 ; véase n. 3.
49 Véase III, n. 94·; cfr. II 7 * n · 4 4 ·
50 Asclepiades FGrHist 75 ^ F 1 = Porph. De abst. 4 > x5 ; Burkert, Grazer Beiträge 4 ( 1 9 7 5 ) . p. 7 ^·
gl W . Kräm er, «Prähistorische B rand opferp lätze», en. Helvetia antiqua. Festschrift E. Vogt, 19 6 6 , pp. I I I -
1 2 2 ; cfr. Yavis, pp. 2 0 8 - 213 ; GGR, pp. 8 6 - 8 8 ; O lim pia: Paus. 5 i 13 , 8 —I I ; Didim a: T h . Wiegand,
Siebenter vorläufiger Bericht über die... in Milet und Didyma unternommenen Ausgrabungen, Abh. Berlin, 19 4 1, pp. 1 3 6 -
13 9 ; Samos: AM 5 8 (19 3 3 ) - PP- 1 4 6 - 1 5 0 , l 7 4 " 2 IO ; J d l 4 9 ( 1 9 3 4 ) - P P - 1 4 2 - 1 4 4 ·
52 Burkert, Grazer Beiträge 4 (x9 7 5 )> PP· 5 I - 7 9 < D . G o llon , « T h e Sm itting G o d » , Levant 4 ( 1 9 7 2 ) ,
pp. 1 1 1 - 1 3 4 . A los hallazgos de G recia reseñados en Grazer Beiträge, pp. 5 7 s· se deben añadir un
ejemplar de D odona B C H 53 ( i 9 2 9 )> Ρ· Ι θ 8 ; uno de Su n io n , Hesperia 3 1 ( 1 9 6 2 ) , pp. 2 3 6 s., y uno
de Selinunte, Orientalia 3 2 (1963)» Ρ· 2 ΐ 6 ; Helck, 1 9 7 9 - ΡΡ· Ι 7 9 _ Ι 8 2 ; Η . Seeden, The Standing Armed
Figurines in the Levant, 1 9 8 0 .
53 ]pe-ro2-ne (K N E 8 4 2 ) podría completarse y leerse Apelîonei, G . J . R uijgh, Lingua 25 (I 9 7 1 ). Ρ· 3^3 ·
Véase III 2 -5 -
U. LOS «SIGLOS OSCUROS» Y EL PROBLEMA DE LA CONTINUIDAD 75

sie m p re c o n sid e ra d o com o c e n tro y o r ig e n de su cu lto . E l u so de in c ie n s o , q u e en


g rie go fu e siem p re c o n o c id o p o r su n o m b re se m ític o 54, se asocia esp ecialm en te c o n
A fr o d it a ; A p o lo es el se ñ o r de la m án tica , cuya fo rm a m ás im p o rta n te , la h e p a to s-
c o p ia d u ra n te el s a c r ific io , lle g ó in d u d a b le m e n te a lo s g rie g o s d esd e la a n tig u a
M e so p o ta m ia a través de A n a t o lia - S ir ia y C h ip r e 55. E sto s, p o r su p u e sto , son só lo
co m p o n e n te s in d ivid u a les de fig u ras d ivinas m u ch o m ás com p lejas.
E l sa n tu a rio g rie g o m ás a n tig u o d el tip o n o rm a l es el H e re o de S am o s; su g r a n
a lta r d ata d e l sig lo X y el te m p lo , d e l I X 56. G o m o esta tu a de c u lto , s in e m b a rg o ,
h a b ía al p r in c ip io u n a « t a b l a » q u e d u ra n te la fie s ta e ra lle v a d a al m a r y lu e g o
d evu elta al te m p lo : tal rito p u e d e p r o c e d e r de u n c o m p le jo h it it o - h u r r it a del d io s
de la p ro s p e r id a d T e lip in u q u e d esap arece y re to rn a . L a p o s te r io r im a g e n a n t r o -
p o m ó r fic a de H e r a lleva u n p e c to ra l c o n g u irn a ld a s de fru ta s, sím b o lo s de a b u n ­
d a n c ia , q ue tien e ecos en A sia M e n o r, hasta la A rte m is e fe s ia 57; en las m an os lleva
cin ta s an u d a d a s y e n la cabeza, u n polos, q u izá in c lu s o c o n c u e rn o s; am b o s ra sg o s
tie n e n eq u ivalen tes h itita s58.
U n a c o n stru c c ió n de p ie d ra de n o tab le an tigü edad e n el ám b ito griego es el te m ­
p lo de la a c ró p o lis d e G o r t in a en G re ta , q u e fu e c o n s tru id o ya en t o r n o a 8 o o .
T an to el te stim o n io de sacrificio s de fu n d a c ió n com o el tipo de arq u itectu ra (s in g u ­
la r p a ra esta época) a p u n ta n al m u n d o ta rd o -h itita de la zona su ro c cid e n ta l de A s ia
M e n o r 59. L a in m ig ra c ió n de artesanos d el N o rte de S iria a C re ta se testim o n ia ta m ­
b ié n e n o tro s lugares.
H a y p o r tan to, ju n to a la tra d ic ió n m ic é n ic o -m in o ic a , fra g m e n ta ria p e ro in n e ­
gablem en te efectiva, rep etid o s y n otables im p u lso s de O rie n te , o más con cretam en te
del ám b ito s iro -h itita d el n o rte , d o n d e C h ip re tien e u n a especial im p o rta n cia co m o
p u n to de en cu en tro y cen tro de d ifu sió n . E x iste n contactos in ten sivo s e n el siglo X I I
y d e n u e v o e n lo s sig lo s I X - V I I I , c u a n d o c o m e rc ia n te s g rie g o s e sta b le c ía n a s e n ta ­
m ie n to s en S ir ia 60, hasta que en to rn o a J O O se v e rific a u n a verd a d era ap e rtu ra a la
m o d a o rie n ta l co n el « e stilo o r ie n ta liz a n te » . A p a r t ir de 6 6 o , gracias al p ap el de los
m e rc e n a rio s griego s e n la vigésim o sexta d in astía, E g ip to es el m o d e lo q u e se h a de
seg u ir. P e ro antes d el fin d el siglo V I I la « c o r r ie n te c u ltu r a l» griega cam bia de s e n ­
tid o ; ah o ra el arte g riego ha e n c o n tra d o su p ro p io estilo y d u ran te siglos es to m ad o
c o m o m o d e lo ta n to e n O r ie n t e c o m o e n O c c id e n te . E n casos p a rtic u la re s es a
m en u d o d ifíc il d e c id ir en qué fase de la re la c ió n E ste -O e ste ha sid o to m ad o u n e le ­
m en to c o n creto de la cu ltu ra re lig io sa ; n i siq u ie ra la ép ica h o m é ric a a p o rta siem p re
in d ic io s claro s. P e ro la h isto ria de las re lig io n e s n o p u e d e ig n o r a r el h ech o de q u e
fu e p re c isa m e n te d u ra n te lo s siglos o sc u ro s, la ép o ca d e c o n fu s ió n y d e b ilita c ió n ,
c u an d o se a b rie r o n las p uertas a la « in flu e n c ia o r ie n ta l» .

54 Véase II I, n . 6 6 ; III 2 .J , n. 7 ·
55 Véase II 8, n. 8.
56 E . B uschor, AM 5 5 ( 1 9 3 0 ) , pp. I - 9 9 ; D . O hly, A M 6 8 ( 1 9 5 3 ) , pp. 2 5 - 5 0 ; O . Reuther, Der
Heratempel von Samos, 1957 i H·. W alter, Das griechische Heiligtum: Heraion von Samos, 1 9 6 5 = Das Heraios von
Samos, 1 9 7 6 ; G ru b en , pp. 3 I 5 ~ 3 2 9 ; Bergquist, pp. 4 3 " 4 7 > D reru p, pp. 1 3 s ·; véase III 2 . 2 , n, 5 2 .
57 Zuntz, pp. 127 - 1 3 5 ; S&H, pp. 1 2 9 - 1 3 2 .
58 H . K ardara, AJA 6 4 ( i9 6 0 ) , pp. 3 4 3 3 5 8 .
59 G . Rizza y V . Santa M aria Scrin ari, II santuario sull’acropoli di Gortina, 1 9 6 8 , en particular pp. 2 4 s- ·
54- 56.
60 J . B oardm an, The Greeks Overseas, 3i g 7 3 > ΡΡ· 3 7 “4 6 [trad. esp. Los griegos en ultramar, 1975 h Grazer
Beiträge 4 (3I 9 7 5 )> P· 6 5 .
76 1. PREHISTORIA Y ÉPOCA MINOICO-MICÉNICA

A l m ism o tie m p o , el h u n d im ie n to de la c u ltu ra p ala cia l o b viam en te h a b ía lib e ­


ra d o tra d ic io n e s m u y antiguas que h a b ía n d esap arecid o b a jo la corteza de la civiliza­
c ió n m in o ic o -m ic é n ic a . E n la d ecen te ic o n o g r a fía d el p e r ío d o p ala cia l, u n a p r o c e ­
s ió n fá lic a h a b ría sid o im p e n s a b le ; s in e m b a rg o , ya lo s te s tim o n io s n e o lític o s
in d ic a n la e x iste n c ia de tales p rá c tic a s 61. D e sp u é s de la cesu ra en to r n o a 1 2 0 0 , la
corte real d esap areció ju n to a sus costu m bres cortesanas. L a escu ltura de b ro n c e más
a n tig u a re p re s e n ta la fig u r a m a s c u lin a d e sn u d a , in c lu s o si es u n d io s el q u e está
re tra ta d o ; y e n el cu lto a D io n is o , u n d io s atestigu ado e n m ic é n ic o , las fig u ra s c o n
m áscaras re to zan ah o ra c o n d ivin o d e se n fre n o .
L a fo rm a p e c u lia r d el ritu a l de sa c rific io g rie go es de g ra n an tigü ed ad y p o s tm i-
cén ica al m ism o tiem p o , y n o sin re la c ió n c o n O rie n te : la p a rtic ip a c ió n de los h o m ­
b re s e n u n b a n q u e te c o m u n ita rio de ca rn e c o m b in a d o c o n la q u em a de o fre n d a s a
lo s d io ses, so b re to d o de las p arte s n o co m estib les y lo s h u eso s. P o r este m o tivo , el
a ltar de fu e g o q ue está a cie lo a b ie r t o 62 es la p arte e se n cia l d el sa n tu a rio . N o es u n
in te rc a m b io de o fre n d a s c e le b r a d o p o r u n a s o c ie d a d je r á r q u ic a d e d io se s, rey,
sa ce rd o te s y p le b e y o s : ju n t o s al m ism o n iv e l, h o m b re s y m u je re s se d is p o n e n e n
t o r n o al a lta r, e x p e rim e n ta n y p r o v o c a n la m u e rte , h o n r a n a lo s in m o rta le s y, al
c o m e r, a firm a n la vid a e n su lim ita c ió n : es so lid a rid a d de lo s m o rta les fre n te a los
in m o rta le s. E sto sign ifica u n a n e g a c ió n de la o rg a n iz a ció n m icén ica: n in g ú n rey está
p o r e n c im a de to d o s lo s d em ás, n in g ú n sa c e rd o te p u e d e a sig n a rse las p o r c io n e s
sagradas. D esd e el p rin c ip io colectivo de la « ig u a ld a d » de los h o m b re s e n con traste
c o n lo d iv in o , el ca m in o p o d ría c o n d u c ir, a través de la a risto cra cia , a la d e m o c ra ­
cia y la h u m a n id a d . A lim e n ta d a p o r m ú ltip les co rrie n tes de tra d ic ió n , la e x p e rie n cia
g riega e n c u en tra a q u í su p ro p io ca m in o h acia el fu tu ro .

61 Véase I I , n. 14 .
62 Santuarios a cielo abierto para el sacrificio de reses son ya los de M irtu-Pigades y A yia Irin i en
C h ip re (véase n n . 7» 2l)> A yia T riada en Creta (n. 17 ), además Samos (n. 5 6 ) y Lin d o s (E.
Dyggve, Lindos, III, i 9 6 0 , pp 4 5 7 " 4 ,6 6 ); son interesantes las figuras votivas de toros hechos en
torno (wheel-made bulls) sobre las cuales cfr. N ich olls (supra n. 2 2 ) .
2. RITO Y SANTUARIO

C o n s id e r a c io n e s p r e v ia s

U n a perspectiva que fu e gen eralm en te aceptada en el estudio de las re lig io n e s a f in a ­


les d el siglo X V I I I es que los rito s so n m u ch o m ás im p o rta n te s e in fo rm a tivo s p a ra la
c o m p re n sió n de las re lig io n e s antiguas que lo s cam bian tes m ito s1. D e este m o d o , ya
n o se ve la A n tig ü e d a d de fo rm a aislada sin o in se rta d e n tro d el c o n ju n to de las ll a ­
m adas « re lig io n e s p rim itiv a s » , m ien tras q ue en las re lig io n e s m ás « e le v a d a s» , m ás
d e sa rro lla d a s te o ló g ic a m e n te , la m ism a base está sin d u d a p re se n te en la p rá ctic a ,
p e ro en la re fle x ió n queda relegada a u n segun d o p la n o . Se ha buscado u n o rig e n de
los m ism o s rito s, e n la m ayo ría de los casos sin d iscu sió n , en el « p e n sa m ie n to p r i ­
m itiv o » o e n la « im a g in a c ió n » . A h o ra se tien d e a c o n sid e ra r lo s rito s com o u n s is ­
tem a in ic ia lm e n te a u tó n o m o , casi lin g ü ís tic o , c o rre la tiv o y p re v io a la le n g u a
h ablad a. L a cien cia d el co m p o rta m ie n to , que ha id e n tifica d o al m en o s analogías d el
ritu a l en el re in o a n im a l, p u ed e acercarse a esta p o s ic ió n . D e sd e tal p ersp ectiva, el
rito es u n a a c ció n d esvin cu la d a de su co n texto p r im a r io p ra g m átic o , q u e tien e u n
carácter sem iótico; su fu n ció n n o rm alm en te consiste e n la con fig u ración de u n g ru p o ,
la c re a c ió n de v ín c u lo s de s o lid a r id a d e in t e r c o m u n ic a c ió n e n tre sus m ie m b r o s .
Estas acciones constitu yen esp ecíficam en te rito s religio so s en la m ed id a e n que señ a ­
la n la m a n e ra de d irig ir se a algo e x tra -h u m a n o o s o b r e -h u m a n o ¡ defacto el m ism o
h ech o de alejarse de lo h u m a n o tien e u n a fu n c ió n e m in en te m e n te social. Este algo
tie n d e a c ir c u n s c r ib ir s e d e l m o d o m ás g e n é ric o c o m o « l o s a g r a d o » 2 o « e l

1 Véase Introdu cción I, n. 8 .


2 R. O tto, Das Heilige. Über das Irrationale in der Idee des Göttlichen und sein Verhältnis zum Rationalen, 19 1 7 (3°I 9 5 8 )
(trad. ital. : I I sacro. L ’irrationale nell’idea del divino e la sua relatione al rationale, 19 6 6 » reim p . 1 9 8 7 ) ? G .
M ensching, Wessen und Ursprung der Religion: die grossen nichtchristlichen Religionen, I 9 5 4 > PP· H - 2 2 ; R G G 3 V
(19 6 1), p. 9 6 1; H eiler, p. 5 6 2 .
78 2. RITO Y SANTUARIO

p o d e r » 3, y la e x p e rie n c ia de lo sagrad o se re p rese n ta com o u n a in te n sa in te ra c c ió n


de mysterium tremendum, fascinans y augustum. E n el re p e rto rio de signos, esta in te ra c c ió n se
m an ifiesta en la y u x ta p o sic ió n de e lem en to s am en azado res y atractivos —fu e g o , sa n ­
gre y arm as p o r u n lad o , y c o m id a y sexu alid ad , p o r o tro —, p o r gestos de su m isió n al
la d o de im p o n e n te s m u estras de p o d e r y p o r las bru scas altern an cias de o sc u rid a d y
luz, de en m ascaram ien to y d esc u b rim ien to , estatism o y m o vim ien to , s o n id o y s ile n ­
c io . E ste c a si-le n g u a je n o o p e ra só lo m e d ia n te el a p re n d iz a je y la im ita c ió n , sin o
que actúa co m o u n a fu erza q u e m arca e sp ecialm en te a n iñ o s y ad olescen tes. S eñ a la
y crea situ acio n e s de an gu stia p a ra su p e ra rla s, c o n d u c e d el m ie d o p r im ig e n io a ser
a b a n d o n a d o al e sta b lec im ie n to de la s o lid a rid a d y a la r e a firm a c ió n d el estatus; de
esta m a n e ra ayud a a s u p e ra r situ a c io n e s re a le s de crisis su stitu y e n d o la a p a tía q u e
g e n e ra la re a lid a d p o r u n a activid ad q u e d istrae de ella; re iv in d ic a la m ás alta s e r ie ­
d ad, el a b so lu to .
C o n s id e r a d o d esd e el p u n to de vista de la fin a lid a d , el c o m p o rta m ie n to ritu a l
p arece m ag ia. U n a cien cia de las re lig io n e s q u e sólo c o n sid e re sign ificativa la a cció n
c o n u n p r o p ó s it o , d eb e v e r la m ag ia c o m o el o r ig e n de la r e lig i ó n 4, ya q u e s o n
« m á g ic o s » los actos q u e in te n ta n c o n se g u ir u n d ete rm in a d o ob jetivo de u n a fo rm a
op aca p e ro d irecta. E l ob jetivo p arece ser la co n se c u c ió n de tod os lo s b ie n e s d esea­
bles y la e lim in a c ió n de p o sib le s im p e d im e n to s: hay m agia p ara la llu via, m ag ia p ara
la fe r tilid a d , m ag ia p a r a e l a m o r y m ag ia d estru ctiva. L a c o n c e p c ió n d el r ito co m o
u n tip o de le n g u a je , s in e m b a rg o , c o n d u c e m ás a llá d e este a rtific io re stric tiv o ; la
m ag ia está p resen te sólo e n la m ed id a e n q u e el rito se sitú a co n scien tem en te al s e r­
v icio de a lgú n fin , lo que in d u d a b le m e n te p u ed e afectar a la fo rm a d el rito . E l ritu a l
re lig io s o se p re se n ta co m o u n a in s titu c ió n co lectiva; el in d iv id u o p a rtic ip a d e n tro
d el m arco de la c o m u n ic a c ió n social, cuya m o tiva c ió n m ás fu erte es la n ecesid ad de
n o esta r a is la d o . L a m a g ia in t e n c io n a l es u n a c u e stió n de in d iv id u o s , p a r a u n o s
p o c o s, y p ro g re sa p o r tan to h acia u n a p s e u d o -c ie n c ia m u y com p licad a. E n la G re c ia
antigua, d o n d e el culto p erte n ece a la esfera co m u n ita ria , p ú b lica, la im p o rta n cia de
la m agia es, en con secu en cia, m ín im a . Y e n cam bio p o r m u ch o que lo s griegos c o n ­
fia ra n en q ue las cosas b u en as d eriva n de los actos devotos, so n sie m p re con scientes
de que su c o n se c u c ió n n o está garan tizad a, sin o que está « e n m an o s de los d io se s » .
U n a v isió n de c o n ju n to de las fo rm a s d el rito p o d ría articu larse segú n lo s d iv e r­
sos g r u p o s so c ia le s q ue se e x p re sa n e n é l: fa m ilia y c la n , c a m p e sin o s, a rte sa n o s y
g u e rre ro s, c iu d ad an o s, rey, sacerd o tes. A lte rn a tiv a m e n te , p o d ría seg u ir lo s ám bitos
de la vid a e n lo s q ue el rito d esp liega su fu n c ió n : n a c im ie n to , in ic ia c ió n y m u erte,
caza y cosech a, h a m b re y e p id e m ia , g u e rr a y v ic to ria . P e ro el m ism o re p e rto r io de
sign o s es em p lead o p o r gru p o s d iferen tes e n situ acion es d iferen tes. P o r este m otivo,
las accion es ritu ales in d ivid u ales, p e ro com p lejas, se an alizarán aq u í e n p rim e r lu gar
y la p rá c tic a g rie g a se c o n s id e ra rá e n el m a rc o de c o n te xto s m ás u n iv e rsa le s. S ó lo
e n to n ces, y e n c o n ju n c ió n c o n la ric a e la b o ra c ió n m ito ló g ic a, se p u ed e p re se n tar la
in te ra c c ió n de re lig ió n y vid a c o m u n ita ria e n tre lo s griego s.

3 F. Pfister, RE s.v. K ultus X I ( 1 9 2 2 ) , cols. 2 1 0 7 - 2 1 0 8 ; GGR, pp. 4 8 -4 9 » 6 8 - 71 .


4 M uy coherente Pfister (véase supra) : cfr. Frazer (véase Introducción I, n. 15 ) ; L . D eubner, Magie und
Religion, 1 9 2 2 . U n a propuesta en O tto (2 ), pp. 11- 4 5 : c fr ■ asimismo M . Douglas, Purity and Danger,
1 9 6 6 , p p . 1 8 - 2 8 . Bibliografía sobre el problem a en H eiler, p. 2 6 .
1. «PRACTICAR LO SAGRADO»: EL SACRIFICIO DE ANIMALES 79

i. « P r a c t ic a r l o s a g r a d o » : e l s a c r if ic io d e a n im a l e s

I .I . D e s c r ip c ió n e in t e r p r e t a c ió n

L a ese n cia d el « a c to s a g ra d o » , q ue p o r e llo se d e fin e a m e n u d o co m o « a c c i ó n » ,


co m o « s a g r a d o » o « h a c e r algo s a g ra d o » , es en tre los griego s u n p ro c e so sen cillo y
n ad a p ro d ig io s o : el sa crific io y co n su m o de u n a n im a l d om éstico « p a r a » u n d io s 1.
E l a n im a l de sa crific io m ás n o b le es la vaca, esp ecialm en te el to r o ; el m ás c o m ú n es
la oveja, d espués la cabra y el c erd o ; el m ás b a ra to es el le ch ó n . E l sa crific io de aves
de c o rra l8 es tam bién com ú n , p ero otras aves3, com o ocas o palom as, p o r n o hablar de
los p e c e s4, so n la e x cep ció n .
E l s a c r ific io es u n a c e le b r a c ió n festiva p a r a u n a c o m u n id a d . Se m a rc a el c o n ­
traste c o n la vid a co tid ia n a : lo s p articip a n tes se b a ñ a n , se visten c o n ro p a lim p ia y se
a d o rn a n , e n p a rtic u la r, llevan u n a g u irn a ld a tejid a c o n ram itas e n la cabeza5, u n uso
que n o aparece aú n e n H o m e ro . E l an im al escogid o d eb e ser p e rfe c to , tam b ién se le
a d o rn a c o n cin tas, se le d o r a n lo s c u e rn o s. U n a p r o c e s ió n a c o m p a ñ a al a n im a l al
a lta r. G e n e ra lm e n te to d os e sp e ra n q u e el a n im a l vaya al s a c r ific io de b u e n g ra d o ,
m ás b ie n « v o lu n ta ria m e n te » ; algunas leyen d as ed ifican tes n a rr a n cóm o lo s a n im a ­
les m arch a b a n al sa crific io p o r p ro p ia in iciativ a cu an d o h abía lleg ad o el m o m e n to 6.
U n a v irg e n in o c e n te al fre n te de la p ro c e s ió n lleva so b re la cabeza la cesta sa crificia l,
en la q ue se e n c u e n tra esco n d id o el c u ch illo p a ra el sa crific io b a jo gran os de cebada
y to rtas. T a m b ié n se lleva u n re c ip ie n te c o n agua y a m en u d o u n in c e n sa rio ; a c o m ­
p a ñ a n a sim ism o la p r o c e s ió n u n o o v a rio s m ú sic o s, n o rm a lm e n te u n o u n a f la u ­
tista. L a m eta es el altar de p ie d ra o el m o n tó n de cenizas « c o lo c a d o » o « e r ig id o »
en tiem p o s a n tig u o s7. S ó lo a llí se p u ed e y se deb e d e rra m a r sangre.

1 Stengel, 19 1Ο ; Eitrem , 1 9 1 5 ; KA, pp. 1 0 5 - 1 2 4 ; L . Ziehen, Æ EXVIII ( 1 9 3 9 ) , cols. 5 7 9 - 6 2 7 ; GGR,


pp. 1 4 2 - 1 5 1 ; E- Forster, Die antiken Ansichten über das Opferwesen, tesis doctoral, Innsbruck, 19 52 ; G asa-
bo na, 1 9 6 6 ; decisivo M euli, 1 9 4 6 = M eu li, 1 9 7 5 ’ PP· 9 0 7 “ I 0 2 I, al que sigue Burkert, GRBS 7
(19 6 6 ), pp. I 0 2 - I I 3 ; HN, en particular pp. 8 - 2 0 ; M . D etienne y J . -P . Vernant, La cuisine du sacri­
fice, 1 9 7 9 (bibliografía; trad, ital.: La cucina del sacrificio in terra greca, 19 8 2 ).
2 Sacrificios de gallos sobre todo para D ioniso, G ore, H erm es, Asclepio, cfr. Matz, Dioiysiake Telete
(Abh . M ainz n° 15 ) , 1 9 6 3 , pp. 4 4 “ 5 2 ; escaso material antiguo en I. Scheftelowitz, Das stellvertretende
Huhnopfer, 1914 ·
3 C fr. D esborough (2 ), p. 25 4 (M esenia); AA ( 1 9 3 8 ) , pp. 5 3 4 ~ 5 3 $ (relieve de Egina); Pap. Oxy. n°
2 4 6 5 , fr. 2 , I, 16 (A lejan d ría, s. I l l ) ; O v. Fast. I , 4 5 I _ 4 5 4 · Sacrificio s de pájaros en am biente
semítico: Porph. De abst. I, 2 5 ; sacrificio de ocas a Isis: Paus. IO , 3 2 , 16 .
4 Sacrificios de pescado a Hécate: Apollod. FGrHist 2 4 4 F 10 9 ; sacrificios de atunes a Posidón: A n t i­
gono de Caristo en A th . 2 9 7 e (“ ¡'r · 5 ^ A D orandi) ; sacrificios de anguilas entre los beocios com o
curiosidad: Agatárquides en A th . 2 9 7 <i - FHG fr. I (III, p. 1 9 2 ) ; cfr. HN, pp. 2 2 7 “ 2 3 5 ·
5 J . K ö ch lin g, De coronarum apud antiquos vi atque usu, 1 9 1 3 ; L- D eubner, ARW 2 0 ( l 9 3 3 ) ’ PP· 7 0 - I 0 4 =
Kleine Schriften zur klassischen Altertumskunde, 1 9 8 2 , pp. 3 8 9 4 2 3 > K . Baus, Der Kranzin Antike und Christen­
tum, 1 9 4 O ; M . Blech, Studien zum Kranzbei den Griechen, 1 9 8 2 . L a corona en el sacrificio como antítesis
al rito fúnebre: anécdota de Je n o fo n te, al enterarse de la m uerte de su h ijo, en Plut. Cons. ad Apoll.
I 1 9 A , D iog. Laert, 2 , 5 4 · U n sacrificio sin corona exige una explicación especial, Apollod. 3, 1 2 0
sobre el culto de las Gracias en Paros.
6 GRBS 7 (19 6 6 ), p. 1 0 7 , n. 4 3 · Víctim as «p e rfe cta s» : leyes de So ló n en Poll. I , 29 (= Solone, Testimo-
nianze sulla vita e l ’opera, ed. de A . M artina, 19 6 8 , n° 4 7 5 ); A rist. fr. I O I Rose.
7 Véase 1 4 , n . 5 1 ·
8ο 2. RITO Y SANTUARIO

U n a vez q u e la p r o c e s ió n h a lle g a d o al lu g a r sa g ra d o , se traza u n c írc u lo q ue


in c lu y e e l lu g a r d e l s a c r ific io , el a n im a l y lo s p a r tic ip a n te s : la cesta s a c r ific ia l y el
re c ip ie n te c o n el agua se lle v a n e n c írc u lo a lre d e d o r de to d o s y se d e lim ita de este
m o d o lo « s a g r a d o » y lo p ro fa n o . T o d o s están « e n to rn o al a lta r » . G o m o p rim e r a
a c ció n colectiva, se vie rte agua de la ja r r a so b re las m an o s de cada p a rtic ip a n te p o r
tu rn o s: éste es el « c o m ie n z o » (drchesthai). T a m b ié n se ro c ía el a n im a l c o n agua, esto
p ro v o ca que sacuda la cabeza, lo que es in te rp re ta d o co m o señal de a sen tim ie n to . E l
d io s de D e lfo s a través d el o rá cu lo d ecla ró :

A q u e l q u e v o lu n ta ria m e n te a sie n te c o n la cabeza d u r a n te el lav ad o d e m a n o s , y o


d ig o q u e p o d rá s sa c rific a r lo le g ítim a m e n te .

A u n to ro se le da agua p a ra b e b e r: así ta m b ié n in c lin a la cabeza.


C a d a u n o de lo s p a r tic ip a n te s coge u n p u ñ a d o de g ra n o s de ceb ad a (oulaí,
oulochytai) de la cesta s a c rific ia l. Se h ace el sile n c io . E l q u e c eleb ra el sa c rific io , c o n
lo s brazos levan tad os h acia el cie lo , re cita u n a o ra c ió n , u n a in v o c a c ió n , u n deseo y
u n voto, c o n p alabras so n o ras y c erem o n io sa s. E n to n c e s, com o c o n firm a c ió n , todos
e c h a n sus g ra n o s d e c eb ad a so b re e l a lta r y e l a n im a l q u e va a ser s a c r ific a d o ; en
algu n o s rito s se tira n p ie d r a s 9. E sta a c ció n , ju n t o c o n el lavado de m an o s, ta m b ié n
se llam a « c o m ie n z o » (katdrchesthai).
E l c u ch illo sacrific ia l de la cesta se d escu b re en to n ces. E l que celeb ra el sa crific io
coge el cu ch illo y, esco n d ie n d o el arm a, se acerca a la víctim a: corta algun os p elo s de
su fr e n te y lo s a r r o ja al fu e g o . E ste s a c r ific io de p e l o 10 es p o r ú ltim a vez u n
« c o m ie n z o » (apárchesthai). A ú n n o se h a d e r ra m a d o sa n g re , p e r o la víctim a ya n o
está intacta.
A h o r a es e l m o m e n to d e l s a c r ific io . A lo s a n im a les m ás p e q u e ñ o s lo s le va n ta n
p o r en cim a d el altar y les c o rtan el cu e llo . U n a vaca es abatida co n u n go lp e de hacha
y e n to n ces se le a b re la a rte ria d el c u e llo . L a san gre se recoge en u n re c ip ie n te y se
esparce so b re el altar y p o r lo s laterales: m an ch a r el altar c o n sangre (haimdssein) es u n
d e b e r p ia d o s o . G u a n d o se asesta el g o lp e fa ta l, las m u je re s d e b e n g r ita r e n to n o s
agu d os y e strid e n te s: « la co stu m b re g rie g a d el g rito q u e a co m p a ñ a al s a c r if ic io » 11
m arca el clím ax e m o c io n a l. L a vida g rita p o r en cim a de la m u erte.
E l a n im a l es d esp ellejad o y d escu artizad o ; los ó rga n o s in te rn o s, esp ecialm en te el
co raz ó n y el h ígad o (splanchna) , se asan lo s p rim e r o s e n el fu eg o d el altar. O c a sio n a l­
m en te el c o raz ó n se a rra n c a d el c u e rp o c u a n d o todavía late, antes que n in g u n a otra
co sa 18. P ro b a r las visceras in m e d ia ta m e n te es el p riv ile g io y el d eb er d el c írc u lo más
ín tim o , m ás re strin g id o de « p a r tic ip a n te s » . D e sp u é s se « c o n s a g r a n » los restos n o
c o m e stib le s: se d is p o n e n lo s h u e so s e n la p ir a p re p a ra d a en el a lta r « e n el o r d e n
d e b id o » 13. E n H o m e ro los « p r in c ip io s » de to d os lo s m ie m b ro s d el a n im al, p e q u e ­
ñ o s tro z o s de c a rn e , se c o lo c a n ta m b ié n e n la p ir a : la c ria tu ra d e sm e m b ra d a se

8 Porph. Deabst. 2 , 9 : ' p. II, n. 1 3 . S ó b re la cesta sacrificial:S u p p l. I V ( 1 9 2 4 ) , cois.8 7 0 - 8 7 5 ;


J . Schelp, DasKanoun, der griechische Opferkorb, 1 9 7 5 -
9 HN, p. 1 2 , η . ι6 .
ΙΟ Eitrem , p p . 3 4 4 - 3 7 ^ ; Ρ· * 2 -
11 Aesch. Sept. 2 6 9 ; HN, p. 1 2 , n. ig.V éase I 4 , η· 5 1 ·
12 HN, p. 1 3 , η . 2 2 .
13 EuthetfsasH es. Theog. 541 ; p. 1 3 , n. 2 4 -
1.1. DESCRIPCIÓN E INTERPRETACIÓN 8ι

re co n stru ye así s im b ó lic a m e n te 14. L o s textos tard ío s y ta m b ié n las p in tu ra s p o n e n el


én fasis e n los h ueso s p élvicos y el rab o ; en la fó rm u la h o m é ric a , s o n los « h u eso s d el
m u s lo » los que se q u em an . T a m b ié n se q u em an o fre n d a s de co m id a, tortas y gachas
e n p eq u eñ as can tid ad es; sob re to d o , el sa c rific a d o r vie rte v in o so b re el fu eg o , y así
el a lc o h o l a rd e . U n a vez q u e se h a n c o m id o la s splanchna y el fu e g o se h a a p a ga d o ,
com ien za la p re p a ra c ió n del ve rd a d ero ban q u ete de ca rn e : el asado y la co cció n , que
tie n e g e n e ra lm e n te u n ca rá cte r p r o fa n o . A m e n u d o se p ro h íb e llevarse la c a rn e a
casa: tod a ella debe ser co n su m id a d en tro d el s a n tu a rio 13. L a p ie l le c o rre sp o n d e al
sa n tu a rio o al sacerd o te.
E l rito d el sa crific io de an im ales va ría e n lo s detalles según la « c o stu m b re an ces­
t r a l» lo c a l, p e ro la e stru c tu ra fu n d a m e n ta l es id é n tica y clara: el sa c rific io de a n i­
m ales es u n a m u e rte ritu a liz a d a seg u id a de u n b a n q u e te de c a rn e . E l r it o , co m o
sign o de lo « s a g r a d o » , es en su m a la p re p a ra c ió n , el « c o m ie n z o » , p o r u n lad o, y
la p o s te r io r re o r d e n a c ió n , p o r o tro ; sa cra liz a c ió n y d e sa c ra liz a c ió n e n to rn o a u n
c en tro , rep rese n ta d o p o r el acto de d ar m u e r te 16, llevado a cabo c o n arm as, sangre,
fu ego y u n g rite río estrid en te.
T a n p ro n to com o la re fle x ió n en tre los g riego s em pezó a m an ifestarse p o r m ed io
de la p a la b r a , el r e q u e r im ie n to p ia d o s o a so c ia d o a este « a c to s a g r a d o » se v o lvió
a m b ivalen te. U n sa c rific io de este tip o se realiza « p a r a » u n d io s, p e ro el d io s e vi­
d e n te m e n te n o re c ib e n ad a: la ca rn e b u e n a sirve e n te ra m e n te p a ra la c e le b ra c ió n
festiva de los « p a r tic ip a n te s » . Se sabe que el sa crificio crea u n a re la c ió n en tre q u ie n
lo realiza y el d io s; lo s poetas n a rra n có m o el d io s recu e rd a el sa crific io c o n agrado
o cóm o se en fu rece p elig ro sam en te si n o se re a liz a 17. P ero lo que llega al cielo es sólo
el v a p o r graso que sube c o n el h u m o ; im a g in a r q ué p o d ría n h a ce r lo s d ioses con él
resulta casi u n a farsa. E n el fo n d o , el rito n o se adecúa a la m ito lo g ía a n tr o p o m ó r -
fica de los dioses. « G u a n d o dioses y h om bres m ortales se s e p a ra ro n » , cuenta H esío d o,
« s e creó el s a c r if ic io » 18: allí, lo s d ioses, in m o rta le s, n o to cado s p o r la m u erte , lo s
cele stiale s a q u ie n e s se d irig e la lla m a s a c r ific ia l; a q u í, lo s h o m b re s , m o rta le s,
d ep e n d ien te s de la co m id a, que m atan. B ie n es verd ad q u e la n a rr a c ió n de H esío d o
explica la d iv isió n de las p o rc io n e s en tre dioses y h o m b re s sólo co m o el fru to de u n
e n g a ñ o . E n esta « s e p a r a c ió n » , en el p r im e r s a c r ific io , P ro m e te o , el am b ivalen te
am igo d el h o m b re , p u so a u n lad o la carn e y las grasien tas visceras del to ro s a c r ifi­
cado y las c u b rió c o n la p ie l y el estóm ago; al o tro lad o e sco n d ió lo s b lan cos huesos
en la grasa b rilla n te . E n n o m b re de lo s dioses Z e u s e lig ió esta ú ltim a p arte , in t e n ­
c io n a d a m e n te , co m o H e s ío d o p o n e de re lie v e ; u n a v e rs ió n a n te r io r h a b ría d ich o
que el p ad re de los d ioses fue en ga ñ a d o 19. E n c u a lq u ie r caso, los co m e n ta rio s m o r ­
daces so b re la q u em a d e los h ueso s y la h ie l « p a r a los d io se s » fo rm a rá n p o s te r io r ­

ly M euli (i), pp. 2 1 8 , 2 5 6 , 2 6 2 .


15 Fórm u la ouphord; ejemplos: ORBS’] (19 6 6 ), p. 1 0 3 , n . 3 6 ; LSS 8 8 ; 9 4 .
16 « S a c r a lis a tio n » /« d é s a c r a lis a tio n » son conceptos fundam entales en H . H ubert y H . Mauss,
«Essai sur la nature et la fonction du sacrifice», Année sociologique 2 (18 9 8 ), pp. 2 9 - 1 3 8 - M . Mauss,
Oeuvres, I, 19 6 8 , pp. 1 9 3 - 3 0 7 .
17 Por ejem plo, Flom . II. I , 4 0 ; 2 2 , 17O ; Od. I, 6 6 ; II. 9, g 3 4 —5 3 7 ; HN, pp. 8 s.
18 Hes. Theog. 5 3 5 : Vernant, p. 14 6 . C fr. además A , Thom sen, « D e r T ru g des P ro m eth eu s», ARW12,
(1 9 0 9 ), pp. 4 6 0 - 4 9 0 ; J . Rudhardt, M H 27 ( 1 9 7 0 ) , pp. 1 - 5 ; Vernant, pp. 1 7 7 - 1 9 4 . [A . Bernabé,
Isimu 7 ( 2 0 0 4 ) , pp. 6 3 - 7 6 ] ; Euthetisas Hes. Theog. 5 4 [ ; H N, p. 1 3 , n. 2 4 ·
19 W e s t(l), p. 3 2 1 ; F. W ehrli, Tïieoria und Humanitas, 1 9 7 2 , pp. 5 ° - 5 5 ·
8 2 2. RITO Y SANTUARIO

m en te p arte d el re p e rto r io h a b itu al de la c o m e d ia 20.· ¿ p u e d e ser u n sa c rific io a q u e ­


llo que n o es u n a o fre n d a ?
L a tra g e d ia g rie g a 21 ro d e a sus p ro p ia s escenas de v io le n c ia te rrib le y d estru c c ió n
n ecesaria co n las m etáfo ras d el sa crific io d e an im ales casi com o u n acom p añ am ien to
h a b itu a l y fre c u e n te m e n te d e s c rib e y re p re s e n ta escen as de s a c r ific io . S in d u d a,
tanto el p o e ta co m o el p ú b lic o e x p e rim e n ta ro n lo q u e W alter F. O tto lla m ó el « v io -
Ie n to d ram a d el a n im a l sa n g ra n d o hasta la m u erte , ... la e x p re sió n de u n estado de
á n im o cuya g ra n d e z a só lo es c o m p a ra b le c o n las o b ra s d e arte m ás e x c e ls a s » 22. E l
shock de lo s te rro re s de la m u erte p re se n tes e n la san gre c alien te q u e b ro ta p ro d u c e
u n im p a cto d ire c to . N o se trata de u n a d o lo ro s a escen a se c u n d a ria sin o d e l c en tro
e n que co n v erg e n tod as las m ira d a s. N o ob stan te, e n la p o s te rio r fiesta, el e n c u e n ­
tro c o n la m u erte se tra n sfo rm a e n a firm a c ió n y d isfru te de la vida.
H istó ric a m e n te , este ritu a l d el b a n q u ete sa crific ia l p u ed e re m o n tarse a la situ a ­
c ió n d el h o m b re antes d el d esc u b rim ien to de la a g ric u ltu ra 33: la caza, esp ecialm en te
la caza m ayo r de reses y caballos, era la tarea p rin c ip a l de los h o m b re s y la fu en te de
a lim e n to e se n cia l p ara la fa m ilia . M a ta r p a ra c o m e r era u n im p e ra tiv o irre vo ca b le ,
sin e m b argo , el acto c ru e n to d eb ía de ir sie m p re aco m p añ ad o de u n d o b le p e lig ro y
u n d o b le m ie d o : q ue el arm a p u d ie r a vo lve rse c o n tra o tro cazad or y q u e la m u erte
de la p re sa p u d ie r a s e ñ a la r u n f in a l s in fu t u r o , m ie n tra s q u e e l h o m b re sie m p re
d e b ía c o m e r y p o r ta n to d e b ía cazar. A lg u n o s e le m e n to s im p o rta n te s de lo s rito s
a n te rio re s y p o ste rio re s al sa c rific io p u e d e n p o r tan to re m o n ta rse a las costu m b res
de caza, e n p a r tic u la r , c o lo c a r lo s h u e so s e n el s u e lo , e sp e c ia lm e n te lo s fé m u re s ,
le v a n ta r e l c rá n e o y e x te n d e r la p ie l: in te n to s de r e c o n s t r u ir el a n im a l m u e r to , al
m e n o s su c o n t o r n o ; lo q u e K a r l M e u li34 lla m ó la « c o m e d ia de la in o c e n c ia » ; la
fic tic ia v o lu n ta d de ser s a c rific a d a de la v íctim a , p u e d e verse ta m b ié n e n este c o n ­
texto . E n el rito d el sa c rific io , p o r su p u e sto , estas costu m b res están estrech am en te
e n tr e te jid a s c o n las fo rm a s e sp e c ífic a s d e c ría de a n im a le s d e lo s c a m p e s in o s d el
N e o lít ic o . E l h e c h o d e q u e el a n im a l d o m é stic o , u n a p o s e s ió n y u n c o m p a ñ e ro ,
d eb a ser s in e m b a rg o s a c rific a d o y c o m id o crea n u evo s c o n flic to s y m ie d o s q u e se
re s u e lv e n e n el r it o : el a n im a l es « c o n s a g r a d o » , su stra íd o de la v id a c o tid ia n a y
som etid o a u n a v o lu n ta d aje n a ; fre cu e n tem e n te es « d e ja d o en lib e r t a d » 23, devuelto
a su estad o de a n im a l salvaje. L o s fr u to s de la a g ric u ltu ra , el g ra n o y el v in o , se
in c o rp o ra n tam b ién a la c erem o n ia , co m o p rin c ip io y fin a l, casi m arcan d o lo s lím i­
tes de la « v id a d o m e stic a d a » 26, e n m ed io de los cuales irru m p e la m u erte, desde u n
a b ism o a tá vico , c u a n d o lo s fr u to s d e la a g ric u ltu ra m ás a n tig u a , lo s g r a n o s de
cebada, se tra n s fo rm a n en p ro y e ctiles sim b ó lico s.
P o r m u y d ifíc il que p u ed a resu ltar p ara la re fle x ió n m ito ló g ica e in telectu al c o m ­
p r e n d e r c ó m o tal sa c rific io afecta al d io s, lo q ue éste sig n ific a p a ra lo s h o m b re s es

20 HN, p. 1 3 , n . 2 4 ; p. 14 , n. 3 0 .
21 G RBS7 (19 6 6 ), en particular pp. I I 3 - I 2 I ; J . P. G u épin, The tragic paradox. Myth and ritual in Greek tragedy,
19 6 8 .
22 O tto (2 ), p. 2 3 .
23 M euli (2 ); HN, passim, en particular p p . 2 0 - 3 1 .
24 M euli (i), en particular p p . 2 2 4 - 2 5 2 .
25 HN, p. 2 3 ·
26 A sí para el sacrificio en Eleusis se tom an las oulaí de la llanura de Raro, donde, según el m ito, cre­
cieron los prim eros cereales, Paus. I, 38, 6-
1.2. RITOS CRUENTOS 83

sie m p re b astan te c la ro : c o m u n id a d (koinonía)27. L a p e r te n e n c ia a la c o m u n id a d se


m arca c o n el « la va d o de m a n o s » , el situarse en círcu lo y e l lan zam ien to colectivo de
c erea le s; u n a r e la c ió n a ú n m ás e strech a se f o r ja a través d e la « d e g u s ta c ió n de lo s
splanchna^·. D esd e u n p u n to de vista p sic o ló g ic o y e tio ló g ic o , so n la a g re sió n re p re ­
sentada en c o m u n id a d y la « c u lp a » c o m p artid a las que crean so lid a rid a d . E l círcu lo
de lo s « p a r tic ip a n te s » se ha c erra d o p a ra lo s de fu e ra ; al h a ce rlo , lo s p articip a n tes
asu m e n p ap eles m u y d iferen tes e n la « a c c ió n » c o m u n ita ria . P rim e ro d e b e n « l l e ­
v a r » la cesta, el ja r r o de agua, el in c e n sa rio y las an to rch as y « c o n d u c ir » a los a n i­
m ales; después siguen los niveles del « c o m ie n z o » , la o ra ció n , el sacrificio , la d eso lla­
d u ra y el d e sm e m b ra m ie n to ; a c o n tin u a c ió n tie n e n lu g a r el c o c in a d o p rim e r o de
lo s splanchna y d esp u és d el resto de la c a rn e , se g u id o de la lib a c ió n de v in o y f in a l­
m e n te la d is tr ib u c ió n de la c a rn e . M u c h a c h o s y m u c h a c h as, h o m b re s y m u je re s,
to d o s tie n e n su lu g a r y su tarea. U n o es el s a c r ific a d o r, el sa ce rd o te , q u e d irig e la
ce re m o n ia , reza, degusta y h ace lib a c io n e s; e n su te m ero so resp eto h acia lo d ivin o ,
ta m b ié n d em u e stra su p r o p io p o d e r, u n p o d e r q u e, a u n q u e en re a lid a d só lo p r o ­
duce m u erte , p arece e contrario abarcar tam b ién la vida. E l o rd e n de la vida, u n o rd en
social, se constitu ye e n el sa crific io m ed ia n te actos irre vo c a b le s; « r e l ig i ó n » y exis­
te n cia c o tid ia n a se e n trem ez cla n de u n a fo rm a ta n c o m p le ta que cada c o m u n id a d ,
cada o rd e n , d eb en ser in stitu id o s a través de u n sa crific io .

1. 2 . R i t o s c r u e n t q .s

E l p o d e r de la sangre e n la creen cia y e n la su p e rstic ió n h a sid o a m en u d o o b jeto de


d iscu sion es e tn o g rá fic a s88. E n tre lo s griego s, lo m ás so rp re n d e n te es u n a cierta re ti­
cen cia h acia la m ag ia de la san gre; n o hay h u ellas de u n ta b ú u n iv e rsa l de la sangre,
c o m o e n la le y d e lo s ju d í o s 89. E l s a c r ific io d e a n im a le s c o n siste e n el d e r r a m a ­
m ie n to de sangre y q ue los altares se lle n e n de sangre (haimdssesthai) es u n a caracterís­
tica d el acto d el s a c rific io en s í3°. E n las p in tu ra s de los vasos, los laterales encalados
de lo s altares se m u estra n siem p re salp icad os de sangre co m o te stim o n io de la cere­
m o n ia sagrada. Se dice que u n altar de D íd im a h ab ía sid o h ech o c o n la sangre de las
v íctim a s31. S ig n ific a tiva m e n te, las víctim as q u e e ra n gratas a lo s d io ses so n an im ales
de san gre c a lie n te , so b re to d o g ran d e s m a m ífe ro s ; lo s p eces, a p esa r de ser m u ch o
más im p o rta n te s p ara el sustento d ia rio , ra ra m e n te so n sa crifica d o s (v. n o ta 4 )· L o
q u e c u e n ta es e l f lu ir d e la sa n g re c a lie n te q u e d e s p ie rta te m o r e in q u ie tu d . L o s
s a c r ific io s in c r u e n to s s o n d esc rito s c o n u n é n fa sis e sp e cia l c o m o « p u r o s » (hagná
thymata)32. E l sa crific a d o r, sin em b argo, en cierto sen tid o n o es « im p u r o » , sin o que
goza d e u n estatus « s a g r a d o » e x ce p cio n a l, c o n fo rm e al o r d e n d iv in o que legitim a y

27 « ¿ Q u é sacrificio puede ser grato a los dioses sin los com en sales?», D io Chrys. Or. 3 » 9 7 · Se invi­
tan tam bién eventuales huéspedes no previstos: Horn. Od. 3, Xss.
28 H . L . Strack, DasBlutim Glauben und Aberglauben der Menschheit, 7I 9 0 0 ; H . Tegnaeus, Blood-brothers, I 9 5 1 »
J . H . Waszink, R A C H ( i 9 5 4 )> cols. 4 5 9 _ 4 7 3 ; GGR, pp. 15 0 s .
29 U n a m orcilla de sangre completamente profana se encuentra ya en H om ero , Od. 20> 2 5 ” 2 7 ·
30 A esch. Sept. 2 7 5 ; T h eo cr. Epigr. I; Porph. Deabst. 1 , 2 5 * Stengel, pp. l8 s .
31 Paus. 5 » 1 3 . II; GGR, p. 87? probablemente mezclada con otros restos de sacrificios, fundam ental­
m ente sobre el m odelo del altar de cenizas (véase I 4 . n · Öl)·
32 V é a se V 4 »n. 26.
84 2, RITO Y SANTUARIO

exige el d e rra m a m ie n to de san gre e n el lu g a r sagrad o. P o r este m otivo , n o se p u ed e


h e r ir n i m atar a u n h o m b re q u e se sien te sob re o ju n t o a u n altar; ello re p re s e n ta ­
r ía u n a p e r v e r s ió n de lo sagrad o q u e p re c ip ita ría a la r u in a a la ciu d ad e n te ra 33. E l
p o d e r p ro te c to r, de asilo, d el a ltar está e n re la c ió n p o la r c o n el d e rra m a m ie n to de
sangre; el d e rra m a m ie n to de sangre h u m a n a constitu ye el extrem o o p u esto , au n q u e
m u y sim ila r, d e l acto p ia d o so .
E n algu n o s cultos se d e rra m a san gre h u m a n a ; tal p rá ctic a te n ía p ara lo s griegos
u n o rig e n « b á r b a r o » . Se m e n c io n a en p a rtic u la r com o p a tro c in a d o ra de tales rito s
la im agen de la A rte m is T á u ric a , q u e p re sid ía los sa crificio s h u m a n o s en G ó lq u id e y
que fu e p o ste rio rm e n te llevada a G re c ia p o r O restes ju n to co n Ifig e n ia . Se decía que
d eb ía ser cu sto d ia d a e n H ala s A r a fé n id e s e n el Á tic a , d o n d e d u ra n te el s a c r ific io a
A r t e m is T a u r ó p o lo , se le c o rta b a e l c u e llo a u n h o m b re c o n u n c u c h illo 34, o e n
O rtia e n E sp a rta , d o n d e lo s e fe b o s e ra n flag elad o s ju n t o al a lta r35.
H ay rito s sacrificiales e n los que el d erra m a m ie n to de sangre p arece ser u n fin en
sí m ism o y n o el p re lu d io d e u n b a n q u e te ; so n « s a c r ific io s de sa n g re » e n sen tid o
estricto , sphdgias6. T ie n e n lu g a r so b re to d o e n dos situ acio n es extrem as: antes d e la
batalla y d u ran te el e n te rra m ie n to de lo s m u erto s; el otro contexto e n el q u e se p r o ­
d u c e n es e n las « p u r if ic a c i o n e s » . A n te s de la batalla, lo s esp artan o s sa c rific a n u n a
cabra e n h o n o r de A rte m is Agrotéra 37; sin em b argo, h abitu alm en te los testim o n io s n o
m e n c io n a n a n in g ú n d io s, sin o só lo el h ech o de que en el cam p o de batalla, al avis­
tar al e n e m ig o , el g e n e ra l o lo s a d ivin o s q u e ac o m p a ñ a n al e jé rc ito c o rta n el cu ello
de an im ales, así que se llevan reb añ o s com p leto s p ara tal p ro p ó sito . A p a rtir de c ie r ­
tas señales en las visceras de las víctim as, lo s ad ivin os d ete rm in a n las p o sib ilid ad e s de
éxito en la b atalla. E l s a c rific io d el a n im a l in o c e n te y d ó c il es u n a a n tic ip a c ió n p r e ­
m o n ito r ia de la batalla y sus im p rev isib le s p e lig ro s; es u n « c o m ie n z o » . Se dice que
e n la b atalla de S a la m in a fu e r o n sa crific a d o s p ris io n e ro s p ersas e n lu g a r de a n im a ­
le s 38. E n e l m ito e n c o n tra m o s m u c h a s v a ria n te s d el —su p u e sta m en te v o l u n t a r io -
s a c r ific io de v írg e n e s a n tes d e la b a ta lla ; Ifig e n ia e n A u l id e 39 p u e d e ta m b ié n
in c lu ir s e d e n tro de este g r u p o . E n lo s Siete contra Tebas d e E s q u ilo , la a m e n a z a d o ra
a n tic ip a c ió n d el d e rra m a m ie n to de san gre se p resen ta en fo rm a de ju ra m e n to : ante
las m u ra lla s de T eb as, lo s « S i e t e » s a c rific a n u n to ro « e n u n escu d o rib e te a d o de
n e g r o » to ca n « c o n las m an os la sangre d el t o r o » y ju r a n « p o r A re s, E n io y el sa n ­
g r ie n to T e r r o r s e d ie n to de s a n g r e » v e n c e r o m o r i r 40. D e n o s e r así, lo s rito s de

33 C o n o cid ísim o fue el «sacrile g io c ilo n ia n o » en A tenas, en el año 6 3 6 o 6 3 2 , que proyectó su


sombra durante doscientos años; véase II 4 < n - 18 · C fr. S. Schlesinger, Die griechische Asylie, tesis doc­
toral, Giessen, 1 9 3 3 ; GGR, pp. 77 s-
34 E u r. Iph. Taur. I 4 5 ° “ 1 4 6 l·
35 Paus. 3 , 16 , 9 ; sólo las fuentes más tardías subrayan que debe m anar la sangre; véase III 2 . 6 , n. 3 2 ;
V 3 . 4 , n. 18 .
36 Stengel, pp. 9 2 - 1 0 2 ; Ziehen, RE III A (19 2 9 ), cols. 1 6 6 9 - 1 6 7 9 ; Gasabona, pp. 1 8 0 - 1 9 3 ; S. Eitrem ,
«M an tis u nd sphágia», Symbolae Osloentes 18 ( 1 9 3 8 ) , pp. 9 - 3 0 . Véase V 4 , η . 2 6 .
37 X en . Lac.pol. 1 3 , 8; Hell, 4 . 2 , 2 0 ; Plut. íjc . 2 2 , 2 ; en general Pritchett, pp. 8 3 - 9 0 .
38 Phainias, fr. 2 g W ehrli = Plut. Them. 1 3 ; A . H enrichs, en Le sacrifice dans l’antiquité, Entretiens Fonda­
tion H ardt 2 7 , 1 9 8 ! ’ pp. 2 0 8 - 2 2 4 ·
39 Véase H N , pp. 7 7 s-
40 Aesch . Sept. 4 2 - 4 8 ; u n sacrificio del ju ram en to sim ilar: X e n . Anab. 2, 2, 9 ; sobre los sacrificios
del juram ento véase V 3 · 2 .
1.3. RITOS DEL FUEGO 85

h e rm a n d a d de sangre y el b e b e r san gre en c o m u n id a d se a trib u y e n g e n e ra lm e n te a


b á rb a ro s o, si n o , a g ru p o s extrem os al m a rg e n de la so c ie d a d 41.
E n lo s rito s fú n e b re s se sa crifica n an im ales y se q u em a n en la p ira fu n e ra ria . E n
la p ira fu n e ra ria de P atro clo , A q u ile s sacrifica m uchas ovejas y vacas, cuatro caballos,
dos p e r ro s y doce p ris io n e ro s tro y a n o s42. E ste p ro c e d e r p u ed e en te n d erse com o u n
a rre b a to de im p o te n c ia y de c ó le ra : « s i tú estás m u e r to , lo s d em ás n o d e b e r ía n
v i v i r » 43. S in e m b a rg o c u a n d o se c u e n ta q u e « e n t o r n o al ca d á ve r flu ía la sa n g re
re c o g id a e n c u e n c o s » , q u ed a c la ro q u e la in t e n c ió n es q u e la sa n g re lle g u e al
m u e r to d e a lg u n a m a n e ra , p a ra d e v o lv e rle la v id a y el c o lo r ; e l r o jo se u sa en lo s
e n te rra m ie n to s ya e n el p a le o lític o 44.
T ales sa c rific io s se re p ite n ta m b ié n varias veces en h o n o r d e l d ifu n to . E n estas
ocasiones n o se erige u n altar, sin o que; se excava u n a fosa en el te rre n o (bóthros) 45, en
la q u e se v ie rte la sa n g re . L a c re e n c ia q u e subyace es q u e la san gre q u e flu y e h a c ia
a b a jo , lle g a a lo s m u e rto s, q u e se a lim e n ta n d e e lla 46: es la « s a c ie d a d de s a n g r e » ,
(haimakouría). E n el texto lite r a r io m ás an tig u o y m o d é lic o que d escrib e este tip o de
s a c r ific io f u n e r a r io , éste se c o n v ie rte e n u n a in v o c a c ió n d e l m u e r to : O d is e o ,
s ig u ie n d o las in d ic a c io n e s de la h e c h ic e ra C ir c e , excava u n a fo sa cu ad rad a (bóthros)
en el lím ite d el m u n d o y, d espués de u n a trip le lib a c ió n y de u n a o r a c ió n a H ad es y
P e rsé fo n e , sacrifica u n ca rn e ro y u n a oveja n e g ra h a cien d o que la sangre se vierta e n
la fosa; acto seguido las alm as (psychaí) se re ú n e n p ara b e b e r la sangre y p ara d esp ertar
b revem en te su co n scien cia. L o s an im ales sacrificad o s so n después qu em ad o s ju n to a
la fo s a 47.

1 .3 . R it o s d e l f u e g o

E l fu e g o es u n o de lo s fu n d a m e n to s de la vida civilizada. E s la fo rm a m ás p rim itiv a


de p ro teg erse de las fiera s y p o r tan to ta m b ié n de los m alos e sp íritu s. D a luz y c a lo r
y, sin e m b a rg o , es sie m p re d o lo ro s o y p e lig ro s o , el p ro to tip o de la d estru c c ió n : lo
que antes era g ran d e , fijo y só lid o se disuelve e n h u m o y cenizas. L a m u ltifo rm e fa s ­
c in a c ió n p o r el fu e g o está p re se n te casi en cada u n o de lo s actos cu ltu ales g rie g o s.
L o s sacrific io s sin fu eg o son excep cion es raras e in te n c io n a le s48 y, a la inversa, r a r a ­
m e n te h ay fu e g o s in s a c r ific io ; el « h o g a r » , Hestia, es ta m b ié n u n a d io sa 49. U n a
fo r m a a n tigu a de te m p lo es la « ca sa c o n h o g a r » ; lo s tem p lo s a n tigu o s de D re ro s y

41 H dt. I , 7 4 . 6 ; 4 , 7 0 ; Plat. Critias I 2 0 a , sobre lo cual véase H . H erter, Rhein. Mus. 10 9 (19 6 6 ), pp.
245- 255·
42 n. 2 3 , 1 6 6 - 1 7 6 .
43 M euli (1), pp. 2 0 I - 2 0 7 y «En tsteh un g und Sin n der T rau ersitten », Schweiz. Archiv fu r Volkskunde 4 3
(1 9 4 6 ) , pp. 1 0 6 - 1 0 8 ; HN, pp. 6 4 s .
44 fl- 2 3 , 3 4 ; sobre el uso del ocre en las inhum aciones véase M ü ller-K a rp e I, pp. 2 3 2 - 2 3 5 *
45 pp· 16 s.; H errm an n ( i) , pp. / Ί - 8 2 .
46 Véase rv I, η. 4 2 -
47 Od. 10 , 517 - 5 3 7 : n . 2 3 - 5 0 .
48 KA, p. 1 0 2 ; sacrificio nocturno de los hipparchoíbeocios, Plu. Degen. Socr. 5 7 δ H ; HN, p. 2 1 0 ; sacrifi­
cios en Lem nos durante el período de purificación, véase η. 5 7 ; en ^as Tesm oforias, véase V 2 - 5 -
Aesch. Sept. 4 2 - 4 8 ; u n sacrificio del juram ento similar: Xen. Anob. 2 , 2 , 9 ; s°h re los sacrificios del
juram ento véase V 3 -2 .
49 Véase III 3.1, n . 2 .
86 2. RITO Y SANTUARIO

P rin ia s e n G reta p e rte n e c e n a este tip o , al ig u a l q u e el te m p lo de A p o lo e n D e lfo s,


q ue siem p re tuvo su hestia e n su in t e r io r 50. E n otro s casos el altar se e n c u en tra n o r ­
m a lm e n te al a ire lib r e , fre n te a la e n tra d a d e l te m p lo ; e n v irtu d de su fu n c ió n , el
altar es el p re e m in e n te lu g a r d el fu e g o , el « h o g a r de los d io s e s » 51. S ó lo e n el culto
de D io n iso se hace referen cia a p ro d ig io s d el fu e g o 58; p ero el re p en tin o encenderse de
la lla m a d e l fu e g o d e l a ltar es in te rp r e ta d o c o m o sig n o d e la p re se n c ia d iv in a 53, lo
q u e da ta m b ié n u n a e sp e cia l im p o r t a n c ia a las lib a c io n e s de aceite y v in o v e rtid a s
sob re el altar.
D e la m ism a m a n e ra q u e e n la casa e l fu e g o d e l h o g a r n o p u e d e a p a g a rse , así
ta m b ié n e n m u ch o s te m p lo s se m a n tie n e e n c e n d id o u n fu eg o p e rm a n e n te : el m ás
n o ta b le es el d el te m p lo de A p o lo e n D e lfo s , p e r o ta m b ié n lo s hay e n el te m p lo de
A p o lo Lykios e n A r g o s y e n e l de A p o lo Kárneios e n C i r e n e 54. G o m o u n a f o r m a de
p e r fe c c io n a m ie n to té c n ic o , la lá m p a ra p e r m a n e n te m e n te e n c e n d id a su stitu ye al
fu eg o e n el tem p lo de A te n e a P o lía d e e n A te n a s, y ta m b ié n en el de H e r a en A rg o s y
e n el cu lto de A s c le p io . U n fu eg o de este tip o es la e n c a rn a c ió n d e la c o n tin u id a d
del san tuario y de la co m u n id ad ; la lám p ara de A ten ea se apagó p oco antes de q u e Sila
to m a ra y d e stru y e ra A te n a s 55. P e ro c o n el e x tin g u irs e y e l reavivarse d el fu e g o , se
p u e d e o fre c e r u n a im p o n e n te re p re se n ta c ió n de la secu en cia fin , « p u r if ic a c ió n » y
nuevo c o m ie n z o . E n A rg o s, el h o g a r de la casa en la q ue algu ien h a m u erto se apaga
y, después d el p re sc rito p e río d o de lu to , se trae nuevo fu eg o d el h o g a r de la c o m u n i­
dad y el fu eg o d om éstico se e n c ie n d e de n u evo c o n u n sa c rific io 56. L a isla de L e m n o s

se p u rifica en un determ inado p eríod o del año y el fuego en la isla se apaga


durante nueve días. U n barco que lleva una delegación festiva va a traer fuego de
Délos. U na vez que el barco ha llegado y han distribuido el fuego para todas las
demás necesidades de la vida y especialm ente para los artesanos que dependen
del fuego, dicen « a partir de ahora empieza una nueva vida para ellos» ^ ■

D esp u és d e la b atalla de P latea, lo s g rie g o s d e c id ie r o n to d o s ju n to s ir a tra e r fu ego


n u e vo de D e lfo s ; d esp u és lo s a te n ie n se s, b a sá n d o se e n c ie rtas se ñ a le s, e n v ia ro n
repetid as veces u n a m isió n « p ít ic a » a D e lfo s p ara tra er fu ego a A ten as e n u n caldero
c o n tré b e d e 58.
L o s altares que están al aire lib re n o a lb ergan u n fu ego p e re n n e ; se e n c ie n d e n en
u n a im p o n e n te ce re m o n ia e n el tra n scu rso d e la fiesta. E n O lim p ia , el v e n c e d o r de
la ca rre ra e n el estadio tien e el d erech o de s u b ir al altar al que el estadio está o r ie n ­

50 Véase II 5 , nn. 6 1 - 6 3 , cfr. I 4 , n. 16 ; III 3 .I , n. 5.


51 Aesch. Sept. 2 7 5 ·
52 Ps. A rist. Mir. 8 4 2 a 15 - 2 4 ; E u r. Bacch. 7 5 8 ; L ib . 3 9 , 1 3 , 1 2 .
53 Plut. Them. 1 3 , véase n. 3 8 . Sobre las libaciones de vino, véase T h eo p h r. De igne 6 J W im m er.
54 L . M . R . Sim ons, Flamma aeterna, 1 9 4 9 : D elfos: Plut. De /' 3 8 5 C , Numa 9 - 1 2 , Aristid. 2 0 ; Paus. 10 ,
2 4 , 4 » cfr· Aesch. Cho. 1 0 3 7 : SIG 8 2 6 G 14 . A rgo s: Paus. 2, I9 , 5 : C iren e: C allim . Flymn. 2 , 8 3 s .
55 Plut. Numa 9, I I , cfr. HN, pp. 1 7 0 s. ; A rgos: Paus. 2 , 17 , 7 : Asclepio: IG I V I a 74 2 = LSS 2 5 ·
56 Plut. Quaest. Gr. 2 9 6 F ; véase II 4 , n. 4 6 ; IV I.
57 Philostr. Her. 5 3 , 5~7 de I .annoy, cfr. Burkert, CQ ,2 0 (19 7 0 ), pp. I - 1 6 ; HN, pp. 2 1 2 - 2 1 8 .
58 Plut. Aristid. 2 0 , 4 - 8 ; fuentes principales sobre la Pylhais: Strab. 9, 4 ° 4 : SIC 2 9 6 s. ; 6 9 6 -6 9 9 ; 7 1I; G.
C o lin , Le culte d ’Apollon Pythien âAthènes, 1 9 0 5 : A . Boethius, DiePythais, tesis doct., Uppsala, 1 9 1 8 ; Ch.
Oiilkc, Mythos und Zeitgeschichte bei Aischylos, 19 6 9 , pp. 4 3 “ 6 7 : S. V . Tracy, BC H 9 9 (19 7 5 )1 PP- 1 8 5 - 2 1 8 .
1.3. RITOS DEL FUEGO 87

tad o, d o n d e están p rep arad as las p o rc io n e s « c o n sa g ra d a s» de las víctim as sa crific ia ­


le s 59, y e n c e n d e r el fu e g o . E n las P a n a te n e as, se lleva el fu e g o e n u n a c a rre ra c o n
antorch as desde el b o sq u e de A cad em o , a través d el m ercad o , hasta el altar de la diosa
e n la A c r ó p o lis 60. L o s argivos tra e n d el le ja n o san tu ario de A rte m is Pyronía61 el fuego
p a ra sus c e le b ra c io n e s e n L e r n a . L a s p ro c e s io n e s n o c tu rn a s c o n a n to rc h a s 62 están
e n tre las costum bres m ás prim itivas y n u n ca d ejan de im p resio n a r. S o b re to d o tien en
lu ga r en las fiestas de D io n iso .
N ad a da u n a im p ro n ta tan característica e in c o n fu n d ib le a u n a d eterm in ad a situa­
c ió n com o u n p e rfu m e distintivo; el fuego h abla n o sólo al o jo , al o íd o y al tacto, sino
ta m b ié n al sen tido d el olfato . L o sagrado se experim en ta com o u n a atm ósfera de p e r­
fu m e d iv in o , lo que sin d u d a se ten ía siem p re en cuenta a la h o ra d e la sele cció n de
las m ad eras y las ram as p a ra el fu eg o sagrad o. E n u n a fó rm u la h o m é ric a , lo s dioses
tie n e n ya sus « a lta re s p e r fu m a d o s » 63. T a m b ié n e n H o m e r o se v e rific a la e vo lu ció n
d e l s ig n ific a d o d el a n tig u o v e rb o thyein, « ( h a c e r ) h u m e a r » , q u e a h o ra d esign a
c o m ú n m e n te el acto de « s a c r if i c a r » 64. N o está cla ro q ué es lo q u e echa P a tro clo al
fu ego p a ra lo s d ioses, n i q u é acon seja H esío d o sah u m ar p o r la m añ an a y p o r la tarde
com o o fre n d a 65. E n cu alq u ier caso, la im p o rta ció n de sustancias especiales p ara sahu­
m a r, so b re to d o in c ie n so y m irra , co m en zó co m o m u y ta rd e e n to rn o a 7 ° ° ; éstas
lle g a b a n a G re c ia d el su r de A r a b ia a través de in te r m e d ia r io s fe n ic io s y e n g rie go
c o n servan sus n o m b res sem íticos. C o n el co m e rcio debe de h aberse d ifu n d id o tam ­
b ié n la p ráctica d el c u lto 66. E l tip o de in c e n sa rio u tiliz a d o , el thymiatérion, es de o rigen
b a b ilo n io -a s ir io y p ro b a b le m e n te lleg ó a G re c ia y a los etru scos a través de C h ip re .
Las ofren d as de in cien so y los altares están p articu larm en te asociados al culto de A fr o ­
d ita y A d o n is ; e n e fe c to , el in c ie n s o se m e n c io n a p o r p r im e r a vez e n el p o e m a de
S a fo 67 q ue in vo ca la e p ifa n ía de la d io sa A fr o d it a e n su b o sq u e de m an zan o s y rosas
en tre ra m a s tré m u la s y altares de in c ie n s o . E l u so d e in c ie n s o se vu elve p o s te r io r ­
m en te h a b itu a l e n tod as p artes; e sp a rc ir u n g rá n u lo de in c ie n s o e n las lla m a s es el
acto de o fre n d a sa crificia l m ás d ifu n d id o y m ás sim p le y tam b ién el m ás barato.

5g Philostr. Degymn. 5 ; H N , p. I I ? .
60 HN, p. 175 * Sob re las carreras con antorchas: Jü tb n e r, ñ Z X II ( l 9 2 4 )> cois. 5 ^ 9 “ 5 7 7 ; sobre los
vasos: Metzger, pp. 7 0 s .
61 Paus. 8 , 15 , 9.
62 M . Vassits, Die Fackel in Kultus und Kunst der Griechen, tesis doctoral, M únich , 19 0 O ; ÍIE Vf (1 9 0 9 ), cols.
19 4 5-19 5 3·
63 II. δ, 4 8 ; 2 3 , 14-8; Od. 8, 3 6 3 ; cfr. H es. Theog. 5 5 7 -
64 E n la Ufada sólo 9 , 2 19 s .; luego Od. 14 , 4 4 ^; 15 , 2 2 2 , cfr. 2 6 0 s .; u n adivino como tlryoskóos (véase II 8,
n. 3 0 ) : II. 2 4 * 2 2 1 ; Od. 2 1, 145 ; 2 2 , 3 1 8 ; 3 2 1 . Thysía «sacrificio » p o r primera vez en Hymn. Dem. 2 6 8 ;
3 1 2 ; cfr. Stengel, pp. 4 - 6 ; Gasabona, pp. 6 9 - 7 2 ; tu-we-ta en m icénico es probablemente profano
[«perfu m ista» o antropónimo, cfr. F. A u ra jo rro , Diccionario micénico, II, 1993 - s·11J ■véase I 3 .6 , n. 3 0 .
65 II. 9, 2 2 0 ; H es. Op. 3 3 8 ; thyein de cebada Hymn. Apoll. 4 9 1 ; 5 ° 9 ·
66 H . v. Fritze, Die Rauchopfer bei den Griechen, tesis doct., B erlin , 1 8 9 4 ; F. Pfister, R E I A s.v. Rauchopfer
( 1 9 1 4 ) , cols. 2 6 7 _ 2 8 6 ; M . D etienne, Les Jardins d'Adonis, 1 9 7 2 , p p . 7 I - 7 ^ [trad, esp.: Los Jardines de
Adonis, 1 9 8 3 ] ; sobre el thymiatérion·. H . W iegand , Bonner Jahrbücher 1 2 2 ( 1 9 1 2 ) , p p . I ~ 9 7 ; ΤΙΕΎ Ι A
(1 9 3 6 ), cols. 7 0 6 - 7 1 4 ; EAA I V (19 6 1), pp. I 2 6 - 13 O ; G . Zacagnino, Il Tlymiaterion nel mondo greco. Ana-
lisi delle fonti, tipología, impieghi, 19 9 8 . « In c ie n s o » líbanon, libanotós, hebreo lebona; m irra myrrha, hebreo
mur, E . Masson, Recherches sur Ies plus vieux emprunt sémitiques en grec,19 6 7 , pp. 5 3 “ 5 ^; W . W . M üller, Glotta
5 2 ( 1 9 7 4 ) . pp- 5 3 - 5 9 ·
67 Fr. 2 Voigt; incienso y m irra fr. 4 4 ) 3 ° Voigt [trad. esp. : H . Rodríguez Som olinos, Poetisas griegas,
1994·, fr. 83 y 5 5 ].
88 2. RITO Y SANTUARIO

L as fiestas que se d e fin e n en su c o n ju n to p o r el p o d e r destructivo d el fu eg o son


m u y costosas. L a d e s c r ip c ió n m ás d e ta lla d a de u n a fie sta de este tip o es la q u e da
Pausanias de u n a fiesta que se re m o n ta a ép o ca im p e ria l, la de L a fr ia e n P a tra s68;

A lrededor del altar colocan en círculo leños de madera aún verde, cada uno de
ellos de hasta dieciséis codos de largo; dentro, sobre el altar, están los leños más
secos. E n la época de la fiesta construyen una subida más suave al altar apilando
tierra sobre sus escalones. [...] Echan vivos al altar pájaros comestibles y todo
tipo de víctimas y además jabalíes, ciervos y gacelas ; algunos echan incluso lobez­
nos y oseznos y otros incluso bestias salvajes ya crecidas. Tam bién colocan en el
altar frutos de árboles cultivados y entonces prenden fuego a los leños. Entonces
vi un oso y otros animales empujando con fuerza hacia fuera con el prim er ata­
que del fuego, algunos incluso escapaban gracias a su fuerza; pero los que los
habían echado al fuego los conducían de nuevo a la pira.

E l san tu ario se co n vierte en u n a n fite a tr o . P e ro el culto de A rte m is Laphría p ro v ie n e


de G a lid ó n , d o n d e existía el lu g a r de cu lto en época g e o m é trica y fu e e rig id o el sa n ­
tu ario m ás an tigu o e n el siglo V I I. E l m ito asociad o a su cu lto es aú n m ás a n tig u o ; la
litada n a rr a la ir rita c ió n de A rte m is q u e llev ó a la caza d el ja b a lí de G a lid ó n y, fin a l­
m ente,, a la m u erte de M ele a g ro ; seg ú n la v e rs ió n o rig in a l a n te rio r a la IUada, m u rió
c u a n d o su m a d re A lte a v o lv ió a e c h a r al fu e g o u n le ñ o q u e h a b ía sid o sacad o d el
fu eg o en el m o m e n to de su n a c im ie n to 69; u n re fle jo de u n sa c rific io a través de la
d estru cció n p o r el fu eg o . C la ra m e n te re lacio n ad as están las Elaphebólia de A rte m is en
H iá m p o lis y la fiesta de lo s G u retes en M e s e n e 70. O tra fiesta de fu eg o co n el s a c r ifi­
cio de u n to ro y c o m p e tic io n e s71 te n ía lu g a r e n el m o n te E ta en h o n o r de H eracle s.
Se c o n sid e ra b a u n a c o n m e m o ra c ió n de la te rr ib le a u to in m o la c ió n de fie r a c le s en
ese m ism o lu ga r, u n m ito q ue, sin d u d a, to m ó im p o rta n te s elem en to s d el rito . E n
T ebas hay u n a fiesta n o c tu rn a p a ra le la e n la q u e « a l ocaso de lo s rayos d el so l, u n a
llam a que b ro ta sin cesar pasa la n o ch e en vela, co ce a n d o el cielo c o n su h u m a red a
a ro m a d a de g r a s a » 72. A q u í s o n h o n r a d o s lo s A lc id a s , lo s « H i jo s d e l V a le r o s o » ,
id e n tific a d o s co m o lo s h ijo s de H e ra c le s; se co n tab a e n to n c es q u e su p ad re e n u n
ataque de lo c u ra los h abía m atado y q u e m a d o . E n el m o n te G ite ró n ju n to a Platea,
los beo cio s celebraban su fiesta de fu ego q u em a n d o toscos íd o lo s co n fo rm a h u m an a
h ech o s de m ad e ra , lo s daídala, y se co n ta b a la h is to ria de la d is c u s ió n de H e r a co n
Z e u s 73 y su re c o n c ilia c ió n . U n a y o tra vez el sa c rific io de u n h o m b re o de u n d io s,

68 Paus. J , l8 , I I - I 3 ; GF p p . 218 - 221 ; sobre el conjunto, véase Nilsson Op. I, p p . 53 I s·; M euli ( i ) , p p .
20 9s.
69 A- 9 > 5 2 9 - 5 9 9 ; Phrynichos, fr. 6 (TrGF I, p. 75 ); Bacchyl. 5 » 9 7 _ I 5 4 ; PR II, pp. 8 8 - 1 0 0 ; van der
K o lf, RE X V (19 31)» cols. 4 4 ^ ~ 4 7 8 ; I- T h . K a k rid is, Homeric Researches, 1 9 4 9 * pp- G.
A rrig o n i, «A talanta e il cinghiale b ia n c o » , en W . A A . , Scripta Philologa I, 1977 » ΡΡ· 9 - l 8 · Sobre el
santuario: E . D yggve-F. Poulsen, Das Laphriuort, der Tempelbezirk von Kalydon, C openhague, 1 9 4 8 .
70 Hiám polis: Paus. IO , I , 6; Plut. De mul. virt. 244 -BD. GF, pp. 221 - 2 2 5 ; GGR, pp. 2 7 s. Mesene: Paus.
4 , 3 1. 9; GF, pp. 4 3 3 s.
71 Excavación: Deltion 5 (1919)* A nexo, pp. 2 5 - 3 3 : Y · Béquignon, La vallée duSpercheios, I 9 3 7 > pp* 2 0 4 -
2 2 6 ; N ilsso n , Op. I, pp. 3 4 ^ _ 354 '! GGR, p. 8 7 , n. 1 3 1 ; GRBS 7 ( 1 9 6 6 ) , p. 1x 7; So p h . Phil.
1 4 3 2 ; sobre la fiesta: Schol. T II. 2 2 , 159 Erbse; sobre el m ito, véase IV 5 ·Ι·
72 Pind. Isthm. 4 , β 7 ~ 7 4 ; Pherecyd. FGrHist 3 fr. 1 4 ; A p o llo d . 2 , 7 ^; PR Π, pp. 6 2 7 - 6 3 2 .
73 Véase I 3 . 3 , η. 3O ; II 7 , n. 9 3 ; III 2 . 2 , n. 5 5 .
1.4. ANIM AL Y DIOS 89

in s in u a d o e n el rito y e je c u ta d o e n el m ito , está d etrás de las fiestas de fu e g o . L a s


h o g u e ra s de S a n J u a n y de N a v id a d de la tr a d ic ió n p o p u la r e u ro p e a n o so n p o r
tan to el o r ig e n y la ex p lic a c ió n de lo s rito s a n tig u o s74, q u e n o están n ecesariam en te
re la c io n a d o s c o n el cu rso d el so l y el ritm o d el a ñ o , sin o que so n m ás b ie n r a m ifi­
cacion es y re in te rp re ta cio n e s de la m ism a raíz. L a s p o sib le s co n e x io n e s c o n los c u l­
tos en altu ras m in o ic o s y quizá in c lu so c o n las fiestas de fu e g o sem íticas y anatolias
d eb en co n sid e ra rse , in c lu so au n q u e fa lte n te stim o n io s d ire c to s75.
L o s s a c r ific io s de fu e g o , e n lo s q u e se q u e m a n « c o m p le ta m e n te » a n im a le s o
in c lu s o h o m b re s , lo s h o lo c a u sto s, so n c a ra c te rístic o s d e la r e lig ió n de lo s sem itas
o ccid e n ta le s, d e lo s h e b re o s y lo s fe n ic io s . T o d avía se q u em a b a n n iñ o s e n G artago
en ép o ca h is tó ric a y e n je r u s a lé n la q u em a d ia ria de dos c o rd e ro s de u n a ñ o en el
te m p lo se c o n v irtió e n el c e n tro d el servic io d iv in o 76. L o s g rie g o s a d m ira b a n esta
e n tre g a c o m p le ta al d io s 77, q u e c o n tra sta b a c o n su p r o p ia y c u e stio n a b le p rá ctic a
sa c rific ia l « p r o m e t e ic a » . E n tre lo s grie g o s, lo s h o lo ca u sto s p e rte n e c e n p r in c ip a l­
m e n te al c u lto de lo s m u e rto s, co m o se d e s c rib e n e n la Odisea; c o r r e s p o n d e n a la
c re m a c ió n d e l cadáver y en am b os casos se h a b la d e u n « lu g a r d e l f u e g o » (pyrá)7&.
P o r este m o tivo , la q u em a se c o n sid e ra característica de u n tip o esp ecial de s a c rifi­
cios « c t ó n ic o s » 79, en contraste c o n la fiesta sa crific ia l « o lím p ic a » . E sta d ico to m ía,
sin e m b a rg o , n o en caja c o n lo s te stim o n io s: hay b a n q u etes sacrific ia les e n el culto
de dioses que so n exp lícitam en te llam ad os « c t ó n ic o s » 80 y tam b ién e n el cu lto de los
m u e rto s y e sp e cia lm e n te en el de lo s h é ro e s ; ad em ás, in c lu so si e x clu im o s com o
casos e sp e cia le s las g ra n d e s fiestas de fu e g o p a r a A r t e m is y H e r a , hay h o lo ca u sto s
ta m b ié n p a ra Z e u s 82. L o q u e es m ás sig n ific a tiv o es el h e c h o de q u e, p o r e je m p lo
p ara Z eu s Polieús, se q uem e p rim e r o u n c o c h in illo y d espués se m ate u n to ro p ara el
b an q u ete sa c rific ia l83, u n a secuen cia que es ta m b ié n m u y fa m ilia r e n tre los sem itas y
q ue p arec e c o r re sp o n d e r de u n a fo rm a exagerad a a la secu en cia d e l s a c rific io n o r ­
m al c o n la « q u e m a de lo s huesos d el m u slo » segu id a d el b an q u ete.

1.4 . A n im a l y d io s

A lgu n as teo rías evolucionistas en cu en tra n en el culto de los an im ales u n antecedente


m u y a trac tivo y « m á s p r im it iv o » de la c re e n c ia en d io se s a n tr o p o m ó r fic o s . U n
m ayor apoyo p ara esta p ersp ectiva llegó en to rn o al cam b io de siglo co n el d escu b rí-

74- « E l antiguo Jahresfeuer p an eu ro peo » decía ya Nilsson, GF, p. 2 2 5 » cfr· GGR, pp. 1 3 O - 1 3 2 ; pero las
com peticiones en el Eta tenían lugar cada cuatro años y la fiesta de las Daídala a intervalos aún más
prolongados.
75 Véase I 3 -3 . nn. 29 y 3 8 ~ 4 0 ·
76 Cartago: D iod. 2 0 , 14 . The Oriental Institute Annual Report ( l 9 7 8 ~ ! 9 7 9 ) t pp- 5 ^ r 5 9 >A T Es 2 9 » 3 &“ 4 3 ;
JVm 2 8 , 1 - 8 ; Ringgren, p. 16 2 , cfr. I 4» n. 4 5 ·
77 Teofrasto en Porph. Deabst. 2 , 2 6 = fr. 5 8 4 A Fortenbaugh; cfr.Philo Leg. ad Gaium 3 5 ^·
78 Od. II, 3 I ; véase n. 4 2 ; cfr. asimismo n. J l .
79 Rohde, pp. 1 4 8 - 1 5 2 ; Pfister, p. 4 7 7 ¡ ΚΑ, ρ ρ · 1 0 5 »T2 4 ;H arrison (i), pp. I - 3 I ·
80 Stengel, pp. 1 3 1 - 1 3 3 ; KA, pp· 1 2 4 s·
81 N o ck II, pp. 5 7 5 - 6 0 2 , véase IV I , n. 2 5 ; IV 3.
82 Calendario de Erquia LSC G l8 Γ 2 0 - 2 1 para Zeus Epopetés, cfr. para Épops Δ 2 1 , E 13 ·
83 E n Gos LSCG 1 5 1 A 2 9 “ 3 ^ ; véase l 4* n. 4 6 ·
2. RITO Y SANTUARIO
9 0

m ie n to d el m a lin te rp re ta d o « t o t e m is m o » , q u e se vio co m o u n a fo rm a o rig in a l de


re lig ió n e n g e n e ra l. P o r tanto se estaba d isp u esto a d e sc u b rir detrás de los d ioses de
lo s g rie g o s (y casi co m o sus p re c u r s o re s ) a n im a le s v e n e ra d o s c o m o d io se s, d io ses
an im ales, y an im ales tó te m 84. S i ello s ig n ific a que el d io s se id e n tific a c o n el an im a l
que se le sacrifica, e n to n ces el p r o p io d io s es sa crifica d o y c o m id o . E l con tacto co n
la te o lo gía cristian a d el sa crific io de la m isa d io fu erza explosiva a estas re fle x io n e s.
S e ría m u y o p o rtu n o d is tin g u ir —algo q u e se d ifu m in a e n el co n c e p to de « d io s
te rio m ó r fic o » y esp ecialm ente e n el de « d io s t o r o » — en tre a) u n dios llam ad o , d es­
c rito , re p re se n ta d o y v e n e ra d o co m o a n im a l, b) u n a n im a l re a l ve n e ra d o c o m o u n
dios, c) sím b o lo s y m áscaras de an im ales en el culto y, fin a lm e n te , d) el a n im a l c o n ­
sagrado destinado al sacrificio. E l culto a los anim ales d el tipo del culto egipcio de A p is
es d esco n o cid o e n G re c ia . E l cu lto a las serp ien tes es u n caso e x ce p cio n a l85. E l m ito ,
p o r su p u e sto , ju e g a c o n las m e ta m o rfo s is a n im a le s . P o s id ó n e n fo r m a de cab allo
e n gen d ra —c o n D e m é ter, que se h a tra n sfo rm a d o en yegua— a A r ió n , el caballo p r i ­
m o rd ia l y u n a h ija m is te rio s a 86. Z e u s e n fo r m a de to ro ra p ta a E u r o p a de T ir o , la
lleva a G re ta y e n g e n d ra c o n ella a M in o s . G u a n d o se cu en ta en to n ces cóm o el to ro
s a c r ific ia l s u rg id o d e l m a r se u n ió a la e sp o sa de M in o s , P a sífa e , y e n g e n d ró al
M in o ta u ro 87, la id e n tific a c ió n de p ro g e n ito r d ivin o y víctim a sacrificial p arece c o m ­
p leta. S in e m b a rgo , en el m ito fo rm u la d o en su totalid ad , M in o s y el M in o ta u ro n o
se sitú an e n absolu to en el m ism o p la n o y m u ch o m en o s sus p ad res. lo , la sa ce rd o ­
tisa de H e r a e n A r g o s , tr a n s fo rm a d a e n n o v illa , es c u sto d ia d a p o r u n g u a rd iá n
envuelto en u n a p ie l de to ro lla m a d o A rg o s , se q u ed a em barazada de Z eu s y es o b li­
gad a p o r H e r a a va g a r p o r el m u n d o ; a q u í, las c o n e x io n e s c o n lo s re b a ñ o s y lo s
s a c r ific io s d e g a n a d o e n h o n o r de H e r a a r g iv a 88 s o n e v id e n te s. S in e m b a rg o , lo s
g rie g o s evita n lla m a r a Z e u s « t o r o » o a H e r a « v a c a » in c lu s o m e ta fó ric a m e n te ,
m ie n tra s q u e e n E g ip to o e n U g a r it, se d ir ig ía n a lo s d io se s de esta m a n e ra sin
e sc rú p u lo s. L a ú n ic a d e n o m in a c ió n de este tip o se e n c u e n tra e n la fó r m u la fija
h o m é ric a « H e r a , la s e ñ o ra de o jo s de n o v illa » , d o n d e ya n o es p o sib le d is tin g u ir
qué era m etá fo ra y qué « c r e e n c i a » .
D io n is o es u n a e x c e p c ió n . E n el c a n to c u ltu a l d e E lid e es in v o c a d o c o m o u n
« t o r o , fu rio s o c o n ta u rin o p i e » 89. G o n bastan te fre c u e n c ia es retratad o c o n c u e r­
n os de to r o y e n G íz ic o , tie n e u n a im a g e n c u ltu a l ta u r o m ó r fic a . H a y ta m b ié n u n
m ito que n a rra có m o fu e sacrificad o co m o u n te rn e ro y co m id o p o r las im p ías c ria ­

84 E n particular Gook, S. Reinach y tam bién H arrison y G orn ford, cfr. Introducción I , n n. 16 y 21 -
2 3 · V isser, p p . 1 3 - 1 6 , Ι 5 7 " 2 0 9 · Contra C . M eu n e r, Der Totemismus bei den Griechen, tesis d octoral,
B o n n , 1 9 1 9 ; cfr. GGR, pp. 2 1 2 - 2 1 6 ; G . A rrig o n i, Annaii delía Scuola Normale Superiore di Pisa S. Hi/14., 3
(1 9 8 4 ), pp. 9 7 5 - 1 0 1 9 ·
85 Sob re el pro blem a del terio m orfism o de los egipcios véase S. M oren z, Ägyptische Religion, i 9 6 0 ,
"19 77 , pp. 2 0 s. [trad, ital.: La religione egizia, 1 9 8 3 ] ; E . H ornu ng, Studium Generale 2 0 (19 6 7 ), pp. 6 9 -
8 4 ; Der Eine und die Vielen, 1971» pp· I O I-114 ; R . M erz, Die numinose Mischgestalt, 19 7 8 . S ó b re la serpiente
véase I 3 . 3 , n n . 5 9 - ^ 4 î IV 2 , n n. 3 " 5 ·
86 Véase III 2 · 3 > nn. 3 4 s·
87 PR II, pp. 3 5 2 - 3 6 4 ? véase I 3 . 2 , n. 2 1.
88 H N, pp. 1 8 1 - 1 8 9 ; G ook III, pp. 6 3 0 - 6 4 1 .
89 Plut. Quaest Gr. 2 9 9 ® = PM G 87I; Eu r. Bacch. I 0 l 7 s.; « d io s -to ro » thedstaûros enTespias, JG V II IJ& J·,
GGR, p. 215 » n · 2. Cízico: Ath . 4 7 6 a. C o n cuernos de toro: Soph. fr. 9 5 9 Radt, Stesimbrot. FGrHist
1 0 7 F 13 , A th . 4 76 a , H orat. Carm. 2 , 19» 3 o · C o o k e n su largo capítulo «Z e u s como un to ro » (III,
pp. 6 0 5 - 6 5 5 ) sólo puede recoger una representación de u n Zfusólbios con cuernos (III, p. 629)»
una estela de época im perial de la zona de C ízico, sobre la cual cfr. RE I X A (1 9 7 2 ), cols. 3 4 I S .
1.4. ANIMAL Y DIOS 91

tu ras p rim ig e n ia s, lo s T ita n e s 8®“. E n ép o ca clásica, sin em b argo , este m ito se oculta
y se m a n tie n e en secreto ya que es escasam ente co m p a tib le c o n la im a g e n p ú b lic a de
lo d iv in o .
E n la ic o n o g r a fía , d io s y a n im a l están ín tim a m e n te a so c ia d o s: el to r o ap arece
c o n Z e u s, el to ro o el caballo c o n P o sid ó n , el c a rn e ro o el m ach o cab río c o n H e r ­
m es, e l c ie rv o o el c o rz o c o n A p o lo y A r t e m is . L a tr a d ic ió n ic o n o g r á fic a , s in
em b argo , tien e vida p ro p ia ; en p artic u la r necesita d ife re n c ia r a los dioses p o r m ed io
de a trib u to s; el d io s - to r o y el d io s-c ie rv o p u e d e n re m o n tarse a la tr a d ic ió n m in o -
ra s iá tic o -h itita 90; la lechuza de A te n e a , el águila de Zeu s y e l pavo real de H e r a - Ju n o
s o n p o c o m ás q u e a n im a le s h e r á ld ic o s 91 p a ra lo s g r ie g o s . E n e l m ito , H é c u b a es
tra n sfo rm a d a e n p e r ro y aco m p añ a a la d io sa H écate, sin d u d a u n a aso cia ció n de los
n o m b re s Hekábe-Heká fe; sin e m b a rgo , este p e r ro se d escrib e com o u n « o b je to su n ­
t u o s o » (ágalma) de la d io s a 92, d el q ue d is fr u ta , de la m ism a m a n e ra q u e to d o s lo s
d ioses go zan c o n las fig u ras de an im ales expuestas en sus san tu ario s. M u ch as de estas
fig u ra s re p re s e n ta n a su vez las víctim as s a c rific ia le s p re fe rid a s d e l d io s: to ro s p ara
Z e u s y P o s id ó n , cie rvo s y cabras p a ra A r t e m is y A p o lo , c a rn e ro s y m ach os cab río s
p a ra H e rm e s y p alo m as p ara A fr o d ita .
E l sa crificio de an im ales es la realid ad subyacente. E n el sa crificio , se e x p e rim e n ­
ta n el p o d e r y la p re se n c ia d el « m á s f u e r t e » , d e l d io s. S ig u ie n d o u n a c o stu m b re
q u e r e m o n ta a Ç a ta l H ü y ü k y a u n a é p o c a a ú n m ás a n tig u a 93, c u e rn o s, e s p e c ia l­
m e n te crá n e o s de to ro c o n c u e rn o s, « b u c r a n io s » , se e rig e n y se co n se rv a n en lo s
sa n tu a rio s; señ ala n el lu g a r d el s a c rific io ta n e lo c u e n te m e n te c o m o las m an ch as de
sangre so b re el altar. E l « a lta r de c u e rn o s » de A rte m is e n D é lo s, h ech o de cu ern o s
de cabra, era co n sid e ra d o com o u n a de las m aravillas d el m u n d o . E l te stim o n io m ás
sin g u la r y d ire cto d el uso de m áscaras de an im ales se e n c u en tra ta m b ié n e n el c o n ­
texto d el sa crific io : e n algu n o s san tu ario s c h ip rio ta s se h a cían m áscaras p a ra c u b rir
la cabeza c o n v e rd a d e r o s c rá n e o s de t o r o ; ta m b ié n se h a n e n c o n tra d o fig u ra s de
te rr a c o ta q u e lle v a n estas m áscaras de to r o . E stas fig u ra s n o re p re s e n ta n d ire c ta ­
m e n te a u n d io s to r o , s in o q u e s o n sa c e rd o te s, co m o se d ed u c e d e l m ito de lo s
« C o r n u d o s » (Kerdstai) q u e realizaban h o rrib le s sa crific io s h u m a n o s 94. E l sa crific a -
d o r se ocu lta, asem eján d o se a la víctim a, y al m ism o tiem p o p arece traer de nuevo a
la vid a a la c ria tu ra sacrificad a p reviam en te.

89a N o n n , Dion. 6, 1 9 7 - 2 0 5 [trad. esp. de S. D . M an te ro la -L . M . Pinkler, N o n o de Panópolis, Dio-


nisíacas, 1 9 9 5 ] ·
90 « D io s p ro te cto r» y « d io s de la tem pestad» en los relieves de M alatya, A k u rg a l-H irm e r, láms.
1 0 4 s.
91 Sob re la lechuza de A ten ea: MMR, pp. 4 9 3 ~ 4 9 6 ; C o o k III, pp· 7 7 ^ “ ^ 3 6 ; S. M arinatos, ÁM 8 3
(1 9 6 8 ) , pp. 1 6 7 - 17 4 » en el trasfondo hay quizá elementos de la m itología oriental y de la icono­
grafía que tiene como tema una Pótnia de las aves rapaces, cfr. C ook, lám. 6 l y sellos sirios en /(ßPV
6 4 ( 1 9 4 1 )* lám. 7» 8 9 - 9 0 . Sobre la epifanía de aves véase I 3 . 5 , nn. 2 3 - 2 5 ·
92 E u r. fr. 6 2 h K a n n ic h t.
93 HN, pp. 1 3 s· Los bucranios en la pintura vascular representan a m enudo u n santuario, cfr. la cró­
nica del tem plo de L in d o s FGrHist 532 C 3 8 - 4 O ; T h e o p h r. Char. 2 1 -7 · Depósitos de cuernos de
cabra se encuentran ya en la gruta de Psijro (véase I 3 . 3 , n . 8), Rutkowski (i), p. 1 3 9 , en K ato Sime
(véase I 4 i n · 17 ) y en el templo de Dreros, B C H 6 0 ( 1 9 3 6 ) , pp. 2 2 4 s*> 241 - 2 4 4 ; sobre el «altar de
cu ern o s»: D icearco fr. 8 5W e h rli; Callim . Hymn. 2 , 5 8 - 6 4 ; E . Bethe, Hermes 7 2 ( l 93 7 )> PP· ϊθ 1 "
1 9 4 ; R · Flaceliére, REG 6 1 (19 4 8 ), pp. 7 9 ~ 8 i.
94 E . Sjöquist, A R W 3 0 ( 1 0 3 2 ) , ρ . 3 4 5 - V . Karageorghis, HThR 6 4 (I 9 7 1 )» PP· 2 6 1 -2 7 O ; O v. Mef.io,
2 2 3 - 2 3 7 » cfr. las «vírgenes portadoras de cuerno s» del culto de D ioniso Laphystios en M acedonia,
2. RITO Y SANTUARIO
9?

S e p u e d e s u p o n e r q u e el s a c r ific io de la ca b ra , lo s « P a n e s » co m o m ásca ra y el
d io s-m a c b o ca b río P an están re la c io n a d o s de u n a fo rm a sim ila r y, p o r este m o tivo ,
el d ram a satírico sigue a la traged ia, p o rq u e el m ach o c a b río , llo ra d o p o r lo s « c a n ­
to res d el m ach o c a b r ío » , es re su c ita d o d e u n a m a n e ra g ra c io sa e n la fo r m a d e u n
h o m b re e n m a sc a ra d o c o n su p i e l 95. D e la m ism a fo rm a , el lle v a r u n a p ie l d e c a r­
n e r o 96 p ara la « p u r ific a c ió n » está re la c io n a d o m u y p ro b a b le m e n te c o n el sa crific io
de u n c a rn e ro . P ero faltan testim o n io s d irecto s.
A l m ism o tiem p o , e n el s a c rific io g rie g o el a n im a l p arece estar asociad o de u n a
m a n e ra p a rtic u la r c o n el h o m b re . U n a y o tra vez n a rr a el m ito có m o u n sa c rific io
a n im a l sustituye a u n sa crific io h u m a n o o, al c o n tra rio , cóm o u n s a c rific io a n im a l
es tra n sfo rm a d o en sa crificio h u m a n o 97; u n o se re fle ja e n el o tro . C ie r ta e q u iva len ­
cia de a n im a l y h o m b re es sin d u d a h e r e n c ia de la tr a d ic ió n d e lo s c azad o res y es
ta m b ié n bastante n a tu ra l p ara el c ria d o r de ga n a d o . A m b o s tie n e n e n c o m ú n o jo s,
« c a r a » , co m er, b e b e r, re sp ira r, m o vim ien to y e x citació n e n el ataque y la h u id a . L a
m u erte revela en to n ces la sangre calien te, la carn e, la p ie l y los h u eso s y ta m b ié n los
splanchna que siem p re h a n te n id o lo s m ism o s n o m b re s tanto e n el a n im a l co m o e n el
h o m b r e —corazó n , p u lm o n es, riñ o n e s , h ígad o y vesícu la—y, p o r ú ltim o , la fo rm a y
la fu n c ió n de lo s gen itales. P u ed e a firm a rse exp resam en te que el a n im a l es s a c r ifi­
cado « e n lu ga r d e » u n h o m b re 98. E n a q u ella « s e p a r a c ió n » en tre d ioses y h o m b re s
e n el sa c rific io . H asta ese p u n to p e rte n e c e al la d o de lo s h o m b re s, lo s m o rta le s, el
a n im a l q ue m u ere. C o n respecto al d io s, está e n re la c ió n de p o la rid a d : a través de la
m u erte q ue e x p e rim e n ta c o n fir m a e contrario el p o d e r s u p e rio r d el ser q u e es to ta l­
m en te « o t r o » , el in m o rta l, « e l que es e te rn a m e n te » : el dios.

%. O f r e n d a s y l i b a c i o n e s

2 . 1 . O f r e n d a d e p r im ic ia s

E n la so c ie d a d h u m a n a el in te rc a m b io de re g a lo s es u n p ro c e s o so c ia l de p r im e r
o rd e n ; c o n el d ar y el re c ib ir se crean y se m a n tie n e n v ín c u lo s p erso n a les y se e x p re ­
san y re c o n o c e n las re la c io n e s de s u p e rio rid a d y s u b o r d in a c ió n 1. S i lo s d io ses so n
los « m á s fu e r te s» y los « d isp e n sa d o re s d el b ie n » , tie n e n d erech o a re c ib ir o fr e n ­
das. P la tó n , en bo ca de Sócrates, d e fin e la p ie d a d 8 com o « c o n o c im ie n to de s a c r ifi-

Lycop h r. Alex. 1 2 3 7 s·. con Schol. [trad. esp. de M . y E . Fernández Galiano, L ic o fró n , Alejandra,
1 9 8 7 ] ; véase I 4 > n · 4 9 ; 11 7 > n · 44 ··
95 N o obstante, la relación entre tragedia y drama satírico y de los sátiros con el macho cabrío se dis­
cute desde hace tiempo, basta rem itir a A . Lesky, Die tragische Dichtung der Hellenen, 3I 9 7 2 , pp· 1 7 - 4 8
[trad, esp.: La tragedia griega, 2 0 0 l] y GRBS J (19 6 6 ), pp. 8 9 - 1 0 2 . Véase II 7 » n. 3 4 .
96 « P ie l de carnero de Z e u s» , Diöskodion, cfr. H arriso n (i), pp. 2 3 - 2 8 ; GGR, pp. I I O - I 13 ; HN , pp.
I 2 9 - I 3 I·
97 GRBS 7 (19 6 6 ), pp. I I 2 s ., 11 6 ; HN, pp. 2 8 s .; cfr. A . Brelich, «S ym b o l o f a S ym b o l», en Myths and
Symbols. Studies in honor o f Mircea Eliade, 19 6 9 , pp. 1 9 5 - 2 0 7 *
98 Porph. Deabst. 2 , 2 8 .
1 M . Mauss, «Essay sur le d o n » , Année Sociologique II I ( 1 9 2 3 - 1 9 2 4 ) = Sociologie et anthropologie, 3I 9 6 6 ,
pp. 1 4 3 - 2 7 9 [trad esp.: Sociologíaj antropología, 19791 ·
2 Plat. Euthyphr. 14 c.
2.1. O FR EN DA DE P R IM ICIA S 93

car y de o r a r » , e n tien d e sa crific io co m o « h a c e r o fre n d a s a los d io se s » y cuenta c o n


u n a a p ro b a c ió n n a tu ra l. Q u e la p ráctica real d el sa crific io de an im ales n o se c o rre s ­
p o n d a c o n este p r in c ip io p a re c e ser e l re s u lta d o de u n e n g a ñ o a n tiq u ís im o 3 ; la
p rá ctica , sin em b a rg o , va de la m an o de las o fre n d a s a lo s d ioses, p o r n o m e n c io n a r
el h e c h o de q u e e l a n im a l d o m é stic o c o m o u n a p o s e s ió n d eb e ser c e d id o p a ra el
s a c rific io e n h o n o r d el d io s.
U n a fo r m a e le m e n ta l d e s a c r ific io d e o fre n d a s, tan o m n ip re s e n te q u e d e s e m ­
p e ñ a u n p a p e l d e c isiv o e n las d is c u s io n e s a c erca d e l « o r ig e n d e l c o n c e p to d e lo
d iv in o » , es la « o fr e n d a de p r im ic ia s » 4 o la o fre n d a de lo s « p r im e r o s p r o d u c to s »
a lim e n tic io s, ya p ro v e n g a n de la caza, la p esca, la re c o le c c ió n o la a g ric u ltu ra . L o s
griegos h a b lan de ap-archaí, de « p r in c ip io s » tom ad os « d e l » to d o , pues el dios vien e
p r im e r o d e to d o . P o c o im p o r t a la m a n e ra e n q ue u n a cosa p u e d e lle g a r a u n s e r
s u p e rio r. Tales o fre n d a s p u e d e n colo carse e n u n lu g a r sagrad o, d o n d e se d ejan p a ra
o tro s h o m b re s o an im ales, p u e d e n tira rse a co rrie n tes y río s, a u n p an tan o o al m a r 5
o p u e d e n ser q u e m a d a s; e l s a c r ific io d e o fre n d a s se tr a n s fo r m a e n s a c r ific io
m e d ia n te d e s tru c c ió n . E s p o s ib le p o r su p u e sto q u e las o fre n d a s p u e d a n in c lu s o
b e n e fic ia r de n u evo al h o m b re , a través de la o rg a n iz a c ió n e co n ó m ic a d el tem p lo y
d el sa c e rd o c io ; p e r o al m en o s e n p r im e r a in stan cia , el acto d e re n u n c ia re c o n o c e
p a lm a ria m e n te u n o rd e n s u p e rio r m ás allá de la p ro p ia apeten cia.
E l m o d e lo de d ev o c ió n elem en tal en la Odisea es el p o rq u e riz o E u m e o , que ta m ­
b ié n d e m u e stra su « b u e n s e n t id o » e n r e la c ió n c o n lo s d io se s. C u a n d o m ata u n
c e rd o p a ra O d is e o , p o n e tro zo s de ca rn e c r u d a —« to m a n d o el p r in c ip io de to d o s
los m ie m b r o s » — en la grasa, los ro c ía c o n h a rin a de cebada y echa to d o al fu eg o . E n
la d istrib u c ió n de la carn e, deja aparte u n a de las siete p o rc io n e s p ara « H e rm e s y las
n in f a s » . A n tes de q ue los h om b res se sirvan , hace que lo s « p r im e r o s b o c a d o s» (drg-
mata) su b an c o n el h u m o 6.
T a m b ié n en o tro s lu gares las « o fre n d a s de p r im ic ia s » se c o n sid e ra n ca ra c te rís­
ticas de u n m u n d o ca m p esin o sen cillo y a n c e stra l7. E l h o m b re devoto lleva al s a n ­
tu ario u n p o co de to d o lo que p ro d u c e la tie rra en cada estación, las « o fre n d a s esta­
c io n a le s » (horaîa): espigas de gran o o p an , h ig o s y aceitu nas, uvas, vin o y lech e. T ales
o fre n d a s, dedicadas e n p eq u eñ o s san tu ario s ru ra le s, so n u n o d e los tem as favorito s
de los ep ig ram as h e le n ís tic o s 8. Se m e n c io n a n n o m b re s de d io ses « m e n o r e s » p r o ­
p io s de u n a re lig io sid a d p o p u la r: Pan, H e rm e s, las n in fa s, H erac le s, P ría p o y n a tu -

3 Véase II, n. 19 .
4 A . V o rb lich e r, Das Opfer a uf den uns heute noch erreichbaren ältesten Stufen der Menschheitsgeschichte, 1 9 5 6 ,
siguiendo a P. W . Schm id t, Der Ursprung der Gottesidee, I - X , 1 9 0 8 - 1 9 5 2 · Primitiae es el equivalente
latino del griego aparchaí; Erstlinge es la traducción luterana del hebreo bikkurîm. Sobre los térm inos
griegos véase Stengel, RE s.v. aparchaí I ( 1 8 9 4 ), cois. 2 6 6 6 - 2 6 6 8 ; Rouse, especialmente pp. 3 9 “ 9 4 ¡
H . Beer, Aparche'und verwandte Ausdrücke in griechischen Weihinschriften, tesis doctoral, M únich, 19 14 ; R u d -
hardt, pp. 2 I 9 _ 2 2 2 ; S&H, pp. 5 2 ~ 5 4 ·
5 Sacrificios p o r hundim iento existen desde el paleolítico (HN, p . 2 2) ; los griegos conocen el h u n ­
d im iento de anim ales en las fuentes (L e rn a : Plut. D eis, et Os. 3 6 4 s .; C ia n e : D io d . 5 . 4 * 2 ; cfr.
Eust. II. 2 3 , 14 8 , p. 1 2 9 3 , 26 ss. Van der Valk) y en el m ar (Argos: Paus. 8 , J , 2 ), véase II 5» n . 6.
6 Od. 14 , 4 1 4 - 4 5 3 ; GGR, pp. 1 4 5 s·
7 Aparchaí como sacrificio antiquísimo: Teofrasto en Porph. Deabst. 2, 5 » 2 0 ; 27 = fr· 5 8 4 -A F o rte n -
baugh, cfr. ya Plat. Leg.7 8 2 s., Arist. Eth. Nie. I i6 0 a 2 5 ~ 2 7 ·
8 Por ej. A .P .S, 4 2 (Pan); 2 9 9 (H erm es); 2 2 (P riapo); 3 6 (D em éter); 4 4 (D ioniso); Paus. 9» ! 9 > 5
(Heracles enTanagra); Rouse, pp. 4 9 “ 5 I * L . Demoule-Lyotard, AnnalesE.S.C. 2 6 (19 71)* PP· 7 ° 5 “ 7 2 2 ·
94 2. RITO Y SANTUARIO

ra ím e n te D e m é te r y D io n is o ; p e r o ta m b ié n s o n h o n r a d o s de esta m a n e ra lo s
h é ro e s, c o m o lo s q ue ca y ero n e n la b a ta lla d e P la te a 9 y, o c a sio n a lm e n te , in c lu so el
p ro p io d io s de la ciu d ad com o P o sid ó n de T re z é n 10. L as fiestas de la cosecha p r o p ia ­
m en te dich as n o se in c o r p o r a n al c a le n d a rio estatal. E l cam p esin o o el se ñ o r c ele ­
b r a n sus thalysia 1 u n a vez q u e se h a r e c o g id o la co se ch a de su ca m p o o p r o p ie d a d ;
n a tu ra lm e n te las g ran d e s co m id as y b e b id a s p ro p ia s d e la fiesta so n fu n d am e n ta le s
aq u í, p e ro sin olvid arse de lo s d io ses; de esta fo rm a , la o fre n d a de las p rim ic ia s te r­
m in a a su vez c o n el h a b itu al sa c rific io de an im ales.
J e n o f o n t e 18 u só p a rte de lo q u e p u d o salvar d e l b o t ín d e la « e x p e d ic ió n de los
D ie z M i l » p a r a fu n d a r u n s a n tu a rio d e A r t e m is c o n a lta r y te m p lo e n E s c ilu n te
cerca de O lim p ia ,

y en adelante llevando al santuario los productos de la estación del campo hacía


un sacrificio en honor a la diosa y todos los ciudadanos y los hombres y mujeres
de los alrededores tomaban parte en la fiesta. La diosa procuraba a los que acam­
paban harina, pan, vino, nueces y aceitunas y una parte del pasto sagrado y de los
animales cazados.

E l « d ie z m o » se tra n sfo rm a aq u í en la o fre n d a que la p ro p ia d iosa o fre ce a sus h u é s­


ped es d u ra n te la fiesta. E n o tro s lu gares, el « d ie z m o » se entrega a m e n u d o al te m ­
p lo en fo rm a de o fre n d a votiva d u ra d era , c o m o u n a esp ecie de tasa13.
E n to rn o a 4 2 0 el san tu ario de E le u sis p ro c la m ó su d erech o a re c o g e r las o fr e n ­
das de p rim ic ia s p a ra la d io sa d el g ra n o , D e m é te r, e n to d a G re c ia 14;

Los atenienses deben ofrecer a las dos diosas las prim icias de los frutos según la
tradición ancestral y el oi'áculo de D elfos: de cien fanegas de cebada, no menos
de u n sexto de fanega; de cien fanegas de trigo, no m enos de u n doceavo de
fanega [...] los demarcos deben recolectarlo p o r los demos y enviárselo a Eleusis
a los intendentes de los sacrificios de E leu sis. D eben construirse tres silos en
Eleusis [...] las ciudades aliadas deben también recoger sus primicias de la misma
m anera [...] y que las envíen a Atenas [...] el Consejo debe mandar embajadas a
las otras ciudades griegas [...] y debe instarles a que realicen ofrendas de p rim i­
cias si lo desean [...] y si una de estas ciudades trae ofrendas, los oficiantes del
sacrificio deben recibirlas de la misma m anera. Debe hacerse el sacrificio de la
torta sagrada (pélanos) según las instrucciones de los Eum ólpidas y tam bién u n
sacrificio de tres anim ales (tríttoia), com enzando con una vaca con los cuernos
dorados, para cada una de las dos diosas una parte de la cebada y del trigo, y para
T riptólem o , el dios, la diosa y E u b u lo , para cada u n o , una víctim a perfecta y
para Atenea una vaca con los cuernos dorados.

9 T h u c. 3 , 5 8 , 4·’ C^r - Hesych. s.u. horaía.


10 Plut. Thes. 6.
11 H om . !(. 9 , 5 3 4 ; T h e o c r. J ; A.P. 6 , 2 ¡ S Ë V A ( l 934 j)> cois. 1 2 3 ° s. ; sobre las Thargélia véase II 4 ,
n . 7 0 ; sobre las Oschophória: AFf pp. 14 2 14 7 ■
12 X e n .Anab. 5 , 3 , 9 ·
13 Por ej. u n kouros de bronce, IG XTI 5 , 4 2 = F ried län d er-H o ffleit 14 b ; una granada de bronce, IG V
4 1 8 = Fried län d er-H o ffleit I2 d ; una figura de anim al = Friedlän der-H o ffleit 1 2 6 ; cfr. 1 2 2 abcd.
14 IG I 2 y 6 = SI G 8 3 = LSCG 5 ; una nueva ley ( 353~352 a .G .), LSS 1 3 . Sobre los silos (siroi): Mylonas, pp.
I 2 5 s.
2.2. O FREN DA S VOTIVAS 95

E n e fe c to , fu e e n to n c e s c u a n d o se c o n s tru y e ro n lo s silo s, y es c la ro q u e lo s
in g re so s q u e a flu ía n al sa n tu a rio se c o n s id e ra b a n c o m o c a p ita l d el te m p lo y se
e m p lea b a n p ara fin a n c ia r lo s sacrific io s festivos n o rm ale s.
L o s sacrific io s de an im ales p o r su p arte , —com o en el rito sem ítico —va n a c o m p a ­
ñ a d o s n o rm a lm e n te de o fre n d a s de a lim en to s. U n a d o n a c ió n d e T e r a 15 prescribe·.

D e b e n s a c rific a r u n a vaca, a d em ás [o fre n d a s d e a lim e n to ] de u n a fa n eg a d e trigo


y de d os fa n e g as de ceb ad a, u n a m e d id a de v in o y o tras p r im ic ia s de la esta ció n .

A d e m á s d e lo s g ra n o s d e ceb ad a s in m o le r , q u e se to m a n y se e ch a n d u ra n te el
« c o m ie n z o » , h ay ta m b ié n c eb ad a « m o l i d a » (psaístá) e n d ive rsa s fo rm a s , c o m o
h a rin a , gachas, to rtas y p asteles16; a q u í se e n c u en tra u n a rica va ried a d d e p e n d ie n d o
d el lu g a r. L as o fre n d a s de este tipo se q u em a n en el altar, unas antes y otras d espués
de los huesos y la grasa de la víctim a. S in em bargo, la cantidad de com id a d estruid a de
esta m a n e ra se m a n te n ía d e n tro de u n o s lím ite s . A p a r t ir d e la ép o ca clásica, h a y
cada vez m ás te stim o n io s de m esas de o fre n d a s (trápezfli), q u e se c o lo c a b a n ju n t o al
a lta r; lo s tro z o s e le g id o s de c a rn e asada, de to rta s y o fre n d a s sim ila re s se p o n ía n
sob re ellas; las o fre n d a s en to n ces le c o rre sp o n d e n al sacerd o te. E l p ro c e d im ie n to se
ra c io n a liz a a ú n m ás c u a n d o estas o fre n d a s s o n re c o g id a s d esd e el p r in c ip io e n
d in e r o ; sig u e n lla m á n d o se « p r im ic ia s » , p e r o d eb en c o lo c arse d ire cta m en te e n la
caja p ara las d o n a c io n e s, el thesaurós17.
E n casos especiales sólo se hace la o fre n d a de p rim ic ia s, sin sa crificio de anim ales
o in c lu so en con traste c o n éste. E n Figalia, e n A rc a d ia , las o fre n d a s se h a ce n de

lo s fru to s de lo s á rb o le s cu ltiva d o s y e sp e c ia lm e n te d e l fru to de la v id , ju n t o co n


p a n a le s y la n a s in e la b o r a r a ú n c o n to d a su g rasa. P o n e n éstos so b re el a lt a r [...]
e n to n c e s v ie r te n aceite so b re e llo s '8.

E n este caso, el m ito asociad o de D e m é te r y la fo rm a d el rito in d ic a n u n a c o n e x ió n


c o n la A n a to lia de la E d ad d el B ro n c e . E l a lta r de A p o lo el « e n g e n d r a d o r » (G ené-
tor) en D élo s n u n c a sirvió p ara el sa crific io de sangre y d elante d el E re c te io n en A t e ­
n a s19, se erig ía otro altar sin sangre d ed icad o a Zeu s Hypatos, el « m á s a lto » . G o m o en
P a fo s ?°, estos altares p u e d e n co n servar u n a tra d ic ió n de la E d ad del B ro n c e : el a lta r
c o m o m esa de o fre n d a s al estilo m in o ic o -m ic é n ic o .

2 -2 - O fr e n d a s v o tiv a s

E l sa crific io votivo, la o fre n d a que se hace al d io s a con secu en cia de u n vo to , se d if e ­


re n c ia de las o fre n d a s de p rim ic ia s m ás e n la m o tiv a c ió n que e n la esen cia. Es u n a

15 LSC G 1 3 4 .
16 C fr. p. ej. A th . io g e f, II 4 ab, I 4 8 f; Pollux 6, 7 5 ? Lobeck, Agíaophamus, 1829» PP· I 0 5 0 - 1 0 8 5 ; sobre
el peíanos véase Stengel, pp. 6 6 - 7 2 : sobre las trdpezai véase II 6, n . 16 .
17 LSC G 15 5 (Asclepieon de G os); LSC G 8 8 (O lbia).
18 Paus. 8 , 4 2 , I I , véase III 2 -5 , n . 3 3 ; III 2 -9 , n . 2 0 .
19 A rist. fr. 4 8 9 Rose, Tim ae. FGrHist 5 6 6 F 14 7 , C ic. D enat deor. 3 , 8 8 . A tenas: Paus. I , 26 , 5 -
2 0 Tac. Hist. 2 , 2 s., véase I 3 .4 , n. 16 ; I 4* n . 6.
96 2. R U O Y SANTUARIO

co n stan te e n tod as las c iv iliz a c io n e s a n tig u a s y d e se m p e ñ a u n p a p e l e se n c ia l e n la


d e fin ic ió n de la re la c ió n e n tre h o m b re s y d io ses, basada e n el d o n que se da a cam ­
b io de o t r o 21. E n la a flic c ió n y e n el p e lig r o , el h o m b re in te n ta e n c o n tra r la salva­
c ió n a través de u n acto « v o lu n t a r io » de re n u n c ia , d e te rm in a d o y lim ita d o p o r él
m ism o . In te n ta d o m in a r las in c e rtid u m b re s d el fu tu ro m ed ia n te u n a u to im p u esto
« s i . . . , e n t o n c e s ...» . C u a lq u ie r s itu a c ió n d e m ie d o p u e d e d a r o c a s ió n a u n v o to :
p ara el in d iv id u o , la e n fe rm e d a d o lo s p e lig ro s de u n viaje p o r m ar; p a ra la c o m u ­
n id a d , la h a m b ru n a , la e p id e m ia o la g u e rr a . E l vo to se h ace en voz alta, c e r e m o ­
n ia lm en te y ante la m ayo r can tid ad de testigos p o sib le ; la p ala b ra griega euché s ig n i­
fic a al m ism o tie m p o « e x p r e s ió n e n voz a lt a » , « o r a c i ó n » y « v o t o » 82. S i el
resultado es exitoso, el cu m p lim ie n to d el vo to es u n d eb er irrevo cab le, así com o u n a
o p o rtu n id a d p ara ala rd ea r d el p r o p io éxito ante los o jo s de dioses y h o m b re s.
E l voto p u ed e im p lic a r c u a lq u ie r o fre n d a q u e re q u ie ra u n m ín im o gasto. P u ed e
e sp e c ific a rse p o r e je m p lo el s a c r ific io de u n a n im a l23, m e d ia n te el cu a l, u n a vez
su perad a la crisis, lo s h o m b re s se c e rc io ra n de la existen cia d el o rd e n d iv in o ; ig u a l­
m en te c o m ú n es la p ro m e sa de o fre n d a s de p rim ic ia s o la de a u m e n ta r estas o fr e n ­
das. L as o fre n d a s votivas y las o fre n d a s de p rim ic ia s se en trela z a n e n to n c es e n u n a
cadena sin fin a lo la rg o d el a ñ o : en la fiesta de la cosecha, se realizan o ra cio n e s p ara
u n n u evo c re c im ie n to y a u m e n to y se p r o m e te o fre c e r le s a lo s d io se s su p a r te . Se
p u ed e in c lu so lle g a r a e d ific a r u n sa n tu a rio n u evo c o n u n a ltar o in c lu s o u n te m ­
p lo 24, p e ro u n a in iciativ a de este tip o re q u e r ía g e n e ra lm e n te u n a sa n c ió n esp ecial a
través de u n a señ al d iv in a . P u e d e n o fre c e rs e esclavos y re b a ñ o s de an im a les e n los
sa n tu a rio s e x isten tes y, m u y o c a s io n a lm e n te , se e n tre g a n m ie m b r o s d e la fa m ilia
p a ra el serv ic io d el te m p lo 25. T a m b ié n p u e d e n ced e rse al te m p lo b ie n e s m u eb le s,
sob re to d o p re n d a s costosas o in c lu so e x te n sio n e s de tie rra . L o m ás c o m ú n es, sin
e m b a rg o , la p rá c tic a de « c o l g a r » e n el te m p lo o b je to s a rtístic o s p r o d u c id o s p o r
u n o m ism o , votivos e n sen tid o real (anathemata)2^.
L a fo rm a m ás sin g u la r de « c o n s a g r a r » c o n re la c ió n a votos y o fren d as de p r im i­
cias es ocasio n ada p o r la g u e rra . H é c to r p ro m e te d ed ica r a A p o lo la a rm a d u ra de su
ad versario y O d iseo entrega a A te n e a el m o r r ió n , el arco y la lanza de D o ló n 27. P o s­
te rio rm e n te , se tom aba u n a p ro p o r c ió n fija d el b o tín gan ad o en la g u e rra, n o r m a l­
m en te el d ie z m o (dekáte), p a ra el d io s a n tes d e q u e e m p e z a ra la d is tr ib u c ió n d el
b o tín : este tr ib u to se lla m a ta m b ié n « l a p a r te s u p e r io r d el m o n t ó n » (akrothínia ) .
In clu so antes de la batalla se p ro m e te otras veces u n a p arte d el b o tín m ed ian te votos
a u n o o a varios d io ses; ello ta m b ié n evita c u a lq u ie r d ud a acerca d el d io s o los d io -

21 Extensamente Rouse, 1 9 0 2 ; sucinto GGR, p. 134» M . L . Lazzarini, <<Le form ule delle dediche votive
nella Grecia arcaica», Memorie della classe di scierup mor. e stor. d. Accad. deiLincei 19 (19 76 ), PP- 4 7 - 3 5 4 ; F. T .
van Straten en Versnel, pp. 6 5 - 1 5 1 ·
22 Véase II 3» n n · 7 7 IO ·
23 //. 6, 3 0 5 - 3 1 0 ; Od. 10 , 5 2 1 - 5 2 5 y II» 2 9 - 3 3 ·
24 Después de 4 8 0 fu ero n erigidos tem plos p o r Tem ístocles (Plut. Them. 2 2 ) y G eló n de Siracusa
(D iod. i l , 2 6 , 7).
25 Muchachas esclavas para A frod ita, Pind. fr. 1 2 2 M aehler (véase III 2 . 7 . η. 9 ); para Delfos: Paus. 4,
3 6 , 9; E u r. Phoen. 2 0 2 - 2 3 8 ; rebaños del tem plo: KA, pp. 9 3 s .; HN, p. 2 3 , n. 2 0 . Hierôdouloi en
gran núm ero se encuentran en los santuarios helenísticos de Asia M en or. Sobre la consagración
de muchachas locrias véase II 4 » n * 8 6 .
26 Véase II 5 » n. 9 6 ; consagración de una parcela de tierra: Plut. Nie. 3 , 6.
27 II. 7, S i; 10 , 4 5 8 - 4 6 4 ; 5 7 0 s .
2.2. OFRENDAS VOTIVAS 97

ses a lo s q u e el e jé rc ito d eb e su v ic t o r ia 58. E l b o tín co n siste so b re to d o en a rm a s:


to d o s lo s sa n tu a rio s g rie g o s re s p la n d e c ía n p o r las a rm a s ca p tu ra d as e n la g u e rr a ,
e sp e cia lm e n te escu d o s. T a m b ié n se c o n se g u ía n gran d es gan an cias c o n la venta o el
rescate de p r is io n e r o s de g u e rr a y el « d ie z m o » de estas ga n a n c ia s se e n tre g a b a al
d io s e n fo rm a de esp lén d id as o fre n d a s votivas. A lg u n o s de los m ás fam oso s m o n u ­
m en to s artístico s de G re c ia se c re a ro n de este m o d o , desde la « C o lu m n a de las s e r ­
p ie n te s » de las gu e rras m édicas hasta la V ic to ria de P e o n io en O lim p ia y la V ic to r ia
de S am o tra cia . L a « v ía sa cra » de D e lfo s está flan q u ead a de m o n u m e n to s a las v ic to ­
rias c o n las q ue lo s griegos se d estru y e ro n e n tre sí en lo s siglos V y I V . E l p o liteísm o
p e rm ite que cada v icto ria sea re c o n o c id a sin in h ib ic ió n , com o u n a p ru e b a del p o d e r
de u n o « m á s f u e r t e » , co m o u n acto d e l fa v o r de d io se s e sp e c ífic o s q u e e n to n c e s
tie n e n d erech o a la c o rre sp o n d ie n te o fre n d a de ag ra d e cim ien to p o r p arte de a q u e ­
llo s a lo s q u e h a n e x a lta d o ; p e r o lo s d io se s n o p r o p o r c io n a n g a ra n tía s c o n tra las
vicisitu d es de la fo rtu n a o la ru in a p re cip ita d a.
A l m is m o tie m p o , ta m b ié n se lle v a n al sa n tu a rio co m o re su lta d o d e u n v o to
o fre n d a s de u n tip o que n u n c a p o d ría n b rin d a rse a u n h o m b re . E n tre ellas, la m ás
c o m ú n es la o fre n d a de c a b e llo 39. A n te el fé r e tr o de P a tro c lo , A q u ile s se co rta u n
la rg o m e c h ó n de p e lo p a ra e n tre g á rse lo a su r ío n a ta l, el E s p e r q u e o . E n m u c h o s
lugares, lo s m uchach os y las m uchachas, al alcanzar la m ayo ría de edad se cortab an el
p elo y lo d ed icab an a alguna d ivin id ad , u n río , u n h é ro e local o u n dios; el más p r e ­
te n cio so in c lu so ir ía a h a ce rlo a D e lfo s. D e fo rm a sim ila r, u n a m u ch ach a d ed icaba
los ju g u e te s de su n iñ ez en u n san tu ario y presen tab a su c in tu ró n a A rte m is antes d el
m a t rim o n io 30. A l retirarse, los cazadores, p escadores y cam p esin os an cian os d ed ica ­
b a n sus in stru m e n to s de trab ajo a u n s a n tu a rio . L as cosas que el h o m b re deja atrás
al f in a l d e u n a etap a de su v id a se c o n se rv a n e n el s a n tu a r io 31. L a d e d ic a c ió n n o
p u e d e a n u la rs e ; la re n u n c ia es irre v o c a b le . E l tr a sfo n d o de esta p rá c tic a es c la r a ­
m e n te la sa cra liz a c ió n de lo s resto s d el acto sa gra d o , el c o lg a r la p ie l y la e levació n
del crá n e o . A l d ed icar su cabello, u n h o m b re cede u n a p arte de sí m ism o a u n p o d e r
s u p e rio r; u n a p é rd id a que hay que re c o n o c e r que n o causa d o lo r y es rá p id a m e n te
reem p lazad a. D e ig u a l m o d o que la sa cra liz ació n en el s a c rific io tien e algo de m ala

28 C fr . la in scrip ció n de Selinu nte / G X I V 2 6 8 , W . M . C ald e r, The Inscription from Temple G at Selinus,
(Greelc, R om an and Byzantine M on ograp h s, n° 4 ), 1 9 6 3 . O frend as del bo tín de guerra, p o r
ejem plo Paus. 5, 2 7 - T2 - Frie d lä n d e r-H o ffle it 9 5 a; IG V I I 37 “ Frie d lä n d er-H o ffle it 2 3 ; 9 5 e !
H dt. 9, 8 l; 8, 2 7 > 5 ; Rouse, pp. 9 5 ~r4 8 ; sobre consagraciones en O lim pia: Mallwitz, pp. 2 4 - 3 9 ;
L . Sem m linger, Weih-, Sieger- und Ehreninschrißen aus Olympia und seiner Umgebung, tesis doctoral, Erlangen,
1 9 7 4 . n ° s 1 - 5 6 ; sobre la Nike de Peonio: R. H arder, Kleine Schriften, i 9 6 0 , pp. 12 5 136 .
29 L . Som m er, Das Haar in Aberglauben und Religion der Griechen, tesis doctoral, M unich, 19 1 2 ; P. Schredel-
seker, De superstitionibus Graecorum quae ad crines pertinent, tesis doctoral, H eidelberg, 1 9 1 3 ; Rouse, pp.
241 - 2 4 5 ; Aquiles: II. 2 3 , 141 - 15 3 ; Delfos: T h eo p h r. Char. 2 1 , 3 : D elo: H dt. 4, 3 4 > Callim . Hymn.
4 , 2 9 6 , Paus. I, 4 3 . 4 ; Trezén: Eu r. Hipp. Ι 4 2 5 *·> Paus. 2 , 3 2 , I· C fr. además Paus. I , 3 7 , 3 i 43.
4 ; 7 . 5 . 7 ; 7 . I 7 . 8 ; 8, 4 1, 3 ; 8, 2 0 , 3 ; Pind. Pjth. 4 , 8 2 : Pollux 3 , 3 8 ; D io d. Sic. 4 , 2 4 , 4 ; A th .
II, 4 9 4 î 6, 155 : ^5 6 ; 2 76 - 2 7 7 ; 5 9 : testimonios ya en época m icénica PM IV, p. 4 8 0 .
30 Ju guetes: Rouse, pp. 2 4 9 “ 2 5 l i A.P. 6, 2 8 0 . C in tu ró n : A.P. 6, 5 9 ; Paus. 2, 3 3 t I ; Apost. I O , 96
(Paroem. Gr. II 5 1 3 ) ; J · Boardm an, Excavations in Chios 1 9 5 2 - 1955' Greek Emporio, 19 6 7 , pp. 2 1 4 2 2 1 .
Prácticas similares ya en ámbito babilonio: RAC IX (19 7 6 ), col. 4 6. Según u n decreto popular, en
Atenas (año 3 7 5 “3 7 4 a .C .) se dedicaba a Méter dinero falso: Hesperia 4 3 (Σ9 7 4 )> PP- 174 S■: de este
m odo se retiraba de circulación.
31 A .P.6, I ; 5 ; 1 8 - 1 9 ; 2 5 - 3 ° ; 3 8 ; 4 6 : 6 3 etc. G im ón dedicó, antes de la batalla de Salamina, la brida
de su caballo, Plut. Cim. 5 , 2.
2. RITO Y SANTUARIO
98

co n cien cia y re stitu c ió n , a q u í el m ie d o asociad o al m o m en to de cam b io en la vid a se


co n vierte en u n a re d e n c ió n sim b ó lica de lo s p o d eres q u e h a n re g id o p reviam en te la
p ro p ia vid a. E n p a rtic u la r, la n o v ia n o d eb e o lv id a r m o stra r v e n e ra c ió n a la v irg e n
A r t e m is . L o s ve stid o s d e m u je re s q u e h a n m u e r to e n el p a rto se le d e d ic a n e n su
san tu ario en B r a u r ó n 32, co m o si el fracaso in d ic a ra u n a d eu da que debe ser saldada
p o stu m a m e n te .

2 .3 . L ib a c ió n

E l acto de v e rte r líq u id o s , la lib a c ió n , a u n q u e a h o ra ya h a d esa p arecid o de n u e stra


cu ltu ra , fu e u n o de lo s actos sagrad os m ás c o m u n e s e n ép o ca p re h istó ric a y, e sp e ­
cialm en te, e n las civilizacion es de la E d a d d e l B r o n c e 33. J u n t o c o n la p ala b ra p o é tic a
¡eíbein, loibé, lo s g rie g o s u tiliz a n dos té rm in o s e n lo s q u e se e n c u e n tra n la tr a d ic ió n
an ato lia y la in d o e u r o p e a 34, spéndein, spondé p o r u n lad o y chéein, choé p o r o tro . E s sig ­
n ific a tivo q u e spéndein se asocie p rin c ip a lm e n te c o n el v in o , el fru to d e l M e d ite rrá ­
n e o ; ta m b ié n e n c o n tra m o s s in e m b a rg o choaí c o n v in o y spondaí c o n m ie l, aceite o
agua35. L a d istin c ió n se basa en p r im e r lu g a r e n el tip o de re c ip ie n te e m p lead o y en
la fo r m a e n q u e se m a n e ja : la spondé se h a c e d esd e la ja r r a o la c o p a c o g id a c o n la
m an o y lo q ue se vie rte se c o n tro la ; la choé im p lic a v o lc a r y va cia r u n re c ip ie n te m ás
gran d e que p u ed e estar su jeto p o r a lg u ie n o e n el su elo . L as choaí están d estinad as a
lo s m u e rto s y a lo s d io se s « c t ó n i c o s » ; s in e m b a rg o , ta m b ié n se p u e d e h a b la r de
spondaí p ara lo s chthónioi36.
L a spondé se re a liz a cada vez q u e se b e b e v in o . A n te s de b e b e r h asta sa cia rse , se
vierte u n a « lib a c ió n » ; este u so se e n cu en tra ya fija d o en u n a fó rm u la e n H o m e r o 37.
E n los sim p o sio s hay p o s te rio rm e n te 38 reglas esp ecíficas que p re sc rib e n , p o r e je m ­
p lo , que de la p rim e ra cratera debe h acerse u n a lib a c ió n a Z eu s y lo s dioses O lím p i­
cos, d e la s e g u n d a , a lo s h é r o e s y de la te r c e r a y ú ltim a , a Z e u s Téleios, « e l q u e da

32 E u r. Iph. Taur. 1 4 6 4 - 1 4 6 7 ·
33 J . v. Fritze, De libatione veterum Graecorum, tesis doctoral, Berlín, 1 8 9 3 ; Kircher, 19 1O ; P. Stengel, Her­
mes 5 0 ( 1 9 1 5 ) , pp. 6 3 0 - 6 3 5 ! Ρ Ρ · 1 0 3 - 1 0 5 ; H an ell, RE s.v. Trankopfer V i A ( l 9 3 7 )> cols. 2 1 3 1 -
2 1 3 7 ? R udhardt, p p . 2 4 0 - 2 4 8 ; C asabon a, p p . 2 3 T -2 6 8 ; A . C itro n , Semantische Untersuchungen zu
spéndesthai, spéndein, eúchesthai, tesis doctoral, B erna, 1 9 ^ 5 ; F. G raf, « M ilc h , H o n ig u nd W e in » , en
Perennitas: sfudi in ono?'e di A. Breíich, 1 9 8 1 , pp. 2 0 9 - 2 2 I ; K.. C . Patton, When the high gods pour out wine, tesis
doctoral, A n n A rb o r, 1 9 9 2 ; F. Lissarrague, « U n rituel du vin: la lib a tio n » , en O . M u rra y -M .
Tecusan (eds.), In vino veritas, 1 9 9 5 . PP* 1 2 6 - 1 4 4 *
34 La relación spéndein—hitita sipand es segura, pero no puede aclararse lingüísticamente, H . K ro n a s-
ser, Etymologie der Hethitischen Sprache I, 1 9 6 6 , pp. 5 2 2 - 5 2 5 ; se beberá p o r tanto pensar en u n prés­
tamo indirecto. [E l problem a lingüístico se resuelve si hitita sipand- e ispand- son variantes gráficas
d e /sp a :n d -/; cfr. H . C . M elchert, Anatolian Historical Phonology, 1 9 9 4 , 3 1 ].
35 Teofrasto en Porph. Deabst 2» 2 0 = fr. 5 4 ^ A F o rte n b a u g h ; véase n. 5 5 ; spéndein de hidrom iel po r
ejemplo en Em pédocles B 128·, LSS 6 2 (P aros). Sob re las libaciones sin vino (nej)haíta) véase Sten ­
gel, pp. 1 8 0 - 1 8 6 ; i? £ X V I ( 1 9 3 5 ) , cols. 2 4 8 1 - 2 4 8 9 .
36 Porph. De antr. Nymph. 18 [trad, esp.: La cueva de las ninfas, E .. Ram os Ju ra d o , 1 9 8 9 ] ; choaí tríspondoi:
Soph. Ant. 4 3 I ; choàskataspéndein·. E u r. Or. I 18 7 .
37 La fórm ula aparece en II. 9, 1 7 7 y seis veces en la Odisea; la fórm ula eparxámenoi depáessin no es clara,
pero en cualquier caso define el «c o m ie n z o » sagrado, el escanciado del vino (contra; Stengel, pp.
50- 58) .
38 K irch er, p p . I 7 ~ 2 I; 3 4 - 3 δ ; Nilsson, Opuscula I, pp. 4 2 8 - 4 4 2 ; P. V o n der M ühll, Ausgewählte kleine
Schriften, 1 9 75 * PP· 4,^ 3 - 5 0 5 · Sobre el uso del vino mezclado y puro véase Stengel, pp. 1 7 8 - 1 8 0 .
2.3. LIBACIÓN 99

c u m p lim ie n to » ; o altern ativam en te, de la p rim e ra , al Agathos Daímon y de la tercera,


a H e rm e s. C a d a p artic ip a n te es lib re de in v o c a r a u n d io s c o n m ás « lib a c io n e s » .
In v o c a c ió n y o ra c ió n so n inseparables de la « lib a c ió n » : la cop a se lle n a para o r a r
y la cop a lle n a se pasa al h u ésp ed c o n la in v ita c ió n a q u e ore él ta m b ié n . Para s u p li­
car c o rre cta m e n te a los d io ses es n e c e sa ria , p o r ta n to , u n a « l i b a c i ó n » 39. A n tes de
em barcarse e n u n viaje, se m ezcla vin o e n crateras y entonces se vacía en el m ar desde
la p o p a d el b a rc o , e n tre o ra c io n e s y v o to s 40. G u a n d o A q u ile s en vía a P a tro c lo a la
b a ta lla , saca de su arca la cop a de la q u e só lo b e b e él, la lim p ia , se lava las m an o s y
b e b e el v in o ; e n to n c e s, e n tr a n d o e n e l v a lla d o v ie r te e l v in o y, m ira n d o h a c ia el
c ie lo , reza p o r la v ic to ria y el re to rn o a salvo d e su a m ig o . Z e u s c o n ce d e u n a p e t i­
c ió n , p e r o d en iega la o tra 41.
L a s lib a c io n e s de v in o tie n e n ta m b ié n u n lu g a r f ijo e n e l r ito d el s a c r ific io de
an im ales. E l grito ¡spondé!, ¡ spondé! p u e d e in tro d u c ir c u a lq u ier acto s a c rific ia l42. P a ra
c o n c lu ir el rito , se vierte vin o sob re las llam as d el altar d o n d e se c o n su m e n los r e s ­
tos. D e este m o d o , el sa crifica d o r co n la cop a de la lib a c ió n en la m an o sob re el altar
a r d ie n d o se c o n v irtió e n u n o d e lo s m o tiv o s ic o n o g r á fic o s fa v o r ito s 43. In c lu s o se
p o n e e n la m an o d e lo s p ro p io s d io ses la phiále de lib a c ió n 44 e n estatuas y e sp e cia l­
m en te e n p in tu ra s. Q u izá el sacerd ote ve rte ría el v in o e n la cop a de lib a c ió n d ivin a
y el v in o flu ir ía a su vez desde ella. E l d io s se hace o fre n d a s a sí m ism o , o más b ie n ,
es in tro d u c id o e n el d ar y to m ar de la c o r rie n te que flu ye seren am e n te , u n a r q u e ­
tip o de p ie d a d au to sosten id a.
L a « lib a c ió n » , p o r ta n to , c o n fig u ra u n a cie rta p o la rid a d resp ecto al sa c rific io
de sangre q ue la p re ce d e. L o s sphágia ( « la s víctim as d el s a c r ific io » ) in ic ia n la lu c h a;
las spondaí p o n e n f in a las h o s tilid a d e s . N o r m a lm e n t e n o h a y o tra p a la b ra p a r a
« a r m is t ic i o » o « tr a t a d o d e p a z » q u e s im p le m e n te spondaí. « N o s o t r o s , la p o lis ,
h e m o s h ec h o u n a lib a c ió n » 45 s ig n ific a : h e m o s d e c id id o y n o s h em o s c o m p r o m e ­
tid o . L a treg u a sagrada e n la época de las fiestas P an h elén icas, lo s ju e g o s o lím p ic o s,
o lo s m iste rio s e leu sin io s, ta m b ié n se lla m a así. « P o rta d o re s de spondé» 46 atraviesan
el país p ara p ro c la m a r e in star a la tregu a; tal « lib a c ió n » es in c ru e n ta , dulce, ir r e ­
vo cab le y d efin itiva .
Las « lib a c io n e s que b eb e la tie r r a » 47 están destinadas a los m u erto s o a los d ioses
q ue h a b ita n e n la tie rra . Y a O d iseo p ractica u n rito de este tip o cu an d o invoca a los
m u e rto s48; e n to rn o a la fosa s a c rific ia l vierte u n a lib a c ió n p a ra tod os lo s m u erto s,

39 «M ientras hacemos la libación, oram os», A ristoph. Pax 4 3 5 » cfr. por ejemplo H. 6, 2 5 9 ; 2 4 > 2 8 7 ;
Od. 3 , 4 IS.; 7, 1 6 3 ; 1 3 , 50 S., etc.; Stengel, pp. 5 5 , 17 8 .
40 T h u c. 6, 3 2 , Is.; Pind. Pyth. 4 , 1 9 3 - 2 0 0 [trad. esp. d e A . B e rn a b é y P . Bádenas, 2 0 0 2 ] .
41 II. 16 , 2 2 0 - 2 5 2 .
42 Aristoph . Pax 4 3 3 ·
43 Por ej. Metzger 1 0 8 , 4 ; 10 9 , I 2 - I 3 ; H O , 1 5 - 1 6 ; 18 ; H . Luschey, DiePhiale, tesis doctoral, M únich,
1 9 3 9 . H abía algunas áspondoithysíai, Schol. Soph. 0 . C. 1 0 0 de M arco, sobre el cual P. Stengel, Her­
mes 5 7 ( 1 9 2 2 ) , pp. 5 4 6 - 5 5 0 .
44 E . Sim o n , Opfernde Götter, 1 9 5 3 ; A . Peschlow -Bindokat, J d I 8 j ( 1 9 7 2 ) , p p . 8 9 - 9 2 ; N . H im m e l­
m ann, «Sp en d en d e G ö tte r» , en Minima archaeologica, 19 9 6 , pp. 5 4 " 6 l ; contra: E . Sim o n en F. G r a f
(ed.), Ansichten griechischer Rituale, 19 9 8 , pp. 1 3 6 - 1 4 2 .
45 Inscripción de A rcades, Creta: /ζΡΕ 1 3 ( ΐ 974 ·)> ΡΡ· 2 6 5 - 2 7 5 *
46 Latte, R E l I l A (1 9 2 9 ), coll. 18 4 9 s .; LSS 3 B ; 12 .
47 Aesch. Cho. 16 4 , cfr. Soph. 0 . C. 4 8 2 .
48 Od. 1 0 , 5 1 8 - 5 2 6 = II, 2 6 - 3 4 .
IO O 2. RITO Y SANTUARIO

p r im e r o c o n h id ro m ie l, desp u és c o n v in o y la te rc e ra vez c o n agua; p o r e n c im a de


ella esparce g ran o s de ceb ada b la n c a e in v o ca a lo s m u erto s p ro m e tié n d o le s s a c r ifi­
cios q u em ad o s. D e fo rm a sim ila r, en Los Persas de E s q u ilo , la re in a lleva le ch e , m ie l,
agua, v in o , aceite y tam b ién flo re s a la tu m b a d el rey m u e r to 49; los cantos que a c o m ­
p a ñ a n el « v e r t e r » lla m a n a la lu z al d ifu n to D a río . L a segu nd a traged ia de la Orestea
de E sq u ilo to m a su títu lo , Las portadoras de libaciones (Goéforos), de las o fren d as que E le c ­
tra lleva c o n sus siervas a la tu m b a d e l d ifu n to A g a m e n ó n . E l d e s a r r o llo d e l rito
tien e u n ritm o que co rre sp o n d e al d el sa crific io n o rm a l; p rim e ro la p ro c e sió n c ere ­
m o n ia l a la tu m ba llevan d o con sigo to d os lo s re c ip ie n te s; lu ego el sile n c io , u n a o r a ­
c ió n p o r el h o m b re d ifu n to ; después la « lib a c ió n » acom pañ ad a de grito s salvajes de
d o lo r co m o la ololygé d el sa c rific io de a n im a le s 50. E n Edipo en Colono, S ó fo c le s a p o rta
la d e sc rip c ió n m ás d etallada de u n rito de lib a c ió n que se realiza en el b o sq u e cillo de
las E u m é n id e s co m o fo rm a de e x p ia c ió n . P rim e ro se trae agua de u n m a n a n tia l que
flu ya; los caldero s que están en el san tu ario se a d o rn a n c o n lan a y se lle n a n de agua y
m ie l; el sa crific a d o r, vo lvién d o se h acia el este, in c lin a lo s re cip ie n te s h acia el oeste;
e sp a rc e p o r e l su e lo las ra m a s d e o liv o q u e h a b ía lle v a d o e n la m a n o e n el lu g a r
d o n d e la tie r r a h a a b s o r b id o la lib a c ió n y c o n u n a m u d a o r a c ió n sale, s in m ir a r
atrás51. L a silenciosa paz de este acto se convierte en u n sím bolo de la m isteriosa d esapa­
r ic ió n d el m o rib u n d o E d ip o .
« L a s alm as se a lim en ta n c o n las lib a c io n e s » , según escrib ió L u c ia n o 55. E n c o n ­
secu en cia, la lib a c ió n h a b itu alm e n te se in te rp re ta sin d u d a com o u n a « o fr e n d a de
b e b id a » , co m o o fre n d a de a lim en to . A m e n u d o se dice explícitam en te que la tie rra
b e b e . P o r su p u esto q ue la m ito lo g ía d eb e e n to n c es a tr ib u ir cu rio sas n e cesid a d es a
lo s m u e rto s y a lo s seres s u b te rrá n e o s y sigu e sie n d o u n m is te rio p o r q ué se vie rte
d irectam en te el vin o en el su e lo 53 p ara las d ivin id ad es celestes. D e h ech o , la lib a c ió n
de v in o an tes d e b e b e r es u n c la ro e je m p lo d e o fr e n d a d e p rim ic ia s e n su aspecto
n egativo. L o q ue im p o rta n o es q u e la lib a c ió n lle g u e a su d estin o sin o q u e el o fe ­
ren te se som eta a u n a vo lu n ta d s u p e rio r e n u n acto de seren o d erro ch e . Las lib a c io ­
nes a lo s d ifu n to s, p o r tan to, m arcan u n re c o n o c im ie n to d el p o d e r de éstos. L o que
d istin gu e el d e rra m a m ie n to de líq u id o s de otras o fre n d a s de alim en to s es su ca rá c­
ter irre c u p e ra b le ; lo que se d erra m a n o se p u ed e re c o g er. L a lib a c ió n es p o r tan to la
fo rm a de re n u n c ia m ás p u ra y re fin a d a .
P e ro esto n o es to d o . E l p a p e l d e l a ceite e n las lib a c io n e s se o b se rv a c o n s o r ­
p re sa 54; ¿ c ó m o p u e d e algo que n o es u n a b e b id a ser u n a « o fr e n d a de b e b id a » ? S in
em b argo , el aceite se u tiliza ju n to c o n el v in o y la m ie l p ara las spondaí55. S i se u n g e n
y en galan an las estelas de las tu m b a s56, éstas p u e d e n co n sid erarse com o re p re se n ta n ­
tes de los m u erto s, que, co m o lo s vivos, so n u n g id o s y ad o rn ad o s p ara la fiesta. P ero

49 A esch. Pers. 6 0 7 - 6 2 2 .
50 Aesch. Cho. 8 4 - 1 6 4 .
51 Soph. 0 . C. 4 6 6 - 4 9 2 ·
52 Luc. Luct, 9 ·
53 -Así se representa sorpren dentem ente en los relieves tardohititas de Malatya: A k u rg a l-H irm e r
láms. 10 4 s . Q uizá p o r esta razón en época posterior se hacía la libación en la phiále sostenida po r
el dios (véase n. 4 4 )·
54 Ziehen, RE X V I ( 1 9 3 5 ) . cols. 2 4 8 4 s., siguiendo a C . Mayer, Das Öl im Kultus der Griechen, 19 1 7 .
55 LSS 2 B 4 ; 10 A 2 ; 1 2 4 * IO ? cfr · el sacrificio de Figalia, véase supra η. l8 .
56 Plut. Aristid. 2 1.
2.3. LIBACIÓN ΙΟ Ι

ta m b ié n se vierte aceite sobre p ied ras d eterm in ad as e n lu gares especiales sin a so c ia ­


c io n e s a n tr o p o m ó r fic a s . D e la n te d e l p a la c io d e N é s to r e n P ilo se e n c u e n tra u n a
p ie d r a q u e b r illa sie m p re p o r el aceite c o n q u e se u n ta y so b re la q u e e l rey to m a
a s ie n to 57. L a s p ie d ra s que b r illa n c o n aceite se e n c u e n tra n e n las e n c ru c ija d a s ; el
h o m b re su p ersticio so p ro c u ra d em o stra r su v e n e ra c ió n p o r estas p ied ras, sea q u ie n
sea el q u e h aya h e c h o a llí las lib a c io n e s 58. E n tal caso se tra ta o b v ia m e n te de u n a
sim p le d e m a rc a c ió n , de fija r u n c e n tro o u n p u n to d e o r ie n ta c ió n . Q u ie n q u ie r a
que vierta aquí aceite se cerciora del o rd en espacial de las cosas: cualquier forastero que
p ase p o r a llí re c o n o c e p o r el « b r i l l o » q u e o tro s h o m b re s h a n e sta b lec id o a llí su
o rd e n . D e l m ism o m o d o , las h u ellas de o fre n d a s e n la tu m b a de A g a m e n ó n a n u n ­
c ia n la p re se n c ia de O re ste s 59 j éste es ta m b ié n el sen tid o de las m an ch as de san gre
dejadas sob re el altar en calad o °. E l cen tro d el m u n d o , según cuenta la m ito lo g ía , es
la p ie d ra omphalós d e D e lfo s; éste ta m b ié n es u n lu g a r d e lib a c io n e s 61.
E l acto de v e rte r agua tien e m uchas a sociacio n es y es e n te n d id o y d escrito p o r los
g rie g o s d e m u ch a s fo rm a s d ife r e n te s . A l p r in c ip io d e l s a c r ific io n o r m a l se h a b la
sim p le m e n te d el « la v a d o de m a n o s » (chémips) 6ΐ. T a m b ié n cu an d o se vie rte agua en
la tu m b a , se e n tie n d e a m e n u d o c o m o « a g u a p a ra e l b a ñ o » d e lo s m u e r to s 63; e n
p a rtic u la r, se dice q ue a lg u ie n que ha m u e rto sin casarse deb e de esta fo rm a re c ib ir
u n p o stu m o b a ñ o n u p c ia l 64 p ara alcanzar tras la m u erte el « o b je tiv o » de la vid a. A l
m is m o tie m p o , sin e m b a rg o , se h a b la ta m b ié n de la « s e d » d e lo s m u e r to s 65; las
lib a c io n e s de agua c o n c lu y e n las otras a sp e rsio n es de m ie l y v in o (v. n o ta 4 8 ) · H a y
adem ás fiestas esp eciales p ara « lle v a r a g u a » (Hydrophória ) , c o m o la de A te n a s. E n el
S a n tu a rio de la « T ie r r a O lím p ic a » h ab ía u n a h e n d id u r a e n el su elo p o r d o n d e se
d ecía que h abía flu id o el agua d el d ilu vio de D e u c a lió n ; el agua q u e se llevaba se v e r ­
tía o b v ia m e n te a q u í66. P a ra c o n c lu ir lo s m is te rio s e le u s in io s se lle n a b a n —¿ c o n
a g u a ? — d os re c ip ie n te s de u n a fo rm a e sp e cia l y e n to n c e s se g ira b a n , u n o h a cia el
o este y o tro h a cia el este, m ie n tra s q u e se g r ita b a al c ie lo « ¡ l l u e v e ! » y a la t ie r r a

57 Od. 3 , 4 0 6 - 4 1 1 .
58 T h eo p h r. Char. l6 , 5 , cfr. A rn o b . I , 3 9 ; « u n g ir » una herm a: Babr. 4 8 ; piedras untadas en el A T
Gen 2 8 ,1 8 (Bethel); 3 5 , 14 ; Sm ith, p. 175 ; una piedra sagrada cubierta con la grasa de las víctimas
sacrificiales entre los Enianes: Plut. Qiiaest. Gr. 2 9 4 B C . C fr. asimismo MMR, p. 2 4 6 ·
59 E u r. Ei. 5 1 3 s.
60 Las mujeres y los hombres «sagrad os» en A ndan ia hacen una libación, durante el juram ento, con
vino y sangre, S7G 7 3 6 = LSCG 6 5 . 2 (véase VI 1 . 2 , u n . 9 - 1 4 ) · Sm ith, pp. 173 s ., reitera que la lib a ­
ción de vino sustituye a la de sangre; cfr. además K irch er, p. 8 6 ; Eitrem , pp. 43 4 -' 4 5 5 » 4 5 7 ? RE
v i A ( l 9 3 7 ) , cols. 2 1 3 4 s .
61 Relieves con Nike celebrando una libación sobre el omphalós en W . H . R oscher, Omphalos, 19*3 >
láms. 7, I; 4 , cfr. 8, 3 . E n el rito de los Molpoi milesios se coloca frente a Hécate una piedra enga­
lanada y bañada de libaciones, SIG 5 7 > 25 = E SA M 5 0 , 2 5 · C fr. S&H, pp. 4 I “ 4 3 ·
62 Véase I , n. 8.
63 Soph. EL 8 4 ; 4 3 4 - C lidem . FGrHist 3 2 3 F 1 4 = A th . 4!O a; véase IV I , n. 4 3 ·
64 D em . 4 4 - I ^ ; 3O ; Eust. IL 2 3 , 1 4 1 , p. I 2 9 3 , 7 v a n d e r V a lk ; C o o k III, pp. 3 7 0 - 3 9 6 ; P- Stengel,
Hermes 57 (* 9 2 2 ) , pp. 5 4 2 - 5 4 6 .
65 "VV. D e o n n a, « L a so if des m o r t s » , RHR ΙΙ 9 (^ 9 3 9 )- ΡΡ· 5 3 _ δ ΐ. Sob re todo en los textos de las
lam inillas de oro, Zuntz, pp. 3 7 ° - 374 [B ern abé-Jim én ez, Instrucciones para el Más Allá. Las laminillas
órficasde oro, 2 0 0 1 , pp. 4 9 ss.] ; véase VI 2 -2 .
66 A F p. 1 1 3 ; u n costumbre semejante en B ám bice-H ierápolis, Lu c. De dea Syr. 1 3 ; en T iro se p ra cti­
caba aún en el siglo XIX, Revue des EtudesJuives 4 3 C 1901), PP· Ï 9 5 s·
1 0 2 2. RITO Y SANTUARIO

« ¡c o n c ib e ! » ; en g rie g o fo rm a n u n ju e g o de p alab ras: hye - kye 6?. L a m ism a fó rm u la


se grab a sob re u n a fu en te . L a escasez y la so b rea b u n d a n c ia , la « m a g ia de la llu v ia » y
el d ilu v io c o n stitu y e n c la ra m e n te e l cam p o sem á n tico de ta l r ito , a u n q u e n o e n la
fo rm a de m agia sim patética, sin o , u n a vez m ás, en el sen tid o fu n d am e n ta l de la lib a ­
c ió n : elevarse a la esperanza m ed ia n te u n d e rro c h e seren o .

3. O r a c ió n

« L ib a c ió n , s a c r ific io , o fr e n d a de p r im ic ia s » , éstos s o n lo s actos q u e d e fin e n la


a cció n p ia d o sa 1. P e ro cada u n o de estos actos debe ir aco m p añ ad o de la p alab ra ad e­
cuada. C u a lq u ie r p ala b ra in a p ro p ia d a , fu n esta, g ro sera o q u ejosa sería u n « d a ñ o »
(blasphemía) y así la e x p re sió n c o rrecta (euphemía) de lo s p articip a n tes consiste e n p r i ­
m e r lu g a r e n el « s ile n c io s a g r a d o » 2. D e él se eleva el acto de d irig irse a q u ie n está
e n fre n te , u n a in v o c a c ió n y u n a sú p lica: la o r a c ió n 3. R a ra m e n te hay u n rito sin o r a ­
c ió n y n o h ay n in g u n a o r a c ió n im p o rta n te sin rito : litaí— thysíai, « o r a c io n e s — sa cri­
fic io s » , u n c o n ju n to an tigu o y f i j o 4. E n la Odisea, cu an d o P e n élo p e reza a A te n e a , se
lava, se viste c o n ro p a lim p ia y p re p a ra lo s g ra n o s de ceb ad a e n la cesta s a c r ific ia l5.
G e n e ra lm e n te se trae v in o p a ra la lib a c ió n o se esp arcen grán u lo s de in c ie n so sob re
la llam a. E n ocasio n es im p o rta n te s, se realiza u n sa crificio com p leto e in clu so p u ed e
o rg a n iz a rse u n a p r o c e s ió n e sp e cia l, c o n o c id a c o m o p r o c e s ió n d e s ú p lica (hikesía),
p a ra el d io s e n su sa n tu a rio 6.
L a p ala b ra h a b itu al p a ra « o r a r » (eúchesthai)7, ta m b ié n sig n ifica « v a n a g lo ria rs e »
y, e n la victo ria , « p r o f e r ir el grito de t r iu n f o » : tal o ra c ió n es m ás u n acto de « l l a ­
m a r la a te n c ió n h acia u n o m is m o » q u e u n acto de d ev o ció n . E l rey, el g e n e ra l o el

67 Proel. In Tim. I l l 17 6 , 2 8 Diehl; AF, p. 8 6 ; HN, p. 1 3 2 ; la inscripción de la fuente: IG I I —IIIa 4-876.


Sobre la costumbre de verter agua com o sortilegio para la lluvia véase además Sm ith, pp. I 74 s·
1 Epict. Ench. 3 1 .
2 H orn. II. 9, 17 I; KA, p. I l l, cfr. G . M ensching, Das heilige Schweigen, 19 2 6 , pp. l o i s .; Plat. Leg. 8 o o b ,
3 G . Au sfeld, De Graecorum praecationibus quaestiones (Neue Jahrbücher Suppl. 2 8 ) 1 9 0 3 , pp. 5 0 2 - 5 4 7 : K·
Ziegler, De precationum apud Graecos formis quaestiones selectae, tesis doct., Breslau, 1 9 0 5 ; KA, pp. 7 8 —8 1 ;
F. Schwenn, Gebet und Opfer, 1 9 2 7 ; GGR, pp. I 5 7 “ l 6 0 ; K . v. Fritz, « G re e k P ra y e r» , Review o f Religions
IO ( 1 9 4 5 - 1 9 4 6 ) , p p . 5 - 3 9 ; W . K lu g , Untersuchungen zum Gebet in der frühgriechischen Lyrik, tesis doct.,
H eidelberg, 1 9 5 4 * É . des Places, « L a prière cultuelle dans la G rèce a n c ie n n e » , Revue des Ciences
Religieuses 33 (I 9 5 9 )» PP- 3 4 3 ~ 3 5 9 î A . C o rlu , Recherches sur las mots relatifs à l’idée de prière d ’Homère aux tra­
giques, 19 6 6 ; W . F. Bakker, The Greek Imperative. An investigation into the aspectual difference between the present and
the aorist imperatives in Greek prayer from Homer up to present day, 1 9 6 6 ; A . W . H . A d k in s, « E ú c h o m a i,
Eucholé and Eûchos in H o m e r» , C Q 19 (1969)» ΡΡ· 2 0 - 3 3 ; J . L . Perpillou, « L a signification du
verbe euchomai dans l ’ép o p ée», Mélanges P. Chantraine, 197 ^, ρρ· 1 6 9 - 1 8 2 ; L . C . M uellner, The meaning
o f Homeric E U C H O M A I through itsformulae, 1 9 7 6 ; W . H o rn , Gebet und Gebets-parodie in den Komödien des
Aristophanes, 197 °» Versnel, pp. 1 - 6 4 [D · A u b rio t-S é vin , Prière et conceptions religieuses en Grèce anciennejus­
qu’à Iafin du Ve siècle a v .J .-C ., 1 9 9 2 ; S. Pulleyn, Prayer in Greek religion, 19 9 7 ] ·
4 Pind. 01. 6, 7 8 , P- C hantraine, RPh 4 3 (19 6 9 ), ρ· 2 0 2 .
5 Od. 4 , 7 5 9 - 7 6 7 -
6 Fiesta sacrificial en Delfos « c o n la súplica del pueblo entero de la feliz G re cia » : Himno de Filodamo
112 - 114 ? Powell, p . 1 6 8 . In scrip ció n «hikesiáde P esis» sobre un carnero de b ron ce votivo de la
Acró p o lis: J G I 8 4 3 4 ; Rouse, p. 2 9 6 .
7 Véase A dkins, M uellner (supra, n. 3 ) ; sobre el origen indoeuropeo véase I 2, n. 18 ; véase el an tro -
pónim o m icénico E -u-ko-m e-n o (Euchómenos), P Y J n 7 ^ 5 * 2 3 ·
3. ORACIÓN 103

sa c e rd o te q ue d irig e el s a c r ific io y h ace la lib a c ió n reza « e n voz a lt a » y « p a r a


t o d o s » . N o rm a lm e n te la o r a c ió n in c lu y e u n vo to , q u e ta m b ié n se lla m a euché; p o r
tan to se lleva a cabo o fic ia lm e n te y ante testigos. L o s d io ses, p o r su p u esto , p u e d e n
o ír ta m b ié n súplicas en voz b a ja 8; y e n casos excep cion ales, en el culto a lo s lú gu b res
d ioses su b te rrá n eo s, se p re sc rib e la o r a c ió n sile n c io sa 9.
Ara sig n ifica ta m b ié n o ra c ió n y vo to , p e r o al m ism o tiem p o es u n a m a ld ic ió n . E l
éxito y el h o n o r d e u n o es n o rm a lm e n te in se p a rab le de la h u m illa c ió n y la fr u s tr a ­
c ió n de o tro ; la «ara b u e n a » y la «ara m a la » van de la m a n o 10. Ara tien e u n s o n id o
arcaico y re cu e rd a el p o d e r d irecto que la p ala b ra de o ra c ió n e jerce com o b e n d ic ió n
o co m o m a ld ic ió n , que, u n a vez p ro n u n c ia d a , n o p u ed e ser revocada. E n la Ilíada, el
títu lo d el sacerd ote q ue sabe cóm o m a n e ja r tales p alab ras de o r a c ió n es aretér : G r i ­
ses es el q ue acarrea la peste al ejército aqu eo c o n su o ra c ió n y el que p o ste rio rm e n te
le p o n d r á fin . E n el m arco p o é tic o hay q u e a d m itir q u e esta o r a c ió n es u n a sú p lica
b ie n fo rm u la d a al d io s p e rso n a l A p o lo , q u e « p re sta a te n c ió n » a su sacerdote.
U n estrato m ás e le m e n ta l de in v o c a c ió n está c o n s titu id o p o r a q u e llo s s o n id o s
verb ales tra d icio n a le s y sin sig n ifica d o , q u e a c o m p a ñ a n a danzas esp ecíficas o a p r o ­
c e s io n e s , cada u n a d e las cu ales está a so c ia d o a u n d io s p a r tic u la r . M e d ia n te el
s o n id o y el ritm o ayu d an a m o ld e a r la e x p e rie n c ia d e la fiesta y, al m ism o tie m p o ,
re c ib e n su c o n te n id o de esta e x p e rie n c ia . E l acto d el sa c rific io se d istin gu e p o r u n
g rito a g u d o , la ololygé de las m u je re s; el m ism o g rito de m u je re s a co m p a ñ a el n a c i­
m ie n to , c u a n d o se e sp e ra la « lle g a d a » y la in te rv e n c ió n de u n a d io sa d e l p a r to , y
ta m b ié n se re p ite e n otras situ a c io n e s de c ris is, c o m o e n el caso de u n a su p u e sta
p o s e s ió n 18. L as fiestas d io n isiacas se re c o n o c e n p o r lo s grito s salvajes, esp ecialm en te
el euhoí (evoe e n la tra sc rip c ió n latin a) y ta m b ié n thríambe13, dithyrambe. A so ciad o al culto
a A p o lo está el p e á n o, d e fo r m a m ás p re c isa , el g r ito iè iépaián , c o n e l p a r tic u la r
ritm o de tres breves y u n a larga; este g rito da n o m b re al canto q ue expulsa la p e s ti­
le n c ia y c eleb ra la v icto ria y ta m b ié n al d io s q u e así se m a n ifie sta 14. Iakch’ ô Iakche es el
grito que acom p añ a la p ro c e sió n a E leu sis; aq u í ta m b ié n del g rito se deriva u n n o m ­
b re , Y a c o , el n o m b re de q u ie n se su p o n ía q u e gu iab a la p ro c e s ió n com o daímon y que
p ro b a b le m e n te se id e n tific a c o n D io n is o ; p o s te rio rm e n te , e ra llevad o ta m b ié n en
p r o c e s ió n e n fo r m a de e sta tu a 15. Dithyrambos se u tiliz a b a ta m b ié n co m o e p íte to de
D io n is o . E l g rito colectivo lleva al b o rd e d e l éxtasis; e n cu an to lo s g rie g o s lle g a n a
d a rle u n se n tid o a estas p a la b ra s, h a b la n d e d io se s p e r so n a le s re p re s e n ta d o s de
fo rm a a n tro p o m ó rfic a .
S o rp re n d e , p e ro está m u y estrecham ente re la cio n a d o co n este a n tro p o m o rfism o ,
q u e e n g rie g o n o se tra n sm ita n an tigu as fó rm u la s litú rg ic a s d e o r a c ió n , n o tie n e n
n in g ú n Veda y n in g ú n Canto de los Arvales. Se co n servan exp resio n es in d o eu ro p ea s e n la
len gu a p oética p e ro precisam en te p o r eso p u e d e n utilizarse c o n m ucha libertad. U n a

8 H orn. II. 7, 19 5 ; E u r. El. 8 0 9 .


9 Soph. 0 . G. 4 8 6 - 4 8 9 ·
10 Aesch. Cho. 14 5 s . Ará en u n relieve votivo del E p iro : JH S 6 6 (1 9 4 6 ) , p. 1 1 2 .
11 II. I, II; 9 4 ; 5 , 7 8 .
12 L . D eubner, Ololyge und Verwandtes, A b h . B erlin 19 4 1 ■ véase II I, η. II; sobre Ilitia véase 1 3 -6 , n . 4 ;
posesión: E u r. Med. I 1 7 1 - I 1 7 3 .
13 Véase al respecto H . S. Versnel, Triumphus, 197 ° ·
14 L . D eubner, « P a ia n » , Neue Jahrbücher 22 (19 19 ), pp· 3 8 5 - 4 ° 6 >véase I 3 .6 , n. 2 0 ; III 2 . 5 . nn. 2 0 - 21 .
15 AF, p. 7 3 ; GGR, p. 6 6 4 ; HN, pp. 3 0 7 s .
104 2. RITO Y SANTUARIO

fo rm a de o ra c ió n b ásica16 c o n va ria cio n e s en el detalle su rge de su fu n c ió n . A l p r in ­


c ip io , su b ra y a d o p o r la p e t ic ió n « ¡E s c u c h a !» va el n o m b r e de la d iv in id a d . Se da
g ra n im p o rta n c ia a e n c o n tra r el n o m b re c o rre c to , epítetos esp ecialm en te a p r o p ia ­
dos; se acum ula el m ayo r n ú m e ro p o sib le de epítetos u n o s detrás de o tro s —u n rasgo
q ue p ro b a b le m e n te d e riv a ta m b ié n d e la tr a d ic ió n in d o e u r o p e a — y ta m b ié n se le
o fre c e al d io s la e le c c ió n : « s e a cu a l sea el n o m b r e c o n el q u e te a g ra d a ría ser l l a ­
m a d o » 17. T a m b ié n se in ten ta d e fin ir la esfera d el dios esp acialm en te n o m b ra n d o su
m o ra d a favorita o varios p osib les lugares de los que p u ed a v e n ir. T o d o ello va seguido
de u n a ju stific a c ió n p ara in vocar al dios, e n la q ue se alegan pruebas de am istad a n te ­
rio re s a m o d o de « p r e c e d e n t e » ; « s i a lgu n a v e z » o « s i e n verd ad e n o tro tie m p o »
el dios ha ayudado al su plican te o si el su p lican te ha realizado ob ras que a gra d a ra n al
d io s, h a q u em ad o sacrific io s y c o n stru id o te m p lo s, en to n ces él d eb ería a h o ra m o s ­
tra r su b e n e v o le n c ia . A m e n u d o se añ ad e la a severació n « p o r q u e tú p u e d e s » . U n a
vez e sta b le c id o el c o n ta c to , se h a ce la s ú p lic a su c in ta y c la ra m e n te y a m e n u d o va
a c o m p a ñ a d a de u n a p ro m e s a p a r a el fu t u r o : el v o to ; se su p o n e q u e la d e v o c ió n
garan tiza la con stan cia. L a se n sib ilid a d re lig io sa filo só fic a m e n te re fin a d a m ás tarde
co n sid e ró o fen sivo el carácter in teresad o y d ire cto de estas euchaí; se acon sejaba rezar
sim p le m e n te p o r el « B i e n » y d e ja r la d e c is ió n e n m a n o s d e l d io s 18. T a l d e v o c ió n
su b lim ad a n u n c a p o d ría lleg a r a ser u n a regla g e n e ra l. N o rm a lm e n te lo s griego s n o
tie n e n n in g ú n e scrú p u lo en rezar p o r la d estru cció n de o t r o l8a.
N o es h a b itu al a rro d illa rse p a ra re z a r19. E l gesto de sú p lica con siste en e xten d er
los brazo s. P ara in v o c a r a los d ioses celestes se levan tan las dos m an o s h acia el cielo
c o n las p alm as h acia a rrib a ; p ara in v o c a r a lo s dioses d el m a r se e x tie n d e n los brazos
h acia el m a r; ta m b ié n se e x tie n d e n lo s b razo s h acia la im a g e n de cu lto . A u n a im a ­
g e n de c u lto o a u n sa n tu a rio se le d eb e d a r sie m p re u n sa lu d o c o r d ia l (chaíre)z°
in clu so cu an d o sim p le m e n te se pasa p o r d elan te de ellos sin u n m otivo especial, o si
n o , se p u e d e h acer el gesto d e d ar u n b eso lleván d o se u n a m an o a lo s la b io s 21; s ie m ­
p re p u e d e a ñ a d irse u n a b re ve y se n c illa o r a c ió n . S ó c ra te s salu d a al so l n a c ie n te 22
tam b ién de esta m an era. Las sim ples in v o ca cio n es a dioses salp ican la vida co tid ian a;
en caso de excitació n , m ie d o , a so m b ro o ira, se in voca a lo s « d io s e s » o a algú n otro
n o m b re d ivin o a p ro p ia d o . A m en u d o so n n o m b re s de d ioses locales lo s que se tie ­

16 Por ej. H om . 11. I , 3 5 ~4·2 : IO , 2 7 7 - 2 9 4 ; Sapph. fr. I Voigt [trad. esp. de H . Rodríguez S o m o li-
nos, Poefisos griegas, fr. i].
17 Plat. Crat. 4 0 0 e ; Phdr. 2 7 3 c ; Tim. 2 8 b ; Phil. I 2 c ; A esch. j4g. 16 0 .
18 Sócrates en X e n . Mem. I , 3 - 2 ; Plat. Euthyphr. I¿j.d. C fr . Iam blich. De vita Pyth. I\ 5 [trad. esp. de E.
A . Ramos Ju ra d o , Jám blico, Vida Pitagórica, 19 9 1, p. 9 4 ]·
18 a A rch ilo ch . fr. 2 6 West2; cfr. Ep icur. fr. 3 8 8 U sener.
19 C fr. Euseb. Hist. eccl. 5 > 5 > 1 ; lim itado a cultos ctónicos y a supersticiones (T h eop h r. Char. 16 , 5,
véase II 2 , 3 , n. 5 8 ) según KA, p. 8 0 ; MMR, pp. 2 8 1 s . ; GGR, p. 15 9 ; contra: F. T . van Straten, BABesch
4 9 ( 1 9 7 4 ) , pp. 1 5 9 - 1 S O ; la espléndida im agen de A yax, que ora antes de suicidarse (So p h . Ajax
8 5 6 - 8 6 5 ) , en A K 19 (19 76 )» lám. 1 5 · Pero gounoûmai en la súplica (por ej. Anacreonte PM G 3 4 8 ;
357 [trad. esp. de F. R . A drados, Lírica griega arcaica, 1 9 8 0 , p. 4,04·]) significa la intención de tocar
las rodillas del o tro , cfr. Od. 6, I 4 l - I 4 9 ¡ S&H, p p . 4 6 s· M anos levantadas al cielo: II. 1 5 , 3 7 1 »
Pind. Isthm. 6, 4 I · G . N eum ann, Gesten und Gebärden in der griechischen Kunst, 19 6 5 ·
20 Por ej. M enandro, Samia 4 4 4 - 4 4 ^.
21 K . Sittl, Die Gebärden der Griechen und Römer, 18 9 0 (reim p. Hildesheim , 19 7 0 ) , pp. 1 8 1 s. ; en este sen­
tido se habla d e proskyneîn, A ristoph . Eq. 1 5 6 , Soph. Oed. Col. 1 6 5 4 s· Véase I 3 . 2 , η. 1 3 .
22 Plat. Symp. 2 2 0 d , cfr. A ristoph. Plut. 77 1 - M en andro fr. 4 4 9 K assel-A ustin.
í. PURIFICACIÓN IO S

n e n en los labio s, o si n o , « Z e u s » y « A p o lo » y p articu la rm e n te « H e r a c le s » , el que


p ro te g e d e to d o lo m a lo , Herdkleis —e n la tín mehercule— es u n a e x c la m a c ió n casi ta n
c o m ú n co m o « ¡J e s ú s ! » . L as m u je re s tie n e n sus p ro p ia s diosas especiales, A rte m is,
P a n d ro so y o tra s23.
S in em b argo se re q u ie re n m ed id as especiales si se q u ie re lle g a r a lo s m u erto s o a
los d ioses su b te rrá n eo s. L o s poetas d esc rib en cóm o el su p lican te se tira al suelo y lo
go lp ea c o n los p u ñ o s 24. G u a n d o el p ro p ó sito era h acer d añ o o m ald e c ir, la in s c r ip ­
c ió n sile n c io s a y d u ra d e r a su stitu yó a tales in v o c a c io n e s a p a r t ir d el sig lo V c o m o
m u y ta rd e : algun as la m in illa s de p lo m o —d el tip o u sad o ta m b ié n p ara e sc rib ir c a r ­
tas— te n ía n in sc rip c io n e s en las que se en tregab a u n en em ig o a lo s dioses del m u n d o
su b te rrá n e o ; estas la m in illa s se e n te rra b a n e n los san tu ario s de lo s d ioses s u b te rrá ­
n e o s o en tu m b as. M ie n tra s que el cu lto o fic ia l sigu e u sa n d o la p ala b ra h ab lad a, la
in n o v a c ió n de la p alab ra escrita se em p lea p a ra fin e s m ágicos. E l acto m ágico s u s ti­
tuye a la in v o c a c ió n : « Y o e s c r ib o » , « Y o a t o » 85; p o r e llo se las llam a p o r tanto katd-
desis, defixio.

4. P u r if ic a c ió n

4 .1 . F u n c ió n y m é to d o s

T o d as las criatu ras su p e rio re s d eb en m an ten erse lim p ias, e lim in a n d o la m ateria q u e
es fu e n te de ir rita c ió n y es p o r tanto d e fin id a co m o « s u c ie d a d » . P ara el h o m b re la
lim p ie z a se c o n v ie rte e n u n a de las e x p e rie n c ia s fo rm a tiva s de la in fa n c ia . L a l i m ­
p iez a traza lím ite s . S e a p re n d e có m o lo s d em ás están p re p a ra d o s p a ra d e s te r ra r a
u n a p e rso n a sucia ju n to c o n su su cied ad y có m o , sig u ien d o cierto s p ro c e d im ie n to s,
se p u e d e re c u p e ra r u n estatus acep table. L a p u r ific a c ió n es u n p ro c e so social. P e r ­
te n e cer a u n g ru p o es ajustarse a su están d ar de « p u r e z a » ; el ré p ro b o , el in tru s o y
el re b e ld e so n im p u ro s . L o s g ru p o s que se a p a rta n d el resto de la so cied ad p u e d e n
h a c e rlo a p e la n d o a u n a p u reza esp ecial, s u p e rio r. E n co n se cu en cia, las actividades
de lim p iez a cargadas e m o c io n a lm en te se c o n v ie rte n en d em o stra cio n es ritu a le s. A l
c eleb rar la e lim in a c ió n de la m ateria irrita n te , estos rito s d elim ita n un a esfera s u p e ­
r io r , o b ie n la p ro p ia c o m u n id a d en re la c ió n c o n u n « e x t e r io r » caótico, o b ie n u n
c írc u lo eso térico d e n tro de la socied ad ; fa c ilita n el acceso a esta esfera y, p o r tan to ,
a u n estatus s u p e rio r; re p rese n ta n la antítesis en tre u n estado negativo y otro p o s i­
tivo y están p o r tanto destin ad os a e lim in a r u n estado q u e es rea lm e n te in c ó m o d o y
p e r ju d ic ia l y llevar a o tro m e jo r y « p u r o » . L o s ritu ales de p u rific a c ió n , p o r c o n s i-

23 Aristoph . Lys. 4 3 5 ~ 4 δ 5 ·
24 H orn. II. 9, 5 6 4 ; Hymn. Apoll. 3 3 3 ; A esch . Pers. 6 8 3 ; E u r. Tro. 1 3 0 5 s .; cfr. C h . Picard, RHR 1 1 4
( 1 9 3 6 ) , pp. 1 3 7 - 1 5 7 .
25 D el santuario de la Malaphóros en Selinunte, finales de la prim era mitad del V I a .G . ; SEC 2 6 ( 1 9 7 6 -
1 9 7 7 ) . n05 I I I 2 - I I 1 6 ; 16 (1959)» n° 5 7 3 ; W . M . C alder, « T h e great defixio from Selin u s», Philolo-
g u s lO j ( 1 9 6 3 ), pp. 1 6 3 - 1 7 2 ; d e lC e rá m ico , siglos V - I V a.G . : W . Peelc, Attische Grabschriften II, (A bh .
B erlín n° 3 ), 1 9 5 6 , pp. 5 9 “ 6 l ; con muñeca mágica: J . T ru m p f, AM 73 (^ 9 5 ^ )' ΡΡ· 9 4 ~ Ι ° 2 · C fr .
Plat. Leg. 9 3 3 a . C o leccio n es más antiguas: R . W ünsch, Tabellae defixionum, e n IG IU 3 , A p é n d ice ,
1 8 9 7 ; Antike Fluchtafeln, 1 9 1 2 ; A A u d o lle n t, Deßxionum Tabellae, 1 9 0 4 ; cfr. GGR, pp. 8 0 0 - 8 0 4 [trad,
esp. de defixiones: M . del A . L ó p e zjim e n o , Textos giïegos de maleficio, 2 0 0 l ] .
ιο6 2. RITO Y SANTUARIO

gu íen te , fo r m a n sie m p re p arte de to d a re la c ió n c o n lo sagrado y de tod as las fo rm a s


de in ic ia c ió n ; p e r o ta m b ié n se e m p le a n e n situ ac io n e s de crisis: de lo c u r a , e n fe r ­
m ed ad y cu lpa. E n la m ed id a en q u e el rito e n este caso se p o n e al servicio de u n fin
claram en te id e n tific a b le , asum e u n carácter m á g ic o 1.
E l m e d io m ás ex te n d id o de p u r ific a c ió n es el agua y e n lo s rito s de p u r ific a c ió n
g rie g o s2 el contacto c o n el agua es fu n d a m e n ta l. A d em ás está la p ráctica d el sa h u m e ­
r i o 3 p a ra e rra d ic a r lo s m alo s o lo re s, u n a fo rm a p rim itiv a de d e s in fe c c ió n ; O d ise o
« s a h ú m a » la sala c o n azu fre d espués d e l b a ñ o de san gre q u e h a c a u sa d o 4. L a p a la ­
b ra grie ga p ara « p u r if ic a r » , kathaírein, d eriva quizá de la p ala b ra sem ítica p ara sa h u ­
m e r io c u ltu a l, qtr3. P u e sto q u e, ad em á s, el fu e g o lo c o n su m e y lo d estru y e to d o ,
in c lu y e n d o las cosas d esagrad ab les y re p u g n a n te s, se p u e d e d e c ir q ue « e l fu e g o lo
p u rific a t o d o » 6. O tro s dos requ isito s de la « p u r ific a c ió n » griega so n m en o s in m e ­
d ia ta m en te c o m p re n sib le s: el a v e n ta d o r (líknort) y las ceb o llas a lb a rra n a s (sküla). E l
« a v e n ta d o r » p u r ific a 7 el g ran o m ien tras el m o vim ien to oscilante de la cesta p erm ite
q ue las ah ech ad u ras v u e le n c o n el v ie n to . S u b alan ceo so b re la cabeza d el in ic ia n d o 8
su giere m ag ia a n aló gica, p e r o d el m ism o m o d o , e n el « v e r t e r » so b re la cabeza d el
n o vicio p u e d e re c o n o c e rse u n a d escarga de in stin to s agresivos, al ig u al q u e se h o n r a
a lo s v e n c e d o re s d e lo s ju e g o s « la n z á n d o le s h o ja s » (phyUobolía) . N o se e n c u e n tra
n in g u n a e x p lic a c ió n g rie g a p a r a el u so d e c e b o lla s 9, p e r o u n texto r itu a l h itita es
e s c la r e c e d o r : la c e b o lla se p e la capa a cap a, h asta q u e n o q u ed a n a d a 10; d e esta
fo rm a , la m a te ria p e rtu rb a d o ra se e lim in a c o n m u ch a elegan cia. E l u so d el s a c r ifi­
cio de san gre p a ra la « p u r if ic a c ió n » es a m b ig u o , p e ro n o o b stan te, ésta se in te g ra
así e n el m ism o c en tro de la « a c c ió n s a g ra d a » .
C u a lq u ie r cosa que sea e lim in a d a ritu a lm e n te y p o r la fu erza en el acto de p u r i­
fic a c ió n p u e d e in te rp re ta rse co m o u n a o fre n d a a ciertos p o d eres que so n p o r tanto
sin iestro s y p erverso s, a los que se p re fie re n o lla m a r p o r su n o m b re : « P a ra vo sotros
el agua d e lavar, p a ra q u ie n e s es n e c e s a rio , p a ra q u ie n e s es j u s t o » 11. A p a r tir d e la
é p o ca de Je n ó c r a t e s se h a b la de daímones12 , q u e , al e star re la c io n a d o s c o n las cosas
im p u ra s, so n a su vez « im p u r o s » ello s m ism o s. A lg u n o s in té rp rete s m o d e rn o s, en
u n in te n to de e sc la re c e r las id e a s q ue a c o m p a ñ a n al r ito , p r e fie r e n h a b la r de u n a

1 Véase II, n. 4 ·
2 W ächter, 19 1O ; Fehrle, 19 1O ; KA, pp. I 5 5 _ I^ 9 ; P· Pfister, RE Sup pl. s.y. Katharsis V I ( 1 9 3 5 ) , cois.
1 4 6 - 1 6 2 ; GGR, pp. 8 9 -I I O ; M ou lin ier, 195 ^ ; c^1’ · en general; « G u ilt or Pollution and Rites o f
P u r ific a tio n » , en Proc. o f the X I ^ internat Contress o f the international Association for the Histoiy o f Religions II,
19 6 8 ; M . Douglas, Purity and Danger, 19 6 6 ; R . Parker, Miasma, 1 9 8 3 .
3 Véase II I , n n . 6 3 - 6 7 .
4 Od. 2 2 , 4 8 1 - 4 9 4 .
5 Burkert, Grazer Beiträge 4 ( l 9 7 5 )> P· 7 7 · Pu rificación con sahumerios en Babilonia: H dt. I, 1 9 8 .
6 Schol. E u r. Or. 4 0 Schwartz, cfr. Plut. Quaest. Rom. 2 6 3 E . A sí hagnfzein (Eu r. Or. 4O ; Suppl. I 2 11s .)
y hathagízein significan prácticamente « q u e m a r» .
7 J . H arriso n , «M ystica vannus Ia c c h i» , JH S 2.3 (I 9 ° 3 )> PP· 2 9 2 - 3 2 4 ; M . P.N ilsson, TheDionysiac
Mysteries in the Hellenistic and Roman Age, 19 57 » PP· 21 - 3 7 · Véase n. 39 .
8 Sobre los katachysmata véase E . Samter, Familienfeste der Griechen und Römer, 19 0 1, pp. I - 1 4 . Sobre las oulai
véase II I , n. 9.
9 A ristop h . fr. 2 6 6 K assel-A ustin; T h p h r. Hist plant. J , 1 2 ; Diphilos fr. 125 K assel-A ustin.
10 A N ET 3 4 6 [texto y trad. esp. en J . V . G arcía Trabazo, Textos religiosos hititas, 2 0 0 2 , pp. 5 6 3 SS-Íí r it °
babilonio e n H . K inggren , .Reliionso/theAncienfJVearEast, 19 7 3 , Ρ· 9 1
11 C lidem o FGrHist 3 2 3 F 14 · Sobre verter en silencio: A esch. Cho. 96s.
12 Véase III 3 . 5 ; VII 3 . 4 .
4.1. FUNCIÓN Y MÉTODOS IO 7

c o n c e p c ió n m a te ria l d el m a l13 q u e p u e d e tra n sm itirse p o r con tacto , p e r o que ta m ­


b ié n p u e d e ser a isla d o , c o n c e n tra d o y e lim in a d o . E n la p rá ctic a n o se n e cesita b a n
m uchas p alabras n i u n a e x p lica ció n d etallad a: la fu n c ió n social e ra in m e d ia ta m e n te
evid en te y eficaz.
L o s rito s de p u r ific a c ió n s o n c o m u n e s e n el P ró x im o O r ie n t e a n tig u o y e n el
A n tig u o T estam en to. H o m e ro m e n c io n a n o sólo los «vestid o s p u r o s » y el lavado de
m a n o s a n tes de la o r a c ió n y el s a c r ific io , s in o ta m b ié n la p u r if ic a c ió n de to d o el
e jé rc ito d espués de la p este 14. E n H e sío d o se e n c u en tra u n a serie de p re sc rip c io n e s
e sp e c ia le s. H a n p o d id o e n c o n t r a r lu g a r e n la m ito lo g ía « p u r if ic a c io n e s » d e la
lo c u r a —M e la m p o y las h ija s de P r e t o 15—y d e l h o m ic id io 16 —A p o lo y O re ste s—, E l
p ro b le m a d el h o m ic id io y d el h o m ic id a , sus co n secu en cias, q ue se tra n sm ite n a las
g e n e ra c io n e s p o s te rio re s, y su s u p e ra c ió n p o r m e d io d e la « p u r if ic a c ió n » , p a re c e
vo lve rse cada vez m ás a p re m ia n te e n el tra n sc u rso d e l siglo V I I . E s evid en te q u e el
o rá cu lo de D e lfo s d esem p eñ ó u n p ap e l fu n d am e n ta l e n este d e sa rro llo , re c u rrie n d o
a las tra d ic io n e s lo cales sie m p re que era p o s ib le 17. T a m b ié n a p a re c ie ro n « s a c e r d o ­
tes p u rific a d o re s » (kathartaí), que p ro m e tía n re m ed io e n caso de epid em ias o de d is ­
c o r d ia civil. E l m ás fa m o so e n tre e llo s, E p im é n id e s de G re ta, p u r ific ó A te n a s d el
« s a c r ile g io de C i ló n » antes d el añ o 6 0 0 1 . A lg u n a s fam ilia s e in d iv id u o s te n d ía n a
c re e r q ue calam id ad es de to d o tip o se d eb ía n a algun a an tigua « c o n t a m in a c ió n » , al
« r e n c o r » (ménima) de a lgú n m iste rio so p o d e r 19. A p a r tir de la p rá ctica d el rito , en
la im a g e n de la « im p u r e z a » se d e sa rro lla u n c o n ce p to de cu lp a ; la p u r ific a c ió n se
c o n v ie rte en ex p ia c ió n .
U n p ro ceso de in te rio riz a c ió n de este tip o con d u ce p o r supuesto a u n cu estio n a-
m ie n to d e l r ito . Y a en H e s ío d o h ay u n a c o r re s p o n d e n c ia e n tre u n a d im e n s ió n
in te rn a y o tra e xtern a cu an d o acon seja n o cru zar el r ío « s in lavarse la m ald ad n i las
m a n o s » 20. P o sterio rm e n te escribe P lató n : « e l h o m b re im p u ro es aquel que es m a l­
vad o e n su a lm a » 21; e in c lu so u n o r a d o r 22 p u e d e e x ig ir q u e u n sa ce rd o te n o d eb e
« m a n te n e rse p u ro d u ran te u n cierto n ú m e ro de días, sin o q u e debe ser p u ro e n el
tra n sc u rso de to d a su v i d a » 23. E n u n v e rso fre c u e n te m e n te c itad o , grab ad o a la
e n tra d a d el s a n tu a rio de A s c le p io e n E p id a u r o , se le e : « la p u re z a es te n e r p e n s a ­
m ien to s p ia d o s o s » . E n la práctica, las afirm acio n es de este tipo n o eran con siderad as
com o u n a desvalorización de las fo rm as externas de d evoción, que se respetaban r ig u ­

13 Las tesis de los daímones fue sobrevalorada p o r E . Sam ter (véase n. 8 ); la materialidad del mal, po r
L . D eubner (por ej. AF, pp. 2 1 ; l8 0 s .). E n H ippocr. De morb. sacr. I (VT 3 6 2 Littré [trad. esp. de G.
García Gual, Tratados hipocráticos I, 1 9 8 3 , p- i ° ' í l ) > míasmay alástores se encuentran uno junto al otro.
14 Véase n. 4 8 .
15 Véase n. 5I·
16 Véanse nn. 5 6 - 5 9 ·
17 GGR, pp. 6 1 5 - 6 2 5 ; 6 3 2 - 6 3 7 .
18 A rist. Ath. pol. I ; Plut. Solo n 1 2 ; su m étodo: D io g. L aert. I , I I O ; sacrificio hum ano legen dario:
N eanthes FGrHist 8 4 fr. 16 ; todos los testimonios en FGrHist 4 5 7 [ahora más completos en O f III;
cfr. tam bién Epimenide Gretese, 2 0 0 1 I. Véase II 8, n. 8 7 ·
19 Plat. Phdr. 2 4 4 ^ e > Resp · 3 ^ 4 be; E u r. Hipp. 1379 s·
20 Hes. Op. 7 4 0 .
21 Plat. Leg. 716 e . G fr. E u r .Or. 1 6 0 4 ; Aristoph . Ran. 3 5 5 ·
22 Dem osth. 2 2 , 7 &·
23 Gitas en Porph. De abst. 2 , 19 de Teofrasto (= fr. 5 8 4 A Fo rten b au gh ) y en Glem . A l. Strom. 4 > 1 4 2 ,
I; 5 , 1 3 , 3 ; véase tam bién LSS 5 9 ; 8 2 ; 8 6 ; 9 1 ; 1 0 8 ; LSAM 2 0 = SIG 9 8 5 ; P o llu x i, 2 5 -
ιο8 2. RITO Y SANTUARIO

ro sam en te, sin o que se les agregaba u n a d im e n sió n m ás p ro fu n d a . E n el ám b ito de la


« p u r ific a c ió n » , rito y re fle x ió n ética p o d ía n fu n d irs e sin so lu c ió n de co n tin u id ad .

4 -2 - L o SA G RA D O Y LO PURO

L a e x ig e n c ia de p u re z a p o n e d e m a n ifie s to la fr o n t e r a q u e sep ara lo sagrad o d e lo


p ro fa n o ; cuanto m ás escru pu lo sa e in ten siva es la p u rific a c ió n , tanto m ayo r p arece la
d ife re n c ia de ra n g o . « D e n in g u n a m an era p u ed e u n h o m b re o ra r a Z eu s m an ch ad o
de sangre y s u c ie d a d » 24; de ah í el « la va d o de m a n o s » (chérnips) antes de la lib a c ió n y
d el sacrificio . T a m b ié n se lleva puesta ro p a lim p ia y ocasion alm en te se p re sc rib e n ves­
tidos b la n co s25. A l a entrada de los santuarios se colocan recipientes co n agua (perirrhan-
téria)%&, co m o las p ila s d e agua b e n d ita e n las iglesias católicas ro m a n a s; to d o el que
en tra m ete la m an o en el re c ip ie n te y se ro c ía c o n agua. N o hay « c o n s a g ra c ió n » d el
agua, p e ro a m en u d o debe tratarse de u n agua p articu la r. N o p ocos santu arios tie n e n
su p ro p ia fu en te o p ozo, p e ro ocasio n alm en te se debe tra er agua de m ás lejo s, de u n a
« fu e n te p e r e n n e » o del siem p re p o d ero so m ar. L a v irg e n « p o rta d o ra d el a g u a » con
el ja r r o en la cabeza (hydrophóros) se in c o rp o ra a la ico n o g ra fía del culto y ta m b ié n apa­
rece fre cu e n tem e n te e n terracotas votivas27. E l p o d e r p u rific a d o r d el fu ego se u n e al
p o d e r d el agua cu an d o se to m a u n tro n c o d el fu eg o d el altar, se m ete e n el agua y se
usa p ara ro c ia r el san tu ario , el altar y a los p articip a n tes28.
E l sign ificad o de la p alab ra in d o e u ro p e a p ara « s a g ra d o » (hagnós)29 vien e d e fin id o
y lim ita d o e n g rie g o p o r su o p o s ic ió n c o n e l té rm in o p a r a la « c o n t a m in a c ió n » ,
mysos, miasma. L a c o n c e p c ió n de p u reza esp ecíficam en te cu ltu al se d efin e a través de la
c o n s id e ra c ió n de cie rtas a lte ra c io n e s m ás o m e n o s graves de la vid a n o rm a l c o m o
miasma. A lte ra c io n e s d e este tip o s o n las re la c io n e s se x u a le s30, el n a c im ie n to 31, la
m u erte y, esp ecialm ente, el h o m ic id io . Hagnós e n sen tid o e jem p lar se aplica p o r tanto
a q u ie n evita el con tacto c o n la san gre y c o n la m u erte , p a rtic u la rm e n te a la v irg e n .
L a s v írg e n e s d e se m p e ñ a n p a p e le s d estacad os e n m u c h o s c u lto s. L a s sa ce rd o tisa s a
m en u d o d eb en conservar la castidad32, al m en o s d u ran te su p erío d o de servicio; p ero
lo s sa ce rd o te s y lo s siervo s d el te m p lo ta m b ié n d e b e n lo g ra r e n a lg u n o s casos u n
cierto grad o de hagneía, especialm ente d u ran te la p re p a ra c ió n de la fiesta. E llo im p lica
n o sólo evitar las re la cio n e s sexuales y el con tacto co n p artu rie n ta s o c o n h ogares de
lu to, sin o tam b ién observar algunas p ro h ib ic io n e s alim en ticias, ayunar d u ran te varios

24 H éctor en H om ero II. 6, 2 6 7 s.


25 G . Radke, Die Bedeutung der weissen und schwar&n Farbe in Kult und Brauch der Griechen, tesis doct.,Berlin,19 3 6 .
26 L . Ziehen, R E X IX . ( 1 9 3 7 X cols. 8 56 s.
27 E . Diehl, Die Hydria, 19 64» pp. 1 7 1 - 2 0 9 .
28 KA, p .164.
29 Véase I 2 , n. 1 4 ; V 4 . nn. 2 4 - 3 ° ï Fehrle, pp. 4 2 ~ 5 4 ; E . W illiger, Hagios, 1922.
30 Porph. Deabst. 4 , 2 0 ; H dt. 2, 6 4 ; IS S I 15 A 1 2 ; Fehrle, pp. 2 5 ~4 2 ·
31 E u r. Iph. Taur. 3 8 1 - 3 8 3 ; L SS 1 1 5 A 16 ; L . D eu b n er, « D ie Gebräuche der G rie ch en nach der
G e b u rt» , RhM 9 5 ( 1 9 5 2 ) , pp. 3 7 4 ~ 3 7 7 ; G . B inder, RAC IX (19 8 6 ) , cols. 8 5 - 8 7 . La m enstruación
sé entiende —incluso desde el punto de vista m éd ico — com o « p u r ific a c ió n » (kátharsis) ; el culto
sólo se hace eco de ello en la m edida en que ciertos sacerdocios se reservan explícitam ente para
mujeres ancianas, Fehrle, p. 9 5 , n . I.
32 Fehrle, pp. 6 5 ~ l 5 4 ·
4.2. LO SAGRADO Y LO PURO 109

días y co m e r ciertos alim en tos in u su ales33. Estas p re sc rip c io n e s va ría n segú n la épo ca
y el lu g a r; n o hay « a lim e n t o s u n iv e rs a lm e n te im p u r o s » , co m o en el caso de lo s
ju d ío s . C u rio sa m en te, la hagneía p u ed e co n llevar in clu so u n a p ro h ib ic ió n de b añ arse:
el contraste c o n la vida cotid ian a o c o n c u a lq u ier acto fu tu ro de p u rific a c ió n cultu al
es m ás im p o rta n te que la lim p ieza obvia.
E l b a ñ o se g u id o d e l v e stirse c o n ro p a s lim p ia s fo r m a p a rte d e las in ic ia c io n e s
in d ivid u a les, de las in ic ia c io n e s a lo s m is te rio s 3'1' y de la c e re m o n ia n u p c ia l que, p o r
su p u e sto , se cele b ra co m o u n a fiesta s a c rific ia l. E n el sa n tu a rio de A te n e a K r á n a ia ,
ju n t o a E la te a , h ay b a ñ e ra s e sp e cia le s p a r a el n iñ o q u e a su m ía el s a c e r d o c io 35
d u ra n te c in c o a ñ o s. A n te s de las in ic ia c io n e s e le u s in ia s, lo s m ystai se b a ñ a n to d o s
ju n to s e n el m a r cerca de A te n a s u n d ía d e te rm in a d o 36. A lg u n o s relieves m u estra n
c ó m o seguía al b a ñ o u n a p u rific a c ió n c o n a n to rch as: H eracle s, e n el acto de re c ib ir
la in ic ia c ió n e leu sin ia , se sienta sob re u n a p ie l de c a rn e ro c o n la cabeza tapada p o r
u n velo m ie n tra s u n a sacerdotisa sujeta u n a a n to rch a p o r d eb ajo y m u y cerca de é l37.
E n o tro relieve, las p ro p ia s « D o s D io s a s» p a re c e n acercar an torch as a u n n iñ o s e n ­
tad o e n e l su e lo , m ie n tra s e n la m ito lo g ía D e m é te r ech a al n iñ o e le u s in io D e m o -
fo n te d ire c ta m e n te al fu e g o , al h o g a r , p a r a « p u r if ic a r l o de to d a m o r t a lid a d » 38.
G u a n d o otras rep resen tacio n es de la in ic ia c ió n de H eracles m u estra n tam b ién el uso
d el lík n o n 39, la sistem atización p o s te r io r 40 p e rm itía h a b lar de p u rific a c ió n a través de
los e lem en to s: agua, fu eg o , vien to . H ay ta m b ié n u n a « p u r ific a c ió n m ed ian te la t ie ­
r r a » , u n a « f r i e g a » : e n c ie rto s m is te rio s se u n ta b a b a r r o y salvado s o b re el i n i ­
c ia n d o , esp e cia lm e n te sob re su cara, y desp ués se le « fr o t a b a » . A s í, u n « p u r if ic a -
d o r » es a lg u ie n q ue tien e c o n o c im ie n to s acerca de las « f r ie g a s » 41. P o r su contraste
c o n la su cied ad p ro vo cad a, la p u reza p o s te rio r im p re sio n a m u ch o m ás.
L a suciedad se deposita in clu so e n los santu arios y en las im ágenes de lo s dioses; la
lim p ieza regu lar es tan in evitable com o delicada. E l rito la tra n sfo rm a u n a vez más e n
u n a fiesta, o m ás b ie n , en u n a a n ti-fie sta , u n a o c a sió n sin iestra e « im p u r a » que al
m ism o tiem p o realza, a m o d o de antítesis, la fiesta verd ad era, « p u r a » . L a osten ta­
c ió n que p o n e de m anifiesto la in co m o d id ad de la « c o n ta m in a c ió n » reafirm a la segu ­
r id a d e n la « p u r e z a » de u n n u evo c o m ie n z o . A s í e n A te n a s, las P lin t e r ia s 42, la
« fie s ta d el la v a d o » , tien e lu g a r el ú ltim o m es d el a ñ o . V írg e n e s y m u jeres lim p ia n
la an tigua im agen de m ad era de la diosa de la ciu d ad , A te n e a : « le q u itan sus a d o rn o s
y velan la im a g e n » ; este día es con sid erad o de m al agüero y en él n o se debe e m p re n -

33 R. Arbeitsm ann, Das Fasten bei den Griechen und Römern, I 9 2 9 ; J · Haussleiter, Der Vegetarismus in der Antike,
1 9 3 5 . pp· 1 2 - 1 8 .
34 D ioniso: Paus. 9 » 2 0 , 4 ; Liv. 3 9 , 9, 4 ; Coribantes: IE 2 0 6 ; Cabiros: AA (19 6 7 ), pp. 2 4 5 s·: Meter:
Ju v . 6, 5 2 2 - 3 2 4 ; Isis: A p u l. Met. I I , 2 3 ; M itra: Tert. Debapt. 5 , I · Bodas: T h u c. 2 , 15 - 5 : Schol.
E u r. Phoen. 3 4 7 Schwartz; C o ok III, p. 3 8 9 ; cfr. Ginouvès, pp. 2 3 4 ~4 2 8.
35 Paus. IO, 3 4 , 8.
36 HN, p. 2 8 5 , n. 9.
37 O stoteca de T erranova, AF, lám . 7, I; relieve de m árm ol de N ápoles, C o o k I, p. 4 2 6 , fig. 3 ° 8 ;
HN, p. 2 9 5 · Purificaciones « c o n antorcha» tam bién en D ip h ilo s, fr. 125 K assel-A ustin; Lucian.
Alex. 4 7 : Necyom. y.
38 Relieve de Este, GGR, lám. 4 4 - 2 ; HN, p. 31O ; sobre el m ito: Richardson, pp. 231 - 2 3 4 - 2 4 ° ·
39 U rn a Lovatelli, AF, lám. 7, 2 : GGR, lám. 4 3 . 2 . Foto en W . Burkert, Cultos mistéricos antiguos, trad. esp.
de M . Tabuyo y A . López, 2 0 0 5 , figs. 2 - 4 (entre págs. 8 0 y 8 1).
40 Serv. in V e rg . Aen. 6, 741 ·
41 H arpocr. s.v. apomdtton Keaney; Soph. fr. 3 4 R adt2; LSC G 6 4 , 16 (M esene); G raf, p. 10 6 .
42 Plut. Ale. 3 4 * ! : véase V 2 -2 , n. 5 ; un mes Plyntérion en Q uíos, LSS 1 3 I ·
no 2. RITO Y SANTUARIO

d er n in g ú n asnnto im p o rta n te . E llo n o d eb e c o n fu n d irse c o n la p ro c e s ió n an u al en


la que los efebos llevan o tra im agen de A te n a , el P a la d ió n 43, al m ar, d o n d e se p u rific a
p ara volver a « e r ig ir la » en la a n ligu a sede de u n a im p o rtan te corte de ju stic ia , d o n d e
se ju z g a n d elitos com o el h o m ic id io : el h o m b re con d en ad o es d esterrad o, p e ro oca­
sio n alm e n te , después de ciertas c erem o n ias de p u rific a c ió n , p u ed e regresar. S u e x i­
lio , p u rific a c ió n y re to rn o sigu en el cam in o de la im agen que va a ser p u rific a d a . U n a
p ro c e s ió n sim ila r e n A rg o s en la que se lleva al b añ o u n a im agen de Palas se co n o ce a
través de u n p o e m a de C a lim a c o 44. U n a in sc rip c ió n de C o s p rescrib e que, cu and o u n
san tu ario h a sid o c o n ta m in a d o p o r u n cadáver, la sacerd o tisa d eb e llevar al m a r a la
d io sa « q u e a lim en ta a lo s n iñ o s » (Kourotróphos) p ara p u rific a rla a llí45. D e esta fo rm a
se restablece la correcta d istin c ió n en tre lo d ivin o y lo m o rtal.

4 -3 - M u erte , ENFERMEDAD Y L O C U R A

Las alteraciones que p ertu rb an la vida cotid ian a se lim itan y se su p eran gracias a la e x i­
gencia de « p u r ific a c ió n » p recisam en te p o rq u e n o p u ed e n ser sim plem ente evitadas y
elim in ad as. L a m ás in o fen siva de ellas es la re la ció n sexual, p e ro sigue siend o n ecesa­
ria la p u rific a c ió n antes de p o d e r re a n u d a r la re la c ió n c o n los dioses (v. n o ta 7 ° ) · L a
m u erte in c id e m u ch o m ás p ro fu n d a m e n te en la vida de los p arien tes y de la « c a s a » ;
lo s a fe cta d o s s o n « im p u r o s » y s o n e x c lu id o s p o r u n tie m p o de la vid a n o r m a l.
Q u ie n lo s visita debe p u rifica rse al salir ro cián d o se co n agua46. D u ran te este p e río d o ,
se da a la « c o n t a m in a c ió n » u n a d ram ática e x p re sió n extern a: lo s afectados p o r u n a
m uerte llevan ro pas rotas o sucias, evitan lavarse y se restriegan tierra o ceniza sob re la
cabeza. C u a n d o m u e re u n rey esp a rtan o , dos p erso n a s lib re s de cada fa m ilia d eb en
« c o n ta m in a r s e » , dice H e ró d o to . N o se trata de m ostrarse « a flig id o s » p o r la desgra­
cia sin o de actuar según unas p rescrip cio n es precisas. E n Y ú lid e , en C eo s, u n decreto
restringe p o r ley el n ú m ero de p erson as que p u ed e n y d eben « m a n c h a rse » (miaínesthai)
de esta m a n e ra 47: la m ad re, la m u je r, las h erm an as, las h ijas d el h o m b re m u erto y las
h ijas de sus h ijas y n o m ás de cinco m u jeres m ás. A l fin a l del p erío d o p rescrito , todos
d eb en p u rific a rse co n u n bañ o ve rtien d o agua sobre sus cabezas; la casa tam b ién debe
ser p u rificad a, rociad a co n agua de m ar, fregada con tierra y b arrid a. E ntonces se vu el­
ven a h acer sacrificios en el h ogar, que hasta entonces se había m an ten id o apagado: se
restablece la re la c ió n n o rm a l co n los dioses. R esu lta claro cóm o la ob ligació n d el rito
es tam b ién u n a ayuda; de este m o d o to d o lo que p u ed e hacerse se exterioriza, se o b je ­
tiva y p u ed e su perarse en el m o m en to especificad o.
L as e n fe rm e d a d e s y las e p id e m ia s ta m b ié n p u e d e n ser e n te n d id a s co m o c o n ta ­
m in a c ió n . E n el p r im e r lib r o d e la Ilíada, c u a n d o se aplaca la ira de A p o lo d espués
de h a b e r desagraviado a su sacerd o te, A g a m e n ó n o rd e n a a lo s aqueos « p u r ific a r s e »

43 Burkert, Z jiC G 22 (k) 7 ° ) , pp. 3 5 6 -3 6 8 [trad. ital. : «'B o u zygh es’ e Palladio: violenza e giustizia
nell’ antico ritu ale », e n W . Burkert, Originisehagge, 1992, pp. 57“68, 139 - 4 4 9 )·
44 Gall. Hymn. 5 con escolio.
45 LSC G 1 5 4 B 1 7 - 3 2 (m uy fragm entaria); cfr. asim ism o la p u rificació n del santuario de A fro d ita
Pandemos en Atenas IG I I —IIIa 6 5 9 = LSC G 3 9 ; la fiesta de T in it en Gartago: A u g. De civ. Dei2 , 4 ; en
un. contexto poético: E u r. Iph. Tanr. I 0 2 9 - I 0 5 I > I I 5 7 - I 2 3 3 ·
46 E u rip . Ale. 98-IOO con escolio; A ristoph . Eccl. IO33 con escolio.
47 H dt. 6, 5 8 , 2 ; LSC G 9 7 A 2 5 - 2 8 , cfr. Plut. Quaest. Gr. 2 4 , 2 9 6 ; véase IV I, n. 4 7 ·
4.3. MUERTE, ENFERMEDAD Y LOCURA III

(apolymamesthai) ; « y se la v a ro n y tir a r o n al m a r la in m u n d ic ia » 48; se p u e d e p e n s a r


q u e tir a n al m a r el agua c o n la q u e antes se h a b ía n la va d o . A la p u r ific a c ió n sigu e
in m e d ia ta m e n te la fiesta d el d io s, q u e d u ra to d o el d ía , c o n el « h e r m o s o » ca n to
cultual, el p eán , y c o n sacrificio s. A p o lo es el d io s de esta p u rific a c ió n y cu ra ció n . Se
d ice q ue su sa n tu a rio en D íd im a fu e fu n d a d o cu an d o B ra n c o lleg ó a llí p a ra e x p u l­
sar la p este y lo h iz o a g ita n d o ram as de la u r e l y ro c ia n d o c o n ella s a las p e r so n a s
m ie n tra s cantaba u n h im n o m iste rio so e in c o m p re n s ib le 49. E n el p e río d o arcaico se
a lu d e re p e tid a s veces a sacerd o tes p u r ific a d o r e s de A p o lo q u e p o d ía n e x p u lsa r las
ep id em ias de u n a fo rm a s im ila r30.
L a e sfe ra e sp e cífica de lo s sacerd o tes p u rific a d o re s es la e n fe rm e d a d m en tal, la
« lo c u r a » , que se c o n sid e ra in c u e stio n a b le m e n te com o « e n v ia d a p o r u n d io s » . L a
« p u r if ic a c ió n » con siste e n devolver lo a n o rm a l a la n o rm a lid a d . E l e je m p lo m ític o
es la lo c u ra de las h ijas d el rey P reto de T ir in t e 51 que fu e p ro v o cad a p o r H e ra o p o r
D io n is o y q ue se p ro p a g ó a to d as las m u je re s d e la c iu d a d . E n re a lid a d se trata d e
u n a se p a ra c ió n ritu a l de la n o rm a lid a d ; la d e s c rip c ió n de la d e s fig u ra c ió n e x te rn a
de las P ré tid as re c u e rd a al m a q u illa je y las m áscaras p rim itiv a s, com o lo s h o r rib le s
íd o lo s d e l s a n tu a rio de M ic e n a s. L a vía de r e to r n o a la re a lid a d la e n c u e n tra el
vid en te M ela m p o . U n a v e rsió n tra n sfie re la « p u r ific a c ió n » que él realizó al san tu a­
r io de A rte m is e n L u s o s : el n o m b re Lousoí está aso ciad o c o n el « la v a d o » (loústhai).
E n el ilu stra d o siglo V el a u to r de Sobre la enfermedad sagrada d iserta c o n tra lo s « m a g o s,
p u rific a d o re s , sacerdotes m en d ican tes y lo s c u ra n d e ro s » que tr a ía n la ep ilep sia c o n
« p u r ific a c io n e s y c o n ju r o s » y lo s restos de sus p u rific a c io n e s , u n o s lo s e sc o n d e n
b a jo tie r r a , o tro s lo s tira n a l m a r y o tro s se lo s lle v a n le jo s a la s m o n ta ñ a s, d o n d e
n a d ie los to ca rá o lo s p isa rá 5“.
L a lo c u r a « c o r ib á n t ic a » a la q u e a lu d e P la tó n re p e tid a s veces se c o n s id e ra b a
co m o u n a fo rm a e sp e cia l de p o s e s ió n 53. L o s c o rib a n te s están b a jo el in flu jo d e la
G r a n M a d re de A sia M e n o r. E l so n id o de u n a m elo d ía d ete rm in a d a les h a rá p e r d e r
la co n sc ie n c ia y lo s e m p u ja rá a u n a danza d e lira n te b a jo el p o d e r de la m ú sica « f r i ­
g ia » . G u a n d o el danzante es fin a lm e n te ve n c id o p o r el can san cio, se sien te lib re n o
sólo de su lo c u ra sin o tam b ién de to d o lo que p reviam en te lo h ab ía o p rim id o . E sta
es la « p u r ific a c ió n a través de la l o c u r a » , la « p u r ific a c ió n a través de la m ú s ic a » ,
q u e ib a a d e se m p e ñ a r p o s te rio rm e n te u n p a p e l tan im p o rta n te e n las d isc u sio n e s
acerca d el efecto « c a tá r tic o » de la tra g e d ia 54.

48 II. i, 3 13 s .
49 C allim . fr. 19 4 , 2 8 - 3 1 [trad. esp. de M . Brioso: Calim aco, Himnosy fragmentos, 1 9 8 0 , fr. 194 - 2 8 -
3 1 , p. 2 1 9 ] ; C lem . A l Strom. 5 , 4 8 , 4 ·
50 Á b a ris: Paus. 3 , 1 3 , 2 : Taletas: Ps. Plut. De mus. I 1 4 6 B C ; Bácide: T h eo p o m p . FGrHist I15 F 7 7 ;
R ohde II, 6 9 - 9 9 ; Plut. Ale. 3 4 , I; véase V 2 -2 , n. 5 ; u n mes Plyntérion en Q uíos, / SS 13 f-
51 H es. fr. 3 7 , I4s. ; 133 [trad. esp. A . M artínez: H esíodo, Obrasjfragmentos, 1 9 7 8 , fr. 3 7 , 1 4 s-î * 3 3 -
pp. 2 3 1 y 2 6 2 ] ; PR II, pp. 2 4 6 - 2 5 3 ; HN, pp. 1 8 9 - 1 9 4 ; localización en Lusos de Bacchyl. I I , 3 7 -
3 9 ; Stiglitz, pp. 1 0 1 - 1 0 5 .
52 H ipp ocr. Demorb. sacr. I , 4 2 (V I 3 6 2 Littré).
53 Plat. Ion 5 3 4 a ; Synip. 2 1 5 k ; Phdr. 2 3 4 <l· Leg. 7 9 0 d ; Minos 3 1 8 b ; I. M . L in fo rth , The GoiybantieRites in
Plato (U niv. o f C alifo rn ia Publ. 1 3 ) , 1 9 4 6 , pp. 1 2 1 - 1 6 2 ; Dodds, pp. 77 “ 7 9 ·
54 Arist. Pol. 1 3 4 2 a 7 - 1 6 en relación con Poet. 1 4 4 9 ^ 2 8 ; sobre la discusión poetológica véase Lesky,
pp. 6 4 0 s.
112 2. RITO Y SANTUARIO

4 .4 . P u r ific a c ió n con s a n g re

« E llo s se p u rific a n m an ch án d ose c o n o tra sangre, com o si algu ien que se m etiera en
el fa n g o in te n ta ra la va rse c o n f a n g o » , p ro c la m a H e r á c lit o 35, r id ic u liz a n d o así la
p a r a d o ja d e l m ás lla m a tiv o de lo s rito s d e p u r ific a c ió n , q u e tie n e lu g a r e s p e c ia l­
m en te e n la p u r ific a c ió n d e u n a se sin o . E l asesin ato o ca sio n a u n tip o p e c u lia r de
c o n ta m in a ció n , casi e x p e rim e n ta d a físic a m e n te (ágos) , en la que el asesino está a tra­
p a d o : está enagés. H a y q u e r e c o n o c e r q u e su p o s ic ió n ex tre m a es a m b iv a le n te , así
co m o sacram en to y sa crile g io se fu n d e n e n cada acto de m atanza sagrada; así, se ha
d eb atid o si la p a la b ra ágos y la p a la b ra p a ra « s a g r a d o » , « p u r o » , hagnós56, p o d r ía n
t e n e r u n a ra íz c o m ú n . E llo , de c u a lq u ie r m o d o , n o s lle v a ría a la p r e h is t o r ia . L a
c o m u n id a d de la ép o ca arcaica c o n o c e su o b lig a c ió n de « e x p u ls a r » el ágos y al ase­
sin o co n él: debe d eja r su h o g a r y b u scar u n p ro te c to r en el extra n jero que se e n c a r­
gue de su p u r ific a c ió n ; hasta e n to n c es n in g u n a p a la b ra d eb e sa lir de sus la b io s, n i
p u e d e se r r e c ib id o e n n in g u n a casa n i c o m p a r tir la m esa c o n o tro s : to d o e l q u e
e n tra e n con tacto c o n él q u ed a ig u a lm e n te c o n ta m in a d o 57. E l e je m p lo m ític o es el
m a tric id a O re ste s q ue h u ye al e x tra n je r o d esp u és de su a c ció n . V a rio s lu g a re s c o n
sus r ito s lo c a le s re c la m a n e star r e la c io n a d o s c o n su p u r ific a c ió n : e n T r e z é n 58
d elan te d el san tu ario de A p o lo se e n c o n tra b a u n a « c a b a ñ a de O re ste s» que se decía
que h ab ía sido erig id a p ara evitar re c ib ir al asesino en u n a casa n o rm a l. U n g ru p o de
sa ce rd o te s se re u n ía a llí r e g u la rm e n te p a r a u n b a n q u e te s a g ra d o . E n A te n a s , la
c u rio sa co stu m b re de b e b e r v in o el « d ía de la c o n ta m in a c ió n » d u ra n te la fiesta de
las A n te ste ria s 59 se re m o n ta a la llegada de O restes. D espués de E sq u ilo se im agin ab a
có m o el p r o p io A p o lo h a b ía p u rific a d o a O restes e n D e lfo s c o n el sa c rific io de u n
c e rd o . L a s p in tu ra s d e lo s vasos d a n u n a id e a d el p ro c e d im ie n to , s im ila r al q u e se
usó p a ra la p u rific a c ió n de las P ré tid es: el c o c h in illo se m an tie n e sob re la cabeza de
la p e rso n a que va a ser p u rific a d a y la sangre deb e flu ir d irectam en te sob re su cabeza
y sus m a n o s 60. N a tu ra lm e n te la san gre se lim p ia d esp u és y la p u reza re c u p e ra d a se
hace m an ifiesta ta m b ié n e x tern am en te.
E s c la ro q ue u n a « p u r if ic a c i ó n » de este tip o es e n e se n c ia u n rite de passage. E l
asesino se h a situad o fu e ra de la c o m u n id a d y su re in c o rp o ra c ió n e n u n n u evo n ivel
es p o r tanto u n acto de in ic ia c ió n . A s í, la p u r ific a c ió n de H erac le s antes de la in i­
c ia c ió n e leu sin ia y la p u rific a c ió n de O restes tie n e n diversos p aralelo s estru ctu rales;

55 VS H eraclitus B 5 -
56 Véase V 4 . nn. 1 9 - 2 3 .
57 Agoselaúnein T h u c. I , 12 6 , 2 - La ley sacra de C iren e, sancionada por Delfos (LSS I 1 5 ) , está en estado
m uy fragmentario y su contenido no es claro, cfr. J . Servais, BCH 8 4 (i9 6 0 ), pp. 112- 147 · U n frag­
mento del decreto de los Eupátridas atenienses: A th . 4 10 b ; el texto literario más completo: A po ll.
R hod. 4 , 7 0 2 - 7 1 7 ; cfr. A esch. £um. 2 8 1 ; Sop h . 0 . T. 9 9 ; E u r. Hipp. 3 4 ~ 3 7 ¡ Iph. Taur. 1 2 2 3 s ·; Or.
8 l6 s. ; H dt. I , 3 5 ; Plat. Leg. 8 6 4 d - 8 6 9 e. H om ero parece ignorar el rito de expiación de un h o m i­
cidio, pero para uno semejante véase II. 2 4 > 4 8 0 - 4 8 3 » cfr· M oulinier, pp. 3 0 - 3 3 ; p o r otra parte,
O diseo purifica a Aquiles del hom icidio de Tersites según la Aethiopis (Poetarum epicorum Graecorum fi'ag-
menta, A rgum entum , p. 6 8 Bernabé; Epicorum Graecorum fragmenta, Enarratio, p. 4 7 > H· Í 2 - I 3 Davies).
58 Paus. 2 , 3 1 , 8.
59 H N , pp. 2 4 5 s·; véase V 2 · 4 ·
6θ Véase en particu lar la cratera de campana L o uvre K J l O , H arriso n (l), p. 2 8 8 ; JH S 8 9 (1 9 6 9 ),
lám. 2 .1 · L a purificación de las Prétidas: cratera de Canicattini (cerca de Siracusa), G . Schn eider-
H errm an n , « D a s Geheim nis der A rtem is in E tru rie n » , A K 1 3 (1 9 7 0 ), pp. 5 9 ~ 6 o , lám. 3 0 , 2 ; L .
4.4. PURIFICACIÓN CON SANGRE M3

ta m b ié n en E leu sis se sacrifica u n c o c h in illo 61. O fre c e r u n sa crific io sustitutivo a lo s


p o d e re s ven gad o res que p e rsig u e n al h o m ic id a es u n a id ea que p arece n a tu ra l e n la
e x p ia c ió n de u n asesinato, p e ro el aspecto esen cial p arece ser q u e la p e rso n a c o n ta ­
m in a d a p o r la sangre en tre de nuevo e n con tacto c o n la sangre. E l rito es u n a r e p e ­
tic ió n dem ostrativa y p o r tanto in o fe n siv a d el d erra m a m ie n to de sangre, cuyo re s u l­
ta d o , la c o n ta m in a c ió n v is ib le , p u e d e ser ig u a lm e n te e lim in a d o de fo r m a
m an ifiesta; de este m o d o el acto n o es s u p rim id o sin o su p e ra d o . E s com p arab le c o n
la p rim itiv a costu m b re segú n la cual el asesino ch upa la sangre de su víctim a y lu ego
la escu p e o tra v e z 62: d eb e a cep ta r el h ech o a través d el co n tacto ín tim o y al m ism o
tiem p o lib ra rse efectivam ente de él.
T a m b ié n en o tro s contextos se d erra m a fre cu e n tem e n te sangre p ara la p u r ific a ­
c ió n . E l te stim o n io m ás detallad o es el que se da en re la c ió n c o n la p u rific a c ió n de
la asam blea y d el teatro de A ten as. A l in ic io de la asam blea, u n o s fu n c io n a rio s e sp e ­
cia le s, peristíarchoi 63, lle v a n c o c h in illo s a lr e d e d o r de la p laza, les c o r ta n el c u e llo ,
r o c ía n lo s a sie n to s c o n su sa n g re , les c o r ta n lo s g e n ita le s y lo s tira n . N o sab em os
c ó m o se d esh acían de los a n im ales m u e rto s. E l n o m b re de los fu n c io n a r io s in d ic a
que el rito está to m ad o o rig in a lm e n te de la « p u r ific a c ió n » del h o g a r d om éstico, u n
sa crific io p re p a ra to rio antes de reavivar el fu ego y re a n u d a r los sacrificio s n o rm ale s y
las o ra c io n e s a lo s d io ses. L o s sa crific io s p u rific a to rio s de este tip o van a c o m p a ñ a ­
dos p o r el acto de « d a r vueltas a lr e d e d o r » . L o s h ab itan tes de M a n tin e a 64 p u rific a n
todo su país llevan do víctim as sacrificiales (sphágia) a lre d e d o r de las fro n te ra s antes de
sa c r ific a rla s . E n M e ta n a 65, p a ra p r o t e g e r las v iñ a s d e l v ie n to d a ñ in o , se co rta u n
gallo e n dos p artes, d espués dos h o m b re s c o r re n a lre d e d o r de las viñas e n d ire c c io ­
nes opuestas llevan d o cada u n o u n a m itad san gran te; las dos m itades se e n tie rra n e n
el p u n to d o n d e se e n c u e n tra n los dos h o m b re s. L a d em o stra c ió n de p o d e r, la d e li­
m ita c ió n y la e rra d ic a c ió n so n elem en to s de tal a cció n . L as co n e x io n e s c o n el s a c ri­
fic io n o r m a l, e sp e c ia lm e n te c o n el acto de « m a n c h a r d e s a n g r e » los altares, s o n
evid e n te s; p e r o a q u í e sp e cia lm e n te , la p u r ific a c ió n r itu a l a p a re ce re d u c id a a u n a
fu n c ió n m á g ic o -in stru m e n ta l.
O p u e sto al acto de « d a r vueltas a lr e d e d o r » es el de p asar e n tre las m itades s a n ­
gran tes de u n a víctim a p artid a en dos. E n p a rtic u la r p u rific a b a n al ejército m aced o -
n io h a cien d o que d esfilara en tre las partes de u n p e rro p artid o e n dos (la cabeza a la
d erec h a , lo s c u a rto s tra se ro s a la iz q u ie rd a ). D e sp u é s seguía u n a b atalla fin g id a .
U n rito c o rre sp o n d ie n te n o sólo existe e n B e o c ia , sin o in clu so antes en tre los h it i—

K ahil, LIM C s.v. ProitidesY II ( 1 9 9 4 ), ρ· 5 ^ 4 * n" 5 (foto). R. R. D ye r, JH S 8 9 (19 6 9 ), pp. 3 8 - 5 6 , ha


puesto de relieve que la purificación en Delfos no se basa en una realidad cultual local, sino sólo
sobre Aesch. Eum. 2 8 2 s.
61 /IN, pp. 2 8 3 - 2 8 6 ; ostoteca de Torrenova y urna Lovatelli; véanse nn. 3 7 y 39 .
62 Aesch. fr. I 2 2 a ; l8 6 a ¡ 3 5 4 Radt¡ A po ll. R hod. 4 , 4 7 7 - 4 7 9 : GGR, p. 9 2 .
63 Lo s testim onios fu e ro n reunidos p o r Ja c o b y en su com en tario a FGrHist 3 3 4 F 16 ; castración:
D em osth. 5 4 , 3 9 : GGR, p. 1 0 5 : R E X D Í ( 1 9 3 7 ) , col. 8 5 9 .
64 Polyb. 4 , 2 1.
65 Paus. 2 , 3 4 , 2.
66 Fuente principal: Liv. 4 0 , 6 de Polibio. GF, pp. 4 0 4 s : GGR, pp. I o 6 s .¡ S. Eitrem , Symbolae Osloen-
ses 25 ( l 9 4 7 )> PP- 3 6 - 4 3 : el rito hitita: Gurney, p. 1 5 I ; RHR 1 3 7 ( 1 9 5 0 ) , pp- 5~25 lc^r ' J - V . G a r ­
cía Trabazo, Tartos religiosos hititas ,2 0 0 2 , p. 5 4 l : A T Gen 15 , 9 - 1 8 ; Je r 3 4 , 18 s ; sobre los persas: H dt.
7, 3 9 s . E n el m ito : A p o llo d . 3 , 17 3 - H · S. V ersn el, « S a c r ific iu m lu stra le » , Mededelingen van het
Nederlandsch historich Institut te Rome 3 7 ( í 9 7 5 ), pp. I - 1 9 .
114 2. RITO Y SANTUARIO

tas; ta m b ié n se p u e d e n a d u c ir el A n tig u o T estam en to y p arale lo s persas. L a d e lib e ­


ra d a c ru e ld a d es p arte d el « t e m p le » p a ra la batalla; se p u e d e d e c ir in c lu so q u e u n
h o m b re q u e h a d e se rta d o de la o b lig a c ió n m ilit a r se to m a co m o v íc tim a p a r a el
s a c r ific io . H asta ese p u n to la v íc tim a b ise c a d a re p re se n ta u n a fo r m a e sp e cia l de la
p re p a ra c ió n p ara la batalla a través de sphágia. E l pasar a través, el rite de passage, es « p u r i­
fic a c ió n » en el sen tid o de que co n d u ce al estado d eseado; p o r este m otivo , la exp ia­
c ió n d e l a sesin a to y la in ic ia c ió n e n la g u e r r a p u e d e n lla m a rs e d e l m is m o m o d o
« p u r if ic a c i ó n » .

4 · 5· P h a r m a ic ó s

E n tre lo s rito s de p u rific a c ió n se h a p re sta d o esp ecial a te n c ió n desde h ace tiem p o a


la e x p u lsió n d el Pharmakós, p o rq u e a q u í, e n p le n o c en tro de la civiliz a ció n g riega, el
sa c rific io h u m a n o se in d ic a co m o a lu sió n , co m o p o sib ilid a d , n o co m o in s titu c ió n
f i ja 67. G ra c ia s a los p o em as in su lta n te s de H ip o n a c te 68, se c o n o c e n lo s d etalles m ás
in te re sa n te s d e C o lo f ó n e n e l sig lo V I . H ip o n a c te am en aza a sus e n e m ig o s c o n la
d e s tru c c ió n ig n o m in io s a d e s c rib ie n d o viva m e n te c ó m o se trata a u n Pharmakós: u n
h o m b re e sc o g id o p o r su fe a ld a d es a g a saja d o p r im e r o c o n h ig o s , gach as y q u eso ,
e n to n c e s se le azota c o n ra m a s de h ig u e r a y c eb o lla s a lb a rra n a s , sie n d o g o lp e a d o
siete veces e n su membrum virile. E l a u to r b iz a n tin o q u e te stim o n ia el p asaje a firm a a
c o n t in u a c ió n q u e es fin a lm e n t e q u e m a d o y sus cen izas e sp a rc id a s e n e l m a r ; si
p o d e m o s c re e r le o n o , es u n a c u e s tió n la r g o tie m p o d isp u ta d a . E n A b d e r a 69, se
« c o m p r a » cada añ o u n p o b re d iab lo co m o sa crific io p u rific a to rio (kathdrsion); se le
a lim e n ta m a g n ífic a m e n te , d esp u és, e n u n d ía p re e sta b le c id o , se le lleva a través de
las p u ertas de la ciu d ad , se le h ace a n d a r a lre d e d o r de sus m u rallas y fin a lm e n te se le
expulsa a p ed rad as fu e ra de las fro n te ra s. D e m an era sim ila r, e n la fiesta de las T a r-
gelias e n A te n a s 70 se escoge a d os h o m b re s ta m b ié n p o r su aspecto p a rtic u la rm e n te
re p u g n a n te , « u n o p a ra lo s h o m b re s y o tro p a ra las m u je r e s » ; s o n a d o rn a d o s c o n
h igo s y « lle v a d o s a fu e ra » co m o kathársia y qu izá ta m b ié n fu e r a n expu lsados a p e d ra ­
das. E n ocasion es funestas tales com o u n a plaga, la gente de M a sa lia -M a rse lla 71 re c u ­
r r ía a m e d id a s s im ila re s ; a u n h o m b re p o b r e se le o fr e c ía c o m id a b u e n a y cara
d u ra n te u n a ñ o , lu e g o , a d o rn a d o c o n cin tas y « ve stid o s s a g ra d o s» , e ra llevado p o r
to d a la ciu d ad e n tre m ald icio n es y fin a lm e n te expu lsado . D esde la ro ca de L é u c a d e 78
e n el re c in to sagrad o de A p o lo Leukátas u n c rim in a l c o n d e n a d o era a rro ja d o al m ar
cada añ o ; le p ro p o r c io n a b a n sin e m b a rgo u n as alas p ara suavizar su caída e in te n ta ­
b a n d espués vo lver a p esc a rlo . O tro te s tim o n io 73 h ab la d e u n jo v e n q u e fu e p r e c ip i­

67 V . G ebhard, Die Pharmakoi in Ionien und die Sybakchoi in Athen, tesis doct., M únich, 1 9 2 6 ; R I V A (19 3Ί -),
cols. 1 2 9 0 - 1 3 0 4 ; X I X ( 1 9 3 8 ) , cols. 1 8 4 1 s .; GF, pp. 1 0 5 - 1 1 3 ; AF, pp. 1 7 9 - 1 8 8 ; GGR, pp. 1 0 7 - 1 1 0 ;
S&H, pp. 59 - 77 . J . Bremmer, «Scapegoat rituals in ancient G reece», HSCP 8 7 (19 8 3 ), pp. 2 9 9 - 3 2 0 .
68 H ippon ax fr. 5 “ I ° West3 [trad. esp. de F. R. A drados, Líricos griegos, " f 9 8 1 , II, fr. 5 “ I 0 > P P · 2 9 - 3 O ].
69 C allím . fr. 9 0 , testimonio conocido sólo desde 1934 [trad. esp. de M . Brioso: Calim aco, Hunnosy
fragmentos, 1 9 8 0 , fr. 9 0 , p. 1 7 8 ] .
70 AF, pp. 1 7 9 - 1 8 8 .
71 Serv. in Verg. Aen. 3, 57 = Petron. fr. I ; Schol. Stat. Theb. IO , 793 794 Sweeney.
72 Strab. I O , 4 5 2 ; GGR, pp. 10 9 s .
73 Phot. s.v. peripsema.
4.5. PHARMAKÓS HS

tad o al m a r « e n h o n o r de P o s id ó n » , p a ra lib e ra rs e c o n él de to d a la m ald ad : « s é


n u e s tra b a s u ra (p erip sem a )». E n Q u e r o n e a , el « H a m b r e » (Boúlimos) es e x p u lsa d a
fu e ra de la ciu d ad e n la fo rm a de u n esclavo74.
L as esp ecu lacio n es sobre el « E s p ír it u de la V e g e ta c ió n » h a n te n d id o a o scu recer
el ca rá c te r se n c illo y a te rr a d o r de este d ra m a. E l m ism o d ra m a, casi d e sp o ja d o d e
aco m p a ñ a m ie n to ritu a l, aparece en u n p o sib le te stim o n io h istó ric o de la A n t ig ü e ­
d ad ta r d ía 75. G u a n d o la p este estaba h a c ie n d o estrago s e n E fe s o , el h o m b re m ila ­
gro so A p o lo n io re u n ió a tod a la p o b la c ió n e n el teatro, entonces, de re p en te, señaló
a u n v iejo m en d ig o vestido c o n h a ra p o s: éste e ra el d e m o n de la peste. A c to segu id o,
el p o b re m e n d ig o , a p esar de su p lica r p ied a d , fu e a p ed read o hasta que se fo rm ó u n
g ra n m o n tó n de p ied ras sobre su cadáver. L a agresividad d esp ertad a p o r el m ied o se
co n c e n tra so b re u n in tru so d etestab le; to d o s se sie n te n aliviad o s p o r la p ro y e c c ió n
colectiva de la fu r ia n a cid a de la d e se sp e ra ció n , así c o m o p o r la certeza d e estar d e l
la d o de los ju sto s, de lo s « p u r o s » .
E n c o n se c u en cia, la re a liz a ció n d el rito e n situ acio n e s e x cep cio n ales de m ie d o ,
com o e n M asalia, p u ed e p erfectam en te h ab er sid o la fo rm a m ás an tigu a. Se ha r e c o ­
n o c id o h ace tie m p o q u e el o stra c ism o á tic o 76, el ju ic io c o n tra u n in d iv id u o p e l i ­
g ro so m ed ia n te trozo s de cerám ica, es u n a ra c io n a liz a c ió n d em o crática d e u n a t r a ­
d ic ió n s im ila r. L o s « T r e in t a T ir a n o s » p o d ía n e n to n c e s d e s ig n a r sus c rím e n e s
p o lític o s co m o « p u r if ic a c io n e s » 77; u n a « p u r g a » e n el m ás o m in o so sen tid o de la
p ala b ra. L a fo rm a re strin g id a a la re lig ió n está re la c io n a d a en J o n ia y en A tic a c o n la
fiesta de las Targelias a p rin c ip io s del veran o , c o n las ofren d as de p rim icias de la nueva
cosecha. L a « p u r if ic a c ió n » es u n p re rre q u isito d el n u evo c o m ien zo .
E s evid e n te m e n te e sen cial q u e la c ria tu ra q u e va a ser exp u lsad a sea p u esta p r e ­
viam en te en ín tim o con tacto c o n la co m u n id a d , c o n la ciu d ad ; éste es el sen tid o de
las o fre n d a s de c o m id a que se m e n c io n a n c o n stan te m e n te. L o s h ig o s 78 c o n tra sta n
d o b le m en te co n la cu ltu ra n o rm a l: c o n los fru to s d el cam p o y c o n la carn e de la v íc ­
tim a ; in d ic a n d u lzu ra, lu jo , lib e rtin a je , u n a lie n to de u n a edad de o ro d e la que la
re a lid a d d eb e d ista n c ia rse r ig u ro s a m e n te . E l « d a r vu eltas a lr e d e d o r » , que se
e n c u e n tra ta m b ié n e n las p u rific a c io n e s c o n agua y c o n san gre, in clu ye a tod os lo s
m ie m b ro s p u ro s de la co m u n id a d ; el m arg in a d o es en to n ces llam ad o « e l resid uo de
la lim p ieza de tod o el e n to r n o » (peripsema, v. n o ta 7 3 ) · N o es u n a m u erte activa, sin o
sim p le m e n te se trata de que el m a rg in a d o sea exp u lsad o m ás allá de las fro n te ra s o
desde los acan tilad os, p ara n o regresar n u n ca.
T a l p rá ctic a se c o r re sp o n d e en el A n tig u o T e sta m e n to c o n el fam o so rito , b a s ­
tante d esco n certan te e n sí m ism o , de expu lsar el chivo ex p ia to rio al d esierto , que h a
d ad o a to d o e l c o n ju n to e l n o m b r e h a b itu a l d e « r i t o d e l ch ivo e x p ia t o r i o » 79. E n

74 Plut. Quaest. corn. 6 9 3 F .


75 Philostr. Vita Apoll. 4 , I O [trad. esp. de A . B ernabé: Filóstrato, Vida de Apolonio de Tiana, 19 79 . con
notas al pasaje]. E n M ilán, durante la peste de 16 3 O fu ero n ajusticiados con especial crueldad
supuestos contam inadores del agua.
76 J . - P . Vernant, Mythe et tragédie en Grèce ancienne, 1 9 72 , p. 124 [trad. esp. : M ito j sociedad en ¡a Grecia Anti­
gua, 19 9 4 ]* siguiendo a L . Gernet.
77 Lysias 1 2 , 5 .
78 C fr. R E V I ( 1 9 0 9 ) , cols. 2 1 4 5 - 2 1 4 9 ; V . Buchheit, RhM 1 0 3 ( i9 6 0 ) , pp. 2 0 0 - 2 2 9 ; H . Q .M o r n ,
Mvstenensjjmfcoiilcau/demKoInerDionjisosmosaiii:, 1 9 7 2 , pp. 4 l ~ 4 3 ·
79 A T Lev 16 ; GB IX ; The Scapegoat
ι ι 6 2. RITO Y SANTUARIO

G re c ia hay u n a serie de e je m p lo s de e x p u lsió n de u n to ro , o b ie n h acia el en em ig o


p a ra q ue le tra ig a m ala su e rte , o si n o , fu e r a de la f r o n t e r a 80. T a m b ié n e n el P r ó ­
x im o O rie n te se te stim o n ia n rito s s im ila re s 81.
E x p u ls a r a u n « a g it a d o r » es u n r e fle jo e lem en ta l d el g ru p o ; quizá en el fo n d o
está ta m b ié n la s itu a c ió n d e l re b a ñ o r o d e a d o p o r a n im a le s d e p re sa : só lo si u n
m ie m b ro , p re fe rib le m e n te u n o m arg in a l, d é b il o e n fe rm o , cae víctim a de las fiera s,
lo s dem ás p o d r á n escap ar. E l m a rg in a d o es e n to n c es al m ism o tie m p o el sa lv a d o r
co n el que to d o s están p ro fu n d a m e n te e n d eu da.
L a d e s c rip c ió n g rie g a c o m o katharmós e sp e cifica el p ro c e so c o m o si fu e r a m e r a ­
m en te su cied ad lo que es e rra d ic a d o ; el m ito , sin e m b argo , in d ic a u n a p ro v o c a d o ra
am b ivalen cia. In clu so p u ed e ser el rey el q u e se con vierte en expu lsado: el rey C o d r o
de A te n a s re c ib ió él m ism o la m u erte a m an o s d el en em ig o cu an d o iba vestid o com o
u n m e n d ig o 82; tam b ién está el erra n te rey E d ip o 83; el rey T o an te de L e m n o s que fu e
tira d o al m a r e n u n co fre d u ra n te la revu elta de las m u je re s, el g ra n katharmós84. E n
cam b io , el m ie m b ro d el g ru p o en tregad o al e n em ig o , go lp ead o y m u erto es u n a v ir ­
ge n « e s c o g id a » , p a rtic u la rm e n te h e rm o sa , co m o P o líc rite de N a x o s, h o n ra d a c o n
s a c r ific io s e n la fiesta de las T a rg e lia s 85. L a e x p u ls ió n de a d o le sc e n te s, c o m o e n el
caso d e l tr ib u to d e v írg e n e s lo c r ia s 86 a la A te n e a d e I li o n , q u e se d e s c rib e c o m o
e x p ia c ió n p o r el sa crile g io de A y a x lo c r io , p u e d e ser ta m b ié n , p o r su p u e sto , p arte
de u n rito de in ic ia c ió n en el q u e la s e p a ra c ió n « p u r ific a d o r a » c o n d u ce a la r e in ­
c o r p o ra c ió n q ue p e rm ita que el an tigu o o r d e n c o n tin ú e . E n las sagas de fu n d a c ió n
de algunas colo n ias se n a rra cóm o lo s p rim e ro s c o lo n o s h ab ían sid o d ed icad os com o
d iezm o al d io s e n D e lfo s y en viad os a tie r ra e x tra n je ra ; la e x p u lsió n , u n tip o de ver
sacrum , se in te rp re ta a q u í com o o fre n d a de p rim ic ia s en lu ga r de com o katharmós87; en

80 Leyenda de la fundación de Eritras: Polyaenus Strat. 8, 4 3 [trad. esp. de J . Vela Tejada y F. M artín
García: Eneas el T áctico, Poliorcética, Polieno, Estratagemas, I 9 9 1 ! i expulsión del toro en Enos: Plut.
Quaest. Gr. 2 9 7 B . Ligado a este conjunto está el mito del caballo de Troya, véase S&H, pp. 5 9 - 6 2 .
81 U n macho cabrío desviado hacia el enemigo A N E T 34 7 i expulsión del sustituto del rey, A N E T 3 5 5 ·
O . R . Gurney, Some Aspects o f Hittite Religion, 1977 » ΡΡ· 4 7 _52 [cfr. J , V . García Trabazo, Textos religiosos
hititas, 2 0 0 2 , pp. 4 ^ 7 ss·]·
82 Pherecyd. FGrHist 3 F 1 5 4 fr. 154 Fowler] ; H ellanic. FGrHist 3 2 3 a F 2 3 [= fr. 125 Fowler y C a e -
rols] ; cfr. Scherling, R E X 1 ( 1 9 2 1) , cois. 9 8 4 - 99 4 “·
83 Véase V ernant (supra η. 7 ^).
84 Véase II, η. 5 7 ; Burkert, C£) 2 0 ( 1 9 7 0 ) , p. 7 ; H N, p. 213 · E n el relato de Yam bulo (D iod. Sic. 2 ,
55» 3 ) <l ° s hombres son embarcados en una nave y obligados a partir a un viaje sin retorno como
parte de un katharmós.
85 A n d risc. FGrHist 5 0 0 F I y T h eo p h r. en Parthen. 9 = fr. 6 2 6 Fortenbauch; Arist. fr. 55 9 Rose.
86 A e n . Tact. 3 1 * 2 4 ; T im ae. FGrHist 5 6 6 F 14 6 ; C allim . fr. 3 5 ; Lycoph r. I I 4 1 - I I 7 3 con el comenta­
rio de Tzetzes a los w . I I 4 I»H 55 [trad, esp .: L ic o fró n , Alejandra, trad, de M . y E . Fernández
G aliano, 1 9 8 7 ] J otros; A . W ilhelm , Oejh 14 (19 11)1 pp- 1 6 3 - 2 5 6 ; A . M om igliano, 3 9 ( l 9 4 5 )>
PP· 4 9 - 5 3 = Secondo contributo alia storia degíistudiclassici, i9 6 0 , pp. 4 4 6 - 4 5 3 ? G . L . Huxley, en Ancient
Society and Institutions, Studies V. Ehrenberg, 1 9 6 8 , p p . I 4 7 ~I 6 4 ; Æ ESuppl. X I V ( l 9 7 4 )> cols. 8 1 4 s . ; F.
G raf, SSR 2 (1 9 7 8 ), pp· 6 l ~ 7 9 » P· V id a l-N a q u e t, Le chasseur noir, 19 8 1, pp. 2 4 9 - 2 6 6 [trad, esp.: El
cazador negro, 1 9 8 3 ] ; G . Ragone, « I l m illennio delle v e rg in ilo cresi», en B. V irgilio (ed.), Studi elle-
nistici VIII, 19 9 6 , pp. 7 - 9 5 .
87 R egio: Strab. 6 , 2 5 7 ; Botieos: A rist. fr. 4 ^ 5 R ose; A sin e : Paus. 4» 3 4 ’ 9 ; L · G ie rth , Griechische
Gründungsgeschichten als Zeugnisse historischen Denkens vor dem Einsetzen der Geschichtsschreibung, tesis d o ct., F r i-
burgo, 1 9 7 1 » PP· 7 0 - 8 6 ; sobre el ver sacrum itálico véase R E Y I II A (19 5 5 )* cols. 9 1 1 - 9 2 3 . E l mito
hace derivar de u n voto de prim icias el sacrificio de u n h ijo en el caso de Ido m en eo (Serv. in
Verg. Aen. 3 , 1 2 1 ; Myth. Vat. I, 1 9 2 K ulcsár; PR II, pp. 1 4 9 8 s.) y también de Ifigenia (Eu r. Iph.Taur.
5. EL SANTUARIO

otras sagas de fu n d a c ió n , so n ta m b ié n lo s m a rg in a d o s, lo s b astard o s y lo s esclavos,


los que so n expulsados y c o m ien zan u n a nueva vida e n tie rra e x tra n je ra 88.

5 . E l s a n tu a rio

5 -1 . T ém en o s

E l culto de lo s griego s se d e fin e casi siem p re lo c a lm en te: lo s lu gares de cu lto fu e r o n


fija d o s e n la tr a d ic ió n a n tig u a 1 y n o p u e d e n cam b iarse fá c ilm e n te . L o s san tu ario s a
m e n u d o se co n servan y se a tien d e n a p esar de catástrofes, re vo lu cio n e s y cam bios de
p o b la c ió n . E l te m p lo de A p o lo sigu ió c o ro n a n d o G o rin to m u ch o después de que la
c iu d a d fu e r a d e s tru id a p o r lo s ro m a n o s y a ú n h o y sig u e n e n p ie a lg u n a s de su s
colu m n as. In clu so los cristian os sig u ie ro n la tra d ic ió n , e rig ie n d o capillas e n el lu g a r
de sa n tu a rio s o tra n s fo rm a n d o tem p lo s e n ig lesias; la cated ral de S ira cu sa e n c ie rra
el te m p lo de A te n e a d el siglo V .
L a im p r e s ió n m o d e rn a de u n s a n tu a rio g rie g o está in d is o lu b le m e n te fu n d id a
c o n el p a isa je 3. T a m b ié n los an tigu o s s in tie ro n algo p a re c id o : h a b la n de las im p o ­
n e n te s altu ras, de lo s ro co so s p re c ip ic io s de D e lfo s y d e l d u lce en can to d e los b o s -
q u ecillo s sagrados c o n sus h ojas su su rran tes, c o n los cantos de lo s p ájaro s y sus m u r ­
m u ra n te s a rro y o s 3. P e ro el cu lto n o es u n a respuesta a la e x p e rie n c ia del p a isa je 4. S i
a lg u n a vez e n u n lu g a r o p a ra je se e x p e rim e n ta u n a lie n to de d iv in id a d y se sie n te
co m o la esfera de seres s u p e rio re s5, ello es d eb id o a la existencia de u n culto in stitu ­
c io n alizad o .
G o m o lo s rito s fre c u e n te m e n te d a n f o r m a a la o p o s ic ió n e n tre « i n t e r i o r » y
« e x t e r io r » , así, en re la c ió n c o n el te rrito rio de u n a ciu d ad , hay san tu arios situados

2 0 s.). Sobre el complejo del « re y de las Saturnales» cfr. asimismo GB IX, S. We inst o c k, en Muílus,
Festschrift Theodor Klauser, 19 6 4 , pp. 3 9 1 - 4 ° ° ·
88 Partheníai d e T a re n to : Arist. fr. 6 11, 57 Rose; E p h o r. FGrHist JO F 2 1 6 : A n tio ch . FGrHist 555 E 1 ;
P s .-A c r o in H o r . Garm. 2 , 6, 1 2 ; Serv. in Verg. Aen. 3 , 5 5 1 · Ea fu n d ació n de L o cro s: T im ae .
FGrHist 5 6 6 F 1 2 : Polyb. 12 , 5 - 6; Schol. Dionys. Per. 3 6 6 ; S. Pembroke, Annales (ESC) 25 CI 9 7 ° ) ’
pp. 1 2 4 0 - 1 2 7 0 : C h . Sourvinou-In w ood , C Q 2 4 (I 9 7 4 )> PP- 1 8 6 - I 9 8 .
1 KA, pp. 1 0 - 3 I ; K . Lehm ann-H artleben, «W esen und Gestalt griechischer H eiligtü m er», Die Antike
7 ( ï 9 3 l)> PP- H - 4 8 1 1 6 1 - 1 8 O ; H . B e rv e -G . G ru b e n , Griechische Tempel und Heiligtümer, 19 6 1 [trad,
ital.: I templi greci, 1 9 6 2 ] ; G ruben, 19 6 6 ; Bergquist, 19 6 7 : R· A . Tom linson, Greek Sanctuaries, I 9 7 6 ;
S. E . Alcock y R. O sborne, Placing the Gods. Sanctuaries and Sacred Space in Ancient Greece, 1994 ; "VV. Burkert,
« G re e k Tem ple-builders: W ho, W here, and W h y ? » , en R. Hägg (ed.), The role o f religion in the early Greek
polis, 19 9 ^ , pp. 21 - 2 9 · Sobre la relación con elementos prehistóricos véase I I , nn. 38-4-O ; m icé­
nicos, véase I 4. nn. 2 2 - 3 1 .
2 P. Philippson, Griechische Gottheiten in ihren Landschaßen (Symbolae Osloenses, Suppl. 9), O slo, 19 3 9 .
3 Sob re los paisajes de m ontaña: Fehling, p. 5 5 5 véase infra, η. 7 · D elfos: po r ej. E u r . Ion 7 1 4 s · >
Phoen. 2 2 6 - 2 2 8 . Sob re el bosquecillo: Safo fr. 2 Voigt [trad. esp. de H . R odríguez Som olinos,
Poetisas griegas, 1 9 9 4 * fr· 8 3 ] y Soph. 0 . G. 6 6 8 - 7 0 6 .
4 GdH p. 5 4 4 : « H a b ía una vez u n espeso bosquecillo de cipreses en el que m anaba una copiosa
fuen te. Entonces los hom bres sin tiero n 'seguram ente hay u n dios en este l ugar . . ; palabras
escritas sobre A nd an ia (véase V I I .2 , nn. 6 - 1 4 ) , siguiendo Verg. Aen. 8, 3 5 ls .
5 Plat. Leg. 7 5 0 e · Según la creencia popular, en los cementerios m erodean fantasmas, pero no p o r ­
que se escojan para las sepulturas lugares poblados de fantasmas; son los espíritus los que siguen a
los lugares de entierro.
ι ι 8 2, RITO Y SANTUARIO

e n el c en tro y o tro s e n la p e r ife r ia . L o s p rim e r o s c o r o n a n la ciu d ad ela (la A c r ó p o ­


lis) o lin d a n c o n la p laza d e l m e rc a d o (e l agora)·, lo s o tro s b u sc a n las a ltu ras de las
m o n ta ñ a s o si n o la so le d a d de p a n ta n o s y m arism a s, límnai. E n p a r tic u la r h ay u n a
Á rte m is Limnátis γ u n D io n is o e n límnais6. A q u í e n lo s p a n ta n o s, la a n tig u a p rá ctic a
d e l « s a c r ific io p o r a h o g a m ie n to » h a d e ja d o s in d u d a su h u e lla , m ie n tra s q u e
« s u b i r » y « lle v a r v íctim a s a las a lt u r a s » , a la m o n ta ñ a , h a cre a d o u n a tr a d ic ió n
igu alm en te sign ificativa. L o s san tu arios, sin em b argo, estaban situados a m en u d o n o
en la cu m b re sin o e n u n c o llad o p ro t e g id o 7. L o s n o m b re s d ivin os n o están r e s tr in ­
gid o s a situ acio n es esp ecíficas. A p o lo está e n la plaza d el m e rc a d o 8, así c o m o e n los
s o lita rio s m o n te s d e B asas; h a y cu lto s d e Z e u s en a ltu ras, p e r o ta m b ié n u n a H e r a
Akraía y u n a A fr o d ita e n A c r o c o r in t o . L a d io sa de la ciu d ad ela p o r excelen cia es A te ­
n ea; « d e la n te de la c iu d a d » , en u n a co lin a, se e n cu en tra a m en u d o u n san tu ario de
D e m é t e r 9, q ue está en cie rta p o la rid a d c o n la vid a d ia ria de la ciu d ad .
E l lu g a r sagrad o deb e estar m arcad o de fo rm a in c o n fu n d ib le , p e r o lo s e le m e n ­
tos n a tu ra le s ra ra s veces so n a p ro p ia d o s p a r a este p r o p ó s ito . L a s grutas y las cuevas
d e s e m p e ñ a n só lo u n p a p e l m a r g in a l; e l m ás lla m a tiv o es el c u lto m is té ric o e n la
cueva d el Id a 10. L a salvaje gargan ta ro c o sa de L e b ad e a c o n sus m ú ltip les m an an tiales
h a p ro p o r c io n a d o sin d ud a algu n o s rasgos al cu lto su b te rrá n eo de T r o fo n io 11; tam ­
b ié n hay san tu ario s situados ju n t o a m an an tiales de agua ca lie n te 12. L a sim p le m arca
c o n u n a ro c a y u n á rb o l suele ser su fic ie n te . E n el c en tro d el san tu ario e le u sin io se
d ejab a sie m p re u n a ro c a sin t a lla r 13; el sa n tu a rio de la « T ie r r a Olympia » e n A te n a s
estaba c o n stru id o en u n a grie ta n a tu ra l d e la ro c a 1^. S in em b argo , ta m b ié n se c o lo ­
can p ie d ra s, « p ie d ra s n o la b ra d a s» (argoi líthoi)15; en D e lfo s, la p ie d ra tallada co n la
fo rm a característica d el « o m b lig o » se c o n sid e ra b a el c en tro , n o sólo d el sa n tu a rio
sin o ta m b ié n d el m u n d o : las dos águilas q u e soltó Z eu s desde el extrem o O c cid e n te
y desde el extrem o O rie n te se e n c o n tra ro n en este p u n t o '6.
; f L y & í ' · , ·' - Λ < y c ' * “ 4 y ' f t k que
e ÿ h w /κ \Jap Q / sfy - ' - ' * ι,< » s

6 Sobre A rtem is Limnátis, GF, pp. 2 1 0 - 213 ; pertenecían a este tipo tam bién el templo de Artem is en
C o rcira, famoso po r el fro ntó n de la G orgona, que se encontraba en los pantanos fuera de la ciu­
dad, y el santuario de O rtia. Sobre el D ioniso de las Antesterias véase V 2 . 4 ·
7 Por ejemplo, el santuario de Zeus Lyhaios, R E X I I I ( 1 9 2 7 ) . cois. 2 2 3 5 - 2 2 4 4 ; H N, p. 9 9 , o el hogar
sobre el m onte E ta (véase II I , n . J l ) . C f r . A . B e e r, Heilige Höhen der Griechen und Römer, 1 8 9 1 ; G .
Albers, De diis in locis editis cultis apud Graecos, tesis doctoral, Leiden , 19O I.
8 Burkert, RhM I 18 ( l 97 5 )> P· 2 0 . E l ágora de los Feacios está « a ambos lados del herm oso santua­
rio de P o sid ó n », Od. 6, 2 6 6 .
9 R ichardson, p. 2 5 0 . C fr . asimismo G . Pugliese Carratelli, «S a n tu a ri extram urani della M agna
G re c ia » , PP 7 ( 1 9 6 2 ) , pp- 2 4 I_ 2 4 6 .
10 Véase I 3 . 3 , n. 17 ; I 4 , n. 18 ; III 2 . 1 , n. 16 ; VI 1. 2 , n n. 2 2 - 2 5 -
11 Véase II 8, nn. 5 6 - 5 7 .
12 Sobre la cuestión, J . H . C ro o n , Mnemosyne 9 ( 1 9 5 6 ) , pp· I 9 3 ~ 2 2 0 .
13 Véase 14 » n. 2 6 .
14 Paus. I , 18 , 7 ; véase II 2 , n . 6 6 ; III 3 . 3 , n . I O .
15 Precursoras de las imágenes antropom orfas de los dioses en Paus. 7, 2 2 , 4 ; Visser, pp. 1 —9 ; 5 5 -
1 0 7 ; E . Maass, « H e ilig e S te in e » , RhM 7 8 ( 1 9 2 9 ) , pp. 1- 2 5 ; Latte, RE III A ( 1 9 2 9 ) , cols. 2 2 9 5 -
2 3 0 4 ; Je ffe ry , p . 2 5 5 ? M · T . M ann i Piraino, PP (19 6 8 ) , p. 4 3 2 · E l « E r o s » de Tespias: Paus. 9,
2 7 . I; « Z e u s Kappótas» cerca de G itio : Paus. 3 , 2 2 , I ; Heracles cerca de O rcó m eno: Paus. 9, 2 4 *
3 ; Alcm en a en Tebas: Pherecyd. FGrHist 3 F 84» Paus. 9 * l6 , 7 ; las Gracias de O rcó m en o: Paus 9,
3 8 , I ; Pafos: véase I 4 , n. 6, cfr. I 4 , n. 4 5 ; 1 3 · 5 > n n · 2 ~ 5 ; 11 2 , n n. 5 7 s·
16 W . H .R o sch e r, Omphalos (A bh , L e ip z ig X X I X 9 ) , 1913 ? ΡΡ· H errm an n (i); H N, p. 1 4 4 ;
Pind. fr. 5 4 Maehler.
5.1. TÉMENOS Iig

E l á rb o l, sin e m b a rg o , es in c lu so m ás im p o rta n te q u e la p ie d r a p a ra señ ala r el


sa n tu a rio , lo q ue c o rre sp o n d e n o só lo a la tr a d ic ió n m in o ic o - m ic é n ic a sin o ta m ­
b ié n a la d el P ró x im o O r ie n t e 17. E l á rb o l q ue da so m b ra re p rese n ta tanto la b elleza
co m o la c o n tin u id a d a través de las g e n e ra c io n e s. L a m ay o ría de lo s san tu ario s t i e ­
n e n su á rb o l especial. E n A ten as, u n olivo cu id ad o c o n g ran esm ero se e n cu en tra e n
la A c ró p o lis en el santuario de la D io sa d el R o c ío , P an d ro so . E l h ech o de q ue vo lviera
a flo r e c e r in m e d ia ta m e n te d espués de q u e lo s p ersas h u b ie ra n q u em ad o el tem p lo
en 4 8 0 fu e u n a viva a firm a c ió n de la intacta fu erza vital de A te n a s 18. E n el san tu ario
de H e r a e n S a m o s, el sau ce (lygos) p e r m a n e c ió s ie m p re en el m ism o lu g a r y fu e
in c lu so in te g ra d o en el g ran a lta r19. E n D é lo s, se m o strab a la p a lm e ra c o n tra la q u e
se ap o yó L e to e n el n a c im ie n to de lo s d io ses g e m e lo s A rte m is y A p o lo ; O d ise o n o
p u e d e co m p a ra r la b elleza v irg in a l de N a u sic a a 30 co n o tra cosa q u e co n esta p alm era
d elia. E n D íd im a 21, estaba el la u re l de A p o lo ; e n O lim p ia h ab ía u n acebu ch e (kóti-
nos), cuyas ram as se u sab an p ara c o ro n a r a los v e n c e d o re s22. P a rticu la rm en te an tigua
y sagrada era la e n c in a (phegós) de D o d o n a que tra n sm itía el o rá cu lo co n el su su rra r
de sus ra m a s33.
E l á rb o l está ín tim a m e n te re la c io n a d o c o n la d iosa. L a im a g e n tallada de A te n e a
e n A te n a s está h e c h a de m a d e ra de o liv o 24 y la de H e r a e n T ir in t e , de m a d e ra d e
p e ra l silvestre25. A lg u n a s m on ed as de G o r tin a 26 y de M ira e n A sia M e n o r 27 m u estran
u n a d io sa sentada e n u n á rb o l: las p rim e ra s re p re se n ta n a E u ro p a , a la q u e se acerca
Z eu s e n fo rm a de águ ila y las ú ltim as m u estra n a A rte m is Eleuthéra. S in em b argo, lo s
m ito s o scu ro s q ue cu e n ta n có m o la d io sa o las vírgen es q u e están a su servicio f u e ­
r o n co lga d a s d e u n á rb o l s o n u n a a d v e rte n c ia p a ra n o « c o n s id e r a r e l cu lto d e l
á r b o l» sim p le m e n te com o p re c u r s o r d el cu lto de la d io sa 28. D e sd e tiem p o s in m e ­
m o ria le s se h a n colgad o o fre n d a s de lo s á rb o les, com o las p iele s de a n im ales seg ú n
u n a a n tiq u ísim a co stu m b re de caza, o ta m b ié n discos, oscilla, q u e se m u ev en co n el
vie n to ; p ara la fan tasía o la tra d ic ió n m ítica se trata de « s a c r ific io s c o lg a n te s» . A s í,
se p u e d e d e c ir ta m b ié n que u n íd o lo de D io n is o está h ech o c o n la m ad era del p in o
en el q ue P en teo e n c o n tró su m u e r te 29.

17 G. B ö ttich er, Der Baumkultus der Hellenen, 1856; L. W en iger, Altgriechischer Baumkultus, 1919; véase I 3 .5 .
n n . 2 - 4·’ sobre el culto d el árb o l en O rie n te : H . D an th in e, Le palmier dattier et les arbres sacrés, 1 9 3 7 ·
Trasfondo etio ló gico : G. J . Baudy, Excommunikation und Reintegration, 1 9 8 0 , p p . J J - 8 0 .
18 H dt. 8, 5 5 ; P h ilo ch o r. FGrHist 3 2 8 F 67; M . D etien n e, « L ’o liv ier, u n m ythe p o litic o -re lig ie u x >>,
R H R 1 7 8 (19 7 0 ), pp. 5 - 2 3 .
19 Paus. 8, 2 3 . 5 ; AA (1 9 6 4 ). PP- 2 2 2 s. Véase III 2 -2 , n . 5 2 -
20 Od. 6 , 1 6 2 “I6 7 ; Hymn. Apoll. 117; H ead p. 4 ^ 5 ; ÍG XI 2, 199 A 8 0 ; C ic. De leg. 1, 2 ; P lin . Nat. Hist.
16, 8 9 ; C h . Le Roy (BCH Suppl. I), 1973' PP· 2 6 3 - 2 8 6 .
21 G rub en , p . 3 4 ° .
22 P in d . 01. 3. H - 35 [tr a d. esp. de A . B ernab é y P. B ádenas, 2 0 0 2 ] ; A risto p h . Plut. 5 8 2 -5 8 6 .
23 V éase II 8, n n . 4 7 s·
24 S ch o l. D em osth. 2 2 , 4 5 D ilts; A thenag. Leg. pro Christ. 17, 4 M arcovich, cfr. V arrón en A ug. De civ.
Dei 18, 9*"W* H . R oscher, Omphalos (Abh. L eipzigX X IX 9 ), 1913, pp* 5 4 - i o 5 ; H e rrm a n n ( i) ; HN,
p. 1 4 4 ; P in d ar, fr. 54 M aeh ler.
25 Paus. 2, 17, 5 ; HN, p. 189.
26 H ead, p . 4 6 6 ; GGR, lám . 2 7 . 3 - 4 ; C o o k l, pp. 528 s.; T h eo p h r. Hist, plant. I , 9, 5·
27 H ead, p p. 6 9 5 s .; G o o k ll, pp. 6 8 o s .; R E X V l (1 9 3 3 ), col. 10 85.
28 H e le n a : Paus. 3, 19, 10 ; cfr. A rtem is de C afias: C a llim . fr. 187; vírgen es de A rtem is en C a ria :
Sch ol. Stat. Theb. 4 . 225 Sweeney; HN, p. 7 7 ·
29 Paus. 2, 2, 7 -
120 2. RITO Y SANTUARIO

A m en u d o p erte n ec e ta m b ié n al sa n tu a rio u n a p arte de b o sq u e , u n « b o s q u e c i-


11o » (álsos), lla m a d o áltis en O lim p ia , que o b ie n constitu ye él m ism o el sa n tu a rio , o
b ie n se e n c u en tra ad yacente a é l3°. E l n o m b re , « lu g a r de a lim e n ta c ió n » , in d ic a su
fu n c ió n p rá ctic a co m o zo n a de p a sto re o p a ra las b estias de carga y las m o n tu ra s de
los p articip a n tes en la fiesta, au n q u e ello de n in g u n a m an era excluye u n c ie rto se n ­
tim ie n to p o r la n atu raleza, esp ecialm en te p o rq u e el b o sq u e cillo está reservad o p ara
uso sagrado.
M ás im p o rta n te a ú n es el agua p a ra b e b e r y p ara abrevar los an im ales y ta m b ié n
p a r a la p a r tic u la r « p u r e z a » d e l c u lto . M u c h o s sa n tu a rio s tie n e n sus p r o p io s
m an an tiales y fu en tes, esp ecialm en te los san tu ario s de D e m é te r31; p e ro ta m b ié n en
D íd im a 38 hay u n p ozo cerca d el altar ¡ desde el tem p lo de Aléa en T e g e a 33 u n a p u erta
esp ecífica co n d u ce a la fu e n te ; el H e re o de A rg o s tien e su arro y o al m en o s al p ie de
la c o lin a 3t. E n D e lfo s , el agua d e la fu e n te C a so tís flu y e hasta el m ism o sa n tu a rio
de A p o lo , m ie n tra s q ue la m u ch o m ás fam o sa e im p o n e n te fu en te C astalia b ro ta de
u n a g a rg a n ta r o c o s a c e r c a n a 35. E n la A c r ó p o lis d e A te n a s la h u e lla d e l c u lto m ás
im p o rta n te adem ás d el olivo e ra el « m a r » , u n p e q u e ñ o estanque de agua salada en
u n a h e n d id u r a d e la r o c a ; a u n q u e estab a in c lu id a e n la sala n o r te d el E r e c t e io n ,
deb ía p e rm a n e c e r siem p re a cielo a b ie rto 36. A q u í lo q u e es im p o rta n te es el s im b o ­
lism o de lo p r o fu n d o , m ás que c u a lq u ie r u so p rá ctico .
E l san tu ario g rie g o , sin e m b argo , está p ro p ia m e n te c o n stitu id o sólo p o r la d e li­
m ita c ió n q u e lo sep a ra d e lo p r o fa n o (bébelon). E l e sp a c io de t ie r r a « s e p a r a d o »
d ed ica d o al d io s o al h é r o e se c o n o c e c o n el an tig u o té rm in o q ue re a lm e n te s ig n i­
fic a c u a lq u ie r tip o de p a rc e la (témenos)37. In c lu s o si se v e n e ra a u n r ío o al d io s so l
H e lio , q ue to d o lo ve, éstos re c ib e n ta m b ié n su témenos b ie n d e fin id o 38. E l lím ite se
m arca m e d ia n te m o jo n e s q ue a m e n u d o están in s c rito s, o si n o , p o r m e d io de u n
só lid o m u ro de p ie d ra , q u e su ele te n e r a p ro x im a d a m e n te la a ltu ra de u n h o m b re .
E n la m ayo ría de los casos sólo se p e rm ite u n a e n trad a; allí se co lo c an lo s p ilo n e s de
agua p a ra la p u rific a c ió n . « D e n tr o de los p ilo n e s de a g u a » se ad m ite sólo lo que es
p u r o . P o r tan to , d e n tro d el sa n tu a rio está p ro h ib id o to d o aq u ello q ue p o d ría p r o ­
d u c ir u n a c o n ta m in a c ió n (miasma): re la c io n e s sexuales, n a c im ie n to y m u e rte 39. C o n
el paso d el tiem p o so n cada vez m ás escru p u lo so s: D é lo s fu e « p u r ific a d a » dos veces,
b a jo P isistrato y e n 4 2 6 - 4 2 5 40; p rim e r o se q u ita ro n las tum bas de la zona que p o d ía

30 Por ej. LSC G 4-7 ; Sx ; 5 / G 1 15 7 ; I 16 8 , 1 2 2 ; Pind. Oí. 5 - II. U na «p radera pasto de caballos» en
Sapph. fr. 2, 9 Voigt.
31 Fuente C alícoro en Eleusis: M ylonas, pp. 9 7 “9 9 ¡ Richardson, p p ., 3 2 6 -3 2 8 ; u n a le y d e Ceos: JGXII
5 « 569» p rohíbe lavar y bañarse en la fuente « p a r a que el agua llegue p ura al santuario de D em éter».
32 G ruben , p. 34 · ° ; lam bí. De npst, 3* n , p. 1 2 3 ; ^5 » I 2 7 > 3 Parthey.
33 C h . D ugas, Le sanctuaire d’AléaAthéna à TégéeauIVe siècle, 1924» Ρ· 6 9 ; Paus. 8, 4.7 » 4 ·
34 Paus. 2 , 17, I.
35 Roux, pp. 1 2 6 - 1 3 3 .
36 H dt. 8, 5 5 ; HN, pp. 17 6 s .
37 U sado con sign ificado profan o en la lin e a l B y en H om . Ii. 6, 1 9 4 ; 9 >5 7 &; I2 i 312; l8 , 5 5 ° ; 2 0 ,
1 8 4; 3 9 I; Od. I I , 185; 6, 2 9 3 ; T7 >2 9 9 · S o b re el p o sib le in flu jo de sum erio Temenu « s a n t u a r io »
véase H . van E ffenterre, REG 8 0 (1 9 6 7 ), p p . I7 _2 6 ·, D ietrich , p . 41»n . 189.
38 P. ej. Esperqueo, II. 2 3 * H elio, Od. 12 , 3 4 6 .
39 J· W . H ewitt, « T h e M ajo r R estriction s o f Access to G reek T e m p le s», TAPA 4 0 (1 9 0 9 ), p p. 8 3 -9 1 ;
R. Parker, Miasma, 1983, p p . 32-IO 3; G. A rrig o n i, « A m o re sotto il m anto e in iziazio n e n u z ia le » ,
Q U G C 15 (19 8 3 ) , p p . 24~33· V éase II 4 » n n . 3 4 -3 1 .
40 T h u c. 3 , 1 0 4 .
5.2. ALTAR 121

v e rse d esd e el s a n tu a rio , d esp u és, de to d a la isla ; las m u je re s em b arazad as y lo s


m o rib u n d o s fu e r o n traslad ados a la ve cin a isla de R e n ia . E l esp artan o Pausanias, al
que h a b ía n d ejad o m o r ir de h am b re en el sa n tu ario de A te n e a Ghalkíoikos, fu e sacado
d e él a rastras, aú n c o n v id a , au n q u e así se p ro fa n a se ta m b ié n el d erech o de asilo d el
s a n tu a r io 41. B ie n es c ie rto q ue lo s tabúes de lo sagrad o so n e se n cia lm en te a m b iva­
le n te s ta m b ié n e n este caso: el d io s p u e d e c e le b ra r el m a trim o n io en el s a n tu a rio ,
A p o lo y A rte m is n a c ie ro n en D élo s y las víctim as de los sacrificio s siguen d esa n g rán ­
d o se h asta m o r ir e n el a lta r. F r e c u e n te m e n te se in t e r p r e t a u n lu g a r d e s a c r ific io
co m o la tu m b a de u n h é ro e cuya tru cu len ta m u erte en el sa n tu ario se n a rra después
e n el m ito 42. Para crearle u n espacio a la d ivin id ad , que está fu e ra de lo o rd in a rio e n
el se n tid o m ás e m in e n te , to d o lo q u e es e x tra o rd in a rio en la v id a de lo s h o m b re s
debe q u e d a r exclu id o .

5 -3 . A lt a r

E l témenos está destinad o a la « a c c ió n sa gra d a », el sacrificio ; su elem en to m ás esencial,


m ás in clu so q ue la p ie d ra cultual, el á rb o l y la fu en te , es el altar (bomós) sob re el q ue
se e n c ie n d e el f u e g o 43. « T é m e n o s y a ltar p e r fu m a d o » d el d io s es ya u n a fó rm u la
h o m é ric a 44. H ay altares natu rales de ro c a 45; altar y p ie d ra cultual so n p o r tanto id é n ­
ticos. E n santuarios sencillos y rústicos, algunas pied ras toscam ente sobrepuestas p u e ­
d e n se rv ir de a lta r46. E n algu n o s sa n tu a rio s g ran d e s e im p o rta n te s se a c u m u la n lo s
restos de ceniza y h ueso s hasta fo rm a r gran des m o n to n e s; in clu so en O lim p ia el altar
de Z eu s n o era m ás que e so 47. N o rm a lm e n te el altar g rie g o , sin em b argo, está « b ie n
c o n s t r u id o » , ed ificad o co n lad rillos y blan q u ead o co n cal o com pu esto de bloques de
p ie d ra tallados cuid ad osam ente. L o s lados a m en u d o están d eco rad os con volutas. E n
el c en tro se e n cu en tra la placa de m etal sobre la que ard e el fu eg o . L o s gran des alta­
res tie n e n u n o o m ás escalo n es c o n stru id o s a u n la d o , p o r lo s q u e p u e d e su b ir e l
sacerdote p ara c o lo car e n el fu ego las p o rc io n e s consagradas y ve rter la lib a ció n .
S e g ú n las fu en te s lite ra ria s, lo s p articip a n tes están de p ie en to rn o al altar; en el
« c o m ie n z o » el r e c ip ie n te de agu a va p a sa n d o de u n o s a o tro s en c írc u lo . E n
m u c h o s sa n tu a rio s, sin e m b a rg o , el a ltar está ta n cerca d el m u ro d el témenos que la
ú n ica d isp o sic ió n p o sib le es u n sem icírcu lo ir re g u la r48. L a fachada del tem plo c o n s­
tituye ge n e ra lm e n te el fo n d o . L o n o rm a l es que la en trad a al témenos conduzca d ire c ­

41 T h u c. I, 1 3 4 .
42 E n particular Pélope en O lim pia, HN, pp. m - I I ÿ ; Pirro en D elfos, HN, pp. I 3 4 - I 3 7 -
43 Yavis 19 4 9 ! H . H offm ann, «Fo reign Influence and Native Invention in Archaic Greek A lta r s» , AJA
57 (19 5 3 ). pp. 189-195; W . H . M are, A Study o f the Greek Bomós in Classical Greek Literature, tesis doct., U n i­
versidad de Pennsylvania, 1961 (DA 2 3 >19^2, pp. IO IIs.); M . S. S ah in , Die Entwicklung der griechischen
Monumentalaltäre, tesis doct., C o lo nia, 1972· No se ha resuelto el problem a de la relación entre griego
bomós γ sem ítico o ccidental bamah « a ltu r a s a g ra d a ». No h ab ría que excluir u n préstam o sem ítico en
griego (véase 4* η · 5ί 1 41* η · 4-5)* pero no existe un a etim ología sem ítica para bamah, m ien tras que hay
u n a etim ología griega p ara Bomós, cfr. G hantraine, p. 2 0 4 ; B urkert, Gra^r Beiträge 4 (1975), ρρ· 77- 7 9 ·
44 LI. 8, 4 8 ; 2 3 » 148; Od. 8, 3 6 3 ; Hymn. Aphr. 5 9 ·
45 A tenea Itonia, Paus. 9, 3 4 , 2; H eracles enT asos, B. B ergquist, Herakles on Tlmsos, I9 7 3 >PP· 2 2 s., 3 9 s.
46 D io C hrys. Or. I , 5 3 ; D io n . H al. Ant. Rom. I , 4 0 ; A lcip h r. 4 >13- 4 *
47 V éase I 4 >η . 5I·
48 B ergqu ist, 1967, p p. 112 s.
2. RITO Y SANTUARIO
122

tam ente a la zon a de cu lto d elan te d el a ltar. E n algu n o s casos hay gradas p arecid as a
las de u n te a tro , lo q u e p e r m it ir ía q u e la c e r e m o n ia fu e r a v isib le p a ra u n m a y o r
n ú m e ro de p e rso n a s49.
E l altar se « e r ig e » so le m n em en te c u an d o se realiza el p rim e r sa crific io ; este acto
se atrib u ye a m e n u d o en el m ito a a lg ú n h é ro e , a u n rey de épo ca an tigu a o a H e r a ­
cles. A p a r t ir d e e n to n c e s , la p o s ic ió n d e l a lta r se m a n tie n e fija , in d e p e n d ie n t e ­
m en te de las alteracio n es que p u e d a n afectar al san tu ario . E n el H e re o de S am o s, lo s
excavad ores p u d ie r o n d is tin g u ir siete situ a c io n e s d ife re n te s d el a lta r antes de q u e
re c ib ie ra su fo rm a m o n u m e n ta l d e fin itiv a a m an os de R e co , en to rn o a 5 5 ° S°·
U n témenos n o tien e q ue estar n e c esa ria m en te reservad o sólo a u n d io s, sin o que
p u ed e in c lu ir va rio s lu gares de sa crific io , vario s altares, que tie n e n u n a d ete rm in a d a
re la c ió n en tre sí. E s fre cu e n te la an títesis en tre p ozo de o fren d as u h o g a r al n ivel d el
su e lo y a lta r d e p ie d r a e le v a d o , q u e c o r r e s p o n d e n al s a c r ific io « c t ó n ic o » y al
« o lí m p ic o » re sp e ctiva m e n te ; h é r o e y d io s se a so cia n de esta m a n e ra el u n o c o n el
o tro ; p e ro ta m b ié n p u e d e te n e r cada u n o su p ro p io témenos se p a ra d o 31.

5 .3 . T em plo e im a g e n c u lt u a l

L a c u ltu r a g rie g a se h a d e fin id o d e m a n e ra g lo b a l c o m o u n a « c u lt u r a d e l te m ­


p l o » 53, ya q ue fu e e n la c o n stru c c ió n de tem p lo s, y n o e n la de p alacio s, an fite a tro s
o term as, d o n d e la a rq u ite c tu ra grie ga e n c o n tró su m áxim a e x p re sió n . P e ro el te m ­
p lo n o e ra u n e lem en to im p re sc in d ib le d e la re lig ió n g riega; la m ayo ría de lo s san ­
tu a rio s s o n m ás a n tigu o s q u e sus te m p lo s y algu n o s de ello s sie m p re d e sd e ñ a ro n el
te m p lo . E l te m p lo es la « m o r a d a » (naos) d e la d ivin id a d y alberga la im agen cultu al
a n tro p o m ó rfic a . L o s o ríg e n e s de la c o n stru c c ió n de tem p lo s, p o r tan to , se solap an
c o n la h is to ria d el d e sa rro llo de las im ágen es de los dioses.
L o s p ro p io s g rie g o s p r o p u s ie r o n p o s te rio rm e n te la te o ría seg ú n la cu al el culto
m ás p u r o y p r im it iv o de lo s d io se s c a re c ía de im á g e n e s 53. D e h e c h o , e n m u c h o s
lu gares lo s d ioses m ás im p o rta n te s d el p e r ío d o m ic é n ic o , Zeu s y P o sid ó n , n o tu vie-

4-9 En C o rin to , Hesperia 37 (1 9 6 8 ), p p. 3 θ 5 - 3 ° 7 ί 4·1 (*9 7 2 ), PP* 3 0 7 - 3 I0 ; en A tenas, E recteo, G ru ­


b en , p. 3 4 0 ; en L icosura, G rub en , p p . 128, 194·; R ichardson , p. 2 3 5 ; en T roya, D. B. T h o m p ­
son, Troy Suppl. 3, 19^3 > pp. 5 8 s.; en Pérgam o, AM 35 (1910), pp. 3 7 ° s · ; c f r - y a en M icenas (véase I
3 .3 , n . 75)· « T e a tr o s » con gradas hay ya en C noso y Festo, cfr. M ari n a t o s ! I i rin er, lám . 2 9 ; 5 ° b .
50 H . S ch le if y E. B uscho r, A M 58 ( t 9 3 3 )> PP- I4 ^ “I7 3 i G rub en , p. 3 ^7 -
51 A sí P élope y P irro , véase supra, n , 4 2 . U n altar com binado para A polo y Ja c in to en A m id a s, véase
IV 3, n . 4 2 .
52 K . Sch efold. Sobre el tem plo: W. B. D in sm oo r, The Architecture o f Ancient Greece, 3Ι9 5 ° ί W . H ege y G.
R odenw aldt, Griechische Tempel, ' 19 5 [ ; H . K och, Der griechisch-dorische Tempel, 1951 ; K . Schefold, «N e u e s
vom klassischen T e m p e l» , M H 14 ( l 9 5 7 )> PP· 2 O- 3 2 ; K . K ah ler, Der griechische Tempel, 1 9 6 4 ; G ru ­
b en , 19 6 6 ; D reru p , 1969 [R . Sch m itt, Handbuch zu den Tempeln der Griechen, 1 9 9 2 ].
53 P o sid o n io en S trab . 16, 7 6 0 s .; N ock, p p . 8 6 0 s .; D io C h rys. Or. 12, 2 7 ss-> 4 4 ; cfr · V a rró n en
A ug. De civ. Dei 4 , 31; B. de B o rries, Quid veteresphilosophi de idolatría senserint, tesis do ct., G ottinga, 1918;
Gh. C lerc, Les théories relatives au culte des images, 1 9 2 4 · Sobre la im agen cu ltual: V . M ü lle r, RE S up p l. V
(1931), cois. 4 7 2 -5 1 1 ; K . S ch efo ld , « S ta t u e n a u f V a s e n b ild e rn » , J d l 5 2 ( l 9 3 7 )> PP· 3 °~ 7 5 ; F·
W illem sen , Frühe griechische Kultbilder, tesis d o c t., M ú n ic h , 1 9 3 9 ; E. B iele fe ld , « G ö tte rs ta tu e n a u f
a ttisc h e n V a s e n b ild e rn » , Wiss. feit sehr, der Universität Greifswald 4 ( l 9 5 4 _I9 5 5 )> PP· 3 7 9 ~4 ° 3 ; L.
L acro ix, Les reproductions de statues sur les monnaies grecques, 1 9 4 9 ; G. S c h n e id e r-H e rm a n n , «K u ltsta tu e
a u f italischen V a se n b ild e rn », BABesch47 0 9 7 2), p p. 3I“4 2 ; H . Funke, /MC XI (1981), cols. 6 5 9 -8 2 8 .
5.3. TEMPLO E IMAGEN CULTUAL 123

ro n im a g e n cu ltu al n i tem p lo hasta la época clásica. Es p o sib le q u e los in d o e u ro p e o s


n o u sa ra n im ágen es de los dioses. P o r o tro la d o , el tem p lo com o m o ra d a de la esta­
tua c u ltu a l fu e d u ra n te m u ch o tiem p o el c en tro de cu lto en las re lig io n e s de E g ip to
y M eso p o ta m ia , ad op tad o ta m b ié n p o r lo s h ititas y —c o n la excep ció n de Israel—p o r
lo s p u eb lo s sem itas o ccid en tales. A n te rio re s y co n te m p o rán e a s s o n las estatuillas de
tr a d ic ió n n e o lític a , h a b itu alm e n te fe m e n in a s, p e ro ra ra vez se p u ed e a firm a r n a d a
e sp e cífico acerca de su sig n ifica d o o u s o 54. L a civilizació n m in o ic o -m ic é n ic a o cu p a
u n a p o s ic ió n e sp e cia l55. E n este caso hay « t e m p lo s » in d iv id u a le s y, al m en o s e n la
fase tard ía, se c o lo c a n estatuillas, sob re to d o de diosas, e n los san tu ario s. P ero estas
estatuillas aparecen a m en u d o en gru p o s; n o se trata de u n a ú n ica estatua cultual q u e
re p rese n ta al dios co m o se ñ o r d el sa n tu a rio .
L o s p oem as h o m érico s, p o r el c o n tra rio , c o n o c e n el tem p lo com o in o rad a (naos)
de u n dios p artic u la r, lo que co rre sp o n d e a la situ ació n p ro p ia d el fin a l d el p e río d o
G e o m é tric o . A p o lo lleva a E n eas a su tem plo e n T ro ya, e n cuyo ádyton L e to y A rte m is
c u ra n sus h erid as. E n la Odisea, A te n e a se d irig e a A ten as y entra e n la « s ó lid a casa de
E r e c t e o » . L a ciu d ad feacia tien e sus tem p lo s de dioses y lo s c o m p a ñ e ro s de O d iseo
q u ie re n e r ig ir u n te m p lo a H e lio y a d o r n a r lo ric a m e n te p a ra e x p ia r su cu lp a p o r
h a b e r d ad o m u e rte a las reses d el d io s 56. G u a n d o , e n el lib r o sexto de la Ilíada, las
m u jeres troyanas o rgan izan u n a p ro c e sió n de sú plica al tem plo de A te n e a p ara p o n e r
u n m an to sob re sus ro d illa s, se p re su p o n e la existencia d e u n a im a g e n sedente de la
d io s a 57: im a g e n c u ltu a l y te m p lo a p a re c e n a so c ia d o s. L o s p rim e r o s te m p lo s, d e
h e c h o , están d e d ica d o s p re cisa m en te a lo s d io ses q ue están ta m b ié n re p rese n ta d o s
p o r estatuas cultuales: H e ra , A te n e a , A p o lo , A rte m is y después tam b ién D e m é te r58;
P o sterio rm e n te se con stru yen tem plos a P o sid ó n y a Z eu s, S in em bargo, algunos sa n ­
tu ario s h a n p erm a n e cid o siem p re sin tem p lo y sin im agen cultual.
A l igual que p ara el altar, tam b ién p ara el tem p lo y la im agen hay u n a « c o n s tru c ­
c ió n » c e re m o n ia l (hidijein ) 59. Se e n tie r ra n o fre n d a s fu n d a c io n a le s b ajo lo s m u ro s
—objetos antiguos de gran valor, estatuillas de dioses y vasos co n ofrendas de alim entos—;
el sacrificio de anim ales, el fu ego, el banquete sagrado y las libaciones fo rm a n siem pre
parte de la cerem onia. S o n probables las conexiones con la trad ición h itito-anatolia. Se
llam a a la im agen cultual hédos, esto es, aqu ella q u e posee u n a « s e d e » in m u tab le; lo s
poetas em p lean la palabra brétas, que debe de ten er u n o rig e n extra n jero 00.
L a p re h isto ria d el te m p lo sigue m u ch o s ca m in o s. Se h a en fatizad o a m en u d o la
r e la c ió n c o n el mégaron de lo s p ala cio s re a les m ic é n ic o s . S u e q u iva len te e n el sig lo
V III es el « te m p lo com o casa d el f u e g o » , u n e d ific io rectan gu lar c o n u n a en trad a e n

54 V éase 1 1, n . 9 ·
55 V éase 1 3 . 3 “4 · Para la estatua de culto d el tem plo de A rjan es véase I 3 .3 , n . JO a.·. I 3 .4 , n . 30a.
56 II. 5 » 4 4 5 - 4 4 8 ; Od. 7, 8 l; 6, IO ; 12, 3 4 6 ; V erm eu le (2 ), pp. l o 6 s .
57 II. 6, 8 7 -9 5 , 2 8 6-311 . RE S up p i. V (1931), col. 4 9 5 ; V erm eu le (2 ), p. 121.
58 En la lista de p rim e ro s tem plos de B ergq u ist, p. 5 5 * ap arecen seis tem plos de A p o lo , cuatro de
A rtem is, tres de A ten ea y tres de H era. C o n stru c ció n de u n tem p lo a D em éter: Hymn. Dem. 2 7 ° -
2 7 2 , 2 9 6 - 3 0 2 . S in tem plo quedó p o r ejem plo el san tu ario de A polo D elfin io en M ileto , Mileti 3
(1914), pp- 4 0 8 -4 1 2 .
59 G. H ock, Griechische Weihegebraüche, 19 0 5 . A risto ph . Pax 9 2 2 ; Plut. 1197s. con S ch o l.; P h ot. s.v. ómp-
nen. S acrificio de fu n d ac ió n en G o rtin a: R iz z a -S c rin a ri (véase I 4* η · 5 9 )» PP· 24 s.; depósitos de
fu n d ac ió n en Efeso: D. G. H o garth , Excavations at Ephesos, 19 0 8 , p p . 2 3 7 s.; en Delos, en el tem plo
de A rtem is, BGH J l - J Z ( i 9 4 7 ~I9 4 8 ), pp. 1 4 8 - 2 5 4 -
60 Frisk I, p . 2 6 6 ; C h an tra in e, p. 195·
2. RITO Y SANTUARIO
124

el la d o estrecho y u n h o g a r c en tral; lo s e jem p lo s m ás im p o rta n te s están en P e ra jo ra ,


cerca de C o r in t o 6' y e n D re ro s , e n G re ta . E n el te m p lo de D re ro s se e n c o n tró u n
b a n c o c u ltu a l d e a p a rie n c ia m in o ic o - m ic é n ic a , p e r o h a b ía ta m b ié n fig u ra s ú n ica s
hechas c o n b ro n c e b atid o que re p re se n ta n a A p o lo , L e to y A r t e m is 62. Q u izá ya se les
p u e d a lla m a r im ágen es cu ltu ales; sin em b argo ta m b ié n se co cin ab a y se c o m ía en el
« te m p lo casa d el f u e g o » . L as c o n stru ccio n es absidales alargadas de T e rm o e n el sa n ­
tu ario fe d e ra l de los eto lios e ra n p ro b a b le m en te tam b ién casas p ara b an q u etes sa cri­
fic ia le s63. A l culto de los m u erto s se d ed icab a u n a g ra n co n stru c c ió n absidal c o n u n a
c o ro n a de c o lu m n a s de m ad e ra , el Heróon de L e fk a n d i (E u b e a ), d el siglo X 63“. D e s ­
p u és, a p rin c ip io s d el siglo VIII, se ad op ta co m o n o rm a la d isp o sic ió n d el H e re o de
S a m o s, u n a la rg a c o n s tru c c ió n r e c ta n g u la r c o n u n a lín e a de c o lu m n a s c e n tra le s,
ro d e a d a p o r u n a se rie de c o lu m n a s de m a d e ra 64. A q u í, el lu g a r d el fu e g o , el altar,
está al a ire lib re fre n te al te m p lo , que se abre h acia él; el altar se re m o n ta al siglo X.
L a im a g e n cu ltu al de H e ra era u n a talla de m ad e ra p ro b a b le m e n te d el siglo VIII, de
la que da u n a id e a u n a estatu illa d el siglo VII. S in em b argo a ú n p ersiste el re c u e rd o
de u n a fase a n t e r io r e n q u e la d io sa se re p re s e n ta b a sim p le m e n te c o n u n a tab la
(sanís), c o m o e n la isla de Ic a ro , d o n d e u n tosco tro z o de m ad e ra e ra c o n s id e ra d o
co m o « Á r t e m is » 65. L a fo rm a y el p a p e l p a rtic u la r de la im a g e n h a n d ado o r ig e n a
la p e c u lia r fo rm a d el te m p lo . U n tip o de e d ific io to talm en te d ife re n te , u n a e stru c ­
tu ra de m a d e ra c o n fo rm a de h e r ra d u ra , fu e e rig id o e n el siglo VIII en E r e tr ia e n
h o n o r de A p o lo Daphnephóros66, q u izá c o m o u n a e n ra m a d a , u n a cab añ a de h o ja s de
la u r e l q u e se c o r r e s p o n d e c o n la c o s tu m b re de « lle v a r la u r e l» e n h o n o r de este
d io s. M u y d iferen te es ta m b ié n la c o n stru c c ió n de p ie d ra re c ta n g u la r d el te m p lo de
A te n e a e n G o r t in a 67, q u e se co n stru y ó e n to rn o a 8 oo y se e n c u e n tra d e n tro de la
tra d ic ió n siria /tard o h itita. N o e n c ie rra u n a im agen cu ltu al sin o u n pozo de o fr e n ­
d as; p o c o d esp u és se a ñ a d ió u n g r a n a lta r algo m ás le jo s c o lin a a b a jo y c erca se
co lo có u n a fig u ra de p ie d ra casi de tam añ o n a tu ra l de u n a d iosa sed ente.
N o p a re c e q u e se h ayan p r o d u c id o im á g e n e s d e d io se s en la E d a d O sc u r a ; s in
em b argo se u tilizab an las ya existentes. L as fig u rilla s m in o ic o -m ic é n ic a s segu ían a su
d isp o sic ió n y fu e r o n em p lead as co m o o fre n d a s fu n d a c io n a le s hasta el añ o 7 0 0 . E n
el te m p lo de G e o s, se h a b ía c o lo c a d o la cabeza d e u n a g r a n estatu a d e l M in o ic o

61 H . Payne, Perachoral, 1 9 4 0 , p p . IIO -II3 ; M . G u ard u cci, SMSR 13 (193 7), p p. 13 9 -1 6 3 ; N ilsson ,
Op. II, p p . 704-71O ; M . L auney, Etudes Thasiennes, I, 19 44, p p. 172- 174; F. O elm an n , « H o m e r is ­
che T em p el u n d n o rd e u rasia tisc h e O p fe r m a h lh ä u s e r» , Bonner Jahrbücher 137 ( l 9 5 7 )> PP· II_3 2 ;
D reru p , p p. 12 3 -1 2 8 . De P erajo ra p ro vien e u n m odelo de tem plo (siglo V III); Perachora I, lám . 9.
D reru p , p. 7 2 ; otro del H ereo de A rgos, A E (1931), p p. 1 -5 3 ; D reru p , p. 7 0 ; G rub en , p . 2 8 ; de
Sam os, AM 74 (195 9), A nexo 2 9 , 2.
62 V éase I 4 , n . 16. A p ro p ó sito d el in flu jo egip cio sobre la ico n o g rafía de la triad a : T h . H ad ziste-
lio u -P ric e , JH S 91 ( l 9 7 x)> P· 5 9 ·
63 G rub en , p p. 3 2 ss.; D reru p , p p. I4 ~I7 ·
6 3 a M . R . Popham , P. G. C a llig a s y L . H . Sackett, L e fia n d ill, 1 9 9 1-19 93; P. B lo m e, « L e fk a n d i u n d
H o m e r » , WüixburgerJahrbücher IO (1 9 8 4 ), p p . 9 ~2 2 .
6 4 Véase I 4 , η. 56.
65 Sobre la im agen de H era: Gallim . fr. IO O [trad. esp. de M . Brioso: Calim aco, Himnosy fragmentos,
19 8 0 , fr. IO O , p. 18 2 ]; la estatuilla: Sim on, p. 5 5 ; véase I 4 , nn. 5 6 -5 8 . Ártem is de ícaro: Glem .
A l. Protr. 4 , 4 6 , 3 *
66 A K 17 (1 9 7 4 ), p p . 6 0 - 6 8 .
67 Véase I 4 , n. 5 9 -
5.3. TEMPLO E IMAGEN CULTUAL 125

M e d io claram en te com o im agen de c u lto 68. E n O lim p ia , ta m b ié n se d escu b rió u n a


p eq u eñ a figu ra m icénica m uy m odesta, que fue depositada o se p erd ió allí e n una fech a
m u y p o s t e r io r 69. A d e m á s re su lta cla ro q u e lle g a r o n ta m b ié n a G re c ia u n n ú m e r o
c o n s id e ra b le de p e q u e ñ a s estatu illas d e b r o n c e de u n « d io s g u e r r e r o » de o r ig e n
s ir i o - h i t i t a , c o n casco y e scu d o y q u e b la n d e a m e n a z a d o ra m e n te u n a la n z a 70. E l
p a p e l q u e p o d r ía n h a b e r te n id o estas fig u r a s d e m a d e ra escapa a n u e s tro c o n o c i­
m ie n to . S in em b argo , xóanon « fig u r a ta lla d a » 71 es la p a la b ra h a b itu al p ara « e s ta tu i­
ll a » . H ay algunas pistas que apu n tan al uso de p eq u eñ as figu ras m ovibles e n el cu lto .
E n P atras, se gu ard a u n a im agen de D io n is o e n u n a caja y se e x p o n e sólo u na vez al
añ o p a ra la fiesta n o ctu rn a , ya que ve r esta im agen p ro v o c a lo c u r a ; la sacerd otisa de
O rtia e n E sp a rta lleva la im a g e n de la c ru e l d io sa en el b razo d u ra n te el sa n g rien to
esp ectácu lo 78; en E g io n el sacerdote de Zeu s y el de H eracles gu a rd a n cada u n o e n su
p r o p ia casa u n a estatuilla de b ro n c e de su d io s 73. L o s d ioses que E n eas tra jo co n sigo
de T ro y a se im a g in a n co m o p e q u e ñ a s fig u ra s e n u n re c ip ie n te c e r ra d o , seg ú n las
p re sc rip c io n e s que a ú n daba u n cabeza de fa m ilia m u ch o d esp u és74. O v id io describ e
có m o e n el área de u n san tu ario silvestre de la D io sa M a d re cerca de T ebas —en u n a
cavidad p a re c id a a u n a cueva n a tu ra l— se c o n se rv a ro n m u ch o s íd o lo s de m ad era de
m iste rio so s « d io s e s v ie jo s » (p ro b a b le m en te lo s cabiro s) re u n id o s allí p o r u n sa ce r­
d ote o u n a sa ce rd o tisa 73. T o d o e llo p u e d e ser e n p r in c ip io m ás an tig u o que « e r i ­
g i r » im ágen es cu ltu ales en lo s te m p lo s. G o m o u n a tr a d ic ió n d ife re n c ia d a existe la
c o s tu m b re in d u d a b le m e n te a n tig u a d e e r ig ir ph alloí de m a d e ra o fig u r a s itifá lic a s
c o m o in d ica d o re s a p o tro p aic o s, p re d e ceso re s de las « h e r m a s » 76.
E n el siglo VIII, e m p ezaro n a p ro d u c irse de nuevo im ágen es de dioses en b a rr o y
en b ro n c e , algunas c o n el típ ico gesto e p ifá n ic o de la tra d ic ió n m in o ic o -m ic é n ic a y,
c o n especial p re fe re n cia , del tipo del g u e rre ro . L a ú n ica im agen cultual de A p o lo c o n
fo rm a de co lu m n a e n A m id a s , co n casco y la n z a 77, ta m b ié n p arece segu ir el segu nd o
tip o y su in flu e n c ia sigu e sin tié n d o s e e n las e sc u ltu ra s a g ra n escala d e p o d e r o s o s
d io ses com b ativos: A te n e a c o n la lanza, Z eu s c o n el rayo y fin a lm e n te el g ra n d io so
P o sid ó n de A rte m is io n .

