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Medicina tradicional

Région Canada de Oaxaca

Mayra Herrera Martinez


Coordinadora

Univ ersid ad d e la C anad a

T e o ti tl á n d e Flo re s M a g ó n 2021
Pr im e r a E d ic ió n : Ju n io 2021

ISBN:
U n iv e r sid a d de la Ca n a d a
T e o titlá n d e Flo re s M ag ó n , O a x a c a .

Diseno: Eru v id C o rté s C a m a c h o


s

Indice

Prese n tac ió n ............................................................................................... 9


In tro d u c c ió n ............................................................................................... 13

Sección I. Validación de la Medicina Tradicional en la


Región Canada de Oaxaca

Cap ítulo I. Co nocimientos otros: los ho ngo s (ninos santos)


y el mund o mazateco.
C it lali R o d r ig u e z V en e g as ........................................................................... 21

Cap ítulo II. Valid ació n científica dei co no cimiento tradicional:


un abordaje en las plantas medicinales.
M ay ra H errera M ar t in e z ................................................................................. 37

Cap ítulo III. Metabo lismo secundario de las plantas.


M iriam R ojas O riz onte, H éctor C ru z Santiago, N orm a Fran cen ia
Santos Sánchez , R aú l Salas-C oron ado y Beatriz H ern án dez C arlos .............. 47

Cap ítulo IV . Lopez ia racem osa (Familia Onagraceae): una planta


de Santa M aría Chilchotia, Oaxaca, co n pro pied ad es antiinflamatorias.
M isael C oron a R am irez , P atricia Jácqu ez R ios y Edith
López V illafran co 61

Cap ítulo V. P arkin son ia praecox (Familia Fabaceae): árbo l utilizad o en


Teo titlán de Flores M agó n contra la picad ura de alacrán.
M ay ra H errera M artín ez , P atricia Jácqu ez Ríos y Edith López V illafran co ... 65

Cap ítulo V I. A den ophy llu m au ran tiu m , un ejemplo de la valid ació n del
co no cimiento tradicional.
M ay ra H errera M artín ez , Beatriz H ern án dez C arlos, Bibian a C háv ez
M u n g u ía y P atricia Talamás R ohan a ............................................................ 69

7
Sección II. Biotecnologia y Aplicaciones de las Plantas
Médicinales

Cap itulo V II. Cultivo en suspension para la o btención


de principio s activos.
A rm an do O rdaz H e r n án dez .......................................................................... 77

Cap itulo V III. Bio funcio nalizació n de agentes activos pro venientes de
matrices de origen vegetal.
C arlos C am acho-G on z ález , G lady s P rado-G u z m án , O siris M artín ez -O liv o,
V ictor Z am ora-G asg a y Jorg e Sán c hez - B u rg o s ............................................... 89

Cap itulo IX. A ditivos naturales: una alternativa de los extracto s vege-
tales en la ind ustria alimentaria.
Fran cisco Fabián R az u ra-C arm on a, M ay ra H errera M artín ez
y Jorg e Sán chez B u r g o s .................................................................................. 101

C o nclu sio nes y p ersp ectiv as.


A rm an do O rdaz H e r n án d e z ....................................................................... 110

Referencias................................................................................................... 111

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Capítulo I. Conocimientos otros: los hongos
(ninos santos) y el mundo mazateco
C itlali R o d rig u ez V en eg as

A s í los v ie r o n la g e n t e , los an t e p as ad o s los d e sc u br ie ro n


p o r q u e ello s p r o b ar o n de t o do lo q u e había en la n at u rale z a,
q u é es lo q u e s ir v e y q u é es lo q u e n o. L o s dio se s q u e había an t e s
les e n s e n ar o n q u e es o s e ran lo s ho n g o s q u e e ran p ar a c u r ar y p r e g u n t ar le s

S e rg io M o r ale s , H u au t la de Jim é n e z ( v e ran o 2 0 1 3 )

La ciencia, esa fascin ante y antig u a p ráctica cu y o p rincip al fin es exp licar
nu estro m u nd o , se ha d ed icad o en sus d istintas v ertientes a la p ro d u cció n d e
co no cim iento . D esd e la seg u nd a m itad d el sig lo p asad o , im p o rtantes cu es-
tio nam iento s han ap arecid o en el ám b ito científico , esp ecíficam ente d esd e la
filo so fia d e la ciencia. D entro d e este cam p o , lo q u e m e in teresa resaltar aq u í
es la crítica a la u nív o ca au to rid ad científica. C o m o b ien m encio na el filó so fo
francés Bru no Lato u r: en nu estro m u nd o , la ciencia tiene u n acceso p riv ile­
g iad o a la realid ad (Lato u r, 2014) y , p o r lo tanto , d etenta la au to rid ad p ara
d eterm in ar lo q u e es real (científicam ente co m p ro b ab le) d e lo q u e no lo es.

El p rin cip al o b jetiv o q u e tiene este trab ajo es inv itar al lecto r a cu estio nar-
se esta au to rid ad científic a q u e so m ete y m arg inaliz a o tras fo rm as d e co no ci­
m iento . Si p o nem o s atenció n so b re nu estras p ro p ias p rácticas científicas m u y
p o sib lem ente enco ntrem o s q u e rep ro d u cim o s u n sistem a d e d o m in ació n en
el q u e d iscrim inam o s y exclu im o s o tras fo rm as d e g enerar co no cim iento , o
q u e sim p lem ente no les o to rg am o s el m ism o v alo r. U n cam p o p riv ileg iad o
p ara co nfro ntar nu estro q u ehacer es aq u el en el q u e se cru z an d o s fo rm as
d e co no cim iento : el científico y el trad icio nal. Po r este ú ltim o , entend ere­
m o s aq u el g enerad o p o r u na cu ltu ra esp ecífica q u e es d e larg a d u ració n y
q u e co rresp o nd e a u na fo rm a esp ecífica d e existencia en el m u nd o . Si b ien
el co no cim iento científico g o z a d e au tenticid ad , el trad icio nal está lleno d e
so sp echas y es releg ad o al ám b ito d e las "c re en c ias".

En este texto te inv ito a q ue reco rram o s u n cam ino q ue p retend e sacu d irse
d el etno centrism o científico . V am o s a d esp rend em o s d e aquello q ue "sab e ­
m o s", esp ecíficam ente d e lo s ho ng o s d el g énero P s ilo c y be, u n g rup o caracte­
riz ad o p o r co ntener p silo c ibin a, la cu al es u na su stancia q u e p erm ite estad o s
am p lificad o s d e co nciencia. Sald rem o s d e la fijeza d e las categ o rías científicas

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q u e so stienen nu estro m u nd o p ara acercarno s a o tra fo rm a d e existencia d i­
ferente a la nu estra y q ue p o see su s p ro p ias co ncep cio nes d el m u nd o , esta
es la p ersp ectiv a d e lo s m az ateco s serrano s. U b icad o s en u na d e las zo nas
hid ro ló g icas m ás ricas d el p aís, la nació n m az ateca se extiend e p o r las reg io -
nes C anad a y Pap alo ap an en el no ro este d el estad o d e O axaca. El estud io
d e Fed erico N eib u rg (1988) p ro p o ne su d iv isió n en tres zo nas: alta, m ed ia e
interm ed ia. El centro eco nó m ico d e la z o na alta es la cab ecera m u nic ip al d e
H u au tla d e Jim énez q u e cu enta co n el m ay o r nú m ero d e p o b lació n d e to d o s
lo s m u nicip io s serrano s y co rresp o nd e al d istrito d e Teo titlán d e Flo res M ag ó n
(Fig. 6). D esd e tiem p o s inm em o riales, lo s m az ateco s se han relacio nad o co n
lo s ho ng o s d el g énero P silo c y be y p o seen u n co no cim iento p ro fu nd o y am p lio
so bre las p lantas m ed icinales d e las reg io nes q ue co m p rend en su territo rio ,
co m o m u cho s o tro s p u eb lo s o rig inario s d e M éxico y d el m u nd o .

