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Bíblia - Mateus
Bíblia - Mateus
I. Mateus 5
SUMMARIO
Mateus, capítulo 19, versículos 16 a 22, na Bíblia................................................................................................. 20
SUMMARIO
Mateus 25:44-46 - A Responsabilidade de Servir e suas Consequências................................................................40
II. Marcos 53
Marcos 1:15-18.................................................................................................................................................... 53
Marcos 1:40-45.................................................................................................................................................... 53
Marcos 2:4-12...................................................................................................................................................... 54
Marcos 2:15-17.................................................................................................................................................... 55
Marcos 2:19-22.................................................................................................................................................... 56
Marcos 2:23-28.................................................................................................................................................... 57
Marcos 3:3-6....................................................................................................................................................... 57
Marcos 3:28-35.................................................................................................................................................... 58
Marcos 4:10-14.................................................................................................................................................... 59
SUMMARIO
Marcos 4:15-20.................................................................................................................................................... 60
Marcos 4:21-23.................................................................................................................................................... 60
Marcos 4:24-25.................................................................................................................................................... 61
Marcos 4:26-29.................................................................................................................................................... 62
Marcos 4:30-32.................................................................................................................................................... 63
Marcos 5:1-5....................................................................................................................................................... 63
Marcos 5:6-13...................................................................................................................................................... 64
Marcos 5:27-34.................................................................................................................................................... 64
Marcos 5:35-43.................................................................................................................................................... 65
Marcos 6:3-6....................................................................................................................................................... 66
Marcos 6:7-13...................................................................................................................................................... 67
Marcos 6:16-29.................................................................................................................................................... 68
Marcos 6:30-34.................................................................................................................................................... 69
Marcos 6:35-42.................................................................................................................................................... 70
Marcos 6:45-53.................................................................................................................................................... 71
Marcos 7:5-10...................................................................................................................................................... 72
Marcos 7:11-13.................................................................................................................................................... 73
Marcos 7:18-23.................................................................................................................................................... 73
Marcos 7:32-36.................................................................................................................................................... 74
Marcos 8:2-8....................................................................................................................................................... 75
Marcos 8:10-12.................................................................................................................................................... 76
Marcos 8:13-15.................................................................................................................................................... 77
Marcos 8:16-21.................................................................................................................................................... 78
Marcos 8:22-26.................................................................................................................................................... 79
Marcos 8:27-31.................................................................................................................................................... 80
SUMMARIO
você quer paz de espírito, faça menos e foque no que é realmente importante. Isso não significa
evitar responsabilidades, especialmente se você tem um papel na comunidade. Fazer bem o que é
necessário e importante traz uma paz profunda. Muitas das coisas que fazemos e pensamos não
são necessárias e ocupam nosso tempo e energia. Então, devemos sempre nos perguntar: 'Isso é
realmente necessário?' Eliminando ações e pensamentos desnecessários, ganhamos mais tempo
livre e paz de espírito."
I. Mateus
Ele faz parte do Sermão da Montanha, onde Jesus ensina sobre vários aspectos da vida e da fé.
Jesus está dizendo que não é possível ter lealdade dividida entre Deus e a riqueza material (Mamom). Uma
pessoa deve escolher a quem vai servir, porque tentar servir a ambos resultará em conflito de interesses e
lealdades.
"Mamom" é uma palavra aramaica que se refere à riqueza ou ganância, frequentemente personificada
como uma divindade. No contexto deste versículo, Jesus usa "Mamom" para representar a busca e o apego
à riqueza material em contraste com a busca de Deus.
A mensagem central deste versículo é sobre prioridades e lealdades. Jesus está destacando o perigo de
permitir que a busca de riqueza e bens materiais se torne o foco central da vida de alguém, a ponto de
competir com a devoção e lealdade a Deus. Ele enfatiza que a verdadeira devoção requer uma escolha clara
e inabalável.
A advertência de Jesus é clara: as pessoas não podem permitir que a busca de riqueza material se torne um
ídolo em suas vidas. Em vez disso, elas devem priorizar sua relação com Deus acima de todas as coisas
terrenas. A passagem serve como um lembrete para avaliar constantemente as prioridades e garantir que
Deus permaneça no centro da vida de alguém.
Jesus está pronunciando "ais" (lamentações) sobre cidades específicas onde Ele realizou muitos de Seus
milagres, mas as pessoas não se arrependeram nem aceitaram Sua mensagem.
Jesus está dizendo: "Corazin, Betsaida e Cafarnaum, realizei muitos milagres em vocês, mas vocês não
mudaram seus caminhos. Se eu tivesse feito esses milagres em outras cidades como Tiro, Sidom e Sodoma,
elas teriam se arrependido. Por causa de sua rejeição, no dia do julgamento final, será mais difícil para
vocês do que para essas outras cidades."
Corazin, Betsaida e Cafarnaum são cidades da Galileia onde Jesus realizou muitos de Seus ensinamentos e
milagres. No entanto, apesar de todas as maravilhas que viram, muitos habitantes dessas cidades não se
arrependeram nem aceitaram a mensagem de Jesus. Tiro e Sidom são cidades antigas frequentemente
mencionadas na Bíblia como símbolos de orgulho e idolatria. Sodoma é uma cidade do Antigo Testamento
famosa por sua maldade e foi destruída por Deus como punição. Jesus está usando essas cidades como
exemplos para mostrar quão grave é a rejeição de Corazin, Betsaida e Cafarnaum à Sua mensagem,
sugerindo que até cidades notoriamente más teriam se arrependido se tivessem visto os milagres que Jesus
realizou.
SUMMARIO
Mateus, capítulo 11, versículos 3 a 11 Na Bíblia.
Eles descrevem uma interação entre os discípulos de João Batista e Jesus. João, que estava na prisão na
época, enviou seus discípulos para perguntar a Jesus se Ele era o Messias esperado ou se deveriam esperar
por outro.
João Batista, um profeta importante, enviou seus seguidores para perguntar a Jesus se Ele era realmente o
Salvador que todos estavam esperando. Jesus respondeu mostrando as maravilhas que estava fazendo,
como curar os doentes e ressuscitar os mortos, como prova de Sua missão divina. Ele então falou sobre a
grandeza de João Batista, mas também mencionou que, no reino dos céus, até o menor é grande.
João Batista tinha um papel crucial como o "precursor" de Jesus, preparando o caminho para Sua chegada.
Ele batizou Jesus e reconheceu Jesus como o "Cordeiro de Deus". No entanto, mesmo alguém tão próximo
da missão de Jesus como João teve momentos de dúvida, o que é evidenciado por sua pergunta. Jesus, em
Sua resposta, não apenas confirma Sua identidade através de Seus atos milagrosos, mas também honra
João, reconhecendo sua importância profética. Ainda assim, Jesus destaca a grandeza do reino dos céus,
onde a hierarquia que entendemos na Terra é redefinida.
Eles destacam a relação íntima entre Jesus e Deus, o Pai, e o convite de Jesus para aqueles que estão
sobrecarregados e cansados.
Jesus agradece a Deus por revelar verdades espirituais não aos orgulhosos ou autoproclamados sábios, mas
aos humildes e simples. Ele fala sobre a relação única que tem com Deus e como só Ele pode revelar
plenamente Deus às pessoas. Jesus então convida todos que estão cansados e sobrecarregados a virem até
Ele para encontrar alívio e descanso. Ele encoraja as pessoas a segui-Lo e aprender com Ele, pois Ele é
gentil e humilde, e Seu caminho traz paz e leveza.
Neste trecho, Jesus está destacando a importância da humildade e da dependência de Deus. Ele critica os
"sábios e entendidos" da época, que muitas vezes eram os líderes religiosos que se consideravam
conhecedores da lei e da religião, mas que não reconheceram Jesus como o Messias. Em contraste, os
"pequeninos" são aqueles que, embora possam não ter status ou educação formal, têm corações abertos e
humildes para receber a verdade de Deus. O convite de Jesus para "vinde a mim" é uma expressão de Sua
compaixão e desejo de dar alívio e descanso àqueles que estão cansados e sobrecarregados pelas demandas
e pressões da vida. Ele oferece um "jugo" diferente - um caminho de vida que, embora tenha seus desafios,
é caracterizado por graça, amor e paz.
Elas falam sobre a confiança na provisão e resposta de Deus às nossas orações e necessidades.
"Se você pedir, receberá. Se você procurar, encontrará. Se você bater, a porta será aberta para você. Porque
quem pede, recebe; quem procura, encontra; e para quem bate, a porta será aberta. Se um filho pedir
comida ao pai, o pai não lhe dará algo que não possa comer, certo?"
Imagine que você perdeu um objeto de valor em sua casa. Se você não procurar, é muito improvável que o
encontre. Mas se você começar a procurar, há uma boa chance de você encontrar. Da mesma forma, se
você está diante de uma porta fechada e quer entrar, bater na porta pode fazer alguém abrir para você. Esses
versículos encorajam as pessoas a buscar ativamente a ajuda e orientação de Deus, confiando que Ele
responderá de maneira amorosa e cuidadosa.
SUMMARIO
Mateus, capítulo 7, versículos 1 e 2, na Bíblia.
Elas falam sobre a importância de não sermos rápidos em julgar os outros, pois seremos julgados da
mesma maneira.
"Não julgue os outros, para que você também não seja julgado. Porque da mesma forma que você julga,
você será julgado; e da mesma maneira que você avalia os outros, você será avaliado."
Imagine que você vê alguém derrubando café em sua camisa e pensa: "Que desajeitado!". No dia seguinte,
você derruba suco em sua própria camisa. Se você tivesse sido mais compreensivo e menos julgador no dia
anterior, talvez se sentisse menos envergonhado ou julgado pelos outros quando o mesmo acontecesse com
você. A ideia é tratar os outros com a mesma compaixão e compreensão que gostaríamos de receber.
Elas falam sobre a escolha entre dois caminhos na vida: um fácil e popular, mas que leva à destruição, e
outro mais desafiador e menos popular, mas que leva à verdadeira vida.
"Escolha o caminho difícil e menos popular, que é como uma porta estreita, porque leva à verdadeira vida.
Muitas pessoas escolhem o caminho fácil e popular, que é como uma porta larga, mas esse caminho leva à
destruição."
Imagine que você está em uma estrada com duas opções: uma autoestrada larga e bem pavimentada com
muitos carros, e uma estradinha estreita e sinuosa com poucos carros. A autoestrada pode parecer a escolha
óbvia porque é mais fácil e mais pessoas estão indo por ela. No entanto, no final dessa estrada, há um
precipício. A estradinha, embora mais desafiadora, leva a um belo destino seguro. A mensagem é encorajar
as pessoas a fazerem escolhas sábias e consideradas, mesmo que não sejam as mais populares ou fáceis.
Elas falam sobre a importância de avaliar as ações e o caráter das pessoas pelos resultados que produzem.
"Uma boa pessoa não pode fazer coisas ruins, e uma pessoa ruim não pode fazer coisas boas. Se alguém
não está fazendo coisas boas, essa pessoa será removida ou enfrentará consequências. Você pode conhecer
e julgar as pessoas pelo que elas fazem."
Imagine um jardim com várias árvores frutíferas. Se uma árvore está sempre produzindo frutas ruins ou
podres, você pode concluir que algo está errado com essa árvore. Da mesma forma, se uma pessoa está
constantemente envolvida em ações negativas ou prejudiciais, podemos concluir algo sobre seu caráter. A
mensagem é encorajar as pessoas a serem observadoras e avaliar outras pessoas por suas ações, não apenas
por suas palavras.
Eles fazem parte das instruções dadas por Jesus aos Seus discípulos quando os enviou para pregar o Reino
dos Céus.
"Quando vocês entrarem em uma casa, deem a ela uma saudação de paz. Se as pessoas da casa forem boas
e dignas, deixem sua bênção de paz com elas. Se não, retomem sua bênção. Se uma cidade ou casa não os
receber bem ou não ouvir sua mensagem, saiam e simbolicamente sacudam o pó de seus pés, mostrando
que vocês se desassociaram da rejeição deles. No final, no dia do julgamento, cidades que rejeitaram a
mensagem enfrentarão consequências mais severas do que cidades famosas por sua maldade no passado,
como Sodoma e Gomorra."
SUMMARIO
Imagine que você é um vendedor indo de porta em porta. Em cada casa, você oferece um presente especial
junto com o que está vendendo. Se as pessoas da casa são amigáveis e aceitam seu presente, ótimo! Mas se
elas são rudes e recusam, você pega seu presente de volta e segue em frente, sem levar para o coração a
rejeição. E se uma cidade inteira te rejeitar, você a deixa para trás, sabendo que fez o seu melhor. A
mensagem aqui é sobre a importância de compartilhar boas novas, aceitar rejeições com graça e entender
que, no final, haverá consequências para aqueles que rejeitam a verdade.
Eles fazem parte das instruções dadas por Jesus aos Seus discípulos quando os enviou para pregar o Reino
dos Céus.
"Não levem dinheiro ou itens valiosos com vocês. Não levem uma bolsa extra, nem roupas extras, nem
sapatos extras, nem um bastão. Confie que as pessoas fornecerão o que vocês precisam, porque quem
trabalha merece ser cuidado."
Imagine que você está indo para uma viagem missionária ou um retiro espiritual e é instruído a levar
apenas o essencial, sem extras ou luxos. A ideia é confiar na hospitalidade e bondade dos outros e também
aprender a viver de forma simples e humilde. É uma maneira de se concentrar na missão e não nas posses
materiais. A mensagem aqui é sobre confiança, simplicidade e a ideia de que aqueles que fazem um
trabalho importante merecem ser sustentados por aqueles a quem servem.
Eles descrevem uma interação entre Jesus e os fariseus, líderes religiosos da época, sobre a observância do
sábado.
Os fariseus criticaram os discípulos de Jesus por fazerem algo no sábado que, segundo a lei judaica, não era
permitido. Jesus respondeu lembrando-lhes de histórias do Antigo Testamento onde figuras respeitadas,
como Davi, fizeram coisas que tecnicamente não eram permitidas, mas eram necessárias naquele momento.
Ele também mencionou que os sacerdotes trabalham no sábado, mas não são considerados culpados por
isso. Jesus então enfatizou que o que Deus realmente quer é misericórdia e compreensão, não apenas seguir
regras sem entender o seu propósito. Ele termina afirmando que Ele, como o Filho do homem, tem
autoridade até mesmo sobre o sábado.
O sábado é um dia sagrado no judaísmo, um dia de descanso e adoração. Existem muitas regras sobre o que
pode e não pode ser feito no sábado. Os fariseus, como guardiões rigorosos da lei, frequentemente
entravam em conflito com Jesus sobre essas regras. Neste incidente, Jesus está destacando a importância do
espírito da lei em vez da letra da lei. Ele está dizendo que entender a intenção e o propósito por trás de uma
regra é mais importante do que apenas segui-la cegamente. A referência à misericórdia em vez de
sacrifícios é uma citação do Antigo Testamento, sugerindo que Deus valoriza um coração compassivo e
compreensivo mais do que rituais vazios.
Eles descrevem uma interação entre Jesus e os fariseus após Jesus ter realizado um exorcismo, ou seja, ter
expulsado um demônio de uma pessoa.
Os fariseus acusaram Jesus de expulsar demônios usando o poder de Belzebu (um nome para o diabo).
Jesus respondeu com uma lógica simples: se Ele estivesse usando o poder do diabo para expulsar
demônios, isso significaria que o diabo estaria lutando contra si mesmo, o que não faz sentido. Ele também
desafiou os fariseus, perguntando-lhes com que poder seus próprios seguidores expulsavam demônios.
Jesus então falou sobre a importância de estar unido em propósito e ação, usando a metáfora de uma casa
dividida. Ele enfatizou a gravidade de blasfemar contra o Espírito Santo, dizendo que esse é um pecado
SUMMARIO
imperdoável. Por fim, Ele usou a metáfora de uma árvore e seus frutos para destacar a importância da
integridade e da consistência nas ações.
Os fariseus, frequentemente em oposição a Jesus, tentavam desacreditá-Lo de várias maneiras. Neste
incidente, eles tentaram diminuir o milagre de Jesus sugerindo que Ele estava colaborando com forças
malignas. Jesus, em Sua resposta, não apenas refutou sua acusação com lógica, mas também destacou a
importância de reconhecer a verdadeira fonte de Seu poder: o Espírito Santo. A advertência contra a
blasfêmia ao Espírito Santo é uma das declarações mais sérias de Jesus, indicando a gravidade de rejeitar
ou desacreditar a obra do Espírito. A metáfora da árvore e seus frutos é uma maneira de Jesus dizer que as
ações de uma pessoa revelam seu verdadeiro caráter e intenções.
Jesus contou uma história sobre um agricultor que saiu para semear sementes:
Algumas sementes caíram à beira do caminho e foram comidas por pássaros.
Algumas caíram em solo rochoso, cresceram rapidamente, mas secaram ao sol porque não tinham raízes
profundas.
Algumas caíram entre espinhos, que cresceram e sufocaram as plantas.
Algumas caíram em boa terra e produziram muitos frutos.
Jesus então disse que quem tem ouvidos deve ouvir e entender essa história.
Os discípulos perguntaram a Jesus por que Ele ensinava com parábolas. Jesus explicou que as parábolas
eram uma maneira de revelar verdades espirituais àqueles que estavam prontos para entender, mas esconder
essas verdades daqueles que não estavam. Ele citou uma profecia de Isaías para explicar que muitas
pessoas ouviriam Suas palavras, mas não entenderiam verdadeiramente a mensagem. No entanto, os
discípulos eram abençoados porque podiam ver e entender as verdades que muitos profetas e justos do
passado desejavam conhecer.
A Parábola do Semeador é uma das parábolas mais conhecidas de Jesus e é uma metáfora sobre como
diferentes pessoas recebem a palavra de Deus. As diferentes condições do solo representam diferentes
condições do coração humano e como as pessoas respondem à mensagem do Evangelho. A explicação de
Jesus sobre o uso de parábolas destaca a natureza misteriosa do reino de Deus e a necessidade de ter um
coração aberto e receptivo para entender verdadeiramente a mensagem de Jesus.
Aqui, Jesus continua explicando a Parábola do Semeador, que Ele havia contado anteriormente.
Semente à beira do caminho: Algumas pessoas ouvem a mensagem de Deus, mas não a entendem. Então,
as influências negativas (representadas pelo "Maligno") vêm e levam embora o que foi ensinado. Essas
pessoas não se beneficiam da mensagem.
Semente em solo rochoso: Algumas pessoas ouvem a mensagem e ficam muito animadas com ela. No
entanto, sua fé é superficial. Quando enfrentam problemas ou são perseguidas por causa de suas crenças,
elas desistem facilmente.
Semente entre espinhos: Algumas pessoas ouvem a mensagem, mas estão muito preocupadas com as coisas
do mundo, como dinheiro e responsabilidades. Essas preocupações "sufocam" a mensagem, impedindo-a
de ter um impacto real em suas vidas.
SUMMARIO
Semente em boa terra: Algumas pessoas ouvem a mensagem, a entendem e a aceitam em seus corações.
Elas vivem de acordo com a mensagem e produzem "frutos", o que significa que suas vidas são
transformadas e elas fazem a diferença no mundo ao seu redor. Algumas produzem mais frutos do que
outras, mas todas são frutíferas.
