Está en la página 1de 438

HISTORIA UNIVERSAL SIGLO XXI

Bizancio
FRANZ GEORG MAIER
HISTORIA UNIVERSAL

SIGLO XXI

Volumen 13

Bizancio
VOLUMEN COMPILADO POR

Franz Georg Maier

N a c e en el a ñ o 1926 en S t u t t g a r t . E n 1951 recibe el t í t u l o de


doctor por la U n i v e r s i d a d d e T ü b i n g e n . T r a s u n p e r í o d o d e es-
t u d i o en Italia y en Grecia (como m i e m b r o , e n t r e otras cosas,
d e la expedición K o u k l i a a C h i p r e ) , se dedica a la docencia como
profesor o r d i n a r i o de historia antigua en la Universidad de Frank-
furt. A p a r t i r d e 1966, es profesor o r d i n a r i o d e historia en la
Universidad d e Costanza y dirige la misión arqueológica alemana
a C h i p r e . F. G . Maier ha c e n t r a d o su atención p r e f e r e n t e m e n t e
sobre la historia d e la A n t i g ü e d a d y del P r ó x i m o O r i e n t e . Recor-
d e m o s e n t r e sus escritos: Augustin und das antike Rom (1955),
Griechische Mauerbauinschriften, 2 vols. (1959-1961), Cypern.
Insel am Kreuzweg der Gescbichte ( 1 9 6 4 ) , Archáologie und Ges-
chichte. Ausgrabungen in Alt-Paphos (1973). Las transformacio-
nes d'el mundo mediterráneo. Siglos HI-VIII. (Historia Univer-
sal Siglo X X I , vol. 9.)
Historia Universal
Siglo veintiuno

Volumen 1 3

BIZANCIO

Compilado por
Franz Georg Maiei

siglo
veintiuno
editores
MÉXICO
ESPAÑA
ARGENTINA
COLOMBIA
siglo veintiuno editores, sa
C E R R O DEL A G U A 248, M É X I C O 20, D . F .

siglo veintiuno de españa editores, sa


C / P L A Z A 5, M A D R I D 33, E S P A Ñ A

siglo veintiuno argentina editores, sa

siglo veintiuno de Colombia, ltda

p r i m e r a e d i c i ó n e n e s p a ñ o l , 1974
© siglo x x i de e s p a ñ a editores, s . a .
s e x t a e d i c i ó n e n e s p a ñ o l , 1983
© siglo x x i editores, s . a . de c.v.
ISBN 968-23-0009-6 (obra completa)
ISBN 968-23-0496-2 (volumen 13)

p r i m e r a edición e n a l e m á n , 1973
© f i s c h e r b ü c h e r e i k. g . f frankfurt am main
título original: byzanz

derechos reservados conforme a la l e y


impreso y hecho en méxico/printed a n d m a d e ¡n m e x i c o
índice

PROLOGO

INTRODUCCIÓN: BIZANCIO COMO PROBLEMA HISTÓRICO

I. Área y d o m i n i o , 5 . — I I . El p a p e l histórico d e Bi-


zancio, 1 0 . — I I I . La capacidad d e supervivencia: Es-
t r u c t u r a s políticas y sociales, 1 3 . — I V . Iglesia y Cul-
tura c o m o fuerzas m o d e l a d o r a s de la sociedad, 2 3 . —
V. T r a d i c i ó n y cambio, 3 1 . — V I . El comienzo d e la
historia bizantina: El p r o b l e m a d e la periodicidad, 35.

1. FUNDAMENTOS Y COMIENZOS DE LA HISTORIA BIZANTI-


NA: LA ÉPOCA DE JUSTINIANO Y HERACLIO (518-717)

I. Los dos aspectos d e la época: Tradiciones tardorro-


manas y comienzos b i z a n t i n o s , 3 8 . — I I . C o n s t a n t i n o p l a :
centro del m u n d o y espejo del I m p e r i o , 4 0 . — I I I . Jus-
tiniano y su época: el papel del soberano, 4 3 . — I V . Tra-
dición y reforma de la sociedad en el siglo vi, 4 5 . —
V. E m p e r a d o r e Iglesia: P r o b l e m a s d e la política ecle-
siástica, 5 4 . — V I . S í n t o m a s d e renovación: C u l t u r a y
A r t e , 5 7 . — V I L La « R e n o v a t i o I m p e r i i » : ideología y
realidad, 6 1 . — V I I I . La desintegración del sistema jus-
tinianeo, 6 6 . — I X . El siglo d e la crisis: Bizancio y la
expansión del Islam, 6 8 . — X . Desafío y réplica: con-
solidación del I m p e r i o m e d i a n t e reformas, 7 4 . — X I . La
cultura del siglo v i l : i d e n t i d a d d e I m p e r i o y o r t o d o -
xia, 7 8 .

2. LA CRISIS DE LA ICONOCLASTIA

I . E l p r i m e r p e r í o d o iconoclasta: 717-775, 8 3 . — a ) La
situación en 717, 8 3 . — b ) La introducción de la ¿cono-
cías tia, 85.—c) Éxitos de León III y Constantino V,
8 7 . — L a defensa de Bizancio, 87.—Reorganización de
las finanzas, 89.—Reformas judiciales, 9 0 . — d ) Reía-
dones de Bizancio con los búlgaros y los eslavos, 9 0 . —
e ) Constantino V y el Papado, 91.—f) La persecución
durante el reinado de Constantino V, 9 1 . — I I . Con­
secuencias d e la r e a n u d a c i ó n del culto a las imágenes:
775-802, 9 3 . — a ) Los partidos: iconoclastas e iconódu-
los, 9 4 . — b ) El Séptimo Concilio Ecuménico de 787,
9 6 . — c ) Constantino VI: 790-797, 9 7 . — d ) El reinado
de Irene: 797-802, 9 8 . — I I I . Consecuencias de la su­
premacía búlgara en los Balcanes: 802-813, 99.—a) Re­
formas militares de Nicéforo, 100.—b) Política exte­
rior, 101.—c) La administración de las finanzas, 104.—
d ) Nicéforo y la Iglesia, 108.—e) Miguel I: 811-813,
1 0 9 . — I V . E l s e g u n d o p e r í o d o iconoclasta: 813-842,
112.—a) Vuelta a la iconoclastia, 113.—b) La guerra
civil, 117.—c) Evolución de la fuerza naval árabe, 119.
d ) El reinado de Teófilo: 829-842, 120.—e) Las refor­
mas administrativas de Teófilo, 122.

BIZANCIO Y LOS ESLAVOS

I . A s e n t a m i e n t o eslavo, 1 2 8 . — I I . El reino d e G r a n
Moravia, 1 3 3 . — I I I . Bulgaria, 138.—a) El primer reino
búlgaro, 679-1018, 138.—b) Los bogomilitas, 143.—
c) Bulgaria y el dominio bizantino: 1010-1186, 145.—
d ) El segundo Imperio búlgaro: 118Ü-1396, 1 4 6 . — I V .
Servia, 155.—a) Ascenso de Zeta, 156.—b) Ascenso de
Rascia (Raska), 157.—c) Esteban Dusan y la suprema­
cía servia en los Balcanes, 161.—V. Base bizantina de
la cultura rusa, 165.

EL RENACIMIENTO MACEDÓNICO

I . Los comienzos del I m p e r i o bizantino medio, 1 7 2 . —


I I . Los e m p e r a d o r e s macedónicos. Consolidación in­
t e r n a y apogeo c u l t u r a l , 1 8 1 . — I I I . E l I m p e r i o bizan­
tino m e d i o en la época d e m á x i m o p o d e r í o exterior,
199.

LA ÉPOCA DE LOS COMNENO

I . D e s d e los e m p e r a d o r e s macedónicos hasta los Com-


n e n o , 2 1 7 . — I I . Los éxitos del I m p e r i o de los Comne-
n o , 2 3 2 . — I I I . El I m p e r i o d e los C o m n e n o en la cum­
b r e de su poder, 2 4 7 . — I V . D e Miriocéfalo a la cuarta
Cruzada (1176-1204), 2 6 7 .

LA CUARTA CRUZADA Y SUS CONSECUENCIAS 282

I. La cuarta Cruzada, 1198-1204, 2 8 2 . — I I . Los I m p e ­


rios latino y griego, 1204-1261, 296.

7. LA CAÍDA DE BIZANCIO (LA DINASTÍA DE LOS PALEÓ­


LOGO) 326

I. Miguel V I I I Paleólogo y la Restauración del I m p e ­


rio, 1261-1282, 3 2 6 . — I I . Bizancio como potencia d e
segunda fila: A n d r ó n i c o I I Paleólogo, 1282-1321, 3 3 5 .
I I I . La época d e las guerras civiles: A n d r ó n i c o I I I
y J u a n V I (1321-1354), 3 4 6 . — I V . Bizancio, estado va­
sallo de los turcos: J u a n V y M a n u e l I I (1354-1402),
359.—V. El ú l t i m o m e d i o siglo y la caída de Constan-
tinopla (1402-1453), 3 7 1 .

LISTA DE EMPERADORES 381

NOTAS 386

BIBLIOGRAFÍA 389

ÍNDICE ALFABÉTICO 409

ÍNDICE DE ILUSTRACIONES 422

vii
COLABORADORES DE ESTE VOLUMEN

Hermann Beckedorf (Universidad de Zurich)


Capítulo 6

Hans-Joachim Hdrtel (Universidad de Munich)


Capítulo 3

Winfried Hecht ( R o t r w e i l )
Capítulos 4 y 5

Judilh Herrín (Londres)


Capítulo 2

Franz Georg Maier ( U n i v e r s i d a d de Z u r i c h )


Prólogo, Introducción y Capítulo 1

Donald M. Nicol ( U n i v e r s i d a d d e L o n d r e s )
Capítulo 7

TRADUCTORES

María Nolla: Introducción. Capítulos 1 y 3

María del Carmen Palacios: C a p í t u l o s 4, 5 y 6

Javier Faci: C a p í t u l o s 2 y 7

DISEÑO DE LA CUBIERTA

Julio Silva

viii
Prólogo

«If t h e Past w e r e ever past,


t h e r e w o u l d b e no use in
[recalling i t ] . »
Freya Stark

La historia d e Bizancio n o necesita a c t u a l m e n t e de n i n g u n a


justificación. N o p u e d e ser, p o r s u p u e s t o , la narración fantás-
tica de intrigas cortesanas, asesinatos y lujo oriental, c o m o esce-
nario p a r a u n a historia trivial y efectista sobre u n f o n d o d e
i m p o n e n t e s cuadros d e batallas. L o q u e nos interesa a q u í es el
papel histórico d e Bizancio y sus amplios efectos, los p r o b l e m a s
fundamentales y las e s t r u c t u r a s generales d e la sociedad bizantina.
La autoafirmación casi milenaria como sistema de d o m i n i o y
centro d e p o d e r constituye p o r sí sola u n h e c h o histórico extra-
ordinario. E n t r e los grandes estados d e la historia universal, el
I m p e r i o chino es el ú n i c o q u e con sus casi dos mil años d e
i n i n t e r r u m p i d a c o n t i n u i d a d ofrece u n a vida más larga. La su-
pervivencia del I m p e r i o b i z a n t i n o frente a las continuas ame-
nazas se d e b i ó m e n o s al favor casual de las circunstancias ex-
ternas q u e a u n o r d e n estatal y social a l t a m e n t e organizado.
El estado b i z a n t i n o p e r t e n e c e a los grandes sistemas absolutistas-
1
burocráticos d e la historia . P e r o la función histórica de Bizancio
no se agota en esa autoafirmación c o m o sistema político. E n el
I m p e r i o b i z a n t i n o se desarrolló u n a c u l t u r a creadora, intelec-
t u a l m e n t e refinada, que d e m o s t r ó disponer d e u n a asombrosa
capacidad de regeneración frente a todas las crisis. H a s t a b i e n
e n t r a d a la A l t a E d a d M e d i a , C o n s t a n t i n o p l a conservó su rango
de c e n t r o espiritual y artístico de E u r o p a y del P r ó x i m o O r i e n t e .
Gracias a ello p u d i e r o n tener efecto sobre la E d a d M e d i a occi-
d e n t a l , el P r ó x i m o O r i e n t e y, sobre t o d o , sobre los Balcanes,
p r o d u c t o s históricos d e e x t r a o r d i n a r i a diversidad e i n t e n s i d a d y
cuyas huellas llegan hasta el p r e s e n t e .
Si se describe la historia bizantina c o m o «defensa de u n a
2
forma de v i d a » : ¿en q u é consistió entonces esta forma de v i d a ?
¿ Q u é e l e m e n t o s y fuerzas f o r m a r o n y alteraron la sociedad bi-
zantina a lo largo d e los siglos? La historia es u n a c o n s t a n t e
interrogación de este t i p o . Se interesa p a r t i c u l a r m e n t e p o r los
s u p u e s t o s , las formas y las causas d e l c a m b i o social y espiritual,

1
la interconexión de las fuerzas políticas, socio-económicas y cultu-
rales en los impulsos y mecanismos q u e , a n t e condiciones externas
e i n t e r n a s diferentes, p o n e n en m o v i m i e n t o transformaciones
formales en u n sistema social establecido. U n a generalización
que b o r r e la i d e n t i d a d es intelectualmente tan falsa como la
a p r e s u r a d a actualización de p r o b l e m a s históricos que nos p r o m e t e
una n o r m a d e c o n d u c t a para el p r e s e n t e . Contra esta deformación
frecuente d e la historia resulta inútil conjurar el m i t o histórico
de la i n d i v i d u a l i d a d o afirmar, con R a n k e , q u e basta decir «cómo
ha sido en realidad». La problemática histórica objetiva requiere
una cooperación con las ciencias sociales sistemáticas que fecunde
y controle las categorías específicamente históricas; no p u e d e
renunciar al análisis e s t r u c t u r a l ni a la comparación tipológica.
La historia de la sociedad bizantina ofrece un instructivo
campo de observación en este aspecto. E n sus factores perma-
nentes y en sus e s t r u c t u r a s d e t e r m i n a n t e s se mezclan elementos
típicos, accesibles a u n análisis c o m p a r a t i v o , y rasgos indivi-
duales acuñados por las condiciones singulares del d e s t i n o bi-
zantino. H a y un p r o b l e m a especial en una sociedad tradicional
d e t a n t a consistencia: el de la capacidad de adaptación a condi-
ciones d e vida diferentes, a la posibilidad de reforma y de
cambio. C o n él se enlaza necesariamente la cuestión de las cau-
sas de la resistencia de Bizancio. H i s t ó r i c a m e n t e es más intere-
sante q u e la cuestión tan r e p e t i d a sobre las causas de su caída.
La historiografía sigue siendo el i n t e n t o de describir la evolu-
ción d e u n a sociedad d e t e r m i n a d a en el t i e m p o . E n principio
se va i m p o n i e n d o poco a poco, t a m b i é n en la sociología y la
politología, la o p i n i ó n de que los análisis estructurales resultan
poco p r o d u c t i v o s si n o se tienen en cuenta el factor temporal
y el aspecto genético. E n el caso concreto de Bizancio se de-
m u e s t r a , u n a y otra vez, q u e el e s t u d i o analítico-sistemático de
los fenómenos históricos es t a m b i é n , en el fondo, tipológicamente
inútil. C a b e q u e el i m p o r t a n t e papel d e d e t e r m i n a d a s estructuras
generales, o b s e r v a d o a la ligera, ofrezca u n a imagen estática del
sistema político y social de Bizancio. P e r o , en rigor, se caracte-
riza t a n t o p o r el cambio como p o r la persistencia. E l e m e n t o s ,
formas y funciones de esta sociedad están sujetos a transforma-
ciones m ú l t i p l e s , en p a r t e p r o f u n d a s , si b i e n el r i t m o de este
c a m b i o varía en las d i s t i n t a s fases de la historia bizantina.
D e ahí q u e sean i m p r o c e d e n t e s en muchos casos las manifes-
taciones generales de análisis e s t r u c t u r a l sobre Bizancio, a no
ser q u e se a p l i q u e esa forma de generalización q u e no realza
d e b i d a m e n t e los hallazgos m e d i a n t e la comparación, sino q u e los
oculta al fin tras u n g r a d o d e abstracción demasiado elevado.

2
Describir el origen y la evolución de u n a u n i d a d histórica
concreta no p u e d e s u p o n e r , e m p e r o , el repliegue a la exposición
de los distintos m o m e n t o s ; el h o r i z o n t e no d e b e desfigurarse
con la mera historia d e los acontecimientos. C i e r t o que la ex-
posición histórica es diacrónica y sintética p o r principio. P e r o
esto no excluye cortes transversales sincrónicos en la forma y
en el c o n t e n i d o q u e d e s e m p e ñ a n funciones analíticas. La historia
de los acontecimientos y el corte transversal se c o m p l e m e n t a n
d e n t r o de u n a exposición histórica objetiva. Sólo en su u n i ó n
será posible c o m p r e n d e r las e s t r u c t u r a s al mismo tiempo q u e los
decursos, y p r e g u n t a r s e por los factores, llegar realmente a u n a
«historia vital del E s t a d o b i z a n t i n o » . P o r eso parecía a p r o p i a d o
esbozar en la introducción al m e n o s algunas de las cuestiones
y p u n t o s de vista t r a n s c e n d e n t e s , imprescindibles hoy para la
apreciación de la función histórica d e Bizancio.
El editor de esta serie dijo, hace poco, q u e el proceso histó-
rico y el espacio cultural m e d i t e r r á n e o s debieran considerarse
:i
c o m o u n i d a d entre los siglos iv y v m . Efectivamente, sólo en
esta perspectiva general sincrónica resulta claro u n rasgo funda-
mental del desarrollo histórico d e estos siglos: la desmembra-
ción del viejo m u n d o del Imperium romanum en tres « m u n d o s »
nuevos q u e , pese a t o d o parentesco aún visible y b a s a d o en
tradiciones c o m u n e s , constituyen dominios y culturas c l a r a m e n t e
divididos, con centros d e gravitación económicos y políticos.
U n o d e estos tres dominios n u e v o s es Bizancio, y su c e n t r o ,
C o n s t a n t i n o p l a . M a s las relaciones recíprocas con el a m b i e n t e his-
tórico no son ya igualmente fundamentales para la historia ul-
terior del E s t a d o y de la cultura bizantinos y de su esfera de
influencia, a pesar de u n a c o n t i n u a osmosis política, económica
y cultural. P o r eso no sólo es posible u n cambio de perspectiva
e n t e el m i s m o objeto, sino q u e , en cierto m o d o , lo exige la cosa
misma. El i n t e n t o de abarcar el carácter y la función históricos
y de c o m p r e n d e r al m i s m o t i e m p o elementos tipológicamente
i m p o r t a n t e s , hace necesario p r e s e n t a r la historia de Bizancio
como u n a historia propia.

3
Introducción:
Bizancio como problema histórico

« D e s m o r o n a m i e n t o y ocaso del I m p e r i o r o m a n o » ( E . G i b -
b o n ) o « G r a n d e z a y decadencia d e Bizancio» ( C h . D i e h l ) : la
formulación del tema histórico ya indica cómo se ha transfor-
m a d o el juicio con respecto a los éxitos y a los fracasos, al papel
histórico y a los logros d e Bizancio. Los mitos históricos son
pertinaces. L a idea d e G i b b o n , q u e concebía la historia bizantina
c o m o el largo proceso d e decadencia d e u n gran pasado clásico
— « l a m e m o r a b l e consecuencia d e unas revoluciones q u e a lo
largo de casi trece siglos m i n a r o n y, finalmente, destrozaron la
1
sólida construcción de la grandeza h u m a n a » — entronca perfec-
t a m e n t e c o n el proceso de reducción d e la perspectiva histórica
q u e o p e r a b a e n el siglo x i x . D e s d e la estrechez d e miras, en
c u a n t o a la política nacional, p r o p i a d e la E d a d M e d i a europea,
el I m p e r i o b i z a n t i n o parecía algo carente d e i m p o r t a n c i a ; y desde
la estrechez conceptual clasicista, algo d o b l e m e n t e despreciable
p o r «oriental» y « d e c a d e n t e » . E n el a ñ o 1869, William Lecky
formulaba u n a i n t e r p r e t a c i ó n d e m o d a : «La o p i n i ó n general q u e
la historia t i e n e sobre el I m p e r i o b i z a n t i n o es la de q u e éste
representa, sin excepción alguna, la forma cultural más baja y
abyecta q u e haya p o d i d o darse hasta el m o m e n t o . . . N i n g u n a ci-
vilización d u r a d e r a careció h a s t a tal p u n t o d e t o d a forma o ele-
m e n t o configurador de g r a n d e z a . . . La historia de dicho I m p e r i o
es u n a relación m o n ó t o n a d e intrigas d e sacerdotes, eunucos y
mujeres, de e n v e n e n a m i e n t o s , conspiraciones, ingratitudes y con-
2
tinuos fraticidios» . I n c l u s o A r n o l d T o y n b e e fue víctima tardía
d e esta concepción según la cual la sociedad bizantina resultó
a b s o l u t a m e n t e estéril y c a r e n t e d e originalidad o fuerza creadora,
a u n q u e sin e m b a r g o se resistió a m o r i r d u r a n t e mil años, con-
tradicción q u e exaspera a cualquier clasicista.

Cien años d e s p u é s d e Lecky, nuevas categorías del entendi-


m i e n t o histórico, así como u n a detallada e intensiva investigación
q u e poco a p o c o incorporó a su trabajo t a m b i é n a «Bizancio
antes d e Bizancio» (bases grecohelenistas y r o m a n o t a r d í a s de la
c u l t u r a b i z a n t i n a ) y a «Bizancio d e s p u é s de Bizancio» (historia
d e los p u e b l o s d e los Balcanes y d e Rusia), h a n modificado efi-
cazmente la imagen q u e se tenía d e la sociedad bizantina y del
papel histórico p o r ésta j u g a d o . Bizancio es considerado ahora
como fenómeno histórico i n d e p e n d i e n t e , cuyos aspectos, cada vez
más diferenciados, dificultan n o r m a l m e n t e la explicación del sig-

4
niñeado del t é r m i n o d e «lo b i z a n t i n o » , sin caer en fórmulas
3
vacías o definiciones exclusivamente n e g a t i v a s .
A pesar de t o d o , n o h e m o s llegado a profundizar t o t a l m e n t e
en la historia bizantina. E l g r a d o d e d i s t a n c i a m i e n t o es, sin em-
bargo, m e n o r del q u e nos separa d e la historia árabe-islámica o
china. Las tradiciones c o m u n e s en el occidente e u r o p e o y en el
oriente b i z a n t i n o i n d u c e n a veces a pasar por alto d e t e r m i n a d a s
diferencias sutiles, si b i e n p o r ello n o m e n o s fundamentales.
Q u i e n haya c o n t e m p l a d o y e s t u d i a d o alguna vez la historia bi-
zantina con calma, ha t e n i d o q u e percibir, necesariamente, u n a
curiosa sensación de encontrarse a n t e algo desconocido y e x t r a ñ o .
Y esto n o se d e b e exclusivamente al proceso de distanciamiento
entre ambas áreas culturales, iniciado ya antes d e las Cruzadas,
y cuyo responsable n o fue sólo el a n t a g o n i s m o confesional, sino
también u n orgullo cultural b i z a n t i n o claramente antioccidental.
Resulta igualmente decisivo el h e c h o de q u e Bizancio no se adapte
al c o n c e p t o de la historia c o m o progreso. H e m o s renunciado al
concepto d e progreso f o r m u l a d o p o r G i b b o n , e v i d e n t e m e n t e afec-
tado e i n g e n u a m e n t e racionalista. P e r o nuestra concepción lineal
y progresiva d e la historia ( a u n q u e concebido d e s d e u n principio
de manera diversa) — A n t i g ü e d a d , E d a d M e d i a , E d a d M o d e r n a —
d e m u e s t r a suficientemente hasta q u é p u n t o nuestras categorías
del e n t e n d i m i e n t o histórico están i m p r e g n a d a s de u n desarrollo
concebido como progreso. La decadencia es tan sólo el reverso
de la categoría de progreso, y, en última instancia, ninguna d e
estas dos categorías se ajustan a la historia de Bizancio.

I. Área y dominio

E l área p u e d e influir tan decisivamente en la historia como


el m e d i o a m b i e n t e en el i n d i v i d u o . Si en esto existen regulari-
dades periódicas, es algo q u e q u e d a por establecer; p e r o es in-
d u d a b l e q u e en el caso concreto de Bizancio influyeron en su
historia ciertos factores geográficos.
Las fronteras del E s t a d o bizantino c o r r e s p o n d i e r o n , en u n
principio, a las del I m p e r i o r o m a n o oriental creado por T e o d o s i o
en el año 395 al hacer su división del I m p e r i o . Esta división
n o p u d o deberse a u n simple capricho administrativo. El oriente
griego y el occidente latino se diferenciaban con toda claridad
d e s d e hacía m u c h o t i e m p o , t a n t o en la e s t r u c t u r a y profundidad
d e su cultura c o m o en su situación económica y demográfica.
Mayores reservas h u m a n a s y u n a fuerza productiva superior con-
firieron a la p a r t e oriental del I m p e r i o u n a fuerza y capacidad

5
regeneradora más elevad», situación q u e resultó f u n d a m e n t a l en
el desarrollo d e la historia bizantina.
La primitiva área d e d o m i n i o b i z a n t i n o e s t u v o sujeta a con-
tinuas transformaciones y finalmente a u n drástico proceso de
contracción. E n la época justinianea abarcaba desde E s p a ñ a hasta
el desierto sirio, desde el D a n u b i o y el M a r N e g r o hasta la costa
del n o r t e d e África. La catástrofe de la política exterior del si-
glo v i l p r o v o c ó la p é r d i d a d e las provincias africanas y asiáticas,
a excepción d e Asia M e n o r y casi toda la región de los Balcanes.
A u n a n u e v a expansión p r o v o c a d a p o r la reconquista de los
emperadores macedónicos, sucedió el p e r í o d o de decadencia de
la dinastía Paleólogo, c u a n d o el territorio bizantino tan sólo
abarcaba los alrededores d e la capital y algunas zonas d e poca
extensión en el P e l o p o n e s o . T u v i e r o n gran importancia en este
desarrollo Asia M e n o r , Grecia y las regiones limítrofes de los
Balcanes meridionales, d o n d e M a c e d o n i a y Tracia, p r i n c i p a l m e n t e ,
d e s e m p e ñ a r o n u n papel relevante como graneros y reserva hu-
mana.
P o r el contrario, la zona d e influencia de la cultura bizantina
siempre abarcó los límites trazados en el a ñ o 3 9 5 , llegando in-
cluso a traspasarlos. Así la línea divisoria, en u n principio ideada
tan sólo como frontera administrativa, se convirtió en u n factor
que ha e s t a d o influyendo hasta la actualidad en la historia de
los Balcanes: al ser adjudicadas las diócesis de Macedonia (la
actual G r e c i a ) y de Dacia (Servia meridional) al I m p e r i o orien-
tal, gran p a r t e d e los Balcanes eslavos q u e d a r o n sometidos a
la influencia cultural bizantina, y no a la e u r o p e a occidental.
D e b i d o a la falta de datos estadísticos, resulta difícil esbozar
la e s t r u c t u r a demográfica del área d e d o m i n i o b i z a n t i n o . Para
d e t e r m i n a r el n ú m e r o de h a b i t a n t e s , sus oscilaciones y su dis-
tinta d e n s i d a d regional ú n i c a m e n t e contamos con referencias ge-
nerales. E n el siglo i v la población total del I m p e r i o apenas lle-
gaba a u n a cuarta parte del n ú m e r o d e h a b i t a n t e s de este m i s m o
territorio en la época m o d e r n a . Sin d u d a alguna las provincias
orientales, p r i n c i p a l m e n t e Asia M e n o r , Siria y E g i p t o con sus
numerosas ciudades, estaban m á s d e n s a m e n t e pobladas *. N o pue-
d e precisarse con cifras en q u é m e d i d a p r o v o c a r o n u n descenso de
la población las periódicas epidemias, el h a m b r e y las catás-
trofes políticas exteriores en el I m p e r i o b i z a n t i n o . T a m p o c o pue-
de d e t e r m i n a r s e con exactitud la composición étnica de la po-
blación imperial. E n el I m p e r i o r o m a n o ésta no era ya h o m o g é n e a
y e s t u v o sujeta a u n a serie d e procesos de desplazamiento difí-
cilmente reconocibles. T o d o lo cual a ú n resulta más válido en
lo q u e se refiere al E s t a d o b i z a n t i n o , q u e desconoció el c o n c e p t o

/
de nacionalidad y q u e se vio forzado a asimilar c o n t i n u a m e n t e
(por ejemplo, en el a s e n t a m i e n t o eslavo) nuevos factores étnicos.
P o r el c o n t r a r i o , era e v i d e n t e u n a clara diferencia económica.
D e s d e hacía t i e m p o el c e n t r o de gravedad de la p r o d u c t i v i d a d
industrial, el capital y la potencia tributaria se hallaba en las
provincias orientales, con su mayor d e n s i d a d demográfica y una
e s t r u c t u r a más desarrollada. E s t a s provincias poseían, y no en
ú l t i m a instancia, gracias a las estrechas relaciones existentes con
los países limítrofes d e O r i e n t e , los centros más i m p o r t a n t e s de
la i n d u s t r i a y el comercio. La banca y los servicios de crédito
se hallaban a q u í más desarrollados q u e en las provincias occi­
d e n t a l e s , q u e más bien hacían las veces de mercados y actuaban
c o m o s u m i n i s t r a d o r e s de materias p r i m a s . La crisis producida
p o r la invasión de los bárbaros a u m e n t ó aún más la superioridad
económica y c o n s o l i d ó la estabilidad d e la p a r t e oriental del
I m p e r i o . La descomposición de la administración t a r d o r r o m a n a
hizo estragos en O c c i d e n t e . El comercio, la industria y la política
financiera se vieron seriamente disminuidas. Sin embargo, en
Asia M e n o r , Siria y E g i p t o la situación económica d e la agri­
cultura, así como la d e los g r a n d e s centros u r b a n o s , apenas si
se vio influida p o r tal a c o n t e c i m i e n t o .
El E s t a d o b i z a n t i n o h e r e d ó , a la par q u e el m u n d o político
de R o m a , los graves p r o b l e m a s de I m p e r i o concernientes a po­
lítica exterior. Ciertas regiones limítrofes de vital importancia
para Bizancio estaban situadas en dos áreas tradicionalmente
críticas: el curso bajo del D a n u b i o y Siria-Armenia. La guerra
bifrontal se c o n v i r t i ó en u n a c o n s t a n t e d e la historia bizantina,
tras varios siglos de c o n t i n u a presión políticomilitar en estas
zonas. E n u n p r i n c i p i o se logró desviar en la frontera del Da­
n u b i o el e m p u j e d e la migración g e r m a n a hacia el oeste-. P e r o
en el siglo v i el a s e n t a m i e n t o eslavo en los Balcanes resultó
ser u n foco d e peligros de m a y o r envergadura, además de con­
t i n u o . El m u n d o r o m a n o poseía desde hacía m u c h o t i e m p o u n a
t u p i d a red de relaciones económicas y culturales con el este.
P e r o al mismo t i e m p o se hallaba confrontado con el reino persa
de los Sasánidas, u n estado a l t a m e n t e civilizado y severamente
organizado, cuya p r e t e n s i ó n d e d o m i n a r el c o n t r o l político del
área siria y de Asia M e n o r tenía q u e provocar, necesariamente,
u n conflicto p e r m a n e n t e . C o n la destrucción del reino sasánida
p o r el Califato en el siglo v i l , c a m b i ó tan sólo el rival y n o la
constelación política. Los coraceros persas fueron reemplazados
por los ejércitos árabes y, m á s t a r d e , por los turcos.

D o s factores geográficos a m e n a z a b a n p r i n c i p a l m e n t e la esta­


bilidad y la resistencia del I m p e r i o bizantino ante estas constan­
tes estratégicas y de política e x t e r i o r : la situación limítrofe de

8
las zonas más ricas y fecundas (África del N o r t e , E g i p t o y Siria)
y la falta d e barreras naturales q u e hubiesen facilitado u n a de-
Icnsa eficaz d e los frentes del I m p e r i o t a n t o en el D a n u b i o como
en el desierto sirio y africano. Estos dos aspectos resultaron
definitivos en la rápida pérdida d e las provincias orientales y
de África en el siglo v i l , así c o m o también en el m e n o s c a b o de
la situación económica, o r i g i n a l m e n t e próspera, del I m p e r i o .
Por el contrario, d e m o s t r a r o n ser factores positivos las favorables
condiciones geográficas existentes para la creación de u n a sobe-
ranía marítima en el M e d i t e r r á n e o y, f u n d a m e n t a l m e n t e , la sólida
situación defensiva d e Asia M e n o r , q u e j u n t o con Tracia consti-
tuía la reserva h u m a n a más i m p o r t a n t e . La altiplanicie d e Asia
Menor estaba protegida hacia el s u d e s t e p o r la barrera consti-
tuida por los M o n t e s T a u r o , así c o m o por escarpados acantilados
en la amenazada costa meridional. R e a l m e n t e , desde el p u n t o
de vista militar, el p r o b l e m a geográfico se centraba en A r m e n i a ,
pues, al c o n t r a r i o q u e en el frente s u d e s t e , ofrecía pasos a través
de valles de fácil tránsito.
Un factor geopolítico f u n d a m e n t a l en la historia bizantina
lo constituyó la situación de su capital: d u r a n t e más d e mil
años C o n s t a n t i n o p l a fue, gracias a las extraordinarias ventajas
de su situación, el c e n t r o vital y el ú l t i m o r e d u c t o de resistencia
del I m p e r i o . El filósofo oficial árabe I b n J a l d ú n había visto
cómo se confirmaba — c o n el papel q u e representaba la capital
b i z a n t i n a — su teoría sobre la función de los centros dinásti-
5
cos . Su posición d o m i n a n t e , intermedia e n t r e Asia y E u r o p a ,
hizo q u e C o n s t a n t i n o p l a se convirtiera, desde el p u n t o d e vista
geográfico, en el c e n t r o del I m p e r i o , al m i s m o t i e m p o q u e , en
caso de necesidad, t a m b i é n hacía posible el b l o q u e o de los te-
rritorios orientales d e los Balcanes. Situada en la línea estraté-
gica de las principales comunicaciones e n t r e los frentes persa
y g e r m a n o , la ciudad controlaba t a m b i é n la i m p o r t a n t e ruta
comercial e n t r e las cuencas del D a n u b i o y el Eufrates. Disfrutaba
también de u n a posición igualmente favorable desde el p u n t o
de vista m a r í t i m o ; al estar situada e n t r e el M a r Negro y el Ef/eo,
comunicaba d i r e c t a m e n t e con Siria, E g i p t o , África del N o r t e e
Italia. Sus instalaciones defensivas, c o n t i n u a m e n t e m o d e r n i z a d a s ,
la convirtieron en el mayor c e n t r o comercial del M e d i t e r r á n e o
y en la fortaleza más resistente, de m o d o q u e , en el c u r s o d e
su historia, ú n i c a m e n t e p u d o ser c o n q u i s t a d a en dos ocasiones:
en 1204 y en 1453.

A lo largo de los siglos se confirmó cuan acertada fue la


idea de C o n s t a n t i n o , basada en consideraciones de orden político,
económico y estratégico, de fundar una nueva capital imperial
en el lugar d e la antigua Bizancio en el Bosforo. A c e n t u ó el

9
desplazamiento del peso político d e n t r o del I m p e r i o , condiciona-
d o n o sólo p o r la superioridad económica de la p a r t e oriental
de éste, sino t a m b i é n p o r su situación militar. P e r o no debe
restársele importancia a las motivaciones religiosas y político-
religiosas: la n u e v a capital debía estar libre del lastre q u e sig-
nificaban las tradiciones paganas y los anticuados esquemas po-
líticos. La segunda R o m a , en d o n d e ya no estaba p e r m i t i d o el
culto público p a g a n o , era una Roma cristiana.

II. El papel histórico de Bizancio

El I m p e r i o t a r d o r r o m a n o del siglo i v y v abarcaba t o d o


el m u n d o cultural m e d i t e r r á n e o , incluidos los territorios margi-
nales colonizados p o r R o m a , desde Escocia hasta el Sahara, desde
la costa atlántica m a r r o q u í hasta el curso superior del Eufrates.
Con la crisis p r o v o c a d a por la invasión de los b á r b a r o s , la parte
occidental del I m p e r i o se dividió en u n g r u p o de estados feudales
g e r m a n o s . P o r el c o n t r a r i o , en las provincias orientales sobrevi-
vieron, en un sistema d e gobierno besado en los principios abso-
lutistas y centralistas, el o r d e n estatal, las normas jurídicas y las
ideas políticas del I m p e r i o r o m a n o : asi se o p e r ó la unión de
un cristianismo de carácter griego y de una cultura helenística
fuertemente influida p o r O r i e n t e . D e la síntesis de estas tradi-
ciones nació un p r o d u c t o histórico de asombrosa vitalidad y gran
fuerza regeneradora.
El I m p e r i o bizantino — c o m o herencia de R o m a — disfrutaba,
en su calidad de potencia económica, política y cultural, de una
posición p r e p o n d e r a n t e , incluso única, en u n principio. E n una épo-
ca d e descentralización y de horizontes locales era aquí d o n d e
residía la verdadera fuerza histórica del área; la «nueva Roma»
era su c e n t r o espiritual decisivo. Con el auge del Islam, Bizancio
dejó de ser la única potencia en el M e d i t e r r á n e o , papel que
había d e s e m p e ñ a d o d u r a n t e 200 años. P e r o , hasta finalizar la
Baja E d a d M e d i a , el I m p e r i o bizantino siguió siendo el Estado
con la administración más eficaz, el ejército más c o n t u n d e n t e
y la mayor capacidad financiera del m u n d o e u r o p e o m e d i t e r r á n e o .
H a s t a el fortalecimiento d e las repúblicas marítimas de G e n o v a
y Venecia constituyó la figura principal del comercio oriental y
m e d i t e r r á n e o . C o n s t a n t i n o p l a era indiscutiblemente la capital de
la cultura e u r o p e a . I n c l u s o c u a n d o se e x t e n d i ó , con las Cruzadas,
al c a m p o político la oposición existente e n t r e el occidente latino
y el o r i e n t e griego, y el conflicto con los estados occidentales
c o n t r i b u y ó d e f i n i t i v a m e n t e a su caída, el I m p e r i o bizantino siguió
ejerciendo su triple misión histórica d u r a n t e otros 250 años

10
más: defensa contra el Islam, transmisión de la cultura griega
v mediación espiritual e n t r e O c c i d e n t e y O r i e n t e .
De las consecuencias del vacío q u e a raíz d e la caída de
('.onstantinopla se originó en los países balcánicos p u e d e dedu-
ciise la importancia de su capacidad d e resistencia — d e ocho si­
glos de d u r a c i ó n — en los c a m p o s de batalla de Siria, A r m e n i a ,
Sicilia y Asia M e n o r . Mas esta función pasiva, d e c h o q u e , des-
ÍU rollada por un estado oriental cristiano, bajo cuya protección
podían desarrollarse el m u n d o político y la cultura de los pue­
blos germano-romanos de la E u r o p a central, se ha destacado
con frecuencia de forma unilateral. El papel histórico d e Bizancio
no se limitó a la autoafirmación militar y de la política exterior
(unió «Baluarte contra el Islam» ( J a c o b B u r c k h a r d t ) . Su papel
clave en la crónica universal de la controversia milenaria e n t r e
Este y O e s t e , O r i e n t e y O c c i d e n t e , se f u n d a m e n t ó en una auto-
;i filmación espiritual a n t e la extinción de la cultura antigua en
Occidente y la irrupción del Islam en O r i e n t e . Bizancio no sólo
actuó como simple salvaguardia de la tradición clásica en tiempos
de crisis, c o m o a d m i n i s t r a d o r de una zona protegida en la que
podían sobrevivir la literatura, las ciencias y el arte greco-hele­
nistas. En un proceso creativo d e asimilación surgió, d e la unión
de la herencia griega con las tradiciones cristianas y con los
elementos orientales, la c u l t u r a más brillante y efectiva de la alta
l'.dad Media.
La capacidad de Bizancio para ejercer su poderoso influjo en
l;i formación de culturas limítrofes se debe a esta superioridad
en riqueza espiritual y en creación artística, y no sólo a su po­
sición política o a los i n d u d a b l e s atractivos de su civilización
material. La fuerza y el alcance d e la influencia bizantina difieren
mucho. El Islam, la E u r o p a d e la E d a d Media y los pueblos
eslavos d e los Balcanes pertenecen a su radio d e acción. Incluso
después de la caída d e Bizancio p e r d u r a esta influencia en la
ortodoxia griega y en la historia de los pueblos eslavos y rusos.
En la Iglesia griega p u e d e descubrirse aún hoy, y directa­
mente, la tradición bizantina: su dogma, la estructura de su
religiosidad y su arte son pura herencia de Bizancio. Pero tam­
poco p u e d e concebirse la historia d e los árabes y de los turcos
(y con ello, en cierta medida, la del P r ó x i m o O r i e n t e m o d e r n o )
sin las influencias ejercidas por Bizancio sobre el estado y la
cultura del Islam — h e c h o q u e ya en el siglo XIV había p o d i d o
comprobar u n testigo tan poco sospechoso como I b n J a l d ú n .
Las consecuencias históricas sobre la política, la organización
estatal y la cultura del m u n d o político medieval de la E u r o p a
< Iccidental fueron m ú l t i p l e s . El I m p e r i o bizantino no sólo influyó
como potencia política en los conflictos d e los reinos occide.n-
tales. Se dejó sentir t a n t o en su ceremonial, en su estilo e ideas
políticas c o m o en su c u l t u r a material merced a la afluencia de
mercancías y artículos d e lujo bizantinos. Sin embargo, d o n d e
Bizancio influyó d e forma más d u r a d e r a fue en el arte y en el
m u n d o espiritual de la alta y baja E d a d Media. E s t o p u e d e
percibirse en el a r t e carolingio y o t ó n i d a t a n t o como en el des-
arrollo de la música sacra y d e las órdenes monásticas. O t r o s
centros secundarios d e semejante irradiación fueron zonas tem-
p o r a l m e n t e d o m i n a d a s por Bizancio, como Venecia y el sur de
Italia. A q u í la influencia cultural sobrevivió m u c h o tiempo a la
soberanía política. E v i d e n t e m e n t e , el papel jugado en el origen
del R e n a c i m i e n t o p o r los e r u d i t o s bizantinos q u e llegaron a Ita-
lia, al h u i r de los turcos, ha sido sobrevalorado. El Renacimiento
italiano fue, ante t o d o , un fenómeno latinorromano, y su arte,
o r i e n t a d o hacia las o b r a s griegas clásicas, puede incluso ser con-
siderado a b i e r t a m e n t e a n t i b i z a n t i n o . Con t o d o , la influencia bi-
zantina traspasó la estructuración del m u n d o medieval, adentrán-
dose en la formación d e la E u r o p a M o d e r n a , ciertos elementos
esenciales de su cultura provienen de tradiciones grecorromanas,
conservadas y transmitidas por Bizancio.
Más extensa y, en comparación con O c c i d e n t e , infinitamente
más p r o f u n d a y sólida fue la irradiación de la presencia bizantina
en los pueblos eslavos y rusos. En el m o m e n t o del asentamiento
eslavo, los Balcanes eran una tierra de nadie, espiritualmente
desolada, y, los recién llegados, apenas poseían la tradición de
una cultura superior. T a n t o más eficaz resultó así a lo largo
de los siglos la influencia de la metrópoli de Bizancio. acusada
también en la experiencia personal d e distintos eslavos; Cons-
tantinopla se convirtió para ellos en sinónimo de cultura. La
soberanía política directa, las misiones y la extraordinaria capa-
cidad de «bizantinizar» élites extranjeras, pusieron en movimiento
un proceso de penetración q u e se reflejó de forma igualmente
d u r a d e r a en la vida política, religiosa y cultural. Los servios,
croatas, búlgaros, húngaros y rusos no sólo se vieron influidos
por la cultura bizantina en la forma específica de su fe cris-
tiana y en su liturgia en lengua vernácula, sino de una forma
m u c h o más amplia en su m u n d o cultural y artístico, como ates-
tiguan, por ejemplo, la p i n t u r a y la arquitectura sacras. Lo q u e
Roma significó para los p u e b l o s germanos de occidente, lo re-
presentó Bizancio para el m u n d o eslavo: fue su fuente de reli-
gión y de cultura.
Con ello el I m p e r i o bizantino se erigió en el directo respon-
sable de la división espiritual e n t r e la E u r o p a central y oriental.
T a n t o para los eslavos bajo d o m i n i o turco como para los griegos,
la fe ortodoxa y la cultura d e c u ñ o bizantino se convirtieron

12
en un medio de a u t o d e t e r m i n a c i ó n nacional. Ello, sin e m b a r g o ,
creó un factor histórico políticamente vigente en la actualidad.
I'.l m u n d o de la cristiandad eslavo-ortodoxa, al ser h e r e d e r o d e
Bizancio, posee, a pesar de las numerosas diferencias ideológicas
v políticas, concomitancias fundamentales en el p e n s a m i e n t o y
en la concepción del m u n d o . A q u í nació una forma propia de
la cultura europea q u e no participó del Renacimiento, de la
Ilustración ni de la Revolución industrial, y que r e p e n t i n a m e n t e
iiivo q u e salvar, a finales del siglo xix, este vacío histórico.
Fin cierta medida será más accesible la historia de Rusia si se
p a n e del conocimiento de dichos condicionamientos. La orto-
doxia y las tradiciones bizantinas favorecieron la unión de los
pueblos rusos y el auge de Moscú; con la pretensión de ser la
•(tercera R o m a » f u n d a m e n t ó su papel de guía en el oriente
eslavo. Acaso sea la conciencia apostólica rusa el reflejo his-
lórico de Bizancio más claramente perceptible.

III. La capacidad de supervivencia: Estructuras políticas y


sociales

Los motivos de la caída de Bizancio han sido profusamente


discutidos. P e r o aún nos parece más i m p o r t a n t e la cuestión de
las condiciones y fuerzas existentes q u e , ante las continuas ame-
nazas internas y externas, hicieron posible su eficacia, continui-
dad y supervivencia. En los grandes temas y estructuras generales
de la historia bizantina p u e d e n percibirse, junto a elementos de
debilidad y decadencia, también las fuerzas que posibilitaron
su resistencia, estabilización y cambio. E n t r e estos elementos
de vitalidad d e s e m p e ñ ó un papel decisivo, ante la magnitud y
(omplejidad étnica y religiosa del E s t a d o bizantino, la estructura
de su sistema político. La a u t o d e t e r m i n a c i ó n política es parte de
la vida de cualquier estado. P e r o pocas veces ha d e s e m p e ñ a d o
un papel tan p r e p o n d e r a n t e , a veces incluso trágico, como er
l,i historia de Bizancio. Fases de prepotencia y expansión alter-
naron con épocas de política defensiva y pérdidas territoriales.
I.n el fondo, el I m p e r i o nunca se vio libre de las luchas defen
.ivas libradas en el este y en los Balcanes. La conservación de
la unidad política, así como de su supremacía como gran potencia
entre los estados de O r i e n t e y del O c c i d e n t e r o m a n o g e r m a n o
aunó por ello a las fuerzas tanto militares como financieras de
la sociedad bizantina. La guerra y la religión influyeron de forma
múltiple en su desarrollo interno.
Las exigencias imperiales d e Bizancio estaban por encima de
las posibilidades y fuerzas reales del Estado, a c t u a n d o por ello

13
a la larga c o m o u n factor d e su decadencia. M a s éstas provenían
de u n a ideología p r o f u n d a m e n t e enraizada, en la q u e se fundían
elementos heterogéneos con u n a teología política compacta. Bi-
zancio se sentía p r o t e c t o r d e u n a tradición política para la q u e ,
a imitación d e la idea oriental del i m p e r i o universal, la soberanía
era en el f o n d o única e indivisible. N u n c a se a b a n d o n ó la teoría,
p o r m u y irreal y escurridiza q u e se hiciera en épocas posteriores,
d e q u e el p o d e r en este m u n d o sólo era legítimo si éste era
delegado p o r el único e m p e r a d o r d e C o n s t a n t i n o p l a . N a t u r a l m e n -
te la p r e t e n s i ó n bizantina d e d o m i n i o estaba más p r o f u n d a m e n t e
f u n d a m e n t a d a q u e en la antigua tradición política r o m a n a . La
unión de la idea imperial con la idea de la politeia cristiana hizo
q u e en la conciencia d e sus soberanos y ciudadanos el I m p e r i o
se convirtiera en u n o r d e n b a s a d o n o sólo en categorías y fac-
tores políticos.
El I m p e r i o y la soberanía del e m p e r a d o r estaban considerados
como finalidad d e u n p l a n d i v i n o en este m u n d o . E n el I m p e r i o
cristiano, como p a r t e necesaria de la historia escatológica, el Im-
p e r i o r o m a n o y el p u e b l o de Dios se h a b í a n convertido en u n a
sola c o m u n i d a d . El convencimiento de q u e el I m p e r i o tenía su
origen en la v o l u n t a d divina, t u v o forzosamente amplias conse-
cuencias en la i n t e r p r e t a c i ó n de su misión histórica. E l E s t a d o
no p r e t e n d í a afirmar tan sólo su soberanía; su tarea era, al m i s m o
tiempo, p r o t e g e r y propagar la verdadera fe. P u e s t o q u e el Im-
perio ponía en práctica objetivos divinos para la h u m a n i d a d ,
éste se hallaba bajo la protección de los ángeles y de los santos.
Los ejércitos imperiales l u c h a b a n bajo el m o n o g r a m a de Cristo
y los iconos de M a r í a : cabía esperar la ayuda s o b r e n a t u r a l si
d e lo q u e se trataba era de la defensa del I m p e r i o como so-
ciedad cristiana.
E s t a teología política también t u v o consecuencias fundamentales
en la organización del E s t a d o y de la sociedad bizantina. Al
s o b e r a n o c o m o i n s t r u m e n t o de D i o s le estaba e n c o m e n d a d a la
conservación del o r d e n social justo. La teoría política helenística
concebía ya la soberanía absoluta del monarca como imitatio Dei,
y al E s t a d o j u s t a m e n t e organizado como reflejo del cosmos.
Esta f u n d a m e n t a c i ó n filosófica del absolutismo, j u n t o con la
i n t e r p r e t a c i ó n del s o b e r a n o como m a n d a t a r i o del poder s u p r e m o ,
fue a d o p t a d a p o r el cristianismo y adicionalmente f u n d a m e n t a d a
en la concepción del A n t i g u o T e s t a m e n t o sobre la elección divina
del rey. P u e s t o q u e el I m p e r i o cumplía u n cometido divino, el
p o d e r imperial q u e d a b a basado en la gracia y la v o l u n t a d de
D i o s . El s o b e r a n o o r t o d o x o era r e p r e s e n t a n t e d e Dios en h
tierra y U n g i d o del Señor, y sus subditos eran todos «idealiter»
otros Cristos. D e este m o d o , el absolutismo imperial del sistema

14
político h e r e d a d o no sólo q u e d a b a f u n d a m e n t a d o d e s d e u n p u n t o
de vista político, institucional y d e d e r e c h o p ú b l i c o , sino tam­
bién desde el aspecto ideológicorreligioso. La estructura política
se e n t e n d í a como reflejo del Reino celestial: del mismo m o d o
que existía u n solo D i o s , ú n i c a m e n t e podía existir u n solo em­
perador, u n a sola a u t o r i d a d central decisiva. « T o d o d e p e n d e de
la sabiduría del e m p e r a d o r ; con la ayuda de D i o s se protegen
y conservan todas las cosas gracias a los desvelos imperiales»''.
En sus m a n o s q u e d a b a concentrada toda la a u t o r i d a d : única­
mente él era origen d e poder, y fuente de derecho, y regía con
poder ilimitado.
Los sermones y los escritos de la Iglesia así como las mo­
nedas y el ceremonial cortesano p r e g o n a b a n el origen divino
de la a u t o r i d a d imperial. Las insignias y el ceremonial, original­
mente bajo u n a fuerte influencia persa, no poseían una simple
función representativa, sino q u e tenían u n p r o f u n d o simbolismo
para los s u b d i t o s . La diadema de perlas, el m a n t o de p ú r p u r a
b o r d a d o en o r o y piedras preciosas, el cetro y la postración de
los subditos, el incienso, el descanso festivo g u a r d a d o , en c u a n t o
a las actividades administrativas, por la propia guardia palaciega,
todo ello proclamaba la majestad del soberano, tan s u m a m e n t e
alejada de la vida cotidiana. «Gracias al glorioso sistema de
nuestro ceremonial cortesano se representa el p o d e r imperial
en t o d o su esplendor y belleza; y éste llena de admiración tanto
a los pueblos extranjeros como a nuestros propios subditos» '.
El ceremonial cortesano no se diferenciaba de los oficios en la
Iglesia: era la liturgia imperial.
Semejante conciencia política t u v o que provocar un pensa­
miento político d e c i d i d a m e n t e tradicionalista. Es cierto q u e a
m e n u d o se discutían a p a s i o n a d a m e n t e el abuso del poder, los
errores en política interior y las decisiones concernientes a la
política exterior; pero el absolutismo cristiano deseado por Dios
siguió siendo básicamente una evidencia indiscutible de la vida
tanto para el s o b e r a n o c o m o para sus subditos. Cualquier otra
forma de o r d e n político (como el que formuló Eusebio con res­
pecto a la democracia) se consideraba caótica y escandalosa.
Por ello, i n d e p e n d i e n t e m e n t e de algunas teorías más bien abs-
trusas sobre el E s t a d o , en la época tardía, en el I m p e r i o bizantino
no existió n i n g u n a teoría política concebida como discusión de
un posible sistema alternativo. Resultaba tan a b s u r d o como
superfluo.
P a r t i e n d o del p o d e r imperial, e n t e n d i d o como teocracia, se per­
severó en u n d e t e r m i n a d o sistema político y social. Las estructu­
ras políticas de la sociedad bizantina t e m p r a n a procedían, al
igual q u e sus formas sociales y bases económicas, del I m p e r i o

15
romano-cristiano. T o m a n d o c o m o base u n a situación histórica
concreta y la teología política, el E s t a d o t a r d o r r o m a n o de Diocle-
ciano y C o n s t a n t i n o fue concebido como el c u m p l i m i e n t o de
un plan escatológico, y esta solución, claramente condicionada a
unos problemas políticos y sociales, se convirtió en n o r m a intem-
poral, en forma d e g o b i e r n o metafísicamente legalizada. E s t o tuvo
una importancia incalculable en el carácter d e la vida bizantina
y en el destino d e su sociedad, p u e s t o q u e a lo largo de los
siglos apenas se modificaron ciertos factores fundamentales, t a n t o
económicos como' sociales. Si bien es cierto q u e se efectuaron
d e t e r m i n a d o s cambios en el E s t a d o y en la sociedad, ciertas
e s t r u c t u r a s y conflictos fundamentales p e r d u r a r o n a lo largo d e
toda la historia de Bizancio. J u n t o con el concepto imperial ro-
m a n o t a m b i é n se m a n t u v o hasta los m o m e n t o s finales y d e forma
casi i n i n t e r r u m p i d a u n sistema d e g o b i e r n o basado en el absolu-
tismo centralista y b u r o c r á t i c o . I g u a l m e n t e persistente fue el
abismo abierto e n t r e las necesidades y la producción, la tendencia
hacia u n a reglamentación económico-social y el papel fundamental
del latifundio.
El absolutismo autocrático resultó ser, d u r a n t e casi mil años,
el rasgo f u n d a m e n t a l y el e l e m e n t o estabilizador decisivo del sis-
tema político de Bizancio. El concepto del p o d e r ejercido en
v i r t u d d e la justicia divina confirió a la a u t o r i d a d imperial u n a
legitimidad t r a s c e n d e n t e , q u e libraba al E s t a d o de la arbitrariedad
del ejército. N o o b s t a n t e , este i n s t r u m e n t o de p o d e r , con fre-
cuencia poco leal, siguió s i e n d o u n apoyo decisivo p a r a los em-
peradores, máxime c u a n d o sólo en los m o m e n t o s finales se
reconoció el principio dinástico. Es cierto q u e existió cierta
seguridad en la sucesión, m o t i v a d a ésta por el derecho d e adop-
ción y cooperación del e m p e r a d o r r e i n a n t e . Mas, en principio,
la m o n a r q u í a bizantina fue u n a m o n a r q u í a electiva, en la q u e
cualquier persona podía llegar a ocupar el t r o n o i n d e p e n d i e n t e -
m e n t e d e su origen y formación. E n la entronización de u n
n u e v o e m p e r a d o r procedían de a c u e r d o el ejército, el senado y
el p u e b l o de C o n s t a n t i n o p l a ; de h e c h o , la elección decisiva se
hacía la mayoría d e las veces p o r el ejército, y con m e n o s fre-
cuencia por funcionarios civiles influyentes. F u e u n E s t a d o militar
el q u e entronizó a algunos de los mejores e m p e r a d o r e s , desde
Heraclio hasta Nicéforo Focas,
Por otra p a r t e , la teoría bizantina sobre el poder no respondía
a la d e u n a simple m o n a r q u í a electiva terrenal: el e m p e r a d o r
era elegido al mismo t i e m p o por Dios. La proclamación requería
la confirmación canónica a través d e u n a serie de ritos en la
coronación, q u e a partir de León I (474) realizó el patriarca
d e C o n s t a n t i n o p l a . Esta confirmación religiosa del vicario d e Dios

16
tenía tanta importancia que, en algunos casos, se c o m p r a b a a
cambio d e p r o m e s a s político-religiosas. A d e m á s , la concepción
original d e la elección de e m p e r a d o r permitía q u e en este sistema,
rigurosamente absolutista, q u e d a r a n legitimadas la revuelta y la
destitución del soberano, al proclamar c o n j u n t a m e n t e el ejército,
el senado y el p u e b l o a u n n u e v o e m p e r a d o r para reemplazar
al antiguo s o b e r a n o « i n c o m p e t e n t e » .
E n teoría n o existía n i n g u n a fuerza q u e p u d i e r a oponerse al
ejercicio i n m o d e r a d o del p o d e r por p a r t e del e m p e r a d o r . E l
control sobre u n a p a r a t o a d m i n i s t r a t i v o amplio y rigurosamente
centralizado, u n i d o al p o d e r sobre el ejército, garantizaba p o r
regla general la imposición de la v o l u n t a d imperial. N o o b s t a n t e ,
en la realidad política la autocracia tropezaba con límites evi­
dentes; el elevado n ú m e r o d e golpes d e estado p r u e b a q u e la
posición d e la corona b i z a n t i n a era inestable. El i n t e n t o d e crear
un sistema político centralizado e n c o n t r ó , como en otras situa­
ciones históricas similares, la oposición d e d e t e r m i n a d o s g r u p o s
políticos y sociales. E l rival más p o d e r o s o del poder imperial
era la n u m e r o s a aristocracia latifundista; la seguridad del p o d e r
imperial descansaba en la conservación d e u n delicado equilibrio
entre esta clase social y el a p a r a t o a d m i n i s t r a t i v o . C o m o elemen­
tos que limitaban el p o d e r imperial también actuaban el ejército
y la Iglesia, con su capacidad d e influencia sobre las masas.
No debe subestimarse la influencia q u e la Iglesia ejercía sobre
el e m p e r a d o r , a pesar de su a c t i t u d , p o r regla general o b e d i e n t e ;
en definitiva, la «posesión» del patriarca p o d í a resultar decisiva
para el d e s t i n o d e u n s o b e r a n o . P e r o quizás aún más q u e p o r
estos e l e m e n t o s políticos reales, la autocracia imperial se veía
limitada p o r la ley. El s o b e r a n o era i n d u d a b l e m e n t e fuente de
toda justicia, p e r o los e m p e r a d o r e s siempre reconocieron la so­
beranía superior d e la ley e insistieron en la obligación d e
respetar los párrafos fundamentales del d e r e c h o r o m a n o . E n
última instancia, los bizantinos no consideraban su sistema de
gobierno c o m o u n a tiranía despótica solamente por esto.
Y n i n g u n o de estos aspectos influyó en absoluto en el hecho de
que el estado b i z a n t i n o tratara d e d o m i n a r todas las parcelas
de la vida valiéndose d e u n o r d e n a m i e n t o jurídico ú n i c o y ge­
neral y d e u n a administración imperial q u e llegaba hasta los
pueblos más recónditos. El a p a r a t o • estatal, complejo y suma­
mente organizado, cumplía y coordinaba múltiples funciones:
política exterior y diplomacia, m a n d o y aprovisionamiento d e
las fuerzas armadas, regulación d e la m o n e d a , recaudación d e
impuestos y c o n t r i b u c i o n e s , así c o m o el control de la vida social
y económica en general. La administración bizantina fue en mu­
chos aspectos u n a institución m u y n o t a b l e : e x t r e m a d a m e n t e cos-

17
tosa, p r o v e r b i a l m e n t e c o r r u p t a , reaccionaria en su espíritu y
m é t o d o s , c o m o t o d a burocracia, y, sin embargo, la organización
administrativa más eficaz d u r a n t e u n a serie de siglos en el m u n d o
e u r o p e o y en el del p r ó x i m o O r i e n t e . Su existencia fue u n ele-
m e n t o f u n d a m e n t a l en la estabilidad y duración del I m p e r i o ;
bajo e m p e r a d o r e s incapaces, en m e d i o de crisis políticas internas
y revoluciones palaciegas, siguió t r a b a j a n d o sin dejarse influir,
c o n s e r v a n d o la c o n t i n u i d a d nacional. La supervivencia de títulos
tradicionales p r o d u c e la injusta impresión de q u e nos encontra-
mos a n t e u n sistema estático. P o r el contrario, la administración
imperial bizantina d e m o s t r ó ser a lo largo de su historia u n a
institución r e l a t i v a m e n t e flexible y dúctil. Así, p o r ejemplo, a n t e
las nuevas condiciones r e i n a n t e s en el siglo v i l , se prescindió del
principio t a r d o r r o m a n o d e la separación e n t r e poder civil y mi-
litar. N o o b s t a n t e , d u r a n t e m u c h í s i m o tiempo, y a pesar de los
cambios y reformas realizados, m a n t u v i e r o n su vigencia u n a serie
d e elementos básicos d e la e s t r u c t u r a de p o d e r creada p o r Diocle-
ciano y C o n s t a n t i n o : centralismo, burocratización y mecanismos
generales de control en el sistema a d m i n i s t r a t i v o ; supervisión
de la a u t o r i d a d central m e d i a n t e u n a administración regional bien
organizada; escalonamiento jerárquico y una diferenciada distri-
bución de tareas en las funciones administrativas; papel, especial
de la corte con sus influyentes altos dignatarios palaciegos: ele-
m e n t o s q u e tuvieron en c u e n t a t a n t o las circunstancias de un
E s t a d o de semejante t a m a ñ o y complejidad como los recelos
del absolutismo con relación a su p r o p i o aparato.
O t r o s dos factores —eficaces a lo largo de siglos— que des-
e m p e ñ a r o n un papel decisivo en la supervivencia bizantina fue-
ron la diplomacia y las fuerzas armadas. La política exterior
bizantina — u n a mezcla d e l i b e r a d a de poder, transigencia y di-
n e r o — siguió d e s a r r o l l a n d o las acreditadas tradiciones romanas
{cf. infra pág. 61) q u e más t a r d e h e r e d ó el imperio turco.
Estas c o n t r i b u y e r o n decisivamente a la ampliación del área de
influencia bizantina y al m a n t e n i m i e n t o de su prestigio interna-
cional. La flota bizantina disfrutó d u r a n t e u n tiempo de una
posición d o m i n a n t e en el M e d i t e r r á n e o . E n sus frentes, en con-
t i n u o peligro de guerra, este ejército profesional, relativamente
p e q u e ñ o p e r o móvil y s u m a m e n t e e n t r e n a d o , d e m o s t r ó ser, du-
r a n t e u n p e r í o d o de t i e m p o b a s t a n t e p r o l o n g a d o , el i n s t r u m e n t o
bélico más m o d e r n o d e E u r o p a y del p r ó x i m o O r i e n t e .
T a n t o la administración c o m o la diplomacia y las fuerzas ar-
madas r e q u e r í a n u n a economía desarrollada y u n a administración
hacendística, eficaz. P o r ello el afán de registrar d e t a l l a d a m e n t e
en d o c u m e n t o s todas las manifestaciones de la vida, principal-
m e n t e su capacidad económica y tributaria, siguió siendo u n a

18
característica del E s t a d o b i z a n t i n o h a s t a su ú l t i m a época. Seme­
jante política n o era t a n t o el r e s u l t a d o p r o p i o d e toda burocracia
como la reacción inevitable — y al final i n ú t i l — a n t e dos cons­
tantes d e la historia bizantina. T a n t o la situación política interior
como la exterior, q u e d u r a n t e siglos n o h a b í a n sufrido cambio
básico alguno, exigían el m a n t e n i m i e n t o d e u n a p a r a t o d e p o d e r
iimplio, al t i e m p o q u e la c o n s t a n t e defensa d e sus fronteras; d e
ello nació u n a c o n t i n u a y elevada d e m a n d a financiera. P e r o en
el fondo, y a pesar d e ser considerado d u r a n t e m u c h o t i e m p o
como u n a potencia económica casi inagotable, el sistema econó­
mico bizantino era relativamente débil. Ello estaba condicionado
lambién por el carácter b á s i c a m e n t e agrario de su economía y
por la limitada capacidad de producción agrícola. El desajuste,
siempre perceptible, e n t r e d e m a n d a y producción tuvo conse­
cuencias trascendentales. O b l i g ó al gobierno a practicar u n a po­
lítica económica y financiera excesivamente opresiva. La admi­
nistración imperial era a la vez un complicado sistema de
recaudación de impuestos con amplias funciones de c o n t r o l ; el
m a n t e n i m i e n t o d e la capacidad y reservas económicas constituía
una de las tareas fundamentales d e la b u r o c r a c i a , q u e d e h e c h o
a veces consiguió activar la economía y estabilizar la m o n e d a .
Pero d e b i d o al c o n t i n u o i n c r e m e n t o de gastos de la burocracia
y del ejército, el dirigismo se convirtió en u n principio d o m i n a n t e
que restringía las iniciativas económicas e internas valiéndose
tic una serie de normas restrictivas y de la explotación fiscal.
Puesto q u e este dirigismo no percibía ni combatía los verdaderos
defectos estructurales, la situación económica nunca cambió cua­
litativamente.
Es cierto q u e el I m p e r i o bizantino disponía de una estructura
económica más equilibrada y compleja que O c c i d e n t e ; como
lambién q u e la importancia económica de las ciudades, con sus
formas de producción basadas en la industria y el comercio, n o
era en m o d o alguno insignificante, si bien difería según las
distintas regiones. Sin e m b a r g o , incluso en las provincias más
fuertemente urbanizadas, en las cifras totales contributivas las
ciudades solamente participaban con u n 5 % . El capital exis­
tente se hallaba p r i n c i p a l m e n t e en el c a m p o ; la mayor parte
de la población (hasta un 9 0 % ) vivía en y del campo. A pesar
de ello, los abastecimientos escaseaban, ya q u e se necesitaban
a p r o x i m a d a m e n t e diecinueve personas trabajando en el c a m p o
para conseguir q u e u n a persona pudiera vivir en la ciudad con
el excedente necesario. P e r o no fue este dirigismo estatal lo q u e
más c o n t r i b u y ó a que no se diera u n a u m e n t o perceptible en
la producción. Es cierto q u e la política económica bizantina
c o n t r i b u y ó n o t a b l e m e n t e al e n t u m e c i m i e n t o d e la iniciativa pri-

19
vada y al e s t a n c a m i e n t o del m e r c a d o d e capitales. N o o b s t a n t e ,
consiguió ciertos éxitos en el f o m e n t o de la industria y el co-
mercio, en su protección y desarrollo del p e q u e ñ o campesinado,
y en su lucha contra la despoblación; u n o de los grandes méritos
del E s t a d o b i z a n t i n o fue la o b t e n c i ó n de una m o n e d a d e o r o
i n t e r n a c i o n a l m e n t e aceptada. E n el sistema d e gremios, q u e si-
guió siendo d e t e r m i n a n t e para la actividad industrial de t o d o el
I m p e r i o b i z a n t i n o , p u e d e observarse que la unión del m o n o p o l i o
económico y la intervención estatal no t u v o , desde luego, aspec-
tos exclusivamente negativos. N i el fiscalismo ni el dirigismo
i m p i d i e r o n la existencia de fases de u n a p r o s p e r i d a d económica
limitada; esto se observa en la historia de la mitad oriental del
I m p e r i o en el siglo v, así c o m o en la del imperio justinianeo.
L o q u e i m p i d i ó r e a l m e n t e u n i n c r e m e n t o prolongado de la
producción, u n a u m e n t o d e los resortes económicos, y con ello
la creación d e u n a base económica menos precaria para el Es-
t a d o y la sociedad, fueron las deficiencias estructurales; la ausen-
cia de mercados q u e e x p a n d i e r a n sus p r o d u c t o s industriales, la
relación desfavorable e n t r e p r o d u c t o r y consumidor, u n sistema
d e transportes poco desarrollado y costoso, y sobre todo —si se
c o m p a r a con la evolución q u e l e n t a m e n t e se imponía en Occi-
d e n t e — el retraso tecnológico d e la agricultura. T a n t o los méto-
dos de cultivo como la técnica agraria se habían q u e d a d o esta-
cionados en su forma tradicional, lo cual impedía el cambio de
formas de explotación extensivas por otras intensivas. El escaso
interés p o r el desarrollo de nuevas fuentes mecánicas de energía,
q u e a u m e n t a r a n la producción d i s m i n u y e n d o el esfuerzo, no se
debía al m e n o r n ú m e r o d e esclavos. E v i d e n t e m e n t e e s t u v o mo-
tivado por una falta de capital de inversión ( q u e d e p e n d í a de
la tradicional reinversión d e las ganancias industriales en la
p r o p i e d a d rural), y a ú n más p o r u n a barrera social, psicológica
e intelectual q u e ya describió Plinio el Viejo: el convencional
desprecio de las capas cultas p o r las actividades «triviales» no
a y u d a b a a aprovechar técnicamente los conocimientos científicos
y técnicos ya existentes.
P o r ello nunca se salvaron definitivamente, sino sólo de forma
t e m p o r a l , las endémicas dificultades financieras del I m p e r i o bi-
z a n t i n o , con su repercusión directa en la política exterior. L o
cual n o invalida el hecho de q u e Bizancio, con su sistema eco-
nómico r e l a t i v a m e n t e complejo, su capacidad productiva y sus
considerables ingresos, estuviera d u r a n t e muchos siglos clara-
m e n t e p o r encima de otros estados. Sólo a partir de finales
del siglo XI se establecieron — a causa d e la p r e p o n d e r a n c i a del
latifundio, el retroceso del p e q u e ñ o campesinado libre y la pér-
d i d a del control sobre el comercio exterior y la economía urbana

20
ile las repúblicas marítimas italianas— ciertos cambios econó-
micos q u e m i n a r o n la fuerza económica y, con ello, la capacidad
financiera del E s t a d o , q u e h a b í a sido u n pilar del p o d e r y d e
la capacidad de resistencia de Bizancio.
La política económica provocó la aparición d e graves conflictos
sociales y políticos, en p a r t e involuntarios y de consecuencias
inapreciables. La capacidad d e perseverancia d e las e s t r u c t u r a s
sociales en Bizancio n o se d e b i ó en última instancia a las con-
tinuas intromisiones reguladoras del E s t a d o . Es cierto q u e se
a b a n d o n ó la severa vinculación del i n d i v i d u o a su clase y oficio
que p r e t e n d í a el E s t a d o r o m a n o t a r d í o (cf. Historia Universal
Siglo XXI, vol. 9, p p . 88 ss.). P e r o una serie de medidas político-
administrativas y las condiciones económicas esenciales, invaria-
bles en el e n f r e n t a m i e n t o de las fuerzas sociales, reforzaron el
conflicto existente e n t r e la d e m a n d a de p o d e r de la administra-
ción central, r e p r e s e n t a d a por el e m p e r a d o r y la nobleza buró-
crata u r b a n a , y la n u m e r o s a aristocracia rural q u e se oponía a
los m é t o d o s centralistas y absolutistas. Este e n f r e n t a m i e n t o e n t r e
el monarca, cuyo objetivo era el m a n t e n i m i e n t o d e u n orden
político centralista q u e asegurara su intervención en todos los
procesos decisivos y recursos estatales, y u n a clase dirigente
tradicional, cuya fuerza h e r e d a d a , así c o m o sus intereses eco-
nómicos, se veían restringidos p o r semejante política, se convirtió
en un p r o b l e m a f u n d a m e n t a l d e la historia bizantina. F u e u n
problema estructural c o m p a r a b l e , desde el p u n t o de vista tipo-
lógico, con las condiciones d e otros grandes imperios. E n este
conflicto resulta t a m b i é n característico el h e c h o de q u e la po-
lítica de la administración central buscase el apoyo d e ciertos
grupos sociales interesados en el d e b i l i t a m i e n t o de la élite aris-
tocrática.

Las formas características d e este conflicto i n t e r n o , social y


político, de Bizancio, p r o c e d e n d e su estructura económica, rela-
tivamente compleja a pesar de su carácter básicamente agrario.
D u r a n t e m u c h o t i e m p o en O c c i d e n t e la vida social y cultural
se limitó cada vez más al á m b i t o del latifundio y de los mo-
nasterios, mientras q u e u n a p e q u e ñ a capa de aristocracia rural
se contraponía a la masa de la población q u e trabajaba en
calidad d e campesinos semilibres. E n Bizancio, sin e m b a r g o , la
base del desarrollo siguió siendo u n a relación diferenciada q u e
tendía hacia u n sistema social e q u i l i b r a d o e n t r e ciudad y c a m p o ,
e n t r e latifundio y campesinado libre. El auge de la p r o p i e d a d
rural c o m o apoyo económico d e la clase dirigente h a b í a sido el
fenómeno social d o m i n a n t e de la época r o m a n a tardía, u n o d e
los efectos secundarios de la economía coercitiva dirigísta-fisca-
lista. {cf. Historia Universal Siglo XXI, vol. 9, p p . 82 ss.). E n

21
la sociedad bizantina el latifundio siguió d e s e m p e ñ a n d o el m i s m o
papel significativo. P e r o t a m b i é n la ciudad, en t a n t o q u e c e n t r o
d e vida económica y cultural, se convirtió en u n factor esencial.
C o m o único E s t a d o medieval el I m p e r i o bizantino poseía gran-
des ciudades cuyo relieve n o sólo resultaba evidente desde u n
p u n t o d e vista cultural; gracias a ellas disponía también de una
clase social u r b a n a alta, si bien p e q u e ñ a , como contrapeso d e
la nobleza rural. D e ahí nació el funcionario e r u d i t o q u e revistió
suma importancia para el sistema social bizantino, en el q u e
o c u p ó cargos s u p r e m o s de la administración imperial q u e le
ofrecían u n a posibilidad de ascenso social. P o r otra parte, en
Bizancio, a pesar de las masivas tendencias absorcionistas d e
los grandes latifundios, el p e q u e ñ o campesinado libre no fue
desplazado d e sus c o m u n i d a d e s rurales, q u e funcionaban como
distritos t r i b u t a r i o s propios, si bien es cierto q u e sufrió trans-
formaciones considerables tanto en n ú m e r o como en importancia.
E s t o c o n t r i b u y ó a u n a distribución más proporcionada de la
p r o p i e d a d y d e los ingresos del c a m p o , y seguramente contrarres-
tó a veces el descenso demográfico. La existencia de este esta-
m e n t o social t u v o gran importancia, tanto para la estabilidad
económica como para la capacidad d e resistencia política del
Estado.
El e n f r e n t a m i e n t o e n t r e latifundio y campesinado libre no era
u n simple p r o b l e m a económico y social, sino un problema in-
terno y político-financiero d e primer o r d e n . La nobleza latifun-
dista no sólo era u n a fuerza económica. C o n sus intereses
particulares descentralizados p o n í a en peligro la ejecución d e
las decisiones políticas del p o d e r central y la disponibilidad q u e
de las provincias y de sus ingresos podía tener este poder,
m á x i m e c u a n d o las capitales de provincia d e p e n d í a n en gran
medida d e los magnates locales. La p e q u e ñ a propiedad campe-
sina n o era sólo u n a traba en el f u t u r o i n c r e m e n t o de los
grandes latifundios. Sobre ella f u n d a m e n t a l m e n t e descansaba la
capacidad financiera y defensiva del I m p e r i o . El c a m p e s i n a d o
libre d e b i ó su larga supervivencia exclusivamente al interés del
E s t a d o , b a s a d o en las razones antes e n u m e r a d a s , a pesar de su
precaria situación y al c o n t i n u o peligro a q u e se veía expuesta
su i n d e p e n d e n c i a p o r el e n d e u d a m i e n t o p r o d u c i d o por malas
cosechas o cargas fiscales. P o r eso el i n t e n t o de asegurar, e
incluso de a u m e n t a r , frente al i n c r e m e n t o del latifundio, esta
capa social como fuente d e i m p u e s t o s y reserva h u m a n a para sus
ejércitos, se convirtió d u r a n t e siglos en tarea fundamental d e
la política imperial. N a t u r a l m e n t e , u n a serie de consideraciones
inevitables hacia la aristocracia militar de las provincias y la
presión de unas crisis financieras periódicas, hizo q u e la protec-
ción al c a m p e s i n a d o libre estuviera a c o m p a ñ a d a d e u n o s gravá-
menes fiscales r e a l m e n t e insostenibles.
El equilibrio e n t r e el p o d e r estatal y los magnates locales
osciló d e a c u e r d o c o n los imperativos d e la situación política y
militar. P o r ú l t i m o , el vencedor d e este conflicto p e r m a n e n t e ,
inextricablemente entretejido, fue el latifundio. Es cierto q u e
las reformas imperiales del siglo v i l , q u e p r o p u g n a r o n el rena-
cimiento del c a m p e s i n a d o libre y g u e r r e r o , le relegaron momen-
táneamente de su posición d o m i n a n t e . P e r o ya a finales d e l
siglo ix la balanza se inclinó d e n u e v o , a pesar d e todas las
medidas a d o p t a d a s por los e m p e r a d o r e s de la dinastía macedó-
nica, en favor de la nobleza rural. Con ello no sólo q u e d a b a
confirmado desde finales del siglo xi el destino del c a m p e s i n a d o
libre, sino q u e además, en el conflicto con la nobleza burocrática
civil de la capital, se evidenciaba a la vez el e n o r m e peligro
representado p o r la nobleza militar latifundista d e las provincias:
su posición d o m i n a n t e ponía en peligro la fuerza administrativa
y fiscal del p o d e r central en las provincias y t a m b i é n , con la
modificación de la organización militar p o r el sistema de la pro-
uoia, el control d e las fuerzas armadas y con ello de la política
exterior. El triunfo del latifundio y el ocaso — c o m o consecuen-
cia— del campesinado libre, fue u n factor decisivo en la diso-
lución del I m p e r i o b i z a n t i n o .

IV. Iglesia y Cultura como fuerzas modeladoras de la sociedad

Al igual que el absolutismo imperial con su aparato burocrá-


tico, también el p o d e r social y la a u t o r i d a d espiritual de la
Iglesia siguieron s i e n d o hasta el final del I m p e r i o elementos
fundamentales de la sociedad bizantina: la religión o r t o d o x a se
convirtió en u n e l e m e n t o unificador d e n t r o d e la diversidad
ile pueblos en el I m p e r i o . La decisión de C o n s t a n t i n o de reco-
nocer al cristianismo como religión legítima en el I m p e r i o ro-
mano t u v o extraordinaria trascendencia en el m u n d o histórico
de los siglos venideros. La Iglesia se convirtió en p o r t a d o r de
poder social j u n t o con el e m p e r a d o r , el ejército y la administra-
ción; al mismo t i e m p o se transformaron de forma d u r a d e r a t a n t o
sus estructuras institucionales c o m o sus funciones sociales (cf.
Historia Universal Siglo XXI, vol. 9, p p . 44-65). El auge del
cristianismo se manifestó como u n factor decisivo en la trans-
formación de la sociedad t a r d o r r o m a n a . E n Bizancio subsistieron
aquellas formas d e vida individuales y sociales q u e resultaron
<le la fusión del sistema político absolutista y la revolución es-
piritual d e la n u e v a fe.

23
E l E s t a d o , c o m o politeia cristiana, c o m o f u n d a m e n t o d e toda
política y o r d e n social en la v o l u n t a d y decisión d e D i o s : esto
fue lo q u e significó la p r o f u n d a y e v i d e n t e influencia del cris-
tianismo en la vida pública e individual. La fe era, t a n t o para
el i n d i v i d u o como para la c o m u n i d a d , el camino indiscutible
para solucionar los p r o b l e m a s d e la existencia; la liturgia y la
devoción de los santos p e r t e n e c í a n a la vida privada y a las
funciones estatales. La asistencia social nacía de la obligación
d e ayudar a los h e r m a n o s en Jesucristo necesitados. T a n t o en
la educación como en la c u l t u r a las tradiciones profanas y la
transmisión cristiana estaban i n s e p a r a b l e m e n t e fundidas; el arte
bizantino era, en u n s e n t i d o m u y riguroso y amplio, u n arte
religioso.
La fe transformó la concepción del m u n d o en todas las clases
sociales, y sus p r o b l e m a s teológicos p e n e t r a r o n muy profunda-
m e n t e en las masas. T o d a la población participó a p a s i o n a d a m e n t e
en las grandes luchas dogmáticas. Las sesiones y acuerdos d e
los Concilios se discutían y criticaban con una intensidad hoy
apenas c o m p r e n s i b l e . N o se t r a t a b a aquí de fórmulas teológicas
abstractas, de u n a s u n t o exclusivo del clero y de los eruditos,
sino de u n a cuestión vital p a r a cada i n d i v i d u o : se trataoa de
la certeza d e la redención p o r la adhesión a la fe correcta.
Esta se consideraba m u c h o más i m p o r t a n t e que la solución d e
los p r o b l e m a s sociales y políticos. «Si el griego clásico era, según
la definición de Aristóteles, un e n t e político, el griego bizantino
s
era, sin lugar a d u d a s , u n e n t e cristiano» .
Resulta ejemplar la estrecha correlación del m u n d o religioso
y social en el m o n a c a t o b i z a n t i n o . El hecho de q u e recurriera
a ideales rigoristas y ascéticos del cristianismo primitivo ponía
de manifiesto una y otra vez la protesta contra la vinculación a
este m u n d o p o r parte de la Iglesia. Esta negación de la socie-
d a d , esta b ú s q u e d a d e u n a contemplación solitaria como culto
divino perfecto, se ha c o n s e r v a d o precisamente en la Iglesia
griega, incluso en la v a r i a n t e (forma especial) de los anacoretas.
El elevado prestigio espiritual de q u e gozaban las instituciones
monásticas indujo a lo largo de la historia bizantina, incluso a
los más altos dignatarios, a alejarse v o l u n t a r i a m e n t e de este
m u n d o y buscar refugio en el m o n a s t e r i o . P e r o los monjes no
eran s i m p l e m e n t e la personificación de la protesta cristiana y
la conciencia d e la Iglesia. Al m i s m o t i e m p o d e s e m p e ñ a b a n un
i m p o r t a n t e papel social y político. Los n u m e r o s o s monasterios
de las grandes ciudades resultaban indispensables para el fun-
c i o n a m i e n t o d e la Iglesia, p o r u n a p a r t e por la asistencia que
p r e s t a b a n a los p o b r e s y, p o r o t r a , como i n s t r u m e n t o d e p o d e r
y p r o p a g a n d a político-eclesiástica d e obispos y patriarcas. Esta

24
doble función se manifestó especialmente en los siglos v i y v i l ,
sobre t o d o d u r a n t e las luchas iconoclastas. P e r o también en
siglos posteriores se vio C o n s t a n t i n o p l a conmovida más de una
vez por los d i s t u r b i o s monacales.
La influencia espiritual de la Iglesia sobre la población im­
perial, al igual q u e su posición económica y social, fueron d e
una e n o r m e importancia. E n pocas sociedades históricas se tras­
luce como en ésta la fe en todos los aspectos de la vida, en
pneas resulta tan estrecha la fusión d e lo material y lo espiritual,
lan extremas las diferencias. P o r ello, la acción recíproca del
listado y la Iglesia, de la sociedad y la religión, creó, más
que en n i n g ú n o t r o lugar, una serie de problemas graves y
nunca t o t a l m e n t e resueltos. Las g r a n d e s , a u n q u e también arries-
cadas, posibilidades de llegar a una unión e n t r e Estado e Iglesia
va a p u n t a b a n proféticamente a comienzos del siglo iv en la
«teología política» d e E u s e b i o d e Cesárea. La necesaria u n i ó n ,
por él propagada, e n t r e I m p e r i o y Evangelio podía traer, t a n t o
para el I m p e r i o como para la Iglesia, consecuencias fructíferas
0 peligrosas. N o o b s t a n t e esta teología imperial, en la q u e la
escatología religiosa se i n t e r p r e t a b a como ideología política, se
convirtió para gran p a r t e de la Iglesia en guía de u n a postura
ante el E s t a d o , p r i n c i p a l m e n t e en el O r i e n t e griego. E s t o no
excluía otras respuestas nacidas de la relación dialéctica d e una
parte de la cristiandad con el m u n d o : la orientación agustiniana
hacia una leal desconfianza frente al o r d e n político, concebido
romo orden e r r ó n e o del h o m b r e pecador, o una enemistad apo­
calíptica contra el E s t a d o .
Y, sin embargo, existe e n t r e ellos una s o r p r e n d e n t e coincidencia.
• 'asi todas las tendencias del cristianismo t a r d o r r o m a n o y bizan-
lino han s o p o r t a d o y aceptado básicamente el o r d e n político y
social existente. P e r o , a su vez, la doctrina cristiana contenía
1 iertos elementos q u e a p u n t a b a n hacia la transformación del
inundo y podían actuar de forma revolucionaria. Sin embargo,
el Evangelio ofrecía igualmente n u m e r o s o s argumentos q u e po­
dían servir de apoyo al orden establecido. A partir de Constan-
lino, la Iglesia apoyó, t a n t o por motivos políticos como prag­
máticos, la persistencia de dicho o r d e n . U n a y otra vez i n t e r p r e t ó
l.i autoridad imperial y estatal como poder o t o r g a d o por Dios
v acentuó la obligación de los s u b d i t o s de permanecer leales.
T a n t o la crítica como la acción q u e d a b a n limitadas a deshacer
los equívocos o a perfeccionar distintos e l e m e n t o s ; no se aspi­
raba a conseguir una reforma radical del E s t a d o y la sociedad.
I )c una escatología p r i m i t i v a m e n t e revolucionaria p o r antihistó­
rica se había p a s a d o a u n c o n s e r v a d u r i s m o político-social, q u e
ejercía u n a función estabilizadora. E n t o d o aquello influyó el

25
h e c h o d e q u e e n la teología imperial n o se h u b i e r a s u p r i m i d o
t o t a l m e n t e , a pesar d e s u inclinación hacia el éxito t e r r e n o , la
esperanza escatológica d e l cristianismo p r i m i t i v o . T a m b i é n per­
sistía la conciencia del carácter provisional d e t o d o o r d e n terreno.
E n la esperanza de u n a n u e v a era ya anunciada por Cristo, el
m u n d o terrenal, concebido como la vieja era, se convertía en u n
m e r o i n t e r m e d i o en el q u e n o cabía esperar una transformación,
q u e , p o r otra p a r t e , t a m p o c o parecía necesaria, (cf. Historia Uni­
versal Siglo XXI, vol. 9, p p . 65-72).
La especial p r o b l e m á t i c a p l a n t e a d a en Bizancio entre religión
y sociedad radicaba en q u e este m u n d o histórico no conoció ni
ideal ni r e a l m e n t e la separación, tan familiar para nosotros,
e n t r e el c a m p o espiritual y el terrenal. «Iglesia y E s t a d o no
c o n s t i t u y e n dos " f u e r z a s " y u x t a p u e s t a s e i n d e p e n d i e n t e s , ni tam­
poco m a n t i e n e n n a t u r a l m e n t e u n a relación de subordinación- y
s u p e r i o r i d a d , sino q u e f o r m a n u n a u n i d a d mística, dos aspectos
d e la misma vida de cristianos r e d i m i d o s . . . T a n t o en el e m p e r a d o r
c o m o en el patriarca existe u n m i s m o espíritu, " h e n p n e u m a " ;
ú n i c a m e n t e se diferencian los carismas.» •' Conceptos tales como
«política eclesiástica nacional» o «fusión de motivos teológicos y
políticos» son, en el fondo, expresiones auxiliares, a u n q u e indis­
pensables, q u e resultan i n a d e c u a d a s en la estructura espiritual
de la concepción bizantina sobre el E s t a d o y el m u n d o .
Las luchas religiosas y la actividad política parecían insepa­
rables: la propagación del Evangelio y la conversión de los in­
fieles, así como la defensa de la fe y la conservación de una
confesión única eran tareas e n c o m e n d a d a s t a n t o al E s t a d o como
a la Iglesia. P o r ello en Bizancio más que en n i n g ú n o t r o lugar
coincidían las misiones religiosas y la diplomacia, la p r o p a g a n d a
religiosa y la anexión económica de nuevos países. P o r el con­
trario, los m o v i m i e n t o s eclesiásticos internos y el desarrollo
político-económico se inmiscuían a m e n u d o de forma difícilmente
calculable. C u a n d o se d e r r u m b a b a n las lealtades políticas y
eclesiásticas no sólo peligraba la u n i d a d de la Iglesia, sino tam­
b i é n la u n i d a d de la e s t r u c t u r a imperial. Con el cisma nació la
amenaza de una guerra civil o al m e n o s de u n peligroso separa­
tismo político. E s t o obligó a intervenir al E s t a d o . La intromisión
del p o d e r secular en polémicas dogmáticas se convirtió en razón
de E s t a d o . Con ello, la estrecha e n s a m b l a d u r a e n t r e las tareas
estatales y eclesiásticas, concebida como u n c o m p r o m i s o , ocultaba
para a m b a s partes tanto los lastres y los peligros como los im­
pulsos y las ganancias. La religión podía convertirse con la
misma facilidad en i n s t r u m e n t o d e la política como el E s t a d o
en siervo de la Iglesia.