Fig u ra 6. P an orâm ica de H u au tla de Jim én ez , O ax aca. Fotog rafia tom ada por C itlali
R odrig u ez V enegas.

Para salir d e nu estras co ncep cio nes es necesario co no cer o tras. Sin em ­
b arg o , está tarea resu lta im p o sib le si ab o rd am o s d esd e nu estro s co ncep to s el
co no cim iento d e lo s o t r o s , en este caso d e lo s m az ateco s serrano s. Po r tanto ,
antes d e co m enz ar q u iero q u e no s d eteng am o s en la m eto d o lo g ia q u e no s
p erm itirá acercarno s a esta p ersp ectiv a esp ecífica d e co nceb ir a lo s ho ng o s,
anclad a a u n m u nd o d iferente al nu estro . Esta co nsiste en no categ o riz ar a

22
Medicina t r a d i ci o n a l^

lo s ho ng o s P s ilo c y b e en lo s térm ino s q u e han sid o p ro p u esto s en el ám b ito


científico . V am o s a ir d esp acio p o niend o atenció n en las fo rm as q u e tienen
d e referirse a ello s, en las fo rm as q u e tienen d e relacio narse co n esto s seres y
en el co ntexto cerem o n ial en el q u e lo s co nsu m en.

Las p reg u ntas q ue v an a g uiar nu estro acercam iento so n: ^para q u é han


utiliz ad o lo s m az ateco s esto s ho ng o s? ^Cuáles so n sus cu alid ad es y p o rqu é
so n tan im p o rtantes en sus v id as? El o rd en d el reco rrid o será el sig uiente: en
p rim er lu g ar, v am o s a em p rend er u n v iaje p o r la histo ria d e la rev elació n d e
esto s ho ng o s en el ám bito científico q ue se enm arca en las p rim eras d écad as
d el sig lo p asad o en las q ue bo tânico s, farm acó lo g o s y m éd ico s co m enzaro n
las inv estig acio nes so bre las su stancias p sico activ as co ntenid as en d iferentes
p lantas q u e enco ntraro n en el territo rio d e lo s p u eb lo s o rig inario s. A la v ez
v am o s a exp lo rar lo s térm ino s científico s p ro p u esto s p ara d eno m inar a lo s
ho ng o s P silo c y be p ara p o d er realiz ar u n co ntraste co n la p ersp ectiv a d e lo s
m az ateco s, senalar sus lim itacio nes y sab er p o r q ué no p u ed en ser ap licad o s.
Po sterio rm ente no s ad entrarem o s en el m u nd o m azateco , iniciand o p o r co -
no cer la cu alid ad sag rad a d e lo s ho ng o s q ue está anclad a a las co ncep cio nes
p ro p ias d e su m u nd o . D esp u és seg u irem o s co n la cerem o nia d e la V elad a q ue
es el co ntexto q u e le ha d ad o sentid o a la p ráctica d e co nsu m o . A q u í v am o s a
co ntinu ar exp lo rand o las cu alid ad es d e lo s ho ng o s, q ue ad em ás d e ab arcar lo
sag rad o , se extiend e a o tras cu alid ad es co m o el co no cim iento . A trav és d e este
ap artad o resp o nd erem o s a nu estras p reg u ntas g uía y co m p rend erem o s q ue
lo s ho ng o s p ara lo s m az ateco s so n m u cho m ás q u e m ed icina.

Po r ú ltim o , q u isiera senalar q u e b u en a p arte d el p resente texto está ba-


sad o en la inv estig ació n q u e realicé d u rante m is estu d io s d e M aestria en
el Po sg rad o en Estu d io s M eso am ericano s d e la U niv ersid ad N acio nal
A u tó no m a d e M éxico (U N A M ), la cu al ha sid o p u b licad a p o r la Ed ito rial
C o lecció n Po sg rad o d e la U N A M . Tam b ién m e g u staría aclarar q u e he d eja-
d o fu era im p o rtantes v ariacio nes en las fo rm as q u e tienen lo s m az ateco s d e
relacio narse co n lo s ho ng o s. D ecid í q u e esto fu era así p u es d esd ib u jab a el
co ntraste q u e p retend ía traz ar entre el co no cim iento científico y trad icio nal,
ad em ás d e q u e exig ía p ro fu nd iz ar en tem as v in cu lad o s a la co m ercializ ació n
d e lo s ho ng o s y el d esarro llo histó rico d e la Sierra, esp ecialm ente d e H u au tla
d e Jim énez , q u e reb asan la extensió n y lo s o b jetiv o s q u e p ersig u e el p resente
texto . D e to d as fo rm as, creo im p o rtante resaltar q u e existe u na im p o rtante
d iv ersid ad d e co no cim iento entre lo s m az ateco s, tanta q u e se p u ed e enco n­
trar a u n n iv el in d iv id u al, au nq u e p o r su p u esto hay im p o rtantes p u nto s en
co m ú n q u e so n inneg ab les y q u e co nstitu y en su co ncep ció n d el m u nd o .

23
Sobre la historia de los estudios científicos de los hongos
P s ilo c y b e en la Sierra Mazateca y los términos propuestos para
entenderlos
Lo s m az ateco s, au nq u e p o seen u n am p lio rep erto rio d e p lantas m ed icina-
les co m o han d ad o cu enta lo s d iferentes trab ajo s en to rno a ellas (Incháu steg ui,
1994; M ata Pinz ó n y co l., 1994; V aro na, 2012); sin em barg o , so n p articu larm en­
te co no cid o s p o r lo s ho ng o s d e g énero P s ilo c y be. Se trata d e lo s P. c aeru les-
cen s, P. z ap o t ec o r u m , P. ho o g s hag e n ii y P. heiim ii, co no cid o s co m o D erru m be,
lo s P . c u ben sis llam ad o s San Isid ro y lo s P. m e x ic an a y P. y u n g en s is d eno m ina­
d o s Pajarito s (G u zm án, 2014). Seg u ram ente to d av ía te p reg u ntarás ^por q ué
lo s térm ino s científico s no no s sirv en p ara resp o nd er nu estras interro g antes?
D efinir a p r io r i no s llev aría p o r u n cam ino d iferente y nu estro p rincip al p ro ­
p ó sito es co no cer la p ersp ectiv a, la exp eriencia y el co no cim iento d e lo s m a-
zateco s. Las categ o rías científicas, au n cu and o so n externas, se co no cen en la
Sierra e inclu so p u ed en ser utiliz ad as p o r alg u no s m azateco s; sin em barg o , no
p o d em o s p artir d e aq u í p ara hacer la exp lo ració n q ue necesitam o s. A d em ás,
cu entan p o r lo m eno s co n d o s lim itantes im p o rtantes: la p rim era es q ue su
etim o lo g ia está anclad a a lo s "efec to s" q ue p ro d u cen las su stancias en el cu er-
p o hu m ano ; y la seg und a, es q ue están aso ciad o s al co ncep to d e "d ro g a", el
cu al en el p ensam iento p o p u lar co ntiene u n fu erte estig m a so cial co m ú nm ente
v incu lad o co n la ad icció n, el d elito y el narco tráfico . N o está p o r d em ás reco r­
d ar q u e d esd e la ép o ca co lo nial lo s p u eb lo s o rig inario s d e este territo rio q ue
llam am o s M éxico han sid o p erseg u id o s p o r u tiliz ar ho ng o s y p lantas co nte-
ned o ras d e su stancias p sico activ as, aú n cu and o su uso se ha cim entad o en un
co no cim iento q ue es m ilenario .

