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Sumário
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA): DEFINIÇÃO, CARACTERÍSTICAS
E ATENDIMENTO EDUCACIONAL ........................................................................... 3
INCLUSÃO ESCOLAR ............................................................................................... 4
INCLUSAO DO ESTUDANTE COM TEA ................................................................... 5
O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO ............................................. 7
INTERVENÇÕES PSICOEDUCACIONAIS ................................................................ 9
ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS ............................................................................. 13
RECURSOS E MATERIAIS PEDAGÓGICOS QUE FAVORECEM A INCLUSÃO DE
ALUNOS COM TEA ................................................................................................. 15
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 18
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NOSSA HISTÓRIA
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TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA):
DEFINIÇÃO, CARACTERÍSTICAS E ATENDIMENTO
EDUCACIONAL
O público alvo a ser atendido pela educação especial é extenso, principalmente
ao pensarmos que esta deve auxiliar todos os alunos, com suas diferentes
peculiaridades. Em se tratando do aluno com Transtorno Global do Desenvolvimento,
mais especificamente o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), foco da nossa
pesquisa, Belisário Filho (2010) indica que esse transtorno se caracteriza pela
presença de um desenvolvimento acentuadamente prejudicado na interação social e
comunicação, além de um repertório marcantemente restrito de atividades e
interesses. As manifestações desse transtorno variam imensamente, a depender do
nível de desenvolvimento e idade. Os alunos com TEA apresentam diversas formas
de ser e agir, com respostas diferentes entre si.
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descobertas na área oferecem a possibilidade de avanços na descoberta da real
causa do autismo e dos demais transtornos do espectro (SCHWARTZMAN, 2011).
INCLUSÃO ESCOLAR
A inclusão escolar diz respeito às novas atitudes em relação às ações que
permeiam o ambiente escolar, tendo como um dos pontos norteadores o acesso à
educação para todos os indivíduos, independentemente de este ser ou não do
público-alvo da educação especial (BARBOSA; FUMES, 2012). A inclusão escolar
traz o pressuposto de que a escola é que tem que se ajustar aos educandos, ao invés
destes se ajustarem àquela. O espaço escolar deve ser pensado de maneira flexível,
a fim de atender cada educando de forma particularizada (PACHECO, 2007). Nessa
perspectiva, entendemos a educação inclusiva como um processo que inclui todas as
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pessoas, tendo por base a partilha de responsabilidades por todos os agentes da
comunidade escolar, e não uma luta de reivindicações travada por alguns
profissionais. Não é apenas o professor que transformará a escola em inclusiva, mas
sim a união entre coordenadores, professores, demais funcionários e família (PIRES,
2006).
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escolar, no que se refere à socialização, é a base para o seu desenvolvimento, assim
como para o de qualquer outra criança.
Incluir a criança com autismo vai além de colocá-la em uma escola regular, em
uma sala regular; é preciso proporcionar a essa criança aprendizagens significativas,
investindo em suas potencialidades, constituindo, assim, o sujeito como um ser que
aprende, pensa, sente, participa de um grupo social e se desenvolve com ele e a
partir dele, com toda sua singularidade.
De acordo com a Lei, a instituição escolar deverá matricular, bem como ofertar,
quando comprovada a necessidade, um acompanhante especializado (BRASIL,
2012). Este, segundo a Nota Técnica nº 24 do Ministério da Educação, deverá ser
“[...] disponibilizado sempre que identificada a necessidade individual do estudante,
visando à acessibilidade às comunicações e à atenção aos cuidados pessoais de
alimentação, higiene e locomoção” (BRASIL, 2013, p. 4). A intervenção do
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acompanhante necessita ser articulada a todas as atividades realizadas no contexto
escolar: atividades da sala de aula, atividades do atendimento educacional
especializado e demais atividades escolares.
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Em se tratando do Plano do AEE, a Resolução n.º 4/2009 indica que este deve
ser elaborado e executado pelo professor do AEE em articulação com os professores
do ensino regular, da família e de diversos outros profissionais, como terapeutas
ocupacionais e fisioterapeutas, entre outros. “Este plano deve ter o objetivo de
eliminar barreiras de aprendizagem” (BRASIL, 2013, p. 3).
Cintra, Jesuino e Proença (2010) esclarecem que o AEE não deve ser
confundido com reforço escolar ou mera repetição dos conteúdos curriculares
desenvolvidos na sala de aula. Seu objetivo é constituir um conjunto de
procedimentos específicos que auxiliem no processo de ensino e aprendizagem.