A Parábola do Semeador é uma maneira de Jesus explicar por que algumas pessoas aceitam sua mensagem
e outras não. Ele queria que seus discípulos entendessem que nem todos responderiam positivamente ao
Evangelho, mas que alguns, aqueles com "boa terra" em seus corações, seriam profundamente
transformados por ele. A parábola também serve como um lembrete para os ouvintes avaliarem o tipo de
"solo" em seus próprios corações e considerarem como estão respondendo à mensagem de Jesus.
Eles descrevem a Parábola do Trigo e do Joio, uma das muitas parábolas que Jesus usou para ensinar sobre
o Reino dos Céus.
Jesus contou uma história sobre um fazendeiro que plantou boa semente em seu campo. No entanto,
enquanto todos estavam dormindo, um inimigo veio e plantou joio (uma planta daninha) entre o trigo.
Quando as plantas resceram, os servos perceberam o joio e perguntaram ao fazendeiro se eles deveriam
arrancá-lo. O fazendeiro disse para deixar ambos crescerem juntos até a colheita. Na época da colheita, ele
instruiu que o joio fosse colhido primeiro, amarrado em feixes e queimado, enquanto o trigo seria guardado
em seu celeiro.
Esta parábola é uma metáfora sobre o Reino dos Céus e a realidade do bem e do mal no mundo. O trigo
representa as pessoas justas, enquanto o joio representa as pessoas más. O inimigo que semeia o joio é uma
representação de Satanás. A mensagem central é que, no final dos tempos (a "ceifa"), Deus separará os
justos dos ímpios. Os ímpios (joio) serão julgados e punidos, enquanto os justos (trigo) serão
recompensados e acolhidos no Reino de Deus. A parábola também enfatiza a paciência de Deus em
permitir que o bem e o mal coexistam até o momento do julgamento final.
Eles descrevem o milagre da multiplicação dos pães e peixes, um dos milagres mais conhecidos de Jesus.
Os discípulos de Jesus perceberam que estava ficando tarde e que as pessoas que estavam ouvindo Jesus
estavam com fome. Eles sugeriram que Jesus mandasse as pessoas embora para que pudessem comprar
comida. No entanto, Jesus disse que eles não precisavam ir e pediu aos discípulos para alimentá-los. Os
discípulos responderam que só tinham cinco pães e dois peixes. Jesus então pediu que lhe trouxessem o
pouco de comida que tinham. Ele abençoou os pães e peixes, e milagrosamente, todos os presentes, cerca
de cinco mil homens, além de mulheres e crianças, comeram até ficarem satisfeitos. Ainda sobraram doze
cestos cheios de comida. Depois disso, Jesus pediu que seus discípulos fossem para o outro lado do lago em
um barco enquanto ele ficava para despedir as multidões.
Este milagre é uma demonstração do poder divino de Jesus e de sua compaixão pelas pessoas. Ele não
apenas atendeu às necessidades físicas das pessoas, mas também mostrou que, com fé, o pouco pode se
tornar muito. O milagre também destaca a importância da gratidão e da bênção, pois Jesus agradeceu pelo
pouco que tinha antes de multiplicá-lo. Os doze cestos que sobraram podem simbolizar os doze discípulos,
indicando que há sempre uma abundância quando confiamos em Deus. Este evento também prepara o
cenário para o próximo milagre de Jesus, onde ele caminha sobre as águas.
SUMMARIO
Mateus, capítulo 14, versículos 23 a 33, na Bíblia.
Eles narram o milagre de Jesus caminhando sobre as águas e a tentativa de Pedro de fazer o mesmo.
Depois de alimentar a multidão, Jesus subiu a um monte para orar sozinho. Enquanto isso, os discípulos
estavam em um barco no mar, enfrentando ventos fortes e ondas. No meio da noite, Jesus foi até eles
caminhando sobre o mar. Ao vê-lo, os discípulos ficaram assustados, pensando que era um fantasma. Jesus
os tranquilizou, dizendo que era ele e que não tivessem medo. Pedro, querendo confirmar se era realmente
Jesus, pediu para caminhar sobre as águas em direção a ele. Jesus o convidou, e Pedro começou a caminhar
sobre o mar. No entanto, ao sentir o vento e perceber o que estava fazendo, Pedro ficou com medo e
começou a afundar. Ele pediu ajuda, e Jesus imediatamente o segurou e o repreendeu por sua falta de fé.
Assim que entraram no barco, o vento parou. Os discípulos, maravilhados, reconheceram Jesus como o
Filho de Deus e o adoraram.
Este milagre é uma demonstração do poder divino de Jesus e também serve como uma lição sobre fé.
Pedro, inicialmente cheio de fé, foi capaz de caminhar sobre as águas, mas quando se deixou levar pelo
medo e pela dúvida, começou a afundar. Isso nos mostra que, com fé verdadeira, podemos superar desafios
aparentemente impossíveis, mas a dúvida e o medo podem nos fazer falhar. Jesus, ao salvar Pedro, reforça
a ideia de que Ele está sempre pronto para nos ajudar em momentos de fraqueza. A reação dos discípulos,
adorando Jesus, enfatiza a crescente compreensão deles sobre a verdadeira natureza e identidade de Jesus
como o Filho de Deus.
Aqui, Jesus confronta os fariseus e escribas sobre suas tradições e a verdadeira pureza.
Os fariseus e escribas questionam Jesus sobre por que seus discípulos não seguem a tradição judaica de
lavar as mãos antes de comer. Jesus, em resposta, desafia suas prioridades, apontando como eles, em nome
de suas tradições, às vezes ignoram os mandamentos mais fundamentais de Deus, como honrar pai e mãe.
Ele cita Isaías para destacar a hipocrisia deles: eles honram a Deus com palavras, mas seus corações estão
distantes. Jesus então ensina à multidão que a verdadeira contaminação não vem do que uma pessoa come,
mas do que ela diz, porque as palavras refletem o estado do coração. Este ensinamento de Jesus desafia a
compreensão tradicional de pureza e impureza, enfatizando a importância da integridade do coração em vez
de rituais externos.
A passagem narra o encontro de Jesus com uma mulher cananéia, que busca a cura de sua filha.
A mulher, desesperada pela situação de sua filha, clama a Jesus por ajuda. Inicialmente, Jesus não
responde, e os discípulos, incomodados com a insistência da mulher, sugerem que Ele a mande embora.
Jesus, então, expressa que Sua missão primária é para as "ovelhas perdidas da casa de Israel".
Quando a mulher insiste, adorando-o e pedindo socorro, Jesus faz uma alusão, comparando os judeus a
"filhos" e os gentios (não judeus) a "cachorrinhos", indicando que Sua missão principal era para o povo
judeu. No entanto, a resposta da mulher, que aceita a comparação mas destaca que até os cachorrinhos
comem das migalhas que caem da mesa, demonstra sua fé e humildade.
Impressionado com a fé da mulher, Jesus atende ao seu pedido e cura sua filha. Esta história destaca a
importância da fé persistente e também mostra que, embora a missão inicial de Jesus fosse para os judeus,
Sua compaixão e poder estendiam-se a todos, independentemente de sua origem ou status.
SUMMARIO
"casa de Israel" se refere geralmente ao povo de Israel, ou seja, aos judeus, que eram o povo escolhido de
Deus no Antigo Testamento. As "ovelhas perdidas" são aqueles dentro do povo de Israel que haviam se
afastado da fé ou estavam espiritualmente perdidos.A ideia por trás dessa expressão é que Jesus veio para
trazer a salvação não apenas aos justos, mas também àqueles que estavam perdidos espiritualmente. Ele
estava disposto a alcançar aqueles que estavam afastados, desviados ou em pecado, para trazê-los de volta
ao rebanho espiritual, à comunhão com Deus É importante notar que, no contexto bíblico, essa expressão
não se limita apenas aos judeus, mas simboliza uma mensagem mais ampla de salvação para todos,
incluindo gentios e todas as pessoas que estão espiritualmente perdidas e necessitam de redenção e
reconciliação com Deus.
Eles descrevem um confronto entre Jesus e os líderes religiosos da época, os fariseus e saduceus.
Os fariseus e saduceus, querendo testar Jesus, pediram-lhe um sinal do céu para provar sua autoridade
divina. Em resposta, Jesus mencionou como as pessoas são capazes de prever o tempo observando o céu,
mas não conseguem reconhecer os sinais espirituais e proféticos de sua época. Ele repreendeu essa geração
por buscar sinais, dizendo que o único sinal que receberiam seria o "sinal de Jonas". Depois disso, Jesus os
deixou.
Os fariseus e saduceus frequentemente desafiavam Jesus, buscando formas de desacreditá-lo. Ao pedir um
sinal, eles estavam tentando colocá-lo à prova. A resposta de Jesus é uma crítica à sua incapacidade de
reconhecer os sinais dos tempos, ou seja, a chegada do Messias e o cumprimento das profecias.
Quando Jesus menciona o "sinal de Jonas", ele está se referindo à história do profeta Jonas, que passou três
dias no ventre de um grande peixe antes de ser cuspidos na terra. Este sinal é uma prefiguração da morte e
ressurreição de Jesus, onde Ele passaria três dias no túmulo antes de ressuscitar. Em outras palavras, Jesus
estava dizendo que Sua morte e ressurreição seriam o sinal definitivo de Sua missão e identidade divina.
A resposta de Jesus também destaca a importância de discernir os "sinais dos tempos", ou seja, entender os
eventos e circunstâncias à luz da vontade e do plano de Deus. Ele critica aqueles que buscam sinais
espetaculares enquanto ignoram as evidências claras diante deles.
Eles descrevem um ensinamento de Jesus sobre o "fermento dos fariseus e dos saduceus".
Jesus advertiu seus discípulos para se protegerem do "fermento dos fariseus e dos saduceus". Os discípulos,
inicialmente, interpretaram literalmente a advertência, pensando que Jesus estava falando sobre pão. No
entanto, Jesus os repreendeu por sua falta de compreensão e fé, lembrando-os dos milagres da
multiplicação dos pães. Ele esclareceu que, quando falava sobre "fermento", estava se referindo à doutrina
e ensinamentos dos fariseus e saduceus, e não ao pão literal. Os discípulos então entenderam a verdadeira
mensagem de Jesus.
No contexto bíblico, o "fermento" é frequentemente usado como uma metáfora para influências corruptoras
ou pecaminosas. Os fariseus e saduceus eram grupos religiosos influentes da época, e muitas vezes se
opunham a Jesus. Eles eram conhecidos por suas interpretações rigorosas e, muitas vezes, hipócritas da lei.
Ao advertir sobre o "fermento" deles, Jesus estava alertando seus discípulos sobre os perigos de serem
influenciados por seus ensinamentos e hipocrisia.
A confusão inicial dos discípulos destaca a necessidade de discernimento espiritual e compreensão das
mensagens simbólicas de Jesus. Ao lembrar os discípulos dos milagres da multiplicação dos pães, Jesus
estava enfatizando a importância da fé e da confiança em Deus, em vez de se preocupar com necessidades
físicas ou ser influenciado por ensinamentos falsos.
SUMMARIO
Mateus, capítulo 16, versículos 13 a 19, na Bíblia.
Eles descrevem uma interação significativa entre Jesus e seus discípulos, particularmente com Pedro, sobre
a identidade de Jesus.
Enquanto estava na região de Cesaréia de Felipe, Jesus perguntou aos seus discípulos o que as pessoas
estavam dizendo sobre Ele. Os discípulos responderam que algumas pessoas pensavam que Ele era João
Batista, Elias, Jeremias ou algum dos outros profetas. Então, Jesus fez uma pergunta mais direta aos
discípulos: "E vocês, quem dizem que eu sou?". Pedro, um dos discípulos, respondeu com convicção: "Tu
és o Cristo, o Filho do Deus vivo". Jesus elogiou Pedro por sua resposta, dizendo que essa revelação não
veio de seres humanos, mas diretamente de Deus. Ele então fez uma declaração poderosa, dizendo que
Pedro (cujo nome significa "pedra") seria a "pedra" sobre a qual Ele construiria Sua igreja, e que nada
poderia superar essa igreja. Jesus também prometeu a Pedro as "chaves do reino dos céus", simbolizando
autoridade e liderança.
Esta passagem é fundamental para a compreensão da identidade de Jesus e do papel de Pedro na fundação
da igreja cristã. A confissão de Pedro é um reconhecimento da divindade de Jesus e de Sua missão
messiânica. A resposta de Jesus indica a importância de Pedro na formação e liderança da igreja primitiva.
A referência à "pedra" tem sido objeto de muita discussão teológica. Para muitos cristãos, especialmente os
católicos, essa passagem é vista como a base para a autoridade papal, com Pedro sendo considerado o
primeiro papa. A ideia de "ligar" e "desligar" é interpretada por muitos como a autoridade da igreja em
questões de doutrina e disciplina.
"O que ligares, pois, na terra será ligado nos céus": Isso significa que Pedro terá autoridade para tomar
decisões e fazer julgamentos dentro da comunidade cristã na Terra. Quando ele "ligar" algo na Terra, isso
será reconhecido e aceito nos céus, ou seja, perante Deus. Isso implica que as decisões e a autoridade dadas
a Pedro têm um respaldo divino.
No entanto, o foco central desta passagem é a revelação da identidade de Jesus como o Messias e o Filho
de Deus, e a importância da fé e reconhecimento dessa verdade.
Eles descrevem um momento crucial no ministério de Jesus, onde Ele começa a revelar aos discípulos o
destino que o aguarda em Jerusalém e ensina sobre o verdadeiro custo do discipulado.
Jesus começou a explicar aos seus discípulos que teria que ir a Jerusalém, onde sofreria nas mãos dos
líderes religiosos, seria morto, mas ressuscitaria no terceiro dia. Pedro, não querendo aceitar esse destino
para Jesus, o repreendeu, dizendo que isso nunca deveria acontecer. Jesus, por sua vez, repreendeu Pedro,
chamando-o de "Satanás" e dizendo que ele estava sendo um obstáculo. Jesus explicou que Pedro estava
pensando de uma perspectiva humana, e não divina.
Jesus então ensinou uma lição profunda sobre o que significa ser seu discípulo. Ele disse que quem quiser
segui-lo deve negar a si mesmo, carregar sua própria cruz e segui-lo. Ele falou sobre o paradoxo de tentar
salvar a própria vida e perdê-la, enquanto aqueles que estão dispostos a perder suas vidas por causa de
Jesus a encontrarão. Ele questionou o valor de ganhar o mundo inteiro à custa da própria alma.
Esta passagem destaca a missão sacrificial de Jesus e o chamado ao discipulado autêntico. A reação de
Pedro é compreensível; ele amava Jesus e não queria vê-lo sofrer. No entanto, Jesus deixa claro que Seu
caminho para a cruz era o plano divino e necessário para a salvação da humanidade.
O ensinamento de Jesus sobre negar a si mesmo e tomar sua cruz é um chamado ao sacrifício, à entrega e à
priorização do reino de Deus acima de tudo. Ele desafia os discípulos (e todos nós) a considerar o que
realmente valorizamos e o que estamos dispostos a sacrificar pelo bem maior. A ideia de "perder a vida
SUMMARIO
para encontrá-la" sublinha o conceito de que a verdadeira vida e propósito são encontrados em seguir Jesus
e viver de acordo com os valores do reino de Deus, mesmo que isso signifique enfrentar adversidades e
sacrifícios.
Eles abordam a questão do divórcio e do casamento, com Jesus fornecendo uma perspectiva divina sobre o
assunto.
Alguns fariseus, tentando testar Jesus, perguntaram se era permitido a um homem divorciar-se de sua
esposa por qualquer motivo. Jesus respondeu referindo-se à criação, onde Deus fez homem e mulher e
estabeleceu o casamento como uma união inseparável. Ele citou as Escrituras, destacando que "os dois se
tornarão uma só carne", enfatizando a união sagrada e indissolúvel do casamento.
Quando os fariseus mencionaram a permissão de Moisés para o divórcio, Jesus explicou que essa
concessão foi feita por causa da dureza do coração humano, mas não era a intenção original de Deus. Jesus
então estabeleceu um padrão elevado para o divórcio, dizendo que qualquer um que se divorciar, exceto por
infidelidade, e casar-se novamente, estaria cometendo adultério.
Os discípulos, percebendo a seriedade do compromisso matrimonial, sugeriram que talvez fosse melhor
não se casar. Jesus reconheceu que o celibato não é para todos, mas é uma escolha que alguns fazem pelo
reino dos céus.
Esta passagem destaca a visão de Jesus sobre o casamento e o divórcio. Ele reafirma a santidade e a
permanência do casamento, referindo-se à intenção original de Deus na criação. A resposta de Jesus vai
além das discussões legais e entra na essência e propósito do casamento.
Eles narram o encontro de Jesus com um jovem rico que busca entender como alcançar a vida eterna.
SUMMARIO
Um jovem se aproximou de Jesus e perguntou o que deveria fazer para ter a vida eterna. Jesus,
inicialmente, o lembrou da importância de seguir os mandamentos, citando vários deles. O jovem afirmou
que já seguia todos esses mandamentos e perguntou o que mais precisava fazer. Jesus, então, deu-lhe um
desafio: se ele quisesse ser perfeito, deveria vender tudo o que tinha, dar aos pobres e seguir a Jesus. O
jovem ficou triste com essa resposta, pois tinha muitos bens e não estava disposto a se desfazer deles.
Esta passagem destaca a dificuldade que a riqueza pode representar no caminho espiritual. O jovem rico
estava cumprindo os mandamentos, mas ainda sentia que algo lhe faltava. Jesus percebeu que o apego
material do jovem era o que o impedia de alcançar a verdadeira perfeição espiritual. Ao pedir que ele
vendesse tudo, Jesus estava apontando para a necessidade de desapego e total confiança em Deus.
A reação do jovem rico é compreensível. Ele estava sendo desafiado a abandonar sua segurança material
em favor de uma promessa espiritual. A tristeza dele revela o conflito interno entre o desejo de seguir a
Jesus e o apego às riquezas.
Esta história serve como um lembrete de que a verdadeira riqueza não é material, mas espiritual. Seguir a
Jesus pode exigir sacrifícios, mas os benefícios espirituais superam qualquer perda material. A passagem
também enfatiza a importância de priorizar a relação com Deus acima de todas as coisas terrenas.
Eles continuam a discussão sobre riqueza e entrada no reino dos céus após o encontro de Jesus com o
jovem rico.
Após o jovem rico ir embora, Jesus falou aos Seus discípulos sobre a dificuldade dos ricos entrarem no
reino dos céus. Ele usou uma imagem hiperbólica, dizendo que é mais fácil um camelo passar pelo fundo
de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus. Esta afirmação surpreendeu os discípulos, que se
perguntaram quem, então, poderia ser salvo. Jesus respondeu que, para os seres humanos, isso pode parecer
impossível, mas para Deus, tudo é possível.
Pedro, lembrando-se dos sacrifícios que ele e os outros discípulos fizeram para seguir Jesus, perguntou qual
seria a recompensa deles. Jesus assegurou-lhes que, na era vindoura, quando Ele reinar em glória, eles terão
posições de honra, julgando as doze tribos de Israel. Além disso, qualquer um que tenha feito sacrifícios
por amor a Jesus receberá uma recompensa cem vezes e herdará a vida eterna.
Esta passagem destaca o desafio que a riqueza e o apego material podem representar no caminho espiritual.