Para lo s m az ateco s, lo s ho ng o s so n m u cho m ás q ue u n efecto y d efinitiv a­


m ente, aú n cu and o saben q ue tanto fu era co m o d entro d e la Sierra se les aso cia
co n el térm ino d e "d ro g a", p ara ello s d efinitiv am ente no lo so n. D e to d as fo r­
m as, v am o s a rev isar b rev em ente alg u no s d e lo s térm ino s p ro p u esto s bajo el
entend id o q ue esto s tam b ién inclu y en a o tras p lantas, sem illas y b reb ajes co n
p ro p ied ad es p sico activ as. C ab e reco rd ar q u e el p ey o te (L o p ho p ho r a w illiam sii)
fu e la p rim era p lanta q ue lo s científico s p u d iero n estud iar. En 1886, el farm a-
có lo g o alem án Lo u is Lew in p u blicó el p rim er análisis q uím ico y p o co m ás d e
u na d écad a d esp u és, su co leg a A rthu r H effter aisló su co m p o nente activ o en
fo rm a p ura, la m es c alin a (Ott, 1996; H o fm ann, 1991; M o ntfo rt, 2016).

U no d e lo s p rim ero s inv estig ad o res q u e su p o d e la existencia d e lo s h o n ­


g o s p sico activ o s en H u au tla d e Jim énez fu e el ing eniero y antro p ó lo g o aus-

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Medicina t r a d i ci o n a l^

triaco Ro b ert J. W eitlaner, q u ien to m ó m u estras y las env ió a su co m p atrio ta,


el m éd ico -farm acó lo g o Blas Pab lo Reko . Sin em b arg o , la m ala co nd ició n d e
lo s ejem p lares reco lectad o s im p id ió esta tarea. Reko realiz ab a inv estig acio -
nes en O axac a interesad o en la etno b o tánica, h ab ía escrito so b re el u so d el
To lo ache (D at u r a S t ram o n iu m ) e iniciab a sus p esq u isas so b re las sem illas d el
o lo liu hq u i ( T u r bin a c o ry m bo s a) . En 1938 se u niría a sus b ú sq u ed as el etno b ió -
lo g o am ericano Ric hard Ev ans Schu ltes, q u ien hab ía co m enz ad o sus estu -
d io s c o n el p ey o te, ju n to s em p rend erían u na exp ed ició n a la Sierra M az ateca
(M o ntfo rt, 2016).

Las inv estig acio nes se d etend rían p o r la Seg u nd a G u erra M u nd ial (1939­
1945) y se reto m arían en la d écad a d e 1950. Pro v enientes d e d iv ersas p artes
d el m u nd o lleg aro n a la Sierra M az ateca lo s farm acó lo g o s, m icó lo g o s, q u ím i­
co s y ento b ió lo g o s m ás reco no cid o s d e la p rim era d écad a d el sig lo XX. U no
d e ello s fu e el q u ím ico su iz o A lb ert H o fm ann, q u ien en 1938 hab ía sin tetiz a­
d o la d ietilam id a d e ácid o lisérg ico (LSD ) p ro v eniente d el ho ng o co rnez u elo
( C lav ic e p s p u r p u r e a) . D écad as d esp u és, Schu ltes y H o fm ann p u b licarían u n
am p lio estu d io titu lad o P lan t as de lo s D io s es (2012), u na co m p ilació n d e p lan­
tas y ho ng o s "alu c in ó g en o s" d e to d o el m u nd o co n énfasis esp ec ial en las
cu ltu ras antig u as q u e las han u tiliz ad o . En este lib ro am b o s m encio nan q ue
estas p lantas p u ed en d eno m in arse tam b ién co m o "tó x ic o s" p u es p ro v o can
u na in to xicació n q u e ello s llam an estad o s d e trance y em b riag u ez (Schu ltes
y H o fm ann, 2012). N o o b stante, este térm ino refiere a u n ag ente no civ o q u e
env enena al o rg anism o y cu y a afectació n d ep end e d e la d o sis. Ya q u e alu d e
a u n efecto q u e es p erju d icial tiene u na im p o rtante co nno tació n neg ativ a q u e
no es ad ecu ad a co m o p u nto d e p artid a.

Po r el co ntrario , lo s ho ng o s p ara lo s m az ateco s so n u n reg alo d iv ino , u na


ay u d a p ara reso lv er p ro b lem as y enferm ed ad es y u na v ía d e co no cim iento .
En el nú cleo d e la trad ició n q u e le ha d ad o sentid o a la p ráctica d e la ing es-
ta, no existe u na co nno tació n neg ativ a, so lam ente p recau cio nes y m ed id as
esp ecífic as p ara relacio narse co n ello s. M ás ad elante las v erem o s, m ientras
v am o s a co ntinu ar exp lo rand o lo s térm ino s. O tra p ro p u esta d e p rin cip io s
d el sig lo X X es la d e "n arc ó tic o s" cu y o sig nific ad o rem ite ad o rm ecer, entu -
m ecer o sed ar, es d ecir, q u e p ro d u cen u n estad o d ep resiv o en el sistem a ner-
v io so . La p s ilo c ib in a no es ind u cto ra d e su eno n i sed ació n, to d o lo co ntrario ,
es activ ad o ra d e z o nas d el cereb ro q u e no su elen trab ajar al m ism o tiem p o
y g eneran nu ev as co nexio nes neu ro nales. Po r esta raz ó n, el térm ino narcó ti­
co tam p o co es ap ro p iad o . H ay q u e ser cu id ad o so s haciend o está d istinció n,
p u es u n estu d io reciente senala q u e la p s ilo c ib in a in d u ce al cereb ro a u n esta­

25
d o p arecid o al d e lo s su eno s, estad o q u e hay q u e sep arar d el acto d e d o rm ir
(Tag liaz u cchi y co l., 2014).

En lo s ano s 50 ap areció el térm ino "alu c in ó g en o s" en el lib ro d e D.


Jo hnso n T he H allu c in o g e n ic D r u g s (O tt, 1996). Esta p alab ra p ro v eniente d el
v erb o "alu c in ar" m erece d o s aclaracio nes im p o rtantes. La p rim era es q u e
su ele p ensarse q u e las alu cin acio nes so n ú nicam ente v isu ales, cu and o en
realid ad inv o lu cran a to d o s lo s sentid o s y, p o r end e, a to d o el cu erp o . Las ex­
p ectativ as so b re las exp eriencias co n lo s ho ng o s d el g énero P s ilo c y b e m u chas
v eces se co ncentran en las alu cinacio nes v isu ales; no o b stante, p u ed e su ce­
d er q u e la exp eriencia no las inclu y a p o r d iv erso s facto res y ento nces v ienen
las d esilu sio nes. La o tra aclaració n aú n m ás im p o rtante es q u e "alu c in ar"
d e acu erd o co n la Real A cad em ia d e la Leng u a Esp ano la sig nific a “fan t as e ar ,
im ag in ar v iv am e n t e alg o ; o fu s c ar , s e d u c ir o e n g an ar h ac ie n d o q u e s e t o m e u n a c o sa
p o r o t ra; c o n fu n d ir s e o d e s v ar iar ” . Estas d efinicio nes anu lan la v alid ez d e estas
exp eriencias p u es las to m an p o r falsas, p o r lo cu al el u so d e este térm ino
tam p o co es co rrecto .