68 Hesperia 3 3 ( 1 9 6 4 ), p- 33 ° ; véase I 3 -3 » n · 7 1 ; 1 4 » η · Σ9 ·
69 H . V . H errm ann, A M 77 ( 1 9 6 2 ), pp. 2 6 - 3 4 *
70 Véase I 4 , η · 3 2 .
71 W . H . Gross, RE s.v. Xoanon IX A ( 1 9 8 3 ) , cols. 2140 - 2149 ; cfr · H . V . H errm an n , AA (19 74 ) > PP-
6 3 6 - 6 3 8 ; A . G . D onohue, Xoana and the Origin o f Greek Sculpture, 19 8 8 .
72 Paus. 7 , 19 , 6 s . ; 2 0 , I ; véase III 2 , I O , n. 4 7 , Paus. 3 , 16 , I I , Schol. Plat. Leg. 6 3 3 b Greene; in s­
cripción de una sacerdotisa de O rtia de Mesene: SEG 23 ( 19 6 8 ) , n ° 2 2 0 ; véase III 2 .6 , n. 32 .
73 Paus. 7, 2 4 , 4 >cfr · ley de los Glítidas de Q uíos hacia 3 3 5 - LSCG Π8 ; los «o b je to s sagrados» deben
trasladarse de las habitaciones privadas a u n oíkos co m ú n en el témenos.
74 G ic. Ven. II 4 , 21 , 4 6 . Eneas co n u n a kiste e n u n escarabeo etru sco de ca. 4 9 ° a .G .: P. Z azoff,
Etruskische Skarabäen, 1 9 6 8 , p. 4 1 , rin 4 4 ; Ia p in tu ra vascular n o es específica en lo que se re fie re al
« e q u ip a je » de Eneas: N. H orsfall, A K 22 ( l 979 )t PP· 1 0 4 s ., lám . 3I; G Q 29 (J 979 )> P· 3 ^ 9 ; °^Γ·
án fo ra etrusca de figuras rojas de M únich e n F. G anciani, LIMC s.v. Aineias I (19 81), p. 3 8 8 , n n 9 4
(fo to ). ^
75 O v. Met. I O , 6 9 3 s· ; G- A rrig o n i, « A lla ricerca della Meter tebana e dei veteres di (a p ro p osito della
m etam orfosi di A talante ed I p p o m e n e )» , e n A A . W . , Scripta Philologa III, 19 8 2 , pp. /- 3 ■
76 Véase 1 1 , n . 14 ; III 2 .8 , n n . 4 - 6 .
77 Paus. 3, 19 , 2 s .; S im o n , p . 1 2 1 ; B u rk ert, Grazer Beiträge 4 ( l 9 75 )> PP· 6 3 s·; 7 ° s . P ara el dios de
A rte m isio n véase III 2 -3 . n - 2 0 .
2. RITO Y SANTUARIO
126

L as im ágenes conservadas so n casi exclusivam ente p eq u eñ as figu ras votivas de san ­


tu ario s; las verd ad eras im ágenes de culto e ra n xóana, esculpidas en m ad era. Ju n t o a la
im agen ergu id a com o la de H e ra en S am os, otro tip o fu n d am en tal es la im agen de la
d io sa sed en te (u n tip o que re m o n ta e n ú ltim o té rm in o a Ç a tal H üyülc). U n a d io sa
sedente está rep resen tad a e n la im a g e n de H e ra de T ir in t e , que se colo có p o s te rio r­
m en te e n el H e re o argivo y fu e c o n sid e ra d a co m o u n a de las im ágen es m ás antiguas
existen tes78. U n a estatua sedente se p re su p o n e en el lib ro sexto de la Ilíada. D iscu tid a
es, e n cam bio, la fo rm a de la an tigu a talla de A te n e a P o líad e en A te n a s 79. L a im agen
cu ltu al de A p o lo en D élo s, m u ch o m ay o r d el tam añ o n a tu ra l, que se hizo e n el siglo
V I 8° , a d q u irió g r a n fa m a : e n la m a n o iz q u ie rd a so sten ía u n a rco y en la d erec h a
exten d id a ten ía estatuillas de las tres G ra cia s; la im agen estaba re cu b ie rta de o ro .
E l d e sa rro llo p o s te rio r es p a t r im o n io c o m ú n de tod as las h isto ria s de la a r q u i­
te c tu ra y d e l a rte . D e sp u é s d e la in v e n c ió n d e la te ja , el tip o c a n ó n ic o d e te m p lo
g rie g o se d ifu n d e e n el siglo V I I p o r todas p artes sustituyen d o a las diversas e stru ctu ­
ras p rim itiva s m ás antigu as: u n b asam en to de tres escalon es so p o rta u n e d ific io re c ­
ta n g u la r d e p ie d r a c o n u n te ja d o su a v e m e n te in c lin a d o a d os agu as, p r e fe r e n t e ­
m en te de c ie n p ies de largo (hekatómpedos). N o sin in flu e n c ia egip cia, se p e rfe c c io n a n
lo s ó rd e n e s de las c o lu m n a s, el « jó n i c o » e n A sia M e n o r y el « d ó r i c o » e n A rg o s y
C o r in t o . A p a r tir d el siglo V I se acep tan u n iv e rsa lm e n te las co n v en cio n e s fija s p ara
co lu m n as, e n ta b la m en to , fris o y tím p a n o q u e d o m in a rá n la a rq u itec tu ra d el M e d i­
te rrá n e o p o r m ás de setecien tos a ñ o s. E l c e n tro d el te m p lo es p ro p ia m e n te la naos,
e n la tín celia, d o n d e se c o lo c a la im a g e n d e cu lto so b re u n p e d e sta l; el m o b ilia r io
in clu ye u n a m esa de ofren d as, in c e n sa rio s y ocasio n alm en te u n a lám p ara p e rm a n e n ­
te m en te e n c e n d id a ; la sala está ilu m in a d a só lo p o r la g r a n p u e rta alta o rie n ta d a al
este. A m e n u d o ésta da acceso a u n prondos. O c a sio n a lm e n te u n a p u e rta d etrás de la
celia con d u ce a u n a sala in te rio r, en la que sólo u n o s p ocos p u ed e n en trar, u n ádytonSl,
C o n el d esarrollo de la escultura de m á rm o l a gran escala en el siglo V I I y el descu­
b r im ie n to de la fu n d ic ió n de p iezas h u ecas de b ro n c e en el siglo V I , la c re a c ió n de
estatuas de los dioses se convierte en la tarea m ás re fin a d a del arte plástico. L as im áge­
nes cultuales en gen eral ya existían y n o p o d ía n ser sustituidas; las obras arcaicas y clási­
cas fam osas son casi todas ofren d as votivas83. A ú n así, todavía q u ed an nuevos tem plos
p o r co n stru ir y nuevas im ágenes p o r con sagrar. E n el siglo V aparece la im agen criso -
elefa n tin a e n lu g a r de las estatuillas de m ad e ra com o la m ayo r m u estra de e sp le n d o r
artístico : e n to rn o a u n n ú c le o de m ad e ra , se tra b a ja n lo s vestidos en o ro p u r o y las
partes del cuerpo en m arfil. A l igual que la arqu itectu ra del tem plo alcanzó su apogeo y
en cierto sen tid o su fin a l c o n el tem p lo de Z eu s O lím p ic o (en to rn o a 4 6 0 ) y c o n el
P a rten ó n de la A c ró p o lis de A ten as (consagrado en 4 3 8 ) , así, a ju ic io de los antiguos,
las dos im ágenes criso elefan tin as de Fidias, la A te n e a Parthénos de la A c ró p o lis y el Zeus

78 Paus. 2, 17 , 5 ; H N , p. 18 9 .
79 Sedente: A . Frickenhaus, AM 3 3 ( 1 9 0 8 ) , pp. 1 7 - 3 2 ; Sim o n , p. 1 9 4 ; HN, p. 7 0 . E n pie; A tenea
archegétis: J . K . K xoll, Hesperia Suppl. 2 0 ( 1 9 8 2 ) , pp. 6 5 - 7 6 '
80 R . P feiffer, Ausgewählte Schriften, 1 9 6 ° · pp. 5 5 6 5 ■ B . Fehr, HephaistosI ( 1 9 7 9 ) , p p . 7 Γ- 9 1 . A p o lo
dorado en Tegea: Paus. 8 , 5 3 , 7 ’· e n T ó rn a c e : H d t. I, 6 9 .
81 KA, pp. 2 5 s .
82 Se supone que una cabeza m ayor del tamaño natural de O lim p ia es lo que queda de una estatua
cultual de H era: S im o n , p. 5 6 ; H errm an n (2 ) , p. 9 6 ; en cambio D . K . H ill, Hesperia I 3 (1 9 4 4 ) ,
PP· 3 5 3 - 3 6 ° y Mallwitz, pp. 1 4 6 - 1 4 8 , la creen de una esfinge.
5.3, TEMPLO E IMAGEN CULTUAL 127

de O lim p ia , fu e ro n la cu lm in ació n de todo el arte religioso griego. E l Z eu s de Fidias,


en p a rtic u la r, d ejó h u ella en la re p re se n ta c ió n artística de los dioses d u ran te siglo s;
in clu so u n gen eral ro m a n o quedó atem orizado p o r su m ajestu osid ad 83.
S in e m b a rgo , p o r m ás que el m arco de la re lig ió n griega se d e fin ie ra a p a rtir de
en to n ces p o r el tem p lo y la estatua d el d io s, p ara el cu lto vivo, éstos e ran y s ig u ie ro n
sie n d o m ás u n aparato escen ográfico que el cen tro . E l carácter sagrado de las « a n t i­
guas xóana » e ra p o r su p u esto en salzad o y a m e n u d o se d ecía q u e h a b ía n caíd o d e l
c ie lo 84; u n P a la d ió n , e n p a r tic u la r, e ra u n a p o s e s ió n m u y a p re c ia d a , a u n c u a n d o
n u n c a fu e u n a « g a ra n tía » de p ro x im id a d d ivin a com o e n R o m a . N o hay ritos m á g i­
cos p a ra « d a r v id a » a la im a g e n cu ltu al c o m o en B a b ilo n ia 85. L a s estatuas fam osas
e ra n o b ra de artistas c o n o c id o s p o r su n o m b r e ; e ra n céleb res p o r su b elleza c o m o
agdlmata, o b je to s valio sos c o n lo s que los d ioses ta m b ié n d eb ían d eleitarse. L os f i l ó ­
sofos desde la épo ca d e H e rá c lito ad vertían q u e n o se d eb ía c o n fu n d ir la im agen c o n
el d io s, « c o m o si u n o estuviera ch arlan d o c o n las p a re d e s» ; s in e m b a rgo , se p u e d e
d ec ir e n la o ra c ió n : « T u im agen , o h d io sa » sin e q u ip a ra r im a g e n y d iv in id a d 86. E n
e fe c to , e l s u p lic a n te a sce n d ía h asta la im a g e n p a ra re z a r y ésta e ra la ra z ó n p a r a
e n tr a r e n el t e m p lo 87; se lavaba y a d o rn a b a la im a g e n en u n r ito so le m n e , se le
en tregab a u n n uevo m an to (péplos) y se la vestía. T al a te n c ió n se c o n fe ría p r im o r d ia l­
m en te a las an tigu as xóana; la g ra n p r o c e s ió n p a n a te n a ica in m o rta liz a d a en el fr is o
d el P a rte n ó n p o d ía sólo h ab er ro d ea d o el P a rte n ó n p ara llevar el vestido a la an tigu a
im a g e n « e r ig id a » en el E r e c te io n 88. L as p ro c e sio n e s c o n im ágen es de dioses —q u e
d ese m p e ñ a n u n p ap e l fu n d am e n ta l en el P ró x im o O rie n te an tig u o —so n u n a ex ce p ­
c ió n . H a y p ro c e s io n e s d e p u r ific a c ió n c o m o las d e l P a la d ió n o co m o el rap to y el
r e to r n o de la H e r a de S a m o s 89; este « m o v im ie n to de lo in m ó v il» re p re se n ta u n a
in q u ie ta n te ru p tu ra d el o rd e n . G o m o an títesis, com o e x p re sió n d el o r d e n que h a y
que c u m p lir, hay im ágen es de dioses en cad en ad o s, esp ecialm en te de A rte m is, D i o ­
n iso y A r e s 9°; esp e ra n su re d en to ra y p elig ro sa lib e ra c ió n , en la e xcep ció n que c o n s ­
tituye la fiesta, que deb e c o n d u c ir de nu evo al o rd e n « e r ig i d o » .
D u ra n te el acto sagrado d el sa crificio en el altar, el tem p lo está detrás de los p a r ­
tic ip a n te s; éstos m ir a n h acia el este y re z a n al c ie lo , al ig u al q u e el te m p lo se a b re
h acia el este91. A s í el h o m b re p iad o so se e n cu en tra co m o si estuviera b a jo los ojos de

83 N . Leipen, Athena Parthenos: A reconstruction, I 9 7 1 »J * Liegle, Der /¿us des Phidias, 1 9 5 2 ; Olimpische Forschun­
gen 5 > 19 64» J · Fink, Der Thron des2¿us in Olympia, 1 9 6 7 ; Paus. 5 > H , 2; Polyb. 3 0 , 10 , 6.
84 Imagen de Artem is T áurica: E u r. Iph. Taur. 97 7 s· ! Paladión: A po llo d . 3 , I 4 3 ¡ Philarch. FGrHist8l F
4 7 ; D ion. H ai. Ant. Rom. 2 , 6 6 ; A tenea Poliade: Paus. I, 2 6 , 7 ; D ioniso Kádmeios: Paus. 9» 1 2 , 4 ?
Meter en FGrHist 3 8 3 F 1 3 (estatua de piedra); Á rtem is de Éfeso: N T Act 19» 3 5 · Sob re el Paladión
véase III 2 · 4 > n · II ·
85 O ppenheim , p. 18 6 .
86 H eraclit. B 5 ; cfr. n , 5 3 ; Aesch. Eum. 2 4 2 -
87 P. E . Corbett, <<Greek temples and Greek w o rsh ip p e rs», BIGS 1 7 ( l 9 7 °)» PP· I 4 9 “ l 5 8 *
88 G. J . H erington, Athena Parthenos and Athena Polias, 1 9 5 5 ·
89 Véase II 4 » η · 4 3 » m 2 . 2 , η . 5 ΐ· Procesiones con xóana de los D oce Dioses en Magnesia, SIG 5 8 9 =
IS A M 3 2 , 4 1 (19 6 a .G .).
90 Artem is en Eritras: Polem ón de Ilion en Schol. Pind. 01. 7 » 9 5 a = FHG fr. 9 0 (III p. 14 6 ); O rtia
Lygódesma (véase n . 7 2 ) : Paus. 3 , 16 , I I ; D io n iso en Q u ío s: Polem ón ibidem-, E n ialio en Esparta:
Paus. 3 , 15 , 7 ; M o rfó : Paus. 3 , 15 , I I ; sobre H era véase III 2 · 2 , η . 5 I· C fr. Merkelbach, que ha tra ­
bajado sobre material no tratado p o r M euli, en M euli, 1975 » PP· 1 0 3 5 - 1 0 8 1 .
91 Sobre la orientación de los prim eros templos, cfr. Bergquist, pp. 7 2 - 8 0 .
2. RITO Y SANTUARIO

la d ivin id ad ; p e ro n o es el espacio in te rio r d el tem plo el que lo absorbe, ap artán d olo


d e l m u n d o . L a fiesta se d e s a rro lla al a ire lib r e , e n to r n o al altar y al te m p lo ; c o n s­
tr u id o c o m o fa c h a d a , el te m p lo , e n t o r n o al cu al se p u e d e p ase a r a la so m b ra d e l
en tablam en to sosten ido p o r colu m n as, p ro p o r c io n a u n esp lén d id o fo n d o ; se yergue
d an d o fu erza al h o m b re que m ira el m u n d o ; lo d esp id e com o lo h abía salu dad o.
S in e m b a rg o , p o r m u ch a h a b ilid a d y tra b a jo de la m ás alta c a lid ad q u e se d e d i­
cara a la c o n stru c c ió n de u n tem p lo g rie g o , la m ed id a y el gasto se m a n te n ía n sie m ­
p re d e n tro de p ro p o r c io n e s h u m a n a s: el p ro g ra m a de c o n stru c c ió n co m p leto de la
A c ró p o lis , realizado p o r P ericles, n o costó a la ciu d ad de A ten as m ás de lo que cos­
ta ro n dos añ os de G u e rr a d el P e lo p o n e s o 93.

5.4. A n ath ém ata

E l lu g a r sagrado su rge esp o n tá n e am e n te cu an d o lo s actos sagrados va n d eja n d o tras


de sí h uellas d u ra d era s: a q u í lu gares p a ra el fu eg o , a llí m an ch as de sangre y aceite en
la p ie d ra (ru d im e n to s de altares de tipos y fu n c io n e s d iferen tes). G u a n d o se acu m u ­
la n c en iz a , c a rb ó n y h u e so s e n el m is m o lu g a r, se fo r m a n lo s g ra n d e s a lta re s de
cen iza. A d e m á s, in c lu so lo s cazad ores p a le o lític o s d e p o sita b a n h u eso s y p o n ía n en
alto los crán eos de lo s an im ales cazados; e n los san tu arios de Ç a tal H ü y ü k se co lo can
crán eos de to ro e n fila . T a m b ié n e n lo s san tu ario s griego s se e x p o n e n lo s crán eos de
las víctim as de la caza o d el s a c r ific io 93; lo s b u c ra n io s c o n g u irn a ld as se c o n v irtie ro n
p o r ello e n relieves d eco rativos típ ico s e n altares y e d ificio s sagrad os. E n san tu arios
d e d ic a d o s a A r t e m is y a A p o lo se a c u m u la n lo s c u e rn o s de ca b ra ; se e n c o n tr ó u n
d ep ó sito de este tip o e n D re ro s y e n D é lo s ; el G r a n « A lt a r de C u e r n o s » de A r t e -
m is, q ue fu e a d m ira d o co m o u n a d e las m ara villa s d e l m u n d o 94, se co n stru y ó c o n
cu e rn o s de cabra. A d em á s, ta m b ié n se q u ed a e n lu g a r sagrado c u a lq u ie r cosa d ejada
atrás e n u n r ito d e in ic ia c ió n , e n u n m o m e n to s ig n ific a tiv o de c a m b io e n la v id a
ac e n tu a d o p o r el c u lto , so b re to d o el ca b e llo c o r ta d o 95. Y si se q u ie re e n fa tiz a r el
carácter esp ecial de lo sagrad o, n o es fá c il q u e los u te n silio s em p lead o s en el s a c r ifi­
cio p u e d a n vo lver a te n e r su u so p ro fa n o h a b itu al.
A p a r tir de estos p rin c ip io s , resulta cla ro que la costu m b re de « c o lo c a r » ob jetos
en el sa n tu ario (anatithénai) tuvo u n a e x p a n sió n sin p reced en tes a p a rtir d el siglo VIII,
so b re to d o , en re la c ió n c o n la o fre n d a vo tiva. E l o b je to con sagrad o de esta m an era
(anáthema)9& es u n a o fre n d a d u ra d e ra y v isib le : u n testigo de la re la c ió n de a lg u ie n
c o n la d iv in id a d , la p r in c ip a l fo r m a de e x p re s ió n d e d e v o c ió n p riv a d a y el d o c u -

92 A . Burford, « T h e Econom ics o f Greek Tem ple B u ild in g » , Proc. Cambridge Philol. Soc. 19 1 ( 19 6 5 ), pp.
2 1 - 3 4 , en particular p. 2 5 -
93 Véase II i, η . 9 3 : HN, pp. 2 is .
94 Véase II I , n . 9 3 .
95 Véase II I , n . 2 9 ·
96 Fundam entales: Rouse, I 9 0 2 ; G . N aum an n , Griechische Weihinschriften, tesis doctoral, H alle, 1 9 3 3 ;
A . Raubitschek, Dedications from the Athenian Acropolis, 1 9 4 9 ; W . G auer, Weihgeschenke aus den Perserkriegen
(Istanbuler Mitteilungen Beiheft 2 ) , I 9 6 8 ; F. Eckstein, Anathemata. Studien zu den Weihgeschenken strengen Stils im
Heiligtum von Olympia, 19 6 9 . E l significado « m a ld ito » , que tiene anathema en la tradición eclesiástica,
deriva de la « p ro sc rip c ió n » hebrea. G fr. G . K ittel, Theologisches Wörterbuch I, pp. 3 5 6 s. [trad. ital.
de G . K itte ly G , Friedrich (eds.), Grande Lessico del Nuovo Testamento, I, 19 6 g , cols. 9 5 3 - 9 5 8 ] .
5.Í. ANATHEMATA 129

m en to m ás rep resen tativo de la v e n e ra c ió n o fic ia l. S e g ú n a firm a n las in sc rip c io n e s,


el d o n a n te esp era u n a « a m a b le c o n tra p a r tid a » , a u n q u e sólo sea que el dios p u e d a
c o n ce d erle la o ca sió n de « d e d ic a rle o tra o fre n d a » en el fu tu r o 97. Las ofren d as p u e ­
d e n a d o p ta r m uchas fo rm a s. E n la épo ca m ás an tigua c o n sisten sob re to d o e n v e s t i­
d os y m e ta l. U n a vez q u e la c o n s a g r a c ió n d e o b je to s a d q u ie re el v a lo r de s ig n o ,
p u e d e o c u p a r su lu g a r u n m o d e lo su stitu tiv o , u n sig n o d e l s ig n o : fig u r illa s d e
b ro n c e y terraco ta o u n a p in tu ra en b a rro o e n m ad era. D e este m o d o se d e sa rro lló
to d a u n a in d u stria de ob jetos p iad o so s ya e n ép o ca tem p ran a.
U n g ru p o de anathémata p u ed e en te n d erse com o u n a fo rm a de h acer d u ra d ero el
acto d el s a c rific io : se co n sa gran re cip ie n te s de to d o tip o , esp eto n es, hachas s a c r ifi­
ciales y, so b re to d o , tréb ed es. Estos o b jeto s, q u e e ra n u tilizad o s com o u ten silio s de
co cin a p ara cocer carn e y q u e, al m ism o tie m p o , estaban h ech os de m etales de c o n ­
sid e ra b le v a lo r lle g a ro n a ser las o fre n d a s votivas m ás rep resen tativas e n lo s sa n tu a ­
rio s g r ie g o s 98. P re c u rs o r e n este sen tid o fu e el sa n tu a rio de O lim p ia ; desde el a ñ o
7 0 0 a p ro x im a d a m e n te , la fo r m a p r e d o m in a n te e ra e l c a ld e ro o rie n ta liz a n te c o n
cabezas d e g r ifo s , c o n in flu e n c ia s u r a r t e o - s ir ia s s e p te n trio n a le s . A l co n te xto d e l
sa crific io p e rte n e c e n ta m b ié n las figu ras de a n im a le s99, esp ecialm en te las figu ras de
t o ro s q u e a p a re c e n c o n c ie rta c o n tin u id a d , in c lu s o d u ra n te la e d a d o sc u ra . A
m en u d o se re p rese n ta n escenas de culto en tablillas votivas y, a p a r tir d el siglo IV, e n
gran d es y elab o rad o s relieves vo tiv o s100.
H asta qué p u n to las p eq u eñ as fig u ras votivas a n tro p o m o rfa s re p rese n ta n al d io s
o a sus d ev o to s es a m e n u d o m u y d if íc il de d e c id ir 101; sin d u d a hay e je m p lo s d e
am bas cosas. L o s dioses p u e d e n re c o n o c erse e n época an tigu a p o r el gesto e p ifá n ic o
y, p o ste rio rm e n te , p o r ciertos a trib u to s característico s; los h o m b re s a m en u d o l l e ­
v a n u n a n im a l p a ra el s a c r ific io . L a s fig u ra s votivas n o tie n e n q u e estar n e c e s a ria ­
m e n te re la c io n a d a s c o n la d iv in id a d d el sa n tu a rio e n q u e se c o lo c a n ; ta m b ié n se
p u e d e n d ed icar estatuillas de o tro s d io ses102. L as gran des estatuas de p ie d ra caliza, de
m á rm o l o de b ro n c e p o d ía n ser erigid as p o r aq u ello s q ue h a b ía n estado vin cu lad o s
al dios de fo rm a especial y q u ería n d ar u n a e xp resió n d u ra d era a esta u n ió n , en p a r ­
tic u la r m u ch ach os y m uchach as que h a b ía n p restad o servicio en el tem p lo , com o las
« A r r é f o r o s » de la A c ró p o lis , los « N iñ o s d el h o g a r » e n E le u sis 103 o los sacerdotes y
sacerd otisas.
A s í, el acto p ia d o s o de d e d ic a c ió n se tr a n s fo rm a e n u n acto de o s te n ta c ió n
p ú b lic a . Se crea u n m o n u m e n to p r o p io , el mnéma. L o s anathémata de lo s sa n tu a rio s

97 Inscripción del A p o lo de Mánticlo (en Sim on, p. ¡ '2 4 , figs. I 1 7 - I 1 8 ) , Friedländer-H offleit, p. 3 5 :
IG P 6 5 0 = Friedländer-H o ffleit 3 9 , cfr. 3 6 , 36 a, 3 7 ' 4· ° ' I 0 6 , 10 7 .
98 Espetones de Perajora, en torno a 7 0 0 : Friedländer-H offleit I O . Sobre el trípode: K . Schwende-
inann, /<// 3 6 ( 19 2 1), pp. 1 5 1 - 1 8 5 ; P. G uillon, Les Trépieds du Ptoion, 1 9 4 3 : i - W illem sen, « D reifu ss-
kessel von O lym p ia », Olympische Forschungen 3, 1 9 5 7 : H . V . H errm ann, « D ie Kessel der orientali-
sierenden Z e it» , Olympische Forschungen 6, Γ966 e ibid., 1979 : M . Maass, « D ie geometrische Dreifüsse
von O lym p ia », ibid. IO , I 9 7 &-
9 9 Rouse, pp. 2 9 5 - 3 0 1 : véase I 4 , n. 6 2.
1 0 0 U . Hausm ann, Griechische Weihreliefs, i9 6 0 .
1 0 1 Rouse, pp. 2 8 3 - 2 9 0 ; 3 0 2 - 3 0 9 ; ejemplar tratamiento de las terracotas del santuario de D em éter
en Sicilia en Zuntz, pp. 8 9 - 157 -
1 0 2 Rouse, pp. 3 9 1 - 3 9 3 ; p o r ejemplo, A p o lo en D odona, Parke (i), p. 2 7 5 ' n ° 2.
1 0 3 Véase V 2 . 2 , n. II; VI I .4 , n. 2 7 -
130 2. RITO Y SANTUARIO

m ás fre cu e n ta d o s so n lo s te stim o n io s m ás eficaces de u n pasado g lo rio s o . G ig es de


L id ia fu e siem pre con o cid o entre los griegos p o r su « o r o » en D elfos, y C reso de L id ia
—el p ro v e rb ia l C r e s o 104— se asegu ró u n a fa m a a ú n m a y o r. A l ser va ria b le la su erte en
la g u e rra , el v e n c e d o r sie m p re se a p re su ra b a a e rig ir su m o n u m e n to e n O lim p ia y
e n D e lfo s . H o m e r o ya h a b la de e sc u d o s e n lo s s a n tu a rio s , p e r o to d as la s dem ás
arm as p o d ía n ta m b ié n r e n d ir s e a u n d io s ; p a ra c o n m e m o ra r u n a b a ta lla n aval, se
p o d ía d ed ica r el e sp o ló n de u n a nave, o in c lu so la nave e n te ra 105.
Pasado u n p e r ío d o de tiem p o re lativam en te c o rto , los san tu arios m ás p o p u lares
lle g a r o n a estar in e v ita b le m e n te so b rec a rg ad o s de o fre n d a s votivas. L o s sacerd o tes
su p e rv isa b an lo s o b je to s d ed ica d o s. L as b a ra tija s sin v a lo r e ra n en te rrad a s de tanto
e n ta n to e n el s a n tu a rio , p a r a d e le ite d e lo s a rq u e ó lo g o s m o d e r n o s ; las o fre n d a s
va lio sas c o n s titu ía n el p r in c ip a l p a t r im o n io d e l te m p lo y e ra n c u id a d o s a m e n te
in v e n ta ria d a s . G u a n d o a c ie rto s o b je to s e x tra o rd in a rio s se a so c ia b a n h is to ria s , el
in v e n ta rio d el te m p lo se c o n v ie rte e n c ró n ic a ; u n a in s c rip c ió n co n serva el re g istro
(anagraphé) d e L in d o s 106. L a e x h ib ic ió n de o fre n d a s votivas de la G u e r r a de T ro y a se
co n v irtió g rad u alm en te en u n a n o rm a . L a s riqu ezas a tra je ro n n a tu ra lm e n te la a te n ­
c ió n de d e p re d a d o re s . E l o r o de C r e s o fu e fu n d id o p a r a lo s m e r c e n a r io s d e la
F ó c id e d u ra n te la « G u e r r a S a g r a d a » ( 3 5 6 ~ 34-6 a .C .) y p o s te rio rm e n te , ta m b ié n
a lg ú n tira n o se b u scó fin a n c ia c ió n c o n el m ism o m é to d o . M u ch as de estas estatuas
fu e r o n ro b a d as desp ués p o r c o le ccio n ista s de arte ro m a n o s, p e ro P lin io h a b la a ú n
de m iles de estatuas e n D e lfo s 107.
L a s o fre n d a s votivas so n u n e stím u lo p a ra im p u ls a r nuevas c o n stru c c io n e s e n el
san tu ario . S o n características las colu m n atas largas y abiertas (stoaí), n o rm alm en te en
lo s co n fin e s d el re cin to sagrado. L a estru ctu ra de este tip o más antigua y e jem p lar fu e
e rig id a de n u evo e n el H e re o de S am o s ya e n el siglo VII; el de D íd im a se con stru yó
p o co d espués108. Las colum natas o fre c en al visitante re fu gio del s o ly de la llu v ia y tam ­
b ié n le in vitan a d em o rarse u n rato. E n el siglo VI se em p iezan a c o n stru ir « cám aras
p a ra te s o r o s » separadas (thesaurof), sobre to d o e n O lim p ia y en D e lfo s; tie n e n fo rm a
de p e q u e ñ o s tem p lo s y so n , a su vez, u n a o fre n d a al d io s, p arte de la aparché o dekdte.
C o m o lo s sa crific io s que p ro d ig a n los devotos en las re p rese n ta c io n e s votivas, así se
re p ro d u c e n la im agen d ivin a y el te m p lo . E l dios se d eleitará co n to d o , al ig u al que el
h o m b re p u ed e sen tirse o rgu llo so de to d o , se trata siem p re de agdlmata109.
L a s vivie n d a s sa ce rd o ta les e n el sa n tu a rio so n u n a e x c e p c ió n 110; la e x ig e n c ia de
p u re z a n o a d m ite u n a v id a h u m a n a n o r m a l. P o r o tro la d o , las casas p a ra lo s b a n ­
quetes sa crificia les (hestiatória) so n e rig id as fre cu e n te m e n te d e n tro d el témenos o m uy
cerca , esp ecialm en te d espués de q u e el « te m p lo co m o casa del fu e g o » fu e ra su sti­
tu id o p o r el te m p lo n o rm a l q u e sirve sólo c o m o m o ra d a d e la d ivin id a d .

1 0 4 H dt. i, 1 4 ; 5 0 s.
X05 E n el «San ctu aire ries Taureaux» en D élo, P. B r u n e a u y J. D ucat, Guide de Délos, 19 6 5 , pp. 9 0 s .; J .
C o u p ry (B C H Suppl. i), 19 73 * PP· 1 47 ' 5 ^·
1 0 6 FGrHist S 3 2 .
1 0 7 Plin. Nat. Hist. 3 4 , 3 6 .
1 0 8 G ruben , pp. 3 I 9 S·* Bergquist, p. 3 4 ·
10 9 H . Bloesch, Agalma, 1943· E l acto de la consagración es un ejemplo de hedoné según Ep icuro : Diog.
Laert. ΙΟ, 149·
1 1 0 Od. 9, 2 0 0 ; E u r. ïph. Taur. 6 g s .; Paus. I O , 3 4 , 7 ; Strab. 12 p. 5 7 5 *
11 1 A . Frickenhaus, «G riech isch e Banketthäuser», /f/i3 2 (1 9 17 ), pp· 114 ,-1 3 3 ; Bergquist, Herackleson
6. SACERDOTES I 3I

E l aspecto a rq u ite c tó n ic o , e sp ecialm en te el de lo s sa n tu a rio s an tigu o s e im p o r ­


ta n te s, se d e s a r r o lló de m a n e ra g r a d u a l a lo la rg o d e lo s s ig lo s, c o n c o n stan te s
re c o n s tru c c io n e s y a ñ a d id o s. N o hay, p o r ta n to , n in g ú n p la n a rq u ite c tó n ic o re a l,
n in g u n a o rg a n iz a c ió n estricta de lo s e d ific io s e n re la c ió n re c íp ro c a . C a d a e d ific io ,
e sp e cia lm e n te cada te m p lo , es en p r im e r lu g a r u n a e n tid a d in d iv id u a l, c o n stru id a
de m a n e ra a u tó n o m a y « b e lla » e n cu an to ágalma. S ó lo la re la c ió n en tre el tem p lo y
el altar c o n el área sagrada in te rm e d ia p o r la que se accede a la en trad a se d efin e de
fo rm a fu n c io n a l y, hasta c ierto p u n to , con stan te. L a d isp o sic ió n sim étrica de te m ­
p lo s, colu m n atas, gradas y altares fu e el p ro d u c to de lo s arq u itecto s h elen ístico s q ue
d is e ñ a r o n gran d es co m p le jo s de tem p lo s p a ra nuevas c o n stru c c io n es. S in em bargo
n i s iq u ie ra e n ép o ca a rcaica o clásica lo g r a r o n lo s c o n stru c to re s y arq u itec to s u n a
re la c ió n a rm ó n ic a en tre las p artes in d iv id u a les de u n s a n tu a rio ; la vita lid a d de esta
a rq u ite c tu ra sagrada resid e p re cisa m en te en su ap aren te irre g u la rid a d .

6. Sa cer d o tes

L a re lig ió n griega p o d ría casi d efin irse com o re lig ió n sin sacerdotes1 : n o hay u na casta
sacerd otal com o g ru p o cerrad o co n u n a tra d ic ió n , ed u cació n , in ic ia c ió n y je ra r q u ía
fijas, e in clu so e n lo s cultos con so lid ad o s n o hay u n a « d o c tr in a » (disciplina), sino sólo
u n a « c o s tu m b re » (nomos). E l dios en p rin c ip io acepta a cu alqu iera, siem p re y cuand o
respete el nomos, esto es, siem pre y cuando q u iera adaptarse a la c o m u n id a d local; p r e ­
cisam en te p o r este m o tivo , las d ife re n c ia s de p a p e l e n tre e x tra n je ro s y c iu d a d an o s,
esclavos y h o m b res lib res, n iñ o s y adultos, h o m b res y m u jeres, so n tan im p o rtan tes a
veces. H e r ó d o t o 8 constata c o n asom b ro que los p ersas d eb en lla m a r a u n m ago p a ra
cad a s a c r ific io ; e n tre lo s g rie g o s, sa c rific a el q ue tie n e el d eseo y lo s m e d io s p a r a
h a ce rlo , in clu ye n d o amas de casa y esclavos. L a tra d ic ió n de rito s y m itos se a p ren d e
fácilm en te a través de la im ita ció n y la p articip a ció n ; se p u ed e in clu so asim ilar m u ch o
de las artes específicas del viden te c o n la m era o b se rv ació n 3.
N a tu ra lm e n te , e n cada m a n ife s ta c ió n c u ltu a l g ra n d e d eb e h a b e r a lg u ie n q u e
asum a el lid e ra z g o , q ue « c o m ie n c e » , p r o n u n c ie la o r a c ió n y h aga la lib a c ió n . U n

Thasos, 19 73 - PP· 41 - 5 7 ; E. W ill, «Banquets et salles de banquets dans les cultes de la Grèce et de
l ’ E m p ire R o m a in » , e n Mélanges P. Collart, 19 7 6 * PP· 3 5 3 “ 3 ^ 2 ; sobre las klínai en B ra u ró n : Ch..
B öker, Gnomon 4 1 (1 9 6 9 ) . p· 8 0 6 ; sobre las salas de banquete en el santuario de D em éter en
C o rin to : Hesperia 4 1 ( l 9 7 ^)> PP· 2 8 5 ~ 3 θ 7 ·
1 KA, pp. 3 2 - 5 4 .; L . Z ieh en , RE s.v. H iereisV lll (x9 xS ) » cols. 1 4 1 I - 1 4 2 4 · E n general: O . Jam es, The
Nature and Function o f Priesthood, I 9 5 5 ¡ L . Sabourin, Priesthood. A Comparative Study, 1973 (sobre el sacerdo­
cio griego, pp. 3 5 - 4 0 ) . Sobre las sacerdotisas griegas: E . S. H olderm an, « L e sacerdotesse: req u i­
siti, funzioni, p o te ri» , en G . A rrig o n i (ed.), Ledonnein Grecia, 19 ^ 5 * PP* 2 9 9 - 33°5 J· A* T u rn er,
Hiereiai: Acquisition o fFeminini Priesthoods in Ancient Greece, tesis doct., U niv. de C alifornia, 1 9 8 3 ; S. G e o r -
goudi, «Lisim aca, la sacerdotessa», en N . Loraux (ed.), La Grecia alfemminile, I 9 9 3 t PP· I 55 - I 9 6 ·
2 H dt. 1 . 1 3 2 . 3 . L a palabra archiereús «sum o sacerdote» aparece en H dt. 2 , 3 7 > 5 > 1 4 2 . I (siguiendo
a Hecateo) para la institución sacerdotal egipcia y será luego com ún para la hebrea y la rom ana; la
palabra hierorchía aparece por prim era vez sólo en D ionisio Areopagita (De coelesti hierarchia; trad. fr.
Denys l ’Aréopagite, La hiérarchie céleste, ed. de G . H e i ly M . de Gandillac, Sources Chrétiennes 5 8 , 195 $)>
pero hierarchion designa al sacerdote epónim o en Onquesto, en una inscripción del V a .C . = SEG 2 7
(19 7 7 ), n° 6 2 .
3 X en . Anab. 5, 6, 2 9 .
2. RITO Y SANTUARIO
132

p re rre q u isito p a ra d ese m p e ñ a r este p a p e l es te n e r cie rta a u to rid a d y p o d e r e c o n ó ­


m ico . E l que sacrifica es el je fe de la casa, de la fam ilia o del p u eb lo , el que p re sid e el
con sejo , el m agistrado elegido com o je fe de la c iu d a d —con o cid o com o « a r c o n t e » en
A tenas— o el gen eral d el ejército . D o n d e existe aú n u n a m o n a rq u ía , com o en E sparta,
los reyes tie n e n u n a re sp o n sab ilid a d esp ecial en la re la c ió n co n lo sa g ra d o 4. E n A te ­
nas, ju n to co n el « a r c o n t e » , hay ta m b ié n u n « r e y » (basileús), que com o el arcon te es
e le g id o p o r u n a ñ o . E l re y es el re s p o n s a b le de las c e re m o n ia s re lig io sa s a n tigu a s,
d irig e « to d o s los sacrificio s tr a d ic io n a le s » 5, en p artic u la r lo s m isterio s, las L en eas y
las A n te ste ria s (en las que su m u je r ta m b ié n d ese m p e ñ a u n p a p e l e sp ectacu lar). E l
a rc o n te , e n ca m b io , d irig e las P an aten eas y las D io n is ia s , las m ayo res fiestas que se
o rg a n iz a b a n e n el siglo V I . E n O lim p ia , la o rg a n iz a c ió n d el cu lto está ín tim a m e n te
vin cu lad a a la a d m in istrac ió n d el E stad o de la E lid e : lo s m agistrados de la ciu d ad e le ­
gidos en E lid e sa crifica n cada añ o u n c a rn e ro a P é lo p e e n el P e lo p io 6.
E l sa n tu a rio es p ro p ie d a d d el d io s; el témenos n o p u e d e ser u tilizad o p o r el h o m ­
b re , a m en o s q ue sea p ara b e n e fic io d el sa n tu a rio o p ara las fiestas sa crificia les. P ara
asegu rarse de q ue to d o se h aga seg ú n el o r d e n a p ro p ia d o , se n ecesita u n fu n c io n a ­
rio re sp o n sa b le : e l « s a c e r d o te » (hiereús) o la « s a c e rd o tis a » (hiéreia)7. E l sa ce rd o cio
n o es u n estatus g e n e ra l, sin o el servicio a u n d io s e sp ecífico en u n sa n tu a rio p a r ti­
c u la r. N a d ie es « s a c e r d o t e » c o m o ta l, s in o el « s a c e rd o te de A p o lo P it io » o la
« sa c e rd o tisa de A te n e a P o lía d e » ; va rio s sacerd o cio s p u e d e n p o r supuesto u n irse en
u n a m ism a p e rso n a .
E l sa c e rd o te su e le te n e r a su se rv ic io a u n c u sto d io d el te m p lo (neokóros) ; P a ra
o rg a n iz a r lo s sa crific io s, desde la c o m p ra de lo s an im ales hasta la venta de las p ieles,
se n o m b r a n « e n c a r g a d o s d e l s a c r if ic io » (hieropoioí) y a ú n m ás im p o rta n te s s o n las
co m isio n e s estatales p a ra su p ervisar las fin an zas de los san tu arios (epimeletaí o hierota-
m íai)8. E l sacerd o te ra ra m en te vive e n el sa n tu a rio , p e ro se espera q ue sea con scien te
de sus re s p o n s a b ilid a d e s ; e n u n caso , u n a in s c r ip c ió n e sp e c ific a q u e el sa ce rd o te
d eb e e star p re se n te e n el s a n tu a rio a l m e n o s d iez d ías al m es. S i es n e c e s a rio , el
s a c rific io p u e d e realizarse sin sa ce rd o te 9.
L o s sa ce rd o c io s so n a m e n u d o h e r e d ita r io s d e n tro de ciertas fa m ilia s an tigu as
q ue d eb en en g ra n m ed id a su estatus a esta p re rro g a tiv a . E n A ten as s o n lo s E te o b ú ­
tadas lo s q u e a p o rta n el sa c e rd o te de E r e c t e o - P o s id ó n y la sa c e rd o tisa d e A te n e a
P o lía d e , a d m in istra n d o así los cultos cen trales de la A c ró p o lis . S u an tep asad o e p ó -
n im o B u te s —cuyo n o m b re a p u n ta al sa c rific io de vacas— fu e, seg ú n ello s, h e rm a n o
d e l p r im e r re y E r e c t e o , p o r lo q u e su sa c e rd o c io estaría casi al m ism o n iv e l q u e la
realeza. L a fa m ilia de lo s P ra x ié rg id as su pervisa las fiestas de las P lin te ria s e in ic ia su
servicio p o c o antes de q ue el sacerd o te de E re c te o y la sacerd otisa de A te n e a P o líad e
d e je n la A c ró p o lis . L o s T a u ló n id as c e le b ra n el an tigu o sa crific io d el to ro a Z e u s en
la A c ró p o lis d u ra n te las B u fo n ia s . L o s B u zigas p ro c u r a n el sacerd ote de « Z e u s en el

4 A rist. Polit. 1 3 8 5 a 6; véase V 3 . 3 .


5 A rist. Ath. pol. 3 , 3 ; 4 7 > 4 > 5 7 * z· Sobre el basileús y la realeza m icénica véase I 4 , nn. 3 9 - 4 0 .
6 Paus. 5, 1 3 , H N, p. IT3.
7 Y a título m icénico, véase I 3 · 6 > n n . 26- 27.
8 KA, pp. 4 8 - 5 3 > D . R . Sm ith, The Functions and Origins o f Hieropoioí, tesis doct., Universidad de Pennsyl­
vania, Philadelphia, 1 9 6 8 ; cfr. Numen 2 0 ( l 9 7 3 )> PP· 3 8 - 4 7 ; Jo rd a n , pp 2 3 - 2 8 , al que se debe la
expresión precinct governors.
9 A n fiareo de O ro p o , IG V I I 2 35 = ^ G 1 0 0 4 = LSC G 6 9 , véase II 8, n . 5 9 · Q uíos, LSS 12 9 , J - i i .
6. SACERDOTES ISS

P a la d ió n » . L o s m is te rio s de E le u sis sig u e n e n m a n o s de lo s E u m ó lp id a s y d e lo s


G érices hasta el f i n de la antigüedad: los E u m ó lp id as p ro c u ran el h iero fan te y los G é r i­
ces el « p o r t a d o r de la a n to rc h a » (dadoúchos) y el « h e r a ld o s a g ra d o » (hierokéiyx)10. L o s
B rá n q u id a s m a n tie n e n u n a re la c ió n sim ila r c o n el sa n tu a rio d e A p o lo e n D íd im a .
T a m b ié n lo s ad ven ed izos se a rro g a n la d ig n id a d c o rre sp o n d ie n te a su nueva s itu a ­
c ió n : G e ló n y H ie r ó n , los tira n o s de G e la y S iracu sa, re iv in d ic a ro n que el cargo de
h ie ro fa n te de los « d io s e s c tó n ic o s» era h e re d ita rio e n su fa m ilia y, tras su gran v ic ­
to r ia so b re G a rta g o e n 4 8 0 , le e r ig ie r o n u n te m p lo a D e m é te r e n S ira c u s a 11. L o s
fu n d a d o re s de san tu arios se aseg u ra ro n p o ste rio rm e n te el sacerd o cio p ara sí m ism o s
y p a ra sus fam ilia s « p a r a to d a la e t e r n id a d » 12.
L o s sacerd otes asu m en su cargo ; ya e n la Ilíada se d ice que lo s tro yan o s n o m b r a ­
r o n (éthekan) a T e a n o sacerd otisa de A te n e a 13. A l igu al q u e o c u rre co n o tro s p u estos,
el n o m b r a m ie n t o es d e c id id o p o r la c o m u n id a d , n o r m a lm e n te p o r la asam b lea
p o lític a . L a a sig n a c ió n p u e d e co n sid e ra rse co m o u n a m a n ife sta c ió n de la v o lu n ta d
d iv in a . E n A s ia M e n o r , lo s sa ce rd o c io s e ra n su b astad os re g u la rm e n te e n m u c h o s
lu g a re s d esd e la é p o ca h e le n ís t ic a 14. D e p e n d ie n d o d e l nomos, e l sa c e rd o c io p o d ía
d u ra r u n a ñ o , u n ciclo festivo o tod a la vida. U n sacerd o cio an u a l es fre cu e n tem e n te
« e p ó n im o » , esto es, la c ro n o lo g ía lo c a l está vin c u la d a a la lista d e lo s n o m b re s de
lo s sacerd otes. P ara H ela n ic o hacia fin a les d el siglo V , la lista de sacerdotisas de H e ra
en A rg o s , q ue era la que se re m o n tab a m ás atrás e n el tiem p o , e ra la co lu m n a v e rte ­
b r a l de su c ro n o lo g ía h is tó ric a 15.
U n cargo sacerd otal co m p o rta in greso s, al m en o s « a lim e n t o » , segú n la c o stu m ­
b re a n tig u a . J u n t o c o n la víctim a p ara el s a c rific io , el sa cerd o te re cib e o fre n d a s de
c o m id a , q u e u tiliz a só lo p a r c ia lm e n te e n el s a c r ific io ; se le c o n c e d e u n a p o r c ió n
h o n o r ífic a (géras) de la carn e asada, n o rm a lm e n te u n a p ie rn a , y ta m b ié n le c o r re s ­
p o n d e n los a lim en to s d ep ositad os en la m esa ju n to al a lta r16. A m en u d o recibe ta m ­
b ié n la p ie l. G o n u n a p ro g re siv a ra c io n a liz a c ió n , se estab lecen e im p o n e n p re c io s
fijo s seg ú n el s a c r ific io ; u n a vez q ue éstos h a n sid o fija d o s e n d in e ro , el sa n tu a rio
recib e u n a alcancía (thesauros) co n u n a ra n u ra p ara las m o n e d as17. L a p ro c e sió n de lo s
sacerd o tes lim o s n e ro s es u n a e x ce p ció n en G re c ia , p e r o p e rte n e c e a u n a tra d ic ió n
an tigu a 18.

10 J . Martha, Les sacerdoces Athéniens, 18 8 1 ; D . D . Feaver, «H isto rical Developm ent in the Priesthood o f
A th e n s» , Tale Classical Studies 15 ( l 957 )> ΡΡ- 1 2 1 - 1 5 8 ; Toepffer, p p . I 1 3 - 1 3 3 (Eteobútadas), pp. 13 3
1 3 6 (Praxiérgidas), pp. 1 3 6 - 1 4 9 (Buzigas), pp. 14 .9 -1 6 0 (Taulónidas), pp. 2 4 - 8 0 (Eum ólpidas,
Gérices); K . C lin to n , « T h e Sacred O fficials o f the Eleusinian M ysteries», Trans. Philos. Soc. 6/|., 3,
1974 ·
11 H dt. 7, 1 5 3 ; D iod. Sic. I I , 2 6 , 7 ; Zuntz, p. 7 2 .
12 E l material en B . Laum , Stiftungen in der griechischen und römischen Antike, 1914·
13 11. 6, 3 0 0 .
14. D ocum ento más completo: IE 2 0 1 , prim era mitad del s. I I I, con más de 5 O sacerdocios. H . H e r -
brecht, De sacerdotii apud Graecos emptione, venditione,tesis doct., Estrasburgo, 1 8 8 5 ; M . Segre, Rendiconti
deiristituto Lombardo di Scienze e Lettere 69 ( l 9 3 ^)> PP* 8 1 1 - 8 3 O ; 7 ° ( 19 3 7 ). pp. 8 3 - 1 0 5 .
15 KA, p. 3 9 , 7 ; H ellan ic. FGrHist 4 F 7 4 ~ ^ 4 [fr. 7 4 _ 7 $ Fowler; cfr. J . J . Gaerols, Helanico de Lesbos,
19 9 1, p p .Il6 ss .]
16 KA, 4 1 s.; 1E 2 0 5 , 2 1; decreto de Teángela, Z P L 3 4 ( 1979)> p- 211; D. G ill, «Trapezom ata: a neglec­
ted aspect o f G reek sacrifice», HThR 6 7 (¡ 974 ) . pp. H 7 “^3 7 ; S· I )ov/ I). H. G ill, <<The Greek C u lt
T ab le», AJA 6 9 (1 9 6 5 ), pp. 1 0 3 - 1 1 4 ; Ziehen, JiEXVIII ( i 939 )> coll. 6 15 s.
17 Véase II 2 , n . 17. F. Sokolowski, «Fees and taxes in the G reek cu lts» , HThR 4 7 0 9 5 Ί-) >pp. Γ5 3 - 16 9 ■
18 Véase II 7 , n. 21 .
2, RITO Y SANTUARIO
134

L o s tem p lo s d el P ró x im o O rie n te , desde el p r in c ip io de la civilizació n s u p e rio r,


e ra n « e m p r e s a s » e c o n ó m ic a s q u e su ste n ta b a n u n g r a n c u e rp o de sa ce rd o te s. E n
G r e c ia casi n o existe n a d a c o m p a r a b le , a u n q u e sí se p u e d e n e n c o n t r a r p a r a le lo s
d erivad os de las tra d ic io n e s o rie n ta le s e n A s ia M e n o r. E l san tu ario de D e lfo s es u n a
e x cep ció n : situado en escarp ado a islam ien to sobre la em p in ad a la d era, es incapaz de
su ste n ta r u n a c o m u n id a d de c a m p esin o s p o r p e q u e ñ a que sea. E n el Himno a Apolo,
lo s cretenses, a q u ien es el dios h a c o n d u c id o a P ito com o sus sacerdotes, p re g u n ta n :
« ¿ C ó m o vivire m o s a h o r a ? » . C o n u n a so n risa el d io s les con su ela: « Q u e cada u n o
de v o s o tr o s te n ie n d o e n la m a n o d ie s tra e l c u c h illo d e g ü e lle c o r d e ro s s in cesa r.
E sto s lo s te n d ré is a vu estra d is p o s ic ió n g e n e ro s a m e n te [...] cu id a d el te m p lo y a c o ­
ged a las g lo rio sas estirpes de lo s h o m b r e s » . A s í lo s d elfio s viven p ara el sa n tu a rio y
del sa n tu a rio 19. L a fa m ilia m ás an tigu a, que se re m o n ta a D e u c a lió n , el su perviviente
d el d ilu v io , a p o rta lo s cin c o « C o n s a g r a d o s » (Hósioi)20·, o tra fa m ilia , lo s L a b ia d a s,
c o n sus b an q u etes festivos, es c o n o c id a a través de u n an tigu o d ecreto c u ltu a l21.
L o s elem en to s n o griegos so n evidentes e n el culto de A rte m is -U p is de É fe so , n o
só lo e n la e x tra o rd in a ria im a g e n c u ltu a l c o n su m an to q u e fu e d e fin id o p o s t e r io r ­
m en te co m o « d e m u ch o s p e c h o s » . E l g ra n sacerdote (megdbyzos) es u n e u n u c o . U n a
so cied ad de h o m b re s, con sagrad o s p o r u n a ñ o y ob ligad os a la ab stin en cia sexual, se
re ú n e p ara los banquetes sagrados; se les llam a « re y e s de las a b ejas» (essénes). T am b ién
hay v írg e n e s co n sa g rad a s; el m ito h a b la d e am azon as q u e fu n d a r o n e l te m p lo 22. S e
te stim o n ia n sacerdotes castrados e n el culto de K u b a b a -G íb e le y H écate de L a g in a en
C a ria tam b ién tien e eu n u cos, así co m o A fr o d it a A starté tien e sus travestid os23.
E n G re c ia el sacerd o cio n o es u n a fo rm a de vida, sin o u n servicio a tiem p o p a r ­
cial y h o n o r a r io ; p u e d e c o m p o rta r gastos p e r o p ro c u r a g ra n p re stig io . E l h o m b re
p ia d o so trata al sacerd o te c o n v e n e ra c ió n : d u ra n te la co n q u ista de Ism a ro , O d ise o
p e rd o n a a M a ró n e n el b o sq u e cillo de A p o lo y A lc ib ia d e s lib e ra a algu n o s sa ce rd o ­
tes sin re sc a te 24. E l sa ce rd o te es « c o n s a g r a d o » (hierómenos). S u e le lle v a r e l ca b ello
largo y u n a cinta p ara el p elo (stróphion), u n a c o ro n a , ropas costosas blancas o p ú r p u ­
ras y u n c in tu ró n esp ecial; p o rta u n b a stó n e n la m a n o . L a sacerd otisa se re p rese n ta
a m e n u d o c o m o p o rta d o ra de la g ra n llave d e l te m p lo (kleidoûchos). E n el te a tro , se
re se rv a n a lo s sa ce rd o te s a sie n to s de h o n o r 25. E l sa ce rd o te es « h o n r a d o e n tre lo s
h o m b re s co m o u n d io s » com o dice la Ilíada 2S.

19 Hymn, Apoll. 5 2 8 - 5 3 8 ; HN, pp. 1 3 4 s·; Roux, pp. 5 5 _ 7 ° ·


20 Plut, ßuaesi. Gr. 2 9 2 Ü ; HN, p. 1 4 2 .
21 BC H 19 ( 1985)* PP· 5 - 6 9 ; E . Schwyzer, Dialectorum Graecorum exempla epigraphicapotiora, 1 9 2 3 , n° 3 2 3 ;
incom pleto L SC G 7 7 · U n fragm ento de u n registro más antiguo, s. V I , G . R ougem ont, BC H 9 8
(1974.), pp. 1 4 7 - 1 5 8 · Véase infra, V 3 . 3 , η . 19 .
22 C h . Picard, Ephèse et Claros, 1 9 2 2 ; H . Thiersch , Artemis Ephesia, 1 9 3 5 » Fleischer, 1 9 7 3 ; Zuntz, p. 12 8 ;
W . Burkert, « D ie A rtem is der Eph eser: W irkungsm acht u n d Gestalt einer grossen G ö ttin » , en
H . Friesinger y K . K rin zin ger (eds.), 1 0 0 Jahre Österreichische Forschungen in Ephesos, 1 9 9 9 , pp. 5 9 " 7 ° *
megdbyzos y m uchachas: Strab. 14 , 6 4 1* essênes·. Paus. 8, 1 3 , I; U p is y Am azonas: C allim . Hymn. 3 ,
2 3 7 - 2 5 ° ; sobre U pis: W . Fauth, Beiträge zur Namenforschung 4 (19 6 9 ), pp. 1 4 8 - 1 7 1 .
23 Sobre Méter Cibele véase III 3 · 4 > η · *4 · Eu nucos en Lagina: B C H 4 4 ( 1 9 2 0 ) , p. J 8 , n° i l ; p. 8 4 , n°
16 ; co n « A fr o d it a » en A scalón: H d t. I , 10 5·, « p e r r o s » con A starté de Gitio*. CXS I 8 6 - KAI 37 <
O . M a s s o n y M . Sznycer, Recherches sur les Phéniciens à Chypre, 1 9 7 2 , pp. 6 4 - 6 7 * Véase S& H ,pp . 1 0 4 s .,
1 2 0 s.
24 Od. 9 , 1 9 7 - 2 0 1 ; Plut. Aie. 2 9 , 5 -
25 M . Maass, Die Prohedrie des Dio^sostheaters in Athen, 1 9 7 2 .
26 II. 16 , 6 0 5 . .
6. SACERDOTES ISS

E n algu n o s casos el sacerd ote p arece p re se n tarse casi com o u n dios. E n Tebas, el
sacerdote de A p o lo Ism en io es u n m u ch ach o de fa m ilia n o b le ; e n la fiesta de la D a f-
n e fo r ia va d etrás d e l la u r e l c o n u n a c o r o n a d o ra d a , u n la rg o ve stid o d e fiesta y el
p e lo su elto : el a rq u etip o d el d io s ju v e n il c o n el « c a b e llo in t o n s o » “7. E n la fiesta de
lo s Láphria en P atras, la sacerd o tisa de A rte m is m o n ta e n u n c a rro tira d o p o r c ie r ­
v o s 88; de u n a fo rm a sim ila r, cu an d o la sacerd o tisa de H e ra en A rg o s llega al sa n tu a ­
rio en u n c a rro tira d o p o r bueyes, está esp ecialm ente p ró x im a a la diosa « d e los o jo s
d e n o v illa » 89. E n P e len e , la sacerd o tisa de A te n e a aparece c o n casco y e sc u d o 30 y e n
A te n a s, la sacerd o tisa de A te n e a vaga p o r las calles'llevan d o la é g id a 31. E n la m ito lo ­
gía, Ifig e n ia es víctim a, sacerd otisa y d o b le de A rte m is.
E s m u y fre c u e n te q u e las sa ce rd o tisa s s irv a n a d io sa s y lo s sa ce rd o te s a d io se s,
p e r o hay im p o rta n te s e xcep cio n es y c o m p lic a c io n e s 38. E n A te n a s, la sacerd o tisa de
A te n e a P o lía d e n o es u n a v irg e n sin o u n a m u je r m a d u ra c o n u n m a trim o n io a sus
e sp a ld a s33. E n A rg o s Palas es c o n d u c id a al b a ñ o p o r u n sa c e rd o te 34. E n el cu lto de
D e m é ter es fre cu e n te la p resen cia de sacerdotes, sob re to d o h ie ro fa n te s, au n q ue p o r
su p u e sto están a c o m p a ñ a d o s e n el s e rv ic io p o r sa ce rd o tisa s hierophantídes. D io n is o
tie n e fre c u e n te m e n te sa ce rd o tisa s y ta m b ié n las p u e d e n te n e r A p o lo e in c lu s o el
Z eu s de D o d o n a .
C o stu m b re m u y d ifu n d id a y c a ra c te rístic a es la c o n s a g ra c ió n de m u ch a ch o s y
m uchachas al servicio d el tem plo durante u n p e río d o de tiem p o. E n A ten as, se d esti­
n a n dos Arrhephóroi al servicio de la A c ró p o lis; éstas in ic ia n la la b o r de tejer el p ep lo de
A te n e a y cu id an d el olivo sagrado ; al te rm in a r el año so n liberad as en u n a m isteriosa
ce re m o n ia n o c tu rn a 35. D e fo rm a sim ila r, e n E g ir a y e n Patras se consagra a A rte m is
u n a v irg e n antes d el m a trim o n io , m ien tras q ue en G a la u ria se consagra u n a virg e n a
P o s id ó n 36; en A ten as, se envían m uchachas com o « o s a s » (árktoi) a A rte m is en B r a u ­
r ó n 37. Se consagran m uchachos n o sólo a A p o lo , com o e n Tebas, o a Z e u s 38, com o en
E g io , sin o tam b ién a A te n e a , com o en T egea y en E la te a 39. E n el tem p lo de A fr o d ita
e n S ic ió n 40 u n a m u je r a n cia n a s ir v e c o m o neokóros, ju n t o c o n u n a v irg e n co n o c id a
c o m o la « p o r t a d o r a de a g u a » (loutrophóros); sólo ellas dos p u e d e n e n tra r al te m p lo ,
m ie n tra s que to d os los dem ás p u e d e n rezar a la d io sa ú n ica m e n te desde la e n trad a:
sólo p u ed e n acercarse lib rem en te a la diosa de la vida sexual aquellas que están e x clu i­

27 Paus. 9, IO , 4·, véase II 7 , n. 12 .


28 Paus. 7 , 18 , 12 , véase It I, n. 6 8 .
29 GF, p. 4 3 .
30 Polyaen. Strat. 8, 5 9 ·
31 Véase II J , n. 21 ; sobre la problem ática en su co n ju n to : F. Back, De Graecorum caerimoniis, in quibus
homines deorum vicejungebantur, tesis doct., Berlín, 1 8 8 3 ; F. Kiechle, «Götterdarstellung durch Menschen
in den altm editerranean R elig io n e n », Historia I9 ( l 9 7 °)> PP· 2 5 9 “ 27 I > véase I 3 . 4 . η · I 3 ¡ 11 7 > η ·
9 9 ; III 4 , nn. 3 1 - 3 8 .
32 L . R . Farnell, ARW 7 (1 9 0 4 ), pp. 7 0 - 9 4 .
33 Plut. Numa 9. II; Fehrle, p. 9 5 ; HN, pp. 16 7 s.
34 C allim . Hymn. 5 , 3 5 ~ 4 3 > con escol. 3 7 ·
35 Véase V 2 . 2 , η. II; U . Pestalozza, «Sace rd o ti e sacerdotesse im pu beri n e i culti di A tene e A r t e -
m id e » , SMSR 9 ( 1 9 3 3 ) , pp. 1 7 3 - 2 0 2 = ReligioneMediterraea, I 9 5 l> PP· 2 3 3 “ 2 5 9 -
36 Paus. 7 , 2 6 , 4 ; 7 , 19 , I, cfr. 7, 18 , 12 ; 7 , 2 2 , 8; 2 , 3 3 , 2 -
37 Véase V 3 . 4 , n. 3 3 .
38 Paus. 7. 2 4 » 4 ·
39 Paus.8, 4 7 , 3 ; 10 , 3 4 , 8.
40 Paus. 2 , IO, 4 .
136 2, RITO Y SANTUARIO

das de sus « o b r a s » . L a te n sió n tien de a lib e ra rse : la m ito logía cuenta cóm o P o sid ó n ,
a q u ie n se consagra la v irg e n de G a la u ria , vio la a E tra e n la cercan a « Is la S a g ra d a » y
e n gen d ra a T e se o 41. E n el tra sfo n d o se p u e d e n in tu ir rito s de in ic ia c ió n que c o n flu ­
yen, al m en o s e n la m ito lo g ía, c o n la e xp u lsió n y el sacrificio de n iñ o s.
L a im p o r t a n c ia d e to d o s estos d e ta lle s se re ve la só lo e n cada caso in d iv id u a l.
G o m o c o m ú n d e n o m in a d o r d e lo q u e se re q u ie re de u n sa c e rd o te q u e d a la
« p u r e z a » (hagneía) con ven ien te a lo « s a g r a d o » 42. E llo im p lica evitar el contacto co n
la m u e r te 43 y c o n las p a rtu rie n ta s, u n a re la c ió n p o la r c o n la sexu alid ad . E l celibato
vita lic io se e n c u e n tra e n m u y raras o c a sio n e s44. A v e c e s se d eb en ob servar p r o h ib i­
c io n e s a lim e n tic ia s y ay u n o s, p e r o el v e rd a d e ro ascetism o se d e s a rro lla só lo co m o
p ro testa c o n tra la civilizació n de la p o lis y su s a ce rd o cio 45. E n la c o n sa g ra c ió n de u n
sacerd o te hay fre cu e n te m e n te in ic ia c io n e s especiales (teleísthai) , co m o p a ra lo s Hósioi
e n D e lfo s 46. E n cu an to a o tro s re q u isito s, el sacerd ote deb e ser p o r en cim a de to d o
u n d ign o rep resen tan te de la co m u n id a d . E llo sign ifica que debe p o see r p le n o d e re ­
cho de ciu d a d an ía 47 y ta m b ié n deb e estar lib r e de d efectos fís ic o s 48. L o s m u tila d o s y
lisia d o s q u ed a n exclu id o s. P o r lo dem ás, e n con traste c o n p o sic io n e s de m ayo r re s ­
p o n sa b ilid a d , es c ierto que « c u a lq u ie r a » p u ed e lle g a r a ser sa ce rd o te 49.

7. C e le b r a c io n e s fe s tiv a s

7 .1 . P o m pé

D e la m ism a fo rm a que el sa n tu a rio e stru ctu ra el esp acio, así la fie s ta 1 e stru ctu ra el
tie m p o . C ie r to s días —a lo s q u e se añ a d e la n o c h e p re c e d e n te — se d is tin g u e n de la
c o tid ia n id a d ; el tra b a jo se d e ja a u n la d o y lo s ro le s h a b itu ale s se d isu e lv e n e n u n
« r e la ja m ie n t o » g e n e ra l, p e r o el p r o g r a m a de la fie sta tie n e p re p a ra d o s n u evo s
ro le s. S e fo r m a n g ru p o s q u e se d is tin g u e n u n o s de o tro s. E l co n traste c o n la n o r ­
m alid a d p u ed e expresarse c o n re g o c ijo y alegría, c o n a d o rn o y b elleza o ta m b ié n co n
am enaza y te rro r.

41 Paus. 2 , 3 3 , I ; PR II, p. 7 0 7 . P. Schm itt, « A th é n a A p ato u ria et la c e in tu re » , Annales (ESC ) 3 2


( 19 7 7 ) . PP· IO S 9 - I 0 7 3 -
42 Véase II 4 > η η · 2 9 “ 3 3 ·
43 E n M esenia era costumbre que si a una sacerdotisa o u n sacerdote se le m oría un hijo, el sacerdo­
cio pasara a otra o a otro: Paus. 4 > 1 2 , 6.
44 Fehrle, pp. 7 5 “ I 0 9 > I 5 5 - I 6 l. Según una ram a de la tradición las muchachas de Locros (véase II 4 ,
n. 8 6 ) perm anecían hasta la muerte en el templo de Atenea en Ilion.
45 Véase VI 3 ·
46 Plut. Quaest. Gr. 2 9 2 D ; Zeus telesiourgós en M ile to , LSAM 4 9 ; 5 2 , 1 2 ; además LSAM 7 9 , IO; 3 , 1 2 ;
LSC G 16 6 , 2 0 ; 16 7 , 5 ; con detalles, en la regulación del culto de C o s: LSC G 1 5 6 A 18 ~ 157 A
I ; Eritras: IE 2 0 6 , I s . si se suple [teíesthéset]ai.
47 A rist. Polit. 1 3 2 9 a 29 s; durante tres generaciones: SIG 1 0 1 5 = L SA M 73 (Halicarnaso, Ártem is).
48 KA, p. 3 8 ; A eschin. I , 1 8 8 , 19 s; Plat. Leg. 7 5 9 e; Anaxandrides fr. 4 0 , I O K assel-A ustin; SÍG 1O O 9.
49 Isocr. 2 , 6; Dem osth. Proem. 5 5 ·
1 K . K erényi, « V o m Wesen des Festes», Paideuma I ( 1 9 3 8 - 1 9 4 0 ) , pp. 5 9 ~ 74-î K . Albert, «M etaph y­
sik des Festes» /JiG G 19 (19 6 7 ). pp. 1 4 0 - 1 5 2 ; véase V 2 .
2 Pfuhl, 1 9 0 0 ; N ilsson, « D ie Prozessionstypen im griechischen K u lt » , en Op. I, pp. 1 6 6 - 2 1 4 ·, F
B öm er, RE s. v. Pompa X X I ( 1 9 5 2 ) , cols. 18 7 8 -1 9 7 4 ··
7.1. POMPÉ IS?

E l m ed io fu n d am e n ta l p ara la fo rm a c ió n de g ru p o s es la p ro c e s ió n (pompé)%. L o s
p articip a n tes activos se sep aran de la m u ch e d u m b re a m o rfa , se p o n e n e n fo rm a c ió n
y se m u even h acia u n a m eta, au n q u e la d em o stra c ió n y la in te ra c c ió n c o n los e sp e c­
tad o res n o so n m en o s im p o rta n te s que la m eta m ism a. R a ra m en te existe u n a fiesta
sin u n a pompé. L a m eta de la a cció n sagrada es n a tu ralm en te u n san tu ario d o n d e tie ­
n e n lu g a r s a c r ific io s; p e ro el r e c o r r id o es ta m b ié n im p o rta n te y « s a g r a d o » . P ara
lle g a r a u n cen tro com o la A c ró p o lis en A te n a s, la p ro c e s ió n p arte de las p u ertas de
la c iu d a d y atraviesa la plaza d el m e rc a d o 3. E n la fiesta e le u sin ia , la « V ía S a c r a » se
extien d e desde la m ism a p u erta de la ciu d ad a través de trein ta k iló m e tro s de cam p o .
L o s efeb o s llevan p reviam en te a lo la rg o de este ca m in o los ob jeto s « s a g ra d o s » que
d espués so n devueltos a E leu sis, a la cabeza de la g ra n p ro c e s ió n de lo s mjístai, p a ra la
c e le b ra c ió n n o c t u r n a 4. E n P afo s, la p ro c e s ió n lleva desde la ciu d ad n u eva a la c iu ­
dad vieja c o n su an tigu o s a n tu a rio 5. T a m b ié n hay p ro c e sio n e s que re p rese n ta n v is ­
to sa m e n te el a b a n d o n o d e l s a n tu a rio , la in t e r r u p c ió n d u ra n te u n p e r ío d o de
« p u r if ic a c ió n » 6.
Pompé sign ifica « e s c o lta » , p e ro p u ed e verse hasta qué p u n to la p ro c e sió n es u n fin
en sí m ism o en la exp resió n em pleada p ara « c e le b ra r u n a fie sta » (pompáspémpein, lite ­
ra lm en te « e n v ia r la e sc o lta » ). H ay to d o tip o de u ten silio s p a ra ser llevados y p ap eles
c o r re sp o n d ie n te s c o n títu lo s fijo s c o m o « p o r t a d o r a de la c e s ta » , « p o r t a d o r a del
a g u a » , « p o r t a d o r del fu e g o » , « p o rta d o r de la p a te ra » y « p o rta d o r d el r a m o » 7. E n
el cu lto de D e m é te r y D io n is o , en re la c ió n c o n los m iste rio s, se llevan de u n la d o a
o tro recip ien tes cu b ierto s, cuyo c o n te n id o es co n o c id o sólo p o r el in ic ia d o : la cesta
re d o n d a de m im b re co n tapa (kiste) y el aven tad or p ara el gran o (¡íknon)S cu bierto co n
u n velo y, en con secu en cia, hay tam b ién kistephóroi y liknophóroi. L o s u ten silios sagrados
de este tipo tam bién p u ed en ser llevados en u n carro , com o el cesto de D em éter (kála-
thos) en la p ro c e s ió n de A le ja n d ría 9. U n a fo rm a de tra n sp o rte especialm en te im p r e ­
sio n an te es el b a rco sob re ru ed as, el « c a r r o b a r c o » . S o b re to d o , fo rm a n p arte casi
s ie m p re de la p ro c e s ió n las víctim as p a ra el acto sagrad o y el b a n q u e te festivo . L o s
p ro p io s p articip a n tes d em u estran su especial estatus n o sólo c o n ro pas festivas, sin o
ta m b ié n co n co ro n as™ , ín fu las de lan a y ram as que llevan en las m an os.
E l m o n u m e n to clásico que da la visió n m ás com p leta de u n a g r a n pompé es el friso
d el P a r t e n ó n " , o rig in a lm e n te de 1 6 0 m . de lo n g itu d , que se extend ía a lre d e d o r de
la p ared de la ceüa d el P a rten ó n . A l com ien zo d el a ñ o , la p ro c e sió n de las Panateneas
o b se q u ia a la d io sa c o n u n n u evo v e stid o , el p e p lo ; el ve stid o h a b ía sid o llev a d o a
través de la ciu d ad e n u n c a rro barco y a h o ra el sacerd o te de E re c te o aparece r e p r e ­

3 Sobre el C am ino de las Panateneas: H . A . T h om p so n , AA ( 19 6 1) , pp. 2 2 5 “ 2 2 8 .


4 HN, pp. 3 0 6 - 3 0 8 ; G raf, pp. 4 3 " 5 ° : véase VI 1 .4 .
5 Strab. 14 , 6 8 3 .
6 Véase II 4 , n n - 4 3 - 4 4 ; V 2 . 2 , n. 18 .
7 Kanephóros: véase I II, nn. 6 - 7 ; hydrophóros·. véase II 4 , n. 2 7 ; pyr(o)phóros: véase III, n . 6 l; phialephóros:
véase Polyb. 12 , 5 > 8 - 1 0 .
8 Véase II 4 , n. 7 ; VI 1 .4 , n. 9.
9 C allim . Hymn. 6 , I ; BMC Alexandria lám . 3 0 , 5 5 2 -
10 Véase II I, n . 5.
11 Pfuhl, pp. 6 - 2 8 ; AF, pp. 2 5 - 2 9 , lám . i, i; L . Ziehen , ií£ X V I I I 3 ( 1 9 8 3 ) · cois. 4 5 9 ^ 4 7 4 ; P- E·
Corbett, The Sculpture o f the Parthenon, 1 9 5 9 ; R obertson y A . Frantz, The Parthenon Frieze, 19 75 ; c ^'·
bibliografía en G . T . W . H ooker (ed.), Parthenos and Parthenon ( Greece and Rome Su p pl.), 19 6 3 , pp. 5 8 -
6 0 ; EAA suppl. ( 1 9 7 0 ) , p. 9 7.
138 2. RITO Y SANTUARIO

sen tad o de p ie en el lad o este, a la e n trad a d el te m p lo , en tre los doce dioses o lím p i­
cos, su jetan d o el vestido d o b la d o . L a p ro c e s ió n se m ueve a lo la rg o de lo s dos lad os
d el tem p lo hacia su c en tro : hay « p o rta d o ra s de cesto s» y víctim as p ara A te n e a (cua­
tr o vacas y c u a tro ovejas e n u n la d o y la a lu s ió n a u n a « h e c a t o m b e » e n el o t r o ),
« p o rta d o re s de p a te ra s» y « p o rta d o re s de a g u a » (d o n a r y llevar estos recip ien tes era
el p riv ile g io y el d e b e r esp ecial de lo s m eteco s), m ú sico s, a n cia n o s ve n e ra b le s y, e n
especial, to d os los g u e rre ro s jó v e n e s, algu n o s arm ad o s c o n escudos y otro s a caballo,
que a traen p artic u la rm e n te las m irad as. T a m b ié n hay carro s de g u e rra co n g u e rrero s
que p ractican el d ep orte especial asociado c o n la fiesta: saltar del carro en m ovim ien to
a to d a v e lo c id a d . N a tu r a lm e n te están ta m b ié n re p re s e n ta d o s lo s m a g istra d o s, así
c o m o las vírg e n e s y las m u je re s q u e h a n h ec h o el p e p lo . T o d a la c iu d a d an ía se p r e ­
senta a sí m ism a, en sus g ru p o s esenciales, en esta pompé, la m ás g ran d e d el añ o .
U n a fo rm a característica d el cu lto de A p o lo es el « lle v a r el l a u r e l » , la fiesta de la
Daphnephoría. T e n e m o s u n a d e sc rip c ió n de la fiesta tebana, p ara la que P ín d a ro c o m ­
p u so algu n o s cantos:

C o ro n an un leño de olivo con laurel y con flores variadas y en lo alto se encaja


una esfera de bronce de la que cuelgan otras más pequeñas. Tras haber puesto en
la parte central del leño otra esfera más pequeña, cuelgan de lo alto de esa esfera
cintas de púrpura; la parte in ferio r del leño la rodean con una tela color azafrán
[.. .]a la cabeza de las Daphnephoría marcha u n muchacho cuyos padres estén vivos y
su pariente más próxim o lleva el leño coronado [...] E l «po rtado r del lau rel» ,
que le sigue, toca la rama de laurel; lleva los cabellos sueltos y una corona de oro
y va vestido con un espléndido vestido hasta los pies y calzado con sandalias de
fiesta; le sigue un coro de muchachas con ramas en las m an o s[...]I!

E n lu g a r d el tip o de o b jeto d esn atu ralizad o a q u í d escrito sim ila r a u n á rb o l d e m ayo


o al á rb o l de N a vid a d se p u e d e im a g in a r, e n fiestas m ás sen cillas, u n a sim p le ra m a
de la u re l. A s í, e n el rito d élfico , cada och o añ o s u n m u ch ach o va a b u scar la ram a de
la u re l al valle d el T e m p e e n T e s a lia '3.
A l m ism o A p o lo se le llam a « p o r t a d o r d el la u r e l» (Daphnephóros) ; el m ito cuenta
c ó m o el p r o p io d io s llevó e l la u re l p u r ific a d o r a D e lfo s desp ués de m a ta r a la S e r ­
p ie n te . E l m u c h a c h o de T e b a s e sp e c ia lm e n te a d o rn a d o q u e lleva el la u re l p a re c e
re p re se n ta r al d io s m ism o . E n el Himno aApolo, el p o e ta p resen ta al p ro p io d io s c o n ­
d u c ie n d o la p ro c e s ió n a D e lfo s m ie n tra s to ca d u lc em e n te c o n la lir a e n la m a n o “4.
E l d io s está p re se n te, p e r o p ara este cu lto las im ágen es n o so n n ecesarias. L as p r o ­
cesio n es c o n im á g e n es cu ltuales c o n stitu y en la e x c e p c ió n 13. E n las G ra n d e s D io n i­
sias, la im a g e n de D io n is o es llevad a a A te n a s desde E le u te ra s; algu n as p in tu ra s de
vasos re tra ta n la llegada d e l d io s e n el c a rro b a r c o 16. E n T eras en el m o n te T á ig e to ,

12 Proel. Chrestom. en Phot. Bibl. 3 2 1 a 3 5 " b 32 = Schol. Glem . A l. Protr., p. 2 9 9 , lín · 4 " I 9 Stählin, cfr.
Pind. Parlh.fr. 9 4 b M aehler; Paus. 9, IO , 4 ; S E v A ( 1 9 3 4 ) , cols. I 5 4 5 - I 5 4 9 ; Brelich, pp. 4 1 3 - 4 1 9 .
«T ran sp o rte procesional de árboles» (dendrophoría) para D ioniso y D em éter: Strab. IO , 4 6 8 . C fr.
SScH, pp. 1 3 4 - 1 3 8 .
13 HN, p p . 1 4 6 s.
14 Hymn. Apoll, ζ 1 4 s. ¡ 1 8 7 .
lg Véase II 5 , n. 8 g ; Caliixen. FGrHi-J. 6 2 7 F 2 describe una procesión en A lejandría extraordinaria­
mente pom posa en el año 2 7 I _ 2 7 0 .
16 AF, pp. 1 3 9 ; 1 0 2 - 1 0 4 , lám. il, I ; HN, pp. 2 2 3 s . : K erén yi (4 ), pp. 1 4 2 - 1 4 8 , fig. 5 6 - 5 9 .
7.2. AGERMÓS I39

u n a estatua de C o r e es escoltada desde el p a n ta n o al sa n tu a rio de D e m é te r E le u s i­


n ia 17 p ara la fiesta. L a M agn a M ater h ace su e n trad a sen tada e n u n c a rro tirad o p o r
b u e y e s 18. T a m b ié n se sacan d e su lu g a r las im á g e n e s c u ltu a le s p a ra la in q u ie ta n te
« p u r if ic a c ió n » . E l te rr o r se extien d e c u an d o la im agen , n o rm a lm e n te « in m ó v il» ,
es m o vid a . L a im a g e n de A rte m is de P elen e

h a b itu a lm e n te p e r m a n e c e e n el te m p lo sin q u e n a d ie la to q u e , p e r o c u a n d o la
sa c e rd o tisa la m u e v e γ la saca, n a d ie la m ir a , sin o q u e to d o s a p a rta n la m ira d a ;
p u e s su p r e s e n c ia n o só lo es h o r r e n d a y d if íc ilm e n t e s o p o r t a b le p a r a lo s seres
h u m a n o s , s in o q u e in c lu s o p r o v o c a q u e lo s á rb o le s se v u e lv a n e sté rile s y h ace
c a e r sus fru to s e n a q u e llo s lu g a re s p o r d o n d e es lle v a d a '9.

L o d iv in o m u e s tra u n a cabeza de M e d u sa ; a q u e llo s q u e la e sc o lta n c o m p a r te n su


p o d e r.

7 -2. A oerm ó s

L as p ro c e sio n e s p a ra re co g er d onativos están m u y d ifu n d id a s y aú n se co n servan en


algu n o s lugares en la tra d ic ió n p o p u la r e u ro p e a 30. E n la antigua G re c ia , las c o stu m ­
bres de este tip o aparecen sólo de fo rm a m arg in a l, p e ro n a tu ra lm e n te existen. S ó lo
g ra c ia s a u n d o c u m e n to b iz a n tin o ta r d ío sab em o s p o r c a su a lid a d q u e in c lu s o la
sacerd o tisa de A te n e a P o lía d e ib a p o r la ciu d ad en días d ete rm in a d o s h a cien d o u n a
co le cta 21. E n tales o casio n es llevaba la égida de la d iosa, ya n o u n a p ie l de cabra v e r ­
d ad era, sin o u n te jid o de lan a, au n q u e a ú n se le asocia algo d el an tigu o te rr o r , só lo
p o r su n o m b re . E n p a rtic u la r, la sacerd o tisa buscaba a m u jeres re c ié n casadas, q u e,
sin d uda, d eb ían trib u ta r ofren d as a la d iosa v irg e n , de m an era que el te r r o r se c o n ­
v e rtiría e n b e n d ic ió n p ara ellas. L a sacerdotisa de A rte m is de Perga en P a n filia , ta m ­
b ié n « r e c a u d a » 22. E s q u ilo p re se n ta a H e r a co m o u n a sa ce rd o tisa e rra n te q u e
reclam a d on ativo s p a ra las n in fa s, las « viv ific a n te s h ijas de í n a c o » 23. E n jo n i a , « la s
m u je re s » re c o g en d on ativo s m ie n tra s can tan u n h im n o a O p is y A rg e , las vírg e n e s
d é lia s24·. E n S ic ilia , algun os p astores e n tran e n las ciudades en u n a p ro c e sió n e sp e ­
c ia l; llev a n c u e rn o s de ciervo y p an es en fo rm a de a n im ales co lgad o s, así com o u n
z u rr ó n c o n to d o tip o de g ran o y u n o d re de vin o . M ie n tra s re co g en donativos, p r o ­
m eten c o n su can to paz, b u e n a su erte y s a lu d 25. E n o tro s lu gares las p ro c e sio n e s de

17 Paus. 3 , 2 0 , 5 y 7 ·
18 Ov. Fast. 4 , 3 4 5 - 3 4 6 .
19 Plut. Arat. 3 2 . C fr. II 4 , nn. 4 3 ~4 5 ; II 5 , n. 8 9 .
20 A . D ieterich, «S o m m e rta g » e n Kleine Schriften, 1 9 1 1 , PP· 3 2 4 “ 3 5 2 ; K . M euli, «Bettelum züge im
Totenkultus, O pferritual und V o lk sb rau ch », Schweiz. Archivför Volkskunde 2 8 ( l 9 2 7 _I 9 2 9 )· P P · Ι _ 3 δ
" M euli 1 9 75 ' P P · 3 3 “ 6 8 * K . Latte, Kleine Schriften, 1 9 6 8 , pp- 4 ^ 3 S·
21 Paroem. Gr. Suppl. I 6 5 ; Nilsson, Op. I ll, pp. 2 4 6 s·
22 S I G 1 0 1 5 = LSAM 7 3 .
23 Aesch. fr. 1 6 8 Radt.
24 H d t. 4 , 3 5 . C f r . asim ism o SIG 1 0 0 6 = LSC G l 75 (D em éter, C o s); LSAM 47 (M ileto ); LSC G 6 4
(M esene).
25 Schol. T h eo cr. pp. 2 s.; 7 S·; 1 4 ; Wendel.
140 2. RITO Y SANTUARIO

este tip o las c e le b ra n n iñ o s c o m o e n A te n a s , d u ra n te las T a rg e lia s e n v e ra n o y las


P ia n o p sia s e n in v ie rn o : llev a n u n a ram a de olivo de la q u e cuelgan h eb ras de la n a y
n u m ero sa s « p r im ic ia s » de to d o tip o , p a n y frascos de aceite. L a ram a se lla m a eire-
sióne y los m u ch ach os cantan :

La eiresióne trae higos y gordos panes,


miel en un tarro y aceite para untarse el cuerpo
y una copa de vino sin mezcla, para que la m ujer se embriague y duerm a86.

E n S a m o s, lo s n iñ o s c a n ta n : « e n t r a la r iq u e z a » , m ie n tra s e n R o d a s el Canto de la
golondrina añ ad e d esen fad ad as am enazas a las p e tic io n é s de lim o sn a : « o n o s lle v a re ­
m os tu p u e rta o a tu m u je r » 87. T a m b ié n e n este casó se trata de fiestas e n h o n o r de
A p o lo . A l a p ro m e s a d e b e n d ic ió n c o r r e s p o n d e u n a casi sa g ra d a r e c la m a c ió n de
donativos. E n o tro s lugares, tales actividades, llevadas a cabo p o r sociedades de h o m ­
bres o jó v e n e s, están a m en u d o re lacio n ad as c o n el culto de antepasados re p re se n ta ­
dos c o n m áscaras. D e esta co stu m b re n o q u ed a en G re c ia n in g u n a h u e lla . L o s c u l­
tos o fic ia le s están fin a n c ia d o s c o n d in e ro p ú b lic o . P o r tan to , la « c o le c ta » aparece
com o característica de las sectas n o o ficia le s; adem ás de los « p e d ig ü e ñ o s de A p o lo » ,
com o A b a r is 88, h ab ía ta m b ié n ad ep tos de la M agn a M a te r de A sia M e n o r, lo s p e d i­
gü eñ o s de la M a d re (metragjirtai)29; la v e rd a d era p o lis griega lo s trataba c o n d esp recio .

7 ·3 - D an z a s y c a n to s

E l m o v im ie n to rítm ic o re ite ra d o , s in u n f in p re ciso y rep rese n ta d o colectivam en te


co m o u n g ru p o , es, p o r así d e c irlo , u n rito cristalizad o e n su fo rm a m ás p u ra : « N o
se e n c u e n tra n in g u n a a n tig u a fie sta de in ic ia c ió n s in d a n z a » 30. P e rte n e c e r a u n
g ru p o tra d ic io n a l sign ifica a p re n d e r sus danzas. S ig u ie n d o la an tigu a costu m bre, los
grie g o s tie n e n varias fo rm a s de d a n z ar en g r u p o , n o p a ra v irtu o so s n i p a ra p arejas
fo rm a d as a rb itra ria m e n te , sin o p a ra m ie m b ro s rep resen tativo s de la co m u n id a d . E l
g ru p o de b a ila rin e s y el lu g a r p ara b a ila r se lla m a n igu alm en te chorás; hay « c o r o s » de
m u ch ach os, de vírgen es y de m u je re s y ta m b ié n danzas c o n arm as p ara g u e rre ro s. L a
d anza y la m ú sic a s o n in se p a ra b le s. In c lu s o la fo rm a m u sic a l m ás se n c illa , la c a n ­
c ió n , e stim u la la d an za; lo s in s tru m e n to s m u sicales m ás u tiliz a d o s 31 e ra n la d o b le
flau ta (aulós) y los in stru m e n to s de cu erd as p ellizcad as, kühára y lyra; los in stru m e n to s
de p e rc u s ió n están asociad os c o n el cu lto orgiástico « e x t r a n je r o » .

26 Plut. Dies. 2 2 , Ι Ο ; Schol. vet. Aristoph. Eq. 7 2 9 a M ervyn jo n es, Plut. I 0 5 4 ag Chantry, Garminapopu-
laria 2 D iehl (II2); FGrHist 4 0 1 c F I [trad, de F. R . A d rados, Lírica Griega Arcaica, 1 9 8 0 , pp. 47 4 ··^ ·
27 Samos: Carmina popularia I D iehl (IIa); Rodas: T heognis Rhod. FGrHist 5 2 6 F I = PMG Carm. pop. 8 4 8 =
Ath . 3 6 o b d [trad, de F. R . Adrados, Lírica Griega Arcaica, I 9 8 0 , pp. 4 8 - 4 9 (Samos) y 4 6 - 4 7 (Rodas)].
28 lam bí. Vita Pyth. 9 1 - 9 2 [trad. esp. de E . A . R am os Ju ra d o : Já m b lico , Vida Pitagórica, 1 9 9 1 , pp. 6 8
6 9 ] ; L&S, pp. 14 9 s.
29 Véase III 3 . 4 , n. 21 .
30 Lu c. Desalt. 15 . C fr. Latte (i); F. Weege, Der Tanz in der Antike, 1 9 2 6 ; L . B . Lawler, The Dance in Ancient
Greece, 1 9 6 4 ; R. T ö lle, Frühgriechische Reigentänze, 1 9 6 4 ; P* Prudhom m eau, La danse grecque antique I —III,
1 9 6 6 ; C alam e, 1 9 7 7 ; S. H . Lo n sd ale, Dance and Ritual Play in Greek Religion, 1 9 9 3 ; P· C eccarelli, La
pirrica nelï'antichitàgreco-romana. Studisulla danzp armata, 19 9 8 .
31 J . A . H aldane, «M usical Instrum ents in Greek W o rsh ip », Greece andRome 1 3 (19 6 6 ), pp. 9 8 - 1 0 7 .
7.3. DANZAS Y CANTOS

C e le b ra r u n a fiesta es « fo r m a r c o r o s » . In clu so las p ro c e sio n es tie n e n sus cantos


especiales; P ín d a ro escrib ió daphnephorikd p ara Tebas (v. n o ta 1 2 ) . L a p ro c e sió n p u ed e
d eten erse e n varios p u n to s a lo largo de su re c o rrid o p ara la re c itac ió n de elab orad os
cantos y la e je c u ció n de danzas. E n M ile to hay u n co legio de « c a n to r e s » (molpoí) e n
h o n o r de A p o lo D e lfin io ; a lo largo del cam ino de la p ro c e sió n al santuario de A p o lo
en D íd im a , hay seis capillas d eterm in ad as en las que re citan su c a n to 32. E l h im n o se
asocia al a n im a l p ara el sa crific io que es llevad o en la p ro c e s ió n : P ín d a ro h abla d el
« d itir a m b o c o m p a ñ e ro d e las reses al s a c r i f i c i o » 33 y d e lo s « c a n to r e s d e l m ac h o
c a b r ío » (tragodoí) y p o r ta n to , e n ú ltim a in sta n c ia , la « t r a g e d ia » p ro b a b le m e n te
to m ó su n o m b re de u n a p ro c e sió n que c o n d u cía el m ach o cab río al sa c rific io 34.
E n el p ro p io sa n tu a rio , las danzas especiales so n a ú n m ás elab o rad as. E n D é lo s,
m u c h a c h o s y m u ch a ch as b a ila n la « d a n z a de la g r u lla » (géranos) c o n m o v im ie n to s
to rtu o so s y la b e rín tic o s: se dice que las vírg e n e s y los jó v e n e s de A te n a s in v e n ta ro n
esta danza ju n to co n T eseo tras escapar d el la b e rin to 35. L o s m ítico s C u retes agitaban
sus escud os e n u n a danza a lre d e d o r de Zeu s re c ié n n a c id o ; y los escudos de b ro n c e
orie n ta liz a n tes de la cueva d el Id a en C re ta te stim o n ia n la existen cia de tales danzas
co n escud os en el contexto de u n a fiesta de in ic ia c ió n d e l siglo V I I I 36. E n u n h im n o
de P a le k a stro , u n o s jó v e n e s in v o c a n a Z e u s c o m o « e l jo v e n (koúros) m ás g r a n d e »
p a ra q ue vaya a D icte a « s a lt a r » so b re re b a ñ o s, cam p os, ciu d ad es y b a rco s, y es sin
d u d a en lo s saltos de la danza de los p ro p io s jó v e n e s d o n d e está p resen te este p o d e r
d e l d io s 37. C u a n d o Palas A te n e a salió de u n salto de la cabeza de Z e u s to ta lm e n te
arm ada, agitó su escudo y su lanza en u n a danza g u e rre ra y, a im ita c ió n de este n a c i­
m ie n to d iv in o , se re p re s e n ta la dan za c o n a rm a s (pyrrhiche) e n su fiesta , e s p e c ia l­
m e n te e n las P a n a te n e a s 38. L o s n o m b re s Peán y Ditirambo se r e fie r e n ta n to al d io s,
c o m o a su h im n o o a su d an za, q u izás d esd e la tr a d ic ió n m in o ic a 39. T a m b ié n e n
otro s lugares la e xp erien cia de la danza se fu n d e c o n la de la d ivin id ad . E n las Gymno-
páidia b a ila n u n o s m u c h a c h o s p a ra A p o lo y las m u c h a c h as d a n z a n e n to d as p a rte s
p a ra A r t e m is : la fo r m a v ig o ro s a y jo v e n de estos h e r m a n o s d iv in o s a p a re c e c o m o
p ro y e c c ió n de tales danzas. E l p r o p io A p o lo toca p a ra la danza y A rte m is se u n e al
b a ile c o n sus n in fa s 40. E n lo s g ru p o s de « N i n f a s » o « G r a c i a s » , e n lo s de lo s
« C u r e t e s » e in clu so e n el caso de los sátiros am antes de la danza, el m o d e lo divino y
la re alid ad h u m an a so n a m en u d o virtu alm en te in se p a rab le s41, salvo que aqu ello que

32 S/G 57 = LSAM gO; molpoí e n Olbia: F. G raf, ΜΗ 3 1 (1 9 7 4 ) . P P · 2 0 g - 2 l 5 ; cfr · F· Poland, RE Suppl.


V I (1 9 3 S ). cols. 5 0 9 - 5 2 0 .
33 Pind. 01. 13 , 19 ; Burkert, GRBS 7 (19 6 6 ), p. 9 ^.
34 Burkert, GRBS 7 (19 6 6 ), pp. 8 7 - 1 2 I ; contra, a favor de una etimología hitita: O . Szemerényi, Hermes
1 0 3 ( l 97 5 )> ΡΡ· 3 0 0 - 3 3 2 , que sin embargo ignora los machos cabríos en contexto dionisíaco en
escenas de vasos áticos (GRBS, pp. 9 8 1 OO) y los paralelos del arnodós « e l cantor que recibe com o
prem io un cabrito» (ibid., pp. 9 2 s. ; UN, p. 1 2 4 ) · Véase 111 2-IO , n . 18 .
35 Latte (1), pp. 6 7 - 7 1 .
36 Véase I 4 , n. 18 ; III 2 . 1, n. 16 : V I 1. 2 , nn. 2 2 - 2 5 -
37 BSA 15 (19 0 9 ), pp. 3 3 9 - 3 5 6 ; SIG 6 8 5 ; Powell, p. 1 6 0 - 1 6 2 ; H arrison (2), pp. 1 - 2 9 ; Latte (1), pp.
4 3 - 5 4 ; M . L . West, JH S 8 5 ( 1 9 6 5 ) , pp. I 4 9 _ I 5 9 ; sobre el tem plo en Palekastro: BSA 4 0 ( l 9 3 9 ~
19 4 0 ) , pp. 6 6 - 6 8 .
38 Latte (i), pp. 3 4 - 3 6 ; Apollod. Pap. Oxy. n° 2 2 Go II; A . Henrichs, Gronache Ercolanesi 5 (1975 ); P P · 2 0 s.
39 Véase I 3 .6 , n. 2 0 (Peana), cfr. I 3 , 5 , nn. l 8 - 2 2 ; III2 - 5 . n · 2 0 ; 2 . 1 0 , n. 8.
40 « G o r o de A rte m is»: II. 16 , 1 8 3 ; Hymn. Aphr. I18 , cfr. Od. 6, 1 5 0 - 1 5 2 ; Caíam e, 1977 ’ ΡΡ·I 7 4 - I 9 ° ·
V éase III 2 .5 , n . 2 7 ; ΠΙ 2 . 6 , η . I I ; V I , n . 2 8 .
41 Véase III 3 . 2 , nn. 5 - I 8 ·
2. RITO Y SANTUARIO

p a r a el h o m b re es la e fím e ra « f l o r de la ju v e n t u d » se vu elve p e r m a n e n te e n el
a rq u etip o m ítico - d iv in o .
A u n q u e los n o m b res y lo s ritm o s b ásicos de las danzas son tra d icio n a le s, el culto
n o exige e n m o d o algu n o la re p e tic ió n de h im n o s antiguos m ágicam ente fija d o s. A l
c o n tra rio , el canto debe d eleitar al d io s de u n a fo rm a nueva cada vez e n la fiesta; p o r
tan to , p a ra la danza y el canto d eb e h a b e r sie m p re a lg u ie n q ue lo « h a g a » , el p o e ta
(poietés). E l g é n e ro lit e r a r io de la « lír ic a c o r a l» , q u e se re m o n ta a fin a le s d el siglo
VII, se d esarrolla e n con secu en cia a p a rtir de la práctica d el culto y cu lm in a en la p r i­
m e ra m ita d d el siglo V e n la o b ra de P ín d a ro . L a in v o c a c ió n de lo s dioses, la e n u n ­
cia ció n de deseos y ruegos se en treteje de u n a fo rm a cada vez m ás artística c o n n a rr a ­
cio n es m íticas y alu sio n es de actu a lid a d a la fiesta y al c o ro . Y a en el siglo VII vario s
coros com piten p o r el h o n o r de presen tar el h im n o m ás h erm oso ; el vestuario del c o ro
d esem p eñ a ta m b ié n su p ap e l. L a fu n c ió n re lig io sa , la re la c ió n co n lo s dioses, c o rre n
p e lig ro de p e rd e rse en la riv a lid a d ; p e ro to d o s están co n ven cid o s de que los dioses,
com o lo s h o m b re s, p a rtic ip a n c o n alegre en tu siasm o e n la c o m p e tició n .

7 .4 . M ásc a ra s, fa lo s, a is ch k o lo o ía

Las m áscaras42, el m e d io m ás an tig u o p a ra p e r d e r la p r o p ia id e n tid a d y a su m ir u n a


nueva, e x tra o rd in a ria , lle g a n a lo s griego s a través de varias tra d ic io n e s. E x iste n v ín ­
cu los n e o lític o s y ta m b ié n de O rie n te P ró x im o 43. H ay m áscaras de an im ales y ta m ­
b ié n , en p a rtic u la r, m áscaras h o r rib le s y rid ic u la s. J u n t o a las fig u ras enm ascaradas
de las p ro c e sio n e s y las danzas, se e n c u e n tra n m áscaras q u e so n elevadas y ven erad as,
p u d ie n d o in c lu so lle g a r a c o n v ertirse a v e c e s en íd o lo s de culto.
L o s te s tim o n io s m ás d ire c to s d e u so d e m áscaras d e a n im a le s p r o c e d e n de lo s
crá n e o s de to ro co rta d o s e n fo rm a de m áscara e n c o n tra d o s en sa n tu a rio s c h ip r io ­
tas ; esta p rá ctic a , sin em b a rg o , n o tuvo n in g u n a in flu e n c ia d irecta fu e ra de C h i ­
p re . N o ob stante, a los jó v e n e s q u e sirven v in o en la fiesta de P o sid ó n en E fe so se les
lla m a « t o r o s » (taûroi), las vírgen es en el cu lto espartano de las L e u cíp id e s so n lla m a ­
das « p o t r ill a s » (pôloi)·, s o n m ás fre c u e n te s lo s g r u p o s sa ce rd o ta le s de « a b e ja s »
(mélíssai) y ta m b ié n hay « o s a s » (árktoi)*5. E n la o rla d el m an to de la estatua de Déspoina
en L ic o s u r a se m u e stra n to d o tip o de m ú sic o s d isfra za d o s de an im a les, la m ay o ría
c o n m áscaras de asn o , p e r o ta m b ié n cria tu ra s c o n cabeza de vaca y de c e r d o 46; a u n

42 K . M eu li, Handwörterbuch des deutschen Aberglaubens 5 ( 1 9 3 2 - 1 9 3 3 ) , pp. I 7 4 4 - I ^ 5 2 ; Schweizer Masken,


1 9 4 3 : M euli, 19 7 5 * P P · 3 3 ~ 2 9 9 ; L . Sch n eid er-L en g yel, Die Welt in der antiken Hochkulturen, 1 9 3 5 ; R·
W ildhaber, Masken und Maskenbrauchtum aus Ost- und Südosteuropa, 1 9 6 8 ; M . Bieber, RE X I V ( 1 9 3 0 ) , cols.
2 0 7 0 -2 12 0 .
43 Véase I I , η . 19 ; sobre las máscaras de « H u m b a b a » y las fenicias: R . D . Barnett, en Eléments orien­
taux dans la religion grecque ancienne, i 9 6 0 , p p . I 4 5 - I 5 3 : Ugaritica 6 ( 1 9 6 9 ) , pp. 4 0 9 - 4 1 8 ; Arch. Reports
( 1 9 7 0 - 1 9 7 1 ) , p. 7 3 ; BC H 9 9 ( 1 9 7 3 ) , p. 8 3 4 , fig. 5 6 ; H . K ü h n e, BaghdaderMitteilungen 7 ( l 9 7 4 )< P P -
IO I-IIO .
44 Véase I 4» n . 4 9 ; I I I , n. 9 4 .
45 Taûroi i A th . 4 2 5 e?pôloi\ Hesych. s.v. polía-, pôlos, u n sacerdote en Mesene IG V I , 1 4 4 4 ; mélissai Callim .
Hymn. 2 , n o s . ; A p o llo d . FGrHist 2 4 4 F 8 9 ; P o rp h . De antr. Nymph. 18 [trad, esp, de E . Ram os
Ju ra d o , 1 9 8 9 ] ; S ch o l. P in d . Pyth. 4 . I o 6 a ; S ch o l. T h e o c r. 1 5 , 9 4 ; drktoi: véase V 3 · 4 > η · 3 4 ; L .
K ah il, C iM J(ig 7 6 ), pp. 1 2 6 - 1 3 0 .
46 GGR, lam . 3 1 , 2 ; E A A ll ( 1 9 5 9 ) , pp. 9 9 9 s· Véase VT 1 .2 , n. 18 ; I 3 . 4 , nn. 1 0 - 12 .
7.4. MÁSCARAS, FALOS, AISCHROLOGÍA I4 3

cu an d o el m otivo ic o n o g rá fic o de la o rq u esta a n im a l se re m o n ta a la época su m eria,


d eb e de h a b e r en el fo n d o alg ú n con texto ritu a l. E s m u y p ro b a b le que las criatu ras
h íb r id a s c o m o lo s C e n ta u r o s y lo s P an es sean e n re a lid a d fig u ra s e n m a sc a ra d a s47.
T e n e m o s d e sc rip c io n e s p recisas d el d isfraz de sile n o s y sátiro s: la m áscara de n a riz
p la n a c o n orejas de an im al, el vestido de p ie l de an im al o el tap arrab o s c o n u n a cola
de ca b a llo y u n fa lo . E sta m asca ra d a se c o n v irtió d esd e fin a le s d e l sig lo VI e n la
re p re se n ta c ió n te a tra l lite ra ria , el « d ra m a s a tír ic o » , a d q u irie n d o así u n a re la c ió n
c o n la re a lid a d d istin ta de la d el an tigu o r it o 48.
L a s m áscaras grotescas de m u je re s viejas se e n c u e n tra n en el ám b ito de las d e id a ­
des fem en in a s, esp ecialm ente de A rte m is; se h a lla ro n llam ativos ejem p lares de b a rro
com o ofren d as votivas en el san tu ario de O r tia 49. Se dice que las verd ad eras m áscaras
estaban hechas de m ad e ra y q u e q u ien es las llevaban se lla m a b a n kyrittoíy biyllichistaí50 ;
lo s h o m b re s ta m b ié n p o d ía n u sa r m áscaras d e m u je re s h o r r ib le s . S e co n ta b a q u e
ju n t o al río A lfe o en E lid e , A rte m is y sus n in fa s se e m b a d u rn a b a n la cara c o n b a rr o
p ara escap ar de las aten cio n es am o ro sas d el d io s d el río (u n re fle jo d el uso ritu a l de
tales m áscaras g ro te sc a s)01. Las m áscaras de te rra co ta e n fo rm a de olla d el san tu ario
de H e r a e n T ir in t e , se re m o n ta n a u n a é p o ca ta n a n tig u a c o m o el sig lo VIII, las
cabezas de « G o r g o n a » m ás antiguas c o n h o rrib le s c o lm illo s 52; están sin duda r e la ­
cio n ad as c o n el m ito de la m eta m o rfo sis b ru je sc a de las h ijas d el re y P re to , que tuvo
lu g a r e n T ir in t e , y c o n la p in tu ra grotesca de lo s íd o lo s de M icen as.
S i las tres d iosas ven g a d o ras (Praxidíkai) e ra n ve n e ra d as b a jo la fo rm a d e « c a b e ­
z a s » 53, h a b ría n sid o sin d u d a m áscaras e n fo rm a de o lla de este tip o . L a m áscara de
G o rg o n a aparece p o r sí sola, com o sign o a p o tro p aic o , c o n ojos re d o n d o s y d e so rb i­
tados, c o n la le n g u a fu e ra , y m o stran d o los c o lm illo s 54. E n la p laza d el m ercad o de
A rg o s se e n c o n tra b a u n a n tig u o G o r g o n e io n , d e l q u e se d ecía q u e era o b ra de lo s
c íc lo p e s55. U n a m áscara de D e m é te r Kidaría se cu sto d iab a e n F é n e o en A rc a d ia y e n
las fiestas de los m iste rio s, el sacerd o te se p o n ía la m áscara y « g o lp e a b a a lo s m o ra ­
d ores su b te rrá n eo s c o n u n a v a r a » 56. U n a m áscara b arb ad a con sagrad a p u ed e re p re ­
sen tar al dios D io n is o 57; p u ed e c o n jetu rarse q ue tam b ién se la p o n d ría n p ara re p re ­
sen tar d irectam en te al fre n é tic o dios.
L a m ásc a ra c o n su m a u n a tr a n s p o s ic ió n a u n u n iv e r s o n u e v o y d e s c o n o c id o ,
p e r o , ap a rte de la p e trific a n te G o rg o n a , p a ra lo s g rie g o s este m u n d o es, m ás q u e

47 Véase III 3 -2 , n. IO .
48 Véase III 2 -1 0 , n. 4 2 -
49 Dawkins, p. 1 6 3 , láms. 4 7 ~^ 2 ; GGR, lám. 3 1 , 1.
50 Hesycli. s.v. hyttoiy biyllichistaí L a tte ; GF, pp. 1 8 4 - 1 8 7 ; GGR, pp. l 6 l s .
51 Paus. 6, 2 2 , 9; HN, p. 19 1.
52 Pickard-C am bridge (i), lám. 12 b, n 6 9 ; HN, p. 1 9 1. T . G . Karagiorga, Gorgeie hephale, I Q j O , P P ·
8 1 - 8 9 . Véase II 4 , n. 5 1 ·
53 Hesych. γ Phot. s.v. Praxidikai.
54 Sobre el tipo de la G orgona: J . H . C ro o n , JH S 75 ( l 9 5 5 )> PP· 9 ~ !6 ; T h . Ph. Howe, AJA 5 8 (l 9 5 4 )>
pp. 2 0 9 " 2 2 I ; Karagiorga (supra, n. 5 2 ) ; J . Floren, Studien zur Typologie des Gorgoneion, 1977 ? K r aus-
k o p fy S. G . D ahlinger, LIM Cs.v. Gorgo, GorgonesTV ( 1 9 8 8 ) , pp. 2 8 5 ~ 3 3 0 ·
55 Paus. 2 , 2 0 , 7.
56 Paus. 8, 15 , 3 ; Stiglitz, pp. 1 3 4 - 1 4 3 .
57 V éase V 2 . 4 · L a facies de A rtem is en Q uíos, obra de B úpalo (P lin . Nat. Hist. 3 6 , 1 2 ) , no era una
máscara (pace W . D eon na, REG 4 0 [19 27]» pp« 2 2 4 - 2 3 3 ) , sino una estatua norm al, cfr. Hies. Ling.
Lat. s.v. facies.
144 2. RITO Y SANTUARIO

sin ie stro e in q u ie ta n te , u n m u n d o d el a b su rd o y de u n a o b sc e n id a d agresiva. H ay


m ucbas varian tes de la p ro c e s ió n c o n falsos falo s gigan tes; los q u e llevan estos e n o r ­
m es m iem b ro s d eb en ocu ltar su id e n tid a d civil u n tán d o se co n h o llín o salvado o lle ­
v a n d o m áscaras. A s í, u n a u to r h e le n ís tic o d e sc rib e a lo s phallophóroi u n ta d o s c o n
h o llín y a lo s ithyphalloi q u e m a rc h a n c o n m áscaras q u e re p re s e n ta n a b o r r a c h o s 58.
M áscaras y falo s ta m b ié n fo r m a n p a rte de la in d u m e n ta ria d el sá tiro . P e ro in c lu so
en el culto de A rte m is a p arecen m u chach as co n a tu e n d o fá lic o 59. L o s actores p a r e ­
cid os a p ayasos, re la c io n a d o s p ro b a b le m e n te c o n a lg ú n « d it ir a m b o » p o p u la r , se
c o n o c e n esp ecialm en te a p a r tir de las p in tu ra s de lo s vasos c o rin tio s, d o n d e m u es­
tra n u n a d esnudez fin g id a , c o n las nalgas re llen as de u n a fo rm a exagerad a y se p e r ­
m ite n to d o tip o de p ayasadas60.
Estas m an ife sta cio n es p u e d e n ser acom p añ ad as p o r el « h a b la so e z » (aischrología)
y la e x h ib ic ió n de p arte s ín tim a s e n las fiestas de las m u je re s, e sp e cia lm e n te e n las
T e sm o fo ria s. G u a n d o las m u je re s fe ste ja n solas a expensas de lo s h o m b re s, el a n ta ­
g o n ism o e n tre lo s sexos se rid ic u liz a y se resu elve e n la sátira. U n o de lo s n o m b re s
c o n que se d e sig n a n lo s cantos b u rle sc o s e n tales o ca sio n es es « y a m b o » , d e s a rr o ­
llad o com o g é n e ro p o é tico a p a r tir de A r q u ílo c o ; el tra sfo n d o ritu a l a ú n se ap recia
en el Yambo de las mujeres d e S e m ó n id e s , q u e c ritic a c ru e lm e n te al sexo o p u e sto tip o
p o r tip o 61. L a m ism a « Y a m b e » fu e c o n v ertid a en fig u ra m ítica, u n a m u ch ach a que
supo a n im a r a D e m é te r d espués de su p e n a y su a y u n o 62. E n A te n a s, la fiesta de las
Sténia, in m e d ia ta m e n te a n te rio r a las T e s m o fo ria s , estaba d estin ad a al in te rc a m b io
de in su lto s en tre los sexo s63. L as m u je re s de E g in a , fin a n cia d as p o r choregoíe sp e cia l­
m ente d esign ado s, p re se n tab a n co ro s b u rle sc o s en las fiestas de « D a m ia y de A u x e ­
s ia » , au n q u e a q u í las chanzas ib a n d irig id a s sólo a otras m u je re s de la r e g ió n 6*. E n
la isla de A n a fe , en cam b io , h o m b re s y m u je re s se m o fa b a n los u n o s de lo s o tro s en
el s a c rific io a A p o lo Aiglétes-, u n a p rá ctic a in ic ia d a , seg ú n la leyen d a, p o r las esclavas
de M ed ea d u ran te la e x p e d ic ió n de lo s A rg o n a u ta s 63. D u ran te la p ro c e s ió n a E leu sis
unas figu ras co n m áscaras grotescas se sen tab an en u n crítico paso estrecho cerca d el
p u en te so b re el a rro y o c o n o c id o c o m o el R heitoí y asu staban e in su lta b a n a lo s que
p asaban p o r a llí66. E n las fiestas de D io n is o u n o s c a rro s atravesaban la ciu d a d ll e ­
vand o fig u ras enm ascaradas q ue g rita b a n in su lto s a cu an to s se e n c o n tra b a n de u n a
fo rm a p ro v erb ia lm e n te g r o s e r a 67.

58 Sernos FGrHist 3 9 6 F 2 4 = A th . 6 2 2 b .
59 Hesych. s . d . tombai Latte; GGR, pp. 1 6 2 s.
60 A . K ö rte, J d í 8 (189 3)» PP* 6 1-9 3 » H . Payne, Necrocorinthia, 1 9 3 1 . pp· 118 - 1 2 4 ; E . Buschor, Satyr­
tänze und frühes Drama, 1 9 4 3 » Ρ· 5 ? A , Greiffenhagen, Eine attische schwarzfigurige Vasengattung und die Darste­
llung des Komos im 6 Jh., 1 9 2 9 ; P ick ard-Cam bridge (i), pp. 1 1 7 s ., 16 7 - 17 4 » I. Jucker, A K 6 (1 9 6 3 ), pp.
5 8 - 6 0 ; A . Seeberg, Corinthian Komos Vases (BIGS Sup pl. 27)» I 9 7 1 ·
61 H . Fluck, Skurrile Riten in griechischen Kulten, tesis doct., Friburgo, 1 9 3 I ; M . L . West, Studies in Greek Elegy
andlambus, I 9 7 4 > PP· 2 2 - 3 9 ; cfr. K . Siem s, Aischrologia. Das Sexuell-Hässliche im antiken Epigramm, tesis
doct., Gotinga, 1 9 7 4 ; H . Llo yd -Jo n es, Females o f the Species. Semónides, 1975 ·
62 Hymn. Dem. 2 0 2 s ., A p o llo d . I , 3 ° ; Richardson, pp. 2 1 3 - 2 1 8 ; G raf, pp. I 9 4 - I 9 9 ·
63 AF, pp. 5 3 , 5 7 s.
64 H dt. 5* 8 3 , 2 - 3 ; cfr. D em éter Mysia: Paus. 7 , 2 7 > 1° ·
65 A po llo d. 1 , 1 3 9 ; A p o ll. R h. 4 , 1 7 1 9 - 1 7 3 0 ; GF, pp. 1 7 5 s .
66 Gephyrismof, HN, p. 3 0 7 .
67 HN, p. 2 5 3 , n. 18 .
7.5. AGÓN I45

L o s rito s c o n u n én fasis sexual se in te rp re ta n ge n e ra lm e n te com o m agia de f e r ­


tilid a d e n el s e n tid o d e F r a z e r68. L o s te s tim o n io s g r ie g o s , sin e m b a rg o , sie m p re
a p u n ta n lla m a tiva m e n te al carácter a b su rd o y d ive rtid o d el p ro c e d im ie n to : hay u n
descenso con scien te a las clases bajas y al « b a jo v ie n t r e » , re fle ja d o en las palabras de
las m íticas siervas. A s í com o la p o m p a y la c e re m o n ia co n tra sta n c o n lo c o tid ia n o ,
ta m b ié n lo h a ce n la extrem a falta de c e re m o n ia , el a b su rd o y la o b sc e n id a d ; su rg e
u n a te n s ió n re d o b la d a e n tre lo s d os e x tre m o s, a ñ a d ie n d o u n a d im e n s ió n m ás
a m p lia a la fiesta . D e m an era sim ila r, hay sa c rific io s q u e exigen ju sto lo op uesto al
h a b itu al « s ile n c io s a g ra d o » , salvajes m a ld ic io n e s o la m e n to s fin g id o s 09. A l so n d ear
lo s e x tre m o s, d eb e e m e rg e r el ju s t o m e d io , al ig u a l q u e lo s sexos q u e se sa lu d a n
m u tu am en te c o n m o fas so n in te rd e p e n d ie n te s.

7-5- A gón

E l e sp íritu « a g o n a l» (deragonale Geist) se ha d escrito a m e n u d o , a p a rtir de F r ie d ric h


N ietzsch e, co m o u n o de los rasgos característicos y u n a de las fuerzas im p u lso ras de
la cu ltu ra g rie g a 7“ . Es so rp re n d e n te la can tidad de cosas que los griegos p u ed e n c o n ­
v e rtir e n c o m p e tic ió n : el d ep o rte y la belleza física, la artesan ía y el arte, el canto y la
danza, el teatro y el debate. C u a lq u ie r costu m b re in stitu cio n a liz a d a e n tra casi a u to ­
m á tic a m e n te d e n tro de la e sfe ra de in flu e n c ia de u n s a n tu a rio . E n L e sb o s, te n ía
lu g a r u n c o n c u rso de b elleza en tre las m uch ach as d u ra n te la fiesta an u a l e n el s a n ­
tu a rio de Z e u s, H e r a y D io n is o 71; u n a c o m p e tic ió n de b e llez a de este tip o p a re c e
r e fle ja r s e en el m ito d el ju ic io de P a ris . E n u n a o fr e n d a v o tiva de T a re n to , u n a
m uchach a p resu m e de h ab er su perad o a todas las dem ás en u n a c o m p e tic ió n de c a r­
dado de la n a 72; la in s c rip c ió n griega m ás an tigu a h abla de u n m u ch ach o q ue es « d e
to d o s lo s b a ila rin e s el q ue danza c o n m ás g r a c i a » 73. L a s c o m p e tic io n e s m u sicales
a p a re c e n so b re to d o e n h o n o r de A p o lo y D io n is o ; flau tistas, flau tistas a c o m p a ñ a ­
dos de cantores y cantores c o n cítara co m p ite n u n o s c o n o tro s e n los Ju e g o s P íticos
e n D e lfo s . E n A te n a s, en las D io n isia s, se re p re se n ta n co m p e titiva m e n te d itira m ­
b o s, c o m e d ia s y tra g e d ias, m ie n tra s q u e e n las P a n a te n e as, lo s ra p so d o s riv a liz a n
en tre ellos en la re c itac ió n de H o m e ro .
A ú n m ás p o p u la re s eran , p o r su p u esto , las co m p e tic io n es d ep ortivas. L a fo rm a
m ás sen cilla, la c a rre ra p ed estre y su varian te m ás costosa, la c a rre ra de ca rro s, q u e

68 GB IX , pp. 2 3 4 - 2 5 2 : C G SIII, p. 1 0 3 ; GGR, p. 16 1.


69 Imprecaciones en Lindos: Burkert, /(JiG G zz (19 7 0 ), pp. 3 6 4 s . Lam ento ritual en el culto de L e u -
cótea e n E le a : Xenophan. V S A 1 3 - Arist. Rhet. 1 4 0 0 b 5.
70 F. Nietzsche, RhM 25 ( 1 8 7 0 ) , pp. 5 2 8 - 5 4 0 ; 2 8 ( 1 8 7 3 ) , pp. 2 1 1 - 2 4 3 = Nietzsche, Werke, Philologis­
chen Schrifte 1 8 6 ^ - 1 8 7 3 , Gesamtausgabe, ed. de G . C o lli y M . M ontinari, II I, 19 8 2 , pp. 27 I " 3 2 7 :
E. Vogt, A & A lI (19 6 5 ), pp. I O 3 -I 1 3 ; J . Burckhardt, Griechische Kulturgeschichte, en Gesammelte Werke, ed.
de F. Stähellen, V I I I , 19 3 ° ’ PP* 2 7 8 s. [trad, ital.: Storia della civiîtàgreca, 1955 ^ > Ή. Berve, « V o n
agonalen Geist der G rie c h e n » , en Gestaltende Kräfte der Antike, *19 6 6 , pp. 1 - 2 0 ; cfr. Reisch s.v. Agones
I ( 1 8 9 3 ) , cols. 8 3 6 - 8 6 6 ; I. W eiler, Dei'Agon im Mythos, /¿ir Einstellung der Griechen zum Wettkampf, 19 74 ·
71 A lcae, fr. 1 3 0 Voigt; Teofrasto e n A th . 6 l0 a = fr. 5 6 4 Fortenbaugh; Schol. A l l . 9, 12 9 s. Erbse;
cfr. FGrHist 3 1 8 F I, FGrHist 29 F i, Paus. 7 t 2 4 > 4 ·
72 4 / 4 4 9 ( 1 9 4 5 ) . pp. 5 2 8 s. = F ried län d er-H o ffleit 1 6 5 ; cfr. asimismo la firm a de Peonio sobre la
Nike en O lim pia: SIG 8 0 .
73 JG I 2 F. H om m el, Gymnasium 5 6 (1 9 4 9 ). ρρ· 2 0 1 - 2 0 5 .
146 2. RITO Y SANTUARIO

se d e s a r r o lló a p a r t ir de la lu c h a de c a rro s d e la E d a d d el B r o n c e , e ra n las m ás


im p o rta n te s y te n d ía n a e clip sa r o tro s a c o n te c im ie n to s com o lu ch a, p u g ila to , salto
de lo n g itu d o la n z a m ie n to de ja b a lin a . S in em b a rg o , las c o m p e tic io n e s d ep ortivas
n o so n u n a fiesta p ro fa n a . L o s rito s fu n e r a rio s so n u n a de las p rin c ip a le s ocasion es
p a ra lo s ju e g o s , co m o te s tim o n ia la d e s c rip c ió n é p ic a de lo s ju e g o s fu n e r a r io s e n
h o n o r de P a tro clo y ta m b ié n las p in tu ra s de los vasos de época g e o m é trica y algunas
in sc rip c io n e s p o ste rio re s; el epitaphios agón p e r d u r a hasta la épo ca clásica. K a r l M e u li
d escrib e cóm o la c o m p e tic ió n p re m ia d a d eriva d el d o lo r y la ra b ia de lo s afectad os
p o r la m u e r te 74. S in e m b a rg o se sitú a n n o rm a lm e n te e n p r im e r p la n o lo s ju e g o s
re la c io n a d o s c o n fiestas fija d a s p o r el c a le n d a rio y la p ru e b a de fu e rz a de lo s vivos
tie n e ta m b ié n u n c a rá c te r in ic iá tic o . E n el sig lo VI, c u a tro fiesta s p a n h e lé n ic a s
e m p ie z a n a fo r m a r u n g r u p o r e c o n o c id o : las O lím p ic a s , las P ític a s d e D e lfo s , las
N e m e a s e n h o n o r de Z e u s y las Istm ica s e n h o n o r de P o s id ó n c e rc a de G o r in t o .
O tras fiestas ciu d ad an as co m o las P an aten eas e n A ten as o las H erea s en A rg o s trata­
r o n de o b te n e r el m ism o estatus, sin m u ch o é x ito 75.
E l m ito ta m b ié n asocia estas co m p e tic io n e s c o n ju e g o s fu n e r a rio s, c o n u n h é ro e
lo c a l cuya m u erte d io lu g a r a la p rim e r a ce le b ra c ió n : P é lo p e o E n o m a o e n O lim p ia ,
A r q u é m o r o e n N e m e a , P a le m ó n e n e l Istm o y la s e r p ie n te P it ó n e n D e lfo s . D e
h e c h o , el a gó n , co m o tr a n s ic ió n de u n aspecto de m u e rte a o tro de vida, está ín t i­
m am en te re la cio n a d o c o n los diversos rito s de sacrific io . E n O lim p ia , lo s ju e g o s van
p re c e d id o s p o r u n p e r ío d o de p r e p a r a c ió n de tre in ta días d u ra n te el cu al se p re s ­
c rib e a lo s atletas u n a d ieta vege ta ria n a y ab stin en c ia sexual. L a fiesta co m ien za c o n
sa c rific io s, u n s a c rific io p r e lim in a r p a ra P é lo p e y g ran d e s sa c rific io s de vacas p a ra
Z eus.

Entonces las p orciones consagradas yacen sobre el altar, pero aún no se ha


encendido el fuego; los corredores estaban a un estadio de distancia del altar y
ante ellos se encuentra un sacerdote que da la señal de salida con una antorcha.
E l vencedor prende el fuego de las porciones consagradas y se va como vencedor
olím pico76.
E l esta d io m ás a n tig u o c o n d u c ía d ire c ta m e n te al a lta r de Z e u s ; el g a n a d o r de la
c a rre ra p e d e stre sen cilla era « e l » g a n a d o r o lím p ic o , cuyo n o m b re q u ed ab a re g is­
tra d o a p a r t ir d e 7 7 ^ · L a c a rre ra se ñ a la la tr a n s ic ió n d e l « a c t o » c ru e n to al fu e g o
p u rific a d o !’ ; de lo ctó n ico a lo o lím p ic o ; de P é lo p e a Z e u s. D e u n a m an era sim ila r,
e n el a g ó n de las P an aten eas, el d e p o rte esp ecial, el salto del c a rro e n m arch a, está
estrech am en te re la c io n a d o c o n el se n tid o d e la fiesta d el A ñ o N u e v o ; e n las fiestas
C a rn e a s d o ria s la ca rre ra es a ú n m ás r ito q u e d e p o r te 77. U n a c o m p e tic ió n c u rio sa -

74 K . M euli, Der griechische Agon, 19 6 8 (ed. orig. 1 9 2 6 ) ; « D e r U rsp ru n g der O lym pischen Spiele>>, Die
Antike 17 (1 9 4 1), pp· 1 8 9 - 2 0 8 = M euli, 19 75 > PP- 8 8 1 - 9 0 6 . A , Brelich, Guerre, agonie culti nella Grecia
arcaica, 19 6 1. Pinturas vasculares: A . Brückner, A M 3 5 (1 9 10 ), pp. 2 0 0 - 2 1 0 ; inscripciones de B e o -
cia: Je ffe ry , p p . 9 I S . Nuevas inscripcion es referidas a juego s fúnebres en h o n o r de caídos en la
batalla: BC H 9 5 (19 7 1), pp. 6 0 2 - 6 2 5 .
75 E . N . G ardiner, Athletics ofthe Ancient World, 193 ° : H . A . H arris, Greek Athletes and Athletics, 19 6 6 ; Sport in
Greece and Rome, 1 9 7 2 ; J . Jü th n e r y F. B rein , Die Leibesübungen in der Antike, S B V ie n a , 1 9 6 5 [F. García
R om ero, Losjuegos olímpicosj el deporte en Grecia, 1 9 9 2 ] .
76 Philostr. Degymn.5 ; HN, pp. 1 0 8 - I I 9 ; véase III 2 -1 , n. 4 6 .
77 Véase V 2 . 2 ; V 2 .3 .
7.6. EL BANQUETE DE LOS DIOSES I 47

m en te ro d ea d a de m ito s es el lan zam ien to de disco: el p ro p io A p o lo m ató a su jo v e n


fav o rito Ja c in t o m ien tras p racticab a este d ep o rte ; com o si el lan zam ien to d el im p r e -
d ecib le disco de p ie d ra buscara u n sa crific io fo rtu ito .

7 .6 . E l b a n q u et e d e lo s d io s e s

E l o b je tiv o n a tu ra l y se n c illo de u n a fie sta es c o m e r y b e b e r e n a b u n d a n c ia . E n la


p ráctica sagrada griega este elem en to está siem p re p resen te. E l ban q u ete e n el san tu a­
r io p u e d e co n sid e ra rse e x tra o rd in a rio c u an d o , e n contraste c o n la civilización n o r ­
m al, se im ita « la fo rm a de vida a n tig u a » 78: u n lech o de ram as y fo lla je (stibás)79 su sti­
tuye a las sillas o lo s le ch o s p a ra b a n q u e te s y la casa es re e m p laz a d a p o r u n a ch oza
im p ro v isad a (skené, e rró n e a m e n te tra d u cid a co m o « t i e n d a » ) 80. Las ram as sobre las
q ue u n o se sien ta a d q u ie re n u n carácter s im b ó lico q u e va ría seg ú n la d ivin id a d y la
fiesta: p in o o sauce p a ra las T e sm o fo ria s y ram as de acebu che e n O lim p ia 81.
S e h a b la d e la fie s ta c o m o de u n « o s t e n t o s o b a n q u e te d e lo s d io s e s » 2; s in
e m b a rg o , la p o r c ió n de lo s d io ses e n el s a c r ific io n o r m a l de O lim p ia es en c ie rto
m o d o m ás que p re c a ria . P ara lo s d ioses ser exp resam en te agasajados co m o h u é sp e ­
des de u n b a n q u e te es la e x ce p ció n , p e r o esta e x ce p c ió n da a u n a serie de fiestas su
c a rá c te r e sp e c ia l. A s í e n A te n a s , « Z e u s de lo s a m ig o s » (Phílios)63 p u e d e ser i n v i­
ta d o a u n b a n q u e te : se p r e p a r a u n le c h o p a r a b a n q u e te s (klíne) y se p o n e la m esa
c o n to d o lo n e c e s a rio ; lo s re lie ve s m u e stra n al d io s p re se n te e n el b a n q u e te . L o s
p r o p io s m o rta les o b via m en te p a r tic ip a n activam en te e n él. E s o b vio q u e este Z e u s
tra ta d o c o n ta n ta f a m ilia r id a d n o es e x a c ta m e n te id é n t ic o al d io s d e l c ie lo q u e
lanza rayo s.
L o s v e rd a d e ro s h u ésp ed es e n el « a g a sa jo de los d io s e s » (theoxénia) so n lo s D io s -
e u ro s. S o n feste ja d o s sob re to d o en el á m b ito d o r io , e n E sp a rta , p e ro ta m b ié n e n
A te n a s se les p r e p a r a u n « d e s a y u n o » e n el P rita n e o d o n d e se d is p o n e u n a m esa
c o n q u eso , tartas, aceitu n as y p u e r ro s . L as p in tu ra s de lo s vasos y lo s relieves m u e s ­
tra n a lo s jin e te s d ivin o s g a lo p a n d o p o r el a ire h acia lo s dos le ch o s (klínai) p r e p a r a ­
dos p a ra e llo s 84.

78 D io d. Sic. 5 » 4 > 7 · sobre las Tesm oforias sicilianas.


79 M . V erpoorten, « L a stibas ou l ’image de la brousse dans la société grecq u e», R H R 1 6 2 (19 6 2 ), pp.
I 4 7 - I 6 ° ; H . T ränkle, Hermes 9 1 ( 1 9 6 3 ) , pp· 5 ° 3 ~ 5 ° 5 ; F. Poland, RE s.v. stibas III A (1 9 2 9 ), cols.
2 4 8 2 - 2 4 - 8 4 ; véase I 2 , η . l 6 ; II 2 , η. 5 ϊ·
8θ H . Schäfer, Die Laubhütte, 1 9 3 9 ? GGR, p. 3 ^ 8 ; p o r ej. en las T esm oforias (A risto ph . Thesm. 6 2 4 ;
6 5 8 ), en las Carneas (Ath. I4 le f), en las Jacintias (Ath. I 3 8 f).
81 A betos: Steph. Byz. s.v. Míletos, lygos en A tenas, Tehrle, p. 1 3 9 ; ramas de acebuche: Paus. 5, 7 » 7 ·
82 Od. 8, 76 , véase II I, nn. 1 7 - 1 9 · La fiesta de las Theodaisía, GF, pp. 279 s*> es P ara nosotros poco más
que un nom bre.
83 E l poeta cóm ico D io d o ro de Sinope, fr. 2 K assel-A ustin ; H arrison (i), pp. 3 5 4 - 3 5 ^ ; C o ok II,
pp. 1 1 6 0 - 1 2 1 O ; GGR, I lám. 2 8 , 2 .
84 F. D eneken, De theoxeniis, tesis doct., B erlín , 1 8 8 I ; GF, pp. 4 ï 8 ~ 4 2 2 ; GGR, pp. 4 ° 9 _ 4 I I >A tenas:
C h io n id . fr. 7 K a sse l-A u stin ; A cragan te: Piiid. 01. 3 [trad. esp. de A . B ernabé y P. Bádenas,
2 0 0 2 ] . Relieves: Louvre 7 4 ^, J . Charbonneaux, La sculpture grecque et romaine au Musée du Louvre, 1 9 6 3 ,
p . 1 2 3 ; S. Reinach, Cultes, mythes et reïÿons II, I 9 ° 9 > pp· 4 2 “ 5 7 > GGfi,lám. 2 9 , 5 - ^ aS0S: Beazley, AHV*
1 1 8 7 , 3 6 ; E A A JV ( 19 6 1) , p . 6 0 1 ; VL3, p p . 5 1 0 - 5 1 2 . Véase IV 5 -2 .
148 2. RITO Y SANTUARIO

E n D e lfo s, las Theoxénia so n u n as de las m ayores fiestas, que ta m b ié n d an n o m b re


a u n m es85. L le g a n d elegacio n es de to d a G re c ia y n u m ero so s d ioses so n in vitad o s al
b a n q u ete, a u n q u e c o m p re n sib le m e n te A p o lo d o m in a cada vez m ás la r e u n ió n . S e
c o m p ite en u n a g ó n g r o te s c o : q u ie n p u e d a o fr e c e r a L e to , la m a d re d e l d io s, la
ceb olleta m ás gran d e re c ib e u n a p o r c ió n de la m esa sagrada. P e ro al fin a l todas las
p o rcio n e s de la m esa de los dioses se d istrib u y e n e n tre lo s h o m b re s y al « d e s a y u n o »
de los dioses sigue el c o m e r y b e b e r e n c o m ú n p o r p arte de los m o rtales.
Fu e de D e lfo s d e d o n d e lo s ro m a n o s to m a r o n la c o stu m b re d e l agasajo de lo s
d io ses (lectisternium); p e r o , al m ism o tie m p o , p ro b a b le m e n te a q u í se p re se rv a y se
activa u n a tra d ic ió n an tigu a; ya el V e d a m u estra re p etid a m e n te la in v ita c ió n de d io ­
ses a u n ban q u ete y p a rtic u la rm e n te lo s D io s c u ro s a p u n ta n a u n a tra d ic ió n in d o e u ­
ro p e a 86. E n tre lo s griego s, es e n p arte m ás u n a c u e stió n de co stu m b re fa m ilia r q u e
de la re lig ió n de la p o lis ; ju n t o a « Z e u s Phílios» está la co stu m b re de lo s b a n q u etes
p ara los h éroes y los b an q u etes p a ra los m u erto s.

7 -7 · M a t r im o n io sa g r a d o

P a rticu la r cu rio sid a d h a n suscitad o sie m p re algunas alu sio n es al p u n to c u lm in a n te


de u n a fiesta e n la u n ió n sexual, u n « m a t r im o n io sa g ra d o » (hierbs gamos). D e h ech o ,
e n lo que respecta a G re c ia , lo s te stim o n io s so n escasos y p o co c la ro s 87.
Existe u n a antigua tra d ic ió n de « m a trim o n io sa g ra d o » en el P ró x im o O r ie n t e 88:
el rey su m erio es el « a m a n t e » de la G r a n D io sa y se d irig e a su tem p lo p a ra c o n su ­
m a r c e re m o n ia lm e n te su m a t r im o n io . D e la m ism a fo rm a , u n sa c e rd o te p u e d e
u n irse a u n a d iosa y u n a sacerd o tisa a u n d io s. E n la T ebas egip cia, la su m a sa ce rd o ­
tisa es la d ivina « c o n s o rte de A m u n » y e n C h ip re A sta rté es la esposa d el sa ce rd o te -
rey. A d em ás existe la p ro s titu c ió n sagrada e n el cu lto de Ish ta r-A sta rté : la p re se n c ia
de m u jeres y h o m b res que se p ro stitu y e n e n el sa n tu a rio , que tam b ién se te stim o n ia
e n la C h ip r e fe n ic ia ; de la m ism a fo r m a , A fr o d it a tie n e sus h e te ra s in c lu s o e n
C o r in t o 89.
D e u n tip o m u y d ife r e n te es la id e a d e l m a t r im o n io d el P a d re C ie lo c o n la
M adre T ie r r a en la to rm e n ta e lé c tric a 90. C o n b u rle sc a g ra n d io sid a d retra ta la Ilíada
cóm o Z eu s y H e r a se u n e n e n la c u m b re d e l m o n te Id a , o c u lto s p o r u n a n u b e de
oro desde la que caen a tie rra b rilla n te s gotas. P o ste rio rm e n te , la p o esía d escrib e el
fecu n d o m atrim o n io d el cielo y la tie rra de u n a fo rm a m ás directa, sin u tiliz a r n o m ­
bres divinos, m ien tras que las artes visuales p e rm a n e ce n envueltas p o r el h ech izo del
a n tro p o m o rfism o h o m é r ic o 91.

85 GF, pp. 1 6 0 - 1 6 2 ; Pind. Paean 6, 6 0 - 6 5 M aehler; gethyllís de L eto: Polem ón de Ilío en A th . 9, 3 7 2 a


= F H G Í r . 3 6 (III, p. 125 )·
86 Véase I 2, n. II.
87 A . Klinz, Hieros Gamos, tesis doct., H alle, 1 9 3 3 ; A . Avagianou, Sacred Marriage in the Rituals o f Greek Reli­
gion, 19 9 1.
88 S .N . K ra m e r, The Sacred Marriage Rite, 1 9 7 0 y 1 8 1 ( 1 9 7 2 ) , pp. 1 2 1 - 1 4 6 ; H . Schm ökel, Heilige
Hochzeit und Hohes Lied, 19 5 6 . Tebas: Strab. 17 , 8 16 .
89 Véase III 2 -7 » η · 9 ? C h ipre: véase II 6, η . 2 3 ·
90 C ook III, pp. 1 0 2 5 - 1 0 6 5 ; IL 14 . 2 9 2 - 3 5 1 - A esch. fr. 4 4 Radt; E u r. fr. 8 9 8 K annicht.
91 Véase III 2 . 2 , n n. 1 9 - 2 1 .
7.7, MATRIMONIO SAGRADO I4 9

E s d ifíc il d e c ir hasta qué p u n to este m a trim o n io sagrado n o sólo e ra u n a fo rm a


de v e r la n atu raleza sin o ta m b ié n u n acto expresado o in sin u a d o en el rito . E n A t e ­
nas, el m a trim o n io de Zeu s y H e ra se celeb rab a a fin a le s d el in v ie rn o e n la fiesta de
las Theogdmia92, p e ro lo ú n ico q u e sabem os es q u e ese d ía h ab ía su n tu osos ban q u etes.
L a p ro c e s ió n c o n fig u ras de m ad e ra (daídala) e n B e o c ia 93 es in te rp re ta d a en el m ito
e tio ló g ico com o u n co rte jo n u p cial, p e ro te rm in a co n u n a fiesta d el fu ego d o n d e las
fig u ras se q u em a n ju n t o co n el altar. T a m b ié n en S am o s, la fiesta de H e ra es d e m a ­
siad o co m p licad a p ara ser e n te n d id a sim p le m e n te co m o la b o d a de H e r a 94.
C e rc a de C n o s o e n C reta, el m a trim o n io de Zeu s y H e ra se celebra de la m ism a
fo rm a , de h e c h o , « s e im it a b a » 95; ello p o d r ía ser, p o r su p u e sto , nad a m ás q ue u n
c o rte jo n u p c ia l p o r la tarde, seguido de u n a fiesta n o ctu rn a (pannychís). S in em bargo,
cu en ta H e s ío d o ® 6 q ue fu e en C reta d o n d e ta m b ié n D e m é te r se u n ió c o n Y a sió n e n
u n ca m p o de g r a n o a ra d o tres veces y g e n e ró a P lu to , la riq u e z a d el g r a n o . A q u í
e n c o n tra m o s , quizás p ro c e d e n te de u n a a n tig u a tr a d ic ió n n e o lític a , la a so c ia c ió n
e n tre a r a r - s e m b r a r y la. p ro c r e a c ió n , y e n tre cosech a y n a c im ie n to . D e sd e M a n n -
h a rd t, este h ech o se h a re la cio n a d o c o n la costu m b re p o p u la r d el « le c h o n u p c ia l en
el cam p o de c u ltiv o » (das Brautlager au f dem Ackerfeld ) . E l n o m b re Y a s ió n está ta m b ié n
v in c u la d o a S am o tra c ia , a p u n ta n d o así tan to a lo s m iste rio s c o m o a las costu m b res
p regriegas. E s c ierto que los c o m p o n en tes sexuales d esem p eñ an u n p ap e l en las i n i ­
c ia c io n e s m isté rica s, p e ro apen as hay te stim o n io s c laro s al re sp e cto ; q u ed a o sc u ro
p o r e je m p lo cóm o e n E leu sis se expresaba la c o n c e p c ió n y el d ar a lu z 9''. E l hecho de
q u e, e n la m ito lo g ía , Y a s ió n sea a b a tid o p o r el rayo señ ala q u e u n « m a t r im o n io
sa g ra d o » de este tip o está m ás cerca d el s a c rific io que d el p la ce r sensual.
E n el á m b ito de D io n is o , la sex u a lid a d está m en o s velada; al m en o s e n algu n as
fo rm a s d e in ic ia c ió n d io n isía c a , c o m o en las p o s te rio re s sectas gn ó sticas, p a re c e n
te n e r lu ga r verd ad eras relacion es sexuales, en p artic u la r la p ed erastía en la in ic ia c ió n
de lo s mystaí9S; rito s de in ic ia c ió n p rim itiv o s, la in tro d u c c ió n de ad olescentes e n la
sexualid ad , p u e d e n estar en el tra sfo n d o . S in em b argo , cu an d o este tip o de actos se
h ic ie r o n p ú b lic o s , se c o n s id e r a r o n u n e sc á n d a lo ; R o m a in te rv in o c o n e xtrem a
dureza co n tra ellos.
E n la fiesta d io n isía c a de las A n te ste ria s e n A te n a s, la m u je r d el « r e y » , la Basí -
linna, es e n tre g a d a al d io s c o m o e s p o s a " ; se d ecía q u e su u n ió n te n ía lu g a r e n el
B u c ó lio n , e n la p laza d el m e rc a d o . S ó lo p o d e m o s e sp e cu la r so b re los d etalles d e l
a cto : si se usaba u n a im a g e n o si el «rey>> se p o n ía la m áscara d e l d io s. E l r e fle jo
m ític o d e esta p rá c tic a es A r ia d n a , ra p ta d a p r im e r o p o r T e se o , el p r im e r rey d e l
A tic a , y ced id a al d io s p o r la n o ch e p o r o rd e n d ivin a. E n to rn o al m ito de A ria d n a
existen rito s orgiásticos y lam en tos, de ig u al m o d o q u e e n las A n testerias el lib e r t i­
n a je a p a re c e u n id o a o sc u ro s m ito s de m u e r te . A q u í ta m b ié n el m a trim o n io es
« s a g r a d o » e n la m ed id a en que es algo m ás que p la c e r h u m a n o .

92 AF, pp. 1 77 s.
93 Véase I 3 . 3 , n. 3 0 ; II I, n. 7 3 ; III 2 -2 , n. 5 5 .
94 Véase I 4 , n. 5 7 ; II 5, n. 9 0 ; III 2 -2 , nn. 5 1 - 5 4 .
95 D iod. Sic. 5 , 7 2 , 4 ·
96 H es. Theog. 9 6 9 s .; Od. 5, I 2 5 ss·; GGR, pp. I 2 I S . ; M annhardt, Wald- und Feldkulte, I, pp. 4 8 0 - 4 8 8 .
97 HN, pp. 312-314; 317- 321.
98 Liv. 3 9 , 1 3 , 10 s. Sobre el escándalo p o r los misterios de Isis en Rom a: R . Merkelbach, Roman und
Mysterium, 19 6 2 , p. 17 -
99 Véase V 2 .4 , n. 19 ; III 2 .1 0 , n. 2 4 -
150 2. RITO Y SANTUARIO

8 . Éx t a s is y a d iv in a c ió n

8 .1 . E n th o u sia sm ó s

Y a q ue lo sagrado, lo d ivin o , aparece sie m p re com o algo e x tra o rd in a rio y to talm en te


d istin to , las ab ru m a d o ra s e x p e rie n c ia s de u n a c o n sc ie n c ia alterad a y dilatad a son , si
n o el ú n ic o o rig e n , al m en o s u n o de lo s so p o rtes esen ciales de la re lig ió n . L a e xp e­
r ie n c ia p u ed e d eriva r de u n a p re d isp o s ic ió n n a tu ra l, de u n a técn ica a d q u irid a o d el
in flu jo de d ro gas, p e r o , en c u a lq u ie r caso, el in d iv id u o ve, oye y e x p e rim e n ta cosas
q ue a o tro s n o les es d ad o e x p e rim e n ta r; está e n con tacto d irecto c o n u n ser su p e ­
r io r y se c o m u n ic a c o n d ioses y e sp íritu s. N o ob stante, es característico de las a n ti­
guas civilizacio n es su p e rio re s q u e el cu lto estab lecid o sea en g ran m ed id a in d e p e n ­
d ie n te de tales fe n ó m e n o s a n o rm a le s. E ste p rin c ip io ta m b ié n se cu m p le e n G re c ia ,
d o n d e las e x p e rie n c ia s extáticas, co m o las de u n m é d iu m o las d e l yoga, están le jo s
de ser d esco n o cid as, p e r o o b ie n q u ed a n e n lo s m á r g e n e s de la vida re lig io sa o b ie n
s e v e n estrictam ente restrin gidas; n o se co n v ierten e n fu n d am en to s de u n a revelación.
L a s p ala b ras q u e u sa n lo s g rie g o s p a ra d e s c rib ir tales fe n ó m e n o s so n variad as y
c o n tra d ic to ria s. U n an tig u o n o m b re y u n a in te rp r e ta c ió n p ara u n estado p síq u ico
a n o rm a l es éntheos1 : « d e n t r o hay u n d io s » , q ue o b viam en te h a b la desde la p e rso n a
c o n voz e x tra ñ a o de u n a fo r m a in in t e lig ib le y la in d u c e a r e a liz a r m o v im ie n to s
ra ro s y a p a re n tem e n te sin se n tid o . A l m ism o tie m p o , s in em b a rg o , se d ice q ue u n
d io s « s e a p o d e r a d e » u n a p e r s o n a o q u e la « t r a n s p o r t a » , q u e la « t i e n e e n su
p o d e r » ( katéchei, q ue e n la tr a d u c c ió n la tin a da el té r m in o possessio « p o s e s i ó n » ) 2.
D e l m ism o m o d o se h a b la de « s a lir f u e r a » de sí (ékstasis), p e ro n o e n el sen tid o de
q u e e l a lm a a b a n d o n a e l c u e r p o , s in o d e q u e la p e r s o n a h a d e ja d o sus m a n e ra s
h a b itu ale s y su b u e n s e n t i d o 3; in c lu s o se p u e d e d e c ir q u e su e n te n d im ie n to (noûs)
ya n o está e n é l 4. E stas e x p re sio n e s v a ria d a s n o p u e d e n re c o n c ilia rs e siste m á tic a ­
m e n te n i se p u e d e n d is tin g u ir e n té r m in o s de u n d e s a rro llo h is tó r ic o -e s p ir it u a l;
r e fle ja n la d e s o rie n ta c ió n ante lo d e sc o n o c id o . E l té rm in o m ás c o m ú n es p o r tanto
manía , « fr e n e s í, lo c u r a » .
E l « f r e n e s í» se d e sc rib e c o m o u n a rre b a to p a to ló g ic o p ro v o c a d o p o r la ir a de
u n d io s . A d e m á s d e l p a to ló g ic o fr e n e s í in d iv id u a l, existe ta m b ié n u n « f r e n e s í »
colectivo, ritu a l e in stitu cio n a liz a d o , esp e cia lm e n te , el fre n e sí « d e las m u je re s» de
la c iu d a d d u ra n te la fie sta d e lo e x c e p c io n a l. N o o b sta n te , el o b je tiv o , ta n to e n la
re a lid a d c o m o e n el m ito , es h a c e r q u e la lo c u r a se vu elva c o r d u ra de n u e v o , u n
p ro c e so q ue re q u ie re « p u r ific a c ió n » y u n « sac e rd o te p u r if ic a d o r » 5. E n p artic u la r,

1 J . T am b o rn in o , De antiquorum daemonismo, 1 9 0 9 ; R ohde, II, pp. i 8 - 2 2 ; F. Pfister, iíE S u p p l. V I I


( 1 9 4 0 ) , cols. IO O -II 4 ; RAC TV ( 1 9 5 9 ) ’ c° i s- 9 4 4 - 9 8 7 ; D odds, pp. 6 4 “ IOI; J . L . Calvo Martínez,
« S o b r e la m anía y el e n tu siasm o », Emérita 4 1 ( l 9 7 3 )> PP* I 5 7 “ I ^ 2 . Sob re éntheos: GGR, p. 5 5 7 ΐ
Dodds, p. 8 7, η . 4 1. contra Rohde II, p. 2 0 ; más claro: Plut. De Pyth. or. 3 9 8 A ; E u r. Baceh. 3 ° ° ; W .
D . Sm ith, « T h e so-called possession in p re -C h ristia n G re e c e » , TAPA 96 ( 1 9 6 5 ) , pp. 4 ° 3 “ 4 3 6 >
subraya que no se dice nunca expresamente que u n dios o u n espíritu están en la persona poseída,
pero, p o r otra parte, trata con excesiva ligereza la palabra éntheos (p. φΓΟ, n. 2 3 ) .
2 Katéchesthai: E u r. Bacch. 1 1 24 ; ; Rohde II, pp. l8 s .
3 F. Pfister, en Pisciculi, Festschrift E. J. Dölger, I 9 3 9 i PP· l 7 % ' 9 1 ; GGR, p. 5 7 7 ' contra Rohde II, pp. 18 s.
4 Plat. Ion 5 3 4 b ·
5 Véase II 4 , n n . 51 - 5 2 ; III 2 .1 0 , n n . 2 5 ~ 3 2 ; H N , pp. 1 8 9 - 2 0 0 . Véase V 2 -4 , n. 19 ; III 2 .1 0 , n. 2 4 -
8.1. ENTHOUSIASMÓS

lo s griego s p a re c e n h a b e r d escu b ierto cultos extáticos re la c io n a d o s co n la m úsica de


fla u ta e n el n o rte de A sia M e n o r, e n tre lo s frig io s ; así, la « p o s e s ió n » q u e se m e n ­
c io n a c o n m ayo r fre cu e n c ia es la causada p o r la M a d re de los d io ses, cuyo p o d e r se
e x tie n d e ta m b ié n so b re la in ic ia c ió n y la « p u r if ic a c i ó n » de lo s C o r ib a n t e s 6. S in
e m b a rg o , H e r a , A r t e m is , H é c a te , P a n y o tro s d io se s p u e d e n ta m b ié n p r o v o c a r
lo c u r a . L a e p ile p sia se in te rp r e ta y se trata seg ú n este m ism o esq u em a, com o u n a
« e n fe rm e d a d sa g ra d a » , com o el « a ta q u e » d el dios que se in te n ta c o n trarrestar p o r
m ed io de la « p u r if ic a c i ó n » 7.
S ó lo u n fra g m en to an tigu o , p o ste rio rm e n te o lv id ad o , m u estra cóm o la p re se n ­
cia d iv in a e n la c o n s c ie n c ia tra n s fig u ra d a p u e d e e x p e rim e n ta rs e ta m b ié n de u n a
f o r m a p o sitiv a y p la c e n te ra c o n c re ta m e n te e n el ca n to y la d a n z a: lo s c o ro s d e
m uchach as de D é lo s sab en « im it a r los d ialectos y los acentos de to d os lo s h o m b re s;
cada u n o d iría q ue e ra él m ism o el q u e h a b lab a: de tal fo rm a se adapta el h e rm o so
ca n to p a r a e llo s » . C o n ra z ó n se h a c o m p a r a d o este fe n ó m e n o c o n el m ila g ro d e
Pen tecostés y c o n el uso de distintas len gu as d e l N u evo T e stam en to . E l canto d is c i­
p lin a d o se d isuelve e n so n id o s in c o n tro la d o s, q u e sin em b argo se lle n a n m ila g ro sa ­
m en te de sen tid o p a ra lo s p a rtic ip a n te s en la fie s ta 8. Q u iz á se co n serva a q u í a lg ú n
ve stig io de la e p ifa n ía de la d iv in id a d e n la danza, co m o se in f ir ió p ara la r e lig ió n
m in o ic a .
E l éxtasis es am b ivalen te e n el cu lto de D io n is o , e n el que d ese m p e ñ a u n p a p e l
singu lar, de m o d o que D io n iso adquiere casi el m o n o p o lio del entusiasm o y el éxtasis.
E n la m ito lo g ía , el « fr e n e s í» p u ed e ap arecer ta m b ié n co m o u n a catástrofe enviada
p o r la im p la ca b le H e r a 9, p e ro , ya que el d io s m ism o es el « fr e n é t ic o » , la lo cu ra es
al m ism o tiem p o e x p e rie n c ia d ivin a, sa tisfac c ió n y u n f in en sí m ism a ; la lo c u ra se
fu n d e en to n ces casi in se p a rab le m en te c o n la e m b ria g u e z 10.
A l m ism o tiem p o existe el fe n ó m e n o de o tra e m o c ió n m uy d iferen te y sob ria que
afecta al in d iv id u o . H ay h om b res que, « ra p ta d o s p o r las N in fa s » , a b a n d o n a n casa y
fam ilia p ara esconderse en cuevas en d esp o b lad o ” ; está el caso de A risteas « e l raptado
p o r F e b o » , q u e fu e m ila g ro sa m e n te tra n s p o rta d o c o n ayuda de A p o lo hasta u n
re m o to p u e b lo m a r a v illo s o , el d e lo s h ip e r b ó r e o s , y v u e lto a tr a e r de a llíia. E n lo s
siglos VII y VI, algunos de estos « h o m b re s m ila g ro so s » p arec e n h a b er viajad o de u n
sitio a o tro ; se les ha llam ad o cham anes erran tes y es p ro b a b le que tengan in flu e n cia s
d el n o m a d ism o e sc ític o 13. S i, co m o ch am an es, h a cían d em o stra c io n es extáticas, es

6 Véase II, n. 5 3 ? c^r - Ή 3 · 2 ·


7 E l escrito hipocrático La enfermedad sagrada se manifiesta contra este manera de pensar, véase II 4 > n · 52 ·
8 Hymn. Apoll. I 5 7 - I ^4 [trad. esp. de A . Bernabé, Himnos homéricos, 1 9 7 8 ] ; H . J . Tschiedel, Z ß G G z j
( l 97 5 )> cois· 2 2 - 3 9 · H ay un paralelo muy claro en el caso del cario Mis que oye su lengua materna
en el thespfzein d elprómantis en el santuario de A p o lo Ptoo: H dt. 8, 135 · Tam bién en las procesiones
hay indicios de éxtasis: G raf, pp. 5 2 s.
9 Plat. Leg. 6 7 2 b ; Agave, M iníades, Ino: HN, pp. I 9 5 > 1 9 9 ·
10 V éase II 2.ΙΟ, n n . 2~3·
11 Plut. Aristid. II; inscripción de la gruta de Vari: I G 12 7 8 8 ; N . H im m elm ann-W ildschütz, Theoleptos,
19 57·
12 H d t. 4 , 1 3 - 1 5 ; J . D . P. B o lto n , Aristeas o f Proconnesus, 1 9 6 2 ; cfr. Burkert, Gnomon 35 ( l 9 ^ 3 )> PP·
2 3 5 - 2 4 O ; L&S, pp. I 4 7 ' I 4 9 [cfr. A . Bernabé, Fragmentos de épica griega arcaica, 1 9 7 9 » ΡΡ· 3 4 4 ss·!·
13 K . M euli, « S c y th ic a » , Hèrm esjO (19 3 5 )* ΡΡ· 121-176 = M euli, 1 9 7 5 - PP· 8 1 7 - 8 7 9 ; Dodds, pp.
1 3 5 - 1 7 8 ; LScS, pp. 1 4 7 - 1 6 5 . N o es momento de discutir el concepto, m uy controvertido, de « c h a ­
m an ism o».
152 2. RITO Y SANTUARIO

algo que sólo p u ed e in fe rirse in d ire cta m e n te a p a rtir de las leyendas que los ro d ea n ,
esp ecialm ente aquellas que h ab lan de su capacidad de « v o la r » . E xiste tam b ién el tes­
tim o n io de H e rm ó tim o de C lazom en as, cuyo cu erp o yacía com o si estuviera m u erto
m ien tras su e sp íritu viajaba y traía in fo r m a c ió n sob re lugares le ja n o s e in clu so sobre
el fu tu ro 14. M ás d ifu n d id a y sin duda m ás antigua es la con vicción de que cada vidente
debe m a n te n e r u n a re la c ió n esp ecial c o n lo d ivin o , ya que sus p alab ras p re su p o n e n
u n c o n o c im ie n to q u e es m ás q u e h u m a n o ; y de la m ism a m a n e ra , el c a n to r o ra l
d ep en d e de su diosa, la M usa, que de vez e n cu and o le p ro c u ra el éxito.
P la tó n d istingue la « lo c u r a p r o fé tic a » de A p o lo de la « lo c u r a teléstica» de D io ­
n iso y añade, com o o tro s tipos de lo c u ra , el en tusiasm o p o ético y el « e r ó t ic o » , f ilo ­
s ó fic o 15. A l n o m b r a r a A p o lo y a D io n is o de esta fo rm a , lo s fe n ó m e n o s m arg in a le s
de la c o n sc ie n c ia q u e d a n re le g a d o s a e sfe ra s b ie n d e fin id a s : a q u í a d iv in a c ió n , a llí
in ic ia c ió n . D o s h e rm a n o s, h ijo s de Z e u s, g o b ie rn a n las respectivas esferas, m ien tras
que el p ro p io Z eu s, el dios su p e rio r, está co m o p ad re p o r en cim a de ellos e n el claro
espacio d el « p e n s a m ie n to p r u d e n te » (phronein).

8 .2 . E l a r t e de l o s a d iv in o s

E l h o m b re que actúa está o b ligad o a h a ce r p ro n ó stic o s esp eranzad os p ara el fu tu ro .


C o n e llo , la capacid ad de a p re n d e r de lo s seres vivos su p e rio re s lleva a q ue d e te rm i­
n ad as exp ectativas e stén v in c u la d a s a d e te rm in a d a s o b se rv a c io n e s : se re c o n o c e n
« s ig n o s » , q ue p a ra el h o m b re se f ija n lin g ü ís tic a m e n te y se tr a n s m ite n c u ltu r a l­
m en te. P ara d istin g u ir en tre casu alid ad y re la c ió n causal n o hay e n u n p r in c ip io n i
u n a te o r ía n i u n m é to d o ; a p e n a s se p u e d e n re a liz a r e x p e rim e n to s. A d e m á s, el
a u m e n to de c o n fia n z a q u e lo s « s ig n o s » tr a e n c o n sig o co m o ayuda e n la to m a de
d ecisio n es es ta n co n sid e ra b le q u e la o c a sio n a l fa lsa c ió n m ed ia n te la e x p e rie n c ia n o
p u ed e d esm en tirla.
L a cre en cia en los signos p u e d e p e r sistir sin u n a in te rp re ta c ió n re lig io sa , com o
« s u p e r s tic ió n » , igual q ue en n u e stra p r o p ia cu ltu ra . D e l m ism o m o d o , la p ráctica
de e ch a r a su ertes fu n c io n a de u n a fo r m a bastan te au to m á tica co m o u n a regla d el
ju e g o , c o m o u n m e c a n is m o d e t o m a d e d e c isio n e s . E n las c u ltu ra s a n tig u a s, s in
em b argo , hay u n a in te rp re ta c ió n re ligio sa establecida desde m u ch o tiem p o atrás: los
signos p ro v ie n e n de los dioses y, a través de ellos, los dioses tra n sm ite n in d ica cio n e s
y o rie n ta c io n e s al h o m b re , au n q u e sea de u n a fo rm a c ríp tica. P recisam en te p o rq u e
n o hay e sc ritu ra s re ve la d a s, lo s sig n o s se c o n v ie rte n e n la fo r m a p r e e m in e n te de
contacto c o n el m u n d o su p e rio r y u n o de los p ilares de la d evoció n . A s í o c u rre ta m ­
b ié n e n tre lo s griego s: d u d ar de las p rácticas de ad ivin ac ió n es in c u r r ir en sospechas
de im p ie d a d . T o d o s lo s d io ses g rie g o s d isp e n sa n lib re m e n te sig n o s c o n fo r m e a su
gracia y a su fav o r, p e ro n in g u n o tan to c o m o Z e u s; el arte de in te rp re ta rlo s lo c o n ­
fie re su h ijo A p o lo 16.

14 A p o llo n . Hist. mir. 3 [trad. esp. de F. J . G ó m ez Espelosxn, Paradoxógrafosgriegos. Rarezasj maravillas,


19 9 6 , p. 12 4 ].
15 Plat. Phdr. 2 6 5 b , cfr. 2 4 4 ae·
16 Estudios más completos sobre la m ántica: A . B o u ch é-L eclerq , Histoire de la divination dans l'antiquité, I -
IV , 1 8 7 9 - 1 8 8 2 ; W . R . Halliday, Greek Divination, 19 1 3 ; KA, pp. 5 4 / 8 ; GGR, pp. 1 6 4 - 1 7 4 ! T h . H o p ­
fe r , RE s.v. Mantik, X I V ( 1 9 2 8 ) , cols. 1 2 5 8 - 1 2 8 8 ; F. Pfeffer, Studien zus Mantik in der Philosophie der Antike,
8.2. EL ARTE DE LOS ADIVINOS IS S

P a ra d e sc u b rir la in te rp re ta c ió n co n v in ce n te , m ás allá de la d u d a, se re q u ie re u n
d o n carism ático , la « in s p ir a c ió n » . D esd e tiem p o s in m e m o ria le s, esta tarea ha sid o
re a liz a d a p o r u n e sp e cia lista m u y e stim a d o , e l « a d i v in o » (mántis), p r o t o t ip o d e l
h o m b re sabio. E l d o n se tran sm ite de g e n e ra c ió n en g e n e ra c ió n . N o sólo la m ito lo ­
gía creó c o n e x io n e s gen ealó gicas en tre los ad ivin os le g en d a rio s —M o p so com o n ieto
de T ir e s ia s — sin o ta m b ié n lo s a d iv in o s h is tó r ic o s a firm a b a n q u e sus o ríg e n e s se
re m o n ta b a n a algu n a fig u ra com o M e la m p o ; e n O lim p ia , h abía u n a estirpe de a d i­
v in o s co n o c id a com o los Y á m id a s*7.
S ig n ific a tiva m e n te, la p alab ra griega p ara d io s (theós) está estrecham en te re la c io ­
n ad a c o n el arte de la a d iv in a c ió n : u n sign o in te rp re ta d o es thésphaton, el ad ivin o es
theoprópos, su activid ad, theiázein o entheázein18. E l ad ivin o de la Ilíada, C a lc a n te , es h ijo
de T é s to r; el ad ivin o de d o b le vista in tro d u c id o en la Odisea se llam a T e o c lím e n o , y
la estirp e q ue gu ard a el ú n ico o rá cu lo de lo s m u erto s en E p iro es la de lo s Thesprotoí.
E n la m ed id a e n q ue el ad ivin o h ab la e n u n estado a n o rm a l, necesita a su vez algu ien
q u e d é fo r m a a sus e n u n c ia d o s , el prophètes19. L a p r o p ia p a la b ra p a ra « a d i v in o »
(mántis) está re la c io n a d a c o n la raíz in d o e u r o p e a p a ra « p o d e r m e n t a l» y ta m b ié n
está e m p aren tad a c o n manía, « lo c u r a » .
E n la p rá c tic a , sin e m b a rg o , el arte de la in t e r p r e t a c ió n se c o n v ie rte en g ra n
m ed id a en u n a técn ica casi ra c io n a l. C u a lq u ie r fe n ó m e n o que n o sea del to d o obvio
y q u e n o p u e d a ser m a n ip u la d o p u e d e c o n v e rtirs e en u n « s i g n o » ; u n e sto rn u d o
r e p e n t in o 20, u n tr o p e z ó n 21, u n tic 22, u n e n c u e n tro casual o el s o n id o de u n n o m ­
b re o íd o al p a s a r 23; ta m b ié n lo s fe n ó m e n o s celestes c o m o rayo s, com etas, estrellas
fugaces, eclipses de so l y de lu n a o in clu so u n a gota de llu v ia 24. L a e vo lu ció n hacia la
m e te o r o lo g ía c ie n tífic a y la a s tro n o m ía se re a liz a a q u í casi im p e rc e p tib le m e n te .
A d e m á s, p o r su p u e sto , están lo s su e ñ o s —« t a m b ié n el su e ñ o es de Z e u s » — p e r o
P e n é lo p e en la Odisea ya sabe que n o to d os los su eñ os tie n e n u n s ig n ific a d o 25.
L a o b s e rv a c ió n d e l v u e lo de lo s p á ja r o s , q u iz á p r o c e d e n t e de u n a tr a d ic ió n
in d o e u ro p e a , d esem p eñ a u n p a p e l esp ecial. E ste es el arte p ro p io de los ad ivin os de
los a n tigu o s p o em as ép ico s, T ire sia s y C a lc a n te ; p o r tan to ta m b ié n tie n e n el títu lo

1 9 7 6 . E n general·. A . C a q u o t y M . Leibovici, La diiiínation, 1968-, J . - P . Vernand, Dtuinaíion eí rah’ona-


lité, 1 9 7 5 Parker, HPTh 6 (19 8 5 ), pp· 2 9 8 - 3 2 6 ; véase también Kernos 3 ( 1 9 9 0 ) ]. A polo es el dios
de los adivinos ya en II. I, 8 7.
17 í. L ö ffle r, Die Melampodie, 1 9 6 3 ; Ρ· Kett, Prosopogi'ophie der historischen gi'iechischen Manteis bis auf die /¿it Ale­
xanders des Grossen, tesis doct., Erlangen, 19 6 6 ; Yám idas: Pind. 01. 6 [trad. esp. de A . Bernabé y P.
Bádenas, 2O O 2]; Parke (i), pp. 1 7 3 - 1 7 8 . [M . B e a r d y J. N orth (eds.), Pagan Priests: Religion and Power
in the Ancient World, 1 9 9 0 ].
18 T h u c. 8, I; H dt. I, 6 2 s.; sobre theós véase V 4. η . 3 2 .
19 E . Fascher, Prophetes, 1 9 2 7 ; M . G . van der K o lf, Í?£ X X III ( i 957 )- c° l s· 7 9 7 " 8 i 6 ; Dodds, p. 7 0 ; pro­
phètes ju n t o a la Pitia en Delfos: Plut. De def. or. 8 3 8 B ; prophètes ju n to a thespiodós en Claros: OGI 5 3 0 .
20 X e n . Anab. 3 , 2 , 9 ; Plut. Degen. Socr. 5 8 1A .
21 Z en ó n en D iog. Laert. 7 « 2 8 ; L u c. Macrob. 19 .
22 H . Diels, Beiträge zur fyickungsíiteratur des Okzidents und Orients I: Die gi'iechischen Zßckungsbücher, A b h ., Berlin,
Ϊ 9 ® 7 >Ρ· Φ; H ; liieregriechische uncí aussergnechischeLrterotur und Voifcsüberîte/erung, A b h . Berlin, 1 9 0 8 , p· 4 ·
23 Symbolos y kledón, X en . Apol. I2 s., Mem. I, I , 4 ; nn ejem plo: H dt. 9, 9 I; cfr. óssa: Od. I , 2 8 2 ; 2 , 2 l6 .
24 Aristoph . Ach. 1 J 1 ,
25 T h . H o p fn e r, RE s.v. TraumdeutungVI A ( 1 9 3 7 ) , cols. 2 2 3 3 - 2 2 4 5 ; LI. 1 , 6 3 ; Od. 19 , 5 6 0 - 5 6 7 ; una
dedicación hecha sobre la base de u n sueño, po r ej. : IG 1^ 6 8 5 = Frie d lä n d e r-H o ffle it 1 7 3 ; asi­
m ism o el m onum ento de D aoco en Delfos ( 3 3 7 a .G .) : SIG 274-V é a se nn. 5 8 s·
154 2. RITO Y SANTUARIO

de oionopólos. Oionós, el p á ja ro a u g u rai, es so b re to d o el ave rap az: tie n e sie m p re u n


sig n ifica d o si aparece u n a o varias veces y si lo hace p o r la izq u ierd a o p o r la derech a.
E l a d iv in o tie n e u n a sed e f i j a 86; la a s o c ia c ió n d e re c h a —b u e n o , iz q u ie rd a —m a lo es
in e q u ív o c a ; p o r regla g e n e ra l, el a d iv in o m ira h acia el n o rte . N o ob stante, lo s a d i­
v in o s g rie g o s n o p a r e c e n h a b e r d e s a r r o lla d o u n a disciplina fija c o m o lo s a u gu res
etru sco s o ro m a n o s. E n H o m e r o 27, lo s p re sa g io s de lo s p á ja ro s so n u n a in v e n c ió n
p o ética, u n re cu rso in v e ro sím il q u e h ace la in te rp re ta c ió n m u ch o m ás evid en te. S in
em b a rg o , u n h o m b re c o m o J e n o f o n t e 28, a ú n bu scó u n a d ivin o e n el a ñ o 4 o 1 p ara
d e s c u b r ir q u é s ig n ific a b a el h e c h o de h a b e r o íd o c h illa r a u n á g u ila p o sa d a a su
d erech a: se trataba de u n « G r a n S ig n o » , p e ro ta m b ié n au gu rab a s u frim ie n to ; este
c o n o c im ie n to le ayudó a su p e ra rlo .
U n a m a y o r a te n c ió n se b r in d a al s a c r ific io , la e je c u c ió n d el acto sa g ra d o ; a q u í
to d o es u n sign o : si el a n im a l se d irig e de m an era vo lu n ta ria al altar y m u ere rá p id a ­
m en te d esa n g rad o , si el fu eg o ard e rá p id a y c la ra m e n te, lo q u e o c u rre m ie n tra s se
q u e m a la c a rn e e n el fu e g o , c ó m o se e n ro sc a la cola d e l a n im a l y có m o re v ien ta la
v e jig a 29. E n p a rtic u la r, la in s p e c c ió n d e l h íg a d o d e las víctim as se d e s a rro lló co m o
u n arte esp ecial: en cada acto de sa c rific io antes de cada b atalla se esp era y se evalúa
c o n avidez la fo rm a y el c o lo r de lo s d iverso s ló b u lo s . E sta técn ica su rg ió e n M e s o ­
p o ta m ia y se d ifu n d ió a través de M a r i y A la la h lle g a n d o h asta U g a rit y lo s h itita s y
h asta el C h ip r e d e la E d a d d e l B r o n c e . H o m e r o , e n c u a lq u ie r caso, a lu d e a esta
p rá ctic a e n a lg ú n p a sa je 30; evid e n te m e n te lo s g riego s la to m a ro n de O rie n te en los
siglos V I I l / V I I . L a haruspicina m u ch o m ás d etallad a les v in o a lo s etru scos de la m ism a
fu en te , p e ro n o a través de los g rie g o s; n o se h a d escu b ierto aú n n in g ú n equ ivalente
g riego p ara lo s m o d elo s de h ígad os c o n in sc rip c io n e s y signos com o los que se c o n o ­
cen e n tre los a sirio s, u g a rítico s, ch ip rio ta s y etru scos.
E l exam en de las visceras es la tarea fu n d a m e n ta l de lo s ad ivin os que a c o m p a ñ a n
a lo s e jé rc ito s a la batalla. S e lle v a n m an ad as de a n im a les e x p re sa m e n te p a ra hiera y
sphágia, au n q u e ta m b ié n , p o r su p u esto , co m o a p ro v isio n a m ie n to . N o se in ic ia n in ­
gu n a b atalla sin sign o s sa crificia les fav o ra b le s. E n P latea, griegos y p ersas p e r m a n e ­
c ie ro n acam pados u n o s fre n te a o tro s d u ra n te diez días, p o rq u e los au g u rio s —o b te ­
n id o s c o n la m ism a técnica— n o a co n se ja b a n el ataque a n in g u n a de las dos p a rte s 31.

26 Soph . Ant. 9 9 9 - 1 0 0 4 ; Eu r. Bacch. 3 4 6 - 3 5 0 .


27 H . Stockinger, Die Vorzeichen im homerischen Epos, tesis doct., M únich , Γ9 ζ 9.
28 X e n . Anab. 6, I, 2 3 .
29 Schol. A ristop h . Par 1 0 5 4 t H olwerda; Schol. A esch. Prom. 4 9 7 ¡ Soph. fr. 3 9 4 Radt; Schol. E u r.
Phoen. 1 2 5 6 ; KA, p. 6 3 . C fr . tam bién peces en el agua sagrada, Sernos de Délos FGrHist 3 9 6 F 1 2 ;
horm igas y sangre de la víctima: Plut. Cim. 18 , 4 *
30 Babilonia: O ppenheim , pp. 2 θ 6 - 2 2 7 ; A . Goetze, Journal o f Cuneiform Studies I I ( Γ9 5 7 ) > pp. 8 9 - 1 0 5 ;
A T Ez 21 2 1 , 2 6 ; H ititas: A . G oetze, Kleinasien, 'I 9 5 7 . ρ · 14·9 > lám . I I , 21 ; U garitas: Ugaritica 6
(1 9 6 9 ), pp. 9 1 - I 1 9 ; C h ip re: BC H 95 (I 9 7 l)> P P * 3 4 8 - 3 8 6 ; Kadmos I I (19 7 2), pp. 1 8 5 s .; cfr. Tac.
Hist. 2 , 3 sobre Pafo. Las relaciones históricas fu eron señaladas por W . Dcccke, Etruskische Forschungen
undStudien II, 1 8 8 2 , p. 7 9 i C . O . T h u lin , Die etruskische Disziplin II: die Haruspizin, 1 9 0 6 ; J . Nougayrol,
CRAI ( 1 9 5 5 ) , pp. 5 0 9 - 5 1 8 : CRAI ( 19 6 6 ), pp. 1 9 3 - 2 0 3 ; A . Pfiffig, Religio Etrusca, 1 9 7 5 , pp. 115 - 127 -
G . B lecher, De extispicio capita tria, 19 O5 > discutió sin razón estas interconexiones sobre la base de
diferencias de detalle entre las prácticas próxim oorientales, griegas y etruscas, pero ofrece una útil
recogida de testimonios. Thyoskóos: 11. 2 4 , 2 2 , cfr. Od. 2 1 , 1 4 5 ; 2 2 , 3 2 1 . Detalles concretos también
en Aesch. Prom. 4 9 3 - 4 9 8 ; E u r. El. 8 2 6 - 8 2 9 ; X e n . Anab. 5 , 6, 2 9 ; 6, 4 , ig ¡ Hell. 3 , 4 , 1 5 ; 4 , 7, 7.
31 H dt. 9, 3 6 - 3 9 ; Popp, pp. 5 1 - 5 3 .
8.3. ORÁCULOS IS S

N i siq u ie ra la h o rd a m erce n a ria de lo s « D ie z m il » , que atravesaba las tierra s b á rb a ­


ras sa q u e á n d o la s, h a b ría e m p re n d id o n u n c a u n a in c u r s ió n sin sa c rific io s; cu an d o
lo s p re sa g io s seg u ían sie n d o d esfavo rab les d u ra n te v a rio s días se v e ía n am en azado s
p o r el h a m b re, p e ro u n a e x p e d ició n llevada a cabo en c o n tra de lo s signos resu ltó e n
efe c to d esa stro sa . F in a lm e n te sa lió a la lu z el h íg a d o a d e c u a d o y se salvó la s itu a ­
c ió n . T o d a v ía el re y A g e s ila o p u d o s e r p e r s u a d id o e n 3 9 6 p a r a a b a n d o n a r u n a
b atalla d eb id o a los p resagios d esfavo rab les33.
S i el m é r ito de u n a v ic to ria d eb ía a tr ib u ir s e al g e n e ra l al m a n d o o al mdntis e ra
p o r tan to u n asu n to to ta lm en te a b ie rto a la d isc u sió n ; e n c u a lq u ie r caso, te n e r u n
b u e n ad ivin o era de la m áxim a im p o rta n cia . E n la épo ca de las g u erras m éd icas, lo s
esp artan o s h ic ie ro n las m ayores con cesion es p ara asegu rarse los servicios d el ad ivin o
T is á m e n o , de la estirp e de M ela m p o , que efectivam en te lo g ró tres gran d es victorias
p ara ello s, in clu yen d o la de P latea34. L o s atenienses, después de su victo ria e n C n id o
e n 3 9 4 ) d e c r e ta ro n e n u n a in s c r ip c ió n q u e al a d iv in o E s to r is , q u e le s h a b ía
« g u ia d o » , se le co n ce d ía la ciu d ad an ía a te n ie n se 35. A ú n A le ja n d r o ten ía sus a d ivi­
n o s; su in flu e n c ia d ism in u y e e n lo s e jército s h ele n ístico s.
N u n c a se d ic e e x p re sa m e n te q u e el a d iv in o p ro d u z c a lo s b u e n o s a u g u rio s d e
a lg u n a fo rm a m ág ica fo rz a n d o de este m o d o e l é x ito 36; m ás b ie n se c o n sid e ra q u e
hay u n a vía co m p licad a y to rtu osa h acia la m eta q ue debe ser d escu bierta p o r m ed io
de sign o s. L a cu estió n filo só fic a de cóm o p o d ía n co n cillarse los p resagios, la p re d e s­
tin a c ió n y el lib r e a lb e d río n o fu e d iscu tid a extensam ente hasta la épo ca h elen ística;
el d e sc u b rim ie n to de las leyes n a tu ra les e n el á m b ito de la a stro n o m ía actu ó com o
catalizad or e n esta d iscu sió n y al m ism o tiem p o d io lu ga r a u n a n u eva fo rm a de a d i­
v in a c ió n e n o r m e m e n te in flu y e n te ; la a s tro lo g ia . E n la é p o ca a n tig u a sie m p re se
p o d ía in te n ta r h a ce r algo in c lu so c o n lo s sig n o s d e sfa vo rab le s, m e d ia n te esp eras,
d e sv ia c io n e s, « p u r if ic a c i o n e s » o r e p e t ic io n e s ; a la in v e rsa , es im p o rta n te q u e
in c lu s o lo s a u g u rio s fa v o ra b le s « s e a n a c e p t a d o s » 37 c o n u n a p a la b ra o u n voto de
a p ro b a c ió n p ara que sean p le n a m en te eficaces. A q u í e n c o n tra m o s la c o n firm a c ió n
de que la ayuda e n la to m a de d ecisio n es, el re fu erzo de la co n fian za en u n o m ism o ,
es m ás im p o rta n te q u e el v e rd a d e ro c o n o c im ie n to p r e v io ; e n e fe c to lo s a d iv in o s
d ec id e n sob re to d o qué debe h acerse sin d ec ir q u é suced erá.

8.3 . O rá c u lo s

L o s dioses están p resen tes e n lo s cultos vin cu lad o s a san tu arios esp ecífico s y p o r ello
ta m b ié n sus sign o s se c o n c e n tra n en los lu g a re s de cu lto . P e ro el éxito en la in t e r ­
p re ta c ió n de los signos p o d ía , m ás que cu a lq u ier otra cosa, d ifu n d ir p o r todas partes
la fam a de u n d io s y d e su s a n tu a rio . D e esta fo rm a , a p a r tir d e l siglo V I I I , cierto s
lu g a re s, d o n d e el d io s p ro c u r a b a u n a « a y u d a » (chresmós) a q u ie n e s b u sca b a n c o n ­

32 X en . Anab. 6, 4 , 12 - 15 , 2 ; Popp, pp. 6 5 - 6 8 .


33 X e n . Hell. 3 , 4 , 15 ; Popp, p. 57.
34 H dt. 9, 3 3 - 3 6 .
35 Í G I I - I I F 17 = S Í G 12 7 , BSA 6g (1 9 7 0 ) , pp. 1 5 1 - 1 7 4 .
36 GGR, pp. 1 6 4 s., contra Halliday (supra η . l6 ).
37 Déckomai, H dt. I , 6 3 , I ; 8, 1 1 5 , I ; 8, 9 1.
156 2. RITO Y SANTUARIO

sejo, a d q u irie ro n u n a im p o rta n c ia s u p ra rre g io n a l e in clu so in te rn a c io n a l; lo s g r ie ­


gos llam ab an chrestérion o manteîon a u n lu g a r de este tip o , lo s ro m a n o s, oraculum38. L o s
sa n tu a rio s d el P ró x im o O rie n te y de E g ip to fu e r o n p io n e ro s e n tal esp ecializació n ;
lo s o rá cu lo s de D a fn e ju n to a A n t io q u ia 39, M o p su estia en C ilic ia 40, S u r a 41 y P atara
e n L ic ia 48 y T elm eso e n C a r ia 43 p e rte n e c e n a la tra d ic ió n de A sia M e n o r; los griegos
p ro b a b le m e n te lle g a r o n a c o n o c e r el o r á c u lo de A m ó n e n el oasis de S iw a 44 p o c o
d espués de la fu n d a c ió n de C ir e n e , en to rn o a 6 3 0 . E n esa época, el rey lid io G iges
ya h abía m an d a d o o fre n d a s de o ro a D e lfo s 45.
L o s m étod os p ara e m itir o rá cu lo s so n casi tan variad o s com o las fo rm a s de cu lto ;
p o r su pu esto el q ue p r im e r o lla m a la a te n c ió n , el m o d o m ás esp ectacu lar, es aq u el
e n q u e e l d io s h a b la d ire c ta m e n te a través de u n m é d iu m q ue e n tra e n estado de
enthousiasmás.
D o d o n a , el san tu ario de Z eu s e n el E p ir o , alard eaba de ser el o rá cu lo m ás a n ti­
g u o 46. E n la Ilíada, A q u ile s reza al « Z e u s p elásgico de D o d o n a » ; « e n cuyo c o n to rn o
m o ra n lo s H elo s (¿ S e lo s ? ) , tus in té rp re te s, que n o se lavan los p ies y d u e rm e n en el
s u e lo » 47. E ste s o r p r e n d e n te c u e rp o d e sa ce rd o te s d e sa p a re c ió p o s te r io r m e n te e
in c lu s o su n o m b r e se d isc u te só lo so b re la b a se de este texto de la Ilíada. O d is e o
a fir m a h a b e r id o a D o d o n a « p a r a c o n o c e r el p la n de Z e u s d esd e el r o b le de alta
c o p a » 48; lo s Catálogos de H e sío d o quizá h a b lab an ya de tres p alo m as que vivían en el
r o b le 49; seg ú n la tra d ic ió n p o s te rio r, se tratab a de tres sacerd otisas, llam ad as p a lo ­
m a s 50; e n tr a n e n u n estad o d e éxtasis y « d e s p u é s n o sa b en n a d a d e lo q u e h a n
d ic h o » 51. Las excavaciones h a n sacado a la luz el sen cillo á rb o l-s a n tu a r io ; sólo en el
siglo IV se a ñ a d ió u n p e q u e ñ o te m p lo , d esp u és de q u e lo s reyes m o lo so s d el E p ir o
h u b ie ra n asu m ido la p ro te c c ió n de D o d o n a . A p a rtir de ese m o m en to , D o d o n a d is-

38 K . Latte, REs.i>. Orakel, X V III I ( 1 9 3 9 ), cois. 8 2 9 - 8 6 6 = Kleine Schriften, 19 6 8 , pp. 152 - 1 9 2 ; R . Flace-
lière, Devins et oracles grecs, 19 6 1 [trad, inglesa, Greek Oracles, 1 9 6 5 ] ; Parke (i), I 9 6 7 y Greek Oracles, 19 6 7
[V. Rosenberger, Griechische Orakel. Eine Kulturgeschichte, 2 0 0 l j .
39 La técnica de dictar oráculos, basada en la observación del agua corriente (S. Brock, The Syriac Ver­
sion o f the Pseudo-Nonnus Mythological Scholia, 19 7 1 > Ρ· l 6 8 , n u 14 ) corresponde a la del A p o lo Thyrxeús
licio, Paus. 7, 2 1 , 13 (que aparece com o turakssali natri en la estela de Ja n to : J . Friedrich, Kleinasiatis­
che Sprachdenkmäler, 1 9 3 2 , lykische Texte 4 4 e 4 7 ~4-8 )■
40 O ráculos de sueños, Plut. De def. or. 4 3 4 ^ · i l nom bre M opso-M uksu en la inscripción de K a ra -
tepe: Ph. H . J . H ouwink ten Cate, The Luwian Population Groups o f Lycia and Cilicia Aspera, 19 6 1, pp. 4 4 “
5 0 ; KA11I, pp. 1 4 s .; R . D . Barnett, ]H S 7 3 ( 1 9 5 3 ) , pp. 1 4 0 - 1 4 3 .
41 O ráculo de peces, Polycharm. FGrHist 77 ° F 1 - 2 , HN, p. 2 2 8 , n. 9.
42 H dt. I, 1 8 2 ; G . Radke, R E X V III 4 (1 9 4 9 ), cols. 2 5 5 5 - 2 5 6 1 .
43 H d t. I , 7 8 ; 8 4 ; SIG 1 0 4 4 - A risto p h . fr. 5 4 3 “555 K a sse l-A u stin ; oráculo de sueños, Tatian. Ad
Graec.I, Tert. De an. 4 6 ; relación con la leyenda del rey lidio y frigio, A rr . Anab. 2, 3 > 4 i H dt. I, 8 4 .
44 Parke (i), pp . 1 9 4 - 2 4 1 ·
45 H dt. I , 14 , 2 s.
46 Parke (i), pp. I - 1 6 3 ; L . Treadwell, Dodona. An Oracle o f Zgus, tesis d o ct., W estern M ichigan U n ive r­
sity, 19 7O ; G . Carapanos, Dodone et ses ruines, 1 8 7 8 ; S. Dakaris, Das Taubenorakel von Dodona unddasTote-
norakel bei Ephyra, (Antike Kunst Beiheft i), 1 9 6 3 ·
47 II. 16 , 3 3 5
48 Od. 14 , 3 2 7 s . = 19 , 2 9 6 s .
49 H es. fr. 2 4 0 (con una laguna en el texto) [trad. esp. de A . M artínez, H esíodo, Obrasj fragmentos,
> pp· 3 0 8 s.]. E l roble con tres palomas en una m oneda: P. R. Franke, AM J l (19 56 ), pp. 6 0 - 6 5 .
50 Paus. ΙΟ, 1 2 , I O ; Strab. 7, 2 3 9 ; cfr. H dt. 2 , 5 4 «.
51 A ristid . Derhet. 42~ 43 B ehr, cfr. Plat. Phdr. 2 4 4 ^ ; E u r. fr. 3 6 8 Kannicht.
8.3. ORÁCULOS I57

fru tó de cierta p o p u la rid a d ; sin em b argo, so n p rin c ip a lm e n te lo s ciu d ad an os p riv a ­


dos q u ie n es, e n las tablillas de p lo m o conservadas, p id e n co n se jo al dios sobre p r o ­
b lem as c o tid ian o s.
E l o r á c u lo de lo s m u e rto s e n E f i r a 52 d e b ió de se r cé le b re d esd e a n tig u o y e l
n o m b re de lo s cercan os Thesprotoí ap u n ta c laram en te a su m is ió n « d iv in a » ; la a so ­
c ia c ió n d el v ia je de O d is e o al H ad es c o n este lu g a r es p ro b a b le m e n te m ás a n tigu a
que n u estra Odisea53. A los dos río s que h ab ía a llí se les d io p o ste rio rm e n te el n o m ­
b re de los río s in fe rn a le s , A q u e ro n te y C o c it o 54. E n to rn o a 6 0 0 , el tira n o P e ria n ­
d ro de C o r in t o en vió m en sa je ro s a este lu g a r p a ra c o n su ltar al o rá cu lo de lo s m u e r­
to s, p ro v o c a n d o in d ire c ta m e n te la a p a r ic ió n de su d ifu n ta e sp o sa M e lis a 55. E l
c o n ju n to sacad o a la lu z g racias a excava cio n e s re c ie n te s data só lo d el sig lo IV; las
e stru c tu ra s m ás an tigu as se p e r d ie r o n sin d u d a c u a n d o se e rig ió ese m o n u m e n ta l
e d ific io n u e v o . E l c e n tro es u n c o m p le jo c u a d ra n g u la r c o n m u ro s p o lig o n a le s de
m an ip o ste ría de tres m etro s de g ro so r que le d ab an u n a a p a rien cia « c ic ló p e a » . E n
to r n o a él está el p a s illo de acceso , a n ta ñ o c o m p le ta m e n te o s c u r o , q u e pasa p o r
d ela n te de u n b a ñ o , p o r h a b ita c io n e s de in c u b a c ió n y p a ra c o m e r, lu g a re s p ara la
p u rific a c ió n , p ara « la n z a r p ie d r a s » y p ara el sa c rific io c ru e n to , y fin a lm e n te c o n ­
d ucía a través de u n la b e rin to c o n m uchas p u ertas a la estancia p rin c ip a l, b a jo la cu al
u n a c rip ta a b o v ed a d a re p re s e n ta b a el m u n d o de lo s m u e r to s. Q u iz á h u b ie ra u n a
m á q u in a p ara p r o d u c ir ap a ricio n es fan tasm ales —así se h a n in te rp re ta d o u n o s r o d i­
llo s d e h ie r r o q u e se h a n e n c o n tra d o — o q u iz á la in g e s tió n de c ie rto s tip o s d e
le g u m b re s tu v ie ra n u n efecto a lu c in ó g e n o ; e x p e rie n c ia n u m in o s a y m a n ip u la c ió n
p u e d e n solap arse.
E l o rá cu lo de T r o fo n io en L e b ad e a es ta m b ié n s im ila r56. Pausanias da cuenta de
u n viaje v e rd a d ero al m u n d o su b te rrá n eo desde su e x p e rie n c ia p e rso n a l. Q u ie n va a
co n su lta r al o rá cu lo es co n d u c id o de n o ch e , tras largo s p re p a ra tivo s, a u n a estancia
a b o v ed a d a, d esd e la q u e u n t o r b e llin o le lle v a m ila g ro sa m e n te a través de u n a
p e q u e ñ a a b e rtu r a a la a ltu ra d el s u e lo ; c u a n d o re g re sa , es in c a p a z de r e ír . E ste
ú ltim o d etalle, así co m o el « d e s c e n s o » (katdbasis) , se m e n c io n a ta m b ié n e n fu en tes
m ás a n tig u a s57, p e ro n o se sabe hasta q u é p u n to la e la b o ra c ió n teatral d el p ro c e so ,
quizá in clu so c o n in te rv e n c ió n de u n a m áq u in a , es p ro d u c to de la época im p e ria l.
L o s orá cu lo s de lo s su eñ os so n m ás sen cillo s. D espu és de lo s sa crific io s p re p a ra ­
to rio s, el con su ltan te d el o rá cu lo pasa la n o ch e en el sa n tu a rio ; lo s sacerdotes están
p re se n tes p a ra a sistirle en la in te rp r e ta c ió n d e lo s s u e ñ o s 58. E sta « in c u b a c ió n » se
d ifu n d ió p o s te r io r m e n te , so b re to d o e n el á m b ito de lo s d io se s sa n a d o re s, en el

52 Dakaris, véase supra, n. 4 6 .


53 Sobre O diseo y los tesprotos: E . Schwartz, Die Odyssee, 1 9 2 4 ’ PP- Í 4 ° - I 4 3 y· I ^ 3 “ I 94 ··
54 Paus. I , 17 , 4 s. (Teseo y P irito o ); 5 , I 4 > 2 ; 9 , 3 0 , 6 (O rfeo ).
55 H dt. 5 , 9 2 eta 2 . O tros oráculos de muertos: fiE X V I ( l 9 3 5 )> co^· 2 2 3 2 ; GGR, p. 17O ; R. F. Paget,
In the Footsteps o f Orpheus, 1 9 6 7 , cree haber encontrado en Baias el oráculo de los « G im e r io s » de
Cum a, E p h or. FGrHist JO F 1 3 4 ·
56 G . Radke, ß E V II A ( 1 9 3 9 ) , cols. 6 8 2 - 6 9 I ; L&S, p. 1 5 4 ; R. J . Clark, TAPA 99 (19 6 8 ), pp. 6 3 - 7 5 ;
sobre la localización del oráculo: E . Waszink, BABesch. 4 3 ( 1 9 6 8 ) , pp. 2 3 “ 3 ° ; fuente principal:
Paus. 9, 3 9 ; LSC G 74 revisada en F. Salviat y C . Vatin, Inscriptions de Grèce centrale, 1 9 7 1 , pp· 8 1 - 9 4
[cfr. además P. Bonnechere, en M . B. Cosm opoulos (ed.), Greek Mysteries. The Archaeology and Ritual o f
Ancient Greek Secret Cults, 2 0 0 3 , pp. 1 6 9 - 1 9 2 I ·
57 Dicearco fr. 1 3 - 2 2 W ehrli; Semos FGrHist 3 9 6 fr. IO .
58 L . D eubner, De incubatione, 19OO.
158 2. RITO Y SANTUARIO

sa n tu a rio de A n fia ra o e n O r o p o 59 y e n lo s de A sc le p io . Esta p rá ctica , sin em b argo ,


se re m o n ta ta m b ié n a u n a tr a d ic ió n de A sia M enor.· el o rá cu lo de M o p so e n C ilic ia
e ra u n o rá c u lo de los su eñ o s (v. n o ta 4 0 ) y ta m b ié n e l de los T e lm e sio s e n C a r ia (v.
n o ta 4 3 ) ■
M o p so , n ie to de T ire sia s y riva l de C a lca n te , ta m b ié n era c o n sid e ra d o el fu n d a ­
d o r d e l o r á c u lo de C la r o s , c erc a de C o l o f ó n 60. E ste o r á c u lo p e r d u r ó a través de
varias crisis y d estru ccio n es basta la ép o ca im p e ria l, cu an d o gozó de m ayo r fam a. E n
el e d ific io im p e r ia l, u n a c rip ta llev a b a d e b a jo d e l te m p lo a la fu e n te sagrad a q u e,
seg ú n la m ito lo g ía , b r o tó de la s lá g rim a s de la b ija de T ir e s ia s , M a n to ; el thespiodós
b eb e de esta agua y así se c o n v ierte e n éntheos. Q u ie n q u isie ra « a s c e n d e r » al o rá cu lo
d eb ía so m eterse a u n a in ic ia c ió n (myesis)61.
T a m b ié n existía u n a fu e n te sagrad a e n el o tro g ra n o rá c u lo de A p o lo e n A s ia
M e n o r, en D íd im a , cerca de M ileto . A q u í era u n a sacerdotisa la que entraba en estado
de éxtasis m ientras sostenía la vara de lau rel del dios en la m an o, m o ján d o se los pies en
el agua y re sp ira n d o sus va p o re s63. E n Patara, en L ic ia (v. n o ta 4 2 ) > Ia sacerdotisa era
e n cerrad a en el tem plo p o r la n o cb e: así llegaban hasta ella el dios y la p ro fe cía.
N in g ú n o rá cu lo es tan co n o c id o y al tiem p o tan c o n tro vertid o com o el de P ito , el
san tu ario de lo s d é lfic o s63. Se d ecía q u e o rig in a ria m e n te el dios sólo daba respuestas
a q u í u n a vez al añ o en la fiesta de su llegada e n p rim a v e ra 64; p e ro , com o resu ltad o de
la fam a d e l o rá c u lo , e m p e z a ro n a o fre c e rs e « a y u d a s » a lo la rg o de to d o el a ñ o ; e n
e fe c to , a veces h a b ía tres « P it ia s » p re sta n d o se rv ic io a la vez. L a « P i t i a » e ra u n a
m u je r dedicada al servicio del dios d u ran te tod a su vida; iba vestida com o u n a m u ch a­
cha jo v e n 65. D espués de u n b añ o e n la fu en te C astalia y tras el sacrificio p re lim in a r de
u n a cabra, entrab a en el tem p lo , q u em aba h a rin a de cebada y hojas de lau rel en la bes­
tia sie m p re e n c e n d id a y « d e s c ie n d ía » al ádyton, la zon a a n ivel m ás b a jo , al fin a l d el

59 V . C h r. Petrakos, Ho Oropos kai to hieron tou Amphiaraou, Atenas, 1 9 6 8 ; IG V I I 2 35 = S Í G 1 0 0 4 = LSC G


6 9 = Petrakos n° 3 9 .
60 Epigoni fr. 3 B ern ab é2 (p. 3 0 ) = fr. 3 D avies; Nostoi, p. 9 4 , 7 “9 B ernabé2 = p. 6 7 , 1 2 - 1 4 Davies;
Melampodia, H es. fr. 2 j 8 M erkelbach-W est (en H esiodi, Fragmenta selecta, O xo n ii, I 9 7 °> ΡΡ· 2 0 1 -
2 0 2 ) . C h . Picard, Ephèse et Claros, 1 9 2 2 ; L . R obert, Les fouilles de Claros, 1 9 5 4 ; excavaciones sucesivas
TürkArkeiloji Dergisi ( 1 9 3 6 - 1 9 5 9 ) .
61 Tac. Ann. 2 , 5 4 ; Iam blich. De myst. 3 , I I , p. I 2 3 s· Parthey. Personal del culto: OGI 5 3 ° ; SEG 15
( l 9 5 8 )> nM7 1 3 s . Sobre embateúein: S. Eitrem , Studia theologica 2 ( l 9 5 °)> ΡΡ· 9 0 “ 9 5 · Bebida de san­
gre en el oráculo de A p o lo Deiradiótes en A rg o s: Paus. 2 , 2 4 , I.
62 Iamblich.. De myst. 3 , I I , p. 1 2 3 « ! 27>3 Parthey; R . H aussolier, RPh 4 4 ( 1 9 2 0 ) , pp. 2 6 8 - 2 7 7 *
Sobre la historia de la construcción: G ruben, pp. 3 3 9 - 3 5 4 » Fehr, « Z u r Geschichte des A p o l­
lonheiligtums von D idym a», e n Marburger Winckelmannsprogi'amm ( 1 9 7 1 - 1 9 7 2 ) , pp. I 4 ~5 9 ? W . Voigtlän­
d er, « Q u e lh a u s u n d Naiskos im D id ym aio n nach den P e rse k rie g e n » , Istanbuler Mitteilungen 2 2
( 1 9 7 2 ) , pp. 9 3 - 1 1 2 |J. Fontenrose: Didyma. Apollo’s oracle, cult and companions, Berkeley 1 9 8 8 ].
63 G fr. A m and ry, 195 ° \-jJS 0^9 9 7 ) > pp· I 9 5 “ 2 0 9 l ; M . Delcourt, L'oracle de Delphes, 1 9 5 5 - Parke-W or-
m ell, 1 9 5 6 ; R ou x, 19 7I5 Fontenrose, 1 9 7 8 ; cfr. asimismo C o o k II, pp. 1 6 9 - 2 6 7 ; HN, pp. 1 3 3 -
1 4 7 * L o s testimonios literarios más im portantes proceden de Plutarco, que fue sacerdote de D e l­
fos [cfr. F. Pordom ingo Pardo y J . A . Fernández Delgado: Plutarco, Obras moralesj de costumbresVT,
Isisj Osiris- Diálogospíticos, 19 9 5 ] ·
64 Plut. Quaest Gr. 2 9 2 D ; Callisthenes FGrHist 124 F 4 9 ·
65 D io d . Sic. 16 , 2 6 . Sobre el rito: Parke-W orm ell I, pp. I 7 - 4 1 ? H N , pp. 1 3 9 - 1 4 2 ; R oux, p p . 8 8 -
1 5 0 . E l éxtasis de la Pitia es atestiguado p o r Plat. Phdr. 2 4 4 a» y discutido p o r A m andry (infra η. 75 )
y Fontenrose, 1 9 7 8 , pp. 2 0 4 ~ 2 I 2 , que adm itirían entusiasmo, pero no u n frenesí incontrolado e
irracional.
8.3. ORÁCULOS I59

in te rio r d el tem p lo . A q u í es d o n d e se e n co n trab a el onfalós y d o n d e , sob re u n a a b e r­


tu ra c irc u la r en el suelo a m o d o de p o zo , estaba co lo cad o el cald ero c o n tríp o d e ; el
caldero estaba cu bierto co n u n a tapa, sobre la que se sentaba la P itia. Sentada sobre el
abism o, envuelta p o r los vapores que su ben y agitando u n a ram a de lau rel re cié n c o r ­
tada, en trab a e n tran ce. L a te o ría b elen ística según la cual su b ían vapores vo lcán icos
de la tie rra ha sid o refu tad a geo ló gicam en te; el éxtasis era a u to in d u c id o . L as h a b ili­
dades d e l tip o d e las d e los m é d iu m n o so n e n a b so lu to in fre c u e n te s . T a m b ié n se
c o n sid e ra b a p o sib le so b o rn a r a la P itia . L as p alab ras de la P itia e ra n d espués fija d a s
p o r lo s sacerdotes e n la fo rm a lite ra ria griega h abitu al, el h exám etro « h o m é r ic o » .
E l c u lto de A p o lo e n D e lfo s se in ic ia a p r in c ip io s d e l sig lo VIII; el témenos de
A p o lo o b viam en te n o se fu n d ó antes de 7 5 ° 66; sin e m b argo , la Ufada h abla ya de lo s
ric o s teso ro s g u ard ad o s a b u e n recau d o d e n tro d el u m b ra l d el d io s 67. E s claro q u e,
e n la fu n d a c ió n de c o lo n ia s g riegas e n el O este y ta m b ié n e n e l m a r N e g ro d esd e
m ed ia d o s d el siglo V III68, las in stru c c io n e s d el d io s d é lfic o asu m en u n p a p e l d esta­
cad o . D e n u evo se trata, m ás que de u n a c u e stió n de p re d ic c ió n , de u n a ayuda en la
to m a de d ecisio n es e n em presas arriesgad as y a m en u d o fru strad a s. P o ste rio rm e n te ,
ta m b ié n las c o n stitu cio n es estatales im p o rta n te s se som eten a la a p ro b a c ió n del d io s
d é lfic o ; así se h iz o c o n la Rétra e sp a rta n a , a tr ib u id a a L ic u r g o 69, e in c lu s o c o n la
c o n stitu c ió n ab solu tam en te ra c io n a l de las phylai in tro d u c id a p o r G lísten es en A t e ­
n as e n 5 1 0 70. E l á m b ito p r o p io de A p o lo s o n las c u e stio n e s re la c io n a d a s c o n el
c u lto : in n o v a c io n e s , re s ta u ra c io n e s y p u r ific a c io n e s e n la e sfe ra c u ltu a l. L a le y
sagrada de G ire n e así com o el decreto de la aparché en A te n a s fu e r o n ra tificad o s p o r
D e lfo s 71. Q u e D e lfo s n o p re v ie ra m a n ifie sta m e n te la v ic to ria g rie g a en las g u e rras
m éd ic a s y h u b ie ra re c o m e n d a d o la r e n d ic ió n , d a ñ ó g ra v e m e n te su re p u ta c ió n , a
p e sa r de to d o s lo s in te n to s de r e in t e r p r e t a r sus re sp u e sta s. A p a r t ir d e e n to n c e s,
e m p ez a ro n a to m arse cada vez m ás d ecisio n es p olíticas sin r e c u r r ir al o r á c u lo 78. E n
c a m b io , te n e m o s n o tic ia de con su ltas realizad as p o r in d iv id u o s p riv a d o s, co m o la
p re g u n ta de Q u ero fo n te·. si h ab ía algu ien m ás sabio q u e S ó c ra te s73. Je n o fo n t e , antes
de u n ir s e a la audaz re vu e lta de C ir o c o n tra el G r a n R ey, n o p re g u n tó a D e lfo s si
d eb ía o n o p a r tic ip a r, sin o « a qué d io ses d eb ía h a ce r sa c rific io s p ara p e r m a n e c e r
sano y s a lv o » 74; o b ed e cien d o a la respu esta, h izo sa crificio s a Z e u s Basileús γ , au n q u e
n o co n sig u ió g ra n éxito , al m en o s regresó sano y salvo.
A sim ism o h abía u n o rácu lo de la suerte e n D e lfo s 75; lo recu e rd a tam b ién la f ó r ­
m u la « e l d io s a c e p tó » (aneíle) p ara in d ic a r q u e el dios d io su respuesta. L a a d ivin a ­

66 Hasta ese m omento el lugar estaba ocupado por viviendas: L . Lerat, BCH 74 ( l 9 5 °)> P P · 3 2 2 - 3 2 8 ;
A m an d ry, p. 2 0 9 . Véase G . Rolley, en R . H ägg (e d .), The Greek Renaissance o f the Eight Centuij B. C.,
1 9 8 3 , p . II O .
67 II. g, 4 0 4 .
68 Sacrificios de los griegos sicilianos a A p o lo Archegétes, T h u c. 6 , 3 *
69 Tyrt. fr. 4 West2 y Plut. I.yc. 6 = A rist. fr. 5 3 6 Rose; P. Oliva, Sparta and her Social Problems, 1 9 7 1 - PP*
7 1 - 9 8 ; Parke-W orm ell II, nü 2 1.
70 A rist. Ath. pol. 2 1 , 6; Parke-W orm ell II, n° 8 0 .
71 Véase II 4 , n . 5 7 ; II 2 , n. 14 .
72 C fr. G . Zeilhofer, Sparía, Delphoi und die Amphiktyonen im $ Jh . v. Chr., tesis doct., Erlangen, 1 9 5 9 ·
73 Plat. Apol. 2 0 e -2 I a ; X e n . Apol. 1 4 ; Parke-W orm ell II, n° 1 3 4 ·
74 X e n . Anab. 3 , I. 6, cfr. 6, I, 2 2 ; Parke-W orm ell II, n° 17 2 .
75 Phryktó LSS 4 1 , 15 >A m an d ry ha pretendido p o r ello refutar p o r completo la mántica p o r inspira­
ción en D elfos; contra GGR, pp. 1 7 2 s .; R . Flaceliére, 52 ( 19 5 O) P P - 3 ° 6 - 3 2 4 ·
ι6ο 2. RITO Y SANTUARIO

c ió n in sp ira d a es, p o r tan to, claram en te secu n d aria; en efecto, ge n e ra lm e n te se cree


que n o tien e u n o rig e n g rie g o . H ay testim o n io s an te rio res de m u jeres « fr e n é t ic a s » ,
a través de cuyos lab io s h ab la el d io s, e n el P ró x im o O rie n te , co m o en M a ri e n el II
m ile n io y e n A s ir ía en e l I m ile n io 76; M o p su estia , D a fn e , Patara y T e lm e so n o so n
griegas, sin em b argo , n o tie n e n a d iv in a c ió n in sp ira d a ; e n la tra d ic ió n de B ra n c o en
D íd im a 77 y ta m b ié n e n C la ro s p u e d e n ap a re ce r elem en to s p re grie go s. A d em ás existe
la tra d ic ió n de las « s ib ila s » , v a tic in a d o ras sin gu lares de época an tigu a q u e, n o o b s­
tante, se c o n o c e n sólo a través de leyen d as. L a sib ila m ás fam o sa estaba re la c io n a d a
c o n E ritre a ; p e ro tam b ién se su p o n e q ue llejpS u n a sibila a D e lfo s; es in teresan te que
ta m b ié n se m e n c io n e u n a sib ila b a b iló n ic a 7 . L a sib ila de C i m e - C u m as se co n v irtió
en la m ás im p o rta n te en v irtu d de su in flu e n c ia sob re R o m a ; hay que re c o n o c e r que
la c o n q u is ta d e C u m a s p o r lo s osco s e n el sig lo V d estru y ó esta tr a d ic ió n , p e r o al
m ism o tiem p o p r o p o r c io n a u n terminus ante quem79. H e rá c lito asum e co m o algo b ie n
c o n o c id o q u e la s ib ila « c o n b o c a d e lir a n t e » , « lle g a h asta lo s m il a ñ o s » « p o r la
fu erza d el d i o s » 80. L a sib ila d élfic a ta m b ié n pasaba p o r ser la « e sp o sa le g ítim a » d el
d io s A p o l o 81. E n 4 5 $ , E s q u ilo p re se n tó a C a sa n d ra e n escena co m o u n a p ro fe tis a
« f r e n é t i c a » ; se n e g ó a sa tis fa c e r el d ese o d e l d io s y , c o m o ca stigo , sus p ro fe c ía s
ja m á s s e r ía n c re íd a s88. T a m b ié n V ir g ilio h ace r e fe re n c ia a la v io le n c ia q u e su fre la
s ib ila p o r p a rte d e l d io s 83. H a y in d ic io s d e u n a r e la c ió n p a re c id a e n tre la P itia y
A p o lo , a u n q u e lo s c ris tia n o s f u e r o n lo s p rim e r o s q u e la im a g in a r o n c o n d etalles
sexuales84. L a sacerdotisa de Patara ten ía u n a re la c ió n de este tipo co n su dios (v. n o ta
4 2 ) y se e n c u e n tra n p arale lo s e n o tro s lu gares e n A sia M e n o r 85, p e ro claram en te n o
es el caso de la ad ivin ació n in sp irad a sem ítica (v. n o ta 7 6 ); en C la ro s (y. n o ta 7 1) 7 en
el m o n te P t o o 86 el p o seíd o p o r el d io s es u n a d ivin o de sexo m asc u lin o . L a a d iv in a ­

76 F. Ellerm eier, Prophetie in Mari und Israel, 1 9 6 8 , p p . 6 0 s ,; ΑΜ ΕΓ 4 4 9 s·


77 D ídim a, según Pausanias 7 . 2 , 4 > es anterior a la m igración jo n ia . U na fórm ula cultual in co m ­
prensible: C allim . fr. 1 9 4 * 2 8 , cfr. fr. 2 2 9 [trad. esp. de M . Brioso: Calim aco, Himnosj fragmentos,
1 9 8 0 , fr. I 9 4 > P* 2 1 9 y fr· 2 2 9 , pp. 2 5 ° s ·] 5 C lem . A l. Strom. 5 ) 4 &, 4 ( <<cun canto sin sen tid o »
según P. Haas, Phrygische Sprachdenkmäler, 19 6 6 , pp. 1 3 5 s ., 1 5 9 s .) .
78 Rzack, RE II A ( 1 9 2 3 ) . cols. 2 0 7 3 _2 l 8 3 ; H .Je a n m a ire , La Sibylle et le retour de l'âge d ’or, 1 9 3 9 ; H e ra -
clid. Pont. fr. 1 3 0 W ehrli; Paus. IO , 1 2 ; Eritras: A p o llo d o r. FGrHist 4 2 2 ; IE 2 2 4 - 2 2 8 ; Babilonia:
Beros. FGrHist 6 8 0 F 7 - A , M om igliano, «D a lla Sibilla pagana alla Sibilla cristiana·, profezia come
storia della relig io n e», Annali della Scuola Normale Supériore di Pisa III 17 »·2 (1987)» pp. 4 ° 7 “ 4‘2 8 ; H . W .
Parke, Sibyls and Sibylline Prophecy in Classical Antiquity, 19 8 8 ; I. Chirassi Colom bo y T . Seppilli (ed s.), Sibi­
li e e linguaggi oracolari. Mito, storia, tradizione, 19 9 8 .
79 La época y el origen de los libri Sibyllini son m uy controvertidos: W . H offm ann, Wandel und Herkunft der
Sibyllinischen Bücher in Rom, tesis d o ct., Leipzig, 1 9 3 3 ; R· Bloch, en E . C . W elskopf (ed.), Neue Beiträge
zur Geschichte der Alten Welt II, 19 65» PP· 2 8 1 -2 9 2 (« e tru sc o s» ); contra R. M . O gilvie, A Commentaiy on
Liuy, 19 6 5 » PP* 6 5 4 s* [cfr* J ' J · C aero ls, Los Libros Sibilinos en la historiografía latina, tesis doct., M ad rid
199I; M . M onaca, La Sibilla a Roma. I Libri Sibillinifra religione e politica, 2 0 0 5 L
80 H eraclit. B 9 2 = 75 Marcovich.
81 Paus. IO, 12 , 2 .
82 A esch . Aig. I2 0 2 -I 2 I 2 ·
83 Verg. Aen. 6, 7 7 _ 8 o .
84 Plut. De Pyth. or. 4 0 5 C ; L o n g in . Subí. I3> 2 [trad. esp. d e j . García López, D em etrio, Sobre el estilo,
« L o n g in o » , Sobre lo sublime, 19791 ; O rig e n . ContraGels. 7 > 3- H N, p. 1 4 3 · Sobre el com plejo en su
conjunto: Fehrle, pp. J s . , 7 5 s·
85 Inscripción de Tralles: L . Robert, EtudesAnatoliennes, 1 9 3 7 » PP· 4 ° 6 s . ; K . Latte, HThR 3 3 ( 1 9 4 0 ) ,
pp. 9 - 1 8 .
86 H dt. 8, 1 3 5 , véase supra, n. 8.
8.3. ORÁCULOS l 6l

c ió n in sp ira d a es dem asiado co m p le ja p ara p o d e r d e fin ir claram en te sus o ríg e n e s y


sus áreas de d ifu sió n .
L a c o n s e rv a c ió n d e las re sp u e sta s o r a c u la r e s fu e s in d u d a u n a de las p rim e r a s
a p lica c io n e s d el arte de la e scritu ra en G re c ia , que em p ezó a d ifu n d irs e en to rn o a
7 3 0 . E l e n u n c ia d o se lib e ra así del contexto de p re g u n ta y respuesta, de la e je cu ció n
d el rito , y p u ed e a d q u irir im p o rta n c ia e n o tro lu g a r y en o tro tiem p o . L a a n tig ü e ­
d a d in s p ir a re s p e to ; se re c o g e n p o r ta n to e sp e c ia lm e n te p o r e sc rito re sp u e sta s
« a n tig u a s » y así están siem p re d isp o n ib les. N o hace falta d ecir que la falsific a c ió n se
in ic ia al m ism o tiem p o q u e el re g istro de las resp u estas. L o s o rá cu lo s de las sib ila s
q u e d u r a r o n m ás de « m i l a ñ o s » d e s e m p e ñ a ro n se g u ra m e n te u n p a p e l p r in c ip a l
e n tre los o rá cu lo s escrito s; m ás tarde, p ro b a b le m e n te e n to rn o a 6 0 0 , aparecen los
o rá cu lo s de E p im é n id e s de G re ta*7, que fu e r o n e n to n ces eclipsad os p o r los o r á c u ­
los d el an tigu o b a rd o O rfe o y de su d iscíp u lo M u se o 88. L o s o rácu lo s de « B á c id e » 89,
que p re te n d id am e n te d eb ían su in sp ira c ió n a las « N in f a s » , a d q u irie ro n im p o rta n ­
cia e n la épo ca de las gu erras m édicas e in c lu so d esp ués; B ác id e p arece ser u n n o m ­
b re p ro c e d e n te de A s ia M e n o r , de L id ia . S u s o r á c u lo s to m a b a n g e n e ra lm e n te la
fo rm a de u n a p re d ic c ió n c o n d ic io n a l; « p e r o s i . .. » . Se alu d e a u n h ech o p a rtic u la r
p o r m e d io de aud aces m etá fo ra s, to m ad as a m e n u d o d e l m u n d o a n im a l, a las q ue
sigue algo te rrib le , m uy raras veces algo g ratifica n te ; en to n ces se d an con sejo s r itu a ­
les. L as ciud ad es em p iezan a h acer re c o p ila c io n e s o ficia le s de orá cu lo s. L a in flu e n ­
cia m ás d u ra d era fu e la de los Libri Sihyllini —escritos en g rie g o — e n R o m a . E n A te n a s,
se e n c o m e n d ó a O n o m á c rito la tarea de re c o p ila r lo s o rá cu lo s de M u seo en to rn o a
5 2 0 ; el p o e ta L aso d em o stró que era cu lp a b le de fa ls ific a c ió n y O n o m á c rito se vio
o b lig a d o a a b a n d o n a r A te n a s 90. M ie n tra s H e r ó d o t o d e fie n d e e n é rg ic a m e n te la
a u to rid a d de B á c id e 91, las com edias de A ristó fa n e s p re se n tan fig u ras m u y so sp ech o ­
sas q ue v e n d e n lib r o s de o rácu lo s y e n P la tó n la b u rla va acom p añ ad a de la co n d e n a
m o ra l co n tra el abuso del rito . N i siq u ie ra las re c o p ila c io n e s de o rácu lo s lle g a ro n a
ser escritu ras sagradas; la c o m p ila c ió n que se conserva de los orácu lo s sib ilin o s es de
o rig e n ju d e o - c r is t ia n o . O n o m á c rito en cam b io llegó a ser el n o m b re e je m p la r p a ra
los p ro b le m as re la cio n a d o s c o n la e d ic ió n y la fa lsific a c ió n de textos lite ra rio s.

87 FGrHist 4 5 8 [Bernabé, OF vol. I ll, 2 0 0 7 ] ; L&S, pp. 1 5 0 s. ; sobre el complejo en su conjunto: Latte
R E X V III i ( 1 9 3 9 ) , cois. 8 3 0 - 8 5 2 .
88 H dt. η, 6 ; Philochor. FGrHist 3 2 8 F 7 7 , cfr. OF 8 0 6 - 8 1 0 y M us. fr. 6 2 - 7 1 Bernabé.
89 K e rn , RE s.v. B akisll (18 9 6 ), cols. 2 8 0 1 s .; I. Trencsényi-W aldapfel, Untersuchungen zur Religionsgeschichte,
19 6 6 , pp. 2 3 2 - 2 5 0 : fuente principal: H eródoto.
90 H dt. 7 , 6 - Laso di Erm io ne, Testimonialize eframmenti, ed. de G . F. Brussicb, 2 0 0 0 , test. 2, pp. 2 0 -
2 1 [cfr. asimismo OF 8 0 7 y H 0 9 ]·
91 H dt. 8, 77.
i. E l h e c h iz o d e H o m ero

A u n cu an d o lo s rito s p u e d e n d escrib irse com o u n tip o de le n gu aje a u tó n o m o , in t e ­


lig ib le e n sus p ro p io s té rm in o s, en la p rá ctica están siem p re estrech am en te v in c u la ­
dos al le n gu a je en sen tid o p ro p io . E l h abla h u m a n a se in tegra e n los rito s p ara in v o ­
car a u n in t e r lo c u t o r y c u a n d o se in v e n ta n e x p lic a c io n e s , se h a c e n p re g u n ta s y se
cu e n ta n h isto ria s so b re este in te rlo c u to r, se h ab la en to n ces de la sustancia y d el s ig ­
n ific a d o de la p ro p ia re lig ió n . P ara las civilizacion es su p e rio re s d el m u n d o an tigu o
este in te rlo c u to r consiste in c u e stio n a b le m e n te en u n a p lu ra lid a d de seres p e rso n a ­
les q u e se c o m p r e n d e n p o r a n a lo g ía c o n el h o m b re y q u e se im a g in a n c o n fo r m a
h u m a n a ; la n o c ió n d e lo s « d io s e s » , de a n tr o p o m o r fis m o y p o lite ísm o se d a n e n
todas p artes de u n m o d o n a tu ra l1.
L a característica p e c u lia r de la re lig ió n g riega d e n tro de este m arco c o m ú n d eb e
e n te n d erse e n p r im e r lu gar en sen tid o n egativo : n o hay u n a casta de sacerdotes c o n
u n a tra d ic ió n fija , n i V eda, n i textos de las P irá m id e s; tam p o co hay n in g u n a re v e la ­
c ió n fid e d ig n a e n fo r m a de lib r o sa g ra d o . E l m u n d o de la e sc ritu ra p e r m a n e c e
ap a rte ; el d ram a clásico se e sce n ifica a ú n e n u n a ú n ica re p re se n ta c ió n y la filo s o fía
de P la tó n con serva la fic c ió n d el d iálog o v iv o .
P e ro u n m u n d o d iv in o p o lite ísta es, n o o b stan te, p o te n c ia lm e n te caó tico y n o
sólo p a ra el que lo ve desde fu e ra . L a p e rso n a lid a d d istin tiva de u n d io s, a través de
la q u e se d istin g u e de o tro s d io ses, se co n stitu ye y se tra n sm ite m e d ia n te al m e n o s
c u a tro fa c to re s d ife r e n te s : el c u lto lo c a l e sta b le c id o c o n su p ro g ra m a ritu a l y su
a tm ó s fe ra ú n ic a , e l n o m b r e d iv in o , lo s m ito s n a rr a d o s s o b re el ser n o m b r a d o y
la ic o n o g ra fía , esp ecialm en te la im agen cultu al. Este co m p le jo se disuelve fácilm en te

I Sobre dioses teriom órficos, véase I I I , n n. 8 4 -8 9 *


i 64 3. LOS DIO SES

y ello h ace que sea casi im p o sib le e sc rib ir « l a » h isto ria de u n d ete rm in a d o d io s. L a
m ito lo g ía , p o r su p u e sto , p u e d e e star r e la c io n a d a c o n el r ito , el n o m b r e d iv in o
p u ed e ser e tim o ló g ic a m en te tra n sp a re n te y de sig n ifica d o claro y las im ágen es, c o n
sus variad o s a trib u to s, p u e d e n re fe rirs e tan to al culto com o a la m ito lo g ía ; p e ro los
n o m b r e s y lo s m ito s sie m p re p u e d e n tr a n s m itir s e e n el tie m p o y e n el e sp a cio
m u ch o m ás fácilm e n te q ue lo s rito s, an clad o s e n el hic et nunc, m ie n tra s que las im á ­
genes tra n s c ie n d e n in c lu so las b a rr e r a s lin g ü ístic a s y así, lo s d iverso s co m p o n e n te s
se sep a ra n u n a y o tra vez p ara re c o m p o n e rse en nuevas c o m b in a cio n e s.
A s í e n G re c ia , cultos m uy sim ila re s a p a re ce n de h ech o b ajo el n o m b re de dioses
d ife re n te s: las fiestas d el fu e g o 2 « p e r t e n e c e n » a A rte m is , a D e m é te r, a H e ra c le s e
in c lu so a Isis; lo s s a c rific io s de vacas c o n la c a ra c te rístic a h u id a d el « p o r t a d o r d el
h a c h a » se c ele b ran en h o n o r de Z e u s y ta m b ié n de D io n is o 3; se co n sagran vírgen es
p ara servir en los tem p lo s4 de A rtem is, A ten ea y A fro d ita ; se puede tejer u n p ep lo p ara
A te n e a o p a ra H e r a 5 ... E n p a r tic u la r p a re c e c o m o si u n a a n tig u a G r a n D io s a ,
e n te n d id a p rin c ip a lm e n te com o S e ñ o ra de los A n im a le s, se h u b ie ra in d ivid u alizad o
e n G re c ia de varias fo rm a s , c o m o H e r a , A r t e m is , A fr o d it a , D e m é te r y A te n e a . E l
p ec to ra l c o n lo s sím b o lo s de la a b u n d a n c ia 6 p u ed e llev arlo p u esto tanto H e ra , com o
D e m é te r, A rte m is, A fr o d ita o in c lu so el Z eu s de A sia M e n o r. E n el culto, los n o m ­
b re s d ivin o s p a re c e n casi in te rc a m b ia b le s: G lísten e s, el tira n o de S ic io n , a b o lió el
culto de A d ra sto y en tregó los « c o r o s tr á g ic o s » a D io n is o com o si le c o r re sp o n d ie ­
r a n 7; tras la fiesta de Isis en T it o r e a 8 se o cu lta sin d u d a u n a an tigu a fiesta d el fu eg o
in d íg e n a . A l a in v e rsa , el m ism o n o m b r e p u e d e a b a rc a r cu lto s m u y d ife r e n t e s :
« Z e u s » n o es sólo el n o m b re d el D io s de la T em p estad d el m on te L ic e o y d el S e ñ o r
de las B u fo n ia s e n A te n a s, sin o ta m b ié n el Phílios de lo s b an q u etes de la a m ista d 9 y el
Meilíchios su b te rrá n e o , que p u ed e re p rese n ta rse b a jo fo rm a de se rp ie n te 10; los e p íte ­
tos p a re c e n su p e ra r los c o n fin e s de la p e rso n a lid a d d ivin a. L a G ra n D io sa de E fe so ,
la c ru e l Laphría, y la d io sa p a ra la q u e b a ila n las m u ch ach as e n B r a u r ó n so n c la ra ­
m e n te d istin ta s y, s in e m b a rg o , se lla m a n to d as « A r t e m is » . N o m b re s d ife r e n te s
p u e d e n re fe rirs e al m ism o ser, c o m o p o r e je m p lo A p o lo y P a ió n , A re s y E n ia lio , o
b ie n p u e d e n equ ip ararse c o n scien tem en te, com o e n el caso de A p o lo y H e lio ; así, se
asocia a m e n u d o u n n o m b re lo c a l c o n el n o m b re c o m ú n g rie g o : P o sid ó n E re c te o ,
A te n e a A le a , A r t e m is O r tia . L o s m ito s fu n c io n a n ta m b ié n c o m o fó rm u la s c o n
variab les q ue p u e d e n ser su stituid as p o r d ife re n te s n o m b re s: G u retes o C o rib a n te s
d anzan e n to rn o al n iñ o Zeu s o al n iñ o D io n is o 11; el relato d el d ram ático rescate d el
n iñ o n o n a c id o d e su m ad re fu lm in a d a se cu en ta tan to de A s c le p io co m o de D io ­
n is o 13. A l a in v ersa , m ito s m u y d ife re n te s p u e d e n a so cia rse c o n e l m ism o n o m b re

2 Véase III, nn. 6 8 - 7 4 ·


3 HN, pp. 15 6 s. ; véase V 2 -2 , n. 2 5 ·
4 Véase II 6, nn. 3 5 “ 4 0 -
5 Véase V 2 . 2 , n. 3 2 ; III 2 . 2 , n. 2 9 ; C allim . fr. 6 6 [trad. esp. de M . Brioso: Calim aco, Himnosj frag­
mentos, 1 9 8 0 , fr. 6 6 , pp. 1 6 4 s .] .
6 Véase I 4 , n. 5 7 ; II 6, n. 2 2 ; S&H, pp. 1 2 9 - 1 3 2 .
1 H dt. 5, 6 7 .
8 Paus. I O , 3 2 , 14* GF, pp. 1 5 4 s ., véase I I I , nn. 6 8 - 7 3 .
9 Véase II 7» n. 8 3 .
IO Véase IV 3 , n. 2 4 ·
II Véase III 3 . 2 .
12 Véase IV 5 .3 , n. 7 ; III 2 . 1 0 , n. 3 3 .
EL HECHIZO DE HOMERO 165

d iv in o . A q u í lo s e jem p lo s m ás evidentes so n los dos relatos d el n a c im ie n to de A f r o ­


d ita —co m o h ija de U ra n o o de Z eu s y D io n e 13— y los dos relato s d el n a c im ie n to de
D io n is o —com o h ijo de Sém ele o de P e rs é fo n e 14—. L o s filó lo g o s antigu os estab lecie­
r o n p o s te r io r m e n te e n u m e ra c io n e s de h o m ó n im o s d iv in o s p a ra re so lv e r el p r o ­
b lem a: tres dioses llam ados Z eu s, cuatro llam ad os H efesto y cin co llam ad os D io n iso ,
A fr o d it a y A te n e a 13.
S ó lo u n a a u to r id a d p u d o p o n e r o r d e n e n esta c o n fu s ió n de tr a d ic io n e s . L a
a u to rid a d a la que ap elab an lo s griegos era la p o esía de H e sío d o y, sobre to d o, la de
H o m e r o . L a p oesía, a ú n p ro v en ien te del ám b ito de là tra d ic ió n o ra l, fu e la que creó
y m an tu vo la u n id a d e sp iritu a l de lo s grie g o s, alcan zan d o u n a feliz u n ió n de lib e r ­
tad y fo rm a , e sp o n ta n e id ad y d isc ip lin a . S e r g rie go sig n ifica b a ser culto y el fu n d a ­
m en to de tod a c u ltu ra era « H o m e r o » .
L o s e stu d io so s p r e fie r e n h a b la r e n té rm in o s m ás g e n e ra le s d el arte de la é p ica
a n tig u a . E ste arte se d e s a rro lla so b re la b ase d e l m ito , p e r o n o se id e n tific a to ta l­
m e n te c o n él. S i el m ito 1 se d e fin e co m o u n c o m p le jo de re la to s tra d ic io n a le s en
q ue situ acio n es h u m an as p arad igm áticas se u n e n en co m b in a c io n e s fantásticas p a ra
fo rm a r u n sistem a sem iótico polivalente que se usa de m u y diversas form as para e x p li­
c ar la r e a lid a d , e n to n c e s la é p ic a g rie g a es a lg o m e n o s y algo m ás q u e e l m ito . E s
m en o s p o rq u e se co n ce n tra e n m otivos « h e r o ic o s » , en las luch as de h éro e s de u n a
é p o ca m ás a n tig u a e n u n m u n d o q u e se c o n c ib e h asta c ie rto p u n to de u n a fo r m a
re a lista 17; y es m ás p o rq u e h ace que estos relato s alcan cen el g rad o m ás alto de p e r ­
fe c c ió n fo rm a l, c o n u n a técn ica que es tan re fin a d a e n el estilo com o e n la m étrica y
la c o m p o sic ió n .
Se co n servan dos gran d es p oem as épico s: la Ilíada y la Odisea18; am bos p oem as s o n
e x tra c to s c o n s c ie n te m e n te e la b o ra d o s a p a r t ir de u n c o n ju n to m u c h o m ay o r de
relato s so b re la G u e rr a de T ro y a que p o ste rio rm e n te se re c o g ie ro n p o r escrito e n el
Ciclo Troyano. T e n e m o s n o tic ia de o tro ciclo é p ico an tigu o d ed icad o al d estin o de lo s
h ijo s de E d ip o y al a sed io d e T e b a s 19; se p u e d e v is lu m b ra r ta m b ié n u n a é p ica de
lo s A rg o n a u ta s y u n a de H eracles gracias a fra g m en to s y secuelas.
A p a r t ir d e l e stilo de la Ilíada y la Odisea se p u e d e d e m o stra r c o n v in c e n te m e n te
q ue lo s textos e scrito s c o n servad o s fu e r o n p re c e d id o s p o r u n a fase de p o esía o r a l,
c o n g e n e ra c io n e s de b a rd o s p r o fe s io n a le s q u e im p ro v is a b a n , d a n d o fo rm a u n a y
o tra vez a sus tem as20. L a co n c lu sió n de que las raíces de la épica se re m o n tan a época

13 Véase III 2 -7 , n. 2 7 .
14 Véase III 2 . 1 0 , n, 3 3 ; V I 2 . 3 , n. 15 .
15 C íe. Denat. deor. 3 , 5 3 ~ 6 0 ; Glem . A l. Protr. 2 , 2 8 .
16 Véase Introducción 3 , n. g.
17 H . M . Chadwick, The HeroicAge, 1 9 1 2 ; G . M . Bowra, Heroic Poetry, 1 9 5 2 -
18 Para la inm ensa bibliografía sobre la «cu estión h o m érica» se remite a A . J . B. Wace y F. H . S tu b -
bings, A Companion to Homer, 19 6 2 ; G. S. K irk, The Songs o f Homer, 1 9 6 2 ; Lesky, pp. 2 9 - I I 2 y PE Suppl.
X I ( 1 9 6 8 ) , cols. 6 8 7 - 8 4 6 ; A . H eubeck, Die Homerische Frage, 1974 [F· R·· A d rado s, « L a cuestión
h o m é ric a » , en L . G il (ed.), Introducción aHomero, 1 9 6 3 , pp. I g - 8 7 ; L M o r ris -B . Powell (eds.), A
New Companion to Homer, 19 9 6 ].
19 Testim onios en Bernabé PE G 2, pp. I I - 1 0 5 , H 7 < en Davies EGF, pp. 1 6 - 7 6 , 1 0 4 - I 1 2 , I 4 9 _ I 5 3 > J E .
Bethe, Homer II 2 , *1 9 2 9 , pp. 1 4 9 - 2 0 4 = Der Troische Epenkreis, 1 9 6 6 [trad. esp. de los fragm entos y
com entario, en A . Bernabé, Fragmentos de Epica Griega Arcaica, 1 9 7 9 » PP- 3 9 “ 9 2 ; trad, inglesa, en M .
L . West, Greek Epic Fragments, 2 0 0 3 , pp. 3 8 - 6 3 ] -
20 Fundam ental M . Parry, L'épithètc traditionnelle dans Homère, I 9 2 8 ; sus trabajos reunidos en ThcMakingof
ι66 3, LOS DIO SES

m icén ica se deduce n o tanto de la fecha, re co n stru id a p o sterio rm en te, de la g u e rra de


T ro ya y de sus co n exio n es su m am en te p ro b lem áticas c o n las ru in as de la fam o sa c iu ­
d ad d el H e le s p o n to 21, sin o m ás b ie n d el p a p e l p rin c ip a l d el rey de M icen as y de o tra
serie de d etalles q ue a p u n ta n cla ra m e n te a la E d a d d el B ro n c e . L a v e rd a d e ra ép o ca
de e sp le n d o r de la é p ica , sin e m b a rg o , p ro b a b le m e n te n o se alcan zó h asta el siglo
VIII. A ú n n o ha p o d id o aclararse hasta q u é p u n to lo s in n egab les e lem en to s d el P r ó ­
x im o O rie n te en la épica d eriva n de la épo ca m icén ica o hasta qué p u n to se b asan en
contactos p o ste rio re s c o n el E ste. L o s p o em as ép ico s d ifíc ilm e n te p u d ie r o n h ab erse
c o n s ig n a d o p o r e sc rito an tes de y o o m , p e r o la fe c h a e n q u e se d io este p aso n o
p u e d e situ arse m ás allá de u n as d écad as m ás ta rd e ; se sigu e d isc u tie n d o si a lg u n o s
fra g m e n to s de la Ilíada y la Odisea fu e r o n co m p u esto s a ú n e n el siglo VI. E l n o m b re
tr a d ic io n a l « H o m e r o » y e l e p íte to « h o m é r ic o » p u e d e n usarse to d avía p a ra r e fe ­
rirs e de m an era glo b al a lo s textos con servad o s, au n q u e las d iferen cias en la c o n c e p ­
c ió n , la estru ctu ra y el d e sa rro llo m u estra n casi c o n certeza que la Ilíada y la Odisea n o
s o n o b ra d el m ism o b a rd o .
P e ro a q u í d eb em o s o c u p a rn o s só lo d e l s ig n ific a d o de « H o m e r o » p a ra la r e l i­
g ió n de lo s g rie g o s 83. E n la tr a d ic ió n é p ica m ás a n tigu a d eb ía de ser ya u su a l h a b lar
so b re lo s d io ses, co m o in d ic a n el le n g u a je fo r m u la r y lo s p arale lo s c o n el P ró x im o
O rie n te . E n la m ito lo g ía h ab ía h isto ria s q u e tratab an sólo sobre d ioses, so b re b a ta ­
lla s de d io se s y m a t r im o n io s de d io se s; lo s h é r o e s p o d e r o s o s p o d ía n e n fr e n ta rs e
d ire cta m en te a lo s d ioses, co m o G ilg a m e sh se e n fre n ta a Ish tar, o H eracle s a H e ra .
E n la é p ica g rie g a lo s h é ro e s m ás p o d e r o s o s so n h ijo s o al m en o s n ie to s de d io ses;
H e r a c le s es h ijo de Z e u s , H e le n a , su h ija , y T e tis, la d io sa d e l m a r , es m a d re de
A q u ile s. L as luch as de los h éro e s, p o r tan to, p ro v o c a n q u e los dioses ta m b ié n actúen
y n o só lo e n la é p ic a de H e r a c le s. G u a n d o A q u ile s lu c h a c o n M e m n ó n , las d os
m adres divinas, T etis y E o s, acu d en rá p id a m e n te ; éste fu e p ro b a b le m en te el tem a de
u n p o e m a ép ico p re -Iliá d ic o y aparece ta m b ié n e n u n a d e las m ás antigu as p in tu ra s
vasculares m ito ló g ic a s84. A s í, se p ro d u c e u n a n a rrativa q u e se d esd ob la en dos n iv e ­
le s, c o m o si fu e r a u n a d o b le e sc e n a ; la a c c ió n d iv in a y la a c c ió n h u m a n a e je rc e n
in flu e n c ia u n a so b re o tra . L o s d io se s s o n e sp e cta d o re s, p e r o in te rv ie n e n rá p id a ­
m en te si c o n sid e ra n que algo afecta a sus in tereses. S eg ú n la evid encia fo rm u la r, éste
debe de ser tam b ién u n rasgo p re h o m é ric o , com o lo es el re fin a m ie n to p o r el que la
in te rv e n c ió n d iv in a se m a n ifie sta p re fe re n te m e n te e n el á m b ito p síq u ic o : u n d io s

the Homeric Verse, I 9 7 l¡ A . B . L o rd , The Singer o f Tales, i 9 6 0 [B. Hainsworth, Introduction, en Thelliad,
A. Commenta/y, III, 1 9 9 3 - ΡΡ· Ï - 3 1]·
21 E . M eyer, ÆESuppl. X I V ( l 9 7 4 ), cols. 8 1 3 - 8 1 5 .
22 L a inscripción griega más antigua durante m ucho tiempo, IG I2 9 19 (véase II 7, n· 73 ) > se data en
torno a 7 3 0 , Je ffe ry , p. 6 8 , cfr. pp. 1 6 s. C f r . A . H eubeck, Schrift, en Archaeologia Homerica III. X ,
19 7 9 . U n a inscripción más antigua de Isdira: PP 3 3 (1 9 7 8 ), pp. 13 - Γ3 7 [Puntos de vista diferen­
tes sobre texto hom érico y escritura, con amplio estado de la cuestión, e n j . Signes C odoñer, Escri-
turaj) literatura en la Grecia arcaica, 2 0 0 4 ] ·
23 C . F. Nägelsbach, Homerische Theologie, 3l 8 8 4 ; W . F. O tto (i), 1 9 2 9 ; Ε . Ehnm ark, The Idea o f God in
Homer, tesis doct., Uppsala, 1 9 3 5 ; H . Schrade, Götter und Menschen Homers, 1 9 5 2 ; W . K u lim ann, Das
Wirken der Götter in der Ilias, 19 5 6 ; Verm eule (2 ), 1974 ·; W . Bröcker, Theologie der Ilias, 19 75 ; O . Tsaga-
rakis, Nature and Background o f Major Concepts o f Divine Power in Homer, 1 9 7 6 .
24 H . Pestalozzi, Die Achilleis als Quelle der Ilias, 1 9 4 5 ; W . Schadewaldt, Von Homers Welt und Werk, * 19 6 5 , pp·
1 5 5 - 2 0 2 . La escena en u n vaso de M únich : Fittschen, p. 19 6 , η . 9 3 6 ; ánfora cicládica: Schefold,
lám. I O . C fr. asimismo A . Kossatz-Deissmann, LIM C s.v. Achilleusl (19 8 1), pp. t75 [ 7 9 : n°‘ 8 0 7 - 8 4 4 ·
1. EL HECHIZO DE HOMERO 167

« m a n d a » o « la n z a » v a lo r y d e s e s p e ra c ió n , astu cia y o b c e c a c ió n « d e n t r o d e » la
p e rso n a ; el in ic io y la d ec isió n de c u a lq u ie r cosa que se m ueva e n la c o n scie n cia d el
b o m b re , sea cual sea el resu ltad o de sus p la n e s, ra d ic a n en lo s d io se s25.
E n la c o m p o sic ió n de n u estra Ilíada la d o b le escena de la « m a q u in a ria d iv in a » se
usa de u n a fo rm a ú n ic a , n o sólo p ara su m in istra r m o tiv a c ió n d ivin a p a ra la a c ció n
h u m a n a , sin o p ara re fle ja r la u n a e n la otra, las dos e n p arale lo y p o r con traste. L o s
d io se s « d e v id a f á c il» re p re s e n ta n el m u n d o o p u e sto al de lo s « m o r t a l e s » 20.
G u a n d o a p arecen las p rim e ra s con secu en cias de la ir a de A q u ile s , desde el O lim p o
re sp o n d e la h o m é ric a « r is a in e x tin g u ib le » de lo s dioses felices; cu an d o la batalla en
to r n o al c a m p a m e n to de lo s aq u eo s se acerca a su p u n to c u lm in a n te , H e r a d ecid e
se d u c ir al « p a d re de los d ioses y lo s h o m b r e s » y d o r m ir lo ; c u an d o A q u ile s d e s e n ­
ca d e n a su t e r r ib le v e n g a n z a p o r P a tr o c lo , lo s d io se s ta m b ié n se u n e n a la b a ta lla
lu c h a n d o u n o s c o n tra otro s, p e ro n o es m ás que u n a farsa in o fe n siv a. D e b id o a este
tr a ta m ie n to b u r le s c o de lo s d io se s, la Ilíada h a sid o d e sc rita c o m o « e l m ás i r r e l i ­
g io s o » de to d o s lo s p o e m a s27; otro s in té rp re te s, sin e m b argo , h a n in sistid o e n que
esta característica es m ás b ie n exp resió n de la su b lim id a d ú n ica, esp on tán ea y n atu ral
de lo s d io se s28. L o s griegos, en c u a lq u ier caso, tu v ie ro n que acep tar a lo s dioses ta l y
co m o fu e r o n retratad os en este p o e m a .
L a Odisea29 ta m b ié n em p lea este d o b le escen ario de a cció n d ivin o y h u m a n o ; tod a
u n a serie de asam bleas de d ioses sirv en de m arco al p o e m a . S in em b argo , A te n e a es
virtu a lm en te la ú n ic a d iosa que d esem p eñ a u n p ap el activo: a co m p añ a a T elém aco ,
organ iza la acogida de O d iseo entre lo s feacio s, le acon seja a su llegada a Itaca, in t e r ­
vien e p erso n a lm e n te en la lu ch a c o n tra los p re te n d ien te s y fin a lm e n te trae de n u evo
la paz. L a a c c ió n q ue c o n d u c e a lo q u e es b u e n o y ju s to se c o n v ie rte a q u í, m ás a ú n
que e n la Ilíada, e n p arte de u n p la n d iv in o ; ello n o s ig n ifica , sin e m b a rg o , que lo s
d ioses sean resp o n sab les de lo s su frim ie n to s q ue los h o m b re s se p ro c u r a n a causa de
sus desm anes. E l tratam ien to b u rle sco de lo s dioses se in tro d u c e sólo en el canto d el
b a rd o e n tre lo s le ja n o s fe a c io s. E se r e fle jo casi ir ó n ic o de lo s n iv ele s h u m a n o y
d ivin o tan evidente e n la Ilíada falta e n la Odisea y en su lu g a r se sitúa en p rim e r p la n o
u n a fo rm a de d ev o ció n m oralizan te.
Ju n t o a « H o m e r o » se en cu en tra H e sío d o , u n a fig u ra p oética o rig in a l y tan gible.
C o n la Teogonia30 creó u n m an u al básico de re lig ió n griega. A q u í los p o d eres del u n i ­
ve rso y e n p a r tic u la r lo s d io se s d o m in a n te s se p re s e n ta n d e n tro de u n co n te x to
co h eren te y m em o rab le, m ed ian te el recu rso de la gen ealo gía: e n g e n d ra r y dar a luz.
L o s d ioses se su b d ivid e n en tres g e n e ra c io n e s; la segu nd a g e n e ra c ió n llega al p o d e r
a través de u n a a c ció n execrable, la castració n de « C i e l o » p o r G ro n o , m ien tras que

25 B. S n ell, Die Entdeckung des Geistes, *1975* ΡΡ· rr) 1 177 [trad, esp .: Lasfuentes del pensamiento europeo, 1 9 65];
N ilsso n , « G ö tte r u n d P sychologie b e i H o m e r » , en Op. I, p p . 3 5 5 - 3 9 1: D odds, pp. 1- 2 7 ; A .
Lesky, Göttliche und menschliche Motivation im homerischen Epos, SB H eidelberg, Γ9 GΓ, p. 4 ; sobre la in te r re -
lac ió n de psico lo gía y técnica o ral: J . R usso -B . S im o n , JHistïd 2 9 (1 9 6 8 ), p p. 4 &3 ~4 9 8 ·
26 G fr. sobre todo K . R ein h ard t, Das Parisurteil, 1938 = Tradition und Geist, i9 6 0 , pp. 1 6 -3 6 .
27 P- M azon, Introduction à l’Iliade, 1 9 4 2 , p. 2 9 4 >cfr. G. M . Bowra, Tradition and Design in the Iliad, J 9 3 0 ; Ρ·
2 2 2 ; G. M u rray, The Rise o f the GreekEpic, 119 3 4, p. 2 6 5 .
28 Sobre «d io se s que ríen>>, véase III 4 , n . 4 8 .
29 Sobre la diferente naturaleza de la Odisea: A . H eubeck, Der Odysseedichter und die Ilias, 1 9 541PP· 72 -0 7 ;
B u rkert, «D a s L ied v o n A res u n d A p h r o d ite » , RhM 103 ( i9 6 0 ) , pp. 130-144·
30 G fr. West, 1966.
ι 68 3. LOS DIOSES

la tercera g e n e ra c ió n , lid e ra d a p o r Z eu s, resu lta v icto rio sa en u n a g ra n batalla c o n ­


tra lo s T ita n e s e in stau ra u n d o m in io d u ra d e ro y u n o rd e n ju sto que Z eu s con sigu e
d e fe n d e r c o n tra la revu elta de T if e o . A m b o s m ito s cen trales, el m ito de la su cesió n
y el de la lu ch a, tie n e n d etallad o s p a ra le lo s h itita s31; así p u es, estos m ito s d eb en ser
co n sid e ra d o s com o p réstam o s de A s ia M e n o r, de lo s que el p ro p io H e sío d o d ifíc il­
m e n te p u e d e ser re sp o n sa b le , p e r o lo s m ito s n o p u e d e n h a b e r sid o in tro d u c id o s
h asta el sig lo V III. L o s Catálogos, q u e p r e s e n t a n a la s dramatis personae d e casi to d a la
m ito lo g ía griega d en tro de u n con texto gen ealó gico cu id ad osam ente elab o rad o , f o r ­
m an u n a c o n tin u a c ió n d irecta de la Teogonia, au n q u e n o so n u n ita rio s y, al m en o s en
p arte , p ro c e d e n de épo ca m ás tard ía.
E l n o m b re de « H o m e r o » se asocia ta m b ié n a u n a serie de Himnos32, m ás p r o p ia ­
m en te llam ad o s Pooímia, p o em as épico s de e x te n sió n m o d e ra d a , d estin ad os a in t r o ­
d u c ir las re c ita c io n e s épicas en las fiestas de lo s d io se s. C a d a u n o in vo ca a u n d io s
e sp e cífico y lo p re se n ta al p ú b lic o c o n ta n d o su h is to ria , su n a c im ie n to y e p ifa n ía .
L o s h im n o s m ás largo s están d ed icad os a D io n is o , D e m é ter, A p o lo , H erm e s y A f r o ­
dita; estilísticam ente son p o ste rio re s a los gran d es p oem as épicos, au n q u e p ro b a b le ­
m en te fu e r o n com p u esto s aú n e n lo s siglos VII y VI.
H e s ío d o c o m p a rte c o n « H o m e r o » la té c n ic a su m a m e n te d e s a rr o lla d a de la
ép ica a n tigu a . U n rasgo e stilístico lla m a tiv o , q u e ta m b ié n h ace c o n sid e ra b le m e n te
m ás fácil la c o m p o sic ió n de lo s versos, es el uso de epítetos fijo s, esp ecialm en te p ara
los d io ses. Esto s epíteto s d e lim ita n algu n as características esenciales d el d io s que se
im p r im e n e n la m e m o ria a través de la re p e tic ió n con stan te: Z eu s « q u e a m o n to n a
las n u b e s » , P o s id ó n « d e c a b e llo o s c u r o » , H e r a « d e b la n c o s b r a z o s » , A fr o d it a
« á u r e a » y A p o lo « d e l arco de p la t a » . A ú n m ás im p o rta n te es el arte a n im ad o de la
n a rr a c ió n q ue crea u n m u n d o p r o p io e n el q ue d io ses y h o m b re s h a b lan , actú an y
re a c c io n a n . S e g ú n se d esenvuelve el d ra m a, los d io ses se c o n v ie rte n en p e rso n a je s,
p erso n a s q ue el oyente p u ed e c o m p re n d e r y re c o n o c e r in e q u ívo cam e n te . L o s g r a n ­
des dioses o lím p ic o s a d q u ie re n u n a id e n tid a d d u ra d era a p a r tir d el ám b ito de ir r a ­
d ia c ió n de la p o esía h o m é ric a y a través de ésta; D e m é te r y D io n is o , pasados p o r alto
en los p o em as ép ico s, están p resen tes e n lo s Himnos.

Fueron H om ero y Hesíodo los que crearon para los griegos una genealogía de los
dioses, asignaron a los dioses sus epítetos, repartieron sus honores y com peten­
cias y les atribuyeron su form a33.

31 « E l reinado en los cielos>>, A N ET 1 2 0 s. ; « E l canto de U llik u m m i» y « E l m ito de Illuyankas»,


A N E T X 2 1 -1 2 6 ; A . Lesky, «H ethitische Texte u nd griechischer M yth os», Anzeiger der Akademie in Wien
( 1 9 S 0 ) , pp. 1 3 7 - 1 6 0 = Gesammelte Schriften, 1 9 6 6 , p p . 3 5 6 ~ 3 7 I > ΡΡ· 3 7 2 ~ 4 ·0 0 ; A . H eubeck,
«M yth ologische Vorstellungen des A lte n O rientes im archaischen G rie c h e n tu m » , Gymnasium 6 2
(x95 5 )> PP· 5 ° 8 - 5 2 5 '> F« D irlm eier, «H o m erisch es Epos -undVorderer O rie n t» , i?hM 9 8 ( 1 9 5 5 ) ,
pp. 1 8 - 3 7 = Ausgewählte Schriften, IQ JO , pp. 5 5 - ^7 ; G . Steiner, DerSukzessionsnrythos in Hesiods Theogonie und
ihre orientalischen Parallelen, tesis doct., H am burgo, 195 $ ! P· Walcot, Hesiod and the Near East, 19 6 6 [traduc­
ciones comentadas en español de A . Bernabé, Textos literarios hetitas, *19 8 7 (con indicación de parale­
los griegos); J . V . García Trabazo, Textos religiosos hititas, 2 0 0 2 (con textos hititas actualizados)]. E n la
Ilíada, el m ito de la sucesión se presupone en la fó rm ula —lingüísticam ente reciente— « h ijo de
Gron o de tortuosa in ten ció n » para referirse a Zeus (por ej. II. 2, 2 0 5 ) .
32 T . W . A llen , W . R . H allid ayy E . E . Sikes, The Homeric Hymns, 2I 9 3 6 ; Richardson, 1 9 7 4 [trad. esp. y
comentarios en A . Bernabé, Himnos Homéricos. La Batracomiomaquia, 19 7 8 ] .
33 H dt. 2, 5 3 -
1. EL HECHIZO DE HOMERO 169

L a p o e sía líric a in d iv id u a l q ue aparece en la segu n d a m itad d el siglo VII co n A r q u í-


lo c o y e n to rn o a 6 0 0 c o n A lc e o y S a fo , lleva ya la im p ro n ta h o m é ric a , al igu al q u e
la v e rd a d e ra p o e sía de cu lto p a ra las fiestas d e lo s d io se s, la « l ír i c a c o r a l» , q u e se
te s tim o n ia p o r p r im e r a vez a lre d e d o r de 6 0 0 c o n A le m á n y q u e alcanza su m a y o r
g ra d o de p e r fe c c ió n c o n P ín d a r o . T a m b ié n p a ra la p o s te rid a d la v is ió n h o m é r ic a
sig u e s ie n d o el p u n t o de r e fe r e n c ia , in c lu s o p a ra la c rític a . H asta tal p u n to lo
« h o m é r ic o » p revaleció com o « a lg o sen cillam e n te s u p e r i o r » 34.
L as artes plásticas se in s p ira r o n en la p o e sía épica. F u e ra n cuales fu e r a n los íd o ­
los q ue se co n se rva ran d u ran te la E p o c a O sc u ra y vo lv ie ra n a p ro d u c ir se de n u evo a
p a r tir d el siglo VIII, aparecen re p rese n ta c io n e s o rig in a les de lo s dioses desde el añ o
7 0 0 a p ro x im a d am e n te , e n p r im e r lu g a r en las p in tu ra s de vasos co n escenas m it o ­
ló g ic a s 35; esta p in tu r a m ito ló g ic a es c la ra m e n te p ro d u c to d e l m o m e n to de m a y o r
e sp le n d o r de la épica, en to n ces a ú n de tra d ic ió n o ra l. L o s d ioses ya n o s o n ob jeto s
de v e n e ra c ió n fijo s e in m ó viles sin o q u e aparecen en el b u llic io de la a cció n m ítica:
se m u e s tra n las b a ta lla s, e p ifa n ía s y n a c im ie n to s de lo s d io se s. Z e u s lan za su rayo
co n tra u n ad versario e n fo rm a de c e n ta u ro 36, A p o lo aparece so b re u n c a rro a la d o 37
y A te n e a salta de la cabeza de Z e u s 38.
L a e sc u ltu ra a g ra n escala, que flo re c e a p a r tir de 6 5 0 a p ro x im a d a m e n te , d e s ­
a r r o lla sus p rin c ip a le s tip o s de fig u ra s —el koúros d e sn u d o de p ie , la kóre de p ie y la
im a g e n se d e n te — s in n in g ú n tip o d e d ife r e n c ia c ió n e n t r e d io ses y h o m b re s . A
m en u d o es m otivo de disputa si el que está rep resen tad o es u n d io s o u n h o m b re : en
el aspecto físic o , el p o rte y el sem b lan te los d ioses so n co m o lo s h o m b re s; m ás b ie n ,
lo s h o m b re s so n « p a r e c id o s a lo s d io s e s » . P o r tan to e ra n e c e sa rio d e s a rr o lla r u n
ca n o n de atrib u tos ic o n o g rá fic o s m ed ian te lo s cuales lo s dioses p u d ie r a n ser id e n ti­
ficad o s. A lg u n o s esquem as ic o n o g rá fic o s se to m an d el P ró x im o O rie n te —la S e ñ o ra
o el S e ñ o r de los an im ales, el d io s c o n el a rm a y co n el rayo y la d iosa c o n el e s p e jo -
p e ro aq u í tam b ién la p o esía épica es de vital im p o rta n cia : A p o lo y A rte m is llevan u n
arco, A p o lo p u ed e llevar altern ativam en te u n a lira y H e r a sostien e u n cetro ; A te n e a
aparece co m p le ta m e n te arm ad a c o n casco, escu d o , lan za y égid a; H e rm e s, el m e n ­
sajero de los dioses, lleva el caduceo co n dos serp ien tes enroscadas y sandalias aladas.
L o s d ioses van a m en u d o acom p añ ad os de sus a n im a le s39: A p o lo y A rte m is am an el
corzo y el ciervo , Z eu s, el águ ila y A te n e a la lech u za; P o sid ó n lleva u n pez. E l to ro ,
s in e m b a rg o , p u e d e a c o m p a ñ a r a Z e u s, a P o s id ó n o a D io n is o y el m ach o c a b río
p u ed e a p a re c e r ju n t o a H erm e s, D io n is o o A fr o d ita . L o s d ioses tam bién tien en sus
p lantas favoritas: el la u re l p ara A p o lo , el o livo p ara A te n e a , las am ap olas y los c e re a ­
les p ara D e m é ter, la viñ a y la h ie d ra p ara D io n is o y el m irto p ara A fr o d ita ; las c o r o ­
nas de m irto , sin e m b a rg o , se e n c u e n tra n ta m b ié n e n re la c ió n co n D e m é te r y hay
a sim ism o c o ro n a s de a ceb u ch e en O lim p ia 40. E ste sistem a s e m ió tic o n o es n i

34 K . Reinhardt, «Personifikation und A lle g o r ie » , en Vermächtnis der Antike, 2I 9 6 6 , p. 17 : «Lo


rico p o r tanto aquí como en general, no es sólo fantasía poética; se extiende com o algo sim ple­
mente superior sobre la época más antigua: como una nueva re lig ió n ».
35 C fr. Schefold, 19 6 4 , yFittschen, 19 6 9 .
36 Schefold, p. 2 7 . fig· 4 ( 6 7 5 ~ 6 f)0 a .G .).
37 Schefold, lám. 10 ; Sim on, p. 1 2 7 (ca. 6 5 0 )..
38 Schefold, lám. 1 3 ; Sim on, p. 18 6 ( 6 8 0 - 6 7 0 ) .
39 C fr. I I I , nn. g O y g i .
40 C fr. II 5, n. 2 2 ; P. G . Maxwell-Stuart, «M yrde and the Eleusinian Mysteries», 6 (19 72), pp.
3. LOS DIOSES

c e rra d o n i lib r e de c o n tra d ic c ió n , e sp e c ia lm e n te c u a n d o las tra d ic io n e s d e l cu lto


lo c a l im p o n e n u n a y otra vez su in flu e n c ia . C u a n d o , e n to rn o a fin a les d el siglo VI,
las im ágen es de los dioses p ro tec to res de las ciu d ad es em p iezan a aparecer e n m o n e ­
das, las re p rese n ta c io n e s y lo s a trib u to s d ivin o s se vu elven o m n ip re sen te s.
E l arte de la épo ca clásica tien d e a p re sc in d ir de los atribu tos y a caracterizar a los
d ioses exclusivam ente p o r su éthosi l . E n el g ru p o de lo s doce dioses d el g ra n fris o d el
P a rte n ó n , in c lu so A te n e a aparece sin a rm a d u ra , a u n q u e sí ju n t o al p e p lo q u e se le
e n treg a d u ra n te la fiesta . L a s o tra s fig u r a s d e l fr is o se id e n tific a n p rin c ip a lm e n te
p o r la fo r m a e n q u e están a g ru p a d a s: Z e u s está e n tro n iz a d o ju n t o a H e r a , q u e se
desvela ante él, H efesto se sien ta ju n t o a A te n e a , H e rm e s, al lad o de D io n is o y P o si­
d ó n , ju n to a A p o lo —el dios b a rb a d o m ás v iejo en con traste co n el dios m ás n o to ria ­
m en te jo v e n —¡ A rte m is se sienta ju n t o a su h e rm a n o y A re s está rep resen tad o en u n a
p o stu ra tensa, p re p a ra d o p a ra p o n e rs e de p ie de u n salto; lo s ú n ico s d ioses p ro v is ­
tos de a trib u to s s o n D e m é ter, q u e lleva u n a an to rch a , y A fr o d it a que tien e u n E ro s.
L a im a g e n c ris o e le fa n tin a d e Z e u s e n O lim p ia se c o n s id e ró la m áx im a re a liz a ­
c ió n d el arte p lá stic o e n la r e p re s e n ta c ió n de la d iv in id a d 42 y se co n ta b a e n tre las
« m a ra v illa s d el m u n d o » . U n a id ea de esta g ra n estatua p u e d e extraerse d e las d es­
c rip c io n e s y de las im ágen es de las m o n e d as, au n q u e d el o rig in a l sólo se h ayan c o n ­
servado a lgu n o s de los m o ld es de lo s p lie g u e s d el vestid o . A d ife re n c ia de las e scu l­
tu ra s a rc a ic a s de Z e u s, q u e re tr a ta b a n a l d io s a n d a n d o re s u e lta m e n te a g ra n d e s
zancadas y la n z an d o su rayo , Fid ias re p rese n ta al m ayo r de los dioses sen tad o e n u n
tr o n o , u n a fig u ra im p o n e n te —se d ecía q u e si se levantara, su cabeza a b riría el techo
d el te m p lo — p e ro seren o y tra n q u ilo e n la m ajestad de su ser. Se alegaba que el p r o ­
p io F id ia s 43 decía q ue la in s p ira c ió n p ara esta fig u ra ve n ía de H o m e ro , de esa escena
e n el p r im e r lib r o d e la Ilíada d o n d e Z e u s a sie n te c o n la cabeza p a r a c o n c e d e r su
p e tic ió n a la su p lican te d io sa T etis:

D ijo, y sobre las oscuras cejas asintió el C ro n ió n ; y las inm ortales guedejas del
soberano ondearon desde la inm ortal cabeza, y el alto O lim po sufrió una honda
sacudida.

Este a sen tim ie n to c o n la cabeza, q u e sólo se hace visib le e n las cejas oscu ras co m o el
lap islázu li (kyanéessin) y el cabello o n d e a n te , p e r o que hace tem b lar la m o n tañ a de los
d io se s, es u n a p e r s o n ific a c ió n de la su p re m a c ía d iv in a e n la q u e la d e c is ió n es ya
c u m p lim ie n to ; el c o n to rn o de u n sem blan te d ivin o g o b ie rn a sobre el d estin o : ta m ­
b ié n esto p ro c e d e de « H o m e r o » .
H asta la épo ca de Fid ias la p o e sía es la fu erza que rige tod a la « v id a p ú b lic a » ; es
el m e d io q ue llega a m uchas p erso n a s a la vez y que expresa y da fo rm a a o p in io n e s e
ideas g e n e ra les; h asta m ed iad o s d el siglo VI ten ía el m o n o p o lio de e llo . E n p a r tic u ­
la r, h a b la r de los dioses es tarea de los p o e ta s; u n a fo rm a de h a b lar extrem ad am en te
in u su a l, e n u n le n g u a je a r t ific ia l a lta m en te e stiliz a d o , n u n c a h a b lad o e n n in g u n a

41 N . H im m elm ann-W ildschütz, %pr Eigenart des klassischen Götterbildes, 1 9 5 9 ; Walter passim; sobre la asam­
blea de los dioses en el friso del Partenón: H . K n ell, Antaios 1 0 ( 1 9 6 8 - 1 9 6 9 ) , pp. 3 8 - 5 4 *
42 Véase II 5 , n. 8 3 .
43 Strab. 8 , 354 ·; ^ i ° C h rys. Or. 1 2 , 2 5 : V al. M ax. 3 > 7 ext* 4 : M acrob . Sat. 5 , I 3 > 2 3 - E l pasaje
hom érico es II. i , 5 2 8 - 5 3 0 .
2. DIOSES INDIVIDUALES

o tra ép o ca, asociad o g e n e ra lm e n te c o n la m ú sica y la danza y d eclam ad o en o c a s io ­


n es festivas esp eciales. E l le n g u a je p o é tic o n o tra n sm ite in fo r m a c ió n ob jetiva; crea
u n m u n d o p ro p io , u n m u n d o en el que los dioses viven sus vidas. C o n la p é rd id a de
este m o n o p o lio de la poesía, co n la d ifu sió n de la escritura en p rosa, el p rob lem a d e la
theologia a p arece sú b ita m e n te e n el á m b ito d e u n a fo r m a r a c io n a l y re sp o n sa b le de
h a b la r de lo s d io ses. S i el c o n flic to q ue su rg ió de esta fo rm a n o e n c o n tró n in g u n a
so lu c ió n g e n eralm en te aceptada, ello se d eb ió a la fu erza im b o rra b le de la in flu e n c ia
de H o m e r o .

%. D i o s e s i n d i v i d u a l e s

E n A sia M e n o r se c o n o cía desde m u ch o tiem p o atrás u n g ru p o de « D o c e D io s e s » .


D e la m ism a m an era , los griegos re u n ie ro n a sus dioses m ás im p o rta n te s en u n c o n ­
ju n to de « D o c e » . E l n ú m e ro es fijo ; algu n o s n o m b re s varían , esp ecialm en te H e s -
tia y D io n is o 1. S i seg u im os la sele c c ió n re a liz a d a p a ra el g ru p o c en tra l d e l fris o d el
P a rte n ó n , e n c o n tra re m o s esas doce fig u ras m o ld ead as in d iv id u a lm e n te que p u e d e n
ser con sid erad as sin m ás co m o los « d io s e s de lo s g r ie g o s » .

2 .1. Z eus

« Z e u s » 8 es el ú n ic o n o m b re de d io s g rie g o q u e es to ta lm e n te tra n sp a re n te e n su
e tim o lo g ía y q ue, de h ec h o , h a sid o to m ad o co m o e je m p lo d u ra n te m u ch o tiem p o
e n la lin g ü ís tic a in d o e u r o p e a 3. E l m ism o n o m b r e a p a re c e p a r a el d io s d el C ie lo
in d io D jauspitar, e n el ro m a n o Diespiter / Iuppiter y en el g e rm á n ic o Tues-day-, la raíz se
e n c u e n tra e n el la tín deus « d i o s » , dies « d í a » , y en el g rie g o eudía « b u e n t ie m p o » .
Z e u s es p o r tan to e l P a d re C ie lo , el lu m in o s o cie lo d iu r n o . P a ra el h o m b re p r á c ­
t ic o 4 el cie lo d iu r n o n o tie n e g r a n in te ré s , de h e c h o , en la r e lig ió n in d ia , D y a u s
q u e d a b a sta n te e c lip sa d o p o r o tro s d io se s m ás a ctiv o s. S ó lo p a r a lo s g rie g o s y lo s
ro m a n o s es el Pad re C ie lo el d io s su p rem o y lo es p rin c ip a lm e n te en cu an to d io s de

1 D oce dioses de Yazilikaya: A k u rgal-H irm er, láms. 8 o , 8 7 ; « D o c e dioses del m ercado» e n ja n to ,
Licia: Kaibel, n° 7 6 8 = TAM I 4 4 ; relieves tardíos: O . W einreich, Lykische Zjvölfgötterreliefs, S B H eid el-
berg, 1 9 1 3 ; G dH I, p. 3 2 9 ; nuevos ejemplares: H . Metzger, Catalogue des monuments du musée dAntalya,
1 9 5 2 , pp. 3 4 - 3 8 ; Bulletin Epigraphique (19 6 6 ), nos 4 ^ 6 - 4 2 7 ; cultos griegos: Hymn. Herrn. 1 2 8 s .; H ella ­
nic. FGrHist 4 F 6 [fr 6 Fowler = fr. 6 C aerols]; A tenas: véase III 2 .8 , η . 2 0 ; O . W einreich, RMLs.v.
ZjvölgötterVI ( 1 9 2 4 - 1 9 3 7 ) . cols. 7 6 4 - 8 4 8 , en particu lar cols. 8 3 8 - 8 4 1 (« Ü b e rs ic h t über die
N a m e n » ).
2 PR I, pp. 115 - 15 9 ; C G S I, pp. 3 5 - 1 7 8 ; E . Fehrle, K . Ziegler y O . Waser, RML V I ( i 9 2 4 - I 9 37 ) ’ c° l s·
5 6 4 - 7 5 9 ; C o o k passim, GGR, pp. 3 8 9 - 4 2 6 ; H . D iels, « Z e u s » , ARW 2 2 ( 1 9 2 3 - 1 9 2 4 ) . PP· i - i 5 ; U .
von W ilam ow itz-M oellendorff, « Z e u s » , Vorträge der Bibliothek Warburg ( l 9 2 3 - I 9 2 4 )» Ρ Ρ · Ι - 6. reim p.
1 9 6 4 ; H . von H ülsen, Zgus, Vater der Götter und Menschen, 19 ^ 7 ; K erén yi ( 3 ) ; I. Ghirasssi C o lo m b o ,
«M o rfo lo gía di Z e u s » , PP 1 6 3 0 ^9 75 ) >ΡΡ· 2 4 9 _ 2 7 7 1> FÏ* Schwabl, RE s.v. ^us (Ejíifcíesen), X A ( 1 9 7 2 ) ,
cols. 2 5 3 '3 7 6 y REs.v. Zs-us, Suppl. X V (19 7 8 ), cols. 9 9 3 ~I 4 8 l; K . W . Arafat, Classical /¿us, A Study in
Art and Literature, 19 9 O ; M . Tiverios y otros, LIM C s.v. /¿us V III ( l 9 9 7 )< PP* 3 I 0 ~ 374 ··
3 FriskI, pp. 6 10 s. ; Chantraine, p. 3 9 9 ; significado más preciso «resplandecer»: H . Zim m erm ann,
Glottal3 (19 2 4 ). P- 9 5 ; Ρ· Kretschmer, Gbtta 1 3 (19 2 4 X PP- IO I-II 4 ; Kerényi (3), pp, 7 ~I 3 · Véase I 2 ·
4 GGR, p. 3 9 1 .
3. LOS DIOSES

la llu via y la tem pestad : Z eu s es u n « d io s d el tiem p o a tm o s fé r ic o » m u ch o m ás de lo


q u e s u g ie re la e tim o lo g ía y e llo lo r e la c io n a c o n lo s « d io s e s d el tie m p o a tm o s fé ­
r i c o » de A s ia M e n o r, c o n lo s q u e d e h ec h o fu e p o ste rio rm e n te e q u ip a ra d o . Y a en
é p o ca m ic é n ic a Z e u s e ra u n o d e lo s d io se s m ás im p o rta n te s , q u izá in c lu s o el d io s
su p re m o : da n o m b re a u n m e s5.
Z eu s, seg ú n lo s epítetos h o m é ric o s, es « e l que a m o n to n a las n u b e s » , « e l oscu ro
n u b la d o » , « e l q ue tru e n a en lo a l t o » , « e l q u e lanza ra y o s» ; e n la len gu a c o lo q u ia l
se p u e d e d e c ir « Z e u s llu e v e » e n lu g a r d e « l l u e v e » ; e n é p o ca im p e r ia l lo s n iñ o s
todavía c a n ta b a n 6: « llu e v e , llu e ve, q u e rid o Z e u s, soK re lo s cam pos de lo s a te n ie n ­
ses» ; e n algu n o s de lo s an tigu o s rito s en h o n o r de Z e u s, se creía que el clim a p o d ía
d o m in a rs e p o r m e d io d e l s a c r ific io h u m a n o , lle v a d o a cabo al m e n o s d e m a n e ra
s im b ó lic a e n b a n q u e te s n o c t u r n o s de h o m b re s l o b o 7. Z e u s vive e n las m o n ta ñ a s
d o n d e se a c u m u la n las n u b es de to rm e n ta , e n el m o n te L ic e o e n A rc a d ia , e n el oros
de E i|in a y e n el m o n te Id a cerca de T ro y a : allí, seg ú n H o m e r o , tien e su témenos y su
a lta r y la Ilíada n a rr a có m o yace a llí c o n H e r a , en vu e lto e n u n a n u b e d o ra d a de la
que caían gotas b rilla n te s. E l d ifu n d id o n o m b re O lim p o 9 d esignaba la m o n tañ a m ás
alta d el n o rte de T esalia, que e n co n se cu en cia llegó a s e r la m o ra d a de los d ioses —de
m o d o sem ejan te a lo que o c u rre e n la m ito lo g ía u garítica, d o n d e la asam blea de lo s
dioses ten ía lu g a r e n la M o n ta ñ a d el N o r t e 10. P o sterio rm e n te, « O lim p o » se e n te n ­
día tam b ién com o u n n o m b re p ara el cielo, p e ro esta asociació n p erm an eció in c ie rta ;
d io s d e l tiem p o a tm o sféric o y d io s d el cie lo n o p o d ía n re c o n c ilia rse .
U n a e p ifa n ía d irecta de Z eu s es el ra y o ; d o n d e cae se erig e u n te m p lo e n h o n o r
d el « Z e u s q ue d e s c ie n d e » (Kataibdtes)11. B a jo fo rm a de rayo , Z eu s se u n ió a S ém ele
e n u n ab razo m o rta l. E l rayo —re p re s e n ta d o ic o n o g r á fic a m e n te e n fo rm a d e lir io
según u n m o d e lo d el P ró x im o O r ie n t e 12— es el arm a de Z eu s, que sólo él d o m in a ; es
irre sistib le , in clu so los dioses tiem b la n ante él y los e n em igos de los dioses so n to tal­
m ente d estru id o s cuan d o cae; ante tal m an ife sta c ió n de e n ergía d ivin a, el h o m b re se
e n c u en tra im p o te n te , a te rro riz ad o y a la vez m aravillad o .
Z eu s es so b re to d o el m ás fu e rte de los d io ses. P u e d e d esafiar a los dem ás:

colgad del cielo una áurea soga y agarraos a ella todos los dioses y todas las diosas.
N i así lograríais sacar del cielo y arrastrar hasta el suelo a Zeus, el supremo maes­
tro, p o r m ucho que os fatigarais. Pero en cuanto yo me decidiera a tirar con
resolución, os arrastraría a vosotros ju n to con la tierra y el m ar13.

5 Véase I 3 . 6 , n. 5 - Sobre Zeus como dios del tiempo atm osférico: E . Sim on, en A da Z1“1 International
Colloquium on Aegean Prehistory, 19 7 2 , ρρ· 15 7 ^ ^ 2 ,
6 M arc. A u r . 5, 7 · Pero la expresión im personal « llu e v e » es igualm ente antigua: J . Wackernagel,
Vorlesungen über Syntax I, “19 2 6 , p. I16 .
7 H N pp. 9 7 - 1 3 3 . Procesiones « a Zeus Hyétios» en C o s: SIG 1 1 0 7 , GGR pp. 39 4 s .
8 II. 8, 4 8 . E l verdadero m onte Ida = K az Dagi, 1 7 6 7 m ., dista 6 0 km de Troya y no tiene nada de
im ponente: el dios de la tempestad se ha llevado consigo, p o r así decirlo, su m onte.
9 RE X V I I I I ( 1 9 3 9 ) , cois. 2 5 8 - 3 2 1 con 2 5 testim onios. E l santuario en el O lim p o tesalio (AM 47
[ 1 9 2 2 ] , p- 1 2 9 ) es sólo helenístico (Deltion 22 [1 9 6 7 h ΡΡ· 6 " I 4 )·
10 UgariticaÇ, (19 6 8 ) , p. 5 8 0 , n ° 9 ; Baal Zapon, el Señ o r del N orte, A N E T 4 8 5 , A T Es 14 , 2 ; el nom bre
divino S io n en el « N o r t e » : S a l4 8 , 2.
11 H . Schwabl, R E X A ( 1 9 7 2 ) , col. 3 2 2 ; H . Usener, Keraunos, e n Kleine Schriften TV, 1 9 1 3 , pp. 4 7 Ι_ 4 9 7 ·
12 P. Jacobsthal, Der Blitz in der orientalischen und griechischen Kunst, I 9 0 6 .
13 II. 8, 1 8 - 2 7 [trad. esp. de E m ilio C resp o ]. C fr. P. Lévêque, Aurea catena Homeri, 1 9 5 9 ·
2.1. ZEUS 173

L a ja c ta n c ia d ep o rtiva se fu n d e m aravillo sam en te co n la fan tasía cósm ica y el d ivin o


b r illo d e l o r o ; la « c a d e n a de o r o » fu e su je to de m ú ltip le s in te rp r e ta c io n e s p o r
p arte de lo s an tigu o s exegetas. L o s o tro s dioses p u e d e n p ro te sta r co n tra Zeus, p u e ­
d en in te n ta r d eso b ed ecerle o in clu so c o n sp ira r co n tra él, p e ro n ad a p u e d e a m e n a ­
zarle seria m e n te; es siem p re m uy s u p e rio r.
E l m ito , esp e cia lm e n te co m o lo cu en ta H e s ío d o , n a rra q u e n o sie m p re ha sid o
así, que Zeu s tuvo que co n q u istar su p o d e r lu c h an d o y d e fe n d e rlo c o n tra las re v u e l­
tas. A n te s de Z eus, d o m in a b a n los T ita n e s y go b e rn a b a G ro n o , el p ad re de Z eu s. E l
q u e G r o n o e n g u lle ra a sus h ijo s p ro c e d e d e u n m ito de s u c e s ió n d e l P ró x im o
O r ie n t e . Z e u s se salvó de este d e stin o p o r la astu cia de su m a d re R e a , q ue d io a
C r o n o u n a p ie d r a p a r a q u e la d e v o ra ra e n su lu g a r. G u a n d o Z e u s se h iz o a d u lto ,
g u ió a lo s d ioses e n la g u e rra c o n tra lo s T ita n e s : cie lo , tie rra , m a r y m u n d o su b te ­
r r á n e o se v ie r o n sa c u d id o s p o r la b a ta lla , p e r o Z e u s sa lió v ic t o r io s o g racias a sus
in v en cib les ra y o s14.
Z e u s es p o r tan to el « r e y » (ánax) en la le n g u a p o sth o m é ric a basileús. L o s griego s
tie n e n dos im ágen es de él: co m o el g u e rre ro q u e avanza resu eltam en te b la n d ie n d o
el rayo en su m an o d erech a levantada y com o la fig u ra e n tro n iza d a co n el cetro e n la
m a n o . S u a n im a l es el águila; el le ó n o rie n ta l le es a je n o . P o r o tro lad o , está e stre ­
ch am ente re la cio n a d o co n el sa crificio de to ro s, la d o m in a c ió n d el fu erte p o r el m ás
fu e rte .
L a n a rr a c ió n de la in fa n c ia de Z eu s se d escrib e c o n m ayo r detalle en u n a Teogonia
p osth esió d ica cre te n se 13, que cuenta cóm o u n g ru p o de jó v e n e s g u e rrero s, los G u r e ­
tes, b a ila b a n a g ita n d o sus e scu d o s e n to r n o al n iñ o Z e u s p a ra q u e su lla n to n o lo
delatara. A q u í aparecen reflejad o s rito s de in ic ia c ió n cretenses com o los que e n c o n ­
tra m o s e n lo s m is te rio s d el Id a : a llí cada a ñ o Z e u s re n a c e e n el r e s p la n d o r de u n
g r a n f u e g o 16. E n la dan za de g u e rr a de lo s jó v e n e s , Z e u s Diktaíos a p a re ce co m o el
« s u m o koúros» que « s a lta » sobre reb añ o s, sem brad o s, casas, ciu d ad es, naves y jó v e ­
nes c iu d a d a n o s1'7. D o n d e hay n a c im ie n to , hay m u erte ; es d ifíc il evitar la c o n c lu sió n
de que la in fa m e « T u m b a de Z e u s » en G reta, d o n d e lo s G u retes e n tie rra n a Z e u s 18,
sea el p o lo op u esto d el n a c im ie n to de Z eu s, au n q u e las tra d ic io n e s locales no p u e ­
d en re la cio n a rse fácilm en te.
E l h e c h o de q u e Z e u s d e s tro n a ra a su p r o p io p a d re p e rm a n e c e s ie m p re c o m o
u n a so m b ra o m in o sa en el tra sfo n d o . T o d o u su rp a d o r es am enazado c o n el m ism o
d e stin o . T a m b ié n p o n e n en p e lig ro a Z e u s m u je re s d estin a d as a d ar a luz u n h ijo
m ás p o d e ro so que su p ad re . S eg ú n H e s ío d o 19, M etis, la « In t e lig e n c ia » , fu e u n a de

14 H es. Theog. 4 5 3 - 5 ° 6 > 6 l 7 ~ 7 2 0 , cfr. A p o llo d . I, 4 “ 7 · Sobre los Titanes véase III 3 . 2 , n. 19 ; sobre
G ron o véase V 2 . 2 , n. 2 9 . N o hay ninguna representación segura de la Titanom aquia: R. H am pe,
Göttingische Gelehrte Anzeigen 215 (19 63)» pp· I 2 5 - I 5 2 , contra J . D o r ig y O . G igon, Der Kampf der Götter
undTitanen, 19 6 1, pero véase J. Bazant, LIMCs.v. Titanes, VIII (1997)» n°l. ρ· 31
(perdido).
15 Epim enides FGrHist 4 5 7 ^r · 18 = V5 3 B 24 [fr< 37 Bernabé; sobre la teogonia de Epim énides cfr.
R . B . M artínez N ie to , La aurora del pensamiento griego, 2 0 0 0 , pp. I I I ss.; W . A A . , Epimenide Cretese,
2 0 0 1 ] ; A pollod. 1, 5 ; Callim . Hymn. I, 4 2 - 5 4 * ju n to a u n mito acadio sobre el nacim iento, 4» 4 1 »
cfr. S. M arinatos, AA ( 1 9 6 2 ) , pp. 9 0 3 - 9 1 6 ; N . Neustadt, Delove Cretico, tesi doct., B erlín, 19 0 6 .
16 A n to n . L ib . Met. 19 . Véase I 4» η · VI 1. 2 , η η . 2 2 - 2 5 ·
17 V é a s e II 7 - η . 3 7 ·
1 8 Ennius Euhemerus fr. I I Vahlen2 = Euhem eri Messenii Reliquiae, ed. M . Winiarczyk, Test. 6 9 A ; el monte
Yuktas (véase I 3 . 2 , η . 2 2 ; I 3 · 3 > η · 2 l) no tiene nada que ver con la gruta del Ida o con Dicte.
19 H es. Theog. 8 8 6 - 9 0 0 .
3. LOS DIOSES
174

esas m u je re s y p o r e llo , Z e u s la e n g u lló in m e d ia ta m e n te d espués de la b o d a ; desde


e n to n c e s b a lle v a d o la « in t e li g e n c ia » d e n tr o de sí; el ú n ic o h ijo n a c id o de esta
u n ió n es Palas A te n e a . S e g ú n o tra v e r s ió n 80, es a la d io sa d e l m a r, T e tis, a la q u e
Z eu s debe re n u n c ia r p o r este m o tivo ; ella p o ste rio rm e n te fu e m ad re de A q u ile s c o n
P eleo .
L o s ú n ico s ad versario s q u e q u ed a n s o n lo s m o n stru o s, a lo s que desde el p r in c i­
p io se les asigna u n p a p e l n egativo, lo s q u e se re b e la n co n tra la su p rem acía de Z eu s.
U n o de e llo s es T i f e o 81, h ijo d e T ie r r a y T á r t a r o , u n a c ria tu ra h íb r id a m ita d
h u m a n a y m ita d s e rp ie n te , re p re se n ta d o n o rm a lm e n te c o n p ie s d e s e rp ie n te ; este
m o n s tr u o de a lie n to de fu e g o in te n tó e sta b le c e rse c o m o d o m in a d o r d e l m u n d o ,
p e r o Z e u s lo d estru yó c o n su rayo y lo la n z ó al T á r t a r o . P o ste rio rm e n te se con tab a
q u e y a cía b a jo el m o n te E tn a , d o n d e a ú n p o d ía v e rse su f ie r o a lie n to e sc u p ie n d o
desde el cráter.
L o s G ig a n te s 88, lo s e n o rm e s y a rm a d o s h ijo s d e la T ie r r a , se re b e la n c o n tra los
dioses o lím p ic o s en c o n ju n to . E s im p o sib le a trib u ir c o n certeza este m ito a n in g u n a
fu e n te lite ra ria an tigu a, p e ro se c o n v irtió e n u n o de lo s tem as fav o rito s de lo s a rtis­
tas e n el siglo VI : u n a b atalla lib ra d a e n com b ate sin g u la r en la q u e lo s sie m p re v ic ­
to rio so s d ioses e m p lea n sus d iversas arm as esp eciales: P o sid ó n su trid e n te , A p o lo su
a rco y H e fe s to su fu e g o . A q u í ta m b ié n es Z e u s c o n su ra y o el q u e asesta el g o lp e
d ecisivo . E l p o d e r es v io le n c ia la te n te q u e d eb e h a b erse m an ife sta d o al m e n o s u n a
vez e n a lgú n m ític o tiem p o re m o to . L a s u p e rio rid a d q u ed a garantizada sólo p o r los
in fe rio re s d erro ta d o s.
A s í, es Z e u s el q u e d a la v ic t o r ia . C a d a trópaion, el m o n u m e n to a d o rn a d o c o n
p a rte s d e l b o t ín y e r ig id o e n el ca m p o d e b a ta lla , p u e d e lla m a rs e « im a g e n de
Z e u s » 83. D esp u és de la m ayo r de las victo ria s griegas, la b atalla de P latea e n 4 7 9 · se
e rig ió u n sa n tu a rio e n el cam p o de b a ta lla e n h o n o r de « Z e u s lib e r a d o r » (Eleuthé-
rios), d o n d e d u ra n te siglo s se c e le b r a r o n fiestas c o n ju e g o s 84. U n a in s c r ip c ió n d el
siglo V8S p ro c la m a clara e in g e n u a m e n te t

Los selinuntinos salen victoriosos gracias a estos dioses:


salimos victoriosos gracias a Zeus y gracias al T erro r y
gracias a Heracles y gracias a A polo y gracias a

20 A p o llo d . 3 , 1 6 8 ; ésta es la base de la acción en el Prometeo de Esquilo.


21 Hes. Theog. 8 2 0 - 8 6 8 ; alusión a la destrucción de T ifeo con la enigmática localización enArimois, en
II. 2 , 7 8 1 - 7 8 3 ; versión más completa, con una victoria tem poral de T ifó n , en A po llo d . I, 3 9 - 4'4' ’
en estrecha concordancia con el mito hitita de Illuyankas (A N E T l2 $ s .) [traducciones comentadas
en español: A . Bernabé, Textos literarios hetitas, “1 9 8 7 , pp. 2 7 ss. ; J . V . G arcía Trabazo, Textos religiosos
hititas, 2 0 0 2 , pp. 75 s s · (con texto hitita actualizado)]; sobre la cuestión, cfr. F. V ia n , en Eléments
orientaux dans la religion grecque ancienne, i9 6 0 , pp. I 7 “ 3 7 ; véase III I, n. 3 1 . Representación de T ifó n con
piernas en form a de serpiente, sobre la abrazadera de u n escudo, Schefold, p. 5 ° , fig. 17 y sobre
una conocidísim a hidria calcidica, Schefold, lám . 66 y Sim on, p. 2 9 , fig. 16 . M onte Etna: Pind.
Pyth. I , 2 0 - 2 8 [trad. esp. de A . Bernabé y P. Bádenas, 2 0 0 2 1 , cfr. Hes. Theog. 86O ; O . T o u ch e -
feu -M eyn ier, LIM C s.v. Typhon VÍII ( l 9 9 7 )> PP- I 4 7 “ I 5 1 ·
22 A p o llo d . I , 3 4 - 3 8 ; PR I, pp . 6 6 - 7 8 ; RML I ( 1 8 8 6 - 1 8 9 0 ) , cols. 1 6 3 9 - 1 6 5 O ; F.-V ian, Laguerredes
géants, 1 9 5 2 ; Répertoire des gigantomachiesfigurées dans V'artgrec et romain, 19 5 1; EAAU1 ( i9 6 0 ), pp. 8 8 8 - 8 9 4 ;
F. V ian y M . B. M o o re, LIM C s.v. GigantesTV ( 1 9 8 8 ) , pp. 1 9 1 - 2 7 ° ·
23 E u r. Phoen. 1 2 5 0 , cfr. Gorgias VS 8 2 B 6.
24 Plut. Aristid. 2 1 ; GF, pp. 4 4 5 s· > ΉΝ, pp. 6 8 s. ; R . Etienne y M . Piérart, B C H 9 9 (* 9 7 5 ) > PP* 5 I _ 7 5 *
25 Véase II 2 , n. 2 8 .
2.1. ZEUS I7 5

Posidón y gracias a los Tindáridas y gracias a


Atenea y gracias a Malophóros y gracias a
Pasikráteia (« la que derrota a todos») y gracias a los otros dioses,
pero sobre todo gracias a Zeus.

E l Z eu s v e n c e d o r aparece de fo rm a m ás esp iritu alizad a e n E s q u ilo 26:

Si alguno entona cantos triunfales en honor de Zeus,


conseguirá la perfecta sabiduría.

Id e n tific a rse c o n la vic to ria de Zeu s es d e sc u b rir el sen tid o d el o rd e n d el m u n d o .


E l p o d e r d el m ás fu e rte de los dioses n o sólo se m an ifiesta en la batalla y la v ic to ­
ria sin o ta m b ié n e n la p le n itu d de su p o te n c ia c read o ra sexual. L a m u ltitu d de h ijo s
en g e n d ra d o s p o r Z eu s es so rp re n d e n te tanto p o r su can tid ad co m o p o r su calid ad y
n o lo es m en o s la c an tid ad de m u je re s q u e c o m p a r tie ro n su le ch o . L o s m itó g ra fo s
ta r d ío s c o n t a r o n c ie n to q u in c e m u je re s; ya e n la Ilíada se in c lu ía u n catálo g o de
a m an tes, q u e fu e c o n s id e ra d o e scan d alo so p o r m u ch o s in t é r p r e t e s a7. Ig u a lm e n te
in fa m e es la lista de tretas y m etam o rfo sis que Zeu s em pleaba p a ra c o n se gu ir su p r o ­
p ó s ito : E u r o p a y el to ro , L e d a y el cisn e , D á n a e y la llu v ia de o r o , y ad em ás lo , e n
fo rm a de vaca, C a listo , de osa. E l m ito de la visita de Z eu s a A lc m e n a com o d ob le de
A n f it r ió n p ro b a b le m e n te p ro c e d e de la le y e n d a e g ip cia d el r e y 28. Z eu s es el ú n ic o
d io s q ue tien e co m o h ijo s a d io ses g ran d e s y p o d e r o s o s: A p o lo y A rte m is de L e to ,
H erm e s de M aya, P e rséfo n e de D e m é te r y A te n e a de M etis (de u n a fo rm a in só lita ) ;
el p o c o agraciad o A re s es h ijo de su legítim a esposa H e ra . L o s h ijo s de Z e u s n acid o s
de m u je re s m o rta le s so n g e n e ra lm e n te m o rta le s —a e x ce p ció n de H e le n a y P ó lu x —
p e ro to d os ellos so n e x tra o rd in a rio s y p o d ero so s: H eracles de A lc m e n a , H ele n a y lo s
D io s c u r o s d e L e d a , P e rseo d e D á n a e , M in o s y R a d a m a n tis d e E u r o p a , E a co d e
E g in a , A rc a d e de C a lis t o , Z e to y A n f ió n (lo s fu n d a d o re s de T e b a s) d e A n t ío p e y
E p a fo , el antep asad o trib a l de los D áñ ao s, de lo .
V a r io s m o tiv o s se s o la p a n e n este c o m p le jo : las reglas de u n o r d e n fa m ilia r
p atriarcal extrem o que p erm ite al h o m b re d o m in an te tod a lib e rta d , excepto el « a fe -
m in a m ie n to » ; la fantasía de satisfacer el deseo de u n a in ago tab le v irilid a d (in clu so
en el a m o r h o m o se x u a l Zeu s d eb ía llev a r la in icia tiv a , co m o c u a n d o ra p tó al jo v e n
tro ya n o G a n im e d e s 29 en fo rm a de águ ila) y ta m b ié n las re iv in d ic a c io n e s de n u m e ­
ro sa s fa m ilia s y trib u s q u e p re te n d e n ser d e sc e n d ie n te s d e l P a d re C ie lo . E n el
m u n d o arcaico esta p ro m isc u id a d d ivin a n o re cib e críticas m oralizan tes, au n q u e se
c o m p re n d e n b ie n los celos de H e ra y se p in ta n co n los co lo res m ás te rrib le s. A q u e l
al q ue n a d ie resiste será y debe ser así. U n re lie ve de te rra c o ta arcaico de O lim p ia

26 Aesch. Ag. 17 4 s · [trad, de B. Perea].


27 [4 - 3 1 7 - 3 2 7 . atetizados po r Aristarco.
28 Burkert, Μ Η 2 2 (1 9 6 5 ), pp. 1 6 7 - 1 6 9 ; R. Merkelbach, Die Quellen des griechischen Alexanderromans, 2I 9 7 7 .
pp. 7 9 s .
29 Los griegos entendían el nom bre de Ganimedes com o «q u e se complace con los genitales», pero
quizá se trata de u n nom bre extranjero; la seducción en form a de águila deriva probablemente de
las representaciones p ró xim o -o rien ta le s del m ito de Etana; cfr. G . G a rb in i, EAA, s.v. Etana III
( i9 6 0 ) , pp. 4 6 2 - 4 6 3 . E l mito de Ganim edes se contaba ya en II. 5, 2 6 5 s. ; 2 0 , 2 3 2 - 2 3 5 ; grupo
estatuario de terracota de O lim pia: L u llies-H irm er, láms. 1 0 5 s .; H erm ann (2), pp. 12 6 s .
176 3. LOS DIOSES

m u estra a Z eu s, sin m e ta m o rfo se a r, lleván d o se a G a n im e d e s a paso rá p id o ; la s o n ­


risa arcaica se co n vierte en gesto de su b lim e n a tu ra lid ad .
P o r to d o e llo , Z e u s es « p a d r e » , « p a d r e de h o m b re s y d io s e s » 30. In c lu s o lo s
dioses que n o so n sus h ijo s n atu rales se d irig e n a él com o « p a d r e » y tod os los dioses
se p o n e n de p ie en su p re se n c ia 31. E n sus o ra cio n e s, los h o m b re s tam b ién le lla m a n
« p a d r e » , quizá desde épo ca in d o e u r o p e a . Z eu s, e n su so b e ra n ía, to m a las d e c isio ­
nes que d e te rm in a n el cu rso d el m u n d o . A s í p u es, p a ra Fid ias ese a sen tim ie n to que
agitó el O lim p o p arec ía r e p r o d u c ir de la fo rm a m ás p e rfe c ta la n atu raleza e sen cial
de Z e u s 32. N a d ie p u e d e o b lig a r a Z eu s o p e d ir le cu entas y sin em b argo sus d e c isio ­
nes n o s o n n i ciegas n i p a rc ia le s . Q u e Z e u s e n g u lla a M etis s ig n ific a la u n ió n d el
p o d e r y la in te lig e n c ia . L a « m e n te p la n ific a d o r a » (nóos) de Zeu s se m e n c io n a re p e ­
tidas veces en la épica. T al nóos es sie m p re m ás fu e rte q u e el d el h o m b re ; sus p lan es a
m e n u d o están « a ú n » o c u lto s33, p e ro Z eu s tien e su ob jetivo y lo alcanzará. Q u e los
dioses so n o m n iscie n tes se a firm a p o r p rim e r a vez en la Odisea34, m ie n tra s q u e en la
litada se m u e stra , e n la e sce n a de s e d u c c ió n e n el m o n te Id a , u n m o m e n tá n e o
en gañ o a Z e u s; p e ro se trata sólo de u n e p iso d io ; la sed u ctora tem b lará ante su v e n ­
ganza y, a p esar de ella, Zeu s a ú n c o n se g u irá lo q ue h ab ía d ec id id o .
L a im p a rc ia lid a d de su ju ic io e n c o n tró u n a im a g e n e n H o m e r o e n la b alan za de
o r o q u e Z e u s so stie n e e n su m a n o 35: c u a n d o A q u ile s y H é c t o r lu c h a n , el p la tillo
in c lin a d o in d ic a q u e H é c t o r se e n fr e n t a a su m u e rte . Z e u s sie n te c o m p a s ió n y se
lam en ta p o r el h o m b re p e ro actúa c o n fo r m e a lo que está o rd e n a d o . E s a q u í d o n d e
aparece el p ro b le m a de la Moîra o Aisa, el « d e s t i n o » 36, co m o se e n tien d e p o s te r io r ­
m en te. P ara el p en sa m ien to causal su rge a h o ra u n p ro b le m a irre so lu b le que resu lta
de la o p o sic ió n e n tre p re d e te rm in a c ió n d el h ado y lib e rta d d ivin a. P ara la Ilíada éste
n o es u n p r o b le m a sin o u n c o n flic to q u e d eb e re so lv e rse , de ig u a l m a n e ra q u e la
vid a en g e n e ra l está m arcad a p o r lo s c o n flic to s. Moîra, Aísa n o es u n a p e rso n a , n i u n
d io s n i u n p o d e r, sin o u n h ec h o : la p a la b ra sig n ifica « p o r c ió n » y q u ie re d e c ir que
el m u n d o está re p a rtid o , q ue se trazan lím ite s en el esp acio y en el tie m p o . P ara el
h o m b re , el lím ite m ás im p o rta n te y m ás d o lo ro so es la m u erte: ésta es su « p o r c ió n »
lim ita d a . N o es im p o s ib le s o b re p a sa r estas fr o n t e r a s , p e r o las c o n s e c u e n c ia s so n
fun estas; Zeu s te n d ría el p o d e r de actuar de otra m an era, p e ro los dem ás dioses « n o
lo a p ru e b a n » 31 y p o r tanto n o lo hace, al igu al que u n sob eran o b u e n o y sabio n o usa

30 En U garit, el dios El es llam ado con la expresión fija « p a d re de los h o m b re s » .


31 II. 1 , 5 0 3 : 5 3 3 5.
32 Véase III I, n. 4 3 ·
33 II' 16» 6 8 8 ; 17 , 1 7 6 ; Hes. fr. 2 0 4 , 9 7 - I 2 0 [trad. esp. de A . M artínez: H esíodo, Obrasjfragmentos,
19 7 8 , pp. 2 9 3 S .] .
34 Od. 4 , 3 7 9 ; 4 6 8 ; R. Pettazzoni, L ’omniscienza di Dio, 1955 [trad, ingl.: The Allknowing God, 1 9 5 6 ] .
35 A· 2 2 , 2 0 9 - 2 1 3 ; cfr* asimismo 8, 6 9 ; l6 , 6 5 8 ; 19 , 2 2 3 ; tam bién, en el duelo M em n ó n -A qu iles,
véase ill I , n. 2 4 ; E . W üst, A RW 3 6 ( i 9 3 9 )> P P · 1 6 2 - 1 7 1 ; G-. B jörk, Eranos 4 3 ( i 9 4 5 )< P P - 5 ^ - 6 6 ;
Nilsson interpretó de esta form a una pintura vascular tardomicénica de Ch ipre: véase I 3 · 2 , n. 3 3 ;
es sugestivo relacionar con ello y con Egipto las balanzas de oro de las tumbas de fosa: B . G . D ie ­
trich, RhM 1 0 7 (1 9 6 4 ). pp· 1 2 1 s. ; J . G . G riffiths, The Divine Tribunal, I 9 7 5 > PP· T5 S·
36 W . G h . Greene, Moira, 1 9 44 > W . Krause, Glotta 25 (X 9 3 S ), pp. 1 4 6 s .; WSt 6 4 ( l 9 4 9 )> PP· IO ~ 5 2 ;
U . B ianch i, DiosAísa, 1 9 5 3 ; B . G . D ietrich , Death, Fate, and the Gods, 1 9 6 5 ; GGR, p. 3 ^ 2 ; u n plural
M oîraiy, de ahí, personificaciones: II. 2 4 . 4 9 (véase III 3 . 2 , η . 2 2 ); los nom bres C loto , Láquesis,
A tro p o en H es. Theog. 9 0 5 ; Plat. Resp. 6 l j c .
37 IL 16 , 4 4 3 ; 2 2 , 18 1.
2.1. ZEUS 177

su p o d e r e fe ctiv o p a ra tra sp a sa r lo s lím ite s im p u e sto s p o r lo q u e es d e b id o . P o r


tanto el « r e p a r t o » se co n vierte en p re d io de Z e u s: Didsmsa.
T o d a fo r m a de s o b e ra n ía e n tre lo s h o m b re s p ro c e d e de Z e u s. L o s reyes e n
H o m e r o s o n « n u t r id o s p o r Z e u s » , el cetro de lo s A t r id a s 38 p ro v ie n e d e Z e u s; la
« c iu d a d » y su « c o n s e jo » d isfru ta n de la p ro te c c ió n esp ecial de Zeu s Polieús y Z e u s
Boulaíos. C a d a cabeza de fam ilia p o n e su « p a t io » y sus « p o s e s io n e s » b a jo la p r o t e c ­
c ió n de Z e u s Herkeios y Z eu s Ktésios ; las « p o s e s io n e s » se c o lo c a n e n la d esp en sa e n
fo rm a de re c ip ie n te c e rra d o ; el p o d e r de p ro te c c ió n tam b ién p u e d e a p arecer co m o
u n a s e r p ie n te d o m é stic a 39; n a d a d el « D io s C i e l o » p u e d e re c o n o c e r s e a q u í. S in
e m b a rg o , d o n d e q u ie r a q u e se d eb a c o n s e rv a r el o r d e n , Z e u s estará p re se n te . E n
p a rtic u la r, to d a la ley p ro v ie n e de Z eu s: lo s h o m b re s q u e a d m in istra n ju stic ia r e c i­
b e n sus ord enanzas « d e Z e u s » 4°; H esío d o e n tro n iza a Dike, la « Ju s t ic ia » , ju n to a su
p a d re Z e u s. L a « Ju s t ic ia » es de Z eu s, Dios díka ; p e r o ello n o q u ie re d e c ir que Z e u s
sea « ju s t o » , díkaios-, só lo a lg u ie n q u e re sp e te las leyes e n u n a d isp u ta c o n u n ig u a l
p u ed e ser llam ad o « ju s t o » ; Z eu s está p o r e n cim a de todas las disputas. E l da a veces
el b ie n , a veces el m al; a m en u d o n ad ie sabe p o r q u é; p e ro sólo el h ech o de que u n
« p a d r e » que p la n ific a tenga el p o d e r en sus m an o s h ace p o sib le la ju stic ia entre lo s
h o m b re s 41. T em is, la « L e y » , es, p o r tan to, su p rim e ra esposa v e rd a d e ra 42.
Z eu s está p o r en cim a de todas las fac c io n e s. D ifíc ilm e n te u n a ciud ad p u ed e p r e ­
te n d e r te n e r sólo a Zeu s com o su d io s p ro te c to r; en cam b io están A te n e a de la c iu ­
dadela, A p o lo de la plaza d el m ercad o o H e ra o P o sid ó n ; p e ro Z eu s es ven erad o e n
todas partes —in c lu so com o Zeu s « d e la c iu d a d » (Polieús)*3— y los tem plo s m ás g r a n ­
des se c o n stru ye n en su h o n o r. E ste p r in c ip io se cu m p le in c lu so en A te n a s, d o n d e
la gigantesca co n stru cció n in iciad a p o r P isistrato fue com pletad a sólo p o r A d r ia n o 44.
Z e u s tie n e u n e sp e cia l in te ré s p o r las re la c io n e s q u e u n e n e n tre sí a lo s e x tra ñ o s:
h u ésp ed es, suplican tes y p erso n as u n id as p o r ju ra m e n to s (Zeu s Xénios, Hikésios y H ó r-
kios). A te n e a y H e ra o d ia n T ro y a p o rq u e P aris las d esd e ñ ó ; Zeu s d ecid ió d estru ir la
ciu d ad p o rq u e P aris h ab ía in frin g id o las leyes de h o sp ita lid a d .
P o r ello Zeu s es p o r en cim a de to d o el d io s de tod os los griego s, de lo s « P a n h e -
le n o s » . S i el D io s d e la te m p e sta d de la « M o n t a ñ a » e n E g in a llev ab a el e p íte to
Hellánios45, e llo se re m o n ta b a a re la c io n e s c o n T e salia, p e r o el n o m b re se e n tie n d e
p o ste rio rm e n te com o el del dios de los griegos p o r excelencia. L a m ayor fuerza u n i-
fic a d o ra se d esp leg ab a en esa fie sta de Z e u s q u e b r illa b a p o r e n c im a de todas las
dem ás fiestas co m o el o ro b rilla p o r en cim a de tod os los dem ás tesoros: el sa crificio
y el agón d e O lim p ia 46. P a rtic ip a r e n esta fie sta e ra ser h e le n o ; la a d m is ió n de lo s
m aced o n io s y p o ste rio rm e n te de los ro m a n o s tuvo g ran sign ificad o p o lític o . E l v e n -

38 II. 2, 1 0 1 - 1 0 8 .
39 Anticlides FGrHist 1 4 0 F 2 2 = A th . 11, 4 7 3 : estela de Tespias con serpiente e inscripción: C ook II,
p. 1 0 6 1 ; H arrison (2 ), pp. 2 9 7 - 3 0 0 ; Nilsson, Op. I, pp. 2 5 “ 3 4 ·
40 II. I , 2 3 7 s . ; cfr. M inos y Zeus, Od. lg , 17 2-179 , véase i 3 . 3 , n. IO .
41 Sobre esta justicia casi amoral: H . L lo yd -Jo n es, 7)ieJustice of/¿us, ;19 8 3 ■
42 Hes. Theog. 9 ° I ; Pind. fr. 3 0 Maehler.
43 Sobre las Bufonias véase V 2 -2 .
44 G ruben, pp. 2 2 0 - 2 2 8 ; cfr. asimismo el gigantesco y nunca term inado O lim pieion de Acragante,
G ruben, pp. 2 9 7 ~ 3 0 I.
45 Pind. Peart 6, I 2 5 “ I 2 6 Maehler; Panhcllcnios Pans. 2 , 3 0 , 3 ; C ook III, pp. 11 6 4 s .; R E X A (19 7 2 ), col.
303·
46 C fr. M allwitzy H errm ann (2 ); véase II 7, n. 76 .
178 3. LOS DIOSES

ced o r e n la c a rre ra d el estadio, q u e e n c e n d ía el fu eg o sa crific ia l en lo alto d el a n ti­


gu o a lta r de cen izas, e ra d is tin g u id o p o r e n c im a de o tro s h o m b re s a través de u n a
e p ifa n ía de su p rem a c ía d iv in a . G u a n d o e n el añ o 7 2 0 , seg ú n la tr a d ic ió n , gan ó la
c a rre ra p o r p rim e r a vez u n c o r r e d o r co m p le ta m e n te d e s n u d o 47, ello a d q u irió u n a
im p o rta n cia decisiva, n o sim p lem en te e n el aspecto d ep o rtivo , sin o p o r la c o r p o re i­
dad de lo s griego s y de sus d io ses. L a gran d eza sigue sie n d o c o rp ó re a.
Zeu s era el ú n ico dios que p o d ía lle g a r a ser u n d io s d el u n iverso que lo abarcara
to d o . L o s trágico s n o lo p re se n ta n e n escena, a d ife re n c ia de A te n e a , A p o lo , A r t e -
m is, A fr o d ita , H e r a y D io n is o . E s q u ilo n o m b ra sólo a Z e u s, m u y p o r e n cim a de los
dem ás dioses, c o n atribu tos de u n iv e rsa lid a d 48: o m n ip o te n te , o rig e n de to d o y causa
de to d o ;

Rey de reyes, feliz en grado sumo entre felices, potencia que aventaja en perfec­
ción a toda perfección, dichoso Zeus49.

E n u n a de sus tragedias p e rd id a s se d ecía:

Zeus es éter, Zeus es tierra, Zeus es cielo, Zeus es todo y aquello que es aún más
alto que esto5°.

E n D o d o n a , las sa ce rd o tisa s c a n ta b a n : « Z e u s e ra , Z e u s es, Z e u s se rá ; o h g r a n


Z e u s » 51, m ie n tra s q ue u n ve rso d e O r fe o a n u n c ia b a : « Z e u s es p r in c ip io , Z e u s es
c e n tro , p o r Z e u s to d o está c o n s t r u id o » 52. D e estos p re su p u e sto s p o d r ía p a r tir la
e sp e c u la c ió n filo s ó fic a q u e c u lm in ó c o n el p a n te ís m o de lo s e sto ic o s: Z e u s es el
m u n d o co m o u n to d o y esp e cia lm e n te , e l fu eg o p en sa n te que d o m in a to d o , fo rm a
tod o y m an tie n e to d o d e n tro de lím ites.