A imagem do camelo e da agulha é uma expressão hiperbólica usada para ilustrar a dificuldade, mas não a
impossibilidade, de um rico entrar no reino dos céus. O ponto central é que o apego material pode ser um
obstáculo para a verdadeira espiritualidade.
A resposta de Jesus à pergunta de Pedro enfatiza a recompensa eterna que espera por aqueles que fazem
sacrifícios por amor a Ele. Enquanto o mundo pode valorizar riqueza e status, o reino de Deus tem um
sistema de valores diferente, onde o sacrifício e a devoção são altamente valorizados.
É uma das declarações enigmáticas de Jesus que desafia as expectativas humanas sobre status e
recompensa no Reino de Deus.
Jesus está dizendo que muitas pessoas que são consideradas importantes ou privilegiadas neste mundo
podem não ter a mesma posição no Reino dos Céus. Por outro lado, aqueles que são considerados
insignificantes ou menos importantes aqui podem ser altamente valorizados no Reino de Deus.
Esta declaração de Jesus desafia as noções convencionais de grandeza e importância. No contexto da
sociedade, as pessoas frequentemente valorizam status, riqueza e poder. No entanto, no Reino de Deus, as
SUMMARIO
coisas são vistas de uma perspectiva diferente. Aqueles que servem, que são humildes, e que talvez sejam
menosprezados ou marginalizados na sociedade humana, podem ser considerados grandes no Reino de
Deus.
A mensagem de Jesus é uma lembrança de que os valores do Reino de Deus são muitas vezes contrários
aos valores do mundo. Ele encoraja seus seguidores a buscar a retidão e a humildade, em vez de buscar
status e reconhecimento mundano. A declaração também oferece esperança e encorajamento para aqueles
que se sentem menosprezados ou desvalorizados, lembrando-lhes que Deus vê as coisas de maneira
diferente do mundo.
Através desta parábola, Jesus ensina sobre a generosidade de Deus e a natureza do Reino dos Céus.
Um proprietário de uma vinha saiu cedo para contratar trabalhadores, prometendo-lhes um denário por dia
de trabalho. Ao longo do dia, ele contratou mais trabalhadores em diferentes horas. No final do dia, quando
chegou a hora de pagar, ele deu a cada trabalhador um denário, independentemente de quanto tempo eles
haviam trabalhado. Aqueles que foram contratados primeiro ficaram insatisfeitos, esperando receber mais
do que aqueles que trabalharam menos horas. No entanto, o proprietário explicou que estava sendo justo,
pois pagou o que havia prometido e escolheu ser generoso com os que foram contratados mais tarde.
Esta parábola ilustra a generosidade e a graça de Deus. O proprietário da vinha representa Deus, e os
trabalhadores representam as pessoas. A mensagem central é que Deus é generoso e dá a todos igualmente,
independentemente de quando eles vêm a Ele. Aqueles que seguiram Deus por toda a sua vida não devem
sentir ciúmes ou ressentimento daqueles que se voltam para Deus mais tarde na vida, pois todos recebem a
mesma recompensa da salvação.
A declaração final, "Assim os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos", é uma inversão das
expectativas humanas e destaca que o Reino de Deus opera com valores e princípios diferentes dos do
mundo. A parábola serve como um lembrete da generosidade de Deus e da importância de não julgar ou
comparar a jornada espiritual de outras pessoas com a nossa.
Ela destaca as aspirações humanas de grandeza e a verdadeira natureza do serviço no Reino de Deus.
A mãe dos filhos de Zebedeu (Tiago e João) pede a Jesus que seus filhos tenham posições de honra no
Reino de Deus, sentando-se um à direita e outro à esquerda de Jesus. Jesus, no entanto, diz que não é sua
decisão conceder esses lugares e pergunta se eles estão prontos para enfrentar os desafios que Ele
enfrentará. Ele então ensina que, no Reino de Deus, a verdadeira grandeza vem do serviço aos outros, e não
de ser servido.
A mãe de Tiago e João, como muitos naquela época, tinha uma compreensão terrena do Reino de Deus. Ela
esperava que fosse um reino terrestre onde seu filho teria poder e autoridade. Jesus, no entanto, redefine o
que significa ser "grande" no Reino de Deus. Em vez de buscar poder e autoridade sobre os outros, os
discípulos devem buscar servir aos outros.
A referência ao "cálice" que Jesus menciona é uma alusão ao sofrimento e sacrifício que Ele enfrentaria na
cruz. Enquanto Tiago e João afirmam estar prontos para enfrentar qualquer desafio, eles ainda não
compreendem completamente o que isso significa.
A reação dos outros dez discípulos mostra que eles também tinham aspirações de grandeza e estavam com
ciúmes ou ressentidos com Tiago e João.
SUMMARIO
O ensinamento central de Jesus aqui é que o Reino de Deus opera de maneira diferente dos reinos
terrestres. Em vez de dominar os outros, os seguidores de Jesus devem servir uns aos outros. Jesus usa a Si
mesmo como o exemplo supremo de serviço, destacando que Ele veio para servir e dar Sua vida por
muitos. Esta passagem serve como um lembrete da natureza sacrificial e servil do amor cristão.
Ela destaca a sabedoria de Jesus ao lidar com as perguntas capciosas dos líderes religiosos de sua época.
Quando Jesus estava ensinando no templo, os líderes religiosos se aproximaram dele e questionaram sobre
a autoridade com a qual ele fazia suas ações e ensinamentos. Em vez de responder diretamente, Jesus
propôs um contra-questionamento sobre a origem do batismo de João Batista. Ele perguntou se o batismo
de João vinha do céu (divino) ou dos homens (humano). Os líderes religiosos ficaram em um dilema. Se
dissessem que era do céu, Jesus perguntaria por que eles não acreditaram em João. Se dissessem que era
dos homens, temiam a reação do povo, que considerava João um profeta. Incapazes de responder, eles
disseram que não sabiam. Jesus, então, escolheu não responder à pergunta original deles sobre sua
autoridade.
Os líderes religiosos frequentemente tentavam desacreditar Jesus ou pegá-lo em contradição. Eles estavam
ameaçados por sua popularidade e ensinamentos, que muitas vezes iam contra as tradições e interpretações
rígidas da lei que eles defendiam. Ao questionar a autoridade de Jesus, eles esperavam desafiá-lo e
possivelmente desacreditá-lo diante do povo.
No entanto, Jesus, com sua sabedoria, virou a mesa, colocando-os em uma posição onde eles mesmos se
encontravam em um dilema. Ao fazer isso, ele não apenas evitou uma armadilha, mas também destacou a
hipocrisia e a falta de sinceridade dos líderes religiosos. A resposta deles, "Não sabemos", revela sua
relutância em reconhecer a verdade e sua preocupação em manter sua posição e reputação diante do povo.
SUMMARIO
Mateus, capítulo 21, versículos 28 a 32 , na Bíblia.
Ela apresenta a Parábola dos Dois Filhos, que Jesus usou para ensinar sobre arrependimento e ação.
Um homem pediu a seus dois filhos que trabalhassem em sua vinha. O primeiro filho inicialmente recusou,
mas depois mudou de ideia e foi. O segundo filho disse que iria, mas não foi. Jesus então perguntou aos
líderes religiosos qual dos filhos fez a vontade do pai. Eles responderam que foi o primeiro filho. Jesus
usou isso para mostrar que, embora os publicanos (coletores de impostos) e as meretrizes fossem vistos
como pecadores, eles se arrependeram e acreditaram na mensagem de João Batista, enquanto os líderes
religiosos, apesar de sua aparente retidão, não o fizeram.
Jesus frequentemente usava parábolas, ou histórias ilustrativas, para ensinar verdades espirituais. Nesta
parábola, ele estava destacando a importância das ações sobre as palavras. Dizer que se fará algo não tem
valor se não for seguido por ação.
A mensagem central aqui é sobre arrependimento genuíno e fé. Os publicanos e meretrizes, apesar de seus
pecados, se arrependeram e acreditaram na mensagem de João Batista, preparando-se para o reino de Deus.
Em contraste, os líderes religiosos, que deveriam ser os primeiros a reconhecer e aceitar a mensagem de
Deus, rejeitaram João e, posteriormente, Jesus.
Jesus estava desafiando os líderes religiosos a refletirem sobre suas próprias ações e crenças, e a
reconhecerem que o arrependimento genuíno e a fé são mais importantes do que a aparência externa de
retidão.
É uma das muitas parábolas que Jesus contou para ensinar verdades espirituais.
Um proprietário plantou uma vinha, preparou tudo o que era necessário para ela prosperar e a alugou para
alguns lavradores. Quando chegou a hora de colher os frutos, ele enviou seus servos para coletá-los. Mas os
lavradores maltrataram e mataram esses servos. O proprietário então enviou mais servos, mas eles também
foram maltratados. Finalmente, ele enviou seu próprio filho, pensando que os lavradores o respeitariam. No
entanto, os lavradores viram o filho como uma ameaça à sua herança e o mataram. Jesus então perguntou o
que o proprietário faria a esses lavradores, ao que foi respondido que ele os puniria severamente e daria a
vinha a outros que lhe dessem os frutos devidos.
A parábola é uma alegoria sobre Israel, os líderes religiosos e a vinda de Jesus. A vinha representa Israel, o
proprietário é Deus, os servos são os profetas que foram enviados a Israel e o filho é Jesus. Os lavradores
representam os líderes religiosos que rejeitaram os profetas e, finalmente, rejeitaram e crucificaram Jesus.
A mensagem central é que, devido à rejeição de Jesus pelos líderes religiosos, o "reino de Deus" seria
tirado deles e dado a outros que produziriam os frutos do reino. A referência à "pedra que os edificadores
rejeitaram" é uma citação do Salmo 118:22-23 e aponta para Jesus como a pedra angular que, embora
rejeitada pelos líderes religiosos, torna-se a pedra principal na obra de Deus.
A parábola foi uma advertência clara aos líderes religiosos da época de Jesus sobre as consequências de
rejeitar o Messias e sua mensagem. Era também uma previsão da rejeição e crucificação de Jesus e da
subsequente expansão do Evangelho aos gentios.
É um dos episódios mais conhecidos dos evangelhos, onde os fariseus tentam colocar Jesus em uma
situação difícil, fazendo-lhe uma pergunta capciosa sobre o pagamento de impostos ao governo romano.
SUMMARIO
Os fariseus, juntamente com os herodianos (partidários do rei Herodes e, portanto, colaboradores com os
romanos), tentaram colocar Jesus em uma situação complicada. Se Jesus dissesse que era lícito pagar o
tributo a César, poderia perder a simpatia do povo judeu, que detestava o domínio romano. Se dissesse que
não era lícito, poderia ser acusado de sedição contra o governo romano.
Jesus, no entanto, respondeu de maneira sábia e inesperada. Ao pedir que lhe mostrassem a moeda do
tributo e perguntar de quem era a imagem e inscrição nela, Ele estava apontando para o fato de que a
moeda já trazia a imagem de César, indicando que pertencia ao domínio romano. Portanto, era apropriado
devolver a César o que era de César. Mas, ao adicionar "e a Deus o que é de Deus", Jesus estava lembrando
a todos que, enquanto certas obrigações podem ser devidas ao governo, obrigações muito maiores são
devidas a Deus.
A resposta de Jesus não apenas evitou a armadilha que lhe foi colocada, mas também ensinou uma lição
importante sobre a relação entre deveres civis e espirituais. Ele reconheceu a autoridade do governo, mas
também enfatizou a primazia da autoridade de Deus.
Nela, os saduceus, que não acreditavam na ressurreição, tentam desafiar Jesus com uma pergunta capciosa
sobre a ressurreição dos mortos.
Os saduceus apresentam a Jesus um cenário hipotético baseado na lei do levirato, uma prática antiga em
Israel onde, se um homem morresse sem deixar filhos, seu irmão deveria casar-se com a viúva para garantir
descendência para o falecido. Eles descrevem uma situação em que uma mulher se casa sucessivamente
com sete irmãos, cada um dos quais morre sem deixar filhos. A questão que eles apresentam a Jesus é: "Na
ressurreição, de qual dos sete ela será esposa, já que todos a tiveram?"
A intenção dos saduceus era colocar Jesus em uma posição difícil, esperando que Ele não pudesse fornecer
uma resposta satisfatória. No entanto, Jesus responde de forma clara e direta, corrigindo o mal-entendido
deles sobre a natureza da ressurreição. Ele explica que, na ressurreição, as pessoas não se casam nem são
dadas em casamento, mas são como os anjos no céu. Em outras palavras, a vida na ressurreição é
fundamentalmente diferente da vida terrena, e as relações humanas, como o casamento, não se aplicam da
mesma maneira.
Além disso, Jesus reafirma a realidade da ressurreição, citando a declaração de Deus a Moisés na sarça
ardente: "Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó". Jesus argumenta que Deus não é
um Deus de mortos, mas de vivos, indicando que Abraão, Isaque e Jacó estão vivos para Deus, mesmo que
tenham morrido fisicamente.
A resposta de Jesus não apenas refuta o desafio dos saduceus, mas também ensina sobre a natureza da
ressurreição e a continuidade da vida após a morte. A multidão, ao ouvir a resposta de Jesus, maravilhou-se
de Sua doutrina.
Nela, um fariseu, que era também um especialista na lei, faz uma pergunta a Jesus sobre qual é o maior
mandamento na lei judaica.
A lei judaica, também conhecida como Torá, contém 613 mandamentos. Estes mandamentos abrangem
uma variedade de tópicos, desde rituais religiosos até regras éticas e morais. A pergunta do fariseu tinha
como objetivo testar Jesus, possivelmente esperando que Ele priorizasse um mandamento em detrimento de
outro, o que poderia ser usado contra Ele.
No entanto, a resposta de Jesus resume toda a essência da lei em dois mandamentos principais. O primeiro,
tirado de Deuteronômio 6:5, é amar a Deus com todo o coração, alma e entendimento. Isso significa que a
SUMMARIO
relação do indivíduo com Deus deve ser a mais profunda e sincera possível, envolvendo todas as facetas de
sua existência.
O segundo mandamento, que é semelhante ao primeiro, é tirado de Levítico 19:18 e diz respeito ao amor ao
próximo. Jesus ensina que amar ao próximo como a si mesmo é fundamental. Este mandamento enfatiza a
importância das relações humanas e da empatia.
Ao concluir, Jesus afirma que toda a lei e os ensinamentos dos profetas dependem desses dois
mandamentos. Em outras palavras, todas as outras regras e regulamentos da Torá podem ser vistos como
extensões ou aplicações desses dois princípios fundamentais: amar a Deus e amar ao próximo.
A resposta de Jesus destaca a essência do que significa viver uma vida reta e justa aos olhos de Deus. Em
vez de se perder na complexidade dos muitos mandamentos, Jesus destaca o coração da mensagem: o amor
a Deus e o amor ao próximo são centrais para a fé e prática judaica.
Nela, Jesus faz uma pergunta aos fariseus sobre a identidade do Messias, também conhecido como o Cristo.
Os fariseus, que eram líderes religiosos e estudiosos da lei judaica, tinham uma compreensão específica
sobre o Messias. Eles acreditavam que o Messias seria um descendente direto do rei Davi e, portanto, o
chamavam de "Filho de Davi". Esta crença é baseada em várias profecias do Antigo Testamento que falam
de um descendente de Davi que reinará como rei.
Jesus, conhecendo essa crença, coloca uma questão intrigante para eles. Ele cita o Salmo 110:1, que é
atribuído a Davi. No salmo, Davi se refere ao Messias como "meu Senhor". Jesus questiona como o
Messias pode ser chamado de "Senhor" por Davi se ele é considerado seu descendente ou "filho".
A questão de Jesus destaca uma compreensão mais profunda do Messias. Ele não está negando que o
Messias seja descendente de Davi, mas está apontando para a natureza divina do Messias. Em outras
palavras, o Messias não é apenas um rei terreno na linhagem de Davi, mas também tem uma natureza
divina, sendo chamado de "Senhor" por Davi.
Os fariseus, confrontados com essa pergunta, não conseguem responder. A questão de Jesus desafia sua
compreensão tradicional e limitada do Messias e destaca a verdadeira natureza e identidade do Cristo.
Esta passagem também serve para enfatizar a autoridade e sabedoria de Jesus. Ele frequentemente usava
perguntas e parábolas para ensinar verdades profundas e desafiar as concepções errôneas das pessoas sobre
Deus, o reino e a salvação.
Jesus alertou as pessoas sobre os líderes religiosos da época, os escribas e fariseus. Ele disse que, embora
esses líderes ensinassem a Lei de Moisés, eles não a praticavam. Eles colocavam regras pesadas sobre as
pessoas, mas não as ajudavam. Eles faziam coisas apenas para serem vistos e elogiados pelos outros. Jesus
também disse que ninguém deveria ser chamado de "mestre" ou "pai" em um sentido espiritual, porque
todos são iguais sob Deus. Ele enfatizou a importância da humildade, dizendo que quem se exalta será
humilhado e quem se humilha será exaltado.
Neste trecho, Jesus está abordando a hipocrisia dos líderes religiosos de sua época. Ele destaca a diferença
entre o que eles ensinam e como realmente vivem. Os "fardos pesados" referem-se às muitas regras e
regulamentos que esses líderes impunham ao povo, mas eles mesmos não faziam esforço para segui-los.
Os "filactérios" eram pequenas caixas contendo versículos das Escrituras, que eram amarradas na testa e no
braço. As "franjas" eram tiras de tecido nas bordas das vestes, usadas para lembrar os judeus dos
SUMMARIO
mandamentos de Deus. Jesus está criticando os líderes religiosos por exagerarem nesses símbolos externos
de piedade, mas negligenciarem a verdadeira justiça e misericórdia.
Jesus também aborda a questão dos títulos religiosos. Ele adverte contra a busca de títulos e posições de
honra, lembrando a todos que, no reino de Deus, a verdadeira grandeza vem do serviço humilde aos outros.
Em resumo, Jesus está chamando as pessoas a uma fé genuína, que se manifesta em ações sinceras e
humildade, em vez de uma religiosidade superficial e exibicionista.
Jesus critica fortemente os escribas e fariseus, chamando-os de hipócritas. Ele os acusa de impedir que as
pessoas entrem no reino dos céus, de explorar as viúvas, de fazer esforços extremos para converter pessoas
e depois levá-las por um caminho errado, e de ter uma compreensão distorcida sobre o que é sagrado,
dando mais valor às coisas materiais do que ao verdadeiro significado espiritual.
Neste segmento, Jesus continua sua crítica aos líderes religiosos, destacando suas falhas e hipocrisias. Ele
começa acusando-os de serem um obstáculo para aqueles que buscam o reino dos céus. Em vez de guiar as
pessoas para Deus, eles as estão impedindo de se aproximarem.
No versículo 14, Jesus menciona a exploração das viúvas. Naquela época, as viúvas eram particularmente
vulneráveis, e os líderes religiosos, em vez de cuidar delas, as exploravam financeiramente. Além disso,
eles faziam "longas orações" para parecerem piedosos, mas suas ações mostravam o contrário.
O versículo 15 destaca o zelo missionário dos escribas e fariseus. Eles viajariam grandes distâncias para
converter alguém ao judaísmo, mas depois de convertidos, esses novos seguidores eram mal orientados e se
tornavam ainda mais perdidos.