26
La problemática d e u n a teología política, p a r a la q u e el cisma
religioso p o n í a en peligro n o sólo la u n i d a d política, sino t a m b i é n
la seguridad d e la gracia d e D i o s sobre el I m p e r i o , se distinguía
con especial claridad en la p o s t u r a del e m p e r a d o r con respecto
a la Iglesia. Ya en los estados del antiguo O r i e n t e constituía
una de las principales tareas del s o b e r a n o el asegurar el favor
de los dioses. E s t a tradición pasó a formar p a r t e de la teoría
del E s t a d o helenística, reflejándose en la posición q u e o c u p a b a el
emperador pagano como Pontifex Maximus. P o r ello era lógico
atribuir al e m p e r a d o r cristiano el papel de propagator et defensor
fidei, al ser el i n s t r u m e n t o elegido por Dios y su vicario en la
tierra. C o n s t a n t i n o fue tan sólo el p r i m e r o de u n a larga lista
de soberanos q u e , p r o f u n d a m e n t e convencidos de la tarea que
les e n c o m e n d a b a Dios de proteger la v e r d a d e r a fe y la u n i d a d d e
la Iglesia, se inmiscuyeron en los p r o b l e m a s eclesiásticos c o n
métodos a m e n u d o violentos. C o n s t a n t i n o creó u n i n s t r u m e n t o
eclesiástico-político de la mayor importancia. Los obispos y los
patriarcas, si bien poseían a u t o r i d a d doctrinal, carecían sin em­
bargo de p o d e r ; aún tenía validez la igualdad jerárquica de todos
los obispos c o m o guardianes d e la transmisión de la fe. Las
reuniones d e obispos o sínodos d e l i b e r a b a n sobre p r o b l e m a s
dogmáticos y teológicos. C o n el Concilio de Nicea (325) convo­
cado por C o n s t a n t i n o nació u n a institución general p a r a t o d o
el I m p e r i o : el sínodo general o Concilio ecuménico: r e u n i ó n
de todos los obispos cristianos para deliberar y decidir sobre
problemas litúrgicos, dogmáticos y jerárquicos.

Si bien el e m p e r a d o r , gracias a sus p o d e r e s seculares, creaba


y ocupaba sedes episcopales, decretaba disposiciones sobre la
disciplina eclesiástica y la liturgia, e i m p o n í a , t a n t o a los conci­
lios como a la Iglesia, su v o l u n t a d en problemas religiosos, el
concepto tan p r o p a g a d o de cesaropapismo, al igual q u e la
reducción de las polémicas religiosas q u e sacudían al I m p e r i o
a simples conflictos políticos, son el r e s u l t a d o d e u n a perspectiva
antihistórica. D e a c u e r d o con la doctrina teológica q u e logró
imponerse, el e m p e r a d o r n o era la cabeza de la Iglesia provista
de u n a a u t o r i d a d ilimitada; carecía d e d i g n i d a d sacerdotal y de
autoridad doctrinal. J u s t i n i a n o (en c o n t r a d e ciertas tendencias
de la Iglesia existentes en el siglo v de convertir al e m p e r a d o r
también en sacerdote) formula en su novella VI u n a clara di­
ferenciación e n t r e sacerdocio e I m p e r i o : «Los mayores d o n e s
que la b o n d a d de Dios o t o r g ó a los h o m b r e s son el sacerdocio
y la dignidad imperial. El p r i m e r o está al servicio de los a s u n t o s
divinos; la segunda gobierna sobre los h o m b r e s y se ocupa d e
ellos. D i m a n a d o s d e u n origen c o m ú n , a m b o s o r d e n a n a su
manera la vida h u m a n a » . E s t o ya r e s p o n d e a la teoría establecida

27
oficialmente e n el siglo IX: el cargo t e r r e n a l y espiritual conce­
b i d o s c o m o d o s c a m p o s i n d e p e n d i e n t e s d e la a u t o r i d a d , con
ciertas interferencias p e r o a u n así, a r m ó n i c a m e n t e u n i d o s , p u e s
dicha a u t o r i d a d es f u n d a m e n t a l m e n t e c o m ú n y única y procede
de la v o l u n t a d divina. Patriarca y e m p e r a d o r representan dos
aspectos de u n m i s m o c o m e t i d o , en u n único m u n d o .
Es e v i d e n t e q u e a m e n u d o se ha i n t e r p r e t a d o d e forma uni­
lateral el principio de la colaboración equitativa e n t r e Iglesia
y E s t a d o , patriarca y e m p e r a d o r . El establecer los límites o la
imposición d e la v o l u n t a d imperial en los asuntos eclesiásticos
no era u n a cuestión teórica, sino q u e d e p e n d í a de las relaciones
prácticas de fuerza. Pocos soberanos bizantinos alcanzaron u n
d o m i n i o indiscutido sobre la Iglesia similar al de J u s t i n i a n o ,
q u i e n destituía a patriarcas y t o m a b a resoluciones dogmáticas
valiéndose d e decretos. La p o s t u r a d e la Iglesia frente al cesaro-
p a p i s m o imperial osciló a lo largo del t i e m p o entre la sumisión,
la a d a p t a c i ó n y el conflicto. Sínodos y concilios sentían u n a y
otra vez la inclinación de acceder a los deseos del e m p e r a d o r
c l a r a m e n t e formulados o incluso de reconocer la superior auto­
r i d a d espiritual de éste. P e r o ya el cisma monofisita y la lucha
inconoclasta revelaron hasta q u é p u n t o podía resistirse la Iglesia
t e n a z m e n t e c u a n d o se t r a t a b a de asuntos fundamentales referentes
al d o g m a , al culto o a sus privilegios. E n estos casos el patriarca,
a p o y a d o por la jerarquía de arzobispos, obispos y clero, se reve­
laba a m e n u d o como figura d e igual poder.
Resulta p r o b l e m á t i c o saber con certeza si d e b i d o al apego de
la cultura bizantina a las formas inalterables de la Iglesia Nacio­
nal se fue p e r d i e n d o p r o g r e s i v a m e n t e la capacidad de crear
nuevas formas sociales e imágenes culturales. Lo q u e resulta
i n d u d a b l e es q u e la firme i d e n t i d a d e n t r e I m p e r i o e Iglesia, fe
o r t o d o x a y vida, reforzó la resistencia del estado. E n u n estado
con semejante p l u r a l i d a d d e p u e b l o s , la confesión de una fe
c o m ú n u n i ó — a l m e n o s d u r a n t e m u c h o t i e m p o — a fuerzas
sociales y étnicas heterogéneas e incluso antagónicas. A falta de
u n a tradición cultural y nacional c o m ú n , la religión cristiana
se convirtió en el m e d i o d e integración. D e forma similar al
I m p e r i o chino con respecto a los mongoles, Bizancio poseía
frente a las poderosas m i n o r í a s extranjeras u n a extraordinaria
capacidad de asimilación; esto se p u s o d e manifiesto con los
eslavos q u e p e n e t r a r o n en el I m p e r i o a p r o x i m a d a m e n t e en los
siglos v i y v i l . El hecho de q u e los bizantinos se a u t o d e n o m i -
n a r a n y consideraran « r o m a n o s » , en oposición a los paganos,
los «helenos», d e m u e s t r a esta e q u i p a r a c i ó n de confesiones reli­
giosa y nacional: « R o m a n o es aquel c i u d a d a n o del único I m p e r i o
r o m a n o legítimo d e C o n s t a n t i n o p l a q u e posee la única fe co-

28
rrecta d e este I m p e r i o , la ortodoxia, y, con ello, está incluido
en la única e n t i d a d cultural deseada por Dios en este m u n d o :
la e n t i d a d cultural p r i n c i p a l m e n t e cristiana y griega del I m p e r i o
a
oriental» .
La cultura bizantina fue, en m u c h o s aspectos, tradicional: el
problema d e la tradición y de la asimilación d e s e m p e ñ ó aquí u n
papel tan i m p o r t a n t e como en el á m b i t o político-social. P e r o
no fue nunca, como los propios bizantinos p r e t e n d i e r o n u n a y
otra vez, u n a simple continuación de la p i n t u r a , la literatura
y el arte clásico griegos. I n d u d a b l e m e n t e , en los «Renacimientos»
de la cultura bizantina se manifiesta la influencia, a ú n viva, de
los modelos griegos, así como su reverso: preciosismo, forma-
lismo exagerado e imitación convencional. P e r o a u n q u e el mo-
delo literario fue clásico, el espíritu d e la cultura bizantina n o
lo es. Su origen está en el h e l e n i s m o , en u n a tradición griega
s u m a m e n t e deformada por las tradiciones locales y nacionales de
los territorios orientales c o n q u i s t a d o s p o r Alejandro M a g n o .
Ciertos elementos de la concepción del m u n d o y de la energía
espiritual específica del helenismo se reflejan en el individua-
lismo, en la curiosidad y en la universalidad de los b i z a n t i n o s ;
éstos t a m b i é n recurrieron a resultados y formas de la ciencia,
el arte y la a r q u i t e c t u r a helenísticos.
E n su camino hacia Bizancio la cultura helenística sufrió natu-
ralmente u n cambio decisivo. El e n c u e n t r o con el cristianismo,
iniciado en el m o m e n t o en que C l e m e n t e y Orígenes f o r m u l a b a n
verdades cristianas expuestas con conceptos de la filosofía con-
temporánea neoplatónica, i n t r o d u j o u n n u e v o e l e m e n t o creador
en la tradición. Con el clima intelectual t a m b i é n cambió la at-
mósfera emocional; el m i e d o del i n d i v i d u o aislado, r o d e a d o de
demonios, fue d e s t e r r a d o p o r la fe.
E n esta síntesis d e cristianismo y formación helenística, la
tradición espiritual de los griegos siguió c o n s t i t u y e n d o la base
de la c u l t u r a bizantina, tradición n o i n t e r p r e t a d a , sino directa-
m e n t e transmitida. E s t o t u v o gran importancia. La antigua heren-
cia se concebía no c o m o u n p r o d u c t o e x t r a ñ o q u e provoca la
polémica, sino como p a r t e de u n pasado p r o p i o . J u n t o con un
c o n s e r v a d u r i s m o i n h e r e n t e a la idiosincrasia bizantina, dicha he
rencia constituye el rasgo p r o f u n d a m e n t e persistente q u e caracte-
riza a la cultura bizantina en cualquier conmoción interna. La
voluntad d e m a n t e n e r s e en una forma fija, estable en su opinión,
se materializa en sus o b r a s . Lo q u e nosotros d e n o m i n a m o s rena-
cimiento no significó la apropiación de nuevos elementos, sino
ú n i c a m e n t e el recurso a la v e r d a d e r a tradición.
Resulta característico de la c u l t u r a bizantina su doble lenguaje.
Las artes plásticas conocían u n a expresión unitaria d e las formas;

29
p e r o , p o r lo d e m á s , frente a las amplias masas d e la población
con su l i t e r a t u r a vulgar escrita en lenguaje p o p u l a r , existía u n a
clase superior, caracterizada p o r u n a afectada formación elasi-
cista. Las formas y los contenidos de la educación, inalterados
a lo largo de los siglos, confirieron a la élite dirigente d e
Bizancio su asombrosa y p e r m a n e n t e uniformidad tanto en el
lenguaje, como en el c o m p o r t a m i e n t o y el estilo de vida. E s t o
revistió gran importancia p a r a la coherencia de esta clase y
para su capacidad de integración; n o en v a n o u n o d e los mé­
todos d e la política bizantina consistió en educar en Constan-
tinopla a los m i e m b r o s de las clases dirigentes extranjeras, den­
tro del a m b i e n t e político y cultural del p o d e r central.
Esta tradición educativa configuró a su vez al tipo h u m a n o
r e p r e s e n t a d o p o r el funcionario-erudito. E n él se hace espe­
cialmente e v i d e n t e el hecho d e que el alto nivel de la cultura
intelectual de Bizancio — d o n d e , en oposición a O c c i d e n t e , la
educación n o sólo estaba al alcance de las clases superiores,
sino también d e las capas i n t e r m e d i a s — constituía u n e l e m e n t o
decisivo de su vitalidad. El éxito alcanzado p o r la política bi­
zantina d e n t r o y fuera del I m p e r i o se basó en gran p a r t e en la
r u t i n a y en los m é t o d o s ya conocidos, p e r o también en el cons­
ciente desarrollo ulterior de las experiencias vividas. En los
m é t o d o s empleados en la política interior y en la diplomacia,
y quizás aún m á s c l a r a m e n t e en la evolución de una metódica
ciencia militar bizantina, p u e d e observarse u n a dosis de reflexión
y teoría basada en una cuidadosa formación intelectual, como
i n s t r u m e n t o político.
Al p l a n t e a r n o s el p r o b l e m a del carácter de la cultura bizan­
tina, se nos plantea s i m u l t á n e a m e n t e el problema d e la locali­
zación histórica de dicha sociedad. Si desde el p u n t o d e vista
de la política exterior resultó tener una importancia fundamental
en su d e s t i n o su posición intermedia e n t r e O r i e n t e y Occiden­
te, en el á m b i t o cultural y social se desencadenó el antagonismo
existente e n t r e a m b o s m u n d o s . Las formas y la fuerza d e las
influencia orientales no justifican sin e m b a r g o la teoría según
la cual Bizancio había sufrido u n a «orientación» como E s t a d o
y como cultura. Resulta significativo q u e precisamente los ele­
m e n t o s de la tradición oriental q u e no habían sido integrados
en la síntesis cultural de helenismo y tradición t a r d o r r o m a n a
se convirtieran en e l e m e n t o conflictivo. F r e n t e a éstos, sin em­
b a r g o , en el cisma monofisita y en el conflicto de las imágenes,
se i m p u s o la tradición helenística. P o r ello, considerar a Bizancio
c o m o una Grecia resucitada resulta igualmente e r r ó n e o . Cual­
q u i e r i n t e n t o d e concebir los aspectos fundamentales d e la socie­
dad y la cultura bizantinas fracasará si se p r e t e n d e d e t e r m i n a r

30
parcialmente u n e l e m e n t o d o m i n a n t e . La síntesis, a pesar d e sus
diferentes raíces, sigue s i e n d o u n e l e m e n t o decisivo en la evolu-
ción d e Bizancio.

V. Tradición y cambio

T a n t o el papel histórico d e s e m p e ñ a d o por Bizancio como los


factores generales de la vida social, política y espiritual configu-
raron u n estilo d e vida muy peculiar, u n a p o s t u r a frente al m u n -
do que repercutió necesariamente en los procesos sociales. A
pesar de los cambios acontencidos, ciertos rasaos f u n d a m e n t a l e s
se repitieron con tal periodicidad, q u e en principio parece una
tarea imposible de describir el carácter b i z a n t i n o . La vida social
y colectiva de la capital, C o n s t a n t i n o p l a , refleja en muchos as-
pectos dicho carácter; pero t a m b i é n refleja u n o d e sus aspectos
el t e r r a t e n i e n t e C e c a u m e n o , una especie de lord Chesterfield bizan-
tino escéptico, desilusionado y desconfiado, con s e n t i d o c o m ú n y
s r m i d o del a h o r r o . El t e m p e r a m e n t o bizantino es una coinci-
dentia opossitorum: curiosidad intelectual, placer por la discu-
sión vivaz y el a r g u m e n t o sutil, superstición masiva y exaltación
mística; refinamiento, elegancia, placer en el lujo, e n o r m e im-
presionabilidad, j u n t o a m e z q u i n d a d , corruptibilidad, cínica hipo-
cresía, crueldad implacable y odio apasionado. N a t u r a l m e n t e la
perseverancia, la energía, el valor, la sensibilidad y la compa-
sión c o n s t i t u í a n características por lo m e n o s igualmente deter-
minantes de su carácter: sin dichas cualidades resulta difícil
pensar en la supervivencia de Bizancio. P e r o son sin e m b a r g o
ciertos rasgos negativos los q u e precisamente ayudan a compren-
der la realidad de la vida bizantina, con sus inumerables temores
v peligros. A n t e la actitud de ciertos individuos considerados,
recaudadores d e i m p u e s t o s , funcionarios caprichosos, y la c o n t i n u a
amenaza de u n a invasión de los pueblos bárbaros, la desconfianza
v el disimulo se convirtieron en mecanismos habituales de defensa.
I ] h o m b r e , ante la opresión del m u n d o c i r c u n d a n t e , d e p o s i t ó
su confianza en lo t r a s c e n d e n t e ; la religiosidad y la esperanza
n i una ayuda sobrenatural constituyeron rasgos inamisibles del
carácter bizantino.

La fe es responsable de la originalidad y particularidad de


la concepción del m u n d o y la actitud ante la vida de Bizancio;
;
i stas d e b e n considerarse ú n i c a m e n t e desde el p u n t o de vista teo-
lógico. N o resultan d e t e r m i n a n t e s las fotmas de devoción ni
los dogmas, sino la forma especial de espiritualidad q u e carac-
terizó la vida bizantina fuera del á m b i t o p u r a m e n t e teológico.
1 )icha espiritualidad nacía d e la convicción d e q u e la vida en

31
general p r o c e d í a d e l ú n i c o espíritu creador d i v i n o y de q u e ésta
se r e d i m í a p o r la o b r a del ú n i c o hijo de D i o s . Esta espiritualidad
ha sido descrita como « d u a l i s m o » o « u n i d a d d e antagonismos»:
t a m b i é n la noción d e la dialéctica p u e d e inducir a error. Con-
trastes q u e a nosotros p u e d e n p a r e c e m o s antagónicos y, por con-
siguiente, m o t i v o d e contradicción o de « t o m a de p o s t u r a » , en
la fe se ven c o m p e n s a d o s d e forma h a r t o singular: como p a r t e
de algo i n c o m p r e n s i b l e a u n q u e universal, basado en la existen-
cia de Dios.
La existencia inalterable y universal de Dios constituye el
significado y el c o n t e n i d o de toda trascendencia. El camino
para llegar a la trascendencia no es la deducción racional, el
análisis dialéctico de la fe a través de una teología científica,
sino la sumersión directa en la fe a través de u n a vida ascética
y c o n t e m p l a t i v a . M e d i t a c i ó n y no acción; q u i e t u d y no movi-
m i e n t o . Esta p o s t u r a básica se manifiesta en el carácter inva-
riable de la liturgia, en la a r q u i t e c t u r a de las iglesias y en los
¡conos, q u e por la severidad hierática y fuerza expresiva de la
imagen deja al espectador s u m i d o en u n a actitud silenciosa. El
monje y el h o m b r e piadoso consiguen en el silencio aquella paz
serena del alma c o n t e m p l a t i v a q u e en la poesía de los himnos
bizantinos se alababa como c o m u n i ó n mística. Es en esta co-
m u n i ó n d o n d e se realiza el ideal bizantino. Gracias a ella se
consigue tan sólo un indicio, una comparación, una imagen:
Dios concebido como paz inmóvil, y no o b s t a n t e e t e r n a m e n t e
creadora. La idea de esta inmovilidad incorpórea del Dios trino
y u n o , alcanzada por el monje asceta en la inefabilidad de la
contemplación y que el P a d r e de la Iglesia G r e g o r i o de Nisa
i n t e n t ó comunicar valiéndose de fórmulas platonizantes, también
estaba al alcance del creyente normal, d e forma más accesible
y gráfica: a través de la liturgia q u e le acompañaba a lo largo
de toda su vida, y d e su fe i n q u e b r a n t a b l e en la ayuda que
prestaban los n u m e r o s o s santos, en la posibilidad diaria de un
milagro, i o d o esto le confería seguridad, esperanza y fuerza,
calmaba aquella necesidad tan característica de los bizantinos
de e x p e r i m e n t a r aquello q u e e x p e r i m e n t a r o n personalmente los
santos.

Semejante actitud, q u e no prescindía de los m o m e n t o s está-


ticos, nos plantea el problema de las posibilidades reales de un
cambio, y la justificación q u e d e éste p u e d e darse en la con-
cepción bizantina del m u n d o . El gran error occidental consistió
en creer ver. como T o y n b e e . «petrificación» d o n d e sin embargo
existía vida, si bien se trataba e v i d e n t e m e n t e de u n a vida dife-
rente a la del m o v i m i e n t o con el que nos gusta confundirla.
Estabilidad o d e b i l i d a d , e n t u m e c i m i e n t o o capacidad de cambio

32
de u n sistema político-social d e p e n d e n d e la mezcla y del equi­
librio existente e n t r e los e l e m e n t o s tradicionales y no tradicio­
nales; este gran p r o b l e m a histórico d e tradición y renovación,
de c o n t i n u i d a d y creatividad, se hace especialmente e v i d e n t e en
la historia bizantina.
I n d u d a b l e m e n t e , la fuerza de lo ya existente y d e las tenden­
cias conservadoras era en Bizancio e x t r a o r d i n a r i a m e n t e g r a n d e ,
lis indiscutible el rasgo estático, el p r o f u n d o c o n s e r v a d u r i s m o
ile esta sociedad, con su tendencia a la creación de formas fijas,
p e r m a n e n t e m e n t e válidas. Las instituciones políticas y las es-
liucturas sociales estaban tan s u m a m e n t e influidas por el Im¬
perio t a r d o r r o m a n o q u e apenas podía pensarse en nuevas formas,
.1 lo sumo en una reforma. El peso de las tradiciones griegas
provocó en la cultura bizantina u n clasicismo activo q u e a
m e n u d o reprimía ímpetus creadores; ejemplo de esta tendencia
hic el consciente arcaísmo d e la literatura, cuyo objetivo princi­
pal seguía siendo la imitación estilística de los grandes modelos
griegos de la a n t i g ü e d a d . P o r el c o n t r a r i o , los p r e s u p u e s t o s teo­
lógicos tuvieron un efecto paralizador en las ciencias naturales
bizantinas, p u e s t o q u e las apreciaciones y los resultados trans­
mitidos p o r la investigación griega se consideraron insignifican­
tes: «Para nosotros es suficiente saber q u e todas las cosas llevan
el espíritu d e Dios y están dispuestas por una v o l u n t a d en la
que no p o d e m o s profundizar» Lo que confería semejante
importancia a las tradiciones y a las disposiciones establecidas
era una conciencia f u n d a m e n t a l m e n t e conservadora. N o solamen-
tc en el á m b i t o literario se creía en el clasicismo, en una herencia
obligatoria q u e había alcanzado el carácter de canónica. La po­
sesión de verdades definitivas y de soluciones perfectas en el
campo de la política y de la religión estaba garantizada p o r
la revelación divina: el h o m b r e bizantino no era conservador
sólo por inclinación o apatía, sino, en gran medida, por la reli­
gión . La actividad intelectual consistía p r i n c i p a l m e n t e en u n a
recomprensión y reexposición d e lo antiguo, de lo q u e en o t r o
tiempo fue válido; esta actitud i m p r e g n ó la sociedad y la po­
lítica. La crítica d e P r o c o p i o a J ú s t i n i a n o n o se refería, signifi­
cativamente, al tradicionalismo r e t r ó g r a d o de la política imperial;
lo que le r e p r o c h a b a v e r d a d e r a m e n t e eran las innovaciones rea­
lizadas por el s o b e r a n o .

La idea d e q u e t o d a actitud r e n o v a d o r a provoca necesaria­


mente consecuencias negativas es una perspectiva que desfigura
la historia y q u e el o b s e r v a d o r imparcial refutará precisamente
a la vista d e la historia bizantina, El efecto positivo de las
disposiciones establecidas se d e m u e s t r a en la estabilidad que
permitió al E s t a d o b i z a n t i n o , gracias a una a u t o r i d a d central y

33
u n a a d m i n i s t r a c i ó n civil rígidas y b i e n organizadas, s u p e r a r las
crisis con m á s acierto q u e los estados feudales occidentales o
los e s t a d o s 'sucesores del califato. F u e la p e r s e v e r a n t e política
administrativa la q u e hizo posible q u e u n p r o d u c t o político-
social tan complejo como el I m p e r i o b i z a n t i n o lograra m a n t e n e r
su c o n t i n u i d a d d u r a n t e t a n t o t i e m p o . A d e m á s , esta administra­
ción civil conservadora, c o n t r a r r e s t ó el n a c i m i e n t o del feuda­
lismo y de un absolutismo imperial exagerado.
N o existe n i n g u n a base q u e apoye la teoría de q u e Bizancio
estaba incapacitado para el cambio. Es cierto q u e , a diferencia
de O c c i d e n t e , la energía de la actividad intelectual no descan­
saba precisamente en la originalidad o en la innovación. P e r o
a pesar del considerable lastre q u e significaban las e s t r u c t u r a s
materiales conservadoras y las ideas tradicionales, en Bizancio
existía i n d u d a b l e m e n t e capacidad para a d a p t a r s e a u n a s n u e v a s
condiciones y d e llegar a una reforma creadora. Sin ella este
E s t a d o no hubiera p o d i d o sobrevivir d u r a n t e u n m i l e n i o en u n
m u n d o en transformación. A lo largo d e su historia se p r o d u ­
jeron c o n t i n u o s procesos d e c a m b i o social y político q u e eran
algo más q u e la s i m p l e superación de crisis m o m e n t á n e a s va­
liéndose de m é t o d o s ya conocidos. E n el siglo v n , d u r a n t e el
reinado de H e r a c l i o , ya se iniciaron u n a serie de cambios deci­
sivos en las formas políticas y en las e s t r u c t u r a s sociales. E s t o
d e m u e s t r a q u e Bizancio, a pesar d e su capacidad d e p e r m a n e n c i a ,
tenía u n sistema social capaz de desarrollarse o r g á n i c a m e n t e y
de e n c o n t r a r nuevas soluciones. I n c l u s o en el á m b i t o del dere­
cho, considerado c o m o especialmente tradicional, existían ele­
m e n t o s de transformación, c o m o por ejemplo en el código de
León I I I , revolucionario en ciertos aspectos, o en la reforma
de los grados y tipos d e p e n a s .
E n c u a n t o a la c u l t u r a , la a p a r e n t e s u p e r i o r i d a d d e las tra­
diciones clasicistas tan sólo alcanzó a la literatura, y, d e n t r o
de ella, al r e d u c i d o g r u p o d e e r u d i t o s . Al margen de este círculo
nació la literatura p o p u l a r como reacción a n t e el formalismo
oficial. P o r lo d e m á s , ni el arte ni la a r q u i t e c t u r a p u e d e n inter­
pretarse como simple repetición o estéril resurrección de tradi­
ciones. D e s d e el apogeo del « n u e v o estilo» en el siglo v i , pa­
s a n d o por la época d e florecimiento de los siglos xi y x n hasta
llegar al arte de los paleólogos, p u e d e observarse en el lenguaje
formal bizantino tina gran dosis de individualismo, originalidad
y fuerza creadora. E n la esencia del arte b i z a n t i n o existe n o
tanto u n tradicionalismo c o m o u n a fe o r t o d o x a u n i d a a la he­
rencia espiritual del h e l e n i s m o , q u e desarrolla hasta llegar a
lo irracional u n m o v i m i e n t o i n t e r r u m p i d o en la propia Grecia
por el clasicismo en el siglo IV a. C. E n esta u n i d a d creadora

34
de cristianismo y helenismo radica el e n o r m e y original mé-
rito de la cultura helenístico-bizantina. E n las obras más im-
portantes del arte ha desaparecido casi p o r c o m p l e t o el m a n t o
clasicista: son la expresión pura de su especial religiosidad.
Bizancio era creador y conservador al mismo t i e m p o ; la trans-
lormación y el cambio son tan d e t e r m i n a n t e s como su tradicional
perseverancia. E s t o n o q u i e r e decir q u e Bizancio siguiera u n
proceso lineal. E n m u y pocas ocasiones t u v o el cambio u n ca-
rácter radical; el peso equilibrador de la tradición era demasiado
fuerte para ello. Resulta e n o r m e m e n t e significativo el i n t e n t o
de interpretar desde u n p u n t o de vista conservador, y con ello de
legitimar la renovación como vuelta a la tradición primitiva;
en la filosofía y la teología también se i n t r o d u j o lo nuevo afir-
mando q u e con ello se i n t e r p r e t a b a n y f u n d a m e n t a b a n las
doctrinas de los P a d r e s . N o se trataba d e un ardid político
a través del cual u n g r u p o d o m i n a n t e lanzaba u n a serie d e in-
novaciones q u e , con el p r e t e x t o de restaurar, lo q u e hacían
realmente era afianzar su p r o p i o poder. E n la concepción bi-
zantina del m u n d o no había por q u é f u n d a m e n t a r sistemática-
mente la innovación; ésta venía dada por la praxis, y se efec-
maba pragmáticamente. A pesar de ello la sociedad bizantina
no sólo conoció el cambio en las condiciones y en los problemas
sociales y políticos, sino también el i n t e n t o , a m e n u d o coronado
por el éxito, de buscar nuevas soluciones a dichos problemas.
La tenacidad vital d e Bizancio se basaba en esto en gran
medida.

VI. El comienzo de la historia bizantina: El problema de


la periodicidad

El gran bizantinista inglés J. Bury afirmaba aún que el Im-


perio bizantino era «el mismo imperio q u e había fundado Au-
,J
gusto» . La c o n t i n u i d a d , fundada en el derecho público, desde
C o n s t a n t i n o el G r a n d e hasta la caída de C o n s t a n t i n o p l a en el a ñ o
1453 resulta indiscutible. Y esta c o n t i n u i d a d influyó en la
conciencia política de los bizantinos. N o o b s t a n t e , este aspecto
formalmente correcto y a p o y a d o p o r la a u t o r i d a d de G i b b o n ,
reduce la realidad histórica. El c o n c e p t o d e «bizantino» en opo-
sición a! de «oriental» o « t a r d o r r o m a n o » (si bien parece d e d u c i d o
sin m u c h o sentido del n o m b r e primitivo d e la colonia griega
en el Bosforo q u e se convirtió en el año 324 en la capital del
I m p e r i o con el n o m b r e de C o n s t a n t i n o p l a ) es correcto y nece-
sario; defiende la teoría d e que Bizancio fue u n fenómeno his-

35
tórico con carácter p r o p i o , en el q u e se fundieron tradiciones
romanas y otras fuerzas diferentes y nuevas.
Se plantea ahora el p r o b l e m a de la periodicidad en la historia
bizantina. El final de dicha historia está claramente d e t e r m i n a d o ,
a u n q u e sus efectos sobrevivieran d u r a n t e m u c h o tiempo, por la
caída de C o n s t a n t i n o p l a en el año 1453. Más problemático
resulta d e t e r m i n a r sus comienzos. Existen ciertas formulaciones
ingeniosas: «La historia bizantina se inicia c u a n d o Bizancio
deja de llamarse Bizancio»; también se ha i n t e n t a d o fijar el co-
mienzo de su historia con el reinado d e C o n s t a n t i n o I y el
final con el de C o n s t a n t i n o X I .
En esta polémica destacan f u n d a m e n t a l m e n t e cuatro posicio-
nes: una de ellas considera el g o b i e r n o de C o n s t a n t i n o el
G r a n d e como u n m o m e n t o decisivo: se funda C o n s t a n t i n o p l a
como futura capital del I m p e r i o y se desplaza el centro de gra-
vedad de éste a la p a r t e oriental;- s i m u l t á n e a m e n t e se inician
una serie de transformaciones decisivas con el reconocimiento
del cristianismo y las grandes reformas políticas. Una segunda
escuela, por el c o n t r a r i o , da por terminada con el reinado de
los e m p e r a d o r e s iconoclastas, es decir, a p a r t i r del año 717,
la transformación del I m p e r i o iniciada c o m o respuesta a la
amenaza islámica en el siglo v i l , i n t e r r u m p i é n d o s e as! definiti-
v a m e n t e la c o n t i n u i d a d con el I m p e r i o t a r d o r r o m a n o . La tercera
posición conciliadora centra su atención en el a ñ o 395, mo-
m e n t o en el que se reconoce al cristianismo c o m o única religión
oficial. Este h e c h o y la división del I m p e r i o sirven d e base
para el nacimiento d e un Bizancio i n d e p e n d i e n t e . P o r ú l t i m o se
interpreta el reinado de J u s t i n i a n o , con sus intentos d e unifi-
car de nuevo el I m p e r i o r o m a n o , como la fase histórica en la que
aparecen p o r primera vez con claridad las fuerzas q u e formarían
el I m p e r i o b i z a n t i n o .
Delimitar las épocas históricas resulta e v i d e n t e m e n t e muy pro-
blemático, t a n t o desde un p u n t o de vista m e t ó d i c o c o m o p o r
motivos prácticos. En este caso el p r o b l e m a resulta doble, pues
el I m p e r i o r o m a n o y el I m p e r i o bizantino no sólo poseen una
c o n t i n u i d a d en el espacio, sino también estructural. Es cierto
q u e desaparecieron relativamente p r o n t o d e t e r m i n a d a s tradiciones
t a r d o r r o m a n a s (la lengua latina por ejemplo, que a partir del
siglo vi sólo se conservó en el lenguaje administrativo). P e r o
sin e m b a r g o , otras e s t r u c t u r a s , . específicamente t a r d o r r o m a n a s ,
se convirtieron en elementos p e r m a n e n t e s de la vida bizantina,
o al menos vigentes d u r a n t e un largo p e r í o d o de t i e m p o . El
I m p e r i o b i z a n t i n o como p r o d u c t o histórico está influido política
y e s p i r i t u a l m c n t e por c u a t r o fuerzas. E n el estado, el dere-
cho y la ideología política se hace sentir la m o n a r q u í a absoluta

36
de la época t a r d o r r o m a n a y la exigencia d e p o d e r de los empe-
radores romanos. Sin e m b a r g o , la clase d o m i n a n t e en Bizancio
era griega, y constituía al mismo tiempo la fuerza espiritual y
cultural d e t e r m i n a n t e . La tercera fuerza es el cristianismo orto-
doxo concebido como religión oficial e iglesia nacional; a estas
lies fuerzas deben añadirse los elementos orientales existentes
en la clase dirigente y la tradición espiritual.
Estos elementos básicos de la sociedad bizantina evolucionan
a lo largo de un lento proceso; ningún año resulta especialmente
significativo en este desarrollo; tan sólo p u e d e hablarse de siglos
n i el origen y formación de Bizancio. El proceso se inicia con
la reforma política y la aceptación del cristianismo d u r a n t e el
teinada de C o n s t a n t i n o . Los años 595 y 476 tienen aquí una
importancia especial. Los siglos IV y v forman ya parte de la
historia bizantina; son los comienzos del imperio, apoyados aún
en gran medida en las disposiciones del I m p e r i o t a r d o r r o m a n o .
I'ero es a partir del siglo vi cuantío p u e d e hablarse de Bizancio
• orno p r o d u c t o histórico con carácter p r o p i o ; en la época justi-
manca se p r o d u c e una etapa de confusión. Las innovaciones y
los elementos tradicionales ya se perciben en el arte y en la
< n i m i a . Sin e m b a r g o , la política y la ideología siguen siendo
l u n d a m e n t a l m e n t e tradicionales; es a partir del siglo vil c u a n d o
ii Estado, inmerso hasta entonces en un proceso de transición,
encuentra soluciones claras y nuevas a sus problemas. En la
evolución del I m p e r i o t a r d o r r o m a n o a la sociedad bizantina el
i'.ubierno de lustiniano t u v o una importancia e v i d e n t e , influyen-
do lambién de forma decisiva en la transformación del m u n d o
antiguo del I m p e r i o r o m a n o en el m u n d o medieval del área
tironea del mar M e d i t e r r á n e o .

37
1 Fundamentos y comienzos
de la historia bizantina:
La época de Justiniano y Heraclio (518-717)

M i e n t r a s se desencadenaba una fuerte t o r m e n t a sobre el Cuer-


no de O r o , moría, en la n o c h e del 10 de julio del a ñ o 518 en
C o n s t a n t i n o p l a , el e m p e r a d o r Anastasio, de casi ochenta años de
edad. El I m p e r i o , q u e había s u p e r a d o con éxito los peligros
de la invasión de los b á r b a r o s , parecía estar al b o r d e de la
desintegración; las provincias orientales, tras una serie de gue-
rras civiles y religiosas, se e n c o n t r a b a n en abierta revolución
contra el p o d e r central. El c o m a n d a n t e de la guardia imperial,
d e sesenta y siete años de e d a d , aprovechó estos m o m e n t o s d e
confusión para organizar su elección c o m o e m p e r a d o r . Ni en-
tonces ni más tarde resultó un acontecimiento insólito la usur-
pación del t r o n o por jefes de tropa decididos. P e r o el b r e v e
reinado del enérgico y capacitado organizador J u s t i n o I (518-527)
hizo época. Creó para su sucesor J u s t i n i a n o u n a base de p o d e r
y u n área de comercio, iniciando con ello la primer gran época
de la historia bizantina.

I. Los dos aspectos de la época: Tradiciones tardorromanas y


comienzos bizantinos

Ni la época ni la obra de J u s t i n i a n o p u e d e n ser c o m p r e n d i d a s


sin la base t a r d o r r o m a n a . La confirmada supremacía que el
I m p e r i o bizantino tenía sobre el M e d i t e r r á n e o en el siglo v i
procedía, a pesar de los c o n t i n u o s conflictos en sus fronteras,
y al igual q u e las formas políticas y sociales de la sociedad bi-
zantina primitiva, del desarrollo histórico de los siglos iv y v '.
El m u n d o de J u s t i n i a n o se caracterizó p o r su éxito y su fracaso
a n t e el problema de la invasión de los bárbaros. La irrupción
de los pueblos g e r m a n o s c a m b i ó la estructura política de t o d o
el espacio c o m p r e n d i d o e n t r e Escocia, el D a n u b i o y el Sahara.
En lugar del I m p e r i o unitario surgió u n sistema policéntrico:
los estados sucesores g e r m a n o s en el suelo del I m p e r i o occi-
d e n t a l , y el I m p e r i o bizantino en O r i e n t e .
Las causas de la decadencia del I m p e r i o r o m a n o en O c c i d e n t e
son complejas y debatidas. La mayor fuerza de resistencia d e
las provincias orientales estaba basada, a u n q u e no t o t a l m e n t e ,
en su superior e s t r u c t u r a económica y demográfica (cf. supra,
pp. 7, 8, 19 y 2 0 ; Historia Universal Siglo XXI, vol. 9, p p . 146

38
ss.). E s t o capacitó a Bizancio, incluso en las más críticas situaciones
de su política exterior, gracias a u n a burocracia y una administra-
ción financiera eficaces p a r a asegurar los i m p u e s t o s necesarios,
y con ello m a n t e n e r u n ejército bien p e r t r e c h a d o . A d e m á s , en
O r i e n t e , la e s t r u c t u r a estatal se había visto menos dañada por
los intereses políticos y económicos de la nobleza terrateniente
que en O c c i d e n t e , d o n d e este e l e m e n t o de debilidad en la po-
lítica interior influyó decisivamente en su decadencia. En Bizancio
el poder central logró, gracias a u n a situación en política exterior
y financiera más favorable, m a n t e n e r la unidad nacional y la
estabilidad política frente a tendencias centrífugas similares.
El I m p e r i o r o m a n o de O r i e n t e s u p e r ó la crisis exterior del
siglo V sin sufrir una conmoción d u r a d e r a ; sin embargo, el
conflicto p r o v o c a d o por el cisma monofisita en las ricas pro-
vincias asiáticas, encerraba el peligro de u n a desintegración interna
así como de u n a oricntalización del I m p e r i o bizantino. Con la
separación e n t r e O c c i d e n t e y O r i e n t e en el área mediterránea
comenzaron a dibujarse, a partir del siglo v, los c o n t o r n o s de
un nuevo p a n o r a m a espiritual; en E g i p t o y Siria especialmente
nació una conciencia cultural de f u n d a m e n t a l influencia en la
evolución d e la religión y el arte. D u r a n t e el gobierno de Anas-
tasio (491-518) la u n i d a d del I m p e r i o se vio amenazada tempo-
ralmente. La subida al poder de J u s t i n o I, q u e con u n a serie
de medidas políticas de consolidación inició una evolución polí-
tico-eclesiástica hacia la ortodoxia, t a m b i é n provocó u n cambio.
Bizancio era en el siglo VI el único sucesor del I m p e r i o
romano frente a los estados g e r m a n o s t a n t o política como mili-
tarmente, así c o m o la fuerza económica d o m i n a n t e en el Me-
diterráneo. De nuevo un e m p e r a d o r g o b e r n a b a en el m u n d o
cristiano, si bien las provincias orientales, en proceso d e diso-
lución, se habían sustraído de m o m e n t o a su control. Las ins-
tituciones políticas, las estructuras sociales, las formas económicas
y la cultura material de la época t a r d o r r o m a n a se conservaron
casi idénticas. La a u t o r i d a d imperial central estaba de n u e v o
asegurada, el a p a r a t o administrativo funcionaba, el ejército es-
taba capacitado para defender las fronteras. Al c o n t r a r i o que
en O c c i d e n t e , Bizancio e x p e r i m e n t ó también una nueva pros-
peridad económica; la vida ciudadana y el comercio con el
extranjero siguieron desarrollándose, la m o n e d a p e r m a n e c i ó es-
table.
Pero si bien es cierto q u e la tradición imperial t a r d o r r o m a n a
caracterizó el horizonte vital del I m p e r i o bizantino primitivo
y que J u s t i n i a n o concibió su política como una renovatio del
antiguo I m p e r i o unificado, e n t e n d e r esta época como un apogeo
tlefinitivo del I m p e r i o romano cristiano r e s p o n d e a una pers-

39
pectiva histórica parcial. J u n t o a u n t r a d i d o n a l i s m o oficial, tam-
bién caracterizan a esta época u n a serie d e elementos d e tran-
sición y d e cambio, p u e s posee dos aspectos, dos perspectivas
posibles: como p a r t e i n t e g r a n t e d e n t r o del proceso general de
transformación acontecido en el m u n d o m e d i t e r r á n e o y al mismo
t i e m p o como p r i m e r a fase d e la consolidación del I m p e r i o bi-
zantino en t a n t o q u e u n i d a d histórica i n d e p e n d i e n t e . N a t u r a l -
m e n t e , el E s t a d o d e J u s t i n i a n o era en muchos aspectos u n a so-
lución provisional, una etapa en u n proceso más general de
transformación q u e culminaría en los siglos v i l y v i n . P e r o su
renovatio Impertí sirvió de base para una forma transformada
de imperio y soberanía imperial, iniciando con ello la historia
bizantina en s e n t i d o estricto.

II. Constantinopla: centro del mundo y espejo del Imperio

El esplendor d e la capital reflejaba el poder, la riqueza y el


nivel cultural del I m p e r i o b i z a n t i n o . A t r a í a con m a g n e t i s m o a
la población de las provincias y d e los países extranjeros. Allí
residía el e m p e r a d o r en su calidad d e r e p r e s e n t a n t e de Dios
sobre la tierra, y el patriarca en su calidad de cabeza de la
cristiandad o r t o d o x a . P o r sí solo esto le confería a Constanti-
nopla u n a posición única; añádase a ello el gran potencial eco-
nómico que se reunía en esta capital, tanto del I m p e r i o como
del comercio internacional. La fuerza de atracción d e la ciudad
para el m u n d o c i r c u n d a n t e era casi excesiva: d u r a n t e siglos
C o n s t a n t i n o p l a no sólo fue u n a encrucijada d e las culturas, sino
también una fortaleza c o n t i n u a m e n t e asediada.
La estrecha relación e n t r e la tierra y el mar, t a n t o en sus
recursos militares y económicos c o m o en el aspecto estético,
constituyó siempre u n rasgo característico d e C o n s t a n t i n o p l a :
2
«El mar corona la c i u d a d » . La cúpula de Santa Sofía d o m i n a b a
la silueta de la c i u d a d ; desde el Bosforo se veía el gigantesco
recinto del palacio imperial, con las cúpulas doradas d e las
iglesias reluciendo e n t r e los jardines. A n t e el palacio se encon-
traba el A u g ú s t e o , u n a amplia plaza flanqueada por Santa Sofía
y el H i p ó d r o m o . J u n t o a la p i e d r a miliaria, a partir de la cual
se medían todas las distancias d e n t r o del I m p e r i o , destacaba la
colosal estatua ecuestre de C o n s t a n t i n o ; amplias calles b o r d e a d a s
p o r columnatas descendían hacia el C u e r n o de O r o . T o d a la
ciudad, que j u n t o con las estrechas callejuelas orientales del
barrio comercial y de las partes más pobres, incluía zonas d e
villas y grandes p a r q u e s , estaba rodeada por u n a línea de forti-
ficaciones de 9 kilómetros d e longitud.

40
La d i s t r i b u c i ó n y configuración arquitectónica d e la capital,
con sus diferentes zonas y centros d e gravedad, ofrecían u n a
perfecta imagen d e la sociedad bizantina. C o n s t a n t i n o p l a , c o m o
centro político y a d m i n i s t r a t i v o , económico y religioso, literario
y artístico, era, con toda la vida propia de u n a gran ciudad, u n a
3
especie de microcosmos del I m p e r i o . El sistema de defensa
construido bajo T e o d o s i o (408-450), t r i p l e m e n t e escalonado, de
murallas terrestres y marítimas, estaba c o n s i d e r a d o como la mejor
obra de la época desde el p u n t o de vista técnico-militar. En
este sistema se materializaba el papel de la ciudad como último
reducto de resistencia del E s t a d o ; las inscripciones sobre las
puertas de la ciudad («Cristo n u e s t r o Dios, r o m p e triunfante la
fuerza d e los enemigos») d e m o s t r a b a n la creencia en u n a pro-
tección divina especial. La inexpugnabilidad de la capital signi-
ficaba para los s u b d i t o s u n símbolo vivo del destino e t e r n o del
Imperio.
El gran palacio de los e m p e r a d o r e s bizantinos en el Bosforo
era una verdadera ciudad d e n t r o de la gran ciudad; la s u n t u o -
sidad de sus edificios y jardines ejercía u n fascinante efecto.
En los actos oficiales, con su minucioso ceremonial, se represen-
taba plásticamente el p o d e r del e m p e r a d o r , más allá de la in-
mortalidad. E n las recepciones se p r o c u r a b a impresionar espe-
cialmente a los príncipes extranjeros o a sus enviados valiéndose
de sorpresas acústicas y mecánicas ingeniosamente diseñadas (por
ejemplo, pavos reales a d o r n a d o s d e joyas q u e batían las alas).
Al mismo t i e m p o , C o n s t a n t i n o p l a era la sede del patriarca
ortodoxo más p o d e r o s o , a pesar d e la competencia con Alejandría
v A n t i o q u í a . En la ciudad y sus alrededores se e n c o n t r a b a n
numerosas iglesias y monasterios, cuyos m o r a d o r e s d e s e m p e ñ a r o n
a m e n u d o un i m p o r t a n t e papel en los d i s t u t b i o s u r b a n o s . Santa
Sofía era el símbolo de C o n s t a n t i n o p l a como centro religioso
del I m p e r i o . La « G r a n Iglesia» era una de las maravillas del
cristianismo. N u m e r o s a s descripciones q u e d a t a n desde el siglo vi
hasta el x i v testimonian la profunda impresión, no del t o d o
comprensible desde el p u n t o de vista racional, que producía en
los creyentes: «El espíritu h u m a n o no p u e d e decir nada sobre
la Iglesia de la Santa Sabiduría ni tampoco p u e d e hacer una
descripción de ella» '.
Pero C o n s t a n t i n o p l a era también, eclipsando otros centros
urbanos del I m p e r i o — c o m o Alejandría, A n t i o q u í a , Salónica,
Efcso o T r e b i s o n d a — , el centro de gravedad del comercio in-
ternacional, y, d u r a n t e una serie de siglos, la ciudad más rica
de la Cristiandad. C o m o c e n t r o comercial, su localización en el
cruce de i m p o r t a n t e s rutas comerciales ofrecía un gran n ú m e r o
«le ventajas: u n p u e r t o e x t r a o r d i n a r i a m e n t e seguro y bien cons-

41
t r u i d o , con v a r a d e r o s y almacenes; mercados d e c o n s u m o , ex-
p l o t a d o s p o r g r a n d e s bazares, para la gran población u r b a n a
y sus n u m e r o s o s talleres; oficinas de a r m a d o r e s , mayoristas y
bancos.
El c u a r t o c e n t r o vital de C o n s t a n t i n o p l a era su H i p ó d r o m o ,
con u n a capacidad para más d e 40.000 espectadores. Las condi-
ciones de vida de la clase inferior u r b a n a eran vejatorias, y ni
los asilos y hospitales religiosos, ni la donación oficial de p a n
lograron paliar tal situación. Las viviendas e r a n a m e n u d o cons-
trucciones primitivas de ladrillo, las calles estrechas, oscuras y
llenas d e b a s u r a . N o e r a n insólitos los incendios y las epidemias.
Las luchas d e animales, carreras d e carros, juegos de acrobacia
y comedias en el H i p ó d r o m o constituían para estos sectores
de la población algo así como u n a necesidad vital, y, j u n t o con
las cuestiones religiosas, el H i p ó d r o m o se convirtió en u n c e n t r o
de e n o r m e interés. E s t a masa de carácter irritable, difícilmente
c o n t r o l a b l e y c a u t e l o s a m e n t e t r a t a d a p o r los e m p e r a d o r e s d a d o
el peligroso papel q u e podía llegar a d e s e m p e ñ a r en épocas
de crisis, estaba organizada en dos p a r t i d o s circenses: los Azules
y los V e r d e s , idénticos a los demos u r b a n o s ( q u e también ser-
vían t e m p o r a l m e n t e como milicia c i u d a d a n a ) . Estas curiosas y
primitivas reliquias de libertad c i u d a d a n a y anarquía griega en
el seno d e un e s t a d o absolutista no sólo aglutinaban a los apa-
sionados partidarios d e una d e t e r m i n a d a cuadra o de celebrida-
des del d e p o r t e , sino q u e al mismo t i e m p o eran organizaciones
d e cierta influencia política y eclesiástica. Los Azules eran tra-
d i c i o n a l m e n t e o r t o d o x o s ; los V e r d e s , monofisítas. La actitud
d e protesta y la moda también corrían parejas en estos grupos.
« H a n a d o p t a d o u n a nueva y extraña m a n e r a de llevar el pelo,
t o t a l m e n t e distinta a la del resto de la g e n t e . El bigote y la
perilla no llegan a rozarse, p e r o dejan q u e les crezca lo máximo
p o s i b l e . . . Desean que el cabello les cuelgue por detrás muy
largo y de forma absurda, c o m o los h u n o s . . . Los puños de sus
camisas se ciñen a los huesos, pero desde allí se ensanchan
hacia la espalda de un m o d o francamente grotesco.» •''

La masa de la población urbana estaba compuesta por pe-


q u e ñ o s artesanos y comerciantes, jornaleros, sirvientes, esclavos,
m e n d i g o s , p r o s t i t u t a s y soldados. La clase media estaba formada
p o r funcionarios de la administración, médicos y profesores de
U n i v e r s i d a d , t e r r a t e n i e n t e s a c o m o d a d o s , propietarios de talleres
y a m e n u d o comerciantes, a r m a d o r e s y b a n q u e r o s q u e disfruta-
ban de un lujo oculto. La b r i l l a n t e fachada d e la sociedad bi-
zantina estaba r e p r e s e n t a d a p o r la nobleza cortesana y de sangre.
Sus palacios u r b a n o s y sus residencias veraniegas rivalizaban en
fastuosidad — p a v i m e n t o s d e m á r m o l , mosaicos, p i n t u r a s mura-

42
les, m a r q u e t e r í a — c o n los palacios imperiales; v e s t i m e n t a , jo-
yas y carros p a r t i c i p a b a n d e u n lujo similar. N o es casual el
hecho de q u e la artesanía altamente desarrollada llegase a con-
vertirse en u n a rama especialmente típica d e n t r o del a r t e bi-
zantino. Las grandes avenidas, d o n d e comercios s u m a m e n t e caros
ofrecían artículos de m o d a d e t o d o el m u n d o , constituían la
más clara imagen de lo cerca que siempre convivieron la riqueza
y la más t r e m e n d a pobreza.
P e r o a pesar de este estilo d e vida o r i e n t a d o hacia u n a com-
petencia en los signos externos de riqueza, la clase dirigente
ciudadana no cerró los ojos a las pretensiones espirituales,
listaba í n t i m a m e n t e vinculada a la élite intelectual y profun-
d a m e n t e convencida de la necesidad de u n a formación universal
y literaria. E s t e hecho t u v o repercusiones tanto en la vida de
la sociedad como en la actividad de la U n i v e r s i d a d d e Cons-
tantinopla, cuyas escuelas filosóficas y científicas poseían u n a
categoría tradicional y atraían a estudiantes de t o d o el I m p e r i o .

III. justiniano y su época: el papel del soberano

Los méritos de J u s t i n i a n o son innegables. La soberanía del


Imperio se e x t e n d i ó de nuevo hasta E s p a ñ a , el Corpus Iuris
creó los f u n d a m e n t o s de la evolución del D e r e c h o europeo,
Santa Sofía constituyó el p r i m e r p u n t o c u l m i n a n t e del arte bi-
zantino. La condición previa de semejantes éxitos fue en p r i m e r
lugar el cese de la invasión de los b á r b a r o s ; añádase a esto
la consolidación económica en la mitad oriental del I m p e r i o y la
escasa estabilidad interna de los estados germanos. P o r otra
parte, parece seguro q u e J u s t i n i a n o no hubiera cosechado se-
mejantes éxitos de no h a b e r c o n t a d o con u n o s colaboradores
e x t r a o r d i n a r i a m e n t e capacitados: el destacado caudillo militar Be-
lisario, el e x p e r t o militar y diplomático Narses, el enérgico pre-
fecto p r e t o r i a n o J u a n de Capadocia y el gran jurista T r i b o n i a n o .
Sin e m b a r g o , el consejero más influyente fue la emperatriz
Teodora. El historiador P r o c o p i o ha descrito con placentera
malicia en su « H i s t o r i a Secreta» el relato de la dudosa vida
de esta antigua cortesana, sus intrigas y favoritismos y su sos-
pechosa política religiosa monofisita. P e r o a u n así dio m u e s t r a s
de u n a agudeza política y u n carácter resuelto del que carecía
a veces el p r o p i o E m p e r a d o r en m o m e n t o s d e crisis. Ella fue
quien salvó el r e i n a d o de J u s t i n i a n o en el m o m e n t o álgido
de la revuelta d e N i k a : «La h u i d a resulta imposible, incluso
a u n q u e nos llevara a lugar seguro. Q u i e n nace en este m u n d o
6
ha de m o r i r ; p e r o u n s o b e r a n o n o p u e d e ir al e x i l i o » .

43
P e r o t o d o e s t o en m o d o alguno disminuye el m é r i t o de Jus-
t i n i a n o . Q u i z á él sea el ejemplo más significativo d e aquella
m o v i l i d a d social q u e en el I m p e r i o b i z a n t i n o hacía posible q u e
u n h o m b r e de origen social h u m i l d e alcanzara el más alto cargo.
A l igual q u e su tío J u s t i n o , J u s t i n i a n o era hijo de u n simple
c a m p e s i n o m a c e d o n i o , si b i e n h a b í a recibido u n a excelente
formación en teología y ciencias profanas, política y diplomacia.
A sus e x t r a o r d i n a r i a s dotes intelectuales se u n í a u n a capacidad
inagotable d e trabajo, u n a s ideas m u y claras y u n magistral co-
n o c i m i e n t o de los complejos asuntos del I m p e r i o . N a t u r a l m e n t e ,
el afán d e i n t e r v e n i r p e r s o n a l m e n t e en los más íntimos detalles
—planificación d e expediciones militares, planos d e construc-
ción d e las fortificaciones africanas, programas de juegos festi-
vos, establecimiento de días de a y u n o s — evidenciaban al mismo
t i e m p o la obsesión y la debilidad del E m p e r a d o r . Sus esfuerzos
n o i b a n e n c a m i n a d o s tan sólo a conseguir u n a administración
eficaz e i n v u l n e r a b l e , sino t a m b i é n a mejorar la situación ju-
rídica y social d e sus s u b d i t o s , a u n q u e P r o c o p i o lo i n t e r p r e t ó
más t a r d e c o m o u n a i r r e p r i m i b l e manía de renovación, destruc-
tiva del o r d e n e x i s t e n t e .
P e r o a ú n m á s q u e su ascetismo, su conciencia del deber y su
p r e o c u p a c i ó n social, al « E m p e r a d o r sin s u e ñ o » , a p a r t a d o en su pa-
lacio del m u n d o y d e sus s u b d i t o s p o r u n a rigurosa e t i q u e t a ,
le caracterizaba u n a energía única, u n a v o l u n t a d soberana. Jus-
t i n i a n o fue el m a y o r a u t ó c r a t a del t r o n o bizantino y siguió sus
ideas políticas con u n a fuerza apasionada. Esta fusión de cuali-
dades esenciales, v o l u n t a d i n q u e b r a n t a b l e encaminada siempre
hacia u n g r a n objetivo, frío d i s t a n c i a m i e n t o hacia sus congéne-
res e incapacidad de d e s p e r t a r e n t u s i a s m o o simpatía, le hace
c o m p a r a b l e tan sólo a Carlos V .
E l c r e d o político de J u s t i n i a n o n o se basaba exclusivamente
en u n c o n c e p t o exagerado del carácter ilimitado del p o d e r im-
perial, tal y c o m o lo i m p u s o t o t a l m e n t e en el E s t a d o e incluso,
p a r c i a l m e n t e , en la Iglesia; la v e r d a d e r a fuerza motriz d e su
actuación procedía d e u n a idea política conservadora; la visión
d e la renovatio impera, la restauración del I m p e r i o o r t o d o x o
q u e abarcaría t o d o el m u n d o m e d i t e r r á n e o y conservaría las
formas tradicionales del p o d e r , la fe y la cultura. D e aquí sur-
girían los d i s t i n t o s objetivos d e su política: reconquista de los
antiguos límites del I m p e r i o y r e s t a u r a c i ó n de la u n i d a d religiosa
en la C r i s t i a n d a d ; reorganización d e la administración y la juris-
dicción; r e c u p e r a c i ó n financiera m e d i a n t e u n a política económica
enérgica; política de edificaciones grandiosas q u e d o c u m e n t a r a
d e forma ostensible la restauración del antiguo o r d e n .

44
Precisamente las peligrosas consecuencias de semejante Dolítica
ponían de manifiesto la influencia, viva d u r a n t e m u c h o tiempo,
del p e n s a m i e n t o político universal r o m a n o . El principio básico
fundamentado en el d e r e c h o político d e u n ú n i c o i m p e r i o legí-
timo era tan natural e indiscutible para Bizancio y sus empe-
radores como el c o n c e p t o d e u n a única Iglesia cristiana. A la
idea de la universalidad del p o d e r imperial se unían, más allá
de las fronteras del E s t a d o bizantino, la lealtad y las esperanzas
políticas de antiguas provincias; incluso los soberanos g e r m a n o s
reconocían al e m p e r a d o r como fuente s u p r e m a d e todo poder
legítimo. E v i d e n t e m e n t e su c o n c e p t o de supremacía imperial se
diferenciaba del de J u s t i n i a n o en u n p u n t o esencial: al trans-
formarse en la m e n t e de J u s t i n i a n o u n a aspiración fundamental-
mente titular en u n a aspiración política real de recuperar las
partes occidentales del I m p e r i o , se p r o d u j o necesariamente el
conflicto. P o r otra p a r t e , J u s t i n i a n o veía u n d o b l e c o m p r o m i s o
en la reintegración d e estas provincias. Si el I m p e r i o r o m a n o
era al m i s m o t i e m p o la cuna d e la cristiandad o r t o d o x a , era
obligación del e m p e r a d o r liberar a sus s u b d i t o s latinos del poder
de los herejes arríanos. E n la idea q u e tenía J u s t i n i a n o d e la
renovación del I m p e r i o r o m a n o cristiano se fundían estrecha-
mente la fe y la política: « P o r el p o d e r d e Dios g o b e r n a m o s
el imperio q u e la majestad celestial nos confió, g u e r r e a m o s con
éxito, aseguramos la paz y r e s t a u r a m o s la e s t r u c t u r a del estado.
Al mismo t i e m p o , m e d i a n t e la c o n t e m p l a c i ó n , n u e s t r o espíritu
pide de tal forma la ayuda de D i o s t o d o p o d e r o s o q u e n o pone-
mos nuestra confianza en nuestras armas, en n u e s t r o s soldados,
en n u e s t r o s oficiales ni en nuestras p r o p i a s facultades, sino q u e
basamos todas nuestras esperanzas tan sólo en la protección
previsora de la Santísima T r i n i d a d , de la q u e p a r t e n t o d o s los
elementos del universo y de la q u e deriva su o r d e n en t o d o
7
el orbe» .

(V. Tradición y reforma de la sociedad en el siglo VI

Para J u s t i n i a n o la renovatio imperii n o se limitaba a la polí-


tica exterior. T r a s la brillante fachada del arte y la v i d a en la
capital y en los grandes c e n t r o s provinciales se escondían nu-
merosos p r o b l e m a s i n t e r n o s , d e o r d e n económico-social. El des-
c o n t e n t o hacia la rigidez autocrática del g o b i e r n o y el consi-
guiente d e s o r d e n social se h a b í a n manifestado ya en el a ñ o 5 3 2
e n la insurrección de los p a r t i d o s circenses de N i k a , q u e en
los años de a n a r q u í a , bajo Anastasio, h a b í a n escapado t o t a l m e n t e
al control d e la policía. Las p r u d e n t e s , a u n q u e enérgicas, me-

45
didas de J u s t i n i a n o n o lograron evitar u n a revuelta conjunta
de los Azules y los V e r d e s , q u e p u d o ser sofocada con derra-
m a m i e n t o d e sangre tan sólo u n o s días d e s p u é s . E s t a p r u e b a
d e fuerza e n t r e el E m p e r a d o r y la población de la capital
c o n s t i t u y ó p o r otra p a r t e el ú n i c o conflicto i m p o r t a n t e d e este
tipo acontecido d u r a n t e el r e i n a d o de J u s t i n i a n o .
La política interior de J u s t i n i a n o a p u n t a b a p r i n c i p a l m e n t e
hacia tres objetivos: reforma d e la administración, q u e debería
funcionar tan justa, eficaz y f r u s t u o s a m e n t e como fuera posible;
fortalecimiento de la economía m e d i a n t e la a p e r t u r a d e nuevas
r u t a s comerciales y el apoyo a i m p o r t a n t e s ramas comerciales
y, finalmente, recuperación d e la u n i d a d religiosa de la Iglesia
dividida por la lucha monofisita. P e r o los v e r d a d e r o s motivos
d e esta política en m o d o alguno p o d r á n hallarse en la conmo-
ción p r o d u c i d a por la rebelión d e N i k a o en los preparativos
d e vastas empresas militares en O c c i d e n t e . J u s t i n i a n o poseía,
c o m o se ha p o d i d o establecer a partir d e numerosas observa-
ciones y juicios sobre sus leyes y disposiciones, u n a informa-
ción m u y clara sobre las deficiencias y los conflictos q u e se
d a b a n cita t a n t o en el c a m p o a d m i n i s t r a t i v o como en el social
y económico. I n t e r p r e t a r su p u n t o d e vista significaría redactar
un informe c o m p l e t o sobre la situación del país, u n t r i b u t o a
la eficacia de sus sistemas d e c o n t r o l en el q u e el «gobierno
de las sombras» de la C o r t e d e s e m p e ñ a b a u n papel esencial con
sus n u m e r o s o s canales oficiosos d e información. Semejantes co-
nocimientos afianzaban a ú n más en J u s t i n i a n o la idea de q u e
el E m p e r a d o r tenía t a m b i é n q u e c u m p l i r c o m o reformador in-
t e r n o , en bien del E s t a d o y d e sus s u b d i t o s , u n a misión, u n a
tarea e n c o m e n d a d a p o r D i o s . A u n q u e apreciaba perfectamente
los síntomas y b u s c a b a soluciones, nunca p u s o en tela de juicio
el sistema en su t o t a l i d a d . Es cierto q u e sus i n t e n t o s d e refor-
ma tropezaron n o sólo con situaciones tradicionales, sino también
con p r o b l e m a s n u e v o s , a los q u e p o r s u p u e s t o no estaba ha-
b i t u a d o . P e r o su idea m o t r i z siguió s i e n d o la renovación del
I m p e r i o r o m a n o cristiano absolutista, si bien es cierto q u e
m a n t u v o s i e m p r e a n t e las necesidades i n m i n e n t e s , y a pesar
d e su p o s t u r a c o n s c i e n t e m e n t e conservadora, u n admirable es-
p í r i t u de innovación. Sus decretos evidenciaban por u n lado
u n a s o r p r e n d e n t e y detallada información, p o r o t r o u n a insos-
pechada flexibilidad: «Las leyes son para la vida lo q u e la
medicina para la e n f e r m e d a d . D e a q u í q u e a m e n u d o p r o d u z c a n
el r e s u l t a d o j u s t a m e n t e c o n t r a r i o al deseado, y p o r ello dero-
s
gamos las n u e v e novellae» . E s t o plantea especialmente el pro-
b l e m a d e la c o n t i n u i d a d y el c a m b i o en el I m p e r i o b i z a n t i n o .

46
C o m o sistema político, el I m p e r i o b i z a n t i n o primitivo m a n t u v o
la estructura d e u n a m o n a r q u í a absoluta, c o m o lo fue el Domi-
nado después d e la crisis del I m p e r i o en el siglo n i . Justi-
niano i n t e r p r e t ó el c o n c e p t o t a r d o r r o m a n o d e poder imperial
absoluto en su significado más e x t r e m o : « ¿ Q u é hay mayor,
más sagrado, q u e la majestad imperial? ¿ Q u i é n es tan arrogante
como para ignorar el juicio del p r í n c i p e , si los propios legisla-
dores han c o n s t a t a d o clara y categóricamente q u e las decisiones
imperiales poseen toda la fuerza d e u n a ley?» °. El t í t u l o , el
emblema, el simbolismo político y el ceremonial palaciego pro-
pagaban y simbolizaban el origen t r a s c e n d e n t e d e su p o d e r .
Elementos decisivos d e la e s t r u c t u r a del gobierno coordinados
en la persona del e m p e r a d o r c o m o fuente d e t o d o poder seguían
siendo la C o r t e , la administración civil y el ejército profesional.
O t r a base i m p o r t a n t e del p o d e r estaba constituida p o r la fuerza
económica y -financiera del I m p e r i o , q u e debía correr con los
gastos de la burocracia, el ejército y la política exterior. E s t e
sistema político t u v o el i m p o r t a n t e e históricamente trascendente
mérito d e crear, en u n E s t a d o sin u n i d a d étnica ni lingüística,
los p r e s u p u e s t o s para la u n i d a d cultural y religiosa. El reverso
de su eficacia fue, sin e m b a r g o , su acusado p a t e r n a l i s m o . El
listado pretendía reglamentar y controlar toda la existencia,
lis cierto q u e garantizaba a los s u b d i t o s su supervivencia, se-
guridad y estabilidad, p e r o a costa de su l i b e r t a d .
El i n s t r u m e n t o del p o d e r d e s t i n a d o a i m p o n e r la v o l u n t a d
imperial hasta el ú l t i m o rincón de las provincias más alejadas
era u n a a d m i n i s t r a c i ó n s u m a m e n t e organizada, q u e descansaba
sobre los principios d e la centralización, la separación estricta
entre el p o d e r civil y el militar, la burocracia profesional ( q u e
correspondía a la profesionalización del ejército) y el control
general. Características de este a p a r a t o b u r o c r á t i c o fueron su
programada reglamentación y el escalafón estrictamente jerár
quico de sus funcionarios, así c o m o una distribución d e fun
ciones y u n a limitación d e competencias m u y detalladas. Bajo
los a d m i n i s t r a d o r e s de los c u a t r o grandes d e p a r t a m e n t o s cen-
trales, similares a u n ministerio, la administración estaba es-
tructurada en prefecturas, diócesis y finalmente en provincias
( a p r o x i m a d a m e n t e 120), las cuales c o n t a b a n con sus respectivas
plantillas d e e m p l e a d o s . Las atribuciones d e esta administración
abarcaban t a m b i é n la vida económica y social. U n a rama suma-
mente i m p o r t a n t e estaba constituida por una burocracia racio-
nal financiera y tributaria, q u e i n t e n t a b a fijar al detalle la ca-
pacidad económica y tributaria de los s u b d i t o s , a b r u m á n d o l e s
con u n a avalancha d e declaraciones d e i m p u e s t o s y p r e s u p u e s t o s
de c o n t r i b u c i ó n y obligándoles a entregar dichos i m p u e s t o s con

Al
m e d i d a s coercitivas en caso necesario. J u s t i n i a n o o p i n a b a q u e
una d e las principales tareas d e sus funcionarios era la d e «au-
m e n t a r la recaudación t r i b u t a r i a y asumir con t o d o e s m e r o la
I0
defensa d e los intereses del fisco» . A esta capacidad d e b i ó su
carrera u n personaje c o m o el prefecto p r e t o r i a n o J u a n d e Ca-
padocia. La organización del fisco era e x t r a o r d i n a r i a m e n t e con-
secuente e influyó incluso en el sistema fiscal del m u n d o islá-
mico, si b i e n allí p r o d u j o a m e n u d o el efecto c o n t r a r i o al deseado
por la excesiva carga impositiva de sus s u b d i t o s .
La d e s m e s u r a d a d e p e n d e n c i a d e la administración bizantina
primitiva no se d e b í a ú n i c a m e n t e al afán funcional d e todas las
a u t o r i d a d e s de a m o l d a r s e a los i m p e r a t i v o s nacidos d e las com-
plejas tareas económico-fiscales, sino q u e también era parte d e
u n sistema general de equilibrios y mecanismos de control q u e
debía evitar la excesiva concentración de poder en manos de u n
i n d i v i d u o y asegurar al s o b e r a n o a b s o l u t o el control sobre
su p r o p i o a p a r a t o de p o d e r . Bajo J u s t i n i a n o el ejército siguió
s i e n d o la garantía de la autoafirmación en política exterior y
un indispensable i n s t r u m e n t o de p o d e r en política interior.
La seguridad de las fronteras del I m p e r i o y las aspiraciones d e
expansión ú n i c a m e n t e p o d í a n garantizarse m e d i a n t e intensos es-
fuerzos y planificaciones militares. P u e s t o q u e a la situación
estratégica r e s p o n d í a u n a resistencia m u y tenaz, las fuerzas
a r m a d a s siguieron organizadas según el principio t a r d o r r o m a n o
de guarniciones p r o t e c t o r a s en las fronteras (limitanei) y un
ejército de c a m p a ñ a q u e p u d i e s e servir d e reserva estratégica
en distintos p u n t o s . El ejército, formado a p r o x i m a d a m e n t e p o r
150.000 h o m b r e s , se c o m p o n í a de soldados mercenarios de las
más diversas nacionalidades. E n sus u n i d a d e s móviles de cam-
paña l u c h a b a n , j u n t o a la caballería a r m a d a con catafractas de
los stratiotai, reclutados en el p r o p i o I m p e r i o , la caballería mer-
cenaria de los ¡oederati, c o m p u e s t a p o r h u n o s , vándalos, godos,
Iongobardos, hérulos, gépidos, persas, armenios y árabes. P o r
regla general las tropas bizantinas estaban bien dirigidas gracias
a sus capacitados generales; t a n t o el a r m a m e n t o como la or-
ganización y la táctica se ajustaban a la forma de combatir de
los adversarios potenciales. Su d e b i l i d a d radicaba en la falta
de disciplina y en las frecuentes insurrecciones, cuyo origen es-
taba en las funciones d e m a n d o c o n s c i e n t e m e n t e limitadas y en
el c o n t i n u o r e t r a s o del pago de los s o l d a d o s . El e m p e r a d o r cui-
daba d e su principal i n s t r u m e n t o de p o d e r con u n a mezcla de
e x t r e m a economía (obligado s e g u r a m e n t e p o r u n a situación fi-
nanciera a m e n u d o precaria) y p r o f u n d a desconfianza como civil.
A q u í se hacen en p a r t e evidentes las tensiones q u e provocó en

48
este sistema político la separación e n t r e el p o d e r militar y el
civil.
El firme objetivo d e m a n t e n e r , en sus rasgos f u n d a m e n t a l e s ,
la estructura y la organización administrativa del imperio tar-
d o r r o m a n o n o i m p i d i ó q u e J u s t i n i a n o i n t e n t a r a alejar enérgi-
camente las t a n evidentes imperfecciones; al m e n o s en ciertos
casos la reforma podría significar u n c a m b i o real. E n principio,
la intención q u e g u i ó la reforma a d m i n i s t r a t i v a a partir del
año 5 3 5 fue la d e hacer m e n o s c o r r u p t i b l e s a los funcionarios,
lino de los vicios capitales d e la administración bizantina, q u e
Juan L i d o , alto funcionario d e J u s t i n i a n o , describió elocuente-
mente, consistía en la explotación d e los s u b d i t o s m e d i a n t e la
compra semilegal d e cargos públicos. Sin e m b a r g o , la imagen
ideal del funcionario de J u s t i n i a n o , q u e debía «proteger a todos
los s u b d i t o s leales c o n t r a la opresión, rechazar cualquier tenta-
liva de s o b o r n o . . . y, en general, tratar a t o d o s los s u b d i t o s
n
como trataría u n p a d r e a sus h i j o s » , n o logró imponerse a
pesar d e la supresión d e la compra de cargos y otras m e d i d a s
de d i s t i n t o carácter. La segunda t e n t a t i v a d e reforma d e s t i n a d a
a dar agilidad a este a p a r a t o burocrático, q u e en ciertos as-
pectos t a m p o c o logró i m p o n e r t o t a l m e n t e , más parecía u n freno
que u n apoyo al régimen absolutista. J u s t i n i a n o h u b o de recu-
rrir a d e t e r m i n a d a s simplificaciones como la abolición d e la
autoridad intermediaria de las diócesis. Sin e m b a r g o , sólo u n a
entre las m u c h a s m e d i d a s t o m a d a s revistió i m p o r t a n c i a ; la fusión
de la administración civil y el p o d e r militar en manos d e u n
pretor o exarca en regiones opuestas del I m p e r i o , p r i n c i p a l m e n t e
en las regiones occidentales r e c o n q u i s t a d a s . E s t e caso anuncia
las profundas reformas del siglo v i l .

Los i n t e n t o s d e reforma administrativa adolecían d e falta d e


coherencia. E n el fondo, y a pesar de todos los cambios parcia-
les, buscaban ú n i c a m e n t e hacer más funcional el sistema esta-
blecido. N o estaba d e n t r o d e la m e n t a l i d a d de J u s t i n i a n o pensar
q u e ciertas innovaciones profundas p o s i b l e m e n t e hubiesen sido
del interés de la nación. Sus m e d i d a s t a m b i é n resultaron insu-
ficientes por el h e c h o de q u e apenas iban más allá de unas
metas fiscales. El a u m e n t o d e los ingresos estatales se convirtió
progresivamente, a lo largo del g o b i e r n o de J u s t i n i a n o , en el
objetivo principal de toda su política i n t e r n a . N a t u r a l m e n t e ,
conseguir d i n e r o se había c o n v e r t i d o en u n a amarga necesidad,
pues la defensa y la política exterior r e s u l t a b a n m u y costosas.
La v o l u n t a d reformista del E m p e r a d o r ú n i c a m e n t e se i m p u s o
en lo q u e respecta al d e r e c h o . E l Corpus Iuris Civilis, r e d a c t a d o
en los años 528-533, s u s t i t u y ó a todas las anteriores recopila-
ciones del d e r e c h o r o m a n o . U n a p r i m e r a p a r t e (Codex Justi-

49
nianus) c o n t i e n e los edictos imperiales vigentes desde A d r i a n o
hasta 5 3 3 ; las disposiciones posteriores de J u s t i n i a n o se deno-
m i n a n p o r ello Novcllac ( N u e v a s determinaciones). La segunda
p a r t e (Digesto o Vandectae) ofrecía una selección revisada de
los comentarios y d e t e r m i n a c i o n e s de los juristas r o m a n o s , q u e
c o m p l e t a b a n el d e r e c h o imperial vigente. U n a tercera p a r t e (Ins-
tituciones) r e p r e s e n t a b a u n a especie d e manual de examen para
los juristas, q u e ya entonces c o n s t i t u í a n el apoyo de la Adminis-
tración. El Corpus Inris era el espejo ideal del sistema justinia-
neo, característico por su c o n s t a n t e acentuación del absolutismo
imperial, y t a m b i é n por la imposición de ciertas concepciones
cristianas, a diferencia de la tradición romana clásica en el sis-
tema jurídico. N o sólo se convirtió en la base jurídica bizantina,
sino q u e a d e m á s , m e d i a n t e la transmisión del d e r e c h o r o m a n o
a O c c i d e n t e a partir del siglo XII, pasó a ser un elemento deci-
sivo de la evolución jurídica e u r o p e a q u e conformó las con-
cepciones jurídicas y políticas de la baja E d a d Media y del ab-
solutismo.
Del mismo m o d o q u e el E s t a d o bizantino primitivo a d o p t ó
el o r d e n político del D o m i n a d o , su e s t r u c t u r a económica y social
t a m b i é n c o r r e s p o n d í a a la del I m p e r i o t a r d o r r o m a n o . La base
del sistema económico siguió s i e n d o , c o m o en toda la antigüe-
d a d , la agricultura. La mayor parte de la población se componía
de c a m p e s i n o s ; la fuente principal de riqueza privada estaba
constituida p o r las rentas de las tierras; las finanzas del estado
descansaban p r i n c i p a l m e n t e en los impuestos sobre la produc-
ción campesina. El i n t e r c a m b i o d e mercancías d e n t r o del I m p e r i o
posibilitó, en ciertas provincias o regiones, la existencia de
monocultivos especialmente p r o d u c t i v o s : aceite de oliva en Grecia
o trigo de calidad en Tracia. Si bien se insistía, en términos
generales, en el trigo y la ganadería, los aperos y la jornada
de trabajo del p e q u e ñ o campesino -—ya fuera propietario o tan
sólo a r r e n d a t a r i o de u n o de los n u m e r o s o s latifundios— apenas
se diferenciaban d e la agricultura tradicional (y m o d e r n a ) medi-
terránea.
E n O r i e n t e , sin e m b a r g o , las formas de producción ciudadanas
y la economía agraria se h a b í a n ido desarrollando c o n t i n u a m e n t e
(cf. supra, pág. 19). E n el I m p e r i o bizantino las ciudades man-
tuvieron u n a relevante función t a n t o en el plano económico
c o m o espiritual; la política de J u s t i n i a n o favoreció su desarrollo
a pesar de la carga q u e r e p r e s e n t a b a la tributación cada vez
mayor y la progresiva intromisión de la burocracia. H a s t a
e n t r a d o el siglo v i l , las provincias orientales fueron los centros
vitales y hasta la c o n q u i s t a árabe las crisis religiosas y políticas
de la capital e n c o n t r a r o n su expresión en las luchas de los

50
partidos circenses de A n t i o q u í a y Alejandría. Gracias a las ins-
tituciones ciudadanas p u d o conseguirse u n cierto grado de cul-
tura material y u n a formación profana, ambas i n d e p e n d i e n t e s
ele la Iglesia.
Sin embargo, no p u e d e hablarse en el I m p e r i o bizantino del
siglo vi, a pesar del auge temporal q u e conocieron el comercio
y la industria, d e u n a economía u r b a n a p r o p i a m e n t e dicha. Por
otro lado, el grado de urbanización en las distintas regiones del
I m p e r i o era muy diferente; en cabeza se bailaban Egipto, Siria
y principalmente Asia M e n o r . A q u í las fuentes no nos facilitan
la labor de d e t e r m i n a r con exactitud el m o d o en q u e participaron
en la producción, así como tampoco la de analizar la economía
urbana con detalle. N o o b s t a n t e se sabe con seguridad que las
empresas industriales no producían s o l a m e n t e artículos de lujo
y q u e , d e b i d o a los condicionamientos geográficos, el comercio
con el exterior d e s e m p e ñ a b a u n papel sin d u d a i m p o r t a n t e .
Desde centros comerciales como A n t i o q u í a , Damasco o Alejan
dría partían rutas de caravanas terrestres o marítimas hacia el
sur de Arabia, E t i o p í a , África oriental, I n d i a , Ceilán y China.
La estructura social venía d e t e r m i n a d a p o r la económica, así
como por la reglamentación social y el dirigismo económico.
La característica principal de la sociedad bizantina fue, en primer
término, su estratificación social, perfectamente delimitada: la
tensión entre los potentes y los humiliores estaba tan clara en
la legislación como en la literatura. F r e n t e a una limitada clase
aristocrática y t e r r a t e n i e n t e de marcada importancia social existía
una amplia clase baja e m p o b r e c i d a y q u e , al m e n o s en el campo,
vivía en condiciones evidentes de s e r v i d u m b r e , y e n t r e éstas,
una clase media u r b a n a q u e , apoyándose en el comercio y en
la artesanía, vivía frecuentemente en u n a situación precaria.
O t r a característica fundamental fue la tendencia a fortalecer los
límites u r b a n o s . El control fiscal coercitivo del E s t a d o aprove-
chaba la responsabilidad económica de ciertos grupos sociales
como medida contra la disminución de impuestos y contribu-
ciones. Con este fin no sólo se regularon y controlaron exacta-
m e n t e las contribuciones y las prestaciones, sino q u e , simultá-
n e a m e n t e , la masa d e los s u b d i t o s se vio vinculada m e d i a n t e
leyes a su función y localidad en el sistema social; en la ma-
yoría de los casos esta vinculación era hereditaria. La mayor
parte de los campesinos q u e d a r o n vinculados a la gleba en
calidad de siervos semilibres de los señores feudales (coloni),
si bien es cierto q u e no desapareció t o t a l m e n t e la libre propiedad
de algún p e q u e ñ o campesino. Los industriales y comerciantes,
cuyos p r o d u c t o s eran i m p o r t a n t e s para el abastecimiento del
ejército, la administración y las grandes ciudades, fueron incor-

51
porados p o r la fuerza, como m i e m b r o s hereditarios, a los gre­
mios (collegia). Algo similar o c u r r i ó con la clase superior u r b a n a
de los decuriones q u e r e s p o n d í a n específicamente del total de
los i m p u e s t o s del distrito municipal.
E s t a sujeción hereditaria a u n d e t e r m i n a d o oficio y con ello
a una d e t e r m i n a d a clase, q u e nacía de una incorporación forzosa
y de una indienstnabme estatal, amenazaba con reducir, cada
vez más, la movilidad d e n t r o del sistema; no o b s t a n t e , la regla­
mentación social en general n u n c a e n t r ó t o t a l m e n t e en vigor.
La sociedad b i z a n t i n a m a n t u v o , incluso en el siglo vi, u n cierto
grado de movilidad social e n t r e sus clases. M i e m b r o s de capas
inferiores ascendían a puestos directivos, la mayoría de las
veces a través del ejército, a u n q u e t a m b i é n se daban casos de
ascenso a través de la administración civil. I n d u d a b l e m e n t e éstas
eran tan sólo excepciones d e n t r o de un o r d e n q u e tendía hacia
una sociedad de ciases inmovilizada en la q u e ya estaba d a d o
un o r d e n social q u e b á s i c a m e n t e no podría ser cambiado.
En esta sociedad cerrada eran inevitables los conflictos y las
contradicciones internas. N o se sabe hasta q u é p u n t o fueron
sin e m b a r g o neutralizados por la fuerza, la adaptación psicoló-
gicosocial y los conceptos d e o r d e n vertidos en la religión. Al
parecer persistieron las tensiones q u e u n a y otra vez encon­
traron expresión en la i n q u i e t u d social latente. P o r ello las re­
formas sociales, económicas y administrativas, la estabilización
social y el a u m e n t o d e las cifras tributarias eran indispensables
para la feliz ejecución de los planes d e J u s t i n i a n o .
Los elevados gastos de la ofensiva militar en O c c i d e n t e , d e
la defensa d e las fronteras en el n o r d e s t e y en el este, de la
administración y de las construcciones imperiales habían corrido
d u r a n t e cierto t i e m p o por c u e n t a d e las reservas financieras
acumuladas por Anastasio. Sin e m b a r g o , muy p r o n t o u n a re­
caudación tributaria retrasada, un a u m e n t o de los impuestos
p o r p a r t e d e u n a administración c o r r u p t i b l e y u n a nueva dis­
m i n u c i ó n de los totales r e c a u d a d o s llevó al E s t a d o a u n a si­
tuación de crisis económica q u e p u s o al E m p e r a d o r a n t e el
dilema insoluble q u e provocaba la necesidad, por u n lado, d e
mayores exigencias t r i b u t a r i a s , y, p o r o t r o , la protección de los
c o n t r i b u y e n t e s frente a la explotación de la administración. E s t e
círculo vicioso ponía en peligro las rentas del E s t a d o y la pros­
peridad económica, al t i e m p o q u e p r e p a r a b a el terreno para la
agitación i n t e r n a . A q u í se manifestaba por primera vez la in­
congruencia e n t r e necesidad y medios q u e constituyó u n a d e
las constantes básicas de la sociedad bizantina (cj. supra, pá­
ginas 18 ss.). Si bien la e s t r u c t u r a económica del imperio justi-
nianeo, basada f u n d a m e n t a l m e n t e en la agricultura y en deter-

52
minados c e n t r o s clave del comercio y la i n d u s t r i a , respondía a
las necesidades d e subsistencia d e la población, así como a un
gasto financiero normal del E s t a d o , en la época de J u s t i n i a n o ,
debido a las c o n t i n u a s cargas militares y de política exterior,
la d e m a n d a financiera siempre estaba p o r encima de los ingresos.
El excesivo gravamen fiscal e n t r a ñ a b a desde un principio el
peligro de q u e la política social y económica q u e d a r a detenida
en la red d e intereses y aspiraciones c o n t r a p u e s t o s . El impulso
dado por el E s t a d o al comercio fue más eficaz. J u s t i n i a n o y sus
consejeros p r e t e n d í a n que Bizancio controlara a m p l i a m e n t e sus
rutas por tierra y por mar, así como aprovechar el papel de
C o n s t a n t i n o p l a como e m p o r i o central para reforzar el comercio
con O r i e n t e , especialmente lucrativo. N a t u r a l m e n t e , también eso
era u n p r o b l e m a de política exterior. El I m p e r i o sasánida, no
sólo rival político sino t a m b i é n rival comercial de Bizancio,
dominaba las dos vías comerciales más i m p o r t a n t e s : la ruta d e
las caravanas de China a través de Bujara y Persia y la ruta
marítima p o r el O c é a n o I n d i c o y el G o l f o de Persia. P o r esta
razón Bizancio i n t e n t ó crear para el i n t e n s o comercio oriental
una nueva ruta a través del m a r Rojo y asegurarla m e d i a n t e
las relaciones con el I m p e r i o abisinio d e A k s u m . La importación
secreta de gusanos de seda desde C h i n a logró al mismo tiempo
la independencia del I m p e r i o en un p r o d u c t o tan esencial para
el comercio internacional y posibilitó el nacimiento de una flore-
ciente industria de la seda. El monje n e s t o r i a n o Cosmas Indico-
pleutes describió en su Topografía Cristiana — c u r i o s o d o c u m e n t o
sobre la relación e n t r e el comercio, la diplomacia y las activi-
dades misioneras en esta é p o c a — el área d e influencia del co-
mercio oriental bizantino, a p u n t a n d o lo q u e después han con-
firmado los d e s c u b r i m i e n t o s arqueológicos: la moneda de o r o
bizantina era en esos tiempos u n a m o n e d a universal.