2 .2 . H era

E l n o m b re de H e r a 1, la re in a de los d ioses, ad m ite diversas etim o lo gías m u tu am en te


e x clu ye n tes; u n a p o s ib ilid a d es r e la c io n a r lo c o n hora, « e s t a c ió n » e in t e r p r e t a r lo

47 T h u c. I, 6, 5 ; A . W . Gom m e, Commentary I, 1 9 5 6 , al pasaje; epigrama de O rsipo: Kaibel, n° 8 4 3 ·


48 W . K iefn er, Der religiöse Allbegriffdes Aischylos, 19 6 5 .
49 A esch. Supp. 5 2 4 s· [trad, de B. Perea].
50 Aesch. fr. JO Radt.
51 Paus. IO , 1 2 , IO.
52 Papiro de D erveni: Deltion 19 (1 9 6 4 ), pp. I 7 ~ 2 5 ; Burkert, AScA 1 4 (19 6 8 ) , p. 9 6 [trad. ingl. en A .
Laks y G . M ost, Studies on the Derveni Papyrus, 1 9 9 7 - Ρ· 17 » c° l · X V II, 1 2 , verso de u n him no órfico a
Zeus, cfr. ibidem, pp. 2 7 ; 5 2 , n. 2 1 ; 6 9 , n. 6; JO (texto griego y trad. esp. de A . Bernabé, Textosórfi-
cosj ßlosoßa presocrática, 2 0 0 4 , 149 ss·* completo estudio del papiro: G . Betegh, The Derveni papyrus, Cos­
mology, Theology and Interpretation, 2 0 0 4 . Por fin ha visto la luz la editio princeps, T h . K ourem enos, G . M .
Parássoglouy K . Tsantsanoglou, The Derveni papyrus, 2 0 0 6 ) ] ; Plat. Leg. 7 l5 e OF 1 4 y 3 1 , Pind. Pean 6,
I 2 5 - i 2 6 M aehler; Panhellénios Paus. 2 , 30» 3 ; C o o k III, pp. 1 1 6 4 s .; .REX A ( 1 9 7 2 X col. 3 0 3 .
I Roscher, R M L I ( 1 8 8 6 - 1 8 9 0 ) , cols. 2 0 7 5 - 2 1 3 4 ; C G S l, pp. 1 7 9 - 2 5 7 ; Eitrem , R E V U ! ( 1 9 12 ) , cols.
3 6 9 - 4 0 3 ; GGR, pp. 4 2 7 - 4 3 3 ; Sim on, pp. 3 5 “ ^ 5 ; K erényi (3 ), 1 9 7 2 ; P. E . Slater, The Glory o f Hera,
Greek Mythology and the Greek Family, 1 9 6 8 , ofrece sobre todo u n psicoanálisis de la estructura de la
familia griega; W . Pötscher, Hera, 1 9 8 7 ; Α · Kossatz-D eissm ann, LIM C s.v. Hera I V (19 8 8 ), pp. 6 5 9 -
7 1 9 ; J · de la Genière (ed.), Hera: images, espaces, cultes, 1 9 9 7 ·
2.2. HERA I79

c o m o « m a d u r a p a r a el m a t r i m o n io » 2. S u c u lto tie n e dos c e n tro s p rin c ip a le s , el


sa n tu a rio e n tre A rg o s y M ic e n a s 3, d e l que to m a su e p íte to h o m é ric o h a b itu al, Hére
Argeíe, y S am os; p e ro H e ra fu e ven erad a en todas partes com o u n a G ra n D io sa . E n su
im a g e n c u ltu a l llev a la c o r o n a alta de las d io sa s, el polos*, c o m o M é te r, Á r t e m is y
otras d iosas; sin em b argo , hay re cu e rd o s de a n te rio re s re p rese n ta cio n e s an icó n ica s,
com o u n a co lu m n a e n A r g o s 5 y com o u n a « t a b la » en S a m o s6. U n epíteto h o m é ric o
es boópis, « d e o jo s d e v a c a » 7; su e sfe ra e sp e c ia l s o n las vastas lla n u ra s fé r tile s c o n
re b a ñ o s de vacas p astan d o y los sacrific io s de reses.
H e ra tien e u n a re la c ió n ú n ic a c o n el te m p lo : los tem p lo s m ás an tigu o s y los m ás
im p o rta n te s están d ed icad os a ella. S u tem p lo e n Sam os, el p rim e r o que fu e e rig id o
s ig u ie n d o la sa g ra d a m e d id a de lo s « c ie n p i e s » , fu e c o n s tru id o p ro b a b le m e n te
ju n t o al g ra n a ltar e n to rn o a 8 0 0 8. E n P e ra jo ra h a b ía dos te m p lo s de H e ra e n el
siglo VIII, u n o de H e ra Akraía y o tro de H e ra Limenía9. E n el H e re o de A rg o s (v. n o ta
3 ) ya e n to n c e s d e b ía de e x is tir u n a m o ra d a p a ra la d io sa , c o m o te s tim o n ia u n
m o d e lo de te m p lo ; en la segun da m itad d el siglo VII fu e sustituida p o r u n g ran te m ­
p lo p e r íp t e r o q u e o c u p a b a to d a la te rra z a . L o su p e ró a g r a n d ista n c ia el te m p lo
n u e v o e r ig id o e n S a m o s e n el sig lo VI, q u e se m an tu v o c o m o u n o de lo s te m p lo s
griego s m ás gran d es. E n T ir in t e , las ru in a s de la ciu d ad ela m icén ica se tr a n s fo rm a ­
r o n e n el tem p lo de H e ra , que c o n te n ía u n a im agen sed ente de la d iosa p a r tic u la r­
m en te a n tig u a 10. E n O lim p ia , H e ra re c ib ió su tem p lo m u ch o antes que Z eu s; ju n t o
a la g ra n im a g e n c u ltu a l de la d io sa e n tro n iza d a estaba Z eu s e n fo rm a de estatua de
g u e r r e r o ” . E l te m p lo y el sa n tu a rio de H e r a Lakinía c erca de C r o t o n a e n el su r de
Ita lia fu e r o n m u y re n o m b ra d o s 12. Fu e s o rp re n d e n te el d escu b rim ien to de que ta m ­
b ié n e n P o sid o n ia /P a e stu m dos de lo s fam o so s y b ie n con servad o s tem p lo s estaban
d e d ica d o s a H e r a , la « B a s ílic a » d el sig lo V I13 y el lla m a d o te m p lo de P o sid ó n d e l
siglo V; n o m u y le jo s , ju n t o al e stu a rio d el río S e le , se e n c o n tra b a o tro te m p lo de

2 W . Pötscher, ÍÍ/1M104 (19 6 1), pp. 3 0 2 - 3 5 5 ; S/1M 108 (19 6 5 ), pp. 3 1 7 - 3 2 0 . Por su parte, G dH I, p.
23 7 y GGR, p. 3 5 ° pro po nen el significado « S e ñ o r a » como fem enino de Heros « s e ñ o r » . « N o v i­
lla » : A . J . van W indekens, Glotta 3 6 ( 1 9 5 8 ), pp. 3 ° 9 “ 3 11, M icénico E-ra, véase I 3 ·^ , nn. 6 y I O .
3 C h . Waldstein, The Argive Heraeum, 1 9 0 2 - 1 9 0 5 ; P. A m andry, Hesperia 2 1 ( 1 9 5 2 ) , pp. 2 2 2 - 2 7 4 : B e rg -
quist, pp. 1 9 - 2 2 ; G ruben, pp. 9 9 - 1 0 2 ; H . Lauter, AM 8 8 (19 73)» pp· 1 7 3 - 1 8 7 ; J . G . Wright, JH S
102 ( 1 9 8 2 ) , pp. 1 8 6 - 1 9 9 . Véase I I, n. 3 8 ; II 5, n. 3 4 .
4 V . K . M üller, Der Polos, die griechische Götterkrone, 19 ^5 · G fr. sobre todo la estatua de madera p ro c e ­
dente de Sam os, Sim on, p. 5 5 > fig1· 4 9 ·
5 Phoronis fr. 4 Bernabé2 = fr. 3 Davies = C lem . A l. Strom. I, 16 4 , 2 .
6 Véase II 5 í η. 6 5 -
7 Véase II I , tras n . 8 8 . U . Pestalozza, Athenaeum 17 ( l 9 3 9 ) > PP· i o 5 - i 3 7 y Religione mediterranea, I 9 5 1 »
pp. 1 5 1 ss.
8 Véase II 5, η. 6 4 .
9 Η . Payne, Perachora I, 19 4 O ; J . D unbabin, Perachora II, 1 9 6 2 ; es problem ática la relación entre los
dos templos: J . D unbabin, JH S 6 8 ( 1 9 4 8 ), pp. 5 9 ~ 6 9 ; J . Salm on, BSA 6 7 (1 9 7 2 ). pp- Ι 5 9 ~ 2 0 4 ·
10 Véase II 5 » η. 7 8 ; I 4 » η · 3 8 ·
11 Paus. 5. 17 , I ; G ruben , pp. 4 8 - 5 I ·
12 Liv. 2 4 > 3 > 4 s· ; Æ V I I I ( 19 12 ), col. 3 8 1 ; Sim on, pp. 4 5 s-
13 Archeologia Classica 4 ( 1 9 5 2 ) , pp. I 4 5 - I 5 2 ; Arch. Reports ( l 9 5 5 )>P· 5 4 ; P« Sestieri, «Ico n o graoh ie et
culte d ’H era à Paestu m », Revues des arts (19 55). ΡΡ· 14 9 - 15 8 ; G ruben, pp. 2 3 3 -2 4 4 ; 2 4 & -ί:55 ; EAA
V ( 1 9 6 3 ) , p. 8 3 3 ; K erényi (3 ), pp. 1 3 3 - 1 4 2 .
ι8ο 3. LOS DIOSES

H e ra d el siglo VI14. M u y a m e n u d o lo s sa n tu a rio s de H e ra están situ ad os fu e ra de las


ciu d ad es: e n la A rg ó lid e , e n S am o s, cerca de G ro to n a y ta m b ié n ju n to al r ío S ele.
E n com p aración con la alta estim a de su culto, H era parece su frir u na cierta p érd id a
de estatus e n H o m e ro y se con vierte casi e n u n a fig u ra cóm ica. G o m o legítim a esposa
de Zeus es m ás u n m o d elo de los celos y de lo s con flictos m aritales que de afecto c o n ­
yugal. E l trasfon d o de este hecho es que H e ra n o se som ete volu ntariam ente n i siquiera
al m ás fu erte de los dioses, sin o que p erm a n e ce com o co m p añ era c o n d erech os p r o ­
p ios. E l hecho de que sea h erm an a natu ral de Zeus, la « h ija m ayor del g ran C r o n o » 15
in frin g e el tabú d el incesto p e ro al m ism o tiem p o subraya su igu ald ad ú n ica de n a c i­
m ie n to . « D u e rm e s en los brazos d el g ran Z e u s » 16; éste es el o rig e n de su a u to rid ad ,
p ero , al m ism o tiem p o, a Zeus se le llam a c o n u n epíteto fijo « e l esposo ru id osam en te
tron an te de H e r a » . Zeus ha ten id o relacion es co n m uchas m ujeres, p e ro sólo H e ra se
sienta en el tro n o de o r o 17 y sostiene el cetro; ella le ofreció a Paris el p o d e r real.
L a c o n s u m a c ió n de su m a t rim o n io q u e d e sc rib e la fam o sa escena de la Ufada es
u n « e n g a ñ o a Z e u s » y, p o r e llo , re p rese n ta el tr iu n fo de la d iosa. G ra cia s al c in tu ­
r ó n b o rd a d o q ue le p resta A fr o d ita , c o n sig u e que el p ad re de lo s d ioses y los h o m ­
b res olvid e su vig ila n c ia de la G u e r r a de T ro y a : « c u a n d o la vio , el deseo en vo lvió su
fu e rte m e n t e » 18, la to m a en tre sus brazo s, la tie rra h ace b ro ta r h ie rb a y flo re s y u n a
n u b e de o ro d escien d e c u b rié n d o lo to d o ; así se abrazan en la cim a d el m o n te Id a en
el re c in to sa g ra d o 18“. L a im a g e n de la n u b e to rm e n to sa so b re la cim a d el m o n te , la
e p ifa n ía d el d io s de la tem pestad, está p resen te en tod a la d escrip ció n ; p e ro H e r a n o
es la tie rra m u d a, sin o u n a p e rso n a lid a d fu e rte y ob stin ad a.
L a im a g e n d escrita e n la Ilíada d el m a trim o n io co n su m ad o celestialm en te e je rc ió
u n a fu e rte in flu e n c ia ; de h ech o , se h o n r a a H e ra re c o rd a n d o esta escena. U n relieve
de te rra co ta d el siglo VII d el Heraion de S am o s m u estra u n h o m b re , e n m a rca d o p o r
arb u sto s, q ue to m a de la m an o a u n a m u je r d esn u d a y le acaricia la b a r b illa 19. U n a
escultura de m ad era u n p o c o p o s te rio r d el m ism o san tu ario rep resen ta a Zeus de p ie
ju n to a H e ra ro d e a n d o sus h o m b ro s c o n u n brazo y a g a rrán d o le im p e rio sa m e n te el
p ech o c o n el o t r o 20. L a escena se vuelve a re p rese n ta r de fo rm a su blim ad a en el siglo
V e n u n a m e to p a de S e lin u n te y ta m b ié n e n el fris o d e l P a rte n ó n : Z e u s, sen ta d o ,
está ab sorto ante la v isió n de la m u je r q u e se vuelve h acia él, m ien tras se d esvela21.
L o s m ito s locales h ab lan de la u n ió n d ivin a tam bién en otros lugares: en E u b e a o
cerca de C n o s o 22, d on d e se im itaba su m a trim o n io e n la fiesta sacrificial an u a l23, o en
la ben d ita y distante isla O ccid en tal d o n d e m ad u ran las m anzanas de las H esp é rid e s2'1'.

14 P. Zancani Montuoro y U . Zonotti Bianco, Heraion allafoce del Sele, I/II, 1951- 1954 : E 4A V II (1966), p. 157 ·
15 II· 4 , 5 9 s . ; h erm an a y e s p o s a 16 , 4 3 2 ; 18 , 3 5 6 ; en H es. Theog. 4 5 4 H era es la hija m e n o r de
C ro n o , como Zeus es el hijo m enor.
16 II. 1 4 , 2 1 3 .
17 Sobre chiysóthronos: E . Risch, Studii Glasice 1 4 ( l 9 7 2 ), pp- I 7 ~ 2 5 -
18 II. 14 , 1 5 3 - 3 5 3 , verso citado es el 2 9 4 ; véase II 7 , n. 9 0 ; III 2 . 1 , n. 8.
18 a A ltar y témenos en el G argaron (II. 8, 4 8 , cfr. 14 , 3 5 2 ; 15 < 152 ); sobre la fu nción de la nube dorada
cfr. G . A rrig o n i, QUGG 15 ( 1 9 8 3 ) , pp. 4 1 - 4 8 .
19 AM 58 ( 19 3 3 ) , p. 1 2 3 , % . 69; AM 68 ( 19 5 3 ) , p. 8 0 y A nexo, p. 4 I; Walter, p. 1 5 8 , fig.1 4 0 .
20 AM 6 8 ( 1 9 5 3 ) ' A n exo , pp. Schefold, lám. 3 9 ; Sim on, p. 5 0 .
21 Sim on, pp. 52 s., figs. 4 4 ~ 4 5 ·
22 M onte O que: Steph. Byz., s.v. Kárystos-, E lim n io : Soph. fr. 4 3 7 Radt; cfr. Plu. fr. 1 5 7 , 3 ·
23 D iod. Sic. 5 , 7 2 , 4 ; véase II 7 , n. 9 5 ·
24 E u r. Hippol. 7 4 8 ; Eratosth. Gatast. 3.
2.2. HERA l8 l

C o m o arq u etip o d el m atrim o n io con su m ad o , « la antigua ley d el lecho m a trim o ­


n ia l» 25, H e ra es en todas partes la d iosa de las bodas y del m a trim o n io , m ien tras q ue
la s e d u c c ió n y el p la c e r c a rn a l so n re s p o n s a b ilid a d de A fr o d it a . E n el m es de las
bodas, Gamelion, se h acen sacrificios a H e ra ju n to a « s u » Zeus, Zeus Hernias2 . Es in v o ­
cada com o « la que p re p a ra las b o d a s » (gamostólos), com o « la que u n e » (zpgía) y sobre
to d o com o « la que c o n su m a » (teleta), ya que el m a trim o n io es, de m o d o p articu la r,
el ob jetivo y la co n su m ació n (télos), de la vida h u m an a. D elan te de su tem p lo en L e s ­
bos tie n e n lu g a r con cu rso s de b elleza27. S afo reza a H e ra p ara estar cerca de ella 28.
E n O lim p ia las m u jeres c eleb ran su fiesta e n h o n o r de H e ra cada cu atro a ñ o s29.
D ie c isé is m u je re s elegid as, dos de cada c o m u n id a d , p re sid e n la fiesta. O b seq u ia n a
H e ra c o n u n p ep lo re c ié n te jid o . A lgu n as vírgen es h acen carreras en el estadio vesti­
das c o n u n q u itó n c o rto c o n el h o m b ro d erech o d e s n u d o . E l p re m io es u n ram o de
o liv o y u n a p o r c ió n de la vaca s a c rific a d a e n h o n o r de H e r a . E l m ito c u e n ta q u e
H ip o d a m ia institu yó la fiesta en h o n o r de H e ra en a grad ecim ien to p o r su m a trim o ­
n io c o n P é lo p e . P o r ta n to , u n c o ro can ta y danza p a ra H ip o d a m ia , p e r o hay o tro
que lo h ace p ara Fisco a, la am ante de D io n is o , al que in v o c a n las m u je re s p ara q u e
ap arezca e n fo r m a d e to r o . C u a n d o las m u je re s se r e ú n e n b a jo la p r o t e c c ió n de
H e r a p a r a fo r m a r su p r o p ia o rg a n iz a c ió n , está sin e m b a rg o p re se n te al m ism o
tie m p o u n a c o n t r a fig u r a de la so c ie d a d de h o m b re s e n la g ra n fie sta o lím p ic a : el
ad versario de H e ra , D io n is o ; la an títesis se in te n sifica .
U n rasgo que extrañ am en te falta en la d e sc rip c ió n de H e ra es la m ate rn id a d . E s
cierto que A lceo la llam a « p ro c re a c ió n de to d o » (pánton genéthla)30, p ero n in gu n o es su
h ijo esp ecialm ente am ado. E l ú n ico d io s im p o rta n te n acid o de la u n ió n legítim a c o n
el p a d re de lo s d io ses es A re s ; y Z eu s se d irig e a él co m o « e l m ás o d io so de sus
h i j o s » 31. D e sp u é s se m e n c io n a n otras fig u ra s m e n o re s, co m o H e b e , « la flo r de la
ju v e n t u d » , q ue escan cia v in o a lo s d io ses, o Ilitia , u n a d io sa v e n e ra d a d esd e épo ca
an tigu a p e ro co n u n a lim itad a esfera de in flu e n c ia 32. N u n c a se in voca a H e r a com o
« m a d r e » y n u n ca se la rep resen ta com o m ad re c o n u n n iñ o . A l o sum o presenta su
pech o a H eracles, al que antes o d iab a 33, en u n gesto de re c o n c ilia ció n . S u c o n d ició n
de m u je r se lim ita a la relació n co n su m arid o : la con su m ación del a m o r y el antes y el
después: b o d a y sep aración . E n E stín falo, H era tien e tres tem plos, u n o com o « n iñ a »
(país), otro com o « c o n s u m a d a » (teleía) y u n tercero com o « s e p a ra d a » (chéra)34:.

25 Od. 2 3 , 2 9 6 .
26 AF, pp. 17 7 s . ; los recién casados deben ofrecerle sacrificios nupciales, gdmelon (inscripción de los
Labiadas [v. II 6, n. 2 l] A 2 5 ) ; pero no todas las bodas se celebran en el mismo mes, contra Kerényi
( 3 ), pp. 8 7 s. ; Zeus Heraíos LSCG I A 2 1; pero existe tam bién un Zeus Aphrodfsios en Paros y un Zeus
Damátrios en Rodas: i?£ X A ( 1 9 7 2 ) , col. 2 8 4 , 5 1 ; c° l- 2 9 6 » 5 9 ·
27 Véase II 7, n. 71.
28 Sappho fr. 17 Voigt [trad. esp. de F. R. Adrados, Lírica Griega Arcaica, 1 9 8 0 , p. 3 5 8 ]·
29 Paus. 5* 16 · Sobre el canto de D ioniso en Elide, PMG 871» véase I II, n. 8 9 ; IV 4 . n. 24·
30 O más bien « d e todos los E o lio s » , A lceo fr. 12 6 , 6 - 7 Voigt; véase I 3 .6 , n. IO.
31 I I 5, 890 .
32 Véase I 3 . 3 , nn. 1 3 - 1 4 ; HI 3 .I , n. IO .
33 A m enudo en representaciones iconográficas (cfr. LIMC, Hera, n ° 4 5 4 , p. 7 1 3 ) . en su mayoría etrus-
cas: C o o k III, pp. 8 9 - 9 4 ; R enard, Hommages Bay et, 1 9 6 4 . pp· 6 1 1 - 6 1 8 ; siguiendo un m odelo
oriental: W . O rthm ann, Istanbuler Mitteilungen 1 9 - 2 0 ( 1 9 6 9 - 1 9 7 ° ) * ΡΡ· I 3 7 “ I 4 3 ·
34 Paus. 8, 2 2 , 2.
3. LOS DIOSES

L a m ito lo g ía d e sc rib e el an tes: có m o H e r a y Z e u s se u n ie r o n p o r p r im e r a vez,


« o c u lt o s p a ra sus q u e r id o s p a d r e s » , c o m o d ice la litada, y la c h a rla de las m u je re s
tien e a ú n m ás que d e c ir so b re e llo 35. M ás o r ig in a l es el relato que n a rra có m o Zeu s
se c o n v irtió e n cu co e n e l m o n te T ó r n a x , cerca de H e r m io n e , p a ra v o la r b a sta el
regazo d e H e r a . E n el Heraîon argivo , la im a g e n de o ro y m a r fil de P o lic le to llevaba
u n cetro sob re el q ue se p osab a su c u c o 36. G o m o p re rre q u isito p ara co n tra e r m a tri­
m o n io , ta m b ié n la v irg in id a d le p erte n ece a H e ra . Se su p o n e p o r tanto que la isla de
S am os se h a b ría lla m a d o Pariheníe, « la v i r g in a l » , m ie n tra s que el río Im b ra so ju n to
al san tu ario se lla m a ría Parthénios p o rq u e fu e a llí d o n d e H e ra celeb ró su b o d a 37. T a m ­
b ié n e n H e r m io n e se v e n e ra b a a H e r a ParthénossB. H e r a —s in d u d a su estatu a— era
b a ñ a d a cada añ o e n las aguas d e l r ío G á n a to ju n t o a N a u p lio y así, se d ecía, r e c o ­
b ra b a su v irg in id a d 39; así p o d ía ser llevada de nu evo a Z eu s.
P e ro el m a t r im o n io d e H e r a se d e fin e ta m b ié n p o r o tro lím ite , el d esp u és, la
d is c o r d ia y la s e p a ra c ió n . E n la Ilíada, H e r a es la esp o sa p e n d e n c ie ra y c elo sa q u e,
p ara g ra n ir r it a c ió n de su m a rid o , c o n o c e sus p eq u eñ o s secretos, de tal m a n e ra que
él sólo p u ed e m a n te n e r su a u to rid a d a m en azán d o la c o n la v io le n c ia 40. A l d esp ertar
d e l « e n g a ñ o » , Z e u s re c u e rd a a su m u je r c ó m o u n a vez la c o lgó e n tre el c ie lo y la
tie rra c o n u n yu n q u e atado de cada p ie y la azotó c o n u n látigo —u n castigo b ru ta l en
u n m arco cósm ico que se c o n v irtió e n u n o de lo s tem as favo rito s p a ra la in te rp re ta ­
c ió n a le g ó ric a 41—. L a c o n tra p a rtid a es q u e H e r a es p e lig ro sa , m alicio sa e im p lacab le
e n su ira : el h ech o de q u e ella sea la « m e j o r » de las diosas deb e c o n firm a rse p o r su
ca p a cid a d de cau sar m al a sus e n e m ig o s 42. S i n o es u n a m ad re, es algo m u c h o m ás
te r r ib le , u n a m a d ra stra . P e rsig u e a D io n is o in c lu s o an tes de q u e n azca, lo g ra n d o
que S ém ele q u ed e re d u c id a a cenizas p o r el rayo de Z e u s 43 y que In o , la n o d riz a de
D io n iso , se tire al m ar co n su p ro p io h ijo . Las h ijas d el rey Preto que se b u rla ro n de la
im a g e n de H e r a e n T ir in t e so n c o n d e n a d a s a m u g ir p o r to d o el P e lo p o n e so co m o
vacas e n lo q u ecid a s; de fo rm a sim ila r, h ace q u e su sacerd otisa en A rg o s, lo , e n la que
Z eu s h ab ía p u esto sus o jo s, sea llevada p o r el m u n d o e n lo q u ec id a y tra n sfo rm a d a en
v a c a 44. E n p a r tic u la r s o n m u c h a s y m u y v a ria d a s sus in trig a s c o n tra H e r a c le s : lo
p o n e al servicio d el rey E u riste o de M ice n a s, a lim en ta al le ó n de N em e a y a la h id ra
de L e rn a co n tra él y fin a lm e n te h ace que, e n u n ataque de lo c u ra, m ate a su m u je r y
a sus h ijo s en T e b a s 45. L a a u to d e stru c c ió n d e la fa m ilia e n la lo c u ra es la in v e r s ió n
d el m a trim o n io , de la « a n tig u a ley d el le ch o m a t r im o n ia l» . E l a n á rq u ic o carácter

35 II. 14 , 2 9 6 ; C allim . fr. 7 5 , 4 [trad. esp. de M . Brioso: Calim aco, Himnosjfragmentos, 1 9 8 0 , fr. 7 5 »
p. 1 6 8 ]; T h eo cr. 15 , 6 4 ; en relación a ritos prenupciales en Naxos y Paros, Callim . fr. 7 5 y Schol.
T II. 1 4 , 2 9 6 Erbse.
36 Paus. 2 , 3 6 , I s . ; 2 , 17 , 4 ; Schol. T h eo cr. 15 , 6 4 .
37 C allim . fr. 5 9 9 [trad. esp. de M . Brioso: Calim aco, Himnosj fragmentos, 1 9 8 0 , fr. 5 9 9 > P· 3 O6 j .
38 Steph. Byz. s.v. Hermión.
39 Paus. 2 , 3 8 , 2 .
40 I I i, 5 3 6 - 5 6 9 .
41 II. 15 , 1 8 - 2 4 ; H eraclit. Alleg. 4 0 .
42 II. 18 , 3 6 4 - 3 6 7 .
43 Aesch. fr. 1 6 8 , l6 8 a b , 4 5 If» 4 5 Ie > P· 335 Radt, cfr. Plat. Resp. 3 8 ld . H era parece ser madrastra ya
en época micénica, véase I 3 -6 , n. IO .
44 HN, pp. 2 1 9 - 2 2 I ; 1 8 9 - 1 9 4 ; 1 8 5 - 1 8 9 .
45 II. 19 , 9 6 - 1 3 3 , cfr. 1 4 , 2 4 9 - 2 6 I ; 15, 2 5 - 3 ° ; Eu ríp id e s, Heracles·, leó n de N em ea e H id ra: H es.
Theog. 3 2 8 ; 3 ! 4 ·
2.2. HERA 183

d e stru c tiv o de H e r a se d irig e in c lu s o c o n tra Z e u s : e lla m ism a g e n e ra y da a lu z a


T if ó n , el m o n s tr u o q u e se s u p o n ía q u e ib a a d e s tro n a r a Z e u s 46. H e fe s to , el
d e fo r m e d io s h e r r e r o , fu e ta m b ié n g e n e ra d o p o r H e r a s in p a d re ; d esp u és lo tir ó
fu rio s a desde el O lim p o al m a r47, p e ro él se ven gó o b se q u ia n d o a su m ad re co n u n
tro n o que la atrap aba c o n u n sofisticad o m ecan ism o au to m ático , hasta q ue D io n iso
llevó a H efesto de vuelta al O lim p o y co n sig u ió la r e c o n c ilia c ió n 48.
A llí d o n d e co n o cem o s detalles sob re las fiestas de H e ra , d escu b rim o s q ue n u n ca
se trata sim p le m e n te de u n a alegre fiesta n u p c ia l, sin o de u n a p ro fu n d a crisis en la
que el o rd e n establecido se ro m p e y la p ro p ia d iosa am enaza co n d esaparecer. A d ecir
verd ad , en el Heraion argivo, la crisis, aparte de vagas a lu sio n es49, está p resen te sólo en
la m ito lo g ía , e n la m u erte de A rg o s a m an os de H e rm e s Argeiphóntes y en la fu ga de lo
en fo rm a de vaca. E n la fiesta de A ñ o N uevo de las Herma, en la p ro c e sió n de la sacer­
d otisa de H e ra h acia el san tu ario e n u n carro tira d o p o r bueyes y e n la p ro c e sió n de
lo s m u c h a c h o s « p o r t a d o r e s de e s c u d o s » , se re e sta b le c e el o r d e n 50. E n S am o s, la
le yen d a c u ltu a l c u en ta có m o u n o s p ira ta s tr a ta ro n de r o b a r la im a g e n sagrada p o r
la n o ch e y cóm o sus p lanes fracasaro n m ilagrosam en te. A b a n d o n a ro n la im agen en la
playa y d isp u siero n ofren d as de com id a ante ella; los h abitantes o rig in a rio s de Sam os,
los « c a r io s » , fu e r o n a b u scar la im agen y, cu an d o la e n c o n tra ro n , la en vo lviero n en
ram as de sauce y la ataro n a u n sauce p ara que n o p u d iera h u ir de nuevo ; fin alm en te la
sacerdotisa p u rific ó la im agen y la devolvió al te m p lo 51. E l p ro p io rito festivo n o puede
in fe rirse co n exactitud a p artir de estos detalles. S in em bargo, se dice que los « c a rio s » ,
a m o d o de e x p ia c ió n p o r h a b e r atado la im a g e n , llevan a h o ra c o ro n a s d e h ojas de
sauce, m ien tras que los verd ad eros « a d o ra d o res de la d io s a » , in clu yen d o sin duda a la
sacerdotisa, llevan coron as de lau rel; y así, el ban q u ete festivo tenía lu gar en el santua­
rio sobre u n lech o de sauce, co n coronas de sauce, sin duda en p resen cia de la im agen
cultual; se ha descubierto u n pedestal, obviam ente p ara la estatua, entre el tem plo y el
altar y tam b ién se ha id e n tifica d o el sauce ju sto al lad o del gran a lta r52. A esta especie
p articu lar de sauce, el sauzgatillo (lygos), se le atribu yen gen eralm en te efectos a n tia fro ­
d isiacos (su n o m b re la tin o es agnus castus, « c o r d e r o c a s t o » ) 53. L a in te rp re ta c ió n de la
fiesta com o p u rific a c ió n , bañ o n u p c ia l y b o d a n o es de m u ch a ayuda en este caso54.

46 Hymn. Apoll. 3 ° 5 " 3 5 4 : Stesich. fr. 23 9 Davies (Poetarum Melicorum Fragmenta); según E u fo rió n fr. 99
Powel (= fr. 1 0 3 van G ron in gen ), es también madre de Prometeo de Eurim edonte, el gigante.
47 Hes. Theog. 9 3 7 s·5 fr- dub. 3 4 3 Merkelbach-West; 11. 18 , 3 9 5 “ 3 9 9 ; Hymn. Apoll. 3 1 6 - 3 2 0 .
48 Alcae fr. 3 4 9 Voigt; U . von W ilam owitz-M oellendorff, KleineSchrißen V 2, I 9 3 7 >PP* 5 _ I 4 > pinturas
vasculares: F. Brom m er, J d l 52 ( l 9 3 7 )> PP- ^ 9 8 - 2 1 9 ; A . Seeberg, JH S 8 5 ( 1 9 6 5 ) , pp· 1 0 2 - 1 0 9 .
49 U n <<mito secreto » que explica la granada en la m ano de H era (Paus. 2 , 17 ’ 4 ) y «sacrificio s
secretos» (Paus. 2, I 7 > l).
50 H N, pp. 1 8 5 - 1 8 9 .
51 M en o d o t. FGrHist 5 4 1 F I = A tb . 14 , 6 7 2 a - 6 7 3 b , co n otras ind icacion es en 6 7 3 b d , asimismo
A n acr. PMG 3 5 2 (= 19 Gentili) [trad. esp. de F. R. Adrados, Lírica Griega Arcaica, iÿ t t o , p. 4 ° 5 ΐ·
pp. 4 6 - 4 9 ; GGR, pp. 4 2 9 s . ; cfr. II 5 , n · 9 °
52 Bergquist, pp. 4 3 _ 4 7 : véase II 5, n. 19 ; I 4 , n. 5 6 .
53 Fehrle, pp. 1 3 9 - 1 4 8 · D e acuerdo con ello, las coronas de m irto estaban prohibidas en presencia
de la H era de Sam os, N icand r. Alex. 6 19 s.; Schol. A ristoph . Ran. 3 3 ° D übner.
54 V a rró n habló de las bodas de H era en Sam os: en Lact. Diu. inst. I, 17 , 8 ; A u g . De civ. Dei 6, 7 · Ε ·
Buschor, « H e ra io n von Sam o s», AM 55 (I 9 3 ° ) , PP* [ 9 , deduce de ello una fiesta con hierós gamos
y, en otro sentido, G . K ip p , « Z u m H e ra -K u lt au f Sam o s», Innsbrucker Beiträge zur Kulturwissenschaft 18
( 1 9 7 4 ) , pp. 1 5 7 - 2 0 9 . Enigm ática es la representación, en u n a im agen votiva, de una fellatio de
H era a Zeus, sobre la cual trató p o r extenso Grisipo, SV F II n“ 1 0 7 1 - 1 0 7 4 ·
i 84 3. LOS DIOSES

L a p é rd id a n o c tu rn a y el d e sc u b rim ie n to a la luz d el día, la v io le n c ia c o n tra la im a ­


g e n c u ltu a l y la e x p ia c ió n , los h o m b re s c o n las c o ro n a s de castidad de los « c a r io s »
c e le b ra n d o el b a n q u ete s a c rific ia l so b re u n le ch o p rim itiv o en el sa n tu a rio situ ad o
m u y le jo s fu e ra d e la c iu d a d : se trata de u n p e r ío d o de o r d e n in v e r tid o , q u e esta­
blece el thesmós, el o rd e n de la vid a n o rm a l, de u n a fo rm a m u ch o m ás segura, cu an d o
la d io sa regresa, p u rific a d a , a su an tigu a m o ra d a .
E n B e o c ia , u n g r u p o de c iu d a d e s lid e r a d o p o r P la te a c e le b ra la fie sta d e lo s
« G r a n d e s Daídala » cada sesenta a ñ o s 55. L o s Daídala so n figu ras de m ad era hechas co n
tro n c o s de á rb o les, p ro b a b le m e n te talladas sólo de fo rm a tosca. E n la fiesta, u n a de
estas fig u ras se a d o rn a com o u n a n o via, se co lo ca en u n c a rro tira d o p o r bueyes c o n
u n a « a c o m p a ñ a n te de la n o v ia » y se lleva c o n tod a la p o m p a de u n c o rte jo n u p c ia l
desde el río A s o p o hasta la cim a d el m o n te G ite ró n . A llí se erig e u n a c o n stru c c ió n
de m a d e ra c o m o a lta r, se s a c r ific a n a n im a le s , u n to r o p a r a Z e u s y u n a vaca p a r a
H e ra , y, fin a lm e n te , to d o —ca rn e , a ltar y Daídala— se q uem a a la vez en u n a h o g u e ra
q ue p u e d e verse d esd e m u y le jo s . E sta fie sta d el fu e g o , q uizá de tip o m in o ic o 56, es
« h o m e r iz a d a » a través de u n m ito e tio ló g ic o : H e ra ha d iscu tid o c o n Zeu s y se re tira
a E u b e a ; acto se g u id o Z e u s h ace v e s tir d e n o v ia u n a m u ñ e c a y a n u n c ia q u e va a
casarse c o n Platea, h ija de A s o p o . G u a n d o se e n tera de e llo , H e ra se d irig e a llí r á p i­
d am en te ju n t o a las m u je re s de P latea, ro m p e el vestido de su n ueva rival y se echa a
r e ír ; p e ro su rival aú n deb e ser d estru id a ; de ah í la fiesta d el fu eg o .
E n su tem p lo de P latea, H e ra tien e d os estatuas y dos epítetos, « la que es llevada
c o m o e sp o sa » (nympheuoméne) y la « c o n s u m a d a » (teleía)57·, a través de crisis y r u p t u ­
ras, la « r e a liz a c ió n » de su m a trim o n io se ren u eva u n a y o tra vez. A l m ism o tiem p o ,
P la te a es el n o m b r e in d o e u r o p e o d e la D io s a T ie r r a y, p o r ta n to , de la a n tig u a
e sp o sa d e l P a d re C i e l o 58; a q u í, p o r c o n s ig u ie n te , d etrá s de la n a rra tiv a m ític a se
o cu lta u n a s u p e rp o s ic ió n h istó ric a . E llo s in e m b a rg o , se c o n v ie rte e n la e x p re sió n
de la n atu raleza c o n tra d ic to ria de H e ra , q u e al m ism o tiem p o desea y n o desea a su
m a r id o , p o r lo q u e am b o s a lcan z a n al f in a l su o b je tiv o y la e sp e lu zn an te fie sta de
d e stru c c ió n sirve p ara m a n te n e r el b u e n h u m o r de lo s O lím p ic o s.

2-3- P o sid ó n

E l n o m b re de P o s id ó n 1, c laram en te c o m p u esto (m ic én ic o Poseidaon, d ó ric o Poteiddn,


e n tre o tra s v a ria n te s) p a re c e in v ita r al d e s c ifra m ie n to lin g ü ís tic o ; el p r im e r e le ­
m en to d el n o m b re es o b viam en te el v o c a tiv o po tei-, « S e ñ o r » , p e ro el seg u n d o e le ­
m e n to , d a - , está a b ie rto a m ú ltip le s in t e r p r e t a c io n e s 2; q ue s ig n ifiq u e « t i e r r a » y

55 Paus. 9, 3 , 3 - 8 ; Plut. fr. I 5 7 - I 5 8 ; OF, pp. 5 0 - 5 6 ; GGR, p. 4 3 I ; K erényi (3), pp. 1 1 4 s .; S&H, pp.
132 - 1 3 4 ; véase II 7, n. 9 3 ; II I , n. 7 3 .
56 Véase I 3 . 3 , η . 3Ο; I I I, n. 7 3 .
57 Paus. 9, 2, 7 .
58 Véase I 2 , n. IO . C fr . R. Renehan, « H e ra as E a rth -G o d d e ss» , R h M lI J ( l 9 7 4 )> PP· 1 9 3 - 2 0 1 .
1 E . H . M eyery H . Bulle, M ÍL III ( 1 9 0 2 - 1 9 0 9 ) , cois. 2 7 8 8 - 2 8 9 8 ; CGSIV, pp. 1- 9 7 ; E . Wüst, i?EX XII
I ( 19 5 3 ), cois. 4 4 6 - 5 5 7 ; GGR, pp. 4 4 4 - 4 5 2 : F. Schachermeyr, Poseidon und die Entstehung des griechischen
Götterglaubens, 195 ° ; Kerényi (3), pp- 5 3 - 7 5 : E · Sim on, LIMC s.v. Poseidon VII (19 9 4 ), pp. 4 4 ^ - 4 7 9 ·
2 «Espo so de la T ie rr a » : P. Kretschm er, Glotta I (19 0 9 ), pp. 27 s. ; G dH l, p. 21 2 ; Kerényi (3), p. 5 6 ;
« C o n o c e d o r del camino (del m a r )» : A . Heubeck, IF 6 4 ( ϊ 9 5 9 )> ΡΡ· 2 2 5 _ 2 4 ° ; «señ o r del agua»:
G . Scott Littleton, «P oseido n as a Reflex o f the In d o -E u ro p e a n 'Source o f waters’ G o d » , JIE S I
2.3. POSIDÓN 185

q ue, p o r tan to , Posición sea « E s p o so de la T ie r r a » es casi im p o sib le de d em o stra r.


L o q u e sí es c ierto es q u e P o sid ó n es u n d io s an tig u o e im p o rta n te . L as tablillas e n
lin e a l B lo m u estra n co m o el d io s p rin c ip a l de P ilo ; la telemaquia h a con servad o u n
re c u e rd o de ello cu an d o p resen ta a N é sto r de P ilo d u ra n te el g ra n sa crific io a P o si­
d ó n a la o r illa d el m a r 3. D e trás de e llo se e n c u e n tra la tr a d ic ió n según la cu al lo s
jó n ic o s de A sia M e n o r p ro c e d e n de la P ilo de N é sto r; su sa n tu a rio cen tral, situado
en u n lu g a r s o lita rio so b re el m o n te M ic a le está d e d ic a d o a P o s id ó n 4. L a Ilíada ya
a lu d e a la fiesta s a c rific ia l a llí d o n d e lo s jó v e n e s a rra s tra n al to ro b ra m a n te c o n el
que se d eleita P o sid ó n . E l m ito gen ealó gico subraya la c o n e x ió n de P o sid ó n con P ilo
c u a n d o lo h ace p a d re de P e lia s y N e le o , el p r im e r o , re y de Y o lc o e n T e sa lia , el
seg u n d o , rey de P ilo 5.
H ay ta m b ié n o tro s casos en lo s q u e P o sid ó n es el an teceso r trib a l y el o rig e n d el
p o d e r u n ific a d o r . S u sa n tu a rio e n la isla de C a la u r ia es el c e n tro de u n a an tig u a
a n fic tio n ía . E o lo y B e o to , lo s antecesores e p ó n im o s de lo s eo lio s y lo s b eo cio s, so n
sus h ijo s 7. A lg u n o s n o m b re s de ciu d ad es co m o P o tid ea e n la p e n ín su la C a lc íd ic a o
P o sid o n ia /P a e stu m e n el su r de Ita lia te s tim o n ia n la a m p lia d ifu s ió n d el cu lto d el
d io s. E n T re z é n , d o n d e es v e n e ra d o co m o « r e y » (Basileús ) S, fu e p a d re d e T e seo ,
q u ie n se c o n v irtió p o s te r io r m e n te e n el g r a n re y de A te n a s d o n d e e sta b leció el
o rd e n y la u n id a d 9. L a s co n e x io n e s de P o sid ó n c o n A te n a s so n e n efecto com p lejas:
el p r im e r rey de la ciu d ad es E re c te o ; éste, en el culto, se id e n tific a co n P o sid ó n , el
m ism o a lta r sirve p a ra am b os, p e ro el te m p lo y el témenos sig u e n lla m á n d o se E r e c -
te io n . O b v ia m e n te el n o m b r e c o m ú n g rie g o « h o m é r ic o » d el d io s ha su stitu id o
p arcia lm e n te al de la fig u ra local a n cestral10. L a m ito lo g ía lo explicaba d icie n d o que,
d u ra n te la g u e r r a e n tre E le u sis y A te n a s , P o s id ó n , c o m o p a d re de E u m o lp o de
E leu sis, h ab ía clavado al rey E re c te o en la tie rra y así h abía p ro p o r c io n a d o a su v íc ­
tim a e te rn o h o n o r y culto .
E n la épica P o sid ó n se d efin e com o dios d el m ar. E n el contexto d el ep iso d io d el
« e n g a ñ o » de Z eu s, el p o eta de la Ilíada hace q u e el p ro p io P o sid ó n exp liq u e: C r o n o
ten ía tres h ijo s , Z eu s, P o sid ó n y H ad es, y c u a n d o el m u n d o fu e d iv id id o , a Zeus le
co rresp o n d ió el cielo, a P o sid ó n el m ar y a H ades el m u n d o subterráneo, m ientras que
la tie r ra y el m o n te O lim p o e ra n p ro p ie d a d c o m ú n de lo s tr e s " . E n p r in c ip io lo s
h e r m a n o s d is fr u ta r o n d e l m ism o h o n o r ; sin e m b a rg o P o s id ó n d eb e e n este caso

(J 9 7 3 ) ’ PP- 4’ 2 3 - 4 4 o ; cfr* F. Gschnitzer, SertaphilologicaAenipontana, 19 6 2 , pp. 1 3 - 1 8 ; G . J . Ruijgh,


REG 8 0 (1 9 6 7 ), pp. 6 - 1 6 ; E . P. H am p, Minos 9 (19 6 8 ) , pp. 1 9 8 - 2 0 4 ; Risch, p. 57’ η · ï ; véase III
2 .9 , η. 2 sobre Deméter.
3 Véase I 3 .6 , n. 12 .
4 H dt. I, 1 4 8 ; D iod. Sic. 15 , 4 9 : 0^Γ· 2 0 , 4 ° 4 ; G . K le in e r y P . H om m el, Panionion und Melie, 19 6 7 ;
para la tradición sobre los jo n io s: R. H am pe, Nestor, en Vermächtnis der antiken Kunst, 1 9 5 0 , pp. 11- 7 ° ;
T . B . L . W ebster, Von Mykene his Homer, i 9 6 0 , pp. l 8 5 ~ 2 I 2 ; M . B . Sakellariou, La migration grecque en
Ionie, 19 5 8 .
5 Od. II, 2 3 5 - 2 5 7 ·
6 Strab . 8, 3 7 4 ; Paus, 2 , 3 3 ; G . W olter, Troizen und Kalaureia, I 9 4 1 ; T h . K elley, « T h e G alaurian
A m p h ictio n y» , AJA 7 0 (19 6 6 ), pp. I I 3 - 1 2 I ; Bergquist, p. 3 5 ; Snodgrass, p. 4 0 2 .
7 11yg. Fab. 18 6 , siguiendo a Eurípides.
8 Paus. 2 , 3 0 , 6; wânax e n Gorinto IG [V 2 1 0 .
9 Paus. 2 , 3 3 , I; H . H erter, RE Suppi. X III ( 1 9 7 3 ) , col. 1 0 5 3 -
10 HN, pp. 1 7 5 - 1 7 7 .
11 II. 15 , 1 8 6 - 1 9 3 .
ι 86 3. LOS DIOSES

in c lin a rse ante el d io s d el cielo , que a q u í es c o n sid e ra d o el h e rm a n o m ayo r, m ie n ­


tras q ue e n H e sío d o es el m ás jo v e n 18.
U n a d e sc rip c ió n p in to re sc a d el d io s d el m a r se da en el lib ro X I I I de la Ilíada·. co n
tres g ra n d e s p aso s « d iv i n o s » q u e h a c e n te m b la r las m o n ta ñ a s, P o s id ó n lle g a d el
O lim p o , a su b rilla n te casa de o r o e n las p r o fu n d id a d e s d el m a r cerca de E gas en
T ra c ia , ju n t o al m a r « E g e o » ; a llí en jaeza sus caballo s, m o n ta e n su c a rro de o r o y
c o n d u c e a través de las olas sin q ue el eje d e l c a rro se m o je . E l m a r se abre a le g re ­
m en te a su paso y los an im ales m a rin o s, lo s m o n stru o s de las p ro fu n d id a d e s, se d es­
lizan y ju e g a n en el agua d eb ajo de él: c o n o c e n a su s e ñ o r 13. L a o tra escena q u e d io
fo rm a a la tr a d ic ió n se e n c u e n tra e n la Odisea: desde lo alto de lo s m o n tes S o lim o s,
P o sid ó n ve a O d ise o e n su b alsa: ra b io s o a g a rra su trid e n te , re co g e el m ar, levanta
vien tos, cu b re el m ar y la tie rra de n u b es y fin a lm e n te con cita u n a ola gigantesca p ara
ro m p e r la balsa en pedazos; después regresa de m al h u m o r a su casa cerca de E g a s14.
G o m o d io s d el m ar, P o sid ó n goza a p a r tir de en to n ces de u n a n a tu ra l p o p u la r i­
dad entre los griegos, ju n to a su m u je r A n fitr ite , cuyo n o m b re está ob viam ente re la ­
cio n ad o c o n el d el m o n stru o m a rin o T r it ó n 15, p e ro n o se p u ed e aclarar m u ch o m ás.
S u san tu ario en el Istm o , d o n d e tie n e n lu g a r los Ju e g o s Istm icos p an h e lén ic o s, debe
c o n sid e ra rse ta m b ié n e n el con texto de la p o s ic ió n d o m in a n te de C o r in t o so b re el
m a r, a u n q u e a p a re c e n e stru c tu ra s m ás c o m p lic a d a s e n e l c o r r e s p o n d ie n te c u lto ,
m is te rio s o y n o c t u r n o , e n to r n o a la m u e r te d e l m u c h a c h o P a le m ó n 16. T o d a s las
n aves q u e se d ir ig ía n a A te n a s e ra n sa lu d a d a s d esd e le jo s p o r el b r illa n te y b la n c o
tem p lo de P o sid ó n e n cabo S u n io n . E n p a rtic u la r, P o sid ó n es se ñ o r y p ro te c to r de
lo s p esca d o re s. L o s p in to re s , p o r ta n to , lo re p re se n ta n c o n u n pez, a m e n u d o c o n
u n d e lfín , e n la m a n o . L a fo rm a m ás v io le n ta de p escar es la caza d el atú n , q ue ta m ­
b ié n e m p le a el t r id e n t e - a r p ó n 17, lle v a d o p o r P o sid ó n c o m o su a trib u to d istin tivo
desde la ép o ca de H o m e r o . L as p rim ic ia s de la pesca d el atú n se llevan co m o o fr e n ­
das al san tu ario de P o sid ó n p ara el b an q u ete festivo 18. M a rin e ro s y pescado res d eb en
te n e r sie m p re e n cu en ta el p e lig ro s o p o d e r d el d io s d el m ar, la tem pestad devasta­
d o ra . P e ro la te m p e sta d p u e d e ta m b ié n lle g a r a ser la e p ifa n ía d e l d io s; e n el añ o
4 8 0 , cu an d o se levantó u n a tem pestad d el N o rte y d añ ó gravem ente la flo ta p ersa en
T e salia, lo s g rie g o s h ic ie r o n vo to s a P o s id ó n , v e r t ie r o n al m a r o fre n d a s de b e b id a
p a ra él y a p a r tir de e n to n c es v e n e r a r o n e n u n n u evo c u lto a P o sid ó n « S a lv a d o r »
(Sotér)19. E s te n ta d o r s u p o n e r q u e la g ra n estatua de b r o n c e e n c o n tra d a e n el m a r
ju n to al cabo A rte m is io n es e n efecto el dgalma de P o sid ó n , e rig id o co m o o fre n d a de
ag ra d e cim ien to d espués de la b atalla naval de ese a ñ o w .

12 II. 15 , 1 8 2 , H es. Theog. 4 5 ^ s .


13 II. 1 3 , 1 7 - 3 1 .
14 Od. S, 2 8 2 - 3 8 1 .
15 H . H erter, R E V I I A ( 1 9 3 9 ) , cois. 2 4 5 - 3 ° 4 -
16 Sobre el santuario: Gi'uben, pp. 9 7 s·: sobre el rito: HN, pp. 2 I 9 “ 2 2 I.
17 H . Bulle, RML III ( 1 9 0 2 - 1 9 0 9 ) , col. 2 8 5 5 ; GGR, p. 4 4 6 : S im o n , p. 8 2 ; contra_C o o k II, pp. 7 8 6 -
7 9 8 , cfr. A esch. Sept. 1 3 1 , Paroem. Gr. I 2 5 5 > II 4 5 9 thynnízein.
18 A ntigo no de Garisto en A th . 2 9 7 e = fr. 5 6 A D o r a n d i; HN, p. 2 3 I ·
19 H dt. 7, 1 9 2 .
20 G h . K aru so s, Deltion 1 3 ( 1 9 3 0 - 1 9 3 1 ) , p p . 41 - 1 0 4 : S im o n , p p . 8 6 -9 O ; H . Schwabl, RE s.v. Zfus,
Suppl. X V (19 7 8 ), col. 1 4 2 9 , mientras R . W ünsche, J d l 94 ( [9 7 9 ) > PP* 77 “ 1 EI > rom pe una lanza en
favor de Zeus. La discusión continua: cfr. E . Sim o n , LIMCPoseidon, n“ 2 8 , p. 4 5 2 (foto).
2.3. POSIDÓN 187

A l m ism o tie m p o , sin em b argo, Posición, co m o in d ic a n sus epítetos b o m é ric o s,


está estrech am en te re la c io n a d o c o n la tie rra ; él es « e l q u e agita la t i e r r a » 21, el d io s
d el te rre m o to . L a m ito lo g ía cu en ta có m o P o sid ó n d estroza ro cas c o n su trid e n te y
las tira al m ar; así a rro ja a las p ro fu n d id a d e s a Á y a x lo c r io , que in te n tó d esafiar a lo s
d io se s c o n la ro c a e n la q u e se h a b ía r e fu g ia d o 22 y lan za la isla d e N is ir o c o n tra el
g ig a n te P o lib o t e s 23. E n T e salia se d ecía q u e su tr id e n te h a b ía excavado e l valle d e l
T e m p e en tre O lim p ia y el O sa y, así, p u d o f lu ir el lago q ue cu b ría T e sa lia 24. C a tás­
trofes natu rales reales se a trib u ía n ta m b ié n a P o sid ó n , com o el terrem o to de Esparta
e n 4 6 4 2S. C u a n d o las dos c iu d a d e s de H é lic e y B u r a se h u n d ie r o n e n e l g o lfo de
C o r in t o a c o n s e c u e n c ia de u n te rr e m o to e n 3 7 3 , se d ifu n d ió in m e d ia ta m e n te la
h is to ria de q ue estas dos ciu d ad es h a b ía n sid o cu lp ab les de u n sa crile g io e n el altar
de P o s id ó n 26. C u a n d o se p r o d u c e u n te r r e m o to , to d o s e m p ie z a n a e n to n a r el
« p e á n de P o s id ó n » 27 y a in vo carle c o n votos co m o dios de la « fir m e z a » (Asphdleios).
H a y gran d es sacrific io s de to ro s p ara P o sid ó n y, p o r este m otivo , p u ed e lla m á r­
sele in c lu so « T o r o - P o s id ó n » (Taúreos) 2&; p e ro es c o n el caballo c o n el q u e tien e u n
v ín c u lo m ás esp ecial. L o s griego s d ecían sen cillam e n te q u e se d eb ía h o n r a r a P o s i­
d ó n p o r d os m o tiv o s, c o m o d o m a d o r de c a b a llo s y c o m o sa lv a d o r de n a v e s29. E l
culto de P o sid ó n Híppios está m u y d ifu n d id o . T ie n e caballos en su sa n tu a rio 30, se le
re p re s e n ta c o m o u n ji n e t e y es h o n r a d o c o n c a rre ra s d e c a rro s ; p a r tic u la rm e n te
c u rio s a es la c o stu m b re d e O n q u e s to , d o n d e se re p re s e n ta c o m o u n s a c r ific io el
d estrozo de u n ca rro : u n tiro de caballos sin au riga se d eja c o rre r a rie n d a suelta co n
u n c a r r o 31. M ito s re m o to s n o cen su rado s h a cen a P o sid ó n el p ad re directo d el caba­
llo . E n e l cu lto d e P o s id ó n « R o c a » , P o s id ó n Petraíos, e n T e s a lia , y ta m b ié n e n
C o lo n o H ip i o 32 en A te n a s, se dice que P o sid ó n ve rtió su sem en so b re u n a ro ca, de
la q u e s u rg ió el p r im e r c a b a llo . O tra s v e rs io n e s c u e n ta n c ó m o c o p u ló c o n u n a
h o r r ib le c ria tu ra fe m e n in a que se c o n v irtió e n m ad re d e l ca b a llo . C u a n d o P erseo
d ecap itó a la G o rg o n a M ed usa, que h abía yacid o c o n P o sid ó n , sa lie ro n de su cu erp o
u n caballo y u n g u e rre ro , Pégaso y C r is a o r 33. L a « c o lé r ic a » d io sa Erinys, c o n la que
h a b ía c o p u la d o P o s id ó n ju n t o a la fu e n te T ilf u s a en B e o c ia , d io a luz a A r ió n , el
fab u lo so caballo que llevó y salvó a A d ra stro de S ic ió n d u ra n te la aventura de los Siete

21 El epíteto frecuentegaiéochos, si podemos fiarnos de gaidwochos de J G V I, 2 13 » no tiene que ver con


echein « t e n e r » ni tam poco con ocheúein « c o p u la r » , sino con la raíz *wegh- « i r en u n veh ícu lo »,
GGR, p. 44 -8 ; « s a c u d ir» es la hipótesis de Ghantraine, p. 2 19 ·
22 Oá. 4 , 505- 5 10 .
23 A po llo d . i, 3 8 ; C o o k III, pp. 1 4 - 1 8 .
24 H dt. 7 » 1 2 9 ' 4 ; Schol. Pind. Pyth. 4» 24 6 a .
25 T h u c. i, 1 2 8 , i.
26 D io d. Sic. 15 , 4 9 ; Paus. J , 2 4 s*; Heraclides fr. 46"W ehrli.
27 X en . Hell. 4 , 7 - 4 ·
28 Hes. Scut. 1 0 4 ; taúroi com o asistentes del sacrificio a Posidón: A th . 4 2 5 a - Hesych. s.v. taûros; véase V
3 *3 ·. η · 3 3 -
29 H orn. Hymn. 2 2 , 4 s·; Paus. 7» 21 » 9 ·
30 Paus. 8, 14 , 5 ; 7 s· (Feneo),
31 Hymn. A p o ll2 3 0 - 2 3 8 (la interpretación de A . Schächter, BICS 23 [ l 9 7 6 ], PP· IO 2-II4» es difícil de
aceptar). P o sid ó n y el h ipódrom o en Esparta: X en . Hell. 6, 5 > 3 o ? Paus. 3 , 2 0 , 2.
32 Sch o l. P in d . Pyth. 4 > 2 4 6 ; SchoZ. A p . R h. 3 > 1 2 4 4 (Tesalia). S ch o l. Lyc. 7 6 6 , cfr. So p h . O. C.
1 5 9 5 ; O . G rup pe, A RW 1 5 ( 1 9 12 ) , p. 3 7 3 ·
33 Sobre el famoso fro ntó n con la Gorgona del templo de Artem is en C orcira: Lullies-H irm er, lám.
17 s.; Medusa com o centauresa en un ánfora beocia con relieves: Schefold, lám. 15b .
ι 88 3. LOS DIOSES

contra Tebas3 i . E l m ism o m ito reap arece en A rc a d ia , en T elp u sa y e n F ig a lia 35. A q u í la


esposa de P o sid ó n es D e m é te r, a la q u e se da el epíteto Erinys a causa de su ir a ; ella se
tr a n s fo rm ó e n yegua p a ra escap ar d e P o sid ó n , p e r o él se c o n v irtió en g a ra ñ ó n y la
m o n tó . A c to segu id o, D e m é te r d io a luz a A r ió n y u n a h ija m iste rio sa. L a h ip ó tesis
de que el culto de P o sid ó n C a b a llo esté re la c io n a d o c o n la in tro d u c c ió n d el caballo
y d el c a rro de g u e rr a e n G re c ia p ro c e d e n te de A n a to lia e n to rn o a 1 6 0 0 36 re su lta
m u y atractiva; p a ra lo s g rie g o s, s in e m b a rg o , las técn icas de d o m a de cab allo s y de
c o n stru c c ió n de ca rro s p e rte n e c e n a la esfera de co m p e ten cia de A te n e a .
S e g ú n la in te rp re ta c ió n de P o sid ó n co m o « E s p o so de la T ie r r a » (v. n o ta 2 ), se
re la cio n a a P o sid ó n co n el caballo co m o c ria tu ra « c tó n ic a » y se relega a u n segu nd o
p la n o su v ín c u lo c o n el m a r 37. E llo r e q u ie r e ser d e lim ita d o y p re c is a d o . P o s id ó n
tien e tan p o c o q ue ve r c o n las p lan tas q u e b ro ta n de la tie rra com o c o n los m u erto s
y la « fu r io s a » m ad re d el caballo n o p u ed e e q u ip a ra rse c o n la tie rra . P o r o tro lad o,
in c lu so el n a c im ie n to d el caballo se asocia c o n el agua: hay u n a « F u e n te d el C a b a ­
l l o » (Híppou Kréne) q u e b r o tó b a jo el casco d e l p r im e r c a b a llo 38; el ca b a llo n ace
cu an d o las p ro fu n d id a d e s se a b re n . A la in v ersa, los caballos d eb en h u n d irs e : e n la
fu e n te de agua d u lc e q u e su rg e d e l m a r, el « R e m o l i n o » e n A r g o s , se su m e rg e n
ca b a llo s e n h o n o r d e P o s id ó n 39. E llo se r e la c io n a c o n la t r a d ic ió n m u y a n tig u a y
d ifu n d id a de los sa crific io s « p o r a h o g a m ie n to » , e n lo s que lo s sa crific io s de caba­
llo s s o n fre c u e n te s 40. S a c r ific io s p o r a h o g a m ie n to e n h o n o r de P o s id ó n se d o c u ­
m en ta n en otro s lu g a re s41. U n h u n d im ie n to e n las p ro fu n d id a d e s de m o d o que sólo
qued a u n p e d a c ito de « m a r » d e fin e ta m b ié n el m ito de E re c te o . A l a in versa, P o si­
d ó n p u e d e ta m b ié n h a c e r b r o t a r agu a d u lc e ; las rica s fu e n te s de L e r n a b r o t a r o n
p ara A m ím o n e , h ija de D á n a o , d esp u és d e q u e ella h u b ie ra yacid o c o n P o s id ó n 48;
e n e fe c to , se d ice q ue to d as las fu e n te s s o n en viad as p o r P o s id ó n 43. P o s id ó n se
m an ifiesta in clu so com o dios d el m a r cu an d o el m ar se abre, b ie n cu an d o los m o n s ­
tru o s m a rin o s ju e g a n d eb ajo de él o b ie n cu an d o las olas se levantan azotadas p o r la
tem pestad . P o sid ó n p o r tan to aparece c o m o S e ñ o r de las p ro fu n d id a d e s , e sp e cia l­
m e n te c o m o S e ñ o r de las A g u a s de las P r o fu n d id a d e s , c o m p a ra b le al « S e ñ o r d el
A b is m o » su m e rio , E n ld , que ju n to c o n el D io s C ie lo , A n u , y el D io s de la T e m p e s­
tad, E n lil, fo rm a la g ran tríad a de d ioses m eso p o tám ico s.

34 Thebais; Schol. 11. 2 3 - 3 4 6 a Erbse = fr. 8 Bernabé2 = fr. 6 C Davies.


35 Paus. 8, 2 5 > 4 > 4 2 , 2 - 3 ; S&H, pp. ! 2 fj 12 9 ; W . Immerwahr, Kulte und Mythen Arkadiens, 18 9 1, pp. 1 1 3 -
1 2 0 y Stiglitz, pp. I I O - 13 4 , intentan reducir el m ito a una cobertura histórica de cultos diversos.
36 Schacherm eyr (véase supra, n. i), pp. 1 4 8 - 1 5 5 *
37 C ategóricam ente GdH I, pp. 211 - 2 2 4 - c^r - RE X X I I ( l 9 5 3 ) cois. 4 5 i ~4 5 4 í Schacherm eyr (véase
supra n. i), pp. 1 3 - 1 9 y passim. L . M alten, « D a s Pferd im T o ten glau b en », J d l 2 9 (1 9 14 ), ρρ· l 7 9 ~
2 5 5 - E n contra GGR, p. 4 5 0 : «d io s de las aguas».
38 Sittig, i?E V III ( 1 9 13 ) , cois. 1 8 5 3 - 1 8 5 6 .
39 Paus. 8, 7, 2 . Posidón, sacrificios de caballos y ahogam iento en el río form an tam bién parte del
mito de Eveno: A p o llo d . I, 6 0 .
40 B. Stiernquist, en H . Janku h n, «Vorgeschichtliche H eiligtüm er u nd O pferplätze», Abh. Göttingen,
1 9 7 0 , pp. 9 0 s, cfr. pp. 16 8 s. Caballos ahogados en el río: II. 2 1 , 13IS. ; GGR, p. 2 3 7 ·
41 T oros: Teofrasto en A th . 2 6 l d = fr. 7 0 9 Fortenbaugh, Plut. Conv. sept. sap. 1 6 3 B ; en general, Eust.
11. 2 3 . 1 4 1 , ρ· 1 2 9 3 , 8 van der Valk.
42 PR II, pp. 2 7 4 s·
43 Aesch. Sept. 3 0 8 .
2.4. ATENEA l 8g

E l S e ñ o r de las P ro fu n d id a d e s es ta m b ié n u n dios de o rá cu lo s. E l o rá cu lo de los


m uertos en cabo T é n a ro está dedicado a P o sid ó n e incluso se le llam a señ or « p r im o r ­
d ia l» de D e lfo s44. S u ín tim o en em igo O d iseo , el navegante, que llegó in clu so hasta el
m u n d o su b terrán eo en busca de u n orácu lo , llegó a ser sacerdote de P o sid ó n y fu n d ó
p ara el dios u n nuevo lu gar de culto, p ro b ab lem en te u n orácu lo de los m u erto s45.
E n los p oem as h o m éric o s surge a p a rtir de estos o rígen es u n « c a r á c t e r » p ec u lia r
d el d io s: es g ra n d e y p o d e ro s o , au n q u e de cie rta graved ad ; n u n c a c o n las alas de la
ju v e n tu d sin o que d ecid id am en te p erte n ec e a la g e n e ra c ió n m ás v ie ja y sólo es s o lí­
cito a la m a n e ra de u n tío . E n co n secu en cia d eb e s o p o rta r algunas o fen sas; es in c a ­
paz de a c e le ra r la d e s tru c c ió n de T ro y a y só lo p u e d e d ific u lta r e l re g reso a casa de
O d is e o , p e r o n o im p e d ir lo . G e n e ra el cab allo y d o m in a el m a r, p e ro es A te n e a la
q u e in v e n ta la b r id a y el b o c a d o y la q u e c o n s tru y e la p r im e r a n a ve ; e lla ta m b ié n
tr iu n fa so b re él en A te n a s. P o sid ó n q u ed a co m o e n c a rn a c ió n d e la fu erza e le m e n ­
tal; la tem pestad m a rin a y el te rre m o to so n las fo rm a s de e n ergía m ás vio len tas c o n
q u e se to p a d ire c ta m e n te el h o m b re , m ie n tra s q u e el c a b a llo e ra la e n e r g ía m ás
fu e rte q ue el h o m b re p o d ía en to n ces c o n tro la r. S ie m p re se p u ed e lu c h ar c o n tra u n
p o d e r tal y se debe sie m p re te n e r en cu en ta, p e r o la c la rid a d y la luz n o p ro v ie n e n
de é l, s in o d e A te n e a o A p o lo ; y lo ú n ic o a b so lu ta m e n te ir r e s is tib le es el rayo
celeste.

2 -4 · A te n e a

L a d io sa A te n e a 1 —m ás exactam ente Athenaía, jó n ic o Athenaíe, ático Athenâ, e n la épica


a b re via d o Athene— p e rte n e c e ín tim a m e n te p o r n o m b re y p o r e sfe ra de in flu e n c ia a
A te n a s, la ciu d a d q ue a ú n h o y está d o m in a d a p o r su « M o r a d a de las V ír g e n e s » , el
P a rte n ó n , q ue se ha c o n v ertid o en arq u etip o de to d o el arte g rie g o . S i fu e la ciu d ad
la q ue d io n o m b re a la d iosa o fu e la d io sa la q u e d io n o m b re a la ciu d ad es un a vieja
d is c u s ió n . D a d o q ue -ene es u n típ ic o s u fijo to p o n ím ic o —Mikene, Pallene, Troizen(e),
Messsene, d ren e— es m u y p ro b a b le que la d io sa to m e su n o m b re de la ciu d ad ; ella es la
Palas de A te n a s, Pallas Athenaíe, com o a H e ra de A rg o s se la llam a HéreArgeíe 2. L a ú n ica
m e n c ió n e n lin e a l B , atañapotinija, en G n o so , d eb e e n te n d e rse ta m b ié n sin tá c tic a ­
m e n te c o m o « S e ñ o r a de A t ( h ) a n a » 3. P a ra lo s a te n ie n se s e ra s im p le m e n te « l a

44 Psychopompeíon en el T é n aro , Plut. Ser. num. vind. g 6 o E ; hipercritico F. Bölte, RE I V A ( 1 9 0 2 ) , cois.


2 0 4 5 s . D elfos: Eumolpia de M useo en Paus. IO , 5 , 6 = M us. fr. 7 4 Bernabé; Eust. Dion. Per. 4 9 8 ;
Paus. 1 0 , 2 4 , 4 : G dH I, p. 2 1 3 ; G . Daux, B C H 9 2 (1 9 6 8 ) , pp. 5 4 0 - 5 4 9 ; H N, p. 15 1 , n. 2 1.
4 5 Od. Il, I I 9 - 1 3 4 ; véase II 8 , n. 5 3 .
1 F. D üm m ler, RE II (18 9 6 ) , cois. 1 9 4 1 - 2 0 2 0 ; CGSI, pp. 2 5 8 - 4 2 3 ; Otto (1), pp. 4 4 ~ 6 l ; GGR, pp.
4 3 3 - 4 4 3 ; U . von Wilamowit/.- M oellendoríí, « A th e n e » , SB B erlín , 1 9 2 1 , pp. 9 5 o - 9 ^ 5 = Kleine
SchriftenV 2 , 1 9 3 7 , PP· 36 —5 3 ; K . K e ré n yi, Die Jungfrau und Mutter in der griechischen Religion, 1 9 5 3 ; F·
I'ocke, «Pallas A th e n e » , Saeculum4 ( l 9 5 3 )> PP· 3 9 ^ “ 4 r3 : C . J . H erington, Äthena Pañhenos and Athena
Polias, 1 9 5 5 ; W . Pötscher, « A t h e n e » , Gymnasium 7 O ( 1 9 6 3 ) , PP· 3 9 4 " 4 I 8 ; 5 2 7 “ 5 4 4 > ®·· Luyster,
« Sym b o lic Elem ents in the C ult o f A th e n a » , HR 5 ( 1 9 6 5 ) , pp. I 3 3 - 1 6 3 ; P. D em argne y H . C a s-
simatis, LIM C s.v. A thenall (19 8 4 ), pp. 9 5 5 " I 0 4 4 > I· K asper-B u tz, Die Göttin Athena im klassischen Athen,
199O ; J . Neils (ed.), Goddess and Polis. The Panathenaic Festival in Ancient Athens, 1 9 9 2 ; J . Neils (ed.), Worship­
ping Athena. Panathenaia and Parthenon, 19 9 6 .
2 C o o k III, p. 2 2 4 ; Gansciniec, Eranos 57 (Σ9 5 9 )> PP· 5 ^ - 5 8 ; de form a diferente GGR, p. 4 3 4 ;
Pötscher (supra, n. i), p . 5 2 9 ; O · Szemerényi, JH S 9 4 ( 1.974 ')' PP- I 5 4 s·
3 Véase I 3 .6 , nn. 3 y 17 · U n a cuestión abierta es si ataña se refiere a Atenas.
igo 3. LOS DIOSES

d io s a » , he theós. L a p ala b ra Palas sigue sie n d o o scu ra; se ha in te rp re ta d o a veces com o


« V ir g e n » y otras veces co m o « la q u e b la n d e las a rm a s » , p e ro ta m b ié n p o d ría ten er
u n o r ig e n n o g r ie g o 4.
N ils s o n tra tó de re la c io n a r a A te n e a c o n la « D io s a d e las S e r p ie n t e s » , la p r e ­
su n ta d iv in id a d de la casa y d e l p a la c io d e l re y m in o ic o 5. A ú n m ás su g e re n te es la
a so cia ció n c o n la d ivin id a d d el escud o de M icen as, esp ecialm en te d espués de q u e se
e n c o n tra ra e n el m ism o san tu ario u n fresco que rep resen tab a u n a d iosa c o n y e lm o 6;
p o ste rio rm e n te se e rig ió u n te m p lo a A te n e a e n el lu g a r ocu p ad o p o r el p ala c io de
M ic e n a s. A d e c ir v e rd a d , e n ép o ca g rie g a , se c o n sid e ra a A te n e a e n tod as p arte s la
p re e m in e n te d io sa de la c iu d a d ela y de la c iu d a d ; a m e n u d o ello se expresa ta m b ié n
c o n sus e p íte to s: Polids, Polioúchos7. S u te m p lo es, p o r ta n to , m u y fre c u e n te m e n te el
te m p lo c e n tra l d e la c iu d a d , e n la c iu d a d e la , n o só lo e n A te n a s , s in o ta m b ié n e n
A rg o s , E sp a rta , G o r tin a , L in d o s , L a r is a e n T e salia e Ilio n , in c lu so e n la T ro y a de
H o m e r o , a p esar de que e n la épica A te n e a es e n em ig a de T ro y a . G o m o d io sa de la
c iu d a d ela y de la ciu d a d se m a n ifie sta e n la evo ca d o ra im a g e n de la v irg e n arm ad a,
valien te e in to c a b le ; c o n q u ista r u n a ciu d a d es « q u ita rle sus v e lo s » .
D io sas arm adas se e n c u e n tra n ta m b ié n e n el P ró x im o O rie n te ; Ish ta r e n m uchas
v a ria n te s lo cales y A n a t en U g a r it 9. L a im a g e n de la « p e q u e ñ a P a la s » , el P a la d ió n ,
co rresp o n d e ico n ográficam en te a las estatuillas sirias de gu erreros co n yelm o , escudo y
arm a b la n d id a 10. E l m ito n a rra cóm o el d estino de T ro ya estaba vin cu lad o a su « P a la ­
d ió n » ; só lo d esp u és de q u e O d ise o y D io m e d e s e n tr a r a n p o r la n o c h e e n T ro y a y
ro b a ra n el P a la d ió n , p u d o caer la ciud ad . V arias ciudades a firm a ro n p o ste rio rm e n te
p o see r este P a la d ió n , esp ecialm en te A te n a s y A r g o s 11. E n A rg o s , se lleva la im a g e n al
b a ñ o en u n c a rro ju n t o c o n el escu d o de D io m e d e s y e n A te n a s h ay u n a p ro c e s ió n
sim ilar en la que se con d uce a Palas al m ar y después de vuelta a su re c in to 113.
A te n e a n o lleva sus arm as sin m o tivo . H e s ío d o 12 la d escrib e com o

tremenda incitadora a la lucha en la batalla, la incansable guía del ejército,


señora que se deleita con el clamoroso grito de guerra, la batalla y la matanza.

4 « M u c h a c h a » ; Strab. 17 , 8 16 , cfr. Frisk II, p. 4 6 8 ; Chantraine, p. 8 5 3 ; « b la n d ir » : A p o llo d o r.


en Pap. Oxy. 2 2 6 0 II 2 , Cronache Ercolanesi 5 ( l 9 7 5 )> PP· 2 0 - 2 4 ; sobre ba’alat, Palas A tena = señora de
Atenas, O . C arruba, Attie Memorie del I Congresso di Micenologia, 1 9 6 8 , II, pp. 9 3 9 - 9 4 2 .
5 Véase I 3 -5 , n. 4 5 -I 4 ,n · 3 4 ·
6 Véase 1 3 . 3 , n. 7 6 .
7 C G SI, p. 2 9 9 ;GGR, P P . 433-437·
8 II. 16 , i o o .
9 P. de Lasseur, Les déesses armées dans l ’art classique grec et leurs origines orientales, 1 9 1 9 ; M . T . Bartelet, « L e s
déesses armées et ailées: I n a n n a -Is h ta r » , Syria 3 2 ( 1 9 5 5 ) , pp. 2 2 2 -2 Ö O ; Α Ν Έ Γ 4 7 3 (A n at): sobre
A n a t-A te n a : R . D u M esn il D u B uisso n , Nouvelles études sur les dieux et les mythes de Canaan, 1 9 7 3 * PP·
4 8 -5 5 .
10 Burkert, Grazer Beiträge 4 0 ·9 7 5 )> ρ ρ · 5 Ι - 6 6 : L a tradición m inoica se une con esta en la estatuilla de
barro de G ortina, S im o n , p. 18 8 , figs. 1 6 9 - 1 7 0 .
11 L . Ziehen, RE'K V III 3 ( i 9 4 9 X c° l s- I 7 I - I 8 9 ; G . Lippold, idihem, cols. 1 8 9 - 2 0 1 ; F. F. Cbavannes, De
Palladii raptu, tesis doct., Berlín, 18 9 I ; Burkert, /JIG G 22 (1 9 7 0 ), pp. 3 5 6 —3 6 S ; véase II 4 i nn. 4 3 s. ;
1 1 5 , n. 8 4 .
Ha Véase II 4» 2 , nn. 4 3 “ 4 4 ·
12 H es. Theog. 9 2 5 s·
2.4. ATENEA I9 I

G u a n d o lo s aqueos e n tra n en com b ate, Palas A te n e a c o rre e n tre sus filas c o n arm as
c e n te lle a n te s , in f u n d ie n d o e n cad a h o m b r e in a g o ta b le fu e r z a p a r a la lu c h a y la
g u e r r a '3; c u a n d o A q u ile s vu elve a c o m b a tir, la p r o p ia A te n e a alza el g rito de g u e ­
rr a , cuyo eco re su en a en lo n ta n a n z a, ya desde el valle, ya desde la o r illa 14. A sí, e n el
salvaje r u id o de la g u e rra y en extrem o g rad o de e x cita ció n , el g u e rr e r o cree p e r c i­
b ir la vo z d e la p r o p ia d io sa . In c lu s o A r q u ílo c o p u e d e d e s c r ib ir c ó m o A te n e a
estu vo p r o p ic ia ju n t o a lo s g u e r r e r o s v ic t o r io s o s e n u n a b a ta lla re a l e in f u n d ió
co ra je e n sus c o ra z o n e s15.
E l e m b le m a y la c o raza de A te n e a es la « é g i d a » 16; c u a n d o levan ta la égid a, sus
e n e m ig o s s o n p re sa s d e l p á n ic o y p r o n t o se p ie r d e n 17. L a é g id a , c o m o in d ic a su
n o m b re , es u n a p ie l de cabra; u n p a rtic u la r sa crific io de cabra fo rm a p arte del cu lto
de A te n e a e n A te n a s 18. E l m ito n a rra cóm o esta cabra e ra u n m o n stru o , u n a gorgona,
a la q ue la p ro p ia A te n e a h ab ía m atado y d e s o lla d o 19 ; el arte p ic tó ric o tra n sfo rm ó la
cabeza d el an im al en u n a cabeza de G o rg o n a y o rló la égid a co n serp ien tes, m ien tras
q ue el p o e ta de la Ilíada h abla c o n m ayo r cautela de rib etes de o r o 20. M as in q u ie ta n ­
tes s o n lo s m ito s q u e c u e n ta n có m o e n la isla d e C o s A te n e a a sesin ó y d eso lló u n a
c ria tu ra h u m a n a , u n gigante lla m a d o Palas, se vistió c o n su p ie l y p o r eso se lla m a ría
Palas; se d ecía in c lu so que este Palas h ab ía sid o su p ro p io u p a d re 21.
E sta vio le n c ia se com p en sa c o n su p a cífico in te ré s p o r.la artesanía, esp ecialm en te
el tra b a jo de las m u je re s c o n el h u so y el te la r. A te n e a Ergdñe es in v e n to ra y p a tro n a
d el tra b a jo de la la n a , de las « e s p lé n d id a s » o b ra s artesan ales q u e c o n stitu y en u n a
p a rte esen cial de la p ro p ie d a d y d el o rg u llo d o m é stic o s; in c lu so ella m ism a tra b a ja
c o n el h u s o 22. P ara ella las m u jeres de A te n a s te je n el p e p lo q ue le e n tregarán e n la
fiesta de las Panateneas; sin em bargo las escenas represen tad as e n el vestid o p e r te n e ­
cen g e n e ra lm e n te a la G ig a n to m a q u ia 23. A te n e a es ta m b ié n la d io sa de lo s c a rp in te ­
ro s; in v en tó el c a rro y la b rid a p ara el cab allo , co n stru y ó la p rim e r a nave y ayu d ó a
c o n tru ir el caballo de m a d e ra 24.
F in alm en te, el suave olivo es sagrado p ara ella, en p artic u la r el olivo sagrado de la
A c ró p o lis de A ten as que parecía en carn ar la c o n tin u id ad de la ciu d ad y se con virtió en
u n sím b o lo de esperanza cuand o volvió a b ro ta r después del in c e n d io de lo s p ersas25.
Ju n t o a Zeus, cuida de los olivos en general, de los que se ob tien e el aceite que sirve de

13 II. 2 , 4 4 6 - 4 5 4 ; cfr. la inscripción d e ja n to : véase III 2 -1 , n. I .


14 II. 2 0 , 4 8 -5 O ; C o o k III, p. 2 2 4 : R·· Gansciniec, Eranos ¡ y ( l 9 5 9 )> PP· 5 6 “ 5 8 ; de form a diferente
GGR, p. 4 3 4 ; Pötscher (supra, n. i), p. 5 2 9 ; O . Szemerényi, JH S 9 4 ( l 9 7 4 )> PP· I 5 4 s-
15 A rch ilo ch . fr. 9 4 West2.
16 GGR, pp. 4 3 6 s.; C o o k III, pp. 8 3 7 - 8 6 5 : K erényi (supra, n. i), pp. 5 7 “ 6 4 ·
Ι7 Od. 2 2 , 2 9 5 - 2 9 8 .
18 V a rró n De re rust. 1 , 2 , 19s. ; HN, pp. I 72 s. Véase V 2 ·2 ·
19 E u r. Ion 9 8 7 —9 9 7 i sobre el Gorgoneion véase II 7, n. 5 4 -
20 II. 2 , 4 4 6 ~4 4 9 : Ia aigts con cabeza de G orgona: II. 5 , 7 8 3 " 7 4 2 .
21 Gigante Palas: Epicharm . fr. 1 3 5 Kassel-Austin; A po llo d. I, 3 7 ; cfr. Atenea contra Astero en C o s:
Meropis e n SH fr. 9 0 3 A [= frr. 1 - 6 Bernabé2]. Palas como padre: Schol. Lyc. 3 5 5 > Gic. Denat. deor. 3 , 5 9 -
22 S im o n , p. 18 8 , fig. 1 6 8 ; c f r . //. 14 , 1 7 8 ; Od. 7, 1 1 0 ; 2 0 , 72-
23 HN, p. 1 7 5 , n. 9 2 .
24 A tenea Chalimtis, Pind. 01. 1 3 , 6 5 , Paus. 2 , 4 , I : N . Yalouris, «A th en a als H errin der P ferd e», Μ Η
7 ( 1 9 5 0 ) , pp. 1 9 -ΙΟ Ι; la nave A rg o : A p o llo d . I, IIO, A p . R h. I, 19 , cfr· ! 5 >4*2 ; el caballo de
madera: Od. 8, 4 9 3 ·
25 Véase II 5, η . 18 .
3. LOS DIOSES

p re m io a lo s ve n c e d o re s e n su fiesta , las P a n aten eas. G u a n d o lo s d io ses en tiem p o s


rem o to s p u g n a b a n p o r la re g ió n d el A tic a , A te n e a h izo crecer este á rb o l y así se ase­
gu ró A ten as p ara ella, m ien tras P o sid ó n , c o n la fu en te de agua salada que hizo b ro ta r
de la ro ca, se vio ob ligad o a re n u n c ia r.
L o que u n e estas esferas de com peten cias d ivergentes n o es u n a p o ten cia e le m e n ­
tal, sin o la fuerza de la civilización : la ju sta d ivisió n de papeles en tre m u jeres, artesa­
n o s y g u e rre ro s y la sa b id u ría organ izativa q u e p e rm ite su re a liz a ció n . N o es el olivo
silve stre d e O lim p ia , sin o e l á r b o l c u ltiv a d o el q u e es el d o n d e A te n e a . P o s id ó n
g e n e ra e l ca b a llo c o n v io le n c ia , A te n e a lo e m b r id a y c o n stru y e el c a r r o ; P o s id ó n
levan ta las olas, A te n e a c o n stru y e la n ave; H e r m e s p u e d e m u ltip lic a r lo s re b a ñ o s,
A te n e a e n señ a a u tiliz a r la la n a . In c lu so la g u e rra de A te n e a n o es el im p u lso salvaje
—e n c arn a d o e n la fig u ra de A re s — sin o u n acto civilizado, com o danza, co m o táctica
y d is c ip lin a : c u a n d o O d is e o , astuto y e c u á n im e co m o es él, p e rsu a d e a lo s aq u eo s
p ara e n tra r en b atalla a p esar de su can san cio d e la g u e rra , ello es o b ra de A te n e a 86.
M ás q u e n in g u n a o tra d iv in id a d , A te n e a está s ie m p re c erc a d e sus p r o t e g id o s ;
W alter F . O tto la d e s c rib ía c o m o « D io s a d e la C e r c a n í a » 27. D o n d e q u ie r a q u e se
resu elvan d ificu lta d es y q u e lo im p o sib le se vuelva p o sib le está A te n e a , p e ro su p r e ­
sen cia n o resta v a lo r a lo s lo g ro s d el o tro : « a lia d o c o n A te n e a , p o n tu p r o p ia m an o
a t r a b a ja r » , dice el p r o v e r b io 88. L a m eto p a de O lim p ia q u e m u estra a A te n e a soste­
n ie n d o c o n ligereza el cie lo q u e p esa tan to so b re lo s h o m b ro s de H e ra c le s 89 es u n a
de las im ágen es m ás h erm o sas de su in te rv e n c ió n : gracia y u n a ayuda sie m p re su til y
casi ju g u e to n a . A sí, tam b ién en otras ocasion es, está siem p re a lia d o de H eracles, y así,
co m o se re p rese n ta a m e n u d o , ayuda a P erseo a en ga ñ a r y m atar a la G o r g o n a 30. E n
la Ilíada in te rv ie n e d e la fo r m a m ás d ire c ta p a r a ay u d a r a D io m e d e s, c o n d u c ie n d o
ella m ism a su c a rro e in c lu so in c itá n d o lo a h e r ir a A r e s 31. L a in te rv e n c ió n de A t e ­
n e a , p o r su p u e s to , p u e d e s e r ta m b ié n p e lig r o s a : e l tr iu n fo d e u n o es la c a íd a d e
o t r o . L le v a a H é c t o r a su m u e rte a p a re c ié n d o s e le b a jo el aspecto d e su h e r m a n o ,
sólo p a ra d evo lverle a A q u ile s su lanza e n el m o m e n to c ru c ia l y d e sa p a re c e r32; p ara
p ro te g e r a lo s g rie g o s n o tie n e n in g ú n e sc rú p u lo e n d e stru ir a A yax.
E s a A q u ile s a q u ie n se le m an ifesta del m o d o m ás significativo : cu an d o él in ten ta
aga rrar su espada, lu ch an d o c o n tra A g a m e n ó n , A te n e a está detrás de él y le sujeta p o r
el p e lo ; p a ra lo s dem ás p erm an ece in visible, p e ro A q u iles recon o ce a l a diosa « a s o m ­
b r a d o » ; sus o jo s b rilla n te rrib le m e n te. L e acon seja c o n tro la r su ira, añ ad ien d o su a­
vem en te las p alabras: « s i qu ieres o b e d e c e rm e » y A q u ile s obedece sin d u d arlo . Se ha
d iscu tid o a m en u d o cóm o u n p ro ce so p sico ló g ic o de a u to c o n tro l se analiza y se p r e ­
sen ta c o m o u n a in te r v e n c ió n d iv in a 33. L o s o jo s b rilla n te s de A te n e a m a rc a n u n
m o m en to de lú cid a p ru d e n c ia e n la o fu sc a ció n p rovocad a p o r el c o n flicto .
T a m b ié n a O d is e o se le m a n ifie s ta A te n e a d e u n a fo r m a m u y c a ra c te rístic a :
cu an d o O d ise o , ya de regreso a Itaca, n o re c o n o c e su p atria y em p ieza a lam en tarse,

26 II. 2, 1 5 5 - 1 8 2 ; 2 7 8 - 2 8 2 .
27 O tto (1), p. 54..
28 Z en o b . 5 , 93 (Paroem. Gr. I, p. 157 )·
29 S im o n , p. 1 9 9 , fig· 18 2 .
30 S ch efo ld , lám. 4 4 a-
31 H- 5 , 7 9 3 - 8 6 3 .
32 II 22, 2 14 -2 9 8 .
33 II. I , 1 8 8 - 2 2 2 ; O tto (i), p. 4 9 ; v é a s e III I , n. 2 5 -
2.4. ATENEA I93

A te n e a se acerca a él b a jo la fo rm a de u n p asto r y le da las b u en as n o ticias; O d ise o ,


d e sc o n fia n d o a p esar de su g ra n aleg ría, re sp o n d e in v en ta n d o u n a h isto ria . A te n e a
sólo so n ríe , cam bia su fo rm a co n v irtié n d o se e n u n a m u je r alta y h erm o sa versada en
el e sp lé n d id o arte d el te jid o . O d ise o la re c o n o c e y re c o n o c e Itaca. E llo es p re c is a ­
m en te, dice A te n e a , lo que la vin cu la a O d ise o ; él es p re e m in e n te entre lo s h o m b res
p o r su in g e n io y sus p ro p ó sito s, así com o ella es célebre en tre los dioses p o r su astu ­
cia y sus a rtim añ a s; p o r este m otivo , ella n o p u ed e a b a n d o n a r a O d is e o 3*; y así gu ía
la tram a de la Odisea desde su p rin c ip io hasta su p ru d e n te fin a l.
S eg ú n H esío d o , M etis, la diosa de la « s a b id u r ía » , es la m ad re de A te n e a ; n o o b s­
tan te, se trata de u n tip o p e c u lia r d e sa b id u ría , q u e in c lu y e astucias, su b te rfu g io s,
in trig a s y tr u c o s 35; A te n e a n o se in te rp r e ta c o m o ra z ó n m o ra lm e n te re sp o n sa b le
(phrónesis) hasta la ética tardía. E l p ro p io Zeu s em p lea u n su til tru c o en su u n ió n c o n
M etis, ya que la e n g u lle in m e d ia ta m e n te 36. A te n e a , p o r tan to, tuvo que n acer d e la
cabeza d e Z e u s. S e g ú n o tra v e rs ió n , Z e u s g e n e ró a A te n e a p o r sí m ism o , sin u n a
m a d re . L a escen a d e A te n e a sa lie n d o to ta lm e n te a rm a d a de la cabeza d e Z eu s fu e
rep resen tad a frecu en tem en te e n las p in tu ra s de vasos a p a rtir d el siglo V I I 37; H efesto,
q ue tuvo que p a r tir el c rá n e o de Z e u s c o n u n h ach a p a ra que A te n e a p u d ie ra s a lir,
está a m e n u d o p resen te en la escena. L a Ilíada alu d e claram en te a la re la c ió n especial
que existe en tre Zeu s y A te n e a : Zeu s p o r sí m ism o « d io a lu z » a su h ija 38.
E ste m ito d e n a c im ie n to es ta n p o p u la r c o m o d e s c o n c e rta n te . D ifíc ilm e n te
p u e d e d e r iv a r de u n a m e tá fo ra d e la n a tu ra le z a —n a c im ie n to de la cim a d e l
m o n te 39—y m u ch o m en o s de la aleg o ría p o r la q ue la sa b id u ría p ro ce d e d e la cabeza.
P a ra lo s g rie g o s de é p o ca a rc a ic a , la sed e d e l m o d o a d ec u a d o de p e n s a r está e n la
re sp ira c ió n , en el « d ia fr a g m a » . A lg u n o s m otivos in d ivid u ales tie n e n p aralelos e n el
P ró x im o O rie n te , com o el e n g u llir y el n a c im ie n to de partes d el cu erp o in só litas e n
el m ito de K u m a r b i40; T h o th , el d io s e g ip c io de la s a b id u ría , n ace de la cabeza de
S e th 41. L o s g rie g o s desde H o m e r o p u sie r o n el én fasis sob re el esp ecial v ín cu lo c o n
el p a d re ; « P e rte n e z co to talm en te a m i p a d r e » 42. S in e m b a rgo , e n la u n ió n forzad a
se su giere u n a re la c ió n extrem ad am en te a m b igu a: la ru p tu ra d el c rán eo es siem p re
m o rta l y H e fe s to tie n e m o tivo s p a ra h u ir c o n su h a ch a , c o m o se re p re s e n ta e n
m uchas p in tu ra s de vasos, d espués de h a b e r d ad o el g o lp e . G o lp e de h ach a y h u id a

34 Od. 1 3 , 2 2 1 - 3 1 0 .
3g J . P. Vernant y M . D etienne, Les ruses de ¡ ’intelligence. La métis desgi'ccs, 19 74 · PP· 1 6 7 - 2 4 1 [trad. esp. de
A . Pinero, Las artimañas de la inteligencia. La metis en la Grecia antigua, 1 9 8 8 ] .
36 Véase III 2 . 1 , n. 19 .
37 H es. theog. 8 8 6 - 9 0 0 , 9 2 4 - 9 2 6 , cfr. el com entario de West (i) al pasaje; variante H es. fr. dub.
3 4 3 M erkelbach-W est; Horn. Hymn. 2 8 ; S. K auer, Die Geburt der Athena im altgriechischen Epos, 1939 [A.
Bernabé, « E l nacim iento de Atenea en la literatura griega a rc a ic a » , en R . Olm os (e d .), Mitología e
iconografía. Coloquio sobre el puteal de la Moncha, 19 8 6 , pp. 8 7 - 9 5 ] ; la representación más antigua: pithos
con relieves de Teños, Schefold, lám. 1 3 ; Sim on, p. 18 6 .
38 II. 5 , 8 7 5 .
39 Wilamowitz, Kleine Schrijlen V 2 (supra n. 1). P· 4-3 ·
40 A N ET 12 ,1; G . S. K irk , Myth. Its meaning and functions in ancient and other cultures, 197 ° * PP· 2 I 5 - 2 I 7 [trad,
esp.: El mito: su significadoj funciones en ¡as distintas culturas, 19735 sobre el texto hltita, cfr. traducciones
comentadas en español: A . Bernabé, Textos literarios hetitas, 2I 9 8 7 ; J · V . García Trabazo, Textos religiosos
hititas, 2 0 0 2 (con textos hititas actualizados)].
4.1 W . H elck, W M l ( 1 9 6 5 ) , p. 4 0 2 [en español e n j . López, Cuentosj fábulas del Antiguo Egipto, 2 0 0 5 » pp*
16 4 S S .].
42 Aesch. Eum. 7 3 ^·
3. LOS DIOSES
194

fo rm a b a n p arte d el rito de s a c rific io de vacas e n h o n o r de Zeu s que ten ía lu g a r e n la


A c r ó p o lis fre n te al f r o n t ó n o r ie n ta l d el P a r t e n ó n 43. E ste e lem en to —n u n c a e x p re ­
sado— d el p a r ric id io e n el m ito d e n a c im ie n to co n d u ce al m ito a p ó c rifo de Palas. A l
m ism o tie m p o , la au sen cia de u n a m ad re es la n e g a c ió n p o r p arte de la v irg e n de su
c o n d ic ió n de m u je r: n i siq u ie ra ha te n id o con tacto c o n u n ú tero de m u je r. L a sabi­
d u ría de la civiliz a ció n está sep arad a d el ve rd a d e ro fu n d a m e n to de la vid a.
E l m ito lo c a l aten ien se so b re el o r ig e n d e l p r im e r rey p arece ir n o ta b le m e n te en
c o n tra de esta tr a d ic ió n 44. H e fe sto , el v io le n to « t o c ó lo g o » q u iso d e sflo ra r a la v i r ­
gen q ue h ab ía tra íd o al m u n d o , la p e rsig u ió y ve rtió su sem en sobre el m u slo de ella;
A te n e a lo lim p ió y lo tiró a la tie r r a ; acto se g u id o la tie r r a g e n e ró al n iñ o E r ic t o -
n io —E re c te o , al que A te n e a c rió en su te m p lo . L a c o n tin u a c ió n d el relato , que n a rra
c ó m o el n iñ o secreto es d e sc u b ie rto p o r las h ija s d e G é c ro p e y les da m u e rte , está
estrech am en te re la c io n a d a c o n el r ito de las A r r é fo r o s e n la A c r ó p o lis 45. A te n e a , la
virg e n , casi se c o n v ierte así e n m ad re d el re y an cestral, q ue goza de h o n o r c o n tin u o
en el E re c te o . E l m ito evita re ve la r la p a ra d o ja de la id e n tid a d de v irg e n y m a d r e 45“.
E n c o n tra ste c o n ta l a m b iv a le n c ia a n tig u a , e n el sig lo V se e r ig ió de n u e v o el
te m p lo m ás e s p lé n d id o p a r a la s u b lim e e in to c a b le « V i r g e n » . P a ra este te m p lo ,
F id ia s cre ó la im a g e n c r is o e le fa n t in a de la d io sa v ic to r io s a , de p ie , c o n s u n tu o so
y e lm o y escud o y c o n la d io sa alada de la v ic to ria , Nike, en su m an o d erech a. C u r io ­
sa m e n te , el fe r v o r r e lig io s o d e l tip o d e l in s p ir a d o p o r el Z e u s de O lim p ia n o se
m e n c io n a n u n c a e n re la c ió n c o n esta im a g e n ; e n c a m b io , el p eso d el o ro se te sti­
m o n ia fie lm e n te 46. Se sigu ió p re se n tan d o el p e p lo com o antes al an tigu o y tosco xóa-
non ; el P a rte n ó n se sustenta so b re fu n d a m e n to s a rtific ia les.

2 -5 · A po lo

A m e n u d o se c o n sid e ra a A p o lo 1 , n o sin m o tiv o , co m o el « m á s g rie g o de to d o s los


d io s e s » 8. A u n q u e h ace tiem p o que n o s d esh icim o s de la c o n c e p c ió n e rró n e a de que
todas las estatuas arcaicas de koúros re p rese n ta b a n a « A p o l o » , sigue sien d o cierto que
el id e a l escu lp id o de la p re cio sa c u lm in a c ió n (akmé) d el d esa rro llo físico , p u ed e p e r ­

43 C o o k III, pp. 6 5 6 - 7 3 9 ; H . Jeanm aire, RA 4 8 ( l 9 5 6 ), pp. 1 2 - 3 9 .


44 Danais épica fr. 2 B ernabé2 = fr. 2 Davies - H arp o cr. s.v. autochthones, A p o llo d . 3 , 1 8 8 , Pans 3 , 18 ,
1 3 ; C o o k III, pp. 1 8 1 - 2 7 3 ; PP· 17 ° s·
4 5 Véase V 2 . 2 , n. 14 .
4 5 a A tena Meter en É lid e : Paus. 5 > 3 > 2-
4 6 Véase II 5 - η · 8 3 ; los testimonios antiguos aparecen recogidos en Overbeck, n os 6 4 5 - 6 9 0 ; T . VV.
H ooker (e d .), Parthenos and Parthenon, 1 9 6 3 ; G . J . H erin gto n , Athena Parthenos and Athena Polias, 1 9 5 5 ;
G . Z in selin g, «Z e u ste m p e l zu O lym pia u n d P arth eno n zu A th en : K u ltte m p e l? » , AAntHungI%
(1 9 6 5 ) , p p . 4 1 - 8 0 .
1 Wernicke, RH II ( 1 8 9 5 ), cols. I - i l l ; C G SIV , pp. 9 8 - 3 5 5 ; O tto (i), pp. 6 2 - 9 I ; GGR, pp. 5 2 9 - 5 6 4 ;
K . K erényi, Apollon. Studien über antike Religion und Humanität, 2I 9 5 3 ; K . A . Pfeiff, Apollon. Wandlung seines
Bildes in der griechischen Kunst, 1 9 4 3 : F. B ö m e r, « G e d a n k e n ü ber die Gestalt des A p o llo n u n d die
G eschichte d er griech ischen F rö m m ig k e it» , Athenaeum 4 1 ( 1 9 6 5 ) , p p . 2 7 5 " 3 0 3 > W . Burkert,
« A p e lla i u n d A p o l l o n » , RhM 1X8 ( 19 7 5 ) > P P ' I _ 2 I; W . Lam brinu dakis etal., LIM C s.v. Apollon II
(1 9 8 4 ) , pp. 1 8 3 - 3 2 7 [M . Détienne, Apollon le couteau à la main, 1 9 9 8 (trad, e s p .: Apolo con el cuchillo en la
mano: una aproximación experimental al politeísmo griego, 2 0 0 l ) ] .
2 O tto (1), p. 7 8 ; GGR, p. 5 2 9 .
2.5. APOLO 195

s o n ific a r a A p o lo p o r e n c im a de to d o s lo s d em ás d io se s, al m e n o s a p a r tir d e las


fig u ras de b ro n c e b atid o d el tem p lo de A p o lo e n D r e r o 3. L a id e a liz a c ió n del jo v e n ,
d el koúros, da a la cu ltu ra griega de m an era g lo b a l su carácter p e c u lia r4; p u rific a d o y
elevad o, este id e a l se m an ifiesta en lo d iv in o ; el d io s de esta c u ltu ra es A p o lo .
E l c u lto de A p o lo está d ifu n d id o p o r to d o el m u n d o g r ie g o 5 y a b a rc a ta n to el
á m b ito estatal c o m o e l p r iv a d o . T e m p lo s im p o rta n te s y n o ta b le m e n te a n tig u o s y
estatuas de cu lto están d ed icad os al d io s; n o m b re s te o fó ric o s c o m o A p e le s, A p o lo -
n io o A p o lo d o r o s o n extre m ad a m en te fre c u e n te s 6. U n a p e c u lia rid a d d el cu lto de
A p o lo es q ue te n ía dos cen tro s su p ra rre g io n a le s que e je r c ie r o n u n a in flu e n c ia casi
m isio n a ría : D élo s y P it o - D e lfo s 7; e n m u ch o s lu gares se e n c u en tra n san tuarios d e d i­
cados e sp ecíficam en te al d io s d elio o al p itio , a m e n u d o in c lu so u n o cerca del o tro .
D esd e estos san tuarios se enviaban regu larm en te delegaciones p ara la fiesta al san tu a­
rio cen tra l; ello d esem p eñ ó u n p ap e l m u y im p o rta n te e n la c o m u n ic a c ió n entre lo s
griegos y en su sen tid o de id en tid ad c o m ú n 8. D élo s, u n a p eq u eñ a isla sin fuentes, fu e
el m ercad o c en tra l y el san tu ario c o m ú n de las C icla d a s; D e lfo s, c o n su lo c a liz a c ió n
aislada, d eb ió su p o p u la rid a d al o rá cu lo . S u g ra n e sp le n d o r co in cid e c o n el p e río d o
de c o lo n iz a c io n e s; A p o lo « e l C o n d u c t o r » fu e p ro n to ve n e ra d o desde S ic ilia e n el
O este a Fasis, e n el m ar de A zov, y n o pocas ciudades fu e r o n llam adas A p o lo n ia 9.
L a d ifu sió n d el culto de A p o lo ya se h abía com p letad o e n la época en que e m p ie ­
zan nuestras fuen tes escritas, en to rn o a 7 0 0 . E n la épica, A p o lo es u n o de los dioses
m ás im p o rta n te s. A p esa r de e llo , d o m in a la im p r e s ió n de que A p o lo n o es sólo u n
dios ju v e n il, sin o tam b ién u n dios « jo v e n » p a ra los griegos. N o hay n in g ú n testim o ­
n io seguro de él e n lin e a l B 10. E n D élos, la verd ad era señ o ra d el santu ario es A rte m is;
el tem p lo m ás a n tigu o , co n stru id o en to rn o a ^OO, está d ed icad o a ella, así com o el
c éleb re A lta r de C u e rn o s ; el tem p lo de A p o lo se e n c u e n tra e n la p e r ife ria , au n q u e
co n ten ía la m o n u m e n ta l estatua de o r o " . E n D elfo s, el témenos p rin c ip a l siem pre p e r ­
te n e c ió a A p o lo , p e r o n o se fu n d ó antes d e l siglo V ia ; q u e el c ercan o re c in to d e la
« T ie r r a » era m ás antigu o es algo que se co n o ce sólo p o r la m ito logía. L a creen cia de
que las gran d es fiestas de A p o lo , C a rn e a s, Ja c in tia s y D a fn e fo ria s, fu e ra n celebradas
in ic ia lm e n te sin A p o lo es u n a c o n je tu ra 13 que n o s lleva a la edad oscura.
D u r a n te u n tie m p o p a re c ía c o n fir m a d o q u e A p o lo e ra u n a d iv in id a d de A s ia
M e n o r , o, m ás e sp e c ífica m e n te , u n a d iv in id a d lic ia ; u n o de sus e p íte to s m ás f r e ­
cuentes es lykeios; la Ilíada lo re la c io n a c o n L ic ia ; y adem ás, es e n em ig o de los g riego s
e n la é p ic a h o m é r ic a . T a m b ié n se c re ía q u e se p o d r ía n d e s c u b r ir v ín c u lo s c o n el
m u n d o h itita . E l p ro g re s iv o d e s c ifra m ie n to d e las le n g u a s t a r d o - h it it a y lic ia h a
p ro v o c a d o q ue al m e n o s la d e riv a c ió n d e l n o m b re se d e s m o r o n e ; u n a in s c rip c ió n

3 Véase I 4 . n · 16 .
4 C fr. G . Devereux, Symbolae Osloenses4 2 (1 9 6 7 ), pp· 7 ^ s ., 9 ° s-
5 Panorám ica de los lugares de culto: S E I I ( 1 8 9 5 ), cois. 7 2 - 8 4 (anticuada, pero no sustituida).
6 Sittig, pp. 3 6 -4 O ; Burkert flfiM I 18 ( l 9 7 S)> PP· 7 S·
7 D élos: Gallet de Santerre, 1 9 5 8 ; Delfos: véase II 8, n. 63.
8 A . G iovannini, Etude sur lesorigines du Catalogue des Vaisseaux, 19 6 9 , demuestra que el catálogo hom érico
de las naves seguía una lista de Thearodókoi délficos (¿an fictió n ico s?).
9 II ( 1 8 9 5 )· cols. I I I - I I 7 ; archege'tesΊ hue. 6, 3 > I : hegemún en Fasi.s, |effery, p. 3 6 8 .
10 Véase I n. 5 3 ·
11 Véase II 5 » n · 8o.
12, Véase II 8, n . 6 6 .
13 Wüamowitz, Hermes 3 8 ( 1 9 0 3 ) , pp. 5 7 5 _5 8 6 ; G d H l, pp. 8 9 s.
ig 6 3. LOS DIOSES

p u b licad a e n 1 9 7 4 p ro b ó d efin itiva m e n te q ue A p o lo n o es u n n o m b re lic io de d ivi­


n id a d 14. Q u ed a n n otables y p ro b a b le m en te antiguas con exio n es entre D élo s y L ic ia y
q u ed a ta m b ié n la se rie de o rá c u lo s de A p o lo a lo la rg o de la costa de A s ia M e n o r,
desde D a fn e ju n to a A n tio q u ia a M alo y M o p su estia e n C ilic ia , P atara e n L ic ia , T e l-
m eso en C a ria , basta D íd im a , C la ro s, G r in e o y Z elea. M ás tarde, en el tran scu rso de
la b e le n iz a c ió n , d iv in id a d e s c iu d a d a n a s y re g io n a le s de A s ia M e n o r f u e r o n a
m en u d o llam ad as « A p o l o » . P e ro q u e el d io s com o tal, c o n n o m b re , cu lto y m ito ,
sea im p o rta d o , es im p o sib le de p ro b a r .
Se p u e d e n d is tin g u ir c o n cie rta c la rid a d al m en o s tres c o m p o n e n te s en la p r e ­
h isto ria d el cu lto de A p o lo : u n c o m p o n e n te d ó r ic o - g r ie g o n o rd o c c id e n ta l15, u n o
c re to -m in o ic o y o tro s irio - h itita . E l n o m b re e n su fo rm a m ás an tigu a p re h o m é ric a
Apéllon es d ifíc ilm e n te sep arab le de la in s titu c ió n de las apéllai, las re u n io n e s anu ales
de los clanes, las trib u s o las fam ilia s, co m o las que se te stim o n ia n e n D e lfo s o L a c o ­
n ia, y que, p o r el n o m b re de m es Apéllalos, p u e d e in fe rir s e que p e rte n e c e n a to d o el
te rrito rio d ó r ic o -g rie g o n o ro c c id e n ta l. U n o de lo s tem p lo s de A p o lo m ás an tigu o s
ha sid o id e n tific a d o e n Thérmos, el c e n tro de las r e u n io n e s a n u ales de lo s e t o lio s '6.
U n acto im p o rta n te e n tales ocasio n es es la a d m isió n de nu evos m ie m b ro s, jó v e n e s
que alcanzan la m ayo ría de edad : las apéllai s o n ta m b ié n n ecesariam en te u n a fiesta de
in ic ia c ió n . Apéllon es el e fe b o e n el u m b ra l d e la edad ad u lta, p e ro a ú n c o n el la rg o
cab ello d el m u c h a c h o : akersekómas, « d e in to n s a c a b e lle r a » es u n e p íte to de A p o lo
desde la Ilíada17. E s la p e r s o n if ic a c ió n de ese m o m e n to lim in a r e n la « f l o r de la
ju v e n tu d » (télos hébes), q ue el efeb o h a alcan zad o y q u e d eja atrás c o n la fiesta que le
p erm ite el acceso a la so cied ad de los h o m b re s; la im a g e n d el dios se m a n tie n e a p a r­
tada y conservada.
C o n la asam blea y la socied ad de lo s h o m b re s se p u ed e re la c io n a r ta m b ié n el e p í­
teto lykeios « lo b u n o » y quizá Phoíbos ( « ¿ e l p arec id o a u n z o r ro 18? » ) ; c o n seg u rid a d
Delphídios y Delphínios p e rte n e c e n ta m b ié n a este c o n te xto 19.
E l can to c u ltu a l d e A p o lo es el p e á n . E n el C n o s o d o m in a d o p o r lo s g r ie g o s ,
Paiawon es u n d io s in d e p e n d ie n te , y e n la Ilíada P e án to d avía p u e d e d is tin g u irs e de
A p o lo , a u n q u e , al m ism o tie m p o , paiéon es el can to sa n a d o r q u e ap la ca la ir a de
A p o lo 20. L a estrecha conexión entre dios y canto parece derivar de la tradición m in o ic a;
algunas fu en tes lite ra ria s cu e n ta n q u e el p e á n creten se se llevó de C re ta a E s p a rta 21
com o canto y danza de c u ra c ió n a p r in c ip io s d el siglo V II; el p e á n está p a r tic u la r ­
m ente asociado a la fiesta de las Ja c in tia s en A m id a s .
Estas tradiciones dóricas y cretenses n o p u ed e n explicar sin em bargo p o r qué A p o lo
aparece c o n u n arco y u n a fle c h a, si n o es u n d io s de cazad ores, y p o r qué se asocia

14, Contra W ilam owitz, Hermes 3 8 ( 1 9 0 3 ) , PP- 5 7 5 ~ 5 8 6 ; GdH I, pp. 3 2 4 - 3 2 8 ; cfr. B urkert, RhM I 18
(I 9 7 5 ). PP- I “ 4 . 2 1 ; la inscripción de Ja n to CRAI ( 1 9 7 4 ) , pp. 8 2 - 9 3 ; H 5 - I 2 5 : 1 3 2 - 1 4 9 ; del todo
insostenible es e lh itita Apulunas, GGR, pp. 5 5 ^ s-> c^r · R h M il8 (19 7 5 )- p· 3 ·
15 Burkert, «A p éllai u nd A p o llo n » , RhM I l 8 ( l 975 )> PP· siguiendo a H arrison (2 ), pp. 4^4 ° s· ï
cfr. C G S IV , pp. 9 8 s.
16 Polyb. 5, 8 , 4 ; I I , 7, 2 ; 18 , 4 8 , 5 ; véase II 5 , η . 6 3 .
17 Ii. 2 0 , 3 9 ; véase II 2 , η . 2 9 ·
ι8 (1975). ρ· 14 . η *56.
19 F. G raf, « A p o llo n D elp h in io s», Μ Η 3 6 ( l 9 7 9 ^> ΡΡ· 2 - 2 2 .
20 Véase I 3 · 6 , η . 2 0 ; II 3 . η · Ι 4 · Paiéon com o divinidad autónom a, II. 5 t 4 Ο Ιί &9 9 * com o canto cul­
tual de A p o lo , II. 1, 4 7 3 -
21 Pseudo Plut. De mus. I I 3 4 B D , 114-6 0 ; Burkert, RhM 11 8 ( l 9 7 5 )> P- 2 0 , n. 8 3 ·
2.5. APOLO I97

específicam ente con el ciervo o el corzo e inclu so lleva u n le ó n en su cortejo . E n el p r i ­


m e r l i t r o de la Ilíada, las flechas de A p o lo p ro v o c a n la p este: el dios de la c u ra c ió n es
tam b ién el dios de la epidem ia. E llo apun ta al dios sem ítico R esep , que, com o dios de
la peste, dispara flechas de fu eg o ; en U g a rit y e n C h ip re se le llam a « R e se p de la F le ­
c h a » y e n am bos lugares va acom pañ ad o de u n le ó n ; se le equipara n o rm alm en te co n
A p o lo . E l santuario de A p o lo en A m id a s quizá conserve el n o m b re del sem ítico R esep
(A )m u kal que era ven erad o en C h ip r e 28. E l p ap el especial del n ú m ero siete en el culto
de A p o lo debe derivar de la tra d ició n sem ítica23. N u m erosas estatuillas de b ro n ce que
lleg a ro n a G re cia durante la edad oscura rep resen tab an n o solo a R esep sin o tam bién
al « d io s tu te la r» hitita que se asocia co n el ciervo, en contraste c o n el to ro del dios de
la Tem pestad; el dios del ciervo se representa tam bién c o n arco y flechas. Puede c o n je ­
tu ra rse q ue C h ip r e desp ués de 1 2 0 0 actuó c o m o u n c ris o l d e e lem en to s a n a to lio s,
sem íticos y griegos; e n u n culto ch iprio ta de A p o lo , el de A p o lo Alasiótas, se ha c o n se r­
vado el n o m b re de C h ip re de la E d ad d el B r o n c e 24. A ú n q u ed a m u cho e n la o s c u r i­
dad, e n p articu lar d ó n d e y cóm o se fo rm ó el trío L e to -A p o lo -A rte m is 25.
L a p u r a re n o v a c ió n ju v e n il e n la r e u n ió n a n u a l, e l d e s tie rro de la e n fe rm e d a d
c o n el canto y la danza y la im agen d el d io s tu te lar p o rta d o r de flech as p u e d e n c o m ­
b in a rse ; que u n a fig u ra u n ific a d a su rja a p a r tir de estos elem en to s se debe p ro b a b le ­
m en te, m u c h o m ás q u e en el caso de o tro s d io ses, al p o d e r de la p o e sía . A l m ism o
tiem p o , los poetas o, m e jo r d ich o , los « b a r d o s » se situab an p artic u la rm e n te b a jo la
p r o t e c c ió n de A p o lo . Y a e n el p r im e r lib r o d e la Ilíada, A p o lo es p re se n tad o e n su
d o b le p ap e l: co m o la n o ch e , llega p ara en viar la peste, las flechas h acen ru id o en sus
h o m b ro s y la c u e rd a de su arco re su e n a te rr ib le m e n te . A n im a le s y h o m b re s caen ,
h asta q u e al fin a l el d io s se aplaca. P e ro e n el m o n te O lim p o e n c o m p a ñ ía d e lo s
d ioses, el m ism o A p o lo toca la « m a ra v illo sa phórm in x» , el in stru m e n to d e cu erd a, y
las M usas cantan altern ativam en te c o n h erm o sas v o c es26. E l m ism o aspecto dual está
p re se n te en el an tigu o Himno a Apolo: cu an d o A p o lo e n tra en el O lim p o c o n su t e r r i­
b le a rc o , to d o s lo s d io ses se leva n ta n de u n sa lto ; sólo L e to , su m ad re, p e rm a n e c e
sen ta d a; e lla le q u ita a su h ijo el arco y la a lja b a y le in v ita a se n ta rse ; se aleg ra de
h a b e r d ad o a luz u n h ijo fu erte y h á b il co n el a rco . E n to n c e s, d e n uevo se m uestra a
A p o lo ca m in an d o p o r la tie rra hacia D e lfo s y m ás ad elante, to can d o la lir a m ien tras
las G ra c ia s d e h e rm o sa s tren zas d a n z an c o n A r t e m is y A fr o d it a ; u n r e s p la n d o r
envuelve a A p o lo que b aila en el cen tro , to can d o las cu erd as de su lir a 27.
E l d io s de la peste es al m ism o tiem p o el se ñ o r d el canto sa n ad o r; esta aso ciació n
d e a rco y lir a se c rista liz a e n u n a so la im a g e n : el a rc o « c a n t a » y la lir a « e m it e »

22 M . K . Schretter, Alter Orient und Helios. Fragen der Beeinflussunggriechischen Gedankengutes aus orientalischen Quellen
dargestellt an den Göttern Nergal, Rescheph, Apollon, 1 9 7 4 ; Burkert, Grazer Beiträge 4 ( ï 97 Γ)) > PP- 5 I “ 7 9 > espe­
cialm ente pp. 5 5 - 5 7 , 6 8 - 7 1 , 7 8 . C fr . asimismo H . A . C ah n , « D ie Lö w en des A p o llo n » , M H 7
(1 9 5 0 ) , pp. 1 8 5 - 1 9 9 .
23 Sacrificios de los reyes espartanos el séptimo día del mes, H dt. 6, 5 7 » 2 ; hebdomagétas, Aesch. Sept.
8 0 0 s ; cfr. GdH I, p. 3 2 8 · Véase v 2-1» n. 12 -
24 Grazer Beiträge ( l 9 7 5 )> Ρ· 5 5 ? Gurney, pp. 137 s·; véase II 5» n. JO-, O . Masson, e n Acts o f the Internatio­
nal Archaeological Symposium 'The Mycenaeans in the Eastern Mediterranean’, 19 73 » pp· I l 7 " 1 2 i.
25 Véase III 3 .1 , n. 2 9 .
26 II. I, 4 4 - 5 2 ; 6 0 3 s .
27 Hymn. Apoll. 2 - 1 3 ; 1 8 6 - 2 0 6 [trad. esp. de A . Bernabé, Himnos Homéricos. La «Batracomiomaquia», 197 ^.
pp. 1 0 6 s s .]. Para la fecha del Himno véase W . Burkert, en Arktouros: Hellenic Studies presented to B. M. W.
Knox, 19 7 9 , pp. 5 3 - 6 2 .
ig8 3. LOS DIOSES

s o n id o . H e r á c lit o e x p re sa la u n id a d d e a rc o y lir a c o m o « u n e n sa m b la je v u e lto


so b re sí m is m o » (palíntropos harmonía), e n e l se n tid o de « l o q u e d ive rg e c o n v erg e
co n sigo m is m o » 28. L a co lo sa l estatua c u ltu a l de A p o lo e n D é lo s so stien e a las tres
G árites, las « G r a c ia s » , en la m an o d e r e c h a y el arco en la izq u ierd a: según la in t e r ­
p re ta c ió n de C a lim a c o , esto s ig n ifica b a q u e la gracia d el d io s es p re via y m ás fu e rte
que su p o d e r d estru ctivo 29.
L a flech a actúa desde lejo s; los epítetos de A p o lo hekatebólos, hekebólosy hékatos se h an
entend id o com o « e l que acierta desde l e jo s » 30. E l canto re su e n a y se p ierd e en la le ja ­
n ía : A p o lo n o está sie m p re p e rc e p tib le m e n te cerca, a p esa r de su estatua. P o r este
m otivo, el m ito d el n acim ien to , su p rim e ra epifanía, es m ucho más im p o rtan te que en
el caso de Zeus o P o sid ó n . S igu ien d o el p a tró n del n acim ien to del h ijo del rey, el m ito
n a rra los su frim ie n to s de la m ad re, q u e vagaba p o r el m u n d o sin e n c o n tra r u n re fu ­
gio, hasta q ue llegó a la p e q u eñ a isla de D é lo s. A llí, ju n to a la p alm era d atilera, L eto
dio a luz y toda D élos se b añ ó de p e rfu m e de am brosía, la in m en sa tierra rió e in cluso
las p ro fu n d id ad es del m ar se a le g ra ro n 31. P o r siem pre queda en D élos algo del esp len ­
d o r de esta p rim e ra h o ra, re fle ja d o e n la belleza de la p alm era y d el lago circu lar.
U n a y o tra vez a A p o lo se le in v ita d e n u e v o a la fie sta p o r m e d io d e l p e á n ,
in clu so en D é lo s; él está e n L ic ia , se d e c ía 32, o si n o , e n el le ja n o n o rte m ás allá de
las e n o rm e s m o n tañ as ju n t o al p ia d o so p u e b lo de lo s h ip e rb ó re o s. A lg u n a s tum bas
m icén icas en D é lo s fu e r o n ve n e ra d as co m o tu m bas de las « V írg e n e s h ip e r b ó r e a s »
que h ab ían llegad o a n te rio rm e n te a D é lo s 33; las o fren d as que lleg ab an a D é lo s a tra ­
vés de A p o lo n ia e n E p ir o y D o d o n a , quizá s ig u ie n d o la « r u t a d el á m b a r » d esd e el
N o rte , e ra n con sid erad as co m o o fre n d a s de lo s h ip e r b ó r e o s 34. T a m b ié n en D e lfo s,
la e p ifa n ía de A p o lo d u ra n te la fiesta p o d ía p re se n tarse co m o su llegada de la tie rra
de los h ip e rb ó re o s; u n h im n o de A lc e o d esc rib ía có m o A p o lo aparecía e n u n c a rro
tira d o p o r cisn e s; c a n ta b a n ru is e ñ o r e s , g o lo n d r in a s y c ig a rra s; la fu e n te C a sta lia
m an ab a p la ta y el tr íp o d e d é lfic o s o n a b a 35. U n a p in t u r a de vaso a ú n m ás a n tig u a
m u estra a A p o lo en u n c a rro tira d o p o r caballos alados c o n dos fig u ras fe m e n in a s,
quizá v írg e n e s h ip e r b ó r e a s , e n p ie d etrá s d e é l; A r t e m is , p ro b a b le m e n te co m o
señ ora de D é lo s, lo sa lu d a 36. E n el cu lto , la llegada de A p o lo se rep resen ta ta m b ié n
m ed ian te el rito de llevar ram as de la u re l a su sa n tu a rio , la Daphnephoría37.

28 VS 2 2 B 5 1.
29 C allim . fr. I 1 4 [trad. esp. de M . B rio so: C alim aco, Himnosjfragmentos, 1 9 8 0 , fr. 1 1 4 , p p . 19 0 s .] .
Véase II 5 , n. 8o.
30 La com plicación reside en la im posibilidad de separar las palabras hekatebólos y hékatos del nom bre
de la diosa Hécate (véase III 3 .1 , n. 18 ) : F r is k I, p p . 4 7 3 s·; C h an train e, p. 3 2 8 ; C . de Sim one,
Zßitschriflfür Vergleichende Sprachforschung 8 4 ( ΐ 9 7 θ)> pp. 2 1 6 - 2 2 0 .
31 Hymn. Apoll. 2 5 ~I 2 6 ; T h eo gn . 5 - Io W e stz; sobre la palm era datilera véase II 5> n. 2 0 .
32 Sim onid. PMG 5 19 , 55 a ; Serv. auct. Aen. 4 , 1 4 3 ·
33 Véase I 4 > n · 2 5 ·
34 H dt. 4» 3 2 - 3 5 ; Paus. I , 3 1 , 2 ; J . Tréheux, « L a réalité historique des offrandes h yperboréennes»,
StudiesD. M. jRobínson II, 1 9 5 3 - PP· 7 5 ^ - 7 7 4 ; W . Sale, « T h e H yperborean M aidens o f D e lo s» , HThR
54 (19 6 1), pp. 7 5 - 8 9 ; N . G . L . H am m ond, Epirus, i g 6 7 >P- 33 1 ; H . Kothe, «A p o llo n s ethnokul-*
turelle H e r k u n ft» , Klio 52 ( l 9 7 °)> PP- 2 0 5 - 2 3 ° ; G . B . Biancucci, « L a vida Ip erb o rea», R FIG 10 1
( 1 9 7 3 ) . pp· 2 0 7 - 2 2 0 .
35 Alcaeus fr. 3 0 7 c Voigt = H im er. Or. 4 8 , I O s . Co lo n n a.
36 Á n fo ra de M elos ( 6 5 0 ca.); Schefold, lám. 1 0 ; S im o n , p. 127 » fig· 1 2 0 .
37 Véase II 7 , n n . I 2 - I 3 -
2,5. APOLO I99

E l d io s d el a rco es p e lig r o s o . C o n la ayu d a de A r t e m is , m ata s in c o m p a s ió n a


to d o s lo s h ijo s de N ío b e , q u ie n h a b ía a la rd e a d o de su a b u n d a n te d e s c e n d e n c ia y
h a b ía o fe n d id o a L e t o 38. A q u ile s ta m b ié n m u e re p o r u n a fle c h a de A p o lo ; p e r o
aq u í, co m o en el caso de A rte m is e Ifig e n ia , a flo ra u n a casi id e n tid a d de dios y v íc ­
tim a; es A q u ile s, el jo v e n , c o n el cabello in to n so y aú n so ltero , el que cae víctim a d el
d io s ju v e n il. N e o p tó le m o , h ijo de A q u ile s , e n c u e n tra u n a h o r r ib le m u e rte e n el
san tu ario de A p o lo e n D e lfo s y así se co n vierte en el h é ro e que p resid e todas las fie s ­
tas s a c r ific ia le s 39. L a s lín e a s d iv iso ria s se v u e lv e n m ás claras c u a n d o A p o lo m ata
m o n stru o s, com o el gigante T ic io que in te n tó v io la r a L e to 40 o la sie rp e de D e lfo s.
L a lu c h a c o n e l d ra g ó n es u n m o tiv o q u e a d m ite m u ch a s v a ria n te s ; e l n o m b r e e
in c lu s o el sexo d e l d ra g ó n d é lfic o se re g is tra n de fo rm a s d ive rsa s; la v e rs ió n q u e
fin a lm e n te se im p u so llam ab a a la serp ien te « P it ó n » , u n a h ija de la tie r ra y señ o ra
de D e lfo s hasta que A p o lo la m ató c o n sus fle c h a s41. E l agó n p ítico fu e co n sid e ra d o
co m o u n a ce le b ra c ió n de esta victo ria .
E n to d as las fiesta s de A p o lo , la m ú sic a d e l d io s está p re se n te e n lo s c o ro s de
m u c h a c h o s y m u c h a c h a s; e n p a r tic u la r , la fie sta p ític a in c lu ía s ie m p re u n a g ó n
m u sical, u n a c o m p e tic ió n de canto y lira , de canto y fla u ta o d e flau ta solista, a u n ­
que el in te ré s p o p u la r p o s te rio rm e n te te n d ie ra a cen tra rse e n lo s a c o n tec im ie n to s
d e p o r tiv o s , e sp e c ia lm e n te e n las c a rre ra s d e c a b a llo s. E l v e n c e d o r re c ib ía u n a
c o ro n a de la u re l, u n a tr a d ic ió n re c u p e ra d a e n el R e n a c im ie n to c o n la c o r o n a c ió n
d el poeta laureatus. P ara lo s griegos, p o r su p u esto , las M usas so n h ijas de Z eu s y M n e ­
m ó sin e ; p e ro A p o lo es su gu ía (Mousagétes).
L a c o n d ic ió n de A p o lo co m o d io s sa n a d o r p e rm a n e c e co m o u n a c a racterística
cen tral e n su cu lto , desde la m ítica fu n d a c ió n de D íd im a , cu an d o B ra n c o , fu n d a d o r
de la e stirp e s a c e rd o ta l de lo s B r á n q u id a s , d e s te rró d e la c iu d a d u n a e p id e m ia 42,
h asta la c o n s tru c c ió n d e l te m p lo , b ie n c o n s e rv a d o , e n las s o lita ria s m o n ta ñ a s de
B asas, e n A rc a d ia , q u e fu e e rig id o d esp u és d e la p este de 4 3 ° 7 d ed ica d o a A p o lo
A u x ilia d o r (Epikoúrios)43. L a s e n fe rm e d a d e s p a r tic u la re s d e l h o m b re c o m ú n s o n
atend id as p o ste rio rm e n te p o r A scle p io , p e ro A scle p io es p o r siem p re h ijo de A p o lo ,
que ta m b ié n re cib e él m ism o el epíteto Iatrós, « m é d ic o » .
E l d io s d el canto de c u ra c ió n p o d ría p e rfe c ta m e n te ser u n d io s m ag o ; A p o lo es
ju sta m e n te lo c o n tra rio , u n dios de p u rific a c io n e s y críp tico s o rá cu lo s. S i se in t e r ­
p re ta n la e n fe rm e d a d y la e p id em ia (nósos) e n su sen tid o m ás a m p lio , co m o « c o n t a ­
m in a c ió n » , la e n fe rm e d a d n o se ve p e rso n ific a d a , sin o o b jetivada; e n tra n e n ju e g o
el co n o c im ie n to y la resp o n sab ilid ad p e rso n a l: la p e rso n a debe d esc u b rir qué a cció n
h a causado la « c o n t a m in a c ió n » y e lim in a r el miasma m ed ia n te u n a n u eva a c c ió n 44.
E llo , p o r su pu esto , re q u ie re u n c o n o c im ie n to so b re h u m a n o : el dios d e las p u r i f i ­
cacio n es debe ser ta m b ié n u n d io s o ra c u la r; sin e m b a rgo , g ra n p arte d e la fu n c ió n

38 PS II, pp. 119-126.


39 A q u ile s: Burkert, RhM I 18 ( l 9 7 5 )> P- * 9 ; N eo p tó lem o : H N, p p . 1 3 6 s. E n el peán de Eritras se
canta: «preserva a los jó ve n e s», IE 2 0 5 , 3 6 - 3 8 ·
4.0 K . Scherling, RE s.v. Tityos V I A ( l 9 3 7 ), coll. 1 5 9 3 - 1 6 0 9 .
41 J . Fontenrose, Python. A Study ofDelphic Myth and its Origins, 1 9 5 9 -
42 C allim . fr. I 9 4 > 2 8 - 3 1 [trad. esp. de M . Brioso: Calim aco, Himnosjfragmentos, 1 9 ^ O, fr. 1 9 4 , 2 8
3 1 , p. 2 1 9 ]· Véase II 8, η. 6 2 .
43 Paus. 8 , 4 1, 7 “ 9 * G ruben, pp. I I 5 - I 2 4 ·
44 Véase II 4 , n n. 1 6 -1 7 .
200 3. LOS DIOSES

de los o rácu lo s se extien d e p o s te rio rm e n te m ás allá d el ám b ito de las p re sc rip c io n e s


cu ltuales. E n la ép o ca a rca ica , lo s o rá c u lo s c o n trib u y e r o n a la fam a d e A p o lo m ás
que c u a lq u ie r o tra cosa, a u n q u e lo s o rá c u lo s n o sie m p re p e rte n e c e n a su cu lto —el
orácu lo de D élos, p o r eje m p lo , d ejó de fu n c io n a r—y hay tam b ién o rácu lo s de Zeu s y
orácu los de los m u erto s45. Y a e n la Ilíada, el ad ivin o está b ajo la p ro te c c ió n de A p o lo ;
en el Himno a Apolo, el dios a firm a:

¡Sean para m i la cítara y el curvado arco! Y revelaré a los hom bres la infalible
determinación de Zeus46.

E n esta fu n c ió n , A p o lo está e sp ecialm en te cerca de su p ad re Z e u s: « L o x ia s es p r o ­


feta de su p ad re Z e u s » 47. S in em b argo , es la revelació n in d ire cta y velada la q u e p e r ­
tenece esp ecialm en te a A p o lo ; p o r este m o tivo se le lla m a Loxías, « e l O b lic u o » ; los
o scu ro s e n u n c ia d o s de u n m é d iu m p o s e íd o p o r el d io s se fo r m u la n e n v e rso s a
m en u d o in te n c io n a lm en te a m b igu o s e im p re c iso s; c o n fre cu e n c ia la in te rp re ta c ió n
correcta surgía sólo a la segu nd a o la te rc e ra vez, com o resu ltad o de u n a e x p e rie n c ia
d o lo ro sa . In clu so aquí, d o n d e lo d iv in o p a re c ía bastan te tan g ib le p a ra lo s an tigu o s,
A p o lo signe estando distante y fu e ra d el alcan ce.
A través de las p re sc rip c io n e s cultuales p ro c e d e n te s de D e lfo s, se p u e d e n d isc e r­
n ir p o r p rim e ra vez e n tre lo s g rie g o s las lín e a s gen erales de u n a m o ra l u n iv e rsa l que
se im p o n e sobre la tra d ic ió n y lo s in tereses d e g ru p o . Fu e D e lfo s la q u e c o n fir m ó e
in cu lcó el sen tim ie n to de q ue el asesin ato exige u n a re p a r a c ió n y al m ism o tiem p o
afirm ab a que era p o sib le su p e ra r la catástro fe m ed ia n te la e x p ia c ió n 48. E n la m ito ­
logía, el p ro p io A p o lo se som ete a esta ley; d espués de m atar a los C íclo p e s es e x p u l­
sado d el O lim p o y d espués de m atar a la P itó n se ve o b ligad o a a b a n d o n a r D e lfo s y a
buscar p u rific a c ió n en el le ja n o valle d el T e m p e en T e salia 49. S eg ú n E sq u ilo , se im a ­
g in ab a ta m b ié n q ue él h a b ía e je c u ta d o p e r s o n a lm e n te la c ru e n ta p u r if ic a c ió n de
O restes e n el te m p lo de D e lfo s s°. E n el ú lt im o lib r o d e la Ilíada, A p o lo , c o m o
d efe n so r de la p u reza, re c o n v ie n e a A q u ile s , q u e es incap az de acep tar la m u e rte de
Patroclo y sigue u ltra ja n d o el cadáver de H é c to r:

él ultraja la muda tierra con su ira [...] Las M oiras d iero n a los hom bres u n
t * 51
corazon apto para soportar .

E l h o m b re es capaz de su p e ra r la a d versid ad y e m p ezar de n u evo c o n la c o n c ie n c ia


de la lim ita c ió n de su p ro p ia te m p o ra lid a d .
E n el siglo V I se g ra b a ro n e n el te m p lo de D e lfo s algun as m áxim as —la fo rm a en
que se con d en sab a e n to n ces la sa b id u ría — q u e p o s te rio rm e n te se a trib u y e ro n a los

45 Véase II 8 .
46 Hymn. Apoll. 13 1s .
47 Aesch. Eum. 19 .
48 GGR, pp. 6 4 7 " 6 5 2 i W . Schadewaldt, « D e r Gott vo n D elphi u n d die H um an itätsidee», en Hellas
und Hesperien 1, I 9 7 °> PP· 6 6 9 - 6 8 5 .
49 Evlt.A Ic. 6s., A ristonous fr. I , 17 (p· 1 6 3 Powell); Paus. 2, 7 > 7 '> 3 °> 3 ·
50 Véase II 4» n. l6 .
51 IL 2 4 » 3 3 - 5 4 , especialmente 4 9 7 5 4 ¡ F. D irlm eier, « A p o llo n , Gott u nd Erzieh er des hellenis­
chen A d e ls » , A R W 3 6 ( i 9 3 9 )> p p · 2 7 7 - 2 9 9 ~ Kleine Schrißen, 1 9 7 0 , pp· 31 - 4 7 * Paus. 8, 41* 7 _ 9 ;
Gruben, pp. I I 5 - I 2 4 ·
2.6, ÁRTEMIS 201

« S i e t e S a b i o s » 52. E n p a r tic u la r , d os de estas se n te n c ia s e x p re sa n el e s p ír itu de


A p o lo , q u e es s a b id u ría y m o ra l al m ism o tie m p o : medén ágan « n a d a e n e x c e s o » y
gnóthi sautón, « c o n ó c e t e a ti m is m o » ; la ú ltim a , c o m o se h a in t e r p r e t a d o h ace ya
tie m p o , n o d eb e e n te n d e rse e n u n sen tid o p s ic o ló g ic o o e n el sen tid o filo s ó fic o -
existen cial de S ó crates, sin o e n u n sen tid o a n tro p o ló g ic o : re c o n o c e q u e n o eres u n
d io s. E m e rg e u n a ética de lo « h u m a n o » , p e r o está m ás cerca d el p esim ism o q u e de
u n p ro g ra m a p ara el p ro g re so h u m a n o .
A p o lo q ued a co m o el « D io s de de la l e ja n ía » 53·, el h o m b re se co n o ce a sí m ism o
e n su d ista n c ia d e l d io s. E ste aspecto se e x p re sa ya ta m b ié n e n la Ufada. P o s id ó n y
A p o lo se en fren ta n e n la batalla de los dioses, p e ro A p o lo se n iega a aceptar el d esafio:

Sacudidor de la tierra, no podrías decir que soy sensato si me batiera contigo por
culpa de los infelices mortales que, como las hojas unas veces están florecientes,
cuando se alimentan de los frutos de la tierra, otras se consumen exánimes54.

C o n este gesto de in fin ita s u p e rio rid a d , el d io s se aparta de tod a la h u m a n id a d , p ío s


e im p ío s , p u ro s e im p u ro s . P e ro lo s h o m b re s q u e tie n e n p re se n te a este dios e n la
c o n c ie n c ia de su p r o p ia d esg ra cia se a v e n tu ra n a algo s u p e r io r , algo a b s o lu to ; el
re c o n o c im ie n to d e l lím ite s ig n ific a q u e la p a rte lim ita d a n o es to d o . In c lu s o lo
dem asiado h u m a n o recib e luz y fo rm a desde esa distan cia. C u a n d o , a p a r tir del siglo
V, em p ezó a e n ten d erse a A p o lo com o d io s d el s o l55, el h ech o ten ía u n sen tid o e v i­
den te, au n q u e ta m b ié n rep resen tab a u n a lim ita c ió n .

2 .6 . Á nTE M IS

A r t e m is 1 n o sólo goza de u n o de los cultos m ás d ifu n d id o s, sin o que es tam b ién u n a


de las d iv in id a d e s m ás p e c u lia re s y, e v id e n te m e n te , u n a de las m ás an tig u a s. S u
n o m b r e 2 es e tim o ló g ic a m e n te o s c u ro ; si se te stim o n ia o n o e n lin e a l B es to d avía
u n a c u e stió n c o n tro v e rtid a 3. R e su lta n evid en tes sus estrechas c o n e x io n e s co n A s ia
M e n o r. S u n o m b re aparece en tre los d ioses de los lid io s y de lo s licio s y, au n q u e u n

52 A rist. fr. 3 Rose; SIG 1 2 6 8 ; B, Snell, Leben und Meinungen der Sieben Weisen, 4I 9 7 I > Γ^Γ· L- Robert, GRA1
(19 6 8 ) , pp. 4 1 6 - 4 5 7 ; Nouveau choix d'inscriptions grecques, 19 7 1, ρ· 1 8 3 , η" 3 7 ·
53 O tto (ΐ), ρ. 7 7 ·
54 II. 2 ΐ, 4 6 2 - 4 6 6 .
55 Q u e A p o lo fu era dios del sol era aún para R osch er « u n a de las realidades más evidentes de la
m ito lo gía», RML 11 ( 1 8 8 4 - 1 8 8 6 ) , col. 4 2 2 ; refutación detallada en: CGS IV , pp. 1 3 6 - 1 4 4 ; c ír ■ P*
B oyancé, « L ’A p o llo n S o la ir e » , en Mélanges J . Carcopino, 1 9 6 6 , pp. I 4 9 _ I 7 ° · ^1 testim onio más
antiguo: Aesch. Suppl 212-214 (c ¡ texto es inseguro); Bassarai, pp. 1 3 8 s . Radt.
1 K . Wernicke, RE II ( 1 8 9 5 ), cols. 1 3 3 6 - 1 4 4 Ο ; CGS II, pp. 4 2 5 - 4 9 8 ; Otto (i), pp. 6 2 - 9 I ; GGR, pp.
4 8 1 - 5 0 0 ; G . Bruns, Die Jägerin Artemis, tesis doct., B o n n , 1 9 2 9 ; K . H o e n n , Artemis, Gestaltwandel einer
Göttin, 194 *6 ; I. Chirassi, Miti e culti arcaici di Artemis nel Peloponneso e Grecia centrale, 1 9 6 4 ; L. K ahil y N .
Icard, LIM C s.v. Artemis I I ( 1 9 8 4 ), pp. 6 18 - 7 5 3 ■
2 Sob re artemés « s a n o » , A p o lo d o ro en Strab. 1 4 , 6 3 5 = FGrHist 2 4 4 F 9 9 ^ ; sobre ärtamos « c a r n i­
c e ro » , Schol. Lyc. 7 9 7 , P R l, p. 2 9 6 , n. 2 ; sobre drktos « o s a » y la diosa celta de los osos, DeaArtio:
M . S. Ruipérez, Emérita 1 5 (1 9 4 7 ) · PP* I - 6 0 ; G . A rrig o n i, Annali della Scuola Normale Superiore di Pisa, S.
I I I 1 4 / 3 (19 8 4 ), pp. 1 0 0 0 ss., láms. 9 5 - 9 6 .
3 Doc. 1 2 7 [F. A u r a jo r r o , Diccionario Micénico I, 19 85» s-v- a-te-m i-to]·, véase I 3 -6 , n. 2 3 ·
2 0 2 3. LOS DIOSES

p ré sta m o d e l g rie g o es p ro b a b le e n el caso d e lo s lic io s y n o se p u e d e e x c lu ir e n el


caso d e lo s lid io s , lo s n o m b r e s d e p e r s o n a te o fó ric o s c o n su f o r m a c ió n n o g rie g a
in d ic a n b asta q u é p u n to h a sid o a s im ila d a esta d io sa '1'. E n el c u lto de A r t e m is e n
P e rg a 3, e n P a n filia , y aú n m ás en el caso de la céleb re A rte m is de E fe s o 6, las c iu d a ­
des griegas p a re c e n h a b er in c o rp o ra d o de m a n e ra sistem ática lo s elem en to s de A sia
M e n o r en la im a g e n cu ltu al y ta m b ié n e n la o rg a n iz a c ió n de sacerdotes m en d ican tes
o in c lu so de sacerdotes eu n u co s d e n tro d el ám b ito d el p e rso n a l de u n te m p lo . P o s­
te rio rm e n te n o se dudó e n id e n tifica rla co n la G ra n D io sa de A sia M e n o r, co n G íb ele
o A n a h ita . G o m o A p o lo , A rtem is tam b ién lleva leo n es orientales en su cortejo .
E n la Ilíada se lla m a a A rte m is « S e ñ o r a d e lo s A n im a le s » (Pótnia therón)7, o b v ia ­
m en te u n a fó rm u la b ie n estab lecid a, y ello se h a c o n sid e ra d o c o n ra z ó n c o m o u n a
clave in te rp r e ta tiv a d e su n a tu ra le z a . E l m o tiv o o r ie n ta l ta n a p re c ia d o e n e l arte
arcaico q ue m u estra u n a d io sa —a m en u d o c o n alas— e n tre an im ales salvajes d isp u es­
tos s im é tric a m e n te se a so c ia g e n e ra lm e n te c o n A r t e m is . E sta Pótnia therón es u n a
S e ñ o ra de to d a la n atu raleza salvaje, de lo s p eces d el agua, de los p ája ro s d el aire, de
lo s le o n e s y lo s ciervo s, las cabras y las lie b re s ; ella m ism a es salvaje y sin iestra y se la
re p rese n ta in c lu so c o n cabeza de G o rg o n a . C u id a y p ro te g e a los ca ch o rro s:

D isp u e sta c o n las d é b iles crías de lo s fie r o s le o n e s y tie rn a c o n los c a c h o r ro s q ue


g u sta n d e la u b re de tod as las fie ra s m o n ta r a c e s 8,

p e r o al m ism o tie m p o es la cazad o ra q u e tr iu n fa lm e n te m ata a su p re sa c o n arco y


flech as. S ie m p re y e n todas p arte s, A rte m is es la d io sa de la caza y de los cazadores;
es h o n r a d a de u n a fo rm a m u y a n tig u a : el cazad o r cu elga lo s c u e rn o s y la p ie l de su
p re sa e n u n á r b o l o b ie n e n p ila r e s e sp e c ia le s c o n f o r m a de g a r r o t e 9. S in d u d a ,
tales c o stu m b res, así co m o la m ism a id e a de S e ñ o ra de lo s A n im a le s , se re m o n ta n
al P a le o lític o .
E n lo s p o e m a s h o m é r ic o s , se s u p r im e d e c id id a m e n te esta e sfe ra de a c tiv id a d ,
a ú n r e fe r id a c o n el títu lo de « S e ñ o r a de lo s A n im a le s » y m u y viva e n el c u lto , y
A rte m is se co n v ie rte e n u n a « m u c h a c h a » . E n la batalla de los dioses, A rte m is tien e
u n p a p e l la m e n ta b le : u n d isc u rso in s o le n te y H e r a la a g a rra p o r las m u ñ e c a s y la
g o lp e a e n las o re ja s c o n su a lja b a ; las fle c h a s se le caen d ise m in a d a s p o r el su e lo y
A rte m is c o r re c o n lo s o jo s lle n o s de lá g rim a s a b u sc a r c o n su e lo en su p ad re Z e u s,
m ie n tra s L e to , su m a d re , re co g e las fle c h a s 10. L a d io sa q u ed a re le g a d a al p a p e l de
to rp e m u c h a c h a a d o le sc e n te ju n t o a u n a severa m a d ra s tra ; e n tre g u e r r e r o s está
d o b le m en te fu e r a de lu gar.

4 Lidio: Artimús: A . Heubeck, Íydíaka, J 9 5 9 > p ■2 3 ; R.Gusmani, Indisches Wörterbuch, 19 6 4 , p.6 4 ; el n o m ­


bre p ro p io lidio Artimmas: Sittig, p. 6 0 ; GdH I, p. 3 2 4 ¡ü cio Ertemis·. RA ( 1 9 7 0 ) , p. 3 1 1 , fig. 6; el
nom bre propio licio Erttimeli/Artimelis: CRAI ( l 9 7 4 )> PP· 8 51 I16 .
5 B . Pace, « D ia n a P ergaea», en Anatolian Studies presented to W. Ramsay, 1 9 2 3 , pp. 2 9 7 - 3 Γ4. ; SIG IO I 5 ;
Fleischer, pp. 2 3 3 - 2 5 4 : 4 I 4 > véase II 7 , n. 2 2 .
6 Véase II 6, n. 2 2 .
7 II. 21 , 4 7O ; véase I 3 . 5 , n. 4 8 .
8 A esch. .Ag·. 1 4 1 -1 4 3 ·
9 A P . 6 ,m , etc.; M euli ( i g 75 )> PP- 1 0 8 4 - 1 0 8 8 ; S im o n , p. 14 7 ·
ΙΟ II. 2 1 , 4 7 0 - 5 1 4 .
2.6. ÁRTEMIS 203

E l re tra to p o sitivo op u esto se p re se n ta e n la Odisea: se d escrib e a la m ás atractiva


d e las vírg e n e s, N au sicaa, h a cien d o re fe re n c ia a A rte m is :

E n t r e ellas N a u s ic a a de b la n c o s b r a z o s d ir ig ía el c a n to . C u a l avanza la fle c h e r a


A r t e m i s a tra vé s d e lo s m o n te s o p o r el m u y a lto T á ig e t o o p o r el E r im a n t o ,
d e le itá n d o s e c o n sus ca b ra s y las cie rv as v e lo c e s , y a su la d o las N in fa s agrestes,
h ijas de Z e u s , p o r ta d o r de la égid a, ju e g a n , m ie n tra s se a legra e n su á n im o L e to ,
y so b re todas ellas destaca e n la cabeza y la fre n te , y resu lta fácil de d istin g u ir, aun
sie n d o tod as h e rm o sa s, así e n tre sus sirvie n ta s resaltab a la jo v e n d o n c e lla 11.

E ste se c o n v ie rte e n el re tra to d e fin itiv o de la d io sa: A rte m is c o n su g ru p o de n i n ­


fas, ca za n d o , d a n z a n d o y ju g a n d o e n lo s m o n te s y e n lo s p ra d o s . A A r t e m is se la
lla m a p o r tanto « s o n o r a » (keladeiné); se dice e n el h im n o h o m é r ic o 12:

le a g ra d a el a rc o , a b a tir fie ra s e n lo s m o n te s , las fo r m in g e s , lo s c o ro s y lo s p e n e ­


t ra n te s g r it o s d e in v o c a c ió n , así c o m o las a rb o le d a s u m b r ía s y la c iu d a d d e los
v a ro n e s ju s to s .

A s í se re fle ja e n la ic o n o g ra fía clásica: es u n a fig u ra ju v e n il, ágil c o n u n q u itó n c o rto


y u n p e in a d o de m uchach a y lleva u n arco y u n a aljab a d e flech as; com o su h e rm a n o
A p o lo , va a m e n u d o a c o m p a ñ a d a de u n a n im a l, n o r m a lm e n te u n c ie rv o o u n a
corza.
L a d io sa en tre sus n in fa s es hagné e n u n sen tid o m u y p a rtic u la r, en cuanto v irg e n
in v io la d a e in v io la b le . A q u í com ien za a to m a r fo rm a u n sen tim ie n to , q u e apenas se
expresa e n o tro s lugares, h acia la « n a tu ra le z a v ir g in a l» , co n p ra d o s, b o sq u e cillo s y
m o n te s '3; A rte m is es la d iosa d el cam po a b ie rto , fu e ra de ciu d ad es y p u eb lo s y fu e ra
de lo s cam pos cultivados p o r la a cció n d el h o m b re . P e ro detrás de ello hay ta m b ié n
u n aspecto ritu a l, el an tigu o tabú de la caza: el cazador ta m b ié n deb e ser m o d e ra d o ,
p u ro y casto; así p u ed e ganarse el fav o r de A rte m is . L a e x p re sió n m ás c o n m o ved o ra
d el id e a l de Á r t e m is se e n c u e n tra en el Hipólito de E u r íp id e s . E l cazad o r H ip ó lit o
lleva a A rte m is u n a g u irn a ld a de flo re s arran cad as de u n p ra d o n u n ca segado p o r el
h o m b re , q u e só lo el p u r o p u e d e p is a r ; só lo a él se le p e r m ite e n tr a r y a q u í, e n la
so le d a d 14, se le c o n ce d e in c lu so el fav o r de o ír la voz de A rte m is . P e ro su d ev o ció n
exclusiva a esta d io sa vio la las reglas que g o b ie rn a n la vid a h u m a n a y así cae víctim a
de A fr o d ita .
L a v ir g in id a d de A r t e m is n o es a s e x u a lid a d c o m o e n el caso de la in te lig e n c ia
p rá ctica y organ izativa de A te n e a , sin o u n id e a l p a rtic u la rm e n te e ró tic o y p ro v o c a ­
d o r . E n la Ilíada, el « c o r o de A r t e m is » se m e n c io n a só lo u n a ve z 15, p a ra n a r r a r
c ó m o H e r m e s a rd ía de a m o r p o r u n a de las b a ila r in a s y, acto se g u id o , la h a ce
m a d re . T a m b ié n e n o tro s casos el « c o r o de A r t e m is » re p rese n ta u n a o ca sió n p r e ­
d e stin a d a p a ra el ra p to de m u ch ach as, b ie n sea c u a n d o lo s D io s c u ro s ra p ta n a las

11 Od. 6, 1 0 2 - 1 0 9 [trad, de G. García G ual].


12 Hymn. Aphr. 1 8 - 2 0 [trad, de A . Bernabé],
13 O tto (i), pp. 8 3 s .
14 E u r. Hippol. 7 3 - 8 7 ; GB III, p. 1 9 1 -2 0 O ; HN, pp. 72 s· E n cuanto diosa « d e las a fu e ra s» , A rtem is
es también diosa de los efebos: p o r ej. AAA 5 ( 1 9 7 2 ) , pp· 2 5 2 - 2 5 4 ·
15 II. 16 , 1 8 3 .
204 3. LOS DIOSES

L e u c íp id e s o b ie n c u a n d o T e seo se lleva a H e le n a 16. C a lis to , la « M á s H e r m o s a » ,


cazaba e n el c o rte jo de A rte m is c u an d o Z e u s asu m ió la fo rm a de la d io sa y la v io ló ,
c o n v irtie n d o la fig u ra de la « v ir g e n p u r a » e n su extrem o o p u esto ; así Z eu s g e n e ró
a A rc a d e , el an cestro e p ó n im o de lo s A r c a d io s 17.
A q u í y e n o tro s lu gares el re tra to p ic tó ric o de Á rte m is y su séq u ito se c en tra e n
elem en to s p resen tes e n el rito . L a m ism a p a la b ra nymphe se re fie re tan to a las d iv in i­
dades p resen tes e n a rro y o s y flo re s , co m o a las « n o v ia s » h u m an as y a las « m u je re s
jó v e n e s » e n su p r im e r e n c u e n tro c o n e l a m o r I,a. L a s b a ila rin a s d e C a r ia , las
« C a r iá t id e s » , s o n le y en d a y re a lid a d 18. E n tod as p artes las m u ch ach as casaderas se
r e ú n e n p a r a fo r m a r g r u p o s d e d an za, e sp e c ia lm e n te e n las fiesta s e n h o n o r de la
d io sa; ésta es de h ech o u n a d e las o p o rtu n id a d e s m ás im p o rta n te s p ara lo s h o m b re s
jó v e n e s de c o n o c e r a m u ch a ch as19. O c a sio n a lm e n te las m uch ach as p asan u n m ayo r
p e r ío d o de tiem p o al servicio exclusivo de A rte m is com o p arte de u n rito de in ic ia ­
c ió n ; el e je m p lo m ás fa m o s o es B r a u r ó n , c e rc a de A t e n a s 20. E n o tro c u lto , las
m u ch ach as b r o m e a n lle v a n d o fa lo s 21 —lo q u e se r e fle ja b a e n el e x tra ñ o d e stin o de
C a listo — o si n o , llev a n m áscaras grotescas co m o las q u e se d e s c u b rie ro n e n el sa n ­
tu a r io d e O r t ia e n E s p a r t a 22; la s m u c h a c h a s, co m o su d io sa , p u e d e n a s u m ir el
a sp ecto de u n a G o r g o n a : de esta fo r m a , se re p re s e n ta a ú n m ás d rá s tic a m e n te su
« estatu s e x c e p c io n a l» e n el m u n d o « d e las a fu e ra s » .
A l m ism o tie m p o , el re tra to seren o y n o d el to d o in o c e n te de lo s g ru p o s de v ír ­
genes de A rte m is n o carece de u n a cara m ás o scu ra. L a d io sa in v io la b le es te rrib le e
in c lu s o c ru e l; su fle c h a a m en aza a c u a lq u ie r m u c h a c h a q u e re a liz a su d e stin o de
m u je r . H e r a in ju r i a a A r t e m is c o n la s p a la b r a s : « u n a le o n a p a r a las m u je re s h a
h ech o de ti Z eu s y te ha p e rm itid o m atar a la q ue q u ie r a s » 23. E l servicio en el te m ­
p lo de B r a u r ó n y ta m b ié n las m ás sen cillas o fre n d a s p re m a tr im o n ia le s (protéleia) a
Á r t e m is 24 se c o n sid e ra b a n co m o u n rescate an tic ip a d o d el p o d e r de la d io sa v irg e n ;
las m u je re s q ue m o r ía n de p a rto e ra n v íctim a s d irectas de Á rte m is ; sus ve stid o s se
c o n s a g ra b a n e n B r a u r ó n 25. P e ro , así c o m o e l d io s de la p este es ta m b ié n e l d io s
san ad o r, la v irg e n es ta m b ié n la d io sa d el n a c im ie n to ; el d esgarrad o r grito de m ied o
de las m ujeres la invoca y ella acude y trae c o n su e lo 26; así, su im agen se fu n d e co n la de
I litia . N o h a y b o d a sin A r t e m is : e lla tie n e e l p o d e r de e n v ia r o a le ja r lo s p e lig ro s
antes y d espués de este cam bio decisivo e n la vid a de u n a m uchacha.

16 Rapto de las Leucípides: vaso del p in to r de M eidias: ARV3 1 3 1 3 , 5 ; A ria s-H irm e r, láms. 2 I 4 ~ 2 I 5 ;
A . H erm ary, LÏM C s.v. Dioskouroi III (19 8 6 ) , p. 5 ^ 4 > n ° 2 1 0 . Rapto de H elena: Plut. Thes. 3 1 .
17 A p o llo d . 3 , IO O ; Am phis fr. 4 6 K assel-A ustin; A d ler, R E X (19 19 ), cols. 1 7 2 6 - 1 7 2 9 ; W . Sale, RhM
1 0 5 ( 19 6 2 ), pp. 1 2 2 - 1 4 I ; ΙΟδ (19 6 5 ). pp. 11- 3 5 ; G . M aggiulli, «A rtem id e - C allisto », en Mythos.
Scripta in honorem M. Untersteiner, 1 9 7 0 , pp. 1 7 9 - 1 8 6 ; G . A rrigo n i, Annali della Scuola Normale Superiore di Pisa
S. I l l 1 4 / 3 (1984)» pp· 1 0 1 3 - 1 0 1 9 y lám. 9 7 ; I. M cPhee, LÎM C s.v. KallistoY (19 9 0 ), pp. 9 4 0 - 9 4 4 .
17a [C fr. F. Diez Platas, e n j . C . Berm ejo Barrera y F. Diez Platas, Lecturas del mitogriego, 2 0 0 2 , 1 8 5 - 1 0 8 .]
18 W ide, pp. 102 s. ; véase II 7. η. 4 ° ; en general, Calam e, 1977 ·
19 Plut. De mul virt. 2 5 4 -A- (M ileto) ; C allim . fr. 75 (A contio y C idipa) [trad. esp. de M . Brioso: C ali­
maco, Himnosy fragmentos, 1 9 8 0 . fr · 75 > Ρ· ! 6 8 ss-^> u n motivo favorito de la C om edia Nueva.
20 Véase V 3 .4 , η · 3 4 ·
21 Hesych. s.v. lómbai, Latte, véase II 7, η . 5 9 ·
22 Véase II 7 » η . 4 9 ; sobre Artem is Alpheiaía véase II 7 η · 5 1 · Pótnia therón como Gorgona: GGR, lám. 3 0 , 2.
23 II 2 1, 4 8 3 s·
24 HN, p. 7 5 > n · 2 0 . Sacrificio a A rtem is antes y después de las bodas en Cirene: LSS II5 B.
25 Véase II 2 , n. 3 2 .
26 E u r. Hippol. 1 6 1 ; sobre Ilitia véase I 3 . 3 , nn. I 3 - I 4 ? ^ 3 ·1 * n * 1° ·
2.6. ARTEMIS 2 0 5

G o m o d io sa d e lo « s ilv e s t r e » , A rte m is p re sid e la caza y la in ic ia c ió n de las


m u c h a c h as. E l m ito e tio ló g ic o in d ic a u n a r e la c ió n a ú n m ás ín tim a ; se d ice q u e la
d e d ic a c ió n de m uchach as jó v e n e s a B r a u r ó n rep rese n ta b a la e x p ia c ió n p o r u n a osa,
con sagrad a a Á rte m is , que fu e sacrificada p o r u n o s jó v e n e s á tico s27; p o r este m otivo ,
las m uchach as m ism as se lla m a n osas (árktoi). L a m u ch ach a co m o víctim a sustitutiva
del an im al que se va a sacrificar —p resen tad a e n la m ito lo g ía com o la esposa del oso o
d e l b ú fa lo — es u n m o tivo m u y d ifu n d id o e n las cu ltu ra s de cazad ores. E ste m ism o
m o tiv o se p u e d e p e r c ib ir ta m b ié n en el m ito g rie g o m ás fa m o so d e s a c r ific io
h u m a n o , el m ito de Ifig e n ia : d eb id o a que A g a m e n ó n h ab ía m atado a u n ciervo e n el
b o sq u ecillo sagrado de A rtem is, la diosa exige el sacrificio de su h ija 28, que a su vez en
la v e rs ió n a m p lia d a d e l m ito es reem p lazad a m ila g ro sa m e n te p o r u n a cierva. E n el
contexto de la épica, este sacrificio tien e la fu n c ió n de d ar com ienzo a la g u erra; e n la
re alid ad , lo s sacrificio s de cabras a A rte m is Agrotéra p re ce d e n a la b atalla29. L a caza y la
g u e rra se p re se n ta n com o equ ivalen tes. T ras la in ic ia c ió n de la m u ch ach a, aparece,
com o n iv el a ú n m ás p ro fu n d o , el sacrificio d e la m u chach a. Y , al igual q ue A p o lo se
re fle ja e n A q u ile s , A rte m is se re fle ja e n Ifig e n ia ; la p r o p ia Ifig e n ia se c o n v ie rte e n
d io sa , u n a seg u n d a A r t e m is 30. D e esta fo rm a , la v e rd a d e ra fig u r a de la « V i r g e n »
surge d el sacrificio .
E n efecto, A rte m is es y p erm a n e ce com o S e ñ o ra de los sacrificio s, esp ecialm en te
d e lo s s a c rific io s c ru e le s y sa n g rie n to s . L a im a g e n de A rte m is q u e O re ste s se llev a
co n sigo de la T á u rid e , ju n to c o n Ifig e n ia , exige sangre h u m a n a . A s í, se lleva la im a ­
g e n a Halaí Araphenídes, e n A tic a , d o n d e se h a cía b ro ta r san gre d e u n corte e n la g a r ­
ganta de u n h o m b re 31 e n la fiesta de A rte m is Tauropolos, o a E sp arta, d o n d e c o rría la
sangre de los efebos en la fiesta de O rtia . L a fla g e la c ió n en el teatro com o u n a c o m ­
p e t ic ió n d e re siste n c ia ante u n p ú b lic o de tu rista s es e v id e n te m e n te , al m en o s e n
esta fo rm a , u n a in n o v a c ió n de ép o ca im p e ria l. L as fu en te s m ás an tigu as h ab lan de
u n ju e g o cu ltu al e n el que u n g ru p o o u n a clase de edad ten ía q ue ro b a r el « q u e s o »
d el a lta r de A r t e m is 32 m ie n tra s q u e o tro s, arm a d o s c o n látigo s, d e fe n d ía n el a lta r.
P ara lo s g rie g o s tal p rá ctica está le jo s de ser u n a im a g e n de « p u r a » d ev o ció n . C o n
la c ru e ld ad ritu a l p e n e tra e n la civilizació n d e la polis algo d e la dureza de la vida p r e -
civilizada. A lo s g rie g o s les gusta re la c io n a r esta costu m b re c o n los p u eb lo s b á rb a ro s
de la T á u r id e e n el le ja n o n o r te , p e r o sin n e g a r la id e n tid a d de esta d io sa c o n la
risu e ñ a gu ía de las n in fa s.

27 Schol. A ristop h . Lys. 6 4 5 a H angard; Zenob. A th . I , 8 p. 3 5 ° M iller (Mélanges de Littérature Grecque,


1 8 6 9 [reim p. 1 9 6 5 ] s.v. Embarós eimï), Pausanias Atticista epsilon 35 en H . Erbse, Untersuchungen zu den
attizistischen Lexika, 1 9 5 0 , pp. I 7 7 s · W . Sale, RhM I 18 ( i g 75 ) ’ PP· 2 6 5 - 2 8 4 ; pinturas vasculares con
osas y máscaras de oso: L . K ahil, A K 2 0 ( l 977 ) ’ PP· 8 6 - 9 8 . Véase V 3 .4 , n. 3 4 .
28 Pi? II, pp. 1 0 9 5 - 1 1 0 6 . Excavaciones del santuario de A rtem is en A u lid e: Ergon ( rg 5 8 --19 GI ).
29 Véase I I I , η. 9 7 ; HN, pp. 77 s·
30 H es. fr. 23 a> 2 6 [trad. esp. de A . M artínez: H esíodo, Ohrasj fragmentos, 19 7 8 , PP- 2 2 2 s.].
31 Véase II I , n. 3 4 .
32 X en . Lac. Resp. 2 , 9 ; Plat. Leg. 6 3 3 b ; véase I 4 , n - 3 ° ; II I , n · 3 5 ; H 5 >n - 7 3 2 ; V 3 .4 , n. 18 . Sobre la
fo rm a del nom bre —Worthasia, Woríhatia, Wortheia, Ortheía, incorrecto Oríhía— véase E . Risch, Hefte des
Archäologischen Seminars der Universität Bern 5 ( l 9 7 9 )' P· 2 7 ·
2 o 6 3. LOS DIOSES

2.7. A frodita

E l ám bito de la actividad de A fr o d ita 1 es evidente d el m o d o m ás directo e in m ed iato : la


feliz co n su m a ció n de la sexu alid ad . Aphrodisia y el ve rb o aphrodisidzein d en o tan sim p le ­
m ente el acto de a m o r y en la Odisea el n o m b re de la d iosa se usa ya en el m ism o sen ­
tido. E l antiguo n o m b re abstracto p ara el deseo sexual, éros, gram aticalm ente de gén ero
m asculino, se convierte en el dios E ro s, h ijo de A fro d ita ; el « A n h e lo » (Hímeros) está a
m enud o a su lado ; a am bos se los describe com o jó ven es alados y p o ste rio rm e n te tam ­
b ié n com o angelotes in fa n tile s 3. P o r m u y im p ía que p u ed a p arece r la apoteosis de la
sexu alid ad a la luz d e la tr a d ic ió n c ristia n a , la se n sib ilid a d m o d e rn a p u e d e , sin
em bargo, apreciar tam bién cóm o, en la experiencia del am or, el ser am ado, y de hecho
el m und o entero, aparece tran sfo rm ad o y felizm en te in ten sificad o , h acien d o que todo
lo demás parezca in sign ifican te: se revela u n p o d e r en o rm e , u n a gran divinid ad.
L o s griegos n o fu e r o n lo s p rim e r o s e n d a r n o m b re a u n a d io sa de este tip o y en
ven erarla co n u n culto. T ras la fig u ra de A fr o d ita se e n cu en tra claram en te la an tigu a
d io sa d e l a m o r se m ític a , Is h ta r - A s ta r t é , d iv in a c o n s o rte d e l rey, r e in a d e l c ie lo y
h etera al m ism o tiem p o . Y a H e r ó d o to so stien e este o r ig e n sem ítico , o m ás c o n c r e ­
tam ente fe n ic io 4. L a s p ru e b a s m ás decisivas, sin e m b a rg o , p ro c e d e n de las c o r re s ­
p o n d e n cia s en el culto y la ic o n o g r a fía q u e v a n m ás allá de la m e ra sexu alid ad : esta
d iv in id a d es a n d r ó g in a 5: h ay u n a Is h ta r c o n b a rb a y u n A s h ta r m a s c u lin o ju n t o a
A starté, así com o existe u n a A fr o d ita b a rb a d a y u n A fr o dito m ascu lin o ju n to a A f r o ­
dita. A A s ta r t é se la lla m a « R e in a d el C i e l o » 6 al ig u al q u e A fr o d it a es « la C e le s te »
(Ouranía). A starté es ve n e ra d a c o n altares de in c ie n so y sacrific io s de p alo m as, exac­
tam ente ig u al que A fr o d ita y sólo e lla 7. Ish tar es al m ism o tiem p o u n a d iosa g u e rre ra
y tam b ién A fr o d ita p u ed e ir a rm ad a y c o n c e d e r la v ic to r ia 8. S i adem ás hay p ro s titu ­
c ió n d en tro d el te m p lo e n el cu lto a A fr o d it a 9, se asum e la m ás n o to ria ca ra c te rís­

1 Tempel, R E I (18 9 4 ), cois. 2 7 2 9 - 2 7 7 6 ; C G S II, pp. 6 1 8 - 7 3 0 ; GdH I, pp. 9 5 - 9 8 ; GGR, pp. 5 1 9 - 5 2 6 ;


H . H erter, « D ie U rsprünge des A ph ro diteku ltes», e n Eléments orientaux dans la religion grecque ancienne,
1 9 6 0 , pp. 6 1 - 7 6 ; D . D . Boedeker, Aphrodite’s Entry into Greek Epic, 1 9 7 4 ; J ■- E . D ugand, « A p h ro d ite -
A sta rté » , en Hommages à Pierre Fargues, 1 9 7 4 - PP- 7 3 “ 9 8 ; A . D elivorrias eta l., LÏM C s.v. Aphrodite II
(19 8 4 ), pp. 2 - 1 5 I ; V . Pirenne Delforge, L ’Aphrodite grecque, 1 9 9 4 ; C . B o n n e t y V . Pirenne Delforge,
« D e u x déesses en interaction: Astarté et A p h ro d ite dans le m onde é g éen », en G . B o n n et y A .
Motte (eds.), Les syncrétismes religieux dans le monde méditerranéen antique, 19 9 9 , pp. 2 4 9 - 2 7 3 ·
2 Od. 2 2 , 4 4 4 -
3 A . Greifenhagen, Griechische Eroten, 1 9 5 2 .
4 H dt. I, 1 0 5 ; 1 3 I ; la conexión es discutida p o r A . E n m an n , Kypros und der Ursprung des Aphroditekultes,
1 8 8 6 , y p o r T ü m p e l (supra, η . i) ; cfr. infra η . 1 8 . Sob re Ish tar-A sta rté : G ese, pp. 1 6 1 - 1 6 4 ; W .
H erm ann , Mitteilungen des Instituts fü r Orientforschung 1 5 ( 1 9 6 9 ) , pp· 6 - 5 2 ; W . H elck, Betrachtungen zur
Grossen Göttin, I 9 7 1 ' PP· 2 3 0 - 2 4 2 .
5 A . Gaquot, Syria 3 5 (19 58 ), pp. 4 5 “ 6 0 ; Gese, pp. I 3 7 _ I 3 9 i Afrodito en Chipre, Paion FGrHist 575 F I;
Afrodito en Atenas con cambio ritual de vestidos durante el sacrificio, Philochor. FGrHist 3 2 8 F 18 4 .
6 A T fer 7, 18 ; 4 4 , 1 7 - 1 9 .
7 « Q u e m a r in c ie n so » : fe r (supra η. 6 ). Véase I I I η . 6 6 ; palomas: L SC G 3 9 , 2 4 ; Schol. A p . R h. 3,
5 4 9 ; danza en torno a una especie de palom ar en C h ipre, Report o f the Department o f Antiquities Cyprus,
19 7 1, pp. 3 9 s ., lám . 18 ; cfr. P. Dikaios, Syria 1 3 ( 1 9 3 2 ) , pp. 3 5 ° s .
8 GGR, p. 5 2 1 , n. 5 ; véase III 2 · 4 > n · 9 ·
9 G orinto: Píndaro fr. 1 2 2 M aehler, cfr. H . Schm itz, Hypsos und Bios, tesis doct., Zú rich , 1 9 7 0 , pp.
3 0 - 3 2 ; discutido p o r H . Cozelm ann, « K o r in th u n d die M ädchen der A p h ro d ite » , N G G (19 6 7 ),
p. 8. Locros: Ju stin . 21 , 3 ; Prückner, pp. 9 - 1 4 ; es discutida la referencia en una inscripción a la
2.7. AFRODITA 207

tica d el culto a Ish ta r-A sta rté . L a re la c ió n c o n los ja r d in e s y c o n el m ar está ta m b ié n


p re se n te e n am bos casos10. E n el p ro ce so de tra n sm isió n d el E ste al O este p ro b a b le ­
m e n te d e s e m p e ñ a ro n ta m b ié n u n p a p e l las re p re s e n ta c io n e s fro n ta le s de la d io sa
d esn u d a, com o las q ue se e n c o n tra ro n fu n d a m e n ta lm e n te en ob jeto s p eq u eñ o s, e n
piezas o rn a m e n tale s y e n colgantes de o r o 11; quizá p o r este m otivo se lla m e a A f r o ­
d ita « l a A u r e a » . E n lo s texto s m ic é n ic o s n o h ay h u e lla de A fr o d it a ; las fam o sa s
fig u r a s de las lá m in a s de o r o p ro c e d e n te s d e la te rc e ra tu m b a de fo sa n o tie n e n
p a ra le lo s 18.
G o m o p u n to in te rm e d io la tr a d ic ió n h ace r e fe re n c ia a C h ip r e , e n p a r tic u la r a
Pafos. Pafos es ya la m o ra d a de A fr o d ita en la Odisea13 y, a p a rtir de la época de la Ilia­
da, Kypris es el n o m b re p o é tic o m ás c o m ú n p a ra la d io sa. E l p a n o ra m a se c o m p lica,
sin e m b argo , a p a r tir de nuevos hallazgos a rq u eo ló g ic o s en re la c ió n co n el an tigu o y
c e le b é rrim o tem p lo de A fr o d ita e n P a fo s14: se trata de u n c o m p le jo m o n u m e n ta l d el
siglo X I I a . G ., de la épo ca en que los aqueos m ic én ic o s se asen ta ro n allí; la tra d ic ió n
m ic én ic a se m an ifiesta ta m b ié n e n la fach ada trip a rtita d el te m p lo co n c u ern o s c u l­
tuales, co m o se m u estra e n m o n ed as tardías. L a c o lo n iz a c ió n fe n ic ia , q u e se e x p a n ­
d ió desde T ir o , n o lleg ó a C h ip re hasta el siglo I X ; el tem p lo m ic én ic o d e C itio fu e
su stitu id o p o r u n sa n tu a rio d ed icad o a A sta rté e n to rn o a 8 o o :s. N o obstante, u n a
c o n stru c c ió n de tem p lo m o n u m e n ta l de este tip o es e n sí m ism a tan p o c o m icén ica
co m o A fr o d it a . E l seg u n d o sa n tu a rio fam o so de A fr o d it a en C h ip r e está en A m a -
tu n te 16, d o n d e se c o n se rva ro n u n a e scritu ra y u n a le n g u a in d ígen as « e t e o - c h ip r io -
ta s » hasta el u m b ra l de la ép o ca h ele n ística . P e ro p a re c e ría q u e A fr o d it a n o p u e d e
se r ta m p o c o so la m e n te o r ig in a r ia d e C h ip r e ; a lg u n a s e sta tu illa s c h ip rio ta s d e la
E d a d d el B ro n c e de la d iosa d esn u d a tie n e n caras de p á ja ro h o rrib le m e n te re p u lsi­
vas. C h ip r e estuvo sie m p re expu esta a m ú ltip le s in flu e n c ia s d e l P ró x im o O rie n te ,
p e ro éstas d ifíc ilm e n te p u e d e n d e fin irse m ie n tra s n o se d e sc ifre n las escritu ras c h i­
p rio ta s . D ig n a de m e n c ió n es u n a e sta tu illa de b ro n c e de la d io sa d esn u d a q u e se
e n c u e n tra so b re u n lin g o te de c o b re , e q u iv a le n te al « D io s so b re el L in g o te d e
C o b r e » de E n k o m i17; resu ltaba ta m b ié n s o rp re n d e n te el v ín c u lo en tre el tem p lo y
los talleres de los h e rre ro s en el san tu ario tard o m ic én ic o de C itio . L a aso ciació n de
A fr o d ita y H efesto p arece a d q u irir a q u í u n a im p o rta n c ia in e sp e ra d a . S in em b argo,
el « o r ig e n » de A fr o d it a sigue sie n d o tan o sc u ro co m o su n o m b r e 18. D e b e ten erse

«p ag a (¿a lq u ile r?) de las m ujeres consagradas, según el d e cre to » , cfr. A . de Franciscis, Stato e
societá in Locri Epiiefirii, 19 7 2 , pp. 1 5 2 s. : S. Pembroke, Annales ESC 5 ( 19 7 0 ), pp. 1 2 6 9 ; cfr. en gene­
ral: E . M . Yamauchi, « C u ltic Prostitution», en Orient and Occident Essays C. H. Gordon, I 9 7 3 i PP* 2 1 3
2 2 2 [B. M cLachlan, « S acre d prostitution and A p h ro d ite » , SR 2 1 (1 9 9 2 ), pp. 1 4-5 ~1 6 2 I .
10 W . A nd rae, « D e r kultische G a rte n » , Welt des Orients I ( 19 4 7 1 9 5 2 ) > pp. 4 ^ 5 4 9 4 : en Pafos: Strab.
14 , 6 8 3 ; E . Langlotz, «A p h ro d ite in den G a rte n » , SB Heidelberg, 1 9 5 3 , n 4 * M ito de Astarté y el
M ar: A NET 1 7 s .; R. Dussaud, GRA1 (19 4 7 ), pp. 2 0 8 - 2 1 2 .
11 Journal ofthe Near Eastern Studies 2 1 ( 1 9 6 2 ), p. 10 9 ; T. J . D unbabin, The Greeks and their Eastern Neighbours,
19 5 7 . P - SI-
12 Véase I 3 · 5 , n. 4.7.
13 Od. 8, 3 6 3 = Hymn. Aphr. 5 9 -
14 Véase I 4 , n. 21 .
15 Véase 1 4 η . 5 ; ya el templo de la Edad del B ronce tenía u n jard ín.
16 RE I (1894-)* c°l* 2 7 6 0 . E n general, J . Karageorghis, Lagi'cmde déesse de Chypre et son cuite, 1977 ·
17 H . W . Gatling, Alasia I (19 7 1). P* I 7 >véase I 4?t n. 4 ·
18 Asociado p o r los griegos con aphrós « e sp u m a » , H es. Theog. 1 9 7 ; Aphr-hodite «q u e camina sobre la
2o8 3. LOS DIOSES

sie m p re e n c u en ta la p o s ib ilid a d de tr a n s fo rm a c io n e s se c u n d a ria s b a jo in flu e n c ia


fe n ic ia ; u n se g u n d o sa n tu a rio a rc a ic o de A fr o d it a e n P a fo s 19 m u e stra n u m e r o s o s
rasgos fe n ic io s e n sus o fre n d a s votivas.
L a « A u r e a A f r o d i t a » , la e n c a n ta d o ra d io sa d el a m o r, es ya d esd e h ace tie m p o
fa m ilia r p a ra la p o e sía ép ica. L a h is to ria d e có m o A fr o d it a v e n c ió a A te n e a y H e r a
e n el Ju ic i o de P aris y cóm o ello llevó al ra p to de H e le n a y al d ese n ca d e n a m ien to de
la G u e rr a de T ro y a es sin d u d a u n an tigu o m o tivo le g e n d a rio 20. L a Ilíada h ace r e fe ­
re n c ia a esta n a rr a c ió n c u an d o el p o e ta d escrib e cóm o A fr o d ita sustrae a P a rís de su
d erro ta a m an os de M en ela o y lo traslada a su cám ara n u p c ia l y lleva a H e le n a ju n to a
él. H e le n a re c o n o c e a la d io sa p o r su c u e llo exq u isitam en te h e rm o so , sus p re cio so s
p ech os y sus b rilla n te s o jo s; su re siste n cia a la p o d e ro sa v o lu n ta d de la d io sa es v e n ­
cida rá p id a m e n te 21: A fr o d it a p u e d e ser ta m b ié n u n a d io sa te rrib le . L a in te rv e n c ió n
de A fro d ita en la batalla tien e m en o s éxito cuand o trata de p ro teg er a su h ijo E n eas de
D io m e d e s: D io m e d e s la h ie re e n la m an o y, al d erra m a rse la sangre d ivin a, D io m e ­
des se b u r la de A fr o d it a g r itá n d o le q u e e lla p u e d e e n g a ñ a r a m u je re s d éb iles p e r o
d eb ería m a n te n e rse le jo s de la g u e rra . E l p a d re Z eu s está de a cu erd o c o n esta o p i­
n ió n , p e r o se expresa e n té rm in o s m ás a m a b le s22. E l m ism o , p o r su pu esto , su c u m ­
b irá m ás tarde ante la m agia d el c in tu ró n b o rd a d o de A fr o d ita : « e n él está el a m o r,
el d eseo , la a m o ro sa p lá tic a y la s e d u c c ió n » 23. E n el can to de D e m ó d o c o a n te lo s
feacio s, la g ra n sed u ctora fin a lm e n te cae víctim a de sus p ro p ia s artim añ as: A fr o d ita ,
q u e está casada c o n H e fe s to , tie n e u n a r e la c ió n secreta c o n el v e lo z A r e s , p e r o
H efesto astutam en te d isp o n e u n a re d y lo s caza inflagranti, m ie n tra s to d o s lo s d ioses
se r e ú n e n a su a lr e d e d o r p r o r r u m p ie n d o e n h o m é r ic a risa a n te ta n g ra c io s a
escena .
D e fo r m a m a g n ífic a se d e sc rib e a A fr o d it a en el a n tig u o Himno d ed ica d o a ella,
que cu en ta có m o fu e en b usca d el p a sto r A n q u ise s e n el m o n te Id a p ara c o n c e b ir a
E n e as. A q u í A fr o d it a asu m e rasgo s de la d io sa frig ia C ib e le s, la M a d re de la m o n ­
taña, u n a fo rm a de la G r a n D io sa a n ato lia q u e se e q u ip a ra ta m b ié n c o n A fr o d it a en
o tro s lu g a re s 25. S e m ueve a través d e las la d e ra s b o sco sas d e l Id a seg u id a p o r lo b o s
grises q u e le h a c e n h a la g o s, le o n e s de fe r o c e s m ira d a s, o so s y v e lo ce s p a n te ra s; la
d iosa se d eleita c o n su séquito e in fu n d e e n lo s an im ales el deseo a m o ro so , de fo rm a

esp u m a», P. K retschm er, Zeitschrift für vergleichende Sprachforschung 3 3 ( 1 8 9 5 ) , p. 2f>/ ; sobre A shoret:
F. H om m el, Jahrbuch fü r classische Philologie 2 8 ( 1 8 8 2 ) , p. I j 6 y Ethnologie und Geographie des Alten Orients,
1 9 6 2 , p. 1 0 4 0 ; H . G rim m e, Glotta 1 4 ( 1 9 2 5 ) , P P - I 7 s-i Helck, p. 2 3 3 ; Dugand (supra, n. i); sobre
prd « p a lo m a » : E . Roeth, Geschichte unserer abendländischen Philosophie, I, 1 8 4 6 , p. 2 6 3 ; sobre prt « s e r
fe cu n d o » ; M . K . Schretter, Alte Orient und Hellas, 1 9 7 4 , p. 1 6 5 ; indoeuropeo «n u b e chispeante»,
hipóstasis de Eos, Boedecker (supra η . i) ; G . Nagy, HSCP 7 7 ( 1 9 7 3 ) , p. 16 2 .
19 E l santuario de K ouk lia: V . W ilson, AA ( l 9 7 5 )> P P · 4 4 6 - 4 5 5 · Sobre una particular fo rm a fe n i­
cio-ch ip riota: W . Fautb, Aphrodite Parakyptusa, Abh., M ainz, 19 6 6 , n° 6.
20 K . R einhardt, Das Parisurteil, 1 9 3 8 = Tradition und Geist, i 9 6 0 , pp. 1 6 - 3 6 ; C h . C lairm ont, DasParisur-
teil in der antiken Kunst, I 9 5 l ; J · Raab, & den Darstellungen des Parisurteil in der griechischen Kunst, 1 9 7 2 ; las im á­
genes más antiguas: Sim on, p. 2 4 3 > 2 30 -2 31.
21 11 3 . 380 - 4 2 0 .
22 II· 5 - 3 1 1 - 4 3 0 .
23 II. 1 4 , 2 1 6 s. Véase III 2 -2 , η . ι8 .
24 Od. 8, 2 6 6 - 3 6 6 ; Burkert, RhM 1 0 3 ( i9 6 0 ) , pp. 1 3 0 - 1 4 4 ·
25 C h aro n FGrHist 2 6 2 F 5 ; véase III 3 . 4 , n. 2 5 ·
2.7. AFRODITA 209

q u e to d o s se a p a re a n e n lo s va lle s u m b r ío s 26. E sta A fr o d it a es u n a S e ñ o r a de lo s


A n im a le s , u n a S e ñ o r a de lo s te m ib le s a n im a le s fe ro c e s q u e, s in e m b a rg o , b a jo el
in f lu jo de la d io sa , o lv id a n su n a tu ra le z a y o b e d e c e n la le y s u p e r io r d e la u n ió n
sexual.
P r o fu n d id a d e s m ás sin ie stra s e in q u ie ta n te s alcan za el m ito d el n a c im ie n to
n a r r a d o p o r H e s ío d o 27. U r a n o , el c ie lo , e sp o so de G a ia , n o p e r m it ía a sus h ijo s
v e n ir al m u n d o y así, m ie n tra s U r a n o abrazab a a G a ia , su h ijo C r o n o le c o rtó c o n
u n a h o z lo s g e n ita le s a su p a d re y lo s la n z ó al m a r h a cia atrás. C u a n d o el m ar lo s
a r r a s t r ó , se f o r m ó e sp u m a b la n c a e n to r n o a e llo s y e n su in t e r io r c re c ió u n a
m u c h a c h a ; fu e llev ad a p o r las olas hasta C ite r a y d esp u és a C h ip r e , d o n d e gan ó la
costa; u n a d io sa resp etab le y b e lla , la « n a c id a de la e sp u m a » Afrodita. M ie n tra s q u e
e n la ép ica se asocia c o n A fr o d ita la fó rm u la « h ija de Z e u s » y se m e n c io n a a D io n e
co m o su m ad re, en esta n a rra c ió n , ella es m ás an tigu a que to d o s lo s d ioses o lím p i­
cos; ju n t o a la p r im e r a d ife r e n c ia c ió n có sm ic a , la se p a ra c ió n e n tre c ie lo y tie r r a ,
su rg ió ta m b ié n la fu e rz a de la u n ió n . A fr o d it a se e n c u e n tra p o r tanto e n el c en tro
de la e sp e cu la c ió n c o sm o g ó n ic a q ue, a través de « O r f e o » , sig u ió d e sa rro llá n d o se
a m p lia m en te hasta P a rm én id es y E m p é d o c le s 28: la p ro c re a c ió n y la « u n ió n » a m o ­
ro sa so n las cosas q ue h acen avanzar el m u n d o .
A u n q u e ig n o rad o en la épica h ero ica, el m ito del n acim ien to n o es u n a in v en ció n
p o ética m argin al. E l epíteto h o m é ric o de A fr o d ita , philommeidés, « q u e am a la r i s a » , es
según la estructura de la p alabra, u n a re in te rp re ta ció n d el té rm in o h esió d ico philom-
medés, « a q u ie n p erte n ec e n los genitales m a s c u lin o s » 29. U n a c u rio sa terraco ta votiva
del siglo VII m uestra u n a A fr o d ita barb ad a salien d o de u n te stícu lo 30. L a castración y
la a cció n de a rro ja r al m a r están p re su m ib le m en te relacion ad as c o n rito s de sa c rifi­
c io ; el m ach o c a b río p e rte n e c e a A f r o d it a 31. L a fig u r a q u e su rge d el m ar, p o r
su p u e sto , h a d eja d o atrás to d a esta cru d eza. E l n a c im ie n to d el m a r fu e u n o de lo s
m otivos favorito s d el arte g rie g o 32; el m e jo r e je m p lo es el « T r o n o L u d o v is i» , ta rd o -
arcaico, que quizá p ro ven g a d el tem plo de A fr o d ita en L o c ro s.
L a e x p re s ió n m ás c o m p le ta y p e r s o n a l d e l cu lto a A fr o d it a se e n c u e n tra en lo s
p o em as de S a fo . E l c írc u lo de m u chach as q ue esp e ra n el m a trim o n io se b añ a en el
au ra de la d io sa, c o n c o ro n a s de flo re s, costosos to cad o s, d u lces p e rfu m e s y m u lli­
d os c o jin e s . A fr o d it a es in v ita d a a la fie sta , a q u e b a je a su b o s q u e c illo sa g ra d o ,
d o n d e u n m ágico su eñ o d esciend e de las trém u las ram as, p ara ve rte r el n éctar, m ez­
clado co m o el vin o c o n la aleg ría de la fiesta. P e ro ta m b ié n están d irig id a s a C ip r is

26 Iíymn. Aphr. 6 8 - 7 4 ; a Causa de la tradición sobre Eneas, la relación del Himno con la Ilíada es m uy
discutida: K . Reinhardt, Die Ilias und ihre Dichter, 19 6 1, pp. 5 0 7 - 521 ; E . Heitsch, Aphroditelrymnos. Aeneas
undHomer, 1 9 6 5 ; H . L . Lentz, Der homerische Aphroditehymnos und die Aristie des Aineias in der Ilias, tesis doct.,
B o n n , 1 9 7 5 · [Sobre el H im n o cfr. la introd ucción, traducción y notas de A . Bernabé en Himnos
Homéricos, La « Batracomiomaquia» , 19 7 8 , así com o i d ., en J . A . Ló pez Férez (ed .), Mitos de la literatura
griega, arcaicaj clásica, 2 0 0 2 , pp. 9 3 - I I O y j . R udhardt, « L ’hym ne h om érique à A p h ro d ite. Essai
d ’interpretation>>, Μ Η 4 8 (Ι 9 9 1 )- ΡΡ· 8 - 2 θ ] .
27 Hes. Theog. 1 5 4 - 2 0 6 ; cfr. el comentario al pasaje deW est (i).
28 W . Staudacher, Die Trennung von Himmel und Erde, 1 9 4 2 .
29 A - Heubeck, Beiträge zur Namenforschung 1 6 ( 19 6 5 ), pp. 2 0 4 - 2 0 6 .
30 E . Payne, Parachora, 1 9 4 ° , lám. 1 0 2 , nu 18 3 a .
31 HJV, p p . 8 4 , n. 5 6 ; 8 1, n . 4 6 ·
32 E . Sim on, Die Geburt der Aphrodite, 1957 ; c ■ Sim on, 19 6 9 , p- 2 4 8 , figs. 2 3 6 - 2 3 8 y Priickner, p. 2 47
sobre Locros.
210 3. LOS DIOSES

las sú p lica s d e S a fo p o r el r e to r n o de su h e r m a n o y su r e c o n c ilia c ió n . E l p o e m a ,


situ ad o al p r in c ip io de la re c o p ila c ió n , d esc rib e có m o A fr o d ita , de tr o n o a rtística ­
m en te d eco rad o , desciende a la tie rra e n u n carro tirad o p o r p ájaros desde la m o ra d a
áu rea de su p a d re : oye la sú p lica de su devota, h a rá ca m b iar el c o raz ó n de la am ada
p a ra q u e el a m o r sea c o r r e s p o n d id o ; só lo e l a m o r im p id e q u e la v id a se vea a b r u ­
m ad a p o r las p re o c u p a c io n e s y el te d io 33.
S in e m b a rg o , la a c e p ta c ió n s in p r e ju ic io s d e la se x u a lid a d n o es u n h e c h o n i
siq u ie ra e n G re c ia . E n el siglo I V e n c o n tra m o s a A fr o d it a d ivid id a en dos aspectos:
el a m o r m ás elevad o , « c e le s t e » , A fr o d it a Ouranía , y e l a m o r de « t o d o el p u e b lo » ,
A fr o d it a Pandemos, a la q u e c o rre sp o n d e la vid a sexual « m á s b a ja » y e n p a rtic u la r la
p ro s titu c ió n 34. A m b o s n o m b res de A fr o d it a so n epítetos cultuales an tigu o s y d ifu n ­
d id o s , p e r o sus s ig n ific a d o s o r ig in a r io s e r a n m u y d ife r e n te s . L a « C e l e s t e » es la
R e in a d el C ie lo fe n ic ia , y Pandemos es lite ra lm e n te la q u e abarca a « to d o el p u e b lo » ,
c o m o e l v ín c u lo c o m ú n y la sim p a tía m u tu a n e c e sa rio s p a ra la e x iste n c ia de c u a l­
q u ie r estado . A q u í ta m b ié n subyace e n e l tra sfo n d o la tr a d ic ió n o r ie n ta l d el p o d e r
q ue to d o lo abarca de Ish ta r, q u e es p re cisa m e n te u n p o d e r p o lític o . L o s rasgo s de
la G r a n D io sa de A sia M e n o r so n e sp ecialm en te evidentes en la S e ñ o ra de la ciu d ad
de A fro d is ia s e n C a r ia 35. E n m u ch o s lu gares, lo s m agistrad o s h a ce n o fre n d a s votivas
co m u n ales a A fr o d ita , b ie n p a ra p o n e rse b a jo la p ro te c c ió n de la d io sa o b ie n com o
u n a fo rm a de con traste c o n sus d eb eres o fic ia le s 36.
E n la Ic o n o g ra fía , la fig u r a d esn u d a o r ie n ta l fu e reem p lazad a ya e n la p r im e r a
m ita d d e l sig lo V I I p o r la re p r e s e n ta c ió n n o r m a l de la d io sa c o n la rg a y su n tu o sa
veste y c o n la c o ro n a alta de los dioses, el polos37. E l b e llo aderezo es u n a de las carac­
terísticas de A fr o d ita , esp ecialm en te lo s co llares y, ocasio n alm en te, vestidos de c o lo ­
res b r illa n te s d e stin a d o s a d a r u n to q u e o r ie n ta l. S ó lo e n to rn o a 3 4 0 , P ra x itele s
creó p a ra el sa n tu a rio de C n id o la estatua d esn u d a de A fr o d ita , que p arecía p re p a ­
ra rs e p a r a el b a ñ o ; d u ra n te sig lo s q u e d ó esta fig u r a c o m o la re p r e s e n ta c ió n m ás
fam o sa d e la d io sa d e l a m o r, la e n c a r n a c ió n de to d o s lo s e n can to s fe m e n in o s . L a
estatua se co lo có e n el c en tro de u n a ro to n d a , p ara q ue p u d ie ra ser a d m ira d a desde
tod os los lad o s; L as fu en tes griegas su g ie re n que d esp ertó m ás vo yeu rism o q u e d evo­
c ió n 38. M uch as A fro d ita s fam osas la s ig u ie ro n e n el arte h ele n ístic o , sem id esn u d as y
desnudas, calipigias y p ú dicas. Se d ifu n d ie ro n p o r todas partes gracias a las copias de
épo ca im p e ria l y so n h o y piezas destacadas e n lo s m u seo s, p e ro apenas tie n e n ya u n
lu g a r e n la h is to r ia de la r e lig ió n . L a r e c u p e r a c ió n d e la tr a d ic ió n de E n e a s e n
R o m a, sobre todo gracias a J u lio C ésar, im pu lsó u n culto a V enus Genetrix39 p ero en este
caso, m ás q ue la A fr o d it a griega, e ra la M a d re F rig ia la q u e volvía a ser ven erad a.

33 Safo fr. 2 \ 5 ; I V o igt [trad. esp. de H . R odríguez Som olinos, Poetisas griegas, 1 9 9 4 , ^Γ· S 3 ; 6 3 ; i] ;
W . Schadewaldt, Sappho: Welt und Dichtung. Dasein in der Liebe, 1 9 4 8 .
34 Plat. Symp. l 8 o d ss.; X e n . Symp. 8, 9 ; A fro d ita Pandemos y p rostitu ción, in tro d ucid a p o r So ló n ,
Philem on fr. 3 K assel-A ustin.
35 Laum o nier, pp. 4 8 2 - 5 0 0 ; Fleischer, pp. 1 4 6 - 1 8 4 .
36 F. Sokolowski, «A p h ro dite as Guardian o f Greek M agistrates», HThR 57 0 9 ^ 4')> PP· [ 8; F. C ro is­
sant y F. Salviat, «A p h ro d ite gardienne des m agistrats», BCH 9 0 (19 6 6 ), pp. 4 6 0 - 4 7 1 ·
37 D üm m ler, RE I (18 9 4 ), cols. 2 7 7 6 - 2 7 8 0 ; Furtwängler, R M L I ( 1 8 8 4 1 8 8 6 ) , cols. 4 0 6 - 4 1 9 ; Sim on,
pp. 2 4 î s ·. figs. 2 2 8 - 2 2 9 .
38 Lo s testimonios en Overbeck n°s I 2 2 y - ¡ 2 ^ o , en particular L u c. Amores 13 s.
39 Sobre Venus Genetrix: G . K o ch , i?£VTII A ( l 9 5 5 )· cols. 8 6 4 - 8 6 8 ; R . Schilling, La religion romaine de
Venus, 1 9 5 4 ·
2.8. HERMES 211

2 .8 . H ermes

H e r m e s 1, el d ivin o em b au cad o r, es u n a fig u ra de co lo re s siem p re cam bian tes, p e ro


su n o m b r e 2, q ue se e x p lic a c o n b astan te certeza, a p u n ta a u n fe n ó m e n o s e n c illo :
herma es u n m o n tó n de p ie d ra s, u n m o n u m e n to e rig id o com o fo rm a elem en ta l de
d e m a rc a c ió n . C a d a u n o q u e pasa p o r a llí a ñ a d e u n a p ie d r a al m o n t ó n 3 y así d e ja
h u e lla d e su p re se n c ia . D e esta fo rm a se s e ñ a la n y d e lim ita n lo s t e r r it o r io s . O tra
fo rm a de d em arcació n te rrito ria l, m ás an tigu a que el p ro p io ser h u m a n o , es la e x h i­
b ic ió n f á lic a 4, re e m p la z a d a sim b ó lic a m e n te p o r p ie d r a s o estacas erectas. E n este
sen tid o , el m o jó n de p ie d ra s y el falo « a p o tr o p a ic o » h a n estado siem p re re la c io n a ­
dos e n tre sí. E l p o d e r q u e se advierte fre n te al m o jó n de p ie d ra s está p e rso n ific a d o
p o r e l n o m b r e H erm a-as o H erm á-on, e n m ic é n ic o e - m a - a 5, e n d ó r ic o Hermán y e n
jó n ic o - á t ic o Hermès. S e ta lla b a n fig u ra s fá lica s e n m a d e ra y se c o lo c a b a n sob re lo s
m o jo n e s 6. H ip a rc o , h ijo de P isistrato , in tro d u jo en A te n a s en to rn o a 5 2 0 la fo rm a
en p ie d ra p ara m arcar lo s p u n to s in te rm e d io s e n tre los d iferen tes p u eb lo s áticos y el
á g o ra d e A te n a s y p r o n t o esta fo r m a se a cep tó de m a n e ra g e n e ra liz a d a 7: u n p ila r
c u a d ra n g u la r c o n u n membrum virile —n o rm a lm e n te erecto—y u n a cabeza b arb ad a. L a
o b sce n id a d se aten úa, y de algun a m an era se n e u traliza, c o n la fo rm a g eo m étrica. A
u n m o n u m e n to de este tip o se le llam ab a sim p le m e n te « H e r m e s » , sólo a través de
la tr a d ic ió n la tin a , se to m a la fo rm a fe m e n in a herma. P ro n to cada b a rr io de A te n a s
tuvo su « H e r m e s » y, c o m o m u e s tra n las p in tu ra s d e lo s vasos, a m e n u d o te n ía n
lu g a r fiestas privad as c o n sa crificio s ante estas h erm as.
R esu lta so rp re n d e n te que u n m o n u m e n to de este tip o p u d ie ra tra n sfo rm a rse e n
d iv in id a d o lím p ic a . P a ra lo g r a r esta tr a n s fo r m a c ió n , la p o e sía n a rra tiv a c o m b in ó
dos m o tivo s: la d ifu n d id a fig u ra m ítica d el e m b a u ca d o r, que es resp o n sab le de f u n ­
d a r la c iv iliz a c ió n , el trickster8, y el p a p e l é p ic o de m e n s a je ro d e lo s d io se s, q u e ya
existía e n la ép ica d e l P ró x im o O rie n te . L a in a m o v ib le p ie d r a q u e m arca c o n fin e s
está ro d e a d a d e h is to ria s so b re tr a sg re sió n d e fr o n t e r a s y ru p tu r a de tabú es,
m ed ia n te los que se crea u n a nueva situ ac ió n y u n nu evo o rd e n b ie n d e fin id o .

1 C G SV , pp. i 6 [ ; Eitrem , RE V I! í (19 12 ), cois. 7 3 8 - 7 9 2 ; CGR, pp. 5 0 1 - 5 0 9 ; peculiar W . H . Roscher,


Hermes der Windgott, 1 8 7 8 ; RML I 2 ( 1 8 8 6 - 1 8 9 0 ) , cols. 2 3 4 2 - 2 3 9 ° : P· Raingeard, HermèsPsychagogue,
1 9 3 5 ; K . K erényi, Hermes der Seelenführer, 1 9 4 4 ; N . O . Brown, Hermes the Thief, 1 9 4 7 ; J - Chittenden,
«D iaktoros A rg e ip h o n te s», AJA 52 ( 1 9 4 8 ), pp. 2 4 _ 3 3 ; Ρ· Zänker, Wandel der Hermesgestalt in der attis­
chen Vasenmalerei, 19 G5 ; L . K ahn, Hermès passe ou les ambiguités de la communication, 1 9 7 8 ; H . H erter, «H er­
mes. U rsp ru n g u nd Wesen eines griechischen G o tte s», RhM II9 0 9 / 6 ) , pp. 1 9 3 - 2 4 1 ; G . Siebert,
LIM Cs.v. HermesV ( 1 9 9 0 ) , pp. 2 8 5 - 3 8 7 .
2 Κ . Ό . M üller, Handbuch der Archäologie der Kunst, ^ 18 4 8, p. 5 8 6 , § 3 7 9 > n · ^R I, p. 3 8 5 , n. 5 ; GGR,
PP- 5 ° 3 s-
3 A n ticlides FGrHist 1 4 0 F 19 ; C o rn u t. Theol. Gr. (p. 2 4 L an g); representaciones iconográficas: E .
Z w ierlein -D ie h l, Die antiken Gemmen des Kunsthistorischen Museums in Wien, 19 7 3 , n ° 12 6 , lám . 2 3 ; S&H,
p . 41.
4 D . Fehling, Ethologische Überlegungen aufdem Gebiet der Altertumskunde, 1 9 7 4 · PP· 7 - 2 7 ; S&H, pp. 3 9 - 4 1 ·
5 Véase I 3 .6 , n . 9 ·
6 U n ejemplo de esta práctica: GGR, lám. 3 3 , I.
7 L . C urtius, Die antike Herme, tesis doctorál, M únich, I 9 ° 3 ; Eitrem , R F V IH ( 1 9 1 2 ) , cois. 6 9 6 - 7 0 8 ;
R . Lullies, Die Typen der griechischen Hermes, 1 9 3 I ; H . G oldm ann, AJA 4 6 ( 1 9 4 2 ) , pp. 5 8 - 6 9 ; Metzger,
pp· 7 7 - 9 1 ·
8 P. R adin, K . K erényi y C . G . Ju n g , Der göttliche Schelm, 1954 [trad, it.: II briccone divino, 19791 : M . L .
Richetts, « T h e N o rth A m erican Indian T rick ster», HR 5 (19 6 1), pp. 3 2 7 _ 3 5 0 ·
212 3. LOS DIOSES

E n el m ito d el ro b o de gan ad o , la n atu raleza de H e rm e s aparece de la fo rm a m ás


d iv e rtid a y d e sp re o c u p a d a , p e r o n o c a re n te de re s o n a n c ia s m ás p r o fu n d a s , so b re
to d o e n la n a rr a c ió n d el « h o m é r ic o » Himno a Hermes :

N a c id o al a lb a, ta ñ ía la lir a a m e d io d ía y p o r la ta rd e r o b ó las vacas d el C e r t e r o


A p o l o 9.

L le n o de p re co z a leg ría y a g ilid a d m en tal, c o n d u c e el re b a ñ o de vacas p o r la n o ch e


desde T esalia al r ío A lfe o , cerca de O lim p ia , m ata dos vacas, ocu lta tod a h u e lla de su
a cció n y regresa sigilo sam en te a su cu n a co m o u n b eb é e n p añ ales; e n to n ces n e g a rá
to d o c o n o c im ie n to d e l ro b o a n te su p e rsp ic a z h e r m a n o h asta q u e Z e u s, r ie n d o a
carcajadas, lo g ra rá u n a re c o n c ilia c ió n ; c o m o m u estra de re c o n c ilia c ió n , H e rm e s le
re g a la a A p o lo la lir a . P e ro tras la fa rsa se e sco n d e u n a c o sm o g o n ía . H e rm e s canta
aco m p a ñ a d o de la lir a de to rtu ga, q ue acaba de in ven tar,

c e le b ra n d o a lo s d io ses in m o rta le s y a la tie r r a te n e b ro sa , có m o se o r ig in a r o n e n


u n p r in c ip io y c ó m o o b tu vo su p a r te cad a u n o 10.

A d em á s, in v en ta ta m b ié n e n el tra n scu rso de esta aven tu ra el fu e g o , los esp eto n es y


el sa crific io , claram en te u n sa crific io a lo s « D o c e D io s e s » d el tip o de los q u e se tes­
tim o n ia n p o ste rio rm e n te e n O lim p ia 11. E n este sen tid o , H erm e s es rival de P ro m e ­
teo, el astuto p o rta d o r del fu eg o . P ara que haya sacrific io , debe ro m p e rse el tabú d el
re b a ñ o sagrado de A p o lo : es el e m b a u c a d o r q u ie n ro m p e el tabú.
L o fu rtiv o y el ro b o se re la c io n a n c o n H e rm e s ya e n la Ilíada. P e ro , a d e c ir v e r ­
dad, la p alab ra kléptein, « r o b a r » , tien e m ás que ver c o n el secreto y la astucia que co n
la v io la c ió n de la ley. G u a n d o A re s se e n c u e n tra en cad en ad o a u n a tin a ja de b ro n c e ,
H erm e s es en viad o a llevárselo de a llíia. Y c u an d o A q u ile s sigue u ltra ja n d o el cadá­
v e r de H é c to r, lo s dioses se p la n te a n si la so lu c ió n m ás sen cilla n o sería que H erm e s
« s u s tr a je r a » el c u e rp o 13. E n lu g a r de eso, se d e c id irá m an d a r a P ríam o a su p lica r a
A q u ile s: al a n o ch e ce r, ju n to al tú m u lo de lio , H erm e s se aparece al an cian o P ríam o
b a jo la fo r m a de u n jo v e n ; to m a la s rie n d a s , d u e rm e a lo s c e n tin e la s d e l c a m p a ­
m en to g rie g o , abre la p u e rta d el p atio d elan te de la tien d a de A q u ile s y, tras d escu ­
b r ir su id e n tid a d , desaparece, d eja n d o a P ría m o y a A q u ile s in e sp e ra d a m e n te cara a
c a ra 14. T o d o esto es o b ra de H e rm e s, q u ie n ta m b ié n d isp o n d rá el re to rn o segu ro de
P r ía m o .

9 Hymn. Herrn. I j s . [trad, de A . Bernabé, Himnos Homéricos. La Batmcomiomaquia, 1 9 7 8 ] . L . Radcrmacher,


Der homerische Hermeshymnus, I 9 3 1 - relaciona erróneamente el Himno con la comedia ática. Véase además
Hes. fr. 256 Merkelbach-West, Alcaeus fr. 3 0 8 V oigt, Soph. Ichneutaifr. 3 1 4 - 3 18 Radt; representa­
ciones iconográficas: Sim on, pp. 2 9 6 - 2 9 9 , figs. 2 8 4 - 2 8 6 ; R . Blatter, A K 1 4 (I 97 1 ) > PP· 1 2 8 s.
10 Hymn. Herrn. 4 2 7 s-
11 Hymn. Herrn. 1 2 6 - 1 2 9 ; W einreich, RMLs.v. /jvolfgotterVl ( l 9 2 4 - I 9 3 7 )> cols. 7 8 1- 7 8 5 » 8 2 8 s .
12 LI. 5, 3 8 5 - 3 9 1 .
13 LI. 2 4 , 10 9 .
14 LI. 2 4 , 3 3 4 - 4 7 ° ; puede compararse con el episodio del dios Hasam ili, que, p o r orden del dios de
la tempestad, conduce al rey M ursili a través del territorio enem igo, A . Goetze, Die Annalen des Mur-
silis, 1 9 3 3 , p. 1 2 6 [trad. esp. e n A . Bernabé y J . A . Alvarez Pedrosa, Historiay leyes de los hititas. Textosdel
Reino M edioj del Imperio Nuevo, 2 0 0 4 , p. 1371 -
2,8. HERMES SIS

A l a luz d el día, p e ro de u n a fo rm a n o m en o s m iste rio sa y secreta, H erm e s ayuda


a O d ise o e n la isla de C irc e : en los c o n fin e s d el te r r it o r io de C irc e , se le aparece a
O d iseo b a jo la fo rm a de u n jo v e n p ara ad vertirle de las in te n c io n e s de la m aga y p ara
m o stra rle el a n tíd o to p ara la p o c ió n de C irc e , la h ie rb a môïylB.
H e r m e s , c o m o « v e lo z m e n s a je r o » , es e n v ia d o p o r Z e u s a la le ja n a isla d e la
n in fa C a lip s o . E l p o e ta d e sc rib e de fo r m a p in to re s c a y m e m o ra b le c ó m o el d io s,
co m o u n a gaviota, p la n e a p o r en cim a de las olas c o n sandalias de o ro —re p re se n ta ­
das e n la p in tu r a c o m o sa n d a lias aladas— y c o n el b a s tó n m ág ic o q ue h ace q ue lo s
h o m b re s se d u e rm a n o se d esp ie rte n a v o lu n ta d de H e r m e s 1 .
H e r m e s se g a n ó su e p íte to é p ic o Argeiphóntes c u a n d o , c o n ayu d a d e su b a s tó n
m ág ico , m ató al gigante « d e m u ch o s o jo s » A rg o s , que cu sto diaba a lo e n el sa n tu a ­
rio argivo de H e ra : p rim e r o H erm e s a d o rm e ció to d os lo s ojos de A r g o s y después lo
m ató la n z án d o le u n a p ie d r a '7. T a m b ié n en este caso se ro m p e u n tabú y se in a u g u ra
la « fie s ta de la in v e r s ió n » .
E l m ás sin iestro de lo s lím ites que cruza H erm e s es el que sep ara a los vivos de lo s
m u e rto s. E l locus classicus es la segu n d a nékya e n la OdisealS: H e rm e s, b a stó n en m a n o ,
« in v o c a » a las alm as de lo s p re te n d ie n te s a q u e « s a lg a n » d el p ala c io de O d ise o y
éstas, ch illan d o com o m u rciélagos, lo sigu en hasta la p ra d e ra de asfó delos, d on d e las
alm as e n c u e n tra n su m o ra d a etern a. P o ste rio rm e n te se c o m b in ó c o n ésta la im agen
d el r ío d el m u n d o su b te rrá n e o c o n la b a rc a d e C a r o n te ; así, a lg u n o s lé cito s ático s
m u estran a H erm e s m ien tras con d u ce las alm as a C a ro n te . E l cam in o de vuelta ta m ­
b ié n es co n o cid o sólo p o r H erm e s: en el Himno a Deméter, es H erm e s el que trae a C o re
de regreso d el H ad es, las p in tu ra s de vasos re fle ja n ta m b ié n esta escena19. P ero H e r ­
m es es asim ism o el que, en el fam oso relieve de O rfe o , tom a suavem ente la m ano de
E u ríd ic e p ara a co m p añ arla de vuelta p ara siem p re al m u n d o de los m u e rto s80.
H e r m e s , co m o d io s de lo s lím ite s y d e l tra sp a so d e lím ite s , es, p o r ta n to , el
p a tró n de lo s p astores, lo s la d ro n e s, lo s e n te rrad o re s y lo s h era ld o s.
E u m e o , el p iad o so p o rq u e riz o de la Odisea, aparta u n a p o r c ió n p ara H erm es y las
n in fa s e n el banq uete sa crificia l81. H erm es nació de la n in fa M aya en el m on te C ile n e ,
en A rcad ia; su fiesta m ás im po rtan te se celebraba con com peticion es en F e n e o 22. E n el
p u erto de C ile n e , en E lid e, H erm es es venerad o b ajo la fo rm a de u n fa lo 23. A m en u d o

15 Od. 10 , 2 7 5 - 3 0 8 .
16 Od. 5, 4 3 - 5 4 ; un m odelo hitita de sandalias con alas: L . Deroy, Athenaeum 3 0 ( 1 9 5 2 ) , PP- 5 9 - ^ 4 *
Tam bién Perseo, la G orgona y otros calzan ocasionalmente sandalias aladas, por ejemplo, A p o lo
en la metopa de Selinunte: Sim on, p. 1 39 ' fig- 1 3 2 - Sobre el bastón mágico cfr. F. J . M . de Waele,
The Magic Staff or Rod in Graeco - Italian Anticjuity, 1 9 2 7 -
17 A p o llo d . 2, 6 s .; C o o k III, pp. 6 3 2 - 6 4 1 ; TIN, pp. 18 5 s .
18 Od. 2 4 , I - I 4 ; véase IV 2 , n. 19 .
*9 Hymn. Dem. 3 3 5 - 3 &3 * cratera de campana de Nueva Y o rk : Sim on, p. IOI, fig. 9 4 .
20 Sim on, p. 3 1 5 , fig. 3 0 2 ; L . Curtius, Interpretationen von sechs griechischen Bildwerken, 1 9 4 7 · PP- 8 3 - 1 0 5 ;
para el altar de los « D o c e D io ses» en el A g o ra de A tenas: H . A . T h om p so n , « T h e A ltar o f Pity
in the A th en ian A g o r a » , Hesperia 2 1 ( 1 9 5 2 ) , pp. 4 7 ^ 2 ; The Agora o f Athens, 1 9 7 2 , pp. 1 3 5 s·
21 Od. 14 , 4 3 5 , véase II 2 , n . 6. Sob re las costum bres de los pastores cfr. H . G . Wackernagel, Altes
Volkstum in der Schweiz, 2I 9 5 9 > P P · 3 0 - 6 2 .
22 Pind. 01. 6, J J - & 0 [trad. esp. de A . B ernabé y P. Bádenas, 2 0 0 2 ] ; Paus. 8, 14» IO; 5 > 2 7 > 8 ·
Cabeza de b ron ce de jabalí con dedicatoria a Hermanos Pheneoi en W in te rth u r, IG Y 2 , 3 ^ 0 » ^ as ^ er
in der Antike, 1 9 7 4 » lám . 2 6 , n° 1 6 3 .
23 Paus. 6, 2 6 , 5 ; A rtem id. I, 4 5 - L u c- Iupp. trag. 4 2 ; H ip p ol. Ref. 5 , 8, IO; Pbilostr. VitaAp. 6, 2 0 .
3. LOS DIOSES
214

se im agin a a H erm e s d esp leg an d o sus dotes sexu ales24 e n tre las n in fa s e n las m o n ta ­
ñas boscosas, p e ro la m u ltip lic a c ió n de gan ad os de ovejas y cabras ta m b ié n se c o n s i­
d era d e p e n d ie n te de este p o d e r . E n c o n tra ste c o n la v id a a g ríc o la se d e n ta ria , lo s
p ro p io s pastores llevan u n a existen cia m a rg in a l e n te rre n o s co lin d an tes c o n m o n ta ­
ñas, en constan te lu ch a c o n lo s ve cin o s rivales. E n este con texto, el ro b o de gan ad o
es sin d ud a u n a virtu d , sie m p re y cu an d o n o sea d esc u b ierto . E l ab u elo de O d ise o ,
A u tó lic o , que e ra fam o so p o r su p ic a rd ía « p a r a ro b o s y p e r ju r i o s » 25, es p o r tan to
u n verd ad ero h ijo de H e rm e s. E l la d r ó n p u e d e in v o ca r sin n in g ú n re p a ro a H erm e s
m ien tras ro b a 26; lo que se ve n o es la m ald ad , sin o la in e sp e ra d a b u e n a su erte. H e r ­
m es es u n « d is p e n s a d o r d el b ie n » . T o d o h allazgo a fo rtu n a d o es u n hérmaion.
T o d o m o n u m e n to de p ie d r a p u e d e ser ig u alm e n te u n m o n u m e n to a lo s m u e r ­
to s; se h a ce n lib a c io n e s ante lo s m o jo n e s de p ie d r a así c o m o an te el s e p u lc ro . D e
aq u í surge el culto al H e rm e s « c t ó n ic o » , q u e se d escrib e e n el m ito d el « c o n d u c ­
to r de las a lm a s» , psychopompos. H e rm e s es in vo cad o e n las lib a c io n e s a lo s d ifu n to s y
las tum bas se p o n e n b a jo su tu te la 27.
G o m o m ensajero de los dioses, H erm e s lleva el bastó n d el h erald o , el ketykeîon, que
realm ente es la rep resen tació n de dos serp ien tes que se em p arejan , to m ad a de la tra ­
d ic ió n d el P ró x im o O r ie n t e 28. E l m is m o sím b o lo lo lle v a n ta m b ié n lo s h e ra ld o s
terrestres, que están b a jo la p ro te c c ió n de H e rm e s. H e rm e s es ta m b ié n el fu n d a d o r
de la estirpe de los G érices eleu sin io s, h era ld o s y sacerdotes encargados de los s a c rifi­
cios. E l éxito en la c o m u n ica ció n c o n los en em igos y los e xtran jero s es ob ra de H e r ­
m es y el in té rp rete (hermeneús) deb e su n o m b re al d io s. L a e q u ip a ra c ió n a leg ó rica de
H erm es c o n el h abla tout court (lógos) se re fle ja e n n u estra p ala b ra « h e r m e n é u tic a » .
Salvo en las rep resen tacio n es de la h isto ria d el n ac im ie n to , H erm e s aparece hasta
el siglo V com o u n dios ad u lto y b a rb a d o ; las h erm as de p ie d ra so n ta m b ié n b a rb a ­
das. L a d esc rip c ió n de H e rm e s com o u n « jo v e n » , q u e se e n c u en tra e n la Ilíada y e n
la Odisea, n o fue adoptada p o r el arte p ic tó ric o hasta el friso del P a rte n ó n y el relieve de
O rfe o ; la o b ra m aestra m ás fam osa de este n u evo tip o es el H erm e s de P raxiteles e n
O lim p ia 29. C o n esta fo rm a , H e rm e s se co n v ie rte , ju n t o c o n E ro s y H era c le s, en el
d io s de la ju v e n tu d atlé tica , d e las p a le stra s y lo s g im n a s io s 30; a q u í el e le m e n to
fálico , co n u n m atiz h o m o e ró tic o , a ú n está m u y p resen te. L o s adolescentes ta m b ié n
ocu p an u n ám bito m arg in a l. P o r lo dem ás, lo s rasgos algo in q u ie ta n te s de este dios
de lo s « lím it e s » p asa n a u n s e g u n d o p la n o . M e r c u r io , el d io s d e l c o m e rc io y las
m e rca n c ía s, c o n u n a b o lsa re p le ta d e d in e r o e n la m a n o , e ra u n a m e ta m o rfo s is
p u ram en te ro m a n a de H erm e s.

24 Hymn.Aphr. 2 6 2 ; Hes. fr. 1 5 0 , 3 I ; Theog. 4 4 4 “ Φ4' 6 ; Hymn. Herrn. 5 6 7 s .


25 Od. 19 , 3 9 6 .
26 H ip p on ax fr. 3 a, 3 2 West“. E l hurto aparece fu ndad o ritualm ente durante una fiesta « d e la
in versió n »: Plut. Quaest. Gr. 3 0 3 D (Sam os, H erm es Gharidótes), cfr. asimismo el vuelco del o rden
social en las Hermaîa de Greta (Carystius A th . 14 , 6 3 9 b = FH GTV , pp. 3 5 8 - 3 o 9 > fr. 1 3 ) .
27 Herma tymbáchoston: Soph. Antig. 8 4 8 ; Hermános en una tumba laconia, IG V I, 3 7 I ; Hermdou chthoníou en
tumbas de Tesalia, GGR, p. 5 ° 9 >
28 H . Frankfort, Iraq I ( ΐ 9 3 4 )> Ρ· I ° > E . D . van B u re n , Archivfur Orientforschung IO ( l 9 35 “ I 9 3 6 ) , pp.
53- 65·
29 Lip p o ld , pp. 2 4 l s ·; cfr. Zänker (sujjra n . 1) ; Scherer, RMÍ. I ( 1 8 8 6 - 1 8 9 0 ) , cols. 2 3 9 0 - 2 4 3 2 ; G .
Siebert, LIMGs.v. HermesY (1 9 9 0 ), p. 2 3 r- n ° 3 9 4 (foto).
30 Ath . 5 6 ld ; H . Siska, De Mercurio ceterisque deis ad artem gymnasticam pertinentibus, tesis doct., H alle, 1 9 3 3 ;
J . D elorm e, Gymnasien, i9 6 0 .
2.9. DEMÉTER 215
2 .9 . D eméter

D e m é te r1, o D a m áter e n los dialectos d o rio y e o lio , es, com o revela su n o m b re , u n a


« m a d r e » , p e ro sigue sien d o u n m iste rio de qué tip o de m ad re se trata exactam ente.
L a in te rp re ta c ió n de D e m é te r com o « M a d r e T i e r r a » 3, d ifu n d id a en la an tigü ed ad
y re to m a d a a m e n u d o , es p o c o c o n v in ce n te tan to desde el p u n to de vista de la l i n ­
gü ística c o m o d el c o n te n id o ; a ju z g a r p o r todas sus co n e x io n e s c o n el m u n d o s u b ­
te rr á n e o , D e m é te r n o es sólo la « T i e r r a » . L a atractiva in te rp re ta c ió n d e D e m é te r
c o m o « M a d r e d e l g r a n o » n o f u n c io n a ta m p o c o e n el á m b ito lin g ü ís t ic o 3. S in
e m b a rgo , el g ran o está sin d u d a e n el c en tro de su p o d e r y su gracia. E l alim en to d e
los h o m b re s se d e n o m in a en la fó rm u la épica « g ra n o s de D e m é t e r » . E n la época de
la sie m b ra , el cam p esin o reza a « Z e u s c tó n ic o » y a D e m é te r y c eleb ra la fiesta de la
cosech a e n h o n o r a D e m é te r, ya q ue es ella la q u e lle n a el g r a n e r o 4. D e m é te r a p a ­
rece c o n u n a c o ro n a de espigas y ta m b ié n c o n espigas e n la m a n o . G u a n d o la Ilíada
d escrib e el aven tam ien to d el g ran o en la era « s a g ra d a » —« c u a n d o la ru b ia D e m é ter
separa c o n el p re su ro so soplo de lo s vien to s el g ran o y las g r a n z a s » 5 — la p ro p ia d io sa
ha asu m id o el c o lo r d el g ran o m a d u ro . E n C h ip re , la p alab ra p a ra re c o g er el g ran o
es damatrízein5. E s sen cillo d ar el paso de u tiliz a r el n o m b re de D e m é ter y el de su h ija
m e to n ím ic a m e n te p a ra d e sig n a r al g ra n o y a la h a r in a 7. S i la m ito lo g ía n a rr a q u e
P lu to , la R iq u e z a , es h ijo de D e m é te r, g e n e ra d o e n u n cam p o de g ran o arad o tres
veces8, la « r iq u e z a » es la p r o v is ió n de g r a n o , al ig u al q u e la « c á m a ra d e l te s o r o »
(thesaurós) es el g ra n e ro .
C o re , la « M u c h a c h a » , está tan estrecham en te relacio n ad a c o n su m ad re D em éter
que a m en u d o se alude a ellas sim plem en te com o las « D o s D io sa s» o incluso com o las
Deméteres9. E l p ro p io n o m b re enigm ático de C o re es P e rséfo n e o Phersephóne y en ático

1 PR I, pp. 7 4 7 - 7 9 7 ; L. Bloch, RMLs.v. Kora II ( 1 8 9 0 - 1 8 9 4 ) , cols. 1 2 8 4 - 1 3 7 9 ; CGS III, pp. 2 9 - 2 7 8 ;


K e rn , RE I V ( 1 9 0 1), cols. 2 7 1 3 - 2 7 6 4 ; GGR, pp. 4 5 6 '4 - 8 l : detalladas inform aciones sobre el m ito:
R . Förster, Der Raub und Rückkehr der Persephone, 18 74 ? D . W hite, HagnèTheà. A Study ofSicilian Demeter, tesis
doct., Princeton, 1 9 6 3 ; Zuntz, 19 7 I ; Richardson, 1974 ’} G . Sfam eni G asparro, Misteri e culti mistici di
Demetra, 1 9 8 6 ; L . Beschi, LIM C s.v. Demeter I V (1 9 8 8 ), pp. 8 4 4 - 8 9 2 ; L . E . Baum er, «B eo b ach tu n ­
gen zur ’D em eter von Eleusis’ » , A K 3 8 (1 9 9 5 ) . pp. 11- 2 5 ; V . H inz, Der Kult von Demeter und Kore auf
Sizilien und in der Magna Grecia, 19 9 8 .
2 Pap. Derveni col. 2 2 , Deltion 19 (19 6 4 ), p. 24 (donde aparece como col. 18 ) [texto y trad, española de
A . B ern ab é, Textos órficosy filosofía presocrática, 2 0 0 4 > pp* l 8 l s . ] j A . H en rich s, « D ie 'E rd m u tte r’
D e m e te r», /(PE 3 (19 6 8 ) , pp. I l ls .; PR I, p. 7 4 7 » 6; véase III 3 -3 » η · 9 ί a m enudo relacionada con
la etimología de Posidón, véase III 2 · 3 , η . 2 .
3 Etym. Magn. 264» 1 2 que rem ite a cretense deaí « c e b a d a » , palabra que, sin em bargo, se conoce
correctam ente en griego com ún com o z.éa o zeiá. W . M ann hardt, Mythologische Forschungen, 1884» p·
2 8 7 ; K erén yi (i), pp. 4 2 s .; K erényi (2 ), pp. 2 8 s . Sugestiva, pero no segura, es la lectura de una
inscripción en Lineal A sobre u n hacha votiva de la cueva de Arkalojóri (véase I 3 . 3 , n. 8) debida a
G . Pugliese Carratelli, Minos 5 ( l 95 7 )> PP· 16 6 , 17IS. : I-da-m a-te. M adre del Ida, Madre de la M o n ­
taña. N in gú n testimonio ha aparecido en la lineal B ; sobre p e - r e -8 2 - Perséfone véase I 3 .6 , n. 3 3 .
4 Hes. Erga 4 6 5 s .; 3 ° 8 s . Sobre la fiesta de la cosecha Thalysia·. T h eo cr. 7» 3 ; l 5 5 > véase II 2 , η . II. A .
B . G handor, The Attic Festivals ofDemeter and their Relation to the Agricultural Tear, tesis doct., Universidad de
Pennsylvania, 19 7 6 .
5 II.ζ , 5 0 0 s . [trad. esp. de E . Crespo].
6 Hesych. s.u. damotrí^ein Latte.
7 GGR, p. 4 6 3 ; K erényi (i), pp. 1 2 4 s·; K erényi (2 ), pp. I 3 l s ·
8 Hes. Theog. 9 6 9 s .; cfr. Od. 5» 12 5 ·
9 GGi?, p. 4 6 3 .
2 i 6 3. LOS DIOSES

Pherréphatta. E n H o m e r o se h ace r e fe re n c ia a ella sola y ta m b ié n e n r e la c ió n c o n su


m a r id o , Hades-Aídoneús, p e r s o n if ic a c ió n d e l m u n d o s u b te rr á n e o ; sus e p íte to s
h o m é ric o s so n « v e n e ra b le » (agaué) y « t e r r ib le » (epainé)l° . Sus dos aspectos, h ija a d o ­
le sc e n te d e la D io s a d el G r a n o y S e ñ o ra d e lo s M u e rto s, se u n e n e n e l m ito q u e, a
p esar de que la épica h ero ica lo pasa p o r alto, d eterm in a casi exclusivam ente la im agen
de D e m é te r. L a v e rs ió n extensa m ás a n tigu a es el « h o m é r ic o » Himno a Deméter, p e ro
H esío d o ya alud e a ella en la Teogonia com o u n a h isto ria co n o cid a tiem p o atrás, y algu ­
n os elem en tos de la tra d ic ió n p o ste rio r p a re c e n con servar aspectos m u y an tigu o s11.
E ste m ito p re se n ta a P e rsé fo n e , la h ija d e Zeu s y D e m é te r, co m o u n a v irg e n que
ju e g a e n u n g ru p o de m uchach as de su m ism a edad, ig u al que las m uchach as jó v e n e s
ju e g a n e n lo s c o ro s de A r t e m is ; D e h e c h o , A rte m is y A te n e a se u n e n a su g r u p o
c o m o co m p añ eras de ju e g o s 12 e n u n m o m e n to p o s te rio r d el h im n o . L as m uchach as
d e ja n la casa y re c o g e n flo r e s e n u n p r a d o ; este p r a d o f lo r id o se m o s tra b a e n
m u ch o s lu gares, el m ás fam o so es el p a isa je ju n t o al lago de P ergu sa cerca d e E n n a
e n S ic ilia 13; el h im n o sitú a la e scen a e n tre las h ija s d e O c é a n o e n lo s c o n fin e s d el
m u n d o . G u a n d o la « m u c h a c h a » se agach a p a r a c o g e r u n a f lo r p a r tic u la r m e n te
h e rm o sa , se abre la tie r ra y su rge el d io s d e l m u n d o su b te rrá n e o c o n cab allo s y u n
c a rro , agarra a P e rséfo n e y se la lleva co n sigo . D e n u evo , el lu gar d o n d e H ad es volvió
a e n tra r en las p ro fu n d id a d e s se m u estra e n m u ch o s sitio s; en tre ello s, es de p a r t i­
c u lar in te ré s la fu en te G ia n e , cerca de S ira cu sa, p o rq u e a llí se te stim o n ia n an tigu o s
« s a c r ific io s p o r a h o g a m ie n to » 14. D e m é te r oye el grito de P e rséfo n e cu an d o es r a p ­
tada y sale e n b u sca de su h ija , vagan d o p o r to d o el m u n d o . Sus p e re g rin a c io n e s se
d esc rib en c o n detalles ritu a le s: en ayunas, c o n el cabello suelto y c o n an to rch as lla ­
m ean tes, D e m é te r c o rre p o r tie r ra y p o r m a r, im p u lsa d a p o r el d o lo r y la ir a . L as
varian tes locales d el m ito , e n re la c ió n c o n cultos y tra d ic io n e s cultuales esp ecífico s,
riv a liz a n u n a s c o n otras e n la n a r r a c ió n d e c o n q u ié n se e n c u e n tra , c o n q u ié n se
a lo ja y q u ié n p u e d e d a rle n o tic ia s de su h ija d e sa p a re c id a . A p a r t ir d e l H im n o
« h o m é r ic o » , la v e rs ió n m ás im p o rta n te es la de la lleg ad a a E le u sis y la fu n d a c ió n
de lo s m iste rio s. M ie n tra s P e rsé fo n e está d esa p arecid a y D e m é te r, de lu to , se p r o ­
d uce u n a a lte ra c ió n de la vid a n o rm a l. L o s bueyes tira n d el arad o en van o , las se m i­
llas d e ceb ad a c a e n in ú tilm e n te e n la tie r r a , n a d a g e r m in a y n a d a c re c e. T o d a la
e stirp e h u m a n a p e r e c e r ía y ta m b ié n a lo s d io se s se les n e g a ría n sus h o n o r e s , si
D e m é te r n o fu e r a ap lacad a. E l m u n d o su b te rrá n e o d eb e a b rirse o tra vez. H e rm e s
—o H é c a te , o la p r o p ia D e m é t e r 15— tra e d e v u e lta a la m u c h a c h a . P e ro e l re g re so
(ánodos) de C o r e n o es in c o n d ic io n a l; e n el m u n d o su b te rrá n eo h a p ro b a d o la g r a ­
n a d a y, de esta fo rm a , está v in c u la d a al m u n d o de lo s m u e rto s p o r u n a e sp ecie de
sacram ento de sa n g re 16. D eb e p asar a llí u n tercio de cada añ o , p e ro después vo lverá a
sa lir, « u n a g ra n m aravilla p a ra los d ioses y lo s h o m b re s m o r t a le s » 17.

10 Sola: Od. IO , 4 9 4 ; I I , 2 1 3 ; 6315, etc. C o n H ades: II. 9, 4 7 5 ; 5 9 5 ; Od. 10 , 5 3 4 , etc.


11 Sob re el m ito de C o re : Fö rste r (véase supra, n. i ) ; R ich ardson , passim; H N , p p . 2 8 3 - 2 9 2 . H es.
Theog. 9 13 ■
12 Hymn. Dem. 4 2 4 ; G raf, pp. Ι 5 4 - Ι 5 7 ·
13 C ic . Verr. 4 , 4 ^, 1 0 7 .
14 D io d . Sic. 5 , 4 ; HN, p. 2 8 7 .
15 Hécate: C allim . fr. 4 6 6 Pfeiffer; D em éter: O rp h . Hymn. 4 1 , 5 s· [trad. esp. de M . Periago, 1 9 8 7 ,
p. 2 0 2 ] ; Richardson, pp. 8 4 ; 1 5 6 ·
16 Richardson, p. 2 7 6 ; C o ok III, pp. 8 1 3 - 8 1 8 ; K erén yi (i), pp. 127 - 135 : K erényi (2 ), pp. 1 3 4 - 1 4 1 ·
2.9. DEMÉTER S ly

D e sd e la an tigü ed ad , se ha e n te n d id o este m ito co m o u n a tra n sp a re n te a leg o ría


de la n a tu ra le z a : C o r e es el g ra n o q u e d eb e ir b a jo tie r r a p a ra q u e de la a p a re n te
m u e rte p u e d a g e rm in a r u n n u evo fru to ; su « r e g r e s o » es el re to rn o estacio n al d e l
g ra n o , « c u a n d o la tie r ra ve rd ea c o n to d a clase de fragan tes flo re s p rim a v e r a le s » 18.
S in e m b a rgo , esta n a rr a c ió n n o c o n c u e rd a c o n el p a tró n de cre c im ien to e n las t ie ­
rra s m e d ite rrá n e a s , d o n d e el g ra n o g e rm in a p o ca s sem anas d esp u és de la sie m b ra
o to ñ a l y, a p a r tir de en to n c es, crece c o n tin u a m e n te . P o r este m o tivo , G o r n f o r d y
N ils s o n p ro p u s ie ro n u n a in te rp re ta c ió n altern ativa d el m ito : el descenso de C o re al
m u n d o su b te rrá n eo re p rese n ta el alm a ce n a m ie n to de la sim ie n te en silos su b te rrá ­
n e o s d u ra n te lo s secos m eses d el ve ra n o , cu a n d o , en el clim a m e d ite rrá n e o , tod a la
ve g e ta ció n c o rre p e lig ro de agostarse. E n la ép o ca de las p rim e ra s lluvias de o to ñ o ,
u n o s cu atro m eses d espués de la cosecha, se sacan las sem illas de su d ep ó sito su b te ­
rr á n e o , C o r e regresa y el ciclo de la ve getació n co m ien za de n u e v o 19. E sta in te rp r e ­
ta c ió n se ajusta m u ch o m e jo r a los h ech os, p e ro lo s g rie g o s n o e n te n d ía n el m ito de
esta m a n e ra ; n os re m o n tam o s a u n a ép o ca p re g rie g a , q u izá n e o lítica .
E l m o tivo de la d e sa p a ric ió n y el re to rn o d e u n a d iv in id a d , c o n el cese de to d a
fo r m a d e v e g e ta c ió n y d e la se x u a lid a d y la a m en aza p a r a to d a clase d e vid a e n el
p e r ío d o in te rm e d io , se te stim o n ia en dos im p o rta n te s m ito s d el P ró x im o O rie n te :
el m ito s u m e r io - b a b ilo n io d el d escen so de In n a n a - Is h ta r y el m ito h itita de T e li-
p in u ao. E l m ito g riego p arece co m b in a r los dos: C o re d esciend e al m u n d o su b te rrá ­
n e o com o In a n n a y D e m é ter desaparece fu rio sa com o T e lip in u . L a pareja m a d re -h ija
n o tien e p arale lo s en el P ró x im o O rie n te , p e ro la id ea de la M ad re del g ran o o de la
M uch ach a d el gran o se ha e n co n trad o en tra d icio n e s p o p u lares de cam p esin os e u r o ­
p eo s y ello ha d ado lu g a r a esp ecu lacio n es acerca de u n m ito n ó rd ic o que su pu esta­
m en te tr a je ro n los griegos consigo cu an d o e m ig ra ro n a G re c ia 21; p e ro en realid ad la
aso cia ció n de m ad re e h ija apenas aparece e n la g ran re c o p ila c ió n de m ateriales re a ­
liz a d a p o r F ra z e r y M a n n h a rd t. Ç)ueda la su g e re n te a s o c ia c ió n de u n a d io sa m ás
gran d e y o tra m ás p eq u eñ a en algunas estatuillas de Ç atal H ü y ü k 22 y la c o n e x ió n ritu al
de la G r a n D io s a y el s a c r ific io de v írg e n e s. L a fo r m a c a ra c te rís tic a m e n te g rie g a ,
« h o m é r ic a » , d el m ito resu lta de la c o m b in a c ió n de dos p la n o s de a cció n . L a r e la ­
c ió n m a d re -h ija se con vierte en el eje fu n d am e n ta l del n ivel h u m a n o , co n la an gu s­
tia de la m ad re ante la p érd id a de su h ija y su aleg ría cu an d o se re e n c u en tra n ; algunas
c o n m o v e d o ra s im á g e n es m u e stra n a C o r e , tras su re g re so , sen tad a en el regazo d e
D e m éter. A l m ism o tiem p o, surge u n nivel in d e p e n d ie n te de acción divina, en el que
los m o rtales y sus p re o cu p a cio n e s d esem p eñ an sólo u n p a p e l m argin al.

17 Hymn. Dem. 4 ° 3 [trad. esp. de A . B ernabé, Himnos Homéricos. La « Batracomiomaquia>>, 1 9 7 8 , p. 7^1 ■


C fr. Bérard, Anodoi, 1 9 7 4 *
18 Hymn. Dem. 4 0 1s .
19 F. M . C o rn fo rd , en Studies W. Ridgeway, 1 9 1 3 , pp. 1 5 3 - 1 6 6 ; Nilsson, ARWqq, ( l 935 )> PP- 1 0 6 - I 1 4 =
Op. II, pp. 5 7 7 - 5 8 8 , cfr. GGR, pp. 4 7 2 - 4 7 4 : TIN, pp. 2 8 7 s .
20 Α Ν Ε Τ 5 2 ; 1 2 6 - 1 2 8 [traducciones comentadas en español: A . Bernabé, Textos literarios hetitas, ' 1 9 8 7 ,
pp. 47 ss- î J. V . G arcía Trabazo, Textos religiosos hititas, 2 0 0 2 , pp. I0 5 s s . (con textos hititas actualiza­
dos)]; HN, pp. 2 9 0 S . ; S&H, pp. 1 2 3 - 1 4 2 .
21 GGR, p . 4 7 6 , siguiendo a M annhardt, Mythologische Forschungen, 1 8 8 4 , pp. 2 0 2 - 3 5 0 y GB V II, pp.
13I-213 (madre e hija aparecen aquí sólo en u n testimonio poco claro, pp. 1 6 4 - 1 6 8 ) .
22 J . Mellaart, ÇatalHüyük, Stadt aus der Steinzeit, 19 6 7 , pp. 2 3 6 ; 2 3 8 ; lám . IX : estatuilla de una diosa que
pare en u n trono entre dos leopardos, procedente de u n depósito de cereales.
2i 8 3. LOS DIOSES

E l p ap e l de H ad es es am b ivalen te: ¿ P o r q u é se lleva a C o r e ? ¿ S e trata de n u p cias


0 de m u erte o de am bas cosas a la v e z ? L a m u erte es el aspecto que p re d o m in a . « S e r
rap tad a p o r H a d e s » y « c e le b r a r el m a trim o n io c o n H a d e s » se c o n v ie rte n e n m etá­
fo ra s c o m u n e s d e la m u e rte , so b re to d o d e m u ch ach as. E n el fo n d o , el m ito ta m ­
p o co h abla de u n c iclo : las cosas n u n c a v o lv e rá n a ser com o e ra n antes d el ra p to . E l
m ito fu n d a u n a d o b le existen cia en tre el m u n d o s u p e rio r y el m u n d o su b te rrá n eo :
se in t r o d u c e u n a d im e n s ió n d e m u e r te e n la v id a y u n a d im e n s ió n v ita l e n la
m u erte . D e m é te r es tam b ién , p o r tan to , u n a d io sa « c t ó n ic a » .
L as fiestas de D e m é te r están su m am en te exten d id as. S o n m u y im p o rta n te s y, sin
d u d a, m u y an tigu as y están estre ch a m en te re la c io n a d a s c o n la vid a de las m u je re s.
E llo es p a rtic u la rm e n te c ie rto e n las T e s m o fo r ia s 23, la fiesta de la a so c ia c ió n de las
m u je re s, e n la q u e se s a c r ific a n c erd o s, y se e ch a n a p o z o s s u b te rrá n e o s. T a m b ié n
hay fiestas d el « r e t o r n o » (Katagogé) 2* , c o n h o m b re s q u e « c o n d u c e n a C o r e » (kora-
go í). E ste r e to r n o p u e d e s e r ta n to u n a s in ie s tr a a p e rtu ra d e l m u n d o s u b te rr á n e o
com o la lleg ad a de la a b u n d a n c ia . A d e m á s, hay cultos secretos c o n in ic ia c ió n in d i­
vid u al (mystéria), el m ás fam o so de lo s cuales es, a g ra n distancia, el culto de E le u sis 25;
se e n c u e n t r a n a n tig u a s v a rie d a d e s d e tales c u lto s e sp e c ia lm e n te e n A r c a d ia y e n
M ese n ia . E n re la c ió n c o n esos cu ltos, algu n as n a rra c io n e s h a b lan de in só litas u n i o ­
nes sexu ales de la « m a d r e » , c o m o su u n ió n c o n P o s id ó n e n fo r m a de g a r a ñ ó n 26.
P ara n o so tro s, q u ed a m u ch o « s in d e c ir » (drrheton). E l secreto de lo q u e es p a r tic u ­
larm en te « sag ra d o y p u r o » (hagnón) ro d e a a esta diosa, que o frece el sustento vital y a
q u ie n p e r te n e c e n lo s m u e r to s. L o s a te n ie n se s lla m a b a n Demétreioi a lo s m u e r to s y
sem b rab an g ran o en las tu m b a s27.

2.10 . D io n is o

D io n is o 1 p u ed e d e fin irse de u n m o d o a p a re n tem e n te sim p le co m o el d io s d el vin o


y d el éxtasis p ro v o c a d o p o r la em b riagu ez. L a em b riagu ez com o cam bio en la c o n s -

23 Véase V 2 . 5 ·
24 Diod. Sic. 5» 4 » Burkert, Gnomon 46 ( l 9 7 4 )* PP· 322s. Sobre el significado de katagogé·. GF, pp.
356s.; koragoien Mantinea: I G V 2, 2 65 -2 6 6.
25 V éase VI 1 .4 .
26 Véase III 2.3, n. 3 5 i Deméter y Yasón: véase VI I.3, n. 48; Deméter y Céleo: HN, p. 315. n* 5 6 ·
27 Plut. De fac. 9 4 3 B ; D em etr. Phaler. fr. l3 5 W e h r li.
1 F. A . V o igt, E , T h raem e, RML I ( 1 8 8 4 - 1 8 8 6 ) , cois. I 0 2 9 _ I I 5 3 : R oh d e II, pp. i ~ 5 ¡ K e rn , R E V
( 1 9 0 3 ) , cols. 1 0 1 0 - I 0 4 6 ; C G S V , pp. 8 5 - 2 7 9 ; G d H ll, pp. 6 0 - 8 1 ; AF, pp. 9 3 - 1 5 1 ; GGfl, pp. 5 6 4 -
6 0 I ; P. Foucart, Le culte de Dionysos en Attique, 1 9 0 4 ; O tto (2 ), I 9 3 3 >Jeanm aire (2 ), I 9 5 1 » y la reseña
de L . G ernet REG 6 6 ( l 9 5 3 )> P P · 3 7 7 _3 9 5 = Anthropologie de la Grèce ancienne, 1 9 6 8 , pp. 6 3 - 8 9 ; E . R .
D od d s, Eurípides Bacchae, 1944 ·» 2! 9 5 3 ¡ K . K e ré n y i, Der frühe Dionysos, 1 9 6 I ; K e ré n y i (4 ). C fr . P.
M cG in ty, Interpretation and Dionysos, 197 ^ ; G . G a sp a rriy A . V en eri, LIMC s.v. Dionysos III (1 9 8 6 ) , pp.
4 1 4 - 5 1 4 ; J . A . Dabdab Trabulsi, Dionysisme. Pouvoir et société en Grècejusqu’à lafin de l’époque classique, 199O ;
G . Gasadio, Storia del culto di Dioniso in Argolide, 19 94 W ·» R υ^ηο dell’anima. Storia del culto di Dioniso a Corinto,
Sicione, Trezene, 1 9 9 9 ], y las observaciones de M . Piérart, Kernos 9 (19 9 6 ), pp. 4 2 3 " 4 ^ 9 J de G · A r r i-
goni, «Perseo contra D ioniso en L e rn a » , en F. C o n ca, RicordandoRafaele Cantarella, 1 9 9 9 » Ρ Ρ · 9 " 7 θ ;
T h . H . Carpenter y C h . A . Faraone (ed s.), Masks o f Dionysus, 1 9 9 3 (con abundante bibliografía) [cfr.
asimismo M . Daraki, Dionysos, 1 9 8 5 , trad. esp. : Dionisoy la diosa Tierra, 2 0 0 5 ; F. B erti (ed.), Dionysos.
Mito e mistero, 1 9 9 I ; J . - M . Pailler, Bacchus. Figures et pouvoirs, 1 9 9 5 · Sobre sus relaciones con la com e­
dia, cfr. I. Lada-R ich ards, Initiating Dionysus. Ritual and theatre in Aristophanes' Frogs, 19 9 9 ].
2.10. DIONISO 219

c ie n cia se in te rp re ta com o la ir r u p c ió n de algo d ivin o . P e ro la e x p e rie n c ia de D io ­


n iso va m u ch o m ás allá que la d el a lc o h o l y p u e d e ser to ta lm en te in d e p e n d ie n te d e
e lla ; la « l o c u r a » se c o n v ie rte e n u n f i n e n sí m is m a 8. M anía, la p a la b r a g rie g a ,
d en o ta « f r e n e s í» , n o en el sen tid o de « d e l i r i o s » , sin o , com o su giere su re la c ió n
e tim o ló g ic a c o n menos, co m o u n a e x p e rie n c ia de in te n s ific a c ió n d el « p o d e r m e n ­
t a l» . S in em b argo , el éxtasis d io n isia c o n o lo alcanza u n in d iv id u o p o r sí m ism o ; es
u n fe n ó m e n o de g ru p o , que se p ro p a g a casi de fo rm a con tagio sa. E llo e n té rm in o s
m ito ló g ico s sig n ifica que el dios está siem p re ro d ea d o de su g ru p o de d esen fren ad o s
devotos y devotas. Q u ie n se rin d e a este d io s d eb e arriesgarse a p e r d e r su id e n tid a d
h a b itu a l y « v o lv e rse lo c o » , lo que es al m ism o tiem p o d ivin o y salu d ab le. U n s ím ­
b o lo e x te rn o y u n in s tru m e n to d e la t r a n s fo r m a c ió n p ro v o c a d a p o r e l d io s es la
m áscara. L a fu sió n de dios y devoto en esta m etam o rfo sis n o tien e paralelos e n la r e li­
g ió n g riega: tanto al d io s com o al fie l se les lla m a « B a c o » 3.
Esta c o n fu sió n de c o n to rn o s de u n a p e rso n a lid a d b ie n fo rm a d a hace q u e el culto
de D io n is o con traste c o n lo que se c o n sid e ra co m o típ icam en te g rie g o . C ó m o estos
dos aspectos, lo « a p o lín e o » y lo « d io n is ia c o » , fo rm a n , a p esar de ello , u n todo e n
cu an to p o la rid a d es u n a cu e stió n de la p sic o lo g ía c u ltu ra l p la n te ad a de fo rm a b r i ­
lla n te y e xcén trica p o r F r ie d ric h N ie tz sch e 4. L a in v estigació n h istó ric a in te n tó p r i ­
m e ro r e d u c ir la o p o s ic ió n a u n a s u c e s ió n h is tó r ic a : q u e D io n is o e ra u n d io s
« jo v e n » e m ig ra d o de T ra c ia a G re c ia se c o n s id e ró d u ra n te m u c h o tie m p o c o m o
algo fir m e m e n te e sta b le c id o ; fu e E d w in R o h d e q u ie n exp u so esta tesis d e fo r m a
fid e d ig n a 3. S u a rg u m e n ta c ió n se basaba e n algunas afirm ac io n e s de H e ró d o to , en la
escasez de te stim o n io s e n H o m e r o y e n lo s m ito s de re siste n cia a D io n is o . A lg u n a s
voces se a lzaro n en co n tra : W alter F. O tto re c o n o c ió q u e D io n is o es en su esencia el
d io s de la e p ifa n ía (der kommende Gott « e l d io s q u e v ie n e » ) y que esta llegada n o tien e
que ve r c o n los avatares de su o r ig e n h is tó ric o 6. A p a r t i r d e en to n ces, dos d e sc u b ri­
m ie n to s h a n d ado lu g a r a u n a p ersp ectiva d ife re n te : D io n is o se te stim o n ia en a lg u ­
nas tablillas en lin e a l B de P ilo y en p a rtic u la r e n las de J a n iá - C id o n ia , e n re la c ió n
c o n el « s a n tu a rio de Z e u s » 6“; el sa n tu a rio de A y ia I r in i e n G e o s, d o n d e hay te sti­
m o n io s c la ro s de u n a c o n tin u id a d c u ltu a l d esd e el sig lo XV h asta ép o ca g rie g a , se
p resen ta co m o sa n tu ario de D io n is o en su in s c rip c ió n votiva m ás an tigua; la cabeza
de u n a fig u r a d e b a ila r in a m in o ic a se c o lo c ó so b re el p a v im e n to d el e d ific io y se
in te rp r e ta c la ra m e n te c o m o D io n is o e m e rg ie n d o de las p r o fu n d id a d e s 7. A ello se

2 A p a r t ir de K . O . M üller, Kleine Schrifien II, 184-8, pp. 2 8 s . se tendió a considerar el vino como ele­
m ento secundario en el culto de D ioniso, cfr. GGR, p. 5 ^ 5 ; en contra: O tto (2 ), p. 1 3 2 y Sim on,
p. 2 8 9 . E l testim onio más antiguo y sugestivo sobre la relación de D io n iso , ditiram bo y vino :
A rq u ílo co fr. I 2 0 W e s t a ; K erényi (4 ), pp. 4 ° - 57 rem ite a bebidas estupefacientes abase de miel.
3 N o m b re del iniciado: OF 5 7 6 t E u r. Bacch. 4 9 1 » para la lam inilla de oro de H ip o n io , cfr. VI 2 - 2 ;
n o m bre del dios: S o p h . O.T. 2 Π , E u r. Hipp· 56 O ; Diónysos sólo se llam a el dios; bakcheía indica
«estar lo c o » , véase VI 2 . 1 ; Jeanm aire (2 ), p . 5 &> M . L . West, ZPE l 8 ( l 9 7 5 )t P* 2 3 4 ; S. G . Cole,
GRBS 2 1 (1 9 8 0 ) , p p . 2 2 6 - 2 3 1 .
4 Véase V I, n . 7 8 .
5 Rohde II, pp. I —5 5 > siguiendo a K . O . M üller, Orchomenos und die Mjnier, 2l 8 4 4 > pp. 3 7 2 _ 3 77 * cfr·
ya C h . A . Lobeck, Aglaophamus I, 1 8 2 9 , pp. 2 8 9 - 2 9 8 ; H dt. 5 » 7 ; 7 > 11 1 » H arrison (l), pp. 3 6 4 - 3 7 4 ;
R E N ( 1 9 0 5 ) , cols. 1 0 1 2 s .; GGR, pp. 5 6 4 - 5 6 8 ; origen frig io -lid io : G d H ll, p. 6 l.
6 O tto (2 ), ρρ· 7 ς~ 8 ο . C fr. I, Μ . Lewis, Ecstatic Religion, 1971» p* Ι Ο Ι .
6a Sobre la nueva lectura de la m ención pilia, cfr. 1 3 * 6 , n. 2 4 a ·
7 M . E . Caskey, «A yia Irini, K ea: T h e Terracotta Statues and the C u lt in the T em p le», en R. H äg g y
220 3. LOS DIOSES

añade la c o n stata ció n m ás an tigu a de q u e la fiesta de las A n teste rias, a las q u e T u c í-


d id es llam a las « D io n is ia s m ás a n tig u a s » , so n co m u n es a lo s jo n io s y a lo s a te n ie n ­
ses y, p o r ta n to , d e b e n d e ser a n te rio r e s a la m ig r a c ió n j o n i a 8; e llo ta m b ié n c o n ­
c u e rd a c o n el h e c h o de q u e lin g ü ís tic a m e n te el m ic é n ic o está e m p a re n ta d o c o n el
jó n ic o - á t ic o . P o r ta n to , d eb e c o n s id e ra rs e se ria m e n te la p o s ib ilid a d de u n o r ig e n
m in o ic o -m ic é n ic o d el n o m b re D io n is o y de lo s aspectos cen trales de este cu lto . L a
id e n tific a c ió n de d io s e h im n o extático e n el « D it ir a m b o » p u ed e co n tarse ta m b ié n
en tre estos elem en to s an tigu o s.
U n a vez m ás, el n o m b re es u n en igm a. E l p rim e r elem en to de D io n is o —tam b ién
Deúnysos, /(pnnysos— co n tie n e co n certeza el n o m b re « Z e u s » y así es com o se in te rp r e ­
taba e n la an tigü ed ad : Dios Dionysos, D io n is o h ijo de Z e u s9. E l segu nd o e lem en to , sin
em b argo , sigue sien d o in escru tab le, au n q u e se ha p ostu lad o repetid as veces el s ig n i­
ficad o de « h i j o » 10. E s m u y p ro b a b le la p re se n c ia de elem en to s n o griego s: S ém ele,
la m ad re de D io n is o , B aco , el n o m b re d el devoto y u n n o m b re altern ativo d el d io s,
thyrsos, el sagrado bastó n de m an d o y thríambos y dithyrambos, el h im n o cultual, s o n todas
claram en te p alabras n o griegas. L a tra d ic ió n griega re la c io n a de fo rm a m u y estrecha
a D io n iso co n F rig ia y L id ia , los rein o s de A sia M e n o r de los siglos V I I I - V I I y V I I - V I , y
tam b ién co n C ib ele , la M ad re de los D io ses frig ia . N o obstante, hay tan pocas p o s ib i­
lidades de c o n firm a r que Sém ele sea u n a p alab ra tra c o -frig ia p ara « t i e r r a » 11 com o de
p r o b a r la p r io r id a d d el lid io baki- so b re Bdcchos co m o n o m b re de D io n is o I?. Thyrsos
p u ed e asociarse c o n u n dios tirsu, « b e b id a e stu p e fa c ie n te » , testim o n iad o e n U ga rit,
o ta m b ié n c o n el h itita tard ío tuwarsa, « v i d » 13; fre cu e n tem e n te se ha h ech o r e fe re n ­
cia al D io s de la V e g e ta c ió n d el re lie ve de p ie d r a h itita ta rd ío de Iv riz, q u e so stien e
espigas de g ran o y racim o s de uvas. Bácchos p o d ría ser ta m b ié n u n p réstam o sem ítico
co n el sign ificad o de « l l o r a r » 14: las m u je re s griegas q ue b u scan a D io n iso se c o rre s­
p o n d e ría n en to n ces c o n las m u jeres de Isra e l que « llo r a n a T a m m u z » . Es m u y p o s i­
b le que sobre las relacion es cilic io -siria s m ás antiguas se hayan superpuesto p o s te rio r­
m en te e lem en to s frig io s y d espués lid io s. A d em á s, a p a r tir de 6 6 o , se debe te n e r en
cuenta la crecien te in flu e n c ia de la re lig ió n egip cia de O s iris 13, que quizá se p o d ía ya
p e rc ib ir e n las p ro ce sio n es navales d el siglo V I .

N . M arinatos, Sanctuaries and Cult in the Aegean Bronze Age, 19 8 1, pp. 1 2 7 - 1 3 3 . Véase I 3 .6 , nn. 2 4 2 5 ; I
3 . 3 . n. 7I; I 4 * n - 1 9 ■ Destacan, entre las ofrendas votivas del s. XV, una nave de bronce (Hesperia 33
[1 9 6 4 ], pp. 3 2 7 s·. lám. 5 6 ; cfr. 3 1 [1 9 6 2 ], lám. 9 9 ) y un delfín (Hesperia 3 1 [1 9 6 2 ], lám. lo i) .
8 D eubner AF, pp. I 2 2 s . ; véase V 2 -4 ·
9 A ristop h . Ran. 2 1 6 ; E u r. Bacch. 8 5 9 s·» ε^Γ· 4 ^ 6 .
10 -nysos « h ijo » , P. Kretschm er, Semele und Dionysos, 1 8 9 0 , cfr. GGR, pp. 5 6 7 s .; Frisk I, p. 3 9 6 ; C h a n -
traine, p. 2 8 5 ; metátesis de *Diwossynys, O . Szemerényi, Gnomon 4 3 (19 7O , p. 6 6 5 .
11 K retschm er (véase n. io ), en relación con ruso zemlia « tie r r a » ; en contra Astour, p. 16 9 .
12 Lid io bakivali = Dionysikles, E . Littm an, SardisV l I , Γ9 16 , pp. 3 8 s . = Friedrich n° 2 0 (p. I 16 ) , cfr. n "
2 2 , 9 (pp. 1 1 6 s.); R . Gusm ani, Indisches Wörterbuch, 1 9 6 4 , s.v. bakilli-, bakiwali.
13 Gese, p. I I I ; A sto ur, p. 18 7 . E . Laroche, BSL 5 1 ( l 9 5 5 )> X X X I V . E l relieve de Ivriz: A k u rg a l-H ir-
m er, p. 1 0 3 , lám . 1 4 0 , lám . XXTV.
14 tlesych. s.v. bdkchon: klauthmón. Phoinikes Latte; A sto u r, pp. 1 7 4 s. ; A T Ez 8, 14 . M . Sm ith, « O n the
W in e G o d in P alestin e», en S. W. Barron Jubilee Volume, Jerusalem , 1 9 7 5 ' PP· 8 1 5 - 8 2 9 - rem ite a la
oreibasía de las m uchachas en A T Jue I I , 4 ° J a las danzas en los viñedos, ibid. 21 , 21 ; cfr. K erén yi
(4 ), pp. 2 0 6 s . U n a etimología totalmente distinta de bákchos en E . J . Furnée, Die wichtisten konsonan­
tischen Erscheinungen des Vorgriechischen, 1 9 7 2 , p. 2 0 9 .
15 L a religion de O siris se d ifunde en este período tam bién p o r Fenicia: S. R ibich ini, Saggi Fenici I,
1 9 7 5 , pp. 1 3 s .; Α Τ Ε ζ 8 , 7 - 12 .
2.10. DIONISO 221

E n tre las fiestas griegas e n h o n o r a D io n is o se p u e d e n d istin g u ir al m en o s c u a ­


tro tip o s: las A n te ste ria s e n el ám b ito jó n io - á t ic o , q u e están d irectam en te v in c u la ­
das al co n su m o de v in o , ju n to c o n las L e n ea s, q u e las p re ce d e n ; las A g rio n ia s, e n el
área d ó ric a y eolia, que es u n a fiesta de la d isgregació n y la in v e rsió n , c o n u n a in s u ­
r r e c c ió n de m u je re s, « lo c u r a » y fan ta sía s c a n ib a le sc a s; las « D io n is ia s » a g ra ria s,
c o n sa c rific io s de cabras y u n a p ro c e s ió n fá lic a ; y fin a lm e n te la lleg ad a de D io n is o
desde el m a r, las Katagógia, las « G r a n d e s D io n is ia s » , q u e se in tro d u je ro n en A ten as
e n el siglo V i ’ 6. E l p e r ío d o de lib e rta d caracterizad o p o r la em b riagu ez es c o m ú n a
tod as: a veces lo q ue se acen tú a es el in ic io d el p e r ío d o , otras veces el fin a l; a veces
p re d o m in a el s a c rific io de m ach os ca b río s, otras, el de to ro s. A d e m á s de las fiestas
estatales, h ay sie m p re c e le b ra c io n e s (orgia) p ro ta g o n iz a d a s p o r p e q u e ñ o s g r u p o s,
colegio s y a sociacio n es cultuales; a m en u d o se subraya q u e éstas e ra n « t r ie t é r ic a s » ,
esto es, q ue se c ele b rab a n en añ os a lte rn o s 17; p ro n to se d e s a rro lla ro n cu ltos se c re ­
tos, « m is t e r io s » .
L a m ito lo g ía e xp lica estos h ech o s re a les; e n la ép ica h e ro ic a , sin em b argo , a p e ­
nas se m e n c io n a a D io n is o y sólo q u ed a u n fra g m e n to d e l Himno a Dioniso que en su
d ía estaba al p r in c ip io de la r e c o p ila c ió n « h o m é r i c a » 17“. D io n is o tu vo m u c h a
im p o rta n c ia p a ra la lír ic a c o ra l ta rd o a rc a ic a , d e n tro d e la cu al el dithyrambos era u n
g é n e ro destacado, y p ara la tragedia clásica. T a n to el dithyrambos co m o la tragedia f o r ­
m an p arte de la fiesta e n h o n o r a D io n is o 18. E l retrato m ás su b lim e e in flu y e n te d e l
m u n d o d io n isia c o n o se e n cu en tra hasta fin a les d el siglo V , co n las Bacantes de E u r í ­
p id es, rep resen tad as e n to rn o a 4 ° 5 ·
D io n is o , com o d io s d el v in o , es « d e le ite p a ra lo s m o rta le s » , com o ya se dice e n
la Ilíada, d isp e n sa d o r « d e m u ch a a le g r ía » , polygethés19; calm a tod as las p re o c u p a c io ­
nes y trae su e ñ o y o lv id o p ara los m ales c o tid ia n o s 20; « e l alm a se e n gran d ece, v e n ­
cid a p o r la flech a de la v i ñ a » ai. S in em b argo, los m itos que tratan sobre el d e sc u b ri­
m ien to d el vin o su e n an bastante lú gu b res y sin iestro s: Ic a rio , u n cam p esin o de A tic a
al q ue D io n is o reveló p o r p rim e ra vez el arte de cultivar viñas y p re n sa r el vin o , fu e
asesin ad o p o r lo s dem ás cam p esin o s, q u e c re y e ro n q u e les h ab ía e n ve n en ad o ; d e s ­
pu és de u n a la rg a b ú sq u ed a , su h ija E ríg o n e e n c o n tró el cu e rp o de su p ad re en u n
p ozo y se a h o rc ó . L a m u erte de u n p ad re y el sa crific io de u n a m u chach a e n so m b re ­
cen el c o n su m o de v in o ; esta n a rr a c ió n p e rte n e c e a las fiestas A n te s te ria s 22. Q u iz á

16 Antesterias: véase V 2 · 4 ι A grio nias: HN, pp. 1 8 9 - 1 9 9 ; D ionisias: AF, pp. 1 3 4 - 1 4 2 ; carro naval:
véase n. 3 8 ; sacrificio del macho cabrío: GRBS 7 ( 19 6 6 ), pp. 9 7 [O2 ; representación de la p ro ce­
sión fálica: Pickard-C am bridge (i), lám. 4 = GGR, lám . 3 5 ' 2 . - 3 ·
17 Fiestas «trie té rica s»: H orn. Hymn. I, II; D iod. Sic. 4 > 3 > CGR, p . 5 7 3 ¡ K erényi (4), pp. 1 5 8 - 1 6 8 .
17 a [Nuevos fragm entos con reconstrucción del him no en M . L . West, « T h e Fragm entary H om eric
H ym n to D io n ysos», /(PE 1 3 4 ( 2 0 0 l ) , pp. I —II.]
18 La cuestión del origen del ditirambo, de la tragedia y del drama satírico en la historia de la litera­
tura no puede discutirse aquí: cfr. Ziegler, R E V I A ( l 9 3 7 )> c°ls · 18 9 9 [9 3 5 ' Pickard-C am bridge
(i) y (2 ); Lesky, pp. 2 6 0 - 2 J 0 γ Die tragische Dichtungder Hellenen, 3I 9 7 2 , pp. I 7 “4 8 [trad, española: La
tragedia griega, 2 0 0 r ] ; Burkert, GRBS 7 (1 9 6 6 ), pp- 8 7 ¡ 2 1 ; R . K ru m e ich et al. (eds.), Das griechische
Satyrspiel, 1999 [F. R . Adrados, Fiesta, comediaj tragedia, 1 9 8 3 ] ·
19 II. 14 , 3 2 5 ; Hes. Erga 6 14 .
20 E u r. Bacch. 2 8 0 - 2 8 2 .
21 Pind. Fr. J.2 4 b , II M aehler.
22 Eratosth, Catast. p. 7 7 ~ 8 l Robert; R . Merkelbach, « D ie Erigo ne des Eratosthenes», e n Miscellanea
diStudiAlessandriniinmemoriadiARostagni, 19 6 3 , pp. 4 6 9 - 5 2 6 ; K erén yi (4), pp. I 3 2 - 1 3 8 ·
2 2 2 3. LOS DIOSES

en secreto se h ab ló m ás d ire cta m en te de la m u erte d el p ro p io d io s; la a so cia ció n de


v in o y sangre y la d e fin ic ió n d el v in o co m o « s a n g re de la v id » es an tigu a y está m u y
d ifu n d id a 33.
C o n las A n te s te ria s está ta m b ié n r e la c io n a d o e l m ito de A r ia d n a y D io n is o .
Teseo rap tó a A ria d n a de G reta, p e ro ella n o sigu ió sie n d o su m u je r; segú n u n a v e r ­
sió n , d espués de d o r m ir en el sa n tu a rio de D io n is o , A rte m is la m ató ; seg ú n la v e r ­
sió n d o m in a n te , T eseo la a b a n d o n ó e n N a x o s, b ie n p o r p ro p ia v o lu n ta d o b ie n p o r
o rd e n d el d io s, d espués de lo cu al a p a re ció D io n is o y to m ó co m o esposa a la m u je r
que se h ab ía q u ed ad o s o la 84. A s í, D io n is o y A r ia d n a a p a re ce n a m e n u d o r e p re s e n ­
tados com o p a re ja de am antes. E n el rito ático de las A n teste rias, la m u je r d el rey, la
Basílinna, es e n tregad a co m o esposa a D io n is o , al ig u a l q u e T eseo e n tregó a A ria d n a
al d io s. E ste « m a t r im o n io s a g ra d o » , s in e m b a rg o , está ro d e a d o de rito s lú g u b re s,
e n tre u n « d ía de c o n t a m in a c ió n » y s a c r ific io s p a r a el « H e r m e s C t ó n i c o » . E n
N axos h ay dos fiestas en h o n o r de A r ia d n a , u n a de alegre d e se n fre n o y o tra de lu to
y la m e n to . E l m a trim o n io c o n D io n is o está b a jo la s o m b ra de la m u e rte y el c o n ­
su m o de v in o a d q u ie re u n a d im e n s ió n m ás p r o fu n d a , al ig u a l q u e e l d is fr u te d el
d o n de D e m é ter.
E n los m itos que ro d e a n las fiestas A g rio n ia s, el p o d e r de D io n iso aparece de u n a
fo rm a m ás salvaje y p elig ro sa . E s típ ica p o r e je m p lo la h isto ria de las h ija s de M in ias
en O rc ó m e n o :

Só lo las hijas de M in ias, L eu cip e, A rsip e y A lcíto e , evitaban las danzas d io n isía -
cas [ ...] p ero D io n iso se encolerizó. Ellas estaban dedicadas a sus telares, y traba­
ja b a n co n g ra n d ilig e n c ia p ara A te n e a Ergáne. D e re p e n te , h ie d ras y vides se
e n ro sc a ro n en lo s telares; en los cestillo s de lan a a n id a ro n sierpes y del techo
destilaban gotas de vin o y de leche.
D e c id ie ro n echar a suertes en u n vaso y le tocó a L e u cip e , que p ro m e tió e n tre ­
g a r u n a víctim a al d ios y, co n sus h e rm a n a s, d e sm em b ró a su p ro p io h ijo ,
H íp aso. Lu ego se fu e ro n al m onte convertidas en m én ad es25.

Las m u jeres, destinadas a trab ajar en el e n c ie rro del gineceo h u yen « d e telares y la n ­
zaderas, acicateadas p o r D i o n i s o » 86. E l p a p e l de m ad re se c o n v ie rte en su te rrib le
opuesto. S o n frecuen tes las rep resen tacio n es de sacrificio s p o r d esm em b ram ien to de
anim ales o de m énades co n u n cervato d esm em b rad o . E n T é n e d o s, se llam aba a D io ­
n iso « d e s tru c to r d e h o m b re s » (Anthroporrhaístes) y, e n L esb o s, es « e l que com e carn e
c ru d a » (Oméstas) 27; el m ito n o e lu d e n i s iq u ie ra el ca n ib a lism o . L a p e rv e rs ió n , p o r
supuesto, n o p u ed e p revalecer; las m én ad es so n expulsadas. E l m ito de las M in íad es
term in a co n su m etam o rfo sis, p rovocad a p o r H erm es, e n b ú h o , lechuza y m u rc ié la g o .
L a p e rse c u c ió n de las m én ad es, las « n o d r iz a s d el d elira n te D io n is o » se d escrib e
ya en la Il(ada2&. E l v io le n to L ic u rg o ( « e l q u e ah u yenta a lo s lo b o s » ) ,

23 HN, p . 2 4 8 , n . 3 8 .
24 Od. I I , 321 - 3 2 5 - H es. fr. 2 9 8 , Plu. Thes. 2 0 ; PM II, pp. 6 8 0 - 6 9 8 . Sobre la hasflinna: E . S im o n , AK
6 ( 1 9 6 3 ), pp. H s .; véase II 5 . η · 9 9 * ν 2 · 4 > η · Ι&·
25 A el. Var. Hist. 3 » 4 2 y A n to n . L iber. IO , 3 * siguiendo a G orina y a N ican d ro : H N , pp. I 9 5 _ I 9 7 *
2,6 E u r. Bacch. Ii8 s.
27 A el. N a t an. 1 2 , 3 4 » Alcaeus fr. 1 2 9 Voigt.
28 il. 6, 1 3 0 - 1 4 0 ; G . A . Privitera, Dioniso in Omero e nellapoesía greca arcaica,19 7O ; H N, pp. I 9 7 - I 9 9 > las
2.10. DIONISO 223
las acosó p o r la llan u ra sagrada de N isa; y ellas, todas a la vez, d e jaro n caer a tie ­
rra sus tirsos, golpeadas p o r el h om icid a L icu rg o , con un a aguijada para bueyes;
D io n is o , d e sp avo rid o , se su m erg ió en el ole aje del m a r y T etis lo acogió en su
regazo.

P lu ta rc o 29 te stim o n ia m u ch o m ás tarde que la p e rse c u c ió n de las m u jeres d estru cto ­


ras y la b ú sq u ed a d el d esap arecid o D io n is o fo rm a b a n p arte de la fiesta de las A g r io -
n ias en B e o c ia . D io n is o ir ru m p e y es exp u lsad o de n u evo p o r u n h o m b re a rm a d o .
L a lo c u ra fre n é tic a p u ed e ap arecer co m o castigo : las m u je re s de A rg o s y de T ir in t e
fu e r o n castigadas de esta fo rm a y curadas p o r M e la m p o 30. L a lo c u ra d el p ro p io d io s
fre n é tic o p u ed e re m o n tarse a la ir a de H e ra . H e r a rep rese n ta el o rd e n n o rm a l d e la
p o lis y la in v e r s ió n de este o r d e n es su i r a 31. Y es p re c isa m e n te e n esta in v e r s ió n
cu an d o D io n is o m an ifiesta su verd a d era n atu raleza.
E l m ism o e sq u e m a m ít ic o - r it u a l sig u e la h is to r ia m ás fa m o sa de re s is te n c ia a
D io n is o , la d el d estin o d el re y P e n te o , co m o se p re se n ta en las Bacantes de E u r í p i ­
d e s 32. P e n te o in te n ta s u p r im ir p o r la fu e r z a el c u lto a D io n is o , p e r o n o p u e d e
im p e d ir q u e las m u je re s de T eb as a c u d a n e n tr o p e l a las m o n ta ñ a s, e n tre ellas su
p ro p ia m ad re A gave y sus dos h erm a n a s. E l rey hace d ete n er a D io n is o , p e ro el d io s
se lib e ra fácilm e n te de sus cadenas e in d u c e a Penteo a que vaya fu rtivam en te al b o s ­
q ue p a ra e sp ia r las c e le b ra c io n e s de las m é n a d e s. E s p a rtic u la rm e n te sin ie stro v e r
có m o P e n te o , ya p e r d id o , se viste c o n el a tu e n d o de D io n is o , c o n el vestid o la rg o
« d e m u je r » , la m ism a im agen d el p ro p io D io n is o « a fe m in a d o » . A s í a d o rn a d o es
llevad o c o m o víctim a a las m én ad es: c o n las m an o s d esn u d as lo d espedazan m ie m ­
b r o a m ie m b r o y su p r o p ia m a d re le a rra n c a el b ra z o y el h o m b r o . P e ro d esp u és,
ta m b ié n ella d eb e a b a n d o n a r T ebas.
E l m ito d e l n a c im ie n to , q ue se lo c a liz a e n T ebas, p e rte n e c e ta m b ié n al m ism o
á m b ito 33. A q u í de nuevo la n o rm a lid a d se to rn a en su o p u esto : Zeus am a a S ém ele ,
h ija de G a d m o , y la fu lm in a c o n su rayo ; el n iñ o se salva y co m p le ta su p e r ío d o de
g e sta ció n d e n tro d el m u slo de Z e u s, u n « v ie n t r e m a te rn o m a s c u lin o » , y nace p o r
segund a vez d el m u slo . H erm e s lleva al n iñ o d ivin o a las n in fa s o m én ad es a u n m is ­
te rio s o y re m o to lu g a r lla m a d o N isa , d o n d e D io n is o crece, p a ra v o lv e r más ta rd e
p le n o de p o d eres d ivin os.
E l n a c im ie n to d el m u slo es u n equivalente n o m en o s en igm ático d el n a c im ie n to
de A te n e a de la cabeza de Z e u s 34. M ie n tra s q u e la v ir g e n a rm a d a n ace de la p a rte
« s u p e r i o r » , D io n is o n ace de u n a p a rte d e l c u e rp o c o n a s o c ia c io n e s e ró tic a s o
in c lu so h o m o e ró tica s. E n am b os casos se p re su p o n e u n d etrim e n to d el p a d re -d io s .

m énades furiosas se m en cio n an tam b ién en Hymn. Dem. 3 8 6 .


29 Plut. Quaest. Gr. 2 9 9 E F ; Quaest. conv. 717Ά.; PP· 196s·
30 HN, p p . 18 9 -1 9 4 .
31 Plat. Leg. 6 7 2 b : véase III 2 -2 : V I, n n . 7 3 ~7 7 ·
32 Sobre lo cual cfr. D odds (véase supra, n . l ) ; R . P. W in n in g to n -In g ra m , Euripides and Dionysus, 1 9 4 ^:
J . Roux, Euripide, Les Bacchantes, 1 9 70; H . P b ilip p art, « Ic o n o g ra p h ie des 'B acchantes’ d ’E u rip id e » ,
Revue Belge de Philologie 9 (1 9 3 0 ), pp. 5 7 2 ; ^ - G reifenhagen, « D e r Tod des P e n th eu s», Berliner Museen
N. F. 16 (196 6), n° 2 , 2 - 6 ; J . B azan ty G. B erger-D o er, LIM C s.v. Pentheus V II (1994)- PP- 3° ^ _3 I7 ·
33 Eur. Bacch. 8 8 - 1 0 0 , 5 1 9 -5 3 6 ; A esch. Sem eleii. 221-224 Kadi y Xaráruú fr. 16 8 , l6 8 a b Radt; re p re ­
sentaciones iconográficas del nacim iento : C o o k III, pp. 7 8 - 8 9 .
34 Véase III 2 .4 . n . 3 7 ·
2 2 4 3. LOS DIOSES

L a h e r id a d el m u slo se asocia c o n la c a stra c ió n y la m u e rte , o b viam en te en el c o n ­


texto de las in ic ia c io n e s 35. E x p lic a r el n a c im ie n to d el m u slo sim p le m e n te co m o u n
m a le n te n d id o lin g ü ís t ic o 36 im p lic a p re c isa m e n te n o r e c o n o c e r có m o la p a r a d o ja
h ace su e fe cto . E l n a c im ie n to de D io n is o , c ele b rad o en el d itira m b o 37, su p rim e r a
e p ifa n ía , c o in c id e c o n u n « in d e c ib le s a c r ific io » q u e c o rre sp o n d e al s a c r ific io de
to ro s e n la re a lid a d c u ltu al. D e sp u é s, D io n is o d esap arece en tie rra s re m o tas, p e ro
volverá u n a y o tra vez p ara e x ig ir v e n e ra c ió n .
L a llegada de D io n is o se celeb rab a, a p a r tir d el siglo VI, c o n u n a p ro c e s ió n naval
en la q ue la nave e ra llevada a cuestas p o r h o m b re s o ib a so b re ru e d a s 3®. L a d e s c rip ­
ció n d el rito que ten em o s data de ép o ca im p e ria l, p e ro su p re h isto ria se n a rra ya e n
el sép tim o de lo s Himnos « h o m é r ic o s » : D io n is o aparece e n la p laya b a jo la fo rm a de
u n jo v e n , lle g a n u n o s p ira ta s t ir r e n o s e in t e n ta n lle v á rse lo e n su b a rc o . P e ro sus
cadenas se sueltan , cre cen viñ as y se e n re d a n a lre d e d o r d el m ástil y las velas y la h ie ­
d ra se e n ro sc a e n to rn o al m ástil. L o s p ira ta s se a rro ja n al m ar y se tra n s fo rm a n en
d elfin e s. S ó lo q u ed a a b o rd o el tim o n e l, q u e se h ab ía op u esto a lo s dem ás, y el dios
lo p o n e a su servicio , de m o d o q u e, e n la fiesta, el sacerd o te de D io n is o d esem p eñ a
el p ap e l de tim o n e l de la n a v e 39. L a cop a de E x eq u ia s d e M ú n ic h 40, c o n in o lvid a b le
a rm o n ía , m u estra la nave n avegan d o, c u b ie rta de vides y ro d ea d a de d e lfin e s. O tras
p in tu ra s re tra ta n de fo rm a m a n ifie sta el b a rc o p rim itiv o so b re ru ed as y ta m b ié n la
seren id ad que in vade a sus acom p añ an tes.
E l d io s d el v in o se hizo sum am en te p o p u la r e n la p in tu ra de la cerám ica ática del
siglo VI, com o d e c o ra c ió n de re c ip ie n te s p a ra v in o ; es a q u í d o n d e la ic o n o g ra fía d el
thíasos d io n isia co alcanzó su fo rm a clásica y re fle ja b a ta m b ié n el d esa rro llo de las fie s ­
tas de D io n is o , so b re to d o m ás tarde c o n el d ram a sa tíric o . L a p re se n c ia de D io n is o
se a n u n c ia c o n viñ as y z a rc illo s de h ie d r a y c o n el tirs o , u n b a stó n fle x ib le (nárthex)
c o n u n m a n o jo de h o ja s d e h ie d r a , fija d a s a la p a rte s u p e rio r, q u e p u e d e n e n te n ­
d erse ta m b ié n co m o p iñ a s 41. E l séq u ito está co m p u esto de m énad es fem en in a s y de
sátiros e n fáticam en te m ascu lin o s. L as m én ad es, q u e van siem p re vestidas, a m en u d o
c o n u n a p ie l de cervato (nebrís) so b re lo s h o m b ro s , b a ila n e n tra n c e , c o n la cabeza
in c lin a d a h acia abajo o echada h acia atrás. E l aspecto de lo s sá tiro s42, co n su m ezcla
de rasgo s h u m a n o s y a n im a le s , d eb e e n te n d e r s e c o m o u n a fo r m a de e n m a s c a ra ­

35 B urkert, Phronesis 14 ( 1 9 6 9 ), pp. 2 3 ~2 5 ; cfr. asim ism o V . K . L am brinoudakis, Merotmphés. Melétepeñ


tésgonimopoioú tróseos è desmeúseos toúpodós en té archaia helleniké nythología, 19 7 1.
36 G om o rito de adopción: J . J . Bachofen, Das Mutterrecht, 18 9 7 , p. 2 5 9 (= Gesammelte Werke, III, B asi-
lea, 1 9 4 8 , Ρ· 637 = trad. ital. Il matriarcato, II, T u rin , 19 8 8 , pp. 65O SS.); G G SV , p. IIO; C o o k III,
p. 8 9 ; Astour, p. 19 5 , remite a una expresión hebrea «salido de m i m uslo » para « m i h ijo » .
37 D itiram bo y nacim iento de D ioniso: Plat. Leg. JOO b, E u r. Bacch. 5 ^ 6 .
38 Llevada a cuestas: vaso clazomenio de Egipto, JH S 78 ( 1 9 5 8 ) , pp. 2 - 1 2 ; sobre ruedas: tres escifos
áticos, AF, lám. II, I = Pickard-C am bridge (2 ), fig. II = GGií, lám. 3 6 , I - K erényi (4 ), fig. 5 6 ; AF,
lám. 14 , 2 = P ick ard-Cam bridge (2), fig. 1 3 - K erényi (4 ), fig. 5 9 ; Pickard-Cam bridge (2 ), fig. 12
= Kerényi (4 ), fíg. 5 7 ; cfr. Sim on, p. 2 8 4 , Kerényi (4), figs. 4 9 ~ 5 2 ; AF, pp. Ι 0 2 - Ι Π ; HN, pp. 2 2 3 s .
39 Hymn. Dion. 4 9 » 5 3 s·; Philostr. Vit soph. I, 2 5 * !* H N, p. 2 2 3 - Están inspirados en el culto de D io ­
niso los relieves del m onum ento de Lisícrates en Atenas ( iv a. C .) ; W . Johannowski, EAA s.v. Atene
1 ( 1 9 5 8 ) , pp. 8 4 7 - 8 4 8 ; P. E . A rias, EAAs.v. coregici, monumenti II ( 1 9 5 9 ) . P· 8 3O ; Atlante dei complessi
figurati, EAA (19 7 3)* láms. 6 8 - 6 9 ·
40 M ú n ich 2 0 4 4 * ABV, p. 1 4 6 , η σ 2 1 ; A r ia s -H ir m e r , lám . X V I ¡ Sim ó n , p. 2 8 7 . fig· 2 7 9 ? K eré n y i
(4). fig- 51·
41 £ 4 A I V ( i 9 6 i ), pp . 1 0 0 2 - 1 0 1 3 .
42 A . Fürtwängler, Kleine Schriftenl, 1 9 1 2 , pp. 1 3 4 - 1 8 5 ; F. B rom m er, Satyroi, 19 37 ; Styrspiele, 2I 9 5 9 ; FAA
2.10. DIONISO 2 2 5

m ie n to : u n a m áscara fac ia l c o n la n a riz chata, c o n b a rb a y orejas de a n im a l, oculta


la id e n tid a d d e l q u e la lleva y u n ta p a rra b o s so stie n e e l fa lo d e c u e ro , a m e n u d o
erecto, y la cola de caballo. Se te stim o n ia q ue sátiros enm ascarado s de esta guisa h a n
a p a re c id o e n fiestas, n o sólo en el c o ro estan d arizad o e n el d ra m a sa tíric o , al ig u a l
que m u je re s reales e n tra b a n en u n tra n ce « fr e n é t ic o » co m o m én ad es o thyádes p o r
la fu erza d el d io s 43. E l sig n ifica d o del falo , n o está re la c io n a d o c o n la p ro c re a c ió n :
las m én ad es sie m p re e lu d e n las in s in u a c io n e s de los sátiro s, a u n q u e sea c o n ayuda
de sus tirs o s . L a e x c ita c ió n es u n f in e n sí m ism a y ta m b ié n u n s ím b o lo de lo
e x tra o rd in a rio : las D io n isia s in c lu ía n ta m b ié n u n a p ro c e s ió n c o n u n falo gigante.
E l p r o p io dios asum e m uchas fo rm a s. E n la m ás sen cilla p u ed e ser rep resen tad o
p o r m e d io de u n a m áscara que se cuelga de u n a c o lu m n a y se envuelve e n u n trozo
de tela, casi com o u n esp an tap ájaro s44; es p ro b a b le que ta m b ié n lo s h o m b re s p u d ie ­
ra n p o n e rs e la m áscara, b a ila r y « d e l i r a r » c o m o el d io s 45. E n N axo s hay dos tip o s
de m áscaras d el d io s 46, la d el d io s « fr e n é t ic o » (Bakcheús) h ech a de m ad e ra de vid , y
la d el dios « a fa b le » (Meilíchios) , de m ad era de h ig u e ra , q ue p o d ía sim b o lizar tam b ién
el m u n d o su b te rrá n eo . A sim ism o se m e n c io n a n antiguos xóana de D io n is o : en Tebas
h ab ía u n a im agen , toscam ente lab rad a, que h ab ía « c a íd o d el c ie lo » , en Patras h abía
u n a q ue p ro v o c a b a lo c u r a y e n C o r in t o h ab ía algunas fab rica d as c o n la m ad era d el
abeto e n el que P en teo e n c o n tró la m u e rte 47. A lg u n a s p in tu ra s de vasos id ealizantes
de los siglos V II y V I m u estra n a D io n is o com o u n a n cian o b a rb a d o , vestido co n u n a
la rg a tú n ic a y c o n su típ ic a co p a de v in o (kántharos) e n la m a n o 48. A m e d ia d o s d e l
sig lo V , D io n is o , c o m o H e r m e s , e x p e rim e n ta u n r e ju v e n e c im ie n to . T a l co m o se
d esc rib e e n el Himno « h o m é r ic o » , D io n is o es re tra ta d o a h o ra c o m o u n jo v e n y, la
m ay o ría de las veces, d esn u d o .
C o n esta tr a n s fo r m a c ió n , D io n is o está a h o ra m ás q u e an tes e n v u e lto en u n a
a u té n tic a a tm ó s fe ra e ró tic a , r e fle jo d e u n a s o c ie d a d cad a vez m ás m arc ad a p o r e l
in d iv id u a lis m o . V in o y sexo van ju n t o s : las fiestas p riva d a s de D io n is o p u e d e n se r
o rgías en el m o d e rn o sen tid o p eyo rativo de la p ala b ra. E n re la c ió n c o n este h ech o ,
y a lim en tad a p o r la m ism a ten d en cia h acia el in d iv id u a lism o , tien e lu gar u n a co n si-

V I I ( 1 9 6 6 ) , pp. 6 7 - 7 3 . M uy discutida es la com pleja relación entre los sátiros y los silenos (cuyo
nom bre aparece en la inscripción del Vaso François; Schefold, lám . 52 : Sim on, p. 2 1 9 , fig. 2 0 3 ;
Hymn. Aphr. 2 6 2 ) . E l prim er testimonio literario de los sátiros es H es. fr. 1 2 3 Merkelbach-West. E .
Sim on, LIMCs.v. Sílenoi V I I I (19 9 7 ), pp- I I O 8 - I 1 3 3 .
43 Plat. Leg. 8 1 5 c ; X e n . Symp. 7, 5 · Sob re las thyiádes, GGR, p. 5 7 3 ; véase V I , n. 9O; A . H en rich s,
« G re e k M aenadísm fro m Olympias to M essalina», HSCP 8 2 ( 1 9 7 8 ) , pp. 1 2 1 - 1 6 0 .
44 A . Frickenhaus, Lenäenvasen, W inckelm annsprogram m , 1 9 1 2 , p. 7 2 ; HN, pp. 2 6 0 - 2 6 3 ; máscara de
D ioniso Mórychos, Polem . FHG, fr. 73 (III, ρ · 136 ) = Z en ob . 5 , 13 ; véase η . 4 6 ; II 7 , η . 57 ; ν 2 - 4 ,
η. 22.
45 E l vaso François presenta a D ioniso com o u n danzante enm ascarado ante las H oras, Schefold,
lám. 4 8 a ; cfr. Schol. A ristid. p. 2 2 , 2 0 D in d o rf = Schol. Demosth. 2 1, G! 7 D ilt s; hombres con la
vestimenta del dios cerca de los Yobacos, S Ï G I I 0 9 = LSC G 5 1, 1 2 4 -
46 A th . 7 8 c.
47 Paus. 9, 12 , 4 ; 7 , l8 , 4 ; 2 , 2 , 6; cfr. 2 , 2 3 ,
I ; véase II 5 , n. 71.
48 La representación más antigua: JH S 2 2 ( 1 9 0 2 ) , lám. 5 ; D . Papastamos, MelischeAmphoren, 1 9 7O, pp.
5 5 - 5 8 , lám. IO ; LIM Cs.v. Dionysos III ( 1 9 8 6 ) , n° 7 0 8 (antes de 6 0 0 ) ; en u n anforisco corintio: H .
Payne, Necrocorinthia, I 9 3 1 , p. I 1 9 , fig. 44 G ; Pickard-Cam bridge (i), p. 1 7 2 , fig· 5 ; Sim on, p. 219 ,
fig. 2 0 4 : LIM Cs.v. Dionysos III ( 1 9 8 6 ) , n° 5 4 ^ ; en u n fragm ento de Perajora, T . J . D unbabin, Pera-
chora II, 1 9 6 2 , lám. 1 0 7 .
226 3. LOS DIO SES

d erab le re vitalizació n d el lad o o scu ro d e l culto a D io n is o . D e la u n ió n de la exalta­


c ió n v ita l y la d e s tru c c ió n su rg e n lo s m is te rio s de D io n is o , q u e p r o m e te n u n a vía
h acia u n a vid a feliz e n e l M ás A llá 49. M ie n tra s q u e la m ito lo g ía lite r a r ia y la ic o n o ­
g r a fía d e l d io s a lc a n z a ro n sus fo rm a s clásicas h a c ia fin a le s d e l sig lo V, b a jo esta
su p e rfic ie el d io s y su actividad sigu en sie n d o m iste rio so s e in c o m p re n sib le s.

2 . II. H efesto

E s evid en te q ue n i H e fe s to 1 n i su n o m b r e so n g rie g o s. S u ciu d a d , H e fe s tia 2, e ra la


c a p ita l de la isla de L e m n o s , d o n d e p e r v iv ió u n a p o b la c ió n a u tó n o m a n o g rie g a
h asta el sig lo V I; lo s g rie g o s lo s lla m a b a n Ίyrsenoí, id e n tific á n d o lo s m e d ia n te este
n o m b r e c o n lo s e tru sc o s ita lia n o s . U n a fu e n te ta rd ía h a b la de u n a g r a n fie sta de
p u r if ic a c ió n e n la isla de L e m n o s , q u e te rm in a b a c o n el e n c e n d id o de u n n u e vo
fu ego y su d istrib u c ió n e n tre los a rtesa n o s3; segú n la Ilíada, los « S in t ie s » de L e m n o s
c u id a ro n de H e fe sto c u an d o cayó d el c ie lo 4. L o s G a b iro s , u n o s m iste rio so s d io ses
h e r r e r o s 5, so n h ijo s o n ieto s d el H efesto d e L e m n o s.
L a p a r tic u la r im p o rta n c ia de la h e r r e r ía e n la E d a d d el B r o n c e y e n la p r im e r a
E d ad d e l H ie r r o hizo q u e lo s h e rre ro s p a rtic ip a ra n activam ente e n las o rg a n iz a c io ­
nes p olíticas y religiosas. Se p u e d e n e n c o n tra r h uellas de u n « r e in o de h e r r e r o s » en
la tr a d ic ió n h itita ta r d ía 6. L a re la c ió n d ire c ta e n tre talleres de h e r re ro s y sa n tu a rio
se te stim o n ia de fo rm a e x tra o rd in a ria e n C itio , e n C h ip r e , la isla d el c o b re , en el
siglo X IIj a llí ta m b ié n e ra n ve n e ra d o s el d io s y la d io sa « s o b r e el lin g o te de c o b r e » 7.
T a m b ié n en tre lo s frig io s, la G r a n D io sa p arec ía estar asociada c o n las fragu as . A ú n
n o q u ed a claro cóm o p o d ría n re la c io n a rse estos te stim o n io s c o n el p u e b lo y la le n ­
gua tirse n io s; las in sc rip c io n e s le m n ias n o h a n sid o a ú n in te rp reta d a s c o n certeza9.

4 9 Véase VI 2 -2 -
1 Rapp, RML I ( 1 8 8 4 - 1 8 8 6 ) , cois. 2 0 3 6 - 2 0 7 4 ; C G S V , pp. 3 7 4 - 3 9 0 ; L . M alten, J d l z 7 ( 1 9 12 ) , pp.
2 3 2 - 2 6 4 y RE V III ( 19 12 ), cois. 3 1 1 - 3 6 6 ; U . von W ilam owitz-M oellendorff, «H ep h aisto s», Nach­
richten der Kgl. Gesellschaft der Wissenschaften zu Göttingen, Phil.-Hist Klasse, 18 9 5 , pp. 2 1 7 - 2 4 5 = Kleine Schriften
V 2 , 1 9 3 7 ’ PP· 5 - 3 5 i C o o k III, pp. i 9 0 - 2 3 7 i D elcourt, Hephaistos ou la légende du magicien, 19 57 :
A , H erm ary y A . Jacquem in, LIM C s.v. Hephaistos TV (19 8 8 ), pp. 6 2 7 - 6 5 4 . L a form a doria y eolia del
n o m bre es (H)áphaistos. E l a n tro pó n im o a - p a - i- t i- jo de G noso ( K N L 5 8 8 ) puede leerse com o
Haphaistíos.
2 Hecateo FGrHistl F 1 3 8 , H dt. 6, 1 4 0 . R E V U 1 ( 1 9 12 ) , col. 3 1 5 s*; sobre las excavaciones, interrum ­
pidas desde la Segunda Guerra M undial: EAA III ( i9 6 0 ), pp. 2 3 0 s .; I V (19 6 1), pp. 5 4 2 ~ 5 4 5 - Sobre
la conquista de la isla p o r M ilcíades: K . K in z l, Miltiades-Forschungen, tesis doct., V iena, 1 9 6 8 , pp.
5 6 - 8 0 , 121- 1 4 4 * L . Malten, J d l 2 j ( 19 12 ), pp. 2 3 ^ - 2 6 4 pensó en u n origen licio-cario de Hefesto,
cfr. F. B ro m m er, Festschrift Mansei, I 9 7 4 > ΡΡ· * 3 9 - I 4 5 ·
3 Véase I II, n . 5 7 ·
4 Π. I, 5 9 4 .
5 Véase VI 1 .3 .
6 A . A lfö ld i, Die Struktur des voretruskischen Römerstaats, I 9 7 4 > ΡΡ· 1 8 1 - 2 1 9 .
7 Véase I 4 , nn. 4 - 5 ; III 2 -7 , n. 17 ; BC H 9 7 ( 1 9 7 3 ) , pp. 6 5 4 - 6 5 6 ; también en Pilo hay «broncistas
de la P o tn ia» ( P Y J n 4 3 1 ): SMEA 5 (19 6 8 ) , pp. 9 2 - 9 6 ,
8 A . Gabriel, REA 6 4 (1 9 6 2 ), pp. 3 I _ 3 4 - en el recinto de K ubaba en Sardis: A . Ramage, BASOR 19 9
( 1 9 7 0 ) , pp. 1 6 - 2 6 .
9 Sobre la única inscrip ción de cierta extensión, conocida desde 1 8 8 6 : JG X II 8, I, W . B ran d en s-
tein, R E V ll A ( 1 9 4 8 ), cois. 1 9 1 9 - 1 9 3 8 .
2.11. HEFESTO 227

Las ciud ad es griegas re le g a ro n el artesanado a u n segu nd o p la n o a favor de la areté


g u e rre ra . S ó lo en A ten as H efesto con serva u n a im p o rta n c ia especial e n la m ito lo g ía
y e n el cu lto : com o resu ltad o de su cu rio so « e n c u e n t r o » c o n A te n e a , lleg a a ser de
fa d o p ad re d el p r im e r rey E ric to n io , y, p o r tan to , fu n d a d o r de la estirpe de los A t e ­
n ie n s e s 10; en co n secu en cia, d u ra n te las A p a tu ria s, la fiesta de las fra tría s aten ien ses,
se le d e d ic a u n s a c r if ic io 11. E l c a le n d a rio d e las fiesta s c o m p r e n d e a sim ism o u n a
fiesta de lo s h e r re ro s (Chalkeîa) en la q u e ta m b ié n tom a p arte A te n e a 12. Se erige u n
tem p lo m o n u m e n ta l e n h o n o r de H efesto , ju n t o co n A te n e a , au n q u e ya después de
4 5 ° ; se e n c u e n tra , casi c o m p le ta m e n te c o n se rv a d o , e n la c o lin a so b re el á g o ra ,
fre n te a la A c ró p o lis de A te n a s 13.
E n la é p ic a , H e fe s to se d istin g u e de lo s o tro s d io ses o lím p ic o s p o r su estrech a
re la c ió n c o n su e le m e n to , el fu e g o ; su n o m b re , e n u n caso, s ig n ific a sim p le m e n te
« f u e g o » 14. G u a n d o el d io s - r ío E sca m a n d ro desata sus to rre n te s in te n ta n d o ah ogar
a A q u ile s , H e ra p id e ayuda a H efesto , p a ra que d om e el r ío co n sus violen tas y a b ra ­
sa d o ra s lla m a s '5. U n a e p ifa n ía de H e fe s to y, c o n s e c u e n te m e n te , u n c e n tro de su
culto e ra el fu eg o alim en ta d o c o n gas n a tu ra l, q u e aú n existe ju n to al O lim p o , en la
costa m e r id io n a l de A s ia M e n o r; u n fu eg o s im ila r, p ro v e n ie n te de la tie rra , quizás
existió ta m b ié n e n la isla de L e m n o s 16. L a a so cia ció n de H efesto c o n lo s volcanes es
tan secu n d a ria co m o la d e n o m in a c ió n de las islas L íp a r i com o Hephestiades insulae y la
lo c a liz a c ió n de su fra g u a b a jo el m o n te E tn a.
H e fe s to el d io s tie n e p ie s d e fo rm e s , lo q u e h ace de él u n ad ven ed iz o en tre lo s
p erfe cto s dioses o lím p ic o s; existen exp licacio n es realistas y m íticas p ara este h e c h o 17;
lo s p o d e re s esp eciales se m arcan c o n u n a c a racterística esp ecial. L a n a rrativa ép ica
p re se n ta u n a v e rs ió n b u rle sca : H e ra d io a lu z a H efesto p o r sí m ism a, sin u n p ad re ,
p e r o el resu ltad o fu e d ece p cio n a n te y, fu rio sa , lo a rro jó desde el c ie lo 18. L a c o n ti­
n u a c ió n de la h is to ria —que n a rra có m o H efesto se ve n g ó en cad e n a n d o a su m ad re
e n u n tro n o sabiam en te c o n stru id o y có m o D io n is o tuvo que llev a rlo , b o rra c h o , de
vuelta al O lim p o p ara lib e ra rla — lleg ó a ser u n o de lo s tem as fav o rito s de las re p r e ­
se n ta c io n e s ic o n o g rá fic a s d io n isía c a s; esta h is to ria fu e n a rr a d a e n fo r m a lite r a r ia
p o r A lc e o '9, q u ie n quizá se basó e n la tra d ic ió n le m n ia .
L a Ilfada h ace de H e fe sto la o c a sió n y el o b je to de la « r is a h o m é r ic a » , c u a n d o
éste asum e el p ap e l d el h erm o so jo v e n G a n im e d e s y, c o jea n d o y re so lla n d o , sirve el
vin o a los dioses; p e ro la h ila rid a d que p rovoca es p recisam en te el éxito que deseaba;

10 Véase III 2 -4 > n · 4 4 ·


11 Ister FGrHist 3 4 4 F 2 , cfr. el comentario de Jaco by al pasaje; S im o n , p. 2 1 5 ; Aesch. Eum. 13 ; Plat.
Tim. 2 3 e ·
12 AF, pp. 3 5 s.
13 W . B . D in sm o o r, «O bservatio n s on the H e p h a iste io n » , Hesperia Suppl. 5 (Ι 9 4 Ι)ϊ G ruben, pp.
19 9 -2 0 4 .
14 II. 2, 4 2 6 .
15 I I 21, 3 2 8 - 3 8 2 .
16 R E Y I I I (1 9 12 ) , cols. 3 1 7 - 3 1 9 , 3 1 6 ; Burkert, 2 0 ( 1 9 7 0 ) , pp. 5 s . ; cfr. P. Y . Forsyth, «Le m n o s
reconsidered», Echos du Monde Classique 3 (19 8 4 ), ρρ· 3 - I 4 ·
17 RE V IH ( 1 9 12 ) , cols. 3 3 3 - 3 3 7 ; desde un punto de vista m édico, E . Rosner, Forschungen und Fortschritte
29 (19 55 )* PP· 3^2 s. ; Wilamowitz, Kleine Schriften V 2 , pp. 3 I - 3 4 > recuerda los enanos; arquetipos
en S. Sas, Der Hinkende als Symbol, 19 6 4 .
18 Véase III 2 -2 , n n. 4 7 " 4 8 .
19 Alcaeus fr. 3 4 9 Voigt; Gabiros de Lem nos y vino : Aesch. fr. 9 7 Radt; Burkert, C Q 2 0 ( l 97 °)> P· 9 *
[También se narraba en Horn. Hymn. I fr. G (cfr. η. I 7 a)].
228 3. LOS DIOSES

sólo él p o se e la in te lig e n c ia y el d is ta n c ia m ie n to de sí m ism o p a r a m itig a r d e este


m o d o u n a situ a c ió n te n s a 20. L a « r is a h o m é r ic a » de lo s d ioses e n la Odisea es ta m ­
b ié n a su costa y re p re s e n ta , s in e m b a rg o , su v ic to r ia , c u a n d o a tra p a a su in f ie l
esposa A fr o d it a ju n to c o n A re s e n su in g e n io sa r e d 21.
E n la Ilíada, la esposa de H e fe sto es la G ra c ia (Ghdris). S u fra g u a , situ ad a e n u n a
casa de b ro n c e e n el O lim p o , se d escrib e e n la escena e n que T etis va a p e d irle arm as
n uevas p a ra A q u ile s . E l p r o p io H e fe s to está tra b a ja n d o c o n e l fu e lle y el y u n q u e ,
cu b ierto de h o llín y su d o r, p e r o de sus m an o s salen m aravillosas ob ras de arte: t r í­
p od es sob re ru ed as, q ue se m u ev en au to m áticam en te e in clu so m u c h a c h a s-ro b o t de
o ro q u e ayu d an a su a m o 22. A ú n m ás s o r p re n d e n te es el escu d o q u e cre a : im a g e n
total d el m u n d o h u m a n o , ro d e a d o de las estrellas celestes. E l d io s artesan o se c o n ­
vierte e n m o d e lo d el c re a d o r q u e da fo rm a a to d o ; quizá el p o e ta de la Ilíada q u e ría
id e n tifica rse él m ism o c o n esta im a g e n 23.

2 .1 2 . A s .e s

« A r e s » 1 es, seg ú n p arece, u n an tig u o n o m b re abstracto c o n el sig n ifica d o de « f r a ­


g o r d el com bate, g u e rr a » . E l ad jetivo q u e d eriva de él, áreios, se u tiliza c o n bastante
fre c u e n c ia : h a y u n Z e u s Areios, u n a A te n e a Areía, u n a A fr o d it a Areía, e n m ic é n ic o
a p a re ce ta m b ié n u n Hermaas Areias3 y p o r ú ltim o está la « C o l i n a de A r e s » (Areios
pagos), en A ten as. E n H o m e ro , ares se u tiliza p ara « b a ta lla » ; se e n c u en tra n e x p re sio ­
n es fo rm u la re s c o m o « r e s is t ir al d u ro A r e s » , « s u s c ita r el d u ro A r e s » , « m e d ir
fuerzas c o n A r e s » y « m a ta r p o r m e d io de A r e s » 4; al m ism o tie m p o , sin e m b argo ,
A re s es u n « f é r r e o » g u e r r e r o a rm a d o , cu yo c a rro de g u e rr a está e n ja e z a d o c o n
« M ie d o y T e r r o r » (Phóbos y Deímos) ; es « p o t e n t ís im o » , « in s a c ia b le e n la b a ta lla » ,
« d e s tru c to r» y « a s e s in o » . D a d o que u n h é ro e es u n g u e rre ro , se le llam a «vástago
de A r e s » ; lo s d áñ ao s s o n « s e g u id o r e s » d e A re s y M e n e la o e n p a r tic u la r es « q u e ­
rid o a A r e s » y « e s sem ejan te a A r e s » e n la batalla.
E n la Ilíada, A re s se c o n tra p o n e c o n tin u a m e n te a A te n e a y e n la m a y o ría de lo s
casos en p e rju ic io suyo; después de to d o , está d el la d o de los troyan o s, de los p e r d e ­
d ores. S i A te n e a p r o fie r e el grito de g u e rra d el la d o de lo s griego s, A re s ru g e com o
u n o scu ro n u b a rr ó n desde la ciu d ad ela t r o y a n a y desde las o rilla s d el río S im o e n te 5.
C u a n d o A re s e n el O lim p o d escu b re q u e h a n m atado a u n o de sus h ijo s , lan za u n

20 ¡l. i, 5 7 1 - 6 0 0 .
21 Od. 8, 2 6 6 - 3 6 6 ; véase III 2 -7 , n. 2 4 .
22 R. 18 , 3 6 9 - 4 2 0 ; cfr. G . M icheli, « I I concetto di automa nella cultura greca dalle o rigini al sec. IV
a .G . » , Rivista di storia dellaßlosoßa 3 ( 19 9 8 ), pp. 4 2 2 - 4 2 5 ·
23 W . M arg, Homer über die Dichtung, 1 9 5 7 ; ('fr · H . Schrade, Gymnasium 57 (* 9 5 ° ) , pp. 3 8 - 5 5 , 9 4 - Π 2 .
1 S to lly Furtwängler, R M L I ( 1 8 8 4 - 1 8 8 6 ) , cols. 7 ~ 9 3 ί T ü m pel y Sauer, RE II ( 1 8 9 5 ), cols. 6 4 2 - 6 6 7 ;
C G S V , pp. 3 9 6 - 4 1 4 ; W . Pötscher, « A r e s » , Gymnasium 6 6 (19 5 9 ) , pp· 5 “ I 4 ; Ph. Bruneau, U M C s.v.
AresII ( 1 9 8 4 ) , p p . 4 7 9 - 4 9 2 .
2 A . Heubeck, D ieSprachelJ ( 1 9 7 *)· PP- 8 - 2 2 ; nom bre de persona Areim enés, véase I 3 .6 , n. 9.
3 Véase I 3 ·6 , n . g . Ares y Atenea Areía, p o r ej. en el juram ento ático de los efebos, T o d II, η " 2 0 4 ,
17 ; L . Robert, HellenikalO ( l 95 5 )> PP* 7 6 s.
4 C fr. B . M ader, Lexikon desßühgriechischen Epos I ( l 9 7 9 )> cols. I 2 5 9 - 1 2 6 2 .
5 II. 2 0 , 4 8 - 5 3 -
2.12. ARES 2 2 9

g r ito de d o lo r , se g o lp e a lo s m u slo s y se d is p o n e a la n z a rse é l m ism o a la b a ta lla ,


p e ro A te n e a le q uita yelm o , escudo y lanza y le o rd en a q ue se som eta a la vo lu n tad de
Z e u s 6. A re s y A te n e a ta m b ié n se e n fre n ta n e n la batalla de los d io ses: A re s a rro ja su
lanza e n va n o c o n tra la égida, p e ro A te n e a g o lp e a a A re s en el c u e llo c o n u n a g ra n
p ie d ra , h a cién d o le caer y m ed ir siete yugadas e n el suelo c o n su c u e rp o 7. E n las a ris -
tías de D io m ed e s le trata de u n a fo rm a a ú n m ás vergo n zosa: ella m ism a gu ía la lanza
de D io m e d e s c o n tra el d io s, le h ie re e n el vie n tre y h ace b ro ta r san gre d ivin a ; A re s
b ra m a co m o nueve o diez m il h o m b re s ju n to s y huye h acia el O lim p o , p e r o Zeus se
d irig e a él c o n ira : « E r e s p ara m í el m ás o d ioso de los dioses que o cu p a n el O lim p o ;
siem p re te so n gratos la con tien d a, com bates y lu c h a s » 8. A re s e n carn a to d o lo que es
o d io so e n la g u e rra ; el e sp le n d o r de la v ic to ria , Nike, q u ed a reservad o a A te n e a . L a
m o ra d a de A re s está p o r ello situ ad a e n la salvaje tie r ra de los b á rb a ro s, e n T ra c ia 9.
E x is te n p o c o s m ito s p ro p io s de A re s . E n la Iliada se e n c u e n tra u n a o scu ra a lu ­
sió n : se cu en ta cóm o lo s A ló a d a s, O to y E fia lte s, lo e n c a d e n a ro n en u n a « tin a ja de
b r o n c e » d u ra n te trece m eses, hasta q u e H e rm e s lo « re sc a tó fu rtiv a m e n te » ; en el
d e c im o te rc e r m es se p re su p o n e u n a fiesta de in v e rsió n . U n h ijo de A re s es C ie n o ,
q u ie n , a ú n m ás c ru e l q u e su p a d re , e m p re n d ió la c o n s tru c c ió n de u n te m p lo c o n
crán eos h u m a n o s; H eracles m ató a este m o n stru o p erverso , c o n lo cual A re s trató de
ven gar a su h ijo , p e ro tam b ién en este caso resu ltó h e r id o ; Zeus separó a los co n te n ­
d ie n te s11. E l m ito e n el que A re s está im p lic ad o de u n a m an era m ás p e c u lia r es el de
la fu n d a c ió n de T e b a s12; su h ijo es el d ra g ó n q u e m ata C a d m o ju n t o a la fu en te p ara
sem b ra r sus dientes e n la tie rra ; los g u e rrero s n acid os de la tie rra que se m atan u n o s
a o tro s so n , p o r tan to, d escend ientes de A re s. P o ste rio rm e n te , C a d m o se re c o n c ilia
c o n A re s y se casa c o n H a rm o n ía , h ija de A re s y A fr o d ita : la g u e rra asesina acaba e n
« a r m o n io s o » o rd e n ; así se fu n d a la ciu d ad .
L o s e jé rc ito s e n g u e rra ló g ic a m e n te h a c ía n sa c rific io s a A re s de vez e n cu a n d o ,
p e ro A re s era ve n e ra d o co n u n culto en u n tem p lo en m u y p o co s lu g a re s13. A lc á m e -
n es e rig ió u n a cé le b re estatua de A r e s 14. E l te m p lo de A re s e n el á g o ra de A te n a s,
m e n c io n a d o p o r P au san ias15, n o fu e traslad ad o a llí hasta la épo ca de A u g u sto ; quizá
se e n c o n tra ra antes e n A c a m a s , o in clu so p o d ría h ab er p e rte n e c id o a o tro dios. Fu e
sólo el M arte ro m a n o , e l Mars Ultor d el e m p e ra d o r A u g u sto , el q u e le p ro c u ró a A re s
u n lu g a r en el c en tro de la p o lis ateniense.