Nos versículos 16 a 19, Jesus critica a maneira como os líderes religiosos entendiam os votos e o que era
considerado sagrado. Eles davam mais valor ao ouro do templo do que ao próprio templo, e mais valor à
oferta no altar do que ao próprio altar. Jesus está destacando a inversão de valores, onde o material e o
superficial eram mais valorizados do que o verdadeiro significado espiritual.
Em resumo, Jesus está expondo a hipocrisia e a corrupção dos líderes religiosos, chamando-os a uma
verdadeira compreensão e prática da fé.
Jesus explica que quando alguém jura por algo sagrado, está jurando por tudo o que ele representa. Ele
então critica os escribas e fariseus por se concentrarem em pequenos detalhes da lei, como dar o dízimo de
ervas, mas negligenciar as partes mais importantes, como justiça, misericórdia e fé. Ele os chama de "guias
cegos" por se concentrarem em pequenas coisas e perderem o quadro geral. Jesus também os critica por se
preocuparem apenas com aparências, mantendo uma fachada de pureza, enquanto seu interior está
corrompido.
Nos versículos 20 a 22, Jesus destaca a seriedade de fazer um juramento em nome de algo sagrado. Ele
enfatiza que, ao jurar por algo, você está jurando por tudo o que ele representa. Por exemplo, jurar pelo
altar não é apenas sobre o altar físico, mas sobre tudo o que ele simboliza e tudo o que está sobre ele.
No versículo 23, Jesus critica os líderes religiosos por sua hipocrisia. Eles são meticulosos em dar o dízimo
até mesmo das menores ervas, como hortelã, endro e cominho, mas negligenciam os aspectos mais
profundos e significativos da lei, como justiça, misericórdia e fé. Isso mostra uma compreensão superficial
e distorcida da lei.
SUMMARIO
O versículo 24 contém uma metáfora poderosa. "Coar um mosquito e engolir um camelo" é uma expressão
que destaca a ironia de evitar pequenos erros (representados pelo mosquito) enquanto se comete grandes
injustiças (representadas pelo camelo).
No versículo 25, Jesus continua sua crítica, apontando a preocupação dos líderes religiosos com as
aparências externas, enquanto seu interior está cheio de ganância e excesso. Eles podem parecer puros por
fora, mas por dentro estão corrompidos.
Em resumo, Jesus está chamando os líderes religiosos a uma verdadeira compreensão e prática da fé, em
vez de se concentrar em formalidades externas e negligenciar o coração da mensagem.
Jesus compara os escribas e fariseus a copos limpos por fora, mas sujos por dentro, e a túmulos brancos que
parecem bonitos por fora, mas estão cheios de ossos e impurezas por dentro. Ele os critica por honrar os
profetas com palavras e monumentos, mas, ao mesmo tempo, agir de maneira contrária aos ensinamentos
dos profetas. Jesus sugere que eles são tão culpados quanto seus antepassados que mataram os profetas.
Nos versículos 26 a 28, Jesus usa metáforas poderosas para destacar a hipocrisia dos líderes religiosos. Ele
compara sua pureza superficial a um copo que é limpo por fora, mas sujo por dentro, e a túmulos que são
pintados de branco para parecerem bonitos, mas que contêm morte e decomposição por dentro. Essas
comparações ressaltam a ideia de que a verdadeira pureza e retidão não são apenas sobre aparências
externas, mas sobre a condição do coração e da alma.
Nos versículos 29 a 31, Jesus critica os líderes religiosos por sua falsa veneração aos profetas. Embora
construam monumentos e falem com reverência sobre os profetas do passado, suas ações mostram que eles
não internalizaram ou viveram os ensinamentos desses profetas. Ao afirmar que não teriam participado da
perseguição e morte dos profetas se vivessem naquela época, eles inadvertidamente admitem sua própria
hipocrisia.
O versículo 32 é uma condenação direta, onde Jesus desafia os líderes religiosos a continuar o legado de
seus antepassados, sugerindo que eles são tão culpados quanto aqueles que vieram antes deles.
Em essência, Jesus está chamando os líderes religiosos a refletirem sobre suas ações e a reconhecerem sua
própria hipocrisia. Ele os desafia a buscar uma verdadeira compreensão e prática da fé, em vez de se
concentrar em aparências e tradições vazias.
Jesus chama os escribas e fariseus de serpentes e víboras, questionando como eles escaparão da
condenação. Ele diz que enviará profetas, sábios e escribas, mas eles serão perseguidos, mortos e
crucificados por esses líderes religiosos. Jesus afirma que a culpa de todo o sangue justo derramado, desde
Abel até Zacarias, recairá sobre essa geração de líderes.
Nos versículos 33 a 36, a repreensão de Jesus aos escribas e fariseus atinge seu ápice. Ele usa linguagem
forte, chamando-os de "serpentes" e "raça de víboras", que são termos associados à maldade e engano. Ao
fazer isso, Jesus está destacando a gravidade de suas ações e atitudes hipócritas.
No versículo 34, Jesus profetiza que, apesar da rejeição e perseguição que os profetas, sábios e escribas
enfrentarão, Ele continuará a enviá-los. Esta é uma referência à contínua rejeição e perseguição que os
mensageiros de Deus enfrentaram ao longo da história bíblica.
O versículo 35 amplia essa ideia, ligando a perseguição futura à violência do passado. Jesus menciona o
sangue de Abel, o primeiro mártir registrado na Bíblia, e o sangue de Zacarias, um dos últimos mártires do
SUMMARIO
Antigo Testamento. Ao fazer isso, Ele está dizendo que a responsabilidade por todo o sangue derramado
injustamente, desde o início dos tempos até o presente, recairá sobre esses líderes religiosos.
Finalmente, no versículo 36, Jesus declara que todas essas consequências virão sobre "esta geração",
referindo-se à geração atual de líderes religiosos e pessoas que os seguem. Esta é uma condenação direta e
um aviso sobre o julgamento iminente devido à sua rejeição e tratamento dos mensageiros de Deus.
Em resumo, Jesus está chamando os líderes religiosos a prestar contas por sua hipocrisia e rejeição
contínua da verdade. Ele os adverte sobre as graves consequências de suas ações e os desafia a reconhecer
e se arrepender de seus erros.
Jesus expressa sua tristeza por Jerusalém, uma cidade que mata profetas e rejeita aqueles que Deus envia.
Ele compara seu desejo de proteger a cidade ao de uma galinha que quer reunir seus pintinhos sob suas
asas. No entanto, Jerusalém não aceitou esse cuidado. Por causa disso, Jesus diz que a cidade será
abandonada e que eles não o verão novamente até reconhecerem e saudarem aquele que vem em nome do
Senhor.
Nos versículos 37 a 39 de Mateus 23, Jesus expressa um profundo lamento por Jerusalém. Esta cidade, que
deveria ser o centro espiritual de Israel, repetidamente rejeitou e matou os profetas que Deus enviou para
chamá-la ao arrependimento.
O desejo de Jesus de "ajuntar" os habitantes de Jerusalém é uma imagem poderosa de proteção e cuidado.
Ele usa a metáfora de uma galinha protegendo seus pintinhos para ilustrar seu amor compassivo e desejo de
proteger a cidade dos perigos iminentes. No entanto, a triste realidade é que Jerusalém não quis ser
protegida ou guiada por Ele.
No versículo 38, a declaração de que a "casa" de Jerusalém está "abandonada" é uma profecia sombria.
Jesus está prevendo a destruição iminente de Jerusalém, que ocorreria em 70 d.C. pelas mãos dos romanos.
A rejeição contínua de Jerusalém ao Messias e sua mensagem teria consequências devastadoras.
O versículo 39 contém uma nota de esperança, mas também um aviso. Jesus indica que haverá um tempo
em que Jerusalém o reconhecerá e o saudará como aquele que "vem em nome do Senhor". Esta é uma
referência ao futuro arrependimento e restauração de Israel.
Em resumo, este trecho reflete o coração partido de Jesus por uma cidade que Ele ama profundamente, mas
que continuamente rejeita sua mensagem e missão. Ele lamenta as consequências dessa rejeição, mas
também olha com esperança para um futuro de reconciliação.
Os discípulos perguntam a Jesus sobre os sinais de sua segunda vinda e do fim do mundo. Jesus os adverte
sobre enganos, guerras, fomes e terremotos. Ele também fala sobre perseguições e o aumento da
iniquidade. No entanto, destaca que o evangelho será pregado em todo o mundo antes do fim.
No início deste trecho, os discípulos de Jesus fazem uma pergunta crucial sobre o fim dos tempos e a
segunda vinda de Cristo. A resposta de Jesus é uma série de advertências e descrições de eventos que
precederão esse momento crucial.
Ele começa alertando sobre o engano. Muitos virão em nome de Jesus, proclamando ser o Messias, e
enganarão muitas pessoas. Isso destaca a importância de discernir e conhecer verdadeiramente quem é
Jesus.
SUMMARIO
Jesus também fala sobre conflitos globais, como guerras e rumores de guerras. Estes são sinais dos tempos,
mas não necessariamente indicam o fim imediato. Ele menciona desastres naturais, como fomes e
terremotos, que ocorrerão em diferentes lugares.
A perseguição aos seguidores de Cristo será intensa. Eles serão torturados, mortos e odiados por causa do
nome de Jesus. Durante esses tempos difíceis, muitos se afastarão da fé, trairão uns aos outros e o amor de
muitos esfriará. A iniquidade aumentará, mas aqueles que permanecerem firmes em sua fé até o fim serão
salvos.
Um ponto crucial é que, apesar de todas essas tribulações, o evangelho será pregado em todo o mundo. Isso
serve como um testemunho para todas as nações e é um pré-requisito para o fim chegar.
Em resumo, Jesus descreve um período de grande tribulação e desafio para seus seguidores. No entanto, há
uma esperança subjacente: apesar das adversidades, o evangelho se espalhará por todo o mundo, e aqueles
que permanecerem fiéis serão recompensados.
Jesus adverte sobre um evento chamado "abominação da desolação" no lugar santo. Quando isso acontecer,
aqueles na Judéia devem fugir rapidamente para os montes. Aqueles em suas casas ou campos não devem
voltar para pegar seus pertences. Será um tempo especialmente difícil para as mulheres grávidas e as que
estiverem amamentando.
Neste trecho, Jesus faz referência a uma profecia do livro de Daniel, especificamente sobre um evento
chamado "abominação da desolação". Embora haja debates sobre o que exatamente isso significa, muitos
estudiosos acreditam que se refere a um ato de profanação no Templo de Jerusalém. No contexto histórico,
isso pode estar relacionado à profanação do Templo por Antíoco IV Epifânio no século II a.C. ou a um
evento futuro relacionado ao fim dos tempos.
Jesus enfatiza a urgência da situação. Quando esse sinal aparecer, aqueles na Judéia (a região ao redor de
Jerusalém) devem fugir imediatamente para os montes, buscando refúgio. A urgência é tão grande que
aqueles que estiverem em suas casas ou campos não devem perder tempo pegando seus pertences. Eles
devem fugir imediatamente.
O versículo 19 destaca a gravidade da situação, especialmente para mulheres grávidas e mães que
amamentam. Isso sugere que as condições serão extremamente difíceis e perigosas, tornando a fuga e a
sobrevivência particularmente desafiadoras para esses grupos.
Em resumo, Jesus está alertando seus seguidores sobre um evento profético significativo e as
consequências devastadoras que ele trará. Ele enfatiza a necessidade de estar alerta e preparado para agir
rapidamente quando os sinais aparecerem.
Jesus afirma que a geração presente verá todos os eventos proféticos que Ele mencionou. Embora o céu e a
terra possam passar, as palavras de Jesus permanecerão para sempre. Ninguém sabe o dia exato ou a hora
da vinda de Jesus, exceto Deus Pai. Assim como as pessoas nos dias de Noé continuaram suas vidas diárias
sem perceber o dilúvio iminente, a vinda do Filho do Homem também será inesperada.
Neste trecho, Jesus continua sua explicação sobre os eventos do fim dos tempos. Ele começa com uma
afirmação audaciosa de que a geração atual não passará até que todas as profecias se cumpram. Isso tem
sido objeto de muitos debates teológicos, com interpretações variadas sobre o que Jesus quis dizer com
"esta geração".
SUMMARIO
Jesus enfatiza a eternidade e a infalibilidade de Suas palavras, contrastando-as com a natureza transitória do
céu e da terra. Esta é uma declaração poderosa sobre a autoridade e a confiabilidade de Suas palavras.
O versículo 36 destaca a incerteza em torno do tempo exato da segunda vinda de Cristo. Enquanto muitos
tentaram prever essa data ao longo da história, Jesus deixa claro que apenas Deus Pai conhece esse
momento.
Jesus então faz uma comparação com os dias de Noé. Nos dias que antecederam o dilúvio, as pessoas
continuaram suas atividades diárias, alheias ao julgamento iminente. Da mesma forma, muitos serão pegos
de surpresa pela vinda do Filho do Homem. A mensagem aqui é clara: é essencial estar sempre vigilante e
preparado, pois a vinda de Jesus será inesperada e repentina.
Em resumo, Jesus enfatiza a certeza de Sua segunda vinda e a necessidade de constante vigilância e
preparação. Ele exorta seus seguidores a não serem pegos de surpresa, assim como muitos foram durante o
tempo de Noé.
Jesus instrui seus seguidores a estarem sempre alertas, pois não sabem quando Ele retornará. Ele compara
Sua vinda inesperada à de um ladrão à noite. Se as pessoas soubessem quando o ladrão viria, estariam
preparadas. Da mesma forma, o Filho do Homem virá em um momento inesperado. Jesus questiona quem é
o servo fiel que continua a fazer o trabalho do Senhor enquanto espera por Ele. Aquele que for encontrado
fazendo a vontade de Deus será abençoado.
Neste segmento, Jesus continua a enfatizar a importância da vigilância e da preparação para Sua segunda
vinda. Ele usa a analogia de um ladrão que vem inesperadamente para ilustrar a súbita e imprevisível
natureza de Sua vinda. A mensagem é clara: assim como um dono de casa estaria em guarda se soubesse
quando um ladrão viria, os seguidores de Cristo devem estar constantemente vigilantes, pois Sua vinda será
inesperada.
Jesus, então, muda o foco para a fidelidade e a diligência na obra de Deus. Ele apresenta a figura de um
servo, encarregado de cuidar dos outros serviçais e de fornecer-lhes sustento. A questão é: quem é esse
servo que permanece fiel e prudente na ausência de seu mestre? A resposta é dada no versículo 46, onde
Jesus declara que o servo que é encontrado fielmente fazendo a obra de Deus será considerado "bem-
aventurado" ou abençoado.
A mensagem subjacente é que, enquanto os seguidores de Cristo aguardam Sua segunda vinda, eles devem
continuar a viver de acordo com Seus ensinamentos e a fazer Sua obra na Terra. A fidelidade e a diligência
na obra de Deus não só são recompensadas, mas também são um testemunho do caráter e da dedicação do
servo a seu Senhor.
Em resumo, Jesus destaca a importância de estar sempre alerta e preparado para Sua vinda, enquanto
simultaneamente enfatiza a necessidade de fidelidade e diligência na obra de Deus. Ele encoraja seus
seguidores a viverem vidas de constante vigilância, dedicação e serviço fiel.
Jesus diz que o servo fiel será recompensado e colocado em uma posição de grande responsabilidade. No
entanto, se um servo pensar que seu mestre está demorando e começar a agir de maneira errada,
maltratando outros e vivendo de forma imprudente, o mestre voltará inesperadamente. Esse servo infiel
será severamente punido e colocado entre os hipócritas, onde haverá grande tristeza e desespero.
Continuando a parábola do servo fiel e prudente, Jesus apresenta um contraste entre o servo fiel e o infiel.
O servo fiel, que age com responsabilidade e cuidado na ausência de seu mestre, é recompensado e
confiado com ainda mais responsabilidades. Esta é uma representação daqueles que, na ausência física de
SUMMARIO
Jesus, continuam a viver de acordo com Seus ensinamentos e a fazer a obra de Deus na Terra. Eles serão
recompensados no Reino dos Céus.
Por outro lado, o "mau servo" representa aqueles que, pensando que a volta de Jesus está distante ou que
Ele pode nem mesmo retornar, começam a viver de maneira imprudente e egoísta. Eles maltratam outros e
se entregam a prazeres mundanos. No entanto, Jesus adverte que o retorno do Mestre será inesperado e o
servo infiel será pego de surpresa. A punição para tal comportamento é severa. O servo é "cortado pelo
meio", uma expressão que indica uma punição rigorosa, e é colocado entre os hipócritas, um lugar de
grande tristeza e desespero.
A mensagem central desta parábola é clara: enquanto esperamos pelo retorno de Jesus, devemos viver vidas
de fidelidade, diligência e amor ao próximo. A complacência e a infidelidade têm consequências eternas.
Jesus encoraja seus seguidores a permanecerem vigilantes e fiéis, independentemente de quão longa possa
parecer a espera, pois a recompensa pela fidelidade é grande, assim como a punição pela infidelidade.
Dez virgens foram ao encontro de um noivo com suas lâmpadas. Cinco delas, chamadas insensatas, não
levaram azeite extra, enquanto as outras cinco, chamadas prudentes, levaram azeite extra. Quando o noivo
demorou, todas adormeceram. À meia-noite, um grito anunciou a chegada do noivo. Todas acenderam suas
lâmpadas, mas as insensatas perceberam que seu azeite havia acabado. Elas pediram às prudentes, mas
foram aconselhadas a comprar mais azeite. Enquanto estavam fora, o noivo chegou e a porta foi fechada.
Quando as insensatas retornaram, pediram para entrar, mas o noivo disse que não as conhecia. A lição é
estar sempre preparado.
Esta parábola é uma das muitas histórias que Jesus contou para transmitir ensinamentos espirituais através
de situações cotidianas. O cenário é um casamento, um evento comum, mas com implicações profundas
sobre a preparação e vigilância.
As "dez virgens" representam aqueles que esperam a segunda vinda de Cristo. As "lâmpadas" simbolizam a
fé e as boas obras que acompanham a verdadeira fé. O "azeite" é uma representação do Espírito Santo e da
verdadeira preparação espiritual. A chegada inesperada do "noivo" (Jesus) destaca a natureza imprevisível
de Sua segunda vinda.
As "virgens insensatas" não estavam preparadas para a chegada do noivo porque não tinham azeite
suficiente. Isso indica uma falta de verdadeira preparação espiritual e uma fé superficial. Por outro lado, as
"virgens prudentes" estavam preparadas e puderam entrar na festa de casamento, representando a
recompensa eterna no Reino dos Céus.
Um homem, antes de viajar, entregou seus bens a três servos: o primeiro recebeu cinco talentos, o segundo
dois e o terceiro um, de acordo com suas habilidades. O primeiro e o segundo dobraram seus talentos
através do comércio, enquanto o terceiro escondeu o seu no chão. Quando o homem retornou, ele elogiou e
recompensou os dois primeiros servos por sua fidelidade e diligência. No entanto, repreendeu o terceiro
servo por sua inatividade e medo.
A Parábola dos Talentos é uma narrativa que Jesus usou para ensinar sobre a responsabilidade e a
expectativa de que cada pessoa use sabiamente os recursos e habilidades que lhe são confiados. Nesta
história, "talentos" não se referem a habilidades ou dons, mas a uma medida de peso ou valor,
frequentemente usada para dinheiro.