Lazzeri (2010, p. 33) afirma que as atividades do AEE para estudantes com TEA “[...]
devem ser diversificadas, criativas e instigadoras de outras possibilidades de
aprendizado diferentes das utilizadas em sala regular”. Tendo por objetivo de otimizar
a aquisição de conhecimentos, habilidades e atitudes que favoreçam a inclusão
escolar do indivíduo.
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Observa-se que a parceria faz parte das atribuições do professor do AEE. É o
que garante a Nota Técnica nº 24/2013, do Ministério da Educação (MEC), ao
evidenciar que:
INTERVENÇÕES PSICOEDUCACIONAIS
Método Son-Rise
O método:
TEACCH
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O método TEACCH visa indicar, especificar e definir de maneira operacional
os comportamentos que devem ser trabalhados, bem como organizar o espaço físico,
desenvolver horários e sistemas de trabalho, esclarecer e explicitar as expectativas e
usar materiais visuais, sempre dando atenção especial ao ambiente social e de
aprendizagem e à ação clara de proporcionar uma estrutura para todo o ensino
(WILLIAMS; WRIGHT, 2008; ORRÚ, 2012).
Esta abordagem, segundo Williams e Wright (2008), tem por objetivo ajudar
indivíduos com TEA a cultivar a independência dentro de seu potencial máximo, entre
os principais direcionamentos estão o foco no indivíduo, visto que cada programa é
individualizado, reconhecendo que todos são diferentes.
Orrú (2012) afirma que o TEACCH é eficaz no trabalho com crianças com TEA,
principalmente por possuir uma metodologia que produz o efeito esperado na
modificação dos comportamentos. O treino das habilidades é eficaz em ambientes
controlados, com estímulos direcionados para a resposta esperada.
ABA
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criança dominar a resposta. Para modelar o comportamento da criança são utilizadas
várias técnicas de condicionamento.
Integração Sensorial
A teoria da integração sensorial foi fundada pela Dra. A. Jean Ayres, nos
Estados Unidos, nos anos de 1960, cuja investigação lhe possibilitou criar uma
avaliação e intervenção para as desordens sensoriais. Em seu estudo, investigou a
natureza da forma do cérebro processar a informação sensorial de forma a usá-la
para a aprendizagem, para as emoções e o comportamento. Sua teoria propõe que a
integração sensorial atue no cérebro de forma que este organize a sensação do nosso
corpo e do ambiente para que seja possível usar o corpo de forma eficaz no ambiente
(MAILLOUX; ROLEY; BRIAN, 2012).
Está indicada para crianças em idade escolar sem desordens motoras severas
ou mentais e é comumente usada com crianças diagnosticadas com TEA. A teoria de
integração sensorial de Ayres fundamenta-se em alguns testes (Sensory Integration
Praxis Tests – SIPT) e muitas observações que contribuíram para a identificação de
muitos dos distúrbios sensoriais. Baseia-se em princípios considerados essenciais
para a condução das intervenções, alguns deles são:
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A família e os professores têm papel importante no sentido de perceber
algumas dificuldades em nível sensorial, uma vez que os distúrbios sensoriais se
evidenciam quando da entrada da criança na creche, podendo persistir até a vida
adulta. Estão incluídos nessa terapia exercícios que envolvem o desenvolvimento da
atenção, concentração, audição, compreensão, equilíbrio, coordenação e o controle
da impulsividade nas crianças. Um plano de avaliação e tratamento é necessário para
fornecer os estímulos adequados para cada situação. Os estímulos sensoriais são
compostos de atividades corporais completas por meio de diferentes tipos de
equipamentos (balanço, salto etc.).
Equoterapia
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com o animal, das mãos em contato com as rédeas e com pelo; pelos sons das
batidas dos cascos do cavalo, da voz do terapeuta, do vento passando pelas folhas
das árvores; sente-se o cheiro característico do cavalo e do ambiente, que pode ser
um picadeiro fechado ou um bosque.
ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS
No documento Saberes e Práticas da Inclusão voltado para a Educação
Infantil, é indicado que o professor não deve expor o aluno com TEA aos demais da
turma. A prática de preparar a turma com informações antecipadas pode prejudicar o
processo educacional, uma vez que o social pode ser influenciar neste. Assim, o
documento indica que se deve apresentar as informações a partir dos
questionamentos dos alunos da turma, permitindo espontaneidade para a condução
das informações e da sensibilização dos demais alunos (BRASIL, 2004).