U n testim o nio d e V aleriano G arcia, o rig inario d e H u au tla y m iem b ro d el


g ru p o d e m ed icina trad icio nal "Peq u en o s q u e b ro tan " m encio na q u e la ex­
p eriencia co n lo s ho ng o s no es nin g u na alu cinació n, p o r el co ntrario , “ est ás
v ie n d o la v e r d ad de tu v id a” (Ro d rig u ez , 2017). O tro térm ino es el d e "p si-
co d élico s" cu y a etim o lo g ía no s rem ite al alm a. Este sig nific ad o p arece m ás
cercano al sab er m az ateco ; sin em b arg o , esta p alab ra está v incu lad a a u n
m o v im iento ju v en il d e lo s ano s sesenta q u e sacu d ió al m u nd o , la Rev o lu ció n
Psico d élica, cu y o p ilar fu ero n las exp eriencias co n su stancias p sic o activ as,
esp ecialm ente la d ietilam id a d e ácid o lisérg ico , o m ejo r co no cid o co m o LSD
(d el alem án Ly serg sau re-D iethy lam id ). Tam b ién p o r su p u esto está la p ala­
b ra q u e he u tiliz ad o hasta el m o m ento , p sic o activ o , q u e no p o see nin g u na
co nno tació n neg ativ a n i p ey o rativ a, p ero q u e tiene la lim itante q u e senalé
anterio rm ente, su sig nific ad o ú nicam ente alu d e a lo s efecto s.

U na p ro p u esta q u e escap a d el cam p o etim o ló g ico referente al efecto y q u e


rem ite a u na exp eriencia esp iritu al es el térm ino d e "e n te ó g e n o s". Pro p u esto
p o r G o rd o n W asso n, C arl A . P. Ru ck, Jerem y Big w o o d , D anny Stap les y
Jo nath an O tt, se b asó en las exp eriencias d e M aria Sab ina, la sab ia m az a-
teca, co n la cu al W asso n hab ia tenid o v arias cerem o nias d e ing esta d e h o n ­
g o s. W asso n trad u ce su etim o lo g ía co m o "D io s d entro d e n o so tro s" (1983),
H u sto n Sm ith su g iere "c o n ten ed o r d e D io s" (2001) y Jo nath an O tt lo trad u ce
co m o "d ev en ir d iv ino ad en tro " (1996). A u nq u e este térm ino im p lica u na ex-
p eriencia d iv ina q u e v a d e acu erd o co n el co no cim iento m az ateco , p o ne la

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Medicina t r a d i ci o n a l^

atenció n en el su jeto q u e ing iere lo s ho ng o s y no en lo s ho ng o s m ism o s. Para


fines d e n u estra exp lo ració n lo s ho ng o s están en el centro d e nu estro análisis,
es d ecir, so n el p u nto d e p artid a.

Si b ien, co m o m encio nam o s anterio rm ente, d esd e la d écad a d e 1930 se


su p o d e la enig m ática existencia d e lo s ho ng o s en la Sierra M az ateca, d u ran­
te la d écad a d e lo s 50 se reactiv aro n las in v estig acio nes y u n m ay o r nú m ero
d e científic o s se interesaro n e inv o lu craro n. A finales d e 1953 lleg ó el m atri-
m o nio d e Ro b ert G o rd o n W asso n y V alen tina Pav lo v na, etno m ic ó lo g o s y
estu d io so s d e las relig io nes, esp ecíficam ente en b u sca d e lo s ho ng o s. W asso n
reg resó en el v erano d e 1955 aco m p anad o p o r el fo tó g rafo A llan Ric hard so n
p ara co no cer m ás d e su u so entre lo s m az ateco s. El sínd ico C ay etano G arcia
lo s co nd u jo a M aria Sab ina, co n q u ien realiz aro n u na V elad a (m ás ad elante
no s d etend rem o s a exp licar esta cerem o nia). La esp o sa e hija d e W asso n lle-
g arian d ias d esp u és, am b as co m erian lo s ho ng o s fu era d e la cerem o nia p ara
exp erim entar sus efecto s.

En la p rim av era d e 1957, W asso n y su esp o sa Pav lo v na p u b licaro n artícu ­


lo s referentes a sus exp eriencias co n lo s ho ng o s; am b o s en rev istas p o p u lares
d e interés g eneral y entretenim iento cu ltu ral. El p rim ero en la rev ista L ife
(W asso n, 1957), p u b licació n d e d ifu sió n y alcance internacio nal, y la seg u n­
d a en T his W e e k M ag az in e (W asso n, 1957), su p lem ento co ntenid o en lo s d ia-
rio s estad o u nid enses m ás im p o rtantes. A m b o s rev elarian al m u nd o o ccid en­
tal la existencia d e "h o n g o s cap aces d e p ro v o car v isio n es" (W asso n, 1957);
info rm ació n q u e se hab ía m antenid o exclu siv am ente en el ám b ito científi­
co . W asso n o cu ltó la id entid ad d e M aria Sab ina b ajo el p seu d ô nim o d e Ev a
M énd ez y am b o s o m itiero n el n o m b re d el p o b lad o y cam b iaro n su u bica-
ció n a la Sierra M ixteca. N o asi en su extensa o b ra H o n g o s , R u s ia e H ist o ria
( M u s hr o o m s R u s s ia an d H ist o ry ) q u e salió p u b licad a el m ism o ano en N u ev a
Yo rk, en cu y o seg u nd o v o lu m en d ed icaro n u n cap itu lo co m p leto a d etalla-
d as d escrip cio nes y exp licacio nes so b re el u so d e lo s "n in o s santo s" en u na
V elad a co n M aria Sab ina (W asso n y W asso n, 1957).

El in terés p o r lo s h o n g o s se exten d ió a lab o rato rio s farm ac éu tic o s d e


Su iz a, Fran cia y a la A g en cia C en tral d e In telig en c ia (C IA ) d e Estad o s
U nid o s, q u ien es fin an c iaro n las in v estig ac io n es cien tíficas d e finales d e
1950. W asso n reg resó en o tras o casio n es co n el m icó lo g o fran cés Ro g er
H eim y el q u im ico su iz o A lb ert H o fm ann, asi co m o co n in v estig ad o res d e
la C IA . C o in c id ió en 1957 co n el m icó lo g o alem án R o lf Sin g er y el etno m i-
c ó lo g o m exic an o G astó n G u z m án H u erta, q u ien es trab ajaro n p ara lab o ra-
to rio s su iz o s (G u z m án, 2014).

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Las p u b licacio nes d e G o rd o n W asso n y V alen tina Pav lo v na p u siero n a
H u au tla y a la Sierra M az ateca en la m ira internacio nal; a W asso n, so b re to d o ,
se le h a achacad o las c o nsecu encias d e esta fam a, la m ás relev ante y escand a­
lo sa fu e la nu m ero sa p resencia d e g ü ero s estrafalario s q u e lleg aro n en b u sca
d e lo s ho ng o s, co no cid o s a finales d e la d écad a d e 1960 co m o hip p ie s . Sin em ­
b arg o , es im p o rtante d isting u ir q u e no to d o s se id entific ab an co m o tal y q u e
m ás b ien eran p erso nas influ enciad as p o r la Rev o lu ció n Psico d élica. En ésta,
H u au tla tu v o u n lu g ar relev ante, co no cid a co m o la M eca d e lo s H o ng o s o el
"T íb e t m exic ano , el seg u nd o techo esp iritu al d el m u n d o " (A g u stín, 2012); se
co nv irtió en u n d estino d e p ereg rin aje y d e tu rism o p sic o náu tico . En 2015,
H u au tla fu e inco rp o rad a al p ro g ram a Pu eb lo s M ág ico s d e la Secretaria d e
Tu rism o (SEC TU R) (Fig. 7).