SUMMARIO
Os primeiros dois servos representam aqueles que usam ativamente e multiplicam os dons e recursos que
Deus lhes deu, seja em termos de habilidades, tempo, conhecimento ou recursos materiais. Eles são
elogiados não apenas pelo resultado, mas também por sua diligência e fidelidade.
O terceiro servo, por outro lado, representa aqueles que, por medo ou preguiça, não usam o que Deus lhes
deu. Ele entendeu mal o caráter de seu mestre e, em vez de investir o talento, escolheu escondê-lo. Sua
inação não foi vista como uma abordagem cautelosa, mas como uma falha em cumprir sua
responsabilidade.
A mensagem central da parábola é a importância de ser fiel com o que nos é confiado e a expectativa de
que devemos trabalhar e investir em prol do Reino de Deus. Além disso, destaca a ideia de que Deus
recompensa a fidelidade e a diligência, enquanto a inatividade e o medo podem levar à perda.
O mestre repreendeu o servo inativo, dizendo que, no mínimo, ele deveria ter depositado o dinheiro no
banco para ganhar juros. Como punição, o talento do servo inativo foi dado ao servo que tinha dez talentos.
O mestre enfatizou que quem tem mais receberá ainda mais, enquanto quem tem pouco perderá até o que
tem. O servo inativo foi então expulso para um lugar de sofrimento.
A continuação da Parábola dos Talentos destaca as consequências da inatividade e do medo. O mestre,
representando Deus nesta parábola, expressa sua expectativa de que mesmo a menor ação (como depositar
dinheiro no banco) teria sido preferível à completa inatividade.
A transferência do talento do servo inativo para o servo mais produtivo ilustra um princípio frequentemente
mencionado nas Escrituras: a recompensa pela fidelidade e diligência. Aqueles que são fiéis e usam bem o
que lhes é confiado são frequentemente confiados com mais, enquanto aqueles que são infiéis ou inativos
podem perder o que têm.
A referência ao "choro e ranger de dentes" e às "trevas exteriores" é uma imagem simbólica do julgamento
e da separação de Deus. No contexto mais amplo das Escrituras, essa linguagem é frequentemente usada
para descrever a realidade da condenação e do castigo para aqueles que rejeitam a Deus e seus caminhos.
A mensagem final da parábola é clara: é esperado que os seguidores de Jesus sejam ativos e fiéis em sua
vida, usando os dons e recursos que lhes são confiados para o bem do Reino de Deus. A inatividade e o
medo não são apenas desaprovados, mas têm consequências eternas.
Quando Jesus retornar em sua majestade, acompanhado de anjos, ele julgará todas as nações. Ele separará
as pessoas como um pastor separa ovelhas de cabritos. As ovelhas, representando os justos, serão colocadas
à sua direita e os cabritos, representando os injustos, à sua esquerda. Jesus elogiará e recompensará aqueles
à sua direita por suas boas ações, como alimentar os famintos, dar água aos sedentos, acolher estrangeiros,
vestir os nus, cuidar dos doentes e visitar os presos. Quando essas pessoas perguntarem quando fizeram
essas coisas para Jesus, ele responderá que, ao fazerem isso para os menos afortunados, estavam fazendo
para ele.
Este trecho do livro de Mateus é uma das passagens mais poderosas sobre o julgamento final e a
importância das obras de misericórdia. Jesus descreve uma cena onde ele, como o Rei divino, julgará todas
as pessoas com base em suas ações.
A analogia das ovelhas e cabritos é usada para ilustrar a separação entre os justos e os injustos. As ovelhas,
tradicionalmente vistas como animais mais dóceis e obedientes, representam aqueles que seguiram os
ensinamentos de Jesus e praticaram atos de bondade e misericórdia. Os cabritos, por outro lado, são vistos
como mais teimosos e rebeldes, representando aqueles que negligenciaram as necessidades dos outros.
SUMMARIO
O que é notável aqui é que o critério para o julgamento não é baseado em rituais religiosos, crenças ou
proclamações de fé, mas em ações concretas de amor e cuidado para com os necessitados. Jesus identifica-
se tão intimamente com os "menos destes" que qualquer ato de bondade para com eles é visto como um ato
de bondade para com o próprio Jesus.
A mensagem central desta passagem é a ênfase na prática da justiça, misericórdia e amor ao próximo. Não
é suficiente apenas professar fé em Jesus; essa fé deve ser manifestada em ações tangíveis de amor e
cuidado para com os outros, especialmente os mais vulneráveis da sociedade.
Aqueles à esquerda de Jesus, representando os injustos, perguntarão quando viram Jesus necessitado e não
o ajudaram. Jesus responderá que, ao não ajudar os mais vulneráveis e necessitados, eles estavam, na
verdade, negligenciando o próprio Jesus. Como resultado, essas pessoas serão condenadas ao castigo
eterno, enquanto os justos, que serviram aos necessitados, entrarão na vida eterna.
Esta passagem é a continuação do julgamento final descrito em Mateus 25. Depois de elogiar e
recompensar os justos por suas boas ações, Jesus agora se dirige àqueles que não ajudaram os necessitados.
A resposta de Jesus a essas pessoas destaca a profunda conexão entre o amor a Deus e o amor ao próximo.
Ao negligenciar os necessitados, eles estavam, de fato, negligenciando o próprio Jesus. Esta ideia reforça a
mensagem central do ensino de Jesus sobre a importância das obras de misericórdia e a responsabilidade de
cuidar dos "menos destes".
A consequência de suas ações (ou falta delas) é clara: aqueles que não mostraram amor e compaixão serão
condenados ao castigo eterno. Em contraste, os justos, que viveram de acordo com os ensinamentos de
Jesus e mostraram amor ao próximo, serão recompensados com a vida eterna.
Esta passagem serve como um lembrete poderoso da responsabilidade moral e espiritual de cada indivíduo
de cuidar dos outros, especialmente dos mais vulneráveis. Também destaca a ideia de que a verdadeira
religião não se trata apenas de rituais e crenças, mas de como tratamos os outros em nosso dia a dia.
Uma mulher se aproxima de Jesus com um vaso de alabastro contendo um bálsamo valioso e o derrama
sobre a cabeça de Jesus. Os discípulos se irritam, pensando no dinheiro que poderia ser obtido com a venda
do bálsamo para ajudar os pobres. Jesus defende a mulher, explicando que ela o ungiu para sua futura
sepultura e que essa ação será lembrada sempre que o evangelho for pregado.
Esta passagem ocorre pouco antes da crucificação de Jesus e destaca a importância do sacrifício e da
devoção. A mulher, ao derramar o bálsamo precioso sobre Jesus, demonstra uma profunda reverência e
amor por Ele, reconhecendo sua divindade e o significado iminente de sua morte.
Os discípulos, por outro lado, veem a ação da mulher como um desperdício material. Eles argumentam que
o bálsamo poderia ter sido vendido e o dinheiro usado para ajudar os pobres. No entanto, Jesus os corrige,
destacando a importância do momento e o significado espiritual da ação da mulher. Ele enfatiza que,
enquanto sempre haverá oportunidades de ajudar os pobres, Ele não estará fisicamente com eles para
sempre.
Ao dizer que a mulher o ungiu para sua sepultura, Jesus antecipa sua morte e ressurreição. Ele reconhece o
sacrifício da mulher como uma preparação para seu próprio sacrifício iminente na cruz.
Finalmente, Jesus profetiza que a ação da mulher será lembrada e contada sempre que o evangelho for
pregado. Isso destaca a eternidade e o impacto duradouro das ações feitas em amor e devoção genuínos.
SUMMARIO
A passagem nos lembra da importância de reconhecer e honrar a divindade de Jesus, e de que o verdadeiro
valor de um ato não é sempre medido em termos materiais, mas em seu significado espiritual e eterno.
Durante uma refeição, Jesus revela que um de seus discípulos o trairá. Os discípulos ficam muito
perturbados e começam a perguntar se são eles os traidores. Jesus indica que o traidor é aquele que come
com Ele, referindo-se a Judas. Ele lamenta a traição, dizendo que seria melhor para o traidor nunca ter
nascido. Judas, querendo confirmar, pergunta a Jesus se é ele o traidor, ao que Jesus responde
afirmativamente.
Esta passagem ocorre durante a Última Ceia, um dos momentos mais significativos do Novo Testamento.
Jesus está reunido com seus discípulos para compartilhar uma refeição antes de sua crucificação. Durante a
refeição, Ele faz uma revelação chocante: um de seus discípulos o trairá.
A reação dos discípulos é de profunda tristeza e confusão. Cada um deles, em sua inocência e lealdade,
questiona se poderia ser o traidor. Isso demonstra o profundo amor e lealdade que eles sentem por Jesus,
bem como a surpresa e a incredulidade diante da ideia de que um deles poderia traí-Lo.
Jesus, em sua resposta, não nomeia diretamente Judas como o traidor, mas dá uma pista ao mencionar
aquele que come com Ele. Esta é uma referência ao ato de Judas mergulhar o pão no prato com Jesus, um
sinal de intimidade e camaradagem, tornando a traição ainda mais dolorosa.
A declaração de Jesus sobre a gravidade da traição - que seria melhor para o traidor nunca ter nascido -
sublinha a profundidade da traição e o impacto que terá nos eventos futuros, levando à crucificação de
Jesus.
Judas, talvez sentindo a gravidade da situação e buscando alguma forma de confirmação, pergunta
diretamente a Jesus se ele é o traidor. A resposta de Jesus, "Tu o disseste", é uma confirmação direta,
selando o destino de Judas e os eventos que se seguirão.
Esta passagem destaca a natureza humana, a traição e as consequências de nossas ações, ao mesmo tempo
que prepara o cenário para os eventos cruciais da Paixão de Cristo.
Durante a refeição, Jesus pega um pedaço de pão, abençoa, parte e dá aos discípulos, dizendo que
representa Seu corpo. Em seguida, Ele pega um cálice, agradece e pede que todos bebam, explicando que
representa Seu sangue, derramado para perdoar pecados. Jesus também menciona que não beberá vinho
novamente até que possa fazê-lo no reino de Deus.
Esta passagem é um momento central no Novo Testamento e tem um significado profundo para os cristãos.
Ocorre durante a Última Ceia, a última refeição que Jesus compartilha com Seus discípulos antes de Sua
crucificação.
Ao pegar o pão e o vinho, Jesus estabelece um ritual que se tornará um dos sacramentos centrais do
cristianismo: a Eucaristia ou a Ceia do Senhor. Ele usa o pão e o vinho como símbolos de Seu corpo e
sangue, respectivamente, indicando o sacrifício que está prestes a fazer pela humanidade. Ao dizer "isto é o
meu corpo" e "isto é o meu sangue", Jesus não está falando literalmente, mas simbolizando Seu sacrifício
iminente na cruz.
O "sangue do pacto" refere-se ao novo pacto ou aliança que Jesus está estabelecendo entre Deus e a
humanidade. No Antigo Testamento, os pactos eram frequentemente selados com sangue, e aqui, Jesus está
usando essa linguagem para indicar a nova aliança que será estabelecida através de Seu sacrifício.
SUMMARIO
A menção de Jesus sobre não beber vinho até o reino de Deus tem um tom de despedida. Ele está
antecipando Sua morte, ressurreição e eventual retorno. É uma promessa de que, embora Ele esteja
partindo, haverá uma reunião futura no reino de Deus.
Para os cristãos, esta passagem é a base da celebração da Eucaristia ou Comunhão, onde os fiéis se reúnem
para lembrar o sacrifício de Jesus e reafirmar sua fé Nele. É um momento de reflexão, gratidão e comunhão
com Deus e com outros crentes.
Jesus avisa a seus discípulos que eles o abandonarão naquela noite, citando uma profecia sobre o pastor ser
ferido e as ovelhas se dispersarem. Ele também menciona que, após Sua ressurreição, os encontrará na
Galiléia. Pedro, confiante, diz que nunca abandonará Jesus. No entanto, Jesus prevê que Pedro o negará três
vezes antes do amanhecer. Pedro insiste que nunca faria isso, assim como os outros discípulos.
Esta passagem ocorre pouco antes da prisão de Jesus e destaca a fragilidade humana dos discípulos em face
da adversidade. Jesus, ciente dos eventos que estão prestes a se desenrolar, tenta preparar seus discípulos
para o que está por vir.
A citação "Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho se dispersarão" é uma referência ao livro de Zacarias
13:7. É uma profecia que indica que, quando o líder (ou pastor) é atacado, seus seguidores (ou ovelhas) se
dispersarão em medo e confusão.
Pedro, um dos discípulos mais próximos e leais de Jesus, reage com uma declaração ousada de fidelidade.
Ele acredita sinceramente que sua lealdade a Jesus é inabalável. No entanto, Jesus, com seu conhecimento
divino, prevê que Pedro, apesar de suas boas intenções, o negará três vezes em um curto espaço de tempo.
A negação de Pedro é significativa porque destaca a natureza falível do ser humano. Mesmo os mais leais e
bem-intencionados podem falhar em momentos de medo e pressão. A previsão de Jesus não é uma
condenação de Pedro, mas sim uma revelação da realidade humana. Mais tarde, após a ressurreição de
Jesus, Pedro é restaurado e desempenha um papel fundamental na propagação do cristianismo.
A menção de Jesus sobre se reunir com os discípulos na Galiléia após Sua ressurreição é uma promessa de
esperança e restauração. Ele está assegurando aos discípulos que, apesar das provações iminentes, haverá
um reencontro e uma continuação de sua missão.
Jesus leva seus discípulos a um jardim chamado Getsêmani. Ele pede que fiquem e vigiem enquanto Ele
vai orar. Levando Pedro e os dois filhos de Zebedeu, Jesus começa a se sentir muito triste e angustiado. Ele
diz a eles sobre sua profunda tristeza e pede que fiquem vigilantes. Jesus se afasta um pouco, se ajoelha e
ora fervorosamente, pedindo a Deus que, se possível, evite o sofrimento que está por vir. No entanto, Ele
também expressa sua submissão à vontade de Deus.
Esta passagem ocorre pouco antes da prisão de Jesus e é um momento crucial que destaca a humanidade de
Jesus em contraste com sua divindade. O jardim de Getsêmani, localizado no Monte das Oliveiras, é o
cenário de uma das orações mais intensas e pessoais de Jesus.
Jesus, sabendo dos eventos que estão prestes a acontecer (Sua prisão, julgamento e crucificação), está
profundamente angustiado. A frase "A minha alma está triste até a morte" reflete a profundidade de sua
angústia. Ele não apenas antecipa o sofrimento físico da crucificação, mas também o peso espiritual de
carregar os pecados da humanidade.
Ao se prostrar e orar, Jesus demonstra humildade e submissão total à vontade de Deus. O "cálice" que Ele
menciona simboliza o sofrimento e sacrifício que está prestes a enfrentar. Embora Jesus expresse seu
SUMMARIO
desejo natural de evitar tal sofrimento ("se é possível, passa de mim este cálice"), Ele também reafirma sua
dedicação à missão divina e à vontade de Deus ("não seja como eu quero, mas como tu queres").
Este momento no Getsêmani é uma representação poderosa da dualidade de Jesus como totalmente humano
e totalmente divino. Ele sente a dor e a angústia como qualquer ser humano, mas também possui a
resolução e a dedicação de cumprir a vontade divina, mesmo diante do imenso sofrimento.
Depois de orar, Jesus volta e encontra seus discípulos dormindo. Ele pergunta a Pedro por que eles não
conseguiram ficar acordados e vigiar com Ele nem por uma hora. Jesus os aconselha a ficar alertas e orar
para não caírem em tentação, explicando que, embora o espírito esteja disposto, o corpo humano é fraco e
pode facilmente ceder.
Neste momento no jardim de Getsêmani, após Jesus ter expressado sua angústia e ter ido orar sozinho, Ele
retorna e descobre que seus discípulos, que Ele havia pedido para vigiar, estavam dormindo. Isso destaca a
fragilidade humana, mesmo entre aqueles mais próximos a Jesus.
Ao se dirigir a Pedro, Jesus expressa sua decepção, não apenas pela falta de vigilância, mas talvez também
pela falta de empatia e compreensão da gravidade do momento. Pedro, em particular, havia afirmado
anteriormente sua lealdade inabalável a Jesus, tornando sua falha em vigiar ainda mais notável.
A exortação de Jesus para "vigiar e orar" é uma instrução não apenas para aquele momento específico, mas
também um conselho atemporal para todos os crentes. Ele destaca a constante batalha entre o espírito e a
carne. Enquanto o espírito pode estar disposto e ansioso para seguir a vontade de Deus, a natureza humana
(a carne) é fraca e suscetível à tentação e ao pecado. Através da oração e da vigilância, os crentes podem
buscar a força de Deus para superar essas fraquezas e permanecer fiéis em sua caminhada espiritual.
Jesus volta a encontrar seus discípulos dormindo após orar. Ele vai orar mais duas vezes, repetindo suas
palavras. Depois, Ele diz aos discípulos que é hora de enfrentar o que está por vir, pois Ele será entregue
aos pecadores. Enquanto Jesus ainda está falando, Judas, um de seus discípulos, chega com uma grande
multidão armada, enviada pelos líderes religiosos.
Neste trecho, Jesus está no jardim de Getsêmani, um lugar de profunda reflexão e oração para Ele. Mesmo
após pedir aos discípulos para vigiar, Ele os encontra dormindo repetidas vezes, destacando a diferença
entre a determinação de Jesus em enfrentar seu destino e a fraqueza humana dos discípulos.
A repetição das orações de Jesus mostra a intensidade de sua angústia e sua profunda conexão com o Pai.
Ele está buscando força e confirmação para o sacrifício que está prestes a fazer.
Quando Jesus diz "Dormi agora e descansai", não é uma permissão literal para dormir, mas uma aceitação
resignada de sua situação e da falha dos discípulos em apoiá-lo em sua hora de necessidade. A "hora" a que
Jesus se refere é o momento de sua prisão e subsequente crucificação.
A chegada de Judas, um dos discípulos mais próximos de Jesus, marca o início da traição. Judas não vem
sozinho, mas traz consigo uma multidão armada, indicando a gravidade da situação. Esta multidão foi
enviada pelos líderes religiosos, que veem Jesus como uma ameaça ao seu poder e autoridade. A presença
de armas e a maneira como Jesus é abordado tratam-no como um criminoso perigoso, embora sua "arma"
seja apenas sua palavra e seu amor.
SUMMARIO
Mateus 26:51-54 - Jesus Repreende o Uso da Violência
Um dos seguidores de Jesus puxa uma espada e fere o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe uma orelha.
Jesus, no entanto, repreende o ato e diz para ele guardar a espada, lembrando que aqueles que usam a
violência também sofrerão com ela. Jesus ressalta que, se quisesse, poderia pedir a Deus que enviasse anjos
para protegê-lo. Mas Ele escolhe não fazer isso para que as profecias se cumpram.
Neste trecho, vemos uma reação instintiva e protetora de um dos discípulos de Jesus, que tenta defender
seu mestre da ameaça iminente. No entanto, Jesus rapidamente desaprova essa ação violenta. Ele enfatiza a
ideia de que a violência gera mais violência ("todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão").
Jesus também destaca sua capacidade de chamar reforços divinos, se assim o desejasse. A menção de "doze
legiões de anjos" é significativa. Uma legião romana era composta por cerca de 6.000 soldados, então doze
legiões seriam 72.000 anjos - uma força formidável. No entanto, Jesus escolhe não convocar essa ajuda,
demonstrando sua submissão à vontade de Deus e seu compromisso em cumprir as profecias.