D e s d e el p u n t o de vista económico, semejante política no


era acertada d a d o el balance comercial negativo q u e producía.
A pesar de ello p u e d e observarse cierto éxito de esta política
de desarrollo justinianea q u e r e d u n d ó en una actividad econó-
mica mayor de las ciudades d e las provincias orientales. P e r o
también aquí la política tributaria se interponía finalmente en
el camino hacia un posible desarrollo de la vida económica
1.a carga d e impuestos cada vez más excesiva sobre el comercio
y sobre la artesanía impidió u n a u m e n t o de importancia en las
rentas estatales.
T a m p o c o la política social logró salir del dilema e n t r e lo so-
cialmente razonable y lo fiscalmente necesario. J u s t i n i a n o y Teo-
dora eran un ejemplo de las posibilidades y ventajas de la movi-
lidad social. N o o b s t a n t e , J u s t i n i a n o siguió aferrado al o r d e n

53
constitucional e x i s t e n t e , cuyo sistema jerárquico d e títulos y
clases era a m e n u d o más fácil d e r o m p e r en la vida pública q u e
en la relación social. M u c h o s g r u p o s sociales siguieron vincula-
dos a sus oficios. El p r i n c i p i o de la vinculación corporativa
hereditaria, a ú n m á s refinado, d o m i n a b a el m u n d o profesional
y era c u i d a d o s a m e n t e o b s e r v a d o . N o existía ni siquiera la base
p a r a u n a posible transformación d e la situación d e las clases
inferiores; éstas tenían q u e confiar e n la protección eclesiástica
y en el consuelo de la religión y del circo.
D o n d e con más claridad se manifestó la desorientación y el
a b a n d o n o de la política social justinianea fue en u n problema
r e a l m e n t e tradicional: la e x p a n s i ó n d e las grandes p r o p i e d a d e s
rurales, favorecida p o r las o p o r t u n i d a d e s de la i n m u n i d a d tri-
b u t a r i a y la seguridad del capital i n v e r t i d o , a u m e n t ó también
d u r a n t e el siglo VI. E s t a e x p a n s i ó n r e s u l t a b a tan peligrosa para
la a u t o r i d a d imperial como p a r a la capacidad económica del
p e q u e ñ o c a m p e s i n a d o , esencial p a r a el p r o p i o E s t a d o . Los grandes
dominios de la nobleza en las provincias d e s e m p e ñ a b a n un
papel i m p o r t a n t e en la economía y en la sociedad. U n a serie de
m e d i d a s legales y a d m i n i s t r a t i v a s c o n t r a la expansión y el abuso
de p o d e r d e los g r a n d e s t e r r a t e n i e n t e s n o logró impedir q u e
los p e q u e ñ o s campesinos libres se vieran obligados a pasar a
la condición de colonos. Así, con la política financiera y social
de J u s t i n i a n o , no sólo creció el r e s e n t i m i e n t o de los p e q u e ñ o s
campesinos y artesanos, o p r i m i d o s e c o n ó m i c a m e n t e y desposeí-
dos, sino t a m b i é n el d e los g r a n d e s t e r r a t e n i e n t e s , q u e veían
amenazados sus privilegios p o r las m e d i d a s estatales. Al final
c u n d i e r o n el d e s c o n t e n t o político y la regresión económica en
amplios sectores de la p o b l a c i ó n .

V. Emperador e iglesia: Problemas de la política eclesiástica

La política eclesiástica, con todas sus consecuencias, fue u n a


c o n s t a n t e del I m p e r i o b i z a n t i n o . J u s t i n i a n o se e n c o n t r ó aquí
con u n a n t i g u o p r o b l e m a sin resolver. E n su calidad de único
s o b e r a n o , el E m p e r a d o r t a m b i é n fue señor absoluto de la Igle-
sia: decidía sin consultar p r e v i a m e n t e al sínodo cuestiones re-
lativas al d o g m a , el rito y el o r d e n eclesiástico; dictaba instruc-
ciones p a r a el clero, y proveía con absoluta soberanía las sedes
episcopales. J u s t i n i a n o , q u e gracias a su excelente formación
poseía u n conocimiento exacto de los p r o b l e m a dogmáticos, era
además p a r t i d a r i o c o n v e n c i d o d e la o r t o d o x i a , e incluso c o m p u s o
t r a t a d o s teológicos y cantos litúrgicos. Y sin e m b a r g o , el con-
c e p t o de c e s a r o p a p i s m o resulta e r r ó n e o aplicado al régimen teo-

54
cráneo imperial (cf. supra, p . 28). El patriarca, q u e en el si-
glo vi había declarado: « N a d a d e b e suceder en la Iglesia en
contra de la v o l u n t a d y las ó r d e n e s del E m p e r a d o r » , describió
la práctica d e la época, p e r o n o la relación f u n d a m e n t a l e n t r e
¡2
e m p e r a d o r y patriarca .
La inextricable relación e n t r e la política eclesiástica y la po-
lítica interior, las confrontaciones dinásticas y religiosas ya ha-
bían comenzado con C o n s t a n t i n o . El cisma arriano del siglo IV
fue el primer gran e n f r e n t a m i e n t o teológico de la Iglesia im-
perial, q u e ejerció una influencia d o m i n a n t e en la política i n t e r n a
(cf. Historia Universal Siglo XXI, vol. 9, p p . 102-107). Y a en
esta ocasión se habían m o s t r a d o las limitaciones de u n a política
eclesiástica estatal enérgica; en el siglo v el cisma monofisita
provocó en la m i t a d oriental d e l I m p e r i o u n a crisis espiritual
y religiosa q u e se p r o l o n g ó a lo largo de dos siglos plagados
de continuas luchas. La discusión dogmática e n t r e los griegos
pasó del p r o b l e m a del D i o s P a d r e y el D i o s H i j o , q u e h a b í a
constituido el p u n t o neurálgico de la d i s p u t a arriana, al d e la
relación e n t r e la naturaleza h u m a n a y divina en Cristo. La fuerte
contraposición d e las tendencias teológicas en este a s u n t o n o
sólo reforzó las usuales luchas político-eclesiásticas p o r el poder,
sino que la controversia t a m b i é n conmovió con inesperado apa-
sionamiento a todos los fieles, ya q u e la esperanza de u n a re-
dención como necesidad elemental para la fe de los cristianos
de la época parecía d e p e n d e r d e la divinidad total del Salvador.
La Iglesia oriental era cualquier cosa menos un b l o q u e mono-
lítico. Los grupos tradicionales y regionales p r o c e d e n t e s de Asia
M e n o r y Grecia, Siria oriental y E g i p t o , muy diferentes en sus
concepciones teológicas y actitudes religiosas, formaban la base
y, al mismo tiempo, eran factores i m p o r t a n t e s en semejantes
confrontaciones. Se avivaron resentimientos muy enraizados en
la oposición, hasta entonces salvada p o r el h e l e n i s m o , e n t r e Grecia
y O r i e n t e , e n t r e el m u n d o occidental y el Asia anterior.

El Concilio de Calcedonia (451) había t e r m i n a d o provisional-


m e n t e con las luchas político-eclesiásticas dogmáticas. Su fórmula
conciliadora patrocinada p o r el E m p e r a d o r ( « U n Cristo con dos
naturalezas») c o n d e n a b a a la vez el n e s t o r i a n i s m o y la doctrina
monofisita; p u e s t o q u e h a b í a sido elaborada c o n j u n t a m e n t e con
la Iglesia latina, aseguró la u n i d a d de la Iglesia hasta el año
1054, al menos en el p l a n o dogmático. P e r o los acuerdos de
Calcedonia t a m p o c o ofrecieron u n a solución político-eclesiástica
radical. E g i p t o , A r m e n i a y amplias zonas d e Siria y Palestina
no aceptaron la decisión del concilio. E n estas regiones se crearon
Iglesias monofisitas con jerarquía propia q u e se transformaron
r á p i d a m e n t e en iglesias r e a l m e n t e nacionales. Con ello, casi t o d o

55
el este y el s u d e s t e del I m p e r i o se hallaban separados d e Cons-
tantinopla en lo relativo a la doctrina eclesiástica. Al separatismo
religioso se u n i ó una conciencia regional especial, q u e provocó
un proceso de deshelenización y una nueva i n d e p e n d e n c i a es-
piritual de estas regiones. Las medidas coercitivas del E s t a d o
contra los partidarios del cisma evidenciaban, principalmente en
E g i p t o , una serie de tendencias autonomistas latentes. D e esta
forma el cisma monofisita se c o n v i r t i ó definitivamente en un
p r o b l e m a de política interior d e p r i m e r o r d e n . Cada e m p e r a d o r
se enfrentaba al dilema d e decidirse p o r la confesión ortodoxa o
m a n t e n e r la paz en sus provincias más ricas. Los intentos de
unificación fracasaron, al igual q u e la política de represión dura
de «los herejes». Anastasio, el ú l t i m o e m p e r a d o r del siglo v,
había a d o p t a d o finalmente u n a tercera posibilidad político-ecle-
siástica c o n s e c u e n t e m e n t e monofisita. P e r o la resistencia decidida
de Asia M e n o r y los Balcanes, zona neurálgica de la ortodoxia,
casi provocó d e f i n i t i v a m e n t e u n a catástrofe política.
Así p u e s , el p r o b l e m a monofisita estaba más vivo q u e nunca.
La política eclesiástica de J u s t i n i a n o sólo logró curar los sín-
tomas del m a l ; ú n i c a m e n t e consiguió reducir los últimos restos
del p a g a n i s m o , valiéndose d e n u m e r o s a s m e d i d a s administrati-
vas, a las q u e p e r t e n e c e el cierre programático de la Universidad
d e A t e n a s en el a ñ o 529. Al conflicto con los monofisitas se
u n í a , por un lado, la convicción p o r p a r t e del e m p e r a d o r d e
la verdad de la doctrina o r t o d o x a y, p o r o t r o , u n a serie d e
consideraciones y objetivos políticos. La política imperial parecía
exigir t a m b i é n , en lo referente a las regiones orientales recon-
q u i s t a d a s , con su organización católica de la iglesia, la unidad
confesional. P o r ello, tras u n a s p r i m e r a s negociaciones sin re-
sultado, J u s t i n i a n o llevó a cabo u n a b r u t a l persecución d e los
monofisitas, si bien poco d e s p u é s t u v o q u e a d o p t a r una política
m o d e r a d a , i n t e r r u m p i d a s o l a m e n t e p o r cortos períodos de per-
secución. N o fue t a n t o el apoyo de T e o d o r a a los monofisitas
c o m o las graves consecuencias políticas del cisma lo q u e indujo
a J u s t i n i a n o a proceder con estas cautelosas m a n i o b r a s ( q u e a
veces le llevaron incluso a acercarse a d e t e r m i n a d a s tendencias
monofisitas).
Sin e m b a r g o , J u s t i n i a n o no logró debilitar decisivamente a
los monofisitas ni llegó a un acercamiento e n t r e los dos b a n d o s
teológicos. El e n f r e n t a m i e n t o táctico, sin hacer concesiones fun-
d a m e n t a l e s a los monofisitas, p r o v o c ó por el c o n t r a r i o una in-
fluencia mayor de éstos en la capital y una misión monofisita
más eficaz en Asia M e n o r . La discusión teológica tampoco condu-
jo a n a d a . C u l m i n ó en la « d i s p u t a de los tres capítulos» de los
años 543-554, discusión llena de intrigas sobre tres P a d r e s de

56
la Iglesia sirios sospechosos de tendencias nestorianas. El V con-
cilio ecuménico celebrado en C o n s t a n t i n o p l a en el año 553. que
condenó d e f i n i t i v a m e n t e a los tres teólogos, fue un intento, des-
de el p u n t o de vista político eclesiástico, de llegar a un com-
promiso con los monofisitas. P e r o , al igual que en ocasiones an-
teriores, éstos no se dieron por satisfechos, a la vez que la or-
todoxia se indisponía de nuevo con el O c c i d e n t e latino. Sin
embargo, J u s t i n i a n o consiguió evitar, con su enérgica política, un
conflicto a b i e r t o y. c o m o consecuencia, agudos conflictos in-
ternos* E s t o d e m u e s t r a q u e la capacidad de resistencia c inte-
gración del sistema político era aún considerable. Pero el proble-
ma i n t e r n o f u n d a m e n t a l no estaba resuelto: al final las posiciones
incluso se habían agudizado (a pesar, o gracias a la política de
apaciguamiento). El d o m i n i o imperial a b s o l u t o sobre la Iglesia
fracasó ante el cisma e n t r e o r t o d o x o s y monofisitas.

VI, Síntomas de renovación: Cultura y Arte

Las reformas interiores políticas y sociales q u e d a r o n estanca-


das en sus p l a n t e a m i e n t o s ; la política eclesiástica no se liberó
de la red de antiguos vínculos. Lo v e r d a d e r a m e n t e n u e v o , la
aportación r e a l m e n t e creadora de la época se halla en la cultura.
Por s u p u e s t o que h a n de hacerse ciertas distinciones. E n la
teología, la época de los P a d r e s de la Iglesia había p a s a d o
En el c a m p o de la ciencia y d e la literatura surgen n o t a b l e s
creadores, q u e al m i s m o t i e m p o m u e s t r a n las limitaciones de la
época. T r i b o n i a n o y sus discípulos r e p r e s e n t a n el ú l t i m o m o m e n t o
álgido de la jurisprudencia romana. E n otras ciencias, sabios
tales como el gran médico Alejandro d e Tralles, el d e s t a c a d o
matemático A n t e m i o d e Tralles ( q u e descubrió incluso el prin-
cipio de la m á q u i n a d e v a p o r ) e I s i d o r o de Mileto, a r q u i t e c t o
de Santa Sofía, alcanzaron significativos progresos, si bien esta-
ban en última instancia más interesados p o r el significado que
por las causas de los fenómenos naturales. Al menos en el
<ampo de la a r q u i t e c t u r a y de la ingeniería, el empleo tecnoló-
gico de los conocimientos físicos y mecánicos se hallaba t a m b i é n
ampliamente desarrollado.
La literatura d e la época conoció, j u n t o a escritores y poetas
cortesanos tales c o m o Agatias o P a b l o el Silenciario, tan sólo
a u n clásico: P r o c o p i o de Cesárea, el historiador griego más
importante desde P o l i b i o . Su formación clásica, t a n t o c o m o su
experiencia personal, a d q u i r i d a como secretario de Belisario, se
tradujeron en u n relato testimonial de las guerras de J u s t i n i a n o .
Este está c o m p l e t a d o por su Historia Secreta, documento de

57
corrosiva detracción política p u b l i c a d o a la m u e r t e d e J u s t i n i a n o ,
surgido de u n a amargura p e r s o n a l . Gracias a la obra de P r o c o p i o
y a los n u m e r o s o s d o c u m e n t o s de la administración y legislación,
conocemos el g o b i e r n o d e J u s t i n i a n o tan d e t a l l a d a m e n t e como
pocos otros aspectos d e la historia bizantina.
El objetivo de esta producción literaria fue el ideal de la
educación enciclopédica y retórica del m u n d o grecorromano, q u e
seguía t e n i e n d o vigencia e n t r e las clases altas de las grandes
ciudades d o t a d a s de una a n i m a d a vida intelectual. J u n t o a la
Biblia y la teología aún se enseñaba la filosofía de Platón y Aris-
tóteles, P l o t i n o y Proclo. E n la formación d e la clase dirigente
esta educación clásica tenía una función social i m p o r t a n t e (cf.
supra, p . 29 s.). P e r o ya se percibe claramente una división
social del m u n d o cultural. J u n t o a la prosa y la poesía escrita
en un lenguaje clásico c o n s c i e n t e m e n t e culto existía también
una poesía rítmica de h i m n o s y canciones escrita en lenguaje
p o p u l a r y f u e r t e m e n t e influida p o r los modelos sirios. Los can-
tos litúrgicos dé R o m a n o ( u n j u d í o b a u t i z a d o en Beirut) son
su obra más i m p o r t a n t e ; r e ú n e n la sencillez del lenguaje y la
brillantez del m u n d o simbólico en u n a perfección hasta entonces
desconocida en la poesía religiosa d e Bizancio.
La originalidad y la fuerza creadora de la época justinianea
se manifestaron en el arte. Si la literatura de la época se n u t r i ó
en gran m e d i d a d e la herencia y la tradición, el siglo vi fue
sin e m b a r g o — a pesar de las creaciones del «Renacimiento» bi-
zantino de los siglos x y x i — la primera gran época del arte
bizantino y la más brillante de ellas en general. La forma espi-
ritual del a r t e j u s t i n i a n e o es clásica en el sentido de q u e en
las grandes obras toma su forma u n estilo p r o p i o . Este estilo
unitario imperial p r o v i e n e de u n a síntesis — y a iniciada en los
siglos iv y v — d e las tradiciones culturales sirio-orientales y
t a r d o r r o m a n a s y helenísticas ( q u e , n o o b s t a n t e , p e r d u r a n en todo
el a r t e b i z a n t i n o como dos tendencias opuestas q u e d e t e r m i n a n
con esta contradicción su carácter especial). Su irradiación e in-
fluencia llegaron más allá d e las provincias imperiales, hasta
Roma y África, p a s a n d o p o r Rávena a P r o v e n z a y Aquisgrán, por
Sicilia a E s p a ñ a y t a m b i é n h a s t a Rusia y E t i o p í a .
La tradición antigua fue transformada de forma creadora: una
abstracción plana y u n a rigurosa frontalidad bidimensional en lugar
de la forma plástica sensual: la «imagen conceptual» en lu-
gar de la imagen n a t u r a l . El clasicismo bizantino no buscaba
el s e n t i d o universal i n m a n e n t e a la religiosidad griega, sino
u n a verdad t r a s c e n d e n t e : la revelación e x t r a t e r r e n a y la visua-
lización de lo invisible en la teología de la imagen. El m u n d o
era c o n c e b i d o por todos como u n a e n t i d a d sometida a fuerzas

58
extra terrestres: el arte no tenía u n a función estética, sino q u e
vivía en la conciencia de lo trascendente. La belleza c o m o p a r t e
de la majestad d e Dios impulsaba a la contemplación mística,
liberaba al h o m b r e de sus condicionamientos y le acercaba m á s
a la v e r d a d e r a realidad d e la existencia divina: «La belleza, se
n
encuentre d o n d e se e n c u e n t r e , es p a r t e de la v e r d a d » .
Los comienzos d e este n u e v o estilo ya se a n u n c i a r o n eh la
época de Anastasio. Característico del arte b i z a n t i n o , q u e a pesar
de su clasicismo i n t e n t a b a apartarse d e la A n t i g ü e d a d , es el
hecho d e q u e el relieve ceda cada vez más t e r r e n o a la p i n t u r a
bidimensional. E n las ilustraciones d e libros, iconos, frescos y
mosaicos la p i n t u r a resulta la expresión más típica de la época.
Ello está relacionado con la valoración teológica de la imagen,
distinta en la cristiandad oriental y occidental, de la q u e deriva
un aspecto f u n d a m e n t a l del arte b i z a n t i n o . Los iconos primitivos
que sobrevivieron en regiones alejadas de la d i s p u t a iconoclasta
eran en su mayoría sencillas representaciones de santos, p e r o ,
en su p r i m i t i v i s m o , e x t r a o r d i n a r i a m e n t e expresivas. J u n t o a ellas
existen t a m b i é n obras tales como la imagen de P e d r o del mo-
nasterio del Sinaí, r e t r a t o naturalista d e tradición t a r d o r r o m a n a .
De forma similar se entremezclaron en las ilustraciones de libros
de la época tradiciones helenísticas y orientales. E l código pur-
púreo de R o s a n o , con su perspectiva «vertical» y los expresivos
gestos de sus figuras, anuncia ya el estilo y la iconografía de los
códigos miniados medievales. Los m o n u m e n t o s más i m p o r t a n t e s
del arte figurativo justinianeo son los grandes mosaicos m u r a l e s
de las iglesias. E n oposición a sus sobrias fachadas, el brillo
dorado de sus figuras de santos y e m p e r a d o r e s , j u n t o con el
esplendor de las incrustaciones en m á r m o l , d a b a n al interior
de la iglesia u n cierto carácter de s u n t u o s i d a d e x t r a t e r r e n a . El
arte del mosaico floreció t a m b i é n en otros centros, independien-
temente de R á v e n a o Salónica, e s t r e c h a m e n t e unidos a la capi-
tal; el «estilo imperial» produjo, incluso en provincias aparta-
das, o b r a s d e u n a calidad extraordinaria, c o m o por ejemplo la
iglesia d e la Roca de Jerusalén o la G r a n M e z q u i t a de D a m a s c o .

La a r q u i t e c t u r a a p o r t ó las más grandes creaciones de la época.


I'n t o d o el I m p e r i o surgieron n u m e r o s a s y a veces originales
construcciones profanas: acueductos, cisternas, p u e n t e s , b a ñ o s ,
villas, palacios y gran variedad de fortificaciones. I n n u m e r a b l e s
m o n u m e n t o s en las regiones griegas y orientales del I m p e r i o ,
a m e n u d o ciudades enteras en ruinas, testimonian el afán de
construir y la capacidad financiera del siglo. P e r o la arquitectura
encontró su v e r d a d e r a función en la construcción de iglesias;
tanto en su planificación como en su realización se desarrolló
una s o r p r e n d e n t e imaginación. Se insistió en la forma tradicional

59
de la a r q u i t e c t u r a sacra cristiana, la basílica con columnas de
varias naves. P e r o el principal p r o b l e m a constructivo de la ar-
q u i t e c t u r a d e la época residía en la edificación central: la evo-
lución d e la c ú p u l a sobre u n rectángulo. A q u í se desarrollaron
las soluciones d e la época c o n s t a n t i n i a n a (como la iglesia del
Santo Sepulcro d e J e r u s a l é n , considerada en gran m e d i d a c o m o
m o d e l o en el O r i e n t e cristiano). F o r m a s constructivas típicas d e
la época fueron las iglesias cruciformes de cúpula o las cons-
trucciones octogonales, c o m o la iglesia de los Santos Sergio y
Baco en C o n s t a n t i n o p l a , d o n d e e n c u e n t r a su forma más per-
fecta la edificación central con cúpula, q u e , en oposición a la
basílica de orientación espacial, ofrece u n a mayor sensación
de recogimiento.
E n la capital se cultivaron con especial intensidad todas las
ramas del arte, a d e m á s d e la artesanía. El arte m e n o t con sus
tallas de marfil, sus joyas y sus • costosas telas d e s e m p e ñ ó un
papel i m p o r t a n t e ; sus p r o d u c t o s se difundieron a m p l i a m e n t e y
d i e r o n testimonio, d e s d e G i b r a l t a r hasta el Eufrates, del fabu-
loso lujo de la metrópoli y del esplendor de su corte. El arte
justinianeo lleva con razón este n o m b r e : también aquí la volun-
tad soberana del E m p e r a d o r constituyó una fuerza p r o m o t o r a .
C o m o todos los grandes e m p e r a d o r e s , J u s t i n i a n o tenía la necesidad
de representar su conciencia imperial, su p o d e r y su presti-
gio en construcciones m o n u m e n t a l e s . N o se debía a la casua-
lidad q u e para él fuera la iglesia y no el palacio la forma
expresiva de la soberanía. E n San Vital de Rávena el r e t r a t o
del e m p e r a d o r se hallaba en el coro p o r necesidad interna: en
el cosmos cristiano, q u e refleja la a r q u i t e c t u r a eclesiástica, el so-
b e r a n o terrenal tenía su lugar al lado del rey d i v i n o del uni-
verso. La cima d e la a r q u i t e c t u r a eclesiástica justinianea fue
la iglesia de Santa Sofía en C o n s t a n t i n o p l a , construida en los
años 532-537 p o r A n t e m i o . Este edificio rectangular, e s t r u c t u r a d o
p o r arcadas de columnas d e dos pisos y cubierto por una gigan-
tesca cúpula central, flanqueada al este y al oeste por dos
medias cúpulas, combina d e forma genial los dos tipos más
i m p o r t a n t e s de la a r q u i t e c t u r a sacra cristiana: la basílica d e
columnas y de cubierta plana y el edificio central a b o v e d a d o .
D e b i ó ser i m p r e s i o n a n t e el aspecto primitivo de su interior, con
la cancela del coro y el a m b ó n de plata forjada, el altar de o r o
y piedras preciosas, las p u e r t a s plateadas, los cortinajes p ú r p u r a ,
las incrustaciones de mármol y los mosaicos murales. P a r a Jus-
tiniano esta gran obra d e la a r q u i t e c t u r a bizantina testimoniaba
su posición e x t r a o r d i n a r i a e n t r e los soberanos del m u n d o : Santa
Sofía era u n símbolo majestuoso d e los triunfos del represen-
tante de Cristo en la tierra. V e i n t e años de guerras h a b í a n con-

60
vertido en realidad la v o l u n t a d soberana del E m p e r a d o r . Las
regiones más i m p o r t a n t e s de la zona occidental del I m p e r i o ha-
bían sido reconquistadas, a excepción de la Galia, y el reino
ile los vándalos y ostrogodos había desaparecido de la escena
liistórica. El M e d i t e r r á n e o era u n mar bizantino.

VIL La «Renovado lmperii»: ideología y realidad

El p u n t o de partida de la política expansiva de J u s t i n i a n o


lúe la nueva situación en el M e d i t e r r á n e o y en las fronteras del
Imperio desde la perspectiva de la diplomacia y la política
militar bizantinas hacia el a ñ o 530. C o n s t a n t i n o p l a creía con
razón q u e el sistema de los estados germanos establecidos en el
antiguo suelo imperial era poco estable. T a n t o los reinos germa-
nos orientales c o m o el reino merovingio estaban sacudidos por
conflictos políticos i n t e r n o s , y por otra parte —gracias a u n a
activa diplomacia b i z a n t i n a — eran incapaces de formar u n frente
común. Esta escasa coordinación en la defensa hizo q u e Justi-
niano pudiera d e s m e m b r a r , p a r t i e n d o de u n a posición militar
superior, el m u n d o g e r m a n o oriental con acciones aisladas.
P e r o el m u n d o político q u e circundaba a Bizancio no se com-
ponía ú n i c a m e n t e de los reinos germanos de O c c i d e n t e . La ame-
naza latente para lo frontera oriental del reino de los Sasánidas,
cuyos coraceros constituían u n t e m i d o i n s t r u m e n t o d e g u e r r a , se
había agudizado precisamente a comienzos del g o b i e r n o de Jus-
liniano, tras largos decenios de cierta calma. El reinado d e Cos-
mes I (531-579) condujo al I m p e r i o sasánida, tras u n a serie
de profundas reformas, a la cima d e su poder y su significación
cultural. R e a l m e n t e en u n principio el frente persa cambió
poco; las luchas fronterizas iniciadas en el a ñ o 527 terminaron
en el a ñ o 532 con un t r a t a d o d e paz « e t e r n a » . E s t o era nece-
sario, pues las tropas no p o d r í a n c u b r i r m i l i t a r m e n t e la frontera
septentrional y oriental al mismo t i e m p o que se lanzaban a una
ofensiva en O c c i d e n t e . T u v o que intervenir el acreditado y
c o n t i n u a m e n t e perfeccionado i n s t r u m e n t o de la diplomacia bi-
zantina. Apoyada en u n conocimiento exacto de las reacciones
políticas y militares, a d q u i r i d o a lo largo de u n e n f r e n t a m i e n t o
regular, esta diplomacia aplicaba sus m é t o d o s con osadía: con-
tactos y acuerdos diplomáticos, espionaje y p r o p a g a n d a religiosa,
sanciones económicas y u n refinado sistema de s o b o r n o s , pago
de t r i b u t o s y subsidios ( q u e n a t u r a l m e n t e exigía sumas consi-
derables y a m e n u d o d e s p e r t a b a n u e v a s d e m a n d a s en lugar d e
satisfacer las ya existentes). E n los p u n t o s críticos de la frontera
entre las dos grandes potencias existían verdaderos estados in-

61
t e r m e d i o s , c o m o era el caso d e A r m e n i a o el p r i n c i p a d o árabe
d e los gasánidas o gasaníes, en el d e s i e r t o sirio. T r a s esta zona
se e n c o n t r a b a la frontera defensiva q u e se extendía desde Cri-
m e a p a s a n d o p o r las fronteras de Lazistán y A r m e n i a , el curso
superior del Tigris y del Eufrates hasta la zona q u e precede a
Palmira y Petra.
E l tradicional p r o b l e m a de los dos frentes del I m p e r i o ame-
nazaba con convertirse en u n p r o b l e m a trifrontal. Las primeras
incursiones d e los eslavos y los búlgaros en los Balcanes n o
p e r m i t í a conocer a ú n con claridad la futura importancia de este
tercer frente. E n u n p r i n c i p i o la situación parecía lo b a s t a n t e
estable p a r a p o d e r iniciar la ofensiva en O c c i d e n t e , p r e p a r a d a
tras el r e a r m a m e n t o del ejército y gracias a las reservas finan-
cieras. La estrategia anfibia d e los generales Belisario y N a r s e s ,
q u e p u e d e considerarse como la cima de la técnica bélica de la
época, condujo a i m p o r t a n t e s éxitos. C o n u n cuerpo expedicio-
n a r i o de sólo 18.000 h o m b r e s , Belisario aniquiló en los años 533
y 534 a los vándalos en África. Sin e m b a r g o , Bizancio n u n c a
t u v o motivos p a r a alegrarse d e la r e c o n q u i s t a d e este territorio,
q u e en riqueza y p r o d u c c i ó n casi podría compararse a las grandes
provincias orientales. Se desarrolló u n a complicada guerra de
guerrillas con las t r i b u s b e r e b e r e s , q u e hasta la conquista árabe
obligó a Bizancio a desgastar c o n t i n u a m e n t e sus fuerzas militares
en las fronteras del desierto africano.
La c a m p a ñ a italiana contra el reino ostrogodo se inició en
el m e s de julio del año 5 3 5 . E s t a campaña exigió operaciones
más i m p o r t a n t e s y más p r o l o n g a d a s , y p r o v o c ó ciertos reveses,
e n t r e otras razones p o r q u e desde el a ñ o 540 u n a nueva ofensiva
sasánida retenía en el frente oriental a u n a p a r t e de las tropas
b i z a n t i n a s . E n el a ñ o 563 fueron aniquiladas las últimas guarni-
ciones godas en el n o r t e de Italia. E s t a región imperial recon-
q u i s t a d a a d q u i r i ó u n a a d m i n i s t r a c i ó n d e corte b i z a n t i n o , a cuyo
frente se hallaba u n g o b e r n a d o r (palricius) con poderes civiles
y militares. La tercera acción militar, el ataque a España, coin-
cidió con la fase final d e la guerra d e Italia. C o m o e n ' Á f r i c a ,
t a m b i é n a q u í u n p e q u e ñ o ejército de d e s e m b a r c o o b t u v o ful-
g u r a n t e s éxitos. Si b i e n es cierto q u e n o se consiguió conquistar
p o r c o m p l e t o el reino visigodo, se i n c o r p o r a r o n las principales
fortificaciones y ciudades p o r t u a r i a s de la región sudoccidental
al I m p e r i o b i z a n t i n o . E l control d e la p a r t e occidental del m a r
M e d i t e r r á n e o , así c o n s e g u i d o , fue s u m a m e n t e i m p o r t a n t e desde
el p u n t o d e vista estratégico y político-comercial.
Los c o n t e m p o r á n e o s d e O r i e n t e y O c c i d e n t e estaban impre-
sionados. El objetivo d e J u s t i n i a n o de la recuperado impertí
parecía h a b e r s e conseguido en u n a m e d i d a asombrosa: la sobe-

62
ranía del único I m p e r i o r o m a n o y d e la única Iglesia cristiana
como realización del encargo de D i o s en la tierra. Incluso los
enemigos políticos se hallaban sometidos a la influencia del Im-
perio: la forma de d o m i n i o , la sociedad y el arte de Bizancio
sirvieron de ejemplo al r e i n o español de los visigodos, y a ú n
más al I m p e r i o sasánida. El brillo del éxito ocultó hasta los
últimos años del r e i n a d o d e J u s t i n i a n o la discrepancia existente
entre la realidad y el ideal. E l reverso y las consecuencias d e
su política se manifestaron l e n t a m e n t e en el reinado d e sus
sucesores. La recuperación de O c c i d e n t e acarreó gravísimas con-
secuencias para la evolución histórica del m u n d o m e d i t e r r á n e o
v del p r o p i o Bizancio. Con la destrucción del reino ostrogodo
se eliminaba t a m b i é n la última barrera capaz d e ofrecer una re-
sistencia contra la incursión de los longobardos en la Italia
septentrional. El incesante d o m i n i o bizantino en Italia central
influyó en la evolución del p a p a d o r o m a n o . P e r o , ante t o d o ,
la expansión del I m p e r i o m o t i v ó la división del m u n d o medi-
terráneo en u n área cultural s e p t e n t r i o n a l y otra meridional,
que p e r p e t u a r í a d u r a n t e siglos el califato, y q u e asumió en el
norte d e África y en E s p a ñ a la herencia bizantina.
En el frente persa, Bizancio se vio obligado a a d o p t a r política
y m i l i t a r m e n t e u n a actitud defensiva: p u d i e r o n mantenerse la
paz y el statu quo a cambio de elevados t r i b u t o s q u e gravaron
d u r a m e n t e el p r e s u p u e s t o estatal y m i n a r o n el prestigio político
de Bizancio. R e a l m e n t e , las fuerzas militares ya no eran sufi-
cientes para el tercer frente de guerra, los Balcanes. D e s d e u n
principio J u s t i n i a n o había desarrollado u n a política defensiva.
Pero el costoso sistema d e u n a defensa escalonada de las fron-
teras con cientos de nuevas fortificaciones se m o s t r ó ineficaz
ante la avalancha eslava, p u e s apenas existían ya las fuerzas
móviles q u e en u n p r i n c i p i o deberían operar a partir de estas
fortificaciones. Las incursiones d e los eslavos, h u n o s y búlgaros
en los Balcanes no cesaron desde los tiempos d e Anastasio:
a m e n u d o se e n c o n t r a b a n en peligro Salónica, C o r i n t o e incluso
la propia C o n s t a n t i n o p l a . Se t r a t a b a de m o v i m i e n t o s que pre-
paraban el a s e n t a m i e n t o eslavo y la formación del estado búl-
garo; p e r o estas incursiones anónimas y aisladas de las tribus
hicieron q u e los afectados sólo se dieran cuenta t i e m p o después
de q u e en la E u r o p a s u d o r i e n t a l se estaba f o r m a n d o u n a peli-
grosa zona d e d e p r e s i ó n política. La política exterior de Justi-
niano, d e t e r m i n a d a p o r su propia ideología, n o le p e r m i t i ó
reconocer q u e los peligros del f u t u r o residían en el enfrenta-
miento con los Sasánidas en O r i e n t e y con las fuerzas eslavo-
búlgaras en los Balcanes. C o n su política defensiva en el área

63
2. Los territorios
occidentales
recuperados por
Justiniano.
ile los Balcanes, J u s t i n i a n o perdió para siempre la ocasión d e
solucionar d e raíz este p r o b l e m a vital p a r a Bizancio.
Pero esta orientación errónea y las graves faltas cometidas
en política exterior no c o n s t i t u y e r o n la única herencia peligrosa.
La desatinada reforma y la sobrecarga financiera h a b í a n afectado
gravemene al a p a r a t o político y a d m i n i s t r a t i v o . D u r a n t e el go-
bierno de J u s t i n i a n o y su sucesor directo el a p a r a t o estatal siguió
funcionando d e forma r e l a t i v a m e n t e satisfactoria, p e r o n o se
había conseguido una reforma q u e fuera más allá del afianza-
miento del absolutismo como sistema político. El conflicto re-
ligioso persistía s o l a p a d a m e n t e , p a r a salir d e n u e v o a la luz
con cualquier p r e t e x t o . Las g u e r r a s , los costos de las campañas
de O c c i d e n t e y la e n o r m e actividad constructiva habían agotado
personal y financieramente al I m p e r i o . E s t o exigió d e m a n d a s
impositivas más elevadas, q u e hicieron fracasar los i n t e n t o s d e
reforma socio-política y provocaron u n a opresión fiscal. Al final
del reinado de J u s t i n i a n o se hizo sentir u n a n u e v a crisis finan-
ciera y u n a creciente insatisfacción política d e los s u b d i t o s , sobre
cuya explotación y opresión se basaba el e s p l e n d o r del reno-
vado I m p e r i o .
Este proceso estaba b a s a d o sólo en parte e n el h e c h o de q u e
el anciano E m p e r a d o r se interesaba cada vez más p o r los pro-
blemas teológicos y perdía el control de la política y la admi-
nistración. T a m p o c o fue la primacía de la política exterior lo
que frenó los i n t e n t o s reformistas del E s t a d o y la sociedad,
fistos morían en u n m a r de fuerzas opuestas e incompatibles,
precisamente p o r q u e J u s t i n i a n o e n t e n d í a t a m b i é n la renovatio
impertí interior c o m o u n a conservación d e lo ya existente, es
decir, del absolutismo cristiano centralista y dirigista. «Resta-
1 4
blecer lo a n t i g u o en el E s t a d o con u n mayor e s p l e n d o r » : a n t e
la situación d e Bizancio a m e d i a d o s del siglo v i y su ideal futuro,
esta frase ya n o era u n a idea política viva, sino u n a ideología
q u e despreciaba la realidad. E l h e c h o d e q u e el E m p e r a d o r se
decidiera p o r soluciones nuevas en ocasiones para las q u e n o
existían soluciones tradicionales, se debía a u n a reacción prag-
mática. El h u b i e s e c o n c e b i d o la exigencia p r o g r a m a d a d e u n
cambio c o m o u n error. P r o f u n d a m e n t e convencido, c o m o todos
los bizantinos, d e estar en posesión de todas las v e r d a d e s últi-
mas, t a n t o en política c o m o en religión, n o buscaba la renova-
ción del o r d e n antiguo p o r t e r r o r reaccionario al c a m b i o , sino
p o r q u e creía q u e en el p a s a d o se habían concebido las mejores
soluciones para la qonvivencia social d e los h o m b r e s en armonía
con la v o l u n t a d divina. J u s t i n i a n o no logró superar el p r o b l e m a
de a u n a r la tradición con el c a m b i o ; el peso del p a s a d o era
demasiado g r a n d e . E n estos m o m e n t o s , d e p r o f u n d a transfor-

65
m a r i ó n del m u n d o m e d i t e r r á n e o , estaba incapacitado para com-
p r e n d e r q u e esta época r e q u e r í a el cambio y la innovación.
P o r ello, d e s d e el p u n t o de vista social y político interior,
la época d e J u s t i n i a n o r e p r e s e n t a tan sólo u n a fase de transi-
ción e n t r e dos soluciones claras y categóricas: el sistema abso-
lutista del siglo IV y el n u e v o o r d e n del E s t a d o bizantino con
las reformas del siglo v i l . Si la fuerza de atracción de la tra-
dición política r o m a n a i m p e d í a a J u s t i n i a n o ver con claridad
los p r o b l e m a s p r i m o r d i a l e s del E s t a d o y de la sociedad y tomar
las decisiones p e r t i n e n t e s , su error, sin e m b a r g o , no estuvo e x e n t o
de grandeza. La codificación jurídica y el arte siguieron vigentes
d u r a n t e m u c h o s siglos t a m b i é n en O c c i d e n t e ; la neorromaniza-
ción d e t u v o el proceso de orientalización de Bizancio, hasta el
m o m e n t o en q u e con la irrupción árabe se separaron las provin-
cias orientales, c r e a n d o con ello u n a base i m p o r t a n t e para el
papel histórico d e Bizancio, m e d i a d o r e n t r e O r i e n t e y Occi-
d e n t e . P e r o , visto en su c o n j u n t o , el fantasma de u n a reno-
vación del I m p e r i o r o m a n o universal s u p e r ó las fuerzas de Bi-
zancio, y ya, a finales del siglo, este p r i m e r E s t a d o bizantino su-
c u m b i ó a la a n a r q u í a .

VIII. La desintegración del sistema justinianeo

Los sucesores de J u s t i n i a n o t u v i e r o n q u e cargar con las gra-


ves consecuencias de su política; la desintegración del p o d e r í o
del I m p e r i o b i z a n t i n o d u r ó tan sólo treinta y siete años. Jus-
tino I I (565-578), el general tracio T i b e r i o I (578-582) y su
sucesor M a u r i c i o (582-602) eran políticos y militares enérgicos
y capacitados. P e r o al final n o p u d i e r o n impedir la crisis del
e s t a d o , con el h u n d i m i e n t o del sistema defensivo de los Bal-
canes y d e la frontera oriental.
T r e s hechos — j u n t o con la situación financiera y económi-
ca— debilitaron, en las postrimerías del siglo V I , el I m p e r i o
b i z a n t i n o . D u r a n t e el gobierno de los sucesores de J u s t i n i a n o ,
d e c i d i d a m e n t e o r t o d o x o s , se agudizó el conflicto con los mono-
fisitas. E l p o d e r central estaba a m e n a z a d o , por una p a r t e , p o r
las tendencias a u t ó n o m a s de la nobleza t e r r a t e n i e n t e ( q u e si-
guieron la misma evolución q u e en O c c i d e n t e ) y, p o r otra, p o r
los p a r t i d o s circenses, q u e escapaban progresivamente al control
del g o b i e r n o . E n el ejército se debilitó la disciplina y q u e d ó a
la vista el talón d e Aquiles d e t o d o ejército mercenario: la
disminución de la fuerza combativa, c u a n d o n o la declaración
de m o t i n e s abiertos, con m o t i v o de los retrasos en la soldada.
E n la desintegración del sistema justinianeo sólo p u e d e n detec-

66
tarse en u n p u n t o los p r e s u p u e s t o s de u n n u e v o o r d e n : en la
reorganización de las regiones imperiales de O c c i d e n t e , d o n d e
se crearon los exarcados de Rávena y Cartago. E n estas unidades
administrativas M a u r i c i o r e u n i ó el p o d e r civil y el m a n d o mi-
litar en m a n o s de los g o b e r n a d o r e s , que poseían plenos poderes
como u n virrey. Esta solución sirvió de m o d e l o para la organi-
zación d e los themas, c o n s t i t u y e n d o d e esta forma u n a etapa
decisiva en el desarrollo del estado bizantino medieval. A partir
del exarcado de Cartago se inició r e a l m e n t e a principios del si-
glo v i l la renovación del I m p e r i o .
D a d a la situación política exterior existente se llegó a la con-
clusión de q u e los intereses vitales de Bizancio estaban en la
frontera n o r d e s t e y oriental del I m p e r i o . P e r o las consecuencias
de la política occidental d e J u s t i n i a n o fueron poco d u r a d e r a s .
Casi todas las c o n q u i s t a s se p e r d i e r o n d e nuevo en el trans-
curso de u n a generación. Italia fue o c u p a d a en el año 568 por
los longobardos, a excepción de R o m a , R á v e n a y la p a r t e meri-
dional de la península. E n gran p a r t e se a b a n d o n a r o n las re-
giones españolas antes del año 584 y en el a ñ o 629 se dieron
definitivamente p o r p e r d i d a s . Allí d o n d e a ú n q u e d a b a n tropas
bizantinas, éstas se e n c o n t r a b a n e n v u e l t a s , c o m o en el caso de
África, en agotadores c o m b a t e s . El v e r d a d e r o peligro estaba en
que Bizancio se creía c o n t i n u a m e n t e r o d e a d o p o r dos frentes
de lucha. A finales del siglo VI el frente oriental se hallaba casi
siempre amenazado. Tras veinte años de d u r o s enfrentamientos
militares se llegó en el año 591 a u n t r a t a d o de paz relativa-
m e n t e favorable para Bizancio. E s t a estabilización en la frontera
persa parecía ofrecer incluso la posibilidad d e d e t e n e r con
éxito la avalancha eslava que se acercaba desde el n o r d e s t e .
Desde los años setenta no se hallaba segura n i n g u n a región
de los Balcanes, con excepción de las grandes ciudades forti-
ficadas como Salónica. A veces la situación se volvió incom-
prensible, incluso para los e x p e r i m e n t a d o s diplomáticos y mili-
tares bizantinos. J u n t o a eslavos y búlgaros apareció una tercera
fuerza p r o c e d e n t e de las al parecer inagotables reservas d e las
estepas del interior de Asia: los avaros, q u e supieron coordinar
la energía de las tribus nómadas en su lucha contra Bizancio.

P e r o aún t u v o más importancia el hecho de q u e en la década


de los o c h e n t a se iniciara, en lugar de los robos y saqueos efec-
tuados hasta ese m o m e n t o , el a s e n t a m i e n t o de los eslavos. La
población imperial latina y helénica se vio empujada hacia la
franja costera del Adriático y del E g e o ; en el siglo v i l Mace-
donia ya llevaba el n o m b r e de «Esclavinia» d e b i d o a su densa
población eslava. E s t e gran m o v i m i e n t o d e p u e b l o s , que ya n o
podía ser s u p e r a d o ni militar ni d i p l o m á t i c a m e n t e , constituyó

67
el a c o n t e c i m i e n t o político exterior más i m p o r t a n t e del siglo vil
para Bizancio, p u e s , c o m o aconteció también con la conquista
g e r m a n a de O c c i d e n t e , la ocupación eslava de los Balcanes
provocó finalmente la creación de estados i n d e p e n d i e n t e s sobre
suelo del I m p e r i o b i z a n t i n o . Ciertas campañas bien planeadas
del e m p e r a d o r Mauricio en los Balcanes hicieron recobrar las
esperanzas en los años 591-92 d e q u e las cosas tomarían u n
cariz diferente. P e r o fueron precisamente éstas las q u e , tras
ciertos éxitos iniciales, c o n d u j e r o n a u n a n u e v a crisis. U n mo-
tín del ejército y u n l e v a n t a m i e n t o en C o n s t a n t i n o p l a convir-
tieron al general Focas (602-610) en e m p e r a d o r . Su régimen de
terror en la capital y las contiendas d e las provincias, similares
a u n a guerra civil, provocaron u n a catástrofe en su política
exterior. El sistema defensivo d e los Balcanes se h u n d i ó defini-
t i v a m e n t e , y u n a n u e v a ofensiva sasánida p e n e t r ó en Asia M e n o r ,
llegando hasta Calcedonia.
Los años d e a n a r q u í a bajo el r e i n a d o de Focas d e m o s t r a r o n
hasta q u é p u n t o la política de J u s t i n i a n o tenía u n a base frágil.
La crisis en la q u e s u c u m b i ó el e s t a d o bizantino t e m p r a n o
fue su consecuencia; con ella desaparecía la tradición tardorro-
mana. L o q u e v i n o d e s p u é s , pese a q u e se i n t e n t ó construir sobre
el pasado, fue el E s t a d o b i z a n t i n o m e d i e v a l ; algo nuevo si la
realidad política se sitúa p o r encima d e las concepciones tradi-
cionales d e d e r e c h o público. E n aquellos años, los c o n t e m p o -
ráneos no estaban en m o d o alguno convencidos de q u e p u d i e r a
existir u n f u t u r o , tras la catástrofe q u e se avecinaba. La salva-
ción del I m p e r i o fue la última e m p r e s a de O c c i d e n t e , q u e es-
taba sustrayéndose a la influencia de Bizancio. E n octubre del
a ñ o 610 legó a C o n s t a n t i n o p l a la flota del exarca de Cartago.
Su hijo H e r a c l i o d e r r o c ó a Focas y o c u p ó el t r o n o . Su reinado
i n a u g u r ó u n a n u e v a era, u n n u e v o capítulo de la historia bi-
zantina, lleno d e éxitos s o r p r e n d e n t e s y peripecias fulgurantes.

IX. El siglo de la crisis: Bizancio y la expansión del Islam

El a c o n t e c i m i e n t o histórico decisivo del siglo v n fue el na-


c i m i e n t o del I s l a m y la configuración del califato árabe c o m o
gran potencia. La p a r t e oriental del m u n d o m e d i t e r r á n e o co-
mienza ahora a librarse de las formas de vida del p e r í o d o tar-
d o r r o m a n o y p r o t o b i z a n t i n o . El renacimiento de los Sasánidas
y el m o v i m i e n t o monofisita ya h a b í a n a n u n c i a d o el robusteci-
m i e n t o de O r i e n t e . P e r o fue el Islam el q u e se convirtió e n
la fuerza d e t e r m i n a n t e de u n a transformación general en esta

68
región histórica. La expansión árabe-islámica r o m p i ó definitiva-
m e n t e la u n i d a d cultural y política del m u n d o m e d i t e r r á n e o ,
conservada d u r a n t e t a n t o t i e m p o ; p a r t i e n d o d e las ruinas de
la cultura grecorromana creó u n a n u e v a sociedad i n d e p e n d i e n t e ,
en igualdad de derechos con Bizancio y la c o m u n i d a d de pueblos
germano-latinos. La historia del I m p e r i o b i z a n t i n o , así como la
de la E u r o p a medieval, resulta inconcebible sin el desafío polí-
tico del Califato y sin el i n t e r c a m b i o espiritual con la cultura
islámica.
A los c o n t e m p o r á n e o s les resultaba difícil c o m p r e n d e r esta
profunda transformación de la situación política y, a largo plazo,
también económica y espiritual q u e r o m p í a el marco del antiguo
m u n d o . La avalancha d e los eslavos y la irrupción de O r i e n t e
crearon u n a n u e v a constelación política. Bizancio p e r d i ó a favor
del califato sus provincias orientales y África, y a favor d e los
pueblos eslavos gran p a r t e de los Balcanes. La zona de d o m i n i o
italiana se vio p r o f u n d a m e n t e restringida p o r los l o n g o b a r d o s ;
Bizancio t u v o q u e a d o p t a r en el m a r E g e o u n a política defen-
siva. E l cerco q u e los árabes p u s i e r o n al m a r M e d i t e r r á n e o
acabó con el m o n o p o l i o ejercido por Bizancio en el comercio
exterior y d i s m i n u y ó c o n s i d e r a b l e m e n t e su recién alcanzada in-
fluencia sobre O c c i d e n t e . E l I m p e r i o b i z a n t i n o nunca r e c u p e r ó
su posición d e única g r a n potencia en el M e d i t e r r á n e o . N o obs-
tante, a u n q u e a costa d e considerables p é r d i d a s territoriales y,
a m e n u d o , de u n e m p o b r e c i m i e n t o cultural, logró afirmarse
e n t r e los n u e v o s grupos d e p o d e r y siguió siendo, d u r a n t e otros
700 años m á s , u n e l e m e n t o esencial en la historia del P r ó x i m o
Oriente.
La e x t r a o r d i n a r i a capacidad d e resistencia de Bizancio con-
virtió este desafío en u n heroico proceso d e a d a p t a c i ó n ; la
lucha p o r la existencia provocó profundas transformaciones en
el o r d e n político y en la e s t r u c t u r a social. E l I m p e r i o a d q u i r i ó
un n u e v o r o b u s t e c i m i e n t o gracias a u n a forma a m p l i a m e n t e des-
ligada de las tradiciones t a r d o r r o m a n a s . E l estado burocrático,
q u e ya n o se m o s t r a b a a la altura de las nuevas condiciones
de a u t o d e t e r m i n a c i ó n exterior, se convirtió en u n estado militar
respaldado política y financieramente p o r u n c a m p e s i n a d o libre.
Con la p é r d i d a d e las provincias monofisitas concluyó el con-
flicto religioso; la u n i d a d confesional e n la ortodoxia se con-
virtió en u n e l e m e n t o decisivo p a r a la u n i d a d y estabilidad del
E s t a d o . E n el aspecto espiritual Bizancio se transformó defini-
tivamente en u n estado d e c i d i d a m e n t e griego p o r su lengua y
cultura. Así, bajo la apariencia d e u n e m p o b r e c i m i e n t o exterior,
la transformación del siglo v n p r o v o c ó en realidad u n a regene-

69
ración q u e , p o r p r i m e r a vez, ponía claramente de manifiesto
la tenaz fuerza vital d e Bizancio. E s t a nueva forma de vida
no sólo aseguró la supervivencia del I m p e r i o , sino también su
posterior recuperación, q u e le convertiría en la primera potencia
económica y militar del M e d i t e r r á n e o oriental.
A comienzos del siglo v i l la situación parecía desesperada.
E n Siria, E g i p t o y Asia M e n o r , los Sasánidas se a d e n t r a b a n cada
vez más en territorio b i z a n t i n o ; la avalancha eslava avanzaba
c o n s t a n t e m e n t e hacia el sur, empujada d e s d e los Balcanes por
la presión ejercida p o r el r e i n o avaro en la cuenca del Tisza.
Las finanzas se h a b í a n agotado, la disciplina militar se había
relajado, persistían el conflicto monofisita y la oposición política
interior. Los Sasánidas avanzaron a ú n más y los avaros llegaron
hasta las murallas d e C o n s t a n t i n o p l a . T a n sólo la capital per-
maneció como c e n t r o de resistencia y renovación.
E n el m o m e n t o c u l m i n a n t e d e la crisis, en el a ñ o 618, c u a n d o
la disolución del I m p e r i o parecía a s u n t o de meses, sucedió un
cambio i n e s p e r a d o . E n el a ñ o 622 se iniciaba la contraofensiva
bizantina, dirigida p e r s o n a l m e n t e p o r el e m p e r a d o r Heraclio
(610-641), respaldada p o r u n t r a t a d o de paz con los avaros y
apoyada p o r el e n t u s i a s m o religioso en C o n s t a n t i n o p l a , compa-
rable al d e s p e r t a d o p o r las C r u z a d a s . U t i l i z a n d o una audaz y
peligrosa estrategia ofensiva, trasladó su base de operaciones a
la zona m o n t a ñ o s a de A r m e n i a y del Cáucaso, difícil d e atra-
vesar. Su objetivo consistía en atacar el c e n t r o del poder persa,
en lugar d e i n t e n t a r r e c o n q u i s t a r sistemáticamente las provincias
p e r d i d a s . El E m p e r a d o r a g u a r d a b a impasible en O r i e n t e u n nue-
vo asedio de C o n s t a n t i n o p l a en el a ñ o 626 (el h i m n o Akathistos,
q u e se sigue c a n t a n d o en P a s c u a en las iglesias ortodoxas, nació
a raíz d e la salvación d e la c i u d a d p o r la flota). Más tarde,
en el a ñ o 627, t u v o lugar la i r r u p c i ó n en el valle del Tigris,
decisiva p a r a el curso de la g u e r r a , y la d e r r o t a definitiva del
ejército sasánida. E n el t r a t a d o d e paz, Bizancio n o sólo recu-
peraba sus antiguas provincias, sino q u e a éstas se s u m a b a n nue-
vos territorios en A r m e n i a . E l peligro q u e provenía de los
Balcanes parecía h a b e r t e r m i n a d o t a m b i é n .
E l sitio de la capital h a b í a q u e b r a n t a d o la fuerza militar d e
los avaros; las inmigraciones de servios y croatas y el naci-
m i e n t o del p r i m e r r e i n o b ú l g a r o d e b i l i t a r o n a ú n más su po-
sición. P o r otra p a r t e , los servios y los croatas llegaron a reco-
nocer la superioridad bizantina. P e r o a ú n n o podía hablarse
de u n a v e r d a d e r a recuperación de la soberanía bizantina en la
zona de los Balcanes; t o d o q u e d ó r e d u c i d o a las a c o s t u m b r a d a s
medidas d e urgencia. N a d i e en Bizancio p o d í a prever en aquellos

70
momentos q u e el I m p e r i o se vería e n f r e n t a d o 150 años más
tarde con los búlgaros en su lucha por la existencia y q u e
la formación de estados servio-croatas haría fracasar definitiva-
mente el i n t e n t o de soberanía bizantina en los Balcanes.
El « p r o b l e m a oriental» parecía definitivamente resuelto. La
frontera más peligrosa del I m p e r i o estaba asegurada; la lucha
secular con los Sasánidas p o r la h e g e m o n í a parecía estar decidida
a favor d e C o n s t a n t i n o p l a . D e n u e v o q u e d a b a asegurada la so-
beranía del m u n d o griego y del cristianismo en E g i p t o , Siria
y M e s o p o t a m i a ; la flota imperial d o m i n a b a el m a r M e d i t e r r á n e o .
C u a n d o el patriarca b e n d i j o en Santa Sofía al E m p e r a d o r , q u e
regresaba triunfante en su calidad de defensor de la fe, con la
reconquistada reliquia d e la Santa C r u z , el prestigio d e Bizancio
era, t a n t o en O c c i d e n t e c o m o en O r i e n t e , mayor q u e nunca.
Y, sin embargo, el a ñ o 622 h a b í a sido u n m o m e n t o de doble
crisis: la contraofensiva bizantina comenzó en el a ñ o d e la
hégira. P e r o en el a ñ o 630, mientras Bizancio disfrutaba u n a
nueva cima de su poder, M a h o m a c o n q u i s t a b a La Meca. E n el
Islam — q u e en u n principio fue c o n s i d e r a d o c o m o u n n u e v o
movimiento cismático de la cristiandad o r i e n t a l — había nacido,
d u r a n t e los años d e guerra c o n t r a los Sasánidas y sin q u e la
estrategia bizantina se diera cuenta de ello, u n a nueva potencia
que, en pocos decenios, pasó de ser u n a c o m u n i d a d religiosa de
los a d e p t o s del profeta a ser la c o m u n i d a d religiosa y política
de los árabes y u n p o d e r h e g e m ó n i c o en expansión. El verda-
dero peligro, p u e s , n o h a b í a q u e buscarlo en O c c i d e n t e , cuya
transformación tras la b a r r e r a d e los Balcanes y del reino longo-
bardo no t u v o p o r el m o m e n t o consecuencias en el plano polí-
tico. P e r o la concentración militar y el a g o t a m i e n t o m o r t a l de
los adversarios, q u e c u l m i n ó con el dualismo e n t r e «Bizancio y
los persas, i m p i d i e r o n q u e ambos p u d i e r a n reconocer a tiempo
la transformación q u e a sus espaldas sufría el m u n d o .
El i m p e r i o á r a b e , nacido bajo los p r i m e r o s califas, d e s t r u y ó
el m u n d o político existente en el M e d i t e r r á n e o (cf. Historia
Universal Siglo XXI, vol. 9, p p . 263 ss.; vol. 14, p p . 13 ss.).
La expansión árabe seguía dos direcciones. P o r el n o r t e , e n t r e
633 y 6 5 1 , fue d e s t r o z a d o .el i m p e r i o sasánida, si bien la cultura
persa sobrevivió al proceso d e arabización para convertirse des-
pués del siglo v n i en u n factor d e t e r m i n a n t e d e la sociedad
islámica. La i r r u p c i ó n eslava en las provincias orientales bizan-
tinas t u v o u n éxito i n e s p e r a d o . La población monofisita se
mostró enemiga del I m p e r i o y el sistema defensivo militar re-
sultó poco eficaz. E n el a ñ o 640 q u e d a b a c o n q u i s t a d a Siria.
En el año 642 se a b a n d o n ó E g i p t o ; en el a ñ o 647 se perdieron

71
Tripolitania y Cirenaica. T a n sólo en la línea del T a u r o , en el
n o r t e de Siria, p u d o atajarse la incursión árabe. A la m u e r t e
de H e r a c l i o el estado había q u e d a d o r e d u c i d o a menos de u n
tercio d e su superficie; en el f o n d o , al I m p e r i o ú n i c a m e n t e le
q u e d a b a Asia M e n o r , Grecia, el hinterland e u r o p e o de Constan-
tinopla, c o n t i n u a m e n t e a m e n a z a d o p o r eslavos y avaros, y ciertas
regiones de Italia.
T a m b i é n bajo los sucesores d e H e r a c l i o — d e la primera di-
nastía bizantina, q u e p e r d u r ó d u r a n t e cinco g e n e r a c i o n e s — se
c o n s u m i e r o n las energías d e la sociedad p o r la carga que suponía
la lucha defensiva y la tarea de hacer funcionar el estado y
de a d a p t a r l o a las nuevas condiciones d e vida. La política exte-
rior d o m i n a b a la vida d e Bizancio. Y ésta seguía significando
el e n f r e n t a m i e n t o a r m a d o con la ola c o n q u i s t a d o r a del Islam
y los p u e b l o s q u e p e n e t r a b a n en la región d e los Balcanes.
Era d e vital i m p o r t a n c i a para el I m p e r i o q u e al menos cam-
biasen en estos decenios los p u n t o s d e g r a v e d a d de la lucha
defensiva. Es cierto q u e la g u e r r a fronteriza fue t a n t o p a r a
Bizancio c o m o para el I m p e r i o r o m a n o u n a s u n t o h a r t o habitual.
P e r o ésta c a m b i ó esencialmente de m a t i z : d e u n a lucha defen-
siva d e s t i n a d a al éxito y basada en el c o n o c i m i e n t o d e la supe-
rioridad de sus p r o p i a s fuerzas, se pasó en el siglo v i l a u n a
p u r a lucha p o r la existencia y, finalmente, a u n sistema de
fronteras militares con c a m p a ñ a s regulares en v e r a n o .
E n las fronteras del núcleo central de Asia M e n o r se d e t u v o
la p r i m e r a ola c o n q u i s t a d o r a á r a b e . Las luchas p o r la sucesión
en el califato, la oposición d e los bereberes en el n o r t e de
África y la g a r a n t í a q u e r e p r e s e n t a b a la flota bizantina, provo-
caron d u r a n t e el r e i n a d o d e C o n s t a n t e I I (641-668) u n a especie
de tregua. La fase crítica del e n f r e n t a m i e n t o con los árabes se
p r o d u j o al iniciarse, bajo el califa M u h a w i y a ( M u ' a w i y a ) I
(661-680), u n a segunda ola de expansión territorial. P u e s t o q u e
la línea del T a u r o parecía casi i n e x p u g n a b l e , la estrategia árabe
p l a n e ó u n a t a q u e directo p o r m a r c o n t r a el c e n t r o mismo del
p o d e r b i z a n t i n o . La construcción d e u n a flota y la conquista
de u n a serie de p u n t o s de apoyo en el m a r E g e o fueron las pri-
meras operaciones d e esta guerra m a r í t i m a , a las q u e siguieron
repetidos asedios a C o n s t a n t i n o p l a . E s t o s fracasaron en los años
668-669 y 674-678 d e b i d o , sobre t o d o , a q u e las fuerzas navales
bizantinas seguían siendo, en las p o s t r i m e r í a s del siglo, supe-
riores a la flota árabe ( t r i p u l a d a p o r monofisitas sirios). E n este
éxito t u v o u n a i m p o r t a n c i a decisiva el «fuego griego», líquido
explosivo d e s c u b i e r t o p o r el a r q u i t e c t o Calínico, q u e t a m b i é n
p r e n d í a en el agua y q u e era lanzado p o r primitivos lanzallamas.

72
Estos primeros graneles éxitos, tras casi cincuenta años de gue-
tra, resultaron d e t e r m i n a n t e s para la seguridad del núcleo cen-
tral b i z a n t i n o , si bien en el o t r o flanco de la e x p a n s i ó n árabe
no p u d o evitarse la p é r d i d a d e África.
La e x p a n s i ó n del califato proseguía. P o r O r i e n t e se llegó en el
año 715 hasta el J o r a s á n , y casi h a s t a la I n d i a . P o r O c c i d e n t e
se r e a n u d ó en el a ñ o 664 la ofensiva en África. E n el año 700
ya había desaparecido cualquier vestigio d e resistencia b i z a n t i n a ;
se organizó u n a r á p i d a islamización del n o r t e d e África. E n
el a ñ o 720 q u e d a b a n bajo la soberanía árabe E s p a ñ a y ciertas
regiones del sur de Francia, incluida N a r b o n a . Sin e m b a r g o , en
la frontera oriental bizantina no se p r o d u j e r o n cambios territo-
riales de consideración; p u d o m a n t e n e r s e la línea del T a u r o . P o c o
a poco surgió, en lugar de u n a serie de posiciones defensi-
vas permeables y poco seguras, u n a frontera defensiva conso-
lidada. E s t a aseguró d u r a n t e siglos las posiciones gracias a u n
sistema perfectamente e s t u d i a d o de defensa flexible, tal y c o m o
lo describen los m a n u a l e s bizantinos de táctica, así c o m o el
poema épico d e Digenis el Aorita.
D u r a n t e los últimos veinticinco años del siglo, la frontera
nordeste pasó de n u e v o a ocupar u n p r i m e r p l a n o . E n esta zona
se estaban p r o d u c i e n d o u n a serie d e acontecimientos r e a l m e n t e
trascendentales. La p e n e t r a c i ó n d e p u e b l o s n ó m a d a s creó u n
nuevo m a p a político y étnico en los Balcanes, d o n d e la sobera-
nía efectiva de Bizancio se limitaba a unas pocas fortificaciones
y a los éxitos alcanzados p o r las breves c a m p a ñ a s militares d e
verano. La creación del reino b ú l g a r o después del a ñ o 640, q u e
lodos los esfuerzos de C o n s t a n t i n o I V (668-685) no lograron
evitar, se convirtió en u n p u n t o clave en la historia de esta re-
gión. Se había creado con él el p r i m e r E s t a d o i n d e p e n d i e n t e en
el antiguo suelo del I m p e r i o ; c u a n d o el Islam p e r d i ó su fuerza
expansiva, este E s t a d o se convirtió en u n a amenaza m o r t a l para
bizancio. D u r a n t e u n cierto t i e m p o logró estabilizarse de n u e v o
la situación m e d i a n t e concesiones diplomáticas y financieras;
J u s t i n i a n o I I (685-695; 705-711) a u m e n t ó incluso la zona d e
dominio bizantina m e d i a n t e u n a ' g r a n ofensiva realizada en los
años 688-689. Al m i s m o t i e m p o , i n t e n t ó neutralizar el n u e v o ele-
mento étnico de los Balcanes d e p o r t a n d o m a s i v a m e n t e a Asia Me-
nor inmigrantes eslavos, para así utilizar sus indiscutibles a p t i t u d e s
militares en la defensa de las fronteras orientales. N a t u r a l m e n t e ,
la política d e los Balcanes siguió siendo, como en tiempos d e
J u s t i n i a n o I, u n sistema de m e d i d a s provisionales. La presión
incesante d e la e x p a n s i ó n árabe absorbía casi todas las fuerzas
del país.
X. Desafío y réplica: consolidación del Imperio
mediante reformas

Sólo las reformas políticas y sociales p e r m i t i e r o n q u e el Im­


perio b i z a n t i n o n o se resistiera a s u c u m b i r a pesar de la amenaza
de catástrofes exteriores y de la desintegración interior. U n a
reorganización d e las fuerzas a r m a d a s y de la administración
creó las bases d e la supervivencia en m e d i o del torbellino árabe.
E l n u e v o sistema i n t e n t a b a compensar la p é r d i d a de Siria, Pales­
tina y E g i p t o ; se partía d e la premisa d e q u e el I m p e r i o en
su totalidad se había c o n v e r t i d o en u n a provincia fronteriza,
s i e n d o Asia M e n o r su área de r e c l u t a m i e n t o más i m p o r t a n t e .
El sistema político n o r e n u n c i ó al absolutismo centralista, q u e
garantizaba la dirección efectiva de u n a e s t r u c t u r a estatal tan
compleja. P e r o al m i s m o t i e m p o este sistema p u s o de manifiesto
la capacidad bizantina para manejar con flexibilidad las fórmulas
administrativas y políticas y para desarrollarlas con éxito, a pesar
de su carácter f u n d a m e n t a l m e n t e conservador.
Pieza clave d e la política reformadora fue la reorganización de
la administración imperial, q u e t a m b i é n influyó sobre la estruc­
t u r a social: la constitución de los themas. Cada u n i d a d funda­
mental del ejército b i z a n t i n o , acuartelada en u n d e t e r m i n a d o
d i s t r i t o , se c o n v i r t i ó en u n thema, a las órdenes de u n estra­
tego. La reorganización administrativa r e u n i ó varias de las an­
tiguas provincias en distritos militares y administrativos, en los
que el estratego, s u b o r d i n a d o al e m p e r a d o r , recibía t o d o el p o d e r
ejecutivo; no sólo m a n d a b a sobre las t r o p a s estacionadas en su
thema, sino q u e t a m b i é n se o c u p a b a de la administración, la
justicia y la burocracia financiera de la provincia. El procónsul
del thema pasó desde u n principio a o c u p a r u n segundo plano
en su calidad d e simple jefe de la administración civil, y final­
m e n t e fue t o t a l m e n t e s u p r i m i d o . E s t a administración p u r a m e n t e
militar acabó, pues, con la administración civil: el sistema dife­
renciado de la primitiva administración civil t a r d o r r o m a n a des­
apareció, dejando paso a u n a rígida administración única y a una
organización militar.

S i m u l t á n e a m e n t e se reorganizó la administración central. La


prefectura p r e t o r i a n a se h a b í a c o n v e r t i d o en u n superministerio
cada vez más incapaz. E n su lugar aparecieron nuevos cargos
centrales, presididos p o r funcionarios con el título de logotetas
(logothetes). El magister officiorum se vio d e s t i t u i d o por el
logothetes tou dromou, haciéndose éste responsable de la admi­
nistración; d e s d e u n principio existieron tres logotetas para las
finanzas: u n o encargado de la administración financiera militar,

74
otro de la administración general del E s t a d o y el tercero de la
administración d e los bienes privados del e m p e r a d o r . La orga-
nización d e la administración central m e d i a n t e el n o m b r a m i e n t o de
logotetas, q u e sustituía al principio d e s u b o r d i n a c i ó n p o r el
de coordinación, siguió siendo, j u n t o con la constitución d e los
themas, u n e l e m e n t o f u n d a m e n t a l del E s t a d o bizantino d u r a n t e
la E d a d Media.
El p u n t o d e p a r t i d a decisivo para este n u e v o o r d e n a m i e n t o
fue la incapacidad manifiesta del antiguo sistema para reaccionar
con la energía necesaria a n t e las crisis exteriores. La u n i ó n de
diferenciación, p o r u n a p a r t e , y centralismo, p o r o t r a , signifi-
caba en las circunstancias técnicas del m o m e n t o u n e l e m e n t o d e
debilidad. Se logró simplificar el sistema s u p r i m i e n d o interme-
diarios y o t o r g a n d o i m p o r t a n t e s funciones a los g o b e r n a d o r e s
de las provincias. P e r o s e g u r a m e n t e la eficacia, históricamente
mayor, del n u e v o sistema n o se consiguió ú n i c a m e n t e al simpli-
ficar las funciones, sino t a m b i é n al acabar con las n u m e r o s a s
crisis religiosas, q u e en el antiguo sistema h a b í a n t e n i d o u n
efecto paralizador.
J u n t o con la reforma administrativa también se impulsó el
desarrollo del c a m p e s i n o libre, q u e , a su vez, hacía las veces
de soldado. Los soldados q u e p e r t e n e c í a n al thema c o m o u n i d a d
militar, recibían, a c a m b i o d e servir en el ejército de forma obli-
gatoria, u n a s tierras q u e p o d í a n h e r e d a r sus descendientes. E s t o s
stratiotai o estratiotas n o e r a n ni mercenarios ni colonos, sino
campesinos libres asentados en sus propias tierras, cuya r e n t a
les aseguraba su m a n t e n i m i e n t o y el e q u i p o (no precisamente
barato) d e u n soldado d e caballería con catafracta. E n t r e el
e s t a m e n t o d e los estratiotas se desarrolló u n proceso iniciado
con a n t e r i o r i d a d a los exarcados del siglo vi. La soldada hecha
efectiva p o r m e d i o d e tierras ya era algo conocido para los
limitanei d e la época t a r d o r r o m a n a , u n i d a d e s defensivas estacio-
nadas en las fronteras; p e r o los limitanei no estaban obligados
a participar en el servicio militar de c a m p a ñ a . M a u r i c i o tam-
bién h a b í a e s t u d i a d o (como indica su t r a t a d o Strategikon) la
posibilidad d e reclutar u n a milicia campesina.

L a n u e v a organización militar de los themas creó u n instru-


m e n t o de defensa flexible y leal q u e m u y p r o n t o d e m o s t r ó su
importancia. Los estratiotas c o m p o n í a n en cada provincia u n a s
milicias d e caballería q u e p o d í a n ser movilizadas en u n b r e v e
período d e t i e m p o . E s t e ejército d e c a m p a ñ a fue c o m p l e t a d o
con las t r o p a s d e guardia d e la capital o tagmata, compuestas
por mercenarios, así como con u n servicio d e tropas de refuerzo
y de información. La defensa territorial a u t ó c t o n a e s t u v o a cargo,

75
p r i n c i p a l m e n t e en las fronteras d e Asia M e n o r , de u n a organi-
zación sucesora de los limitanei, los akritai.
La disolución del ejército m e r c e n a r i o , con sus inevitables de-
bilidades, y la creación d e u n ejército c o m p u e s t o p o r soldados-
campesinos libres, cuyos intereses reales estaban en el territorio
q u e d e b í a n defender, n o sólo a u m e n t ó sensiblemente la capaci-
d a d defensiva militar d e Bizancio, sino q u e también provocó
transformaciones d e i m p o r t a n c i a t a n t o político-financieras como
sociales. P o c o a poco nació u n a n u e v a clase de propietarios ru-
rales q u e , si b i e n n o t e n í a n origen aristocrático, tenía propie-
d a d e s superiores a las de los simples c a m p e s i n o s : la protección
estatal a los bienes d e los soldados favoreció t a m b i é n al campe-
sino libre. « E l p e q u e ñ o c a m p e s i n o , q u e cultivaba su propia
tierra, pagaba i m p u e s t o s y servía en caso de necesidad en el
ejército, se c o n v i r t i ó en el e l e m e n t o d o m i n a n t e de la sociedad
15
agraria d e B i z a n c i o » . H a s t a el siglo v i el latifundio había
ido c o b r a n d o cada vez más i m p o r t a n c i a . P e r o ahora las comu-
n i d a d e s rurales libres y los p r o p i e t a r i o s campesinos libres aumen-
t a r o n s e n s i b l e m e n t e de n ú m e r o , si b i e n n o desapareció el colono.
E s t o significaba u n n u e v o p a s o en la evolución d e u n p r o b l e m a
esencial d e n t r o d e la historia social d e Bizancio: el enfrenta-
m i e n t o e n t r e latifundio y p e q u e ñ a p r o p i e d a d campesina libre
[cf. supra p . 21). C o n los estratiotas n o solamente se había creado
u n e s t a m e n t o q u e p a r a el g o b i e r n o significaba u n a reserva contra
los g r a n d e s p r o p i e t a r i o s . E s t e e s t a m e n t o t a m b i é n c o n t r i b u y ó al
s a n e a m i e n t o d e las finanzas estatales. A l pagar a los soldados
con tierras d i s m i n u y e r o n los gastos d e la soldada y con ello
t a m b i é n el p r e s u p u e s t o militar. E l estratiota, a d e m á s , se con-
v i r t i ó en u n factor decisivo d e la política fiscal, gracias a sus
bienes. E n este caso resulta especialmente e v i d e n t e que el
E s t a d o favoreció al p e q u e ñ o c a m p e s i n o p o r motivaciones mili-
tares, políticas y fiscales.
A partir d e este m o m e n t o , la defensa del I m p e r i o se basó en
el sistema político d e la c o n s t i t u c i ó n d e themas. E s t o confirió
al e s t a d o b i z a n t i n o mayor eficacia y flexibilidad, si b i e n es cierto
q u e d e m o m e n t o trajo consigo u n a militarización q u e r e p e r c u t i ó
en la vida espiritual y cultural. M a s , poco a poco, este proceso
evolutivo reforzó, gracias a la transformación d e la agricultura,
la e s t r u c t u r a social de Bizancio. E l d e s p l a z a m i e n t o étnico d e b i d o
a las deportaciones masivas a c e n t u ó a ú n más estas transforma-
ciones d e n t r o del sistema social. La mezcla y la fusión extraor-
d i n a r i a m e n t e r á p i d a de e l e m e n t o s eslavos, anatolios y griegos fue
u n f e n ó m e n o con amplias repercusiones, q u e c o n t r i b u y ó sensi-
b l e m e n t e a la ulterior consolidación i n t e r n a .

76
La reforma del estado b i z a n t i n o m e d i a n t e la constitución de
themas fue el r e s u l t a d o final d e u n a evolución iniciada m á s
de cien años antes. N o nació de u n a acción sistemática y legis-
lativa, sino d e u n a serie d e diferentes m e d i d a s reformistas q u e
n a t u r a l m e n t e se basaban e n u n a concepción h o m o g é n e a político-
administrativa y político-defensiva. E n cierto s e n t i d o , fue el resul-
tado final d e u n proceso q u e ya se h a b í a iniciado con los i n t e n t o s
de J u s t i n i a n o d e unificar, en las zonas críticas, el p o d e r civil
y militar. Los exarcados d e M a u r i c i o c o n s t i t u y e r o n u n a forma
precursora de los themas. P e r o quizá t a m b i é n sirviera de m o d e l o
la reorganización del estado sasánida p o r Cosroes I . Es posible
que ciertos elementos de la nueva estructura administrativa se
crearan d u r a n t e el g o b i e r n o d e H e r a c l i o ; sus éxitos militares b i e n
pudieron deberse a u n p r i n c i p i o de simplificación de la dirección
16
militar y de la administración .
P u e s t o q u e se h a b í a n p e r d i d o las provincias orientales y gran
parte d e los Balcanes se h a b í a s u s t r a í d o a la soberanía bizantina,
en el siglo vil ú n i c a m e n t e p u d i e r o n instaurarse themas en Asia
Menor: A r m e n i a y Anatolia en el centro, c o m o p u n t o s neurál-
gicos de la defensa o r i e n t a l , y O p s i c i o como distrito militar d e
C o n s t a n t i n o p l a . Los sucesores de Heraclio, p r i n c i p a l m e n t e Cons-
tantino I V y J u s t i n i a n o I I , desarrollaron e n é r g i c a m e n t e esta or-
ganización. A finales del siglo v i l y en el siglo v m n o sólo se
había consolidado en Asia M e n o r el sistema d e distritos mili-
tares, sino q u e se h a b í a e x t e n d i d o a todas las regiones en las
que la soberanía bizantina h a b í a q u e d a d o d e n u e v o asegurada:
en los Balcanes se creó el thema d e Tracia, en Grecia el thema
1
de H é l a d e , j u n t o con el d i s t r i t o militar d e Salónica y posible-
mente t a m b i é n el exarcado d e Sicilia, c o m o b a s t i ó n contra los
ataques árabes. D e s d e el p u n t o d e vista político-social y finan-
ciero, el n u e v o o r d e n a m i e n t o social cobró p l e n o efecto d e s p u é s
de m u c h o tiempo. El Nomos Georgikos, r e g l a m e n t o d e la policía
rural, d e finales del siglo v i l o principios del v n i , testimonia
sin e m b a r g o el nacimiento d e ciertos procesos de transforma-
ción social. Al parecer, éstos sólo t u v i e r o n validez en u n a deter-
minada región, p e r o n o deja de resultar sintomático q u e apa-
rezcan, j u n t o con el latifundio trabajado p o r colonos, o t r o s
elementos del o r d e n social: c o m u n i d a d e s rurales libres, propie-
tarios campesinos libres, l i b e r t a d de domicilio en lugar d e vincu-
lación a la gleba y desaparición d e la s e r v i d u m b r e . Es e v i d e n t e
la traslación del c e n t r o de gravedad en d e t r i m e n t o d e los lati-
fundios, q u e ya e m p e z a b a n a resultar peligrosos d e s d e el p u n t o
de vista político; el p e q u e ñ o campesino libre comienza a con-
vertirse en u n factor social y económico d e t e r m i n a n t e p a r a las
provincias bizantinas.

77
XI. La cultura del siglo VII: identidad de Imperio
y ortodoxia

E l reverso d e esta lucha p o r la existencia de la reforma esta-


tal fue la aridez cultural q u e c o n t r a s t ó claramente con el flore-
c i m i e n t o d e la época justiniana. La supervivencia y la adaptación
h a b í a n a c a p a r a d o todas las fuerzas. P e r o la esterilidad del a r t e
y d e la l i t e r a t u r a , estaba condicinada t a m b i é n p o r otros hechos.
C o n la p é r d i d a d e las provincias orientales n o sólo desapare-
cieron los centros comerciales e industriales de Siria y los gra-
n e r o s de E g i p t o , sino t a m b i é n regiones f u e r t e m e n t e urbanizadas
y, d e s d e el p u n t o de vista espiritual, especialmente activas. E s t o
significó u n d o b l e e m p o b r e c i m i e n t o . P o r u n a p a r t e , la cultura
b i z a n t i n a p e r d i ó su carácter policéntrico. P o r otra, con la reduc-
ción del p a p e l d e s e m p e ñ a d o p o r las ciudades, t a m b i é n d i s m i n u y ó
la i m p o r t a n c i a d e la formación profana. J u n t o con las tendencias
místico-ascéticas, ahora fuertes, se p r o d u c e u n a clericalización de
la c u l t u r a . N o fue casual el h e c h o d e q u e precisamente en esta
época se p e r d i e r a u n a p a r t e esencial de la antigua herencia.
R e s u l t a significativo q u e ú n i c a m e n t e se dieran creaciones cul-
turales d e i m p o r t a n c i a fuera d e los n u e v o s límites del I m p e r i o .
La c u l t u r a del p r i m e r siglo islámico a ú n estaba sensiblemente
influida p o r las tradiciones b i z a n t i n a s ; en las m e z q u i t a s y pabe-
llones d e caza sirios o en las catedrales armenias surgieron gran-
des creaciones d e estilo b i z a n t i n o oriental. E n c u a n t o a la lite-
r a t u r a , J o r g e P i s i d i o , s e g u r a m e n t e el mayor p o e t a profano d e
Bizancio, fue la única excepción. A d e m á s sus relatos versificados
de las c a m p a ñ a s d e H e r a c l i o c o n s t i t u y e n , en esta época r e a l m e n t e
rica en acontecimientos, la única o b r a histórica de importancia.
La teología se estancó en la l i t e r a t u r a polémica monofisita, des-
p r o v i s t a d e toda originalidad. I n c l u s o los dos únicos teólogos de
i m p o r t a n c i a , J u a n D a m a s c e n o y M á x i m o el Confesor, r e a l m e n t e
fueron tan sólo recopiladores y comentaristas de la gran litera-
t u r a teológica d e l siglo v, si b i e n es cierto q u e M á x i m o desem-
p e ñ ó u n i m p o r t a n t e papel en la historia d e la mística bizantina.
E l cisma monofisita h a b í a d e m o s t r a d o d e n u e v o , d u r a n t e las
ofensivas árabes y p e r s a s , su e n o r m e fuerza política. T a m b i é n
ahora las n u e v a s fórmulas de c o m p r o m i s o q u e i n t e n t a b a n im-
p o n e r H e r a c l i o y el patriarca Sergio p r o v o c a r o n la hostilidad
en a m b a s p a r t e s . E l m o n o t e l i s m o (doctrina de u n a v o l u n t a d hu-
mano-divina en dos naturalezas) ya h a b í a sido s u p e r a d o en el
m o m e n t o d e su proclamación p o r u n e d i c t o imperial, la Ekthe-
sis (638). F i n a l m e n t e , el a n t i g u o cisma secular, en el q u e ha-
b í a n fracasado e m p e r a d o r e s , patriarcas y obispos, q u e d ó resuelto
p o r la política eclesiástica m e d i a n t e la p é r d i d a d e las provincias

78
orientales. Los monofisitas establecieron iglesias heréticas en
áreas de d o m i n i o extranjeras; en los territorios griegos y de
Asia M e n o r su i m p o r t a n c i a fue escasa. E n el V I Concilio Ecu­
ménico de C o n s t a n t i n o p l a (680-681) a ú n estaban r e p r e s e n t a d o s
los patriarcas d e las regiones o r i e n t a l e s ; p e r o con la fórmula
de las dos naturalezas u n i d a s h i p o s t á t i c a m e n t e en Cristo ( « d o s
v o l u n t a d e s y energías q u e actúan a r m ó n i c a m e n t e e n t r e ellas
para la salvación del género h u m a n o » ) , para los monofisitas
q u e d a b a claro q u e C o n s t a n t i n o p l a h a b í a a b a n d o n a d o definitiva­
m e n t e la b ú s q u e d a d e u n e n t e n d i m i e n t o .
Para Bizancio, la vuelta a la fórmula modificada de Calcedo­
nia significaba u n é x i t o : desde el p u n t o de vista religioso, ahora
existía u n área h o m o g é n e a de la cristiandad o r t o d o x a . J u n t o
con las reformas administrativas y político-sociales, la recupera­
ción d e la u n i d a d eclesiástica c o n t r i b u y ó decisivamente a la con­
solidación i n t e r n a . P e r o también la cultura del siglo v n (y
del v i l l ) t u v o u n papel fructífero en el proceso de helenización.
Bizancio consiguió d e n t r o de sus nuevas fronteras la u n i d a d
interna q u e J u s t i n i a n o n o había logrado con su idea d e la reno-
vatio imperii. Se h a b í a n separado las provincias orientales, con
su población escasamente helenizada, al igual q u e los territorios
romanizados del n o r d e s t e de los Balcanes. E n el exarcado ita­
liano los refugiados del N o r t e de África y d e E g i p t o a u m e n t a r o n
la población grecoparlante. Las zonas neurálgicas del I m p e r i o
eran Asia M e n o r y los territorios griegos ( p r i n c i p a l m e n t e las
provincias d e Tracia y Macedonia, e s t r e c h a m e n t e unidas, desde
el p u n t o de vista a d m i n i s t r a t i v o , a Asia M e n o r ) , con su pobla­
ción p r e d o m i n a n t e m e n t e o r t o d o x a y grecoparlante. En las pro­
vincias orientales, la fuerza d e asimilación de la cultura bizan­
tina no resultó al final suficientemente fuerte. Sin e m b a r g o aquí
p u d o desarrollar toda su potencia y no sólo frente a las lenguas
locales de Anatolia, sino también, y p r i n c i p a l m e n t e , frente a
los nuevos colonos eslavos, muy n u m e r o s o s , de los Balcanes
meridionales y de Asia M e n o r . La religión fue el i n s t r u m e n t o
de asimilación: la lengua y el espíritu d e la fe ortodoxa q u e
a d o p t a r o n los eslavos eran griegos. N o o b s t a n t e , el I m p e r i o bi­
zantino se m a n t u v o en ciertos aspectos h e t e r o g é n e o , desde el
p u n t o de vista étnico, y siguió siendo el b a l u a r t e de diferentes
tradiciones culturales. Las corrientes s u b t e r r á n e a s griegas siguie­
ron vivas; aún subsistía en la cultura y la religión u n a tensión
secreta q u e en el siglo v í a a u m e n t ó hasta llegar a la crisis de
las luchas iconoclastas. Mas la fe c o m ú n y la u n i d a d eclesiás­
tica influyeron en u n a helenización cada vez mayor, q u e abar­
caba t a n t o a la literatura y al arte como a la conciencia política
y espiritual d e las clases dirigentes. E s t a helenización del Im-

79
perio t a m b i é n e n c o n t r ó su expresión, por ejemplo, en el len-
guaje a d m i n i s t r a t i v o y en los t r a t a m i e n t o s estatales: a partir
de Heraclio se utilizó el t é r m i n o griego Basileus, y no el Im-
perator Augustus latino para d e n o m i n a r al e m p e r a d o r .
La helenización del I m p e r i o t a m b i é n t u v o un aspecto polí-
tico. La nueva solidaridad religioso-cultural t u v o tanta impor-
tancia para la supervivencia y la renovación de Bizancio como
la reforma del o r d e n estatal o las poderosas fronteras naturales
d e Anatolia. E l I m p e r i o h a b í a p e r d i d o su posición de gran
potencia m u n d i a l , p e r o en compensación alcanzó u n a identifi-
cación d e conciencia cultural griega y confesión o r t o d o x a que
p o r su íntima relación e n t r e existencia política y religiosa se
reveló p r e c i s a m e n t e c o m o e l e m e n t o decisivo d e la capacidad de
resistencia frente al Islam. N o podía darse u n a clara definición
étnica d e los rbomaios frente a los hellenes (infieles y bárbaros)
en u n estado c o m p u e s t o p o r diferentes p u e b l o s . El elemento
c o m ú n radicaba en la fe en la Iglesia o r t o d o x a ; herejía y trai-
ción eran la misma cosa.
La política de consolidación de la dinastía d e Heraclio provocó
u n a nueva crisis en el E s t a d o . Dicha política había r e q u e r i d o
el e m p l e o de los p o d e r e s absolutistas del g o b i e r n o , suscitando
con ello, a p r o x i m a d a m e n t e a finales del siglo, u n a oposición
política interior cada vez mayor contra el régimen autocrático,
oposición q u e partía más d e la nobleza latifundista q u e de las
amplias masas de la población. La vuelta de J u s t i n i a n o I I d e
su destierro y su n u e v o d e r r o c a m i e n t o en el año 711 dieron
lugar a seis años de guerras civiles y a rápidos cambios de
e m p e r a d o r e s . Se t r a t a b a de u n a conmoción grave, a u n q u e tem-
poral, en m e d i o de la cual logró m a n t e n e r s e el n u e v o ordena-
m i e n t o c o m o base del papel histórico q u e d e s e m p e ñ a r í a Bizancio
en los siglos futuros. E n t r e los factores de la crisis aparece
ahora u n n u e v o e l e m e n t o d e inseguridad política q u e , como la
resistencia d e los latifundistas afectados p o r las repercusiones
político-sociales de la institucionalización d e los themas, anuncia
la ulterior evolución social d e Bizancio: el papel d e s e m p e ñ a d o
p o r los strategoi de los themas y p o r sus tropas en la sucesión
del t r o n o . E l m a n d o sobre u n o de los themas de Asia M e n o r
se convirtió, c o m o ocurría en la época de los emperadores-sol-
d a d o s con la jefatura de los g r a n d e s ejércitos en la Galia o en
Siria, en u n t r a m p o l í n p a r a la lucha p o r el p o d e r , h e c h o q u e
p r o n t o p r o v o c ó u n a reducción del t a m a ñ o d e los themas,
o r i g i n a r i a m e n t e m u y e x t e n s o s . T a m b i é n el capacitado general
L e ó n I I I , q u e en el a ñ o 7 1 7 , e n u n m o m e n t o de gran peligro
político exterior, a s u m i ó el m a n d o en su calidad de g o b e r n a d o r
d e u n thema, fue u n e m p e r a d o r - m i l i t a r .