Figura 7. A rtesanía labrada sobre un hongo. P iez a a la v enta durante el Festiv al A rtístico y
C ultural M aría Sabina. Se lee X kile N ax inandá Tejao (M edicina del P ueblo de H uautla). A rtesano:
Sergio M orales M artínez, julio, 2018. Fotografía tomada por Citlali R odríguez V enegas.

Los hongos, ninos santos, y su cualidad sagrada


D e las v ariantes d e ho ng o s P s ilo c y b e m encio nad as al inicio , las m ás p re­
sentes so n lo s P . c aer u le s c e n s , llam ad o s D erru m b e; lo s P . c u b en s is o San Isid ro
y lo s P . m e x ic an a, d eno m in ad o s Pajarito s. To d o s ello s están co ntenid o s en
d iv erso s no m b res en leng u a m az ateca: n di n ax o (flo recitas), n di x i t jo (p e­
q u eno s q u e b ro tan), n di t ji s an t o (nino s santo s), n d i santo (santito s) y n jíle

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Medicina t r a d i ci o n a l^

Kristo (sang re d e C risto ). Esto no q u iere d ecir q u e lo s m az ateco s no hag an


d istincio nes, sí q u e las hacen, co no cen cad a uno d e lo s d iferentes g énero s d e
P s ilo c y b e q u e b ro tan en sus m o ntanas. Para ello s, u na d e las d iferenciacio nes
m ás im p o rtante está en su fu erz a o p o tencia. Po r ejem p lo , lo s D erru m b e so n
lo s m ás fu ertes p u es n acen p o r la caíd a d e u n ray o q u e d esg aja la tierra, le
sig u en lo s San Isid ro y p o r ú ltim o lo s Pajarito s. Seg ú n u n testim o nio reco -
p ilad o p o r el antro p ó lo g o p eru ano C arlo s Incháu steg u i en la d écad a d e lo s
60, “ e l ho n g o p ajar it o h ac e q u e u n o c hifle c o m o p ajar it o ; el ú n ic o ho n g o bu e n o es el
d e r r u m b e ” (1994).

C o m o p o d em o s o b serv ar lo s n o m b res en m az ateco co ntienen la p artícu la


nd i, a excep ció n d e njíle Kristo (sang re d e C risto ). Esta p artícu la se u tiliz a
frente a su stantiv o s p ara exp resar carin o y resp eto . En esp ano l es trad u ci-
d a co m o d im inu tiv o qu e, efectiv am ente, no s ev o ca carino , m as no su o tro
asp ecto su m am ente im p o rtante, el resp eto , p o r lo q u e cab e resaltarlo . Po r
o tra p arte, tres d e lo s no m b res alu d en a u na cu alid ad sag rad a: la sang re d e
C risto , lo s nin o s santo s y santito s. En esto s ú ltim o s caso s d eb e entend erse
q u e lo santo co rresp o nd e a u na cu alid ad sag rad a y d iv ina, y no a u na fig u ra
esp ecífica d el p anteó n cristiano .

Lo s no m b res q u e recib en en m az ateco no s rev elan q u e esto s ho ng o s so n


su m am ente esp eciales, so n seres sag rad o s, santo s y d iv ino s. Su o rig en es
m ítico y b íb lico , se d ice q u e d atan d e cu and o Q u etz alcó atl transfo rm ad o en
C risto cam inó p o r la Sierra. En d o nd e cay ó su sang re, lo s ho ng o s creciero n
(M unn, 1973). D e acu erd o co n la v ersió n d e H erib erto Prad o , ex-p árro co y
p erso na caracteriz ad a ( c hjo t a c hin g a) d e Santa M aría C hilcho tla, lo s ho ng o s
b ro taro n d e la sang re d e C risto d erram ad a en la tierra d u rante su cru cifixió n
y d esd e ento nces h an aco m p anad o al p u eb lo m az ateco . A sí m ism o , lo s tes-
tim o nio s reco p ilad o s p o r las integ rantes d el Institu to Lin g ü ístico d e V erano
(ILV ) a finales d e 1930 y p rincip io d e lo s 40, no s d ic en q u e lo s ho ng o s cre-
cen d o nd e h a caíd o u na g o ta d e saliv a d e C risto , p o r esta raz ó n cu and o lo s
ho ng o s "h ab lan ", es C risto el q u e hab la (Pike y C o w an, 1959). M ás ad elante
v am o s a extend erno s en esta cu alid ad d el hab la d e lo s ho ng o s.

A p artir d e aho ra v am o s a referirno s a ello s co n lo s no m b res d e nin o s san­


to s o santito s. Bien, lo s nin o s santo s so n seres p o d ero so s q u e p ertenecen a u n
ám b ito sag rad o p o seen u n cu erp o en fo rm a d e ho ng o (cab ez a y p ie) q u e co n-
tienen u na p o tencia aním ica q u e p ertenece al m u nd o d el alm a santo ( s o ' n dele
n im a s an t o ) , u n esp acio d e p o sib ilid ad es infin itas q u e lo co ntiene to d o , in v i­
sib le a la m irad a co tid iana y p o b lad o p o r entid ad es p o d ero sas co m o D io s,
Jesu cristo , V írg enes, Santo s y c hiko n e s (d u eno s d e lo s lu g ares), m ás ad elante

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no s referirem o s a esto s ú ltim o s. En la p o tencia aním ic a d e lo s santito s, rad ica
su fu erza. A q u ello s q ue lo s co m en so n d o tad o s d e esa p o tencia, m ism a que
les p erm itirá "v e r" aq u ello q ue p erm anece o cu lto y ad entrarse en ese m u nd o
en el q ue el v iaje será efectu ad o co n el esp íritu . Eu nice Pike, m iem b ro d el
ILV , reg istró la p alab ra m az ateca x c o n p ara referirse a ho ng o s, esta alu d e a
alg o p o d ero so , p elig ro so , im p o nente y sag rad o (1960).

La v id a p ara lo s m az ateco s se teje en accio nes y relacio nes en d o s m u nd o s,


el so ' n de n ia t iy o c hu an (m u nd o en el que v iv im o s) y el so ' n dele n im a s an t o (m u n­
d o d el alm a santo ). Esto s no so n m u nd o s p aralelo s ni están sep arad o s, am bo s
están p resentes en el aq uí y en el aho ra. La v isib ilid ad d el ú ltim o d ep end e d e
la p ercep ció n d e la p erso na. A lg u no s atisbo s se m anifiestan en estad o s alco hó -
lico s, en esp acio s d e p o d er en lo s m o ntes -c o m o m anantiales y c u ev as- y co n
m ay o r clarid ad en lo s sueno s y en lo s v iajes que p erm ite el co nsu m o d e nino s
santo s. Es im p o rtante senalar que el territo rio que hab itan lo s m az ateco s es u n
esp acio v iv o y v ib rante que tiene d ueno s no hu m ano s co no cid o s co m o c hiko n es
o g üero s. Esto s so n seres d e u n tiem p o antig uo , p rev io s a la hu m anid ad , y a
ello s p ertenecen lo s cerro s, las cu ev as, lo s río s, lo s anim ales y lo s m anantiales,
p o r eso so n llam ad o s d u eno s o g u ard ianes (Fig. 8A ). El d ueno p rincip al d el
territo rio m az ateco es el C hiko n T o ko x o que suele m anifestarse co m o u n g üero
a caballo , co m o u n ray o o u n enano , sus cam ino s están d ebajo d e la tierra en el
sistem a d e cav ernas que se extiend e p o r to d a la reg ió n m az ateca (Fig. 9). C o n
él se neg o cian bu enas co sechas y riquezas.