O versículo 54 reafirma a importância do cumprimento das Escrituras. Jesus está ciente de seu destino e
entende que sua prisão, julgamento e crucificação são necessários para o cumprimento do plano divino. Ele
está disposto a aceitar seu destino, mesmo que isso signifique sofrer e morrer, porque sabe que é parte do
plano maior de salvação.
Durante a festa, o governador Pilatos tinha o costume de soltar um prisioneiro que o povo escolhesse.
Havia um prisioneiro famoso chamado Barrabás. Pilatos perguntou ao povo se eles queriam a libertação de
Barrabás ou de Jesus. Ele sabia que os líderes religiosos haviam entregado Jesus por inveja. A esposa de
Pilatos teve um sonho perturbador sobre Jesus e pediu a ele para não se envolver no caso. No entanto, os
líderes religiosos influenciaram a multidão a escolher Barrabás. Quando Pilatos perguntou o que deveria
fazer com Jesus, a multidão gritou para crucificá-lo. Pilatos, vendo que não podia convencer a multidão,
lavou as mãos simbolicamente para mostrar que não era responsável pela decisão. O povo aceitou a
responsabilidade, dizendo que o sangue de Jesus recairia sobre eles e seus filhos. Pilatos soltou Barrabás e
entregou Jesus para ser crucificado.
Este trecho descreve um dos momentos mais dramáticos que antecederam a crucificação de Jesus. Pilatos,
o governador romano da Judéia, estava em uma posição difícil. Ele não encontrou culpa em Jesus e até
tentou encontrar uma maneira de libertá-lo, especialmente depois do aviso de sua esposa. No entanto, a
pressão da multidão e dos líderes religiosos foi intensa.
A escolha entre Jesus e Barrabás é simbólica. Barrabás era um criminoso, enquanto Jesus era inocente. No
entanto, a multidão escolheu libertar o culpado e condenar o inocente. A lavagem das mãos de Pilatos é um
gesto simbólico, mostrando que ele estava tentando se absolver da responsabilidade pela morte de Jesus.
No entanto, a decisão de crucificar Jesus foi influenciada pela multidão e pelos líderes religiosos, e não
apenas por Pilatos.
A declaração do povo, "O seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos", é uma aceitação coletiva da
responsabilidade pela morte de Jesus. Esta frase tem sido interpretada e debatida ao longo dos séculos, e
em alguns casos, foi usada erroneamente para justificar o antissemitismo. No entanto, é importante
entender esta declaração no contexto da narrativa bíblica e não fazer generalizações amplas com base nela.
Os soldados fizeram uma coroa de espinhos e colocaram na cabeça de Jesus, zombando dele como "rei dos
judeus". Eles cuspiram nele e bateram em sua cabeça com uma cana. Depois de zombar dele, eles o
vestiram com suas próprias roupas e o levaram para ser crucificado. No caminho, eles forçaram um homem
SUMMARIO
chamado Simão, de Cirene, a carregar a cruz de Jesus. Quando chegaram ao local chamado Gólgota,
ofereceram a Jesus vinho misturado com fel, mas ele recusou. Depois de crucificá-lo, os soldados dividiram
suas roupas, lançando sortes, cumprindo assim uma profecia antiga.
Este trecho descreve os eventos que levaram à crucificação de Jesus. A coroa de espinhos e a cana eram
símbolos de zombaria, uma tentativa de ridicularizar a afirmação de Jesus de ser o "Rei dos Judeus". O
tratamento cruel e humilhante que Jesus sofreu nas mãos dos soldados romanos é um testemunho da
brutalidade da crucificação e da zombaria que os condenados enfrentavam.
Simão de Cirene é mencionado brevemente, mas sua inclusão é significativa. Ele foi forçado a carregar a
cruz, um lembrete da pesada carga que Jesus estava prestes a suportar por toda a humanidade.
O vinho misturado com fel era uma bebida amarga, geralmente oferecida para aliviar a dor dos
crucificados. No entanto, Jesus recusou, escolhendo enfrentar a crucificação em plena consciência.
A divisão das vestes de Jesus e o lançamento de sortes para decidir quem ficaria com sua túnica cumprem
uma profecia do Antigo Testamento encontrada no Salmo 22:18. Este ato destaca a natureza profética da
morte de Jesus e como os eventos de sua vida, morte e ressurreição foram preditos séculos antes de
acontecerem.
Acima da cabeça de Jesus, foi colocada uma placa que dizia: "ESTE É JESUS, O REI DOS JUDEUS". Ele
foi crucificado entre dois criminosos. As pessoas que passavam zombavam dele, dizendo que, se ele
realmente pudesse reconstruir o templo em três dias, deveria salvar a si mesmo e descer da cruz. Os líderes
religiosos também zombavam, dizendo que ele salvou outros, mas não podia salvar a si mesmo. Eles
desafiaram Jesus a descer da cruz para que pudessem acreditar nele, zombando de sua afirmação de ser o
Filho de Deus.
Este trecho descreve a zombaria e o escárnio que Jesus enfrentou enquanto estava pendurado na cruz. A
placa acima de sua cabeça era uma forma de zombaria, pois os romanos não acreditavam que ele fosse um
rei, e a acusação era uma tentativa de ridicularizar sua reivindicação.
A zombaria das pessoas e dos líderes religiosos reflete a incompreensão e a rejeição que Jesus enfrentou
durante sua vida terrena. Eles não entenderam o propósito de sua morte e o significado de sua missão. Em
vez de reconhecerem Jesus como o Messias, eles o viram como uma ameaça e o rejeitaram.
A ironia é que, enquanto eles zombavam de Jesus por não salvar a si mesmo, eles não compreendiam que
ele estava na cruz para salvar a humanidade. A zombaria e a rejeição que Jesus enfrentou na cruz são um
lembrete do sacrifício que ele fez e do amor incondicional que ele tem por todos nós.
A partir do meio-dia até as três da tarde, uma escuridão cobriu toda a terra. Por volta das três da tarde, Jesus
gritou, perguntando por que Deus o havia abandonado. Algumas pessoas pensaram que ele estava
chamando pelo profeta Elias. Uma pessoa deu a Jesus vinagre para beber, enquanto outros esperavam para
ver se Elias viria ajudá-lo. Jesus gritou novamente e morreu. Quando ele morreu, o véu do templo se rasgou
ao meio, houve um terremoto, e rochas se partiram. Túmulos se abriram e muitos santos que haviam
morrido ressuscitaram.
Este trecho descreve os eventos sobrenaturais que ocorreram no momento da morte de Jesus. A escuridão
que cobriu a terra é vista como um sinal do julgamento de Deus e da gravidade do momento. O grito de
Jesus, citando o Salmo 22, expressa seu sentimento de abandono, refletindo o peso dos pecados da
humanidade que ele estava carregando.
SUMMARIO
O rasgar do véu do templo é altamente significativo. O véu separava o Santo dos Santos, a parte mais
sagrada do templo, do resto do templo. O rasgar do véu simboliza que, através da morte de Jesus, o
caminho para Deus foi aberto para todos, removendo a barreira do pecado.
O terremoto e a ressurreição dos santos são outros sinais milagrosos que enfatizam a magnitude e o poder
do sacrifício de Jesus. Esses eventos mostram a vitória de Jesus sobre a morte e prenunciam sua própria
ressurreição, que ocorreria três dias depois.
Após a morte de Jesus, algumas mulheres, incluindo Maria Madalena e a mãe dos filhos de Zebedeu,
estavam presentes. No final do dia, um homem rico chamado José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus,
foi até Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Pilatos concordou. José pegou o corpo de Jesus, envolveu-o em um
pano limpo e o colocou em um novo túmulo que ele havia feito em uma rocha. Depois, ele rolou uma
grande pedra na entrada do túmulo e foi embora.
Este trecho descreve os eventos que ocorreram imediatamente após a morte de Jesus. José de Arimatéia é
apresentado como um homem rico e também um discípulo secreto de Jesus. Ele desempenha um papel
crucial ao garantir que o corpo de Jesus receba um sepultamento adequado, de acordo com os costumes
judaicos.
O fato de Jesus ser sepultado em um túmulo novo é significativo. Isso cumpre as profecias do Antigo
Testamento e também serve como uma preparação para a ressurreição que ocorreria três dias depois. A
pedra grande que foi rolada na entrada do túmulo é mencionada novamente quando as mulheres voltam ao
túmulo após o sábado e descobrem que a pedra foi removida e o túmulo está vazio.
No dia após a morte de Jesus, os principais sacerdotes e fariseus foram até Pilatos. Eles lembraram a Pilatos
que Jesus havia dito que ressuscitaria em três dias. Eles estavam preocupados que os discípulos pudessem
roubar o corpo e alegar que Jesus havia ressuscitado. Para evitar isso, pediram a Pilatos para colocar
guardas no túmulo. Pilatos concordou e deu-lhes uma guarda. Eles foram ao sepulcro, selaram a pedra e
deixaram os guardas lá para vigiar.
Este trecho destaca a preocupação dos líderes religiosos em garantir que a profecia de Jesus sobre sua
ressurreição não se cumprisse - ou pelo menos não parecesse que se cumprisse aos olhos do público. Eles
temiam que, se os discípulos roubassem o corpo e alegassem que Jesus havia ressuscitado, isso poderia
causar mais agitação e talvez até mais seguidores para o movimento de Jesus.
A decisão de selar o túmulo e colocar uma guarda foi uma tentativa de impedir qualquer interferência com
o corpo de Jesus. Isso também serve para enfatizar a natureza milagrosa da ressurreição subsequente de
Jesus, já que o túmulo estava bem protegido e selado.
Após a crucificação e sepultamento de Jesus, algumas mulheres, incluindo Maria Madalena, foram ao
túmulo com a intenção de ungir o corpo de Jesus com especiarias. Ao chegarem lá, ficaram surpresas ao
encontrar a pedra que selava o túmulo removida e o corpo de Jesus ausente.
Neste momento de perplexidade e medo, um anjo aparece para tranquilizá-las. O anjo reconhece sua busca
por Jesus e, imediatamente, informa que Ele não está mais no túmulo porque ressuscitou. O convite
"Vinde, vede o lugar onde jazia" é uma forma de confirmar visualmente a ressurreição, permitindo que as
mulheres vejam por si mesmas que o corpo de Jesus não está mais lá.
SUMMARIO
O anjo, então, dá uma missão às mulheres: levar a boa nova da ressurreição de Jesus aos discípulos. Ele
menciona especificamente que Jesus irá adiante deles para a Galiléia, indicando onde o encontro entre
Jesus ressuscitado e seus discípulos ocorrerá.
Em resumo, este trecho marca um momento decisivo no cristianismo: a confirmação da ressurreição de
Jesus. O anjo não apenas anuncia esse milagre, mas também empodera as mulheres como as primeiras
mensageiras dessa transformadora notícia. A ressurreição é a pedra angular da fé cristã, simbolizando a
vitória de Jesus sobre a morte e a promessa de vida eterna para todos os crentes.
Após o anjo aparecer e o túmulo de Jesus ser encontrado vazio, os guardas, que foram designados para
vigiar o sepulcro, ficaram apreensivos. Eles retornaram à cidade e relataram aos principais sacerdotes tudo
o que haviam testemunhado. Os principais sacerdotes e anciãos, que representavam a elite religiosa da
época, eram amplamente contrários a Jesus e Seus ensinamentos. Eles já haviam conspirado para a Sua
crucificação e, agora, enfrentavam a questão da ressurreição, que poderia solidificar ainda mais a crença
das pessoas em Jesus como o Messias.
Para controlar a narrativa e evitar que a verdade da ressurreição se espalhasse, eles elaboram um plano.
Eles subornam os soldados com uma grande quantia de dinheiro e lhes dão uma história alternativa para
contar: que os discípulos de Jesus vieram durante a noite e roubaram o corpo enquanto os guardas
dormiam. Este relato serviria para desacreditar a ressurreição e colocar a culpa no movimento dos
discípulos.
Além disso, os líderes religiosos garantem aos soldados que, caso o governador romano (provavelmente
Pôncio Pilatos) ouvisse essa história e decidisse puni-los por negligência, eles interviriam em seu favor,
assegurando que não enfrentariam consequências.
Em síntese, esta passagem revela as táticas das autoridades religiosas da época para desacreditar a
ressurreição de Jesus. Em vez de reconhecer o milagre, eles optaram por manipular a narrativa,
demonstrando a extensão de sua oposição ao ministério de Jesus.
Quando os discípulos viram Jesus após Sua ressurreição, a maioria O adorou. No entanto, é interessante
notar que "alguns duvidaram". Mesmo diante de Jesus ressuscitado, houve aqueles que tiveram dificuldade
em aceitar ou compreender completamente o que estava acontecendo. Isso reflete a complexidade da fé
humana e os desafios que mesmo os mais próximos de Jesus enfrentaram em sua jornada espiritual.
Jesus declara que toda a autoridade no céu e na terra Lhe foi dada. Isso é uma afirmação de Sua divindade e
de Sua posição como o Messias, o Salvador prometido. Ele não é apenas um líder ou mestre; Ele possui
autoridade divina sobre toda a criação.
Jesus dá uma missão crucial aos Seus discípulos. Ele os instrui a ir e fazer discípulos de todas as nações.
Isso significa compartilhar o evangelho, o bom nascimento de Sua morte e ressurreição, com todos os
povos do mundo. Ele também os instrui sobre o batismo, uma prática que simboliza a morte para o pecado
e a nova vida em Cristo, e menciona a Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Além disso, Jesus enfatiza a
importância de ensinar esses novos discípulos a observar Seus ensinamentos.
Jesus encerra com uma promessa reconfortante. Ele assegura aos discípulos que, apesar de Sua partida
física iminente, Ele estará com eles "todos os dias, até a consumação dos séculos". Isso sugere a presença
contínua e sustentadora de Jesus através do Espírito Santo, que estará com os discípulos e todos os futuros
seguidores de Cristo.
SUMMARIO
II. Marcos
Marcos 1:15-18
O Chamado à Mudança
Amados, em nossa caminhada de fé, encontramos muitos ensinamentos que são como luzes iluminando
nosso caminho. Nesta passagem do livro de Marcos, nos deparamos com uma das mensagens mais
poderosas e transformadoras proferidas por Jesus.
No início, vemos Jesus proclamando uma verdade reveladora: "O tempo está cumprido, e é chegado o reino
de Deus". Aqui, Jesus anuncia que a promessa divina está se concretizando naquele momento. O "Reino de
Deus" não é apenas um lugar físico, mas uma nova forma de viver, um estado de espírito em que amor,
compaixão e justiça prevalecem.
Então, Jesus faz um convite: "Arrependei-vos, e crede no evangelho". Este é um chamado à transformação.
Arrepender-se é mudar a direção, é tomar a decisão de viver de acordo com os ensinamentos divinos. E crer
no evangelho é depositar nossa fé nas boas-novas trazidas por Jesus, é aceitar esse caminho de amor e
devoção.
A cena se desloca para o mar da Galiléia, um local comum na vida de muitos daquela época, onde Jesus
encontra dois pescadores: Simão e André. Ele lhes faz uma proposta surpreendente: "Vinde após mim, e eu
farei que vos torneis pescadores de homens". Jesus, em sua sabedoria, utiliza a metáfora da pesca para
comunicar sua mensagem. Ele não está falando de pescar pessoas literalmente, mas de "pescar" corações,
de trazê-los para mais perto de Deus.
E o que é mais surpreendente é a resposta imediata de Simão e André. Eles "deixando imediatamente as
suas redes, o seguiram". Esta ação representa a entrega total, o comprometimento absoluto com a missão
que Jesus propõe. Não há hesitação, apenas a fé pura que move montanhas.
Marcos 1:40-45
SUMMARIO
Infelizmente, o homem, provavelmente tomado por uma combinação de alegria e entusiasmo, não segue as
instruções de Jesus. Ele começa a contar a todos sobre sua cura, tornando-se difícil para Jesus entrar
abertamente nas cidades. No entanto, isso não impede as pessoas de buscar Jesus, que mesmo nos lugares
desertos, torna-se um farol de esperança e transformação.
Marcos 2:4-12
Imagine a cena em uma casa lotada em Cafarnaum: pessoas ansiosas para ouvir a mensagem de Jesus, cada
espaço ocupado, e, de repente, pedaços de argila e palha começam a cair do teto. Uma cena impressionante
se desenrola à medida que um leito é cuidadosamente baixado, trazendo um homem paralítico à frente de
Jesus.
A multidão estava acostumada a ver Jesus curando doenças físicas. No entanto, antes de tratar da paralisia,
Jesus aborda algo ainda mais profundo: os pecados do homem. Ao dizer "Filho, perdoados são os teus
pecados", Jesus estava fazendo uma declaração audaciosa sobre sua divindade e autoridade.
Os escribas presentes, conhecedores profundos da Lei, imediatamente reconhecem isso. Na teologia
judaica, apenas Deus tem o poder de perdoar pecados. Portanto, ao reivindicar essa autoridade, Jesus
estava, aos olhos deles, cometendo blasfêmia.
No entanto, em um movimento mestre, Jesus desafia esses pensadores religiosos, questionando-os sobre
qual ato é mais fácil de ser realizado: perdoar pecados ou curar a paralisia. Claro, verbalmente, ambos são
fáceis de dizer, mas apenas alguém com autoridade divina poderia efetivamente fazer ambos. E é isso que
Jesus faz.
Ao instruir o paralítico a se levantar e andar, Jesus não estava apenas realizando mais um milagre físico.
Ele estava autenticando sua declaração anterior de perdoar pecados. Era uma prova visível e inegável de
sua autoridade espiritual e divina.
A resposta da multidão é de assombro e louvor a Deus. Eles reconhecem que o que viram é sem
precedentes. Mas, além da cura visível, o episódio traz uma mensagem mais profunda: a necessidade do ser
humano de cura espiritual, e que Jesus, como o Filho de Deus, tem o poder e a autoridade para oferecer
ambos, cura física e espiritual.
Marcos 2:15-17
Uma refeição compartilhada é um sinal de comunhão, de estreitar laços. Em muitas culturas, compartilhar
uma refeição é um ato sagrado de comunidade e fraternidade. Naquela época, em particular, com quem
você se sentava à mesa dizia muito sobre sua posição social e com quem você se identificava.
A cena se desenrola na casa de Levi, também conhecido como Mateus, um publicano. Os publicanos eram
cobradores de impostos que trabalhavam para os romanos e, por isso, eram vistos como traidores por
muitos judeus. Eles estavam frequentemente associados a práticas desonestas e eram considerados
pecadores e renegados.
Então, quando Jesus escolhe se sentar com eles - com pessoas que a sociedade havia marginalizado e
rejeitado - ele estava quebrando barreiras e normas sociais. A mensagem era clara: o amor e a graça de
Deus são para todos, independentemente de seu passado ou posição social.
SUMMARIO
Os escribas dos fariseus, rigorosos no cumprimento da Lei e das tradições, estavam perplexos e até mesmo
indignados. Para eles, era inimaginável que um mestre respeitável se associasse com tal companhia. Eles
não compreendiam a missão de Jesus.