6 II. 15 , 1 1 0 - 1 4 2 .
7 il 2 1 ,3 9 1 -4 3 3 ·
8 II. 5, 8 9 0 s ., cfr. 5 9 0 - 9 0 9 .
9 II. 1 3 , 3 0 1 ; Od. 8, 3 6 1.
10 II. 5 , 3 8 5 - 3 9 1 . E . S im o n , StudiEtruschi 4 6 (1 9 7 8 ), pp. I 2 5 _I 4 7 · G fr. el oráculo relativo a la erec­
ción de una estatua encadenada de Ares de Síedra: L . Robert, Documents de l'Asie Mineure méridionale,
1 9 6 6 , p p . 91-IO O .
11 D iscrepan H es. Scutum 5 7 ss· y A p o llo d . 2 , 114 : ^ H* PP· δ ο ^ - δ 1 ^·
12 PR II, pp. I 0 7 -II O ; F. Vian, Les origines de Thèbes, 19 ^ 3 ·
13 Gerça de Trezén, Paus. 2 , 3 2 , 9 : Gerontras, Paus. 3 , 2 2 , 6: H alicarnaso, V itr. 2, 8, II; para A res
y A fro d ita véase V I, η. 3 6 · U n sacerdote en Eritras, IE 2 0 Ia 3 . Therítas en Esparta (Paus. 3, 19 , 7 “
8) es más bien Enialio , cfr. Hesych. s.v. Therítas Latte.
14 Overbeck n ü 8 18 ; L ip po ld, p. 18 6 .
15 Paus. I, 8 , 4 > Hesperia 2 8 ( l 9 5 9 )> PP· 1- 6 4 : H . A . Th om pson, The Agora o f Athens, 1972 · ΡΡ· 1 6 2 - 1 6 5 .
E l Himno a Ares, transm itido en la reco p ilació n de los Himnos homéricos es tardoantiguo y proviene
quizá d e P ro clo : M . L . West, G Q 2 0 ( l 9 7 °)> PP- 3 ° 0 ~ 3 0 4 ·
2 3 ° 3. LOS DIOSES

3 . E l resto d e l p a n te ó n

3 .1. D io s e s m e n o re s

E l n ú m e r o d e lo s d io se s es im p r e c is o y d e s c o n o c id o ; n o se p u e d e h a c e r u n a lista
c o m p le ta de e llo s. D e sd e é p o ca m ic é n ic a e ra h a b itu a l u s a r la fó r m u la « t o d o s lo s
d io se s» com o c o m o d ín p ara asegu rarse u n a p ro te c c ió n d ivin a g e n e ra l1. L a e lec c ió n
de lo s « g r a n d e s » d io ses p a n h e lé n ic o s se d e c id ió fu n d a m e n ta lm e n te a través de la
épica, e l im p u lso p r in c ip a l d e la c u ltu ra p a n h e lé n ic a . Q u e d a u n n ú m e ro c o n s id e ­
ra b le de d iv in id a d e s q u e n u n c a a lc a n z a ro n n a d a m ás q u e u n a im p o r t a n c ia lo c a l,
algunas de ellas estrech am en te lim itad as p o r su p r o p ia n atu raleza y, p o r tan to , c o n
escasas p o sib ilid ad e s de d e sa rro llo .
H e stia 8, Histíe e n jo n io , es la p ala b ra n o r m a l p ara « h o g a r » , el c en tro de la casa y
la fam ilia ; d esterrar o d estru ir u n a fa m ilia es e x tin g u ir u n « h o g a r » 3. L a c o m u n id a d
de la p o lis ta m b ié n tien e co m o c en tro u n « h o g a r c o m ú n » 4, situ ad o e n el in t e r io r
de u n te m p lo o e n el P rita n e o . E l fu eg o sie m p re e n c e n d id o del tem p lo de D e lfo s se
c o n s id e ró a veces c o m o el « h o g a r c o m ú n » de to d a G r e c ia 5. E l h o g a r es u n lu g a r
p a ra s a c r ific io s , lib a c io n e s y p e q u e ñ a s o fre n d a s de a lim e n to s ; la c o m id a se in ic ia
cuan d o se ech an estas o fre n d a s al fu e g o . E l p ro v e rb io « e m p e z a r p o r H e s tia » s ig n i­
fic a p o r ta n to u n b u e n c o m ie n z o d e la fo r m a d e b id a 6. E l p o d e r v e n e ra d o e n el
h o g a r n u n c a lleg ó a p erso n a liz a rse d el to d o ; d ado que el h o g a r es in a m o v ib le , H e s ­
tia n i s iq u ie r a p u e d e to m a r p a r te e n la p r o c e s ió n de lo s d io s e s 7 n i e n lo s dem ás
en red o s de los O lím p ic o s. E n el Himno a Afrodita8, se lla m a a H estia al m ism o tiem p o
h ija m ayo r e h ija m e n o r de G r o n o ; m u ch o s dioses la c o rtejab an , p e ro ella ju r ó p e r ­
m an ece r sie m p re v irg e n . E llo se c o rre sp o n d e c o n los an tigu o s tabú es sexuales re la ­
cio n ad o s c o n el h o g a r9; so n las h ija s de la casa las q ue cu sto d ia n el fu eg o d el h o g a r,
u n fu ego que ta m b ié n se en tien d e com o fu erza fálica. A sí, H estia se sienta en el cen ­
tro de la casa « r e c ib ie n d o p in g ü e s o fr e n d a s » , p e ro n u n c a a d q u irió u n a im p o rta n ­
cia co m p a rab le a la de V esta en R o m a .
Ilitia (Eikíthya ) 10, la d iosa de los p arto s, ven erad a ya en época m icén ica e n la cueva
de A m n iso , es in d isp en sab le en cada fa m ilia , au n q u e sólo de vez en cu an d o y co n u n

1 Vease I 3 .6 , n. 4 ; F. Jaco b i, Pántestheoí, I 9 3 °> K . Ziegler, REs.v. PantheionXV lll 3 (19 4 9 ), cois. 6 9 7 -
7 4 7 , en especial cois. 7 0 4 ~ 7 ° 7 ·
2 A . Preuner, RML I ( 1 8 8 4 - 1 8 8 6 ) , cois. 2 6 0 5 - 3 6 5 3 ; CGS V , pp. 3 4 5 - 3 7 3 ; Suess, Ä E V I I I ( 1 9 12 ) ,
cois. 1257 ' ' 3 ° 4 ; H . H om m el, «Vesta und die frühröm ische R elig io n », e n Aufstieg und Niedergang der
römischen Welt I 2 , 1 9 7 2 , P P · 3 9 7 “ 4 2 0 ; H . Sarian, LIM G s.u. Hcslia V (1 9 9 0 ), pp. 4 ° 7 _ 4 I 2 - L a rela­
ción hestía-histíe—Vesta no se explica en térm inos de lingüística indoeuropea; deben ser pues présta­
mos de otra lengua [C fr. W . Pötscher, «H estia u nd Vesta: E in e Strukturanalyse», en P. Bádenas
é t a l, Athlon, satura grammatica in honorem F. R. Adrados II, I 9 8 7 , pp. 7 4 3 “ 76 s ] .
3 H dt. 5 , 7 2 s .
4 A rist. Pol. 1 3 2 2 b 2 6 ; R M L I ( 1 8 8 4 - 1 8 8 6 ) , cols. 2 6 3 0 - 2 6 4 3 .
5 Plut. Aristid. 2 0 , 4 - Véase II I , η . 5 0 .
6 GGR, pp. 3 3 7 s·: A ristocrit. I'Grliist 4 9 3 F 5 ·
7 Plat. Phdr. 2 4 7 a .
8 Fiymn. Aphr. 21 - 3 2 ; cfr. Hymn. 2 4 (referido a D elfos); Pind. Nem. II, I-IO .
9 Hes. Erga 7 3 3 : G . Bachelard, Psychoanalyse du feu, 1 9 4 9 ·
10 Véase I 3 . 3 , n. 1 3 ; I 3 .6 , n. 4 ; Jensen, R E V ( 1 9 0 5 ) , cols. 2 IO I-2 IIO ; GGR, pp. 312s.·, R . F. Willets,
« C r e t a n E ile it h y ia » , C Q 52 ( 1 9 5 8 ) , pp. 2 2 1 - 2 2 3 ; R . O lm o s, LIM C s.v. EileithyialU ( 1 9 8 6 ) , pp.
6 8 5 -6 9 9 .
3.1. DIOSES MENORES S3 !

p ro p ó s ito claram en te d e fin id o . S u n o m b re es p ro b a b le m e n te u n a d e fo rm a c ió n de


la fo rm a ve rb a l Eleúthya, « la que lle g a » : la in v o c a n c o n grito s de d o lo r y m ie d o hasta
que ella « lle g a » y, c o n ella, el n iñ o . N atu ralm en te, son sobre todo las m u jeres las q u e
la v e n e ra n . E stá estrech am en te re la cio n a d a c o n A rte m is y H e ra , p e ro n o d e sa rro lla
u n carácter p ro p io .
A lg u n a s d iv in id a d e s so n , p o r así d e c ir lo , d o b le s d e lo s d io se s « h o m é r ic o s » .
E n ia lio , c o n o c id o e n tre lo s g rie g o s c o m o d io s de la g u e rr a , ya se te s tim o n ia e n
m ic é n ic o 11. L o s m e r c e n a rio s g rie g o s d e J e n o f o n t e a ú n ca n ta n u n p e á n a E n ia lo
antes de in ic ia r la b a ta lla 12. T ie n e u n a c o m p a ñ e ra llam ad a E n io . E n la Ilíada, Enyálios
es u n epíteto de A r e s 13 y tam b ién se ve n e ró a A re s Enyálios co n u n c u lto . S o lo en a lg u ­
nas fu en tes tardías hay te stim o n io s de los in te n to s de la m ito lo g ía p o r d ife re n c ia r a
A re s y a E n ia lo .
H écate tien e u n carácter m ás in d e p e n d ie n te 14, p e ro a p a rtir d el siglo V se e q u i­
p ara a m en u d o c o n A rte m is 13. E n la ic o n o g ra fía se la rep resen ta g e n eralm en te com o
la m ism a v irg e n ágil, c o n q u itó n co rto , salvo q u e, en lu g a r de a rco , lleva an to rch as
(au n q u e ta m b ié n p u ed e tenerlas A rte m is ) . H écate es la d iosa de lo s cam inos (Enodia),
especialm ente de las encrucijadas y de las ofren d as que allí se d ejan ; la fig u ra de trip le
a sp ecto d e H é c a te s u rg ió de las tres m ásca ra s q u e se c o lg a b a n e n el c ru c e de tres
c am in o s. L o s cam in o s de H écate so n cam in o s n o c tu rn o s ; va acom p añ ad a de p e rro s
q ue la d ra n , gu ía u n c o r te jo e sp e ctra l. H éc a te es ta m b ié n d io sa de la lu n a y de las
b ru ja s tesabas c o n ju ra d o ra s de la lu n a , co m o la tem id a h e c h ic e ra M e d e a 16. A q u í se
e n c u e n tra n re fle ja d o s rito s d e so c ie d a d e s secretas. H é c a te ta m b ié n a p a re ce e n la
n a r r a c ió n d e l ra p to y el re to r n o de P e rs é fo n e al H a d e s 17. H éc a te p a re c e te n e r sus
ra íce s e n tre lo s c a rio s d e A s ia M e n o r ; su s a n tu a rio m ás im p o rta n te es L a g in a , u n
te m p lo -e sta d o de tip o o rie n ta l, d o n d e hay tam b ién « e u n u c o s s a g ra d o s » 18. T am b ién
es c a rio el n o m b r e t e o fó r ic o Hekatómnos, q u e n o tie n e u n a f o r m a c ió n g rie g a . L a
fa m ilia de H e sío d o , o rig in a ria de la C u m as e o lia , p arece h ab er ven erad o a esta d io sa
c o n p a rtic u la r d ev o ció n ; la Teogonia co n tien e u n Himno a Hécate, q u e c o n fie re a la d iosa
u n a « p a r t e » de h o n o r en todas las esferas d el m u n d o 19.

11 Véase I 3 -6 , n. 3 . G é r a r d -Rousseau, pp. 8 9 s . ; Jessen, R E Y (19 0 5)» PP· 2 6 5 1 - 2 6 5 3 ·


12 X en .A n a b . I, 8, 18 ; 5 , 2 , 14 -
13 II. 17 , 2 IIS. ; 2 0 , 6 9 , cfr. 21 , 3 9 IS.
14 Steuding, RML I (1 8 8 4 .-1 8 8 6 ), cois. 18 8 8 -1 9 1Ο ; C G S II, pp. 5 OI“ 5 I 9 ; Heckenbach, fiË V II ( 19 12 ),
cois. 2 7 6 9 - 2 7 8 2 ; G d H l, pp. 1 6 9 - 1 7 7 ; GGR, p p .7 2 2 - 7 2 5 ,· T h . K rau s, Hekate, i 9 6 0 ; H . Sarian ,
LIMG s.u. H ekateVI ( 1 9 9 2 ) , pp. 9 8 5 - 1 0 1 8 ; R . V o n R udloff, Hekate inAncient Greek Religion, 1999 [S. I.
Jo h nsto n, Hekate Soteira. Astudy ofHekate's roles in the Chaldaean Oracles and related literature, 199O ; J . L. Calvo
M artínez, <<La diosa Hécate: u n paradigma de sincretismo religioso del helenismo tardío>>, llo rí
lib 3 ( 1 9 9 2 ) , pp. 7 1 - 8 2 ] .
15 Aesch . Suppl. 6 7 6 ; E u r. Phoen. 1 0 9 ; 1G 12 3 1 0 , 1 9 2 - 1 9 4 ; LSC G 18 B II « P a ra Artem is Hécate en el
recinto de H écate>>.
16 Rohde II, pp. 8 0 - 8 9 ; E u r. Med. 3 9 5 —3 9 7 ï E u r · Hel. 5 6 9 s .
17 Véase III 2 -9 , n. 15 .
18 L em ou n ier, pp. 4 ° 6 ~ 4 2 5 ; EAA I V (19 6 1) , pp. 4 5 6 ; véase II 6, n. 2 3 - W . Berg, Numen 2 1 ( l 9 7 4 )>
pp. 1 2 8 - 1 4 0 , expresa sus dudas sobre su origen cario, rem itiéndose a los testimonios (sólo hele­
nísticos) de Lagina, cosa que po r otra parte tiene m uy poco valor demostrativo.K rau s (véase n.
14 ) relacionó el nom bre Hécate con la G ran Diosa hurrita H ebat (p.5 5 .n - 2 6 4 ) · G fr. asimismo
2 -5 , n. 3 0 .
III
19 Hes. Theog. 4 1 1 - 4 5 2 . sobre la autenticidad del him no: West, pp. 2 7 6 -2 8 O ; el hermano de Hesíodo,
Perses, tiene probablem ente un nom bre teofórico: West (i), p. 2 7 8 , cfr. HN, p. 2 3 3 -
232 3. LOS DIOSES

P r o m e t e o 20, h ijo d el T it á n Já p e t o , es e l h é r o e de u n o de lo s m ito s g rie g o s m ás


c o n o c id o s y m ás fre cu e n tem e n te in te rp re ta d o s. C r e ó a lo s h o m b res, ro b ó p ara ellos
el fu eg o d el cielo y organ izó el s a c rific io e n b e n e fic io de ellos. S u ad versario , Z eus,
re s p o n d ió castigan d o a lo s h o m b re s c o n la p r im e r a m u je r, P a n d o ra , y su tin a ja de
m ales, e n cad e n ó a P ro m e teo e n el C áu caso y en vió u n águila p ara que le d evorara el
h íg a d o , h asta q ue H eracle s lo lib e r ó . D e n tr o de la tra d ic ió n lite ra ria , las n a r r a c io ­
nes de m ayo r a u to rid a d s o n las dos c o n te n id a s en H e s ío d o 21 y el d ram a de E sq u ilo
q ue re la c io n a la r e b e ld ía d e l filá n t r o p o fr e n te a Z e u s c o n el p r o b le m a d e la c u l­
t u r a 22; ju n t o a ellas se d e s a rro lla u n a tr a d ic ió n p o p u la r 23. E n el tr a sfo n d o p arec e
subyacer u n m ito d el e m b a u c a d o r (trickster) c o n e lem en to s d el P ró x im o O r ie n t e 24.
P ro m e te o re c ib e c u lto so b re to d o en A te n a s , d o n d e su fiesta , Prométhia, se ce le b ra
c o n carreras de a n to rch a s25. E n u n re lie ve vo tivo, P ro m e te o está al la d o de H e fe sto ,
co m o la fig u r a d e l h o m b re de m ás e d a d ju n t o a la d el m ás jo v e n 26; p o r lo dem ás,
am bos se d ife re n c ia n en q u e u n o es a lfa re ro y el o tro h e r re ro .
L e to (Letó, e n d o r io L ato)27, la m a d re de A p o lo y A rte m is , goza de cu lto p r o p io
en m u c h o s lu g a re s, e sp e c ia lm e n te e n C r e t a ; e n Festo a p a re ce e n r e la c ió n c o n u n
rito de in ic ia c ió n 28. E n L ic ia , L e to , c o m o e q u iv a le n te g rie g a d e u n a « M a d r e d el
S a n t u a r io » , fu e elevada a la p o s ic ió n de d io sa p r in c ip a l29; el Letóon ju n to a Ja n t o fu e

20 K . Kerényi, Prometheus, das griechische Mythologem von der menschlichen Existenz, 1 9 4 6 ! L . Séchan, Lemythede
Prométhée, I 9 5 1 ; W . K rau s, R E X X I I I ( l 95 7 )> cols. 6 5 3 - 7 ° 2 ; L . Eckart, ibidem, cols. 7 θ 2 ' 7 3 ° ! U .
Bianchi, «Prom etheus, der titanische T rick ste r», Paideuma 7 (1 9 6 1) , pp. 4 1 4 - 4 3 7 ! R · Trousson,
Le thème de Prométhée dans Ια littérature européenne, 1 9 6 4 ; J · D uchem in, Prométhée. Histoire du rnythe de ses origi­
nes orientales à ses incarnations modernes, 1 9 7 4 »J*~ R · G isler, LIM C s.v. Prometheus V I I (1 9 9 4 ) , pp 5 3 I - 553
[G . García Gual, Prometeo, mitoj tragedia: textosj comentarios, 19941 · E l nom bre, como muestra la grafía
Prométhia IG I2 8 4 , 3 7 » es propiam ente Prómethos, cfr. Prómathos en una inscripción antigua (Jeffery,
p. 2 2 5 ); para los griegos Prometeo se relaciona con el verbo promethéomai « p re v e n ir» (cfr. al res­
pecto V . Schm idt, ZPE 19 [ 1 9 7 5 !. pp· 1 8 3 - 1 9 0 ) , lo que lleva a la creación del nom bre del hermano
Epim eteo, « e l que piensa después, el que no p revien e». La conexión con el térm ino del antiguo
indio para la « l e ñ a » , jjramanth- (A . K u h n , Die Herabkunft des Feuers, 1 8 5 9 ) no se sostiene en el terreno
lingüístico.
21 Hes. Theog. 5 1 0 - 6 1 6 , Erga 4 7 - I 0 5 ; O . Lendle, Die Pandorasage bei Hesiod, 1957 ; G . Fink, Pandora undEpi-
metheus, tesis d o ct., E rlan g en , 19 5 ^ U· R ud h ardt, « P a n d o ra . H ésiode et les fe m m e s» , ΜΗ 4 3
(1 9 8 6 ), p p . 2 3 1 -2 4 6 ].
22 Sobre la inacabable controversia acerca de si Esquilo es en realidad el autor del Prometeo encadenado,
cfr. Lesky, pp. 2 9 2 - 2 9 4 ? G riffith, The Authenticity o f Prometheus Bound, 1977 ·
23 C rea ció n de los hom bres: A esop . 2 2 8 H ausrath, Plat. Prot. 3 2 0 d ~ 3 2 2 a , M en and r. fr. 5 1 8 K a s­
sel-Austin. E l motivo burlesco de la torpeza en la creación de los hombres (Phaedrus 4 , 14s. ; O .
W ein reich , FabelAretalogie, Novelle, I 9 3 1 * PP· 4 3 - 5 ° ) tiene u n paralelo sum erio: S. N . K ra m e r,
Sumerian Mythology, *19 61, pp. 6 8 - 7 2 .
24 Representaciones sumerias del dios del sol encadenado, amenazado por un ave rapaz y salvado por
un héroe con arco y flechas: H . Frankfort, Cylinder Seals, 1 9 3 9 , p. 10 6 , lám. 19 . Representaciones
griegas del encadenado a partir del s. V I I , Schefold lám. lia , siguiendo u n modelo oriental, C h .
Kardara, AAA 2 (19 6 9 ), pp. 2 l 6 ~ 2 I 9 -
25 A F, p p . 211S.
26 A p o llo d . FGrHist 2 4 4 F 147 ·
27 W ehrli, RE Suppl. V (I 9 3 1 )» cols. 5 5 5 “ 5 7 6 ; L . K a h ily N . Icard -G ian o lio , LIM C s.v. leto VT (19 9 2 ),
p p . 2 5 6 -2 6 4 .
28 Véase V 3 .4 . η · 6·
29 Literalm ente «m ad re de este re c in to » , estela trilingüe de Ja n to , CRAI ( l 9 7 4 )> P· H 7 » n · 3 8 ; E .
Laroche, BSL 55 ( i9 6 0 ) , pp. 1 8 3 s .
3.1. DIOSES MENORES 233

el sa n tu a rio de la c o n fe d e ra c ió n L ic ia ; b a jo su p ro te c c ió n se p o n e n , e n p a rtic u la r,
lo s s e p u lc ro s. P o r lo d em ás, e n lo c o n c e r n ie n t e a lo s g r ie g o s , su p a p e l se re d u c e
sim p le m e n te al de m ad re de los gem elo s d ivin os.
L a s d iv in id a d e s d e l m a r s o n o b v ia m en te m u y an tig u a s, p e r o , p a ra lo s g rie g o s,
p e r te n e c e n a la p e r ife r ia d el á m b ito d iv in o . T e tis 3° tie n e u n sa n tu a rio im p o rta n te
c erca de F a rsa lo e n T e sa lia y es ta m b ié n v e n e ra d a e n T e sa lia e n la « c o s ta d e las
s e p ia s » , Sepias; el q ue su h ijo A q u ile s, que b a b ita en la « is la B la n c a » , sea ve n e ra d o
c o m o « S o b e r a n o d e l m ar N e g r o » (Pontdrches) está re la c io n a d o tan to c o n su m ad re
c o m o c o n su p o p u la rid a d , fu n d ad a e n la ép ica. Tetis ta m b ié n tien e cu lto p ro p io en
E sp arta; u n p o e m a de A le m á n la p resen ta so rp re n d e n te m e n te c o n u n a fu n c ió n c o s­
m o g ó n ic a 31. A s í c o m o las N in fa s r o d e a n a Á r t e m is , las N e r e id a s r o d e a n a T e tis.
E s p e c ia lm e n te d ifu n d id o e n el arte y la p o e sía estaba el m ito de la sire n a , q u e es
v e n c id a y h e c h a p r is io n e r a p o r u n m o rta l, al q u e e lla da u n h ijo , A q u ile s , al q u e
in te n ta en van o vo lver in m o rta l; d espués regresa a las p ro fu n d id a d e s d el m a r32.
O tra siren a es L e u c ó te a 33, la D io sa B la n ca . E s ven erad a en tod o el M e d ite rrá n e o .
S e g ú n la m ito lo g ía , e ra o r ig in a r ia m e n t e u n a m u je r m o rta l, h ija de G a d m o , q u e
actuó co m o n o d riz a de D io n is o , p e ro H e ra la vo lvió lo ca y se a rro jó al m a r ju n t o a
su p ro p io h ijo M e lic e rte s-P a le m ó n . E ste m otivo la re la cio n a c o n la d iosa siria de lo s
p eces A tá rg a tis; se su p o n e la existen cia de cu ltos y m ito s de lo s p escad o res del E g e o
d e d ica d o s a la M a d re y S e ñ o r a de las c ria tu ra s m a rin a s, ta n ese n cia le s p a ra la a l i ­
m e n ta c ió n h u m a n a 34. U n a fig u r a s im ila r c o n u n n o m b r e d ife re n te es E u r ín o m e ,
que ten ía su culto e n F igalia, en A r c a d ia 35. T a m b ié n se p u ed e e n c o n tra r a u n S e ñ o r
de las criatu ras m arin a s, al q ue se asign an n o m b res d ife re n te s 36: aparece com o F o r ­
cis, P ro te o , N e r e o , G la u c o , el « v e r d e - a z u l» , o sim p le m e n te co m o el « V ie jo d el
M a r » (háliosgéron ) ; ta m b ié n él debe ser ve n c id o y c a p tu rad o . L a id ea de u n S e ñ o r o
u n a S e ñ o ra de los A n im a le s que debe ser v e n c id o en b e n e fic io de los cazadores está
m u y d ifu n d id a y es m u y p o sib le que sea de o r ig e n p a le o lític o ; e n la re lig ió n o fic ia l
de lo s g rie g o s tal im a g e n se con serva casi co m o u n re sid u o fo lc ló ric o .
E l d io s-m a c h o cab río P a n 37 se e n cu en tra e n los lím ites de la c u ltu ra de la p o lis y
de la p ro p ia h u m a n id a d ; se le rep resen ta c o n pezuñas de cabra y gran d es cu ern o s de
c a b ra y, m u y a m e n u d o , c o m o it ifá lic o . E n su fie sta se c e le b ra el s a c r ific io de u n
m ach o c a b r ío 38. E l c e n tro de su cu lto es A r c a d ia ; e n A tic a e ra v e n e ra d o d esd e la

30 M . M ayer, R E Y I A ( 1 9 3 6 ) , pp. 2 0 6 - 2 4 2 ; R. Vollkom m er, LIM Cs.v. T h etisY III ( l 9 9 7 )> PP- 6 - 14 -
Thetídeion: RE V I A ( 1 9 3 6 ) , cols. 2 0 5 s . , H dt. 7, ! 9 I> Pherecydes FGrHist 3 F la; m ito cultual:
Phylarch. FGrHist 8 í F 8 1.
31 Alem an fr. 5, col. I ll, 1 5 - 1 6 Davies; Paus. 3 , 14 , 4 ; J - - P · Vernant, en Hommages à M. Delcourt, 197 ° ,
pp. 3 8 - 6 9 [trad. esp. en M . D etienne y j . - P . Vernant, Las artimañas de la inteligencia, 19 8 8 , pp. 1 5 5 ;
cfr. tam bién R . B . M artínez N ieto, La aurora del pensamiento griego, 2 0 0 0 , pp. 5 3 ~ ^ o I·
32 PR II, pp. 6 5 - 7 9 . E l mito parece sobrevivir en la Grecia m oderna, en e l folktale de las neraides.
33 Eitrem , JÍE X II ( 1 9 2 5 ), cois. 2 2 9 3 - 2 3 0 6 ; A . Nercessian, LIM Cs.v. Ino V (19 9 0 ), pp. 6 5 7 - 6 6 1 .
34 HN, pp. 2 2 7 - 2 3 0 .
35 Paus. 8 , 4 1 , 4 ; ¡I· 18 , 3 9 8 ; GdH, I, pp. 2 2 0 s . ; West (i), a Theog. 3 5 S ; G . B e rg e r-D o e r, LIM C s.v.
Euiynomel, I V ( 19 9 8 ), pp. 1 0 7 - 1 0 8 .
36 GGR, pp. 2 4 0 - 2 4 4 : S&H, pp. 9 5 s.
37 C G S V , pp. 4 6 4 - 4 6 8 ; F. Brom m er, RE Suppl. V I I I (19 5 6 ), cois. 94 9 10 0 8 ; R. H ebig, Pan, dergrie-
chische Bocksgott, 1 9 4 9 : GGR, pp. 2 3 5 s·; Ρ· Merivale, Panthe Goat-God, 1 9 6 9 ; Pli ■ Borgeaud, Recherches
surle dieuPan, G inebra, 1 9 7 9 ; L . Lehnus, L ’inno a Pan di Pindaro, 1 9 7 9 -J - Boardm an, LIMCs.v. Pan III
(19 9 7 ). PP· 9 2 3 - 9 4 1 ·
38 L u c. Bisacc. 9s.
234 3. LOS D IO SES

é p o ca d e la b a ta lla d e M a r a t ó n 39. H a b ita e n cuevas d o n d e se c e le b r a n b a n q u e te s


sa crific ia le s en su h o n o r ; su cueva e n M a ra tó n es quizá u n sa n tu a rio m u y a n tig u o .
P an e n c a rn a el p o d e r de p ro c r e a c ió n n o c ivilizad o , q u e, n o o b stan te, sigue sie n d o
n e cesa rio y fascin an te p a ra la vida civilizada. P o ste rio rm e n te su n o m b re se v in c u la a
esp ecu lacio n es acerca de u n « d io s d e l T o d o » .

3 .3 . A s o c ia c io n e s d e d io s e s

P a n e Ilit ia se p u e d e n e n c o n t r a r ta m b ié n e n p lu r a l: h ay P a n e s1 e I lit ia s 2. E llo lo s


sitúa d en tro de u n a clase co m p leta de seres d ivin o s, que a p arecen esen cialm en te en
g ru p o y s o n d esign ado s e n p lu ra l. L o s m ito s ge n e aló g ico s, esp ecialm en te H e sío d o ,
les a sig n a n ta m b ié n n o m b re s in d iv id u a le s , p e r o s o n c la ra m e n te se c u n d a rio s y n o
tie n e n m u c h o p e so . Las a so c ia c io n e s de d io se s están e stricta m e n te segregadas p o r
sexo, m a sc u lin o y fe m e n in o , y so n h o m o g é n e a s e n cu a n to a la e d a d ; la m a y o ría se
p re se n ta co m o fig u ra s ju v e n ile s , q u e d an zan , can tan o se e n c u e n tra n e n u n estado
de fre n e s í extático ; p e r o ta m b ié n h ay g ru p o s de an cian as. E n la ic o n o g ra fía y tam ­
b ié n e n lo s n o m b re s in d iv id u a le s , la p lu r a lid a d se e x p resa m e d ia n te u n g r u p o de
tre s 3. E n lu g a r de « d io s e s » (theoí) a lo s m ie m b ro s de estas a so cia cio n es ta m b ié n se
les llam a oca sio n a lm e n te daímones o amphípoloi ( « s e r v id o r e s » ) y própoloi (« a sis te n te s » )
de u n a d iv in id a d 4. G e n e ra lm e n te están a so cia d o s a u n a de las g ran d e s d ivin id a d e s
olím p icas o a la M a d re de lo s D io ses, q u e es líd e r de su c o ro .
Tales g ru p o s r e fle ja n de m a n e ra m u y cla ra c o m u n id a d es reales de cu lto (thíasoi),
e sp ecialm en te en el én fasis p o r la m ú sica y la d an za5. L o s g ru p o s de m én ad es , tía -
des y s á tir o s 7 e n el sé q u ito de D io n is o se te s tim o n ia n ta m b ié n e n la v id a re a l, n o
sólo en el te a tro ; asim ism o , sabem os de la existen cia de la a so cia ció n de G u retes en
É fe s o 8. E l té rm in o ninfas es tra ic io n e ra m e n te a m b ig u o , ya q u e se r e fie r e tan to a los
seres d ivin o s de lo s á rb o les y fu en tes co m o a la « n o v ia » o sim p le m e n te a c u a lq u ier
m u je r jo v e n 9. E n el caso d e lo s c e n ta u ro s, las p rim e r a s re p re s e n ta c io n e s a p u n ta n
claram en te a d isfra ce s10. D e la m ism a m an era , se p u ed e c o n je tu ra r q ue detrás de lo s

39 H dt. 6, 1 0 5 ; véase 1 1, n. 18 .
1 Plat. Leg. 8 15 c ; F. B rom m er, Satyroi, 1 9 37 ·
2 II. I l, 2 7 0 ; 19 , 119 .
3 H . U sener, « D r e ih e it » , RhM 5 8 ( 1 9 0 3 ) , pp. 1 - 4 8 ; 1 6 1 - 2 0 8 ; 3 2 1 - 3 6 2 (trad, it.: Tríade. Saggio si
numerologia mitológica, 1 9 9 3 ) . Por ejem plo, tres Gárites = Gracias (E . B . H arrison , LIM C s.v. Charis,
Ghariteslll [19 8 6 ], pp. 1 9 4 - 2 0 0 , nos 9ss.), tres Bacantes (véase n. 6), tres Goribantes (R. Lin d n er,
LIMC s.v. Kouretes, Koiybantes V I I I [19 97 ^ PP- 7 3 7 » n ° 7 ; 7 3 ^ “ 7 3 9 - n os 16 , 17 , 19 , 2 2 . 2 4 , 2 6 , 2 9 ).
4 Strab. IO, 4 6 6 - 4 7 4 i ^1 texto más im portante para este capítulo, co n m ateriales de A p o lo d o ro ,
D em etrio de Escepsis, Posidonio: K . R einhardt, Poseidonios über Ursbrung und Entartung, IQ 28, pp. 3 4 -
5 1 ; i?£ X X II ( 1 9 5 3 ) , col. 8 14 .
5 « E l tíaso mítico es una reproducción del tíaso de una realidad cultual», U v. W ilam owitz-M oellen-
dorff, Euripides, Herakles I, 18 89 » p· 8 5 . Im portante p o r los principios teóricos: O H öfler, Kultische
Geheimbünde der Germanen, I, 1 9 3 4 y Vemandlungskulte, Volkssagen und Mythen (Sitz. Ber. W ien 2 7 9 , 2 ), 19 73 -
6 O . K e rn , Die Inschrißen von Magnesia am Maeander, 1 9 0 0 , n° 215 ·
7 Véase III 2 .IO, nn. 4 2 ~4 3 ·
8 Strab. 1 4 p. 64O ; D . K nibbe, Forschungen in Ephesos I X 1 : Die Inschrißen des Piytaneions, 1 9 8 0 . C fr. en gene­
ral Luc. Salt. 7 9 ; Jeanm aire (i), 1 9 3 9 *
9 Véase III 2 . 6 , n n . I 7 a y 18 .
10 G . Dumézil, Le problème des Centaures, 19 2 9, con lám. I; HN, pp. 1 0 3 ; 2 5 5 » n · 2 1 ; en contraste con las
3.2. ASOCIACIONES DE DIOSES 235

C a b ir o s “ , D áctilos Id e o s 12, T e lq u in es y C íclo p e s se ocu ltan c o rp o ra c io n e s de h e r r e ­


ro s . Las m u je re s reales d el v e c in d a rio se r e ú n e n p a ra ayu d ar e n el p a rto (y de ello
s o n u n re fle jo las Ilitia s). C u a n d o leem o s q u e un as m u je re s se d isfra z a ro n de E r in is
p a ra m ata r a H e le n a 13, e llo d eb e c o n s id e ra rs e co m o u n a re fe re n c ia a u n a p rá c tic a
real. L as G o rg o n a s so n en u n p rin c ip io in e q u ívo cam e n te m áscaras14; las P raxíd icas,
sem ejan tes a las E r in is , so n « c a b e z a s » 15, esto es, están rep resen tad as p o r las m ásca ­
ras sagradas en fo rm a de olla. Las diosas d el A re ó p a g o , que se e q u ip a ra n a las E r in is
y a las E u m é n id e s 16, so n lla m a d a s Semnaí, « la s v e n e r a b le s » , m ie n tra s q u e Gérairai,
« la s h o n r a d a s » , es el n o m b re de u n a a so cia ció n d io n isia ca de m u jeres e n A te n a s 17.
L a s G ra c ia s (Charités), las M u sas, las N e re id a s y las O ceá n id e s so n c o ro s de m u c h a ­
chas jó v e n e s. L o s griego s d ic e n que lo s thíasoi h u m a n o s « im it a n » a sus m o d e lo s, los
d ivin o s S átiro s, N in fa s o C u re te s 18; « im it a c ió n » que se co n vierte en id e n tific a c ió n .
L a in sta u ra c ió n de aso ciacio n es en m ascaradas es tan an tigu a y fu n d a m e n ta l q u e n o
se p u e d e a n alizar la c o n c e p c ió n de las c o rre sp o n d ie n te s aso c ia c io n es de d ioses sin
c o n sid e ra r esta re a lid a d cu ltual.
E n la p o esía, p o r su pu esto , se p re se n tan com o m ie m b ro s d el m u n d o de los d io ­
ses: sátiros y m én ad es d anzan a lre d e d o r de D io n is o , las n in fa s b a ila n c o n A rte m is y
lo s C u retes o C o rib a n te s d an zan en to rn o al re c ié n n a cid o n iñ o Zeu s o en to rn o al
n iñ o D io n is o e n tro n iz a d o . L as M usas ro d e a n a A p o lo , las O ceá n id e s a c o m p a ñ a n a
P e rs é fo n e e n el fa tíd ic o p ra d o y lo s C íc lo p e s fo r ja n el rayo p a ra Z e u s. L o s T ita n e s
a p a re c e n sólo e n el m ito te o g ó n ic o co m o re p re se n ta n te s de u n a ép o ca p r im o r d ia l
su p e ra d a 19; los T e lq u in e s de la isla de R o d as se c o n sid e ra n ta m b ié n h abitan tes o r i ­
g in a rio s de la isla ya e x tin g u id o s20; p e ro tam p o co se p u ed e o lv id a r q u e e n la « fie s ta
ritu a l de la in v e r s ió n » , los rep resen tan tes d e la época ancestral, los « h ab ita n tes o r i ­
g in a r io s » regresan com o h o m b re s enm ascarado s.

fantásticas imágenes minoico-m icénicas y orientales, las representaciones geométricas y protoarcai-


cas de los centauros muestran un hombre norm al (con pies humanos) con el añadido de un cuerpo
equino, y es precisamente la presencia constante de este apéndice la que resulta reveladora (p or ej.
Schefold, lám. 6 2 ); cfr. el bronce etrusco RM LII ( 1 8 9 0 - 1 8 9 4 ) , col. IO 78, fig. I I , donde la parte ani­
mal envuelve alhom bre casi como unos calzones. C fr. T h . Sengelin et al., LIMC s.v. KentauroietKentauri-
d e sV Jll (19 9 7)- pp· 6 7 1—
7 2 1; C . W eber-Lehm ann, LIMCs.v. Kentauroi (in Etruria), ibid., p. 7 2 2 , nos 8 - 9 .
11 D . VoU kom m er-G löcker, LiMCs.ü. Megafoi Theoí, V I I I ( ΐ 99 7 ) - PP*8 2 0 - 8 2 8 . Véase VI 1 .3 .
12 B. H em berg, « D ie Idaiischen D aktylen », E ra n o s lo ( 1 9 5 2 ) , pp· 4 I - 5 9 ; véase asimismo LfM Cs.v.
Kouretes (supra, n. 3 ) ; sobre el «rein o de h errero s» véase III 2 .II, n. 6.
13 Paus. 3 , 19» IO . Véase IV 2 , η . 31.
14 Véase II 7. n. 5 2 -
15 Véase II 7, n. 5 3 .
16 Aesch. Eum, 3 8 3 ; Polem ón en Schol. Soph. Oed. Gol. 4 8 9 de M arco = FH G , fr. 4 9 (WÏ. pp- I 3 ° ~
13 1 ) , AF, p. 214.
17 HN, p. 2 5 7 - 8. Véase V 2 -4 - n · 18 .
18 Plat. Leg. 8 15 b .
19 E l mito hesiódico de los Titanes se interpreta históricam ente, haciendo de los Titanes dioses p re-
griegos (G . K aibel, Nachrichten von der Gesellschaß der Wissenschaßen zu Göttingen, Phil. Hist Klasse [ 1 9 0 1 ] , pp.
4 8 8 - 5 1 8 ; M . Pohlenz, « K ro n o s und die T ita n e n » , Neuejahrbücher 3 7 [1 9 1 6 L pp* 5 4 9 ~ 5 9 4 ί U . von
W ilam ow itz-M oellendorff, Kronos und die Titanen, S B B erlín , 1 9 2 9 . p· 5 1 - reim p. 19 6 4 * P· 2 3 )> hasta
que fue conocido el mito de sucesión hitita, véase III 2 . 1, η . 1 4 · U na antigua interpretación ponía
en relación Titanes y titanos « y e so » y hablaba de u n enmascaramiento blanco de los Titanes, H a r -
pocr. s.v. apomátton Keaney, A . H enrichs, Die Phoinikina des Lollianos, 19 72 , pp· 6 3 s·
20 H erter, REs.v. Teichinen V A ( 1 9 3 4 ) . cols. i g 7 - 2 2 4 > en particular col. 2 1 4 · C fr. H N , pp. 2 5 °~ 25 5
sobre « c a rio s» en el Á tica.
236 3. LOS DIOSES

L a fo rm a co n ce p tu a l y n a rrativa de las a so ciacio n es divinas se extien d e ta m b ié n a


té rm in o s abstractos, que de esta fo rm a lle g a n a p e rso n ific a rse : las tres estacion es, las
Horas, se c o n v ie rte n en u n c o ro de m u chach as jó v e n e s; H e s io d o 21 les asigna n o m b res
sign ificativo s: « B u e n a le y » , « Ju s t ic ia » y « P a z » , com o p o rta d o ra s de b u e n o s tie m ­
p o s en u n sen tid o m ás p r o fu n d o . M oîra, la « p a r te c o r re s p o n d ie n te » e n la d iv isió n
d el m u n d o , p o r u n a esp ecie de fu s ió n de las Ilitia s y las E r in is , se c o n v ie rte e n u n
g ru p o de tres d io sas an tigu as y p o d e r o s a s 22: G lo to , « la H ila n d e r a » , L á q u e sis, « la
que da e n s u e rte » y A tr o p o s , « la I n e lu d ib le » .
A lg u n o s de estos g r u p o s e x iste n só lo e n e l m ito , c o m o lo s T it a n e s y G ig a n te s.
O tro s g o z a n de cu lto s im p o rta n te s , c o m o las M u sas de H e lic ó n 23, las G á rite s de
O r c ó m e n o 24 y los G a b iro s. L as c o rre sp o n d ie n te s a sociacio n es de culto h u m an as n o
so n sie m p re d o cu m en tab les. E n cie rto s casos, u n cu lto de tip o n o rm a l p u ed e h a b er
s u stitu id o al a n tig u o g ru p o de m áscaras; p e r o sólo u n a fra c c ió n de las c o stu m b res
reales e n c o n tró sitio en las fu en te s d o cu m en tales q ue p oseem os.

3 . 3· D iv in id a d e s d e l a n a t u r a le z a

S ig u ie n d o el e s p ír itu de la a n tig u a f ilo s o fía de la n a tu ra le z a , h asta el sig lo XIX se


c o n sid e ró co m o u n a xio m a en tod as las in te rp re ta c io n e s q u e los d ioses de la m ito ­
lo g ía h a b ía n sid o « o r ig in a r ia m e n t e » fe n ó m e n o s n a tu ra les y que p o d ía n ser d esci­
fra d o s de a c u e rd o c o n e llo . P o co h a so b re v iv id o de esta c o n c e p c ió n ; n i la id e a , n i
m u ch o m en o s el cu lto , de los dioses p erso n a les p u ed e d erivarse de tal o rig e n . S í que
es cierto q ue m u ch o de lo que llam am os « n a t u r a l» , u san d o la te rm in o lo g ía d e sa rro ­
llad a p o r la filo s o fía e n e l siglo V, e ra c o n sid e ra d o c o m o d ivin o e n épocas a n te rio ­
res. E l sol y la lu n a , e n p a rtic u la r, están sin d u d a p resen tes com o gran d es d ioses d el
p a n te ó n e n el P ró x im o O r ie n t e a n tig u o . E n la r e lig ió n g rie g a , sin e m b a rg o , tales
d ivin id ad es q u ed a n bastante eclipsadas p o r las fig u ras d ivinas d efin id a s a través de la
p o e sía y el c u lto ; Z e u s ha d e ja d o de ser sim p le m e n te el « P a d re C i e l o » . Se p o d ría
in c lu s o s u p o n e r q u e lo s d io se s « h o m é r ic o s » se im p u s ie r o n c o m o p a rte d e u n a
n u eva p e rsp e c tiv a e n u n p ro c e s o q u e la filo s o fía de la n a tu ra lez a tra tó de in v e r tir
p o s te rio rm e n te 1.
G u a n d o e n la Ilíada Z e u s con voca a to d o s lo s d io ses a u n a asam blea e n el m o n te
O lim p o , n o sólo se p re se n tan lo s célebres O lím p ic o s, sin o ta m b ié n todas las n in fa s
y to d o s lo s r ío s ; só lo O c é a n o p e r m a n e c e e n su lu g a r 2. L a id e a de q ue lo s río s so n
d ioses y las fu e n te s, « n in f a s » d ivin as está m u y en ra iz a d a n o sólo e n la p o e sía sin o

21 Hes. Theog. 9 0 2 ·
22 V éase III 2 . 1 , n. 3 6 .
23 Paus. 9 , 3 0 , I ; G. R oux, BCH 78 (195 4), P P · 2 2 - 4 5 · C fr. asim ism o W . F. O tto, Die Musen und der göt­
tliche Ursprung des Singens und Sagens, 1 9 5 4 ; P· Boyan cé, Le culte des Muses chezles philosophes grecs, 1 9 3 7 .
24 Pind. 01. 1 4 [trad. esp. de A . Bernabé y P. Bádenas, 2 0 0 2 ] ; H es. fr. 7 1 [trad. esp. de A . Martínez;
H esiodo, Obrasjfragmentos, 1 9 7 8 , fr. 71] ; Ep h o r. FG rH isfJO F 1 5 2 ; Paus. 9, 3 5 , I ; 3 8 , I ; Escher, RE
III ( 1 8 9 9 ) , cols. 2 1 5 3 s · C fr . asimismo E . Schwarzenberg, Die Grazien, tesis doct., M ún ich , 19 6 6 ;
LIM Cs.v. Charis, Charités (supra η . 3 ) ; B . M cLachlan, The Age o f Grace, Charis in Early Greek Poetry, 1 9 9 3 .
1 Véase VII 3 .1 .
2 II. 2 0 , 4 - 9 .
3.3. D IVINIDADES DE LA NATURALEZA 237

ta m b ié n e n la creen cia y el r it o 3 ; el culto de estas d ivin id ad es está lim ita d o sólo p o r


el h e c h o de q u e se id e n tific a n in s e p a ra b le m e n te c o n u n a lo c a liz a c ió n e sp e c ífic a .
C a d a c iu d a d v e n e ra a su r ío o fu e n te . A l r ío se le c o n c e d e u n témenos y o c a s io n a l­
m e n te in c lu s o u n te m p lo , c o m o en el caso d e l te m p lo al r ío P am iso e n M e s e n ia 4.
G u a n d o lo s m u ch ach o s y las m u chach as alcan zan la m ay o ría de edad, co n sa g ran su
cab ello a su r í o 5; se llev a n o fre n d a s votivas a la casa de la fu e n te 6; se sa crific a n a n i­
m ales e n los río s y las fuen tes. Esta es claram en te la base ritu al, la antigua p ráctica de
los sacrificio s « p o r a h o g a m ie n to » , re fo rzad a y ju stific a d a p o r el hech o de que e n las
tie rra s m e rid io n a le s el agua es algo p re cio so , q u e el h o m b re n o p u ed e p ro d u c ir p o r
sus p ro p io s m ed io s. L a ceguera d el rito se d em u estra de u n a fo rm a a te rrad o ra e n el
h ech o de q ue se p e rm itie ra que la p o d e ro sa fu en te de L e r n a 7 lleg a ra a estar c o m p le ­
tam en te co n ta m in a d a p o r lo s sa c rific io s. E n la ic o n o g ra fía , lo s río s, esp e cia lm e n te
el río A q u e lo o , so n re p resen tad o s com o to ro s c o n cabeza o ro stro h u m a n o 8.
D esd e u n p u n to de vista especu lativo, el cu lto de la tie rra , Gata, Gé, se c o n sid e ra
a m e n u d o c o m o m o d e lo de to d o tip o de v e n e ra c ió n ; d esd e la ép o ca de S o ló n , lo s
griegos ta m b ié n p e n sa ro n y h a b laro n de esta m an era, p e r o evocando tanto el aspecto
p o lític o com o el a gríco la: ju n to a la tie rra que p ro c u ra el su stento, se evoca tam b ién
a la T ie r r a p atria que im p o n e o b ligacio n es a lo s h ijo s q u e n a cen e n e lla 9. E n la r e l i ­
g ió n tra d ic io n a l, el p a p e l de Gata es su m am en te m o d e sto ; se d esa rro lla a p a rtir de la
p rá ctic a de v e rte r lib a c io n e s, e n p a rtic u la r d el acto c e re m o n ia l de « p o r t a r a g u a » a
u n a h e n d id u ra del te rr e n o 10. N i D e m é ter n i la G ra n D io sa de A sia M e n o r d eben ser
id e n tifica d a s c o n la « T i e r r a » .
E l c u lto de lo s v ie n to s re c ib e m u ch a m ás a te n c ió n . Y a se e n c u e n tra el cargo de
« S a c e rd o tisa de lo s v ie n to s » en el G n o so m ic én ic o y se te stim o n ia n frecu en tem en te
sacrificios a lo s vientos e n épocas p o ste rio re s11. E l efecto que se esperaba de tales sa c ri­
fic io s era claram en te m ág ico . M u y a m e n u d o , el p ro p ó s ito se d e fin e de fo rm a m u y
p recisa: u n vien to esp ecífico , n o m b ra d o in d iv id u a lm e n te , que p u ed e d e te rm in a r el
tie m p o en u n a é p o ca d el añ o co n c reta y que p u ed e a fe c ta r de m a n e ra c ru c ia l a las
p e rsp e c tiv a s de co se ch a , o in c lu s o al estado d e á n im o g e n e ra l de las p e rso n a s, es
expulsado o in v o ca d o . E n M étana, el vien to d el sur, L ip s , era expu lsado p o r m e d io
de u n rito que in c lu ía el sa crificio de u n gallo y carreras e n to rn o a los v iñ e d o s 12. E n
S e lin u n te , E m p é d o c les c o n sigu ió ap acigu ar el fu n esto vien to d el n o rte m ed ian te el

3 Waser, RE s.v. FlussgötterVL ( 19 0 9 ), cols. 2 7 7 4 - 2 8 1 5 ; GGR, pp. 2 3 6 - 2 4 0 .


4 Paus. 4 , 3 , 1° ; 3 1 , 4 ; N . M . Valm in, The Swedish Messenia Expedition, 1 9 3 8 , pp. 4 I7 “46 5· Témenos del
Esperqueo: II. 2 3 , 14 8 .
5 Véase II 2 , η . 2 9 -
6 Gasa de la fuente con figura votiva sobre una cratera de campana de París,Bibl. Nat. 4 2 2 , F u rt-
w ängler-R eichhold, lám. 147 *
7 Zenob. A th . s.v. Lérnekakón, p. 3 8 1 M iller (Mélanges de littérature grecque, 18 6 8 [reimp. 1 9 6 5 ]) .
8 H . P. Isler, Acheloos, 1 9 6 9 ; Idem . LÎMC s.v. Acheloos (19 8 1), pp. 1 2 - 3 6 .
9 So ló n fr. 3 6 , 4s. West2; Aesch. Sept. l 6 —1 9 ; «M ad re de todas las cosas» Aesch. Prom. 9O; cfr. Plat.
Menex. 2 3 8 a ; Tim. 4 °b> Leg. 8 8 6 d . A . Dieterich, Mutter Erde, ein Versuch überVolhsreligion, 1 9 0 5 ; GGR, pp.
4 5 6 - 4 6 1 ; M . B . M oore, LIMCs.v. Ge I V (19 8 8 ), pp. I 7 l " l 7 7 ; véase III 2 · 9 > η · 2 ·
ΙΟ Véase II η. 6 6 ; II 5 , η. 14 .
11 Véase I 3 .6 , η. 2 6 ; Π. 2 3 » 194 s· ; LSS I l6 A I; Paus. 2 , 12 , I; 9 , 3 4 * 3 ; Hesych. s.v. anemótas Latte,
GGS V , pp. 4 ^ 6 s. ; GGR, pp. 1 1 6 s .; L . Robert, Hellenika 9 ( l 9 5 9 )> pp- 5 6 - 6 1 .
12 Paus. 2 , 3 4 , 2 ; véase II 4 · 4·> η · 6 5 -
3. LOS DIOSES
2 3 §

sa crific io de u n a s n o ’3. L o s aten ien ses im p lo ra b a n a B ó re a s, el vien to d el n o rte , que


a n iq u iló la flo ta p e r s a 14. T a m b ié n se d ecía de B ó re a s q u e h ab ía rap tad o a O ritía , la
h ija del re y a ten ien se. E l sa c rific io e n la isla de C e o s cu an d o se levanta S ir io in voca
a lo s fre sc o s v ie n to s e te s io s '5. L o s e sp a rtan o s ca n ta n u n p e á n a E u r o , el v ie n to d el
este, p a ra que acud a com o « S a lv a d o r de E s p a r t a » '6.
H e lio , el sol, es u n d io s e n todas p artes; se p ro d u jo u n escándalo cu an d o A n a x á ­
goras se atrevió a co n sid e ra rlo u n a m asa in c a n d e sc e n te '7. P e ro la isla de R o d a s es casi
el ú n ic o lu g a r d o n d e H e lio go za de u n c u lto im p o r t a n t e '8; e n c o n s e c u e n c ia , se
vu elve a n t r o p o m o r fo : la estatu a g rie g a d e b r o n c e m ás g ra n d e , el « G o lo s o de
R o d a s » , e ra u n a re p r e s e n ta c ió n de H e lio . E n la is la tie n e lu g a r u n e sp e c ta c u la r
s a c rific io a H e lio e n el q u e se a r r o ja n al m a r u n tiro de cu atro caballos y u n c a r r o '9.
E l m ito d e F a e tó n 80 y la caíd a d el c a rro d e l so l p u e d e n estar re la c io n a d o s c o n tales
c o stu m b res. L a p r o p ia id e a d el c a rro d el so l es ta n in d o e u r o p e a c o m o p r ó x im o o -
r ie n t a l8'. E n la Odisea, H e lio tie n e u n a isla c o n vacas sagrad as; p e r o p a ra v e n g a r el
sacrilegio de lo s acom pañ an tes d e O d ise o , n ecesita la ayuda de Z e u s 82. P o r lo dem ás,
resta sim p le m e n te el p la c e r que p ro d u c e la lu z d el so l: lo s n iñ o s can tan : « s a l, q u e ­
rid o s o l » 23. S ó crates salu da d evotam en te al sol al a m a n e c e r8*.
S e le n e , la lu n a , aparece e n v a rio s m ito s, co m o el de su a m o r p o r el d u rm ie n te
E n d im ió n 85; se n a r r a n m ito s sim ila re s de la d io sa in d o e u r o p e a de la A u r o r a , E o s,
q ue ra p ta a l jo v e n C é fa lo 86. P e ro to d o e llo está m u y a leja d o de la v e n e ra c ió n r e l i­
giosa; lo m ism o p u ed e d ecirse de Iris , el arco iris que fo rm a u n p u en te en tre el cielo
y la tie rra , que se co n v ie rte en a n tr o p o m o r fa m en sa je ra de lo s d io se s87. G u a n d o los
dioses se e n c u e n tra n co n u n dios L u n a e n las antiguas trad icio n es de A sia m e n o r, lo
lla m a n p o r el an tigu o n o m b re in d o e u r o p e o Mén88. Nyx, la N o c h e , es u n a fu erza p r i ­
m o rd ia l e n los m ito s c o sm o gó n ico s e sp ecu lativo s89, co m p a rab le en este sen tid o co n
O c éa n o , el río c irc u la r d o n d e se e n c u e n tra n el cielo y la tie r r a 30. T ales fuerzas están
alejadas d el h o m b re , de sus p re o c u p a c io n e s y de su d ev o ció n .

13 Véase V 3 , 5 , n. 2 9 .
14 H dt. 7 , 1 8 9 .
15 HN, pp. 125 - 127 ; S. K aem p f-D im itriad o u , L IM C s.v. Boreas III (19 8 6 ) , pp. Ι 3 3 ~Ι 4 2 ·
16 PMG 8 5 8 .
17 Véase VII 2 , n. 3 9 -
18 C G SV, pp. 4 l 7 “ 4 2 0 ; Jessen, i?EV III ( 1 9 12 ) , cois. 6 6 - 6 9 ; CGR, pp. 8 3 9 s .; sobre la iconografía: K .
Schauenburg, Helios, 1955 ; N . Yalouris, LïMCs.v. HeliosV (19 9 0 ), pp. 1 0 0 5 - 1 0 3 4 ; véase III 2 -5 - n - 5 5 -
19 LSS 9 4 ; Festus s.v. Octoberequus Lindsay.
20 G . T ü rk , RE X I X ( 1 9 3 8 ) , cols. 1 5 0 8 - 1 5 1 5 ; J · Euripides Phaethon, 197 ° ; F. Baratte, LLMC s.v.
Phaethon i V I I (1 9 9 4 ) , pp. 3 5 ° " 3 5 4 ·
21 B abilon ia: O pp en h eim , p. 1 9 3 ; A T 2 Re 2 3 , H ; hitita: U llik um m i A/V£Tl 2 3 ; P- G elling, H . E .
Davidson, The Chariot o f the Sun and Other Rites and Symbols o f the Northern Bronze Age, 19 6 9 .
22 Od. 1 2 , 2 6 1 - 4 0 2 ; ganado de H elio en A po lo n ia : H dt. 9, 9 3 .
23 Aristoph . fr. 4 ° 4 K assel-A ustin.
24 Plat. Symp. 2 2 0 d .
25 Sappho Test. 19 9 Voigt; Bethe, R E V ( 1 9 0 5 ) , cols. 2 5 5 7 “ 2 5 6 0 ; culto de E n d im ió n en el m onte
Latm o, cerca de M ileto, Paus. 5 , I, 5 *
26 Escher, i?Ev ( 1 9 0 5 ) , cols. 2 6 5 7 _ s 6 6 g , en particular cols. 2 6 6 2 - 2 6 6 5 .
27 Æ. 2 , 7 8 6 “ 7 9 0 y en otros lugares; brom as groseras con Iris: A ristop h . Av. I 2 0 2 - I 2 6 l ; F. B ro m -
m er, Satyrspiele, 2I 9 5 9 > PP* 2 6 - 2 9 ; RML II ( 1 8 9 0 - 1 8 9 4 ) , cois. 34 ,3 ~ 34 ,8 -
28 E . Lane, Corpus monumentorum religionis dei Menis Ι - Ι Ι , 19 7 [ [9 75 ■
29 OF 2 0 [trad. esp. de A . Bernabé, Hieroslogos, p. 5 1I ; cfr. H es. Theog. 2 1 1 - 2 3 2 .
30 II. 14 , 2 0 1 ; 2 4 6 .
3.4. DIVINIDADES EXTRANJERAS 239

3 .4 . D iv in id a d e s e x tr a n je r a s

E l p o lite ísm o es u n sistem a a b ie rto . L a tr a d ic ió n q u e d e fin e lo s cu ltos d e los d io ses


es válid a sólo d en tro d el g ru p o cerrad o y se verá puesta en duda e n cada contacto c o n
e x tra n je ro s. Se suele asu m ir q ue los m ism o s dioses e je rc e n su p o d e r e n todas p artes
—e n la épica, tanto griego s com o tro yan o s elevan sus p legarias a Z eu s, A p o lo y A t e ­
n ea—y, p o r c o n sig u ie n te , se cree que lo s n o m b re s de lo s d ioses p u e d e n tra d u c irse
ig u al que c u a lq u ie r o tra p alab ra. A l m ism o tie m p o , sin e m b argo , la e x p e rie n c ia d e l
carácter d ife re n te de lo s dioses ex tra n jero s lleva a la c o n c lu sió n de que ciertos d io ­
ses so n ve n e ra d o s y p o d e ro so s sólo e n ciertos países e n tre sus p ro p io s h abitan tes. Se
m uestra respeto, p o r tanto, p o r los dioses locales de u n país e x tra n jero 1, p e ro la id e n ­
tid ad expresada p o r lo s p ro p io s dioses n o se olvid a: u n arcad io cele b rará la fiesta de
lo s Lykaia in c lu so e n A s ia M e n o r 2. E sta c o e x iste n cia de fiestas d ife re n te s , si hay u n
con tacto estrech o , d eb e llevar a u n a in flu e n c ia m u tu a, así com o a la p o sib ilid a d de
to d o tip o de m alen ten d id o s p ro d u ctivo s. L a a d o p ció n con scien te de u n d io s e x tra n ­
je r o p u e d e se g u ir a u n a e x p e rie n c ia p o sitiva e n re la c ió n c o n u n v o to ; ta m b ié n las
ciud ad es p u e d e n , a través de la m e d ia c ió n del o rácu lo d élfic o , re c ib ir cultos e x tra n ­
je r o s p o r esta vía. E x iste n adem ás fo rm a s de re lig ió n cuyos seg u id o res v ia ja n de u n
lu g a r a o tro a ctu an d o com o m is io n e ro s y, a u n q u e esta p rá ctic a es co n sid e ra d a p o r
los g rie g o s a je n a y sospech osa, tales m o vim ien to s p u e d e n so b rep asar c o n g ran fa c i­
lid a d fro n te ra s estatales y lin gü ísticas.
E l p a n t e ó n g rie g o n o es in m u ta b le . S ó lo u n p e q u e ñ o n ú m e r o de lo s d io se s
m ic én ic o s so n in d o e u ro p e o s y A p o lo y A fr o d ita p ro b a b le m en te n o se in c o rp o ra r o n
hasta m ás ta rd e . E l h ec h o de q u e se e sta b lec iera u n g r u p o fijo d e d io ses g rie g o s se
debe a la ép ica. E l flo re c im ie n to de la épica e n el siglo V I I I señ ala u n c ie rto lím ite :
to d o lo q ue lleg ó después de esa fech a n u n c a se asim iló d e l to d o y siem p re m antuvo
u n c a rá c te r e x tr a n je r o . A p a r t ir d e la m ita d d el sig lo V I I , la c iv iliz a c ió n g rie g a
alcanzó tal e n tid a d e in flu e n c ia que las in filtra c io n e s extran jeras se c o n tro la ro n p o r
u n tiem p o , p e ro en n in g ú n m o m en to cesaro n p o r co m p leto .
E l culto de A d o n is , el d io s que m u e r e 3, ya se e n c u en tra to talm en te d esa rro lla d o
en el g ru p o de m uchach as de S afo e n L esb o s e n to rn o a 6 0 0 4; e n efecto, cabe p r e ­
gun tarse si A d o n is n o h a b ría llegado a G re c ia desde el p rin c ip io ju n to c o n A fro d ita .
P ara los griegos era b ie n sabido que p ro v en ía d el m u n d o sem ítico y p en sab an que su
o r ig e n se re m o n tab a a B ib lo s y a C h ip r e 5. S u n o m b re es claram en te el títu lo s e m í­
tico adon « s e ñ o r » . A d ecir verdad, n o hay en la trad ició n sem ítica n in g ú n culto c o n o ­
cido re la c io n a d o c o n este títu lo que se c o rre sp o n d a exactam ente c o n el culto griego,

1 Hieol ennaéfai A p o ll. R hod. 2 , 1 2 / 3 , además, el escoliasta escribe: « e n tierra extranjera se ofrecen
sacrificios a los dioses locales y a los héroes locales».
2 X en . Anab. I, 2 , 10 .
3 W . W . B audissin, Adonis und Esmun, 1 9 1 1 ; GGfizpp. 7 2 7 s-i P. Lam brech ts, Mededelingen von de Kon.
Vlaamse Akademie voor Wetenskapen, Lett. & Schone Künsten, Kl. derLetteren 16 , I 9 5 4 > n° W . AlalLih, Adonis dans
la littérature et l’art grecs, 1 9 6 6 ; M . Detienne, Les jardins d'Adonis, 1973 [trad, esp.: Los jardines de Adonis. La
mitología griega de los aromas, 1 9 8 3 ] ; S &fi, pp. l o g - I I I ; N . Robertson, ΗΊΐιϋ 7 S (19 8 2 )1 PP· 3 I 3 “ 3 5 9 ¡
B . Servais-Soyez, LLM Cs.v. Adonis I (19 8 1), pp. 2 2 2 - 2 2 9 -
4 Sappho fr. 14O : 16 8 Voigt [trad. esp. de H . Rodríguez Som olinos, Poetisas griegas, 1 9 9 4 . fr. 6 2] : cfr.
H es. fr. 1 3 9 ; Epim énides: GRBS 1 3 ( 1 9 7 2 ) , p. 9 2 [fr. 57 Bernabé].
5 G om o padre aparece Fénice en Hes. fr. 1 3 9 , Giniras de Pafos (C h ipre) en A po llo d. 3 , 18 2 .
240 3. LOS DIOSES

n i tam poco u n equ ivalen te d el m ito g rie g o de A d o n is 6. E l culto en B ib lo s se co n o ce


só lo a p a r t ir de te s tim o n io s g rie g o s t a r d ío s 7. L o q u e sí p u e d e id e n tific a r s e es la
exp a n sió n d el cu lto m eso p o tá m ic o de D u m u z i-T a m m u z . L o s p ro fe ta s d el A n tig u o
T estam ento lo c o n sid e ra n re p u g n a n te : las m u je re s se sie n ta n ju n t o a la p u e rta l l o ­
ran d o p o r T am m u z, sah ú m an el « B a a l » e n lo s tejad os y sie m b ra n « p la n ta s a g rad a­
b le s » 8. Éstos so n los elem en to s p ro p io s d el culto de A d o n is: u n cu lto reservado a las
m u je re s, q ue se c ele b ra e n las azoteas, d o n d e se c o lo c a n tiestos c o n h ie rb a s verd es
que g e rm in a n rá p id a m e n te , el « J a r d ín de A d o n is » . L o s dulces aro m as d el in c ie n so
caracterizan la a tm ó sfera de la fiesta, p e r o su c en tro es el agu d o la m e n to p o r el dios
d ifu n to . T e n d ía n u n a e sta tu illa d e A d o n is m u e r to e n su le c h o y lo lle v a b a n a su
tu m b a : la e fig ie y lo s ja r d in c illo s se a r r o ja b a n al m a r 9. S ó lo u n a fu e n te de ép o ca
im perial afirm a que las m ujeres se con so lab an después co n la convicción de que el dios
v iv ía 10. E l m it o 11 h a b la d e l n a c im ie n to d e l A d o n is d e l á rb o l de la m ir r a , M yrrha, a
consecuen cia de u n a re la c ió n incestu osa e n tre la m uchach a M irra y su p ro p io p ad re .
E l h erm o so m u ch ach o fu e e n c o m en d a d o a P e rsé fo n e p o r A fr o d ita , p e ro m ás tard e,
cuan d o A fr o d it a q u iso re c u p e ra r lo , P e rs é fo n e n o q u iso d ev o lvé rse lo . G o m o e n el
caso de la p ro p ia P e rséfo n e, se lleg ó a u n a cu erd o p o r el cual A d o n is p asaría u n te r­
cio d el año c o n P e rséfo n e y dos te rcio s d el añ o c o n A fr o d it a 12. M ás p o p u la r se hizo
otra v e rsió n d el m ito de la m u erte d el fa v o rito de la d io sa d el a m o r: d u ra n te la caza,
A d o n is es h e rid o e n el m u slo p o r u n ja b a lí —o p o r A re s b a jo la fo rm a de u n ja b a lí—
y, a co n secu en cia de e llo , m u ere d esa n g rad o . Q u e la m u e rte d el d io s c o rre sp o n d a a
la m uerte de la n atu raleza en v e ra n o —las A d o n ia s se cele b rab a n c o in c id ie n d o co n el
mes « T a m m u z » e n ju n io / ju lio — es u n a in te rp re ta c ió n an tigu a y a m p liam en te acep ­
tada, p e r o q u e e x p lic a m u y p o c o . E n G re c ia , la fu n c ió n e sp e cia l q u e a d q u ie re el
culto de A d o n is es la o p o rtu n id a d de e x p resar c o n lib e rta d las e m o c io n e s e n la vid a
estrictam ente lim ita d a de las m u je re s, en con traste c o n el ríg id o o rd e n de la p o lis y
la fam ilia , u n a característica que co m p a rte c o n las fiestas o ficiales de las m u je re s en
h o n o r a D e m é te r13.
E l culto de la G r a n M a d re, Meter 1* , es c o m p le jo en la m ed id a e n q u e la tra d ic ió n
au tó cto n a m in o ic o - m ic é n ic a se e n trelaza a q u í c o n u n cu lto to m ad o d ire c ta m e n te

6 Tanto helenistas (P. Kretschm er, Glotta 7 [19 16 ], p. 3 9 ; O. Zuntz, M H 8 [ i g $ l ] , p. 3 4 ) com o o rien ­
talistas (H . Frankfort, The Problem o f Similarity in Ancient Near Eastern Religions, 19 5 1 ; C . C o lp e , en Lisan
mithuiii, FestschrißW. v. Soden, 1969» P· 2 3 ) han puesto en duda la relación. C fr. O . Eissfeldt, Adonis und
Adonaj, SB Leipzig, I 15 , 4 » I 9 7 ° ! S. R ibicchini, Adonis, Aspetti 'orientali’ di un mito greco, 19 8 1 , subraya la
reelaboración griega de elementos extranjeros.
7 Luc. DeaSyr. 6s.; Cyrill. A lex. PG 7 0 , 4 4 0 s -> cfr., Clitarch. FGrHist 1 3 7 F 3 ; Gese, pp. 1 8 5 - 1 8 8 .
8 £ « 8 ,1 4 ; Jer 3 2 , 2 9 ; 4 4 , 1 5 ; Is 17 , 10 .
9 A ristoph. Lys. 3 8 9 - 3 9 8 ; Plut. Ale. 18 ; M en. Sam. 3 9 ~ 4 6 ; Eust. Od. II, 5 9 o - P· r 7 OI> 4 5 ; T h eo cr.
15 Adonidzousai.
10 Lu c. Dea Syr. 6 . P. Lam brechts, « L a résurrection d ’A d o n is » , en MélangesI. Lé oy, 1 9 5 5 - PP· 2 0 7 -
24O · C fr. HN, p p .2 9 ° s .
11 PR I, pp. 3 5 9 - 3 6 3 > nacim iento de A d on is: A p o llo d . 3, 18 3 s .; A n to n . L ib . 3 4 ; Paus. 9, 16 , 4 ·
12 Panyasis en A p o llo d . 3, 18 5 - fr. 27 B ernabé2; espejo ro m an o JH S 6 9 ( 1 9 4 9 ), P· H·
13 Detienne (véase η. 3 ), passim, especialmente pp. 1 5 1 - 1 5 8 .
14 Rapp, ftMLII ( 1 8 9 0 - 1 8 9 4 ) , cols. 1 6 3 8 - 1 6 7 2 ; Drexler, RE ( 1 8 9 4 - 1 8 9 7 ) , cols. 2 8 4 8 - 2 9 3 I ; Schwenn,
R E X I (1 9 2 2 ) , cols. 2 2 5 0 - 2 2 9 8 ; C G S III, pp. 2 8 9 - 3 9 3 ; GGR, pp. 7 2 5 - 7 2 7 ; H . Graillot, Lecultede
Gybèle, 1 9 1 2 ; E . W ill, «A spects du culte et de la légende de la G rande M ère dans le m onde g re c » ,
e n Eléments orientaux dans la religion grecque, i9 6 0 , pp. 9 5 - H I ; W . Helck, Betrachtungen zur grossen Göttin und
der ihr verbundenen Gottheiten, 19 7 r ; S&H, pp. 1 0 2 - 1 2 2 ; Ph. Borgeaud, La Mère des dieux. De Gybèle à la Vierge
3.4. DIVINIDADES EXTRANJERAS 24I

d el re in o frig io de A sia M e n o r. E n tablillas en lin e a l B de P ilo aparecen o fren d as en


h o n o r a u n a « M a d r e D iv in a » 13. E l elem en to a n a to lio se m an ifiesta e n los n o m b res
Kybébe y G íb e le (Kybéle)·, adem ás G íb e le e ra c o n o c id a c o m ú n m e n te c o m o « la d io sa
f r ig i a » . H o y se sabe que K u b ab a es el n o m b re, ya en la E d ad del B ro n ce , de la diosa de
la ciu d ad de K a rk e m ish , en el E u frates, y, sobre la base de testim o n io s escritos e ic o ­
n o g rá fic o s , es p o sib le re m o n ta r la d ifu s ió n de su cu lto a la p rim e r a E d a d del H ie ­
r r o 16; el cu lto lle g ó a lo s fr ig io s e n el in t e r io r de A n a to lia , d o n d e a d q u ir ió u n a
e sp e c ia l im p o r t a n c ia . L o s m o n u m e n to s fr ig io s m ás s ig n ific a tiv o s 17 —las g ra n d e s
fachadas de p ie d ra c o n el n ich o p ara la im a g e n de la d io sa e n tre dos le o n e s así com o
la estatua de u n a d io sa co n c o ro n a alta (pólos) e n tro n iza d a en tre u n to ca d o r de lir a y
u n fla u tis ta p ro c e d e n te de u n a p u e r ta e n la B o g a z k ö y fr ig ia — so n d e l siglo V I y ya
revelan la in flu e n c ia de las técnicas griegas. S in em bargo, n o p u ed e p o n e rse en d ud a
q ue la tra d ic ió n se re m o n ta a la g ra n época de e sp le n d o r del re in o frig io , bajo el rey
M id a s . E n las in s c r ip c io n e s frig ia s de lo s m o n u m e n to s , la p a la b ra matar a p a re c e
varias veces y en u n caso se p u ed e n le e r las p alab ras matar kubileya18. L o s griegos de A sia
M e n o r ya d eb ía n de h a b er ad op tad o a G íb e le e n el siglo V II.
E n tre los g riego s p o r lo g e n e ra l se llam a a la d iosa sim p lem en te Méter o Méter oreíe
« M a d r e d e la M o n t a ñ a » , o, seg ú n lo s n o m b re s resp ectivo s d e las m o n tañ as, Méter
Dindyméne, Méter Sipyléne, Méter Idaía y o tro s. E l cu lto se d ifu n d ió desde J o n i a S e p te n ­
tr io n a l y G íz ic o ; H e r ó d o to m e n c io n a la fie sta de C íz ic o 19. L o s relieves votivos q u e
m u estra n a la d io sa fro n ta lm e n te , e n tro n iza d a en u n n a is c o 20 so n u n rasgo d is tin ­
tivo d el c u lto ; ta m b ié n se excavan en la p a r e d ro c o sa n ic h o s votivos q u e c o n tie n e n
im á g e n es de u n tip o s im ila r. E 1‘ cu lto es e n g ra n m e d id a p riv a d o y es su sten tad o y
d ifu n d id o en el e x tra n je ro p o r sacerd o tes m e n d ic a n te s itin e ra n te s, metragfrtai, q ue
ta m b ié n se lla m a n a sí m ism o s Kybeboi21. P ín d a ro co m p u so p o e m a s p a ra el cu lto de
Méter en T ebas y, seg ú n la leyen d a, in t r o d u jo él m ism o el cu lto a llí82. H acia fin a le s
d el siglo V se c o lo c ó u n a estatua de A g o rá c rito que m o strab a a Méter c o n tím p a n o y
le ó n e n el an tigu o B o u le u te rio n e n el ágo ra de A te n a s; este Metroon alb ergó a p a r tir
de en to n ces el arch ivo d el E s ta d o 23.

Marie, 1 9 9 6 ; E. Sim on, LIMC s.u. K y b e le Y lïl (19 9 7 ), P P - 7 4 4 ~7 6 6 .


15 Véase I 3 .6 , n . 2 2 ·
16 E. L aroche, « K o u b a b a , déesse an ato lien n e et le p ro b lè m e des o rig in es de C y b è le » , en Eléments
oriental u‘ (véase n. 14 ), pp. IΓ3 - 128; IC. Bittel, «Phrygischen K u ltb ild aus Bogazköy», en Antike Pias-
tik I I , 1 9 6 3 , P P · 7 - 2 1 . Sob re la fo rm a lidia del n o m b re Kuuau: R. G usm ani, Kadmos 8 ( 1 9 6 9 ), pp·
1 5 8 -1 6 1 .
17 G. H. E. Haspels, The Highlands o f Phrygia, 19 7 1; B ittel (véase n. 16).
18 Haspels I, p. 2 9 3 ? n ° I 3 i C. B rixhe, Die Sprache 25 ( [9 79 )> pp· 4 ° - 4 5 >ε^Γ· in scrip ción fd]s Kybálas
en la L ocros itálica, sig. VII, M. G uarducci, Klio 52 ( l 97 ° ) ’ PP· I 3 3 “I 3 ^ -J· de la G e rn iére , « D e la
Phrygie à Locres épizéphyrienne: les chem ins de C yb èle» , Mélanges Ecole Française de Rome. Antiquité 97
(198 5), pp. 6 9 3 -7 1 8 ,
19 H dt. 4 , 76 .
20 W ill (véase η . 14 ) , pp. 9 8 s.
21 Sem onides fr. 3 6 West2, cfr. H ippon ax fr. 1 5 6 West2, Cratinus fr. 66 K assel-A ustin.
22 Aristodem . FGrHist 3 8 3 F 1 3 ; Pind. fr. 8 0 ; 9 5 ; Dith. 2 Maehler [trad. esp. de E. Suárez, Píndaro, Obra
completa, 19 8 8 , pp. 3 7 8 “ 3 8 o] ; Pyth. 3 , 7 7 s*> c^r - G ., A rrig o n i, « A lla ricerca délia Meter tebana e dei
veteres di» , e n A A . W . , Scripta philologa III, 19 8 2 , pp. I 4 - I 5 > 1 7 ; J - B· Lidov, « P in d a r’s Hymn to Cybele
(fr. 8 0 S M ) » , GRBS 3 7 (19 6 6 ), pp. 1 2 9 - 1 4 4 : Pk. Borgeaud, La Mère des dieux, 19 9 6 , Ρ· 2 7 6 , n. 1 4 -
23 Travlos, pp. 3 5 2 - 3 5 ^? sobre la estatua: A . von Salis, « D ie Götterm utter des A g o rakrito s»f Jd fl2&
(19 13 ), pp . 1 - 2 6 ; AE (19 7 3 ), PP· 18 8 -2 17 -
242 3. LOS DIOSES

L a « M a d r e » n o se a d ap ta fá c ilm e n te al sistem a g e n e a ló g ic o de la m ito lo g ía


g rie g a . P a ra H o m e r o y H e s io d o hay u n a m a d re de Z e u s, H e ra , P o sid ó n y de o tro s
dioses n o m b ra d o s in d iv id u a lm e n te ; se la lla m a R ea, u n n o m b re que aparece sólo en
la m ito lo g ía . S in em b a rg o , la Meter cele b rad a c o n u n cu lto , es « m a d re de to d o s lo s
dioses y de to d os los h o m b re s » 24 y, sin d u d a, es ta m b ié n m ad re de to d os los a n im a ­
les y de to d a fo rm a de vid a. L a p ro c re a c ió n está p o r tanto d o m in a d a p o r ella; G íb ele
es eq u ip a ra d a c o n A fr o d it a 85. N o tien e u n a m ito lo g ía p ro p ia . L o s griegos le tr a n s fi­
r ie r o n el m ito de D e m é te r. G u a n d o D e m é te r c o m o Méter se c o n v irtió ta m b ié n e n
m ad re de Z e u s, la c o n c e p c ió n de P e rsé fo n e se tra n s fo rm ó e n u n in cesto , u n h ech o
r ■ ■ - 26
que e je rc e ría g ra n fa sc in a c ió n .
Se festeja a Méter co n m ú sica salvaje y excitante que p u e d e llevar in c lu so al éxtasis;
p o r ta n to , su p o d e r se extien d e sob re el g ru p o m asc u lin o de los G o rib a n te s. S u lle ­
gada va acom pañ ad a d el estriden te so n id o de la flauta, el so rd o retu m b ar de los tam ­
b o re s (tympana) y el tin tin e o de lo s p e q u e ñ o s cím b alos de b ro n c e (kjímbala). L o s fieles
m ás sen sibles so n « lle v a d o s » al éxtasis y « p o s e íd o s » p o r la d io sa 27. E n la im a g in a ­
c ió n m ítica, las salvajes bestias de p resa, esp ecialm en te le o p ard o s y le o n e s, se u n e n a
su p ro c e sió n . L a m eta es el sa crific io de u n to ro ; la in v e n c ió n d el tím p a n o fab ricad o
c o n p ie l de to ro aplaca la ir a salvaje de la « M a d r e » 28. A l m en o s a p a r tir de P ín d a ro
(v. n o ta 2 2 ) , el c o rte jo de Méter Kybéle se id e n tific a c o n el g ru p o de D io n is o : la id e n ­
tid ad se d eriva d el a b a n d o n o de la existencia o rd en a d a , de la p ro c e sió n a la m o n tañ a
y de la danza extática.
E l m acab ro p u n to c u lm in a n te d el fre n e s í de la G r a n D io sa , la auto c astració n de
lo s Gdlloi, p o r su p u esto h a d esp ertad o u n in te ré s esp ecial, p e r o n o sie m p re y n o e n
todas p artes a co m p añ a el culto a D e m é te r. T ie n e su lu g a r en el estado sacerd o tal de
P e sin u n te , e n el an tig u o á m b ito h it it a - fr ig io , y e n u n p r in c ip io q u ed ab a fu e r a d el
h o r iz o n te g r ie g o 89. E l te s tim o n io m ás a n tig u o de u n a a u to c a s tra c ió n d e este tip o
lleva a fin a le s d el siglo V 3° ; el c o rre sp o n d ie n te m ito de A tis se c o n o c e sólo desde la
épo ca h e le n ístic a 31. C o n el traslad o d el cu lto de P e sin u n te a R o m a e n 2 0 5 , el culto
de la Magna M ater e n c o n tr ó u n n u e vo c e n tro d esd e el q u e se d ifu n d ió p o r to d o el
im p e rio ro m a n o .
E l d io s fr ig io S ab a z io 32, q ue se c o n s id e ra c o m o p a ra le lo a D io n is o , a p arece e n
A te n a s e n el sig lo V . A l m ism o tie m p o , p e r te n e c e al c írc u lo d e la d io sa Méter. Se

24 H om . ífymn. 14 ·
25 Véase III 2 -7 , n. 2 5 -
26 Melanippides PMG, fr. 76 4 ; Eur, Hel. I 3 O I -13 8 6 ; en la teogonia órfica, Burkert,-A&A14 (19 6 8 ), ρ· ΙΟ Ι.
27 Véase II 8 , η. 1 2 ; M enandro, Theophorouméne ( « L a muchacha p o seíd a»).
28 E u r. Hel. I 3 4 6 - I 3 5 2 ; E u r. Bacch. I 2 3 “ I 2 9 ; him no a Méter de Epidauro, PMG, fr. 9 3 5 = IG I V I 2 1 3 1
[nuevas lecturas e interpretación, K . T . Witczak, Les études classiques 6 9 ( 2 0 0 1 ) , 2 3 " 3 3 ; cfr. W . D .
F u r le y y J. M . Brem er, GreekHymns, 2 0 0 1 , II, pp. 1 6 7 - 1 7 5 ] ; HN, Ρ· 2 9 1 ·
29 H . H epding, Attis, seine Mythen und sein Kult, Ι 9 ° 3 ·
30 Plut. Nie. 1 3 , 2.
31 C allim . fr. 7 6 1 Pfeiffer; Gatul. 6 3 ; P. Lam brechts, Attis van herdersknaap tot God (Verhandelingen von
de K o n . Vlaam se A cadem ie voor W etenskappen 4 6 ) , 1 9 6 2 ; M . J . Verm aseren, The Legend o f Attis in
Greek and Roman Art, 19 6 6 ; M . J . V erm aseren -B . M . de B oer, LIM Cs.v. Attis H l (19 8 6 ), pp. 2 2 - 4 4 ·
32 A ristop h . Ve$p. 9 s.; Lys. 3 8 7 ; D em - 18 , 2 5 9 s·! « M y s te r i» , C R A I( 1975 )* pp· 3 ° 7 ~ 3 3 ° ; Sabazios =
Dioniso: Am phitheos FGrHist 4 3 1 E 1. C ook I, pp. 3 9 0 - 4 0 0 ; GGR, pp. 8 3 6 ; Schaefer, R E I A (19 2 o),
cols. 1 5 4 0 - 1 5 5 1 ; R · Gicheva, L1M C s.v. Sabazios V I I I ( l 9 9 7 )> PP· 1 0 6 8 - 1 0 7 1 . A . Vaillant, LaNouvelle Clio
7 - 9 ( 1 9 5 5 - 1 9 5 7 ) , PP· 4 8 5 s ., interpreta el nom bre como «liberad o r» (cfr. eslavo svoboda «lib ertad »).
3.5, DAÍMON 243

c e le b r a n m is te rio s p riv a d o s e n su h o n o r . L a m a d re d e l o r a d o r E s q u in e s actu ab a


c o m o sacerd o tisa en u n círcu lo de este tip o 3aa. E n u n a co m ed ia de E u p o lis se p a r o ­
d ia n lo s m iste rio s de la d iosa tracia C o tito 33. Se in tro d u jo en A te n a s u n culto o fic ia l
a la d io sa tra c ia B e n d is a causa de u n v o to d esp u és d e l e sta llid o de la G u e r r a d el
P e lo p o n e s o 34; se la re p rese n ta com o u n tip o de A rte m is , c o n botas de caza, a n t o r ­
cha y g o rro tracio e n p u n ta.
E l d io s o rá c u lo A m ó n d e l oasis de Siw a e ra c o n o c id o ya e n é p o ca a n tig u a , sin
d ud a a través de la c o lo n ia griega de C ire n e ; P ín d a ro le d ed icó u n h im n o al d io s; en
el siglo IV su culto está organ izad o o fic ia lm e n te en A te n a s 35. L o s o tro s dioses e g ip ­
cios, esp ecialm en te Isis y O siris, n o e ra n m en o s c o n o c id o s p a ra H e ró d o to , p e r o su
culto n o se d ifu n d ió fu era de E g ip to y de los egip cios, hasta el p e río d o h e le n ístic o 36.
M itra , el d io s p ersa , p e rm a n e c ió fu e r a d e l h o r iz o n te h e le n ístic o h asta fin a les d e la
ép o ca h elen ística.

3 .5 · D a ím o n

L o s « d io s e s » (theoí) so n m u ltifo rm e s e in n u m e ra b le s, p e ro el té rm in o theós re su lta


in su fic ie n te p a ra c o m p re n d e r a « lo s M ás F u e r t e s » . A p a r tir de H o m e r o acom p añ a
a theoí o tra p ala b ra que tuvo u n d e sa rro llo so rp re n d e n te y se conserva e n las len gu as
e u ro p e a s actu ales: daímon1 , el d e m o n , el s e r d e m ó n ic o . P e ro , al m ism o tie m p o , la
n o c ió n d el d e m o n co m o u n e sp íritu in fe r io r de carácter p re d o m in a n te m e n te p e l i­
g ro so y m a lig n o p ro c e d e d e P la tó n y de su d is c íp u lo Je n ó c r a t e s 8. E l c o n c e p to h a
re su lta d o ser tan ú til q ue a ú n es im p o sib le im a g in a r la d e sc rip c ió n de las creen cias
p o p u la re s y la re lig ió n p rim itiv a sin él; y, si e n la re lig ió n se su p o n e u n a e vo lu c ió n
de u n n ivel m ás b a jo a o tro m ás alto, la c re en cia en d ém o n es debe de ser m ás a n ti­
gua que la cre en cia e n d ioses. E n la lite ra tu ra griega esta h ip ó tesis n o se p u ed e v e r i­
fic a r : de a h í el p o stu la d o de las creen cias p o p u la re s q u e n o e n c o n tra ro n e x p re sió n
e n la lite ra tu ra o lo c o n sig u ie ro n sólo e n é p o ca tard ía.
N o es fácil em an cip arse de la co n ce p tu a liz a ció n p la tó n ica . E l sign ificad o e tim o ­
ló g ico de la p ala b ra daímon, de ap a rien cia p erfe c ta m e n te griega, es de nu evo im p o s i-

3 2 a [Demosth. l 8 , 2 5 9 1 -
33 Eupolis Báptai, pp. 33 IS S . K assel-A ustin; GGR, p. 8 3 5 .
34 Sobre la m odalidad de esta «o ficia lizació n » : G . M ontepaone, Lo spazio del margine, I 9 9 9 - P P - 1 55 ~
1 7 4 . / 55 6 = IG I3 1 3 6 ; Plat. Resp. 3 2 7 ab, 3 5 4 a ! Pbot. Lex. s.v. Bendis T h eo d o rid is; GGR, pp. 8 3 3 s· ;
Z . G o cevay D . Popov, LIMCs.v. B e n d isïll (19 8 6 ) , pp. 9 5 ~ 9 7 ·
35 Pind. fr. 3 6 M aehler; Paus. 9 » ^6, GGR, p. 8 3 2 , Parke, pp. I 9 4 - 2 4 1 ·
36 L . Vidm an, Isis and Serapis bei den Griechen und Römern, 19 7 0 .
1 J . A . H ild , Etude sur les démons dans la littérature et ¡a religion des Grecs, 1 8 8 I ; J . T am bo rn in o , De antiquorum
daemonismo, I 9 ° 9 ; A n d res, RE Suppi. III ( 19 18 ), cols. 2 6 7 - 3 2 2 ; GGR, pp. 2 1 6 - 2 2 2 ; J . ter V r u g t -
Lentz, RAC s.v. Geister und Dämonen IX (19 7 6 ), cols. 5 9 8 - 6 1 5 ; G . François, Le polythéisme et l’emploi au sin­
gulier des mots theós, daímon dans la littérature gracque, 1957 ; M . Detienne, La notion de Daimon dam le Pythagorisme
ancien, 1 9 6 3 ; F- A . W ilford, « D A I M O N in H o m e r» , Numen 12 (19 6 5 )1 P P - 2 I 7 “ 2 3 2 ; H . Nowak,
Zur Entwicklungsgeschichte des Begriffs Daimon. Eine Untersuchung epigraphischer /gugnisse vom 5 · Jh. v. Chr. bis zum 5 -Jh.
n. Chr., tesis doct., B o n n , i9 6 0 .
2 V é á se V II 3 . 4 ·
244 3. LOS D IO SES

b le de d e sc u b rir c o n certeza3. S in em b a rg o , resu lta claro que, en lo s u sos m ás a n ti­


guos de la p ala b ra, n o se d e fin e el estatus d el daímon e n re la c ió n c o n los « d io s e s » n i
su carácter, p o r n o h ab lar de su c o n c e p c ió n com o « e s p ír it u » . E n la Ilíada, los dioses
re u n id o s e n el m o n te O lim p o p u e d e n ser d e n o m in a d o s daímones, y A fr o d it a gu ía a
H e le n a c o m o daímon 4. U n h é r o e p u e d e c o m b a tir « c o m o u n daímon » y al m ism o
tiem p o ser lla m a d o « se m e ja n te a u n d io s » (isótheos). A l c o n tra rio , lo s d ém o n es que
escapan v o lan d o de la caja de P a n d o ra están p e rso n ific a d o s com o « e n fe rm e d a d e s »
(noúsoi) p e ro n o se les lla m a daímones; los fu n esto s esp íritu s de la m u erte , las keres, so n
d en o m in a d o s theoí5, al ig u al que las E r in is e n E s q u ilo . L a p o se sió n ta m b ié n es o b ra
de u n « d i o s » . Daímon n o design a u n a clase esp ecífica de seres d ivinos sin o u n a p e c u ­
lia r fo rm a de actuar.
D e h ech o , daímon y theós n u n c a so n in te rc a m b iab le s sin m ás. E llo se ve c o n m ayo r
c la rid a d e n el a p o stro fe d irig id o a m e n u d o a u n a p e rso n a en la é p ica : daimónie6: es
m ás u n re p ro c h e que u n a alabanza y, p o r tan to, co n certeza n o sign ifica « d iv in o » ; se
usa cuando el h ablan te n o en tien d e qué hace el destinatario n i p o r qué lo hace. Daímon
es u n p o d e r im p e n e tra b le , u n a fu e rz a q u e im p u lsa al h o m b re sin q ue p u e d a n o m ­
b rarse su « a g e n te » . E l h o m b re siente com o si, cuando las cosas están a su favor, estu­
viera « c o n el d e m o n » (syn daímoni) y, p o r el c o n tra rio , cu an d o to d o se vuelve c o n tra
él, entonces está « c o n tra el d e m o n » (pros daímona), esp ecialm en te si u n dios favorece
a su a d v e rsa rio 7. Las e n fe rm e d a d e s p u e d e n d e sc rib irse co m o « u n o d ia d o d e m o n »
que « a ta c a » al q ue las su fre ; p e r o e n to n c es s o n lo s « d io s e s » (theoí) los q ue lo sa l­
v a n 8. C a d a u n o de los d ioses p u e d e actu ar co m o daímon ; el dios n o se m a n ifie sta en
cada acto. Daímon es el ro stro velado de la activid ad d ivin a. N o existe n in g u n a im agen
de u n daímon n i existe culto algu n o . Daímon es así el co m p lem en to n ecesario a la visió n
« h o m é r ic a » de lo s dioses com o in d iv id u o s c o n características p erso n a les; abarca el
in q u ietan te resto q ue escapa a la estru ctu ra ció n y la d e n o m in a c ió n .
S ó lo e n u n caso e x c e p c io n a l a p a re c e Daímon e n el c u lto y la ic o n o g r a fía : co m o
« B u e n Daímon » (Agathös D aím on)9. L a p r im e r a lib a c ió n , e n g e n e ra l c u a n d o se b eb e
vin o y en p a rtic u la r en el san tu ario de D io n is o , se hace en su h o n o r; se le rep resen ta
en fo rm a de serp ien te. Q u izá este ser d el m u n d o in fe r io r , n o m e n c io n a d o e n n in ­
gú n m ito , es ta m b ié n u n re sto q u e q u e d ó c u a n d o D io n is o fu e a s im ila d o a lo s
in m o rta le s O lím p ic o s; este resto ya n o p o d ía ser d e n o m in a d o « d i o s » , p e r o ta m ­
p o c o p o d ía lla m a rs e « h é r o e » , p o r q u e n o p o d ía lo c a liz a rse su tu m b a ; así q u e se
h ablaba, e u fem ísticam en te y a m o d o de c o n ju ro , d el « B u e n Daímon» .

3 La raíz dai- tiene muchos significados: la interpretación más corriente como « e l que asigna» (por
ej. G dH I, p. 3 6 9 ; Kerényi (3), pp. l8 s .) tiene en contra el hecho de que daío significa «fraccio n a r»
y no «a sig n a r» ; con todo, A lem án fr. 1 0 7 Caíam e = fr. 6 5 Davies daímonas t' eddssato parece jugar con
la ambivalencia, cfr. Richardson a Hymn. Dem. 3 ° 0 ; «despedazador y devorador de cadáveres» W .
Porzig, IF 4 1 ( 1 9 2 3 ) , pp. 1 6 9 - 1 7 3 · T am bién « ilu m in a d o r» (¿q u e lleva antorchas en el cu lto ?)
podría ser una posibilidad.
4 II. I, 2 2 2 ; 3, 4 2 0 ; W . K u llm ann, Das Wirken der Götterinderllias, 19 5 6 , pp. 4 9 “ 5 7 · U n lírico (¿S im o ­
nides?) define a Pan como « daímon de patas de ca b ra », Suppl. Lyr. Gr. n° 3 8 7 , 4 Page -
5 Hes. Theog. 2 2 1 .
6 E . B ru n iu s-N ilsso n , DALM0 N 1E: An Inquiry into a Mode o f Apostrophe in Old Greek Literature, 1 9 5 5 ·
7 II. 17 , 98s.
8 Od. 5 , 3 9 6 .
9 Aristoph . Eq. 8 5 ; Vesp. 5 2 5 ; D iod. Sic. 4 , 3 ; Pint- Quaest. conv. 6 5 5 L ; Suda s.v. Agathoû Daímonos; LSS
6 8 ; LSC G 1 3 4 ; Paus. 9, 3 9 , 5 ; 13 ; relieve deTespias: H arrison (1), p. 3 5 7 , fig· I 0 7 , cfr. H arrison
(2), pp. 2 7 7 - 2 8 0 , figs. 6 6 -7 O ; G G R lI, p. 2 1 3 .
3.5. DAÍMON 245

H e s io d o 10 asignó in clu so u n lu g a r p re ciso a los daímones com u n es: lo s h o m b re s de


la E d a d D o ra d a, cuand o su raza se extin gu ió , se tra n sfo rm a ro n p o r vo lu n tad de Zeu s
en daímones, « g u a rd ia n e s » de lo s m o rtales, seres « b u e n o s » d isp en sad ores de r iq u e ­
zas. S in em b argo , se m a n tie n e n in visib les, re c o n o c ib le s sólo p o r sus actos.
L a secta m arg in a l de los P itagóricos reiv in d icab a u n co n o c im ie n to especial de los
daímones: n o só lo a se g u ra b a n q u e p o d ía n o ír lo s , sin o in c lu s o v e rlo s y les re su lta b a
s o rp re n d e n te que lo s dem ás h o m b re s n o lo c o n sid e ra ra n algo n a tu ra l11.
E l h o m b re c o m ú n ve sólo cuanto le suced e de im p re d e c ib le y n o causado p o r él
m ism o y le lla m a a la fu e rz a m o triz daímon, algo se m e ja n te al « d e s t in o » , p e r o sin
que sea p erce p tib le u n ser q ue p la n ifiq u e y d isp o n ga. Y debe llevarse b ie n con él: « a
la fu e rz a d iv in a q ue sie m p re asiste a m i in g e n io la h o n r a r é d evo tam en te seg ú n m i
h a b ilid a d » 12. Se in v o ca : « O h d a ím o n », p e r o sin o r a c ió n . « M u c h a s s o n las fo rm a s
de lo d e m ó n ic o , m uchas cosas in esp erad as llevan a cabo los d io se s» es la c o n c lu sió n
estereo típ ica de las tragedias de E u ríp id e s : e n cuanto aparece u n sujeto de la a cció n ,
e n to n c e s se trata d e u n « d io s » : « la g ra n in te lig e n c ia de Z e u s m arca a los v a ro n e s
q u e rid o s el ru m b o de su d e s t in o » 13.
S e r feliz o in fe liz n o es cosa q u e el h o m b re p u e d a c o n tro la r ; es feliz el h o m b re
que tien e u n « b u e n daím on» (eudaímon), fre n te al h o m b re in fe liz (kakodaímon, dysdaí-
mon). L a id e a d e q u e u n ser e sp e cia l vela p o r cada s e r h u m a n o , u n daímon q u e le
« to c a en s u e rte » a cada p erso n a al n acer, fu e fo rm u la d a p o r P lató n , q u ie n sin d u d a
p a r tía de u n a tr a d ic ió n m ás a n tig u a 14. L a c é le b re fra se p a r a d ó jic a d e H e r á c lito se
d irig e ya c o n tra esta co n c e p c ió n : « e l carácter es p ara la p e rso n a su d aím on »15.
E l ser h u m a n o m ed io ve bastantes m otivo s p ara te m e r al daímon: q ue se h ab le de
m an era eufem ística del « o t r o daím on »'6 en lu ga r del daímon « m a lo » trasluce el m ie d o
ante u n p o d e r in q u ie ta n te . L a traged ia tien e m uchas ocasio n es de re tra ta r el t e r r i­
b le d estin o que go lp e a al in d ivid u o y aqu í, esp ecialm en te en E sq u ilo , el daímon llega a
ser u n m o n stru o in d e p e n d ie n te e in d ivid u alizad o q u e « s e abate d u ram en te sob re la
c a sa » y se ceb a c o n el a sesin a to ; a u n q u e ta m b ié n lo s d io ses p ro v o c a n lo s m ism o s
e fe c to s17. O tro s p o d eres sin iestro s sem ejantes so n las E r in is , la m a ld ic ió n p e r s o n i­
fic a d a 18, yAkísfor19, la e n c a rn a c ió n de la ven gan za p o r la san gre d e rra m a d a : e llo en
efecto es u n m u n d o « d e m ó n ic o » ; p e ro daímon n o es u n té rm in o g e n e ra l que abarca
to d o s los p o d eres de este tip o , es sim p le m e n te u n o e n tre m u ch o s, el p o d e r del d e s­
tin o ju n to al p o d e r de la venganza o el p o d e r de la m a ld ic ió n , p o r así d e c irlo . N o se
expresa u n a creen cia g e n e ra l en esp íritu s a través d el té rm in o daímon hasta el siglo V ,

10 H es. Erga 1 2 2 - 1 2 6 , donde 1 2 4 s· = 2 5 4 s· es una interp olación secundaria. Theog. 9 9 I: Faetón se


convierte en daímon.
11 A rist. fr. 1 9 3 Rose; L& S, pp. 7 3 s-i ^Ί^-> η · 3 4 ; i 8 5 s·
12 Pind. Pyth.%, Io 8 s. [trad. esp. de A . B e rn a b é y P . Bádenas, 2 0 0 2 , 1 3 6 ] .
13 Pind. Pyth. 5 » I 2 2 s . [trad. esp. ibid., p. 1 6 1 ] .
14 Plat. Phd. l O jd , cfr. Lys. 2 2 3 a , Resp. 6 i 7 de, 6 2 0 d , Leg. 877 a - L y s· 2, 7 ^ ; M enand. fr. 5 ° ° K assel-
A u stin [E n una parte fragmentada del Papiro de Derveni (iV a .G .), col, III 4 , se lee la frase «h a y un
daimon para cada u n o » ] .
15 VS 2 2 B 11 9 = fr. 9 4 Marcovich, cfr. Epicharm . fr. 2 6 6 K assel-Austin.
16 Pind. Pyf/1.3, 3 4 ·
17 Aesch. Ag. 1 4 6 8 ; 14 7 6 s .; 1 4 8 6 - 1 4 8 8 .
18 Véase IV 2 , n. 3 1 .
19 Aesch. Ag, 1 5 0 0 s .; Pers. 3 5 3 - Soph. Oed. Col. 7 8 7 s .; E u r. M ed. 1 3 3 3 : ε^Γ· Socrat. A rg . FGrHist 3 1 0 F
5 ; A p o llo d . FGrHist 2 4 4 F * 5 ° ; P· Linant de Bellefonds, LIM Cs.v. Alastori (19 8 1), p. 4 ^ 1.
3. LOS DIOSES

cu an d o u n m éd ico a firm a que m u je re s y m u chach as n e u ró tica s p u e d e n ser in citad as


al su icid io p o r ap aricio n es im agin arias, « daímones m a lig n o s » 20. H asta qué p u n to ello
expresa u n a su p e rstic ió n p o p u la r d ifu n d id a resu lta d ifíc il de ju zg ar.
S in e m b a rg o , c o n el aval d e l m ito d e H e s ío d o , se ju stific a b a m ás v e n e ra r co m o
daímones a fig u r a s g ra n d e s y p o d e r o s a s d e sp u é s d e su m u e rte . A s í, e n lo s Persas de
E s q u ilo , el d ifu n to rey D a río es in v o ca d o co m o u n daímon 21 y, e n E u ríp id e s , el co ro
con su ela a A d m e to p o r la m u erte de A lcestis c o n las p alab ras: « a h o r a ella es u n daí­
mon f e l i z » aa, m ie n tra s q ue R e so , que fu e asesin ad o , se tra n sfo rm a en u n « h o m b r e -
daímon » 33. P la tó n sostien e q u e to d o s lo s q u e m u e r e n lu c h a n d o p o r su p a tria d e b e ­
r ía n se r h o n r a d o s e n g e n e ra l c o m o daímones. P o s t e r io r m e n t e , e n lo s e p ita fio s
h e le n ístico s, lleg ó a ser casi algo h a b itu al d e s c rib ir al d ifu n to co m o daímon24.
C u a n d o S ó crates trataba de e n c o n tra r u n a p ala b ra p a ra d e sc rib ir la e x p e rie n c ia
in t e r io r ú n ic a , q u e, d e m a n e ra im p r e v is ib le y e n las situ a c io n e s m ás d ive rsa s, le
o b ligab a a p ararse, a d e c ir n o y ech arse atrás, e n lu g a r de h a b lar de algo « d iv i n o » ,
p r e fe r ía r e fe r ir s e a u n e n c u e n tro c o n algo « d e m ó n ic o » , el daimónionxs. P e ro ello
p o d ía s e r m a l in t e r p r e t a d o c o m o tra to s c o n e s p ír itu s , co m o u n c u lto se c re to ; a
Sócrates le costó la vida.

4. El c a r á c t e r e s p e c ia l d e l a n t r o p o m o r f is m o GRIEGO

A n te rio rm e n te la h isto ria de las re lig io n e s te n d ía a c o n sid e ra r el m u n d o de lo s d io ­


ses o lím p ic o s c o m o algo ú n ic o e n su e sp e c ie , co m o u n a c re a c ió n de « H o m e r o » ,
esto es, de lo s griego s m ás an tigu o s y de sus p o e ta s1. E l re d e sc u b rim ie n to de la lit e ­
ra tu ra d e l P ró x im o O r ie n t e a n tig u o h a re fu ta d o esta tesis. S o b re to d o e n las áreas
m ás cercan as a G re c ia , e n lo s ám b itos h itita y u g a rítico , h a n salid o a la luz p arale lo s
s o r p re n d e n te s c o n lo « h o m é r i c o » . E g ip to sigu e s ie n d o u n caso e sp e c ia l. P e ro
d e ja n d o a p a rte E g ip to , a la koíné d e l E g e o y d e l P r ó x im o O r ie n t e p e r te n e c e de
m an era bastante evidente u n p a n te ó n de d ioses a n tro p o m o rfo s q u e h ab lan y se re la ­
c io n a n e n tre sí co m o seres h u m a n o s, q ue am an , se e n fu re c e n y su fre n y que se v in ­
culan m u tu a m en te co m o m arid o s y m u je re s, p ad res e h ijo s; adem ás está la asam blea
de los dioses y la m o n tañ a de los dioses en el N o r te 3. T am p o co la G re c ia m icén ica se
aparta de este m o d e lo : existe la p a re ja Z e u s -H e ra , existe la « M a d r e D iv in a » , existe
« D r im io , el h ijo de Z e u s » 3.

20 H ip p ocr. Penpatih. V III 4 6 6 Littré.


21 Aesch. Pers. 641» donde el rey es al mismo tiempo theós, 6 4 2 .
22 E u r. Ale. 1 0 0 3 -
23 E u r. Rhes. 9 7 1 ·
24 Plat. Resp. 4 6 9 b ; 5 4 ° c ; véase VII 3 -4 » n · 2 0 , cfr. Crat. 3 9 8 c , Nowak (supra, n. i).
25 Plat. Apoi. 3Ic d ; Guthrie (2 ), III, pp· 4 ° 2 - 4 ° 5 î véase VII 2 , n. 4 2 .
1 Sobre todo, H arrison (i), y aún a partir de u n análisis meditadamente m oderno: W . L a Barre, The
GhostDance, Origins o f Religion, I^ JO , pp. 4 3 3 ~ 4 7 6 ; asimismo M . P. Nilsson, The Mycenaean Origin o f Greek
Mythology, 1 9 3 2 , p. 2 2 1 , e incluso todavía K e ré n yi (3 ), p. 3 6 , consideran el panteón griego como
único en su género.
2 Asam blea de los dioses en el mito de Telipinu, Α Ν Έ Τ 12 8 [traducciones comentadas en español: A .
Bernabé, Textos literarios hetitas, ^1987 ; J . V . García Trabazo, Textos religiosos hititas, 2 0 0 2 (con textos hiti—
tas actualizados)]; en el mito de Baal, Α Λ /ΕΓ130, etc.; K A I4 , 4 ; sobre la montaña d élo s dioses véase
III 2 . 1 , n. IO.
4. EL CARÁCTER ESPECIAL DEL ANTROPOMORFISMO GRIEGO 247

S ó lo m ed ia n te u n a d ife re n c ia c ió n m ás p re cisa es p o sib le d e te rm in a r el carácter


p e c u lia r de lo g r ie g o « h o m é r ic o » . U n a p e c u lia r id a d q u e salta a la vista s o n lo s
n o m b re s d ivin o s: el in v estigad o r m o d e rn o n o es el ú n ic o que esp era que los n o m ­
b re s d ivin os co n ten gan algú n sig n ifica d o . E n tre los dioses ro m a n o s hay n o m b res tan
tr a n s p a re n te s c o m o Diespiter o M e r c u r io e in c lu s o lo s n o m b r e s J u n o o V e n u s so n
c o m p r e n s ib le s ; ju n t o a e llo s p o r su p u e sto h a y ta m b ié n n o m b r e s to m a d o s de lo s
etruscos y de los griego s. Bastan te tran sp aren tes en sus n o m b res so n dioses su m erio s
c o m o E n k i, « S e ñ o r de A b a jo » , o N in h u rs a g , « S e ñ o r a de la M o n t a ñ a » , o d io ses
b a b ilo n io s c o m o M a rd u k , « H i jo de la m o n ta ñ a d e lo s d io s e s » . Isis s ig n ific a
« T r o n o » y H o ru s , « e l q u e está e n lo a lt o » . E n U g a rit lo s d io ses m ás im p o rta n te s
so n E l y B a a l, « D i o s » y « S e ñ o r » , y, p a ra lo s h itita s, so n el « S o l de A r i n n a » y el
« d io s de la te m p e sta d » , que p ro b a b le m e n te se llam ab a T a rh u n t, « e l F u e r t e » 4. E n
cam bio, lo s n o m b res de los dioses griegos so n , casi sin excep ción , im p en etrab les. N i
s iq u ie ra p a ra Z e u s p u d ie r o n e n c o n tra r lo s g rie g o s la e tim o lo g ía c o rre cta . P e ro en
esta p a ra d o ja h ay claram en te u n sistem a5: a lo sum o se ad m ite u n a s e m i-in te lig ib i-
lid a d , D e - m e t e r , D io - n y s o s ; si n o , las fo rm a s de n o m b r e s c o m p re n sib le s se v e n
desplazadas: E ile íth y a en lu g a r de E leu th y ia , A p o llo n e n lu g a r de A p e llo n , H erm e s
e n lu g a r de H erm a a s.
L o s h o m b re s y m u je re s c o r rie n te s g r ie g o s , n o o b sta n te , tie n e n n o rm a lm e n te
n o m b re s d el to d o tran sp aren tes, o b ie n d el tip o Thrasyboulos, « a u d az e n el c o n s e jo » ,
o c o m o Simon, « C h a t o » . P e ro lo s n o m b re s de lo s h é ro e s so n , en su m ay o r p a rte ,
ig u a lm e n te e n ig m á tic o s —Agamemnon e n lu g a r de Agam én-m on, « e l q u e re siste de
m a n e ra p a r t ic u l a r » — o s o n s im p le m e n te in e x p lic a b le s c o m o Achiüeús (A q u ile s ) y
Odysseús (O d is e o ). E v id e n te m e n te , se p re te n d e g ra b a r c o n fu e rz a e n la m e m o ria la
in d iv id u a lid a d de u n a p e rso n a , esp ecialm en te u n a p e rso n a q ue n o está físicam en te
p re se n te, d á n d o le u n n o m b re llam ativo, de la m ism a m an era q ue m u ch o s n o m b res
alem an es b u scan la c o m p lic a c ió n o rto g rá fic a . L a p a ra d o ja se c o n v ie rte así en rasgo
e se n c ia l: lo s d io se s g rie g o s so n p e rso n a s, n o a b strac c io n e s n i id eas n i c o n c e p to s;
theós p u e d e ser p re d ic a d o , p e ro u n n o m b re d iv in o en las n a rra c io n e s m íticas es u n
su je to . P o d e m o s d e c ir q u e la e x p e rie n c ia de la to rm e n ta es « Z e u s » o que la e x p e ­
rie n c ia de la sex u a lid a d es « A f r o d it a » , p e ro lo que d ic e n lo s griegos es que « Z e u s
fu lm in a » y q ue A fr o d it a co n ced e sus d o n e s. P o r este m o tivo , las d ivin id ad es de la
naturaleza d eb en in evitablem en te q u ed ar en u n segu nd o p la n o . E l h isto ria d o r de las
religio n es m o d e rn o p u ed e h ab lar de « fo rm a s o rigin a ria s de la re a lid a d » 6; en g rie g o ,
el e n u n c ia d o y la id e a se e stru c tu ra n de ta l m a n e ra q u e d a n lu g a r a u n a p e r s o n a
in d iv id u a l que tien e su p ro p ia esen cia p lástica; ésta n o se p u ed e d e fin ir, p ero sí ser
co n o c id a y tal c o n o c im ie n to p u ed e tra er aleg ría, ayuda o salvación.
E stas p e rso n a s, tal y c o m o las p re se n ta n lo s p o e ta s, so n h u m a n a s casi h asta las
ú ltim as co n secu en cias. E stán le jo s de ser p u ro « e s p ír it u » . E lem e n to s esenciales de

3 Véase I 3 .6 , n. IO.
4 E . Laroche, Recherches sur les noms des dieux hittites, 1 9 4 8 , p. 8 9 .
5 U sener, pp. 314 ' S 1 ^* habló de la « le y » para la que u n apelativo divino se convierte en nom bre
p ro p io , en el m om ento en que deja de ser lingüísticam ente com prensible, pero ve en ello más
bien una distorsión producida po r la evolución lingüística.
6 O tto (i), p p . 1 6 3 s . C fr . W . Pôtscher, « D a s P e rso n -B e reich d en k en in der frü h griech isch en
P erio d e », W Stj2, ( 1 9 5 9 ) , pp. 5 - 2 5 ·
248 3. LOS DIOSES

la c o rp o ra lid a d co n stitu yen u n a p arte in d isp en sa b le de su ser, así com o lo c o rp o ra l


y lo e sp ir itu a l s o n in se p a ra b le s e n la p e r s o n a . S u c o n o c im ie n to su p e ra de le jo s el
R u m an o y sus p lan es son de largo alcance y la m ayo ría de las veces se realizan ; p e ro n i
siq u ie ra Z eu s p arece ser sie m p re o m n isc ie n te 7. L o s dioses p u e d e n atravesar d ista n ­
cias gigantescas, p e ro n o so n o m n ip re se n te s; va n a visitar sus tem p lo s, p e ro n o están
c o n fin a d o s d en tro de su im agen cu ltual. L o s dioses n o so n in m ed iatam en te visib les;
a lo su m o se m u e s tra n a in d iv id u o s , o si n o , a su m e n o r a esta o r a a q u e lla fo r m a
h u m a n a . N o o b sta n te , es p e r fe c ta m e n te p o s ib le p a r a u n d io s e n c o n tra rs e fís ic a ­
m e n te c o n u n h o m b re : A p o lo g o lp e a a P a tr o c lo e n la e sp ald a y D io m e d e s h ie re a
A fr o d ita y a A re s c o n su la n z a 8. L a sangre d ivin a es d iferen te de la h u m an a, así com o
el a lim en to y la b e b id a de lo s d io ses so n d istin to s, sustancias d ivinas; p e r o ta m b ié n
las h erid a s divinas so n d o lo ro sa s y h a ce n al d io s g rita r y lam en tarse. L o s dioses ta m ­
b ié n p u e d e n s u fr ir . In c lu s o Z e u s, el d io s m ás e xcelso , se c o n m u e ve al m e n o s p o r
c o m p a s ió n de ta l fo r m a q u e « s u c o r a z ó n se la m e n t a » p o r la m u e rte de u n ser
h u m a n o q ue le es q u e r id o 9. Y a ú n m ás, lo s d io ses p u e d e n ser p resas de la c ó le ra y
e n fu rec e rse , p e ro ta m b ié n p u e d e n d estern illa rse c o n u n a « r is a in e x tin g u ib le » .
P o r supuesto u n a p arte in a lie n a b le de lo s d ioses es su sexu alid ad . E l ser h u m a n o
se d e fin e p o r su activid ad sexual; p a ra lo s d io ses, tod as las lim ita c io n e s h u m a n a s se
e sfu m a n y ta m b ié n e n este caso d eseo y r e a liz a c ió n s o n u n a m ism a cosa. A d e m á s,
« n o so n in fe c u n d o s lo s lech o s de lo s in m o r t a le s » 10, sin o que cada acto es p ro c r e a ­
ció n . A s í, estos dioses d an o rig e n a u n a estirp e de h é ro e s; in clu so e n épo ca h istó ric a
u n v e n c e d o r p o d ía ser alab ad o p o r h a b e r sid o g e n e ra d o p o r u n d io s 11. E l ca rá cte r
d e l p a d re se m a n ifie s ta e n la d e s c e n d e n c ia d iv in a : u n h ijo de Z e u s se rá re g io , u n
h ijo de H e rm e s , h á b il y p ic a r o , y u n h ijo d e H e ra c le s, m u sc u lo so y a tre v id o ; p e r o
to d os estos h ijo s so n « e s p lé n d id o s » .
M ás co m p licad a es la re la c ió n de las d iosas c o n la sexu alid ad , ya que el r o l fe m e ­
n in o se d escribe g en eralm en te com o pasivo, com o « s e r s o m e tid a » (dam énai)y ello se
co n trad ice c o n la situ ació n de su prem acía de la « S e ñ o r a » . A s í A rte m is y A te n e a son
esp ecialm en te p o d ero sa s p re cisa m en te p o r su c o n d ic ió n de « v írg e n e s in d ó m ita s » ,
m ie n tra s q ue la v io la c ió n de D e m é te r es m o tivo de su g ra n f u r ia 12. H e ra y A fr o d it a
alc an z a n su re a liz a c ió n e n la r e la c ió n a m o ro s a ; c u a n d o se n a r r a de u n a m a n e ra
d eta llad a , ellas s o n las p a rte s activas de la p a re ja , H e r a e n el « e n g a ñ o de Z e u s » y
A fr o d ita c o n A n q u is e s 13. E l n a c im ie n to , q u e es in se p a rab le de los d o lo res d el p arto ,
se sustrae de la im agen de la d io sa m ag n ífic a ; la n a rr a c ió n se extien d e c o n la d iv in i­
d ad « m e n o r » L e to q u e, a p o y a d a e n la p a lm e r a de D é lo s , d a a lu z a A r t e m is y a
A p o lo . P e ro p o r supuesto el c írc u lo de d io ses o lím p ic o s q u ed a firm e m e n te estable­
cid o y n o se p revé el n a c im ie n to de o tro s d io ses; a lo s d ioses les falta el d estin o que
está vin c u lad o a la p o sib ilid a d de la m u erte . Y así se m a n tie n e n fijo s y cautivos e n su
p e rfe c c ió n , « s ie m p re e x iste n te s» (aién eóntes).

7 Véase III 2 .1 , n. 3 4 .
8 n. l 6 , 7 8 8 - 7 9 2 ; véase II 2 -7 , n. 2 2 ; III 2 . 12 , n . 8 .
9 ¡I. 16 , 4.5O; 2 2 , 16 9 .
10 Od. II, 2 4 9 s .
11 Burkert, M H 22 (1 9 6 5 ), pp. 1 6 7 - 1 7 0 .
12 Véase III 2 -3 , n. 3 5 ; III 2 . 9 , n. 2 6 .
13 Véase III 2 . 2 , n . 18 ; III 2 -7 , n n . 2 5 - 2 6 .
i , EL CARÁCTER ESPECIAL DEL ANTROPOMORFISMO GRIEGO 249

P e ro estas fig u r a s aislad as están v in c u la d a s n o o b sta n te a á m b ito s y fu n c io n e s


esp e cífico s e n los q ue se p u ed e lo g ra r y e x p e rim e n ta r su in flu e n c ia . E ste v ín cu lo se
garan tiza de dos m an era s, p o r lo s e p íte to s'4 y p o r los abstractos p e rso n ific a d o s q u e
les a co m p a ñ a n . L a p o esía h ím n ic a , sig u ien d o sin d u d a u n a tra d ic ió n an tigua, gusta
de a c u m u la r epítetos d ivin os en serie; la d ic c ió n épica con stru ye sus fó rm u la s a p a r ­
tir de ello s; en el culto es tarea d el o fic ia n te en vo lver, p o r así d e c irlo , al d io s en e p í­
tetos y e n c o n tra r el n o m b re p re ciso y a p r o p ia d o . E n u n culto estab lecid o sie m p re
h a b rá u n n o m b re fija d o , que se h a con servad o , p e ro e llo n o im p id e la b ú sq u ed a de
o tro s e p íteto s. L o s epíteto s so n a su vez c o m p le jo s. A lg u n o s so n in c o m p re n sib le s y
p re cisa m en te p o r ese m otivo tie n e n u n efecto m iste rio so ; otros resu ltan de la fu s ió n
de dioses q ue e n u n p rin c ip io e ra n in d e p e n d ie n te s: P o sid ó n E re c te o , A te n e a A lé a ,
Á r t e m is O r tia . M u c h o s están to m a d o s de s a n tu a rio s —A p o lo Pythios y Délios, H e r a
Argeía—, de fiestas —Z e u s Olympios, A p o lo Kárneios— o d el r ito , c o m o si el p ro p io d io s
re a liz a ra el acto ritu a l —A p o lo Daphnephóros, D io n is o Omestés—. M u ch o s se fo rm a n de
m an era esp on tán ea p ara in d ica r el ám b ito e n el que se esp era la in te rv e n c ió n d ivin a;
de esta fo rm a , se asocia a cada d io s c o n u n a g ra n can tid ad de epítetos q u e trazan u n
co m p le jo cu ad ro de su actividad. Zeu s com o d io s de la llu via es ómbrios o hyétios, com o
c en tro d el p atio y de la p ro p ie d a d , herkeîos o ktésios, c o m o se ñ o r de la ciu d ad , poíieús,
co m o p ro te c to r de lo s e x tra n jero s, hikésios y xénios, y, co m o dios de tod os lo s griegos,
panhellénios. H e ra com o d iosa d el m a trim o n io es zygía, gamélios y teleta; p ara q u e P o sid ó n
garan tice la « s e g u rid a d » fre n te a los terrem o to s, se le invoca co m o aspháleios-, A p o lo
es in v o c a d o co m o « a u x ilia d o r » (epikoúrios) y c o m o « c o n ju r a d o r d el m a l» (apotró-
paios). A te n e a p ro te g e la ciu d ad com o jjoíids, supervisa la artesan ía com o ergtíne, c o m ­
bate com o prómachos y otorga la victo ria com o níke-, A rte m is es agrotéra com o d iosa de lo
« a g r e s te » , p e ro asiste el p arto com o lochía; D e m é te r es la « te r r e s t r e » (chthoma), q u e
sin e m b a rgo « tr a e f r u t o » (karpophóros); H e rm e s p r o p o r c io n a b e n e fic io s e n la plaza
d el m ercad o com o agoratos, p e ro acom pañ a a los m u erto s com o chthónios o psychopompós.
A v e c e s aparece sólo u n « e p ít e t o » de este tip o , sin q u e se haga re fe re n c ia a n in g ú n
d io s co n creto o n i siq u ie ra se evoq u e; en esos casos, p u e d e c o in c id ir u n a tra d ic ió n
m uy a n tigu a c o n u n n a cie n te escepticism o h a cia lo s n o m b re s d ado s p o r lo s p oetas.
P a rticu larm en te frecu en tes so n los sacrificio s al p o d e r que « n u tr e a los m u ch a ch o s»
(Kourotróphos), que tam b ién se p u ed e id e n tific a r c o n H e ra o co n D e m é te r15.
L a « p e r s o n ific a c ió n » de con ceptos abstractos es u n fe n ó m e n o co m p le jo y m u y
d is c u tid o 16. L a re tó ric a p o s te rio r la en señ ó c o m o u n re c u rso e stilístico y com o tal
fu e u tiliz a d o c o n e n tu sia sm o p o r la p o e sía a le g ó ric a h asta el B a r r o c o . P arece cla ro
que u n p ro c e d im ie n to de este tipo n o p u ed e ser a trib u id o a la época antigua, au nq u e
la te sis e x tre m a d e q u e « o r ig i n a r ia m e n t e » n o h a b ía n in g ú n a b stra c to e n a b s o ­

14 G . F. H . B ruchm ann, Epitheta deorum, RML Suppl. 1 8 9 3 , presenta sólo testimonios literarios; listas
de epítetos se encuentran en los artículos de la RE, véase III 2 . Sobre la elección del nom bre en la
oración véase II 3 , n . 17 .
15 M uy a m enudo en inscripciones sagradas, po r ej. LSC G I A IO , 18 A 2 5 » etc. ; GdHI, p. 2 0 2 ; T . H .
Price, Kourotróphos, 1 9 7 8 . Véase V 2-5 7 n · 3 2 ·
16 Fundam entales: D eubn er, RML, s.v. Personifikationen abstrakter Begriffe III ( 1 9 0 2 - 1 9 0 9 ) * cols. 2 θ 6 8 -
2 1 6 1 ; U sener, pp. 36 4 ^-375 î GGR, pp. 8 1 2 - 8 1 5 ; L . Petersen, Zjir Geschichte der Personifikation in griechis­
cher Dichtung und bildender Kunst, tesis doct., W ürzburg, 1 9 3 9 ; F· W . H am d orf, Griechische Kultpersonifika­
tionen der vorhellenistischen Zßit, 1 9 6 4 ; N ilsson, Op. I l l, p p . 2 3 3 - 2 4 2 ; H . A . Saphiro, Personifications in
GreekArt. The representation o f abstract concepts 600~4*00 B. C., 1 9 9 3 .
250 3. LOS DIOSES

lu t o 17, sin o sólo p o d eres d em o n íaco s e x p e rim e n ta d o s com o si fu e r a n p erso n a s, pasa


p o r alto al m e n o s lo s h ech o s de las le n g u a s in d o e u r o p e a s . S in e m b a rg o , el cu lto a
dioses d esign ado s c o n con cep tos abstractos es m uy a n tigu o . U n e je m p lo segu ro es el
in d o ira n io M itra , cuyo n o m b re sig n ifica « c o n t r a t o » 18; tam b ién hay e jem p lo s e g ip ­
cios y d el P ró x im o O r ie n t e 19. E n la m ed id a que los n o m b res d ivin o s tie n e n s ig n ifi­
cado, la fro n te ra en tre n o m b re y co n cep to es flu id a ; a q u í fu e la « h o m e r iz a c ió n » la
q ue estableció u n lím ite claro.
G o m o re su lta d o de esta « h o m e r iz a c ió n » las p e r so n ific a c io n e s griegas arcaicas
a su m e n su c a rá c te r d istin tiv o c o m o m e d ia d o re s e n tre lo s d io se s in d iv id u a le s y las
diversas esferas d e la re a lid a d 20; re c ib e n de lo s d ioses elem en to s m ítico s y p e r s o n a ­
les y a su vez h a ce n que lo s d ioses p a r tic ip e n e n el o rd e n co n cep tu al de las cosas. L as
p e r s o n ific a c io n e s a p a re c e n p r im e r o e n la p o e sía , p a sa n a las artes p lá stic as y p o r
ú ltim o se a b re n cam in o en el ám b ito d el cu lto . L o s poetas, segú n lo exigen sus c o n ­
ve n c io n es fo rm a le s, las tra ta n com o seres a n tro p o m o rfo s, c o n fo rm e al g é n e ro g r a ­
m a tic a l d e lo s n o m b r e s a b stra c to s, la m a y o ría de las veces c o m o v írg e n e s; co m o
esquem as de u n ió n en tre ellos y los d ioses se im p o n e n los habitu ales de la m ito lo g ía :
g e n ealo gía, co rte jo s d ivin o s y lu c h a. T e m is, el O rd e n , y M etis, la sa b id u ría, se c o n ­
v ie r te n e n c o n so rte s de Z e u s 21. S u h ija es Dike, la Ju s t ic ia ; u n o s h o m b re s m alvad os
c o n sig u e n a rra stra r c o n v io le n c ia a esta v irg e n p o r las calles, p e r o lo s d ioses la re s ­
p e ta n y , c u a n d o se sie n ta ju n t o a su p a d r e y le h a b la de la m en te m alv ad a de lo s
h o m b re s, Zeu s hace que to d o el p u eb lo p agu e p o r e llo 22. Dike tam b ién p o see su p r o ­
p io p o d e r : en el c o fre de G íp selo se re p rese n ta b a a u n a h erm o sa Dike estran gu lan d o
a u n a h o r r ib le A d ik ía , « I n ju s t ic i a » , y g o lp e á n d o la c o n u n b a s tó n 23. A te n e a lleva en
la m an o a Nike, la V ic to r ia , b a jo la fo r m a d e u n a fig u r illa alada. A re s , el d io s de la
g u e rra , va aco m p a ñ a d o d el « M ie d o » y el « T e r r o r » (Phóbos y Deímos), m ie n tra s que
A fr o d ita lleva e n su c o rte jo a E ro s , el a m o r, a Hímeros, el an h elo , y a Peithó, la p e rsu a ­
sió n . D io n is o gu ía a las « H o r a s » , las estacion es d el añ o a gríco la. T a m b ié n p u e d e n
fo rm a r p arte de su c o rtejo Tragodía, com o M én ad e, Komos, el co rtejo festivo, en fo rm a
de jo v e n sátiro , Pompé, la p ro c e s ió n festiva, en fo rm a de v irg e n que lleva u n cesto 24.
Las p o sib ilid a d e s de v a ria c ió n so n ilim ita d as.
E n algu n o s casos hay ta m b ié n e n G re c ia an tigu o s cultos de aparen tes p e r s o n ifi­
cacion es. E ro s ten ía u n san tu ario en T esp ias d o n d e el d io s era ve n e ra d o com o p ie ­
d r a 23. N ém e sis, la « in d ig n a c ió n » , la « v e n g a n z a » , e ra v e n e ra d a e n R a m n u n te , en
A tic a , d o n d e e n el sig lo V se g a n ó u n s u n tu o so te m p lo . U n m ito a n tig u o n a rra b a
cóm o Z e u s la p e rsig u ió y, c o n tra su v o lu n ta d , la h izo m ad re de H e le n a , m otivo p o r

17 U sener duda de que la «lengua posea en origen abstractos», pp. 3 7 1 , 3 7 4 s·


18 D ocum entado ya en el Tratado de M itanni, A N E T 2 0 6 [trad. esp. de A . Bernabé y J . A . Á lvarez-
Pedrosa, Historiaj leyes de los hititas. Textos del Reino M edioj del Imperio Nuevo, 2 0 0 4 , pp. 9 1 - 9 7 (m ención
del dios en p. 9 6 )].
19 B . G . Dietrich., Acta Classica 8 (19 6 5 )* Ρ· I 7 ’ η · 22; H . Güterbock, Kumarbi, 1 9 4 6 , ρρ· II 4 S-
20 K . R einhardt, Personifikation und Allegorie, Vermächtnis der Antike, i 9 6 0 , pp. 7 ~4' ° ·
21 H es. Theog. 8 8 6 ; 9 0 I ; véase III 2 . 1 , η . 1 9 .
22 H es. Erga 2 2 0 - 2 7 3 ·
23 Paus. 5, 1 8 , 2 ; H . A . Saphiro, LIM C s.v. Dike III ( 1 9 8 6 ) , p. 3 8 8 - 3 9 1 .
24 RML = fr. 7 Davies, Cratinus.
25 Paus. 9 , 2 7 , X; GGR, p. 52 5 ; Fiehn, RE VT A ( 1 9 3 6 ) , cols. 4 4 s · Véase II 5 > n . lg . A . H erm ary et al.,
LIM C s.v. .Eros III (19 8 6 ) , pp. 8 ^ 0 - 9 4 2 ·
4 . EL CARÁCTER ESPECIAL DEL ANTROPOMORFISMO GRIEGO 25I
el q u e e lla se r e tir ó « in d ig n a d a » ; a q u í es c la ra m e n te u n a d o b le de la « f u r i o s a »
D e m é t e r Erinys'16. P e ro c o m o la « in d ig n a c i ó n » d e se m p e ñ a u n p a p e l su m a m e n te
im p o rta n te e n la c o n s e rv a c ió n de las c o stu m b re s, el cu lto d e N é m e sis p o d ía s e r
e n te n d id o e n u n se n tid o m o r a l; ya e n el sig lo V I se e r ig ió u n te m p lo d e d ic a d o a
T em is, el « o r d e n ju s t o » , ju n to al tem p lo de N ém esis e n R a m n u n te .
G u a n d o h acia fin a les d el siglo V I las p erso n a lid ad e s divinas c o n fo rm a d a s p o r lo s
p o e ta s se v o lv ie r o n p ro b le m á tic a s , las p e r s o n ific a c io n e s p u d ie r o n c o b r a r m a y o r
im p o rta n c ia . D e la existen cia y las accion es de lo s dioses h o m é ric o s n o p u ed e h a b er
n in g u n a p ru e b a , p e ro n in g u n a p e rso n a ra z o n ab le p u ed e cu e stio n a r la im p o rta n c ia
de lo s fe n ó m e n o s y situ acion es d esign ados p o r n o m b re s abstractos. Tyche, la « b u e n a
s u e r te » , lo g ró e n segu id a g ra n p re d ic a m e n to 27. G u a n d o a lg u ie n tien e u n « g o lp e »
de su erte, de m a n e ra im p rev isib le y que n o le su ced ió a n in g ú n o tro , p u ed e c o n s i­
d e ra rse c o m o p ro te g id o de la « Tyche s a lv a d o ra » (Sáteira Tycha). A s í P ín d a r o d ed ica
u n a de sus odas m ás co n m o ved o ras a esta « S u e r t e » 28. E n E u ríp id e s ya se p lan tea la
c u e stió n de si Tyche, q ue p ro v o ca el éxito y el fra ca so , n o es m ás p o d e ro sa que to d o s
los dem ás d io se s29. Y así Tyche a d q u iere el carácter de la « G r a n D io s a » q u e d o m in a
tod a la vida y en épo ca h elen ística llega a ser e n m u ch o s lu gares, e n com peten cia c o n
G íb e le , la d io sa de la ciu d ad . L a m ás fam o sa era la Tyche de A n tio q u ía .
P e ro ya antes, e n el siglo I V , las p e rso n ific a c io n e s ir ru m p e n e n el cu lto : cada vez
se e rig e n m ás estatuas, altares e in c lu so tem p lo s p ara fig u ras co m o Eiréne, la « P a z » ,
Homónoia, la « C o n c o r d ia » e in c lu so n o p o d ía falta r Demokmtía, la « D e m o c r a c ia » 30.
T o d o ello p o r supuesto es m ás p ro p a ga n d a q u e re lig ió n . L a a rb itra ried a d de las f u n ­
d a cio n e s de cu lto n o p o d ía p asarse p o r a lto : la a b u n d a n c ia de estatuas fe m e n in a s
revestidas de carácter aleg ó rico n o d esp ierta m ás que u n in terés e sté tico , clasicista y
p o lv o rie n to .
E n la épo ca an tigu a los d ioses a n tro p o m o rfo s e ra n ya algo m u y n a tu ra l, au n q u e
sea d if íc il e n te n d e r lo c o n to d a s e rie d a d . U n d io s es d io s e n el s e n tid o de que se
m an ifiesta; p e ro sólo se p o d ía h a b lar de la e p ifa n ía de d ioses a n tro p o m o rfo s en u n
sen tid o m u y lim ita d o .
E x iste n testim o n io s de m áscaras de dioses llevadas p o r h o m b re s en el culto de lo s
dioses m istérico s D e m é te r o D io n is o . E l sacerd ote en F é n e o , en A rc a d ia , se p o n e la
m áscara de D e m é te r Kidaría y go lp ea a los « S u b te r r á n e o s » co n u n b a stó n 31 y, en u n a

26 Cypria fr. ÿ - lO Bernabé2 = fr. 7 Davies, Cratinus Nemesis fr . I I 4 - 1 2 7 K assel-Austin, cfr. W . Luppe,
Philologus 11 8 ( 1 9 7 4 ) , pp. 1 9 3 - 2 0 2 ; idem , « D ie Nemesis des K r a t in o s » , Wissenschafiliche Zfitschriß der
Universität Halle 2 3 / 4 (T9 7 4 )> PP· 4 9 - 6 0 ; A . H enrichs, «Iu p p iter m ulierum amator in papyro H e r -
sulanensi» ¡(PE 15 ( ΐ 974 ·)> ΡΡ· 3 0 2 - 3 0 4 ; W . Luppe, «N o ch m als zur Nemesis bei Ph ilo d em », Phi­
lologus 119 ( 1 9 7 5 ), pp. 1 4 3 - 1 4 4 ; R M L U I ( 1 9 0 2 - 1 9 0 9 ) , cols. 1 1 7 - 1 6 6 ; H erter, R E X V l ( 1 9 3 5 ) , cols.
2 3 3 8 - 2 3 8 ° ; Μ · M . M iles, « A Reconstruction o f the Tem ple o f Nem esis at R h am n o u s», Hesperia
59 (*9 8 9 )' pp. I 3 I~ I 4 9 ; P- Karanastassi, LIMCs.v. Nemesis V I ( 1 9 9 2 ) , pp. 7 3 3 _ 7 6 2 ; eadem, AM 1 0 9
( 1 9 9 4 ) . p p . 1 2 1 - I 3 1 ? W . Erh ard y, «V e rsu ch einer D eu tu n g des K u ltbild es der N em esis von
R h am n o u s», A K ^ O ( i 9 9 7 )* PP· 2 9 ' 3 9 ·
27 K·· Ziegler, RE V I I A (19 4 8 ), cols. 1 6 4 3 - 1 6 9 6 ; H . Strohm , Tyche. /¿ir Schicksalsauffassung bei Pindar und den
frühgriechischen Dichtern, 1 9 4 4 · <<:7yc/ie y Afoîra», Archilochus fr. l6 W e st2; L . Villard, LIMCs.v. Tyche V I I I
(1 9 9 7 ). pp· 1 1 5 - 1 2 5 ·
28 Pind. 01. 1 2 [trad. esp. de A . Bernabé y P. Bádenas, 2 0 0 2 ] ·
29 E u r. Ion 1 5 1 2 - 1 5 1 4 ; cfr. Hec. 4 8 8 - 4 9 1 ; Cycl. 6 0 6 s .
30 A . Raubitschek, « D e m o k ra tia » , Hesperia 3 1 ( 1 9 6 2 ) , pp. 2 3 8 - 2 4 3 ; D . M usti, Democratia. Origini di
un’idea, 1 9 5 5 ·
31 Paus. 8 , 1 5 , 3; véase II 7- η · 56 ; III 2 ·ΐΟ, η . 45·
252 3. LOS DIOSES

c e le b ra c ió n m isté ric a de ju r a m e n to e n S ira c u sa, la p e rso n a q ue h ace el ju ra m e n to


d eb e v e stir el h á b ito p ú r p u r a de D e m é te r y so sten e r u n a a n to rc h a e n c e n d id a e n la
m a n o 32. T a m b ié n se cuen ta cóm o dos jó v e n e s m esem o s a p arecían com o lo s D io s c u ­
ro s y c ó m o u n a sa ce rd o tisa v ir g e n se m o stra b a c o m o A t e n e a 33. S o b r e to d o n a r r a
H e r ó d o t o c ó m o P is is tra to e n tr ó e n A te n a s co m o t ir a n o , e n to r n o a la m ita d d e l
siglo V I : u n o s m e n sa je ro s en via d o s p re v ia m e n te a n u n c ia ro n q u e la p r o p ia A te n e a
h abía elevado a P isistrato al m ás alto h o n o r en tre to d os lo s h o m b re s y era ella m ism a
la q ue lo c o n d u c ía de vu e lta a su c iu d a d ; e n efecto e n el c a rro , ju n t o al so b e ra n o ,
h ab ía u n a e sp lé n d id a fig u ra fe m e n in a de tam añ o so b reh u m a n o , h erm o sa a la vista y
ataviada c o n la a rm a d u ra de la d io sa . L a g e n te la v e n e ró y aco gió a P isistra to e n la
ciu d ad . P ero al m ism o tiem p o se d ecía q u e cierta m u je r llam ad a F ía de P ean ia h ab ía
re p re se n ta d o e l p a p e l de la d io sa y H e r ó d o t o ve el c o n ju n to c o m o u n esp ectácu lo
sum am en te to n t o 34. Y a en la m ito lo g ía , S a lm o n e o , el rey que viajó de u n lad o a otro
ve stid o c o m o Z e u s y tra tó d e im it a r e l tr u e n o y el ra y o , es c o n s id e ra d o c o m o u n
e stú p id o b la s fe m o 35. A lg u n o s se g u id o re s d e P itá g o ra s e n e fe cto a firm a b a n q u e su
m a e stro e ra A p o lo h ip e r b ó r e o 3 y E m p é d o c le s se p re se n ta b a e n A c ra g a n te co m o
« d io s in m o r ta l, ya n o u n m o r t a l » 37; p e r o u n tal M e n é c ra te s q u e e n el sig lo I V se
m o strab a com o Z eu s fu e casi u n caso c lín ic o 38.
L a s re p re se n ta c io n e s figu rativas de lo s d ioses o fre c ía n u n apoyo d ecisivo p a ra la
im a g in a c ió n ; el d isfra z d e F ía , p o r e je m p lo , sigu e e l m o d e lo d el P a la d ió n . S in
e m b a rg o , las im á g e n e s de lo s d io se s se v e ía n in m e rs a s e n u n c u rio s o d ile m a : lo s
a n tig u o s y sa c ro sa n to s xóana e r a n p o c o v isto so s, m ie n tra s q u e, e n e l caso de las
e sp lé n d id a s o b ra s de a rte , se c o n o c ía el n o m b r e d el a rtista ; e ra n o b je to s de lu jo ,
agdlmata, n o m an ife sta cio n es d ivin as.
E n la é p ic a , lo s e n c u e n tro s e n tre d io se s y h o m b re s p e r te n e c e n a las escen as
estan d arizad as; y a ú n así, « H o m e r o » las e m p lea c o n n o ta b le re se rv a 39. H a b itu a l­
m en te lo s d ioses n o están p re se n tes; sólo e n tre lo s re m o to s etío pes lo s d ioses p a r ti­
cip a n e n el b a n q u e te , al ig u al q u e en el o tro extrem o d el m u n d o A p o lo vive c o n su
p u e b lo , los h ip e rb ó re o s. D e n o ser así, el p o eta es el ú n ic o que p u ed e d e sc rib ir, p o r
e je m p lo , cóm o P o sid ó n va en cabeza de la fo rm a c ió n de com bate; los g u e rre ro s a lo
sum o o yen la voz d el d io s 40. N o rm a lm e n te p ara h a b la r c o n u n ser h u m a n o , u n d io s
asum e la fig u ra de a lgú n c o n o c id o ; sólo el resu ltad o, el giro en los a c o n tecim ien to s,
p e rm ite s u p o n e r la o b ra de a lg u ie n « m á s f u e r t e » . E n o casio n es los dioses se m a n i­
fie s ta n p o r a lu s ió n . H e le n a re c o n o c e a A fr o d it a , q u e se acerca a e lla c o m o u n a
an cian a, p o r su h erm o sa n uca, su atractivo p ech o y sus b rillan te s o jo s; A q u ile s re c o ­
n o ce a A te n e a in m e d ia ta m e n te p o r la a te rra d o ra luz de sus o jo s 41. D espu és de h a b er

32 Plut. Dion. 5 6 .
33 Paus. 4 , 2 7 ! Polyaen. 8, 5 9 ; véase II 6, n. 3 0 .
34, H dt. I , 60 .
35 RML I V ( 1 9 0 9 - 1 9 1 5 ) , cois. 2 9 0 - 2 9 4 : véase n. 3 8 ; E . Sim o n , LIM C s.v. SalmoneusVII (1994). ΡΡ·
653- 655.
36 L&S, pp. 1 4 0 - 1 4 4 *
37 VS 3 1 B 1 1 2 .
38 O . W ein rich , Menekrates /¿us und Salmoneus, 1933 = Religionsgeschichtliche Studien, 19 6 8 , pp. 2 9 9 “434*
39 W . K u llm an n, Das Wirken der Götter in der Ilias, 1 9 5 6 ; W . Bröcker, Theologie der Ilias 19 75 ' intenta distin­
guir radicalmente poesía y fe.
40 fl. 14 , 3 4 8 - 3 8 5 ; 2 , 1 8 2 .
41 Véase III 2 -4 * η · 3 3 ·
i . EL CARÁCTER ESPECIAL DEL ANTROPOMORFISMO GRIEGO 253

yacid o c o n A n q u ise s, A fr o d ita se m u estra en to d a su belleza in m o rta l, que irra d ia de


sus m e jilla s; su cabeza llega al techo de la h a b ita c ió n ; A n q u ises, ate rrad o , se cubre el
r o s tro . D e m é te r revela su d iv in id a d de u n a m a n e ra s im ila r c u a n d o lleg a a E le u sis
b a jo la fo rm a de u n a criad a a n cian a; al cru zar el u m b ra l, su cabeza llega al techo d el
p alacio y lle n a las p uertas de luz d ivin a; p e ro sólo m ás tarde revelará su fo rm a v e rd a ­
d e ra , c u a n d o a p a rta de sí la ve je z : la b e lle z a flo ta a su a lr e d e d o r , u n d u lc e a ro m a
em an a de sus vestid os, su cu e rp o irra d ia luz y to d a la casa se lle n a de u n re sp la n d o r
co m o el de u n re lá m p a g o 42.
L a q ue h ab la c o n m ayo r n a tu ra lid ad , co m o si se tratara de u n a e x p e rie n c ia p r o ­
p ia, d el e n c u en tro c o n los dioses es S a fo 43; A fr o d ita d escen d ió d el cielo en u n c a rro
tira d o p o r p ája ro s p ara verla y, so n rie n d o c o n in m o rta l sem blan te, le h a b ló ; la p o e ­
tisa reza p o r la re p e tic ió n de tal fav o r. L a lleg a d a de la d io sa p ro v o c a u n a tr a n s fo r ­
m a c ió n , la a v e rsió n d a paso al d eseo; la casa celeste y e l c a rro d iv in o s o n tr a d ic ió n
p o é tica . A fr o d it a en su fiesta es in vocad a p ara escan ciar n éctar m ezclado c o n aleg ría
festiva: el m o m en to m ás d ich oso d u ran te la fiesta es cu an d o la p ro p ia d iosa se m ueve
en tre las fila s. D u ra n te la b atalla se p u ed e p e d ir al d io s ayuda « m a n ifie s ta » ; A r q u í­
lo c o 44 a firm a q ue e n la b a ta lla A te n e a está ju n t o a lo s v e n c e d o re s : es el m o m e n to
decisivo e n q ue el en em ig o se da la vuelta el q ue testim o n ia su p re se n cia ; n ad ie tien e
p o s ib ilid a d de m ira r a su a lre d e d o r e n bu sca de la d io sa . E n lo s in fo rm e s sobre las
batallas de M a ra tó n y Platea d u ran te las G u e rra s M éd icas, so n sólo « h é r o e s » los q u e
u n o y o tro b a n d o c o n sid e ra ro n c o m p añ ero s de b atalla45; en la p o esía de P ín d a ro , la
in te rv e n c ió n d irecta de los dioses está lim ita d a al m ito , m ie n tra s que p ara los h o m ­
b re s d e su é p o ca q u ed a ese e sp le n d o r q u e e m a n a de lo s d io ses y re sp la n d e ce e n la
v ic to ria y e n la fiesta. A p a re c e n d ioses en el teatro á tic o 46, p e ro to d o s sab en q u e es
te a tro ; Z e u s n u n c a aparece.
E l cu lto sa c rific ia l n o rm a l es u n cu lto s in re v e la c ió n y sin e p ifa n ía . U n m ila g ro
d el v in o o u n m ila g ro de la le ch e p u e d e n in s in u a r s e o m a n ip u la r se a q u í o a llá 47.
P e ro , de n o ser así, lo s p articip a n tes se c o n te n ta n c o n el e sp le n d o r su g e rid o p o r el
fu ego sa crific ia l y las an torch as o el sol n a cie n te , h acia el que se o rie n ta n el tem p lo y
aq u ello s que están ante el altar.
L o s dioses existen, p e ro n o están d isp o n ib le s; p a re c e n fam ilia res en su h u m a n i­
d a d , u n o in c lu s o p u e d e re ír se de e llo s 48, p e r o se m a n tie n e n d ista n te s. E n c ie rto
sen tid o so n el p o lo op u esto a los seres h u m a n o s. L a lín e a que sep ara a dioses y h o m ­
bres es la m u erte : a u n lad o , los m ortales que avanzan h acia su fin , al o tro , los dioses
in m o rta le s . P o r m u c h o q u e lo s d io ses p u e d a n e n fu r e c e rs e o s u fr ir , c a re ce n de la

42 Hymn. Aphr. I 7 2 - I 7 5 > 1 8 1 - 1 8 3 ; Hymn. Dem. 18 8 -19 O ; 2 7 5 _ 2 8 o . C fr . en general F. Pfister, REs.v. Epi­
phanie Suppl. I V ( 1 9 2 4 ) , cols. 2 7 7 - 3 2 3 .
4-3 Sappho fr. I; 2 Voigt [trad. esp. de H . Rodríguez Som olinos, Poetisas griegas, 19 9 4 . fr· 1 y 8 3 ]; véase
11 1 2 .7 , η . 3 3 -
44 Aesch. Sept. 1 3 6 ; A rch il, fr. 9 4 West2; véase III 2 -4 » n · ^5 ·
45 Véase IV 4 , n n. 4 3 - 4·9 ·
46 E . M ueller, De Graecorum deorum partibus tragicis, 19 10 .
47 M ilagro del vin o: O tto (2 ), p p . 9Xs. ; Steph. Byz. s.v. Naxos·, Paus. 6, 2 6 , 2 ; m ilagro de la leche:
Pind. fr. 1 0 4 b Maehler.
48 P. Friedlaender, «L a ch e n d e G ö tte r » , Antike ΙΟ ( Ι 9 3 4 1)» ΡΡ· 2 0 9 - 2 2 6 = Studien zur antiken Literatur
undKunst, 19 6 9 , pp. 3 - 1 8 , A . Lesky, «G rie c h e n lachen über ihre G ö tte r » , Wiener humanistische Blät­
ter 4 (1 9 6 1) , pp. 3 0 - 4 O ; W . H o rn , Gebet und Gebetsparodie in den Komödien des Aristophanes, 19 7O ; GGR,
p p ·779- 78 3 .
254 3. LOS DIOSES

v e rd a d e ra s e rie d a d q ue e n lo s h o m b re s p ro v ie n e de la p o s ib ilid a d de d e stru c c ió n .


E n e l ú ltim o , d ecisivo m o m e n to c r ític o , lo s d io se s a b a n d o n a n al h o m b re : A p o lo
d e ja a H é c t o r c u a n d o se in c lin a la b a la n z a y A r t e m is se d e sp id e d e l m o r ib u n d o
H ip ó lit o y se va. « D if íc il sería salvar a la d e sc e n d e n c ia de to d o s lo s h o m b r e s » 49, y
así, los dioses n o salvan a n in g u n o ; la e x p re sió n re p etid a a m en u d o « p o r el b ie n de
los m o rta le s » suen a d istante y d esd eñ osa e n sus lab io s.
E n la m ito lo g ía griega se su p rim e casi to talm en te ese m ito q u e en o tro s lu gares es
u n o de lo s m ás im p o rta n te s: la c re a c ió n de lo s h o m b re s p o r o b ra de los d io ses. E n
el A n tig u o T estam en to es e l o b jetiv o d e to d a la c re a c ió n « a l p r in c ip io » y lo m ism o
o c u rre e n la é p ica b a b ilo n ia de la c re a c ió n d el m u n d o ; lo s d ioses cre a n a lo s h o m ­
b res p a ra que estén a su s e r v ic io 50. L a teogonia de H e s ío d o pasa p o r alto la c re a c ió n
d el h o m b re , de las actividades de P ro m e te o sólo te n e m o s c o n o c im ie n to a través de
fáb u las su b literaria s y la a n tro p o g o n ía a p a r tir de las cenizas de los T ita n e s q u e m a ­
dos p o r e l rayo se m an tie n e a p ó c rifa 51. D io ses y h o m b re s están u n o al la d o d el o tro ,
sep arad o s in c lu so e n el rito sa crific ia l, y sin em b argo re la c io n a d o s e n tre sí co m o la
im a g e n y su re fle jo .
L o s d io ses n o p u e d e n d a r vid a , p e r o sí p u e d e n a n iq u ila r. N o hay d ia b lo e n las
re lig io n e s antiguas, p e r o to d o d io s tien e su lad o o scu ro y p e lig ro so . A te n e a y H e ra ,
las diosas de la ciu d ad p o r excelen cia, están, m ás que cu alq u ier o tro d io s, decididas a
d e s t r u ir T ro y a . A p o lo , el d io s s a n a d o r, e n vía la p este y, ju n t o c o n A r t e m is , d e s ­
tru y e a lo s h ijo s de N ío b e . A te n e a a trae a H é c t o r h a c ia la m u e r te . A fr o d it a m ata
c ru e lm e n te al h u ra ñ o H ip ó lito . In c lu so d e Z eu s p u ed e d ecirse en u n a fo rm u la c ió n
p a ra d ó jic a : « e l p ro v id e n te Z eu s tra m ó m a le s » 52. « P a d re Z eu s, n in g ú n d io s es m ás
d estructivo q ue t ú » es u n tem a que re su en a a través de la épica h o m é r ic a 53.
P e ro la a n iq u ila c ió n p o r o b ra de u n d io s p u e d e s ig n ific a r p a ra d ó jic a m e n te ser
u n e le g id o ; la víctim a se co n vierte e n d o b le de la d ivin id a d . A s í A rte m is exige la vida
de Ifig e n ia , A p o lo causa la m u e rte de L in o , Ja c in t o , A q u ile s y N e o p tó le m o , A te n e a
destruye a Y o d a m a 54 y P o sid ó n , a E re c te o . A q u e l al q u e se da m u erte d e esta m an era
se con serva en el ám b ito d ivin o co m o o sc u ro re fle jo d el d io s. In clu so el d io s o lím ­
p ic o n o sería lo q ue es sin esta d im e n s ió n p ro fu n d a .
S in e m b a rg o , la fo rm a e n q u e lo s h o m b re s n e c e s ita n a lo s d io ses es m u y d if e ­
ren te d el m o d o e n que lo s d ioses n e cesita n a los h o m b re s; los h o m b re s viven c o n la
e sp e ra n z a de fa v o r r e c íp r o c o , cháris. « E s b u e n o o fr e c e r d o n e s c o n v e n ie n te s a lo s
in m o r ta le s » 55, pues ellos se m o strará n agrad ecid os. P ero n u n ca se p u ed e c o n tar co n
ello de u n m o d o seg u ro . E s c ierto q u e el rito va aco m p añ ad o de la esperanza de que
p ro d u z c a c ie rto s efecto s, p e r o lo s d io ses h o m é ric o s ta m b ié n p u e d e n d e c ir q ue n o
sin d ar ra z ó n de n in g u n a clase. G u a n d o lo s aqueos h acen sacrificio s exp iato rio s p ara
lib e r a r s e d e la p este , A p o lo « o y e » la o r a c ió n d e l sa ce rd o te y « s e d e le it a » c o n el
canto cu ltu al y la desgracia d esap arece56. P e ro cu an d o lo s aqueos h acen u n sa crific io

49 II. 15 , 14 O S.; véase III 2 .5 , n. 5 4 ; IV 3 , n. 3 4 .


50 A N ET68; 99.
51 Véase III 3 .1 , n. 2 3 ; VI 2 . 3 , n . 16 .
52 II 7, 4 7 8 ·
53 n. 3 , 3 6 5 ; Od. 2 0 , 2 0 1 .
54 Sim onides FGrHist 8 F I ; véase III 2 .6 , n. 3O ; H N, pp. 17 6 s .
55 II. 2 4 , 4 2 5 ; Bacchyl. I, 1 6 2 .
56 II. I , 4 5 7 ; 4 7 4 .
4 . EL CARÁCTER ESPECIAL DEL ANTROPOMORFISMO GRIEGO 255

a los dioses cu an d o van a e n tra r en com bate, co m o se les h abía p e d id o exp resam ente
en u n s u e ñ o m a n d a d o p o r Z e u s, « e l h ijo de G r o n o acep tó las víctim a s, p e r o
a u m e n tó su n a d a e n v id ia b le f a e n a » 57 e n la b a ta lla . L a s m u je re s de I li o n , c o n su
re in a al fre n te , co lo c an u n p ep lo sob re las ro d illa s de A te n e a e n su tem p lo y rezan a
la d io sa p ara que ro m p a la lanza de D io m e d e s, « p e r o Palas A te n e a r e h u s ó » 38 c o n ­
cisa y f r ía . E l h o m b re n u n c a p u e d e estar se g u ro d e sus d io se s. E l q u e h a lle g a d o
d em asiad o alto es el que está m ás am en azado c o n la d estru c c ió n : ésta es la « e n v id ia
de lo s d io s e s » 59.
L o s d io ses n o so n abrazo m a te rn a l; se m a n tie n e n a d istan cia, p lástico s, visib les
desde d istin to s án gu lo s. E llo ta m b ié n d eja al h o m b re a su vez la lib e rta d de d ecir n o
o in c lu so de re b e larse. « S i q u ieres s e g u irm e » , dice A te n e a a A q u ile s, com o si c o n ­
ta ra c o n la p o s ib ilid a d de su r e c h a z o 60. E l m ism o A q u ile s se atreve a d ir ig ir le a
A p o lo , el d io s que le h a en gañ ad o, las p alabras m ás audaces: « M e c o b ra ría venganza
de ti si tu viera p o d e r » 61. N o hay o b e d ie n c ia al d io s, así com o apenas existen ó r d e ­
nes d ivin as; n o hay trib u n a l d ivin o q ue ju z g u e a los h o m b re s 62. Y sólo raras veces se
invoca al dios co n el títu lo « s e ñ o r » (déspota), la p alab ra c o n la q u e el esclavo se d irig e
a su a m o . E l h o m b re está fre n te a lo s d io se s co m o u n in d iv id u o m o d e la d o , f r í o ,
co m o las estatuas de sus dioses. E s u n tip o de lib e rta d y e sp iritu a lid a d , co n segu id o a
costa de seg u rid ad y c o n fian za. P ero la re a lid a d im p o n e sus lím ites in c lu so al h o m ­
b re lib e ra d o : lo s d ioses so n y se m a n tie n e n co m o « lo s m ás fu e r te s » .

57 II. 2, 4 2 0 .
58 II. 6, 3 1 1 .
59 H d t. I , 3 2 ; 3 , 4 ° ; 7 > 4 ^ ; A esch . Pers. 3 6 2 ; m uestran su desap robación: Plat. Tim. 2 9 e ; Phdr.
2 4 7 a ! A rist. Met. 9 8 3 a 2 ; S. R anulf, The Jealousy o f the God and Criminal Lam in Athens, 1 93 3 19 3 4 ; F'.
W ehrli, Lathe biósas, 1 9 3 3 , passim-, E . Milobenski, Der Neid in der griechischen Philosophie, 1 9 6 4 , G . J . D .
Aalders, De oud-griekse voorstelling van de aufgunstder Godheid (Mededelingen der Koninhlijke Nederlandske Akade­
mie van Wetenschappen, Afd. Letterkunde 3 8 , 2 ), 1975 *
60 II. I , 2 0 7 .
61 II. 2 2 , 2 0 .
62 A . Goetze, Kleinasien, ZI 9 5 7 > P· ^4 7 -
4. MUERTOS, HEROES Y DIOSES CTONICOS

i. Sepultu ra y cu lto de lo s m u erto s

L o s e n te rra m ie n to s, que p re su p o n e n rito s fu n e r a rio s, se e n c u e n tra n e n tre los te s­


tim o n io s m ás a n tigu o s de la c u ltu ra h u m a n a . T a m b ié n co n stitu y en u n o de los m ás
im p o rta n te s co m p le jo s de m ateriales p ara la a rq u e o lo g ía p re h istó ric a e in clu so p ara
la clásica, ya q ue a q u ello que se sepu lta in te n c io n a lm e n te b a jo tie rra p u ed e c o n s e r­
varse in ta c to m ás fá c ilm e n te d u ra n te m ile n io s . D e este m o d o , la a rq u e o lo g ía de
tu m bas h a llegad o a co n vertirse en u n a cien cia m u y esp ecializad a y co m p le ja ; fre n te
a eso, u n a d e sc rip c ió n de la re lig ió n griega deb e lim itarse a referen cias relativam ente
a p ro x im a tiva s. A d em á s, los h allazgos de las excavacio n es d eb en c o n sid e ra rse ju n t o
c o n lo s te s tim o n io s lit e r a r io s de lo s a n tic u a r io s y p o e ta s y, ta m b ié n e n este caso ,
H o m e r o a d q u iere p a rtic u la r re le va n cia '.
Las costu m bres fu n e ra ria s y las creen cias so b re los m u erto s h a n coexistido desde
s ie m p re y e n to d as p a rte s e n u n a r e la c ió n d e in flu e n c ia r e c íp r o c a ; s in e m b a rg o ,
c o m o m u e stra n e stu d io s e sp e cífico s, n o hay u n a estrech a c o r re la c ió n e n tre e llo s 2.
L a s n o c io n e s s o n a m e n u d o vagas y, c o m o sie m p re , d iversas y c o n tra d ic to ria s . L a
c o m p r e n s ib le a v e rs ió n a h a b la r o a r e fle x io n a r so b re la m u e rte e n tra ñ a q u e se
o b serven ciertas reglas lin gü ísticas sin que se extraig an con secu en cias de e llo . Y a ú n
m ás, las c o stu m b res q u e p re va le c e n e n la tr a d ic ió n lo c a l y fa m ilia r se llev a n a cabo

1 Rohde I; GdH, pp. 3 0 2 - 3 1 6 ; W iesner, 1 9 3 8 ; GGR, pp. I 74J" I 9 9 ; PP· 3 7 4 “ 3 7 ^ϊ Andronikos, 19 6 8 ;


K u rtz -D o rd m a n , 1 9 7 1 (trad. ital. parcial de D . G . K u rtz, « L a dona n ei riti fu n e b r i» , en G .
A rrig o n i [ed .], Ledonneen Grecia, 19 8 5 , pp. 2 2 3 - 2 4 ° ) ; K . Schefold, « D ie Verantwortung vor den
Toten als Deutung des L e b e n s», en Wandlungen. Studien zur antiken und neueren Kunst, 1975 * PP· 25 5 - 2 7 7 ·
2 Por ejemplo, R . Moss, The Life after Death in Oceania and the Malay Archipelago, 1 9 2 5 ; H . Kees, Totenglauben
undJenseitvorstellurigen der alten Ägypter, ' i 9 5 6 .
í . MUERTOS, HÉROES Y DIOSES CTÓNICOS

co n c o n fo rm id a d in d iscu tib le . R ito y creen cia tie n e n que ve r casi exclusivam ente c o n
la m u erte de o tro s; la p ro p ia m u e rte p e rm a n e ce e n la oscu rid ad .
A p a r te d e c u e stio n e s r e fe r id a s a in flu e n c ia s y s u p e rp o s ic io n e s h is tó ric a s , las
in te rp r e ta c io n e s de este c o m p le jo de c o stu m b re s y c re en cia s p u e d e n v e rs a r so b re
m o tiv a c io n e s p sic o ló g ic a s o so b re la fu n c ió n so c ia l. E n las re a c c io n e s fr e n te a la
ru p tu ra de la re la c ió n c o n u n c o m p a ñ e ro , g e n e ra lm e n te m ás v ie jo , lo s p sic ó lo g o s
d etectan u n a fu e rte am b ivalen cia de sen tim ien to s, en tre d o lo r fu rio so y alivio, entre
tr iu n fo y m ala c o n c ie n c ia 3. L a lib e ra c ió n efectiva y el e n riq u e cim ie n to d el h e re d e ro
se o c u lta n b a jo el lu to d e m o stra tiv o , e l h o m e n a je al d ifu n to y la o b e d ie n c ia p o s ­
tu m a; d eso rie n tac ió n y d ep re sió n se su p e ra n p o r m ed io de banqu etes festivos y p re s­
tigio sas c o m p e tic io n e s d ep o rtiv a s. A l m is m o tiem p o se h ace e vid en te u n a fu n c ió n
social de las costum bres fu n e ra ria s, q ue tie n e que ve r, so b re to d o , co n la c o n fir m a ­
c ió n d e la tr a d ic ió n a través d e las g e n e ra c io n e s y, e n p a r tic u la r, c o n el f o r t a le c i­
m ie n to de la so lid a rid a d fa m ilia r. R e c o n o c e r los derech os d el d ifu n to sig n ifica a fir ­
m a r la id e n tid a d d el g ru p o , acep tar sus reglas y, p o r tan to, asegu rar su co n tin u id ad .
E n las costu m bres de e n te rra m ie n to griegas, la ru p tu ra c o n el m u n d o m ic é n ic o
d esp u és d e 1 2 0 0 se m u e stra d e u n a m a n e ra e x tr a o r d in a r ia c o n la d ifu s ió n de las
sep u ltu ras in d ivid u a les y de la c re m a c ió n . E s c ierto que en algu nos lu gares se sigu en
u tiliz a n d o tu m bas de cú p u la y de c ám ara; e n C re ta y C h ip re , las tu m bas de cám ara
p ersisten com o la fo rm a n o rm a l e in c lu so se in tro d u c e n en R o d as. S in em b argo , en
g e n e ra l se tie n d e a u t iliz a r s e p u ltu ra s in d iv id u a le s , b ie n e n la fo r m a d e u n a fo sa
cu b ierta c o n losas de p ie d ra , la « tu m b a -c ista de p ie d r a » , o e n la fo rm a de u n a se n ­
c illa fo s a e n e l s u e lo ; e n el caso d e las c re m a c io n e s, la u r n a se e n tie r r a de fo r m a
sim ila r. L a in c in e r a c ió n de lo s cadáveres re p rese n ta el cam b io m ás esp ectacu lar c o n
respecto a la épo ca m ic é n ic a 4. E n la G re c ia d e la E d a d d el B ro n c e , esta costu m b re es
p rá ctic a m e n te d esc o n o c id a , a u n q u e ya e ra u tiliz a d a p o r los reyes h ititas y e n T ro y a
V V V lla . A p a r e c e e n el siglo X I I en el A tic a e n el c e m e n te rio de P e ra tí. E n la é p ic a
h o m é ric a , es la ú n ic a fo rm a de se p u ltu ra re c o n o c id a . P e ro e n re a lid a d e n n in g ú n
lu g a r se estableció de m an era exclusiva. E l cem e n te rio estud iad o c o n m ayo r r ig o r es
el m ás im p o rta n te de A te n a s, el C e rá m ic o , situ ad o d elan te de la p u erta d el D íp ilo .
A q u í, la c re m a c ió n p r e d o m in a c la ra m e n te e n el p e r ío d o p ro to g e o m é tr ic o y e n el
siglo IX es la ú n ic a p rá ctic a ; p e r o , a p a r tir d el siglo V I I , las in h u m a c io n e s vu elven a
a u m e n ta r y p asan a c o n stitu ir el 3 ° % l as sep u ltu ras.
L a in t e r p r e t a c ió n de lo s h a lla z g o s es c o n tro v e rtid a . ¿ In d ic a la d ifu s ió n de las
tum bas de cista la llegada de in m ig ra n te s, quizá la « m ig ra c ió n d o r ia » 5? N o hay u n a
c o rre la c ió n neta en tre la in n o v a c ió n y las áreas claram en te d o rias. ¿S e ñ a la u n a rees­
tr a tific a c ió n de la so c ie d a d p o s te r io r al h u n d im ie n to d e l r e in o m ic é n ic o ? C o n la
sepultura in d ivid ual, se trata al d ifu n to m ás com o in d ivid u o , aunque el lu gar de se p u l­
tu ra sigue p ro c la m a n d o la u n id a d de la fa m ilia ; las fam ilia s n o b les tie n e n cada u n a
su p r o p io re c in to se p u lc ra l d e lim ita d o p o r m u r o s 6. P e ro ta m b ié n es p o sib le v e r la

3 K . M euli, «En tsteh un g u nd S in n der Trauersitten», Schweiz, Archivftir Volkskunde, 4 3 (19 4 6 ), pp. 9 1 -
10 9 ; PP* 6 0 - 6 9 . Orestes organiza u n banquete fúnebre p o r Egisto, después de haberle dado
m uerte, Od. 3 , 3 0 9 .
4 J . P in i, Beiträge zur minoschen Gräberkunde, 1 9 6 9 ; A n d ro n ik o s, p p . 5 1 - 6 9 , 1 2 9 - 1 3 1. ; Snodgrass, pp.
1 4 0 - 2 1 2 . Véase I 3 . 3 , n. 7 7 .
5 A sí D esborough (i), pp. 3 7 - 4 ° , contra Snodgrass, pp. 1 7 7 - 1 8 4 * K u rtz-B o ard m an , p. 2 4 *
6 Rohde I, pp. 2 2 9 ; Demosth. 4 3 * 7 9 -
1. SEPULTURA Y CULTO DE LOS MUERTOS 259

d ifu sió n de las tu m bas de cista com o u n re to rn o a u n a p ráctica m ás an tigu a m e d io -


h elá d ic a q ue subsistió ju n to a las fo rm a s m icén icas están d ar. E l trán sito a la c re m a ­
c ió n ha sid o in te rp reta d o , sobre to d o p o r E d w in R o h d e , com o u n a re vo lu c ió n e sp i­
ritu a l c o n la que se p o n ía fin al p o d e r d el d ifu n to y se expulsaba a las alm as del re in o
d e lo s vivos. L o s e tn ó lo g o s y lo s a rq u e ó lo g o s se h a n v u e lto cada vez m ás escéptico s
c o n resp ecto a esta te o r ía 7. In h u m a c ió n y c re m a c ió n se e n c u e n tra n u n a al lado de la
o tra en el m ism o lu g a r; en G reta in c lu so a p a re ce n ju n ta s en la m ism a tu m b a; e n el
rito de e n te rra m ie n to y en lo s aju ares fu n e r a rio s n o se a d vie rten g ran d e s d ife r e n ­
cias; ta m p o co se trata de d e stru ir el cadáver, p u es lo s h u eso s q u em a d o s se re c o g e n
p ia d o sam e n te y se co n servan en u n a u rn a . P a ra e x p lic a r lo s cam bios de costu m bres
es te n ta d o r c o n s id e r a r fa c to re s e x te rn o s, c o m o la escasez d e m a d e ra , o , s im p le ­
m en te, u n a im p rev isib le « m o d a » ; apenas se p u ed e h a b la r de u n cam b io en las c r e ­
encias religio sas n i de u n a d ife re n c ia de trib u .
L a estricta sep a ra ció n en tre asen tam ien to y re cin to sep u lcral va u n id a al d e sa rro ­
llo de la vid a ciu d ad an a: los m u erto s d eb en ser « llev ad o s a fu e r a » ; de este m o d o , las
tu m b as se a c u m u la n a lo la rg o d e las p r in c ip a le s vías d e acceso a las c iu d a d e s. E l
C e rá m ic o e n A te n a s es u n claro e je m p lo . E l e n te rra m ie n to en la plaza d el m ercad o
o in c lu so e n la sala d e l C o n s e jo se c o n v ie rte e n la ú n ic a e x ce p ció n h o n o r ífic a 8. L a
sep u ltu ra de lo s n iñ o s, sin em b argo, es sie m p re u n caso e sp ecial9. L as fases ese n cia ­
les de u n rito fu n e r a rio n o r m a l10 son , p o r tan to , la e x p o sició n d el cadáver (próthesis),
su traslad o al e x te rio r (ekphorá) y el sep elio p ro p ia m e n te d ich o c o n sacrificio s p ara el
d ifu n to y b a n q u ete fú n e b re , al que se asocia u n c o n tin u o culto a las tum bas.
L a próthesis ya se re p re se n ta en sarcófagos ta rd o m ic é n ic o s y p o ste rio rm e n te a p a ­
rece u n a y o tra vez e n los gran d es vasos fu n e r a rio s g e o m é tric o s11. E l d ifu n to , lavado
y v e s tid o p o r las m u je re s y c o n la cab eza c e ñ id a p o r u n a c in ta o u n a c o r o n a , es
expuesto e n su casa, ro d e a d o p o r sus ap e sa d u m b ra d o s p a rie n te s. E l la m e n to f ú n e ­
b re , q ue c o rre sp o n d e a las m u je re s, es in d isp e n sa b le ; se p u ed e c o m p ra r o se p u e d e
o b lig a r a re a liz a rlo . A ú n e n la ép o ca de P la tó n se p o d ía c o n tra ta r a p la ñ id e ra s d e
C a ria . A q u ile s o b lig a a las p ris io n e ra s troyan as a q ue llo r e n p o r P a tro c lo y E sp a rta
fo rz ó a lo s m ese n io s so m etid o s a q ue p a r tic ip a ra n e n e l la m e n to p o r la m u erte de
u n re y 12. L o s estrid en tes grito s van a com p añ ad os d el m esarse lo s cabellos, go lp earse
el p ec h o y a ra ñ a rse las m e jilla s. L o s p a rie n te s se « e n s u c ia n » , se c o rta n el p e lo , se

7 Desborough (2 ), p. 2 6 8 , Snodgrass, pp. I 4 3 ~I 4 7 ’ G · Sourvinou-Inw ood, JH S 9 2 (1 9 7 2 )· PP· 2 2 0 -


2 2 2 , contra Rohde I, pp. 2 7 _ 3 2 , Otto (l), p. 14 1 , Nilsson (con dudas), GGR, pp. 17 6 s .; U . Schlen-
ther, Brandbestattung und Seelenglauben, i 9 6 0 , A . Schnaufer, Frühgriechischer Totenglaube. Untersuchungen zum
Totenglaube der mykenischen und homerischen feit, 1 9 7 0 . U n punto de vista correcto ya en GdH I, pp. 3 0 5 s·
8 R . M artin , Recherches sur l’agora grecque, 19 5 1 - PP- 194 2 0 1 ; p o r ej. T h u c. 5 , II; X e n . Hell. 7 , 3 · 1 2 ;
Plut. Timol. 3 9 . E n la sala del C onsejo: Paus. I, 4 2 , 4 ; 4 3 > 2s. (M égara).
9 GGR, p. 175 ; Plut. Cons. adux. I I , 6 12 A .
10 Rohde I, pp. 216 - 2 4 5 ; KA, pp. I 4 4 - I 4 9 i K u rtz-B o a rd m a n , pp. 1 4 2 - 1 6 I ; sobre los hallazgos en
T rajones (Ática): J .M . Geroulanos, AM 8 8 ( 1 9 7 3 ) , pp· 1- 5 4 ·
11 G . A h lberg, Prothesis and Ekphora in Greek Geometric Art, 19 7 1 ; sarcófagos de Tanagra: BGH 9 5 (19 7O > ρ·
9 2 9 ; Verm eule (i), láms. 3 4 ; 3 5 a ! K u rtz-B o ard m an , p. 2 7 - « U n d ía » : Soló n en Demosth, 4 3 >
6 2 = fr. 4 6 6 M artina.
12 E . Reiner, Die rituelle Totenklage beiden Griechen, 1 9 3 8 ; E . de M artino, Morte e pianto rituale nel mondo antico,
1 9 5 ^ ! M . A lexiou , The ritual Lament in Greek Tradition, 1 9 7 3 · D escripción poética: Aesch. Cho. 23 3 1 1
4 2 3 - 4 2 8 . Plañideras: A esch . Gho. 4 2 4 ; Plat. Leg. 8 o o e . O b lig ació n : II. 18 , 3 3 9 s·! ! 9 > 3 ° 2 ;
Tyrtaeus fr. 6 - 7 West8.
26 ο 4 . MUERTOS, HÉROES Y DIOSES CTÓNICOS

echan ceniza e n la fre n te y lle v a n ro p a s sucias y r o ta s 13. T o d a la « c a s a » se sale de la


n o rm alid a d . L a prothesis d u ra to d o el d ía . E n to n c e s, al « te r c e r d ía » p o r la m añ an a
te m p ra n o 14, tie n e lu g a r el « lle v a r f u e r a » . L o s n o b le s u tiliz a n u n c a rro fú n e b r e ,
com o m u e stra n ta m b ié n las p in tu r a s d e lo s vasos g e o m é tric o s . A q u í ta m b ié n , se
lleva el d ifu n to a la tu m b a ro d e a d o de u n a g ra n com itiva y en m e d io de p ro fu n d o s
lam entos. E n caso de c re m a c ió n , la p ir a fu n e r a ria se erig e cerca d el lu g a r de s e p u l­
tu ra. Es d e b e r d el p a rie n te m ás c e rc a n o , e sp e cia lm e n te d el h ijo , re c o g e r lo s h u e ­
sos de entre las cenizas.
L o s sacrificio s fu n e ra rio s fo rm a n p arte d el fu n e ra l; según la m o tiva c ió n y la e je ­
cu ció n p u e d e n ser al m en o s d e tres tip o s d ife re n te s: el d ifu n to re c ib e d o n e s com o
ofrendas de acu erd o c o n sus h áb ito s de vid a y su p o s ic ió n social; los que sigu en vivos
d em u estran así que n o se a p r o p ia n s in e sc rú p u lo s de lo s b ie n e s d el d ifu n to . E n el
p rim e r m ile n io , la ca n tid a d y el v a lo r d e estas o fre n d a s es re lativam en te escaso, en
contraste co n los tesoros de las tu m bas reales m ic é n ic a s15. L as o fre n d a s m ín im a s so n
vasos de te rra co ta , q u e a v e c e s c o n t ie n e n a lim e n to s o b e b id a s, a u n q u e la fu n c ió n
sim bólica de la o fre n d a p e rm ite ta m b ié n el uso de vasos en m in ia tu ra p rácticam en te
in u tilizab les. L o s h o m b re s re c ib e n a m e n u d o arm as, c u c h illo s u o tro s u te n s ilio s ;
las m u jeres, jo y a s, vestid o s y h u so s. E n las tu m b as de cám ara se c o lo c a n u n a silla y
una cama. Tras la in v e n c ió n de la a c u ñ a ció n de m on ed as, se le da ta m b ié n al d ifu n to
u n a p e q u e ñ a m o n e d a , q u e lu e g o se e n te n d ía c o m o el p r e c io q u e se p ag ab a a
C a ro n te p o r la travesía16. F re c u e n te m e n te , co m o se h acía desde la ép o ca p r e h is t ó ­
rica, se d ep o sita n e n la tu m b a fig u ra s de v a rio s tip o s; las in te rp re ta c io n e s de éstas
oscilan entre dioses, seres d em o n ía co s, c riad o s o ju g u e te s 17. U n a p arte de las o fr e n ­
das se q u em a ju n t o c o n el c ad áver e n la p ir a f u n e r a r ia —así p id e e x p re sa m e n te el
e sp íritu de M elisa, esposa d el tira n o P e ria n d ro , q ue se haga c o n sus r o p a s 18—, p e r o
las ofrend as q ue n o se q u em a n ta m b ié n se e n tie rra n p a ra sie m p re en la tu m b a.
A d em ás de las o fre n d a s de la tu m b a está el sa c rific io p o r d e stru c c ió n , m otivad o
p o r el sen tim ien to de ira im p o ten te que acom p añ a al lu t o 19: si la p erso n a am ada está
m u erta , to d o lo dem ás d eb e ser d e s tru id o ta m b ié n . A s í q u e se r o m p e n a rm a s y
h erram ien tas; se da m u erte a p e r ro s y caballos e in c lu so a los siervos y a la m u je r d el
d ifu n to . E n la p ir a fu n e r a r ia de P a tr o c lo , A q u ile s s a c r ific a o vejas y vacas, cu a tro
caballos, nueve p e rro s y doce p ris io n e ro s tro y a n o s20. E n C h ip re , se h a n e n c o n tra d o
restos de sa c rific io s de cab allo s y u n c a rro e n el drómos de tu m b as de ép o ca h o m é ­
ric a 81; de h ech o , se h a n id e n tific a d o in c lu so sa crific io s h u m a n o s 22. E l s a c rific io de
anim ales ju n to a la tu m b a era u n a p rá ctica c o m ú n ; las leyes de S o ló n p r o h ib ie r o n el

13 II. 2 4 , 1 6 2 - 1 6 5 ; véase II 4 , n. 4 6 .
14 A ntiph o n 6, 3 4 ; Piat· Leg· 9 6 0 a ; So lo n fr. 4 6 6 M artina; D em etr. Phaler. fr. 1 3 5 W ehrli; H e ra -
clit. All. Hom. 68 .
15 K urtz-Boardm an, pp. 2 0 3 - 217 ·
16 Aristoph. Ran. 14O ; 2 7 ° ; Waser, RE III ( 18 9 9 ), c° l- 2177 ; véase IV 2 , n . 21 .
17 W iesner, pp. 15O S.; A ndronikos, pp. 9 8 s .; K u rzt-B o ard m an , pp. 6 4 , 2 I 4 S·; véase 1 1, nn. 9 y 3 3 .
18 Hdt. 5, 9 2 .
19 Véase III, n. 4 3 ·
20 II. 2 3 , 1 6 6 - 1 7 6 .
21 BGH 8 7 ( 1 9 6 3 ) , pp. 2 8 2 - 2 8 6 ; 3 7 8 - 3 8 0 ; V . K arageorgh is, Excavations in the Necropolis o f Salamis I,
19 6 7 , pp. I 1 7 - I I 9 ; A ndronikos, pp. 8 5 - 8 7 .
22 The Swedish Cyprus Expeditioni, 1 9 3 4 , pp· 2 4 3 - 2 4 5 (Lapith os); BC H 8 7 ( 1 9 6 3 ) , pp. 3 7 3 _ 3 δ θ (Sala -
m ina); W iesner, p. 16 I ; MMR, p. 6 0 8 ; GGR, p. 1 7 8 ; A ndronikos, pp. 8 2 - 8 4 .
1, SEPU LTU RA Y CULTO DE LOS MUERTOS 261

sa crific io de re ses23. L a tu m ba es sie m p re lu g a r de lib a c io n e s; a veces lo s vasos u t il i­


zados p ara la lib a c ió n se ro m p e n y se d eja n a llí54.
P o r ú ltim o , fo r m a ta m b ié n p a rte d e l f u n e r a l el b a n q u e te f u n e r a r io 25, q ue d e
n u evo p re su p o n e sa crificio s de an im ales. In c lu so antes de e n c e n d e r la p ira fu n e r a ­
ria , A q u ile s o frece a sus co m p a ñ e ro s « c e le b r a r el apetitoso b a n q u e te » , p ara el cu al
se sa c rific a n vacas, ovejas, cabras y cerd o s y « e n todas p artes a lre d e d o r d e l d ifu n to
flu y ó la san gre re c o g id a a c u e n c o s » 86. L o s sa c rific io s de d estru c c ió n y el b a n q u ete
f u n e r a r io v a n de la m a n o ; sus h u e lla s n o s o n fá c ile s de d is tin g u ir e n lo s re sto s
arq u e o ló g ic o s. E n épo ca g e o m é trica se c o c in a b a n y se c o n su m ía n alim en to s ju n to a
las tu m b a s 27. A v e c e s se q u em a b a n a n im a les e n la p ir a fu n e r a r ia , p e r o ta m b ié n se
h a n e n co n tra d o h uellas de fu egos ju n to a la p ira , co n huesos astillados d el b an q u ete.
P o ste rio rm e n te , el b a n q u ete fu n e r a rio (perídeipnon), a p esa r de su n o m b re , ya n o se
celeb ra « e n t o r n o » al m u erto o a la tu m ba sin o d espués en casa28·, aq u í se recu erd a
al d ifu n to c o n h o n o r , p e r o se r e n u n c ia a im p o n e r su p re se n c ia . N o o b sta n te , se
p u ed e im a g in a r que el d ifu n to , d eb id am en te p re p a ra d o , tom a p arte en el b an q u ete,
c o m o m u estra el g ra n g ru p o d el « re lie v e d el b a n q u ete f u n e r a r io » 29.
E n épo ca an tigua, el e n te rram ie n to de u n a fig u ra im p o rta n te va acom p añ ad o de
u n agón, co m o te stim o n ia n la Ilíada y o tro s p o em as an tigu o s, así com o lo s vasos g e o ­
m étrico s fu n e r a rio s 30. E l d o lo r y la ira se d esfogan y lo s papeles de los vivos se re p a r ­
ten de n u evo . E n p a rtic u la r, el c a rro de g u e rra de la E d a d d el B ro n c e p rácticam en te
sig u ió sólo e n uso p a ra estos ago n es. H e s ío d o recitó sus p o em as co n o c a sió n de lo s
ju e g o s fu n e r a r io s p o r A n fid a m e n te e n C á lc id e 31. A p a r tir d e l siglo V I I , lo s ju e g o s
e m p ezaro n a con cen trarse en el culto a h éro e s de san tu arios in d ivid u ales y al fin a l los
ju e g o s fu n e ra rio s p asa ro n a segundo p la n o en favor de lo s ju eg o s p an h elén ico s in s t i­
tu cio n a liz a d o s en to rn o a estos cultos. P e ro a ú n se c ele b ran agones p ara h o n r a r a lo s
caídos en la batalla de Platea y a d ifu n to s h eroizad os e n d o n acio n es h elen ísticas32.
L a tu m b a se m arca c o n u n a p ie d ra , la « s e ñ a l» (sema)33. P u e d e ser u n a p ie d ra sin
la b ra r. P ero ya en el círcu lo de tum bas de fosa de M icen as se e rig en estelas co n r e lie ­
ves. A p a r tir de las p ied ras alargadas casi sin tallar h abitu ales e n lo s siglos oscu ros, se
d e sa rro lla desde el siglo V I I la estela fu n e r a ria cu id a d o sa m e n te lab rad a, p rovista de
u n a in s c r ip c ió n y u n re lie v e o u n a p in tu r a . L a in s c r ip c ió n re ve la el n o m b re d e l

23 Plut. Solon 2 1 = p. 3 6 1 Martina.


24 Prohibido en Y u lis, LSC G 9 7 ; W iesner, pp. l6 0 s .
25 M . M urko, «D as G rab als T is c h » , Wörter und Sachen 2 ( 1 9 10 ), pp. 7 9 ~ ΐ6 θ ; L . Lom bardi Satriani
M . M eligrana, IlpontediS. Giacomo. L ’ideologia délia morte nella societä contadina del Sud, 19 8 2 (reimp. 19 9 6 ) ,
cap. I.
26 II. 2 3 , 2 9 ; 3 4 -
27 J · Boardm an, JH S 8 6 (19 9 6 ), pp. 2 - 4 · C fr. E . Pfuhl, AM 2 8 ( ig o 3 ) , pp. 2 7 5 “ 2 8 3 ; R. S. Y o u n g,
Hesperia Suppi. 2 , 1 9 3 9 , PP· I9 S·; cfr. Andronikos, pp. 8 7 9 1 ; K urtz-B oardm an, pp. 4 ° ; 66; 7 5 s·
28 GdH I, p. 312 - «Inm ediatam ente después del sep elio »: Hegesipp. fr. I, 12 K assel-A ustin; cfr. II.
2 4 . 8 0 1 - 8 0 3 ; Plut. Quaest. Gr. 2 9 6 s .; Arist. fr. 6 11, 6 0 Rose; Val. Max. 2 , 6 ext. 7 ·
29 R . N . Th ön ges-Strin garis, «D as griechische T o te n m a h l», AM 8 0 (19 6 5 )1 PP- I “ 9 9 -
30 II. 2 3 ; Stesichorus, Juegos en honor de Pelias, fr. 1 7 8 - 1 8 0 Davies (Poetarum Melicorum Graecorum Fragmenta) ;
véase II 7 , n. 7 4 -
31 H es. Erga 6 5 4 - 6 5 9 .
32 D io d . Sic. I I , 3 3 , 3 ; Plut. Aristid. 21 . D on ación de C ritolao a A m orgos, /G X ! I 7, 5 1 5 ■
33 A ndronikos, pp. I 1 4 - 1 2 I ; K urtz-B oardm an, pp. 2 1 8 ; K . F. Johansen, The Attic Grave Reliefofthe Clas­
sical Period, 19 5 1 ·
262 i . MUERTOS, HÉROES Y DIOSES CTÓNICOS

d ifu n to , a m en u d o c o n u n « e p ig r a m a » e n v e rs o 34. L a plástica d esa rro lla d a d el siglo


V I creó la fig u r a d el jo v e n o la m u je r de p ie co m o m o tivo se p u lc ra l; las estelas c o n
relieves a lcan zaro n su m ay o r g rad o de p e r fe c c ió n e n e l arte ático d e lo s siglos V y IV .
In clu so la estela sen cilla p u ed e h asta c ie rto p u n to co n sid e ra rse co m o re p rese n ta n te
del d ifu n to : e n la fiesta de lo s m u e rto s, las estelas se lavan, se u n g e n y se en vu elven
con c in ta s35; lo s vasos alargad os (lékythoi), q ue m u y a m e n u d o m u estra n escenas de la
tum ba y d el M ás A llá , sirv en p a ra las lib a c io n e s de aceite. S in e m b argo , la « s e ñ a l»
p ued e en ten d erse ta m b ié n co m o u n g u a rd iá n m iste rio so d el d ifu n to ; así, se p u e d e n
e n c o n tra r le o n e s o esfin ges co m o m otivo s sep u lc ra les36.
L a « s e ñ a l» (sema) p e r m a n e c e y d a c u e n ta d e l d ifu n to « p a r a to d a la e t e r n i­
d a d » 37. E l c u id a d o c o n tin u o de las tu m b a s es u n d e b e r de lo s d e s c e n d ie n te s . E n
p rim e r lu g a r, los sacrific io s fu n e r a rio s y el b an q u ete se re p ite n a in tervalo s c re c ie n ­
tes: el te rc e r y el n o ve n o d ía se vu elve a llev a r c o m id a a la tu m b a, desp u és, el tr ig é ­
sim o d ía tie n e lu g a r u n b a n q u e te c o m ú n q u e m arc a el fin a l d el lu t o 38. A p a r tir de
en to n ces, el h o m e n a je a lo s m u erto s pasa a fo rm a r p arte de las cele b racio n e s g e n e ­
rales c o n las q u e la c iu d a d h o n r a a sus m u e r to s cada a ñ o : « d ía s de lo s d if u n t o s »
(nekysia) o « d ía s de lo s a n te p a s a d o s » (genésia)39. E n tales o c a sio n e s, se a d o r n a n las
tum bas, se h a ce n o fre n d a s, se to m a n a lim en to s especiales y se d ice que lo s m u erto s
« s u b e n » y a n d a n p o r la c iu d a d 40. L a s o fre n d a s p a ra lo s m u erto s so n « lib a c io n e s »
(choaí])41, p u ré de cebada, lech e, m ie l, c o n fre c u e n c ia v in o y esp ecialm en te aceite, así
c o m o la san gre d e lo s a n im a le s s a c r ific a d o s 42; h ay a sim ism o lib a c io n e s sim p le s de
agua, ra z ó n p o r la cu a l se h a b la ta m b ié n d e l « b a ñ o » de lo s m u e r to s 43. T a m b ié n
p u e d e n señ ala r la tu m b a vasos fu n e r a rio s sin fo n d o o bases c ilin d ric a s 44. G o m o las
lib a cio n e s se filtr a n , se cree q u e se establece con tacto c o n los m u erto s y q u e les lle ­
gan las o ra c io n e s. L a in tro d u c c ió n de tu b o s e n el su e lo p ara a lim e n ta r físic a m e n te

34 W . Peek, GriechischeVers-InschriflenI: Grab-Epigi'amme, 1955 ; G · Pfohl, Untersuchungen über die attischen Grabins-
chrißen, tesis doct., Erlangen, 1 9 5 3 -
35 Plut. Aristid, 2 1 ; L uc. Mere. cond. 2 8 ; IG I I -I I P 1 0 0 6 , 2 6 s .
36 Por ej. el león de C o rfú , Lu llie s-H irm e r, pp. 8 s. ; la esfinge de la tumba de Midas con la inscrip­
ción de « C l e o b u l o » : D io g. L aert. I , 8 9 (trad. it. de D iogen e Laerzio, Vite deifilosofi, ed. de M .
Gigante, 1 9 6 2 , I 8 9 ); Sim onides PMG 5 8 1 .
37 Epigram a de C leobulo, véase n. 3 6 .
38 Tríta, énata, triakás, eniaúsia: Iseo 2 , 3 7 ; 8, 3 9 ; H iperides fr. IIO Jen sen ; Pollux 8, 14 6 ; que el «tercer
d ía» fuera el día del sepelio (K urtz-B oard m an, pp. I 4 5 s-, f'f r . Plat. Leg. 9 5 9 a) se corresponde mal
con lo que dice Iseo 2 , 3 7 ; Asegundo día, décim o día, aniversario a n u a l» : leyes de los Labiadas
LSC G 77 G 2 8 - 3 0 , cfr. LSC G 9 7 ; sobre el banquete «sen tad o s» al trigésimo día: Pbot. s.v. kathédra
T h eo d o rid is; Anécdota Graeca 2 6 8 , 19 Bekker; H arpo cr. s.v. triakás; Rohde I, p. 2 3 3 -
39 Hegesander e n A th . 334 -f = Í'JÍG IV fr. 4 0 , p. 4 2 0 ; H dt. 4 , 2 6 ; Plat. Leg. Ronde I, pp. 2 3 5 ®·;
AF, pp. 2 2 9 s ·; F. Jacoby, «G enesia: a Forgotten Festival o f the D e a d » , C (¿ 3 8 (19 4 4 ), pp. 6 5 —75 =
Abhandlungen zur griechischen Geschichtsschreibung, 19 5 6 , pp. 2 4 3 “ 2 5 9 ; GGR, pp. l8 ls .
40 Sobre las Antesterias HN, pp. 2 5 0 s .; véase V 2 . 4 ·
41 Descritas en A esch. Pers. 6[ 1 6 18 (leche, m iel, agua, vino, aceite), E u r. Lph. Taur. I 5 9 “ l 6 6 (agua,
leche, vino, m iel), Aesch. Cha. 8 4 - 1 6 4 (pélanos 9 2 ; chérnipslZÿ); libaciones de vino en una inscrip­
ción chipriota: O . Masson, Excavations in the Necropolis o f Salamis I, 19 6 7 , pp. 1 3 3 - 1 4 2 .
42 Haimakouría «saciedad de sangre», Pind. 01. I, 9O; Plut. Aristid. 2 1 , cfr. E u r. Hec. 5 3 6 ·
43 P. Wolters, JdL 1 4 (18 9 9 ), pp. 125 -^ 3 5 ; Ginouvès, pp. 2 4 4 - 2 6 4 ; K u rtz-B o ard m an , pp. 1 4 9 - 1 6 1 ;
véase II 2 , n. 6 3 .
44 G . O econ om u s, De profusionum receptaculis sepulcralibus, Atenas, 1 9 2 I ; A nd ro nik os, pp. 9 3 —9 7 ; H e r ­
m ann (l), pp. 5 3 - 5 7 ; GGR, p. 17 7 . lám. 5 2 .
2. LA MITOLOGÍA DEL MÁS ALLÁ

al cadáver e n te rr a d o 45 es u n a ra ra varian te d el rito fu n e r a rio . E stá ta m b ié n el enagí-


zeirt46, la « c o n s a g ra c ió n » y quem a de alim en to s y víctim as sacrificiales; p e ro los vivos
ta m b ié n tie n e n su b an q u ete. D e h ech o , se h o n r a al d ifu n to p recisam en te p o r m ed io
de « lo s b an q u etes de los m o rtales sa n cio n a d o s p o r la c o s tu m b re » , las « p la c e n te ra s
víctim as de la tie rra q ue d esp id en o lo re s de grasa q u e m a d a » 47.
L o s le g isla d o re s de las ciu d ad es g riegas, al m en o s desde la ép o ca de S o ló n , h a n
co n sid e ra d o sie m p re su d e b e r re d u c ir lo s gastos d estin ad o s a lo s fu n e ra le s; se r e s ­
trin g e el n ú m e ro de p erso n as que se « e n s u c ia n » , el n ú m e ro de p articip an tes e n el
c o rte jo fú n e b re y lo s tip o s de sa crific io s y m o n u m e n to s fu n e r a r io s 48. A q u í se c o n ­
tra p o n e u n cierto grad o de ra cio n a lid ad al exceso e m o c io n a l y al d esp ilfa rro sin s e n ­
tid o y, al m ism o tiem p o , se re a firm a la re iv in d ic a c ió n de la p o lis fren te a las o sten ta­
c io n e s p re te n c io s a s de las e stirp e s p o d e r o s a s . E l c u lto de lo s m u e rto s p e rm a n e c e
co m o fu n d a m e n to y e x p re sió n de la id e n tid a d de la fa m ilia : así com o se h o n ra a los
a n tep asad o s se esp e ra de lo s d esce n d ie n te s e l m ism o tra ta m ie n to : d el re c u e rd o de
lo s m u erto s surge la v o lu n ta d de c o n tin u id a d de la e stirp e 49.

2. La m it o l o g ía d e l M á s A llá

E l culto de los m u erto s p arece p re su p o n e r q u e el d ifu n to está p resen te y activo e n el


lu g a r de la sep u ltu ra, en la tu m ba b a jo tie rra . L o s m u erto s b e b e n las « a s p e rs io n e s »
e in c lu so la san gre, se les invita al b a n q u ete, a « sa c ia rse de s a n g re » ; co m o las lib a ­
cio n es se filtr a n e n la tierra , los m u erto s e n v ia rá n « c o sa s b u e n a s » h acia a rrib a . Se
les p u e d e c o n ju r a r p a ra q u e « s u b a n » e n p e r s o n a , c o m o c u a n d o D a r ío a p a re c e
ju n t o a su tu m b a e n Los Persas de E s q u ilo . C o m o en tod as p artes, ta m b ié n en tre lo s
g riego s hay e x p e rie n c ia s de fantasm as y a q u í ta m b ié n se cu e n ta n relatos de m u erto s
que n o e n c u e n tra n re p o so y vagan ju n t o a sus tu m bas am en azan d o a lo s tr a n s e ú n ­
te s8. S o b r e to d o se tem e la ir a de lo s m u e rto s y se in te n ta « a p a c ig u a r lo s » y « c o n ­
graciarse c o n e llo s » m ed ian te o fre n d a s constan tes: meilíssein, hildskesthai.
E l a n im a l que m ás te r r o r p ro v o ca al ser h u m a n o es la serp ien te: sin iestra p o r su
aspecto y co m p o rta m ie n to , aparece de im p ro v iso , q u izá p ara la m e r los restos de las
lib a c io n e s y lu ego d esaparece en algú n a gu jero tan rá p id a m e n te com o lleg ó . Es u n a
cre e n cia g e n e ra liz a d a e n tre lo s g rie g o s q u e el d ifu n to p u ed e a p a re c e r e n fo rm a de

4,5 GGR, p. 17 7 , n. i.
46 Cheîny enagízein: A ristoph . fr. 4 8 8 K assel-A ustin; Isaeus 6, 5 I ; 6 5 ; Luc. Gatapl. 2 ; véase IV 3 , η. 8.
47 Aesch. Gho. 4 8 3 S S ., cfr. Soph. Kl. 2 8 4 ; descripción de los enagísmata en Lu c. Merc. cond. 2 8 : «u n g e n
ungüentos sobre las estelas, añaden la corona y ellos beben y com en lo que se ha p rep arad o ». C fr.
HN, p. 2 6 4 sobre los ChyÍroi.
48 Solon, Testimonia vetera, raccolti da A . M artina, 1 9 6 8 , fr. 4 6 9 = C ic . Leg. 2 , 6 3 = Demetrius Phaler.
fr. ¡3 5 Wehrli; fr. 4 6 8 M artina = C ic. Leg. 2 , 5 9 ϊ fr· 4 7 ° M artina = Plut. Solon 2 1 , 5 : ^'· 4 ^ 6 M a r ­
tina = Demosth. 4 3 , 6 2 .—Ley de Y u lis sobre la isla de Geos: Í G X I I 5 - 59 3 “ -S7G I2 í8 =LSC G 9 7 ; ley
de los Labiadas: LSC G 7 7 C ; LSAM 16 ; Plat. Leg. 9 5 8 d -g 6 o a ; GGR, pp. 7 T4 S· Reverdin, pp. 107 - 1 2 4 ;
véase nn. 2 3 “ 2 4 ; II 4 ' n * 4 7 ·
4 9 Isaeus 2 , 4 6 ; 6, 5 1 ; 6 5 , 7, 3 0 .
1 Aristoph. fr. 4 8 8 K assel-A ustin; cfr. Rohde I, pp. 2 4 3 “ 2 4 5 í W iesner, pp. 2 0 9 s.
2 Plat. Phd. 8 lc d ; Rohde II, pp. 3 6 2 - 3 6 4 [S. I. Jo h n sto n , Restless Dead. Encounters between the Living and the
Dead in the Ancient Greece, 1 9 9 9 ]·
4. MUERTOS, HÉROES Y DIOSES CTÓNICOS

s e r p ie n t e 3; u n a e s p e c u la c ió n s e m ir r a c io n a l a firm a b a q u e la m é d u la e s p in a l d el
cadáver se tra n sfo rm a b a en s e r p ie n te 4. L a serp ien te d el d ifu n to es, sobre to d o e n la
ic o n o g ra fía , u n m otivo fá c il y, p o r tan to , casi o m n ip re sen te . L o s re c ip ie n te s ca ra c­
te rís tic o s d e l c u lto a las s e r p ie n te s de la E d a d d e l B r o n c e , c la ra m e n te u n cu lto
d o m éstico , a p arecen a h o ra sólo e n el cu lto a los m u e r to s 5.
E n lo s textos lite r a r io s de q u e d isp o n e m o s apenas se m e n c io n a n estos aspectos.
L o s rito s fu n e r a r io s p rá c tic a m e n te só lo se p re se n ta n de u n a m a n e ra m ás o m en o s
detallada en las escenas de teatro; en los dem ás casos sólo se dice e n los textos que « s e
haga lo q ue es c o s tu m b re » , sin n i siq u ie ra p re g u n ta rse p o r qué se h ace así. P ara los
p ro p io s p articip an tes, el rito p arece escasam ente m en o s d esconcertante que el fe n ó ­
m en o de la m u erte en sí. Se c o n fo rm a n c o n lo n o explícito y co n sid eran el silen cio lo
más ad ecuad o.
L a p o e sía é p ic a se a d e n tra e n e l M á s A llá de u n a fo r m a m u c h o m ás a tre v id a 5.
P ara lo s g rie g o s cultos, dos escenas h o m é ric a s re su ltab an decisivas; la a p a ric ió n d el
d ifu n to P a tro clo en u n su eñ o e n la Ilíada y el viaje de O d iseo al H ad es. S in em b argo,
ta m b ié n o tro s p oem as épico s an tigu o s in c lu ía n viajes al H ad es, sob re to d o e n re la ­
c ió n c o n lo s m ito s de H erac le s y T e s e o 7; d espués, en el siglo VI o V, a p a re c ie ro n los
p o e m a s de « O r f e o » , q u e s u p e r á b a n la s tra d ic io n e s a n te rio re s . N in g u n o de estos
textos p o seía la in d isc u tib le a u to rid a d de la re velació n , p e ro era n ecesaria u n a re g u ­
la c ió n lin g ü ística p a ra expresar lo in d e c ib le .
S e g ú n la e x p re s ió n h o m é r ic a , e n el m o m e n to de la m u e rte , algo a b a n d o n a al
h o m b re , lu psyché8, y se d irig e a la « c a sa d e A ïs» , ta m b ié n lla m a d a Aides, Aidoneús, en
ático Hades. Psyché sig n ific a « a l ie n t o » , así c o m o psychein q u ie re d e c ir « r e s p ir a r » ; la
in t e r r u p c ió n de la re s p ira c ió n es es el sig n o e x te rn o m ás evid en te de la m u e rte . E l
d ifu n to , ta m b ié n el a n im a l m u e rto , h a p e r d id o algo, a cuya p re se n cia y efecto n o se
le p restab a m u ch a a te n c ió n en v id a ; sólo c u a n d o se trata de vid a y m u erte , se h ab la
de la psyché, ha. psyché n o es alm a e n cu an to p o rta d o ra d e sen tim ie n to s y p e n s a m ie n ­
tos, n o es la p e rso n a n i u n d o b le d el ser h u m a n o . S in em b argo , desde el m o m en to
en q u e a b a n d o n a al h o m b re , ta m b ié n se la d e n o m in a eidolon, « im a g e n » 9, co m o la
que se re fle ja en u n e sp ejo , q u e p u ed e verse, au n q u e n o siem p re c o n cla rid a d , p e ro
n o p u e d e a ga rrarse ; la im agen o n íric a o la fan tasm al, las fo rm a s c o n que el d ifu n to
p u ed e a ú n ap arecer, se id e n tific a n c o n el « a lie n t o » que ha a b an d o n ad o el c u e rp o .
A s í, la psyché de u n d ifu n to es eve n tu a lm en te visib le y, e n to d o caso, es im a g in a b le ;

3 E . K üster, Die Schlange in der griechischen Kunst und -Religion, 1 9 1 3 ; H arrison (1), pp. 3 2 5 - 33 1 ; GGR, pp.
19 8 s .
4 Plut. Gleom. 3 9 >A el. N a t an. I, £ 1; O v. Met. 15 . 3 8 9 s .; O rig. Ceh. 4 . 5 7 ¡ Serv.^len. 5 - 95-
5 Véase I 3 . 3 , n n. 5 9 - 6 4 .
6 R ohde I, pp. 3 0 1 - 3 1 9 ; O . G r u p p e -F . Pfister, RM Ls.v. UnterweUVI ( 1 9 2 4 - 1 9 3 7 ) , cols. 3 5 _ 9 5 · L-
Raderm acher, DasJenseits im Mythos der Hellenen, 1 9 0 3 ; G . Pascal, Le credence dell’ Oltretomba, 1 9 2 I ; W . Fel­
ten, Attische Unterweltsdarstellungen des 6. und $.Jh s., 1975 » Schnaufer, véase IV I , n. 7.
7 Minyas fr. I - 4 B ernabé2 = fr. I , 2 , 4 Davies = Paus. IO , 2 8 , 2 ; 75 9 > 5 > 8; 4 , 3 3 , 7 ; H es. fr. 2 8 0 s .
M erk.-W est.
8 C o n tra Rohde I, pp. 6 - 8 (psychécorcio « d o b le » , «segundo y o » ), de m anera decidida W . F. O tto,
Die Manen oder von den Urformen des Totenglaubens, 1 9 2 3 , 2I 9 5 8 ; cfr. E. Bickel, Homerischer Seelenglaube, 1 9 2 5 ;
B . Snell, Die Entdeckung des Geistes, 4I 9 7 5 > PP· 1 8 - 2 1 [trad, esp.: Las fuentes del pensamiento europeo, 1 9 6 5 ];
GGR, pp. 1 9 2 - 1 9 7 ; O . Regenbogen, Kleine Schriften, 19 6 1, pp. 1 - 2 8 ; Claus; Brem m er.— Psyché de un
anim al: Od. 1 4 , 4 2 6 ·
9 II. 2 3 . 7 2 ; Od. I I , 8 3 .
2. LA MITOLOGIA DEL MÁS ALLÁ 265

p e ro cu an d o A q u ile s in ten ta abrazar a P a tro clo u O d iseo a su m ad re, la psyché se d e s­


liza e n tre sus m an os com o u n a so m b ra o com o h u m o 10. D e las psychaí n o em ana n i n ­
gu n a fu erza n i e n erg ía vital; so n «cabezas sin fu erza v ita l» (amenená kdrena), p u es de
h ech o carecen de c o n c ie n c ia ; e n la Nékyia de la Odisea, d eb en b e b e r p rim e r o la s a n ­
gre de lo s sa c rific io s p ara p o d e r re c o rd a r y h a b la r. S i n o , « re v o lo te a n com o s o m ­
b r a s » co m o c h irr ía n los m u rciélago s e n su cu eva11. G o m o im ágen es de la m em o ria ,
las psychaíp u e d e n p e rsistir en la actividad q u e d esa rro lla b a n en vid a o e n la situ ació n
de la m u e rte : el cazad o r O r io n caza, el re y M in o s a d m in istra ju s tic ia y A g a m e n ó n
está ro d e a d o p o r lo s que fu e r o n asesinad os ju n t o a él. A p a r tir d el siglo VI, las p i n ­
tu ra s de lo s vasos re p re s e n ta n las psychaí c o m o p e q u e ñ a s fig u ra s h u m a n a s a la d a s'2 y
co m o tales re vo lo tea n en to rn o a lo s tu bos de lib a c ió n d el cu lto de lo s m u erto s. L a
id e a de cadáver y esq ueleto se m an tie n e re m o ta, a u n cu an d o la p oesía p u ed e h a b la r
sim p le m e n te de nékys, « m u e r t o » , e n lu g a r d e e m p lea r los té rm in o s psyché o eidolon.
S igu e sien d o u n asunto d iscu tido si la « c a sa de A ïs » era u n n o m b re p arlan te p o r
« c a sa de la in v is ib ilid a d » 13. P ara lo s p oetas Aides / H ad e s es u n d io s p e rso n a l, h e r ­
m an o de Z eus, y p o r tanto c o n o cid o tam b ién com o el « o t r o Z e u s » , el « Z e u s su b te ­
r r á n e o » 14, y esposo de P erséfon e, cuyo m isterio so n o m b re p u ed e apu n tar a u n a a n ti­
gua y siniestra G ra n D io sa antes in d e p e n d ie n te 15; en la m ito logía se la id en tifica c o n la
« m u c h a c h a » ( C o r e ) , la h ija ra p ta d a de D e m é te r. L o s se ñ o re s su b te rrá n e o s están
e n tro n iz a d o s e n u n p a la c io cuyo p r in c ip a l rasgo d istin tiv o es la g ra n « p u e r t a d el
H a d e s » que se debe atravesar p ara n o regresar jam ás. Se p u ed e p en sar e n u n a tu m b a
m ic é n ic a de cú p u la c o n drómos y p u e rta de a c ce so 16. Y sin e m b a rgo , lo q u e está b a jo
tie rra sigue resu ltan d o rep u gn an te. G u a n d o la tie rra tiem b la d u ran te la lu ch a de los
d ioses, H ad e s salta de su tro n o y b ra m a de m ie d o , p o rq u e tem e que la tie rra p u e d a
abrirse y su re in o p ued a salir a la luz, h o rrib le , p ú trid o y odiado p o r los dioses17, com o
cuan d o se le da la vuelta a u n a p ie d ra y se descubre la p u tre fa c c ió n p lagada de larvas.
T ra d ic io n e s ritu a le s y fan tasía se c o m b in a n p ara d e s c rib ir e n d etalle la estancia
e n el M ás A llá y e l c a m in o q u e lleva a llí. S e to le r a n las c o n tra d ic c io n e s ; a veces,
com o e n la Odisea, el re in o de los m u erto s está situ ad o m u y le jo s, e n lo s c o n fin e s del
m u n d o , m ás allá d el O c é a n o , y otras veces, co m o e n la Ilíada, se e n cu en tra d ire c ta ­
m en te b a jo tie rra . E n el v ig ésim o cu arto lib r o de la Odisea, H e rm e s es el guía de lo s
m u e rto s q u e in v o c a las alm as de lo s p re te n d ie n te s a se sin a d o s y, c o n su b a stó n
m á g ic o , lo s c o n d u c e m ás a llá d e l O c é a n o y d e la « R o c a B la n c a » , m ás allá d e las

10 II. 2 3 , 9 9 5 .; Od. II, 2 0 4 - 2 0 8 .


11 Od. IO , 4 9 5 ; I I , 2 0 7 ; 2 4 , 6 - 9 . Es notable que la idea de falta de conciencia de los muertos no se
mantiene ya en el canto X I de la Odisea y falta en el X X IV ; en II. 13 , 4 16 el difunto puede alegrarse.
12 GGR, p. 19 5 , lám. 5 2 , 2 ; H erm ann (i), p. 3 9 ; K . P. Stabler, Grab und Psyche des Patroklos, tesis doct.,
Münster.
13 Sobre «in v isib le » : W . Schulze, Quaestiones epicae, 1 8 9 2 , p. 4 6 8 ; una capa mágica (que hace invisi­
ble a q uien la lleva) se denom ina en II. 5 , 4 8 5 «c a p a de H a d e s» ; interpretado « lu g a r de re u ­
n ió n » : P. T h iem e, Hades en Schmitt, pp. I 3 3 _I53 ; sobre αία « tie rra » : J . Wackernagel, Kleine Schrif-
tenl, 1 9 5 3 , PP· 7 6 5 - 7 6 9 ·
14 II- 9, 4 7 5 ; Hes. £rga 4 6 5 ; Aesch. Suppl. 2 3 1 2 , cfr. 1 55 -
15 G d H l, pp. 1 0 8 - I I 0 ; F. Bräuninger, R E X I X ( l 9 3 7 )> c° l s· 9 4 4 “ 9 7 2 ; Zuntz, pp. 75 - 8 3 ·
16 La copa ática de figuras rojas de Sotades, B rit. M us. D 5 (4 7 ° “ 4,6 θ a .G . ca.), A R V 7 6 3 - 2, re p re ­
senta el Hades com o una construcción de cúpula; de m anera u n poco diferente, O . Palagia, LIM C
s.v. GlaukosIITV (1 9 8 8 ), p. 2 7 4 * n° 1 (foto). U n a foto clara en EAA III ( i9 6 0 ) , p. 9 5 3 » fig· [ [9 ^ ■
17 II. 2 0 , 6 1 - 6 3 , cfr- 8, 14 ; 2 2 . 4 8 2 .
s>66 4. MUERTOS, HÉROES Y DIOSES CTÓNICOS

P u e rta s d e l S o l y d e l p u e b lo d e lo s su e ñ o s h asta la p ra d e ra de a s fó d e lo s 18. E l a s fó ­


d elo , la p la n ta b u lb o sa de flo re s p álid as, p u e d e evocar m uchas a so ciacio n es; ya e n la
a n tig ü e d a d se d isc u tía si d e b e r ía le e r se o e n te n d e r s e m ás b ie n c o m o « p r a d e r a
e sp a n to s a » o « p r a d e r a c u b ie rta de c e n iz a s » 19. E n lo s lib r o s X y X I de la Odisea, la
e n trad a al H ad es se e n c u en tra m ás allá d el O c éa n o y m arcad a p o r la c o n flu e n c ia de
río s: el A q u e ro n te , en el que d ese m b o ca n el « r í o de fu e g o » (Pyriphlegéthon) y el « r í o
d e l la m e n t o » (Kókytos), u n aflu e n te de la Stjíx; e n el n o m b re de esta c o rrie n te su b te ­
r r á n e a se p e r c ib e la p a la b ra « o d i o » y e n el n o m b r e A q u e r o n t e , « d o l o r » 20. E n
lu g a r d e l r ío A q u e r o n t e ta m b ié n a p a re c e u n « la g o A q u e r u s i o » . E ste r ío o lago
con stitu ye el lím ite q u e el b a rq u e ro de lo s m u e rto s atraviesa e n su b a rc o ; su n o m ­
b re , G a ro n te , n o se ha p o d id o e x p lic a r21. G é rb e ro , el p e r ro de tres cabezas q u e cu s­
to d ia la p u e rta d e l H ad es p e rte n e c e a la saga de H e r a c le s 22.
« F u e g o » y « la m e n to » a lu d en al rito de sep u ltu ra; u n a vez q u e se ha com pletad o
el r ito , la psyché se e n c u en tra m ás allá d e lo s río s, h a cru zad o las p u ertas d el H ad es y
se h a r e u n id o c o n lo s o tro s m u e r to s . E ste es el ú ltim o d eseo de la psyché-, p o r e llo
P a tro clo le p id e a A q u ile s y E lp é n o r su p lica a O d iseo u n e n tie rro com o es d e b id o 23.
B ie n es c ie rto q u e el astu to S ís ifo e n c a rg a a su m u je r q u e n o c u m p la c o n lo s rito s
fu n e r a rio s y así es en viad o de n u evo al m u n d o s u p e rio r p a ra re c o rd a rle s a lo s vivos
sus d eb eres; p e ro sólo p u d o escap ar d el H ad e s p o r p o c o tie m p o 24.
E l co n cep to de la psychéy la to p o g ra fía d el H ad es c o n c u e rd a n e n sep a ra r ra d ic a l­
m e n te a lo s m u e rto s d e la e sfe ra d e la v id a . L o s vivo s n o están a la m e r c e d de lo s
m u erto s; las « s o m b r a s » n o tie n e n fu e rz a n i c o n c ie n c ia . N o hay te rro re s e sp e ctra ­
le s, n i d e s c rip c io n e s d e la d e s c o m p o s ic ió n n i d e l ca sta ñ ete o de lo s h u e s o s d e lo s
m u e r to s ; p e r o ta m p o c o h ay c o n s u e lo n i e sp e ra n z a . D ic e el d ifu n to A q u ile s ,
h a cie n d o caso o m iso de las p alab ras de alaban za de O d ise o ,

N o m e hables de la m uerte ...


P re fe riría ser en la tie rra u n lab riego al servicio de otro,
de u n h o m b re sin hacien da, p o b re , sin m uchos recursos,
que re in a r sobre todas las som bras de los m u e rto s25.

T o d o se vuelve in d ife re n te en la ló b re g a m o n o to n ía .
L a im a g e n h o m é r ic a d el M ás A llá se h a in te rp r e ta d o a m e n u d o co m o u n p r o ­
greso típ ica m e n te « g r ie g o » , com o u n a lib e ra c ió n de a n tiq u ísim o s v ín c u lo s 26. Y sin
e m b a rg o se la h a c o m p a ra d o ta m b ié n a c e rta d a m e n te c o n la im a g e n b a b ilo n ia de

18 Od. 2 4 , X—14-; véase III 2 . 8 , n. l8 .


19 Schol. Od. I I , 3 3 9 ; 2 4 , 1 3 ; W iesner, p. 2 0 9 .
20 Véase II 8, n. 53 sobre la localización en Tesprocia.
21 Frisk II, p. 1 0 7 6 ; F. de Ruy t, Gharurt, démon Étrusque de la Mort, 1 9 5 4 ;G d H l, p. 3 1 1 ; m encionado p o r
prim era vez en Minias fr. I B ernabé = fr. I Davies = Paus. IO, 2 8 , 2 ; paralas representaciones ico ­
nográficas: K . Schauenburg/d /73 O 9r)8), pp. 5 3 s· ; véase I V I, η. ι6 . U n barquero de los m u e r­
tos existe en la tradición sumeria (K ram er, pp. 4 6 s .) y en la egipcia (J. G . Griffiths, CR 2 2 [ 1 9 7 2 ] ,
p. 2 7 3 )· [C fr . F. Diez de Velasco, El origen del mito de Garonte, 1 9 8 8 ] .
22 Ya II. 8, 3 6 8 ; H es. Theog. 3 1 1.
23 I I 2 3 , 71 - 7 4 ; Od. II, 7 2 - 8 O ; cfr. II. 7, 4 1 0 .
24 Alcaeus fr. 3 8 V oigt; Pherecyd. FGrHist 3 F I19 ·
25 Od. I I , 4 8 9 - 4 9 1 .
26 So b re to d o O tto (i), pp. 136 - 1 4 9 -
2. LA MITOLOGÍA DEL MÁS ALLÁ 267
m u n d o su b te rrá n eo c o n la que a su vez c o n c u e rd a n las co n ce p cio n e s u garítica y del
V ie jo T e sta m e n to 27. A q u í ta m b ié n hay u n a lú g u b re « t ie r r a sin r e t o r n o » y, adem ás,
la escena fin a l d el p o e m a de G ilg am e sh , e n la que el d ifu n to E n k id u aparece c o m o
u n a ráfag a de vien to ante su am igo G ilg am e sh y le h ab la d el re in o de lo s m u e r to s 28,
re c u e rd a de m a n e ra so rp re n d e n te a la escena en tre P a tro c lo y A q u ile s h acia al fin a l
de la Ilíada. L as d ife re n c ia s en el detalle p o r su pu esto se vu elven aú n m ás evid entes:
en contraste c o n la im agen de polvo y tierra en M esopotam ia, está la plástica rigidez en
G re c ia . S o n r ie n te , fin a m e n te vestida y a d o rn ad a y en u n a elegan te p o stu ra, la esta­
tu a arcaica de m u ch ach a de M eren d a e n A tic a se o fre ce a la vista de to d o s. E n la in s ­
c rip c ió n se le e: « T u m b a de Frasíclea. S ie m p re m e lla m a rá n m u ch ach a, p o rq u e , en
lu gar de m a trim o n io , los dioses m e h a n asignado este n o m b r e » 29. Y a n o hay d e s a rro ­
llo vital n i la m e n to ; q ued a sólo u n n o m b re y u n a b e lla im agen .
L a im a g e n h o m é r ic o - g r ie g a d e l M ás A llá es ta n su b lim e c o m o c o n m o v e d o ra ;
p e r o n o tie n e va lid e z u n iv e r s a l y, de h e c h o , el r ito evoca id e a s m u y d ife r e n te s .
In c lu so e n H o m e r o hay m otivo s c o n tra d ic to rio s q ue c o n tie n e n en sí el g e rm e n de
u n a tra n s fo rm a c ió n ra d ica l de la creen cia e n el M ás A llá . H ay u n te rrib le ab ism o, el
T á r t a r o , « ta n le jo s b a jo tie rra com o el cielo lo está p o r en cim a de la t i e r r a » 30; a llí
fu e r o n a rro ja d o s lo s e n em ig o s de lo s d io ses, los T ita n e s, y e sp e ra m ás víctim as. E n
la fo rm a de ju ra m e n to de la Ilíada se in voca d ire cta m en te a lo s p o d eres « q u e b a jo la
tie rra castigan a lo s m u erto s, cu an d o a lg u ie n h a ju r a d o en fa ls o » ; a éstos se les llam a
m ás exactam ente « E r i n i s » 31. N o se p re su p o n e u n trib u n a l de lo s m u erto s: las E r i -
n is so n sim p lem en te la e n c arn a ció n de la a u to m a ld ic ió n co n te n id a en el ju ra m e n to .
N o o b sta n te , las E r in is n o p u e d e n a c tu a r s o b re so m b ra s p riv a d a s de c o n c ie n c ia .
Q u iz á la p arte m ás co n o c id a d el lib r o de lo s m u erto s d e la Odisea sea la d e sc rip c ió n
de lo s « p e n it e n t e s » : S ís ifo , q u e h ace r o d a r h a cia a r r ib a u n a p ie d r a q u e s ie m p re
v u e lve a r o d a r h a c ia a b a jo , y T á n t a lo , q u e in te n ta a lc a n z a r las fru ta s y el agua sin
c o n se g u irlo n u n c a 32. A m b as fig u ras so n tan in so n d ab le s p o rq u e faltan co m e n ta rio s
y m en sajes a d m o n ito rio s; de su cu lpa apenas se habla, m ien tras que el te rce r c o n d e ­
n a d o , el lu ju r io s o T ic io , de cuyo h íg a d o se a lim e n ta n dos b u itre s, n o alcanzó u n a
fa m a p r o v e r b ia l. P e ro se a firm a b a y se e n te n d ía q u e p u d ie r a h a b e r e n el M ás A llá
castigos in a u d ito s y etern o s p ara u n m al c o m p o rta m ie n to . U n a ge n e ra liz a ció n a p a ­
rece d espués en el h o m é ric o Himno a Deméter33: a la re in a de lo s m u erto s, P e rséfo n e,

27 G . S. K irk, The Nature o f Greek Myths, 19 74 , pp. 2 6 0 s . [trad, esp.: La naturaleza de los mitos griegos, 2 0 0 2 ] ·
28 A N ET 9 8 s . [trad. esp. d e j. Silva Castillo, Gilgamesh 0 la angustia por la muerte. Poema babilonio, 2 0 0 0 , pp.
I 9 4 ~I 9 7 ]¡ una versión sumeria más antigua: S. N . K ram er, History Begins at Sumer, 1 9 5 6 , pp- 1 9 5 “
19 9 [trad, esp.: La historia empieza en Sumer, 19 8 5 ].
29 La estatua, hallada en 1 9 72 , se conserva en el M useo Nacional de Atenas y aparece reproducida en
EAA Su p p l. 1 9 7 0 (publ. I 9 7 3 )i frente a p. V I I I ; el epigram a co n o cid o de antes: 6 K aibel = 6 8
Peek. Sobre la interpretación; G . Daux, CRA1 ( 19 7 3 )> PP- 3,82 3 9 3 1 contra E . I. Matrokostas, AAA
5 (1 9 7 2 ), pp. 2 9 8 - 3 2 4 ; K . Schefold, A K 16 ( 1 9 7 3 ) , p. 155 ; N . M . Kontoleon, AE (19 7 4 ), PP· I - I 2 ,
que piensan en una asimilación de la muchacha m uerta a la diosa C o re « v ir g e n » .
30 11. 8, 16 , 4 8 I ; H es. Theog. 7 2 0 - 8 1 9 .
31 II. 3 , 2 7 8 s.; 19 , 2 6 0 s .; Erin is y m aldición: II. 9. 4 5 4 ; 15 , 2 0 4 ; 21 , 4 1 2 ; Aesch. Eum. 4 1 7 ; véase III
3 - 2 , n. 1 3 .
32 Od. I I , 5 7 6 - 6 0 0 . Los versos 5 6 5 - 6 2 7 fueron atetizados p o r Aristarco (Schol. 5 6 8 ) , Wilamowitz,
Homerische Untersuchungen, 18 8 5 , pp. 1 9 9 - 2 2 6 , la definió como «interpolación ó rfica», cfr. al respecto
Rohde, Kleine Schriften II, 1 9 0 1 , pp. 2 8 0 - 2 8 7 ; P. von der M iihll, S E Suppl. V I I (1 9 4 0 ), cols. 7 2 7 s·
33 Hymn. Dem.3 6 7 - 3 6 9 , cfr· Richardson adloc.
268 4. MUERTOS, HÉROES Y DIOSES CTÓNICOS

c o rre sp o n d e el castigo de los m alh e ch o re s, « to d o s los d ía s » , hasta la e te rn id a d ; p o r


e llo es n e c e sa rio asegu rarse su fa v o r c o n s a c rific io s. A p a r tir d e l siglo V c o m o m u y
ta rd e , las id eas so b re e l ju ic io y el castigo e n el M ás A llá se e la b o ra ro n c o n m a y o r
detalle e n el ám b ito de los ó rfic o s, n o sin in flu jo e g ip c io 34.
E n el p o lo op u esto está la m e n c ió n d el « C a m p o E lis io » en el canto cu arto de la
Odisea : M e n e la o n o m o r ir á , s in o q u e lo s d io se s lo c o n d u c ir á n a ese ca m p o e n lo s
c o n fin e s d e l m u n d o , d o n d e m o ra R a d a m a n tis. A llí, e n el c lim a m ás a g ra d a b le, le
e sp e ra la « v id a m ás f á c i l » , « p o r q u e tú tie n e s a H e le n a y eres y e rn o de Z e u s » 33.
E n t r a r e n el E lis io s ig n ific a evitar la m u e rte ; éste es el d estin o e x ce p cio n a l de u n o s
p o co s elegid o s. « E l i s i o » es u n n o m b re o scu ro y m iste rio so que se d e sa rro lló a p a r ­
tir de la d e s ig n a c ió n d e u n lu g a r o p e r s o n a a lc an z a d o s p o r u n ra y o (enelysion,
enelysios)36. L a m u e rte p o r el rayo es al m is m o tie m p o d e s tru c c ió n y e le c c ió n . C o n
ello se en treteje el m otivo m ític o d e l tra n sp o rte m ila g ro so a u n a isla re m o ta y p u ra ,
u n m o tiv o q u e p a re c e p r o c e d e r de la saga d e l d ilu v io s u m e r ia 37. A s í, A q u ile s es
tra n s p o rta d o a la « I s la B la n c a » y lle g a a s e r « S e ñ o r d e l m a r N e g r o » y D io m e d e s
llega a ser se ñ o r d ivin o de u n a isla d el A d r iá t ic o 38. U n a g e n e ra liz a ció n de estos e le ­
m e n to s a p a re c e e n el co n te x to d e l m ito d e las ed ad es d e l m u n d o de H e s ío d o : lo s
h é r o e s q u e c a y e ro n e n T ro y a o e n T e b a s r e c ib e n u n a « v id a » e n lo s c o n fin e s d e l
m u n d o e n las « Isla s de lo s B ie n a v e n tu ra d o s » e n el O c é a n o , d o n d e la tie rra da f r u ­
tos tres veces al a ñ o . U n v e rso q u e fu e in t e r p o la d o e n é p o c a a n tig u a m e n c io n a a
C r o n o c o m o su re y , el d io s de la é p o ca p r im ig e n ia , d e l tie m p o de la in v e r s ió n , y
p o sib le m e n te de la ú ltim a e d a d 39.
U n a e x ce p c ió n de u n tip o d ife re n te es H e ra c le s. M ie n tra s la Ilíada h ab la sólo de
su m u e rte , la Odisea y lo s Catálogos h e s ió d ic o s a fir m a n q u e vive c o m o u n d io s e n el
O lim p o y tien e com o esposa a H eb e , la flo r de la ju v e n tu d 40. D e este m o d o , consigu e
la m eta m ás alta im agin ab le. L a fig u ra de H eracle s, p o r m u y sin gu lar que parezca en
el m ito , se con vierte en p ro to tip o de las esperanzas m ás audaces en o tra v id a 41.
L a s id e a s a c erca de la m u e r te y d e l M ás A llá , p re c isa m e n te p o r q u e s o n m e n o s
explícitas y u n ifo rm e s que las id eas sob re lo s d ioses, estaban sujetas a u n cam b io m ás
fu e r te y m ás ra d ic a l. L o s m o tiv o s s in g u la re s y lo s estad io s e n la e v o lu c ió n de estas
ideas sólo p u e d e n ser esbozados a q u í: a p a re c e n cultos secretos, « m is t e r io s » , c o n la
p ro m e sa de « b e a t it u d » en el M ás A llá p a ra lo s in ic ia d o s, e n contraste c o n la su erte
d e lo s n o in ic ia d o s . L a r e fle x ió n é tic a c o n d u c e al p o s tu la d o de q u e el d evo to y el
ju sto tie n e n d erec h o a la « b e a t it u d » , m ie n tra s el m alvad o debe e n c o n tra r e n cada
caso su castigo. E n la d o c trin a de la m etem p sico sis, el alm a (psyché), com o p o rta d o ra

34 L . R ubi, De mortuorum iudicio, 1 9 0 3 ; G raf, pp. 7 9 _ I 5 ° ; véase VI 2 · 3 , n. 14 .


35 Od. 4 > 5 6 3 - 5 6 9 · D. R oloff, Gottähnlichkeit, Vergöttlichung und Erhebung ZU seligen Leben, I 9 7 9 > PP· 9 4 “ 10 ! >
12 4 -12 6 .
36 W . Burkert, Glotta 3 9 ( 1 9 6 0 - 1 9 6 1 ) , pp. 2 o 8 - 2 I 3 i J · Puhvel, %yS 8 3 (19 6 9 ), pp. 6 4 - 6 9 , prefiere
una etimología hitita wellu- <<prado (de los m u e rto s)» .
37 A N E T 4 4 [ c f r .J . Bottéro y S. N . K ram er, Guando los dioses hacían de hombres, 2 0 0 4 , pp. 5 4 ° ss-l·
38 Schol. Pind. iSTem. IO, I2 a ; Rohde I, pp. 8 4 - 9 0 . Strab. 6, 3 , 9 (dos islas).
39 H es. Erga 1 6 7 - 1 7 3 con l ° s versos añadidos l 73 a_e (cd. Solm sen) que se presuponen claramente ya
en Pind. 01. 2 , 7 ° s- [trad. esp. de A . Bernabé y P. Bádenas, 2 0 0 2 ] .
40 II. 18 , I 1 7 - I 1 9 ; Od. II, 6 0 1 - 6 0 3 ; H es. fr. 2 5 > 2 8 s .: fr. 2 2 9 [trad. esp. de A . M artínez: H esíodo,
Obrasjfragmentos, 1 9 7 8 ] , véase IV 5 .1 , n . 14 .
41 Véase IV 5 -1, n * 4 o ·
3. OLÍMPICO Y CTÓNICO 269

de la id e n tid a d p erso n a l, sep arad a d el c u e rp o , se reevalúa de u n a m an era d ecisiva42.


E n el ám b ito de u n a n acien te filo so fía de la natu raleza, surge la id ea de u n a a fin id a d
del alm a c o n las estrellas y el cielo, m ien tras que al m ism o tiem p o el cosm os en tra en
re la c ió n d irecta c o n lo « d iv i n o » 43. E n las re fle x io n e s d é lo s sofistas, el alm a (psyché) ,
en la m ed id a en q ue siente, p ien sa y d ecid e, se co n vierte en u n con cep to dotado de
c o n te n id o e m p ír ic o 44. A s í, en la g ra n sín tesis elab o ra d a p o r P la tó n , el nuevo c o n ­
cep to de a lm a p u d o lle g a r a se r la b ase d e la f ilo s o fía y la r e lig ió n 45. A l m is m o
tie m p o , P la tó n , to m an d o y tra n sfo rm a n d o tra d ic io n e s m u y variadas, creó sus m ito s
d e l M ás A llá , d e stin a d o s a e je r c e r u n a g r a n in f lu e n c ia 46. S e p re se n ta n de u n a
m a n e ra ju g u e to n a , n o c o m o u n a re v e la c ió n , p e r o b a n a b ie rto c a m in o a m u c h o s
ap o c alip sis. E n c o m p a ra c ió n c o n P la tó n , las antigu as fig u ras p o éticas p a lid e c ie ro n
hasta casi co n v ertirse en cu entos sin im p o rta n cia .

3 . O l í m p i c o y g t ó n ic o

E l c u lto de lo s m u e rto s y el de lo s d io se s tie n e n m u c h o e n c o m ú n , tan to e n su


esq uem a ritu a l com o e n sus fu n c io n e s sociales y p sico ló g icas. E n am bos hay lugares
de culto establecid o s y m u y d ife re n c ia d o s d el ám b ito p r o fa n o , b a n q u etes sagrados,
e n lo s que se constitu ye la c o m u n id a d , c o n sacrific io s de an im ales, fu eg o , o fren d as
de alim en to s, lib a c io n e s y o racio n es. B ie n y m al, ira y gracia, so n com u n es a los dos,
así co m o la c u ra c ió n de e n fe rm o s, la re ve la ció n m án tica y la ep ifa n ía . S in em b argo,
p re c isa m e n te esos rito s q u e so n co m u n e s o sim ila re s se d ife r e n c ia n de tal m a n e ra
que se a d scrib en in eq u ívo cam en te a u n culto o a o tro , en fatizan d o así u n a o p o sició n
fu n d a m e n ta l. P o r u n la d o están « lo s q u e p e r te n e c e n a la t i e r r a » (chthónioi) y p o r
o tro , los dioses « c e le s te s » ; así, es u n uso gen eralizad o h a b lar d e lo « o l í m p ic o » , e n
c o n tra p o sic ió n a lo « c t ó n ic o » 1. A l o s dioses u n o se p resen ta « p u r o » , c o n atu en d o
festivo y c o n u n a c o ro n a en el p e lo ; a las tu m bas los « c o n ta m in a d o s » se d irig e n s in
c o r o n a 2 y c o n el ca b e llo su e lto . E n u n caso h ay e x a lta ció n , e n o tro , a b a tim ie n to .
L la n to y la m e n to fo rm a n p arte d el sep elio y ta m b ié n d e l cu lto de los m u erto s y de
lo s h é r o e s 3, m ie n tra s q u e e n el s a c r ific io a lo s d io se s, n in g ú n g rito d e la m e n to
p u e d e tu rb a r la euphemía. E l a ltar p a ra lo s d io ses se alza co m o u n a c o n stru c c ió n de

42 Véase VI 2 .3 , n. 3 8 .
43 Véase VI 2 -3 ,n. 4 2 ; VIII 3 .1 , nn. l 8 - 2 2 .
44 J · Burnet, « T h e Socratic D octrine o f the S o u l» , Proceedings o f the British Academy 7 ( l ^ ^ ) ; Dodds, pp.
1 3 8 - 1 4 O ; H . G . Ingekamp, «In n eres Selbst und Leben sträger», RhM I 18 ( l 975 )> PP· 4 &“ 6 l.
45 Véase VII 3 . 2 .
46 P. Frutiger, Les mythes de Platon, 19 3O ; H . W . Thom as, Epékeina, 1 9 3 8 ·
1 Rohde I, pp. 1 4 8 - 1 5 0 , 2 0 4 - 2 1 5 ; H arrison (i), pp. I - 3 I ; Rudhardt, pp. 2 5 0 s .; Guthrie (i), pp.
2 0 5 “253 ! S. W ide, «C h th o nische und himmlische G ö t te r » , A RW IO ( 1 9 0 7 ) , pp. 2 5 7 “ 2 6 8 . Sobre
el significado de la palabra chthonios: Guthrie (i), pp. 2 l8 s . contra GdH I, pp. 2 l0 s . Sobre ctón ico-
olím pico véase además S. Scullion, «O lym p ian and C h th o n ía n » , Classical Antiquity 1 3 ( l 9 9 4 )> PP·
76 -119 .
2 A nécdota de Je n o fo n te en D iog. Laert. 2 , 5 4 ; véase I I I, n. 5 ·
3 GGR, p. 1 8 7 ; in co m patibilidad de « A p o l o » y lam entos: A e sch . Ag. I 0 7 4 s·; A lejan d ro M agno
m andó m atar a un m acedonio que había llorado ju n to a la tum ba de H efestión « d iv in iz a d o » ,
Lu c. Calumn. 18 .
4. MUERTOS, HÉROES Y DIOSES CTÓNICOS

p ie d ra ; p a ra lo s m u erto s h ay u n h o g a r al n iv el d el su elo (eschára) o u n a fosa (bóthros) *


que a p u n ta a las p ro fu n d id a d e s . E n el sa c rific io en h o n o r de lo s d ioses, la cabeza de
la víctim a se echa h acia atrás, de tal m o d o q ue la gargan ta q u ed e h acia a rrib a p a ra ser
c o rta d a 3, p e r o c u a n d o las víctim as se s a c rific a n e n h o n o r de lo s p o d e re s s u b te rr á ­
n e o s, la sa n g re flu y e d ire c ta m e n te e n e l bóthros. E l m o m e n to a d e c u a d o p a r a estos
sa crific io s es la tard e o la n o ch e , m ie n tra s q u e la fiesta de los d ioses em p ieza c o n la
salid a d el so l. E l te m p lo de lo s d io se s (rtaós) se levan ta so b re u n b a sa m e n to de tres
e sc a lo n e s, m ie n tra s q u e lo s s a n tu a rio s fa m ilia r e s se c o n c e n tra n e n u n a « c a s a
sa g ra d a » (oíkos)·, ta m b ié n los m iste rio s tie n e n lu g a r en u n a « c a s a » 6 y u n a fosa sa cri­
fic ia l p u e d e e sta r c u b ie rta p o r u n a c o n s t r u c c ió n c ir c u la r (thólos)7. S a c r ific a r e n
h o n o r d e lo s d io ses es « c o n s a g r a r » (híereúein) y e n p a r tic u la r, « s a h u m a r » (thyein),
p u es el h u m o graso se levan ta h a cia el c ie lo ; p e ro c e le b ra r u n sa c rific io fú n e b re es
« d e d ic a r » , « t a b u iz a r » (enagízein) o « c o r t a r d e n t r o » e n el fu eg o (entémnein)&. P a ra
lo s celestes se p u e d e n s a c r ific a r vacas u o vejas b la n c a s y, p a r a lo s s u b te rr á n e o s ,
n e g ra s9. Las lib a c io n e s p a ra lo s p o d e re s su b te rrá n e o s se lla m a n choaí, m ie n tra s q ue
p ara lo s dioses se v ie rte n spondaí10.
N o só lo lo s m u e rto s « p e r t e n e c e n a la t i e r r a » , ta m b ié n h ay d io se s c tó n ic o s, si
b ie n es c ierto q ue se h ab la de ello s de m al g rad o y n o rm a lm e n te sólo m ed ia n te a lu ­
sio n es. L o s señ o res de lo s m u erto s, H ad e s y P e rsé fo n e , so n co n o c id o s y m a n ifie sta ­
m en te re c o n o c id o s a través de la p oesía h o m é r ic a 11; p e ro n o están solos. H ay p o d eres
q ue só lo d e p a ra n p e lig ro s y m ale s, p o d e r e s a lo s q u e es m e jo r n o n o m b r a r y q u e
d eb en ser alejados co n los sacrificio s o p o rtu n o s p ara lib ra rse de ello s12. L a Ilíada n o m ­
b ra u n a vez a lo s T ita n e s y o tra a las E r in is 13, b a jo la tierra . Se les in voca en ju r a m e n ­
tos y se in te n ta u tiliz a r su te rrib le p o d e r e n las m ald icio n es y la m agia d añ in a, m ie n ­
tras q ue e n la defbdo se en trega el ad versario de algu ien a dioses sin iestro s14.

4 Porph. Deantr. Nymph.6 [trad. esp. de E . A . Ram os Ju ra d o , 19 8 9 ] (cfr. la trad. it. de L . Sim onin i,
1 9 8 6 , nota al pasaje) y Serv. Bue. 5 , 6 6 ; Scho l. E u r. Phoen. 2 7 4 Schwartz; Yavis, pp. 9 I _ 9 5 > pero
cfr. p. 1 4 1 , H e rrm a n n ( i) , p p . 8 l s . ; E . P fu h l, « D e r archaische F rie d h o f am Stadtberge von
Thera>>, AM 2 8 ( 1 9 0 3 ) , pp. 1 - 2 8 8 . Los hallazgos rara vez son unívocos, cfr. B . Bergquist, Herackîes
onThasos, 1 9 7 3 ·
5 Schol. A p . R hod . I, 3 8 7 ; Eust. U. I, 4 5 9 · p· I 3 4 > van der Valk; Stengel, pp. 1 1 3 - 1 2 5 ·
6 Ley de los Glítidas de Q uíos, SIG 9 8 7 = LSC G I 1 8 ; una «casa sagrada» en Priene, T h . W iegand y
H . Schrad er, Priene, 1 9 0 4 , pp· I 7 2 “ l 8 2 ; u n ° ^ ° s m ístico, D io Ghrys. Or. 12 , 2 3 ; banquete en el
oíkos-, 7G I I - I I F 2 3 5 ° . cfr · al respecto L . Robert, AE (19 6 9 ), pp. 7 ~I 4 ;véase V 2 · 3 > η · 2 7 ··
7 Especialm ente las construcciones circulares de Epidauro y en el recinto de la Prónaia en Delfos, F.
R obert, Tkymélé. Recherches sur la signification et la destination des monuments circulaires dans l'architecture religieuse de la
Grèce, 1 9 3 9 . A m m o n iu s De adfinium vocabulorum differentia 3 2 9 Nickau diferencia el sekós de los héroes
del naos de los dioses.
8 D o cu m e n ta ció n detallada en Pfister, p p . 4 6 6 - 4 8 O ; Gasabona, pp. 1 8 - 2 6 , 6 9 - 8 5 , 2 0 4 - 2 0 8 ,
2 2 5 _ 2 2 7 i Rudhardt, pp. 2 8 3 s ., 2 8 5 s. ; véase III, n . 6 4 ; IV I, n. 4 6 . La diferencia entre holocausto
y banquete sacrificial no concide con la que hay entre sacrificio ctónico y sacrificio olím pico, véase
II I, n. 8 2 ; IV I, n. 4 7 ; IV 4 , n. 3 0 ; Nock, pp. 5 7 2 - 6 0 2 .
9 II. 3 , 1 0 3 ; Od. 10 , 5 2 4 - 5 2 7 ; Schol. B T II. 1 2 3 , 3 ° a (Erbse); oráculo e n E u se b . Praep. ev. 4 . 9 > 2 ;
Stengel, pp. 1 8 7 - 1 9 0 .
10 Véase II 2 , n n . 3 5 - 3 6 ·
11 Véase IV 2 , n n . 1 4 - 1 5 ·
12 Isocr. 5» 117 ; A p o llo d o r. FGrHist 2 4 4 F 9 3 * Véase III 3 . 5 , nn. 1 6 - 2 0 .
13 il 1 4 ,2 7 4 - 2 7 9 ; 1 9 . 259 s.
14 Véase II 3 , n. 2 5 .
3. OLÍMPICO Y CTÓNICO 27I

P ero el te rr o r de la d estru cció n es sólo u n a cara d el p o d e r « c t ó n ic o » . D esde q ue


se com en zó a cu ltivar la tie rra se sabe que el a lim en to y p o r tanto la « v id a » crece de
las p ro fu n d id a d e s de la tie rra : « e l g ran o vien e de los m u e r t o s » 13. H ad es es ta m b ié n
« P lu t ó n » , el custodio y el d isp en sad o r de riqu eza en fo rm a de g ran o ; y la m ad re d el
gra n o , D e m é ter, es de u n m o d o p a rtic u la r la Chthónia, ju n to a la que se ocu ltan ta m ­
b ié n lo s m u erto s. E n H e rm io n e , la fiesta de D e m é ter se llam a sim p lem en te Chthónia·,
P a u sa n ia s16 d escrib e la p ro c e s ió n y el sin iestro s a c rific io de vacas d en tro d el tem p lo
c e rra d o , señ ala el sig n ifica d o fu n e r a rio de las co ro n a s de flo re s que llevan los n iñ o s
e n la p ro c e s ió n y ta m b ié n alu d e a lo s rito s secretos e n el an tigu o c írc u lo de p ie d ra .
E n los m isterio s, la d iosa d isp en sad o ra de g ran o hace q u e la m u erte p ie rd a su c arác­
te r te rrib le . E l secreto de lo s m isterio s ta m b ié n ro d ea al « D io n is o c tó n ic o » , h ijo de
P e r s é fo n e 17. T a m b ié n se lla m a « G t ó n ic a » a H écate, la d io sa d e la m ag ia n o c tu rn a
que p u e d e e n tra r en el m u n d o s u b te rrá n e o 18; y n a tu ra lm e n te es ta m b ié n u n epíteto
de H e r m e s 19, el a c o m p a ñ a n te de las alm as q u e atraviesa la fr o n t e r a c o n el m u n d o
s u b te r r á n e o . P e ro e l d io s q u e se m e n c io n a m ás fre c u e n te m e n te es el « Z e u s c t ó ­
n ic o » , co n tra p o n ién d o se así al p ad re d el cielo u n equ ivalente su b te rrá n eo , el « o t r o
Z e u s » , « e l Zeus de los m u e r to s » 20, q u e p u e d e ser sim p lem en te otro n o m b re ca ra c ­
te rístic o p a ra H a d e s; sin e m b a rg o , el c re c im ie n to d e la cosech a se esp e ra p re c is a ­
m e n te de él. E l s e m b ra d o r reza al « Z e u s s u b te rrá n e o y a la p u r a D e m é t e r » 21, y se
s a c r ific a « p a r a lo s f r u t o s » al « Z e u s c tó n ic o y a la T ie r r a c t ó n ic a » 22. A l d io s d e l
o rá c u lo de L e b ad e a , q u e co m u n ic a revelacio n es te rrib le s a los q u e « d e s c ie n d e n » a
él, se le lla m a « e l q u e n u t r e » , Z e u s Trephónios o Trophónios23. P o r ú lt im o , está m u y
d ifu n d id o el cu lto a u n Z e u s s u b te rr á n e o , in v o c a d o c o m o el « d u l c e » , Meilíchios,
Milíchios2* . E n A te n a s, la « m a y o r » fiesta en h o n o r de Z e u s, las D iasias, está d ed icad a
a é l, m ie n tra s q u e e n S e lin u n te , cada fa m ilia e rig e y v e n e ra a « s u » Meilíchios e n
fo rm a de u n a estela de p ie d ra . E n A rg o s, la e re cc ió n de u n a im agen de Z eu s Meilíchios
sig n ifica b a la e x p ia c ió n después de u n a cru e n ta g u e rra civil. Z eu s Meilíchios se r e p r e ­
sen ta b ie n c o m o fig u r a p a te rn a e n tr o n iz a d a o s im p le m e n te co m o s e r p ie n te ; la
fig u ra p atern a sig n ifica re c o n c ilia ció n c o n los d ifu n to s, al ig u al que su n o m b re p e r ­
so n ific a el efecto « m itig a d o r » de las lib a c io n e s a los m u erto s.
E l cu lto a lo s p o d e re s « c t ó n ic o s » tie n e s in d u d a m u c h o s e le m e n to s a n tig u o s,
p e r o ya n o es p o sib le e q u ip a ra r la o p o sic ió n e n tre « o lím p ic o » y « c t ó n ic o » c o n la
o p o s ic ió n e n tre « g r i e g o » y « p r e g r ie g o » o e n tre « in d o e u r o p e o » y « m e d it e r r á ­

15 H ipp ocr. D evid. 4 , 9 2 (V I 6 5 9 Littré).


16 Paus. 2 , 3 5 , 4 - 8 ; GF, pp. 3 2 9 s .
17 Véase VI 2 - 3 , nn. 1 5 y 18 .
18 Aristoph . fr. 5 1 5 K a ssel-A u stin ; T h eo cr. 2 , 12 con Schol. = Callim . fr. 4 6 6 Pfeiffer; Sophron fr.
*7 Kassel-A ustin; véase III 2 -9 , n. 15 ; III 3 -1, nn. 1 6 - 1 7 .
19 Véase II 2 . 8 , n n . 1 8 - 2 0 .
20 Véase IV 2 , n. 14 .
21 H es. Erga 4 ^ 5 -
22 M iconos, SIG 1 0 2 4 = LSC G 9 6 , 2 5 .
23 Véase II 8 , n. 5 6.
24 C o o k II, pp. 1 0 9 1 - 1 1 6 0 ; H . Schwabl, R E X A ( 1 9 7 2 ) , cols. 3 3 5 - 3 3 7 ; F. G raf, 1 4 (19 7 4 ), pp.
I 3 9 - I 4 4 ; para Atenas: AF, pp. I 5 5 _ I 5 9 ¡ para Selinunte: S. G abrici, I I santuario dellaMalophoros a Seli­
nunte, 1 9 2 7 , pp. 3 8 1 - 3 8 3 ; G . C h arles-P icard, RHR 1 2 6 ( l 9 4 3 )» PP- 9 7 ~Ι<2·7 >Jeffe ry , pp. 2 7 0 s s ·:
Zuntz, pp. 9 8 s .; para A rgos: Paus. 2 , 2 0 , Is.
4. MUERTOS, HÉROES Y DIOSES CTÓNICOS
272

n e o » . S e e n c u e n tra n d io se s celestes e n las tr a d ic io n e s s u m e r o -b a b ilo n ia , h itita y


sem ítica o ccid e n ta l, y lo s d io ses su b te rrá n e o s co m o O siris están p re se n tes p a r tic u ­
la rm e n te e n E g ip to . E l « P a d r e c e le s te » es in d o e u r o p e o , p e r o ta m b ié n lo es c o n
certeza el culto a lo s antep asad os, ra z ó n p o r la cual ap arecen en el rito ctó n ic o p a la ­
bras de culto in d o e u ro p e a s com o cheîn y enagízein, e n con traste c o n spéndein y hiereúein 2S.
E n la E u r o p a o c c id e n ta l c éltica y p re c é ltic a , lo s sa n tu a rio s d e l cu lto a lo s m u e rto s
ob viam en te tie n e n p rim a cía sob re lo s tem p lo s de lo s d io se s86. In clu so lo s b a b ilo n io s
d istin gu e n ya dos tipos de dioses, celestes y su b terrán eo s, y los h ititas h ab lan aú n m ás
claram en te de « d io s e s s u p e rio re s » e « i n f e r i o r e s » 27; ta m b ié n en U g a rit, hay « d i o ­
ses de la t ie r r a » , re la c io n a d o s c o n el c a m in o al re in o de lo s m u e r to s 28. L a antítesis
en tre a rrib a y abajo , cielo y tie rra , es tan e lem en ta l y evid en te, q u e p u d o im p o n e rse
ta m b ié n com o estru ctu ra re lig io sa , in d e p e n d ie n te m e n te d el d e sa rro llo de la c u ltu ra
g rie g a . S e h a e n c o n tra d o a sim ism o e n la c u ltu ra m in o ic a , e n la a rq u ite c tu ra de la
« tu m b a - t e m p lo » y e n el fris o d el sarcó fago de A y ia T r ia d a 29.
L o q ue es característico de la tr a d ic ió n grie ga es la ra d ic a lid a d y la c o n se cu en cia
c o n q ue se e lab o ró la c o n tra p o sic ió n e n tre el re in o de lo s d ioses y el de lo s m u erto s.
L o s d io ses s o n lo s « in m o r t a le s » (athdnatoi); el e p íte to se c o n v ie rte e n d e fin ic ió n .
L la m a r a u n a fiesta « e l d ía de la se p u ltu ra de la d iv in id a d » , co m o h a c e n lo s f e n i­
cios, es im p e n sa b le en g r ie g o 30. U n d io s cuya m u e rte se lam en ta, co m o A d o n is 31 se
sien te s ie m p re c o m o algo e x tra ñ o ; c u a n d o lo s c reten ses m u e stra n u n a « tu m b a de
Z e u s » , e llo s ó lo sirv e p a r a p r o b a r q u e s o n u n o s m e n t ir o s o s 32. S e n a r r a n m ito s
sobre el n a cim ie n to de los dioses, p e ro en to n ces cristalizan en u n a fo rm a id eal, b ie n
en la « f l o r de la ju v e n t u d » c o m o A p o lo y A r t e m is , o b ie n e n la « c u m b r e » de la
m ad u rez, c o m o Z e u s y H e r a . In c lu so la vejez les es a je n a : v ie jísim o es el « v ie jo d el
m a r » , q ue p e rte n e c e al ám b ito su m e rg id o de la cre en cia p o p u la r 33.
L o s h o m b re s , e n c a m b io , están a b o ca d o s a la m u e rte co m o « m o r t a le s » (brotoí,
thnetoí). M ie n tra s viven , d e p e n d e n de lo s d io ses, q u e les d a n b u e n o s d o n es y p u e d e n
p r o t e g e r lo s y sa lv a rlo s; el lím ite m a rc a d o p o r la m u e r te p e r m a n e c e in m u ta b le .
In c lu s o Z e u s se d e tie n e c u a n d o A s c le p io es alcan zad o y castigad o c o n el ra y o , p o r
q u e r e r re s u c ita r a lo s m u e r to s ; A p o lo a b a n d o n a a H é c t o r c u a n d o se in c lin a la
balanza y d eja la casa de A d m e to , c u a n d o la m u erte ro n d a a A lcestis. A rte m is se d es­
p id e rá p id a e in e x o ra b le m e n te d el m o rib u n d o H ip ó lito , que ha estado m ás cerca de
ella q u e n in g ú n o tro y q u e m u e r e p o r esa p re c is a r a z ó n 34. A d e m á s, q u ie n va a

25 Véase I 2 , n n . 21 - 2 6 ; II 2 , nn. 3 4 - 3 6 ; IV I , n n . 2 4 y 41 - 4 6 .
26 S. J . D e Laet, Van Grafmonument tot Heiligdom (MededelingenderKoninklifkeNederlandsAkademievanWeteschappen
2 8 , 2 ), 19 6 6 .
27 D . O . Edzard, WM I ( 19 6 5 ), s.v.Anunnaki (p. 4 2 ) y s.v. Igigi (p. 8 0 ) ; E . v. Schuler, ibidem, p. 16 1 sarra-
Zßs y kateres siunes.
28 Corpus de tablettes en cunéiformes alphabétiques, 1 9 6 3 , 5 = Baal I* V 6 en G . R . D river, Canaanite Myths and
Legends, 19 5 6 , pp. I o 6 s .
29 Véase I 3 . 2 , n. I I ; I 3 . 3 , n. 8 0 ; Matz, pp. 1 8 - 2 7 .
30 Inscripciones de Pirgi: M . Pallottino, ArchClass 16 (1 9 6 4 ) , pp. 4 9 - 1 x 7 ; el dios es M elqart: S. R ib i-
chini, SaggiFenici I ( l 9 7 5 )> PP· 4 I _ 4 7 ·
31 Véase III 3 . 4 , n n. 3 - 1 3 .
32 C all.Hymn. I , 8 s., véase I 3 . 3 , η . 21 , III 2 . 1 , η . l8 .
33 Véase III 3 .1 , η . 3 6 .
34 II. 16 , 4 3 1 - 4 6 I ; 2 2 , 213 ; E u r. Aie. 2 2 ; Hippol. 1 4 3 7 - 1 4 4 1 ; véase III 4 , n. 4 9 .
3. OLÍMPICO Y CTÓNICO
273

e n c o n tra rse co n scien tem en te c o n la m u erte , co m o A n tig o n a , se d esp id e de los d io ­


ses33. L o s dioses o lím p ic o s y lo s m u erto s n o tie n e n n ad a que v e r en tre sí; los d ioses
o d ia n la casa de H ad es y se m a n tie n e n alejad o s de ella.
E ste co n traste se agud izó e in te n sific ó o b viam en te e n ép o ca h istó ric a ; aq u í está
e n ju e g o el in ic io de u n a teo lo gía co n scie n te. S ó lo e n la época de P isistrato se d e c i­
d ió « p u r if ic a r » D é lo s de las tu m bas e n to d a la su p e rfic ie de la isla q ue p o d ía verse
desde el sa n tu a rio , y sólo en el año 4 2 6 - 4 2 5 se exten d ió la « p u r ific a c ió n » a to d a la
is la 36; d u ra n te lo s siglo s a n te rio r e s , c u a n d o el sa n tu a rio estaba en p le n o a p o g e o ,
n a d ie se h a b ía escand alizado p o r las tu m bas. A fin a les d el siglo VI, Je n ó fa n e s 37 c r i­
tic ó la fie sta de L e u c ó te a e n E le a , d u ra n te la q u e se lle v a b a n a cabo s a c r ific io s en
h o n o r d e la D io s a B la n c a e n tre la m e n to s; si se trata d e u n a d iv in id a d , n o h ay q u e
la m e n tarse p o r ella y, si n o se trata de u n a d ivin id a d , n o hay q u e cele b rar sacrificio s
e n su h o n o r. L as críticas de este tip o tu v ie ro n éxito y n o hay testim o n io s p o ste rio re s
de u n a a m b iv a le n c ia s im ila r e n el r ito g r ie g o . E n la lit e r a t u r a , la a n títe sis e n tre
« d io s e s su p e rio re s » e « in fe r io re s » a p a r e c e c o n clarid ad en los dram as de E s q u ilo 38;
y el in te n to m ás con secu en te de a p lica c ió n de esta o p o sic ió n lo efectúa P la tó n e n sus
Leyes39. N o ob stante, la re a lid a d cu ltu al se m an tu vo co m o u n c o n g lo m erad o de e le ­
m en to s o lím p ic o s y ctó n ico s c o n m ú ltip les g rad a cio n es in te rm e d ia s.
S in em b argo , la o p o sic ió n en tre o lím p ic o y ctó n ico constitu ye u n a p o la rid a d en
la q ue u n p o lo n o p u ed e existir sin el o tro y e n la que cada p o lo sólo ad qu iere su sig ­
n ific a d o p le n o a p a r tir d el o tro . A r r ib a y ab a jo , cie lo y tie rra fo r m a n el T o d o . E n
G o rin to hay estatuas de « Z e u s » u n a al la d o de la otra, sin esp ecificarse si se trata de
« Z e u s Ghthónios» o de « Z e u s Hypsistos» ( « e l m ás e x c e ls o » ) 40. A s í com o n o hay alba
que n o vaya p re ce d id a de la n o ch e, ta m b ié n el rito ctó n ico y el o lím p ic o están s ie m ­
p re estrecham en te vin cu lad o s en tre sí. E l có m p u to sagrado del tiem p o com ienza p o r
la ta rd e , el d ía sigu e a la n o c h e ; así lo s sa c rific io s o lím p ic o s sig u e n a lo s sa crific io s
p re lim in a re s ctó n ico s. M u ch o s san tu ario s tie n e n ju n to al altar y al te m p lo u n lu g a r
d estin ad o a los sa crificio s ctó n ico s, q u e en el m ito se d escrib e com o la tum ba de u n
h é ro e . A s í, el san tu ario de P é lo p e p erte n ece tanto a O lim p ia co m o el altar de Z e u s;
E re c te o y A te n e a c o m p a r te n la « c a s a » e n la A c r ó p o lis de A te n a s ; P ir r o d esd e su
tu m b a vela p o r lo s sa crificio s en h o n o r de A p o lo en D e lfo s ; E p o p e o está e n te rrad o
ju n t o al a ltar de A te n e a en S ic ió n y las tum bas de las « V írg e n e s h ip e rb ó re a s » p e r ­
m an ece n en el san tu ario de D é lo s 41. L a n o tab le estatua de b ro n c e de A p o lo en A m i ­
d a s está so b re u n p ed e sta l en fo rm a de a lta r, q u e n o es o tra cosa q u e la tu m b a de
J a c in t o ; antes d el sa c rific io a A p o lo se h a cían o fre n d a s fu n e ra ria s a Ja c in t o a través
de u n a p u e r ta de b r o n c e 42. D e la m ism a m a n e ra , e n el m ito , lo s d io se s tie n e n a
m e n u d o u n d ob le m o rta l que se p arece tanto al dios q u e p o d ría c o n fu n d irse co n él,
salvo p o r el h e c h o de q u e está su je to a la m u e rte , y, d e h e c h o , es asesin ad o p o r el

35 Soph. Ant. 9 3 8 ; cfr. Λίω: 8 2 4 - 8 3 i '


36 Véase II 5 » η. 4 0 .
37 X eno ph anes VS 2 1 A 1 3 = A rist. Rhet. 1 4 0 0 b 5 ; versiones más tardías sustituyen a Leucótea p o r
O siris. Véase III 3 .1 , n. 3 3 .
38 Aesch. Pers. 2 2 9 ; 4 ° 4 S·; 5 2 2 s .; 6 2 2 ; 'Suppi. 2 4 s·» I 5 4 ss· » ^ · &9 ; c^r · E u r · Hec. 14 6 s .
39 Plat. Leg. 717a ; 8 2 8 c .
40 Paus. 2 , 2 , 8 .
41 HN, p p . i n - 1 1 9 ; 17 6 s .; 1 3 4 - 1 3 9 ; 2 11; véase I 4» 2 5 · C fr. Eitrem , REs.v. HerosVUI (19 12 ), c o l. 1127 ·
42 Paus. 3 , 19 , 3.
4. MUERTOS, HÉROES Y DIOSES CTÓNICOS
274

p ro p io d io s: Ja c in t o aparece c o n A p o lo , Ifig e n ia c o n A rte m is, E re c te o c o n P o sid ó n


γ Y o dam a c o n A te n e a . E n e l c u lto , Ifig e n ia es ta m b ié n v e n e ra d a co m o A r t e m is 43,
E re c te o se c o n v ie rte e n P o s id ó n Erechtheus y Y o d a m a « v iv e » c o m o a lta r d e A te n e a
sobre el que ard e el fu eg o e te rn o 44. E l m ito ha sep arad o e n dos fig u ras lo q u e e n el
rito sacrific ia l se p resen ta co m o p o la rid a d .
E l m u n d o de lo s dioses h o m é r ic o s -g rie g o s deb e su b rilla n te e sp le n d o r a su a le ­
ja m ie n to de la m u e rte ; p a ra lo s g rie g o s cu lto s, el cristia n ism o p arec ía u n a re lig ió n
de tu m b as45. E l d iseñ o de las fig u ras o lím p ica s « s ie m p re ex iste n te s» p o d ía p r o p o r ­
c io n a r m ed id a y o rie n ta c ió n ; sin e m b a rgo , e n la re a lid a d d el cu lto , el p o lo op u esto
se conservaba de m a n e ra q ue excluía la su p e rfic ia lid a d . N o obstante, estos d ioses n o
p o d ía n re p rese n ta r la ric a p le n itu d de la re a lid a d ; la re lig ió n n o se lim ita al culto de
lo s d io se s, sin o q u e ta m b ié n in c lu y e re la c io n e s c o n lo s m u e rto s y lo s h é r o e s . Y
cuand o lo s m isterio s, re c u rr ie n d o a tra d ic io n e s soterrad as o n o griegas, em p ez a ro n
a a lim en tar las esperanzas de lo s in d iv id u o s c o n la esp e cu la ció n u n iversal y tra ta ro n
de su p e ra r la g é lid a so le d a d d e l h o m b re a n te la m u e rte , se m a n tu v ie r o n d u ra n te
m ucho tiem p o m ás com o u n c o m p le m en to q u e co m o u n rival p e lig ro so p a ra el sis­
tem a g r ie g o .

4 . L O S H ÉRO ES

L a existencia de u n a clase de « h é r o e s » , o « s e m id io s e s » 1, entre dioses y h o m b re s, es


u n a p e c u lia rid a d de la m ito lo g ía y la re lig ió n griegas, que apenas tien e p arale lo s. L a
e tim o lo gía de héros n o es c la ra 3. E n g rie g o , la p ala b ra aparece co n dos sen tid o s: en la
épica antigua, hace re fe re n c ia a to d o s lo s h é ro e s cuya fam a es cantada p o r el b a rd o ;
la p alabra está firm e m e n te arraigad a e n el sistem a fo r m u la r ; p rácticam en te todas las
figu ras h o m érica s s o n « h é r o e s » , e sp e cia lm e n te lo s aq u eo s en c o n ju n to . E n el uso
p o s te r io r , e n c a m b io , el « h é r o e » es u n d ifu n to q u e d esd e su tu m b a e je rc e u n
p o d e r b e n é fic o o m alig n o y q ue exige u n a v e n e ra c ió n a p ro p ia d a.
A p a r tir de lo s hallazgos a rq u e o ló g ic o s se p u e d e re c o n s tru ir c o n bastan te c la r i­
dad el aspecto e x te rn o , c u ltu al: el cu lto a lo s h é ro e s sig n ific a d estacar de las dem ás

43 Hes. fr. 23a , 2 6 [trad. esp. de A . M artínez: H esíodo, Obrasjfragmentos, 1 9 7 8 ] , cfr. asimismo B u r­
kert, RhM 1 18 ( 1 9 7 5 ) ' P- x9 sobre A q u ile s-A p o lo .
44 Paus. 9, 3 4 , I; Sim onides FGrHist 8 F I.
45 Liban. Or. 6 2 , IO.
1 Rohde I, pp. 1 4 6 - 1 9 9 ! Ή ’ PP· 3 4 ^ - 3 6 2 ; Pfister, 1 9 0 9 - 1 9 1 2 : P· Foucart, Le culte des héros chez les Grecs,
M ém oire de l ’A cadém ie des Inscriptio n s 4 2 , 1 9 1 8 ; Farnell 1 9 2 I ; E itrem , RE V I I I ( 1 9 1 2 ) , cols.
I I I I - I 1 4 5 ; M . D elcourt, Légendes et cultes de Héros en Grèce, 1 9 4 2 ; Nock, pp. 5 7 5 “6 0 2 = « T h e C ult o f
H ero e s», HThR 37 ( l 9 4 4 )> PP* I 4 I - I 7 4 ; GGR, pp. 1 8 4 - 1 9 1 ; A . Brelich, Glieroigreci, 1 9 5 8 . C fr. asi­
mismo H . H ubert, « L e culte des héros et ses conditions sociales», RHR 7 0 ( 1 9 14 ), pp. 1 - 2 0 ; 7 f
( 1.91 5 ), p p . 1 9 5 - 2 4 7 - L . K e a rn s, The Heroes o f Attica, L o n d re s, I() 8 9 ; J . L a rso n , Greek Heroine Cuit,
1 9 9 5 ; D · Lyons, Gender and Immortality. Heroines in Ancient Greek Mfth and Cult, 1 9 9 7 ; R· H ägg (ed.), Ancient
Greek Hero Cult, 19 9 9 ; V . Pirenne-D elforge y E . Suárez de la Torre (eds,), Héros et héroines dans les mythes
et les cultesgrecs (K ern os Suppl. io ), 2 0 0 0 .
2 Frisk I, pp. 6 4 4 s .; C h an train e, p. 4 1 7 · Sob re H era, en el sentido de « m a d u re z » (sexual): W .
Pötscher, RhM 1 0 4 ( 1 9 6 1) , pp- 3 ° 2 - 3 5 5 ; ( 1 9 6 5 ) , pp. 3 1 7 - 3 2 0 . E l m icénico t i-ri-s e-ro -e se
entiende como «tres veces h é ro e » , Trishéros, cfr. G érard-R ou sseau, pp. 2 2 2 - 2 2 4 ; B . H em berg,
Eranos 52 ( l 9 5 4 )> PP' 1 7 2 - 1 9 0 [F. A u r a jo r r o , Diccionario Micénico II, 1 9 9 3 , p. 3 5 3 ]·
4 . LOS HÉROES 275

tu m bas u n a tu m b a s in g u la r, d esp u és lla m a d a hemon, m ed ia n te u n re c in to esp ecial,


lo s sa c rific io s y las o fre n d a s votivas y, e n o ca sio n es, ta m b ié n la c o n stru c c ió n de u n
m o n u m e n to fu n e r a r io p a r tic u la r. L o s m o n u m e n to s su n tu o so s a p a re c e n p r im e r o
sólo e n zonas p e rifé ric a s, com o el « m o n u m e n to a las N e r e id a s » de Ja n to , en L ic ia ,
o el « M a u s o le o » de H a lica rn a so e n C a ria ; su u so n o se d ifu n d e hasta ép o ca h e le ­
n ístic a 3. L as tu m bas de h éro e s h o n ra d o s c o n cu lto se re m o n ta n al ú ltim o cuarto d el
siglo V I I I 4 ; h ab ía u n culto a A g a m e n ó n en M icen as y ta m b ié n en E sp arta, u n cu lto a
M e n e la o y a H e le n a e n E s p a rta y u n c u lto a lo s « S ie t e c o n tra T e b a s » e n E le u sis.
O b v ia m e n te se r e d e s c u b r ie r o n tu m b a s a n tig u a s e n esa é p o ca y se a tr ib u y e r o n a
fam o so s « h é r o e s » de la ép ica. L a s tu m bas de lo s « S i e t e » e ra n en re a lid a d tu m bas
h elád icas; la tu m b a de A n f ió n en T ebas es u n a tu m b a p rin c ip e sc a p ro to h e lá d ic a 3; y
las tum bas de las « V írg e n e s h ip e rb ó re a s » en D élo s so n restos de tum bas m ic én ic as6.
J u n t o a M e n id i, e n el A t ic a 7, se v e n e ra b a u n a tu m b a d e c ú p u la m ic é n ic a , desde la
épo ca g e o m é trica a la clásica, c o n sacrificio s de an im ales y o fren d as votivas, entre las
cuales las m ás in teresan tes so n p e q u e ñ o s escu d os de te rra co ta y caldero s p ara el agua
d el b a ñ o ; el n o m b re de este h é ro e n o s es d e sc o n o c id o . J u n t o a G o rin to se re d e sc u ­
b r ió u n a tu m b a p ro to g e o m é tric a de e n to rn o a 6 o o y a p a r tir de en to n ces y hasta el
siglo I I a .G . se v e n e ró c o n h o n o re s h e ro ic o s.
L a tesis, vig o ro sa m e n te d efe n d id a sob re to d o p o r N ilsso n , de que el cu lto de lo s
h é ro e s re p re se n ta u n a c o n tin u a c ió n d ire cta d e l cu lto m ic é n ic o de los m u erto s n o
p u e d e su sten tarse so b re la base de lo s h allazgos a rq u e o ló g ic o s ; n o hay p ru e b a s de
u n cu lto c o n tin u a d o de las tum bas e n ép o ca m icén ica, y m u ch o m en o s e n los siglos
o s c u r o s . E l c u lto d e lo s h é r o e s a p a r t ir d e l sig lo V I I I d eb e p o r ta n to a tr ib u ir s e
d ire c ta m en te a la in flu e n c ia de la p o e sía é p ica, q u e alcanzó e n to n ces su p u n to m ás
alto . E n la é p ic a g rie g a se f ija u n m u n d o a u tó n o m o , q u e se p re se n ta c o n s c ie n te ­
m en te c o m o u n p asad o m ás b e llo y m ás g lo r io s o : lo s h é ro e s e ra n m ás fu e rte s « d e
lo q ue so n h o y lo s m o r t a le s » 9. A l m ism o tie m p o , se c o n v irtió e n u n m u n d o e sp i­
r itu a l c o m ú n a to d o s lo s g r ie g o s ; la r e a lid a d se in t e r p r e t a b a so b re su b ase. L a s
fa m ilia s y las c iu d a d e s se e n o r g u lle c ía n de p o d e r v in c u la r su s tr a d ic io n e s a lo s
h é r o e s de la é p ic a . A s í, lo s c o r c ire n s e s , q u e id e n tific a b a n su tie r r a c o n la de lo s
fe a c io s, v e n e ra b a n al re y A lc ín o o de la Odisea; e n T a re n to se h a c ía n sa c rific io s e n
h o n o r de lo s A tr id a s , lo s T id id a s , lo s E á c id a s y lo s L a e rtía d a s en bloc; e n G re ta se
r e n d ía n h o n o r e s e sp e cia le s a Id o m e n e o y M e r io n e s 10. E l té r m in o « s e m id io s e s »

3 D io d . Sic. 1 3 , 3 5 , 2 habla de «h o n ras h ero icas» y de un « te m p lo » (neos) dedicado al legislador


Diocles de Siracusa en el año 4-12 .
4 J . M . C o o k , en GerasAntoniou Keremopoullou, 1 9 5 4 , PP· 1 1 2 - 1 1 8 ; BSA 4 8 ( l 9 S 3 )> PP· 3 0 - 6 8 ; R .
H am pe, Gymnasium 6 3 ( 1 9 5 6 ) , pp. 19 s ; Snodgrass, pp. 19 3S S .; J . N . Coldstream , JH S 9 6 ( 19 7 6 ),
pp. 8 - 1 7 . La indicación <<13 G am elló n » en Deinias FGrHist 3 0 6 F 2 fecha el sacrificio fúnebre po r
Agam enón en M icenas/Argos. U . von W ilam ow itz-M oellendorff, Aischylos Orestie: Das Opfer am Grabe,
18 9 6 , p. 2 0 4 . Sobre la «tum ba de C litem nestra», MMR, pp. 6 0 4 s .
5 « L o s S ie te » : Paus. I, 3 9 , 2 ; Plut. Thes. 2 9 ; cfr. E u r. Suppl.\ Mylonas, pp. 6 2 s . y Praktika ( l 953 )> PP·
8 1 - 8 7 . « A n f ió n » : T h . Spyropoulos, AAA 5 ( 1 9 7 2 ) , pp· 1 6 - 2 2 .
6 Véase 1 4 η . 2 5 .
7 P. W olters, J d l 1 4 ( 1 8 9 9 ) , PP· Ι 0 3 “ ! 3 5 ; MMR, pp. 6 0 0 - 6 0 3 ; E . V erm eule, Aspects o f Death in Early
Greek Art and Poetry, 1979 (reimp. 19 8 1) , pp. 2 0 6 s .
8 Véase I 3 -3 » n n · 77 Y 82 contra MMR, pp. 5 8 4 ~ 6 I 5 »GGR, pp. 3 7 8 - 3 8 3 .
9 Λ. 5, 3 0 4 ; 12 , 3 8 3 ; 4 9 9 ; 2 0 , 2 8 7 ; 1, 2 7 2 .
10 T h u c. 3 , 7 0 ; [Arist.] Mirab. 8 4 0 a 6; D iod. Sic. 5 » 7 9 î en general Farnell, pp. 2 8 0 - 3 4 2 .
276 4. MUERTOS, HÉROES Y DIOSES CTÓNICOS

a p a re c e ya u n a vez e n la Ilía d a 11. L a id e a se d e s a r r o lla e n el m ito h e s ió d ic o de las


edades d e l m u n d o , e n el q u e « lo s h é ro e s , lla m a d o s s e m id io s e s » c o n stitu y e n u n a
g e n e r a c ió n e n sí m ism a , m e jo r q u e la g e n e r a c ió n a n t e r io r y m u y s u p e r io r a la
actual « e d a d de h ie r r o » ; e n c o n t r a r o n la m u e rte e n las b atallas de T ebas y T ro y a ,
de a c u e rd o c o n lo s d os g ra n d e s tem as d e la p o e sía é p ic a 12. L a c o n c e p c ió n q u e se
p re se n ta e n lo s Catálogos h e sió d ic o s es s im ila r: c u a n d o d io ses y h o m b re s a ú n vivía n
ju n to s , su rg ió de su u n ió n la la rg a s e rie d e h ijo s de lo s d io ses, q ue e n c ab ez a n lo s
árbo les g e n ealó gico s de d iversos p u eb lo s y fa m ilia s; la g u e rra de T ro y a p u so fin a tal
re la c ió n de fa m ilia r id a d e n tre d io ses y h o m b r e s 13.
E l o r ig e n d e l cu lto de lo s h é ro e s b a jo el in flu jo de la p o e sía ép ica e n c u e n tra su
s ig n ific a d o y su fu n c ió n e n la e v o lu c ió n d e la p o lis g rie g a ; la im p o r t a n c ia d a d a a
tum bas in d ivid u a les c o in c id e c o n la d ecad en cia d el culto n o rm a l de lo s m u erto s. E l
d isp e n d io q ue a ú n se te stim o n ia e n lo s vasos tard o g e o m étrico s d ism in u ye y d espués
es lim ita d o p o r le y 14; lo s ju e g o s fu n e r a rio s e n h o n o r de lo s señ ores n o b les se su sti­
tu yen p o r lo s agones in stitu cio n a liz a d o s de lo s san tu a rio s, « e n h o n o r d e » u n h é ro e
n o m b r a d o p a r a la o c a s ió n . E n c o n s e c u e n c ia , d ecae la im p o r t a n c ia de la fa m ilia
in d iv id u a l e n fa v o r d e m a n ife s ta c io n e s q u e in v o lu c ra n a to d o s lo s p re se n te s e n la
zona. D e h ech o , el culto de los h éro e s n o es en absoluto u n culto de los antepasados;
se trata de u n a p re se n c ia efectiva, n o de u n a caden a de « s a n g r e » a través de g e n e ra ­
c io n e s, a u n c u a n d o lo s fu n d a d o r e s de u n a e stirp e p u e d e n n a tu ra lm e n te r e c ib ir
h o n o re s h e ro ico s. D e ig u al m o d o que, a p a r tir de 7 0 0 ap ro xim ad am en te, el ejército
de la p o lis, la falan ge h o p lita , se co n vierte e n u n a fu erza p o lític a y m ilita r decisiva en
su stitu ció n de la cab allería aristo crática, ta m b ié n el culto a los « h é r o e s de la tie r r a »
com u n es se co n vierte en e x p re sió n de la s o lid a rid a d d el g ru p o .
D e la m an o d el n a c im ie n to d el cu lto d e lo s h éro e s va u n a re e stru c tu ra c ió n e sp i­
ritu al, de nuevo b a jo la in flu e n c ia de « H o m e r o » ; se trata p recisam en te de esa sep a­
ra c ió n ra d ic a l e n tre el r e in o d e lo s d io se s y el de la m u e rte , e n tre o lím p ic o y c tó ­
n ic o 15. E l q ue h a m u e rto n o es u n d io s; el q u e m o ra b a jo tie rra e n u n a tu m b a y es
h o n r a d o d eb e de h a b e r sid o h o m b re , p r e fe r ib le m e n t e u n h o m b re de a q u e lla
« g r a n d io s a » ép o ca a n tig u a . L o s d io se s, c o m o g r u p o exclu sivo , so n elevad os a u n
O lim p o id e a l; lo q ue q u ed a se en cu ad ra e n la categoría de los « s e m id io s e s » .
L a c o n tro ve rsia de la cien cia de las re lig io n e s so b re si los h éro e s d eb en ser c o n ­
sid e ra d o s co m o « d io s e s en d e c a d e n c ia » (fadedgods)16 o co m o d ifu n to s reales, a u n ­
que v e n e ra d o s c o n u n c u lto , q u izá se p u e d e z a n ja r c o n u n a fó r m u la q u e ten ga en
cuen ta am bas h ip ó te sis. S i b ie n el c o n c e p to y la fo rm a de culto se fija r o n re la tiv a ­
m ente tard e, h acia fin a les d el siglo V I I I , d e n tro d el cam p o de fu erza d el culto a ris ­

11 II. 12 , 2 3 ; Hes. Erga 1 6 O ; fr. 2 '!· O, IO O [trad. esp. de A . Martínez: Hesíodo, Obrasy fragmentos, r g / 8 ] .
Sobre el problema de hasta qué punto el culto de los héroes era conocido ya por el poeta de la Ilíada :
Pfister, pp. 54Ί - 544 -ί T h . Hadzisteliou Price, Historia 2 2 ( 1 9 7 3 ) , pp. Ι 2 9 ~Ι 4 4 ·
12 Hes. Erga 1 5 6 - 1 7 3 ·
13 Hes. fr. I; 2 0 4 , 9 5 - 1 1 9 [trad. esp. d e A . M artinez: H esíodo, Obrasy fragmentos, 1 9 7 8 ] .
14 Véase I V I , η . 4 8 .
Ι5 Véase IV 3 ·
16 U sener, pp. 2 5 2 - 2 7 3 - en particular p. 2 5 5 = * todos los héroes, cuya historicidad no es demostra­
ble o es probable, eran originariam ente d io se s», en parecidos térm inos Pfister, p p . 3 7 7 ~ 3 9 7 ;
H a rriso n (2 ) , p p . 2 6 0 - 3 6 3 ve en los héroes « d é m o n e s » preo lím p ico s. O b jecio n es: Foucart
(supra, n. 1), pp. 1—1*5 î Farnell, pp. 2 8 0 - 2 8 5 ; c^r · Rohde I, pp. 15 7 - 1/ ° («cu lto d é lo s antepasa­
d o s » ), GGR, pp. 1 8 5 s.
í. LOS H ÉROES 277

to c rá tic o d e lo s m u e rto s, la r e iv in d ic a c ió n d e la polis y la é p ic a h o m é r ic a , e llo n o


excluye la in c o rp o ra c ió n de tra d icio n e s m u y antiguas e n el nu evo c o m p le jo . D e trás
de a lg u n o s h é ro e s é p ic o s hay in d u d a b le m e n te fig u ra s m íticas. E l cu lto de A q u ile s
c o m o « s o b e r a n o d e l m a r N e g r o » n o d e riv a de la Ilíada sin o de su r e la c ió n c o n la
d io sa d el m ar, T e tis ’7; la « A le x a n d r a » que ten ía su cu lto en A m id a s 18 se id e n tific ó
c o n la G a sa n d ra é p ica de T ro y a se g u ra m e n te e n u n a ép o ca p o s te r io r ; e n E sp a rta ,
H e le n a e ra c la ra m e n te u n a d io s a 19. S a b e m o s p o r las excava cio n e s q u e a lgu n as
supuestas tu m bas de h é ro e s n o e ra n en re a lid a d tu m bas ve rd ad eras y n o c o n te n ía n
n in g ú n c a d á ve r; éste es el caso de la « t u m b a » de P é lo p e en O lim p ia 20, de la d e
N e o p tó le m o -P irr o en D e lfo s 21 y del m o n u m e n to de E re c te o en la A c ró p o lis de A t e ­
nas. Se trata de antiguos lugares de culto ctó n ic o ; la natu raleza exclusiva de los o lím ­
p ic o s ya n o p e r m it ía q u e les fu e r a n a sign ad as a u n d io s. E n lo s cu lto s lo ca le s se
p u e d e a ú n h a b la r d e « Z e u s Trophónios» 22 o in c lu s o de « Z e u s Agamémnon » 23; e n e l
m ito h o m eriz a n te , T r o fo n io es u n arq u itecto astuto, p e r o n etam en te m o rta l. E n el
le n g u a je « h o m é r ic o » , h é ro e s y d io ses fo r m a n dos g ru p o s sep arad o s, a u n cu an d o
c o m p a rte n la característica de ser lo s « m á s fu e r te s » fre n te a los seres h u m a n o s. L a
lín e a de s e p a ra c ió n e n tre e llo s es im p e rm e a b le ; n in g ú n d io s es h é r o e y n in g ú n
h é ro e llega a ser d io s; sólo D io n is o y H e ra c le s 24 p u e d e n in fr in g ir este p rin c ip io .
« D io s e s y h é r o e s » ju n to s c o n stitu yen la e sfe ra de lo sagrad o . Y a las « le y e s » de
D ra c ó n o rd e n a b a n exp resam en te que am b os fu e r a n v e n e ra d o s25. Se in voca a « d i o ­
ses y a h é r o e s » en lo s ju ra m e n to s 26 y se les d irig e n o ra cio n e s. E n el sim p o sio , la p r i ­
m e ra lib a c ió n es p a ra los dioses y la segu n d a p a ra los h é r o e s 27. D espu és de la v ic to ­
ria d e S a la m in a , T em ísto cles p u d o afirm ar·. « N o som os n o so tro s lo s q u e lo h em o s
co n se g u id o sin o lo s dioses y los h é r o e s » 28.
E l culto de lo s h éro e s, com o el de lo s m u erto s, se co n cib e co m o c o rrelato « c t ó ­
n ic o » d el culto de lo s dioses, co n sacrificio s c ru en to s, o fren d as de alim en to s y lib a ­
cio n es; a m e n u d o se e n c u en tra la p re p a ra c ió n de u n « b a ñ o » y lo s llan to s y la m e n ­
tos se te stim o n ia n fre c u e n te m e n te 29. E l a c o n tecim ie n to p rin c ip a l es sin em bargo el

17 Véase III 3 .1 , n. 3 0 .
18 Paus. 3 - 19 , 6 ; Bulletin Épigraphique (19 6 8 ), n° 264·; R. Stiglitz, «A lexan d ra von A m yk la i», Oejh 4 0
( 1 9 5 3 ). ρ ρ · 7 2 - 8 3 .
19 Bethe, RE V I I (1 9 12 ) , cols. 2 8 2 4 - 2 8 2 6 ; M . L . West, Immortal Helen, 1975 -
20 Los hallazgos del Pelopion y su datación siguen siendo aún controvertidos, H . V . H erm ann, AM
77 ( 1 9 6 2 ) , pp. 1 8 - 2 6 y H errm ann (2 ), pp. 5 3 - 5 7 > en contra, Mallwitz, pp. 1 3 4 - 1 3 7 ·
21 HN, p . 1 3 6 .
22 IG V I I 30 7 7·, 3 0 9 0 ; 3 ° 9 &; m ito: Telegonia, p. 1 0 2 , 5 Bernabé* y p. 7 2 , 6 Davies, C allim . fr. 2 9 4
Pfeiffer [trad. esp. de M . Brioso: Calim aco, Himnosjfragmentos, 1 9 8 0 , fr. 2 9 4 ] , Charax FGrHist Γ03
F g . Véase II 8, η . 5 6 ; IV 3 , η . 2 3 -
23 A th en ag. Leg. pro Christ. I M arcovich; Schol. L ycop h r. 1 3 6 9 · A n fia ra o es considerado un dios en
O ro p o : Paus. I, 3 4 ' 2 ; Academ o es llamado « d io s » : Eupolis fr. 3 6 Kassel-Austin.
24 E n el canto cultual de las m ujeres de Elid e se invoca a « D io n is o h é ro e » a que « v e n g a » , Plut.
Quaest. Gr. 2 9 9 A B = PMG fr. 8 7 1, véase V I , n. 7 7 · Sob re Heracles véase IV 5 ·Ι· Los Theoíhéroes de la
inscripción beocia IG V I I 4-5 * 3 son l ° s muertos.
25 Porph. Deabst. 4-» 2 2 .
26 T h u c. 2 , 7 4 , 2 \ 4 , 8 7 , 2 ; 5 , 3O; SIG 36 O ; 5 2 7 ; 5 8 1.
27 K irch er, pp. i 7 s., 3 4 “ 3 7 î véase II 2 , n. 3 8 .
28 H dt. 8, 10 9 , 3.
29 GGR, p. 18 7 . Los «h o n o res h ero ico s» tributados en vida a D ió n de Siracusa no tienen paralelos:
D io d . Sic. 16 , 2 0 , 6, cfr. Reverdin, p. 159 » η · 5 ·
278 U. MUERTOS, HÉROES Y DIOSES CTÓNICOS

b an q u ete cu ltu al de lo s vivos en co m p a ñ ía y e n h o n o r d el h é r o e 30. E n con secu en cia,


se re p re s e n ta a m e n u d o al h é r o e r e c lin a d o e n e l b a n q u e t e 31 y e n lo s fasto s d e la
T e trá p o lis a cada h é ro e se le asigna u n a h e r o ín a 32. N o rm a lm e n te el h é ro e re c ib e su
enagísmata u n a vez al añ o el d ía estab lecid o p o r el c a len d a rio .
U n a d ife r e n c ia e se n cia l e n tre el cu lto d e lo s h é ro e s y el de lo s d io ses es q u e u n
h é ro e está siem p re v in cu lad o a u n d e te rm in a d o lu g a r: actúa en las in m e d ia cio n e s de
su tu m b a p ara « s u » fam ilia , g ru p o o ciu d ad . C o n la distan cia espacial se extin gu e la
re la c ió n c o n u n h é r o e ; p e r o e n c a m b io , tras la r e fu n d a c ió n de M ese n e e n 3 7 0 , se
v o lv ió a « in v o c a r » a lo s a n tig u o s h é r o e s 33. E n el caso d e q ue el m ism o h é r o e sea
ve n e ra d o e n lugares d iferen tes y se m u estre n varias tu m bas, p u ed e su rg ir u n a disputa
p o r la re iv in d ic a c ió n m ás c re íb le ; estas d ispu tas se re su elv en de la m a n e ra m ás e le ­
gan te a su m ie n d o la e x iste n c ia de h o m ó n im o s 34. E s m e jo r n o p re o c u p a rse p o r lo s
vecin o s y a fe rra rse a las tra d ic io n e s p ro p ia s : el culto a lo s h éro e s se c o n v ierte e n u n
c en tro d e id e n tid a d de g ru p o s locales.
L a lis ta de h é r o e s , ta m b ié n e n c o n t r a p o s ic ió n a la de lo s d io se s, n u n c a se fija
d e fin itiv a m e n te . Y a n o n a c e n m ás g ran d e s d io ses, p e r o d el e jé rc ito de lo s m u erto s
p u e d e n sie m p re s u rg ir nu evos h é ro e s, e n el m o m e n to e n que u n a fa m ilia , g ru p o o
ciu d a d d ecid a re n d ir le s h o n o re s h e r o ic o s . E n ép o ca h ele n ística , la « h e r o iz a c ió n »
(apheroízein) de u n d ifu n to se vu elve casi u n a r u t in a 35; p e r o e n la ép o ca a n te r io r se
trataba de u n a e x ce p ció n . E n las ciu d ad es re c ié n fu n d ad as, las co lo n ias, el fu n d a d o r
se c o n v ie rte g e n e ra lm e n te e n Héros Ktístes, q u e es se p u lta d o fre c u e n te m e n te e n la
plaza d el m e r c a d o 36. D e esta fo rm a hay e n la tie rra n ueva u n c en tro que, au n q u e n o
de tiem p o s p rim itiv o s, sim b oliza sin em b argo u n nu evo com ien zo a fo rtu n a d o y v in ­
c u la n te . A r g o s e n el sig lo V I e rig ió e n el á g o ra u n m o n u m e n to d e lo s « h é r o e s de
T e b a s » y se a p r o p ió así de estas fa m o sa s fig u r a s m ític a s 36“. G u a n d o G lís te n e s , e n
A te n a s el añ o 51 °> a b o lió , c o n u n a m e d id a su m am en te ra c io n a l y ra d ic a l, las a n ti­
guas a g ru p a c io n e s fa m ilia r e s y cre ó a rtific ia lm e n te diez nu evas « t r ib u s » (phylaí),
c a d a phyié to m ab a su n o m b re de u n h é ro e y se e rig ie r o n e n la plaza d el m ercad o diez
m o n u m e n to s a lo s h é r o e s 37. U n acto de este tip o n o era sim p le m e n te u n a m e d id a
ad m in istrativa : se p re g u n tó al d io s de D e lfo s si este cam b io era « m e jo r y m ás p r o ­
v e c h o s o » . L a m ism a sa n c ió n fu e n e c e sa ria cu an d o la tu m b a de u n h é ro e d eb ía ser

30 Su im portancia es reconocida p o r N o ck (supra, n. i).


31 E n el caso de las terracotas votivas se plantea el p ro b lem a de si representan al fiel o al héroe
durante el banquete: cfr. H . H erdejürgen, Die Tarentmischen Terrakotten des 6. bis 4-Jhs. v. Chr. im Antiken­
museum Basel, 19 7 I ·
32 IG I I - I I F 1 3 5 8 = LSC G 2 0 . E l héroe Astrábaco pasaba po r ser padre de u n rey espartano, H dt. 6,
6 9 , Burkert, M H 2 2 ( 1 9 6 5 ) , PP* i 6 6 - i 7 7 ·
33 Paus. 4 , 2 7 , 6.
34 Pfister, pp. 2 1 8 - 2 3 8 .
35 Por ej. Tera /G X II 3 , 8 6 4 ; Atenas IG I I - I I F 1 3 2 6 = SIG IIOI = LSC G 49> 4 6 ( 1 7 6 -175 a .G .); Rohde
II, pp. 3 5 8 - 3 6 2 ; Farnell, pp. 3 6 6 s .; R E V J l ï ( 1 9 1 2 ) , cols. 1137 s·
36 Bato de C ire n e : Pind. Pyth. ζ , 9 5 ; Brásidas en A n fíp o lis : T h u c . 5 ,H i H dt. 6, 3 8 ; R oh de I, pp.
1 7 5 s . ; Pfister, p p . 4 4 5 s·: Farnell, p p . 4 I 3 “ 4 I 8 ; R . M artin , Recherches sur l'agora grecque, I 9 5 1 - ΡΡ·
1 9 4 - 2 0 0 . C fr. Bérard, .Eretria III. L ’Héroondlaporte de l'ouest, 197 ° ·
36 a SEG 3 6 ( 1 9 8 7 ) , n" 2 8 3 ; A . Pariente, « L e m o n u m en t argien des 'S e p t contre T h èb e s’ » , en M .
Piérart (ed.), Poiydipsion Argos, BG H Suppi. 2 2 , 1 9 9 2 , pp. 19 5 “ 2 2 5 ·
37 R . E . W ycherley, The Athenian Agora III, 1 9 5 7 , ΡΡ· ^ 5 “ 9 O i Parke-W orm ell II, n° 8 0 ; U . ICron, Die
zehn attischen Phylenheroen (AM 9 1 Beiheft 5 ), 1 9 7 6 , pp- 2 2 8 s s .
4 . LOS HÉROES 279

cam biad a de sitio, m ed ia n te el traslad o de las re liq u ia s. A s í, sig u ien d o el con sejo de
u n o rá c u lo , lo s esp artan o s, d u ra n te la g u e rra c o n tra T egea a m ed iad o s d el siglo V I ,
t r a n s p o r ta r o n lo s h u eso s de O re ste s a E s p a rta ; seg ú n se d ic e , d e s e n te rr a ro n u n
ataúd de siete cod o s de la r g o 38, sin d u d a u n sign o de u n pasado « m á s g r a n d e » ; e n
r e la c ió n c o n la con q u ista de E sciro s, G im ó n de A te n a s bu scó y e n c o n tró en esa isla
la tu m b a de T eseo : « u n ataúd de u n cadáver gran d e y, a su lad o , u n a p u n ta de lanza
de b ro n c e y u n a e s p a d a » 39; e n 4 7 5 l ° s h u esos fu e r o n tra n sp o rta d o s so le m n em en te
a A te n a s y en te rrad o s en el T eseó n , n o le jo s d el ágora, a m ayo r g lo ria de A ten as y d el
p r o p io G im ó n .
D etrás de y ju n to a estas accion es organ izad as o fic ia lm en te hay n u m erosas m a n i­
festacio n es esp on tán eas de h éro e s, q u e algu n o s in d iv id u o s cre en h a b er e x p e rim e n ­
ta d o ; el c u lto se c o n s id e ra u n a re sp u e sta al h e c h o de q u e el h é r o e ha m o stra d o su
p o d e r. U n h é ro e p u ed e « i r al e n c u e n t r o » 40 de u n h o m b re en carn e y h u eso , lo q ue
es a te rra d o r y p e lig ro so ; aq u í la p u ra cre en cia e n los espectros con flu ye c o n el cu lto
de lo s h é ro e s; la serp ien te, el a n im a l te rrib le , p u ed e co n sid e ra rse com o la m a n ife s­
ta c ió n de u n h é r o e 41. A m e n u d o el p o d e r de u n h é r o e se p e r c ib e sólo d e m a n e ra
in d ire c ta : cu an d o la tie r ra n o da fru to s, cu an d o las e p id e m ia s afectan a h o m b re s y
b estias, cu an d o n o n a c e n n iñ o s sanos o c u an d o p re va le ce n el c o n flic to y la d is c o r­
d ia, to d o ello p u ed e d eb erse a la ir a (ménima) d e u n d ifu n to p o d e ro s o q u e debe ser
« a p la c a d o » . E n este caso es n e c e sa rio el c o n se jo d el a d ivin o y d el o rá c u lo , p e ro a
m e n u d o la c o m u n id a d se con ten ta ta m b ié n c o n v e n e ra r a u n « h é r o e » a n ó n im o 42.
A l a in versa, se esp era d el h é ro e que ha sid o « a p la c a d o » c o n el culto, toda clase
de b e n e fic io s : fe rtilid a d de los cam pos, c u ra c ió n y sign o s m án tico s. S o b re todo lo s
h éro e s ayudan e n la batalla a su trib u , ciu d ad o p a ís43. E n la creen cia en lo s p o d e r o ­
sos ayudantes en la batalla está especialm ente arraigada la figu ra d el g ran A yax y su h e r ­
m a n o . E n la p o e sía h o m é r ic a lo s « A y a c e s » se d is tin g u e n co m o dos h é ro e s c o n el
m ism o n o m b re p e r o c o n d iferen tes g e n ealo gías y d ife re n te s caracteres: A y a x T e la ­
m o n io es casi id é n tic o al e scu d o g r a n d e c o m o u n a to r r e q u e lo p ro te g e ; A y a x
L o c r io , p re se n ta d o e n la é p ic a c o m o s a c rile g o o p o n e n te d e lo s d io se s, es s in
em b argo el a u x ilio m ás seguro p ara sus lo c rio s : e n la falan ge se le dejaba u n h ueco y
¡p o b re d el e n e m ig o q ue in ten tase p asar p o r a l l í!44 A n te s de la b atalla de S ala m in a ,
lo s a te n ie n se s in v o c a r o n a Á y a x y T e la m ó n de S a la m in a p a ra q u e les a y u d a ra n y
e n v ia ro n u n a nave a E g in a p ara que fu e ra a b u sca r a E a co y a los E ácid as: e n la nave
se d isp u so u n le c h o (Mine) p a ra lo s h é ro e s in v is ib le s 43. E l c u a d ro de la b a ta lla d e

38 H dt. i, 6 8 .
39 A rist. fr. 6 1 1, I Rose (H eraclides Lem bus 3*71 , I D ilts); Plut. Thes. 3 6 ; d m . 8; H erter, RE Sup pl.
X III ( 1 9 7 3 ) , col. 1 2 2 4 -
40 Êphodoi: H ipp ocr. Morb. sacr. V I 3 6 2 Littré [trad. esp. de G . G arcía Gual, Tratados hipocráticos I, 1 9 8 3 ,
p. 4 0 3 ] , cfr. E u r. Ion 10 4 9 .
41 E l supersticioso erige u n herôon en el lugar donde se le ha aparecido una serpiente « s a g ra d a » ,
T h eo p h r. Ghar. 16 , 4 ; representaciones iconográficas: po r ej. H arrison (i), pp. 3 2 5 “ 3 3 I : véase IV
2 , n. 3.
42 Rohde I, pp. 1 7 3 s .: GGR, p. 1 8 8 ; H errm ann (i), pp. 6 ls . (O lim p ia): IE 3 4 9 -
43 Rohde I, pp. 195 s· ; Pfister, pp. $ 1 2 s., id., RE Suppl. I V (19 2 4 ). cols. 2 9 3 s- : GGR, pp. 7 I 5 S*: P· V o n
der M iihll, Der grosse Aias, 1 9 3 0 .
44 Leyendas sobre la victoria de los locrios contra C ro ton a en la batalla del río Sagra, G o n o n FGrHist
2 6 F I, 1 8 ; Paus. 3 , 19 , 1 2 ; M . G iangm lio, Ricerche su Crotone arcaica, 1 9 8 9 , p p . 6 9 , 9 1 y passim.
45 H dt. 8 ,6 4 ; Plut. Them. lg : cfr. H dt. 5, 8 0 s.; D iod. Sic. 8, 3 2 - Ju stin . 2 0 , 2.
4 . MUERTOS, HÉROES Y DIOSES CTÓNICOS

M a ra tó n 46 p in ta d o p o r P o lig n o to m o strab a al p ro p io h é ro e M a ra tó n y a T eseo , p r i ­


m e r re y de A tic a , e m e rg ie n d o de la tie rra p a ra ayudar a los suyos. U n ciego in v álid o
de g u e rra con tab a a q u ie n q u isie ra e scu ch a rle cóm o d u ra n te la batalla h a b ía visto a
u n g u e r r e r o a rm a d o , cuya b a rb a c u b ría to d o su e sc u d o , m a ta r v io le n ta m e n te al
h o m b re q ue estaba a su la d o , esto fu e lo ú ltim o q u e v io 47. G u a n d o u n c o n tin g en te
p ersa se re tiró p o c o antes de lleg a r a D e lfo s, p o r lo q u e el san tu ario escapó s o r p re n ­
den tem en te al saqueo, se d ijo que dos h é ro e s, el « G u a r d iá n » y el « A u to rre fle x iv o »
(Pylakos y Autónoos) , h a b ía n rech azad o al e n em ig o y se m o strab an las rocas q u e h a b ía n
lan zad o ro d a n d o desde el P arn aso c o n tra lo s in v a so re s48. E d ip o a n u n c ia e n el Edipo
en Colono de S ó fo c le s, q u e su tu m b a secreta v a ld rá m ás q u e m u ch o s escudos y so ld a ­
d o s; p ro te g e r á a A te n a s d e la d e s tru c c ió n , m ie n tra s su im p la c a b le ir a se d ir ig ir á
c o n tra los te b a n o s49.
L o s d ioses están le jo s, lo s h é ro e s, cerca. E l culto de lo s h éro e s se ha c o m p a rad o
c o n el culto cristian o a los santos; y sin d u d a existe u n a c o n tin u id a d directa así com o
u n p a ra le lo estru ctu ral. N o ob stante, lo s h é ro e s n o n ecesitan vivir u n a vid a santa. E l
m é rito p o r sí solo n o es su fic ie n te p a ra h a ce r u n h é r o e ; q u e los caíd os e n la b atalla
re c ib a n h o n o re s h e ro ico s es la ex ce p ció n y n o la re g la 50. L a ascen d en cia d ivin a n o es
u n a p re m isa n ecesaria, sin em b a rg o , los h ijo s de lo s d ioses so n c o n sid e ra d o s g e n e ­
ra lm en te co m o h é ro e s. In clu so u n c rim in a l q u e h a te n id o u n a m u e rte esp ectacu lar
p u ed e lle g a r a ser h é r o e 51 y u n e n em ig o d el E stad o p u e d e tras la m u e rte c o n vertirse
e n a u x ilia d o r y p r o t e c t o r 52. P e ro ta m b ié n h a y h é r o e s cuya ir a es im p la c a b le y q u e
causan d esgracias hasta que se e n c u e n tra la fo rm a de lib ra rse de e llo s; es el caso d el
h é r o e d e T e m e sa , al q ue cada a ñ o d e b ía lle v á rse le la m u ch a ch a m ás h e r m o s a p a ra
que la d e sflo ra ra , hasta que el atleta E u tim o se m o stró a ú n m ás fu e rte que é l53.
E s u n a cu alid ad e x tra o rd in a ria la q ue h ace al h é ro e ; algo im p red e c ib le e in q u ie ­
tante lo ro d e a . P o r d elan te de u n hemon se pasa en s ile n c io 54. E n u n a co m e d ia titu ­
la d a Los héroes, A r is t ó fa n e s h ace a p a re c e r a lo s « h é r o e s » co m o c o r o ; re g re s a n al
m u n d o s u p e rio r p a ra ve r si to d o está e n o rd e n :

C o n tra eso, h om b res, sed


precavidos y h o n ra d a los h éroes,
pues som os los dispensadores
de m ales y bien es,
desde arrib a vem os a los in justos,
los lad ron es y los delincuentes.

46 Paus. I , 15 , 3.
47 H dt. 6, 117 .
48 H dt. 8, 3 7 s .
49 Soph . Oed. C o l I S 2 4 - I 5 3 3 .
50 H éroes de M aratón: Paus. I , 3 2 , 4 : de Platea: Plut. Aristid. 2 1 ; innovación tardía de una inscrip­
ción sobre una tumba para los « h é ro e s» de las Guerras Médicas en Mégara: !C V il 53 “ S im o n i­
des fr. 9 6 D ie h l2. Platón desea fundam entalm ente elevar a daímones a todos los caídos en guerra,
véase III 3 . 5 , n. 2 4 ; VII 3 . 4 , n. 2 0 .
51 Cleom edes de Astipalea: Paus. 6, 9, 6 s.; Rohde I, pp. 17 8 s .
52 G im ó n en C itio : Plut. Cim. 19 , 5 ; Euristeo en A tenas: E u r. Herad. I 0 2 4 _ I 0 4 3 ·
53 Paus. 6, 6, 4 - 1 I . C fr. el encadenam iento d e A cte ó n , ¡n effigie, Paus. 9, 3 &- 5 ·
54 E p ich arm . fr. 1 6 3 K a sse l-A u stin = H esych. s. v. kreíttonas, Latte, Ph ot. s.v. k reítto n es T h e o d o rid is;
sobre héroes peligrosos: Cham aileon fr. 9 W ehrli2 (trad. ital. Chamaeleontis Heracleotae Fragmenta
5. SERES DOBLES CTÓNICO-OLÍMPICOS 0,8l

D e sp u é s sigu e u n g ro te sc o in v e n ta rio de las e n fe rm e d a d e s, in c lu id a s la sa rn a y la


lo c u ra , c o n q ue los h éro e s g o lp e a n a lo s m alvad o s55.
L o s h é ro e s n o se im a g in a n g e n e ra lm e n te v iejo s, grises y h o r ro r o s o s , sin o en la
p le n itu d de su fu e rz a y e n la f lo r de la ju v e n tu d ; in c lu s o hay h é ro e s n iñ o s , c o m o
P a le m ó n e n e l Istm o y A r q u é m o r o e n N e m e a 56; p o s t e r io r m e n t e , a p a r t ir de la
é p o c a h e le n ís tic a , es fr e c u e n te q u e lo s n iñ o s q u e m u e r e n p re m a tu r a m e n te sea n
h e r o iz a d o s . S e in c ita a lo s a d o le sc e n te s (épheboi) a p r a c t ic a r el c u lto a lo s h é r o e s .
L o s g im n a s io s tie n e n cada u n o su p r o p io h é r o e : e n A te n a s , p o r e je m p lo , está
H e c a d e m o e n la « A c a d e m i a » 57, L ic o e n e l « L i c e o » y H e ra c le s e n el g im n a sio d e
G in o s a r g e s . L o s ephéboi d e se m p e ñ a b a n u n p a p e l e sp e c ia lm e n te im p o rta n te e n la
fiesta e n h o n o r de Á y a x e n S a la m in a 58. D e esta fo rm a , se v in c u la la n u eva g e n e ra ­
c ió n al m u n d o d e lo s m u e r to s y a las t r a d ic io n e s y o b lig a c io n e s q u e re p re s e n ta .
Q u e e n el fo n d o de tal e n c u e n tro c o n la m u e rte p e r d u r e n rito s de in ic ia c ió n 59 o
q ue lo s h é ro e s e stu vieran p resen tes ta m b ié n c o m o m áscaras so n co n je tu ra s que n o
p u e d e n v e rific a rs e d ire c ta m en te .

5. Se r e s d o b l e s c t ó n ic o - o l ím p ic o s

5-1. H eracles

A lg u n a s fig u ras d el cu lto y d el m ito , invocadas esp ecialm en te co m o p o d ero so s ayu ­


dantes, a b a rca n tan to el á m b ito h e r o ic o -c t ó n ic o com o el d iv in o y es p re cisa m en te
esta d o b le n a tu ra lez a la q u e les c o n fie re su e sp e cia l d in a m is m o : p e n e tr a n a rrib a y
a b a jo , c e rc a y le jo s ; n o e v ita n la m u e r te . L a m ás p o p u la r e n tr e estas fig u r a s es
H e r a c le s 1 .
H e r a c le s, el h ijo m ás p o d e r o s o d e Z e u s, q u e s ie m p re p u e d e h a c e r p r o p ia la
« b e lla v ic t o r ia » , es el m ás g ran d e de lo s h é ro e s g rie g o s y es sin em b argo a b so lu ta ­
m en te a típ ico : n o hay n in g u n a tu m b a de H e ra c le s y, c o m o las h isto ria s sob re él se
c o n o c e n e n to d as p a rte s, su cu lto se e x tie n d e p o r to d o e l m u n d o g rie g o y m u ch o
m ás allá. H erac le s es p o r tanto d io s y h é ro e al m ism o tie m p o , herós theós, com o d ice

ed. D . G iordano, 19 9 0 , fr. 9): Schol. A ristoph. Av. 14 9 0 D übner; Rohde I, pp. 19O S.