Fig u ra 8. Sitios sag rados dom in io de los chikones, du enos de la tierra, m an an tiales, ríos cue­
v as, sótan os y oqu edades. A ) M an an tial cerca del río Barbacoa, H u au tla de Jim én ez , O ax aca,

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Medicina t r a d i c i o n a i s
ju lio 2019. B) O fren da al Chiko n Tokoxo, D u en o P rin cipal de la Sierra M az ateca, C u ev a-
adoratorio u bicada en el C erro de la A doración , N in dó C hikon Tokox o, H u au tla de Jim én ez ,
O ax aca, m ay o 2019. Fotog rafía tom ada por C itlali R odrig u ez V enegas.

Fig u ra 9. C erro de la A doración , N in dó Tokox o. U no de los cerros más em blem áticos de


la Sierra M az ateca, dom in io del Chiko n Tokoxo. Se u bica en el m u n icipio de H u au tla de
Jim én ez , O ax aca, ju lio 2019. Fotog rafía tom ada por C itlali R odríg u ez V enegas.

A lg u no s nin o s santo s se encu entran en el m o nte, este esp acio es p elig ro so


p ara q u ienes lo s b u scan ahí p u es p ertenece a lo s c hiko n e s. A ntes d e la p ro life-
ració n d el co m ercio d e ho ng o s, se sab ía q u e q u ien lo s b u scab a d eb ía "p ag ar"
p o r ello s. Lo s m az ateco s q u e aú n g u ard an esta relació n co n su territo rio d e-
b en entab lar relacio nes d e in tercam b io co n lo s c hiko n es , nad a p u ed en realiz ar
si no se p id e p erm iso , si no se p ag a, si no se o frend a. Es im p o rtante entend er
la v id a d e lo s m az ateco s en lo s d o s m u nd o s m encio nad o s p u es p recisam ente
las relacio nes entre am b o s so n las q u e p o sib ilita su co ntinu id ad .

A d em ás d e sus no m b res y su p o tencia aním ica, o tro ind icad o r d e la cua-


lid ad sag rad a d e lo s nin o s santo s es q u e se co m en en p ares o p arejas. C o m o
senala el inv estig ad o r H enry M u nn esto "sim b o liz an u n p rin cip io d u al d e
p ro creació n y c reac ió n " (1973). Po r tanto , es este p rin cip io el q u e es inco rp o ­
rad o a trav és d e su co nsu m o . Finalm ente, relacio narse co n lo s santito s - y a
sea p ara su b ú sq u ed a o c o n su m o - req u iere u n estad o d el cu erp o esp ecífico :

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la p u rez a. Esta se p ro cu ra a trav és d e la llam ad a "d ie ta", u na g u ard a q u e
co nsiste en reco g im iento alim enticio , sexu al y so cial. A trav és d e esta m ed i­
d a se esp era no afectar la d elicad a p o tencia aním ica d e lo s ho ng o s, p u es la
im p u rez a d el ho m b re p u ed e o casio nar q u e esto s "p ie rd an g rad o ", es d ecir,
su fu erz a. Las p erso nas q u e co m en santito s d eb erán o frecerles u n cu erp o
lim p io p u es, co m o m encio nam o s, la p o tencia aním ica d e esto s seres será in­
co rp o rad a a ello s y no h ay m ejo r m u estra d e resp eto a su cu alid ad d iv ina
q u e u n cu erp o q u e se p rep aró p ara recib irlo s.

H asta aq u í hem o s v isto el asp ecto sag rad o d e lo s nin o s santo s a trav és d e
lo s relato s d e su o rig en v incu lad o co n la sang re o saliv a d e C risto ; p o r lo s
no m b res q u e recib en en m az ateco q u e h acen referencia al carino y resp eto
q u e tienen p o r esto s seres; d e acu erd o a su p o tencia aním ica en d o nd e rad ic a
su fu erz a, q u e p ertenece al m u nd o d el alm a santo ; seg ú n el estad o esp ecífi­
co q u e exig e relacio narse co n ello s, la p u rez a; y p o r la fo rm a en q u e d eb en
ser co nsu m id o s, p rev io s a u na d ieta y en p ares. A co ntin u ació n, v am o s a
ab o rd ar la cerem o nia q u e le h a d ad o sentid o al co nsu m o d e ho ng o s entre
lo s m az ateco s p ara seg u ir exp lo rand o sus cu alid ad es y co ntestar la p reg u nta
^po r q u é lo s han u tiliz ad o ? y ^po r q u é so n tan im p o rtantes p ara sus v id as?

El camino de la verdad: la Velada


La V elad a es u na cerem o nia q u e se realiz a exclu siv am ente d u rante la no -
che, llev ad a o g u iad a p o r u n esp ecialista, u na p erso na d e co no cim iento o
c hjo t a c hjin e, se realiz a en fav o r d e u n p aciente o co nsu ltante. Se trata d e u n
esp acio co m p letam ente ín tim o y fam iliar cu y o p rin cip al o b jetiv o es, a trav és
d e u na co m u nió n co n lo d iv ino , enco ntrar la resp u esta a lo s p ro b lem as q ue
se p resen tan en la v id a, entre ello s enferm ed ad es.

Lo s nin o s santo s no serán d escu b ierto s hasta q u e lleg u e el m o m ento d e


la cerem o nia d e la V elad a. A h í serán p resentad o s ante la m esa-altar q u e se
encu entra en casa d e la p erso na d e co no cim iento ( c hjo t a c hjin e) . La m esa-altar
será p rep arad a co n flo res b lancas y v elas, la p erso na d e co no cim iento ten-
d rá a la m ano siem p re u na co p alera co n co p al, cacao , tab aco m o lid o co n cal
( p iz iat e ) , ag u a y cu alq u ier o tra co sa q u e req u iera p ara trab ajar. Po r ejem p lo ,
g rano s d e m aíz , hu ev o s d e to to la o g allina, ram as d e ru d a o lau rel, p o r m en­
cio nar alg u nas. La p erso na sab ia será la g uía, el ab o g ad o , el m ed iad o r q u e
p o d rá co m u nicarse co n entid ad es p o d ero sas co m o D io s, lo s c hiko n es , C risto ,
V írg en es y Santo s.

32
Medicina t r a d i ci o n a l^

Las raz o nes p o r las q u e se realiz a u na cerem o nia d e V elad a so n m u y d i­


v ersas. Uno d e lo s p rincip ales m o tiv o s so n las enferm ed ad es, sin em b arg o ,
tam b ién se llev an a cab o p ara co no cer la v erd ad so b re u n asu nto co m p licad o
co m o rencillas fam iliares, p ro b lem as en lo s neg o cio s, asu nto s d e env id ia y
ro b o s; p ara sab er có m o se encu entra alg ú n fam iliar q u e h a m ig rad o ; p ara o b-
tener co no cim iento y d esarro llarse esp iritu alm ente; y p ara q u e las p erso nas
rev erd ez can ( m ax ku e n ) , b ásicam en te q u e renu ev en su b ienestar (Lino , 2016).
Seg ú n el o b jetiv o q u e se b u sca será la cerem o nia, nin g u na V elad a es ig u al a
o tra y en ella se co nd ensan, al m ism o tiem p o , la v erd ad , el co no cim iento , la
m ed ic ina, así co m o la co m u nió n co n lo d iv ino y entre lo s p articip antes. Las
raz o nes exp u estas no so n exclu y entes, p o r el co ntrario , p u ed en co nv erg er
u nas co n o tras.