Em sua resposta, Jesus usa uma analogia poderosa. Assim como os doentes precisam de um médico,
aqueles que reconhecem seus pecados e imperfeições precisam do Salvador. A essência da mensagem de
Jesus é que Ele não veio para os "justos" ou aqueles que acreditam que podem alcançar a salvação por seus
próprios méritos, mas para aqueles que reconhecem sua necessidade de redenção.
Este episódio nos convida a refletir sobre nossos próprios julgamentos e preconceitos e a reconhecer que a
graça de Deus é um presente oferecido a todos, independentemente de quem sejamos ou do que tenhamos
feito.
Marcos 2:19-22
Marcos 2:23-28
A cena começa com os discípulos de Jesus colhendo espigas num dia de sábado. O sábado, conforme
estabelecido na tradição judaica, era um dia de descanso e reverência a Deus, e havia regras estritas sobre o
que se poderia e não poderia fazer. Os fariseus, defensores rigorosos da Lei, viam a ação dos discípulos
como uma quebra do mandamento do sábado.
Para responder aos fariseus, Jesus lembra-lhes uma história envolvendo o rei Davi, uma das figuras mais
veneradas na tradição judaica. Naquela história, Davi e seus homens comeram dos "pães da proposição",
SUMMARIO
que eram reservados exclusivamente para os sacerdotes, porque estavam famintos. Ao trazer esse evento à
tona, Jesus destaca que as necessidades humanas, em certas circunstâncias, podem ter precedência sobre as
formalidades religiosas.
A grande revelação de Jesus, porém, vem nas linhas finais. Ao dizer "O sábado foi feito por causa do
homem, e não o homem por causa do sábado", Jesus redefine a relação entre humanidade e religião. Ele
destaca que a religião, e todas as suas normas e rituais, existe para servir e beneficiar o ser humano, e não o
contrário. Não se deve tornar a vida mais difícil por causa de regulamentações rigorosas; em vez disso, o
propósito dessas normas é proporcionar bem-estar e proximidade com Deus.
A afirmação final, "o Filho do homem até do sábado é Senhor", reforça a autoridade de Jesus não apenas
sobre a interpretação correta da Lei, mas também sobre todos os aspectos da existência humana. Ele não é
apenas um professor ou um intérprete da Lei; Ele é o Senhor do sábado, o Messias, e tem autoridade para
definir e interpretar o verdadeiro significado e propósito das tradições religiosas.
Marcos 3:3-6
A história nos apresenta um novo cenário envolvendo o sábado. Desta vez, um homem com uma mão
atrofiada é o centro da atenção. Jesus, sempre ciente dos pensamentos e atitudes daqueles ao seu redor, faz
uma pergunta penetrante: "É lícito no sábado fazer bem, ou fazer mal? Salvar a vida ou matar?" Ninguém
responde. O silêncio deles é revelador. Eles sabem que, conforme a compreensão mais humana e
compassiva da Lei, fazer o bem nunca pode ser errado, independentemente do dia.
Com indignação e tristeza pela dureza de coração dos presentes, Jesus cura o homem. Ele restaura sua mão,
desafiando abertamente a interpretação estrita do sábado que os fariseus defendiam. Ele demonstra que a
compaixão e o amor devem sempre ter precedência sobre as normas religiosas rígidas.
A reação dos fariseus é imediatamente planejar como poderiam matar Jesus. Aqui encontramos uma grande
ironia: enquanto Jesus faz o bem e salva uma vida no sábado, os fariseus planejam uma morte. É um
contraste impressionante que revela como a rigidez religiosa pode cegar as pessoas ao ponto de elas se
tornarem justamente aquilo contra o que acham que estão lutando.
Este episódio nos desafia a reconsiderar nossas prioridades. Será que estamos mais focados em regras e
tradições do que em fazer o bem e demonstrar compaixão? Jesus, como Senhor do sábado, redefine o que é
verdadeiramente sagrado, mostrando que a bondade e o amor são mais importantes do que qualquer ritual
ou tradição religiosa.
Marcos 3:28-35
Essa passagem começa com uma afirmação chocante sobre o perdão. Jesus diz que todos os pecados e
blasfêmias serão perdoados aos filhos dos homens, mas faz uma exceção para a blasfêmia contra o Espírito
Santo. Este é um tópico que tem gerado muito debate e preocupação. O que Jesus quer dizer com isso?
Os fariseus tinham acabado de acusar Jesus de estar possuído por um espírito imundo. Ao fazer isso, eles
estavam rejeitando e descredenciando os milagres que Jesus estava realizando pelo poder do Espírito Santo.
Nesse contexto, blasfemar contra o Espírito Santo seria atribuir as obras de Deus ao mal. Essa é uma
rejeição tão completa da graça de Deus que torna o perdão impossível, porque a pessoa recusa a própria
fonte desse perdão.
SUMMARIO
Em seguida, o texto faz uma transição para um momento pessoal na vida de Jesus: sua família chega para
vê-lo. A multidão avisa que sua mãe e irmãos estão do lado de fora procurando por Ele. A resposta de Jesus
é surpreendente e redefine o que significa ser parte de sua família.
Ele olha ao seu redor para os discípulos e seguidores e declara: "Eis aqui minha mãe e meus irmãos! Pois
aquele que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe." Com isso, Jesus estende o conceito de
família além dos laços sanguíneos para incluir todos aqueles que fazem a vontade de Deus. Ele enfatiza que
a verdadeira família é formada não apenas por nascimento natural, mas também por uma relação
compartilhada com Deus.
Esta declaração nos desafia a repensar nossas próprias prioridades e relações. Nos convida a considerar o
que realmente importa no Reino de Deus: não apenas quem são nossos parentes, mas quem está vivendo de
acordo com a vontade de Deus. Aqui, encontramos uma inclusividade divina que acolhe todos que buscam
sinceramente fazer a vontade do Pai celestial.
Marcos 4:10-14
Depois de ouvir a parábola do semeador, os discípulos e aqueles que estavam mais próximos de Jesus
ficaram confusos. Eles queriam compreender o verdadeiro significado da história e, por isso, o
questionaram.
Jesus, ao responder, revela um princípio profundo sobre as parábolas. Ele diz que aos discípulos é dado
entender o "mistério do reino de Deus", mas para aqueles que estão de fora, as coisas são apresentadas em
parábolas. Este é um ponto intrigante. Por que Jesus usaria parábolas, que são histórias ilustrativas, para
ocultar o entendimento?
Ele cita uma profecia de Isaías para explicar que as parábolas funcionam como um filtro. Para aqueles com
corações abertos, a parábola se torna um meio de compreensão profunda. Mas para aqueles cujos corações
estão endurecidos ou fechados, a mesma parábola se torna um enigma, impedindo-os de compreender a
verdade. Isso não significa que Jesus não quisesse que todos entendessem, mas que a receptividade ao
ensinamento era essencial para a compreensão.
Em seguida, Jesus faz uma pergunta retórica, indagando se os discípulos não entendiam a parábola do
semeador. Como eles poderiam entender o restante das parábolas se não compreendessem essa? Ele então
começa a explicar: "O semeador semeia a palavra". A parábola é uma representação de como a palavra de
Deus, ou o ensino sobre o reino, é recebido pelas pessoas.
Esta passagem nos lembra da importância de ter um coração aberto e receptivo aos ensinamentos de Jesus.
Somente com essa disposição conseguiremos compreender plenamente as riquezas das parábolas e a
profundidade do reino de Deus.
Marcos 4:15-20
Jesus continua a explicar a parábola do semeador aos Seus discípulos. Ele descreve quatro tipos de solo,
que representam quatro tipos de corações e as diferentes reações das pessoas à palavra de Deus:
Caminho: A semente que cai ao longo do caminho representa aqueles que ouvem a palavra de Deus, mas
não a entendem ou a aceitam. Antes que possa criar raízes e crescer, Satanás a tira deles.
SUMMARIO
Lugares Pedregosos: As sementes que caem em solo rochoso são aquelas que são recebidas com
entusiasmo inicial, mas a fé dessas pessoas não tem raízes profundas. Quando enfrentam tribulações ou
perseguições por causa de sua fé, rapidamente desistem e se afastam de Deus.
Entre os Espinhos: As sementes que caem entre os espinhos representam aqueles que ouvem a palavra,
mas permitem que as preocupações do mundo
e o desejo de riqueza e outras coisas sufoquem sua fé, tornando-a infrutífera.
Boa Terra: Finalmente, a semente que cai em boa terra representa aqueles que ouvem a palavra, aceitam-
na e permitem que ela produza frutos em suas vidas. Estes são os verdadeiros discípulos que, dependendo
de sua fidelidade e compromisso, produzirão diferentes quantidades de frutos.
A parábola serve como um convite para a autoreflexão. Ela nos desafia a examinar a condição de nossos
próprios corações e a considerar como estamos recebendo e respondendo à palavra de Deus em nossas
vidas.
Marcos 4:21-23
A Parábola da Lâmpada
Nesta parábola, Jesus utiliza a imagem da lâmpada para ilustrar a natureza reveladora da verdade.
Jesus começa com uma pergunta retórica. Uma lâmpada é feita para iluminar. Assim, não faz sentido
acendê-la e depois escondê-la debaixo de um objeto, como um alqueire (um tipo de recipiente) ou uma
cama. Isso iria contrariar a sua finalidade.
Afirma que tudo o que está escondido ou encoberto será eventualmente revelado e trazido à luz. Ele está se
referindo à verdade do evangelho e à Sua própria missão. Embora houvesse muitos mistérios em torno de
Sua pessoa e ensinamentos, com o tempo, tudo seria revelado e compreendido.
Jesus frequentemente usa esta expressão para encorajar aqueles que ouvem a refletir profundamente sobre o
que Ele disse e a aplicar seus ensinamentos em suas vidas. Ele desafia as pessoas a não serem apenas
ouvintes passivos, mas a agirem de acordo com o que ouviram.
O ensino central dessa parábola é que a verdade não deve ser escondida. Assim como a lâmpada deve ser
colocada em um lugar alto para iluminar todo o ambiente, os ensinamentos e as verdades de Jesus devem
ser compartilhados e não escondidos. As boas novas do evangelho são destinadas a todos, e como
discípulos, somos chamados a compartilhá-las com o mundo.
Marcos 4:24-25
Atendei ao que ouvis. Com a medida com que medis vos medirão a vós, e ainda se vos
acrescentará.
Pois ao que tem, ser-lhe-á dado; e ao que não tem, até aquilo que tem ser-lhe-á tirado
Nestes versículos, Jesus fornece ensinamentos sobre a atitude com que recebemos e damos, bem como
sobre a recompensa ou consequência de nossa ação ou inação.
SUMMARIO
Jesus começa exortando seus ouvintes a serem cuidadosos e atentos ao que ouvem. Isso sugere uma escuta
ativa e discernimento ao receber ensinamentos ou informações.
A forma como tratamos os outros será a forma como seremos tratados. Se formos generosos, receberemos
generosidade; se formos mesquinhos ou julgadores, seremos tratados da mesma forma.
“E ainda se vos acrescentará”: Aqui, Jesus introduz o conceito de abençoar além da medida. Quando
damos generosamente ou ouvimos com um coração aberto, não apenas recebemos em troca, mas muitas
vezes somos abençoados além do que demos ou do que esperávamos.
“Pois ao que tem, ser-lhe-á dado; e ao que não tem, até aquilo que tem ser-lhe-á tirado”: No contexto do
Reino de Deus, aqueles que valorizam, praticam e compartilham os ensinamentos de Deus (ou "têm")
receberão ainda mais entendimento, bênçãos e oportunidades. Por outro lado, aqueles que negligenciam ou
rejeitam o que receberam (ou "não têm") perderão até o pouco que possuem.
Em suma, Jesus está destacando a importância de valorizar e praticar os ensinamentos que recebemos, e a
reciprocidade que acontece quando nos envolvemos ativamente em viver de acordo com esses
ensinamentos.
Marcos 4:26-29
Marcos 4:30-32
SUMMARIO
A que assemelharemos o reino de Deus? ou com que parábola o representaremos? Jesus frequentemente
utilizava parábolas, que são histórias simbólicas, para descrever verdades espirituais. Ele começa a
parábola fazendo uma pergunta retórica para despertar a curiosidade dos ouvintes.
Jesus começa a descrição do Reino comparando-o a um grão de mostarda, que era conhecido por sua
pequenez. Isso pode refletir o começo humilde e imperceptível do movimento do Reino de Deus na terra
Mas, tendo sido semeado, cresce e faz-se a maior de todas as hortaliças: A despeito de seu começo
pequeno, o grão de mostarda cresce e se torna imensamente maior do que sua forma original. Isto ilustra o
crescimento surpreendente e poderoso do Reino de Deus.
O grão de mostarda não só cresce em altura, mas também em extensão. Seus ramos fornecem refúgio para
as aves. Isso pode simbolizar a maneira como o Reino de Deus, à medida que cresce e se expande, oferece
refúgio, proteção e recursos para aqueles que nele se abrigam.
No âmago desta parábola, Jesus quer transmitir que o Reino de Deus pode começar de forma pequena e
insignificante aos olhos humanos, mas seu crescimento e impacto são imensuráveis. A pequenez inicial não
deve ser menosprezada, pois o potencial do Reino é vasto e abrangente.
Marcos 5:1-5
Marcos 5:6-13
SUMMARIO
A súplica dos demônios para serem enviados aos porcos e a subsequente destruição dos animais ressaltam a
natureza destrutiva desses espíritos. Ao invés de serem aniquilados, eles são transferidos para os porcos,
que imediatamente se precipitam para a morte. Esta ação dramática não só demonstra o poder de Jesus
sobre os espíritos malignos, mas também enfatiza a destruição que eles trazem.
Em resumo, a passagem destaca o domínio completo de Jesus sobre as forças do mal, a natureza destrutiva
dos demônios e a capacidade de Jesus de trazer libertação e restauração, mesmo nas circunstâncias mais
sombrias. É uma história de esperança, poder e triunfo do bem sobre o mal.
Marcos 5:27-34
Marcos 5:35-43
SUMMARIO
Apesar das zombarias e do ceticismo daqueles ao seu redor, Jesus, em um ato de intimidade e poder, entra
no quarto da menina acompanhado apenas de seus discípulos mais próximos e dos pais da criança. Ele a
ressuscita com as palavras "Talita cumi", que significam "Menina, levanta-te". Esta ação não apenas
reafirma Seu poder sobre a vida e a morte, mas também demonstra Sua compaixão e cuidado pelas pessoas
em seus momentos mais vulneráveis.
Ao final deste milagre, a menina, que tinha a mesma idade que o número de anos que a mulher da
hemorragia havia sofrido, é restaurada à vida, deixando todos ao redor em profundo assombro. No entanto,
Jesus, sempre buscando evitar o sensacionalismo em torno de seus milagres, instrui que a notícia não seja
espalhada e pede que a menina seja alimentada, mostrando Sua preocupação com o bem-estar físico e
espiritual dela.
Esta passagem destaca a omnipotência de Jesus, Sua compaixão e o poder transformador da fé. É um
lembrete reconfortante de que, mesmo nos momentos mais sombrios, a esperança e a cura são possíveis
através da fé em Cristo.
Marcos 6:3-6
Marcos 6:7-13
SUMMARIO
Jesus envia os apóstolos "a dois e dois", uma estratégia que provavelmente visava proporcionar apoio
mútuo e companheirismo durante a missão. Ele lhes dá "poder sobre os espíritos imundos", autorizando-os
a expulsar demônios em Seu nome, uma tarefa que demonstra a extensão da autoridade divina concedida a
eles.
As instruções de Jesus para a jornada são claras e rigorosas. Ele ordena que levem consigo o mínimo
possível: "nada levassem para o caminho, senão apenas um bordão; nem pão, nem alforje, nem dinheiro no
cinto". Esta orientação reflete a necessidade de confiar plenamente em Deus para o provimento de suas
necessidades e a importância de manter o foco na missão, sem distrações ou preocupações materiais
excessivas.
Jesus também instrui os discípulos sobre como proceder ao entrar em uma localidade: deveriam
permanecer em uma única casa enquanto estivessem naquela localidade e, caso fossem rejeitados, deveriam
"sacudi o pó que estiver debaixo dos vossos pés, em testemunho contra eles". Este ato simbólico de sacudir
o pó dos pés servia como um testemunho da rejeição da mensagem de Deus e da consequente
responsabilidade daqueles que a rejeitaram.
Ao saírem em missão, os apóstolos pregam o arrependimento, um chamado à transformação de vida e à
reconciliação com Deus. Eles também realizam sinais de autoridade divina, expulsando demônios e
curando enfermos, autenticando assim a mensagem que proclamavam.
Este episódio revela a essência do ministério cristão, baseado na proclamação da palavra de Deus, na
demonstração de seu poder e na confiança em seu provimento. É um convite a todos os seguidores de Jesus
para se dedicarem à missão divina com fé, simplicidade e foco, confiando que Deus os acompanhará em
cada passo do caminho.
Marcos 6:16-29
SUMMARIO
poder corrupto. Os discípulos de João, ao saberem de sua morte, vêm e levam seu corpo para um sepulcro,
um ato final de respeito e amor por seu mestre.
Este relato, repleto de drama e tragédia, ilustra o custo da integridade e da proclamação da verdade em face
da corrupção e do mal. João Batista, com sua vida e morte, prefigura o caminho de sofrimento e sacrifício
que Jesus enfrentaria, ressaltando a hostilidade do mundo contra a luz da verdade e da justiça divinas.
Marcos 6:30-34
Marcos 6:35-42
SUMMARIO
Jesus é um modelo de como a gratidão e a bênção divina podem transformar o pouco em muito, o
insuficiente em abundante.
O milagre da multiplicação não é apenas um ato de poder, mas também de organização e distribuição. Jesus
envolve Seus discípulos no processo, entregando-lhes os pães e peixes multiplicados para que os
distribuam entre as pessoas. Este envolvimento dos discípulos destaca a importância da participação
humana na obra divina, uma colaboração que resulta na satisfação das necessidades de todos.
O resultado do milagre é que "todos comeram e se fartaram", uma manifestação concreta da providência e
generosidade divinas. Este milagre é um lembrete inspirador de que, nas mãos de Jesus, o que parece
insuficiente torna-se mais que suficiente para suprir todas as necessidades. É um convite a confiar na
capacidade de Deus de multiplicar nossos recursos limitados e a participar ativamente na distribuição de
Suas bênçãos, sendo canais de Sua providência e compaixão no mundo.
Marcos 6:45-53
Ao verem Jesus sobre as águas, os discípulos são tomados pelo medo, pensando ver um fantasma. Jesus
prontamente os tranquiliza com Suas palavras, "Tende ânimo; sou eu; não temais", uma afirmação de Sua
identidade e presença. A entrada de Jesus no barco e a subsequente calmaria do vento são testemunhos de
Seu poder de trazer paz e serenidade em meio às tempestades da vida.
É mencionado que os discípulos "não tinham compreendido o milagre dos pães", indicando uma falta de
entendimento pleno da natureza e missão de Jesus. Seus corações "endurecidos" simbolizam uma
resistência em reconhecer Jesus como o Messias, uma barreira que impede a plena revelação de Sua
identidade e propósito.
Ao chegarem em Genezaré, a travessia concluída é um reflexo da jornada espiritual dos discípulos com
Jesus, uma viagem marcada por revelações progressivas da Sua divindade e ensinamentos sobre fé e
confiança. Este episódio convida todos os seguidores de Cristo a superarem seus medos e dúvidas, a
reconhecerem Jesus como Senhor sobre todas as coisas e a permitirem que Sua presença transforme suas
vidas, trazendo paz em meio às tempestades e entendimento em meio aos mistérios da fé.