55 A ristoph. fr. 3 2 2 K assel-A ustin; R. tvferkelbach, « D ie H eroen als Geber des Guten und B ö sen »,
ZPE I ( 1 9 6 7 ) , p p . 9 7 - 9 9 .
56 Eitrem , RE V III ( 1 9 12 ) , cols. 1118 s.
57 L a antigua in scrip ción del hóros: G . D aux, B C íí 9 2 ( 1 9 6 8 ) , p. 7 3 3 > cfr· AAA I ( 1 9 6 8 ) , p. 1 0 7 ; J -
Fontenrose, « T h e H ero as A th le te », California Studies in Classical Antiquity I (1 9 6 8 ) , pp. 7 3 “ I 0 4 ·
58 AF, p . 2 2 8 .
59 Según la tesis de Brelich (supra, n. 1).
I PR II, pp. 4 2 2 - 6 7 5 ; A . Furtwängler, RU L I ( 1 8 8 6 - 1 8 9 0 ) , cols. 2 I 35 _ 2 2 5 2 ; U . von W ilam owitz-
M oellendorff, Euripides Flerakles I 2, 1 8 9 5 (- II, I 959 )> PP· I “ I ° 7 t O . G ruppe, RE Suppl. I l l ( 1 9 1 8 ) ,
cols. 9 1 0 - I I 2 I ; Farnell, p p . 9 5 " I 7 4 ; B . Schweiter, Herakles, 1 9 2 2 ; F. B ro m m er, Herakles, Diezwölf
Taten des Helden in antiker Kunst und Literatur, *1972 ; F. Prinz, RE Suppl. X I V ( 1 9 7 4 ), cols. 1 3 7 - 1 9 6 ; S&H,
p p . 7 8 - 9 8 ; J . B o ard m an eta l., LIM C s.v. Herakles I V ( 1 9 8 8 ) , p p . 7 2 8 - 8 3 8 ; J . B o ardm an et al. V
( 1 9 9 0 ) , pp. 1 9 2 ; G . Bonnet y G . Jo u rd ain A n n e q u in (eds.), Héraclès d'une rive à Vautre de la Méditerra­
née. Bilan etperspectives, 1 9 9 2 ; G . Bonnet, G . Jo u rd ain A n n e q u in y V . Pirenne D elforge (eds.), Le bes­
tiaire d ’Héraclès (Suppl. K ern o s j ) , 1 9 9 8 .
282 l>. MUERTOS, HÉROES Y DIOSES CTÓNICOS

P ín d a r o 2; e n la m ism a fiesta se h a ce n sa crific io s en su h o n o r p rim e r o com o h é ro e y


d espués co m o d io s 3.
L a fig u r a de H eracle s se fo rm a e n p r im e r lu g a r e n el m ito , u n co n g lo m e ra d o de
n a rr a c io n e s p o p u la re s e n el q u e la alta p o e sía ha in te rv e n id o só lo e n u n seg u n d o
m o m e n to : n o hay n in g ú n p o e m a g rie g o so b re H erac le s q ue se haya c o n stitu id o en
p arad ig m a . S in em b argo lo s p oetas se o c u p a ro n m ás tard e d el fe n ó m e n o H erac le s,
c o n lo q u e se in t r o d u jo el m ito e n u n a a tm ó s fe ra h e r o ic o - t r á g ic a y h u m a n a 4, e n
c o n t r a p o s ic ió n a su te n d e n c ia in t r ín s e c a , q u e se m u eve e n u n á m b ito a je n o a lo
hum ano.
P r im e r o y a n te to d o , H e r a c le s tie n e q u e v e r c o n lo s a n im a le s: m ata a lo s m ás
p e lig ro s o s, el le ó n y la se rp ie n te , y ca p tu ra a lo s dem ás, a lo s q u e so n co m estib les,
p ara llevárselo s a los h o m b re s. G aza a la cierva veloz co m o el vien to , se carga el ja b a lí
a la e sp a ld a , ro b a lo s ca b a llo s a n tr o p ó fa g o s a D io m e d e s tra cio y va a E r it ia , la isla
« r o j a » , m ás a llá d e l O c é a n o , a b u s c a r u n a m a n a d a d e vacas q u e p e r te n e c ía a
G e r ió n , el « b r a m a d o r » de tres cabezas. L im p ia lo s establos de las vacas d el so l p ara
o b te n e r de A u g ía s , el h ijo d e l S o l, u n d é c im o de su vacad a y c a p tu ra las aves de
E stín fa lo .
E n este c o m p le jo h a n e n tra d o m o tivo s o rie n ta le s . A ú n n o se sabe si lo s g rie g o s
de épo ca arcaica tu v ie ro n algu n a vez o p o rtu n id a d de v e r le o n e s vivos, p e ro la m ig ra ­
c ió n de la im agen d el le ó n y de la escena de la lu ch a c o n el le ó n 5 está b ie n d o c u m e n ­
tad a a rq u e o ló g ic a m e n te . L a « s e r p ie n t e d e siete c a b e z a s » , a la q u e da m u e rte u n
d io s, es fa m ilia r a la m ito lo g ía u g a rítica y a la d el A n tig u o T e sta m e n to 6 y ya aparece
en im ágen es de sellos su m e rio s. S o b re to d o se rep resen ta e n sellos c ilin d ric o s d el I I I
m ile n io a u n h é ro e c o n p ie l de le ó n , arco y clava, q u e vence m o n stru o s, leo n es, d ra ­
go n es y aves rap aces; se le id e n tific a n o rm a lm e n te c o n N in u r ta o N in g irs u , el h ijo
d el d io s de la tem pestad , E n l i l 7. E l n ú c le o d el co m p le jo de H eracles d eb ía de ser en
esencia a ú n m ás an tig u o : la cap tu ra de a n im ales com estib les apun ta a la ép o ca de la
cu ltu ra de los cazadores y el v ín c u lo c o n el M ás A llá , c o n las vacas d el S o l, la isla ro ja
y lo s a n tr o p ó fa g o s p e r te n e c e p r o b a b le m e n t e a la m ag ia c h a m á n ic a de caza, q u e
p arece ta m b ié n g u a rd a r re la c ió n c o n las p in tu ra s de las cuevas d el P a leo lític o S u p e ­

2 Pind. fiera. 3 , 2 2 .
3 H dt. 2 , 4-4·; LSC G 1 5 1 G 8 - 15 ; Paus. 2 , I 0 , I ; Pfister, pp. 4 6 6 s . Para el santuario de Heracles en
Taso: M . Launey, Études Thasiennes, I, Le sanctuaire et le culte d'Héraklès à Thasos, 1 9 4 4 , esP· PP* 12 6 ss., con­
tra B . Bergquist, Herakles on Thasos, ig ÿ g y e n R . H ä g g (ed.), Ancient Greek Cult Practicefrom the Archaeologi-
calEvidence, 1 9 9 8 , pp. 5 7 ~ 7 2 -
4 Puede m encionarse el poem a épico « L a tom a de E c a lia » (Oichalías hdlosis), sobre el cual cfr. W .
Burkert, M H 2 9 ( l 9 7 2 ), ρ ρ · 7 4 “^5 [traducción de los fragm entos en español, A . Bernabé, Frag­
mentos de épica griega arcaica, 19 79» PP· 3 0 6 -31 3 ; en inglés, M . L . West, Greek Epic Fragments, 2 0 0 3 , pp.
1 7 2 - 1 7 7 ] , Stesichor. Geryoneis en PMGF, pp. 1 54 '“ 175 Davies; Sopb. Trachinie·, E u rip . Heracles.
5 La representación más antigua de una lucha con el león: Schefold lám. 5 a, Brom m er (supra n. i)
lám . 4a, cfr. J . Garter, BSA 6 7 ( 1 9 7 2 ) , p. 4 3 ·
6 Baal 5 , I, I = 2 7 , J · G· de M oo r, An Anthology o f Religious Textsfrom Ugarit, 19 8 7 , pp. 6 9 s .; W . Burkert,
«O rie n ta l and Greek M ythology: T h e M eeting o f Parallels», e n j . Brem m er (ed.), Interpretations o f
Greek Mythology, 1 9 8 7 , pp· 1 0 - 4 0 , especialmente p. 1 7 2 , A N E T 1 3 8 y, repetido casi al pie de la letra,
A T Is. 2 7 , 1 ; sellos cilindricos: JH S 54 ( 19 3 4 ) > P· 4 o y lám. 2 , I [sobre los mitos ugaríticos cfr. G .
del O lm o Lete, Mitosj leyendas de Canaan, según la tradición de Ugarit, 19 8 1 , 2 1 3 ss.].
7 H . Frankfort, Cylinder Seals, 1 9 3 9 , PP· I 2 I s .; G . R . Levy, fH S 54 ( l 9 3 4 )> PP· 4 ° “ 5 3 ·
5.1. HERACLES 283

r i o r 8. E l ch am án es el que p u ed e e n trar en la tie rra de los m u erto s y en la de los d io ­


ses: H eracle s va a b u sca r al m u n d o su b te rrá n eo a C e rb e ro , el p e r ro de H ad es, a u n ­
que sea sólo p o r p o co tiem p o y, d el ja r d ín de lo s dioses en el rem oto O ccidente, c o n ­
signe las m anzanas de o ro , que p u e d e n in terp retarse com o fru ta d e la in m o rta lid a d .
Se a ñ a d e n ta m b ié n lu ch as c o n cria tu ra s fab u lo sa s e n lo s lím ite s de lo h u m a n o :
C e n ta u ro s y A m a z o n as; aq u í H eracles co m p ite c o n T eseo , com o e n el ep iso d io de la
d o m a d e l to r o . C u a n d o p o s te r io r m e n te se in c lu y e a H e ra c le s e n el á m b ito de la
é p ic a h e r o ic a , se le a tr ib u y e n gestas m ás h e r o ic a s : H e ra c le s ya h a b ía c o n q u ista d o
T ro y a u n a vez y h a b ía d e rro ta d o a otras trib u s y ciu d ad es, esp ecialm en te E calia. E n
to rn o a 7 OO, c o n el in ic io de n u estra d o c u m e n ta c ió n , to d o s estos e p iso d io s so n ya
c o n o c id o s y p o p u la r e s . L a litada m e n c io n a la a v e n tu ra d e C é r b e r o y el saq u eo d e
T r o y a 9 y e n las re p re s e n ta c io n e s de escenas m ito ló g ic a s m ás an tigu as a p a re c e n las
aventuras co n el le ó n , la cierva, la h id ra , las aves, los C e n ta u ro s y las A m a z o n as10. L a
fija c ió n de u n ciclo de doce trabajos (áthla) la atribu ye la tra d ic ió n a u n p o e m a ép ico
de u n tal P isa n d ro de R o d as, co m p u esto quizá e n to rn o a 6 0 0 11. T a m b ié n en to rn o
a esta épo ca se im p o n e el m o d e lo ic o n o g rá fic o de H eracles co n la p ie l de le ó n puesta
sob re la cabeza com o u n a ca p u ch a 12.
L a m u e rte de H eracle s es esp ecialm en te característica: en u n ataque de celos, su
m u je r D e y a n ira , « la q u e com bate a los h o m b r e s » , le en vía u n a p re n d a en ven en ad a
que lo q u em a o m ás b ie n , com o explica la h isto ria , le causa to rm e n to s ta n te rrib le s
que él m ism o se in m o la en u n a p ira . E sta h isto ria es c o n o c id a e n detalle e n los Catá­
logos h e s ió d ic o s '3; sin em b a rg o , lo s versos de la Odisea q u e h a b la n de la apo teosis d e
H e r a c le s fu e r o n re c h az a d o s p o r c rític o s a n tig u o s c o m o in t e r p o la c io n e s d el sig lo
V I14, p o r q u e , al p a r e c e r, e n la litada H e ra c le s s im p le m e n te m u e r e 15. E l m ito q u e
lo c a liz a la m u e r te de H e ra c le s e n el m o n te E ta , n o le jo s de T ra c ia , se r e fie r e s in
e m b a rg o a u n lu g a r d e c u lto a u té n tic o q u e h a sid o e x cavad o ; cad a c u a tro añ os se
celeb rab a a llí u n a fiesta d el fu eg o c o n sa crific io s de vacas y con agones . A través de
las lla m a s, lle g a H e r a c le s a lo s d io se s; a lg u n a s p in tu ra s de vasos lo m u e stra n
su b ie n d o h acia el cielo sobre la h o g u e r a 17. L a c o m b in a c ió n de m u erte en el fuego y

8 G . G allini, « A n im a li e ald ilà», SMSR 2 0 (1 9 5 9 ) · PP- 6 5 - 8 I ; S&H, pp. 8 3 - 9 4 .


9 II. 8, 3 6 5 - 3 6 9 ; 2 0 , 1 4 4 - 1 4 8 ; 5 , 6 3 8 - 6 4 2 .
10 L eó n : supra, n. 5. H idra: Schweiter (véase n. i), figs. 3 2 , 3 4 : Schefold, lám . 6a; B rom m er (véase
n. i), p. 13 , lám. 8. Cierva: R. H am pe, Frühgriechische Sagenbilder aus Böotien, 1 9 3 6 , pp. 4 2 ~ 4 4 î H . V .
H errm a n n , B J b ljQ ( l 9 7 3 )> PP· 5 2 8 s . ; cfr. K , M eu li, Schweiz. Archiv fü r Volkskunde 5 6 ( i9 6 0 ) , pp.
1 2 5 - 1 3 9 · Aves: Schefold, lám. 5h; B rom m er, lám. 18 , lám. 3 · Centauro: Schefold, lám. 6c. A m a ­
zonas: Schefold, lám. 6b; B rom m er, lám. 2 3a .
11 G . L . Huxley, Greek Epic Poetryfrom Eumelos to Panyassis, 1 9 6 9 , pp. I 0 0 - I 0 5 - Siguiendo a PR II, pp. 4 3 5 -
4 3 9 , B ro m m e r (pp. 5 3 - 6 3 ) sostiene la tesis de que el dodékathlos no va más atrás del siglo V. L a
relación con el zodíaco (G ruppe, RE Suppl. I l l [ 1 9 1 8 ] , col. I 1 0 4 ) es secundaria.
12 Pisandro en Strab. 15 , p. 6 8 8 = fr. I B ernabé2 = fr. I Davies; cfr. Stesichor. P M G F fr. 2 2 9 Davies;
Fürtwangler, RML I ( 1 8 8 6 - 1 8 9 0 ) , cois. 2 14 3 2 i 4j8; la representación más antigua: aldbastron corin­
tio AJA 6 0 (19 5 6 ), lám. 6 9 , figs. 9 - 1 0 .
13 Hes. fr. 2 5 > 2 0 - 3 3 [trad. esp. de A . Martínez: Hesíodo, Obrasjfragmentos, 19 7 8 ] ; el texto es conocido
sólo parcialmente p o r F. Stoessl, Der Tod des Herakles, 1 9 4 5 ; además, Bacchyl. 16 y Soph. Traquinias.
14 Schol. Od. I I , 6 0 I; con indicaciones de versos espurios en Hes. fr. 25, 2 6 - 3 3 y fr · 129, 4 7 - 5°·
15 II. 18 , 1 1 7 - 1 1 9 .
16 Véase I I I , n. J l .
17 Pelíke ática de figuras rojas de M únich 2 3 6 0 , ARV2 I 18 6 , 3 0 ( 4 2 O - 4 0 0 a.C .) ; C ook III, p, -514 , cfr.
ΡΡ· 5 13 y 5 r6; J . Boardm an, LIMG s.v. HeraklesV ( 1 9 9 ° ) · P· 1 2 8 , n° 2 9 1 6 (foto).
284 4. MUERTOS, HÉROES Y DIOSES CTÓNICOS

a p o te o sis re c u e rd a a la tr a d ic ió n o r ie n ta l, a u n c u a n d o sigu e s ie n d o u n m is te rio


cóm o se re la c io n a c o n la h o g u e ra en lo alto d el m o n te E ta. E n T arso s, e n C ilic ia , se
p re p a ra u n a p ira cada año en h o n o r de u n d io s llam ad o H eracles en g riego y Sand es
o S a n d o n en las len gu as lo cales; el n o m b re se co n o ce e n la antigu a tr a d ic ió n a n a to -
l i a 18 y lo s reyes h itita s, p o r lo q u e sa b em o s, e ra n « c o n v e r tid o s e n d io s e s » e n u n a
costosa sep u ltu ra p o r c re m a c ió n 19. P o r lo dem ás, desde H e ró d o to n o se cu estio n a la
e q u ip a r a c ió n de H e ra c le s c o n el d io s fe n ic io M e lq a r t 20, ra z ó n p o r la cu a l las
C o lu m n a s de M e lq a rt en el tem p lo de G a d e ira /C á d iz p a sa ro n a ser las « C o lu m n a s
de H e r a c le s » .
L a fig u r a d el h é r o e sie m p re fu e rte , n u n c a v e n c id o y d o tad o de u n a d e sa fo ra d a
p o te n c ia sex u a l p a re c e , c o m o m u c h o s m o tiv o s de lo s c u e n to s, e star d e te rm in a d a
p o r fan tasías de satisfac c ió n d e d eseos. S in e m b a rg o , a esta im a g e n p e rte n e c e ta m ­
b ié n , ju n t o al h o r r ib le o al m e n o s a m b iva len te fin a l, la an títesis: el ra d ia n te h é ro e
es al m ism o tiem p o esclavo, m u je r y lo c o . E l h ijo de Z eu s n o es u n « r e y v e n e ra d o
co m o Z e u s » sin o q ue está desde el p r in c ip io so m etid o a E u riste o , el rey de M ic e -
nas, q ue a su vez está so m etid o a H e r a , la d io sa de la A rg ó lid e . H e ra c le s p a re c e lle ­
va r el n o m b r e de H e r a e n el su yo p r o p io , c o m o si « H e r a fu e r a su g l o r ia » \ sin
e m b a rg o só lo se d e sc rib e c ó m o la c e lo sa e sp o sa de Z e u s p e r sig u e c o n im p la c a b le
o d io a su h ija s tro d esd e el n a c im ie n to h asta la m u e rte . N o se excluye q u e la c o n s o ­
n a n c ia de lo s n o m b r e s sea f r u t o d e la c a su a lid a d , p e r o , p u e sto q u e lo s g r ie g o s
n u n c a la p asa n p o r a lto , p a r a e llo s la p a r a d o ja se m a n tie n e . E n C o s u n sa ce rd o te
h a cía s a c r ific io s a H e ra c le s ve stid o c o n r o p a fe m e n in a y se co n ta b a q u e el p r o p io
H e r a c le s se h a b ía o c u lta d o u n a vez b a jo ta le s r o p a s 23. T a m b ié n e ra c o n o c id o su
so m e tim ie n to co m o siervo a la re in a lid ia O n fa le (m otivad o en el m ito p o r u n ase­
s in a to ) p o r el c u a l se in t e r c a m b ia n lo s p a p e le s : O n fa le b la n d e la d o b le h a ch a
m ie n tra s H e ra c le s tra b a ja c o n la r u e c a 83. L a h is to ria de c ó m o H e ra c le s e n u n ata­
q ue de lo c u r a m ató y q u e m ó a su m u je r y a sus h ijo s está re la c io n a d a c o n la fie sta
n o c tu rn a d e l fu e g o , c ele b rad a e n re a lid a d e n h o n o r de lo s « h ijo s d el f u e r t e » , los
A lc id a s; p e r o la c o n e x ió n c o n H e ra c le s se im p u so sin o b je c ió n 84. E l e xtrem o deb e
to rn a rse e n su o p u e sto , im p o te n c ia y a u to d e stru c c ió n , p a ra c o n firm a rs e de n uevo
a sí m ism o .

18 D io Chrys. Or. 3 3 , 4 7 ; monedas: JH S 5 4 (I 934 *)» P· 5 2 ; P- R- Franke, Kleinasien zurRömerzeit, 1 9 6 8 ,


η ” 3 7 6 ; Berosus FGrHist 6 8 0 F 1 2 ; P. Friedlaender, Herakles, 1 9 0 7 , p. 123,- H . T h . Bossert, Sondas
undKupapa, 1 9 3 2 ; H . G oldm an, « S a n d o n and H era k les», Hesperia Suppl. 8 ., 1 9 4 9 , PP· 164-174?;
T . J . D unbabin, The Greeks and their Eastern Neighbours, 19 57 . PP· 5 2 s.
19 H . O tten, Hethitische Totenrituale, 1 9 5 8 ; véase IVI, n n . 4 - 5 [nueva edición de los textos: A . Kassian et
al., Hittite Funerary Ritual sallis waitais, 2 0 0 0 ] .
20 H dt. 2 , 4 4 .
21 Es sin embargo notable la a breve de su nom bre. W . Pötscher, « D e r Nam e des H erakles», Emerita
3 9 (1 9 7 1 ), pp. 1 6 9 - 1 8 4 , se hace eco de diversas interpretaciones m ítico-históricas; carece de fu n ­
dam ento Prink, RE Sup pl. X I V ( 1 9 7 4 ) . cois. 1 5 9 - 1 6 2 ; H . U sen er, Sintflutsagen, 1 8 9 9 , rechaza la
relación con H era; H . Stretter, Alter Orient und Hellas, 1 9 7 4 - PP· I 7 ° s . , recuerda Eragal = N ergal; en
realidad Nergal en Tarso (con león, a rco ycla va ; W M l [1 9 6 5 I, P· HO; A K Beiheft 9, 1 9 7 2 , pp. 7 & -
8 0 ) no parece idéntico a Sandon.
22 Plut. Quaest. Gr. 3 O4 C ; GF, pp. 4 5 I s ·
23 E n relación con Labraunda, Plut. Quaest. Gr. 3 0 1 E ; cfr. H . H erter, Kleine Schriften, 1975 · PP· 54'4's·
24 Véase III, n. 7 2 .
5.1. HERACLES 285

L o s cultos de H eracles se d ifu n d e n p o r la casi to talid ad d el m u n d o g rie g o ; C reta


es la ú n ic a e x c e p c ió n 25. E n la isla de T a so s26 se e n c o n tra b a u n an tigu o e im p o rta n te
sa n tu a rio . L a s fiestas de H eracles so n , m ás q u e fiestas de la p o lis, cerem o n ias o rg a ­
n izad as p o r a so c ia c io n e s cu ltu ales in d iv id u a le s ; e n c o n se c u e n c ia , e n el A tic a , p o r
e je m p lo , hay tod a u n a serie de san tu ario s m e n o re s y m ayo res de H e r a c le s 27. H e r a ­
cles es e sp e c ia lm e n te a d ecu a d o p a ra g im n a sio s y e fe b o s 28, p u es e l h é r o e q ue a n d a
siem p re vagan d o , lu c h an d o y sin u n a m o ra d a fija p resen ta siem p re u n rasgo ju v e n il.
U n a c a ra c te rístic a p r in c ip a l de las fiestas e n h o n o r de H e ra c le s s o n lo s in m e n so s
b a n q u e te s d e c a rn e . E n el g im n a sio de C in o s a rg e s , H e ra c le s tie n e a d is tin g u id o s
a te n ie n se s co m o « c o m e n s a le s » (pardsitoi} 29 c u a n d o se p re p a ra la m esa p a ra él. P o r
ello ta m b ié n se re p rese n ta a H erac le s c o m o s a c r ific a d o r30, se le lla m a fu n d a d o r de
altares y se le im a g in a com o u n voraz g lo tó n 31; es así so b re tod o c o m o la com ed ia lo
h a llevado a escena. C o n H eracles siem p re se sien te con fian za. M ás A llá d el culto, es
el a u x ilia d o r o m n ip re se n te , al q ue se in vo ca e n c u a lq u ie r o c a sió n . Se escrib e sob re
la p u e rta de la casa: « e l h ijo de Z eu s, el H eracle s el de la h erm o sa victo ria, vive aqu í.
N a d a m alo p u ed e e n t r a r » 32. H eracles es « q u ie n aleja el m a l» (Alexíkakos) . Se fa b r i­
can im á g e n e s de H e r a c le s c o m o a m u le to s, a q u í de n u e v o c o n flu y e n e le m e n to s
o rie n ta le s y g rie g o s 33. D e la in a u d ita p o p u la rid a d de H eracle s d a n te stim o n io ta m ­
b ié n las p in tu ra s de vasos, que re p ite n cien to s de veces so b re to d o el e p iso d io de la
lu ch a c o n el le ó n 34. H eracle s ta m b ié n en tró p ro n to en la m ito lo g ía y en el culto de
etru scos y r o m a n o s 35 y la e x p re sió n mehercle lleg ó a ser tan fa m ilia r p ara lo s ro m a n o s
com o Herdkleis p a ra lo s griegos.
S in em b argo , H eracle s lo g ró el m ás alto ra n g o social gracias a q u e los reyes de lo s
d o rio s lo h a b ía n acogid o com o ancestro suyo. P ro b a b le m e n te se trata de u n a le g iti­
m ac ió n fic tic ia de la m ig ra c ió n d o ria al P e lo p o n e so : H ilo , el h é ro e e p ó n im o de u n a
phylé d o ria , pasó a ser h ijo de H eracles, que era o rig in a rio de la A r g ó lid e 36. M ien tras
q ue el r e in o d o r io de A rg o s decayó rá p id a m e n te , los reyes de E sp a rta c o n se rv a ro n
m uy c elo sam e n te la tr a d ic ió n ge n e aló g ic a ; lo s reyes lid io s y m ás tard e lo s m a c e d o -

25 Por ese m otivo, tras la argum entación de Farnell, pp. 9 5 ~I 4 5 ’ W ilam owitz se retractó de su tesis
de Heracles el D orio , G dH II, p. 2 0 .
26 B . Bergquist, Hermeson Thasos, 19 73 ·
27 AF, pp. 2 2 6 s ., cfr. GF, pp. 4,4,5-4,52; S. W oodford, « C u lts o f Heracles in A t tic a » , e n Studiespre-
sented to G.M.A. Hanfmann, 19 7 1, ρρ· 211 - 2 2 5 ·
28 J . D elorm e, Gymnasion, i9 6 0 , pp. 3 3 9 s .; ofrenda de cabellos: A th . 4 9 4 ^> Phot. s.v. oinistéria N aber
y Hesych. s.v. oinistéria.
29 Lex sacra m encionada p o r Polem ón en A th . 2 3 4 ^ = FHG III fr. 7 8 , p. 1 3 8 .
30 Por ej. kylix ática de figuras rojas de B erlín 3 2 3 2 ( 5 1 0 - 5 0 0 a.G .), ARV* I 1 7 > 2 = S. W oodford, LIMC
s.v. Herakles TV (1 9 8 8 ), p. 8 0 0 , n ° l 3 4 2 , con otros ejemplos (pp. 7 9 8 - 8 0 0 ) .
31 Sobre el mito y el sacrificio en Lindos, Burkert, ZJIGG 2 2 ( 1 9 7 0 ) , pp. 3 6 4 s .
32 K aibel, nu 1 1 3 8 ; P. O rla n d in i, Kokalos I 4 ~ l 5 ( 1 9 6 8 - 19 6 9 ) » P P - 3 3 ° “ 3 3 Ι ί O . W einreich, A RW 18
( 1 9 15 ) . pp. 8 - 1 8 ; RendicontiAccademia deiLincei (19 54 )» PP· 2 I 0 s .
33 D io d . Sic. 5 , 6 4 , 7 ; 3 » 7 4 ; C . G rottan elli, Oriens antiquus II ( 1 9 7 2 ) . pp· 2 0 1 - 2 0 8 ; sobre Bes y
«H eracles el D á ctilo », cfr. Furtwängler, RML I ( 1 8 8 6 - 1 8 9 0 ) , cois. 2 I 4 3 ~ 2 I 4 5 ·
34 F. Brom m er, VL3, pp. 1 - 2 0 9 ; Denkmälerlisten zur griechischen Heldensage I: Herakles, I 9 7 1 ·
35 J · Bayet, Herclé, étude critique des principaux monuments relatifs à l'Hercule étrusque, 1 9 2 6 ; Les origins de l’Hercule
romain, 19 2 6 .
36 C fr. asimismo D esborough (i), pp. 2 4 6 s .; el problema d e là «m igració n d o ria » es aún muy co n ­
trovertido; véase I 4» n. 8.
286 4. MUERTOS, HÉROES Y DIOSES CTÓNICOS

n io s , c o m o reyes d e l m ism o r a n g o , ta m b ié n se h ic ie r o n H e r a c lid a s 37. E n é p o ca


a rca ica la le y e n d a de lo s reyes e g ip c io s ya se h a b ía tr a n s m itid o al a n c e s tro de las
fam ilias reales griegas: esta leyen d a n a rr a có m o el d io s su p rem o , aco m p añ ad o de su
siervo, el m en sa je ro de lo s d io ses, asu m ió el aspecto d el rey p ara yacer c o n la re in a y
g e n e ra r al fu tu ro so b e ra n o . E sta h isto ria e n tró p o ste rio rm e n te e n la lite ra tu ra u n i­
versal com o la co m ed ia de A n f it r ió n 38.
H e ra c le s p u d o c o n v e rtirs e m ás ta rd e e n u n a in flu y e n te fig u r a e sp ir itu a l so b re
todo p o r dos razon es: en p r im e r lu g a r, co m o m o d e lo de s o b e ra n o 39 que, e n v irtu d
de su le g itim a c ió n d iv in a , actú a ir re s is t ib le m e n t e p o r el b ie n de la h u m a n id a d y
en cu en tra su p ro p ia m eta en tre lo s d io ses; así A le ja n d ro acu ñ ó la im agen de H e r a ­
cles e n sus m o n ed as. E n seg u n d o lu g a r, c o m o m o d e lo ta m b ié n d el h o m b re c o m ú n
q u e, d esp u és d e u n a v id a d e tra b a jo d u ro y p re c isa m e n te p o r e lla , p u e d e e sp e ra r
e n c o n tra r su lu g a r e n tre lo s d io se s. H e ra c le s ro m p e el m ie d o a la m u e rte ; ya e n el
siglo V se d ecía que su in ic ia c ió n en E leu sis le h abía ayudado c o n tra lo s p e lig ro s d el
m u n d o su b te rrá n eo ; p e r o el d in a m ism o de H eracle s va m ás allá de E leu sis. A q u í lo
d ivin o estaba cerca e n fo rm a h u m a n a , n o c o m o c o n tra fig u r a a p o lín e a , sin o co m o
p ro to tip o in s p ira d o r40. H eracle s co n te n ía el p o te n c ia l de h acer saltar lo s lím ites de
la re lig ió n griega.

5 ·2 . L o s D io scu ro s

D o s de las fig u ra s m ás m e m o ra b le s d e la m ito lo g ía g rie g a so n lo s g e m e lo s d iv in o s


G á sto r y P o lid e u c e s (P ó lu x e n la tín ) , lo s h e r m a n o s de H e le n a , lo s « jó v e n e s de
Z e u s » Didskoúroi . S u cu lto d e riv a c la ra m e n te de la h e r e n c ia in d o e u r o p e a , co m o
d em u estran sob re to d o lo s lu m in o so s h e rm a n o s A sv in , « p o s e e d o r e s de c a b a llo s » ,
de la m ito lo g ía vé d ic a ?. P e ro el n o m b re e sp artan o Tindarídai (en las in sc rip c io n e s) o
Tyndarídai (e n lo s texto s l it e r a r io s ) 3 re s u lta e n ig m á tic o ; el m ito in v e n tó u n p a d re
ad op tivo, T in d á re o , p ara s o lu c io n a r el p ro b le m a . E n las fre cu e n tes re p re se n ta c io ­
nes de « lo s D io s c u ro s al se rv ic io d e u n a d io s a » lo s D io s c u ro s se fu n d e n c o n lo s
rep resen tan tes de la a so c ia c ió n de h o m b re s q u e r o d e a n a la G r a n D io sa a n a to lia 4.
E n m ás de u n a o c a sió n lo s an tig u o s in té rp re te s d u d ab an si los « s e ñ o re s p r o t e c t o ­
r e s » lo c a le s, Anak(t)es, o « G r a n d e s D io s e s » d e b ía n id e n tific a r s e c o m o G u re te s ,

37 Sobre los lidios véase n. 2 3 ; sobre los m acedonios: H dt. 8, I 3 7 s .


38 A n fitrió n aparece ya en II. 5 , 392; Od. I I , 266-268; luego en H es. Scufum; cfr. Burkert, M H 22
(19 6 5 ), pp. i 6 8 s.
39 W . Derichs, Herakles, Vorbild des Herrschers, tesis doct., C o lo n ia, 1 9 5 0 .
40 F. Pfister, «H erakles und C h ristu s», A R W 3 4 ( 1 9 3 7 ), pp- 4 2 - 6 0 ; J . Fink, «H erakles, H eld u nd
H e ila n d » , A&A 9 ( i9 6 0 ), pp, 7 3 “ ^ 7 > G . Shneider, «H eraH es (1er "l o d ü b erw in d cr», Wissenschaflli-
che Zeitschrift der Universität Leipzig 7 (1 9 57 “ ^9 5 ^ ) ■ pp. 6 6 1 - 6 6 6 .
1 PS II, pp. 3 0 6 - 3 3 0 ; S. Eitrem , Die göttlichen Hjoillinge beiden Griechen, O slo i g 0 2 ; Bethe, RE V ( 1 9 0 3 ) ,
cols. 1 0 8 7 - 1 1 2 3 ; Farnell, pp. 1 7 5 - 2 2 8 ; GGR, pp. 4 0 6 - 4 1 1 .
2 L . M yriantheus, Acvins oder arische Dioskuren, 1 8 7 6 ; R . H arris, The Cult o f the Heavenly Twins, 1 9 0 6 ; H .
Güntert, Der arische Weltkönig und Heiland, 1 9 2 3 , pp. 2 6 0 - 2 7 6 ; D . J , Ward, The Divine Twins, 1 9 6 8 ; M . L .
West, LmmortalHelen, 1975 · Véase I 2 , n. II.
3 Tindáridas: IG V I, 3 ° 5 i 9 r9 ¡ 9 3 7 ; cfr* Frisk II, p. 9 4 5 ; sobre el nom bre Polideuces: Chantraine,
Ρ· 6 3 3 ·
4 L . Chapoutier, Les Dioscures au service d’une déesse, 1 9 3 5 ·
5.2. LOS DIOSCUROS 287
G a b iro s o D io sc u ro s y ta m b ié n so n estrechas sus re la cio n e s c o n lo s dioses de S a m o ­
tra c ia 5.
E n re a lid a d los D io sc u ro s so n e n g ra n m e d id a u n re fle jo d e la ju v e n tu d capaz de
llevar arm as: in v en ta n las danzas co n a rm a s6, s o n jin e te s g u e rre ro s que va n en bu sca
de ave n tu ra s, r o b a n g an ad o y ra p ta n a las n o via s, p e r o ta m b ié n rescatan a su h e r ­
m an a. L a d o b le m o n a rq u ía de E sp a rta está v in c u la d a de u n a m a n e ra esp ecial a lo s
D io sc u ro s: se in vo ca a los T in d á rid a s cu an d o el e jé rc ito m arch a hacia la batalla y, si
u n o de lo s reyes se q ued a, tam b ién lo hace u n o de los T in d á r id a s 7. D e esta fo rm a , el
o rd e n re a l se m a n tie n e a salvo en el ám b ito d ivin o .
L o s g e m e lo s te b a n o s Z e to y A n f i ó n s o n casi u n d u p lic a d o de lo s D io s c u r o s .
T a m b ié n so n h ijo s de Zeu s y jin e te s, llam ad o s « lo s b la n c o s p o tro s de Z e u s » 8. E n el
m ito n o salvan a su h e r m a n a s in o a su m a d r e , A n t ío p e , h a c ie n d o q u e la m alvad a
re in a D ir c e sea a rra stra d a p o r u n to ro hasta su m u e rte . L a tu m b a de D ir c e só lo la
c o n o cía el com an d an te de la caballería, el h ip arc o de T ebas; cu an d o se retirab a de su
ca rg o , c o n d u c ía a su su ceso r a la tu m b a p o r la n o c h e ; a llí a m b os h a cían sa crific io s
sin e n c e n d e r fu e g o y b o r r a b a n sus h u e lla s an tes d el a m a n e c e r9. D e este m o d o lo s
dos com an d an tes de la cab allería garan tizab an la c o n tin u id a d de su m an d o , u n ié n ­
d ose e n u n v ín c u lo secreto segú n el m o d e lo de lo s ge m e lo s, lo s b la n co s jin e te s q ue
h a b ía n fu n d a d o Tebas.
E n el m ito los D io sc u ro s, G á sto r y P o lid eu ce s, so n o rig in a rio s de E sp arta. C r e ­
cen ju n to a H e le n a e n la casa d el rey T in d á r e o ; van a A fid n a e n el A tic a 10, a rescatar
a su h e rm a n a , rap tad a p o r T eseo ; y com o jin e te s c o n « p o tr o s b la n c o s » (¡eukópoloi)11,
ra p ta n a su vez a dos h erm an as u n a p ara cada u n o , las « L e u c íp id e s » , Febe e H ila íra .
D e este e p iso d io o de u n ro b o de gan ad o d eriva la lu c h a co n u n a p areja de h e r m a ­
n o s riv a le s, Id a s y L in c e o , q u e a p a re n te m e n te lle v a n e n sus n o m b r e s la s p a la b ra s
« b o s q u e » y « l in c e » y se lo calizan e n la en em ig a M ese n ia . D u ra n te la lu ch a m u e re
C á s to r, q ue es m o rta l e n c o n tra p o s ic ió n a su h e rm a n o in m o rta l; y a ú n así los d os
h e rm a n o s p e rm a n e c e n u n id o s. E sta p a ra d o ja de u n a « v id a » e n que in m o rta lid a d y
m u erte ya n o so n opuestas se circu n scrib e de fo rm a s diversas. E n la Odisea se dice q ue
«vivo s los m an tie n e la tie rra d isp en sad o ra de g ra n o , o ra están vivos, día tras día, o ra
están m u e r t o s » 12. A le m á n p a re c e h a b e r h a b la d o de su su e ñ o m ág ico (kóma) e n el
san tu ario de T e ra p n e cerca de E s p a rta 13. S e g ú n P ín d a ro , pasan altern ativam en te u n
día en T e ra p n e y el sigu ien te c o n su p ad re Z eu s en el O lim p o 14.

5 Paus. IO, 3 8 , 7 ; es segura la identificación de los Anakes con los Dioscuros en Atenas: B . Hem berg,
Änax, dnassa und änakes als Götternamen, Uppsala, 1 9 5 5 · Sobre Sam otracia véase VI 1 .3 .
6 Ep icharm . fr. g 2 K assel-A ustin; Plat. Leg. 7 9 6 b ; Mesemos disfrazados de Dioscuros: Paus.4·, 2 7 ,
Is.; cfr. N . W agner, «D io sku ren , Ju ngm annschaften und D o p p e lk ö n ig tu m », Zeitschriftfür deutsche
Philologie 7 9 ( i9 6 0 ) , pp. I - 1 7 , 2 2 5 - 2 4 7 .
7 H dt. 5 , 7 5 , 2 ; E . M eyer, RhM 4 1 ( 1 8 8 6 ) , p. 5 7 8 ; A . A lfö ld i, Die Struktur des voretruskischen Römerstaats,
1 9 7 4 . pp· 1 5 1 - 1 8 0 .
8 E u r. Antiope, fr. 2 2 3 > ! 27 K annicht.
9 Plut. Degen. Socr. 5 7 8 B .
10 Pi? II, pp. 6 0 0 - 7 0 3 ; L . G h ali-K ah il, Les enlèvements et le retour d’Hélène, 1 9 5 5 ·
11 Pind. Pyth. I, 6 6 [trad. esp. de A . Bernabé y P. Bádenas, 2 0 0 2 ] , véase η . 8.
12 Od. II, 3 0 1 , 3 12 s . ; Cypria fr. 8 Bernabé2 = fr. 6 Davies; II. 3 , 2 4 3 s- parece hablar simplemente de
su muerte.
13 Alem án P M G F fr. 7 Davies = fr. 1 9 Caíam e.
14 Pind. Pyth. II, 6 1 - 6 4 6 6 [trad. esp. d e A . Bernabé y P. Bádenas, 2 0 0 2 I ; cfr. Nem. IO, 4 9 “ 9 1 ·
288 4. MUERTOS, HÉROES Y DIOSES CTÓN1COS

E l culto esp artan o de los D io sc u ro s está re la c io n a d o c o n la aso ciació n de g u e rre ­


ro s y c o n las in ic ia c io n e s; el e n c u e n tro c o n la m u erte tien e asim ism o que ve r c o n él.
T a m b ié n F eb e e H ila ír a tie n e n su p r o p io s a n tu a rio y sus sa ce rd o tisa s se lla m a n
« L e u c íp id e s » . L o s efeb o s sa crific a n p o r la n o ch e u n p e r ro a Febe antes de su lu ch a
r itu a l e n el « P la t a n is t á s » IS. E l c u rio s o s ím b o lo d e lo s « p o s t e s » (dókana) q u e e n
E sp a rta re p re se n ta a lo s D io sc u ro s —dos so p o rte s verticales u n id o s p o r dos travesa-
ñ o s 16— se p u ed e e n te n d e r quizá co m o p u e rta en el rite de passage17.
P o r lo dem ás, la fo rm a p r in c ip a l de h o n r a r a lo s D io s c u ro s es el o m n ip re se n te
«agasajo de los d io s e s » , las te o xe n ias18. E n u n espacio cerrad o se cu bre u n a m esa y se
p re p a ra u n lech o c o n dos cojin es; se co lo can dos ánfo ras, p rob ab lem en te c o n com id a
hecha co n to d o tipo de cereales (panspermia). L as rep resentaciones ico n ográficas m u es­
tran cóm o los jin e te s divinos llegan a su b an q u ete, cabalgando p o r el aire entre re m o ­
lin o s 19. T a m b ié n se p u e d e n re p re s e n ta r s e rp ie n te s , q u e se e n ro sc a n a lre d e d o r de
las á n fo ra s . E l rito te rm in a c o n el b a n q u e te festivo de lo s devotos h u m a n o s 20.
A s í co m o lo s cab allero s b la n co s se p re se n ta n e n el b a n q u ete, ta m b ié n e n caso de
n ecesid ad d eb en a p a re ce r de re p e n te ante sus com en sales. L o s D io sc u ro s so n so b re
to d o « sa lv a d o re s» (sotires) 21. D e m u e stra n su v a lo r e n la b atalla: los lo c rio s d el su r de
Italia a trib u ía n su v icto ria e n la b atalla ju n to al río Sagra —que dio lu g a r a u n cúm u lo
de leyen d as— a la in te rv e n c ió n de lo s D io s c u r o s 22. T al cre en cia y el culto b asado e n
ella se d ifu n d ie r o n rá p id a m e n te , d e tal m a n e ra q u e ya e n el añ o 4 8 4 e n R o m a se
erigió u n tem p lo a los Castores en el F o ro , e n agrad ecim ien to p o r u n a asistencia sim i­
la r e n la b a ta lla 23. A ú n u n p o c o m ás a n tigu a es u n a in s c rip c ió n votiva p ara «Castor y
Podlouques», lo s koúroi de L a v in io 24.
L o s D io s c u r o s lle g a r o n a ser a ú n m ás p o p u la r e s c o m o salvad o res e n caso de
riesgo p e rso n a l, esp ecialm en te en caso de p e lig ro en el m ar. E l fu ego de S a n T e lm o ,
la d e sc a rg a e lé c tric a d e l m á stil d e l b a rc o d u ra n te u n a te m p e sta d , se c o n s id e ra b a
com o la e p ifa n ía c o rp ó re a de lo s D io s c u r o s 25. A estas llam itas se les llam ab a « D io s -
e u ro s» y se las co m p arab a c o n las estrellas; de ahí que se llam ara a los p ro p io s D io s -
euros « e s tre lla s » y se re p rese n ta ran c o n estrellas com o a trib u to 26. L a d ob le existen ­
cia c o m p a r tid a e n tre la n o c h e d e la m u e r te y el O lim p o de la q u e h a b la b a n lo s

15 Paus. 3 , 1 6 ,I¡ 3 , 14 , 8 s .; W ide, pp. 3 2 6 - 3 3 2 .


16 Plut. Defiat, am. 4 7 8 A ; Etym. Magn. 2 8 2 , 5 («tu m b a ab ierta»); GGR, lám. 2 9 , 4 ; C o ok II, p. Ι θ θ 2 ;
Μ . G . Waites, « T h e M eaning o f the D okana», AJA 2 3 (1 9 19 ) , pp. 1 - 1 8 (jambas de la puerta); W .
Kraus, RACs.v. Dioskuren III ( l 9 57 )> c° l· Π 2 6 ; W . Steinhäuser, Sprache 2 ( 1 9 5 0 - 1 9 5 2 ) , pp. IOs. (estaca
para atar caballos usada p o r jinetes nóm adas); GGR, pp. 4 0 8 s. (vigas de una casa); A . A lfö ld i, AJA
64 (19 6 0 ), p. 14 2 .
17 G om o el Tigillum sororium en Rom a (sobre el cual Latte [2 ], p. 1 3 3 ) .
18 Pind. 01. 3 [trad. esp. de A . Bernabé y P. Bádenas, 2 0 0 2 ], con Schol. Nem. IO, 4 9 s .
19 Véase II 7 , n. 8 4 . L . Pirzio B iro li Stefanelli, «T a b e lle fittili tarentine relative al culto dei D io s­
c u r i» , Arch, class 2 9 ( i 9 77 )> ΡΡ· 3 ΙΟ _ 3 9 8 ·
20 Relieves votivos de «co m ensales» para los D ioscuros: W ide, p. 3 1 1 y GGR, p. 4 0 8 , lám. 2 9 , I.
21 H orn. Hymn. 3 3 [trad. esp. y com en tarios en A . B ern abé, Himnos Homéricos. La Batracomiomaquia,
1 9 7 8 ] ; PM G 10 2 7 c .
22 D iod. Sic. 8, 3 2 ;J u s t in . 2 0 , 3.
23 Latte (2 ), pp. I 7 3 s·
24 Al. Degrassi, Inscriptiones Latinae liberae rei publicae II, 1 9 6 3 , n° I 2 7 la .
25 Aet. 2 , 18 = Xenophanes VS 2 1 A 3 9 ' M etrodoros VS JO A IO.
26 E u r. Hel. 14 O ; Plut. Lys. I2; Polem ón en Schol. E u r. Or. 1 6 3 7 Schwartz = FHG III fr. 76 a, p. 1 3 7 ;
Gail. Fjymn. 5 , 2 4 “ 2 5 : D io d. 4 > 4 3 > 2 ; G o o k I, p p . 7 6 0 - 7 7 5 -
5.3. ASCLEPIO 289

p oetas, se co n creta en la m isterio sa luz e n m e d io d el p e lig ro . P o r lo dem ás, se d ecía


tam b ién que los D io scu ro s, com o H eracles, fu e r o n in icia d o s e n E le u sis37 y se les veía
co m o m o d e lo s de u n a esperanza en el paso de la esfera m o rta l a la d ivina.

5 .3 . A s c l e p io

T a m b ié n A s c le p io se p ro y e cta m ás allá de la e sfe ra ctó n ic a , e n la que, n o ob stante,


está b ie n a r r a ig a d o 1. E n tan to q ue n a c ió de A p o lo y de u n a m a d re m o rta l, g e n e ró
h ijo s y m u r ió , p e r te n e c e a la e sfe ra de lo s h é r o e s ; ta m b ié n P ín d a r o lo lla m a
« h é r o e » 8. P e ro su tu m b a n o tie n e n in g u n a re le v a n c ia en el c u lto y m ás b ie n es
ve n e ra d o e n tod a G re c ia com o d io s, estrech am en te v in cu lad o a su lu m in o so p a d re .
Se e rig e n en su h o n o r tem plo s con im ágenes c riso elefan tin as; e n las estatuas aparece
en tro n iza d o o e rg u id o , com o u n Zeus de m ira d a am igable, p e ro in c o n fu n d ib le g r a ­
cias a su b astó n en to rn o al cu al se en ro sca la se rp ie n te . A p e n a s se im a g in a a A s c le ­
p io e n tre lo s o tro s d ioses en el O lim p o , p e ro p e rte n e c e aú n m en o s al re in o de lo s
m u e r to s ; e n c a m b io , está p re se n te e n tre lo s h o m b re s y a p a re c e d ire c ta m e n te e n
fo rm a de s e rp ie n te , q ue re a lm e n te se c o b ija e n su sa n tu a rio . G u a n d o se e rig ió su
s a n tu a rio e n S ic ió n , e n el sig lo V, « e l d io s p a r e c id o a u n a s e r p ie n te fu e lle v a d o
desde E p id a u ro e n u n carro tirad o p o r m u ía s » 3. C o n m ayo r reserva describe la c r ó ­
n ica d el A sc le p ie o n aten ien se el m ism o p ro c e so ; el dios « h iz o tra er a la serpien te en
u n c a rro d esd e c a s a » , d esd e E p id a u r o 4. S ó fo c le s d io a co gid a a l d io s e n su p r o p ia
casa hasta que se le construyó el tem p lo , lo que le p ro c u ró a S ó fo cles h o n o re s h e r o i­
cos c o m o Dexíon « e l a c o g e d o r » 3. E l n o m b r e d e l d io s, Askapiós, Aisklapiós —de a h í el
E scu la p io la tin o — escapa a la in te rp re ta c ió n .
E n c o n tra p o sic ió n a la co m p le ja p e rso n a lid a d de lo s o tro s d ioses, A scle p io d eb e
su estatus y su p o p u la rid a d a u n a fu n c ió n ú n ica , au n q u e esp ecialm en te im p o rta n te
p ara lo s h o m b re s, la c u ra c ió n de las e n fe rm e d a d e s. E n la Ilíada sus h ijo s P o d a lirio y
M a ca ó n ya e je rc e n la m ed ic in a y a su p ad re se le llam a el « m é d ic o ir re p ro c h a b le » ;
p ro c e d e n de T ric a e n T e sa lia 6. E l cu rio so m ito q ue ro d e a el n a c im ie n to y la m u erte
de A s c le p io , n a rra d o d etallad am ente e n los Catálogos h e s ió d ic o s 7, n os lleva a L a c e ria
ju n t o al lago B e b e e n T esalia. A p o lo ha c o n v ertid o a C o r ó n id e en su am ante, p e r o
ella, desp ués de q u ed a r em barazada d el d io s, yace c o n u n h o m b re m o rta l y p o r ese

27 X e n . Hell. 6, 3 , 6 ; cratera ática de figuras rojas « P o u rta lè s » , M us. B rit. F 68 ( 3 5 ° a .G .), ARVa
1446» I; K erényi (i), lám. 2 ; A . H erm ary, LIM C s.v. Dioskouroi III (19 8 6 ), p. 5 8 1, n° 16 9 (foto).
1 U . von W ilam ow itz-M oellendorff, Isyllosvon Epidauros, 18 8 6 , pp. 4 4 - 1 0 3 : GdH II, pp. 2 2 3 “ 2 3 2 ; E .
J . y L . Edelstein, Asclepius, a collection and interpretation o f the testimonies, 1945 ¡ U . Haussm ann, Kunst und
Heiligtum, 1 9 4 8 ; GGR, pp. 8 0 5 - 8 0 8 ; K . K erényi, Der göttliche Ai-tf, 1 9 4 8 , ’ [975 ■ Sobre estatuas: G .
H eiderich, Asklepios, tesis doct., Freiburgo, 19 6 6 . Sobre el nom bre: Chantraine, p. 1 2 4 ; O · S ze -
m erényi, JH S 9 4 ( 19 7 4-) · P· 155 ; B· Holtzm ann, LIM C s.v. Asklepios II ( 1 9 8 4 ), pp. 8 6 3 - 8 9 7 ·
2 Pind. Pyth. 3 , 7.
3 Paus. 2 , IO, 3 ; según Tert. Ad nat. 2 , 14 , Asclepio y C o ró n id e fueron venerados com o muertos en
Atenas.
4 IG Ι Ι - Ι Ι Γ 4 9 6 0 = SIG 8 8 .
5 G d H ll, p. 2 2 4 ; S. Radt, Tragicorum Graecorum Fragmenta IV , Sophocles, ' Γ9 9 9 > ΡΡ· 57 “ 5 ^ > Test. 6 7 - 7 3 ·
6 I!. i i , 8 3 3 ; 4 . 1 9 4 ; 2 , 7 2 9 ·
7 H es. fr. 5 0 - 5 4 ; 5 9 - 6 0 [trad. esp. de A . M artinez: H esíodo, Obrasj fragmentos, 1 9 7 8 I ; Apo llo d. 3 »
1 2 2 ; Pind. Pyth I, pp. 4 2 3 - 4 3 1 .
2 9 0 i . MUERTOS, HÉROES Y DIOSES CTÓNICOS

m otivo es atravesada p o r la letal fle ch a de A rte m is . G u a n d o el cadáver yace e n la p ira


fu n e r a ria , A p o lo salva al n iñ o a ú n n o n a to , A s c le p io , q ue crece ju n t o al c e n ta u ro
Q u ir ó n y llega a ser el m e jo r m é d ic o . P e ro al fin a l, c u a n d o A s c le p io c o n sus artes
resucita a u n m u e rto , Zeu s in te rv ie n e y lo m ata c o n su rayo . E llo casi d esen cad en a
u n a g u e rr a e n tre lo s d io se s: A p o lo m ata a lo s h e r r e r o s q u e f o r ja r o n el ra y o , lo s
C íclo p e s, y Z eu s está a p u n to de d a r m u e rte al p r o p io A p o lo ; e n to n c es in te rv ie n e
Leto y lo g ra u n a re c o n c ilia ció n . A p o lo deb e evitar la co m p añ ía de los dioses d u ran te
u n año y ser siervo de u n m o rtal, A d m e to , el esposo de A lcestis. A s í el m ito n os lleva
de n u evo a T esalia. H a y u n a c u rio sa c o r re s p o n d e n c ia e n tre el p r in c ip io y el fin a l:
A p o lo salva la vid a de la p ira fu n e r a ria , p e r o el fu eg o celeste p o n e u n lím ite ir r e v o ­
cable a la vida, que aspira a alcan zar la in m o rta lid a d .
Ju n t o a la tr a d ic ió n te sa lia , e stán las r e iv in d ic a c io n e s a u tó n o m a s de M e s e n ia
sobre A s c le p io 8. E n el siglo V los m éd ico s d e G o s lo g ra ro n gran fam a y sobre to d o el
n o m b re de H ip ó c ra te s eclip só a to d o s lo s dem ás. E sto s m éd ico s se lla m a n a sí m is­
m os « A s c le p ía d a s » , d e sc e n d ie n te s d e A s c le p io , se o r g a n iz a n c o m o a so c ia c io n e s
fam ilia re s, en las q ue se ad o p ta al a p re n d iz re c ié n e n tr a d o 9. D esp u és de la fu n d a ­
ció n de u n a nueva capital en G o s e n 3 6 6 - 3 6 5 , se fu n d ó ta m b ié n u n nu evo sa n tu a ­
rio de A scle p io , que p o ste rio rm e n te fu e a m p liad o de fo rm a cada vez m ás su n tu o sa 10.
E n to rn o a 5 0 0 parece que se e rig ió el san tu ario de E p id a u r o , que m ás tarde eclipsó
a to d os los dem ás lugares de cu lto a A s c le p io y p u d o a rro g a rse el títu lo de c en tro y
o rig e n de su culto. T a m b ié n E p id a u ro se a p ro p ió d el m ito de n a c im ie n to de A s c le ­
p io . Las noticias de las curaciones m ilagrosas a tra je ro n a E p id a u ro a m u ltitu d de v isi­
tantes y se o rig in ó u n au tén tico c en tro de c u ra c ió n . L o s lo g ro s d el d io s se g rab ab an
en p ied ra y se e xp o n ían p ara la atraer y d ar con fian za a los visitantes. A sí, la p eq u eñ a
ciud ad p u d o p e rm itirse en el siglo I V e rig ir u n o de lo s san tu ario s m ás su n tu osos de
G re c ia c o n el teatro g rie g o m ás h e r m o s o " . P e ro ya antes el d io s h a b ía id o de E p i ­
dauro a A ten as co n ocasió n de la g ran p este; p o ste rio rm e n te se fu n d ó en P érgam o el
A sclep ieo n , que en época im p e ria l su p eró e n im p o rta n cia a todos los d em ás12.
E l m étod o real de c u ra c ió n con siste e n d o r m ir en el sa n tu a rio , la in c u b a c ió n ; se
e sp era q ue el p r o p io d io s dé in s t r u c c io n e s e n el s u e ñ o o p r o c u r e u n a c u r a c ió n
directa. L a o p e ra ció n está vin cu lad a a u n rito sa crificia l, en tre el sacrificio in tro d u c ­
to rio de u n co ch in illo la víspera de la in c u b a c ió n 13 y u n sa crific io de a grad ecim ien to
c o n p ro m e sa s o le m n e '4. A s í A s c le p io q u ed a e stre c h a m en te v in c u la d o a A p o lo ; e n
E p id a u ro se trata de A p o lo Maledtas, cuyo sa n tu a rio está re la c io n a d o c o n la tra d ic ió n

8 Hes. fr. 5 0 ; Paus. 3, 2 6 , 9; Strab. 8, p. 360·, cfr. Hymn. Apoll, 2 1 0 ; PR I, p. 4 2 7 -


9 Plat. Phdr. 27 Oc ; A rr . Anab. 6, II, I; SEG 16 ( l 9 5 9 )t n ° 3 2 6 ; juram ento por A p o lo , Asclepio, Igea y
Panacea en el «Ju ram ento h ip o crático », I V 6 2 8 Littré = C M G I I, 4 [trad. esp. de D . Lara Nava,
TratadosHipocrdticos I, 1 9 8 3 , pp. 7 7 _ 78 ]·
10 C fr. LSC G 1 5 8 ; 1 5 9 ; 16 2 .
11 A . Burford, The Greek Temple Builders at Epidauros, 1 9 6 9 ; sobre la construcción circular (thólos, thyméla,
¡G T V Ia, 1 0 3 , 12 ; 1 6 2 ) véase IV 3 , n. 7 ; R . H erzog, Die Wunderheilungen von Epidauros (Philologus Suppl.
2 2 , 3 ) , 1 9 3 I ; O . W einrich, Antike Heilungswunder, 1 9 0 9 . M ito del nacim iento de A sclepio en E p i­
dauro: Isyllos 3 9 - 5 1 , Ρ· 133 s· Powell (CollectaneaAlexandrina), u n relato diferente en Paus. 2 , 2 6 , 3s .
12 Altertümer Όοη PergamonXl: O . Z ie g e n a u sy D . de Luca, Das Asklepieion 1 - 2 , 1 9 6 8 - 1 9 7 5 ; Altertümervon Per­
gamon V I I I 3 ; C h r. Habicht, Die Inschriften desAsklepieions, 19 6 9 .
13 Véase II 8 , n . 5 8 .
14 V é a se V 3 . 5 , n . 5 2 .
5.3, ASCLEPIO Sgi

m ic é n ic a 15, y en G o rin to el culto de A sc le p io se in c o rp o ra a u n culto de A p o lo m ás


a n tig u o 16. A la h ija de A s c le p io se la lla m a sim p le m e n te Hygíeia, « S a l u d » : este d io s
p ro c u r a a cada in d iv id u o su c u ra c ió n p e rso n a l e n este m u n d o . L a s fiestas de la p o lis
en h o n o r de A s c le p io 17 p asan a u n segu n d o p la n o fre n te al culto p rivad o . E l sa n tu a ­
rio debe estar sie m p re a la d isp o sic ió n de q u ie n es b u sq u e n ayuda. P o r este m o tivo ,
en el san tu ario de A scle p io se in stau ró u n servicio d ivin o d ia rio , fre n te a la h ab itu al
a lte rn a n c ia de fiesta y días n o rm a le s ’8.

15 Véase I 4 »n . 2 9 .
16 G . Roebuck, GorinthXTV: The Asklepieion and Lerna, I 9 5 1 ·
17 E n A tenas LSS II; en E ritrasiE 20 5» 2 5 ss*
18 I G W 1 2, 7 4 2 = LSS 2 5 .
5. POLIS Y POLITEÍSMO

i. C o n c e p c io n e s d e l p o lite ís m o g r ie g o

C u e s t io n e s g e n e r a l e s

D e s c r ib ir la re lig ió n griega sig n ifica e n u m e ra r m u ch o s dioses u n o detrás de o tro ; la


ta rea de la h is to r ia d e las r e lig io n e s p a re c e d iso lv e rse e n la h is to r ia d e lo s d io se s
in d iv id u a le s. E l h ech o de q u e lo s d ioses g rie g o s se m a n ifie ste n com o in d iv id u o s lo
su giere y la cla rid a d resu ltan te c o n firm a la valid ez d el p ro c e d im ie n to . P e ro siem p re
existe el rie sg o de in c u r r ir e n u n m a le n te n d id o fu n d a m e n ta l, co m o si la r e lig ió n
p o liteísta fu e ra la sum a de m uchas re lig io n e s in d ivid u a les; de h ech o se h ab la en o c a ­
sio n es de u n a re lig ió n de Z eu s, de u n a re lig ió n de A p o lo y de u n a re lig ió n de D i o ­
n iso . L a co in c id en c ia de éstas en la m ism a trib u o en la m ism a ciu d ad p arece e n to n ­
ces u n h e c h o fo r t u it o ; só lo re sta ría a la c ie n c ia el a n á lisis d e lo s e le m e n to s. S in
em b argo a q u í ta m b ié n el to d o es m ás que la su m a de las p artes.
P o lite ísm o 1 sign ifica que m uchos dioses so n ven erad o s n o sólo en el m ism o lu g a r
y al m ism o tie m p o 2 sin o ta m b ié n p o r la m ism a c o m u n id a d y p o r el m ism o in d iv i­
d u o ; sólo la to ta lid a d de lo s dioses con stitu ye el m u n d o d ivin o . P o r m u ch o que u n
d io s se o c u p e d e su « h o n o r » , n o p o n e e n d u d a la existen cia d e n in g ú n o tro d io s,
to d o s s o n « lo s s ie m p re e x is te n te s » . N o existe u n d io s « c e lo s o » c o m o en la fe
ju d e o - c ris tia n a . L o ú n ico fatal es d esaten d er a u n d io s. E n e o , e n la fiesta de la v e n ­
d im ia , se « o lv id ó » de A rte m is, la d iosa de « la s a fu e ra s » , y ésta se venga cu an d o u n

1 C fr. A . Brelich, « D e r Polytheismus», Numen / (i9 6 0 ), pp. 1 2 3 - 1 3 6 ; J . Rudhardt, «Considérations


sur le po lyth éism e», RThPh 9 9 (19 6 6 ), pp. 3 5 3 “ 3 ^ 4 , reim p. en Revue européenne des sciences sociales 19
(19 8 1), pp. 7 1 - 8 2 [cfr. asimismo id., «C om prendre la religion g recq ue», Kemos 4- (ΐ 9 9 Γ)> PP· 4 7 " 5 9 -l·
2 « C a d a uno hizo u n sacrificio a uno de los sem piternos dioses» il. 2 , 4- ° ° ·
294 5. POLIS Y POLITEISMO

ja b a lí ir ru m p e desde el b o sq u e e n las cuid ad as p la n ta c io n e s 3. H ip ó lito se sabe m u y


p ró x im o a la v irg e n cazadora A rte m is ; A fr o d it a p o d ría p e rm itírse lo , p e r o , el h ecb o
de q ue él la d esp recie y la in su lte, p ro v o c a su cru el vengan za sin que A rte m is in t e r ­
venga p ara p ro te g e rlo :

Tal es la costumbre entre los dioses:


ninguno está dispuesto a enfrentarse al designio
decidido de otro, sino que cedemos siem pre4.

D e saten d e r o d esp re c ia r a u n d io s es re s tr in g ir la riq u e z a d el m u n d o y p o r tan to la


p le n itu d de lo h u m a n o . P la tó n aco n sejó a su adusto d iscíp u lo Je n ó c ra te s : « S a c r ific a
a las G r a c ia s » 5.
E llo es m ás que u n a fo rm a m ito ló g ic o -b u rle s c a de h a b lar. L o s h ech os d e l culto
so n in e q u ív o c o s : e n las fiestas de lo s d io ses n o rm a lm e n te n o se s a crific a só lo a u n
d io s sin o a to d a u n a se rie de d io se s. L o m u e stra n e n p a r tic u la r lo s c a le n d a rio s de
s a crificio s áticos tanto p ara las aldeas con cretas com o aú n m ás p ara la ciu d ad en tera.
E n las E le u s in ia s 6 p o r e je m p lo se m e n c io n a n com o d estin atarios de lo s s a c rific io s 7:
T e m is, Z e u s Herkeíos, D e m é te r, F e ré fa ta , siete h é ro e s , H estia , A te n e a , las G ra c ia s,
H erm e s, H e ra y Zeu s y tam b ién P o sid ó n y A rte m is. L as « d o s d io sa s» co n sus h éroes
están en el cen tro , flan q u ead as p o r el se ñ o r d el « r e c in t o » y el d el « h o g a r » . T em is,
c o m o p e r s o n ific a c ió n d el d erech o sacro, in ic ia el sa c rific io y A te n e a n o p u e d e fa l­
tar; Las G árites y H erm e s fo rm a n p arte d el agó n , a c o n tin u a c ió n están los dos dioses
su p e rio re s y, p o r ú ltim o , P o sid ó n y A rte m is tie n e n su p ro p io tem p lo en el san tu a­
rio de E leu sis. G u a n d o la tra d ic ió n lite r a r ia m e n c io n a a D e m é ter y a D io n is o com o
d e s tin a ta rio s de o fre n d a s e n la fie sta de las Halôa y al m ism o tie m p o h a b la de u n a
p r o c e s ió n e n h o n o r de P o s id ó n e n la m is m a fie s t a 8, o c u a n d o H e rm e s Ghthónios
re cib e sa crific io s el ú ltim o d ía de la fiesta d io n ísia ca de las A n te ste ria s9, la h ip ó tesis
de u n a c o m b in a c ió n s e c u n d a ria n o es de n in g u n a m a n e ra le g ítim a n i e se n c ia l,
c o m o si sólo q u e d a ra p re g u n ta r q u é d io s se h a « a ñ a d i d o » . E n las D io n is ia s , « lo s
c o ro s agrad an a los o tro s d ioses y esp ecialm en te a los d oce dioses c o n sus d a n z a s » 9“.
U n témenos p e rte n e c e g e n e ra lm e n te a u n d io s in d iv id u a l; p e ro e n su in t e r io r se
p u ed e n e rig ir tam b ién estatuas de o tro s dioses, com o el H erm es de Praxiteles, situado
en el tem plo de H e ra en O lim p ia . T a m b ié n se p u ed e n d ep ositar ofren d as votivas para
o tro s d io ses y p o r tan to d irig ir le s o ra c io n e s e n ese lu g a r. A s í, se p u e d e d e d ic a r « a
Z e u s » u n a estatuilla de A p o lo o u n a o fre n d a votiva p ara Zeus, en agrad ecim ien to p o r
u n a victoria, p u ed e depositarse e n u n tem p lo de A p o lo 10; e n el santuario de A p o lo de

3 Π- 9 ) 5 3 4 ~ 5 4 9 ¡ Stesichorus P M F G ír. 2 2 3 Davies: T ín d aro se olvidó de Afrod ita.


4 E u r. Hippol. I 3 2 8 - I 3 3 O ; cfr. 2 0 .
5 D iog. Laert. 4 , 6 -
6 Adem ás del calendario de N icóm aco (véase V 2 , n. 5), el Erquias, LSCG 18 , de Eleusis LSC G 7,
de la Tetrápolis, LSC G 2 0 , de T itran te, LSS 1 3 2 , de T ó ric o : G . D unst, « D e r O pferkalender des
Attischen D em os T h o rik o s» , £PE 2 5 ( l 9 7 7 ), pp. 2 4 3 - 2 6 4 = SEG 2 6 ( 1 9 7 6 - 1 9 7 7 ) , n° 1 3 6 .
7 L S S 10 , 8 0 - 8 6 ; LSCG 4.
8 Paus. Att. a lp h a j6 (H . Eerbse, Untersuchungen zu den attizistischen Lexika, 195 ° , P- 1 5 8 ) , AF, pp. 6 0 - 6 7 .
9 V é a se V 2 -4 , η · 2 5 ·
9a X e n . Hipparch. 3 , 2.
10 Véase II 5 , n. 1 0 2 : II 2 , n. 2 8 .
1. CONCEPCIONES DEL POLITEÍSMO GRIEGO 295

A rg o s se e n c u e n tra n antigu as im ágen es de c u lto de A fr o d it a y de H e r m e s ” . A v e c e s


dioses d iferen tes com p arten el m ism o témenos y aveces in clu so el m ism o tem plo, com o
p o r eje m p lo A te n e a , que m o ra e n la « casa de E re c te o » en A te n a s12. C o n fre cu e n cia
re cin to s y tem p lo s de dioses d iferen tes se e n c u e n tra n situados u n o al la d o del o tro y
están e n re la c ió n recíp roca entre sí, establecida p o r el culto; p e ro el culto p u ed e ta m ­
b ié n v in c u la r san tuarios alejados entre sí o in clu so fiestas distantes en el tiem p o.
E n las m o d e rn a s cie n c ia s h u m a n a s, el « e s t r u c t u r a lis m o » se ha c o n v e rtid o en
p ala b ra clave, y ta m b ié n h a eje rcid o su in flu e n c ia en el estu d io de la re lig ió n g riega.
D e sp u é s d e q u e G e o r g e s D u m é z il h u b ie r a to m a d o la in ic ia tiv a c o n su in te n to de
e n te n d e r lo s d io ses in d o e u r o p e o s c o n el sistem a de las « tr e s f u n c io n e s » 13, J e a n -
P ie rre V e rn a n t14, en tre otros, e n u n c ió el p rin c ip io p o r el cual se debe co n sid e ra r u n
p a n te ó n com o u n sistem a organizad o q u e im p lic a relacio n es d efin id as en tre los d io ­
ses, c o m o u n tip o de « le n g u a » e n la q u e lo s d io ses s o n tan p o c o in d e p e n d ie n te s
co m o las p ala b ras in d iv id u a le s de u n a le n g u a . U n sig n o en e l sistem a a d q u ie re su
sign ificad o a través de sus d iferen ciacio n es c o n otros signos, con exiones y exclusiones,
p arale lo s y antítesis.
A d e c ir verd ad , este e n fo q u e c o m p o rta el riesgo de q u e, en aras d el sistem a y su
estru ctu ra ló g ica, se em p obrezca la re a lid a d h istó ric a m en te dada. Las relacio n es s o n
« b u e n a s p ara p e n s a r » , p e ro las circu n stan cias n o so n siem p re así; queda u n a cie rta
« o b s t in a c ió n » de lo s h ech os. A s í com o n o existe el « e s p ír itu g r ie g o » co m o e stru c ­
tu ra u n ita ria y d e fin ib le , tam p o co el p a n te ó n g rie g o p u e d e ser u n sistem a c e rra d o
en sí m ism o y h a r m ó n ic o . In c lu so si se p u d ie r a d e s c r ib ir el « s is t e m a » e sp e c ífic o
p ara cada lu g a r y tiem p o o in clu so p ara cada in d iv id u o , aú n se g u iría sien d o in e sta ­
b le y lle n o de lagu n as, de la m ism a m a n e ra q u e la e x p e rie n c ia de cada in d iv id u o , a
p e sa r d e to d o s lo s e sfu e rz o s te n d ie n te s a la to ta lid a d , sigu e sie n d o in c o h e r e n t e y
h ete ro g én e a . E n p a rtic u la r, n o se p u ed e c o n s tru ir u n d io s p a ra re lle n a r u n h u e c o ;
es n e c e sa rio c o n o c e rlo , deb e m an ife sta rse y de esta fo rm a e n tra n e n ju e g o c o n t in ­
gencias de to d o tip o . Se p u ed e, p o r así d ecirlo , a p ren d e r la « le n g u a » d el p o liteísm o
sólo de fo rm a pasiva, p e ro n o d o m in a rla activam ente. L o s h ech o s se p u e d e n in t e r ­
p re ta r, p e ro apenas se p u e d e n sosten er los p o stu lad o s de u n a « g r a m á tic a » . E l c o n ­
g lo m e ra d o de tra d ic io n e s q u e con stitu ye la re lig ió n q uizá deba su fo rm a p a rtic u la r
m en o s a u n a astucia de la ra z ó n que a u n a astucia de la b io lo g ía ; p ero p recisam en te
p o r eso existe u n e stím u lo in a g o ta b le p a r a la c re a c ió n in te le c tu a l, si b ie n m ás al
estilo de los poetas q ue al de los p en sad ores.

La f a m il ia d e lo s d io s e s

L o s d io ses o lím p ic o s a p a re c e n co m o u n a c o m u n id a d fa m ilia r . P e ro n i el p a n te ó n


a n tr o p o m o r fo e n sí n i la « fa m ilia d e lo s d io se s » so n u n a p a rtic u la rid a d de la r e l i ­
g ió n g rie g a 15. L o q ue d istin gu e a la fa m ilia de los dioses g re c o -h o m é ric a es su c o h e ­

11 Paus. 2 , 19 , 6.
12 Od. 7 , 8 l ; véase III 2 -4 , n . 4 5 ; V 2 . 2 .
13 Véase I 2 , n. 19 .
14 V ernant, p . I 0 6 .
15 Véase III 4 , n n . 1 - 3 ·
296 5. PO LIS Y PO LITEÍSMO

sió n y su cla rid a d . S ó lo u n a vez la Ilíada se com p lace e n d e sc rib ir cóm o u n a can tid ad
in f in it a de d io se s a c u d e n a la a sam b le a e n e l O lim p o “6, in c lu id o s to d o s lo s río s y
tod as las n in fa s ; p o r lo dem ás, e n la p o e sía , co m o e n la c o n c ie n c ia de lo s g rie g o s,
sólo lo s gran d es dioses están realm en te p resen tes. T am p o co hay listas de sa crificio s o
letanías c o n u n in calcu lab le n ú m e ro de d ioses com o en B a b ilo n ia o en tre lo s h ititas;
n o e x iste n lo s « m i l d io ses d e l p a ís » . L o s d io se s o lím p ic o s p u e d e n in c lu ir s e en la
tra d ic io n a l d o cen a, p e ro n o co m o en A n a to lia , d o n d e la m ism a fig u ra se m u ltip lic a
p o r d o c e 17; p o r el c o n tra rio , lo s d ioses g rie g o s co n stitu y en u n g ru p o m u y d ife r e n ­
ciado y p le n o de te n sio n e s. L a e to lo g ía h a d escu b ierto que los on ce ju g a d o re s de u n
e q u ip o de fú tb o l re p rese n ta n u n g ru p o id e a l p ara la c o o p e ra c ió n h u m an a, n i d em a­
siado g ran d e n i d em asiad o p e q u e ñ o ; e n c o n se cu en cia, los on ce a trece d ioses o lím ­
p ico s fo rm a n u n « e q u ip o » b ie n sin to n iza d o .
L as d iferen ciacio n e s d erivan d el v ín cu lo fa m ilia r elem en tal: p a d re s-h ijo s, m ascu ­
lin o -fe m e n in o , d e n tro -fu e ra . E n la g e n e ra c ió n de los p ad res se ag ru p a n en to rn o a
la p a r e ja c e n tra l Z e u s - H e r a 18 d os h e r m a n o s , P o s id ó n y D e m é te r, q u e a su m e n lo s
p ap eles de tío y tía. P o sid ó n reclam a su ig u ald a d de d erech o s, m ira p o r lo q u e le es
adecuado y se ofen d e fácilm en te; y sin em bargo se to m an d ecisiones im p o rtan tes a sus
espaldas19. D e m éter, que tam b ién es p ro p e n sa a la ira , p arece existir sólo p ara su h ija,
co m o u n a v iu d a . L a s dem ás h ija s se d ife r e n c ia n p o r m e d io de su r e la c ió n c o n la
sexualidad. A fro d ita , que p e rso n ific a la sed u cció n y la u n ió n am o ro sa, n o p erten ece
re a lm e n te al c írc u lo fa m ilia r y p u e d e p o r tan to o b te n e r u n a ge n e alo g ía to ta lm en te
d istin ta , p r im o r d ia l. M ás estable es el p u e s to de las q u e h a n d e c id id o ser v írg e n e s,
A rtem is y A ten ea, cuya sexualidad n egad a se tra n sfo rm a en agresividad. A ten ea, sie m ­
p re arm ada, p erten ece al cen tro m ás p ro fu n d o de la casa, co n su lám p ara y la la b o r en
el telar; A rte m is vaga p o r « la s a fu e ra s» hasta casi el lím ite de la virgin id ad , expresa su
n atu raleza a través de la caza y de la danza. C a d a u n a de estas diosas está v in c u la d a a
u n o de los h ijo s d ivin os, sólo que, en el caso de los h o m b res, cam bia la evalu ación de
la o p o sic ió n « d e n t r o » / « f u e r a » : el c o m p a ñ e ro de A te n e a , H efesto , b aja de ran g o
co m o a rte sa n o , m ie n tra s A p o lo , h e r m a n o g e m e lo d^ A r t e m is , se c o n v ie rte e n el
id e a l de la p o ten te e n e rg ía , la b elleza y la e sp iritu a lid a d tout court. A re s, el d io s de la
g u e rr a , es u n im p r e d e c ib le a d v e n e d iz o q u e tie n e c o n ta c to ín tim o c o n A fr o d it a .
A d v e n e d iz o s e n o tro se n tid o s o n lo s d io se s q u e s o b re p a sa n lo s lím ite s e n tre el
m u n d o de los d io ses y el de lo s m u erto s, H e rm e s y H écate. P o r ú ltim o , D io n is o es
el « to ta lm e n te o t r o » , p o lo o p u e sto de la c la rid a d y el o rd e n o lím p ic o s, y p re c isa ­
m en te p o r e llo , m an tie n e re la c io n e s variad as y ricas e n ten sio n es c o n los dem ás.

Pa r e ja s d e d io ses

L a p a re ja de d io ses m ás im p o rta n te es la de Z e u s -H e r a , el p ro to tip o d el m a trim o ­


n io . E n el b o sq u e cillo sagrado de Z eu s en O lim p ia , tien e H e ra su tem p lo m ás a n ti­
g u o , e n el q u e, ju n t o a la estatu a c u ltu a l d e la d io sa , se e n c u e n tra u n a estatu a de

16 II. 20, 4 -9.


17 Véase III 2 , n, I.
18 Véase III 2 , 1- 2 .
19 II. 15, 18 5 - 19 9 ; Od. I, 22- 79; 5. 2 8 2 - 3 7 9 ; 8 , 3 4 4 - 3 5 8 ; v éa se III 2 . 3 ·
1. CONCEPCIONES DEL POLITEÍSMO GRIEGO 297

Z e u s 20. S e g ú n la tr a d ic ió n , ta m b ié n tie n e Z e u s su lu g a r e n las fiesta s de H e r a e n


A rg o s y e n S am o s. E n épo ca h istó ric a A rg o s u n ió la fiesta de las Herma c o n la fiesta
de Z e u s de N e m e a , d e tal m a n e ra q u e Z e u s y H e r a a p a re c e n u n o al la d o d el o tro
com o dioses p rin c ip a le s 21. L o s p ro b lem as m aritales de Zeu s y H e ra , descritos p o r los
p oetas, re fle ja n la te n sió n in te rn a de u n o rd e n p a tria rc a l que se re a firm a c o n sta n ­
tem en te a través de su o p u e sto 22.
A p o lo y A rte m is están p articu la rm e n te vin cu lad o s en tre sí e n la con cien cia de lo s
g rie g o s c o m o p a r e ja de h e r m a n o s , lib r e de te n s io n e s sexu ales, a u n q u e éstas sí se
m e n c io n a n e n el m ito a p ó c r if o 23. Y a la Ilíada lo s n o m b r a ju n t o c o n L e to y este
m ism o tr ío a p a re c e e n las im á g e n e s de c u lto de b r o n c e b a tid o de D r e r o s 24. E s te
g ru p o ta m b ié n se rep resen ta en el siglo V I en el fro n tó n o rie n ta l sobre la en trad a d el
te m p lo de A p o lo e n D e lfo s y, de h e c h o , lo s a n fic tio n e s ju r a b a n p o r A p o lo , L e to y
A r t e m is 25; e n D é lo s, el tem plo de A ç o lo c o n su m o n u m e n ta l im agen cu ltu al d o rad a
se e n c o n tra b a ju n t o al A r t e m is io n 2 . A p a r tir d el siglo V I I las p in tu ra s de los vasos
m u estra n el e n c u en tro de lo s dos h e r m a n o s 27. E n ello s se p u ed e re c o n o c e r los p r o ­
to tip o s de la ju v e n tu d a d o lescen te: e n las fiestas de lo s d io ses, lo s m o rta les h o n r a n
su p r o p ia im a g e n id e a l. E n C a ria , las m u chach as jó v e n e s d an zan p ara A rte m is y en
E s p a rta lo s m u c h a c h o s c e le b ra n las G im n o p e d ia s e n h o n o r d e A p o l o 28; en D é lo s
m uchach os y m uchachas b a ila n ju n to s la « d a n z a de la g r u lla » 29. L as relacio n es ta m ­
b ié n se in v ie r te n : e n el a lta r de A r t e m is O r t ia so n m u c h a c h o s lo s q u e o fr e c e n el
c ru e n to espectáculo y en D é lo s, las m u chach as e n to n a n e n h o n o r de A p o lo el can to
q ue p ro v o ca el éxtasis30. N o obstan te, el h is to ria d o r p u e d e y d eb e sep a ra r a A p o lo y
a A rte m is . E l sa n tu a rio c en tra l de D é lo s claram en te p erte n ec e a A rte m is , el tem p lo
de A p o lo n o se e rig ió h asta fin a le s d el siglo V I I en u n b o rd e d e l re c in to , m ie n tra s
que en D e lfo s A rte m is n o tien e u n lu g a r p ro p io de cu lto y m ás b ie n se re p rese n ta n
m u jeres y m uchach as « a n te el te m p lo » de A te n e a Prónaia. N ad a se dice de A p o lo en
el culto de las m uchach as de B r a u r ó n y nada de A rte m is en A m id a s . P e ro los h ech os
de la h isto ria d el culto so n eclipsados p o r la id ea, p o r la im agen de la jo v e n p areja de
h e rm a n o s.
H o m e ro m en cio n a ju n to s a H efesto y A ten ea com o dioses artesanos31; tal re la ció n
se fija y se vuelve m ás p ro fu n d a gracias a la tra d ic ió n específicam en te ateniense que de
facto h ace de E r e c te o - E r ic t o n io su h i jo 32. A te n e a tien e u n a estatua en el tem p lo de
H efesto que d om in a el ágora, m ientras que, a la inversa, la lám para siem pre encendida
en el tem plo de A te n e a Polios en la A c ró p o lis p u ed e in te rp reta rse com o p resen cia d el

20 Paus. g, 17 , i.
21 Paus. 2 , 24·, 2 ; 4 , 2 7 , 6¡ HN, p. 1 8 3 , n. 7.
22 Véase III 2 . 2 .
23 OF 2 8 g .
24 ^ · 5 , 4 4 7 : véase I 4 , η . ΐ6 ; II 5 , η. 6 2 .
25 S7GI45. ΐ·
26 Véase II 5 , η . 8 θ .
27 A n fo ra de M elos: Schefold, l á m . IO.
28 Paus. 3 , IO , 7 ; 4 ’ !6 , 9 ; W ide, pp. I 0 2 s . ; GF, pp. 1 4 0 - 1 4 2 . Véase II 7 . η . 4 0 ·
29 Véase II 7 > n. 3 5 .
30 Véase II 8 , n. 8.
31 Od. 6, 2 3 3 ; 2 3 , 16O ; Solon 1 3 , 4 9 West*; Plat. Prot. 3 2 l d ; Crit. 10 9 c ; Leg. 9 2 0 d .
32 Véase III 2 · 4 > η · 4 4 ·
5. POLIS Y POLITEÍSMO

d io s d el fu e g o 33. L a p ro c e s ió n de lo s h e r r e r o s d u ra n te la « fie s t a de lo s h e r r e r o s »
(Chalkeía) va d irig id a a « la d io sa » A te n e a 34. P o r m u ch o que A ten ea fu e ra su p e rio r en
rango al dios h erre ro y que el tem plo de la A c ró p o lis superase al H efesteio n , el eje que
une am bos ed ificios atravesando el cen tro d el ágora aú n h o y llam a la aten ció n .
A re s y A fr o d ita , e n el céleb re e p iso d io b u rle sc o de la Odisea, so n u n a p a re ja ile g í­
tim a q ue, s o rp re n d id a inflagranti, q u ed a expuesta a la in cesan te risa de los d ioses. L a
re la c ió n e n tre am bos se te stim o n ia a m e n u d o e n las re p rese n ta c io n e s ic o n o g rá fic a s
y en el cu lto y a lg u n o s p o e ta s lla m a n c o n n a tu ra lid a d a A re s esp oso de A fr o d it a 33.
E n tre A rg o s y M a n tin ea tie n e n u n tem p lo c o m p a rtid o y o tro en L a to , en G reta, y en
G n o so tie n e n u n sacerd o te c o m ú n 36. A fr o d it a con serva rasgos g u e rre ro s de sus o r í­
genes p ró x im o -o rie n ta le s , p e ro la « A fr o d it a a rm a d a » es u n a rareza e n tre lo s g r ie ­
g o s37. S u re la c ió n c o n A re s se d esa rro lla m ás com o u n a p o la rid a d , de acu erd o c o n el
ritm o b io ló g ic o -p s ic o ló g ic o q ue v in c u la la lu c h a m a sc u lin a y la sexu alid ad ; así, los
p o le m a rc o s de T ebas sa c rific a n a A fr o d it a al fin a l d e l e je rc ic io de su ca rg o . L a h ija
de A re s y A fr o d ita es H a rm o n ía , « la u n i ó n » , q u e al m ism o tiem p o d en ota la a rm o ­
n ía m u sical, n acid a d el c o n flic to e n tre g u e rra y a m o r 38.
L a s re la c io n e s a m o ro sa s de D e m é te r s o n o sc u ras e in q u ie ta n te s, ya sea Z e u s,
P o sid ó n o Y a s ió n el q u e aparezca co m o c o m p a ñ e r o 39. Y a s ió n es fu lm in a d o p o r el
rayo, P o sid ó n se tra n sfo rm a en caballo y el p r o p io Z eu s se p resen ta e n esta re la c ió n
co m o « Z e u s Eubouleús » c t ó n ic o 40; s u rg e n fa n ta sía s in c e stu o sa s; ¿ n o es D e m é te r
tam b ién « m a d r e » de Z e u s ? E l m iste rio d el d ev en ir, el n a c im ie n to de los an im ales,
la g e rm in a c ió n d el alim en to c o n d u c e n a esferas p re in d ivid u a le s, e n los que las fig u ­
ras d esap arecen y sólo q u ed a lo m a te rn o , q u e exige sacrific io s y da vida.
L a u n ió n de H erm e s y A fr o d ita p arece ser m ás u n co m p le m en to n a tu ra l que u n a
ten sió n ; fig u ra fá lic a y d iosa d esn u d a. E l cu lto c o m ú n de H erm e s y A fr o d ita se testi­
m o n ia en va rio s lu gares, co m o ju n to al te m p lo de H e r a e n S a m o s41. E l sa n tu a rio de
H e rm e s y A fr o d it a e n K a t o S im e e n G re ta es u n a m u e s tra de c o n t in u id a d c o n la
tr a d ic ió n m in o ic a 48. E n el tr a s fo n d o su b yace la d o b le s e x u a lid a d d e la A f r o d it a -
A starté o r ie n ta l43. A s í, H erm e s y A fr o d it a ta m b ié n p u e d e n fu n d irs e e n la fig u ra d el
« H e r m a f r o d it o » 44; de an tig u a e sp e c u la c ió n m ític a se c o n v e rtirá en e x p e rim e n to
artístico e n la escultura h ele n ística . E n el m ito g riego apenas se re fle ja .

33 Paus. I, 14 , 6; véase II I , n. 5 5 ? v 2 -2 , n. 1 4 ·
34- Soph. fr. 8 4 4 Radt; AF, pp. 35 s·
35 H es. Theog. 9 3 3 ~ 9 3 7 ; Pind. Pyth. 4 . 8 7 s .; A e sch . Sept. l o g ; 1 3 5 ss. ; Suppl. 6 6 φ ~ GG6; ánfora de
Naxos: C h r. K a ru so s, J d l 52 ( l 9 3 7 )> PP· 1 6 6 - 1 9 7 ; cofre de Gípselo: Paus. 5. l8 , 5 ¡ K . T ü m p el,
Jahrbuch für classische Philologie Suppl. I I , 1 8 8 0 , pp. 6 3 9 - 7 5 4 ·
36 Paus. 2 , 2 5 * ϊ; J · Bousquet, « L e temple d ’A ph ro d ite et d ’A rès a Sta L e n ik à » , B C H 6 2 ( 1 9 3 8 ) , pp.
3 8 6 - 4 0 8 ; KretikaChronika 2 1 (19 6 9 ), pp. 2 8 s .; SIC 5 6 = / C I V III, 4 , 3 5 .
37 Véase III 2 -7 » η · 8. J . Flem berg, Venus Armata. Studien zur bewaffneten Aphrodite in der griechisch-römischen Kunst,
Estocolm o, 1 9 9 1 ·
38 Plut. Pelop. 19 , 2 ; véase III 2 -7 » n - 3 ^·
39 Véase III 2 -3 , n. 3 5 ; III 2 -9 , n. 2 6 .
40 G raf, p. 172, n. 72.
41 E . Buschor, «A p h ro d ite und H erm es», AM 72 ( l 95 7 )>PP· 77 “ 7 9 ; G ruben, p. 3 2 5 ; Bergquist, p.
4-5 ; Argos: véase η. I I ; Atenas: Paus. Att. psi 2 (Erbse p. 2 2 l), Zopirus FGrHist3 3 6 F 2 ; Halicarnaso:
V itr. 2 , 8, II; relieve, quizá de Locros, C o ok II, p. IO 43.
42 Véase 1 4 » n. 17.
43 Véase III 2.7, η. 5.
44 Theophr. Char. l6 ; Posidipp. fr. 12 Kassel-Austin; Diod. Sic. 4 , 6 ; P. Hermann, RML I (1886-
1. CONCEPCIONES DEL POLITEÍSMO GRIEGO 2 9 9

S e d ice a m e n u d o q ue las v írg e n e s A te n e a y A r t e m is e stán e n o p o s ic ió n c o n


A fr o d ita . L a p o la rid a d , que e n c o n tró su e x p re sió n m ás significativa en la tragedia de
H ip ó lit o , se co n v ie rte en m o n e d a de cam b io c o m ú n . « A rte m is , n o te e n fu re z c a s»
exclam a la m uchach a en la escena p asto ral, « s a c r ific a r é u n te rn e ro a E ro s y u n a vaca
a la p r o p ia A f r o d i t a » 45, re sp o n d e el c o m p a ñ e ro . A n te s de la c e re m o n ia de m a t r i­
m o n io , las m uch ach as h a ce n u n sa crific io p re lim in a r (protéleia) a Á rte m is , p ara r e s ­
catarse e n c ie rto m o d o de sus p re te n s io n e s , p e r o e n el m o m e n to d el p a rto sig u e n
d e p e n d ie n d o de la gracia de esta d io sa 46, m ie n tra s que A fr o d ita m u estra su p o d e r en
el c u m p lim ie n to d e l a m o r. T a m b ié n A te n e a p u e d e e x ig ir a las v írg e n e s u n servicio
te m p o ra l en su te m p lo ; co m o sacerd o tisa re cla m a u n a m u je r m ad u ra, q u e esté p o r
e n cim a de las « o b ra s de A f r o d it a » 47. A s í, m a trim o n io y sexu alid ad n o se excluyen,
sin o q u e se p re s u p o n e n . L a s a rré fo ro s de A te n e a p a r te n de la a c ró p o lis p ara d i r i ­
g irs e d ire c ta m e n te al re c in to de E r o s y A fr o d it a ; y la d io sa q u e es v e n e ra d a e n el
culto c o n H ip ó lito n o es Á rte m is sin o A fr o d ita .

V ie jo y jo v e n

E l c o n flic to g e n e ra c io n a l q u ed a d esterra d o de la e sfe ra de lo s d ioses d o m in a n te s;


la e stirp e de lo s T ita n e s está ete rn a m en te p r is io n e r a e n el T á r ta r o y el h ijo de Z e u s
que sería m ás fu e rte que su p ad re n o llega a n a c e r 48. L o s d ioses d e stru y e ro n ju n to s
a lo s G ig an te s, lo s reb eld es n a cid o s d espués, lo que c o n fir m a su so lid a rid a d . A p o lo
y A te n e a , lo s d io ses de cu lto m ás im p o rta n te s d e las c iu d a d es, están v in c u la d o s de
u n a fo rm a m uy esp ecial a su p ad re Z e u s. A te n e a , co m o ayud an te en la batalla, lleva
a cabo las d ec isio n e s de su p a d re . A p o lo , co m o d io s d e l o rá c u lo , da las in d ic a c io ­
nes p a ra el fu tu ro q ue c o rre sp o n d e n a la « p a r t e » c o n te n id a e n la v o lu n ta d de Z e u s
(Diös aísa)49.
M ás tensas s o n las re la c io n e s de v ie jo y jo v e n fu e r a de la re la c ió n p a d r e s -h ijo s .
A te n e a y P o s id ó n están v in c u la d o s e n su c o n e x ió n c o n el c a b a llo : ju n t o a P o sid ó n
Híppios existe A te n e a Hippía. P o sid ó n g e n e ra al caballo y A te n e a in ven ta la b rid a y el
b o ca d o p o n ie n d o así el a n im a l a d is p o s ic ió n d el h o m b re ; B e le ro fo n te s , el p r im e r
jin e te , sacrifica u n to ro a P o sid ó n y erige u n altar a A te n e a HippícP0. E n A ten as, A t e ­
n e a y P o s id ó n s o n lo s d io se s p r in c ip a le s , c o m o m u e stra so b re to d o el m ito d e la
lu ch a de am b os p o r la tie rra ática re p rese n ta d o en el fr o n t ó n d el P a rte n ó n 51. D esd e

1890), cois. 2 3 Ι4 - 2 3 4 2 ; Jessen, i?£VIÍI (1912), cois. 7 I4 - 7 2 I; M. Delcourt, Hermaphrodite, 1 9 5 8 ;


Hermaphroditea,1966 [L. Brisson, Le sexe incertain. Androgynie et hermaphroditisme dans l’Antiquitégi'éco-romaine,
1997]·
45 [Theocr.] 27, 6 3 s·
46 Véase II 2 , n. 3 0 .
47 Atenas: Plut. Numa 9 » H; Eu r. Erechtheus·, Jo rd a n , pp. 2 9 - 3 2 ; M ileto: W . D . Leb ek -T h . D rew -Bear,
GRBS14 (1973), pp. 65-73.
48 Véase III 2 . 1, n n . 1 9 - I O .
49 Aesch. Eum. 6 1 6 - 6 1 8 .
go Pind. 01. 13» 6 3 - 8 2 [trad. esp. de A . Bernabé y P. Bádenas, 2 0 0 2 ], véase III 2 · 3 > η η · 3 0 - 3 6 ; III
2 · 4 > η · 2 4 · E n Pilo, donde el culto de Posidón era im portantísim o, existe también una « S e ñ o ra
de los caballos», véase I 3 .6 , η . 18 .
51 HN, pp. 17 6 s .
30 0 5. POLIS Y POLITEÍSMO

u n p u n to de vista h is tó r ic o , P o s id ó n , c o m o d io s « h o m é r ic o » , o c u p ó e l lu g a r de
E re c te o , d el que to m a su n o m b re el te m p lo , el « E r e c t e io n » . P ero la p areja q ue así
se fo rm ó , P o sid ó n -A te n e a , p ro d u jo a su vez u n a eficaz c o m b in a c ió n de fu erza e le ­
m en tal y sa b id u ría técn ica.
A p o lo y P o sid ó n se v in c u la n e n el cu lto c o n s o rp re n d e n te fre c u e n c ia . P o sid ó n
tien e e n D e lfo s altar y témenos ju n to al te m p lo de A p o lo , se dice in clu so que o r ig in a l­
m en te fu e el ve rd a d e ro se ñ o r d el lu g a r p e r o que p o ste rio rm e n te cam b ió D e lfo s p o r
C a la u r ia 58. L o s aten ien ses sa crific a n e n D é lo s a A p o lo y a P o s id ó n 53. E n la fiesta de
la liga de lo s d o rio s en C n id o se sacrificab a a P o sid ó n y a A p o lo , así com o en la fiesta
de la lig a de los jo n io s e n M íc a le , d e d ica d a a P o sid ó n Helikónios, n o p o d ía q u ed arse
sin p a rtic ip a r A p o lo , com o p ad re de I ó n 54 . J u n t o a la fu en te b e o c ia T ilfu s a , d o n d e
P o sid ó n e n g e n d ró al caballo A r ió n , A p o lo tien e su te m p lo 55, al ig u al q u e e n A r c a ­
d ia , d o n d e P o s id ó n e n fo r m a d e ca b a llo se u n ió a D e m é t e r 56; y ta m b ié n goza de
h o n o re s e n el b o sq u e c illo de P o s id ó n e n O n q u e s to 57. L a p o e sía é p ica n a rr a có m o
P o sid ó n y A p o lo co n stru y e ro n ju n to s los m u ro s de T ro y a ; e n la ¡liada am bos dioses se
tie n e n respeto m u tu o y evitan el e n fre n ta m ie n to 58. D e m an era evidente se p ercib e la
u n ió n P o s id ó n -A p o lo co m o u n a p o la rid a d de v iejo y jo v e n , p ro fu n d id a d acuática y
fig u ra de m u ch ach o , au n q u e e n n u e stro s textos n o se exp licita m ás allá; la im p líc ita
c o n d ic ió n de tío o p a d rin o p u ed e estar re la cio n a d a e n el fo n d o c o n in icia cio n e s.
S im ila r es la p o s ic ió n de A te n e a y A r t e m is -H é c a te re sp e cto a D e m é te r. S e g ú n
u n a tr a d ic ió n m u y d ifu n d id a , am bas están p resen tes, co m o co m p añ eras de ju e g o s ,
en el m o m en to d el ra p to de C o r e 59; H écate aco m p añ a a D e m é te r e n la b ú sq u ed a de
su h ija , lle v a n d o u n a a n to rc h a , salu d a a C o r e c u a n d o re gresa y se c o n v e rtirá e n su
c o m p a ñ e ra in s e p a r a b le 60. D e la n te de lo s p r o p ile o s d el sa n tu a rio e le u s in io hay u n
te m p lo d e Á r t e m is , q u e al m ism o tie m p o está d ed ica d o al « p a d r e P o s i d ó n » 61, n o
lejos de la « fu e n te de las v írg e n e s» (Parthénion) d o n d e , según el m ito , las h ijas d el rey
se e n c o n tra ro n c o n D e m é te r. L as danzas d e vírg e n e s se c o n v ie rte n así e n p re lu d io
de la in ic ia c ió n de lo s m iste rio s y así ta m b ié n las vírg e n e s d ivin as se e n c u e n tra n en
la esfera d e in flu e n c ia de esa « m a d r e » , a u n q u e q u ed a n excluidas de la tr a n s fo rm a ­
ció n q ue la in ic ia c ió n trae con sigo .

D ioniso

D io n is o se sustrae a la d e fin ic ió n y p o r ello sus re la c io n e s co n lo s dem ás o lím p ic o s


ta m b ié n s o n a m b iv a le n te s, in c lu s o p a r a d ó jic a s : la p ro x im id a d se c o n v ie rte en
secreto m isté ric o , la an títesis se vuelve id e n tid a d . A s í D io n is o p u e d e estar re la c io ­

52 Callim. fr. 593; Paus. IO, 5 , 6; 2 4 , 4 : G. Daux, BC H 92 (1968), pp. 5 4 0 -5 4 9 .


53 LSS 10 B.
54 Aristides FGrHist 4 4 4 F 2; Apolo Paniónios IG II—IIIa n ’ 4 9 9 5 : Oeß1 45 (i960), Suplemento, p. 76, η ” 2 ■
55 Ftymn. Apoll. 2 4 4 -2 7 6 ; 375-387: cfr. Thebais fr. 8 Bernabé2 = fr 6 c Davies.
56 Paus. 8, 2 5 , 4-II.
57 Hymn. Apoll. 2 3 0 -2 3 8 : Bulletin épigraphique (19 7 3^. n' 212; (l 9 7 4 ) n° 2 7 1·
58 11 . 7, 452; 21, 441-457·
59 Richardson a Flymn. Dem. 4 2 4 ; Graf, pp. 154 15 7 ■
60 Hymn. Dem. 5 1 —6 1 ; 4 3 8 -4 4 ° ·
61 Paus. I, 38,6; Mylonas, pp. 167-170 ·
1. CONCEPCIONES DEL POLITEÍSMO GRIEGO 301

n a d o c o n D e m é te r, com o el fru to d el á rb o l c o n el fru to del c a m p o 62, com o el v in o


c o n el p a n ; p e r o d etrás d e lo s h ech o s de la n a tu ra lez a se o cu lta el o sc u ro m ito d el
h ijo d esm em b ra d o de P e rs é fo n e 63. C o n H e rm e s, el q u e traspasa los co n fin e s, tien e
u n a r e la c ió n de a m ista d ; fu e H e r m e s q u ie n lle v ó al r e c ié n n a c id o a las n in fa s en
N is a ; la estatu a d e P ra x ite le s en O lim p ia , q u e re p re s e n ta a H e r m e s c o n D io n is o
n iñ o , es u n iversalm en te c o n o c id a 64. D u ra n te las A n teste rias d io n isiacas los s a c r ifi­
cios d el te rce r día están dedicados a « H e rm e s Chthónios$>, pues al b eb er el vino nu evo
ir r u m p e n p o d e r e s d e l M ás A l l á 65. E l p r o p io D io n is o p u e d e ser e rig id o c o m o
h e rm a 66; ya en la an tigü ed ad n o q u ed a claro si las h erm as rep resen tab an a D io n is o o
a H erm e s y p a ra lo s m o d e rn o s la d ec isió n resu lta c o n tro ve rtid a en algu n o s casos; las
d elim ita c io n es p recisas se vu elven flu id as.
A r t e m is y D io n is o p a r e c e n c o n t r a p o n e r s e c o m o e l fr e s c o r de la m a ñ a n a y el
b o c h o rn o de la tarde, p e ro sus cultos tie n e n m u ch o s p a ra le lo s 67. A m b o s y sólo ellos
tie n e n su thíasos, u n c o r te jo de a n im a d o s b a ila r in e s , a u n q u e las « m é n a d e s » so n
m u jeres y las « n in f a s » , vírgen es; en las danzas de A rte m is y e n las de D io n iso se u t i­
liz a n m áscaras e in c lu so d isfraces fá lic o s 68. S in e m b a rg o , el h ech o de q u e u n can to
de T im o te o ap o stro fa se a la p ro p ia A rte m is co m o « T ia d e f u r io s a » suscitó p r o t e s ­
ta s69. N o ob stante, lo artem isíaco se tra n sfo rm a fácilm e n te e n d io n isía c o . U n a h is ­
to ria re la c io n a d a c o n el san tu ario de A rte m is en C a ria n a rra la estancia de D io n is o ,
q ue sed u jo a llí a u n a m u c h a c h a 70. L as fiestas de A rte m is y de D io n is o se en trelazan
en P atras71; el tem p lo cen tral de los « tr e s d is trito s » está d ed icad o a Á rte m is Triklaría.
L o s m u ch a ch o s se d ir ig e n c o n c o ro n a s de espigas al sa n tu a rio ju n to al río M ilic o ;
d e p o s ita n las c o ro n a s « ju n t o a la d io s a » , se lavan e n el río y se p o n e n c o ro n a s de
h ie d r a p a ra ir al e n c u e n tro de D io n is o Aisymnétes. E ste es el n o m b re de u n a a n tigu a
im agen de m ad era conservada en u n a caja que el sacerdote, ju n to con nueve h om b res
y nueve m u jeres elegidos, lleva fu era d el tem p lo y abre u n a n o ch e al a ñ o en la fiesta;
q u ie n m ira la im agen se vuelve « l o c o » . E l m ito n a rra cóm o A rtem is, después de que
u n a jo v e n p areja h u b ie ra p ro fa n a d o su tem p lo co n el acto de a m o r, exigió el s a c r ifi­
cio de u n jo v e n y u n a virgen , hasta que la llegada de Aisymnétes p u so fin a esta práctica.
L a cru eld ad « v ir g in a l» se disuelve en el d e lirio n o c tu rn o . P o r el co n tra rio , la lo c u ra
d esen fren ad a de las h ijas de Preto te rm in a c o n la in te rv e n c ió n d el sacerdote de D io ­
n iso , M elam p o , en el tem p lo de A rtem is en L u so s, el lu gar de los « la v a d o s » 72.

62 Cfr. por ej. Deméter Phylaka y Dioniso Kárpios, uno junto al otro en Larisa, IG IX 2, n° 5 7 3 · Bulletin
(1959), n° 224·
épigraphique
63 Véase VI 2.3, nn. 15-22.
64 Lippold, pp. 2 4 IS·; lám. 84, 2.
65 HN, pp. 264s. ; véase V 2 -4 < n · 2 5 ·
66 H . G oldm an, AJA 4 6 ( 1 9 4 2 ) , pp. 5 8 - 6 8 ; F. Matz, Dionysiakè Teleté, Abhandlungen, Mainz, 1 9 6 3 , η"
15 , pp. 1 4 2 8 - 1 4 4 3 y Die Dionysischen Sarkophage III, 19 6 9 , n ° 2 0 2 , láms. 2 H - 2 i 8 ; J . Frei, AA (19 6 7 ),
p p .2 8 -3 4 .
67 GF, pp. 179 SS., 18 8 , 2 5 9 ; Jeanm aire (2). ρρ· 2 0 9 - 2 1 3 ; Sim on, p. 16 5 .
68 Véase III 2 . 6 , n. 21 .
69 PMG, fr. 7 7 8 .
70 Serv. auct. Ecî. 8, 2 9 .
71 Paus. 7 , 19 s .; D . Hegyi, « D e r K u lt des Dionysos Aisyrrmetes in Patrae», AAntHunglS (19 6 8 ), pp.
9 9 - I 0 3 > M · Massenzio, « L a festa di A rtem is Triklaria e Dionysos Aisymnetes a P atrai», SMSR 39
(1968), pp. 101-132.
72 HN, p. 192, n. 16.
302 5. POLIS Y POLITEÍSMO

E l m ito h a ilu s tra d o de m ú ltip le s fo r m a s có m o H e r a p e r sig u e a D io n is o c o n


o d io de m ad rastra: H e ra atrae p é rfid a m e n te a S ám ele h acia la m u erte , d estruye a la
n o d riz a de D io n is o , In o , h a c ié n d o la e n lo q u e c e r ju n t o c o n sus h ijo s y su m a r id o e
in fu n d e lo c u r a al p r o p io D io n is o 73. P e ro e n esta e n e m ista d su byace u n a c u rio s a
in tim id a d : en viar la lo c u ra está p recisam en te d en tro d el ám b ito d el « d io s f u r io s o » .
A s í, e n el m ito de las P rétid as, las ve rsio n e s o sc ila n resp ecto a si fu e H e ra o D io n is o
q u ie n p ro v o c ó la lo c u r a de las m u c h a c h as74. L a o p o sic ió n e n tre am bas d ivin id a d e s
q u ed a subrayad a e n el rito p o r el h ech o de q u e sus sacerd otisas n o se salu d an , n i se
p e rm ite llev a r h ie d ra al sa n tu a rio de H e r a 73; el v ín c u lo con siste p re cisa m en te e n la
n e g a c ió n . E n efecto , D io n is o y H e ra a p a re ce n re la c io n a d o s, en el m ism o sa n tu a rio ,
e n L e sb o s, ju n t o a Z e u s 76; el n o m b r e D io n is o Omestds, « q u e co m e c a rn e c r u d a » ,
a p u n ta a u n r ito d e las A g r io n ia s c e le b r a d o e n T ir in t e y e n A r g o s , tras el cu a l se
ocu lta el m ito de las P rétid as. L as d ieciséis m u je re s de E lid e que o rg a n iz a n la fiesta
e n h o n o r de H e ra fo r m a n dos c o ro s de m u ch ach as, u n o p a ra H ip o d a m ia y el o tro
p ara Physkóa, u n a am ante de D io n is o y fu n d a d o ra de su culto ; eviden tem ente las m is­
m as m u jeres in v o ca n tam b ién a «hérosDionysos» p ara que acuda « fu r io s o co n ta u rin o
p i e » 77. E n lu g a r de e x c lu irs e , el c u lto de H e r a y el d e D io n is o se c o n d ic io n a n
m u tu a m en te .
L a an títesis q u e se h a vu elto m ás c éle b re es la de D io n is o y A p o lo , e n tre d io n i-
siaco y a p o lín e o 78. D esd e que F r ie d r ic h N ietzsch e creyó h a b e r e n co n trad o e n ella en
c ierto m o d o la clave de la h isto ria in te le c tu al grie ga y, al m ism o tiem p o , de la ese n ­
cia d e l a rte —su e ñ o fre n te a e m b ria g u e z , fo r m a y lím ite fre n te a fu s ió n y d e s tru c ­
c ió n — lo s sím b o lo s que se e sta b leciero n así h a n a d q u irid o su p ro p io sig n ifica d o y su
p r o p ia vid a y se h a n v u e lto casi in d e p e n d ie n te s de su o r ig e n , de la r e lig ió n g riega.
A llí A p o lo y D io n is o n o sólo so n h e rm a n o s, sin o que ta m b ié n tie n e n a o tro s dioses
sie m p re a su la d o . E n c u a lq u ie r caso, a m b os están a m e n u d o re la c io n a d o s. V a rio s
vasos de fig u ra s n e g ra s re p re se n ta n a A p o lo p o r u n la d o y a D io n is o p o r el o t r o 79.
N a x o s, e n S ic ilia , a c u ñ a las cabezas d e A p o lo y de D io n is o e n las m o n e d a s 80. L o s
teban o s h a ce n sacrific io s a D io n is o y a A p o lo Isménios co m o sus dioses p rin c ip a le s 81.
R e su lta c u rio s o u n A p o lo Dionysódotos e n lo s m is te rio s d e F lía e n A tic a , c o m o si
A p o lo fu ese « d a d o » p o r D io n is o 88.

73 Aesch. X antriaifr. l6 8 Radt; HN, pp. 1 9 9 s .; Plat. Leg. 6 7 2 b ; Eratosth. Catast. p. 9 0 Robert.
74 HN, pp. 1 9 0 - 1 9 2 .
75 Plut. fr. 1 5 7 , 2 Sandbach.
76 Véase I 3 .6 , n. IO .
77 Véase III 2 . 2 , n. 2 9 ; IV 4 , n. 2 4 ; Jeanm aire (2 ), p. 2 1 6 ; GGR, pp. 5 7 3 s ·
78 M . Vogel, Apollinisch und Dionysisch. Geschichte eines genialen Irrtums, 19 6 6 ; K . G ründ er y J . M ohr, Historisches
Wörterbuch der Philosophie ï (19 7 1), pp. 4 4 I " 4 4 ^· Antes de Nietzsche deben mencionarse: C . F. C re u -
zer, Symbolik I I I 2, 1 8 2 1 , pp. 1 4 8 - 1 7 2 y J . J . Bachofen, Unsterblichkeitslehre der Orphischen Theologie, Gesam­
melte Werke, V I I , 1 9 5 8 ; cfr. K . M euli, Nachwort, pp. 5 ° 9 ~ 5 I 5 ; F. Nietzsche, Die Geburt der Tragödie aus
dem Geist der Musik, Leipzig, 1 8 7 2 ; Kritische Gesamtausgabe III I , 1 9 7 2 [trad. esp. : El nacimiento de la tragedia,
2 0 0 5 ] · U so del par de conceptos en el campo de la etnología: R . Benedict, Patterns o f Culture, 1 9 3 4 »
nueva ed. 1 9 5 9 ; pp. 7 8 - 8 1 .
79 Por ej. B rit. M us. B 2 5 9 « 3 3 1 , n° 1 2 ; B 2 5 7 * A B V 4 0 1 . 3 : ánfora de cuello de Gotha, Corpus
Vasorum Antiquorum: Gothal (Deutschland 2 4 ) » lám. 3 5 [1 15 9 ]·
80 F ran k e-H irm er, lám. 4 ·
81 Paus. 4 , 2 7 , 6.
82 Paus. I, 3 1 , 4 .
1. CONCEPCIONES DEL POLITEÍSMO GRIEGO 3 O3

U n a p r im e r a o p o s ic ió n e n tre A p o lo y D io n is o se d e ja s e n tir p r im e r o e n la
m ú sic a: sus can to s cu ltu ales, p e á n y d itira m b o , se c o n s id e ra n in c o n c ilia b le s ta n to
p o r la a rm o n ía y el ritm o com o p o r el éthos&3; cla rid a d se o p o n e a e b rie d a d , a lo q ue
se añ ad e el co n traste e n tre m ú sica de in stru m e n to s de cu erd a y m ú sica d e fla u ta 84.
D ic h o co n traste e n c u en tra su e x p re sió n m ás extrem a e n el m ito d el sátiro M arsias,
el flautista: A p o lo le d erro tó tocand o la lira y c o n el canto y después lo d eso lló. E n el
fo n d o subyace el s a c r ific io de u n c a rn e ro p a r a la Méter f r ig i a 85; s in e m b a rg o este
co m p le jo se aclara y se agudiza especu lativam ente, hasta que lo a p o lín e o se c o n sid era
lo p u r o y a u té n tic a m e n te g rie g o fre n te a lo f r ig io - b á r b a r o . P e ro el d io s d é lfic o
a c ep tó p o r c o m p le to la fla u ta ; e n lo s p r im e r o s ju e g o s p ític o s v e n c ió S acad as de
A rg o s y celeb ró la lu ch a de A p o lo y el d ra g ó n c o n u n so lo de fla u ta 86.
E l lu g a r m ás im p o r t a n te de e n c u e n tro y e q u ip a r a c ió n de A p o lo y D io n is o es
D e lfo s . D e sd e E s q u ilo , lo s trá g ic o s g u sta n de e v o c a r lo s ra sg o s d io n is ia c o s d e la
D e lfo s a p o lín e a 87. L a p in tu ra de u n vaso d el siglo I V m u estra a D io n is o y a A p o lo
e n el s a n tu a rio d é lfic o d á n d o se la m a n o 88. S e g ú n P lu t a r c o 89, lo s cu a tro m eses d e
in v ie r n o e n D e lfo s p e r te n e c e n a D io n is o y lo s m eses d e v e r a n o , a A p o lo ; A p o lo
asum e la su p rem a cía e n el m es p rim a v e ra l de B is io ; al p r in c ip io sólo daba orá cu lo s
e n esta época. E l m u y respetad o co legio fe m e n in o de las T ía d e s celeb ra e n in v ie rn o
cada d os añ os su fiesta en h o n o r de D io n is o e n el P a rn a so ; « d e s p ie rta n al Likmtes» ,
el D io n is o n iñ o e n e l a v e n ta d o r de g r a n o ; al m ism o tie m p o lo s hósioi, u n c o le g io
m a sc u lin o al se rv ic io de A p o lo , re a liz a n s a c r ific io s e n el te m p lo 90. E n el f r o n t ó n
o r ie n t a l d e l te m p lo d e l sig lo I V estaba re p re s e n ta d o A p o lo c o n las M u sas y e n el
o c c id e n ta l D io n is o c o n las T ía d e s 91; la salid a d el so l se c o rre sp o n d e c o n su o caso .
E n el sig lo I V se a firm a b a in c lu s o q u e D io n is o estaba e n te r r a d o en el te m p lo de
A p o lo e n D e lfo s, ju n t o al tríp o d e sagrado y al ó n fa lo s 92. A q u í D io n is o p arece c o n ­
v e rtirse en el o sc u ro p o lo op u esto « c t ó n ic o » de A p o lo . D e sd e el p u n to de vista de
la h is t o r ia de las r e lig io n e s se su e le a t r ib u ir este e n tr e la z a m ie n to a u n acto d e l
s a c e rd o c io d é lfic o , q u e en é p o ca a rca ica in c o r p o r ó el m o v im ie n to d io n is ia c o , lo
legalizó y al m ism o tiem p o lo m an tu vo d e n tro de u n o s lím ite s 93. Faltan d o c u m e n ­

83 Pind. fr. 12 8 c Maehler; Philochor. FGrHist 3 2 8 F [7 2 ; discurso de un sofista anónim o The Hibeh Pap.
nu 1 3 (traducido al italiano en I Soßsti, ed. M . U ntersteiner III, 1954 [ 1 9 6 , η" 12 , pp. 2 I O -2 n ) .
84 M . Vogel, « D e r Schlauch des M arsyas», RhM 1 0 7 (1 9 6 4 ), pp- 3 4 _ 5 6 -
85 Marsias y Méter, D iod. Sic. 3, 5 9 s·; sacrificio del carnero: estatua de Marsias, Louvre 5 4 2 , Lippold,
p. 3 2 1, 17 ; la tortura de Marsias en un sarcófago en F. Gum ont, Recherches sur le symbolisme funéraire des
Romains, 1 9 4 2 , p. 3 0 3 , fig. 6 7 .
8 6 A b ert, RE I A ( 1 9 2 0 ) , cols. 1 7 6 8 S S . ; W . K olk, Derpythische Apollonlymnos als aitiologische Dichtung, 1 9 6 3 ,
pp. 41 - 4 7 -
87 HN, p. 14 1, n. 4 3 .
88 Cratera de cáliz ática de San Petersburgo St. 1 8 0 7 , ARV1 11 8 5 , n° 7, H arrison (l), p. 3 9 ° y (2), p·
4 4 3 ' H · Metzger, Les représentations dans la céramique attique du IVe siècle, 19 5 1 ■ lám. 2 5 » 3 ; GGR, lám. 2 8 , 2-
89 Plut. D e £ 3 8 9 G .
90 Plut. D els. 3 6 5 A ; Dedef. or. 4 3 8 B ; Quaest. Gr. 2 9 2 D ; Deprim.frig, 9 5 3 D ; Mul. virt. 249^5 Paus. IO, 4 ,
2s. Véase III 2.IO , n. 4 3 ·
91 Paus. IO, 19 , 4 .
92 Philochor. FGrHist 3 2 8 F 7 ; Callim . fr. 6 4 3 ; 5 r7 ; pp. 1 4 0 - 1 4 3 [cfr. M . Piérart, <<Le tombeau
de Dionysos à D e lp h e s» , en G. Bodelot et al. (eds.), Poikila, Hommage à Othon Scholer, 19 9 6 , pp· 13 7 ~
1 5 4 ; E . Suárez de la T o rre, « G u a n d o los límites se desdibujan: D ioniso y A po lo en D e lfo s», en
G . Sánchez Fernández y P. C abrera Bonet (eds.), En los limites de Dioniso, 19 9 ^ > PP- [ 7 2 8 ].
93 Rohde II, pp. 5 4 s . ; Je an m aire (2), pp. 1 8 7 - 1 9 ! ; GGR, p. 6 14 .
5. POLIS Y POLITEÍSMO
304

tos s o b re este p r o c e s o . P e ro sea c u a l sea su o r ig e n , e l re s u lta d o se d e riv a d e esta


e stru c tu ra p o la r.
L a r e p r e s e n ta c ió n lit e r a r ia m ás a n tig u a y d e te rm in a n te de u n c o n flic t o e n tre
A p o lo y D io n is o se re m o n ta claram en te a E sq u ilo . S u tragedia sobre O rfe o , LasBasd-
rides, si se p u e d e c o n fia r e n las in d ic a c io n e s so b re su c o n t e n id o 94, re p re s e n ta b a
cóm o O rfe o d esp recia a D io n is o y sólo v e n e ra al d io s d el sol, al q u e llam a A p o lo , al
a m a n e c e r desde lo alto d e l m o n te P a n g e o . E n to n c e s D io n is o en vía al g ru p o de las
M én ad es, las B asárid es, que d esm ie m b ra n a O r fe o ; las M usas de A p o lo re c o g e n sus
re sto s y lo s e n tie r r a n . E l m ism o p o e ta q u e e n las Euménides ilu s tra el c o n flic t o y la
re c o n c ilia c ió n de lo s antiguos h ijo s de la n o ch e y los jó v e n e s o lím p ico s, p arece h acer
su rg ir aq u í, e n el con traste e n tre d io ses, u n c o n flic to de re lig io n e s. Y sin em b argo ,
O r fe o es n o to ria m e n te el p r o fe ta de lo s m is te rio s d io n is ia c o s ; el m ito de su d e s ­
m e m b ra m ie n to lo co n v ie rte e n víctim a de su p ro p io d io s, com o H ip ó lito c o n re s ­
p ecto a A fr o d ita .
P ero ta m b ié n se cita a E sq u ilo p o rq u e e n o tro d ram a se atrevió in clu so a e q u ip a ­
ra r a A p o lo y a D io n is o ; E u ríp id e s le sig u ió 95. E n el siglo IV F ilo d a m o , en u n h im n o
c o m p u e sto p a ra la fie sta d é lfic a de D io n is o , d io a éste la fo r m a d e l p e á n , c o n u n
e s tr ib illo e n q u e se e n tre la z a n las in v o c a c io n e s c u ltu a le s euhoí e iépaián ; el p r o p io
D io n is o , co m o A p o lo , se c o n v ie rte e n Paián96. L o s a le g o rista s de é p o ca p o s te r io r
e q u ip a ra ro n c o n el sol tan to a A p o lo co m o a D io n is o 97.

2. E l r it m o d e l a s f ie s t a s

2 .1 . C a l e n d a r io s d e f ie s t a s

L a r e lig ió n viva y p ra ctic a d a p o r lo s g rie g o s se c o n c e n tra e n las fiestas (heortaí) q u e


in te rru m p e n y artic u la n la vid a c o tid ia n a 1. E l o rd e n d el c a le n d a rio 2 es en g ra n p arte
id é n tico a la su cesió n de las fiestas. P recisam en te p o r eso, e n lo s calen d ario s d o m in a
u n p a rtic u la rism o d ifíc ilm e n te su p erab le. E x iste n casi tantos c a len d ario s co m o c iu ­
dades y trib u s , in c lu s o e n ép o ca h e le n ístic a el c a le n d a rio m a c e d o n io lo g ró im p o ­
n erse sólo e n A sia M e n o r, S iria y E g ip to y só lo se alcanzó la u n ifo rm id a d e n épo ca
im p e r ia l c o n el c a le n d a rio ju li a n o . L o s c a le n d a rio s a n tig u o s tie n e n s ie m p re la
m ism a estru ctu ra; el « m e s » es en p r in c ip io u n a verd a d era « l u n a » , q u e d u ra desde
la lu n a n ueva, p asa n d o p o r el p le n ilu n io , h asta la d e sa p a ric ió n de la lu n a ; la e q u i­
p a ra c ió n c o n el añ o so la r y las estacion es se o b tie n e c o n la in se rc ió n de m eses in t e r ­
calares, q u e , a d e c ir v e rd a d , se m a n ip u la n d e u n a fo r m a b a sta n te a r b itr a r ia . L a s
doce lu n as d el añ o tie n e n d iferen tes n o m b re s locales y estos n o m b res se to m an casi

94 Aesch. Bassarai p. 1 3 8 Radt = Eratosth. Catast. p. 2 9 O livieri; M . L . West, BIC S 3 0 ( 1 9 8 3 ) , pp. 6 3 -


7 1 [M . D i M arco, « D io n iso ed O rfeo nelle Bassaridi di Eschilo>>, en A . Masaracchia (ed.), Orfeo
e l ’orßsmo, 1 9 9 3 , PP· IO Í_I 5 3 ]·
95 Aesch. fr. 3 4 1 Radt; E u r. LikfmniosÍT. 4 7 7 K annich t.
96 Collectanea Alexandrina p p . 1 6 5 - 1 6 9 Powell.
97 Cleanthes S V F I fr. 5 4 0 ; 5 4 1 ; 5 4 6 ; M acrob Sat. I, 1 7 - 1 8 [O f 5 3 5 ^ 54 5 ].
1 Véase II 7, η . I .
2 E . B ickerm an, La cronología del mondo antico, Γ9 (>3 (trad. ingl. :■ Chronology o f the Ancient World, 1 9 6 8 ) ;
Sam uel, 1 9 7 2 ; véase n n. 3 , 4 ,
2.1. C A LEND ARIO S DE FIESTAS SOS

sie m p re de d io ses y fiesta s3. A ñ o « c iv i l » y a ñ o re lig io s o c o in c id e n ; n o se vive só lo


de lu n a a lu n a , sino tam b ién de u n a fiesta a la sigu ien te. E l calen d ario de u n a ciu d ad
o trib u es siem p re al m ism o tiem p o u n d o cu m en to fu n d am e n ta l de la re lig ió n lo cal.
T o d o s los d ioses m ayores h a n d ado n o m b re a m eses: se te stim o n ia n Dios, Heraíos,
Athanaíos, Poseidónios, Apollónios, Artamítios, Aphrodísios, Damdtrios, Dionysios, Hermaîos, A reio sj
Hephaístios y ta m b ié n Herákleios, Hestiaíos, Latóios, Pántheios. A d e m á s están lo s n o m b r e s
to m a d o s de fiesta s, c o m o Apéllalos, Agridnios, Kárneios, Theoxénios, a lg u n o s d e ello s s o n
tam b ién epítetos de dioses: Lykeios y A p o lo Lykeios, Láphrios y A rte m is Laphría. L os n o m ­
b re s d e m eses jo n io s e n -o n d e riv a n , ta m b ié n e n la f o r m a c ió n de la p a la b ra , de
n o m b re s de fiestas.
E l c a len d a rio m ás co n o c id o es el á tic o 4. F u e fija d o e n esta fo rm a e n el m arco de
la le g isla c ió n de S o ló n ; e n lo s años p o ste rio re s a 4 1 0 a u n tal N ic ó m a c o se le e n c o ­
m e n d ó , p o r d e c isió n p o p u la r, la re d a cc ió n sin tética y la p u b lic a c ió n d e l c a len d a rio
de sa crificio s vigen te; el resu ltad o fu e la in s c rip c ió n m ás extensa de A ten as, colocad a
en la « S t o a d el r e y » en el m e rca d o ; de ella só lo se h a n con servad o p e q u e ñ o s f r a g ­
m e n to s5. E l calen d ario ático com ien za c o n Hekatombaión, que to m a su n o m b re de u n a
fiesta de « H e c a to m b e s » e n h o n o r de A p o lo . S ig u e Metageitnión, c o n u n a fiesta d e l
« v e c in d a rio » (Metagefínia); Boedromión, c o n u n a fiesta d el « a u x ilia d o r » A p o lo ; Pyanop-
sión, c o n la « c o c c ió n del p u ré de h a b a s» (Pyanósia) ; Maimakterión y Posideón p re su p o n e n
fiestas q ue so n p rá ctic a m e n te d esc o n o c id a s p a ra n o so tr o s ; sigu e Gamellón, c o n u n a
fie sta de lo s n o v io s (G am élia); Anthesterión, c o n la fie sta d e las A n te s te ria s de la q u e
te n e m o s a m p lio s te s tim o n io s 6; Elaphebolión, cuyo n o m b r e p ro c e d e de u n a fiesta de
A rte m is « c a z a d o ra de c ie rv o s » ; Mounichión, p ro c e d e n te de u n a fiesta de A rte m is de
M u n iq u ia . L as Thargélia en el Thargelión in tro d u c e n la cosecha de cereales y las Sh'ra d el
Skirophorión tie n e n lu g a r al fin a l del a ñ o 7.
E s n o ta b le la escasa a te n c ió n q u e p re sta el c a le n d a rio al ritm o n a tu ra l d el a ñ o
ca m p esin o : n o existe u n « m e s de la s ie m b ra » o de la « c o s e c h a » , n i u n « m e s d e la
v e n d im ia » ; lo s n o m b res se to m an de las fiestas « a r tific ia le s » de la p o lis. L o m ism o
o c u rre en lo s dem ás c a len d a rio s griego s. S in d u d a la a g ric u ltu ra , d ep en d ien te de las
c o n d icio n e s m eteo ro ló gica s, h a b ría en trad o en c o n flic to constan te c o n los m o v e d i­
zos m eses lu n a re s. E l c a len d a rio p o r tanto acentúa el ritm o a u tó n o m o de la vida de
la c o m u n id a d ; lo s h ech o s de la n atu raleza se in te rc a la n segú n el caso, siem p re q u e
e n la re la c ió n e n tre h o m b re s y dioses to d o m an ten ga su o rd e n .

3 H . Bischoff, « D e fastis G raecorum an tiqu io ribu s», Leipziger Studien zur klassischen Philologie 7 ( 1 8 8 4 ) ,
PP· 3 i 5 - 4 x 6 ; id ., R E X ( 19 19 ), cols. 1 5 6 8 - 1 6 0 2 ; Sam uel, 1 9 7 2 y D . M . Lewis, CR 25 (J 975 ), pp.
6 9 -72 .
4 W . K . P ritc h e tt-O , Neugebauer, The Calendars o f Athens, 1947 : ß ■D· M eritt, TheAthenian Year, 19 6 I ; A .
M om m sen, Feste der Stadt Athen im Altertum geordnet nach attischem Kalender, 18 9 8 ; A FA péndice; J . D. M ikal-
soii, The Sacred and Civil Calender o f the Athenian Tear, 1975 · Para el « fris o del c ale n d a rio » en la fachada
de la iglesia de la «p eq u eñ a M itró p o lis» en A ten as véase AF, p p . 2 4 8 “2 5 4 · láms. 3 4 - 4 ° ; EAA IV
(19 6 1) , p p . 1 0 3 0 - 1 0 4 7 .
5 S. D ow, « T h e Law Codes o f A th e n s» , Proceedings o f the Massachusetts Historical Society 7 1 (I 9 5 3 - ï 9 5 7 )>
ΡΡ· 3 " 3 6 ; Hesperia 3 0 ( 1 9 6 1 ) , pp. 5 8 - 7 3 · Para l ° s fragm entos véase Hesperia 3 ( 1 9 3 4 ) , Ρ· 4 6 y 4
(193s), pp- 1 3 - 3 2 = LSS IO; Hesperia ΙΟ ( 19 4 1), pp. 3 2 - 3 6 ; IG I I - I I P I 3 5 7 a b = LSC G 1 7 ; IG P 8 4 4 -
8 4 5 = LSC G 16 . G fr. Lys. Or, 3 7 · Véase V I , n. 6.
6 Véase V 2 .4 .
7 Véase V 2 . 2 , nn. 1 8 - 2 2 .
3°6 5. POLIS Y POLITEÍSMO

L as fiestas q ue d an n o m b re a lo s m eses s o n de ra n g o s m u y d ife re n te s. D e cierta


trascen d en cia, según la d o c u m en ta c ió n que ten em o s, e ra n las P ian o p sias, las A n te s ­
terias, las T argelias y las E sciras. E n lo s dem ás m eses b a y tam b ién otras fiestas m u ch o
m ás im p o rta n te s; las m ayores fiestas de la c iu d a d de A te n a s, com o las P an ateneas en
H e c a to m b e ó n 8, los M isterio s e n B o e d r o m ió n 9, las gran des D io n isia s en E la fe b o lió n
n o se p o n e n de relieve e n lo s n o m b re s de lo s m eses, n i tam p o co las T e sm o fo ria s en
P ia n o p s ió n 10, las D io n is ia s ru ra le s e n P o sid e ó n n i las L e n e a s e n G a m e lló n . O tro s
c a le n d a rio s jo n io s in c lu y e n m eses co m o Thesmophorión y Lenaión y ta m b ié n Plynterión o
Bouphonión, c o rre sp o n d ie n te s a las P lin te ria s y a las B u fo n ia s , celebrad as ta m b ié n e n
A te n a s 11; h ab ía m u ch as m ás de d oce fiestas al a ñ o . L as « G r a n d e s D io n is ia s » n o se
in t r o d u je r o n hasta el siglo VI, c u an d o el ca le n d a rio ya estaba fija d o h acía tiem p o .
E l o rig e n de los calen d arios de fiestas griegos p arece h o y m ás co m p le jo q u e antes.
E n u n a se rie de e ru d ito s e stu d io s, M a r tin P. N ils s o n 12 d e fe n d ió la tesis de q u e lo s
n o m b r e s d e lo s m eses s e r ía n p o s te r io r e s a H o m e r o y a H e s io d o —la p re se n c ia d el
m es L e n e ó n e n H e s ío d o 13 sería e n to n ces u n a in te rp o la c ió n —y de q ue lo s c a le n d a ­
rio s grie g o s, en re la c ió n c o n in flu jo s b a b ilo n io s en el siglo VII, sería n regu lad o s de
m o d o cen tralizad o desde D e lfo s. E l d e sc ifra m ie n to de la lin e a l B h a p ro c u ra d o u n a
n u eva b ase: e n G n o so y e n P ilo se te s tim o n ia n evid en tes n o m b re s de m ese s14: Dios
(d i-w i-jo ), el m es de Z eu s, c o rre sp o n d e a d e n o m in a c io n e s p o ste rio re s, ta m b ié n está
Lápatos (ra -p a -to ) , u n n o m b re de m es e n A rc a d ia , e n igm ático y d ife re n te ta m b ié n e n
la fo r m a c ió n d e su n o m b r e . R e su lta lla m a tiv o q u e lo s n o m b r e s de m eses á tic o -
jo n io s sea n d ife re n te s c o n re sp e cto a lo s de lo s dem ás g rie g o s; la fo rm a e n -on lo s
re la c io n a c o n d e n o m in a c io n e s de fiestas d e l tip o te stim o n ia d o e n m ic é n ic o ’5; e vi­
d en tem en te tuvo lu g a r u n d e sa rro llo p o stm ic é n ic o , q u e, sin em b argo , d eb ió de ser
a n te rio r a la m ig ra c ió n de los jo n io s a A sia M e n o r a p rin c ip io s d el m ile n io , p o rq u e
sólo de esta fo rm a se p u ed e e x p lica r la id e n tid a d d el n ú c le o o r ig in a rio c o n el ático ;
tal c o n c lu s ió n sirve al m ism o tie m p o p a ra las fiestas c o m u n e s im p o rta n te s , co m o
A p a tu ria s, A n te ste ria s, T a rg elia s. T a m b ié n re su lta cla ro el carácter c o m ú n d ó r ic o -
g rie g o n o ro c c id e n ta l d el n o m b re de m es Apéllalos, m ie n tra s que la fiesta y el m es de
las C a rn e a s se c o n s id e ra n e sp e c ífic a m e n te d o r io s 16. L a c o n fig u r a c ió n d ecisiva d el
o r d e n d e l c a le n d a rio , d ad o e n lo s n o m b re s de lo s m eses, d eb e de re m o n ta rse p o r
tanto al m en o s a la ép o ca p ro to m ic é n ic a . S ie m p re se deb e c o n tar c o n cam b ios p o s ­
te rio r e s y ta m b ié n c o n a d a p ta c io n e s y e q u ip a ra c io n e s u lte rio r e s . L o s n o m b re s de

8 Véase V 2 . 2 , n. 3 2 .
9 Véase VI 1 . 4 ·
10 Véase V 2 -5 ·
11 Véase V 2 . 2 , nn. 5· 2 5 -
12 M . P. N ilsson, « D ie älteste griechische Z eitrechn ung, A p o llo n u n der O r ie n t » , ARW 1 4 ( 19 11),
PP* 4' 3 3 ~ 4'4'8 = Op. I p p . 3 6 - 6 1 ; Die Entstehung und religiöse Bedeutung des griechischen Kalenders, 19 18 , 2I 9 6 2 ;
Primitive Time-Reckoning, 1 9 2 0 .
13 H es. Erga 5 0 4 .
14- Véase I 3 -6 . n. I; Doc. pp. 3 0 4 s . [cfr. F. A u r a jo r r o , Diccionario Micénico I, 1 9 8 5 , ss.uu.].
15 Véase I 3·6> nn. 3 1 - 3 2 ; los nom bres de meses proceden del genitivo plural de las denominaciones
de las fiestas en -ia, con alteración del acento (por ej. Anthesterión mén - Anthesterión); Schyzer, p. 4 8 8 .
16 J . Sarkady, « D ie Ionischen Feste u nd die Ionische U rgesch ich te», Acta Classica Univ. Scient. Debrec. I
( 1 9 6 5 ) , pp· 1 1 - 2 0 ; «H eortologisch e Bem erkungen zur D orischen U rgesch ich te», ibid. 5 (19 6 9 ),
pp. 7 - 1 9 ; sobre el origen del calendario griego «Festsetzung der M onatsnam en», ibid. 8 (19 7 2 ), pp.
3 - 9 . Sobre Apellaîos Burkert, RhM I l 8 (1975)» PP· 8 s .
2.2. FIN DE AÑO Y AÑO NUEVO BOV

m eses sie m p re p o d ía n m o d ific a rse sim p le m e n te p o r d e c isió n p o p u la r . A p a r tir de


fin a le s d e l sig lo iv s u rg ió la c o stu m b re de to m a r lo s n o m b r e s d e lo s m eses de lo s
m o n a rca s en lu g a r de to m arlo s de lo s dioses o lím p ic o s, lo que fin a lm e n te ta m b ié n
J u l i o C é sa r y A u gu sto tra je ro n a n u e stro c a len d a rio .

% F in d e A ño y A ñ o N u e v o

E l sign ificad o y el d esa rro llo de u n a fiesta p u e d e n ser expresados p o r y p a ra los p a r ti­
cipantes de tres fo rm a s d iferen tes, p o r así d e c irlo , en u n trip le « c ó d ig o » ; d e sc rib ir
desde fu e ra lo que « s e h a c e » en u n a su cesió n de p u rific a c io n e s, p ro c e sio n es, s a c r i­
fic io s, danzas y ago n es es el p ro c e d im ie n to m ás c o n scien te y, p o r tan to , el más t a r ­
d ío ; m ás sim p le es la e n u m e ra c ió n de lo s h é ro e s y dioses que, u n o tras o tro , re c ib e n
h o n o re s; u n a lista aparen tem en te escasa, que, sin em b argo, o frece u na g ra n cantidad
de relacio n es a aquél que está fam iliarizad o c o n la len gu a d el p o liteísm o ; p o r ú ltim o ,
se n a r r a n h is to ria s , m ito s e tio ló g ic o s , q ue h a c e n re fe r e n c ia a la fie sta ; a m e n u d o
p a re c e n bastante a rb itra rio s, « tr a íd o s p o r los c a b e llo s» p e ro , n o ob stante, re fle ja n
c o n fre c u e n c ia a m p lias c o rre la c io n e s, so b re to d o p o r q u e su rg e n de la e x p e rie n c ia
festiva de lo s p a rtic ip a n tes. E l in té rp re te m o d e rn o , p o r su p arte , in te n ta rá re c o g er
en su p r o p ia le n g u a las te n sio n e s p síq u ica s y la d in á m ic a so c io ló g ic a d e l a c o n te c i­
m ie n to festivo. P ero se debe ten er p resen te q u e, p o r en cim a de todas las m a n ife sta ­
cio n es organizadas y d escribibles de u n a fiesta, p revalece u n a cierta atm ósfera, c o m o
u n p e rfu m e p re ciso , que se conserva in o lvid a b le en el á n im o de aqu ellos que lo h a n
e x p e rim e n ta d o , p e r o q u e d ifíc ilm e n te p u e d e d e s c rib irs e ; e n to d o caso, se p o d r ía
in te n ta r c irc u n sc rib irlo a través de las diversas fo rm a s c o n que se com u n ica.
S ó lo se p u e d e n p re se n ta r a q u í a lg u n o s e je m p lo s d e la g r a n c a n tid a d de fiesta s
griegas. L a fiesta m ás im p o rta n te de la ciu d ad es, según u n a an tigu a tra d ic ió n o r ie n ­
tal, la de añ o n u e v o . P u esto q u e las fiestas p rin c ip a le s d e b e n c a er en las pausas d e l
añ o a g r íc o la 1, hay d os m o m e n to s p o sib le s p a r a el a ñ o n u e v o ; o en p rim a v e ra o al
té rm in o de la siega de las m ieses. E ste es el caso de A te n a s: el a ñ o co m ien za c o n la
fiesta de las Panateneas en el m es H ec a to m b eó n , en to rn o a ju lio .
E l n uevo a rc o n te , en cu an to to m a p o se sió n de su cargo , p ro c la m a « l o que ten ía
antes de to m a r p o se sió n d el cargo y eso es lo q u e d eb erá co n servar y m an te n er hasta
el fin a l de su m a n d a t o » 2; se a n u n c ia la am n istía legal y al m ism o tiem p o se lim ita a
la d u r a c ió n d e l a ñ o . A s í, lo s p ro c e s o s p o r a sesin ato n o p o d ía n p o s p o n e rs e de u n
a ñ o al s ig u ie n te 3. E n t r e n u e vo y v ie jo se a b re u n a fr a c t u r a , q u e el r itu a l m a rc a y
p o n e e n ju e g o . E n B a b ilo n ia , el rey, al in ic io d el añ o , es co m pletam en te d estitu id o,
h u m illa d o y, fin a lm e n te , en tro n iza d o de n u e v o 4.
E n A ten as, em pieza el ciclo de las fiestas, q u e señ alan el fin antes d el nuevo p r i n ­
c ip io , ya d os m eses antes de las P an aten eas. S e deb e p r o c e d e r a la p u r ific a c ió n d el
sa n tu ario cen tra l de A te n e a Poliás, al « o r n a t o » y al « la v a d o » ; se c ele b ran los Kallyrt-

1 A rist. E N I l 6 oa 2 3 - 2 8 .
2 A rist. Af/i. pol. 5 6 , 2 .
3 A n tiph o 6 , 4 2 ; 44 -·
4 A N ET 3 3 4 .
3o8 5. POLIS Y POLITEÍSMO

téria y los Plyntéria5. L as m u jeres de u n a fa m ilia n o b le, lo s P raxiérgid as, se e n cargan de


e llo : le q u ita n el o rn a to a la an tig u a im a g e n de cu lto d el E re c te io n , in c lu so el ve s­
tid o , y la c u b re n c o n u n a te la 6. E n to n c e s se ce le b ra u n a p ro c e s ió n , p a ra lle v a r lo s
vestid os al lavad ero y e lim in a r la su cied ad ; d elan te de la p ro c e s ió n se lleva u n p astel
de h igo s, « p o r q u e éste fu e el p r im e r a lim e n to civilizado , que los h o m b re s d egu sta­
r o n » 7; se cuen ta adem ás q u e, tras la m u erte d e la h ija de C é c ro p e , A g la u ro , la p r i ­
m era sacerd o tisa de A te n a s, n o se lavó n in g ú n vestid o d u ra n te u n añ o e n te r o 8. A s í
se re c u e rd a la m u erte y la épo ca an tigu a y, al m ism o tiem p o , se m ira h acía el fu tu ro ,
h acia u n p rin c ip io c o n a lim en to « c iv iliz a d o » , au n q u e el h ig o , co n to d a su d u lzu ra,
c o m p o rta sie m p re algo p rim itiv o , o scu ro e in c lu so o b sc e n o . A s í, el o rd e n h a b itu al
de la vid a se in te rru m p e ; ese d ía la d iosa n o está a d isp o sic ió n de su ciu d ad . P o r ello,
se c o n sid e ra u n d ía aciago (apophrds)9; p a ra su desgracia, A lc ib ia d e s regresó a A te n a s
p re cisa m en te ese día.
A l p r in c ip io d e l m es s ig u ie n te tie n e lu g a r la m is te rio s a fie sta n o c t u r n a d e lo s
Arrhephória-, c o n ella con clu ye el servicio sacerd o tal de dos m uchach as, las A r r é fo r o s ,
q ue h a n h a b ita d o d u ran te casi u n añ o e n la A c ró p o lis .

Se colocan sobre sus cabezas lo que la sacerdotisa de A ten ea les da p ara que lleven
y n i la que lo da sabe qué es, n i lo saben las que lo llevan. H ay u n recin to en la
ciudad de la llam ada A fro d ita en los Ja rd in e s y a través de él hay un a bajada su b ­
te rrá n e a n a tu ra l; p o r a llí b a ja n las jó v e n e s . A b a jo d e jan lo que llev an y co gen
otra cosa que llevan enteram ente cubierta. Entonces a éstas las dejan ya m archar y
llevan a otras jóven es a la A cró p o lis en lu gar de ellas10.

L o q ue se llevaba e n las cestas (kístai) cerrad as y lo que se llevaba en cim a c u b ierto sólo
se p u e d e a d iv in a r ; A r r é f o r o s p a re c e q u e r e r d e c ir « p o r t a d o r a d e r o c í o » , d o n d e
« r o c í o » a lu d e al m ism o tie m p o a la fe c u n d a c ió n y a u n a n u e va g e n e r a c ió n . L a s
excavacio n es en la p e n d ie n te n o rte d e la A c r ó p o lis 11 h a n sacado a la lu z u n a e m p i­
n ad a escalera —q ue o rig in a ria m e n te , e n la ciu d ad ela tard o m ic én ic a, c o n d u cía a u n a

5 AF, pp. 1 7 - 2 2 (es errónea la asociación con la procesión de Palas, véase II 4 , n. 4 3 )i sigue siendo
una cuestión abierta la fecha exacta: el hecho de que, según el calendario de Nicóm aco, el día 2 9
de Targelión se hiciera donación de una « te la » a Atenea (LSS 10 A 5) pareció confirm ar la h ipó ­
tesis de esta fecha, pero las múltiples reuniones de la asamblea celebradas en ese día se oponen a
esta tesis. Mikalson (véase V 2 . 1 , n. 4 ), pp. 1 6 0 - 1 6 4 . E l calendario de T ó rico (véase V I , n. 6) cele­
bra las Plinterias en « E s c ir o f o r ió n » . C fr. tam bién L . K o e n en , « E in e Hypothesis zur Au ge des
Euripides u nd tegeatische Plyn terien », ZPE 4 ( 1 9 ^ 9 ) 1 ΡΡ· 7 - I &·
6 Plut. Ale. 3 4 , I.
7 Paus. A tt. eta I Erbse; sobre el higo, Ath . 78 bc; Rohde II, p p . 4 0 6 s .
8 Phot. s.v. Kallyntéria kaï Plyntéria T h eo d o rid is; Anécdota Graeca I, 2 7 o * I Bekker.
9 Plut. Aie. 3 4 , I.
10 Paus. I, 2 7 » 3 (trad, de M . G. H errero Ingelmo, 1 9 9 4 ) ; Λ F, pp. 9 “ I 7 (es errónea la relación con las
Tesm oforias); Burkert, Hermes 9 4 ( 1 > PP· !~25 (trad, it.: « L a saga delle C ecropidi e le A rr e fo -
ria: dal rito di iniziazione alia festa delle Panatenee», en M . Detienne [e d .], II mito. Guida storica e critica,
1 9 75 ) PP· 2 5 - 4 9 ); H N, pp. 1 6 9 - 1 7 3 . L a fecha puede determ inarse con toda probabilidad p o r el
hecho de que, según el calendario de Nicóm aco (LSS IO A 2 0 ; integraciones de S. Dow), el día 2 se
ofrecían sacrificios a Atena, a Curótrofo y a A glauro, y, según el calendiario de Erquias, LSCG 18 , a
Curótrofo, Atenea Políade, Aglauro, Zeus Polieúsy Posidón (¿=Erecteo?) el día 3 de Esciroforión.
11 O . Broneer, Hesperia I ( 1 9 3 2 ) , pp. 3 ! - 5 5 ; 2 ( l 9 3 3 ). PP· 3 2 9 - 4-17 : 4 ( l 93 5 ). PP· I O 9 -18 8 ; P. Brulé,
La fdle d Athènes, 19 8 7* PP- 9 3 “ 9 5 ·
2.2. FIN DE AÑO Y AÑO NUEVO 3O9

fu en te —y, e n las rocas de la ve rtien te este, u n p e q u e ñ o san tu ario de E ro s ; hasta a q u í


se p u ed e seg u ir el cam in o de las A rr é fo r o s . E l rito aparece refle ja d o en el m ito de las
h ija s d e C é c r o p e ia, el p r im e r rey de la c iu d a d ela a ten ien se, q u e era m e d io s e r p e n ­
tin o : A te n e a e n treg ó a A g la u ro , a H e rse y a P a n d ro so u n a kiste c o n la p r o h ib ic ió n
expresa a cada u n a de ellas de a b rirla ; p o r la n o ch e , en ausencia de A te n e a , les ven ce
la c u rio s id a d : A g la u ro y H erse d esc u b ren e n la cesta al m iste rio so h ijo de H efesto ,
E r ic t o n io , y e n ese m ism o m o m e n to u n a o d os s e rp ie n te s s a le n de la cesta y las
m u ch ach as, ate rro riz ad a s, se p re c ip ita n d esd e la p e n d ie n te n o rte de la A c r ó p o lis y
e n c u e n t r a n la m u e r te . A llí, al p ie d e l d e s p e ñ a d e ro , se e n c u e n tra el s a n tu a rio d e
A g la u ro ; P an d ro so , que a su vez lleva el « r o c ío » (drósos) e n el n o m b re y que en el m ito
q u ed a lib r e de cu lp a , tie n e su re c in to d ela n te d e l E re c te io n , d o n d e cre ce el o liv o
sa g ra d o ; b a ñ a d o de r o c ío , e n c a rn a la c o n tin u id a d d e l o rd e n de la p o lis 13. E n este
o r d e n se in clu ye ta m b ié n el servicio , de casi u n año de d u ra c ió n , de las m uchach as
que ta m b ié n e m p ie z a n a te je r el p e p lo de las P a n a te n e as. E n las kístai estab an q u iz á
só lo lo s re sto s d e la lim p ie z a de la lá m p a ra de A te n e a (q u e p e r m a n e c e e n c e n d id a
d u ra n te el añ o e n te ro ): lan a y aceite; el m ito co n vierte las cosas m ás sim ples en s ím ­
b o lo s de lo in a u d it o : c o n la n a se lim p ió A te n e a el m u slo d e l sem e n d e H e fe sto y
lu ego la tiró al su elo , de d o n d e n ació E r ic t o n io 14. N i la sacerd o tisa de A te n e a n i las
m uchach as d eb en saber de d ó n d e p ro v ie n e el n iñ o secreto en el ám b ito d e la v ir g i­
n id a d , p e ro su cam in o n o c tu rn o las lleva a A fr o d ita y a E ro s. L a serp ien te p erten ece
a A te n e a , a te rra d o ra y sin em bargo « fa s c in a n te » ta m b ié n en el sen tid o d e la fe c u n ­
d a ció n fálica ; se d ice y se cree que es u n a a p a ric ió n de E r ic t o n io - E r e c t e o 15.
N o estaba p e rm itid o llevar cabras a la A c ró p o lis , p o rq u e la cab ra es en em ig a d e l
o livo , excepto u n a vez al añ o p ara el « n e c e s a r io » s a c r ific io 16. E s obvio v in c u la r esta
e x c e p c ió n c o n la fiesta de lo in a u d ito , las A r r e fo r ia s . L a m u e rte m ítica d e m u c h a ­
chas y el sa crific io de cabras tam b ién están re la cio n a d o s en tre sí e n otros lugares. D e
la víctim a q u ed a la p ie l, del sa crific io de la cab ra (aîx), la égida (aigís), la capa de A t e ­
nea, de la que em an a u n te rr o r p á n ic o 17 ; segú n el m ito , A te n e a regresa ju sto cu an d o
las h ija s de C é c ro p e h a n a b ierto la kiste y se h a n p re cip ita d o a su m u erte.
N u eve días d esp u és, el 1 2 de E s c ir o fo r ió n , se cele b ra la fiesta de las E sciras c o n
u n a c u rio s a p r o c e s ió n : b a jo u n p a lio « la s a c e rd o tisa de A te n e a , el sa ce rd o te d e
P o sid ó n y el de H e lio se d irig e n desde la A c ró p o lis a u n lu gar, q u e se lla m a E sc iro ;
lo s E te o b ú ta d a s lle v a n el p a l i o » 18. L o s E te o b ú ta d a s s o n lo s m ie m b ro s d e la n o b le
estirp e ática q ue ta m b ié n p ro c u r a n la sacerd o tisa de A te n e a y el sacerd o te de E r e c -

12 PR I, pp. 1 9 9 s·; II, pp. 1 3 7 - 1 4 0 ; B . Powell, Erichthonius and the three daughters o f Cecrops, 1 9 0 6 ; sobre las
pinturas vasculares: M . Schm idt, AM 8 3 (19 6 8 ) , pp. 2 0 0 - 2 0 6 ; U . K rö n , L IM C s.v. Aglauros, Herse,
Pandrosos I (19 8 1), pp. 2 8 3 - 2 9 8 . M . G . A sto ur, Ugaritica 6 (19 6 9 ), pp. 9 - 2 3 > revela u n curioso para­
lelo ugaritico.
13 Véase II 5 . η · l 8 ; el santuario de A glauro es el lugar del juram ento de los efebos, cfr. R . M erkel-
bach, ZPE 9 ( 1 9 7 2 ) , pp. 2 7 7 " 2 8 3 ·
14 HN, p. 1 7 1 ; véase III 2 .4 » n n · 4 4 "4 5 ·
15 Paus. I , 2 4 , 7 - Sobre la relación entre Erictonio y Erecteo, HN, p p . 16 8 ; 17 6 .
16 V arro De re rust I, 2 , 2 0 .
17 Véase III 2 · 4 > η · Ι 9 ·
18 Lisim achid. FGrHist 3 6 6 F 3 ; AF, pp. 4 θ “ 5 ° (es errónea la asociación co n las Tesm oforias); HN,
pp. 1 6 1 - 1 6 8 .
310 5. POLIS Y POLITEÍSMO

teoi el an cestro de la estirpe, B u tes, se c o n sid e ra h e rm a n o de E re c te o 19. E l lu g a r lla ­


m ad o E s c iro , u n re c in to de h é ro e s, se e n c u e n tra fu e ra de la ciu d ad , e n el ca m in o a
E le u s is ; n o le jo s de a llí h a y u n s a n tu a rio d e D e m é t e r y C o r e , d o n d e ta m b ié n se
v e n e ra a A te n e a y a P o s id ó n 20: e v id e n te m e n te ésta es la m eta de tales p ro c e s io n e s ;
A te n e a y P o sid ó n so n a q u í h u ésp ed e s de las d iv in id a d e s e leu sin ia s. E l sa cerd o te de
E recteo y el de A te n e a n o van ese día a « s u » tem p lo e n la A c ró p o lis, sin o le jo s de él,
m ás allá de lo s c o n fin e s de la c iu d a d ; n o se trata de u n a p ro c e s ió n (pompé) n o rm a l,
sin o d e u n « a le ja m ie n t o » (apopompé): la d io sa de la ciu d a d y el p r im e r rey, r e p r e ­
se n ta d o s p o r sus sa ce rd o te s, a b a n d o n a n la c iu d a d e la y la c iu d a d . L e s a c o m p a ñ a n
o tro s m ie m b ro s de su estirp e lle v a n d o la « p i e l de c a rn e ro de Z e u s » , q u e se u tiliz a
p ara la p u r ific a c ió n de lo s q ue se h a b ía n m an ch ad o c o n el a sesin ato 21. L a p ro c e s ió n
h a c ia E le u sis a p a re c e e n e l m ito c o m o e l c a m in o to m a d o p o r E re c te o e n la lu c h a
c o n tra lo s e leu sin io s co m an d ad o s p o r E u m o lp o , en la que el re y e n c o n tró su m iste ­
r io s o fin a l. « E s c i r o » se in t r o d u c e c o m o a d iv in o d e lo s e le u s in io s q u e cayó e n la
batalla y q ue, c o n su tu m b a, d io n o m b re al lu g a r; la esposa de E re cte o fu e in stitu id a
com o p rim e r a sacerd o tisa de A te n e a , seg ú n E u ríp id e s en su d ram a Erecteo22. E l m ito
da p o r tanto a esta apopompé la in te rp re ta c ió n m ás ra d ic a l: a m itad d el m es, antes d el
fin d el a ñ o , se celeb ra la m u erte del rey.
Las E sciras so n u n a fiesta esp ecial p ara las m u jeres de A ten as: es u n o de lo s p o co s
días d el añ o e n que p u e d e n a b a n d o n a r la re c lu s ió n d el gin eceo y re u n irse , e n v irtu d
de u n a a n tig u a c o stu m b re . D e s a r r o lla n su p r o p ia o rg a n iz a c ió n ; p r e s id ir la s es u n
g r a n h o n o r . A lo s h o m b re s to d o e llo les re su lta in q u ie ta n te ; A ristó fa n e s d e sc rib e
c ó m o la s m u je re s en esta o c a s ió n u r d ie r o n u n c o m p lo t p a r a to m a r el p o d e r d e l
estado p o r m e d io de la « A sa m b le a de las m u je r e s » 83. E l o rd e n p a tria rca l de la casa
se disuelve e n el m o m en to en q ue d esap arece la m ás alta a u to rid a d de la ciu d ad ela.
L a s dem ás p u r ific a c io n e s y s a c r ific io s d e l d ía n o se d e s c rib e n . L a p a la b ra skíros
p arece sig n ific a r algo así com o « t ie r r a b la n c a » ; se d ecía que u n a vez T eseo, antes de
d eja r A te n a s, h ab ía fab rica d o y llevado a llí u n a estatua de A te n e a de « y e s o » 24. O tras
alu sio n es se re fie r e n a ju e g o s de d ados y a d e se n fre n o en el lu ga r llam ad o « E s c i r o » .
D o s d ías d esp u és tie n e lu g a r e n la A c r ó p o lis a b a n d o n a d a el s a c r ific io de to ro
m ás c o m p le jo y e x tra ñ o d el a ñ o , la « m u e r t e de la r e s » (Bouphónia) , e n h o n o r d el
« Z e u s de la c iu d a d » (D ñPolieí); ya e n A ristó fa n e s las Dípolias p o d ía n citarse p r o v e r ­
b ia lm e n te p a ra in d ic a r u n a co stu m b re a n tic u ad a y a b su rd a 25. L as rarezas e m p ie z an
c o n el h ech o de que el a n im a l d eb ía eleg irse a sí m ism o p a ra el s a c r ific io : u n a serie
d e reses s o n c o n d u c id a s e n t o r n o a l a lta r d o n d e se h a n c o lo c a d o o fr e n d a s de
g r a n o : el a n im a l q ue e m p ieza a c o m e r d e l « a lim e n t o s a g r a d o » , es ab a tid o e n ese
lu g a r c o n el h a ch a . S e g ú n la le y en d a , fu e la ir a e sp o n tá n e a de u n p ia d o so c a m p e ­
s in o fr e n te a ta l p r o f a n a c ió n la q u e cau só la p r im e r a « m u e r t e de u n a r e s » . S in

19 T oep ffer, pp. I 1 3 - 1 3 3 .


20 Paus. I, 36 , 4 ; 37, 2 .
21 Paus. A tt. delta l 8 Erbse.
22 E u r. Erechtheus fr. 3 7 o * 9°~ 97 K annich t; Pi? II, pp. I 4,° - I 4,3 » ΉΝ, pp. 1 6 6 - 1 6 8 .
23 LSC G 3 6 , 1 0 - 1 2 ; A ristop h . EccI. 1 8 ; H N, pp. 1 6 6 - 1 6 8 .
24 Schol. Paus, i, i, 4 Sp iro . Sobre la fu n ció n del yeso, esto es, una mezcla de cal «p ara enlucir los
pozos y cubrir las sem illas», véase Bru m field (1 9 8 1 ), p. 17 3 ·
25 A ristop h . Nub. 9 8 4 s. ; AF, pp. I 5 8 - i 7 4 > C o o k III, pp. 57 0 - 6 θ 5 ; HN, pp. 1 5 3 - 1 6 I ; texto principal:
T h eo p h r. en Porph. Deabst. 2, 2 8 -3 O = fr. 5 8 4 Fortenbaugh.
2.2. FIN DE AÑO Y AÑO NUEVO SH

e m b a rg o , este g o lp e m o rta l s ig n ific a c u lp a : el « v e rd u g o de la r e s » tira el h a ch a y


h u y e ; lo s dem ás d e sm ie m b ra n la víctim a y c e le b ra n u n b a n q u e te . A c o n tin u a c ió n
tie n e lu g a r, e n u n to n o bastante b u rle sc o , u n ju ic io e n el P rita n e o p a ra estab lecer
la cu lp a de la m u erte de la res. E l « v e r d u g o » h a d esap arecid o , p e ro los dem ás p a r ­
tic ip a n te s se e ch a n la c u lp a u n o s a o tro s : las p o rta d o ra s de agu a c u lp a n a los q u e
a fila n el h ach a y el c u c h illo , éstos, a l q u e h a e n tre g a d o e l h a ch a , éste, al m a ta rife ,
éste a su vez cu lp a al c u c h illo , q ue, fin a lm e n te , co m o es m u d o , es a rro ja d o al m a r .
L a p ie l de la res se re lle n a , se levanta la res, u n c id a a u n arad o : a través de la « r e s u ­
r r e c c ió n » el asesin ato q u ed a a n u la d o .
K a r l M e u li ha d em o stra d o q u e tales « c o m e d ia s de la in o c e n c ia » , c o n los s e n ­
tim ie n to s de cu lp a q ue e x p re sa n , s o n algo m u y a n tig u o q ue se re m o n ta a la é p o ca
de lo s c a z a d o re s26. O tra s h ip ó te s is su scitad as p o r h is to r ia d o r e s de las r e lig io n e s ,
seg ú n las cuales este to ro sería real u o rig in a ria m e n te e l p r o p io dios o u n tótem , el
e sp ír itu d e la v e g e ta c ió n o el rey, a p o rta n m ás m ito lo g ía a d ic io n a l q u e a c la ra c ió n .
L a m u e rte de la v íctim a , c o m p o n e n te n a tu ra l de to d o s a c r ific io a n im a l, se r e p r e ­
sen ta a q u í de tal m a n e ra que se crea u n a a tm ó sfera de lo sin ie stro , de c u lp a b ilid a d ,
q ue p re c isa m e n te tie n e lu g a r el ú ltim o m es d el a ñ o . E ste s a c r ific io está m u y r e la ­
c io n a d o c o n las E s c ira s de m ú ltip le s fo r m a s : s o n lo s m ie m b r o s de u n a f a m ilia
e leu sin ia , lo s G é ric e s, los q u e llevan a cabo la « m a ta n z a de la r e s » , d espués de q u e,
d os d ías an tes, E re c te o y A te n e a h ayan p a r tid o h a cia E le u s is ; ad em ás, lo s G é ric e s
a firm a n q ue el o r ig e n de su estirp e se re m o n ta a H e rm e s y a u n a h ija d e G é c ro p e ,
H e r se , m ie n tra s q u e el h ie ro fa n te , de la e stirp e de E u m o lp o , es u n h u é sp e d p e r ­
m a n e n te e n el P rita n e o a te n ie n se . A te n a s y E le u sis p a r tic ip a n ju n ta s e n u n r itu a l
de in v e rsió n y d is o lu c ió n .
L a d is o lu c ió n , e sc rib e P la t ó n 27, n o es m e n o s b u e n a n i n e c e s a ria q u e el n a c i­
m ie n to de lo n u e v o ; p o r e llo q u e ría d e d ica r e n su c iu d a d el ú ltim o m es d el añ o al
d io s d e l m u n d o s u b te rr á n e o , P lu t ó n . E l h o r r o r d e la d e s tru c c ió n d e la v id a se
d em u e stra en el r ito ; las p erso n a s q u ie re n d istan ciarse m ed ia n te la h u id a y la l ib e ­
ra c ió n de la cu lp a y, sin e m b a rgo , co m o m u estra la le y en d a e tio ló g ic a de u n m o d o
p a r a d ó jic o e im p r e s io n a n te , la ú n ic a fo r m a de s u p e ra c ió n es la re p e tic ió n c o n la
p a rtic ip a c ió n de to d o s; así, la « m a ta n z a » es al m ism o tiem p o a firm a c ió n de la c iu ­
dad, en h o n o r de Z e u s, el se ñ o r de la ciu d ad .
L a lu n a n u e va tra e c o n sig o u n n u e vo p r in c ip io ; p r im e r o , el sé p tim o día de
H e c a to m b e ó n tien e lu g a r la « H e c a to m b e » e n h o n o r d e A p o lo , que da n o m b re al
m es; se c u e n ta q u e e l d ía 8 T e seo re g re só a A te n a s 28. E l 1 2 se c e le b ra o tra vez u n a
fiesta d e la in v e r s ió n y d el in te rc a m b io de p ap e le s: la fie sta de G r o n o , las Krónia 29.

26 M euili passim; sobre las Bufo nias, pp. 2 7 5 “ 2 7 7 ·


27 Plat, Leg. 8 28 c d .
28 AF, p. 2 0 1 : Plut. Thés. 1 2 , 2 , cfr. n. 2 4 .
29 GF, pp. 3 5 - 4 0 ; AF, pp. 152 - 15 5 : en Cidonia, en la isla de Greta, lo s esclavos pueden fustigar a los
hom bres libres, Ep h o r. FGrHist 7 0 F 2 9 . D urante la fiesta de las Pelória en h o n o r de Zeus, en Tesa­
lia, se sueltan las cadenas de los prisioneros, Bato FGrHist 2 6 8 F 5 · M . Pohlenz, « K r o n o s und die
T ita n e n » , N Jb 3 7 ( 1 9 1 6 ) , pp. 5 4 9 - 5 9 4 ; U . von W ila m o w itz-M o e lle n d o rff, « K r o n o s und die
T ita n e n » , SBBerlin, I 9 2 9 , pp. 35~53 = Kl.Sehr. V 2 , I9 71* PP· I 5 7 - I ^ 3 » han buscado en C ro n o u n
dios pregriego (véase III 3 . 2 , n . 1 9 ) ; Nilsson, GGfi, p p . 5 1 0 - 5 x 6 , entiende a G ron o, a causa de la
hoz, como u n dios de la cosecha, en contra, West, pp. 217 s· A lta r y templo: Philochor. FGrHist 3 2 8
F 9 7 ; Paus. I, 18 , 7.
5. POLIS Y POLITEÍSMO

A q u í q u ed a e n suspen so el ríg id o o rd e n de la so cied ad p e ro de u n a fo rm a d ife re n te


a la d e las E s c ira s : lo s esclavo s, n o r m a lm e n te p riv a d o s de d e re c h o s, o p r im id o s y
m a ltra ta d o s, s o n in v ita d o s a la m esa p o r sus se ñ o re s p a ra u n o p u le n to b a n q u e te ;
tam b ién se les p e rm ite d eam b u lar p o r la ciu d ad , g rita n d o y h acien d o ru id o . A d em ás
debe hacerse u n sa crificio o fic ia l; de h ech o G ro n o com parte tem plo y altar c o n R ea.
G ro n o rep resen ta el p e río d o que p re ce d e al o rd e n establecido p o r Z eu s; en re la c ió n
c o n el m ito de las edades, lleg ó a ser so b e ra n o de la ed ad de o r o 3“ . E l d o m in io y el
tra b a jo , las o b lig a cio n es de la vid a c o tid ia n a actual n o existían « to d a v ía » ; así, en su
fiesta, se re gresa a u n a ép o ca p rim ig e n ia id e a l q u e, p o r su p u esto , n o p u e d e d u ra r.
E n algun as ciu d ad es jo n ia s se u tiliz a el n o m b r e de m es G r o n ió n e n lu g a r d e l ático
E s c ir o fo r ió n ; e n A te n a s se p ro d u c e u n a d u p lic a c ió n de lo s m otivo s q u e p o n e n de
relieve el con traste en tre d iso lu c ió n y n u evo p rin c ip io c o n aspectos cam bian tes.
S ig u e , el 16 de H e c a to m b e ó n , la fiesta de las Synoíkia31, que se celeb ra e n c o n m e ­
m o ra c ió n d e l synoikismós llev a d o a cabo p o r T e seo , la a g ru p a c ió n d e to d o s lo s p u e ­
b lo s á tico s e n u n a c o m u n id a d c iu d a d a n a . S e c e le b r a u n s a c r ific io e n h o n o r de
Eirérte, la paz, y se lleva a cabo p re cisa m e n te e n la ciu d a d ela ; la p o lis q u ed a de n u evo
c laram en te p e rfila d a , m u je re s y esclavos vu e lv e n a q u ed a r c o n fin a d o s d e n tro de sus
lím it e s .
P o r ú ltim o , están las fiestas d el d ía de n a c im ie n to de la ciu d ad , las Panathénaia 32.
E sta fie sta carece de to d o lo e x tra ñ o , n o c t u r n o , s in ie s tr o o b u r le s c o de las fiestas
a n te r io r e s ; se m a n tie n e u n lu m in o s o e s p le n d o r c o m o el d el fr is o de m á r m o l d el
P a rte n ó n . D e sd e 5 6 6 a p ro x im a d a m e n te se c e le b ra n cada cu atro añ os las « G r a n d e s
P a n a te n e a s » c o m o a g ó n p a n h e lé n ic o ; p e r o lo s e le m e n to s fu n d a m e n ta le s d e la
fiesta, p ro c e s ió n sa c rific ia l y a gó n , s o n ta m b ié n p r o p io s de las « p e q u e ñ a s » P a n a ­
teneas a n u ales. E l p re lu d io lo con stitu ye u n a fiesta n o c tu rn a (pannychís); al a m a n e ­
c e r se va a b u sc a r fu e g o n u e v o , q u e se llev a e n u n a c a rre ra c o n a n to rc h a s d esd e el
b o sq u e c illo de A c a d e m o fu e r a de la c iu d a d 33, d o n d e se c ele b ran a la vez sa c rific io s
a E r o s y a A te n e a , a través d el á g o ra , h asta e l a lta r de A te n e a e n la A c r ó p o lis . A la
p u e rta d e l D íp ilo n , d o n d e el c a m in o de E le u sis d esem b o ca e n la ciu d a d , se fo rm a
la g r a n p r o c e s ió n q u e el f r is o d e l P a r t e n ó n h a in m o rta liz a d o c o n im p e r e c e d e r a
b e lleza. T o d o s lo s m ie m b ro s de la c o m u n id a d tie n e n su lu g a r, lo s jó v e n e s jin e te s y
los ven erab les a n cian o s, las m uchach as c o n los ú tiles p ara el sacrific io , las cestas y las
ja r r a s ; d esp u és, lo s a n im a les p a ra e l s a c r ific io . Y a e n las p eq u e ñ a s P a n a te n e as hay
sa c rific io s p a ra A te n e a Hygieia y o tro s, e n lo s q u e to m a n p a rte to d o s lo s fu n c io n a ­
rio s, lo s p ríta n o s , lo s arco n tes, lo s estrategos, d espués se m atan m ás de c ie n ovejas y
vacas e n el « g r a n a lt a r » y se re p a r te la c a rn e a to d a la c iu d a d a n ía e n la p la z a d e l
m e r c a d o 34. E l acto c e n tra l d e la fie sta p r o p ia m e n t e d ic h a es an te to d o la e n tre g a
del n u e vo p e p lo al an tig u o xóanon de A te n e a Poliás-, las m u je re s de A te n a s h a n tra b a ­

30 C fr. Plat. Leg. 7 Ι 3 ^ ; sobre la isla de los bienaventurados, Hes. Erga I 73 a, Pind. 01. 2, JO, véase IV 2,
n. 3 9 [C fr. asimismo H . S. Versnel, <<GreekMyth and Ritual: T h e Case o fK r o n o s » , e n j . B rem ­
m er (ed.), Interpretations o f Greek Mythology, 19 ^ 7 ’ P P· I 2 I - I 5 2 ; A . Bernabé. Isimu 7 ( 2 0 0 4 ) , pp· 6 3 - 7 6 ] ·
31 AF, pp. 3 6 - 3 8 .
32 A F, p p . 2 2 - 3 5 ; pp* I 7 3 _ I 7 7 - Parke (2 ), pp. 2 9 “ 5 ° ; J - Neils (e d .)f Goddess and Polis. The Panathe-
naicfestival in ancient Athens, 1 9 9 3 ; ead. (ed.), Worshipping Athena. Panathenaia and Parthenon, 19 9 6 ·
33 Sobre H ecadem o-A cadem o véase IV 4 , η . 5 7 ? A th . 5 6 1e ; Schol. Soph. Oed.Col. J O I de M arco.
34 IG II~ IIF 3 3 4 = LSGG 3 3 B io s s . j cfr. AF, pp. 2 5 s.
2.2. FIN DE AÑO Y AÑO NUEVO SIS

ja d o ju n ta s e n él d u ra n te m eses; el m o tivo ic o n o g r á fic o tr a d ic io n a l b o rd a d o e n la


tela es la G ig a n to m a q u ia , re p resen tad a ta m b ié n e n el fr o n t ó n d e l tem p lo más a n ti­
gu o de A te n e a , c o n s tru id o en ép o ca de P isistra to . M ie n tra s e n el c e n tro d el f r is o
in t e r io r d el P a rte n ó n se re p rese n ta la en trega d el p e p lo , el fr o n t ó n o rie n ta l, so b re
él, m o strab a el n a c im ie n to de A te n e a en m e d io de lo s d io ses; p o r su p arte , la G e n -
ta u ro m a q u ia de las m eto p as e x te rio re s a p o rta v a ria c io n e s en el tem a d e la v ic to ria
so b re las fu erzas e x te rio re s a la civiliz a ció n : d e rro ta d e l in f e r io r , tr iu n fo d el s u p e ­
r io r , de esta m a n e ra , to d o p arece o c u p a r su lu g a r a p ro p ia d o .
E l agó n de las Panaten eas c o m p ren d e u n a fo rm a cu rio sa y an tigu a de c arrera de
carro s, que es u n a c o n tin u a c ió n directa de la lu c h a de carro s de la E d ad d el B ro n c e :
el apobátes, el salto d el g u e rre ro arm ad o d el c a rro en m arch a a g ra n ve lo cid a d segu id o
de u n a c a rre ra a p ie . E l in v e n to r de la c a rre ra de c a rro s c o n a tu e n d o de g u e rra es,
seg ú n la tr a d ic ió n , E r ic t o n io , el fu n d a d o r d e las Pan aten eas. E l m ito p u e d e o m itir
g en ero sam en te cóm o el n iñ o m ad u ra en la kiste hasta con vertirse e n h o m b re ; es s u fi­
cien te que el rey esté p resen te en la fiesta de las Pan aten eas c o n to d a su fu erza; c o n
u n salto g u e rre ro con sigu e la p ro p ie d a d de su tie rra . D e l m iste rio de la n o ch e de las
A r r é f o r o s , su rg e la a u to rid a d d el d ía . E sta es la fie sta d e añ o n u evo d e la p o lis de
A ten as y de su d io sa.
Se trata de u n c o m p le jo m u y a m p lio , q u e sin em b a rg o v ib ra a u n ritm o rico e n
sig n ific a d o . E s c ie rto q u e h ay algun as a g lo m e ra c io n e s fo rtu ita s (Skíra y Krónia, p o r
u n la d o , Hekatómbaia, Sjno íkia, Panathénaia, p o r o t r o , p a r e c e n c a si d u p lic a d o s ) ; la s
Bouphónia p u e d e n fa lt a r o r e p r e s e n ta r ella s so la s la fie s ta a n u a l, c o m o in d ic a e n
o tro s lu g a re s la existen cia de u n m es B u fo n ió n , p e ro su o r d e n n o es in te rc a m b ia ­
b le . A te n a s es la ciu d a d de A te n e a ; p e r o este cic lo de fiestas n o q u ed a lim ita d o p o r
esta c ir c u n s t a n c ia . S e p o n e e n m o v im ie n to casi u n O lim p o e n te ro d e d io se s y
varios h éro es: A ten ea, A g la u ro , P a n d ro so , C u r ó tro fo , E re cte o , A fr o d ita y E ro s, p a ra
e m p e z a r; A te n e a , P o s id ó n - E r e c t e o , A p o l o - H e l i o , D e m é t e r y C o r e , el h é r o e
E s c ir o p a r a las E s c ir a s ; Z e u s Polieús ; d esp u és, A p o lo , G r o n o , T e se o , Ir e n e y, p o r
ú ltim o , ju n t o a A c a d e m o y P a n d ro so , E re c te o y so b re to d o A te n e a , q u e está p r e ­
sente tan to al fin a l co m o al p r in c ip io . L a te n s ió n de la fiesta se expresa tam b ién e n
lo s a n im ales d estin ad o s al sa c rific io : cabra, c a rn e ro , to ro y, sólo al fin a l, el s a c r ifi­
cio n o rm a l de oveja y vaca. D iversas fam ilia s de p a tric io s p a rtic ip a n según el o rd e n :
P ra x ie rg id a s, E te o b ú ta d a s, G é ric e s y fin a lm e n te to d o s lo s m ag istrad o s d e m o c r á ti­
cam en te e leg id o s. A d em á s, existe la d im e n s ió n de c e n tro y lím ite , d e n tro y fu e r a :
de la A c r ó p o lis a E s c ir o , d e A c a d e m o a la A c r ó p o lis ; se v e n a fe c ta d o s lo s lím ite s
trazad os e n la so c ie d a d , las m u je re s, lo s esclavos y ta m b ié n lo s lím ite s de la vida e n
g e n e ra l, c o n m u e r te d e l re y , p r o c r e a c ió n , v ir g e n , n iñ o y E r o s . L o q u e falta, e n
c o n tra s te p o r e je m p lo c o n el m u n d o b a b ilo n io , es la e x te n s ió n a lo c ó sm ic o , la
cre a ció n d el m u n d o y la lu ch a co n el d ra gó n ; in clu so lo s G igan tes, n acid os de la t ie ­
r r a , s o n h o p lita s . S e d e s a r r o lla u n o r g a n is m o e n c ie r t o m o d o a n t r o p o m o r fo ,
ad ap tad o a la m e d id a y a la existen cia h u m a n a s .
E v id e n te m e n te , el n exo cen tra l de las A r r e fo r ia s , p asa n d o p o r las E scira s, h asta
las P an aten eas p arte d e la fig u r a d el p r im e r re y E re c te o ; el rito d e la ciu d a d , que se
h a c o n v e rtid o en m o d e lo de la d em o crac ia, p e rp e tú a u n re in o q u e en re a lid a d n o
h a b ría p e r d u r a d o e se n c ia lm e n te m ás a llá d e la é p o c a m ic é n ic a . E llo n o q u ie re
d e c ir q u e e l ciclo d e fiestas c o m o tal se re m o n te a la E d a d d el B r o n c e . L a re sta u ra ­
c ió n de la escalera d e las A r r é fo r o s e n el siglo X I, seg ú n h a n con statad o lo s a rq u e ó -
314 5. POLIS Y POLITEÍSMO

lo g o s 35, quizá p r o p o r c io n e u n a fe c h a p a r a la in s titu c ió n d e l r itu a l; e n lu g a r de la


fu e n te re a l, u n c a m in o n o c tu rn o llevab a a las p ro fu n d id a d e s . Q u iz á la fu e rz a r e li­
giosa p ro c e d a p re cisa m e n te d el r e in o s im b ó lic o y ya n o d el real.
Se p u e d e n c o n je tu ra r p e río d o s de fiestas sim ilares p ara las otras ciudades griegas;
algo p a r e c id o se p e r c ib e e n el á m b ito d e H e r a de A r g o s 36, P a ra lo d em ás, fa lta la
d o c u m en ta c ió n .

2 -3 · K árneia

L as C a rn e a s so n la fiesta m ás im p o rta n te d el añ o p ara lo s d o rio s y g e n eralm en te d an


tam b ién n o m b re a u n m es al fin a l d el v e r a n o 1 . E l h ech o de q u e d u ra n te estas fiestas
n o se p u d ie ra h a ce r la gu e rra tra sto rn ó sen sib lem en te las acciones m ilitares de A rg o s
y E sp a rta e n varias ocasio n es, so b re to d o d u ra n te las G u e rra s M éd icas: d eb id o a las
C a rn e a s, los esp artan o s lle g a ro n d em asiad o tard e a la batalla de M a ra tó n y L e ó n id a s
fu e en viad o a las T e rm o p ila s c o n u n c o n tin g en te in s u fic ie n te 2.
Y a n o es p o s ib le esta b lece r la fe c h a exacta e n el m es; e n C ir e n e se m e n c io n a el
sé p tim o d ía, e n T e ra , el v ig é s im o , e n E s p a rta , el p le n i lu n io 3; la fie s ta d u ra a q u í
n u e ve d ía s; si se c o n s id e ra n ju n t a s las fe c h a s de C ir e n e y de E s p a rta , se lle g a a la
co n c lu sió n de q ue la fiesta d u raba d el 7 al 1 5 de Kámeios, de fo rm a que te rm in a ra co n
la lu n a lle n a .
S e d ice q ue la fiesta e n E sp a rta es « u n a re p ro d u c c ió n de la fo rm a de v id a m ili­
t a r » 4: se e rig e n n ueve « s o m b r a jo s » (skiádes), u n a esp ecie de cabaña o tie n d a ; b a jo
cada s o m b ra jo c o m e n n u e ve h o m b re s y lo h a c e n to d o seg ú n u n a n o r m a ; e n cada
u n a están rep resen tad as tres fra tría s. Se trata p o r tanto de u n a sele cció n re p re se n ta ­
tiva d e « h o m b r e s » que se re ú n e n b a jo u n tech o p ro v isio n a l, fu e ra d el ám b ito n o r ­
m al de la vid a , p a ra u n b a n q u e te s a c r ific ia l c o m ú n , aislad o s y sin e m b a rg o u n id o s
lo s u n o s a los o tro s e n u n a vid a de cam p am en to quasi m ilita r.
A d em á s, se escoge p o r so rte o a cin c o de en tre lo s h o m b re s célibes de cada phylé,
lo s Kam eátai 5, q ue, « a l servicio d el Kám eios » , d eb en costear a sus expensas lo s gastos
de la fiesta, de lo s sacrificio s y lo s co ro s. L a atm ó sfera de la fiesta se caracteriza sobre
to d o p o r las danzas de m u chach os y m uchach as. U n a p in tu ra vascular m u estra, ju n to
a u n p ila r c o n la in s c rip c ió n Kám eios , a lgu n o s jó v e n e s y u n a m u chach a c o n am p lias y
vistosas c o ro n a s de h o ja s (kalathískoi) q u e se a d o rn a n o están ya d a n d o vu eltas en la
d a n z a 6. E l m is m o A p o lo se a le g ra c u a n d o ve —in c lu s o antes de la fu n d a c ió n de

3 5 Hesperia 8 (19 39 ), p. 4 3 2 , cfr. Antiquity 3 0 (19 56 ), p p . 9 -18 .

36 Burkert, HN, pp. 1 8 1 - 1 8 9 .


1 W ide, pp. 6 3 - 8 7 ; GF, pp. 1 1 8 - 1 2 9 ; G G S W , pp. 2 5 9 - 2 6 3 ; Prehn, R E X ( 19 19 ) , cols. 1 9 8 6 - 1 9 8 8 .
C arneas com o fiesta de los d orio s: T h u c . 5 > 5 4 ; Paus. 3« τ 3 > 4 > Scho l. T h e o c r . 5. 8 3 ; C n id o ,
véase η. II; Tera, véase n. 12 ; C iren e, véase n. 2 9 .
2 H ero d . 6, 1 0 6 ; 7. 2 θ 6 ; GFt pp. I l 8 s .; Popp, pp. 7 5 _ I° 6 ·
3 Plur. Quaest. conv. J I J D ; I G X II Suppi. 1 3 2 4 (donde leo Karnéia ihéori), cfr, Friedländer-H offleit 17 6 ;
E u r. Ale. 4 4 8 s.
4 D em etr. Sceps. en A th . 14-Ie = fr. I G aede; nada induce a aceptar, con W ide, p. 8 l y GF, p . 1 2 2 ,
que ésta sea la «segunda parte» de la fiesta.
5 Hesych. s.v. Karneâtai Latte; la palabra phylé es u n añadido.
6 Cratera de volutas de Tarento: P. W uilleum ier, RA 3 0 ( 1 9 2 9 ) , pp. 197 - 2 0 2 ; R A Y I 2 ( l 9 3 3 )> PP-
2.3. KÁRNEIA SIS

G ir e n e — a lo s g u e rr e r o s d o rio s d an zan d o c o n las ru b ia s « l ib i a s » , « c u a n d o h a b ía


lleg ad o el tiem p o fija d o p ara las C a r n e a s » 7. D esd e el añ o 6 7 6 las fiestas C a rn e a s en
E s p a rta se d e s a rr o lla n hasta c o n v ertirse e n u n g ra n a g ó n m u sic al, q u e d ese m p e ñ ó
u n p a p e l c en tra l e n la e vo lu ció n de la m ú sica y la p o esía g rie g a s8. « N o sólo u n d ía »
d u ra n lo s cantos y las danzas de los jó v e n e s, p o rq u e A p o lo es ric o en c a n to s9.
A lg u n o s de lo s Karneátai e m p re n d e n u n a c u rio sa c a rre ra ; se les lla m a « c o r r e d o ­
res de lo s ra c im o s de u v a s » , staplylodrómoi. F re n te a ello s hay u n o que n o c o rre d e s ­
n u d o , com o su elen h acer los atletas griegos, sin o envuelto e n v e n d a s de la n a ; está sin
d u d a e n d esven taja e n la c a rre ra y p re c isa m e n te de eso se tra ta : él in ic ia la c a rre ra
c o n u n a o r a c ió n a lo s d ioses p ara el b ie n de la ciu d a d ; lo s dem ás lo sig u e n y « s i lo
alcanzan, esperan b ien es p ara la c iu d a d » , segú n u n a tra d ic ió n local, « y si n o , lo c o n ­
t r a r i o » 10. E n u n a in s c rip c ió n de C n id o se h o n r a a u n « c o r r e d o r de las C a r n e a s » 11
y o tro c o r re d o r de T e ra p resu m e de h a b e r organ izad o p o r p rim e ra vez u n rico b a n ­
quete festivo d espués de la c a rre ra 18.
E v id e n te m e n te el r e c o r rid o p revisto p a ra la c a rre ra es lim ita d o p a ra asegu rarse
de q u e e l c o r r e d o r im p e d id o sea a lcan z a d o p o r lo s d em ás. S e g ú n P ín d a r o , e n
C ir e n e el re y f u n d a d o r A ris tó m e n e s h iz o c o n s t r u ir in m e d ia ta m e n te u n c a m in o
p av im en ta d o p a ra la p ro c e s ió n de A p o lo 13. E n E sp a rta hay, seg ú n P a u sa n ia s1*, u n a
pista (drómos), d o n d e la ju v e n tu d espartana se ejercita en la carrera; al fin a l de la pista
se e n c u e n tra e l te m p lo de Ilitia , de A p o lo C a r n e o y de A rte m is Hegemone, la « g u ía » ;
agétas « g u ía » era el títu lo d ado a a lgu ien con sagrad o al servicio sacerd o tal d u ran te la
fie sta 15; Ilitia alu d e a la nueva vid a q u e sale a la lu z.
A l ser el tip o de d ep o rte m ás sen cillo , la c a rre ra a p ie está p resen te g e n e ra lm e n te
en los ago n es; lo q ue d istin gu e la c a rre ra de las C a rn e a s es que, e n este caso, a lg u ie n
c o rre d elante y debe ser alcanzado p o r lo s dem ás; es p o r tanto u n a caza, e n la que d e
la p e r s o n a d e sig n a d a co m o p re sa n o se e sp e ra u n g rito de d e s e s p e ra c ió n , sin o u n
b u e n a u g u rio p ara la p o lis: el co n se n tim ien to v o lu n ta rio de la víctim a 16. L a víctim a
lleva ta m b ié n vendas de lan a. H e ró d o to d escrib e u n su pu esto sa crific io h u m a n o e n
h o n o r de Z e u s Laphystios e n T esalia; el h o m b re d estin ad o a ser víctim a, d e la estirp e
de F rix o , era llevad o al altar « to ta lm e n te en vu elto en vend as de la n a » . E n el m ito ,
el p r o p io F r ix o d eb ía ser s a c rific a d o , p e r o lo salvó u n c a rn e ro de o r o 17. T a m b ié n
p erte n ece a las fiestas C a rn e a s el sa crific io de u n c a r n e r o ’8; u n a an tigu a in s c rip c ió n

3 - 3 ° ; A . D- T rendall, The Red Figured Vases o f Lucania, Campania and Sicily, 19 (i /, p. 5 5 - η ° 2 (ο O ; A ria s -
H irm er, pp. 2 3 4 ^ 2 3 5 -
7 Gall. Hymn. 2 , 8 5 - 8 7 .
8 Sosib. FGrHist 595 F 3 ¡ Karneonîkai en H ellanic. FGrHist 4 F 8 5 - 8 6 .
9 Gall. Hymn. 2 , 3 0 s .
10 Anécdota Graeca 3 0 5 , 25 Bekker; además Hesych. s.v. staphylodrómoi; dedicatoria de un staphylodrómos, IG
V I, 6 5 0 ; 6 5 1 .
n AJA 7 7 ( 1 9 7 3 ) , pp. 4 1 3 - 4 2 4 ; Bulletin epigraphique ( l 9 7 4 )> ^ 54·9 ·> Ia inscrip ción se data en 1 8 0 - 1 7 0
a .G .; la victoria de las Carneas, a finales del s. III.
12 I G X I l 3 Suppl. 1 3 2 4 ; OF, pp. 125 s. ; la lectura Karnéia théon (y no theôn) se com prueba ahora po r el
paralelo con C n id o .
13 Pind. Pyth. 5, 9 0 “9 4 [trad. esp. de A . Bernabé y P. Bádenas, 2 0 0 2 ] .
14 Paus. 3» 14 * 6·
15 Hesych. s.ü. agétes Latte; GF, p. 1 2 3 -
16 Véase III, n .6 .
17 H ero dt. 7 , 197·, HN, p p . 1 3 0 s .
18 T h eo cr. 5 , 8 3 .
3i 6 5, POLIS Y POLITEÍSMO

vo tiva a Kárneios p ro c e d e n te de L a c o n ia p re se n ta u n p a r de c u e rn o s d e c a rn e ro
e n cim a de la in s c r ip c ió n 19, se asegu ra de este m o d o q u e kárnos sig n ifica sim p le m e n te
« c a r n e r o » 30. E l c o r re d o r en vu elto en ven d as de las C a rn e a s y el c a rn e ro se re p r e ­
sen tan el u n o al o tro , co m o se su giere e n el m ito de F rix o .
Sam W id e señ aló p arale lo s co n v in cen tes en tre la c a rre ra de las C a rn e a s y algunas
costum bres e u ro p eas e n la ép o ca de la cosecha, d u ra n te las que se p e rsig u e y se m ata
a u n a n im a l21; el n o m b re « c o r r e d o r de lo s ra cim o s de u va s» ap u n ta a la v e n d im ia ,
p e ro el m es de C a rn e o es m u y a n te rio r a la re c o g id a de la u v a 22. A ú n m ás estrechas
so n las re la c io n e s c o n la ca p tu ra y m u e rte d e u n « h o m b r e salv a je » o de u n « o s o »
e n la c o m p e tic ió n c u ltu a l e sta c io n a l23, q u e n o tien e n in g u n a re la c ió n c o n la r e c o ­
le c c ió n . S ig u ie n d o a M a n n h a rd t, W id e in te rp re ta b a la víctim a com o el « d é m o n de
la v e g e ta c ió n » . L o s d o rio s d ab an a la fiesta o tro sig n ifica d o e sp e cífico : las leyen d as
e tio ló g ica s v in c u la n la fiesta o r a c o n la c o n q u ista de T ro y a , o ra c o n el « re g re s o de
lo s H e r a c lid a s » , esto es, c o n la m ig ra c ió n d o ria , o ra c o n la fu n d a c ió n de C ir e n e ;
to d os tie n e n e n c o m ú n la p a rtid a h acia la co n q u ista.

Se cuenta que en el Ida troyano los griegos cortaron unos cornejos (krdneiaí) que
habían crecido en el bosque sagrado de A polo para la construcción del caballo de
madera y, cuando se enteraron de que el dios estaba encolerizado con ellos, lo
p ropiciaron con sacrificios y dieron a A polo el sobrenom bre de C arn eo24.

E l a r b it r a r io ju e g o d e p a la b ra s kráneiai-Kárneios m u e stra q u e la fie s ta d o r ia d eb e


h a b e rse v in c u la d o —de u n a fo r m a u n ta n to fo rz a d a — c o n e l á m b ito p r o p ia m e n t e
h e r o ic o , tro y a n o ; n o es casu al q u e A g a m e n ó n y M e n e la o sean reyes de lo s c en tro s
d o r io s p o s te rio re s , A r g o s y E sp a rta . D e l re c in to d e A p o lo , m e d ia n te la c u lp a y la
ex p ia c ió n , se o b tie n e el in stru m e n to q u e p ro p ic ia la to m a de T ro y a .
M ás c o m ú n es la n a rr a c ió n segú n la cu al « G a m o » fu e u n ad ivin o que se e n c o n ­
tró c o n lo s H e ra c lid a s d u ra n te su in v a sió n d el P e lo p o n e so ; au n q u e n o era u n e n e ­
m igo , H ip o ta s, el « ji n e t e » , lo m ató; p a ra exp iar el d elito , que tra jo con sigo la peste
y to d o tip o de d esgracias p a ra el e jé rc ito , se in tro d u jo la fiesta de las C a rn e a s 25. D e
n u evo , la fiesta p reced e al au tén tico éxito en la gu e rra. Pausanias m e n c io n a o tra tr a ­
d ic ió n lo c a l e sp a rta n a d ife r e n t e 26: « C a r n e o el d o m é s t ic o » (Oikétas) fu e u n ser
d ivin o q ue, ya antes de la llegada de lo s H erac lid a s a E sp arta, tenía su culto e n la casa

19 BSA 15 ( 1 9 0 8 - 1 9 0 9 ) , pp. 8 1 - 8 5 ; IG V i, 2 2 2 ; cfr. BGH 8 9 ( 1 9 6 5 ) , pp, 3 7 0 - 3 7 6 ; Paus. 4 , 3 3 , 4 ;


A p o lo C arn e o y H erm es con carnero: F. Im h o o f-B lu m e r, Revue Suisse de Numismatique 2 1 ( l 9 I 7 ),
pp. ζ - Ι Ι , interpreta com o A p o lo C arneo la efigie e n algunas monedas de un dios c o n cuernos de
carnero.
20 Hesych. s.v. hamos Latte.
21 W ide, pp. 7 6 - 8 1 .
22 C arneo = M etagitnión: Plut. Nie. 2 8 , 2 ; dos meses después se celebra la fiesta ática de las O sco fo -
rias (AF, pp. 1 4 2 - 1 4 7 ) parangonable a las Carneas: procesiones con racim os de uva y com petición
de carrera; m ito de la llegada de Teseo y de la m uerte de su padre, Egeo.
23 R. Bernheim er, Wild Men in the Middle Ages, 1 9 5 2 , pp. 52 - 59 ·
24 Paus. 3 , 1 3 , 5 [trad, de M .C . H erre ro Ingelm o, 1994L cfr. Schol. T h eo c r. 5 , 8 3 d ; u n troyano
C arn eo en A lem án PM GF fr. 52 Davies.
25 T h eo p o m p . FGrHist 1 1 $ F 3 5 7 ’ Paus· 3 » J 3 > 4 ; Schol. C all. Hymn. 2, 7 1 ; Schol. Pind. Pylh. 5 , 1 0 6 ;
C o n o FGrHist 2 6 F I, 2 6 .
26 Paus. 3 , 1 3 , 3 s .; cfr. el inaccesible oíkema de A p o lo C arneo en Sición, Paus. 2 , IO, 2.
2.4. ANTESTERIAS SI?

d el a d ivin o C r io ; éste h abía in d ica d o a lo s d o rio s có m o p o d ía n co n q u istar E sp a rta .


Kriós sig n ifica « c a r n e r o » ; el « a d iv in o C r í o » evid en tem en te n o es otra cosa que u n a
tra d u c c ió n d el « a d iv in o C a r n o » ; a « C a r n e o Oikétas» se le debe o fre c e r el sa crific io
de u n c a r n e r o . A lg u n a s in s c r ip c io n e s m e n c io n a n a sa ce rd o te s y sa ce rd o tisa s de
« C a r n e o Oikétas y C a rn e o Drom aíos»27, lo q u e c o n fír m a la re la c ió n en tre el sa crific io
d el c a rn e ro y la ca rre ra e n el drómos. Se llevaba a la p ro c e s ió n u n a co n stru c c ió n q u e
se en ten d ía com o u n a « b a ls a » , recu erd o de las balsas de las que lo s H eraclid as d esem ­
b a rc a ro n en R ío n , e n el P e lo p o n e s o 28.
S e g ú n C a lim a c o , lo s in m ig ra n te s d o r io s e n L ib ia , ya antes de la fu n d a c ió n de
C ir e n e , c e le b ra n sus C a rn e a s e n A c ilis , e n el p e r ío d o e sta b lecid o , dan zan d o e n tre
las lib ias; desde a llí fu e r o n d espués co n d u c id o s en u n a m arch a n o c tu rn a a la fu e n te
de A p o lo e n C ir e n e 89. F u era, d elan te de la ciu d ad , en u n asen tam ien to p ro v isio n a l,
celeb ran las C a rn e a s y, com o los 8 l h o m b re s elegid os de E sp arta, pasan fu e ra su vid a
de c a m p a m e n to . U n a a n tig u a c u lp a está v in c u la d a a la fie sta ; se re m e m o r a e n la
ca rre ra y e n el sa crific io de c a rn e ro , p e ro se expía p re cisa m en te e n el ritu a l; y así los
g u e rre ro s p u e d e n m arch ar c o n m ayo r lib e rta d hacia nuevas conqu istas; la vio le n c ia y
el d e rra m a m ie n to de san gre d u ra n te la co n q u ista ya n o les p u e d e n p e rju d ic a r. P o r
este m o tivo n o se p erm ite h a ce r la gu e rra d u ra n te las C a rn e a s; las C a rn e a s c o n stitu ­
y e n el re q u isito p a ra u n a cam p añ a b é lic a segu ra.
« C a r n e o » se c o n sid e ra claram ente u n epíteto de A p o lo y, sin em b argo, se m e n ­
c io n a ta m b ié n a u n « Z e u s C a r n e o » 30 y el « C a r n e o Oikétas» de E sp a rta p arece ser
u n e q u iv a le n te c tó n ic o de A p o lo ; se le p u e d e tr a n s fe r ir e l m ito d e J a c i n t o 31.
« C a r n o » es u n m ítico ad ivin o , p e ro ta m b ié n u n a « a p a r ic ió n e sp e ctra l» d el p ro p io
A p o lo y, al m ism o tiem p o , el « c a r n e r o » . Se h a h ab lad o de u n « d io s ca rn e ro p r e -
d o r i o » , lo q ue n o da c u e n ta de la c o m p le jid a d d e l c o n ju n t o : la d iv is ió n d e la
c o m u n id a d e n jó v e n e s, m u ch ach as, célibes y « h o m b r e s » , c am p am en to en el e x te ­
r i o r y co n q u ista, el d e rro ta d o y lo s v e n c e d o re s, el a d iv in o y lo s g u e rr e r o s , « e l q u e
h a b ita » y el q ue v ien e , C a rn o y A p o lo . M u ch o s in te rro g a n te s so b re la épo ca p o s te ­
r i o r a las m ig ra c io n e s q u e d a n sin re sp u e sta . S e g ú n la t r a d ic ió n de S ic ió n , el a ñ o
I 1 6 1 a .C . lo s sacerd otes de las C a rn e a s o c u p a ro n el lu g a r de lo s reyes33.

2 · 4 · A n te s te ria s

E l n o m b re de las fiestas A n te s te ria s 1 lo a so cia n los g rie g o s c o n el « flo r e c im ie n t o »


de la p rim avera; tie n e n lu gar a m itad d el m es de A n te ste rió n e n p rim avera. E l n o m ­

27 I G V I, 4 9 7 ; 5 8 9 ; 6 0 8 . A p o lo Dromaîos en Greta y en Esparta: Plut. Quaest. conv. 7 2 4 C .


28 Anécdota Graeca 3 ° 5 > 3 1 Bekker; Hesych. s.v. stem(m)atiawn·, F. Bólte, i?hM 7 8 (19 2 9 ), pp· I 4 I - I 4 3 ; no
es segura la pertenencia a las Carneas.
29 C all. Hymn. 2 , 8 5 - 8 9 ; H erodt. 4 , 15 8 .
30 E n A rgos, Schol. T h eo cr. 5 , 8 3b d .
31 Praxilla PM G fr. 753 (= Paus. 3 , 1 3 , 5 ) hace de C arneo el erómenos de A p o lo .
32 S. Eitrem , Der vordorische Widdergott, 191Ö .
33 C asto r FGrHist 2 5 0 F 2 ; el asesino de C a rn o , o su h ijo , expulsa a los reyes predorios y fu nda el
dom inio dorio en C o r into, C o n o FGrHist 2 6 F I, 2 6 .
I C G S Y , pp. 2 I 4 _ 2 2 4 * AF> PP- 9 3 - I 2 3 ; GGiï, pp. 5 9 4 - 5 9 8 ¡ Pickard-Cam bridge (2), pp· 1-25 (trad,
it.: Le feste drammatiche di Atene, 1 9 9 ^ ); G . van H o o rn , ChoesandAnthesteria, 19 51» H N , pp. 2 3 6 - 2 6 9 ;
3i 8 5. PO LIS Y POLITEÍSMO

b re d e l m es y la fie sta s o n c o m u n e s a lo s a te n ie n se s y a to d o s lo s d o r io s ; am b o s
d e b e n re m o n ta r s e a la é p o ca a n t e r io r a la m ig r a c ió n 2. E n A te n a s se p o d ía h a b la r
ta m b ié n de las « D io n is ia s m ás a n t ig u a s » 3, e n co n tra ste c o n las « G r a n d e s D io n i-
s ia s » , q ue n o se in t r o d u je r o n h asta el sig lo V I . U n p e q u e ñ o sa n tu a rio de D io n is o
« e n lo s p a n t a n o s » (en límnais)4 se a b ría só lo u n a vez al añ o p a ra esta fiesta el 12, de
A n t e s te r ió n ; el d ía, seg ú n el c á lcu lo sa g ra d o , se c u e n ta d esd e el a m a n e c e r h asta la
p uesta d el so l; e n el te rr ito rio de la ciu d a d de A te n a s n o h abía p an ta n o s n i lagos y,
p o r ta n to , el n o m b r e d eb e d e h a b e r lle g a d o co m o n o m b r e c u ltu a l ju n t o c o n este
D io n is o 5.
L a fie s ta d u ra tres d ía s, lla m a d o s « a p e r t u r a de t in a ja s » , « ja r r a s » y « o l l a s » ,
(Pithoígia, Ghoés y Chytroi) q u e to m a n su n o m b r e de las re a lid a d e s p alp a b les d el c o n ­
sum o d e v in o y d e p o ta je . E l v in o p re n sa d o e n o to ñ o , seg ú n u n a estricta co stu m b re,
n o se espita hasta la p rim a vera ; así surge u n a fiesta fija d a en el calen d ario e in d e p e n ­
d ie n te de las vicisitu d es d el añ o c a m p esin o .

E n el sa n tu a rio d e D io n is o en límnais, lo s ate n ie n se s so lía n m e z cla r el v in o n u e v o ,


q u e h a b ía n tra n s p o rta d o , p a r a el d io s e n las tin a ja s y ta m b ié n lo p r o b a b a n ello s
m is m o s [ ...] c o m p la c id o s c o n la m e z c la e n to n a b a n ca n to s a D io n is o , d a n z a b a n y
lo in v o c a b a n c o m o el « F l o r e c i e n t e » , el D itir a m b o , e l F u rio s o o el Im p e tu o s o .

A s í es c o m o u n h is t o r ia d o r lo c a l á tico d e s c rib e el c o m ie n z o de la fie sta e l I I de


A n t e s te r ió n 6. E l « p r in c ip io » d el v in o n u e v o , la o fre n d a de p rim ic ia s, se traslad a al
á m b ito d e l s a n tu a rio , q u e n o se a b re h asta la p u e sta d e l so l; e l d ía se d e d ic a a lo s
p re p a ra tiv o s ; se a c a r re a n las tin a ja s d e b a r r o d esd e lo s v iñ e d o s d isp e rso s p o r el
cam p o ; p e q u e ñ o s a g ric u lto res, jo r n a le r o s y esclavos lle g a n a la ciu d ad , c o n o c id o s y
d esc o n o c id o s ag u a rd a n ante el sa n tu a rio la caída de la n o ch e ; d esp u és, m ie n tra s se
ro m p e n las tin ajas, se h o n r a al d io s c o n las p rim e ra s lib a c io n e s.
E l d ía de las « ja r r a s » a u m e n ta el c o n su m o d e l v in o n u evo e n el á m b ito de u n
c o n c u rso ; cada u n o re c ib e su m ed id a de v in o m ezclad o en u n a ja r r a esp ecial (b ie n
c o n o c id a p o r lo s a rq u e ó lo g o s) de m ás de dos litro s de cap acid ad ; el v e n c e d o r es el
p rim e r o q ue vacía su ja r r a . T a m b ié n lo s esclavos p a r tic ip a n en el c o n c u rso al ig u al
que lo s n iñ o s; al c u m p lir los tres añ os de vid a , so n p resen tad o s a las fra tría s d u ran te
las A p a tu ria s y ta m b ié n to m an p arte e n la b e b id a de Choé c o n u n a ja r r it a m u ch o m ás
p e q u e ñ a ; « n a c im ie n t o , Choé, e fe b ía y m a t r i m o n i o » , así se p o d ía n e n u m e r a r lo s
h ito s de u n a v id a 7. A l o s n iñ o s p e q u e ñ o s m u erto s se les dejaba u n a ja r r it a de Choé e n
la tum ba, p ara recu p erar en cierto m o d o lo que se h abían p e rd id o ; las escenas de estos
vasos o fre c e n u n a vivaz re p re se n ta c ió n de la fiesta de lo s n iñ o s c o n m esa de o fr e n ­
das, ja r r it a , to d o tip o de ju g u e te s y d iversio n es.

sobre el nom bre, p. 2 3 7 » n< 4 ; R · H am ilton, Choes and Anthesteria. Athenian iconography and ritual, 1 9 9 2 ;
T . Guazzelli, LeAntesterie. Liturgie epratichesimboliche, 1 9 9 2 ; D . N oël, « L e s Anthestéries et le v in » , Ker-
nos 12 (19 9 9 ), pp. 1 2 5 - 1 5 2 .
2 AF, p p . I 2 2 s .; v é a s e V 2 .l, n, 16 .
3 T h u c. 2 , 15 , 4 *
4 P ick ard -C am b rid ge (2 ), pp. I 9~25 (trad, it.: Le feste drammatiche di Atene, 1 9 9 6 ) ; H K , p. 2 3 8 , η. 9 ;
Travlos, pp. 2 7 4 . 3 3 2 ; cfr. figs. 2 1 9 - 3 7 9 » 4 3 5 ·
5 Véase II 5 » 11. 6.
6 PKanodem. FGrHist 3 2 5 F
7 IG 1 1 - 1 1 1 * 1 3 6 8 , 1 3 0 .
2 . 4 , ANTESTERIAS 3I 9
E ste d ía de a leg ría d om éstica es sin em b argo u n « d ía de c o n ta m in a c ió n » , (miará
heméra)8. S e p in ta n c o n pez las p u erta s, p o r la m añ an a te m p ra n o se c o m p ra n h o ja s
de e sp in o b la n c o p a ra « a le ja r a lo s fa n ta s m a s » . E ste d ía 1 2 de A n te s te rió n tod os los
san tu ario s se c ie rra n , se b lo q u e a n c o n cu erd as: se in te rru m p e el acceso a los d io ses;
ta m b ié n la vid a c o m e rc ia l, q u e re q u ie re el u so d el ju r a m e n to , debe d ete n erse . E n
ca m b io , la ciu d ad se p u eb la de sin iestro s h u ésp ed es, so b re cuyos n o m b re s e id e n ti­
d ades la tr a d ic ió n a n tig u a n o se p o n e de a c u e rd o , « G a r i o s » (Kares) o « Q u e r e s »
(Kêres), e x tra n jero s o esp íritu s d a ñ in o s, q u e ta m b ié n se in te rp re ta n com o « a lm a s de
m u e r t o s » . S i lo s « G a r i o s » de la le y e n d a e tio ló g ic a a p a re c e n c o m o « h a b ita n te s
a n t e r io r e s » d e l A tic a , c o n v e rg e n am b as in t e r p r e t a c io n e s 9: « p r o t o h a b it a n t e s » o
« e sp íritu s de a n tep asad o s» so n d esign acion es in tercam b iab les p a ra los esp íritu s q u e
re gresan que so n in vitad o s al ban q u ete e n días d ete rm in a d o s; e n U g a rit lleg an co m o
h u é sp e d e s lo s rephaim, q ue p a r e c e n ser o r a gig a n te s p r im ig e n io s , o ra e sp íritu s de
m u e r to s 10. E n re a lid a d se trata d el u so de m áscaras; D io n is o , el dios d e l vin o , es al
m ism o tie m p o el d io s de las m áscaras; la c o stu m b re de u tiliz a r m áscaras d eb ía de
fo r m a r p arte de las A n teste rias de u n a fo rm a p o p u la r y n o o ficializad a p o r la p o lis ,
de tal m a n e ra q ue, aparte de algunas alu sio n es e n las p in tu ra s de vasos, n o ten em o s
m u ch a in fo r m a c ió n acerca de ellas; n o ob stan te, se h a b la de p ro c e sio n e s en c a rro s
en las que se p r o fie r e n lo s p eo re s in su lto s « d e s d e lo s c a r r o s » 11.
A n te tales p ersp ectivas, el co n cu rso de b e b id a a d q u iere u n a d im e n sió n lú g u b re.
T o d o s re c ib e n la m ism a m ed id a de v in o , to d o s e m p ie z an a b e b e r al m ism o tiem p o
d esp u és de u n a señ al de tro m p e ta p o r o r d e n d el « r e y » ; to d o s tie n e n ta m b ié n su
p ro p ia m esa y d u ra n te el co n cu rso n o se p o d ía p ro n u n c ia r p alab ra. E l m ayo r g rad o
de c o m u n id a d va u n id o al m ay o r a isla m ie n to p o s ib le de lo s p a rtic ip a n te s : el m ito
e tio ló g ic o c u e n ta q u e el m a tric id a O re ste s estuvo h o s p e d a d o en A te n a s de ta l
m a n e ra q u e la c o m u n id a d de casa y m esa q u e se le c o n c e d ió q u e d a ra al m ism o
tiem p o an u la d a p o r la p r o h ib ic ió n de c o m u n ic a rse e n el co m e r, el b e b e r y el c o n ­
v e rs a r12. L a a tm ó sfera d el rito se caracteriza de la sigu ien te m an era : lo s p a r tic ip a n ­
tes se c o m p o rta n en la b eb id a de choé com o « c o n ta m in a d o s» p o r u n h o m ic id io ; p o r
ello ta m b ié n se les excluye de los san tu arios.
N o falta n los m ito s cru en to s que se re la c io n a n c o n el co n su m o del p rim e r v in o .
E n la lite ra tu ra se ab o rd a sob re to d o la v e rsió n vin c u lad a al p u e b lo vin a te ro ático de
Ic a ria : D io n is o se a lo jó en casa de Ic a rio y le en señ ó a cu ltivar la vid y a h acer v in o ;
p e ro , cu an d o Ic a rio llevó su p rim e r v in o a sus vecin o s, éstos c re y ero n q u e los h ab ía
e n ven en ad o y m a ta ro n a Ic a rio . T a m b ié n se alu d e a lo s que tr a je ro n el v in o de E t o -
lia , a los q ue se d io m u erte en A te n a s 13. L a a so cia ció n d e l vin o tin to c o n la sangre es
an tiq u ísim a y a m p lia m en te d ifu n d id a .
E l m ito m ás c o n s e c u e n te se ría q u e se d ie r a m u e rte y se d esp ed a z a ra al p r o p io
D io n is o , el d io s d el v in o , p ara que sirv ie ra , co m o v in o , p ara el p la c e r sacram en tal.

8 Phot. s.v. miará heméra Theod orid is; Hesych. s .d . miarai hemérai Latte.
9 Zen ob . A th . I, 3 0 , p. 3 5 2 M iller; HN, pp. 2 5 0 - 2 5 5 ·
10 Gese, pp. 9 0 - 9 2 .
11 HN, p. 2 5 3 , n. 18 .
12 E u r. Iph. Taur. 8 4 7 “ 8 6 0 ; Phanodem . FGrHist 325 E Π ; HN, p. 2 4 6 .
13 R . M erkelbach, « D ie Erig o n e des E rato sth en es», en Miscellanea A. Rostagni, 19 6 3 1 pp· 4 Ö9 - 5 2 6 y
«T ra g ö d ie , K o m ö d ie und Dionysische K u lte nach der E rig o n e des Erato sth en es», en Hestia und
Erigone, 19 9 6 , pp. 1 8 0 - 1 9 7 ; P· 2 4 7 ·
320 5 . POLIS Y POLITEÍSMO

L o s p r im e r o s e n fo r m u la r lo de fo r m a e x p líc ita so n lo s a leg o ristas ta r d o h e le n ís ti-


C O S1 4 ; p ara ello s, « D io n is o » es u n n o m b re p ara el vin o , sus « s u fr im ie n to s » d e sc ri­
b e n la p r e p a r a c ió n d e l v in o . D u r a n te la é p o ca a rc a ic a , m a rc a d a p o r la im p r o n t a
« h o m é r ic a » , u n d io s e n cu an to tal es in m o rta l y, p o r tan to, n o se le p u e d e m atar.
A sí, las leyend as arcaicas, en lo s relato s d e asesinatos p re se n tan a p erso n as o en to d o
caso a h éro e s q ue d eb en ser aplacado s. E n lo s m ito s secretos de lo s m iste rio s las h is ­
to ria s q u e se n a r r a n s o n m u y d ife r e n t e s 15; q u izá el m ito d el d e sm e m b ra m ie n to de
D io n is o sea ta n a n tig u o c o m o la fie sta d e las A n te s te ria s . P o r su p u e sto u n s a c ra ­
m en to c a m p esin o , c laro e n su s ig n ific a d o , n o sería todavía el o rig e n ú ltim o , sin o , a
su vez, u n a tr a n s p o s ic ió n d e l r ito d e l s a c r ific io a n im a l c o n su c o n c a te n a c ió n de
cu lp a de sangre y b a n q u ete c o m u n ita rio .
U n a c o stu m b re c a ra c te rístic a d e l r ito d e lo s c a zad o res y de lo s s a c r ific io s es la
reco g id a de los h ueso s; el d ía de las choés te rm in a de u n a fo rm a análoga: regía la regla
sigu ien te :

D e s p u é s d e a c a b a r d e b e b e r , las c o r o n a s d e h ie d r a q u e h a b ía n lle v a d o n o se
d e b ía n d e p o s ita r e n lo s s a n tu a rio s , p o r q u e h a b ía n esta d o b a jo el m is m o te c h o
q u e O r e s te s ; e n lu g a r de e so , c a d a u n o d e b ía p o n e r su c o r o n a a lr e d e d o r d e su
j a r r a , lle v á rse la a la sa c e rd o tis a « e n lo s p a n t a n o s » y c e le b ra r d esp u é s lo s o tr o s
sa c rific io s e n el sa n tu a rio .

« E n u n tr o p e l de b o r r a c h o s » , seg ú n d escrib e A ristó fa n e s 17, se d irig e n lo s b e b e d o ­


res al s a n tu a rio en límnais; las im á g e n e s d e lo s vasos d e choé m u e s tra n a m e n u d o las
fig u ras tam b aleán d o se c o n la ja r r a vacía. L o que c o n la « a p e rtu ra de las v a sija s» sale
d el sa n tu a rio , será re c o g id o de n u evo la tard e d el d ía sigu ien te.
E n el s a n tu a rio « e n lo s p a n t a n o s » p re s ta n se rv ic io ca to rc e m u je re s lla m a d a s
sim p le m e n te las « v e n e r a b le s » (gérairai)·, so n design adas p o r el « r e y » y su je f a es la
« r e in a » , la esposa d el drchon basileús1&. E lla to m a ju ra m e n to a las « v e n e ra b le s » y d es­
p ués le c o rre sp o n d e u n p ap e l bastan te esp ectacu lar: ella m ism a es en tregad a al dios
c o m o e sp o sa ; la u n ió n a m o ro sa tie n e lu g a r e n el Boukólion, la « c a sa d e l p a s to r de
v a c a s» , ju n to al ágora.
E n n in g ú n o tro te stim o n io se h ab la e n g rie g o tan explícitam en te de u n a « b o d a
sa g ra d a » e n el r i t o 19; a las d e c la ra c io n e s de lo s e scrito re s se a ñ a d en las p in tu ra s de
vasos, q ue o b ie n m u estra n a la « r e in a » e n p ro c e s ió n , escoltada p o r sátiros, o b ie n
r e p re s e n ta n la b o d a d e D io n is o y A r ia d n a , ro d e a d o s de b e b e d o re s d e l d ía d e las
choésao. L a c u e stió n de la c o n su m a c ió n co n c reta de la « b o d a » q u ed a sin resp u esta:
¿yacía la m u je r c o n u n a h erm a o aparecía el « r e y » c o n la m áscara d el d io s? L a a c u ­
sació n de u n o r a d o r c o n tra u n a « r e in a » in d ig n a o fre c e tan sólo alu sio n es:

14 D io d . Sic. 3* 6 2 , 7 >C o rn u t. 3O; p. 2 4 9 ·


15 Véase VI 2 -3 . n n . I g - 2 2 .
16 P hanodem . FGrHist 3 2 5 F I I ; HN, pp. 255 s·
17 A risto p h . Ran. 2 H - 2 I 9 ·
18 HN, p . 2 57 .
19 A ris t. Ath. pol. 3 , 5 ; [D em osth.] 5 9 >73 Y 7 ^* Hesych. s.v. Dionysougámos Latte; véase II 7» n . 9 9 .
20 H N, p. 2 5 8 , 12 .
2,4. ANTESTERIAS 321

E s a m u je r h a o fre c id o in e fa b le s sa c rific io s p a r a la c iu d a d ; h a visto lo q u e, co m o


n o ateniense, n o le h ab ría estado p e r m itid o ve r. E sa m u je r h a en tra d o en la e sta n ­
cia e n la q u e n in g ú n o tr o de to d o s lo s m u c h o s a te n ie n se s e n tra , salvo la esposa
d e l « r e y » . H a t o m a d o ju r a m e n t o a las « v e n e r a b l e s » , q u e a siste n e n lo s actos
sa g ra d o s, fu e e n tre g a d a c o m o e sp o sa a D io n is o , h a c e le b ra d o p a r a la c iu d a d las
p rá ctica s an cestrales fre n te a los d ioses, m u ch a s p rácticas sagradas, secretas31.

L a b o d a se c o n su m a p o r la n o c h e ; lo s b e b e d o re s de choé v e la n c o n a n to rc h a s e n
to rn o al le ch o de D io n is o y A ria d n a . P o d em o s o b te n e r u n c u ad ro m ás p reciso de lo
q ue su ced ía en el c írc u lo de las « v e n e ra b le s » si p o d e m o s re la c io n a r c o n las A n t e s ­
te ria s las re p re s e n ta c io n e s d e lo s lla m a d o s « v a so s l e n e o s » 88. M u e stra n m u je re s
escan cian d o y b e b ie n d o vin o y d anzand o ante u n íd o lo de D io n is o su m am en te p r i ­
m itiv o : u n a m áscara b a rb a d a —o ta m b ié n d os m áscaras u n a fre n te a o tra — colgadas
en u n a co lu m n a ; se e n ro lla u n a tela a lre d e d o r de la c o lu m n a p ara esbozar el cu e rp o ;
oca sio n a lm e n te está sujeto p o r u n p alo atravesado co m o u n esp an tap ájaro s; brazos y
p ie rn a s n i siq u ie ra se su gieren . Se a d o rn a al d io s c o n ram as y to rtas ensartadas, an te
él se co lo ca u n a m esa de o fre n d a s c o n a lim en to s y dos gran d es vasijas de vin o (stám-
noi). L as m u je re s se m u even p ausada y elegan tem en te, cu an d o la fantasía d el p in to r
n o re p rese n ta al g ru p o h ab itu al de sátiros y m én ad es b a ila n d o e n to rn o a la escena.
E l íd o lo d el cen tro es sin duda D io n iso ; evid en tem en te este d io s n o está presente
con stan tem en te e n u n a estatua de cu lto , sin o q u e se le « c o n fe c c io n a » p a ra la fiesta,
d u ran te el tran scu rso de ésta. U n a ja r r a de choé m u estra la p o d e ro sa m áscara del d io s
e n u n aven tad or de cereales y ju n to a él se e n c u e n tra n dos m u je re s con u n a ja r r a de
vin o y u n a b a n d eja d e fr u ta 33; u n an tigu o tip o de « vasos le n e o s » re p rese n ta la m á s­
cara de D io n is o e rig id a e n u n a cueva m ie n tra s u n a m u je r b a ila an te e lla 84. ¿ D e b ía
quizás la « r e in a » ir a b u sca r la m áscara a u n a in a c c e sib le estan cia su b te rrá n ea d e l
sa n tu a rio de D io n is o ? E n c u a lq u ie r caso, la m áscara —claram en te p resen tad a co m o
s ie m p re d e n tro d el c írc u lo de esas m u je re s — se fija a la c o lu m n a , la te la fo rm a e l
c u e rp o , d esp u és se a d o rn a y agasaja al d io s; a c o n tin u a c ió n se em p ieza a b a ila r y a
b eb er vin o : quizá p o d ríam o s im agin ar que d u rante el rito n o c tu rn o , el dios así creado
fin a lm e n te c o b ra ra vid a y reclam ara u n a m u je r. N o sabem os d ó n d e se erig ía la m á s­
cara d el d io s y có m o se fo rm a b a la p ro c e s ió n h acia el Boukóliort; p e ro tam b ién aquí es
evid ente la an alogía c o n el rito de sa crific io de la víctim a, que con clu ye c o n la eleva­
c ió n d el c rán eo d el a n im a l e n el san tu ario .
E l 1 3 de A n t e s te r ió n , el d ía de las « o l l a s » , se c u e ce to d o tip o de cereales c o n
m ie l e n u n a o lla . E ste es el p la to a base de c ereales m ás p rim itiv o de lo s p rim e r o s
cam p esin os, a n te rio r al d escu b rim ien to de la m o lie n d a de h a rin a y del h o rn e a d o de
p a n e s; e n las c o stu m b re s fu n e r a r ia s se h a c o n s e rv a d o h asta n u e s tro s días. S in

21 [D em o sth .] 5 9 , 7 3 . R . M erkelbach, « D ie E rig o n e des E ra to sth e n e s» , en Miscellanea A. Rostagni,


19 6 3 , pp. 4 6 9 - 5 2 6 y «T ragö die, K o m öd ie und Dionysische K u lte nach der Erigone des Erato s­
then es», en Hetiia undErigone, 19 9 6 , PP- 1 8 O- 1 9 7 ; HN, p. 2 4 7 ·
22 A . Frickenhaus, Lenäenvasen, 7 2 . W inckelmannsprogram m , 1 9 12 ; AF, pp, 12 7 ' ! 3 2 ; GGR, pp. 5 8 7 s·;
P ick ard-Cam bridge (2 ), p. 3 0 , n. 2 ; B . Philippaki, The Attic Stamnos, 19 6 7 ; pp- X IX s.; HN, pp. 2 6 0 -
2 6 2 ; E . Sim on, Festivals o f Attica. An Archaeological Commentary, 1 9 8 3 , PP- IOOs.; H . M . Parke, Festival o f
fheAthemans, 19 77 - PP- 1 0 4 - 1 0 6 .
23 ARVs, p. 1 2 4 9 , n “ 1 3 ; GGR, lám. 3 8 , I.
24 Frickenhaus (supra n° 2 2 ) n “ I.
322 5. PO LIS Y POLITEISMO

e m b argo , el con cep to de « a lim e n to de lo s m u e r to s» u n id o a u n a v e rsió n abreviad a


de u n a an tig u a fu e n te h a llevad o la in te rp r e ta c ió n e rró n e a seg ú n la cu al a lo s vivos
les está p ro h ib id o c o m e r de las « o lla s » .· seg ú n el texto c o m p le to , sólo lo s sa ce rd o ­
tes q u ed a n exclu id o s de esta co m id a, d e c o n fo rm id a d c o n el cie rre de to d o s los sa n ­
tu ario s el d ía de las choés2S. E ste p la to está v in c u la d o al m ito d el d ilu v io : c u an d o las
aguas re flu y e ro n , los su pervivien tes e c h a ro n to d o lo que p u d ie ro n e n c o n tra r en u n a
o lla y lo c o c ie ro n , c o m o p r im e r a c o m id a desp u és de la catástro fe, u n m o tivo p a ra
re c u p e ra r el v a lo r fre n te a la vid a y ta m b ié n en m e m o ria de lo s m u e rto s. Se h a ce n
sa crific io s a « H e r m e s G t ó n ic o » e n h o n o r de lo s m u erto s y se com e de las « o lla s »
c o n la certeza de u n a vid a re c o b ra d a . E l « d ía de la c o n ta m in a c ió n » h a p asa d o , las
m áscaras y lo s m u erto s p ie r d e n sus d erech o s: la fra se : « fu e r a , C a re s, las A n teste rias
h a n te r m in a d o » se co n v irtió e n u n a e x p re sió n p ro v e r b ia l26.
E l n u e vo p r in c ip io se c a ra c te riz a p o r lo s a g o n es. U n a activ id a d típ ic a p a r a lo s
n iñ o s ese día, esp ecialm en te p ara las n iñ a s, es co lu m p ia rse. L as p in tu ra s de los vasos
m u estra n a m e n u d o este co lu m p ia rse e n u n m arco ritu a l, al cual lo s textos n o h a ce n
re fe re n c ia : se co lo c a u n tr o n o c o n ro p a s y u n a d ia d em a , ju n to a él, en el su e lo , se
e n cu en tra unptthos a b ie rto ; ta m b ié n d esem p eñ an u n p a p e l la p u rific a c ió n p o r fu eg o
y lo s sa h u m e rio s27.
C o n re fe re n c ia a e llo se n a r r a u n lú g u b re m ito , c o n tin u a c ió n de la h is to ria de
I c a r io , el p o r t a d o r d e l v in o : su h ija E r íg o n e vagó e n b u sc a de su p a d re h asta q u e
e n c o n tró su cadáver e n u n p o z o y se a h o rc ó . L a s m u ch ach as a te n ie n se s al c o lu m ­
p ia rs e r e p ite n a h o ra ese h o r r ib le su ceso d e fo r m a in o fe n s iv a a m a n e ra de e x p ia ­
c ió n 28. E x is tía n o tra s v e rs io n e s d e l m ito de la m u c h a c h a a h o rc a d a E r íg o n e , la
« n a c id a m u y te m p r a n o » , la « e r r a n t e » (alêtis), a la que evid en tem en te se m e n c io n a
y se canta ta m b ié n e n p o em as. E n la m u erte de la m u chach a se m an ifiesta u n aspecto
so m b río de la « b o d a s a g ra d a » ; se n a rra b a asim ism o q ue D io n is o h a b ría vu elto p a ra
se d u c ir a E r íg o n e 29. A l m ism o tie m p o , c o n la im a g e n d el p ad re m u e rto se evoca la
atm ósfera d el día de las choés. P ero en el co lu m p iarse de lo s n iñ o s se im p o n e el m o v i­
m ie n to de la vida, que, a través de la c o n ta m in a ció n y el h o r r o r , m ira hacia el fu tu ro
q ue p ro m e te la p rim a vera .
E l ritm o de la fie sta de tres días es fá c il de c o m p r e n d e r; n o se p u e d e p asa r p o r
alto u n a cierta a fin id a d c o n la secu en cia de V ie rn e s San to a Pascua. N o ob stante, la
in te rp re ta c ió n m ítica co m p lica el c u ad ro su p e rp o n ie n d o n a rrac io n e s bastante h e te ­
ro g é n ea s: la estancia de D io n is o c o n la m u e rte de Ic a rio y E ríg o n e , la h o sp ita lid a d
o fre c id a a O re ste s, e l d ilu v io ; só lo c o in c id e n e n la e stru c tu ra p r o fu n d a de catás­
tro fe , cu lp a y ex p ia c ió n . L a fiesta de lo s viticu lto res en m itad d el flo re c im ie n to de la
prim avera co n la referencia retrospectiva a la ven d im ia p o n e en m ovim iento toda la c iu ­
d ad; p a r tie n d o de la u n id a d fa m ilia r, la « c a s a » , la fiesta abarca tanto las clases m ás
altas, el « r e y » y la « r e i n a » , co m o las m ás bajas, n iñ o s p e q u e ñ o s, m u je re s y escla­
vo s. L a n o rm a lid a d q u ed a e n su sp e n so e n tre p u erta s en lu cid a s c o n pez, m áscaras,

25 T h eo p o m p . FGrHist I 1 5 F 3 4 7 ab> FIN, p p . 2 6 3 - 2 6 5 , contra H arriso n (i), p. 3 7 ; A F, pp. 1 1 2 s. ;


■ GGR, p . 5 9 5 .
26 Zen ob . A th . I, 3 0 , p. 3 5 2 M iller; HN, p. 2 5 o -
27 FIN, p. 2 6 6 , II; B . G . D ietrich, Hermes 8 9 (1 9 6 1) , pp. 3 6 - 5 0 .
28 Eratosth. Catast. p. 79 Robert; HN, pp. 2 6 7 s .
29 O v. Met. 6, 1 2 5 .
2.5. TESMOFORIAS 3 2 3

e s p ír itu s , in s u lt o s d e s e n fr e n a d o s y e m b r ia g u e z g e n e r a l; lo s d io se s d e la c iu d a d q u e ­
d a n e x c lu id o s , s ó lo D io n is o y H e r m e s e stán p re s e n te s . P r e c is a m e n te la p a r t ic ip a c ió n
e n e l e stad o d e e x c e p c ió n c re a u n ió n y d a u n n u e v o e statu s a lo s n iñ o s e n p a r t ic u la r ;
lo s a te n ie n s e s a d q u ie r e n c o n c ie n c ia d e su « a t e n ie n s i d a d » p r e c is a m e n te a l c e le b r a r
ju n t o s las A n t e s t e r ia s 30.
E l p a p e l d e l « r e y » y la « r e i n a » e s s in d u d a a n t iq u ís im o , si n o está d ir e c ta m e n te
a r r a ig a d o e n e l r e i n o m ic é n ic o ; s in e m b a r g o , basileús e n lo s te x to s e n li n e a l B n o es
r e a lm e n te e l re y s in o u n m a e str o d e g r e m io , s o b r e to d o e l j e f e d e lo s h e r r e r o s 31. A s í,
las A n t e s te r ia s ta m p o c o t ie n e n n a d a q u e v e r c o n la A c r ó p o li s n i c o n E r e c t e o . E s m á s
p r o b a b le q u e s ie m p r e p e r t e n e c ie r a n a lo s c a m p e s in o s y a lo s a r te s a n o s . E l d io s d e l
v i n o es in s e p a r a b le d e la fie s t a y s u n o m b r e , D i o n i s o , se t e s t i m o n i a a h o r a d e s d e
é p o c a a n t i g u a 32. E s t e n t a d o r r e la c io n a r lo s h a lla z g o s d e l t e m p lo d e G e o s c o n la s
A n t e s t e r ia s 33: a llí se e r ig ió e n e l s ig lo X I I u n a g r a n cab e za d e te r r a c o ta c o m o im a g e n
d e c u lt o , q u e d e b ía d e c a u s a r u n a im p r e s i ó n s im ila r a la d e la m á s c a ra a lzad a e n la
c u e v a ; a ú n m á s a n t ig u a s s o n las a s o m b r o s a s e s ta tu a s d e t e r r a c o t a d e b a ila r in a s :
¿ p o d r í a t r a ta r s e d e m u je r e s « v e n e r a b l e s » d a n z a n d o e n t o r n o a D i o n i s o , ya e n e l
s ig lo X V ? S ó lo p u e d e a van zarse c o m o h ip ó te s is .

2 . 5 · T e s m o f o r ia s

L a s T e s m o f o r ia s 1 s o n la fie s ta g r ie g a m ás d ifu n d id a , la fo r m a p r i n c i p a l d e l c u lto d e


D e m é t e r . P a r a h o n r a r a la d io sa d e la a g r ic u lt u r a , las m u je r e s d e la c o m u n id a d c e le ­
b r a n la fie s ta e n tr e e lla s ; u n ra sg o c a r a c te rís tic o es e l s a c r ific io d e c e r d o s : h u e so s d e
c e r d o , c e r d o s v o tiv o s o te rr a c o ta s q u e r e p r e s e n ta n a u n a « v e n e r a b le » o a la p r o p i a
d io s a c o n e l c o c h i n i llo e n lo s b r a z o s s o n lo s s ig n o s a r q u e o ló g ic o s t a n g ib le s d e lo s
s a n t u a r io s d e D e m é t e r e n to d a s p a r t e s 2. L o s s a n t u a r io s d e las T e s m o fo r ia s e s tá n a
m e n u d o f u e r a d e la c iu d a d , a v e c e s t a m b i é n e n la p e n d i e n t e d e la a c r ó p o l i s 3 ; e n
A t e n a s , e l T e s m o f o r io n se e n c u e n t r a c e rc a d e la P n ix , e l lu g a r d o n d e t e n ía lu g a r la
A s a m b le a 4.
P a r a las m u je r e s , la s T e s m o fo r ia s c o n s t it u y e n la ú n ic a o c a s ió n p a ra a le ja rs e d e la
fa m ilia y e l h o g a r , n o s ó lo d u r a n t e d ías s in o ta m b ié n n o c h e s e n t e r a s ; se r e ú n e n e n

30 C ali. fr. 17 8 Pfeiffer [trad. esp. de M . Brioso: Calim aco, Himnosj fragmentos, 1 9 8 0 ] ; A lcip h ro n 4 .
18 , IO s. ; Temístocles, desterrado de su ciudad, instituye en Magnesia la fiesta de los Coes, Possis
FGrHist 4 8 0 F I.
31 Véase I 4 i n. 4 0 .
32 Véase I 3 .6 , n. 2 4 ·
33 Véase I 3 . 3 , n. 7 2 .
1 GF, pp. 3 1 3 - 3 2 5 ; C G SIII, pp. 7 5 - 1 1 2 ; AF , pp. 5 0 - 6 0 ; P. Arbesm ann, i?£ V I A ( 19 3 6 ), cois. 1 5 - 2 8 ;
S. Eitrem , Symbolae Osloenses 2 3 (19 4 4 )- PP- 3 2 ~4 5 ; GGR, pp. 4 6 3 “ 4 6 6 ; D etienne (i), pp. 18 3 - 2 14
[trad, esp.: Los jardines de Adonis, 1 9 8 3 ] . Panorám ica sobre la d ifu sió n ; GF, pp. 3 [3 " 3 1 ^ ; i? £ V I A
( 1 9 3 6 ) , cois. 2 4 - 2 6 , al respecto véase LSS 3 2 (Arcadia); Gela véase n. 2 0 ; nom bre del mes tesm o-
fo rio : Sam uel, pp. 1 0 8 , 1 3 2 , I34 s .
2 HN, p . 2 8 4 .
3 Fuera de la ciudad en Paros, Taso, Esm irna, M ileto, Trezén, Gela (Bitalem i); al pie de la acrópo­
lis en M égara (Paus. I, 4 2 , 6) y quizá en Siracusa (Plut. Dion 5 6 , 5 ); cfr· Richardson, p. 2 5 0 .
4· H . A . T h om p so n , Hesperia 5 ( 1 9 3 6 ) , p p . 1 5 1 - 2 O O ; O . B ro neer, Hesperia I I ( 1 9 4 2 ) , p p . 2 5 0 - 2 7 4 ;
Travlos, p . 1 9 8 , fig. 5 ; E . Sim on, Festival o f Attica. An Archaeological Commentaty, 1 9 8 3 , p . 1 8 .
324 5. POLIS Y POLITEÍSMO

el s a n tu a rio c o n la e stricta e x c lu s ió n de to d o s lo s h o m b re s . S e c o n s tru y e n a lo ja ­


m ie n to s p ro v is io n a le s (skenaí)·, las m u je re s c re a n su p r o p ia o rg a n iz a c ió n e n A te n a s
lid e ra d a p o r dos drchousai5. L o s n iñ o s q u ed a n exclu id o s, salvo lo s lactantes, así com o
las v írg e n e s 6, m ie n tra s q u e la a d m isió n de las h eteras y las esclavas n o está c la ra 7. Se
c o n o c e n u n as a otras y sab en q u ié n p e rte n e c e al g ru p o . C ad a m a rid o tie n e la o b li­
g a c ió n de e n via r a su esposa a las diosas y de h acerse cargo de los costes8.
L a e x c lu s ió n de lo s h o m b re s d a a la fie sta de las m u je re s c ie rto ca rá c te r m is te ­
rio s o y s in ie s tro . N o sin ra z ó n se h ab la a m e n u d o de « m i s t e r io s » 9. H a b ía rito s de
in ic ia c ió n (teletaí); en M ic o n o s, las ciu d ad an as tie n e n lib re acceso a D e m é ter, m ie n ­
tras q ue se ad m ite a las e x tran jeras sólo d espués de u n a in ic ia c ió n 10. H a b ía tem p lo s
de D e m é te r c o n estatuas q u e lo s h o m b re s n o p o d ía n ve r n u n c a 11. G u a n d o A r is t ó fa ­
n es lleva a e scen a su c o m e d ia Las mujeres en ¡a fiesta de ¡as Tesmoforias, n o es capaz de d ar
m u ch o s detalles so b re la fiesta.
L a fiesta d u ra e n A te n a s tres días, ig u a l que e n E sp a rta y en A b d e ra , d e l I I al 1 3
de P ia n e p sió n ; va p re ce d id a de otras d os fiestas reservadas a las m u je re s, las T e s m o ­
fo ria s de H a lim u n te , el d ía I O , y las E ste n ia s, el g 12; e n S ira c u sa la fiesta d u ra diez
d ía s13. E n A te n a s, el p r im e r d ía se lla m a « s u b id a » (ánodos), cla ra m e n te p o rq u e las
m u je re s su b e n e n p ro c e s ió n al T e s m o fo r io n q u e se e n c u e n tra e n lo a lto ; se llev a n
todo tipo de objetos p ara el culto, alim en tos y p ertrech os p ara la estancia y, sobre to d o ,
lo s c o c h in illo s p ara el sa crific io que tie n e lu g a r p re su m ib le m e n te p o r la tarde o p o r
la n o ch e :

E c h a n ce rd ito s e n lo s abism o s de D e m é te r y C o r e . L o s restos a rro ja d o s a lo s mégara


q u e se h a n p o d r id o se lo s lle v a n u n a s m u je re s llam a d a s « s a c a d o r a s » . Esta s, d e s­
p u é s d e h a b e rse p u r if ic a d o d u r a n t e tre s d ías, b a ja n a las p a rte s in a c c e sib le s d el
sa n tu a rio lleván d o lo s co n sig o y los d e p o sita n e n lo s altares. C r e e n q ue el q u e to m a
u n a p a rte y la e sp arce c o n la se m illa te n d r á u n a co se ch a a b u n d a n te . D ic e n ta m ­
b ié n q u e d e n tro d e los ab ism o s h ay se rp ie n te s q u e d e v o ra n p a rte de lo s an im ales
q u e e c h a n allí; p o r eso h a c e n r u id o las m u je re s c u a n d o lo s sacan y cu a n d o r e p o ­
n e n las b ie n c o n o cid a s fig u ritas, p a ra h a c e r re tro c e d e r a las serpien tes [ .. .] S e ela ­
b o r a n in d e c ib le s cosas sagradas c o n m asa de cereales y se su b e n im ág e n e s de s e r ­
p ie n te s y m ie m b ro s m a scu lin o s; ta m b ié n se llevan ram as de abeto [ .. .] to d o ello se
tira a lo s llam a d o s mégara y ta m b ié n lo s c o c h in illo s , c o m o ya se h a m e n c io n a d o .

5 Isae. 8, 19 ; I G I L I I P 1 1 8 4 ..
6 C allim . fr. 6 3 [trad. esp. de M . Brioso; Calim aco, Himnosjfragmentos, 1 9 8 0 ] , pero según Luc. Dial,
mer. 2 , I , se admitían vírgenes y heteras.
y E n Aristoph . Thesm. 2 9 4 está presente una esclava, pero es enviada a tareas específicas. Isae. 6, 5 0
no especifica el rito al que se refiere. Luciano (supra, n. 6) presenta a una hetera y una virgen asis­
tiendo al rito, pero no es fiable.
8 M en . Epitr. 5 2 2 s.; Isae. 3, 8 0 .
9 Ta mystiká en los mágara, A el. D io n , my 2 Erbse (véase n. 16 ); H ero d. 2, 1 7 1 afirma que la verdadera
form a de los misterios se conservaba sólo en Arcadia, mientras en los demás sitios había sido supri­
m ida po r la m igración doria; ello se relaciona con la teoría sobre los pelasgos (cfr. Deméter Pelasgis,
Paus. 2 , 2 2 , i) y sobre los egipcios. «M iste rio s» para D em éter Thesmophóros en Éfeso: SIG 8 2 0 .
10 SIG 1 0 2 4 = LSC G 9 6 , 2 0 ss .
11 E n Catania: Cic. Verr. 4 , 9 9 ·
12 AF, p . 5 2.

13 D io d, Sic. 5 , 4 , y.
2.5. TESM O FO RIAS 325

H asta a q u í n u e stro te stim o n io p r in c ip a l14; d e los migara de D e m é te r y d e l megarízein


de las m u je re s, eq u ivalen te al thesmophoriázein, sólo te n e m o s b reves a lu sio n e s15. E sto s
mégara o mágara16 d eb ía n de existir en A ten as, p e r o n o se h a e n co n tra d o n in g ú n resto
a rq u eo ló g ic o de ello s. E n cam bio, en el san tu ario de D e m é te r e n C n id o 17 se e n c o n ­
tró u n p ozo c irc u la r c o n h ueso s de cerd o y cerd os votivos de m á rm o l; en el sa n tu a ­
r io de D e m é te r de P r ie n e 18 h a b ía u n p ozo re c ta n g u la r, revestid o de m a m p o ste ría ,
q u e se e rg u ía so b re el su e lo c o m o u n f r o n t ó n liso y estaba c u b ie rto c o n p esa d o s
ta b lo n e s. E n u n a p a rte e x p re sa m e n te cercad a c o n u n m u ro d e l g ra n sa n tu a rio de
D e m é te r en A cra g a n te se e n c u en tra u n altar c irc u la r c o n fo rm a d e p o z o , cuya a p e r ­
tu ra c e n tra l, c o n u n a p ro fu n d id a d de casi 1 , 2 0 m ., lleva a u n a grie ta n a tu ra l d e la
r o c a 19. E v id e n te m e n te , las mégara n o e ra n ig u a le s e n to d as p a rte s; c u a n d o el texto
p r in c ip a l h a b la p o r u n la d o de « e c h a r » y « s a c a r » y, p o r o t r o , d e « b a ja r » y
« d e p o s it a r » , p a re c e a lu d ir a dos p o s ib ilid a d e s d ife r e n te s . C o m ú n a am bas es la
a cció n básica d el h u n d im ie n to de los sacrificio s en las p ro fu n d id a d e s. E n G ela, S iris
y L o c r o s se e n c o n t r a r o n resto s de sa c rific io s y de b a n q u e te s s a c rific ia le s, que cada
vez se e n te rra b a n a p a rte 30.
L as m u je re s e n tra n así e n contacto c o n lo su b te rrá n e o , co n la m u erte y la p u tr e ­
fa c c ió n , m ie n tra s q u e, al m ism o tie m p o , c o n falo s, serp ien tes y abetos, están p r e ­
sentes la sexu alid ad y la fe rtilid a d . E l m ito explica el sa crific io de cerd os c o n el ra p to
de C o re : cu an d o la h ija de D e m é ter se h u n d ió e n la tie rra , arra stró con sigo los c e r ­
d os d e l p o r q u e r iz o E u b u le o a las p r o fu n d id a d e s 21. A s í, D e m é te r d u ra n te la b ú s ­
q ued a de su h ija in stau ró las T e sm o fo ria s22; el « m a trim o n io de la m u e rte » se re p ite
en el s a c rific io . D e m é te r, C o re , Z eu s E u b u le o so n h o n ra d o s ju n to s en el ám bito de
las T e s m o fo ria s 23.

14 Schol. L u c., p. 2 7 5 , 2 3 , 2 7 6 , 2 8 Rabe; Rohde, Kleine Schriften II, 19O I, pp. 3 5 5 “ 3 ^ 5 î AF> PP· 4 0 s.;
el escoliasta explica la palabra thesmophória en Luciano: su afirm ación de que Escifoforias y A rreto -
forias (sic) serían « la m ism a co sa» se refiere sólo a su in terp retació n , no a la d escripción del
ritual, cfr. Burkert, Hermes 9 4 (19 6 6 ), pp. 7 s·; HN, p. 2 8 4 , 5 · Q,ue megarízein form aba parte de
las T esm oforias lo afirm a con claridad C lem . A l. Protr. 2 , 1 7 , la co rre cció n en zontas choírous
(Lobeck, p. 8 3 I ; Rohde, ibid., p. 3 6 ° * i) es totalmente arbitraria. Se encuentran cerditos de terra­
cota votivos destripados en Taso y Naxos, F. Salviat, BC H 8 9 ( 1 9 6 5 ) , pp. 4 6 8 - 4 7 1 ·
lg C lem . A l. (cfr. supra n. 14 ); Epiphan. Defide 10 , III I , p. 5 IO< 1 0 H oll.
16 A el. D ion, my 2 Erbse, M en. fr. 5 5 3 K assel-A ustin; A . H enrichs, /(PE 4 ( 19 6 9 ), pp* 3 I _ 3 7 : ß- G .
D ietrich, Rivista storica deîl’Antichità 3 ( 1 9 7 3 ) , pp· I - I 2 .
17 C . T . Newton, Halicarnassus, Cnidus and Branchidae II, 1 8 6 3 , p. 2 8 3 ; GF, pp. 3 1 9 s .
18 M . Schede, Die Ruinen von Priene, '^1964. pp. 9 3 s .
19 D . W hite, Hagné Theá, tesis doct., Princeton, 19 6 4 , ρ· 6 9 . C fr. Ph. Bruneau, Recherches sur les cultes de
Délos, 1 9 7 0 , pp. 2 6 9 - 2 9 3 .
20 G ela: P. O rla n d in i, «D iffu sio n e del culto di D em etra e C o re in S ic ilia » , Kokaíos I 4 ~I 5 ( 1 9 6 8 -
19 6 9 ), p· 3 3 8 ; inscripción de u n vaso «consagrado a la Thesmophóros de la skené deD ic e o » , cfr. asi­
mismo P. O rlandin i, « G e la . Topografía dei santuari e docum entazione archeologica deicu lti» ,
Rivista delVIstituto Nationale di Archeologia e Storia dellArte 15 (19 6 8 ) , pp. 2 9 - 6 6 ; U . K rö n , «Frauenfeste in
D em eterh eiligtü m ern : das T h esm o p h o rio n von B ita le m i» , AA ( 1 9 9 2 ) , pp. 6 1 1 - 6 5 O ; S iris,
Lo cro s: AAS (19 6 9 ), pp. 7 7 0 - 7 8 4 ; Klio 5 2 ( 1 9 7 0 ) , p. 1 3 8 .
21 C lem . A l. Protr. 2 , 17 ; Schol. L u c ., p. 2 7 5 ’ 24 ss- R abe; HN, pp. 2 8 3 - 2 9 2 .
22 Leyenda cultual de Paros, A po llo d . FGrHist 2 4 4 ^ ^ 9 ·
23 Paros : JG X II 5 . 2 2 7 ; Delos: I G X I 2 8 7 A 6 9 ; G raf, p. 17 2 , n. 7 2 ; Ph. Bruneau (supra, n. 19 ). pp-
269- 290.
326 5. POLIS Y POLITEÍSMO

L o que se « d e p o s ita » p u ed e llam arse en griego thesmós; las m u jeres « lle v a n » esos
re sto s de lo s p o z o s a lo s a lta re s, p e r o ta m b ié n las n u evas o fre n d a s o tra vez a lo s
p ozos. E n las rep resentaciones ico n ográficas, las T esm o fo rias se rep resen tan m ed ia n te
u n a m u je r q ue lleva u n cesto cu b ie rto so b re la cabeza24. E vid e n tem en te , es así com o
se d eb e e n te n d e r el n o m b re de la fie s ta 25, que desp ués h a d ado el epíteto de Tesmo-
phóros a la p r o p ia d io sa D e m é te r, sola o ju n t o a C o re .
E l seg u n d o día, el de e n m e d io , se lla m a nesteía, ayu n o . L as m u je re s p e rm a n e c e n
sep a ra d as ju n t o a la d io sa ; s in m esa n i silla , se p r e p a r a n su le c h o e n el su e lo c o n
ram as d e sauce y otras p la n ta s, a las q u e se a trib u y e n efecto s a n tia fro d is ía c o s 26. E l
am b ien te es lú gu b re'''’, en co n so n a n c ia c o n el lu to de D e m é ter tras el rap to de C o re ;
n o se lle v a n c o r o n a s 28. Se d ice ta m b ié n q u e se « im it a la vid a a n t ig u a » 29, el estado
p r im it iv o a n te r io r al d e s c u b r im ie n to de la c u ltu ra . E l ayu n o te rm in a fin a lm e n t e
c o n u n sa crific io y u n rico b a n q u ete de c a rn e 30 el te rc e r día o b ie n la n o ch e p re c e ­
d en te . E n A te n a s se in vo ca este d ía a Kalligéneia, la d io sa d el « b e llo n a c im ie n t o » 31;
ésta p arece existir sólo en el ritu a l, co m o Kourotróphos « la que a lim en ta a lo s m u c h a ­
c h o s » 32, y n o se e q u ip a ra c o n n in g u n a de las m íticas d ivin id ad es olím p icas.
T a m b ié n p e rte n e c e n a la fiesta de las m u je re s o tro s dos aspectos, sin q u e q u ed e
m u y c la ra su c o r r e la c ió n : lo o b sc e n o y lo c ru e n to . L a s m u je re s p ra c tic a n el h a b la
in d e c e n te (aischrología) 33; p u e d e n d iv id irs e e n g r u p o s y p e le a rs e e n tre sí, p e r o n o
d e b ía n d e fa lta r ta m p o c o o c a sio n e s e n las q u e h o m b re s y m u je re s se m o fa b a n lo s
u n o s de los o tro s. E l yam bo com o p o e m a satírico tien e su o rig e n a q u í34; B a u b o , que
al d esn u d a rse h izo r e ír a la d io sa, p e rte n e c e a las T e sm o fo ria s35. S eg ú n u n te stim o ­
n io ta rd ío , las m u jeres v e n e ra n u n a re p ro d u c c ió n de lo s pudenda muliebria36. E n S ic ilia
se p re p a ra n tortas de esa fo rm a y se c o m e n ob viam en te fu e ra d el ritu a l de la fie sta 37.
L o s fa lo s de m asa u sad o s e n el s a c r ific io d e l c o c h in illo s o n u n a d ecu a d o c o m p le ­
m e n to . Y s in e m b a rg o , en a p a re n te c o n tra d ic c ió n c o n to d o e llo , se exige la a b s ti­
n e n c ia sexual ya antes de la fiesta y se refu erza después c o n la p a rtic u la r c o m p o sic ió n
d el le c h o 38; a D e m é te r y a su h ija se las lla m a « s a g r a d a - p u r a » (hagné theá) de fo rm a

24 Friso del calendario AF, p. 2 5 o » lám. 3 5 , n ü 4 ·


25 GF, p . 3 2 3 según Frazer; AF, p. 4*4'; com o ilustración de este sentido, hay u n texto, thesmös... e
o<s>téon «restos sacrificiales o huesos» en una inscripción de C os, L S C G 1 5 4 B l 7 ¡ cfr · thesis ton thes-
mophorfon, Schol. Aristoph . Thesm. 5 8 5 D übner.
26 Plut. Deis, et Os. 3 7 8 E ; Aelian . Nat. an. 9, 2 6 ; Plin. N. H. 2 4 . 5 9 : Galen. X I 8 0 7 K ü h n ; D ioscorid.
I, 1 0 3 ; Fehrle, pp. 13 9 - 154 ·
27 Plut. Demosth. 3 0 , 5 ·
28 Schol. Soph. Oed. Coi. 6 8 1 de M arco.
29 D io d . Sic. 5 , 4* 7 ? en Eretria las mujeres no usan fuego, Plut. Quaest.Gr. 2 9 $ B C
30 Schol. Aristoph . Thesm. 372 D übner.
31 A risto p h . Thesm. 2 9 8 con S c h o l.; H esych. s.v. Kalligéneian:« n o la tierra,sino D em éter [...] unos
[dicen que Caligenia es] su nodriza, otros, su sacerdotisa, otros,incluso suasistente»; A lciph r. 2,
3 7 ; N o n n . D/on. 6, 1 4 0 .
32 Véase I 3 . 5 , n. 4O ; III 4 , n. 15 .
33 A pollod. I , 3 O ; Cleom edes Cael. 2 , I , líns. 4 9 9 “ 5 O ITodd ; D iod. Sic. 5 > 4 > 7 ;cfr. A ristoph. Thesm.
5 3 9 * véase
II 7> n n · 6 1 - 6 4 .
34 M . L . West, Studies in Greek Elegy and Iambus, 1974 *> PP· 2 2 - 2 9 ·
35 G raf, pp. 1 6 8 - 1 7 1 .
36 T h eod oret. Graec. ajf. cur. 3 > 8 4 .
37 H eraclid. Siracus. e n A th . 1 4 , 6 4 7 a·
38 Fehrle, pp. 1 3 8 - 1 4 2 , véase supra n. 2 6 .
2.5. TESMOFORIAS 327

e n fá tic a 39; las sacerdotisas de D e m é ter n o d eb en estar casadas40. P ero la ab stin en cia
es a su vez p re p a ra c ió n p ara lo c o n tra rio , q u e busca su re a liz a ció n en la p ro c re a c ió n
y el p a r to , de ig u al m o d o q u e el ayu n o es el p r e lu d io d e l b a n q u e te s a c rific ia l. L a s
ob scen id ad es se avien en c o n el estado de ir r it a c ió n d el ayu n o ; la sep a ra ció n re a l de
lo s h o m b re s se co m p e n sa e n la fan ta sía , v e rb a lm e n te y c o n im á g e n es, h asta q u e la
fiesta te rm in a b a jo el sign o de Kalligéneia.
E n la fan ta sía ta m b ié n se exagera te rrib le m e n te el a n ta g o n ism o h a cia los h o m ­
b res. E n G ire n e se cuen ta que unas « c a r n ic e r a s » c o n lo s ro stro s u n tad o s de sangre
c astraro n , espada en m an o , d u ran te la fiesta al h o m b re que q u ería esp iarlas, el p r o ­
p io re y B a t o 41; A ris tó m e n e s de M e se n ia , al acerca rse d em a sia d o a las m u je re s q u e
cele b rab a n las T e sm o fo ria s, fu e atacado c o n cu ch illo s p ara el sa crific io , esp eton es y
a n to rc h a s y fu e h e c h o p r is io n e r o 48; el esp ía d e la c o m e d ia de A ris tó fa n e s n o tu vo
m e jo r su erte. H e r ó d o t o 43 a firm a que fu e r o n las D a n a id e s, las n o to ria s asesinas de
h o m b re s, que al m ism o tiem p o ta m b ié n a b rie r o n las fu en tes de la A rg ó lid e , las q u e
tr a je r o n las T e s m o fo ria s de E g ip to a G r e c ia . E n re a lid a d , las m u je re s d u ra n te las
T e sm o fo ria s c o m ía n gran o s de gran ad a, cuyo ju g o m u y r o jo a m en u d o se asocia c o n
la sangre; si u n g ran o cae al su elo, p erten ece a los m u e rto s44. A s í las m u jeres se o c u ­
p a n de la san gre y la m u e rte ; adem ás D e m é te r n o se asocia sólo al lu to pasivo, sin o
ta m b ié n a la ira activa que exige sa crificio s.
L a m a n ip u la c ió n de los restos d esco m p u estos d el c o c h in illo p ara c o n se gu ir u n a
b u e n a cosecha es el e je m p lo m ás claro de m ag ia a g raria en la re lig ió n griega: « p o r ­
tad o res de f e r tilid a d » , « lle n o s de las fuerzas de la t ie r r a » , « u sa d o s co m o m agia de
fe rtilid a d p ara la nueva s ie m b r a » , según fo rm u ló L u d w ig D e u b n e r 45. S in duda a q u í
están p resen tes elem en to s m uy a n tigu o s; ya los h allazgos p ro to n e o lític o s a p u n ta n a
u n a re la c ió n en tre g ra n o y c e r d o 46. T a m b ié n lla m a la a te n c ió n el h ech o de q u e las
c e le b r a c io n e s a p e n a s se v e a n re fle ja d a s en el m ito y q u e , e n lu g a r d e lo s d io se s
« h o m é r ic o s » , aparezcan n o m b res fu n c io n a le s com o Kalligéneia. E l m es ático de P ia -
n e p s ió n es el m es d e la sie m b ra . Y sin e m b a rg o , la fie sta p u e d e a n tic ip a rse d os
m eses, co m o en T eb as o e n D é lo s 47: la c o n e x ió n c o n la sie m b ra n o es p o r tan to el
fa c to r d e c isiv o . T a m b ié n h a n fra c a sa d o lo s in te n to s d e h a c e r d e riv a r la re la c ió n
e sp ecial de las m u je re s c o n D e m é te r de u n a su p u esta fo rm a d e a g ric u ltu ra p r im i­
tiva48. L a fiesta de las T e sm o fo ria s tien e fu n c io n e s agrarias p e ro n o todas sus p e c u ­
lia rid a d e s p u e d e n exp licarse sobre esta base.
K a r l K e r é n y i in te n tó u n c a m in o m u y d ife r e n te 49 al c o m p a ra r el aislam ien to de
las m u je re s e n u n a a tm ó s fe ra in q u ie ta n te , c ru e n ta y sex u a l c o n lo s tab ú es de las

39 Véase V 4 , n. 2 9 ; cfr. W hite (supra n . ig ).


40 Luc. Dial. mer. 7 , 4 ; Timon 1 7 ï Schol. L u c., p. 2 7 9 * 2 1 Rabe; Fehrle, pp. 1 0 3 s . Asistentes de D em é­
ter como abejas: A pollod. FGrHist 14 4 F 8 9 (Paros); Serv. auct. Aen. I, 4 3 ° (C o rinto ); M . Detienne,
Q U C C1 2 (1 9 7 1 ), p p . 1 1 -1 7 .
41 Aelian . fr. 4 7 ac D om ingo-Forasté, cfr. Suda s.¡;. yynihëmu.
42 Paus. 4 , 1 7 , I .
43 H ero d. 2 , 17 1, cfr. Hes. fr. 1 2 8 [trad. esp. de A . M artínez? H esiodo, Obrasjfragmentos, 19 7 8 ].
44 Giern. A l. Protr. 2 , 19 ·
45 A f p . 51, cfr. GGR, pp. 119 s.
46 Véase 1 1 , nn. 2 2 - 2 3 -
47 IG X 1 2 87 A 6 8 ; GF, pp. 3 16 s .
48 CGS III, pp. 1 0 6 - 1 0 9 ; GGR, p. 4 6 5 contra H arrison (i), p. 2 7 2 , GF, p. 3 2 3 ·
49 K erényi (3 ), pp. 12 6 s .
328 5. POLIS Y POLITEÍSMO

m u jeres m en stru an tes e n algunas cu ltu ras p rim itivas. E sta so rp re n d e n te re la c ió n n o


se d eb e e n te n d e r c o m o si se c re y era e n el m ila g ro b io ló g ic o de u n a m e n s tru a c ió n
colectiva en u n a ép o ca « p r im o r d ia l» ; p e ro quizá e x p e rie n c ia y c o m p o rta m ie n to en
el á m b ito de la m e n s tru a c ió n p o d r ía n h a b e r o fre c id o el m o d e lo p a ra la e stru c tu ra
ritu a l de u n a fiesta anual, en la que las m u je re s se asegu ran su p ro p ia p artic u la rid ad ,
negad a a lo s h o m b re s.
D e este m o d o , q ued a com o n ú cleo de la fiesta la d iso lu c ió n de la fam ilia , la sep a ­
ra c ió n de lo s sexos, la c o n stitu ció n de la so cied ad de las m u je re s; u n a vez al añ o , las
m u je re s d em u estran su a u to n o m ía , su re sp o n sab ilid a d e im p o rta n cia p a ra la fe r t ili­
dad de la c o m u n id a d y de la tie rra de cu ltivo. Y p recisam en te el h ech o de p o n e r en
d u d a tales o b v ie d a d e s a seg u ra la c o n t in u id a d . A d e m á s, las T e s m o fo r ia s , c o n su
c a rá c te r se v e ro , lú g u b re y « p u r o » , e stán e n u n a c ie rta p o la r id a d c o n la fie sta de
A d o n is 50, e n la que las m u jeres se evaden de o tra m an era de su c o n stre ñ id a e x iste n ­
cia, e n u n estado de án im o de se d u c c ió n y p a sió n , de gracia y de salvaje la m e n to ; el
c u lto p riv a d o o rie n ta liz a n te d e ja m u c h o m ás e sp a c io a la e x p re s ió n in d iv id u a l,
m ie n tra s q ue la fiesta de la p o lis acen tú a la so lid a rid a d e n el p a p e l de las m u je re s.
A esta socied ad de m u jeres c o rre sp o n d e , al m en o s e n algu nos lugares, u n a so c ie ­
dad de h o m b re s. A s í en P a ro s los « G a b a r n e o s » , que se re ú n e n p a ra lo s b an q u etes
sa crific ia le s, p re sta n servicio a D e m é te r Thesmophóros51. E n la p in tu ra de P o lig n o to 52
e n la L e sq u e de los c n id io s en D e lfo s se re p rese n ta a T e lis y a G le o b e a e n la b arca de
G a ro n te c o n la « c a ja » de D e m é te r. S e g ú n la tra d ic ió n , G le o b e a fu e la p rim e r a que
llevó lo s m isterio s de D e m é te r de P aro s a T a so s. E l jo v e n acom p añ an te, T e lis, re fle ja
en su n o m b re el de la teleté. E l sa n tu a rio de D e m é te r en G o rin to c o n tie n e to d a u n a
serie de estancias p a ra b a n q u etes cu ltu ales y algu n as te rraco tas votivas e n c o n tra d a s
a llí m u e stra n u n jo v e n c o n u n exvoto d e te rra c o ta e n la m a n o 53. Se p u e d e p e n sa r
ta m b ié n e n las a so c ia c io n e s de h o m b re s de la Méter de A s ia M e n o r ; es p o s ib le q ue
cu lto s o r ie n ta d o s a lo s h o m b re s y cu lto s o r ie n ta d o s a las m u je re s se h ayan s u p e r ­
p u esto ; sin e m b argo , o b viam en te se c o m p le m e n ta n m u y b ie n e n tre sí.
P o r tan to , la se p a ra c ió n caracterizad a p o r u n a D e m é te r e n co lerizad a de lu to n o
es u n fin en sí m ism a sin o u n m o m en to de p aso. L o s pozos oscuros que se a b rie ro n ,
vu elven a c erra rse , el « b e llo n a c im ie n to » apun ta c o n esperan za al fu tu r o ; la p e r s ­
p ectiva de u n a b u e n a co sech a es p a rte d e esa e sp e ra n z a q u e su rge de la fiesta . L o s
g rie g o s fin a lm e n te in t e r p r e t a r o n a D e m é te r Tesmophóros c o m o p o r t a d o r a de la
« r e g u la c ió n » , del o rd e n d el m a trim o n io , de la civilizació n , de la vida en g e n e ra l54,
lo q ue n o es to talm en te e q u ivocad o.

50 Véase III 3 . 4 , n. 13 .
51 Antim achus fr. 78 Matthews; Steph. Byz. s.v. Paros; /G X II 5, 2 9 2 .
52 Paus. IO, 2 8 , 3 .
53 Hesperia 3 4 ( 1 9 6 5 ) , pp. 1- 2 4 ; 37 ( 1 9 6 8 ) , pp. 2 9 9 - 3 3 0 ; 3 8 ( 1 9 6 9 ) . P P - 297 - 3 * 0 ; 4-1 ( i 97 s ) , P P -
2 8 3 - 3 3 I ; Altertum I I ( 1 9 6 5 ) , pp. 8 - 2 4 ; véase asimismo estatuas de jóvenes: Hesperia 4 1 ( 1 9 7 2 ) , p. 317*
54 D io d . Sic. 5 . 5 > 2 ; C allim . Hymn. 6, 1 9 ; Serv. Aen. 4 . 5 ^ ; véase PR I, p. 7 7 7 ; &GS III, pp. 7 5 ~ 7 7 ;
G d H ll, p . 4 5 .
3. FUNCIONES SOCIALES DEL CULTO 3^9

3. Fu n c io n e s so c ia l e s d e l c u l t o

3 .1 . D io s e s en tre l a a m o r a l id a d y la ju s t ic ia

E n la lu ch a d el cristian ism o con tra el m u n d o de lo s dioses pagan os, u n o de los a r g u ­


m en to s m ás c o n tu n d e n te s fu e la acu sa ció n de in m o ra lid a d y n i siq u ie ra los d e fe n ­
sores de lo an tigu o p o d ía n evitar a d m itir su le g itim id a d ; lo m ás cen su rab le p a re c e n
ser lo s lic e n c io so s a m o río s de los d ioses y lo m ás in q u ie ta n te es el d e stro n a m ie n to
d el p ro p io p ad re a m an os de Z eu s. L o s m ism o s griegos, ya m u ch o s siglos antes, f o r ­
m u la r o n esta c rític a a lo s d io ses h o m é r ic o s y n o e n c o n t r a r o n n ad a e n su d e fe n sa
ap a rte de lo s p o c o c o n v in c e n te s a rtific io s de la a le g o r ía 1. E l o b se rv a d o r m o d e rn o
p u ed e apo yar el ju ic io de la h isto ria y e n c o n tra r en la d eb ilid a d m o ra l d e la re lig ió n
an tig u a u n m o tivo fu n d a m e n ta l p ara su d ecad en cia y su d e s in te g ra c ió n 2; ta m b ié n ,
p o r supuesto, p u ed e ver e n la a m o ra lid a d de los o lím p ico s u n estím u lo estético p a r ­
tic u la r. Y aú n así el p ro b le m a es m ás c o m p le jo y p r o fu n d o .
L a crítica a « H o m e r o » es m u y antigua. « M u c h o m ie n te n lo s p o e ta s» suena casi
co m o u n p ro v e r b io e n b o ca de S o l ó n 3 y e n H e s ío d o la c o n fe s ió n d e las M usas de
que sab en c o n tar « m u ch a s m e n t ir a s » 4, p arece d irig irse con tra la n a rra c ió n « h o m é ­
r ic a » de lo s d ioses. E l ju ic io tajante y d e fin itiv o lo fo rm u ló ya e n to rn o a fin ales del
siglo VI Je n ó fa n e s :

A los dioses achacaron H om ero y H esíodo todo aquello que entre los hom bres es
m otivo de vergüenza y de rep roch e: ro b ar, adu lterar y engañarse unos a o tro s5.

P ín d a ro se aparta de lo s m ito s que h a ce n a lo s d ioses c a n íb a le s6. E n E u ríp id e s , lo s


p ro p io s dioses caen en la am b igü ed ad : « s i lo s dioses com eten in fam ias, n o son d io ­
s e s » 7; si H e r a , m o v id a p o r m e z q u in o s c e lo s, d estru y e a H e r a c le s d e l m o d o m ás
cru e l, « ¿ q u ié n q u e rría rezar a tal d iv in id a d ? » . P la tó n sólo tuvo que re su m ir y sis­
tem atizar p ara p r o h ib ir to d o esto y en g e n e ra l a H o m e r o en su E stado id e a l9.
Y sin e m b a rg o se c re a ro n lo s te m p lo s g rie g o s m ás im p o rta n te s , las estatuas de
dioses más sublim es, generaciones después de Je n ó fa n e s. Se siguió rezando a estos d io ­
ses; la p rá c tic a de la r e lig ió n g rie g a su b sistió 8 0 0 a ñ o s d esp u és de Je n ó fa n e s y n o
d esap areció hasta la caída de la socied ad an tigu a b a jo la fu erte p re sió n estatal10. E v i­
d en tem en te esa crítica afectó sólo a la su p e rfic ie , n o a las raíces.

1 Véase Vil 3 -1 , n. 2 3 ·
2 M . P. N ilsson, « D e r G riech en gö tter u nd die G e rech tig k e it», HThR 5 0 ( l 9 5 7 )> PP- !9 3 ~ 2 l O =
Opuscula III, pp. 3 0 3 - 3 2 I ·
3 Solo n fr. 2 9 West2.
4 Hes. Theog. 2 7 -
5 Xenophanes VS 21 B II [trad. esp. de A . Bernabé, De Tales a Democrito, * 2 0 0 1 , fr. 15 I .
6 Pind. 01. I, 5 2 .
7 E u r. fr. 2 8 6 b , 7 K annich t; cfr. Ion 4 3 6 - 4 5 1 ·
8 E u r. Her. 1 3 0 7 s .
9 Véase VII 3 . 2 , n. 19 .
10 D e hecho, muchos aspectos de la religion griega se conservaron, casi de u n modo subterráneo, en
las costumbres populares, po r ejemplo, el sacrificio animal, HN, p. 16 ; cfr. J . G . Lawson, Modern
Greek Folklore and Ancient Greek Religion, 19 10 .
330 5. POLIS Y POLITEÍSMO

Se e n c u en tra u n a ju s tific a c ió n d o b le y có m o d a : h ab ía u n a « te o lo g ía de los p o e ­


ta s » , que n o era n ecesario creerse, y ju n to a ella, u n a « te o lo g ía de la p o lis » , que era
en ca m b io u n d e b e r c ív ic o 11; a e llo se a ñ a d e, c o n ab solu ta p re te n s ió n de ve rd a d , la
« te o lo g ía n a tu r a l» de lo s filó s o fo s , fre n te a la q u e e ra n p o sib le s tan to el c o m p r o ­
m iso e sp iritu a l com o el d ista n cia m ie n to escéptico.
R e su lta s o rp re n d e n te q u e p a ra la r e lig ió n de la p o lis se p re su p o n g a y se exprese
c o n n a tu r a lid a d p re c isa m e n te lo q u e el m u n d o de lo s d io se s a p a re n te m e n te n o
p u e d e re a liz a r: ser el fu n d a m e n to d el o r d e n m o ra l. A ristó te le s ob serva sa rcástica­
m en te que los tira n o s d eb en co m p o rta rse p iad o sam en te, « p o r q u e lo s h o m b re s te n ­
d r ía n m e n o s m ie d o de s u f r ir in ju s tic ia s p o r p a rte d e tales p e r s o n a s » 12; a ú n m ás
d evastadora su en a la tesis expresada e n u n d ram a de fin a les d el siglo V a p ro x im a d a ­
m e n te : lo s d io se s s e r ía n la in v e n c ió n d e a lg ú n p o lít ic o astuto p a ra s o m e te r a lo s
dem ás h o m b re s a las n o rm as, in c lu so a llí d o n d e de o tra fo rm a n o p o d ría n ser c o n ­
tr o la d o s 13. P e ro p re cisa m e n te e llo c e rtific a q u e la re lig ió n grie ga d eriva de su f u n ­
c ió n m o ra l. P a ra A ristó te le s es u n a certeza filo s ó fic a la existen cia de los d io ses: « e l
r e s to » —esto es, el c o n ju n to de m ito y ritu a l— « h a sid o ya a ñ ad id o m íticam en te c o n
vistas a p e r s u a d ir a la gen te y en b e n e fic io de las leyes y de lo c o n v e n ie n t e » 14; p o r
tan to , se trata de lo op u esto al esteticism o a m o ra l. A lg u n o s o ra d o re s p o d ía n e x p re ­
sar lo s m ism o s p en sa m ien to s de u n a fo rm a m u ch o m ás p ositiva: « A q u e llo s que n o s
h a n in c u lc a d o este te m o r a lo s d ioses h a n co n segu id o c o n ello q u e n o n o s c o m p o r ­
te m o s lo s u n o s c o n lo s o tro s c o m o a n im a l e s » 15. Y a an tes se p o le m iz a b a c o n el
m ism o a rg u m e n to : la m ag ia es e se n c ia lm e n te im p ie d a d , « y así a lg u ie n n o se a c o ­
b a rd a ría en sus a ccio n e s an te lo e x tre m o , al m en o s en lo que resp ecta a lo s d io ses,
p o r q u e n o le s tie n e n in g ú n m i e d o » 16; ju n t o al te m o r a lo s d io se s caen to d as las
b a rre ra s m o ra le s. E n el fo n d o , este m o tivo está ya c o n te n id o e n la d e s c rip c ió n d el
cíclo p e en la Odisea: P o life m o , a p esa r de ser h ijo de P o sid ó n , se d ese n tien d e de lo s
d io s e s 17 y p o r e llo es u n c a n íb a l. E llo se c o r re s p o n d e c o n la p re g u n ta q u e O d ise o
suele p lan tearse cu an d o llega a costas d esco n o cid as: si los habitantes so n « v io le n to s,
salvajes, d e s c o n o c e d o re s de la ju s t ic ia » o si p o r el c o n t r a r io so n « h o s p ita la r io s y
tem ero so s de lo s d io s e s » 18. E l te m o r a lo s dioses es el p rin c ip io de la m o ra l.
Se p u ed e in te n ta r re so lve r esta d ialéctica e n tre d ioses am o rales y m o ra l re lig io sa
en té rm in o s d e u n d e s a r r o llo h is tó r ic o : e n el m ito se fija r ía e n to n c e s u n e stad io
p r im it iv o q u e, en c re c ie n te c o n t r a d ic c ió n , llev ó al d e s a rr o llo de la c u ltu r a y la
m o ra l. E n u n a h o rd a p rim itiv a el p re stig io p o d ía b asarse en la v io le n c ia y la a ctiv i­
d ad sexual, el ro b o , e l saqu eo y el d a ñ o a o tro s p o d ía n ser a b so lu tam en te h o n o r a ­
b le s; lo s in fe r io r e s , lo s d é b ile s e sta ría n a c o stu m b ra d o s a q u e lo s g ra n d e s se ñ o re s

11 A et. I, 6, 9 (H . Diels, Doxographí Graeci, 1 9 2 9 * P - 2 9 5 ); Pontifex M ucius Scaevola: A u g. De civ. Dei 4 ,


2 7 ; V arró n in August. De civ. Dei 6, 5 ; M . Pohlenz, Die Stoa I, 1 9 4 8 , p. 19 8 atribuye esta theologia tri-
pertita a Panecio; cfr. G . Liebert en Aufstieg und Niedergang der römischen Welt I 4, 1 9 7 3 , P P · 6 3 - 1 1 5 .
12 A rist. Pol. 1 3 1 4 b 3 8 .
13 D ram a satírico Stsifo, atribuido a Eurípides o a Critias, VS 8 8 B 2 5 - Véase VII 2 , η. 2 2 -
14 A rist. Met. 10 74 ^ I _ 8 [trad. esp. de T . Calvo : Aristóteles, Metafísica, 1 9 9 4 ] ·
15 Isocr. Bus. 2 5 -
16 H ip p ocr. Morb. sacr. I (V I 3 6 O Littré) ; texto según H . Grensem ann, Die hippokratische Schrift «U ber die
heilige Krankheit», 19 6 8 , p. 6 4 , § 3 ° ·
17 Od. 9 , 2 7 4 - 2 7 8 .
18 Od. 6, I 2 0 s .; 9, 1 7 5 s .; 1 3 , 2 0 1 s .
3.1. D IO SES ENTRE LA AM O RALIDAD Y LA JUSTICIA S3 !

p u d ie r a n p e r m it ir s e m u ch as m ás cosas e n to d o s lo s asp ecto s y d e s a fia r a p la c e r el


o r d e n de la p r o p ie d a d y la fa m ilia q u e e llo s m ism o s im p o n ía n . L o s d e s ó rd e n e s
o lím p ico s se co rre sp o n d e n p o r tanto c o n u n inestable d o m in io de la n o bleza al fin a l
de lo s siglos oscu ros.
Y s in e m b a rg o , Z e u s, A p o lo , A te n e a s o n s in d u d a m ás q u e Junkers (a ristó c ra tas
ru ra le s p ru s ia n o s ) q ue se p ro p a sa b a n , m ás q u e re p re se n ta n te s de u n o rd e n so c ia l
s u p e ra d o p o r el p ro g re so h is tó ric o . E n p a rtic u la r, la fig u ra de Zeu s e n carn a desde
siem p re n o sólo el p o d e r so b eran o sin o ta m b ié n u n cen tro de sig n ifica d o in c u e stio ­
n a b le m e n te aceptad o. Se p u ed e in te n ta r h a b lar de u n a « ju s tic ia de Z e u s » , en c ierto
m o d o a m o ra l19, u n a actu ació n que n o está vin cu lad a a estatutos preexisten tes, q u e n i
es p re d e c ib le n i c o n tro la b le y que sin em b argo al fin a l siem p re tien e razón , in c lu so
cu an d o causa d estru c c ió n . « Q u ie n de c o ra z ó n celeb ra a Z eu s v ic to rio so , alcanza el
c o n o c im ie n to s u p r e m o » 20.
P e ro a ú n así las c o n tra d ic c io n e s e stán le jo s de re s o lv e rs e . C o n r e la c ió n a las
a c c io n e s m o ra lm e n te c u e stio n a b le s de lo s d io se s, n o se tra ta só lo d e l m ito c o m o
re fle jo b ie n de re la c io n e s reales o b ie n de deseos re p r im id o s . L a m ism a d ia léctica
aparece e n el ritu a l. S i H erm e s ro b a , existen fiestas e n h o n o r de H e rm e s en las q ue
está p e r m itid o r o b a r 31; si lo s dioses abu san de las m u je re s de la tie rra , existen o c a ­
sio n e s festivas e n las q u e la v irg e n m ás h e r m o s a o in c lu s o la « r e i n a » d e b e n ser
entregadas a a lg u ie n « m á s f u e r t e » 82. E xiste la aischrología ju n to a la euphemía, la « c o n ­
t a m in a c ió n » c u ltu a l ju n t o a la p u re z a ; e xiste so b re to d o el acto v io le n to d e l r ito
s a c r ific ia l, la « m a ta n z a de la r e s » , el d e r ra m a m ie n to de sa n g re y el d e s m e m b ra ­
m ie n to , la d estru c c ió n en el fu e g o ; existe la « lo c u r a » , que aparece b ie n com o d e s ­
tin o fata l, o b ie n co m o m a n ife s ta c ió n d el « d io s l o c o » . L o s d io ses e n el b a n q u ete
c a n ib a le sc o se c o r re s p o n d e n c o n la a tm ó sfe ra lic á n tr o p a de las fiestas s a c rific ia le s
secretas23.
R e lig ió n y m o ra l se sep aran ante el sa crific io h u m a n o 24. E l h ech o d e que ya n o se
lleve re a lm e n te a cabo desde m u ch o tiem p o atrás es u n a vic to ria de la ética h u m a n a ,
a u n q u e sigue sie n d o u n a v ic to ria lim ita d a . L o s p o stu la d o s é tico s n o p u e d e n h a c e r
fre n te a to d a la re a lid a d de la n atu raleza y la so c ie d a d ; sólo c o n sig u e n a claracio n e s
p arciales en m ed io de lo im p e n e trab le, lo caótico; adem ás la m o ra l c o rre siem p re el
riesgo de c o rta r las raíces de su p ro p ia vid a. L a re lig ió n es u n fe n ó m e n o co m p le jo ,
que se a lim en ta d el c o n g lo m erad o n o c en su ra d o de la tra d ic ió n ; es tan im p e n e tra ­
b le q u e p u e d e c o n te n e r e n sí m ú ltip le s c o n ju n to s de reglas d e v id a in c o n s c ie n te s.
E vid e n tem en te , en el ritu a l y en el m ito a cada sí le c o rre sp o n d e u n n o , a cada tesis,
u n a antítesis: o rd e n y d iso lu c ió n , d en tro y fu e ra , vid a y m u erte . L a fo rm a c ió n i n d i­
vid u a l de la p e rso n a lid a d m o ra l, re fle jo d el sistem a m o ra l a d ecu ad o , ced e en fav o r
de im p o sic io n es su p rap erso n ales. M ás im p o rta n te que la m o ra l in d ivid u a l es la c o n ­
tin u id a d , q ue se basa en la so lid a rid a d .

19 H . Llo yd -Jo n es, The Justice o f ¿gus, aI 9 8 3 ·


20 Aesch. Ag. 1 74 -
21 Véase III 2 -8 , n. 2 6 .
22 Véase V 2 .4 , n. 19 ; IV 4 , n. 5 3 .
23 HN, p p . 9 8 -1 1 9 ·
24 S. Kierkegaard, Furcht undZjttern, en Gesammelte Werke III, 1 9 2 2 [trad. esp. : Temorj temblor, en Grandes
obras del Pensamiento, 1 9 9 5 ]·
3 3 2 5. POLIS Y POLITEÍSMO

E l p o liteísm o se e n c u en tra c o n d ificu ltad es de p rin c ip io p ara le g itim a r u n o rd e n


m o ra l sobre la base de los d io ses. L a m u ltitu d de d ioses im p lic a ta m b ié n u n a o p o s i­
c ió n c o n tin u a : H e ra c o n tra Z e u s, A fr o d it a c o n tra A rte m is, D io n is o c o n tra A p o lo .
E l o r d e n es sólo p o sib le co m o « r e p a r t o » (motra), co m o c o m p a rtim e n ta c ió n . C a d a
d io s p ro te g e su á m b ito ; in te rv ie n e sólo cu an d o éste resu lta esp e cia lm e n te d a ñ a d o .
L o d ich o vale ante to d o y sob re to d o p a ra Z e u s: Z e u s vela p o r las leyes de la h o sp ita ­
lid a d e n el á m b ito de la casa y de la co rte y ta m b ié n p o r los e x tra n je ro s y lo s s u p li­
cantes q ue h a n alcanzado esta esfera p ro te c to ra : Z eu s herkeîos, hikésios, xénios; lo q u e va
m ás allá de estos lím ites n o le afecta. E l d erech o de asilo se asocia sólo al sa n tu a rio ,
al a lta r; e n lo s dem ás lu gares se p u e d e a sesin ar. E l ser h u m a n o d eb e m o verse en tre
to d o tip o de p re te n s io n e s y n e c e sid a d e s; la p ie d a d es in te lig e n c ia y « c a u t e la » . E l
p o lite ísm o tie n e p re cisa m e n te e n eso u n a o p o rtu n id a d de a c o g e r en sí m ism o u n a
re a lid a d m u ltifo rm e , sin evitar c o n tra d iccio n es, sin verse ob ligad o a la p en o sa n e g a ­
c ió n d e u n a p a rte d e l m u n d o . A lo s seres h u m a n o s les q u ed a a ú n u n e sp a c io de
lib e rta d m ás allá de las p re te n sio n e s sa tisfech a s25; p o r eso la ley y la ética p u d ie r o n
d e s a rr o lla rs e e n tre lo s g rie g o s c o m o « s a b id u r ía » h u m a n a , lib r e m e n te y s in
e m b a rgo en a rm o n ía c o n e l d io s; m áxim as y leyes se g rab ab an e n las p ared e s de lo s
tem p lo s y servían sie m p re c o m o esfu erzo s h u m a n o s, n o com o re ve la ció n d ivin a.
L o s dioses g riego s n o d an leyes26; y sin em b argo , la re lig ió n griega es ta m b ié n u n
im p e ra tivo , q ue se expresa m ed ia n te n o rm a s y m ed ia n te la am enaza de las san cion es
m ás severas, a m e n u d o to ta lm e n te d e s p r o p o r c io n a d a s c o n la tr a sg re sió n : q u ie n
sobrepasa u n cierto lím ite o d ep osita u n a ram a sobre u n altar d ete rm in a d o está c o n ­
d en ad o a m o r ir 27. E n este sen tid o , la re lig ió n aparece com o u n m o d elo de c o m p o r­
ta m ie n to a r t ific ia l, im p u e s to p o r u n « t ú d e b e s » ; existe el rie s g o de c o m e te r u n
e r r o r 28. Y si la fo rm a c ió n de u n « s u p e r - y o » a través de la ed u ca c ió n es u n p ro c e so
fu n d a m e n ta l e n el d e s a rr o llo de u n ser h u m a n o , la r e lig ió n actúa co m o u n fa c to r
decisivo e n este p ro c e so : el q u e haya d eb eres in c o n d ic io n a le s, categóricos, se p re su ­
p o n e a q u í c o m o algo a b s o lu to ; n o h a y m o r a l s in a u to rid a d . E n la ética p o p u la r
g rie g a a p a re c e c o m o c ó d ig o fu n d a m e n ta l: h o n r a r a lo s d io se s y a lo s p a d r e s 29.
A m b a s cosas se apo yan la u n a e n la o tra ; am bas g a ran tizan ju n ta s la c o n tin u id a d e n
el tiem p o d el g ru p o d e fin id o p o r sus reglas de c o m p o rta m ie n to .
E l in te n to de v in c u la r a los dioses c o n la m o ra l en u n sen tid o m ás estricto es c o n
to d o m u y a n tig u o . Y a en u n sím il d e la Ilíada30 se a firm a co m o algo ob vio que Z eu s
se e n fu r e c e c o n lo s h o m b re s c u a n d o p r o n u n c ia n ju ic io s e r r ó n e o s e n la p laza d e l
m erca d o , c o n tra v in ie n d o la ju stic ia , sin p re o c u p a rse p o r la v ig ila n cia de los d ioses:
en to n ces Z eu s envía u n a vio le n ta llu via q u e devasta lo s cam pos cultivados. « E l o jo de
Z e u s to d o lo ve y to d o lo a d v ie r t e » , d ice H e s ío d o , « h a y tres veces m il g u a rd ia n e s
in m o rta le s de Z e u s so b re lo s h o m b re s m o rta le s e n la fé r til tie r ra , q u e ve la n p o r la

25 Véase V 4 > n n. 8 y 55 sobre hósion y eulábeia.


2,6 Sólo Platón interpretará la relación de M inos con Zeus y de Licurgo con Delfos como si, respecti­
vamente, Zeus y A p o lo hubieran dado leyes a Greta y a Esparta: Leg. 6 2 4 a , 6 3 3 d , 6 3 4 a .
27 Sob re la inaccesibilidad del recin to de Zeus Lykaios: T h eo p o m p h . FGrHist I I 5 F 3 4 3 » A rch itim .
FGrHist 3 1 5 F i, HN, p. 9 9 ; sobre la rama en Eleusis: A n d o c. I, I 1 3 - 1 1 6 ; HN, pp. 3 l 2 s .
28 E n la lengua hom érica existe u n térm ino específico para indicar la ofensa a un dios: alitésthai.
29 A . D ihle, Der Kanon der zwei Tugenden, 19 6 8 .
30 II. 16 , 3 8 5 - 3 9 2 ; a m enudo considerado una interpolación.
3.1. DIOSES ENTRE LA AMORALIDAD Y LA JUSTICIA 333

ju stic ia y las m alas accion es, vagando in visib les p o r to d a la t i e r r a » 31. Dike , la ju stic ia
p e r s o n ific a d a c o m o d io sa , acu d e a su p a d re Z e u s, c u a n d o es o fe n d id a , se sie n ta
ju n t o a él y le revela la m en te in ju sta de lo s h o m b re s, p a ra q u e u n o sea c a stigad o 38.
« Q u ie n se e q u ivo ca y com ete d e lito s » , « a e llo s el h ijo de G r o n o les tra e del cie lo
g ra n d o lo r, h am b re y p e s te » , u n e jé rc ito es d estru id o , los m u ro s de la ciu d ad caen,
los b arco s se h u n d e n en el m ar: así castiga el d io s 33; adem ás, es « ig u a l fa lt a » , si u n o
com ete a d u lte rio , m altrata a los h u é rfa n o s u o fe n d e a lo s p a d re s34.
E l p o e ta de la Odisea ya evoca el tem a de la teo d icea: los m o rtales c u lp a n in ju s ta ­
m e n te a lo s d io ses de desgracias de las q u e e llo s m ism o s so n re sp o n sa b le s; p e r o el
q ue lo s p re te n d ie n te s sean castigados p o r sus crím e n es, es u n a m u estra de u n a j u s ­
tic ia u n iv e r s a l: « ¡P a d r e Z e u s, e n v e rd a d q u e a ú n ve lá is lo s d io se s e n el vasto
O lim p o , p u esto q ue d efin itiva m e n te los p re te n d ie n te s h a n pagad o su d ese n fren ad a
s o b e r b ia !» 35. « N o a m an lo s d io ses fe lic e s lo s actos p e rv e rso s, sin o q u e h o n r a n la
ju s tic ia y las accion es h onestas de lo s h o m b r e s » 36.
S i d e este m o d o p a re c e lle n a r s e el va c ío e n tre d io se s y m o r a l, el a b ism o e n tre
id e a l y re a lid a d se a b re e n to n c e s de fo r m a m u c h o m ás a m e n a z a d o ra . S o ló n
sig u ien d o a H e sío d o c o n fía en que la ju stic ia de Zeu s p revalecerá, p o r lo m en o s c o n
el p aso d el tiem p o y a través de ge n e ra c io n es, y así som ete ta m b ié n su p ro p ia a c tiv i­
d ad p o lític a al ju ic io d el tie m p o 37; p e ro casi al m ism o tiem p o o tro p o eta fo rm u la su
d e c e p c ió n e n fo rm a de c rítica casi a ltan era: « q u e r id o Z e u s, m e m aravillo de ti: tú
d o m in a s so b re to d as las cosas, tú m ism o tie n e s p re s tig io y u n g ra n p o d e r : [ . . . ]
¿ c ó m o p u es tu in te lig e n c ia , h ijo de C r o n o , se a rriesg a a q u e lo s m alh ech o res y los
ju sto s re c ib a n u n a p arte ig u a l? » 38 M o ra lid a d y p ied a d p a re c e n fracasar ju n ta s .
Q u iz á sea aú n m ás in q u ie ta n te q u e la m o ra lid a d e n tre en c o n flic to c o n la p r á c ­
tica co n creta de la re lig ió n . C o n cierta in g e n u id a d se expresa e n la Ilíada que q u ie n
sea cu lp ab le de u n a trasg resió n o de u n e r r o r , p u ed e sin em b argo « d ir ig ir s e » a lo s
dioses c o n sacrificio s y am ables súplicas, c o n lib a cio n e s y densos vapores y ganarse de
nuevo su fa v o r39; de la m ism a fo rm a , en el Himno a Deméter se dice, en alabanza de P e r ­
sé fo n e , q ue está e n su p o d e r in f lig ir castigos e te rn o s a lo s m a lh e c h o re s si éstos n o
a p la c a n a la d io sa c o n s a c rific io s y d o n e s c o n v e n ie n te s 40. E n e l fo n d o in c lu so lo s
rito s de p u rific a c ió n exigid os p o r A p o lo so n casi u n re cu rso d em asiad o sim ple p a ra
lib ra rs e de la cu lp a de u n asesin ato; sig n ific a n re so c ia liz a c ió n , p e ro n o e x p ia c ió n .
E n E s q u ilo se llega al p u n to de que los rito s de p u rific a c ió n , llevados a cabo p o r el
p r o p io A p o lo , n o co n sig a n a h u yen tar a las E r in is de O re ste s 41; sólo u n a sen ten cia
ju d ic ia l fo r m a l p u e d e lo g r a r lo ; a d e c ir v e rd a d , este t r ib u n a l es in s titu id o p o r lo s
d io ses. P ara P la tó n , la te o ría de que se p u ed e in flu ir so b re los dioses p o r m ed io de

31 Hes. Erga 2 6 7 ; 2 5 2 - 2 5 5 -
33 H es. Erga 2 5 6 - 2 6 0 .
33 Hes. Erga 241 - 2 4 7 *
34 Hes. Erga 3 2 7 - 33 1 ·
33 Od. I, 3 2 - 4 3 ; 2 4 , 35 1S .
36 Od. 14 , 8 3 s .
37 Solo n fr. 3 6 , 3 W est2; cfr. Solm sen, Hesiod und Aeschylus, I 9 4 9 > pp· H 2 s .; W . Jaeger, Scripta Minora I,
19 6 0 , pp. 3 2 0 - 3 3 2 .
38 Theognis 3 7 3 - 3 7 8 .
39 Ά· 9 . 4 9 7 - 50 1 .
40 Hymn. Dem. 3 6 7 - 3 6 9 ? véase II 2 , η . 3 3 ·
41 Aesch. Eum. 2 7 6 - 2 8 3 ; véase II 4 , η. 6 θ .
334 5. POLIS Y POLITEÍSMO

d o n e s y s a c r ific io s es la im p ie d a d m á s g r a v e 43. A s í p o r ta n to , e l p r o p i o r it u a l p ie r d e
su s ig n ific a d o fr e n t e a la fu e r z a s u p r e m a d e l « b i e n » . N in g u n a r e li g i ó n h a r e s u e lto
d e l t o d o e l p r o b le m a d e la r e la c ió n e n t r e c u lto y m o r a l q u e s u rg e a q u í.

3 . 2,. E l JURAMENTO

L a r e lig ió n , la m o r a l y la o r g a n iz a c ió n d e la s o c ie d a d e n g e n e r a l se m u e s tr a n in d is o ­
lu b le m e n t e e n g a rz a d a s e n la in s t it u c ió n d e l j u r a m e n t o 1 . S u f u n c i ó n es a s e g u r a r u n a
a b so lu ta v in c u la c ió n a u n a d e c la r a c ió n , b ie n sea q u e a fe c te a l p a s a d o o b ie n se tra te
de u n a d e c la r a c ió n d e in t e n c io n e s p a r a e l fu t u r o . E llo t ie n e u n e s p e c ia l s ig n ific a d o
e n u n a c u lt u r a c a r e n t e d e e s c r i t u r a e n la q u e n o h a y a n o t a c io n e s n i d o c u m e n t o s
c o m o p r u e b a . N o o b sta n te , e n las a n tig u a s c iv iliz a c io n e s s u p e r io r e s , la e s c r it u r a só lo
h iz o p e r d e r t e r r e n o le n t a m e n t e a l j u r a m e n t o y n u n c a lo s u p r im ió d e l t o d o . « L o
q u e m a n t ie n e u n id a la d e m o c r a c ia es e l j u r a m e n t o » 2.
E n g r ie g o , « ju r a m e n t o » (hórkos) y « j u r a r » (omnynai) s o n t é r m in o s fija d o s d e sd e
la p r e h is t o r ia q u e y a n o s o n e t im o ló g ic a m e n te tr a n s p a r e n te s 3. E l ju r a m e n t o c o n sis te
e n la in v o c a c ió n d e te stig o s e x tr a h u m a n o s , e n la m a y o r ía d e lo s casos d io se s , y e n u n
r it u a l q u e se c a ra c te riz a p o r la ir r e v o c a b ilid a d y a m e n u d o p o r e l t e r r o r q u e in fu n d e .
E l r it u a l p u e d e im p lic a r a g a r r a r y t ir a r u n b a s t ó n o u n a p i e d r a 4; m ás s o r p r e n d e n t e
es e l r it o d e h u n d ir e n e l m a r b a r r a s d e h ie r r o c o m o e x p r e s ió n d e lo a b s o lu ta m e n te
ir r e c u p e r a b le , c o m o h i c i e r o n lo s fo c e n s e s d u r a n t e s u e m ig r a c ió n y a ú n e n 4 7 ^ l ° s
j o n i o s c o n o c a s ió n d e su a lia n z a c o n tr a P e r s ia 5. L a m a y o r ía d e las ve ces e l ju r a m e n t o
va a c o m p a ñ a d o d e l s a c r ific io d e u n a n im a l y d e u n a lib a c ió n ; ésta a d q u ie re p a r t ic u la r
i m p o r t a n c i a e n lo s a r m is t ic io s y e n lo s t r a t a d o s d e p a z , c o n lo s q u e se p o n e f i n a l
d e r r a m a m ie n t o d e s a n g r e ; p o r ta n to , se le s lla m a s im p le m e n t e spondaí6.
Y a la Ilíada ilu s t r a d e m a n e r a e je m p la r u n s a c r ific io d e j u r a m e n t o 7: lo s tr o y a n o s
a p o r t a n u n c o r d e r o b la n c o y u n a c o r d e r a n e g r a p a r a la T i e r r a y e l S o l; lo s a q u e o s ,
u n c o r d e r o p a r a Z e u s . L o s « r e y e s » se e n c u e n t r a n r o d e a d o s d e su s h o m b r e s , se
la v a n la s m a n o s , lo s h e r a ld o s m e z c la n e l v i n o y e s c a n c ia n u n a c o p a p a r a c a d a u n o ;
A g a m e n ó n , c o m o « s e ñ o r d e l s a c r i f i c i o » , le s c o r ta e l p e lo d e la fr e n t e a lo s c o r d e ­
r o s e in v o c a c o n s ú p lic a s a lo s te s t ig o s : Z e u s , H e l i o , R ío s y T i e r r a y lo s p o d e r e s
p u n it iv o s s u b t e r r á n e o s ; d e s p u é s le s c o r ta e l c u e llo a lo s c o r d e r o s , m ie n tr a s q u e lo s
d e m á s, t a m b ié n s u p lic a n d o , v ie r t e n sus c o p a s . « Z e u s » es a q u í e l d io s e s p e c ia l d e lo s
g r ie g o s ; a é l se a ñ a d e la a m p lia in v o c a c ió n d e S o l, T i e r r a , R ío s y U lt r a t u m b a q u e es
c o m o d e c ir t o d o e l c o s m o s . E s ta f ó r m u la t r ip a r t it a se e n c u e n t r a e n o t r o s lu g a r e s y
e v id e n t e m e n t e es d e t r a d i c i ó n o r i e n t a l 8. L a p r o p i a H e r a p r e s t a e l « g r a n j u r a -

4 2 Resp. 3 6 4 ^ - 3 6 5 8 ; Leg. 8 8 5 b , g o 5 d - g o 7 b; véase VII 4, n· 9.


1 R . Hirzel, DerEid, 1 9 0 2 ; Ziebarth, R E V ( 1 9 0 5 ) , cois. 2 0 7 6 - 2 0 8 3 ; KA, pp. 1 3 6 - 1 3 8 ; K . M arot, Der
EidalsTat, 1 9 2 4 ; GGR, pp. 139 ~ M'2 ; J ■ Plescia, The Oath and Rerjury in Ancient Greece, 1 9 7 0 .
2 Lycurg. Contra Leocr. 7 9 -
3 Frisk II, p. 388; 4 18 s. ; É . Benveniste, « L ’ expression du serment dans la Grèce a n cien n e», RHR
1 3 4 (1948), pp. 8 2 - 9 4 ; R· H iersche, REG 71 (1958), pp. 3 5 -4 1.
4 LI. I, 2 3 3 - 2 4 6 ; cfr. el juramento per Joucm iapidcm, Latte (2 ), pp. I 2 2 s .
5 H ero d. I, 1 6 5 , 3 ; A rist. Ath.pol. 2 3 * 5 i D iod. Sic. 9, 1 0 , 3 ·
6 Véase 3 , 1 0 3 - 1 0 7 ; 2 6 8 - 3 1 3 ; cfr. 19 , 2 4 9 - 2 6 5 .
7 II. 3 , 1 0 3 - 1 0 7 ; 2 6 8 - 3 1 3 : cfr. 19 , 2 4 9 - 2 6 5 .
8 E n el pacto entre Muwatalli y Alaksandu de W ilusa comparecen, tras el elenco de los dioses bititas
3.2. EL JURAMENTO 335

m e n t o » p o r la tie rra , el cielo y la fu en te in fe rn a l, la E s tig e 9; el que los dioses ju r e n


p o r la Estige es fru to de u n a in d e p e n d iz a c ió n e rró n e a de la ú ltim a p arte de esta f ó r ­
m u la c ó sm ic a . E n é p o ca p o s th o m é ric a , lo s re sp e c tiv o s d io ses d e la p o lis están en
p r im e r p la n o ta m b ié n e n e l ju r a m e n t o . Z e u s , c o m o d io s su p re m o y m ás fu e r te ,
co n se rv a u n a p o s ic ió n p r e e m in e n te , es Z e u s hórkios10. L o s a te n ie n s e s 11 ju r a n p o r
Z eus, A p o lo y D e m é ter —aq u í Zeus va acom pañ ad o d el dios de las fratrías, de la o r g a ­
n iz a c ió n fa m ilia r p a tria r c a l y de la d io sa d e las T e s m o fo r ia s , el L u m in o s o y la
O scu ra — o ta m b ié n p o r Z eus, P o sid ó n , D e m é te r o Z eu s, A te n e a , P o sid ó n y D e m é ­
te r; así se evocan lo s dos cen tro s sagrad os m ás im p o rta n te s de A tic a : la A c r ó p o lis y
E le u s is . E l ju r a m e n t o de lo s e fe b o s á tic o s 18 in v o c a a u n a la rg a lista d e te stig o s:
A g la u ro , e n cuyo san tu ario tien e lu g a r la p re sta ció n de ju ra m e n to ; H estia, el c en tro
de la p o lis ; los dioses g u e rre ro s que señ alan el in g re so e n el servicio m ilita r, E n io y
E n ia lio , A re s y A te n e a Areia; después Z eu s; Thalló y Auxó , « F lo r e c im ie n t o » y « C r e c i ­
m ie n to » com o p o d eres p ro tecto res de los ad olescen tes; H e g e m o n e co m o « la g u ía »
y H e ra c le s, el m a y o r m o d e lo d el q u e se a b re c a m in o e n el m u n d o c o n sus p ro p ia s
fu erza s; p o r ú ltim o , « lo s c o n fin e s de la p a tria , trig o , cebada, vides, olivo s, h ig u e ­
r a s » , esto es, la re p rese n ta ció n de la fé rtil « tie r r a p a t r ia » . D esd e siem p re, los o b je ­
tos p u e d e n ser elevados a la categoría de testigos d el ju ra m e n to ; A q u ile s ju r a p o r su
c etro , que n u n c a vo lverá a re ve rd e ce r, y H e ra , p o r la cabeza d e Z eu s y p o r su le ch o
m a trim o n ia l13.
E l s a c rific io d el ju ra m e n to c o m p arte a lgu n o s e lem en to s esenciales c o n el s a c r i­
fic io de an im ales n o rm a l, p e ro p o n e de relieve el aspecto del te r r o r y la d estru cció n .
Se d eja f lu ir la sangre e n u n í’e cip ien te y e n él se su m e rg en las m a n o s14. E s esen cial
el d e s m e m b ra m ie n to de la víctim a de s a c r ific io : se « c o r t a el ju r a m e n t o » ; el q u e
p resta ju ra m e n to p isa c o n sus p ies los « tr o z o s c o r ta d o s » y co n creta m e n te los ó r g a ­
n os sexuales del a n im a l sacrificad o m ach o ; así, al d erra m a m ie n to de sangre se añ ad e
el h o r r o r de la c a stra c ió n 15. E llo va aco m p añ ad o de la a u to m a ld ic ió n . E n la litada se
dice: « q u e al p rim e r o que viole los ju ra m e n to s le flu y an a tierra , igual que este v in o ,
los sesos p r o p io s » 16; p o ste rio rm e n te , la fó rm u la h a b itu al es q u e la d estru cció n to tal
(exóleia) a lcan ce al q u e v io le el ju r a m e n to y a to d a su e stir p e ; la e lim in a c ió n de la
fa m ilia '7 se c o rre sp o n d e c o n la castración.

del juram ento «las montañas, los ríos y las fuentes de Hatti, el gran m ar, el cielo y la tierra, los
vientos, las n u b e s » ,J . Friedrich, Staatsverträge des Hatti-Reiches in hethitischer Sprache II, 1 9 3 0 p . 8 l, lin.
2 5 - 2 6 [trad. esp. en A . Bernabé y J . A . Alvarez Pedrosa, Historiaj Leyes de ¡os hititas. Textos del Reino Medio
y del Imperio Nuevo, 2 0 0 4 , 1 8 7 ] . Para el m undo ugarítico véase Gese, p. 1 6 8 ; para el arameo, R in g -
gren, p. 1 3 0 . « G ie lo , tierra, fuentes, río s» tam bién en el juram ento de Dreros, véase ín/ra n. 12 -
9 / / .15 ,3 6 -3 8 .
10 H . Schwabl, R E X A ( 1 9 7 2 ) , col. 3 4 5 .
11 C o ok II, pp. 7 2 9 s·; Zeus, Posidón, Atenea en las leyes draconianas, Schol. II. 15 , 3 6 - 3 7 Erbse.
12 L . Robert, Études épigi-aphiques et philologiques, 19 3 8 , pp. 2 9 6 - 3 0 7 ; T o d II n° 2 0 4 ; R· Merkelbach, Z fE
9 (19 72)» cols. 2 7 7 - 2 8 3 ; sobre Hegemone cfr. los sacrificios hegemósynapara Heracles, Xen. Anab.4.
8, 25 y A rtem is Hegemone, véase V 2 - 3 , n. 14 . C fr. los diosesdel juram ento deD reros, SIG 5 2 7 =
ÍG I I X i .
13 Véase n. 4 ; H- I 5 > 3 9 s·
14 Aesch. Sept. 4 3 s·; X e n . Anab. 2 , 2, 9.
15 Demosth. 2 3 » 6 7 s .; Paus. 5. 2 4 > 9 ; Stengel, pp. 7 8 - 8 5 ; HN, p. 4 7 » η ·
ι6 II. 3 , 2 9 9 s·; * 9 . 2 6 4 s .
17 L e y e n A n d o c . I, 9 8 ; anécdotas y oráculos en H ero d. 6, 8 6.
336 5 , POLIS Y POLITEÍSMO

C u an d o los m olosos prestan ju ra m e n to , p rep aran una res y copas llenas de vin o ;
después despiezan la res en trozos p equ eñ os y suplican que los transgresores sean
de igual m odo d esm em brad os; v ie rte n el con ten id o de sus copas y suplican que
se vierta de igual m odo la sangre de los tran sg reso res'8.