80
La crisis interior se h a b í a agudizado p o r las dificultades po-
lítico-exteriores y los reveses militares. U n a n u e v a fase d e ataques
árabes p o r m a r y tierra llevó a u n n u e v o sitio d e la capital;
s i m u l t á n e a m e n t e los búlgaros h a b í a n conseguido llegar hasta los
arrabales d e C o n s t a n t i n o p l a . El triunfo definitivo en el tercer
sitio d e C o n s t a n t i n o p l a hizo posible q u e Asia M e n o r siguiera
siendo, d u r a n t e casi 700 años más, o r t o d o x a y bizantina: u n
bastión contra el I s l a m .
E n el siglo de la c o n q u i s t a islámica se configuró u n n u e v o
mapa político en el q u e destacaron tres n u e v a s zonas d e sobe-
ranía: Bizancio, el Califato y el reino de los francos. A comien-
zos del siglo v n i se acabaron l e n t a m e n t e las transformaciones
en el p l a n o político y territorial; poco a poco se p o d í a n distin-
guir con más claridad las fronteras definitivas y los campos
de influencia política. El Islam había c o n s e g u i d o llevar a cabo
su expansión en el m a r M e d i t e r r á n e o p a r t i e n d o desde el sur,
si bien había fracasado en su i n t e n t o de p e n e t r a r en la E u r o p a
occidental. Bizancio había sido eliminado d e la p a r t e occidental
del M e d i t e r r á n e o y h a b í a sufrido ingentes p é r d i d a s territoriales.
A pesar d e t o d o , siguió s i e n d o , j u n t o con los O m e y a s , la se-
gunda potencia de la época. A p a r t i r del a ñ o 718 se consiguió
l e n t a m e n t e en el P r ó x i m o O r i e n t e u n e q u i l i b r i o militar; al
mismo t i e m p o p u d o asegurarse d e f i n i t i v a m e n t e las afueras d e la
capital contra los búlgaros. M a s a esta estabilización política
en el exterior siguió u n a n u e v a y p r o f u n d a conmoción i n t e r n a :
las luchas iconoclastas.

81
2. La crisis de la Iconoclastia

E n t r e 717 y 842 el I m p e r i o b i z a n t i n o se vio agitado p o r u n a


violenta polémica acerca del uso d e imágenes en el culto reli­
gioso. C o m o o c u r r i ó en la m a y o r p a r t e de las cuestiones rela­
cionadas con la Iglesia, toda la población se apasionó p o r el
d e b a t e . E l p r o b l e m a n o q u e d ó zanjado hasta 843 en q u e las
imágenes fueron d e f i n i t i v a m e n t e reconocidas como p a r t e inte­
g r a n t e del culto o r t o d o x o .
T o d a s las herejías i m p o r t a n t e s d e los siglos anteriores, c o m o
el a r r i a n i s m o y el monofisismo, h a b í a n afectado a los bizantinos
de m o d o p a r e c i d o , p o r lo q u e la crisis religiosa de este m o m e n t o
n o era n a d a n u e v o . P e r o d u r a n t e el p e r í o d o iconoclasta, el Im­
perio b i z a n t i n o se vio c o n s t a n t e m e n t e a m e n a z a d o d e invasiones
del exterior. Los e m p e r a d o r e s , ya fueran partidarios o enemi­
gos d e las imágenes, t u v i e r o n q u e hacer frente a varios i n t e n t o s
d e los árabes y d e los búlgaros p a r a conquistar el I m p e r i o .
P o r t a n t o , el t r i u n f o m á s i m p o r t a n t e d e este p e r í o d o fue h a b e r
c o n t e n i d o estas presiones, a u n a costa de p e r d e r los territorios
bizantinos d e Italia central y de provocar u n largo cisma e n t r e
las iglesias oriental y occidental.
T o d o s los e m p e r a d o r e s , fueran cuales fueran sus opiniones
eclesiásticas, t u v i e r o n t a m b i é n q u e hacer frente a los habituales
p r o b l e m a s del I m p e r i o . T u v i e r o n q u e esforzarse en m a n t e n e r
la u n i d a d i n t e r n a de u n estado multirracial, i m p e d i r los movi­
m i e n t o s en p r o d e la a u t a r q u í a local, dar u n i d a d a la Iglesia
oriental desgarrada p o r la herejía y p o r los regionalismos: en
resumidas cuentas, en d e t e n e r las tendencias centrífugas que
existían en Bizancio. Estas fuerzas h u b i e r a n p o d i d o d e s m e m b r a r
el I m p e r i o d e n o h a b e r sido p o r la enérgica actividad d e los
p r i m e r o s e m p e r a d o r e s iconoclastas, q u e t u v i e r o n más éxito q u e
sus o p o n e n t e s iconódulos. Los iconoclastas p u s i e r o n bajo el con­
trol más estricto del I m p e r i o todos los aspectos de la sociedad
bizantina. P o r m e d i o de u n a serie d e reformas, centralizaron
y unificaron la recaudación d e i m p u e s t o s , el c u m p l i m i e n t o d e
las leyes, la organización militar y la administración de las pro­
vincias y de la Iglesia.
Las fuentes q u e se conservan de la época acogieron con
hostilidad estas reformas. T r a s la restauración del culto a las
imágenes, en 8 4 3 , fueron d e s t r u i d o s todos los escritos icono­
clastas, y, p o r t a n t o , t o d o s los testimonios q u e tenemos acerca

82
del p e r í o d o iconoclasta son favorables al culto d e aquéllas.
Estas crónicas m u e s t r a n u n a aversión a la iconoclastia, t o t a l m e n t e
partidista, q u e se hace extensiva a las m e d i d a s más positivas
de los e m p e r a d o r e s iconoclastas, lo q u e ha influido en los his­
toriadores c o n t e m p o r á n e o s d e este p e r í o d o . U n o de los objetivos
de este capítulo es estudiar y rectificar este desequilibrio.
Es e v i d e n t e q u e u n a d e las consecuencias más notables d e
la época iconoclasta fue la consolidación d e l control estatal
sobre el I m p e r i o . P e r o q u e d a n p o r resolver m u c h o s p r o b l e m a s ,
como p o r ejemplo, en q u é m e d i d a fue la crisis una reacción
interna a u n a presión exterior o u n a consecuencia de la necesi­
dad de reformas. Es difícil situar la d i s p u t a religiosa en la
historia política, social y económica del I m p e r i o b i z a n t i n o sin
una investigación y u n análisis más p r o f u n d o q u e los q u e
aquí p o d e m o s realizar.

[. El primer período iconoclasta: 717-775

a) La situación en 717

La consecuencia i n m e d i a t a d e la u s u r p a c i ó n de León I I I , en
marzo de 7 1 7 , fue el fracaso del más serio de los i n t e n t o s
árabes por apoderarse del I m p e r i o b i z a n t i n o . T a n p r o n t o como
fue coronado, el n u e v o E m p e r a d o r e m p r e n d i ó la u r g e n t e tarea
de d o t a r a C o n s t a n t i n o p l a d e defensas p a r a hacer frente a esta
amenaza. El califa Solimán (Sulayman) p l a n e ó u n d o b l e b l o q u e o ,
por tierra y p o r mar. Hacia agosto d e 717 el b l o q u e o se hizo
efectivo, p e r o pasados solamente doce meses, los árabes se
vieron forzados a retirarse. El asedio había fracasado y L e ó n
a d q u i r i ó u n a considerable r e p u t a c i ó n p o r el éxito en la resis­
tencia, a u n q u e se vio a y u d a d o p o r tres factores: la fortaleza
d e las murallas d e la capital, el e m p l e o del fuego griego, pro­
d u c t o q u í m i c o desconocido para los árabes, y u n i n v i e r n o extra­
o r d i n a r i a m e n t e severo q u e perjudicó a los sitiadores. El fracaso
del asedio se convirtió en desastre total al ser hostigados y
h u n d i d o s los navios árabes en su travesía d e vuelta hacia Ale­
jandría.
L e ó n I I I no era d e n i n g ú n m o d o u n personaje desconocido.
Procedía d e G e r m a n i c i a , en el n o r t e d e Siria, a u n q u e su familia
se h a b í a trasladado p o s t e r i o r m e n t e a Tracia, p r o b a b l e m e n t e a
causa de la presión árabe. E l origen isáurico q u e a m e n u d o
se le ha a t r i b u i d o carece, p u e s , d e f u n d a m e n t o , por lo q u e su
dinastía d e b e d e llamarse siria y n o isáurica. H a b í a servido a
J u s t i n i a n o I I y Anastasio I I , q u e le h a b í a n o m b r a d o goberna-

83
d o r (strategos) del thema d e Anatolia. Los soldados anatolios
y armenios apoyaron su rebelión contra T e o d o s i o I I I y le pro-
clamaron E m p e r a d o r . A n t e su avance hacia la capital, Teodosio
abdicó y L e ó n I I I , tras u n golpe i n c r u e n t o , fue proclamado
e m p e r a d o r . Gracias a su firmeza frente a dos rebeliones internas
y a su reorganización d e la administración imperial, L e ó n I I I
consiguió asegurar la estabilidad dinástica d u r a n t e o c h e n t a y
cinco años.
C o n frecuencia se ha q u i t a d o importancia a los logros de
la dinastía siria p o r q u e sus m i e m b r o s fueron partidarios d e la
iconoclastia o destrucción d e las imágenes. E n este aspecto ac-
t u a r o n guiados p o r sus convicciones religiosas. Los discursos
d e L e ó n I I I y los t r a t a d o s de su hijo C o n s t a n t i n o V demues-
t r a n q u e creían f i r m e m e n t e q u e las imágenes eran simples
representaciones. L e ó n I I I i n t r o d u j o la teoría de q u e las re-
presentaciones pictóricas de la Sagrada Familia, de los Apóstoles
y de los santos conducían s o l a m e n t e a la idolatría, y p o r ello
persiguió a los q u e seguían fieles a la doctrina del culto a las
imágenes, los iconófilos o iconódulos. E s t a persecución produjo
profundas divisiones n o sólo en el I m p e r i o sino en el m i s m o
seno d e la Iglesia. T o d a la jerarquía d e m e t r o p o l i t a n o s , obispos
y sacerdotes p a r r o q u i a l e s , todas las instituciones monásticas y
las congregaciones d e t o d o el I m p e r i o participaron en el debate,
no sólo a causa de los p r o b l e m a s cristológicos, sino también a
causa de la p r o f u n d a creencia p o p u l a r en el p o d e r de las imá-
genes. La participación p o p u l a r en la controversia c o n t i n u ó in-
cluso d e s p u é s del r e s t a b l e c i m i e n t o d e la ortodoxia en 8 4 3 .
Las imágenes h a b í a n existido en el I m p e r i o bizantino desde
el establecimiento del cristianismo como religión estatal en tiem-
pos d e C o n s t a n t i n o el G r a n d e y su importancia había a u m e n t a d o
desde el r e i n a d o de J u s t i n i a n o . Al m i s m o t i e m p o , el retrato
del E m p e r a d o r c o n t i n u a b a s i e n d o r e v e r e n c i a d o como en la época
romana. P e r o poco a poco se fue d e s a r r o l l a n d o u n a forma par-
ticular de culto relacionada con las imágenes d e Cristo y de
la Virgen, y se instalaron imágenes en las capillas, las iglesias,
en los lugares públicos y en los hogares. Se llevaban a las
batallas y se sacaban en procesión en t o r n o a los m u r o s de las
ciudades asediadas. A las imágenes se les atribuían poderes
milagrosos y poco a poco fueron s u s t i t u y e n d o a las reliquias
c o m o principales objetos d e devoción en las iglesias. A pesar
de que en u n principio e s t u v i e r o n p r o h i b i d a s en el arte cris-
tiano p o r considerarlas idólatras, las representaciones pictóricas
incluso de Cristo fueron autorizadas en el Q u i n í s e x t o Concilio
d e 692. H a c i a finales del siglo v i l se aceptaban g e n e r a l m e n t e
las imágenes como p a r t e i n t e g r a n t e del culto cristiano en todos

84
los lugares del I m p e r i o b i z a n t i n o , p e r o las d u d a s seguían en pie.
En 732, dos obispos, C o n s t a n t i n o de Nacolia y T o m á s d e
Claudiópolis, sostuvieron u n a polémica con el patriarca G e r m á n
acerca del reiterado culto a las imágenes, y éste ú l t i m o rechazó
firmemente cualquier c a m b i o . E l o d i o al culto d e las imágenes
se basaba sin d u d a en la prohibición del A n t i g u o T e s t a m e n t o
y en la acusación de idolatría q u e pesaba sobre las discusiones
entre cristianos, m u s u l m a n e s y judíos. A través d e estas discu­
siones, los teólogos n o cristianos ejercían su influencia sobre
los bizantinos. La p r o h i b i c i ó n del a r t e religioso en las mezquitas
parece q u e se i m p u s o hacia el 7 0 0 , mientras q u e la tradición
judía fue siempre enemiga d e las representaciones pictóricas.
Pero en 7 2 1 , el califa Yazid I I hizo extensiva la práctica mu­
sulmana a los cristianos q u e vivían bajo su a u t o r i d a d , al o r d e n a r
la destrucción d e todas las imágenes cristianas. P o r ser natural
de Siria, L e ó n I I I d e b i ó conocer estas ideas e incluso p u d o
estar d e a c u e r d o con ellas.

b) La introducción d e la iconoclastia

E n 7 2 6 , el E m p e r a d o r o r d e n ó q u e fuera retirada la famosa


pintura d e Cristo situada en la P u e r t a de Bronce del G r a n Pa­
lacio: la enardecida m u l t i t u d consiguió matar a u n o de los
soldados antes de q u e se la llevaran. Se p r o d u j e r o n revueltas,
y varios iconódulos conocidos fueron castigados. E n las provin­
cias de Italia y Grecia la reacción fue similar. El p a p a Grego­
rio I I p r o t e s t ó por la ingerencia del E m p e r a d o r en cuestiones
de fe y negó al tesoro imperial el d i n e r o italiano, mientras que
los helladikoi de G r e c i a central se embarcaron hacia Constanti­
nopla con el p r o p ó s i t o d e liberar al I m p e r i o d e la impiedad de
León I I I . Su flota fue destruida en el curso d e u n a batalla en
el H e l e s p o n t o y su c a n d i d a t o imperial, Cosmas, ejecutado en 7 2 7 .
E n t r e los s u b d i t o s de la parte oriental del I m p e r i o , q u e más
tarde se convertirían en los más fervientes p a r t i d a r i o s d e la
iconoclastia, los q u e estaban familiarizados con la oposición judía
y m u s u l m a n a a las imágenes fueron p r o b a b l e m e n t e los q u e apo­
yaron la decisión del E m p e r a d o r .
C u a n d o L e ó n I I I i n t e n t ó conseguir la aprobación eclesiástica
para destruir las imágenes, se e n c o n t r ó con la tenaz resistencia
del patriarca G e r m á n . El m é t o d o e m p l e a d o para solucionar este
p r o b l e m a fue m u y d i r e c t o y se convirtió en práctica regular
d u r a n t e el p e r í o d o iconoclasta. E n 730, el E m p e r a d o r o r d e n ó
al Patriarca q u e a p r o b a r a el edicto que p r o h i b í a la adoración
de los iconos. Al declararse G e r m á n contrario a él, L e ó n I I I con-

85
vocó el consejo s u p r e m o de los funcionarios bizantinos, t a n t o
laicos c o m o eclesiásticos (Silention), que condenó a Germán y
apoyó el edicto del E m p e r a d o r . El Patriarca dimitió inmediata-
m e n t e , siendo reemplazado p o r su antiguo a y u d a n t e , Anastasio.
E s t a m e d i d a fue c o n d e n a d a p o r todos los patriarcas orientales,
así como p o r G r e g o r i o I I , q u e excomulgó a Anastasio, a b r i e n d o
de esta manera el cisma e n t r e las iglesias oriental y occidental,
q u e , d e manera i n t e r m i t e n t e , iba a d u r a r hasta el restableci-
m i e n t o del culto a las imágenes, en 8 4 3 . P r o b a b l e m e n t e , sólo
la fuerza de la iconodulia fue capaz d e disuadir a León d e
dar el paso decisivo: la a p r o b a c i ó n de la nueva doctrina en
u n Concilio E c u m é n i c o . E s t a m e d i d a fue llevada a cabo p o r
C o n s t a n t i n o V en 754. T o d o s los i n t e n t o s posteriores de cambiar
el d o g m a se b a s a r o n en este p r o c e d i m i e n t o : elección d e u n
patriarca p r o p i c i o al cambio, y la convocatoria d e u n Concilio
eclesiástico para proclamarlo. El hecho de q u e el E m p e r a d o r
controlara la elección de los patriarcas y presidiera los Con-
cilios facilitó e v i d e n t e m e n t e el cambio.
La imposición de la iconoclastia estaba abocada a provocar el
e n f r e n t a m i e n t o con las a u t o r i d a d e s eclesiásticas y León I I I se
d i s p u s o a solucionar la cuestión por la fuerza. C u a n d o G r e g o -
rio I I celebró u n concilio d o n d e se c o n d e n ó a los iconoclastas,
el E m p e r a d o r hizo prisioneros a sus legados en C o n s t a n t i n o p l a
y envió u n a a r m a d a a Italia. T a m b i é n sustrajo de la jurisdic-
ción eclesiástica de Roma las provincias bizantinas de Italia,
Sicilia y la prefectura de Iliria (todas las posesiones europeas
del I m p e r i o ) , poniéndolas bajo la jurisdicción del patriarca de
C o n s t a n t i n o p l a . Al mismo t i e m p o , todas las rentas del patri-
m o n i o papal fueron añadidas al tesoro imperial. Esta medida,
de extraordinaria importancia, iba dirigida al e n r i q u e c i m i e n t o
del p a t r i a r c a d o a expensas de Roma, pero León I I I deseaba tam-
b i é n colocar bajo su control a toda la Iglesia oriental. La afir-
mación de la a u t o r i d a d imperial en todos los campos de la
sociedad bizantina fue u n rasgo característico d e la política de
este monarca iconoclasta.
D e este m o d o se i m p u s o la nueva doctrina, no sin producir
u n a gran división d e n t r o del I m p e r i o y u n cisma e n t r e la Iglesia
de C o n s t a n t i n o p l a y el P a p a d o , q u e hizo disminuir la influencia
bizantina en Italia. Es i n d u d a b l e q u e el E m p e t a d o r actuó guiado,
tanto por sus convicciones religiosas c o m o por motivaciones
políticas y q u e sus ideas eran c o m p a r t i d a s p o t muchos. El edicto
q u e p r o h i b í a la adoración de las imágenes e n c o n t r ó apoyo p o r q u e
se hacía eco de u n fuerte s e n t i m i e n t o p o p u l a r d e desconfianza
hacia las imágenes religiosas y, en particular, hacia los que es-
taban asociados a ellas: los monjes. El a u m e n t o de la riqueza

86
y de la influencia monástica en la Iglesia oriental había provocado
grandes envidias. A u n q u e a lo largo del siglo v i n la iconoclastia
llegó a estar asociada con la política social y económica de los
emperadores sirios, en un principio, el apoyo al m o v i m i e n t o ico-
noclasta p r o v i n o de una reacción religiosa, siendo sus aspectos
religiosos los q u e d o m i n a r o n el p r i m e r período iconoclasta. Con
este apoyo, León I I I y C o n s t a n t i n o V fueron capaces de subor-
dinar la Iglesia al p o d e r imperial y de concentrar todos los
recursos del I m p e r i o en la lucha contra los árabes.

c) Éxitos d e León I I I y Constantino V

La defensa de Bizancio

El I m p e r i o debió su supervivencia a la acción de los dos


primeros e m p e r a d o r e s de la dinastía siria. D e no h a b e r sido
por sus ofensivas contra los árabes e n t r e 717 y 7 7 5 , la N u e v a
Roma h u b i e r a s u c u m b i d o ante los bárbaros de la misma manera
que su h e r m a n a occidental. T r a s el asedio d e 717-718, León I I I
reorganizó la marina bizantina c r e a n d o dos contingentes navales:
el de Cibirra, con base en u n n u e v o thema en la costa sur
de Asia M e n o r , y u n c o n t i n g e n t e i n d e p e n d i e n t e , con base en
el Egeo. La guerra por tierra c o n t i n u ó . A pesar de q u e las
tropas árabes fueron diezmadas d u r a n t e el asedio, el califa
Hisam (724-743), c o n t i n u ó dirigiendo incursiones anuales en
territorios bizantinos. León I I I e s t u v o al frente de las tropas
que i n t e n t a r o n c o n t r a r r e s t a r estas incursiones, a u n q u e no h u b o
ninguna batalla decisiva hasta 740, en q u e los bizantinos de-
rrotaron a u n gran ejército árabe en Acroino. Tras esta victoria.
C o n s t a n t i n o V e m p r e n d i ó u n a serie de campañas ofensivas contra
el califato, debilitado por la caída de los O m e y a s y la fundación
de u n a nueva capital en Bagdad por los abasidas. P e r o las
tres victorias bizantinas, en G e r m a n i c i a (746), en Melitene (751)
y Teodosiópolis (757), no se d e b i e r o n solamente al declive mi-
litar árabe. C o n s t a n t i n o era u n estratego y jefe militar de mayor
valía aún q u e su padre, a d m i r a d o y a m a d o por sus tropas.
La campaña de 757 p u s o fin a los ataques a gran escala de
los árabes y aseguró la frontera del sudeste. La actividad militar
q u e d ó reducida a pequeñas incursiones e intercambios d e pri-
sioneros. El gran avance del Islam había sido frenado.

A n t e s de 7 4 1 , León I I I dividió la extensa provincia (thema)


de Anatolia, c r e a n d o un aparato a d m i n i s t r a t i v o a u t ó n o m o en
la mitad occidental, q u e se llamó, a causa de las tropas en ella
acantonadas, Thema de los Tracesios. El p r o p ó s i t o de esta

87
. 3. Las campañas de!
periodo 7/7-775 y la
primitiva organización
de los t h e m a s de
Asia Menor.
división, que más tarde se aplicó a una extensa zona de üpsicio,
era impedir la consolidación del poder en manos del gobernador
militar (strategos). Por la experiencia de su propia usurpación,
León I I I era consciente de la fuerza potencial de esta posición,
que también fue empleada por el cuñado de Constantino, Ar-
tabasdos, en su intento de apoderarse del Imperio, De esta
manera se fue incrementando el número de provincias y gober-
nadores provinciales, hasta que en 775 eran siete los themas
en Asia Menor (dos de ellos navales) y tres en la parte oc-
cidental. La ampliación gradual de la administración militar a
rodas las zonas del Imperio revela un aspecto de la política
centralizadora de los emperadores sirios, que es al mismo tiempo
una continuación de la obra de la dinastía de Heraclio.

Reorganización de las finanzas

Carecemos de información detallada de la vida económica en


tiempos de la dinastía siria, pero la prosperidad general y el
bajo precio del trigo sugieren que los recursos económicos del
Imperio- debieron de ser convenientemente organizados para
hacer frente a las crecientes exigencias de los gastos militares.
León III no sólo consiguió unos ingresos suplementarios con
las rentas del patrimonio papal en Italia, sino que también
aumentó en un tercio la capitación en Sicilia y Calabria. Cons-
tantino V recibió el calificativo de «nuevo Midas», aunque fijó
precios justos para el trigo. Constantino continuó la política
iconoclasta de León, de apropiarse los ingresos eclesiásticos en
mayor grado todavía. No obstante, estos dos emperadores im*
pulsaron la construcción de iglesias. León I I I reconstruyó la
iglesia de Santa Irene de Constantinopla, que había sufrido se-
rios daños en un terremoto, y decoró el ábside con una gran
cruz de mosaico. Y Constantino I I I , a pesar de su destrucción
de numerosas imágenes, favoreció al arte iconoclasta.
En este período fueron desapareciendo gradualmente las mo-
nedas de oro fraccionarias, y en 780 sólo se acuñaban el no-
misma de oro (solidas), el miliaression de plata y el phollis
de cobre El miliaression, que valía 1/12 de nomisma y que
estaba basado en el dirhem árabe, fue creado por León I I I .
Esta simplificación de las acuñaciones imperiales y su limitada
circulación en el Imperio refleja sin duda una disminución de
la actividad comercial en el siglo VIH, ya que el estado de guerra
casi continuo cortó las rutas comerciales y dejó aisladas las ciu-
dades mercantiles.
¡{(.'formas judiciales

Este i n t e n t o d e estabilizar la administración financiera t u v o


su paralelo en el c a m p o legal. L e ó n I I I o r d e n ó q u e los jueces
recibiesen u n s u e l d o y n o regalos, m e d i d a básica de seguridad
contra los s o b o r n o s . D e s p u é s , el código legal fue revisado p o r
una comisión de p e r i t o s , q u e r e d a c t a r o n u n a edición simplifi-
cada del Corpus luris Civilis d e J u s t i n i a n o , a ñ a d i é n d o l e algunas
máximas de d e r e c h o c o n s u e t u d i n a r i o y las decisiones más im-
p o r t a n t e s de los concilios eclesiásticos acerca del m a t r i m o n i o ,
la p r o p i e d a d y la herencia. E s t e n u e v o código, r e d a c t a d o en
griego para facilitar su aplicación en u n m u n d o ya greco-par-
lante, fue conocido c o m o Ekloga o Selecciones. E r a un código
de fácil aplicación p a r a los jueces provinciales y c o n t i n u ó siendo
e m p l e a d o hasta m u y e n t r a d o el siglo IX. Al d e r e c h o civil y
penal c o m p e n d i a d o en la Ekloga se fueron a ñ a d i e n d o extractos
similares, d e fechas diferentes, sobre cuestiones navales, mili-
tares y agrarias. Estos p e q u e ñ o s códigos estaban concebidos para
facilitar la resolución de p r o b l e m a s prácticos, c o m o la suma
pagadera a t í t u l o de compensación p o r la p é r d i d a de u n perro
g u a r d i á n y la prima del seguro d e t r a n s p o r t e m a r í t i m o . E n con-
j u n t o , sirvieron de guía eficaz para unificar las prácticas judi-
ciales en t o d o el I m p e r i o .

d) Relaciones de Bizancio con los búlgaros y los eslavos

E n t r e la m u e r t e d e C o n s t a n t i n o I I (668) y los comienzos


del siglo ix fue d i s m i n u y e n d o el control bizantino sobre los
Balcanes, d e b i d o al influjo de los p u e b l o s eslavos. Hacia 750,
la provincia d e Tracia, hinterland de la capital, se vio amena-
zada por los búlgaros, asentados en Tracia occidental y Macedo-
nia. C o n s t a n t i n o V reforzó las defensas fronterizas en 755-56
con prisioneros d e guerra armenios y sirios, c a p t u r a d o s en la
c a m p a ñ a de 7 4 9 . El p r o p ó s i t o d e estos traslados de población
fue p r o p o r c i o n a r brazos p a r a la defensa de la provincia y para
el cultivo de las ricas tierras cerealísticas. T r a s la pérdida de
E g i p t o y d e l n o r t e de África, Tracia se h a b í a convertido en
u n o d e los más i m p o r t a n t e s g r a n e r o s del I m p e r i o . Estas me-
didas p r o v o c a r o n el a t a q u e b ú l g a r o contra los territorios bizan-
tinos, y, c o m o represalia, C o n s t a n t i n o llevó a cabo n u e v e grandes
expediciones c o n t r a los b ú l g a r o s , q u e finalmente consiguieron
frenar su e x p a n s i ó n . Se e n f r e n t ó t a m b i é n con los esclavinios,
p r o c e d e n t e s d e los territorios c o n t r o l a d o s p o r los eslavos en
los alrededores de Salónica. E n 7 6 2 , 208.000 refugiados eslavos

90
recibieron tierras en Bitinia, d o n d e m u c h o s eslavos h a b í a n ya
e n c o n t r a d o refugio en el siglo anterior. Los otros traslados de
poblaciones hechos p o r C o n s t a n t i n o o b e d e c i e r o n a la necesidad
d e reemplazar a los m u c h o s m u e r t o s ocasionados p o r la epide­
mia de 746-47 en C o n s t a n t i n o p l a . Los e m p e r a d o r e s sirios tu­
vieron siempre g r a n interés en m a n t e n e r la actividad económica
del m e r c a d o m á s i m p o r t a n t e del m u n d o occidental. León I I I
i m p l a n t ó u n i m p u e s t o especial p a r a costear la reconstrucción
d e las murallas y d e los edificios públicos d e s t r u i d o s p o r los
t e r r e m o t o s y las inundaciones d e 7 4 0 - 4 1 . Los h a b i t a n t e s d e la
capital disfrutaban de u n a situación privilegiada en el I m p e r i o ,
q u e los e m p e r a d o r e s del siglo VIII se c u i d a r o n d e preservar.

e) Constantino V y el Papado

T e n i e n d o en c u e n t a las creencias personales del E m p e r a d o r ,


era inevitable q u e las relaciones con el P a p a d o se hicieran más
difíciles d u r a n t e su r e i n a d o . El s e n t i m i e n t o a n t i b i z a n t i n o d e las
provincias italianas d e b i ó de facilitar la toma d e R á v e n a , capital
d e la Italia bizantina, p o r el rey l o m b a r d o Astolfo en 7 5 1 .
A consecuencia de esto, el P a p a d o , q u e q u e d ó c o m p l e t a m e n t e
indefenso frente a los l o m b a r d o s , se volvió hacia la única po­
tencia cristiana capaz d e defenderle: los francos. E n 7 5 4 , el
p a p a E s t e b a n I I inició las negociaciones con el rey P i p i n o . La
intromisión en Italia d e la a u t o r i d a d franca fue esencialmente
u n a m a n i o b r a antibizantina, y los acontecimientos subsiguientes
—la creación d e los E s t a d o s Pontificios en la Italia central, jus­
tificada p o r m e d i o de la falsa « D o n a c i ó n de C o n s t a n t i n o » — sig­
nificó el declive de la a u t o r i d a d bizantina en O c c i d e n t e . Las
tentativas de C o n s t a n t i n o V d e llevar a cabo u n a alianza diplo­
mática con los francos, fracasaron c o m p l e t a m e n t e .

f) La persecución d u r a n t e el r e i n a d o d e C o n s t a n t i n o V

C o n s t a n t i n o era consciente de q u e el único p r o c e d i m i e n t o para


proclamar la iconoclastia c o m o credo oficial d e la Iglesia O r i e n t a l
era la celebración de u n concilio ecuménico. P e r o el papa y
los otros patriarcas n u n c a se mostrarían d e a c u e r d o con esta
doctrina y, p o r t a n t o , boicotearían u n concilio convocado p o r
el E m p e r a d o r . N o o b s t a n t e , tras m u c h o s preparativos a base
de debates públicos y del n o m b r a m i e n t o de iconoclastas para
ocupar las sedes episcopales vacantes y las d e reciente creación,
C o n s t a n t i n o convocó en el palacio d e H i e r i a , u n concilio q u e

91
s o l a m e n t e d e n o m b r e era ecuménico. Al h a b e r m u e r t o reciente­
m e n t e el patriarca Anastasio, T e o d o s i o d e Efeso y el m i s m o
C o n s t a n t i n o p r e s i d i e r o n m u c h a s de las sesiones, hasta q u e l ú e
elegido patriarca el o b i s p o d e Silea. D u r a n t e siete meses, los
388 obispos r e u n i d o s discutieron acerca del culto a las imá­
genes, q u e c o n d e n a r o n b a s á n d o s e en c u a t r o p u n t o s : las adver­
tencias de las E s c r i t u r a s sobre los peligros de la idolatría, la
p r o h i b i c i ó n tajante d e las imágenes esculpidas, el hecho d e q u e
las imágenes e s t i m u l a b a n más el r e s p e t o p o r las formas externas
q u e la emulación de la vida santa y el p r o b l e m a cristológico
d e la r e p r e s e n t a c i ó n . E s t e era, con diferencia, el a r g u m e n t o más
i m p o r t a n t e , ya q u e se aceptaba u n i v e r s a l m e n t e que la naturaleza
divina de Cristo no podía ser r e p r e s e n t a d a . El sumario de sus
decisiones, el Horos, fue p u b l i c a d o en agosto de 754. E n él se
o r d e n a b a la destrucción de todas las imágenes y se anatemati­
zaba a los más i m p o r t a n t e s iconódulos, incluidos el antiguo pa­
triarca G e r m á n y J u a n D a m a s c e n o , a u t o r d e varios tratados en
q u e se justificaban las imágenes. D e la misma manera q u e el
Horos sirvió d e base a t o d a la futura teoría iconoclasta, la ar­
g u m e n t a c i ó n iconódula se basaría en las teorías d e D a m a s c e n o
sobre el icono c o m o s í m b o l o y m e d i a d o r .
C o n el apoyo del Horos, C o n s t a n t i n o p r o c e d i ó a la destruc­
ción del arte religioso, q u e fue s u s t i t u i d o p o r representaciones
simbólicas y laicas d e animales, árboles y pájaros. Se emplearon
con frecuencia las representaciones de la Cruz y del E m p e r a d o r .
E s t o s cambios, como es lógico, provocaron u n a airada reacción
d e los iconódulos más acérrimos, a los q u e C o n s t a n t i n o inten­
tó en vano convertir a sus creencias. P e r o la oposición, centrada
en los m o n a s t e r i o s , era o b s t i n a d a , y hacia 760 la persecución
llegó a ser ^violenta. El p r i m e r m á r t i r fue E s t e b a n , monje del
m o n a s t e r i o de M o n t e A u x e n c i o , d e s p e d a z a d o por la enfurecida
m u l t i t u d d e la capital en n o v i e m b r e de 765. N o solamente
monjes, sino t a m b i é n altos funcionarios de la corte y adminis­
t r a d o r e s provinciales, fueron ejecutados p o r sus creencias. E n
esta época fue t o r t u r a d o y d e s t e r r a d o al P o n t o el p a d r e del pa­
triarca Nicéforo (806-815), secretario imperial. La cruzada del
E m p e r a d o r contra las creencias iconódulas fue imitada p o r Mi­
guel Lacanodraco, g o b e r n a d o r del thema d e los Tracesios, que
provocó u n a ola de terror, confiscando todas las propiedades
eclesiásticas, o b l i g a n d o a los monjes a contraer m a t r i m o n i o bajo,
p e n a d e p e r d e r la vista, y q u e m a n d o finalmente c u a n t o podía
arder. P e r o la persecución fue sin d u d a más dura en la capital,
d o n d e el mismo patriarca C o n s t a n t i n o fue d e p u e s t o al juzgar
el E m p e r a d o r d e m a s i a d o frío su e n t u s i a s m o hacia la iconoclastia.
A u n así, n o se p u d o sofocar la fuerte resistencia iconódula.

92
E s t o s hechos obligaron al p a p a E s t e b a n I I I a convocar u n
sínodo q u e c o n d e n ó la iconoclastia, p e r o la actitud papal hacia
Bizancio e s t u v o influida t a n t o p o r motivos religiosos como po-
líticos. Los francos h a b í a n t e r m i n a d o con el d o m i n i o l o m b a r d o
en Italia y p r o p o r c i o n a d o al P a p a tierras y recursos materiales.
Por lo t a n t o , el P a p a ya n o necesitaba el apoyo del e m p e r a d o r
C o n s t a n t i n o . E n t i e m p o s d e la celebración del V I I Concilio
Ecuménico (787), la influencia bizantina en E u r o p a occidental
había sido sustituida p o r la d e los francos y la del p a p a d o .
De esta m a n e r a , el p r i m e r m o v i m i e n t o iconoclasta condujo de
manera inevitable a la constitución de u n a Iglesia occidental
i n d e p e n d i e n t e y a la aparición del Sacro I m p e r i o R o m a n o , q u e
de m a n e r a tan decisiva influirían en la consolidación de la E u -
ropa medieval.

II. Consecuencias de la reanudación del culto a las imágenes:


775-802

C o n s t a n t i n o V e s t u v o casado dos veces, y dejó a su m u e r t e ,


en 775, seis hijos. El m a y o r fue e m p e r a d o r con el n o m b r e
de León I V (775-780), p e r o sus cinco h e r m a n a s t r o s m i n a r o n
su a u t o r i d a d y la de su hijo de corta e d a d , C o n s t a n t i n o V I ,
coronado como co-emperador con L e ó n I V en 776. El Senado,
el ejército, las corporaciones de comerciantes y los c i u d a d a n o s
de C o n s t a n t i n o p l a aceptaron a C o n s t a n t i n o c o m o h e r e d e r o y
p r e s t a r o n u n j u r a m e n t o público de fidelidad a la sucesión d e
León d e n t r o de la dinastía siria. P e r o las pretensiones d e los
hijos d e s h e r e d a d o s de C o n s t a n t i n o V c o n t i n u a r o n siendo u n foco
c o n t i n u o de oposición a la mujer de León, I r e n e , y a su hijo,
Constantino V I .
A u n q u e carecía de la energía de su p a d r e , León I V c o n t i n u ó
su misma política iconoclasta, si bien d e m a n e r a menos violenta.
N o se abolió n i n g u n a d e las leyes contra el culto a las imá-
genes, pero cesó la persecución y t o r t u r a de los iconódulos.
Los monjes, p o s i b l e m e n t e protegidos p o r la emperatriz I r e n e ,
p u d i e r o n volver a la capital. La poca disposición de L e ó n I V
hacia la persecución i m p i d i ó que se castigara la idolatría pú-
blica; cinco funcionarios d e palacio fueron azotados por adorar
imágenes, y el patriarca P a b l o fue obligado a prestar el h a b i t u a l
j u r a m e n t o contra las imágenes. D u r a n t e el r e i n a d o de L e ó n ,
se n o m b r a r o n p o r primera vez monjes p a r a los obispados, me-
dida que fortalecería el control imperial sobre la Iglesia.
Las dotes militares d e L e ó n I V no eran d e s d e ñ a b l e s ; hizo
frente victoriosamente a dos invasiones árabes en Asia M e n o r :

93
u n a en G e r m a n i c i a (778) y o t r a en la región armenia (780). E n
la frontera del n o r t e se m a n t u v o la paz gracias al t r a t a d o im-
p u e s t o a los búlgaros en 7 7 3 . L a política siria d e traslado
d e poblaciones prosiguió con el a s e n t a m i e n t o de prisioneros d e
g u e r r a árabes en Tracia.
A l m o r i r r e p e n t i n a m e n t e L e ó n I V en s e p t i e m b r e d e 780,
c o n t a b a treinta años d e e d a d y su hijo C o n s t a n t i n o V I sólo
diez. Los tíos del E m p e r a d o r - n i ñ o i n t e n t a r o n aprovecharse d e
la situación, p e r o se l o i m p i d i ó la emperatriz I r e n e , q u e había
sido n o m b r a d a r e g e n t e y co-emperatriz a u n t i e m p o . A p l a s t ó con
firmeza u n a rebelión en favor del mayor de los h e r m a n o s de
L e ó n , Nicéforo, y les obligó a t o d o s a o r d e n a r s e sacerdotes.
E s t a m e d i d a n o i m p i d i ó q u e e n t r e 792 y 798 los cinco hijos
d e s h e r e d a d o s d e C o n s t a n t i n o V i n t e n t a s e n hacerse con el p o d e r ,
p e r o estos i n t e n t o s fracasaron t a m b i é n . U n a vez asegurada su
posición, I r e n e e m p r e n d i ó la restauración de las imágenes. Para
este fin c o n t ó con la a y u d a d e u n p a r t i d o iconódulo consti-
t u i d o en t o r n o al patriarca P a b l o y de u n o s pocos funcionarios.
T u v i e r o n q u e hacer frente a la oposición d e casi todos los go-
b e r n a d o r e s provinciales y d e t o d a la jerarquía eclesiástica, así
c o m o d e la población d e C o n s t a n t i n o p l a . N o o b s t a n t e , a pesar
d e las dificultades y peligros d e la situación y de su inexperien-
cia, I r e n e p e r s e v e r ó en su p r o p ó s i t o d e revocar t o d a la tradición
d e g o b i e r n o de la dinastía siria, llegando a ser la única mujer
q u e g o b e r n ó e n calidad d e E m p e r a t r i z sobre el I m p e r i o bi-
zantino.

a) Los partidos: iconoclastas e iconódulos

U n a d e las cuestiones m á s d e b a t i d a s del p e r í o d o iconoclasta


es la d e los orígenes y la composición d e los dos p a r t i d o s .
N i t e n í a n u n a masa d e seguidores c o m p l e t a m e n t e definida, ni
t a m p o c o r e p r e s e n t a b a n a g r u p o s claros d e n t r o d e la sociedad
b i z a n t i n a . Así p o r ejemplo, la población d e la capital, q u e en
7 2 6 se m o s t r ó p r o f u n d a m e n t e iconódula, en 813 acogió con
e n t u s i a s m o las radicales creencias iconoclastas de C o n s t a n t i n o V.
D e igual m o d o oscilaron las creencias, y con ello las posiciones
político-religiosas, d e dignatarios eclesiásticos, funcionarios civiles
y g o b e r n a d o r e s militares. D u r a n t e m u c h o t i e m p o se ha s u p u e s t o
q u e , al ser I r e n e n a t u r a l d e A t e n a s , centro d e la revuelta de
los helladikoi en 7 2 7 , t o d a Grecia era p r o f u n d a m e n t e iconódula.
R e c í p r o c a m e n t e , al p r o c e d e r los e m p e r a d o r e s sirios y otros empera-
d o r e s iconoclastas d e la p a r t e oriental del I m p e r i o , se ha s u p u e s t o

94
que ésta era c o m p l e t a m e n t e iconoclasta. E s t a división e n t r e este
y oeste, q u e tiene i n d u d a b l e s raíces en diferencias históricas y
geográficas, se h a e m p l e a d o incluso p a r a explicar el comporta-
m i e n t o de los soldados provinciales: m i e n t r a s q u e las t r o p a s
asiáticas fueron siempre iconoclastas, las europeas fueron ico-
nódulas. P e r o u n análisis detallado del p a p e l d e s e m p e ñ a d o p o r
el ejército b i z a n t i n o ha d e m o s t r a d o q u e n o era exactamente
así, y q u e soldados p r o c e d e n t e s d e la p a r t e oriental p u d i e r o n
apoyar a veces a u n jefe p a r t i d a r i o d e las imágenes, como ocu-
rrió en 742. E n esta revuelta los soldados d e los themas de
Opsicio y A r m e n i a a y u d a r o n al i c o n ó d u l o A r t a b a s d o en su
i n t e n t o d e restablecer las imágenes, mientras q u e los d e Ana-
tolia y Tracia apoyaron a C o n s t a n t i n o V. Las t r o p a s provinciales
cambiaron a m e n u d o d e b a n d o a lo largo del conflicto, p u e s
no eran partidarios absolutos d e n i n g u n a política y sus creen-
cias religiosas n o d e b i e r o n d e c o n s t i t u i r el factor decisivo.
P o r ello, la explicación de la división e n t r e oeste y este en
la formación d e los dos p a r t i d o s , no resulta satisfactoria para
el p e r í o d o iconoclasta en su c o n j u n t o . E s m á s verosímil q u e el
apoyo p r e s t a d o a los e m p e r a d o r e s iconoclastas se debiera a
razones políticas más p r o f u n d a s : allí d o n d e existía u n a ame-
naza d e invasión, la población se m o s t r ó más dispuesta a
apoyar la política iconoclasta. E n Tracia y en Capadocia, los
jefes militares d e b i e r o n de ser iconoclastas. F u e la necesidad
de defensa frente a los ataques árabes y búlgaros lo q u e originó
la política q u e se asociaría más t a r d e con la iconoclastia. Y al
ser las regiones asiáticas las q u e e s t u v i e r o n amenazadas en el
siglo v i n , d e b i ó de ser el o d i o de las t r o p a s anatolias y arme-
nias hacia los iconos el q u e ejerció u n a influencia decisiva.
Las regiones d o n d e eran frecuentes las prácticas judía y musul-
mana, así como ciertas herejías, t e n d i e r o n a m o s t r a r m e n o r
entusiasmo hacia la veneración d e las imágenes. Es i n d u d a b l e
q u e los soldados d e la región anatolia fueron siempre icono-
clastas. P o r el contrario, las provincias bizantinas de la P e n í n s u l a
Balcánica, q u e n o h a b í a n p o d i d o resistir a las invasiones eslavas,
d e s e m p e ñ a r o n u n p a p e l r e l a t i v a m e n t e poco i m p o r t a n t e en la
defensa del I m p e r i o . Los h a b i t a n t e s d e Grecia n o corrían u n
peligro a l a r m a n t e y p o d í a n reaccionar a i r a d a m e n t e contra la
o r d e n de a b a n d o n a r la adoración de sus imágenes. P e r o n a d a
d e m u e s t r a q u e estuvieran t r a d i c i o n a l m e n t e más apegados a este
culto q u e cualquier otra p a r t e del I m p e r i o . E n r e s u m e n , la
formación de los dos p a r t i d o s , iconoclasta e iconódulo, se d e b i ó
p r o b a b l e m e n t e más a las presiones e x t e r n a s q u e a las cuestiones
p u r a m e n t e religiosas.

95
b) El S é p t i m o Concilio E c u m é n i c o de 787

La decisión d e I r e n e d e restablecer el culto a las imágenes


significaba q u e su política estaba d o m i n a d a p o r el p r o p ó s i t o
d e reconciliarse con O c c i d e n t e . Los bizantinos t u v i e r o n que ad-
mitir q u e el p o d e r franco h a b í a r e e m p l a z a d o , ya hacia 780, su
propia influencia en la Italia central y q u e el papa A d r i a n o I
d e p e n d í a c o m p l e t a m e n t e de C a r l o m a g n o p a r a su protección ma-
terial. N o o b s t a n t e , I r e n e q u i s o volver a ejercer la mayor in-
fluencia posible, t a n t o en A q u i s g r á n como en R o m a . U n a em-
bajada enviada a la corte franca p r o p u s o la alianza matrimonial
del joven C o n s t a n t i n o V I con R o t r u d a , hija de Carlomagno.
La m a n i o b r a siguiente, como en cualquier i n t e n t o de cambiar
la d o c t r i n a oficial, fue la elección de u n patriarca p a r t i d a r i o
de las imágenes. P a b l o fue obligado a dimitir y para sustituirle,
I r e n e designó a Tarasio, q u e había d e s e m p e ñ a d o a n t e r i o r m e n t e
el cargo de secretario imperial. E n 784, por o r d e n suya, los
h a b i t a n t e s de la capital a p r o b a r o n la elección. Sin embargo, el
Papa p u s o serios reparos a la elección de Tarasio, ya que era
c o n t r a r i o a los cánones el q u e u n laico fuese n o m b r a d o patriar-
ca. P e r o R o m a y los demás patriarcados vieron con b u e n o s
ojos la perspectiva del restablecimiento de las imágenes.
E n 786 se convocó u n concilio ecuménico, q u e habría de
celebrarse en la iglesia de los Santos Apóstoles de Constanti-
nopla. Se d e b i e r o n d e t o m a r m e d i d a s p a r a garantizar la icono-
dulia del e p i s c o p a d o , pero un fuerte c o n t i n g e n t e de soldados
iconoclastas de la capital i r r u m p i ó en la iglesia d u r a n t e la ce-
lebración d e la ceremonia d e a p e r t u r a y dispersó el concilio.
La responsabilidad de este h e c h o recayó p a r t i c u l a r m e n t e en las
tropas profesionales de la guarnición, las tagmala, por lo q u e
fueron trasladadas a Asia con el p r e t e x t o d e u n a ofensiva árabe,
y s u s t i t u i d a s p o r tropas d e confianza d e Tracia. Con esta nueva
protección, el concilio se volvió a r e u n i r en s e p t i e m b r e de 787,
no en la capital, sino en Nicea. Los 350 obispos, monjes y re-
p r e s e n t a n t e s del P a p a y d e los patriarcas, se p u s i e r o n rápida-
m e n t e d e a c u e r d o sobre la restauración del culto a las imágenes
y la c o n d e n a c i ó n d e la iconoclastia, p e r o h u b o i m p o r t a n t e s dis-
cusiones acerca de los iconoclastas a r r e p e n t i d o s que quisiesen
unirse de n u e v o a la Iglesia. Surgieron dos> p u n t o s de vista
c o n t r a r i o s : el d e los partidarios d e la moderación y el com-
p r o m i s o y el p a r t i d o m o n á s t i c o , fanáticamente anti-herético.
A u n q u e n o p u d o llevar a cabo la exclusión de los antiguos
iconoclastas, este p a r t i d o , dirigido p o r P l a t ó n de Sacudió y su
sobrino, T e o d o r o de E s t u d i o , iba a ocasionar más adelante serias

96
divisiones en el seno de la Iglesia p o r su rigurosa aplicación
del d e r e c h o canónico.
La política religiosa de I r e n e había, p o r t a n t o , triunfado, p e r o
ello n o provocó en O c c i d e n t e el efecto d e s e a d o . A m b a s Iglesias
seguían s i n t i e n d o u n a gran desconfianza m u t u a . E n 794, a ins-
tancias de C a r l o m a g n o , u n sínodo de la Iglesia occidental con-
d e n ó el V I I Concilio E c u m é n i c o . E s t a tensa situación debió
de agravarse a ú n más con la r u p t u r a p o r p a r t e d e I r e n e del
compromiso e n t r e R o t r u d a y su hijo, obligado a casarse con
una princesa armenia en 788. Estas tensiones q u e d a r o n políti-
camente p a t e n t e s con la coronación imperial de Carlomagno
el día de N a v i d a d del año 800.
El concilio d e 787 había restablecido oficialmente el culto a las
imágenes, p e r o en la práctica, el p a r t i d o iconoclasta no fue inme-
d i a t a m e n t e abolido. P o r s u p u e s t o I r e n e designó como ministros
a partidiarios d e sus ideas, e n t r e los q u e destacaron los dos
eunucos Aecio y Estauracio, que gozaron de u n a posición desta-
cada en los asuntos administrativos y militares y evitaron en reali-
dad la participación de C o n s t a n t i n o V I en el gobierno. C o m o
consecuencia d e ello, las relaciones e n t r e los dos co-emperadores
e m p e o r a r o n cada vez más desde 7 8 8 . E r a inevitable la formación
de u n p a r t i d o d e oposición a I r e n e en t o r n o a C o n s t a n t i n o , del
que formaban p a r t e los iconoclastas q u e a ú n q u e d a b a n . C u a n d o
Irene i n t e n t ó obligar al ejército a reconocerla como único E m p e -
rador y desheredar a C o n s t a n t i n o , las tropas armenias e icono-
clastas, proclamaron a C o n s t a n t i n o e m p e r a d o r único. E s t e obligó
a su m a d r e a retirarse al palacio de E l e u t e r i o , y Miguel Lacano-
draco, el o d i a d o g o b e r n a d o r del thema de los tracesios en tiempos
de C o n s t a n t i n o V, se convirtió en su principal consejero.

c) Constantino V I : 790-797

C o m o E m p e r a d o r , C o n s t a n t i n o sólo p u d o g o b e r n a r dos años.


Luego fue c o n v e n c i d o para autorizar a su m a d r e a recuperar su
condición de co-emperador. E s t a medida fue mal vista por los
iconoclastas, q u e , una vez más, se volvieron hacia su tío Nicéforo,
el mayor de los cinco hijos de C o n s t a n t i n o V. P e r o el E m p e r a d o r
aplastó la revuelta y d e s t e r r ó a A t e n a s a t o d o s sus tíos. T a m b i é n
castigó a Alejo Mosele, jefe de las tropas a r m e n i a s q u e le h a b í a n
ayudado en 790, y este injusto acto le hizo p e r d e r a su aliado
más i m p o r t a n t e . Más tarde provocó u n gran escándalo al anunciar
el divorcio de su mujer y su m a t r i m o n i o con u n a sirvienta de
palacio, T e o d a t a . E s t o abrió u n a nueva división e n t r e los ecle-
siásticos. Al amenazar C o n s t a n t i n o al patriarca Tarasio con el

97
restablecimiento d e la iconoclastia, éste accedió a la celebración
del m a t r i m o n i o q u e se llevó a c a b o con gran p o m p a y esplendor.
P e r o la cuestión del « a d u l t e r i o » (moicheian) hizo p e r d e r al Em-
p e r a d o r el apoyo d e la Iglesia.
E n 7 9 7 , el E m p e r a d o r h a b í a ya p e r d i d o t o d o s sus aliados: los
iconoclastas, el ejército y la Iglesia. E r a a b s o l u t a m e n t e i m p o t e n t e
para hacer frente a su m a d r e , decidida a t e r m i n a r con él c o m o
E m p e r a d o r . D e s p u é s de u n a campaña, a p a r e n t e m e n t e desfavora-
ble, contra los árabes, decayó t a m b i é n su apoyo p o p u l a r . El 15
de agosto d e 797 fue cegado p o r o r d e n d e su m a d r e y confinado,
con T e o d a t a , en u n r e m o t o palacio. I r e n e se convirtió en gober-
n a n t e única del I m p e r i o .

d) El reinado de Irene: 797-802

Si los p r i m e r o s diez años d e g o b i e r n o d e I r e n e c o m o r e g e n t e


fueron testigos d e su p r e o c u p a c i ó n p o r los problemas religiosos,
sus cinco años de g o b i e r n o p e r s o n a l fueron u n a p r u e b a m u c h o
más d u r a para sus d o t e s . E n u n a época en q u e los e m p e r a d o r e s
dirigían h a b i t u a l m e n t e a sus t r o p a s en las batallas, era difícil
q u e u n a mujer impusiera su condición d e e m p e r a d o r . N o obs-
t a n t e , d o m i n ó la situación n o t a b l e m e n t e bien. Los generales Es-
tauracio y Aecio c o n t r o l a r o n a l t e r n a t i v a m e n t e la administración
central y la rivalidad e n t r e ellos h u b i e r a p r o v o c a d o la guerra
abierta en el a ñ o 800 de n o h a b e r sido p o r la o p o r t u n a m u e r t e
de E s t a u r a c i o . E s t o t a m p o c o s o l v e n t ó el p r o b l e m a d e la inseguri-
dad q u e p r o d u c í a la cuestión sucesoria. E l p a p a L e ó n I I I se
sirvió del p r e t e x t o d e q u e el I m p e r i o estaba en m a n o s d e u n a
mujer p a r a c o r o n a r E m p e r a d o r a C a r l o m a g n o , p e r o es i n d u d a b l e
q u e la v e r d a d e r a razón d e esta coronación imperial era q u e tra-
taba d e consolidar la a u t o r i d a d del rey franco.
A pesar d e q u e la política iconódula d e I r e n e fue en general
b i e n acogida, se vio obligada a c o m p r a r el apoyo de los icono-
clastas, p r e d o m i n a n t e s en la capital, m e d i a n t e remisiones de im-
p u e s t o s . F u e r o n cancelados los i m p u e s t o s d e la ciudad (phoroi
politikoi), q u e p e s a b a n s o b r e los h a b i t a n t e s de C o n s t a n t i n o p l a ,
algunos derechos de exportación e i m p o r t a c i ó n , q u e se pagaban
a las a d u a n a s bizantinas, y algunos i m p u e s t o s monásticos. A l
m i s m o t i e m p o , a u m e n t a r o n los gastos. I r e n e levantó el palacio d e
E l e u t e r i o , encargó u n mosaico d e Cristo para la p u e r t a de Calcis
en sustitución del q u e m a n d a r a destruir L e ó n I I I , y fundó mo-
nasterios e iglesias con decoraciones iconódulas. D u r a n t e su rei-
n a d o , los monjes d e E s t u d i o consiguieron, p o r p r i m e r a vez, ejercer
su influencia en la capital y en la C o r t e . T o d o esto, u n i d o a la

98
mala situación económica, p r o d u j o u n gran r e s e n t i m i e n t o e n t r e
los funcionarios y a d m i n i s t r a d o r e s de la C o r t e , q u e p r o m o v i e r o n
u n golpe de e s t a d o en o c t u b r e de 802 y alejaron del p o d e r a la
Emperatriz usurpadora.
La crisis i n t e r n a fue la chispa q u e hizo saltar la revolución
que llevó al p o d e r a Nicéforo I . P e r o la crisis externa del I m
perio n o era m e n o r . D e s d e 7 8 0 , el p o d e r o s o a p a r a t o militar d e
C o n s t a n t i n o V y L e ó n I V se h a b í a visto p r o g r e s i v a m e n t e debili-
tado p o r el ejército árabe, a las ó r d e n e s del gran H á r ü n al-Rasíd.
E n 7 8 2 , éste consiguió infligirle u n a d e r r o t a q u e t u v o c o m o con-
secuencia el pago de u n t r i b u t o al califa d u r a n t e tres años. Algu-
nas campañas posteriores t a m p o c o t u v i e r o n éxito, y d e s p u é s d e
la ú l t i m a d e ellas, en 7 9 8 , el I m p e r i o t u v o q u e pagar d e n u e v o
t r i b u t o s d e guerra. E n las provincias e u r o p e a s , sin embargo, Es-
tauracio dirigió u n a i m p o r t a n t e campaña e n 783 q u e sometió a
los eslavos y p e n e t r ó hasta el m i s m o P e l e p o n e s o . I r e n e celebró
esta victoria con u n t r i u n f o en el H i p ó d r o m o y m a r c h ó hasta
la misma Berea p a r a observar los resultados d e la pacificación.
E n t r e esta fecha y el 800 a p r o x i m a d a m e n t e se i m p l a n t ó la ad-
ministración provincial en las zonas de Macedonia y del Pelepo-
neso. E s p r o b a b l e q u e la iglesia d e Santa Sofía de Salónica, u n o
de los pocos m o n u m e n t o s iconódulos q u e q u e d a n , fuese cons-
truida en esta época. A pesar d e q u e C o n s t a n t i n o V I d e m o s t r ó ,
en p a r t e , si n o el talento sí el valor d e su a b u e l o , y gozó del
r e s p e t o de sus t r o p a s , sufrió u n a d e r r o t a h u m i l l a n t e a m a n o s d e
los búlgaros en 792. T a n t o C o n s t a n t i n o c o m o más tarde I r e n e ,
se vieron obligados a reconocer la s u p e r i o r i d a d de los ejércitos
búlgaro y árabe y a c o m p r a r la paz a u n precio m u y alto.

III. Consecuencias de la supremacía búlgara en los Balcanes:


802-813

El golpe de estado d e 802 e n c o n t r ó poca oposición. A u n q u e


Nicéforo era ya anciano y n o era militar, fue considerado u n
E m p e r a d o r capaz d e dirigir las tropas. Sus opiniones religiosas
b a s t a r o n para q u e Tarasio le coronase E m p e r a d o r en Santa
Sofía. Y su experiencia en las finanzas como jefe de la admi-
nistración imperial (genikos logothetes) significaba sin d u d a u n a
garantía para u n I m p e r i o e m p o b r e c i d o por los pesados t r i b u t o s ,
por los i m p u e s t o s n o recaudados y por el gasto excesivo d e los
m o n u m e n t o s imperiales y d e la C o r t e .
Nicéforo I h a sido desfavorablemente juzgado a causa d e las
noticias conservadas de su r e i n a d o , todas iconódulas, p o r h a b e r s e
n e g a d o a q u e las cuestiones religiosas d o m i n a s e n la política es-

99
tatal. I n t e n t ó llevar a cabo u n a reforma económica c o h e r e n t e a
expensas de algunos elementos o r t o d o x o s , p r i n c i p a l m e n t e los mo­
nasterios.
U n a vez d e s t e r r a d a I r e n e a la isla de los Príncipes, el primer
objetivo de Nicéforo fue c o n v e r t i r a su familia en dinastía rei­
n a n t e . E n julio d e 8 0 3 , B a r d a n i o T u r c o , g o b e r n a d o r del tema
d e A n a t o l i a , encabezó u n a revuelta q u e fue apoyada por todas
las t r o p a s imperiales a excepción de las armenias. La rebelión
fue sofocada y B a r d a n i o cegado, y en el mes de diciembre, Estau-
racio, hijo único de Nicéforo, fue c o r o n a d o co-emperador. Sin
d u d a h u b i e r a llegado a ser E m p e r a d o r de no h a b e r sido por su
m u e r t e p r e m a t u r a en 8 1 1 .

a) Reformas militares de Nicéforo

Al negarse Nicéforo a c u m p l i r el h u m i l l a n t e t r a t a d o firmado en


798 e n t r e I r e n e y H á r a n al-RasTd, se hizo inevitable la presencia
d e las tropas del califa en territorio bizantino. P o r el m i s m o
tiempo, el jan b ú l g a r o K r u m hacía evidentes preparativos para
atacar la frontera n o r t e del I m p e r i o . Nicéforo, ante la posibilidad
d e dos ataques simultáneos en dos frentes distantes, tuvo q u e
buscar recursos para la defensa. Las reformas militares de Nicé­
foro h a n de analizarse en la óptica de esta doble amenaza.
La p r i n c i p a l . fuerza defensiva del I m p e r i o estaba constituida
p o r las unidades provinciales (themas), m a n d a d a s por los gober­
nadores provinciales (strategoi), reclinadas y adiestradas sobre
la marcha. E s t o s soldados solían ser más leales a sus generales
q u e al e m p e r a d o r , c o m o se h a b í a c o m p r o b a d o en 8 0 3 , en q u e
B a r d a n i o fue a p o y a d o p o r las tropas d e t o d o s los contingentes
asiáticos. T e n í a n q u e sufragar su e q u i p o y alimentar a sus fami­
lias con las concesiones de tierra q u e recibían por valor de 4 li­
bras de oro (288 nomismata), p e r o h a b í a u n a gran diversidad entre
las tropas de cada región. Para hacer frente a las tropas provinciales
d e B a r d a n i o , Nicéforo contó con las tropas de la guarnición (tagma-
ta) d e C o n s t a n t i n o p l a , c o m p u e s t a s por soldados profesionales
dignos de confianza. O r i g i n a r i a m e n t e h a b í a tres tagmata: los
scholae, los excubitares y la vigía o arithmos. U n cuarto,
los hikanati, fue creado p o r Nicéforo. J u n t a m e n t e con las tropas
especiales de la guardia imperial, f o r m a r o n el v e r d a d e r o núcleo
del ejército b i z a n t i n o .
P a r a a u m e n t a r el n ú m e r o d e sus fuerzas a r m a d a s , Nicéforo re­
currió a los m é t o d o s habituales de leva, con la innovación d e
q u e aquellos q u e eran d e m a s i a d o p o b r e s p a r a pagar sus impues-

100
tos debían alistarse y sus vecinos d e b e r í a n no sólo pagar estos
impuestos, sino t a m b i é n u n a suma de 18 1/2 nomismata por cada
soldado p o b r e . E s t o significaba u n a vigorosa afirmación del prin-
cipio de responsabilidad colectiva a n t e el i m p u e s t o , sobre el q u e
se basaban todas las c o m u n i d a d e s municipales en el I m p e r i o bi-
zantino. E v i d e n t e m e n t e , Nicéforo esperaba i n c r e m e n t a r el n ú m e r o
de soldados sin hacerles la concesión d e tierra h a b i t u a l , pero no
es d u d o s o que los 18 1/2 nomismata bastasen para el sosteni-
miento de un soldado y su familia, a u n q u e era u n a suma con
siderable para sus vecinos. Se desconocen los resultados de esta
política, a u n q u e si los soldados pobres que lucharon en la cam-
paña de 811 c o n s t i t u í a n las nuevas fuerzas, no se puede decir
que constituyese u n gran éxito.
P r o b a b l e m e n t e se d e b i ó a Nicéforo la creación de varias ad-
ministraciones provinciales nuevas encaminadas a consolidar el
control bizantino en la P e n í n s u l a Balcánica. E n la Grecia occi-
dental, las islas Jónicas f o r m a r o n el thema d e Cefalonia, princi-
palmente provincia marítima, q u e e n t r ó en acción p o r primera
vez frente a P i p i n o , hijo de C a r l o m a g n o , en 809. El control im-
perial sobre la Grecia del sur se reforzó tras la derrota de u n a
revuelta eslava en 8 0 5 . La ciudad de P a t r a s , q u e había resistido
con éxito a un ejército m i x t o árabe y eslavo, fue elevada a la
condición de m e t r o p o l i t a n a y sus iglesias fueron reedificadas.
I g u a l m e n t e , las zonas de Salónica y D i r r a q u i o pasaron a estar
bajo u n control b i z a n t i n o más estricto, a u n q u e la estructura ad-
ministrativa oficial no se d e b i ó de i m p o n e r hasta el siglo ix.

b) Política exterior

E n 806, H á r ü n al-RasTd avanzó hasta T i a n a , a p o d e r á n d o s e de


muchas fortalezas fronterizas, y envió u n gran c o n t i n g e n t e hasta
A n k a r a . Nicéforo se vio obligado a p e d i r la paz. Los términos
del t r a t a d o fueron, si cabe, a ú n más h u m i l l a n t e s q u e los acor-
dados por I r e n e , p e r o el E m p e r a d o r n o t u v o más opción, q u e
pagar a n u a l m e n t e 30.000 nomismata, además d e u n rescate per-
sonal p o r sí mismo y E s t a u r a c i o . Algo más d e éxito t u v o en
sus negociaciones con C a r l o m a g n o . Nicéforo estaba resuelto a no
reconocer las p r e t e n s i o n e s francas al título imperial y al m i s m o
tiempo a defender la zona de influencia bizantina en las lagunas
del A d r i á t i c o n o r t e (Venecia, Istria, L i b u r n i a y Dalmacia), ame-
nazadas p o r la presión de P i p i n o . Esta salida bizantina hacia
E u r o p a occidental era más vital tras la p é r d i d a de Rávena en 7 5 1 .
P o r ello, los embajadores de C a r l o m a g n o volvieron a A q u i s g r á n

101
4. Las campañas del
período 790-814 y la
situación de los
t h e m a s en tiempos
de Teófilo.
T Mar Negro
X Plisca X

Mesembria
Sardica \ , . v ;
r C e
(Sofía) V ^ ^-^\Develtos l a

Filipópolis } £ > <^í v e r s i n i c i a Thema de l o s B u c e l a r i o s


Dirraquio A d r i a n ó p o l i s * ' T h e m a de T r a c ¡ a _ _ > '
) I
1
Thema de M a c e d o n i a * •.Constantinopla Thema de A r m e n i a o A r m e n i o
Dirraquio (Durazzo) j "^<_/Heraclea^Niwmedia
S a ó n i c

í B e r e a mÍThema de S a l ó n i c a " * C i c ' i c o N /


j& l V W*> ra f TTiema O p s i c i o Afnorio ' Cesárea
Vj» Thema del M a r Egeo-j?- —— ^. — - ^ ~TC^ *
ÍÍX-:, \ ^<v° 5, ^Thema de l o s T r a c e s i o s Si /

' ^fcormto"^<Thema „ O ü i
°.o.
G r e c i a
r / i e m a de c é f ' a l o n i a C^¿5 „
1
T h e m a del P e l o p o n e s o « ' ^ 0 "<Z¿^.Thema de C i b i r f a

V Rodas
Creta .a

F r o n t e r a s e n t r e b ú l g a r o s y b i z a n t i n o s en 814.

X Batallas.

F r o n t e r a s de los themas en t i e m p o s de T e ó f i l o
sin conseguir n a d a positivo y u n a flota bizantina en el Adriático
consiguió i m p o n e r u n a tregua. P e r o este arreglo d u r ó s o l a m e n t e
hasta 8 0 9 , en q u e P i p i n o c o n q u i s t ó Venecia y la costa dálmata.
La negociación e n t r e bizantinos y francos se aplazó p o r la m u e r t e
primero de P i p i n o (julio d e 810) y luego del p r o p i o Nicéforo
un año más t a r d e , siendo finalmente Miguel I el q u e firmó la
paz con O c c i d e n t e . R e c o n o c i e n d o las p r e t e n s i o n e s imperiales d e
Carlomagno, Miguel I dio la espalda a la política d e Nicéforo.
Tras la m u e r t e del califa H á r u m al-Rasid en 809 las disensiones
internas i m p i d i e r o n llevar a cabo otras acciones militares contra
el I m p e r i o , lo q u e d e b i ó d e ser u n r e s p i r o para Nicéforo, pues
ya en 807 los búlgaros h a b í a n c o m e n z a d o a atacar. E n este a ñ o
llevaron a cabo u n terrible a t a q u e en la región de E s t r i m ó n ,
a p o d e r á n d o s e de t o d o el d i n e r o d e s t i n a d o a la paga dé las tropas.
Dos años más tarde se d i s p u s i e r o n a p e n e t r a r p o r la frontera
del norte, s i t i a n d o Sardica (Sofía), u n a d e las fortalezas clave.
I n m e d i a t a m e n t e , Nicéforo p a r t i ó hacia Plisca, capital d e los búl-
garos, d o n d e , en represalia, incendió el palacio del jan K r u m .
P e r o se d i o c u e n t a d e q u e los búlgaros p o d í a n llegar a ser u n
enemigo e x t r e m a d a m e n t e peligroso, p o r lo q u e decidió trasladar
tropas bizantinas d e refuerzo a las zonas m á s vulnerables d e la
frontera. La región de los esclavinios fue colonizada por habitan-
tes de los cinco themas orientales e n t r e s e p t i e m b r e de 8 0 9 y la
Pascua d e 8 1 0 , al m o d o b i z a n t i n o tradicional: los colonos reci-
bieron lotes de tierras y a c a m b i o tenían q u e prestar servicio
militar, del m i s m o m o d o q u e los soldados provinciales. C o n esto
se garantizaba t a n t o la defensa local c o m o el cultivo d e la tierra.
P e r o , en esta ocasión, el sistema n o resultó eficaz, pues los co-
lonos d e s c o n t e n t o s h u y e r o n al p r i m e r a t a q u e búlgaro. Sin em-
bargo, la c a m p a ñ a d e 8 1 1 se concibió para d e r r o t a r a los búl-
garos d e m a n e r a definitiva. A n t e la presencia del i m p r e s i o n a n t e
ejército d e Nicéforo, K r u m p i d i ó la paz, p e r o el E m p e r a d o r con-
t i n u ó hasta Plisca, q u e fue d e n u e v o s a q u e a d a . E n lugar de
retirarse entonces con t o d o el b o t í n y el tesoro del jan, los bi-
zantinos cayeron en u n a emboscada en las regiones m o n t a ñ o s a s .
En la g r a n m a t a n z a q u e se p r o d u j o , n o sólo m u r i ó el E m p e r a d o r ,
sino t a m b i é n n u m e r o s o s patricios y generales. Sólo E s t a u r a c i o
consiguió escapar, j u n t o con u n g r u p o de dignatarios y lo q u e
había q u e d a d o del gran ejército. E s t a d e r r o t a influyó en la evo-
lución d e las relaciones e n t r e bizantinos y búlgaros a lo largo
del siglo ix, p e r o n o fue suficiente para contrarrestar los éxitos
de Nicéforo en la reorganización d e los recursos militares, navales
y financieros. Estas reformas básicas sirvieron luego de plataforma
a las victorias posteriores.

103
c) La a d m i n i s t r a c i ó n d e las finanzas

El rasgo más destacado del g o b i e r n o de Nicéforo radica en


su capacidad p a r a financiar sus reformas. E m p l e ó t o d a su habi-
lidad y experiencia como jefe de la administración imperial para
llevar a cabo u n a revisión general de t o d o el sistema fiscal bi-
z a n t i n o . C o m e n z ó su política de restricciones aboliendo las libe-
ralidades de I r e n e . V o l v i e r o n a i m p l a n t a r s e los impuestos sobre
la i m p o r t a c i ó n de esclavos de la a d u a n a de A b i d o s , al igual
q u e los phoroi politikoi pagados por los h a b i t a n t e s de la capital.
Se cancelaron todas las exenciones y remisiones impositivas de-
cretadas p o r I r e n e . L u e g o , Nicéforo se lanzó a u n a revisión am-
biciosa y de g r a n alcance de toda la administración financiera
del I m p e r i o . Se fijó la capacidad impositiva de los h o m b r e s libres
según sus tierra^ y p r o p i e d a d e s , y la cantidad calculada fue re-
gistrada t a n t o t u los catastros del registro central como en los
provinciales. E s t a s listas c o n s t i t u í a n la base de t o d o el sistema
y su e x a c t i t u d era de la m á x i m a i m p o r t a n c i a . E n t i e m p o de
Nicéforo se llevó a cabo u n a c o m p l e t a revisión de todos los ca-
tastros, de m o d o q u e los i m p u e s t o s p u d i e r a n ser calculados y
r e c a u d a d o s de la m a n e r a más eficaz. Se i m p u s o u n a tasa suple-
m e n t a r i a p a r a cubrir los gastos de esta operación. Más t a r d e ,
todos los i m p u e s t o s fueron elevados de m o d o uniforme.
Al m i s m o t i e m p o , se abolieron todas las exenciones de im-
puestos públicos de los m o n a s t e r i o s . E s t a m e d i d a provocó u n a
gran p r o t e s t a p o r p a r t e de los monasterios y sus simpatizantes,
ya que d u r a n t e m u c h o s años estas instituciones no h a c í a n p a g a d o
la mayor p a r t e d e sus i m p u e s t o s . Nicéforo decretó q u e pagasen
el kapnikon ( i m p u e s t o p o r h o g a r ) sobre todas sus p r o p i e d a d e s
y q u e este p a g o fuese r e t r o t r a í d o al p r i m e r a ñ o de su r e i n a d o .
Las p r o p i e d a d e s monásticas, q u e se h a b í a n visto incrementadas
d u r a n t e los siglos v i y v i l gracias a las n u m e r o s a s donaciones y
legados, se vieron así reducidas m e d i a n t e la expropiación pública.
Los a d m i n i s t r a d o r e s imperiales registraron e n t r e los fundos im-
periales (baúlike kouratoria) las mejores tierras de los ricos mo-
nasterios, p e r o éstos siguieron s i e n d o responsables de los impuestos
q u e estas tierras p a g a b a n . E n m a y o de 811 el genikos logothetes
recibió la o r d e n de recaudar t o d o s los i m p u e s t o s públicos debidos
por las instituciones monásticas y eclesiásticas, también retro-
traídos a 802. M e d i a n t e estos p r o c e d i m i e n t o s , Nicéforo debió de
o b t e n e r grandes sumas de d i n e r o , ya q u e la Iglesia había disfru-
tado de u n a situación privilegiada desde 780.
N o fueron los eclesiásticos los únicos perjudicados con las
reformas d e Nicéforo. Se d i e r o n instrucciones a los gobernadores
provinciales de hacer u n a relación de todas vas personas reciente-

104
m e n t e enriquecidas, a q u i e n e s se gravó con i m p u e s t o s p o r exceso
de riqueza. D e igual m a n e r a , u n fabricante d e velas q u e h a b í a
amasado u n a f o r t u n a d e 100 libras d e o r o en el m e r c a d o d e
C o n s t a n t i n o p l a , fue d e s p o s e í d o de su f o r t u n a p o r el m i s m o E m -
perador en persona. Nicéforo le p e r m i t i ó conservar s o l a m e n t e
100 nomismata. Las herencias habían siempre estado gravadas p o r
i m p u e s t o s en el I m p e r i o b i z a n t i n o , p e r o a h o r a éstos se hicieron
extensivos a las donaciones y los legados. Sobre las prósperas
poblaciones navegantes d e las costas de Asia M e n o r , volvió a
pesar u n antiguo i m p u e s t o resucitado p o r Nicéforo, la liturgia
(litourgia) r o m a n a q u e tenía como objetivo m a n t e n e r la tierra
cultivada. D e esta manera, los h a b i t a n t e s más p r ó s p e r o s se vieron
obligados a c o m p r a r al E s t a d o , a precios fijos, las tierras aban-
donadas p o r los campesinos más p o b r e s . Se i n t r o d u j o en el siste-
ma fiscal b i z a n t i n o el p r i n c i p i o de q u e los m i e m b r o s más ricos
de la sociedad a s u m i e r a n las responsabilidades d e los m e n o s fa-
vorecidos. Nicéforo t a m b i é n consiguió d i n e r o d e los a c o m o d a d o s
mercaderes y capitales d e barcos de C o n s t a n t i n o p l a , obligándoles
a recibir e m p r é s t i t o s de 12 libras de o r o . E s t a p u e d e parecer
u n a m e d i d a e x t r a ñ a en u n g o b i e r n o e m p o b r e c i d o , p e r o frente
al pago de 12 libras (864 nomismata) el E s t a d o o b t e n í a tres
ventajas: en p r i m e r lugar, los altos tipos de interés, del 16,6 % ,
producían unos ingresos fijos; en s e g u n d o lugar, al estar pro-
hibido el p r é s t a m o de d i n e r o a interés, el E s t a d o se constituía
en la única fuente de p r é s t a m o s , y en tercer lugar, con estos
empréstitos tan grandes la población mercantil de la capital podía
ampliar sus actividades comerciales.

Estas m e d i d a s son p r o f u n d a m e n t e reveladoras, no sólo d e la


administración de Nicéforo, sino t a m b i é n d e la vida diaria en
el I m p e r i o b i z a n t i n o . Solamente aparecen recogidas p o r u n a
crónica iconódula, que las incluye e n t r e algunas, a u n q u e ni
mucho menos t o d a s , las malas acciones d e Nicéforo. P o r ello
la fuente es incompleta y francamente parcial. P e r o se p u e d e
utilizar, si tenemos en c u e n t a esta animosidad del cronista hacia
el E m p e r a d o r q u e h a b í a obligado a I r e n e a abdicar, así como su
oposición al a t a q u e contra la p r o p i e d a d privada y a la intromi-
sión de los funcionarios imperiales en las instituciones p r i v a d a s ,
p u n t o s q u e tipifica el i n t e n t o de Nicéforo d e llevar a cabo u n a
revisión de la administración financiera. Estas m e d i d a s , encami-
nadas a fortalecer la m a q u i n a r i a estatal a expensas de las orga-
nizaciones individuales y privadas, v i n i e r o n a ser una «naciona-
lización» de los recursos d e s t i n a d a a financiar la reactivación d e
la m a q u i n a r i a administrativa y militar.
Las «nefastas acciones» de Nicéforo de que nos habla la cró-
nica revelan c u a t r o interesantes aspectos del I m p e r i o b i z a n t i n o a

105
comienzos del siglo ix. E n p r i m e r lugar, que las comunidades al­
deanas de h o m b r e s libres estaban constituidas sobre la base d e
la responsabilidad colectiva a n t e el i m p u e s t o . La aldea constituía
u n a u n i d a d fiscal. La suma total de los impuestos a pagar p o r
cada aldea c o r r e s p o n d í a a las tierras y a la capitación personal, q u e
se r e c a u d a b a n c o n j u n t a m e n t e como garantía de q u e la tierra n o
q u e d a r í a sin el trabajo necesario p a r a su cultivo, y a la inversa.
Cada h a b i t a n t e era responsable, no sólo de su contribución per­
sonal d e n t r o del total a pagar, sino t a m b i é n de la de sus vecinos.
D e esta manera, los más pobres se veían socorridos por los ricos,
y si en algún m o m e n t o la tierra era a b a n d o n a d a , la c o m u n i d a d
la a r r e n d a b a a q u i e n estuviera en condiciones de cultivarla y de
pagar el i m p u e s t o d e b i d o . Sin esta tradición de organización
d e las c o m u n i d a d e s aldeanas no h u b i e r a sido posible el siste­
ma de Nicéforo d e alistar a los más p o b r e s en el ejército.
E n s e g u n d o lugar, el alistamiento y a s e n t a m i e n t o de soldados
en las diferentes partes del I m p e r i o nos da u n a idea del sistema
b i z a n t i n o d e r e c l u t a m i e n t o d e los ejércitos provinciales. Normal­
m e n t e , cada n u e v o soldado alistado se inscribía en el catálogo
militar y recibía u n a concesión d e tierra por valor de 4 libras
d e o r o . Con ello se suponía q u e podría cubrir los gastos de su
p r o p i o e q u i p o militar. Al obligar Nicéforo a alistarse a los p o b r e s ,
lo q u e hacía era tratar de reclutar soldados a bajo precio, pues
18 1/2 nomismata b a s t a b a n para alimentar a toda la familia, p e r o
i n d u d a b l e m e n t e no para cubrir además el coste de su e q u i p o .
N o o b s t a n t e , la política de asentar gente p r o c e d e n t e de las re­
giones orientales en las zonas amenazadas por los ataques búl­
garos m u e s t r a q u e a m b o s aspectos de la vida rural —la organi­
zación de las c o m u n i d a d e s aldeanas y los asentamientos del ejér­
c i t o — tenían bases sólidas. Estas dos instituciones evolucionaron
d u r a n t e un largo p e r í o d o y p r o b a b l e m e n t e son anteriores en varios
siglos al reinado de Nicéforo. Cada gobierno provincial tenía q u e
confeccionar el catastro de todos los p u e b l o s y el registro militar
de t o d o s sus soldados y d e sus lotes de tierra. Hacia 810 ambos
sistemas de organización rural estaban firmemente arraigados y
p o d í a n hacerse extensivos sin dificultad a los themas recién
creados.
El tercer aspecto de la vida bizantina se refiere a la profusión
d e tierras y riquezas de la Iglesia. A pesar de la persecución de
730-755, todos los sectores de la Iglesia habían mejorado su
situación, especialmente bajo la protección d e I r e n e . Los monas­
terios recibían e n o r m e s riquezas en forma de donaciones de
familias acomodadas. Teoctiste, m a d r e d e T e o d o r o d e E s t u d i o ,
mujer p r o f u n d a m e n t e religiosa, convenció a su esposo, a sus her­
m a n o s y a todos sus hijos d e q u e a b a n d o n a r a n la vida m u n d a n a .

106
Sus bienes se v e n d i e r o n y r e p a r t i e r o n e n t r e los sirvientes y los
p o b r e s , y los diferentes m i e m b r o s d e la familia se dispersaron,
llevando cada u n o a sus diferentes monasterios el oro y la plata
sobrantes. N o s consta q u e esta gran demostración de piedad produ-
jo u n p r o f u n d o impacto en otras ricas familias de C o n s t a n t i n o p l a .
M u c h a s personas devotas d o t a b a n u n m o n a s t e r i o , al que termi-
n a b a n por retirarse. Nicéforo consiguió el pago de n u m e r o s o s
impuestos, r e t r o t r a í d o a 8 0 2 , d e todas las instituciones eclesiás-
ticas, incluidas las fundaciones filantrópicas, tales como alber-
gues para extranjeros, asilos y orfanatos.
E n cuarto lugar, la lista de las «obras nefastas» de Nicéforo
refleja la situación d e las clases mercantiles d e la capital y a ñ a d e
datos al escaso conocimiento que se tiene sobre este sector de
la sociedad. E s t á claro q u e t a n t o los mercaderes c o m o los capi-
tanes, q u e a veces eran t a m b i é n constructores d e b u q u e s , eran
lo suficientemente ricos para hacer frente a u n e m p r é s t i t o de
12 libras de o r o a u n tipo de interés cuatro veces superior al
normal. Del m i s m o m o d o , los h a b i t a n t e s de las zonas costeras
estaban obligados a comprar las tierras a b a n d o n a d a s . Sin d u d a ,
tenían t a m b i é n intereses en algún tipo de comercio m a r í t i m o , q u e
h a b í a sido siempre en el I m p e r i o b i z a n t i n o u n a gran fuente de
riqueza. Es e v i d e n t e q u e algunos sectores d e la población de la
capital vivían con gran lujo, pues de otra m a n e r a Nicéforo no
h u b i e r a r e i m p l a n t a d o los phoroi politikoi y el i m p u e s t o sobre
importación d e esclavos.
A pesar d e que C o n s t a n t i n o p l a era el mercado más importante-
de E u r o p a en esta época, n o parece q u e la actividad exterior de
mercaderes bizantinos fuera grande. Su papel principal era servir
de intermediarios en el t r a n s p o r t e de los p r o d u c t o s del N o r t e
y del E s t e hacia O c c i d e n t e y a la inversa. Las rutas comerciales
con Rusia y Escandinavia servían p a r a t r a n s p o r t a r ámbar, pieles,
esclavos y trigo a Q u e r s o n , d o n d e los bizantinos lo recogían.
I g u a l m e n t e , la seda, las especias y los perfumes de la I n d i a y
del Lejano O r i e n t e llegaban a T r e b i s o n d a , p u e r t o del M a r N e g r o ,
p a s a n d o p o r Persia o p o r el janato jázaro. La navegación bizan-
tina en el m a r N e g r o se intensificó c u a n d o los piratas árabes hi-
cieron peligroso el comercio en el M e d i t e r r á n e o oriental e incluso
en el Egeo. C o n s t a n t i n o p l a era u n polo de atracción para los
mercaderes d e todas las nacionalidades y, en conjunto, los bizan-
tinos se c o n t e n t a b a n con dejarles desembarcar y c o m p r a r . P o r
el contrario, la distribución interna de los p r o d u c t o s estaba or-
ganizada por los propios bizantinos, q u e se servían de su estado-
vasallo, Venecia, como enclave del I m p e r i o en O c c i d e n t e . A través
de Venecia p a s a b a n a E u r o p a O c c i d e n t a l las sedas bizantinas y
demás p r o d u c t o s de lujo.