Marcos 7:5-10
SUMMARIO
A inquirição começa com os fariseus e escribas questionando Jesus sobre o comportamento de seus
discípulos: “Por que não andam os teus discípulos conforme a tradição dos anciãos, mas comem o pão com
as mãos por lavar?” (Marcos 7:5). Eles se referem a uma prática ritual de purificação antes de comer, uma
tradição passada ao longo das gerações, mas não explicitamente ordenada nas Escrituras.
A resposta de Jesus é incisiva. Ele cita o profeta Isaías, destacando a hipocrisia de seus questionadores:
"Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios; o
seu coração, porém, está longe de mim; mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de
homens." (Marcos 7:6-7). Jesus expõe a superficialidade deles, sugerindo que, embora possam professar
devoção com suas palavras, seus corações estão distantes. Eles se concentraram tanto nas tradições
humanas que perderam de vista o verdadeiro significado e propósito dos mandamentos de Deus.
A crítica de Jesus se aprofunda ainda mais quando Ele diz: "Vós deixais o mandamento de Deus, e vos
apegais à tradição dos homens." (Marcos 7:8). Aqui, Ele contrasta a tradição, uma criação humana, com os
mandamentos divinos, que têm autoridade eterna e inquestionável. Jesus, então, oferece um exemplo claro
de sua repreensão, citando o mandamento dado por Moisés para honrar pai e mãe e o grave resultado de
amaldiçoar os pais: "Pois Moisés disse: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser ao pai ou à mãe,
certamente morrerá." (Marcos 7:10).
Ao longo deste diálogo, Jesus chama a atenção para a essência da fé, que não deve estar enraizada em
práticas exteriores e rituais, mas em uma relação sincera e autêntica com Deus. Ele desafia as autoridades
religiosas (e, por extensão, todos nós) a refletir profundamente sobre a verdadeira intenção e significado de
nossas ações e a não permitir que as tradições humanas obscureçam os verdadeiros ensinamentos divinos.
Marcos 7:11-13
SUMMARIO
Marcos 7:18-23
A Verdadeira Pureza:
O ensinamento de Jesus neste texto é um esclarecimento profundo sobre o que verdadeiramente contamina
o homem, subvertendo a compreensão tradicional de pureza e impureza. Ele expressa que não são as coisas
externas que contaminam o homem, mas sim o que procede de seu interior, do seu coração.
Jesus desafia a ideia de que a impureza é algo externo, que entra no homem através do que ele consome,
como alimentos não kosher ou não purificados conforme as tradições. Ele diz: “Não compreendeis que tudo
o que de fora entra no homem não o pode contaminar, porque não lhe entra no coração, mas no ventre, e é
lançado fora? Assim declarou puros todos os alimentos."
Este ensinamento é revolucionário, pois coloca o foco na origem dos atos e pensamentos impuros, no
interior do homem. Ele destaca que são os maus pensamentos e as más ações que surgem do coração do
homem que o contaminam, listando uma série de males como “as prostituições, os furtos, os homicídios, os
adultérios, a cobiça, as maldades, o dolo, a libertinagem, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a insensatez”,
como aquilo que verdadeiramente o corrompe.
O coração humano é apontado como a fonte de toda maldade, é do interior do homem que procedem todas
as coisas que o contaminam. “Pois é do interior, do coração dos homens, que procedem os maus
pensamentos... todas estas más coisas procedem de dentro e contaminam o homem."
Jesus, com esta declaração, leva seus ouvintes a uma profunda reflexão sobre a verdadeira natureza da
pureza e impureza, levando-os a perceber que a verdadeira transformação e purificação deve ocorrer no
interior, no coração, e não apenas em práticas exteriores. Este ensinamento incentiva a busca por uma vida
verdadeiramente pura, focada não apenas em rituais de limpeza externa, mas em uma transformação interna
que reflita em ações e pensamentos puros. Ele eleva o entendimento de pureza a um nível espiritual e
moral, chamando todos a uma vida de retidão e integridade que emana de um coração transformado.
Marcos 7:32-36
Milagre de Transformação:
Neste texto, somos apresentados a um acontecimento marcante, onde Jesus realiza um milagre
extraordinário em um homem surdo que também tinha dificuldade para falar. Este relato, presente no livro
de Marcos, ilustra o poder transformador de Jesus e sua capacidade de restaurar a integralidade do ser
humano, mas também revela o desejo de Cristo em operar de maneira discreta, sem buscar reconhecimento.
As pessoas ao redor, possivelmente conhecendo os feitos de Jesus, trazem este homem a Ele, rogando que
imponha as mãos sobre ele. Jesus, com uma compaixão infinita e atenção singular, opta por levar o homem
à parte, longe das multidões, para então realizar o milagre. Ele insere seus dedos nos ouvidos do homem e,
cuspindo, toca sua língua, após erguer seus olhos aos céus e suspirar, pronunciando: "Efatá", que significa
"Abre-te".
Este gesto de Jesus, de elevar os olhos aos céus, suspirar e pronunciar a palavra "Efatá", denota uma
profunda conexão e comunicação com Deus Pai, expressando uma íntima dependência e submissão à
vontade divina. Ele não somente está realizando um milagre físico, mas está operando uma transformação
espiritual, liberando o homem de suas prisões interiores, restaurando sua habilidade de se comunicar, de
ouvir e de falar perfeitamente.
O milagre não termina na cura física; ele reverbera na alma do homem que foi tocado pelo poder de Jesus,
abrindo um novo mundo de possibilidades e experiências. Jesus, no entanto, pede discretamente para que
ninguém divulgue o ocorrido. Esta instrução de Jesus revela seu desejo de não atrair atenção para si mesmo
ou buscar glorificação por seus atos miraculosos.
SUMMARIO
Curiosamente, quanto mais ele pedia que não divulgassem, mais as pessoas falavam sobre o milagre. Este
paradoxo reflete o impacto profundo que os atos de Jesus causavam nas pessoas, tornando impossível
conter a alegria e a maravilha de presenciar a manifestação do poder de Deus através dele.
Este relato nos convida a refletir sobre a obra redentora e transformadora de Jesus, a reconhecer sua
divindade e seu amor compassivo, e a propagar as boas novas do Reino de Deus, mesmo que ele, em sua
humildade, não busque reconhecimento ou glória.
Marcos 8:2-8
Marcos 8:10-12
SUMMARIO
Este pedido dos fariseus revela a sua falta de fé e o seu desejo de evidências tangíveis da divindade de
Jesus, refletindo uma busca incessante por provas exteriores e objetivas da presença e da ação de Deus, ao
invés de confiarem nas revelações já apresentadas através dos ensinamentos e milagres de Jesus. Esta
atitude destaca a insegurança e a desconfiança humanas em relação ao divino, uma resistência em crer no
invisível e no espiritual sem a comprovação pelos sentidos físicos.
Jesus, percebendo a intenção deles e a sua falta de fé, responde de forma enfática e direta: "Por que pede
esta geração um sinal? Em verdade vos digo que a esta geração não será dado sinal algum." (Marcos 8:12)
Ele expressa, assim, sua tristeza e frustração com uma geração que, mesmo tendo presenciado seus
ensinamentos e milagres, continuava cética e insistia em mais provas de sua autoridade e identidade
divinas.
Ao declinar o pedido por um sinal, Jesus mostra que a fé verdadeira não depende de provas externas e
visíveis, mas reside no coração e na disposição de acreditar no testemunho e na palavra de Deus. Ele
enfatiza a importância da confiança e da convicção interiores na revelação de Deus e no seu amor redentor,
sem a necessidade de constantes validações externas.
Neste contexto, o ensinamento de Jesus nos convida a refletir sobre a natureza da nossa fé: se ela está
condicionada à necessidade de sinais e evidências tangíveis ou se é sustentada pela confiança e pela certeza
no amor e na promessa de Deus. Este episódio nos desafia a aprofundar nossa compreensão e nossa relação
com o divino, reconhecendo a presença e a ação de Deus em nossas vidas, mesmo quando não percebidas
pelos nossos sentidos físicos.
Marcos 8:13-15
SUMMARIO
atual e relevante, convidando-nos a uma constante revisão de nossas escolhas, valores e influências à luz da
palavra de Deus.
Marcos 8:16-21
Marcos 8:22-26
SUMMARIO
Ao receber parcialmente a visão, o homem percebe as figuras humanas de forma distorcida: "Estou vendo
os homens; porque como árvores os vejo andando." (Marcos 8:24). Este estado intermediário de visão pode
representar a caminhada espiritual de muitos, que começam a ver, mas ainda não compreendem
completamente as realidades espirituais.
É significativo que Jesus não deixe o homem nesse estado de percepção parcial, mas continue a aperfeiçoar
sua visão: "Então tornou a pôr-lhe as mãos sobre os olhos; e ele, olhando atentamente, ficou restabelecido,
pois já via nitidamente todas as coisas." (Marcos 8:25). Aqui, a plena restauração da visão do homem
simboliza o alcance do entendimento claro e da revelação completa, apontando para nossa própria jornada
de fé e compreensão, onde somos chamados a buscar uma visão mais clara das verdades divinas.
Finalmente, Jesus envia o homem embora com instruções específicas: "Depois o mandou para casa,
dizendo: Mas não entres na aldeia." (Marcos 8:26). Isso pode implicar a necessidade de renovação e
transformação na vida daquele que foi curado, e sugere que somos convocados a adotar novos caminhos e
perspectivas após nossos encontros transformadores com Jesus.
Em resumo, o relato da cura do cego em Betsaída não só reafirma o poder curativo de Jesus mas também
enfatiza a importância da progressão no entendimento espiritual, convidando-nos a refletir sobre a clareza
de nossa própria visão espiritual e sobre como podemos buscar uma compreensão mais profunda da
presença e ação de Deus em nossas vidas.
Marcos 8:27-31
SUMMARIO
Marcos 9:9-13
O Prenúncio da Paixão e Ressurreição"
Nesta passagem de Marcos, Jesus, após uma reveladora experiência no monte, instrui Seus discípulos a
manterem em segredo o que haviam testemunhado até que Ele, "o Filho do homem", ressurgisse dentre os
mortos. Aqui, Jesus antecipa Sua morte e ressurreição, eventos centrais do cristianismo que representam a
vitória sobre o pecado e a morte. Os discípulos, no entanto, permanecem confusos e ponderam sobre o
significado de "ressurgir dentre os mortos".
O dialogo entre Jesus e os discípulos também revela uma expectativa comum da época: a vinda de Elias
antes do Messias, baseada em interpretações das profecias do Antigo Testamento. Os discípulos
questionam: “Por que dizem os escribas que é necessário que Elias venha primeiro?” (Marcos 9:11). Jesus
confirma esta expectativa ao responder que Elias deveria vir primeiro "a restaurar todas as coisas",
referindo-se à preparação e restauração espiritual de Israel para a chegada do Messias.
Contudo, Jesus também relaciona a vinda de Elias à Sua própria missão e destino, incluindo Seu sofrimento
e humilhação, como está escrito: “e como é que está escrito acerca do Filho do homem que ele deva
padecer muito e ser aviltado?” (Marcos 9:12). Jesus aqui antecipa Seu iminente sofrimento e morte,
ressaltando o cumprimento profético e a necessidade de tais acontecimentos na realização de Sua missão
salvífica.
Finalmente, Jesus revela que Elias já veio, referindo-se a João Batista, que preparou o caminho para Ele e
enfrentou a rejeição e a violência, cumprindo o papel profético de Elias: “Digo-vos, porém, que Elias já
veio, e fizeram-lhe tudo quanto quiseram, como dele está escrito.” (Marcos 9:13). Esta revelação destaca a
continuidade profética e a concretização das Escrituras na missão de Jesus e João.
Este trecho convida a uma reflexão profunda sobre o cumprimento das profecias, a missão redentora de
Jesus e os eventos que precedem a Sua vinda, estimulando a compreensão da harmonia existente entre as
promessas do Antigo Testamento e sua realização no Novo Testamento. A passagem reforça também a
necessidade de discernimento e fé para entender os propósitos divinos além das expectativas humanas e
reconhecer a ação de Deus na história da salvação. "A Força da Fé e a Libertação do Mal:
Marcos 9:23-27
A Vitória da Crença sobre a Incredulidade"
Nesta passagem de Marcos, nos deparamos com uma poderosa mensagem sobre a fé e a possibilidade do
impossível quando cremos. Jesus é confrontado com um pai desesperado, cujo filho é atormentado por um
espírito maligno. Quando Jesus responde: “Se podes!-tudo é possível ao que crê.” (Marcos 9:23), ele revela
um princípio profundo do Reino de Deus: a fé tem o poder de desbloquear as bênçãos e os milagres de
Deus.
A resposta do pai do menino é um clamor sincero e transparente que ressoa com muitos de nós: “Creio!
Ajuda a minha incredulidade.” (Marcos 9:24). Mesmo com sua fé incipiente, ele se volta para Jesus,
buscando ajuda não apenas para o filho, mas também para sua própria incredulidade. Este momento ilustra
a graça de Jesus em aceitar e responder à nossa fé, mesmo quando esta é misturada com dúvidas.
SUMMARIO
Jesus, então, move-se com autoridade sobre o espírito maligno: “Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai
dele, e nunca mais entres nele.” (Marcos 9:25). Aqui, testemunhamos a supremacia de Jesus sobre as forças
do mal e Sua capacidade de libertar os oprimidos. O poder e a autoridade de Jesus são manifestados,
demonstrando sua divindade e seu controle sobre o mundo espiritual.
O estado do menino após a saída do espírito revela a intensidade da batalha espiritual, deixando-o “como
morto” (Marcos 9:26), levando muitos a acreditar que ele havia morrido. Contudo, Jesus, com um toque de
Sua mão, levanta o menino, demonstrando não apenas Sua autoridade sobre os espíritos malignos, mas
também Seu poder restaurador.
Essa narrativa é um convite à reflexão sobre nossa própria fé e nossas dúvidas, incentivando-nos a buscar a
Jesus, mesmo em meio à nossa incredulidade. Nos momentos de desespero, onde a intervenção divina
parece a única solução, o relato nos encoraja a clamar a Jesus e depositar n'Ele nossa fé, mesmo que ela
seja pequena ou insegura. Além disso, é uma poderosa lembrança do amor e poder de Cristo, capaz de
libertar e restaurar aqueles que sofrem sob o peso do mal, reafirmando Sua soberania sobre todas as coisas.
Marcos 9:28-37
O Caminho para a Verdadeira Grandeza"
Nesta seção de Marcos, somos apresentados a uma discussão intrigante entre Jesus e Seus discípulos. Os
discípulos estão perplexos e questionam Jesus sobre suas próprias incapacidades, perguntando: “Por que
não pudemos nós expulsá-lo?” (Marcos 9:28), referindo-se ao espírito maligno. Jesus revela que há um
nível de maldade que só pode ser vencido através de “oração [e jejum.]” (Marcos 9:29), salientando a
importância da dependência de Deus e da prática espiritual profunda para enfrentar tais adversidades.
Na sequência, Jesus indaga aos discípulos sobre o que discutiam no caminho, e eles se silenciam, pois
debatiam sobre “qual deles era o maior” (Marcos 9:34). Esse silêncio evidencia uma certa vergonha ou
constrangimento, percebendo a superficialidade de seus argumentos na presença de Jesus. Jesus,
percebendo a natureza de sua discussão, senta-se e os ensina sobre a verdadeira grandeza no Reino de
Deus, dizendo: “se alguém quiser ser o primeiro, será o derradeiro de todos e o servo de todos” (Marcos
9:35). Aqui, Jesus redefine o conceito de grandeza, colocando a humildade e o serviço aos outros como
valores centrais do Seu reino.
E para ilustrar este ensino, Jesus toma uma criança em Seus braços, um símbolo de humildade,
dependência, e inocência, e afirma: “Qualquer que em meu nome receber uma destas crianças, a mim me
recebe; e qualquer que me recebe a mim, recebe não a mim mas àquele que me enviou” (Marcos 9:37).
Este ato simboliza o valor do acolhimento e da aceitação dos humildes e dos pequenos como equivalente a
receber o próprio Cristo e, portanto, o Deus que O enviou.
Esta narrativa ressalta a importância de rejeitar as noções mundanas de status e poder e, em vez disso,
abraçar a humildade e o serviço como manifestações da verdadeira grandeza. Convida-nos a refletir sobre
nossas próprias aspirações e motivações, a buscar a verdadeira sabedoria que vem de Deus e a acolher e
servir os pequenos e humildes como expressão de nossa devoção a Cristo. O exemplo de Jesus nos chama a
repensar nossa perspectiva sobre o que é realmente valoroso no Reino de Deus e nos incentiva a viver de
acordo com esses valores celestiais.
Marcos 9:38-42
SUMMARIO
A resposta de Jesus é inclusiva e libertadora: "Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em
meu nome e possa logo depois falar mal de mim; pois quem não é contra nós, é por nós" (Marcos 9:39-40).
Com estas palavras, Jesus quebra barreiras de exclusivismo, expandindo a compreensão de que a obra de
Deus não está confinada a um grupo específico de pessoas. Ele ensina que todo ato de amor e bondade, em
Seu nome, faz parte do Seu reino, seja ele realizado por quem é de seu círculo imediato ou não. Ele celebra
a diversidade de atuações em Seu nome, rejeitando a ideia de exclusividade na obra de Deus.
Jesus ainda reforça o valor da bondade em Seu nome, dizendo: "Porquanto qualquer que vos der a beber
um copo de água em meu nome, porque sois de Cristo, em verdade vos digo que de modo algum perderá a
sua recompensa" (Marcos 9:41). Jesus ressalta que até os menores gestos de bondade em Seu nome são
vistos e recompensados por Deus.
Mas, também há um alerta sério: "Mas qualquer que fizer tropeçar um destes pequeninos que crêem em
mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho, e que fosse lançado no mar"
(Marcos 9:42). Com isso, Jesus enfatiza a gravidade de prejudicar, física ou espiritualmente, aqueles que
têm fé, especialmente os "pequeninos", que podem ser entendidos tanto como crianças quanto como novos
crentes ou mesmo qualquer pessoa vulnerável. A metáfora da "pedra de moinho" sublinha a severidade da
responsabilidade de cada um em seu tratamento aos outros.
Em síntese, esta passagem reflete os princípios de inclusividade, amor, responsabilidade e respeito que
Jesus ensina. Ele chama todos a um amor que não conhece fronteiras e a uma vida de responsabilidade e
respeito mútuo, especialmente para com os mais vulneráveis.
Marcos 9:43-47
SUMMARIO
Marcos 9:48-50
Finalizando, Jesus exorta seus discípulos a manterem a autenticidade de sua fé, a "terem sal em si
mesmos", ou seja, a manterem sua essência e propósito cristãos. Ele também os encoraja a "guardar a paz
uns com os outros", lembrando a importância de manter relações harmoniosas e amorosas.
O texto nos convoca a uma reflexão sobre a integridade de nossa fé e compromisso com os princípios
cristãos, e sobre como estamos vivendo esses princípios em nossas relações. Encoraja-nos a buscar a
purificação e a preservação de nossa fé, para que possamos ser verdadeiros seguidores de Cristo, mantendo
a paz e promovendo a harmonia entre nós.
SUMMARIO