La V elad a es u n v iaje, u no q u e se hace co n el esp íritu y en el q u e m u chas


v eces se reco rren esp acio s análo g o s a lo s v isto s, hab itad o s y frecu entad o s
p o r lo s p artic ip antes (Feinb erg , 2003), to d o lo q u e aco ntece d u rante el v iaje
es su m am ente sig nific ativ o e im p o rtante. Y a q u e tanto lo s ho ng o s co m o la
cerem o nia so n asu nto s d elicad o s y sag rad o s, existen d iferentes m ed id as d e
p recau ció n. Las m ás relev antes so n la secrecía y el m u tism o : d e la cerem o nia
n ad a se d ice, no se co m p arte co n nad ie q u e no sean lo s p artic ip antes en ella,
hab rá d e m antenerse en secreto , p o r lo m eno s h asta q u e to d o esté resu elto .

Para seg u ir lo s intereses d el lib ro v am o s a exp licar b rev em ente so b re las


enferm ed ad es. Estas están co m p letam ente v incu lad as a la fo rm a d e v id a d e
las p erso nas, en esp ecífico a sus relacio nes so ciales, a lo s su sto s, a lo s eno jo s,
a las tristez as, a las env id ias y a su alim entació n, así co m o a las relacio nes
q u e m antienen co n el lu g ar en el q u e v iv en, en esp ec ial si es d entro d e la
Sierra. Es im p o rtante senalar qu e, d esd e la seg u nd a m itad d el sig lo p asad o ,
lo s m az ateco s v iv en atrav esad o s p o r am b o s sistem as d e salu d y enferm ed ad ,
el q u e no so tro s co m p artim o s cu y a raíz está en lo s sín to m as y la m ed ic ina
aló p ata y el lo cal q u e está anclad o a las relacio nes en lo s d o s m u nd o s q u e
hem o s m encio nad o .

En la co ncep ció n m az ateca, la enferm ed ad está relacio nad a co n la p érd id a


d e la fu erza en el cu erp o , a su enfriam iento y al extrav ío d el esp íritu. Este
ú ltim o íntim am ente v incu lad o co n alg u na transg resió n a esp acio s sag rad o s
p ertenecientes a lo s c hiko n es (d ueno s) o a u na relació n m al llev ad a co n esto s
seres. Tam b ién so n co m u nes las afectacio nes p o r env id ia o m al d e o jo y la
m ala p alab ra d e p erso nas m al intencio nad as en m o m ento s esp ecífico s. Seg ún
lo s p ad ecim iento s será el tratam iento . Una técnica sencilla p ara rev isar a la
p erso na es la au scu ltació n y la exam inació n d e lo s p u lso s p ara sab er el estad o

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d e la sang re. H ay p erso nas d e co no cim iento q ue co n so lo m irar lo s o jo s d e
u n p aciente y a sabe q ue "trae enferm ed ad " (Ro d rig u ez, 2017). A lg u no s p a-
d ecim iento s se tratan co n tés y m asajes en el cu erp o , hay q u e reco rd ar q u e el
co no cim iento herbo lario d e lo s m az ateco s es su m am ente am p lio y p ro fu nd o
y q ue ha p asad o d e g eneració n en g eneració n a trav és d e la o bserv ació n, la
p ráctica y la o ralid ad . Tam b ién es im p o rtante m encio nar q u e la enferm ed ad
p ara ello s es u na afecció n q u e im p o sib ilita el m o v im iento , q u e está aso ciad a a
la d esco m p o sició n y q u e se refleja, entre o tras co sas, en la p érd id a d e ap etito .

Lo s nin o s santo s, ad em ás d e tener u na tem p o rad a esp ecífica -c o in c id en


co n la tem p o rad a d e llu v ia, entre lo s m eses d e ju n io a o c tu b re -, no so n u tili­
z ad o s p ara cu alq u ier enferm ed ad . M u chas v eces se recu rre a ello s d esp u és
d e b u scar la cu ra a trav és d e d iferentes tratam iento s, inclu so d e m ed ic ina
aló p ata. U n p u nto fu nd am ental p ara lo s m az ateco s es saber p o r q u é tie-
n en d eterm in ad a afecció n, p o r lo q u e u na d e las tareas p rin cip ales q u e se
em p rend e d u rante la V elad a es la d e inv estig ar (V illanu ev a, 2007; M inero ,
2012). Tam b ién q u isiera m encio nar u na técnica q u e es em p lead a p ara este
fin, rep o rtad a p o r M u nn (1973) y co rro b o rad a en m i p ro p ia in v estig ació n
(Ro d rig u ez , 2017), se trata d e la intro sp ecció n v isceral. Esta co nsiste en v er
d u rante el v iaje lo s ad entro s d el cu erp o . Se v en lo s ó rg ano s p rin cip ales y lo
m ás im p o rtante es q u e se p u ed e actu ar so b re ello s.

C o m o m encio nam o s anterio rm ente, el c hjo t a c hjin e (p erso na d e co no ci-


m iento ) será el encarg ad o d e g u iar la cerem o nia, será el resp o nsab le d e se-
leccio nar y d o sificar lo s ho ng u ito s p ara to d o s lo s q u e harán la ing esta. N o sin
antes, sahu m arlo s en la co p alera y hab larles. Les p ed irá su ay u d a p ara q ue
le p erm itan a él y a lo s p articip antes enco ntrar la so lu ció n a lo s p ro b lem as,
p ara q u e les v ay a b ien en el v iaje y lo s ilu m ine, les m u estre la v erd ad . Les
exp licará la situ ació n q u e están b u scand o reso lv er y les d ed icará sus rez o s
y o racio nes. U na v ez q u e term inan d e co m erlo s, las lu ces se ap ag an. El tra-
b ajo co m ienz a en u na o scu rid ad q u e será co m b atid a co n la lu z d e lo s nino s
santo s. D u rante el v iaje la p erso na d e co no cim iento p restará su cu erp o p ara
q u e la v o z d e lo s nin o s santo s em erja. U no d e lo s m o m ento s m ás álg id o s d e
la cerem o nia es la d e lo s canto s d e la p erso na d e co no cim iento . Reco rd em o s
q u e la p rin cip al caracteristic a d e esto s seres es su cu alid ad d iv ina, m ism a
q u e tam b ién es ev id ente en su p alab ra qu e, d e acu erd o co n M aria Sab ina, es
el Leng u aje d e D io s (Estrad a, 2010) y , p o r lo tanto , el cu erp o d el c hjo t a c hijn e,
su m ed io p ara ser escu chad a.