S i se p o d ía c o m e r de la víctim a d el ju ra m e n to es u n a cu estió n c o n tro v e rtid a 19. E n la


Ilíada, P ríam o se lleva los an im ales sacrificad o s a casa, p e ro sólo p ara u n uso p ro fa n o ,
m ie n tra s q ue en el ju ra m e n to de p u rific a c ió n de A g a m e n ó n , el ja b a lí sa crifica d o se
a rro ja al m a r 20. A m en u d o se p re sta n ju ra m e n to s co n o ca sió n de u n sa c rific io n o r ­
m al « p o r las víctim as q u e m a d a s » , « s o b r e las víctim as p e r fe c t a s » 21; al q u e p resta el
ju ra m e n to se le d an en m an o las visceras (splánchna) d el a n im a l sa crific a d o , el c o r a ­
z ó n y el h ígad o, p ara h acer tan gible su contacto c o n lo sa g ra d o 32. C o m e r los splanchna
p o d ía volverse u n a « c o n ju r a c ió n » , p o r lo que se creía in clu so q u e ciertas so c ie d a ­
des secretas realizab an rito s ca n ib a le sc o s23.
L a s cerem o n ia s de ju ra m e n to p u e d e n en te n d erse en g ra n p arte com o p re d e ís ti-
cas; n o p re s u p o n e n n in g u n a id e a de d io ses b ie n fo r m u la d a 24. Se activan en c ie rto
m o d o ob jeto s in d ivid u a les o la to ta lid a d d el cosm os a través de la in v o c a c ió n , u n id a
a la d em o stra ció n de d estru cció n y de irre c u p e ra b ilid a d , en m ed io de u n a atm ó sfera
de cu lp a y so lid a rid a d e n e l sa crific io c ru e n to . Y sin em b argo a lo s griegos les p arece
in d isp en sa b le que u n ser d ivin o vig ile to d o el p ro c e so y p u ed a in te rv e n ir p ara casti­
g a r. E l h o m b re c o m ú n cre e q u e Z e u s a r r o ja su rayo c o n tra lo s p e r ju r o s 25, a u n
c u an d o la e x p e rie n c ia n o lo c o n fir m e . P o r ello la esp e cu la ció n va m ás allá del fin de
la vid a h u m a n a y p re su p o n e la existencia de verd u go s su b terrán eo s p ara castigar a los
q u e h a n v io la d o u n ju r a m e n to d esp u és de la m u e rte , en el m u n d o s u b te r r á n e o 26;
H e sío d o ad vierte q ue las E r in is están a lre d e d o r d el ju ra m e n to ya en el m o m en to en
q u e se p r e s t a 27. E n c u a lq u ie r caso, se está c o n v e n c id o de q u e só lo el te m o r al d io s
o fre c e la g a ra n tía d e q u e el ju r a m e n t o se m a n te n g a ; e n c o n se c u e n c ia , só lo el q u e
h o n r a a lo s d io ses p u e d e ser p arte co n tra ta n te . N o o b stan te, y e llo se c o rre sp o n d e
c o n el ca rá c te r a b ie rto d el p o lite ís m o , p u e d e n ser in v o c a d o s e n u n ju r a m e n to lo s
d ioses m ás d iversos, sie m p re que sean vin cu lan te s p ara la p arte ; así, en lo s acu erd o s
in te re sta ta le s se e stip u la b a q u e cada p a rte d eb ía p re sta r « e l m á x im o ju r a m e n t o
lo c a l» 28.

18 Proverbia Goisliniana en Paroemiographi Graeci I, 2 2 5 _2 2 6 , en apend.


19 Paus. 5 , 2 4 , IO.
20 II. 3, 3 1 0 ; 19 , 2 6 7 s .
21 IG I 2 1 0 = S ÍG 4 1 = JE 4 - 18 ; SJG 6 8 5 ; L S C G 6 2 , 2 ; ley en A n d o c. i 97s. ; SIG 2 2 9 - J-E 9 » 2 2 ; P· Sten ­
gel, Hermes 4 9 ( l 9 I 4 )> PP* 9 5 “ 9 ^ interpreta hieràtéleia, en este contexto, equivocadamente, com o
«sacrificios completamente quem ados». Se trata de sacrificios de animales adultos tras el sacrifi­
cio prelim inar, cfr. Aesch. Ag. 1 5 0 4 ; Paus. 7» l8> 12 .
22 H ero d. 6, 6 7 . 3 ; Aesch in. I, 1 1 4 ; «m an tenerse cerca del altar» durante el juram ento: SIG 9 2 1 =
/ G I I - I I F 12 37 , 7 6 ·
23 A . H enrichs, Die Phoinikika des Lollianos, 1 9 7 2 , pp. 2 9 - 3 3 ; 3 7 s·; HN, p. 4 7 ·
24 R · Lesch, DerEid, 1 9 8 ° ; GGR, pp. 13 9 s .
25 A ristop h . Nub. 3 9 7 ·
26 Veae IV 2 , η . 3 1.
27 Hes. Erga 8 0 3 .
28 T h u c. 5» 18 , 9; 5, 4 7 , 8; 5» 1 0 5 , 4 · Histieo, que tiene el propósito de traicionar, ju ra po r los d io ­
ses «d e l G ra n R e y» para rom per inm ediatam ente el vínculo del ju ram en to , H ero d. 5 , 1 0 6 , 6.
3.2. EL JURAMENTO 337

P o r ta n to , e l ju r a m e n to d o m in a , c o m o el d e re c h o estatal, ta m b ié n el d e re c h o
p e n a l y el civil y d esem p eñ a u n p ap e l decisivo en la vid a p rá ctica de cada in d iv id u o .
B ie n sea an te u n tr ib u n a l o e n tra n sa c c io n e s e co n ó m ic a s de m e rca n c ía s, d in e r o o
tie rra s, e n to d os lo s actos ju r íd ic o s lo s d ioses p a rtic ip a n co m o testigos. T o d o p r é s ­
ta m o , to d o c o n tra to de c o m p ra q u e n o se ejecu ta de in m e d ia to d eb e ju r a r s e . P ara
d a r p eso al a su n to , se so lía visita r u n sa n tu a rio . O c a sio n a lm e n te , se p re sc rib e p o r
ley en qué san tu ario se debe « s a c r ific a r el ju r a m e n t o » 29. D e este m o d o , m ercad o y
te m p lo están estrech am en te vin c u lad o s; al p ro s c rito se le excluye al m ism o tie m p o
d el m ercad o y de los san tu arios. U n estab lecim ien to c o m e rc ia l se crea c o n la fu n d a ­
c ió n de san tu a rio s; así, N á u cra tis en E g ip to : el rey A m asis

a q u ie n e s n o q u e ría n re s id ir a llí, p e ro lle g ab an a su país en sus naves, les dio


u n os terren os para que en ellos levan taran altares y recin tos sagrados a sus d io ­
ses. Pues b ie n , el m ayor de esos recintos (que, al tiem po, es el más frecuentado y
que se llam a H e le n io ) lo fu n d a r o n e n co m ú n las sig u ien tes ciu d ad es: Q u ío s,
T eos, Focea y C lazom enas, entre las jo n ia s ; R odas, C n id o , H alicarn aso y Fasé-
lide, entre las dorias, y solam ente M itilen e, entre las eolias. A esas ciudades p e r­
tenece ese sagrado recin to y so n ellas las que p ro p o rc io n a n lo s in ten d en tes del
m e rcad o 30

L a o rg a n iz a ció n d el culto y la d el c o m e rc io c o in c id e n . L o s ex tra n jero s en G re c ia no


a ctú a n de o tra fo r m a : lo s fe n ic io s e r ig ie r o n en el P ir e o u n s a n tu a rio de A s ta r t é -
A fr o d ita , lo s egip cios, u n o de Is is 31. E l san tu ario garan tiza la p e rm a n e n c ia ; se « u t i ­
liz a » p ara asegu rar los con tratos p o r m ed io de u n ju ra m e n to . N o sin ir o n ía , m u e s ­
tra P la tó n c ó m o P ro tá g o ra s , q u e d u d ab a de la e x iste n c ia de lo s d io se s, n o p u e d e
p asar sin u n tem p lo y hace d ecir al sofista: « c u a n d o a lg u ie n h a a p re n d id o co n m ig o ,
si q u ie re m e en trega el d in e ro que yo e stip u lo , y si n o , se p resen ta en u n te m p lo , y,
d esp u és de j u r a r q u e cree q u e las en señ a n z a s v a le n u n a d e te rm in a d a c a n tid a d , la
d ep osita a l l í » 32.
A q u í es ab so lu tam en te arcaico q u e el ju ra m e n to sig n ifiq u e u n acto de d e te rm i­
n a c ió n p r o p ia : el d e u d o r co n stata b a jo ju r a m e n t o la c a n tid a d de la sum a q u e se
debe devolver. E n el o rd e n a m ie n to de los L ab iad as de D e lfo s, se d isp o n e que q u ie n
q u ie ra re c la m a r c o n tra u n a sen te n c ia de c u lp a b ilid a d debe « p r e s t a r el ju ra m e n to
aco stu m b rad o y será l i b r e » 33. In clu so en u n p ro c e so p e n a l, el acusado p o d ía t e r m i­
n a r el p ro c e so c o n u n ju r a m e n to de p u r ific a c ió n ; las E r in is r e p re n d e n a O re ste s
p re c isa m e n te p o r este m o tiv o : « é l n o a c e p ta ría u n ju r a m e n t o , n i q u ie re p r e s ­
t a r l o » 34; si O restes h u b ie ra ju r a d o : « n o h e m atado a m i m a d r e » , h a b ría q u ed ad o
lib re . S in e m b argo , P la tó n a firm a que tal cosa sólo h a b ría sid o p o sib le en todo caso

29 Venta de una tierra en En o , T h eop h r. en Stob. 4 , 2 , 10 (vol. IV , p. 12 9 , 10 Hense) = fr. 6 5 0 , 129


Fortenbaugh.
30 H ero d. 2 , 17 8 , 2 - 3 .
31 IG I I - I I F 3 3 7 = SIG 2 8 0 .
32 Plat. Prot. 3 2 8 b c .
33 LSC G 77 D 2 14 s . C fr. el procedim iento de los hebreos en Elefantina, AM ET 4 9 ^·
34 Aesch. Eum. 4 2 9 ·
338 5. POLIS Y POLITEÍSMO

e n ép o ca de R a d a m a n tis35. D e la e la b o ra c ió n d el ju ra m e n to de p u rific a c ió n en u n a
o r d a lía 36 sólo q u ed a n vestigios e n G re c ia .
E n e l p ro c e so ju d ic ia l n o r m a l, u n ju r a m e n to se c o n tra p o n e a o tro : e l d e m a n ­
dante ju r a su acusació n , el acusado asegu ra su in o c e n c ia c o n u n ju ra m e n to c o n tra ­
r io ; lo s m ie m b ro s d e l ju r a d o d e b e n d e c id ir e n tre este « ju r a m e n to de u n o c o n tra
o t r o » (diomosía)37. E sp e c ia lm e n te so le m n e es el ritu a l ante el trib u n a l d el A re ó p a g o :
d esp u és de q ue lo s sacerd o tes h ayan s a crific a d o u n ja b a lí, u n c a rn e ro y u n to ro , el
d em an d an te debe p isa r las « p a rte s c o rta d a s» y p ro n u n c ia r el ju ra m e n to , co n el que
im p re c a u n a « r u i n a to t a l» p a ra él, su casa y su e stirp e , e n caso de q u e n o d iga la
v e rd a d 38. E l que h a sid o d ecla ra d o in o c e n te , el v e n c e d o r d el p ro c e so , deb e d em o s­
tra r u n a vez m ás su ju sta v ic to ria ante lo s o jo s de los dioses c o n u n s a c rific io , « c o r ­
ta n d o lo s tr o z o s» de la v íc tim a 39.
C a d a d e c la ra c ió n p u e d e ser v e rd a d e ra o falsa ; ta m b ié n fo rm a co n sta n te m e n te
p a r te d e l ju r a m e n t o , c o m o p o s ib ilid a d , el p e r ju r i o . E l h e c h o de q u e la p a la b ra
g rie g a q ue d esign a al « ju r a m e n to p o r a ñ a d id u ra » (epí-orkos) haya a d q u irid o el sig ­
n ific a d o de « p e r j u r i o » 40 a rro ja u n a clara luz sob re el abuso de los ju ra m e n to s ya en
la é p o c a m ás a rc a ic a . « E n g a ñ a r c o n ju r a m e n t o s » n o es só lo el arte de A u t ó lic o ,
« q u e so b resalía e n tre los m o rtales en el arte de ro b a r y ju r a r , u n dios le o to rg ó este
d o n » 41, sin o u n a p rá ctica g e n e ra l e n el m e rc a d o 4a; a d ec ir verd ad , el arte m ás su til
consistía en evitar el p e r ju rio directo y, n o obstante, en gañ ar a la otra p arte m ed ian te
fo rm u la c io n e s am b igu as y eq u ívo ca s; el m o d e lo n o s lo p r o p o r c io n a ya H e r a e n la
Ilíada43·, p e ro en el m ito , in clu so Z eu s, e n cuestiones de a m o r, está siem p re dispuesto
al p e r ju r io sin n in g ú n tip o de e sc rú p u lo s44.
C o n to d o , el co rre cto u so de los ju ra m e n to s d eb e de h a b er p re va le cid o sob re el
ab u so ; si n o , n o h a b ría n existid o co n tra to s de ven ta, n i alianzas, n i re c lu ta m ie n to s
p a ra la g u e rra. P ara su straer el co m p o rta m ie n to h u m a n o d el lib re a rb itrio y h a ce rlo
p re d e c ib le , el ju ra m e n to e ra u n m e d io a v e c e s casi d esesp erad o p e r o , e n c u a lq u ie r
caso , to ta lm e n te ir re m p la z a b le . L a « d is p o n ib i lid a d » de d io se s y s a n tu a rio s , e n
d efin itiva , d e la re lig ió n , e ra aq u í el fu n d a m e n to p o r excelen cia de la o rg a n iz a c ió n
estatal, ju r íd ic a y e co n ó m ic a tout court. Y s in e m b argo , el ju ra m e n to n o es e n sen tid o
e stricto u n a fu erza m o ra l. E xiste el ju ra m e n to c rim in a l, la c o n ju ra de los m alvados;
existe el ju ra m e n to o b te n id o co n e n gañ o s, carente de sen tid o o in m o ra l. « M i le n ­
gua h a ju r a d o , p e ro n o m i m e n t e » , exclam a H ip ó lito en la traged ia de E u r íp id e s 45
y s in e m b a rg o , se a tie n e a ese ju r a m e n t o q ue le cu esta la vid a . C ie g o , r íg id o , e le -

35 Plat. Leg. 9 4 8 b c .
36 «Pasar a través del fu eg o » y «llevar un hierro al r o jo » , Soph. Ant. 2 6 4 s .; beber agua de la Éstige,
reservada a los dioses perju ros, sign ifica beber una bebida venenosa, H es. Theog. 7 7 5 - 8 0 6 . G .
Glotz, L ’ordalie dans la Grèce primitive, 1 9 0 4 ·
37 J . H . L ip s iu s , Attisches Recht und Rechtsverfahren, 1 9 0 5 - 1 9 1 5 , pp. 8 3 0 - 8 3 4 .
38 Dem osth. 2 3 , 67s.
39 Aesch in. 2 , 8 7 ; Paus. I, 2 8 , 6.
40 M . Leum ann, Homerische Wörter, 1 9 5 0 , pp. 7 9 - 9 2 ·
41 Od. 19 , 3 9 5 s.
42 L o asegura G iro , H ero d. I, 1 5 3 ·
43 II. 15 , 4 1 , con Schol. al pasaje.
44 H es. fr. 1 2 4 M erkelbach-W est = A p o llo d . 2 , I, 3 > citado com o m otivación de la sabia m áxim a:
« n o demaüdes juram ento en los asuntos am orosos».
45 E u r. Hippol. 6 X2 , Aristoph . Ran. I 4 7 1 *
3.3. LA CREACIÓN OE LA SOLIDARIDAD EN LA DISTRIBUCIÓN.. 339

m e n ta l, el ju r a m e n to h a c re c id o ju n t o a la r e lig ió n d esd e las p ro fu n d id a d e s d e la


p r e h is t o r ia . « H i j o de la D is c o r d ia » , « g r a n p la g a p a ra lo s h o m b r e s » 46 y sin
em b a rg o , fu n d a m e n to so b re el q u e se p u e d e c o n stru ir.

3 .3 . La c r e a c ió n d e l a s o l id a r id a d en l a d is t r ib u c ió n e in t e r a c c ió n de lo s papeles

E l ju r a m e n t o , c o n to d a su im p o rta n c ia , es só lo u n caso p a r tic u la r d e l h ech o m ás


ge n e ra l p o r el cual, a través del ritu a l y la in v o c a c ió n de dioses, se crea u n a base p ara
el e n te n d im ie n to y la c o n fian za. P la tó n e n las Leyes in te n ta a sign ar, e n el m o m en to
de la fu n d a c ió n de la ciu d ad , a cada b a r r io , su d io s, d e m o n o h é ro e , ju n to a r e c in ­
tos sagrad os y to d o lo que les p erte n ece :

para que así las reu n ion es de cada u n a de las circu n scrip cion es, celebradas en las
épocas prescritas, o to rgu en facilidades en relació n co n los diferen tes negocios y
para que en los sacrificios apren dan a con ocerse, a fam iliarizarse y a quererse los
u n o s a lo s o tro s, pues n o h ay m e jo r b ie n p ara la ciu d ad q ue el que lo s dem ás
resulten con ocidos para u n o . P orqu e cuando en la m an era de ser de los un os no
hay p ara los otro s luz, sin o tin ieb las, n o h ab rá n ad ie jam ás que pu ed a ob ten er
deb idam ente los h o n o re s o los cargos de que sea m e re ce d o r n i la ju sticia que le
co rre sp o n d a 1.

Las fiestas so n la v e rd a d era o ca sió n p ara el e n c u e n tro , c o n lo q ue n o se exclu yen en


ab so lu to lo s aspecto s « m u n d a n o s » 2. L a m ism a c o m b in a c ió n de c e le b ra c ió n r e l i ­
giosa y fiesta se e n c u en tra ta m b ié n e n las cu ltu ras cristia n a s23.
P e ro la p rá ctic a d el ritu a l, m ás que u n e n c u e n tro n o vin c u lan te , es « p a r tic ip a ­
c ió n » (hieran metéchein). E l elem en to p rin c ip a l es el sa crific io a n im a l, c o n su b ip o la -
rid a d de d e rra m a m ie n to de sangre y b a n q u ete, m u erte y vid a. U n c írc u lo e n c ie rra a
lo s p a r tic ip a n te s y exclu ye a lo s o tro s : a se sin o s, m a ld ito s , p r o s c r it o s 3 y en casos
ex ce p cio n a le s ta m b ié n m u je re s 4, e x tra n je r o s 5 o esclavo s6; to d o s p a rtic ip a n , ju n to s
co g en los g ran o s de cebada co n la m an o y lo s tira n , ju n to s c o m e n la ca rn e del s a c r i­
f ic io 7. L as tareas están d iferen ciad a s y los ran g o s g rad u ad o s: m u ch o s tie n e n f u n c io ­
nes de servic io , se o c u p a n del a n im a l, d el cesto, de la ja r r a d el agua, d el re c ip ie n te
p a ra lo s sa h u m e rio s de in c ie n s o , de los in stru m e n to s m u sicales, d el fu eg o y de los

46 Hes. Theog. 2 3 l s -
1 Plat. Leg. 7 3 8 d.
2 Véase p o r ejemplo el mercado exento de tributo con ocasión de la fiesta de las Artemisia en Eretria.
2a E n el original, el autor se refiere a la palabra alemana Messe, que significa «m isa» y « fe ria ». [N. de la T .]
3 S e v e n excluidos del «lavato rio de m anos, libaciones, crateras d e v in o , sacrificios, m erca d o »
según las leyes draconianas, Demosth. 2 0 , 15 8 , cfr. A n d o c. I , 8 ; /T, A rist. Ath.pol. 5 7 > 2; Plat. Leg.
8 68ce , 8 71a .
4 LSC G 8 2 , 8 6 ; L SS 5 6 , 6 3 , 6 6 , 8 8 , 8 9 ; LSAM 4 2 ; W äch ter, p p . I 2 5 - I 2 9 ; L . R . Farneil, AUW 7
( 1 9 0 4 ) , pp. 7 0 - 9 4 .
5 LSCG 9 6 , 2 6 ; LSS 4 9 ; W ächter, p p . 119-122; F. B ö m er, Untersuchungen über die Religion der Sklaven in Grie­
chenland und Rom 4 · A bh. , M ainz, 1963, p p. IO.; 9 9 - n * 2 .
6 P lut. Aristid. 21; Quaest Gr. 301F ; Ph ilo Quod omnisprob. lib. 140? E itrem , p p . 4 6 5 s· γ Be'iti-ägezur Reli-
gionsgechichte III, 1 9 2 0 , pp. 3 9 —
4 3 ; B ö m er (supra, n . 5). pp· 81-IOO.
7 V éase II I .
3 4 0 5, POLIS Y POLITEÍSMO

esp e to n es; u n o solo está al fre n te , re y o m ag istrad o , sacerd o te o cabeza de fa m ilia ,


« e m p ie z a » , reza y realiza la lib a c ió n . P rim e ro vien e la p arte p ara los dioses, lu ego la
d e g u sta c ió n de lo s splanchna d e n tro d e l c írc u lo m ás e stricto , d esp u és el re p a rto de
la carn e, según u n o rd e n establecido: sacerdotes, m agistrados, h uésp ed es de h o n o r y
p o r ú ltim o lo s dem ás que sin em b argo siem p re se d istin g u e n de la m asa a n ó n im a de
lo s q u e « n o to m an p a r t e » . D e este m o d o , la c o m u n id a d d el sa crificio es u n m o d e lo
de la so cie d a d g riega: n o in te rc a m b io d e d on es c o n tem p lo y sacerd o te co m o e n el
a n tig u o O r ie n t e 8 n i ta m p o c o trib u to a lo s d io ses, sin o « s e p a ra c ió n e n tre d io ses y
h o m b re s m o r t a le s » 9, a m ed id a que u n g ru p o de « ig u a le s » entre la m u erte y la vida,
se solid ariza e n p re se n cia de lo s in m o rta le s. E l g ru p o de los « ig u a le s » , de los « p a r ­
tic ip a n te s» , p u ed e e n te n d erse e n u n sen tid o m ás o m en o s exclusivo, m ás a risto c rá ­
tico o m ás d e m o c rá tic o ; p e r o in c lu s o la d e m o c ra c ia g rie g a es u n g ru p o exclu sivo ,
re strin g id o a lo s c iu d a d an o s c o n p le n o s d erech o s. E n el te r r o r d el d e rra m a m ie n to
de sangre, e n la re n u n c ia expresada e n lo s sacrificio s p re lim in a re s y las lib a c io n e s, se
a liv ia n las te n s io n e s re c íp ro c a s , la y u x ta p o s ic ió n y la o p o s ic ió n de lo s in d iv id u o s
se vu elven u n estar ju n to s u n o s c o n o tro s, o rie n ta d o s a lo d ivin o .
D e este m o d o , tod as las fo rm a s c o m u n ita ria s esenciales están n o sólo g u a rn e c i­
das p o r la re lig ió n , sin o m arcad as p o r ella: la d e fin ic ió n de p e rte n e n c ia es en todas
p a rte s la p a r tic ip a c ió n e n u n c u lto . E llo c o m ie n z a c o n la fa m ilia 10, p a ra la q u e el
g rie g o n o tie n e u n a p a la b ra p r o p ia ; se h ab la de « c a s a » y de « h o g a r » y c o n ello se
designa al m ism o tiem p o el lu g a r d om éstico p ara los sa crific io s11. Es d eb er d el cabeza
de fa m ilia h a ce r sa c rific io s ju n t o al h o g a r, v e rte r lib a c io n e s e n las llam as y e ch ar al
fu eg o p eq u eñ as o fre n d a s de p rim ic ia s antes de cada co m id a. L a e x tin c ió n d el h o g a r
a n u n c ía la crisis, cu an d o m u ere u n m ie m b ro de la fa m ilia 12, p e ro después se vuelve a
e n c e n d e r c o n u n nuevo sa crific io e n el h o g a r. A l re c ié n n acid o , en su q u in to día de
vida, lo lleva su p ad re en u n a c arrera e n to rn o al h o g a r c o n ocasió n de la fiesta de los
Amphidrómia13 , a la q u e p e r te n e c e u n s a c r ific io e n e l h o g a r . S e c o n d u c e a la e sp osa
d esd e el h o g a r de la casa p a te r n a al n u e v o h o g a r 14, p o r el q u e d e b e rá v e la r a h o ra
co m o señ o ra de la casa. E l o tro c en tro c u ltu a l de la fa m ilia so n las tu m bas, a las que
lo s p arie n te s, en lo s días establecido s, llevan o fre n d a s 13.
E l genos, la « g r a n f a m ilia » , tie n e ad em ás o tro s d io se s, e n cuyo cu lto se re ú n e n
sus m ie m b r o s 16. E n A ten as existe u n a ltar de Zeu s Herkeîos, que a m p ara la « c o r t e » , y
u n o de A p o lo Pairóos, e n la o r g a n iz a c ió n de las fra tría s . D e h e c h o , es la fr a tr ía , el
v ín c u lo f a m ilia r '7, el que vela p o r el d erech o de ciu d ad an ía (sólo en esta in stitu c ió n

8 Véase I 4 .
9 H es. Theog. 5 3 5 .
10 Participación en el mismo génos que los d io s e s » , theoi homógnioi, Plat. Leg. 7 2 9 c ; H . J . Rose, « T h e
Religion o f a Greek H o u se h o ld », Euphrosyne I ( l 95 7 )> ΡΡ· 9 5 - 1 1 ^·
11 Véase III 3 . 1 , nn. 2 - 6 .
12 Véase II I, η . 56 .
13 GGR, p. 9 5 ; L . D eubner, RhM 9 5 ( 1 9 5 2 ) , pp. 3 7 4 - 3 7 7 ·
14 Phot. s.v. zeûgos hemionikón Theod orid is; Iam bi. Vit. Pith. 8 4 [trad. esp.de E . A . Ramos Ju ra d o : Já m ­
blico, Vida pitagórica, I 9 9 1 ]·
15 Véase IV I, η . 3 8 .
16 Por ej. H ero d . 5 . 6 6 , 2.
17 Philochor. FGrHist 3 2 8 F 3 5 ; Schol. Plat. Phil. 3 0 e Greene; Jeanm aire (l), pp. 133 - 1 4 4 ; G u a r-
ducci, « L ’istituzione della fratria nella G recia a n tic a » , Memorie dell’Accademia dei Lincei V I 6 - 8 ( l 9 3 7 -
1 9 3 8 ) ; Latte, i?i?XX ( 1 9 4 1) , cols. 7 4 5 ~ 7 5 6 ; in scrip ción de Taso: G . Roley, BC H 8 9 ( 1 9 6 5 ) , pp.
3.3. LA CREACIÓN DE LA SOLIDARIDAD EN LA DISTRIBUCIÓN.. 34I
se c o n se rv a e n g rie g o la p a la b ra in d o e u r o p e a p a ra « h e r m a n o » ) . E l p a d re d eb e
« p r e s e n ta r » al n iñ o , a la edad de tres años, y después al efebo y el h om b re debe « p r e ­
s e n ta r» a la m u je r re c ié n casada; el re c ié n lleg ad o es c o n d u c id o a los altares, d o n d e
cada vez está p re v isto u n s a c r ific io : meíon, koúreion, gamélion. E n t r e to d o s los jo n io s
existe u n a fiesta an u a l de tres días, las A p a tu ria s 18, d o n d e los phráteres se re ú n e n p ara
el b a n q u e te s a c rific ia l abastecido p o r las víctim as de lo s sacrific io s de in g re so ; e n tre
lo s g riego s n o rd o c c id e n ta le s, al m en o s e n D e lfo s, las A p e la s 19 tie n e n la m ism a f u n ­
c ió n , ta m b ié n c o n tres tip o s de sa c rific io : p a ra el n iñ o , p ara el jo v e n , p a ra la b o d a
(paidéia, apéllala, gamela). E n A te n a s, cu an d o se exam in a la e le g ib ilid a d de los a rc o n -
tes, éstos d eb en d e m o stra r su p le n a c iu d a d a n ía n o só lo n o m b ra n d o a sus p a d re s y
abu elos, sin o ta m b ié n in d ica n d o « d ó n d e tie n e n su Z e u s Herkeîos y su A p o lo Patrôos y
sus tu m bas de fa m ilia » . E sto s lu gares de cu lto n o s o n tra n sfe rib le s a o tro s lu g a re s;
así el v ín c u lo c o n la p o lis sigue sien d o in d is o lu b le 80.
E x is te n ta m b ié n in n u m e ra b le s c o m u n id a d e s de cu lto , q u e se s u p e rp o n e n a las
estru ctu ras fam ilia re s. Se c o n o c e n sob re to d o a través de in sc rip c io n e s, que n o l l e ­
gan a ser n u m ero sa s hasta la épo ca h ele n ística . U n a ley sagrada d el siglo IV n os d a a
c o n o c e r e n A tic a a los Salamínioi21. N o está cla ro si se trata de fam ilia s q u e a n te r io r ­
m en te v iv ie ro n e n S ala m in a ; e ij to d o caso, lo s « S a la m in io s » se h an asentado p arte
en S u n io n y p arte e n « sie te phylaí» ; tie n e n e n c o m ú n el d erech o y el d e b e r de p r a c ­
ticar d ete rm in a d o s cultos, cuya fin a n c ia c ió n se re gu la e n el d o cu m en to que c o n s e r­
v a m o s. E n to ta l d e b e n o rg a n iz a r al m e n o s o c h o fiesta s d is trib u id a s a lo la rg o d el
a ñ o ; en p a rtic u la r so n com p eten tes p ara el sacerd o cio y el cu lto de A te n e a Skirds en
F á le ro . D u ra n te la fiesta d e las O sco fo ria s , pueden, re p a rtirse lo s p an e s q u e la c iu ­
dad de A te n a s o fre c e a A te n e a Skirds.
L a ciu d ad es a su vez u n a c o m u n id a d sa crificia l. E stá b ajo el a m p aro de u na d iv i­
n id a d « p r o te c to ra de la c iu d a d » que garantiza su d u ra c ió n y así, al m ism o tiem p o ,
la c o n tin u id a d de lo s h o n o re s q u e se le tr ib u t a n 22; ciu d a d y d io ses d e p e n d e n r e c í­
p ro c a m e n te la u n a de los o tro s. L a m ayo r in s c rip c ió n , expu esta al p ú b lic o en A t e ­
nas e n la « S t o a d el r e y » , e n la p laza d el m e rc a d o , e ra el c a le n d a rio de sa c rific io s.
L as fiestas en m a rc a n el fin a l y el com ien zo d el a ñ o 23; lo s « m is te r io s » e n otoñ o y las

4,4.1-4,83; es controvertido y difícil de aclarar el problem a de si la particular organización de las


fratrías jó n ica s y atenienses es an terio r a los siglos oscuros; en contra A . A ndrew es, Hermes 8 9
(19 6 1), pp. 1 2 9 - 1 4 O ; JH S 8 1 (19 6 1), pp. I - I 5 ; cfr. D ietrich, pp. 2 4 8 - 2 7 2 ; J · Sarkady, Acta Classica
Univ. Scient Debrec. 2 (19 6 6 ), pp. 2 2 - 2 4 ·
18 GF, pp. 4 6 3 s· ; AF, p p . 2 3 2 - 2 3 4 ; docum ento prin cip al es la ley de los D em otionidas IG I I —I I I a
1 2 3 7 = SIG 9 2 1 = LSC G 19 ; sobre el koúreion J . Labarde, Bulletin de lAcademie Royale de Belgique. Classe des
Lettres 39 (1953), pp. 35 8-394.
19 Inscripción de los Labiadas: Corpusinscr. Delphesl n° 9, A 2 5 > B 3 6 - 3 7 Rougem ont; GF, pp. 4 6 4 s .;
Burkert RhM II8 ( 1 9 7 5 ) , pp. I O s.; inscripción más antigua, del s. V I: Corpusinscr. Delphes I n° 9 bis
Rougem ont.
20 A rist. Ath. pol. 5 5 > 3 ; H arp o cr. s.u. Hérkeios Zgús K eaney, con citas de D in a rch . Contra Mosch, fr . 2
G onom is, H yperid. fr. 9 4 B lass-Jensen, y Dem etr. fr. I 3 9 W e h r li; Dem osth. 5 7 » 6 7 . Lugares de
culto inamovibles: Licurgo Contra Leocr. 2 5 ·
21 W . S. Ferguson, Hesperia 7 ( 1 9 3 8 ) , pp. 1 - 6 8 ; N ilsson, Op. II, p p . 73 I _ 7 4 I > LSS 19 · E n general, P.
Foucart, Des associations religieuses chezles Grecs, 1 8 7 3 ·
22 S o lo n fr. 4 . 1 - 6 W est2; Th eo gn id ea 7 5 7 " 7 6 o W est2; A esch . Sept. 6 9 , 76 s. ; 1 0 9 ; 2 5 3 ; A ristop h .
Eq. 5 8 1 .
23 Véase V I . 2 , n. 5 ; V 2 -2 -
342 5. POLIS Y POLITEÍSMO

« G r a n d e s D io n is ia s » en p rim a v e ra s o n los o tro s dos gran des aco n tecim ie n to s e n el


tra n scu rso d e l a ñ o ; e n m e d io hay o tra g r a n ca n tid a d de fiestas, de h e c h o , se d ecía
que e n A ten as sólo h abía u n ú n ic o d ía al añ o sin fiesta y que se d ed icab an a las fiestas
c o n m ayo r p re c isió n que a las em presas m ilita re s24. P ero p ara E sp arta las C a rn e a s n o
e ra n m e n o s im p o rta n te s 25. G u a n d o se e n c o n tra b a n ciu d a d an o s de c iu d a d es d if e ­
re n te s , cada g r u p o se m a n te n ía c o n s c ie n te de su p r o p ia id e n tid a d a través de sus
fiestas p artic u la re s. E n m e d io de lo s diez m il m e rce n a rio s de G ir o , el arcad io Je n ia s
celeb ró sus Lykaia; lo s de A m id a s se a p a rta ro n d el e jé rcito esp artan o p ara festejar sus
Hyakmthia; los aten ien ses c e le b ra n ta m b ié n e n E g ip to sus A n te ste ria s26.
E l fo rta le c im ie n to de la p o lis se expresa a través d el hech o de que p o d ía h acer uso
d e l m o n o p o lio de lo s cu lto s. P la tó n 27 n o fu e el ú n ic o que q u iso p r o h ib ir to d o s los
cultos p rivad o s en el estado de las Leyes; ya antes existía e n A ten as u n a p r o h ib ic ió n de
in t r o d u c ir « n u e v o s d io s e s » 28. L a tr a d ic ió n se sig u ió re sp e ta n d o , p e r o p o r e je m p lo
p o d ía estar establecido q u e, d u ra n te la fiesta de u n d io s, n in g u n a fa m ilia n i n in g ú n
in d iv id u o p rivad o p u d ie ra sa crific a r antes que la c iu d a d 29.
T a m b ié n las fed eracio n es que agru p ab an ciudades, al igu al que las organ izacio n es
tribales, tie n e n su cen tro cada u n a en u n san tuario c o n su fiesta anual. L o s « h a b ita n ­
tes v e c in o s» (amphktíones)3° de u n san tu ario m ás gran d e d esarro llan relacion es in stitu ­
cio n alizad as m ás o m en o s vin c u lan te s. L o s eto lio s se e n c u e n tra n e n el sa n tu a rio de
A p o lo e n Thérmos31; lo s aq u eo s, e n el d e Z eu s Hamários, n o le jo s de E g io n 32; las d oce
c iu d a d e s jo n ia s de A s ia M e n o r , e n el de P o s id ó n e n M íc a le 33; las siete ciu d a d es
d o rias, en el de A p o lo en C n id o 34. L o s beo cio s celeb ran las Pamboiótia e n el san tu ario
de A te n e a Itonia en C o r o n e a 35, p e ro la liga b eocia se organiza después en re la c ió n co n
u n a a n tig u a a n fic tio n ía e n to r n o al s a n tu a rio d e P o s id ó n e n O n q u e s to 36. M u y
p ro n to , ya en el I m ile n io , existía u n a a n fic tio n ía en to rn o al san tuario de P o sid ó n de
C a la u ria , e n el go lfo S a ró n ico , de la q ue fo rm a b a n p arte E p id a u ro , E g in a y A te n a s 37.
E n tre las islas jo n ia s de las C iclad as, la m ás in sig n ifica n te , la m en o s a p ro p ia d a p ara el
asen tam ien to , D é lo s, llegó a ser el c en tro m ás sagrad o; allí se co n gregan los « d o r io s
de a rra stra d iz as t ú n ic a s » , c o m o d ice el Himno Homérico a Apolo38. C u a n d o p o s t e r io r ­

24 Dem osth. 4 . 3 5 s·
25 Véase V 2 . 3 .
26 X e n . Anab. I, 2 , IO; Hell. 4 > S¡ J I i Callim . fr. 1 7 8 [trad. esp. de M . Brioso.· Calim aco, Himnosjfrag­
mentos, 1 9 8 0 ] .
27 Plat. Leg. g io b -e .
28 Reverdin, pp. 22Ö 2 3 1 ■
29 L SA M 4 8 , 1- 4 ; IE 2 0 5 , 2 7 s· > cfr. reagrupam iento de los santuarios domésticos de los Clítidas de
Q uíos, L S C G 11 8 .
30 Sobre la ortografía amphiktíones/ amphiktyones: G bantraine, p. 5 9 2 ; Frisk, II, p. 3 5 * O . Szemerényi,
Monumentum H. S. Njberg, 1975 ’ H PP· 3 2 2 s.; Gnomon II ( l 97 7 )> PP· Iss·
31 Véase II 5 , n. 6 3 ; III 2 , . 5 , n. 16 .
32 Strab. 8, p. 3 8 7 ; H . Schwabl, iiE X A 5.11. Zßus I. Epiklesen ( 1 9 7 2 ) , cols. 2 7 ° s .
33 Véase III 2 - 3 , η . 4 ; V I , η. 5 4 .
34 Burkert, RhM I 18 ( l 9 7 5 ), p. 2 0 .
35 Strab. 9, p. 4 * 1 ; Ziehen, R E X V I I 13 ( 1 9 4 9 ) ’ cols. 2 8 8 s .
36 Strab. 9, p. 4 1 2 : Bulletin épigraphique( i g 73 )> n 212 .
37 Strab. 8, p. 3 7 4 ! R · M . G . C ook, Proceedings o f the Cambridge Philological Society 18 8 (1 9 6 2 ), p. 2 1 ; D ie ­
trich, p. 2 4 3 . Véae V I , n. 5 7 *
38 H orn. Hymn. Apoll. I 4 7 “ l 6 4 ; Gallet de Santerre, passim. Sobre la fecha probable ( 5 2 2 a .G .), véase
W . Burkert, Arktouros. Hellenic Studies presented to Bernard M. W, Knox, I 9 7 9 > pp. 5 8 - 6 0 .
3.3. LA CREACIÓN DE LA SOLIDARIDAD EN LA DISTRIBUCIÓN., 343

m en te los d o rio s se u n ie ro n , guiados p o r A ten as, en la liga m arítim a con tra Persia, el
san tu ario d elio sigu ió sien d o el lu g a r de r e u n ió n y d el tesoro de la liga; cuando A t e ­
nas se a p o d eró de to d o el p o d e r y lo c o n c e n tró en A ten as, en con secu en cia tam b ién
los o tro s m ie m b ro s de la liga fu e r o n lla m a d o s a p a r tic ip a r e n las fiestas áticas: cada
ciu d ad debía en viar p ara las Panateneas u n a vaca y u n a a rm a d u ra com pleta y, p ara las
D io n isia s, u n fa lo 39; com o antes hacía la ciu d ad , ah o ra es el im p e rio el que se r e p r e ­
senta a sí m ism o en la p ro c e s ió n festiva. G u a n d o en el siglo IV las ciud ad es de Ita lia
m e rid io n a l, C ro to n a , Síb aris y C a u lo n ia , se re c o n c ilia n gracias a la m ed iació n aquea,
establecen « e n p rim e r lu gar ded icar u n san tuario c o m ú n a Zeus Homdrios y escoger u n
lu g a r p ara c eleb rar re u n io n e s y debates » 40.
L a o rg a n iz a c ió n de este tip o m ás im p o rta n te fu e la « a n fic t io n ía p ila ic a » 41, s u r ­
gid a e n to rn o al sa n tu a rio de D e m é te r en las T e rm o p ila s, q u e d espués de a su m ir el
c o n tro l d e l o rá c u lo de D e lfo s a través de la p r im e r a « g u e r r a sa g ra d a » e n t o r n o a
5 9 0 . se re u n ía desde en tonces e n D e lfo s; p e rd u ró y e je rc ió in flu e n c ia p recisam en te
p o r q u e se abstuvo de la a c tiv id a d p o lít ic a d ire c ta fu e r a de D e lfo s . L o s m ie m b ro s
p o d ía n e m p re n d e r la g u e rra u n o s c o n tra o tro s; n o o b stan te, se d e te rm in ó q ue n o
estaba p e r m itid o c o rta rle el agua a n in g u n a d e las ciu d ad es asociad as, n i d e s t r u ir ­
las , al m en o s era u n in ic io de h u m a n iz a c ió n de la g u e rra . P a ra F ilip o de M a c e d o ­
n ia la a n fic tio n ía fu e u n ó p tim o tr a m p o lín p a ra p o n e r lo s p ie s en G re c ia . D esp u és
de h a b e r ve n c id o a A te n a s y a Tebas y cread o p o r la fu e rz a u n a lig a de estados g r ie ­
gos, el sa n tu a rio g rie g o m ás im p o rta n te , O lim p ia , se c o n v irtió com o p o r sí m ism o
e n c en tro de ella; F ilip o y A le ja n d ro e r ig ie r o n allí el e d ificio c irc u la r (Philíppeion) en
el q ue la fa m ilia re a l m ace d o n ia aparecía re p rese n ta d a al estilo de las im ágenes d iv i­
n a s43. D esd e ép o ca an tigua, la p a rtic ip a c ió n e n el sa crific io y e n el agó n de O lim p ia
s ig n ifica b a ser re c o n o c id o co m o g rie g o ; p e rte n e n c ia al g ru p o y d o m in io están y se
co n servan d o cu m en tad o s en el san tu ario .
L o s au to res an tigu o s, desde el siglo V, c o n s id e ra ro n a m e n u d o com o algo o b vio
que la re lig ió n es u n m ed io p ara co n servar el d o m in io 44. E l q u e ocu p a u n a p o s ic ió n
d o m in a n te asum e sie m p re fu n c io n e s sacerd o tales; el ritu a l d ram atiza y re fu e rz a el
estatus. E l p ro g ra m a p re esta b le cid o , sa n tific a d o , p r o p o r c io n a a to d os, d o m in a n tes
y d o m in a d o s, u n sen tim ie n to de seg u rid ad . C a d a p a d re de fa m ilia , en el m o m en to
en q ue vie rte la lib a c ió n so b re el h o g a r, asu m e la certeza de su p o s ic ió n . L o s reyes
espartanos d eb en to d os o fre c e r sacrificio s im p o rta n te s; cu an d o co n d u c e n el e jé rcito
a la batalla, c o m ien zan co n u n sa crific io a Z eu s Agétor, « e l g u ía » , en los co n fin e s d el
país h acen sa crificio s a Zeu s y a A te n e a ; d u ra n te la m arch a les p reced e u n « p o rta d o r
d e l fu e g o » c o n el fu e g o d e l a lta r p a t r io y le s sigu e u n a re c u a de a n im a le s p a ra el
sa crific io . E l rey sacrifica cada m añ an a antes d el alba; cu an d o « l o sa g ra d o » ha c o n ­
clu id o , el e jé rcito se re ú n e p ara re c ib ir las ó rd en e s d el d ía 45. E n A te n a s, se re p arte n
las fu n c io n e s : el « r e y » o je f e de la c o r p o r a c ió n o fre c e « p o r así d e c irlo to d os lo s

39 I G F 6 3 ; I I - I I F 6 7 3 ; HN, p. 4 6 n. 7.
40 Polyb. 2, 3 9 ; cfr. n. 3 2 .
41 Parke-W orm ell I, pp. IO O -II2.
42 Aeschin. 2 , Π 5 ; 3 » 1 0 9 s.
43 A , M om igiiano, Filippo il Macedone ( 1 9 3 4 ) , reim p. anast. con correciones, nuevo prefacio y apéndice
bibliográfico de A . M om igiiano y G . A rrigo n i, 19 8 7 , pp· 9 9 ss. ; Mallwitz, pp. 1 2 8 - 1 3 3 (Philíppeion).
44 Véase V 3 .I , nn. 1 0 - 12 .
45 X en . Lac.pol. 13 , 2 - 5 -
344 5. POLIS Y POLITEÍSMO

sacrific io s a n c e stra le s» ; el a rco n te , s u p e rio r a él, debe p re p a ra r las fiestas o rg a n iz a ­


das de u n m o d o m ás o m en o s n u evo y m ás fastu oso, las Panaten eas y las D io n is ia s 46;
los cultos de la A c r ó p o lis q u ed a n en las m an o s de la fa m ilia de lo s E te o b ú ta d a s, q u e
re m o n ta n sus o ríg e n e s al t e r m a n o d e l a n tiq u ísim o rey E r e c te o 47. L o s tira n o s, p o r
su p arte , se e sfo rz a ro n p o r c o n so lid a r su d o m in io a través d el cu lto . L o s so b eran o s
sicilian o s G e ló n y H ie r ó n a firm a r o n q u e en sus fam ilias era h e re d ita rio u n sa ce rd o ­
cio de lo s « d io s e s c t ó n ic o s » 48; así G e ló n , p a ra c e le b ra r la v ic to ria de H ím e ra d es­
p ués de 4 ^ 0 , h izo e rig ir u n tem p lo a D e m é te r y a P e rséfo n e e n S iracu sa y « H ie r ó n
ro d e ó de c u id ad o s a D e m é te r, la de calzado p ú rp u ra , y la fiesta de su h ija , la de los
b la n c o s c o r c e le s » 49; al m ism o tie m p o , re o r g a n iz ó la c o n s tru c c ió n d e l te m p lo e n
h o n o r de la d iosa de la ciu d ad , A te n e a , q u e a h o ra h a qu ed ad o en glo b ad o e n la cate­
d ra l de Siracu sa. P ero ta m b ié n T em ístocles e rig ió cerca de su casa, tras « s u » v icto ria
e n S a la m in a , u n sa n tu a rio de A rte m is Aristoboúle y d e n tro c o lo c ó su p r o p ia im a g e n
co m o o fre n d a votiva30.
P ero sería u n ila tera l co n sid e ra r el ritu a l sólo desde el p u n to de vista d el p o d e r, de
su d em o stra ció n y m a n ip u la c ió n . L o s pap eles q u e el ritu a l p re d isp o n e so n m u ltifo r ­
m es y co m p lejo s y n o d irig id o s a u n p ro p ó sito tran sp aren te. E stru ctu ra n la sociedad,
al ig u a l que la fa m ilia de lo s d io ses o lím p ic o s, ante to d o en m asc u lin o y fe m e n in o ,
jó v e n e s y viejo s; así, e n los « c o r o s » se d istin gu e n gen eralm en te m u chach os, m u ch a ­
chas y h o m b re s, a los que se a ñ a d en g ru p o s de m u je re s « v e n e ra b le s » . E n el s a c r ifi­
c io n o r m a l, las v írg e n e s p o r t a n cestos y ja r r a s p a ra e l agu a, m u c h a c h o s y jó v e n e s
a r r e a n lo s a n im a le s p a ra el s a c r ific io , asan la c a rn e , u n h o m b re re sp e ta b le
« e m p ie z a » y vierte la lib a c ió n , las m u je re s m arcan c o n la estrid en te ololygé el p u n to
c u lm in a n te d e la c e re m o n ia . E n el c e n tro d el fris o d el P a rte n ó n , el sacerd o te b a r ­
b ad o de E recteo entrega el p ep lo a u n m u ch ach o, m ien tras que, al m ism o tiem p o , la
sacerd o tisa de A te n e a envía a dos m u chach as « p o rta d o ra s de a s ie n to s» . L a g e n e ra ­
c ió n m ás an cian a da in d ica c io n e s, lo s m ás jó v e n e s las sigu en servicialm en te; tam b ién
su p a p e l o fre c e o c a sió n de h o n o r y p re stig io : H a r m o d io d ecid ió a sesin a r al tira n o ,
después de q ue a su h erm a n a le fu e ra n egad o el p ap e l de « p o rta d o ra de cesta» en la
fiesta de las P an aten eas51. E l e sp le n d o r de la fiesta deriva, m ás que de la d ig n id a d de
los a n cia n o s, de la gracia de lo s n iñ o s y de las vírg e n e s y de la ra d ia n te fu erza de los
efeb o s. In se p a rab le m en te vin c u lad o al c o n ju n to está el c a n to c o n tin u a m en te re e la -
b o r a d o p o r lo s p o e ta s, q u e a r r o ja n u e v a luz so b re el m ito y m a n tie n e ad em ás el
cód ig o de c o m p re n sió n p ro p io de la m ito lo g ía de lo s dioses com o u n le n g u a je vivo.
L o s p a p e le s de lo s sexos están d ife r e n c ia d o s ; las m u je re s q u e d a n e x c lu id a s de
a lg u n o s c u lto s, p e r o , e n c o m p e n s a c ió n , tie n e n sus p ro p ia s fie sta s, a las q u e lo s
h o m b re s n o p u e d e n a c c e d e r: E s c ira s , T e s m o fo ria s y A d o n ia s 52; lo s h o m b re s v e n
to d o e llo n o s in d e s c o n fia n z a , p e r o n o p u e d e n im p e d ir « l o s a g r a d o » . S in
em b argo , existe ta m b ié n com o antítesis el in te rc a m b io de ro les sexuales en fiestas de

46 A rist. Ath. pol. 5 7 , I; 5 6 , 3 - 5 .


47 Véase V 2 -2 , n. 19 .
48 H ero d . 7, 1 5 3 ; Zuntz, pp. 135 - 1 3 9 -
49 D io d. Sic. II, 2 6 , 7 (G eló n ); Pind. 01. 6, 9 5 (H ierón).
50 Plut. Them. 2 2 .
51 T h u c. 6, 5 6 ·
52 Véase η . 4 ; V 2 .2 , η . 2 3 ; V 2 .g.
3.3. LA CREACIÓN DE LA SOLIDARIDAD EN LA DISTRIBUCIÓN.. 345

m áscaras y « d e la in v e r s io n » , así co m o e n re la c ió n c o n la b o d a 53, que d e b ecb o s ig ­


n ific a n u n cam bio de estatus: se in vierte el m o d o de vestir y de p ein arse, b ay m u c h a ­
chos c o n vestidos de m uchach as y m uchach as c o n b a rb a s, falos y trajes de sátiros. E l
« s í » al p r o p io p a p e l pasa a través de u n gro tesco « n o » .
U n a a m b igü ed ad sim ila r está p re se n te e n la re la c ió n c o n los esclavos; e n o c a sio ­
nes q u ed an excluido s, p ero e n la fiesta de las choés se les invita exp resam ente a la m esa
y en las Krónia se vuelven los su p e rio re s: en G reta, p u e d e n in clu so azotar a sus p a t r o ­
n e s 54. E n o tra o c a s ió n , sin e m b a rg o , se les a sig n a , d e m a n e ra m alvad a, el p a p e l
n egativo, c o n ve rd a d ero s m alos tra to s55. P o r lo dem ás, el h ech o de que, e n el ritu a l,
lo s h o m b re s lib re s estén a m en u d o ob ligad o s a p restar servicio s h u m ild e s 56 —b a r r e r
el te m p lo , lim p ia r la im agen , lavar los vestidos y ta m b ié n sa crific a r y asar—, ap u n ta a
u n a ép o ca e n la q ue el co m e rcio de esclavos n o ten ía n in g u n a im p o rta n cia . L a r e l i ­
g ió n n o ha h ech o o lv id a r que « ta m b ié n los esclavos s o n h o m b r e s » ; tem p lo o a ltar
c o n c e d e n a silo ta n to a u n esclavo c o m o a u n h o m b re lib r e , u n h o m ic id io es u n
h o m ic id io ; los esclavos tie n e n los m ism o s d ioses que sus p a tro n e s 57; si s o n e x tra n je ­
ro s, ta m b ié n p u e d e n co n servar sus costu m bres p atrias.
L o s d ioses sem p ite rn o s garan tizan la estab ilid ad ; ritu a l sig n ifica tra d ic ió n fija d a .
T a m b ié n las fiestas de la d iso lu c ió n y de la su b ve rsió n d ese m b o ca n e n la c o n fir m a ­
c ió n d e l o r d e n e x iste n te . E n la h is to ria de la h u m a n id a d se re p re s e n ta n a n títesis
re le v a n te s: la v id a de lo s c a zad o res y de lo s p a sto re s fr e n te a la v id a d e la c iu d a d ,
m o n tes y p an tan o s o charcas fre n te a la fé r til lla n u ra , el gran o sin m o le r fre n te a las
gachas y el p a n : el o r d e n c o tid ia n o , h ech o de a u to rid a d y tra b a jo , se m u estra co m o
el ú n ic o p o s ib le y d u ra d e r o ; y a ú n así se evoca la im a g e n so ñ a d a de u n a « e d a d de
o r o » , se a lu d e a p o s ib ilid a d e s y rie sg o s y se m a n tie n e n vivas p o te n c ia lid a d e s q u e
im p id e n la to ta l a d a p ta c ió n u n id im e n s io n a l d e l h o m b re a su p a p e l. H is to ria s d e
c o n sp ira c ió n y de re v o lu c ió n se asocian de b u e n g rad o a las fiestas.
S in e m b a rg o , ta m b ié n d e n tro d el o r d e n e x isten te, e l ritu a l o fre c e al in d iv id u o
d iv e rsa s p o s ib ilid a d e s de d e s a r r o lla r su p r o p ia p e r s o n a lid a d . D o s e je m p lo s a
m o d o d e ilu s t r a c ió n : J e n o f o n t e e rig e , e n la p r o p ie d a d ju n t o a E s c ilu n te q u e le
c o n c e d ió E sp a rta , u n sa n tu a rio de A rte m is u tiliz a n d o su p a rte d e l b o tín ; ello s ig ­
n ific a , c o m o n o s h ace ve r vivam en te su d e s c rip c ió n , u n a fiesta a n u a l de e n c u e n tro
c o n to d o el v e c in d a r io , q u e se re ú n e p a ra cazar, c o m e r, b e b e r ; la « d io s a » d o n a
to d o e llo s in e c lip s a r el p a p e l d e J e n o f o n t e c o m o h u é s p e d ; e l c a rgo s a c e rd o ta l,
q ue se le a sig n a , le da a to d o u n a fo rm a d ig n a y lo d is tin g u e d e la o ste n ta c ió n de

53 Sacerdote de H eracles en Gos con vestidos fem eninos: Plut. Quaest. Gr. 3 0 4 C D ; véase IV 5 .1 , n.
2 2 : esposo vestido de m ujer: Plut, ibidem, véase V 3 . 4 , nn. 6 - 8 ; esposa con barba: Plut. De muí. viri.
2 4 5 E F ; fiestas argivas Hybristikd con cambio de vestimenta, ibidem; falos: véase II 7, n. 5 9 - Se discute
aún si las figuras representadas en una «fiesta de las som brillas» en algunos vasos áticos son m uje­
res con barba u hombres vestidos de m ujer, AF, p. 4 9 y j . D . Bea/ley y j . Caskey', Attic Va«1 Paintings in
the Museum o f Fine Arts, 1 9 5 4 , ^ P P - 5 5 “ 6 l, contra E . Buschor, J d l 3 8 - 3 9 ( 1 9 2 3 - 1 9 2 4 ) 7 PP· 1 2 8 - 1 3 2 .
G fr. M . D elcourt, Hermaphrodite, 1 9 5 8 , pp. 2 1-s.
54 Véase n. 6; V 2 -2 , n. 2 9 ; V 2 -4 *
55 Plut. Quaest. conv. 6 9 3 F . Véase II 4 , n. 7 4 > Plut. Quaest. Rom. 2 6 7 D (en el santuario de Leucótea,
Q uero nea); u n bom b re «c o m p ra d o » usado como fiharmakós en A bdera, véase II 4, n ■ 69.
56 G fr. para las mujeres lam bí. Vit. Pyth. 54 [trad. esp. de E . A . Ram os Ju ra d o : Jam blico, Vida pitagó­
rica, 1 9 9 1 ] .
57 F· Böm er, Untersuchungen über die Religion der Sklaven in Griechenland und Rom 4 · Abh., Mainz, 1 9 6 3 [2Ι 9 9 ° 1 ,
p. IO .
346 5. POLIS Y POLITEÍSMO

u n n u e vo r i c o 58. E n el Díscolo de M e n a n d r o , la m a d re d el jo v e n am an te es u n a ric a


s e ñ o ra de A te n a s de la q u e se d ice q u e casi cada d ía r e c o r re to d a el A tic a h a c ie n d o
s a c r ific io s 59; esta vez a firm a q u e se le h a a p a re c id o en su eñ o s el d io s-m a c h o c a b río
P a n y , p o r e llo , d e b e t e n e r lu g a r u n s a c r if ic io e n la g ru ta de P a n ju n t o a F ile ,
fu e r a d el c en tro h a b ita d o , lo q u e al m ism o tie m p o su p o n e u n a e x c u rsió n ca m p es­
tre y u n a c o m id a . A s í, la m u je r tie n e la p o s ib ilid a d de escap ar d e l a g o b io d el g in e -
ceo y de h o n r a r in c lu s o a l d io s - m a c h o c a b río a ex p e n sas d e l m a r id o : lo s d ese o s
r e p r im id o s se m a n ifie s t a n c o m o d e b e r p ia d o s o . E s la m u ltip lic id a d c o n su r ic o
s e n tid o d e re a lid a d d e l p o lit e ís m o la q u e o fre c e a l in d iv id u o u n a c ie rta lib e r t a d
p a ra a u to rre a liz a rse , s in a p a rta rlo de la s o lid a rid a d de lo h u m a n o .
E n cam bio, bastante apartad o de ello está q u ie n reclam a ser ve n e ra d o com o dios,
c o m o h izo A le ja n d r o de M a c e d o n ia d esd e la a ltu ra de sus le ja n o s éxito s y, d esp ués
de é l, lo s reyes d iá d o c o s. Y sin e m b a rg o , el cu lto al so b e ra n o p u d o in te g ra rse casi
sin d ificu ltad es e n el sistem a tr a d ic io n a l60, de h ech o se re g istra n algu n o s casos aisla­
dos ya antes de A le ja n d r o 61. N o se v e n e ra a u n ciu d a d an o sin o a u n v e n c e d o r y sa l­
v a d o r v e n id o de fu e r a . T a m b ié n lo s d io ses o lím p ic o s estab an le jo s ; sus c o n to r n o s
desvaídos p a re c e n lle n a rse de n u evo e sp le n d o r gracias al p o d e r real y a la m a g n ifi­
cen cia d el so b e ra n o . T a m b ié n e n este caso, la c o m u n id a d se so lid ariza e n la v e n e ra ­
c ió n de q u ie n n o p erte n ec e a ella.

3 .4 · I n ic ia c ió n

E s evid en te e n todas p arte s q u e la r e lig ió n es u n a fu erza e d u ca d o ra y, a su vez, esta


fu erza d eb e m u c h o a la e d u ca c ió n e n el sen tid o m ás a m p lio , so b re to d o al e je m p lo
de lo s p a d re s. « H o n r a r a lo s d io s e s » y « h o n r a r a lo s p a d r e s » va n ju n t o s . P la tó n 1
d esc rib e c o n c la rid a d có m o lo s n iñ o s , casi a ú n lactan tes, escu ch an de la b io s de sus
m a d re s y n o d riz a s lo s m ito s , q u e se n a r r a b a n , c o m o can to s m á g ic o s, e n b r o m a y
ta m b ié n en se rio ; escuch an las o ra cio n e s d u ra n te el sacrific io , ve n cóm o c o rre sp o n ­
d e n a éste a ccio n e s visib les, esp ectácu lo s m a g n ífic o s, q ue lo s n iñ o s ve n y escu ch an
c o n g ra n a leg ría; tie n e n lu g a r sa crific io s y los n iñ o s ve n y escu ch an cóm o sus p ad res
se esfu e rz a n p o r ellos y p o r sí m ism o s c o n la m áxim a seried ad , cóm o h a b lan c o n los
d ioses y les im p lo ra n ; P la tó n se p re g u n ta ¿ q u ié n p u ed e e n to n ces a firm a r, sin m ás,
q ue lo s d ioses n o e xisten ?
L a fo r m a c ió n de la g e n e ra c ió n q u e está c re c ie n d o p arece ser re a lm e n te la f u n ­
c ió n p rin c ip a l de la re lig ió n , d o n d e el ritu a l se c o n c e n tra en la in tro d u c c ió n de los
a d o le sc e n te s e n el m u n d o d e lo s a d u lto s: e n las « in i c i a c i o n e s » de m u c h a c h o s y
m uchach as en las civilizacion es ile tra d a s8. E s característica la seg regació n de lo s in i-

58 X en . Anab. 5 , 3 , 7 - 1 3 ; véase II 2 , n .I 2 .
59 M en . Dysk. 2 6 l ~ 2 Í>3 ’ 4 C’ 7 “ 4'I &· P^at° n se opone a una excesiva actividad religiosa de las m ujeres
(Leg. 9 0 9 e ).
60 G h . H abicht, Gottmenschentum undgriechische Städte, 19 5 6 , “1970 ; F. Taeger, Charisma I 9 5 7 i L . C erfa u x -
J . Tondriau , Le culte des souverains dans la civilisation gréco-romaine, 1 9 57 ·
61 E n prim er lugar, Lisandro en Samos, en 4 0 3 a .G ., D uris FGrHist 76 F 71.
1 Plat. Leg. 8 8 7 de.
2 E n general: A . van Gennep, Les rites de passage, I 9 0 9 [trad. esp. : Los ritos de paso, 19 8 6 ] ; M . Eliade, Birth
andRebirth, 1 9 5 8 ; lu e g o Rites and Symbols o f Initiation, 1 9 6 5 [cfr. Iniciaciones místicas, 1 9 8 9 I ; C . J . Bleeker
3.4. INICIACIÓN 347

cian d os de la vida cotid ian a, la existencia en marge, de m an era que el ritu al se d e s a rro ­
lla e n tres fases: s e p a ra c ió n , p e r ío d o in te r m e d io y r e in t e g r a c ió n . A q u í se in c lu y e
ta m b ié n la in s tru c c ió n en las actividades de lo s ad ultos —en tre lo s p u eb lo s iletrad o s,
la caza p a ra los m u ch ach os e h ila r y m o le r cereales p ara las m uchach as—, así com o la
in tro d u c c ió n e n las tra d ic io n e s trib ales, a través d el a p ren d iza je de danzas y can to s
tra d ic io n a le s y la in t r o d u c c ió n en la sex u a lid a d . Se d escargan so b re lo s in ic ia n d o s
a g re s io n e s de g r u p o c o n to d o tip o de m a ltra to s y am en azas, c o m o si lo s jó v e n e s
d e b ie ra n ser m atad o s o d evo rad o s p o r u n m o n s tr u o ; se crea así u n a d im e n s ió n de
m u erte y de nueva vida.
E n las a n tig u a s c iv iliz a c io n e s s u p e rio re s , q u e ya s o n c u ltu ra s ciu d a d a n a s c o n
c ie rto p lu ra lis m o de tr a d ic io n e s , las in ic ia c io n e s trib a le s p e r m a n e c e n sólo c o m o
vestigios. E n parte aparecen reducidas a sim ples cerem onias de acom pañam iento de u n a
v id a p o r lo d em ás n o r m a l, e n p a rte se tr a n s fo r m a n e n el se rv ic io al te m p lo d e
m u ch ach os y m uchach as escogid os; ta m b ié n existe el d e sa rro llo u lte rio r h acia cultos
secreto s de p a r tic u la r im p o rta n c ia , lo s m is te rio s . S in e m b a rg o , lo s m ito s c o n sus
c a ra c te rís tic o s m o tiv o s in ic iá tic o s , c o m o e x p o s ic ió n y s a c r ific io de n iñ o s , « e s t a r
f u e r a » y lu c h a c o n la s e rp ie n te , a p u n ta n a an tigu as in s titu c io n e s y, ta m b ié n e n el
ritu a l, la situ ació n de « e sta r fu e r a » sigue te n ie n d o p a rtic u la r im p o rta n cia .
Se c o n o c e n a u té n tic o s rito s de in ic ia c ió n e n la G re ta d ó ric a y en E sp a rta . P a ra
G reta, la fu e n te p rin c ip a l es u n in fo r m e de E fo r o d el siglo IV, q u e, n o obstante, ya
h abla d el declive de esta co stu m b re3. L o s h o m b re s aq u í se organ izan en ligas, se r e ú ­
n e n re g u la rm e n te e n b a n q u etes c o m u n ita rio s (syssítia) e n la « s a la de lo s h o m b re s »
(andréîon) y lo s gastos c o r re n a cargo de la c o m u n id a d . A lo s n iñ o s q ue h a n pasado la
e d a d in fa n til, se les d aba a c o g id a e n p r im e r lu g a r e n la casa d e lo s h o m b re s, p a r a
p re sta r se rv ic io c o m o s ie rv o s; ve stid o s c o n ro p a s se n c illa s, d e b e n sen ta rse e n el
su elo . A los dem ás griego s les resu ltaba escandalosa la h o m o se x u alid a d in s titu c io n a ­
lizada: u n h o m b re de la sala de los h o m b re s p o d ía ra p ta r a u n h e rm o so m u ch ach o ,
co m o Z eu s a G a n im e d e s 4; p e ro ello sig n ifica b a u n h o n o r p ara el e legid o . E l h o m ­
b re a n u n c ia a n tic ip a d a m e n te su in te n c ió n ; lo s p a rie n te s d el m u ch a ch o o rg a n iz a n
u n a p e rse c u c ió n hasta la sala de los h o m b re s; en to n ces se re p a rte n regalos y el h o m ­
b re se re tira c o n su m u ch ach o, acom pañ ad o p o r sus p erse g u id o re s cargados de re g a ­
lo s, d u ra n te dos m eses en alg ú n lu g a r e n el c a m p o ; caza y b an q u etes lle n a n los días.
A l fin a l del p e río d o , el am ante regala al m uchach o u n traje de gu e rra, u n a vaca y u n a
co p a d e v in o ; el m u c h a c h o es a h o ra « c é l e b r e » (kleinós). L o s jó v e n e s q u e se h a n
in d e p e n d iz a d o fo r m a n , g u ia d o s p o r la in ic ia tiv a d e u n c o m p a ñ e ro d e su m ism a
e d ad , d is tin g u id o p o r a lg ú n m é r ito , u n « r e b a ñ o » (agéla) q u e , fin a n c ia d o p o r la
co m u n id a d , se d ed ica a la caza, al d e p o rte y a las c o m p e tic io n es ritu ales que tie n e n

(e d .), Initiation, Numen Sup pl. 10 , 19 6 5 5 V . Popp (e d .), Initiation: Zeremonien der Statusänderung und des
Rollenwechsels, 1 9 6 9 . Sobre hallazgos antiguos: Jean m aire (i); Brelich* 1 9 6 9 y Le iniziayoni II, 1 9 6 1 ;
Burkert Hermes 9 4 (19 6 6 )* pp. 1-2 5 ! Caíam e2 1 9 7 7 y A . M oreau (ed.), L'initiation I —I I , 1.9 9 2 ■
3 E p h o r . FGrHist JO F 1 4 9 = Strab. IO , p. 4 ® 3 : Plat. Leg. 6 3 6 c d ; A rist. fr . 6 1 1, 1 5 R ose; D osiad.
FGrHist 4 5 8 F 2, Nicolaus FGrHist 9 0 F 1 0 3 ; Jeanm aire ( 0 > pp· 4 ^ 4-6O ; E . Bethe, « D ie dorische
K n a b e n lie b e » , R h M 6 2 ( ! 9 0 7 )> P P · 4 3 8 - 4 7 5 ; ^ · F- Willetts, Ancient Crete: a social history, 19 6 6 , p p .
1 1 5 s .; H . Patzer, Die griechische Knabenliebe (SB Frankfurt 19 . l), i 9 ^ 2 , p p . 7 1 - 8 4 .
4 Véase respecto al m ito de Ganim edes, Dosiad. FGrHist 4 5 8 F 5 ; véase además III 2 . 1 , n. 2 9 , pero
tam bién el mito de C en eo , una muchacha violada p o r Posidón, que es transform ada en hom bre
invulnerable, A cusil. FGrHist 2 F 2 2 [= fr. 2 2 Fowler].
348 5. POLIS Y POLITEÍSMO

lu g a r e n días establecidos, c o n a c o m p a ñ a m ie n to m u sical. L a salid a de la agéla c o in ­


cid e c o n la b o d a.
H asta a q u í n o se h ab la de re lig ió n ; ello se debe sin duda al carácter la ico d el c r o ­
n ista, p ues esos « d ía s e sta b le c id o s» so n n a tu ra lm e n te fiestas de los d io ses. A lg u n a s
in s c rip c io n e s n o s d an te stim o n io de lo s « r e b a ñ o s » q ue « s e d e s n u d a n » (ekdyóme-
noi)5, cuya atlética d esnu d ez co n trasta c o n los vestid os fe m e n in o s de lo s m u ch ach os
m ás jó v e n e s ; e llo se r e fle ja e n e l m ito e n la h is to r ia de la m u c h a c h a q u e se tr a n s ­
fo r m a s o r p re n d e n te m e n te e n u n v ig o r o s o e fe b o . E n Festo se c e le b ra la fie sta de
« d e s n u d a r s e » (Ekdysia), p ara h o n r a r a L e t o 6. P aralelas a éstas so n las h isto ria s sob re
A q u ile s q u e, c o n ro p a s de m u ch ach a, se esco n d e en tre las h ija s de L ic o m e d e s en la
isla de E s c ir o s h asta q u e, an te la v is ió n de las arm as o el s o n id o de la tr o m p e ta ,
revela su n atu raleza m a sc u lin a 7 y so b re T eseo q u e, a su llegada a A ten as al tem p lo de
A p o lo Delphínios es rid icu liz ad o com o u n a m u chach a hasta que se d esp oja del q u itó n y
a rro ja el to ro d el sa crific io m ás alto q u e el tech o d el te m p lo 8. Q u e el tip o ic o n o g r á ­
fic o d el jo v e n d esn u d o ap licad o a A p o lo haya p en e tra d o tan p ro n to p recisam en te en
G reta es u n h ech o sig n ific a tiv o 9.
E l m ito lo c a liz a ta m b ié n e n G re ta a lo s « G u r e t e s » , q u e , c o m o su n o m b r e
in d ica , so n sim p lem en te los jó v e n e s g u e rr e r o s 10. T ras ellos se ocu lta u n a c o m u n id a d
cu ltu al de jó v e n e s g u e rre ro s e n la g ru ta d el m o n te Id a , c o n danzas en arm as, agita­
c ió n de escudos, de lo q u e d an te stim o n io ya en épo ca m u y an tigu a lo s tympana y los
escud os votivos de b r o n c e ” . G ad a a ñ o , en la g ru ta, se c eleb ra c o n u n g ra n fu eg o el
n a c im ie n to de Z e u s 12, p e ro algunas n a rra c io n e s m e n c io n a n ta m b ié n la sep u ltu ra de
Z eu s a m an o s de lo s G u retes e in c lu so se ru m o re a que p o d ía celeb rarse el sa crific io
de u n n iñ o 13. N a c im ie n to , cueva, m u e rte de n iñ o s y danza e n arm as so n c o n seg u ­
rid a d m o tivo s in ic iá tic o s ; sin e m b a rg o , a p a r tir de ello s p a re c e n h a b erse d e s a r r o ­
llad o « m is te r io s » p a rtic u la re s14. P o r o tro la d o , se invoca a Zeu s Diktaîos en el h im n o
de P a le k a s tro 13 c o m o « s u m o fcoûros» y s in d u d a s o n jó v e n e s re a le s (koúroi) lo s q u e
can tan el h im n o y realizan lo s « g ra n d e s sa lto s» en la danza a la que se invita al d io s.
E l p ro p ó s ito exp resad o a q u í es lla m a r al d io s « p a r a el a ñ o » c o n su a m p lia b e n d i­
c ió n ; au n q u e n o se dice si lo s p ro p io s jó v e n e s c o n esta fiesta d ram atizan o cam b ian
su estatus. G o n to d o , ser aco gid o en este c írc u lo de cantantes y d an zarin es tien e sin
d u d a u n n o tab le sig n ifica d o y n o p u e d e re p etirse p o r m u ch o s años.
E n E s p a rta 1 , la « e d u c a c ió n » (agogé), a trib u id a a L ic u rg o , se co n vierte e n f in en
sí m ism a p a ra lle n a r la vid a ; sin e m b a rg o , la p e q u e ñ a casta así te m p lad a d eb e a fir -

5 IG I I X I, 9 8 - 1 0 0 (D reros); I X I X I, 18 (M alia).
6 N icand er in A n to n . L ib . 17 , cfr. Ο ν. Met. 9. 6 6 6 - 7 9 7 -
7 PR II, pp. 1 1 0 6 - 1 1 1 0 .
8 Paus. I, 19 , I; véase infra η. 3 0 .
9 Véase II g, n . 6 2 ; RhM I 1 8 ( l 97 5 ) , p p . 18 s .
IO Véase III 3 , 2 , n. 8; III 2 . 1, n. 17 .
II Véase I 4 , n. 18 .
12 A n to n . L ib . 19 ; GGR, p. 3 2 1 -
13 Ister FGrHist 3 3 4 F 4 8 ■
14 Véase VI 1. 2 , n n . 2 2 - 2 5 -
15 Véase II 7. η. 3 7 -
i6 Jeanm aire (i), pp. 4 9 9 ~ 5 5 8 ; Nilsson, Op. II, pp. 8 2 6 - 8 6 9 ; W . G . Forrest, A History o f Sparta 19 6 8
p p . g is s .
3.4. INICIACIÓN 349

m a r su d o m in io so b re lo s ilo tas so m etid o s. A lo s siete añ os lo s n iñ o s so n ya s e p a ­


rad o s d e la fa m ilia y d istrib u id o s en « r e b a ñ o s » , p e r o hasta lo s trein ta añ os n o l l e ­
g a n a se r m ie m b r o s c o n p le n o d e re c h o de lo s b a n q u e te s c o m u n e s (phidía). E n t r e
am bos extrem os existía u n c o m p licad o sistem a de clases de edad , sob re el cual te n e ­
m o s só lo re fe re n c ia s fra g m e n ta ria s. C a ra c te rís tic o d e u n a e x iste n c ia en marge es el
h e c h o d e q u e lo s a d o le sce n te s d u ra n te u n tie m p o lle v a ra n u n a vid a d e la d ro n e s y
d e b ie ra n alim en tarse de lo que ro b a ra n ; u n a elite debe d esap arecer en cierto m o d o
d u ra n te u n añ o p ara, sin ser vista p o r n ad ie, m atar ilo ta s: se trata d el d esacred itad o
acto de « e s c o n d e r s e » (kijpteía)17. M ás in o c u a en c o m p a ra c ió n es la llam ativa fla g e ­
la c ió n de lo s m u ch ach os e n el altar de A rte m is Orthia . E ste rito va p re ce d id o de u n
p e r ío d o in te rm e d io e n el cam p o, el « tie m p o de la z o r r a » (phoúaxir) 19; lo que sigu e,
seg ú n las a lu sio n es de P la tó n y J e n o f o n t e 20, es u n ju e g o cu ltu al: consiste en « r o b a r
la m ayo r can tid ad p o sib le de quesos e n O r t ia » , m ie n tra s o tro s go lp e a n a los la d r o ­
n es, ro d e á n d o lo s c o m o d efe n so re s d el a lta r; p ro b a b le m e n te se e n fr e n te n dos c la ­
ses d e e d a d . A c o n t in u a c ió n tie n e lu g a r u n a p r o c e s ió n c o n la rg o s v e stid o s
« l i d i o s » 21. E n ép o ca im p e ria l, la fla g e la c ió n p arece h a b erse o fre c id o co m o e sp e c ­
tá c u lo sá d ico p a r a tu rista s, co m o c o m p e tic ió n p a ra v e r q u ié n so p o rta b a m e jo r el
d o lo r s in to c a rse lo s b ra z o s; la s a c e rd o tis a d e A r t e m is s o s tie n e la im a g e n d e la
d io sa, q ue se vuelve p esad a c u a n d o lo s g o lp e s so n d em asiad o d éb ile s; n o se e x c lu ­
y e n casos de m u e r te 22. P ero la fla g e la c ió n e ra sólo u n e p iso d io d el cu lto de O rtia ,
b astan te m ás c o m p le jo . T e n ía n lu g a r ta m b ié n ago n es m u sicale s en lo s q u e el p r e ­
m io con sistía e n u n a h o z 23; h ab ía dulces co ro s de m u ch ach as24 y m ascaradas g ro te s­
cas25. L o s extrem os op u estos se e n c u e n tra n e n el ám b ito de la d io sa salvaje; n o o b s ­
tante, el carácter in ic iá tic o p arece bastan te evid en te e n la su c esió n de p re p a ra c ió n ,
« p r u e b a » , in v e stid u ra .
T a m b ié n e n la esfera de A p o lo las clases de edad tie n e n u n p ap e l relevan te. A la
fiesta de lo s « n iñ o s d e s n u d o s» (Gymnopaidíai) n o p u e d e n acce d e r los célibes, q u ie ­
n es, p o r su p a rte , c o m o Karnedtai, o rg a n iz a n y fin a n c ia n la fie sta de las C a r n e a s 26.
P a u sa n ia s d e sc rib e u n a lu c h a ritu a l e n tre e fe b o s 27, e l « P la ta n is t á s » : d os e q u ip o s
s a c rific a n d u ra n te la n o ch e e n el sa n tu a rio de Febe, n o le jo s de T e ra p n e , cada u n o
u n c a c h o rro de p e r r o a E n ia lio ; d esp u és h a c e n lu c h a r a dos ja b a líe s y el re su lta d o
sirve com o presagio d el com bate in m in e n te . T o d o ello tien e lu g a r en el « p la t a n a r » ,
q u e está ro d e a d o de p a n ta n o s ; h ay u n p u e n te a cada la d o , u n o m a rc a d o c o n u n a
im agen de H eracle s y el o tro , c o n u n a de L ic u rg o . P o co antes de m ed io d ía , los g r u ­

17 Arist. fr. 6 11, IO Rose (= Heraclides Lem bus 3 7 3 » 1 0 Dilts), Plut. Lyc. 2 8 ; Cleom. 2 8 . C fr. P. V id a l-
Naquet, Le chasseur noit, 19 8 1 (reim p. 19 9 1), pp. 151- 174 -
18 W ide, pp. 1 1 2 - 1 1 6 : GF, pp. 1 9 0 - 1 9 6 ; GGR, pp. 4 8 7 - 4 8 9 ; Je a n m aire ( i) , pp. 51 5 - 5 2 3 ; M H 2 2
( 19 6 5 ), pp. 1 7 1 - 1 7 3 ; véase III 2 . 6 , n. 3 2 .
19 Hesych. s.v.phoúaxir.
20 X e n . Lac.pol. 2 , 9 ; Plat. Leg. 6 3 3 b .
21 Plut. Aristid. 17 .
22 Plut. Inst. Lac. 2 3 9 C D ; Paus. 3 , 16 , 1 0 ; Schol. Plat. Leg. 6 3 3 b G reen e; G ic. Tusc. 2 , 3 4 · Sobre el
hurto ritualizado véase III 2 . 8 , n. 2 6 .
23 IG V I , 2 7 6 ; 2 6 9 ; 28O ; 2 9 2 con lám. V ; GGR, p. 4 8 8 .
24 Plut. Thes. 3 1 .
25 Véase II 7 > n . 4 9 ·
26 Plut. Lyc. 15 , I; véase V 2 -3 , n. 5 -
27 Paus. 3 . 14 . 8 - 1 0 ; II, 2 ; Lucian. Anach. 3 8 .
350 5. POLIS Y POLITEÍSMO

p o s e n fre n ta d o s se e n c u e n tra n y lu c h a n c o n p u ñ o s , p ies, d ie n te s, p e r o , e v id e n te ­


m en te, sin arm as; resu lta v e n c e d o r el q u e co n sigu e e m p u ja r al ad versario al a g u a 27“.
L a dureza de la agogé e sp artan a se h a co n vertid o casi e n u n caso p a rtic u la r d el f o l­
clo re; e n lo s dem ás lugares, la o b lig a c ió n d el ritu a l colectivo h a p e rd id o im p o rta n cia
en fav o r de la lib e rta d p e rso n a l. S in e m b argo , ta m b ié n en A te n a s, existen a ú n evi­
d e n te s m o tiv o s in ic iá tic o s e n la in s t itu c ió n d e la e fe b ía 2 . P r im e r o tie n e lu g a r el
corte de cabellos y su d e d ica c ió n a u n d io s, e n el m o m en to de la a d m isió n en la f r a ­
tr ía d u ra n te las A p a t u r ia s 89. E l v e rd a d e r o se rv ic io de lo s e fe b o s c o n siste , p o r u n
la d o , en el a d ie stra m ien to m ilita r e n lo s cuarteles d el P ire o y, p o r o tro , e n el servi­
c io de v ig ila n c ia d e las fr o n t e r a s , e n u n a a lte rn a n c ia , p o r ta n to , d e r e c lu s ió n y
« e s t a r f u e r a » , se p a ra d o s de la fa m ilia de sus p a d re s y antes de la c re a c ió n d e u n a
fa m ilia p r o p ia ; al m ism o tie m p o , el servicio d e lo s efeb o s c o m p re n d e la in t r o d u c ­
c ió n e n los cultos de la p o lis : p ara tod as las gran d es fiestas, lo s efebos re p re se n ta n el
co n tin g en te m ás im p o rta n te . L a s in sc rip c io n e s p o n e n de relieve que éstos, d u ra n te
el s a c rific io , « a lz a n las v a c a s » 30, lo q ue sig n ifica q u e llevan a cabo c o n ello la m ism a
p ru e b a de fu erza ju v e n il, q u e el m ito atribu ye al jo v e n Teseo ju n to a A p o lo Delphínios.
T a m b ié n el estatus de la « v ir g e n » se caracteriza p o r la sep a ra c ió n de los p ad res.
G e n e ra lm e n te las vírgen es fo rm a n sus « c o r o s » e n las fiestas de lo s dioses. E n C e o s,
las m uchachas casaderas p e rm a n e c e n e n los san tu arios d u ran te el día, d o n d e las v isi­
tan lo s m u ch ach os, m ie n tra s q u e p o r la tarde d eb en realizar trab ajos d om ésticos en
casa31. E n L esbo s, tie n e n lu g a r co n cu rso s de belleza d u ran te la fiesta an u al en el sa n ­
tu a rio de H e r a 3a. E n A te n a s, las m u chach as, antes d el m a trim o n io , d eb en ser d e d i­
cadas a A rte m is de B r a u r ó n o de M u n iq u ia 33. E n B r a u r ó n 34, las m u ch ach as v iv e n
d u ran te u n p e río d o m ás la rgo , quizá cuatro añ os, com o « o s a s » (drktoi), apartadas de
to d o e n el sa n tu a rio de A rte m is y o c u p a n el tie m p o c o n danzas, ca rre ra s y s a c r ifi-

27 a G . A rr ig o n i, «P erseo contro D io n iso a L e r n a » , en F. G onca (e d .), Ricordando Raffaele Cantarilla,


1 9 9 9 , pp. 6 1 - 6 7 .
28 L a efebía, en la fo rm a m ejor docum entada, se organizó tras la batalla de Q uero nea, pero había
instituciones anteriores; G . Pelékidis, Histoire de l’ephébie attique des origines à 3 I a v.J. Chr., 1 9 6 2 ; O . W .
Reinm uth, The Ephebic Inscriptions on the fourth century BC, 19 7 I ; R. Merkelbach, /£P£ 9 ( 1 9 7 2 ) , pp. 2 7 7 “
2 8 3 ; P. V id al-N aq u et, Le chasseur noir, 1 9 8 1 (reim p. 19 9 1) , pp. I 5 I - I 7 4 ·
29 Véase II 2 , n. 2 9 ; v 3 · 3 > n · !&·
30 Norm alm ente en las inscripciones helenísticas referidas a los efebos, IG I I - I I F 1 0 0 6 ; 1 0 0 8 ; IO II;
IO 2 8 -IO 2 9 ; ^ G *5 ( l 9 5 8 )í n° 1 0 4 ; 2 4 Cl9 6 9 )> n° 18 9 ; en el decreto relativo a las Hephaístia, IG P 8 4
= LSCG 1 3 , 3OS. con texto inseguro; L . Ziehen, Hermes 6 6 (1 9 3 1) , pp. 2 2 7 - 2 3 2 ; R E X V III 3 (19 4 9 ),
cols. 6 1 0 s .; C o o k I, pp. 5 0 4 s·
31 Plut. De mul virt. 2 4 9 D E .
32 Véase II 7 » η · 7 1 ; 111 2 . 2 , η . 2 7 ·
33 Grater. FGrHist 3 4 2 F 9; sobre el sacrificio prelim inar a las bodas véase III 2 -6 , n. 2 4 ; HN, p. 7 5 » n ·
20.
34 AF, p p . 2 0 7 s . ; Je a n m aire (i), p p . 2 5 9 “ 2 6 l ; nuevos detalles resultado de las excavaciones más
recientes, L . G . Kahil, A K Beiheft I, 19 6 3 , pp. 5-2 9 ·, A K 8 (19 6 5 ), pp. 2 0 - 3 3 ·, 2 0 (19 7 7 ), pp. 8 6 - 8 9 ;
I. D . K o ntis, Deltion 2 2 ( 19 6 7 ). pp. 1 5 6 - 2 0 6 ; Brelich, pp. 2 4 I _ 2 9 0 ; véase III 2 .6 , n. 2 7 ; G . A r r i­
goni, « D o n n e e sp o rt», en Ledonnein Grecia, 19 8 5 , pp. 1 0 1 - 1 0 4 ; P. Brûlé, La filie d ’Athènes, 1 9 8 7 ; C .
Sou rvin o u Inwood, Studies in Girl’s Transitions. Aspects oftheArkteia and Age Representations in Attic Iconography,
19 8 8 ; K . Dowden, Death and the Maiden. Girl’s Initiation Rites in Greek Mythology, 19 8 9 (trad, it.: Lavergineela
morte. L ’iniziazionefemminilenella mitología greca, I 9 9 1 - ΡΡ· 2 8 , 3 2 ss., 4 6 ss.); M . G ium an, Ladea, lavergine,
ilsangue. Archeologia diun cultofemminile, 1 9 9 9 ; G e n t iliy F . Perusino (eds.), Le orse di Brauron. Unrituale
di iniziazione femminile nel santuario diArtemide, 2 0 0 2 .
3.5. SUPERACIÓN DE LA CRISIS SSI

cio s; a islam ien to y desnudez cu ltu al (testim o n iad as en las p in tu ra s de lo s vasos) f o r ­


m a n p a rte de lo s m otivo s in ic iá tic o s d el m ism o m o d o que la am en aza de sa c rific io
e n e l m ito : A r t e m is exige el s a c r ific io d e u n a m u c h a c h a , q u e, e n el ú lt im o
m o m e n to , se sustituye p o r el sa crificio de u n a ca b ra 35. E n C o rin to , siete m uchach os
y siete m uchach as d e b e n p asar u n añ o d en tro d el re c in to d el tem p lo de H e ra Akraía,
llevan d o vestid os n e g ro s; al fin a l se sacrificab a u n a cabra n e g ra q u e, su pu estam en te,
d esen terrab a ella m ism a el cu ch illo p ara el s a c rific io . S e n a rra al respecto la h isto ria
d e lo s h ijo s d e M e d e a , m u e rto s p re c isa m e n te e n este s a n tu a rio , y se e n se ñ a n sus
tu m b a s36. A través d el e n c u en tro c o n la m u e rte y la e x p ia c ió n de u n a an tigu a cu lpa,
que sie m p re se ren u eva, se vin c u la a lo s m u ch ach os a la tra d ic ió n de la ciud ad . M ás
evid ente aú n es el sim b o lism o in ic iá tic o d el servicio de las A r r é fo r o s aten ien ses, que
te rm in a fin a lm e n t e e n el á m b ito de E r o s y A fr o d it a ; ta m b ié n a q u í tie n e lu g a r el
s a c rific io de u n a c a b ra 37. B a jo la m ism a p ersp ectiva se vu elven co m p ren sib les otras
re fe re n c ia s c o n c e rn ie n te s al se rv ic io te m p o ra l al te m p lo de m u c h a c h o s y m u c h a ­
ch as38. L o s n o m b re s de los dioses p u e d e n ser m u y va ria d o s: A rte m is , A te n e a , A f r o ­
d ita o P o sid ó n ; v irg e n , u n ió n am o ro sa, im a g e n d el p ad re m arc an etapas a través de
las q ue pasa el ca m in o , p ró d ig o en crisis, h acia la edad adulta.

3 ·5 · S u p e r a c ió n d e la c r is is

« L a n ecesid ad en señ a a re z a r » . C e re m o n ia s q u e en otras circu n stan cias se so p o rta n


c o n a b u rrim ie n to , p u e d e n con vertirse, en situ acion es críticas, e n u n apoyo, quizá el
ú n ic o existen te. S i la re siste n cia h u m a n a su p e ra a m p lia m e n te to d o lo q u e los a n i­
m ales p u e d e n a lcan zar, la re lig ió n d esem p eñ a u n p a p e l c o n sid e ra b le . A d ecir v e r ­
d a d , a q u í se e n tr e c ru z a n in d is t in g u ib le m e n te r e lig ió n « p u r a » , s u p e r s t ic ió n y
m agia; se trata d el fin , de la salvación y de la ayuda, n o d el m e d io 1. N o es n ecesario
p re su p o n e r u n a « m e n ta lid a d m á g ic a » de lo s « h o m b re s p rim itiv o s » ; e n el ám b ito
de lo práctico, de lo previsible, tam bién los « p r im itiv o s» d em uestran estar dotados de
u n a in te lig e n c ia técn ica d el to d o su fic ie n te 8. S in e m b a rgo , tan to los éxitos d e slu m ­
b ra n te s co m o las catástrofes, d ep e n d en evid en tem en te de otras fu erzas: lo s « t r iu n ­
fo s » so n asun to de lo s dioses (tycha theon), co m o a firm a P ín d a r o 3.
T o d as las gran d es crisis, a las que los h o m b re s se e n fre n ta n im p o te n tes, in c lu so
estan d o u n id o s , p u e d e n in te rp re ta rse c o m o m a n ife sta c io n e s de la ir a d e los « m á s
fu e r t e s » , de lo s d io ses y de lo s h é ro e s: m alas cosechas e in fe c u n d id a d d e la tie r ra ,
e p id e m ia s de p e rso n a s y ga n a d o , e ste rilid a d y n iñ o s c o n d e fo rm a c io n e s y ta m b ié n
gu erras civiles y d erro ta s fre n te a u n en em ig o e x te rio r. A l a in versa, si esos p o d eres

35 Leyenda de Ém baro en M uniquia, Zen ob . A th . I , 8, p. 3 5 0 M illere, Paus. Att. epsilon 35 Erbse;


W . Burkert, GRBS 7 (19 6 6 ), p. 11 8 ; véase asimismo η . 34 -
36 P h o t. s.v. aigös trópon T h e o d o rid is; Z e n o b . A tb . 2 , 3 0 p. 3 6 1 M ille r; A . B relicli, « 1 fig li di
M ed e ia », SMSR 3 0 ( 19 5 9 ) , pp. 2 1 3 - 2 5 4 ; W . Burkert, GSBS 7 (19 6 6 ), p. I 1 8 .
37 Véase V 2 . 2 , n. 16 .
38 Véase II 6, n n. 3 5 - 4 1 .
1 Véase cap. II, Introducción.
2 Fundam entalm ente B . Malinowski, «M ag ic, Science, and R elig io n » (19 2 5)» e n Magic, Science, and
Religion and other Essays, 1 9 4 8 [trad, esp.: Magia, cienciaj religión, 19941 *
3 Pind. Pyth. 8, 5 3 ¡ Hem. 6, 2 4 ; 01. 8, 6 7 ; H . StroKm , Tyche, 1 9 4 4 -
352 5. POLIS Y POLITEÍSMO

están d isp u e sto s fa v o ra b le m e n te , se te n d rá to d o tip o de b e n d ic io n e s , ab u n d a n te s


cosechas, n iñ o s sanos, b u e n o r d e n e n tre lo s c iu d a d an o s. L o s m ed io s tra d ic io n a le s
p ara p ro p ic ia rs e a u n o o p a ra a p lacar a o tro so n sa crific io y o ra c ió n , e n p a rtic u la r,
e n fo rm a de vo to . S eg ú n las circu n stan cias, se in ten taba r e c u rr ir al dios com petente,
D e m é te r p a ra la fe r tilid a d de lo s c a m p o s, A p o lo c o n tra p arásito s y e n fe rm e d a d e s,
Z eus, « e l que u n e » 4, c o n tra la d isco rd ia cívica; los cultos ya existentes p u ed e n in te n ­
sifica rse, p u e d e n in tro d u c irs e n uevos cultos; cierto s detalles d el ritu a l p u e d e n estar
destin ad os a ese fin d ete rm in a d o . L as verd ad eras m an ip u lacio n es m ágicas so n re la ti­
vam ente raras en el ritu a l g rie g o . E s el ritm o d el sa crificio , que va d el e n c u en tro co n
la m u e rte a la a fir m a c ió n de la vid a , la te n s ió n d el vo to , e n tre re n u n c ia y c u m p li­
m ie n t o 5, lo q u e fo rta le c e y so s tie n e la c o n fia n z a y p o s ib ilita la s o lid a r id a d e n u n
m o m en to de n ecesid ad , b ie n se trate de agricu ltu ra, de viaje p o r m ar, de gu e rra o de
e n fe rm e d a d . E l ritu a l crea situ acio n e s de an gu stia p a ra su p erarlas y, de este m o d o ,
o fre c e u n m o d e lo d e d o m in io d e la a n g u stia e n g e n e ra l; se re p ite s ie m p re d e la
m ism a m a n e ra y da así la certeza su bjetiva de q u e ta m b ié n e n u n a situ ac ió n de p e li­
g ro to d o seg u irá su curso a p ro p ia d o . P o r ello : « a q u e l cuya casa se ve zarand ead a p o r
la d esgracia, d eb e te n e r fo rtaleza si v e n e ra a los d io s e s » 6.
Fiestas c o n sacrificio s aco m p a ñ a n to d o el añ o agrícola en tre los griegos; de nuevo
los detalles so n co n o cid o s p o r el A tic a. Se em pieza co n u n a fiesta « a n te s de la a ra d a »
(Proerosía ) 7, q ue es a n u n c ia d a e n E le u sis el 5 d e P ia n o p s ió n p o r el h ie r o fa n te y el
h e ra ld o . L o s efebos « lev a n ta n en alto las re ses» p ara el g ran s a c rific io 8; en el P ireo se
r e ú n e n las m u je re s. E x iste u n a p a r tic u la r « c e b a d a an tes d e la a r a d a » 9, quizás u n a
p a rte de la s im ie n te ; p e r o n o se sabe p a ra q u é servía. Se lleva a cabo u n a p r im e r a
« a ra d a sa cra » sim b ó lica 10. Poco d espués las m u jeres celeb ran la fiesta de las T e sm o ­
fo ria s, d u ran te la cual se reco g en los restos pu trefactos de los coch in illo s, que se m ez­
clan c o n la s im ie n te 11. D u ra n te la siem b ra, según acon seja H e sío d o , se debe rezar al
Z e u s c tó n ic o y a la D e m é te r p u ra , p e r o al m ism o tie m p o , u n siervo d eb e c u b r ir la
sim ien te c o n su azadón, p ara q u e los p ája ro s n o se la c o m a n 18; la p re sc rip c ió n h e sió -
dica de « s e m b ra r, arar, cosechar d esn u d o s» p u ed e te n e r u n sign ificad o sagrado, que
sin em b argo , n o se ex p licita 13. E n in v ie rn o , el p e río d o de rep oso agrícola, se celebra
la fiesta de lo s Halóa, la « fie sta de la e r a » 14; se sacrifica, se ban q u etea y se realizan acti-

4 Véase V 3 . 3 , η. 4 0 ·
5 Véase I I 1 - 2 .
6 E u r. Ion 1 6 1 9 s.
7 AF, pp. 6 8 s .; calendario de los sacrificios de Eleusis, IG II—I I I 2 1 3 6 3 = SIG IO 38 = LSCG 7, S. D o w -
R . F. Healy, HThR 2 1 (19 6 6 ), pp. 1 5 s . ; hasta I 9 4 1 n ° se publicó el reglamento cultual LSS 18 proce­
dente de Peania, con la form a Prerósia, de form a que Plerosía, en IG I I - I I P 1 1 8 3 , es (paceAF, p. 6 8 )
sólo una variante ortográfica.
8 Véase V 3 . 4 , n. 3 0 .
9 LSS 18 B 2 1.
10 Plut. Praec. coni. I 4 4 -A-, com binación c o n Proerosía enA F, p. 6 9 .
11 Véase V 2 -5 , η . 14 .
12 H es. Erga 4 6 5 - 4 7 2 .
13 Erga 39 IS .5 U . von W ilam ow itz-M oellendorff, Hesiods Erga, 1 9 2 8 , pp. 8 7 s.
14 AF, pp. 6 0 - 6 7 ; Philochor. FGrHist 3 2 8 F 8 3 y Jaco by ad loe.·, contra M . P. Nilsson, De Dionysiis Atticis,
1 9 0 0 , p. 9 9 y A F, p. 6 5 . halos no puede significar más que « e r a » y no «cam p o de cereales»; se
evitará pisar la sim iente, así que se reú n en en las eras, situadas entre los cam pos. Es curiosa la
representación de falos erectos entre las semillas en germ inación, pelíke del B ritish M useum E
8 19 , ARV2 1 1 3 7 , 2 5 ; C o o k I, p. 6 8 5 ; AF, pp. 6 5 s ., lám. 3.
3.5. SUPERACIÓN DE LA CRISIS 353

vid a d e s d iv e rtid a s al a ire lib r e , e n tre lo s c a m p o s; se sa c rific a « a la T ie r r a , e n el


c a m p o » u n a vaca p re ñ a d a 15; la sem illa que crece y la vid a e m b rio n a l están e vid en te­
m en te relacion ad as en tre sí y, según la lógica p arad ó jic a d el sacrificio , se debe m atar
a u n a p a ra fa v o re c e r a la o tra . H ay u n a p ro c e s ió n c o n e l sa c rific io de u n to ro p a r a
P o s id ó n 16. D e sp u é s las m u je re s se re ú n e n e n E le u sis p a ra u n a fiesta secreta y n o c ­
tu rn a : lle v a n c o n sig o falo s a rtific ia le s y m a n tie n e n d e se n fre n a d a s c o n v e rsa c io n e s
in d ecen tes, m ien tras que las m esas se lle n a n de to d o tip o de alim en to s, e n especial,
tartas c o n fo rm a de g en itales; sin em b argo , están p ro h ib id o s gran ad as y m an zanas,
p o llo s, h uevos y ciertos p escad o s17. L a fiesta p arece estar así en o p o sic ió n al h ab itu al
culto de D e m é te r-P e rs é fo n e 18, así com o la d ese n fren ad a vita lid a d que la caracteriza
co n tra sta c o n la q u ie tu d in v e rn a l. E l c re c im ie n to de lo s c ereales en p rim a v e ra va
acom pañ ad o de fiestas de la « g e rm in a c ió n » (los Chloaía19) , del « b r o ta r de los ta llo s»
(los Kolamaxaí °) y del « flo re c im ie n to » (los Antheía 2I) ; p ara los Kalamaía se vuelven a r e u ­
n ir las m u je re s. E l « a h u y e n ta d o r» de los p e lig ro s am enazadores es A p o lo ; en o tro s
lugares, A p o lo , com o Smintheus, debe ahuyentar los to p o s82, com o Pamópios, las lan go s­
tas23, com o Eiytíbios, la roya d el g r a n o 24; en A ten as y en J o n ia se le h o n ra c o n la fiesta
a n te rio r a la cosecha, las T argelias25, d u rante las que se llevan en p ro c e sió n los p rim e ­
ros cereales cocid o s en fo rm a de gachas25“ o de p an ; a d e c ir verd ad , esta fiesta, co n el
sin iestro rito de p u rific a c ió n d e l pharmakós, va m u ch o m ás allá d el ám bito agrario. L a
verd ad era fiesta de la cosecha, los Thatysia*6, es u n a celeb ració n privad a en la que, en tre
abu n d an te com id a y beb id a, se recu erd a a D e m é te r y a D io n iso .
E x iste n auténticas p rácticas m ágicas e n re la c ió n c o n la llu via y el vie n to , au n q u e
ta m b ié n a q u í p re va le ce n las fo rm a s n o rm ale s de sa c rific io y de o r a c ió n : se o r g a n i­
zan ro gativas e n fo rm a de p ro c e s io n e s c o n sa c rific io s al « Z e u s d e la llu v ia » (Z e u s
Hyétios u Ombrios 27) ; si hay am en aza de c ic ló n , se sa c rific a rá p id a m e n te u n c o r d e ro

l¡5 Calendario sacrificial de M aratón IG I I - I I F 135 ^ = LSC G 2 0 B 9.


16 Anécdota Graeca 3 ^ 5 » 2 Bekker.
17 Schol. Lu c., pp. 2 7 9 » 2 4 y 2 8 1, 3 Rabe; AF, p. 6 l; la indicación como teleté (p. 2 8 0 , 12 ) corresponde
a LSC G 2 0 B IO; éndon, esto es, en un espacio cerrado, p. 2 8 0 , 2 5 ·
18 G ran o s de granada en las Tesm oforias, véase V 2 - 5 » η · 4 4 ; D em éter Malophóros «p o rtad o ra de
m anzanas» en Selinunte; sacrificio de u n gallo a Perséfone, véase II I , n. 2 ; sobre el huevo: N ils­
son, Op. II, pp. 3 - 2 0 .
19 LSS 18 ; M . Jam eson, Athenaeum 54 ( 197 ^)» ρ· 4 4 4 » η ° 5 > «D em éter Chlóe» , LSC G 9 6 . I I : Eupolis fr.
19 6 K assel-A ustin ; Philochor. FGrHist 3 2 8 F 6 1 ; IE 2 0 1 b 5 > c 9 ; C o rn u t. 2 8 ; cfr. L SC G 2 0 B 4 9 ;
IG Ι Ι - Ι Ι Γ 12 9 9 .
20 / G I I - I I P 9 4 9 , 8 - 9 , 3 6 ; 1 1 7 7 , 9 - 1 2 . AF, pp. 6 7s.
21 LSS 18 B 7 ; 2 9 ambas ocasiones paralelas a Prerósia (véase supra, n. j ) , sacrificio de una cerda p r e ­
ñada; así que, contra Sokolowski, no tiene nada que ver con las Antesterias (véase V 2 .4 ) ·
22 II. I, 3 9 con S ch o l.; Strab. 1 3 , p. 6 1 3 , A el. Nat. an. 1 2 , 5 ; culto de Smíní/ieúsestá m uy difundido,
RE II ( 1 8 9 5 ) , cols. 6 8 s ., CGS IV , pp. 1 6 4 s .; n o m bre de meses Smínthios y Smisión·. Sam uel, 2 9 6
(índice) ; es posible tam bién una interpretación com o dios de la peste, Μ . K . Schretter, Alter Orient
undHellas, I 9 7 4 > PP· I 7 4 - I 8 2 ·
23 Strab. 1 3 , p. 6 1 3 ; W ernicke, RE II (18 9 5 )- c° l · ^ 3 ·
24 Strab. 1 3 , p. 6 1 3 ; dado que la form a Erethímios está atestiguada en inscripciones, Erythíbios podría ser
resultado de una etimología popular, GGR, p. 5 3 5 » c^r * Burkert Größer Beiträge 4 ( l 9 7 S)> Ρ· 7 1 ·
25 AF, pp. 1 7 9 - 1 9 8 , especialmente pp. l 8 8 s .; véase II 4» η · 7 o ·
25 a Hesych. s.u. thárgelos Latte.
26 Véase II 2 , η . I I .
27 C o o k III, pp. 5 2 5 - 5 7 0 ; Ä £ X A ( i 9 7 i ) , cols. 3 4 4 - 3 6 8 .
354 5. POLIS Y POLITEÍSMO

n e g r o 28. E n cam b io , en M e to n e , dos c o rre d o re s g ira n a lre d e d o r de lo s viñ ed o s lle ­


v a n d o cada u n o la m ita d d e u n g a llo s a c r ific a d o , p a ra e x p u lsa r el v ie n to d a ñ in o ;
E m p é d o c le s , se g ú n se n a r r a , c a p tu ró el v ie n to d e sfa v o ra b le d e l N o r te e n la p ie l
e x te n d id a de u n asn o s a c r ific a d o 39. E n el c u lto de Z e u s Lykaios e n A rc a d ia , e x iste n
v e rd a d e ro s c o n ju ro s p a r a la llu v ia : e n caso de g ra n seq u ía, el sa ce rd o te de Z e u s se
d irig e a la fu en te H ag n ó , celebra u n sacrificio , d eja c o rre r la sangre e n la fu en te, reza
y sum erge u n ram o de en cin a en el agua; acto seguid o, surge de la fu en te el va p o r que
tra erá la a n h elad a llu v ia 30. L a fiesta de Z eu s e n G eo s, en el m o m en to de la p rim e r a
salida de S irio e n p le n o ve ra n o , invocaba, según se creía, a los vientos refrescan tes del
n o rte (etesíai). A q u í, com o en el caso d el m on te L ic e o , subyace en el fo n d o la p ráctica
de u n a fiesta sacrificial secreta, que p o n e en m o vim ien to las fuerzas d el co sm o s31.
S ig u ie n d o la in v e stig a c ió n de W ilh e lm M a n n h a r d t so b re las c o stu m b res d e lo s
c a m p e sin o s e u ro p e o s , la m o n u m e n ta l o b ra de S ir Ja m e s F ra z e r, The Golden Bough,
daba la im p re s ió n de q u e la m agia p a ra la fe rtilid a d fu e ra c en tro y o r ig e n de la r e li­
g ió n p r im it iv a e n g e n e r a l38. L a c iv iliz a c ió n s u p e r io r g rie g a , n o o b sta n te , estaba
d o m in a d a p o r u n a a risto c ra c ia g u e rr e r a q u e n o vivía d ire cta m en te d el fru to d e los
cam p os sin o d el d o m in io . P e ro n i siq u ie ra la re lig ió n cam p esin a, p re su m ib le m e n te
m ás an tigu a, n e o lític a , con stitu ye u n o rig e n ú ltim o . N i las fo rm a s d el cu lto , n i las
c o n c e p c io n e s d el d io s p u e d e n d erivarse d ire cta m en te de la vid a ag ríco la . M ás a n ti­
gua y fu n d a m e n ta l es la caza. T a m b ié n el cazador n ecesita algú n tip o de « m a g ia p ara
la fe r tilid a d » , ya que su existencia d ep e n d e de la re p ro d u c c ió n de la caza; p e r o , m ás
im p o rta n te que lo s m ed io s sim patéticos, es el h ech o de que la vid a subsiste gracias al
acto d e m a ta r: a h í es d o n d e tie n e sus ra íc e s el r itm o d el s a c r if ic io 33. P o r e llo , el
ca m p esin o , al sem b ra r c o n esp eran za, b usca u n apoyo e n el sa crific io .
L o s v ia je s p o r m a r esta b a n e x p u e sto s e n la a n tig ü e d a d a in c o n ta b le s rie s g o s ;
n u n c a , salvo e n caso de g u e rra , p e re c ía n tantos h o m b re s al m ism o tiem p o co m o al
h u n d irs e u n a nave. T a m b ié n lo s m a r in e ro s an tig u o s so n su p e rstic io so s e in te n ta n
p ro teg erse p o r m e d io de p rácticas m ágicas. P e ro el ritm o de voto y sa crific io aparece
de n u evo e n p r im e r té r m in o 34. Se sa crifica al em b a rca r y al d esem b arcar (embatéria y
apobatéria); el co m ercian te p ia d o so tien e ta m b ié n u n altar en su nave. N o hay p a rtid a
s in euché, o al m e n o s sin lib a c ió n y o r a c ió n ; ya H o m e r o d e sc rib e así la p a r tid a de
T e lé m a c o 35. G u a n d o en 4 1 5 Ia so b e rb ia flo ta aten ien se zarpó h acia S ic ilia , u n to q u e
de tro m p e ta im p u so el p iad o so sile n c io y tod os ju n to s, los cerca de trein ta m il h o m ­
b res, r e p itie r o n las o ra cio n e s y los vo to s h abitu ales re sp o n d ie n d o a lo s h e ra ld o s; en
cada nave y ta m b ié n e n tie r ra , se p r e p a r a r o n crateras c o n v in o , lo s m a r in e ro s que
n o te n ía n q ue sosten er lo s rem o s y las au to rid ad es en tie rra v e rtie ro n las lib a c io n e s;
la m u ltitu d q ue a c u d ió a la p laya a d e sp e d irse se u n ió a las o ra c io n e s y a lo s vo to s.

28 A ristoph . Ran. 8 4 7 con Schol. 8 4 7 D übner.


29 Paus. 2 , 3 4 - 2 ; Tim aeus FGrHist 5 6 6 F 3O ; cfr. el odre de Eo lo , Od. IO, 1 9 - 4 7 , R . Ström berg, Acta
Univ. Gotoburgensis 5 6 ( l 9 5 °)> PP· 7 I - ^ 4 * L&S, p. 1 5 4 ; véase III 3 . 3 , nn. I I -1 6 .
30 Paus. 8, 3 8 , 4 ; C o o k III, pp. S1 !^ ·
31 HN, p p . 1 2 5 - 1 2 7 ; 9 8 - 1 0 8 .
32 Véase Introducción I.
33 Véase II I; H N, passim.
34 D . Wachsmuth, Pómpimos ho Daímon, tesis doct., B erlín, 1 9 6 5 e id ., Kleine Pauly s.v. SeewesenV ( l 9 7 5 )>
cols. 6 7 - 7 1 .
35 Od. 1 5 , 2 2 2 s .
3.5. SUPERACIÓN DE LA CRISIS 355

D e sp u é s se b e b ió , se e n to n ó el p e á n , lo s re sto s d el v in o se v e r t ie r o n e n el m a r y
fin a lm e n te z a rp a ro n 36. Se testim o n ia a m e n u d o que se tira n co ro n a s al m a r c o n las
q u e p ro b a b le m e n te e sta ría n antes a d o rn a d a s las c ra te ra s 37. D e sp u é s d e l re su lta d o
feliz (que le fu e negado a la exp ed ició n a S ic ilia ) se d eb en c u m p lir los votos m ed ian te
reiterad o s sacrificio s y ofren d as votivas. P ro b ad o s « sa lv a d o re s» e n los p elig ro s m a r i­
n o s e ra n lo s D io s c u r o s 38 y lo s d io ses de S a m o tra c ia ; la c o n s a g ra c ió n m isté ric a e n
S a m o tra c ia d eb ía so b re to d o h a ce r in m u n e a lo s p e lig ro s d el m a r, c o m o O d is e o ,
q u e, gracias al velo de L e u có te a , se vo lvió in s u m e rg ib le : « s e d ice que él h ab ía sid o
in ic ia d o e n S am o tracia y que p o r eso h abía u tilizad o ese velo com o faja; p u es los i n i ­
ciados se en vuelven el cu erp o co n fajas de p ú r p u r a » 39. U n a ab ru m a d o ra cantidad de
exvotos se exh ibía e n S am o tracia p ara te stim o n ia r el p o d e r de esos dioses.
A ú n m ás p e lig ro sa y cargada de m u erte es la g u e rra. P o r e llo , va acom p añ ad a de
m o d o p a r tic u la r de vo to s y s a c rific io s, o m ás b ie n se p re se n ta casi co m o g ra n acto
sa c rific ia l40. L o s sacrificio s p re lim in a re s p revio s a la p artid a se d ed ican a « v ír g e n e s »
h ero iza d a s, las Hyakinthídes e n A te n a s 41, las Leuktrídes e n B e o c ia 48, cuya m u e rte m ítica
m arca la d esviación d el a m o r a la gu e rra. E n el cam po de batalla, ya ante el en em ig o ,
se sa c rific a n lo s sphágia, com o co m ien zo d el d e rra m a m ie n to d e san gre; lo s e sp a rta ­
n o s lle v a b a n c o n sig o cabras al cam p o d e b a ta lla p a ra este p r o p ó s it o 43. A l m ism o
tie m p o , los ad ivin os realizan sa crificio s p a ra las p ro fe c ía s; in c lu so la h u este m e rc e ­
n a ria de los « d ie z m il» de Je n o fo n t e n o e m p re n d ía n in g u n a in c u rsió n sin u n sa c ri­
fic io p re v io 44. D espu és de la batalla, el v e n c e d o r erige u n trópaion43 en el lu g a r d o n d e
se h a p r o d u c id o el « m o m e n t o d e c isiv o » e n el c o m b a te ; se c u e lg a n e n to rn o a u n
poste de e n c in a las arm as arrebatadas al e n e m ig o : u n a coraza, u n casco, u n escudo y
u n a la n z a; e n el fo n d o , esta co stu m b re se c o r r e s p o n d e c o n la d e lo s cazad ores d e
co lgar d el á rb o l la p ie l, el crán eo y los cu e rn o s d el a n im a l m u e rto . E l trópaion es u n a
« im a g e n d e Z e u s » 46, el s e ñ o r de la v ic t o r ia . L ib a c io n e s (spondaí) p o n e n fin a las
h o stilid a d e s47. L o s votos antes y d u ra n te la b atalla c o n llevan o tro s sa crificio s, d o n es
votivos y fu n d a c io n e s de tem p lo s. E n g e n e ra l se « t o m a » el d iezm o del b o tín « p a r a
el d i o s » 48, se co n sa gran arm ad u ras, cascos, escu d os, e sp in ille ra s en los tem p lo s d e l
p ro p io país o en lo s san tu arios p an h e lén ico s, O lim p ia o D e lfo s. Estos dioses d ifíc il­
m en te p o d ía n a p o yar la id e a de la paz; p e ro el ritu a l señ alaba las fases d e l « e m p e ­
z a r» y tam b ién d el « t e r m in a r » , n o existía n i la gu e rra n o declarad a n i la inacabad a.
L a c risis in d iv id u a l m ás an g u stio sa es la e n fe rm e d a d . M u c h o s d io ses y h é ro e s,
p resas de la ira , p u e d e n e n via r e n fe rm e d a d e s; p e ro el p o d e r de m a n d a r y exp u lsar

36 T h u c. 6, 3 2 .
37 Por ej. H arrison (i), p. 18 2 .
38 Véase IV 5 *2 , n n . 2 5 s·
39 Schol. A p o ll. R hod. I, 9 17b ; véase VI 1 . 3 , n. 3 5 .
40 HN, pp. 5 8 -6 O ; 7 7 “ 7 9 ; véase Pritchett.
41 E u r. Erechtheus fr. 3 7 o * 6 9 - 8 9 K annicht; HN, p.
42 X en . Hell. 6, 4» 7 ; Plut. Pelop. 2 0 ; D iod. Sic. 15 , 5 4 ; Paus. 9. 13 » 5 ·
43 Véase II I , n n . 3 6 - 3 7 .
44 Véase II 8, n. 3 2 .
45 K.. Woeldke, Ββ) 1 2 0 ( ig il) , pp. I 2 7 ~ 2 3 5 ; F. Lam m ert, RE V I I A s.u. trópaion ( l 9 ° 9 )» cois. 6 6 3 -6 7 3 »
A . J . Janssen, Het antieke tropaion, 1957 ·
46 E u r. Phoen. 125 ° ; Gorgias VS 8 2 B 6.
47 Véase II 2 , n n . 4 5 - 4 6 ; V 3 . 3 , n. 6.
48 Véase II 2 , n n . 2 7 _ 2 8 .
356 5. POLIS Y POLITEÍSMO

e p id e m ia s se a sig n a d esd e é p o c a a n tig u a e n p a r tic u la r m e d id a a A p o lo , d io s de la


peste y de la salud, e n re la c ió n c o n el can to cu rativo, el p e á n 49. E l te m p lo b ie n c o n ­
servad o de Basas te s tim o n ia la « a y u d a » de A p o lo e n la e p id e m ia de p este d e 4 3 °
a .G . a p ro x im a d a m e n te 50. P a ra las n e cesid a d es d el in d iv id u o d em o stró d esp u és su
c o m p e te n c ia A s c le p io , h ijo de A p o lo , e c lip sa n d o a o tro s d io ses y h é ro e s s a n a d o ­
r e s 51. In c lu so el su e ñ o c u rativo e n su s a n tu a rio , ro d e a d o de leyen d a, sigue el ritm o
d el s a c r ific io 52. P r im e r o h ay u n p e r ío d o de tres días de p u re za c o n a b stin e n c ia de
sexo , ca rn e de cab ra y q u eso e n tre o tra s cosas; d esp u és se d eb en re a liz a r « s a c r if i­
c io s p r e li m i n a r e s » : c o n u n a c o r o n a de la u r e l, e l e n fe r m o s a c r ific a u n a n im a l a
A p o lo , c o n c o r o n a de o liv o , sa c rific a to rtas a o tro s d io ses d ife re n te s ; a c o n t in u a ­
c ió n sigue el sa c rific io de u n c o c h in illo en h o n o r de A sc le p io e n su altar, a c o m p a ­
ñ a d o de u n d o n ativo de d in e r o . A n te s d el su e ñ o , p o r la n o ch e , se d eb en sa c rific a r
tres to rtas, al a ire lib r e p a ra Tyche y M n e m ó sin e , « F o r t u n a » y « R e c u e r d o » , y e n el
d o r m ito r io p a ra T e m is, el « O r d e n ju s t o » . E l e n fe rm o se d eja p u esta la c o r o n a y
lu e g o la d e ja so b re el le c h o . Q u ie n se c u ra da las g racias al d io s d el m ism o m o d o
q ue el v e n c e d o r o el q u e se h a salvado de lo s p e lig ro s d el m a r; o fre c e u n sa c rific io
e n a c c ió n de g rac ias; e n la P é rg a m o d e ép o ca im p e r ia l, se fija n ta rifa s e n d in e ro ,
m ie n tra s q u e e n E r it r e a e n e l sig lo IV tie n e lu g a r u n s a c r ific io a p r o p ia d o , e n el
q u e, c u a n d o la p o r c ió n sagrad a se d ep o sita so b re el altar, se an d a a su a lre d e d o r y
se canta el p e á n 53. E l ritu a l de A s c le p io tien e cierta re la c ió n c o n lo s m iste rio s e le u ­
s in io s , n o só lo p o r el s a c r ific io d e l c o c h in illo ; ta m b ié n se d ic e q u e la « S a l u d »
(Hygíeia) se b e b e e n fo r m a de u n a b e b id a a b ase de trig o , m ie l y aceite, p a r e c id a al
kykeón de E le u s is 54.
N o se debe in fra v a lo ra r el efecto « p la c e b o » de tales m étod os e n caso de e n fe r ­
m ed a d . P e ro ta m b ié n en otras situ acio n es de crisis, h am b re, tem pestad e n el m a r o
g u e rra , es realm en te im p o rta n te p ara la su perviven cia d esp ertar la fu erza de la esp e­
ra n z a . S ó lo el ateo e xige p ru e b a s estad ísticas de lo s b u e n o s re s u lta d o s 55; n o se
p o d ía n a rriesg a r a h a ce r e x p e rim e n to s. D e este m o d o , se co n sid e ra b a im p en sab le la
s u p e ra c ió n de c risis sin ayu d a de la r e lig ió n y lo s éxito s se to m a b a n c o m o « d o n e s
b u e n o s de lo s d io s e s » , q u e c o n firm a b a n el v a lo r de la p ied a d .

49 Véase III 2 . 5 , n . 2 0 .
50 A p o lo Epikoúrios, Paus. 8 , 4 1 » 7 ~9 · E re cció n de una estatua de H eracles en M elite para la m ism a
ocasión, Schol. Aristoph . Ran. 5 0 1 D übner.
51 Véase IV 5 .3 .
52 E l docum ento más amplio es la /exsacra de Pérgam o, M . W örrle, Altertümer von PergamonVJÏI 3 , 19 6 9 ,
pp. 1 6 7 - 1 9 0 , según u n m odelo antiguo, cfr. pp. 1 8 5 - 1 8 7 ; además IE 2 0 5 ; LSS 2 2 de Ep id au ro ,
véase asimismo LSC G 6 0 ; LSC G 2 1 del Pireo. Están testim oniados «sacrificio s prelim in ares» en
Pérgamo, Eritras, Epidauro y el Píreo; el sacrificio del cochinillo sólo en Pérgamo, Mnemosyne en P ér­
gamo y en el Pireo.
53 IE 2 0 5 , 3 1 .
54 Hesych. s.v. hygíeia; Anécdota Graeca 313» J 3 Bekker; A th . 3 , 115 a ; R . W ünsch, AMW7 ( 1 9 0 4 ) , pp- I l 5 s.
Sobre las Epidaúria y los m isterios: AF, pp. 72 s. ; K erén yi (i), p. 7 3 -
55 A nécdota de Diágoras, véase V II 2 , n. 3 6 .
U. PIEDAD EN EL ESPEJO DE LA LENGUA GRIEGA 357

4. P ie d a d e n e l e s p e j o d e l a l e n g u a g r ie g a

E n la m ed id a en que la co m u n ic a c ió n h u m a n a se tra n sm ite p rin c ip a lm e n te a través


d el le n gu aje, u n an álisis de la len gu a re lig io sa de los g rie g o s1 d eb ería a p arecer r e a l­
m en te al p r in c ip io , co m o fu n d a m e n to de la d e s c rip c ió n ; la m a n e ra de exp resarse
p o r m e d io d el le n g u a je es tanto m ás im p o rta n te en cu an to q ue la e x p e rie n cia r e l i ­
g io sa de lo s p ro p io s g rie g o s, co m o to d a e x p e rie n c ia h u m a n a , está sie m p re p re v ia ­
m en te fo rm a d a y m arcada p o r la len gu a a d q u irid a e n la in fa n c ia . E n el m o d o en q ue
se h a b la d e la r e lig ió n , e n la e stru c tu ra s e m a sio ló g ic a d e l v o c a b u la rio c o r r e s p o n ­
d ie n te y en las reglas de su u so se fija n p ec u lia rid ad e s esp ecíficas que p o n e n lím ites
a la tra d u c c ió n . S in em bargo, la co m p re n sió n lin g ü ística se basa e n el apren d izaje de
la le n g u a m ism a ; ello n o p u e d e n i debe p o n e rs e co m o c o n d ic ió n a q u í. P arece p o r
tan to o p o rtu n o in c lu ir a c o n tin u a c ió n algu n as a lu sio n es al u so de ciertas p alab ras
griegas relativas a la d e sc rip c ió n de lo d escrib ib le , los m o d o s extern o s de c o m p o rta ­
m ie n to y las fu n c io n e s sociales de la re lig io sid a d g riega; así los p u n to s d e re fe re n c ia
se establecen de a n tem an o .

4 .1. « S a g r ad o »

« L o sa g ra d o » se h a con servad o com o c o n ce p to c en tra l e n la c ie n cia de las r e lig io ­


n es, c irc u n sc rito p o r las e x p e rie n c ia s d el mysterium tremendum, fascinans y augustum2. L a s
d ificu ltad es de tra d u c c ió n se revelan ya en el h ech o de q u e el g rie g o tien e tres o c u a ­
tro p a la b ra s p a ra « s a g r a d o » (hierós, hósios y hágios/hagnós) , dos d e las c u a les, hierós y
hósios, p u e d e n estar adem ás e n o p o sic ió n , co m o si hósios p u d ie ra sig n ific a r al m ism o
tiem p o « s a g r a d o » y « n o sa g ra d o » .
P ara los griego s, ya desde época m icén ica, hierós3 es sin duda el co n cep to decisivo
p a ra d e lim ita r la e sfe ra de lo re lig io s o . E n e fe c to , esta p a la b ra tie n e u n a fu n c ió n
d elim ita d o ra y d e fin ito ria , p e ro se usa casi exclusivam ente com o p re d ica d o de cosas:
« lo sa g ra d o » es p o r excelencia el sa crificio , so b re to d o el sa crificio de anim ales, y el
sa n tu ario co n tem p lo y altar. « S a g r a d o s » so n ta m b ié n lo s d o n es votivos en el s a n ­
tu ario , el d in e ro q ue se d o n a al d io s, la tie rra sob re la q u e n o se p u ed e c o n s tru ir y
adem ás to d o lo q ue ten ga q u e ve r c o n el s a n tu a rio , d esd e la « v ía sa c ra » a E leu sis,
hasta la « g u e r r a sa g ra d a » p o r D e lfo s. « S a g r a d a » es ta m b ié n la co ro n a de la fiesta,

1 IC. F. Nägelsbach, Die nachhomerische Theologie des griechischen Volksglaubens, 1 8 5 7 es aLl 11 útil po r el acopio
de materiales; fundam ental, Rudhardt, 1 9 5 8 (reim p. 1 9 9 2 ) ; breve panorám ica en É . Des Places,
La religion grecque, 19 6 9 , pp. 3 6 3 - 3 8 1 ; cfr. E . N o rd e n , Agnostos Theos. Untersuchungen zur Formengeschichte
religiöser Mede, 1 9 1 3 fasl' como A . Motte, «L'expressio n du sacré dans la religion grecque», e n j. Ries
(ed.), L ’expression du sacré dans les grandes religions I I I , 1 9 8 6 , pp. 1 0 9 - 2 5 6 ] .
2 R. O tto, DasHeilige, 19 1 7 (trad, it.: Il sacro. L ’irrazionale nell'idea del divino ela sua relazione al rationale, 1 9 6 6 ,
reim p. 1 9 8 7 ) ; G . M ensching, Die Religion, 1 9 5 9 » PP- 18 s ., I 2 9 s·; cfr. los títulos en H eiler (1 9 6 1) ,
parte A .
3 P. W üllfing von Martitz, Glotta 3 8 ( 1 9 ^ 9 - 1 9 6 0 ) , pp. 2 7 2 - 3 0 7 ; 3 9 ( 1 9 6 0 - 1 9 6 1 ) , pp. 2 4 -4 3/, J . P.
Locher, Untersuchungen zu hierós hauptsächlich bei Homer, tesis doct., Berna, 1 9 6 3 ; G . Gallavotti, ^11 valoro
di hieros in O m e ro e in m ic e n e o » , AGI 3 2 ( 1 9 6 3 ) , pp. 4 ° 9 ~ 4 2 8 ; E . Benveniste, Indo,*Eump0g$n
Language and Society, 19 73 » PP* 4 5 ^ ' 4 :j 9 (también sobre hósiosy hàgios [trad, esp.: Vocabulario de lai insti­
tuciones indoeuropeas, 1 9 8 3 ] ) ; J . T . H ooker, « Hieros» in Early Greek, 1 9 8 0 .
358 5. POLIS Y POLITEÍSMO

el m e c h ó n de c ab ello q ue se q u ie re c o n sa g ra r al d io s 4; « s a g r a d o » es el d ía e n que
lo s d io se s a c tú a n , p e r o ta m b ié n la e n fe r m e d a d a través de la q u e se m a n ifie s ta n .
A lg u ie n es hierós cu an d o es con sagrad o al dios, com o in icia d o (mystes) e n el culto m is­
té ric o o ta m b ié n com o m ie m b ro de u n san tu ario , in clu so com o esclavo d el te m p lo 3.
P o r tan to , se p o d ría d e fin ir hierós co m o a q u ello q u e p erte n ec e de m a n e ra v in c u ­
la n te a u n d io s o a u n s a n tu a r io ; su a n tó n im o es bébelos, « p r o f a n o » ; el h o m b re
« c o n s a g r a » u n a cosa, u n a p ro p ie d a d , e n el m o m e n to e n q ue r e n u n c ia a e lla y la
cede al d io s. P e ro la le n g u a ép ica y e n c o n se cu en cia tod a la lír ic a g riega, va a ú n m ás
lejo s: « s a g ra d a » (hierós) es u n a ciu d ad com o T ro ya, « sa g ra d o s » so n fe n ó m e n o s de la
naturaleza com o el día, las m ontañ as, los ríos, el gran o y la era, com o dones de D e m é ­
te r; u n p rín c ip e p u ed e ser d e fin id o co m o « fu e r z a s a g ra d a » . E l sig n ifica d o e tim o ­
ló g ic o fu n d a m e n ta l de la p a la b ra es p ro b a b le m e n te « f u e r t e » 6; a p a r tir d el sen tid o
de « s u p e r i o r » , « p u e s to de r e lie v e » , « n o d is p o n ib le » se p u e d e n c o m p r e n d e r lo s
usos de la p ala b ra. R esu lta te n ta d o r in t r o d u c ir el con cep to de « t a b ú » e n el s ig n ifi­
cado c o m ú n ; sin e m b a rg o , a u n q u e se p u e d e h a b la r de u n « ta b ú d el h o r r o r » , este
co m p o n e n te falta e n la p alab ra hierós-, lo s griegos n o p u e d e n p re sc in d ir de la re la c ió n
d e l té rm in o c o n lo s dioses.
P o r e llo , el hierón, el sa n tu a rio , tie n e sob re to d o co n n o tacio n e s negativas, al estar
ro d e a d o de p ro h ib ic io n e s 7: q u ed a e xclu id a to d a p ráctica in c o n tro la d a , tod a u tiliz a ­
c ió n in o fe n s iv a ; e l « s a n t u a r i o » es a m e n u d o al m e n o s p a r c ia lm e n te in a c c e sib le
(ádyton, ábaton); el « d is c u r s o s a g ra d o » (hierós lógos) es « in d e c ib le » (árrheton). N o se
re q u ie re sen tim ie n to n i mysterium tremendum n i fascinans·, ta m b ié n es im p o sib le lla m a r a
u n d io s hierós (a q u í ju d ío s y c ristia n o s d e b e ría n r e c u r r ir a la p a la b ra hágios); hierós es
e n c ierto m o d o la so m b ra que p ro y e cta la d ivin id a d .
HósiosS d eb e e n te n d e rs e so b re to d o p o r su c o n tra ste c o n hierós ; si el d in e r o q u e
p erten ece a lo s dioses es hierós, el resto d el d in e ro es hósios9, se p u ed e d isp o n e r de él; si
lo s días de fiesta co n lle va n o b lig a c io n es y p ro h ib ic io n e s , los días n o rm ale s so n hósiai
hemérai10; e n el s a n tu a rio está p r o h ib id o d a r a lu z , p o r e llo la m u je r e n avanzado
estado de em barazo debe b u scar u n lu g a r que sea hósios11. H erm e s in stau ró el s a c r ifi­
c io , re p a r tió las p o rc io n e s e n tre lo s d io se s: a h o ra desea « la hosíe de la c a r n e » p a ra
p o d e r c o m e r12: hósios design a la d esacralización después de la sacralizació n . E s ig u a l­

4 E u r. Bacch.4 9 4 ·
5 Andan ia, véase VI 1. 2 , n. II; véase además la indicación dehiarós-hiard sobre los epitafios de M ese-
nia (el más antiguo es del s.V a .C .: I G V I, 1 3 5 6 = Je ffe ry , p. 2 0 3 ; I G V I, 1 3 6 2 s . ; 1 3 6 7 ) que, no
obstante, puede tener en otros lugares otra fu nción, IG V I, 1127 » I I ^ 9 ; I 2 I 4 ; I 2 2 I; 1 2 2 3 ; I 2 &3 ;
1 3 3 8 ; G . L e Roy, BC H 8g (19 6 1), pp. 2 2 8 - 231 ; Link, R E Y l l l ( 19 13 ) , cois. 1 4 7 1 - 1 4 7 6 ; cfr. los reyes
heroizados de Cirene, Pind. Pyth. 5 , 9 7 ; E u r. Ion 1 2 8 g ; estatus particular de Edipo, Soph. Oed. Coi.
2 8 7 ; paródico, A ristoph . Ran. 6 5 2 ; incierto Hes fr. 17 a 4 M erk.-W est [trad. esp. de A . Martínez:
H esíodo, Obrasjfragmentos, 1 9 7 8 ] .
6 Frisk I, p. 7 1 3 y Chantraine, p. 4 5 7 ·
7 Véase II 5 . n. 3 9 ·
8 Los elementos esenciales fu ero n puestos de relieve p o r H arrison (i), pp. 5 0 4 s . ; cfr. Rudhardt,
pp. 3 0 - 3 7 ; M . H . A . L . H . van der Valk, Mnemosyne III IO ( 1 9 4 3 ) , pp. I 1 3 -1 4 O ; REG 6 4 (1 9 5 1 ), p.
4 1 8 ; H .Je a n m a ire , REG 5 8 ( l 9 4 5 )t pp. 6 6 - 8 9 ; inexacto H . Bolkestein, Hósios en Eusebé, tesis doct.,
Utrecht, 1 9 3 6 .
9 I G F 18 6 ; Dem osth. 2 4 » 9 ·
10 X e n . Hell. 3 , 3 , I.
11 A ristop h . Lys. 7 4 2 s.
12 H orn. Hymn. Herrn. 1 3 0 .
4.1. «SAGRADO» 359

m en te hósios q u ie n ha su perad o la in ic ia c ió n e n los m isterio s o el servicio sacerd o tal13:


hósion sig n ifica h a b er cu m p lid o co n lo « s a g r a d o » y ser, p o r tan to , p ia d o so y lib re al
m ism o tie m p o . L a p ala b ra design a así el c o m p le m en to exacto d e hierós: si hierós traza
lím ite s, hósios s ig n ific a re c o n o c im ie n to de d ic h o s lím ite s. L as n e g a c io n es de a m b os
té rm in o s p rácticam en te co in c id en : aníeros q u iere d ec ir casi lo m ism o que anósios.
S e p re su p o n e p o r tanto q ue lo « s a g r a d o » n o constitu ye el m u n d o e n te ro y q u e
n o p lan tea exigencias in fin ita s; existen c o n fin e s que se c o n o c e n y respetan . Se p u ed e
m o s tra r este re sp e to c o n p eq u eñ as c e re m o n ia s s im b ó lica s; « h a c e rs e hósios» (apho-
sioústhai) p u e d e lle g a r a s ig n ific a r « sa tis fa c e r la sim p le f o r m a » . P e ro si se trasp asan
los lím ites, lo s to n o s se vu elven estrid en tes: el anósios atrae h acia sí la ir a d ivin a; p o r
ello n a d ie debe re la cio n a rse c o n él a n o ser q ue q u ie ra s u fr ir d añ os él m ism o . A n ó ­
sios es so b re to d o el h o m ic id a ; p e r o q u ie n m ata le g ítim a m e n te e n la g u e rr a o c o n
m o tivo de u n a sen ten cia ju d ic ia l es hósios14. D e este m o d o , hósios a d q u iere el s ig n ifi­
cado é tico g e n e ra l de « l o p e r m it id o » , e n c o n tra ste c o n ddikon, « i n j u s t o » ; hósios y
dikaion d esign an los d eberes p ara c o n dioses y h o m b res, o tam b ién , los m ism os d e b e ­
res en su aspecto d ivin o y c iv il15. T a m b ié n a lo s p ro p io s griegos p o d ía p arecerles d e s­
c o n certan te el uso de estos té rm in o s; n o en van o P la tó n tom a hósion co m o p u n to de
p a rtid a de u n « d iá lo g o s o c rá tic o » p a rtic u la rm e n te ir ó n ic o 16.
L a raíz in d o e u r o p e a p ara d esign ar la v e n e ra c ió n re lig io sa , hag-, q ued a en g rie g o
relegada a segund o p la n o 17; el verb o házesthai es p ro g resivam en te sustitu id o p o r aideîs-
thai « r e s p e ta r » y sébesthai « v e n e r a r » ; el ad jetivo hdgios se usa m u ch o m en o s fre c u e n ­
tem ente que hierós. L a d iferen c ia consiste en el h ech o de que hag- n o in d ica un a d e li­
m ita c ió n c o n c re ta s in o la a c titu d y la e m o c ió n d el h o m b re ; m ira d a h a c ia el o t r o ,
te m o r y fa sc in a c ió n al m ism o tiem p o ; hdgion, p arale lo a semnón ( « v e n e r a b le » ) y tímíon
( « h o n r a d o » ) p o n e de re lie v e te m p lo s, fiesta s y rito s e sp e cia le s, p a ra e n sa lz a rlo s
ta m b ié n en su p e rla tiv o hagiótaton; re fe rid o a h o m b re s, se u tiliz a m uy ra ra s veces e n
épo ca a n tig u a 18.
U n a c o m p lic a c ió n d e sc o n ce rta n te p e r o sig n ific a tiv a su rge d e la s u p e rp o s ic ió n
c o n ágos. Agos es el tab ú negativo, algo p elig ro so y te rrib le que u n h o m b re atrae sob re
sí a través de la ru p tu ra de u n tabú , e sp e cia lm e n te a través de p e r ju r io , asesinato o
v io la c ió n d el a silo ; él está e n to n c es a fe cta d o , está enagés ju n t o a to d o s aq u ello s q u e
tie n e n con tacto c o n él; n o q u ed a o tro re m e d io que e x p u lsa r tan to al ágos (ágos eláu-
nein)19, co m o a su p o rta d o r; p e ro ta m b ié n a lgu n o s m ito s de p u r ific a c ió n a p o lín e o s
p u e d e n lo g ra r h a ce r d esa p arece r al ágos. Eu-agés es q u ie n está e n « b u e n a » re la c ió n
co n el ágos y n o tien e nada que te m er; la p alab ra es m u y a fín a hósios20. E n la base está
sin em b argo u n a raíz o g - 21 d istin ta de hag-·, p e r o la c o in c id e n c ia fo n é tic a c o m p o rta
con secuen cias sem ánticas. E l té rm in o que se re fie re al sa crificio a los m u erto s (enagí-

13 Hosiotheís E u r. fr. 4 7 2 , Ig K annicht; hósioi en Delfos, véase V I , n. 9 0 ; HN, p. 1 4 2 ·


14 Andoc. I, 97.
15 A n tiph . I, 2 5 ; cfr. Plat. Rep. 3 0 l d ; E u r. Here. 7 7 3 ·
16 Plat. Euthyphr.
17 Véase I 2 , η . 1 4 ; Frisk I, p .1 3 ; C hantraine, pp. 2 5 s·
18 Paródico, A ristop h . Αυ. 5 2 2 ; E . W illiger, Hagios 1 9 2 2 .
19 T h u c. I, 1 2 6 - 1 2 8 ; 2 , 13 ; miasma elaúnein Soch. Oed. tyr. 97 1 ·
20 Zuntz, pp. 3 1 7 s .
21 Q ue las dos raíces eran idénticas fue defendido p o r P. Chantraine y O . Masson, «Sprachgeschichte
und W ortbedeutung», en Festschrifit A. Debrunner, 1 9 5 4 , PP· 8 5 - 1 0 7 ; cfr. Rudhardt, pp. 4/1'4 3 ; Frisk
I, p. 14 ; C hantraine, p. 1 3 ; hdgios en el sentido de enagés C ratin. fr. 4 ° 2 K assel-A ustin.
36ο 5. POLIS Y POLITEÍSMO

Zein, enagísmata) d eb e re la c io n a rse c o n enagés y s ig n ific a p o r tan to « h a c e r t a b ú » 22, e n


contraste c o n « c o n s a g r a r » (hiereúein) e n el culto de lo s dioses celestes; p e ro ta m b ié n
p u e d e e n te n d e rs e c o m o « c o n s a g r a r e n » la lla m a d e l fu e g o e n c e n d id o ju n t o a la
tu m ba, al ig u al que se h ab la de « p u r if ic a r » (hagnízein) en la cre m a c ió n de d ifu n to s y
de o fre n d a s s a c rific ia le s23; kat-hagízein, « c o n s a g ra r hasta el f in a l» , hasta la a n iq u ila ­
c ió n , in d ic a q u em ar lo s sa crific io s.
M ás fre c u e n te y s in e m b a rg o p a r tic u la rm e n te d ifíc il de c o m p r e n d e r es hagnós,
q u e d esign a lo s a g ra d o -p u r o ; se e m p lea tan to p ara cosas co m o p ara p erso n a s, tanto
p a ra d io ses co m o p a ra h o m b re s, e n c o n e x ió n c o n el cu lto y el sa n tu a rio y ta m b ié n
in d e p e n d ie n te m e n te de e llo s 24. Hagnón so n rito s y fiestas, te m p lo s y témenos, el b o s-
q u ec illo sagrad o, p e r o ta m b ié n fu e g o , lu z, el estado de in ta n g ib ilid a d exigid o en la
re la c ió n c o n los d ioses, la au sen cia de sexu alid ad , de sangre y de m u e rte ; to d o ello
es hagneía25. S u opuesto es miaros, « m a n c h a d o » , « r e p u g n a n te » , lo que u n o aparta de
sí c o n o d io ; p e ro e n tre am bos extrem os existe u n am p lio espacio in te rm e d io . Hagná
thymata so n sa crificio s in c r u e n to s 26; p e r o ta m b ié n los sa crificio s c ru en to s so n sagra­
d os. E n tre lo s dioses, Z e u s y A p o lo p u e d e n ser calificad o s co m o hagnós27 y, c o n p a r ­
tic u la r é n fa sis, A r t e m is 28, p e r o hagnai theai s o n so b re to d o D e m é te r y P e r s é fo n e 29;
p a re c e casi u n c o n ju r o e contrario30, p u e s si b ie n es c ie rto q u e D e m é te r en su lu to ,
so lita ria y e n ayu n o , es u n m o d e lo de hagneía c u ltu al, sin em b a rg o , m ito y ritu a l de
las « d o s d io s a s » c o m p o rta n e n g ra d o su m o el co n tacto c o n la sex u a lid a d y c o n la
m u e rte . P e ro ésta es p re c isa m e n te la e se n c ia de la hagnótes·. fo r m a u n a e sp e cie de
m an to p ro te c to r, de tal m a n e ra q u e n o p u ed a p e n e tra r n ad a p e lig ro s o . Hierós traza
lím ites; hagnós crea u n cam p o de fu erza , exige respeto y d istan cia. P o r e llo , el h o m ­
b re en estado de hagnótes p u ed e su p e ra r las b a rre ra s de lo hierón sin vacilar; « c o n m ás
fu erza nos a fe rra n los d ioses; p e ro eso es cosa de los d io se s » , com o dice R ilke (Elegías
deDuino II 7 2 - 7 3 )·

4 ·2 · T h eó s

E n g rie g o , p rácticam en te n o se p u ed e expresar la « r e lig ió n » de otra m an era que no


sea p o r m e d io de « h o n o r e s a lo s d io s e s » (thedn timaí) y d esign a al m ism o tie m p o el
culto de aq u ello s seres acerca de los q u e, desde H o m e ro y H e sío d o , tanto s u p ie ro n

22 Pfister, pp. 4 7 6 s·; véase IV 3 . η . 8.


23 Soph. Ant. 5 4 5 ; fr· Radt“; E u r. Suppl. Ι 2 Π ; Iph. Taur. 7 0 5 .
24 Fehrle, pp. 4 2 - 5 4 ; Rudhardt, pp. 3 9 ~ 4 I·
25 V . II 4 n. 2 9 - 3 3 ; hagnós kai kathamsya en Horn. Hymn. Apoll. 121 , Hes. Erga 3 3 7 , «c a sto » en el ju r a ­
m ento de lasgérairai, Demosth. 5 9 , 7 $ (véase V 2 -4 » η · 18) ; « e n ayunas» E u r. Hipp. 1 3 8 .
26 T h u c. I, 12 6 , 6.
27 Pind. Pyth. 9, 6 4 ; Aesch. Suppt. 6 5 3 ·
28 Od. 5, 1 2 3 ; 18 , 2 0 2 ; 2 0 , 71.
29 D em éter: Horn. Hymn. Dem. 2 0 3 ; A rch ilo ch . fr. 3 2 2 West2; IG X II I, 78O ; SEG 16 , 1 9 5 9 , 573 (Seli­
nunte); Persephone: Od. II, 3 8 6 ; Hymn. Dem. 3 3 7 ; cfr· la Hágna en And an ia, LSC G 6 5 , 3 4 ; Paus. 4,
3 3 , 4 ; hagnai theai IG X ÍV 2 0 4 (Acras); 4 3 1 (Taurom enio) ; véase V 2 -5 - nn. 19 y 3 9 .
30 « E u fe m ism o » Rohde I, p. 2 o 6 , 2 [trad, esp.: Psique, 19731 . Q ue las dos raíces eran idénticas fue
defendido por P. Ghantraine y O . Masson, «Sprachgeschichte und W ortbedeutung», en Festschrifi
A. Debrunner, 1 9 5 4 · PP· 8"} 10 7 ; cfr· Rudhardt, pp. 4 I - 4 3 ; Frisk I, p. 1 4 ; Chantraine, p. 1 3 ; hdgios
en el sentido de enagés Gratin, fr. 4 0 2 K assel-A ustin.
4 . 2 . THEÓS 361

n a r r a r lo s p oetas. R esu lta cu rio so e l h ech o de q u e, e n g rie g o , la p alab ra in d o e u r o ­


p ea p a ra « d io s » , deivos (en la tín deus) haya d e ja d o de u tiliz a rse 31, a p esa r del o r ig e n
in d o e u r o p e o de la p o e sía d e d ic a d a a lo s d io se s; el a d je tiv o dios se h a d ev alu ad o
p asan d o a sig n ifica r « h e ro ic a m e n te e s p lé n d id o » . L a nueva p alab ra theós3í parece ser
a su vez casi su p e rflu a en el cu lto , d ad o q u e e n la o r a c ió n se in v o c a a u n d e t e r m i­
n a d o d io s c o n to d o s sus n o m b re s; y la a u sen cia de u n vo cativo n o rm a l en sin g u la r
p ara theós es m ás q ue u n a rareza gram atical.
U n a fó r m u la , c o n se rv a d a p o r c a su a lid a d e n la fie sta d io n is ía c a d e las L e n e a s ,
re fle ja la fu n c ió n n ecesaria y característica de la p alab ra: el h era ld o exhorta: « lla m a d
al d io s » (theós) y los p articip an tes exclam an : « H i jo de Sém ele, Y a co , d isp e n sa d o r de
r iq u e z a » 33 (ge n e alo gía , n o m b re esp ecial y e sfe ra de in flu e n c ia de q u ie n era a n u n ­
ciad o com o theós). Theós es a n u n c ia c ió n , es d esig n a c ió n asom b rad a de u n a p re se n cia .
S i e n la e sta n cia b r illa u n a luz m is te rio s a , T e lé m a c o sabe: « a q u í sin d u d a h a y u n
d io s » , d el m ism o m o d o q u e a n te rio rm e n te h ab ía te n id o el p re se n tim ie n to de que
su h u ésp ed « e r a u n d io s » 34. S i u n a p e rso n a en éxtasis se c o m p o rta de m o d o in a u ­
d ito , sirve la m ism a con statación : « e n él h ay u n d io s » , está ér¡~theos3S, té rm in o que
hace re fe re n c ia fu n d am en talm en te al en tu siasm o. In clu so , en la len gu a cotid ian a, la
e xclam ació n ¡theoí! « ¡d io s e s !» n o es u n a o r a c ió n sin o u n a e x p re sió n de a d m ira ció n
o e stu p o r. P ro b a b le m e n te p ro c e d e de la in v o c a c ió n ritu a l la r e d u p lic a c ió n d e la
p ala b ra, ¡theós! ¡theós!, que in d ica la e p ifa n ía 36. A ello se añ ad e la p a rtic u la r re la c ió n
de la p ala b ra theós c o n la revelació n d ivin a e n la m á n tic a 37. Se constata a m en u d o que
theós se usa p rin c ip a lm e n te co m o p re d ic a d o . Y a H e s ío d o p u e d e d e c ir q u e ta m b ié n
Phéme, la « f a m a » , « e s f/ieós» y lo s e sc rito re s p o s te r io r e s ta m b ié n lla m a n theós a la
su erte, a la e n vid ia o al re e n c u e n tro 38. L a p ala b ra theós n o c o n d u c e p o r tanto a u n a
re la c ió n y o -tú , sin o a u n a c o m u n ic a c ió n a través de u n te rc e ro , o b je tiv o , a u n q u e a
m en u d o su rja de u n estado de c o n fu sió n y de fa scin a ció n .
T a m b ié n se e m p le a theós p a ra la c o m u n ic a c ió n e n se n tid o ve la d o , p e r ifr á s t ic o ,
co n o b jeto de reservar el n o m b re p ro p io d el d io s p ara la re la c ió n directa con él. L o s
a te n ie n se s d ic e n he theós, « l a d io s a » , y q u ie r e n d e c ir A te n e a , a la q u e se lla m a
« S e ñ o r a A t e n e a » e n la o r a c ió n ; d ic e n tö theó, « la s dos d io s a s » , y se r e fie r e n a
D e m é ter y C o re . S o n p recisam en te lo s n o m b res de las d ivin id ades m istéricas los que
n o se m e n c io n a n d e b u e n a g a n a ; d e te rm in a d o s m is te rio s m a n te n ía n to ta lm e n te
o cu ltos los n o m b res de los d ioses; al n o in ic ia d o le bastaba c o n saber que se trataba
de « g ra n d e s d io s e s » 39. S i u n relieve que rep resen ta u n a serp ien te está d ed icad o « a l

31 Véase I 2 .
32 W . Pötscher, Theos, tesis doct., Viena, 1 9 5 5 ; sobre G . Gallavotti, SMSR 3 3 ( 19 6 2 ), pp. 2 5 " 4 3 cfi’ ·
A . B relich , ibid. p p . 4 4 “ 5 ° ; Frisk I, pp. 6 6 2 ; véase II 8 , η . l 8 [cfr. tam bién Ph. Borgeaud ,
«M an ières grecques de nom m er les d ieu x», en Colloquium Helveticum (B ern a), 2 3 - ^99^, ρρ· 1 9 ~ 3 ;
A . Β. Lloyd (ed.), What is a God? Studies in the Nature o f Greek Divinity, 199 71 -
33 Schol. Aristoph . Ran. 4 7 9 D iibner (= 4 7 9 a K oster), AF, p. I 2 5 .
34 Od. 19 , 4 0 ; i, 3 2 3 ·
35 Véase II 8 , n . I.
36 Deus! ecce deus! Verg. Aen. 6, 4 6 ; cfr. E . N o rden ad loc. ; Bacchyl. 3 , 2 1 ; E u r. Her. 7 7 2 s .
37 Véase II 8, n. 18 .
38 Hes. Erga 7 6 4 , A esch. Choeph. 6 0 , H ippothoo fr. 2 en TrGF, p. 3 2 1 Snell, E u r. Hel. 5 GO ; GdH I, p.
17 ; K e ré n yi (3 ), p. 1 4 ; restrictivo se m uestra W . Pötscher, « D a s Person-Bereich denken in der
frühgriechischen P e rio d e », WS 72 ( 1959 )> PP· 5 ^ 5 ■
39 Sobre Sam otracia véase VI 1 .3 .
362 5. PO LIS Y POLITEÍSMO

d io s » (tôi theôi)4’0, se evita to d a e sp e cifica c ió n desagradable de la re la c ió n e n tre a n i­


m a l y d io s. P o r ú ltim o , e n las o ra c io n e s es n e c esa ria la fó rm u la g e n e ra l « to d o s los
d io s e s » 41, si se q u ie re estar segu ro de n o o lv id a r n in g ú n n o m b re im p o rta n te .
S ig u ie n d o el m o d e lo de H o m e r o , se h abla de b u e n a gan a de « d io s e s » (theoí) en
las m áxim as g e n e ra les: « e n las ro d illa s de los d io s e s » 43 descansa el fu tu r o ; se debe
to m a r lo q ue « d a n los d io s e s » 43. Y a e n épo ca arcaica, u n a fo rm a e n sin g u la r p u ed e
usarse en estos casos44: « u n d io s » lo h a d ispu esto así, « u n d io s » m an d a al m alvado
la hybris q u e lo d estru y e , « u n d io s » p u e d e sa lv a r; se in te n ta h a b la r y a c tu a r de
a cu erd o « c o n el d io s » . E l im p líc ito p o lo op u esto so n siem p re los h o m b re s; a ellos
se les n ie g a lo que vale p a ra el d io s. C o n theós o theoí se establece u n p u n to de r e f e ­
re n c ia in su p e ra b le y ab solu to p a ra to d o lo q u e tie n e e fe c to , v a lo r y p e rm a n e n c ia ; el
e fe c to , a m e n u d o im p e n e tr a b le , q u e afecta a lo s p r o p io s h o m b re s p u e d e lla m a rse
ddimon 45. M ie n tra s la e x p e rie n c ia d e la e p ifa n ía d ifíc ilm e n te va m ás allá d el á m b ito
p riva d o , theós se m an tie n e e n la lite ra tu ra com o u n con cepto lím ite in d isp en sa b le de
la esp ecu lació n .

4 - 3 · E u s é b e ia

L a r e lig ió n tie n e q ue v e r c o n el m ie d o ; d el cam p o sem á n tico d el « t e m o r » se h a n


to m ad o , e n las len gu as y cultu ras m ás diversas, las e xp resio n es usadas p ara in d ic a r la
re la c ió n c o n lo d ivin o . E n la Odisea, theoudés, « te m e ro s o de d io s » , es u n a ca lific ac ió n
elo gio sa, q ue p re su p o n e otras v irtu d e s 4,6. P e ro , e n la e vo lu ció n p o s te rio r de la le n ­
gua, esta p a la b ra cae e n d esu so ; el té rm in o deisidaímon, « q u e tem e al d e m o n » , f o r ­
m ad o a p a r tir de la m ism a raíz, se em p lea casi exclusivam ente e n sen tid o p eyo rativo,
p ara re fe rirs e a la su p e rstic ió n , que resu lta rid ic u la 47. ¿ H a n « o lv id a d o los griego s el
e s c a lo f r ío » ? 48 P ara d esig n a r el « t e m o r re v e re n c ia l» ante los d ioses se in tro d u c e la
raíz seh -; ésta ta m b ié n a p u n ta e tim o ló g ic a m e n te a lo s se n tid o s de « p e l i g r o » y de
« h u i d a » 49, p e ro , en griego , el sign ificad o de te m o r reveren cial y a d m ira ció n está en
p r im e r p la n o : «sébas m e d o m in a al c o n t e m p la r t e » 50; u n mysterium tremendum m o d e ­
ra d o se d isu e lve e n el augustum. Sébesthai está p r ó x im o a aideîsthai y casi c o in c id e c o n
hdzesthai. D io ses y to d o lo q ue les p e rte n e c e , fiestas, te m p lo s, sa c rific io s, so n semnd,
« v e n e r a b le s » , así c o m o la v e stim e n ta , la fo r m a de h a b la r y el c o m p o rta m ie n to

4-0 Relieve votivo del santuario de Meilíchios en el Pireo, H arrison (i), p. 2 0 .


4-1 F. Ja co b i, Péntestheoí, Halle 19 3O ; sobre el m icénico véase I 3 .6 , n. 4 .
4 2 -Π. I ? , 5 1 4 ; Od. I, 2 6 7 , etc.
43 Arcliilocli. 13 , 5 West2; Th eognis 1 3 4 West"2.
44 A rch ilo ch . 2 4 . 15 W est2; Sem onides 7 ; T h eo gnis 1 5 1 W est2; G . François, L epol)>théisme et l'emploi au
singulier des mots THEOS, DAIMON, 1957 ·
45 Véase III 3 . 5 .
46 Od. 6, 1 2 1 ; δ, 5 7 6 ; 9 . ι 7 ^; Ι 3 > 2 0 2 ; 19 . * 0 9 ; véase V 3 . 1 , η. ι6 .
47 Ρ· Koets, Deisidaimonía, a Contribution to the Knowledge o f the Religious Terminology in Greek, 1 9 2 9 ; H . Bolkes-
tein, Theophrastos’ Charakter der Deisidaimonía, 1 9 2 9 ; S. E itrem , Symb. Osloens. 3 1 ( 1 9 5 5 ) , pp. 1 5 5 - 1 6 9 ;
P. A . M eijer en Versnel, pp. 2 5 9 - 2 6 4 ; en sentido positivo X en . Ages. II, 8 ; Gyr. 3 , 3 , 5 8 ; T u cid i-
des habla, p o r su parte, del theiasmós de Nicias, y , 5 °> 4 ·
48 B . Snell, Die Entdeckung des Geistes, 2I 9 7 5 > PP· 3 ° s- [trad, esp.: Lasfuentes del pensamiento europeo, 1 9 6 5 ].
49 Frisk II, pp. 6 8 6 s.; cfr. A esch. Pers. 694*
50 O diseo ante Nausicaa, Od. 6, 16 I ; sébas entre aidós y déos cuando la diosa se manifiesta, H orn. Hymn.
Dem. 19 0 , cfr. 2 8 1 - 2 9 3 .
4.3. EUSÉBEIA 363

d u ran te la fiesta de los d ioses; sim p lem en te Sem naíse lla m a n las diosas d el A re ó p a g o ,
a las q ue E sq u ilo eq u ip ara co n E rin is y E u m é n id e s 51. E n cam bio, los h om b res q u e se
c o m p o rta n com o sem noí so n c o n sid e ra d o s, e n u n a so cied ad d em o crática , arro gan tes
y rid íc u lo s.
P ero el c o m p o rta m ie n to del sébesthai n o es en sí « d e v o c ió n » en el sen tid o d e v ir ­
tu d , sin o sólo si está su b o rd in a d o al c rite rio d el « b i e n » : eu-sébeia5 í. Y el ú n ic o c r i­
te r io d is p o n ib le es la c o stu m b re de lo s a n te p a sa d o s y de la c iu d a d , el nomos: « n o
cam b iar n ad a de lo que los antepasados h a n d e ja d o » , eso es eusébeia53. L o que existe
es thémis; está p r o h ib id o lo que es ou thémis5 i . A q u í se e n c u e n tra la d e lim ita c ió n co n
respecto a deisidaimonía; en las prácticas religiosas tam po co se p u e d e n sobrep asar u n o s
lím it e s . Eusébeia está e stre c h a m e n te re la c io n a d a c o n eulábeia, « c a u t e l a » 53; causa
escánd alo tanto lo dem asiado p o c o com o lo excesivo. N o se d e b e n « h a c e r d em a sia ­
das c o sa s» (polypragmoneín)56, se debe fre n a r la c u r io s id a d —« c a lla , co n te n tu im a g i­
n a c ió n y n o p r e g u n te s » , cu an d o p arece o c u r r ir u n m ila g r o 57—; u n o d eb e m an te n er
la euphemía, el s ile n c io fre n te a lo sa g ra d o 58. Eusébeia es m o d e ra c ió n , p e r o , p r e c is a ­
m en te p o r eso, es to d o m en o s in d ife re n c ia . T a m b ié n el co m p o rta m ie n to ad ecu ad o
c o n resp ecto a lo s p ro p io s p ad res es eusébeia. P ara el cu lto de lo s d ioses existe, fu e ra
d e l d ia le c to á tic o , el té rm in o e sp e c ífic o threskeía, q u e ya n o es e tim o ló g ic a m e n te
tra n sp a re n te 59; la p alab ra c o m ú n es therapeía. Théraps, therápon es en la ép ica el « s e g u i­
d o r » , c o m o P a tro c lo c o n re sp e c to a A q u ile s . Se a lu d e ta m b ié n a u n a r e la c ió n de
re c ip ro c id a d y de in te ré s m u tu o , a p esar de las d iferen c ias d e ra n g o . Therapeúein sig ­
n ific a « a te n d e r » a p adres, h ijo s, anim ales d om ésticos y plantas, a en ferm o s, el favor
p o p u la r o in c lu so p re cisa m en te a lo s d io ses; u n sin ó n im o es epiméleia60 « p r e o c u p a ­
c ió n » y su c o n tra rio , améleia « d e s p r e o c u p a c ió n » . D e l « s e r v ic io » al d io s (latreía) se
h abla, al p r in c ip io , sólo en o casio n es excep cion ales, com o a p ro p ó s ito de la p r o f e ­
tisa o de q u ie n sirve en el tem p lo *¡ al d io s raras veces se le lla m a « s e ñ o r » (despotes).
N a tu ra lm e n te el d io s exige que se le tr ib u te n « h o n o r e s » —c o n g ra n fre c u e n c ia se
h ab la de lo s « h o n o r e s de lo s d io s e s » —; éstos e n c ierto sen tid o se m aterializan e n los
« d o n e s h o n o r íf ic o s » (géra), c o n lo s que lo s sa c rific io s o c u p a n de n u evo el c e n tro .
N o se p re su p o n e la su m isió n ; tapeinós, « h u m ild e » , n o aparece en u n contexto r e l i­
gioso hasta el P la tó n ta r d ío 62. Se in ten ta e n c o n tra r el « p la c e r » de los dioses (arésas-
thai)&i, te n e rlo s « c o n t e n t o s » (hildskesthai), p u es la ir a de lo s d io ses es p e lig ro s a ; lo

51 Véase III 3 . 2 , nn. 1 3 - 1 7 ; Aesch. Eum. 3 8 3 ; Paus. I, 2 8 , 6.


52 D . K a u fm a n n -B ü h le r, RAC s.v. EusebeiaVJ ( 1 9 6 6 ) , cois. 9 8 5 - i o 5 2 ; p rim er testim onio T h eo g n .
14 5 ’ cfr · II4 ís. West2.
53 Isocr. 7, 3 0 .
54 H . Vos, Themis, U trecht 19 5 7 ; o-u -te-m i m icénico, pero poco claro, G érard-R ou sseau, pp. 1 5 8 s .
[prob, térmis, cfr. F. A u ra Jo rr o , Diccionario micénico, II, 1993 s-v- te-mi] ; sobre la etimología, Frisk I,
pp. 6 6 0 s .; Ghantraine, p. 4 2 7 s-
35 J . van H erten, Threskeía, Eulábeia, Hikétes, Diss. U trecht 1 9 3 4 ·
56 Plat. Leg. 8 21a .
57 Od. 19 , 3 3 - 4 3 ·
58 Véase II 3 , n. 2.
59 Véase n. 5 5 .
60 Isocr. 15 , 2 8 2 ; therapeúein p o r prim era vez en H es. Erga 135 ·
61 Casandra: Eu r. Tro. 4 5 ° ; Ion: E u r.Ion 1 2 9 ; t 5 2 ; cfr. Iph. Taur. 1275 ; además, el «servicio del d ios»
de Sócrates, Plat. Apol. 2 3 c ; véase H . W . Pleket en Versnel, pp. 152 - 1 9 2 .
62 Plat. Leg. 7 15 e . A . D ihle, RAC s.v. Demut U l ( 1 9 5 7 ), cols. 7 3 5 " 7 7 8 .
63 X en . Oec. 5 , 3 ·
364 5. POLIS Y POLITEÍSMO

m ás b e llo es la c o n c e s ió n grac io sa (chdris)6*, c u a n d o se salu da al d io s c o m o si fu e ra


u n co n o c id o c o n chaire, « a lé g r a te » ; la tra d u c c ió n « g r a c ia » recoge sólo u n a p arte de
la chdris.
S i la eusébeia se expresa e n el cu lto , existe el p ro b le m a de que a q u í ta m b ié n el rico
y p o d e ro s o su p era al p o b re . C o n tr a esta id ea, se ha recalcad o , al m en o s a p a r tir de
H e sío d o , q ue p a ra lo s d ioses el v a lo r a b solu to d el d o n n o tien e n in g u n a im p o rta n ­
cia: cada u n o d eb e sa crific a r « s e g ú n sus p ro p ia s p o s ib ilid a d e s » 63. A p a r t i r d el siglo
VI, la p re g u n ta de q u ié n era el « m á s p ia d o s o » se contestaba, al estilo de los « S ie t e
S a b io s » , e n fo r m a de a n é c d o ta : e l d io s de D e lfo s n o d ice q u e lo es el r ic o , q u e
o fre c e h e c a to m b e s, sin o u n s e n c illo c a m p e s in o , q u e e sp arce so b re la lla m a u n
p u ñ a d o de g ran o s de c eb ad a 66. T a m b ié n de este m o d o la eusébeia se d istin g u e c la ra ­
m en te de lo excesivo.
L a re g u la rid a d de la costu m bre crea fa m ilia rid a d ; u n griego p u ed e d irig irse a u n
d io s co m o su « q u e r i d o » d io s (phílos). « Q u e r id ís im o A p o l o » exclam a a n im a d o el
cabeza de fa m ilia an te la estatua q u e está d elan te de la p u e rta de su casa67. G u a n d o
H ip o n a cte reza al « q u e rid o H e r m e s » 68, evidentem ente a p u n to de com eter u n ro b o ,
esta fa m ilia r id a d re su lta b a sta n te so sp ec h o sa y a ú n m ás ir ó n ic o su e n a « q u e r id o
Z e u s » 69. P ara H ip ó lito , A rte m is es la « q u e rid a s e ñ o ra » , o m ás b ie n la « q u e rid ísim a
A r t e m is » ''0 y, sin em b argo , ella lo ab a n d o n a a su ru in a . « S e r ía absu rd o si u n o q u i­
siera d ecir que am a a Z e u s » , se dice después e n la ética aristo télica71. D esde H o m e ro ,
los poetas h ab lan co n agrado de cóm o u n dios « a m a » u na ciu d ad o a u n in d iv id u o 72;
p e ro , en to d o caso, sólo P ro m e teo o H erm e s se d e fin e n sim plem en te com o « a m a n ­
tes d el g é n e ro h u m a n o » (philanthropos)73·, Zeus está p o r en cim a de eso. E l m ism o dios
q ue « a m a » p u e d e ta m b ié n o d ia r y cau sar la r u in a 74. E l v ín c u lo de u n ser h u m a n o
co n u n dios n u n c a es tan estrecho que se p u ed a expresar co n u n p ro n o m b re posesivo :
el g riego n o p u ed e , com o lo s h eb reo s o los hititas, rezar: « ¡D io s m ío !» . E n lu ga r de
la p re g u n ta de d e se sp e ra c ió n : « D io s m ío , ¿ p o r q u é m e has a b a n d o n a d o ? » está la
c o n sta ta c ió n a lta n e ra : « P a d r e Z e u s, n in g ú n d io s es m ás d estru ctivo q ue t ú » 75; al
h o m b re n o le queda m ás re m ed io que « a g u a n ta r » m ien tras p u e d a 76.

64 Pind. Nem. I O, 3O ; Parth. 2 , 4 ; Dith. fr. 7 5 > 2 M aehler; paradójicamente Aesch. Ag. 18 2 s.
65 Hes. Erga 3 3 6 , citado po r X en . Mem. I, 3 , 3 ; c^r · Arist. Eth. Nie. 116 4 b 5s.
66 Porph. De abst. 2 , 17 = Parke-W orm ell n° 2 4 1 (con ocasión de las celebraciones p o r la victoria de
los tiranos sicilianos en 4 8 0 a .C .) ; variantes, ibid. n “ 2 3 9 - 2 4 0 (= Theophrastus fr. 5 8 4 A , p. 4 1 4
Fortenbaugh), 2 4 2 - 2 4 3 ’ c f r .J . Bernays, Theophrastos’ Schrift über Frömmigkeit, 18 6 6 , pp. 6 8 s .; W . Pöts-
cher, Theophrastos, P E R IEUSEBEIAS, 19 6 4 . f r * 7 » 4 7 ss·; Parke-W orm ell n° 2 3 8 = T h eo p o m p . FGrHist
115 F 3 4 4 -
67 M en . Sam. 4 4 4 ·
68 H ipp on ax fr. 3 2 West2.
69 Véase V 3 -I. n. 36 .
70 E u r. Hipp. 8 2 ; 1 3 9 4 - 1 3 9 8 .
71 A rist. Magna Moralia I 2 o 8 b 3 0 .
72 H. I, 3 8 I ; Tyrtaeus 5 » I* etc.; F. D irlm eier, «T h e o p h ilia-P h ilo th e ia », Philologus 9 0 ( 1 9 3 5 ) , pp. 5 7 “
7 7 ; 1 7 6 - 1 9 3 = Ausgewählte Schriften, 1 9 7 ° - PP- 8 5 - 1 0 9 .
73 Aesch. Prom. II; 2 8 ; A ristoph. Pax 3 9 2 .
74 Sobre la «envidia de los dioses» véase III 4 , n. 59 .
75 M enelao II. 3 , 3 ^ 5 » c^r · Aquiles II. 2 2 , 15 ; Casandra invoca « A p o lo m ío » , entendiendo « m i des­
tru cto r» , A esch. Ag. 1 0 8 1 - 1 0 8 6 .
76 H orn. Hymn. Dem. 2 i6 s ,; Pind. Pyth. 3 , 8 2 .
4.3. EUSÉBEIA 365
N o obstante, la d em o stra ció n externa de la eusébeia, o rie n ta d a al nomos, es en c u a l­
q u ie r caso u n d e b e r cívico; la asébeia atrae la ir a de lo s dioses so b re to d a la c o m u n i­
d a d y es p o r ta n to u n d e lito p o lít ic o . E n v e rd a d , e n tre eusébeia y asébeia existe u n
am p lio á m b ito in te rm e d io d ejad o a la d isc re cio n a lid a d . In su lta r a los dioses n o es,
s in d u d a , « p i a d o s o » y, s in e m b a rg o , lo s m ás ilu s tre s h é r o e s h o m é r ic o s s o n u n
e je m p lo de e llo ; el p e lig ro su rge, c u a n d o e l h o m b re q u ie re alzarse p o r e n cim a de
lo s d ioses, au n q u e sea sólo c o n p ala b ras7'’. L o s dioses p u e d e n ser toleran tes respecto
a la re la ja c ió n en el cu m p lim ie n to d el cu lto ; se e n cu en tra asébeia clara y ju stic ia b le en
la o fen sa co n tra e l culto, el san tu ario , los sacerdotes o a las p erso n as consagradas a la
d ivin id a d y, p o r tan to , en casos de ro b o sacrilego , de p e r ju r io , de v io la c ió n de asilo
o de la tre g u a d e l d io s 78. E n to n c e s lle g a « p o r p a rte d e lo s d io s e s » la am en aza de
catástro fe, de la que so n excelen te ilu s tra c ió n e d ifica n tes leyen d as: el h ech o de q u e
la ciu d a d de H é lic e se h u n d ie ra e n el m a r 79 fu e co n se cu en cia d e u n a in fra c c ió n de
este tip o . P o r e llo , la c o m u n id a d deb e ap a rta r de sí a tiem p o el ágos8°.
D esp u és de H o m e r o d esap arece u n a p a la b ra esp e cífica p a ra la o fe n sa co n tra lo s
dioses, alitaínesthai, cuyo adjetivo es alitrós-, en el siglo V se fo rm a el n eo lo gism o dtheos81,
p a ra e x p re sa r, m ás ra d ic a l y c la ra m e n te q u e c o n asebés, la s u p r e s ió n d e la re la c ió n
c o n lo s d io se s. D e sp u é s de q u e P ro tá g o ra s h a b ía p u e sto en d u d a p o r p r in c ip io la
existen cia de lo s d ioses, surge co n el « a te ís m o » te ó ric o u n a fo rm a n u eva y p e lig r o ­
sísim a de asébeia8a. S e p o n e de relieve el d e b e r op u esto a ello , theós nomízein, fó rm u la
q ue, n o o b stan te, co n serva u n a sig n ifica tiv a a m b ig ü e d a d : « c r e e r en lo s d io s e s » o
« m a n t e n e r la c o stu m b re c o n re sp e cto a lo s d io s e s » 83; P la tó n reb ate la a c u sa c ió n
c o n tra S ó c ra te s só lo e n el p r im e r s e n tid o , Je n o f o n t e , p r in c ip a lm e n t e e n el
s e g u n d o 84 y el seg u n d o p ro b a b le m e n te se c o rre sp o n d a m ás c o n el c rite rio c o m ú n .
L a « p r o fe s ió n de f e » es algo tan a je n o a lo s griegos co m o la In q u is ic ió n .
S e g ú n los c rite rio s evaluativos cristian o s, se tien d e a rech azar u n a « p ie d a d » sin
fe, sin a m o r y sin esperanza co n sid e rá n d o la co m o m e ra « e x t e r io r id a d » . Pero sería
cu an to m e n o s e rró n e o c o n c lu ir q u e « e x t e r n o » eq u ivale a fa ls o ; la r e lig ió n g rie g a
n o se b asa e n la p a la b ra , sin o e n la tr a d ic ió n ritu a l y e n e lla la in te rv e n c ió n d e la
p erso n a n o es in sig n ific a n te , p o r m uy c o n te n id a que se m an ten ga la exp resió n v e r ­
bal. C o n P la tó n se m an ifiesta u n a re v o lu c ió n d el le n g u a je re lig io so y de la p ied a d al
m ism o tiem p o ; a p a r tir de en to n ces hay creen cias filo só fic a m en te cim en tadas, a m o r
que tra n scien d e el m u n d o te rren al, esp eran za en el M ás A llá , hay h u m ild a d , s e r v i­
cio a lo s d io se s y, al m ism o tie m p o , « e q u ip a r a c ió n » al d io s 83. E n el m u n d o m ás
an tig u o de la p o lis , la so lid a rid a d e ra m ás im p o rta n te q ue el fe r v o r ; la re lig ió n n o
e ra la p u e r ta y el c a m in o a se g u ir, sin o o r d e n 86, o r d e n a m ie n to ra z o n a b le e n u n
m u n d o « d iv id id o » , lim ita d o .

77 Soph. Αίαν 12 7 s .; cfr. El. 5 6 9 .


78 J . Rudhardt, « L a définition du délit d ’impieté d ’ après la législation attique», MH 17 (i9 6 0 ), pp.
8 7 - 1 0 5 ; M . T orelli e t a i, Le délit religieux dans la cité antique, 19 8 1.
79 Heraclides Ponticus Peri eusebeías fr. 4 6 W ehrli2.
80 Véase n. ig .
81 E l testimonio más antiguo A esch. Pers. 8 0 8 .
82 Véase VII 2.
83 C fr. díken nomízein H ero d. 4 , 10 6 ; Snell (supra, n. 4 8 ) , pp. 3 2 s. ; W . Fahr, Theoús nomízein, 19 6 9 ·
84 Plat. Apol. 2 6 b - 2 8 a ; X en . Mem. I , I , 2 .
8g Véase VII 3 . 2 , n. 2 6 .
86 A sí O ppenheim , p. 1 8 2 , sobre la religión babilonia.
6. MISTERIOS Y ASCETISMO

i. S a n t u a r io s d e l o s m is t e r io s

I.I. P r in c ip io s g en erales

L a re lig ió n griega, en cuanto re lig ió n de la p o lis , es e n extrem a m ed id a u n a re lig ió n


p ú b lic a : p ro c e sio n e s sa crificia les y b a n q u etes c o m u n ita rio s, o ra c io n e s recitad as e n
voz alta y vo to s, te m p lo s visib les d esd e le jo s c o n p re c io so s d o n e s vo tivos fo r m a n la
im agen de la eusébeia; a través de ella, el in d iv id u o se in te g ra en la c o m u n id ad , m ie n ­
tras q u e q u ie n se aísla se vuelve so sp ech o so d e asébeia. P e ro ju n t o a estas fo rm a s de
r e lig ió n « p ú b lic a » e x iste n desde sie m p re cu lto s secretos q u e só lo so n accesibles a
través de u n a p a r tic u la r in ic ia c ió n in d iv id u a l: los « m i s t e r i o s » 1. « I n i c i a r » es e n
g rie g o myeîn o ta m b ié n teleín, el in ic ia d o es el mystes, la c e le b r a c ió n en su c o n ju n to ,
mystéria, m ie n tra s que telestérion design a el e d ific io e sp ecial d estin ad o a la in ic ia c ió n ;
el rito p u ed e llam arse ta m b ié n teleté, au n q u e esta p ala b ra se u tiliz a igu alm en te p ara
re fe rirs e a las c eleb racio n es religio sas en g e n e ra l. T a m b ié n orgia d esigna el « r it u a l»
en g e n e ra l, p e ro se em p lea esp ecialm en te p a ra los m iste rio s: d e h ech o el verbo que
d e fin e la c e re m o n ia de la in ic ia c ió n es orgiázein2. L o s m ás céleb res y co n o cid o s e ra n

1 R . Pettazzoni, Imisteri, 1 9 2 4 (reim p. con Presentación de D . Sabbatucci, 19 9 7 ) ; O . K e rn , Die grie­


chischen Mysterien der klassischen Zßit, 1927 Y RE X V I (19 35 )» cols. 1 2 0 9 - 1 3 1 4 ; A . Loisy, Les mystères païens et
le mystère chrétien, 19 3 Ο ; E. O . B riem , Les sociétés secrètes de Mystères, [ 9 4 1 ; D ie Mysterien, Eranos-Jahrbuch
II, 1 9 4 4 = The Mysteries, 19 5 5 ! N o c k ll, pp. 7 9 1 - 8 2 0 : Hellenistic Mysteries. D . Sabbatucci, Saggio sul misti-
cismogreco, ’ 19 7 9 ' H N , pp. 2 7 4 s- ; U . Blanch i, Iconography of Religions X V II 3 : The Greek Mysteries, 19 7 6 -
Sob re la d efin ició n : G . C o lp e en Mithraic Studies, ed. p o r j . R , H innells, 1 9 7 5 ’ ΡΡ· 3 7 9 " 3 δ 4 ; W .
B urkert, Ancient Mysteiy Cults, 1 9 8 7 [trad, esp.: Cultos mistéricos antiguos, 2 0 0 5 ; cfr. asimismo M . B.
Gosm opoulos (ed.), Greek Mysteries. The Archaeology and Ritual o f Ancient Greek Secret Cults, 2 0 0 3 ] .
2 G . Zijderveld, Teleté, 1 9 3 4 [G . Sfam eni Gasparro, Misterieteologie, 2003, pp. 9 9 - 1 1 7 ] . M icénico mu-
jo-m e-no en u n contexto controvertido, Gérard-Rousseau, pp. 14 6 s . [cfr. F. A u r a jo r r o , Dicciona­
rio micénico, I, 19 855.0 . mu-jo-m e-no].
368 6. MISTERIOS Y ASCETISMO

lo s m is te rio s de E le u s is , p a r a lo s a te n ie n se s s im p le m e n te tá mystéria; p e r o , seg ú n


p arece, éstos e ra n sólo el c o m p o n e n te m ás sign ificativo de u n g ru p o m u y exten d id o
de m an ife sta cio n es sim ilares.
E l secreto era to tal, la ú n ic a d u d a era si « l o sa g ra d o » en estos casos era « p r o h i­
b id o » ( apórrheton) o sim p le m e n te « in d e c ib le » (árrheton)2. S ím b o lo de lo s m iste rio s
es la cesta cu b ie rta c o n u n a tapa, la cista mystica4; sólo el in ic ia d o sabe lo que c o n tie n e
la kiste; la serp ien te que se e n ro sca en to rn o a ella o que sobresale de ella es sign o de
« in d e c ib le » te rro r. L o s autores pagan os n u n ca fu e r o n m ás allá de las alu sion es y los
c ristian o s, q ue in te n ta ro n d esvelar el secreto, ra ra vez c o n sig u ie ro n a d u c ir m ás que
vagas su p o sicio n es. Fu e u n go lp e de su erte q u e u n gn ó stico revelara algu n o s detalles
esenciales so b re E leu sis .
E l in v e s tig a d o r in te n ta rá , p a r tie n d o de las vagas a lu sio n e s de las q u e d is p o n e ,
tra z a r, p o r así d e c ir lo , ta n g e n te s e n to r n o al c e n tro o c u lto . P o r e je m p lo está el
aspecto de la in ic ia c ió n en sí m ism a 6: initia es el equivalente la tin o de mystéria. C u a n to
m ás d ifíc il sea el acceso a u n a so cie d a d secreta, m ás estrecha será la re la c ió n de s o li­
d a rid a d d e n tro de e lla. E s p o s ib le q u e lo s m is te rio s p ro c e d a n de in ic ia c io n e s a la
p u b erta d : e n E leu sis, a e x ce p ció n d el « n iñ o d el h o g a r » , sólo se in ic ia b a a ad u ltos,
y al p r in c ip io , sólo a ciu d a d an o s á tic o s 7; p e r o lo s v e rd a d e ro s m iste rio s n a c e n sólo
c u a n d o e n la in ic ia c ió n se in c lu y e a in d iv id u o s de am b os sexos y ta m b ié n a lo s n o
a te n ie n se s. P o r o tro la d o está el asp e cto a g r a r io : lo s d io ses de lo s m is te rio s so n
D e m é te r y D io n is o . D e s e m p e ñ a n u n p a p e l fu n d a m e n ta l el c o n su m o de b e b id a s a
base de cebada o de v in o . S in e m b a rg o , d eriv a r lo s m iste rio s de la m agia a g ra ria es
en to d o caso u n a h ip ó tesis q u e p u e d e valer p ara la P re h isto ria . P ara los aten ien ses
de épo ca h istó ric a , m iste rio s y cereales van de la m an o en tanto que re p re se n ta n los
« d o s d o n e s » de D e m é te r; la fiesta d el v in o de las A n teste rias, la m agia de la sie m ­
b ra de las T e s m o fo ria s , Proerósia o Kalamaîa n o s o n m is te r io s 9. M ás b ie n es p re c iso
p re g u n ta rse , au n q u e sin e sp e ra r u n a respuesta segura, si p e rd u ra ro n rito s p re h istó ­
ric o s caracterizad os p o r el uso de b e b id a s em b ria g a d o ra s: u n a « fie s ta de la in m o r ­
t a lid a d » q u e , a través de la e x p a n s ió n de la c o n c ie n c ia , a seg u ra b a u n a e x iste n c ia
u ltra te rre n a 10. Es in n egab le el aspecto sexual de los m isterio s: se te stim o n ia n sím b o ­

3 N . M . H . van den Burg, Apórrheta, drómena, orgia, tesis doct., Utrecht, 1 9 3 9 ; árrhetos teleté en u n epi­
grama del s. V del Eleusinio ateniense, R. E. Wycherley, Athenian Agora III, 1 9 5 7 > n° 2 2 6 .
4 A . H enrichs, /ζΡΖ 4· ( l 9 ^ 9 ) ’ PP- 2 3 ° s . ; HN, pp. 2 9 7 s - ; véase V 2 . 2 , η. ΙΟ; VI I .4 , nn. 9 ~1 0 ·
5 HN, pp. 2 7 7 s' ; véase VI 1 .4 , n. 3.
6 Sobre misterios e iniciaciones: F. Speiser, <<Die eleusinischen Mysterien als primitive In itiatio n »,
Zeitschriftfu r Ethnologie 6 0 ( 1 9 2 8 ) , pp. 3 6 2 - 3 7 2 ; K . Prüm m , Zeitschriftfü r katholischen Theologie 57 ( l 9 3 3 ).
pp. 8 9 - 1 0 2 ; 2 5 4 - 2 7 2 ; Eliade véase V 3 -4 , η · 2 ; W . D . Berner, Initiationsriten in Adysterienreligionen, im
Gnostizismus und in antiken Judentum, tesis doct., Gotinga, 1 9 7 2 .
7 LSS 3 G 20; HN, p. 280.
8 GGR, pp. 6 6 2 ; 6 7 4 s·; cfr. V arró n en A u g . Deciv. 7, 2 0 .
9 V é a s e V 2 - 5 ; V 3 .5 , n n . 7 - I O ; 2 0 .
10 Conjeturas sobre el uso de psicofármacos en Eleusis fu eron avanzadas por K . K erényi, « I n i t i a ­
t io n » , Numen Suppl. IO ( 1 9 6 5 ) , pp. 6 3 s .; E . Jü n g e r, en Studies in Honor o f M. Eliade, 19 6 9 , ΡΡ- 3^7
3 4 2 ; R . G . W asson, A . H o ffm a n n y G . A . P. Ruck, The Road to Eleusis, 197 $ [trad, esp.: FI camino a
Eleusis: una solución al enigma de los misterios, 19931 ; aún se debate la identificación del indio soma (avés-
tico haoma); testimonios de la fiesta del Haoma en Persépolis: R. A . Bowm an, Aramaic Ritual Textsfrom
Persepolis, 197 ° , cfr. W . H inz, Acta Iranica 4 ( l 9 7 5 ), PP- 3 7 ' 3 8 5 . C fr. asimismo G . Dum ézil, Le fe s-
tin d'immortalité, 1 9 2 4 - Sobre eluso de opio: K erényi (4 ), pp. 3 5 3 9 ; CRAI (19 7 6 ), pp. 2 3 4 s·; 2 3 8 s .
1.1. PRINCIPIOS GENERALES 369
lo s de g e n ita le s 11, d e s n u d a m ie n to s y a veces v e rd a d e ra s « o r g í a s » ; in ic ia c ió n a la
p u b e rta d , m agia a graria, la fu erza de la vid a que su p e ra a la m u erte se p u e d e n u n ir
aq u í. P o r ú ltim o está el aspecto m ític o : a lo s m iste rio s p e rte n e c e n las n a rra c io n e s,
q u e, a su vez, so n a m e n u d o secretas (hiero) ló g o í), de d ioses q u e « s u f r e n » ; lo s mystai
p o r su p arte « p a d e c e n » algo en la in ic ia c ió n 12, au n q u e n o valga p ara tod os lo s casos
la a firm a c ió n de q ue el in ic ia d o su fra el m ism o d estin o que el d io s 13, que sería p o r
e llo el p r im e r in ic ia d o . L o s « s u fr im ie n to s » están re la c io n a d o s p rin c ip a lm e n te con
el aspecto de la in ic ia c ió n ; la su p e ra c ió n d el m ied o a la m u e rte 14 p u ed e e x p e rim e n ­
tarse e in te rp re ta rse co m o a n tic ip a c ió n y s u p e ra c ió n de la m u e rte . E l co n c e p to de
« r e n a c im ie n t o » n o su rge hasta el h e le n ism o ta rd ío . E n el tra sfo n d o se e n c u en tra
so b re to d o el e n c u e n tro c o n la m u e rte e n el s a c r ific io , el c e n tro d e la « a c c ió n
s a g ra d a » . P re c isa m e n te p o r e llo , lo s m iste rio s n o s o n u n a « r e l i g i ó n » a u tó n o m a
que existe ju n t o a la re lig ió n o fic ia l y que se c o n tra p o n e a e lla; son u n a p o sib ilid a d
e sp e cia l d e n tro d el m arco de la m u ltifo r m e r e lig ió n p o lite ísta de la p o lis . S e dice
q ue en G reta se celeb rab an p ú b licam en te las m ism as in ic ia c io n e s que e n Sam otracia
y E leu sis e ra n altam en te secretas13.
N o en to d o s lo s m is te rio s se m e n c io n a e x p re sa m e n te q u e p ara el in ic ia d o la
m u erte p ie rd a su carácter te rrib le o que ob ten ga la g a ran tía de u n a vid a d ich osa en
el M ás A llá , p e ro en m u ch o s m isterio s esta certeza re p rese n ta el elem en to d ecisivo.
L o s d iv e rso s asp ecto s p u e d e n c o n flu ir u n o s c o n o tro s : la n u eva certeza de la vid a
o b te n id a a través de la em b riagu ez y de la sexu alid ad va u n id a a la c o m p re n sió n del
ciclo de la n atu raleza, p e ro sobre tod o la c o n d ic ió n esp ecial q ue se con sigu e a través
de la in ic ia c ió n tie n e u n v a lo r a b so lu to y q u e tr a n s c ie n d e la m u e r te . L a fie sta
« o r g iá s tic a » de los in ic ia d o s co n tin ú a en el M ás A llá . L a falta de in ic ia c ió n e n vida
n o p u e d e re c u p e ra r se d esp u és de la m u e r te , c o m o m u e s tra n a lg u n a s llam ativas
re p rese n ta c io n e s m íticas: O c n o « la v a c ila c ió n » tren za u na cu erd a e n el H ad es que
su b u r r o (o su b u r ra ) d evo ra al m ism o tie m p o ; lo s « n o in ic ia d o s » llevan agua en
cedazos a u n re c ip ie n te sin fo n d o , e n vano y sin cesar .
A so c ia c ió n secreta e in ic ia c ió n so n sin d u d a in stitu cio n es m u y antiguas; se p u ed e
su p o n e r u n a base n e o lític a de los m is te rio s '7; en p a rtic u la r, lo s m isterio s de D e m é ­
te r y D io n is o están re la c io n a d o s c o n la d io sa M a d re de la a n tig u a A n a to lia . P e ro
a q u ello que es a n te rio r al d esa rro llo de la p o lis p u ed e tam b ién ir más allá de e lla. Se

11 Príapo itifálico y órganos sexuales en casi todas las teletaí: D io d. Sic. 4 , 6 , 4 ; UN, p. 2 9 9 ·
12 Arist. fr. 15 Rose; laminilla de oro OF 4 8 7 (= A 4 > 3 Zuntz) [trad. esp. de A . Bernabé y A . Jim é ­
nez, Instrucciones para el Más Allá. Las laminillas órficas de oro, 2 0 0 1 , L 8, 3, p. 1 3 1 ] ; Atbenag. Leg. pro Christ.
3 2 , I Marcovich.
13 C olp e (supra, n. i) lo considera un m omento determ inante.
14 Plut. Prof. virt. 8 1 E ; fr. 1 7 8 ; Proel. InRemp. II 1 0 8 , 2 1 -2 4 K ro ll; cfr. R ichardson, pp. 3 0 6 s . [R.
M artín Hernández, « L a muerte como experiencia mistérica. Estudio sobre la posibilidad de una
experiencia de m uerte ficticia en las iniciaciones griegas», ’Ilu IO ( 2 0 0 5 ) , pp. 8 5 - 1 0 5 ] .
15 D iod. Sic. 5, 7 7 , 3 .
16 O cn o y portadores de agua en la pintura de ultratum ba de Polignoto en Delfos, Paus. 10 , 2 9 , I
(b u rra); 3 1 , 9 » n , en torno al 4 5 ° a .G .; lécito ático de figuras negras de Palerm o, en to rn o a
5 0 0 ; C o ok III, lám. 3 6 = W . Felten, LIM C s.v. O/rnosVII (1 9 9 4 ) , P- 3 3 , n° I (bu rro); portadores de
agna en un ánfora ática de figuras negras de M únich, en torno a a .C ., A B V 3 16 , 7 ; C ook
III, p. 3 9 9 ; Plat. Gorg. 4 9 3 b ; Graf, pp. IO 7-12O ; 1 8 8 - 1 9 4 ; Ε · Keuls, The Water Carriers in Hades, 19 73 -
sostiene que en realidad los portadores de agua representaban a iniciados y no iniciados.
17 V éase I I, n n . 1 4 ; 2 3 - 2 4 .
370 6, MISTERIOS Y ASCETISMO

h abla c o n ra z ó n d el « d e s c u b rim ie n to d el in d iv id u o » en los siglos V I I - V I en G re c ia ;


en la lite ra tu ra , fig u ras com o A r q u ílo c o , A lc e o o S afo so n lo s p rim e ro s e je m p lo s de
u n « y o » q u e se h a v u e lto c o n sc ie n te de su p e c u lia rid a d . L a ca p a cid a d de d e c isió n
in d iv id u a l y la b ú sq u ed a de la re a liz a ció n existen cial e n lo p riva d o ta m b ié n e n c u e n ­
tra n e x p re sió n en la re lig ió n : ju n t o a la p a rtic ip a c ió n e n las fiestas de la p o lis, esta­
b le c id a s p o r el c a le n d a r io , a flo r a e l in te ré s p o r las e le c c io n e s p e r s o n a le s , p o r lo
e sp e cia l, y c o n e llo , p o r in ic ia c io n e s y m iste rio s su p le m e n ta rio s. M u c h o m ás q u e
an te s, la m u e rte se vu elve u n p r o b le m a p a ra el in d iv id u o , m ie n tra s q u e p a r a la
c o m u n id a d es in evitab le e irre so lu b le ; e n co n se cu en cia se p resta o íd o atento a p r o ­
m esas de ayud a p a ra su p e ra r la p r o p ia m u e rte . E l sistem a estático de la r e lig ió n se
tra n sfo rm a de este m o d o en u n m eca n ism o d in á m ic o : a p a rtir de 6 o o a p ro x im a d a ­
m e n te , d iverso s tip o s de m iste rio s lo g r a n u n n o ta b le auge. S u p e ra n d o las an tigu as
in ic ia c io n e s g e n tilic ia s y tr ib a le s , lo s s a n tu a rio s in d iv id u a le s c o m o S a m o tra c ia o
E le u s is a d q u ie re n u n a in flu e n c ia c re c ie n te , e n u n a so c ie d a d cada vez m ás m ó v il.
A d e m á s in te n ta n im p o n e rs e m o v im ie n to s q u e se lib e r a n de lo s sa n tu a rio s in s titu ­
c io n a liz a d o s y de sus co stu m b res a n cestra les; ésta p arece ser la ca ra cte rística de los
Bakchiká y Orphiká. A ú n m ás le jo s lleg a la a u to n o m ía d el in d iv id u o , c u a n d o d eja tras
de sí el ritu a l y, b a jo su re sp o n sa b ilid a d , establece las reglas de su p ro p ia vida.

1 .3 . M is t e r io s g e n t il ic io s y t r ib a l e s

E n F lía , h o y ja la n d r í, ju n t o a A te n a s, T e m ísto cle s, desp u és de su v ic to ria , r e c o n s ­


tru yó u n sa n tu a rio d el q ue p o d ía d is p o n e r su fa m ilia , lo s L ic o m id a s; sólo gracias a
P lu ta r c o y P a u sa n ia s n o s h a n lle g a d o n o tic ia s m ás d etallad as so b re é l: se tra ta de
« m is t e r io s » aú n m ás an tigu o s q u e lo s de E le u s is 1. H ab ía u n e d ific io p ara la in ic ia ­
c ió n sec reta, lla m a d o p o r P a u sa n ia s klisíon, « c a b a ñ a » ; e n la p a r e d d e u n p ó r t ic o
ap arece re p rese n ta d o u n h o m b re de cab ello s grises, itifá lic o y alado q u e p ersig u e a
u n a m u je r co n ropas oscuras; los n o m b res escritos al lado h an sido alterados p o r la tr a ­
d ic ió n y, p o r ello , ya n o so n in te rp re ta b le s3. L o s m isterios están d irig id o s a la « G r a n
D io s a » , a la q ue Pausanias id e n tific a c o n la T ie r r a 3; adem ás hay altares d ed icad o s a
A p o lo Dionysódotos (« e n tre g a d o p o r D io n is o » ) , a A rte m is Selasphóros (« p o r t a d o r a de
a n to r c h a » ) , a D io n is o Anthios ( « d io s f lo r i d o » ) y a las n in fa s Ism én id as; y ta m b ié n
u n tem p lo co n altares a DeméterAnesídóra (« d is p e n s a d o ra de fr u to s » ) , a Zeus Ktésios,
q ue p ro teg e la « p r o p ie d a d » , a A te n e a Tithronéy a C o r e Protogoné, la « p r im o g é n it a » ,
así co m o a los « d io se s v e n e ra b le s » 4. U n g ru p o de D e m é ter y otro de A p o lo p arece n
e star yu xtap u esto s, p e r o n o sab em os si se trata de u n a c o m b in a c ió n se c u n d a ria de
c u lto s. P au san ias m e n c io n a a n tiq u ísim o s h im n o s com p u esto s p o r O r fe o , M u seo y
P a n fo , q u e lo s L ic o m id a s c a n ta n e n sus orgia·, se h a b la de la e sta n cia de D e m é te r
ju n t o a F lío , el h ijo de la T ie r r a , y d e E r o s c o m o d io s a n tiq u ís im o 5. E n este c o m ­

1 Plut. Themist. I (citando a Sim ónides PMG G2 7 ) y fr. 2 4 = H ipp ol. Ref. 5, 2 0 , 5 ; Paus. 4 - [ 1 7 ; [ ’ 3 1 ·
4 . T o ep ffer, pp. 2 0 8 - 2 2 3 ; AF, pp. 6 9 s .; GGR, p. 6 6 9 .
2 Plut. fr. 2 4 ; l as representaciones son de estilo tardoarcaico, S. M arinatos, Platon 3 ( 1 9 5 1 ) , P P ·
.2 2 8 -2 4 2 .
3 Plut fr. 2 4 ; Paus. i, 3 1 , 4 ·
4 Paus. I, 3 1 , 4 - N ilsson GGR, p. 6 6 9 , considera « re c ie n te » esta m ultitud de divinidades.
5 Paus. I, 2 2 , 7 ; 9, 2 7 , 2 ; 9 , 3 0 , 12 -
1.2. MISTERIOS GENTILICIOS Y TRIBALES 37I
p ie jo de c o sm o g o n ía , p ro c r e a c ió n y fe c u n d id a d , apen as se p u e d e ir m ás allá d e las
aso ciacio n es.
T ra s la caída d el d o m in io esp artan o so b re M ese n ia en 3 7 0 , se in sta u ra ro n m is ­
te rio s ju n t o a A n d a n ia , e n el b o sq u e c illo sagrad o de G a rn a s io , c o n la fu en te d é l a
« v e n e r a b le - p u r a » (Hagné), que p re te n d e ser el c en tro m ás an tigu o de M esen ia y de
su tr a d ic ió n : la p r im e r a r e in a , lla m a d a e lla m ism a M e se n e , fu e in ic ia d a e n estos
m isterio s p o r C a u c ó n 6; se decía que A ristó m e n e s, el h é ro e le g e n d a rio de las g u erras
m esen ias, h abía e n te rra d o , com o testam en to , u n a lá m in a de estaño c o n las leyes de
lo s m is te rio s , q ue p o s te rio rm e n te se re c u p e ra r o n y se p u s ie r o n en v ig o r 7. R e su lta
evidente la c o n e x ió n co n la civilización p re d o ria . P ro b a b le m e n te a este p erío d o p e r ­
ten ece la activid ad de u n L ic o m id a de F lía , q u e « p u r if ic ó » el lu ga r d o n d e se c e le ­
b r a b a n lo s m is te rio s de A n d a n ia y c o n stató a d m ir a d o c ó m o estos m is te rio s se
c o r re s p o n d ía n exactam en te c o n lo s de F l í a 8. E n u n a in s c r ip c ió n d e l añ o 9 2 a . C .,
u n h ie ro fa n te , M n asístrato, fijó « p a r a s ie m p re » su re o rg a n iz a c ió n d el culto, c o n la
a p ro b a c ió n d el o r á c u lo 9. E l texto n a tu ra lm e n te n o h acía re fe re n c ia a lo s ritos se c re ­
tos. A l m en o s sabem os que se com en zab a c o n u n a p u r ific a c ió n y co n el s a c rific io de
u n c a rn e ro ; que los in ic ia n d o s (protomjistai) d eb ía n p a g a r el sa crific io de u n c o rd e ro
y que éstos llevab an al p rin c ip io u n a especie de tiara y, d espués, u n a c o ro n a d e la u ­
r e l . T ie n e lu g a r u n a p r o c e s ió n e n h o n o r de D e m é te r, H e r m e s , « l o s G ra n d e s
D io s e s » , A p o lo y H a g n e ; les sig u e n h o m b re s « s a g r a d o s » y v írg e n e s, a lg u n o s de
ellos vestidos com o dioses; los « s a g ra d o s » so n al m ism o tiem p o m istagogos y p a d r i­
n o s de lo s in ic ia d o s 11. « S a c r ific io s y m is t e r io s » , a c o m p a ñ a d o s de m ú sica, tie n e n
lu ga r p ro b a b le m e n te e n e l « t e a t r o » , p u rific a d o c o n e l trip le sa crific io de c o c h in i­
llo s 12. S ig u e u n « b a n q u e te s a g ra d o » de lo s « s a g r a d o s » y u n agó n , evid e n te m e n te
u n a c a rre ra de caballos en el h ip ó d r o m o 13. L o s « G r a n d e s D io s e s » se c o rre sp o n d e n
claram en te c o n lo s D io sc u ro s am antes de lo s caballos: los h o m b re s « s a g ra d o s » lle ­
va n g o r r o s de fie lt r o (pîloi) c o m o lo s D io s c u r o s 14. E n el c e n tro se e n c u e n tra p o r
tanto u n a a so cia ció n de h o m b re s « s a g ra d o s » que se c o rre sp o n d e n c o n los « G r a n ­
des d io s e s » , vueltos hacia la m ad re d ivin a y h acia u n a m iste rio sa h ija ven erad a ju n t o
a la fu e n te ; H e r m e s y A p o lo c o n fie r e n al s a c r ific io re sp e c tiv a m e n te u n asp ecto
o scu ro y u n o lu m in o so . L o s que se en cargan de o rg a n iz a r la c e le b ra c ió n de los m is ­
te rio s so n sim p le m e n te « lo s m e s e n io s » 15; tras los m isterio s subyace la aso cia ció n de
g u e rre ro s de la trib u com o o rg a n iz a c ió n secreta.

6 Paus. 4 . I» 5 ¡ cfr * 4 , I 4 > 4 , 7 ¡ 4 > 4 ; 4 > 3 3 > 4 “ 5 > Los « C a u c o n e s» son pregriegos, H ero d.
4 , 14 8 ; F. K iechle, Historia 9 ( i9 6 0 ), pp. 2 6 - 3 8 .
η Paus. 4,. 2 0 , 4 ; 2 6 , 6 - 8 ; 2 7 , S; 3 3 , 5 , cfr. LSCG 6 5 , 1 2 .
8 Paus. 4» i. 7 S·
9 I G V i, 1 3 9 0 = SIG 7 3 6 = LSC G 6 5 ; G d H ll, pp. 5 3 6 - 5 4 4 ; GGR, p. 4 7 8 ; M . Guarducci, « I culti di
A n d a n ia » , SMSR IO (19 34 )» pp· l 70 - 2 0 4 [cfr. F. G r a f en M . B . Cosm opoulos (ed .), Greek Myste­
ries, 2 0 0 3 , pp. 2 4 2 - 2 4 6 ] .
10 LSC G 6 5 , 6 7 s.; 14 s .
11 I S C G 6 5 , 3 3 î 6 8 ; 2 4 ; v é a s e V 4 , n. 5.
12 LSC G 6 5 ; 7 3 . cfr. 3 9 ; 7 5 ; 8 5 ; 67.
13 LSCG 6 5 ; 9 5 ; 3 1 .
14 LSC G 6 5 , 1 3 » véase IV 5 -2 ; Mesenios de A ndania «interp retan el pap el» de los Dioscuros. Paus. 4,
2 7 » Is., véase II 6, η . 3O; III 4» n · 3 3 · C fr. Toepffer, pp. 2 2 0 s . ; H em berg, pp. 3 3 - 3 6 · Pausanias
habla de las «G ra n d e s D io sas» y entiende que se trata de D em éter y su bija, 4 > 3 3 ? 4 ·
15 SIG 7 3 5 .
372 6. MISTERIOS Y ASCETISMO

N o le jo s de A n d a n ia se e n c u en tra A rc a d ia , d o n d e , segú n a firm a H e r ó d o to , sólo


se c o n se rv a ro n m isterio s p re d o rio s e n h o n o r de D e m é te r16. C o n lo s o ríg e n e s m íti­
cos d e lo s arcad lo s está estrech am en te re la c io n a d a L ic o su ra , <<la ciu d ad m ás an tigua
d el m u n d o » 17; ésta sigu ió e x istie n d o in c lu so cu a n d o , en 3 6 0 , todas las dem ás c iu ­
dades arcadlas se u n ie r o n p ara fo rm a r M eg alo p o lis; tam b ién se c o n servaro n los m is­
te rio s, com o te stim o n ia u n a in s c rip c ió n d el siglo I I I a .G . y m ás tarde a ú n la re c o n s ­
tru c c ió n de épo ca ta rd o h elen ística o im p e ria l, q ue ta m b ié n vio P a u sa n ia s'8. L a diosa
p rin c ip a l es u n a m isterio sa « s e ñ o r a » sin n o m b re , Déspoina, a la q u e Pausanias id e n ­
tific a c o n C o r e ; e n la im a g e n c u ltu a l tie n e la kiste sob re las ro d illa s y ju n t o a ella se
e n c u e n tra n D e m é te r, A r t e m is y A n it o . E l mégaron d etrás d e l te m p lo , d o n d e tie n e
lu g a r la in ic ia c ió n , es u n g ra n a ltar al a ire lib r e ; a q u í se llevan a cabo sa c rific io s de
d e s m e m b ra m ie n to ; « c a d a u n o c o rta el m ie m b r o de la v íc tim a q u e le caiga a
m a n o » 19. M ás allá d el mégaron se e n c u e n tra u n b o sq u e cillo sagrado y , e n lo m ás alto,
u n sa n tu a rio de P a n . D e p a rtic u la r in te ré s so n algunas estatuas votivas de h o m b re s
c o n cabeza de c a rn e ro c o n largo s vestid o s; ta m b ié n e n la o rla d el m an to de la esta­
tu a c u ltu a l a p a re c e n re p re se n ta d o s h o m b re s c o n cabezas de a n im a le s, d a n z an d o y
to can d o in stru m e n to s20 y en el basam en to , G u retes y C o rib a n te s 21. T a m b ié n a q u í se
ad vierte u n a aso cia ció n de g u e rre ro s y m áscaras e n la esfera d el sa crific io .
E l g ru p o de g u e rrero s re la cio n a d o s c o n los m isterio s m ás an tigu o d el que se tien e
te stim o n io p erte n ec e a la cueva d el Id a en G reta; lo s tím p an o s de b ro n c e o r ie n ta li-
zantes se c o rre sp o n d e n c o n los escudos de los m íticos G u retes, que danzan en to rn o
a Z e u s n i ñ o 22. L o s v e rso s de lo s Cretenses de E u r íp id e s e n lo s q u e se p re se n ta n los
« in ic ia d o s de Zeu s Idaíos» 23 p ro b ab lem en te m u estran más fantasía p oética que au tén ­
tico c o n o c im ie n to d el culto-, el te m p lo , se dice, es u n a casa b ie n cerrad a, d ed icad a a
los m isterio s, co n stru id a co n vigas de cip rés y sellada co n sangre de to ro ; la in ic ia c ió n
va acom pañada del ru id o de los truenos « d e l n o ctu rn o Z a g re o » , de banquetes de carne
c ru d a y del m o v im ie n to de a n to rch as e n h o n o r de la M a d re de la m o n ta ñ a y de los
G u retes; d esp ués, el in ic ia d o re c ib e el títu lo de bakchos, lleva ro p a b la n c a , sigu e u n a
d ie ta v e g e ta ria n a y evita el c o n tacto c o n n a c im ie n to y m u e rte . S a c r ific io de to r o ,
an to rch as y tím p an os fo rm a n p arte tam b ién en o tro s lugares de las orgías de M éte r.

16 H erod. 2 , 1 7 1 [cfr. M .J o s t e n M . B. Gosm opoulos (ed.), Greek Mysteries, 2 0 0 3 , pp. 1 4 3 - 1 6 8 ] .


17 Paus. 8, 3 8 , I ; 8 ,2 , I; los hallazgos del santuario se rem ontan al siglo V I ; M . Jo st, BGH 99 ( l 97 5 )»
pp. 3 3 9 - 3 6 4 ; ead., Sanctuaires et cultes d'Arcadie, 19 8 g , pp. 3 2 6 - 3 3 7 .
18 IG V 2 , 5 1 4 = SIG 9 9 9 = LSCG 6 8 , siglo III a .G .; Paus. 8, 3 7 ; E . Meyer, ÍÍEXIII ( 1 9 2 7 ) , cols. 2 4 1 7 -
2 4 3 2 ; GGR, pp. 4 7 9 s·! Stiglitz, pp. 3 0 - 4 6 ; E . L é v y y J . Marcadé, BCH 9 6 ( 1 9 7 2 ) , pp. 9 6 7 - ι ο ο 4 ;
M . Jo st, BCH 9 9 (19 7 5 )- PP· 3 3 9 - 3 6 4 ; ead., Sanctuaires et cultes d’Arcadie, Paris, 1 9 8 5 , pp. 1 7 2 - 1 7 8 . Se
conservan algunos fragm entos del grupo de estatuas cultual de D em ofonte (Paus. 8, 3 7 ’ 3 ); D*
M ustilli, EAA II (1 9 5 9 ) . pp- 9 9 9 s· La datación de D em ofonte a comienzos del s. II a .C . es ahora
segura gracias al hallazgo de inscripciones, SEG 4 1 ( 1 9 9 1), n° 3 3 2 ; D . Damaskos, Untersuchungen zu
hellenistischen Kultbildern, 1 9 9 9 - ΡΡ· 44 ·“ 7 1 ■
ig Paus. 8, 3 7 , 8 ; AE ( 1 9 12 ) , pp. 1 4 2 - 1 4 8 .
20 A E (19 12 ), pp. 15 5 , 15 9 ; GGR, lám. 3 1 , 2 ; véase II 7, η. 4 6 .
21 Paus. 8, 3 7 , 6.
22 Véase I 4 , η · l8 ; III 2 . 1, n. 16 ; III 3 -2 , n. 12 ; V 3 -4 , n · 12 .
23 E u r. fr. 4 7 2 K annich t; U . von W ilam ow itz-M oellendorff, Berliner Klassikertexte V 2 , I 9 ° 7 > P* 7 7 ; K-
Cantarella, Euripide, ICretesi, 19 6 4 , fr. 3 ; W . Fauth, RE IX A (19 6 7 ), cols. 2 2 2 6 - 2 2 3 0 [cfr. además,
G , Gasadio, « I Cretesi di Eu ripide e l ’ascesi o rfic a », en Didattica del Classico, II, 19 9 0 , pp. 2 7 8 -3 1 O ;
A . T . Gozzoli, e n A . Masaracchia (ed .), Orfeo e l’orßsmo, 1 9 9 3 ’ PP· I 5 5 “ l 7 2 ; A . Bernabé, e n j . A .
López Férez (ed.), La tragedia griega en sus textos, 2 0 0 4 , pp. 2 5 7 “ 2 8 6 ].
1.3. CABIROS Y SAMOTRACIA 373

U n testim o n io h ele n ístic o 84 habla de u n g ra n fuego y de sangre que borbotea, cu and o


Zeu s, cada a ñ o , nace en la cueva d el Ida. D e u n a fo rm a distinta se dice que Pitágoras
fu e so m etid o a la in ic ia c ió n de los « D á c tilo s del I d a » 25: fu e « p u r if ic a d o » c o n u n a
« p ie d r a de ra y o » —¿ u n a d ob le h a ch a ?— , p o r el día d eb ía p e rm a n e ce r tu m bad o a la
o r illa d el m a r y, p o r la n o ch e , yacer sob re la p ie l de u n c a rn e ro n e g ro ju n to al r ío ;
d esp u és se le p e r m itió e n tra r en la cueva ve stid o c o n la n a n e g ra , o fre c ió sacrific io s
co n fu ego y vio el tro n o que se p rep arab a cada año p ara Zeus.
N o es fá c il d e sc u b rir la re a lid a d d el cu lto que subyace tras éstas fantasiosas d e s ­
c rip c io n e s. N a d a se cuenta de las in ic ia c io n e s de P a ro s, d o n d e existe u n a aso ciació n
de h o m b re s, los « o r g e o n e s » de D e m é ter, c o n el extrañ o n o m b re de Kdbarnot'21’ ; p e ro
si P o lig n o to , en su retrato d el m u n d o su b te rrá n e o , re p rese n ta a T elis y G le o b e a l l e ­
v a n d o la kiste de D e m é te r a T a so s27, e llo s ig n ific a q u e la fu n d a c ió n de esta c o lo n ia
d eb ía de verse co m o u n traslado de m iste rio s desde P aro s y, adem ás, « T e lis » lleva la
teleté e n el n o m b r e ; n o p o r casu alid ad era P o lig n o to o r ig in a r io de T asos. T a m b ié n
los p ortad o res de agua « n o in ic ia d o s» de la p in tu ra p u ed e n estar relacionados c o n los
m iste rio s de T a so s28.
T o d o s estos in d ic io s y a lu sio n e s, p o r m u y in c o m p le to s q u e sean, se c o m b in a n
p a r a fo r m a r u n c u a d ro d e u n tip o de m is te rio s e stre c h a m e n te v in c u la d o a u n a
e stirp e, a u n a tr ib u o a u n a ciu d ad , que e n el m ito se re la c io n a c o n la fu n d a c ió n de
u n p u eb lo o de u n a ciu d ad y que en realid ad consiste e n u n a aso ciació n de h o m b res,
e sp e c ia lm e n te de g u e r r e r o s . N o se h a b la e x p re sa m e n te de e sp e ra n z as en el M ás
A llá 29; p e r o quizá ello ta m b ié n fo rm e p arte d el « m is t e r io » .

1 . 3 . C a b ir o s y S a m o t iía c ia

C o n lo s C a b ir o s y lo s d io ses de S a m o tra c ia , se añ ad e al secreto de lo s m iste rio s el


e n ig m a , d e te rm in a d o p o r la p re se n c ia de e le m e n to s n o g r ie g o s , p re g rie g o s , a los
q ue, n o obstante, ta m b ié n se alu d e en la tra d ic ió n de C a u c ó n e n A n d a n ia 1. E l culto
de lo s C a b ir o s 2 se testim o n ia sobre to d o e n L e m n o s y en T ebas. A lo s h abitan tes de
L e m n o s , lo s g rie g o s lo s lla m a b a n « t i r r e n o s » y los id e n tific a b a n c o n lo s e tru sco s,
p e ro ta m b ié n c o n lo s « p e la s g o s » ; sólo e n e l siglo VI su c u m b ie ro n a la co n q u ista de
los a te n ie n se s3. E n el san tu ario de los C a b iro s en L e m n o s, id e n tific a b le con certeza

24 Boyo en A n to n . L ib . 19 .
25 Por ph. Vit. Fÿth. 17 [trad. esp. de M . Periago, Vida de Pitágoras, 19 8 7 ] .
26 A ntim ach. fr. 7 8 Matthews; Steph. Byz. s.v. Paros.
27 Paus. IO, 2 8 , 3.
28 G raf, pp. I I 0 - I I 2 ; véase VI I . I , n. l6 .
29 L a recu rren cia de hierós γ hiera en algunas inscrip cion es fu nerarias laconias y mesenias po d ría
hacerlo pensar, véase V 4 , n. 5 ·
1 Véase VI 1.2, n . 6.
2 L a docum entación completa en H em berg ( 1 9 5 ° ) ; superado K e rn , i ? £ X ( 19 19 ), cois. I 3 9 9 - I 4 5 ° ·
3 H ero d . 6, 1 3 6 ; K . K inzl, Miítiades-Forschungen, tesis doct., V ien a, 1 9 6 8 , pp. 5 6 - 8 0 , 121-144 [cfr ·
A . Schächter, e n M . B . Cosm opoulos (ed.), Greek Mysteries, 2 0 0 3 , pp. I I 2 - 1 4 2 L E u r. fr. 472 K a n -
nicht; U . von W ilam ow itz-M oellendorff, Berliner Klassikertexte V 2 , 1 9 0 7 » p· 7 7 » R· Cantarella, Euri­
pide, I Cretesi, 19 6 4 * fr - 3 î W . Fauth, RE I X A (19 6 7 ), cols. 2 2 2 6 - 2 2 3 ° [cfr. además, G . Casadio, « I
Cretesi di Eu rip id e e l ’ ascesi o rfic a » , en Didattica del Classico, II, 1 9 9 °» ΡΡ· 2 7 8 - 31 ° ; A . T . Gozzoli,
en A . M asaracchia (e d .), Orfeo e l’orfismo, 1 9 9 3 » PP · I 5 5 _I72 ; A . B ern abé, en J . A . López Férez
(ed.), La tragedia griega en sus textos, 2 0 0 4 » ρρ· 2 5 7 _2 8 6 ] .
374 6. MISTERIOS Y ASCETISMO

gracias a algunas d ed icacio n es a los K á b ir o i 4, el culto parece h a b er su bsistido sin in t e ­


r r u p c io n e s d esp u és d e la c o n q u is ta a te n ie n s e . L e m n o s es e l c e n tro d e l c u lto de
H e fe s to 5; la ciu d ad p rin c ip a l es H e fe stia ; lo s G a b iro s se clasifican g en ealó gicam en te
c o m o h ijo s y n ietos de H e fe s to 6. E s q u ilo 7 p resen ta en u n a tragedia u n co ro fo rm a d o
p o r G a b iro s y éstos re c ib e n a lo s A rg o n a u ta s e n L e m n o s, d o n d e se m u estra n co m o
gran d es b eb ed o res de v in o ; lo s re cip ie n te s p ara el v in o so n el ú n ico g ru p o de h allaz­
gos c a ra c te rís tic o d e l s a n tu a rio d e lo s G a b ir o s . H e fe s to y D io n is o ta m b ié n están
e stre c h a m e n te v in c u la d o s e n tre sí e n e l m ito g r ie g o d e l b u r le s c o « r e t o r n o » de
H efesto al O lim p o 8; e n el tra sfo n d o sub yacen fiestas de g rem io s de artesanos, esp e ­
c ia lm e n te de las a so c ia c io n es de h e r r e r o s . S i lo s « t i r r e n o s » o fre c e n sa c rific io s de
p rim ic ia s a Z e u s, A p o lo y a los G a b ir o s 9, p arece que la so cied ad secreta va a c o m p a ­
ñ a d a de la c o o rd e n a d a p a d r e - h ijo , q u e en caja en la tem ática in ciática. U n a d ed ica ­
c ió n de L e m n o s al d io s « q u e ju e g a » , « q u e h ace tr a v e s u r a s » 10, m u e stra que ta m ­
b ié n e n L e m n o s el elem en to b u rle sc o fo rm a b a p arte d el cu lto de los G a b iro s.
M u ch o m ás ric o s y so rp re n d e n te m e n te variad o s so n los hallazgos d el G a b irio de
T e b a s 11; lo s m ás a n tig u o s s o n d e l sig lo V I p e r o o tro s p ro c e d e n in c lu s o d e la é p o ca
im p e ria l. S e g ú n P a u sa n ia s12, D e m é te r K a b e ir a ía in stitu y ó las in ic ia c io n e s p a ra P r o ­
m e te o , u n o d e lo s G a b ir o s , y p a ra su h ijo E tn e o . E llo a p u n ta a a s o c ia c io n e s de
h e r re ro s an álogas a las de H e fe sto le m n io . L as d ed ica cio n e s votivas e n el sa n tu a rio
están d irig id a s a u n G a b ir o e n s in g u la r, re p re se n ta d o co m o u n D io n is o b a rb a d o ,
re c lin a d o p a ra b e b e r, y a su « m u c h a c h o » ( P a ís ) 13 . A P aís se le d ed ica to d o tip o de
ju g u e te s, sob re to d o p eo n zas; ello su giere el paso de la in fa n c ia a la ad o lescen cia, las
in ic ia c io n e s a la p u b e r ta d . U n tip o e sp e c ia lm e n te fre c u e n te de im á g e n e s votivas
r e p re s e n ta u n m u c h a c h o c o n el g o r r o p u n tia g u d o d e lo s D io s c u ro s ( e l p ilo s ) , q u e
ta m b ié n d istin gu e a lo s « s a g ra d o s » e n A n d a n ia 14. E l sa crific io de u n to ro y el c o n ­
su m o de v in o d e b e n de h a b e r c aracterizad o la c e le b ra c ió n . E n tre lo s d o n es votivos
d estac a n p e q u e ñ o s to ro s d e b r o n c e ; e l c e n tro d e l s a n tu a rio es u n g r a n a lta r, e n
t o r n o al cu a l se c o n stru y ó m ás ta rd e u n te a tro , e v id e n te m e n te n o d e stin a d o a las
re p rese n ta c io n e s lite ra ria s sin o a « m o s t r a r » lo sagrad o ; detrás d el altar se e n c u e n ­
tra u n e d ific io re cta n g u la r, que se aparta bastante d el tip o d el te m p lo g rie g o . D e la
c o n s t r u c c ió n m ás a n tig u a fo r m a n p a rte e d ific io s c irc u la re s c o n h o g a r , e v id e n te ­
m en te d ed icad os a los b an q u etes sagrados e n u n c írc u lo estrecham en te c e rra d o . L o s
c a ra c te rís tic o s « c u e n c o s c a b ír ic o s » , a m e n u d o p ro v isto s de u n a d e d ic a to ria y

4 H em berg, pp. 1 6 0 - 1 7 O ; ASAtene 3 0 - 3 2 ( l 9 5 2 " I 9 5 4 )> PP· 3 3 7 ~ 3 4 ° ; D* Levi, « I I C a b irio di


L e m n o » , en CharisterionA. K. Orlandos, III, Atenas, 19 6 6 , pp. I I O - 1 3 2 ; K . Kerényi, Symbolae Osloenses
4 1 (19 6 6 ), pp. 2 6 - 2 8 ; C Q 2 0 ( 1 9 7 0 ) , pp. 9s.
5 Véase ni 2 .II.
6 Acusil. FGrHist 2 F 2 0 [= fr. 2 0 Fowler] ; Pherecyd. FGrHist 3 F 4 8 [= fr. 4 8 Fowler] ; cfr. H erod. 3 , 3 7 -
7 Aesch. Kábeiroi fr. 9 7 Radt.
8 V é a s e III 2 . I I , η . 1 9 .
9 M yrsil. FGrHist 477 F 8.
10 S . Follet, RPh 4 8 ( ΐ 9 7 4 )ί ΡΡ· 3 2 - 3 4 : parapaizonti (¿theoi? ).
11 P. Wolters, G . Bruns, Das Kabirenheiligtum bei Theben I, 194 ° ; I I : W . Heyder, Die Bauwerke, 19 7 8 ; III: U .
H eim berg, Die Keramik des Kabirions, 1 9 8 2 ; G . Bruns e n Neue deutsche Ausgrabungen im Mittelmeergebiet und in
vorderen Orient, 1 9 5 9 ’ PP· 2 3 7 “ 2 4 8 .
12 Paus. 9, 2 5 > 5 - 9 ; la fundadora Pelargé recuerda los Pélargoi lemnios en M yrsil. FGrHist 477 F 9 -
13 GGR, lám. 48.I.
14 Véase VI 1.2, n. 14.
1.3. CABIROS Y SAMOTRACIA 375

e n c o n tra d o s casi sie m p re e n fra g m e n to s , re v e la n e l c o n s u m o d e v in o : e v id e n te ­


m en te se u tiliz a ría n sólo u n a vez y lu ego se lia ría n a ñ ic o s 15. Se re c o n o c e cierta a f i n i­
d ad c o n la fiesta ática de las A n te ste ria s16.
L o s vasos p in ta d o s p ro ced en tes d el sa n tu a rio , que p ro v ie n e n e n su m ayo ría de la
segu n d a m itad d el siglo V, m u estran , co n u n estilo in c o n fu n d ib le , caricaturas g r o ­
tescas de escenas m íticas o c o tid ia n a s: fig u ra s de p ig m e o s o d e n e g ro s c o n ro s tro s
d e fo r m e s , v ie n tre s a b u lta d o s y g e n ita le s c o lg a n te s. C ie r ta a n a lo g ía d e m o tiv o s se
p u ed e e n c o n tra r e n los vasos de las A n teste rias. A l m en o s u n a fase de la cele b rac ió n
de lo s m iste rio s se e x p e rim e n ta , seg ú n p a re c e , en fu e r te con traste c o n las c o stu m ­
b re s n o rm a le s y c o n las c o n v e n c io n e s sociales, co m o u n r e to r n o a lo p rim itiv o ; la
aischrología de las fiestas de D e m é ter y lo s « in s u lto s desde los c a rro s » de las A n te s te ­
r ia s 17 so n quizá c o m p a rab le s. U n vaso c a b irio m u estra , co m o p e q u e ñ a fig u ra g r o ­
tesca, a Pratólaos, el « p r im e r h o m b r e » , ante G a b iro y su m u ch ach o, ju n to a la p a re ja
Mitos y Krdteia ; se alu d e a q u í a u n m ito a n tro p o g ó n ic o n o c o n o c id o e n 'n in g ú n o tro
lu g a r , al ig u al que e n L e m n o s se h abla de u n Kábeiros com o « e l p rim e r h o m b r e » 19.
A n t r o p o g o n ía e in ic ia c ió n c o n c u rre n e n e l s ig n ific a d o de n u evo c o m ie n z o . D e
los ritu ales en sí n o se sabe casi nada. H ab ía Kabiríarchoi com o su m os sacerdotes, p a ra -
gogeîs, « in t r o d u c t o r e s » , c o n la fu n c ió n de m istago gos80; la in ic ia c ió n c o m p ren d e u n
b a ñ o 31; el in ic ia d o lleva ra m a s y ve n d a s y p u e d e a c ce d e r al b o sq u e c illo sagrad o de
D e m é te r K ab eiraía^ . N o se alu d e a u n a c re e n c ia en el M ás A llá . E l n o m b re « C a b i ­
r o s » se ha re la c io n a d o c o n el m u n d o sem ítico —los « G r a n d e s D io s e s » —y ta m b ié n
c o n el h itita 23, p e ro escapa a u n a d eriv a c ió n in e q u ívo ca.
L o s g rie g o s lla m a b a n a lo s h a b ita n te s d e S a m o tra c ia 54 « p e la s g o s » -, e l h ech o d e
que se les re la c io n a ra tam b ién co n los tro yan o s p u ed e quizá id e n tific a rlo s com o n o
griegos, com o a n ti-g rie g o s. Se u tilizó u n a le n g u a n o griega en el culto hasta la épo ca
h e le n ística 85. P e ro la a m p lia c ió n d el sa n tu a rio d ed icad o a los m iste rio s a p a rtir d el
sig lo V II tie n e q u e v e r c o n la c o lo n iz a c ió n g rie g a y , a d ife r e n c ia de lo s sa n tu a rio s
ca b iro s, a d q u irió im p o rta n c ia m ás allá de sus c o n fin e s . E n A te n a s se te n ía c o n o c i­

15 AA (19 6 7 ), p. 2 7 !■ Quizá thamáhes indicaba el « c o m p a ñ e ro » o el herm ano en la iniciación, según


una inscripción en A 4 (19 6 4 ), p. 2 4 2 ·
16 G . Van H o o rn , Ghoes andAnthesteria, 19 5 ! 1 p. 5 2 .
17 Véase II 7 , nn. 6 l - 6 7 ; V 2 .4 , n. II; V 2 -5 , nn. 3 3 - 3 4 .
18 GGR, lám. 4 8 , I; O . K e rn , Hermes 25 ^ 8 9 0 ) , Ρ· 7 ; U N, p. 2 7 2 .
19 PMG 9 8 5 .
20 IG V I I 2 4 2 8 .
21 AA (19 6 7 ), pp. 2 4 5 s .
22 Paus. 9, 2 5 , 5 ·
23 C o n Escalígero se pensó en el semítico kabir « g ra n d e » , pero n o es demostrable ninguna otra rela­
ción con el m undo sem ítico; PR I, p. 8 4 8 ; H em berg, pp. 3 1 8 - 3 2 0 . A . H . Sayce, JH S 45 (^9 2 9 )-
p. 1 6 3 , propuso el hitita habiri una especie de « m e rc e n a rio s » , pero que tam bién aparecen con
estatus divino. Sin embargo, la form a ugarítica muestra c en inicial, que difícilmente habría dado
lugar a k en griego, H em berg, pp. 3 2 0 s . G . Dossin, NGlio 5 ( l 9 5 3 )> ΡΡ· ! 9 9 “ 2 0 2 , remite al sume-
rio kabar « c o b r e » . C fr. Kábamoi en Paros; véase V 2 - 5 - η · 5 1 ·
24 K . Lehm ann (ed.), Samothrace Ι - V 2 , 1 9 5 8 - 1 9 8 I ; O . Rubensohn, Die Mysterienheiligtümer von Eleusis und
Samothrake, 1 8 9 2 ; H em berg, pp. 4 9 ~I 3 I; 3 O3 “ 3 r7 ; GGR, p. 6 7 O ; K . K erényi en Geist undWerk, 1 9 5 8 ,
pp. 125 " 13 ^ ; S. G . Gole, TheoiMegaloi: The Cult ofthe Greek Gods at Samothrace, 1 9 8 4 · Los testimonios más
importantes, en Schol. A p . Rh. I , 9 1 6 , cfr. Jacoby a FGrHisÍ 5 4 ^- I . Lista de iniciados: ÍG ΧίΓ 8 , 173 “
2 2 3 ; cfr. pp. 3 8 -4 O ; S I G 1 0 5 2 - 1 0 5 4 ; Samothracell I , pp. 7 4 - Tlt>; BulletinÉpigraphique (19 6 6 ), n° 3 4 2 ·
25 D io d . Sic. 5 , 4 7 , 3 ; grafitis no griegos: Samothrace II 2 , pp. 8 - 1 9 , 4 5 ~^ 4 ·
376 6. MISTERIOS Y ASCETISMO

m ie n to de estos m iste rio s ya e n el siglo V ; H e ró d o to se h izo in ic ia r a q u í26 y p oetas e


h isto ria d o re s in c o rp o ra n las tra d ic io n e s sam o tracias e n sus g en ealo gías. E l sa n tu a ­
rio alcanzó su p e río d o de m ayo r e sp le n d o r e n la épo ca de F ilip o de M a ce d o n ia y lo
co n servó d u ran te to d a la ép o ca h ele n ístic a ; la « Nike de S a m o tra c ia » se con sagró en
el siglo I I 27. L o s « d io se s de S a m o tra c ia » a d q u iere n re n o m b re en to d o el M e d ite rrá ­
n e o . E l culto p e rd u ró hasta la ép o ca de C o n sta n tin o .
L a s excavaciones h a n p ro p o r c io n a d o u n cu ad ro d el san tu ario y de su e vo lu ció n ,
a u n q u e algu n o s detalles sigu en sie n d o c o n tro v e rtid o s. E x iste n p ru e b a s de actividad
re lig io sa d esd e el siglo V I I a . G ., p e r o las c o n stru c c io n e s m o n u m e n ta le s n o se i n i ­
c ia n h asta el sig lo I V a .G . H a y d os c o n s tru c c io n e s p r in c ip a le s de fo r m a in s ó lita ,
o b v ia m e n te d estin a d as a g ra n d e s g r u p o s de p e rso n a s; e n u n a in s c r ip c ió n , u n a de
ellas es d e n o m in a d a c o n v e n c io n a lm e n te Anáktoron y la otra, sim p le m e n te Hierón. E l
Andktoron es de é p o ca im p e r ia l, p e r o p a re c e h a b e r te n id o d os an te c e d e n tes de u n a
fo rm a sim ila r; el acceso se e n c u en tra e n el lad o o ccid en tal, e n el lad o m ás la rg o d el
re c tá n g u lo 28; e n el lad o m ás c o rto iz q u ie rd o , h acia el N o rte , se h alla u n sancta sancto­
rum, al que sólo p u e d e n acced er los in ic ia d o s 29; e n el c en tro de la sala p rin c ip a l lo s
re sto s d e c a rb ó n se h a n in t e r p r e t a d o c o m o ve stig io s de u n a g r a n p la ta fo rm a de
m a d e ra 30; a lo la rg o d el la d o m ás la rg o o rie n ta l se exten d ía u n a fila de b a n c o s. S in
d u d a se trataba de u n a sala p a ra in ic ia c io n e s. H ay ta m b ié n u n re c in to , c erra d o c o n
u n m u ro , c o n u n a lta r-h o g a r, u n mégaron3\ cuya fu n c ió n a su m ió q uizá p o s t e r io r ­
m en te el « n u e v o te m p lo » , el hierón h e le n ístic o 32; éste c o m p ren d e, ju n to a la en trad a
situ ad a al N o r te , u n p ó r t ic o c o n c o lu m n a s, c o m o u n te m p lo n o r m a l, p e r o e n su
in t e r io r h a y u n ca n a l de d esagü e a la d e re c h a d e la p u e rta , e n el c e n tro u n a lta r -
h o g a r, e n lo s laterales, b a n co s de m á r m o l y, al fo n d o , c o n fo rm a de áb sid e, lo q u e
p a re c e u n bóthros, u n a « fo s a s a c r if ic ia l» . Se h a p e n sa d o q u e el hierón se ría el lu g a r
d estin ad o a la epopteía, la « c o n t e m p la c ió n » , o ¿se usaba p ara el segu n d o acto e n u n a
n o c h e de in ic ia c ió n ? F u e ra se e n c u e n tra o tro re c in to ro d e a d o de m u ro s. E n ca m ­
b io , el teatro c o n stru id o al la d o n o tie n e n in g u n a fu n c ió n cultual.
A q u í se d esarro llab a u n a fiesta an u al a la que acu d ían los enviados oficiales (theo-
ro i)33', p e r o , seg ú n p arece, la in ic ia c ió n in d iv id u a l (myesis) p o d ía o b te n e rse ta m b ié n
e n o tro s m o m e n to s, d u ra n te u n a v isita o c a sio n a l. G o m o e n E le u sis, lo s in ic ia d o s
p u e d e n ser mÿstai y epóptai, estos ú ltim o s p a rtic ip a b a n e n la c e re m o n ia p o r seg u n d a
vez c o m o « e s p e c t a d o r e s » . S e c o n o c e n tres d eta lles c u rio s o s de la in ic ia c ió n : el
sacerd o te p re g u n ta b a al in ic ia n d o : « q u é era lo p e o r que h abía h ech o e n su v i d a » 34;
c o n esta p re gu n ta , m ás que suscitar u n a « c o n f e s ió n » , p arece que se p re te n d e crear,
a través d e la c o m u n ic a c ió n de e x p e rie n c ia s p e r so n a le s , u n a base p a r a u n v ín c u lo
c o m u n ita rio m ás s ó lid o . L o s in ic ia d o s se e n ro lla b a n u n a fa ja p ú r p u r a e n to r n o al

26 H ero d . 2 , 5 1 » ε^Γ· Aristoph . Pax 277 s· î Diágoras, véase VII 2 , n. 3 6 .


27 Lip po ld, p. 36O ; A . G oulaki-Voutira, LIM C s.v.N ike 6 ( 1 9 9 2 ) , pp. 8 8 l s ., n ° 3 8 2 .
28 Hemberg, pp. 112- 115; en Ρ· 12 8 , η. 3 se remite a templos mesopotámicos. Para la fecha del Anákto­
ron, antes atribuido al s. V, véase C o le, TheoiMegaloi (supra η. 24 ·)» ΡΡ· I2 s .
29 Samothrace II, I, pp. 1 1 8 - 1 2 0 , n° 6 3 = LSS 75 a i H em berg, p. 1 1 2 .
30 A . D . Nock, AJA 4 5 ( 1 9 4 1), pp. 5 7 7 - 5 8 1 ; H em berg, p. 1 1 3 .
31 Llam ado témenos p o r los arqueólogos, cfr. Licosura, VI 1 . 2 , η . 19 .
32 Samothrace III: TheHieron, 19 6 9 . Las inscripciones en Samothrace II I, pp. 117 s . = LSS 7 5 ·
33 H em berg, pp. 1 2 6 - 1 2 8 .
34 Plut. Lac. apophth. 217D 5 2 2 9 ^ ; 2 3 6 D ; cfr. la historia de Ram psinito en H erod. 2 , 1 2 1 epsilon 2 .
1.3. CABIROS Y SAMOTRACIA 377

a b d o m e n 35, d espués de desvestirse y lavarse; e llo c o rre sp o n d e ría al gesto de O d iseo ,


q ue tir ó sus ro p a s a la tem p estad y se z a m b u lló c o n e l v e lo de L e u c ó te a e n el m a r ,
q ue ya n o p o d ía h a ce rle d añ o . A l fin a l los in ic ia d o s se p o n ía n a n illo s de h ie rro q u e
llev a ría n tod a su v id a 36. U n elem en to im p o rta n te en el culto d eb ía de ser el s a c r ifi­
cio de u n c a r n e r o 37. L a in ic ia c ió n ten ía lu g a r p o r la n o c h e 38.
E l m iste rio p a rtic u la r de los « d io se s de S a m o tra c ia » es que n o ten ían n o m b re o,
si lo te n ían , se m an te n ía en estricto secreto. T a m b ié n las d ed icacio n es e n el sa n tu a ­
rio estab an d irig id a s sim p le m e n te a lo s « d io s e s » (theoí)· A p a r tir de H e r ó d o to , se
a firm a a m en u d o q ue se trata de « C a b ir o s » , p e ro p erso n a s b ie n in fo rm a d a s r e f u ­
ta ro n esta h ip ó te s is 39. U n a u to r m e n c io n a lo s n o m b res A x íe ro s, A x ió k e rso s y A x ió -
k ersa y lo s « t r a d u c e » co m o D e m é te r, H ad e s y P e r s é fo n e 40; p e r o , c u a n d o V a r r ó n
re e n c u e n tra e n S am o tra c ia la triad a c a p ito lin a , Jú p it e r , J u n o y M in e rv a, e v id e n te ­
m en te ta m b ié n da u n a « t r a d u c c ió n » de lo s m ism o s d io s e s 41. S e id e n tific ó a u n a
G r a n D io sa de S am o tra cia c o n M éte r y en algunas m o n ed as sam otracias se re co n o ce
u n a fig u r a d e l tip o d e G íb e le . A d e m á s se te s tim o n ia n c u lto s de A fr o d it a y de
H écate . T a m b ié n es m u y c o n o c id o u n jo v e n d io s-se rv id o r, Kdsmilos o Kadmílos, t r a ­
d u cid o co m o « H e r m e s » 43. E n las p u ertas d el Andktoron se e n c u e n tra n esculturas de
b r o n c e d e d os « h e r m a s » it ifá lic a s 44. O r ig in a r ia m e n t e d e b ía n de se rv ir c o m o
d e m a rc a c ió n fá lic a d e lo s lím ite s , p e r o la e x p lic a c ió n m ític a q u e se d ab a era q u e
H e r m e s h a b ría « v is to a P e r s é fo n e » y tal v is ió n le h a b ría p r o d u c id o ese estado de
e x cita c ió n 45. Q u izá se trate de u n a a lu sió n a lo que su ced ía en el Andktoron, en a n a lo ­

35 Schol. A p . Rh. i, 9 16 b , véase V 3 . 5 , n. 3 9 .


36 L u cr. 6, 1 0 4 4 : P lin. N a t Hist. 3 3 , 2 3 ; Isidor. Etym. 19 , 3 2 , 5 » Etym . M agn. s.v. Magnêtis. C fr. los
guerreros elegidos de los catos, Tac. Germ. 3 1 .
37 C arn ero y caduceo de Herm es en algunas monedas, Head, p. 2 3 6 ; H em berg, p. 1 0 2 .
38 Val. Flacc. Arg. 2 , 4 4 ° s·
39 H ero d. 2 , 5 1 : Stesim brot. FGrHist I O J F 2 0 ; Mnaseas en Schol. A p . R hod. I, 9 l6 ~ 9 I 8b = FHG fr.
2 7 » ΠΙ, p. 1 5 4 ; contradicho po r Dem etr. Seeps, en Strab. IO p. 4 7 2 = fr. 6 l Gaede; Hem berg, pp.
7 3 - 81 -
40 Mnaseas FHG fr. 2 7 » H I, p. 15 4 ; no €S segura la com paración con H esych. s.v. kérses:gamos y kérsai:
gamesai (Hem berg, pp. 8 8 s .), dado que el texto de Hesiquio ha sido corregido en la nueva edición
de Latte; A rte m id o r. en Strab. 4» 4 » p. 19 8 habla de « D e m é te r y C o r e » . H em berg, p. 8 8
afirm a arbitrariam ente que, según el esquema «D io scu ro s al servicio de una diosa» (véase IV 5 *2 ,
n . 4 ), Axíeros debe ser u n hom bre; los dioses están más allá de la liga de mistas, presentados com o
D ioscuros, Coribantes, etc. (véase infra, n. 5 8 ). Las tres divinidades samotracias aparecen p ro b a­
blem ente representadas, ju n to al caduceo de H erm es (Kadmílos), en los bustos de la tumba de los
H aterii (Rom a, Vaticano), copiadas quizá de las figuras ornamentales del fro ntó n de Samotracia:
U . Bianchi, The Greek Mysteries, 197 ^, ΡΡ· 3 ° s·; fig* 5 8 ·
41 V arro en M acr. Sai. 3 , 4» 8 y e n A u g . Deciv. 7 » 2 8 ; cfr. Serv.Aen. 3 , 12 ; 2 6 4 ; 8, 6 7 9 ; Prob. a V e rg .
Ecl. 6, 3 1 ; p o r el contrario, «G a e lu m et T e rra » com o dioses de Sam otracia, V arro De ling. Lat. 5 >
5 8 ; H em berg, p. 9 I; Κ.. K erényi, en StudiFunaioli, 1 9 5 5 » PP· I 5 7 “ I ^ 2 .
42 H em berg, pp. 8 2 , 6 9 , 8 4 s .; L ycop h r. 77 [trad. esp. de M . y E . F ern án d ez-G alian o : L ico fró n ,
Alejandra, 1 9 8 7 ] ; Schol. N ie. Ther. 4 6 2 a Crugnola.
43 A cu sil. FGrHist 2 F 2 0 (= fr. 2 0 Fow ler); C all. fr. X 9 9 ; 7 2 3 [trad. esp. de M . Brio so: Calim aco,
Himnosjfragmentos, 1 9 8 0 ] ; Mnaseas véase supra, η. 3 9 ; inscripción de Im bros I G X II 8, 7 4 ·
44 V arro Deling. Lat. 5, 5 8 ; los Naasenos en H ipp ol. Ref. 5. 8, 9 s .; alusiones en H erod. 2 , 5 1 » 4 ·
45 G ic. Nat. deor. 3 , 5 ^> alusiones en H erod. 2 , 5 * y C all. fr. 1 9 9 ; cfr * Serv. auct. Aen. 4 > 5 7 7 ¡ I» 2 9 7 ·
H em berg, p. 9 3 ve erróneam ente en el Herm es itifálico el esposo de las bodas sagradas; las fig u ­
ras de este tipo p erm anecen en el exterior, cfr. p o r ej. los sátiros del séquito de D io n iso y
A riad n a. Figuras votivas itifálicas: H em berg, p. ζ 6 .
378 6. MISTERIOS Y ASCETISMO

gía c o n E le u sis. P e c u lia rid a d d el cu lto de H e rm e s es, p o r lo dem ás, el sa c rific io de


u n c a rn e ro .
A u n q u e lo s d io se s d e S a m o tra c ia e sc a p e n a u n a im a g e n m ito ló g ic a , existe s in
e m b a rg o u n a m ito lo g ía de lo s h é r o e s d e S a m o tra c ia c o m ú n m e n te c o n o c id a 46:
« S e ñ o r a » de S am o tra cia es la h ija de A tlas, E le c tra o E le c trio n e , n o m b re q u e, p o r
lo g e n e ra l, se e n te n d ía co m o la « r a d ia n t e » ; ju n to a Zeus g e n e ró a D á rd a n o , E e tió n
y H a r m o n ía . H a r m o n ía c ele b ra e n S a m o tra c ia su b o d a c o n C a d m o de T ebas, cuyo
n o m b re re c u e rd a cu rio sa m e n te al de Kadmílos ; en la fiesta de S am o tra cia se « b u s c a »
a H a r m o n ía 47, lo q ue p re su p o n e u n m ito sim ila r al ra p to de C o re . E l d estin o de lo s
h e rm a n o s es s in g u la r: E e tió n se e q u ip a ra a Y a sió n , que se u n ió a D e m é te r y al que
Z eu s m ató c o n su ra y o 48; las « b o d a s sa g ra d a s» , que tie n e n u n d esenlace fatal com o
en el ám b ito de Ish tar y M ete r, a p u n ta n a rito s sacrificiales secretos. P ero ta m b ié n se
d ice q ue D á rd a n o asesin ó a su h e r m a n o 49; e n c u a lq u ie r caso, D á rd a n o h uye de la
isla sagrada en u n a balsa, c o n m otivo de u n diluvio, según se añade a m en u d o ; desem ­
b a rca en el Id a , se co n vierte e n el fu n d a d o r de la estirpe de los tro yan o s y, al m ism o
tie m p o , in tro d u c e el cu lto de la M eterIdaíe s° . E l c rim in a l se vu elve el salvado d e las
aguas: este m ito re c u e rd a a la p re g u n ta p la n te ad a en la in ic ia c ió n y ta m b ié n a la sa l­
v a c ió n de O d is e o g racias a la b a lsa y al v e lo . E n S a m o tra c ia n o se h a b la de « D á r ­
d a n o » , sin o de P o liarces, el « f u e r t e » , p ro te g id o y p ro t e c t o r 51.
Este es, p o r tan to , el efecto p rim o r d ia l q u e lo s m iste rio s de S am o tra c ia p r e te n ­
d e n p r o d u c ir : salvació n de los p e lig ro s d el m ar, tr iu n fo so b re el m a r. L o te stim o ­
n ia n ya lo s d o n es votivos d el siglo V 5a ; la JVíke de S am o tra c ia c eleb ra u n a v ic to ria en
el m a r . E l m ito h a ce q u e ta m b ié n lo s a rg o n a u ta s se s o m e ta n a la in ic ia c ió n de
S a m o t r a c ia 53. N a d a se d ic e de la e v e n tu a l e sp e ra n z a e n el M ás A llá ; el e n c u e n tro

46 Atestiguada ya p o r H esíodo fr. 177 M e rk .-W est [trad. esp. de A . M artínez: H esíodo, Obrasy frag­
mentos, 1 9 y S ] ; cfr. A rctin . llioupenis i r . I Bernabé (= fra g m e n tu m dubium, p. 6 5 Davies) = Dorn it io.s
FGrHist 4 3 3 F ΙΟ = D ion. H al. Ant. I, 6 8 ; H ellanic. FGrHist 4 fr. 23 [= fr. 2 3 Fowler = fr. 23 C a e -
rols (con trad, esp .)]; PR I, pp. 8 5 4 ” 8 5 6 ; H em berg, pp. 3 1 2 - 3 1 5 .
47 Ep h o r. FGrHist 7 0 F 1 2 0 ; H em berg, p. 9 1.
48 Y a sió n : H es. Theog. 9 6 9 - 9 7 1 : Od· 5 > 1 2 5 ; transferido a Sam otracia, H es. fr . 1 7 7 M e r k .-W est;
racionalizado, H ellan ic. FGrHist 4 F 2 3 L fr. 2 3 Fowler = fr. 2 3 C aerols (con trad, e sp .)]; cfr.
Scym n. 6 8 4 s .; D io d. Sic. 5 , 4 7 " 4 9 ', D io n . H al. Ant. I, 6 l; cfr. A fro d ita-A n q u ises; H em berg, p.
8 9 . Eetió n en las esculturas del fro ntó n del hieron ■. P. W . Lehm ann, The Pedimental Sculptures o f the R ie­
ron in Samothrace, 1 9 6 2 .
49 Serv. Aen. 3 , 16 7 , cfr. C lem . Protr. 2, I9 sobre Coribantes y C abiros y la historia de R am psinito
(véase supra, n. 3 4 ) ; N . Strosetzki, « K a in u n d Rom ulus als Stadt^ründer», Forschungen und Fortschritte
2 9 ( 1 9 5 5 ) · pp· 1 8 4 - 1 8 8 . Según testimonios de época im perial, en los misterios de Sam otracia se
veneraba a A dam na, interpretado com o hom bre prim itivo y al tiempo equiparado a Atis : los naa-
senos, en H ippol. Ref. 5 , 8, 9 y el H im n o a Atis, ibid. 5 , 9, 8; T b . Wolbergs, Griechische religiöse Gedichte
der ersten nachchristlichen Jahrhunderte, 19 7 1 · pp - 8, 7 ° s·; el nom bre en lengua frigia sign ifica « e l
am an te», Hesych. s.v. adamnem Latte. W . Fauth, Indogermanische Forschungen 8 2 ( l 977 )> ΡΡ· 8 0 s . Para
Adam na en Ebla véase V . Haas, Ugarit-Forschungen 1 3 (19 8 1), p. 1 0 2 . ¿E s quizá este nom bre u n resto
del núcleo pregriego de la m itología de Sam otracia?
50 D iluvio : L ycop h r. 6 9 - 8 5 [trad. esp. de M . y E . Fern án d ez-G alian o : L ico fró n , Alejandra, 1 9 8 7 ] ;
Plat. Leg. 6 8 2 b ; 7 0 2 a; Schol. Τ 11. 2 0 , 2 l 5 - 2 l 6 Erbse; M éter: D iod. Sic. 5 > 4 9 , ('fr · Eph or, FGrHist
70 F 10 4 .
51 H ellanic. FGrHist 4 F 23 [= fr. 23 Fowler = fr. 23 C aerols (con trad. esp.)] = Schol. A p . R h o d . I,
g i 6 - g i 8 a W endel (los manuscritos presentan Folyarche en acusativo, corrección de W ilam owitz).
52 Véase VII 2 , n. 3 6 .
53 A p . R h. I, 9 1 5 - 9 2 I ; Val. Flac. Arg. 2 , 4 3 2 - 4 4 2 .
1.4. ELEUSIS 379

c o n e l p e lig r o d e m u e rte y c o n lo s d io se s d e la m u e r te p ro te g e a n te to d o d e la
m u e rte re a l.
N o es p o sib le re la c io n a r c o n segu rid ad el elem en to n o g rie go de los m isterio s de
S am o tra cia c o n o tro s lu gares. Kadmilos-Kásmilos se e q u ip a ra ya e n la an tigü ed ad c o n el
té rm in o la tin o a rca ico camillus, c o n el q u e se d esig n a b a al jo v e n a có lito d e l s a c r ifi­
c io 54; la c o in c id e n c ia es so rp re n d e n te y es fá c il p e n sa r e n lo s etru sco s co m o in t e r ­
m e d ia rio s; p e ro n o ten em o s testim o n io s de « t ir r e n o s » e n S am o tra cia . L a s listas d e
in ic ia d o s m u estra n estrechas re la c io n e s c o n C a ria , p e r o n o antes de la ép o ca h e le ­
n ística . T a m b ié n se h a asociado a Kásmüos c o n u n n o m b re de p e rso n a h itita o p r o -
to h á tic o 56. E l m ito de D á rd a n o p re se n ta an alo gías c o n algu n o s m iste rio s de M é te r
en A s ia M e n o r; y se p o d ría n re c o n o c e r p a ra le lo s ta m b ié n c o n el m ito d e los D io s -
eu ro s (la h e rm a n a d esap arecid a, el h e rm a n o q u e m u e r e ) 57. P e ro se h ab la asim ism o
de « C o r ib a n t e s » y « D á c tilo s » e n S a m o tra c ia 58. E l n o m b re au tó cto n o de los h a b i­
tantes era, seg ú n p arece, Saoí59, que los griego s p o d ía n e n te n d e r sim p le m e n te co m o
los « s a lv a d o s» . D e n uevo aparece evid en tem en te u n a aso cia ció n de h o m b res ligad o s
p o r u n ju r a m e n to a través d e lo s m iste rio s, q u e se fu n d a m e n ta so b re las te n sio n e s
en tre jo v e n y v ie jo , m asc u lin o y fe m e n in o , sexu alid ad y m u erte , según su gie re n lo s
n o m b res secretos de lo s dioses y la m ito lo g ía d e lo s h é ro e s, que se e n c u en tra b a jo la
gu ía de u n a « g e n e ra la d el e jé r c it o » (strategis)60. Q u e esta a so c ia c ió n de Sáoi, in m u ­
nes a los p e lig ro s d el m ar, se re m o n te a la é p o ca de lo s d ep re d a d o re s « p u e b lo s d e l
m a r » de la p rim e r a E d a d d el H ie r r o d eb e q u e d a r co m o c o n je tu ra .

Ι ·4 · E le u s is

L o s m iste rio s d e E le u sis 1 so n el culto g rie g o m e jo r d o c u m en ta d o , b ie n se trate de la


arquitectu ra d el san tuario, la p ro so p o grafía de los sacerdotes, las leyes sagradas, la ic o ­
n o g ra fía o el re fle jo e n la lite ra tu ra . D esd e el te stim o n io m ás a n tigu o , la p arte c e n ­
tral e le u sin ia d el Himno homérico a Deméter, hasta la p r o h ib ic ió n d e l culto p o r p arte de

54 H em berg, pp. 3 1 6 s.; Latte (2 ), pp. 4 ° 7 S·; t'-’ · A rrig o n i, Camilla Amazone e sacerdotessa di Diana, 1 9 8 2 ,
pp. 7 8 - 8 0 .
55 H em berg, p. 127 ·
56 Kadmîlos-Kasmilos-Hasamili: H em berg, pp. 1 2 9 i 3 1 6 ■
57 Véase IV 5 -2 , n. 4 «D io sc u ro s» en Sam otracia: N igid . fr. 9 1 Swoboda.
58 H em berg, pp. 3 0 3 _ 3 0 5 ¡ Kyrbantes Pherecyd. FGrHist 3 F 4 8 [= fr. 4 8 Fow ler]; « D á c tilo s» : Ep h o r.
FGrHist 7 0 F 1 0 4 .
59 Identificados con los Salii po r G ritol. FGrHist 8 2 3 F I¡ Serv. auct. Aen. 8, 2 8 5 ; Saos h ijo de H erm es
y de Uéne (cuyo nom bre evoca el carnero): Schol. A p . R h. I, 9 16 b , sobre A rist. fr. 579 Rose.
60 Este es el nom bre ind ígena de Electra, según H ellan ic. FGrHist 4 F 23 £= fr· 2 3 Fow ler = fr. 23
Gaerols (con trad. esp.)].
I CGS III, pp. 1 2 7 - 1 9 8 ; P. Foucart, Les mystères d'Eleusis, I 9 1 4 ; K e rn , RE s.v. Mysterien X V I ( l 9 3 5 )> cois.
1 2 1 1 - 1 2 6 3 ; AF, pp. 6 9 - 9 I ; GGR, pp. 6 5 3 - 6 6 7 ; K erén yi (i) y (2 ) ; HN, pp. 2 7 4 “ 3 2 7 ; [divulgativo,
A . Bernabé, « L o s m isterios de E le u s is» , en F. Gasadesús B o rd o y (e d .), Sedes, ritus i religions del món
antic, 2 0 0 2 , pp. I 3 3 _ I 573 ; sobre el Himno a Deméter: Richardson [trad. esp. con intr. y com. de A . B e r ­
nabé, Himnos homéricos. La Batracomiomaquiá, 19 7 8 , pp. 4 3 - 8 3 ] · sobre la prosopografía: K . C lin to n ,
The Sacred Officialsfo r the Eleusinian Mysteries, 1 9 7 4 ; só brela iconografía: H . G . Pringsheiin, Archäologische
Beiträge zur Geschichte des eleusinischen Kultes, 1 9 0 5 ; sobre las excavaciones: F. Noack, Eleusis, die baugeschich­
tliche Entwicklung des Heiligtums, 19 27 ) y Mylonas, 19 6 1. K . Clinton, MythandCult. The Iconography o f the Eleu­
sinian Mysteries, Estocolm o, 1 9 9 2 .
38ο &. MISTERIOS Y ASCETISMO

T e o d o sio y la d estru cció n d el san tu ario p o r los go d os e n to rn o a 4 0 O d .C ., tra n scu ­


rr e n 1 . 0 0 0 años, durante los que este culto atrajo a p ersonas de toda G re cia y después
d e to d o el Im p e r io ro m a n o , o fr e c ié n d o le s , c o m o sie m p re se a seg u ra , fe lic id a d y
co n su e lo . S egú n D io d o r o 3, la fam a de E leu sis deriva de la p a rtic u la r an tigü ed ad y de
la in ta n g ib le p u re z a d e l c u lto ; la p o s ic ió n ú n ic a de A te n a s e n la lit e r a t u r a y e n la
filo s o fía griegas h izo q u e esta fam a se d ifu n d ie ra a to d os lo s griegos.
E l m iste rio , al que cada añ o te n ía n acceso m iles de p erso n a s, se p ro fa n ó re p e ti­
das veces; p e r o las fu e n te s de las q u e d isp o n e m o s, b ie n sean im á g e n es o textos, se
a tie n e n a las reglas d e l r itu a l, q u e só lo p e r m it e n vagas a lu sio n e s. E l h e c h o de q u e
D e m é ter re e n c o n tra ra e n E leu sis a su h ija es el revestim iento m ítico detrás d el que se
ocu lta to d o cuanto sucede d u ra n te lo s m iste rio s. S ó lo los escrito res cristian o s v io la ­
r o n estas re gla s. C le m e n te de A le ja n d r ía d esvela la « c o n t r a s e ñ a » (synthema) de los
in ic ia d o s e le u s in io s , u n g n ó s tic o tr a n s c r ib ió u n a p r o c la m a c ió n d e l h ie r o fa n te y
m e n c io n a lo q u e se « m o s t r a b a » e n el p u n to c u lm in a n te de la c e r e m o n ia ; u n a
espiga cortad a. N o hay n in g ú n m o tivo p ara d u d ar de su te s tim o n io 3.
L a c ele b rac ió n de los m iste rio s estaba en m an os de dos fam ilias, lo s E u m ó lp id a s,
q u e e le g ía n a lo s h ie ro fa n te s , y lo s G é ric e s , q u e n o m b r a b a n a lo s « p o r t a d o r e s de
a n to rc h a s» (dadoûchos) y al « h e r a ld o de lo s s a c r ific io s » (hierokéryx) ; a éstos se añ ad e
u n a sacerdotisa de D e m é ter, que vive p e rm a n e n te m en te en el sa n tu a rio . L a p rim e ra
sala de in ic ia c ió n verd a d era (telestérion) se con stru yó en época de P isistrato en el lu ga r
de u n a e sp e cie de te m p lo d e é p o ca d e S o ló n ; p e r o lo s v e stig io s d e l c u lto lo c a l se
re m o n ta n a la ép o ca g e o m é trica o in c lu so a lo s p red eceso res m icén ico s.
L a in ic ia c ió n (myesis)4 e ra u n acto in d iv id u a l; la m ayo ría de lo s aten ien ses, a u n ­
q ue n o to d os, estaban in ic ia d o s; m u je re s, esclavos y e xtran jero s q u ed ab an exclu id o s.
L a p r im e r a p a rte de la in ic ia c ió n p o d ía te n e r lu g a r, seg ú n p a re c e , e n m o m e n to s
d ife re n te s, en la m ism a E leu sis o e n la « f i l i a l » en la ciu d ad de A te n a s, el « E le u s i-
n io n » sob re el A g o ra . E l p r im e r acto con sistía en el sa crific io de u n c o c h in illo , que
cada in ic ia d o d eb ía llevar co n sig o ; seg ú n u n te stim o n io , el in ic ia d o se som ete a u n
b a ñ o en el m ar c o n el c o c h in illo ®, al q u e dará m u erte « e n su lu g a r » ; el m ito asocia
la m u erte d el c o c h in illo c o n el m o m e n to en q u e C o re se su m ió b a jo la tierra , com o
o c u rre e n las T e s m o fo ria s 6.
A c o n tin u a c ió n tien e lu g a r u n a c e re m o n ia de p u rific a c ió n , que el Himno h o m é ­
rico hace c u m p lir p arad igm áticam en te a la p ro p ia D e m é ter; sin p ro n u n c ia r p alab ra,
se sien ta en u n escabel, cu b ie rto c o n u n a p ie l de c a rn e ro , y oculta su cabeza c o n u n
v e lo . A s í m u e s tra n a lg u n o s re lie v e s a H e ra c le s d u ra n te la in ic ia c ió n , la cabeza
cubierta p o r u n velo, sentado sob re la p ie l de ca rn e ro , m ientras que o b ie n u n a figu ra
sujeta u n aven tad o r p o r e n cim a d e él o b ie n se le acerca p o r detrás c o n u n a a n to r ­
c h a 7. E n la in t e r p r e t a c ió n de lo s a n tig u o s es u n a « p u r if ic a c i ó n c o n a ire y c o n

2 D io d. Sic. 5 , 4 * 4 ·
3 C lem . A l . Protr. 2 , 2 1 , 2 [trad. esp. de M . C . Isart: C lem en te de A le jan d ría, Protréptico, 1 9 9 4 b
H ip p ol. Ref. 5 , 8, 3 9 s .·,Η Ν , pp. 2 7 5 - 2 8 3 .
4 HN, pp. 2 8 3 - 2 9 4 ·
5 Plut. Phoc. 2 8 , 6.
6 V é a s e V 2 - 5 , nn. 1 4 - 2 1 .
7 Himn. Dem. 1 9 2 - 2 1 I ; sarcófago de Torrenova, AF, lám. 7, I; Kerényi (i), lám. 7 ; id- (2), p. 5 4 ; M ylo -
nas, fig. 841 urna Lovatelli, AF, lám . 7, 2 ; GGR, lám . 4 3 , 2 ; K erényi (i), láms. 8 - I I ; id. (2), pp.
5 6 s .; H K , pp. 2 9 5 - 2 9 7 ·
.4 . ELEUSIS

f u e g o » , vivid a com o u n a am enaza p o r el mystes que n o ve. E n el relieve se rep resen ta


a c o n tin u a c ió n el e n cu en tro co n D e m é ter, C o re y la kiste; se trata de u n a re fere n c ia a
la ve rd a d e ra fiesta: « H a sta que n o llegas al A n á k to r o n , n o eres in ic ia d o » 8.
S o b r e las fases de la in ic ia c ió n n o s in f o r m a el synthema9, d e fo rm a ve lad a, de
m an era que sólo el in ic ia d o p u ed a d ar a e n te n d e r a o tro in ic ia d o que h a c u m p lid o
to d o lo q u e está p r e s c r ito . « H e a y u n a d o , h e b e b id o el c ic e ó n , saqu é de la cesta
(kiste), h ice lo que ten ía que h acer, vo lví a p o n e r en el cesto (kdlathos) y d el cesto e n la
kiste» . E l p r o p io C le m e n te n o sabía d ar in d ic a c io n e s m ás p recisas, p e r o o p in a q ue
debe tratarse de algo o b sce n o ; así se su giere q u e en el kdlathos y e n la kiste h ab ría s ím ­
b o lo s de genitales. P e ro u n a a lu sió n de T e o fra s to 10, seg ú n la cu al los p rim e ro s h o m ­
b re s « o c u lt a b a n lo s u t e n s ilio s » p a r a m o le r el g r a n o y « l o s tra ta b a n co m o algo
s a g ra d o » , h ace su p o n e r q ue los « o b je to s sa g ra d o s» fu e r a n e n re a lid a d el m o rte ro y
la m an o d el m o rte ro , los in stru m e n to s p a ra la e la b o ra c ió n d e l cic e ó n : u n a b e b id a
de cebada, u n a especie de sop a de cebada, ad erezad a c o n u n a d ete rm in a d a h ie rb a .
E x istía adem ás u n a « t r a d ic ió n » o ra l relativa a las in ic ia c io n e s , p ro b a b le m e n te
e x p lic a c io n es e n fo rm a m ítica, de las que n o sab em os n ad a; s in em b a rg o , lo e s e n ­
c ia l, a firm a A r is t ó t e le s 11, n o e ra « a p r e n d e r » sin o « e x p e r im e n t a r » y c a m b ia r de
m en ta lid ad a través de lo q ue sucede.
L a v e rd a d era fiesta de lo s m iste rio s tien e su lu ga r fijo en el c a le n d a rio , en el m es
o to ñ a l de B o e d r o m ió n . E l ac o n tec im ie n to p ú b lic o m ás im p o rta n te es la g ran p r o ­
c esió n de A ten as a E leu sis a través de la « v ía sa g ra d a » , de m ás de 3 O k m . de la rg o , el
19 de B o e d r o m ió n 13. C o n a n te rio rid a d , el d ía 1 4 d el m es, los efebos tra n sp o rta b a n
los « o b je to s sa g ra d o s» de E leu sis a A ten as, al E le u s in io n ; el h ie ro fa n te in a u g u ra el
p e r ío d o festivo c o n el « p r ó l o g o » 13 (prórrhesis), e n el q u e o rd e n a am en azad o ram en te
q ue se a le je n « a q u e llo s q u e n o te n g a n m a n o s p u ra s o h a b le n u n a le n g u a in c o m ­
p r e n s ib le » . S e g ú n la o p in ió n g e n e ra l, q u e d a b a n e x clu id o s así lo s h o m ic id a s y lo s
b á rb a ro s. E s característico d el m o d e lo arcaico el h ech o de que n o se h ab le de p u reza
de c o razó n . E l día 16 , los in icia d o s ib a n ju n to s « a l m a r » , a la b ah ía d el F á le ro , p a ra
p u rific a rs e c o n u n b a ñ o . E l 18 , p erm a n e c ía n e n casa p ro b a b le m e n te ayu n an d o.
L a p ro c e s ió n q ue se m ueve h acia E leu sis a c o m p a ñ a n d o a lo « s a g r a d o » , llevad o
p o r la sacerd o tisa e n kistai cerrad as, es dan zan te y casi extática; iakch’ ô iakche es el g rito
rítm ic o que re su en a sin p a ra r y q u e a rtic u la el m o v im ie n to de la m u ltitu d . E n este
g rito se re c o n o c e el n o m b re de u n ser d iv in o , Y a c o '4, u n daímon de D e m é te r, seg ú n
se d ice d espués, o m ás b ie n u n epíteto de D io n is o , co m o so stien en m u ch o s in v esti-

8 Max. T yr. 3 9 , 3 , IOO T rapp.


9 C lem . A l. Protr. 2 , 2 1 , 2 [trad. esp.de M . C . Isart, Clem ente de A lejandría, Protréptico, 1994-1 > H N,
p p .2 9 7 -3 0 2 .
10 T h eo p h r. en Porph. Deabst. 2 , 6 = fr. 5 8 4 A Fortenbaugh; A . Delatte, « L e C y cé o n » , Buü.Acad. de
Belgique Cl. d. Lettr. V 4 0 (19 5 4 )» ΡΡ· 6 9 0 - 7 5 1 ; H N , p . 3 0 1 . N o tab le éxito tuvo la hipótesis de A .
K ö rte , según la cual la kiste debía conten er una rep resentación de pudenda muliebria con la cual el
mista cumplía su « ren acim ie n to », A R W 18 (1 9 15 ), pp· I l 6 - I 2 6 ; K e rn , R E X V I ( l 9 3 5 )> C° L ^2 3 9 .
pero la fuente sobre la que se basa se refiere a las Tesm oforias, Theodoret. Graec. ajf. cur. 3, 84» cfr.
7 , l l ; HN, p. 2 9 9 , n · 2 1.
11 A rist. fr. 1 5 Rose; véase VI I .I , n. 12 .
12 / G I I - Ï I F 1 0 7 8 = S IG 8 8 5 = LSG G 8 ; AF, pp. 7 2 s.
13 Tzetzes, A ristop h . Ran. 3 6 9 K oster; Isocr. Paneg. 4 , 157 » O rig . Contra Cels. 3 > 5 9 ; T h eo n Sm yrn .,
p. 14 , 23 H iller; Suet. Nero 3 4 ; Liban . Deci. 1 3 , 19 ; 5 2 ·
14 G raf, pp. 4 6 - 4 9 ; 3 ° 7 S-
3δ2 6. MISTERIOS Y ASCETISMO

ga d o res. S e agitan m a n o jo s de ra m a s, lla m a d o s bdkchoi. G u a n d o e n el añ o 4 8 0 , los


p ersa s c o n q u is ta r o n el c o n tin e n te , u n g rie g o fu e testigo de u n h e c h o p r o d ig io s o :
u n a n u b e de p o lv o , co m o d e 3O.OOO h o m b re s, e n tre lo s q u e re so n a b a el g rito de
Y a c o , salía de E leu sis p ara d irig irse h acia Salam in a, d o n d e estaba el ejército g rie g o 15:
la fie sta , c o a rta d a p o r la g u e rr a , se c e le b ra en c ie rto m o d o p o r sí m ism a y d e e lla
p ro v ie n e la fu erza y la vic to ria de A te n a s.
E n el lím ite e n tre el te rr ito rio aten ien se y el e leu sin io hay p eq u eñ o s riac h u e lo s;
e n u n o de lo s p u e n te s se re p re s e n ta u n a farsa g ro te sc a : h o m b re s e n m a sc a ra d o s se
m o fa n d e lo s in ic ia d o s c o n b u r la s y gesto s o b sc e n o s. D e este m o d o , e n el m ito
Y a m b e o B au b o d iv ierte n a D e m é te r16. E l ayu no de los in ic ia d o s se in te rru m p e tan
p ro n to co m o e m p ie z an a ve rse las e stre lla s17, la n o ch e q ue se c o n sid e ra q u e p e r te ­
n ece ya al d ía 2,0 . M ie n tra s tan to, la p ro c e s ió n h a b ía llegad o al sa n tu a rio . E l tem p lo
de A rte m is y P o sid ó n 18, lo s altares p a ra los sacrificio s, u n a « fu e n te de las bellas d a n ­
z as» e ra n a ú n accesibles p ara to d o s; detrás estaba la p u erta d el re c in to , al que n o se
p e rm itía e n tra r a lo s n o in ic ia d o s b a jo p en a de m u erte.
S in em b argo , las p u ertas estaban abiertas p ara los in ic ia d o s. S ab em os q u e, tras la
en trad a, se e n cu en tra en p r im e r lu g a r u n a gru ta, que n o es n in g u n a m aravilla esp e­
cial de la n atu raleza, apenas el p u n to de p artid a d el cu lto ; estaba d ed icad a a P o sid ó n
y, p o r tan to , se estaba cerca de la e n trad a al m u n d o su b te rrá n e o . P ara la fiesta p r o ­
p ia m e n te d ich a se em p leab a el « T e le s t e r io n » , u n a c o n stru c c ió n bastante sin g u la r:
m ie n tra s q ue el h a b itu al tem p lo g rie g o tien e u n a fach ada m o n u m e n ta l y e n el in te ­
r io r sólo hay espacio p ara la im agen cu ltu al, el T e le ste rio n está c o n stru id o p ara a c o ­
g e r a v a rio s m ile s de p e r so n a s, q u e « c o n t e m p la b a n » a q u í c ó m o e l h ie r o fa n te
« m o s tr a b a lo s a g ra d o » . Se d istin g u ía n dos tip o s de p artic ip a n tes e n la ce re m o n ia :
lo s mystai, lo s « in ic ia d o s » q ue to m a b a n p arte e n ella p o r p rim e r a vez, y lo s epóptai,
« e s p e c t a d o r e s » , p re se n te s al m e n o s p o r seg u n d a v e z '9. V e ía n lo q u e lo s mystai n o
v e ía n ; éstos p ro b a b le m e n te d eb ía n tap arse los o jo s e n d eterm in ad as fases de la c ele ­
b r a c ió n . C a d a mystes te n ía su p r o p io « m is t a g o g o » , q u e lo a c o m p a ñ a b a al sa n tu a ­
r i o 80. E n el c en tro se e n co n tra b a el Artáktoron, u n a c o n stru c c ió n alargad a y c u a d ra n -
g u la r de p ie d r a c o n u n a p u e rta al fin a l de u n a de las p ared es m ayo res; ju n t o a ella
estab a el tr o n o d e l h ie r o fa n t e ; só lo él p o d ía a trav esar la p u e rta , q u e c o n d u c ía al
in t e r io r de esta c o n stru c c ió n . E l Anáktoron se m an tu vo in tacto d u ran te todas las fases
de la c o n s tru c c ió n d e l T e le s te r io n ; e n su in t e r io r se e n c o n tra b a u n tro z o de ro c a
n a tu ra l21. N o h abía u n a v e rd a d era e n tra d a al m u n d o su b te rrá n e o , u n a re p re se n ta ­
c ió n de u n viaje al m u n d o su b te rrá n e o . E n el Anáktoron ard ía evid en tem en te el g ra n
fu eg o « b a jo el q u e » o fic ia b a el h ie ro fa n te . E l tech o d el T e le ste rio n estaba p ro visto
de u n a e sp e cie de lin t e r n a (opáion) p a r a la sa lid a d e l h u m o . P o r ta n to e l Anáktoron
p erte n ec e re a lm e n te al tip o de « a lta re s c o n h ip o g e o » 22, com p arab le c o n el « m é g a -

15 H ero d. 8, 6 5 .
16 HN, p. 3 0 7 .
17 O v. Fast, φί 5 3 6 .
18 Mylonas, pp. 16 7 s .
19 H N, pp. 2 9 2 , η. i; 3 0 3 s .
20 I5515.
21 Mylonas, pp. 8 3 - 8 8 , I 2 0 s . ; HN, pp. 3 0 4 s .; G . B runs, «U m b au te G ö tterfelsen », J d I J $ ( i9 6 0 ) ,
p p . IO O -III.
22 F. Studniczka, «A ltäre mit G ru b en k am m ern », Oejh 6 ( 1 9 0 3 ) , pp. 1 2 3 - 1 8 6 ; 7 ( 1 9 0 4 ,) pp. 2 3 9 -
2 4 4 · G raf, pp. 4 6 - 4 9 ! 30 7s.
1.4. ELEUSIS 383

r o n » d e L ic o s u r a 23. A n te s de las c o n s tru c c io n e s de la ép o ca d e S o ló n o de P is is ­


trato , lo s m iste rio s se c ele b raría n p ro b a b le m e n te ta m b ié n en E le u sis e n to rn o a u n
fu eg o al a ire lib re .
L a o sc u rid a d ro d e a a la m u ltitu d e n la sala de lo s m iste rio s, m ie n tra s lo s s a c e r­
d o tes o fic ia b a n a la lu z de las a n to rc h a s; la c e r e m o n ia se re p re s e n ta b a de fo r m a
te m ib le , a te rrad o ra , hasta que b rilla b a u n a « g r a n lu z » , cu an d o « s e ab ría el Andkto-
ron» y el h ie ro fa n te « a p a re c ía desde fu e ra d el Andktoron e n la ra d ia n te n o ch e de lo s
m is te rio s » 24. N o c o n o c e m o s el v e rd a d e ro d e sa rro llo d e los a c o n tec im ie n to s y n o s
re su lta d ifíc il c o m p a g in a r las diversas a lu s io n e s . ¿ S e su g ie re u n a « b o d a sa g ra d a »
entre el h ie ro fa n te y la sa ce rd o tisa ? 23 E n el m ito , D e m é ter deposita al h ijo del rey de
E leu sis en las llam as d el h o gar, de tal m a n e ra q u e la m a d re h o rro riz a d a cree que el
n iñ o se q uem a, cu an d o en realid ad la diosa q u ie re co n ce d erle la in m o rta lid a d 26. E n
el ritu a l se con sagra cada vez u n « n iñ o d el h o g a r » , lo q u e rep resen ta u n p a rtic u la r
h o n o r p ara el e le g id o 27; u n relieve m u y d a ñ a d o 28 m u estra cóm o, ju n to a la e n tr o n i­
zada D e m é te r, dos fig u ras tie n d e n an to rch as h acia u n n iñ o agazapado. S e alude a la
d iv in iz a c ió n a través d e la m u erte e n el fu eg o , p e ro la d e stru c c ió n ta m b ié n está p r e ­
sente. E s p ro b a b le q ue en tal ocasió n se m ataran an im ales p ara el sa crific io y que lo s
restos de las víctim as se u tiliz a ra n p ara algú n f in p a rtic u la r.
S in em b argo , n o e ra el te rr o r sin o las p ro m e sa s lo q ue d eb ía p revalecer. L o p la ­
cen te ro se p re se n ta de tres fo rm a s: el in ic ia d o « v e a C o r e » , a la que el h ie ro fa n te
« lla m a a la s u p e r f ic ie » c o n g o lp e s de g o n g 29. E l m u n d o s u b te rr á n e o se ab re , el
t e r r o r se tr a n s fo rm a e n la a le g ría de la r e u n ió n . E l h ie r o fa n te a n u n c ia u n n a c i­
m ie n to d iv in o : « l a S e ñ o r a h a d ad o a lu z u n n iñ o sa g ra d o , B r im ó , el B r im ó s » y
m u estra en sile n c io la espiga c o rta d a 30. L a c u e stió n de q u ié n e ra el n iñ o y q u ié n la
m ad re se ha in te rp re ta d o de d iferen tes m an eras: ¿ Y a c o -D io n is o , h ijo de P e rséfo n e,
o P lu to , h ijo de D e m é te r? P lu to , la « r iq u e z a » , es re a lm e n te el fru to de la cosecha
d el g r a n o , q ue d e stie rra la p o b re z a y el h a m b re . A lg u n a s escenas rep resen tad as e n
vasos d e l sig lo IV m u e stra n , e n tre las d iv in id a d e s e le u s in ia s, a l n iñ o P lu to c o n su
c o r n u c o p ia ; u n a vez lo p re se n ta n ta m b ié n r o d e a d o d e esp igas m a d u r a s 31. A s í, se
p u ed e id e n tific a r al n iñ o c o n la espiga; p ero la espiga « c o r ta d a » , « s e g a d a » , sugiere
ta m b ié n o tra p o sib le aso c ia c ió n : « c o r t a r » co m o acto de ca stra ció n . C r e c im ie n to ,
flo re c im ie n to y d e sa rro llo se in te rru m p e n de go lp e c o n el corte; y, sin em bargo', e n
la espiga cortad a, se e n c u en tra la fu erza p ara u n a nueva vida.
O tras actividades festivas sirven de m arco a las in ic ia c io n e s m istéricas: danzas, u n
g ra n s a c rific io de to ro , realizad o p o r lo s efeb o s en el « p a t io » d el sa n tu a rio , y v i n ­
cu lado p ro b a b le m e n te a u n ric o ban q u ete c o m o en A n d a n ia 32, p o r ú ltim o se vertía

23 Véase VI 1 . 2 , n. 19; I.3, n.31.


24 Plut. Prof. virt. 8 i E ; I G I I -I I P 3 8 1 1 .
25 AF, pp. 8 4 s .; HN, p. 3 1 3 .
26 Hymn. Dem. 2 3 9 - 2 9 I i Richardson adîoc. ; H N, pp. 3 0 9 - 3 1 1 ·
27 HN, pp. 3 0 9 s ·
28 GGR, lám. 4 4 -2 ; N ilsson, Op. II, pp. 6 2 4 _ 6 2 7 -
29 A p o llo d o r. FGrHist 2 4 4 F IIQ ; W . F. O tto, Eranos-Jahrbuch 7 ( 1 9 3 9 ) , pp. 8 3 - 1 1 2 = Die Gestalt und das
Sein, 1 9 5 5 . ρρ· 3 1 3 - 3 3 7 ; H/V, p. 3 1 5 .
30 H ipp ol. Ref. 5, 8, 4 0 y 3 0 ; HN, pp. 3 1 8 ; 3 2 0 s .
31 Metzger, lám. 16 , 2 ; H N, p. 3 1 9 , n. 7 3 ; c ir .A F , p.8 6 ; K . C lin to n , U M C s.v. Ploutos V I I (19 9 4 ). p·
4 1 7 , n° 12 (foto).
32 HN, p. 3 2 2 ; véase VI 1 . 2 , η. 1 3 .
384 6. MISTERIOS Y ASCETISMO

el c o n te n id o de dos re c ip ie n te s p a rtic u la re s (piemochóai) , u n o h a cia O c c id e n te y el


o tro h a cia O r ie n t e , y al h a c e r lo , se in v o c a b a m ir a n d o h a cia el c ie lo « ¡ l l u e v e ! » y
h a cia la tie r r a « ¡ c o n c i b e ! » , p a la b ra s q u e e n g rie g o c o n fig u r a n u n a rim a m ág ica :
hye-kye 33. ¿A ca so se danzaba e n el « c a m p o de R a r o » , d o n d e , segú n el m ito , crecían
los p rim e ro s cereales?
L o que en los m isterio s trib ales y tam b ién e n los « G ra n d e s D io s e s » de S a m o tra ­
cia era e n to d o caso im p líc ito p e ro n o expresado, en E leu sis se con vierte e n u n a v e r ­
d ad era p ro m e sa c o n v a lo r u n iv ersal: lo s m iste rio s, al e lim in a r el m ie d o a la m u erte ,
g aran tizan u n d estin o m e jo r e n el M ás A llá .

¡Feliz aquel de los hombres que sobre la tierra viven que llegó a contemplarlos!
Mas el no iniciado en los ritos, el que de ellos no participa, nunca tendrá
un destino semejante, al menos una vez muerto, bajo la sombría tiniebla,

se dice e n el Himno a Deméter34; e n P ín d a ro se lee:

¡Dichoso el que contempla aquello y luego va bajo tierra!


Conoce ya el fin de la vida
y conoce su comienzo, que Zeus da35,

y e n S ó fo c le s:

¡Tres veces dichosos


los mortales que, tras haber contemplado estos misterios,
vayan al Hades! Pues allí sólo a ellos les toca
vivir y a los otros sufrir todo tipo de m ales36;

Isó cra te s37 a p o rta la fó rm u la e n p ro sa : el in ic ia d o tien e « e sp era n z as m ás gratas p ara


el fin a l de la vid a y p a ra to d a la e t e r n id a d » . D e u n a fo rm a sim p le p e r o e n fá tic a se
expresa lo m ism o e n u n a in s c rip c ió n fu n e ra ria de época im p e ria l38: el in icia d o c o n ­
m e m o ra al h ie ro fa n te , que m o stró a los h o m b res « q u e la m u erte n o es u n m al, sin o
algo b u e n o » .
L a fó r m u la « tr e s veces d ic h o s o » d eb e d e h a b e r fo rm a d o p a rte d e la lit u r g ia
e le u s in ia 39; e n qué se basaba su fu erza persu asiva sigue sien d o u n m iste rio . S i exis­
tió u n a d o c trin a o u n m ito q ue afian zara esta cre en cia , se ha p e rd id o . E s d ifíc il que
las im á g e n es q ue a p a re c e n e n la lite ra tu ra , de u n M ás A llá d ic h o so , d el « s im p o s io
de lo s hósioi» o d el suave sol d el m u n d o su b te rrá n eo sean esp ecíficas de la tr a d ic ió n

33 H ipp ol. Sef. 5 , 7, 3 4 : Proel. Tim. I I I 17 6 , 2 8 ; HN, 3 2 3 .


34 Hymn. Dem. 4 8 0 - 4 8 2 [trad, de A . Bernabé, Himnos homéricos. La <<Batracomiomaquia», 1978 ].
35 P in d . Thr. fr . 1 3 7 M aehler = P in d aro , Trenodie, In tro d ., texto crít. y com . de M . C an natà Fera,
19 9 0 , fr. 6 2 [trad, de E . Suárez: Píndaro, Obra completa, 1 9 8 8 ].
36 Sop h . fr. 8 3 7 Radt2, del Triptolemo, según Welcker.
37 Isocr. 4 , 2 8 .
38 Í G I I - I I F 3 6 6 1 = Peekn° 8 7 9 .
39 E . N o rden , Agnostos Theos, 1 9 1 3 , p . IOO, n. I ¡ G . L . Dirichlet, De veterum macarismis, 1 9 1 4 , p p . 6 2 - 6 4 ;
cfr. Zuntz, pp. 3 4 2 s. sobre las lam inillas de oro [cfr. A . Bernabé y A . I. Jim énez, Instrucciones para
el Más Allá. Las laminillas órficas de oro, 2 0 0 1 , 8 8 ss.].
2.1. MISTERIOS BÁQUICOS 385

e le u s in ia 40; m ás b ie n sirv e n d e m o d e sta ilu s tra c ió n a re la to s y p o e sía s de u n n iv e l


m u y d istin to . A d em á s, está la tr a d ic ió n d ifu n d id a in te n c io n a d a m e n te p o r A te n a s,
según la cual, D e m é te r d o n ó a E leu sis los cereales y, e n con secu en cia, sen tó los f u n ­
d a m e n to s de la c u ltu r a 41; las im á g e n e s de T r ip t ó le m o , q ue so b re su c a rro a la d o
d ifu n d ía el d o n de D e m é te r p o r to d o el m u n d o , e m p ie z a n a a p a re c e r a m e d ia d o s
d el siglo V I 42 ; co m o resu ltad o de esta tr a d ic ió n , se lleg a in c lu so a e x ig irle a to d o el
m u n d o « s a c r ific io s de p r im ic ia s » p a ra E le u s is 43; de este m o d o , la im p o rta n c ia de
E leu sis se tra sp o n e a este m u n d o y, sin e m b a rgo , de n in g u n a m an era se agota en él.
T ras el m iste rio se p o d ría n c o n je tu ra r ritu ales in a u d ito s, dram as, orgías o estu p efa­
c ie n te s; p e r o p re c isa m e n te la a n a lo g ía c o n la fie sta in d o ir a n ia d el Som a-H aom a 44
d em u estra q ue u n ritu a l p u ed e p e rd u ra r, si el h ip o tétic o p sico fá rm a co o rig in a rio se
sustituye p o r u n a sustan cia in o c u a . Q u iz á la n o c h e d e lo s m iste rio s n o se d ife r e n ­
ciaba tan to e n el fo n d o de u n a fiesta de Pascu a o rie n ta l o de u n a fiesta de N avid ad .
E s d ig n o de resaltar el h ech o de que n u n c a se h able de « in m o r ta lid a d » e n re la c ió n
c o n E leu sis. L a m u erte sigue sien d o u n a re a lid a d ; p e ro n o es u n fin a l ab solu to, sin o
u n nuevo c o m ie n z o , o tro tip o de « v id a » , en c u a lq u ie r caso, « b u e n a » . U n o p u ed e
r e m itirs e a las p a la b ra s d el Evangelio de Ju a n , se g ú n el c u a l, el g r a n o de trig o d eb e
m o r ir p a r a a p o rta r m u c h o f r u t o 45. « P u e s d e la m u e rte p r o v ie n e el a lim e n to y e l
c re c im ie n to y la s im ie n t e » 46. L a esp ig a c o rta d a q u e m u e stra e l h ie r o fa n te p u e d e
e n te n d e r s e e n este s e n tid o . E u r íp id e s p re se n ta a u n o de sus p e r s o n a je s , tras la
m u erte de u n n iñ o , p ro n u n c ia n d o las sigu ien tes p a la b ra s47:

Se entierra a los niños, se tienen nuevos niños,


uno mismo m uere: los hombres llevan a mal
echar tierra a la tierra. Pero es forzoso
cosechar la vida como una espiga fructífera y que lo uno sea y lo otro no sea.

C o n ello se alcanzaba u n n ivel m ás p ro fu n d o de p ie d a d u n iv e rsa l que c o n la eusébeia


b ie n e n te n d id a , q ue se agotaba en vo to s y sa crificio s.

3. B akch iká y Orphiká

2 .1 . M is t e r io s b á q u ic o s

E l culto de D io n is o e n tre los g riego s es a n tiq u ísim o 1 ; y, sin e m b argo , se m uestra e n


c o n tin u a tra n s fo rm a c ió n . N o p o r casu alid ad evasión y su b v e rsió n fo rm a n p arte de
la esen cia d el d io s. A p a r tir de m ed ia d o s d el siglo V I I , se p e rc ib e n cam bios ré v o lu -

40 G raf, pp. 94 ,_Ι^ 5 ·


41 G raf, pp. 1 5 8 - 1 8 1 .
42 Recogidas po r C h . Dugas, Recueil Ch. Dugas, i9 6 0 , p p .1 3 2 - 1 3 9 ; cfr. ahora G . Schwarz, LIMC s.v. Trip-
tolemosS ( 1997 )» PP* 6 0 - 6 1 , nos 5 3 _ 6 4 -
43 Véase II 2. η . 1 4 .
44 Véase VI 1 .1, n. 1 0 .
45 Gv 12 , 2 4 ; GGR, p. 6 7 5 .
46 H ipp ocr. Viet. 4 . 9 2 (V I 6 5 8 Littré).
47 E u r. Hypsipyle 9 2 2 - 9 2 7 (fr· 757 K an n ich t); cfr. Epictet. 2 , 6 , 1 3 ·
I Véase III 2 . 1 0 .
3 86 6. MISTERIOS Y ASCETISMO

c io n a r io s . A r q u ílo c o , q u e a la rd e a d e sa b er e n to n a r el d itira m b o , se a so cia e n la


le y en d a c o n la in tro d u c c ió n de la p ro c e s ió n fálica e n h o n o r de D io n is o 2. A p a r tir
de 6 0 0 a p ro x im a d a m e n te , ir r u m p e n de u n a fo rm a casi explosiva e n la p in tu ra de
vasos c o rin tia , escenas b u rlescas de a tm ó sfera d io n isía ca que re p re se n ta n « b a ila r i­
nes c o n gruesas n a lg a s » , cuyo d isfraz su giere u n a desnudez grotesca, m ie n tra s d a n ­
zan, b e b e n v in o y h a ce n to d a clase de d ia b lu ra s 3. S e g ú n la tr a d ic ió n , fu e e n to n ces
cu an d o A r ió n « in v e n t ó » el d itira m b o en C o r in t o 4. E n tod o caso, en ese m o m en to
e n C o r in t o el c la n fa m ilia r d e lo s B a q u ía d a s, q u e p re te n d ía p r o c e d e r d e l p r o p io
D io n is o , h ab ía sid o d e rro ca d o p o r el tira n o C íp se lo , al que su ced ió su h ijo P e ria n ­
d r o 5. E n con secu en cia, la n ueva fo rm a p o p u la r y de ám bito artesanal o cu p ó el lu ga r
de u n antiguo culto ge n tilic io de D io n is o . C a si al m ism o tiem p o , el tira n o C lísten es
de S ic ió n d esa rro lló el culto de D io n is o a expensas del tra d ic io n a l culto de A d r a s to 6;
a c o n tin u a c ió n se p ro d u c e n los cam b ios atenienses de la época de los tira n o s, la in s ­
titu c ió n de las G ra n d e s D io n isia s c o n el d itira m b o , los tra g o d o í de T espias y los sdtyroi
de P rátin as de F liu n te , « T r a g e d ia s » y « d ra m a s s a tír ic o s » 7. A s í, ta m b ié n la ic o n o ­
g rafía d el tíaso d io n isía c o , c o n sátiros y m én ad es, ad q u iere, en to rn o a 5 3 0 _ 5 2 °> su
fo rm a fija y c a n ó n ic a 8; d itira m b o y tra ge d ia c o n sig u e n e n tra r a fo r m a r p arte de la
alta lite ra tu ra . P e ro e n la base de estas in n o v a c io n e s se e n cu en tra evid en tem en te u n
im p u lso d irig id o co n tra la n o b leza, p ro v e n ie n te de las clases in fe rio re s de los a rte ­
sanos y los cam p esin os, e n los q u e ta m b ié n los tira n o s so lía n apoyarse.
S in d ud a so n ta m b ié n antiguas las a sociacio n es de m u jeres « fr e n é t ic a s » , m é n a ­
des y tíades, a p esa r de q u e n o se e n c u e n tra n te stim o n io s d ire cto s h asta u n a ép o ca
p o s t e r io r 9. Se evaden de la estrechez d el g in ec e o y se d irig e n « a l m o n t e » . R esu lta
sign ificativa la fija c ió n d el p ap e l so cia l y de la fech a en el ca len d a rio : « la s m u je re s»
de la ciu d ad « s e e n fu r e c e n » e n el m o m e n to establecido de la cele b rac ió n , d u ran te
la fiesta an u al de las A g rió n ia o las L é n a ia 10 , (algu n o s c a len d ario s c o m p re n d e n ta m b ié n
u n m es T hyíos11) o cada dos añ os en las fiestas « t r ie t é r ic a s » . E l verd ad ero éxtasis sigue
s ie n d o , p o r su p u e sto , im p r e d e c ib le : « m u c h o s so n lo s p o rta d o re s d el tirs o , p e r o
p o c o s los b a c a n te s » 12.
D io n is o es el d io s de la e x ce p ció n : e n el p ro ce so de e m a n cip a ció n d el in d iv id u o ,
el culto de D io n iso se convierte en exp resió n de la sep aración de gru po s privados de la
p o lis . J u n t o a las fiestas d io n isía ca s de la p o lis se d e s a rro lla n m iste rio s p riva d o s de

2 A rch ilo ch . fr. 1 2 0 W est2; epígrafe de Paros, SEG 1 5 ( 1 9 5 8 ) , n° 5 1 7 Ei col. III l 6 - 5 7 ; J - Tarditi,
Archilochus, 19 6 8 , pp. 6 s ., cfr. fr. 2 5 1 W est2, HN, p. 8 3 ; véase III 2 -1 0 , n. 18 .
3 H . Payne, Necrocorinthia, I 9 3 1 , PP· 118 - 124 ·; P ick ard-C am bridge (1), pp. IT7s. ; l 6 7 ~ l 7 4 i A - S ee -
berg, Corinthian Komos Vases, BÍCS Suppl. 2 7 , 19 7 r■
4 Pind. 01. 1 3 , 19 [trad. esp. de A . Bernabé y P. Bádenas, 2 0 0 2 ] ; H ero d. I, 2 3 ; H ellanic. FGrHist 4
F 8 6 [= fr. 8 6 Gaerols (con trad, esp.)] ; A rist. fr. 6 7 7 Rose; G . Ieranö, 11 ditirambo di Dioniso. Le testi­
moniante antiche, 1 9 9 7 , PP· 3 i “33 (Ha), i 5 5 _ I 5 6 , 1 7 1 , 1 7 9 - 1 8 4 ·
5 Pap. Oxy. 2 4 6 5 fr · 3 c° l · H; Gnomon 35 (I 9 ^ 3 ), P· 4 5 4 ·
6 H ero d. 5 , 67.
7 Véase III 2 .1 0 , n. 18 ; Pickard-Cam bridge (i) y (2 ); Lesky, pp. 2 6 0 - 2 7 O ; R. K ru m eich et al. (eds.),
Das griechische Satyrspiel, Darmstadt, 1 9 9 9 , ΡΡ· 7 4 “ 8 θ (Pratinas).
8 Véase III 2 .1 0 , n n. 4 1 - 4 2 .
9 Véase III 2 .1 0 , n. 4 3 .
10 Véase III 2 -1 0 , n n. 2 5 ~ 3 2 ; sobre L ê n a ij Leneas AF, p. 12 6 .
11 Sam uel, Indexs.u. Thyios.
12 Plat. P/id.6 9 c ; OF 5 7 6 .
2.1. MISTERIOS BÁQUICOS 387
D io n is o 13. S o n esotéricos, tie n e n lu ga r p o r la n o ch e y se accede a ellos p o r m ed io de
u n a in ic ia c ió n in d iv id u a l (teleté). C o m o sím b o lo de lo m is te rio s o , de lo exclu sivo,
d el M ás A llá , aparece la gru ta o la caverna b á q u ica. E l p ap e l de lo s sexos d eja de ser
im p o rta n te , lo s mystai so n tanto h o m b re s co m o m u je re s. A d ife re n c ia d e lo s m iste ­
rio s d e D e m é te r y de lo s G ra n d e s D io ses, estos m iste rio s n o están vin c u lad o s a u n
sa n tu a rio e sta b lec id o c o n sa ce rd o cio s fija d o s y c o n u n a casta sa ce rd o ta l g e n tilic ia
estable; p u e d e n te n e r lu ga r y e n c o n tra r ad ep tos en c u a lq u ie r sitio . Se p re su p o n e la
existen cia de sacerd otes itin e ra n tes q u e p u e d e n re fe rirs e a u n a tra d ic ió n de las orgia
tra n sm itid a de m an era p rivad a.
L a m e n c ió n m ás an tigua de « b a c a n te s» y «m /sfa¡» se e n cu en tra en H e rá c lito ; la
d e sc rip c ió n de H e ró d o to d el h elen izad o rey escita E scilas nos re m ite a m ed iad os d e l
siglo V 14: p o r su p r o p io d eseo se h izo « in i c i a r (teleín) c o n D io n is o Bákcheios» e n la
c iu d a d g rie g a d e O lb ia , a p e sa r de q u e u n p re sa g io le p re v in o « c u a n d o estaba a
p u n to de p a r tic ip a r e n su in ic ia c ió n » (teleté), « c o m p le tó la in ic ia c ió n » y se u n ió
« fu e r a de s í» al tíaso d el d io s. P e ro lo s escitas le e s p ia ro n d u ra n te la c e re m o n ia y
ello le costó el tr o n o y la vid a. Las in ic ia c io n e s b áq u icas n o a p a re ce n a q u í n i c o m o
éxtasis esp o n tán eo n i com o fiesta p ú b lica ; la a d m isió n se basa e n la e lec c ió n p e r s o ­
nal, hay u n p e r ío d o de p re p a ra c ió n , u n a « e n tr e g a » y p o r ú ltim o la in te g ra c ió n e n
el g ru p o de lo s in ic ia d o s. U n h o m b re , in c lu so u n e x tra n je ro , es in ic ia d o .
H e r ó d o to , q ue c o n esta h isto ria apenas o cu lta su c rítica a u n culto q u e co n o c e,
se re fie re exp resam en te a M ile to com o ciu d ad m ad re de O lb ia . E n M ile to , u na in s ­
c r ip c ió n d e l sig lo I I I 15 te s tim o n ia el m ism o cu lto de D io n is o Bákcheios. S e in ic ia n
h o m b re s y m u jeres, p e ro la in ic ia c ió n de am b os sexos se lleva a cabo sep arad am en te
c o n sacerdotisas p ara las m u jeres y sacerdotes p a ra los h o m b re s. S e m e n c io n a la omo-
fagía, la « in g e s tió n de carn e c r u d a » , lo que en el m ito aparece co m o h o r rib le p u n to
c u lm in an te d el « fr e n e s í» d io n isía c o . T a m b ié n se testim o n ia en M ileto la oreibasía, la
p ro c e sió n p o r el m o n te 16. L a p o lis se asegura su p rio rid a d , al ser ella la q u e ofrece el
p r im e r sa crific io .
Las Bacantes de E u ríp id e s re fle ja n el m ito an tigu o según el cual « la s m u je re s» de la
ciud ad so n raptadas esp on tán eam en te p o r el d io s. Y sin em b argo, los h om b res ta m -

13 GdH II, pp. 3 6 8 - 3 8 7 ; A . -J. Festugière, « L e s mystères de D ionysos», e n Etudes de religiongi'ecque et hellé­
nistique, 19 7 2 , pp. 1 3 - 6 3 ; Μ- P. Nilsson, The Dionysiae Mysteries in the Hellenistic Age, 19 5 7 ; F. Matz, D10N T -
SIAKETELETE, Abh., Mainz, 19 6 3 , p- [ 5 ; sobre la gruta dionisiaca: P. Boy aneé, RendicontiPontificia Acca-
demia diArcheologia, 33 ( 1 9 6 0 - 1 9 6 1 ) , pp· I 0 7 ~I 2 7 ; C . Bérard, MélangesP. Collart, 1976* pp· Gx-7 3 ♦
14 H eraclit. VS 22 B 1 4 = fr. 8 7 M arcovich (es controvertido qué térm inos entre los transm itidos
—mágoi, bácchoi, lenai, myvstai— proceden de H eráclito [pero el testimonio del Papiro de Derveni, col. V I 2
y 5» en que se m encionan mágoi en un ritual ó rfico -d io n isíaco apoyaría la existencia antigua del
térm ino más controvertido del g ru p o ]); H ero d . 4 > 7 ^ “ ^ ° [So bre el pasaje de H eródoto arroja
nueva luz el hallazgo en O lbia de tres láminas de hueso inscritas del V a .C . (L . D ubois, Inscriptions
grecques dialectales d’OIbia du Pont, 1996» η · 9 4 > PP· I 5 4 ~I 5 5 )· E n una de ellas se lee «vida muerte vida.
D ioniso, ó rfic o s», lo que implica una doctrina acerca de una nueva vida tras la m uerte, basada en
el culto de D ioniso y en la pertenencia a u n grupo de personas que se proclam an seguidores de
O rfeo . Véase 2 .3 - n. 3 ].
15 Milet, Abh., B erlín, 1 9 0 8 , pp. 2 2 -2 5 = L S A M 4 8 ; G . Q uandt, De Baccho in Asia Minore culto, tesis doct.,
Halle, 1 9 1 3 , p. 171.
16 A . H enrichs, /ζΡΕ 4 (19 6 9 ), pp. 2 2 3 - 2 4 li id·» ^ C h a n g in g Dionysiae Identities», e n B , F. M eyer-
E . P. Sanders (eds.), Jewish and Christian Self-Definition, III, Self-Definitioninthe Graeco-Roman World, 1 9 8 2 ,
pp. 13 7 - 16 O ; 2 I 3 - 2 3 6 (trad. it. parcial: « L a donna nella cerchia dionisiaca: un identità m o b ile»,
en G . A rrig o ni [ed .], Le donne in Grecia, 1 9 8 5 , pp. 2 4 I ~ 2 7 4 )·
388 6. MISTERIOS Y ASCETISMO

b ie n p u e d e n d irig irse al m o n te, de h ech o el guía d el tíaso es u n h o m b re , « e n r e a li­


d a d » , co m o sabe el e sp e cta d o r, se trata d el d io s D io n is o e n p e rso n a ; este h o m b re
p re su m e de h a b e r re c ib id o lo s orgia d el p r o p io d io s; su c o m e tid o es « m o s t r a r lo s » ,
tra n sm itirlo s. T al p ro ce so es secreto; nad a p u ed e revelarse a q u ié n n o se som ete a la
in ic ia c ió n . In cluso el « b e n e fic io » q ue log ra el in iciad o , se m an tien e en secreto17. Las
celebraciones so n n o ctu rn as. P o r tanto aq u í se su p erp o n e el m ito de la re b e lió n de las
m u jeres a la p ráctica de cerem o n ias secretas, sin d isc rim in a c ió n sexual, que se basan
en la in ic ia c ió n . T a m b ié n fo rm a p arte de estos m isterio s báqu icos la beatitu d , al igu al
que en E leu sis: « ¡F e liz aqu el que co n o ce los m isterio s de los d io s e s » 18.
P o r ú ltim o , p a ra P la t ó n 19, D io n is o es el s e ñ o r d e la « l o c u r a » te lé stica , q u e él
d istin gu e co m o u n a catego ría e n sí m ism a de la « lo c u r a » p ro fé tic a , m u sical y e r ó -
t ic o - filo s ó f ic a . E l d io s actú a a través de las « p u r if ic a c io n e s y las in ic ia c io n e s »
(katharmoí ka't teletaí), lib e ra de las « e n fe rm e d a d e s y las gran des a flic c io n e s » , que quizá
p o r u n a an tig u a cu lp a a m e n azan a la e stirp e . U n o debe en treg a rse a la « lo c u r a » y
d ejarse ra p ta r p o r el d io s p ara estar lib r e y sano en el p resen te y en el fu tu ro .
L a in ic ia c ió n d io n is ía c a se c o n su m a e n el « fr e n e s í b á q u ic o » (bakcheía), q u e
tra n sfo rm a al in ic ia n d o e n bdkchos. E ste fre n e s í es beatitu d , co m o ilu stra c o n m o v e ­
d o ra m e n te el can to in t r o d u c t o r io d e las Bacantes d e E u r íp id e s . L a tie r r a se tr a n s ­
fo r m a e n u n p a ra ís o , le c h e , v in o y m ie l b r o ta n d e l su e lo , las m én a d e s o fr e c e n su
p ech o a u n c ervatillo ; p e ro , ju n t o a lo p arad isíac o , se e n cu en tra la b a rb a rie asesina,
los « fu r io s o s » se vu elven irre fre n a b le s cazadores de an im ales y de h o m b re s, hasta el
d esm em b ra m ie n to , el « p la c e r de la in g e stió n de carn e cru d a (o m o fa g ia )» 2°.
A través de la costra d e la re fin a d a c u ltu ra ciu d a d an a em e rge u n a atávica fu e n te
de e n e rg ía vital. E l h o m b re , d o b le g a d o e in tim id a d o p o r la vid a c o tid ia n a n o rm a l,
p u e d e d e s a rr o lla rs e y lib e r a r s e d e to d a fo r m a d e o p r e s ió n 21. E l f r e n e s í se v u e lve
m a n ife s ta c ió n d el d io s, c e n tro de sig n ific a d o e n co n traste c o n u n m u n d o cada vez
m ás ra c io n a l y alejad o de lo d ivin o .
Q u e el ve rd a d ero éxtasis tien e sus p ro p ia s leyes, a u n cu an d o la danza y la m ú sica
rítm ic a lo sa tisfag a n de m a n e ra e sp e cia l, es a b so lu ta m e n te e vid en te en E u r íp id e s .
T a m b ié n p e rte n e c e n al culto de D io n is o dos e sp ecífico s estim u lan tes, que n o p u e ­
d e n fa lta r e n las c e le b ra c io n e s m isté ric a s d io n is ía c a s: a lc o h o l y e x c ita c ió n sexu al,
con su m o de vin o y sim b o lism o fálico . D o s c o m p lejo s desvelan algu nos detalles sobre
to d o acerca d el d e sa rro llo p o s te rio r h ele n ístic o de los m isterio s b á q u ico s: la c a ric a ­
tu ra de las B acan ales, su p rim id as c o n extrem a dureza p o r R o m a en el añ o 18 6 a . C . 22
y lo s m aravillo so s fresco s de la « V illa de los M is t e r io s » 23 en Po m p eya, de ép o ca de

17 E u r. Bacch. 4 6 0 - 4 7 6 ; teleté 2 2 ; 4 o ; 4 f>5 i óigia 3 4 ; 7 ® ! '4 8 2 ; katharmoí 77 · C fr. H . Versnel, Lampas 9


( 1 9 7 6 ) , p p . 4 - S i ; R · Seaford , C Q 3 1 ( 1 9 8 1 ) , pp. 2 5 2 -2 7 5 Ie id ., Euripides, Bacchae, W arm in ster,
19 9 6 , ad loe.].
18 E u r. Bacch. 7 2 - 7 7 * cl^r · Pind. fr. 13 1a M aehler = Pindaro, Trenodie, Introd., texto crít. y com. de M .
Cannatà Fera, 199 ° , ^Γ· 5 9 , 1 ■
19 Plat. Phdr. 2 6 5 b ; 2 4 4 de.
20 E u r. Bacch. 1 3 9 ; LSAM 4 8 , 2 ; H arp o cr. s.v. ne brizan K eaney (m encionando ciervas); A rn o b . 5 > 19
(cabras).
21 G fr. A ristid. Q uint. 3 , 2 5 , P· 12 9 , II -2 5 W inn i ngton - Ingram .
22 Liv. 3 9 , 8 - 1 9 ; A . Festugière, Études (véase supra, n. 1 3 ) , pp. 8 9 -ΙΟ 9 [cfr. J . M .Pailler, Bacchanalia. La
répression de 18 6 av. J .- G . à Rome et en Italie, 1 9 8 8 ] .
23 E n tre las diversas interpretaciones véase: R . M erkelbach, Roman und Mysterium, 1 9 6 2 , pp. 4 8 - 5 ° ;
Matz, véase supra, η. 1 3 ; E . S im o n ,/di 7 6 (19 6 1) , pp. I I I - 1 7 2 ; G . Zuntz, Proc. Brit.Acad. 4 9 ( 1 9 6 3 ) ,
2.2. CREENCIAS BÁQUICAS SOBRE EL MÁS ALLÁ 389

C é s a r . M ie n tr a s q u e e n las B a c a n a le s se a fir m a q u e la in ic ia c ió n c o n sistía , e n tre


otras cosas, e n « s u f r i r » u n acto h o m o sexu al, lo s fresco s m u estran , ju n to al dios, el
g ra n falo erecto e n u n aven tad or y u n a m u je r se apresta a d esvelarlo ; p e r o ta m b ié n
h a b ía q ue « s u f r i r » azotes. L a s fo rm a s de las in ic ia c io n e s b á q u icas p ro b a b le m e n te
v a ria b a n de u n g ru p o a o tro o de u n a ép o ca a o tra y estas v a ria cio n e s va n desde las
fiestas cam pestres c o n d eg u stació n de v in o h asta el e x isten cial m o m e n to de cam b io
en la vid a, d el sim b o lism o su b lim e a las « o r g ía s » con cretas. E s p o sib le q u e antiguas
fo rm a s de in ic ia c ió n a la p u b e rta d se h a y an p re se rv a d o p re c isa m e n te e n los r ito s
sexuales; n o las vírgen es, sin o sólo las m u je re s p o d ía n ser Bácchaia4¡ los m a trim o n io s
p o d ía n ta m b ié n in ic ia rs e ju n t o s 25. S in e m b a rg o , las fo rm a s « m á s p u r a s » de r e l i ­
g ió n te n ía n e n g e n e ra l m ás p o s ib ilid a d e s d e te n e r u n a la rg a p e r m a n e n c ia que las
o rgías e n sen tid o m o d e rn o . L a in ic ia c ió n p ro c u r a lib e ra c ió n d e las antiguas o p r e ­
sio n es y de la vid a co tid ian a, e n c u en tro co n lo d ivin o , fu erza vital y ex p re sió n de lo s
sen tid o s. P e ro ta m b ié n la esperanza p ara el fu tu r o , p a ra la m u erte y el M ás A llá f o r ­
m ab an p arte d el secreto « b e n e fic io » p ro m e tid o . T o d o ello se testim o n ia sobre to d o
en la la m in illa de o ro de H ip o n io , que n o salió a la lu z hasta el añ o 19 6 9 ·

3 .2 · C r e e n c ia s b á q u ic a s s o b r e e l M á s A l l á

D esd e hace tiem p o se co n o c en y h a n suscitado u n a g ra n d iscu sió n algunas lam in illas


en co n trad as e n la Ita lia m e rid io n a l, en T esalia y en C r e ta co n textos en h exám etro s
que d an al d ifu n to in stru c c io n es sob re su ca m in o en el M ás A llá 1. E l texto más a n ti­
gu o y d etallad o p ro c e d e de H ip o n io -V ib o V a le n tia, q u e, p o r su contexto a rq u e o ló ­
gico , p u ed e datarse en to rn o a 4 ° 0 a .C . y q u e dice:

G u ando esté en trance de m orirse hacia la b ie n construida m orada de H ades, hay


a la diestra un a fu en te y cerca de ella, e rg u id o , u n albo ciprés. A llí, al b ajar, las
ánim as de los m u ertos se re frescan . ¡A esa fu en te n o te allegues de cerca n i un
p o c o ! P ero m ás ad elan te h allarás, de la lag u n a de M n e m ó sin e agua que fluye
fresca. Y a su o rilla hay u n os guardianes. E llo s te pregu n tarán , co n sagaz d iscer­
n im ie n to , p o r qué investigas las tin ieblas del H ades so m b río . D i: « H ijo de T ie ­
rra soy y de C ie lo estrellado; de sed estoy seco y m e m u e ro . D ad m e, pues, ense­
gu id a, a b e b e r agua fresca de la lagu n a de M n e m ó s in e » . Y de cie rto que

pp. 1 7 7 - 2 0 1 ; O . Brendel, J d l 8 1 (19 6 6 ), pp. 2 0 6 - 2 6 0 ; M . B ieber, AJA 7 7 ( 1 9 7 3 ) , pp. 4 5 3 ~ 4 5 6 ;


P. Veyne, F. Lissarrague y F. Vvo ntisi Ducroux, Les mystères du gynécée, 19 9 8 ; G . Sauron, La grandefres-
que de la Ville des Mystères à Pompéi. Mémoires d’une dévote de Dionysos, 1 9 9 9 -
24 D iod. Sic. 4 , 3 , 3 ; baccheía de las mujeres, tkprsophoreîn de las vírgenes, cfr. E u r. Phoen. 6 5 5 s .
25 Plut. Gons.aduxor. 6 11D .
I Fundamentales: Zuntz, pp. 2 2 7 “ 3 9 3 l [G h . Riedweg, «In itiatio n -T od -U n terw elt: Beobachtungen
zur Kom unikationssituation und narrativen Technik der orphisch-bakchischen G oldblättch en»,
en F. G r a f (ed.), Ansichten griechischer Rituale. Geburtstag-Symposium fiir W. Burkert, 19 9 8 , pp. 35 9 ~3 9 8 ; A .
Bernabé y A . I. Jim én ez, Instrucciones para el Mas Allá. Las laminillas órficas de oro, 2 0 0 1 (con bibliografía
a n terio r); G . Pugliese C arratelli, Le lamine d ’oro orphiche, 2 0 0 1 (trad, f r .: Les lamelles d ’or orphiques,
2 0 0 3 ) . C fr. F. G raf, «D io n ysian and O rp hic E sch ato lo gy», en T h . H . Carpenter, MasksofDiony-
SO S, 1 9 9 3 , pp. 2 3 9 - 2 5 8 ; W . Burkert, Da OmeroaiMagi, 19 9 9 , p p . 6 1 - 7 2 (trad, esp.: De Homero alos
magos, 2 0 0 2 ) ; R . Ed m on ds, Aiyths o f the Underworld journey. Plato, Aristophanes, and the 'Orphic’ Gold Tablets,
2 0 0 4 ; A . Bernabé, O F 4 7 4 _ 4 9 6 l.
390 6. MISTERIOS Y ASCETISMO

con su ltarán co n la re in a su b terrán ea, y te darán de b eb er de la lagu n a de M n e -


m ósin e. A sí que, u n a vez que hayas b eb id o , tam bién tú te irás p o r la sagrada vía
p o r laïque los dem ás in iciad os y bacos avanzan, g lo rio so s1'.