Se necessária uma conversa com a turma, o aluno com TEA pode ser
encarregado de uma tarefa externa, evitando que se sinta constrangido. Nessa
situação, a atitude do professor deve considerar uma conversa coletiva que se paute
na discussão da diferença do aluno no aspecto específico ao levantado pela turma e
nos pontos positivos da personalidade e potencialidades da criança com TEA
(BRASIL, 2004).
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TEA em alguma tarefa/atividade, como oferecer brinquedos, ajuda e solicitar ajuda da
criança com TEA;
(e) o ensino deve ser baseado não só na exposição verbal, mas em outros
recursos também; (f) apresentar tarefas curtas e uma por vez e aumentá-las
gradualmente; elaborar regras de convivência e utilizá-las; (g) observar o que
desencadeia as situações de comportamento inadequado e interferir antes da
situação, mudando a tarefa. Gradualmente, a exposição da criança com TEA às
situações pode ser trabalhada, a fim de não mais desencadear um comportamento
inadequado; reforçar sempre o comportamento adequado e nunca o inadequado. (h)
Na situação do comportamento inadequado (gritar, auto lesionar-se, jogar objetos), o
professor deve considerar os riscos à integridade física do aluno e o melhor ambiente
para acalmá-lo; (i) não permitir que o aluno não realize tarefa alguma: professor pode
solucionar isso por meio de reestruturação das atividades, da rotina, do número de
tarefa; e, (j) criar um meio de comunicação, a depender da necessidade do aluno.
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RECURSOS E MATERIAIS PEDAGÓGICOS QUE
FAVORECEM A INCLUSÃO DE ALUNOS COM TEA
Quanto aos recursos e materiais pedagógicos que fazem parte da prática
docente, cabe ao professor saber utilizá-los para maximizar a aprendizagem de seus
alunos. Partindo desse pressuposto, segundo Merch (1996, p. 123):
[...] os jogos e materiais pedagógicos não são objetos que trazem em seu bojo
um saber pronto e acabado. Ao contrário, eles são objetos que trazem um saber em
potencial. Este saber potencial pode ou não ser ativado pelo aluno. Em segundo lugar,
o material pedagógico não deve ser visto como um objeto estático sempre igual para
todos os sujeitos. O material pedagógico é um objeto dinâmico que se altera em
função da cadeia simbólica e imaginária do aluno. Em terceiro lugar, o material
pedagógico traz em seu bojo um potencial relacional, que pode ou não desencadear
relações entre as pessoas. Assim, o objeto que desencadeou relações muito positivas
em uma classe pode ser o mesmo que paralisará outra. Em quarto lugar, o material
pedagógico são objetos que trazem em seu bojo uma historicidade própria. Além de
portar a historicidade de cada aluno e professor, eles apresentam também a
historicidade da cultura de uma dada época.
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mobilidade, locomoção e comunicação. Portanto, pode ser classificado como sendo
qualquer item, produto ou equipamento, adquirido e produzido comercialmente ou
personalizado, com o intuito de manter, melhorar ou incrementar as habilidades
funcionais de indivíduos com deficiência.
Assim, é preciso pensar em quais tecnologias o aluno com TEA necessita para
sua maior autonomia e participação nas atividades dentro e fora da escola. Bersch
(2006, p. 283), com base na California State University Northridge – Center on
Disabilities, propõe a organização de dez passos necessários para a implementação
e acompanhamento da Tecnologia Assistiva para alunos com deficiência:
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envolvem sistemas computadorizados, como softwares e em como funções o uso por
alunos com dificuldade de fala, de aprendizagem e necessitam de instrução
individualizada, ou de alunos com dificuldades motoras. Geralmente, representam a
única alternativa para acesso ao currículo, como escrita, leitura, sistemas de
comunicação.
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REFERÊNCIAS
APA (American Psychiatric Association). Transtornos mentais. DSM-V. In:
______. Manual diagnóstico e estatísticos de transtornos mentais. 5. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2014. p. 50-59.
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CHIOTE, F. A. B. Inclusão da criança com autismo na educação infantil:
trabalhando a mediação pedagógica. Rio de Janeiro: Wak, 2013.
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NUNES, D. R. P. Autismo e inclusão: entre realidade e mito. In: MENDES, E.
G.; ALMEIDA M. A. Dimensões pedagógicas nas práticas de inclusão escolar. Marília:
ABPEE, 2012. p. 279-292.
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