107
d) Nicéforo y la Iglesia

A u n q u e el cronista ya c i t a d o se refiera a la p e r v e r s i d a d del


E m p e r a d o r , n a d a d e m u e s t r a q u e Nicéforo se viera implicado en
la controversia inconoclasta. S o l a m e n t e le p r e o c u p a b a la posición
social de la Iglesia. Su insistencia en i n t e n t a r someter al control
imperial las jerarquías d e las ó r d e n e s religiosas le enfrentó con
los principales personajes iconódulos. E s t o se hizo p a t e n t e en 806,
a la m u e r t e del patriarca T a r a s i o . E l c a n d i d a t o del E m p e r a d o r
para el p u e s t o vacante era u n d e v o t o seglar también llamado Ni­
céforo, q u e había a b a n d o n a d o su p u e s t o en la administración
imperial para dedicarse a la vida c o n t e m p l a t i v a . Su p a d r e había
sufrido t o r t u r a s en t i e m p o s d e C o n s t a n t i n o V a causa d e sus
creencias iconódulas, q u e él t a m b i é n c o m p a r t í a . E s t e n o m b r a m i e n ­
to irritó a los monjes e s t u d i t a s . P e r o Nicéforo o c u p ó el patriar­
cado y el E m p e r a d o r d e s t e r r ó a los monjes q u e se negaron a
reconocerle. E s t a r á p i d a p r o m o c i ó n del patriarca Nicéforo deter­
m i n ó , hasta cierto p u n t o , las relaciones e n t r e la Iglesia y el Es­
t a d o . El E m p e r a d o r i n t e n t ó g o b e r n a r la Iglesia, p o r m e d i o del
Patriarca, de la misma m a n e r a q u e g o b e r n a b a el I m p e r i o . Así, a
causa d e los desacuerdos políticos con C a r l o m a g n o , n o autorizó al
patriarca Nicéforo a comunicar su n o m b r a m i e n t o al P a p a hasta 8 1 1 .
D e b i d o a la insistencia del E m p e r a d o r , fueron r e a d m i t i d o s en
el seno de la Iglesia los sacerdotes q u e h a b í a n llevado a cabo el
m a t r i m o n i o « a d ú l t e r o » (moicheian) de C o n s t a n t i n o V I y T e o d a t a .
I g u a l m e n t e , la decisión del E m p e r a d o r de disolver el m o n a s t e r i o
d e E s t u d i o y d e s t e r r a r a sus monjes fue p r o v o c a d o por la des­
obediencia civil d e éstos, a u n q u e ellos lo consideraron sin d u d a
u n a persecución religiosa.

T o d a la acción del gobierno d e Nicóforo se basó en unas ideas


de carácter político: la necesidad de defender al I m p e r i o frente
a sus enemigos y d e dar solución a sus p r o b l e m a s económicos.
La mejor m a n e r a d e conseguir a m b o s objetivos era la consoli­
dación de u n control imperial centralizado y la afirmación d e
la a u t o r i d a d o m n í m o d a del E m p e r a d o r , m é t o d o s iniciados ya
p o r León I I I y C o n s t a n t i n o V. La consecuencia de esta política
fue la mejora del a p a r a t o defensivo del I m p e r i o y su prepara­
ción para u n a prolongada lucha contra los búlgaros. C o m o de­
m u e s t r a n las acusaciones q u e lanza la crónica contra Nicéforo,
estas medidas le hicieron m u y i m p o p u l a r . E s t a misma reacción
debió d e ser la causa de los varios m o t i n e s q u e debilitaron
al ejército b i z a n t i n o . Su g o b i e r n o no significó n i n g u n a solución
para el p r o b l e m a religioso, agudizado incluso p o r el nombra­
m i e n t o del patriarca Nicéforo. D u r a n t e este p e r í o d o se a h o n d ó
el foso existente e n t r e los dos b a n d o s d e n t r o del p a r t i d o ico-

108
nodulo, que en 787 habían recibido la denominación de zelotas
(intransigentes) y políticos (partidarios de u n compromiso). El
grupo zelota, dispersado en el exilio, se vio fortalecido merced
a la indiscutible jefatura de T e o d o r o de E s t u d i o . Las diferencias
de éste con el patriarca Nicéforo se hicieron tan profundas q u e
llegó a debilitarse la oposición iconódula frente a la reacción
iconoclasta. N o o b s t a n t e , la dinastía del genikos logothetes pudo
haber g o b e r n a d o b i e n y por largo t i e m p o ; había elegido las
opciones políticas correctas y disfrutado de la a u t o r i d a d sufi-
ciente para imponerlas. Los años q u e siguieron a la d e r r o t a
ante los búlgaros de 8 1 1 , iban a hacer p a t e n t e la conveniencia
de llegar a una estabilidad dinástica.
Tras la derrota y m u e r t e de Nicéforo, el ejército b i z a n t i n o se
fue poco a poco congregando, en el estado precario en q u e
se hallaba, en A d r i a n ó p o l i s . La impresión de u n a d e r r o t a de tal
calibre — n i n g ú n e m p e r a d o r había m u e r t o a m a n o s de paganos
desde 3 7 8 — causó u n h o n d o impacto en las t r o p a s . Los pocos
patricios q u e habían escapado a la m a t a n z a proclamaron Em-
p e r a d o r a Estauracio, pero tenía graves heridas a las q u e quizá
no sobreviviera. P o r t a n t o , esta proclamación n o t e r m i n ó con las
especulaciones acerca d e la sucesión. Nicéforo no tenía más q u e
una hija, Procopia, casada con un funcionario palatino, Miguel
Rangabé, q u e se convirtió en u n c a n d i d a t o rival. A n t e las d u d a s
de Estauracio sobre su abdicación, el patriarca Nicéforo y u n
grupo de funcionarios palatinos se las arreglaron para q u e Miguel
fuera p r o c l a m a d o en el H i p ó d r o m o p o r el ejército, el Senado y
la población de C o n s t a n t i n o p l a , c o r o n a d o e m p e r a d o r e instalado
en el palacio imperial. A n t e esta situación, Estauracio se r e t i r ó
a u n monasterio d o n d e m u r i ó tres meses después.

e) Miguel I: 811-813

La característica más sobresaliente del reinado d e Miguel


fue su gran liberalidad, q u e significó u n a definitiva r u p t u r a con
la política de restricciones económicas de Nicéforo. E n su calidad
de iconódulo, Miguel estaba p a r t i c u l a r m e n t e agradecido al pa-
triarca Nicéforo, q u e h a b í a conferido legitimidad a su g o b i e r n o
m e d i a n t e la coronación imperial. H i z o ricas donaciones al clero
de la G r a n Iglesia, a los m i e m b r o s del S e n a d o y a los soldados
conscriptos q u e h a b í a n a p o y a d o su c a n d i d a t u r a . La e m p e r a t r i z
Procopia hizo donativos a las viudas de los soldados m u e r t o s
en la campaña de 811 y se r e p a r t i e r o n recompensas m o n e t a r i a s
semejantes e n t r e las poblaciones de los temas de Opsicio y de
los Tracesios, afectadas p o r los ataques búlgaros, y a los monjes

109
chipriotas, hostigados p o r los ataques de los árabes. Al cabo
de dieciocho meses había llegado a dilapidar la mayor parte d e
los fondos r e u n i d o s por su suegro.
E r a u n a p e r s o n a l i d a d débil, cuya posición era además frágil,
por lo q u e su política exterior e s t u v o dirigida a conseguir la
paz a cualquier precio. K r u m , el jan b ú l g a r o , se dispuso a
aprovechar su inesperada victoria t a n p r o n t o como llegó la pri-
mavera. As!, antes d e q u e Miguel p u d i e r a llegar a u n arreglo,
los búlgaros h a b í a n asediado y t o m a d o Develtos, Miguel se vio
forzado, a u n q u e m u y a disgusto, a e m p r e n d e r u n a campaña
contra los b ú l g a r o s . H a b í a en C o n s t a n t i n o p l a u n p o d e r o s o par-
tido q u e urgía la firma de u n t r a t a d o d e paz con K r u m , p e r o
e n t r e las filas d e los monjes estuditas surgió u n inesperado
g r u p o de presión p a r t i d a r i o d e la guerra. C o m o iconódulo devoto,
u n o d e los primeros actos de gobierno d e Miguel fue llamar
a los monjes d e s t e r r a d o s , q u e luego influyeron en toda su po-
lítica. T e o d o r o , al q u e el E m p e r a d o r admiraba de manera par-
ticular, se convirtió en el jefe del p a r t i d o de la corte favorable
a la guerra y convenció a Miguel d e q u e no aceptara los tér-
minos de la paz ofrecida por K r u m . P o r ello, K r u m atacó Me-
sembria, d o n d e se a p o d e r ó de oro, plata y de los depósitos de
fuego griego. El p a r t i d o estudita seguía p r e s i o n a n d o para q u e
se e m p r e n d i e r a u n a enérgica acción militar. E n junio de 8 1 3 ,
c u a n d o K r u m volvió a avanzar sobre Tracia, Miguel hizo frente
a los búlgaros en Versinicia, cerca de Adrianápolis, d o n d e fue
d e r r o t a d o d e b i d o t a n t o a sus errores tácticos como a la traición.
Esta presión d e los estuditas a favor de la guerra ensombre-
ció definitivamente el r e i n a d o de Miguel. P e r o su política con
respecto a O c c i d e n t e y al P a p a d o t u v o u n a gran influencia sobre
todo el sistema d e relaciones de Bizancio con E u r o p a . Una em-
bajada enviada a los francos anunció el reconocimiento del
título imperial de C a r l o m a g n o a cambio de Venecia, Liburnia,
Istria y las ciudades dálmatas conquistadas por su hijo P i p i n o .
C a r l o m a g n o fue d e b i d a m e n t e p r o c l a m a d o E m p e r a d o r en Aquis-
grán, en 812. Su coronación del 800 se vio d e esta manera
legalizada — a u n q u e algunos E m p e r a d o r e s bizantinos posteriores
se negaron a reconocer el t í t u l o — , lo q u e constituyó u n gran
triunfo para los francos y realzó e n o r m e m e n t e sus relaciones
con el P a p a d o y responsabilizó del cisma al E m p e r a d o r anterior.
Nicéforo suponía q u e L e ó n I I I se había visto obligado a co-
r o n a r a C a r l o m a g n o por idénticas presiones laicas y por ello
esperaba q u e c o m p r e n d i e r a la posición del Patriarca. La paz con
R o m a fue consecuencia i n m e d i a t a d e la decisión de Miguel d e
reconocer a C a r l o m a g n o , p e r o es p r o b a b l e que fuera fomentada
por las teorías d e los e s t u d i t a s acerca de la supremacía papal.

110
Dicha teoría h a b í a sido elaborada por T e o d o r o en sus frecuentes
destierros. Era consciente de q u e la Iglesia había p e r d u r a d o
desde la caída del I m p e r i o occidental gracias a la enérgica ac­
tuación de los papas, por lo q u e respetaba sus esfuerzos. En
el m o m e n t o en q u e solicitó su ayuda, estaba firmemente con­
vencido de q u e la sede de Roma disfrutaba de u n a a u t o r i d a d
particular. Es posible q u e de esta m a n e r a , sin darse cuenta,
fuese el p r e c e d e n t e de las pretensiones q u e iban a producir
el gran cisma del siglo XI.
E n el reinado de Miguel, se requirió la presencia de los es-
tuditas en el Consejo Imperial, j u n t o con el Patriarca y algunos
miembros del Senado. D e s d e esta institución estatal p u d i e r o n
influir en el desarrollo de la política iconódula. P o r influencia
suya, se volvió a excomulgar el sacerdote q u e había celebrado
el m a t r i m o n i o a d ú l t e r o d e C o n s t a n t i n o V I y se c o n m u t ó la
pena de m u e r t e a algunos herejes de Frigia y Licaonia. Esta
influencia iconódmia no fue muy bien acogida, no sólo entre
los iconoclastas, sino t a m b i é n entre algunos gobernadores mili­
tares, q u e desconfiaban de las opiniones políticas de los estu-
ditas. C o m o reacción, tuvo lugar u n n u e v o e infructuoso i n t e n t o
de proclamar e m p e r a d o r e s legítimos a los hijos d e Constanti­
no V. Las esperanzas puestas en la persona de C o n s t a n t i n o V se
acrecentaron en junio de 8 1 3 , c u a n d o el E m p e r a d o r y el ejército
se acercaban a Versinicia. U n a m u l t i t u d i r r u m p i ó en la capilla
imperial en la iglesia de los Santos Apóstoles, d o n d e estaba
e n t e r r a d o su héroe, a b r i ó la t u m b a y le suplicó q u e condujera
al I m p e r i o a u n a gloriosa victoria sobre los búlgaros. A l g u n o s
consideraron u n milagro este suceso, y corrieron p o r la ciudad
la voz de q u e C o n s t a n t i n o V iba a resucitar r e a l m e n t e . La idea
provocó u n a l b o r o t o tal q u e el Prefecto de la ciudad paseó
por las calles, bajo custodia, a los inculpados.
La d e r r o t a de Miguel en Versinicia d e m u e s t r a un h e c h o im­
p o r t a n t e : las ideas iconoclastas eran a ú n m u y fuertes en el
ejército, t a n t o entre los soldados como - e n t r e los generales.
Algunas u n i d a d e s provinciales estuvieron al m a n d o de h o m b r e s
reticentes e incluso a b i e r t a m e n t e hostiles a la política de Miguel.
P o r t a n t o , el ejército estaba en mala disposición y p r e p a r a d o
para el m o t í n . G r a n p a r t e del p u e b l o consideró la derrota militar
como u n castigo contra la política iconódula, y exigía la vuelta
a la política de C o n s t a n t i n o V, que había t r a í d o t a n t o victorias
militares como p r o s p e r i d a d . E n la m e n t a l i d a d p o p u l a r existía
u n a confusión total e n t r e las prácticas religiosas y las condicio­
nes materiales. Al p u e b l o lo que le afectaba era el h e c h o d e
que el precio del trigo h u b i e s e sido bajo en tiempos de Cons­
t a n t i n o V y fuese alto en los de Miguel. (La diferencia en el

111
precio se d e b í a a las devastaciones de los búlgaros en los gra-
neros d e Tracia.) La victoria militar, tan p r o f u n d a m e n t e anhe-
lada, sólo sería posible con u n ejército fiel y éste sólo existiría
con el a b a n d o n o de la política iconódula. P o r tanto, la solución
a todos los p r o b l e m a s bizantinos radicaba en u n cambio q u e
supusiera u n a vuelta a la iconoclastia. E s t o iba a conducir a u n a
política de aislamiento con respecto a E u r o p a y al P a p a d o , a
la deposición d e los consejeros eclesiásticos de la C o r t e , a la
s u b o r d i n a c i ó n de la Iglesia al E m p e r a d o r y a u n a administra-
ción más estricta.

IV. El segundo período iconoclasia: 813-842

León el A r m e n i o , q u e llevó a cabo este cambio, era u n general


victorioso con una brillante hoja d e servicios, a u n q u e no esté
m u y claro el papel q u e d e s e m p e ñ ó en el c a m p o de batalla en
junio de 8 1 3 . Aconsejó al E m p e r a d o r el a t a q u e , pero luego se
negó a seguir la táctica acordada y a b a n d o n ó la batalla, a n i m a n d o
a otros a la h u i d a . T r a s la d e r r o t a , fue aclamado E m p e r a d o r
p o r los soldados del thema de Anatolia, d e la q u e h a b í a sido
g o b e r n a d o r , y p o r las t r o p a s macedonias y tracias que h a b í a n
conseguido escapar con vida. D e s d e A d r i a n ó p o l i s , marchó sobre
la capital, d o n d e recibió la b i e n v e n i d a del Senado y fue c o r o n a d o ,
con el n o m b r e de L e ó n V, p o r el patriarca Nicéforo. Miguel y
P r o c o p i a se refugiaron en u n m o n a s t e r i o y sus hijos fueron
castrados.
Las crónicas asocian el n o m b r e d e L e ó n con los de Miguel
de A m o r í o y T o m á s el Eslavo, d e b i d o a u n a profecía que
h a b í a p r e d i c h o q u e dos de ellos llegarían a ser e m p e r a d o r e s ,
mientras que el tercero moriría en el e m p e ñ o . P r o b a b l e m e n t e
se trata solamente d e u n a leyenda p o p u l a r q u e relaciona a
estos tres soldados q u e iban a d e s e m p e ñ a r u n i m p o r t a n t e papel
d u r a n t e los primeros treinta años del siglo i x ; Miguel fue nom-
b r a d o c o m a n d a n t e en jefe (domestikos) del tagma de los excu-
bitores y T o m á s llegó a ser jefe d e los foederati.
Los problemas militares d o m i n a r o n el p r i m e r año del reinado
d e León, pues s o l a m e n t e seis días d e s p u é s de su coronación,
el jan K r u m se p r e s e n t ó a n t e los m u r o s d e C o n s t a n t i n o p l a .
Al n o estar p r e p a r a d a s las fuerzas búlgaras p a r a atacar la triple
línea defensiva q u e r o d e a b a a la ciudad, K r u m i n t e n t ó convencer
a L e ó n para llegar a u n acuerdo, p e r o sin éxito. E n el o t o ñ o
d e 813 L e ó n d e r r o t ó a u n ejército b ú l g a r o cerca de Mesembria,
p e r o aún n o h a b í a llegado el m o m e n t o de la batalla decisiva.
K r u m atacó de n u e v o C o n s t a n t i n o p l a en 8 1 4 , p e r o m u r i ó re-

112
p e n t i n a m e n t e . T e n i e n d o en c u e n t a que los árabes persistían en
sus divisiones internas y q u e el n u e v o jan b ú l g a r o , O m u r t a g ,
firmó con León u n a tregua de treinta años, el I m p e r i o bizantino
se e n c o n t r ó r e l a t i v a m e n t e a salvo d e presiones externas.
L e ó n m a n t u v o b u e n a s relaciones con Luis el P i a d o s o (J u d o -
vico P í o ) , hijo d e C a r l o m a g n o , ya q u e n o podía correr el riesgo
de llegar a u n a guerra total a causa de Venecia. E l n o r t e del
Adriático volvió a caer bajo la esfera de influencia bizantina.
El D o g o Agnello envió a su hijo J u s t i n i a n o p a r a r e n d i r home-
naje al E m p e r a d o r en su coronación y L e ó n le p r o p o r c i o n ó p o r
su p a r t e d i n e r o y albañiles griegos p a r a colaborar en la cons-
trucción del m o n a s t e r i o d e San Zacarías. A lo largo del siglo ix,
los bizantinos ejercieron u n a c o n s t a n t e protección sobre la ca-
pital d e la R e p ú b l i c a veneciana, establecida en 811 sobre el
Rialto, q u e llegó a tener t o d o el aspecto de u n a ciudad griega.
H a b í a q u e proteger el comercio b i z a n t i n o en el Adriático d e
dos amenazas crecientes: los corsarios árabes procedentes del
n o r t e d e África y los piratas de la costa dálmata. C o m o reacción
al a u m e n t o del tráfico naval en el A d r i á t i c o , t a n t o Venecia
como el I m p e r i o franco desarrollaron sus propios e indepen-
dientes recursos m a r í t i m o s .

a) V u e l t a a la iconoclastia

La decisión de L e ó n de restablecer las prácticas religiosas de


los primeros e m p e r a d o r e s sirios se basaba en la convicción
de q u e los largos y victoriosos reinados de L e ó n I I I y Cons-
t a n t i n o V h a b í a n sido d e b i d o s a su política iconoclasta y a la
persecución de los a d o r a d o r e s de imágenes. Siguió de manera
consciente el ejemplo d e L e ó n I I I , hasta el p u n t o de dar a su
hijo, llamado S i m b a t e s , el n o m b r e de C o n s t a n t i n o en el mo-
m e n t o d e su coronación c o m o co-emperador. Era consciente
de q u e u n a v u e l t a a la política iconoclasta sería acogida con
entusiasmo por u n a gran p a r t e del I m p e r i o .
La p r e p a r a c i ó n de este s e g u n d o p e r í o d o iconoclasta fue cui-
dadosa. L e ó n m a n d ó iniciar debates públicos sobre la historia
de los e m p e r a d o r e s iconoclastas, d e m o s t r a n d o q u e los iconó-
dulos fueron siempre d e r r o t a d o s en el c a m p o de batalla, tras
cortos reinados. E n su s e g u n d o año de g o b i e r n o , constituyó
u n a comisión p a r a ocuparse de estas cuestiones. E s t a comisión
e s t u v o presidida p o r J u a n el G r a m á t i c o , ferviente iconoclasta,
y e n t r e sus m i e m b r o s se c o n t a b a n u n o b i s p o , A n t o n i o Casimatas,
dos monjes, dos m i e m b r o s del Senado y, c o m o secretario, u n
famoso iconoclasta. U n a vez d a d a esta apariencia de imparciali-

113
dad a la investigación del p r o b l e m a , León comenzó la negocia­
ción con el patriarca Nicéforo, q u e se m o s t r ó tan recalcitrante
como G e r m á n en 730. E n d i c i e m b r e d e 814 dio al Patriarca la
o r d e n d e q u i t a r las imágenes de Santa Sofía, q u e , según dijo,
escandalizaban al p u e b l o . E s t o era en p a r t e cierto, pues el pue­
blo d e C o n s t a n t i n o p l a h a b í a d e m o s t r a d o su oposición a las
imágenes. P e r o Nicéforo se negó. T a n t o el E m p e r a d o r como el
Patriarca i n t e n t a r o n ganarse el apoyo del episcopado, lo q u e
consiguió L e ó n en enero de 8 1 5 . E s t o dejó a Nicéforo com­
p l e t a m e n t e aislado. F u e confinado en su palacio, bajo la custo­
dia de T o m á s , u n patricio c l a r a m e n t e hostil a las imágenes.
F i n a l m e n t e , u n a delegación de o b i s p o s p r e s e n t ó al Patriarca
el u l t i m á t u m definitivo obligándole a dimitir. E s t e acuerdo de­
bió estar influido p o r los t u m u l t o s que se producían en la
calle. Al día siguiente, L e ó n convocó el Silentíon, q u e eligió
coom patriarca a u n laico, T e o d a t o , p a r i e n t e lejano de Constan­
tino V. Nicéforo fue d e s t e r r a d o .
T r a s estos p r e p a r a t i v o s , se p u d o ya convocar u n sínodo para
restablecer la iconoclastia. E s t e t u v o lugar en Santa Sofía des­
pués de la Pascua de 8 1 5 , bajo la presidencia del n u e v o Patriarca
y de S i m b a t e s - C o n s t a n t i n o , E m p e r a d o r electo, y en él estuvieron
presentes obispos y monjes d e t o d o s los confines del I m p e r i o .
Los textos básicos en q u e se apoyó la comisión para justificar
el cambio fueron el HOTOS del Concilio de 754 y u n Florilegio
muy d i f u n d i d o d e citas c o n t r a el culto a las imágenes. La posi­
ción inconoclasta e x p e r i m e n t ó pocos cambios, p e r o se hizo más
hincapié en la imposibilidad de representar la naturaleza de
Cristo p a r a reforzar d e esta m a n e r a el a r g u m e n t o cristológico.
Es claro el interés d e L e ó n p o r evitar la persecución y el
empleo de la fuerza, pues sólo exigió a la jerarquía eclesiástica
q u e reconociera al Patriarca, a lo q u e sólo r e h u s a r o n cinco co­
nocidos iconódulos. T o d o s los m o n a s t e r i o s de la capital acepta­
ron esta vuelta atrás, lo q u e c o n t r a s t ó g r a n d e m e n t e con su tenaz
oposición en el p r i m e r p e r í o d o iconoclasta. H u b o casos indivi­
duales de resistencia, p e r o , en c o n j u n t o , el E m p e r a d o r e n c o n t r ó
un amplio apoyo.
E s t e restablecimiento de la iconoclastia n o h u b i e r a sido po­
sible sin la existencia d e u n fuerte p a r t i d o q u e había sobre­
vivido a los reinados d e I r e n e y Miguel I, en oposición al
g r u p o e s t u d i t a . Incluso los eclesiásticos se o p u s i e r o n con fre­
cuencia a los p u n t o s d e vista d e los monjes de E s t u d i o ; p o r
s u p u e s t o , lo estaban t a m b i é n los funcionarios de la C o r t e y
a d m i n i s t r a d o r e s cuya o p i n i ó n había sido desoída. El patriarca
Nicéforo, q u e era h i s t o r i a d o r además de teólogo, hizo u n in­
teresante análisis d e la facción del p u e b l o d e la capital q u e

114
apoyó la vuelta a la iconoclastia. P o r él sabemos q u e en 8 1 5 ,
los principales partidarios d e la política d e L e ó n fueron ciertos
comerciantes, actores, mimos, organizadores d e carreras d e ca-
ballos y el p o p u l a c h o callejero. A ñ a d í a q u e algunos clérigos
corrompidos se h a b í a n u n i d o a la comisión iconoclasta, instalada
en el palacio imperial en m e d i o del mayor lujo. P e r o el g r u p o
más activo d e los iconoclastas fue p r o b a b l e m e n t e el ejército,
q u e en 8 1 5 d e s e m p e ñ ó un p a p e l crucial. I r e n e , tras la i n t e r r u p -
ción del Concilio de 786, llevó a cabo u n a purga e n t r e las
tropas de guarnición en la capital, pero éstas siguieron siendo
iconoclastas. Es difícil generalizar sobre la posición de los ejér-
citos provinciales, a u n q u e es posible q u e el apoyo q u e recibió
León por p a r t e d e sus tropas del thema de Anatolia fuera en
parte d e b i d o a m o t i v o s religiosos. Las t r o p a s acantonadas en la
capital p o r algún t i e m p o d e b i e r o n d e dejarse ganar p o r las
tendencias iconoclastas q u e en ella p r e d o m i n a b a n .
C o m o consecuencia del sínodo de 8 1 5 , L e ó n estrechó su con-
trol sobre la Iglesia. Los monjes rebeldes d e E s t u d i o fueron
de n u e v o enviados al exilio, desde d o n d e escribieron a los pa-
triarcas orientales y al p a p a solicitando apoyo en su lucha contra
el E m p e r a d o r herético. T e o d o r o recibió cartas d e apoyo de casi
todos aquéllos a los q u e había escrito, y en 8 2 5 , Luis el Piadoso
reunió a todos los obispos francos en el Concilio de París, en
el q u e d e n u n c i ó la vuelta a la iconoclastia. El p a r t i d o iconó-
dulo, a u n q u e seguía fraccionado e n t r e «políticos» y «zelotas»,
se sintió a n i m a d o p o r el apoyo occidental. A pesar de su
c o m p o r t a m i e n t o , el E m p e r a d o r se conformaba incluso con u n a
vuelta a p a r e n t e a la política q u e , según él, iba a p e r m i t i r el
gobierno de su dinastía d u r a n t e varias generaciones. Sus moti-
vaciones eran sobre t o d o de carácter político y carecía de la
crueldad de C o n s t a n t i n o V para llevar a cabo una persecución.
Los pocos testimonios q u e h a n llegado hasta nosotros dan la
impresión de q u e sus ideas e r a n h u m a n i t a r i a s . T r a s la tregua
con los búlgaros, fortificó las ciudades d e Tracia y Macedonia
y llevó a cabo u n recorrido personal por las zonas devastadas
para devolver la confianza a la aterrorizada población. N o m b r ó
varios secretarios, cuya única misión era c o m p r o b a r la justicia
de la administración y q u e n o se p r o d u j e r a n abusos de auto-
ridad por parte de los funcionarios. Esta preocupación p o r la
justicia, faceta c o m ú n con los e m p e r a d o r e s sirios, p o n e d e re-
lieve la c o n t i n u i d a d de su política en relación con la iconoclastia
del siglo v i l l .
Con u n enfoque tan certero de la cuestión religiosa y con
su excelente labor administrativa resulta a primera vista sor-
r
p r e n d e n t e q u e L e ó n V no f u e a capaz de asegurar la conti-

115
n u i d a d d e su dinastía. La ambición personal de Miguel de Amo-
nio dio al traste con sus planes. L e ó n conocía y temía sus planes
y sintió u n gran alivio c u a n d o Miguel se vio implicado en u n
c o m p l o t y p u d o ser d e t e n i d o p o r traición. Bajo esta acusación,
fue c o n d e n a d o a m u e r t e por u n p r o c e d i m i e n t o p a r t i c u l a r m e n t e
i n f a m a n t e : ser a t a d o á u n poste, j u n t o con u n m o n o , y arrojado
a la calefacción del agua de palacio. D e b i d o a las protestas
de la e m p e r a t r i z Teodosia, la p e n a n o se cumplió el día d e
N a v i d a d d e 820, fijándose u n aplazamiento de veinticuatro horas
q u e p e r m i t i ó la e x t r a o r d i n a r i a fuga de Miguel. Tras u n a visita
n o c t u r n a del p r o p i o L e ó n para asegurarse de que el prisionero
seguía en su celda, u n m u c h a c h o q u e , escondido bajo una mesa,
había escuchado cómo L e ó n j u r a b a m a t a r a Miguel y a su car-
celero, d e s p e r t ó a aquél. Al darse cuenta el carcelero d e q u e
su propia vida corría peligro, decidió buscar la ayuda de Teoc-
tisto, u n o d e los excubitores d e M i g u e l , para escapar j u n t o s .
Al amanecer, L e ó n asistió a los servicios religiosos del día d e
N a v i d a d en u n a de las capillas reales, sin saber q u e algunos
de los h o m b r e s de T e o c t i s t o h a b í a n p e n e t r a d o en el palacio
disfrazados de cantores. Asesinaron al E m p e r a d o r mientras can-
taba en el servicio, e i n m e d i a t a m e n t e después, Miguel fue tras-
l a d a d o t r i u n f a l m e n t e desde la prisión hasta el trono imperial,
todavía con los pies e n c a d e n a d o s .
F u e el e p í t o m e d e las revoluciones bizantinas. La coronación,
llevada a cabo p o r el patriarca el m i s m o día de N a v i d a d , lega-
lizó las ambiciones imperiales d e Miguel. La familia de León
el A r m e n i o desapareció de la escena con la misma celeridad
con q u e había aparecido. A pesar de su sacrilego asesinato, Mi-
guel I I aseguró su posición en la capital, p r o b a b l e m e n t e con
la ayuda del tagma de los excubitores. P e r o en las provincias,
su usurpación e n c o n t r ó u n a inmediata oposición, dirigida p o r
T o m á s el Eslavo, el tercer personaje d e la profecía. Ni el E m -
p e r a d o r ni el r e b e l d e gozaban de u n fuerte prestigio imperial,
p e r o en el I m p e r i o b i z a n t i n o aquél q u e era c o r o n a d o en Cons-
t a n t i n o p l a tenía u n a gran ventaja.
N o o b s t a n t e , la revuelta e n s o m b r e c i ó los tres primeros años
del reinado d e Miguel. H a s t a 824 n o p u d o ocuparse de la po-
lítica exterior, p e r o la m u e r t e del patriarca T e o d a t o , en 8 2 1 ,
le obligó a t o m a r u n a p o s t u r a clara en el p r o b l e m a religioso.
T e n í a q u e elegir e n t r e volver a n o m b r a r al patriarca Nicéforo,
entonces en el exilio, o elegir a u n n u e v o c a n d i d a t o iconoclasta.
Nicéforo, el p a p a Pascual I y los monjes estuditas manifestaron
la necesidad de restablecer el culto a las imágenes, p e r o M i g u e l
decidió lo c o n t r a r i o . C o n v o c ó u n s í n o d o y anunció q u e no ha-

lló
bría cambios en relación con lo d e c r e t a d o p o r el sínodo de 815,
p r o h i b i e n d o las discusiones s o b r e el tema. A n t o n i o Casimatas,
antiguo obispo y m i e m b r o de la comisión de León V, fue nom-
b r a d o patriarca y Nicéforo c o n t i n u ó en el exilio. P e r o no h u b o
u n a persecución sistemática y se autorizó a los monjes estuditas
a volver a su m o n a s t e r i o de C o n s t a n t i n o p l a .

b) La guerra civil

La llamada guerra civil, q u e t u v o más carácter de revuelta


c o n t i n u a y grave q u e de guerra e n t r e distintos partidos, es
reveladora d e la situación del I m p e r i o a comienzos del siglo IX:
dicotomía e n t r e la capital y las provincias, rivalidad e n t r e las
tropas provinciales y de guarnición, gran h e t e r o g e n e i d a d de la
ooblación del I m p e r i o y aspectos políticos y sociales d e la ico-
noclastia.
T o m á s era u n eslavo p r o c e d e n t e d e la región del lago G a z u r u ,
en la provincia de A r m e n i a . Su carrera militar había ya co-
m e n z a d o en 8 0 3 , pero su p r i m e r p u e s t o oficial fue el d e co-
m a n d a n t e en jefe de los foederati, en 8 1 3 . E n el m o m e n t o en
que se p r o d u j o el asesinato de L e ó n V se hallaba en la provincia
de Anatolia y desde ella c o m e n z ó su campaña contra Miguel.
La versión oficial de la revuelta p r o b a b l e m e n t e exagera, t a n t o
en lo relativo al n ú m e r o de insurgentes como a los diferentes
grupos étnicos que apoyaron a T o m á s , p e r o es posible q u e
se unieran' a él algunos abasgos, iberos, a r m e n i o s , eslavos, asirios,
árabes y caldeos. E s t o n o significa q u e su revuelta fuese la de
las minorías discriminadas. La población del I m p e r i o había sido
siempre m u y heterogénea y lo q u e hacía a una persona «bizan-
tina» era más el conocimiento d e l griego y sus creencias orto-
doxas q u e su origen étnico. T o m á s era tan bizantino como
Miguel de A m o r i o . El rebelde era cojo y en 820 era ya u n
anciano, p e r o ello no constituía u n a desventaja mayor que el
ceceo del E m p e r a d o r . La fuerza de las tropas rebeldes n o estaba
en su n ú m e r o , sino en el h e c h o de h a b e r g a n a d o a la causa
de este n u e v o Jerjes a todos los gobernadores provinciales,
excepto a dos. T o m á s i n t e r c e p t ó el dinero de los i m p u e s t o s
pagados p o r las provincias y lo r e d i s t r i b u y ó e n t r e sus partida-
rios. D e esta m a n e r a consiguió ganar fácilmente partidarios y
la mayor p a r t e de las ciudades le acogieron favorablemente, en
vez de defender los derechos de u n e m p e r a d o r desconocido. Con-
siguió t a m b i é n el apoyo de las fuerzas navales de Cibirra, lo
q u e le p e r m i t i ó el traslado de sus tropas a C o n s t a n t i n o p l a . Las

117
dos únicas zonas q u e p e r m a n e c i e r o n leales a Miguel I I fueron
los themas de O p s i c i o y A r m e n i a , g o b e r n a d o s p o r dos íntimos
amigos suyos.
T o m á s a p r o v e c h ó el interés de los árabes en esta guerra civil
para firmar u n a alianza con el califa al-Ma'mun. T a m b i é n con-
siguió ser c o r o n a d o e m p e r a d o r p o r el arzobispo de A n t i o q u í a ,
en territorio árabe. E n diciembre de 821 cruzó el H e l e s p o n t o
con u n n u m e r o s o ejército, y lanzó su p r i m e r a t a q u e contra Cons-
tantinopla, p o r m a r y p o r tierra, q u e fue rechazado. E l asedio
se p r o l o n g ó a lo largo del a ñ o 822 sin n i n g ú n resultado defi-
nitivo, hasta q u e los defensores d e s t r u y e r o n p a r t e de la flota
con el fuego griego. Luego, en el o t o ñ o , aparecieron súbita-
m e n t e los b ú l g a r o s , p r o b a b l e m e n t e llamados p o r Miguel I I .
El a t a q u e b ú l g a r o p r o d u j o e x a c t a m e n t e el efecto deseado y
T o m á s se vio o b l i g a d o a levantar el sitio. Su posterior derrota
ante los búlgaros y el respiro q u e ello significó para las tropas
de Miguel fue, c o m o se vio más t a r d e , el m o m e n t o crucial de
la revuelta. E n la p r i m a v e r a de 823 Miguel condujo sus t r o p a s
contra el ejército rebelde, q u e se hallaba en Diabasis y le
d e r r o t ó . Los partidarios d e T o m á s siguieron resistiendo e n
Tracia y en Asia M e n o r , p e r o tras su c a p t u r a y m u e r t e en oc-
t u b r e de 823 fueron c e d i e n d o g r a d u a l m e n t e .
Miguel consiguió asegurar su posición en el I m p e r i o nom-
b r a n d o a leales partidarios suyos para g o b e r n a r las provincias
rebeldes. Quizá fuera en este m o m e n t o c u a n d o i m p l a n t ó u n a
administración i n d e p e n d i e n t e p a r a la zona d e Chaldia. Se tra-
taba de u n a de las regiones q u e se h a b í a u n i d o a la revuelta.
Miguel r e c o m p e n s ó a sus p a r t i d a r i o s o t o r g a n d o u n a remisión
del i m p u e s t o sobre el hogar (kapnikon) y restableció el control
central sobre los i m p u e s t o s provinciales.
Tras la d e r r o t a definitiva d e T o m á s , Miguel envió u n a emba-
jada a Luis el P i a d o s o en la q u e justificaba su acceso al t r o n o
y le explicaba este retraso d e m á s de tres años en anunciárselo.
T a m b i é n se m e n c i o n a b a el s í n o d o d e 821 y la solución dada
al p r o b l e m a religioso. Miguel p e d í a a Luis q u e enviase embaja-
dores a R o m a , sin m e n c i o n a r q u e M e t o d i o , e n v i a d o del p a p a
Pascual a C o n s t a n t i n o p l a , h a b í a sido e n t e r r a d o vivo en 8 2 1 .
E s t a política conciliadora n o o b t u v o n i n g ú n éxito. A pesar
de ser considerado hereje, el E m p e r a d o r consiguió llevar a cabo
una política n e u t r a l . Las relaciones con Venecia c o n t i n u a r o n sien-
d o excelentes. E l D o g o J u s t i n i a n o (827-829) visitó Constanti-
nopla y consiguió nuevos subsidios para la construcción de San
Marcos. La iglesia originaria de 828 fue, p o r t a n t o , u n a cons-
trucción c o m p l e t a m e n t e bizantina.

118
c) Evolución de la fuerza naval árabe

E l o t r o p r o b l e m a f u n d a m e n t a l del r e i n a d o de Miguel fue el


a u m e n t o de p o d e r d e los árabes. H a b í a n a p o y a d o a T o m á s
con la esperanza d e fomentar las divisiones i n t e r n a s y se apro-
vechaban sin cesar d e la debilidad naval b i z a n t i n a en el Egeo.
Árabes españoles expulsados d e C ó r d o b a hacia 820 y luego de
E g i p t o , h a b í a n c o m e n z a d o a atacar las dos islas mayores del
M e d i t e r r á n e o central, C r e t a y Sicilia. La c o n q u i s t a de Creta p o r
los árabes fue debida a la falta d e u n a flota bizantina de defensa,
consecuencia directa d e la revuelta d e T o m á s . Las expediciones
bizantinas de 826 y 8 2 8 n o p u d i e r o n expulsar a los invasores.
U n tercer i n t e n t o , dirigido p o r C r a t e r o , jefe d e las fuerzas na-
vales de Cibirra, consiguió en u n principio u n c o m p l e t o éxito.
P e r o los bizantinos celebraron la victoria o b t e n i d a con exceso
de vino y fueron aniquilados m i e n t r a s d o r m í a n . Creta, q u e per-
manecería en p o d e r d e los árabes hasta 9 6 1 , constituyó u n a
aguda espina en la carne del I m p e r i o . U n proceso similar, aun-
q u e d e mayor duración, se desarrolló en Sicilia, cuya p é r d i d a
fue a la larga irreversible.
La c o n q u i s t a , árabe d e islas tan estratégicas indica u n a consi-
derable decadencia, no sólo d e la marina bizantina, sino tam-
bién de sus fuerzas d e tierra, q u e no se p u e d e achacar única-
m e n t e a la revuelta d e T o m á s . A lo largo del p e r í o d o icono-
clasta, las instituciones y la organización i n t e r n a del I m p e r i o
i b a n e x p e r i m e n t a n d o cambios y adaptaciones p r o f u n d a s . E s t e
proceso, q u e había c o m e n z a d o en tiempos d e J u s t i n i a n o y q u e
terminaría con la dinastía macedónica, q u e d ó casi i n t e r r u m p i d o
por las divisiones i n t e r n a s e n g e n d r a d a s por la iconoclastia a
finales del siglo v m y comienzos del ix. P e r o el gobierno auto-
ritario de e m p e r a d o r e s como L e ó n V , Miguel I I y Teófilo hi-
cieron q u e c o n t i n u a r a la transformación del I m p e r i o b i z a n t i n o .
Sin embargo, n o p u d o consolidar la cohesión i n t e r n a del I m p e r i o
y proteger los enclaves exteriores de Bizancio a u n t i e m p o .
Así, las provincias italianas y Sicilia fueron g r a d u a l m e n t e ca-
y e n d o en p o d e r de francos y árabes, mientras q u e Venecia iba
l e n t a m e n t e a s e g u r a n d o su i n d e p e n d e n c i a . P e r o , a cambio, se
fue afirmando el control b i z a n t i n o sobre Asia M e n o r y la pe-
nínsula balcánica. Y ésta fue la base territorial de las conquistas
del siglo x.
A u n con t o d o , la situación a la m u e r t e de Miguel, en 829,
n o era todavía grave. Su corto r e i n a d o h a b í a c o n t i n u a d o el
proceso de consolidación iniciado p o r L e ó n V y en el de su
hijo y sucesor, Teófilo, se i b a n a manifestar claramente sus
ventajas.

119
d) El r e i n a d o de Teófilo: 829-842

Teófilo llegó al t r o n o imperial en u n m o m e n t o d e expansión


árabe. U n a vez q u e el califa al-Ma'mun (813-833) h u b o afir-
m a d o su a u t o r i d a d c o m o jefe de los abasidas, comenzó en 830
u n a d e v a s t a d o r a c a m p a ñ a contra el I m p e r i o . Teófilo replicó
con dos expediciones d e castigo, en las que hizo prisioneros y
q u e fueron celebradas c o m o u n triunfo e n C o n s t a n t i n o p l a . P e r o
en 831 y 833 n o p u d o evitar los c o n t i n u o s ataques árabes,
dirigidos sistemáticamente contra i m p o r t a n t e s fortalezas fronte-
rizas. Estas fueron c a m b i a n d o de m a n o s en m e d i o d e grandes
devastaciones y d e r r a m a m i e n t o de sangre. .Aparte de estas gran-
des expediciones árabes, las regiones fronterizas sufrieron los
frecuentes a t a q u e s de los emires d e Melitene y Siria. C o n el
fin d e hacer frente a esta creciente actividad y d e p r o t e g e r a
las t r o p a s de g u a r n i c i ó n , Teófilo creó varias u n i d a d e s adminis-
trativas nuevas, especialmente en el sudoeste de Asia M e n o r :
Capadocia, Carsiano y Seleucia.
E n 837, Teófilo a p r o v e c h ó una rebelión persa contra el cali-
fa M u t a s i m ( M u ' t a s i m , 833-842) para atacar las fortalezas d e Za-
p e t r a y Samosata. E s t a d e m o l e d o r a expedición p r o d u j o la inevi-
table respuesta de los árabes, q u e consistió en u n ataque masivo
contra A m o r í o . E l asedio y captura d e esta floreciente ciudad,
capital de la provincia de Anatolia y lugar de nacimiento de
Miguel I I , p a d r e d e Teófilo, se convirtió en u n episodio triste-
m e n t e legendario p a r a los bizantinos, sobre t o d o p o r h a b e r
sido finalmente decapitados p o r el califa 42 d e e n t r e los miles
d e cautivos d e la ciudad. E s t o s 4 2 mártires eran dignatarios mi-
litares y eclesiásticos, dispuestos a m o r i r antes q u e renegar d e
su fe. La venganza árabe en A m o r í o marcó el final d e las
guerras de Teófilo; ya no se e m p r e n d i e r o n más campañas bi-
zantinas contra M u ' t a s i m . A cambio, el E m p e r a d o r e m p r e n d i ó
u n a c a m p a ñ a diplomática para conseguir el apoyo de varias
potencias occidentales para hacer frente a la presencia árabe
en el M e d i t e r r á n e o . P e r o n o t u v o más éxito q u e en sus anteriores
campañas militares.
E n sus relaciones con los francos, Teófilo c o n t i n u ó la amis-
tosa, a u n q u e d i s t a n t e , política d e su p a d r e . E n 8 3 3 , u n a em-
bajada bizantina c o m u n i c ó a Luis el P i a d o s o el acceso al t r o n o
de Teófilo, y d u r a n t e el sitio de A m o r í o se envió otra para
solicitar el apoyo d e los francos contra los árabes, en O c c i d e n t e .
F u e u n a de las tres misiones bizantinas, p r e p a r a d a s en 838 para
firmar alianzas con los francos, los venecianos y el emir español.
El I m p e r i o no p o d í a seguir p r o t e g i e n d o sus posesiones occi-
dentales y tenía serias d u d a s sobre su capacidad de resistir a

120
¡os árabes en O r i e n t e . P e r o los francos no estaban en condi-
ciones de ofrecer una ayuda i n m e d i a t a . Los venecianos, por
el contrario, amenazados por el r á p i d o avance d e los árabes
desde Sicilia, acordaron p r o p o r c i o n a r u n a flota. D e s d e el mo-
m e n t o en q u e las naves bizantinas no p o d í a n seguir p a t r u l l a n d o
por las aguas del Adriático y Venecia construía sus p r o p i o s
b u q u e s d e guerra, fue a u m e n t a n d o su i n d e p e n d e n c i a con res-
pecto al I m p e r i o , a u n q u e t e ó r i c a m e n t e seguía s i e n d o u n estado
vasallo. P e r o la potencia veneciana no era aún muy g r a n d e en
840, y los árabes d e s t r u y e r o n c o m p l e t a m e n t e la flota enviada
a T a r e n t o a petición de Teófilo.
La tercera de las embajadas se dirigió a la E s p a ñ a musul-
mana, g o b e r n a d a p o r A b d e r r a m á n I I ( A b d al-Rahman), u n o de
los más i m p o r t a n t e s emires omeyas. Teófilo le sugirió la idea
de reivindicar ante los u s u r p a d o r e s abasidas ('abbast'es) t o d o s
los territorios orientales del califato abasida y de expulsar a los
piratas de Creta, proposiciones q u e , como era d e esperar, el
emir no aceptó. Pero debió d e acoger con interés la embajada
bizantina, pues envió a Yazid, su emisario personal, a Constan-
tinopla con costosos regalos para el E m p e r a d o r .
Si b i e n Teófilo no hizo grandes progresos e n sus alianzas
occidentales, sus esfuerzos diplomáticos en O r i e n t e alcanzaron
un gran éxito. D u r a n t e su r e i n a d o , los pueblos d e las estepas
rusas establecieron por primera vez relaciones diplomáticas con
C o n s t a n t i n o p l a . Ya hemos señalado su proximidad y la ame-
naza potencial q u e constituían para los territorios bizantinos y
las i m p o r t a n t e s rutas comerciales al n o r t e del mar N e g r o , p o r
lo q u e Teófilo creó una nueva provincia, Climata, en t o r n o a
Q u e r s o n . F u e t a m b i é n Teófilo q u i e n consolidó la tradicional
alianza entre el I m p e r i o y los jázaros, que d a t a b a de 733.
A petición del jan jáz.aro, el E m p e r a d o r envió especialistas y
obreros a través del mar N e g r o , hasta el D o n , d o n d e l e v a n t a r o n
una fortaleza en Sarcel. E s t a i m p o r t a n t e expedición dio mayor
fuerza a la colaboración militar d e jázaros y bizantinos c o n t r a
los árabes.
E l fracaso de Teófilo en O c c i d e n t e p u d o deberse, en p a r t e ,
a su decisión de establecer la iconoclastia por m e d i o de t o r t u r a s
y persecuciones. P e r o Teófilo n o podía ignorar el culto, según el,
herético, de u n a gran parte d e sus s u b d i t o s . Su propia esposa,
T e o d o r a , era iconódula. F u e , por t a n t o , por convicción pro-
funda por lo que promulgó leyes contra los iconódulos. D e
nuevo los monjes fueron expulsados de sus monasterios y
desterrados a remotas regiones si r e h u s a b a n renegar d e sus
creencias en el p o d e r de las imágenes. Se conocen algunos casos
de extrema crueldad, p e r o la violencia no fue tan general c o m o

121
e n t i e m p o s anteriores. Teófilo se vio apoyado y a n i m a d o en su
política p o r J u a n el G r a m á t i c o , n o m b r a d o patriarca en 8 3 7 ,
q u e h a b í a aconsejado a L e ó n V la vuelta a la iconoclastia en
8 1 5 y a q u i e n Miguel I I h a b í a confiado la educación d e Teófilo.
A m b o s i n t e n t a r o n con a h í n c o desarraigar del I m p e r i o las doc­
trinas heréticas, c o m o la iconodulia y el paulicianismo. P e r o si
b i e n fracasaron en su lucha c o n t r a la primera, lograron, sin em­
b a r g o , c o n t e n e r la herejía pauliciana, q u e se h a b í a difundido
p o r la p a r t e o r i e n t a l del I m p e r i o y a t e n t a b a contra su u n i d a d .
Los paulicianos hicieron suyas las antiguas creencias adopcio-
nistas, q u e n e g a b a n la naturaleza divina de Cristo, y estaban
d i s p u e s t o s a d e f e n d e r su fe p o r m e d i o d e la fuerza. A pesar
d e q u e fue Basilio I , e n 8 7 2 , el q u e p o r primera vez consiguió
d o m i n a r esta herejía, fue Teófilo el p r i m e r e m p e r a d o r q u e ,
consciente de la creciente amenaza q u e r e p r e s e n t a b a , i n t e n t ó
l u c h a r c o n t r a ella.
A los ojos del P a p a d o , Teófilo era u n hereje y d u r a n t e su
r e i n a d o la sede d e R o m a se alejó a ú n más d e C o n s t a n t i n o p l a .
E s t e cisma c o n s t a n t e d e b i ó de d i s m i n u i r la influencia bizantina
en Italia y, en general, e n t o d o el O c c i d e n t e . Incluso después
del r e s t a b l e c i m i e n t o del culto a las imágenes en 8 4 3 , el P a p a d o
m a n t u v o su actitud crítica e i n d e p e n d i e n t e con respecto a la
Iglesia oriental. Los monjes y obispos disconformes c o n t i n u a r o n
a p e l a n d o a R o m a , h e c h o q u e realzó la posición del papa frente
a la del Patriarca. La r u p t u r a de la Iglesia universal fue u n a
de las consecuencias más decisivas de t o d o el p e r í o d o icono­
clasta.

e) Las reformas administrativas de Teófilo

A pesar d e sus fracasos diplomáticos, militares y religiosos,


Teófilo llevó a cabo algunas mejoras importantísimas en la
organización i n t e r n a y en la seguridad d e Bizancio. Una de las
más claras es la extensión de la a u t o r i d a d bizantina a nuevas
regiones. D e igual i m p o r t a n c i a , a u n q u e m e n o s fácil d e docu­
m e n t a r , es la mayor eficacia en la recaudación de impuestos
y en la administración, lo q u e p e r m i t i ó u n renacimiento artís­
tico, intelectual y cultural. E n tiempos de Teófilo y merced a
la protección otorgada a los artistas, escritores y profesores de
u n i v e r s i d a d b i z a n t i n o s , se constituyó u n círculo cultural q u e ,
p o r p r i m e r a vez, rivalizó con el del califato.
Las n u e v a s u n i d a d e s administrativas fueron el r e s u l t a d o de
la división d e las antiguas provincias, siguiendo el m o d e l o del
thema d e los o p t i m a t e s y los bucelarios. P a r a garantizar el

122
c o n t r o l b i z a n t i n o en la zona del M a r N e g r o , se crearon tres
provincias: Caldea, en el e x t r e m o oriental del thema de A r m e -
nia, creada p r o b a b l e m e n t e en 8 3 7 ; Paflagonia, fundada e n 833
en la m i t a d n o r t e del thema d e los bucelarios, y Climata, en
t o r n o a Q u e r s o n , t a m b i é n c o n s t i t u i d a e n 8 3 3 . La región d e
Climata h a b í a sido a n t e r i o r m e n t e g o b e r n a d a p o r u n consejo
de dignatarios locales (arcontes), cuya a u t o r i d a d q u e d ó a p a r t i r d e
entonces i n c o r p o r a d a a la a d m i n i s t r a c i ó n imperial.
E n otras provincias se c o n s t i t u y e r o n u n a s u n i d a d e s especiales
p a r a hacer frente a la amenaza á r a b e , las kleisourarchai, en
Capadocia, Seleucia y Carsiano, llamadas así p o r las kleisourai
o zona m o n t a ñ o s a e n las fronteras del I m p e r i o , q u e exigían u n a
defensa especial. E n estas p e q u e ñ a s u n i d a d e s se a c a n t o n a r o n
tropas p e r m a n e n t e s p a r a hacer frente a las invasiones árabes.
O t r a u n i d a d similar fue el d u c a d o de Colonia, c o n s t i t u i d o en
la p a r t e sur de la provincia de Caldea. Estas u n i d a d e s se dife-
renciaban d e las subdivisiones d e las provincias (turmai, banda
y katepana) en q u e su g o b e r n a d o r era n o m b r a d o por el empe-
r a d o r y d e s e m p e ñ a b a u n a función específica. E s t e desarrollo de
las defensas imperiales mejoró el sistema originario de los cinco
themas orientales, a d a p t á n d o l o a las necesidades políticas y
militares del siglo IX.
E n la p a r t e occidental del I m p e r i o , Teófilo i n t r o d u j o u n a
organización p r o p i a m e n t e provincial en la zona d e D i r r a q u i o
y de Salónica. E s t a extensión d e la administración imperial,
q u e fortaleció en gran m e d i d a la a u t o r i d a d del E m p e r a d o r , se
llevó a cabo merced a u n a s energías h u m a n a s considerables y
a u n o s elevados costes a d m i n i s t r a t i v o s . P e r o la generalización
del sistema impositivo imperial a zonas hasta entonces fuera
de su control d e b i ó de i n c r e m e n t a r los ingresos estatales. Sin
u n cierto a u m e n t o y racionalización en la recaudación d e los
impuestos, Teófilo n o h u b i e r a p o d i d o financiar su obra d e go-
bierno y su p r ó d i g o p r o g r a m a de edificaciones.
F u e el p r i m e r e m p e r a d o r , en u n p e r í o d o de casi doscientos
años, cuyas m o n e d a s circularon a m p l i a m e n t e p o r t o d o el I m -
perio, y el h e c h o de q u e hayan sido e n c o n t r a d a s m o n e d a s d e
su reinado en excavaciones llevadas a c a b o en A t e n a s y C o r i n t o
indica q u e hacia 830 la Grecia c e n t r a l h a b í a alcanzado u n a
cierta seguridad y u n cierto g r a d o d e p r o s p e r i d a d . La creciente
estabilidad dio nueva vida a los mercados y al comercio in-
terior.
C o n estos recursos adicionales, Teófilo e m p r e n d i ó u n a po-
lítica m u y ambiciosa d e edificaciones en la capital y p r o t e g i ó
las artes decorativas. Se r e p a r a r o n y a m p l i a r o n las murallas d e
C o n s t a n t i n o p l a y se c o n s t r u y ó u n palacio imperial en Brías, en

123
la zona asiática. El G r a n Palacio fue t a m b i é n ampliado y el
piadoso E m p e r a d o r c o n s t r u y ó varias iglesias. Teófilo se p r e o c u p ó
también p o r las necesidades materiales d e la población de la
capital, c o n s t r u y e n d o u n hospital y d o t a n d o asilos y orfanatos.
T o d a s las edificaciones d e su p e r í o d o estaban decoradas; algu-
nas p i n t u r a s d e signo i c o n ó d u l o fueron sustituidas por repre-
sentaciones d e pájaros y animales salvajes. La labor d e protec-
ción a las artes, llevada a c a b o p o r Teófilo, d e m u e s t r a q u e la
destrucción d e imágenes no fue i n c o m p a t i b l e con u n floreci-
m i e n t o de otras formas artísticas.
La educación estrictamente iconoclasta q u e dio a Teófilo
J u a n el G r a m á t i c o le convirtió en u n E m p e r a d o r m u c h o más
intelectual q u e su p a d r e L e ó n V. F u e el p r i m e r o q u e reorganizó
la U n i v e r s i d a d d e C o n s t a n t i n o p l a , q u e había estado absoluta-
m e n t e olvidada d e s d e su clausura p o r L e ó n I I I . La figura clave
en este r e n a c i m i e n t o fue L e ó n el M a t e m á t i c o , cuyo prestigio
había llegado hasta la m i s m a corte de Bagdad. Se volvieron
a abrir las escuelas, con profesores c o n t r a t a d o s y gran c a n t i d a d
d e a l u m n o s , la mayor p a r t e d e ellos hijos d e familias acomo-
dadas d e s t i n a d o s a la administración y al episcopado. C o m o
consecuencia del gran i m p u l s o q u e le dio Teófilo, la Universi-
dad de C o n s t a n t i n o p l a consiguió u n lugar destacado d e n t r o del
m u n d o intelectual del siglo rx y sirvió de base para el rena-
cimiento de la cultura y de las artes en el p e r í o d o macedónico.
P e r o quizás la faceta más i m p o r t a n t e de la obra de gobierno
de Teófilo fue su interés p o r la imparcialidad de justicia, carac-
terística personal t a n t o d e Miguel I I como d e su hijo, en el
q u e parece ser q u e se convirtió en obsesión. Teófilo tenía la
c o s t u m b r e de pasear p o r la c i u d a d a caballo u n a vez a la se-
m a n a , d e s d e el Palacio I m p e r i a l hasta la Iglesia d e Blaquernas.
E n estos paseos, t o d o el m u n d o p o d í a quejarse a n t e el E m p e -
rador de cualquier injusticia, q u e era i n m e d i a t a m e n t e reparada.
N o se t r a t a b a de u n a fórmula teórica: los pobres p l a n t e a b a n
sus quejas e incluso los más altos oficiales n o p o d í a n escapar
al castigo si se les hallaba culpables. J u n t o con esta atención
p e r s o n a l a la justicia, Teófilo exigía de sus funcionarios u n a
labor a d m i n i s t r a t i v a estricta y responsable. A ú n en el siglo x i i
p e r d u r a b a con fuerza la fama de su interés por estas cues-
tiones, pues en la leyenda p o p u l a r del T i m a r i ó n , su n o m b r e
aparecía u n i d o al de los jueces del H a d e s .
F u e sin d u d a u n t r i b u t o a la obra d e gobierno d e Teófilo el
h e c h o de q u e a su m u e r t e , en 842, su hijo Miguel I I I , q u e
acababa de c u m p l i r los tres a ñ o s , fuese aclamado c o m o empe-
r a d o r y a su d e b i d o m o m e n t o gobernase como tal, sin enfren-
tamientos i n t e r n o s , La dinastía amoriana q u e d a b a así firme-

124
m e n t e establecida: T e o d o r a y sus consejeros c o n t a b a n con unas
sólidas bases d e p a r t i d a .
Se ha calificado al p e r í o d o del conflicto iconoclasta d e «siglo
desperdiciado p o r Bizancio». N o se p u e d e hoy día seguir con-
d e n a n d o el p e r í o d o en c o n j u n t o de manera tan categórica, pues
Bizancio salió fortalecido en m u c h o s aspectos de esta lucha por
el culto a las imágenes. F u e r o n necesarias grandes reformas para
impedir la devastación e incluso la pérdida de algunas pro-
vincias periféricas q u e tenían que soportar u n a gran presión,
llevadas a cabo p o r los emperadores más sobresalientes del pe-
r í o d o : C o n s t a n t i n o V, Nicéforo I, Miguel I I y Teófilo.
Los cronistas iconódulos c o n d e n a r o n los procedimientos em-
pleados para realizar estas mejoras, p e r o a d m i t i e r o n que los
resultados fueron en general satisfactorios: por ejemplo, la pro-
tección legal al p u e b l o y la gradual recuperación económica del
I m p e r i o a finales del siglo v m y en el ix. Algunos historiadores
h a n a d m i t i d o de mala gana e i n d i r e c t a m e n t e estos hechos, y mu-
chos no los han t e n i d o en c u e n t a ; sin e m b a r g o , son testimonios
d e gran importancia.
Las nuevas organizaciones provinciales, o themas, creadas por
la disnastía heráclida, fueron puestas a p r u e b a satisfactoriamente
d u r a n t e el siglo v i l . L e ó n I I I y sus sucesores e x t e n d i e r o n y
desarrollaron esta organización. E n 842, el gobierno provincial
se había e x t e n d i d o a la península Balcánica, a la costa dálmata,
a las islas jónicas y egeas, a las costas del M a r N e g r o y a la
frontera con los árabes. E s t a ampliación de la reforma adminis-
trativa bizantina es una p r u e b a de q u e habían a u m e n t a d o los recur-
sos militares, financieros y materiales d e t o d o el I m p e r i o . El
n u e v o sistema aseguraba el pago d e los i m p u e s t o s , el recluta-
m i e n t o de los ejércitos y el cultivo de grandes territorios. La
uniformidad de la administración f o m e n t ó la integración de las
minorías locales, étnicas o religiosas, i m p u l s a n d o al mismo tiem-
p o la helenización de los territorios bizantinos. Esta organización
aseguró la supervivencia de Bizancio d u r a n t e siglos.
Los cambios sociales que se p r o d u j e r o n d u r a n t e el p e r í o d o
iconoclasta estuvieron o r i e n t a d o s hacia los mismos fines d e
integración y helenización. E l establecimiento de las c o m u n i d a d e s
aldeanas como organismos fiscales colectivos no sólo facilitó el
pago de los i m p u e s t o s y el cultivo de los c a m p o s , sino q u e tam-
bién fortaleció la posición de los p e q u e ñ o s propietarios campe-
sinos. D e s d e el p u n t o de vista económico, fue u n p e r í o d o de cons-
t a n t e progreso. La organización comercial y la actividad d e los
mercados se restableció poco a poco en las zonas situadas
bajo el control d e Bizancio. Se dio g r a n i m p u l s o al desarrollo
d e las zonas cerealísticas de Tracia para q u e sustituyeran a las

125
de E g i p t o y el n o r t e de África, y se buscaron nuevas r u t a s y
mercados en el M a r N e g r o y en C r i m e a . A pesar d e q u e la pira­
tería árabe amenazaba el comercio m a r í t i m o en el M e d i t e r r á n e o
oriental, los g r a n d e s viajes p o r m a r d e San G r e g o r i o el Decapo-
lita indican q u e las vías d e comunicación n o estaban completa­
m e n t e b l o q u e a d a s . A pesar d e la prohibición de L e ó n V del
comercio e n t r e mercaderes bizantinos y m u s u l m a n e s , es p r o b a b l e
q u e se m a n t u v i e r a n los c o n t a c t o s comerciales.
Bajo los e m p e r a d o r e s sirios, se simplificó el sistema de mo­
neda b i z a n t i n o , q u e ya en el r e i n a d o de Teófilo había comenzado
a circular con mayor a m p l i t u d p o r t o d o el I m p e r i o . E s t o fo­
m e n t ó sin d u d a el crecimiento económico. C o n t r a r i a m e n t e a la
creencia general, en este p e r í o d o las m o n e d a s no servían d e
vehículo a la p r o p a g a n d a religiosa. El tipo d e decoración d e las
m o n e d a s a m e n u d o llamada «iconoclasta» estaba en uso antes
del r e i n a d o de L e ó n I I I y c o n t i n u ó siendo e m p l e a d o m u c h o
t i e m p o d e s p u é s del r e s t a b l e c i m i e n t o de las imágenes, en 8 4 3 .
T o d o s los e m p e r a d o r e s lo e m p l e a r o n ; ni siquiera la iconódula
I r e n e volvió a e m p l e a r la imagen de Cristo, i n t r o d u c i d a p o r pri­
mera vez en las m o n e d a s en t i e m p o d e J u s t i n i a n o I I . Sin em­
b a r g o , se sirvió d e las m o n e d a s para dar más fuerza a su autori­
dad imperial, al s u s t i t u i r su p r o p i o r e t r a t o por el de Constan­
tino V I , co-emperador.
El a r t e iconoclasta, p o r o t r a p a r t e , t u v o u n a profunda signi­
ficación p a r a los bizantinos. La resistencia a los cambios en el
arte religioso, t a n t o de los iconódulos c o m o de los iconoclastas,
manifiesta su i m p o r t a n c i a . D e s g r a c i a d a m e n t e , al igual q u e los
escritos iconoclastas, la mayor p a r t e del a r t e iconoclasta fue tam­
bién d e s t r u i d o d e s p u é s d e 843 y es m u y poco lo que ha q u e d a d o .
P e r o las fuentes iconódulas atestiguan q u e los e m p e r a d o r e s ico­
noclastas n o se limitaron a d e s t r u i r , sino q u e sustituyeron las
imágenes p o r p i n t u r a s d e la Cruz, escenas silvestres, flores y
retratos imperiales. El m i s m o C o n s t a n t i n o V construyó algunas
iglesias. El progreso d e las artes, a excepción d e la cultura, se
m a n t u v o en el p e r í o d o iconoclasta; y los m o n u m e n t o s del pe­
r í o d o , c o m o la iglesia d e Santa Sofía d e Salónica y la recons­
trucción de la iglesia de Santa I r e n e de C o n s t a n t i n o p l a , con su
gran cruz d e mosaico en el ábside, p e r m i t e n s u p o n e r q u e n o
h a b í a n desaparecido las h a b i l i d a d e s d e los artistas y arquitectos
b i z a n t i n o s . P o r otra p a r t e , en el p e r í o d o iconoclasta no t u v o lugar
n i n g u n a evolución estilística i m p o r t a n t e .
Sin d u d a alguna, las consecuencias d e la iconoclastia recayeron
de m a n e r a más fuerte sobre las instituciones monásticas del Im­
p e r i o . P e r o la tenacidad d e algunos personajes d e m o s t r ó q u e el
ideal m o n á s t i c o estaba d e m a s i a d o arraigado en Bizancio para

126
poder eliminarlo. E n algunos aspectos, las reformas eclesiásticas
de los e m p e r a d o r e s sirios p u e d e n relacionarse con sus reformas
judiciales. E n a m b o s aspectos los e m p e r a d o r e s i n t e n t a r o n su-
primir la c o r r u p c i ó n e i m p o n e r la u n i f o r m i d a d d e prácticas
y creencias, lo q u e n o era u n a p r e t e n s i ó n absurda. P e r o el culto
a las imágenes estaba m u y arraigado en Bizancio y la iconoclastia
no p u d o acabar con él.
D u r a n t e el p e r í o d o iconoclasta, Bizancio p e r d i ó sus territorios
en Italia central y los francos c o n s t r u y e r o n u n I m p e r i o en Occi-
d e n t e . E s t e alejamiento bizantino d e E u r o p a O c c i d e n t a l , político
y eclesiástico, t u v o gran i m p o r t a n c i a n o sólo para la evolución
de la E u r o p a Medieval sino t a m b i é n para la historia d e la
E u r o p a O r i e n t a l , sobre t o d o para la del p r i n c i p a d o ruso d e
Kiev. E n la evolución d e la Iglesia, el cisma p r o d u c i d o p o r las
doctrinas iconoclastas en O r i e n t e , confirmó las variaciones geográ-
ficas del á m b i t o cristiano. D e s p u é s d e ocho siglos, la Iglesia
occidental se h a b í a alejado i n e v i t a b l e m e n t e d e la oriental, ya q u e
de ella le separaban factores lingüísticos y culturales y s o b r e
todo, el papel t e m p o r a l q u e d e s e m p e ñ a b a el P a p a d o . R o m a
asumía la dirección espiritual y política d e la E u r o p a O c c i d e n t a l .
En tiempos del papa A d r i a n o I (772-795), la cancillería p a p a l
a b a n d o n ó el sistema b i z a n t i n o de fechas d e Bizancio, afirmando
así simbólicamente su i n d e p e n d e n c i a con respecto a la antigua
tradición r o m a n a . La coronación imperial de C a r l o m a g n o fue
una consecuencia n a t u r a l de este proceso, así como u n i n t e n t o
de objetivar lo q u e había sido u n a realidad política d u r a n t e
bastante t i e m p o : la sustitución d e la protección bizantina p o r
la franca a la Iglesia occidental.
La pérdida de los territorios bizantinos en O c c i d e n t e no
constituyó u n d e s a s t r e ; limitó el á m b i t o del I m p e r i o a las
provincias helenizadas de O r i e n t e , q u e siempre h a b í a n consti-
tuido el núcleo de Bizancio. A p l i c a n d o tres m e d i d a s , típicas
de la política iconoclasta — u n fuerte g o b i e r n o militar, u n a es-
tricta organización d e las finanzas y el control imperial s o b r e
la Iglesia—, Bizancio fue capaz de d e f e n d e r y ampliar su terri-
torio d u r a n t e trescientos años. El h e c h o de q u e estas m e d i d a s
tuviesen tanto éxito en su época revela la importancia real del
período iconoclasta en q u e se pusieron en práctica.

127
3. Bizancio y los eslavos

I. Asentamiento eslavo

Rodeado de pueblos bárbaros, Bizancio intentó asegurar la


herencia de Roma y salvaguardar la ortodoxia, venciendo a
parte de los pueblos enemigos que continuamente amenazaban
sus fronteras tras largas y agotadoras luchas, manteniendo tran-
quila a otra por vía diplomática, a cambio de tributos y regalos,
y debilitando al resto, enzarzando a las distintas tribus en una
serie de luchas entre sí. En un principio, las relaciones con los
eslavos no fueron diferentes. Pero muy pronto, éstos cobraron
una gran importancia para el Imperio romano oriental, desem-
peñando en su historia un papel similar al de los germanos
en Occidente. Al aceptar el cristianismo fueron tratados como
iguales e integrados culturalmente. Tanto los germanos como
los eslavos recibieron una serie de impulsos definitivos para la
formación de una cultura propia, pero a la vez dieron nueva
vida a las entumecidas formas de gobierno e incluso intentaron
dirigir ellos mismos su administración. Parte de los eslavos
orientales y meridionales adoptaron, junto con la ortodoxia, la
cultura y el concepto de soberanía bizantinos. Llegaron a con-
vertirse en herederos de la segunda Roma en mucha mayor
medida que los germanos en Occidente lo fueron de la primera.
Resulta difícil determinar con exactitud hasta qué punto estaba
integrado el. elemento eslavo en la estructura del gobierno bi-
zantino. Uno de los grandes problemas de la historia de Bi-
zancio es el tema de la nacionalidad. Dominio de la lengua
griega, reconocimiento del Imperio y adhesión a la ortodoxia
eran características de un verdadero bizantino, que, por otra
parte, muy bien podía ser de origen armenio, sirio o eslavo.
Ha sido un nacionalismo moderno el que ha enturbiado la
perspectiva. de la realidad, provocando, en última instancia,
una serie de infructuosos debates.
La tierra primitiva de las tribus indogermanas de los eslavos
se hallaba al nordeste de los Cárpatos, en las fuentes y en el
curso superior de los ríos Vístula, Dniéster, Pripet. Bug y
Dniéper. Durante la invasión de los bárbaros, también los es-
lavos hubieron de ponerse en movimiento. No puede precisarse
con exactitud cuándo se vieron arrastrados por primera vez
hacia el sur, llegando hasta el Danubio. Una de las dos rutas

128
de emigración se e n c o n t r a b a al E s t e , a lo largo d e los ríos P r u t
y Siret, hasta llegar a la d e s e m b o c a d u r a del D a n u b i o ; la otra
atravesaba el desfiladero de Jablónica, en la actual Eslovaquia,
en dirección a Moravia, siguiendo el c u r s o m e d i o del D a n u b i o
hacia el lago Balatón hasta llegar al Save. A las regiones si-
tuadas j u n t o al D a n u b i o llegaron con seguridad e n t r e los siglos
I I y iv tribus o familias eslavas aisladas q u e se h a b í a n inte-
grado en las tribus de godos y gépidos, sármatas y h u n o s .
El n o m b r e del e m p e r a d o r r o m a n o Trajano en la tradición po-
pular, así c o m o la práctica del c a n t o koleda, de las calendae
latinas, en la época del solsticio de i n v i e r n o y a comienzos del
n u e v o año, dejan e n t r e v e r u n e n c u e n t r o r e l a t i v a m e n t e t e m p r a n o
con los r o m a n o s .
E n el año 527, al subir al t r o n o J u s t i n i a n o , e n t r a r o n p o r
primera vez en el I m p e r i o b i z a n t i n o , i n t e g r a d o s en el séquito
d e los h u n o s , eslavos y , a n t e s , dos p u e b l o s con la misma lengua
y las mismas c o s t u m b r e s . L l e v a r o n a cabo, en h o r d a s desorga-
nizadas, u n a serie d e incursiones en la frontera septentrional,
sí bien no llegaron a asentarse. D u r a n t e el g o b i e r n o d e Justi-
niano I lograron vencer al strategos G e r m á n . E n el a ñ o 530
J u s t i n i a n o n o m b r ó strategos d e Tracia a C h i l b u i d o , q u e segu-
r a m e n t e era eslavo, e i n t e n t ó asegurar la frontera septentrional
de S i n g i d u n u m ( a c t u a l m e n t e Belgrado) h a s t a el M a r N e g r o
valiéndose de fortalezas. A pesar d e t o d o , los ataques y las
incursiones eslavas no p o d í a n ya d e t e n e r s e . Ciertas regiones
de los Balcanes sufrían con u n a periodicidad casi anual las
invasiones d e los eslavos. E n el a ñ o 543 llegaron hasta Tracia,
en los años 547-548 p e n e t r a r o n en Iliria y Dalmacia, llegando
hasta las p u e r t a s de D i r r a q u i o (Durazzo, en eslavo D r a é ) . E n
los años 550-551 cruzaron el Maritza e incluso lograron vencer
a los bizantinos en A d r i a n ó p o l i s y situar Naissus (Nis). J u n t o
con los cutrigures e m p r e n d i e r o n el a ñ o 559 u n a ofensiva c o n t r a
los p u n t o s neurálgicos del I m p e r i o , contra Salónica y Constan-
tinopla. J u s t i n i a n o , a u n q u e no p u d o a p u n t a r s e muchos éxitos
en la lucha contra los intrusos, se dio a sí mismo el n o m b r e
de vencedor anticus. E n el siglo x v u se editó una Vita Justi-
niani de Nicolás A l e m á n , q u e p r o v e n d r í a al parecer de u n
hipotético m a e s t r o del E m p e r a d o r , llamado Teófilo-Bogomil. Según
este libro, el n o m b r e p r i m i t i v o d e J u s t i n i a n o había sido «Uprav-
da» (del eslavo pravda = justicia). Así nació la leyenda sobre
el origen eslavo de J u s t i n i a n o , creída hasta comienzos del si-
glo XIX.

D u r a n t e el g o b i e r n o d e J u s t i n i a n o I I surgió un n u e v o ene-
migo en el D a n u b i o . Los avaros, p u e b l o n ó m a d a turco-tártaro,
fundaron bajo el m a n d o de su jan Boyan u n estado i n d e p e n d í e n t e

129
e n t r e el Tisza y el D a n u b i o . T a m b i é n t o m a r o n bajo su m a n d o
a los eslavos, organizados « d e m o c r á t i c a m e n t e » en tribus o fa-
milias (como escribe el h i s t o r i a d o r P r o c o p i o [Guerra de los
godos, I I I , 1 4 ] ) . J u n t o con éstos atacaron la capital y asediaron
Sirmio ( a c t u a l m e n t e Sremska M i t r o v i c a ) ; en el a ñ o 5 5 7 - 5 8 pe-
n e t r a r o n p o r p r i m e r a vez 100.000 eslavos en Grecia, d e v a s t a n d o
el país. Según el t e s t i m o n i o del historiador y monje sirio J u a n
de Efeso, en esta ocasión los eslavos se establecieron, a d q u i r i e r o n
ricas p r o p i e d a d e s y a p r e n d i e r o n a hacer la guerra. E n el a ñ o 5 8 1
C o n s t a n t i n o p l a fue n u e v a m e n t e asediada. E n los años posteriores
Grecia sufrió c o n t i n u a s incursiones. La diplomacia bizantina
i n t e n t ó movilizar a los avaros c o n t r a los eslavos, p e r o fracasó.
El objetivo de la conquista eslava era Salónica, ciudad q u e atribuía
su asombrosa salvación a su s a n t o p a t r ó n , San D e m e t r i o . E n
su Vita se describen p r o f u s a m e n t e los asedios de dicha ciu-
d a d . E n u n principio, los eslavos estaban en inferioridad de con-
diciones con respecto al ejército bizantino en las batallas abier-
tas, p u e s t o q u e sólo c o n t a b a n con armas de madera, arcos y
flechas; p e r o m u y p r o n t o d i s p u s i e r o n de armas d e asedio q u e
recubrían con pieles frescas p a r a protegerlas d e las flechas de
fuego. A b o r d o de sus canoas llegaron hasta las islas, alcan-
zando, en el a ñ o 6 2 3 , incluso Creta.
Los éxitos d e los generales Prisco y P e d r o , q u e en los
años 593 y 597 d e r r o t a r o n al o t r o lado del D a n u b i o , en su
propia tierra, a eslavos, avaros y gépidos fueron d e muy corta
duración. D u r a n t e el g o b i e r n o del e m p e r a d o r Focas cayó Salo-
na, en Dalmacia. La población r o m a n a fue reprimida y diezmada.
Las instituciones eclesiásticas latinas perecieron. P o c o a p o c o ,
las tribus eslavas c o m e n z a r o n a asentarse en las zonas despo-
bladas.
E n el a ñ o 626 C o n s t a n t i n o p l a sufrió el asedio d e u n ejército
c o m p u e s t o de avaros, eslavos y b ú l g a r o s . Heraclio se hallaba
en el E s t e y, p o r lo t a n t o , la ciudad estaba a b a n d o n a d a a su
suerte. La población, al m a n d o del patriarca Sergio, se dispuso
a defenderse. Los b á r b a r o s sufrieron u n a terrible d e r r o t a , y los
fieles creyeron q u e la ciudad se había salvado gracias a la mi-
lagrosa intervención de la V i r g e n . E n aquella época surgió el
famoso h i m n o de Akathistos en h o n o r de la «victoriosa capi-
tana». El p o d e r de los avaros, q u e t a m b i é n h a b í a pesado sobre
los eslavos, había t e r m i n a d o . En esta misma época ciertas tribus
eslavas occidentales, bajo el m a n d o del comerciante franco Samo,
se liberaron del yugo avaro, v e n c i e n d o en el a ñ o 631 en Wogas-
tisburgo al rey de los francos, D a g o b e r t o . E n el a ñ o 629 el
e m p e r a d o r H e r a c l i o se había p u e s t o en contacto con el rey
franco. Así se perfila ya, en el p r i m e r i n t e n t o de crear u n

130
estado i n d e p e n d i e n t e p o r p a r t e d e los eslavos, su posición e n t r e
el I m p e r i o b i z a n t i n o y franco, e n t r e O r i e n t e y O c c i d e n t e .
D u r a n t e los siguientes decenios, los eslavos se extendieron
p o r toda Grecia y el P e l o p o n e s o . A mediados del siglo VIII
u n a epidemia de peste había d e s p o b l a d o amplias regiones, q u e
fueron colonizadas de n u e v o p o r eslavos. « T o d o el país sufrió
u n proceso d e eslavización y barbarización» ( C o n s t a n t i n o Porfí-
rogéneta, De thematibus, 5 3 , 18). Si con a n t e r i o r i d a d a la epi-
demia ya existían eslavos en el país, ahora su influencia a u m e n t ó
frente a la debilitada población griega, q u e vivía p r i n c i p a l m e n t e
en las ciudades. D e l a ñ o 680 al 6 8 5 , m u c h o s eslavos fueron
trasladados a Asia M e n o r , d o n d e d e b e r í a n luchar j u n t o a los
bizantinos contra los árabes. Sin e m b a r g o , gran p a r t e d e los
eslavos se pasó a las filas enemigas, m u r i e n d o el resto e n manos
bizantinas como venganza a su infidelidad. Los continuos in-
t e n t o s de los eslavos macedónicos de t o m a r Salónica ocasionaron
u n a serie d e expediciones militares a «Esclavinia», como se de-
n o m i n a b a el n o r t e d e Grecia. Ciertos t o p ó n i m o s de origen es-
lavo testimonian la colonización t e m p o r a l d e Grecia p o r los
eslavos. E s t e fue el m o t i v o d e q u e en el siglo x i x el historiador
J a k o b P h i l i p p Fallmerayer afirmara, en su m u y discutida tesis,
q u e los griegos m o d e r n o s e r a n en realidad eslavos helenizados
T a n t o los bizantinistas c o m o los eslavistas rechazan esta teoría
p o r infundada.
A lo largo del siglo VIII los eslavos fueron exterminados p o r
distintas acciones d e los ejércitos bizantinos. S e g u r a m e n t e u n a
p a r t e , a t r a í d a por la cultura griega, sufrió u n proceso d e heleni-
zación. Las tribus eslavas d e los melinguos y los ezeritas se
m a n t u v i e r o n , sin e m b a r g o , d u r a n t e m u c h o t i e m p o e n los M o n t e s
Taigeto, d e d o n d e desaparecieron en la época d e los turcos.
D u r a n t e el r e i n a d o de la e m p e r a t r i z I r e n e , los eslavos sucum-
bieron a n t e la superioridad griega en las luchas p o r P a t r a s ,
en los años 805-807. D e esta forma cayeron definitivamente bajo
la soberanía bizantina, si bien es cierto q u e p o s t e r i o r m e n t e aún
se dejaron sentir ciertos l e v a n t a m i e n t o s aislados. E n tiempos
de Miguel I I , T o m á s el Eslavo, p r o c e d e n t e de Asia M e n o r ,
organizó u n l e v a n t a m i e n t o de «los esclavos contra sus señores»;
del a ñ o 821 hasta el a ñ o 823 sus partidarios sitiaron Constan-
tinopla, h a s t a q u e , con ayuda d e los búlgaros, p u d i e r o n ser
reducidos. L a figura de T o m á s r e c u e r d a a la del salvador social-
u t ó p i c o en Rusia, como Stenka Razin o Pugacev.

Bizancio se e n c o n t r a b a ante la gran tarea de integrar a los


eslavos y convertirlos al cristianismo. D u r a n t e la lucha icono-
clasta se h a b í a llevado a cabo u n a i m p o r t a n t e reorganización

131
5. Asentamiento eslava en la Península de los Balcant
Formación del Primer Imperio búlgaro.
de Jas jurisdicciones. En el año 732 toda la región de los Bal
canes fue arrebatada al Papa romano, quedando bajo la juris-
dicción del Patriarca ecuménico. Una vez superada la última
gran crisis de la Iglesia ortodoxa, es decir, la lucha iconoclasta,
se emprendió por fin la gran tarca misionera. En la persona
del patriarca Eocio se aunaron en gran medida la conciencia
apostólica ortodoxa y la inteligencia política bizantina. Frente
a él se bailaba, sin embargo, el no menos inteligente y arro-
gante papa Nicolás I. Así, la evangelización de los eslavos se vio
entorpecida desde un principio por el antagonismo entre Oriente
y Occidente, por las cuestiones dogmáticas en litigio entre la
Iglesia griega y latina, y también por las diferencias existentes
en torno a la herencia del Imperio romano entre francos y bi-
zantinos. Al entrar los eslavos en la gran familia europea tras
su cristianización, se vieron inmersos en este cisma. La situación
de los eslavos meridionales resultó especialmente trágica, en-
trando los croatas a formar parte de la Iglesia católica romana
y los servios de la Iglesia ortodoxa griega.