El sabio A p o lo nio Terán, entrev istad o p o r el escrito r hu au tleco Á lv aro


Estrad a en 1969, m encio na: " m i L e n g u aje m e lo e n s e n ó e l h o n g u it o [ . . . ] v ie n e

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Medicina t r a d i ci o n a l^

s o lam e n t e s i e l h o n g o e s t á d e n t r o de l c u e rp o . U n s abio n o ap r e n d e de m e m o r ia lo qu e
de be d e c ir en s u s c ere m o n ias. E l s ag r ad o ho n g o es q u ie n habla, e l s abio s im p le m e n t e
da la v o z ” (Estrad a, 2010). La p alab ra d e lo s nin o s santo s es la m áxim a exp re-
sió n d e la p o tencia aním ica d e esto s seres, es el eje m ed u lar d e la cerem o nia
y es la exp eriencia m ás elev ad a a la q u e p u ed en acced er las p erso nas d e co -
no cim iento . Este leng u aje q u e se teje entre canto s, ú nico en cad a c hjo t a c hijn e,
es ind isp ensab le p ara co nstru ir el cam ino en el v iaje y enco ntrar la v erd ad .
Escu chad o p o r el p aciente o co nsu ltante es c ap az d e lev antar a u n m o rib u n­
d o , p o r eso se d ice q u e el leng u aje es m ed icina (M unn, 1973).

C ab e aclarar q u e d u rante la V elad a se b u sca co no cer las cau sas d e las


enferm ed ad es y las accio nes a em p rend er p ara cu rarse, hacer la cerem o nia
no siem p re im p lica la cu ra. En alg u nas o casio nes lo s caso s a tratar am eritan
v arias cerem o nias y o tras v aticinan la m u erte. Si lo s p ad ecim iento s so n o ca­
sio nad o s p o r la p érd id a d el esp íritu a cau sa d e alg ú n c hiko n , p arte d e la cu ra
co nsiste en p ag ar co n u na o frend a y resarcir la o fensa (Fig . 8B). Tam b ién
h ay q u e to m ar en cu enta q u e m u cho s m az ateco s flu ctú an entre tratam iento s
aló p atas y trad ic io nales, p o r lo q u e p o sib lem ente la cu ra esté en to d o lo q ue
el p aciente hace p ara restab lecer su salud .

Po r o tra p arte, es im p o rtante m encio nar q u e la V elad a es tam b ién u na ex-


p eriencia d e co no cim iento . Irene M ajc hrz ak u na so ció lo g a p o laca q u e estu v o
en H u au tla en la d écad a d e 1980 escrib ió q u e la cerem o nia d e ho ng o s es “ u n a
e n s e n an z a y u n ap r e n diz aje. [ . . . ] E s u n m é t o do de e d u c ac ió n m u y s u p e r io r al q u e se
u s a en las e sc u elas de t o do el m u n do " . Po r su p arte el chjo ta chjin e d e H u au tla
Leo nard o M o rales m encio na, “ ah í s e e n s e n a t odo, c u alq u ie r p alabr a, as í s e en se -
n a. É l (alu d e al ho ng o ) se da c u e n t a de t o d o ” (Ro d rig u ez , 2017). Es b ien sab id o
p o r lo s m az ateco s q u e lo s nin o s santo s so n co nsid erad o s tam b ién u na g uia
p ara la v id a, te ay u d an a cam inar bien. O tro s testim o nio s tam b ién refieren
a la cerem o nia co m o lo s g rad o s esco lares, cad a ano q u e se hace u na V elad a
es u n g rad o m ás q u e se av anz a, p o r lo q u e se b u sca d arle co ntinu id ad p ara
no atrasarse.

En este ap artad o v im o s el hab la o leng u aje d e lo s nin o s santo s co m o u no


d e lo s asp ecto s fu nd am entales d e su cu alid ad sag rad a. Reco rrim o s las p rin ­
cip ales raz o nes p o r las q u e se llev a a cabo u na cerem o nia d e ing esta d e ho n-
g o s co n esp ecial atenció n en lo s caso s d e enferm ed ad . Pu d im o s o b serv ar q u e
lo s santito s ad em ás d e m ed ic ina, so n fu ente d e co no cim iento , d e co ntacto y
co m u nió n co n lo d iv ino e im p o rtantes g u ias p ara el d esarro llo d e la v id a. La
relació n entre lo s m az ateco s y lo s nin o s santo s ha sid o u na d e larg a d u ració n,
so n p ilares im p o rtantes p ara el so stenim iento d e relacio nes en el m u nd o d el

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alm a santo ( s o ' n dele n im a s an t o ) y el m u nd o en el q u e v iv im o s ( so ' n de n ia t iy o
c hu an ) , v incu lad o p o r su p u esto a su territo rio y su fo rm a d e existencia.

Consideraciones finales
N u estro m u nd o está so stenid o p o r el q u ehacer científico q u e ha resu ltad o
en la ú nic a fo rm a acep tab le d e acced er al co no cim iento y d e p ro d u cirlo . La
exp eriencia q u e b u sq u é transm itir aq u í es u na d e d esp laz am iento , m o v erno s
d e nu estras categ o rias científicas p ara acercarno s a o tra fo rm a d e co no ci-
m iento d e larg a d ata cu y as raíc es están en el m u nd o m az ateco . En u n p rim er
m o m ento , el d esarro llo d e la h isto ria d e las in v estig acio nes enfo cad as a lo s
ho ng o s P s ilo c y b e no s ay u d ó a entend er la co nstru cció n d e las categ o rías p ro ­
v enientes d el ám b ito científico y en u na elecció n m eto d o ló g ica las d ejam o s
fu era p ara co ncentrarno s en lo s ho ng o s o nin o s santo s, d esd e la p ersp ectiv a
lo cal. A trav és d e ésta b u scam o s m o strar q u e esto s seres reb asan nu estras ca­
teg o rías, co nstrenid as a lo s "e fe c to s" q u e la p s ilo c ib in a p ro v o ca en el cu erp o .
Po sterio rm ente, no s ad entram o s en la cu alid ad sag rad a d e lo s nin o s santo s,
ev id ente en su o rig en m ítico y b íb lico , en lo s no m b res q u e recib en en m az a-
teco y en la fo rm a en q u e se relacio nan co n ello s, co n carin o y resp eto . V im o s
q u e el co nsu m o d e lo s santito s es p ro p io d e la V elad a, u na cerem o nia q u e
se realiz a d u rante la no che y cu y o p rin cip al o b jetiv o es co no cer la v erd ad a
trav és d e u na co m u nió n co n seres d iv ino s, esp acio en el q u e se d esp lieg a su
leng u aje. Se rev isaro n lo s d iferentes m o tiv o s p o r lo s q u e se hace u na V elad a
a trav és d e lo s cu ales so n ev id entes lo s d istinto s asp ecto s d e lo s ho ng o s: se­
res sag rad o s, m ed ic ina, u na v ía d e co no cim iento y g u ías p ara la v id a.

El o b jetiv o d el p resente texto fu e in v itar a cu estio narno s so b re la au to ri-


d ad científica y su p o d er d e d eterm in ar la realid ad . C o n el caso d e lo s nino s
santo s entre lo s m az ateco s p o d em o s o b serv ar q u e las categ o rías q u e p o ne-
m o s so b re nu estro s o b jeto s d e inv estig ació n co rresp o nd en a nu estra fo rm a
d e p ro d u cir co no cim iento , sin em b arg o , en estas no h ay lu g ar p ara el co no ci-
m iento trad icio nal q u e en la exp eriencia d e q u ienes lo co no cen y lo v iv en no
n ecesita d e nin g u na v alid ació n. Para lo s m az ateco s to d o lo relacio nad o co n
lo s santito s es real en tanto co rresp o nd e a su s exp eriencias d e v id a, ^quiénes
so m o s no so tro s p ara senalar lo co ntrario ?

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