E sta c o n c lu sió n se e n cu en tra sólo e n la la m in illa de H ip o n io , m ien tras q u e la p arte


p rin c ip a l, la escena ante lo s « g u a r d ia n e s » , se d o cu m en ta , c o n p eq u eñ as v a ria c io ­
nes, en o tro s ejem p lares.
Mystai y bdkchoi r e c o r r e n u n a « v ía s a g ra d a » , cuya m eta es la e te rn a b e a tit u d 2, la
« is la de los b ie n a v e n tu ra d o s » ; P ín d a ro h abla de la « v ía de Z e u s » 3. « R e in a r á s c o n
lo s dem ás h é r o e s » , se d ice e n o tro texto , o ta m b ié n « e n t r a e n la p ra d e ra sagrad a.
L ib r e de castigo está el i n i c i a d o » 4. L a in ic ia c ió n p ro c u r a sab er y certeza. « F e lic e s
to d o s ellos p o rq u e re c ib ie r o n las in ic ia c io n e s q ue lib e ra n del to r m e n to » escrib e de
n u e vo P ín d a r o e n u n ca n to de c e le b r a c ió n de lo s m u e rto s, q u e ilu s tra el d e stin o
feliz de lo s h o m b re s p iad o so s . L a « v ía sa g ra d a » que re c o r re n lo s in ic ia d o s c o rre s ­
p o n d e en este m u n d o al ca m in o al m o n te , la oreibasía·. el M ás A llá es ite ra c ió n d e los
m iste rio s. D e l m ism o m o d o , e n las Ranas de A ristó fa n e s, el c o ro de mystai sigue c ele ­
b ra n d o e n el M ás A llá la p ro c e s ió n de Y a c o p o r la « v ía sa g ra d a » h acia E leu sis . P o r
tan to, a q u í tam b ién co n c e b im o s lo s m iste rio s b á q u ico s com o re lig ió n d el M ás A llá .
P lástico y e n igm ático al m ism o tie m p o se p re se n ta el escen ario d el m u n d o su b ­
te rrá n e o , el « c ip ré s b la n c o » ju n to a la fu en te p elig ro sa , la p regu n ta de los g u a rd ia ­
nes ju n to al agua fresca, la c o n tra señ a c o n la q u e « e l que sa b e » re iv in d ic a u n esta­
tu s c ó s m ic o : « H i jo d el C ie lo y de la T i e r r a » . L o s v ig ila n te s ju n t o al agu a, la
p re g u n ta y la resp u esta tie n e n s o rp re n d e n te s p a ra le lo s e n el Libro de los muertos e g ip ­
c io 7. A l « r e c u e r d o » debe co rre sp o n d e r u n « o lv id o » ; en el m ito de P la tó n 8, aparece

la [Trad, de A . B e r n a b é y A . I. Jim én ez (vid. n. i), pp. 25 s., seguida de un amplio com entario].
2 Posidipp. (Supplementum Hellenisticum fr. 7 ° 5 , 2 2 Lloyd-Jones/Parsons) habla de la «vía m ística» al
Elisio. C fr. H . L lo yd -Jo n e s, Greek Comedy, Hellenistic Literature, Greek Religion, and Miscellanea, 1 9 9 0 , pp.
1 8 6 - 1 8 7 ; c ír · asimismo Posidippo diPella. Epigrammi (P. Mil. Vogl. V I I I 3 0 9 ) , ed. de G . Bastianini y E .
Gallazi, con la colaboración de G . Austin, 3 0 0 1 , V II 14- 19 [E. Fernández-G aliano, Posidipo de Pela,
19 8 7 , 3 7 , 2 2 (pp. 1 8 1 - 1 9 7 ) ] .
3 Pind. 01. 2 , 7 0 .
4 Texto de Petelia: G . Pugliese Carratelli I A 2 , II, p. 6 8 [A. Bernabé y A . I. Jim énez (vid. n. i), pp·
2 6 3 - 2 6 4 ; trad. p. 2 7 * seguida de com entario]; texto de Feras, P. Ghrysostomou, Le cuite de Dioiysos
àPhères, 19 94» ΡΡ· 13 » 3 9 ; «B u lle tin épigraphique» en REG I I I (1997)» Ρ· 5 3 ° ; A . Chaniotis, Ker-
nos 1 2 ( 1 9 9 9 ) ' P- 2 3 2 , n° 4 : G . Pugliese Carratelli II C 2 , p. 1 2 3 [A . B e rn a b é y A . I. Jim én ez (vid.
n. i), 2 7 7 - 2 7 8 ; trad. p. 2 0 1 , seguida de com entario].
5 Pind. fr. 1 3 1a M aehler [trad. esp. de E . Suárez: Píndaro, Obra completa, 19 8 8 , p. 4 ° ° ] ; « lib e r a ­
c ió n » y « to rm e n to s» corresponden a Plat. Phdr. 2 4 4 de, véase VI 2 -1 , η. 1 9 ; cfr. Plat. Resp. 3 6 4 b
(véase VI 2 · 3 » η · ίο ) y Leg. S j o d e (véase VI 2 · 3 > n · 3 3 )» sobre las teletaí[cfr. A . Bernabé, «P laton e
e l ’ o rfism o », en G . Sfam eni Gasparro (ed .), Destino e salvezza: tra culti pagani egnosi cristiana. Itinerari sto-
rico-religiosisulleormediUgoBianchi, 1 9 9 8 , pp. 3 7 “ 97^·
6 A risto p h . Ran. 3 I 2 ~ 4 5 9 ; G raf, pp. 4 ° ~ 5 ° [I· L a d a-R ich ard s, Initiating Dionysus. Ritual and Theatre in
Aristophanes’ Frogs, 19 9 9 ^·
7 Zuntz, pp. 3 4 7 s·; M . L . West, Early Greek Philosophy and the Orient, 1 9 7 1, p. 6 4 (trad, it.: Lafdosofia greca
e {’Oriente, 1 9 9 3 ) ; idem . The Orphic Poems, 1 9 8 3 (trad, it.: I poemi orfici, 1 9 9 3 ) [R. Merkelbach, « D ie
goldenen Totenpässe: ägyptisch, orphisch, bakchisch», /(PE 1 2 8 , I - 1 3 ; R . O lm os, en A . Bernabé y
A . I. Jim én ez (vid. η. i), ρ ρ· 3 2 3 - 32 7 ]·
8 Plat. Resp. 6 2 1a ; de la «fu ente de L e te » ; hay sólo testimonios más tardíos, Nilsson, Op. I l l pp. 8 5 -
9 2 (que, no obstante, fecha muy tarde las laminillas de oro).
2.2. CREENCIAS BÁQUICAS SOBRE EL MÁS ALLÁ
39I

la lla n u ra d el L eteo , d on d e las almas, antes de la re e n c arn a ció n , b e b e n d el río A m e ­


les, el río de la « in d if e r e n c ia » . Q u ed a sin resolver la cu estió n de si la re e n c a rn a ció n
se p re su p o n e ta m b ié n a p a rtir de los textos de las la m in illa s de o r o o si, a la m an era
h o m é ric a , u n so m b río H ad es de la in c o n s c ie n c ia am enaza al n o in ic ia d o . E n to d o
caso, el « r e c u e r d o » asegura la m e jo r suerte. « D e sp ie rta en los mystai el recu erd o de
la sagrada in ic ia c ió n » , se dice en u n h im n o ó r fic o ta rd ío ; p ara P lató n , el « o lv id o »
de lo que se ha visto en la « in ic ia c ió n » hace q u e el alm a se h u n d a en las p ro fu n d id a ­
d es9. « R e c u e r d o » y « m e m o r ia » so n el v a lo r m ás alto p ara los p ita g ó rico s10.
H e r ó d o to relata q u e los egip cios n o e n te rra b a n a lo s m u erto s co n ro p a s de la n a
s in o de lin o y o b se rv a: « e n esto c o in c id e n c o n lo s r ito s q u e se lla m a n ó r fic o s y
b á q u ic o s , q u e en re a lid a d s o n e g ip c io s y p it a g ó r i c o s » 11. L a p r e s c r ip c ió n c u ltu a l
« b á q u ic a » , q ue tie n e que v e r c o n la m u e rte y el e n te rr a m ie n to , se sitú a al m ism o
tiem p o b a jo el n o m b re de « O r f e o » ; adem ás, H e r ó d o to escribe e n to rn o a 4 3 0 en
la Ita lia m e rid io n a l y, p o r tan to, está ta m b ié n m u y cerca en tiem p o y lu g a r del texto
de H ip o n io , que, co m o H e ró d o to , h abla de Bakchikd ; asim ism o , las re fere n cia s a lo s
e g ip c io s y a lo s p ita g ó ric o s se a d a p ta n e x tra o rd in a ria m e n te b ie n a las id eas de las
la m in illa s de o ro .
C o n o c id a desde hace m u ch o tiem p o es la in s c rip c ió n e n co n tra d a e n u n a n e c r ó ­
p o lis de C u m a s e n el S u r de Ita lia : « N o está p e r m itid o yacer a q u í a q u ie n n o haya
su frid o la e x p e rie n c ia b á q u ic a » 12. E l h ech o de que los bebakcheuménoi ten g an u n lu g a r
de sep u ltu ra esp ecial dem u estra su d estin o esp ecial en el M ás A llá . L a in ic ia c ió n n o
es esp ecífica de u n solo sexo : tanto la in sc rip c ió n com o el texto de H ip o n io em p lean
la fo r m a g e n é ric a m a sc u lin a , p e r o e n la tu m b a de H ip o n io estaba e n te rra d a u n a
m uj e r .
D o s la m in illa s de o r o d e l siglo IV de P e lin a e n T e s a lia c o m ie n z a n : « a c a b a s de
m o r ir y acabas de n acer, tres veces ve n tu ro so , e n este día. D i a P e rséfo n e que el p r o ­
p io B ac o te l i b e r ó » I2a.
L a lite ra tu ra tran sm ite u n a p a rtic u la rid a d d el ritu a l b á q u ic o , que ta m b ié n h ace
re fe r e n c ia al m u n d o s u b te rr á n e o '3: « L o s in ic ia d o s e n las Bacchikd e ra n c o ro n a d o s
c o n ram as de álam o b la n c o , p o rq u e esta p la n ta es ctó n ica, ctó n ica p e ro tam b ién de
D io n is o , el h ijo d e P e r s é f o n e » ; el á lam o b la n c o c re c e a o r illa s d el A q u e r o n t e y
H e ra c le s se c o r o n ó c o n sus ram as tras su v ic to ria so b re C é r b e r o . E l v ín c u lo c o n el
m u n d o su b te rrá n eo y, al m ism o tiem p o , la s u p e ra c ió n de la m u erte se expresan así
p o r m e d io d e l rito y el m ito ; ad em ás se n o m b r a e x p re sa m e n te al D io n is o « c t ó -
n ic o » , h ijo de P e rséfo n e.

9 Hymn. Orph. 7 7 , 9 [cfr. G . Ricciardelli, Inni Orfici, 2 0 0 0 , a d lo c .]; Plat. Phdr.2 5 0 a , Gorg. 4 9 3 c -
10 L&S, pp. 2 1 3 s .
11 H erod. 2 , 8 l [- OF 6 5 0 , con bibliografía] ; sobre el texto, L& S, pp. 127 s·
12 Je ffe ry , p. 2 4 ° a ’ 1 2 , lám. 4 8 : E . Schwyzer, Dialectorum Graecorum exempla epigraphicapotiora, 1 9 2 3 · n°
792 [L. D ubois, Inscriptions grecques dialectales de Grande Grèce I, 1 9 9 5 , η · ’ 9 · Ρ· 52 = OF 6 5 2 ; véase ade­
más R . Turcan, «B a cch o i ou Bacchants? D e la dissidence des vivants à la ségrégation des m o rts»,
L'association dionysiaque dans les sociétés anciennes, 1 9 8 6 , p p . 2 2 7 " 2 4 6 ]· Lenâs en el epitafio, ibidem η" 7 9 1
significa probablem ente «sarcó fag o » y no «tnysles báquico » .
I2a Texto. G . Pugliese Garratelli II B 3 y B 4 , P P - Π 4 -I1 7 [A. Bernabé y A . I. Jim énez (vid. η. l), pp.
2 6 7 s .; trad. p. 8 8 seguida de u n amplio com entario].
13 H arp o cr. s.u. leúhe K eaney; además Phot. s.v. leúke T h eo d o rid is, Schol. A II. 1 3 , 3 ^ 9 Erbse, E r a -
tosth. FGrHist 24-1 F 6.
392 6. MISTERIOS Y ASCETISMO

L a m in illa s de o ro , in sc rip c io n e s y textos lite ra rio s c o in c id e n : a p a r tir d el siglo V


co m o m u y tarde existen m iste rio s « b á q u ic o s » q ue p ro m e te n la b ie n a ve n tu ra n z a en
el M ás A llá . Se im p lic a el c o n cep to de baccheía q u e design a el éxtasis de la fiesta d io -
n isíaca; e n ella se disuelve m an ifiestam e n te la re alid ad , in clu yen d o la evid en cia de la
m u erte . P ero en lo que atañe a los c o rre sp o n d ie n te s rito s, m ito s y d ogm as, n u e stro
c o n o c im ie n to sigue sie n d o su m am en te fra g m e n ta rio .
A lgu n as ofren d as depositadas en tu m bas a lu d en de fo rm a velada, desde el siglo IV ,
a la s esperanzas báquicas en el M ás A llá . E n D e rve n i, n o lejos de T esaló n ica, se e n te ­
r r a r o n en to rn o a 3 3 0 los h ueso s de u n m aced o n io en u n a cratera de b ro n c e d orad a
q u e está ric a m e n te d e c o ra d a c o n escenas d io n isía c a s; e n o tro e n te rra m ie n to e n el
m ism o lu g a r se q u em ó u n lib r o ó r fic o 14. M ás m od esto y, n o obstante, m ás va ria d o y
d u ra d ero es el testim o n io de algu nos vasos h allad os en tum bas d el su r de Italia: a llí el
d ifu n to y su tu m ba están c o n stan tem en te ro d ea d o s de u n a a tm ó sfera d io n isía c a ; en
u n o de estos vasos está cla ra m e n te re p re se n ta d o O rfe o com o d isp e n sa d o r de b ie n ­
aven turan za en el M ás A llá 15. U n vaso a p u lio m u estra a D io n is o c o n su c o rte jo en el
m u n d o s u b te rr á n e o , d á n d o le la m a n o am isto sa m en te al s e ñ o r de lo s m u e rto s,
H a d e s 15“. A lg u n o s m o n u m e n to s fu n e r a r io s g r e c o -p ú n ic o s de L ilib e o m u e stra n al
d ifu n to h eroizad o ro d ead o de los em blem as de los orgia d io n isíacos: tím p an o, kfmbala,
krótala, h o jas de h ie d ra y, ad em ás, kiste y kálathos, au tén tico s sím b o lo s de los « m is te ­
r i o s » 16. A ú n P lu tarco era u n in ic ia d o d io n isia co y, gracias a ello , p u d o o b ten er c o n ­
suelo ante la m u erte de u n a h ija 17. Se p ercib e aq u í, al m en os de m an era p arcial, u n a
c o n s id e ra b le c o r rie n te re lig io s a q u e n o debe su b e stim a rse; n o o b stan te, sería u n a
g en eralizació n in a d m isib le sosten er q u e todos los «teletaí b á q u ic o s» tu vieran que ver
exclusiva o in clu so sólo p re fe re n te m e n te co n el M ás A llá ; n o se h abla de u n a o r g a n i­
zación u n ifo rm e , los in icia d o s se m an tie n e n tan m u ltifo rm e s com o su dios.
H ay u n seg u n d o g ru p o de la m in illa s de o ro que se e n c o n tra ro n en dos e x tra o r­
d in a rio s tú m u lo s d el siglo I V en T u r io s , e n la Ita lia m e r id io n a l’8. E n u n o de ello s,
seg ú n p arec e , estaban e n te rra d o s h o m b re s fu lm in a d o s p o r el ra y o ; la m u e rte c a u ­
sada p o r e l fu e g o cele ste p a r e c ía p r e s a g ia r u n estatu s e x t r a o r d in a r io e n e l M ás
A l l á 19. E n lo s te x to s h a b la el p r o p io m u e r to [o su alm a] : « v e n g o p u r a e n tre lo s
p u ro s , re in a de lo s G to n io s , E u c le s, E u b u le o y v o so tro s los o tro s d io ses in m o r ta ­
le s; p u es yo ta m b ié n m e p re c io de p e r te n e c e r a vu e stra e stirp e b ie n a v e n t u r a d a » .
O tro s d os texto s a ñ a d e n : « h e p a g a d o p o r lo s acto s i n j u s t o s » 20, m ie n tra s q u e el

14 E , G io u ri, Ho krateras tou Derbeniou, 1 9 7 8 ; J - Bazant y G . B e rg er-D o er, L IM C s.v. Pentheus V I I ( 19 9 4 ) ,


p. 315> η ° 6 9 : papiro: véase VI 2 . 3 · η · 2.
15 M . Schm idt, A . D . T r e n d a lly A . Cam bitoglou, Eine Gruppe apulischer Grabvasen in Basel, 19 7 6 , pp. 3 2 -
3 5 ; lám . I I .
15 a S. I. Jo h n sto n y T . J . M cN iven, «D io nyso s and the U nderw orld in T o le d o » , M H 53 (19 9 6 ), pp.
2 5 - 3 6 : cfr. M . Schm idt, « A u fb ru c h oder Verharren in der U nterwelt? Nochm als zu den apulis-
chen Vasenbildern m it D arstellungen des H a d e s » , A K 4 3 ( 2 0 0 0 ) , pp. 8 6 - 1 0 1 [R. O lm os en A .
B e r n a b é y A . I. Jim énez (vid. n. i), pp. 2 9 3 s s .].
16 E . Gabriel, MAL 3 3 ( 1 9 2 9 ) , pp. 5 0 - 5 3 ; A . M . Bisi, AC 2 2 ( 1 9 7 0 ) , pp. 9 7 - 1 0 6 .
17 Plut. Cons. ad uxor. 6 11D .
18 Zuntz, pp. 2 9 9 - 3 4 3 : G . Pugliese C a rra te lli\ I I A l - I I b 2 , pp. 9 8 - 1 1 3 [A . B e r n a b é y A . I . J im é ­
nez (vid. n. i), pp. 1 3 5 - 1 7 8 ] .
19 Sobre « E lis io » véase IV 2 , η. 3 6 .
20 G . Pugliese Garratelli’ , II A l , 4 y El A 2 , 4 > PP· 9 8 - ΙΟ Ι; [A . B e r n a b é y A . I. Jim én ez (vid. η . i),
pp. 13 7S S .].
2 .3 . ORFEO Y PITÁGORAS 393

te rc e ro tie n e ad em ás lo s sig u ie n te s ve rso s fa n ta s io s o s: « e sc a p é d el c ic lo d el p r o ­


fu n d o p esa r. M e la n cé c o n rá p id o s p ies a p o r la a n h elad a c o ro n a . M e su m e rg í b a jo
el re g a z o de la S e ñ o r a , la r e in a c t ó n ic a » . S ig u e u n a g lo r if ic a c ió n d e c o n t e n id o
in a u d ito : « F e liz , b ie n a v e n tu ra d o : serás d io s e n lu g a r d e u n m o r t a l» , y u n a fra se
b a sta n te e n ig m á tic a : « c a b r it o caí e n la l e c h e » 21. S im ila r es el c o n te n id o d e la
la m in illa de o ro d el tú m u lo m ayo r, e n el q ue estaba e n te rra d o u n solo h o m b re , al
q ue se le c o n c e d ía p a rtic u la r v e n e ra c ió n : « A lé g ra te de h a b er su frid o lo que n u n c a
antes de a h o ra h abías s u fr id o ; te has c o n v e rtid o de h o m b re e n d io s. C a b rito caíste
e n la le c h e » 22. L as la m in illa s de P e lin n a (supra n o ta I2 a ) a ñ a d e n : « t o r o te p r e c ip i­
taste e n la le ch e . R a u d o te p re cip ita ste e n la le c h e . C a r n e r o caíste en la lech e. T i e ­
nes v in o , d ich o so p r iv ile g io » ; c o n las en igm áticas p alab ras c a b rito , to ro y c a rn e ro
se h ace re fe re n c ia evid en tem en te a u n rito in ic iá tic o ; e n estos m iste rio s, P e rséfo n e,
la r e in a de lo s m u e rto s, d e se m p e ñ a u n p a p e l d e te rm in a n te . E l resto p e r m a n e c e
o s c u r o : el « c a b r it o e n la le c h e » ¿ a lu d e q u iz á a u n p ro v e r b io o a u n s a c r ific io de
in ic ia c ió n ? 23; el « re g a z o de la d io s a » ¿se re fie re a u n rito de r e n a c im ie n to ? 24 C o n
la p ro m e sa de d ivin iz a ció n , estos textos van m u ch o m ás allá de cu an to se sabe de lo s
m iste rio s griego s de épo ca clásica25. P arece d isolverse el o rd e n de Thémís, la « l e y » , y
de Moîra, « l a p a rte asign ad a a cada u n o » . E n e fe c to , estos m iste rio s re v o lu c io n a ­
r o n el sistem a d e la r e lig ió n g rie g a tr a d ic io n a l, p e r o p a re c e q u e se m a n tu v ie r o n
co m o u n caso aislad o d u ra n te m u ch o tie m p o .

2 .3 . O rfeo y P it á g o r a s

L as la m in illa s de o ro c o n tie n e n versos de fo rm a tra d ic io n a l q u e, sin em b argo, p r e ­


te n d e n ser, m ás que p o esía, u n saber e so té rico ; m ás q u e lite ra tu ra , u n a re ve la ció n .
C o n lo s té rm in o s « ó r f i c o » y « p it a g ó r ic o » , O r fe o y P itá g o ra s, H e r ó d o to a lu d e a
dos fig u ras q u e, fre n te a la d ifu sa p e ro sie m p re tra d ic io n a l re lig ió n griega, asu m en
p o r p rim e ra vez el p ap el de fu n d ad o re s de u n a secta, si n o de u n a nueva re lig ió n . D e
m a n e ra sig n ific a tiv a , u n o se p re se n ta c o m o c a n to r y p o e ta y e l o tro c o m o « f i l ó ­
s o f o » . L a tr a n s fo rm a c ió n m ás p r o fu n d a de la r e lig ió n grie ga está re la c io n a d a c o n
estos dos n o m b res.

21 G . Pugliese Carratellf", II B I , pp. 1 0 2 - 1 0 3 [A . B e r n a b é y A . I. Jim énez (vid. n. i), pp. I O ÿ s s . ] .


22 G . Pugliese C a rra te lli2, II B 2 , pp. I I 2 - I I 3 ·
23 U n curioso p aralelo bíblico y ugarítico: C o o k I, pp . 6 7 6 - 6 7 8 ; T. H. G aster, Thespis, 19 6 1 ( 2 ), p.
9 7 , pp. 4 ° 7 S·; P. X ella, Shre Sim, 1973 , pp . 54-s-, K e ré n y i ( 4 ), pp· 2 0 3 - 2 0 7 ; O . K ee l, DasBäcklein
in der Milch seiner Mutter und Verwandtes, 1 9 8 0 [G . D el O lm o L ete, M itosj leyendas de Canaan, 19 8 1, 4 4 ° ;
véase además H. S. Betz, « 'D e r Erde K in d b in ich u n d des gestirnten H im m els’ : Z u r Lehre vom
M enschen in den o rph ischen G o ld p lättc h e n », en F. G ra f (ed .), Ansichten griechischer Rituale. Geburts­
tag-Symposium fiir W. Burkert, 3 9 9 4 19-1 ■
2 4 Véase VI 1 .4 , n. I O . Plat. Resp. 6 2 0 e habla de u n «p asar a través del tro n o » de una diosa sedente
[cfr. A . Bernabé y A . I. Jim énez (vid. n. i), pp. 1 5 9 ss .].
25 G fr. Em ped . V5 3 1 B 1 4 6 ; 1 1 2 [trad. esp. de A . Bernabé, De Tales a Democrito. Fragmentospresocraticos,
* 2 0 0 1 , frr. 1 3 2 y II 2 ] ; el m odelo mítico puede ser Heracles, véase I V 5 -1 , n. 4 ° , también Sém ele e
Ino, Pind. 01. 2 , 2 3 - 3 0 [trad. esp. de A . Bernabé y P. Bádenas, 2 0 0 2 ] ; o el propio D ioniso, cfr.
M . J . Vermaseren, LiberinDeum. L'apoteosi d ’un iniziato Dionisiaco, Γ 9 7 6 ■
394 6. MISTERIOS Y ASCETISMO

P re c isa m e n te p o r e llo , el p r o b le m a de lo « ó r f i c o » ha lleg a d o a ser u n o de los


á m b ito s m ás d iscu tido s de la h is to ria de la re lig ió n g rie g a 1. L a falta de bu en as f u e n ­
tes antiguas, los con ceptos im p rec iso s y lo s velados im p u lso s cristian o s o a n tic ristia ­
n o s de los in té rp rete s h a n d ado lu g a r a u n a m arañ a de c o n tro versias. S in em b argo,
nuevos hallazgos h a n creado u n a n ueva base p ara la d iscu sió n : la la m in illa de o ro de
H ip o n io , y, so b re to d o , el p a p iro de D e rv e n i, c o n u n c o m e n ta rio « p r e s o c r á tic o » a
u n a te o g o n ia de O r f e o 2, así com o g ra fitis de O lb ia que te stim o n ia n la p re se n cia , en
el siglo V , de Orphikoí en re la c ió n c o n la d o c trin a d el alm a y c o n D io n is o 3.
E n el m ito , O r fe o es u n c a n to r q u e h ech iza c o n su canto a a n im a le s y á rb o le s,
q u e e n c u e n tra el c a m in o al H ad e s p a ra ir a b u sc a r a E u r íd ic e , p e r o q u e al fin a l es
d e sm e m b ra d o p o r las m é n a d e s tra c ia s. P a ra lo s g rie g o s , c o m o p a r tic ip a n te e n el
viaje de lo s argo n au tas, p e rte n e c e a u n a g e n e ra c ió n a n te rio r a la g u e rra de T ro y a y
es, p o r ta n to , m ás an tig u o q u e H o m e r o ; p e ro n o ten em o s n in g ú n te stim o n io que
n o s lleve m ás allá de la segu n d a m itad d el siglo V I 4 . Y a en esa épo ca circ u la b a n p o e ­
sías su p u e sta m e n te e scritas p o r O r f e o . E l p a p ir o de D e r v e n i d e m u e stra a h o ra la
existen cia, al m en o s en el siglo V , de u n p o e m a te o g ó n ic o y c o sm o g ó n ic o de O r fe o ;
P la tó n y A ristó tele s citan sin d ud a el m ism o p o e m a 5. E vid e n tem en te se h abía p la n -

1 Recopilación de fuentes: Oir ( 2 0 0 4 - 2 0 0 5 ). Véase además W . K . G. Guthrie, Orpheus and Greek Reli­
gion, 1 9 3 5 - a!9 5 2 P 1 9 9 3 , con nueva intr. d e j . A lderink, trad. esp. de J . Valm ard, con intr. de J .
Portulas, Orfeoj la religión griega, 2 0 0 3 ] ; K . Ziegler, REs.v. OrpheusXVIIl ( I9 39 ), cois. 1 2 0 0 - 1 3 1 6 ; id.,
RE s.v. Orphische Dichtung ( 1 9 4 2 ) , cols. !3 2 1 14 ¡ ; I- M. Linforth , Tl\e Arts o f Orpheus, 19 4 Γ; Nilsson, Op.
II, pp. 6 2 8 - 6 8 3 ! Dodds, pp. 1 4 7 - 1 4 9 ; M oulinier, Orphée et Vorphisme à l'époque classique, 19 55 ; pp.
I 2 5 - i 3 ^ ; G raf, 1 9 7 4 »j>G5sim; escepticismo extremo hacia cualquier form a de « o rfism o » en W ilam o-
witz, GdG II, pp. 1 8 2 - 2 0 4 , seguido po r L in fo rth , M oulinier, Zuntz [cfr. asimismo Ph. Borgeaud
(ed.), Orphisme et Orphée, en l ' honneur de Jean Rudhardt, 19 9 I; A . Masaracchia (ed.), Orfeo e l’orfismo, 1 9 9 3 ,
L . Brisson, Orphée etl’Orphisme dans l'Antiquitégréco-romaine, 19 9 5 , así como el n ' 2 1 9 de la RHR ( 2 0 0 2 ) ,
con diversos estudios sobre el tema; G . Guidorizzi y M . Melotti (eds.) Orfeo ele sue metamorfosi, 2 0 0 5 ;
A . Bernabé y F. Casadesús (eds.) O rfeoj la tradición órfica: un reencuentro, en prensa. Bibliografía muy
actualizada: M . A . Santamaría Alvarez, ’Ilu, Revista de ciencias de las religiones 8 ( 2 0 0 3 ) , pp. 225 2 6 4 ] .
2 G . Kapsom enos, D eltion T9 (19 6 4 ), pp. I 7 ~ 2 5 ; R- Merkelbach, *ζΡΕ I (19 6 7 ), pp. 2 1 - 3 2 ; cfr. B u r­
kert, AScA 1 4 (19 6 8 ) , pp. 9 3 - 1 1 4 ; P. Boyancé, REG 8 7 ( 1 9 7 4 ) , pp. 9 1-Π Ο . Una publicación p re li­
m inar en %PE 4 7 ( 1 9 8 2 ) ; la traducción inglesa com pleta, de A.. Laks y G . W . M ost, en A . Laks y
G .W . Most (eds.), Studies on the Derveni Papyrus, 19 97 - P P - 9 - 22 [cfr. R. Janko, « T h e Derveni papy­
rus: an Interim T e x t» , ZPE 1 4 1 ( 2 0 0 2 ) , ρρ· 1 - 6 2 ; G . Betegh, Tlie Derveni Payrus. Cosmology, Theology,
and Interpretation, 2 0 0 4 ; F. Jo u rd a n , Le papyrus de Derveni, 2 0 0 3 ; texto y traducción española en A .
B ernabé, Textos órficosj filosofía presocrática. Materiales para una comparación, 2 0 0 4 , pp. 1 4 9 - 1 8 6 ; sobre la
teogonia cfr. id., « L a théogonie orphique du Papirus de D erven i», Kernos 15 ( 2 0 0 2 ) , pp. 9 1 - 1 2 9 ;
W . Burkert, « L a teogonia originale di O rfe o secondo il Papiro di D e rven i» , en G . G u ido rizzi-
M . M elotti (eds., cfr. supra, n. i), pp. 4 6 - 6 4 ; por fin, una edición de prim era m ano de la obra:
T h . K ourem enos, G . M . Parássoglou y K . Tsantsanoglou, The Deweni Papyrus, 2 0 0 6 ] .
3 A . S. Rusajeva, Vestnih Drevnej Istorii 1 4 3 (19 7 8 ), pp. 8 7 - 1 0 4 ; M . L . West, The OrphicPoems, 19 8 3 , pp. i j -
19 [id., ZPE 4 5 (1 9 8 2 ), pp. 1 7 - 2 9 ] ; L . D ubois, Inscriptions grecques dialectales d’Olbia du Pont, 19 9 6 , n. 9 4 ,
pp. I 5 4 - I 55 [J. G . Vinogradov en Ph. Borgeaud (ed.), Orphisme et Orphée, en l’honneur de Jean Rudhardt,
T9 9 L PP- 7 7 ~ S 6 ; L . Z h m u d ’ , Hermes 1 2 0 ( 1 9 9 2 ) , pp. T5 9 - I 6 8 ; E . Dettori, PP 5 2 ( 19 9 7 ), pp- 2 9 2 -
3IO ; A . Bernabé, en Miscelánea léxica en memoria de Conchita Serrano, 19 9 9 , pp. 4 5 7 - 4 6 4 ].
4 Ibycus P M G F fr. 3 0 6 Davies; friso del Tesoro de los sicionios en Delfos: C . Rolley, La scuptruregrec­
que, 19 9 4 , pp. 2 0 6 - 2 1 0 , figs. 1 9 5 - 1 9 7 . G fr. Em ped. VS 3 1 B 14 6 ; 11 2 [trad. esp. de A . Bernabé, De
Tales a Demócrito. Fragmentospresocráticos, 22 0 0 I , fr. 1 3 2 y I I 2 ] ; el m odelo mítico puede ser Heracles,
véase IV 5 -1 , n, 4 0 , también Sémele e Ino, Pind. 01. 2 , 2 3 - 3 ° [trad. esp. de A . B ernabéy P. Bádenas,
2 0 0 2 ] ; o el propio D ioniso, cfr. M . J . Vermaseren, Liberin Deum. Lapoteosi d ’un iniziato Dionisiaco, 19 7 6 .
5 OF 2 0 , 2 1 , 2 2 , 2 5 » 3 1 · Sobre las diversas teogonias órficas: W . Staudacher, Die Trennung von Himmel
2. 3. ORFEO Y PITÁGORAS 395

te a d o el o b je tiv o de s u p e ra r la Teogonia de H e s ío d o ; a m p lia b a la g e n e a lo g ía d e lo s


d io se s U r a n o - C r o n o - Z e u s , en el p r in c ip io está a h o ra la « N o c h e » , b u sca b a lo
in a u d ito , lo h íb r id o : a flo ra n fig u ras m ixtas, m otivos in cestu o so s, la re p re se n ta c ió n
h o m é ric a se p ie rd e e n la esp e cu la ció n cósm ica; las in flu e n c ia s o rie n ta le s se vu elven
m ás e v id e n te s 5“. A d e m á s h a b ía u n p o e m a , c o n o c id o p o r A r is t ó fa n e s y p o r su
p ú b lic o 6, q ue tra ta b a de la estan cia de D e m é te r en E le u sis y de la fu n d a c ió n d e la
c u ltu ra. T a m b ié n se debe p o stu la r la existen cia de u n p o em a sob re el « d e s c e n s o » al
m u n d o s u b te rr á n e o de H e ra c le s e n c o m p e te n c ia c o n la Néhyia de la Odisea . L a
a u te n tic id a d de estas c o m p o s ic io n e s p r o n t o se p u so e n d u d a , se p e n s ó en o tro s
au to res « a u t é n t ic o s » ; se n o m b ra e n esp ecial a O n o m á c r it o 8, q u e e n to rn o a 5 2 0
red actó en A te n a s los o rácu lo s de « M u s e o » y fu e acusado de fa lsific a c ió n .
E sta s o b ra s n o s o n p u r a p o e sía ; la te o r ía de la lit e r a t u r a p o s t e r io r n o le s h a
p re sta d o a te n c ió n . A lu d e n a lo s cultos m isté ric o s, in te rp re tá n d o lo s o quizá r e f o r ­
m á n d o lo s , y, e n p a r tic u la r , r e iv in d ic a n q u e E le u sis fu e fu n d a d a p o r « O r f e o » 9;
ta m b ié n se in s ta u ra n re la c io n e s c o n F lía o S a m o tra c ia y c o n fiestas d io n isia c a s en
g e n e r a l10. P e ro a m e n u d o v a n m ás allá q u e lo s cu lto s in stitu c io n a liz a d o s. P o r o tra
p a rte , a lgu n o s sacerd o tes erra n tes de lo s m iste rio s se b asan e n lo s lib r o s de O r fe o .
T e stig o p r in c ip a l de e llo es P la tó n , q u e e stigm atiza e l ritu a lis m o a m o ra l de estas
« p u r ific a c io n e s e in ic ia c io n e s » :

S a c e rd o te s m e n d ic a n t e s y a d iv in o s v a n lla m a n d o a las p u e rta s d e lo s r ic o s y les


c o n v e n c e n d e q u e h a n r e c ib id o de lo s d io se s p o d e r p a r a b o r r a r , p o r m e d io de
sa c rific io s o c o n ju r o s , realizado s e n tre re g o c ijo s y fiestas, c u a lq u ie r falta q u e haya
c o m e tid o a lg u n o de ellos o de sus a n te p a s a d o s [...] n o s p r e se n ta n u n a b a ra b ú n d a
d e lib ro s de M u s e o y O r f e o [ . ..] c o n a rre g lo a los cuales re g u la n sus rito s y h ace n
c re e r, n o ya só lo a c iu d a d a n o s p a rtic u la re s, sin o in c lu so a ciu d a d e s en tera s, que
b a sta n s a c r if ic io s o ju e g o s p la c e n te r o s p a r a lo g r a r se r a b su e lto y p u r ific a d o de
to d a in iq u id a d e n v id a , o in c lu so d espu és de la m u e r te , p u es lo s llam a d o s cultos
m ístico s n o s lib r a n de lo s m ales de allá a b a jo , m ie n tr a s a q u ie n e s n o lo s p r a c ti­
ca n les ag u a rd a algo esp an to so .

Las « in ic ia c io n e s » , los m isterio s, p o r tan to, lib e ra n de la an tigu a cu lpa, p re sid id a


p o r D io n iso en el Fedro de P la tó n 12, y o fre c e n m e jo r esperanza e n el M ás A llá . Se lle ­
van a cabo según las in d ica c io n e s de lo s lib r o s de O r fe o y M u se o . P ero tam b ién en
o tro s lugares se m e n c io n a a los « in ic ia d o re s e n los m isterio s ó r fic o s » (orpheotelestaí) ,

undErde, 1 9 4 2 , pp. 7 7 - 1 2 1 ; M . L . West, The Orphic Poems, 1 9 8 3 (trad, it.: ¡poemiorfici, 1993 ) [A. B e r ­
nabé, Hieros Logos. Poesía órfica sobre los dioses, elalm ajeIM dsA llá, 2 0 0 3 , pp. 3 1 - 2 1 4 ] ·
5a [C fr. W . Burkert, Babylon, Memphis, Persepolis, Eastern Contexts o f Greek Culture, 2 0 0 4 ] ·
6 G raf, pp. 1 5 8 - 1 8 1 .
7 G raf, pp. 1 3 9 - 1 5 0 .
8 Paus. 8, 3 7 , 5 ; I , 2 2 , 7 ; Philop. indeAn. p. 18 6 , 2 6 , sobre A rist. fr. 7 Rose. La tradición entera de
O nom ácrito parece ser una elaboración de H eródoto 7 , 6 (véase II 8, n. 9 0 )·
9 G raf, pp. 2 3 - 3 9 .
10 Paus. 9, 2 7 , 2 ; 9 , 3 0 , 1 2 ; Ep h or. FGrHist 7 0 F 1 0 4 .
11 Plat. Resp. 3 6 4 b - 3 6 5 a; G raf, pp. 1 4 - 1 6 [A . Bernabé, «P la to n e e l ’ o rfism o » (cit. en 2 -2 ,η . 5 ),
ΡΡ· 37 ” 97 ΐ·
12 Véase VI 2 . 1 , η. 19 .
396 6. MISTERIOS Y ASCETISMO

q ue ilu s tra n la e x iste n c ia e n el M ás A llá '3. E u ríp id e s alu d e a h o m b re s q u e tie n e n a


O rfe o co m o S e ñ o r, que « h o n r a n » m u ch o s lib r o s , c ele b ran rito s b á q u ico s y llevan
u n a vid a v e g e ta ria n a 14. L a s im ágen es, q u e a flo ra n de m an era esp ecial e n P la tó n , de
b e a titu d y de castigos en el H ad e s, d e l sim p o sio de lo s hósioi y d el b a n q u e te c o m ú n
c o n los d ioses p o r u n a p arte , y d el yacer en el fan g o , de los p o rta d o re s de agua y de
O c n o , p o r otra, d eriva n p ro b a b le m e n te de estos « l i b r o s » 15.
L a a p e la ció n a los lib ro s es ta n sign ificativa com o revolucionaria·, c o n el o rfism o ,
la escritu ra irru m p e en u n ám b ito que hasta en to n ces estaba d o m in a d o p o r la in m e ­
diatez de lo ritu a l o p o r la o ra lid a d de la tra d ic ió n m ítica. L a n ueva fo rm a de tra n s­
m is ió n h ace p o sib le u n a nueva a u to rid a d , a la que el in d ivid u o p u ed e acced er d ire c ­
tam en te, sie m p re que sepa le e r, sin la m e d ia c ió n de u n colectivo; la e m a n c ip a c ió n
d el in d iv id u o y la a p a ric ió n de lo s lib r o s van ju n ta s e n la re lig ió n .
L a s c o n tro v e rs ia s se r e f ie r e n so b r e to d o a la c u e stió n d e h asta q u é p u n to lo
« ó r f i c o » d eb e c o n s id e ra rs e c o m o u n m o v im ie n to e s p ir itu a l u n ifo r m e , b ie n se
to m e co m o n ú c le o e sp iritu a l el m ito a n tro p o g ó n ic o de D io n is o , o b ie n la in m o rta ­
lid a d d el alm a y la tra sm ig ra ció n de las a lm a s15“.
E l m ito ó r fic o según se c o n o c e e n épocas p o ste rio re s, e sp ecialm en te a través de
la c o m p ila c ió n ta r d o h e le n ís tic a lla m a d a Rapsodias, llev a b a de la te o g o n ia al n a c i­
m ie n to d el h o m b re a p a r tir de la m u e rte de u n d io s 16: Z eu s v io la a su m ad re R e a -
D e m é te r y g e n e ra a P e rs é fo n e , lu e g o v io la a P e rs é fo n e e n fo r m a de s e r p ie n te y
g en era a D io n iso . C o n c ed e la so b eran ía al n iñ o D io n iso , lo sienta en el tro n o , y hace
q ue lo s C o rib a n te s lo cu sto d ien ; e n to n ces H e ra envía a los T ita n e s, éstos d istrae n al
n iñ o c o n ju g u e te s y, m ien tras se m ira al esp ejo, lo arra stra n fu e ra d el tr o n o , lo d es-
m ie m b ra n , lo h ie rve n , lo asan y se lo co m e n . Z eu s destruye a los T ita n es co n su rayo
y, d e l h o llín , s u rg e n lo s h o m b re s , re b e ld e s q u e , s in e m b a rg o , p a r tic ip a n d e lo
d iv in o . D e lo s resto s salvados y re u n id o s re n a ce D io n is o .
L o s p oetas h e le n ístic o s C a lim a c o y E u f o r i ó n 17 tra ta ro n ese m ito de D io n is o . Se
h a b la d e su tu m b a e n D e lfo s . O tr a t r a d ic ió n h a b la de la m u e r te d e D io n is o a
m an o s de P e rseo e n L e r n a , cerca de A r g o s 18. N in g ú n te stim o n io in d isc u tib le n o s
lleva a u n a ép o ca m ás a n tig u a 18“, p e r o sí existen re fe re n c ia s in d ire cta s. E l d isc íp u lo

13 Plut. Lac. apophth. 2 2 4 e ; T h eo p h r. Char. 1 6 ,1 2 .


14 E u r. Hippol. 9 5 2 - 9 5 4 ·
15 G raf, pp. 9 4 “ i 5 ° [cfr· R· Edm onds, Myths o f the UnderworldJourney (cit. en 2 · 2 · , η. ΐ)].
I5 a [G fr. A . Bernabé, « L a tradizione orfica della Grecia classica al N eoplatonism o», en G . Sfam eni
Gasparro (ed.), Modi di comunicazione trail divino eVumano, 2 0 0 5 . pp. 1 0 7 - 1 5 0 ] .
16 OF 9 0 - 3 5 9 ; sobre la antropogonía sólo O lim piod. in Plat. Phd. p. 4 1 Westerink = OF 3 2 0 [trad. esp.
de A . Bernabé, Hieros logos (cfr. n. 5 ). p· 1 9 4 ], un texto no derivado de las Rapsodias. Titanes como
antepasados del hom bre en D io Ch rys. O . 3 0 , 10 y ya Hymn. Apoll. 3 3 6 , cfr. Plat. Leg. 7 0 I c [véase
sobre el m ito, A . Bernabé, « L a toile de Pénélope: a -t -il existé un mythe orphique sur Dionysos
et les T ita n s ? » , RHR 2 1 9 ( 2 0 0 2 ) , pp. 4 ° I “ 4 3 3 ]·
17 C allim . fr. 64,3; Eu p h o r. fr. 1 3 Powell [L . A . de Cuenca, Euforión de Calcis, 19 7 6 , fr. 1 3 con trad,
esp.]; tumba: Philochor. FGrHist 3 2 8 F 7 ; HN, p. 2 4 9 , n. 4 3 ; W . Fauth, RE s.v. Zpgreus IX A (1 9 6 7 ),
cois. 2 2 2 1 - 2 2 8 3 [M . Piérart, « L e tom beau de Dionysos à D elp h es», en G . Bodelot et al. (eds.),
Poikïla. Hommageà Othon Scholer, Luxem bourg, 19 9 6 , pp. 1 3 7 - 1 5 4 ] .
18 Dinarchos, Suppl. Hell. fr. 3 7 9 B (FGrHist 3 9 9 F 1); Burkert, HN, p. 19 7 , n. 3 3 ; pero v. G . A rrigo n i,
« L a maschera e lo specchio: il caso di Perseo e D ioniso a D elfi e l ’enigm a dei sa tiri» , QUCC 7 3
(2 0 0 3 ), pp. 9-55.
18 a L in fo rth (véase supra, n. i), pp. 3 0 7 - 3 6 4 . L a escena de la pélice ática, San Petersburgo St 1 7 9 2
2. 3. ORFEO Y PITÁGORAS 397

de P la tó n Je n ó c r a t e s re m ite a D io n is o y a lo s T ita n e s p a ra la in te rp r e ta c ió n de u n
p asa je de P la tó n 19. E l p r o p io P la tó n te s tim o n ia q u e « O r f e o y lo s s u y o s» e n se ñ a n
q ue el alm a está c o n fin a d a e n el c u e rp o c o m o castigo p o r cie rtas faltas in n o m b r a ­
b les y alu d e a la « a n tig u a n atu raleza titá n ic a » d el h o m b re q u e p o d ría m an ife sta rse
de re p e n t e 20. E l h ech o de q u e H e r ó d o to m e n c io n e lo s « s u fr im ie n t o s » de O s iris ,
al q ue id e n tific a c o n D io n is o , y gu a rd e sile n c io so b re ello s d e c la ra d a m e n te, a u n ­
q u e e n E g ip to n o estab an v in c u la d o s a n in g ú n se c re to , só lo se p u e d e e n te n d e r si
se c o n s id e r a q u e el m ito c o r r e s p o n d ie n t e d e l d e s m e m b ra m ie n to de D io n is o es
u n a d o c trin a m isté rica « in d e c ib le » ; el m ito d el d esm em b ra m ie n to de O siris p r o ­
p o r c io n a u n a e x p lic a c ió n a la p r o c e s ió n fá lic a de D io n is o , a la q u e a lu d e H e r ó ­
d o t o 21. G u a n d o fin a lm e n t e P ín d a r o a fir m a q u e P e r s é fo n e d eb e r e c ib ir d e lo s
m u e rto s « c o m p e n s a c ió n p o r el a n tig u o l u t o » an tes de p e r m it ir le s a c ce d e r a esa
e x iste n c ia s u p e r io r 22, el lu to de la d io sa , c o n cuya c u lp a ca rga n los h o m b re s, só lo
p u e d e d e b e r se a la m u e r te de su h ijo D io n is o . E l p a p ir o d e D e r v e n i se d e tie n e
p o c o antes d e l n a c im ie n to de D io n is o c tó n ic o , p a re c e te rm in a r co n el in cesto de
la m ad re p o r o b ra de Z e u s, p e r o el sistem a de m o n a rq u ía s d ivin as tratad o en este
texto, p a r tie n d o de U ra n o co m o p r im e r rey, c o in c id e e strech am en te c o n el q u e se
p r e s e n ta e n lo s te s tim o n io s b á sic o s de la a n t r o p o g o n ía ó r f i c a 23. S e p o d r ía p o r
tan to a d m itir q u e el cu lto d el d e sm e m b ra m ie n to de D io n is o fu e r a re la tiv a m e n te
a n tig u o y m u y c o n o c id o e n tre lo s g r ie g o s , p e r o m a n te n id o c o n s c ie n te m e n te e n
se c re to c o m o d o c t r in a m is té ric a . L a in c o m o d id a d d e h a b la r a b ie rta m e n te d e la
m u e rte de u n d io s d eb ía de re fo rz a r la o b lig a c ió n de m a n te n e rlo en secreto. E ste
m ito establece u n co n traste ir re c o n c ilia b le c o n la c o n c e p c ió n h o m é r ic o - g r ie g a de
los d io ses « in m o r t a le s » . H asta qué p u n to este m ito y e n g e n e ra l el cu lto de D i o ­
n iso « c t ó n ic o » y la c re e n cia en el M ás A llá d e p e n d e desde u n p r in c ip io del c u lto
e g ip c io de O s ir is es algo q u e al m e n o s d eb e c u e stio n a rs e s e r ia m e n t e 24. P o r o tra
p a rte , n o se d ice c o n ello q u e tod as las fo rm a s de m iste rio s b á q u ic o s estén fu n d a ­
das so b re esta b ase. S i el d ifu n to se p re se n ta e n las la m in illa s de o ro c o m o « h i jo
de la T ie r r a y d e l C i e l o » n o se p r e s u p o n e n e c e s a r ia m e n te e l m ito d e lo s T i t a -

(s. IV a .C ., GGR, lám . 4 6 , i) se ha interpretado com o referencia al nacim iento de D ioniso c tó ­


nico: E . Sim on, A K 9 (19 6 6 ), pp. 7 8 - 8 6 ; G raf, pp. 6 7 ~ 7 ^; cfr. G . Gasparri, LIMGs.v. Dionysos III
(1 9 8 6 ) , n ' 5 2 8 .
19 Xenocrates fr. 2 0 Heinze [2 1 9 Isnard i-Parente], ref. a Plat. Fluir. 62b .
20 Plat. Grot. 4 0 0 C , cfr. Leg. 70IC .

21 G . M urray en H arrison (2 ), pp. 3 4 2 s .; H erod. 2 , 4 9 · D iod. Sic. I , 2 2 , 7 ’ Plut- Ls. 3 5 8 B .


22 Pind. fr. I 3 3 i 1 M aehler (trad, it.: Pindaro, Trenodie, ed. de M . Cannatà Fera, I 9 9 ° - ^'· 65, I [trad,
esp. de E . Suárez: Píndaro, Obra completa, I 9 8 8 , p. 4 ° l]) > Ρ· Tannery, RPh 23 (18 9 9 ), p. 1 29 ; H . J .
Rose, HThR 3 6 ( Γ9 4 3 ) , p. 2 4 7 ; ΓÍ- Llo yd -Jo n es, «P in d a r and the A fte rlife » , en GreekEpic, Lyric, and
Tragedy, 19 9 O. pp. 8 0 - 1 0 9 Í/Al ■ Bernabé, « U n a cita de Píndaro en Platon Men. 8 l b (Fr. 1 3 3 S η . -
M .) » , e n j . A . López Férez (ed.), Desde los poemas homéricos hasta la prosagriega del siglo IV d. C. Veintiséis estu­
diosfilológicos, 19 9 9 , pp. 2 3 9 - 2 5 9 ] .
23 V éase supra, n. 15 .
24 Véase III 2 .1 0 , n. 15 ; la antropogonía de un dios m uerto de origen babilonio, A N E T 6 8 ; 9 9 s· : W .
M aag, Kultur, Kulturkontakt und Religion, 1 9 8 0 , pp. 3 8 59 [cfr. W . Burkert, The Orientalizing Revolution.
Near Eastern Influence on Greek Culture in the Early Archaic Age, 1 9 9 2 , 9 4 s - i J - B rem m er, «R em em b er the
T ita n s !» , en G. A u ffarth y L . Stuckenbruck (eds.), The Fall o f the Angels, 2 0 0 3 , pp. 3 5 ~ 6 l ; la traduc­
ción de los textos acadios, en J . Bottéro y S. N . K ram er, Cuando los dioses hacían de hombres, trad. e sp .,
2 0 0 4 (ed. orig. 19 8 9 ) , 517> £>45ss-> 6 5 2 s s .].
39§ 6. MISTERIOS Y ASCETISMO

n e s 25; m ás b ie n se p o d r á r e la c io n a r la « e x p ia c ió n p o r lo s acto s in ju s t o s » de las


la m in illa s de T u r io s 26 c o n P la tó n y P ín d a r o .
E n esa c o m p ila c ió n ta rd o h elen ística de Orphikd co n o cid a com o las Rapsodias se v in ­
cu lab a la a n tro p o g o n ía a la d o c trin a de la m e te m p sico sis27, u n a d o c trin a e sp e cu la ­
tiva m ás característica de la In d ia, que es u n cu erpo extraño en el m arco de la re lig ió n
g rie g a 28. E n el siglo V la e n c o n tra m o s, e n fo rm a s diversas, en P ín d a ro , E m p é d o c le s
y H e ró d o to y m ás tarde e n los m ito s de P la tó n . E l m ás im p re sio n a n te es el texto m ás
an tig u o , la segund a Olímpica de P ín d a ro a T e ró n de A cra g a n te, d el año 4 7 ^; adem ás
e x iste n a lgu n o s fra g m e n to s n o d atad os de dos cantos fu n e r a rio s (Thrênoi)29. S e g ú n
P ín d a ro , hay tres « c a m in o s » e n el M ás A llá , tres p o sib ilid a d e s: q u ie n h a vivid o de
fo rm a p ia d o sa y ju sta e n c u e n tra e n el M ás A llá u n a vid a festiva, lib re de to d a p r e o ­
c u p a c ió n , a llí d o n d e p o r la n o c h e b r illa el so l; lo s m alv ad o s, e n c a m b io , s u fr e n
p en as te rrib le s. D espu és el alm a regresa al m u n d o s u p e rio r, d o n d e se d e te rm in a su
d estin o seg ú n las accio n es p re via s; el q u e sale a iro so tres veces e n tra rá e n la Isla de
los B ie n av en tu ra d o s. E llo p u ed e co m p ararse c o n el h ech o de que en dos de las la m i­
n illa s de o ro de T u r io s se p ro m e ta la d ivin iz a c ió n in m e d ia ta , m ien tras que en otras
d os se im p lo r a m ás m o d e sta m e n te e l acceso a las « s e d e s de lo s p u r o s » ; ta m b ié n
a q u í, c o m o en P ín d a ro , es P e rsé fo n e la q u e d ecid e el d estin o de lo s d ifu n to s 30. L a
la m in illa de o ro de H ip o n io n o m b ra en el m u n d o su b te rrá n eo u n a p rim e r a fu en te
que se debe evitar, « d o n d e , al b a ja r, las alm as de los m u erto s se r e fre s c a n » ; aú n , en
c o n tra ste c o n el « la g o d e l r e c u e r d o » , u n « o l v id o » an tes de la r e e n c a r n a c ió n 31.
H e ró d o to alud e a o tra c o n c e p c ió n m ás n atu ralista de la m etem psicosis: el alm a, d es­
p u és de h a b er re c o r rid o todas las esferas d el cosm os, vuelve a e n tra r en el cu e rp o de
u n h o m b re q ue c o b ra v i d a » 32 . S e g ú n E m p é d o c le s , el v a g a r d e l alm a a través de
to d o s lo s elem en to s es e x p ia c ió n p o r u n c rim e n de sangre co m etid o e n el M ás A llá ;
la m eta es el re to rn o a lo s d io ses, la d iv in iz a c ió n 33. E n lo s m iste rio s (teletaí), seg ú n
asegu ra P la tó n , « m u c h o s » escu ch an y cre en q u e n o sólo hay castigo en el M ás A llá
sin o q ue ta m b ié n la nueva m u erte desp u és de la re e n c a rn a c ió n es la ju sta c o m p e n ­
sa c ió n p o r c u lp a s p re v ia s; A r is t ó t e le s cita esta « s e n t e n c ia de R a d a m a n tis » e n
34
verso .

25 Véase VI 2 -2 , n. I ; Gnomon 4 6 ( l 9 7 4 )» P* 3 ^ 7 *
26 Véase VI 2 -2 , n. 2 0 .
27 OF 3 3 8 [trad. esp. de A . Bernabé, HierosLogos (cit. en η. 5 ). pp· 2 0 4 s .] .
28 C . H op f, Antike Seelenwanderungsvorstellungen, tesis doct., Leipzig, 1 9 3 4 » W · Stettner, Die Seelenwanderun­
gen bei Griechen und Römern, 1 9 3 4 ; S. H . L o n g, A Study o f the Doctrine ofMetempsychosis in Greece from Pythagoras
to Plato, 1 9 4 8 ; L&S, pp. 1 2 0 - 1 3 6 ; sobre la doctrina india, p. 1 3 3 , n. y i [además: G . Gasadio, « L a
m etem psicosi tra O rfeo e P ita g o ra », en Ph. Borgeaud (ed .), Orphisme et Orphée, en Γ honneur de Jean
Rudhardt, 1 9 9 1 , pp. 119 - 1 5 5 » W . Burkert, «S e ele n w an d e ru n g » (Abschn. I: A ntike), e n j . R itter
(ed.), Historisches Wörierbuch der Philosophie, IX , I 9 9 5 > PP· n 7 “ 2 o ].
29 P in d . 0 1 . 2 , 5 6 ~ 8 o [trad. esp. de A . B ern abé y P. Bádenas, 2 0 0 2 ] ; fr. I 2 9 ~I 3 I a **33
(trad, it.: Pindaro, Trenodie, In tro d ., texto crít. y com . de M . Cannatà Fera, I 9 9 °> ^ΓΓ· 5 & - 5 9 > 1
[trad. esp. de E. Suárez: Píndaro, Obra completa, 19 8 8 , pp. 3 9 9 " 4 ° l ] ) ; K . von Fritz, Phronesis2 ( l 95 7 )>
pp. 8 5 - 8 9 ; D . R oloff, Goäähnlichkeit, Vergöttlichung und Erhebung zu seiligen Leben, 1 9 7 0 » pp· 18 6 -19 7 *
30 Véase VI 2 · 2 , nn. 2 0 - 2 2 ; Zuntz, pp. 3 3 ^ s*
31 Véase VI 2 . 2 , n. 9.
32 H ero d. 2, 12 3 *
33 E m p e d o cl. VS 3 1 B 115-147 [trad. esp. de A . B ernabé, De Tales a Demócrito. Fragmentospresocrdticos,
22 0 0 I, frr. I 0 7 ss.]; Zuntz, pp. l 8 l - 2 7 4 ·
34 Plat. Leg. 8 7 o d e ; Arist. E N 1 1 3 2 b 2 5 ; Pind. 01. 2 , 57 s·! Plat. Meno 8lb .
2 .3 . ORFEO Y PITÁGORAS 399

S e g ú n A r is tó te le s , « e n lo s lla m a d o s v e rso s ó r f i c o s » se d ec ía q u e el alm a d e l


T o d o e n trab a e n el ser vivo c o n el p r im e r a lie n to , im p u lsa d a p o r los v ien to s; p e r o
A ristó te le s c o n o c e ta m b ié n « m ito s p ita g ó r ic o s » , seg ú n lo s cu ales « u n alm a c u a l­
q u ie ra e n tra en u n cu e rp o c u a lq u ie ra » 35. E l te stim o n io m ás an tigu o , Je n ó fa n e s , en
u n a p o e sía sa tírica , atrib u ye a P itá go ra s la c re e n c ia de que « e n u n p e r r o ap alead o
p u ed a estar p resen te el alm a de u n h o m b r e » 36.
C o n P itágo ras sale fin a lm e n te a la lu z u n a p e rso n a lid a d h istó ric a . N o se p u e d e
d u d a r q ue este h o m b re , n ativo de S am o s, estuvo en activo en la segu n d a m itad d el
s ig lo V I e n la Ita lia m e r id io n a l, so b re to d o e n C r o t o n a y e n M e ta p o n to , d o n d e
m u r ió ; sus se g u id o re s, Pythagóreioi, e je rc e n c ie rta in flu e n c ia , e n p a r tic u la r e n
T a re n to , hasta el siglo I V 37. L a p o ste rid a d ve e n P itágoras al fu n d a d o r de la m atem á­
tica y de las cien cias m a te m á tic o -n a tu ra le s. L o s te stim o n io s p re p la tó n ic o s in d ic a n
u n a m ezcla de s im b o lism o n u m é r ic o y n o c io n e s d e a ritm é tic a ju n t o a d o c trin a s
sob re el M ás A llá y la in m o rta lid a d y n o rm as de vid a ascética. L a s leyendas más a n t i­
guas y p e c u lia re s m u e stra n a P itá g o ra s c o m o h ie r o fa n te de u n cu lto de M é te r, de
im p ro n ta o rie n ta l, q ue c o n firm a su d o c trin a de la in m o rta lid a d c o n u n « d esc e n so
al m u n d o s u b t e r r á n e o » . E s p e rfe c ta m e n te p o s ib le q u e u n j o n i o d el sig lo V I h aya
p o d id o a s im ila r e le m e n to s de la m a te m á tic a b a b iló n ic a , d e la r e lig ió n ir a n ia e
in c lu so de la d o c trin a in d ia de la m etem p sico sis.
L a com p eten cia en tre las trad icio n es de la d o c trin a de la m etem psicosis « ó r fic a »
y « p it a g ó r ic a » se d isu elve si se acep ta q u e se n o m b r e a lo s p ita g ó ric o s de la Ita lia
m e rid io n a l e in c lu so al p ro p io P itágoras, ju n t o a O n o m á c rito , com o « a u té n tic o s »
au to res de p o em as ó r fic o s 38. P o r supuesto n o se p u e d e h acer e q u ip a ra c io n es de las
in te rs e c c io n e s. L o b á q u ic o , lo ó r fic o y lo p ita g ó ric o s o n c írc u lo s c o n sus p r o p io s
cen tro s, que e n p arte se s u p e rp o n e n p e ro q u e ta m b ié n m a n tie n e n su ám b ito p a r t i­
c u la r. S u s d e n o m in a c io n e s d e riv a n de p r in c ip io s m u y d ife r e n te s : a q u í u n r itu a l
m isté ric o , a llí u n a lite ra tu ra m arcad a p o r el n o m b re de u n a u to r y, p o r ú ltim o , u n
g ru p o , te stim o n ia d o h istó ric a m e n te , y su m a e stro ; D io n is o es u n d io s, O r fe o , u n
m ítico c a n to r y u n p ro fe ta y P itágoras, u n sam io d el siglo V I . Q u iz á se p u ed a n d is ­
tin g u ir d e n tro de lo « ó r f i c o » dos d ire c c io n e s, u n a a te n ie n s e -e le u s in ia , que ve en
el m ito de D e m é te r y e n lo s m iste rio s e xisten tes la fu n d a c ió n de la c u ltu ra , y u n a
su d itá lic a -p ita g ó r ic a , q u e, c o n la d o c trin a de la m e te m p sico sis, sigue u n a vía m ás
o r ig in a l. « O r f i c o » y « b á q u ic o » c o in c id e n e n la p re o c u p a c ió n p o r la se p u ltu ra y
p o r el M ás A llá y n a tu ra lm e n te ta m b ié n en el m ito p a r tic u la r de D io n is o Z a g re o ;
« ó r f i c o » y « p it a g ó r ic o » , en la d o ctrin a de la m etem p sico sis y e n el ascetism o. P o r
lo dem ás, la d ific u lta d de e n c o n tra r lín eas p recisas de d e m a rc a c ió n n o debe llevar a
la n e g a c ió n de los p ro p io s fe n ó m e n o s.

35 Arist. An. 4 1 0 b 29 = OF 4 2 1 [trad. esp. de A . Bernabé, Hieros Logos (cit. en n . f}) , p . 2 2 8 ] ; An. 4 0 7 b
2 0 ; L&S, p. 1 2 1.
36 VS 2 1 B η = fr. 7a West*; L&S, p. 12 0 .
37 L&S, p p . 1 0 9 - 1 2 0 y passim; u n nuevo docu m en to: una m oneda de M etaponto (iv a .G .) con el
retrato de Pitágoras en já m b lico , De viia Pythagorica, ed. D e u b n er-K lein , aI 9 7 5 > Ρ· X X ; [sobre Pitá­
goras, cfr. C h . Riedweg, Pythagoras: Leben, Lehre, Nachwirkung, 2 0 0 2 ; trad. ingl. : Pythagoras. His Life, Tea­
ching, and Inßuence, 2 OO3 J .
38 Io n VS 3 6 B 2 = FGrHist 3 9 2 F 2 5 ; Suda s. v. Orpheus, cfr. Arist. frr. 7 y 75 Rose; L&S, pp. 1 2 8 - 1 3 1 ·
400 6. MISTERIOS Y ASCETISMO

L o m ás im p o rta n te es la tr a n s fo rm a c ió n d el co n cep to de alm a (psyché) que tien e


lu g a r e n estos c ír c u lo s 39. L a m e te m p sico sis p re su p o n e la e x iste n c ia e n el ser vivo ,
tan to h o m b re co m o a n im a l, de algo in d iv id u a l, con stan te, u n yo q ue, e n v irtu d de
su p r o p ia e se n c ia , c o n se rv a su id e n tid a d in d e p e n d ie n te m e n te d e l c u e rp o q u e
m u e re ; de este m o d o se c re a rá u n n u e vo c o n ce p to g e n e ra l p ara « s e r v iv o » , émpsy-
chon·. « d e n t r o d e l q u e h ay u n a p s y c h é s . E sta psyché n o es e v id e n te m e n te la in e r t e e
in c o n s c ie n te im a g e n d e l r e c u e rd o e n el p ú tr id o H a d e s, c o m o e n la N é k y ia de
H o m e r o ; la m u erte n o le afecta; el alm a es « in m o r t a l» (athdnatos) * 0. E l h ech o de que
este calificativo, q ue desde « H o m e r o » caracteriza a los dioses, se co n vierta ah o ra e n
rasgo esen cial de la p e rso n a h u m a n a re p rese n ta sin duda u n a re v o lu c ió n .
Esta re v o lu c ió n se llevó a cabo p o r etapas y p o r ello la ru p tu ra co n la tra d ic ió n
p u e d e p a sa r in a d v e rtid a . E n p r im e r lu g a r , ese algo d u ra d e r o n o se id e n t ific a de
n in g ú n m o d o c o n la c o n c ie n c ia d e s p ie rta e m p íric a ; P ín d a ro lo d e sc rib e p r e c is a ­
m en te co m o antítesis de ésta: d u e rm e c u an d o lo s m ie m b ro s están activos, m u estra
su esen cia e n to d o caso e n el su eñ o y desp u és e n la m u e r te 41. E n el tra sfo n d o p u e ­
d e n ocu ltarse e x p e rie n c ia s extáticas de tip o b á q u ic o , ch am án ico o de yoga. A d em á s
en n in g ú n m o d o es c o n c e b ib le u n a « d o c t r in a » com p leta de la m etem p sico sis, sin o
m ás b ie n , e n u n p r im e r m o m e n to , e n el siglo V, sólo esp ecu lacio n es e x p e rim e n ta ­
les c o n p rin c ip io s c o n tra d ic to rio s c o n respecto al ritu a l, a la m o ra l y a u n vago p r e ­
se n tim ie n to de leyes n a tu ra le s43; el alm a n o sólo es in m o rta l, sin o que p ro v ie n e de
lo s d io se s y a e llo s re g re sa tras re p e tid a s p ru e b a s, o vaga e te rn a m e n te e n c írc u lo a
través de todas las esferas d el cosm os; c o n respecto a la re e n c a rn a c ió n d ecid e la p u ra
c a su a lid a d o u n tr ib u n a l d e m u e rto s; lo q u e g a ra n tiz a el m e jo r d e stin o es la c o n ­
ducta m o ra lm e n te in tach ab le o ta m b ié n la in ic ia c ió n a lo s m iste rio s, q u e lib e ra de
la c u lp a ; c o n la id e a de q u e el a lm a es lu m in o s a su sta n c ia c e le stia l y d e q u e, p o r
tan to , lo s m u erto s a sce n d e rá n fin a lm e n te « a l c ie lo » , se abre paso u n a c o n c a te n a ­
c ió n de co sm o lo gía y re lig ió n de la lib e ra c ió n q ue te n d rá m ú ltip les c o n se cu en cias43.
E n el m o m en to e n q ue estos m otivos c o n tra d ic to rio s se asim ilan de m a n e ra p r e filo -
só fica al n ivel de mythoi p o ético s n o vin cu lan tes, su contraste co n la realid ad existente
apenas resultaba in q u ie ta n te ; P ín d a ro p u e d e p re se n tar la d o c trin a d el alm a p ara sus
p a tro n o s sic ilia n o s, sin v e r c o m p ro m e tid o su sistem a aristo crático tra d ic io n a l. P ero
ta m b ié n P la tó n so stien e q u e la m e te m p sic o sis o fre c e u n a e x p lic a c ió n a lo s cu lto s
e x iste n te s, s ie m p re q ue se q u ie ra b u s c a r u n a e x p lic a c ió n e n lu g a r de p ra c tic a r el
cu lto sin c o m p r e n d e rlo 44; y p o r e llo p re te n d e m o d ific a r lo m en o s p o sib le el culto

39 Rohde II, pp. 1 - 3 8 , situó en el éxtasis dionisíaco el origen de esta evolución; Dodds, pp. T3 5 <7 ^,
la sitúa, en cam bio, en el cham anism o escítico; cfr. L & S, pp. 1 6 2 - 1 6 5 ; Ja e g e r, pp. 8 8 - 1 0 6 .
Observaciones escépticas en Glauss, pp. [I í - 12 1 , que sin embargo olvida émpsychon.
40 E l docum ento directo más antiguo en relación con la metempsicosis: H erod. 2 , 1 2 3 ; Dicaearch.
en Porph. Vith. Pyth. 19 sobre Pitágoras (cfr. L&S, p. I 2 2 y n . 7); Aristo t. sobre A lcm eón KS' 2 4 Λ 12-
E . Ehnm ark, « S o m e Remarks on the Idea o f Im m ortality in Greek R e lig io n » , Eranos 4 6 ( 1 9 4 8 ) ,
pp. I —2 1 ; W . Jaeger, « T h e Greek Ideas o f Im m o rta lity», HThR 52 ( 19 5 9 ) , pp. Γ3 5 - 1 /j-7 = Humanis­
tische Reden und Vorträge, ”1 9 6 0 , pp. 2 8 7 - 2 9 9 .
41 Pind. fr. 1 3 1 b M aeh ler (trad, it.: P in daro , Trenodie, ed. de M . Cannatà Fera, 1 9 9 0 , fr. 5 9 > 2~5
[trad. esp. de E . Suárez: Píndaro, Obra completa, 1 9 8 8 ] ) ; L&S, p. 1 3 4 .
42 L&S, p p . 133-135·
43 E u todo caso, de influjo iranio: F. C u m o n t, Lux Perpetua, 1 9 4 9 ; ß ■ L . van der W aerden, Die Anfänge
der Astronomie, 19 6 6 , pp. 2 0 4 - 2 5 2 ; L&S, pp. 3 5 7 ~ 3 6 8 .
44 Plat. Men. 8la.
3. BIOS 4 OI

tr a d ic io n a l d e la p o lis . E l p r o p io P la to n n o q u e r ía a d m itir q u e la d o c trin a d e la


m etem p sico sis, b ie n en su ve rtie n te cuasi n a tu ralista, o b ie n en su ve rtie n te m o ra l,
a p esa r de su p a p e l e n los cultos m isté rico s, vo lvie ra s u p e rflu o el ritu a l y, p o r tan to ,
e n el fo n d o , la r e lig ió n de la p o lis . N o o b stan te, c o n la id ea d e l alm a in m o rta l, el
« d e sc u b rim ie n to d el in d iv id u o » alcanza u n a m eta q u e sólo se realiza e n la filo so fía :
la « p r e o c u p a c ió n p o r el a lm a » socrática, la m etafísica p la tó n ica le d ie ro n la fo rm a
clásica q ue d o m in a ría d u ran te m ilen io s.

3 . B ÍO S

T o d a in ic ia c ió n con lleva u n cam b io de estatus irre vo c a b le ; q u ie n se in ic ia p o r d e c i­


s ió n in d iv id u a l se ap a rta de lo s dem ás y se in te g ra e n u n n u e vo c írc u lo . S e g ú n su
p u n to de vista, el in ic ia d o se d ife re n c ia de lo s dem ás p o r u n a esp ecial re la c ió n c o n
lo d iv in o , p o r u n a fo rm a de « p ie d a d » . L a fiesta está e n con traste co n lo c o tid ia n o ,
lo « s a g r a d o » va seg u id o de la lib e rta d d el hósion1 ; sin e m b argo , la hosiótes de los i n i ­
ciad os es de n atu raleza p a rtic u la r, c o rre sp o n d ie n te a l a s « p u r ific a c io n e s » a n te rio ­
res a la in ic ia c ió n y, al m ism o tiem p o , en p o la r con traste co n lo s ritu ales de in ic ia ­
c ió n . L o s in ic ia d o s de S am o tra cia se h acen lla m a r lo s « p ia d o s o s » o lo s « ju s t o s » 2,
m ien tras que e n la in ic ia c ió n el « d e lit o » d esem p eña u n p ap el im p o rta n te . L a o m o -
fagia va seguida d el vegetarian ism o en tre los mystai del Id a en E u ríp id e s 3. T a m b ié n las
bacantes de E u ríp id e s ensalzan la p a rtic u la r « p u r e z a » de q u ie n « c o n o c e las in ic ia ­
c io n es de lo s d io se s » y sin em b argo , cantan al m ism o tiem p o el « p la c e r de la o m o -
f a g ia » 4. M ás sen cillo resu lta el h ech o de q u e lo s mystai eleu sin io s asegu ren que e llo s,
e n cu an to in ic ia d o s, llev en u n a vid a « p ia d o s a » ta m b ié n p ara c o n los e x tra n je ro s y
la gente c o m ú n 5. L as « L e y e s de T r ip t ó le m o » en E le u s is 6 p re sc rib ía n « h o n r a r a lo s
p ad res, re g o c ija r a los dioses co n fru to s y n o h a ce r d a ñ o a los a n im a le s » , en d o n d e
el te rc e r a rtíc u lo n o d eb e e n te n d e rse e n el se n tid o d e u n v e g e ta ria n ism o g e n e ra l.
L o s mystai e le u s in io s n o lla m a n la a te n c ió n p o r su f o r m a de v id a . E n c a m b io , lo s
mystai del Id a van m u ch o m ás allá en el d ram a de E u ríp id e s: con vertid o s en hósioi, l l e ­
van ro p a s b lan cas, n o tie n e n contacto n i c o n el n a c im ie n to n i c o n la m u erte y e v i­
ta n c o m e r a q u e llo q u e tie n e « a l m a » . A q u í p ro b a b le m e n te se h a n in t r o d u c id o
m otivos ó rfico s, p u es la fo rm a de vid a regu lad a p o r reglas severas (bíos) es ca ra cte rís­
tica tanto d e lo s ó r fic o s co m o de lo s p itagóricos·, existe u n «bfos ó r fic o » y u n «bíos
p it a g ó r ic o » .
E l « bíos ó r f i c o » 7 está d ete rm in a d o sobre to d o p o r tabúes a lim e n ta rio s: los ó r f i ­
cos n o c o m e n c a rn e n i h u e v o s8 n i h a b a s9, n i b e b e n v in o io. E ste tip o d e « p u r e z a »

1 Véase V 4 , n. 8.
2 Schol. A ristoph. Pax 2 7 8 H olwerda; SIG 1 0 5 2 s .; véase VI 1 .3 , n. 34·
3 E u r. fr. 47 2 K anních t; véase VI 1. 2 , n. 2 3 .
4 E u r. Bacch. 7 4 ; * 3 9 -
5 Aristoph . Ran. 4 5 5 ·
6 X en o cr. fr. 9 8 H einze (= Porph. Deabst. 4 -2 ).
7 Plat. Leg. 7 8 2 c ; E u r. Hippol. 9 5 2 ; J . Haussleiter, Der Vegetarismus in Antike, 1 9 3 5 » ΡΡ· 7 9 ~ 9 6 ·
8 Plut. Quaesf. conv. 6 3 5 E ; M acr. Sat. 7 * 8.
9 OF 6 4 8 .
10 L a ebriedad es la venganza de D ioniso p o r sus «su frim ie n to s» : Plat. Leg. 6 7 2 b .
402 6. MISTERIOS Y ASCETISMO

está en claro contraste c o n la in ic ia c ió n , e n la q u e n o rm a lm e n te tie n e n lu g a r sa c ri­


fic io s de a n im a le s; y las « in ic ia c io n e s b á q u ic a s » so n im p e n sa b le s s in v in o . E n el
m ito , D io n is o es « c o c id o y a s a d o » ; p re c isa m e n te este « a s a r lo c o c id o » les está
e x p re sa m e n te p r o h ib id o a lo s ó r fic o s 11. E n u n te s tim o n io p o s te r io r se m e n c io n a
q u e el in ic ia n d o d eb ía e n g u llir u n h u e v o 15. T a m b ié n p e rte n e c e n evid e n te m e n te al
bíos ó r fic o ciertas fo rm a s d e a b stin e n c ia sexu al, p e r o sólo p o d e m o s c o m p r e n d e rlo
in d ire cta m e n te a p a r tir de los re fle jo s e n el m it o '3.
P la tó n 14 atrib u ye a « O r f e o y lo s s u y o s» u n a m o tiv a c ió n ra d ic a l p a ra todas estas
re n u n c ia s : el alm a debe s u fr ir castigo e n esta vid a , « s e a cu al sea el m o t iv o » , y está
e n c erra d a e n el cu e rp o co m o e n u n a p ris ió n , que al m ism o tiem p o con serva y p r o ­
tege el alm a, « h a sta q ue h a p ag ad o lo q u e d e b e » . E n el Fedón15, P la tó n u tiliz a p a ra
r e fe r ir s e a esta p r is ió n p r o t e c t o r a la m u y d isc u tid a e x p r e s ió n phrourd, « g u a r d ia » .
T a m b ié n A ristó te le s 16 m e n c io n a , co m o u n a d o c trin a de « a n tig u o s ad ivin os y sa ce r­
d o tes d e m is t e r io s » , q u e e stam o s e n esta v id a y e n el c u e rp o « c o m o castigo p o r
ciertas faltas g ra v e s » . E l g ra n d elito in n o m in a d o es evid e n te m e n te el asesin ato d el
d io s D io n is o a m an o s de los T ita n e s. S ó lo la p u reza a lo la rg o de tod a la vida p u ed e
exp iar la culpa o rig in a l, e n especial la ab stin en cia de tod o aqu ello en lo que hay alm a
(émpsychon). E l s u ic id io antes d el m o m e n to d e b id o está p r o h ib id o 17. E l m ito lleg a a
ser la base de u n a e strem eced o ra re c o n s id e ra c ió n de la vida; sólo se p u e d e n e sp erar
cargas y castigos. P e ro p re cisa m en te p o r ello se da a los o p rim id o s y a los so m etid o s
e n la re alid ad u n a p o sib ilid a d de d ar u n sen tid o a esa vida suya lle n a de calam idades.
L o s p ro p io s « in ic ia d o re s en lo s m iste rio s ó r fic o s » (orpheotelestaí) e rran tes a m en u d o
n o e ra n m ás que m e n d ig o s 18. E l o r fism o , co m o la m ay o r p arte de las sectas, estaba
p ro b a b le m e n te arra ig a d o e n el estrato de la « g e n te h u m ild e » .
A p e n a s es p o sib le re d u c ir a u n a id e a fu n d a m e n ta l el c o n g lo m erad o de p re ce p to s
q ue regu la el «bíos p ita g ó r ic o » . Se les lla m a akoúsmata, « l o que se o y e » , le gitim ad o s
p o r la enseñanza o ra l d el m aestro, o tam b ién symbola, « sig n o s de re c o n o c im ie n to » 19.
N o están e n re la c ió n estrecha c o n u n ritu a l: n o existe u n a teleté « p ita g ó r ic a » ; el bíos
p re sc in d e d e l c u lto . Q u e d a n a lg u n a s re la c io n e s c o n lo s rito s m is té ric o s , c o m o la
p ro h ib ic ió n de co m e r habas o la a lu sió n a los sacrificio s de c o ch in illo s, de los que se
c o m e 20. S o rp re n d e n te m e n te , n o existe u n ve g etarian ism o ab solu to, sin o que e n su
lu g a r se im p o n e n p ro h ib ic io n e s especiales de co m e r d eterm in ad as partes de los a n i­
m ales sa crifica d o s. E x iste n reglas de p a rtic u la r p ied a d : e n tra r descalzo en el sa n tu a ­
rio , n o in tro d u c ir la m an o en el re c ip ie n te co n agua a la en trad a d el te m p lo , v e rte r

11 A ris t. Probl. íned. 3, 43 Bussem aker; lam b í. Vil. Pyth. 154 [trad. esp. de E. A . Ramos J u ra d o : J á m -
blico, Vida pitagórica, I 9 9 1] ; A th . 6 5 6 b .
12 M art. Gap. 2 , 1 4 0 ; P. Boyancé, MEFR(A) 5 2 (19 3 5 ), ρρ· 95 -Π 2 .
13 M isoginia de O rfe o y de H ip ó lito.
14 Plat. Crat. 40OC [sobre el cual véase A . B ernabé, « U n a etim ología platónica: só/na sérna» , Philologus
1 3 9 ( 1 9 9 5 ). pp- 2 0 4 - 2 3 7 ] ·
15 Plat. Phd. 6 2 b y el comentario de Jenócrates, véase VI 2 .3 , n. 19.
16 A rist. fr. 6 0 Rose.
17 Plat. Phd, 6 2 b ; J . G . G . Strachan, C£ ¿2 0 ( l 9 7 °)> pp· 2 1 6 - 2 2 0 .
18 P lu t. Ιαίϊ. aj)oj)liíh. 22φΕ·, P lat. Resp. 3 6 4 b .
19 F. B o ehm , De symbolis Pythagoreis, tesis doct., B erlín , 1 9 0 5 ? Haussleiter (véase supra, η . 7 ). ρρ· 9 7 "
15 7 ; L&S, pp. 1 6 6 - 1 9 2 .
2 0 L&S, pp. 1 8 0 - 1 8 2 .
3 . BIOS 403

lib a cio n e s p ara los dioses sólo en el asa d el re c ip ie n te , d o n d e n o se p o n e n los la b io s;


ta m b ié n se a ñ a d en algun as p re sc rip c io n e s so b re la sep u ltu ra , co m o la p r o h ib ic ió n
de llev a r ro p a de la n a m en cio n a d a p o r H e r ó d o t o 21. P e ro m u ch o s p recep to s re g u la n
tam b ién la vida co tid ia n a : h acer la cam a al levan tarse y b o r r a r las h u ellas dejadas p o r
el c u e rp o ; n o atizar el fu ego c o n u n c u c h illo ; n o p asar p o r e n cim a de u n a escoba o
de u n y u g o ; n o sen tarse en u n a m ed id a de g ra n o ; n o m ira rse al esp ejo cu an d o hay
luz; n o h a b la r sin lu z; n o ro m p e r el p a n ; n o re c o g er lo que se h a caído de la m esa,
p u es p e rte n e c e a lo s h é ro e s. E n tre las p re sc rip c io n e s p u ra m e n te m o rales so rp re n d e
q ue, e n con traste c o n la p ráctica g e n e ra l, p o r p rim e r a vez ta m b ié n se le p ro h íb e al
h o m b re m a n te n e r re la cio n e s sexuales e x tra m a trim o n ia le s22.
L a severa o b se rv ació n de los akoúsmata sig n ifica u n a d esco n certan te lim ita c ió n de
la vid a; al levantarse o al acostarse, al p o n e rse las sandalias o cortarse las uñas, al a ti­
zar el fu eg o , al p o n e r u n a olla al fu eg o o co m e r, sie m p re hay u n a regla q u e ob servar
p ara evitar h a ce r algo in c o rre c to . U n a e x p re sió n m ítica de esta escru p u lo sid ad es la
cre en cia de que to d o el aire está lle n o de alm as —las p eq u eñ as m otas de p olvo q ue se
ve n d an zar c o n lo s rayos de so l sería n « a lm a s » —y q u e re su lte extrañ o q u e u n h o m ­
b re crea q u e n u n c a se ha e n c o n tra d o c o n u n daímon23. L o s p ita g ó ric o s c o m p a rte n
c o n los ó rfico s la id ea de la vida com o to rm e n to y castigo ; « u n b ie n son las fatigas y,
en cam b io , los p laceres, u n m al en to d os los con cep tos, pues, si h em os v e n id o a este
m u n d o co m o castigo, d eb em os ser castigad o s24.
G racias a sus « s ig n o s de re c o n o c im ie n to » los p itagó rico s se re u n ía n fácilm en te y
se o to rg a b a n re c íp ro c a m e n te ap o yo fin a n c ie r o y p o lít ic o . E n G r o to n a y en o tro s
lu gares s u rg ie r o n , al m e n o s te m p o ra lm e n te , c o m u n id a d e s d e p e rso n a s vin c u lad a s
p o r su m o d o de v id a , q u e re a lm e n te p a re c ía n u n a fo r m a p re v ia de m o n a s te rio s 23.
Q u ie n e n tra b a a fo r m a r p a rte de ellas re n u n c ia b a a la p r o p ie d a d p riv a d a y d e b ía
so m e te rse a u n p e r ío d o de s ile n c io de c in c o a ñ o s; a q u ie n e ra in f ie l se le tra ta b a
co m o si estuviera m u e r to 25“ y se le e rig ía u n a lá p id a . U n ra d ic a lism o sem ejante só lo
p u ed e e n c o n tra rse e n el ju d a is m o .
Se h a ap licad o sugestivam ente la d e n o m in a c ió n de « p u r it a n is m o » al bíos ó r fic o
y p it a g ó r ic o 26, e n el s e n tid o de u n a ló b re g a c o n c e p c ió n d e la v id a , d e la s severas
reglas de d isc ip lin a , de la te n sió n c o n resp ecto al m u n d o te rre n o y de la c o r p o r e i­
d ad. D esd e sie m p re h a b ía n existid o a d ivin o s y sacerd o tes in d ivid u a les erran tes q u e
lla m a b a n la a te n c ió n p o r su p a rtic u la r m o d o de vid a; P itágoras, com o E p im e n id e s,
se in s e rta d e n tro de u n a t r a d ic ió n de metragyrtai y « h o m b r e s e x t r a o r d in a r io s » 27.
A b stin e n c ia y « p u r ific a c io n e s » sie m p re se h a n p re sc rito en re la c ió n c o n las fiestas
y en especial c o n lo s m iste rio s. P e ro , cu an d o el estado de e x ce p ció n se co n vierte e n

21 Véase VI 2 -2 , n . II.
22 lam bí. Vit. lÿth. 5 0 , 1 3 2 [trad. esp. de E . A . Ramos Ju ra d o : Jám blico, Vida pitagórica, l ÿ ÿ l ] .
23 A rist. An. 404.a 16 ; fr. 1 9 3 Rose.
24 lam bí. Vit. Pyth. 8 5 , de Aristóteles.
25 lam bí. Vit. Pyth. 9 6 - 1 0 0 , de Aristóxeno; pero Jám blico escribe ya en concurrencia co n el cristia­
nismo y pudo haberse visto influido po r él, al menos en ciertos aspectos.
2 5 a Véase W. Burkert, « G r a ft versus Sect: the Problem o f O rphies and Pythagoreans», en B. M eyer-
E . P. Sanders, (ed s.), Jewish and Christian self-definition, III, 1 9 8 2 , 1 - 2 2 [trad, esp.: «P ro fesió n frente
a secta: el problem a de los órficos y los p itagó rico s», Taula 2 7 “ 2 8 , 19 9 7 · H - 3 2 ] ·
26 Dodds, pp. 1 3 5 - 1 7 8 ; L&S, pp. 1 8 0 - 1 8 2 .
27 L&S, pp. 1 4 7 - 1 6 1 .
4 0 4 6. MISTERIOS Y ASCETISMO

rasgo p e rm a n e n te de u n g ru p o , cam b ia su fu n c ió n . E l ritm o a lte rn a d o de e x tra o r­


d in a r io y o r d e n se p ie r d e y e n su lu g a r a p a re c e el c o n tra ste e n tre el m u n d o
« c o m ú n » y la nueva vida lib rem e n te escogida. Las p articu larid ad es d el m o d o de vida
se v u e lv e n c o n sta n te a u t o c o n fir m a c ió n e n el c írc u lo c e r ra d o . D e este m o d o , se
p u ed e in te rp re ta r la « p u r e z a » ó r fic a y p ita g ó rica com o u n m o vim ien to de p ro testa
c o n tra la polis in s titu c io n a liz a d a 28. C o n lo s tabú es a lim e n ta rio s se p o n e e n d u d a la
fo r m a m ás e le m e n ta l de c o m u n id a d : c o m u n id a d de la m esa; el r itu a l c e n tra l d e l
o r d e n r e lig io s o , e l b a n q u e te s a c r ific ia l, d eb e re c h a z a rse . P e ro só lo E m p é d o c le s
actuó d e m a n e ra ra d ic a l e n este se n tid o ; h ab ía p o sib ilid a d e s de c o m p ro m iso , r e fle ­
ja d a s ta m b ié n e n la d o c trin a de la m e te m p s ic o s is 29; al m e n o s s ig u ie r o n te n ie n d o
lu g a r sa crificio s de in ic ia c ió n . P e ro p a ra lo s ó rfic o s y los p ita g ó rico s resta sólo com o
ve rd a d ero acto de servicio d ivin o la o fre n d a de in c ie n s o 30. E n c u a lq u ie r caso, e n el
lu g a r de las com u n id ad es ya existentes de fam ilia , ciu d ad y trib u , surge u n a fo rm a de
u n ió n esco gid a lib re m e n te , u n a c o m u n id a d fu n d ad a e n la ig u ald ad de p ro p ó sito s y
p rin c ip io s de sus ad eptos.
A lo s p ita g ó ric o s , esta n u eva fo rm a , c o n sus p re te n sio n e s elitistas, lo s llevó a la
catástro fe: e n to rn o a m ed ia d o s d el siglo V en el su r de Ita lia tu v ie ro n lu g a r d e s ó r­
d en es p o lític o s, en cuyo tran scu rso fu e r o n in ce n d ia d o s los lugares de r e u n ió n de los
p ita g ó rico s y los p ita g ó rico s fu e r o n asesin ad os e n m asa31. L a g u e rra civil n o era u n a
rareza e n las ciud ad es griegas, p e ro e n este caso p a re c e n h ab erse vu elto p o r p rim e r a
vez u n a e sp e cie d e pogrom, u n a p e r s e c u c ió n de lo s q u e, p o r su m o d o d e v id a y sus
p rin c ip io s , so n d iferen tes a lo s dem ás.
E n c o n s e c u e n c ia , el p ita g o ris m o q u e d ó c o m o u n fe n ó m e n o m a r g in a l, u n a
c o r r ie n t e s u b te rr á n e a . R e su lta s ig n ific a tiv o a este re sp e c to c u á n d ive rsa s fo rm a s
ad op ta la tra d ic ió n de P itágoras: se re la c io n a c o n ella la m ed icin a d ie té tica 32, esto es,
el m éto d o de p ro te g e r la salu d m e d ia n te u n m o d o de vid a re gu lad a de fo rm a p r e ­
cisa c o n m o tivo d e u n a e le c c ió n in d iv id u a l (díaita), p e r o ta m b ié n el m o v im ie n to de
lo s c ín ic o s 33, q u e , a través de u n m o d o d e v id a p ro v o c a d o r lle v a r o n al e x tre m o la
p ro te s ta c o n tra lo e sta b lec id o y, p o r ú lt im o , lo s e s e n io s 34, lo s m o n a s te rio s de las
sectas ju d ía s d el m a r N e g ro . L a fo rm a d el bíos a u to im p u e sto p u e d e tan to lle v a r m ás
a llá de la m ism a r e lig ió n , c o m o c o n v e r tir s e e n el g e rm e n d e u n tip o de r e lig ió n
to ta lm en te n u evo y d ife re n te . P e ro e llo n o p u d o realizarse hasta m u c h o desp u és de
la ép o ca clásica.

28 M . D etienne, « L a cuisine de Pyth ago re», Archives de Sociologie des Religions 2 9 ( 1 9 7 0 ) , pp. 14 1 , 1 6 2 ,
cfr. D etien n e, Les jardins d ’Adonis, 1 9 7 2 , p p . 7 I - I I 4 [trad, esp.: Los jardines de Adonis, I 9 8 3 ; R .
Edm onds, Myths o f the UnderworldJourney (cit. e n 2 . 2 . , η . i) ].
29 «L a s almas de los hombres no entran en los animales destinados al sacrificio», Iamblich. Vit. Pyth. 8 5 ;
o bien: abatir las victimas destinadas al sacrificio es una ejecución justa ya preestablecida, Porphyr,
en Stob. I, 4 9 . 5 9 ; cfr· Plat. Leg. 8 7 0 e ; L&S, p. 18 2 .
30 A sí tam bién en la recopilación tardoantigua de Himnos órficos (trad. it. de G . Ricciardelli, 2 0 0 0 )
[trad. esp. de M . Periago Lorente, Vida de Pitágoras. Argonáuticas órficas. Himnos órficos, 1 9 8 7 ] .
31 L&S, p. 117 .
32 L&S, p. 2 3 9 ·
33 L&S, pp. 2 0 2 - 2 0 4 .
34 í ° s· -fud· I 5 > IO > 4 -
7. RELIGION FILOSOFICA

I . E L NUEVO PLAN TEAM IEN TO: EL SER Y LO DIVINO

C o n el n a c im ie n to de la f ilo s o fía 1, el lo g ro m ás o r ig in a l a p o rtad o p o r lo s g rie g o s a


la tra d ic ió n in telectu al de la h u m a n id a d , se p ro d u c e u n a sacudida y u n cam bio r a d i­
cal, ap a re n tem e n te d efin itivo s, en la im a g e n estru ctu ra lm e n te estática de la re lig ió n
g riega. R esu lta te n ta d o r p o r tanto d ram atizar la h isto ria in telectu al com o u n a lu c h a
c o n avances a ltern ad o s, victo rias y d erro tas e n la que el m ito grad u a lm en te sucum be
al lógos y lo arcaico d a paso a lo m o d e rn o . Y p re cisa m en te d esd e el p u n to de vista de
la h is to ria d e las re lig io n e s se trata de u n a lu c h a m u y p a r tic u la r: p arec e estar to d o
d e c id id o desde el p r in c ip io y sin em b argo sigu e sin te n e r efecto s en la p ráctica. L a
im a g e n de la r e lig ió n e fe ctiv a a p e n a s c a m b ia , a p e s a r de lo s lo g ro s d e lo s h é r o e s
in telectu ales.

I Sobre la filosofía griega propiam ente dicha no pueden ofrecerse más que algunas líneas generales.
Se remite a las siguientes obras clásicas: E . Zeller, Die Philosophie der Griechen in ihrer geschichtlichen Entwic­
klung, I 7 19 3 3 * II (Platón), 1 9 2 2 ; II 4 (Aristóteles), 1 9 2 1 (trad. it. : muy ampliada, La filosofa dei Greci
nel suo sviluppo storico, ed. de R . M on dolfo, parte I: 1 Presocratici; parte II: Da Socrate ad Aristotele, 1 9 3 2 -
1 9 3 8 ; V I de la parte II (tomo tercero): Aristotele e i peripatetici più antichi, ed. po r A . Plebe, 19 6 6 ) . W .
K . G . Guthrie, History o f Greek Philosophy, I —
V I , 1 9 6 2 - 1 9 8 1 [trad, esp.: Historia de lafilosofía griega, I - V I ,
1 9 8 4 - 1 9 9 3 ] . S ó b re la «te o lo g ía » , E . C aird , The Evolution ofTheology in the Greek Philosophers, 1 9 0 3 ; O .
Gilbert, Griechische Religionsphilosophie, 19 11? R . K . Hack, God in Greek Philosophy to the Time o f Socrates, I 9 3 1 *
N . A . W olfson, Religious Philosophy, I 9 7 1 » W . W eischedel, Der Gott der Philosophen I, I 9 7 1 * D . Babut, La
religion des philosophes grecs, 1974 [A . M otte, «P hilo so p h ie et religion dans la Grèce antique. A p e rçu
thématique et perspectives m éthodologiques», Kernos I ( 1 9 8 8 ), pp. 1 6 3 - 1 7 6 ; L . P. Gerson, Godand
Greek Philosophy. Studies in Early History o f Natural Theology, Lo n d res, 19 9 0 ]* sobre los Presocráticos: W .
Ja e g e r, Theology o f the Early Greek Philosophers, 1947 [trad, esp.: La teología de los primeros filósofos griegos,
M éxico, 1 9 7 7 ] ; G·. S. K irk , J . E . Raven y M . Schofield, ThePresocraticPhilosophers, * 1 9 8 3 [trad, esp.:
Los filósofos presocráticos, a2 0 0 3 ; traducción de los fragm entos de los presocráticos con com entario,
en español: A . Bernabé, De Tales a Demócrito; Fragmentos presocráticos, * 2 0 0 1 , véase también id., Textos órfi-
cos j filosofía presocrática. Materiales para una comparación, 2 0 0 4 ] ·
4o 6 7. RELIGIÓN FILOSÓFICA

L o que sí cam bia c o n la a p a ric ió n d e la filo s o fía es sobre to d o el p u n to de vista y


el m o d o de p la n te ar los p ro b le m a s. H asta en to n ces la re lig ió n se d e fin ía p o r las f o r ­
m as de co m p o rta m ie n to y p o r las in stitu cio n e s; a h o ra se trata de tesis y p e n s a m ie n ­
tos de p erso n a s in d ivid u a les q u e se exp resan p o r escrito , e n fo rm a de lib r o , d ir ig i­
das a u n p ú b lic o q ue se está fo rm a n d o co m o tal. L o s textos están ah o ra ahí, c o n u n a
fo rm a y u n c o n te n id o que antes n o h a b ía n existid o ; en este sen tid o lo n u evo n o es
en absoluto co m p arab le c o n lo an tig u o . L a filo s o fía com ien za c o n el lib r o en p ro sa .
A q u í n o se trata de p re se n tar el d e sa rro llo com p leto de la filo s o fía griega, q u e en
e sp e cia l lleva a la c ie n c ia d e la n a tu ra le z a y a las m atem áticas, sin o só lo el d e l tip o
p a r tic u la r de theologiaa, el h a b la r de lo s d io ses, q u e ya existía antes. H asta e n to n ces,
sim e m b a rg o , h a b la r de lo s d io ses h a b ía sid o u n p riv ile g io exclu sivo d e lo s p o e ta s.
H o m e r o y H e sío d o e sb o zaro n las fig u ra s u n iversalm en te co n o cid as, los lír ic o s p r e ­
s e n ta ro n de fo rm a s cada vez m ás in g e n io sa s e n las fiestas de lo s d io ses lo c o n o c id o
c o n n u e vo s m atices y re a lc e s; ta m b ié n las re fle x io n e s de « s a b io s » co m o S o ló n se
e x p re sa ro n de fo rm a p o é tica e n la le n g u a y en el m o d o de re p rese n ta r de H o m e r o .
E n la m e d id a e n q u e se a tie n e a las re g la s d e l a rte, cada e x p re s ió n c o m p o rta al
m ism o tie m p o u n e lem en to lú d ic o . E ste se p ie r d e de g o lp e en el e scrito en p ro s a :
los apoyos y las vías p re fija d a s de ep íteto s y fó rm u la s d esap arecen , la tr a d ic ió n lit e ­
ra ria p e rm a n e ce al m arg e n y se in te n ta h a b la r d irectam en te de u n h ech o de m an era
ob jetiva.
E n el tra sfo n d o está la e m a n c ip a c ió n d el in d iv id u o en u n a civiliz a ció n m arcad a
p o r el c re c im ie n to e c o n ó m ic o : lo s g rie g o s co n q u istan la cu en ca m e d ite rrá n e a , p o r
to d as p arte s flo r e c e n n uevas c o lo n ia s , el c o m e rc io y la in d u s tria están e n au ge; lo
g rie g o se c o n v ie rte e n u n m o d e lo im ita d o p o r d o q u ie r. Se o fre c e a lo s in d iv id u o s
p o sib ilid a d e s de d e sa rro llo q u e n o se p re se n tan e n la fa m ilia , la ciu d ad y la trib u . Y
sin em b argo la e x p a n sió n ta m b ié n e n c u e n tra ya sus c o n fin e s, e n esp ecial e n la c o n ­
fro n ta c ió n c o n la an tigu a c u ltu ra s u p e rio r de O rie n te y c o n los fe n icio s y etru scos al
O este. L o s in ic io s de la filo s o fía se h a lla n en J o n ia , e n M ile to , e n la ép o ca e n q u e
p r im e r o lo s lid io s y d esp u és lo s p ersa s fu n d a n su d o m in io ; seg ú n la tr a d ic ió n , el
lib r o d e A n a x im a n d ro ap areció u n añ o antes d e la co n q u ista de Sardes p o r G ir o 3.
A l p r in c ip io , el con tacto c o n lo e x tra n je ro se re d u ce n e c esa ria m en te a las cosas
c o n c reta s. E l tr a sfo n d o d ife r e n c ia d o de la c iiltu ra p e rso n a l, la tr a d ic ió n m ás h e r ­
m o sa y m ás sa g ra d a , la p o e sía y la r e lig ió n n o d ic e n n i s ig n ific a n n a d a p a ra lo s
ex tra n jero s. E n cam b io , se p u ed e lo g ra r fácilm en te el e n te n d im ie n to c o n respecto a
fe n ó m e n o s , q ue ya se in v o c a n c o m o « t e s t ig o s » e n las a n tig u a s fó rm u la s de j u r a ­
m e n to 4, com o el cielo y la tierra , el sol y el m ar. T a m b ié n en las relacio n es m ás p r o ­
fu n d as se m an tien e este efecto de la ob jetivació n . L a re lig ió n y el m ito de los b a b ilo ­
nios y de los iran io s estaban m ucho m ás vinculados al cosm os que el a n tro p o m o rfism o
« h o m é r i c o » ; p e r o lo s g rie g o s te n d ía n a v e r c o m o a b so lu ta esta r e la c ió n c o n la
n a tu ra le z a : c u a n d o el p e rsa le v a n ta las m a n o s h a cia A h u r a M azd a, el g rie g o ve la

2 E l térm ino aparece p o r vez p rim era en Plat. Resp. 3 7 9 a . pero «h a b la n de los d ioses» ya X e n o -
phan. B 3 4 y Em ped. B 1 3 1 [trad, esp.: De Tales a Democrito, cfr. n. I.]; Jaeger, pp. 9 - 1 8 ; V . G oldsch­
m idt, REG 6 3 ( 1 9 5 0 ) , pp. 2 0 - 4 2 .
3 Su p o n ien d o que las indicacion es de la época de A n a xim a n d ro en 5 7 4 “ 5 4 ^ a .G . en A p o llo d .
FGrHist 2 4 4 F 2 9 = VS 12 A l , 2 coincida con el período en el que se term inó el libro.
4 V éase V 3 - 2 , n. 8.
1. EL NUEVO PLANTEAMIENTO: EL SER Y LO DIVINO 4 0 7

bó veda celeste y concluye que ése es el dios al que v e n e ra n los p e rsa s5. P e ro los dioses
g rie g o s n o se d an n i se p u e d e n m o strar de tal m an era ; lo s p o e m a s so n creados p o r
p oetas, las estatuas, p o r artistas. ¿ C ó m o se p u ed e h a b lar seriam en te al respecto e n el
estilo de la m a te ria lid a d ?
L a le n g u a n a tu ra l n o d e fo rm a d a tien e se n tid o e n la m e d id a en q u e se r e fie r e a
u n o b je to . Este o b jeto en su fo rm a m ás g e n e ra l se co n c ib e co m o lo « lo que e s » , en
p lu ra l e n g rie g o : tá ónta. L o s p rim e ro s textos e n p ro sa so n leyes e in stru ccio n es p r á c ­
ticas e n lo s p rim e r o s « m a n u a le s » . L a filo s o fía su rg ió com o u n in te n to de d e c ir lo
ju s t o a c erca de « t o d o » y d e l m ism o m o d o . P o s t e r io r m e n t e , tales a fir m a c io n e s
d e b e n c o n fir m a rs e m ás allá de lo d a d o , d e lo b a n a l. P o r ta n to , se v u e lv e n o b je to s
fu n d am en tales de la exp lica ció n las « co sa s d el c ie lo » (metéoro), las « cosas bajo la t i e ­
r r a » y el « p r in c ip io » (arché), a p a r tir d el cu al to d o ha llegad o a ser lo q u e es. E l que
el m u n d o sea co n ceb ib le com o u n id a d derivad a de u n « p r in c ip io » , el q u e exista u n
« d e v e n ir » c o n leyes p ro p ia s sobre las que el h o m b re n o p u ed e in flu ir (physis, natura
e n su tra d u c c ió n la tin a), el que el m u n d o existente sea fin a lm e n te « o r d e n » (kósmos)
so n p o stu la d o s q u e se to m a n de la t r a d ic ió n sin c u e stio n a rlo s , p e r o q u e se h a c e n
e xp lícitos en el n u evo le n g u a je ; el « o r d e n » p e rtu rb a d o en la re alid ad se restituye a
través d el m o d e lo in te le c tu a l q u e lo c o m p r e n d e . D e la tr a d ic ió n se to m a ta m b ié n
c o n n a tu ra lid a d la fo rm a d el m ito , el relato d el p asad o, p ara d esc rib ir el d even ir d el
m undo.
L o s h o m b re s que so b resalen c o n lib ro s de tal c o n te n id o a ú n n o te n ía n u n n o m ­
b re p ara sí m ism o s n i p ara su la b o r; en to d o caso, se d e fin ía n co m o « s a b io s » (sophoí
o sophistaí) ; el té rm in o « filo s o f ía » e n su sen tid o au tén tico fu e acu ñ ad o p o r P la tó n 6.
L a d e n o m in a c ió n , en el fo n d o negativa, de « P re s o c rá tic o s » es u n a cre a ció n n u e s ­
tra . E n la se g u n d a m ita d d e l sig lo V I e n c o n tra m o s a lo s m ile s io s A n a x im a n d r o y
A n a x im e n e s y d esp u és a H e r á c lito de E fe s o ; P a rm é n id e s de E le a tra jo c o n sigo u n
n u e vo p la n te a m ie n to ya p o lé m ic o , m a rc a d o p o r el r e to r n o a la fo rm a p o é tic a : la
o n to lo g ía esp ecu lativa. A l e n fre n ta rse a estas cu e stio n es, A n a x ág o ras, E m p é d o c le s,
L e u c ip o y D e m ó c rito d e lin e a ro n en el siglo V am p lio s m o d e lo s ra cio n a les de e x p li­
cació n d el m u n d o . U n a nueva re fle x ió n lleg ó de la m an o de S ó crates, q u e dio lu g a r
a los clásicos de la filo s o fía , P la tó n y A ristó te le s.
E n el lib ro de A n a x im a n d r o 7 está en p rin c ip io ya d elin ead o el m o d elo del m u n d o
que será d e te rm in a n te hasta el g iro c o p e rn ic a n o y q u e p arec ía satisfacer d el m ism o
m o d o a la cien cia y a la re lig ió n : el h o m b re c o n su T ie r r a relativam en te p eq u eñ a en
el cen tro d el u n iverso , ro d ea d o de las esferas crecien tes de las con stelacio n es y f in a l­
m en te circ u n d a d o p o r u n a e sfe ra su p rem a, d ivin a . S o b r e las rarezas de este p rim e r
m o d e lo n o se d iscu tirá aq u í. E l d even ir de la tie rra y de las esferas celestes, el m o v i­
m ie n to d el sol, la lu n a y las estrellas, así co m o lo s fe n ó m e n o s celestes co m o el rayo y
el tru e n o , las n u b es y la llu via, el gran izo y la nieve se e x p lica n a q u í co n n a tu ra lid a d
c o m o in te ra c c io n e s de cosas m a te ria le s: lo h ú m e d o se seca, e l fu e g o h ace q u e las
cosas se fu n d a n , el a ire e n m o vim ien to se tra n fo rm a e n ráfaga de vien to q u e a m o n ­
to n a y d isp ersa las n u b es. D e u n Zeu s que, segú n las p alabras de lo s poetas y según la
creen cia p o p u la r, « llu e v e » o a rro ja rayos, q u ed a tan p o c o c o m o de u n d io s del so l

5 H ero d. I, 1 3 1 .
6 W . Burkert, Hermes 8 8 (i9 6 0 ) , pp. Ι 5 9 ~Ι 7 7 ·
7 VS 12 ; Gh. H . K ahn , Anaximander and the Origins o f Greek Cosmology, i9 6 0 ? C . J . Classen. RE Suf*pl. X II
( 1 9 7 0 ) , cols. 3 0 - 6 9 ; D . Babut, REG 8 5 (1 9 7 2 ), pp. 1 - 3 2 .
4o 8 7. RELIGIÓN FILOSÓFICA

q ue d u ra n te el d ía viaja p o r el cie lo c o n caballos y c a rro p ara re gresar p o r la n o ch e


ju n to a su m ad re, su m u je r y sus h ijo s.
Y s in e m b a rg o estas « c o s a s q u e s o n » n o s o n a u tó n o m a s. E l « p r i n c i p i o » d
to d o es lo « in d e f i n id o » ( ápeiron ) in c o n m e n s u ra b le , in d iv iso , in a g o ta b le ; « a b a rc a
t o d o » , « g o b ie r n a t o d o » , es « in m o r t a l y n o e n v e je c e » , es « d i v i n o » 8. D e este
m o d o se c o n se rv a n lo s p re d ic a d o s h o m é ric o s de lo s d io ses y se a p lic a n a algo p r i ­
m o rd ia l y su p rem o ; sin em b argo, e n lu g a r de las m íticas p erso n alid ad es de los dioses
e n c o n tra m o s algo n e u tr o ; « l o d iv in o » (theîon). S u d iv in id a d c o n siste , seg ú n la
a u té n tic a c o n c e p c ió n g rie g a , p re c isa m e n te e n su e te rn id a d y e n su p o d e r : lo q ue
« g o b ie r n a t o d o » es re a lm e n te o m n ip o te n te . A c e rc a de có m o se lleva a cabo to d o
esto e n detalle apenas ten em o s in fo r m a c ió n . P e ro se expresa de este m o d o : n u e stro
m u n d o , e n el q u e lla m a y v a p o r , h ú m e d o y seco , tie r r a y m a r se re e m p la z a n y se
p o n e n lím ite s el u n o al o tro a lte rn a tiv a m e n te , está c o m p r e n d id o d e n tro d e algo
s u p e rio r; d o n d e se o rig in a n las cosas, allí tam b ién se a n iq u ila n « s e g ú n la n ecesid ad ;
p u es se p ag an el u n o al o tro p en a y re tr ib u c ió n p o r la in ju sticia seg ú n el o r d e n d el
t i e m p o » 9. E sta fa m o sa fra se c o n se rv a al m e n o s en p a rte el texto o r ig in a l. U n
m o d e lo d el o rd e n d el tiem p o es el tra n scu rso d el a ñ o : el día com ete u n a in ju stic ia
c o n la n o ch e en ve ra n o y la n o ch e c o n el día e n in v ie rn o y, p o r tan to , u n o deb e d ar
al o tro u n a exacta c o m p e n s a c ió n d o lo r o s a p o r la u s u r p a c ió n . E llo se g e n e ra liz a
a u d azm en te: to d o « lo q u e e s » se e n c u e n tra e n el tiem p o e n tre d e v e n ir y d e s tru c ­
ció n y la d estru cció n , a la que n ad a p u ed e escapar, es la « p e n a » p o r las u s u rp a c io ­
nes v in c u la d a s a to d o c re c im ie n to . M ás allá d e l d e v e n ir y de la d e stru c c ió n está lo
« d i v i n o » , in fin ita m e n t e s u p e r io r ; d e este m o d o , to d o lo q u e su c e d e , in c lu s o la
a n iq u ila c ió n , d eb e c o m p re n d e rs e y acep tarse c o m o algo o rd e n a d o p o r leyes. E sta
actitud es u n a « d e v o c ió n » que n o se aleja m u ch o de la im agen h o m éric a de los d io ­
ses so b eran o s y d istantes. Falta la re la c ió n p e rso n a l; p e ro a cam b io este « p r in c ip io »
q u e to d o lo ab arca y q u e n o e n ve je c e p ro m e te u n a se g u rid a d a la q u e n ad a p u e d e
escapar. L o s dioses h o m é ric o s a b a n d o n a n a los m o rtales; lo que se extin gue se c o n ­
serva e n el to d o .
A n a x im e n e s 10 sigu ió el p rin c ip io de p a r tir de lo que vien e dado in m e d ia ta m e n te
de u n m o d o a ú n m ás c o h e re n te , al p o s tu la r c o m o « p r i n c i p i o » , e n lu g a r de lo
« i n d e f i n i d o » q u e está m ás a llá, el a ire , o m e jo r d ic h o , el « v a p o r » (aer). D e este
p rin c ip io surge, m ed ian te la c o n d e n sa ció n y la ra re fa c c ió n , « l o que fu e, lo que es y
lo q ue será, los d ioses y lo d iv i n o » " . A q u í se bu sca evid en tem en te u n c o m p ro m iso
c o n el le n g u a je d e la tradición-, p u ed e h a b e r u n a p lu ra lid a d de « d io s e s » y de f e n ó ­
m en o s d ivin os, entre los que quizá se contaba tam b ién H e lio , el sol; sin em b argo , lo
que h a lleg a d o a ser en p r in c ip io es ta m b ié n e fím e ro ; p o r e n cim a de to d o está ese
« p r i n c i p i o » ; las p o te n c ia s tra d ic io n a le s y aceptadas se ve n su p erad as p o r la n u eva
co n scie n cia .
Je n ó fa n e s de C o lo fó n e xp o n e las c o n se c u e n cia s12; com o p o eta y ra p so d o p o p u ­
la riz ó y d ifu n d ió al m ism o tie m p o sus tesis de n u evo e n fo rm a p o é tic a p e ro e n u n

8 VSi2Aig.
9 B l = Sim pl, Phys. 2 4 , 1 4 - 2 ', de Teofrasto = fr, 2 2 6 A Fortenbaugh.
10 VS 1 3 ; G . J . Classen, RE Suppl. X II ( 1 9 7 0 ) , cois. 6 9 - 7 1 .
11 VS 1 3 A 7 y Philodem . en H . Diels, Doxographi Graeci, 1 8 7 9 , pp. 53 l s · ! problemático A IO.
12 VS 2 1 ; K . von Fritz, RE IX A ( 1 9 6 7 ) , cois. I 5 4 I_I562 ; P. Decharm e, La critique des traditions religieuses
chexles Grecs, 1 9 0 4 ·
1. EL NUEVO PLANTEAMIENTO: EL SER Y LO DIVINO 409

to n o m ás p o lé m ic o . « U n o es d io s, en tre d io ses y h o m b re s el m ás g r a n d e » ; lo q ue
suen a a m o n o te ísm o es sin em bargo u n re cu rso a fó rm u la s totalm en te c o n v e n c io n a ­
les: u n o es el m ás g ran d e y, p recisam en te p o r ese m otivo , n o está s o lo 13. E l d io s n o
se p arece n i en la fo rm a n i en el p en sa m ien to a los m o rta les, es in m ó v il, im p asib le,
p u es « n o le es a d e c u a d o » a n d a r de a q u í p a ra a llá 14. P o r p rim e r a vez, p o r ta n to , el
h a b la r sob re lo d iv in o está d o m in a d o p o r p o stu la d o s de « lo q u e es a d e c u a d o » . L o
que le q ued a al d io s es la capacidad de c o m p re n d e rlo to d o a través del p en sa m ien to ;
ta m b ié n el « s a b io » q u e d esd e ñ a a lo s a tle ta s’5 se p ro y e c ta e n su im a g e n del d io s :
« t o d o él ve, to d o él e n tie n d e , to d o él o y e » ; « s in n in g ú n e sfu e rz o lo m ueve to d o
c o n la fu erza d el p e n s a m ie n to » 16; el Zeu s h o m é ric o , q ue sacude el O lim p o co n u n a
in c lin a c ió n de cabeza queda a m p liam en te su p e ra d o . A ristó te le s a firm a que J e n ó f a -
n es h a b ía « m ir a d o al cie lo y h a b ía lla m a d o d io s al t o d o » 17; p e r o J e n ó f a n e s só lo
re su m e lo q ue A n a x im a n d r o y A n a x im e n e s h a b ía n e n se ñ a d o : el p r in c ip io d iv in o ,
que co m p re n d e to d o y g o b ie rn a to d o , d el q u e p ro c e d e to d o , ta m b ié n lo s dioses y lo
d ivin o , es en efecto el ú n ico , el su p rem o . L a a p o rtac ió n o rig in a l yace e n el con cepto
de la « c o m p r e n s ió n p e n s a n te » (nous); la c u e stió n de có m o lo d ivin o p u ed e g o b e r ­
n a r to d o , se resuelve elevando u n p rin c ip io h u m a n o de « a p e n a s pen sad o—ya h e c h o »
a u n a id e n tid a d d ivin a de p en sa m ien to y a c ció n . E l co n cep to de « e s p ír it u » , q u e se
in tro d u jo en la te o lo gía de Je n ó fa n e s , sigu ió sien d o d o m in a n te aquí.
Je n ó fa n e s c o m b in a esta « te o lo g ía » co n la p o lé m ic a m ás severa c o n tra la in m o ­
r a lid a d de lo s d io se s h o m é r ic o s y h e s ió d ic o s 18 y c o n u n a m o rd a z re fu ta c ió n d e l
a n tr o p o m o r fis m o : si p u d ie r a n p in ta r , « l o s c a b a llo s p in t a r ía n fig u ra s de d io se s
sem ejantes a caballos, y las vacas, sem ejantes a vacas» ; p o r ta n to , ta m b ié n « lo s e t ío ­
pes d ic e n que sus dioses son chatos y n egro s, los tracio s, que tie n e n los o jo s azules y
el p e lo r o j o » 19. L o s h o m b re s h a n c o n v e rtid o su p r o p ia im a g e n en d io s. T o d o e llo
so n « in v e n c io n e s de la gente d el p a s a d o » 80 q u e n o se d e b e ría n re p e tir. S e ha c o n ­
su m ad o la ru p tu ra c o n la tr a d ic ió n . L a c rític a de J e n ó fa n e s a la re lig ió n h o m é ric a
n o p o d ía ser su p e ra d a y n u n c a fu e re fu ta d a; n i siq u ie ra los c ristia n o s le a ñ a d ie ro n
n a d a . Y s in e m b a r g o , al e s c r ib ir e l p r o p io J e n ó f a n e s e n la fo r m a p o é tic a de
H o m e r o , el c o n flic to q u ed ó c o n fin a d o a la esfera ya tr a d ic io n a l de la c o n tro v e rsia
p o ética, de la c o m p e tic ió n re c íp ro c a en tre « s a b io s » ; Je n ó fa n e s tenía oyentes, p e ro
n in g ú n se g u id o r o « d is c íp u lo » .
T a m b ié n H e r á c lit o 81, el m ás o rig in a l de lo s « p r e s o c r á t ic o s » , c o m b in a la crítica
rad ical c o n la re iv in d ic a c ió n de u n a p ied ad m ás p ro fu n d a , a p a r tir de u n a c o m p re n ­
sió n de la esencia d el m u n d o . Sus ataques se d irig e n n o sólo con tra H o m ero y H esío d o
y o tro s de sus p re d e c e s o re s, e n tre lo s q u e, ju n t o a P itá g o ra s, a p a re ce ya ta m b ié n
Je n ó fa n e s , sin o tam b ién c o n tra los rito s d el culto tra d icio n a l. D e nuevo algunas f o r -

13 B 2 3 ; cfr· E . H orn u n g, Der Eine und die Vielen. Ägyptische Gottesvorstellungen, ' ! 9 7 3 .
14 B 2 6 ; Jaeger, p. 2 7 5 -
15 B ?.
16 B 24- 25·
17 A 3 0 = Arist. Met. 9 8 6 b 2 0 .
18 Véase V 3 ·Ι, n. 5.
19 B 15 -16 .
20 B I, 2 2 .
21 VS 2 2 ; editio maior trad, y comentada en italiano: Eraclito, Frammenti, ed. de M . M arcovich, 1 9 7 8 ;
M . M arcovich, RE Suppi. X (1 9 6 5 ), cols. 2 4 6 - 3 2 0 .
4 -1 0 7. RELIGIÓN FILOSÓFICA

u lu la c io n e s tie n e n u n a agudeza q u e p a re c e n a n ticip a rse a los p o lé m ic o s c ristia n o s ;


es el caso de lo s ataques c o n tra la co stu m b re de o r a r ante las estatuas de los d io ses:
« c o m o si u n o q u isie ra co n v ersa r c o n las c a sa s» ; o c o n tra la p u rific a c ió n de la sa n ­
g re p o r m e d io de la sa n g re : « c o m o si q u ie n se h a m e tid o e n el fa n g o , q u is ie ra
lavarse c o n f a n g o » 22. D e p r o n t o , la p o lé m ic a a d q u ie re to n o s m is te rio s o s : « S i n o
fu e ra p o r D io n is o , en h o n o r d el cual o rg a n iz a n u n a p ro c e s ió n y e n to n a n u n canto
a lo s gen itales, re a liz a ría n lo s actos m ás in d e cen te s. P ero el m ism o es H ad es y D i o ­
n iso , en h o n o r d el q ue se m u e stra n c o m o m én a d e s y Lênai » 23, u n fra g m e n to m u y
c itad o q ue d eb e e n te n d e rse n o c o m o sa b id u ría m isté ric a sin o c o m o u n a p a ra d o ja
d irig id a c o n tra e l c u lto . S u m irs e e n la e b rie d a d sig n ific a la m u e rte d e l alm a e n la
h u m e d a d ; n o obstante, « e l ca m in o a rrib a y el ca m in o abajo es u n o y el m is m o » 2‘ .
P ero los h o m b re s n o v e n lo q u e es, n i siq u ie ra lo que tie n e n d elante. E n cam bio,
H e r á c lit o exp resa c o n la p a la b ra ( 1ógos) e n u n c ia d a e n su lib r o al m ism o tie m p o la
fó rm u la de to d o lo que es, la ley y la p ro p o r c ió n , lógoszs. L a re a lid a d es u n p ro c e so
de tr a n s fo rm a c ió n a n tité tica . « E s te cosm os, q u e es el m ism o p a ra to d o s lo s seres,
n o lo h izo n in g u n o de lo s d ioses n i de lo s h o m b re s, sin o que sie m p re fu e, es y será:
fu e g o s ie m p re viv o , q u e se e n c ie n d e se g ú n m e d id a y se apaga seg ú n m e d id a » 2 .
T o d o cam b io se vuelve s a c rific io de h u m o « q u e se e s fu m a » 27. « D io s es d ía -n o c h e ,
in v ie rn o -v e ra n o , g u e rra -p a z , s a c ie d a d -h a m b r e » ; « s e tra n sfo rm a com o el <fuego>
c u an d o se m ezcla c o n p e rfu m e s y to m a el n o m b re d el agrad able a ro m a de cada u n o
d e e l l o s » 28. E l m u n d o es u n a u n id a d p o r o b ra de lo « d i v i n o » : « to d a s las leyes
h u m an as se n u tre n de u n a , la d ivin a ; p u es su p o d e r se extien d e to d o cu an to q u ie re ,
a todas les basta e in clu so s o b r a » 29. L o q u e es m ás fu e rte , lo q u e d o m in a , com o en
A n a x im a n d r o , es al m ism o tie m p o p e n s a m ie n to , c o m o e n J e n ó f a n e s : el p e n s a ­
m ie n to es « l o q u e d o m in a to d o a través de t o d o » 30, u n « f u e g o » q u e es « r a c i o ­
n a l » : « t o d o lo c o n t r o la el r a y o » 31, co m o fo r m a m ás p o d e r o s a d e l fu e g o . E l
« s a b io » es lo U n o , « n o q u ie re y q u ie re ser lla m a d o Z e u s » 32. E l n o m b re h o m é ric o
d e l q u e la n z a e l ra y o , sigu e s ie n d o a p lic a b le a l q u e to d o lo d o m in a c o n e l p e n s a ­
m ie n to . A s í, sin e m b a rg o , se tie n d e n de n u evo p u en te s h a cia la tr a d ic ió n y, e n la
m ed id a en que H e rá c lito sabe escu ch ar y e m p lea r el le n g u a je com o n a d ie antes que
él, crea u n a fo rm a de p ro sa m ás so lem n e, p ro sa artística que se co n vierte tam b ién en
la fo rm a ad ecuad a de h a b lar de la d ivin id a d .
G o m o p o lo o p u e sto a H e r á c lit o , P a rm é n id e s de E le a 33, re to m a n d o la a n tig u a
fo rm a d el p o e m a d id áctico h e sió d ic o , d e sa rro lla u n a d o c trin a d el « s e r » p u ro , c o n

22 B 5 = 8 6 M arcovich.
23 B Ig = 5 0 M arcovich (con una traducción diferente), cfr. A . Lesky, Gesammelte Schriflen, 1 9 6 6 , pp.
4 6 1-4 6 7 .
24 B 59 = 3 2 M arcovich.
25 B I = I Marcovich.
26 B 3 0 = 5 1 Marcovich.
27 B 12 = 4 o M arcovich.
28 B 6 7 - 77 M arcovich.
29 B 1 1 4 - 23 Marcovich.
30 B 4 1 = 8 5 Marcovich.
31 B 6 4 = 79 Marcovich.
32 B 3 2 - 8 4 Marcovich.
33 VS 2 8 ; de la ingente bibliografía puede m encionarse: K . R einhardt, Parmenides und die Geschichte der
griechischen Philosophie, 1 9 16 ; A . M ourelatos, The Route o f Parmenides, 19 7O ; A . H . Goxon, The Fragments o f
Parmenides, 19 8 6 .
1. EL NUEVO PLANTEAMIENTO: EL SER Y LO DIVINO

la p ro v o c a d o ra c o n c lu sió n de que n o p u ed e h a b e r d e v e n ir n i e x tin c ió n y p o r tan to


tam po co p u ed e h a b er m u erte. L a base d el arg u m e n to es u n a estrecha c o rre la c ió n de
c o m p re n sió n p en san te, le n gu aje y « s e r » . L a re a lid a d se vo lverá p o r tanto in d e p e n ­
d ie n te , n o só lo de la tr a d ic ió n , sin o ta m b ié n de la e x p e rie n c ia c o tid ia n a . E n q u é
d ificu lta d es se ve envuelto el llam ad o sen tid o c o m ú n n o s llega de la m an o del d is c í­
p u lo de P a rm é n id e s , Z e n ó n , m e d ia n te las p a r a d o ja s d e lo in fin ite s im a l: A q u ile s
n u n c a p u ed e alcanzar a la to rtu ga, p u es ésta siem p re está u n a fra c c ió n cada vez m ás
p e q u e ñ a p o r d elan te. E l p en sa m ien to se in stau ra co m o algo a u tó n o m o ; fre n te a él
está, se g ú n P a rm é n id e s , e l ser n o g e n e ra d o , im p e re c e d e ro , in d iv is o e in m ó v il,
« s e m e ja n te a u n a e sfe ra b ie n r e d o n d a » 34. S i existe u n a cierta sem ejanza co n el d io s
« s u p r e m o » de Je n ó f a n e s , n o se le lla m a , s in e m b a rg o , d io s. S ó lo e n la se g u n d a
p a rte d e l p o e m a d id á c tic o , e n la q u e P a rm é n id e s fo r m u la las « o p in io n e s de lo s
m o rta le s » sobre el sistem a cósm ico, está p resen te de n u evo u n a d ivin id ad , u n daímon
fe m e n in o q ue, situ ad o « e n el m e d io » , « lo d o m in a t o d o » 35, o ca sio n a la p r o c r e a ­
c ió n y el n a cim ie n to y envía seres de la vida a la m u erte y de la m u erte a la vida. T a m ­
b ié n lo s d ioses fu e r o n creado s de este m o d o , « c o m o p r im e r o e n tre to d o s los d io ­
se s» E r o s 36, p o d e r cósm ico de a m o r y de p ro c re a c ió n . A s í la c o sm o g o n ía m ítica y la
d e la f ilo s o fía n a tu ra l se e n tre m e z c la n m ás q u e a n te s, p e r o só lo e n el d isc u rso
« e n g a ñ o s o » . T a m b ié n el p ro e m io d el p o e m a , que d escrib e u n viaje e n c a rro a t r a ­
vés d e las p u e rta s d e l D ía y de la N o c h e h a c ia u n a d io sa m is te r io s a 3'’, es sólo u n a
in tro d u c c ió n a la re ve la ció n que está fu n d a d a en sí m ism a. E l ser se asienta sob re sí
m ism o p o r su p ro p ia n ecesid ad y p arece n o n e cesita r la te o lo gía.
L o s lib ro s de A n a x im a n d ro y A n a x im en e s p ro b a b le m e n te fu e r o n le íd o s sólo p o r
u n o s p o c o s ; e n c a m b io J e n ó f a n e s fu e su p r o p io p r o p a g a d o r . H e r á c lito asum e la
actitud d el so lita rio , p e ro d ed icó su lib ro al tem p lo de A rte m is e n E fe s o 38 y lo p r e ­
sen tó de este m o d o al p ú b lic o ; en e fe cto m u ch as co p ia s d eb en d e h a b e r c irc u la d o
p ro n to y en el siglo V aparecen reiterad am en te im itad o res de H erác lito . F in alm en te,
las tesis de P a rm é n id e s e je rc ie ro n in flu e n c ia n o sólo so b re d isc íp u lo s y seg u id o res
d irecto s, com o Z e n ó n y M eliso , sin o que o b lig a ro n a to d os aq u ellos que e n adelante
q u isie ra n expresarse acerca d el « s e r » a e n fren ta rse a sus a rgu m en to s. D e este m o d o
surge u n a lín e a de p en sa m ien to que n o p o d ía e lu d ir p o r m u ch o tiem p o la re fle x ió n
sobre lo d ivin o y so b re los dioses.
E l o r ig e n es to d o m en o s im p ío ; m ás allá de la ru p tu ra co n scie n te se m an tie n e
aú n u n a re la c ió n fu n d a m e n ta l. L o s d ioses h o m é ric o s n o e ra n p o ten c ia s cósm icas,
estaban lim ita d o s p o r el h o riz o n te de p e q u e ñ o s g ru p o s a rcaico s, p e ro e ra n r e p r e ­
sentantes de la re a lid a d , n o u n p retexto p ara la re a liz a ció n m ágica de deseos. D e a h í
la con v icció n de que u n a c o m p re n sió n m ás p recisa de la realid ad n o lleva le jo s de lo s
d io ses, sin o q ue h ace c o m p re n sib le p o r p r im e r a vez to d a la p le n itu d d e lo d iv in o :
« to d o está lle n o de d io se s » , com o se creía que ya h abía dich o T a le s39; n o están c o n -

34 6 8 ,4 3 .
33 B 1 2 ; Sim pl. Phys. 3 g , 2 0 .
36 B 13.
37 W . Burkert, « D a s P ro o m iu m des Parm enides u n d die Katabasis des P yth ag o ras», Phronesis 1 4
(196 9), pp . 1 -3 0 .
38 D iog. Laert. 9, !, 6 (trad, it.: D iogene Laerzio, Vite deißlosoß, ed. de M . Gigante, I 9 6 2 ) ·
39 ^ I I A 2 2 , cfr. H eraclit. en Arist. Paii. an. 6 4 5 a 2 1 ; H ipp ocr. Morb. sacr. 18 (V I 3 9 4 Littré) [trad.
esp. de G . G arcía G ual, Tratados hipocráticos I, 1 9 8 3 ] y Aer. 2 2 (Π 7 6 -7 7 Littré) [trad. esp. d e j. A .
López Férez, Tratados hipocráticos 11, 19 9 7 ]·
413 7. RELIGIÓN FILOSÓFICA

fin a d o s d e n tro de los m u ro s d el sa n tu a rio . S ó lo el a n tro p o m o rfism o p arece ser u n a


cadena q ue debe soltarse. L o s dioses de H o m e ro era n « s ie m p re e x isten tes» , gran des
y h erm o so s, e ra n los « m á s f u e r t e s » , p rin c ip io y causa d el acon tecer h u m a n o ; ah ora,
c o m o o r ig e n de to d o lo q u e es, está lo d iv in o , e te rn o , in c r e a d o , o m n ip o te n te y
o m n isc ie n te . E n lu g a r de la « c o n t e m p la c ió n » de las fiestas de los d ioses aparece la
« c o n te m p la c ió n » ( theoría) del cosm os b ie n o rd en ad o de las cosas que so n . A q u í tam ­
b ié n se in c lu y e n la su p e ra c ió n de la v o lu n ta d in d ivid u a l, la in te g ra c ió n co n scien te y
tam b ién el re c o n o c im ie n to de la m u erte . H asta aq u í p o d ía tratarse de u n a c o n tin u a ­
c ió n de la eusébeia. P e ro falta la r e c ip ro c id a d de la cháris. ¿ S e p u e d e se g u ir d ic ie n d o
q ue lo d ivin o se o cu p a de lo s h o m b re s, de los h o m b re s p a r tic u la re s ? 40 A q u í se abre
u n a h e rid a en la re lig ió n p ráctica q ue n u n c a p o d rá volver a cerrarse.

2 . L A C R I S I S : S O F IS T A S Y A T E O S

D esd e P la tó n , el té rm in o « s o fis t a » se em p lea e n sen tid o p eyo rativo p a ra d esig n a r a


u n ch arlatán en p o se sió n de u n saber aparente y en gañ oso ; c o n ello P la tó n co n tin ú a
u n a te n d e n c ia h o s til a lo s « s o fis t a s » q u e ya se exp resab a d esd e tie m p o a trá s 1. P o r
tan to re su lta d ifíc il n o c o n s id e ra r d esd e el p r in c ip io el m o v im ie n to « s o f ís t i c o » ,
que d o m in a la segund a m itad d el siglo V, com o u n a « d e s in te g ra c ió n » de lo b u e n o
a n tig u o y e n e sp e cia l de la m o r a l y de la r e lig ió n . N o o b sta n te , el o b je tiv o d e lo s
esfuerzos de lo s sofistas era el v a lo r m ás alto de la m o ra l tra d ic io n a l, el h o n o r c o n ­
seg u id o c o n el trab ajo y el éxito, areté « e x c e le n c ia » , q u e sólo de m a n e ra equívoca se
p u ed e tra d u c ir com o « v ir t u d » . L a n o ved ad era que u n o s h o m b re s sin gu lares v ia ja ­
b a n de u n lu ga r a o tro p ro m e tie n d o , a cam b io de u n alto p re cio , e n señ a r esta areté y
aseg u ra b a n p o d e r « h a c e r m e jo r e s » a lo s in d iv id u o s . E llo su p o n ía su stra e r el p la n
de vid a y las o p o rtu n id a d e s d el in d iv id u o a las costu m bres y a lo s h áb ito s e sta b leci­
dos p o r la fa m ilia y p o r la p o lis y su b o rd in a rlo s a u n a p la n ific a c ió n fu n d ad a c rític a ­
m en te. E n el fo n d o se trata d el d e sa rro llo de u n a « fo r m a c ió n s u p e r io r » com o in s ­
tr u m e n to p a ra a lcan zar el é x ito ; a la m o v ilid a d lo c a l se añ ad e la m o v ilid a d so c ia l.
E je m p lo de ello fu e P ro tágo ras de A b d e r a 2 que e n to rn o a 4 5 ° se p re se n tó en A t e ­
nas com o sophistésj causó se n sa ció n ; o tro s sigu en su e je m p lo en c o m p eten cia c o n él,
sob re to d o G o rg ia s de L e o n tin o s, P ró d ic o de G eo s, H ip ia s de E lid e ; su activid ad se
d o cu m en ta desde los añ os ve in te. A ten as se co n vierte en cen tro y fo co de este m o v i­
m ie n to e sp iritu a l; allí, a fin a le s de lo s añ o s sesenta, la d em o crac ia h a b ía alcanzad o
su d e s a rr o llo p le n o ; a cada c iu d a d a n o se le o fre c ía n n uevas p o s ib ilid a d e s , a ú n n o
trazadas, e n la p o lític a y en el sistem a ju d ic ia l, sólo c o n que su p iera d a r u n a b u e n a
im p r e s ió n y co n v en cer a sus in te rlo c u to re s: el arte de « h a b la r b ie n » y de « c o n v e n ­

40 E l problem a aparece p o r vez prim era en A esch. A íj. 3 6 9 s.


1 H . Raeder, Was ist ein Sophist?, 19 18 ; «P laton und die Sop h isten », Medded. Danske Vid. Selsk. 1939 > B u r­
kert, Hermes 8 8 ( i9 6 0 ), pp. 1 7 4 s· ; Guthrie (2 ), III, pp, 2 7 - 3 4 · La palabra tiene un origen antiguo:
Píndaro la emplea para referirse a sí m ism o: Isthm. 5 , 2 8 .
2 VS 8 0 ; K . von Fritz, RE X X III ( 19 5 7 ) · cols. 9 0 8 - 9 2 1 ; G . Vlastos, Plato, Protagoras, 1 9 5 6 , Introduction,
en general: W . Nestle, Vom Mythos zum Logos, 1 9 4 0 , aI 9 4 2 [trad, esp.: Historia del espíritu griego,
* 1 9 8 7 ] ;C . J . Glassen (ed.), Sophistik (Wege der Forschung 1 8 7 ) , 19 7 6 ; R . Buxton (ed.), From Myth to
Reason?, 1 9 9 9 *
2. LA CRISIS: SOFISTAS Y ATEOS 413
c e r » lleg a rá a ser el ve rd a d ero o b je to de la d o c trin a sofista, a u n q u e P ro tá go ra s, de
m an era m ás g e n e ra l, h ab lara de la « d is c r e c ió n » cóm o ob jetivo de su e n señ an za3.
E n la co m p e ten cia re c íp ro c a en tre m aestros se abre p ara ellos y sus d iscíp u lo s u n
n uevo cam p o de la o ra to ria , el deb ate; se crea así u n a nueva fo rm a de a gó n , el a g ó n
de p alabras e n lu g a r de la c o m p e tic ió n gim n ástica y se cultiva c o n ím p etu d ep o rtivo .
T o d o a q u e llo de lo q ue en to n ces se h ablab a p o d ía in c lu irs e en la d iscu sió n : p o lític a
y e d u c a c ió n de lo s h ijo s , filo s o fía n a tu ra l y m e d ic in a , p o e sía y r e lig ió n ; se to m a n
sob re to d o las fo rm a s de la filo s o fía eleática, la m arcad a antítesis entre el « s e r » y el
« n o s e r » , el a rg u m e n ta r sin m ira m ie n to s m ás allá de to d a a p a rie n c ia . A p a rtir de
las reglas de la d isc u sió n se d e sa rro lla n lo s fu n d a m e n to s de la ló g ica , a p esa r de q u e
las con clusio n es falaces y capciosas « a u tén ticam en te sofistas» p arecen estar en p rim e r
p la n o .
E l m ito queda relegado a u n segu nd o p la n o ; la p alab ra mythos, e n desuso en ático ,
se em p lea devaluada p ara re fe rirs e a lo que n a rra b a n lo s an tigu o s poetas y que a h o ra
só lo se c u e n ta a lo s n iñ o s 4. T a m b ié n u n so fis ta p u e d e u tiliz a r u n « m i t o » c o m o
f o r m a de d isc u rso y c o m o o r n a m e n to ; p e r o el c o n ta r u n a h is to r ia q u e d e s p ie rte
a d m ir a c ió n y d e le ite y q u e se p u e d a e m p le a r, al m e n o s p a r c ia lm e n te , co m o clave
p a ra c o m p r e n d e r re a lid a d e s c o m p le ja s es algo q u e ya fo rm a p a r te d el p asa d o ; h a y
o b je c io n e s , c o n tra -o b je c c io n e s , a rg u m e n to s, lógos, e n el sen tid o de « d a r r a z ó n » ,
to d o e llo asociad o a la c o n fro n ta c ió n de in d iv id u o s c rítico s. S e g ú n a firm a P ro tá g o ­
ras, « a to d o arg u m e n to se c o n tra p o n e o tro a r g u m e n t o » 5.
E n el añ o 4 4 4 se en carga a P ro tágo ras q u e redacte las leyes p a ra la n u eva c iu d a d
de T u r io s 6; n o se h ab la de su p e ra c ió n de la m o ra l. T a m b ié n la fam osa fra se de P r o ­
tágoras, q ue p o d ía « c o n v e r tir el d iscu rso m ás d éb il e n el m ás f u e r t e » 7, expresa só lo
que e n u n a d isc u sió n in te le c tu al o ju r íd ic a el v e n c e d o r n o está estab lecid o a priori y
de m a n e ra in m u ta b le . E l á m b ito d e lo fa c tib le , y ta m b ié n de lo m a n ip u la b le , se
am p lía claram en te, el in d ivid u o lo g ra m ayo r c o n c ien c ia de su p o d e r así com o de sus
lím ites. Y si en las d iscu sion es de los sofistas se e x p o n ía n m uchas tesis b ie n in te n c io ­
nadas ante u n p ú b lic o cada vez m ás n u m e ro so , de sus c o n tra d iccio n es d eb ía de d e r i­
varse u n efecto n egativo: in c ie rto es to d o lo que allí se afirm a, in clu so las palabras de
lo s h o m b re s « s a b io s » y ta m b ié n las de lo s « a n t ig u o s » , lo s an tep asad o s; todo d is ­
cu rso p u ed e p o n e rse e n d u d a. D e la « ilu s tr a c ió n » se d eriva u n a in se g u rid ad g e n e ­
ra l; n o faltan las reaccio n es h ostiles con tra lo s sofistas, n i tam po co las calum nias; esa
fra se de P ro tá g o ra s se te rg ive rsa , co m o si él p ro m e tie r a a b ie rta m e n te c o n v e rtir lo
in ju sto e n ju s t o 8.
E l c o n c e p to c e n tra l de la r e fle x ió n so fista es a h o ra el nomos, que s ig n ific a al
m ism o tiem p o « c o s tu m b r e » y « l e y » 9. Las leyes las cre a n los h o m b re s y las e n m ie n ­

3 Plat. Prot. 318 e .


4 A . H orstm ann, Historisches Wörterbuch der Philosophie, s.v. Mythos, Anthologie, V I ( 1 8 9 4 ) 4, cols. 2 8 1 - 3 1 8 .
Por prim era vez, con el significado particular, contrapuesto a lógos en Pind. 01. I, 29 [trad. esp. de
A . Bernabé y P. Bádenas, 2 0 0 2 1 ; cfr. Nem. 7, 2 3 ; 8, 3 3 ; luego E u r. Hippol. 197 ! D i°g · A po ll. VS
6 4 A 8.
5 A 2 0 ; B 6a.
6 H eraclid. fr. 1 3 0 W ehrli5 = D iog. Laert. 9, 50..
7 A 21.
8 E n las Nubes de Aristófanes, cfr. K . J . Dover, Aristophanes' Clouds, 1 9 6 8 , pp. I V I I s .
9 F. H einim ann, Nomos und Physis, 1 9 4 5 ; M . Ostwald, Nomos and the Beginning o f Athenian Democracy, 1 9 6 9 ·
414 7. RELIGIÓN FILOSÓFICA

d an a rb itra ria m e n te ; ¿y qué es la tra d ic ió n sin o u n a sum a de d isp o sicio n es sem e ja n ­


tes? L a am p lia c ió n d el h o riz o n te gracias a lo s viajes y a las n a rrac io n e s de viajes tien e
con secu en cias: c o n crecien te in terés se to m a co n c ien c ia de los relatos acerca de p u e ­
b lo s e x tra n je ro s, e n tre lo s cuales to d o es co m p le ta m e n te d istin to (n o s h a n lleg a d o
las d igresio n es etn o gráficas de H e ró d o to ) ; todos los p rin c ip io s dados p o r obvios p o r
la co stu m b re p u e d e n verse así sa cu d id o s. E sta co n stata c ió n se vu elve esp e cia lm e n te
p elig ro sa en c o n tra p o sic ió n al c o n c e p to , p o stu lad o p o r la filo s o fía de la n atu raleza,
del « d e v e n ir » (physis) d el cosm os y de todas las cosas con ten id as en él p o r su p ro p ia
ley. E l p rim e r o q ue fo rm u ló este c o n ce p to fu e p ro b a b le m e n te A rq u e la o , d iscíp u lo
de A n a x ág o ras, e n to rn o a 4 4 ° : 1° ju sto y lo in ju s to , lo feo y lo b e llo n o existen p o r
n a tu ra le z a (physis), sin o p o r t r a d ic ió n (nomos), p o r u n a c o n v e n c ió n h u m a n a q u e
p u ed e cam b iarse a rb itra ria m e n te .
P e ro es e n la tr a d ic ió n , e n el nomos, c o m o s a b ía n lo s g rie g o s, e n lo q u e se b asa
e sp ecialm en te la re lig ió n . A ésta, c o n el d istan ciam ien to d el nomos, se le arreb ata, al
m en o s e n te o ría , su fu n d a m e n to . B ie n es cierto q u e u n o p u ed e d e c id ir p o n e rse d el
lad o d el nomos; P ín d a ro ya h ab ía d ado la p au ta al em p ezar así u n p o e m a : « T r a d ic ió n
(Nomos), re in a d e to d o , de los m o rta le s y de lo s in m o r t a le s » 11; a h o ra se in te rp r e ta
así: « a través d el nomos creem o s e n lo s dioses y vivim os, e n la m ed id a q u e d istin g u i­
m os e n tre ju sto e i n ju s t o » 18. P e ro los d io ses ya n o fo rm a n p arte de la in c u e s tio n a ­
b le n ecesid ad de ser.
E l e n u n c ia d o te ó ric o m ás sig n ifica tivo p ro c e d e , u n a vez m ás, de P ro tá g o ra s. E n
re a lid a d se trata sólo de la im p o rta n te fra se in ic ia l que se ha con servad o de u n lib r o
Sobre los dioses:

Acerca de los dioses no me es posible saber n i que existen n i que no existen n i


cuál es su aspecto. Y es que los im pedim entos para saberlo son muchos: la falta
de evidencia y la brevedad de la vida hum ana13.

A p e sa r de estar fo rm u la d a de u n a m a n e ra a p a re n te m e n te c o n te n id a , la fra se tuvo


u n efecto p e r tu rb a d o r; se dice q u e P ro tá g o ra s fu e p o r ello llevad o a ju i c i o , d el q u e
se lib r ó h u ye n d o , y que d u ra n te la h u id a se ah ogó m erecid a m en te e n el m ar, m ie n ­
tras que su lib ro fu e quem ado p úblicam en te en A te n a s14. E n verdad este tipo de m e d i­
das, si algu n a vez se a d o p ta ro n , se to m a ro n d ecen io s después de la llegada de P ro tá ­
g o ra s a A te n a s , c o m o e n el caso de A n a x á g o r a s . E l p aso q u e d io P ro tá g o ra s fu e la
a p lica c ió n de la altern ativa eleática de « s e r y n o s e r » a la te o lo gía; y la respuesta era
u n n i - n i : n i la re a lid a d de lo s d io ses v ie n e dada, ya q ue n o es e vid en te (ádelon), n i
p u ed e ser p o r tan to o b jeto de n in g ú n saber. E n o tro escrito ep istem o ló g ico P ro tá -

10 D iog. Laert. 2 , 16 = VS 6 o A I.
11 Pind. fr . 16 9 a , 1 - 2 M aehler [trad. esp. de E . Suárez, Píndaro, Obra completa, 1 9 8 8 ] ; M . G igante,
Nomos basileús, 2I 9 9 9 ·
12 E u r. Hec. 7 $ 8 s., cfr. Plat. Leg. 8 8 9 e ; véase V 4» η. 8 3 .
13 B 4 : es difícil determ inar a partir de estas palabras cuál podría ser el contenido del libro; cfr. G .
W . M üller, «Protagoras über die G ö tte r » , Hermes 9 5 ( 19 6 7 ), pp. 1 4 0 - 1 5 9 .
14 K . von Fritz, R E X X III ( l 9 5 7 )> cols. 9 0 9 - 9 1 I ; los datos sobre el proceso p o r asébeia son contradic­
torios (D iog. Laert. 9. 8, 5 2 ; 5 4 >A 3 : trad, it.: D iogene Laerzio, Vite deißlosofi, ed. de M . Gigante,
1 9 6 2 ) y Plat. Men. 9 1e = A 8 se o po ne a todos ellos. Sob re la quem a de libro s: A 3 ; W . Speyer,
«B ü ch e rve rn ich tu n g », Jahrbuch fü r Antike und Christentum 1 3 ( 1 9 7 0 ) , pp. 1 2 3 - 1 5 2 .
2. LA CRISIS: SOFISTAS Y ATEOS 415
g o ra s sostu vo el re la tiv ism o de la « v e r d a d » : p a ra cad a u n o va le lo q u e le p a re c e ,
p e ro sólo p a ra él:

E l h o m b r e es la m e d id a de todas las cosas. D e las q u e so n , lo es de q u e s o n , y de


las q u e n o so n , lo es de q ue n o lo s o n '5 .

L o q u e se p re se n ta de este m o d o n o p u e d e s e r « d i o s » , p o r q u e d io s se ría lo m ás
fu e rte , lo a b so lu to ; a s ila « fa lta de e v id e n c ia » p e rm a n e ce im p e n e trab le.
U n e n u n c ia d o de este tip o , al ig u a l q u e la c rític a a lo s d io se s de J e n ó f a n e s , se
caracteriza p o r el h ech o de que, u n a vez exp resad o , n o p u ed e ser revo cad o n i re b a ­
tid o . E n el fo n d o , in c lu s o H e r ó d o t o está d e a c u e rd o c o n P ro tá g o ra s : « to d o s lo s
h o m b re s tie n e n n o c io n e s sim ila re s so b re lo s d io s e s » 16, esto es, n in g u n o sabe n a d a
se g u ro y p o r e llo p r e fie r e H e r ó d o t o n o h a b la r de la theologia e g ip c ia . « C u á l es el
a s p e c t o » 17 de lo s d io se s es algo q u e ya d e t e r m in a r o n H o m e r o y H e s ío d o p ara lo s
g rie g o s; p e ro se trata sólo de in v en cio n e s de lo s p oetas. P o r e llo , es segu ro en c u a l­
q u ie r caso que lo s d ioses n o tie n e n fo rm a h u m a n a ’8.
E r a claro n o obstante que la vieja a lu sió n a las « m e n tira s d e lo s p o e ta s » n o b a s ­
taba p ara so lu c io n a r el p ro b le m a de la re lig ió n . E n el p e río d o en tre 4 3 ° J 4 ° ° a p a ­
re c e n P r ó d ic o , D e m ó c rito y C r itia s c o n re sp u estas m ás re fin a d a s a la c u e stió n de
cóm o los h o m b res lleg an a la id ea de que existen dioses. L a tesis de P rotágoras de q u e
n o so n evid e n te s, d e q u e su e x iste n c ia es e x tre m a d a m e n te p ro b le m á tic a se p r e s u ­
p o n e ya c o n n a tu ra lid ad . P ró d ic o 19 p arte d el le n gu aje, in ten ta e n te n d er el ser a p a r ­
tir de lo s « n o m b r e s » ; p a ra él el p la n te a m ie n to es e l s ig u ie n te : ¿ c ó m o lle g a n lo s
h o m b re s a u sar los n o m b res de los d io se s? E n u n a e x p o sició n especu lativa del estado
o r ig in a r io de la h u m a n id a d y d el d e s a rr o llo de la c u ltu r a , da a esta p re g u n ta u n a
d o b le re sp u e sta : e n u n p r in c ip io , se lla m ó « d i o s » y se v e n e r ó co m o ta l a lo q u e
ap o rtab a m ayores b e n e fic io s a lo s h o m b re s: el so l y la lu n a , las fu en tes y los río s; lo
h ú m e d o en g e n e ra l se v e n e ró com o P o sid ó n y el fu eg o , com o H efesto . M ás tarde se
v e n e ró a p e rso n a s q u e ib a n de u n la d o a o tro e n s e ñ a n d o , c o m o si fu e r a n so fistas
avant la lettre, p o r q u e tr a ía n el p ro g re s o , in t r o d u c ía n n u evo s cu ltiv o s: D e m é te r, el
cerea l, y D io n is o , el v in o . L o s m ito s so b re la lleg ad a de lo s d io se s se re d u c e n a u n
« n ú c le o h is t ó r ic o » ; el c u lto se c o n v ie rte e n c o n m e m o ra c ió n ; « u t ilid a d » y p r o ­
greso so n los c rite rio s. L a c o n tra p o sic ió n c o n respecto a la re lig ió n existente es b a s ­
tan te ra d ic a l: lo s d io se s tr a d ic io n a le s n i e x iste n n i p u e d e n s e r o b je to de c o n o c i­
m ie n to .
D e m ó c rito de A b d e ra , cuya te o ría atom ista lleg a ría a ser m u y im p o rta n te p ara el
d e sa rro llo de la física, p resen ta asim ism o el d e sa rro llo de la re lig ió n en u n a h isto ria
especulativa de la h u m a n id a d , p e ro d eja h a b la r al sen tim ie n to y a la im a g in a c ió n en
lu g a r de r e c u r r ir a c o n sid e ra c io n es acerca de lo ú til: lo s h o m b re s o b se rv aro n lo q ue
o c u r ría en el c ie lo , tru e n o y rayo , eclipses de so l y de lu n a , se a su staro n y c re y e ro n
que se d eb ía n a p o d e re s su p e rio re s; ta m b ié n o b se rv a ro n cóm o el cam bio re g u la r de

15 B i.
16 H ero d. 2 , 3 , 2.
17 H ero d. 2 , 5 3 » 1 parece casi una cita de Protágoras B 4
18 C fr. H ero d. I, 1 3 1 co n I, 6o, 3 y J, 12 9 -
19 VS 8 4 B 5 y P(¡P· Here. 1 4 3 8 fr. 19 . A . H enrichs, HSCP 79 (* 9 7 5 )» PP* 1 0 7 - 1 2 3 ·
4i 6 7. RELIGIÓN FILOSÓFICA

las estacion es d el a ñ o d e p e n d ía d e l cie lo , re c o n o c ie ro n su ley y v e n e ra ro n el p o d e r


que la d ete rm in a b a . « A lg u n o s de e n tre lo s h o m b re s sensatos, te n d ie ro n sus m an os
h acía lo q ue lo s griegos h o y lla m a n 'a ir e ’ y lo lla m a ro n a to d o 'Z e u s ’ ; y d ije ro n : él lo
sabe to d o , d a y q u ita , él es re y de t o d o » ao. P o r ta n to , el te m o r, p o r u n la d o , y el
re c o n o c im ie n to d el o r d e n , p o r o tr o , lle v a n e sp o n tá n e a m e n te al gesto de v e n e r a ­
c ió n ; el n o m b re m ítico se da rá p id a m e n te . L a filo so fía , en cam bio, explica los rayos
y lo s e clip se s de so l de o tra m a n e ra « n a t u r a l» y el o r d e n c ó sm ic o es p a r a el a t o ­
m ism o u n a casualidad tra n s ito ria . D e la re lig ió n q u ed a el v a lo r sen tim e n ta l y quizá
u n p r im e r estadio de verd a d era c o m p re n sió n ; e n re alid ad , la n ecesid ad h a d e te rm i­
n a d o to d o de a n te m an o , lo q u e era, lo q u e es y lo que será.
J u n t o a esta id e a e n c o n tra m o s e n D e m ó c rito u n a te o ría que explica e x p e rie n cia s
religiosas subjetivas, en p a rtic u la r su eñ os y vision es, e n los que ta m b ié n p u e d e n apa­
re c e r dioses co m o los d esc rib en los p o etas: estas a p a ric io n es n o es que n o sean n ad a
p e r o ta m p o c o s o n m e n sa je ro s de u n a re a lid a d s u p e r io r , sin o eídola, « im á g e n e s » ,
fig u ra c io n e s atóm icas casuales q u e se h a n sep arad o de figu ras reales y quizá ta m b ié n
h a n cam b iad o su aspecto; p u e d e n asustar, p e r ju d ic a r o b e n e fic ia r co m o otras cosas
q u e su ced e n e n la v id a 21. P e ro n o c o n tie n e n n a d a q u e su p ere el n iv el de la d o c trin a
u n iv e rsa l d el ser y de la n atu raleza; su sen tid o se agota e n sí m ism as.
M ás p e lig ro sa es la te o ría de q u e la re lig ió n d eriva de u n a m e n tira in te n c io n a d a
y co n scie n te. Se p re se n tó e n u n d ra m a (Sísyphos) a trib u id o a E u ríp id e s o a C ritia s
U n a vez m ás, el o rig e n de la c u ltu ra constitu ye el m arco en q ue se expresa la tesis: al
p r in c ip io , la vid a d el h o m b re era d eso rd en ad a y b ru ta l; en to n ces los h o m b re s esta­
b le c ie r o n las leyes y así el d e re c h o se c o n v irtió e n tir a n o . P e ro las m alas a c c io n e s
secretas p e rm a n e cía n im p u n es. P o r ello , u n h o m b re in teligen te « in v e n t ó » el te m o r
a lo s d io se s: c o n v e n c ió a lo s h o m b re s de la e x iste n c ia de u n d e m o n , re b o sa n te de
vid a in m o rta l, que oye y ve c o n su esp íritu , al q u e n o se le escapa n ad a de lo que u n o
d ice, h ace o p ien sa ; com o m o ra d a asign ó a los dioses la esfera de d o n d e les llegaba a
lo s h o m b re s el te m o r y el b e n e fic io : el cielo .
A q u í p a re c e q u e se r e ú n e n y se s u p e ra n h á b ilm e n te to d o s lo s p la n te a m ie n to s
a n te rio res; el « t e m o r » y el « b e n e fic io » que p ro c e d e n del cielo re c u e rd an a D e m ó ­
c rito y a P ró d ic o ; ta m b ié n se m e n c io n a el « s a b io » o rd e n d el tiem p o . C o m o p a r a ­
d igm a d el d io s en g e n e ra l se to m a el d io s de Je n ó fa n e s , el que « o y e y ve c o n el e sp í­
r i t u » . P e ro n o es la e x p e rie n c ia esp o n tá n e a n i el re c o n o c im ie n to lo que c o n d u ce a

20 VS 6 8 A 75 (cfr· H enrichs, pp. 9 6 - 1 0 6 ) y B 3 0 ; texto, con Wilamowitz, según C lem . A lex. Protr.
6 8 . D . M cG ib b o n , « T h e Religious T h o u g h t o f D e m o c ritu s» , Hermes 9 3 ( 1 9 6 5 ) , pp. 3 8 5 3 9 7 ;
H . Eisenberber, «D em okrits Vorstellung vom Sein und W irken der G ö tte r» , RhM 1 3 (1 9 7 0 ) , pp.
14 1-15 8 .
21 A 7 7 ; 137 ; B 16 6 .
22 VS 8 8 B 2 5 ; véase V 3 .I, n. 1 3 . A . Dihle, Hermes 1 0 5 (l 977 )> PP- 2 8 - 4 2 , defiende la autoría de E u rí­
pides, pero olvida el testimonio de Ep icu ro 2 7 · 2, 8 A rrigh etti; véase asimismo D . Sutton, C ( ¿ 3 1
(1 9 8 1 ) , P P- 3 3 " 3 ^ ; M . W iniarczyk, «N o c h m a l das Satyrspiel Sísyph o s», W SlO O (1 9 8 7 ), pp. 3 5 -
45 (contra, a favor de D ihle, H . Y u n is, /(JE 75 C 19 8 8 ], PP- 3 9 - é 6 ); M . Davies, «Sísyph os and the
Invention o f R eligion ('C ritia s’ TrGFrI [ 4 3 ] F 19 = B 25 D K ) » , BICS 3 6 ( 19 8 9 ), p p . 1 6 - 3 2 ; cfr.,
además, R . Rossi, Revista de Letras 3 5 ( 1 9 9 5 ) . Ρ Ρ · 1 8 5 - 1 9 3 ; M . C . Santoro, Elenchos 18 ( 1 9 9 7 ) , pp.
2 5 7 “ 2 7 6 ; C h . H . K ahn , « G r e e k R eligion and Philosophy in the Sisyphos Frag m e n t», Phronesis 4 2
( l 9 9 7 )> PP· 2 4 7 - 2 6 2 ; J . H olzhäuser, « Z u TrG F4 3 F 19 (= Vori. 8 8 B 25 ) » , Hermes 127 ^ 9 9 9 ). ΡΡ·
2 8 6 - 2 9 2 [cfr. R . K annicht, T G rFV Euripides, 2, 2 0 0 4 , pp. 6 5 8 - 6 5 9 , que considera que el frag­
m ento es de C ritia s].
2. LA CRISIS: SOFISTAS Y ATEOS 417

la r e lig ió n , sin o el c á lcu lo in te lig e n te de u n le g is la d o r . N o se d ic e q u e éste actú e


según lo s in tereses de la clase d o m in a n te p o r m otivos egoístas; se trata de respeto de
la ley sin excep cion es y adem ás, la n ueva d o c trin a p ro c u r a « a le g r ía » a lo s h o m b re s.
Y sin em b a rg o , se trata de u n a « m e n t ir a » q u e « o c u lta la v e r d a d » . E n c o n se c u e n ­
cia, la v e rd a d sería q ue n o existen d ioses y q u e el in ju s to n o tie n e n ad a q u e te m er,
e n la m ed id a e n q ue p u ed a escapar a los g u a rd ian e s h u m a n o s d e l o rd e n .
C o n P ro tágo ras, P ró d ic o y C ritias aparece el ateísm o, al m en o s com o p o sib ilid a d
y, a u n q u e n o se exp rese d ire c ta m e n te , n o se p u e d e p a sa r p o r a lto n i e x c lu ir 23. S e
p u ed e v e r e n el d esc u b rim ien to d el ateísm o u n o de lo s gran d es a co n tecim ien to s e n
la h is to r ia de las r e lig io n e s . P o r su p u e sto es n e c e s a rio d is tin g u ir : q u e se p u e d a
d u d a r de la e x iste n cia de lo s d io ses es algo q u e e n el fo n d o está ya c o n te n id o e n la
in v o c a c ió n p ia d o s a de la Odisea: « e n v e rd a d q u e a ú n v e lá is lo s d io ses e n el vasto
O lim p o , p u esto q ue d efin itivam en te los p re te n d ie n te s h a n p agad o su d ese n fren ad a
s o b e r b ia » 24. E n Los Persas de E sq u ilo , re p resen tad o s e n 4 7 2 > se d ice que ciertas p e r ­
son as s o s tie n e n q u e lo s d io ses n o e x iste n e n n in g ú n lu g a r 85. C u a n d o T u c íd id e s 26
m e n c io n a q ue e n la catástro fe de la peste el te m o r a lo s dioses se d e sm o ro n ó , p o r ­
q ue m o ría n tantos p ia d o so s com o im p ío s, n o h ace sin o d e sc rib ir lo que p o d ía su c e ­
d e r e n c u a lq u ie r m o m e n to . P la tó n sostien e q u e la m ayo ría de lo s h o m b res p ro fe sa n
el ateísm o p rá c tic o 27. P ero la afren ta con scien te c o n tra la re lig ió n , la « b u r la » de lo s
p ia d o so s y de sus actos cu ltu ales28, n o e n c o n tró u n so p o rte te ó ric o hasta la época de
los sofistas. E n el escrito de u n m éd ico , que in te n ta e x p lica r los tra sto rn o s p síq u ico s
de m u je re s jó v e n e s « d e u n m o d o n a t u r a l» , se e n c u e n tra la fra se : « c u a n d o la s
m u jeres co n sa gran a A rte m is to d o lo q ue p u e d e n , in c lu so los vestidos m ás costosos,
instigadas p o r lo s ad ivin os, se d ejan e n g a ñ a r » 29. E n A ristó fa n e s, u n a m u je r que e la ­
b o ra c o ro n a s se lam en ta p o rq u e E u ríp id e s h a co n v en c id o a la gen te de q u e n o e x is­
ten los dioses y c o n ello a rru in a su n e g o c io 30. C u a n d o el p oeta C in esia s fu n d a ju n t o
a sus c o m p a ñ e ro s u n a a so c ia c ió n de kakodaimonistaí [« c o m p a ñ e r o s d el d e m o n m a l­
v a d o » ], q ue se re ú n e n p ara u n b an q u ete c o m u n ita rio e n los días in fa u sto s31, la p r o ­
v o c a c ió n a ú n d ep e n d e de la costu m b re existen te, la tra n s ic ió n a lo s m isterio s p riv a ­
dos, fu n d ad a en la p rotesta, está e n c u rso . T a m p o co e n el caso d e la p ro fa n a c ió n d e
los m iste rio s en 4 1 5 > qu e acabó c o n la c arrera de A lc ib ia d e s, q u ed a claro si se trataba
de u n a m alicio sa p a ro d ia de los rito s e leu sin io s, com o su p o n e la m ayo ría de los c r í ­
ticos m o d e rn o s s in h a b e r a n alizad o el p ro b le m a , o d e u n g ru p o de c o n s p ira d o re s

23 A . B . D rachm ann, Atheism in Pagan Antiquity, 1 9 2 2 ; Reverdin, pp. 2 0 8 - 2 4 1 ; Ley, Geschichte der A u f­
klärung und des Atheismus 1 , 19 6 6 ; P . A . M eijer en Versnel, pp. 2 1 6 - 2 3 I ; W* Fahr, Theousnomizein, 19 6 9 !
M . W iniarczyk, « W e r galt in A lte rtu m als A t h e is t ? » , Philologus 1 2 8 (19 8 4 )» pp· idem ,
«M eth odisch es zum antiken A th eism u s» , RhM 3 3 ( 1 9 9 0 ) , pp. I - 1 5 [del m ism o autor, y fu n d a ­
mentales, Bibliographie zum antiken Atheismus lÿ.Jah rhu ndert-iggo, I 9 9 4 > γ Euhemeros von Messene. Leben, Werk
und Nachwirkung, 2 0 0 2 ] .
24 Od. 2 4 » 3 5 I S . [trad. esp. de Garlos García G ual],
25 Aesch. Pers. 4 9 7 s·
26 T h u c. 2 , 5 3 . 4 ; 5 2 , 3 -
27 Plat. Leg. 9 4 8 c .
28 X en . Mem. I, 4» 2 ; Plat. Leg. 9 0 8 c .
29 H ipp ocr. De virg. V I I I 4 6 8 Littré.
30 Aristoph . Thesm. 4 4 ^ - 4 5 2 ·
31 Lys. fr. 1 4 3 B aiter-Sau pp e = A th . 55 I e ·
4i 8 7. RELIGIÓN FILOSÓFICA

u n id o s p o r v ín c u lo s in v io la b le s a través de la in ic ia c ió n , com o te m ía n lo s c o n te m ­
p o rá n e o s 38. P ero resulta sign ificativo e n qué m ed id a lo p erso n a l y la a rb itra rie d a d se
h a b ía n h ech o p o sib les e n el ám b ito de la re lig ió n . P o r ello , ta m b ié n las d o ctrin a s de
la filo s o fía n a tu ra l d e b ie ro n de te n e r u n efecto p re d o m in a n te m e n te n egativo, p r e ­
cisam ente p o r su an ta go n ism o re c íp ro c o . E n Las Nubes de A ristó fa n e s, rep resen tad as
en 4 3 3 . se escen ifica u n a alianza p ro fa n a en tre sofística y filo s o fía n a tu ra l, P ro tá g o ­
ras y D ió g e n e s de A p o lo n ia b a jo la m áscara de Só crates: e n el « p e n s a d e r o » , d o n d e
lo in ju sto se vuelve ju sto , lo s « d io s e s » ya n o so n u n a m o n e d a en c u rso ; n o es Zeu s
el que llueve y tru e n a sin o las n u b e s y so b re ellas d o m in a , com o fu erza q ue to d o lo
m u ev e, el t o r b e llin o (Dínos): « Dínos es rey, h a d e stro n a d o a Z e u s » 33. E l m o d o e n
que, al fin a l de la com ed ia, c o n el re to rn o a los dioses an tigu os, se q u em a a los ateos
e n su p r o p ia casa ya n o es en el fo n d o d iv e rtid o . L a p u esta en d u d a de lo s d ioses se
vuelve traged ia e n u n d ram a p e rd id o de E u ríp id e s: B e le ro fo n te s, ante la fe lic id a d de
lo s m alvados y la m iseria de los p ia d o so s, d eja de c re e r en la existencia de lo s d ioses;
q u ie re c e r c io r a rs e s u b ie n d o al c ie lo c o n el ca b a llo a la d o P é g a so ; sin e m b a rg o , el
fin a l n o es el c o n o c im ie n to , sin o la caída y la lo c u r a 34.
E l ateo m ás e m in en te d el siglo V es D iá g o ra s de M e lo s 35 que n o es n i u n filó s o fo
n i u n te ó ric o , sin o u n p o eta; citar « p ia d o s o s » cantos a los dioses de su ob ra fu e m ás
ta rd e u n a b ro m a filo ló g ic a . S u a te ísm o , sin e m b a rg o , sólo p u e d e c o m p re n d e rs e a
través de an écd o tas: en S a m o tra c ia , an te las ricas o fre n d a s votivas con sagrad as a los
gran d es dioses p ara salvarse de lo s p e lig ro s d el m ar, d ijo que éstas sería n m u ch o m ás
n u m ero sas si to d os los ahogados h u b ie se n ten id o la o p o rtu n id a d de co m p o rtarse d el
m ism o m o d o 36; las estadísticas re fu ta n la creen cia e n los m ilagro s. É l revelaba a to d o
el m u n d o lo s m iste rio s e le u sin io s y « lo s co n v ertía e n b a n a le s » 37; a la luz d el d ía la
c e le b ra c ió n d é lo s m isterio s n o es n ad a. P o r e llo , D iág o ras fu e acusado en A te n a s de
im p ie d a d (asébeia)·, escapó d el castigo, p e ro se le p e rsig u ió p o r to d o el im p e rio m a r í­
tim o d el A tic a .
F ren te al ateísm o, los ju ic io s p o r asébeia, p o sib le s desde tiem p o s an tigu o s, a d q u i­
r ie r o n u n a nueva d im e n s ió n 38. D e la im p o te n c ia de q u ien es están ligad o s a la tr a d i­
c ió n su rg e u n a ir r it a c ió n q u e p u e d e lle g a r a ser p e lig ro s a . M o m e n to s p o lític o s o

32 D . Macdowell, Andocides on the Mysteries, 1 9 6 2 .


33 A ristop h . Nub. 2 4 7 ; 3 ^ 0 ; 8 2 8 . A ntes C ratin o había atacado como átheos a un tal H ip ó n , filósofo
de la naturaleza, fr. 16 7 Kassel-A ustin = V¡S 3 8 A 2.
34 E u r. Bellerophontes fr. 2 8 6 K an n ich t. C h r. Riedweg, « T h e A th e istic’ Fragm ent fro m E u rip id e s’
B ellero ph o ntes», Illinois Classical Studies 15 ( 1 9 9 0 ) , pp. 3 9 —5 3 ; M . Paterlini, « N o te al Bellerofonte
e u rip id e o », Sileno 19 ( l 9 9 3 )> PP· 5 I 3 “ 5 2 3 · E n general sobre Euripides « a te o » según las fuentes
antiguas: M . W iniarczyk, Philologus 1 2 8 ( 1 9 8 4 ) , pp. 1 7 1 - 1 7 2 ? M . R. Lefkovitz, «W as Eu ripides an
A th e is t ? » , Studi Italiani di Filología Classica 5 ( 1 9 8 7 ) , pp. 1 4 9 - 1 6 6 ; ead., « 'Im p ie ty ’ and A th e ism ’ in
Eu rip id es’ D ra m a s» , CQ, 39 (I 9 ^ 9 )» PP· 7 ° - ^ 2 .
35 F. Jacoby, Diagorasho atheos, Abh., B erlín, 1 9 5 9 ; Diagoras Melius. Theodorus Cyrenaeus, ed. M . Winiarczyk,
19 8 1. M . Winiarczyk, Eos 6 7 ( l 9 7 9 )> PP- Ι 9 Ι " 2 Ι 3 ; 6 8 ( 1 9 8 0 ) , pp. 5 I - 7 5 t sostiene que el ateísmo de
D iágoras es una construcción más tardía, pero no hace justicia al testimonio de Ep icu ro (v. supra
n . 2 2 ). Ja co b y fecha el proceso en torn o a 4 3 I ; la fecha tradicional del 4 1 5 es sostenida p o r L .
W oodbury, Phoenix 1 2 ( 19 6 5 ), ρρ· 178-211 y Winiarczyk, 19 8 1, p. V I I [R. Janko, Classical Philology 96,
2 0 0 1 , I - 3 2 , sostiene que Diágoras es el autor del Papiro de Derveni, contra G . Betegh, The Derveni Payrus.
Cosmology, Theology, and Interpretation, 2 0 0 4 , pp· 3 7 3 ~ 3 ^ o ] .
36 D iog. Laert. 6, 5 9 ; C ic. Denat. deor. 3 , 8 9 (= fr. 3 7 y 3 6 W iniarczyk).
37 C rater. FGrHist 3 4 2 F 16 ; M êlant. FGrHist 3 2 6 F 2 - 4 ·
38 Véase V 4 , η · 7 &·
2. LA CRISIS: SOFISTAS Y ATEOS 419

p erso n a les d eb en añ ad irse tam b ién com o factores d esencadenantes. E l p ro ceso c o n ­


tra D iá g o ra s p u d o estar m o tiv a d o p o r la p r o fa n a c ió n de lo s m is te rio s , p e r o , e n
to rn o a 4 3 2 > u n tal D io p ite s lo g ró h acer a p ro b a r u n n u evo d ecreto p o p u la r que l l e ­
gaba m u ch o m ás le jo s : se d eb ía « d e n u n c ia r a aq u ello s q u e n o cre y era n e n los seres
d ivin o s (tá theía) o que d ifu n d ie ra n d o ctrin as sob re las cosas c e le s te s » 39.
S e sabía que este d ecreto estaba d irig id o co n tra A n a x ág o ras y que ta m b ié n d eb ía
d e a fe c ta r a P e ric le s ; A n a x á g o ra s , q u e e n se ñ a b a e n A te n a s d esd e h a c ía 3 0 a ñ o s ,
a b a n d o n ó la c iu d a d ; su a fir m a c ió n m ás c é le b r e , q u e H e lio , c o m o o tro s c u e rp o s
celestes, era u n a m asa de m etal in can d escen te, se c o n firm ó , seg ú n él, c o n la caída de
u n m eteo rito en 4 6 7 . A h o ra tales d octrin as d eb ían ser p ro h ib id a s p o r el E stad o. S in
e m b a rg o , p a re c e q u e p o s te r io r m e n te este d e c re to d e jó de a p lic a rse y cayó e n el
o lv id o . P e ro el c o n flic to e n tre p ied a d y ex p lic a c ió n d e la n atu raleza, y, d e h ech o, la
« s a b id u r ía » e n g e n e ra l sig u ió e sta n d o p re se n te d esd e e n to n c e s ; re s u e n a e n las
« n u b e s » com o e n E u r íp id e s 40.
F u e r o n p ro c e so s p o r asébeia de tip o a n tig u o , d irig id o s c o n tra accion es sacrilegas
c o n c re ta s, lo s q u e tu v ie r o n lu g a r e n 4 1 5 P o r Ia m u tila c ió n d e las h e rm a s y p o r la
p ro fa n a c ió n d e lo s m iste rio s; c o n ello , las sospechas p olíticas c re a ro n u n a atm ósfera
de g u e rra civil y se llev a ro n a cabo m uchas co n d en as a m u e rte 41. E sta vez la acu sación
c o n tra S ó c ra te s , q u e se p re se n tó e n 3 9 9 , se fo r m u ló de u n m o d o d ife r e n t e :
« S ó c ra te s com ete in ju sticia, p o rq u e n o cree e n los d io ses en lo s que cree la ciu d ad ,
sin o q ue in tro d u c e o tro s seres d e m ó n ic o s » 48. S e g ú n lo s te stim o n io s c o n c o rd a n te s
de P la tó n y Je n o f o n t e , S ó crates era u n h o m b re d evoto e n to d o s lo s sen tid o s: c e le ­
b ra b a sa crific io s, salu daba al sol cu an d o salía c o n u n a o ra c ió n , re c o m e n d ó a J e n o ­
fo n te q ue co n su ltara el o rá cu lo de D e lfo s, acep tó , co m o decisivo en su vid a , el v a t i­
c in io de A p o lo , que lo designaba com o « e l m ás s a b io » . L o que le llevó al aislam ien to
fu e u n a e x p e rie n c ia sin g u la r, que desde n u e stro p u n to d e vista estaría al b o rd e de lo
p ato ló g ic o , u n a especie de voz que e n las situ acion es m ás diversas le o b ligab a a d e te ­
n erse im p rev isib le m e n te. E l m ism o d ecía q u e « le o c u rría algo d e m ó n ic o » ; in c lu so
p a ra é l m is m o e ra algo d em a sia d o e n ig m á tic o c o m o p a r a p o d e r d e f in ir lo c o m o
« d iv i n o » . E llo h acía que le fu e ra im p o sib le llev a r u n a vid a de ciu d a d an o n o rm a l y
ta m b ié n u n a a c tiv id a d p o lít ic a ; lo q u e le q u e d a b a e ra u n a e x iste n c ia b asada e n el
d iá lo g o -in te rro g a to rio en el círcu lo de sus d iscíp u los, q u e estaban fascin ad os con él.
D e sd e el p u n to de vista ju r íd ic o , el h e c h o d e te rm in a n te p a ra la a c u sa c ió n e ra la
« in t r o d u c c ió n de d ioses n u e v o s » 43; n o ob stan te, P la tó n hace a firm a r a su acu sad o r
q ue S ó c ra te s e ra u n a teo , q u e d ifu n d ió d o c trin a s c o m o las de A n a x á g o ra s y q u iz á
m u ch o s de lo s 3 5 0 ju e c e s q u e lo d e c la ra ro n cu lp a b le fu e r a n de la m ism a o p in ió n .
Se p u ed e c o n c e b ir a q u í ta m b ié n u n tra sfo n d o p o lític o d e l p ro c e so . P ero la d esc o n ­
fian za g e n e ra l c o n tra lo s « s a b io s » p u ed e h a b e r sid o d ecisiva an te el trib u n a l p o p u ­
la r d e lo s 6 0 0 . E n las Bacantes de E u r íp id e s , c o n las q u e la tr a g e d ia d e l siglo V

39 Plut. Pericl. 3 2 : datación e rró n e a: D iod. Sic. 12 , 3 9 >2 ; J . M ansfeld, Mnemosyne 33 (¡ 9 8 O), pp. 7 9 “
95, espec. p. 8o, tras u n a detallada recon sid eración de los testim onios, data el decreto de D io p i­
tes en 438-4 37 a -G.
40 E u r. fr. 9 1 3 K annich t.
41 Véase supra, n. 3 2 .
42 D i°g · L aert. 2 , 4 ° ; Plat. Apol. 2 4 b ; X e n . Mem. I, I, I; A . E . Taylor, Socrates, 1933 » ΡΡ· 8 9 - 1 2 9 !
G u th rie (2), III, pp . 3 8 0 - 3 8 5 .
43 Véase V 3 · 3 > n. 2 8 .
420 7. RELIGIÓN FILOSÓFICA

e n c u e n tra u n c ie rre m e m o ra b le , e n c o n tra m o s la fra se : « l o sab io n o es la s a b id u ­


r í a » 44; P e n te o , e l in te lig e n te re p re s e n ta n te d e l o r d e n r a c io n a l, e n c u e n tra u n
la m e n tab le fin a l; el irra c io n a lism o se eleva c o n tra la « ilu s t r a c ió n » .

3. L A SALVAC IÓ N : RELIGIÓN C Ó SM IC A Y M E TAFÍSICA

3 .1. P la n te a m ie n to s p r e s o c r á t ic o s

L a d ecad en cia de la a u to rid a d de lo s p oetas y d el m ito que p ro c u ra n , n o tra jo c o n ­


sigo el fin de la re lig ió n ; h abía crecid o dem asiado ligad a a la vida real. P o r el c o n tra ­
r io , la p e rtu rb a c ió n de los esquem as an tigu o s p u d o te n e r u n efecto lib e ra d o r p ara la
r e fle x ió n so b re lo d iv in o : desde J e n ó fa n e s se establece el co n cep to de « l o que le es
a d e c u a d o » al d io s y, c o n e l n u e v o e n tu sia sm o p o r lo s e x p e rim e n to s ra d ic a le s d e l
p e n sa m ie n to , se p u d ie r o n extraer todas las con secu en cias, sin lo s im p e d im e n to s de
la tr a d ic ió n 1. E x is te n a h o ra c ie rto s p o stu la d o s acerca de q u é es u n d io s si d eb e ser
d io s: n o es a n t r o p o m o r fo , eso ya n o es e n v e rd a d d is c u tib le ; u n d io s n o es só lo
in m o rta l, sin o que tam p o co h a sid o g e n e ra d o ; es au to su ficien te y n o n ecesita n ad a:
ésa es su fu e rz a y su d ic h a ; d io s actú a a través de su e sp íritu , es o m n isc ie n te y lo
g o b ie rn a to d o ; sigue sin resolverse el p ro b le m a de si realm ente se ocupa de los in d iv i­
du os. E n el fo n d o se con servan y se vu elven absolutas las antiguas d efin ic io n e s de los
d io se s, « s ie m p r e e x is te n te s » , « m á s f u e r t e s » , « b ie n a v e n tu r a d o s » , só lo se añ a d e
com o n o ved ad el elem en to « e s p ir itu a l» , que sustituye al in g en u o a n tro p o m o rfism o .
U n e je m p lo d e c ó m o a través d e la c rític a a lo s d io se s t r iu n fa el c o n c e p to
« p u r o » de d io s n o s lo p r o p o r c io n a el Heracles de E u ríp id e s . Y a n o resu lta aceptable
que H e r a p o r celos a n iq u ile a H era c le s, h a cie n d o q ue e n u n ataque de lo c u ra m ate
a su m u je r y a sus h ijo s , a p e s a r de q u e la c a tá stro fe se re p re s e n te e n el e sc e n a rio
c o m o sa n g rie n ta re a lid a d . « ¿ Q u i é n p o d r ía d ir ig ir sus sú p lica s a u n a d io sa d e tal
c a la ñ a ? » « Y o n o cre o q u e lo s d io se s d e se e n u n io n e s q u e n o e stán p e r m itid a s , y
n u n c a he creíd o n i n a d ie m e co n ven cerá jam ás de que h a n en cad en ad o sus m an os n i
q u e u n o es s o b e ra n o de o tr o . P u e s u n d io s, si d e v e rd a d existe u n d io s, n o tie n e
n e cesid a d de n ad a. E sto s o n la m e n tab le s h isto ria s de lo s a e d o s » 2. E l h ech o de q u e
H e r a c le s c o n estas p a la b ra s p o n g a e n d u d a su p r o p ia e x iste n c ia y q u e la tra g e d ia
p ie r d a su b ase c o n el m ito h ace q u e la p o e sía de E u r íp id e s sea tan p ro b le m á tic a y
co m p licad a.
E m p é d o c le s in c o r p o r ó e n su p o e m a sob re la n atu raleza u n pasaje « t e o ló g ic o » ,
u n « re la to cabal sob re los d io se s» : n o se p u e d e n c o n c e b ir com o figuras h u m an as n i
co m o seres m ix to s, « s in o au gu sta, in d e s c r ip tib le in te lig e n c ia q ue r e c o r r e el u n i ­
ve rso to d o c o n p e n sa m ie n to s r a u d o s » 3; así c o n tin ú a la vía in ic ia d a p o r J e n ó fa n e s .

44 E u r. Bacch. 3 9 5 ; insaniens sapientia: H orat. Carm. I , 3 4 , 2.


1 Véase V II I , n. 1 4 ; Ja e g e r, p p . 6 2 - 6 4 ; O . D reyer, Untersuchungen zum Begriff des Gottgeziemenden in der
Antike, 19 7 0 .
2 E u r. Her. 1 3 0 7 s .; 1 3 4 1 - 1 3 4 6 [trad. esp. d e j , L . Calvo M artínez]; véase v 3 . 1, η. 5 ; cfr· Iph· Taur.
3 8 6 - 3 9 Ι ; Tro. 9 8 3 - 9 8 9 .
3 Em pedocl. VS 3 1 B 1 3 I ; 1 3 4 ; estos fragmentos form an parte del poema sobre la naturaleza: C h . H .
K ahn , Archiv fiir Geschichte der Philosophie 4 2 ( i9 6 0 ) , p. 6, η . 8; Zuntz, pp. 2 1 1 - 2 1 8 [La aparición del
papiro de Estrasburgo con nuevos fragm entos del Sobre la naturaleza de Em pédocles ha obligado a
3.1. PLANTEAMIENTOS PRESOCRÁTICOS 4 2 1

P e ro a h o ra se llega e n el p o e m a d id áctico de E m p e d o c le s a u n a au tén tica in fla c ió n


de lo d iv in o : llev a n n o m b re s de d io ses lo s cu a tro elem en to s, s o n d ioses las fu erzas
m o to ra s d el a m o r y d el o d io , « A fr o d it a » y « N e îk o s » ; « d io s » es ta m b ié n el sphaí-
ros, la m ezcla a rm ó n ic a de to d o que se desgajó cu an d o n a ció n u e stro m u n d o . R esta
o s c u ro c ó m o se v in c u la siste m á tic a m e n te a to d o esto e l e s p ír it u - d io s a n u n c ia d o
s o le m n e m e n te . P e ro e n c u a lq u ie r caso, E m p é d o c le s e n su p o e m a de la n a tu raleza
n o se aparta de lo re lig io so : es p ro fe ta de u n a p ied a d « p u r a » y « b u e n a » .
Y a H erác lito h abía dich o que « to d as las leyes h u m an as se n u tre n de lo u n o , de lo
d iv in o » ; E m p é d o c le s p arte d e a h í y lleva la « l e y » a u n con tacto aún m ás estrecho
co n el cosm os:

P e ro lo q u e t ie n e v a lo r d e le y se e x tie n d e p a r a to d o s s in fis u ra s ,
p o r e l é te r d e d o m in io s a n c h u ro s o s y e l i n f i n i t o r e s p la n d o r d e l s o l5 .

U n eco de tales id eas re su e n a e n el can to c o ra l c e n tra l d e l Edipo Rey de S ó fo c le s : el


c o ro se re c o n o c e en

la p u re z a d e v o ta d e to d a s las p a la b ra s
y la s o b ra s , p a r a la s q u e se e s ta b le c e n leyes
su b lim e s , e n e l celeste
é te r g e n e ra d a s , d e las q u e e l O lim p o
es p a d re ú n ic o , y n o fu e
la m o r t a l n a tu r a le z a de lo s h o m b re s
la q u e las a lu m b r ó , n i ja m á s e l o lv id o
d e ja r á q u e se a d o rm e z c a n :
h a y e n ella s u n g r a n d io s y n o e n v e je c e 6.

E x iste n leyes, leyes de la eusébeia, que tie n e n sus raíces en el cie lo , m ás allá del a r b i­
trio h u m a n o , eternas com o el m ism o cosm os. A s í, la e sp e cu la c ió n sobre la n a tu ra ­
leza p ro c u r a u n p u n to de p artid a p ara su p e ra r la sep a ra c ió n e n tre physis y nomos y da a
la p ied a d u n a nueva base in q u e b ra n tab le .
L o s d isc íp u lo s de A n a x á g o ra s d e s a rr o lla ro n co n éxito tales id eas, m ie n tra s q u e
d el p ro p io A n a x ág o ras n o tenem os n in g ú n co m e n ta rio so b re d io s o sobre lo d ivin o ;
sí que es· c ierto que en señ ó que el In telecto (Noús) lo m ueve y lo d o m in a to d o , p e r o
n o lo lla m a e x p lícita m e n te d io s 7. E n cam b io , D io g e n e s de A p o lo n ia , q u e e q u ip a ra
este noús c o n el aire, n o tien e in c o n v e n ie n te e n lla m a r ta m b ié n « d io s » y « Z e u s » a
este « c u e r p o e te rn o e in m o r t a l» q u e atraviesa to d o y re in a so b re t o d o 8. E n cada
h o m b re p e n s a n te y se n sib le está c o n te n id a u n a p a rte d e ese a ire p e n sa n te , u n a

una revisión de los elementos religiosos del poem a. C fr. A . M artin y O . Primavesi, VEmpédocle de
Strasbourg, 19 9 9 (y la reseña de L . Gem elli M arciano, Gnomon 72 ( 2 0 0 0 ) , pp. 3 8 9 - 4 0 0 ) ; R .Ja n k o ,
«E m p ed o cles, On Nature I 2 3 3 - 3 6 4 : a N ew Reconstruction o f P. Strasb. Gr. Inv. 1 6 6 5 - 6 » , T fE IgO
(2 0 0 4 )» pp. 1 - 2 6 ; A . Bernabé, De Tales a Democrito, 22 0 0 I , pp. 3 2 7 - 3 4 ° l ·
4 B 1 1 4 ; véase VII I, n. 2 9 .
5 B 13 5 *
6 Soph. Oed. tyr. 8 6 3 - 8 7 2 .
7 75 5 9 B 12.
8 VS 6 4 B 5 ; A 8.
422 7. RELIGIÓN FILOSÓFICA

« p e q u e ñ a p a rte de d i o s » 9. E l e sp ír itu h u m a n o es u n a p arte d el c o s m o s -d io s : u n a


id ea in a u d ita y fascin a n te. E u ríp id e s re to m a este co n ce p to : « e l nous e n cada u n o de
n o so tro s es u n d io s » 10; e n las Troyanas p o n e e n b o ca de H écu b a esta o r a c ió n :

S o p o r t e de la tie rr a y q u e so b re la tie r r a tie n e s tu a sien to ,


ser in e sc ru ta b le , q u ie n q u ie r a q u e tú seas,
Z e u s —ya n e c e sid a d de la n a tu ra le z a o m e n te de lo s h o m b r e s— .
¡ A ti d ir ijo m is sú plicas! P u e s c o n d u c e s to d o lo m o rta l
c o n fo r m e a ju s t ic ia p o r c a m in o s sile n c io so s.

E n la traged ia, n o ob stan te, la ju stic ia d ivin a, ra d ica d a en el cosm os, d em u estra ser
n o m en o s ilu so ria que la ju stic ia h u m a n a ; ta m b ié n la « n u e v a » o ra c ió n se p ie rd e en
el v a c ío .
Y sin em b argo, el p la n te am ie n to que vin cu la d io s, esp íritu , cosm os y o rd e n ju sto
se d e s a rro lla de m a n e ra s o r p re n d e n te tan to e n el á m b ito c o sm o ló g ic o c o m o e n la
d o c trin a d el alm a. T u vo u n a in u su a l fu e rz a de p e n e tra c ió n la tesis de q u e el m a n i­
fie s to b u e n o r d e n d el m u n d o c o n fir m a la e x iste n c ia de u n a m e n te s u p e r io r q u e
to d o lo d o m in a , u n a « p r o v id e n c ia » (prónoia)12. Y a e n H e r ó d o t o '3 se e n c u en tra u n a
a lu s ió n a la « p r o v id e n c ia d iv in a » q ue se m a n ifie sta e n el h ech o d e q ue lo s le o n e s
tie n e n sólo u n a c ría de cada vez, m ie n tra s que lo s an im ales q u e les sirven de p resa se
r e p r o d u c e n m ás rá p id o . D io g e n e s d e A p o lo n ia d e s a rr o lla d e ta lla d a m e n te estas
re fle x io n e s:

N o se ría e n e fe cto p o s ib le q u e , s in in t e lig e n c ia , e stu viera r e p a r tid o to d o de u n


m o d o tal c o m o p a r a a lb e r g a r la m e d id a d e to d a s las co sa s —d e l i n v ie r n o , d e l
v e r a n o , de la n o c h e y el d ía, d e las llu vias, lo s vie n to s y las b o n a n za s—. E n cu a n to
a las d e m á s c o sa s, si u n o q u ie r e o b s e r v a rla s re fle x iv a m e n t e , d e s c u b r ir á q u e su
d is p o s ic ió n es la m ás p e r fe c ta q u e d arse p u e d e 14.

J e n o f o n t e h ace a S ó c ra te s p r o n u n c ia r o b se rv a c io n e s d etallad as de este tip o p a ra


re b a tir al a te o '5: el m o d o en q u e el h o m b re está cre a d o , c o n o jo s y o reja s, le n g u a y
dientes, ó rgan o s p ara re sp ira r y p ara la d igestió n , sólo p u ed e ser o b ra de u n a prónoia,
u n e sp íritu d ivin o q ue se o cu p a de los h o m b re s de m an era evid ente; sería realm en te
s o r p re n d e n te si h a b ita ra e n lo s h o m b re s u n « e s p ír i t u » y e n el co sm o s, in f in i t a ­
m en te m ás g ran d e , n o se p u d ie r a e n c o n tra r u n e sp íritu q u e lo rig ie ra . C o n e llo se
c o n sig u e u n a rg u m e n to e m p íric o p a ra la ex iste n c ia y la a c c ió n d e l d io s, q u e p u d o
co n servarse hasta D a rw in .
N o m e n o s p ro m e te d o ra s p a r a el d e s a r r o llo p o s t e r io r s o n las e sp e c u la c io n e s
sobre el e sp íritu y el alm a que ello trae con sigo . E l elem en to que co n su p re se n cia da

9 A ig , §42·
10 E u r. fr. I O l 8 K annicht.
11 E u r. Tro. 8 8 4 - 8 8 8 . [trad. esp. d e j. L . Calvo M artínez!.
12 W . T h eiler, & r Geschichte der teleologischen Naturbetrachtung bis aufAristoteles, 1 9 2 4 ·
13 H ero d. 3 , 1 0 8 .
14 B 3.
15 X en . Mem. I , 4 ; 4 t 3 -
3.1, PLANTEAMIENTOS PRESOCRÁTICOS

vid a al h o m b re y al a n im al, el « a lm a » (psyché), se e n tien d e n a tu ra lm e n te com o algo


q u e es y p o r ta n to c o m o u n tip o de m a te ria e sp e c ia l: fu e g o , a ire o u n a m a te ria
in te rm e d ia , q ue ta m b ié n p u e d e d e fin irs e c o m o é te r; si ah o ra se acepta u m v e rs a l­
m en te la ló g ic a de P a rm én id es, segú n la cu al n o p u ed e h a b er e n la re a lid a d n i d ev e ­
n ir n i e x tin c ió n , d e l m ism o m o d o , la « in m o r t a lid a d d e l a lm a » lle g a rá a ser u n a
m e ra o b v ie d a d . S i b ie n P a rm é n id e s se in s p ir a e n la d o c trin a p ita g ó ric a d e la
m e te m sp ico sis16, su ló g ic a o to rg a a su vez u n a n u eva base a la esp e cu la c ió n . « N a d a
m u ere de to d o lo que n a c e » 17. R esu ltó fácil v in c u la r esta id ea a la aso ciació n de alm a
y cie lo q ue p ro b a b le m e n te p ro v ie n e de la in flu e n c ia d e la m ito lo g ía ir a n ia del M ás
A llá 18: el alm a es m ate ria celeste; c o n la m u e rte el cu e rp o regresa a la tie rra , tie rra a
la tie r r a , p e r o la psyché r e to rn a al é te r. P a ra D io g e n e s de A p o lo n ia , el alm a es u n a
« p e q u e ñ a p a rte de d i o s » 19, d el a ire q u e to d o lo en vu e lve y to d o lo g o b ie rn a . D e
m o d o sim ila r, u n h ip o c rá tic o escribe que el « c a lo r » , p resen te e n to d o ser vivo, es
« in m o r ta l; co m p ren d e to d o , ve, oye y sabe to d o lo q u e es y lo q u e s e rá » ; cuando e n
el p r in c ip io d e l m u n d o « t o d o estaba m ez c la d o , la m a y o r p a rte d e ello se re tiró al
c írc u lo celeste m ás a lto y a esto, seg ú n m i p a r e c e r , lo s a n tig u o s lo lla m a r o n é te r
(aithér) » 20. « E l é te r h a a c o g id o a las a lm a s » se osó e s c r ib ir e n u n e p ig ra m a e n
h o n o r de los caíd os e n la g u e rra en 4 3 2 2I¡ e n la Helena , re p resen tad a e n 4Ί 2 , E u r í ­
p id es p re cisa : « e l noús de lo s m u erto s n o está vivo, p e r o es in m o rta l y p u e d e p e r c i­
b ir si h a e n trad o en el éter in m o rta l » 22. O bviam en te sigue q u ed an d o sin resolver la
c u estió n de hasta q ué p u n to se conserva la in d iv id u a lid a d o si el alm a d el in d iv id u o
se fu n d e e n lo im p e rso n a l, e n lo que to d o lo abarca. P e ro la p re se n c ia e n el h o m b re
de algo in m o r ta l, d iv in o , su « e s p í r i t u » , c o m o p a rte de u n e s p ír itu q u e to d o lo
abarca, es algo que la re lig ió n h o m éric a n o h ab ía supuesto en absolu to; lo s m isterio s
h a b ía n e n señ ad o algo sem ejan te com o u n secreto : o r ig e n d ivin o y té rm in o d iv in o ;
p e r o só lo se exp resa de fo rm a e x p líc ita , c o n p r e te n s ió n de v e rd a d o b je tiv a , c o n la
filo s o fía de la natu raleza.
E n el m o m e n to e n q u e lo n a tu ra l y lo d iv in o se u n ie r o n e n u n a sín tesis, se
in te n tó s u p e ra r ta m b ié n el c o n flic to c o n lo s p o etas; e n lu g a r d e atacar a H o m e r o ,
p a re c ía m ás o p o rtu n o gan arse la an tig u a sa b id u ría c o m o a liad a. E l a rtific io c o n el
que lo lo g r a r o n fu e la a le g o ría 23: se sigu e p re s u p o n ie n d o q u e el m ito n a rra d o p o r
lo s poetas, tal com o es, n o tien e sen tid o ; p e ro se a firm a que el p o e ta h ab ía q u e rid o
expresar u n « p e n sa m ie n to o c u lto » (hypónoia) 24, que evid en tem en te escapa al oyente
y al le c to r c o r rie n te y su p e rfic ia l. A s í se n o m b ra co m o p r im e r a le g ó ric o a u n r a p -
sod o , T eágen es de R e g io , que re sp o n d ía d irectam en te a los re q u erim ien to s de J e n ó -

16 W . Burkert, PhronesisI4 (19 6 9 ), pp. 2 8 s .


17 E u r. Chtysippus f r . 8 3 9 , 12 K annicht.
18 Véase VI 2 -3 - n - 4 2 .
19 Véase supra n. 9.
20 H ipp ocr. Cam. 2 (V III 5 8 4 Littré) = VS 6 4 G 3 . C fr. asimismo X en . Mem. I, 4 . 8; I j ; 4 . 3 ¡ ! 4 -
21 E n Potidea: 1G I a 9 4 5 I = IG I 3 11 7 9 ] = n° 2 0 , 5 Peek [= P. A . H ansen, Carmina Epigraphica Graeca, I,
1 9 8 3 . n° IO ].
22 E u r. Hei. 1 0 1 4 s .; cfr. Suppl. 5 3 3 ; 114 ° ; Erechtheus fr. 3 7 ° . 7 I - 7 ^ K an n ich t; cfr. tam bién fr. 8 7 7 -
9 7 1 K annicht.
23 F. W eh rli, 2j i r Geschichte der allegorischen Deutung Homers, tesis d o c t., Basilea, 1 9 2 8 ; F. B u ffière, Les
Áíythes d’Homère et la pensée grecque, 19 5 6 ? P· Lévêque, Aurea catena Homeri, 1 9 5 9 ?J · Pépin, Mythe et allégo­
rie, 1 9 7 0 , p p . 2 5 - 2 7 ·
24 Plat. Resp. 3 7 8 d.
424 7. RELIGIÓN FILOSÓFICA

fa n e s 25. T e n e m o s in f o r m a c ió n d e ta lla d a acerca d e l e m p le o de tales m é to d o s p o r


p arte de los d iscíp u lo s de A n axág o ras. D ió g e n e s de A p o lo n ia « a la b a a H o m e ro p o r ­
que h abla de los dioses n o de m an era m ítica sino veraz; al n o m b ra r a Z eu s realm en te
se re fe ría al a i r e » 26. O tras in te rp re ta c io n e s p ro v ie n e n de M e tro d o ro de L ám p saco ,
q ue p a ra n o so tro s so n m ás en igm áticas de exp licar que el texto de H o m e r o 27. E u r í ­
p id es h ace al ad ivin o T ire sia s d ar u n a in te rp re ta c ió n en p arte filo s ó fic o -n a tu ra l d el
n a c im ie n to de D io n is o 28. L a v isió n m ás clara la a p o rta el p a p iro de D e rv e n i, d escu ­
b ie r t o e n 1 9 6 2 y p u b lic a d o p ro v is io n a lm e n te en 1 9 8 2 29. E l a u to r, q u e n o e sc rib e
m u ch o m ás tarde d el 4 0 0 a .C . y q u e claram en te h a a p ren d id o de A n a x ág o ras, D ió ­
genes de A p o lo n ia y D e m ó c rito , exp lica la te o g o n ia de « O r f e o » segú n el p rin c ip io
de q u e c o n lo s p e rso n a je s m ític o s y sus a ccio n e s sexuales y v io le n ta s e n re a lid a d se
d escrib e u n a co sm o g o n ía filo s ó fic o -n a t u r a l. S i e n O rfe o se dice q u e Moíra ya estaba
p re se n te e n el n a c im ie n to d e Z e u s , a m b o s n o m b r e s s ig n ific a b a n e n re a lid a d lo
m ism o : « a lie n t o » (pneúma), co m o « r a z ó n p e n s a n te » (phrónesis).

Y es q u e , antes de q u e fu e r a lla m a d o ^ u s , Moîra e ra la in te lig e n c ia d el d io s, sie m ­


p re y p o r sie m p re [ . . . ] D a d o q u e , d e las cosas q u e so n , cada u n a es lla m a d a se g ú n
a q u e llo q u e p r e d o m in a , tod as las cosas f u e r o n llam a d a s <j»us de a cu e rd o c o n este
m is m o p r i n c i p i o . P u e s el a ir e d o m in a to d a s las co sas e n la m e d id a e n q u e
29a
q u ie re

E l m u n d o se d ife r e n c ia e n cu a n to las cosas in d iv id u a le s se « s e p a r a n » , p e r o Z e u s


sigu e d o m in a n d o ; c u a n d o O r fe o d e sc rib e u n acto sexu al d el d io s, sig n ific a q u e, a
través de la m ezcla de las cosas, su rg e algo n u e v o . S e g ú n p arec e , el a u to r de n u evo
o p o n e a u n a p ied a d falsa, u n a re lig io sid a d verd a d era, m ás p u ra .
L a teo lo gía cósm ica, las esp ecu lacio n es sob re la psyché, la c o rre sp o n d ien te exégesis
o m ás b ie n la re in te rp re ta c ió n de lo s p oetas q u ed ó com o u n logos de algu n o s « s o f is ­
ta s » o « f i ló s o f o s » , al q u e sie m p re se o p o n ía n o tro s lógoi-, n in g u n o de sus m o d e lo s
se im p u so ; h abía tantas filo so fía s co m o filó so fo s. P ero si b ie n todas ellas se n e u tr a li­
z a ro n e n tre sí de este m o d o , q u e d ó u n e fe c to : se lle g ó a u n a típ ic a a c titu d « i l u s ­
tr a d a » de lo s h o m b re s cultos c o n respecto a la re lig ió n . T res p rin c ip io s caracterizan
tal a c titu d 30: se debe c ritic a r a lo s p o e ta s; sus m ito s, e n te n d id o s en sen tid o lite ra l,
so n falso s e im p ío s ; hay « r a s g o s » de la te o lo g ía q u e se d eb en a c ep tar: el p o d e r de
d io s, la p e r fe c c ió n , la e s p iritu a lid a d ; el e je rc ic io p rá c tic o de la p ie d a d p e rm a n e c e
in tacto , se c o n sid e ra co n c ilia b le c o n la p ied a d « m á s p u r a » y, p o r tan to , u n d eb er.
U n a p izca d el escep ticism o de P ro tá g o ra s se u n e a la c irc u n sp e c c ió n , h e re d a d a d el

25 V5 8 ; R . Pfeiffer, History o f Classical Scholarship, 1 9 6 8 , pp. 9 - I 2 = Geschichte der klassischen Philologie, 197 o »
pp. 25~27 [trad, esp.: Historia de la filología clásica, 19 8 1, reim p. 2 0 0 4 ] .
26 A 8.
27 VS 6 1.
28 E u r. Bacch. 2 8 6 - 2 9 7 ; sobre elverso 29 5 E . K . Borthwick, CR 16 (19 6 6 ), pp. 1 3 6 s .; B . Gallistl, Tei-
resias in den Bakcheri des Euripides, tesis doct., B erlín, 19 79 ·
29 Véase VI 2 . 3 , η . 2 .
2 9 a C fr. A . Laks y G . W . Most, « A Provisional Translation o f the D erveni P a p yru s», en A . Laks y G .
W . M ost (eds.), Studies on the Derveni Papyrus, 1 9 9 7 » Ρ· *8 (col. 1 8 - 1 9 ) [A. Bernabé, Textos órficosjfilosofia
presocrática. Materiales para una comparación, 2 0 0 4 , pp. I 7 5 - I 7 ^ ]; Kourem enos-Parássolou-Tsantsano-
glou, cit. en VI 2-3 n. 2 ].
30 D . Babut, La religion des philosophes grecs, 1 9 7 4 ·
3.2. PLATÓN: EL BIEN Y EL A LM A 425

p asad o, en las cuestio n es religiosas. L a re v o lu c ió n re lig io sa te rm in a c o n u n a actitu d


co n servad o ra.

3 . 2 . P lató n : el B ie n y e l a l m a

Q u ie n lee a P la tó n q ued a fascin ad o p o r el e n c u e n tro c o n u n e sp íritu ric o e in a g o ­


ta b le q u e, al m is m o tie m p o , es u n o de lo s m a e stro s m ás r e fin a d o s d e la le n g u a
griega. P la tó n es el p r im e r filó s o fo cuya o b ra co m p leta se h a con servad o y establece
p ara sie m p re la m e d id a de lo que debe lla m a rse filo s o fía . P recisam en te p o r e llo , el
estu d io de P la tó n n o llega a n in g u n a c o n c lu sió n d e fin itiv a 1. E l hech o de que P la tó n
n u n c a escriba e n su p ro p io n o m b re sin o q u e c o m p o n g a d iálogos e n lo s q u e S ó crates
c o n d u c e la d isc u sió n , es sólo u n o d e lo s p ro b le m a s de in te rp r e ta c ió n q u e p la n te a
este f iló s o fo ; a e llo se a ñ a d e q u e p re se n ta lo im p o rta n te d e fo r m a s im b ó lic a ,
m e d ia n te el c o n sc ie n te ju e g o c o n el m ito , q u e m e n c io n a cosas esen ciales p e r o las
o c u lta . N o es éste e l lu g a r p a r a u n a in t e r p r e t a c ió n c o m p le ta d e l p e n s a m ie n to de
P la tó n ; sólo se p u ed e o fre c e r u n esbozo de las cadenas argum en tativas, sobre las q u e
se apoya su te o lo g ía 2.
A p a r t ir de P la tó n , n o h ay n in g u n a te o lo g ía q u e n o se a c o ja a su s o m b ra .
D u r a n te sig lo s, el p la to n is m o fu e el m o d o p o r e x c e le n c ia e n q u e se p e n sa b a y se
h ab lab a de d io s, tan to en O c c id e n te com o e n el O r ie n t e islá m ic o . E l a lie n to d e la
an tigü ed ad tard ía y d el cristian ism o , que se atrib u ye así a P la tó n , llegó a ser u n p r o ­
b le m a p a ra m u ch o s in té rp re te s de la an tig ü e d a d clásica. S in e m b a rg o , lo s in te n to s
de d esvin cu lar lo m ás p o sib le a P lató n , com o « g r ie g o » , del p la to n ism o 3 p u ed e n ser
tan p o c o sa tisfacto rio s co m o la se p a ra c ió n d e P la tó n d el m u n d o g rie g o , tanto si se
q u ie re c o n sid e ra r resp o n sab les, p o r el p u esto especial que o cu p a n , c o rrie n tes ó r f i -
cas y o rie n ta le s com o a b e rra cio n es p síq u ic o -in d iv id u a le s 4.
D esd e P la tó n y a través de él, la re lig ió n se vuelve algo esen cialm en te d istin to de
lo que h ab ía sid o . P a ra los griegos, co m o lo s co n o c em o s desde H o m e r o , la re lig ió n
s ig n ific a b a a c e p ta c ió n de la re a lid a d , de u n m o d o in g e n u o p e r o al m ism o tie m p o
m uy a d u lto , acep tació n de la re a lid a d in c lu y e n d o la c o rp o re id a d , la tra n sito rie d a d ,
la a n iq u ila c ió n , co m o terq u e d a d h e ro ic a o co m o v isió n trágica. A través de P la tó n ,

1 Adem ás de los estudios de Z eller y G u th rie (véase V III, n. i), cfr. las panorám icas de H. C herniss,
Lustrum 2 - 3 ( 1 9 5 7 - 1 9 5 8 ) y L. B risso n , ibid. 2 0 ( 1 9 7 9 ) y 34 ( l 9 9 2 ) ; con. la c o la b o ra c ió n de H .
Io a n n id i [cfr. L. B risso n , Platon: 1 9 9 0 - 1 9 9 $ . Bibliographie, 19991 ? adem ás P. F ried lae n d e r, Platon
I/II3, 1964-; HI3- 19 7 5 (trad, it.: Platone: eidos,paideia, dialogos, p o r D. Faucci, 1979 ); e(l. inglesa, Plato,
19 5 81 1 9 6 4 a, 1 9 6 8 3; I. M. G rom b ie, An Examination o f Plato's Doctrines, 1 9 6 2 - 1 9 6 3 : G . Vlastos, Platonic
Studies, 1973*
2 P. E. M ore, The Religion o f Plato, 19 2 I; A . Diès, « L e dieu de P laton ; la relig io n de P la to n » , en Autour
de Platon, II, 1927» pp· 5 2 3 ~ 6 0 3 ; F. So lm sen , Plato’s Theology, 1 9 4 2 ; R everd in , 1 9 45 ; P· B oyancé,
« L a re lig io n de P la to n » , i?£4 ,4 9 -(ï 9 4 7 ) PP· 1 7 8 - 1 9 2 ; V . G o ld schm idt, La religion de Platon, 1 9 4 9 ;
Platonisme et pensée contemporaine I, 197 ° ; "W. J· V e rd e n iu s, Platohs Gottersbegriff, E n tretien s F o n d atio n
H a r d tl, I 9 5 4 >PP* 2 4 I - 2 9 2 ; J . KL. Feiblem an, Religious Platonism. The Influence o f Religion on Plato and the
Influence o f Plato on Religion, 1959 ; C .J . deV og el, « W h a t was G o d fo r P la to » , e n Philosophia 1 , Studiesin
Greek Philosophy, 1970 . PP· 210 - 2 4 2 . So b re el m ito platónico véase IV 2 , η . 4 6 ·
3 U . v o n W ilam o w itz-M o e llen d o rff, Platon, 19 1 8 ; K . H ild eb ran d t, Platon, 1 9 3 8 (trad , it.: Platone. La
lotta dello spirito per la potenza, 19 4 7 )·
4 P o r e je m p lo : G. D evereux, Symbolae Osloenses 42 (19 67 )» p* 9 1 » H. L lo y d -Jo n e s, The Justice ofZfus,
“1 9 8 3 . PP· I 3 5 s.
4 2 6 7. RELIGIÓN FILOSÓFICA

la re a lid a d p ie r d e eficacia e n fa v o r d e u n m u n d o s u p e rio r in c o rp ó re o e in m u ta b le


que debe ser con siderad o com o p rim a rio ; el yo se con cen tra en u n alm a in m o rta l q u e
es a je n a al cu e rp o y está p resa e n él. L a « h u id a d el m u n d o » es u n a co n sign a q ue ya
está de h e c h o p re se n te e n P la t ó n 3. P o r e llo , se p u e d e h a b la r de lo d iv in o y de su
r e la c ió n c o n lo s h o m b re s c o n u n tip o to ta lm en te n u evo de se g u rid a d in te le c tu a l,
c o n c o n c e p to s y d e m o stra c io n e s; d o n d e antes lo s p oetas ta n te ab a n e n tre im a g e n y
fó rm u la , se e n c u en tra ah o ra u n a d o c trin a d el ser que co n d u ce d irectam en te a d io s.
E l te rre n o estaba b ie n p r e p a r a d o . E x istía u n a p ied a d d irig id a al M ás A llá en c ír ­
culos ó rfic o s y estaba la filo s o fía de P a rm é n id e s, q u e establecía u n con traste e n tre el
v e rd a d e ro ser y la re a lid a d a p a re n te; lo s « P re s o c rá tic o s » h a b ía n a b ie rto el ca m in o
p a ra u n a sín tesis de r e lig ió n y filo s o fía de la n atu raleza, m ás allá de lo q u e la p o lé ­
m ica d e P la tó n d eja v e r 6. A ello se añ ad e el p ro g re so decisivo de la m atem ática y de
la a s t r o n o m ía 7, d e las q u e P la tó n to m a el m é to d o y el m o d e lo p a ra a lc an z a r u n
nuevo n iv el e n la d iscu sió n .
E l S ó crates de P la tó n se o p o n e cla ra m e n te a lo s sofistas e n el sen tid o de q u e él,
e n lu g a r de osten tar u n su pu esto saber, sigue p la n te án d o se cu estio n es n uevas y c o n
m ayo r p ro fu n d id a d q ue ello s. S i los sofistas p ro m e te n ab iertam en te e n señ a r la areté,
se q u e d a n d e s c o n c e rta d o s a n te la p re g u n ta de S ó c ra te s, q u é es lo q u e h ace q u e la
« v ir t u d » sea re a lm e n te v irtu d , y el « b i e n » , b ie n . E l « b ie n » en u n p rin c ip io n o se
e n tien d e en u n sen tid o m o ra l, sin o q u e es to d o aq u ello que es deseable, in c lu y e n d o
lo ú til. E l ir ó n ic o n o -s a b e r de S ó crates se basa, n o obstante, en con viccion es in q u e ­
b ra n ta b les: q ue existe u n b ie n que to d o h o m b re , e n la m ed id a en que se haya fija d o
u n a m eta, se esfuerza p o r alcanzar; q u e el b ie n tien e u n a esencia, que es e n sí m ism a
sólo b u e n a y n o p u e d e ser a veces ta m b ié n d a ñ in a ; q ue tien e que ve r c o n el n ú c le o
de la p e rso n a lid a d q ue se lla m a « a l m a » . L a a sp ira c ió n a la areté llega a ser p o r tanto
u n esfu erzo p o r lo g ra r u n saber c o m p le to , q ue debe estar segu ro de su o b jeto y ser,
al m ism o tie m p o , « c u id a d o d el a l m a » 8.
A p a r tir de esta base con stru yó P la tó n su filo so fía , c o n la que fu e claram en te m ás
allá q ue el Sócrates h istó ric o . E l m o d e lo de u n sab er segu ro lo p ro p o rc io n a la m ate­
m ática. P ero este saber n o p ro v ie n e de n in g u n a e xp erien cia: en ella n u n ca se d an los
o b je to s de la m atem ática e n fo rm a p u ra y, sin em b a rg o , in c lu so u n esclavo in c u lto
p u e d e d e s c u b r ir u n te o r e m a 9. U n sa b e r a u té n tic o d e este tip o se e n c u e n tra e n el
alm a desde el p rin c ip io ; su o b jeto existe fu e ra de la esfera e m p írica. L o que vale p ara
c o n c e p to s c o m o « ig u a ld a d » d eb e ta m b ié n v a le r p a ra « lo ó p t im o » , q u e S ó c ra te s
buscaba, p ara lo v e rd a d era y ab so lu tam en te ju sto , b e llo y b u e n o . A q u í se in tro d u c e
la co n c e p tu a liz a ció n eleática: el o b je to d el c o n o c im ie n to p e rfe c to es u n « s e r » que
es a te m p o ra l e in m u tab le , n o creado e im p e re c e d e ro ; es algo que en la e x p e rie n c ia
se e n c u e n tra e n m ú ltip le s fo rm a s cam b ian tes. A d ife re n c ia de P a rm é n id e s, p a ra el
que el « s e r » sólo p u ed e ser u n o e in d ife re n c ia d o , el saber socrático en cam b io c o n ­
cibe u n a m u ltip lic id a d d istin ta d el « s e r » ; u n o se d ife re n c ia d el o tro a través de su
« f o r m a » e sp ecífica (eidos, idéa), al ig u al que cada p e rso n a tien e su p ro p io « r o s t r o »
b ie n re c o n o c ib le . Estas ideas están fu e ra d el espacio y d el tiem p o , so n in c o rp ó re a s y

5 Plat. Tht. I76ab.


6 Véase VI 3 . n n . 1 4 - 1 6 ; V III, n. 3 3 » 3 ·^·
7 L& S, p p . 2 9 9 - 3 6 8 ; 4 0 6 - 4 6 5 .
8 Guthrie (2 ), H I, pp. 4 6 7 " 4 7 3 ·
9 Plat. Men. 8 2 b -e .
3.2. PLATÓN: EL BIEN Y EL ALMA 427

atem p o rales, « v e rd a d e ro s e r » que « s ie m p re en la m ism a re la c ió n se c o m p o rta d el


m ism o m o d o » . L o q ue en este m u n d o « e s » algo, lo es a través de la p a rtic ip a c ió n
de la id e a ; la id ea es su causa cu an d o se p re se n ta y c u an d o se re tira .
N o es n e c e sa rio d isc u tir a q u í las m ú ltip le s d ific u lta d es ló g ica s, fre cu e n te m e n te
tratadas, de esta d o c trin a de las id e a s10. S u v e rd a d era fa sc in a c ió n se d esa rro lla a t r a ­
vés de su re la c ió n c o n el alm a: el alm a d el h o m b re es la q u e está capacitad a p a ra el
c o n o c im ie n to d el ser. Lleva e n sí u n saber q ue n o ha a d q u irid o en esta vid a: el sab er
es « r e c u e r d o » (anamnesis)11. A s í, el alm a cognoscitiva su p era la existencia entre la vid a
y la m u erte . N o e n el sen tid o de que el alm a m ism a sea « id e a » ; qué es exactam ente
e l a lm a sigu e s ie n d o algo d if íc il de d e t e r m in a r 12. P e r o , si h a y dos tip o s de s e r, el
in m u ta b le , v e rd a d e ro , y el que devien e y m u e re y n u n c a « e s » re a lm e n te, en to n ces
el alm a está claram en te d el lad o d el s u p e rio r, d el su bsisten te. L a m u erte afecta só lo
al c u e rp o : el alm a es in m o rta l.
L o que lo s sacerdotes de lo s m isterio s in te n ta b a n h a ce r cre íb le llega a ser así c e r ­
teza de la m ás alta ra c io n a lid a d ; las esp ecu lacio n es de lo s filó so fo s de la n atu raleza se
lib e ra n de la v in c u la c ió n a u n a m ate ria d el alm a que se p u ed a d e m o stra r de a lgu n a
m a n e ra . L a p ala b ra que e n la tr a d ic ió n ép ica d esign ab a a lo s d ioses se co n v ie rte en
el sello in d e le b le de la p e rso n a lid a d m ás au tén tica: athdnatos. N o ob stante, la im a g e n
h o m é ric a de lo s d io ses p arece con servarse e n u n a e x tra o rd in a ria tra n sp o sic ió n : en
H o m e r o , lo s h o m b re s e fím e ro s q u e lu c h a n , s u fr e n y m u e r e n están d e te rm in a d o s
p o r lo s d ioses e te rn o s que in te rv ie n e n o se re tira n ; lo cam b ian te tien e p arte e n las
fig u ras etern as. C la ra m e n te el a n tro p o m o rfism o ya h a d esap arecid o ; ah o ra son su s­
tantivos n e u tro s lo s q ue d e te rm in a n lo q u e es: « lo ju s t o » , « l o b e llo » , « e l b ie n » .
P o r e llo , se a s ig n a n in d is o lu b le m e n te al a lm a h u m a n a co m o o b je to s d e c o n o c i­
m ie n to ; el alm a ya n o p u ed e ser a b an d o n ad a p o r los d io ses, al c o n tra rio : está d e sti­
n ad a a ascen d er.
E l ascenso d el alm a al c o n o c im ie n to n o se lim ita a u n a fría a d q u isic ió n de saber.
P la to n d e sc rib e este c a m in o co m o u n a p a s ió n q u e e m b a rg a a l h o m b re p o r c o m ­
p le to , co m o « a m o r » (éros) q ue llega hasta la « lo c u r a » (manía). L o b e llo es lo q u e le
in d ic a el c a m in o al h o m b re , to ca e l a lm a , su scita a m o r ; sin e m b a rg o , e l ascen so
com ien za sólo c o n el c o n o c im ie n to de que lo bello aparece en m u chos cuerpo s, u n o
y lo m ism o e n u n a m u ltip lic id a d de a sp e cto s. P a rtie n d o de la b e llez a c o r p ó re a se
lleg a al c o n o c im ie n to de la b e llez a d e l a lm a , de a h í, a la b e llez a d el sa b e r m is m o
hasta que fin a lm e n te u n h o m b re « q u e asciend e hasta el grad o s u p e rio r de la erótica,
de p ro n to divisa u n a belleza q u e tien e u n a esen cia m aravillosa, p recisam en te ésa a la
q ue p re v ia m e n te h a d e d ic a d o to d o s sus e s fu e r z o s » , e l ser p u r o , im p e re c e d e ro y
d ivin o , la id ea de lo b e llo 13.
L a im a g e n m ás m em o rab le d el alm a in m o rta l y su re la c ió n c o n los dioses y el ser
ve rd a d ero se p resen ta e n Fedro1*·. se e q u ip a ra el alm a a u n auriga c o n u n tiro de cab a­
llo s alados. U n caballo es b u e n o m ien tras q u e el otro es m alo y reb eld e.

10 W . D . Ross, Plato’s Theory o f Ideas, 19 5 1 ; G . M artin, Platons Ideenlehre, 1 9 7 3 ; A . Graeser, Platons Ideen-
lehre, 1 9 7 5 .
11 Plat. Men. 8 o d -8 6 c .
12 Phd. 78 d ss.; sólo la parte espiritual del alma se considera inm ortal: Tim. 4 lc d ; 6 9c; 9 ° a·
13 Symp. 2IO a-2I2a, esp ecialm en te 2IOe; 2IIe.
14 Phdr. 2 4 6 a - 2 4 9 b> en particular 2 4 6 e ; 2 4 7 a ; 2 4 7 e· [trad. esp. de E . Lle d ó Iñigo:Platón, Diálogos
III, 19 8 6 ].
4 2 8 7. RELIGIÓN FILOSÓFICA

Zeus, el poderoso señor de los cielos, conduciendo su alado carro, marcha en


cabeza ordenándolo todo y de todo ocupándose. Le sigue u n tropel de dioses y
dém ones ordenados en once filas. [...] Son m uchas, p o r cierto, las m iríficas
visiones que ofrece la intim idad de las sendas celestes, caminadas p or el linaje de
los felices dioses, haciendo cada uno lo que tienen que hacer, y seguidos p or los
que, en cualquier caso, quieran y puedan. Está lejos la envidia de los coros divi­
nos. Y , sin embargo, cuando van a festejarse a sus banquetes, marchan hacia las
empinadas cumbres, por lo más alto del arco que sostiene el cielo, donde preci­
samente los carros de los dioses, con el suave balanceo de sus firm es riendas,
avanzan fácilmente, pero a los otros les cuesta trabajo. Porque el caballo entre­
verado de maldad gravita y tira hacia la tierra [...] A ese lugar supraceleste no lo
ha cantado poeta alguno de los de aquí abajo, n i lo cantará jamás como merece.
[...] In colora, inform e, intangible, esa esencia cuyo ser es realm ente ser, vista
sólo por el entendim iento (noûs), piloto del alma, y alrededor de la que crece el
verdadero saber, ocupa, precisamente, tal lugar.

A q u í lo s d io se s c o n te m p la n las id e a s, a q u í las alm as e n su co m itiv a v is lu m b ra n la


v e rd a d , q ue las eleva a la d ig n id a d h u m a n a . L o s d ioses y las alm as se n u tre n de esta
v isió n . L as alm as, que sólo co n sig u e n u n rá p id o atisbo de este M ás A llá , p ie r d e n sus
alas y se h u n d e n e n el m u n d o c o r p ó r e o ; s in e m b a rg o , les q u ed a el re c u e r d o , les
q u ed a la p o s ib ilid a d y el d e b e r de re g resa r a las alturas.
G o m o en el Banquete, el ascenso y la « v is ió n » se d escrib en co n m etáfo ras d el le n ­
guaje m isté ric o : u n a « in ic ia c ió n » q ue h ace « d ic h o s o » (myesis, epopteía, orgidzein)15. E l
to d o se p re se n ta e x p re sa m e n te c o m o s ím il; p e r o la im a g e n , re fo rz a d a p o r el l e n ­
g u aje re lig io s o , resu lta tan fascin a n te q ue m uy a m en u d o se to m a al p ie de la le tra :
se d escrib e u n a je r a r q u ía celeste y se p re te n d e d e te rm in a r el c a m in o d el alm a e n el
cielo estadio a estadio. C o n o c im ie n to filo s ó fic o y e x p e rie n c ia re lig io sa c o in c id e n .
E l p u n to m ás alto e n la e sfe ra d el v e rd a d e ro ser se p re se n ta e n la República, p e ro
só lo p o r m e d io d e a lu s io n e s y, de n u e v o , v e la d o e n u n a p a r á b o la : es la id e a d e l
« b ie n » ; al ig u al que el sol, e n la esfera de lo visib le, b rin d a luz y c o n o c im ie n to y, al
m ism o tiem p o , da cre cim ien to y p ro sp e rid a d , d el m ism o m o d o , la id ea d el b ie n , en
el á m b ito de lo in te le c tu alm en te c o m p re n sib le , es o rig e n d el c o n o c im ie n to y de la
ve rd a d y, al m ism o tie m p o , causa d el ser e n s í16. E lla m ism a, co m o causa, está a ú n
« m á s allá d el s e r » . E l h ech o de que c o n se c u en te m e n te el « b ie n » n o p u e d a ya ser
lla m a d o « id e a » es u n a co n se cu en cia q u e n o se trata en la República. A lu sio n e s in d i­
rectas h a b la n de u n a le c c ió n de P la tó n Sobre el bien q u e el p r o p io P la tó n n o p la sm ó
p o r e s c r ito ; e n e lla el « b i e n » se d e fin ía c o m o lo « u n o » , a lo q u e se u n ía u n
in te n to de u n a d eriva ció n m atem ática d el p rin c ip io d el ser e n an alogía c o n la c o n s­
tr u c c ió n d e lo s n ú m e r o s a p a r t ir d e la u n id a d . L a s c o n tro v e rsia s m o d e rn a s so b re
este sistem a p la tó n ic o d eb en d ejarse aparte a q u í17. L o que co n o cem o s está c o n ta m i­

15 E . Des Places, « P la to n et la langue des m ystè res», e n Études Platoniciennes, 19 8 1, pp. 8 3 “9 3 î C h r.


Riedweg, Mysterienterminologie bei Platon, Philon und Klemens von Alexandrien, 19 8 7 .
16 Resp. 5 0 4 d - 5 0 g d ; H . J . K ram er, Archiv fü r Geschichte der Philosophie 5 1 (19 6 9 ), pp. I -3 O ; F. P. Hager,
Der Geist und das Eine. Untersuchungen zur Problem der Wesenbestimmung des höchsten Prinzips als Geist oder als Eines in der
griechischen Philosophie, 197 ° ·
17 H . C h erniss, The Riddle o f the Early Academy, 1945 (trad, it.: L ’enigma delVAccademia antica, 1974 ·) î H · J .
K räm er, Arete bei Platon und Aristoteles, I 9 5 9 ¡ K . Gaiser, Platons ungeschriebene Lehre, 1 9 6 3 , 2I 9 6 8 ; J . W ip -
3.3. PLATÓN: COSMOS Y DIOSES VISIBLES 429

n ad o p o r los in te n to s de elab o ra r u n a m etafísica d eductiva p o r p arte de lo s d isc íp u ­


los de P la tó n . Je n ó c ra te s llam a e xp lícitam en te a lo « u n o » « d i o s » 18.
E l p ro p io P la tó n sólo h ab la ab iertam en te de « d io s » y de « d io s e s » e n el ám b ito
lú d ic o d el m ito . E n la República, los p oetas, desde el p u n to de vista de la e d u ca c ió n ,
están som etid o s a u n a estricta cen su ra te o ló g ic a 19. L as lín eas m aestras d e la te o lo gía
se fu n d a n e n dos p r in c ip io s : d io s es b u e n o y d io s es s im p le ; de ah í d eriva, p o r u n
lad o , q ue d io s sea causa d el b ie n y sólo d el b ie n , en contraste c o n los d ioses d a ñ in o s
de la épica y de la tragedia; de d ó n d e llega en to n ces el m al al m u n d o es u n p ro b le m a
n uevo al que P la tó n n o dio u n a respu esta c la ra 50. P o r o tro la d o , resu lta q u e u n d io s
es in m u ta b le y n o p u e d e e n g a ñ a r. A m b o s p r in c ip io s c o n d u c e n e n e l fo n d o al
« b ie n » y a lo « u n o » .
A q u í s in e m b a rg o la filo s o fía p a re c e lle g a r a lo s c o n fin e s de lo in e fa b le ; e n la
República, el m e n sa je m ás im p o rta n te se o c u lta b a jo la m áscara d e lo « r i d í c u l o » 81.
O tra vez m ás se dice que el «noús d iv in o » quizá n o se d istin gu e d el « b i e n » 88; el d io s
c re a d o r ta m b ié n se d e fin e c o m o « l o m e jo r de to d o lo que es c o m p re n sib le p o r el
p en sa m ien to y q ue es e t e r n o » 83. S o b re este aspecto n o se h acen a firm acio n e s e x p lí­
citas q u e vayan m ás allá. C o n el h ech o ló g ic o de que lo que está m ás allá d el ser n o
p u e d e ser re c o n o c id o n i n o m b r a d o , se c o m b in a el te m o r r e lig io s o a n tig u o , el
secreto m isté rico y el sile n c io . T a m b ié n el m o tivo d el « M á s A l l á » co n ceb id o o n to -
ló g ic a m e n te , d e l q u e p o d ía d e s a rro lla rs e el c o n c e p to de la « t r a n s c e n d e n c ia » , se
c o rre sp o n d e c o n la an tigu a ten d en cia de elevar a dios p o r en cim a de lo dado: « Z e u s
es to d o ; y lo q ue está aú n m ás alto que e s t o » 84.
E l c o n c e p to , e lab o ra d o desde tiem p o atrás, de la « o m n ip o t e n c ia » n o e n tra de
fo rm a característica e n la filo so fía del ser: dios es om n ip o ten te sólo en el ám bito d e lo
que es ab solu tam en te p o s ib le 85. C a d a v o lu n ta d tien e su ob jetivo e n u n « b ie n » m ás
a llá d e l cu al n o p u e d e te n d e r. L a re la c ió n e n tre Z e u s y Moíra se re c o n stru y e s u t il­
m en te de este m o d o . Para los h o m b res, deseos y d eb eres, filo s o fía y re lig ió n c o in c i­
d e n e n la te n d e n c ia al b ie n ; ya n o existe la p ie d a d co m o v irtu d p ro p ia , sin o sólo el
ú n ic o o b je tiv o : « la a sim ila ció n c o n el dios e n la m ed id a que sea p o s ib le » 86.

3 .3 . P la tó n : c o s m o s y d io s e s v is ib l e s

E n la o b ra tard ía de P la tó n , se constata u n d o b le cam b io co n respecto a los escritos


d el p e r ío d o m e d io , q u e c u lm in a e n la República: a h o ra está p re se n te u n a p o s ic ió n

p e rn (ed .), Das Problem der ungeschriebenen Lehre Platons, 1972 ; K . Gaiser, « P la to ’s Enigm atic Lecture
O n the G o o d ’ >>, Phronesis 25 ( 1 9 8 0 ) , pp. 5 “ 3 7 i M . Isnardi Parente, Testimonia Platonica, A tti della
Accadem ia Nazionale dei L in cei 3 9 4 ( l 9 9 7 )- M em orie IX 8, 4 ; 395 ( ï 9 9 8 ), M em orie IX lO , I.
18 Fr. 15 Heinze.
19 Resp. 377 b - 3 8 3 c.
20 Libre albedrío del hom bre: Res. S lje -, Tim. 4 2 d ; antítesis estructural del bien: Tht. 17 6 a ; alma del
m undo malvada: Leg. 8 9 6 e ; cfr. 9 0 6 a ; Polit. 2 7 0 a .
21 Resp. 5 0 9 c .
22 Phileb 2 2 c .
23 Tim. 37a.
24 A esch. Ueliádes ir. 7 0 Radt.
25 Zeller II, I, p. 9 2 8 , n. 3 .
26 Tht. 176 b .
4 3 0 7. RELIGIÓN FILOSÓFICA

a u to crítica y lógica, que sacude la te o ría de las ideas, saca las ideas de su aislam ien to e
in tro d u ce en el ser el m o vim ien to y el c a m b io 1 ; to d o ello atañe a la h isto ria de la f ilo ­
s o fía e n s e n tid o e stric to , q u e m u e s tra u n in te ré s e sp e cia l p o r este p ro g re s o e n la
r e fle x ió n o n to ló g ic a y ta m b ié n lin g ü ístic a . A e llo se u n e u n v ira je h a cia la re a lid a d
te rre n a , h acia la n atu raleza y la filo s o fía n a tu ra l; ello tien e u n a relevan cia re lig io sa ,
p ues a p a rtir de él se d esarro lla u n a fu erza c o n fig u ra d o ra en el ám bito de la re lig ió n .
L a re lig ió n de la tran scen d en cia e n cu en tra su co m p lem en to en lo p ercep tib le, e n los
« d io s e s v is ib le s » : esta audaz d e n o m in a c ió n sirv e p a ra el c o sm o s c o m o to d o y e n
p a rtic u la r p ara las estrellas.
E l fu n d a m e n to de este n u e v o p u n to de p a r tid a es el p ro g re s o de la c ie n c ia 8:
E u d o x o de G n id o creó la a stro n o m ía m atem ática, estab lecien d o p o r p rim e r a vez u n
m o d e lo g e o m é tric o , c o m o e q u iv a le n te d e u n a fó r m u la m a te m á tic a ; c o n e llo , lo s
m o vim ien to s a p aren tem en te irre g u la re s de los « p la n e ta s » se re d u c e n a u n a c o m b i­
n a c ió n de órb itas p erfectas. E l h ech o de que e n p o c o tiem p o se d em o stra ra la fa ls e ­
dad de este m o d e lo n o m en o scab a n i el m é rito n i la in flu e n c ia de E u d o x o . L a im a ­
g e n elab o ra d a p o r lo s filó so fo s de la n atu raleza jo n io s de u n « t o r b e llin o » cósm ico
que a rrastra co n sigo p ie d ra s m u ertas y m asas de m etal p arece qued arse an ticu ad a de
u n go lp e. L o s astró n om o s b a b ilo n io s ya h ab ían re co n o cid o siglos antes las fases de los
p lanetas y p o d ía n ta m b ié n p re d e c irla s so b re la base de tablas n u m é ric a s 3; lo s griegos
to m a ro n m ateriales de ello s; ta m b ié n se tr a d u je ro n lo s n o m b res de los dioses b a b i­
lo n io s c o n lo s que se d esign aba a lo s p lan etas (aú n h o y sigu e n en u so e n su tra d u c -
c ió n la t in a : M e rc u rio , V en u s, M arte, J ú p it e r y S a t u r n o 4). P ero la fo rm u la c ió n g e o ­
m é tric a d e las leyes, el m o d e lo e v id e n te ju n t o a las c o n se c u e n c ia s q u e de é l se
e x tra e n p e r te n e c e n al e s p ír itu g r ie g o . P o r u n la d o , e l c o sm o s o b e d e c e a leyes de
m o v im ien to in m u tab les, d ete rm in a b les m atem áticam en te. D o s audaces c o n se c u e n ­
cias p a re c e n re su lta r in m e d ia ta m e n te d e este p la n te a m ie n to : el co sm o s es e te rn o ,
p u es e n m u ch o s siglos de o b se rv ació n n o se ha p o d id o constatar n in g ú n cam b io y la
fó rm u la m atem ática que explica su m o v im ien to n o lo p e r m itiría ; p o r tanto es e r r ó ­
n e o el a n tig u o m o d e lo c o s m o g ó n ic o seg ú n el cu a l el c o sm o s s u rg ió e n a lg ú n
m o m e n to y está expuesto a su co n sig u ie n te d estru c c ió n en el fu tu ro . P o r o tro la d o ,
lo s m o vim ien to s m atem áticam en te exactos son ra cio n a les y p re su p o n e n p o r tan to la
existencia de u n e sp íritu q u e los d ete rm in e .
E n las Leyes, P la tó n h ace d e c ir al a te n ie n se , d etrás d el cu al c la ra m e n te h a b la él
m ism o , que h abía a p re n d id o eso « n o de jo v e n n i m u ch o tiem p o a t r á s » 5. P la tó n ya
se h a b ía e n fre n ta d o al sistem a de A n a x á g o ra s, le h a b ía re p ro c h a d o q u e, a p esa r de
h a b e r in tro d u c id o el nous com o agente d el m o v im ien to , sigue u n m aterialism o p r i ­
vad o d e e sp iritu a lid a d e n lo s d e ta lle s6. A h o r a la filo s o fía de la n a tu raleza a d q u ie re

1 E n el centro se sitúan Teéteto, Parménidesγ Sofista. C fr. Vlastos (véase VII 3 .2 , n .l) y E . A . W yller, Der
spätePlaton, Γ 9 7 0 .
2 W . Schadewaldt, «D as W eltmodel der G rie c h e n » , en Hellas und Hesperien P , 1 9 7 ° , PP· 6 0 1 - 6 2 5 ! G .
Mittelstrass, Die Rettung der Phänomene, 1 9 6 2 ; F. Lasserre, Die Fragmente des Eudoxos von Knidos, 19 6 6 ; L&S,
pp. 3 2 2 - 3 3 7 ; testimonio principal: Eudem o fr. 1 4 8 W ehrli2.
3 O . Neugebauer, A History ofAncient Mathematical Astronomy, 19 75 ·
4 F. Gum ont, « L e s nom s des planètes et l ’astrolâtrie chez les G r e c s » , /\CI 4 (19 39 ), pp. 5 ' 4 3 ; L&S,
pp. 3 0 0 S .

5 Plat. Leg. 8 2 1e .
6 Phd. 9 7 b - 9 9 c = VS 59 A 4 7.
3.3. PLATÓN: COSMOS Y DIOSES VISIBLES 4SI

u n a fo rm a m a te m á tic a -e s p iritu a l; c o n e llo in ic ia u n a s o rp re n d e n te alian za c o n la


re lig io sid a d . A h o r a se ha h ech o p o sib le « a c u d ir c o n el d iscu rso (lógos) e n ayuda de
la a n tigu a t r a d ic ió n » 7.
E l c o n ce p to de « a lm a » , que hasta e n to n ces sólo estaba v in c u la d o al in d iv id u o ,
ta m b ié n e n la filo s o fía com o sujeto d el c o n o c im ie n to y la d ec isió n m o ra l, a d q u iere
u n a nueva d im e n sió n cósm ica; el m o vim ien to d el cosm os es de n atu raleza an im ad a.
E l alm a se d e fin e de u n a m a n e ra n u e va y u n iv e r s a l c o m o la q u e « s e m u eve p o r sí
m ism a » ; la vitalid ad d el ser vivo se advierte e n su capacidad de m overse, e n contraste
c o n to d o lo que está m u erto . D e ahí se d esarro lla in m ed iatam en te u n a nueva p ru e b a
de la in m o rta lid a d d el a lm a 8; in clu so p ara lo q u e es m o vid o p o r o tro , el o rig e n d e l
m o v im ien to d eb e ser lo que se m ueve p o r sí m ism o ; p e r o , co m o o rig e n que es, n o
tie n e o r ig e n él m ism o y es p o r tanto im p e re c e d e ro ; d e n o ser así, to d o d eb ería de
h ab erse p aralizad o hace m u ch o tiem p o . P o r e llo , el alm a, al ser la que se m ueve p o r
sí m ism a, es p r im a r ia c o n respecto a to d os lo s cu e rp o s que s o n m o vid o s; ello sirve
tanto p ara el cosm os e n te ro com o p ara el cu e rp o in d iv id u a l y m o rta l d el h o m b re .
E n las Leyes, P la tó n p o n e de relieve rep etid as veces este cam b io fu n d am e n ta l:

Todo lo contrario, como dije, ocurre ahora que cuando los que piensan sobre
estas cosas se las representaban como privadas de alma. Pues, en efecto, incluso
entonces se insinuaba en ello un cierto motivo de adm iración, de modo que lo
que ahora se cree firm em ente era ya entonces una sospecha de cuantos, llegando
a percatarse de la exactitud de estas cosas, se preguntaban cómo en modo alguno
podría haber hecho cálculos de tan maravillosa precisión lo que, por ser in an i­
m ado, carecía de inteligencia. Es más, algunos hubo tam bién que incluso en
aquel tiem po se atrevieron a aventurar esto m ismo diciendo que el en ten d i­
miento es quien ha dispuesto cuantas cosas hay en el cielo. Mas fueron también
los mismos quienes, no acertando con respecto a la naturaleza del alma, que es
an terior a los cuerpos y, pensando que era p osterior, lo transtornaron todo,
como aquel que dice, y sobre todo se transtornaron a sí mismos [...] Pero ahora,
como queda dicho, sucede todo lo contrario. [...] No es posible que jamás llegue
a ser un firm e creyente en la divinidad ninguno de los hombres mortales que no
pueda hacerse cargo de las dos cosas dichas ahora, que el alma es lo más antiguo
de todo cuanto participa de generación y que es inm ortal y gobierna a los cuer­
pos todos, ni tampoco llegue a aprehender, además de ello, lo que también aquí
ha quedado explicado varias veces, tanto el entendim iento de lo existente que se
ha dado p o r visible en los astros como los conocim ientos que forzosam ente
deben preceder a éste9.

L a a s tro n o m ía lle g a a ser el fu n d a m e n to de la r e lig ió n . E l Epinomides de F ilip o d e


O p u n te expresa esta id ea de u n a fo rm a aú n m ás en érgica, to m án d o se en serio lo q u e
e n las Leyes só lo se a p u n ta : lo s c u e rp o s celestes m e r e c e n u n c u lto a u té n tic o , c o n
sacrific io s, o ra cio n e s y fiesta s10.

7 Leg. 8<)0d.
8 Phdr. 2 4 5 c - e > Leg- 8 9 4 b -8 9 6 d .
9 Leg. g 6 7 a-e [trad. esp. d e j. M . P ab ó n y M . Fernández-G aliano: Platón, LasLejes, i 9 6 0 C 19 8 4 ) ]·
10 Epin. 9 8 4 a ; 9 8 8 a ; cfr. Leg. 8s>ld.
432 7. RELIGIÓN FILOSÓFICA

L a d e sc rip c ió n m ás c o n m o v e d o ra de la n u eva v isió n d el m u n d o n a t u r a l- filo s ó ­


fic a , q u e será el fu n d a m e n to de to d a la re lig io s id a d fu tu ra d el co sm o s, ya la h a b ía
p re se n tad o a n te rio rm e n te P la tó n e n el Timeo11. E ste d iálo g o « s o b r e el t o d o » , e n el
q u e ya n o es S ó c ra te s el q u e c o n d u c e la d is c u s ió n sin o u n fic tic io p ita g ó ric o de la
Ita lia m e r id io n a l, lleg a rá a ser u n h im n o al cosm os a n im a d o y d iv in o . O n to lo g ía y
C o sm o lo g ía su en an ju n ta s e n a rm o n ía . E l m u n d o visib le y tangible tien e su causa en
el ser s u p e r io r , v e rd a d e r o e in m u t a b le ; P la tó n lo d e sc rib e c o m o c re a d o p o r u n
« a r t e s a n o » (demiourgós); esta p a la b r a , q u e d esig n a al d io s c re a d o r y q u e h a b rá de
ten er u n a fu erte in flu e n cia , se usa a q u í p o r p rim e ra vez con este sen tid o 12; en o ca sio ­
nes ta m b ié n se le llam a sim p lem en te « e l d io s » 13. E n su creació n , el d em iu rg o se fija
en u n « m o d e lo » e te rn o , el « s e r vivo in te le c tu a lm e n te c o m p r e n s ib le » , c o m o se
llam a a q u í al cosm os de las id e a s14. A ú n antes se e n cu en tra la alu sió n , citada r e p e ti­
das veces, al d io s su p re m o : « e n c o n t r a r al a rtífic e y p ad re de este to d o es u n a tarea
la b o r io s a ; c u a n d o u n o lo h a e n c o n tra d o , c o m u n ic a rlo a to d o s es im p o s ib le » 15; si
este p ad re in e fab le se id e n tifica c o n lo u n o y c o n el b ie n o c o n el « d e m iu r g o » sigue
sien d o u n p ro b le m a m u y d iscu tid o e n el p la to n ism o . P la tó n lo m an tie n e e n secreto.
E l cosm os, cread o según el m o d e lo d el « s e r vivien te p e r fe c to » , es él m ism o u n
ser vivo co n alm a y e sp íritu "6. S u alm a, el alm a d el m u n d o , es u n a a rm o n ía de p r o ­
p o r c io n e s n u m é ric a s m a te m á tic a s, q u e se m a n ifie s ta e n lo s m o v im ie n to s d e lo s
astro s17; los astros so n « in s tru m e n to s d el t ie m p o » 18; el p ro p io tiem p o (chrónos) s u r ­
gió c o n el c ielo , im a g e n de la e te rn id a d a tem p o ral (aión)19. E l cosm os visib le es p e r ­
fecto en la m ed id a e n que algo c o rp ó re o p u ed e alcan zar la p e r fe c c ió n ; u n segu n d o
p r in c ip io de la « n e c e s id a d » , « n o d r iz a d el d e v e n ir » , esto es, el « e s p a c io » , p a r t i­
cip a de to d o lo que es c o r p ó r e o 20. E l cosm os es u n d io s c o n la fo rm a de u n a esfera
p e rfe c ta 21, ge n e ra d o , p e ro im p e re c e d e ro según la vo lu n tad del cread o r, pues es in f i­
n ita m e n te b u e n o . M u c h o s in té rp re te s d el Timeo, so b re to d o lo s d isc íp u lo s d ire cto s
de P la tó n , re c a lc a n 22 que el o r ig e n d el cosm os es sólo u n m o d o de re p re se n ta c ió n ,
u n a im a g e n q u e sirv a d e a c la r a c ió n ; e n r e a lid a d el c o sm o s d eb e s e r in g é n ito e
im p e re c e d e ro .
D e n tro de este d io s que to d o lo c o m p re n d e , se crean , c o n fo rm e al m o d e lo p e r ­
fe c to , otras d iv in id a d e s v isib le s, las estrellas d e l c ie lo 23. L as estrellas fija s so n seres
vivos d iv in o s q ue se m u ev en sie m p re d el m ism o m o d o en el m ism o lu g a r, « d io s e s

11 F, M . G o rn ford , Plato’s Cosmology, 19 37 ·


12 G . M . A . van den O u d en rijn , Demiourgos, tesis doct., Utrecht, i g g l ; C . J . Classen, Classica & Mediae -
valia 2 3 (1 9 6 2 ), pp. 1 - 2 2 .
13 Tim. 34 a .
14 2 8 e ; 3 0 c ; 3 7 c ; 39 e .
15 2 8 c ; A . - J . Festugière, La révélation d ’Hermès Trismegiste IV : Le dieu inconnu etla Gnose, 1 9 5 4 ; véase VII 3 . 2 ,
n. 2 3 ·
16 30 a b .
17 3 4 b - 3 6 d.
18 42d.
19 38 b c .
20 4 9 a“ 5 2 c ; H . H app, Hyle, 19 7 1.
21 3 4 a ; 6 8 e ; 9 2 c ; Leg. 8 2 1a .
22 A rist. Cael. 2 79 ^ 3 2 ; Speusipp. fr. 54 L an g; X e n o cr. fr. 3 3 ; 5 4 H einze.
23 3 9 e; 4 0 a .
3. 3. PLATÓN: COSMOS Y DIOSES VISIBLES 433

visibles y g e n e ra d o s » tam b ién e llo s24, n o in m o rta le s p o r p r in c ip io 25, p e r o co n u n a


d u ra c ió n ilim ita d a com o el cosm os e n c o n ju n to . L a tie r ra ro d ea d a p o r ellos es « la
d io sa p rim e r a y la m ás an tigu a d e n tro d el c i e l o » 86. L o s p lan etas p a rtic ip a n a ctiv a ­
m en te en el p r in c ip io d el « o t r o » , d el ca m b io . J u n t o a ellos se in tro d u c e n de u n a
fo r m a ju g u e to n a e ir ó n ic a o tro s d io se s in fe r io r e s , daímones27: e n lo q u e re sp e cta a
e llo s, se d e b e n e scu ch ar las te o g o n ia s de O r fe o y de p o etas sem ejan tes (que p a sa n
p o r ser h ijo s de dioses), au n q u e n o hayan d ado de ello s p ru eb as vero sím iles n i n e c e ­
sarias, sin em b argo , sig u ien d o la costu m b re, se les p u e d e c re er. Estos s o n los d ioses
d el culto, Zeu s ju n to a sus antepasados y a sus h ijo s; los dioses o lím p ico s h a n decaíd o
m u c h o . L o s d io ses « jó v e n e s » , lo s astro s y lo s d io ses tra d ic io n a le s c o n stitu y e n lo s
c u e rp o s d e lo s seres vivo s; éstos, c o m o m o rta le s , n o p u e d e n h a b e r sid o c re a d o s
d irectam en te p o r el d e m iu rg o . A q u í la re p re se n ta c ió n em p ieza a ju g a r c o n el m ito .
E n lo s h o m b re s m ism o s está im p la n ta d o el nous, la fu e rz a de la c o m p r e n s ió n
in telectu al, com o algo d ivin o , u n daímon en el h o m b re 28; la in te rp re ta c ió n de H e r á ­
clito d e l c a rá c te r co m o daímon 29 e x p e rim e n ta u n n u e v o c a m b io . S u c o m e tid o es
« e le v a rn o s desde la tie rra h acia n u e stro p aren te sc o c o n el c ie l o » : el cam in o re c to
d istin gu e a los h o m b re s y los d irige hacia a rrib a ; el h o m b re está rad icad o en el cie lo ,
es u n a « p la n ta c e le s te » 30 e n la tie rra . R e to m a n d o la te o ría de la tra n sm ig ra c ió n de
las alm as, se dice que cada alm a tien e su p ro p ia estrella, de la q ue p ro v ie n e y a la que
re g re sa rá 31; el n ú m e ro de todas las alm as p erm a n e ce constan te.
Q u ed a sin resolver el p ro b le m a d el d u alism o . E l nous del m u n d o se co n tra p o n e a
la andnke, « n e c e s id a d » ; éste p u e d e « p e r s u a d ir la r a c io n a lm e n t e » p e r o n o p u e d e
a n u la rla . G o m o « e s p a c i o » , co m o « m a d r e d e l d e v e n ir » , la n e c e s id a d p arece ser
sólo u n a conditio sine qua non y n o u n a fu erza activa; sin em b argo , e n las Leyes aparece u n
alm a d e l m u n d o m alvad a, q u e está in v o lu c ra d a e n u n a e te rn a lu c h a c o n tra la
b u e n a 32. D e sd e e n to n c e s las te n d e n c ia s m o n ístic a s y las d u alistas h a n estado p u g ­
n an d o en tre sí d en tro d el p la to n ism o .
A p esar de ello , el m o d e lo p la tó n ico o fre ce tantos aspectos evidentes y expresivos
que su e n o rm e in flu e n c ia n o p u ed e so rp re n d e r. N u n c a antes se ha p resen tad o a lo s
d ioses c o n u n a cla rid a d tan m an ifiesta. L a re lig ió n p la tó n ica p u ed e c o m p ren d e rse ,
creerse y p re d ica rse in clu so in d e p e n d ie n te m e n te de las sutilezas de la d o ctrin a de las
id eas y de la o n to lo g ía ; la « fa lt a de c la r id a d » a la q u e h a b ía a lu d id o P ro tá g o ra s 33
parece h aberse su p erad o . E l h o m b re se siente có m o d o en u n m u n d o q ue es el m e jo r
p o sib le ; cien cia rig u ro sa y fe rv o r re lig io so va n u n id o s.
D e sd e ese m o m e n to , la r e lig ió n d el c o sm o s y de lo s astro s lleg a a ser la fo r m a
d o m in a n te de re lig ió n ilu strad a, e sp ecialm en te en la épo ca h e le n ís tic a 34, una r e l i ­

24 4 od.
25 4-Ia.
26 4 0 c.
27 4od.
28 90a.
29 Véase III 3 -5 > n - ^5 ·
30 90a.
31 42b.
32 Leg. 8 9 6 e ; 9 ° 6 a: cfr· Polit. 2 7 0 a -
33 Véase VII 2 , η . 13 .
34 A . - J . Festugière, La révélation d'Hermès Trismégiste II: Le dieu cosmique, 1 9 4 9 ·
434 7. RELIGIÓN FILOSÓFICA

g ió n q u e, si se p re sc in d e d el se n tim ie n to de exaltació n , n o exige n i a p o rta m u c h o ;


en la p ráctica los dioses d el nomos n o p o d ía n ser su stitu id os. S in duda existía siem p re
la p o s ib ilid a d de id e n tific a r a lo s d io ses m ítico s c o n lo s visib les a través d el m éto d o
de la a le g o ría 35; e n p a rtic u la r, so n so b re to d o los estoicos los que realizan esta id e n ­
tific a c ió n y m uchas de estas e cu a c io n e s lle g a ro n a ser p a trim o n io c o m ú n de to d o s
lo s ilu stra d o s hasta la ép o ca d el B a r r o c o : Zeu s es el c ielo , A p o lo , el sol, A rte m is , la
lu n a , D e m é te r, la tie rra . L o s p lan etas, m en o s llam ativos p ara el p ro fa n o , n o a d q u i­
r ie r o n la m ism a p o p u la rid a d ; n o ob stante, la astro lo g ia, basada en el cálcu lo de sus
p e río d o s, se c o n v irtió , a p a r tir de la ép o ca h elen ística tardía, com o u n a nueva fo rm a
de m án tica, e n u n p o d e r e sp iritu a l u n iv e rs a l36. E l fa c to r realm en te p ro b le m á tic o de
este exitoso auge de la re lig ió n cósm ica, la re la c ió n c o n u n d eterm in ad o estadio de la
c ie n c ia n a tu ra l, d estin a d o a ser su p e ra d o , n o estalló hasta 2 . 0 0 0 añ o s d esp u és de
P la tó n .

3.4 . A r is t ó t e le s y J e n ó c r a t e s : e s p ír it u d iv in o y d ém on es

L o s d iscíp u lo s de P la tó n to m a ro n ca m in o s m u y d iferen tes. P o r u n lad o , se d e s a rro ­


lla u n a d ogm ática o rto d o x a a través d el c o m e n ta rio y la sistem atización de las d o c tri­
nas p la tó n ic a s ; este c a m in o lo sig u ió Je n ó c r a t e s , el seg u n d o d is c íp u lo de P la tó n ,
d ire c to r de la A ca d e m ia d u ran te m u ch o s a ñ o s 1; el Timeo en p a rtic u la r se co n vierte en
el texto de re fe re n c ia . P e ro , al m ism o tie m p o , existen d isid en tes que d e sa rro lla n la
h e re n c ia p la tó n ica de u n a fo rm a a u tó n o m a , in c lu so a través de la crítica a las e n se ­
ñ a n z a s d e l p r o p io P la tó n . D e este m o d o fu n d ó A r is tó te le s su p r o p ia e sc u e la 8:
rechazó la d o c trin a de las ideas, d irig id a al M ás A llá , y d ed icó sus esfu erzos al d o m i­
n io ló g ic o d el m u n d o de la e x p e rie n c ia . S in e m b argo , se conserva u n a base c o m ú n
p re cisa m en te e n la síntesis de re lig ió n y filo s o fía : tam b ién p ara A ristó te le s la « p r i ­
m e ra filo s o fía » es en p rin c ip io la te o lo g ía 3, en la m ed id a en que tien e q u e ve r c o n
la causa p r im e r a d e l s e r. Y to d o s lo s d is c íp u lo s p la tó n ic o s e stán c o n v e n c id o s d e l
carácter d ivin o d el cosm os q u e e n c u e n tra su e x p re sió n m ás c o n vin cen te en la re g u ­
la rid a d de las órb itas de los astros.
M ás a llá d e la d o c trin a e x p líc ita d e P la tó n lle g a la tesis de q u e el m u n d o es
e te rn o , sin p r in c ip io y sin f in a l. S o b r e esta c u e stió n se alcan za p r o n t o u n c ie rto
c o n s e n s o . E l « d e m iu r g o » d e l T im e o se ju s t ific a co m o u n m e ro a r t ific io e x p o s i­

35 Véase VII 3 .1 , n. 2 3 .
36 A . B o u c h é -L e c le rc q , L ’astrologie grecque, 1 8 9 9 ; F. G u m o n t, Astrology and Religion among the Greeks and
Romans, 1 9 1 2 ; F. B o ll, G . B e z o ld y W . G u n d el, Sternglauhe und Sterndeutung, '1 9 3 1 (trad, it.: Storia
dell’astrologia, Γ9 7 '7 ): GGR I I Z, pp. 2 6 8 - 2 8 1 .
1 R. Heinze, Xenocrates, 1 8 9 2 ; M . Isnardi Parente, Senocrate, Ermodoro, Frammenti, 1 8 9 2 ; H . D örrie, RE
IX A (1 9 6 7 ), cols. 1 5 1 2 - 1 5 2 8 .
2 La bibliografía sobre Aristóteles es interminable. Hizo época el libro de W . Jaeger, Aristoteles, Grundle­
gung einer Geschichte seiner Entwicklung, 1 9 2 3 [trad. esp. 1 9 8 3 , =ϊ9 9 3 l ; cfr. W . D . Ross, Aristotle, 1 9 2 3 ,
1194.9 ; sintético D üring, Aristoteles, 19 6 6 [trad, esp.: Aristóteles. Exposición e interpretación de su pensamiento,
1 9 9 0 ] γ RE Suppi. X I (19 6 8 ), cols. 1 5 9 - 3 3 6 ; Guthrie (2 ), VT; W . J . Verdenius, «T rad itio n al and
Personal Elem ents in A ristotle’ s R e lig io n » , Phronesis 5 ( i9 6 0 ) , pp. 5 6 -7 O ; W . Pötscher, Struktur­
probleme der aristotelischen und theophrastischen Gottesvorstellung, 19 7 0 ■
3 A rist. Met. E 10 2 6 a 1 3 - 2 3 = K 10 6 4 a 3 0 - b 6.
3.4. ARISTÓTELES Y JENÓCRATES: ESPÍRITU DIVINO Y DÉMONES 435

tiv o 4. A ristó te le s e je rc ió su m ayo r in flu e n c ia p ro b a b le m e n te a través de u n d iálo g o


p e rd id o Sobre laßlosoßa d o n d e d e fie n d e la e te rn id a d d e l m u n d o : p u ed e h a b er catás­
tr o fe s p e r ió d ic a s e n la tie r ra , q u e u n a y o tra vez d e stru y a n c iv iliz a c io n e s e n te ra s,
p e ro la c re a c ió n de la c u ltu ra se m a n tie n e co m o u n h e c h o ; n o ob stan te, el g é n e ro
h u m a n o es tan e te rn o com o to d o tip o de ser vivo e n el cosm os p e rfe c to y p e rp e tu o ;
sería p u es e n efecto « te r r ib le a te ísm o » (atheótes) sim p le m e n te c o n sid e ra r p o sib le la
d estru c c ió n de « u n dios visib le tan g r a n d e » 5.
E n el ám b ito h u m a n o d o m in a p o r supuesto el cam b io ; el cosm os se d ivide así e n
dos. E n la e sfe ra de lo s astros to d o es in m o rta l y sigue órb itas in m u tab le s y p e r fe c ­
tas; e n la tie r ra rig e la ca su a lid a d e n lu g a r de las leyes m atem áticas. E l lím ite es la
lu n a , e l astro m ás b a jo , q u e ta m b ié n se m u ev e d e s c rib ie n d o u n a ó r b ita c irc u la r,
p e ro c o n u n a luz cam bian te. Esta d iv isió n d e l m u n d o e n u n á m b ito « tr a n s lu n a r » y
otro « s u b lu n a r » es tam b ién p a trim o n io de la A c a d e m ia 6, au n q u e la in flu e n c ia p o s ­
te r io r de esta id e a d erive de la o b ra de A ristó te le s.
E l m u n d o d e lo s astro s se su strae a las leyes de la fís ic a te rr e s tre ; a ra íz de u n a
a lu sió n d el Timeo, se p lan tea la h ip ó tesis de u n q u in to e lem en to , de u n a quinta essentia
m ás a llá d el fu e g o , el agua, el a ire y la tie r ra , q u e se su p o n e q u e está c a racterizad a
p o r el m o vim ien to c irc u la r y constitu ye las esferas celestes y los astros. T a m b ié n se le
p u ed e lla m a r aithér7. E l que el alm a esté asim ism o c o n stitu id a d e m ateria celeste, de
aithér, c o n lo q ue se re to m a la m ate ria lid a d p re so c rá tica , es u n a e x te n sió n ló g ic a 8. E l
o rig e n celeste d el alm a y su d estin o celeste es p u es u n h ech o físic o .
P o r e n c im a de lo s d io ses estelares y d el d io s -c o s m o s se e n c u e n tra c la ra m e n te ,
seg ú n la d o c trin a de P la tó n , u n d io s su p re m o d el M ás A llá , p e r o la re la c ió n e n tre
am bos co n cep to s de d io s sigu ió sie n d o d ifíc il de a clarar. P ara Je n ó c r a t e s está te s ti­
m o n ia d o que el d io s su p rem o es la « U n id a d » (Monas), al que ta m b ié n se le p u e d e
lla m a r Z e u s ; p e r o ta m b ié n el c ie lo y las e stre lla s s o n « d io s e s o lí m p ic o s » 9; s in
e m b argo , a ú n n o q u ed a cla ro cóm o se re c o n c ilia n el p la n te a m ie n to m etafísico y el
c o s m o ló g ic o . A r is tó te le s lleva a cab o a lg u n o s in te n to s de e sta b le c e r u n a r e la c ió n
n e cesa ria e n tre am b os. E n el escrito Del cielo10, a firm a q ue fu e r a d el cie lo n o hay n i
esp acio n i tie m p o ; « a l l í » p o r tanto sólo está lo in c o rp ó re o , lo in m u ta b le : tien e la
vida m e jo r y m ás au to su ficien te en la e te rn id a d ; p o r e llo , se le p u ed e lla m a r tam bién
aión, d u ra c ió n p le n a , com o el ú ltim o c o n fín , que co m p ren d e lo s co n fin e s de tod o el
cie lo y de to d o el tie m p o , la in m e n s id a d . L o d iv in o « q u e to d o lo a b a rc a » , c o m o
h ab ía en señ a d o A n a x im a n d r o , regresa de n u e v o , o b viam en te e n u n n iv e l de r e f le ­
x ió n s u p e r io r , e n te n d id o co m o « l ím it e » in c o r p ó r e o ; se c o n s id e ra , co m o a n tes,

4 Véase VII 3 -3 * n · 2 2 .
5 A rist. fr. l8 Rose; B . E ffe, Studien zur Kosmologie und Theologie der aristotelischen Schrifi «Uber die Philosophie»,
19 70 .
6 Xenocr. fr, lg , 18 ; Heraclid. Pont. fr. 95 W ehrli ; Arist. Meteor. 3 3 9 a '9 3 2 ; «hasta la luna» 3 4 ° ^
7 ; cfr. L&S, p. 244 *· η · 3 2 ·
7 P. M oraux, REs.u. quinta essentia X X I V ( 1 9 6 3 ) , cols. I 1 7 1 - 1 2 6 3 ; aithér [Plat.] Epin. 9 8 1c , 984I3C (véase
infra, η. 2 4 ); « in n o m in a d o » Aristot. en C lem . R om . Recogn. 8, 15 = Peri philosophias f r . 2 7 W alzer-
Ross; Cael. 2 6 8 b l 4 - 2 7 o b 2 5 » aithér 2 7 ° k 2 2 , Meteor. 3 3 9 ^ I 7 “ 3 4 0a 18 , aithér 339 ^ 2 2 .
8 Aristot. en G ic. Tuse. I , 2 2 ; Acad. I , 2 6 - Peri philosophias fr. 27 W a l/e rR o ss, cfr. Gen. an. 7 3 ^b 3 7 ·
9 X en o cr. fr. 15 H einze; cfr. H . H app, Hyle, 19 7 1. pp- 241 - 2 5 6 .
10 Cael. 2 7 9 a H -b 3 ; además Sext. E m pir. Pyrrh. hypot. 3 , 2 1 8 ; Adv. math. IO, 3 3 i W . Theiler, Untersuchun­
gen zur antiken Literatur, 19 7Ο ; pp. 3 0 9 - 3 1 7 .
436 7. RELIGIÓN FILOSÓFICA

« in m o r t a l y d iv in o » y to d o lo dem ás, seg ú n d ice A ristó te le s, d e p e n d e de él de u n


m o d o p re ciso o de u n m o d o m ás lib re y o scu ro .
E n el d u o d é c im o lib r o d e la Metafísica, A ristó te le s in te n ta d e d u c ir de u n m o d o
m ás rig u ro so este algo que es s u p e rio r a to d o 11: el tiem p o , d e fin id o co m o « m e d id a
d e l m o v im ie n t o » , y el m o v im ie n to m is m o n o p u e d e n te n e r n i p r in c ip io n i f in ;
p u es p r in c ip io y f in d e b e r ía n e star e n el tie m p o . Y sin e m b a rg o , el m o v im ie n to
n e c esita u n a causa ú ltim a y ésta só lo p u e d e ser in m ó v il, u n « m o t o r in m ó v il» ; tal
causa o rig in a el m o vim ien to m ás g ran d e , el d el cielo, al que sigu en después tod os los
d em ás m o v im ie n to s . M o v e r sin se r m o v id o es el f in c o m p r e n d id o e n el p e n s a ­
m ie n to , el noetón, e n p a rtic u la r, lo b e llo . E l p r im e r m o to r in m ó v il es p o r tan to lo
b e llo p o r e x ce le n cia y se m u eve p o r q u e es el f in d el a m o r y d e l d ese o . L a d o c trin a
p la tó n ica d el E ro s , tra n sfe rid a a lo c ó sm ico , aparece com o el p o d e r q u e co n d u ce al
ascenso. C o m p re n d id o en el p e n sa m ie n to , el noetón es el ser su p rem o , in c o rp ó re o ,
p u ra a c tu a lid a d (enérgeia). S u a c tu a lid a d , su a ctiv id a d , co n siste e n la c o m p r e n s ió n
e sp iritu a l; el o b jeto d el noeîn y su re a liz a ció n so n id é n tico s: « p e n s a m ie n to d el p e n ­
s a m ie n t o » (nóesis noéseos) es la e x iste n c ia m ás d ic h o sa y el o r ig e n m ás alto de to d o .
« E s to es d io s. D e u n p rin c ip io tal d e p e n d e n p o r tanto ta m b ié n el cielo y la n a tu ra ­
le z a » . L o su p rem o y lo m e jo r so n u n o ; p ara el m o vim ien to de los p lan etas, se debe
s in d u d a p re su p o n e r u n a m u ltip lic id a d de m o to re s in m ó viles.
E n el m o n o te ísm o esp iritu al, la e sp ecu lació n filo só fic a ha alcanzado su c u lm in a ­
c ió n ; la filo s o fía a n tig u a n o h a r e fle x io n a d o so b re el h e c h o de q u e e n e llo se
en cu en tre tam b ién u n a a u to p ro yecció n d el filó so fo pensante. E n P la tó n sólo se o fr e ­
cen p lan team ien to s de la d ivin iz a ció n d el Noûs ia. E l Nous com o m o to r lo h abía in t r o ­
d u cid o de u n a fo rm a m ás sen cilla A n a x ág o ras, h a cien d o re fe re n c ia a je n ó fa n e s , que
m u estra a d io s d irig ié n d o lo to d o a través de su Noûs. L a a u to c o n fia n z a d el c o n o c i­
m ie n to te ó ric o , u n id a a la m atem ática y a la filo s o fía , ha cread o u n n u evo d io s; el
d e sa rro llo d e l le n g u a je re lig io so c o n sus fo rm u la c io n e s superlativas p e rm ite su p e ra r
algunas lagun as d el p en sa m ien to .
L a te o lo gía m etafísica ya casi n o tien e con tacto c o n la re lig ió n p rá ctica . E l q u e el
d io s o lo s d ioses se o c u p e n de los asuntos h u m a n o s n o se p u ed e d e d u c ir a p a r tir de
los p rin c ip io s a risto télico s; en la Etica sólo se alu d e a ello en la fo rm a de u n « s i » n o
c o m p r o m e tid o 13. E n los an álisis de la Política, se p re su p o n e la re lig ió n n o rm a l de la
p o lis , n o sin to n o s ir ó n ic o s : el le g is la d o r p u e d e « fá c ilm e n t e » , p o r m e d io de las
leyes sagrad as, lo g r a r u n f in p rá c tic o ; al s o b e ra n o le c o n v ie n e p re se n ta rse c o m o
tem ero so de d io s; los nuevos rico s se c o m p o rta n com o « a m ig o s de los d io s e s » 14. E n
los m ito s se p u e d e n c o n servar restos de u n a an tigu a sa b id u ría, co m o la a lu sió n a la
d ivin id ad de los cu erp o s celestes15; el resto es u n a ñ ad id o absolutam ente sosp ech oso.
P e ro n a tu ra lm e n te n o se d eb e c a m b ia r n a d a e n las c o stu m b re s e x is te n te s 16. Se
so b ree n tie n d e que se debe h o n r a r a lo s dioses. E l h o m b re am ará a los dioses, c o n u n

11 Arist. Met. I 0 ? 2 aI 9 - I 0 7 3 a 1 3 .
12 Phileb. 3 0 d , cfr. Zeller II I , p . 715 » n · 1 - A rist. fr. 4 9 Rose «d io s es intelecto (noûs) o algo más allá
del intelecto» es u n eco de Plat. Resp. 5 0 9 b (véase VII 3 . 2 , n. 16 ).
13 Eth. Nie. 10 9 9 b I I ; 117 9 a 2 4 .
14 Polit. 1 3 3 5 b 1 5 ; 13 1 4 b 3 9 ; Rhet. 13 9 1b I .
15 Met. 10 7 4 b I ; fr. 1 3 Rose; cfr. Cael. 2 7 0 b 16 .
16 Polit. 1 3 3 1 a 2 7 ; 1 3 3 6 b 6; cfr. 1 3 2 8 b 1 2 ; 1 3 2 9 a 2 7 ; Top. 10 5 a 5.
3.4. ARISTÓTELES Y JENÓCRATES: ESPÍRITU DIVINO Y DÉMONES 437

a m o r a algo s u p e r io r q ue sigu e sin ser c o r re s p o n d id o . S e ría rid íc u lo re p ro c h a rle s


esto a los d ioses: ser am ados y n o am ar c o rre sp o n d e a lo s seres s u p re m o s'7.
T al fria ld a d filo s ó fic a sig n ific a rá p o c o p a ra el h o m b re c o m ú n , al q u e a p re m ia n
las p re o c u p a c io n e s c o tid ian as. E ste n ecesita la p ro x im id a d d ivin a, q ue n i las e stre ­
llas n i lo s p rin c ip io s m etafisico s p u e d e n o fre c e rle . A q u í se in tro d u c e p a ra lle n a r el
h u e c o u n n o m b re q ue desde sie m p re h a d esig n a d o la activid ad in c o m p re n s ib le de
u n ser s u p e rio r: daímon &.
F u n d a m e n ta l es ta m b ié n a q u í P la tó n . E n el Banquete19, la sacerd o tisa D io tim a se
im a g in a el E ro s co m o u n ser que n o es n i d io s n i m o rta l, sin o algo « in t e r m e d io » ,
u n daímon·, p u e s ésta es la n a tu raleza de lo s daímones: se sitú an e n el m e d io e n tre lo s
d io se s y lo s h o m b re s , s o n « in t é r p r e t e s y b a r q u e r o s » q u e tr a n s m ite n m e n sa je s y
d on es de los h o m b re s a lo s d ioses y de lo s d io ses a lo s h o m b re s, o ra cio n e s y s a c r ifi­
cios p o r u n a p arte y ó rd en e s y p re m io s, p o r o tra . T o d o el arte de la a d ivin ació n y de
lo s sacerd o tes se re a liz a e n re a lid a d a través d e lo s d é m o n e s. E n P la tó n , ello es u n
m ito , u n relato d en tro del relato ; sin em bargo so rp re n d e que P lató n , e n otros lu g a ­
res m uestre p re d ile c c ió n p o r el con cep to de daímon-, a lo s caídos en la gü e ra ya n o se
le s lla m a « h é r o e s » sin o daímones20; « d io s e s y daímones» a p a re c e n c o n sta n te m e n te
re la c io n a d o s e n las Leyes21.
E l Epínomis d esa rro lla u n sistem a de la d o ctrin a de lo s d é m o n e s22: en el cielo viven
los astros íg n eo s y, e n la tie rra , los seres vivos te rrestre s; se p u e d e p o stu la r que ta m ­
b ié n lo s o tro s elem en to s, agua, aire y aithér, fo rm a n cada u n o sus p ro p io s seres vivos.
L o s « s e m id io s e s » , lo s h é ro e s, que a p a re c e n de fo rm a p o c o clara co m o fantasm as,
so n de n atu raleza acuática; al aire y al aithér p e rte n e c e n lo s daímones, que so n c o m p le ­
ta m e n te in v isib le s; n o ob stan te, so n e sp íritu s fu e rte s q ue c o n o c e n to d o s n u e stro s
p e n s a m ie n to s , se a le g ra n d e lo b u e n o y o d ia n lo m a lo ; lo s d io se s e n c a m b io n o
e x p e rim e n ta n p a sio n e s. L o s d ém o n es p u e d e n in te rv e n ir seg ú n les c o rre sp o n d a ; es
re c o m e n d a b le h o n r a r lo s c o n o ra cio n e s.
T a m b ié n A ristó tele s h abla de los daímones com o seres in te rm e d io s; p e ro en su caso
se trata m ás de u n a façon de parler·, los sueñ os so n d em ó n ico s, n o p ro c e d e n de los d io ­
ses; la n aturaleza d el ser vivo es daimonía, « d ig n a de a s o m b ro » p e r o n o « d iv in a » , n o
exige distan cia y s u m is ió n 23.
Je n ó c r a t e s h ab la de « d é m o n e s s u b lu n a re s » , esto es, d eb ajo de la e sfe ra d ivin a ;
so n se m e ja n te s a las alm as, p u e d e n e x p e rim e n ta r p la c e r y d o l o r 24. P e ro lo q u e
resulta n u evo e in e sp e ra d o es la tesis25 de q u e en tre estos daímones hay tam b ién seres
m alvados, sed ien tos de sangre y sexualidad. C o n s ig u e n que lo s h o m b re s su cu m b an a
ellos p o r m e d io de ep id em ias, e ste rilid a d , d isco rd ias civiles y calam id ad es sim ilares,
h asta que lo s h o m b re s están d isp u esto s a sa c rific a r u n a v irg e n p u ra ; so n las fu erzas

17 fifi. Nie. 11 6 2 a 4 ; fifi· Eud. 1 2 3 8 b 2 7 : véase V 4· η. 7 I; Zeller II 2 , p. 3 6 6 , n. 4 ·


18 Véase III 3 . 5 .
19 Plat. Symp. 2 0 2 e - 2 0 3 a .
20 Plat. Sesp. 5 4 0 c ; véase III3.5, n. 2 4 -
21 Plat. Leg. 738(1 ; 7 9 9 a ; 9 0 6 a : «dém ones que siguen a los dioses» : Leg. 8 4 8 c ]; cfr. Aristoph. Plut. 8 1.
2 2 ' [Plat. 1 Epin. 9 8 4 ^ - 9 8 5 } ) ; L . Tarán, Académica: Platon, Philip o f Opus and the Pseudo-Platonic Epínomis, 1 9 7 5 ·
23 A rist. Div.persomn. 4 6 3 b 12 .
24 X e n o cr. fr. 15 H einze.
25 X en o cr. fr. 2 3 “2 4 Heinze = Plut. Ls. 3 6 o d ; Def. orac. 4 l 7b _ e >J · ter V ru g t-Len tz, RAC s.v. Geister und
Dämonen IX (1 9 7 6 ), cols. 6 14 s .
438 7. RELIGIÓN FILOSÓFICA

im p u lso ra s q ue se ocu ltan detrás de to d o s los ritu ales m ás oscu ros y d esagradables de
la tr a d ic ió n re lig io sa : ayu n o s, la m e n ta c io n e s, o b sce n id a d , o m o fa g ia . T o d o ello n o
p u e d e te n e r n a d a q u e v e r c o n lo s d io se s d e lo s q u e se o c u p a la filo s o fía , y, s in
e m b a rg o , fo rm a p a rte d e la re a lid a d . L a h ip ó tesis d e lo s d ém o n es lo aclara to d o de
u n g o lp e.
S in d uda, el p re c io de esta e x p lic a c ió n es alto. L a su b lim e filo s o fía d el e sp íritu se
c o n v ie rte e n d o c trin a de e sp íritu s, da cab id a a su p e rstic io n e s p rim itiv a s y d ifu sas.
L a s fig u r a s de la p o e sía p u e d e n o fr e c e r o r ie n ta c ió n , c la rid a d y c ie rto f r e n o ; lo s
d ém o n es so n in c o m p re n sib le s, q u ed a el sen tim ie n to de estar a la m erce d de p o d e ­
res c o n lo s q ue se d eb e p actar de a lg ú n m o d o sin q ue sea m a n ifie sto su se n tid o . L a
re lig ió n p rá ctica se to m a a p a re n tem e n te en se rio , p e ro secretam en te se tra n sfo rm a
e n m a g ia . A través d e J e n ó c r a t e s , la p a la b ra daímon a d q u ie re ese s ig n ific a d o de
« d e m ó n ic o » que ha conservad o d espués a lo largo de la h isto ria d el e sp íritu . E l v e r ­
d a d e ro d e sa rro llo de la cre en cia e n lo s d ém o n es se cu m p le e n la an tigü ed ad tard ía.

4. R e lig ió n f i l o s ó f i c a y r e lig ió n d e l a p o lis : la s L ey e s d e P la t ó n

L a te o lo g ía de P la tó n p u e d e se rv ir c o m o base a la m ística in d iv id u a l; y, e n la p r á c ­
tica, to d a la m ística de la a n tig ü e d a d ta rd ía y de la E d a d M ed ia está m arc ad a p o r el
p la to n ism o . P ero el p ro p io P la tó n n o to m ó este ca m in o . S u ú ltim a o b ra , L as Leyes1,
p resen ta, p o r el c o n tra rio , u n E stad o q u e p e rm ite a las realid ad es de la p o lis g riega
a firm a r s e m u c h o m ás q u e e n su a n t e r io r p ro y e c to u tó p ic o de la República. E l
« s e g u n d o m e jo r E sta d o p o s ib le » , a lo s o jo s d e l f iló s o fo 8, es el E sta d o de las Leyes,
p le n o de la m u ltifo rm e re a lid a d de lo efectivam en te existente. D e este m o d o se re a ­
liza la re p re se n ta c ió n lite r a r ia m ás co m p le ta de la p o lis griega, in c lu id a su re lig ió n .
E n te o ría , el E stad o de P la tó n en las Leyes es u n a teo cracia: « d io s es la m ed id a de
to d as las c o s a s » 3; lo « m á s g r a n d e » , lo m ás im p o rta n te e n el E sta d o es « t e n e r lo s
p e n s a m ie n to s c o rre c to s h a cia lo s d io se s y v iv ir e n c o n se c u e n c ia b ie n o n o b i e n » ;
p ues « q u ie n , c o n fo rm e a las leyes, cree e n lo s d ioses n o ha c o m e tid o n u n c a v o lu n ­
ta ria m e n te u n a a cció n im p ía n i h a d eja d o escapar u n a p alab ra ilíc ita » φ. L a re lig ió n
garan tiza la ju s tic ia de los ciu d a d an o s y sostien e así el E stad o . E n p a rtic u la r, p u ed e
c o n v en ce r a lo s h o m b re s de q u e sólo la ju stic ia es ú til, de q u e, en c u a lq u ie r caso, la
in ju stic ia e n c o n tra rá su castigo e n el M ás A llá .
P o r e llo , el E stad o vela p o r la re lig ió n . A q u í la re lig ió n filo s ó fic a va m u ch o m ás
allá q ue todas las leyes existentes: la cre en cia e n lo s d ioses se declara u n d e b e r civil,
el ate ísm o es u n d e lito c o n tra el E s ta d o , q u e p u e d e ser p e n a d o c o n la m u e rte . E l
en cargad o de velar p o r ello es u n o rg a n ism o su p rem o de c o n tro l, el « c o n s e jo n o c ­
t u r n o » . P a re c en a n ticip arse a q u í lo s p ro ce so s p o r h e re jía y la In q u is ic ió n : las p r o ­

1 Reverdin, en particular pp. 5 6 - 1 0 3 ; E . K e rb e r, Die Religion in Platons Gesetzesstaat, tesis d o ct., V iena,
1 9 4 7 ; G . R . M orrow , Plato’s Cretan City, i 9 6 0 ; W . T h eiler, « D ie bewahrenden K räfte im Gesetzess­
taat Plato s», en Untersuchungen zur antiken Literatur, 1 9 7 0 , pp. 2 5 2 - 2 6 I ; E Sandvoss, Soteria. Philosophis­
che Grundlagen der platonischen Gesetzgebung, I 9 7 1 ·
2 H . H erter, «Platons Staatideal in zweifacher G estalt», en Kleine Schrißen, 19 75 ' PP* 2 5 9 - 2 7 8 .
3 7l6c.
4 8 8 8 b ;8 8 5 b .
4. RELIGIÓN FILOSÓFICA Y RELIGIÓN DE LA POLIS: LAS LEYES DE PLATÓN 439

testas de la ilu stra c ió n afectan en la p ráctica ta m b ié n a P la tó n . N o se vuelve ex p re sa ­


m en te c o n tra los sacrilegio s que afectan a la re lig ió n p ráctica, sin o c o n tra el ateísm o
t e ó r ic o 5. E n re a lid a d , la ra b ia se d irig e c o n tra los ateos m o ra lm en te d epravad os, en
esp ecial c o n tra lo s h ip ó c rita s ch arlatan es q u e p re n te n d e n c o n sus ritu a le s c o a c c io ­
n a r y c o r r o m p e r a lo s d io se s; p e r o ta m b ié n se tie n e e x p re sa m e n te e n c u en ta q u e
p u ed a h a b er ateos p u ro s c o n u n a irre p ro c h a b le co n d u cta de vid a. A ellos se les d eb e
o fre c e r la o p o rtu n id a d de re c u p e ra r la ra z ó n c o n u n p e r ío d o de cárcel, n o in fe r io r
a cin co añ os, e n u n lu g a r de re fle x ió n , el sophronistérion; si n o , se les c o n d e n a c o n la
p en a ca p ita l6.
U n a severid ad tan te rrib le le p arece a P la tó n ju stific a d a p o rq u e se sien te seg u ro
de la ve rd a d : las dudas de los filó so fo s de la n atu raleza y de los sofistas q u ed an d e f i­
n itiv a m e n te su p e ra d a s, d esd e q u e la p e r fe c c ió n de lo s m o v im ie n to s celestes h a
d em o strad o la p rio rid a d d el a lm a 7. E n el n ivel de las leyes n o se p la n te a rá n p re g u n ­
tas sobre el dios m etafísico ; p ara re fu ta r el ateísm o bastan los « d io s e s v is ib le s » . A las
p ru eb as se a ñ a d en los m itos, que, com o si se tratara de « e x o r c is m o s » , d eb en c o n ­
q u ista r y c o n v en c e r al alm a de lo s h o m b re s 8; ésta es la tarea de lo s p oetas, que, sin
em b argo , están a h o ra so m etid o s a u n c o n tro l m ás estricto . L o s tem as q ue aparecen
p re d o m in a n te m e n te en estos m itos so n la tra n sm ig ra c ió n de las alm as y lo s castigos
en el M ás A llá ; n o se trata de que to d o lo q u e h ayan d ich o lo s p oetas sea verd ad e n
to d os los detalles, p e ro la id ea fu n d am e n ta l deb e to m arse m u y e n serio . M ito , lógos y
nomos se u n e n .
Se establecen de m an era vin cu lan te tres p rin c ip io s d e la r e lig ió n 9: q u e los d ioses
existen, que se o cu p an de los h om bres y que n o se p u ed e in flu ir e n ellos p o r m edio de
sacrificio s y o racio n es. E l segundo p rin c ip io , siem p re tan d ifíc il de derivar de la r e li­
g ió n cósm ica, es co n secu en cia de la p e rfe c c ió n de lo d iv in o : la in d o le n c ia , la n e g li­
ge n cia y los e rro re s q u ed an exclu id o s y la p e r fe c c ió n d eb e m an ifestarse tanto en las
cosas p eq u eñ as co m o e n las g ran d e s. L o s c o n tra e je m p lo s que o fre c e la e x p e rie n c ia
se o m ite n : com o filó s o fo , se debe ob servar el to d o , e n lu g a r de qu ed arse anclado e n
los detalles. E l tercer p rin c ip io se ded u ce fácilm en te d el con cep to de lo d ivin o co m o
b ie n ; p e r o s ig n ific a e n el fo n d o la a b o lic ió n d e l c u lto , q u e c o n siste de h ech o e n
« s a c r ific io s y o r a c io n e s » .
P recisam en te éste es el paso que P la tó n n o da; u n o p u ed e estar tentado de h a b lar
de u n d u d o so c o m p ro m iso c o n la re a lid a d existen te. L a re lig ió n de la p o lis p la t ó ­
n ic a re su lta m u y fa m ilia r : hay u n a A c r ó p o lis c o n lo s sa n tu a rio s de H e stia , Z e u s y
A te n e a , hay u n a plaza d el m ercad o ro d e a d a d e te m p lo s; cada p u e b lo tie n e su m e r ­
cado sagrad o y sus sa n tu a rio s 10, los sa n tu a rio s están d ise m in ad o s p o r to d o el t e r r i­
to rio , c o n tem p lo s, altares e im ágenes d ivin a s11; hay sacerdotes, sacristan es, ad ivin os
y exegetas12; el culto con siste, com o sie m p re , e n p ro c e sio n e s, s a c rific io s 13 y o r a c io -

5 886a .
6 g o ^ d -g o g d .
7 Véase VII 3 . 3 , n n. 8 s.
8 9 0 3ü b ; 6 6 4 b .
9 8 8 5d -9 0 7b .
10 848d.
11 9 31a .
12 7 5 9 a"7 ^ o a .
13 Sacrificio y holocausto, 8 0 0 b .
4 4 0 7. RELIGIÓN FILOSÓFICA

n es, danzas y agones. N o se p u e d e p e n sa r q u e la p o lis de P la tó n se aleje d el resto de


lo s grie g o s: p a rtic ip a e n las fiestas p a n h e lé n ic a s en O lim p ia , D e lfo s, N e m e a y en el
Istm o y con struye sus p ro p ia s casas de h u ésp ed es ju n t o a los san tu ario s p ara lo s v is i­
tantes e x tra n je ro s14.
C o n ello n o expresa P la tó n el sen tid o de u n a re sig n a c ió n in d ife re n te ; la re lig ió n
tra d ic io n a l d e la p o lis es tan evid en te c o m o viva. U n a c ó lera m ás p ro fu n d a se d irig e
c o n tra lo s q u e la d e sd e ñ a n , lo s in n o v a d o r e s q u e q u ie re n h a c e r caso o m iso d e lo s
an tigu o s m ito s, d el m o d e lo de lo s p ad re s, de la e x p e rie n c ia de las fiestas, d el e je m ­
p lo d e to d o s lo s p u e b lo s : p a r a to d o e llo , « ta m p o c o tie n e n n i u n so lo a rg u m e n to
su fic ien te que o p o n e r, co m o a firm a r ía c u a lq u iera q u e p osea u n p o c o de in te lig e n ­
c ia » 13.

con respecto a los dioses y a los santuarios [...] ninguna persona sensata que
intente innovar en cuanto atañe a D elfos o a D odona o a A m ó n o a cualquier
otro antiguo oráculo de los que, p o r m edio de apariciones sobrevenidas o de
discursos inspirados p o r los dioses o p o r algún otro proced im ien to, hayan
influido sobre cualesquiera personas; n i en cuanto a las combinaciones de sacri­
ficios con otros ritos [...] n i en cuanto a los oráculos, imágenes, altares o tem ­
plos que hayan sido consagrados en virtud de tales manifestaciones; n i tampoco
en cuanto a los recintos sagrados que hayan sido acotados en cada uno de estos
lugares. E l legislador no debe tocar en m odo alguno ni la más m ínim a parte de
todos estos usos16.

E n la fu n d a c ió n d e u n a n u e v a c o lo n ia d eb e h a b e r u n p e r ío d o de p ru e b a d e diez
añ os c o n resp ecto a lo s « s a c r ific io s y lo s c o r o s » , d u ra n te el q u e la a u to rid a d c o m ­
p e te n te p u e d e in t r o d u c ir m e jo r a s ; d esp u és to d o d eb e v o lv e rse « in m u t a b l e » ,
in c lu so los can to s, seg ú n el m o d e lo de los e g ip c io s17.
L a p a sió n co n se rva d o ra se re fie re expresam en te a la in te lig e n c ia (nous) ; su p u n to
de vista es al p r in c ip io n egativo: el h o m b re en el fo n d o n o sabe nad a de los d io se s18.
L a « te o lo g ía » se lim ita a esbozos: a esos tres p rin c ip io s que c o m p o rta n la m o ra l de
la ju stic ia , ju n to a sus p re su p u e sto s: que d io s es b u e n o , que lo d ivin o es de n a tu ra ­
leza in m a te rial y esp iritu al. A d em ás, se p u ed e re la c io n a r en to d o caso el énfasis en la
d iv isió n e n tre los d ioses o lím p ic o s, p o r u n lad o , y lo s p o d eres ctó n ico s, p o r o t r o 19,
c o n el d u a lism o de lo s p rin c ip io s de la m etafísica; a q u í se p u ed e in c lu ir ta m b ié n la
a cen tu ació n de la sospech osa im p u reza vin cu lad a a to d o h o m ic id io . P o r lo dem ás, la
ra z ó n dice q u e, fre n te a la o sc u rid a d q u e envuelve lo d iv in o , el cu lto tra d ic io n a l es
in fin ita m e n t e m ás sen sato q u e la a c titu d d e d e s p re c io , así c o m o p u e d e h a b e r m ás
ve rd a d en el cu en to de u n a n o d riz a q u e e n la crítica arro g a n te.
C o n e llo , la re lig ió n n o se asienta sob re las necesid ad es religio sas d el in d iv id u o ,
sin o q u e es la fo rm a de c o m u n id a d d e la p o lis , cuyas fu n c io n e s se r e c o n o c e n y se

14, 94.7a, 9 5 0 e , 9 5 3 a.
15 8 8 7e .
16 7 3 8 b c [trad. esp. d e j . M . Pabón y M . Fern án d ez-G alian o : Platón, LasLeyes, i 9 6 0 (”1 9 8 4 ) ] , cfr.
75 9 a b ; 8 4 8 d ; Epin. 9 8 Scd .
17 7 7 2 b : 7 9 9 ab.
18 G fr. Grat. 4 0 0 d e ; Tim. 4 0 d ; Phdr. 2 4 6 e: Epin. 9 8 3 d .
19 7 17 a ; 8 2 8 c ; véase IV 3 .
4. RELIGIÓN FILOSÓFICA Y RELIGIÓN DE LA POLIS: LAS LEYES DE PLATÓN 441

fo rm u la n a través de sus d io ses20. H estia, Zeus y A te n e a e n la A c r ó p o lis 21, ello s ig n i­


fica el h o g a r com o cen tro de la co m u n id a d , el d io s su p rem o y la rep resen tan te de la
ciudad. A través de la supuesta ciudad cretense de las Leyes se trasluce u n a A ten as id e a ­
lizada. L a p o lis necesita a Zeus que salvaguarda las fro n te ra s y p ro teg e a los e x tra n je ­
ro s, a H e ra , com o d io sa d el m a trim o n io , a H e rm e s, co m o g u a rd iá n de lo s m en sa ­
je r o s ; lo s artesa n o s tie n e n a H e fe sto y a A te n e a , lo s so ld a d o s, a A te n e a y a A r e s 22.
U n a c o m p e tic ió n de tiro c o n arco se p o n e b a jo la p ro te c c ió n de A p o lo , com o u n a
c a rre ra c o n arm as se p o n e b a jo la de A r e s 23 y n a tu ra lm e n te se h o n r a n lo s d ones de
D io n is o y lo s de D e m é te r y C o r e 24.
L a c iu d a d está d iv id id a e n p h y la í y a cada u n a de ella s se le a sig n a u n d io s o u n
h é ro e ; dos veces al m es se re ú n e n en su s a n tu a rio 25. D e este m o d o , la d iv isió n d e la
c iu d a d se « s a n t if ic a » , se « v u e lv e d iv in a » . T a m b ié n se s a n tific a n las in stitu cio n e s;
las vo tacio n es m ás im p o rta n te s se llevan a cabo e n los sa n tu a rio s, ta m b ié n las de lo s
ju e c e s y los estrategos26. L a e lecció n de los eúthynoi, las m áxim as au to rid ad es en carga­
das d e l c o n t r o l, es u n a fiesta e n la q u e to d a la c iu d a d se re ú n e e n el s a n tu a rio d e
A p o lo y H e lio e n la p laza d e l m e r c a d o 27. E l m e rc a d o está r o d e a d o de sa n tu a rio s
—co m o se hizo de h ech o en las fu n d a c io n e s de M eg a ló p o lis y de M ese n ia e n to rn o a
3 7 0 —, d o n d e ta m b ié n se situ ab an e d ific io s a d m in istrativo s y ju d ic ia le s 28. L a j u r i s ­
d ic c ió n so b re lo s d e lito s c a p ita les se a sig n a a las in q u ie ta n te s d iv in id a d e s q u e se
c o r re sp o n d e n c o n las « v e n e ra b le s » d iosas d el A r e ó p a g o 29. L o s d ioses d e los j u r a ­
m e n to s s o n Z e u s, A p o lo y T e m is, el d io s su p re m o , el d io s de la ve rd a d lú c id a y el
« o r d e n » p o r e x c e le n c ia 30. E l m a trim o n io está v in c u la d o a lo s « s a c r ific io s y a lo s
actos sa g ra d o s» , a través de los que ad q u iere su d ig n id ad y su in v io la b ilid a d 31. D esde
el te m p lo de Ilitia , algun as m u je re s elegid as v e la n p o r el m a trim o n io y la p ro c r e a ­
c ió n de lo s h ijo s 32. L o s n iñ o s de e n tre tres y seis a ñ o s d e b e n s e r lle v a d o s p o r sus
n o d riz a s a lo s sa n tu a rio s ru ra le s, d o n d e p u e d e n e n tregarse a sus ju e g o s in o c e n te s,
sig u ien d o ta m b ié n c o n ello la antigu a usan za33. D e este m o d o , las estru ctu racion es y
las fu n c io n e s esenciales de la socied ad, e n la fa m ilia y en p ú b lic o , e n la a d m in istra ­
ció n , en el m ercad o y e n la ju stic ia , o b tie n e n d ig n id a d y p e rm a n e n c ia a través de la
re lig ió n .
P e c u lia r es el culto c o m ú n de A p o lo y H e lio ; se p o n e de relieve reiterad as veces;
sus sacerd o tes so n eúthynoi, q ue c o n tro la n a to d o s lo s m ag istrad o s d el E sta d o ; viven

20 Q u ie n desea celebrar u n sacrificio privado debe confiarle las víctimas a los sacerdotes del Estado,
9 0 gde-, se prohíben los santuarios privados, 91OC; véase V 3 . 3 , nn. 2 7 - 2 8 .
21 745b.
22 8 4 3 a ; 7 2 9 e ; 7 7 4 a ; 9 4 1a ; 9 20 d e .
23 8 33b .
24 66 5b ; 78 2b .
25 7 4 5 d; 7 7 Λ .
26 7 5 5 e ; 7 6 7 cd; 9 4 5 e.
27 9 4 5 ef·
28 778c.
29 7 7 8 c . Véase III 3 . 2 , n. 16 .
30 9 3 6 e . A . L o Schiavo, Themis e la sapienza deü’ordine cosmico, 1 9 9 7 ; J · Rudhardt, Thémis et les Hôrai. Recherches
sur les divinités grecques de la justice et de la pah, 19 9 9 .
31 775 a·
32 7 8 4 a.
33 79 4 a b ; cfr. las Tithenídia, Polem. in A th . 13 9 a = FUG ir. 8 6 , III, p. 1 4 2 ; H ero d . 6, 6 l, 3 ·
442 7. RELIGIÓN FILOSÓFICA

en el sa n tu a rio ; u n o de ello s es n o m b ra d o a n u alm en te « g r a n sa c e rd o te » (archiereús)


y es al m ism o tiem p o e p ó n im o , esto es, da n o m b re al añ o . E l e n tie rro de u n eúthynos
n o d eb e c e le b ra rse c o n la m e n to s , s in o c o m o u n a fie s t a 34. E n el tr a s fo n d o se
e n c u e n tra sin d u d a la id e n tific a c ió n de A p o lo y H e lio 35, q u e ya se te stim o n ia e n el
siglo V ; la p o stu lad a a d o ra c ió n de lo s astros se lleva al c en tro de la ciu d ad y se o cu lta
tras la d o b le d e n o m in a c ió n : la in te rp re ta c ió n es p o sib le , p e ro n o o b lig a to ria . C o n
H e lio , « q u e to d o lo ve y to d o lo o y e » 36, se c o rre sp o n d e el com etid o de sus sa ce rd o ­
tes. T ra d ic ió n y n atu raleza c aracterizan las dos caras de u n ú n ic o cu lto .
A lo s d io ses y a lo s sa n tu a rio s p e r te n e c e n las fiesta s. C a d a d ía d eb e te n e r lu g a r
u n a fiesta, d istrib u id a s p o r tu rn o s en tre lo s d iversos gru p o s de la c iu d a d a n ía 37, p e ro
cada m es se d eb e c e le b r a r ta m b ié n u n a fie sta e n h o n o r d e u n o de lo s d o ce d io se s
p r in c ip a le s ; a P lu t ó n , e l d io s de la d is o lu c ió n , le c o r re s p o n d e el ú lt im o m es d e l
a ñ o 38. D e este m o d o , el c a le n d a rio sa g ra d o de lo s g rie g o s alcan za su fo r m a m ás
p u ra . L a s fiestas c o n siste n en s a c r ific io s, c o ro s y ago n es, q u e, co m o com b ates q ue
s o n , e x ig e n u n a in s t r u c c ió n m ilit a r 39. L o s « c o r o s » se d e s c rib e n d e l m o d o m ás
e x h a u stiv o . L a m ú sic a s ig n ific a q u e e n lo s m o v im ie n to s y s o n id o s in s tin tiv o s se
m u estra el o rd e n y la a leg ría ante este o r d e n ; ritm o y a rm o n ía so n m an ife sta c io n es
d el « b i e n » . D e este m o d o , lo s p ro p io s d ioses, las M usas, A p o lo y D io n is o feste ja n
y d anzan ju n to c o n los h o m b re s, al com pás de la m ú sic a 40. Se re to m a de este m o d o
la a n tigu a e x p e rie n c ia , p o r la q u e e n el p e á n y el d itira m b o está p re se n te el p r o p io
d io s 41. T o d a la c iu d a d a n ía se d iv id e e n tres « c o r o s » ; lo s m u ch a ch o s, lo s h o m b re s
jó v e n e s y los h o m b re s de en tre trein ta y sesenta añ o s; éstos ú ltim o s festejan « lib e r a ­
d o s » p o r D io n is o , m ie n tra s q u e lo s h o m b re s jó v e n e s están al servicio de A p o l o 42.
N in g u n o p u e d e e lu d ir el servicio c u ltu a l43. C a d a c o ro deb e sie m p re p o n e r an te los
o jo s de los dem ás el sen tid o y el v a lo r de la ju stic ia ; p e ro al m ism o tie m p o , su a c ti­
v id a d es ju e g o , ju e g o e n c o n tra p o s ic ió n a la serie d a d y, sin em b argo , c o n la p re te n ­
sió n de ser m ás im p o rta n te q ue todas las cosas serias; d espués de to d o , lo s h o m b re s
so n ju g u e te s, m ario n eta s de la d iv in id a d 44.
P e ro c o n ello n o se p ie rd e de vista la fu n c ió n so cial de la c e le b ra c ió n de fiestas:
lo s e n c u e n tro s re g u la re s o fr e c e n la o p o r tu n id a d de re a liz a r to d o tip o de asu n to s,
p e r o , so b re to d o , s o n u n a o c a s ió n p a r a c o n o c e rse e n u n a a tm ó sfe ra d is te n d id a 45.
P o r eso d eb en re u n irse p a ra la fiesta las phylaí e n tre sí y ta m b ié n to d a la ciu d ad cada
m e s46. L o s c o ro s de v írg e n e s y de m u c h a c h o s tie n e n asim ism o el p ro p ó s ito d e c la ­
ra d o d e q u e lo s jó v e n e s se v e a n ; e n las a ctiv id a d e s d e p o rtiv a s p u e d e n m o stra rse

34 945 e; 947a-e.
35 Véase III 2 -5 * n - 55 ·
36 Od. II, 10 9 , etc.
37 828b.
38 828bc.
39 829b.
40 6 5 3 b -6 5 4 a .
41 Véase II 7 . n, 39.
42 664-c-665b.
43 949 cd.
44 803c; 804b.
45 783d; véase V 3 -3 »η ·
46 77lde; 828bc.
¡t. RELIGIÓN FILOSÓFICA Y RELIGIÓN DE LA POLIS: LAS LEYES DE PLATÓN 443

in c lu so d esn u d o s « e n la m ed id a en q ue el h o n e sto p u d o r lo p e r m it a » 47. « N o h ay


u n b ie n m ayo r p ara la ciu d ad que cu an d o sus ciu d ad an o s se c o n o c e n e n tre s í » 48.
Y sin em b a rg o to d o ello q u ed a ex p re sa m e n te re le g a d o a u n seg u n d o p la n o : e n
p r im e r p la n o están los dioses. A u n q u e los h o m b re s n o d eb en in te n ta r in flu ir en lo s
dioses p o r m e d io de sacrific io s, o ra cio n e s y o fre n d a s votivas, sí p u e d e n expresar de
u n m o d o tra d ic io n a l su a g rad ecim ien to y c o rd ia l afecto p o r los d on es que p ro c e d e n
de la b o n d a d d ivin a (cháris)i9 . L o s regalos e n tre am igos so n in o fe n siv o s y, de h ech o ,
n a tu rales; los dioses n o aceptan nada de los m alvados:

p ara el h o m b re de b ie n , el sa c rific a r y a sistir co n stan tem en te a los d ioses con


in vo cacio n es, co n o fren d as y co n toda clase de re lig io so cu lto, es lo más d e co ­
ro so , lo m e jo r, lo más eficaz para la fe licid a d de su vida y, al m ism o tiem p o , lo
que más particu larm en te se le acom od a5“ .