IT. El reino de Gran Mor avia

El imperio avaro fue aniquilado definitivamente por Carlo-


magno en el año 797. Con ello no sólo aumentó el poder franco,
sino que a su vez los eslavos también intentaron liberarse de
la dominación extranjera. El poder de Carlomagno debió de
impresionar profundamente a los eslavos. En las lenguas eslavas
su nombre pasó a significar «rey» (kral).
Tras el episodio del Imperio de Samo surgió un nuevo Estado,
cuyo nombre, «Gran Moravia», fue acuñado por Constantino
Porfirogéneta. El primer príncipe moravo, Moimir I, logró au-
mentar el territorio bajo su dominio a expensas de otro príncipe
eslavo, Pribina, que mantenía relaciones amistosas con los fran-
cos, expulsándole de Nitra. De esta forma la frontera quedaba
delimitada por el sur por el Save y el Danubio, hacia el este
por el Tisza y hacia el Oeste por la Selva bávara. En el norte
las tribus checas y parte de los servios pertenecían a su área
de dominio. Los principales centros políticos, eclesiásticos y eco-
nómicos de Moravia eran Staré Mésto, Mikulcice, Modra, Sady
y Pohansko. Excavaciones realizadas después de la segunda
guerra mundial sacaron a la luz un amplio material que hace
suponer la existencia de una cultura relativamente desarrollada.
La cristianización partió de diferentes puntos, desde el Mar
Adriático fue realizada por el patriarca de Aquileya, desde Ba-

133
viera p o r el a r z o b i s p a d o d e Salzburgo y el obispado d e Passau,
desde la zona d e l D a n u b i o y finalmente desde Bizancio. Las
plantas conservadas d e antiguas iglesias evidencian diferentes
tradiciones culturales.
El sucesor d e M o i m i r I , Ratislao (840-865), i n t e n t ó e n t r a r
en contacto con el e m p e r a d o r b i z a n t i n o Miguel I I I , p u e s t o q u e
sus vecinos e r a n el I m p e r i o franco y el I m p e r i o búlgaro. N o
sólo buscaba con estos contactos a u m e n t a r su fuerza frente a
estos dos poderosos enemigos q u e se h a b í a n aliado en contra
suya, sino q u e t a m b i é n i n t e n t a b a solucionar u n a serie de cues-
tiones político-eclesiásticas. P i d i ó al E m p e r a d o r misioneros q u e
p u d i e r a n instruir al p u e b l o , ya c o n v e r t i d o , sobre la doctrina cris-
tiana y enseñar el camino d e la v e r d a d en lengua vernácula.
Para esta misión C o n s t a n t i n o p l a eligió a dos h e r m a n o s de Sa-
lónica que se h a b í a n destacado p o r su erudición y habilidad
diplomática. Se t r a t a b a de los hijos de u n alto funcionario bi-
zantino, el drungarios E s t e b a n : M e t o d i o (nacido aproximada-
mente en el a ñ o 815) y C o n s t a n t i n o o Cirilo (nacido en el
año 826-27). P r o b a b l e m e n t e a p r e n d i e r o n en la primera j u v e n t u d
las lenguas de los eslavos q u e se h a b í a n asentado en las pro-
ximidades de su ciudad n a t a l . Ellos mismos eran casi con se-
g u r i d a d griegos y no eslavos, c o m o i n t e n t ó hacer creer princi-
p a l m e n t e el nacionalismo t a r d o b ú l g a r o . A m b o s h e r m a n o s se
c o m p l e m e n t a r o n magníficamente. M e t o d i o era al parecer u n
h o m b r e práctico, mientras q u e C o n s t a n t i n o o b t u v o m u y p r o n t o
el s o b r e n o m b r e honorífico d e «el filósofo». M e t o d i o o c u p a b a
u n alto cargo a d m i n i s t r a t i v o , p e r o en el a ñ o 840, a raíz d e las
luchas iconoclastas, se r e t i r ó a u n m o n a s t e r i o en el O l i m p o
bitínico. C o n s t a n t i n o e s t u d i ó d e s d e el a ñ o 843 en C o n s t a n t i n o -
pla, en la escuela d e M a g n a u r a . Los dos eruditos m á s impor-
tantes de su t i e m p o , Focío y L e ó n el G r a m á t i c o , le e n s e ñ a r o n
los conocimientos d e su época, las llamadas Siete A r t e s Liberales.
C o n s t a n t i n o m a n t u v o u n a a f o r t u n a d a d i s p u t a con el iconoclasta
J u a n el G r a m á t i c o . E n los años 855-56 t o m ó p a r t e en u n a mi-
sión dirigida a los árabes. J u n t o con su h e r m a n o M e t o d i o
a c o m p a ñ ó en el a ñ o 860 a u n a delegación bizantina q u e se
encaminaba hacia los jázaros d e Crimea. Allí e n c o n t r a r o n las
reliquias del p a p a San C l e m e n t e ( t 101), q u e más tarde trasla-
daron a R o m a . P o r lo t a n t o , e r a n las personas más idóneas
para resolver los p r o b l e m a s de M o r a v i a . P a r a esta n u e v a misión,
C o n s t a n t i n o creó u n a escritura p a r a los idiomas eslavos q u e
conocía, la llamada glagolítica. N o se ha llegado a u n a teoría
única sobre los modelos con los q u e contó para crear u n alfa-
b e t o fonético t a n e x t r a o r d i n a r i a m e n t e exacto. C o n este genial

134
d e s c u b r i m i e n t o , C o n s t a n t i n o colocó la p r i m e r a piedra en la evo-
lución de las lenguas literarias eslavas. Más tarde, al p r i m e r
lenguaje culto eslavo, se le dio el n o m b r e paleoslavo eclesiástico
o paleobúlgaro. P a r a casi todos los eslavos ortodoxos éste ha
seguido siendo, con ciertas modificaciones, el lenguaje culto
hasta n u e s t r o s días. C o n s t a n t i n o tradujo en p r i m e r lugar los
Evangelios, c o m e n z a n d o con el prólogo del evangelio d e San
J u a n . P o s t e r i o r m e n t e tradujo al eslavo la liturgia más impor-
t a n t e , las vísperas y las m a t u t i n a s .
E n M o r a v i a a m b o s h e r m a n o s cosecharon grandes éxitos mi-
sioneros. A raíz del triunfo del rey L u i s el G e r m á n i c o sobre
Ratislao, los clérigos francos r e c o b r a r o n su anterior influencia.
E s t o s o b s e r v a b a n la actuación de los griegos con envidia y des-
confianza. E l p a p a Nicolás I, defensor acérrimo d e la primacía
r o m a n a , les i n v i t ó a R o m a . E n el a ñ o 8 6 6 , de camino hacia
R o m a , se d e t u v i e r o n en P a n o n i a , en la C o r t e del príncipe eslavo
Kocel, hijo de P r i b i n a . E s t e se interesó p o r la obra d e los
h e r m a n o s y les a y u d ó , p r o p o r c i o n á n d o l e s 50 a l u m n o s . Al e n t r a r
a m b o s en el a ñ o 868 en R o m a , el p a p a Nicolás I ya había
m u e r t o . Su sucesor, A d r i a n o I I , les recibió con grandes ho-
menajes. Ellos e n t r e g a r o n las reliquias de San Clemente- a la
Iglesia r o m a n a . Su obra misionera y la liturgia q u e h a b í a n
transcrito a la lengua vulgar hallaron la aprobación papal. Constan-
tino e n t r ó en u n m o n a s t e r i o griego en R o m a , t o m a n d o el n o m b r e
de Cirilo (Kyrillos), con el q u e m á s tarde sería famoso. Poco
más tarde m o r í a , e x a c t a m e n t e el 14 de febrero del a ñ o 869.
M e t o d i o regresó a M o r a v i a con el título d e arzobispo de Pa-
n o n i a . Ya existía u n a base canónica para crear u n a provincia
eclesiástica eslava. P e r o en M o r a v i a la situación política interna
se había t o r n a d o desfavorable p a r a M e t o d i o . Svatopluk (870-894)
h a b í a d e s t r o n a d o a su tío Ratislao y, tras dejarle ciego, le h a b í a
confinado a u n m o n a s t e r i o franco. D e s d e el p u n t o d e vista d e
la política exterior, S v a t o p l u k estrechó sus relaciones con el
r e i n o franco. Las intrigas del clero latino contra M e t o d i o se
hicieron cada vez más violentas. E n el a ñ o 870 fue apresado
y colocado a n t e u n sínodo de obispos b á v a r o s , quienes le hu-
millaron. F u e c o n d e n a d o y encarcelado en el monasterio suabio
de E ü V a n g e n . I n d i r e c t a m e n t e el p a p a J u a n V I I I t u v o cono-
cimiento de semejante injusticia. E n v i ó al obispo P a b l o de
A n c o n a al rey Luis el G e r m á n i c o y exigió la l i b e r t a d de M e t o d i o .
E s t e m i s m o p a p a legitimó b r i l l a n t e m e n t e la obra del apóstol
de los eslavos con la b u l a Industríete tuae dirigida a Svatopluk.
E n el a ñ o 8 7 4 , S v a t o p l u k restableció la paz en F o r c h h e i m con
los francos. C o n esto la inclinación q u e Moravia había tenido

135
hacia R i z a n d o concluía definitivamente. La misión latina se
activó e n o r m e m e n t e . El papa J u a n V I I I p r o h i b i ó en el año 874
— e n un escrito n o c o n s e r v a d o — el empleo del idioma eslavo
en la liturgia ( t e n e m o s c o n o c i m i e n t o de este hecho p o r u n
escrito del mismo papa a M e t o d i o en el año 879). D u r a n t e
u n s e g u n d o viaje realizado a R o m a , M e t o d i o t u v o ocasión de
justificarse d e n u e v o . Las calumnias y las intrigas que partían
sobre todo de su o b i s p o auxiliar W i c h i n g o de N i t r a , amargaron
los últimos años de su existencia. E n t r e otras cosas se le acusó
de herejía por no h a b e r incluido, p o r ejemplo, el «filioque» en
el C r e d o , palabra q u e en aquella época la propia Iglesia romana,
a diferencia d e la franca, t a m p o c o había incluido aún. En los
años 882-883 M e t o d i o se trasladó a C o n s t a n t i n o p l a , d o n d e halló
la aprobación a su trabajo por p a r t e del e m p e r a d o r y del pa-
triarca. El 6 de abril de 8 8 5 m u r i ó en su sede episcopal d e
Velehrad. P o c o después de la m u e r t e de su maestro, sus dis-
cípulos fueron perseguidos y desterrados. El i n t e n t o de cristia-
nizar el reino gran-moravo desde C o n s t a n t i n o p l a y, con ello, de
introducirlo en la Iglesia oriental y en la cultura bizantina; había
fracasado. Al i r r u m p i r en el a ñ o 904 los magiares en E u r o p a ,
también s u c u m b i ó el r e i n o m o r a v o . E n el curso de los siguientes
decenios, los checos, moravos y eslovacos pasaron a formar parte
de la Iglesia latina, q u e d a n d o así bajo la influencia alemana y
húngara. Desapareció la liturgia en lengua comprensible para el
pueblo, y en su lugar apareció la lengua latina. El eslavo ecle-
siástico se conservó en algunos lugares privilegiados como por
ejemplo en el m o n a s t e r i o d e Sázava o, en la época de Carlos I V ,
en el m o n a s t e r i o d e E m m a ú s , en Praga. N o p u d o desarrollarse
una Iglesia nacional eslava p r o p i a de acuerdo con el principio
político de la Iglesia oriental, q u e tendía hacia la autonomía.
Se i m p u s o el principio de R o m a . N o o b s t a n t e , el pasado n o
q u e d ó t o t a l m e n t e s u m i d o en el olvido. E s t e sobrevivió en el
p e n s a m i e n t o cirilo-metodiano en la E d a d M e d i a , d u r a n t e el Ba-
rroco y p r i n c i p a l m e n t e en el siglo x i x . E n la época husita se
evocaba a la Iglesia oriental y los u t r a q u i s t a s , f u n d a m e n t a l m e n t e ,
i n t e n t a r o n establecer contactos para o b t e n e r sacerdotes legíti-
m a m e n t e consagrados. Poco antes de la catástrofe apareció en
C o n s t a n t i n o p l a el checo P e d r o P l á t r i s , q u i e n era contrario a la
u n i ó n con R o m a . Los griegos, q u e le h a b í a n consagrado, le lla-
m a r o n C o n s t a n t i n o o íeosú; «el sacerdote»,
La obra evangelizadora de los eslavos Cirilo y M e t o d i o apenas
p u e d e estimarse en su justa i m p o r t a n c i a . M e d i a n t e sus traduc-
ciones no solamente a b r i e r o n a los eslavos el camino del lenguaje
culto, sino q u e , gracias a ellos, el clero bizantino trascendió las

136
fronteras del t e r r i t o r i o griego. Se t r a t a b a d e traducir textos
litúrgicos y teológicos, escritos en u n a terminología antigua y
deformada, a la lengua d e u n p u e b l o a ú n joven y situado a u n
nivel cultural diferente. Las p r i m e r a s traducciones son p r u e b a
elocuente de la elevada formación teológica y de la p r o n u n c i a d a
intuición lingüística d e a m b o s h e r m a n o s . E n p r i m e r lugar, tra-
dujeron los textos litúrgicos más i m p o r t a n t e s : los Evangelios,
los H e c h o s d e los A p ó s t o l e s , el Salterio, lecturas d e la Biblia y
la liturgia así c o m o el Echologion o ritual. La Vita de M e t o d i o
afirma q u e éste t r a d u j o en ocho meses, con ayuda de dos
taquígrafos, t o d o el A n t i g u o T e s t a m e n t o , a excepción d e los
libros de M a c a b e o . N o ha p o d i d o confirmarse hasta q u é p u n t o
r e s p o n d e esta afirmación a la v e r d a d . T a m b i é n se a t r i b u y e a
M e t o d i o la base de la traducción eslava del Nomokanon e n el
Zakon sudnyj Ijudem. P r o b a b l e m e n t e ya h a b í a t r a d u c i d o piezas
esenciales de la Égloga bizantina con a n t e r i o r i d a d a su época
morava, c u a n d o en su calidad d e funcionario en Macedonia tenía
q u e tratar con s u b d i t o s eslavos del e m p e r a d o r b i z a n t i n o . E l
Nomokanon se añadió en Moravia, lo cual justifica los n u m e -
rosos b o h e m i s m o s existentes. Es ésta u n a selección acertada y
a d a p t a d a a las condiciones existentes d e la legislación b i z a n t i n a .
T a m b i é n se a t r i b u y e a M e t o d i o o t r a o b r a , u n a selección d e
los Libros de los Padres, u n a especie d e Pateñkon o colección
de escritos patrísticos. N o está claro si se t r a t a d e homilías d e
famosos P a d r e s de la Iglesia o b i e n d e apotegmas d e los P a d r e s
d e los monjes, p u e s t o q u e se ha p e r d i d o el original así c o m o
el c o r r e s p o n d i e n t e m o d e l o griego. M u y p r o b a b l e m e n t e d e b i ó d e
tratarse de u n m a n u a l con citas e historias d e los grandes asce-
tas, q u e más t a r d e se generalizaron con el n o m b r e de Paterikon.
P o r lo t a n t o , la liturgia, el d e r e c h o eclesiástico y la ascética d e
la Iglesia oriental d e b i e r o n c o n s t i t u i r la base espiritual p a r a el
arzobispado m o r a v o - p a n o n i o . A diferencia d e los zares b ú l g a r o s ,
S v a t o p l u k n o reconoció la i m p o r t a n c i a d e u n a Iglesia propia
p a r a la i n d e p e n d e n c i a del E s t a d o . Cirilo y M e t o d i o se ciñeron
s e v e r a m e n t e a la jurisdicción del p a p a en Moravia, a pesar de
las diferencias d e su m a e s t r o Focio con R o m a . E n sus o b r a s
p u e d e apreciarse, j u n t o a u n a pasión misionera y u n a perspicacia
pastoral, u n a orientación ecuménica, s o b r e p a s a n d o en ello a
m u c h o s de sus c o n t e m p o r á n e o s . Sus discípulos sufrieron d u r a s
persecuciones. A h u y e n t a d o s p o r los soldados francos, maltrata-
dos y v e n d i d o s c o m o esclavos, llegaron p o r distintos caminos
a u n país q u e en aquellos m o m e n t o s se orientaba hacia el
cristianismo y hacia Bizancio: Bulgaria, d o n d e crearon el p r i m e r
florecimiento d e la l i t e r a t u r a paleoslava eclesiástica.

137
III. Bulgaria

a) El p r i m e r reino b ú l g a r o , 679-1018

C u a n d o los eslavos ya se h a b í a n establecido en los Balcanes


y el poder d e los avaros empezaba a descender, u n pueblo
turco-tártaro, Jos búlgaros, atravesaba el D a n u b i o en el a ñ o 679
obligado p o r los jázaros, al m a n d o de su jan Isperich (griego
A s p a r u c h ) , a s e n t á n d o s e en M o b r i . A este p u e b l o enérgico, or-
ganizado f e u d a l m e n t e , se sometieron las tribus eslavas, desunidas
e n t r e sí, p r i n c i p a l m e n t e p o r q u e su c u l t u r a material mostraba
u n nivel superior. Bizancio se e n c o n t r ó con u n nuevo y peli-
groso enemigo q u e procedía del interior de Asia. El e m p e r a d o r
C o n s t a n t i n o I V P o g o n a t o s i n t e n t ó desviarlos, p e r o en el año
679 sufrió u n a d e r r o t a y t u v o q u e cerrar u n t r a t a d o con los
b ú l g a r o s . E n tiempos de J u s t i n i a n o I I el jan Tervel intervino
en las luchas p o r el t r o n o y en el a ñ o 705 apareció inesperada-
m e n t e a n t e las murallas de C o n s t a n t i n o p l a con u n ejército for-
m a d o p o r eslavos y búlgaros. J u s t i n i a n o I I volvió a ocupar
el t r o n o . E n agradecimiento, e n t t e g ó a Tervel el mandyas im-
perial, concediéndole el título de e m p e r a d o r (basilcus). En el
a ñ o 716 T e r v e l consiguió llegar a u n a serie de nuevos tratados
con Bizancio favorables para los búlgaros.
E n el f u t u r o los e m p e r a d o r e s bizantinos i n t e n t a r o n aniquilar
a estos peligrosos vecinos. T a n sólo C o n s t a n t i n o IV tuvo cierto
éxito en tal empresa. U n a vez superadas las luchas internas,
el r e i n o b ú l g a r o alcanzó la estabilidad. T r a s ' la destrucción del
r e i n o avaro p o r C a r l o m a g n o , limitaba p o r el Tisza y el Save
d i r e c t a m e n t e con el r e i n o franco. El jan K r u m (802-815) con-
q u i s t ó en el a ñ o 809 la antigua ciudad de Sardica (actualmente
Sofía). E n el año 811 Nicéforo I atacó con el ejército bizantino
la capital, Plisca, la c o n q u i s t ó y la d e s t r u y ó . D u r a n t e la retirada
cayó en u n a t r a m p a y los bizantinos sufrieron u n a terrible de-
r r o t a . Nicéforo I m u r i ó y K r u m b e b i ó en su cráneo a la salud
de sus nobles b o y a r d o s . Sus descendientes i n t e n t a r o n p o r u n a
p a r t e afianzar sus fronteras frente a los francos, y, por otra,
c o n q u i s t a r los territorios de Macedonia, p o b l a d o s por tribus
eslavas. Así llegaron a d o m i n a r gran p a r t e de la península
balcánica y a controlar las vías económicas y militares más
i m p o r t a n t e s , como p o r ejemplo la via Singidunum (Belgrado-
Sofía-Filipópolis, A d r i a n ó p o l i s - C o n s t a n t i n o p l a ) , la via Egnatia
(Dirraquio-Ocrida-Salónica-Constantinopla), el D a n u b i o y la costa
del M a r N e g r o . El o r d e n a m i e n t o político del E s t a d o era feudal,
y los nobles b o y a r d o s a p o y a b a n al jan. P a r t e de los campesinos
eran libres y parte d e p e n d í a n c o m o esclavos del p o d e r central

138
o d e los b o y a r d o s , a los q u e t e n í a n q u e prestar distintos servicios
y pagar tributos en forma d e p r o d u c t o s naturales. Su capital
era la m o n u m e n t a l Plisca, cuyas ruinas h a n sido descubiertas
gracias a la arqueología. Sobre la base de la tradición r o m a n o -
bizantina se construyeron u n a serie de obras y m o n u m e n t o s
que, en su estilo y o r n a m e n t a c i ó n , recuerdan el origen iranio
de los arquitectos. El m o n u m e n t o más famoso d e esta época
es el relieve de u n caballero, ú n i c o en su estilo en E u r o p a , es-
culpido en la p a r e d de u n a roca en el p u e b l o de M a d a r a .
Al igual q u e los eslavos, t a m b i é n los búlgaros primitivos eran
paganos en el m o m e n t o de p e n e t r a r en la península balcánica.
La antigua organización eclesiástica fue casi aniquilada, como
por ejemplo Sardica (Sofía), en d o n d e había t e n i d o lugar en
el a ñ o 343 u n sínodo. Algunos predicadores, p r i n c i p a l m e n t e
prisioneros b i z a n t i n o s , hicieron las veces de misioneros, d e mo-
do q u e ya existían algunos cristianos antes de la v e r d a d e r a
conversión. D u r a n t e el r e i n a d o del jam O m u r t a g y sus descen-
dientes, los cristianos s o p o r t a r o n terribles persecuciones. Mu-
chos sufrieron el martirio.
La situación cambió d u r a n t e el reinado del príncipe Boris,
q u e d u r ó desde el a ñ o 852 al 8 8 8 . Boris p r o p u g n ó la vuelta
al cristianismo en su forma oriental y bizantina, d e t e r m i n a n d o
así el futuro de Bulgaria. La cristianización fue acompañada de
la eslavización de los búlgaros. E l rey Luis el G e r m á n i c o t r a t ó ,
como el príncipe Ratislao de Moravia, de aliarse con Boris.
Bizancio aspiraba a m a n t e n e r unas relaciones pacíficas con su
peligroso vecino. P o r su p a r t e R o m a n o perdía la esperanza
de recobrar m e d i a n t e misiones la jurisdicción de estos territo-
rios p e r d i d o s en el a ñ o 732. C u a n d o en el a ñ o 863 Ratislao se
decidió p o r los misioneros b i z a n t i n o s , el rey Luis el G e r m á n i c o
se volvió contra Moravia, consiguiendo Bizancio q u e Boris re-
curriera a su ayuda. E n el a ñ o 865 Boris se b a u t i z ó , a d o p t a n d o
el n o m b r e de su p a d r i n o imperial, Miguel. U n a ñ o más tarde
se dirigió en secreto al p a p a Nicolás I , rogándole le explicara
la doctrina cristiana, enviara sacerdotes y n o m b r a r a , a n t e todo,
u n patriarca b ú l g a r o . El P a p a le envió al obispo F o r m o s o con
su contestación. C o n él llegaron al país sacerdotes latinos. Sin
e m b a r g o , el P a p a eludió el a s u n t o referente a u n a dirección
eclesiástica p r o p i a . E n C o n s t a n t i n o p l a h a b í a o c u p a d o el t r o n o
Basilio el M a c e d o n i o , quien d e s t i t u y ó al patriarca Focio y reha-
bilitó a Ignacio. E n el concilio celebrado en el año 870 los
P a d r e s a d o p t a r o n u n a p o s t u r a contraria a Roma en el p r o b l e m a
búlgaro, y favorable a la jurisdicción del patriarca ecuménico.
Boris, que de n u e v o se inclinaba hacia Bizancio, o b t u v o u n
arzobispado para su reino. C o n ello el a s u n t o q u e d ó zanjado;

139
la e s t r u c t u r a i n t e r n a del E s t a d o y d e la Iglesia, del a r t e y de la
l i t e r a t u r a se ajustaba a los m o d e l o s b i z a n t i n o s . Los fracasos
iniciales d e la misión griega a c a b a r o n al pasar d e M o r a v i a al
r e i n o b ú l g a r o , p r o p a g a n d o así la cristianización e n t r e los eslavos
los discípulos d e Cirilo y M e t o d i o : C l e m e n t e , N a u m , G o r a z d ,
A n g e l a r y Sava, d e n o m i n a d o s , j u n t o c o n sus m a e s t r o s , los «Siete
Santos».
E l g o b e r n a d o r d e B e l g r a d o e n v i ó a C l e m e n t e el Eslavo y a
N a u m al p r í n c i p e Boris. C l e m e n t e o b t u v o u n territorio de la
p a r t e s u d e s t e d e l r e i n o , m i e n t r a s q u e N a u m creó en Preslavia,
en la p a r t e n o r d e s t e , u n c e n t r o c u l t u r a l en el m o n a s t e r i o de
San P a n t a l e ó n . D e s d e O c r i d a , C l e m e n t e se consagró a la obra
misionera en M a c e d o n i a . M á s t a r d e se r e u n i ó con él N a u m , q u e
m u r i ó en O c r i d a en el m o n a s t e r i o q u e a c t u a l m e n t e lleva su
n o m b r e . C l e m e n t e formó a u n gran n ú m e r o d e discípulos. E n
el a ñ o 894 fue c o n s a g r a d o o b i s p o , y su diócesis t o m ó el n o m b r e
del río V e l e k a . E n t r e t a n t o Boris h a b í a r e n u n c i a d o a la corona
y se h a b í a r e t i r a d o a u n m o n a s t e r i o . Su hijo V l a d i m i r o i n t e n t ó
resucitar d e n u e v o el p a g a n i s m o . A p a r t i r d e esto, Boris volvió
a regir s o b r e el d e s t i n o d e su p a í s , d e s t i t u y e n d o en el a ñ o 892
a V l a d i m i r o y o r d e n a n d o q u e le cegaran. P o s t e r i o r m e n t e e n t r e g ó
el t r o n o a su hijo más joven, Simeón, m u r i e n d o en el a ñ o 907
en u n m o n a s t e r i o . Simeón, «el m e d i o griego», se había forma-
d o en la escuela d e M a g n a u r a d e C o n s t a n t i n o p l a . T r a s l a d ó la capi-
tal de Plisca a Preslavia, r e c o n s t r u y é n d o l a g r a n d i o s a m e n t e . D u -
r a n t e su r e i n a d o la l i t e r a t u r a paleoeslava eclesiástica e x p e r i m e n t ó
su p r i m e r apogeo. P o r iniciativa suya se t r a d u j e r o n las obras m á s
i m p o r t a n t e s d e la l i t e r a t u r a b i z a n t i n a . C l e m e n t e escribió u n a
Vita de su m a e s t r o , San M e t o d i o , así c o m o t a m b i é n homilías
(pochval'nye) y catequesis (poucenija) siguiendo el estilo d e la
retórica griega, d e las q u e se h a n c o n s e r v a d o 2 7 . T r a d u j o el
Pentekostarion •(triod'cvetnaja) y creó u n a fórmula de confesión
c o n t e n i d a en el Euchologium únaiticum escrito en glagolítica. E n
su época — m u r i ó en el 9 1 6 — se a b a n d o n ó el empleo de la
glagólitica, i n t r o d u c i é n d o s e u n a escritura n u e v a y m á s parecida
a la rusa, la kirilica o cirílica. M á s q u e a C l e m e n t e se d e b e
esta escritura a o t r o e r u d i t o eslavo d e su época, C o n s t a n t i n o d e
P r e s b i t e r i o , a u t o r t a m b i é n d e las dos p r i m e r a s poesías eslavas,
u n a oración según el alfabeto (azbucnaja molitva) y u n prólogo
(proglas) al E v a n g e l i o . A s i m i s m o i n t e n t ó emplear fo'Tnas bizan-
tinas c o m o los acrósticos y el « v e r s o político» dodecasílabo. Su
Evangelio Instructivo c o n s t i t u y e u n a serie d e 51 homilías p a r a
el a ñ o eclesiástico, q u e c o m p r e n d e incluso u n a de J u a n Crisós-
t o m o , d e Cirilo de Alejandría e I s i d o r o d e Pelusio. T a m b i é n
es a u t o r , siguiendo el m o d e l o d e las crónicas bizantinas, d e u n

140
m a n u a l d e historia, el Istorikija. O t r o r e p r e s e n t a n t e d e la cul-
tura escalava eclesiástica primitiva fue J u a n el Exarca. T r a d u j o
dos obras teológico-filosóficas q u e e n a q u e l t i e m p o revestían g r a n
i m p o r t a n c i a p a r a el e s t u d i o y la formación d e los religiosos orto-
d o x o s : la p r i m e r a p a r t e d e la D o g m á t i c a d e J u a n D a m a s c e n o
y el c o m e n t a r i o d e l H e x a m e r ó n , (Sestodnev), cuya p a r t e princi-
pal se d e b e a Basilio el G r a n d e . E l p r o p i o Simeón p r o m o v i ó
dichas o b r a s . A su iniciativa se d e b e t a m b i é n la recopilación
(Sbornik) d e d i s t i n t o s escritos, e n t r e ellos la única retórica pa-
leoeslava eclesiástica primitiva según J o r g e Coirobosco y u n
m a n u a l c o m p u e s t o d e sermones d e J u a n C r i s ó s t o m o , l l a m a d o
Zlatostruj. E l t r a t a d o del monje C h r a b r Sobre los signos eslavos
evidencia u n a formación enciclopédica, así como t a m b i é n u n a
conciencia eslava frente a los a r g u m e n t o s griegos.
Simeón n o sólo i m i t a b a la vida espiritual d e C o n s t a n t i n o p l a
en su residencia, sino q u e t a m b i é n aspiraba a la corona imperial.
Los p r i m e r o s soberanos h a b í a n o s t e n t a d o el t í t u l o d e «jan»,
y su p a d r e h a b í a s u s t i t u i d o éste p o r el d e « k n a z » eslavo,
clpyuiv e n m o d i s m o b i z a n t i n o , y él, p o r su p a r t e , perseguía el
t í t u l o d e basileus, n o sólo con el fin d e a u m e n t a r el prestigio
d e l r e i n o b ú l g a r o , sino p a r a llegar a poseer el título d e empe-
r a d o r e n toda su i m p o r t a n c i a . A m p l i ó sus fronteras tras inin-
t e r r u m p i d a s guerras c o n Bizancio. E n el a ñ o 8 9 6 venció e n
Bulgarófigo a los b i z a n t i n o s , q u e h a b í a n i n t e n t a d o incitar a los
h ú n g a r o s contra él. D e n u e v o salió victorioso c o n la ayuda d e
los pechenegos. L o s h ú n g a r o s se dirigieron hacia el O e s t e , des-
t r u y e r o n el r e i n o gran-moravo y se i n t r o d u j e r o n a m o d o d e c u ñ a
e n t r e los eslavos meridionales y occidentales. E n el a ñ o 9 1 3
Simeón se e n c o n t r a b a a'nte las murallas d e C o n s t a n t i n o p l a . Se
hallaba a pocos pasos d e l éxito. E l patriarca Nicolás le ofreció
la posibilidad d e u n i r s e a la casa imperial y c o n ello la d e con-
vertirse e n basileus. L a hija d e Simeón debería casarse, p u e s ,
c o n el joven e m p e r a d o r C o n s t a n t i n o V I L M a s la e m p e r a t r i z
Z o é y R o m a n o Lecapeno d e s b a r a t a r o n estos planes. Simeón se
o t o r g ó así m i s m o el t í t u l o d e «Zar d e los búlgaros y autócrata
d e los griegos» y convirtió el arzobispado b ú l g a r o en patriarcado.
P e r o m i l i t a r m e n t e n o estaba en condiciones d e conquistar la
capital. L a s luchas con los servios y los croatas debilitaron sus
fuerzas. A l m o r i r r e p e n t i n a m e n t e e n el a ñ o 927 subió al t r o n o
su hijo P e d r o , u n a personalidad débil. E l título d e basileus
fue l i m i t a d o a Bulgaria, se reconoció con porfía el p a t r i a r c a d o
y e n ello la a u t o n o m í a búlgara, p e r m i t i é n d o s e la u n i ó n matri-
monial c o n la casa imperial griega, si b i e n n o p r e c i s a m e n t e con
u n a «porfirogéneta». A d e m á s los b i z a n t i n o s se c o m p r o m e t í a n a
pagar u n a s u m a anual. E l i n t e n t o d e hacerse c o n la hegemonía

141
e n t r e los estados cristianos finalizaba así con u n a fórmula d e
compromiso.
E n los comienzos de su r e i n a d o (927-969) P e d r o logró man-
tener la paz con Bizancio. P e r o en el interior del país nacían
n u e v o s p r o b l e m a s . A l g u n o s nobles se sublevaron contra él, te-
n i e n d o u n o d e ellos éxito en la empresa. Así, en el año 963
surgió en el E s t e u n estado macedónico i n d e p e n d i e n t e , bajo la
a u t o r i d a d del n o b l e Nicolás. La población se sentía cada vez
m á s insatisfecha, o p r i m i d a c o m o estaba por los i m p u e s t o s q u e
debía satisfacer a la nobleza y a la Iglesia, cada vez más pode-
rosa. A p a r t i r del año 68, Nicéforo Focas acosó al reino eslavo
oriental. I n d u j o al p r í n c i p e ruso Sviatoslav de Kiev a atacar a
los b ú l g a r o s . E n el a ñ o 968 d e s t r u y ó sus ciudades en las orillas
del D a n u b i o , y en el a ñ o 969 i n t e n t a b a convertir Preslavia en
su residencia. F u e r o n los pechenegos al sitiar Kiev los q u e
salvaron r e a l m e n t e a C o n s t a n t i n o p l a . J u a n Zimisces u n i ó d e
n u e v o el r e i n o b ú l g a r o oriental a Bizancio. E n el a ñ o 972 Bo-
ris I I , en calidad d e p r i s i o n e r o , t u v o q u e despojarse pública-
m e n t e de las insignias imperiales, siendo d e g r a d a d o al cargo de
funcionario b i z a n t i n o . Sin e m b a r g o , el reino macedónico p r o -
siguió su evolución bajo el reinado de Samuel. E n principio
fue Sofía la capital, y p o s t e r i o r m e n t e V o d e n a , d o n d e t a m b i é n
residía el patriarca. D e s d e allí se trasladó a Maglena y final-
m e n t e de P r e s p a a O c r i d a . P e r o el I m p e r i o bizantino había
r e c o b r a d o e n t r e t a n t o sus fuerzas. T r a s u n a serie de fracasos,
Basilio I I venció a los búlgaros en n u m e r o s o s encuentros mili-
tares. E n el a ñ o 1014 t u v o lugar la última batalla. E n el m o n t e
Belasica fueron hechos 14.000 prisioneros, a los q u e cegó de-
j a n d o t u e r t o a u n o d e cada cien para q u e sirvieran d e guías a
sus c o m p a ñ e r o s . C u a n d o Samuel vio llegar a P r i l e p o , ciudad a
d o n d e había h u i d o , t a n triste cortejo, m u r i ó de desesperación.
Basilio I I o b t u v o a raíz de estos acontecimientos el s o b r e n o m b r e
de «Bulgaróctonos» ( m a t a d o r de búlgaros). P e r o a ú n fueron
precisos c u a t r o años m á s para la destrucción total del reino
b ú l g a r o . El hijo de Samuel, G a b r i e l R a d o m i r , fue asesinado p o r
su s o b r i n o J u a n Ladislao. Y éste a su vez e n c o n t r ó la m u e r t e
d u r a n t e el asedio de D i r r a q u i o . E n el a ñ o 1018 cayó en m a n o s
bizantinas Ocrida, la última capital búlgara. F u e s u p r i m i d o el
p a t r i a r c a d o b ú l g a r o , c o n v i r t i é n d o s e O c r i d a en u n arzobispado
a u t ó n o m o q u e , con los restantes 32 obispados sufragáneos, que-
d a b a d i r e c t a m e n t e s u b o r d i n a d o al e m p e r a d o r . S i m u l t á n e a m e n t e ,
en el corazón d e la Iglesia eslava primitiva se iniciaba u n a
política d e helenización.

C o n el cristianismo d i f u n d i d o desde C o n s t a n t i n o p l a p e n e t r ó
t a m b i é n en Bulgaria la tradición monástica de O r i e n t e . D u r a n t e

142
el reinado del príncipe Boris, q u e , c o m o otros soberanos medie-
vales, t e r m i n ó sus días en u n m o n a s t e r i o , se f u n d a r o n los pri-
meros monasterios en Preslavia y O c r i d a . Estos debieron tener
el carácter de centros de vida cultural y caritativa siguiendo la
tradición del m o n a c a t o cenobítico. P e r o también cobró fuerza
la tradición sirio-palestina del e r m i t a ñ o r e t i r a d o de la vida te-
rrenal, es decir, el m o n a c a t o eremítico. E n el siglo x vivió en
los m o n t e s Rila en u n a caverna el santo anacoreta J u a n de
Rila (946). P o s t e r i o r m e n t e se erigió allí m i s m o el famoso mo-
nasterio d e Rila, c e n t r o de la vida búlgara o r t o d o x a . J u n t o
con J o a q u í n de O s o g o v o , P r o c o r de Pcinia, q u e vivía en u n a
encina, y G a b r i e l de Lesnovo, es u n o de los « C u a t r o Santos»
q u e en Bulgaria r e p r e s e n t a n la severa forma del m o n a c a t o ecle-
siástico oriental. La Iglesia búlgara t a m b i é n venera como s a n t o
al apacible zar P e d r o .

b) Los bogomilit'as

D u r a n t e el reinado de P e d r o apareció en Bulgaria u n movi-


m i e n t o religioso oriental dirigido en contra de la Iglesia oficial
y del E s t a d o . Dicha secta a d o p t ó el n o m b r e de su h i p o t é t i c o
fundador, el p o p e Bogomil. Su doctrina tenía f u n d a m e n t a l m e n t e
dos fuentes: p o r u n lado, la secta de los paulicianos, cuyos
m i e m b r o s fueron traslar'idos p o r J u a n Zimisces aproximada-
m e n t e en el a ñ o 970 desde Asia M e n o r a Tracia, a la región d e
Filipópolis; p o r o t r o , el g r u p o , r i g u r o s a m e n t e ascético, d e los
mesalianos o e u q u i t i a n o s , q u e ú n i c a m e n t e aceptaban la oración
c o n t i n u a y c o n d e n a b a n el culto eclesiástico. Los paulicianos
defendían u n dualismo e x t r e m o , la lucha e t e r n a entre el prin-
cipio del Bien y el Mal, d e forma similar a los m a n i q u e o s .
Los bogomilitas p e n s a b a n que la lucha estaba limitada en el
tiempo. Su doctrina p u e d e resumirse b r e v e m e n t e de la siguiente
manera: el b u e n Dios creó siete cielos, los c u a t r o elementos y
a Satanás con los ángeles. Satanás se rebeló contra él y fue
d e r r i b a d o . A continuación éste creó el m u n d o material y el
h o m b r e , a quien, sin e m b a r g o , n o p o d í a otorgar el alma. El alma
de A d á n y E v a p r o v i e n e de Dios. Satanás e n g e n d r ó con Eva
a Caín, asesino de A b e l . El V e r b o de Dios, el Logos, aparece
en Cristo, q u e había a d o p t a d o de María u n cuerpo a p a r e n t e .
La redención se basaba en liberar el alma — p r i n c i p i o espiri-
t u a l — del cuerpo — p r i n c i p i o material y m a l o — . N o se aceptaba
a la Iglesia p o r considerarla o b r a de Satanás. Los bogomilitas
c o n d e n a b a n la jerarquía y los sacramentos, la veneración de
los santos, de la cruz, de las reliquias y de los iconos. Unica-

143
m e n t e a c e p t a b a n la oración del P a d r e n u e s t r o , q u e rezaban arro-
dillados varias veces al día. Del A n t i g u o T e s t a m e n t o conside-
r a b a n q u e el P e n t a t e u c o era f u n d a m e n t a l m e n t e el libro de
Satanás y tan sólo en el N u e v o T e s t a m e n t o , y p r i n c i p a l m e n t e
en el Evangelio de San J u a n , veían la revelación del v e r d a d e r o
D i o s . Los bogomílitas criticaban d u r a m e n t e la riqueza del clero
y la ostentación d e la Iglesia. Vivían con sencillez y sobriedad,
n o b e b í a n n i n g u n a clase d e vino ni comían carne, y d e t e s t a b a n
el crimen y cualquier d e r r a m a m i e n t o de sangre. Se envolvían
e n oscuros h á b i t o s monacales. N o aceptaban el m a t r i m o n i o .
Los bogomilitas f o r m a b a n tres g r u p o s : los consagrados, los oyen-
tes y los creyentes. A los consagrados se les exigía u n a vida
r i g u r o s a m e n t e ascética. Ellos se o c u p a b a n de la organización y
de la predicación. Los oyentes y los simples creyentes no estaban
obligados a llevar la misma vida. Se confesaban u n o s a otros
y se r e u n í a n p a r a o r a r en c o m ú n . Reconocían u n único b a u t i s m o
del alma, q u e llevaban a cabo leyendo el Evangelio d e San
J u a n . El creyente se convertía en o y e n t e y éste en consagrado
m e d i a n t e u n acto especial. La jerarquía se componía d e los
más ancianos y de los maestros o apóstoles. Su doctrina t u v o
u n a fuerza expansiva e x t r a o r d i n a r i a . La apasionada p r o t e s t a
contra la riqueza y el lujo, y el rechazo de la guerra fueron bien
aceptados p o r el a t o r m e n t a d o p u e b l o . N o p u e d e precisarse en
q u é m e d i d a se apoyaba en el paganismo eslavo esta concepción
dualista del m u n d o , p u e s t o q u e se sabe r e a l m e n t e poco sobre
la religión d e los eslavos.
El zar P e d r o se dirigió al patriarca Teofilacto de Constanti-
n o p l a y le c o n s u l t ó la m a n e r a de luchar en contra de esta
n u e v a herejía. E n su respuesta, el patriarca condenaba con
poca inteligencia los errores principales de los paulicianos y ma-
n i q u e o s , c o n s i d e r a n d o q u e aquéllos formaban p a r t e de la esencia
de los bogomilitas. E n territorio griego, el monje E u t i m i o Zi-
g a b e n o polemizaba c o n t r a la nueva doctrina herética. E l filósofo
Miguel Psellos describió las concepciones d e los e u q u i t i a n o s y
m a n i q u e o s , similares a la doctrina d e los bogomilitas. E l pres-
b í t e r o C o s m e t a m b i é n i n t e n t a b a rebatir en Bulgaria a los
bogomilitas. E n el a ñ o 1111 fue q u e m a d o el médico b ú l g a r o
Basilio en C o n s t a n t i n o p l a , d o n d e se había desarrollado u n c e n t r o
de dicha secta. E n todas p a r t e s los bogomilitas eran perseguidos
t a n t o p o r la Iglesia como p o r el E s t a d o . P o r ello a m e n u d o se
m a n t e n í a n , al m e n o s en el aspecto e x t e r n o , d e n t r o de la Iglesia.
Los fugitivos llevaron la doctrina desde Bulgaria a Servia.
E n Bosnia tuvo gran aceptación bajo Ban Kulin. D e s d e el si-
glo XII hasta el x v floreció la llamada Iglesia bosniana. D u r a n t e
las C r u z a d a s , ésta se vio f u e r t e m e n t e diezmada, i n t r o d u c i é n d o s e

144
entonces sus restos en el Islam. A través de sus relaciones
comerciales con los venecianos, d e las Cruzadas y de las guerras
d e los n o r m a n d o s llegaron t a m b i é n a Italia y Francia ciertas
concepciones bogomilitas. Su tradición sobrevivió en los cataros,
patarinos, albigenses y valdenses. E s t o s t a m b i é n fueron deno­
minados a m e n u d o balgari. Su teoría llegó, a través d e las
relaciones comerciales con O c c i d e n t e , incluso a N o v g o r o d , d o n d e
fue defendida p o r los strigol'niki. Los bogomilitas r e p r e s e n t a b a n
algo así como u n a s u b c u l t u r a desarrollada d e n t r o de la propia
cultura bizantina, que contenía en sí misma elementos gnósticos.
Su literatura, los Apócrifos, textos de c o n t e n i d o cosmogónico
y escatológico, se extendió m u y r á p i d a m e n t e p o r O r i e n t e , en par­
te gracias a la lengua paleoeslava eclesiástica, influyendo en
gran m e d i d a en la literatura p o p u l a r . Los Apócrifos gozaron de
u n a acogida m u c h o mayor e n t r e el p u e b l o llano q u e la literatura
eclesiástica oficial. El texto p r i m i t i v o b ú l g a r o del Libro secreto
o Evangelio apócrifo de San J u a n ha desaparecido, conserván­
dose tan sólo dos manuscritos latinos posteriores. La Visión de
Isaías se ha conservado en redacciones eslavas. O t r a s obras
fueron Razumnik, Sotvorenie Adama, Chozdenie po mukam,
Pepseda trech svjatitelej, las cuales también e n c o n t r a r o n gran
difusión en Rusia. Los Duchobnye stichi, canciones q u e los
mendigos e n t o n a b a n a las p u e r t a s de las iglesias, c o n t i e n e n más
elementos gnósticos-bogomilitas q u e litúrgico-eclesiásticos. E n ellos
siempre se entreveía u n a fuerte crítica social, como p o r ejemplo
en las canciones del p o b r e Lázaro. D u r a n t e la época turca,
los bogomilitas fueron desapareciendo poco a poco de los Bal­
canes: p a r t e de ellos se hicieron m a h o m e t a n o s , c o m o en Bosnia,
y p a r t e se convirtieron p o r interés al catolicismo, c o m o en
Bulgaria.

c) Bulgaria y el dominio bizantino: 1010-1186

Bulgaria se estaba c o n v i r t i e n d o p a u l a t i n a m e n t e en u n a pro­


vincia bizantina. Funcionarios y obispos griegos s u s t i t u y e r o n
a los nobles y jerarcas búlgaros y eslavos. U n a p u j a n t e política
de helenización tenía por o b j e t o hacer desaparecer la nacio­
nalidad búlgara. La Iglesia bizantina aceleró de forma especial
esta helenización del p u e b l o . El arzobispo griego Teofilacto de
O c r i d a se manifestó d e s p e c t i v a m e n t e con respecto a sus fieles
búlgaros, al ver en ellos ú n i c a m e n t e a bárbaros incultos. Tam­
b i é n fue s u s t i t u i d o el n o m b r e de Bulgaria p o r el de «Mesia»,
antigua d e n o m i n a c i ó n de la provincia.
E n las ciudades se acuartelaron guarniciones bizantinas. E n
el c a m p o cada vez había más campesinos en régimen de servi-

145
d u m b r e a m e d i d a q u e a u m e n t a b a el latifundio. E n lugar de Jas
primitivas c o n t r i b u c i o n e s en forma d e p r o d u c t o s naturales apa-
recieron los i m p u e s t o s q u e d e b í a n satisfacerse en dinero. El
sistema de la pronoia (c¡. cap. 5, I I I , p p . 248 ss.) provocó
u n a explotación desconsiderada d e la población rural. Incluso
el p r o p i o Teofilacto consideraba ladrones a los funcionarios.
Los obispos y los monasterios t a m b i é n d o m i n a b a n sobre pueblos
e n t e r o s . D e esta forma, y a pesar de la persecución, los bogo-
militas a u m e n t a b a n c o n s i d e r a b l e m e n t e . A esto debe añadirse
q u e la región localizada e n t r e el D a n u b i o y los Balcanes sufría
serias devastaciones p o r las continuas incursiones q u e desde el
N o r t e realizaban los pechenegos y los uzos. T a m b i é n los Cru-
zados q u e atravesaban el país se c o m p o r t a b a n frente a la
población de forma desconfiada, p u e s t o q u e a partir del a ñ o
1054 la consideraban cismática. Ya entonces creció la antipatía
hacia los latinos. E n el a ñ o 1040 se produjo el p r i m e r levan-
t a m i e n t o p r o v o c a d o p o r una recaudación tributaría, al m a n d o
de un nieto del zar Samuel, P e d r o D e l y á n . El m o v i m i e n t o p r e n d i ó
en la región de Skopie, D r a c (Durazzo) y el E p i r o . T r a s una
serie de éxitos iniciales, el l e v a n t a m i e n t o fracasó p o r culpa
de la traición. Un hijo del zar J u a n Ladislao, Alusian, q u e
había o b t e n i d o de Basilio I I el t í t u l o de patricio y residía en
A r m e n i a en calidad de strategos, h u y ó de esta región y apoyó
inicialmente dicho l e v a n t a m i e n t o . P e r o a raíz de la derrota de
Salónica traicionó a P e d r o Delyán e hizo que le cegaran, re-
gresando a su p u e s t o b i z a n t i n o .
E n M a c e d o n i a se d e s e n c a d e n ó u n n u e v o l e v a n t a m i e n t o en
o t o ñ o del año 1072. A la cabeza se p u s o el n o b l e búlgaro
Jorge Vojtech, q u e se hallaba al servicio bizantino.
P a r a asegurar el apoyo del Z u p á n servio de Zeta, Miguel,
proclamó en P r i z r e n zar de los búlgaros a su hijo más joven,
C o n s t a n t i n o Bodin. E s t e , j u n t o con su general Petrilo, logró
conquistar algunas ciudades, e n t r e ellas Ni5 y Ocrida. Sin
e m b a r g o en K o s t u r (Castoria) sufrieron u n a grave derrota. Los
bizantinos o c u p a r o n el c e n t r o del l e v a n t a m i e n t o , Skopie. Cons-
t a n t i n o y P e t r i l o fueron hechos prisioneros. E n el año 1073
t a m b i é n había fracasado este i n t e n t o d e sacudirse el yugo bizan-
tino. N o o b s t a n t e , en los años posteriores h u b o c o n t i n u o s
conatos de l e v a n t a m i e n t o s , como los de Sardica o Sredec (Sofía)
en el año 1078, M e s e m b r i a ( N e s e b a r ) y Plovdiv en el año 1084.

d) El s e g u n d o Imperio búlgaro: 1185-1396

La situación en q u e se e n c o n t r a b a el p u e b l o m a c e d o n i o y
búlgaro bajo el d o m i n i o b i z a n t i n o se hacía cada vez más insoste-

146
n i b l e ; los i m p u e s t o s crecían sin m e d i d a . E n el año 1183 pene-
traron d e s d e el N o r t e hasta Sofía los magiares, d e v a s t a n d o el
país. E n el año 1185 los n o r m a n d o s , q u e venían de Italia, con-
q u i s t a r o n Salónica. A p r o v e c h a n d o el m o m e n t o tan desfavorable
para Bizancio, comenzó en el a ñ o 1185 en T i r n o v o u n n u e v o
l e v a n t a m i e n t o , dirigido p o r los h e r m a n o s Asen y T e o d o r o , bo-
yardos de familia búlgaro-cumana. E s t o s h a b í a n p e d i d o inútil-
m e n t e al e m p e r a d o r Isaac I I Ángel u n ejército y u n p e q u e ñ o
territorio sin grandes posibilidades. El l e v a n t a m i e n t o se e x t e n d i ó
a t o d a la p a r t e n o r d e s t e de Bulgaria. E n el a ñ o 1186 el p r o p i o
e m p e r a d o r Isaac I I m a r c h ó al frente de u n gran ejército contra
los rebeldes. Los h e r m a n o s se vieron obligados a cruzar el Da-
n u b i o . Poco t i e m p o d e s p u é s volverían con la ayuda de los cu-
m a n o s , l i b e r a n d o así la p a r t e s e p t e n t r i o n a l d e Bulgaria del
d o m i n i o b i z a n t i n o . E n el a ñ o 1187 el E m p e r a d o r tuvo q u e firmar
u n t r a t a d o de paz en Lovec y reconocer el n u e v o E s t a d o . Teo-
d o r o fue n o m b r a d o zar y a partir de entonces se hizo llamar
P e d r o . Escogió T i r n o v o como capital. El objetivo de los her-
m a n o s era incorporar de n u e v o a su imperio Macedonia y Tracia.
Sin e m b a r g o fueron víctimas d e u n a conjura d e los b o y a r d o s .
E n el a ñ o 1196 u n b o y a r d o l l a m a d o I v a n c o asesinó a Asen I ,
y u n año más tarde moría también P e d r o . Subió al t r o n o su
h e r m a n o más p e q u e ñ o , Caloyán (1197-1207). T u v o éxito en sus
c o n t i e n d a s , y, a raíz del t r a t a d o de paz cerrado en el año 1201
con Alejo I I I Ángel, su zona de d o m i n i o abarcaba ya Bulgaria
meridional y s e p t e n t r i o n a l , las ciudades d e la costa del m a r
N e g r o y partes d e Tracia y M a c e d o n i a . P o r segunda vez en su
historia, Bulgaria h a b r í a de decidir si e n t r a b a en el área d e
influencia de la R o m a oriental u occidental. Caloyán finalmente
recurrió al p a p a Inocencio I I I , u n o de los defensores más vehe-
m e n t e s de la primacía romana. D e n u e v o se p l a n t e a b a el proble-
ma de la i n d e p e n d e n c i a política y eclesiástica.

U n a vez concertada la u n i ó n , Caloyán o b t u v o en el a ñ o 1204


el t í t u l o de «rey» y el arzobispado de T i r n o v o se convirtió en
« p r i m a d o » de la Iglesia búlgara. P e r o Caloyán esperaba algo
m á s . Tenía la esperanza de o b t e n e r para sí el título de empera-
d o r y p a r a la Iglesia u n patriarca. Sin embargo, la diplomacia
papal se resistía a concederle tal cosa. E n aquel tiempo, y du-
r a n t e la C u a r t a Cruzada, C o n s t a n t i n o p l a h a b í a caído en m a n o s
d e los latinos. Allí crearon su I m p e r i o , q u e limitaba con Bulgaria.
E n u n principio, Caloyán m a n t u v o u n a p o s t u r a neutral, p e r o
c u a n d o los cruzados se dispusieron a tantear su territorio, salió
a su e n c u e n t r o d e r r o t á n d o l e s el 14 d e abril de 1205 en O d r i n
( A d r i a n ó p o l i s ) . El e m p e r a d o r latino B a l d u i n o fue trasladado en
calidad d e prisionero a T i r n o v o . A pesar de sus éxitos, Caloyán

147
contaba con enemigos políticos e n el seno m i s m o de su reino.
E n el a ñ o 1207, d u r a n t e el asedio d e Salónica, fue asesinado.
Su s o b r i n o Boris o c u p ó el t r o n o gracias a u n a conjura. P e r o
t a m b i é n t u v o q u e luchar con los rebeldes boyardos y con los
bogomilitas, c o n t r a los cuales h u b o d e convocar u n sínodo en
el a ñ o 1 2 1 1 . E n 1218 fue d e s t i t u i d o , y en su lugar o c u p ó el
t r o n o , apoyado p o r los rusos, el legítimo h e r e d e r o , I v á n A s e n I I
(1218-1241). D u r a n t e su g o b i e r n o Bulgaria conoció u n n u e v o
apogeo. V e n c i ó al d é s p o t a d e E p i r o T e o d o r o C o m n e n o . A partir
de entonces Bulgaria se e x t e n d e r í a d e s d e el m a r Adriático hasta
el mar N e g r o y el E g e o . E n el a ñ o 1235 luchó contra los
latinos en Nicea al lado del e m p e r a d o r b i z a n t i n o . Se disolvió
la u n i ó n con R o m a y el a r z o b i s p o de T i r n o v o o b t u v o el título
d e patriarca. La balanza se inclinaba d e n u e v o a favor d e la
segunda R o m a . E n el interior, a u m e n t a b a n las diferencias entre
la nobleza, cuyas rentas se i n c r e m e n t a b a n de día en día, y los
campesinos, q u e poco a poco i b a n convirtiéndose en siervos. E n
política exterior, el I m p e r i o estaba a m e n a z a d o en el N o r t e por
los h ú n g a r o s y los tártaros y e n el O e s t e p o r los servios y los
déspotas de E p i r o . El p o d e r central pasó a ser u n juguete de
los b o y a r d o s . Los zares C a l i m á n I (1241-1246) y Miguel Asen
(1246-1257) cayeron víctimas d e las luchas internas de la noble-
za. F i n a l m e n t e , los b o y a r d o s l o g r a r o n el t r o n o p a r a su c a n d i d a t o ,
C o n s t a n t i n o T i c h , m i e m b r o d e la casa real servia y desposado
con u n a nieta d e A s e n I I . E n su calidad d e zar se hizo llamar
C o n s t a n t i n o A s e n (1258-1277). D u r a n t e su reinado s u c u m b i ó el
I m p e r i o latino. P e r o sus i n t e n t o s d e hacer frente a Bizancio
fracasaron. D e n u e v o se p e r d e r í a n las provincias de Tracia y
M a c e d o n i a . E n el a ñ o 1277 el p u e b l o o p r i m i d o se sublevó contra
la nobleza al m a n d o del p o r q u e r o Ivailo, el cual logró formar
u n ejército d e campesinos lo suficientemente fuerte para hacer
retroceder a tártaros y griegos y finalmente conquistar T i r n o v o .
Ivailo contrajo m a t r i m o n i o con la v i u d a d e C o n s t a n t i n o y fue
c o r o n a d o e m p e r a d o r (1277-1281). P o r otra p a r t e , los boyardos
i n t e n t a r o n q u e su c a n d i d a t o , I v á n A s e n I I I (1279-1280), también
a p o y a d o p o r Bizancio, ocupara el t r o n o . P e r o Ivailo aniquiló al
ejército b i z a n t i n o forzando así la h u i d a a C o n s t a n t i n o p l a d e
I v á n A s e n I I I . A raíz de tales acontecimientos, la nobleza alzó
a Jorge T e r t e r (1280-1292) c o m o zar. La decadencia del reino
proseguía. E n V i d i n se creó u n p r i n c i p a d o i n d e p e n d i e n t e con
el déspota Sisman a la cabeza. E n las otras regiones existían
vasallos más o m e n o s enemigos del p o d e r central. D i s p o n í a n
de ejércitos p r o p i o s y g u e r r e a b a n e n t r e sí. Los tártaros atrave-
saron el reino, s a q u e á n d o l o t o d o . E n t o n c e s fue c u a n d o T e r t e r
casó a su hija con el hijo d e l rey t á r t a r o Nogaj Cak (1298-

148
1300). Sin e m b a r g o fue T e o d o r o Svetsaslov (1300-1321) el q u e
logró acabar con el d o m i n i o t á r t a r o . T o d o s los vasallos le reco-
nocieron como zar, a excepción del p r i n c i p a d o de Vidin. Me-
diante algunas batallas p u d o r e c o n q u i s t a r p e q u e ñ o s territorios
a los bizantinos. D u r a n t e el r e i n a d o de su sucesor, Miguel
Sisman (1323-1330), las fuerzas separatistas triunfaron, fortale-
ciéndose a ú n m á s bajo I v á n A l e j a n d r o (1330-1371). A ñ á d a s e a
esto las continuas luchas con bizantinos y servios. A mediados
del siglo x i v el reino b ú l g a r o q u e d a b a d i v i d i d o en tres partes.
P o r u n lado, la D o b r u c h a , situada al noreste, entre el curso in-
ferior del D a n u b i o y el mar N e g r o , d o m i n a d a p o r el b o y a r d o
Balik, p o r o t r o T i r n o v o y V i d i n , territorios q u e fueron divididos
entre los hijos de I v á n A l e j a n d r o . I v á n Sisman o b t u v o el pri-
m e r o , e I v á n Sracimir el s e g u n d o , es decir, el territorio en t o r n o
a Vidin.
A finales del s e g u n d o reino p r e n d i ó en los creyentes ortodoxos
la doctrina mística del hesicasmo, cuyos r e p r e s e n t a n t e s o c u p a b a n
puestos i m p o r t a n t e s d e n t r o de la jerarquía. J u n t o a éstos apa-
recieron t a m b i é n extrañas formas d e sectarismo. D e A t o s lle-
garon dos curiosos r e p r e s e n t a n t e s d e u n equívoco ascetismo,
Lázaro y Cirilo Bosota. Lázaro se h a b í a c a s t r a d o a sí m i s m o
a la m a n e r a de los posteriores skopzen rusos. A n d a b a d e s n u d o
p o r las calles, c u b r i e n d o sus órganos genitales con u n a calabaza,
«una extraña y terrible visión p a r a t o d o s aquellos q u e le encon-
t r a b a n » (Vita d e San T e o d o s i o d e T i r n o v o ) . Cirilo Bosota ultra-
jaba los iconos y la cruz y pedía a los m a t r i m o n i o s que se sepa-
raran. N o faltos de razón h u b o personas q u e le consideraron
hijo de Lucifer, el ángel caído, d a d o q u e celebraba cultos secre-
tos y festejaba orgías n o c t u r n a s . M o v i m i e n t o s similares t a m b i é n
se conocieron a finales d e la E d a d M e d i a en O c c i d e n t e . C o m o
p u e d e apreciarse existen a veces ciertas concomitancias entre
Oriente y Occidente.

Los turcos, q u e a p a r t i r del a ñ o 1352 se h a b í a n asentado en


los Balcanes, n o hallaron dificultad a la h o r a d e conquistar u n o
a u n o los diferentes estados q u e e n c o n t r a b a n a su paso ya
destrozados y en r u i n a s . E n el a ñ o 1371 c o n q u i s t a r o n Tracia y
Macedonia, y en el 1382 o c u p a r o n Sofía. E l 17 de julio de 1393
el sultán Bayaceto (Bayacid) c o n q u i s t ó d e s p u é s de tres meses
de asedio la ciudad de T i r n o v o . E l zar b ú l g a r o I v á n Sisman
m u r i ó , y el patriarca E u t i m i o fue d e s t e r r a d o . E r a el comienzo
de la soberanía turca. La i n d e p e n d e n c i a eclesiástica llegó defini-
t i v a m e n t e a su fin c u a n d o el sultán, a raíz d e la caída de Cons-
tantinopla, convirtió el p a t r i a r c a d o ecuménico en cabeza visible
d e los o r t o d o x o s en la p e n í n s u l a balcánica. E n adelante la je-

149
rarquía se c o m p u s o exclusivamente d e griegos. U n b ú l g a r o jamás
p o d r í a ocupar el cargo de o b i s p o .
E l s e g u n d o r e i n o b ú l g a r o c o n s t i t u y ó u n a época de apogeo
c o m p a r a b l e a la d e Simeón, t a n llena d e esperanzas. Si d u r a n t e
el r e i n a d o de Simeón ya se h a b í a llevado a cabo u n a cierta
revisión d e la obra de los A p ó s t o l e s d e los eslavos, ahora se
e m p r e n d i ó la tarea d e c o m p a r a r de n u e v o las o b r a s litúrgicas
y teológicas con los originales, corrigiendo posibles errores. A
mediados del siglo x i v la l i t e r a t u r a eclesiástica eslavo-búlgara
alcanzó pues su s e g u n d o apogeo. E n T i r n o v o se creó u n a escuela
literaria p r o p i a , e n t r e cuyos a l u m n o s no sólo había búlgaros,
sino t a m b i é n servios y rusos. E s t a conciencia q u e se inclinaba
hacia la tradición eclesiástica fue provocada p o r el hesicasmo.
G r e g o r i o de Sinaí, a q u i e n se consideraba f u n d a d o r de esta
n u e v a p o s t u r a teológico-mística, m u r i ó en Bulgaria, d o n d e le
sobrevivieron n u m e r o s o s discípulos. U n o de ellos, T e o d o s i o de
T i r n o v o ( t 1363), tradujo su Capítulo místico-teológico. El, a su
vez, c o n t ó con u n a serie d e discípulos: D i o n i s i o , q u e t r a d u j o u n
v o l u m e n d e las obras de J u a n Crisóstomo (Margarita), Teodosio,
de q u i e n p r o v i e n e la traducción de J u a n Clímaco. Sin e m b a r g o ,
el más i m p o r t a n t e fue el f u t u r o patriarca E u f e m i o . Llevado p o r
u n p r o f u n d o r e s p e t o hacia la tradición, se o c u p ó d e revisar y
corregir las traducciones, cotejándolas con los originales y apor-
t a n d o en su e m p e ñ o u n e x t r a o r d i n a r i o trabajo filológico. Refor-
m ó la ortografía e incorporó no sólo los acentos sino el espíritu
de los griegos al eslavo. E n p a r t e las traducciones mejoraron y
p u d i e r o n eliminarse errores que el cambio de lengua p o d í a h a b e r
p r o v o c a d o ; p e r o t a m b i é n sufrieron cierto d e t e r i o r o d e b i d o al
i n t e n s o y e s c r u p u l o s o proceso d e acomodación al griego. E u t i m i o
tradujo de n u e v o las liturgias d e J u a n Crisóstomo y d e J a c o b o ;
el Typikott y el Oktoikon fueron r e d a c t a d o s otra vez. E s c r i b i ó
en u n estilo n u e v o las vidas d e San J u a n d e Rila, P e t c a d e
T i r n o v o , H i l a r i o de Maglena y Filotea. E n u n a serie de cartas
dio a conocer su p o s t u r a frente a los problemas religioso-filosó-
ficos. Se h a n conservado cinco homilías suyas. Sus discípulos
desarrollaron lo que él había iniciado y llevaron su herencia a
los eslavos orientales y servios. C i p r i a n o ( t 1406) llegó a ser
m e t r o p o l i t a n o d e Kiev, y p o s t e r i o r m e n t e fue elegido m e t r o p o -
litano de toda Rusia con sede en Moscú. Con él comenzó la
segunda oleada de la literatura eclesiástica eslava en Rusia. E l
discípulo más famoso de E u t i m i o fue G r e g o r i o C a m b l a k ( t 1419¬
1420), q u i e n a c t u ó en Bulgaria, Servia y Polonia-Lituania. E n
Vilna fue elegido m e t r o p o l i t a n o d e Kiev. E n el a ñ o 1418 se
p r e s e n t ó a c o m p a ñ a d o d e u n e n o r m e s é q u i t o en el Concilio d e
Constanza. Sus discursos laudatorios se caracterizan p o r su estilo

151
y originalidad. E n t r e otras p r o n u n c i ó la oración fúnebre de
C i p r i a n o . J u n t o a Joasaf, m e t r o p o l i t a n o de Vidin, que en su
homilía en Filotea se l a m e n t a b a con patéticas palabras de la
caída d e T i r n o v o , t u v o g r a n i m p o r t a n c i a C o n s t a n t i n o d e Coste-
nec. E n u n t r a t a d o e x p u s o las bases para u n a reforma orto-
gráfica. M u r i ó en Servia, d o n d e escribió u n a Vita de E s t e b a n
Lazarevic. C o n la victoria d e los t u r c o s este florecimiento de la
literatura se m a r c h i t ó antes d e q u e pudiera fructificar en el
pueblo b ú l g a r o .
Al lado de estas obras teológicas también llegaron a Bulgaria
las más apreciadas d e la literatura profana bizantina, como por
ejemplo la novela de Alejandro, la narración de la G u e r r a de
Troya, el c u e n t o d e Estefanites e Icnilates, la historia del sabio
Acir y la novela de Barlaam y Josafat. A estos títulos deben
añadirse las colecciones de sentencias tituladas Melissa (en eslavo
Peda) y otras acreditadas enciclopedias. T u v i e r o n una especial
acogida las o b r a s históricas, como la Guerra de los judíos, de
Josefo Flavio. Las crónicas de Malala y H a m a r t o l o fueron com-
piladas, j u n t o con las p a r t e s históricas d e la Biblia, en un
Cronógrafo q u e sirvió d e m o d e l o a los historiadores eslavos.
P o r o r d e n del zar A l e j a n d r o se tradujo la crónica de Constan-
tino M a n a s e s . El m a n u s c r i t o , q u e se encuentra en el Vaticano,
está ilustrado con m i n i a t u r a s de la historia bizantina. D u r a n t e
el s e g u n d o reino b ú l g a r o p u e d e apreciarse igualmente la influen-
cia bizantina en el arte.
E n el p e r í o d o b i z a n t i n o se h a b í a n c o n s t r u i d o en el territorio
de la futura Bulgaria u n gran n ú m e r o d e iglesias de planta
circular o b i e n de estilo basilical. E n t r e las iglesias de p l a n t a cir-
cular la q u e mayor interés ofrece es la de San J o r g e , en Sofía,
y las ruinas d e la «Iglesia Roja», d e Perustica. La iglesia de
Sofía, d e tres naves, nave transversal y cúpula plana, data del
siglo vi. Poco d e s p u é s d e la cristianización, d u r a n t e el reinado
d e Boris, se desarrolló u n a intensa actividad c o n s t r u c t o r a . E n
Plisca se erigió u n a p e q u e ñ a iglesia palaciega, u n a basílica, de
la q u e ú n i c a m e n t e se conserva la planta. Fuera de la ciudad se
levantó u n m o n a s t e r i o con u n a gran basílica. La o r n a m e n t a c i ó n
de sus paredes se basaba en la alternancia de ladrillos y sillares.
El zar Simeón m a n d ó erigir en su residencia de Preslavia u n a
grandiosa construcción circular a la q u e a n t e p o n í a u n n a r t e x
de dos pisos con torres, la «Iglesia D o r a d a » . M a n t i e n e cierto
parecido con las r o t o n d a s de Dalmacia y G r a n Moravia. Su
interior estaba o r n a m e n t a d o con mosaicos y planchas de b a r r o
multicolores. D e u n m o n a s t e r i o s i t u a d o en Patlena se h a con-
servado u n icono de San T e o d o r o e n plancha de b a r r o . Fuera
d e C o n s t a n t i n o p l a la basílica p e r d u r ó d u r a n t e más tiempo. El

152
zar Samuel m a n d ó construir en u n a isla del lago P r e s p a la
iglesia d e Aquiles, basílica de pilares, con tres naves y galerías
altas. La iglesia de Sofía, en O c r i d a , del siglo XI, es igualmente
una basílica c o m p u e s t a p o r tres naves d e casi idéntica altura,
unidas de forma similar a la iglesia d e arcadas por u n tejado.
La primera iglesia cruciforme fue la de San G e r m á n , j u n t o al
lago Prespa. E n el a ñ o 1186 se c o n s t r u y ó la de D e m e t r i o en
T i r n o v o . E n la capital se e n c o n t r a b a n la de San P e d r o y San Pa-
blo, con i m p o r t a n t e s frescos del siglo x i v , y la iglesia de San
Jorge, ambas cruciformes. E n M e s e m b r i a (actualmente N e s e b á r ) ,
en la costa del mar N e g r o , se c o n s t r u y e r o n d u r a n t e los siglos x m
y x i v las iglesias del P a n t o c r á t o r , de San T e o d o r o y Santa Pa-
rasceva y la de San J u a n Aliturgetos, de las q u e tan sólo con-
servamos sus r u i n a s . Sus paredes exteriores estaban decoradas
con cerámica polícroma. La más famosa p o r sus frescos es segu-
ramente la iglesia de Bojana, situada a los pies del m o n t e
Vitesa y erigida en el a ñ o 1259. Son auténticas obras m a e s t r a s
de la p i n t u r a de estilo b i z a n t i n o , p r i n c i p a l m e n t e los cuadros de los
d o n a n t e s , q u e se consideran precursores del renacimiento d e
los Peleólogos. P o r el contrario, en la p i n t u r a de la iglesia
conventual de Z e m u n (Semlin) se u n e n dos elementos o p u e s t o s :
formas bizantinas con u n a cierta sencillez m o n u m e n t a l . Casi
todos los frescos de la iglesia de los C u a r e n t a Mártires de Tir-
novo desaparecieron al convertirse ésta en mezquita. M u c h o s
de sus m o n u m e n t o s fueron d e s t r u i d o s p o s t e r i o r m e n t e , en el año
1913, p o r u n t e r r e m o t o . La p i n t u r a d e iconos y de libros d e esta
época seguía al pie de la letra las reglas de la iconografía orto-
doxa.

La relación e n t r e las culturas d e Bizancio y Bulgaria fue más


estrecha d e lo q u e p o d r í a n dar a e n t e n d e r sus continuas y san-
grientas contiendas. Los primeros búlgaros turaníes, h a b í a n eri-
gido su E s t a d o sobre las ruinas de las provincias romanas. E s t o
r e p r e s e n t a b a u n a c o n t i n u a amenaza para el I m p e r i o r o m a n o
oriental. Las relaciones eran de clara enemistad. C u a n d o Boris
se m o s t r ó d i s p u e s t o a bautizarse y convertir el cristianismo en
religión oficial, las relaciones con el e m p e r a d o r se hicieron más
estrechas, incluso familiares. Miguel I I I fue el p a d r i n o de Boris,
e m p a r e n t a n d o así con él desde u n p u n t o de vista espiritual y
de d e r e c h o canónico. Boris se convirtió para la familia imperial
bizantina en su hijo espiritual. Su p u e b l o , ya convertido al cris-
tianismo, o c u p ó el lugar que le c o r r e s p o n d í a en el conjunto d e
los restantes p u e b l o s cristianos de E u r o p a . E n principio su
tov
s o b e r a n o siguió siendo el ápx > hasta el m o m e n t o en q u e
Simeón t o m ó p a r t e d e la lucha p o r el d o m i n i o del m u n d o .
Reclamó para sí el título de «Zar de los búlgaros y a u t ó c r a t a

153
cié los griegos». E l h e c h o de h a b e r sido e d u c a d o en Bizancio le
hacía conocer el alcance d e su p r e t e n s i ó n a asignarse semejante
t í t u l o , m u c h o mayor q u e la simple valoración de su estado. Los
griegos, p o r su p a r t e , t a m b i é n i n t e r p r e t a r o n . l ú c i d a m e n t e este
paso, es decir, c o m o u n a a r r o g a n t e u s u r p a c i ó n . E n Preslavia
Simeón desarrollaba u n a b r i l l a n t e vida cortesana. La ornamen-
tación d e la ciudad, d e la cual ofrece u n a imagen i m p r e s i o n a n t e
J u a n el Exarca, i n t e n t a b a e m u l a r a C o n s t a n t i n o p l a . El siguiente
paso d e Simeón fue convertir al arzobispo en patriarca, adop-
t a n d o así cada vez más el p e n s a m i e n t o político b i z a n t i n o . A l
levantarse en el a ñ o 1185 los h e r m a n o s P e d r o e I v á n A s e n
c o n t r a los b i z a n t i n o s , se c o r o n a r o n e m p e r a d o r e s y a d o p t a r o n
los zapatos d e color p ú r p u r a p r o p i o s d e los e m p e r a d o r e s bizan-
tinos. Caloyán o s t e n t ó el t í t u l o d e V Christa Boga blogovérny)
car'i samodrazec vsem Blagarom i Grakom (zar y autócrata de
todos los búlgaros y griegos, o r t o d o x o s en Cristo, Dios). I v á n I I
A s e n aspiraba a suceder a los latinos, p e r o fracasó. N o o b s t a n t e
creó d e n u e v o el p a t r i a r c a d o b ú l g a r o . Las m i n i a t u r a s represen-
t a b a n a I v á n A l e j a n d r o (1331-1365) de a c u e r d o con los modelos
b i z a n t i n o s . L a p ú r p u r a era el color r e s e r v a d o para el ropaje
imperial. La aureola significaba la esfera divina, en la q u e
p e n e t r a gracias a su calidad de e m p e r a d o r . La m a n o derecha d e
D i o s le corona o b e n d i c e desde las n u b e s . T a m b i é n las m o n e d a s
búlgaras se a c u ñ a b a n siguiendo el m o d e l o b i z a n t i n o . P o r u n
lado p o d í a verse al zar con su símbolo de p o d e r , p o r el o t r o
u n a r e p r e s e n t a c i ó n d e C r i s t o . Los cargos imperiales o cortesanos
se concedían siguiendo el m o d e l o b i z a n t i n o . P o r regla general,
el h e r m a n o o u n p a r i e n t e cercano del zar accedía al cargo d e
Sebastocrátor. E n la retórica se e m p l e a n todos los títulos hono-
ríficos d e los e m p e r a d o r e s l i t e r a l m e n t e traducidos, como p o r
ejemplo christoljubivyj, 'fiXóypiaxaq (el q u e ama a Cristo).
I v á n A l e j a n d r o fue ensalzado como «zar d e los zares». Es evi-
d e n t e q u e Bulgaria t u v o m u y p r o n t o conocimiento del d e r e c h o
b i z a n t i n o . E n las traducciones eslavas del Nomokanon se inclu-
ye t a m b i é n la Ekloga, q u e en el a ñ o 879 fue sustituida por el
Procheiron, es decir, q u e la traducción t u v o que ser hecha con
a n t e r i o r i d a d a esta fecha. E s t e t e x t o jurídico seguramente estaba
ya en vigor en el siglo x. El Zakon sudnyj Ijudem contiene
treinta y dos artículos tomados d e la Ekloga, de los cuales
veintisiete se o c u p a n del d e r e c h o p e n a l , dos del derecho ma-
trimonial, dos del d e r e c h o familiar y u n o del derecho d e cap-
t u r a . E n el siglo x n i se a d o p t ó el Nomokanon en la edición de
Focio con los c o m e n t a r i o s d e Z o n a r a s y A r i s t e n o s . El santo Sava
había t r a d u c i d o al eslavo este m a n u a l de d e r e c h o eclesiástico
d e la Iglesia oriental. A m e d i a d o s del siglo x i v el Syntagma de

154
Blastares ganó importancia en la traducción búlgara, principal-
m e n t e desde el p u n t o de vista del d e r e c h o canónico nacional.
I v á n Alejandro presidía los sínodos. Las relaciones e n t r e E s t a d o
e Iglesia eran las mismas q u e las m a n t e n i d a s en C o n s t a n t i n o p l a .
T r a s las oscilaciones iniciales e n t r e la Iglesia occidental y la
oriental en la época d e l príncipe Boris y la infructuosa u n i ó n
d u r a n t e los reinados d e Caloyán e I v á n A s e n , la estructura de
la Iglesia o r t o d o x a fue c o b r a n d o fuerza p a u l a t i n a m e n t e . Se adop-
t a r o n de Bizancio la teología, la liturgia y el arte eclesiástico, y
j u n t o a esto, en la época del hesicasmo, u n a fuerte repulsa d e
la Iglesia romana. El m o n a c a t o r e s p o n d í a en sus dos formas,
eremítica y cenobítica, a la tradición oriental. T e n d í a más a la
contemplación y a la mística q u e a la actividad en el c a m p o
misionero y caritativo. H a s t a e n t r a d a la E d a d M o d e r n a dos
famosos monasterios revistieron importancia en la historia d e
Bulgaria, el m o n a s t e r i o de Rila y el m o n a s t e r i o de Zografu, en
el m o n t e A t o s .
E n dos ocasiones conoció Bulgaria u n florecimiento d e su cul-
tura, y en ambas se desvaneció r á p i d a m e n t e . P o r esto algunos
historiadores búlgaros consideran q u e la herencia bizantina n o
alcanzó r e a l m e n t e al p u e b l o búlgaro. Los zares desperdiciaron las
fuerzas vivas d e su estado en la d e m a n d a de p o d e r derivada del
c o n c e p t o imperial. La d e p u r a d a cultura bizantina, con u n a tra-
dición q u e se r e m o n t a b a a la a n t i g ü e d a d , difícilmente podía ser
a d o p t a d a por u n p u e b l o q u e iniciaba entonces su camino. E l
cristianismo, p o r su p a r t e , q u e había u n i d o a búlgaros primitivos
y eslavos, t a m p o c o t u v o m u c h o éxito en el p u e b l o llano, p u e s t o
q u e éste e n t r ó en contacto con la complicada forma teológica
de la Iglesia bizantina. E l p u e b l o cada vez se sentía más a t r a í d o
hacia las sencillas doctrinas de los bogomilitas. La literatura, el
arte y la c u l t u r a estuvieron reservadas a u n a p e q u e ñ a capa social
elevada. Resulta significativo q u e en el folklore apenas se haga
mención a los grandes zares búlgaros, d e las épocas brillantes,
como es el caso, p o r ejemplo, de los servios. La herencia bizan-
tina significó, p u e s , ganancia al t i e m p o más q u e u n a gravosa
hipoteca.

IV. Servia

E n la costa adriática, e n t r e el N e r e t v a y K o t o r (Cataro), se


h a b í a n a s e n t a d o en el siglo v i u n a serie d e tribus eslavas, for-
m a n d o tres áreas q u e se convertirían en la base de la futura
Servia: Z a h u m l i a (la actual H e r c e g o v i n a ) . T r a v u n i a y D u k l i a
(Dioclea), t a m b i é n llamada Zeta ( a c t u a l m e n t e M o n t e n e g r o ) . D e

155
aquí p a r t i e r o n las aspiraciones centralistas. A la cabeza de esta
formación política y patriarcal se hallaba u n jefe llamado Z u p á n .
D u r a n t e el r e i n a d o del e m p e r a d o r Heraclio los sacerdotes lati-
nos i n t e n t a r o n sin m u c h o éxito convertir a los servios. E n aque-
lla época estas regiones a ú n d e p e n d í a n del papa de R o m a , si
b i e n en el a ñ o 732 se llegaría a u n a reorganización de la juris-
dicción. Se desconoce la primitiva organización eclesiástica. El
p a p a J u a n V I H p r e t e n d í a s u b o r d i n a r las tierras de M u t i m i r al
arzobispo p a n o n i o de M e t o d i o . M u t i m i r , sin embargo, se dirigió
a O r i e n t e , a Bizancio, q u e bajo Basilio I vivía p o r entonces u n
p e r í o d o de florecimiento. U n a serie de predicadores a m b u l a n t e s
i n t e n t a r o n cristianizar al p u e b l o . D u r a n t e u n cierto t i e m p o el
zar Simeón d o m i n ó este t e r r i t o r i o , p e r o m u y p r o n t o Caslav
V l a d i m i r o v i c le a r r e b a t ó su soberanía a favor d e T r a v u n i a . E l
z u p á n M i g u e l Visevié d e Z a h u m l i a b u s c ó la protección bizantina.
T r a s la caída del r e i n o d e Samuel en el a ñ o 1018 toda la región
se hizo bizantina. H a s t a el a ñ o 1219 los servios d e p e n d i e r o n
desde el p u n t o de vista eclesiástico del helenizado arzobispado
de O c r i d a .

a) Ascenso d e Zeta

El príncipe E s t e b a n Vojislav (C. 1040-1052) se sublevó contra


la supremacía bizantina, y, tras algunas campañas, logró la inde-
p e n d e n c i a de Zeta. F u s i o n ó Z a h u m l i a y T r a v u n i a con su terri-
torio. Su hijo M i g u e l ( C . 1052-1081) m a n t u v o relaciones amis-
tosas con Bizancio, o b t e n i e n d o el título de Protospatharios. En
el a ñ o 1077 el p a p a G r e g o r i o V I I le envió la corona real, otor-
g á n d o l e el título de «Rey d e los eslavos». E n t r e tanto se había
p r o d u c i d o el cisma en el a ñ o 1054. El sínodo de Split (Spalato)
h a b í a p r o h i b i d o en el a ñ o 1059, a pesar de la violenta p r o t e s t a
del o b i s p o G r e g o r i o de N u n , el e m p l e o de la lengua eslava
eclesiástica en la liturgia. E n el a ñ o 1067 el papa Alejandro I I
creó el arzobispado de Bar, en u n i n t e n t o de a n u l a r la decisión
t o m a d a en el a ñ o 732. D e n u e v o surge el deseo de conseguir
u n e s t a d o i n d e p e n d i e n t e y u n a Iglesia a u t ó n o m a . Con más
claridad q u e en Bulgaria p u e d e apreciarse en la formación polí-
tica de los servios el cambio entre O r i e n t e y O c c i d e n t e .
C o n s t a n t i n o Bodin (1081-1101), hijo de Miguel, había partici-
p a d o en el l e v a n t a m i e n t o de J o r g e Vojtech, cayendo prisionero
d e los b i z a n t i n o s . V i é n d o s e de n u e v o e n . libertad, se u n i ó con
los n o r m a n d o s y se casó con J a k v i n t a , hija de u n jefe n o r m a n d o
de Barí. Logró ampliar el d o m i n i o d e Bosnia. E n el a ñ o 1089
el arzobispo de A n t í v a r i (Bar) o b t u v o el palio del papa Clemen-

156
te I I I y fue n o m b r a d o Primas Serbiae. La liturgia eslava fue
s u p r i m i d a , generalizándose la práctica latina.

b) Ascenso de Rascia (RaSka)

A la m u e r t e de Bodin surgieron ciertas fuerzas separatistas, y


las regiones se i n d e p e n d i z a r o n de n u e v o . El G r a n Z u p á n de
Rascia, V u c á n (1083-1114), i n t e n t ó apoderarse del p o d e r central
del país. Su hijo U r o s I consiguió a d u e ñ a r s e de gran p a r t e de
Zeta, desorganizada como estaba p o r sus luchas dinásticas inter-
nas. Los e m p e r a d o r e s bizantinos e m p e z a r o n a reprimir con cam-
pañas aisladas a este n u e v o y peligroso enemigo en los Balca-
nes. Los z u p a n e s U r o s I y U r o s I I se e n r e d a r o n en u n a serie
d e luchas con Bizancio, llegando a veces incluso a apoyar a los
h ú n g a r o s . M a n u e l I C o m n e n o e m p r e n d i ó en los años 1149 y
1150 unas expediciones de castigo contra Rascia. A p r o v e c h ó la
oposición existente contra la persona de Uros I I para convertir
G r a n Z u p á n a Desa. P e r o Desa a su vez aguardaba el m o m e n t o
propicio p a r a liberarse de la supremacía bizantina, M a n u e l I
C o m n e n o d e b i ó de darse cuenta d e sus intenciones y en el
año 1165 m a r c h ó p e r s o n a l m e n t e contra sus vasallos rebeldes.
T r a s su triunfo sobre el ejército servio n o m b r ó G r a n Z u p á n a
T i h o m i r , m i e m b r o de la antigua familia de los N e m a n i a ; sus
h e r m a n o s Stracimir, Miroslav y E s t e b a n N e m a n i a o b t u v i e r o n
t a m b i é n algunos territorios. E s t e b a n N e m a n i a venció a sus her-
manos, a p o d e r á n d o s e del p o d e r central. El i n t e n t o de crear una
coalición a n t i b i z a n t i n a con los venecianos y h ú n g a r o s fracasó,
y t u v o q u e entregarse a M a n u e l , q u i e n le humilló paseándole en
calidad d e prisionero p o r las calles d e C o n s t a n t i n o p l a . N o obs-
tante se le permitió regresar a Rascia y seguir o c u p a n d o el
p u e s t o de G r a n Z u p á n , si b i e n q u e d a b a obligado a prestar ayu-
da militar a Bizancio. D u r a n t e u n decenio sus relaciones con
Bizancio fueron pacíficas. P e r o en el a ñ o 1183 atacó d e n u e v o ,
a y u d a d o p o r los h ú n g a r o s , al I m p e r i o , d e v a s t a n d o Nis y Sofía.
D e s p u é s u n i ó Zeta a su territorio, colocando de este m o d o la
primera piedra p a r a la formación del r e i n o servio. El día 27 de
julio d e 1189 se e n c o n t r ó en Nis con Federico Barbarroja, p e r o
n o consiguió q u e los cruzados le p r e s t a r a n ayuda en contra d e
Bizancio. E n el año 1190 sufrió u n a n u e v a d e r r o t a , si bien ésta
no redujo el territorio servio. E n c u a n t o a la política eclesiás-
tica, E s t e b a n N e m a n i a m a n t u v o u n a p o s t u r a ambivalente e n t r e
las dos Iglesias. E n principio h a b í a sido b a u t i z a d o por la Iglesia
romana. P e r o al e n t r a r en Rascia se hizo bautizar de n u e v o por
u n sacerdote o r t o d o x o griego. I n d u d a b l e m e n t e sus simpatías es-

157
t a b a n con la Iglesia griega, m á s dispuesta a concederle la inde-
p e n d e n c i a q u e el p a p a . La organización eclesiástica, al margen
d e las artes, se hallaba p o c o desarrollada. N e m a n i a persiguió
v i o l e n t a m e n t e «la vergonzosa y maldita herejía» d e los bahú-
nos, tal y c o m o se d e n o m i n a b a a los bogomilitas. E n el a ñ o 1196
abdicó y se r e t i r ó al m o n a s t e r i o d e E s t u d é n i c a , a d o p t a n d o el
n o m b r e d e Simeón.
Su p r i m o g é n i t o , V u c á n , o b t u v o la antigua Dioclea y se dio e l
título de rey. E l s e g u n d o hijo, E s t e b a n , cuyo suegro era ya
e m p e r a d o r , se convirtió en G r a n Z u p á n y o b t u v o además el
título de Sebastocrátor. El más joven de los hijos, Rastco, había
a b a n d o n a d o el m u n d o y m a r c h a d o a Atos, d o n d e se hizo monje
en el m o n a s t e r i o ruso de San P a n t a l e ó n , a d o p t a n d o el n o m b r e
d e Sava. Más t a r d e se trasladó al m o n a s t e r i o griego de V a t o p e d i .
E n el a ñ o 1197 su p a d r e se r e u n i ó con él en dicho lugar. Sava
aceptó entonces el encargo d e sus c o m p a ñ e r o s y se trasladó a
C o n s t a n t i n o p l a . Allí p i d i ó al e m p e r a d o r q u e le cediera el mo-
nasterio a b a n d o n a d o d e C h i l a n d a r . A y u d a d o por su p a d r e lo
r e n o v ó , c o n v i r t i é n d o l o en c e n t r o de monjes servios. A cambio
Sava h a b r í a de traducir el Typikon del c o n v e n t o de la Virgen
Evergetissa en C o n s t a n t i n o p l a , p a r a luego retirarse a u n a ermita
en Caries, d o n d e más t a r d e escribiría o t r o Typikon. Simeón
E s t e b a n m u r i ó el a ñ o 1200. Monjes d e todas las nacionalidades
celebraron funerales p o r él. Al tenerse noticia de u n a serie de
milagros j u n t o a su t u m b a , Sava exigió q u e se r e u n i e r a n los
higumenoi (prefectos d e los m o n a s t e r i o s , equivalentes al abad)
y los monjes para escribir la Vita de su p a d r e y redactar u n
oficio en su h o n o r , lo q u e equivalía a u n a canonización. A partir
d e 1204 los latinos ejercieron u n a presión cada vez más fuerte
sobre los monjes d e A t o s p a r a q u e éstos reconociesen la supre-
macía r o m a n a . C u a n d o la situación se hizo más seria Sava deci-
dió trasladar los restos de su p a d r e al monasterio de Estudénica.
Con este m o t i v o (1207) consiguió q u e se reconciliaran sus her-
m a n o s , q u e p o r entonces a n d a b a n enzarzados en u n a violenta
guerra civil. El se q u e d ó en calidad de higumenos en Estudé-
nica e inició la educación cultural y religiosa de su p u e b l o . E n
este t i e m p o E s t e b a n viajó a O c c i d e n t e , b u s c a n d o la u n i ó n con
la Iglesia romana y Venecia p a r a o b t e n e r así cierto apoyo frente
al I m p e r i o latino y los h ú n g a r o s . P e r o Sava, q u e n o estaba
d e acuerdo con semejante orientación, se retiró 'otra vez al m o n t e
A t o s . E n el a ñ o 1217 E s t e b a n fue c o r o n a d o rey por u n legado del
p a p a H o n o r i o I I I . P o r esta razón se le llamó «el p r i m e r coro-
n a d o » (Prvovencani). Sava quería la i n d e p e n d e n c i a eclesiástica
c o n respecto al patriarca d e C o n s t a n t i n o p l a , q u e residía desde
el a ñ o 1204 en Nicea. E n 1219 fue o r d e n a d o él mismo arzobispo

158
«de tierras servias y territorios costeros», con la aprobación del
e m p e r a d o r T e o d o r o Lascaris. E n su viaje de regreso se d e t u v o
en Salónica, d o n d e tradujo el Nomokanon, a fin de contar con
u ñ a base d e derecho canónico para la organización de la Iglesia
servia. C o n v i r t i ó en sede del arzobispo al monasterio d e Zica,
donación d e su h e r m a n o , y c o r o n ó y ungió de nuevo a E s t e b a n
como rey d e los servios. Su actuación provocó la protesta del
arzobispo griego de O c r i d a , D e m e t r i o C o m a t e n o , q u e tenía
miedo d e p e r d e r su p u e s t o , ya q u e u n a parte de sus sufragá-
neos ( e n t r e otros Nis, Rascia y Prizren) pertenecía ahora a la
nueva Iglesia servia. Sava fundó casi con seguridad n u e v e epar-
quías. Las sedes de los obispos eran monasterios. Sava se o c u p ó
de la formación del clero y realizó u n viaje a Tierra Santa
desde el a ñ o 1229 hasta el 1232. F u e recibido p o r el patriarca
de Jerusalén y allí, y en Acre, f u n d ó u n a serie de monasterios
servios. D u r a n t e su viaje de regreso visitó al e m p e r a d o r J u a n
Vataces. E n el a ñ o 1233 convocó en Zica u n sabor o s í n o d o ,
y renunció a su cargo, si bien d e t e r m i n ó q u e su sucesor fuera
el monje Arsenio. Poco después e m p r e n d e r í a u n largo viaje hasta
los centros mismos de la o r t o d o x i a . Palestina, Alejandría, las
ciudades del m o n a c a t o egipcio, el m o n t e Sinaí, A n t i o q u í a , Cons-
tantinopla y T i r n o v o , d o n d e finalmente m u r i ó el 14 d e e n e r o
de 1234. Se ha discutido la versión según la cual el ú l t i m o gran
viaje de Sava a los p u n t o s principales de las iglesias a u t ó n o m a s
podría estar relacionado con la formación del patriarcado b ú l -
garo d u r a n t e el g o b i e r n o de I v á n Asen. Los restos de Sava fue-
ron trasladados a Servia, d o n d e m u y p r o n t o fue venerado c o m o
santo.