D e este m o d o n o só lo se ju s t ific a el c u lto tr a d ic io n a l, sin o q u e se im p re g n a de u n


sen tid o m ás p ro fu n d o : ya n o se trata de lo g ra r ob jetivos claros, sin o de la « r e la c ió n
c o n d io s » (prosomílein toîstheoîs). R e p e tid a s veces se h ace re fe r e n c ia a la c e le b r a c ió n
com o orgiázein5', c o n la e x p re sió n em p lead a p a ra los m iste rio s extáticos; d ifíc ilm e n te
p u e d e ser sólo u n efecto estilístico. In clu so sin el aparato de las cele b racio n e s m is ­
téricas y sin lo s sign o s ex te rn o s de éxtasis y p o s e s ió n , la fiesta suscita u n a e m o c ió n
q ue ta m b ié n da se n tid o al cu lto tr a d ic io n a l. L a p r o p ia A c a d e m ia p la tó n ic a era u n
san tu ario de las M u sa ssa.
T a m b ié n las Leyes de P la tó n so n u n p ro y e c to u tó p ic o , n o la d e s c rip c ió n de u n a
p o lis real; p e ro P la tó n p o n e en él tanto de su e x p e rie n c ia y de su sen tid o de la r e a ­
lid a d , q u e, p a ra n o s o tr o s , es el c u a d ro m ás v a ria d o e in te n so d e la r e lig ió n de la
p o lis . A l m ism o tie m p o , se vu elven visib les las características esenciales de la situ a ­
c ió n q u e p re v a le c e rá d u ra n te lo s sig u ie n te s se isc ie n to s a ñ o s: se n ie g a d e fin itiv a ­
m en te que re lig ió n filo só fic a y re lig ió n tra d ic io n a l sean irre co n c ilia b le s. E n re la ció n
c o n la r e lig ió n tr a d ic io n a l se ad o p ta u n c o n se rv a d u rism o c o n sc ie n te , g a ra n tiz a d o
in te le c tu a lm e n te p o r la p r u d e n te a d m is ió n de n u e s tra ig n o r a n c ia , q u e se avien e
m uy b ie n c o n la p re c a u c ió n de la eusébeia. S o b re lo s d etalles d el ritu a l se p u ed e sacu ­
d ir la cabeza, e n g e n e ra l d o m in a la p ie d a d ; la filo s o fía ta m b ié n re c o n o c e a los d io ­
ses. L o s ateos q u e d a n co m o u n a m in o r ía e n e x tin c ió n , ya n o h ay p ro c e so s c o n tra
ateos. D e este m o d o , la costu m b re de lo s p ad res p e rm ite ap ro ve ch ar todas las f u n ­
c io n es sociales d el cu lto ; la c o m u n id a d de la p o lis p e rd u ra , e n la m ed id a e n que n o
esté expuesta a catástrofes eco n ó m icas o m ilitares. Y ta m b ié n la p a rtic ip a c ió n co m ú n
e n lo s a n tig u o s ju e g o s p u e d e sie m p re lle v a r a la p a r tic ip a c ió n e m o tiva (orgiázein).
H ab ía sin em bargo u n lím ite ante el que la re lig ió n de la p o lis estaba destinada a f r a ­
casar: el d esa rro llo de las gran d es ciu d ad es; en las m egalo p o lis d el m u n d o antiguo el
c ristian ism o ta m b ié n lo g ró establecerse fácilm e n te .

47 77 2 a .
48 738d .
49 77 id ·
50 7 16 d [trad. esp. d e j. M . P a b ó n y M . Fernández-G aliano: Platón, Las Leyes, i 9 6 0 (\l 9 ö 4-)I > citado
tam bién p o r Porph. Deabst. 2 , 6 1, 4 ·
51 7 l7 b ; cfr. 9 10 c ; Phdr. 2 5 0 c .
52 Reverdin, pp. 1 0 4 s .; P. Boyancé, Le culte des Muse^chezles philosophes grecs, 193 ^ (reimp. 19 7 2 ) ·
ÍN D ICE DE ABREVIATU RAS

Las abreviaturas de los autores antiguos y de sus obras citados en las notas son las de Liddell -
S co tt-Jo n es, A Greek-English Lexicon, with a revised supplem ent, O xfo rd , 19 9 6 , pp. X V I-
X X X V III [en sustancia, las mismas que las del Diccionario griego-español, vol. I ll, 19 9 1, pp. X X III-
C IV ], salvo en los casos en que éstas son poco transparentes para un lector no especializado.

A 4 Archäeologischer Anzeiger
A&A Antike und Abendland
AAA Archeologikà Andlekta exAthenôn
AAniHung Acta Antiqua Academiae Scientiarum Hungaricae
ABV Beazley, Ό . J Attic Black-figure Vase Painters, O xford, 1 936
ACl L ’Antiquité classique
AE Archaiologikè Ephemeris
AF Deubner, L ., Attische Feste, B erlín, 19 3 2
AJA American Journal ofArchaeologf
AK Antike Kunst
AM Mitteilungen des Deutschen Archäologischen Instituts, Athenische Abteilung
ANET Pritchard, J . B. (ed .), Ancient Near Eastern Texts relating to the Old Testament, Princeton,
aI9 5 5 , Supplement, 19 68
ANRW H . T em porini (ed.), Aufstieg und Niedergang der Römischen Welt, B erlín , 19 72 —
ARV3 Beazley, J . D ., Attic Red-figure Vase Painters, O xford, “19 6 3
ARW Archiv fur Religionswissenschaft
AS Anatolian Studies
ASAtene Annuario della Scuola archeologica diAtene
AT Antiguo Testamento
BABesch Bulletin van de Vereeniging tot Bevordering er Kennis van de Antieke Beschaving
446 I n d ic e d e a b r e v ia t u r a s

BAGB Bulletin de l’Association Guillaume Budé


BCH Bulletin de Correspondance Hellénique
BICS Bulletin o f the Institute o f Classical Studies o f the University o f London
BJb BonnerJahrbücher
BMC British Museum, Catalogue o f Greek Coins
BSA Annual o f the British School at Athens
BSL Bulletin de la Société de Linguistique de Paris
CAH The Cambridge Ancient Histoiy, 3 ‘ ed., I —II 2 , Cam bridge, I 9 7 ° _I 975
CGS Farneil, L . R ., The Cults o f the Greek States, I-IV , O xford, 18 9 6 -I9 0 9
CIG Corpus Inscriptionum Graecarum
CIL Corpus Inscriptionum Latinarum
CIS Corpus Inscriptionum Semiticarum
CMG Corpus Medicorum Graecorum
CMS Corpus der Mimischen und Mykenischen Siegel
CQ Classical Quarterly
CRAI Comptes rendus de l'Académie des Inscriptions et Belles Lettres
DA Dissertation Abstracts
Doc. Ventris, M. y Chadwick, J . , Documents in Mycenaean Greek,Cam bridge, *1973
EAA Enciclopedia dell Arte Antica Classica e Orientale
FGrHist Jacoby, F., Die Fragmente der griechischen Historiker, B erlin/Leiden, 19 2 3 - 19 5 8
FHG Fragmenta Historicorum Graecorum, edd. M üller, C. etalii, I I - V 2 , París, 18 4 1-18 7 0
GB Frazer, J . B ., The Golden Bough, I-X III, Londres, “19 11-19 3 6
GdH W ilam owitz-M oellendorff, U . von, Der Glaube der Hellenen, I —II, B erlín, 19 3 1 - 19 3 2
GF Nilsson, M. P., Griechische Feste von religiöser Bedeutung mitAuschluss der Attischen, Berlín, 19 06
GGR Nilsson, M. P., Geschichte der Griechischen Religion, I, Múnich, ’ 1967, II, Múnich, *1961
GRBS Greek Roman and Byzantine Studies
HN Burkert, W ., Homo Necans. Interpretationen altgriechischer Opferriten und Mythen, Berlin, 1972 >
2 “ ed. con un epílogo, Berlín/N ueva York, 1997
HR Histoiy o f Religions
HSCP Harvard Studies in Classical Philology
IC Inscriptiones Creticae
IE Engelmann, H . y Merkelbach, R ., Die Inschrißen von Erythrai und Klazomenai, I —II, Bonn,
1972-1973
IF Indogermanische Forschungen
IG Inscriptiones Graecae
JC S Journal o f Cuneiform Studies
JdL Jahrbuch des Deutschen Archäologischen Instituts
JHistld Journal o f the Histoty o f Ideas
JH S Journal o f Hellenic Studies
JIE S Journal o f the Indo -European Studies
KA Stengel, P., Die griechischen Kultusaltertümer, M únich, 3i g 2 0
KAI D onner, H . y Röllig, W ., Kanaanäische und aramäische Inschrißen, aI —III, Wiesbaden,
19 6 6 -19 6 9
KN Tablilla de Cnoso (véase I 3 · 6 , n . 2 )
L&S Burkert, W ., Lore and Science in Ancient Pythagoreanism, Cam bridge Mass., 1972
LIMG Lexicon Iconographicum Mythologiae Classicae, I-V III, Zúrich/M únich, 19 8 1-19 9 7
LSAM Sokolowski, F ., Lois sacrés de l’Asie Mineure, Paris, 1955
ÍNDICE DE ABREVIATURAS 447

LSCG Sokolow ski, F ., Lois sacrés des cités grecques, Paris, IÇ


LSS Sokolow ski, F ., Lois sacrés des cités grecques, Supplément, Paris, 19 6 2
MEFR(A) Mélanges d’Archéologie et d’Histoire de l’Ecole Française de Rome, Antiquité
MH Museum Helveticum
MMR N ilsson, M . P., The Minoan-Mycenaean Religion and its Survival in Greek Religion, L u n d , ZI 9 5 0
MY T ab lilla de M icenas (véase I 3 .6 , n .2 )
NClio La Nouvelle Clio
Oejh Jahreshefie des Oesterreichischen Archäologischen Instituts
OF A . B ern ab é, Poetae Epici Graeci Testimonia etfragmenta, I I I , O rp h ic o ru m et O rph icis
sim ilium testimonia et fragmenta, M onachii et lip sia e , 2 0 0 4 - 2 0 0 5 (las referencias
de la ed ició n o rigin al eran a la ed. de O . K e rn , i g 2 2 )
0 G1 Orientis Graeci Inscriptiones Selectae, ed. W . D itte n b e rg e r, Leipzig, 1 9 0 3 - 1 9 0 5
PM Evans, A ., The Palace o f Minos, I - I V , L o n d re s, 1 9 2 1 - 1 9 3 6
PMG Poetae Melici Graeci, ed. D . L . Page, O x fo rd , 19 6 2
PMGF Poetarum Melicorum Graecorum Fragmenta, ed. M . Davies, I, O x fo rd , 19 9 1
PP La Parola del Passato
PR P reller, L ., Griechische Mythologie, 4 * ed. a cargo de G . R o b ert, B e rlin , 1 8 9 4 - 19 2 6
PY T ab lilla de P ilo (véase I 3 .6 , n . 2 )
QJJCC Quaderni Urbinati di Cultura Classica
RA Revue Archéologique
RAC Reallexikonfür Antike und Christentum
RE Realencyclopädie der classischen Altertumswissenschaß
REG Revue des Etudes Grecques
RFIG Rivista di Filología e di Istruzione Classica
RGG3 G allin g, K . (ed .), Die Religion in Geschichte und Gegenwart, T ub in ga, 3i g 5 7 - I 9 6 2
RhM Rheinisches Museum
RHR Revue de l'Histoire des Religions
RML R osch er, W . H ., Ausführliches Lexikon der griechischen und römischen Mythologie, Leipzig,
18 8 4 -19 3 7
RPh Revue de Philologie
RSR Revue des Sciences Religieuses
RThPh Revue de Théologie et de Philosophie
S&H B u rk ert, W ., Structure and History in Greek Mythology and Ritual, B erkeley, 1979

SEG Supplementum Epigraphicum Graecum


SH Supplementum Hellenisticum, eds. H . Llo yd -Jo n es/P . Parsons, B erlín /N u e va Y o rk , 19 8 3
SIG Sylloge Inscriptionum Graecarum, ed. W . D itten b erger, I - I V , L eip zig, 3I 9 I 5 _ I9 2 3

SLG Supplementum lyricis Graecis, ed. D . Page, O x fo rd , 1974

SMEA Studi Micenei ed Egeo-Anatolici


SMSR Studi e Materiali di Storia delle fieíigioni
SSR Studi Storico-Religiosi
SVF Stoicorum Veterum Fragmenta, ed. H . vo n A r n im , I—
III, Lepizig, 1 9 0 3 - I 9 2 1
TAM Tituli Asiae Minoris
TGF Tragicorum Graecorum Fragmenta, ed. A . N au ck, L eip zig, '' 18 8 9
TrGF Tragicorum Graecorum Fragmenta, ed. B . S n e ll- R . K a n n ic h t, G o tin ga, 19 8 6
TH T ab lilla de Tebas (véase I 3.6 , n .2 )
VL B ro m m e r, F ., Vasenlisten zur griechischen Heldensage, M arb u rgo , 3I 9 7 3
WM H aussig, H . W ., Wörterbuch der Mythologie, Stuttgart, 19 6 5 ss·
ÍNDICE DE ABREVIATURAS

WS Wiener Studien
YCIS Yale Classical Studien
ZATW Zeitschriftfür Alttestamentliche Wissenschaft
ZPPV Zeitschrift der Deutschen Palästina-Vereins
ZßE Zeitschriftfür Papyrologie und Epigraphik
ZßGG feiischriftfür Religions- und Geistesgeschichte
ZyS Zeitschriftfür Vergleichende Sprachforschung
BIBLIOGRAFÍA

Las siguientes pu b licacion es se citan en esta obra sólo co n el n o m b re del autor. Las in d ic a ­
ciones b ib lio gráficas sistem áticas sobre cada tem a se e n cu en tran al in ic io de los c o rre sp o n ­
dientes capítulos.

A k u rG A L , E . y H i r m e r , M ., Die Kunst der Hethiter, M u n ic h , 1 9 6 1 [trad . ital. : L ’arte degli Ittiti,


F lo ren cia, 19 6 2 ] .
A m ANDRY, P ., La mantique apoUinienne à Delphes, París, 195 °·
A n d r o n i k OS, M ., Totenkult. Achaeologia Homerica W, G otin ga, 1 9 6 8 .
A r ia s , P. E . γ H ir m e r , M ., Tausend Jahre griechische Vasenkunst, M u n ich , i9 6 0 [trad, ital.: Mille
anni di ceramica greca, F lo ren cia, i9 6 0 ] .
A s t OUR, M . C ., Hellenosemitica, L e id e n , 19 6 5 .
B e r g q u i S T , B . , The Archaic Greek Temenos. A Study of Structure and Function, L u n d , 1 9 6 7
B le g e N , G. W. y R a w S O N , M ., The Palace ofNestor at Pylos in Western Messenia, I —I I I , P rin ce to n ,
19 6 6 -19 7 3 .
B O A R D M A N , J . , The Cretan Collection in Oxford, O x f o r d , 1 9 6 1 .
B r A N I G A N , Κ ., ( i ) TheTombsofMesara. A Study of Funerary Architecture and Ritual in Southern Crete, 2 8 0 0 -
l'/O O B. C ., L o n d re s, 1 9 7 0 .
— , (2 ) The Foundations o f Palatial Crete, L o n d re s, 19 7 0 .
B r e l i c h , A ., Paides eparthenoi, R om a, 19 6 9 (re im p ., 19 8 1) .
B R E M M E R , J . , The Early Greek Concept o f Soul, P rin c e to n 19 8 3 [trad , e sp .: El concepto del alma en la
antigua Grecia, M ad rid , 2OO 2].
B R U M F IE L D , A . C ., The Attic Festivals o f Demeter and their Relation to the Agricultural Year, Nueva Y o rk, 19 8 1.
B U C H H O L Z , H . G . y K a r a g e O R G H I S , Y . , Altägäis und Altkypros, T u b in ga, 19 7 1.
B u R K E R T , W . , v é a s e infra, a l f i n a l d e la r e l a c i ó n b i b l i o g r á f i c a .
C A L A M E , G ., Les choeurs desjeunesfilles en Grèce archaïque, R om a, 1 9 7 7 ·
C a s a b O N A , J . , Recherches sur le vocabulaire des sacrifices, A ix -e n -P ro v e n c e , 19 6 6 .
C h A N T R A IN E , P ., Dictionnaire étymologique de la langue grecque, Paris, 1 9 6 8 ss.
C h r i s t OPOULOS, G . A . (e d .), History o f the Hellenic Word; Prehistory and Protohistoiy, A ten as, 1 9 7 4
[ed. en griego, 1 9 7 0 ] .
450 BIBLIOGRAFÍA

CLAU S, D. B ., Toward the Soul: an Inquiry into the Meaning o f Psyché before Plato, New Haven, 19 8 1.
C L IN T O N , Κ ., The Sacred Officials o f the Eleusinian Mysteries, Filadelfia, 1 97 4 ·
C o o k , A . B ., &us. A Study in Ancient Religion, Cam bridge, 19 14 -19 4 0 .
C r o s s l a n d , R . A . y B i r C H A L L , A ., Bronze Age Migrations in the Aegean: Proceedings o f the First Interna­
tional Colloquium on Aegean Prehistory, Sheffield, 197 ° : Londres, 1 973 ·
D A W K IN S , R. M ., « T h e Sanctuary o f Artem is O rth ia » , JH S Suppi. V (Londres, 19 29 ) ·
D e S B O R O U G H , V . R. d ’A ., (i) The Last Mycenaeam and their Successors, O xford, 19 64 .
— , (2) The Greek Dark Ages, Nueva York, 1 97 2 -
D E T IE N N E , M ., (i) Lesjardins d Adonis, Paris, 1972 [trad, esp.: Losjardines de Adonis, Madrid, 19 8 3].
— , Dionysos mis à mort, París, 1977 [trad, esp.: La muerte de Dioniso, M adrid, 19 8 3].
D E T IE N N E , M . y V E R N A N T , J .- P . , La cuisine du sacrifice en pays grec, Paris, 1979 ·
D lE H L , E ., Anthologia Lyrica Graeca, Leipzig P 1 9 3 6 , I P 1 9 4 0 .
D i e t r i c h , B. C ., Origins o f Greek Religion, B erlin, 1 974 ·
DODDS, E . R ., The Greeks and the Irrational, Berkeley, 19 5 1 [trad, esp.: Los griegosj lo irracional,
M adrid, i9 6 0 ; '19 8 9 ].
D r E R U P , E . , Griechische Baukunst in geometrischer 2¿it. Archaeologia Homerica O, Gotinga, 1969.
E i t r e m , S., Opferritus und Voropfer der Griechen und Römer, Oslo, 19 15 ·
F a r n e l l , E. R ., GreekHero Cults & Ideas o f Immortality, O xford, 19 2 1· Véase también CGS.
F A U R É , P., Fonctions des cavernes crétoises, París, 19 64 .
F E H L IN G , D ., Ethohgische Überlegungen auf den Gebiet der Altertumskunde, Munich, 1 97 4 ·
F e h r l e , E ., Die kultische Keuschheit im Altertum, Giessen, 19 10 .
F i t t S C H E N , K ., Untersuchungen zum Beginn der Sagendarstellungen beiden Griechen, B erlin, 19 69·
F L E IS C H E R , R ., Artemis von Ephesos und vemandte Kultstatuen, Leiden, 1973 -
F R A N K E , P. R. Y H i r m e r , M. Diegriechische Münze als Kunstwerk, M unich, 19 6 3.
FR IE D L Ä N D E R , P. y H o f f l e i t , B ., Epigrammata. Greek Inscriptions inVerse. From the Beginnings to the Persian
Wars, Berkeley, 19 4 8 (reim p., Chicago, 19 87).
F R IE D R IC H , J . , Kleinasiatische Sprachdenkmäler, B erlín, 1 9 3 1 .
F r i s k , H ., Griechisches etymologisches Wörterbuch, Heidelberg, 19 6 0 - 19 7 0 .
F u r l e y , W. D ., Studiesinthe Use ofFire in Ancient Greek Religion, N uevaYork, 19 8 1.
F u r t w ä n g l e r , A . Y R e i c h h o l d , K ., Griechische Vasenmalerei, M únich, 19 0 0 ss.
C A L L E T DE S a n t e R R E , H ., Délos primitive et archaïque, París, 19 58·
G É R A R D -R o u ss e A U , M ., Les mentions religieuses dans les tablettes mycéniennes, Roma, 19 68 .
G e S E , H ., Die Religionen Altasyriens, en H . Gese, M. H ö fn e r y K . Rudolph, Die Religionen Altasyriens,
Altarabiens und der Mandäer, Stuttgart, 197 ° ·
G iM B U T A S , M ., The Gods and Goddesses o f Old Europe, JO O O -q^ooB. C., Londres, 197 4 ·
G O N O U V È S , R ., Balaneutikè. Recherches sur le bain dans l’antiquité grecque, Paris, 19 6 2 .
G R A F , F ., Eleusis und die orphische Dichtung Athens in vorhellenistischer 2¿it, B erlín /N u eva York, 1 97 4 ·
G R U B E N , G ., Die Tempel der Griechen, M unich, 1966.
G U R N E Y , O. R ., TheHittites, Harmondsworth, 1952 , *1954 [trad, esp.: Loshititas, Madrid, 19 95]·
G U T H R IE , W. K . C ., (i) The Greeks and their Gods, Boston, 19 5 0 .
— , (2) History o f Greek Philosophy, I, Cam bridge, 19 6 7 ; Π, 19 6 9 ; III, 19 6 9 ; IV, 1975 ; V , 19 781
V I, 19 8 1 [trad, esp.: Historia de lafilosofa griega, I-V I, M adrid, 19 8 4 -19 9 3 ]·
H Ä G G , R. y M a r iN A T O S , N . (eds.), Sanctuaries and Cults in the Aegaean Bronze Age, Estocolmo, 19 8 1.
H A R R IS O N , J . E ., (i) Prolegomena to the Study o f Greek Religion, Cam bridge, 19 0 3 , 3i g 2 2 .
— , (2) Themis: A Study of the Social Origins of Greek Religion, Cambridge, 19 12 , *1927 [trad, it.: Themis.
Uno studio suile origini sociali della religione greca, Nápoles, 19 9 6 ].
H E A D , B. V ., Historia Nummorum, O xford, ai g n (nueva ed. ampliada: Amsterdam, 19 9 1)·
B IB LIO G R A FÍA 451

H e i l e r , F ., Erscheinungsformen und Wesen der Religion, Stuttgart, 19 6 1 .


H e l g i c , W . , Die Beziehungen Aegyptens und Vorderasiens zur Aegäis bis ins 7 - Jahrhundert υ. Chr., D arm stadt,

19 7 9 ·
H em berg, B ., DieKabiren, U ppsala, 195 °·
H e r m a n n , H . V . , ( i ) Omphalos, M ü n s t e r , 1 9 5 9 ·
— , (2) Olympia, M u n ich , 1972 .
H e u b e c k , A ., Aus der Welt derfrühgriechischen Lineartafeln, G o tin ga, 19 6 6 .
H O O D , S ., The Minoans. Crete in the Bronze Age, L o n d re s, I 9 7 1 ·
H o o r, G. v a n , ChoesandAnthesteria, L e id e n , 19 5 I·
J A E G E R , W ., Die Theologie derfrühen griechischen Denker, Stuttgart, 1 9 5 3 [ed. in g l., 1 9 4 7 ; trad, esp .:
Teología de los primerosfilósofos griegos, M éxico, 19 5 2 ] ·
J e a n m a i r e , H ., ( i ) CouroietCourètes, L ille , 1 9 3 9 .
— , (2 ) Dionysos, histoire et culte de Bacchus, París, 19 5 I·
J effery, L . H ., The Local Scripts o f Archaic Greece, O x fo rd , 1 9 6 1 (ed. revisada co n su p lem en to ,
O x fo rd , 19 9 0 ) .
J O R D A N , B ., Servants o f the Gods, G otin ga, 1 9 7 9 ·
K a i b e l , G . , Epigrammata Graeca ex lapidibus collecta, B e r lín , 18 7 8 .
K a s s e l, R. y A u s t i n , G ., Poetae comici Graeci, I- V III, 1 9 8 3 - 2 0 0 1 .
K E R É N Y I , K . , ( i ) Die Mysterien von Eleusis, Z u r i c h , 1 9 6 2 .
— , (2) Eleusis, Archetypal Image of Mother and Daughter, Lon d res, 19 6 7 [trad, esp.: Eleusis. Imagenarque-
típica de la madrej la hija, 2 0 0 4 ] .
— » (3) feus and Hera, L e id e n , 19 7 2 ·
— , (4) Dionysos. Urbild des unzerstörbaren Lebens, M ú n ich /V ie n a, 19 7 6 [trad, esp.: Dionisios (sic). Raíz
de la vida indestructible, 19 9 8 ].
K l R C H E R , K . , Die sakrale Bedeutung des Weins im Altertum, G iessen, 1 9 1 0 .
K R A M E R , S. N ., Sumerian Mythology [Philadelphia, 19 4 4 ] · N ueva Y o rk , “19 6 1.
K uRT Z, D. G. y B o A R D M A N , J . , Greek Burial Customs, Ithaca, N ueva Y o rk , i g j l .
L a t t e , K ., (i) De saltationibus Graecorum capita quinque, G iessen, 1 9 1 3 , “19 6 7 .
— , (2 ) Römische Religiongeschichte, M ú n ich , i9 6 0 , *19 76 .
L A U M O N I E R , F ., Les cultes indigènes de la Carie, París, 19 5 8 .
L e s k y , A ., Geschichte der griechischen Literatur, B ern a, Ι 9 5 7 > 3I 9 7 1 [trad, e sp .: Historia de la literatura
griega, M ad rid , 1 9 6 8 ].
L l P P O L D , G ., Griechische Plastik, M ú n ich , I 9 5 0 ■
L u llie s , R. Y H i r m e r , M ., Griechische Plastik, M ú n ich , i9 6 0 .
M a l l w i t z , A ., Olympia und seine Bauten, M ú n i c h , 1 9 7 2 -
M A N N H A R D T , W ., Wald- und Feldkulte, B e r lin , 18 7 5 , “19 0 5 (re im p ., 19 6 3 ) .
M A R I N A T O S , S . y H i r m e r , M . , Kreta, Thera und das mykenische Hellas, M ú n i c h , 1 9 5 9 . **973 [ t r a d .
ita l.: Creta e Micene, F lo ren cia, i9 6 0 ] .
M a t z , F ., Göttererscheinung und Kultbild im mimischen Kreta, A b h an d lu n gen A kad . M ain z, 19 5 8 , 7 ·
M E T Z G E R , H ., Recherches sur l’imagerie Athénienne, París, 19 6 5 .
M e u l i , K ., ( i ) « G rie ch isch e O p fe rb rä u c h e » , e n Phyllobolia, FestchschriftP. VonderMühll (Basilea,
19 4 6 ) , p p . 1 8 5 - 2 8 8 (= Gesammelte Schriften II, p p . 9 0 7 - IO 2 1) .
— , (2) Gesammelte Schriften I —II, B asilea, 1 9 7 5 ·
M l K A L S O N , J . D ., The Sacred and Civil Calendar o f the Athenian Year, P rin ce to n , 1 9 7 5 ·
M O U L I N I E R , L . , Le Pur et l’impur dans la pensée et la sensibilité desgrecs, París, 1 9 5 2 .
M Ü L L E R - K a r p e , H . , Handbuch der Vorgeschichte, I, Altsteinzeit, M ú n i c h , 19 6 6 ; 11, Jungssteinzeit, 19 6 8 ;
III, Kupferzeit, 1975 ·
452 BIBLIO G RAFÍA

M y LO NAS, G . E ., Eleusis and the Ekusinian Mysteries, P rin ce to n , 19 6 1.


N A R R , K . J . , Handbuch der Urgeschichte, I I, B e rn a , 1 9 7 5 ·
NILSSON, M . P ., Opuscula selecta ad historiam religionis Graecae, I —II I , L u n d , 1 9 5 1 - 1 9 6 0 (citad o :
N ilsso n Op.; véase asim ism o GF, GGR, MMR).
NOCK, A . D ., Essays on Religion and the Ancient World, C am b rid ge, M ass., 1972 -
OPPENHEIM, A . L ., Ancient Mesopotamia, C h icag o , 19 6 4 .
OTTO, W . F ., (i) Die Götter Griechenlands, B o n n , 1 9 2 9 ; Fran kfu rt, * 19 5 6 [trad, esp.: Losdiosesde
Grecia, M ad rid , 2 0 0 3 ] ·
— , (2) Dionysos. Mythos und Kultus, F ran kfu rt, 1 9 3 3 , 2I 9 4 & [trad, esp.: Dioniso. Mitojculto, M ad rid ,
19973 -
O V E R B E C K , J . , Die antiken Schriftquellen zur Geschichte der bildenden Künste beiden Griechen, Leipzig, 1 8 6 8 .
P A R K E , H . W . y W o r m e l l , D . E . W ., the Delphic Oracle, O x f o r d , 19 5 6 .
P E E K , W ., Griechische Vers-InschriftenI: Grab-Epigramme, B e r lin , 1 9 5 5 -
P f I S T E R , F ., Der Reliquienkult in Altertum, G iessen, 1 9 0 9 - I 9 1 2 .
P F U H L , E ., De Atheniensium pompis sacris, B e r lín , 1 9 0 0 .
PiCKARD-CambridGE, A ., (l) Dithyramb, Tragedy, and Comedy, O xford, I 9 2 7 t ! i 9 6 2 -
— , (2) The Drammatic Festivals of Athens, O xford, 1953 >3l968.
P o p p , H ., Die Inwirkung von Vorzeichen, Opfern und Festen auf die Kriegfiihrung der Griechen im g. und 4 -Jh· v- Chr.,
D iss. E rlan g e n , 1957 -
P O W ELL , I. U ., Collectanea Alexandrina, O x fo rd , 1 9 2 5 -
P r i c e , T . H ., Kourotrophos: Cults and Representations o f Greek Nursing Deities, L e id e n , 19 7 8 .
P R I T C H E T T , W . Κ ., The Greek States at War, III·. Religion, Berkeley, 1 9 7 9 -
P R Ü C K N E R , H ., Die lokrischen Tonreliefs, M ain z, 19 6 8 .
R E N F R E W , C ., The Emergence o f Civilisation. The Cyclades and the Aegean in the Third Millennium B. C.,
L o n d re s, 19 7 2 ·
R e v e r d i n , O ., La religion de la Cité Platonicienne, París, 1 9 4 5 ·
R I C H A R D S O N , N . J . , The Homeric Hymn to Demeter, O x fo rd , 1 9 7 4 -
R i N G G R E N , H ., Israelitische Religion, Stuttgart, 19 6 3 .
R l S C H , E ., Wortbildung der Homerischen Sprache, B e rlín , aI 9 7 4 -
R O H D E , E ., Psyche. Seelenkult und Unterblichkeitsglaube der Griechen, F rib u rgo , 18 9 4 , *18 9 8 [trad, esp.:
Psique, B arcelon a, 19731 -
R o u s e , W. H . D ., Greek Votive Offerings, C am b rid ge, IQ 02 -
ROUX, G ., Delphi. Orakel und Kultstätten, M únich, I 97 1 [trad, fr.: Delphes, son oracle et ses dieux, París,
19 76].
R u d H AR D T , J . , Notionsfondamentales de la pensée religieuse et actes constitutifs du culte dans la Grèce classique,
G in e b ra, 19 5 8 , ”19 9 2 .
RUTKOWSKI, B ., (l) Cuit Places in the Aegean World, B reslau, 1972 .
— , (2 ) Frühgriechische Kultdarstellungen, AM , B eih e ft 8, B e r lín , 19 8 1.
S A M U E L , A . S ., Greek and Roman Chronology, M u n ich , 1 9 7 2 ·
SC H A C H E R M E Y R , F . , Aegäis und Orient Die überseeischen Kulturbeziehungen von Kreta und Mykene mitÄgypten,
der Levante und Kleinasien unter bes. Berücksichtigung des 2. Jt. v. Chr., D en kschr. d. W ien er A k . 9 3 ,
V ie n a, 19 6 7 .
S C H E F O L D , K . , Frühgriechische Sagenbilder, M ú n ich , 1 9 6 4 ·
S C H M I T T , K ., (e d .), Indogermanische Dichtersprache (Wege d er F orsch u n g 16 5 ) , D arm stad t,19 6 8 .
S C H W Y Z E R , E ., Griechische Grammatik, M u n ich , 19 3 9 .
S l M O N , E ., Die Götter der Griechen, M ú n ich , 19 6 9 .
S l T T I G , E ., De Graecorum nominis theophoris, D iss. H alle, 1 9 1 1 .
BIBLIO G RAFÍA 453

SM ITH , W . R . , Die Religion der Semiten, T ü b in g e n 18 9 9 [ed. in g l.: Lectures on the Religion o f the Semites,
C am b rid ge, 18 8 9 , “18 9 4 .; N ueva Y o rk , 4i g 5 l] .
SNELL, B ., Tragicorum Graecorum Fragmenta, I, G o tin ga, 19 7 I·
S N O D G R A S S , A . M ., The Dark Age o f Greece, E d im b u rg o , 1 9 7 ^·
S T E N G E L , P . , Opferbräuche der Griechen, L e i p z i g , 1 9 1 O .
S t i g l i t z , R ., Die Grossen GöttinenArkadiens, V ie n a, 19 6 7 ·
TOD, M . N ., A Selection o f Greek Historical Inscriptions, I, O xfo rd , “19 4 6 .
T O E P P F E R , J . , Attische Genealogie, B e rlin , 18 8 9 .
T r a V L O S , J . , Bildlexikon zur Topographie des antiken Athen, T u b i n g a , I 9 7 1 ·
U S E N E R , H ., Götternamen. Versuch einer Lehre von der religiösen Begriffsbildung, B o n n , 1 8 9 5 ; F ran k fu rt,
3I 9 4 8 .
V e r m e u l e , E . T ., (i) Greece in the Bronze Age, C h icago, 19 6 4 .
— , (2 ) Götterkult. Archaeologia Homerica V, G otin ga, 1974 ·
V E R N A N T , J . - P . , Mythe et Société en Grèce ancienne, París, 1 9 7 4 [trad, esp.: M itoj sociedad en la Grecia
antigua, M ad rid , 19 9 4 ] :
V e r S N E L , H . S . ( e d . ) , Faith, Hope and Worship: Aspects ofReligious Mentality in the Ancient World, L e i d e n ,
1 9 8 1.
V l S S E R , M . W . d e , Die nicht-menschengestaltigen Götter der Griechen, L e id e n , 1 9 0 3 .
V O I G T , E . M ., Sap p h o, A lcaeus, Fragmenta, A m sterd am , 1 9 7 I ·
W Ä C H T E R , T h ., Reinheitvorschriften im griechischen Kult, G iessen , 1 9 1 0 .
W A L T E R , H ., Griechische Götter, M un ich , 19 7 I·
W A R R E N , P . , Myrtos: An Early Bronze Age Settlement in Grete, L o n d re s, 1 9 7 2 .
W e h r l i , F ., Die Schule des Aristoteles, B asilea, * 19 6 7 -19 6 9 .
WEST, M . L ., (1) H esiod, Theogony, edited with Prolegom ena an d C om m entary, O xford , 19 6 6 .
— , (2 ) Iambi etElegi Graeci I —II, O xfo rd , *19 8 9 (citado p o r el n o m b re del poeta, p. ej. : A r c h i­
lochus fr. 9 4 W est“).
— > (3) H esio d , Works and Days, edited with P ro lego m en a and C o m m en tary, O xfo rd , 19 7 8 .
W i d e , S ., Lakonische Kulte, Leipzig, 1 8 9 3 ·
W l E S N E R , J . , Grab undJenseits, B e rlín , 19 3 8 .
W l L L E T T S , R . F ., Cretan Cults and Festivals, L o n d re s, 19 6 2 .
Y a v i S, C . G ., GreekAltars. Origins andTypology, including the Minoan-Mycenaean Offertoiy Apparatuses,
Saint L o u is, 1949 ·
Z U N T Z , G ., Persephone, O xfo rd , 1 9 7 1 -

E l A U T O R R E M IT E A S IM IS M O A LA S SIG U IE N T E S P U B L IC A C IO N E S SU Y A S:

— , « K e k ro p id e n sa g e u n d A r r h e p h o r ia » , Hermes 94 (*9 6 6 ), p p . 1-25 [trad, ita l.: « L a saga


delle C e c ro p id i e le A r re fo rie , dal rito d i in iziazion e alla festa delle P an ate n ee » , en M .
D etien n e (ed .), limito. Guida storica e critica, R o m a/B ari, \ i g g 4 , p p . 2 5 -4 9 >2 3 2 - 2 4 5 ]-
— , « T raged y and Sacrificial R itu a l» , GRB 7 ( ig 6 6 ) , p p . 8 7 - 1 2 1 [trad, it .: « L a tragedia greca
e il rito del sa crificio » , en W . Burkert, Origini selvagge. Sacrificio e mito nella Grecia arcaica, R om a /
B a ri, i g g 2 , p p. 3 - 3 3 . H I - 1 3 1 ] .
— , « O rp h e u s u n d die V o rs o k ra tik e r» , A&A14 ( ig 6 8 ) , pp. 9 3 - I 1 4 ·
— , « Ja s o n , H ypsipyle, an d N ew F ire at L e m n o s » , C ß ,2 0 ( 19 7 0 ) , p p . I - 1 6 [trad. ital. « I I
fu oco di L e m n o . A p r o p o s ito di m ito e r ito » , e n W . B u rk ert, Origini selvagge, cit., pp. 3 5 -
5 6 , 13 1-13 9 ]·
454 BIBLIO G RAFÍA

— , « B u z y g e u n d P a lla d io n » , £ R G G 2 2 ( l 9 7 ° X PP- 3 5 6 - 3 6 8 [trad . ital. : « B o u z y g h e s e


P allad io: violenza e giustizia n e ll’antico r itu a le » , en W . B u rk ert, Origini selvagge, cit., p p .
5 7 - 8 1 , 13 9 -14 4 ]·
— , « A p e lla i u n d A p o llo n » , Æ/1M118 ( l 9 7 5 )> P P · I _ 2 I.
----, « R e s h e p -F ig u re n , A p o llo n v o n A m yk lai u n d die 'E rfin d u n g ’ des O p fe r a u f C y p e r n » ,
Grazer Beiträge 4 ( l 9 75 ) . PP· 5 Ι ' 7 9 ·
— , « G rie c h is c h e M yth ologie u n d die G eistesgeschichte d er M o d e r n e » , en Les classiques aux
XIXe etXXe siècles, En tretien s sur l ’antiquité classique 2 6 , V andoeuvres, 19 8 0 , p p . I 5 9 _I 9 9 ·
— , « G la u b e u n d V erh alte n : Z eich e n ge h alt u n d W irkungsm acht vo n O p fe r r it u a le » , e n Le
sacrifice dans l’antiquité, Entretiens sur l ’antiquité classique 27 , Vandoeuvres, 19 8 1, pp. g i - 1 2 5 -

V éase asim ism o HN, L&S y S&H.

A c t u a l iz a c ió n b ib l io g r á f ic a

Mentor. Guide bibliographique de la religion grecque-Bibliographical Survey o f Greek Religion, b ajo la d ire ció n
cien tífica de A , M otte, V . P ire n n e D elfo rg e y P. W athelet, L ie ja , 1 9 9 2 ; Mentor 2, 19 8 6 -
19 9 0 , L ie ja , 19 9 8 .
A l c O C K , S . y O S B O R N E R . ( e d s . ) , Placing the Gods. Sanctuaries and Sacred Space in Ancient Greece,
O xfo rd , 1 9 9 4 ·
Attidel Convegno Internationale Anathema, Scienze d e ll’A n tich ità. Sto ria, A rch e o lo g ia, A n tr o p o lo ­
gía 3 - 4 ( 19 8 9 - 19 9 0 ) .
A U B R I O T - S É V I N , D . , Prière et conceptions religieuses en Grèce ancienne jusqu’à la fin du Ve siècle av. f.- C .,
Lyon/Paris, 19 9 2.
B e a r d , M . y N o r t h , J . (ed s.), Pagan Priests: Religion and Power in the Ancient World, Ithaca 19 9 0
B O N N E C H È R E , P ., Le sacrifice humain en Grèce ancienne, A te n as/L ie ja, 1 9 9 3 -
B O R G E A U D , P ., Recherches sur le dieu Pan, R o m a, 1 9 7 9 ·
B R E M M E R , J . N ., Greek Religion, O x fo rd , 1 9 9 4 [trad, esp.: La religion griega, C ó rd o b a, 2 0 0 6 ] .
B R U I T Z a i d m A N , L . y S c h m i t t P a n t e l , P . , La religion grecque dans la cité grecque à l’époque classique,
París, 19 9 1 [trad, esp.: La religion griega en la polis de la época clásica, M ad rid , 2 0 0 2 ] ·
CLIN TO N , κ . : Myth and Cult: The Iconography o f the Eleusinian Mysteries, Estocolm o, 1992 ·
D i e t r i c h , B . C ., Tradition in Greek Religion, B e rlin , 1 9 8 6 .
D o w d E N , Κ . , Death and the Maiden, L o n d r e s , 1 9 8 9 .
E A S T E R L I N G , P .- E . y M u i r , J . V . (ed s.): Greek Religion and Society, C am bridge/Syd n ey, 19 8 5 ·
F a r a o n e , C h . A . y O b b i n k , D . (eds.), Magika Hiera. Ancient Greek Magic and Religion, Nueva Y o r k /
O x fo rd , 19 9 1.
GARLAND, R ., Introducing New Gods: the Politics ofAthenian Religion, Ithaca, 1 9 9 2 .
G r a f , F . , Nordionische Kulte, R o m a , 1 9 8 5 .
— , Griechische Mythologie, Zürich, 3I9 9 I [trad, ital.: II mito in Grecia, R om a/Bari, “19 8 8 ],
— , La magie dans l’antiquité Gréco-Romaine, París, 19 9 4 [ed. ingl. : Magic in the Ancient World, C am ­
bridge, 19 9 7]·
— (ed.), Ansichten griechischer Rituale. Geburtstag-Symposium für W. Burkert, Stuttgart/Leipzig, 19 9 8 .
HÄGG, R . (ed.), Ancient Greek Cult Practicefrom the Epigraphical Evidence, Estocolmo, 1 9 9 4 -
— , The Role ofReligion in the Early Greek Polis, Estocolm o, ig g 6 .
— , Ancient Greek cultpractice from the archaeological evidence, E stocolm o, 19 9 8 .
H Ä G G , R . , M A R I N A T O S, N . y NORDÇHJIST, G . C . ( e d s . ) , Early Greek Cult Practice, E s t o c o l m o , 1 9 8 8 .
BIBLIO G RAFÍA 455

HELLSTRÖM , P. y A l r O TH , B. (eds.), Religion and Power in the Ancient Greek World, Uppsala, 19 9 6 .

H lM M ELM A N N , N ., Tieropfer in der griechischen Kunst, Opladen, 1 99 7 ·


J O S T , M ., Sanctuaires et cultes dÄrcadie, Paris, 19 8 5·
LÉV ÊQ U E, P. y M a c t o u x , M . M . (eds.), Les grandesfigures religieuses. Fonctionnament pratique et symbo­
lique dans l’antiquité, Paris, 1986.
M a l k i n , I., Religion and Colonization in Ancient Greece, L eid en /C o lo n ia, 19 87·
M A R I N A T O S , N ., Minoan Sacrificial Ritual: Cult Practice and Symbolism, Estocolmo, 19 86.
— , Minoan Religion. Ritual, Image and Symbol, Colum bus, Carolina del Sur, 19 9 3 .
M e r k e l b a c h , R ., Die Hirten des Dionysos, Stuttgart, 19 88 [trad. ital. con alguna pequeña omisión:
I misteri di Dioniso: il dionisismo in etâ imperiale romana e il romanzo pastorale di Longo, Génova, 19 9 1).
M OREAU, A . (ed.), L ’Initiation. Actas del «C olloqu e International de M ontpellier ( 11- 14 avril,
19 9 1) » . M ontpellier, 19 9 2 -
P a r k e , H . W., Sibyls and Sibylline Prophecy in Classical Antiquity, Londres, 19 8 8 .
P a r k e r , R ., Miasma. Pollution and Purification in Early Greek Religion, O xford, 19 8 3 (reim p., 19 9 0 ).
— , Athenian Religion: A History, O xford, 1996.
P e t t e r s s o n , M ., The Cults o f Apollo at Sparta: the Hycikinthia, the Gymnopaidiai and the Karneia, E sto ­
colmo, 19 9 2·
P E T Z L , G ., « D ie Beichtinschriften W estHeinasien», Epigraphica Anatolica 22 ( l 9 9 4 )·
P ir e n n e -D e lfo R G E , V . , L'Aphrodite grecque: contribution à l’étude de ses cultes et de sa personalité dans le
panthéon archaïque et classique, Atenas /Lieja, 19 94 .
P O L I G N A C , F. DE, La naissance de la citégrecque. Cultes, espace et société, VIIIe-VIIe siècles avant].-C., Paris,
19 84 .
PRICE, S., Religions of the Ancient Greeks, Oxford, 1999 [trad, ital.: Le religioni dei Greci, Bolonia, 2 0 0 2 ].
R u d h a r d t , J . , Notionsfondamentales de la pensée religieuse et actes constitutifs du culte dans la Grèce classique,
*1 9 9 2 -
SOURVINOU-INW OOD, CH ., «Reading» Greek Culture, O xford, 19 9 1.
S trA T E N , F. T . v a n , Hieràkald: Images ofAnimal Sacrifice in Archaic and Classical Greece, Leiden, 1 99 5 ·
T rÜ M P Y , C ., Untersuchungen zu den altgriechischen Monatsnamen und Monatsfolgen, Heidelberg, 1997 -
V e r s n e l , H . S . , Inconsistences in Greek and Roman Religion, i) Ter Unus: Isis, Dionysos, Hermes; Three studies in
Henotheism, Leiden, 199O; 2) Transition & Reversal in Myth & Ritual, Leiden, 19 93.
ÍN D IC E AN ALÍTICO
(Alberto Bernabé y Helena Bernabé)

Ábaris I I I η. 5 0 , 14 0 r ó n de A . 1 8 0 , 2 0 8 — b arb ad a 2 0 6 —
Academ o 87, 2 77 n. 2 3 , 3 12 | véase H eca- en lo s ja r d in e s 2 0 7 , 3 0 8 — en m ito s
demo de la g u e rra de T ro y a 2 0 8 , 2 4 4 ~
acebuche en O lim pia, para coron ar a los h e rid a p o r D iom edes 2 0 8 , 24 8
vencedores H g, 14 7 y n. 81, 169 | véase epítetos y advocaciones: —A fro d ito 2 0 6
olivo n. 5 — áurea 16 8 , 207> 2 o 8 —Areía 2 2 8
aceite 5 2 , 5 7 . 6 3. 64, 66, 86, 95, 98, I O O - - A sta rté 1 3 4 , 2 9 8 , 3 3 7 - C ip r is
I O I , 12 8 , 14 0 , 19 1, 262 y n. 4 1, 3 0 9 , (Kypris) 2 0 7 , 2 0 9 —Morphó 12 7 n · 9 o —
356 Pandemos 110 , 2 10 y n. 34 —
Acteón 2 8 0 n. 53 Philomme(i)dés 2 0 9 —Parakßptousa 2 0 8 n .
Adam na véase Atis 19 — U ra n ia (Ouranía) 3 8 , 2 0 6 , 2 1 0 —
ádikon 359 Venus genetrix 2 1 0
adivinación véase mántica cu lto : — co n sa g ra ció n de vírg en es 1 6 4 —
Admeto 246 , 2 7 2 , 290 m ach o cab río 16 9 — m irto 16 9 —
Adonias 2 4 °> 3 4 4 ofren d as de esclavas 96 — p ro stitu ció n
Adonis 8, 2 0 , 87, 2 3 9 -2 4 0 , 272 -ja rd in e s sagrada 14 8 , 2 0 6 — u so de in cie n so
de A . 9 n. 28, 2 39 7 5 . 87
adoración, actitud de, gesto de 34 y n. 13 , lu gares: —A c r o c o r in to I 1 8 —A fro d isia s
39 , 4 1- 4 2 , 57 y nn. 9 y 14 , 6l 2 1 0 —A m atu n te 2 0 7 —A scalón 1 3 4 n .
Adrasto 16 4 , 386 2 3 — C ite ra 2 0 9 - C it io 207 -
A frodita 1 6 5 , 1 7 8 , 1 9 7 , 2 0 6 - 2 1 0 , 2 3 9 , 2 4 4 , C o r in t o 1 4 8 , 2 0 6 n . 9 — K a to S im e
2 5 3 . 2 9 4 n - 3 ~ hom ónim os 1 6 5 — 70, 2 9 8 - Pafos 2 3 , 68, 7 0 , 74, 2 0 7 -
etimología del nom bre 2 0 9 —oriental 2 0 8 — Sam os 2 9 8 — Sam otracia 337 —
206-207 — m icénica 6 0 , 7 4 . 2 0 7 — S ició n 1 3 5 —Tebas 2 9 8
nacim iento 2 0 9 —antigua «señora de re la c ió n c o n o tro s dioses y h é ro e s: —
los anim ales» 1 6 4 , 2 0 9 , 2 4 2 (equipa­ A d o n is 2 3 9 - 2 4 ° — A n q u ise s 2 0 8 ,
rada con C ibele) — ámbito de la 2 4 8 , 2 5 3 , 3 7 8 —A res 2 0 8 , 2 2 8 , 2 9 6 ,
sexualidad 1 8 1 , 2 0 6 , 2 4 7 . 2 9 6 , 2 9 9 — 298 (am b os, p ad res de H a rm o n ía
belleza 2 5 2 - 2 5 3 — corL pectoral con 2 29 , 29 8) - E ro s 2 0 6 , 2 5 0 , 29 9 ,
sím bolos de abundancia 1 6 4 —cintu­ 3 ° 9 > 3 !3 . 35 1 — H e festo 2 0 7 - 2 0 8 ,
458 ÍNDICE ANALÍTICO

2 2 8 — H e rm e s 2 9 8 (H e rm a fro d ito A crópolis de Atenas 1 2 0 , 19 2 —peces


2 9 8 ) — Hfmeros y Peithó 2 5 0 — opuesta a en el agua sagrada 15 4 n · 29 — orácu­
A ten ea y a A rtem is 2 9 9 . 3 3 2 los m ediante la observación del agua
en la literatu ra y la filo so fía: Himno aAfi'o- sagrada 15 6 n. 3 g — usada para la
dita 2 0 8 , 2 3 0 — poem as de S a fo 8 7 , m ántica en Claros y en D elfos 15 8 —
2 0 9 - 2 1 0 , 2 5 3 —E m péd ocles 4 2 1 baño de (la estatua de) H era en las
e n el arte: — estatuas 2 1 0 — de Praxiteles aguas del Canato 18 2 — en relación
2 1 0 — en el fr is o d e l P a rte n ó n 1 7 0 — con Posidón 18 4 n. 2 (« se ñ o r del
arm ad a 2 9 8 | véase G n id o , p alo m as, agua» etimología de su nombre), 18 6 ,
H ip ó lito 18 8 y n. 3 7 , 19 2 — de M nem ósine
dgalma, agdlmata 9 1, 127 , I3 0 - I 3 1 , 18 6 , 252 3 8 9 - 3 9 0 — en suplicios in fern ales:
A g a m e n ó n 4 0 , IOO, IO I, IIO , 1 92 , 2 0 5 , Tántalo 267, los no iniciados, conde­
247, 2 6 5 , 3 16 , 3 3 4 , 3 3 6 - culto 2 7 5 y nados a acarrearla 36 9 y n. 16 , 3 7 3 ,
n . 4 I véase Zeus Agamémnon 396 —de la Estige 338 n. 36 —p ro h i­
AgathösDaímon 9 9, 244 7 n-9 bición de cortarle el agua a una ciudad
agétas 3 1 5 asociada a la anfictionía de Delfos 3 43
A g lau ro 3 0 8 , 3 0 9 y n n . IO - 13 , 3 1 3 , 335 — salvación de las aguas en el rito de
agogé véase Esparta Samotracia 378 —como elemento, en
agón 1 4 5 - 1 4 7 , 2 6 1, 2 9 4 — epitaphios 1 4 6 — de filosofía 4 3 5 , 4 37
lo s h é ro e s 2 6 1 — c o m p e tic ió n cu ltu al aía 265 n. 13
de las A ntesterias 3 16 — de belleza 14 5 aideîsthai 359 , 362
— de palabras 4 1 3 — m usicales en O rtia aién eóntes 248
3 49 — en A n d a n ia 3 7 1 — e n las C a r ­ aión 4 3 2 , 4 3 5
neas 3 1 5 — en D elfos (pítico) 14 8 , 19 9 aísa 177, 2 9 9 -A isa, destino 176
— en O lim p ia 1 7 7 , 3 4 3 — e n l as P ana_ aischrología 1 4 4 , 3 2 6 , 3 3 1, 375
teneas 14 6 , 3^2, 3^3 Alástor 245
dgos 1 1 2 y n . 57 , 3 5 9 , 3 6 5 Alcestis 246 , 2 7 2 , 2 9 0
A g r io n ia s (Agriónia) 221-222 y n . l6 , 3 ° 2 , Alcidas, hijos de H eracles 88 —fiesta en su
386 h onor 2 8 4 | véase Heracles
agua —lavatorio de m anos IOI —lib ació n 9 8, A lcínoo 275
1 0 0 - I O I , 2 6 2 y n . 4 1 — p a ra los Alcm ena I 1 8 n. i g , 1 7 5
d ifu n tos IO I, 2 6 2 —p u rific a c ió n 10 6 , alegoría 19 3 , 2 1 4 , 3 2 g , 4 2 3 , 4 3 4 — de Ia
10 8 - III, 115 , 120 — e n el sa c rific io naturaleza 6 - 7 , 2 1 7
(cerca de los altares) 7 9 _ 8 o , 8 3 , 1 2 1 , alegoristas 3 0 4
2 3 7 (en sacrificios p o r ahogam ien to), A lfeo, río 2 12 —dios del río 14 3
3 3 9 ~ p a ra que la víctim a « c o n ­ alitaínesthai 3 6 5
sie n ta » en ser sacrificada 8 0 — pozos, alma, almas (psyché, psychaí) —alimentadas p or
fu e n te s y re c ip ie n te s e n lu gares de las libaciones IOO — alegradas p o r el
cu lto 3 8 , 1 2 0 y n . 3 1 , 4 0 2 — m a n a n ­ vino 2 2 1 —invocación de las del Hades
tiales de agua calien te I 1 8 — p o r ta r 8 5 — conducidas p or H erm es (psycho-
agua, p o r ta d o ra de agua (hydrophóros) pompos) al Más A llá 211 n. I, 2 1 3 - 2 1 4 ,
1 0 8 , 1 3 7 - 1 3 8 , 2 3 7 , 3 1 1 (en el ritu al de 2 4 9 , 2 7 1 — con Caronte 213 — en
las Bouphónia 3 4 4 , Hydrophória IO I, lou- H om ero 2 6 4 y n. 8 , 2 6 5 y n. 1 1 - 1 2 ,
trophóros 1 3 5 ) — d e l d ilu v io de D e u c a ­ 2 6 6 , 4 0 0 —representadas como figuras
lio n IO I, 322 — en los m isterios e le u - aladas 2 6 5 —identificadas con las kéres
sin io s IO I — p a ra p r o p ic ia r la llu via 3 19 —anim ism o 7 —psychopompeíon 18 9
1 0 1 - I 0 2 y n. 67, 354 — salada, e n la n. 4 4 —interpretación de Rohde 259
ÍN D ICE A NALÍTICO 459

en la filosofía: —en los presocráticos 4 1 ° , y n. 9 3 , 12 8 , 19 5 —de Asclepio 3 5 6 —


4 2 2 - 4 2 3 —afinidad con las estrellas y de Atenea Hippía 299 —de Atenea en la
el cielo 269 —definida como éter 4 2 3 Acrópolis 3 12 —de C rono y Rea 3 12 —
— para los sofistas 2 6 9 , 4 2 4 — en el de Deméter 3 2 4 - 3 2 6 —de Posidón en
orfism o y el pitagorism o 3 9 1 - 3 9 2 , D elfos 3 0 0 — de Zeus Herheíos 3 4 ° —
3 9 4 -3 9 5 y n. 5, 3 9 6 - 4 0 0 , 4 0 2 - 4 0 3 en Atenas 87, 2 1 3 n. 2 ° — en C n o so
— en la doctrina de la transm igración 52 — en C o rin to 18 7 — en D ídim a 83
(metempsicosis) 268, 39 1, 396, 398 y —en Eleusis 3 8 2 —en Esquilunte 9 4 —
n . 2 8 , 39 9 , 4 0 0 y η. 4 0 , 4 0 1, 4 0 4 , en F lía 3 7 0 — en G o rtin a 1 2 4 — de
4 2 3 , 4 3 3 , 4 3 9 - en Platón 10 7 , 269, madera en las Daídala de Platea 4 0 — en
3 9 7 , 4 0 1-4 0 2 , 4 2 5 -4 2 9 , 4 3 1-4 3 2 , las Daídala de B eocia 1 4 9 , 1 8 4 — en el
4 3 9 — en Aristóteles 4 3 5 — en Je n ó - Cabirio de Tebas 3 7 4 —en Lafria 8 8 —
crates 4 37 ~ del m undo 4 3 2 - 4 3 3 en O lim pia 7 4 , 8 6 , 14 6 , 17 8 , 2 7 3 —
Alóadas 229 en Ortia, en las flagelaciones 84, 2 0 5 ,
álsos, áltis 12 O 2 9 7 , 3 4 9 - en Samos I I 9 , 12 4 , 1 7 9 ,

altar 1 2 , I 2 I - I 2 2 — n e o lític o 2 0 y n. 1 6 — 1 8 3 — en Sam otracia 3 7 6 — en S ició n


m in o ico -m icén ico 3 7 _3 8 , 4 0 , 5 3 ~ 5 4 2 7 3 — en Tesalia, un supuesto sacrifi­

—reproducido en ofrendas 5 1 —en el cio hum ano 3 15 ~ en Troya, en el Ida


Sarcófago de Ayia Triada 53 —diversos 172 — erigidos a personificaciones 2 5 1
tipos 5 1 — en árboles-santuario 4 2 — —fundados p o r H eracles 2 8 5 — en la
en Chipre 51 n. 16 —en Cnoso 52 —en polis platónica 4 3 9 - 4 4 0
Micenas 4 7 , 5 1 n · 17 ’ 73 (en tumbas altura, santuario en 32 y n. 16a, 3 3 , 35> 3 9 “
48 ; representado en u n anillo 50 ) — 4 1, 4 8, 52, 58, 6 l
en Pilo 4 3 > 64 (en una pintura parie­ Amazonas 36 , 55 n · 4 4 > ^34 y n · 2 2, 2 8 3 y
tal 53 n. 29; de D ioniso 65 n. 2 4 a) — n, IO
«altar de sangre» en Beycesultan 53 n. ambrosía 26 , 198
26 —en la cueva de Ilitia 57 —en M al- A m id as 29, 2 9 7 , 3 4 2 —nom bre 74 —sub-
thi, ju n to a tumbas 48 — continuidad m icénica 69, J l , 74 — « A lex a n d ra »
71, 73 y n. 4 5 , 76 (en C itio, Pafos y (identificada con Casandra) 277 —
M irtu-Pigades 68; en Chipre 74 ) —en A polo 57 n. 9, 71, 74, 12 2 n. 51, 1 2 5 ,
Samos (H ereo) 75 ~ de cenizas 65 n. 1 9 6 - 1 9 7 , 273 I véase Jacinto, Ja c in -
24a (en P ilo ), 74, 79, 8 3 n. 3 1, 12 1 , tias.
12 8 , 16 8 —al aire libre 86, 12 8 —con A m ím one 18 8
hipogeo 38 2 —para quem ar ofrendas A m ón 156 , 2 4 3
73, 9 5 ’ !2 4 , 253 —para el sacrificio de Amphidmmia 3 4 °
animales 7 g - 8 o , 8 3, ΙΟΙ, I I 3 , 1 2 1 , anaireîrt —aneíle 159
1 2 7 , 13 3’ 1 5 4 , 3 1 0 , 3 4 1 , 357 - de des­ anánke 4 3 3
m e m b r a m ie n t o 3 7 2 — lib a c io n e s 8 6 , anáthema, anathémata 96, 12 8 - 1 3 1
9 9 — s in s a n g r e 9 5 — c o m o asilo 8 4 , ánax, wánax A n ak(t)es 5 6 , 67, 7 3 ’ 173> *8 5
3 3 2 , 3 4 5 — p erfu m ad o s 87 —p u rific a ­ n. 8
c ió n c o n fu e g o d e l altar 1 0 8 — e n u n a Anaxágoras 2 3 8 , 4 ° 7 ’ 4 * 9 ’ 4 2 I> discípulos
nave 3 5 4 ~ q u e m a de incienso 8 7, 2 o 6 e influencia posterior 414» 4 2 1, 4 2 4 ,
— no usado en ritos funerarios 85, 43° ’ 436
2 6 9 - 2 7 ° (véase bóthros) —edificación de Anaxim andro 4 0 6 -4 0 8
un nuevo altar 96 Anaxim enes 4 0 8
altares específicos: —de A p o lo en Délos A nd ania (m isterios) IOI n. 6 0 , I17 n. 4 ,
95; de Artem is (hecho de cuernos) 91 358 n. 5, 36 0 n . 29, 37 1, 374 , 38 3
460 ÍNDICE ANALÍTICO

A n f i a r a o 2 7 7 η · 2 3 — A n f i a r e o (Amphidreion) 204, 2 5 4 . 3 3 3 . 3 5 2 , 356 (purificado


132 n . g , 158 él mismo 2 0 0 ; hagnós 3 6 0 ), con la luz
A n fió n 17 5. 2 8 6η. 3 8 , 2 8 7 —t u m b a 2 7 5 Y 18 9 , con el juram ento 2 9 0 n. 9, 3 3 5 .
η. 5 con el núm ero siete 197 —portador de
A n fitrió n 175 . 286 y η. 38 arco 16 9 , l74> 19 6 , 19 9 , 2 0 3 , de lira
A nfitrite 186 16 9 , 19 7 (regalo de H erm es 2 12 ) —
A nito 372 m atador de m onstruos 19 9 —in co m ­
ánodos 6 l, 2 16 , 3 2 4 patible con los lam entos 269 n. 3 —
anósios 359 nombre usado en exclamaciones I0 5 —
Anquises 2 0 8 , 2 4 8 , 2 5 3 ’ 3 7 8 n. 4 8 teofóricos 19 5 — esposo de la Sibila
A ntesterias 65» 1 1 2 , 1 3 2 . 1 4 9 . 2 2 0 - 2 2 2 , délfica 16 0 —consultado sobre el culto
2 9 4 , 3 0 1, 3 0 5 -3 0 6 , 3 17 -3 2 3 - 342 15 9 —máximas en su templo de Delfos
(Egipto), 3 5 3 n. 2 1, 3 6 8 , 3 7 5 201
antheîa 3 5 3 epítetos y advocaciones: —Aiglétes 14 4 —
Antigona 273 Akersekómas 19 6 —Alasiótas 19 7 -A p o tró -
antrop om orfism o 56, 89, 1 0 3 , 14 8 , 16 3 , paios 2 4 9 —Archegétes 159 n. 68 —auxi­
246-255> 406,4 2 7 — crítica al a. lia d o r 3 0 5 — C arneo (Kdrneios) 86,
409, 4 13 . 4 2 0 2 4 9 ,3 1 5 - 3 17 y n. 19 - « C o n d u cto r»
aparchaí, aparché 93 n. 4 y 7> 1 3 ° . x59 19 5 - Daphnephóros 12 4 , 13 8 , 2 4 9 - Dei-
Apaturias 2 2 7 , 3 θ 6 , 3 18 , 3 4 1, 3 5 0 radiótes 15 8 n. 61 —D elfinio (Delphínios,
apéllai 19 6, Delphídios) 12 3 n. 58 , 14 1, 19 6 , 3 4 8 ,
apellaîa 3 4 1 3 5 0 —Délios 2 49 —«d el arco de plata»
apherot'zein véase muertos : heroización 16 8 —de la plaza del mercado I18 , 177
aphosioûsthai 359 —Dioiysódotos 3 0 2 , 3 7 ° —Dromaîos 3 17
aphrodísia, aphrodisiázein 206 n. 27 - Epikoúrios 19 9 , 2 4 9 , 3 5 6 n · 5 0
Aphróditos «ráse A frodita: epítetos —Erytíbios 3 5 3 —Febo (Phoibos) 15 1, 196
apobatéria 354 — Genétor (engendrador) 95 —hekatebá-
apolíneo y dionisíaco 2I9> 3 ° 2 - 3 θ 4 los, hékatos, hekebólos 19 8 — h iperbóreo
A p o lo 1 9 4 - 2 0 1 — no identificado en la 2 52 — Iatrós (m édico) 19 9 — Ism enio
L in eal B 7 4 > 195 (in corp orad o tarde (Isménios) 13 5 . 3 ° 2 —Láphrios 3 0 5 —Leu-
al panteón 2 39 ) —dios en la « flo r de kátas 11 4 — Loxias (Loxías) 2 0 0 —
la ju ven tu d » 272 , de la lejanía 201 , Iyk(e)ios 86, 19 5 -19 6 , 3 0 5 - Maleátas
de la ju ven tud 272 , 4 4 2 , del sol 32 n. 16a, 39, 71, 2 9 0 -Mousagétes 199
(identificado con Helio) 1 6 4 , 201 y n. —Panionios 3 0 0 n. 54 —Pamópios 3 5 3 —
5 5 . 3 0 4 . 3 1 3 . 4 3 4 . 4 4 1 - 4 4 2 - de Pairóos 3 4 0 - 3 4 1 — Pitío ( Pythios) 13 2 ,
griegos y troyanos 2 3 9 — relacionado 2 4 9 —Ptoo 15 1 n. 8 —Smintheús 3 5 3 —
con C hipre y el Próxim o O riente 7 4 . Thyrxeús 156 n. 39
con corzos y ciervos 91, 169, 19 6 , con culto: — componentes 196 —Apéllai I96 —
cuernos de cabras 12 8 , con el león Carneas 19 5 , 314 - 315 . 317 . 3 4 9 -
197. 202 . c o n l o s h i p e i ’b ó r e o s 151, com peticiones musicales I 4 5 > x9 9 > de
1 9 8 , 2 5 2 , c o n e xp e rie n cias extáticas tiro con arco 4 4 1 — consagración de
15 1, 2 9 7 , co n el la u re l I I 9 , 124 , Σ3 8 , muchachos 13 5 —danzas de muchachos
1 5 8 , l6 g , co n la m án tica y la « lo c u r a 1 4 1 — Dafneforias (Daphnephoria) 13 8 ,
p r o fé tic a » 7 5 , 1 5 2 , 1 5 8 , 19 9 -2 O O , 19 5 , 19 8 —Gim nopedias ( Gymnopaídia)
2 9 9 . co n la m úsica y el canto 1 4 1 , 3 ! 5 . 14 1, 297. 349 —hecatombes 3 ° 5 . 3 II —
c o n la p u r ific a c ió n y c u ra c ió n (p e ro Jacintias 29, I 9 5 _I96 —Ju egos Píticos
ta m b ié n co n la peste) III, 1 9 7 . !9 9 > 14 5 —hósioi 3 0 3 —molpoí 14 1 —ofrendas
ÍNDICE ANALÍTICO 461

de arm as 9 6 — p eán (iè iépaián) 1 0 3 — en la literatura: —en H om ero 10 3 , IIO,


«pedigüeños de A . » 14 0 —sacerdotisas 12 3 , 13 4 , 15 3 n. 16 , 15 9 , 19 5, 19 7 ,
13 5 —Targelias 353 —Theoxénia 148 2 0 0 - 2 0 1 , 2 5 4 , 2 97 — en el Himno a
lugares: —A m id as 29, 57 n · 9 > 7 1 , 7 4 , Apolo 13 4 , 13 8 , 16 8 , 19 7 , 2 0 0 , 3 4 2 -
12 2 n. 5 1, 1 25 , 19 6 , 273 - Anafe 14 4 en H esíodo 2 8 9 —en A lceo 19 8 — en
—A rgos 86, 15 8 n. 6 l, 29 5 —Atenas las Basárides de Esquilo 3 0 4 —en A ris-
3 0 5 , 3 13 - Basas 118 , 19 9 , 3 5 6 - teas 15 1 —en Platón 4 4 1
Girene 86, 3 17 — Claros 196 — Cnido en el arte: —estatuillas del tipo del «d ios
3 0 0 , 3 42 — Corinto 117 , 2 9 1 —Dafne g u e rrero » 74 — como ofrenda 2 9 4 —
19 6 - D elfos 71 n. 2 3 , 86, 1 1 2 , 12 0 , estatuas: de bronce batido 12 4 , 19 5 ,
13 4 , 13 8 , 14 5 , 14 8 , 159 , 16 0 , 19 5 y n. 2 9 7 , de oro en Delfos 19 5 , colosal, en
7 ,1 9 7 , 2 0 0 , 2 73, 2 9 7 , 3 0 0 , 3 0 3 , 4 19 Délos 19 8 , 29 7 - A . de M ánticlo 12 9
— Délos 95, 119 , 1 2 1 , 12 6 , 19 5 , 19 8 , n. 97 — en el friso del Partenón 17 0 —
2 0 0 , 3 0 0 — D ídim a I19 , 1 3 3 , 14 1, en una metopa de Selinunte 2 13 η . 16
15 8 , 19 6 , 199 —D odona 12 9 —D rero —en la cerámica 3 0 2 , sobre un carro
7 0 , 12 4 , 2 97 — Epid auro 32 n. 16a, alado 16 9 o tirado por caballos alados
39 , 71 - Eretria 124 —Flía 37 ° ~ G ri- 19 8 — en form a de colum na 57 n · 9,
neo 19 6 —H iám polis 72 —Ismaro 13 4 12 5 — koúroi 19 4
—Léucade I14 —Licia I9 5 —Malo 196 A polonio de Tiana I15
—M ileto 12 3 n. 58, 14 1 — Mopsuestia apolymaínesthai IIO
196 —Patara 196 —Selinunte 174 , 213 apomáttein 10 9 n. 4 1
n. l6 —Sicilia 15 9 n. 68 —Sición 3 16 apophrás 3 0 8
n. 26 —Tebas 13 5 , 13 8 —Tegea 12 6 n. apopompé 3 10
8 0 —Telm eso 19 6 — Thérmos 19 6 , 34 2 apórrheton 368
— T ilfu sa 3 0 0 — Trezén 112 — Troya Aqueloo 237
119 —Zelea 196 A quiles 8 5, 97 y n. 29, 99, 11 2 n . 57, 15 6 ,
relación con otros dioses y héroes: — 16 6 - 16 7 , 17 4 , 17 6 y n. 3 5 , 1 9 1 - 1 9 2 ,
A baris 14 0 —A fro d ita 2 9 5 —A quiles 19 9 y n. 39 , 2 0 0 , 2 12 , 2 2 7 , 2 5 2 ,
19 9 , 2 0 5 , 2 5 4 -2 5 5 - Artem is 70 , 91, 2 5 4 - 2 5 5 , 2 5 9 , 2 6 0 - 2 6 1 , 26 5, 2 6 6 -
119 , 12 1, 12 3 - 1 2 4 , 12 8 , 16 9 , 175, 19 5, 267, 3 3 5 , 363 - A . y A polo 274 n. 43
19 7 , 19 9 , 2 0 3 , 2 3 2 , 2 4 8 , 2 9 6 -2 9 7 - — Pontárches 2 3 3 , 268 , 277 — disfraz
Asclepio 199, 2 8 9 -2 9 1, 356 —Cabiros fem en ino 3 4 8 — escudo 2 2 8 —p a ra ­
374 —C arn(e)o 3 17 y n . 3 1 —Cíclopes doja de la tortuga 4 11
2 9 0 — C o ró n id e 2 8 9 -2 9 0 —D ioniso ara, aretér 1 0 3 y n. IO
3 0 2 - 3 0 4 , 3 3 2 , 3 7 0 - Eneas II9 - árbol santuario 53, 58 , 4 I - 4 2 , 5°> 56, 58,
Gracias 12 6 , 19 7 —H éctor 2 54 , 272 - I I 9 - I2 0 , 156
Hagne 3 7 1 —H erm es 2 12 , 2 9 5 , 37 1 — Arcade 2 0 4
Ió n 3 0 0 —Jacinto 29, 12 2 n. 51, 14 7, árchesthai, katárchesthai 80
2 5 4 , 2 7 3 - 2 7 4 , 3 17 - Leto 70 , 119 , archíereús 1 3 1 n. 2, 4 4 2
1 23 - 1 2 4 , 17 5 , 19 7 , 19 9 , 2 3 2 , 2 4 8 , A res 2 2 8 -2 2 9 —nom bre 26, 2 2 8 —equiva­
2 97 — M arsias 3 ° 3 — las Musas 2 3 2 , lente a « b atalla» 2 2 8 — dios del
3 0 3 - 3 0 4 , 4 4 2 - Lino 2 5 4 - N eopto­ im pulso salvaje 19 2 , de los soldados
lem o 2 55 — Orestes 10 7 , 1 1 2 , 2 0 0 , 4 4 1 — en m icénico 13 η. l8 , 63 y n. 9
3 33 —Paión (Paia(w)on, Paián) 65, 7 ° , —en juram entos guerreros 84 —como
10 4 , 19 6, 3 0 4 —Patroclo 248 —Posi- un dios odioso 18 1, 229
d ón 3OO — Resep (A)m ukal 19 7 — epítetos y advocaciones: E nialio (Enyálios)
Zeus 17 5 , 2 0 0 , 2 9 0 , 2 9 9 , 3 32 16 4 , 2 3 1
462 ÍNDICE ANALÍTICO

culto: — carrera con armas 44* —sacrifi­ A riadna 5 0 , 14 9 , 2 2 2 , 3 2 0 - 3 2 1 , 377 n. 4 5


cios 229 A rió n 65, 90, 18 7 -18 8 , 3 0 0
lugares: —Argos 298 —Atenas (Areópago Aristeas 1 5 1 y n. 12
228 templo de Marsultor 229, iniciación Aristóm enes 3 7 1
de efebos 3 3 5 ) —Cnoso 298 —Eritras A ristóteles 4 0 7 , 4 0 9 , 4 3 4 ~ 4 3 7 — sobre la
229 n · 13 —Esparta 229 n. 13 —G eron- religión 3 3 0 —teología 4 36
tras 229 n. 13 —Halicarnaso 229 n. 13 A rkalojori, cueva de 3 7 , 38, 6 0, 215 n - 3
— Lato 298 — M antinea 298 — Tebas drktos 13 5 , 14 2 y n. 4 5, 2 0 1 n. 2, 2 0 5 , 3 5 0
229 —Tracia 2 29 —Trezén 229 n · *3 A rquém oro 14 6 , 28 1
relación con otros dioses y h éroes : — arquetipos 10
A d on is 2 4 0 — A fro d ita 2 0 8 , 2 2 8 A rréfo ro s (Arrhephóroi) 72 , 12 9 , ! 3 5 , * 9 4 .
(atrapado con ella en una red p o r 29 9 , 3 0 8 - 3 0 9 , 3 13 , 3 5 1 —A rreforias
H efesto), 2 9 6 , 298 — A tenea 2 2 8 - (Arrhephória) 3 0 8 - 3 0 9 y n. IO , 3 r3
2 2 9 (Atenea Areía 2 2 8 n. 3 ), 4 4 1 — árrheton 2 18 , 358 , 368
Cadmo 2 29 —Cieno 2 29 —Diomedes Artem is 2 0 1 - 2 0 5 —etim ología del nom bre
248 —Enialio 65, 16 4 , 2 3 1 —H arm o­ 2 0 1 — en la Lineal B 2 0 1 — cazadora
nía 2 2 9 , 298 — H era 17 5 ~ O to y 2 0 2 , 2 0 5 , 296, 3 0 5 — con arco 16 9 ,
Efialtes 2 2 9 — Phóbos y Deîmos 2 5 0 — 2 0 3 —con polos 179 —diosa madre 2 0 2
Zeus 17 5 , 18 1 (madre divina de Pilo 65) —señora de
en la literatura: — en H om ero 16 7 n. 29, los animales (pótnia therón) 16 4 , 2 0 2 —
19 2 , 2 0 8 , 2 12 , 2 2 8 - 2 2 9 , 2 4 8 , 2 9 8 - virgen indóm ita 2 4 8 , 2 9 6 , 299 —
en Esquilo 84 — en un him no diosa «d e las afueras» 2 0 4 , 2 9 3, 296,
« h o m é ric o » (prob, de Proclo) 2 2 9 en la « flo r de la juventud» 272 —rela­
n. 15 ción con el ciervo y el corzo 91, 16 9 ,
en el arte: — en el friso del Partenón 17 0 2 0 3 , 3 0 5 (véase ciervo), con la G o r ­
— estatua de Alcám enes 2 2 9 — estatua gona 2 0 2 , 2 0 4 , con los leones 2 0 2 ,
de Ares encadenado 127 , 2 29 n · 10 — con la iniciación de muchachas 2 0 5 ,
templo en el A gora de Atenas 229 con las novias 97 (ofrenda del cintu ­
arete 2 2 7 , 412, 426 ró n ), 98, I3 5 i 2 0 4 , con m ujeres
Arge 139 muertas de parto 2 0 4 , con la locura
drgmata 93 1 5 1 — identificada con la luna 4 3 4 —
argot líthoi I 1 8 representada como un trozo de
Argonautas 14 4 , 16 5, 374 , 378 , 39 4 m adera 124 J n · 65 ~ señora de los
A rgos (ciudad) 86 y n n . 54?“ 5 5 ■ 93 n - 5 , sacrificios 2 0 5 —en exclamaciones 10 5
I I O , 12 6 , 1 3 5 , 18 9 - 1 9 0 , 2 3 3 , 275 n . epítetos y advocaciones: — Agrotéra 8 4 ,
4, 278 y n. 36a, 2 8 5, 314 , 3 16 - 3 17 n. 2 0 5 , 2 4 9 —Aristoboúle 3 4 4 —Efesia 7 5 ·
3 0 , 39 6 —A grion ias 3 0 2 — G o rg o - 1 3 4 n · 22 —Elaphebólos 72 —Eleuthéra I I 9
neio n 14 3 —fiestas de H era (Hereas) — hagné 2 0 3 , 3 6 0 — Hegemone 3 * 5 >3 3 5
14 6 , 297 —oráculo de A polo Deiradiótes η . 12 — L afría (Laphría) 4 ° , 8 8 , 1 6 4 ,
15 8 n. 61 — « R e m o lin o » 18 8 —Saca­ 3 0 5 —Limnatis I18 y η. 6 —Lochia 2 4 9 —
das 3 0 3 — sacerdotisas de H era 9 0 , O rtia 1 6 4 , 2 0 4 - 2 0 5 , 2 4 9 , 2 9 7 —
1 3 3 , 1 3 5 , 18 2 — tem plo de A res y Pjronía 8 7 — Selasphóros 3 6 0 —T áu rica
A fro d ita 298 y n. 4 1, de Atenea 19 0 , 84, 12 7 n · 8 4 —Taurópolo ( Tauropolos)
de H era (Hereo, Heraîon) 2 3 , 86, 12 0 , 84, 2 0 5 — Triklaría 3 0 1 y η . 71 — U pis
12 4 n - 6, 17 9 , de A p o lo 86 (Lykios), 13 4
295 —Zeus Meih'chios 27 1 y n · 24 culto: — «altar de cu ern o s» 91 , *95 —
Argos (personaje mítico) 90, 18 3 , 2 13 Cariátides 2 0 4 —consagración de vír-
ÍNDICE ANALÍTICO 463

genes 16 4 —danzas de muchachas 14 1 y en la literatura y la filoso fía: —en


n. 4 0 , 2 0 3 - 2 0 4 , 2 16 , 2 9 7 - fla g e la ­ H om ero 8 8 , 2 0 2 - 2 0 4 y n. 2 3 , 297
ción 2 0 5 —imagen encadenada 12 7 — ■ ■ los Himnos homéricos 1 9 7 , 2 0 3 — en
im agen m óvil 13 9 — « o sa s» (árktoi) Eurípides 2 0 3 —en Teócrito 299 —en
1 3 5 , 2 0 5 —Elephebólia 88 —Eleusinias T im oteo 3 0 1 — H eráclito ofrenda su
29 4 —fiestas de fuego 89, 16 4 —Láphria libro a su templo 4 11
13 5 — máscaras grotescas I 4 3 > 3 ° I — en el arte: — estatua cultual 12 3 , de
muchachas con atuendo fálico 14 4 , bronce batido 1 2 4 , de Búpalo 14 3 n.
2 0 4 , 3 0 1 — consagración de objetos 57 —Efesia, representada con m ú lti­
costosos 4 17 —quema de animales sal­ ples pechos 1 3 4 , con pectoral con
vajes vivos 4 0 —purificación con san­ sím bolos de abundancia 16 4 — en el
gre 112 n. 6 0 —sacrificios con sangre Partenón 17 0 —en vasos 19 8 —templo
humana 84, antes de la boda (protéleia) en Délos 71, en Corcira 18 7 n. 33
2 9 9 — de una cabra 84, 91 , 2 0 5 ascetismo 13 6
(depósitos de cuernos 128) Asclepio 79 n. 2, 86 y n. 55, 15 8 , 164, 19 9 ,
lugares: —B raurón 13 5 , 16 4 , 204 ~ 2 0 5 — 2 7 2 , 2 8 9 - 2 9 1, 3 5 6 - A sclepieon de
Gafias 119 n. 28 — C aria II9 n. 28, Cos 95 η · I 7 > 2 9 0 —santuario en A te ­
2 9 7 , 3 0 1 —Cólquide 84 —Gorcira I18 nas 289 —en Epidauro 10 7 , 2 8 9 -2 9 0
n. 6, 18 7 n. 33 —Delfos 297 —Délos — en Sición 289 —Asclepíadas 2 9 °
71, 91, 119 , 12 1, 123 n. 59, 19 5, 297 - asebés, asébeia 36 5, 36 7, 4 !4 n - !4> 4 I 8~4I 9
D rero 12 4 — Éfeso 12 7 n · 8 4 , 13 4 , asfódelo 2 13 , 266
16 4 , 2 0 2 , 4 11 — Egira 13 5 — Eleusis asilo 84, 1 2 1 , 3 3 2 , 3 4 5 —violación del a.
2 9 4 , 3 0 ° , 3 8 2 —Élid e 14 3 —E ritras 3 5 9 , 36 5 I véase altar: como a.
12 7 n. 9 0 — Esparta 3 15 — Escilunte A sin e (santuario m icénico) 4 3 - 4 4 , 4 ^, 6 l
9 4 , 3 45 — F b a 3 6 0 — G o rtin a I19 — n. 52
Halai Araphenídes (Atica) 2 0 5 —H alicar­ asno, b u rro 2 0 , 2 3 8 , 3 5 4 3 ^ 9 — máscara
naso 13 6 n. 47 — H iám polis 7 2 , 88 — 14 2 —excluido de los sacrificios 20
Icaro 124 y n · 65 —Lerna 87 —Lusos A s o p o 18 4
(Lousoí) I I I , 3 0 1 — M uniquia 3 0 5 — nspondüi thysíai 99 n. 4 3
Patras 88, 1 25 , 135 , 3 o 1 - Pelene 13 9 Astarté 1 3 4 y n. 2 3 , 1 4 8 , 2 0 6 - 2 0 7 y nn. I,
—Perga 13 9 , 2 0 2 - Q uíos 14 3 n. 57 - 4 y i o , 298, 337
T áuride 2 0 5 —Troya 12 3 A stero 19 1 n . 21

relación con otros dioses y héroes: — astrologia 15 5, 4 34


A frod ita 3 3 2 —A nahita 2 0 2 —A nito ateísmo, ateo (dtheos, atheótes) 36 5, 4 12 - 4 2 0 ,
372 — A po lo 7 0 , 91, 119 , 12 1, 12 4 , 4 2 2 ,4 3 5 , 4 3 8 - 4 3 9 , 443
16 9 , 17 5 , 19 5 , 19 7 , 19 9 , 2 0 3 , 24 8 , Atenas —Acrópolis 12 8 , 13 7 —Afrodita I I O ,
2 9 6 -2 9 7 —Ariadna 2 2 2 —Atenea 296, 298 n. 4 1 —Afrodito 2 0 6 —altar de los
2 9 9 - 3 0 0 —Bendis 2 4 3 — Cibele 2 0 2 Doce Dioses 2 1 3 — Aglauro 3 0 8 —
—C orónide 2 9 0 —Deméter 3 0 0 , 372 A m ón 2 4 3 —Anaxágoras 4 J9 —anfic-
—D ioniso 3 0 1 — Eneo 2 9 3 — Gracias tionía 342 —Antesterias 112 , 149 —a^H)
19 7 —Hécate 2 3 1 y n. 15, 3 0 0 —H ip ó­ nuevo 3 0 7 , 3 13 —aperché 159 —arconte
lito 2 0 3 , 2 54 , 294, 299, 3 6 4 - I f i g e - 13 2 —Ares 2 2 8 -2 2 9 —Arrhephóroi 135 —
nia 13 5 , 19 9 , 2 0 5 , 2 74 - Ilitia 2 0 4 , Asclepio 289 n . 3, 2 9 0 , 2 9 1 η. 17 —
2 3 1 - L e t o 70, 119 , 12 3 - 1 2 4 , 175, 197, Atenea 13 2 , 1 3 5 , 18 9 , 19 1, 2 7 3 , 2 9 5 ,
2 3 2 , 248, 297 - Meleagro 88 —Ninfas 2 9 9 (fingida p o r Pisistrato 2 5 2 , im á ­
2 0 3 , 2 3 3 , 2 3 5 , 3 0 I - N í o b e 199, 254 genes de A . 119 , 12 6 , lám para de A .
—Perséfone 2 16 —Zeus 175 86, peplo de A . 3 12 , sacerdotisa de A .
464 ÍNDICE ANALÍTICO

13 5 , 2 99 n. 4 7 ) —Atidógrafos I I —basi- Atenea 18 9 -19 4 —en la Lineal B 18 9 —rela­


leús 73 —Bendis 2 4 3 —B rau ró n 2 0 4 i cionada con la señora de los animales
3 5 0 —Bufonias 16 4, 3 0 6 , 3 13 —calen­ 16 4 , con la diosa de las serpientes
dario de sacrificios 3 ^ 5 — Cerám ico m inoica 19 0 , con la divinidad del
2 5 8 -2 5 9 — C odro 116 — C o ró n id e escudo m icénica 19 0 — «d io sa de la
2 8 9 n. 3 — danza de la grulla 1 4 1 — cercan ía» ig 2 — « la d io sa» 3 6 1 —
Diágoras 4 18 —Diasias 27 1 —Dionisias hom ónim os 16 5 — en el ju ram en to
14 5 , 3 18 — D ionisias rurales 3 0 6 — 335 —nacida de la cabeza de Zeus 14 I1
D ioniso 13 8 , 2 2 1, 2 2 4 n · 39 (en l ° s l6 g , ig 3 , 2 2 3 , 3 13 —odio a Troya 177
pantanos 318) —Dioscuros 14 7, 287 — — ojos brillan tes 19 2 , 2 5 2 — su plan ­
Edipo 2 8 0 —efebía 35 ® —Eleusis 10 9 . tada p o r Fía, ju n to a Pisistrato 252 —
3 8 0 - 3 8 2 , 38 5 - Eleuteras 1 3 8 - E r e c - arm ada 12 5 , 169- ! 9 ° - 2 g 6 — con
teion 95 —Erecteo 12 2 n. 4 9 , 18 5, 2 7 3 , égida i g i —lám para de A . 86, 3 0 g —
2 9 5 —Esciras 3 10 —estanque de agua relación con la lechuza g i y n. 91, 169,
salada 12 0 — estilo geom étrico 69 — con la guerra (ordenada) y el servicio
Eteobutadas 13 2 —Euristeo 2 8 0 n. 52 m ilitar 19 2 , 2 5 3 , 3 3 5 - 4 4 1 - con el
—Flía 3 7 ° —fratrías 3 4 1 — Gérairai 235 olivo (esp. el sagrado de la Acrópolis)
—Grandes Dionisias 2 2 1, 30 6 —Heca- 13 , l6 g , ig i, 3 0 g , con carros y caba­
demo 2 8 1 — H efesto 227 — H eracles llos 18 8 , 2 g g , con carpinteros, h erre­
2 8 1 —Hermes 2 11, 298 n. 4 1 —Hyakin- ros y artesanos i g i , 227- 2 g 7 - 2 g 8 ,
thídes 355 —hydrophóría 1 0 1 — Icario 3 1g 4 4 1, con el trabajo de las mujeres 19 1,
—idealizada en las Leyes de Platón 4 4 1 — 2 g 6 , con la inteligencia 17 4 . 19 3 ,
Leneas 3 0 6 — Lico 2 8 1 — Licom idas 2 0 3 , con el esplendor de la victoria
3 7 0 — liga delia 3 4 3 — mégara 3 2 5 — 2 29 I véase Paladión
Meter 97 n · 3 ® —Metrôon 2 4 1 —micénica epítetos y advocaciones: —Alea 16 4 , 2 4 9
3 1, 69, 7 2 -7 3 —m isterios 3 0 6 , 3 7 5 — — Archegétis 12 6 n. 7 o — A reia 2 2 8 —
en la Odisea 123 —olivo sagrado 5 3 , I[9 , Chalkioikos 1 2 1 —Ergdne 19 1, 2 2 2 , 2 4 9 —
19 :1-19 2 — oráculos de Museo 1 6 1, de H ippia 29 9 — Hygieia 3 12 —Itonia 1 2 1 n.
O nom ácrito 39 5 — Orestes 3 19 — 4 5 , 3 4 2 — K rdnaia 10 9 — N ike 2 4 9 —
« o sa s» 13 5 — oscoforias 3 4 1 — Pala­ Palas 1 8 9 - 1 9 1 — Parthénos 12 6 , 127 η ·
dión 19 0 —Panateneas 14 6 , 19 1, 3 0 6 — 88 (virgen 19 0 , 2 4 8 , 2 9 6 , 29 9 ) -
Pandroso II9 — Partenón 12 6 — Pia- Políade ( Poliás , Polioüchos ) 7 3 - 86, 12 6 ,
nopsias 14 0 — Plinterias 10 9 , 3 0 6 — 12 7 n. 84 y 88, 13 2 , 13 9 . 19 0 , 2 4 9 ,
Posidón 1 8 5 1 8 7 , 18 9 , 2 9 9 —pótnia 2 9 7 - 3 0 7 - 3 0 8 n. IO, 3 12 (d é la ciu -
de At(h)ana 64 —primicias para E leu ­ dadela 177 - 2 55 ) —Prómachos 2 4 9 —d ó ­
sis 94 —proh ib ición de nuevos dioses nala 7I- 297 —Skirás 3 4 1 — Tithroné 3 7 0
3 42 —Prométhia 2 3 2 —purificación del culto: —A rréforos, Arrhephória 2 9 9 - 3 ° 8 ,
teatro y la asamblea II3 —rey (arconte) 3 13 ~ Ghalkéia 2 2 7 , 298 —colecta 13 9 —
3 4 3 —Sabazio 2 4 2 —sacrificio de una consagración de muchachas 135- l64>
cabra 53 —sacrilegio de C ilón 84, 10 7 2 9 9 - 3 5 1 (vírgenes locrias I16 , 13 4 n.
—sofística 4 1 2 , 4 1 4 —Sténia 1 4 4 —Tar- 4 4 ) ~ danzas con armas 1 4 1 —E leu si­
gelias 114 , 1 4 ° , 3 5 3 —templos 12 , 86, nias 2 9 4 — Esciras 3 0 9 - 3 1 0 , 3 1 3 —
95, 1 7 7 , 1 8 6 , 1 9 0 , 2 2 9 — Teseo 1 8 5 , estatua de « yeso » 3 10 —Eteobutadas
2 7 9 ’ 3 11, 3 4 8 — Tesm oforias 1 4 4 » procuran la sacerdotisa 1 3 2 , 30 9 , 34 4
3 0 6 , 3 2 3 - 3 2 6 — T ie rra Olympia I 1 8 — —fiesta del lavado (Plinterias, Plyntéria)
tribus 278 —Zeus Herkeíos 3 4 o * Meilíchios 10 9 , 1 3 2 , 3 0 8 (encom endada a los
2 7 1 , Philios 1 4 7 Praxiérgidas 3 0 8 ) — Kallyntéria 3 0 7 -
ÍNDICE ANALÍTICO 465

3 0 8 —ofrenda de un peplo en Atenas tenón 17 0 , 19 4 . 3 4 4 . en la catedral de


13 5 . 13 7 . 16 4 , 17 0 , 19 1 - en Ilion 255 Siracusa II7, 3 4 4 . en.Gortina 1 2 4 . de
— ofrendas de armas 96 —Panateneas A . y H efesto (H efesteion) en A tenas
87, 1 3 2 , 13 7 y n. 3, 1 4 1, 1 4 5 - 14 6 . 2 2 7 . 2 9 7 -2 9 8 —nacim iento de A . en
19 2 , 3 0 6 - 3 0 7 , 3 0 9 , 3 1 2 - 3 1 3 . 3 4 3 - vasos 19 3
3 4 4 (G randes Panateneas 3 12 ) — athdnatos '¿ T i , 4 ° ° . 427
sacrificios 94, 13 8 —salto del carro en A tis 8, 2 0 , 2 1 n. 2 4 — identificado con
marcha (apobátes) 14 6 , 3*3 Adam na 378 n. 4 9
lugares: —Argos 19O —Atenas 7 2 —7 3 » 86. A urora véase Eos
1 1 9 , 1 2 3 , 12 6 , 1 3 5 ,1 8 9 - 1 9 , 2 73. 295. Autólico 2 I 4 > 338
3 0 8 , 3 12 , 3 4 3 — G oron ea 34 2 — Gos Autónoos 2 8 0
19 1 - Delfos 71, 297 - Elatea 10 9 , 13 5 Auxesia véase Damia y Auxesia
— Eleusis 3 1 0 - 3 1 1 — Esciro 3 ^ 9 — Auxó 3 3 5
Esparta 19O, 3 4 3 —Fálero 3 4 1 — Flía aventador de cereales 10 6 , 13 7 . 3 ° 3 . 3 2 1,
3 7 0 — G o rtin a 12 4 , 19O - Ilio n I16 , 3 8 0 , 38 9 I véase liknon
13 6 n. 4 4 . 19 0 —Larisa 19 0 —Lindos Axíeros, Axiókersos, Axiókersa 377 J n · 4 o
19 0 — O lim pia 19 2 — Pelene 135 — Á yaxL o crio 116 , 18 7, 279
Selinunte 175 — Sición 273 —Siracusa Áyax Telam onio 19 2 , 2 7 9 . 2 8 l (fiesta en
117 —Tegea 13 5 —Troya 12 3 , *9 ° Salamina)
relación con otros dioses y héroes: — Ayia Irin i véase Ceos
Aglauro 3 0 8 - 3 0 9 —Aquiles 19 2 , 252 A yia Triada 3 0 , 3 4 n. 9, 4 3 , 5 3 , 55, 56 n.
—A res 2 2 8 - 2 2 9 —Á rtem is 2 l6 , 24 8 , 4 8 , 57 n. 10 , 58 , 70 n. 17 , 76 n. 62,
2 9 6 , 2 9 9 - 3 0 0 —Áyax 19 2 —B e le ro - 272
fontes 2 9 9 — D em éter 3 ° ° > 3 * ° — Bacantes 2 3 4 n · 3 > 3 8 6 -3 8 7 , 4 o 1 I Bease bák-
D iom edes 19 2 , 2 29 —E popeo 2 73 — chos, ménades
E recteo-Erictonio 7 2 , 1 9 4 . 2 2 7 . 2 7 3 . Bácide III n. 50. 16 1
2 9 5 . 2 9 7 . 3 0 0 , 3 0 9 , 3 11, 3 1 3 - H é c ­ bdkchos 2 2 0 n. 14 , 3 7 2 . 38 2, 38 8 , 3 9 °
tor 19 2 , 2 5 4 - Hefesto 17 0 , 19 3 - 19 4 , banquete 4 9 , 52, 7 3 , 8 1- 8 2 , 89, 112 , 1 2 3 -
2 2 7 , 2 9 6 -2 9 7 , 30 9 - Heracles 19 2 - 12 4 . 1 3 0 , 1 3 1 n . I l l , 1 3 4 , 13 7 , 14 3 .
H erse 3 0 9 - Metis 17 5 , 19 3 - Nike 14 9 , 17 2 , 1 8 3 - 1 8 4 , 18 6 , 2 13 , 2 3 4 ,
19 4 , 2 5 0 - O diseo 96, 1 9 2 - 1 9 3 - 2 5 2 , 2 6 9 , 2 7 0 nn. 6 y 8, 278, 2 8 5 ,
Pandroso 3 0 9 — Paris (juicio) 177 . 28 8 —fúnebre 2 5 8 - 2 5 9 J n - 3. 2 6 1-
2 0 8 — P erséfo n e-G o re 2 16 , 3 10 — 26 3, 3 11- 3 12 . 3 14 -3 15 . 3 19 -3 2 0 ,
Perseo 19 2 —Posidón 19 2 , 299-3O O, 3 2 5 - 3 2 8 , 3 3 1 , 3 3 9 . 341. 3 4 7 . 3 4 9 .
3 10 — Telém aco 16 7 —Yodam a 2 5 4 . 36 7. 3 7 1 - 3 7 2 , 3 7 4 . 3 8 3 . 3 9 6 , 4 0 4 ,
274 - Zeus 17 5 , 19 1, 19 3 , 299 4 17. 4 2 8 —de los dioses I4 7 - I48
en la literatura y la filoso fía: — en baño — « lu stra l» en los palacios m inoicos
H om ero 72 , 96, 1 0 2 , 1 2 3 , Í 3 3 . *^ 7 . 4 3 . 55 — de la im agen de Palas l i o ,
1 9 1 - 1 9 3 , 2 2 8 - 2 2 9 , 2 5 4 - 2 5 5 . 2 97 - 1 3 5 , 1 9 0 — de los m uertos 10 1, 2 6 2 ,
en H esiodo 19 0 , 19 3 — en A rq u íloco 2 7 5. 2 77 — en las iniciaciones de los
19 1, 253 - en Platón 4 3 9 , 4 4 1 m isterios 1 0 9 , 3 7 5 . 3 8 0 - 3 8 1 (en el
en el arte: —im agen de m adera de olivo mar) — en oráculos I5 7 _ I58 —nupcial
119 (antiguo xóanon 3 12 ) —estatuas cul­ 1 0 9 , 1 8 3 —p u rifica d o r IIO — re p re ­
tuales 1 23 . A . Políade en Atenas I2 6 , sentación de A fro d ita preparándose
2 9 7 . Parthénos en la Acrópolis 12 6 — en para el baño 2 10
el Tem plo de O lim pia 19 2 —antiguo basileús 73, I 3 2 y n . 5, 173 , *85
templo (época de Pisistrato) 3 * 3 . Par- basílinna 14 9 . 2 2 2 y n. 24
466 ÍNDICE ANALÍTICO

Baubo 3 2 6 , 38 2 frecuente de sacrificios 2 0 — ofrenda


bébelos 12,0 , 35^ de una brida 97 n · 3^ —de madera, de
Belerofontes 2 9 9 » 4*8 Troya I16 n. 8 0 , 19 1 y n. 2 4 » 3χ6 “
Bendis 24*3 jin etes representados en el Partenón
Beso (en la oración) 10 4 13 8 —carreras de c. 19 9 , 3 7 1 —sátiros
Bienaventurados, isla de los 268 , 3 12 n. 3 o » con cola de c. 143» 2 2 5 “ an trop ófa­
3 9 0 ,3 9 8 gos de Diom edes 2 8 2 — en el m ito
blasphemía 1 0 2 platónico del alma 4 2 7 ~ 4 2 8 | véase
boda 10 9 n. 34 , 2 0 4 n. 24, 34 1, 34 8 - p r e ­ A rión , Pégaso
sidida por H era 18 1 —en relación con Gabarneos (Kábarnoi) 3 2 8 , 373» 375 n - 23
A rtem is 2 0 4 — mes de las bodas véase C abiros 10 9 n. 3 4 , 12 5 , 2 2 6 - 2 2 7 n. 19 ,
Gam elion — ritos de inversión 3 4 5 y n · 2 3 5 ,2 3 6 ,2 8 7 ,3 7 3 - 3 7 9
53 —sacrificio prelim inar 3 5 0 n. 3 3 cadena
— de oro (áurea soga) I7 2 - I7 3
de dioses 14 9 , 17 3 , 1 8 2 - 1 8 3 y n. 54 , Gadmo 2 2 3 , 2 2 9 , 2 3 3 , 3 7 8
32O , 378 —sagrada 3 2 O - 3 2 2 , 377 n · Calauria 1 3 5 - 1 3 6 , 1 8 5 , 3 0 0 , 3 4 2
4 5 , 3 7 8 , 3 8 3 I víase baño nupcial, Calcante 1 5 3 , 15 8
m atrim onio sagrado Calipso 2 13
bomós 12 1 y n. 43 Calisto 17 5 , 2 0 4
Bóreas 2 38 Carios 1 8 3 - 1 8 4 , 2 3 1 , 3 19
bóthros 85, 2 7 0 , 376 Carites ( Ghárites, Gracias) 1 4 1 , 2 3 4 _ 2 3 5 y n ·
Boúlimos, expulsión de I15 3 , 2 9 4 — en Eleusis 2 9 4 — en O rc ó -
Branco III, 16 0 , 199 —Bránquidas 133 , *99 m eno I 18 n. 1 5 , 2 3 6 — en Paros 7 9 n.
B raurón 98, 1 3 1 n. I ll, 13 5 , 16 4 , 2 0 4 - 2 0 5 , 5 —relacionadas con A polo 19 7 (en su
2 97 , 350 estatua en Délos 12 6 , 19 8 )
brétas 123 Carneas (Kámeia) 14 6 -14 7 n, 8 0 , 19 5 , 3 0 6 ,
Brim ó 3 8 3 , véase Perséfone 3 1 4 - 3 17 , 3 4 2 , 349
Brim ós 38 3 carnero 66, 8 5, 9 1-9 2 y n. 96, 10 2 n. 6,
brotós 272 1 0 9 , 1 3 2 , 3 0 3 y n. 85, 3 10 , 3 13 , 3 15 -
biyllichistaí 14 3 y n. 50 317 , 316 n. 19 , 33 8 , 3 7 1- 3 7 3 , 377 y n.
Bufonias (Bouphónia ) 13 2 , 16 4 , 3 ° 6 , 3 IO - 3 11 3 7 , 378 , 379 n. 5 9 , 3 8 o , 39 3
y n. 26, 3 13 C arno 3 l 6 - 3 l 7 y n. 33
burro véase asno Caronte 2 13 , 2 6 0 , 266, 328
Butadas 73 Casandra 16 0 , 2 7 7 , 36 3 n. 6l, 3 6 4 η. 75
Butes véase Eteobútadas Castalia 12 0 , 15 8 , 19 8
Buzigas 13 3 n. IO, 13 2 castración, eunucos 2 1 n. 2 4 , n 3 n · 63, 13 4
caballo — con una diosa m inoica 3 5 — y n. 2 3 , 16 7 , 2 0 2 , 2 0 9 , 2 2 4 , 2 3 1,
«señ o ra de los c .» m icénica 64, 299 242, 3 2 7 , 3 3 5 , 383
n. 5 o — Fuente del C . (H íppou kréne) Çatal Hüyük 19 , 2 1, 34 n. 14 , 54 , 55 n. 4 1,
188 —domesticación, relacionada con 57, 91, 12 6 , 12 8 , 217
A tenea 1 9 1 - 1 9 2 , 2 9 2 — relacionado caza, cazadores — «com ed ia de la in o c en ­
con Posidón 9 0 - 9 1, 18 6 - 18 9 , 2 9 8 - cia» 3 1 1 —en ritos y ofrendas 78, 82,
3 0 0 (epíteto 18 8 ), con A p o lo 19 8 , 9 2 - 9 4 , 9 7 , 119 , 12 8 , 2 0 2 - 2 0 3 , 2 0 5 ,
con Hades 2 16 , con H elio 2 3 8 , 4 0 8 , 3 2 0 , 3 4 5 , 3 4 7 , 3 5 4 - 3 5 5 , 3 8 8 - y el
con los D ioscuros y los As'vin 2 8 6 , 3 7 1 Señor o Señora de los Animales 2 3 3 —
— sacrificados en A rjanes y otros luga­ trofeos en Çatal Hüyük 54 —del jab alí
res 4 9 , 2 6 0 (ahogados 18 8 n. 4 0 ), de C alid ó n 8 1, 2 4 ° — Carneas 3 15 —
p o r A qu iles 85» 2 6 0 — no es víctim a Á rtem is 2 0 2 - 2 0 5 , 2 9 4 , 2 9 6 , 3 0 5 —
ÍNDICE ANALÍTICO 467

H ipólito 2 0 3 , 39 4 —O rio n 265 ctónico


chthónios véase
cebada 18 , 79, 80, 8 ?, 87 n. 65, 93, 9 4 -9 5, (ollas) 318 , 3 2 1- 3 2 2
C hjtroi
I O O , 1 0 2 , 15 8 , 2 15 n. 3 , 2 16 , 2 6 2 , C ibele 1 3 4 y n. 2 3 , 2 0 2 , 2 0 8 , 2 2 0 , 2 4 1 -
3 3 5 , 3 3 9 , 3 6 4 - bebida con c. 36 8 , 24 2 , 2 5 1, 377
381 — «c. antes de la arada» 352 cíclopes 14 3 , 2 0 0 , 2 3 5 , 2 9 0 , 3 3 0
cebolla albarrana (sküla) 10 6 , I14 Cielo véase Ouranós
Gecrópidas 19 4 , 3 0 8 - 3 0 9 , 3 11 ciervo/cierva 53 n · 2 9 , 88, 9 1, 13 5 , I39>
Ceneo 3 47 n · 4 ι 6 9 , 197 , 2 0 2 - 2 0 3 , 2 0 5 , 2 8 2 - 2 8 3 y
centauros 14 3 , 16 9 , 2 3 4 , 2 3 5 n · IO> 2 8 3 y η. IO , 3 0 5 , 38 8 n. 2 0 I véase Ártem is
η . IO , 29O — Centaurom aquia 3 13 — Circe 85, 2 13
M edusa como centauresa 18 7 n. 3 3 | C iren e 86 y n. 5 4 , 15 6 , 1 5 9 , 2 0 4 n. 2 4 ,
véase Q uirón 2 4 3 , 278 n. 36 , 358 n. 5 —ley sacra
Ceos —Ayia Irin i 46, 2 19 —continuidad 65, 112 n. 57 — T esm oforias 327 I véase
70 — fiesta de Zeus 3 5 4 — leyes I I O , Carneas
12 0 n. 3 1, 2 6 3 n. 48 — ritos de Claros (oráculo) 153 η · ! 9 > 15 8 , 16 0 , 19 6
muchachas casaderas 3 5 0 —sacrificios Cleobea 3 2 8 , 373
en h o n o r de S irio 2 38 —templo 1 2 5 , Clitemnestra, tumba de 275 n · 4
323 Cnido 29 n. 29, 155 , 3 37 - A frodita 2 1 0 -
G érbero 266 , 2 8 3 , 3 9 1 A p o lo /P osid ón 3 0 0 , 3 4 2 —Carneas
cerdos —cabezas, en un disfraz 14 2 —rela­ 3 14 η . I , 315 y n. 12 —Deméter 3 2 5
ción con el grano 32 7 —sacrificio 20 , Cnoso 3 0 - 3 1 y n. 15 , 13 2 , 3 4 “ 3 5 , 3 7 - 3 9 -
79, 93 (en Delfos 112 , en los funerales 4 1, 4 0 n. 25, 4 2 - 4 5 y n. 67, 4 8 -4 9 y
de Patroclo 2 6 1, en las Tesm oforias n. 2, 5 ° y n - 5 , 5 2 - 5 ^ y n · 4 8 y 4 , 69-
2 1, 2 18 , 3 2 3 , 3 2 5 , suovetaurilia 66) — 70 , 7 3 , 122 n. 4 9 , 226 η . I, 2 3 7 , 30 6
votivos 2 1, 3 2 3 , 32 5 — divinidades m inoicas y micénicas
Gérices (Kérykes) 1 3 3 y n · 1° , 2 I 4 > 3 H, 38 0 57 - 5 9 , 6 1 - 6 6 —Ares y A frodita 2 9 8 —
chatre 1 0 4 , 3 6 4 A tenea — 18 9 —A po lo 19 6 —boda(s)
Ghalkeîa 2 2 7 , 2 9 8 sagrada(s) 14 9 , 18 0 | véase tum ba-tem ­
chamanes, cham anism o 1 5 1 y n. 1 3 , 2 8 2 - plo
2 8 3 , 4 0 0 y n. 39 C odro 116
cháris 2 28 , 2 5 4 , 3 6 4 , 4 12 , 4 4 3 colecta 13 9 - 14 0
Charités véase Cárites colores — blanco: vestidos 1 0 8 , 13 4 , 3 7 2 ,
chéein, choé 27~28, 98, 2 6 2 , 2 7 ° , 26 3 n. 46, 4 0 1 I véase cordera (blanca), oveja
272 — Ghoés, fiesta de las ja rras 3 18 - (blanca) — negro: vestidos 3 5 1. 3 7 3 ,
3 2 2 , 345 cordero , carnero, oveja, cabra 3 5 1 —
chéra 18 1 púrpura: cinta 13 8 , faja, de los in icia­
chérnips I O I, 10 8 , 262 n. 41 dos 3 5 5 » 376 vestidos 1 3 4 (de D em é­
C h ip re 3 1, 3 5 , 4 4 , 48 n. 8 0 , 4 9 n · 87, 51 ter 2 5 2 , tam bién calzado 344) — roj °
n. 16 , 54, 62 n. 54 , 6 8 - 7 0 , 71 n. 21, 8 5 , 327
7 4 -7 6 y n. 6 2, 87, 14 8 , 15 4 y n. 3 0 , colum pio, columpiarse 322
17 6 n. 3 5 , 19 7 , 2 0 6 n n . 5 y 7, 2 0 7 , cordero 8 9 , 13 4 , 3 3 4 , 3 7 1 - blanco 3 3 4 -
2 0 9 , 2 15 , 2 2 6 , 2 39 y n - 4 , 258 negro 3 5 3 - 3 5 4 - cordera negra 3 3 4 |
chloaîa 3 5 3 véase sauzgatillo
choé, Ghoés véase chéein Core véase Perséfone
choros 14 0 Coribantes 10 9 n . 3 4 , I I I , 1 5 1, 16 4 - 1 6 5 ,
chresmós, chrestérion 1 5 5 - 1 5 6 2 3 4 n . 3, 2 4 2 , 3 7 2 , 377 n. 4 0 , 378
chrysóthronos 18 0 n. 17 n. 4 9 , 3 7 9 , 396
468 ÍNDICE ANALÍTICO

coronas 18 , 79 n . 5 . 4 17 —arrojadas el mar como joven desnudo 34 8 —tumbas de


3 5 5 ~ como atributo del sacerdote o la cámara 2 58 | véase Epim énides, Zeus,
sacerdotisa 134·» 18 3 — de ramas de tumba de
álamo blanco 3 9 1 — de espigas de C río 317
Deméter y sus fieles 215 . 3 o1 —de flo ­ Crisaor 18 7
res en el culto a A fro d ita 2 0 9 — de Crises 10 3
hiedra 3 2 0 (en el culto a D ioniso cristianism o, cristiano 6, 14 , 9 0 , I17 , 16 0 ,
3 0 1 ) — de laurel 3 7 1 (en ritos de 206, 2 7 4 . 280 , 329. 3 3 9 . 358, 3 6 5 .
A p o lo 3 5 6 , para u n leño y su p o rta ­ 36 8, 3 8 0 , 394 , 4 0 3 n. 25. 4 0 9 - 4 10 ,
dor en las Dafneforias 13 8 ) —de m irto 4 2 5 , 443
1 8 3 n. 5 3 —de los participantes en un Critias 3 3 0 n. 13 , 4 15 - 4 17
rito 1 3 7 , 1 8 3 - 1 8 4 , 2 6 9 , 3 1 4 (su C ron o 16 7, 16 8 n. 3 1, 17 3 y n. 14 , 18 0 y n.
ausencia en ritos luctuosos 3 2 6 ) — de 15 , 18 5 , 2 0 9 , 2 3 0 , 2 5 5 , 2 6 8 (Isla de
los vencedores en los juegos II9 , 16 9 — los Bienaventurados), 3 1 1 Y n. 2 9 .
de olivo 3 5 6 — de oro en las D afn efo­ 3 1 2 - 3 1 3 . 395
rias 13 5 —de un difunto 2 59 (con sig­ ctónico ( chthónios) 2 2 , 2 8 - 2 9 , 5 6 -5 7 , 89,
nificado funerario 27 *) —en las lam i­ 98, 10 4 n. 19 , 1 2 2 , 1 3 3 , 14 6 , 18 8 ,
nillas de oro 3 9 3 — sobre estelas 2 6 3 2 1 4 - 2 1 5 , 2 18 , 2 2 2 , 2 4 9 . 2 6 9 - 2 7 4 .
n. 47 —véase polos 2 7 6 - 2 7 7 . 2 8 1, 2 8 9 , 2 9 8 , 3 0 3 , 3 17 ,
Corónide 2 8 9 y n. 3 3 2 2 , 34 4 . 3 5 2 . 3 9 1 - 3 9 3 . 39 7 y n. 18 ,
corzo 91. 16 9 . 19 7 —corza 2 0 3 440
cosmos 2 6 9 , 3 5 4 . 3 9 8 . 4 0 0 —ju ram en to cuernos 19, 3 0 , 3 5 - 3 6 , 4 0 - 4 1, 4 2 , 44 , 5 0 -
(« fó rm u la cósm ica») 3 3 4 . 3 3 6 —en 5 1 y n. 16 , 53 n. 26, 5 4 -5 5 y nn. 39 y
filoso fía: en los presocráticos 4 0 6 , 4 3 . 5 7 . 6 0 - 6 1, 68 y n. 5, 7 4 - 7 5 . 7 9 .
4 10 , 4 12 , 4 14 , 4 2 1 - 4 2 2 , 4 2 9 — en 9 0 - 9 1 y nn. 89, 93 y 94, 94, 12 8 ,
Platón 4 2 9 - 4 3 4 > en Aristóteles 4 3 4 “ 13 9 , 2 0 2 , 2 0 7 , 2 3 3 . 3 16 y n. 19 , 3 5 5
435 — de consagración 38 , 54 — altar de
Cotito 243 cuernos véase altar: de Artem is
cremación 89, 2 5 8 - 2 6 0 , 284, 3^ 0 cuevas, grutas —del Paleolítico Superior 37,
Creta —neolítica 1 8 , 4 4 —protom inoica 2 2, 282 —usadas como santuarios 2 0 , 3 2 -
55 (tumbas 48, relación con Anatolia 3 3 . 3 6 - 3 8 , 39 n. 18 , 4 2 , 4 4 - 5 2 , 5 5 .
5 4 ) —m inoica 2 5 . 2 8 - 3 I , 54 (cuevas 58, 70 —de los raptados por las ninfas
26, 36, 14 I1 372 ) —micénica 3 1. 46 — 15 1 — de.Ilitia en A m niso 38 , 5 7 . 64.
coexistencia de inhum ación y crem a­ 70, 2 3 0 - de Pan 2 3 4 , 34 6 - de D io ­
ción 259 — continuidad 3 2 , 3 5 . 68, niso 3 2 1, 3 2 3 , 3 8 7 y n. 1 3 — de la
70 —culto de Leto 2 3 2 — Curetes 348 Diosa M adre en Tebas 125 — de los
— diosa m adre 59, 69 η . 14 — fiestas Curetes 348
en las que los esclavos azotan a sus cuevas con relevancia religiosa: —Am niso
amos 3 1 1 n · 2 9 . 34 5 —im portancia de ( véase de Ilitia) —A rkalojori 3 7 -3 8 , 215
la danza 5 0 — inm igración de artesa­ n. 3 - Dicte 37 y n. 8, 17 3 n. 18 -
nos de S iria 75 — lam inillas de oro Eleusis 38 2 —Franjzi 2 0 n. 18 — G ip -
34 g —leyes supuestamente concedidas sades 48 - Ida 35, 3 7 -3 8 , 70 , I18 , 14 1,
por Zeus 3 3 2 n. 26 —mitos y ritos 90, 17 3 n. 18 , 34 8 , 3 7 2 -3 7 3 - Kam arés
14 9 , 2 2 2 , 275 ~ P ar de cuernos 54 — 3 7 . 6 0 — Kitsos 2 0 n. 18 — M aronea
peán 19 6 — ritos de in iciación 34 7 . 2 0 n. 18 —Maratona 2 0 n. 18 —Patsos
36 9 — tem plo tipo «casa con h ogar» 38 —Psijro 3 7 -3 8 , 5 2 , 70 n. 17, 9 1 n.
86, 12 4 —tipo iconográfico de A polo 93 —Skotinó 3 7 -3 8 —Vari 15 1 η. I I
ÍNDICE ANALÍTICO 469

Cumas (eolia) 2 31 calendarios 3 0 6 —culto de Apolo 1 59 .


Cumas (Italia) 3 9 1 ~ oráculo de los «cim e- 19 5 y n . 7 - depósito de fundación 71
rio s» 15 7 n. 55 - sibila 16 0 —diezmo II6 —D ioniso 3 ° 3 Y n. 9 2 ,
Curetes 7 0 , 88, 14 1 , 16 4 , 17 3 , 1 34 - 2 3 5 , 396 y n. 18 — epifanía de Apolo 19 8 —
286, 34 8 , 372 expiación de crím enes 2 0 0 — fiesta
Curótrofo véase Kourotróphos sacrificial 10 2 n. 6 —fuego procedente
Dáctilos 38 , 2 3 5 , 3 7 3 . 379 y n. 58 del santuario 86 y n. 54 . 2 3 0 —fu e n ­
dadoûchos 13 3 , 3 8 0 tes 1 2 0 —guerra sagrada 357 —Himno a
Dafne (oráculo) 156 , 16 0 , 196 Apolo 13 4 , 13 8 - hósioi 13 6 , 359 n. 1 3 -
Dafneforias (Daphnephoría) 13 5 , 13 8 , 19 5, 198 juegos píticos 14 5 - 14 6 —Labiadas 337
I véase laurel — lau rel 13 8 — Lesque de los cnidios
Daídala 4 0 , 88, 89 n. 74, 14 9 , 18 4 3 2 8 (pintura de Polignoto 3 6 9 ) —
daímon 99, 1 0 3 , 10 6 , 10 7 n. 13 , 2 3 4 , 243~ Licu rgo 3 3 2 — máximas en el tem plo
2 4 6 , 2 8 0 n. 5 0 , 3 8 1, 4 0 3 , 4 11, 4 3 3 , 2 0 0 —monumentos erigidos por ven ­
4 3 7 -4 3 8 cedores 1 3 0 — muchachas al servicio
daimónios 2 4 4 . 246 del tem plo 96 n . 25 —N eo p tólem o-
damatrízein 2 1 5 y n - 6 P irro 1 2 1 n. 4 2 , 19 9 , 277 —ofrendas
damázo 248 de cabello 97 n . 29, de oro de G iges
Dam ia y Auxesia 144 13 0 , 15 6 —ombligo (omphalós) 101 , I18
Dánae 175 — oráculo 8 0 , 9 4 , 10 7 , 15 9 y n - 75.
Danaides 3 6 n. 3 2 , 3 2 7 19 5, 278, 3 4 3 . 4 19 - Pitia 15 3 n. 19 -
danza: 1 8 , 4 8 , I O 3 , 1 4 0 - 1 4 2 , 151, 171, 181, Platón 4 4 ° ~ Plutarco, sacerdote en
19 2, 197, 2 0 3 - 2 0 4 , 20 6 n. 7, 2 2 0 n. D elfos 15 8 n . 6 3 —Posidón 18 9 y n.
14, 22 2 n. 45, 2 3 4 . 2 9 4 . 2 9 6 - 2 9 7 . 4 4 . 3 0 0 — prescripciones cultuales
3O O-3OI, 307, 3 14 -3 15 , 317, 3 2 3 . 2 0 0 —procesión 13 8 —Prónaia 2 7 ° n -
3 47- 3 4 8 , 350. 381, 384. 44 0. 4 42 - 7 —purificación de Orestes II 2 - I I 3 n.
en época m in o ico-m icén ica 4 9 . 5 ° . 6 0, 2 0 0 — sacrificios a A polo 2 7 3 —
5 8 -5 9 n. 36 , 6 1, 65 («pistas de santuario 14, 86, 13 4 , 3 5 5 —serpiente
baile» 48, 58) — competiciones 14 5 — P itón 14 6 , 199-2O O — sibila 16 0 —
con armas 14 0 n. 3 0 , 14 1, 287 —con tem plo de A p o lo 86, 2 9 7 — tesoros
máscaras 37 2 —de guerra en honor de (thesauroí) 13O. 3 9 4 n. 4 —theoxénia 14 8
Zeus 17 3 — de la grulla 1 4 1, 2 97 — de —vía sacra 97
los Curetes y C oribantes 14 1, 16 4 , Délos 12 , 6 0 n. 49, 12 1, 12 3 n · 5 9 . *95 y n -
2 3 5 . 34 8 . 372 — delirante, dionisíaca 7, 19 6 , 19 8 , 3 2 5 n. 2 3 . 3 2 7 . 3 4 2 -
I I I , 2 2 2 , 2 3 5 . 2 4 2 , 3 18 , 3 2 1, 38 8 - altar de A polo 95, de cuernos 91, 12 8
en las Antesterias 65 —en los misterios —Artem is 19 5. 19 8 , 297 “ -Artemision
3 8 3 —ju n to a u n árbol 4 2 , 5 6 , 58 I 297 —coros de muchachas 151, 19 8 n.
véase Gim nopedias, ditirambo, peán 3 4 . 2 97 —culto de A polo 19 5 —danza
Dárdano 3 7 8 -3 7 9 de la grulla (géranos) 14 1, 29 7 —d ep ó ­
déchesthai 15 5 n · 37 sito de fun d ació n J l — im agen de
Dédalo 50 A p o lo 12 6 , 19 8 , 2 97 —fuego sagrado
defixio 10 5 , 2 70 86 — oráculo 2 0 0 —palm era de Leto
deisidaímon, deisidaimonía 3 6 2 - 3 6 3 119 , 19 8 , 248 —purificación 12 0 , 2 7 3
dekáte 96, 1 3 O —sacrificios a A polo y Posidón 3 0 0 —
Delfos 12 , 9 7 , 112 n. 5 7 , I l 7 y n. 3, 13 0 , 15 3 templo de A polo 297 —tumbas m icé-
n. 2 5 . 159 . 19 6 , 2 8 0 , 2 9 7 , 3 0 3 , 3 6 4 . nicas « d e las V írgenes h ip erbóreas»
4 4 ° —anfictionía 3 43 —Apelas 3 4 * — 71, 19 8 , 273. 275
4 7 0 ÍNDICE ANALÍTICO

D em éter 2 l 5 _ 2 l 8 — nom bre 215 — con C o rin to 131 η. I I I , 3 2 8 —Delfós 3 2 8


antorcha 17 0 , 2 l 6 , con corona de —Éfeso 3 2 4 n · 9 —Eleusis 10 9 , 2 18 ,
espigas 2 15 —epifanía en Eleusis 253 — 3 0 0 , 3 5 3 , 3 7 9 - 3 8 5 , 3 9 5 , 39 9 -
identificada con la M adre 2 4 2 —diosa Féneo 14 3 , 2 5 1 - Figalia 95 - Flía 3 7 0
ctónica 2 18 —diosa del grano y la fe r­ — H erm ione 271 — M iconos 3 2 4 —
tilidad 9 4 , 16 9 , 2 15 . 2 2 2 , 2 7 1, 3 5 2 , Paros 3 2 8 , 373 —P rien e 3 2 5 — S e li­
36 8, 38 5, 4 15 —hábito púrpura 2 5 2 — nunte 353 n. 18 —Siracusa 13 3 , 3 4 4 —
heredera de una « señ o ra de los a n i­ Tasos 3 2 8 , 3 7 3 —Tebas 3 7 4 —T erm o­
m ales» 16 4 —m ito en Figalia 13 —no pilas 3 4 3
identificada con la T ierra 2 3 7 . 3 2 6 n. relación con otros dioses y héroes: —
3 1 — pectoral con sím bolos de la A n ito 37 2 —A p o lo 335 —A rió n 6 5,
abundancia 16 4 —luto 2 16 , 3 2 6 , 32 8 , 90 , 18 8 —Ártem is-Hécate 3 0 0 , 372 —
3 6 0 — reguladora del orden 3 2 8 — A tenea 3 0 0 — Axiókersos 377 — Baubo
violada 248 | véase damatrízein, demétreioi 3 2 6 , 3 8 2 — D em ofonte 10 9 , 3 8 3 —
epítetos y advocaciones: —Anesidóra 3 7 0 — D ion iso 2 9 4 . 3 o 1 — E ubuleo 3 2 5 —
Chlóe 3 5 3 n. 19 - Chthonía 2 4 9 , 271 - Flío 3 7 0 —Perséfone (Core) 175 > 2 I 3 >
E leu sin ia 13 9 — E rin is (Eiynys) 4 7 n - 2 15 -2 17 , 242, 265, 3 10 , 3 13 , 3 2 4 -
76, 6 5, 18 8 , 2 5 1 — hagné thed (diosa 32 6 , 35 3 , 3 6 0 -3 6 1, 372, 377. 3 8 0 -
pura) 3 2 6 , 3 5 2 , 3 6 0 —Kabeiraía 3 7 4 “ 3 8 1, 39 6 - Pluto 2 15 , 3 8 3 - Posidón
375 —Karpophóros 2 4 9 —Kidaría 1 4 3 ’ 2 5 1 9 0 , 18 8 , 2 9 6 , 2 9 8 , 3 0 0 , 3 2 4 - Rea
—Kourotróphos 2 4 9 —Malaphóros 3 5 3 n. 396 —Telipinu 2 17 Triptólem o 38 5
18 —Mysía 14 4 n · 64 —Pelasgis 3 2 4 η · 9 —Yaco 3 8 1, 3 8 3 - Yambe 14 4 , 3 8 2 -
—Phylaká 3 0 1 n. 62 — Thesmophóros 3 2 4 Yasión 3 5 , 14 9 , 298, 378 —Zeus 2 4 2 ,
n. 9, 3 2 6 , 328 298 , 3 2 5 , 3 3 5 . 3 96
culto: —agermós 13 9 n. 2 4 —aischrología 375 en la literatura y la filosofía: —en la Ilíada
—asistentes como abejas 3 2 7 —Cabar- 2 15 —en H esíodo 2 16 , 27 r > 352 — en
neos (Kábarnoi) 3 2 8 , 37 3 — cesto (kdla- el Himno a Deméter 12 3 n. 58 , 16 8 , 2 13 ,
thos) 13 7 — cerdos votivos 2 1 — Chthónia 2 16 , 267, 379 y n. I, 3 8 0 , 3 8 3 - 3 8 4 -
2 7 1 — coronas de m irto 16 9 — dendro- en Pródico 4 15 — en Platón 4 4 1 — en
phoría 13 8 n . 12 — Eleusinias 2 9 4 — los estoicos 4 3 4 — en epigramas h ele­
fiestas 2 18 (de mujeres 2 4 o · ¿el fuego nísticos 93 n. 8, 94
164) —Gálloi 2 4 2 —Halloa 2 9 4 —hiero- en el arte: —estatua cultual 12 3 —Lesque
fantes y hierophantídes 13 5 —katagogé 2 18 de los cnidios en Delfos 3 2 8 —terra­
—máscara 14 3 , 2 5 1 —mégara, megarízein cotas de Sicilia 129
3 2 4 - 3 2 5 — m isterios 13 7 , 2 l8 , 2 5 1, demétreioi 218
3 2 4 n · 9. 3 6 8 , 3 8 7 , 39 9 - orgeones demiurgo (demiourgós) 4 3 2 - 4 3 4
3 7 3 — relación con la sangre 3 2 7 — Dem ócrito 4 ^ 7 ’ 4 I 5 _4 I 6, 4 2 4
sacerdotisas solteras 327> 3 8 0 —sacri­ Demódoco 2 0 8
ficio de cerdos 3 2 3 , 3 2 5 —sacrificios D em ofonte 10 9 , 372 n. 18
secretos en H erm ione 2 1 —santuarios Dendrophoría 13 8 n. 12
118 , 12 0 y n. 3 1 - templos 1 2 3 n · 58, desm em bram iento 4 ° , 8 0 - 8 1 , 8 3, 2 2 2 ,
1 3 3 I véase Tesm oforias, Thaljisia, thesmo- 3 0 1, 30 4 , 3 11, 32 0 , 3 3 1, 3 3 5 - 3 3 6 ,
phoriázein 3 7 2 , 38 8 , 39 4 , 3 9 6 -3 9 7
lugares: — A cragante 3 25 — A lejan d ría déspoina 14 2 , 372
13 7 — A n d an ia 3 7 1 — A rcad ia 372 — despotes 3 5 5 , 36 3
Atenas 3 3 5 , 36 8, 399 - Catania 3 2 4 J dexíon 289
η . I I — C n id o 3 2 5 — C n oso 62 — Deyanira 2 8 3
ÍNDICE ANALÍTICO

Diágoras de Melos 4 I 8 - 4 I9 y n. 35 epítetos y advocaciones: —Anthios '¡J O —


Diasias 2 7 1 Anthroporrhaístes 2 2 2 —Baco 2 1 9 - 2 2 0 —
Dicte, cueva de véase cuevas Bakcheús 225 ~ Dithyrambos 1 0 3 —en lím-
Dictinna 4-0 n. 34 nais 11 8 , 3 18 — Kádmeios 127 n · 84
D ídim a 74 n. 5 1, 8 3, 1 3 0 - A p o l o I I I , I I 9 , . : , : 91 n. 94 —Liknítes 3 0 3 —Meili-
1 3 3 , 14 1, 15 8 , 16 0 y n. 77, 19 6 , 1 9 9 - chios 2 2 5 — Oméstas, Omestás, -tés 2 2 2 ,
laurel I19 —leyenda de fundación I I I , 2 4 9 ,3 0 2
19 9 — molpoí 1 4 1 — pozo 12 0 | véase culto: — asociaciones dionisíacas 2 3 5 —
Branco baño 10 9 n. 3 4 —boda sagrada de la
difuntos iléase muertos basílinna 14 9 , 3 2 1 —carros con figuras
díkaios, dike 177 , 359 —Dike 177, 2 5 0 y η. 2 3 . enmascaradas 14 4 — concursos de
333 belleza y m usicales 14 5 ~ éxtasis 1 5 1 -
diluvio Ι 0 Ι - Ι 0 2 , 13 4 . 268, 3 2 2 , 378 y η · 5 ° 1 5 2 -fie s ta s 2 2 1- 2 2 3 , 294 , 3 0 1, 3 4 2 -
Dínos 418 3 4 3 , 3 5 3 , 36 1 ( con gritos salvajes 10 3 )
Diocles de Siracusa 275 η · 3 — h iedra 16 9 , 3 0 1 — imagen: de
Diógenes de A polonia 4 18 , 4 2 1 -4 2 4 madera de pino II9 , 127 n · ^ 4 >gu ar­
D iom edes 19 0 , 19 2 , 2 θ 8 , 2 2 9 , 2 4 8 , 2 5 5 , dada en una caja 1 2 5 » encadenada 1 2 7 »
268, 28 2 —escudo 19 0 llevada en un carro-barco 13 8 , 2 2 4 —
diomosia 3 38 invocado como un toro 9 0 o relacio­
D ione 12 , 16 5, 209 nado con él 16 9 ~■ libación 2 4 4 “
D ionisias 13 2 , 13 8 , 14 5 , 2 2 0 - 2 2 1 y n . 16 , machos cabríos 1 4 1 , 16 9 — m isterios
225, 2 9 4 , 3 0 6 , 3 18 , 3 4 2 - 3 4 4 . 386 2 2 6 ,2 5 1,2 7 1,3 0 4 ,3 6 8 - 3 6 9 ,3 8 5 -
Dioniso 10 η. 2 9 -3 0 , 2 18 -2 2 6 , 3 0 0 - 3 0 4 — 3 8 8 , 3 9 1 - 3 9 2 , 39 5 (sím bolos de los
nombre 2 2 0 —en época micénica 65 y m isterios 39 2 ) — orfism o 3 9 4 _395>
n. 2 4 a . 2 19 (¿id en tificad o con D ri- 3 9 7 - 3 9 9 - prim icias 9 3 n. 8, 9 4 -
m io ? 63 n. 10 ) — cinco D ionisos 16 5 privados, separados de la polis 38 6 —
— continuidad 4 6 , 6 5, 73. 76, 2 19 prodigios del fuego 8 6 -8 7 —relación
(colum na en Tebas 57 ) — desm em ­ con los órficos 38 7 n . 14 , 3 9 4 —
brado y cocinado 3 19 - 3 2 0 , 3 9 6 -3 9 7 , sacerdotisas 13 5 _ sacrificios de gallos
4 0 2 —dios del vino 2 l8 (relacionado 79 n. 2 —sexualidad no velada 14 9 —
con la sangre 2 2 2 , 319 ; kántharos 2 25). Tíades 3 0 3 —vírgenes portadoras de
del éxtasis 2 18 , de la epifanía 2 19 , de cuernos 9 1 n. 94 | véase Antesterias,
la excepción 38 6 , de la locura teléstica kiste, líknon, omofagia
38 8 — hereda la soberanía de Zeus relación con otros dioses y héroes: —
39 6 — hermas ( 3 0 1) y máscaras (3 1, A polo 3 0 2 - 3 0 4 , 3 3 2 —A riadna 2 2 2 ,
6 5 , 14 3 , 2 19 , 2 2 5 , 3 0 1, 3 1 9 - 3 2 1 ) - 3 2 0 - 3 2 1 , 377 n . 4 5 - Á r te m is 3O I -
nacim iento 16 5 , 2 2 3 - 2 2 4 —perso n i­ Curetes y Coribantes 16 4 , 235 —E r i­
ficaciones en su cortejo 2 5 0 — p r o ­ gone 2 2 1, 3 2 2 — Fiscoa (Physkóa) 1 8 1 ,
duce alegría p ero es siniestro 2 2 1 — 3 0 2 — H efesto 18 3 , 2 2 7 , 3 74 - H era
relación con coros trágicos 16 4 —tau- 1 8 1 - 1 8 2 , 3 0 2 — H erm es 3 0 1 , 3 2 3 -
ro m o rfo 9 O —xóana 2 2 5 —vacilación hijas de M inias 2 2 2 —h ijas de Preto
en incluirlo entre los doce dioses 17 1, I I I , 3 0 2 - Icario 221 , 3 19 , 322 - In o
2 4 4 (com o h éroe 2 7 7 , 3 ° 2 , como 18 2 , 3 0 2 (Leucótea 2 3 3 ) — Licu rgo
«totalm ente o tro » 296) —apolíneo y 2 2 2 - 2 2 3 — Méter Kyhéle 2 4 2 — O rfeo
dionisíaco 2 19 , 3 0 2 — en alegorías 3 0 4 — Osiris 39 7 —Penteo 2 2 3 —Per-
tardohelenísticas 3 2 0 | véase ménades, séfone 16 5 , 271 , 391 , 3 9 6 - 3 9 7 - P e r -
sátiros seo 39 6 — Sabazio 2 42 — Sémele 16 5 ,
472 ÍNDICE ANALÍTICO

220, 223, 302 — So l 3 0 4 — Titanes 2 3 4 — extranjeros 2 3 9 - 2 4 3 — fiestas


3 9 6 - 3 9 7 . 4 0 2 - Yaco 1 0 3 , 3 8 1 , 3 8 3 - 3 0 4 - 3 2 8 —en cuevas 36, 38 —inicia­
Zeus 1 6 4 , 2 2 3 ~ 2 2 4 ción 3 4 6 - 3 5 1 —esclavos del d. 6 5 -6 6
en la literatura y la filo so fía : — en 2 5 ° — m e n s a je r o
— p e r s o n ific a c io n e s
H om ero 2 2 2 -2 2 3 — en l ° s Himnos de los d. 211 , 2 14 ~ sem idioses 2 7 4 “
homéricos 16 8 , 2 2 1, 2 2 4 ~ 2 2 5 — en la 276 —a la luz de las tres funciones 295
tragedia 178, 2 2 1, 3 0 3 - 3 0 4 , 4 2 4 - en —en H om ero 56, 16 7 -16 8 , 1 7 0 - 1 7 1 —
Filodam o 3 0 4 — en H eráclito 4 * 0 — en la filoso fía 1 27 . 4 ° 5~ 444 I véase
en Pródico 4 15 —en Calimaco y E u fo - antropom orfism o, ateísm o, daimon,
rió n 3 9 6 — en Platón 4 4 1 - 4 4 2 — en D oce Dioses, guerras entre dioses,
Jenócrates 397 —en Plutarco 392 politeísm o, theós
en el arte: en el Partenón 17 0 — en la diosas 28 n. 29, 34 . 4 1 . 44> 4 6 -4 7 . 4 9 - 5 1 !
cerám ica 2 2 4 ~ 2 2 5 . 3 °3 > 39 2 | véase 5 4 - 5 5 , 57. 10 9 — m inoicas 5 6 -6 2 —
Dionisias m icénicas 6 2 - 6 7 — continuidad J O -
dios, dioses 7, 1 ° . 2 0 , 2 2 , 2 4 . 2 6 , 2 8 - 2 9 , 72 —armadas 19 0 , de las afueras 2 0 3
3 4 - 3 5 , 4 1, 57, 78, 16 3 - 2 5 6 - m in o i- n. 14 , de la caza 2 0 2 , « d e la cerca­
cos 5 6 -6 2 —m icénicos 6 2 - 6 7 —co n ­ n ía » 19 2 , de las cuevas 38 n. 18 , de la
tinuidad 6 9 -7 0 , 7 4 -7 6 — nom bres y tierra 26 , 18 5 , del grano 2 16 , del
epítetos 6, 12 , 15 . 24 9 —asociaciones m onte 4 1, del parto y del nacim iento
de d. 2 3 4 - 2 3 6 (fam ilias 2 9 5 ~ 2 9 6 , 2 0 4 , 2 3 0 . de la ciudadela 19 0 , de las
parejas 2 9 7~ 29 9 , viejo y jo ven 2 9 9 - palomas 4 3 , 58. 60 n. 4 7. de las ser­
3 0 0 , fusión de d. 249 ) — am oralidad pientes 3 4 , 4 3 - 4 4 . 5 8 - 6 0 , 67, 69,
y justicia 3 2 9 - 3 3 4 —asociados a la sal­ 19 0 , del escudo 4 7. 6 0 , 19 0 , del
vación 4 2 5 _4 4 4 —causantes de en fer­ parto 38 (véase Ilitia), del R ocío 7 2 ,
m edad y locura IIO -III, 19 7 (pero 119 —diosa hipopótam o 5l> madre 19 ,
también de curación 19 7, 19 9 . 2 0 4 ) — 59, 12 5 , 1 5 1 , 2 4 1 - 2 4 2 , « d .-p á ja r o »
celestes y terrestres 28 —dan nombre a 2 3 — en u n tron o 3 4 . 58 — entre dos
meses 3 0 5 —dios ciervo 91, con cuer­ leones 4 1 —sobre u n anim al 3 5 . 4 * —
nos 68, de la tempestad 2 8 , 4 1. 55. « G ra n D iosa» 19 -2O , 2 3 y n · 3 3 . 5 6 .
91, 16 4 , 18 8 , 19 7, del C ielo 18 8 , «d el 59, 67, 14 8 , 16 4 , 179 , 2 0 2 , 2 10 , 2 17,
in stan te» 7 n · 9. de la epifanía 2 19 , 226, 2 3 7 , 2 4 2 , 2 5 1, 2 6 5 , 3 7 0 I véase
de la lejanía 2 0 1, de los Infiernos 4 4 . Dos Diosas
del mar 18 5 - 18 6 , 18 8 , del sol 2 0 1, del modos de relación de hombres con d io ­
universo 17 8 , del vino 2 18 , 2 2 1, 2 2 4 . ses y diosas: — banquetes 1 4 7 - 1 4 8 —
h errero 68, 18 3 , 2 2 , padre 176 , 18 0 , colectas 1 3 9 - 1 4 0 — danzas y cantos
«particular» 7 n. 9, «qu e m uere» 8, 1 4 0 - 1 4 2 — éxtasis y adivinación 1 5 0 -
2 9. 3 5 . «sob re el lingote de cobre» 16 1 — máscaras y disfraces 1 4 2 - 1 4 5 .
68, 74, 2 0 7 , 2 2 6 , toro 3 5 , 9 0 - 9 1, 2 5 1 —m atrim onio sagrado 14 8 -14 9 —
supremo I7 I- I7 3 —dioses ctónicos 29, ofrendas y libaciones 9 2-IO 2, 1 2 8 - 1 3 1
98, 1 3 3 , 2 6 9 - 2 7 4 (seres ctónico- — oraciones 1 0 2 - 1 0 5 , I I 3 —procesio­
olím picos 2 8 1- 2 9 1) , olím picos 26, nes 1 3 6 - X 3 9 —purificación 1 0 9 , III —
98, 13 8 , 17 4 , 2 4 8 , 2 6 9 - 2 7 4 , de los sacrificios 79 -9 2 —santuarios II7 -12 8 ,
m isterios 3 6 7 - 4 0 1 . de Ia naturaleza 1 3 2 —sacerdotes 1 3 I - 1 3 6
2 3 6 - 2 3 8 , de la vegetación 5 0 , 59> D ioscuros 2 6 , 1 4 7 - 1 4 8 , 17 5 , 2 0 3 , 2 5 2 ,
2 2 0 , que sufren 36 9 — d. y hom bres 2 8 6 -2 8 9 , 3 5 5 , 3 7 1 y n. 14 , 37 4 , 377
2 5 2 - 2 5 5 , 2 7 2 , y héroes 2 7 4 -2 8 1 - d. n. 4 0 , 379 y n. 57 I Véase Tindáridas
m ayores 1 7 1 - 2 2 9 — d. m enores 2 3 0 - Dipolias 3 10
ÍNDICE ANALÍTICO 473

Dirce 287 Éfeso 1 15 , 1 2 3 n . 59, 14 2 , 16 4 , 2 3 4 I véase


Discordia 3 3 9 A rtem is, epítetos: Efesia, lugares:
disfraz, enm ascaram iento, lg , 5 1. 78. 92, Éfeso
1 4 2 - 1 4 4 . 2 2 5 y n. 4 5 , 2 3 5 y n . 19 , Efestión (divinizado) 269 n. 3
2 5 2 , 2 8 7 n. 6, 3 8 2 , 38 6 —fem enino E fira (oráculos de los muertos) 15 7
13 4 (de A qu iles 3 4 8 , de H eracles Egeo 3 16 n. 22
284) Egina (isla) 79 n. 3, 14 4 , 17 2 , 177 , 2 7 9 . 342
ditiram bo (Dithyrambos) 1 0 3 , 141, 144. J45. —Afaya 71
4 4 2 —y Dioniso 2 19 n, 2, 2 2 0 , 2 2 1 n. Egina (pers. mítico) 175
18 , 2 2 4 y n. 37. 3 0 3 . 3 18 , 386 eidolon 2 6 4 -2 6 5
dobles hachas 2 2 , 3 6 - 3 7 , 39 , 4 3 - 45> 5 2 - Eiréne 251 , 3^2
55 . 3 7 3 - santuario de las 5 4 - 5 5 y n. eiresióne 14 O
4 ! y 4 3 - 4 5 . 57 - 5 8 , 60 Ekdÿsia véase Festo
Doce Dioses 12 7 n. 89, 13 8 , 1 7 0 - 1 7 1 y n. I, ekphorá 259
2 1 2 - 2 1 3 , 3 13 n. 2 0 , 294 Elaphebólia 88
D odona 74 n. 5 2 , I 1 9 , 1 2 9 n. 1 0 2 , 15 6 , Electra/ Electrione 378, 379 y n · 59 (Strategis)
1 9 8 , 4 4 ° ~ sacerdotisas 13 5 . 17 8 — Eleñhyia véase Ilitia
oráculo 1 1 9 , 156 —encina (phegós) I I 9 Eleusinias 2 9 4
dókana 2 8 8 Eleusinion 3 3 0 - 3 8 1
dones, ofrendas 12 , 3 3 , 3 7 _39 . 4 2 , 5 I_ 52. Eleusis 10 n. 3 0 , g 7 n. 9, 33g —camino 3 12
55, 65, 7 0 - 7 1, 9 5 -9 8 , 12 6 , 1 2 8 - 13 0 , — culto 2 18 (a los Siete contra Tebas
! 4 3 . ! 4 5 . 2 0 8 , 2 10 , 2 2 0 n. 7, 2 3 7 , 275) —deposición de una rama 3 3 1 n.
275, 294. 3 4 4 . 3 5 5 . 3 5 7 . 367. 3 7 4 , 2 7 — derecho ateniense a reclam ar
378 , 4 18 , 4 4 3 prim icias 94, 3 8 5 — diosas eleusinias
dorios (m igración de los) 18 , 6 8 -6 9 y n · 8, 59 n. 3 9 , 3 10 , 3 8 3 (D em éter 13 9 ,
2 5 8 , 285 y n. 36, 3 16 , 3 2 4 n. 9 2 1 5 - 2 1 6 , 2 5 3 . 3 8 0 , 395) - donación
Dos Diosas 94, 10 9 , 215 , 2 9 4 , 3 6 0 - 3 6 1 de los cereales 3 8 5 — Erecteo 3 1 1 —
D reros 70 , 8 5, 9 1 n. 9 3 , 1 2 4 , !2 8 , 19 5, E sciro 3 1 0 — fiesta nocturna de las
297, 335 n. 8 y 12 , 34 8 η. 5 mujeres 3 53 —fuente Calícoro 12 0 n.
D rim io, Drimios 6 3 -6 4 , 67, 246 3 1 — guerra con Atenas 18 5 , 3 ïo —
drómena II iniciaciones 10 9 , 1 1 2 , 149 (de H era­
Éaco 17 5 , 279 cles 2 8 6 , 2 8 9 , de los Dioscuros 289)
Edipo IOO, 116 , 16 5 (hijos), 2 8 0 , 358 n. g —kykeón 35 6 — «leyes de Triptólem o»
Eetión 378 y n. 48 4 0 1 —micénica 71 — misterios 14 , 99,
efebos — en los sacrificios 3 5 2 , 3 8 3 (de un I O I, 1 3 3 , 16 9 n. 4 0 , 3 5 6 , 3 6 8 - 3 7 0 ,
p erro a Febe 2 8 8 , 3 4 9 ) —flagelación 3 7 5 n. 2 4 , 3 7 8 - 3 8 5 , 38 8 - mjstai y
en ritos de O rtia en Esparta 84, 2 0 5 — epóptai 3 7 6 , 4 0 1 — « n iñ o s del hogar»
ju ram ento ático 2 2 8 n. 4, 3 ^ 9 n · 13 . 12 9 , 36 8 — objetos sagrados 13 7 , 3 8 1
335 —llevan el Paladión al m ar IIO — — «paso del puente» 14 4 . 3 8 2 —p ro ­
muchacha transformada en efebo 348 cesión 1 0 3 , 1 4 4 , 3 1 0 , 3 8 1 - 3 8 2 , 3 9 0
— portadores de objetos sagrados a — Proerosía 3 5 2 — p ro fan ació n de los
Eleusis 13 7 , 3 8 1 —protagonistas de las m isterios 4 I 7 - 4 I 8 — relación con
fiestas 3 5 0 (en las Panateneas 3 4 4 ) — O rfeo y el orfism o 3 9 4 ~3 9 5 . 399 -
presentación pública 3 4 1 —presididos ritual de in versión 3 11 — roca sin
p o r A po lo 19 6 , p o r A rtem is 2 0 3 n. tallar en el santuario I18 —sacrificios
14 , por Heracles 2 8 5 —representación 3 5 2 n. 7 (de un cochinillo 113 ) —san­
de Apolo 19 6 —servicio militar 3 5 0 tuario 94 —templos de Posidón 2 94 7
474 ÍNDICE ANALÍTICO

d eÁ rtem is 294, 3 0 0 —uso de granos Epim énides 17 3 n - 15 > 2 39 n · 4 , 4 0 3 —orá­


de Raro en el sacrificio 82 n. 26 —vía culo 10 7 , 16 1 í
sacra 13 7 , 3 5 7 > 3 9 ° — véase Cérices, Epimeteo 2 3 2 n. 20
D em o fo n te, Eleu sinias, Eleusinion, epíorcos 3 38
Eum olpo, Yaco epitaphios agón 146
E lisio / Cam po E lisio 2 6 8 , 3 9 0 n. 2, 3 9 2 Epopeo 273
n. 19 epóptes, epopteía 376, 3 8 2 , 4 28
Ém baro 3 5 1 n. 35 E recteo / E rictonio 72 —7 3 > 12 2 n. 4 9 , 1 2 3 ,
embatéria 354 1 3 2 , 13 7 , 16 4 (Posidón), 18 5 , 18 8 ,
embateúein 15 8 n. 61 19 4 , 2 2 7 , 2 4 9 , 2 5 4 , 273- 274, 277,
Empédocles 98 n. 35, 2 0 9 , 2 3 7 · 2 5 2 , 3 5 4 > 2 9 5 , 2 9 7, 3 0 0 , 3 0 8 n . 1 0 , 3 0 9 y n.
398 , 404, 407, 4 2 0 -4 2 I y n . 3 15 , 3 1 0 - 3 1 1 , 3 13 , 323, 344
émpsychon 4 0 0 , 4 0 2 Erígone 2 2 1, 322
enagi'zein, enagés, enagísmata 112 , 2 6 3 n. 46 y 47· E rin is, Erinys 6 3, 6 5, 18 7 - 18 8 , 2 3 5 ~2 3 6 ,
270, 278, 359 y n. 2 1, 3 6 0 y n. 30 2 4 4 - 2 4 5 , 2 5 1, 267 y n. 3 1, 2 7 0 , 3 3 3 ,
énata 262 n. 38 3 3 6 - 3 3 7 ' 3 6 3 I véase Dem éter, epíte­
Endim ión 2 38 y n. 25 tos: Erinÿs
Eneas 12 3 , !2 5 y n. 74, 2 0 8 , 2 0 9 n . 26, Eritras 127 n · 9 °> *36 n. 4 6 , 1 6 0 n. 7 8 , 1 9 9
2 10 n. 3 9 , 2 2 9 n. 1 3 , 2 9 1 n. 1 7 , 3 5 6 n. 52
Eneo 293 — fundación I 1 6 n. 8 0 —Sibila Eritrea
enferm edad, epidem ia 78, 96, IO 6-IO 7, 16 0
i i o - m , 1 5 1 , 1 9 7 , 1 9 9 , 2 4 4 . 2 7 9 . 2 8 1, E ros 118 η . 15 , I7 0 , 2 0 6 , 2 5 0 , 2 9 9 , 3 ° 9 >
289, 3 5 1-3 5 2 , 3 55 - 3 5 6 , 358 , 388, 3 1 2 - 3 1 3 , 351 , 3 7 ο , 4 1 1, 4 3 6 - 4 3 7 “
437 éros 206
enmascaramiento véase disfraz Escam andro (dios fluvial) 227
Enom ao 146 eschára 2 7 °
E n ialio (Enyálios) 6 3, 6 5, 127 η · 9 o ’ 16 4 , Esciras 3 0 6 , 3 0 9 - 3 13 , 34 4
2 2 9 n. 13 , 2 3 1 , 3 3 5 . 3 4 9 - E n io 84, Esciro (personaje mítico) 31O, 3^3
2 3 1. 335 Esciro (lugar cerca de Eleusis) 3 0 9 - 3 1 0 ,
eniaúsia 262 n. 38 313
entémnein 2 JO Esciros (isla) 2 7 9 , 3 48
enthedzein, éntheos 15 0 y n. I, l 5 3 > ^58 esclavos, esclavas —actitud de e ., propia para
enthousiasmós 15 0 - 1 5 2 , 156 dirigirse a un dios 255 — dios en el
Eos, A u ro ra 2 6 , 16 6 , 2 0 8 n. 18 — diosa mundo micénico 65-66 (en época pos­
indoeuropea 26 , 2 38 terior 358) — e. inculto que descubre
Épafo 175 un teorema, en Platón 4 26 —excluidos
Epidauro 32 n. 16a, 39, 7 1 , 3 4 2 , 356 n. 52 de la iniciación 38 0 —expulsados a tie­
— A sclepio 10 7 , 2 7 0 n · 7 ’ 2 8 9 - 2 9 0 I rra extranjera I17 —invitados a la mesa
véase A polo Maleátas (3 12 ), incluso fustigan a los hombres
epidemia véase enfermedad libres (3 11, 34 5) en fiestas de la inver­
epifanía divina 4 0 n. 26, 5 ° , 58, 59 n · 36, sión —haciendo las veces de un pharmakós
6 1, 6 5, 87, 9 1 n. 9 1, 1 5 1, 16 8 - 16 9 , 115 —Heracles como e. 284 —ofrecidos
17 2 , 17 8 , 18 0 , 18 6 , 19 8 , 2 19 , 2 2 4 , a u n santuario 96 y n. 25 —papel en el
2 2 7 , 2 5 1, 2 6 9 , 2 8 8 , 3 6 1 ( Theós! mundo religioso 13 1, 3 13 , 318, 32 4 y n ·
Theós!), 36 2 —gesto de la epifanía/epi- 7 , 3 3 9 , 345 —esclavas de Medea, p re­
fánico 2 1, 3 4 - 3 5 , 4 4 , 6 1, 69, 12 5 , suntas iniciadoras de las mofas en un
129 culto de Apolo 14 4
ÍNDICE ANALÍTICO 475

escritura sagrada, libro sagrado 10 , l6 l, 16 3 E u rípid es 18 2 n. 4 5 , 18 5 n. 7 > 2 0 3 , 2 2 1,


escudo véase diosa del e. 2 2 3 , 2 4 5 - 2 4 6 , 2 5 1. 3 0 4 . 3 10 , 3 2 9 .
esfinge 12 6 n. 82, 2Ö2 y n. 36 3 3 0 n. 1 3 , 3 3 8 , 3 7 2 , 3 8 5 , 3 8 7 - 3 8 8 ,
Esparta 29 n. 2 9 , 69, 7 2 , 8 4, 1 2 5 , *27 n. 39 6 , 4 0 1 , 4 16 y n. 2 2 , 4 l7 ~ 4 I9 y n.
.
9 0 , 13 2 , 14 2 , 14 7 . 155 18 7 y n. 3 1. 34 , 4 2 0 , 4 2 2 -4 2 4
19 0 , 19 6 , 2 0 4 - 2 0 5 , 2 2 9 n . 13 , 2 3 3 . Euristeo 18 2 , 2 8 0 n. 5 2 , 284
2 3 8 , 2 5 9 , 2 7 5 . 277- 2 79 , 2 8 5, 2 8 7 - Europa 3 5 , 9 0 , II9, 175
2 8 8 , 297, 314-317 y n. 27, 3 2 4 . 332 eusébeia 3 6 2 - 3 6 5 . 367. 3 8 5. 4*2, 4 21, 4 4 3
n . 2 7 , 3 4 2 , 3 4 5 . 3 4 7 - 3 4 8 , 371 -ogogé éxtasis, extático (ékstasis) 4 2 , 58 , 10 3 , 1 5 0 -
3 5 ° I véase A m id a s, Dioscuros, Leucí- 15 2 , 15 6 , 15 8 y n. 65, 15 9 , 2 1 8 - 2 2 0 ,
pides, O rtia 2 3 4 , 2 4 2 , 2 9 7 . 3 6 1, 3 8 1, 3 8 6 - 3 8 8 ,
espejo 6 0, 169, 264, 39 6 , 4 0 3 39 2 , 4 0 0 y n. 39 , 4 4 3
Esperqueo 97, 12 0 n . 38 , 237 n · 4 Faetón 2 3 8 , 2 45 n · *0
Esquilo 84, IO O , 112 , 13 9 , 16 0 , 17 4 n . 2 0 , falo, fálico 125 . 14 4 . 2 3 0 , 34-3 . 3 4 5 y n. 5 3 .
175 , 178, 2 0 0 , 2 3 2 y n . 2 2, 2 4 4 -2 4 6 , 352 n. 14 , 3 5 3 , 3 7 0 , 38 9 , 14 2 - 1 4 4 -
263, 273. 3 0 3 - 3 0 4 .3 3 3 . 3 6 3 . 3 7 4 . neolítico 2 0 , 2 4 —m inoico 48, 76 —
4 17 A rtem is 2 0 4 , 3 o 1 — D ion iso 2 2 5 .
essênes 13 4 y n. 22 3 0 1, 3 8 6 , 38 8 , 39 7 - H erm es 2 1 1 ,
Estenias (Sténia) 1 4 4 . 3 2 4 2 1 3 - 2 1 4 . 298 , 377 y n. 4 5 - Pan 2 3 3
Estoris 15 5 — P ríap o 36 9 n. II — Tesm oforias
estrellas, culto de las 4 32 3 2 5 - 3 2 6 I véase procesión: con falos
Eteobútadas 13 2 , 1 3 3 n . IO, 3 0 9 , 3 13 , 3 4 4 feacios 118 n. 8, 12 3 , 16 7, 2 0 8 , 275
éter (aithér) 178 , 4 2 3 , 4 3 5 y n. 7, 4 37 Febe 2 8 7 -2 8 8 , 349 I véaseLeucípides
etiología 15 Festo 3 0 , 3 2 , 37. 4 3 . 5 0 y n n - 9 y 10 , 6 1,
Etneo 374 69, 1 2 2 n. 4 9 — disco de F. 3 3 n. 2 —
Etra 13 6 Ekdßsia 34 8 —Leto 2 32
euagés 359 fiestas —micénicas 3 7 - 4 ° . 5 8 , 6 5 -6 6 (cani-
Eubuleo (eleusinio) 3 2 5 balesca 53) —continuidad 6 9 -7 0 , 75
Eubuleo (invocado en las laminillas de oro) -A n te ste ria s 3 2 1 7 - 3 2 3 , 3 6 8 , 3 7 5 -
392 arcaicas 8 2, 13 2 — calendario 3 0 4 -
Eubuleo (epíteto de Zeus) véase Zeus, epíte­ 30 6 — agrarias 2 1, 35 2 (de la cosecha
tos: Eubuleo 3 7 . 9 4 . 9 6 , 2 15 . 3 5 3 - 3 5 4 ) - Carneas
Eubulo 94 3 14 -3 * 7 —con dioses encadenados 12 7
euché 96, 10 3 , 35 4 —de año nuevo 3 0 7 -3 * * — de gremios
eúchesthai 10 2 3 7 4 - del fuego 4 0 - 4 1 , 8 8 -8 9 , *4 9 .
Eucles 3 9 2 16 4 . 18 4 . 2 8 3 — de los m uertos 6 l,
euhoí 10 3 , 3 0 4 IOO, 2 6 2 , 2 7 0 - 2 7 2 , 2 8 1 - del lavado
eulábeia 3 3 2 n. 2 5. 36 3 10 9 , 1 3 2 (véase Plinterias) — de m atrim o-
Eum énides I O O , 2 3 5 . 3 6 3 nib sagrado 64, 14 8 -14 9 —del vino 65
Eum eo 93, 2 13 —de vendim ia 2 9 3 —de p urificación
Eum olpo 3 1 0 - 3 1 1 —Eum ólpidas 94, 1 3 3 y 1 1 4 - 1 1 6 — de A fro d ita 2 0 9 , 253 — de
η. IO, 38 0 A po lo 19 5 - 19 9 . 297 — de Á rtem is
eunucos véase castración 2 0 4 - 2 0 5 , 2 9 7 , 3 0 1 - d e Asclepio 2 9 1
euphemía 10 2 , 269, 33*. 36 3 — de Dem éter 2 1 5 . 2 l8 , 2 4 ° . 2 9 4 .
Eurídice 2 13 , 3 9 4 3 5 3 . 375 —dionisíacas IO, 125 . 2 2 0 -
Eurim edonte 18 3 n. 4 6, 2 2 5 , 2 9 4 . 3 0 1 , 3 0 3 , 3 6 1, 3 8 6 - 3 8 7 ,
Eurínom e 2 3 3 389, 3 9 2 , 3 9 5 - d e Eleusis 3 8 1 - 3 8 2 -
4 7 6 ÍNDICE ANALÍTICO

de H efesto 2 2 6 - 2 2 7 ) 2 9 ^ — de H era sacrificios 24, 51 , 70 , 7^> 8 0 - 8 1, 8 5 -


18 3 , 2 9 7 , 3 0 2 - de Heracles 2 8 2 -2 8 5 89, 9 3, 12 1, 12 3 , 14 6 , 15 4 , 17 8 , 2 5 3 ,
— de H erm es 2 1 1 , 2 1 3 , 3 3 1 — de la 2 6 1, 2 6 9 , 2 7 0 , 3 4 0 — tem plo com o
inm ortalidad 36 8 — de Pan 2 3 3 — de «casa del f .» 12 4 , ^ O , ^ 4 — fiesta
Posidón 294, 3 0 0 —de Prometeo 232 del f. 4 0 - 4 1 y η. 4 0 , 14 9 , 16 4 , 2 8 3 -
— de Sam otracia 3 7 ^, 3 78 — de Zeus como purificación 4 9 , 10 6 , 10 8 - 10 9 ,
2 7 1 , 29 7 —de divinidades extranjeras 1 1 3 , 3 2 2 , 3 8 1 - « n iñ o s del f .» 12 9 -
2 3 9 - 2 4 1 — de Leucótea 2 7 3 — en l as «portador del f .» 13 7 , 3 4 3 —Hefesto
propuestas de Platón 4 4 0 - 4 4 3 — en 17 4 , 2 2 6 - 2 2 7 , 298 - H erm es 2 12 —
h o n o r de los cuerpos celestes 4 3 1 — Zeus 17 3 , 178 , 373 —Dioscuros 288 —
extáticas 1 5 0 - 1 5 1 — de la inversión Resep 19 7 — río de f. (Pyriphlegethon)
2 1 3 , 2 14 n. 16 , 2 2 1, 2 2 9 , 2 3 5 - 3 1 1 - 266 —sepultura 266 —como elemento
3 14 — d e i n i c i a c ió n 3 4 8 ~ 3 5 ° — d e l 4 10 , 4 35
Soma/Haoma 3 8 5 — « i m p u r a s » 10 9 , fuentes, m anantiales — abiertas p o r las
112 — m is té ric a s 3 6 9 - 3 7 0 — n o c tu r n a s Danaides 3 2 7 , P or Posidcin 18 8 , 19 2 —
14 9 — p a n h e lé n ic a s 99, 177 — P a ra l l e ­ con fórm ulas grabadas para propiciar
v a r agu a IO I (véase hydrophória) —p r o c e ­ la lluvia 10 2 y n . 67 — de agua salada
s ió n 1 3 6 - 1 3 9 — p u r e z a r it u a l c o m o en Atenas 19 2 — del Caballo (Híppou
r e q u is ito 10 8 —r e la c io n a d a s c o n o r á ­ kréne) 18 8 — de L ern a 2 1 y n . 26, 2 3 ,
c u lo s 15 8 —s a c r ific ia le s 89, 10 2 n . 6, 237 —de Lete 3 9 0 n. 8 —en interpre­
10 9 , 13 2 , 18 0 , 18 5 , 2 9 4 , 3 3 1 - taciones racionalistas de la religión
adorno de imágenes (o de leños) 18 4 4 15 —en juram entos hititas 3 3 5 n. 8 —
— al aire libre 12 8 — banquetes 1 4 7 ” en las laminillas de oro 3 8 9 - 3 9 0 , 398
14 8 —bosquecillo 12 0 —colecta 14 0 — — en ritos IOO , 12 0 —en Tebas, ju nto
como creadoras de la solidaridad 3 3 9 “ a la que Cadmo mata al dragón 2 29 —
3 4 1, 346 —encendido de los altares 86 in fern al (Estige) 3 3 5 —receptoras de
—máscaras y aischrología 1 4 2 - 14 5 —con­ ofrendas y sacrificios 237> 3 5 4 (en
cursos de belleza 14 5 —deportivos 14 6 , especial, hundim iento de animales en
17 4 . 19 2 — ofrenda de u n peplo 17 0 , ellas 93 n. 5, 18 8 o sacrificios p o r
18 1, 19 1 —procesiones nocturnas 87 — ahogamiento 216) —ju nto a santuarios
acom pañam iento de música, danza y 6 l, 7 0 , 72 , 10 8 , 117 n. 4 , 118 , 1 2 0 -
poesía IO, 15, 10 3 , I I I , 1 4 0 - 14 2 , 16 8 - 1 2 1 , 15 8 , 3 0 0 , 3 0 9 , 3 17 , 3 5 4 , 3 7 1,
169, 4 0 6 —presentación del sacerdote 38 2 —relacionadas con las ninfas 2 3 4 ,
como el dios 13 5 —Tesm oforias 3 2 3 “ 236 —veneradas por las ciudades 237
328 véase Castalia, Tilfusa
Fiscoa (Physkóa) 18 1, 3 0 2 Gaia, G é, T ie rra 1 7 4 , 1 8 5 , 18 8 , 1 9 5 , 2 1 5 ,
flauta, flautista 2 3 , 5 3 ’ 79 ' 1 4 ° , *4 5, Ϊ 5 1 » 2 18 n. i, 2 3 7 , 2 7 1, 3 3 4 , 3 5 3 , 3 7 0 ,
2 4 1 - 2 4 2 , 3 0 3 —agones de f. 199 39 0 , 397 - Madre T ierra 14 8 - Tierra
Flía 3 0 2 , 3 7 0 - 3 7 1 . 395 patria 237 I véase Deméter, Platea
flores 5 1, 58 , 61, IO O , 13 8 , 18 0 , 2 0 3 - 2 0 4 , gaiéochos 18 7 n. 2 1
2 0 9 , 2 16 - 2 17 , 266 , 2 7 1 gallo 79 n. 2, 1 13 , 2 37, 3 5 3 η. l8 , 354
Forcis 2 3 3 Gálloi 24 2
fratría 2 2 7 , 3 1 4 . 3*8, 3 3 5 , 3 4 0 , 3 4 1 n. 17, gamela 3 4 1, gamélia 3 0 5 , gamélion 3 4 1, gámelon
350 18 1 n. 26
Frixo Gamelion 18 1 y n. 26, 275 n. 4, 3 0 5 - 3 0 6
fuego 78, 2 3 0 , 2 3 2 , 2 7 4 , 2 8 4 , 2 9 0 , 3 12 , Ganimedes 17 5 y n. 2 9 ,17 6 , 2 27, 3 4 7 y n . 4
3 4 8 , 3 6 0 , 3 8 2 - 3 8 3 , 3 9 2 - en los genésia 262
ÍNDICE ANALÍTICO 477

genios m inoico-m icénicos 15 0 y n. 10 , 59, 3 5 2 , 3 5 5 - 3 5 6 (fiestas 3 16 ; ofrendas


61, 67 de armas y botín o m onumentos con­
gephyrismoí 14:4; n · 66 m em orativos 94, 9 6 -9 7 , 1 3 0 , 34 5 .
Gérairai 2 3 5 · 3 2 0 , 36 0 n. 25 3 5 5 ; trofeo (trópaion) 1^4. 3 5 5 ; p u rifi­
géras 1 3 3 1 36 3 cación y expiación tras una g. 10 7 ,
gethjllís 14 8 n. 85 1 1 3 - 1 1 4 , 2 7 1, 3 16 ; sacrificios 2 0 5 ,
Gigantes 17 4 , 2 3 6 , 299, 3*3 —Argos 2 13 — 2 29 , 2 5 4 -2 5 5 . 3 4 3 : votos 96) - rela­
Palas 19 1 y n. 2 1 —Prometeo de E u ri- ción con el am or 2 9 8 — suspensión
m edonte 18 3 n. 46 —Polibotes 18 7 — durante fiestas 3^4. 3*7
Ticio 199 Gymnopaídia véase Gim nopedias
Gim nopedias ( Gymnopaídia) 14 1, 2 9 7 . 3 49 H ades (dios = Plutón) — interpretación de
Glauco 2 3 3 su nom bre 2 6 5 — señor del m undo
gnóthi sautón 2 0 1 subterráneo 18 5. 2 l6 , 265, 2 7 ° —dis­
Gorgonas I18 n. 6, 14 3 y n. 5 4 , 18 7 y n. 33, pensador de riqueza 2 7 1 — raptor de
19 1 y n. 2 0 , 19 2 , 2 0 2 , 2 0 4 y n. 2 2, C o re 2 18 (lugares p o r donde se dice
2 13 n· 16 , 235 I véase Medusa que penetró en tierra tras el rapto
G ortina 7 5 . 123 n · 59 — diosa sentada en el 2 i6 ) — denom inado « Z e u s de los
árbol 119 —templo de Atenea I 2 4 >19 0 m u erto s» 2 7 1 — identificado con
y n. 10 D ioniso 4 10 . con u no de los Cabiros
gounoûsthai 10 4 n. 19 de Samotracia 377 — capa 2 6 5 n. 13 —
Gracias véase Gárites sacrificio fu n erario 85 —en H om ero
granado, granada 94 n. 13 , 18 3 n. 49, 327 — 8 5, 18 5 , 2 16 , 2 6 5, 3 9 1 - en los ritos
granos tomados por Core 216 —proh i­ mistéricos 369, 38 4 , 389, 3 9 1 —en la
bidos en Eleusis 3 5 3 y n. 18 cerámica apulia 3 9 2 —en Platón 3 11,
grano 2 i, 3 5 . 3 7 . 4 7. 66, 7 9 -8 0 , 8 2. 93. 3 9 6 ,4 4 2
9 5, 1 0 0 , 10 2 , 10 6 , 13 9 , 14 9 , 2 2 0 , Hades (lugar infernal) I 5 7 > 2 13 , 2 3 1, 265 n.
2 7 1, 2 8 7 , 3 10 , 3 2 7 . 339 . 3 4 5 . 3 5 3 . 16 , 4 0 0 — entrada 2 6 6 —puerta 2 6 5-
3 5 8 , 3 6 4 . 3 8 5 . 4 0 3 — relacionado 2 6 6 — topografía 2 6 6 —visitado p or
con Dem éter 94, 2 l 5 _ 2 l 8 — « Señ o ra O diseo, Heracles, Teseo y O rfeo 264,
del G ran o » (sitopotinija) micénica 64 39 4 —odiado por los dioses 2 7 1 —véase
grifo 3 4 - 3 5 y n. 3 0 , 36 n. 3 1, 47, 51, 57 n. Cérbero
14 , 6 0 n. 44. 61 y n. 5 1 > 129 hágios 2 6 , 357 y n. 3, 3 5 8 - 3 5 9 y n. 2 1, 36 0
grutas véase cuevas n. 30
guerra —adivinos que acompañan al ejército Hagné 3 7 1
84. 1 5 4 - 1 5 5 — ayuda de héroes en el hagneía 10 8 - 10 9 , 13 6 , 36 0
combate 2 8 0 — como m anifestación hagrtízein 10 6 n. 6, 36 0
de la ira divina 3 3 3 , 3 5 1 —danzas de g. hagnós 26 , 10 8 , 11 2 , 357, 3 6 0 y n. 25
17 3 —dioses relacionados con la g. (en haimakouría 85, 2 6 2 n. 42
tablillas micénicas 6 5 ; Ares 2 2 8 -2 2 9 , haimássein 80, 83
296 y su séquito 2 5 0 1 A tenea 1 9 0 - Halda 2 9 4 , 352
19 2 ; Artem is y la caza 2 0 5 ; Dioscuros H arm onía 2 29 , 298 , 378
2 8 7 ; E n ialio 2 3 1 ; Posidón 2 5 2 ; g. hdzestha¡26, 359 , 36 2
entre dioses 17 3 - 17 4 , 2 0 1 - 2 0 2 , 229, Hebe 18 1, 268
2 9 0 . 26 5, 267) —interpretación filo ­ Hecademo 2 8 1 I «ease Academo
sófica por H eraclito 41O —medidas de Hecate 231 ~ nom bre 19 8 n. 3 0 — diosa de
hum anización de la g. 3 4 3 — m uerte los cam inos (Enodia) 2 3 1 I — advene­
legítima 359 —relación con el rito 78, diza entre los dioses 296 —Ctonia 27 1
478 ÍNDICE ANALÍTICO

— identificada con A rtem is 2 3 1 y n. 3 3 4 —sacerdote del Sol en Atenas 30 9


15, 3 0 0 —provocadora de locura 15 1 — — saludos de Sócrates al sol naciente
acom pañada p o r H écuba convertida 10 4 , 238 , 4 19 —en Anaximenes 4 0 8 —
en perra 9 1 — culto IO I n. 6 l (sacrifi­ considerado masa incandescente por
cios de pescado 79 > en Sam otracia Anaxágoras 238 , 4 19 —en Ia ciudad de
3 7 7 > eunucos en el culto de Hécate de Platón 4 4 1- 4 4 2 —representado en el
Lagina I 3 4 > 2 3) —en el rapto de Per- Coloso de Rodas 238
séfone 2 l6 , 3OO —en Hesiodo 2 3 1 H era 1 7 8 - 18 4 —nom bre in d o eu rop eo 26,
hecatombe 2 7 >138- 3 ° 5 _ 3 ° 6 , 3 1 1 » 3^4 17 8 - 17 9 , 2 74 n. 2 —m icénica 6 3 -6 4 ,
hédos 12 3 67 —continuidad 75 — especialización
Hefestia 226 de una señora de los anim ales 16 4 —
H efesto 2 2 6 - 2 2 8 — dios h errero 18 3 — su celosa 17 5 , 18 0 , 18 2 —relación con la
nom bre equivale a « fu e g o » 227» 9ue sexualidad 2 4 8 — diosa de las bodas
usa como arma 17 4 ; en interpretacio­ 18 1 —enemiga de Troya 177 > 18 0 , 2 54
nes filosóficas, como representación —provoca locura 15 1, 223> 2 3 3 —rela­
del fuego 4*5 ~ relacionado con los cionada con el pavo real 9 1 y con el
volcanes 2 2 7 ~ cuatro dioses con el sauce 119 — de ojos de novilla 9 0 —
m ism o nom bre 16 5 — culto en L e m ­ con cetro 16 9 y polos 17 9 —im agen de
nos 2 2 6 , 374 , y en Atenas 227 —rela­ madera II9 , 124 —estatua cultual 123 -
cionado con A fro d ita 2 0 7 - 2 0 8 , con 12 4 . 12 6 , 179 —representaciones ani-
Atenea 19 3 -19 4 , 2 2 7 , 2 9 6 -2 9 7 , 3 0 9 , cónicas 179
con los G abiros 3 7 4 » con D ioniso epítetos y advocaciones: —A k ra ía ll8 , 179
18 3 , 2 2 4 > 3 7 4 ' con Erecteo/Erictonio - A r g iv a (Argeía, -te) 90 , 179 , 18 9 , 249
2 2 7 · 2 9 7 , 3 0 9 , con la G racia 2 2 8 , —boópis 179 —de blancos brazos 16 8 —
con H era 18 3 , 2 2 7 · con Prom eteo gamélios 2 4 9 —gamostólos 18 1 —Lakinía 179
2 3 2 , con Zeus I9 3 —en H om ero 2 0 8 , —Limenía 179 —Parthénos 18 2 —teleta 18 1,
228, 2 9 7 , en Platón 4 4 1 —represen­ 249 —zugía 18 1, 249 —identificada con
tado en pinturas de vasos I93> en el la Kourotróphos 2 49
P artenón 17 0 — tem plo en Atenas culto: — concursos de belleza 1 4 5 , 18 1 —
2 2 7 . 2 97 I ^ase Chalkeîa fiestas 18 3 (de fuego 89), Daídala 18 4 ,
Hegemone 3 15 , 3 3 5 n. 12 Herata 18 3 —máscaras de terracota 14 3
hegemósyna 3 3 5 n. 12 —ofrend a de u n peplo 16 4 — rapto y
H elena II9 n. 2 8, 16 6 , I 7 5 > 2 0 4 y n. 16 , retorno 12 7 —sacerdotisas 13 3 , 13 5 —
208, 2 3 5 . 2 4 4 , 250 , 252, 268, 2 7 5 - sacrificios de ganado 9 o —sacrificios
2 7 7 , 2 8 6 -2 8 7 en el mes Gam ellón 18 1 —templos 12 3
H elio, Sol 2 38 —dios del Sol sumerio 2 32 n. n. 58, 179
24 — Sol de A rin n a hitita 2 47 —culto lugares: —A rgos 86, 9 0 , I33> * 3 5 ’ *79»
en Rodas 238 —de origen indoeuropeo 18 3 — Cnoso 14 9 , 18 0 — C rotona 1 7 9
26 —eclipsado por divinidades olím pi­ —Estínfalo 18 1 —Eubea 18 0 —Lesbos
cas 2 3 6 , y p o r la filosofía 4 0 7 ~ 4 ° 8 — 63 n. IO , 14 5 , 18 1 — O lim pia 179 , 18 1
en H om ero 12 0 , 123 >2 38 —ganado de —Platea 18 4 —Posidonia/Paestum 179
H ., matado p o r los com pañeros de — Sam os 119 , 12 6 , 12 7 , 1 7 9 - 1 8 0 , 18 3
O diseo 12 3 , 2 3 8 —establos de su hijo — Sele 1 7 9 - 1 8 0 - T irin te II9 , 12 6 ,
Augías 2 8 2 — identificado con A polo 14 3 , 14 9 . 179
16 4, 2 0 1 y n. 55, 3 0 4 , 3 13 , 4 34 , 4 4 1- relación con otros dioses, héroes y otros
442 —identificado con Dioniso 3 ° 4 — seres m itológicos: —A fro d ita 2 0 8 —
invocado en un juram ento, en la litada A res 17 5 , 18 1 —A rgos 2 13 —Á rtem is
ÍNDICE ANALÍTICO 479

2 0 2 , 2 0 4 , 2 3 1 —Atenea 2 0 8 —Crono 283 (poema sobre el descenso al


18 0 —Dioniso 63 η . 10 , 1 8 1- 18 2 , 396 m undo subterráneo 3 9 5 ) — en E u r í­
— D rim io 67 — H ebe 18 1 — H efesto pides 42O — representado p o r una
18 3 , 2 2 7 - H eracles 16 6 , 18 2 , 2 8 4 - piedra sin labrar I18 n . 15 , en las
hijas de Preto I I I , 18 2 - Ilitia 18 1, 231 metopas de O lim pia 19 2 , en pinturas
—Ino Leucótea 18 2 , 2 3 3 —í ° 9 o > χ82 de vasos 2 8 5, im agen arquetípica con
—Paris 18 0 , 2 0 8 —Rea 2 4 2 —Sémele la p iel del león de Nemea 2 8 3, com o
18 2 —T ifó n 18 3 — Zeus 63 n. IO , 67, in iciado en Eleu sis 3 8 0 — colum nas
88, 16 7 , 18 0 , 2 46 , 2 4 8 , 272 (m atri­ de H eracles 2 8 4 —transform aciones
m onio sagrado 14 8 -14 9 , 18 0 , 18 2) tardías de su figura 286
en la literatura y la filoso fía: — en herm a (herma) IO I n. 58 , 125 , 211 , 214 3 0 1 ,
H om ero 16 7 , 172 , 18 0 , 18 2 , 2 0 2 —en 320, 377 , 419
Esquilo 13 9 — en los filósofos 42O — H erm afrodito 298
en Platón 4 4 ^ Hermaía 2 14 n. 26
en el arte: — en el Partenón 17 0 , 18 0 — hérmaion 2 14
imagen de Policleto 18 2 —representa­ H erm es 211-214 — nom bre 2 1 1 , 247 — en
ciones con Zeus 18 0 , 18 3 n. 54 micénico 63 y n. g — continuidad 7 0 y
H eracles 2 8 1- 2 8 6 — nom bre relacionado n. 17 —esquema iconográfico 169, 2 14
con H era 13 n. 18 —en exclamaciones — conductor de las almas al Más A llá
10 5 — equiparado a M elqart 2 8 4 — 2 1 3 - 2 1 4 , 2 6 5, 296 —bastón mágico
asociado a la ju ven tud atlética 2 14 , 2 1 3 - 2 1 4 —dios de palestras y gim n a­
3 3 5 (en el gim nasio de Ginosarges sios 2 14 — dotado de gran p o d er
2 8 1, 285) y a la victoria 17 —protector sexual 2 1 2 — herm as itifálicas 3 7 7 —
(Alexíkakos) 2 8 5 , 3 5 6 η . 50 — mito filán trop o 3^ 4 — inventor de la lira
2 8 2 : orígenes antiguos 2 8 2 , h ijo de 2 12 , del fuego y del sacrificio a los
Zeus 16 6, 175 , 2 8 1, enfrentado a Hera doce dioses 2 12 , 358 —m ensajero de
16 6 , 18 2 , 3 2 9 , 4 2 0 (reconciliado con los dioses 2 1 3 - 2 1 4 (y protector de los
ella 18 1), auxiliado p o r Atenea 19 2 , m ensajeros 4 4 l) — m ultiplica los
combate con animales 2 8 2 - 2 8 3 , tra­ rebaños 19 2 — relacionado con los
bajos 2 8 2 , mata a Cieno 2 29 , libera a ladrones 2 13 , 3 3*, 3^4 —trickster 2 11 —
Prometeo 2 3 2 , conquista Troya y Eca- venerado en form a de falo 2 13 —hijos
lia 2 8 3 , viaja al Más A llá 2 6 4 y trae a 2 4 8 , 37 9 n · 99 — fun d ad or de la
C érbero 2 6 6 , 2 8 3 , 3 9 1, tiene hijos estirpe de los C érices eleusinios 2 1 4 ,
«espléndidos» 2 4 8 (H ilo 2 8 5), mata 3 1 1 —transform ación en el M ercurio
a sus hijos 88, 18 2 , 28 4 , intercam bia rom ano 2 14 — relación con hermeneús
papeles con O nfale 2 8 4 , iniciado en 2 14
Eleusis 10 9 , 1 1 2 , 2 8 6 , 2 8 9 , 3 8 0 , epítetos y advocaciones: agoraîos 2 4 9 —
autoinmolado en el Eta 88, 2 8 3, con­ Argeiphóntes 18 3 , 2 1 3 — C tónico (chthó-
vertido en dios 2 7 7 , vive en el O lim po nios) 2 4 9 , 2 7 1, 2 9 4 , 3 0 1, 3 32 — K rá -
como esposo de Hebe 268, en la Ilíada, naios 38 —Psychopompós 2 22
simplemente, muere 28 3 —culto 285: culto: —libaciones 99 —ofrenda de p r i ­
sacerdote 12 5 (con indum ento fem e­ micias 9 3 —m isterios de A ndania 3 7 1
nino 2 84, 3 4 5 ), en Tarso 4 1, altar de —sacrificio de gallos 79 n . 2, de c a r­
roca 1 2 1 n. 4 5, fiestas 2 8 5 , del fuego neros y machos cabríos 91, 378 —p o r ­
16 4 (en el m onte Eta 88, 2 8 3 - 2 8 4 ) , ción de carne en u n sacrificio 93
ofrenda de prim icias 9 3, en ritos in i- lugares: A rgos 2 9 5 _ m onte C ilene
ciáticos 3 4 9 — en la épica 16 5 - 16 6 , (Arcadia) 2 13 — puerto de C ilene
ÍNDICE ANALÍTICO

(Élide) 2 13 —Eleusis 2 9 4 ~ Kato Syme herreros 38 , 2 2 6 , 2 9 0 , 3 2 3 , 374 — «m aes­


(Creta) 2 9 $ — O lim pia 2 1 4 , 2 9 4 — tro » ( basileús) del gremio 73 — Cabiros
Samos 298 2 2 6 y n. 12 , 235 ~ Dáctilos 38 , 235 ~
relación con otros dioses, héroes y otros relacionados con Hefesto 18 3 , 2 3 2 —
seres m itológicos: — A fro d ita 298 « fiesta de los h erre ro s» (Chalkeîa)
(H erm afrodito 298) — A p o lo 2 12 — 2 27, 298 —santuarios 2 0 7 , 2 2 6 , san­
Ares 2 12 , 229 —Argos 18 3 , 213 —Core tuario del «D ios H errero » (Citio) 68
2 13 , 2 16 — D ioniso 2 2 3 , 3 0 1, 3 2 3 - y n· 5
Eurídice 213 —Kádmilos/Kasmtlos 377 — Herse 3 0 9 , 3 11
Maya 175 , 2 13 —Miníades 222 —O di- Hesíodo I O , 1 3 , 8 1 , 8 7 , 1 0 7 , 1 4 9 , 1 5 6 , 1 6 5 ,
seo 2 13 —Priamo 2 12 —Zeus 175 , 2 12 16 7 - 16 8 , 17 3 , 177, 18 6 , 19 0 , 19 3,
en la literatura y la filosofía: — en 2 0 9 , 2 16 , 2 3 1- 2 3 2 , 2 3 4 , 2 36 , 2 4 2,
H om ero 2 0 3 , 2 13 , 265 —en los Himnos 2 4 5 - 2 4 6 , 254 , 26 1, 268 , 3 0 6 , 329 ,
homéricos 16 8 , 212-213 —en Platón 4 4 1 3 3 2 -3 3 3 , 336, 352, 3 6 0 -3 6 1, 364,
en el arte: en el Partenón 17 0 — estatua 3 7 8 n. 4 6 , 3 9 5 , 4 0 6 , 4 0 9 , 4 1 5
de Praxiteles 2 l 4 > 2 9 4 , 3 ° I Hespérides 1 8 0
H erm ótim o 15 2 hestía 86, 158
H eródoto I I , IIO , 13 1, l 6 l y n . 89, 206, 219 , Hestia 8 5 , 1 7 1 , 2 3 0 , 2 9 4 , 3 3 5 , 4 3 9 , 4 4 1
2 41 , 2 4 3 , 2 5 2 , 284, 31 5, 3 2 7 - 3 72 , hestiatórion 1 3 0
3 7 6 - 3 7 7 , 387 y n. 14, 391 , 3 9 3 , 3 9 5 hidrom iel 9 8 n. 3 5 , IOO
n. 8 , 3 9 7 - 3 9 8 , 4 0 3 , 4 1 4 - 4 1 5 , 4 2 2 hidiyein 1 2 3
héroes, héros 97, 2 3 2 , 2 7 4 _2 8 l, 3 0 7 , 3 1 0 · /liera 1 5 4 > 3 3 6 n. 2 1
3 13 , 3 2 0 , 3 7 8 -3 7 9 , 4 0 3 - etimología hiéreia 1 3 2 — hiereús 6 5 , 1 3 2 | véase s a c e r d o t e ,
2 7 4 - de la épica 1 0 , 26 , 16 5 , 2 0 9 , sacerdotisa
2 16 , 2 2 1, 2 2 8 , 2 7 4 - 2 7 5 , 2 7 7 , 2 8 3 , hiereúein 2 7 ° , 2 72, 3 6 0
36 5 — caídos en guerra 94, 2 5 3 , 268, Hieródouloi 9 6 n. 2 5
2 8 0 , 3 7 1, 4 3 7 — en la iconografía h iero fan te 1 3 3 , 1 3 5 , 3 1 1, 3 5 2 , 357 Y n. 3 ,
m in o ico-m icén ica 34 — im aginados 3 7 1, 3 8 0 - 3 8 5 , 399
com o jóvenes 2 8 1, 2 8 5 — nom bres hierokéiyx 1 3 3 , 38 0
2 4 7 — relacionados con los dioses, hierómenos 13 4
pero diferentes 16 6 , 2 4 4 , 2 7 6 - 2 7 8 , hierophantís I35
2 8 1 - 2 8 2 , 289 (su estirpe 2 4 8 ) — hieropoioí 13 2
héroe fu n d ad o r ( héros ktístes 2 78 ) — hieras 2 7 , 3 3 9 , 3 5 7 “ 3 6 θ , 3 7 3 n. 2 9 , 3 7 6 ,
témenos 1 2 0 — tumbas 12 1 , 2 7 3 , 2 7 4 “ 378 n. 4 8 —h. gamos 1 4 8 , 1 8 3 n. 5 4 —
2 7 5 , 2 7 7 - 2 7 8 - culto 89, 12 2 , 2 6 9 , h. lógos 3 5 8 , 3 6 9
2 7 4 - 2 7 7 , 2 8 0 - 2 8 1 , 3 0 7 (banquetes hieroworgos, ijerowoko 6 7 n. 3 6
14 , 19 9 , 2 7 8 , ju egos 14 6 , 2 6 1, lib a ­ higo 9 3 , I 1 4 - I 1 5 , 1 4 0 , 3 0 8 y n. 7
ciones g 8 , 2 7 7 , sacrificios 2 3 9 n - higuera 4 2 , 5 3 n · 3 ° > 2 2 5 , 3 3 5 ~ ramas de
294, lugar de culto 2 7 ° n · 7) —m uer­ h. 114 c
tos heroizados 59 , 278 — m an ifesta­ hikesía 10 2 y n. 6
ciones de su poder 2 7 9 , 35 1 , 3 5 5 -3 5 6 H ilaíra 2 8 7 -2 8 8 | véase I.eucípides
(auxiliares en la batalla 2 8 0 , apareci­ hildskesthai 2 6 3 , 3 6 3
dos com o fantasmas 4 3 7 , éphodoi H ilo 285
«venidas al encuentro» 279 n · 4 ° ) — Hímeros 2 0 6 , 2 5 0
relacionados con la serpiente 4 4, 279 hiperbóreos 1 5 1 , 1 9 8 , 2 5 2 —vírgenes h ip er­
—en el ámbito órfico 39O —en Platón bóreas 7 1 , 1 9 8 , 2 7 3 , 2 7 5
3 3 9 , 4 4 1 I véase Trisheros H ipó lito 2 0 3 , 2 5 4 , 2 7 2 , 2 9 4 , 2 9 9 , 3 ° 4 ,
ÍNDICE ANALÍTICO

3 3 8 , 3 6 4 . 4 ° 2 n · 1 3 — castigado p o r del p arto 3 8 , 2 3 0 — cueva 3 8 , 57 . 7 ®


A fro d ita 2 0 3 , 2 5 4 . 2 9 4 . 2 9 9 , 3 0 4 — en la re lig ió n m in o ico m icén ica 3 8 ,
h o gar 2 0 n . l6 , 2 2 , 3 1, 4 0 , 4 6 - 4 7 , 7°> 73» 6 3 — c o n tin u id a d 7 0 , 2 3 0 — re la c io ­
8 5 - 8 6 , IO 9 -IIO , 1 1 3 , 1 2 2 , 1 2 4 , 1 3 0 , n ada c o n A rte m is 2 0 4 , 2 3 1 y c o n
14 3 , 2 7 0 , 29 4, 3 4 0 , 3 7 4 . 376 , 3 8 3 - H era 2 3 1 — en p lu ra l 2 3 4 - 2 3 6 —te m ­
« n iñ o del h o g a r» 3 6 8 , 3 8 3 plo en Esparta 3 1 5 — en P lató n 4 4 1
holocau sto 8 9 , 2 7 o n · 8, 4 3 9 n . 1 3 in cien so 5 2 , 7 5. 87 y n . 66 y 6 7, 1 0 2 , 2 0 6 y
h o m b re lob o 17 2 n . 7, 2 4 0 . 3 3 9 . 4 0 4
H o m e r o IO , 12 , 1 3 n . 18 , 2 0 , 56, 79 ~8 o , in cu b ació n l57> 2 9 0
8 3 n . 2 9 , 8 7 , 9 8 , 10 7 , 10 8 n . 2 4 , 11 2 in d o e u ro p e o s 18 , 2 3 , 2 4 _29 , 1 2 3 — re ligió n
n . 57, 13 0 , 14 5 , 15 4 , 16 3 - 17 2 , 17 6 - 6, 5 7 . 1 2 3 . 14 8 , 15 3 . 17 6 , 2 3 8 - 2 3 9 .
17 7 , 1 8 0 , 18 6 , 1 9 0 , 1 9 3 , 2 16 , 2 1 9 , 2 71. 295
228, 2 4 2 -2 4 3 . 246, 252, 2 5 7 , 267, in iciació n , in iciático , in iciad o 2 1 n . 2 4 . 37.
2 76 ,2 97 , 30 6 , 354 , 36 0, 362, 3 6 4 - 6 l y n . 5 0 , 7 ° . 7 8 . 10 6 (in ic ia n d o ),
3 6 5 . 39 4 . 4 0 0 , 4 0 6 , 4 0 9 , 4 12 , 4 15 , 10 9 , 1 1 2 , 1 1 4 , 1 1 6 , 12 8 , 1 3 1 , 1 3 6 - 1 3 7 ,
- 4 2 5 > 4 2 7 — c ritic a a H . 3 2 9 ,
4 2 3 4 ° 9 1 4 0 - 1 4 1 , 14 6 , 14 9 , 1 5 1 - 1 5 2 , 15 8 , 17 3 .
horaía 9 3 , 9 4 n . 9 19 6 , 2 0 4 - 2 0 5 , 2 1 8 , 2 19 n . 3, 2 2 4 ,
H o ras (Hórai) 225 n· 4 5 . 236, 250 2 3 2 , 2 6 8 , 2 8 1, 2 8 6 , 2 8 8 -2 8 9 , 2 9 5 ,
hórkos omnynai 3 3 4 3 0 0 , 32 4 . 3 4 6 -3 5 1, 3 5 5 . 3 58 -3 5 9 .
H o ru s 247 -3
3 6 7 8 4 . 3 87 -3 9 3 . 3 9 5 . 4 0 0 -4 0 2 ,
hósios 357 Y n· 3 . 3 58 -3 5 9 - h ó s io i 1 3 4 . 1 3 6 , 404, 4 18 , 4 28
3 0 3 , 3 5 9 n . 1 3 , 3 8 4 , 3 9 6 , 4 0 1 - hósion in m o rtalid ad 2 6 , 2 8 3 , 2 8 7 , 3 6 8 , 3 8 3 . 3 8 5 .
3 3 2 n . 2 5 . 4 ° I —hósiai hemérai 3 5 8 39 9 - del alm a 3 9 6 , 4 2 3 . 4 3 *
Hyakinthídes 355 In o , Leu cótea 18 2 , 145 n · 69, 2 3 3 , 273 Yn·
Hydrophória IO I 37 . 302, 345 n. 55, 355, 377, 393 n.
hydrophóros 1 0 8 , 1 3 7 y n . 7 25. 3 9 4 n · 4
hye-kye 1 0 2 , 3 8 4 « in o ce n cia , com edia de la » 8 2 , 3 1 1
Hygt'eia 2 9 1 —3 56 , A ten ea Hygieia 3 12 ío 9 0 , 1 7 5 , 1 8 2 - 1 8 3 , 2 1 3
takchos — íakch'ô íakche 1 0 3 , 3 8 1 Iris 2 3 8 y n . 27

Icario 221 , 319 , 322 Isis 79 n . 3 , 1 0 9 n . 3 4 , 14 9 n . 9 8 , 1 6 4 ,


Ida 14 8 , 17 2 y n. 8, 17 6 , 1 8 0 , 2 0 8 , 3 16 , 3 7 8 .247
2 4 3
— cueva, m isterios 3 5 , 3 7 —38> 7 ° . *4*. isótheos244
1 7 3 y n . 18 , 2 1 5 n . 3 , 3 4 8 , 3 7 2 - 3 7 3 . Istm icos, ju e g o s / fiestas 14 6 , 18 6
401 I véase D áctilos, Zeus Ithyphallo i 14 4
Idas 2 8 7 Ja cin tia s 147 n - 80, 19 5 -19 6
íd olos — de las C icladas 2 3 — calcolítico 2 3 — Ja c in t o 2 8 -2 9 . ! 2 2 n . 5 1 , 14 7 , 2 5 4 . 2 7 3 -
m in o ic o -m ic é n ic o s 3 4 , 4 4 . 4 6 - 4 7 . 2 7 4 - 3 17
5 7 - 5 9 , 61 , 6 4 , 6 7 — co n tin u id ad 6 9 - Já p e to 2 3 2
7 °. 7 3-74 ~ en el C ite r ó n 88 — en Je n ó c ra te s 1 0 6 , 2 4 3 . 2 9 4 . 397 . 4 ° 2 n. 15 ,
Tebas 1 2 5 ~ e n M icen as I I I , 1 4 3 — de 4 2 9 . 434-438
D io n is o 1 1 9 , 3 2 1 — m áscaras com o Je n ó fa n e s de C o lo fó n 2 7 3 . 3 2 9 . 3 9 9 . 4 o 8 -
íd olos de culto 14 2 4 11, 4 15 -4 16 , 4 2 0 , 436
Id o m e n e o I16 n . 8 7 , 275 Je n o f o n t e 79 n . 5, 9 4 , 1 5 4 , 1 5 9 , 2 3 1 . 2 6 9
iépatán 1 0 3 , 3 0 4 n. 2 , 3 4 5 . 3 4 9 . 3 5 5 . 365 . 4 19 , 422
Ifig e n ia 8 4 , I17 n . 8 7 , 1 3 5 , 19 9 , 2 0 5 , 2 5 4 , ju r a m e n to 2 5 2 , 2 7 7 , 2 9 0 n . 9 , 3 1 9 , 3 2 0 -
274 3 2 1 , 3 3 4 - 3 3 9 - de p u rific a c ió n 3 3 6 -
Ilitía 1 8 1 , 2 3 0 - 2 3 1 — n o m b re 2 3 1 — diosa 3 3 8 — e n la litada 2 6 7 — en u n sa crifi-
4 8 2 ÍNDICE ANALÍTICO

cio con sangre 8 4 -8 5 , ΙΟΙ n · 6 ° ’ kykeón 356


3 3 4 - 3 3 6 —en relación con Zeus 177 — fcyritfoí 14 3
en una ordalía 3 3 δ — en u n proceso lam ento — ritual 2 5 9 - 2 0 0 , 2 6 6 , 269 —
3 3 6 — en los m isterios 37 9 — de los fúneb re 14 5 y n. 69, 14 9 . 2 2 2 , 2 4 0 ,
efebos 2 2 8 n. 3, 3 0 9 η . 1 3 , 3 3 5 - 2 7 3 . 2 7 7 . 328
hipocrático 2 9 0 n. 9 —libaciones 3 3 4 lam inillas de oro IO I n. 6 5, 219 n. 3, 36 9
— abuso del juram ento 3 3 8 n. 12 , 3 8 4 n. 3 9 . 3 8 9 - 3 9 4 . 3 9 7 -3 9 8
justicia véase dike lana 95, IOO, 13 9 - 14 0 , 14 5 , 2 2 2 , 3 ° 9 , 3 7 3 .
Kábarnoi véase Cabarneos 39I) 4 0 3 —ínfulas 13 7 —vendas 3 15 —
Kadmílos /Kásmilos 377 y n · 4 o ’ 3 7 8 ~3 7 9 y n · 56 relación con Atenea 19 1- 19 2 , 3 0 9
kakodaímon 2 45 — kakodaimonistaí4 17 Láphria 13 5
Kalamata 3 5 3 . 3^8 latreía 36 3
kálathos 13 7 , 3 8 1, 39 2 - kaláthiskos 3 14 laurel i n , 119 , 12 4 , 1 3 5 , 1 3 8 , 1 5 8 - 1 5 9 , 169,
Kalligéneia 3 2 6 y n. 3 1, 327 18 3 , 19 8 -19 9 , 3 5 6 , 3 7 1
Kallyntéria 3 0 8 y n. 8 lavado I I I , 1 0 2 , I I O , 3 O I , 3 0 7 , 3 7 7 — de
kanephóroi, vírgenes que portan cestos 13 7 n. m anos 8 0 , 8 3 , 9 9 , ΙΟ Ι, 1 0 7 - 1 0 8 ,
7. 344 3 3 4 , 3 3 9 n. 3 — de una im agen 12 7 —
Kárneia véase Carneas de u n difunto 2 5 9 —de una estela 2 6 2
Kárneios mes 3 0 5 — de vestidos 3 0 8 , 3 4 5 — no lavarse
katábasis 157 como señal de luto I I O — H elos
katackfsmata 10 6 n. 8 (Selos) que no se lavan los pies 15 6 |
katádesis 10 5 uease Atena, culto: fiesta del lavado
katagogé 2 18 y n. 24 leche — ofrendas 9 3 (a l ° s m uertos IOO,
katagógia 2 2 1 2 6 2 , 2 6 2 ) — surgida m ilagrosam ente
katéchein 15 0 y n. 2 2 2 2 , 2 5 3 . 3 8 8 «cabrito caí(ste) en la
kathagí&in 10 6 n. 6, 36 0 leche» como fórm ula de las laminillas
kathaírein 10 6 — katharmós I16 y n. 84, 38 8 y n. de oro 3 9 3 (variante con « to r o » y
17 — kátharsis 10 8 η . 3 1 — kathársion II4 — « ca rn e ro » 3 9 3 )
kathartés, kathartaí 10 7 Leda 175
Kerástai 91 leíbein, loibé 98
fT<?res2 4 4 > 3 X9 Lem nos 8 5 n. 4 8 , I16 —prehistórica 21 n.
keryketon 2 14 25 - C abiros 2 27 n. 19 , 3 7 3 “375 -
Kétykes véase Cérices Hefesto 2 2 6 -2 2 7 —ritos del fuego 86
t o 12 5 n . 74 , 13 7 . 3 0 9 , 3 1 3 . 3 6 δ, 3 7 2 - Leneas 13 2 , 221 , 3 0 6 , 36 1
3 7 3 , 3 δ ΐ y η. ΙΟ, 392 — kistephóros 13 7 lenós 3 9 1 n. 12
kledón 15 3 η · 23 león 19 , 4 1 y n. 37, 51, 57 y η. 14 , 6 0 - 6 1 y
kleidoûchos 13 4 n. 5 1, 17 3 , 2 4 1, 2 8 2 , 4 2 2 - relacio ­
kléptein 2 12 nado con A p o lo 19 7 , con A rtem is
koinonía 83 2 0 2 , con A frodita 2 0 8 , con Heracles
kôma 287 18 2 , 2 8 2 -2 8 3 , 28 4 n. 2 1, 2 8 5, con la
koúreion 3 4 1 y η. l 8 Meter 2 4 1 -2 4 2 — como motivo sepul­
koûros 94 n. 13 , 14 1, 16 9 , 17 3 , 19 4 - 19 5 . 3 48 cral 262 y n. 36
Kourotróphos (C u ró tro fo ) 2 0 , 6 0 , IIO , 2 4 9 . Lerna 21 - 2 5 » 87 —hidra 18 2 —fuente 93 n *
308 η. ΙΟ, 313 . 326 5, 18 8 , 2 37 —misterios 396
Kráteia 375 Leto 70» 119» 123-124 » 14 8 y n. 8 5 , 1 7 5 , 197-
Krónia 3 11, 3 13 , 345 19 8 , 2 0 2 - 2 0 3 , 2 3 2 , 14 8 , 2 9 0 , 29 7 i
krypteía 349 véase Apolo, Artemis, Festo (Ekdÿsia)
ÍNDICE ANALÍTICO 483
Léucade (precipitaciones en el mar) I14 3 8 7 -3 8 8 —fem enina 15 0 , 16 0 , 38 6 —
Leucipe 222 en el culto de la Meter 2 4 2 —p u rifica­
Leucípides 14 2 , 2 0 4 y n . 16 , 287 —sacerdo­ ción de la 1. 1 0 6 - 1 0 7 , I I I - 1. de
tisas de su culto 288 Heracles 18 2 , 2 8 4 , 4 2 0 | véase Platón:
Leucótea véase Ino sobre la locura
Leuktrid.es 355 lógos 2 14 , 4 0 5 , 4 10 , 4 1 3 y n. 4 , 4 2 4 , 4 3 1 ,
libación 2 2 , 5 1- 5 5 , 57, 64, 67 n. 36 , 8 3 y 4 39
n. 53, 8 5 -8 6 , 9 8 - 10 3 , 10 8 , 12 1, 12 3 , loutrophóros 13 5
1 3 1 , 2 3 0 , 2 3 7 , 2 4 4 , 2 7 7 , 3 18 , 3 3 3 , luna 38, 59, 2 36 , 2 3 8 , 3 0 4 , 3 1 1, 314 , 4 0 7 ,
3 4 ° , 3 4 3 - 3 4 4 , 3 5 4 , 4 ° 3 — en época 4 15 , 4 3 4 - 4 3 5 —encantamientos 2 3 1 —
m inoico-m icénica 52 —mesas de liba­ translunar vs. sublunar 4 3 5 J n · 6,
ciones 3 3 , 3 7 , 39 , 4 2 , 52 - en ju r a ­ 4 37 («dem onios sublunares»)
mentos 3 3 4 —como sinónim o de tre­ ykaia 2 3 9 , 3 42
gua 99, 3 5 5 — para los difuntos 27, M acaón 289
99, IO O , 2 14 , 2 6 1- 2 6 2 y n. 4 1, 2 6 5 , m acho cabrío 91* n · 8 l, J n · 34*
2 6 9 - 2 7 1 — para los héroes 98, 277 I 169» 209» 2 2 1 y n. 16 — Pan (dios
véase spéndein macho cabrío) 92 y n- 9 5 , 2 3 3 , 3 4 6 -
L icia 15 6 , 15 8 , 17 1 η. I , 275 - doble hacha « cab rito » en las lam inillas de oro
55 —A po lo 19 5 - 19 6 , 19 8 —Á rtem is 393
201 —Leto (como «m adre del santua­
m agia 78, 8 3 , 10 2 , 2 0 8 , 2 7 0 , 3 3 0 , 3 5 1,
rio » ) 2 3 2 - 2 3 3 I véase Patara 4 3 8 — agraria, de fertilidad 78, 14 5 ,
Lico (héroe) 2 8 1 32 7, 3 5 4 , 3 6 8 -3 6 9 - analógica 10 6 —
L ico su ra 4 0 , 12 2 n. 4 9 , 14 2 , 3 7 2 , 3 7 ^ n - cham ánica 2 8 2 — sim patética 10 2 |
3 1, 383 véase Hécate
Licurgo (rival de Dioniso) 2 2 2 - 2 2 3 maldición 10 3 , 245, 26 7 y η. 3 1, 3 3 5
Licurgo (legislardor espartano) 159 , 3 3 2 n. Malo (oráculo) 196
26, 3 4 8 -3 4 9 —retra de L . 159 Malophóros l 75 I véase Deméter Malopháros
Lidia —Ártem is 2 0 1 —Dioniso 2 2 0 —H era­ manantiales véase fuentes
cles 284 manía 15 0 y n. I , 15 3 , 2 1 9 , 427
líknon 10 6 , 10 9 , 13 7 — liknophóros 13 7 | véase manteion 156
D ioniso: epítetos Liknítes m ántica, adivinación 7 5 , x52 n . 16 , 1 5 0 -
Linceo 287 15 8 , 15 9 n. 75, 1 6 0 - 1 6 1 , 2 6 9 , 3 6 1 -
Lineal B 2 5 , 3 0 ~ 3 Iy n. 15, 3 3 , 52 , 6 0, 6 2 - inspirada 1 6 0 - 1 6 1 —astrologia 4 3 4 a
6 3 y n. 2, 69, 7 3 -7 4 , 12 0 n. 37, 18 5, través de los démones 4 37
18 9 , 19 5 , 2 0 1, 2 15 n. 3, 2 19 , 2 4 1,mdntis 15 3 , 155
3 0 6 ,3 2 3 Manto 158
Lino 2 54 mar, viaje p o r 96, 99, 3 5 2 , 354
Htaí 10 2 Maratón (héroe) 28 0
L ocros 2 4 1 η · l8 , 2 79 y n · 4 4 , 298 n. 4 1, Marsias 3 0 3 Y n · 85
3 25 —A fro d ita 2 0 6 - 2 0 7 n. 9, 2 0 9 y marxismo 9 y n. 23
n. 3 2 — consagración de muchachas Más A llá 2 2 6 , 2 6 2 , 2 6 4 - 2 6 9 , 2 8 2 3 0 1,
96 n. 25, 116 , 13 6 n. 4 4 —fundación 36 5, 4 2 6 , 4 29 , 4 3 8 —en la mitología
117 n. 88 —Dioscuros 288 | véase Ayax irania 4 2 3 —misterios 36 9, 375, 378 ,
Lo crio 3 8 4 , 3 8 7 , 3 8 9 - 3 9 3 , 3 9 5 -3 9 9 I véase
locura, frenesí 12 5 , 1 5 0 - 1 5 3 , 2 3 4 , 2 8 1, Hades, E lisio , Sísifo , T án talo, T á r ­
3 0 1 - 3 0 2 , 3 3 1, 4 18 , 4 2 7 —dionisíaca taro
14 3 , 1 5 1, 2 19 , 2 2 1, 2 2 3 , 2 2 5 , 3 0 2 , máscara 18 , 2 4 , 4 7 , 76, I I I , 14 .2 -14 5 , 1 4 9 ,
484 ÍNDICE ANALÍTICO

3 0 4 ,- 2 0 5 , 2 3 1. 2 3 5 - 2 3 6 , 2 5 1. 2 8 1, metragyrtai 14 0 , 2 4 1 , 4 ° 3
3 2 2 - 3 2 3 , 34 5, 372 —de animales 9 0 - miaínesthai l i o
91, 14 2 (sumerias y asirías 51) —repre­ miarás 3 6 0 —miaráheméra 3 19 y n. 8
sentando a los antepasados 14 0 — miasma 10 7 n. 13 , 10 8 , 12 0 , 199, 359 n. 19
com o ídolo de culto 14 2 — en danzas Mícale (Posidón) 18 5, 342
372 —hecha de un cráneo de toro 74> M icenas 2 5 , 29 ~ 32 y n. 18 , 3 5 , 4 3 , 4 8 , 4 9
91, 14 2 — de terracota 14 3 ~ «P an es» n n . 2 y 3, 50 n. 10 , 5 1 n. 17 , 5 6 -5 7 ,
92 —relacionada con D ioniso 2 1, 65, 5 9 -6 0 , 62, 67, 71, 73, I I I , 122 n. 49,
14 3 , 2 19 , 2 2 5 . 3 o 1 , 3 I 9 “ 3 2 l (antece- 17 9 , 19 0 , 2 6 1, 2 75 y n · 4 - centro
dentes 2l) cultual 4 6 -4 7 — « S e ñ o ra del gran o»
matriarcado 28 y n. 2 2, 5 6 -5 7 64
m atrim onio sagrado (hierós gamos) 14 8 - 14 9 , m iel 3 8 , 52 , 6 3, 6 5 -6 6 , 72 , 98, IO O -IO I,
18 3 n. 54 14 0 , 2 19 n. 2, 262 y n. 4 1, 3 2 1, 356 ,
Medea I 4 4 > 2 3 * —hijos 3 5 1 3 88
medén ágan 2 0 1 M inias, hijas de (Miníades) 2 2 2
Medusa 18 7 y n. 33 M in o s 3 7 , 9 0 , 17 5 , 17 7 n. 4 0 , 2 6 5 , 3 3 2
megáhyzps 13 4 y n. 22 n. 26
megarízein 3 2 5 y n. 14 M inotauro 35, 5 3 . 9 o
mégaron 3 1, 4 0 , 72, 123 . 3 2 4 - 3 2 5 . 3 7 2 , 376 m irto 16 9 , 18 3 n. 53
Meüíchios 36 2 n. 4 0 | véase D ioniso, epítetos: mistagogo (mystagogos) 3 7 1, 375. 38 2
Meilíchios, Zeus, epítetos: Meilíchios misterios 10 9 , 13 2 , 13 7 , *43. 268, 2 7 0 - 2 7 1,
meilíssein 26 3 2 74, 3 0 0 , 3 2 0 , 3 2 4 , 3 4 1 , 3 4 7 . 3 5 9 ,
meîon 34* 3 6 1 , 3 6 7 - 4 0 4 , 4 2 3 . 4 27 , 4 4 3 -
Melampo 10 7 , I I I , 15 3 , 2 2 3 , 3 0 * aspecto sexual 3 6 8 —in iciación 3 6 7 .
M eleagro 88 395 —en Andania (véase Andania) —en
M elicertes-Palem ón 14 6 , 18 6 , 2 3 3 . 2 8 1 A rcadia 3 2 4 n · 9 . 372 — en Creta 35,
métissai 14 2 y n. 45 3 4 8 (del Ida 17 3 , 3 7 2 ) - de C otito
Melos 22 —tardomicénica 47 2 4 3 — de Dem éter 3 2 4 n · 9 . 3 2 8 ,
M em nón 16 6 , 176 n. 35 3 6 8 - 3 6 9 — eleusinios 14 , 99. IQI,
Mén 2 38 1 1 3 , 2 i6 , 3 0 6 , 3 5 6 , 3 6 8 , 3 7 0 , 3 7 9 -
m énades 2 2 2 - 2 2 5 , 234~ 235> 2 5 0 , 3 0 1, 3 8 5 (profan ación 3 8 0 , 4 *7. 4*9;
304, 3 2 1, 386, 38 8 , 3 9 4 , 4 10 Eum ólpidas y Cérices 3 8 0 ; revelados
Menécrates 252 p o r D iágoras 4 18 ) — de Flía 3 ° 2 ,
M enelao 2 0 8 , 2 2 8 , 2 6 8 , 2 7 5 , 3 * 6 , 3 6 4 n. 3 7 0 - 3 7 1 — de Isis 14 9 n. 98 - de
75 L ern a 2 3 — de Licosu ra 372 — de la
ménima 10 7 , l79> *75 Méter279 — Samotracia 1 49 , 37 ° , 3 7 3 “
M eriones 275 3 79 — de Sabazio 2 4 3 —de Tasos 3 7 3
Mesene 3 7 1 — dionisíacos 2 2 1, 2 2 6 , 27*, 3 ° 4 ,
metamorfosis —Miníades 2 2 2 —Posidón 9 O 320, 3 6 8 - 3 6 9 (báquicos 3 8 5 - 3 9 3 , y
- Z e u s 3 5 , 90 , 119 , 17 5 , 2 0 4 orfism o/pitagorism o 6, 3^4» 3 9 3 "
metempsicosis véase alma: en la filosofía 4 0 5 ) —según Platón 398 , 4 0 2 - p ri­
Méter 97 n. 3 0 , 10 9 n. 34 , 127 n · 8 4 , 134 n · vados 4 17 —hieroi lógoi 369 —Villa de los
2 3 ,1 7 9 , 19 4 n. 4 5 a, 2 4 0 - 2 4 2 , 3 0 3 y M isterios 388
n. 85, 3 2 8 , 3 7 2 , 3 77 - 3 7 8 , 399 -o reía m itos d efin ició n 16 5 — en los estudios de
(o acom pañada de nom bres de m on ­ religión griega 6 -7, 28 n. 2 2 , 69, 77>
tañas) 2 4 1 —misterios 379 3 1 1 —y ritos 8 -9 , 15 , 27, 36 , 77, 8 1,
Metis 17 3 , 17 5 -17 6 , 19 3 , 2 5 0 8 4 , 8 8 -9 2 , 95, 1 0 0 , 10 7 , 116 , 119 ,
ÍNDICE ANALÍTICO 4 8 5

I 2 I - I 2 2 , 131, 1 3 4 , 1 3 6 , 1 3 8 , 1 4 ,6 -1 4 7 , 3 9 7 . 3 9 9 . 4 0 2 —los D ioscuros 2 8 6 -


14 9 - 1 5 1 . 15 8 . 16 4 , 2 74 , 3 0 7 . 3 2 7 , 2 8 7 . 3 79 —E ricto n io 3 1 3 — E rígon e
3 3 0 - 3 3 1. 3 4 4 . 3 4 6 -3 4 8 . 3 5 9 -3 6 0 , 3 2 2 — Faetón 2 3 8 —Frixo 3 1 5 - 3 1 6 -
3 9 1-3 9 2 —en imágenes y textos 1 2 - 13 , Ganim edes l 75 n - 29, 3 4 7 n. 4 —los
16 5 - 16 6 , 16 9 — protagonistas in te r­ Gigantes 1 7 4 . 2 3 6 — H écuba 9 1 —
cambiables 16 4 —relegados p or el lógos H efesto 2 2 7 , 3 7 4 — H era 1 8 0 - 1 8 4 ,
4 0 5 , 4 I 3. 4 2 0 (incorporados a la 3 0 2 , 3 3 8 — H eracles 88, 2 6 4 , 2 6 8 ,
filosofía 4 0 7 . 41:3) —reinterpretados 2 8 1 - 2 8 5 - H erm es 2 12 , 2 1 4 , 2 9 8 -
4 15 . 4 2 3 . 4 3 6 Ifigenia 13 5 , 2 0 5 —Ja cin to 29, 317 —
culturas: etruscos 2 85 —hititas 16 8 , 17 4 las hijas de Cécrope 30 9 —las hijas de
n. 2 1, 19 3 y n. 4 0 , 2 17 , 2 3 5 η . 19 , Preto 14 3 , 3 0 2 —Paris (juicio) 145 —
2 4 6 n. 2 —indoeuropeos 6 —n ó rd i­ Leucótea 2 33 — Ia M adre 2 42 — las
cos 2 17 — del Próxim o O riente 173 , M iníades 2 2 2 — el M inotauro 9 0 —
2 17 . 2 4 6 n. 2 , 2 5 4 . 4 0 6 — iran ios Orestes 3 19 — O rfeo 3 0 4 , 3 9 4 —O si­
4 0 6 , 4 2 3 —romanos 285 —ugaríticos ris 3 9 7 —Perséfone (C ore) 2 1 6 - 2 1 8 ,
17 2 , 2 8 2 y n. 6, 3 9 3 n. 2 3 —védicos 2 6 5, 3 2 5 , 3 7 8 , 3 8 0 , 3 9 1 - P o s i d ó n
26, 286 —orígenes m in oico-m icén i- 13 6 , 18 5 , 18 7 - 18 8 , 2 9 9 , 3 4 7 - P r o ­
cos 2 3, 3 4 - 35> 57. 6l —y continuidad meteo 2 3 2 —Salm oneo 2 5 2 —Selene
20 2 3 8 - Teseo 2 6 4 , 3 16 n. 2 2 , 3 5 0 -
autores literario s: en H esiodo I O , 16 8 , Tetis 2 3 3 — los Titanes 2 35 n · x 9 ,
17 3 , 2 3 4 . 2 4 6 (de las edades del 2 3 5 - 2 3 6 , 3 9 7 , 4 0 2 - T r o fo n io 277 -
m undo 2 6 8 , 2 7 6 , 3 12 ) — en H om ero Y asión 14 9 - Zeus 35, 7 0 , 17 3 , 17 5 ,
16 8 , 2 5 0 , 3 3 8 — en Píndaro 2 53 — 250, 2 77 n. 2 2 , 3 3 8
pitagóricos 399 —en Eurípides 4 2 0 — lugares: —Eleusis 82 n. 26, 3 10 —Sam o-
en Platón 2 9 4 , 3 9 0 , 398 , 4 0 2 , 4 2 4 - tracia 3 7 8 -3 7 9 _ Troya I16 n. 80, 19 0
4 2 5 . 4 29 , 4 3 3 . 4 3 7 . 4 3 9 - 4 4 0 M nemósine 19 9 , 356 , 389-39O
tipos: cosmogónicos 2 38 —politeístas 26 moíra 176 y n. 36, 3 3 2 , 3 9 3 , 4 2 4 , 429
— sobre la fund ación de u n pueblo M oiras 2 0 0 — originadas a p artir del c o n ­
3 7 3 —sobre héroes 274 —sobre dioses cepto de moîra 2 36
16 3 , 2 3 9 (su nacim iento 2 7 2 , suce­ molpoí IO I n. 6 l, 14 1 y n. 32
sión de sus generaciones 28, 168) —de móly 2 13
la creación de los hom bres 2 5 4 . 375> monas 4 35
396 — del diluvio 3 2 2 —del Más A llá Mopso 15 3 , 156 n. 4 0 , 158
2 6 3 -2 6 9 —de tumbas de héroes 2 73 — Mopsuestia (oráculo) 15 6 , 16 0 , 196
de mortales «d ob les» de un dios 2 73 m uerte, impureza de la 10 8 , IIO , 1 2 0 , 13 6 ,
—de purificaciones 10 7 , 10 9 372
protagonistas: A d on is 2 4 ° — A fro d ita m uertos, difuntos — culto 2 5 7 - 2 0 3 , 2 6 9 ,
2 0 9 , 298 - A polo 13 8 , 19 5 -19 6 , 19 8, 27 6 -27 7 (aristocrático 277, en
2 0 0 , 2 9 7 . 3 0 3 - A res 2 2 9 , 2 3 1 - E u ro pa occidental 2 7 2 ) — acciones
A riadna 1 4 9 , 2 22 —Artem is II9, 2 0 5 , para «contam inarse» IIO —alimento
29 7, 3 0 1, 3 5 1 - A sclepio 2 8 9 -2 9 0 - de los m . 3 2 2 — banquetes 89, 14 8 ,
Atenea 19 0 - 19 1, 19 3 -19 4 , 299, 30 9 - 2 5 8 - 2 5 9 , 2 6 1, 2 6 3 , 3 22 - b a ñ o IO I,
los Curetes 3 4 8 — D árdano 379 — 262 — bóthros 2 7 ° — cantos IOO —
D elfos I O I — D em éter 1 3 , 95, 10 9 , comitiva 2 6 0 —competiciones depor­
2 15 , 2 4 2 , 3 0 0 , 3 6 0 , 3 8 2 - 3 8 4 . 3 9 9 - tivas 2 58 —cremación 89, 36 0 —dan­
D ioniso 91, 2 19 , 2 2 1 - 2 2 3 , 226 , 3 0 1- zas 4 8 , 6 1 —difu nto representado en
3 0 2 , 3 1 9 - 3 2 0 , 3 8 7 - 3 8 8 , 3 9 1, 3 9 6 - el sarcófago de Ayia T riada 58 — en
486 ÍNDICE ANALÍTICO

época p rotom in o ica 57 — en época mÿesis 158 , 376 , 3 8 0 , 428


m in o ico-m icén ica 4 8 - 4 9 ’ 2 75 — en mystéria 2 18 , 3 6 7 -3 6 8
época cicládica 2 3 y n. 3 3 (¿ re n a c i­ mÿthos 413
m iento en la G ran D io sa?) — en nacim iento, im pureza del 10 8 , 12 0 , 13 6 ,
H om ero 85, 89, 99 —engalanar este­ 372
las I O O , 262 —eschára 2 7 0 — expresión naos 1 2 2 - 1 2 3 , 12 6 , 2 7 0 y n .7
de la identidad de las fam ilias 2 6 3 — Nausicaa 2 0 3
fases del rito fu n erario 2 5 9 —granos nebris 2 2 4
caídos al suelo 3 2 7 —holocaustos 89 — nekysia 262
libaciones y aspersiones 27- 9 8 - 10 0 , Neleo 18 5
2 14 , 2 6 2 - 2 6 3 , 2 6 5 , 2 7 1 (sed de los Ñemeos, juegos 14 6
m. I O l ) — niñ os pequeños m. 3 18 — Némesis 2 5 ° - 2 5 l
ofrendas I O O (de riquezas en Micenas neokóros I3 2 , 135
4 8 ) — recipientes con serpientes 4-4* N eo p tó lem o -P irro 1 2 1 n. 4 2 , 199 Y n · 3 9 ,
69 (serpientes 264) —sacrificios 2 6 0 , 254, 277
3 5 9 -3 6 0 (d e sus caballos 49) —sangre Nereidas 2 3 3 , 2 3 5 , 275
vertida sobre la tumba 8 4 - 8 5 , 2 6 3 — N ereo 2 3 3
« s e ñ a l» 2 6 2 — sepultura individual nesteia 32 6
2 58 —siembra de granos en las tumbas N éstor 4 6 , 5 7 , 6 4, 69, IO I, 18 5 — « a n illo
de los Demétreioi 2 18 —construcción en de N éstor» 3 4 , 57 n · ^4
L efkan di 124 — días de difuntos 2 6 2 , N ike 72, 97 n. 28, IO I n. 6 1, 14 5 n. 72, 19 4 ,
3 2 2 —en los Misterios 38 4 , 3 8 9 ~3 9 3 , 229, 2 4 9 -2 5 0 , 3 7 6 , 378
3 9 7 -3 9 8 , 4 0 0 — en la filosofía 4 2 3 , ninfas 2 3 y n. 3 3 , 3 8 , 13 9 , 14 1 , 2 3 5 - 2 3 6 ,
4 3 1 —heroización 59 n. 39, 2 6 1, 278, 296, 3 0 1 —nom bre 2 3 4 —inspirado­
3 9 2 — invocación de los m. 85, 9 9 “ ras de oráculos 16 1 —relacionadas con
IOO, 246 , 2 6 3 —Libro de los muertos e g ip ­ las fuentes 2 3 4 , 2 36 , con Artem is 14 1,
cio 3 9 0 —m. sin reposo 2 6 3, o apare­ 143, 2 0 3 , 2 0 5 , 2 3 3 , 2 3 5 , con D io ­
cidos como una serpiente 2 6 3 - 2 6 4 — niso 2 2 3 , 3 0 1, con H erm es 9 3, 2 1 3 -
cólera del difunto 279 (en form a de 2 14 —Isménidas 37 0 — «raptados por
Q ueres 3 19 ) — relacionados con las las nin fas» 15 1 | véase Calipso, nymphe
maldiciones (katádesis, defixio) 10 5 niños 14 0 , 17 2 , 2 3 8 , 2 7 1, 2 8 1, 3 2 4 , 4 4 1 —
m undo/reino de los m. 2 13 , 2 l6 , 2 5 9 , Choés 3 18 , 3 2 2 - 3 2 3 —sepultura 259 —
2 6 5 -2 6 6 , 272 —beneficios que envían servicio al tem plo 10 9 — in iciación
los m uertos desde él 2 7 ° , 2 7 4 (véase 3 4 6 - 3 4 7 , 349
héroes) —Garonte 2 6 0 -2 6 6 —castigos Níobe 199, 2 54
26 7 — en el poema de Gilgam esh 267 Noche (diosa) 2 3 8 , 395
— en U garit 2 7 2 — estado del difunto nomízein theoús 36 5
en ese m undo 2 6 4 -2 6 6 —viajes a este nomos 1 3 1 , 1 3 3 , 3 6 3 , 3 6 5 , 4 1 3 - 4 1 4 , 4 2 1 ,
reino 2 8 3 | véase E lis io , H erm es, Per- 4 3 4 , 439
séfone, Zeus Ctonio nósos 199
oráculos de los m. 153 , 157 Y n - 5 5 , 18 9, nous 1 5 0 , 4 0 9 , 4 2 1 -4 2 3 , 4 2 8 - 4 3 0 , 4 3 3 ,
200 436 y n. 12 , 4 4 °
resurrección de un m. por Asclepio 2 7 2 , nymphe 2 0 4 | véase ninfa
290 oca 79
Musas 19 7 , 19 9 , 2 3 5 - 2 3 6 , 3 0 3 - 3 0 4 , 3 2 9 , Océano 2 3 6 , 2 38 — Oceánides 2 16 , 235
4 4 2 , 4 4 3 (Academia) Ocno 36 9 y n. 16 , 3 96
Museo 16 1, 3 7 0 , 395 O diseo 99, 10 6 , 112 n. 57, II9 , 1 2 3 , ! 3 4 , Y
ÍNDICE ANALÍTICO 487

n. 53, 156 , 167, 2 13 , 3 3 0 , 355- 36 2 n. O p is 13 9


5 0 , 3 7 7 -3 7 8 - Atenea 96, 19 2 - 19 3 - o ra c ió n , p le g aria I O 2 - I O 5 , I 2 7 > 2 3 9 > 3 6 7 .
Posidón 186 —nékyia I 57 > 2 13 («segun­ 4 2 2 — o rig e n in d o e u ro p e o 2 7 _ al sol
da néfcyía»), 2 6 4 -2 6 6 —Paladión 19 0 | 4 1 9 — a l ° s cu erp o s celestes 4 3 * -
véase mántica (necromancia) antes de u n a carrera 3 1 5 — en b oca de
ofrenda a los dioses véase dones, sacrificio u n sacerdote 1 3 1 — gestos 1 4 —in e x is ­
oíkos 12 5 n · 73, 2 70 y n. 6 tencia de fó rm u las fijas IO , I O 3 - I O 4 —
oionós, oionopólos 15 4 en u n sacrificio 2 6 , 8 0 , 8 3 , 8 5 , 1 0 2 ,
O lim pia 12 , 14 . 2 3 , 69, 125 , * 3 2 , 153 . * 7 5 . 113 .3 4 6 , 3 5 2 - 3 5 3 » 4 3 9 - 4 4 0 - en
2 12 , 3 5 5 . 4 4 o —acebuche para coro­ un a libación 9 9 - I O O , 2 6 2 , 2 6 9 , 3 5 4 —
nar a los vencedores II9 , 1 4 7 > *69, en u n a o fre n d a 5 2 , 2 9 4 _ en u n vo to
19 2 - altar de Zeus 74, 8 6 -8 7 , 1 2 1 , 96, 3 5 4 (uso de las m ism as p alab ras:
2 7 3 —bosquecillo sagrado ( áltis) 12 0 , euché 9 6 , 1 0 3 ; aró 1 0 3 ) —silenciosa 1 0 3
296 — capital de la liga de estados — tras u n a p u r ific a c ió n 1 0 7 — a Z eu s
griegos 3 4 3 —consagraciones 97 n. 28 com o p ad re 1 7 6 — in vocacion es sin
—estatua de H era 12 6 n. 82, de Zeus o ra c ió n 2 4 5 — d irig id a a dioses y a
I 2 6 - I 2 7 > 17 0 , 19 4 —fiestas en hon or héroes 277» 3 6 1 — « a todos los dioses»
de H era 18 1 —m onumentos de vence­ 3 6 2 — oída p o r los dioses 2 5 4 (pero no
dores 13 (thesauroí 13 0 ) —preparación se debe in flu ir en ellos 4 3 9 , 4 4 3 ) -
de los atletas 14 6 — sacrificios I 4 7 > transmitida p or los áaímones 437
177 , 3 4 3 —santuario de Zeus 7 2 , 12 9 oráculos 80, 94, 10 7 , 119 , 153, 15 5 -16 1, 18 9 ,
— tem plo de H era 1 79 . 2 9 4 — 1 9 5 - 1 9 6 , 1 9 9 - 2 0 0 , 2 4 3 . 2 7 1, 2 7 9 ,
« tu m b a » de Pélope 1 2 1 n. 4 2 , 14 6 , 2 9 9 ,3 0 3 ,3 4 3 .3 7 1.3 9 5 .4 19 . 440
2 7 3 . 277 —H ermes de Praxiteles 214» oreibasía 2 2 0 n . 14 , 3 8 7 , 3 9 0
2 9 4 » 3 o 1 —V ictoria (Nike) de Peonio O restes 8 4 , ΙΟΙ, 107 , ** 2 . 2 0 0 , 2 0 5 , 258 η.
97, 14 5 —metopas 192 3, 3*9 -320 , 3 2 2 , 3 3 3 . 3 3 7 -« ca b a ñ a
O lim po (m o n te / « C ie lo » ) 16 7 , 17 0 , * 7 2 , de O re s te s » (T rezén ) 1 1 2 — h u e so s
17 6 , 18 3 , 18 5 , 19 7 , 2 0 0 , 2 2 7 - 2 2 8 , 279 I véase p u rifica c ió n (hom icid io)
2 4 4 , 2 6 8 , 2 76 , 2 8 7 -2 8 8 , 2 9 6 , 3 13 , O rfe o IO , 15 7 n . 5 4 , 3 0 4 , 3 9 3 “4 0 4 -
409 relieve de O . 2 1 3 - 2 1 4 ~ autor de o r á ­
olivo en representaciones m icénicas 4 2 — culos 1 6 1 — fu n d ad o r de ritos báquicos
consagrado a Atenea 16 9 , 1 9 1 —ramas, 3 8 7 n . 1 4 , 3 9 1 — re la c ió n con E le u sis
usadas en ritos IO O , 1 4 0 (como p re ­ 3 9 5 — poem as de O . 17 8 y n. 52 , 2 0 9 ,
m io 1 8 1 ) — coronas de olivo 3 5 6 — 2 4 2 n. 26, 2 6 4 , 37 0 , 3 9 1, 3 94 -3 9 5 .
sagrado, en la A crópolis de Atenas 5 3 » 39 9 . 4 2 4 . 4 3 3 (versos in terpolados en
7 2 , I 1 9 - 1 2 0 , 1 3 5 , 1 9 1, 3 0 9 - silvestre, la Odisea 2 6 7) —representado en el M ás
en O lim pia 19 2 — im agen de Atenea A llá 392 — id eas sobre el alm a 3 9 7 .
de madera de olivo 119 —leño de olivo 4 0 2 - lo ó rfic o 3 9 4 - 3 9 6 , 3 9 9 , 4 2 6
coronado en una fiesta tebana 1 3 8 — (a n tro p o g o n ía 3 9 7 ; fo rm a de vid a
véase acebuche [¡>¡os] 4 0 1 - 4 0 3 ; m etem psicosis 3 9 9 ,
oloíygé 1 0 0 , 1 0 3 , 3 4 4 pureza 4 0 4 ) — órficos 2 6 8 (seguidores
om nisciencia divina 176 , 248, 4*2, 4 2 0 de O r fe o 3 8 7 n . 14 , 3 9 6 ; en lám in as
omofagia 388 de O lbia 38 6 ), 3 9 3 —lam inillas de o ro
Ó nfale 55 n · 44> 284 36 9 n . 12 , 38 4 n. 3 9 , 389 η. I, 390 -
O nom ácrito 16 1, 395 y n · 8, 399 lib ro quem ado e n D erven i 3 9 2 —m ito
O nquesto (Posidón) 1 3 1 n. 2, 18 7 , 3 0 0 , del o rig e n de los h o m b res 3 9 6 —
342 orfism o 6, 15 n . 3 I véase orpheotelestés
488 ÍNDICE ANALÍTICO

orgia 2 2 1 , 3 6 7 , 3 7 0 , 3 8 7 - 3 8 8 , 3 9 2 - orgiázein pannychts 14 9 , 3 !2


367, 4 28 , 443 panspermia 288
O rio n 2 6 5 pantera 34 , 2 o 8
O ritía 2 3 8 paragogeús 375
orpheotelestés 3 9 5 ’ 4 ° 2 pardsitoi 285
O rtia 55 n. 44, 7 2 , 84, I18 n . 6 , 125 J n· paredros ig , 56, 59
72, 349 — fla g e la c ió n 2 0 4 , 3 49 — Paris, ju icio de 145 . ! 77 > 20 8
m áscaras 1 4 3 ’ 2 0 4 Parménides 2 0 9 , 4 0 7 > 4 I ° - 4 I I >4 2 3 , 4 26
Oschophória 9 4 η . I I , 3 16 n . 2 2 , 3 4 1 Partenón 1 2 6 - 1 27 , 1 37 , I 7 ° Y n - 4 1 , I 7 I >
O siris 8, 2 0 , 2 2 0 y n . 1 5 , 2 4 3 , 2 72 , 273 n· 18 0 , 18 9 , 19 4 , 2 14 , 2 9 9 , 3 1 2 - 3 1 3 ,
3 7’ 397 344
oulaí, oulochytai 8 0 , 8 2 n . 2 6 , 1 0 6 n . 8 Pasífae 3 5 , 90
ouphorá 8 1 n . 15 Patara (oráculo) 156 , 158 , 16 0 , 196
Ouranós (U ra n o , C ie lo ) 27 n · I 9 >! 6 5 >209, patriarcado 2 0 , 2 5 , 28 , 5 7 , 17 5 , 2 9 7 , 3 IO >
38 9 -39 0 3 9 5 . 3 9 7 335
ou themis 6 7 , 3 ^ 3 peán (paidon ) 1 4 1, 2 3 1, 2 3 8 , 3 5 5 , 4 4 2 —
oveja 18 , 2 0 , 3 5 , 3 7 , 3 9 , 5 1 , 6 6 , 7 9 , 8 5 , danza 65, 14 1, 19 6 —relacionado con
1 3 8 , 2 1 4 , 2 6 0 - 2 6 1 , 3 1 2 - 3 1 3 - b lan ca A po lo 1 0 3 , I I I , 19 6 , 19 8 , 19 9 n. 39 ,
2 7 0 —n egra 85 303, 3 5 6 , con Dioniso 3 0 3 “ 3 ^ 4 > con
paidon véase peán Posidón 187
paidêia 3 4 1 peces 38, 79, 83, 15 4 n. 29, 156 n. 4 1, 16 9 ,
país (H era) 1 8 1 , 3 7 4 (C ab iros) 18 6 , 2 0 2 , 2 33
p ájaros, aves 3 5 , 3 8 , 4 4 , 5 1, 5 3 , 5 8 , 6 0 , 79 Pégaso 187
n. 3, 88 , 9 1 n . 9 1, 117 , 15 4 , 2 0 2 , 2 8 3 - Pelargé, Pélargoi 374 n · 12
carro tirad o p o r p ájaros 2 1 0 , 2 5 3 — Pelias 18 5
diosa-pájaro cicládica 2 3 —m ántica 15 3 Pélope 1 2 1 n. 4 2 , 12 2 n. 51, 13 2 , 14 6 , 18 1,
P a la d ió n 6 0 n . 4 6 , IIO , 127 Y n· 8 4 ’ !3 3 ’ 273, 277
19 0 , 252 Pelória 3 11 n. 29
P alem ón véase M elicertes Penélope 10 2 , 153
palíntropos harmonía 19 8 Penteo 119 , 2 2 3 , 2 2 5 , 4 2 0
p alm era 4 2 —L eto I19 , 19 8 y n . 3 1 , 2 4 8 peplo 13 5 , 13 7 - 13 8 , 16 4 , 17 0 , 18 1, 19 1, 19 4 ,
palom a 66 n . 3 3 — relacion ada con A fro d ita 2 5 5 , 3 0 9 , 3 1 2 - 3 1 3 , 3 44
6 0 , 9 1, 2 0 6 — « S a n tu a rio de la D iosa Perajora 12 4 y n - 61, 129 n · 98 —templos de
de las p . » en C n o so 4 3 > 5 8 , 60 n. 47 H era 179
—e n D o d o n a 15 6 y n . 49 — en M ic e - Pérgamo (Asklepieîon) 29O
nas (tu m bas de fo sa) 6 O — sa c rific io perídeipnon 261
79 , 9 1, 2 0 6 Y n · 7 ’ 2 0 8 n . 18 peripsema I 1 4 n. 7 3 , IJ5
Pamboiótia 3 4 2 perirrhantéria 10 8
P an 2 0 n . 18 , 9 2 - 9 3 y n . 8, 1 5 1 , 2 3 4 . 2 44
peristíarchoi I I 3
n . 4 . 3 4 6 ’ 3 7 2 - Pan es 9 2 , 143 - p erro 8 5, 9 1, 1 1 3 , 13 4 n. 2 3 , 2 3 1 , 2 6 0 ,
te rr o r pán ico 3 0 9 288 , 3 4 9 I véase Hécuba, Hécate
Pan aten eas 8 7 , 1 3 2 , 1 3 7 Y n - 3 > Σ4 1 ’ 1 4 5 > Perséfone, Core, Pherréphatta —nombre 215 —
14 6 , 1 9 1 - 1 9 2 , 3 0 6 - 3 0 9 , 3 1 2 - 3 1 3 ’ divinidad m inoica semejante 6 1-6 2 —
¿id en tificad a con Pere-8% m icénica?
3 43 -3 4 4
P a n d ro so I I 9 , 3 0 9 y n . 12 , 3*3 — usado 66 n. 8 3, 2 15 n · 3 , con Ia Déspoina de
com o exclam ación 1 0 5 A n d an ia 3 7 2 — hija adolescente de
P an fo 3 7 0 Dem éter y señora de los m uertos 2 16
ÍNDICE ANALÍTICO 489

— destinataria de un sacrificio de evo­ philos 364


cación de almas 8 5 —relacionada con phrourd 4 0 2
la granada 2 l6 —interpretaciones del phyllobolía 10 6
m ito 2 17 —semejanzas con la bab ilo­ physis 4 0 7 , 4 14
nia In nan a-Ish tar y el hitita T elipinu Pianopsias 14 0 , 30 6
2 17 — castiga a los m alhechores 2 6 7 - piedra —como altar o unida a él 38, 4 7, 52
2 6 8 — en las lam inillas de oro 3 9 1 , 57, 73- 74, 79, I2 I -I 2 2 , 2 6 9 -2 7 0 -
393, 39 8 — luto p o r la m uerte de alineadas 56 — betilos 57 — cuchillo 21
D ioniso 397 n. 2 4 — devorada por C rono 173 — en
epítetos y advocaciones: — « ven erab le» círculo para u n sacrificio 21, 2 7 1 —
(agaué) y «terrib le» (epainé) 2 1 6 —Brimó herma 2 11, 2 14 —en m ontón 57 —la p i­
3 8 3 —hagné 3 6 0 — Protogoné 3 7 0 — Thes- dación de u n « d em o n » I15 —m ojón -
mophóros 3 2 6 falo 2 11, 2 14 —muro de un témenos 12 0
culto 3 5 3 : ~ katagogé 2 1 8 — sacrificio de —no labradas I18 —omphalós délfico IOI
gallos 79 n - 2, 3 5 3 n · 1 8 — de cerdos — « p . de rayo » 3 7 3 — pilares 4 1 —
3 2 4 - 3 2 5 , 38 0 —Tesmoforias 3 2 5 , 38 0 ritos en que se tiran p. 8 0 , 1 5 7, 3 3 4 ~
lugares: —A nd ania 3 7 2 —Atenas 3 1 3 — santuarios de p. 2 1 n. 2 4 , 39 ~ en
Eleusis 3 8 1 , 3 8 3 —Enna 2 1 6 —Esciro tumbas 2 5 8 , 2 6 1 —u nida a un árbol
3 1 0 —Samotracia 3 7 1 —Selinunte 3 5 3 5 0 , 56, 119 — untadas de aceite 57,
n. 1 8 —Siracusa 3 4 4 —Teras 1 3 8 - 1 3 9 IOI, 12 8 I «ráse mesas de libaciones
relación con otros dioses, héroes y otros P ilo 3 0 - 3 2 , 3 5 , 4 0 , 4 6 , 50 n . 10 , 5 2 - 5 4 ,
seres m itológicos: — A donis 2 4 ° — 5 6 - 5 7 , 5 8 - 5 9 , 6 l, 69, 73 y n. 4 5, 226
Artem is 2 1 6 , 3 0 —Atenea 2 1 6 , 3O O — n. 6, 2 4 1 , 3 0 6 — m icénica 6 2 - 6 7 —
Dem éter, véase Dem éter: relación con D ioniso 219 —libación IOI —Posidón
otros dioses —D ioniso 16 5 , 27 *, 3 OI> 18 5, 299 n. 50 —santuario 43
38 3, 39 1, 39 6 -3 9 8 —dioses de Sam o­ Píndaro 13 8 , 1 4 1 - 1 4 2 , 169, 2 0 6 n. 9, 2 4 1 -
tracia 377 —Eubuleo 32 5 —Hades 216, 243, 2 5 1, 2 5 3 , 2 8 2 , 2 8 7 , 289 , 3 15 ,
2 6 5, 2 7 9 , 377 - Hécate 2 3 1, 3 0 0 - 3 2 9 , 3 5 1, 3 9 8 , 4 0 0 — sobre el Más
H erm es 2 3 5 , 377 — Oceánides 235 — A llá 38 4 , 39 0 , 3 9 7 -3 9 8 - nomos 4 14
Yaco 38 3 - Zeus 2 4 2 , 265, 3 2 5 , 396 Pitágoras, pitagóricos 3 7 3 , 391 , 399, 40O n.
en la literatura y la filosofía: en Hom ero 4 0 , 4 0 9 - A polo 252 - bíos 4 0 3 - 4 0 4
2 16 , 2 7 o — Himno a Deméter 2 13 , 2 6 7 - —sobre los dáimones 245 —silencio 4 0 3
268 —en Píndaro 397 —en Platón 4 4 1 —en el Timeo 4 3 2 | véase metempsicosis
en el arte: tem plo en Siracusa 3 4 4 — Pithoígia 3 18
relieve de Eleusis 38 1 Platea 26, 4 0 , 88, 18 4 (Hera), 280 η . 5 0 —
Perseo 175, 187, 19 2 , 2 13 η. l6 , 396 batalla de P, 86, 94, 1 5 4 - 1 5 5 , 1 7 4 ,
personificación 2 5 ° - 2 5 l 2 5 3 , 2 6 1 (veneración de los caídos) |
Pesinunte 242 véase Daidala
peste 1 0 3 , 10 7 , I I I , 1 1 5 y n. 4 5 , 19 7 , 19 9 , Platón 10 7 , 16 3 , 2 8 0 n. 50 , 2 9 4 , 3 1 1 - 3 3 2
2 0 4 , 2 5 4 , 2 9 0 , 3 16 , 3 3 3 , 3 5 3 n. 2 2, n. 2 6 , 3 3 3 - 3 3 4 , 3 3 7 , 3 4 6 n. 59,
3 5 6 , 4 17 3 4 9 , 3 5 9 , 3 6 3 , 3 6 5 , 3 9 8 , 4 0 7 , 4 12 ,
phallophóroi 14 4 4 17 , 4 Z9 — doctrina del alma 2 6 9 ,
pharmakós I 1 4 .1 1 7 , 345 n. 55, 3 5 3 3 9 8 , 4 0 0 - 4 0 2 , 4 2 5 - 4 2 9 - d e fin i­
Phéme 36 1 ción de piedad religiosa 9 2 _9 3 —
Pherréphatta véase Perséfone dem onología 2 4 3 , 2 4 5 “ 2 4 6 , 4 3 7 —
phialephóros 13 7 y n.7 sobre la locura II I , 15 2 , 38 8 —en las
philanthropos 36 4 Leyes 2 7 3 , 3 3 9 , 3 4 2 , 4 3 0 - 4 3 1 , 4 3 8 -
4 9 0 I n d ic e a n a l ít ic o

4 4 3 — sobre el m ito 3 4 6 — sobre el sacrificio de atunes 79 n . 4 (prim icias


orfism o 3 9 0 - 3 9 1. 3 9 4 - 3 9 5 . 3 9 6 -3 9 7 1 8 6 ) , de to ro s 18 7 , 3 5 3 . de cab allos
y n. 2 2 , 4 ° 2 — sobre cosmos 4 2 9 “ p o r ah o gam ien to 18 8 y n . 3 9 , de u n
4 3 6 . 4 3 9 — contra los poetas 3 2 9 — jo v e n p re c ip ita d o al m ar I 1 4 - I 1 5 —
contra el abuso del rito 16 1 taúroi 1 4 2 — mes P osid eó n 3 0 5 - 3 0 6
plegaria véase oración lugares: —A rcad ia 3 OO —Atenas 18 5 , 192 ,
Plinterias 10 9 , 13 2 , 3 0 6 , 3 0 8 n. 5 2 9 9 . 3 1 3 - C a l a u r i a 1 3 5 - 1 3 6 , 18 5 , 3 4 2
Plutarco I I , 13 , 15 8 n. 6 3, 2 2 3 , 3 ° 3 > 3 7 ° . — G n id o 3 0 0 — C o lo n o H ip io 18 7 —
392 C o rin to 14 6 — D e lfo s 3 ® ° — D élos
Pluto 14 9 , 2 15 . 3 83 3 0 0 — E feso 14 2 — Egas 18 6 — E leu sis
Plutón 2 7 1. 3 1 1 . 4 4 2 I véase Hades 2 9 4 , 3 0 0 , 3 8 2 — E sciro 3 1 0 — M ícale
Podalirio 289 3 0 0 , 3 4 2 - O n qu esto 18 7 , 3 0 0 , 3 4 2
Poliarces 378 — P ilo 6 4 , 66, 18 5 , 2 9 9 n . 5 0 — P o ti-
Polícrite 116 dea 18 5 —P osid on ia 18 5 — S u n io n 18 6
Polifem o 3 3 0 I véase cíclopes — T é n a r o 18 9 — T esalia 1 8 7 — T ilfu s a
politeísmo 26, 97, 16 3, 239. 2 9 3 -3 0 4 , 3 3 2 , 1 8 7 - 1 8 8 —T rezén 9 4
336 , 34 6 —m inoico-m icénico 67 re lac ió n co n otros dioses, h éro es y otros
pôloi 14 2 y n. 45 seres m ito ló g ic o s: A m ím o n e 18 8 —
polos 7 5 ,1 7 9 , 2 10 , 2 4 1 A n fít r ite 1 8 6 — A p o lo 3 0 0 — A r ió n
polypragmonem 36 3 9 0 , 18 7 , 3 0 0 - A ten ea 1 9 2 , 2 9 9 - 3 0 0
pompé véase procesión —Á yax L o c rio 18 7 — C en eo 3 4 7 n . 4 —
P osidón 17 5 , 17 7 , 18 4 - 18 9 , 2 9 6 , 3 5 1 - D e m é te r 9 0 , 18 8 , 2 l 8 , 2 9 8 , 3OO —
nom bre de raíz indoeuropea 26 , 18 4 E o lo y B eo to 18 5 — Erecteo 1 3 2 , 16 4 ,
(¿Esposo de la T ie rra ? 18 5 , 188) —sin 18 5 , 2 4 9 , 2 54 - 2 7 4 , 3 0 0 — Erinys 1 8 7 -
tem plos, durante m ucho tiem po 61, 18 8 — E tra 1 3 6 — E u m o lp o 1 8 5 —
12 3 —en las tablillas micénicas 6 3 -6 4 , H ad es 1 8 5 — P o life m o 3 1 0 — T eseo
18 5 — Posidaewes, -daeja 64, 67 — re la ­ 1 3 6 - Zeus 18 5
cionado con el toro y el caballo 9 1 . en la lite ra tu ra y la filo s o fía : — en
16 9 , 18 7 - 18 8 , 299 (m etam orfoseado H o m e ro 6 4 , I 1 8 n . 8, 1 8 5 - 1 8 7 , 18 9 ,
en caballo 9 0 ) — encarnación de la 2 0 1, 2 4 2 , 252
fuerza elem ental 18 9 —señor del mar en el arte: P o sid ó n de A rte m is io n 125 _
18 5 , de las profundidades 18 8 y de los tem plo de S u n io n 18 6
pescadores 18 6 —arm ado de tridente pótnia 6 4 - 6 5 , 6 7, 7 3 , 2 2 6 n . 7 —pótnia therón
17 4 . 18 6 — representado con u n pez 60 n. 4 8 , 2 0 2 , 2 0 4 n. 22 | véas
16 9 —comparable al sumerio Enki 188 S e ñ o r/a de los anim ales
—pugna con Atenea p o r al Atica 19 2 — Pratólaos 3 7 5
dios del juram ento 3 3 5 —reinterpre- Praxidíkai 14 3
tado por los filósofos 4*5 Praxiérgidas 1 3 2 , 1 3 3 n · IO > 3 ° 8
epítetos y advocaciones: —aspháleios 14 9 — p recip itación / arro jar al m ar com o u n p h a r-
de cabello oscuro 16 8 —Helikónios 3 0 0 makós I 1 4 - 1 1 6 —In o Leucótea 18 2 , 233

— Hippios (Caballo) 18 7 - 1 8 8 , 2 9 9 — — los p iratas que cap tu ran a D io n iso


Petraíos 18 7 — que agita la tierra 18 7 — 224 — el cuchillo tras el sacrificio 3 1 I
Sotér 18 6 —Taúreos 187 Prétidas I I I , 112 n. 6 0 , 3 0 2
culto: — consagración de una virgen 13 5 P ríap o 9 3 , 3 6 9 n . I I
— Eleusinias 2 9 4 — Esciraa 3 0 9 —Halda p ro c e sió n (pompé) 18 , 1 3 6 - 1 3 9 , 1 7 2 n . 7,
2 9 4 . 3 52 — ju egos Istm icos 14 6 — 3 2 1 , 3 4 9 . 3 5 3 — co n im ágenes de d io ­
ofrendas y sacrificios en Pilo 66 — ses e n el P ró x im o O rie n te 1 2 7 _ en
ÍNDICE ANALÍTICO 4 SI

época m in o ic o -m ic é n ic a 4 2 , 4 7 »4 9 » 70 η . 17, 9 1 n . 93
5 3» 5 5 ’ 5 7 ' 5 9 » 6 6 — acom pañad as de psyché véase alma
can tos 1 4 1 — aco m p añ an d o a s a c r ifi­ Ptoo ig i n. 8, 16 0
cios 7 9 - 8 0 , 1 4 1 , 2 7 1 . 3 °7 > 3 1 2 . 3 5 3 - purificación 84, 86, 92, IO 5-I17, 30 7, 3 10 ,
3 6 7 , 4 3 9 — apopompé p ara alejarse de la 324» 3 6 0 , 4 0 1 , 4 0 3 — en el m undo
ciudad 3 1 0 — con u n a balsa 3 0 7 — con m icénico 66 — de una thálos 49 — de
rac im o s de uva 3 1 6 — e n carro s 3 1 9 — una imagen 18 3 —de una diosa 18 4 —
co n falo s 7 6 , 144» 2 2 1 y n . 1 6 , 225» de u n santuario 30 7 —en los misterios
34 3 » 3 8 6 , 3 9 7 — co n fig u ras de de Andania 2 J I — Ά través de la música
m ad e ra (daídala) 1 4 9 — co n m áscaras I I I — p o r el aire 3 8 0 — p o r el fuego
14 2 — de la « r e in a » 3 2 0 — de los d io ­ 49, 1 0 6 , 1 0 8 - 1 0 9 , n 3» I 46, 3 2 2 , 3 8 1
ses 2 3 0 — de fieras, acom pañan do a la —con sacrificios 49 —con sangre 112 -
Meter 242 — de h e rre ro s 294 — de las 114 (criticada p o r H eráclito 4 1 0 ) —
Panateneas 1 2 7 » τ 3 7 ι 3 1 2 — de la sacer­ como requisito de una fiesta 108 — de
d o tisa de H e ra 1 8 3 — de los efeb os Délos 273 —en Eleusis 3 8 0 -3 8 1 —tras
IO 9 -IIO — de lim osn eros (agermós) 1 3 3 , una guerra 10 7, I13-II4» 271» 3*6 —
J3 9 — en h o n o r de A p o lo 3 1 5 — de p o r u n pharmakós I 14 - I 17 — p o r un
D io n iso 2 4 2 , 41 ° (véase « c o n fa lo s» ) h om icidio (Orestes) 112 , 200, 3 10 —
— de P osid ón 2 9 4 » 3 5 3 — en las Esciras de la locura 1 0 6 - 10 7 , III — del alma
3 0 9 — en los m isterios de A n d an ia 371 4 0 4 — de Pitágoras 373 —ju ram en to
— navales 2 2 0 , 2 2 4 ~~ para llevar a 3 3 6 - 3 3 8 —mitos sobre p. 107, 10 9 —
Palas al m ar 19 0 , 3 0 8 n. 5 —para lle ­ A p o lo 199-2OO, 333, 3 5 9 - D io n is o
var la ropa a lavar 3 0 8 — de p u rifica ­ 388 —Hefesto 226 —Paidon 65 —fiestas
ción 12 7 —de súplica (hikesía) 10 2 , 12 3 « im p u ra s» 109, 112 — criticadas p o r
— en las que se entra en éxtasis 1 5 1 n . 8 Platón 395 I véase muerte, nacimiento
— n o c tu rn a s, co n an to rch as 87 — en Pylakos 2 8 O
rito s fu n e ra r io s IOO — a E le u sis 10 3 , pyrá 89
13 7 , 14 4 , 3 10 , 3 8 1- 3 8 2 , 3 9 0 - e n las pyr(o)phóros 13 7 y n. 7
T e sm o fo ria s 3 2 4 — P or el m o n te 387 pyrrhiche 14 1
—Pompé p erso n ificad a, en el cortejo de queso 66 y n. 35, 114 , 14 7, 2 0 5 , 349, 3 5 6
D io n iso 25 o Q uirón 2 9 °
Pródico 4 12 , 4 15 - 4 17 Radamantis 175» 2 6 8 , 3 3 8 , 39 8
Prom eteo 8 1, 18 3 n. 4 6 , 2 12 , 2 3 2 y n. 2 0 , rayo 28, 4 0 n. 26, 55 , 1 25 » 1 4 7 » 1 4 9 » 1 5 3 »
254» 364» 374 (Gabiro) 16 9 - 1 7 0 , 1 7 2 - 1 7 4 , 18 2 , 18 9 , 2 2 3 ,
Prométhia 2 3 2 y n. 2 0 2 3 5 , 2 5 2 , 2 5 4 » 268 , 2 7 2 , 2 9 0 , 2 9 8 ,
prónoia 4 22 336, 3 7 8 , 3 9 2 , 3 9 6 , 4 0 3 , 407» 4 1 0 ,
prophetés 15 3 y n. 19 4 15 - 4 16
própoloi 2 34 Rea (Rheíe) 17 3 , 2 4 2 , 3 12 , 396
prosomileírt toîs theoîs 4 4 3 Regio, leyenda de fundación lió n. 87
p ro stitu ció n sagrada 14 8 , 2 0 6 retra véase Licurgo
Protágoras 3 3 7 , 3 6 5 , 4 12 -4 15 » 4 17 - 4 18 , rey 7 2 ~7 3 » 7 6 , 78, 1 0 0 - 1 0 2 , I16 y n . 8 1,
424» 4 3 3 1 2 2 , 16 6 , 17 7 , 3 0 7 , 3 1 0 , 3 13 , 3 2 2 -
protéleia 2 0 4 , 299 323» 3 3 4 » 3 4 0 , 3 4 3 - H eracles
Proteo 2 3 3 m odelo de realeza 2 8 5 - 2 8 6 —M inos
próthesis 2 5 9 _2 6 o 37, 2 6 5 —Zeus 173» —Posidón 18 5 —
psaistá 95 soberanía procedente de los dioses 177
P s ijr o , cueva de 37 _3 8 , 5 2 , 59 n- 2 7 » 60, —m in o ico -m icén ico 4 1 y n. 37, 4 8 ,
4 9 ? ÍNDICE ANALÍTICO

5 5 - 5 6 y n. 4 8 , 6 l, 67, 19 0 - en A te ­ 79, g i, 2 0 6 y n. 7, 2 0 8 n. 18 - p es­


nas 14 8 -14 9 , 18 5, 19 4 , 2 2 2 , 238» 3 ° 9 cado 7g (atunes 79 n - 4) _ toros 53.
—en Esparta H O , 13 2 , 197 n · 2 3 . 285, 66 (m undo m icénico), 79 ~ 8 o , 84,
3 4 3 — tiranos sicilianos 133> 3 4 4 — 8 8 -8 9 , 13 2 , 17 3, 18 7, 2 2 1, 2 2 4 , 2 42,
«reyes de las abejas» (essênes) 1 3 4 — 2 9 9 . 3 10 , 3 3 8 , 3 4 8 . 3 5 3 . 3 7 2 , 3 7 4 .
m uerte y sepultura de reyes 2 5 8 - 2 5 9 · 3 8 3 (interpretación por historiadores
3 10 , 3 13 de las religiones 3 11, por ahogamiento
rito 8, 15 , 2 7, 28 n. 2 2 , 3 7 . 7 7 “ 7 8 . 89, 188) -v a c a s 20 , 27, 37, 3 9 . 53 n - 2 7 ,
1 0 2 , 1 0 6 - 1 0 7 , 10 9 , 1 1 3 , 16 4 I véase 74, 7 g -8 o , 85, g 4 - 9 5 . 1 3 2 , 1 3 8 , 1 4 6 ,
mitos: y ritos 16 4 , 18 4 , ig 4 , 2 6 1, 2 7 0 - 2 7 1 , 2 8 3 ,
Sabazio 2 4 2 y n. 33 2 9 9 , 3 1 2 - 3 1 3 . 3 4 3 . 35 ° (en los fu ne­
sacerdote, sacerdotisa 27* 3 4 . 5 2 , 6 5, 8 3, rales de Patroclo 2 6 0 - 2 6 1 , preñada
10 3 , 1 0 7 - 1 0 8 , I I I , 1 3 1 - 1 3 6 I véase hié- 353 — un s. hum ano I 1 4 - I 1 5 . 3X5 _
reia, hiereús suovetaurilia 66 —animales excluidos del
sacrificio 79~92 — agua cerca de los altares s. 2 0 I véase hecatombe
7 9 - 8 0 , 8 3, 1 2 1 , 2 3 7 (en sacrificios destinatarios: —A po lo 2 7 3 > 3 ^ 0 —A res
p o r ahogam iento), 3 3 9 i para que la 2 2 9 —Á rtem is, señora de los s. 2 0 5
víctima «con sien ta» el s. 80 — calen­ (s. con sangre hum ana 84) —A tenea
darios de s. 3 0 5 — con fuego 2 4 . 5 1 . g 4 >1 3 8 -D e m é te r II3, 3 2 3 . 3 2 5 . 352
7 0 , 76, 8 0 - 8 1, 8 5 -8 9 , 9 3, 1 2 1 , 12 3 . n. 7 — D ion iso 79 n · 2 — Febe 2 8 8 ,
14 6 , 15 4 , 17 8 , 2 5 3 . 2 6 1, 2 6 9 , 2 7 0 , 3 4 9 — Hades 86 — Hécate 7 9 . 377 —
3 4 0 — de evocación de almas 85 — H era g o , 18 1 — H erm es 79 η · 2, 9 1 .
fiestas sacrificiales 89, 10 2 n. 6, 10 9 , 378 —H erm ione 2 1 —los héroes 2 3 9
1 3 2 , 18 0 , 18 5 , 2 9 4 , 3 3 1 — fu n erario η . I , 2 9 4 “ Perséfone 79 η · I. 8 5,
8 5, a los m uertos 4 9 · 2 6 0 , 3 5 9 ~ 3 6 o 3 2 4 - 3 2 5 . 353 n. 18 , 3 8 0 - Posidón
—j u n t o a f u e n t e s 2 3 7 . 3 5 4 ( e n e s p e ­ 66, 79 n. 4 , 1 8 7 - 1 8 8 y n, 39 , 3 0 0 ,
c i a l , h u n d i m i e n t o d e a n i m a l e s e n e lla s 3 53 — S irio 2 3 8 — a los D oce Dioses
9 3 n . 5. 1 8 8 o sacrificio s p o r a h o g a- 212 ,358
m i e n t o 2 l 6 ) —j u r a m e n t o s 84-85, IO I lugares: — Atenas 2 1, 2 18 , 3 2 3 . 3 25 —
n . 6 0 , 3 3 4 - 3 3 6 — oracio n es 2 6 , 8 0 , Çatal Hüyük 19 , 5 4 . 9 1 . 12 8 —Delfos
8 3, 8 5, 1 0 2 , 1 1 3 . 3 4 6 , 352 - 353 . 10 2 n. 6, 11 2 , 273 — Delos 3 0 0 —
4 3 9 - 4 4 0 —piedras en círculo para un Eleusis 1 1 3 , 3 5 2 n. 7 — O lim pia 1 47 .
s. 2 1, 2 7 1 —s- prelim inar en una boda 177. 3 4 3 —Pilo 66 —Samotracia 277
3 5 0 n. 3 3 —participación de los efe- Safo 87, 117 n. 3, 16 9 , 18 1, 2 0 g - 2 I 0 y n.
bos 3 5 2 , 38 3 —procesión 7 9 -8 0 , 14 1, 3 3 . 2 3 9 . 2 5 3 . 370
271. 307, 312, 353 .
4 3 9 - e n los
367. salaminios (salamínioi) 3 4 1
funerales de Patroclo 2 6 1 — tras una Salmoneo 252
guerra 2 0 5 , 2 2 9 , 2 5 4 " 2 5 5 . 3 4 3 “ Samos 76 —heládica 2 3 —H era/H eraíon 7 5 .
cuchillo arrojado al mar tras el s. 3 1 1 n g , 12 2 ,12 4 .1 2 6 - 12 7 .13 0 ,14 9 ,17 9
anim ales 7 9 - 8 0 , 8 3 , IO I, I I 3 , 1 2 1 , 1 2 7 , y n. 4 , 18 0 , 1 8 2 - 1 8 3 y n. 53 y 54 ,
13 3 . 15 4 . 3 10 , 3 4 1. 3 5 7 -ca b a llo s 49, 2 9 7 - 2 9 8 , 3 4 6 n. 6 l —nom bre 18 2 —
8 5, 2 6 0 (ahogados 18 8 y n n . 3 9 “ 4 ° ) colecta 14 0
— una cabra 5 3 — carneros y machos Sam otracia, m isterios de 2 8 7 , 3 5 5 . 36 9 .
cabríos 9 1, 37 8 — cerdos 2 0 - 2 1 , 79. 3 7 0 . 3 7 3 . 3 7 5 -3 7 7 y 40, 378- 379.
9 3, I I 2 - I I 3 . 2 18 , 2 6 1, 3 2 3 - 3 2 5 . 38 0 38 4 , 4 0 1, 4I8
— gallos 79 n · 2 , 3 5 3 n · 18 —ganado sangre — en ritos m icénicos 53 ~~ fa lt a r de
g o — un p erro 288 , 3 4 9 _ palomas sangre» en Beycesultan 53 n * 26, sin
ÍNDICE ANALÍTICO 493

sangre 95 —beber s. en un oráculo 158 69, 19 0 —en Cnoso 4 5 , en G u rn ia y


n. 6 1 — «carn iceras» con rostros otros centros micénicos 4 4 , 47 —en la
untados de s. 32 7 ~~ de los efebos en la égida 19 1 — en la kiste de los m isterios
fiesta de O rtia 2 0 5 —daímones sedientos 36 8 — m iedo a las s. 4 5 , 2 6 3 , 3 6 8 —
de s. 4 37 —sphágia en el campo de bata­ Pitón 14 6 , 1 9 9 - 2 0 0 — en el culto de
lla 3 5 5 — la granada como « sacra­ los muertos 2 6 4 (recipientes con ser­
m ento de sangre» 2 17 · 3 2 7 - en un pientes 44, 61, 69) —relacionadas con
bóthros 2 7 0 —en las Tesmoforias 327 — los héroes 4 4, 279 —muertos apareci­
en pueblos balcánicos actuales 4 5 ~ dos com o una s. 2 6 3 - 2 6 4 —sím bolo
juram ento en un sacrificio con s. 8 4 - del m undo de los m uertos 4 4 _
85, IO I n. 60, 3 3 4 _336 — purificación matada por H eracles 2 8 2 — re la c io ­
con s. 1 1 2 - 1 1 4 (criticada por Heráclito nada con Asclepio 289 —AgathdsDaímon
4 10 ) —relación del vino con la s. 2 22 , 2 4 4 —Meilíchios en form a de s. 16 4 , 2 7 *
3 19 —sacrificios con s. 79~85> 9 1—92, — Zeus m etam orfoseado en s. para
95, 99, 1 0 1 , 10 6 , 10 8 , 12 8 , 3 2 0 violar a Perséfone 398 —Tifeo 17 4
(humana 84, 2 0 5 ) —vertida sobre una Sibilas 1 6 0 - 16 1
fuente 3 5 4 · sobre una tumba 8 4 -8 5 , Siete Sabios 2 0 1, 36 4
2 6 1- 2 6 3 , 3 3 1, 3 3 9 - 3 4 0 —bebida por silencio 7 8 , 8 0 , I O O , 1 0 2 , 1 4 5 , 2 6 4 , 3 5 4 ,
los muertos 26 3 —s. y fuego en un rito 363, 397- 4 0 3, 429
del Ida 373 _ relación con Artem is Sileno 1 4 3 , 2 2 5 η · 4 2
2 0 5 —contaminación de fiestas p or su simposio 9 8 , 2 7 7 , 3 8 4 , 3 9 6
derramam iento 3 17 —venganza por la Sinties 2 2 6
s. derram ada 2 4 5 — contam inación Sísifo 2 6 6 - 2 6 7
original p or derram am iento de s. en skené 14 7, 3 2 5 n · 2 0
Empédocles 399 skiás 3 1 4
sátiros 92 n. 95, 14 1, 1 4 3 - 1 4 4 , 2 2 4 - 2 2 5 y skílla véase cebolla albarrana
n. 4 2 , 2 3 4 - 2 3 5 . 2 5 0 , 3 0 3 , 3 2 0 - 3 2 1, skíros 3 1 0
3 4 5 1 377 n · 4 5. 386 —drama satírico Sócrates 1 5 9 , 2 0 1 , 3 6 3 n. 6 1 , 4 0 7 , 4 2 4 -
92 y n. 95, 14 3 , 2 2 1 n. 18 , 2 2 4 - 2 2 5 , 426, 4 3 2 —en Aristófanes 4 1 8 — cu i­
3 3 0 n. 13 , 386 dado del alma 4 26 — daímon 2 4 6 —
sauzgatillo (agnus castus «cordero casto») 18 3 devoción 9 2 , I 0 4 y η. 1 8 , 2 3 8 —acu­
sébassébein 27, 359 , 36 2 y η. 50 sación y proceso 3 6 5 , 4 1 9
sekós 2 7 ° n · 7 Sófocles 2 7 , IO O, 2 8 0 , 2 8 9 , 3 8 4 , 4 2 1
sema 2 6 1-2 6 2 Sol véase H elio
Sémele 16 5, 17 2 , 18 2 , 2 2 0 , 2 2 3 , 3 ° 2 , 36 1, S olón 7 9 n. 6 , 2 3 7 , 3 0 5 , 3 8 0 , 3 8 3 , 4 0 6 -
393 η. 2 5 , 3 9 4 n. 4 culto de los muertos 2 6 1 , 2 6 3 —ju sti­
semnaí235- 36 3 cia de Zeus 3 3 3 — contra los poetas
semnón 359 , 36 3 329
Señor/a de los anim ales 37 n. 5, 57 Y n · 8, sotér 1 8 6 , 2 8 8
6 0 -6 1, 16 4 , 169, 2 0 2 , 2 3 3 I véasepótnia spéndein 2 7 - 5 2 , 9 8 y nn. 3 4 y 3 5 , 2 7 2 -
themn spondé 2 7 , 9 8 - I O O , 2 7 0 , 3 3 4 , 3 5 5 I
Señora del laberinto 35, 64 véase libación
serpiente — culto 9 0 — caduceo (ketykeíon) , sphágia 8 4 , 9 9 , 113 - 1 1 4 , 1 5 4 , 3 5 5
con dos s. 16 9 , 2 14 —guardianas de la splanchna 8 0 - 8 1 , 8 3 , 9 2 , 3 3 6 , 3 4 0
casa en el m undo m inoico-m icénico staphylodrómoi 315 Y n · EO
44, 72 (y posterior 177) ~ diosas de las stibás 1 47 y n · 79
s- 3 4 , 4 3 - 4 4 , δ* n. 15 , 5 8 -6 0 , 67, stróphion 1 3 4
494 ÍNDICE ANALÍTICO

sueño 15 3 y n. 2 5, 156 η. 4 0 y 4 3 , 15 7 -15 8 . 2 2 9 -2 3 1, 2 37. 248, 2 5 0 -2 5 I’ 2 5 3 .


2 0 9 , 2 2 1, 2 5 5 . 2 6 4 , 2 8 7 , 2 9 0 , 3 0 2 , 2 5 5 , 2 7 0 - 2 7 3 > 2 8 4 ,2 8 8 - 2 8 9 , 2 9 4 -
34 6 , 356 , 4 0 0 , 4 16 , 4 37 3 0 1 , 3 0 3 , 3 1 0 , 3 1 2 - 3 1 3 - 3 15 ’ 3 2 3 -
Sura (oráculo) 156 329, 332 , 337. 340, 3 4 4 - 3 4 5 - 3 47-
símbolos 15 3 n. 2 3 —symbola 4 0 2 3 4 8 , 3 5 1. 3 5 5 - 3 6 0 , 3 6 2 - 3 6 3 - 36 7.
synoíkia 3 I 2 - 3 Ï 3 3 7 0 , 3 7 2 , 374- 376 , 3 8 0 , 3 8 2 , 4 0 2 ,
sÿnthema 3 8 0 - 3 8 1 4 11 , 4 39 - 4 4 1 — m in o ico-m icén ico s
Taletas I I n. 50 3 9 - 4 0 , 4 2 - 4 3 4 5-4 9 - 65 - continui­
Tántalo 267 dad 6 5, 68, 7 0 - 7 5 — dioses sin tem ­
tapeinós 36 3 plos, durante mucho tiempo 6 l, 12 3 ~
Tarento 1 4 5 · 2 7 5 > 3 X4 n. 6 — leyenda de máximas en el templo de Delfos 2 0 1 —
fundación I17 n. 88 —pitagóricos 399 t. com o «casa del fu eg o » 12 4 - 1 3 o >
Targelias I14 - I 16 , 14 0 , 3 0 6 , 3 5 3 18 4 —tipo «casa con h ogar» en Greta
Tártaro I 7 4 > 267, 2 99 86, 12 4 —niños al servicio del templo
Taulónidas 13 2 , 1 3 3 n · 10 10 9 —siervos 10 8 | véase tumba-templo
taûroi 14 2 y n. 4 5 ’ 18 7 n. 28 a diversos dioses: — A p o lo 86 (Lykios),
Teano 13 3 1 2 4 , 19 6 , 2 9 5 , 2 9 7 , 3 42 - A res en el
Tebas 88, 125 , 135 , 13 8 , 14 1, 14 8 , 2 7 5 -2 7 6 , A gora de Atenas 2 29 (Marsultor 229) —
2 9 8 , 3 4 3 ’ 3 78 (Sam otracia) —m icé­ Ares y A frodita 298 y n. 4 1 - Artem is
nica 3 1 - 3 2 , 3 5 . 49 n. 2, 62, 63 n. 2, 71, 18 7 n. 3 3 , 2 9 4 - 3 0 0 , 4 11 - Atenea
9 y IO , 6 4 -6 5 , 69, 73 —D ioniso 2 2 3 , 117 , 1 2 4 , 19 0 y n. 10 , 3 13 , 3 4 4 , Par-
225 — Cabiros/ifabinon 373~ 374 — tenón 1 7 0 , 1 9 4 - 3 4 4 — A tenea y
leyenda de fundación, 2 2 9 , 2 8 7 — Hefesto (Hefesteion) 2 2 7 - 297~298 —
M éter 2 4 1 — Siete contra Tebas 84, D em éter 12 3 n · 5 8 , 133 — H era
18 7 -18 8 , 275 —Tesmoforias 32 7 I véase (H ereo, Heraxon) 2 3 , 86, 12 0 , 1 2 3 n.
A lcidas, A lcm ena, A n fió n , A p o lo 58 , 124 n. 6, 1 4 3 , 17 9 , 2 9 4 - Ilitia
(Isménios), Daphnephoría, D ioniso (Kád - 3 15 — Perséfone 3 4 4 — Posidón 18 6 ,
meios) 2 9 4 - Zeus 12 6 , 177
téleia hiera 3 3 6 n. 21 T én aro (oráculo de los m uertos) 18 9 y n.
teleín 13 6 , 36 7, 38 7 - teleté3 2 4 . 3 2 8 , 3 5 3 n . 44
17 ’ 3 6 7 ’ 3 6 8 n . 3 , 36 9 n . I I , 3 7 3 , Teoclím eno 15 3
3 8 7 -3 8 8 y n . 17, 39 0 n . 5, 39 2 , 398, teofóricos, nombres 1 2 - 1 3 , 195- 2 0 2 , 2 3 1 y
402 n. 19
Telis 3 2 8 , 37 3 Tera 29 n. 29, 3 1 n. I I , 35 n. 3 0 , 59 n. 35,
Telmeso (oráculo) 15 6 , 16 0 , 196 2 78 n. 35 - Carneas 3 1 4 - 3 1 5 -
Telquines 235 «d onación de T era» 95
témenos 7 3 , I 1 7 - 1 2 1 , 1 2 2 , 125 n - 7 3 ’ x3 ° . Terapne 287, 3 49
1 3 2 , 1 5 9 ’ 17 2 , 18 0 n. 18 a, 18 5 , 19 5 , Term o, Thermós (templo de A polo) 1 2 4 - 19 6,
2 37 y n. 4 ’ 2 9 4 - 2 9 5 ’ 3 0 0 , 3 6 0 , 376 342
n. 3 1 Teseo 13 6 , 14 1, 14 9, 15 7 n. 54, 18 5 , 2 0 4 ,
Ternis 2 5 0 , 2 9 4 ’ 3 5 6 ’ 3 9 3 ’ 4 4 i 222- 264, 280 , 28 3, 287, 3 11- 3 13 , 316
Tempe 18 7, 2 0 0 n. 22, 35 ° —Teseón 279 —tumba 279
tem plo 12 , 2 0 , 3 3 - y rito 8 5 -8 6 , 89, 91, Tesmoforias 2 1, 1 44 . ! 4 7 y n . 80, 2 18 , 3 0 6 ,
9 3-9 6 117 - 12 0 , 122- 135’ 1 3 8 - 1 4 ° ’ 3 0 8 n. 10 , 3 0 9 n. 18 , 3 2 3 - 3 2 8 , 3 3 5 ,
1 4 8 ,15 6 ,1 5 8 - 15 9 ,16 4 .17 0 ,17 2 ,1 7 7 ’ 3 4 4 -3 5 2 , 353 n. 18 , 368, 3 8 1 n. IO
17 9 , 18 1, 18 3 - 1 8 7 , 19 0 , 1 9 4 - 19 6 , Tetis 16 6 , 17 0 , 17 4 , 2 2 3 , 2 2 8 , 2 3 3 — Sepias
19 9 -2 0 0 , 2 0 2 , 2 0 6 -2 0 7 , 209, 227, 233
ÍNDICE ANALÍTICO
495

Thaljsía 94,, 3 5 3 y n. 14 I véaseJápeto


theiasmós 36 2 n. 47 Tithenídia 44-1 n. 33
theíon 4 0 8 Toante 116
theodaísia 14 7 n · 82 toros —altares de cuernos 91 —asociados con
theogdmia 149 Zeus y Posidón 91, 13 2 , 14 2 , 169, 18 5,
theologia 17 1, 3 3 0 n. II, 4 0 6 , 4 15 187 y con Dioniso 169 (invocado como
theoprópos 15 3 toro y representado con cuernos 9 0 ,
theoroí ¡ y 6 18 1) —cráneos 53 usados como másca­
theós 26 , 15 3 y n - 18 , 2 4 6 n · 2 1, 2 4 7 , 3 6 0 - ras 74, 91, 14 2 —cuernos y representa­
3 6 2 - theoi'15, 234-. 2 4 3 - 2 4 4 , 3 7 7 - ciones de caza y sacrificios en Çatal
theo'i héroes 2 77 n · 24 — theoi homógnioi Hüyük 19 , 5 4 » 9 1 ) — «cuernos de
340 n. 10 I véase dios, dioses consagración» 54 —dios-toro anatolio
theoudés 362 9 0 -9 1 —en las laminillas de oro 3 9 3 —
theoxénia I4 7 _I48 figuritas 51, 76, 12 9 , 374 —recipiente
therapeúein, therapeía 36 3 y n. 60 en form a de cabeza en Eutresis 2 2 —
thesaurós 48, 95, 13 3 , 2 15 relación con Creta 3 0 , 3 5 , 49, 5 4 - 5 5
thesmophoriézein 32 5 —rito de expulsión de u n toro I l6 —
thesmós 18 4 , 3 2 6 y n. 25 sacrificio 53» 66 (m undo m icénico),
thésphaton 15 3 7 9 - 8 0 , 84, 8 8 -8 9 , * 3 2 , 17 3 , 18 7 ,
thespiodós 15 3 n · 19 , 158 2 2 1, 2 2 4 * 2 4 3 » 2 9 9 » 3 10 - 3 3 δ, 3 4 δ,
thnetós 272 35 3- 37 ^ , 3 7 4 , 3 8 3 (interpretación
thólos 2 7 0 , 2 9 0 n. II por historiadores de las religiones 3 1 1 )
threskefa 36 3 —p o r ahogamiento 18 8 —saltos sobre
thríambos 2 2 0 el toro 3 0 , 57 —Zeus metamorfoseado
thyein 87, 270 en toro 90 , 175 —rí ° Aqueloo re p re ­
thyids 2 25 sentado como u n toro 2 3 7 —domado
thymiatérion 87 y n. 66 por Teseo 28 3 | véase tauroi
thyoskáos 87 n. 64, 15 4 n · 3 ° totemismo 8, 90
thyrsophoreîn 389 n. 24 tragedia IO , 8 2, 92 y n. 95, I I I , 14 1, 14 5 ,
thysía 87 n. 64, 99 n. 4 3 , 10 2 2 2 1, 2 4 5 , 3 8 6 , 4 19 , 4 2 2 - origen 8,
Tíades 2 3 4 , 3 0 3 , 386 14 1 — Tragodía (person.) 2 5 °
tíaso (thíasos) 2 2 4 , 2 3 4 n · 5> 2 35 , 3 ° i —dio- transmigración véase alma: en la filosofía
nisíaco 3 8 6 -3 8 8 trápeza 95 J n ·
Ticio 19 9, 267 triakds 262 n. 38
T ierra véase Gaia trípode 12 9 n - 9^, 15 9 , 198, 2 2 8 , 30 3
T ifeo, T ifó n 16 8 , 174 y n · 2 1, 18 3 T riptólem o 9 4 » 3^ 5 — <<:leyes de T rip to ­
Tilfusa 18 7, 3 0 0 lem o» 4 0 1
Tindáridas 175 , 2 8 6 -2 8 7 | véase Dioscuros Trisheros 6 3 , 274 n · 2
Tiresias 15 3 , 15 8 , 4 24 frita 262 n. 38
T irin te 28, 3 1 - 3 2 y n. 18 , 4 3 , 4 7 > ^2 n. 2, T ritón 186
72, tríttoia 94
119 , 12 6 , 18 2 , 2 2 3 , 3 0 2 - templo
de H era 1 4 3 , ^79 T ro fo n io 277 — culto I18 — oráculo 157 I
tirso 2 2 3 - 2 2 5 , 386 véase Zeus Trophónios
Tisám eno 155 tron o , figuras en 1 9 - 2 0 , 34 "3 5 » 3& n - *8,
Titanes 9 0 -9 1, 235 Y n - 19 , 2 36 , 154 , 267, 56, 58 , 59 n. 39 , 17 0 , 17 3 , 177, 17 9 ,
2 7 0 , 2 9 9 - y D ioniso 3 9 6 - 3 9 7 , 4 0 2 2 17 n . 2 2 , 2 3 5 , 2 4 1, 2 6 5 , 2 7 1, 2 8 9 ,
—lucha contra los dioses 28, 16 8 , 17 3 383
496 ÍNDICE ANALÍTICO

trópaion 17 4 , 35 5 y n. 45 los vasos leneos 3 2 1 | véase Antesterias,


Troya (G uerra de Troya) 2 1 y n. 2 5 . 2 5 . 3 2 . Dioniso, Icario, libación, spéndo
55, 12 3 , 12 5 . 16 5 -16 6 , 177 , 18 0 , 18 9 - vírgenes, virginidad, 18 2 , 3 0 1, 3 0 9 —diosas
19 0 , 2 0 8 , 2 5 4 , 2 5 8 , 2 6 8 , 2 76 , 2 8 3 , v. 98, 13 9 , 19 0 , 19 4 , 2 0 3 , 2 0 4 - 2 0 5 ,
3OO, 3 16 , 3 3 4 , 2 5 8 - caballo de 2 16 , 2 2 3 , 2 3 0 - 2 3 1 , 2 4 8 , 2 5 0 , 267 η.
Troya I16 n. 80 2 9 , 2 9 4 . 296 —Hyakinthídes 355 —tum ­
tum ba-tem plo 4 8, 272 bas de las «Vírgenes H iperbóreas» 71.
tycha theôn 3 5 1 —Tyche 2 5 1 . 3 5 1 . 356 19 8 , 2 7 3 , 275 - V. en el culto 79, 9 1
U rano véase Ouranós n. 9 4 , 1 0 8 - 1 0 9 , 1 3 4 - 1 3 6 , 1 3 8 - 1 3 9 .
uva 9 3, 2 2 0 , 3 15 - 3 16 y n. 22 1 4 0 - 1 4 2 , 16 4 , 18 1, 2 5 0 , 2 5 2 , 3 0 0 ,
vacas — cabezas, en un disfraz 1 4 2 — de 3 2 4 y n. 6 y 7, 3 3 1 , 3 4 4 , 3 5 0 , 3 7 1,
Augías 2 8 2 —de G erió n 2 8 2 — dioses 389 y n. 24. 4 4 2 —sacrificio d ev. 84,
imaginados como vacas 4 0 9 —relacio­ 116 , 119 y n. 28, 2 0 5 , 2 17 , 3 0 1 - e s t a ­
nadas con H era 90 , 179 , 18 1 —lo l 7 5 > tus de v. 3 5 0
1 8 2 - 1 8 3 , 18 4 — Prétidas convertidas voto 2 7. 8 0 , 9 5 -9 7 , 99, 1 0 3 - 1 0 4 , 116 n.
en vacas 18 2 — regaladas en ritos de 87, 18 6 - 18 7 , 2 3 9 . 2 4 3 . 3 5 2 , 3 5 4 -
hom osexualidad 3 47 — robadas p o r 3 5 5 . 367, 38 5
H erm es 2 12 — sacrificio 2 0 , 2 7 . 3 7 > wánax véase ánax
39 , 53 n. 2 7 . 7 4 . 7 9 -8 0 , 85, 9 4 - 9 5 . xóanon 12 5 - 1 2 7 y n. 89, 19 4 , 2 2 5 , 2 5 2 , 3 12
1 3 2 , 13 8 , 14 6 , 16 4 , 18 4 , 19 4 , 2 6 1, Yaco 10 3 , 3 6 1, 3 8 1- 3 8 3 . 39 0
2 7 0 -2 7 1. 28 3, 2 9 9 , 3 12 - 3 13 . 3 4 3 - Yambe I 4 4 > 382
3 5 0 (en los funerales de Patroclo yambo (iambos) 14 4 , 326
2 6 0 - 2 6 1, preñada 3 5 3 . suovetaurilia 66) Yasión 35, 14 9 , 298, 378 y n. 48
— sagradas de H elio 2 8 2 , 2 3 8 | véase Yóbacos (Ióbakchoi) 225 n · 45
boukólion, hecatombe Yodam a 2 5 4 . 274
vegetariana, dieta 14 6 , 37 2 , 396 , 4 OI- 4 ° 2 Zagreo 372
viento 10 9 , 18 6 , 2 15 , 2 3 7 - 2 3 8 , 3 3 4 n . 8, Zeto 175, 287
3 5 3 - 3 5 4 . 399 . 4 0 7 . 4 2 2 - sacerdo­ Zeus 1 7 1 - 17 8 —nom bre indoeuropeo 1 7 1 —
tisa de los Vientos 63, 65, 2 37 usado como exclam ación 10 5 — f o r ­
vino — ofrendas 66 (en época m in o ico - m ando parte del de D io n iso 2 2 0 —
m icénica), 93~95 —en fiestas 65, II2 , padre cielo 17 1 (aunque llega más allá
14 2 — en una p rocesión 1 3 9 — aso­ 2 3 6 ) — dios del tiem po atm osférico
ciado con la sangre 2 2 2 , 3*9 — co n ­ 17 2 , en especial, de la tormenta 2 4 7 _
curso de bebida 3 1 9 — escanciadores superior a todos los dioses I 7 2 - I 7 3 . y
de los dioses (Hebe 181, Hefesto 2 2 7 . su rey 17 3 —de él proceden la sobera­
véase Ganim edes) — fiestas 3 1 8 — en nía y los reyes l77> y la ley 177 —padre
fórm ulas de m aldición 3 3 5 —en ju r a ­ de múltiples hijos 175 —dios del u n i­
mentos 3 3 4 . 3 3 6 —en m isterios 368, verso 178 —armado del rayo 12 5 . *69,
3 7 4 - 3 7 5 . 38 6 , 3 8 8 - 3 8 9 , 4 0 2 (en las 17 2 —confiere la victoria 17 4 _*75> 35 5
lam inillas de oro 3 9 3 , aunque los — con pectoral de sím bolos de abu n ­
órficos no lo beban 4 0 1 ) —en sacrifi­ dancia 16 4 —dios de la doble hacha 55
cios 82 (vertido sobre el fuego 8l, 99, —metamorfoseado en toro 35, 90 y n.
en el m ar antes de u n viaje 99, 3 5 4 “ 89. *75. 0 asociado a él 9 1, 16 9 —
3 55) —mitos relacionados con el p ri­ metamorfoseado en águila II9 , o rela­
m er consum o 3*9. 3 2 2 — surgido cionado con ella 91, 16 9 (mito de las
m ilagrosam ente 2 2 2 , 2 53 Y n - 47> dos águilas y Delfos I18) —otras meta­
3 8 8 —vertido sobre el altar 86 — en m orfosis 17 5 . 2 0 4 — n iñ o, en el Ida
ÍNDICE ANALÍTICO
497

35 — en época m icénica 6 3 -6 4 , 246 , oráculos 2 0 0 — Pelória 3 11 n . 29 —


30 6 —no siempre omnisciente 24 8 — sacerdotes 12 5 , x32 —sacerdotisas 13 5
protege el ju ram en to l77> 3 3 5 _3 3 6 —sacrificio de un cochinillo y u n toro
(aunque es perjuro él mismo 3 3 8 ), la 89 , de toros 91, 1 3 2 , 18 4 , de vacas
hospitalidad 3 3 2 y la justicia l77> 2 5 ° , 14 6 , 16 4 , 19 4 , de un cordero 3 3 4 , de
3 3 I_3 3 3 — Sin tem plos, durante prim icias 3 7 4 — santuario m icénico
mucho tiem po 6 l, 12 3 —p iel de car­ 63 —Teogámia 14 9 —Tesmoforias 325
nero 92, 3 10 — relacionado con los lugares: —Argos 271 , 2 97 —Atenas 95,
sueños y otros signos I 5 2 - I 5 3 · 255> 14 7 , 14 9 , 16 4 , 2 71, 2 7 3 , 3 10 , 3 4 0 -
con el m ito de la Edad D orada 2 4 5 > Ceos 354 — C orinto 273 - Creta 149,
3 12 , con los M isterios 3 8 4 , 3 9 0 — 272 —Dicte 1 4 1 —D odona 13 5 , 156 —
tumba de Z . 3 5 , 39 , 17 3 , 2 7 2 , 3 4 8 - Egina 17 2 —Egio 13 5 —Esparta 3 4 3 —
personajes que se disfrazan de Z. Ja n iá (Cidonia) 63, 6 5, 219 — Lesbos
(Menécrates y Salmoneo) 2 52 14 5 - m ontes: Ida 3 5 , 38, 14 8 , 17 2 -
epítetos y advocaciones: —Agamémnon 277 17 3 , 348, 37 3 , Liceo 16 4 , 172, Olimpo
—Agétor 3 4 3 — Aphrodisias 1 8 1 n. 26 — 2 36 , Yuktas 39 —Nemea 297 — O lim ­
Areios 2 2 8 —Basileús 15 9 —Boulatos 177 — pia 7 2 , 7 4 , 12 1, 179 —Pilo 6 3 -6 4 , 67 -
Carneo 3 17 — Ctónico ( Chthónios) 2 15. Samos 297 — Selinunte 27 1 — sur de
2 7 1, 2 7 3 , 2 9 8 , 3 5 2 -Damdtrios 18 1 n. Italia 34 3 —Tesalia 3 11 n. 29, 3 15
26 —D iktaíosljq, 348 —Eleuthérios 174 — relación con otros dioses, héroes y otros
Epopetés 89 n. 82 —Eubuleo (Eubouleús) seres m itológicos: — A fro d ita 16 5,
2 9 8 , 3 25 — Hagnós 3 6 0 — Heraîos 18 1 y 2 0 9 — A lcm en a 17 5 — A n fió n 175 ,
n. 26 — Herkems 177 > 2 4 9 , 2 9 4 , 3 3 2 , 2 8 7 - A ntíope 175 —A polo 15 2 , 2 12,
3 4 0 - 3 4 1 — Hikésios 17 7 , 2 4 9 , 3 3 2 — 2 9 0 , 2 9 4 , 2 9 9 - A qu iles 99, 17 6 -
Homários/Hamários (« e l que u n e » ) 3 4 2 - Á rc a d e l7 5 , 2 0 4 - A r e s 18 1, 2 2 8 -2 2 9
3 4 3 , 352 - Hórkios 17 7 , 3 3 5 - Hyétios —A sclepio 2 9 0 —A tenea (Palas) 14 1,
17 2 n. 7, 3 5 3 — Hÿpatos 95 — Hypsistos 16 9 , 19 1, 19 3 , 2 2 3 , 2 9 9 - Caliste
273 —Idaîos 3 7 2 —Kappótas 118 n. I15 — 1 7 5 , 2 0 4 - C íclopes 2 3 5 , 2 9 0 -
Kataibdtes I J 2 —Koûros 14 1, 173 —Ktésios C o riban tes 16 4 , 2 3 5 — C ro n o 173 ,
177, 249 , 3 7 ° —Laphfstios 3 15 —íykaios 18 5 , 3 12 , 3 2 9 - Curetes 70, 14 1, 164,
118 n. 7, 3 3 2 n. 2 7 , 3 54 - M(e)ilichios 17 3 , 2 3 5 , 3 4 8 , 372 “ Dánae 17 5 -
16 4 , 2 7 1 “ Ólbios 9 0 n. 89 — Olympios D árdano 3 7 8 — D em éter 2 4 2 , 298,
2 4 9 — Ómbrios 2 4 9 , 3 5 3 — padre de 3 2 5 , 396 - Dike 17 7 , 2 5 0 , 3 3 3 -
hombres y dioses 176 —Panhellénios 249 D ione 16 5, 2 0 9 —D ioniso 15 2 , 2 2 0 ,
- Phílios 1 4 7 - 1 4 8 -Polieús 89, 177, 2 4 9 , 2 2 3 , 3 0 2 — D ioscuros 2 8 6 -2 8 7
3 10 , 3 10 —Téleios 98 —Telesiourgós 136 n. (Pólux 17 5 ) —Diwija 6 4 , 67 —D rim io
46 — Trophónios/Trephónios 27 1 , 277 — ( Drimios) 6 3 , 67, 2 4 6 — Éaco 17 5 —
Xénios 177 , 2 4 9 , 3 3 2 —epítetos hom é­ Egina 175 —Electra/ Electrione 378 —
ricos 172 Épafo 17 5 - Europa 3 5 , 90, II9 , 175
culto: —altar en O lim pia 7 4 , 12 1, 14 6 — — Ganimedes 1 7 5 ~1 7 6, 347 —Gigantes
Arrhephória 3 0 8 n. IO —B ufonias 13 2 , 17 4 - Hades 18 5 , 2 6 5 - H éctor 176 -
16 4 , 3 10 — concurso de belleza 14 5 — Hefesto 19 3 —Helena 166, 175 —Hera
consagración de m uchachos 13 5 — 6 3 - 6 4 , 67, 88, 14 8 - 14 9 , 1 8 0 - 1 8 4 ,
culto en alturas I18 — Daídala 18 4 — 2 4 6 , 248, 2 8 4 , 2 9 6 - 2 9 7 , 3 0 2 , 3 3 2 -
Diasias 27 1 —Eleusinias —holocaustos Heracles 16 6 , 175, 2 29 , 281, 2 8 4 -2 8 5
89 —libaciones 98 —misterios del Ida —Hermes 2 1 2 - 2 1 3 - ίο go, 175 , 18 2 -
17 3 —Nem eas 14 6 —oraciones 10 8 — Leda 175 - Metis 17 3 , 176, 19 3, 3 5 0 -
ÍNDICE ANALÍTICO

M inos 37, 90 , 17 5 , 3 3 2 n. 26 —M ne- 175, 1 7 8 , 2 3 2 , 3 7 2 , 4 2 2 , 4 2 9 (aun­


m ósine 19 9 — Musas 19 9 — Ném esis que Zeus no aparece en escena 2 5 3 ) —
2 5 ° — N infas 2 0 3 — O diseo 2 3 8 — en los cóm icos 4 18 — en O rfeo I j 8 ,
Pandora 2 3 2 — Pélope 14 6 — Perseo 3 9 5 . 3 9 6 - 3 9 7 . 4 2 4 . 4 3 3 - en P in ­
175 —Perséfone (Core) 2 4 2 , 3 2 5 . 396 daro 2 4 5 , 287, 3 8 4 , 3 9 0 — en el
—Platea 18 4 —Posidón 18 5 —Prom e­ him no de Palekastro 348 —en los p re-
teo 8 l, 2 3 2 — Radam antis 175 — R ea socráticos 4° 7> 4 0 9 - 4 1 ° . 4*6. 4 2 1 .
17 3 , 2 4 2 , 3 9 6 - S é m e le 17 2 , 18 2 , 2 2 3 4 2 4 —en el Papiro de Derveni 3 9 7 . 4 2 4 —
—Tem is 2 5 0 —Tetis 17 0 , 17 4 —T ifeo en Platón 31 1 , 3 3 2 n. 26, 4 2 8 - 4 2 9 ,
16 8 , 17 4 - Titanes 16 8 , 17 3 , 39 6 - 4 3 3 . 4 3 9 . 4 4 1 — en Jen ócrates 4 3 5 —
Yasión 378 - Zeto 17 5 , 287 en Aristóteles 3 6 4 — en el panteísm o
la literatura y la filo so fía: — en estoico 178 —en alegoristas 4 3 4
H om ero 14 8 , 15 6 , 16 8 y n. 3 1, 17 0 , en el arte: —cerámica 169, 1 93 —estatuillas
17 2 , 17 6 , 18 0 , 18 2 , 18 5 , 2 0 3 - 2 0 4 , 74 ~ esculturas arcaicas 1 7 0 , 1 8 0 —
2 0 8 -2 0 9 , 229, 236, 238, 242, 254. estatua de Fidias 1 2 6 - 1 2 7 , 1 70 , 1 9 4 —
3 3 3 -3 3 4 - en H esíodo 8 l, 16 8 , 17 3 , tem plo de Zeus O lím pico en Atenas
19 3 , 2 3 2 , 2 4 5 . 3 3 2 - 3 3 3 - en una 126, 177 —Partenón 1 80 —vaso de Zeus
teogonia cretense 17 3 . 2 4 2 — en los con la balanza del destino 36 —repre­
Himnos homéricos 2 0 0 — en los trágicos sentaciones con H era 180, 1 83 n. 54
ÍN D IC E

P refacio a la edición española 3

INTRODUCCIÓN 5

1. P a n o r á m ic a d e lo s e s tu d io s 5

2 . La s fuen tes 10

3. D e lim ita c ió n d e l te m a 13

1. PREHISTORIA Y ÉPOCA MINOICO-MICÉNICA 17

1. N e o lít ic o y p rim e ra E d a d d e l B ro n c e 17

2. E le m e n to s in d o e u r o p e o s 24

3. L a r e l ig ió n m in o ic o - m ic é n ic a 39
3 .1. Panoram a h istó rico 29
3.2 . E stado de las fuentes 32
3 .3. L o s EDIFICIOS CULTUALES 36
3. 4. R ito s y sím bolos 49
3.5. L a s DIVINIDADES MINOICAS g6
3.6. L o s dioses m icén ico s y la lineal B 62

Los « s i g lo s o s c u r o s » y e l p r o b le m a d e l a c o n tin u id a d 68

2. RITO Y SANTUARIO 77

C o n s id e r a c io n e s p r e v ia s 77

1. « P r a c t ic a r lo sa g r a d o » : e l s a c r if ic io d e a n im a l e s 79
i . i . D e sc r ipció n e in terpretación 79
goo ÍNDICE

1.2 . R itos cru en to s 83


1.3 . R ito s d el fu eg o 85
1.4 . A n im al y d io s 89

2. O fren d a s y l ib a c io n e s 92
2 .1. O frenda de prim icias 92
2 .2 . O frendas votivas 95
2 .3 . L iba ción 98

3. O r a c ió n 102

4. P u r if ic a c ió n 10 5
4 .1. F un ció n y métodos 10 5
4 .2 . Lo SAGRADO Y LO PURO Io 8
4 .3 . M u e rte , enferm edad y l o c u r a i io
4 .4 . P u rific a c ió n c o n sa n g re 112
4 .5 . P h a r m a k ó s 114

5 . E L S A N T U A R IO II7
5 .1. TÉM EN O S 117
5 .2 . A ltar 12 1
5 .3 . T em plo e imagen cultual 12 a
5 .4 . A n a th e m a ta 128

6. S a cerd o tes 13 1

7. C e l e b r a c io n e s f e s t iv a s 13 6
7 .1. P o m pé 136
7 .2 . A g e r m ó s 139
7 .3. D anzas y can to s 14 0
7.4 . M áscaras, fa lo s , a is c h r o l o g ía 14 a
7.5 . Ag
7.6. E l ban q u ete de l o s d ioses 147
7.7. M atrim o n io sa g r a d o 148

8. É x t a s is y a d iv in a c ió n 15 0
8 .1. E n t h o u s ia s m ó s 15 0
8 .a. E l a r t e de lo s ad iv in o s 152
8 .3 . O rácu lo s 155

3. LOS DIOSES 16 3

1. E l h e c h iz o d e H o m ero 16 3

2. D io s e s in d iv id u a l e s 17 1
2 .1. Z eus 17 1
2 .2 . H era 178
2 .3 . P osidó n 184
2 .4 . A t en ea 189
2 .5 . A po lo 194
2.6 . Á rtem is 201
2.7. A fro d ita 206
2 .8 . H erm es 2 11
ÍNDICE 5 01

2 .9 . D em eter 2 15
2 . 1 0 . D i o n is o 2 18

2 .1 1 . H efest o 226

2 .1 2 . A res 228

3 . E l R ESTO D EL PA N TEÓ N 230


3 . 1 . D io s e s m e n o r e s 230
3 . 2 · A s o c ia c io n e s d e d io s e s 234

3 . 3 . D iv in id a d e s d e l a n a t u r a l e z a 236

3 . 4 . D i v i n i d a d e s e x t r a n je r a s 239
3 .5 . D a ím o n 243

4. E l c a r á c t e r e s p e c ia l
D E L A N T R O P O M O R F IS M O G RIEG O 246

4 . MUERTOS, HÉROES Y DIOSES CTÓNICOS 257


1. S e p u ltu r a y c u lt o d e lo s m u e rto s 257
2. L a m ito lo g ía d e l M ás A llá 263

3. O lím p ic o y c t ó n i c o 269

4. Los h é ro e s 274
5. S e re s d o b le s c tó n ic o - o lím p ic o s 281
5 .1 . H er a c les 281

5 .2 . L o s D io s c u r o s 286

5 .3 . A s c l e p io 289

5. POLIS Y POLITEÍSMO 293

1. C o n c e p c io n e s d e l p o l it e ís m o g r ie g o 293

2. E l r it m o d e l a s f ie s t a s 304
2 .1 . C a l e n d a r i o s d e f ie s t a s 304

2 . 2 . «Fi n d e a ñ o y A ñ o N u e v o 307

2 -3· K á r n e ia 3 14
2 .4 . A n t e s t e r ia s 3 17

2 .5 . T e s m o f o r ia s 323

3. Fu n c io n e s s o c ia l e s d e l c u l t o 329
3 . 1 . D i o s e s e n t r e l a a m o r a l id a d y l a j u s t i c i a 329

3 .2 . E l ju r a m e n t o 334

3 .3 . L a c r e a c ió n d e l a s o lid a r id a d e n l a d is tr ib u c ió n
E INTERACCIÓN DE l o s PAPELES 339

3 .4 . I n ic ia c ió n 346

3 . 5 . S u p e r a c ió n d e l a c r is is 351

P ie d a d e n e l e s p e jo d e l a l e n g u a g r i e g a 357
4 .1. « S a g r a d o » 357
4 .2 . T h e ó s 360

4 .3 . E u s é d e ia 362
5 0 2 ÍNDICE

6. MISTERIOS Y ASCETISMO 36

1. S a n t u a r io s d e lo s m is te r io s 367
i . i . P r in c ip io s g e n e r a l e s 367

1 . 2 . M is t e r io s g e n t il ic io s y t r ib a l e s 370

1 . 3 . C a b ir o s y S a m o t r a c ia 373

1 . 4 . E l e u s is 379

2. B a k c h ik á y O r p h ik á 385
a . i . M is t e r io s b á q u ic o s 385

2 .2 . C r e e n c ia s b á q u ic a s s o b r e e l M á s A l l á 389

2 . 3 . O r f e o y P it á g o r a s 393

3. B io s 401

7. RELIGIÓN FILOSÓFICA 405

1. E l n uevo P L A N T E A M IE N T O : E L s e r y l o d iv in o 405

2 . L a C R IS IS : s o f is t a s y a t e o s 4 12

3 . L a S A L V A C IÓ N : R E L I G I Ó N C Ó S M IC A Y M E T A F ÍS IC A 42O
3 .1 . P l a n t e a m ie n t o s p r e s o c r á t ic o s 420

3 - 2 . P l a t ó n : e l B ie n y e l a l m a 425
3 . 3 . PLATÓN: COSMOS Y DIOSES VISIBLES 429
3 . 4 . A r i s t ó t e l e s y J e n ó c r a t e s : e s p í r i t u d iv in o y d é m o n e s 434

4. R e l ig ió n f il o s ó f ic a y r e l ig ió n d e l a p o l is :
la s L eyes de P la tó n 438

Índice de a b r e v ia tu r a s 445

B ib lio g r a f ía 449

Índice a n a lít ic o 457


La religion griega ha sido siempre algo hasta cierto
punto familiar, pero está lejos de ser fácil de conocer y
comprender. A parentem ente natural y sin em bargo
atávicam ente extraña, al mismo tiem po refinada y
bárbara, se ha tom ado una y otra vez como guía en la
búsqueda del origen de cualquier tip o de religión.
Pero como fenóm eno histórico es única e irrepetible y
es en sí misma producto de una complicada prehistoria.

W a lter B urkert publicó su Griechische Religion der


archaischen und klassischen Epoche en 1977. La solidez
y claridad de sus planteam ientos, la abundantísima
información y la excelente estructuración de sus mate­
riales lo convirtieron inm ediatam ente en el manual
moderno de referencia sobre la religión griega. Por fin
ahora, tras las ediciones italiana e inglesa, ve la luz
esta primera edición en español en excelente traduc­
ción de Helena Bernabé, revisada por Alberto Bernabé
y actualizada ta n to por las referencias a nuevas fuen­
tes recientemente aparecidas como en la bibliografía
citada. Asimismo, ha sido provista de un nuevo y
am plio índice analítico para facilitar su consulta en
cuestiones concretas. Constituye, pues, un instrumento
fundamental para el conocimiento de la religión griega.

También podría gustarte