Bajo los sucesores d e E s t e b a n surgió la lucha p o r la hege-


monía en la península balcánica. E s t e b a n Radoslao (1228-1234)
buscó el apoyo de los griegos y del d é s p o t a de E p i r o . Su her-
m a n o Ladislao (1234-1243), yerno d e I v á n Asen, se dirigió, sin
embargo, al s e g u n d o reino b ú l g a r o . P e r o a la m u e r t e del zar fue
derrocado. E l tercer hijo, E s t e b a n U r o s I (1243-1276), consiguió
q u e Servia floreciera económicamente, reclutó mineros sajones
y éstos i m p u l s a r o n la minería y p o r ende el comercio. Los servios
se abrieron camino hasta Macedonia y t o m a r o n Skopie y K o s o v o .
Sin e m b a r g o , en el año 1259, Miguel V I I I Paleólogo les d e r r o t ó en
Pelagonia. T r a s la reconstrucción del imperio en el a ñ o 1261
E s t e b a n U r o s m a n t u v o u n a actitud h o s t i l frente a Bizancio.
Miguel V I I I Paleólogo dialogó en el concilio de Lyon y estaba
dispuesto a renunciar en favor d e la u n i ó n a la i n d e p e n d e n c i a d e
la corona servia.
D r a g u t i n (1276-1282) desarrolló u n a política de amistad hacia
los h ú n g a r o s q u e n o r e s p o n d í a a los intereses de la nobleza

159
servia. P o r t a n t o t u v o q u e ceder el g o b i e r n o a su h e r m a n o
M i l u t i n (1282-1321), el cual c o m e n z ó i n m e d i a t a m e n t e a expan-
sionarse hacia el sur en d e t r i m e n t o del I m p e r i o bizantino. Con-
q u i s t ó toda la Macedonia occidental. Servia t a m b i é n se extendía
hacia el n o r t e hasta la línea formada p o r el D a n u b i o y el Save,
p u e s h a b í a a r r e b a t a d o estos territorios a Bulgaria. Así nacieron
dos reinos servios, la antigua Servia de los N e m á n í d a s , con
M a c e d o n i a , al m a n d o d e M i l u t i n , la Servia septentrional, al man-
do de D r a g u t i n . P o r motivos políticos internos M i l u t i n firmó
un t r a t a d o de paz con Bizancio. R e p u d i ó a su tercera mujer, la
búlgara A n a , y desposó a Simónida, hija de A n d r ó n i c o , u n a niña
de a p r o x i m a d a m e n t e ocho años de edad. Las relaciones pacíficas
cesaron de n u e v o c u a n d o M i l u t i n i n t e n t ó ayudar a Carlos d e
Valois a erigir u n reino latino en C o n s t a n t i n o p l a . Sin embargo,
en el a ñ o 1313 envió en ayuda del e m p e r a d o r u n ejército para
q u e luchara c o n t r a los turcos. D u r a n t e el gobierno d e Milutin
la influencia b i z a n t i n a en el interior a u m e n t ó c o n s i d e r a b l e m e n t e .
E n t r e otras m u c h a s cosas se a d o p t ó el m i s m o sistema burocrá-
tico. E l G r a n Logoteta llevaba la dirección de la cancillería im-
perial, mientras q u e el G r a n P r o t o v e s t i a r i o se o c u p a b a de las
finanzas. E n la administración de las provincias t a m b i é n se t u v o
en c u e n t a a Bizancio. Se desarrolló el sistema d e la pronoia. El
señor feudal recibía el u s u f r u c t o vitalicio de sus bienes y a
cambio tenía q u e p r e s t a r servicios militares. E n caso de guerra
estaba en la obligación de incorporarse con u n c o n t i n g e n t e de
siervos campesinos, los paroikoi. El sistema t r i b u t a r i o era natu-
r a l m e n t e u n a faceta más d e la gran influencia bizantina.
La población rural satisfacía sus i m p u e s t o s m e d i a n t e prestacio-
n e s personales, p r o d u c t o s n a t u r a l e s o d i n e r o . E n la corte se in-
t r o d u j e r o n ciertas ceremonias bizantinas. C o n t o d o , Servia siguió
s i e n d o u n e s t a d o con carácter p r o p i o , formado a partir d e las
tradiciones eslavas, b i z a n t i n a s y occidentales.
E s t e b a n D e c a n s k i salió victorioso de la lucha entablada por la
sucesión d e M i l u t i n . E n la guerra civil bizantina apoyó al anti-
guo e m p e r a d o r A n d r ó n i c o I I . U n a vez q u e h u b o triunfado,
A n d r ó n i c o I I I se alió con los búlgaros en contra de los servios.
E n la batalla d e V e l b u z d ( K u s t e n d i l ) , el 28 d e julio de 1330, los
b ú l g a r o s sufrieron u n a terrible d e r r o t a . E n el c a m p o de batalla
m u r i ó el zar Miguel Sisman, y d a d o q u e el ambicioso hijo de
E s t e b a n D e c a n s k i , E s t e b a n D u s a n , r e s p o n d í a mejor a los inte-
reses d e la nobleza, ésta obligó a E s t e b a n D e c a n s k i a abdicar y
el a ñ o 1331 fue c o r o n a d o D u s a n . E s t e b a n Decanski fue h e c h o
p r i s i o n e r o p a r a m o r i r luego asesinado. Se le r e c u e r d a como
m á r t i r , p e r o su hijo goza del o d i o q u e se destina al parricida.

160
c) E s t e b a n D u s a n y la supremacía servia en los Balcanes

P e r o E s t e b a n D u s a n n o se conformaba con ampliar hacia el


sur el p o d e r í o servio, sino q u e , al igual q u e el zar Simeón e
I v á n A s e n , aspiraba también a o s t e n t a r el p o d e r imperial. S u p o
llevar a cabo con astucia y a u t o r i d a d sus ambiciosos planes. P e r o
t a m b i é n él, en ú l t i m a instancia, malgastó i n ú t i l m e n t e las fuerzas
de su p u e b l o como lo hicieran los soberanos búlgaros. A su
m u e r t e Servia, q u e a ú n n o estaba unificada, se d e s m o r o n ó rápi-
d a m e n t e , convirtiéndose en presa fácil de los turcos osmanlíes.
U n a vez q u e h u b o afianzado en los primeros años de gobierno
su posición en el interior, se dirigió hacia el sur y, sin encontrar
gran resistencia, c o n q u i s t ó P r i l e p o , O c r i d a , E s t r ú m i c a y Castoria.
Ciertos arcontes griegos, d e s c o n t e n t o s con el g o b i e r n o d e An-
drónico I I I , se pasaron a su b a n d o , como fue el caso del expe-
r i m e n t a d o Sirgiano, q u e p r e t e n d í a atacar Salónica. Sin e m b a r g o mu-
rió asesinado, por encargo del e m p e r a d o r , a m a n o s d e u n merce-
nario b i z a n t i n o . E s t e b a n D u s a n se vio obligado a firmar la paz
e n t r e otras razones p o r q u e los h ú n g a r o s a m e n a z a b a n su frontera
s e p t e n t r i o n a l . E n el año 1335 m a n d ó construir u n palacio en
P r i l e p o . E n el a ñ o 1340 c o n q u i s t ó D r a c (Durazzo) y J a n i n a , adju-
dicándose el título de rey de Albania. A la m u e r t e d e A n d r ó -
nico I I I Paleólogo estalló u n a n u e v a guerra civil en Constan-
tinopla. D e s d e el a ñ o 1343 h a s t a el 1345, E s t e b a n D u s a n luchó
p o r la supremacía en Macedonia y Tracia, a b a n d o n a n d o sin más
r e p a r o a J u a n C a n t a c u c e n o . I n d e p e n d i e n t e m e n t e d e Salónica,
ciudad q u e los servios n u n c a llegaron a poseer, D u s a n se apo-
deró de los centros más i m p o r t a n t e s , como p o r ejemplo Berea
y Serres, d o n d e comenzó a d e n o m i n a r s e zar. Su intención de
llegar a o c u p a r el t r o n o imperial se trasluce del h e c h o de q u e
conservara la administración de c u ñ o bizantino, dejara en sus
puestos a los griegos y concediera u n a serie de privilegios t a n t o
a la Iglesia como a los m o n a s t e r i o s . Según la concepción oriental,
no p o d í a existir n i n g ú n e m p e r a d o r sin patriarcas. E n el año
1346 se r e u n i ó en la capital, Skopie, u n sínodo c o m p u e s t o por
el arzobispo de Servia, J u a n , el patriarca de T i r n o v o , Simeón,
el arzobispo de O c r i d a , Nicolás, y representantes del m o n t e
A t o s . T o d o s ellos n o m b r a r o n p r i m e r patriarca servio al arzobispo
J u a n . El patriarca d e C o n s t a n t i n o p l a p r o t e s t ó contra dicha reso-
lución y excomulgó a la iglesia servia hasta el a ñ o 1375. El
16 de abril de 1345 D u s a n fue c o r o n a d o en presencia del sínodo
« e m p e r a d o r de los servios y griegos, de los búlgaros y albanos».
O t o r g ó a todos los nobles servios títulos bizantinos, como el d e
déspota, sebastocrátor, etc. A h o r a su objetivo era Constanti-
nopla, cuyo e s p l e n d o r h a b í a p o d i d o c o m p r o b a r p e r s o n a l m e n t e

161
siendo a ú n u n n i ñ o . I n t e n t ó conquistarla con ayuda de los vene-
cianos, mas éstos le engaña» o n y se aliaron con C a n t a c u c e n o .
D u s a n se v e n g ó d e v a s t a n d o Bosnia. O r d e n ó la situación en el
interior del país m e d i a n t e u n código (1349). Su Zakonik es u n
m o n u m e n t o ú n i c o en la historia jurídica eslava.
E n su lucha c o n t r a J u a n Paleólogo C a n t a c u c e n o había pedido
ayuda a los turcos, E n D e m ó t i c a ( D i d y m o t e i c h o n ) fue d e r r o t a d o
u n ejército d e caballería búlgaro-servio q u e se h a b í a formado
para apoyar a Paleólogo. Los turcos comenzaron a extenderse
p o r los Balcanes. E n el a ñ o 1355 m u r i ó i n e s p e r a d a m e n t e el zar
D u s a n en la flor de la vida.
A p e n a s desapareció la fuerte p e r s o n a l i d a d q u e había logrado
m a n t e n e r unificado al r e i n o , surgieron las luchas e n t r e los dis-
tintos vasallos griegos y servios. Su h e r e d e r o E s t e b a n Uros V ,
1355-1371, n o p u d o evitar la descomposición. Su tío Simeón
se a d u e ñ ó d e Tesalia, y E p i r o fue dividido e n t r e familias alba-
nas, griegas y servias. E n O c r i d a estaba el sebastocrátor B r a n k o
M l a d e n o v i c ; en P r i l e p o , V u k a s i n . La formación de n u m e r o s o s
p e q u e ñ o s estados feudales r e p e r c u t i ó desfavorablemente en la
situación económica y c u l t u r a l del país. Los turcos a u m e n t a r o n
su influencia. El d é s p o t a Ugljes y V u k a s i n , q u e se había adjudi-
cado el título de rey, m u r i e r o n en la batalla del Maritza, el
26 d e s e p t i e m b r e d e 1 3 7 1 . La ruina era inevitable. E l rey T v r t k o
i n t e n t ó f o m e n t a r la tradición de los N e m á n i d a s . Lázaro H r e v e l -
janovic y V u k B r a n k o v i c se v i e r o n obligados a satisfacer u n a
serie d e t r i b u t o s a los turcos. N o o b s t a n t e , Lázaro consiguió
reunir las ú l t i m a s fuerzas existentes e i n t e n t ó organizar la resis-
tencia. El p r o p i o sultán M u r a d m a r c h ó a su e n c u e n t r o al m a n d o
de u n gran ejército. E l día d e San V i t o , el 15 de junio de 1389,
t u v o lugar en K o s o v o Polje ( C a m p o de los Mirlos) la batalla
decisiva. Los mejores nobles servios m u r i e r o n en la lucha. E l
sultán M u r a d m u r i ó a m a n o s d e Milos Obilic. Brankovic y el
hijo d e Lázaro se c o n v i r t i e r o n en vasallos tributarios del sultán.
Servia h a b í a sufrido u n d u r o golpe con el a t a q u e de los turcos.
Los t r o v a d o r e s servios c a n t a r o n a p a r t i r d e esta época u n a serie
de p o e m a s épicos sobre los acontecimientos del C a m p o de los
Mirlos. Surgió t o d o u n ciclo de K o s o v o sobre la caída de la
Servia feudal. E n el a ñ o 1402 E s t e b a n Lazarevié logró liberarse
de n u e v o d e los t r i b u t o s . C o n v i r t i ó a Belgrado en su capital,
consiguiendo de C o n s t a n t i n o p l a el título de sebastocrátor. Se
inició u n cierto r e n a c i m i e n t o de la cultura servia. Los fugitivos
de Bulgaria trajeron consigo u n a n u e v a l i t e r a t u r a teológica. G r e -
gorio C a m b l a k se convirtió en a r c h i m a n d r i t a del m o n a s t e r i o de
Visoki Decani, y escribió u n a Vita d e su fundador E s t e b a n

162
Decanski. U n monje servio llamado Pachomij se trasladó a Rusia
con la i n t e n c i ó n de i n t r o d u c i r u n n u e v o estilo retórico en la
literatura rusa primitiva. E l sucesor de E s t e b a n Lazarevic, J o r g e
Brankovic (1427-1456) n o p u d o evitar la decadencia i n t e r n a ni
el avance d e los t u r c o s . F i n a l m e n t e , t a n sólo logró conservar el
territorio en t o r n o a Smederevo, a d o n d e t a m b i é n se h a b í a reti-
r a d o el patriarca servio.
El proceso de cristianización servio t u v o como fondo, a ú n en
mayor m e d i d a q u e el del p u e b l o búlgaro, las controversias e n t r e
la iglesia oriental y la occidental. El d o b l e b a u t i s m o d e E s t e b a n
Prvocencani es como u n símbolo d e esta orientación hacia ambas
direcciones. E n su Vita se disimula este h e c h o con u n a frase apó-
crifa de J e s ú s : « H a s m a m a d o la leche de ambos pezones.» E n
la a r q u i t e c t u r a religiosa de Rascia resulta especialmente evidente
esta síntesis bizantina-occidental. E n la iglesia del m o n a s t e r i o
de Estudénica, d o n d e fue e n t e r r a d o E s t e b a n N e m a n i a , se u n e n
con especial armonía elementos románicos y bizantinos. Se trata
d e u n a construcción d e u n a sola nave abovedada. La ornamen-
tación m a r m ó r e a exterior r e c u e r d a a las iglesias románicas d e
Italia. E n el t í m p a n o del p o r t a l oeste se e n c u e n t r a u n relieve
de la M a d r e de Dios con dos arcángeles. Bajo la b ó v e d a p u e d e
verse u n friso curvo con a d o r n o s figurativos. D e n t r o d e este
mismo estilo p u e d e n e n n u m e r a r s e las siguientes iglesias, cúspide
de la a r q u i t e c t u r a religiosa en Servia: Zica (1208-1215), Mile-
sevo (1234-1235), M o r a c a (1252) y Sopocáni (1255). Sus p i n t u r a s
p o r el c o n t r a r i o son, en su concepción e iconografía, p u r a m e n t e
bizantinas. E n el siglo posterior se c o n s t r u y e r o n en el sur de
Servia u n a serie de iglesias cruciformes con cúpula. E n el año
1320 M i l u t i n d o n ó la iglesia del m o n a s t e r i o d e Gracánica. E s t a ,
pot u n a p a r t e , p u e d e catalogarse como o b r a claramente bizan-
tina, p e r o , p o r o t r a , evidencia ciertas características nacionales,
p r o v o c a n d o la alternancia de ladrillos y sillares en sus paredes
exteriores u n bello efecto decorativo. Las iglesias d e Starona-
gorocino (1318) y Leshovo (1346) m u e s t r a n claramente el estilo
d e la iglesia cruciforme con u n a y, en ocasiones, varias cúpulas.
Las iglesias del llamado estilo m o r a v o , por ejemplo las de Ravá-
nica (C. 1389), Liubostinia ( C . 1400) y Jakelnic (1417), cons-
tituyen el fin de la a r q u i t e c t u r a servia. Las estrechas y elevadas
construcciones están provistas d e losas polícromas y antiguas
rosetas y o r n a m e n t o s que r e c u e r d a n a los modelos georgianos.
Las p i n t u r a s , d e g r a n calidad, evidencian en t o d o m o m e n t o la
indepedencia servia. Las imágenes d e los d o n a n t e s e n particular
m u e s t r a n , j u n t o a u n a rigurosidad semejante a la de los iconos,
ciertos rasgos individuales.

163
El m a n u s c r i t o i l u s t r a d o más a n t i g u o q u e se conserva, el evan-
geliario del p r í n c i p e Miroslao, c o n t i e n e u n a serie d e ilumina-
ciones en las q u e se c o m b i n a n d e forma muy particular elemen-
tos occidentales con otros orientales. O t r a muestra del arte sacro
es el «Epitafio de la monja Jefimia», del año 1399, u n p a ñ o
de seda roja en el q u e se b o r d ó con hilos de oro y plata un
llanto fúnebre p o r el príncipe Lázaro.
J u n t o con la literatura religiosa y m u n d a n a a d o p t a d a direc-
t a m e n t e de Bizancio a través d e las traducciones, en Servia se
desarrolló t a m b i é n u n estilo literario p r o p i o en las biografías
de soberanos y santos servios, q u e r o m p e con la tradición retó-
rica de la hagiografía al i n t r o d u c i r datos históricos. A media-
dos del siglo x i u el monje D o m e n t i j a n escribió, con profusión
de detalles retóricos, u n a Vita del s a n t o Sava, p o s t e r i o r m e n t e
reelaborada y simplificada por T e o d o s i o . El arzobispo D a n d o I I
escribió algunas biografías de reyes y jerarcas servios que deno-
tan u n mayor interés histórico q u e hagiográfico. P o r el contrario,
la poesía litúrgica permanece d e n t r o del marco de la tradición
bizantina. E n cierto sentido, es éste t a m b i é n el caso de la bio-
grafía de E s t e b a n Lazarevic, cuyo a u t o r es el búlgaro Constan-
tino de Kostenec.
El m o n a c a t o servio siguió f u n d a m e n t a l m e n t e la tradición orien-
tal, si bien no sólo tendió a apartarse del m u n d a n a l r u i d o , sino
q u e c o n t r i b u y ó enérgicamente a la organización de la Iglesia.
Los monasterios eran lugares de vida ascética, pero también sede
d e obispos y sepulcro de soberanos. P o r su apariencia recuerdan
más a los palacios q u e a las colonias cenobitas de Bulgaria.
Se ha investigado poco la influencia en Servia del hesicasmo.
Este fue i n t r o d u c i d o principalmente p o r fugitivos búlgaros y se
manifestó en el interés p o r la literatura místico-ascética, como
por ejemplo la obra de J u a n Clímaco. La relación entre E s t a d o
e Iglesia fue relativamente e q u i l i b r a d a . A diferencia del dua-
lismo d e Bulgaria, existía u n a p r o n u n c i a d a conformidad e n t r e
la ortodoxia y los servios. T a m b i é n en la administración de la
justicia se observa, j u n t o con la recepción del derecho bizantino,
m u c h o s elementos de antiguas interpretaciones eslavas. P r i m e r o
se a d o p t ó el Nomokanon en la traducción realizada por el santo
Sava. E n el siglo x i v se tradujo el Syntagma de Blastares en
versión reducida, así como u n a recopilación de leyes d e Justi-
n i a n o . Estas constituyen u n i m p o r t a n t e c o m p l e m e n t o del código
del zar D u s a n , con el que forman u n a u n i d a d .

E n Servia, p u e s , se sintetizan felizmente la cultura oriental y


occidental, s i e n d o la influencia bizantina sin lugar a d u d a s im-
portante y evidente.

164
V. Base bizantina de la cultura rusa

Los eslavos y los antes, éstos ú l t i m o s considerados como an-


tepasados d e los rusos y ucranianos, e n t r a r o n en contacto p o r
primera vez con el I m p e r i o b i z a n t i n o en el siglo vi. Sin em-
bargo, sólo empiezan a cobrar importancia a partir del siglo IX,
siglo en el que se da u n cierto apogeo de los eslavos. E n la
actualidad, aún suscita apasionadas discusiones el p r o b l e m a d e
la posible dominación de los eslavos orientales como n o r m a n d o s
o varegos, y hasta q u é p u n t o sólo h a b í a n c o n t r a t a d o aquéllos
a mercenarios nórdicos. Los bizantinos distinguían claramente a
los «rusos» de los eslavos. La r u t a comercial desde Escandi-
navia hasta C o n s t a n t i n o p l a atravesaba las tierras de los eslavos
orientales a lo largo d e l Voljov y el D n i é p e r hasta llegar a
los centros comerciales griegos de Crimea.
En el a ñ o 839 regresó de Bizancio a Kiev u n a delegación q u e ,
d a n d o u n r o d e o , se d e t u v o en I n g e l h e i m para visitar a L u i s
el Piadoso. T a m b i é n a q u í se p u e d e observar u n a oscilación
e n t r e O c c i d e n t e y O r i e n t e . E n el año 860 los rusos amenazaron
por primera vez la capital imperial, d e v a s t a n d o sus alrededores.
Al parecer una t o r m e n t a d e s t r u y ó su flota.
Ya el patriarca Focio había reconocido la gran labor de las
misiones. E n el año 907 el príncipe O l e g atacó C o n s t a n t i n o p l a ,
c e r r a n d o en el año 911 u n t r a t a d o comercial con los bizantinos.
Los rusos apoyaron al I m p e r i o en su lucha contra los árabes.
D u r a n t e el reinado de Igor se repitió la c a m p a ñ a militar (941),
así como la renovación del t r a t a d o (943). E n el a ñ o 957 la
princesa Olga llegó a la capital, si bien en esta ocasión con
el fin d e ser b a u t i z a d a . Recibió el n o m b r e de E l e n a , siendo
su p a d r i n o el e m p e r a d o r C o n s t a n t i n o V I L Se h a b í a d a d o el
primer paso hacia Bizancio, a u n q u e no p o r ello' Olga dejó
de m a n t e n e r contactos con O c c i d e n t e . Su hijo Sviatoslao rechazó
el cristianismo por respeto a su Druzina ( s é q u i t o formado p o r
h o m b r e s libres). E n el a ñ o 968 venció a los búlgaros por en-
cargo de Nicéforo Focas, e incluso se atrevió a d i s p u t a r a los
bizantinos la p a r t e e u r o p e a del I m p e r i o , s i e n d o rechazado p o r
J u a n Zimisces. D e n u e v o u n ejército varego-ruso acudió en
ayuda del e m p e r a d o r en el a ñ o 988, en esta ocasión d e Basi-
lio I I . A cambio, y a condición de q u e se bautizara, recibió
como esposa a A n a «porfirogéneta», h o n o r q u e le h a b í a sido
d e n e g a d o a O t ó n I I . E n el año 988 V l a d i m i r o fue b a u t i z a d o
con el n o m b r e d e su p a d r i n o imperial, Basilio. A partir de en-
tonces se i n t r o d u j o el cristianismo como religión oficial. C o n
la cristianización d e la «Rusia d e Kiev», la cultura bizantina
t a m b i é n se p r o p a g ó e n t r e los eslavos orientales. Ana había lle-

165
v a d o consigo u n a famosa imagen religiosa, el Iconos de la
M a d r e d e Dios de V l a d i m i r o . Las primeras iglesias fueron
construidas p o r arquitectos griegos. Así surgieron, siguiendo
el estilo d e la iglesia a b o v e d a d a cruciforme, las catedrales d e
Santa Sofía d e Kiev y d e N o v g o r o d . T a n t o la literatura m u n -
d a n a bizantina c o m o la religiosa llegaron a Rusia en su mayor
p a r t e desde Bulgaria en eslavo eclesiástico antiguo. Kiev o b t u v o
u n m e t r o p o l i t a n o sujeto a la jurisdicción del patriarca ecumé-
nico. E n u n principio la mayoría d e los obispos alcanzó u n
alto nivel. Jaroslao el Sabio (1036-1054) fomentó la Iglesia y
la literatura como lo hiciera Simeón de Bulgaria. E n Constan-
tinopla se creó u n a colonia rusa. E n el año 1043 Jaroslao llevó
a cabo el ú l t i m o a t a q u e a la ciudad imperial. U n a serie d e
dificultades i n t e r n a s , así como las continuas incursiones de pue-
blos esteparios, r e t u v i e r o n en el país a sus sucesores. La
lucha d e los hijos del p r í n c i p e aceleró la descomposición en
u n a serie d e p r i n c i p a d o s feudales secundarios y en guerra con-
tinua. V l a d i m i r o I I , llamado M o n ó m a c o en h o n o r d e su abuelo
imperial, logró m a n t e n e r u n i d o al estado d e Kiev, si b i e n p o r
p o c o t i e m p o . D u r a n t e el siglo x n el c e n t r o de gravedad fue
desplazándose p a u l a t i n a m e n t e hacia Vladimir-Suzdal, en el nor-
deste. E l príncipe A n d r é s Bogoljubski (1157-1175) c o n q u i s t ó
Kiev en el a ñ o 1169, d e s t r u y é n d o l a . N o v g o r o d constituía u n a
ciudad-república d e régimen oligárquico. La descomposición in-
t e r n a c o n t r i b u y ó a q u e los tártaros c o n q u i s t a r a n y sometieran al
país en el siglo XIII. E n el a ñ o 1240 devastaron la capital,
Kiev. Las relaciones con C o n s t a n t i n o p l a , a partir del año 1204
en m a n o s de los latinos, se r o m p i e r o n definitivamente p o r u n
cierto p e r í o d o d e t i e m p o . El i n t e n t o d e R o m a de llegar a
u n a u n i ó n fracasó. El p r í n c i p e D a n i e l de Galizia-Volinía recibió
la corona del p a p a , p e r o al n o llegar la ayuda p r o m e t i d a en
su lucha contra los servios y búlgaros, se p r o d u j o u n a n u e v a
r u p t u r a . Al igual q u e los servios y búlgaros, también los es-
lavos orientales se inclinaron definitivamente hacia la ortodoxia,
a c e p t a n d o , en lugar de una d e p e n d e n c i a de O c c i d e n t e , la do-
minación extranjera.

El i m p e r i o de la «Rusia d e Kiev» se vio influido por la


c u l t u r a bizantina en todos sus campos, q u e le infundió nueva
vida. Kiev fue s u n t u o s a m e n t e r e c o n s t r u i d a . C o n su catedral de
Santa Sofía, sus monasterios y palacios y su P u e r t a de O r o
constituía u n a fiel réplica de C o n s t a n t i n o p l a , al mismo t i e m p o
q u e u n a nueva Jerusalén. A r t i s t a s griegos y nativos crearon mo-
saicos e iconos d e grandiosa belleza. En N o v g o r o d p r e d o m i n a b a
en la a r q u i t e c t u r a y en la p i n t u r a u n a simplicidad m o n u m e n t a l ,
casi p o b r e . E n Vladimir-Suzdal las paredes exteriores estaban

166
a d o r n a d a s con relieves simbólicos y alegóricos de animales y
seres legendarios, como, p o r ejemplo las de la catedral de San
D e m e t r i o d e Vladimir y la iglesia d e M a r í a j u n t o al Nerla.
E n G r o d n o las fachadas i m p r e s i o n a b a n p o r la policromía de
sus cerámicas. El color básico d e las paredes exteriores era,
en todas las construcciones, u n b l a n c o p u r í s i m o , sobre el q u e
destacaban a ú n mejor los o r n a m e n t o s semiplásticos.
Basándose en la retórica y teología bizantinas surgieron en
la literatura las primeras o b r a s originales: el t r a t a d o del me-
t r o p o l i t a n o H i l a r i o sobre las leyes y la gracia, los sermones
de Cirilo de T u r o v , la llamada Crónica de Néstor, el Martirio
de Boris y Gleb y el Paterikon del monasterio-cueva d e Kiev.
Dicho monasterio se convirtió en u n famoso c e n t r o religioso
y cultural de Kiev. C o m e n z ó a construirse en v i d a d e A n t o -
nio ( t 1073), siguiendo las estrictas n o r m a s de los anacoretas,
si bien d u r a n t e el gobierno d e F e o d o s i o (f 1074) se convirtió
en u n m o n a s t e r i o cenobítico q u e seguía las reglas de los es-
tuditas. D e este monasterio surgieron u n a serie d e jerarcas.
El m o n a c a t o ruso había arraigado desde m u y p r o n t o en el
m o n t e Atfls. construyéndose allí en los años 1016 y 1169 el mo-
nasterio de X y l u r g u y el d e San P a n t a l e ó n , respectivamente.
Al igual q u e en Bizancio, t a m b i é n en la historia de Rusia
d e s e m p e ñ ó el m o n a c a t o u n i m p o r t a n t e papel. D u r a n t e el domi-
nio t á r t a r o u n a serie de peregrinos se dirigieron a T i e r r a Santa
y a los estados o r t o d o x o s , m a n t e n i e n d o de esta forma la rela-
ción con el E c u m é n i c o ( A b a d D a n i e l , G r e g o r i o Celca, E s t e b a n
de N o v g o r o d ) . La metrópoli de Kiev d e p e n d í a d e Constanti-
nopla, en d o n d e al parecer se o c u p a b a n poco de ella, según se
deduce del rango tan bajo q u e o c u p a b a en el escalafón de los
m e t r o p o l i t a n o s (al principio el n ú m e r o 60, p o s t e r i o r m e n t e el 72).
T i c h o m i r o v a t r i b u y e este e s t a d o d e cosas a la falta d e pers-
picacia de los bizantinos, p e r o t a m b i é n al escaso interés de
los obispos rusos para los títulos r i m b o m b a n t e s . U n a y otra
vez salían elegidos griegos o búlgaros, como Cipriano. F u e du-
r a n t e el m a n d a t o de este ú l t i m o c u a n d o llegaron a Rusia los
libros litúrgicos eslavos revisados. P o r segunda vez ganó en im-
portancia la liturgia eslava meridional en el aspecto estilístico
y lingüístico. T a m b i é n la p i n t u r a conoció u n nuevo apogeo con
la o b r a del griego Feofán y d e A n d r é s Rublev. Al igual q u e
en la hagiografía, t a m b i é n en las artes plásticas p u e d e apreciarse
la influencia del hesicasmo con su mística luminosa. C o m o p u e d e
observarse, el d o m i n i o t á r t a r o n o sólo trajo consigo decadencia
y desolación. La Iglesia, p r i n c i p a l m e n t e , q u e se negaba a la
unión con la Iglesia occidental, logró m a n t e n e r su posición

167
frente a los jefes islámicos, c o n t r i b u y e n d o en gran m e d i d a al
m a n t e n i m i e n t o de la vida nacional.
D o n d e con más claridad se expresaron las ideas bizantinas
fue en la concepción del s o b e r a n o cristiano. V l a d i m i r o ya había
sido elevado en la época de Kiev a la esfera religiosa-hagiográfica
al ser c o m p a r a d o él con C o n s t a n t i n o , a q u i e n se consideraba
una especie de apóstol, y su abuela Olga con Elena. A u n q u e
V l a d i m i r o es d o m i n a d o a veces samoderzec o aüzonpaziop (au-
tócrata), para Bizancio sigue siendo, sin e m b a r g o , el |ii-rac,
í p y u í v o velikij knjaze ( G r a n P r í n c i p e ) . El reino de Kiev se con-
sideraba m i e m b r o perfecto de la familia de los pueblos cristianos,
a q u i e n en el ú l t i m o m o m e n t o se le había otorgado la gracia
del b a u t i s m o , pero nunca i n t e n t ó competir con el I m p e r i o bi-
z a n t i n o . U n a vez recibido en la época rusa primitiva el pensa-
m i e n t o bizantino a través, p r i n c i p a l m e n t e , de la historiografía
y d e la literatura, la época d e adaptación p r o p i a m e n t e dicha co-
m e n z ó d u r a n t e el ascenso del p r i n c i p a d o de Moscú. La centraliza-
ción política e s t u v o u n i d a a la centralización eclesiástica. C u a n d o
en el a ñ o 1441 fue e x p u l s a d o p o r o r d e n de Basilio el griego
I s i d o r o tras h a b e r firmado la u n i ó n con Florencia, eligiéndose
como sucesor en el a ñ o 1448 a J o n á s , se estaba d a n d o el p r i m e r
paso hacia la a u t o n o m í a . Los piadosos rusos creyeron ver en
la caída de C o n s t a n t i n o p l a en el a ñ o 1453 el justo castigo p o r la
desleal u n i ó n . Creyéndose el b a l u a r t e de la ortodoxia formu-
laron la ideología de la «tercera R o m a » . Al contraer m a t r i m o n i o
en el año 1472 Z o é Paleólogo, más conocida por el n o m b r e de
Sofía, con I v á n I I I , llevó a Moscú las prerrogativas y preten-
siones del I m p e r i o b i z a n t i n o . I v á n I I I comenzó a utilizar el
sello del águila bicéfala y a atribuirse, si bien al principio mo-
d e r a d a m e n t e , el título de zar. Es en la coronación de su hijo
c u a n d o se i n t r o d u c e p o r p r i m e r a vez u n rito b i z a n t i n o , y es
también en esta época c u a n d o nacen dos i m p o r t a n t e s leyendas:
por u n a p a r t e , la q u e habla d e la corona de M o n ó m a c o , la sapka
Monomacha, q u e se convirtió en insignia de la coronación y
q u e según se dice envió C o n s t a n t i n o M o n ó m a c o al príncipe de
Kiev V l a d i m i r o I I , y, p o r otra, aquélla que p r e t e n d e r e m o n t a r
el origen d e los G r a n d e s D u q u e s a los e m p e r a d o r e s r o m a n o s .
F i n a l m e n t e , el monje Filofo de Riskov formuló, en una carta
dirigida a Basilio I I I , la teoría q u e señalaba a Moscú como
u n a tercera R o m a .

E n el seno del m o n a c a t o surgió la polémica e n t r e los ermi-


taños, alejados del m u n d o , en la región del Volga, y los monjes
de los monasterios, cultural y políticamente activos. Nil Sors-
ki ( t 1508) fue el portavoz d e los altruistas, mientras q u e José
Sanin de V o l o k o l s m s k se convirtió en r e p r e s e n t a n t e del rico

168
m o n a c a t o cenobítico, para acabar f o r m u l a n d o la doctrina de la
m o n a r q u í a teocrática, de a c u e r d o con el concepto imperial bizan-
tino. D e aquí su victoria política. Nil Sorski, p o r el contrario,
alcanzaría mayor i m p o r t a n c i a en el t e r r e n o p u r a m e n t e religioso,
d e b i d o en p a r t e al apoyo del refugiado M á x i m o el G r i e g o (11556),
q u e vivió en Italia a comienzos del R e n a c i m i e n t o a d q u i r i e n d o
fama con Savonarola. Fracasó, sin e m b a r g o , d e b i d o a la auto-
cracia rusa. La influencia del R e n a c i m i e n t o italiano p u d o ad-
vertirse t a m b i é n en la a r q u i t e c t u r a . D u r a n t e el r e i n a d o de
I v á n I I I el a r q u i t e c t o italiano Fioraventi c o n s t r u y ó en su forma
actual la catedral de la A s u n c i ó n de María (Uspenskij s o b o r ) .
Sin e m b a r g o , a ú n se sigue c o n s e r v a n d o la forma original d e
la construcción central con cinco cúpulas.
E n el a ñ o 1547, y a pesar de la p r o t e s t a p r e s e n t a d a p o r el
patriarca ecuménico q u e reclamaba para sí este d e r e c h o , I v á n I V
G r o z n i , el cual se consideraba h e r e d e r o y único sucesor de los
e m p e r a d o r e s bizantinos, fue c o r o n a d o e m p e r a d o r o r t o d o x o p o r
el m e t r o p o l i t a n o M a c a r i o . Estableció, a la manera de los oúvuSoc
y.rñ OD'PÍXTJTO; tina asamblea, el zemskij sobor. E n el a ñ o 1556 en-
cargó u n a n u e v a traducción del Syntagma de M a t e o Blastares.
Con la creación del p a t r i a r c a d o de Moscú en el a ñ o 1589 finalizó
esta evolución. Los c u a t r o patriarcas orientales le confirmaron
en su cargo d e a c u e r d o con el principio político «por el im-
p e r i o » , h a b i t u a l desde tiempos inmemoriales, y dispusieron q u e
se incluyera en los dípticos el «más piadoso e m p e r a d o r d e M o s c ú
y autócrata d e toda Rusia». Se h a b í a h e c h o realidad el ideal d e
u n a diarquía de e m p e r a d o r y patriarca en u n solo imperio.
D e n u e v o se a d o p t ó el d e r e c h o b i z a n t i n o . Ya en el a ñ o 1262
el m e t r o p o l i t a n Cirilo I I h a b í a recibido del déspota Iván
Sviatoslav, de origen ruso, el Nomokanon de Bulgaria en la
traducción de Sava. E n el a ñ o 1646 se i m p r i m i ó p o r p r i m e r a
vez el Nomokanon j u n t o con el Procheiron y la Ekloga. Esta
es la razón d e q u e la ley f u n d a m e n t a l , el Ulozenie, del zar Ale-
j a n d r o Michailovié, d e 1667, d e n o t a la influencia del d e r e c h o
b i z a n t i n o . D u r a n t e esta época, y c u a n d o el enérgico patriarca
N i c ó n inició las reformas, las relaciones entre E s t a d o e Iglesia
se vieron sensiblemente d e t e r i o r a d a s . E s t e dispuso la ú l t i m a
revisión d e la traducción eslava eclesiástica t o m a n d o como base
los originales griegos e i n t e n t ó mejorar los ritos de la Iglesia
rusa apoyándose en las c o s t u m b r e s griegas de su época. T o d o
ello p r o v o c ó la p r o t e s t a de los defensores de la antigua fe, q u e
dio lugar al cisma o Kaskol. Los cismáticos o raskolniki lucha-
ron bajo la dirección d e su portavoz, el arzobispo Avaco, contra
el falseamiento d e la doctrina p u r a , contra la introducción
de e l e m e n t o s occidentales en la v i d a eclesiástica y cultural, de-

169
t e n d i e n d o a m e n u d o la más antigua herencia bizantina. También
en C o n s t a n t i n o p l a se conocieron resistencias similares al cambio
d u r a n t e la época de las luchas iconoclastas, de las uniones y
del hesicasmo. Nicón p r e t e n d í a convertir en realidad la idea
de la armonía e n t r e poder espiritual y m u n d a n o , tal y como
ya h a b í a sido formulada por Focio, apoyándose para ello en la
legislación d e J u s t i n i a n o , en la nunca sancionada Epanagoge.
Nicón incurrió er, tendencias casi papistas, lo cual c o n t r i b u y ó
a su caída. El a b s o l u t i s m o de los zares se hizo cada vez más
e v i d e n t e , hasta q u e , finalmente, P e d r o el G r a n d e se deshizo del
patriarcado, c o n s t i t u y e n d o en su lugar el Santo Sínodo. Su con­
sejero, el arzobispo Feofán P r o k v o v i e , s u p o unir a c e r t a d a m e n t e
en su justificación del a b s o l u t i s m o el c o n c e p t o imperial bizantino
y las teorías fundadas en el d e r e c h o público d e O c c i d e n t e .
P e d r o , q u e prescindió del antiguo título d e « Z a r » i n t r o d u c i e n d o
el de « E m p e r a d o r » , fue c o n s i d e r a d o , al igual q u e todos sus
sucesores, un e m p e r a d o r o r t o d o x o y protector de todas las igle­
sias o r t o d o x a s . Rusia, q u e m a n t e n í a continuas guerras con los
turcos p o r la herencia de C o n s t a n t i n o p l a , y no únicamente por
los estrechos, prestó su ayuda moral y material a los pueblos
ortodoxos.

La importancia histórica universal d e Bizancio se basa sobre


todo en su irradiación espiritual y cultural. Los pueblos eslavos
orientales y meridionales, para los q u e C o n s t a n t i n o p l a era deci­
d i d a m e n t e la ciudad imperial, Zar'grad, recibieron de Roma
oriental u n a serie de impulsos q u e resultaron decisivos en la
formación d e sus culturas y estados i n d e p e n d i e n t e s . T a m b i é n
t u v o gran trascendencia la transmisión del cristianismo en su
forma oriental. F u e r o n dos misioneros bizantinos los que colo­
caron la primera piedra d e las literaturas búlgara, servia, rusa,
ucraniana y rusa blanca, al crear un alfabeto p r o p i o y llevar a
cabo u n a serie de traducciones. El esplendor de la liturgia bi­
zantina, así como la espiritualidad del monacato, impresionaron
v i v a m e n t e a los pueblos c o n v e r t i d o s , c r e a n d o obras de arte de
incomparable belleza. La glorificación d e la vida y del m u n d o
a través de la oración, el culto y la contemplación constituye
u n rasgo característico de la ortodoxia, más orientada hacia las
verdades eternas. T a m b i é n actuó c o m o fuerza impulsora y viva
en t o d o s los reveses y m o m e n t o s críticos de su historia. Los
pueblos balcánicos d e b e n en gran m e d i d a su existencia nacional
a la Iglesia o r t o d o x a . Los pueblos eslavos recibieron la herencia
d e la A n t i g ü e d a d l a t e n t e en la patrística griega y en la litera­
t u r a bizantina. Se tradujeron, desde p u n t o s d e vista teológicos,
las enciclopedias de ciencias naturales, t e n i e n d o en general su
visión del m u n d o un carácter simbólico-hagiográficos. Los poetas

170
y filósofos griegos aparecen en los frescos j u n t o a los profetas
del A n t i g u o T e s t a m e n t o . El e s q u e m a platónico d e a r q u e t i p o -
reflejo se basa en gran medida en la cultura ortodoxa bizantina.
Este se manifiesta p r i n c i p a l m e n t e en el concepto oriental teo-
crático del e m p e r a d o r , q u e fue a d o p t a d o p o r los pueblos con-
vertidos. El zar (Car') es el u n g i d o del Señor, ha sido c o r o n a d o
por Dios y participa del p o d e r y d e la gloria de Dios. Es la
salvaguardia d e la v e r d a d e r a fe y el p r o t e c t o r de la Iglesia.
El E s t a d o y la Iglesia no son dos fuerzas y u x t a p u e s t a s u opues-
tas, sino dos aspectos de una misma realidad. T a n t o el patriarca
como el e m p e r a d o r , a m b o s reflejos d e Cristo, son, en caso ideal,
las cabezas visibles del único p u e b l o , como es el caso de Moisés
y A a r ó n . Así se a d o p t a también el d e r e c h o bizantino en su
concordancia e n t r e el d e r e c h o político (vóuoí-zakov) y el ecle-
siástico ( X C É M I V -pravilo), u n i d o a antiguos restos de su p r o p i o
derecho, por ejemplo el Russkaja Pravda. El m o n a c a t o , con su
eterna tensión e n t r e el anacorctismo individual (osoborzitie)
y el monasterio colectivo y cenobítico (obscezitie), se convierte
en intermediario de la vida espiritual. Los monasterios situados
en el O l i m p o bizantino, e n el A t o s y en C o n s t a n t i n o p l a , se
convirtieron en centros d e colaboración eslava y griega. El hesi-
casmo r e u n i ó a todos los pueblos o r t o d o x o s en u n a especie d e
Renacimiento b i z a n t i n o . Comerciantes y peregrinos frecuentaban
en sus viajes las colonias d e sus compatriotas en Salónica y en
la capital, convirtiéndose de esta forma en intermediarios de la
cultura material. E n lo q u e a lujo y tren d e vida se refiere,
C o n s t a n t i n o p l a seguía s i e n d o u n m o d e l o a seguir. Las princesas
bizantinas q u e llegaban en calidad de esposas a las cortes reales
cultivaban a las personas q u e las r o d e a b a n . A pesar d e la
p r o x i m i d a d de la cultura bizantina, n o debe pasarse p o r alto
el hecho d e q u e los pueblos eslavos no la aceptaron de forma
esquemática y mecánica, sino q u e supieron integrarla confirién-
dole sus p r o p i o s rasgos. D o n d e mejor se plasma este h e c h o es
en las artes plásticas. Las iglesias de Kaleníc, en Servia, C u r t e a
de Arges, en R u m a n i a , y la iglesia de San Basilio, en la Plaza
Roja de M o s c ú , siguen el estilo de las iglesias abovedadas cru-
ciformes bizantinas, pero en su ejecución son la expresión única
e irrepetible de u n estilo nacional p r o p i o . T a m b i é n en la icono-
grafía y en la música sacra p u e d e apreciarse la armonía existente
e n t r e la herencia bizantina y el genio de los distintos p u e b l o s .
Si se subraya la influencia q u e t u v o Bizancio sobre los p u e b l o s
eslavos, ello no significa en m o d o alguno, como piensa el
nacionalismo d e miras estrechas, q u e se pase por alto el es-
fuerzo y la i m p o r t a n c i a de las diferentes naciones.

171
4. El Renacimiento macedónico

I. Los comienzos del Imperio bizantino medio

T r a s la lucha con Persia p o r el d o m i n i o m u n d i a l y después


de rechazar el peligro árabe, Bizancio parecía estar al b o r d e d e
la r u i n a . P e r o lo m i s m o que consiguió resistir los peligros ex-
teriores, también se m a n t u v o firme frente a las provocaciones
espirituales y religiosas q u e trajo consigo el m o v i m i e n t o icono-
clasta. E r a r e a l m e n t e consciente d e q u e sólo con grandes sacri-
ficios y esfuerzos p o d í a el I m p e r i o m a n t e n e r s e en el interior y
en el exterior. Y a se había casi a g o t a d o el p o d e r í o de tiempos
d e J u s t i n i a n o y el brillo del I m p e r i o cristiano había empalide-
cido desde el establecimiento de la dinastía carolingia. La meta
del I m p e r i o b i z a n t i n o , tras el definitivo fracaso del m o v i m i e n t o
iconoclasta en el a ñ o 842 sería acabar con la división interior,
volver a construir el I m p e r i o sobre nuevas bases y confirmar
con éxito su i n d e p e n d e n c i a en u n a m b i e n t e t o t a l m e n t e distinto.
N o cabía esperar la consecución i n m e d i a t a d e esto, dada la
situación, p e r o los resultados de la política bizantina, sobre t o d o
en la época d e los soberanos d e la dinastía macedónica, son
muy estimables, p o r c u a n t o q u e el I m p e r i o bizantino volvió a
tener u n prestigio m u n d i a l en u n plazo s o r p r e n d e n t e m e n t e corto.
Miguel I I I , q u e subió al t r o n o en el año 8 4 3 , fue el primer
s o b e r a n o de la casa imperial amorita. Sus r e p r e s e n t a n t e s n o
realizaron n a d a i m p o r t a n t e , p e r o sin e m b a r g o d u r a n t e el go-
b i e r n o de Miguel se e n c u e n t r a n infinidad d e signos de q u e el
I m p e r i o empezaba a resurgir p a u l a t i n a m e n t e desde el fondo
d e la impotencia política. Sus c o n t e m p o r á n e o s frecuentemente
no quisieron reconocer esto, pues se d a b a n c u e n t a d e q u e sobre
el joven e m p e r a d o r pesaba la herencia política de sus ante-
pasados y q u e , a d e m á s , p o r su p e r s o n a l i d a d , no era el gran
reformador, q u e h u b i e r a p o d i d o cambiar t o d o d e la noche a
la m a ñ a n a .
C o m o regentes del e m p e r a d o r , nacido en 840, g o b e r n a r o n pri-
m e r o la m a d r e del e m p e r a d o r , T e o d o r a , y su h e r m a n a Tecla,
y a este consejo de regencia p e r t e n e c í a n también los h e r m a n o s
d e la reina m a d r e , Bardas y P e t r o n a s , así c o m o Sergio Nice-
tiates y el Logothetes tou dromou, T e o c t i s t o . Quizá su p r i m e r
éxito político fuera el r e s t a b l e c i m i e n t o de las b u e n a s relaciones
e n t r e su g o b i e r n o y el patriarca d e C o n s t a n t i n o p l a . J u a n el

172
G r a m á t i c o tuvo q u e ceder el p a t r i a r c a d o a M e t o d i o , q u e en
marzo de 8 4 3 , en u n solemne s í n o d o , proclamó la admisión
del culto a las imágenes canónicas. P r o n t o llevaron las m o n e d a s
de n u e v o el b u s t o de Jesucristo y en la sala principal del gran
palacio imperial fue instalado sobre el t r o n o u n mosaico con
el Salvador como soberano, q u e ponía d e manifiesto a t o d o el
m u n d o la victoria del culto a las imágenes. C o n esto se ponía
p u n t o final a las antiguas luchas religiosas, y el Logoteta Teoc-
tisto, q u e p r o n t o estuvo en la cima del I m p e r i o como figura
d o m i n a n t e , e n c o n t r ó remedio a los n u m e r o s o s problemas cuyo
t r a t a m i e n t o había p a s a d o hasta ahora a s e g u n d o lugar en vista
de la situación político-eclesiástica.
E n primer lugar, se hizo p a t e n t e la tarea d e enfrentarse defi-
n i t i v a m e n t e al progresivo avance hacia el n o r t e de los árabes
en Asia M e n o r , en la zona de las islas griegas y en el sur
de Italia. Teoctisto atacó p r i m e r o Creta, que se había p e r d i d o
en tiempos del abuelo del e m p e r a d o r . Logró arrebatar la isla
a los m u s u l m a n e s en el año 844, p e r o tras u n a d e r r o t a de la
flota bizantina en el Bosforo h u b o q u e devolver la valiosa con-
quista. Al m e n o s se consiguió u n ventajoso t r a t a d o de paz con
los sucesores del gran M u t a s i m , amenazados p o r las cada vez
más fuertes tribus turcas y por los g r u p o s feudales del califato.
H a s t a 853 y los años siguientes no t o m ó Bizancio de n u e v o la
ofensiva contra los m u s u l m a n e s . Se logró asaltar y devastar la
fortaleza de D a m i e t a , en el delta del N i l o . C o n ello se d e m o s t r ó
q u e el I m p e r i o b i z a n t i n o tenía otra vez fuerza suficiente para
ser muy t e n i d o en c u e n t a en la esfera de influencia del enemigo
m a h o m e t a n o . E n principio n o se p u e d e dar a estas empresas
más q u e esta simbólica significación, aun c u a n d o estuvieron
acompañadas de u n a intensa campaña teológica, llevada a cabo
por h o m b r e s como Nicetas Bizancio. A p a r t e de esto, se em-
p r e n d i e r o n esfuerzos d u r a d e r o s p o r a u m e n t a r la fuerza combativa
de la marina contra los árabes.
Sin e m b a r g o , d u r a n t e los primeros diez años del r e i n a d o d e
Miguel I I I , Bizancio se p r e o c u p ó en especial de los intereses
de la política interior. E n u n t i e m p o s o r p r e n d e n t e m e n t e b r e v e
el Logoteta Teoctisto logró el s a n e a m i e n t o de las finanzas del
E s t a d o , de manera q u e éste p u d o ocuparse en m e d i d a creciente
de fomentar otra vez la educación y la c u l t u r a . P o r s u p u e s t o ,
seguían siendo ante t o d o de la mayor importancia los esfuerzos
por proporcionar al sector eclesiástico u n a plena normalización.
E n ello t o m a b a n p a r t e , j u n t o con los monjes dedicados al es-
t u d i o en los monasterios, los fanáticos partidarios de una rigu-
rosa liquidación d e los antiguos inconoclastas, los zelotas, en
tanto que la C o r t e imperial, al igual q u e el patriarca M e t o d i o ,

173
m a n t e n í a u n a m o d e r a d a reserva. E l conflicto pareció agravarse
tras la e x c o m u n i ó n de los e s t u d i t a s al morir M e t o d i o en 847
y ser n o m b r a d o sucesor el patriarca Ignacio, hijo del e m p e r a d o r
Miguel I, cuya procedencia del m o n a c a t o del p a r t i d o de los
zelotas ofrecía la seguridad de q u e sus opiniones eclesiásticas y
políticas serían más tenidas en c u e n t a .
Al igual q u e en la capital, en Asia M e n o r los problemas de
política religiosa exigían la atención del gobierno. La secta d e
los paulicianos dualistas rigurosos, q u e creían en la eterna lucha
e n t r e D i o s y el s o b e r a n o de esta tierra y q u e rechazaban t a n t o
los sacramentos como el culto a la Cruz o a la Virgen, causó
serias dificultades desde su núcleo en el este de Asia M e n o r ,
en t o r n o a M e l i t e n e . Sus r e p r e s e n t a n t e s , a p o y a n d o a los mu-
sulmanes, l u c h a b a n contra un I m p e r i o b i z a n t i n o q u e acababa
d e a p r o b a r formalmente aquello c o n t r a lo q u e ellos luchaban
con mayor firmeza: el c u l t o a las reliquias e imágenes. Los
g r u p o s de la secta de los paulicianos avanzaban hasta el mar
N e g r o , y hasta Efeso y N i c o m e d i a . I n c l u s o el gobierno de Cons-
tantinopla t o m ó m e d i d a s enérgicas c o n t r a esta secta, q u e adquiría
millares d e p a r t i d a r i o s en Tracia; con el r e s u l t a d o d e q u e así
c o n t r i b u í a a la e x p a n s i ó n de su propia ideología, de la cual
surgió el m o v i m i e n t o de los bogomilitas, q u e había de causar
muy serias dificultades a posteriores e m p e r a d o r e s bizantinos.
T a m b i é n en los Balcanes tuvieron q u e luchar los paulicianos,
a n t e s d e q u e fuera reconocida la a u t o r i d a d imperial de u n a
m a n e r a absoluta. Teoctisto Brienio, q u e también había sido
a f o r t u n a d o en sus negociaciones con los búlgaros, t u v o q u e
r e u n i r tropas en toda la mitad oeste del I m p e r i o hasta q u e , tras
largos años d e alianzas, logró someter a la población eslava del
P e l o p o n e s o , y obligarla a pagar impuestos a Bizancio.
A u n c u a n d o no se p u e d e n p o n e r en d u d a estos éxitos del
consejo de regencia, con la e m p e r a t r i z T e o d o r a a la cabeza, el
i m p e t u o s o r e s u r g i m i e n t o del I m p e r i o b i z a n t i n o no empieza real-
m e n t e hasta el a ñ o 856, en q u e el e m p e r a d o r de dieciséis años
d e e d a d , tras u n golpe de E s t a d o contra el círculo creado en
t o r n o a su m a d r e y contra su tío Bardas, comenzó su r e i n a d o .
El joven E m p e r a d o r a b a n d o n ó t o d o esto b a s t a n t e a la ligera,
a u n c u a n d o no sea cierto q u e se entregara ú n i c a m e n t e a los
placeres del palacio, ni q u e c o m o «estrella» del p a r t i d o azul
del circo se interesase sólo p o r las carreras d e carros.
Bardas se s u p o colocar en poco t i e m p o a la cabeza del Im-
perio. Del mismo m o d o q u e recluyó en un c o n v e n t o a la m a d r e
del E m p e r a d o r y a sus h e r m a n a s , tan p r o n t o como fue asesinado
el hasta entonces t o d o p o d e r o s o T e o c t i s t o , obligó a dimitir al
patriarca de C o n s t a n t i n o p l a p o r n o ser d e su agrado y colocó

174
en su p u e s t o a Focio. Este, como patriarca, fue una de las
personalidades más i m p o r t a n t e s de la historia bizantina.
Focio, al ser elevado al trono patriarcal, contaba cincuenta
años y era hijo de un patricio de C o n s t a n t i n o p l a . A d q u i r i ó
una extensa c u l t u r a en los decenios q u e d u r ó la ya finalizada
controversia inconoclasta y ejerció c o m o profesor de filosofía
y matemáticas y sin d u d a también d e teología. Es p r o b a b l e q u e
s i m u l t á n e a m e n t e estuviese al servicio del e m p e r a d o r Teófilo,
el cual le envió como embajador ante los árabes en 838. Enton-
ces ya había escrito Focio la más famosa quizá de sus obras,
el Myriobiblion, y, en 8 4 3 , inició su carrera como funcionario del
I m p e r i o . D e s d e el estado laico fue elevado a la más alta dignidad
del O r i e n t e cristiano y como dogmático y exegeta con su tardía
obra Ampbilochia fue más allá del dogma o r t o d o x o de la Tri-
nidad.
Su n o m b r a m i e n t o , al margen d e los cánones, produjo en se
guida fuerte indignación en el p a r t i d o de los zelotas, que seguía
fiel a su antecesor. Se dirigieron al papa Nicolás 1 y éste le
destituyó de su cargo en Letrán en el año 863 a pesar de
q u e dos años antes sus legados habían a p r o b a d o en un sínodo
la destitución de Ignacio. Focio, q u e no deseaba en absoluto
un conflicto con R o m a , reaccionó como respuesta con una
acusación de herejía contra el jefe de la Cristiandad occidental.
En t o r n o a una extensa encíclica p r o c u r ó unir en un frente
c o m ú n contra el Pontificado a los patriarca orientales. Asimismo
buscó contactos con h o m b r e s de O c c i d e n t e como W a l p e r t o de
Aquileya. F i n a l m e n t e persiguió la destitución de Nicolás 1. para
lo cual reunió un s í n o d o en C o n s t a n t i n o p l a en 867, en tanto
que perdían sus cargos algunos adversarios d e su propia juris-
dicción, como el m e t r o p o l i t a n o M e t r ó f a n o de Esmirna y el ar-
chimandrita Teognosto.
Si Focio p u d o ir tan lejos fue tan sólo p o r q u e Bardas, y con
él el E m p e r a d o r , le apoyaban incondicionalmente y atacaban
d u r a m e n t e al P a p a . El desarrollo de la lucha con Roma fue
para la política bizantina de aquellos años la o p o r t u n i d a d de
responder al desafío del pontificado a C o n s t a n t i n o p l a con la
coronación imperial de Carlomagno. A h o r a bien, a u n q u e Nico-
lás I p r o p u g n a b a con toda energía el centralismo r o m a n o y
buscaba el r e c o n o c i m i e n t o de la soberanía de su cargo uná-
n i m e m e n t e , por encima de la disputa en t o r n o al más impor-
tante de los patriarcados orientales, fracasaron tanto Bizancio
como el universalismo de Roma. El i n t e n t o de centrar a toda
la Cristiandad en t o r n o a Roma no tuvo éxito ante la realidad
político-eclesiástica y aceleró la inevitable r u p t u r a e n t r e el cato-
licismo y la o r t o d o x i a .

175
El h e c h o de q u e la Iglesia o r t o d o x a podía independizarse de
R o m a q u e d a p a t e n t e a n t e el esfuerzo del P a t r i a r c a , del E m p e -
rador y de Bardas p o r ampliar su esfera de influencia. El ataque-
de u n a flota rusa contra C o n s t a n t i n o p l a en el año 860, q u e ,
según la o p i n i ó n de la población, sólo gracias a la ayuda de la
M a d r e de D i o s ( T h e o t o k o s ) p u d o ser rechazada por el Empe-
rador, tras seis semanas d e lucha m o s t r ó el camino a seguir. Fo-
cio m a n d ó misioneros a este p u e b l o , hasta entonces casi desco-
nocido y enseguida le informaron de los primeros éxitos alenta-
dores en Kiev. Al m i s m o tiempo se r e a n u d a r o n las relaciones
con los jázaros, gracias a C o n s t a n t i n o de Salónica, q u e había
vivido en el O l i m p o , j u n t a m e n t e con su h e r m a n o , bajo el nom-
b r e d e monje Cirilo. F u e el p r i m e r o q u e intervino en la gene-
rosa o b r a evangelizadora bizantina e n t r e los eslavos de los Bal-
canes.
La cristianización de los Balcanes, más allá de las fronteras
del I m p e r i o , se llevó a cabo a través de una misión en Mo-
ravia, la cual p i d i ó a C o n s t a n t i n o p l a q u e m a n d a r a creyentes
cristianos. E s t a petición fue el resultado de una postura de
rechazo p o r p a r t e d e los misioneros d e las influencias franco-
romanas y así lo reconocieron Bardas y Focio. Eran conscientes
de q u e la actuación de una misión en Moravia, que implicaría
una influencia bizantina cada vez mayor, podría suavizar la
presión q u e ejercían los búlgaros sobre Bizancio. A Cirilo y
a su h e r m a n o M e t o d i o se les e n c o m e n d ó la colosal tarea de
evangelizar a los eslavos. La creación del alfabeto glagolítico
para la transcripción del eslavo y la traducción al dialecto de
los eslavos de Macedonia de las Sagradas Escrituras llegaron
a ser p r o n t o fundamentales para la victoria del cristianismo
conseguida por los dos h e r m a n o s en los Balcanes, a pesar de
q u e Moravia se volvió de n u e v o hacia O c c i d e n t e y con el
t i e m p o sólo los eslavos del Sur y del E s t e permanecieron unidos
espiritual y c u l t u r a l m e n t e a C o n s t a n t i n o p l a .
E n masiva competencia con R o m a comenzaron también pron-
to su labor misionera en el vecino reino búlgaro. A q u í , en las
p r o x i m i d a d e s del centro neurálgico del I m p e r i o bizantino, la
actividad misionera fue eficaz t a m b i é n m i l i t a r m e n t e . A través
de revistas navales y c o n e e u u a c i ó n de tropas en la frontera
del I m p e r i o , lograron los bizantinos en 864 convertir al cris-
tianismo al zar Boris, en u n principio vacilante y más o r i e n t a d o
hacia R o m a . Este finalmente se hizo bautizar, a c t u a n d o como
p a d r i n o Miguel I I I . Con ello se iniciaba la eslavización del
joven reino, bajo el signo del cristianismo. P o r el contrario,
Bulgaria no se dejó bizantinizar en u n principio, pues c u a n d o
los misioneros griegos quisieron construir la organización ecle-

176
siástica búlgara con Plisca y su valiosa catedral como p u n t o
central de la jerarquía o r t o d o x a , tropezaron con enconadas re-
sistencias y con u n n u e v o acercamiento a R o m a p o r p a r t e d e
las principales fuerzas políticas del país, y R o m a aprovechó
gustosa la o p o r t u n i d a d de afirmar a través d e sus legados su
arraigada p o s t u r a d e rivalidad eclesiástica.
A pesar de los esfuerzos q u e el conflicto con R o m a y sus
fenómenos secundarios en la p e n í n s u l a balcánica exigieron a
Bizancio, no se p e r d i ó de vista la actividad de los árabes en
las fronteras. E n Sicilia sólo p u d i e r o n defenderse las ciudades
de la costa oriental, Siracusa y T a o r m i n a , p o r q u e los subditos
del basileus estaban en relaciones amistosas con los árabes. Tam-
bién en el sur d e Italia, pese a q u e Bizancio h a b í a iniciado
allí una colaboración con el e m p e r a d o r Luis I I no bien vista
por el papa, h a b í a a u m e n t a d o el p o d e r m u s u l m á n . P o r t e m o r
a esta opresión m u s u l m a n a , m u c h o s sicilianos h u y e r o n a refu-
giarse en el P e l o p o n e s o . E n cambio sí q u e p u d o el ejército
bizantino t o m a r la ofensiva en Asia M e n o r contra los árabes,
que ya habían llegado hasta el c e n t r o de A n a t o l i a . D e s d e el
thema de los Tracesios, al oeste de Asia M e n o r , el strategos
P e t r o n a s , h e r m a n o de Bardas, avanzó hacia el este a través de
Samosata y llegó a A m i d a , ya en el curso superior del Tigris.
Tres años más t a r d e , el e m p e r a d o r Miguel y Bardas condujeron
n u e v a m e n t e las tropas bizantinas al E u f r a t e s , después q u e se
h u b i e r o n edificado aceleradamente fortalezas como A n k a r a , Ni-
cea y otras plazas más. T a m b i é n D a m i e t a fue tomada p o r u n a
flota imperial.

El año 863 trajo u n éxito r e a l m e n t e decisivo p a r a los bi-


zantinos, al ser rechazado u n a t a q u e de los emires de Melitene
y conquistar por su p a r t e los griegos la ciudad de Amisos,
o c u p a d a por los árabes, en el mar N e g r o . La batalla en la q u e
P e t r o n a s venció c o m p l e t a m e n t e a los m u s u l m a n e s , cuyo emir
m u r i ó , t u v o lugar en la frontera paflagónica. La iniciativa d e
la guerra en Anatolia pasó definitivamente a m a n o s de los bi-
zantinos, que en los sucesivos años y decenios a r r e b a t a r o n paso
a paso Asia M e n o r a los m a h o m e t a n o s .
Con la conciencia de la s u p e r i o r i d a d de las armas bizantinas
p r o p o r c i o n a d a por los recientes éxitos, p u d o Miguel I I I pensar
por fin en la r e c o n q u i s t a de Creta. Sin e m b a r g o , en el año 865
llevó ú n i c a m e n t e a cabo u n i n t e n t o , pues en la cima del Im-
perio se perfilaban cambios significativos q u e d e b i e r o n perjudi-
car a la intensa actividad política en el exterior. El e m p e r a d o r
Miguel se e n e m i s t ó con Bardas y p u s o en su lugar al favorito
Basilio, al q u e acababa de casar con su antigua a m a n t e , Eudocia
Ingerina. Basilio, a sabiendas del E m p e r a d o r , asesinó a su po-

177
deroso rival y se vio r e c o m p e n s a d o p o r Miguel I I I con el título
d e sucesor al t r o n o . E s t e no le pareció todavía suficiente al
ambicioso advenedizo y al p r o d u c i r s e serias divergencias de opi-
nión e n t r e él y el ú l t i m o amorita, le hizo asesinar en la noche
del 24 de s e p t i e m b r e d e 8 6 7 , tras un b a n q u e t e en palacio.
T r a s la toma del p o d e r el n u e v o e m p e r a d o r , q u e provenía de
una familia armenia d e la comarca de Adrianópolis, cambió
radicalmente el curso del I m p e r i o en c u a n t o a política eclesiás-
tica se refiere, con el fin d e lograr las condiciones previas para
una alianza defensiva e n t r e él y el papa contra los musulma-
nes, q u e en el sur de Italia hacían alarmantes progresos. Si-
g u i e n d o esta línea fue d e s t i t u i d o Focio y d e s t e r r a d o a u n mo-
nasterio. Su p u e s t o lo o c u p ó n u e v a m e n t e Ignacio, que en el
a ñ o 858 había tenido q u e seguir el mismo camino q u e ahora
Focio. La política q u e Focio patrocinaba parecía c o m p l e t a m e n t e
fracasada, c u a n d o , dos años d e s p u é s , un concilio con asistencia
d e los legados del papa A d r i a n o I I p r o n u n c i ó su opinión sobre
la e x c o m u n i ó n del d e s t r o n a d o príncipe de la Iglesia.
Se podía s u p o n e r q u e con e s t o Roma conseguía llegar a un
arreglo con el p a t r i a r c a d o de C o n s t a n t i n o p l a , al menos en parte.
Este era su mayor deseo, q u e no p u d o realizarse. Estaba claro
q u e tampoco Basilio I pensaba aceptar la primacía del S u p r e m o
Pastor R o m a n o . Esto lo d e m o s t r ó ya, al e n c o m e n d a r al concilio
de C o n s t a n t i n o p l a la destitución de Focio, con lo cual quitaba
valor a la sentencia del papa p r o n u n c i a d a antes. Si con esto
se perfiló d e . n u e v o la a n t e r i o r rivalidad, se llegó a b i e r t a m e n t e
a la r u p t u r a c u a n d o , al finalizar el s í n o d o llegaron al Bosforo
legados búlgados para saber a q u é diócesis debía pertenecer su
Iglesia en el f u t u r o . C u a n d o los obispados de Bulgaria, median-
te un fallo arbitral de los tres patriarcas orientales, fueron
agregados a C o n s t a n t i n o p l a y no a Roma, se vio lo equivocado
de la política q u e venía siguiendo la Iglesia romana desde el
papa Nicolás. Con inteligente condescendencia no tardó Bizancio
en p o n e r la Iglesia búlgara bajo u n o de sus obispos, el griego
José, concediéndole una privilegiada jerarquía d e n t r o de la Igle-
sia orienta!. Con esto r e n u n c i ó Basilio a su primitiva intención
de llegar a un atreglo con el P a p a d o y volvió a la política del
reinado de Miguel I I I , q u e también había buscado la expansión
de s'u influencia política y religiosa en competencia con el papa.
La nueva orientación de la política contra Roma benefició al
E m p e r a d o r p e r s o n a l m e n t e . A l r e d e d o r del año 875 llamó de nuevo
a Focio a C o n s t a n t i n o p l a y le confió la educación d e su hijo.
C u a n d o en 877 m u r i ó el patriarca Ignacio, a edad avanzada,
le sucedió Focio. La rehabilitación de éste en su puesto fue
confirmada en n o v i e m b r e d e 879 por un sínodo, con partici-

178
pación de delegados del p a p a J u a n V I I I , en el q u e se retiró
la condena de 8 2 9 . D e s p u é s de esto no se llegó a un n u e v o
cisma, pues R o m a ya había r e n u n c i a d o a imponer su supre-
macía espiritual a cualquier precio por motivos ideológicos.
Si Bizancio había q u e d a d o claramente d u e ñ a de la situación
con la incorporación de Bulgaria a su d o m i n i o espiritual, Roma,
en el curso de los últimos años, también había g a n a d o influencia
entre las ciudades de la costa adriática y e n t r e las tribus eslavas
del interior del país. La amenaza árabe desde toda la Italia del
sur hizo e n t r a r n u e v a m e n t e en juego a los bizantinos, ahora
con más fuerza, pues ú n i c a m e n t e ellos podían impedir una
invasión m u s u l m a n a en la orilla este del Adriático. Ragusa,
ocupada desde quince meses antes por los árabes, fue liberada
en 8 6 8 por una flota griega, q u e ya había o c u p a d o p r e v i a m e n t e
C a t a r o y Budva. En el p e r í o d o siguiente las ciudades e islas
de Dalmacia pasaron a C o n s t a n t i n o p l a f o r m a n d o un thema, y
fueron sometidas a una tributación excesiva, teniendo en cuenta
la débil influencia q u e el I m p e r i o bizantino ejercía en aquella
región. T a m b i é n los servios tuvieron que luchar contra los
bizantinos. O c u p a b a n los valles de Piva, T a r a , Lim e Ibar, en
el interior, y habían creado su p r o p i o p e q u e ñ o I m p e r i o bajo
Vlastimiro. N o se les p u d o convertir al cristianismo, pese a la
actividad misionera que los discípulos d e M e t o d i o llevaron a
cabo en ese país alrededor del a ñ o 8 7 0 .
Consciente de su meta, Basilio también basó su poder en el
e x t r e m o occidental del I m p e r i o . Bien es verdad que no p u d o
impedir la pérdida de Malta en 8 7 0 y de Risacusa en 8 7 8 , pero
en Calabria consiguió diferentes éxitos con la ayuda del em-
perador franco Luis I I . En esta empresa también colaboraron
contingentes eslavos y una flota de las ciudades dálmatas, apo-
yando a los bizantinos, con su almirante Nicetas a la cabeza.
Así p u d o ser reconquistada Bari en 8 7 1 , d o n d e había residido
casi tres decenios un emir m u s u l m á n . Más tarde, c u a n d o em-
pezaron las desavenencias entre francos y bizantinos, consiguió
la diplomacia griega q u e Adelgiso, d u q u e de Bencvento, se
sometiese a la soberanía del e m p e r a d o r oriental a cambio de
la ayuda contra Luis I I de una flota dirigida por el patricio
G r e g o r i o de O t r a n t o . Ñapóles y Capua y las regiones de la
costa occidental italiana se pusieron bajo el d o m i n i o del basileus,
cuya protección contra los sarracenos reclamó el papa J u a n
en 8 7 8 . A éstos se les p u d o arrebatar T a r e n t o en 8 8 0 y cinco
años más tarde el general Nicéforo Focas aseguró definitiva-
mente la soberanía de su e m p e r a d o r sobre Calabria.
T a m b i é n en O r i e n t e tuvieron que actuar las fuerzas militares
del I m p e r i o . En 8 7 2 Cristóforo, c u ñ a d o del e m p e r a d o r , condujo

179
el ejército b i z a n t i n o contra los paulicianos. Los d e r r o t ó en u n a
formidable c a m p a ñ a y c o n q u i s t ó su b a l u a r t e , Tefricia. Al año
siguiente el p r o p i o Basilio l u c h ó contra los árabes en la región
del alto E u f r a t e s , d o n d e c o n q u i s t ó Z a p e t r a y Samosata. A n t e
M e l i t e n e fue víctima d e u n a dolorosa d e r r o t a , y C h i p r e logró
u n a pasajera i n d e p e n d e n c i a . P e r o a pesar de esto las decisivas
victorias en el Eufrates y en el T a u r o m o s t r a r o n que Bizancio
había frenado la fuerza del enemigo árabe en regiones q u e
antes h a b í a n sido las zonas q u e mayor apoyo prestaban a éste.
El h e c h o de q u e al m i s m o t i e m p o los bagratidas armenios se
hicieran con u n bastión contra los árabes, mejoró por añadidura
la posición cristiana en Asia M e n o r .
A pesar d e la actividad militar en todas las fronteras del
I m p e r i o , no se descuidaron los intereses d e la política interior.
La cultura alcanzó en el I m p e r i o u n o d e sus más espléndidos
p e r í o d o s . Q u i z á esto se d e b i ó .a la labor q u e , ya d u r a n t e el
r e i n a d o de Miguel I I I realizó la escuela superior laica del
palacio de M a g n a u r a en la capital. Dicha escuela recibió fuertes
impulsos c u a n d o se encargó d e la dirección del colegio el filó-
sofo y matemático León, al q u e el califato de Bagdad había
q u e r i d o llevar antes a su C o r t e . C o m o Focio, tenía a su lado
a destacados científicos y maestros. El p r o p i o e m p e r a d o r Basilio
que había e n t r a d o al servicio d e su antecesor como mozo de
cuadra, se m o s t r ó entusiasta p r o p u l s o r del arte y de la cultura.
Un ejemplo de esto es el códice r i c a m e n t e ilustrado q u e le
fue dedicado. Es el más antiguo de los q u e conocemos la fecha
y todavía se conserva. F u e él t a m b i é n quien hizo levantar
bellos m o n u m e n t o s en t o r n o al palacio d e C o n s t a n t i n o p l a . P e r o
lo que t u v o mayor importancia fue la difícil empresa de reformar
a fondo la legislación.
U n a reforma de las leyes bizantinas, las cuales h a b í a n sido
codificadas en latín en t i e m p o s del e m p e r a d o r J u s t i n i a n o , tenía
q u e estar a t o n o con los cambios sociales q u e habían tenido
lugar en el curso d e tres siglos. D e b i d o a la dificultad de este
trabajo, el E m p e r a d o r m a n d ó redactar u n a especie de m a n u a l
del derecho vigente, el Procheiron, q u e había de ayudar a la
práctica de la administración de justicia, hasta la e n t r a d a en
vigor del nuevo código civil. Esta obra fue seguida en 879
de la Epanagoge, q u e estaba p e n s a d o como introducción al
n u e v o p l a n t e a m i e n t o del d e r e c h o b i z a n t i n o . El hecho de q u e
en la Epanagoge la relación e n t r e el p o d e r temporal y el poder
espiritual fuesen c o m p l e m e n t o s el u n o del o t r o — e l patriarca
era responsable del bienestar espiritual del p u e b l o y el rey,
en cambio, de los intereses materiales de sus s u b d i t o s — p r u e b a

180
q u e en estas deliberaciones había participado ideológicamente el
patriarca Focio.
Basilio I , además d e ampliar m i l i t a r m e n t e su I m p e r i o , pro-
porcionó las bases para su s a n e a m i e n t o m e d i a n t e el inicio de
su reforma d e la justicia. N o p u d o concluir su o b r a . M u r i ó en
u n a cacería a finales de agosto del año 8 8 5 , tras h a b e r sufrido
u n a fuerte d e p r e s i ó n por la m u e r t e en 879 de su hijo favorito,
C o n s t a n t i n o . Sus hijos L e ó n y Alejandro, q u e ya desde p e q u e ñ o s
h a b í a n participado en el gobierno, persiguieron las mismas metas
del reinado d e su p a d r e . La dinastía macedónica, fundada p o r
Basilio I , d u r ó cerca d e dos siglos, d u r a n t e los cuales el I m p e r i o
vivió u n p e r í o d o de brillo y grandeza.

II. Los emperadores macedónicos. Consolidación interna


y apogeo cultural

La continuación de la labor d e reconstrucción iniciada p o r


Basilio I c o r r e s p o n d i ó a su hijo L e ó n V I (886-912), a su nieto
C o n s t a n t i n o Porfirogéneta (912-959) y al antecesor de éste, Ro-
m a n o Lecapeno (920-944). E s t o s e m p e r a d o r e s se impusieron la
tarea de mejorar las bases de la sociedad, la vida jurídica, la
administración y el ejército bizantinos. Se p r o d u j o también en
su reinado u n n u e v o esplendor de la vida cultural bizantina.
D e esta m a n e r a p u d o el I m p e r i o r o m a n o r e c u p e r a r su posición
d e gran potencia m e d i t e r r á n e a .
L e ó n V I , como sucesor del p r i m e r e m p e r a d o r macedónico,
tenía al t o m a r posesión de su alto cargo más preparación que
su p a d r e , ya q u e había sido e d u c a d o n a d a m e n o s q u e por el
patriarca Focio. E n efecto, el n u e v o s o b e r a n o d e m o s t r ó tener
u n a extensa formación y u n gran talento de orador y de es-
critor. Sentía una extraordinaria predilección por la teología y
la filosofía de la a n t i g ü e d a d . Su sabiduría, tan fuera de lo
n o r m a l , ha sido la causa de q u e se hay. creado una leyenda
en t o r n o a este e m p e r a d o r , al q u e ya sus c o n t e m p o r á n e o s apo-
d a b a n «el Sabio». Se le ha a t r i b u i d o u n a colección de oráculos
q u e a u n después de la desaparición del I m p e r i o de O r i e n t e
gozaban de gran estimación e n t r e bizantinos y eslavos.
Sin e m b a r g o , León V I h a p a s a d o a la historia no como li-
terato o teólogo, sino como legislador. T a n p r o n t o como subió
al t r o n o destituyó a Focio de su cargo y n o m b r ó al armenio Esti-
liano Zauzes para q u e estuviese a su lado en t o d o m o m e n t o
como consejero. Prosiguió r e s u e l t a m e n t e la reforma del d e r e c h o
bizantino iniciada p o r Basilio I. A n t e s d e transcurridos diez
años d e su reinado ya se h a b í a p u b l i c a d o la Basilika, la más

181
i m p o r t a n t e colección de leyes de d e r e c h o civil y canónico de la
E d a d Media. Constaba d e 60 libros agrupados en seis tomos
y en su elaboración i n t e r v i n o u n a comisión con el protospatarios
armenio S e m p a d a la cabeza. Al m i s m o tiempo que la Basilika
se publicaron antiguas obras legislativas en griego, claramente
o r d e n a d a s según materias, lo q u e les daba gran utilidad para
su empleo en la vida cotidiana. Con esto en parte cayeron en
el olvido el Código de J u s t i n i a n o y las Digestae y entraron
en vigor leyes y reglamentos jurídicos desfasados por completo.
Sin d u d a es éste el p u n t o flaco de la obra, lo que no impidió
que ocupasen un p u e s t o p r i m o r d i a l en la vida jurídica de Bi­
zancio, como lo p r u e b a n los comentarios q u e de ellas se hi­
cieron y el registro Tipukeitos creado en el siglo x n para su
más cómoda utilización.
T o d o s los esfuerzos del s o b e r a n o estuvieron encaminándose
a una codificación del d e r e c h o válida para su tiempo, de lo
cual da testimonio la e n m i e n d a q u e hizo de las leyes con una
colección de 113 decretos. Los q u e tratan de política eclesiás­
tica están esencialmente influidos por el patriarca Esteban I,
mientras que los decretos sobre la reglamentación legislativa hay
que atribuirlos muy p r o b a b l e m e n t e a Estiliano Zauzes
La actividad legislativa d e León V I reforzó su a u t o r i d a d en
el E s t ? d o y la burocracia se vio considerablemente robustecida.
El Senado y el cuerpo legislativo perdieron por completo las
funciones que antes tenían, r e p r e s e n t a n d o desde entonces u n
papel p u r a m e n t e decorativo en el protocolo de la Corte. El rey.
por o t r o lado, tenía facultades legislativas: podía revocar leyes
y dictar otras nuevas. E x c e p t o en el á m b i t o de la Iglesia, en
el que el e m p e r a d o r sólo actuaba como protector, a u n q u e in­
fluyera b a s t a n t e en la elección del sucesor al trono patriarcal,
concentró todo el p o d e r del E s t a d o en sus manos. U n cetro
que todavía se conserva d e m u e s t r a q u e , en su opinión, el poder
absoluto era algo recibido de D i o s . E n este cetro aparece la
cabeza del e m p e r a d o r en el m o m e n t o d e ser coronado por su
abuela, a la q u e asiste u n arcángel.

A considerable distancia de la persona del e m p e r a d o r se ha­


llaban los principales magistrados del E s t a d o bizantino de la
época: cesares, nobilísimos y curopalates; estos cargos recaían
n o r m a l m e n t e en personas de la familia imperial. A éstos seguían,
con su c o r r e s p o n d i e n t e p r o t o c o l o , otros magistrados, entre los
q u e hay q u e destacar: la patricia d e cíngulo o c i n t u r ó n , primera
d a m a de la corte, los magistroi, los patricios y los protoespata-
rios. T o d o s estos títulos eran conferidos como p r u e b a d e esti­
mación y no estaban relacionados con tareas específicas d e n t r o

182
del a p a r a t o estatal; sus funciones eran fijadas p o r el e m p e r a d o r
en los títulos credenciales.
Conocemos muy bien la organización del I m p e r i o bizantino
medio por los d o c u m e n t o s que nos han llegado. Sería e r r ó n e o
suponer q u e listas de funcionarios c o m o el Kleterologio de Filo-
teo p u e d e n describir la e s t t u c t u r a de u n a jerarquía de emplea-
dos públicos, como se ha venido haciendo hasta ahora, c u a n d o
el a p a r a t o a d m i n i s t r a t i v o bizantino fue algo q u e se desarrolló
muy d i n á m i c a m e n t e .
El único cargo que siguió en vigor d u r a n t e largo t i e m p o fue
el de Logothetes toa dromou. E s t e personaje había determi-
nado las directrices de la política exterior bajo los emperadores
macedónicos. J u n t o a este p r i m e r funcionario del I m p e r i o es-
taban, en p r i m e r lugar, el Sakellaribs (sacelario) —especie de
ministro de la sección dirigida por el p r o t o n o t a r i o — , c o m o res-
ponsable del d e p a r t a m e n t o de finanzas. A continuación le se-
guían en importancia el Chartularios toa sakelliou, al q u e in-
cumbía el s u m i n i s t r o de p r o d u c t o s naturales para el E s t a d o ;
el Protoasekretis, como jefe de la cancilletía imperial; y el
Epi tou kanikleiou, encargado de la dirección d e la correspon-
dencia del e m p e r a d o r y al q u e se p u e d e c o m p a r a r con el gran
guardasellos de los soberanos occidentales. Los cargos d e Pro-
totostrator, Parakoimomenos y Protovestarios correspondían a
m e n u d o a e u n u c o s . El protostrator equivaldría más o menos
a un mariscal occidental; el parakoimomenos dormía j u n t o al
gabinete del e m p e r a d o r y el protovestarios tenía unas funciones
parecidas a las d e u n camarlengo de occidente y, d e b i d o al
diario contacto con el rey, ejercía a veces influencia decisiva
en cuestiones políticas y dinásticas.
Una posición increíblemente privilegiada tenía también el epar-
ca de C o n s t a n t i n o p l a , d e b i d o a q u e el I m p e r i o bizantino estaba
organizado en t o r n o a la capital. Sin e m b a r g o , n o d e s e m p e ñ a b a
ningún cargo p r o p i a m e n t e dicho en la Corte. Bajo su super-
visión estaban la ciudad imperial y, sobre t o d o , sus gremios.
Los cambios i n t r o d u c i d o s en la organización d e los p a r t i d o s
del circo, «verdes» y «azules», les había h e c h o perder t o d o
su anterior peso político.
La división administrativa del territorio imperial, q u e , a u n q u e
había sufrido una ligera merma, seguía siendo muy extenso,
daría al I m p e r i o , bajo León V I y sus i n m e d i a t o s sucesores, el
aspecto q u e iba a seguir t e n i e n d o m u c h o tiempo. El complejo
sistema de themas escasos y g r a n d e s , y m u l t i t u d de p e q u e ñ o s
distritos militares se simplificó al ser divididos los antiguos
themas y al considerarse poco a poco themas únicos distritos
como los d r u n g a r i a t o s , los c a t e p a n a t o s , los d u c a d o s , los arcon-

183
tados y las clissurae. E n estos themas, q u e inicialmente eran 32,
c o m p a r t í a n el p o d e r el protonotarios, q u e dirigía la administra-
ción civil, y el strategos, q u e con el a u m e n t o de su p o d e r llegó
a ser el único q u e intervenía en la resolución de los p r o b l e m a s .
J u n t o a esta n u e v a o r d e n a c i ó n administrativa se llevó a cabo
u n a reorganización de la jerarquía eclesiástica p r e p a r a d a p o r
L e ó n V I y Nicolás el M í s t i c o con la publicación de la Diaty-
posis.
La principal consecuencia q u e se d e s p r e n d i ó d e la creciente
tendencia a q u e los aristócratas o c u p a r a n altos cargos del ejército
y de la flota bizantina en el I m p e r i o bizantino medio, fue la
gran diferencia existente e n t r e las tropas de c h o q u e acantonadas
en la capital y las de provincias. A la cabeza de los ejércitos
c o m p u e s t o s p o r soldados-campesinos estaban los strategot de
las distintas partes del I m p e r i o , como g o b e r n a d o r e s d e esas
zonas. I n f i n i t a m e n t e más d i s t i n g u i d o era el rango de los do-
mestikoi q u e acaudillaban a los tagmata compuestos p o r sol-
dados profesionales de la capital. D e los cuatro tagmata que
había, el más i m p o r t a n t e era el de las scholae, cuyo domestikos
aparecía a m e n u d o c o m o el jefe único de t o d o el ejército im-
perial. C o n el comienzo de la política exterior expansionista del
I m p e r i o a m e d i a d o s del siglo X, fue h a b i t u a l m a n t e n e r dos
ejércitos i n d e p e n d i e n t e s , u n o para A n a t o l i a y o t r o para E u r o p a ;
los domestikoi de O r i e n t e y d e O c c i d e n t e dirigían desde estas
posiciones las operaciones militares en los Balcanes o en Asia
Menor.
La flota bizantina en la época d e la dinastía macedónica tenía
al p r i n c i p i o u n a i m p o r t a n c i a limitada, que más tarde a u m e n t ó
con gran rapidez, en v i r t u d de u n a acelerada puesta en marcha
d e trirremes d o t a d a s d e fuego griego. Dichos barcos estaban
bajo las ó r d e n e s de u n strategos ¿n las aguas territoriales, mien-
tras q u e las flotas concentradas en el C u e r n o de O r o estaban
s u b o r d i n a d a s a un drungarios ton ploimon q u e d e p e n d í a direc-
t a m e n t e del e m p e r a d o r . El h e c h o de q u e el control policial sobre
C o n s t a n t i n o p l a fuese e n c o m e n d a d o a u n drungarios denota tam-
bién q u e se concedía u n a i m p o r t a n c i a cada vez mayor a la
marina.
E n política exterior, el r e i n a d o de L e ó n V I trajo, j u n t o a
la c o n t i n u a c i ó n d e las luchas con los m u s u l m a n e s , otras nuevas
c o n t r a los b ú l g a r o s . El conflicto en los Balcanes se agravó al
conceder el m o n o p o l i o del comercio con los búlgaros a dos
únicos agentes comerciales. E l zar Simeón se o p u s o a esto y
su p r o t e s t a fue d e s a t e n d i d a , p o r lo q u e hizo p e n e t r a r sus tropas
en el territorio del I m p e r i o e infligió u n a seria derrota a las
fuerzas a r m a d a s bizantinas.

184
Las luchas del a ñ o 894 r e p r e s e n t a r o n sólo el p r e l u d i o de otros
conflictos q u e se iban a agudizar p r o g r e s i v a m e n t e . Al ser derro-
tado en Bulgarófigo u n ejército bizantino bajo el m a n d o de León
Catacalo, el I m p e r i o t u v o q u e aceptar la firma d e u n t r a t a d o
en el q u e se c o m p r o m e t í a a pagar u n t r i b u t o al cada vez más
p o d e r o s o vecino. Simeón, p o r su p a r t e , p r e p a r a b a a su E s t a d o
para someterlo a u n a segunda p r u e b a de fuerza, de la cual salió
también victorioso. A consecuencia d e e s t o se t u v o q u e llegar
nada menos q u e a u n a coalición de los bizantinos con los búl-
garos, m u e r t o ya el e m p e r a d o r L e ó n .
S i m u l t á n e a m e n t e Bizancio estaba t e n i e n d o q u e llevar a cabo
otras luchas en los Balcanes. Ya en 894 Nicéforo Focas fue
llamado d e Italia y recibió la o r d e n de dirigir u n a expedición
contra la a r m a d a búlgara de Grecia. La debilitación q u e sufrieron
las tropas bizantinas a consecuencia de esta empresa fue la
causa de q u e se perdiera la ciudad siciliana de T a o r m i n a en el
año 902. Sicilia estuvo desde entonces t o t a l m e n t e en m a n o s
de los m u s u l m a n e s , contra cuyos ataques t u v o q u e ser defendida
Calabria, ahora p o r Miguel Caracto.
A pesar de q u e en el a ñ o 900 Nicéforo Focas infligió u n a im-
p o r t a n t e derrota al enemigo en A d a n a (Asia M e n o r ) , t a m b i é n
entonces los bizantinos tuvieron q u e p e r m a n e c e r al principio
en u n a actitud defensiva, d e b i d o especialmente a la superioridad
de los árabes en el mar, gracias a la cual p u d i e r o n conseguir
el control del Egeo y de la costa sur de Anatolia. C o n t r i b u y ó
a e m p e o r a r la situación de los bizantinos el hecho de q u e en
el año- 904, tras u n a t a q u e a D e m e t r i a s , ciudad de Tesalia, u n
renegado b i z a n t i n o , L e ó n de Trípoli, arremetiese contra el m á s
rico b a l u a r t e del I m p e r i o , Salónica. Sus tropas, q u e se h a b í a n
a p o d e r a d o de A b i d o s , c o n q u i s t a r o n la floreciente ciudad por-
tuaria, consiguieron u n gran b o t í n e hicieron infinidad de pri-
sioneros q u e fueron llevados a Siria. A n t e este desgraciado acon-
tecimiento los bizantinos n o tuvieron más r e m e d i o que reforzar
sus p u e r t o s m a r í t i m o s , p e r o también t u v i e r o n q u e hacer retro-
ceder sus fronteras casi hasta Tesalónica, para defenderse contra
el zar Simeón d e Bulgaria.
C o n t r a los árabes no se p u d o t o m a r la ofensiva hasta algunos
años después. E n o c t u b r e de 905 fue d e r r o t a d a u n a flota mu-
sulmana en el m a r E g e o y en el a ñ o 910 se produjeron el
desembarco en C h i p r e de u n ejército expedicionario a las ór-
denes del logoteta H i m e r i o , el a t a q u e de Siria y la conquista
de Laodicea. D e b i ó de ser en el año 911 c u a n d o a estos éxitos
se u n i ó el de la reconquista de Creta. Sin e m b a r g o , la flota
bizantina n o se p u d o i m p o n e r contra las escuadras m u s u l m a n a s ,
y al retirarse, en la primavera del 912, fue s o r p r e n d i d a y ani-

185
quilada por León de T r í p o l i . La colaboración d e u n contingente
m e r c e n a r i o varego-ruso tampoco p u d o i m p e d i r nada. Esta coope-
ración fue posible gracias a u n pacto h e c h o e n t r e los griegos
y el príncipe O l e g d e Kiev en s e p t i e m b r e de 9 1 1 . D i c h o
a c u e r d o regulaba p a r a el f u t u r o el d e r e c h o de los comerciantes
rusos en C o n s t a n t i n o p l a y además las relaciones comerciales
e n t r e ambas partes. D e este m o d o c o m e n z ó a abrirse paso por
toda Rusia la influencia bizantina.
U n a situación de suma importancia para el desarrollo del
I m p e r i o fue la creada por los problemas dinásticos en q u e el
s o b e r a n o se vio e n v u e l t o i n v o l u n t a r i a m e n t e . T r a s la m u e r t e de
su primera esposa, Teófano, v e n e r a d a por la Iglesia ortodoxa
como santa, se casó en 898 con su antigua amante Zoé Zauzina,
q u e m u r i ó al a ñ o siguiente sin h a b e r d a d o al e m p e r a d o r el de-
seado sucesor al t r o n o . C u a n d o en verano del a ñ o 900 volvió
a casarse con Eudocia Baiana, infringió no sólo las disposiciones
del d e r e c h o eclesiástico vigente, sino también una ley según la
cual él mismo algunos años antes había p r o h i b i d o u n tercer
m a t r i m o n i o e incluso d e s a p r o b a d o las segundas nupcias. León
p u d o llevar adelante su p r o p ó s i t o a pesar de la oposición de
la Iglesia, pero sin e m b a r g o se vio en una situación todavía
más difícil, c u a n d o t a m b i é n Eudocia falleció y se quiso casar
con la bella Zoé C a r b o n o p s i n a . Al darle Zoé u n hijo en el
año 9 0 5 , fue reconocido m e d i a n t e el b a u t i s m o , con la condición
d e q u e el E m p e r a d o r se separase de su a m a n t e . N o o b s t a n t e ,
faltando a su promesa, se casó a los tres días con la m a d r e de
su hijo y la elevó al rango de emperatriz, lo que p r o d u j o u n a
gran indignación. El patriarca Nicolás el Místico, discípulo de
Focio y e m p a r e n t a d o con el E m p e r a d o r , le negó la e n t r a d a en
Santa Sofía, d e forma q u e a León V I no le q u e d ó otra solución
q u e someter el a s u n t o a la apreciación del papa Sergio I I I .
C u a n d o le llegó al E m p e r a d o r la necesaria dispensa de Roma,
p u d o León conseguir d e n u e v o el favor del patriarca. A la sazón
lo era el piadoso monje E u t i n i o , director espiritual de León, q u e
había sido n o m b r a d o en febrero d e 9 0 7 .

Ni con la destitución del patriarca Nicolás, ni con la corona-


ción de su hijo C o n s t a n t i n o en el a ñ o 908, p u d o L e ó n V I
a m o r t i g u a r el n u e v a m e n t e inflamado conflicto entre los antiguos
partidarios d e la Iglesia, sobre la cuestión de la «tetragamia».
El cisma e n t r e los partidarios del n u e v o Patriarca y los del
d e s t r o n a d o se p r o l o n g ó varios años después de la m u e r t e del
E m p e r a d o r el 12 de mayo de 912. H a s t a 920 no se restableció
la u n i d a d en la Iglesia o r t o d o x a . E n este a ñ o u n sínodo, con
asistencia de legados del p a p a , autorizó los terceros matri-

186
rnonios a los menores d e cuarenta años; sin e m b a r g o u n c u a r t o
enlace siguió e s t a n d o p r o h i b i d o .
T r a s la m u e r t e de León V I , t o m ó el p o d e r su h e r m a n o Ale-
j a n d r o en n o m b r e del príncipe C o n s t a n t i n o , de seis años de
edad. Alejandro, hasta entonces poco sobresaliente, p e r o m u y
consciente d e su dignidad, p r o c u r ó en seguida distanciarse sobre
t o d o en su c o n d u c t a personal, del g o b i e r n o de su h e r m a n o .
Sin e m b a r g o , no tenía b u e n p r e d i c a m e n t o ante la o p i n i ó n pú-
blica. Relevó de sus cargos a u n a serie d e i m p o r t a n t e s colabo-
radores d e L e ó n y no d e b í a estar d e a c u e r d o con la última
v o l u n t a d d e su antecesor, ya q u e envió a u n c o n v e n t o a la
emperatriz Z o é y s u s t i t u y ó al patriarca E u t i m i o por Nicolás
el Místico.
T a m b i é n en política exterior a b a n d o n ó Alejandro la línea d e
su h e r m a n o en u n p u n t o esencial: d e n e g ó a Bulgaria el t r i b u t o
e s t i p u l a d o y provocó con ello el h e c h o d e q u e las tropas del
zar Simeón r e n o v a r a n los a t a q u e s , a u n q u e Alejandro m u r i ó
antes de q u e se iniciasen las hostilidades, tras sólo 13 meses
de r e i n a d o ; u n mosaico de Santa Sofía ha legado a la poste-
ridad u n c u a d r o d e este singular E m p e r a d o r con u n traje d e
ceremonia d e tipo oriental.
E n esta situación tan crítica, se hizo cargo del gobierno u n
consejo de regencia, a cuya cabeza estaba el patriarca Nicolás
el Místico. El E s t a d o se veía a m e n a z a d o , por u n lado, p o r las
hostilidades de los partidarios del a n t i g u o patriarca E u t i m i o
y, p o r o t r o , p o r aristócratas ambiciosos como C o n s t a n t i n o D u c a s ,
domestikos d e las scholae. N o tiene nada de extraño q u e en
estas circunstancias Simeón d e Bulgaria llegara a sitiar Constan-
tinopla en el verano d e 9 1 3 . L o q u e hacía más peligroso a este
a t a q u e era el objeto q u e revestía conseguir u n n u e v o I m p e r i o
universal en el q u e se fusionasen el R e i n o b ú l g a r o y el E s t a d o
bizantino.
Si a los bizantinos les i m p u l s ó a aceptar tales negociaciones
la inseguridad de la situación en el interior del I m p e r i o , al
s o b e r a n o búlgaro le indujo a hacerlo la calidad de las construc-
ciones defensivas d e Bizancio. Nicolás el Místico y el joven
C o n s t a n t i n o V I I se e n t r e v i s t a r o n r e p e t i d a s veces con Simeón
y finalmente el b ú l g a r o fue c o r o n a d o e m p e r a d o r . El c o m p r o -
miso matrimonial del joven C o n s t a n t i n o con una hija de Simeón
sirvió además para establecer una paz d u r a d e r a e n t r e Bizancio
y los búlgaros, cuyo e m p e r a d o r r e t o r n ó a su país a l t a m e n t e
satisfecho con su título.
A pesar d e q u e Simeón no era el sucesor de los e m p e r a d o r e s
d e C o n s t a n t i n o p l a , como él se consideraba, las concesiones
conseguidas parecían h a b e r p r o d u c i d o la deseada oposición en

187
el interior d e Bizancío c o n t r a el régimen d e Nicolás el Místico.
H i c i e r o n traer del c o n v e n t o a la reina m a d r e Zoé C a r b o h o p s i n a ,
q u e fue a u t o r i z a d a a g o b e r n a r en n o m b r e del E m p e r a d o r . Su
regencia volvió a t o m a r u n cariz a c e n t u a d a m e n t e antibúlgaro,
ya q u e la siguiente actuación de Simeón fue la ocupación d e
Tracia y otra victoriosa c a m p a ñ a en s e p t i e m b r e de 914, en
q u e se le t u v o q u e entregar A d r i a n ó p o l í s . C u a n d o , poco después,
los búlgaros d o m i n a r o n t a m b i é n los alrededores de Salónica y
D i r r a q u i o , los bizantinos t u v i e r o n q u e decidirse a contraatacar.
L e ó n y Bardas Focas les c o n d u j e r o n p o r el mar N e g r o hasta
el territorio de los búlgaros, d o n d e consiguieron aniquilarlos
t o t a l m e n t e en A n k a r a el 20 d e agosto de 927. A las pocas
semanas el zar Simeón fue d e r r o t a d o por segunda vez a poca
distancia de la capital C o n s t a n t i n o p l a . E n v i r t u d d e este n u e v o
fracaso de los búlgaros seguía sin existir u n peligro i n m e d i a t o
para el E s t a d o imperial. Sin e m b a r g o , los búlgaros pudieron
p e n e t r a r sin i m p e d i m e n t o s en la actual Grecia, d o n d e hasta 923
azotaron con sus correrías d e v a s t a d o r a s casi todas las regiones,
incluso el P e l o p o n e s o . Esta profanación de obras d e arte está
i m p r e s i o n a n t e m e n t e descrita en la biografía del obispo P e d r o
de Argos y en la del a b a d Lucas I s t e r i o t e .
E n esta crítica situación originada por la intransigencia del
círculo de la e m p e r a t r i z Z o é , los antiguos generales no p u d i e r o n
a d u e ñ a r s e de n u e v o del p o d e r hasta R o m a n o Lecapeno, el cual
había iniciado u n a gran mejora de la m a r i n a . R o m a n o Lecapeno
era d e m o d e s t a condición. E r a hijo de u n labrador de A r m e n i a
y, s i e n d o soldado raso, llamó la atención del E m p e r a d o r al luchar
contra u n león; u n a brillante carrera militar le condujo fi-
n a l m e n t e al m a n d o s u p r e m o d e la m a r i n a . E n la cima del poder,
n o sólo t o m ó la d e l a n t e r a a L e ó n Focas, c a n d i d a t o del p a r t i d o
aristócrata, sino q u e hizo expulsar a la e m p e r a t r i z y a sus fa-
miliares de todos los puestos clave. E n el a ñ o 919 R o m a n o casó
a su hija Elena con el e m p e r a d o r C o n s t a n t i n o y t u v o la habi-
lidad de respetar a éste en sus funciones y a t r i b u t o s externos,
c o n t e n t á n d o s e con g o b e r n a r en su lugar, p a r a lo cual se hizo
n o m b r a r en 920 co-emperador. C o n t r a esto n o p u d i e r o n hacer
n a d a las furiosas protestas de Simeón de Bulgaria, al q u e le
había sido concedida la d i g n i d a d de co-emperador y q u e por
t a n t o perseguía la destitución del a f o r t u n a d o R o m a n o Lecapeno.
R o m a n o Lecapeno n o vaciló en reforzar a ú n más su posición.
A s u m i ó la d i g n i d a d d e p r i m e r e m p e r a d o r , mientras Constan-
tino V I I sólo hacía las veces de co-emperador. P e r o en mayo
de 921 el r e p r e s e n t a n t e de la legítima dinastía macedónica fue
desalojado t a m b i é n de la segunda posición en importancia del
I m p e r i o p o r Cristóforo, hijo mayor de R o m a n o . Los h e r m a n o s

188
de Crisróforo, E s t e b a n y C o n s t a n t i n o , fueron n o m b r a d o s co-
emperadores j u n t o a C o n s t a n t i n o Porfirogéneta en el a ñ o 924.
Teofilacto, el hijo m e n o r del desde e n t o n c e s E m p e r a d o r , fue
e d u c a d o para u n a futura toma d e posesión del cargo d e patriarca.
La famosa e s t a t u t a del g r u p o d e la T e t r a r q u í a , q u e él m i s m o
m a n d ó realizar en el m o n a s t e r i o Mirelaión d e la capital, de-
muestra cuan fuerte era en R o m a n o I el deseo d e fundar u n a
dinastía propia. La Iglesia del m o n a s t e r i o de Mireleo sirvió
también d e sepulcro a la n u e v a familia imperial.
El soberano Romano- Lecapeno se hizo d u e ñ o de la situación
en el terreno de la política eclesiástica q u e tantos p r o b l e m a s
había causado antes d e su subida al p o d e r . A esto c o n t r i b u y ó
en gran m a n e r a el hecho d e q u e el E m p e r a d o r p o d í a confiar
siempre en la colaboración amistosa del patriarca Nicolás el
Místico. El pontificado, manejado p o r la nobleza r o m a n a adicta
a Teofilacto, t a m b i é n se ajustó en gran p a r t e a los deseos del
s o b e r a n o b i z a n t i n o . E n c u a n t o a la Iglesia o r t o d o x a , la sumisión
a la v o l u n t a d del E m p e r a d o r creció a ú n m á s c u a n d o e n 933
su hijo, d e dieciséis años, se hizo cargo del p a t r i a r c a d o d e
C o n s t a n t i n o p l a tras largos años de h a b e r estado vacante. Teo-
filacto se m o s t r ó dócil i n s t r u m e n t o d e su p a d r e . Parecía más
atraído por los caballos q u e p o r los deberes de su cargo, a u n
c u a n d o bajo su n o m b r e se haya legado a la p o s t e r i d a d u n
i m p o r t a n t e escrito sobre el p r o b l e m a de los bogomilitas con el
zar búlgado P e d r o y a u n q u e estuviera en estrecha relación
con u n personaje tan f u n d a m e n t a l como Lucas, a petición del
cual m a n d ó r e n o v a r el a n t i q u í s i m o c o n v e n t o d e Rufiniani, en
las cercanías de Calcedonia.
R o m a n o L e c a p e n o p r e s t ó gran atención a los problemas d e
política interior con los q u e t r o p e z ó . Reconocía la importancia
de las p e q u e ñ a s fortunas para la recaudación d e contribuciones
y para la fuerza militar d e su I m p e r i o . Estaba también conven-
cido de q u e u n m a y o t i n c r e m e n t o de las grandes fortunas tenía
q u e debilitar el^ p o d e r central y podía finalmente p o n e r l o en
peligro. E n 922 hizo frente p o r primera vez a dichas tendencias
con u n a ley modificando las Novellae. E l proceso d e engran-
decimiento de u n a m i n o r í a se había acrecentado en el curso
de los últimos siglos, de tal m o d o q u e se convirtió en el prin-
cipal p r o b l e m a de la política interior bizantina. Los grandes pro-
pietarios d e b í a n garantizar a sus parientes y vecinos u n d e r e c h o
de preferencia frente a terceros en la c o m p r a d e fincas.
P o r muy bien p e n s a d a q u e estuviese esta reglamentación, a
consecuencia del h a m b r e y de las epidemias d e los años 927
y 9 2 8 , los grandes p r o p i e t a r i o s , y con ellos la Iglesia, se apro-
piaron de tierras d e cultivo a precios b a r a t í s i m o s . Gracias a

189
una segunda ley c o m p l e m e n t a r i a y con gran severidad dispuso
el E m p e r a d o r q u e todas las fingidas donaciones, herencias y
demás traspasos ilegales d e p r o p i e d a d e s fueran anulados y q u e
dichas fincas fueran devueltas a su a n t i g u o p r o p i e t a r i o . Incluso
para las fincas cuya v e n t a había sido legítima, R o m a n o Leca-
p e n o d i s p u s o u n plazo d e tres años para devolver el i m p o r t e
d e la c o m p r a a su primitivo p r o p i e t a r i o .
C o n la m i s m a firmeza d o b l e g ó la resistencia d e los p e q u e ñ o s
campesinos q u e r e n u n c i a b a n de b u e n g r a d o a su teórica libertad,
p u e s bajo la protección d e poderosos señores feudales se sentían
a c u b i e r t o d e las cargas fiscales y d e la responsabilidad eco-
nómica. Algo semejante ocurría con los q u e poseían bienes mi-
litares, q u e hacía t i e m p o q u e estaban c o b r a n d o cada vez mayor
importancia en la periferia del I m p e r i o y q u e disfrutaban de
u n a protección jurídica especialmente amplia. La mayor difi-
cultad en la realización d e este proyecto estribaba posiblemente
en q u e el a p a r a t o a d m i n i s t r a t i v o , en el cual se tenía que apoyar
el E m p e r a d o r , estaba c o n t r o l a d o esencialmente por m i e m b r o s
d e la aristocracia t e r r a t e n i e n t e .
E n el siglo x el estado b i z a n t i n o consiguió influir sobre la
situación económica y social d e la zona rural y asimismo sobre
la d e las ciudades. La población trabajadora se tenía que agrupar
en gremios presididos por un jefe q u e era designado por el
E s t a d o . E! g o b i e r n o controlaba la vida económica de estas cor-
poraciones, las cuales d a b a n mayor independencia al individuo
q u e los colegios de finales del I m p e r i o r o m a n o y, en general,
n o conocían la adscripción hereditaria a los oficios. T o d o estaba
r e g l a m e n t a d o : desde la compra de materiales de trabajo hasta
la v e n t a d e los p r o d u c t o s , p a s a n d o por la calidad de las
mercancías, las cantidades a entregar, los precios, etc. Los miem-
bros de un gremio tenían q u e d e m o s t r a r sus habilidades frente
al E s t a d o , q u e en lo sucesivo no regateaba a la hora de cobrar
i m p u e s t o s especiales a la corporación. Así pues, ni los campe-
sinos ni los artesanos d e las ciudades consiguieron mayor li-
b e r t a d en el siglo ix, p e r o sí la aristocracia y, tras algunas me-
joras legislativas, los esclavos, en el o t r o e x t r e m o de la escala
social.
C o n s t a n t i n o p l a , q u e aparte de ser el núcleo del I m p e r i o , ejer-
cía gran actividad privada, p r e s e n t a b a con sus innumerables
gremios un amplio e s p e c t r o d e las posibilidades d e producción
d e sus h a b i t a n t e s . Los gremios del sector de abastecimiento y
el del comercio tenían, e n t r e u n a población de casi 150.000 ha-
b i t a n t e s , b a s t a n t e significación. P e r o sin embargo, para la po-
lítica económica del e m p e r a d o r era más i m p o r t a n t e la industria
textil, la cual se o c u p a b a no sólo d e la producción de lana y

190
lino, sino, sobre t o d o , d e seda. A u n c u a n d o las más valiosas
lelas d e seda se reservaban para el rey, para el clero o para
regalos a las a u t o r i d a d e s extranjeras, seguían s i e n d o u n artículo
de exportación y estaban muy cotizadas e n t r e los comerciantes
italianos d e C o n s t a n t i n o p l a y también en los c e n t r o s de la pro-
ducción sedera d e Grecia central y el P e l o p o n e s o . Sin e m b a r g o ,
la exportación d e seda llegó a tal e x t r e m o q u e se t u v o q u e
reducir ésta e i m p u l s a r la importación en interés del c o n s u m o
nacional y, sobre t o d o , del g o b i e r n o . C o n esto se organizaba el
comercio y la industria hacia los objetos estatales y especial-
mente de la política interior.
D u r a n t e los primeros años del reinado de R o m a n o I la política
exterior bizantina e s t u v o presidida por la guerra contra Simeón.
Pese a la toma de A d r i a n ó p o l i s en 923 y al s e g u n d o a t a q u e
sobre C o n s t a n t i n o p l a , con el t i e m p o a Bulgaria no le p o d í a
pasar i n a d v e r t i d a la creciente fuerza militar del I m p e r i o y su
superior diplomacia, en cuyos éxitos t o m ó parte decisiva el
E m p e r a d o r , j u n t o a h o m b r e s como León Coirosfactes. C u a n d o
Simeón m u r i ó r e p e n t i n a m e n t e en el a ñ o 9 2 7 , su hijo P e d r o
concertó la paz, fue n o m b r a d o zar d e los búlgaros y se casó
con la nieta de R o m a n o , María. Una vez q u e el rey fue reco-
nocido por el patriarca búlgaro se consiguieron las condiciones
previas para u n a pacífica coexistencia d e a m b o s países d e s p u é s
de que P e d r o tuviera en cuenta la c o r r e s p o n d i e n t e exigencia del
lado contrario. D u r a n t e el « R e n a c i m i e n t o macedónico» p u d o
abrirse paso por toda Bulgaria la cultura bizantina. Muy impor-
tante fue asimismo el h e c h o de q u e las fuerzas bizantinas es-
tuvieran de n u e v o libres para una activa política en la frontera
oriental del I m p e r i o .
La ofensiva bizantina en la frontera oriental de Anatolia
comenzó bajo la dirección de J u a n Curcuas c u a n d o nacieron las
enemistades e n t r e griegos y búlgaros. El fructuoso avance de
los bizantinos fue d e b i d o a la recuperación de! control del mar
Egeo m e d i a n t e la victoria en L e m n o s sobre León de Trípoli y
al e m p l e o de la frontera del T a u r o c o m o línea de defensa.
El primer éxito i m p o r t a n t e d e los bizantinos en esas regiones
fue la definitiva recuperación de M e l i t e n e el 19 de mayo de 934.
N u e v a m e n t e los bizantinos tuvieron q u e hacer frente a un par-
tido árabe, los h a m d a n í e s de Sayf al-Dawla, q u e sustituyeron
en el poder al hasta entonces califa d e Bagdad. En 9 3 8 , Sayf
al-Dawla d e r r o t ó a J u a n Curcuas y e x t e n d i ó sus dominios desde
Mosul hasta A r m e n i a y parte de I b e r i a . C u a n d o los h a m d a n í e s
se hallaban ya nada menos que ante Colonia, sólo la oposición
nacida contra ellos en el seno del I m p e r i o m u s u l m á n p u d o im-
pedir q u e siguiesen p e n e t r a n d o en territorio bizantino.

191
Los rusos se p r e s e n t a r o n en 941 a n t e C o n s t a n t i n o p l a , p e r o
fueron d e r r o t a d o s en Bitinia. Libres entonces de este peligro
p u d i e r o n los bizantinos dirigir sus armas contra los h a m d a n í e s .
El a ñ o 943 les trajo u n a generosa victoria q u e les p e r m i t i ó
c o n q u i s t a r las ciudades de M a r t i r ó p o l i s , A m i d a , D a r á y Nísibe.
T a m b i é n p u d i e r o n r e c u p e r a r d e Edesa el santo Mandilion, «la
v e r d a d e r a imagen de Cristo no creada por la m a n o h u m a n a » .
E n 944 se trasladó esta reliquia a C o n s t a n t i n o p l a e n t r e el entu-
siasmo de sus h a b i t a n t e s , p o r lo q u e el e m p e r a d o r Constanti-
no V I I se vio precisado a c o m p o n e r p a r a esta imagen u n a
oración sagrada.
Los éxitos anteriores a Edesa y el traslado del Mandilion a
C o n s t a n t i n o p l a fueron los últimos acontecimientos i m p o r t a n t e s
q u e llevó a cabo R o m a n o L e c a p e n o . E n diciembre de 944 sus
hijos m e n o r e s le a r r e b a t a r o n el p o d e r . T r a s la m u e r t e del mayor
d e éstos, Cristóforo, fueron d e tal m o d o desplazados q u e su
p a d r e instituyó c o m o sucesor a C o n s t a n t i n o V I I en lugar d e
ellos. D e este m o d o R o m a n o Lecapeno fue d e s t e r r a d o a la
isla de P r o t e , en el mar de M á r m a r a , d o n d e se hizo monje
y m u r i ó en 9 4 8 .
Con esto, C o n s t a n t i n o Porfirogéneta se convertía en d u e ñ o
a b s o l u t o del p o d e r , pues E s t e b a n y C o n s t a n t i n o no volvieron
a i n t e n t a r quitarle de en m e d i o con u n s e g u n d o golpe de E s t a d o .
C o n la coronación de su hijo R o m a n o en la Pascua d e 9 4 5 ,
C o n s t a n t i n o V I I aseguró a su dinastía el derecho al t r o n o .
Confió la dirección de la política del I m p e r i o a Bardas Focas,
cuyo h e r m a n o había sido u n o de los rivales d e R o m a n o Lecapeno.
Bardas, q u e provenía de la clase de los esclavos, t o m ó sobre
sí el alto m a n d o del ejército imperial y dio los primeros puestos
de la armada a sus tres hijos. Los c u a t r o juntos ayudaron a
dar un gran prestigio a la minoría g o b e r n a n t e , pero no p u d i e r o n
impedir que la política en sus esenciales manifestaciones si-
guiese los pasos de R o m a n o L e c a p e n o .

Los q u e se encargaron d e q u e se prosiguiese con la misma


política fueron los patricios y cuestores Teófilo y T e o d o r o el
Decapolita, q u e i n t e r v i n i e r o n p e r s i s t e n t e m e n t e a favor de una
mayor protección de los p e q u e ñ o s propietarios. Sin embargo, a
pesar de esto, los aristócratas bizantinos se a p r o p i a r o n de gran
n ú m e r o de fincas al producirse el c a m b i o d e gobierno e insis-
tieron en q u e se revisase el sistema t r i b u t a r i o vigente. Se for-
m u l a r o n instrucciones similares a las anteriores a 944 para la
restitución de los bienes q u e se habían ttansferido ú l t i m a m e n t e
y otras relativas al d e r e c h o de preferencia en la compra. E n
realidad, lo q u e se hizo d u r a n t e los restantes años del reinado

192
de C o n s t a n t i n o fue cambiar las leyes en favor de las clases
superiores.
La legislación bizantina de esos años se o c u p ó en especial
de asegurar la fuerza defensiva del I m p e r i o . D e s d e entonces
se estableció f o r m a l m e n t e la inalienabilidad de los bienes del
ejército, fijándose la hacienda dé los marineros de la armada
real en dos libras d e oro y en el doble de dicha cantidad la
de los soldados d e infantería. Sin embargo, a u n q u e el capital de
los estratiotas sobrepasaba estas cifras, éstos sólo p o d í a n hacerla
efectiva si n o estaban registrados en las listas de estratiotas
en activo. El legislador subrayaba con t o d a claridad la obligación
de los grupos favorecidos por el d e r e c h o a prestar servicio
militar en el ejército del q u e recibían dicho beneficio.
A l r e d e d o r del a ñ o 950 toda la actividad militar se centró en
torno a la frontera oriental. Se había logrado u n a paz d u r a d e r a
con Bulgaria y los ataques d e los h ú n g a r o s en los Balcanes ha-
bían sido rechazados con é x i t o ; p o r eso, c u a n d o en el año 949
se iniciaron operaciones a ú n mayores no se t a r d ó m u c h o en
conseguir otra victoria. Sin e m b a r g o , no se p u d o volver a tomar
Germanicia, q u e h a b í a sido a r r e b a t a d a por los h a m d a n í e s , ni
ocupar el paso del Eufrates. Bizancio t u v o q u e permanecer a
la defensiva frente a su peligroso adversario,, p e r o en 956 con-
siguió ampliar sus dominios al conquistar H a r á n , en el n o r t e
de Siria, y Samosata, ciudad fortificada a orillas del Eufrates.
Estas victorias se d e b i e r o n esencialmente a Nicéforo Focas y al
q u e más tarde sería e m p e r a d o r , J u a n Zimisces.
Los resultados de la política militar de C o n s t a n t i n o perma-
necieron ocultos, lo cual era sin d u d a u n a táctica de la diplo-
macia bizantina en o r d e n a la consecución d e sus fines en el
interior. V o l v i e n d o a la técnica empleada p o r Basilio I y León V I ,
i n t e n t ó llevar a cabo u n a alianza según la cual los m u s u l m a n e s
conservaban Sicilia y los bizantinos aseguraban sus posesiones
en el sur de Italia. P o r esta causa C o n s t a n t i n o V I I e n t r ó en
contacto con el califa cordobés A b d e r r a m á n I I I ( ' A b d al-Rah-
mán) e hizo q u e u n o s legados le e n t r e g a r a n como regalo u n
m a n u s c r i t o d e Dióscorides, b e l l a m e n t e i l u m i n a d o con ilustra-
ciones.
La toma de c o n t a c t o con el ambicioso I m p e r i o de los O t o n e s
estaba f u e r t e m e n t e condicionada por la realidad política, como
también lo estaba el f o m e n t o de las relaciones con los rusos
de Kiev. Sin e m b a r g o , diversas embajadas enviadas a O t ó n el
G r a n d e a partir d e 949 no condujeron a resultados positivos,
a pesar de los b u e n o s deseos de ambas p a r t e s . La deseada b o d a
d e Eduvigis de Baviera, nieta de O t ó n , con R o m a n o , nieto
de C o n s t a n t i n o , n o llegó a realizarse y los bizantinos siguieron

193
también negándose a reconocer al monarca g e r m a n o como em-
perador. Las fructíferas relaciones con los rusos se iniciaron
en el o t o ñ o de 957, coincidiendo con la solemne visita oficial
de la princesa rusa Olga-Elena a C o n s t a n t i n o p l a . A consecuen-
cia de esta amistad se e x t e n d i ó p o t Rusia u n a intensa cristianiza-
ción llevada a cabo p o r la Iglesia o r t o d o x a , q u e corrió paralela
con el a u m e n t o de la influencia bizantina.
C o n s t a n t i n o V I I fue sin d u d a un i m p o r t a n t e h o m b r e d e
E s t a d o . El « R e n a c i m i e n t o macedónico» n o hubiera sido posible
sin personalidades como la suya, la de su p a d r e y la de su
abuelo. Mitología antigua, historia, filosofía y literatura fueron
objeto d e u n p r o f u n d o e s t u d i o , ya no s i m p l e m e n t e apologético,
y reunidas de forma enciclopédica. Al mismo tiempo se volvieron
a formular temas del arte griego y r o m a n o en numerosas crea-
ciones, si bien t r a s p l a n t a d a s a la ideología cristiana. Bizancio
en muy pocas ocasiones i n t r o d u j o innovaciones en el t e r r e n o ar-
tístico, sólo le interesaba proseguir el i n i n t e r r u m p i d o clasicismo
y afirmarlo tras las luchas contra los iconoclastas. El concepto
d e « R e n a c i m i e n t o macedónico» designa ni más ni menos q u e
el i n c r e m e n t o d e la vida espiritual y cultural q u e Bizancio vivió
bajo los e m p e r a d o r e s macedónicos.
En el c e n t r o de esta vida cultutal se hallaba C o n s t a n t i n o V I L
Los artistas y científicos no hacían sino cumplir lo q u e él les
o r d e n a b a . Con h o m b r e s como Bardas Focas estimuló el colegio
de M a g n a u r a en C o n s t a n t i n o p l a . C u b r i ó las cátedras de filosofía,
retórica, geometría y astronomía q u e se hallaban vacantes. Tam-
bién mejoró los sueldos d e los profesores y creó nuevas becas
para los e s t u d i a n t e s . El m i s m o e n s e ñ a b a r e g u l a r m e n t e en sus
aulas. C o m o es c o m p r e n s i b l e , los funcionarios de la adminis-
tración y de la Iglesia eran elegidos por el E m p e r a d o r éntre-
los discípulos de esta escuela
T a m b i é n d e la actividad literaria se ocupaba el E m p e r a d o r .
Sus tratados, q u e en b u e n a p a r t e están basados en materiales
ya existentes y q u e se hallan i m p r e g n a d o s del enciclopedismo
d o m i n a n t e en el siglo x, son una de las más i m p o r t a n t e s fuentes
q u e t e n e m o s para conocer el E s t a d o bizantino. Es digno de
mención el t r a t a d o del E m p e r a d o r De thematibus, en el que se
hace una descripción histórica y geográfica del I m p e r i o y sus
h a b i t a n t e s . C o m o c o m p l e m e n t o de esta obra, el E m p e r a d o r es-
cribió un t r a t a d o sobre el poder t i t u l a d o De administrando im-
perio. E s t a b a p e n s a d o como libro didáctico para su hijo R o m a n o
y en él se da c u e n t a detallada de las relaciones de Bizancio
con el exterior. P o r s u p u e s t o , C o n s t a n t i n o V I I no fue el único
que escribió sobre teoría del E s t a d o , ya q u e fue imitado por
n u m e r o s o s funcionarios q u e nos han legado manuscritos en

194
los q u e se analiza la estructura d e la administración, de la indus-
iria, del comercio, del sistema de i m p u e s t o s y de la economía
de esos años.
C o n s t a n t i n o , lo m i s m o q u e t o d a su dinastía, t a m b i é n se in-
teresó por la historia. P o r ello encargó al logoteta Simeón la
crónica de los reinados d e Miguel I I I y Basilio I . E n la bio-
grafía d e su a b u e l o Basilio, encargada a Isócrates, también co-
laboró el E m p e r a d o r , al m e n o s n o m i n a l m e n t e . T e o d o r o Dafno-
pates, u n o d e los más destacados h o m b r e s d e la corte d e
C o n s t a n t i n o V I I , prosiguió esta especie d e historia q u e había
iniciado Isócrates con la descripción de las épocas de Constan-
tino y R o m a n o I I . N o t a b l e s aportaciones a la historiografía
son además el relato d e la ocupación árabe de Salónica, por el
sacerdote J u a n C a m e n i a t e s , y la o b r a histórica d e León el Diá-
cono, en q u e se sigue la técnica de los historiadores griegos
Agatias y P r o c o p i o .
En c u a n t o a literatura teológica, son dignos d e mención, en
primer lugar, León V I , seguido d e C o n s t a n t i n o Porfirogéneta.
Ambos destacan c o m o predicadores. A s i m i s m o dieron i m p u l s o
a los escritos teológicos con sus c o n s t a n t e s encargos. Gracias a
una extensa carta d e León V I al califa d e Bagdad, p o d e m o s
conocer mejor la polémica antiislámica d e aquel t i e m p o . N o se
puede decir lo m i s m o de R o m a n o I I ; R o m a n o Lecapeno n o
tenía una formación demasiado amplia en las cuestiones ecle-
siásticas, se hacía ayudar sobre t o d o por el magistrado y eparca
tic la capital, T e o d o r o Dafnopates, q u e c o m p u s o para él diversos
escritos sobre temas dogmáticos o de política eclesiástica y
que se hizo además célebre c o m o transmisor d e los sermones
de J u a n C r i s ó s t o m o .
Son teólogos dignos de mención, los patriarcas: Aretas de
Cesárea, Nicolás el Místico y E u t i m i o ; los tres fueron dis-
cípulos de la escuela de M a g n a u r a , a u n q u e el tercero supera
con m u c h o en conocimientos a los dos p r i m e r o s . Aretas había
tratado en su j u v e n t u d temas filosóficos y filológicos, y son
muestra de ello u n c o m e n t a r i o al Apocalipsis de San J u a n y
sus glosas de las cartas de San P a b l o . Más tarde se o c u p ó
principalmente de cuestiones d e d e r e c h o canónico y d e pro-
blemas dogmáticos, como lo muestran los escritos contra los
iconoclastas, judíos y armenios y la carta al emir de D a m a s c o ,
hecha p o r encargo imperial. E s t e gran filólpgo se m o s t r ó luego
menos tolerante, y atacó al compilador y magistros León Coi-
rosfactes, c o n t e m p o r á n e o suyo, a causa de su pública admiración
por la recién descubierta A n t i g ü e d a d . Sin e m b a r g o , d e b e m o s
añadir que alcanzó u n a importancia mayor q u e la de cualquier
gran figura d e su época. Ni especialistas en d e r e c h o canónico,

195
c o m o J u a n D o x o p r a t e s , n i p o e t a s religiosos como Anastasio,
fueron tan famosos como el d o g m á t i c o A r e t a s .
E n la época d e los últimos e m p e r a d o r e s macedónicos, el cul-
tivo de la mística y la ascética hizo q u e se dejara u n poco d e
lado la anterior teología «abierta al m u n d o » . P a r a l e l a m e n t e a
la ascética y la mística se desarrolló u n creciente interés
p o r la hagiografía. P r o b a b l e m e n t e aparecieron estas tendencias gra-
cias al ejemplo d e Lucas el Estilita, q u e h a b í a participado en
las c a m p a ñ a s c o n t r a el zar b ú l g a r o Simeón, y q u e d e s d e 935
vivió sobre u n a columna. U n a generación más tarde nos topamos
ya con u n a u t o r místico i m p o r t a n t í s i m o : Simeón el N u e v o ,
discípulo de Simeón E u l a b e s . E s t e voluntarioso monje procedía
d e la Paflagonia y, j u n t a m e n t e con su m a e s t r o , a d a p t ó a la mís-
tica bizantina el espíritu de la mística del m o n a c a t o del Sinaí.
En otras clases sociales t a m b i é n se hizo visible una mayor
admiración hacia la hagiografía. El monje Simeón Metafrastes,
quizá el más i m p o r t a n t e hagiógrafo, h a b í a ejercido el cargo
de Logoteta bajo tres e m p e r a d o r e s y fue él quien c o m p u s o
(quizá por estímulo d e L e ó n ) u n a colección d e las vidas de
los santos, o r d e n a d a según su fecha en el calendario. D e este
Menologio se conservan a c t u a l m e n t e cerca de 700 manuscritos.
E n c u a n t o a la a r q u i t e c t u r a , los e m p e r a d o r e s macedónicos
i n t r o d u j e r o n las iglesias con c ú p u l a c o m o p r o t o t i p o para poste-
riores construcciones. Siguiendo el m o d e l o de Santa T e o d o r a
de C o n s t a n t i n o p l a , este tipo de iglesia fue evolucionando hasta
el a ñ o 900. C o n el deseo d e aligerar el peso d e los elementos
constructivos, se llegó a la completa adaptación de u n a planta
d e cruz griega inscrita en el tradicional esquema rectangular.
La p r i m e r a iglesia de este tipo fue la iglesia de la Theotokos
d e C o n s t a n t i n o p l a , construida en 907 p o r C o n s t a n t i n o Lips.
La cúpula descansa sobre m u r o s con diversas franjas de piedra
y ladrillo y sobre las bóvedas d e dos cruceros de igual longitud.
C l a r i d a d , simetría y elegancia i m p r e g n a n también las siguientes
construcciones d e este tipo, en las q u e el t a m b o r con la cúpula
es s o s t e n i d o cada vez más f r e c u e n t e m e n t e por columnas en
lugar de p o r pilares. Los m u r o s e n t r e los apoyos y las paredes
exteriores van desapareciendo t a m b i é n poco a poco. E s t e es-
q u e m a se fue e n r i q u e c i e n d o p o r necesidades litúrgicas m e d i a n t e
ábsides, diaconías y n á r t e x . Estas edificaciones anejas d a b a n
mayor p r o f u n d i d a d espacial a las iglesias bizantinas y acabaron
convirtiéndose en e l e m e n t o s constructivos.
La p i n t u r a al fresco y el mosaico volvieron a surgir lenta-
m e n t e tras la crisis iconoclasta. A u n c u a n d o en los decenios d e
apogeo cultural del siglo x trabajaban en C o n s t a n t i n o p l a y
Salónica g r a n d e s maestros y en las provincias había p e q u e ñ o s

196
grupos de artistas, no se conservan más q u e muy pocos mo-
saicos i m p o r t a n t e s de esta época. Llama la atención el hecho
de que los mosaicos de San Lucas y del m o n a s t e r i o de Nea
Moni, en Q u í o , no son tan arcaizantes c o m o los que en la
misma época se realizaban en la capital. Los de las provincias,
sin e m b a r g o , nos maravillan p o r su rico colorido. Se superan,
aunque i m p e r f e c t a m e n t e , p r o b l e m a s técnicos c o m o la decoración
de superficies a b o v e d a d a s ; lo mismo ocurre con las represen-
taciones de figuras q u e aparecen s i n g u l a r m e n t e serias y poco
dinámicas. Con t o d o , lo esencial es q u e en esa época surge el
lipO de decoración eclesiástica q u e iba a servir de programa
para el f u t u r o : el P a n t o c r á t o r en la cúpula, y en el ábside,
la Theotokos, con arcángeles, patriarcas, profetas, apóstoles y
la representación d e los episodios más i m p o r t a n t e s de la vida
ile Jesús, de su m a d r e y de otros santos. La p i n t u r a al fresco,
de igual importancia, de las antiguas iglesias d e Capadocia, se
basa en los mismos temas q u e el mosaico.
La miniatura a d q u i e r e d u r a n t e el « R e n a c i m i e n t o macedó-
nico» u n a excepcional importancia. E n ella se refleja la sujeción
de esta época a los modelos helenísticos y a los de la Anti-
güedad clásica, de tal m o d o q u e algunas m i n i a t u r a s parecen
auténticas copias d e manuscritos antiguos. F i n a l m e n t e , con los
últimos e m p e r a d o r e s macedónicos se abrió c a m i n o una corriente
más «medieval» y «bizantina», cuyo c o n t e n i d o está t o m a d o bá-
sicamente del ideario cristiano.
Los primeros c e n t r o s de Bizancio en q u e se crearon minia-
turas fueron el m o n a s t e r i o de los E s t u d i t a s y el círculo en
torno al patriarca Focio. Allí surgieron m i n i a t u r a s q u e al prin-
cipio n o eran sino p e q u e ñ a s ilustraciones al margen de la es-
critura; a u n q u e la tradición de esta escuela d u r ó muchos años,
el Salterio d e C h l u d o w del a ñ o 850, a p r o x i m a d a m e n t e , es el
único ejemplo i m p o r t a n t e q u e nos han legado. Los códices im-
periales, como el Codex grecus 510, conservado en París, contie-
nen miniaturas de gran formato. E n estos códices están basados
otros manuscritos q u e se caracterizan por su decoración realista,
por sus paisajes inspirados en el helenismo, p o r la clara dis-
posición d e las imágenes y por su amplia gama de colores.
El texto de los manuscritos suele tratar d e temas del A n t i g u o
y el N u e v o T e s t a m e n t o , el calendario litúrgico, biografías de
santos, literatura teológica y t a m b i é n crónicas históricas. Estas
miniaturas son más originales q u e las p i n t a d a s d u r a n t e el reí-
nado de C o n s t a n t i n o V I L E n ellas se d e m u e s t r a un buen cono-
cimiento d e la anatomía, pues los cuerpos aparecen delicada-
m e n t e modelados. E s e n c i a l m e n t e se pinta i m i t a n d o los modelos
antiguos, lo q u e m u e s t r a t a m b i é n el estilo idealista de las mi-

197
n i a t u r a s . Así, la nota a n t i g u a cobra gran importancia en esta
época, especialmente e n o b r a s de c o n t e n i d o m u n d a n o . E n t r e
ellas resalta el t r a t a d o sobre m o r d e d u r a s d e animales venenosos
d e N i c a n d r o d e Colofón y otras obras d e ciencias naturales.
E n t r e ellos hay q u e destacar el p a p i r o de J o s u é , de la Biblioteca
Vaticana, b a n d a d e p e r g a m i n o d e 10 metros de longitud, a! q u e
falta el principio y el final. P e r o a u n así se p u e d e c o m p r o b a r
q u e los artistas q u e realizaron el trabajo e m p l e a r o n c o m o modelo
columnas d e triunfo r o m a n a s . O t r o valioso ejemplar de la pin-
tura de m i n i a t u r a s bizantina es la Biblia del patricio León, q u e
sigue también d e n t r o d e la línea de imitación helenística.
E n t r e las m i n i a t u r a s de la época d e Basilio I I y las de los
años i n m e d i a t a m e n t e anteriores hay algo en c o m ú n : las mejores
piezas fueron elaboradas en los talleres imperiales, en los q u e
e m p e r a d o r e s c o m o León V I y C o n s t a n t i n o Porfirogéneta se
dedicaban en persona a labores de p i n t u r a . C o m o ejemplo p u e d e
aducirse el del Menologio de Basilio I I , cuyas 430 miniaturas
fueron sin d u d a obra de los mismos artistas q u e habían d e c o r a d o
un escritorio del palacio de B l a q u e r n a . A base d e comparaciones
d e estilo, se llega a la misma conclusión en lo relativo a otros
m a n u s c r i t o s . T o d o s ellos c o n t i e n e n m i n i a t u t a s q u e , a los ojos
de un o b s e r v a d o r p r o f u n d o , tienen u n aire «espiritual» y anun-
cian el paso a las corrientes artísticas posteriores, características,
d e n t r o del arte b i z a n t i n o , d e las épocas de los C o m n e n o y los
Paleólogo.
O t r a faceta del arte b i z a n t i n o son los retablos de marfil en
los q u e se r e p r e s e n t a n temas religiosos y profanos indistinta-
m e n t e . El más conocido ejemplo es la «cajita de Veroli», en
la q u e aparecen: el r a p t o d e E u r o p a , una danza de m é n a d e s
y c e n t a u r o s , así como ninfas, nereidas, amorcillos y otras fi-
guras del a n t i g u o O l i m p o , todas ellas en a n i m a d o m o v i m i e n t o .
E n otras cajítas se r e p r e s e n t a n escenas mitológicas u n i d a s unas
con o t r a s p o r g u i r n a l d a s d e rosas. N o s dejan ver la admiración
q u e en aquella época debían sentir hacia la mitología y la li-
teratura clásicas.
La mayor p a r t e de los relieves bizantinos de marfil conser-
vados son de carácter c o n m e m o r a t i v o , g e n e r a l m e n t e coronaciones
imperiales, c o m o la d e R o m a n o I I y la d e C o n s t a n t i n o V I I
del M u s e o d e Moscú. C o m o es n a t u r a l , existen también tablillas
con temas cristianos, tales c o m o el tríptico d e H a r b a v i l l e del
M u s e o de París con el tema d e la Deests, es decir, la Virgen
y el Bautista r o g a n d o a Cristo p o r los mortales. A u n q u e con
mucha menos frecuencia q u e los marfiles con escenas, también
nos ofrecen los bizantinos relieves con santos aislados. Los
más i m p o r t a n t e s son los del tema de la Virgen O d e g e t r i a . Las

198
múltiples representaciones q u e d e él tenemos parecen derivar
de la imagen d e la iglesia d e los G u í a s d e C o n s t a n t i n o p l a . E n
otras tablillas e n c o n t r a m o s episodios d e la vida d e J e s ú s , de
su M a d r e o de otros santos. E n el M u s e o de Berlín se g u a r d a
un Díptico con el m a r t i r i o de los 40 soldados de Sebaste, q u e
muestra un m o v i m i e n t o dramático.
En la orfebrería bizantina, lo más i m p o r t a n t e es el e m p l e o
del esmalte. La importancia del esmalte estriba en el perfec-
cionamiento q u e alcanzó la técnica del «cloisonne»: esmalte
tabicado, es decir, con laminillas d e o r o q u e i m p i d e n el que
al fundirse en el h o r n o las pastas vitreas coloreadas se mezclen
unas con otras. Las mejores piezas d e orfebrería son relicarios,
tapas de Evangeliarios, y las aplicaciones de «la copa de R o m a n o »
conservada en San Marcos de Venecía. Las piedras preciosas
o las perlas engastadas a los márgenes d e las laminillas de o r o
d e s e m p e ñ a n u n papel de p r i m e r o r d e n y a y u d a n a resaltar la
belleza del esmalte.
O t r o arte decorativo q u e a d q u i e r e gran importancia es el del
tejido. A u n q u e en t o d o el I m p e r i o había i m p o r t a n t e s talleres
que fabricaban sedas, sus creaciones t i e n d e n a reproducir, en
parte, técnicas y motivos orientales. Sin e m b a r g o , las telas bi-
zantinas tenían u n a finura más delicada q u e sus c o n t e m p o r á n e a s
persas. Los tejidos de seda bizantinos suelen estar decorados
por u n a serie d e medallones, en el interior d e los cuales se
representan elefantes. Un bello ejemplar es el p a ñ o d e la t u m b a
de C a r l o m a g n o . D e s p u é s del siglo ix aparecen temas heráldicos,
como las águilas imperiales con las alas desplegadas, t o d o ello
siempre d e n t r o de una traza simétrica.
Bajo C o n s t a n t i n o V I I la vida espiritual y cultural d e Bizancio
se m u e s t r a en su p l e n o apogeo, p e r o semejante esplendor fue
posible s o l a m e n t e gracias a la o b r a d e soberanos como Basilio I
y León V I . E s t o s lograron consolidar el I m p e r i o . A mediados
del siglo x la cultura y la vida espiritual bizantinas habían
rebasado hasta tal p u n t o sus fronteras q u e en los siguientes
años se p r o d u j o u n inevitable a u m e n t o d e p o d e r en el exterior.

III. El Imperio bizantino medio en la época de máximo


poderío exterior

T r a s la m u e r t e de C o n s t a n t i n o V I I en 959 subió al t r o n o
su hijo R o m a n o . El n u e v o s o b e r a n o estaba menos interesado
por las ciencias q u e su p a d r e . T a m p o c o tenía grandes ideales
religiosos, aun c u a n d o se le haya a t r i b u i d o la fundación del
famoso m o n a s t e r i o de San Lucas en G r e c i a central, q u e todavía

199
se conserva. A pesar d e q u e las fuentes le a t r i b u y e n m u y «diver-
sas cualidades», el joven y alegre e m p e r a d o r n o p u d o ni quiso
ocuparse a f o n d o de la política imperial. Se había encargado
de su formación el parakoimenos José Bringas, q u e velaba con
gran celo p a r a q u e los generales a c o s t u m b r a d o s a la victoria
no amenazasen su posición en la C o r t e .
A p a r t e d e Bringas, la esposa del E m p e r a d o r d e s e m p e ñ ó tam-
b i é n u n i m p o r t a n t e papel. A n t e r i o r m e n t e R o m a n o I I e s t u v o
casado con B e r t a E u d o c i a , hija de H u g o d e Provenza. Am-
bos se hallan r e p r e s e n t a d o s en u n a famosa tablilla de marfil que
se conserva en la Biblioteca Nacional d e P a r í s . C u a n d o m u r i ó
su p r i m e r a esposa, contrajo n u e v o m a t r i m o n i o , alrededor del
a ñ o 9 5 6 , con Anastasia, hija d e u n h o s t e l e r o de C o n s t a n t i n o p l a ,
«la belleza d e cuyo joven c u e r p o era superior al d e todas
las mujeres de su época» (León D i á c o n o , 3 1 , 3). El E m p e r a d o r
se e n a m o r ó tan p e r d i d a m e n t e d e su mujer que realizaba todos
sus deseos. E s t a , q u e t o m ó el n o m b r e de Teófano, hizo recluir
en u n c o n v e n t o a la reina m a d r e Elena y sus cinco h e r m a n o s .
Si b i e n estos incidentes no t u v i e r o n trascendencia en la situa-
ción política, fue gracias a los e x t r a o r d i n a r i o s generales q u e en
aquellos años c a p i t a n e a b a n las t r o p a s bizantinas en E u r o p a y
Asia M e n o r . F u e r o n ellos quienes m o d e l a r o n la historia bizan-
tina de la s e g u n d a m i t a d del siglo x.
Nicéforo Focas consiguió el p r i m e r éxito b r i l l a n t e para el
I m p e r i o con la c o n q u i s t a de Creta. C o n s t a n t i n o Gongilas ya
había i n t e n t a d o ocupar esta isla nada más comenzar el reinado
d e R o m a n o I I , p e r o sin r e s u l t a d o . La población m u s u l m a n a d e
C r e t a fue e x t e r m i n a d a o d e p o r t a d a y sustituida p o r colonos
de A r m e n i a . Focas hizo c o n s t r u i r u n a p o d e r o s a fortaleza en la
ciudad y fueron enviados a ella monjes como N i c ó n M e t a n o i t e
y más t a r d e J u a n J e n o , los cuales c o n s t r u y e r o n iglesias, funda-
r o n m o n a s t e r i o s e i n t e n t a r o n g a n a r p a r a el cristianismo a sus
habitantes.
El m u n d o árabe n o p e r m a n e c i ó impasible a n t e la conquista
de C r e t a p o r los bizantinos. L e ó n Focas, domestikos de Occi-
d e n t e y h e r m a n o de Nicéforo, t u v o q u e ser e n v i a d o a Asia
M e n o r p a r a defender las fronteras del I m p e r i o contra u n ataque
de Sayf al-Da\vla. A su regreso d e C r e t a y tras u n brillante
éxito en el H i p ó d r o m o d e C o n s t a n t i n o p l a hizo aparición en el
escenario d e la guerra Nicéforo Focas. A r r a s t r ó a su adversario
hacia Cilicia, más al E s t e y, pese a la tenaz resistencia de A l e p o ,
t o m ó en d i c i e m b r e de 962 la residencia de Sayf.
La i n e s p e r a d a m u e r t e de R o m a n o I I en u n a cacería (los ru-
mores decían q u e fue e n v e n e n a d o ) hizo a b a n d o n a r temporal-
m e n t e las operaciones militares en la frontera oriental del Im-

200
perio. Nicéforo Focas había licenciado a sus soldados al iniciarse
el invierno, con la intención d e volver a movilizarlos en prima-
vera. P o r esto t u v o q u e volver a la capital y al llegar se e n c o n t r ó
que la e m p e r a t r i z T e ó f a n o , con dos d e sus hijos, Basilio y
C o n s t a n t i n o , nacidos en 958 y 9 6 0 , h a b í a n sido elevados al t r o n o
del I m p e r i o p o r el patriarca y el Senado.
José Bringas, q u e fue m a e s t r o d e R o m a n o I I , n o estaba de
acuerdo con este n o m b r a m i e n t o , pues s u p o n í a , n o sin razón,
que el p o p u l a r Focas, a la cabeza de u n ejército, podía resultar
muy peligroso. C o n ayuda del patriarca P o l i e u c t o y de la em-
peratriz consiguió Nicéforo Focas su p r o p ó s i t o , aun contra la
voluntad d e Bringas, y dirigió u n p o d e r o s o ejército hacia el
liste, J u a n Zimisces, p a r i e n t e de Focas, salió con éste hacia
(Cesárea, d o n d e p r o c l a m a r o n a Focas c o m o e m p e r a d o r y con-
dujeron sus t r o p a s más allá, en dirección a la capital. E n t r e t a n t o ,
León Focas y el e u n u c o Basilio, hijo n a t u r a l de R o m a n o I , in-
citaron a la población a revelarse contra J o s é Bringas. Así, tras
atravesar el Bosforo, p u d o Nicéforo Focas recibir la d i a d e m a
de C o n s t a n t i n o el G r a n d e con gran júbilo para el p u e b l o .
Los nuevos g o b e r n a n t e s reforzaron su posición en u n t i e m p o
cortísimo, sobre t o d o d e s p u é s q u e Focas se h u b o casado con la
bella Teófano, a u n q u e con esto se obligaba a respetar el d e r e c h o
de Basilio y C o n s t a n t i n o a sucederle en el t r o n o . Se encar-
gó de dirigir la política interior el e u n u c o Basilio. J u a n Zimisces
lomó el cargo de domestikos d e O r i e n t e , q u e antes había per-
tenecido a Focas, y el p a d r e y el h e r m a n o del E m p e r a d o r ocu-
paron altos puestos en la corte.
En c u a n t o c o m e n z ó su m a n d a t o r e e m p r e n d i ó la lucha contra
los sarracenos. M i e n t r a s q u e el patricio Nicetas p e n e t r a b a en
Sicilia con u n a p o d e r o s a escuadra, el E m p e r a d o r dirigía u n a
lormidable expedición hacia Cilicia y c o n q u i s t a b a las ciudades
de A d a n a y A n a b a r z a . La toma de M o p s u e s t i a y T a r s o exigió
mayores esfuerzos y sólo se p u d o conseguir en 965. El m i s m o
año, u n a flota bizantina, a las ó r d e n e s de Nicetas Calcuzes,
ocupó C h i p r e . C o n esto estaban ya en condiciones de p e n e t r a r
en Siria. E f e c t i v a m e n t e , en o c t u b r e d e 966, el p r o p i o E m p e r a d o r
conquistó su m i t a d s e p t e n t r i o n a l con la plaza de A n t i o q u í a .
A n t e s de p o d e r r e c o n q u i s t a r la capital siria era necesario
aclarar la situación d e los bizantinos a n t e los búlgaros. C o m o
era c o s t u m b r e , en 965 llegaron legados búlgaros al Bosforo
para exigir el t r i b u t o a los b i z a n t i n o s . Nicéforo Focas les des-
pidió sin q u e h u b i e r a n logrado su p r o p ó s i t o y dejó q u e sus
tropas o c u p a r a n las fortificaciones búlgaras de la frontera.
Pero no se atrevió a p e n e t r a r en el país, p o r q u e «consideraba
una locura conducir a sus soldados por u n a s regiones tan pe-

201
ligrosas» (León el D i á c o n o , 6 3 , 1). E n v i ó al patricio Kaloky-
res a firmar u n a c u e r d o con el p r í n c i p e ruso Sviatoslav, por el cual,
a cambio del pago de 1.500 libras de o r o , tenía q u e atacar a
los búlgaros del n o r o e s t e . E l ruso atravesó el D a n u b i o en 968
y los d e r r o t ó sin n i n g ú n esfuerzo. P e r o tras esta victoria n o
p e n s ó ni siquiera volver a Kiev. C o m o s o b e r a n o d e los búlgaros
podía sustituir a éstos en su política a n t i b i z a n t i n a , q u e era ni
más ni m e n o s lo q u e h a b í a b u s c a d o con el a n t e r i o r acerca­
miento.
T a m b i é n había q u e regularizar las relaciones del I m p e r i o con
O c c i d e n t e . Con los O t o n e s , el Sacro I m p e r i o había e x p e r i m e n t a d o
u n r e s u r g i m i e n t o paralelo al de Bizancio. E n t r e ambas partes
existían desde el siglo ix dos problemas f u n d a m e n t a l e s : los res­
pectivos intereses en Italia del sur y el h e c h o de q u e Bizancio
n o reconociera el título d e e m p e r a d o r al s o b e r a n o g e r m a n o .
O t ó n el G r a n d e esperaba conseguir esto ú l t i m o m e d i a n t e el casa­
m i e n t o de su hijo con A n a , hija d e R o m a n o I I ; a p a r t e de esto,
el Porfirogéneta tenía q u e entregar sus posesiones en el sur
d e Italia c o m o d o t e m a t r i m o n i a l .
C o m o sus a n t e p a s a d o s , Nicéforo Focas n o rechazó en prin­
cipio el proyecto d e O t ó n . El bizantino veía en ello la posibili­
d a d d e una alianza contra los sarracenos d e Italia meridional y
p o r ese m o t i v o envió a sus legados a Rávena para entablar con­
versaciones con O t ó n I . C u a n d o el « e m p e r a d o r de los francos»,
pese a esta alianza, sometió a su a u t o r i d a d a los príncipes de
C a p u a y B e n e v e n t o , y atacó Bari, q u e antes d e p e n d í a de Cons­
t a n t i n o p l a , el dogo de Venecia, como m e d i a d o r del « e m p e r a d o r
latino» tuvo q u e dejar bien s e n t a d o , tras su viaje a Mace­
d o n i a , q u e Nicéforo Focas pensaba i n t e r v e n i r en el sur d e Italia,
r e u n i e n d o para ello u n ejército. F i n a l m e n e , se t u v o q u e agradecer
a las hábiles negociaciones del p r e l a d o L i u t p r a n d o d e C r e m o n a el
q u e los griegos de Apuiia n o iniciaran su a t a q u e contra O t ó n el
G r a n d e . N o o b s t a n t e , en 963 los bizantinos y los partidarios del
E m p e r a d o r sajón se hallaba en abierta enemistad.
La política exterior bajo Nicéforo Focas, y aún más la inte­
rior, estuvieron d e t e r m i n a d a s esencialmente p o r el proedros
Basilio. Este h o m b r e , caracterizado por su ambición y por su
s e n t i d o artístico, fue el q u e encargó la realización de la magní­
fica E s t a u r o t e c a d e L í m b u r g o , y se m o s t r ó p r o n t o muy hábil
político. Lo mismo q u e el E m p e r a d o r , defendió con decisión los
intereses de las familias nobles. P o r este m o t i v o , en 967, se
s u p r i m i ó la ley q u e d a b a prioridad a los p o b r e s a la hora de
c o m p r a r bienes d e las clases altas, q u e fue calificada por el
E m p e r a d o r d e injusta. El gobierno favoreció t a m b i é n los dere­
chos de los estratiotas. La ficticia c a n t i d a d de c u a t r o libras d e

202
oro para el aprovisionamiento d e armas de los soldados fue ele-
vada a u n valor m í n i m o de doce libras de o r o . T o d o estratiota
tenía p r o h i b i d a la compra d e armas a u n precio m e n o r q u e éste
y la venta de ellas era considerada ilícita. P o r o t r o lado, la situa-
ción de la población campesina se agravó. Sus p e q u e ñ a s propie-
dades no gozaban de n i n g u n a defensa jurídica. C o m o la economía
bizantina se basaba ú n i c a m e n t e en el E s t a d o , las inversiones
privadas sólo estaban p e r m i t i d a s en casos excepcionales. C o n ello
se fortaleció la tendencia a colocar los capitales en fincas. Una
de las causas que movieron a los bizantinos a r e c o n q u i s t a r terri-
torios en las fronteras fue el hecho de q u e con ellos los estra-
tiotas p o d í a n adquirir terrenos para sí, y no sólo éstos, pese
a su ventaja p o r estar más próximos, sino todo bizantino q u e
tuviera suficiente d i n e r o . N o o b s t a n t e , es paradójico q u e se
afirmara, al m e n o s p r o p a g a n d í s t i c a m e n t e , q u e la guerra santa
contra el enemigo m a h o m e t a n o se llevaba a cabo p o r los mismos
ideales q u e más adelante t u v i e r o n las Cruzadas (es significativo
que la Cruz de C o r t o n a contenga u n a de las imágenes m e n o s
magnificadas de Nicéforo I I ) . La epopeya nacional de los bizan-
tinos sobre Digenis Acrita, creada en esos años, refleja el espí-
ritu de la época, su realidad social y los f u n d a m e n t o s en q u e se
basaba la economía.
Nicéforo Focas también participó en la vida eclesiástica de
su I m p e r i o , en el q u e n i n g ú n obispo podía ser consagrado sin su
consentimiento. Especialmente se o c u p ó de cuestiones de la vida
monástica. C o m o sobrino d e San Miguel Maleinos, i m p o r t a n t e
fundador d e conventos en Asia M e n o r , vivía c o m p l e t a m e n t e los
ideales ascéticos del rígido m o n a c a t o y proyectaba retirarse a un
convento al t é r m i n o de sus tareas de monarca. C o n t i n u a m e n t e
estaba rodeado de monjes, e n t r e los cuales es digno de mención
Atanasio.
Atanasio, tras h a b e r e s t u d i a d o en C o n s t a n t i n o p l a , ingresó en
el c o n v e n t o d e Trebisonda-, cerca de Prusa, de cuya dirección se
encargaba el pariente de 'Nicéforo, San Miguel M a l e i n o . D e este
modo conoció al q u e más tarde sería e m p e r a d o r y le a c o m p a ñ ó
en la expedición contra Creta. Al regresar fundó «la G r a n
Laura» financiada p o r el E m p e r a d o r , que más tarde la convirtió
en u n o de los más bellos monasterios del I m p e r i o , decorándola
e s p l é n d i d a m e n t e . C o n ello había surgido u n nuevo c e n t r o clave
de la ortodoxia, q u e poco a poco s u p e r ó en importancia a los
antiguos p u n t o s de desarrollo del m o v i m i e n t o monástico. E n
el año 965 esta fundación de Atanasio recibió u n a nueva regla, el
Tipykon del monasterio de E s t u d i o de C o n s t a n t i n o p l a , pero in-
fluida también por la concepción benedictina: preferían la vida
cenobítica a la eremítica. Sin e m b a r g o , en el m o n t e Atos siguieron

203
existiendo las dos formas d e vida monacal, y eremitas y cenobitas
acudían en masa a esta m o n t a ñ a , sobre la q u e al cabo de u n o s
años se habían f u n d a d o más de 58 c o n v e n t o s .
La oposición d e Nicéforo al progresivo crecimiento de los bie-
nes d e la Iglesia t a m b i é n estaba d e a c u e r d o con sus ideales ascé-
ticos. E n 964 p r o h i b i ó las subvenciones del p u e b l o a los monas-
terios para hacer resaltar la i m p o r t a n c i a del ideal d e pobreza.
Sin e m b a r g o , en aquella época la Iglesia oriental era m u y rica y
parecía p e r d e r sus valores religiosos. P r o h i b i ó t a m b i é n las fun-
daciones d e n u e v o s c o n v e n t o s p o r q u e sabía q u e a m e n u d o el
móvil d e éstas era la presunción de los f u n d a d o r e s . Seguía es-
t a n d o p e r m i t i d o el establecimiento d e filiales e n el desierto,
d o n d e n o existía el peligro d e q u e el solar llegara a los monjes
d e m a n o s privadas. A ú n c u a n d o en esta ley se p o n e n de relieve
las i n q u i e t u d e s religiosas de Nicéforo Focas, es también e v i d e n t e
q u e con ello q u e r í a gravar a las fincas privadas con impuestos
para el E s t a d o ; en c o m p a r a c i ó n , los bienes d e la Iglesia resul-
taban m e n o s p r o d u c t i v o s y a m e n u d o , a causa de sus privilegios
especiales, estaban libres de i m p u e s t o s .
E n 968 p u d o finalmente r e a n u d a r las operaciones contra los
m u s u l m a n e s en la frontera oriental del I m p e r i o . E s t a vez n o
se p u d o t o m a r A n t i o q u í a al p r i m e r a t a q u e , como antes, p e r o
sin e m b a r g o se c o n q u i s t a r o n E d e s a y u n a serie de plazas fuertes
en la costa de Siria y en el interior d e dicho país. Por ú l t i m o
también se consiguió A n t i o q u í a : m i e n t r a s el E m p e r a d o r se ha-
llaba en C o n s t a n t i n o p l a j u n t o al lecho d e m u e r t e de su p a d r e ,
los patricios P e d r o Focas y Miguel Burzes i r r u m p i e r o n p o r la
fuerza en esta ciudad gracias a u n a estratagema. Poco después,
este ejército victorioso o c u p ó por segunda vez Alepo, q u e se
convirtió en capital d e un e m i r a t o vasallo de Bizancio. Antio-.
quía pasaba t o t a l m e n t e a manos de los bizantinos.
Pese a sus éxitos militares y a sus esfuerzos p o r mejorar el
país, Nicéforo no consiguió hacerse p o p u l a r . Tras varios inciden-
tes en el h i p ó d r o m o q u e causaron sobre el público u n impacto
negativo se llegó a u n enfriamiento de las buenas relaciones
de la población de la capital con el E m p e r a d o r . Esta situación
e m p e o r ó c u a n d o L e ó n Focas, h e r m a n o de Nicéforo, se encargó
de controlar los aprovisionamientos d e cereales en C o n s t a n t i n o -
pla, elevando d e s c a r a d a m e n t e su precio en una época en q u e
habían a u m e n t a d o las cargas fiscales y la m o n e d a estatal tenía
m e n o r c o n t e n i d o d e oro.
La e m p e r a t r i z T e ó f a n o , con su fina perspicacia, se dio c u e n t a
sin d u d a del c a m b i o brusco q u e se había p r o d u c i d o en la opi-
nión pública. M i e n t r a s el E m p e r a d o r no prestaba atención a las
manifestaciones de desagrado del p u e b l o , T e ó f a n o t o m ó contacto

204
con J u a n Zimisces, q u e n u n c a p e r d o n ó a Nicéforo el q u e h u b i e r a
a b a n d o n a d o su p u e s t o de m a n d o en la frontera oriental. T r a m ó
una conspiración, y en una noche de diciembre de 969, m a n d ó
a unos h o m b r e s que en m e d i o de u n t e m p o r a l de nieve escalaron
los m u r o s del palacio de Bucoleo y asesinaron al E m p e r a d o r
mientras dormía.
Entonces J u a n Zimisces t o m ó el p o d e r sin n i n g u n a dificultad.
El n u e v o s o b e r a n o tenía a su favor a los parientes del fallecido
Emperador, q u e eran t a m b i é n los suyos, y nadie excepto el proe-
dros Basilio estaba en condiciones de i m p e d i r los consiguientes
desórdenes y saqueos de la capital. D e este m o d o todos los
amigos del antiguo E m p e r a d o r conservaron sus puestos en el
ejército, excepto unos pocos como el poeta J u a n G e o m e t r e s y
L.cón Focas, q u e fue d e s t e r r a d o a Lesbos.
J u a n I se engañaba si creía q u e su coronación y el casamiento
con su aliada, la viuda de Nicéforo, se p o d í a n conseguir sin
esfuerzo. El severo patriarca Polieucto exigía a Zimisces q u e
desterrase a T e ó f a n o a la isla de P r o t e , en el mar d e M á r m a r a ,
que hiciese públicos los n o m b r e s de los asesinos de Nicéforo
y que revocase la ley sobre las fundaciones de iglesias y monas-
terios. Sólo c u a n d o c u m p l i ó lo exigido fue a d m i t i d o en Santa
Sofía y p u d o recibir la diadema de e m p e r a d o r . Al n o poder
casarse con T e ó f a n o lo hizo en o t o ñ o de 970 con una cuñada
de ésta, T e o d o r a , h e r m a n a de C o n s t a n t i n o V I I , ya de cierta
edad. Con esto ya tenía asegurada su soberanía a la e d a d de
cuarenta y cinco años. Sin gran dificultad sofocó u n a revuelta
organizada p o r Bardas, s o b r i n o de su antecesor, q u e había esca-
pado de Amasia a Cesárea. O t r o s a t e n t a d o s contra su p o d e r
tampoco consiguieron debilitarlo, como p o r ejemplo la conspi-
ración de León Focas, q u e i n t e n t a b a q u e los artesanos d e las
fábricas imperiales le ayudasen en sus planes de d e r r u m b a r al
Emperador. Consiguió c a p t u r a r l e y tras dejarle ciego, le envió
desterrado a la lejana Calimnos.
D a d o que Zimisces procedía d e la misma clase social que Nicé-
foro I I era d e esperar q u e continuase su política interna. Al
menos en algunos sectotes ocurrió lo c o n t r a r i o : quizá t e n i e n d o
en cuenta las i n i n t e r r u m p i d a s campañas y el h a m b r e q u e pasa-
ban d e t e r m i n a d o s sectores de la población, p u s o freno a las
sumas que tenían que pagar los campesinos y los estratiotas,
las cuales no beneficiaban realmente más q u e a la Iglesia y a la
nobleza. Con este fin encargó a sus funcionarios u n a profunda
inspección de las fincas. Las que pertenecían a campesinos o
estratiotas del E s t a d o volvieron a u t o m á t i c a m e n t e a m a n o s d e
éste. P o r o t r o lado, los labradores y estratiotas q u e habían aban-
donado sus antiguos lugares de residencia fueron obligados a

205
regresar a ellos. Con esto su d e p e n d e n c i a del E s t a d o fue mayor,
lo cual suponía c i e r t a m e n t e u n a desventaja.
La actividad d e J u a n Zimisces en los asuntos espirituales fue
m e n o r q u e la de su antecesor. Se estimaba más la labor de los
obispos y d e los arzobispos m e t r o p o l i t a n o s q u e la de los monjes.
J u a n I m a n d ó transformar la capilla del R e d e n t o r del palacio d e
Calcis de C o n s t a n t i n o p l a en un «amplio y lujoso santuario», p e r o
su importancia estriba esencialmente en q u e dio al m o n t e A t o s , en
971 o al a ñ o siguiente, u n a carta constitucional llamada Tragos.
En el Tragos reglamentaba el n o m b r a m i e n t o d e priores para el
m o n t e A t o s y estipulaba q u e n i n g u n a mujer podía subir a esta
m o n t a ñ a sagrada. N a t u r a l m e n t e , el E m p e r a d o r ayudó también a
establecer la ortodoxia en los territorios recién conquistados.
E n el terreno de la política exterior, tres asuntos esperaban la
solución de Zimisces: la c o n t i n u a c i ó n de la lucha contra los ára-
bes, el conflicto con Bulgaria y la mejora d e las tirantes rela-
ciones con el I m p e r i o de los O t o n e s . El E m p e r a d o r bizantino
resolvió la situación política frente a O t ó n el G r a n d e por medios
s i m p l e m e n t e diplomáticos, casando a su sobrina Teófano con
O t ó n I I . C o n esto, los O t o n e s r e n u n c i a b a n no sólo a la legiti-
m i d a d q u e habían exigido al p r i n c i p i o , sino también, con gran
c o n t r a r i e d a d para el papa, al título de e m p e r a d o r e s romanos.
E s t o posibilitó una razonable relación e n t r e las dos cortes im-
periales. E n estas condiciones el brillo del « R e n a c i m i e n t o mace-
dónico» irradió t a m b i é n sobre O c c i d e n t e .
Si Nicéforo Focas h a b í a r e n u n c i a d o a solucionar el problema
búlgaro, surgido p o r la p e n e t r a c i ó n de los rusos en los Bal-
canes, J u a n Zimisces no t a r d ó en alejar del I m p e r i o este foco
d e peligro. T r a s h a b e r fracasado las negociaciones con el prín-
cipe ruso Sviatoslav, m a r c h ó el E m p e r a d o r con u n ejército desde
A d r i a n ó p o l i s hasta Bulgaria, se a b r i ó paso a través de los Bal-
canes y tras d u r a batalla t o m ó la G r a n Preslavia. Si la campaña
resultó tan fructífera fue p o r q u e el E m p e r a d o r aprovechó la riva-
lidad d e los búlgaros contra sus señores rusos. T a m b i é n desem-
p e ñ a r o n u n papel i m p o r t a n t e en este éxito los destacamentos q u e
formaban las élites d e los « i n m o r t a l e s » , organizadas p o r el Em-
p e r a d o r m i s m o , y la G u a r d i a de éste, en la que h o m b r e s como el
hijo del ú l t i m o emir m u s u l m á n de Creta m o s t r a r o n u n a valen-
tía r e a l m e n t e prodigiosa. D e este m o d o , los rusos se tuvieron
q u e retirar a Silistria, fortaleza del D a n u b i o . E n junio de 971
capituló Sviatoslav y se le p e r m i t i ó la retirada contra entrega
d e sus prisioneros d e guerra y contra la promesa d e n o volver a
pisar más los Balcanes; a p a r t e d e e s t o se c o m p r o m e t i ó a aban-
d o n a r el Q u e r s o n e s o y a a y u d a r a éste en el caso de q u e nece-
sitara defensa. El E m p e r a d o r b i z a n t i n o , por su p a r t e , aprovisionó

206
.i los rusos, ya m e d i o r e n d i d o s por el h a m b r e y confirmó la
.1111 igua alianza con ellos. Silistria recibió el n o m b r e de T e o d o r ó -
l'iilis p o r q u e los bizantinos a t r i b u y e r o n la victoria sobre los rusos
a la ayuda de San T e o d o r o E s t r a t e l a t e s .
Con esto J u a n Zimisces había eliminado a su peligroso ene-
migo de la frontera N o r t e y p o r fin p u d o actuar contra los búl-
garos d e n u e v o : el zar Boris I I tuvo q u e renunciar a las insig-
nias de su cargo y ú n i c a m e n t e recibió el rango de Patricio; el
Patriarcado de Bulgaria fue s u p r i m i d o .
Una vez p r o b a d a la fuerza de Zimisces en Bulgaria, p u d o to¬
mar de nuevo la ofensiva contra los m a h o m e t a n o s . Esta era ya
más q u e necesaria p o r q u e d u r a n t e la lucha en Bulgaria, los mu-
sulmanes habían i n t e n t a d o expulsar d e A n t i o q u í a a los bizan-
tinos j u n t o con el patriarca de esta c i u d a d , Nicolás. Las fuerzas
imperiales avanzaron p r i m e r o (en 9 7 2 ) hacia M e s o p o t a m i a y
conquistaron D i a r b e k i r , M a r t i r ó p o l i s y Nísibe. E n 974 comen-
•amn a ampliar en Siria su todavía p e q u e ñ a base de operaciones.
Al a ñ o siguiente cayeron Emesa y Baalbek, tras un rápido y
triunfal avance griego por el valle del O r o n t e s hasta el L í b a n o .
También D a m a s c o se s o m e t i ó y reconoció la soberanía de los
bizantinos. Llegaron hasta el n o r t e d e P a l e s t i n a y p e n e t r a r o n en
las ciudades galileas, T i b e r í a d e s , N a z a r e t . Cesárea, y en la ciudad
portuaria de Acre. Jerusalén ya estaba a su alcance. El E m p e r a d o r
prefirió, sin e m b a r g o , hacerse p r i m e r o con algunas ciudades q u e
habían q u e d a d o a sus espaldas sin s o m e t e r . A n t e s d e e m p r e n d e r
la retirada a C o n s t a n t i n o p l a c o n q u i s t ó también las fortalezas d e
lícirut y Sidón. E n pocos meses había c o n q u i s t a d o más territo-
tios árabes q u e todos los ganados d e s d e el comienzo d e la
lucha de los bizantinos contra el Islam.
El proedros Basilio, molesto por estas hazañas de Zimisces,
preparó u n a conspiración a su regreso a C o n s t a n t i n o p l a . Si el
I'Imperador fue e n v e n e n a d o o si r e a l m e n t e contrajo el tifus es
una cuestión q u e siempre q u e d a r á p o r resolver. Lo cierto es q u e
al poco t i e m p o m u r i ó en C o n s t a n t i n o p l a u n o d e los s o b e r a n o s
bizantinos q u e mayores éxitos p r o p o r c i o n ó al I m p e r i o .
A su m u e r t e , los hijos d e R o m a n o I I n o necesitaron u n con-
sejo d e regencia, p u e s a m b o s príncipes tenían edad suficiente
para g o b e r n a r . Sin e m b a r g o , su tío a b u e l o , el proedros Basilio,
fue el q u e llevó al principio los asuntos del E s t a d o . Esto r e s u l t ó
positivo, pues t a n t o Basilio I I c o m o C o n s t a n t i n o V I I I tenían
naturalezas d e s p r e o c u p a d a s y se d e s e n t e n d í a n t o t a l m e n t e de la
política. Los p r i m e r o s años d e crisis q u e sufrió su r e i n a d o
transformaron a Basilio en el s o b e r a n o q u e t a m b i é n describe el
Códice griego d e M a r c i a n a , q u e se conserva en Venecia: con-
fiado, p e r o insociable, lleno de frialdad, se halla el E m p e r a d o r

207
con sus armas sobre el enemigo y r o d e a d o de ángeles e imá-
genes q u e flotan en el aire. G u e r r a y religión: los dos valores
más sobresalientes d e su vida h a n sido bien captados p o r el ar-
tista. O t r o s asuntos tenían poco interés p a r a Basilio, q u e tenía
como modelos a las imágenes d e C o n s t a n t i n o y J u s t i n i a n o re-
p r e s e n t a d o s en u n mosaico de la p u e r t a d e e n t r a d a al nártex d e
Santa Sofía. Los intelectuales de las postrimerías del primer
milenio se quejaban r e p e t i d a m e n t e d e su completa despreocupa-
ción p o r la vida social.
Lo más decisivo para su personalidad y para su desarrollo
político fue la l u c h a con los u s u r p a d o r e s q u e , siguiendo el ejem-
plo de Nicéforo Focas y J u a n Zimisces q u e r í a n apoderarse del
t r o n o de Bizancio. Bardas Esclero, rico y de b u e n a familia, fue
el p r i m e r o q u e i n t e n t ó a p o d e r a r s e d e la d i a d e m a imperial. C o m o
c u ñ a d o del fallecido J u a n I llegó a ser domestikos de Oriente,
y en verano de 976 sus tropas le p r o c l a m a r o n E m p e r a d o r . De-
r r o t ó a todos los jefes d e los ejércitos q u e Basilio m a n d ó contra
él, c o n q u i s t ó Atalia, A b i d o s y Nicea y avanzó sobre Constan-
tinopla. La situación era tan crítica q u e Basilio pidió ayuda a
Bardas Focas, el cual h a b í a i n t e n t a d o u n golpe de estado en
t i e m p o s d e J u a n Zimisces, s i e n d o d e r r o t a d o p o r el mismo Bardas
Esclero, obligado a t o m a r los h á b i t o s monásticos y d e s t e r r a d o a
la isla de Q u í o .
Bardas Focas se dirigió i n m e d i a t a m e n t e a Cesárea, c e n t r o de
los partidiarios de su familia y atacó d e s d e allí a Bardas Escleros,
q u e e n t r e t a n t o ya h a b í a e n t r a d o en contacto con el emir de
M o s u l a través d e secuaces, c o m o C o n s t a n t i n o G a b r a s . Bardas
Esclero a b a n d o n ó C o n s t a n t i n o p l a y se p r e s e n t ó a n t e su n u e v o
adversario en el interior de Asia M e n o r . V e n c i ó en los primeros
c o m b a t e s , p e r o en 979 Bardas Focas le d e r r o t ó en A m o r i o y
Basílica T e r m a . E n este favorable r e s u l t a d o colaboró u n contin-
gente georgiano a las ó r d e n e s del general-monje d e A t o s , J u a n
Tornices. A Bardas Esclero no le q u e d ó más solución q u e huir
a la C o r t e d e los califas.
El s e g u n d o acontecimiento i m p o r t a n t e d u r a n t e el reinado de
Basilio I I fue el d e r r o c a m i e n t o del proedros Basilio en el
a ñ o 965. El joven E m p e r a d o r había concebido, a lo largo de
los años, u n implacable o d i o hacia su tío abuelo. Este o d i o
estaba m o t i v a d o p o r la humillación q u e le p r o d u c í a su b u e n a
y amplia actividad política. C u a n d o Basilio, p r e s i n t i e n d o q u e
h a b í a p e r d i d o el favor imperial, planeó u n complot con los an-
tiguos oficiales, el E m p e r a d o r se le a d e l a n t ó , le destituyó y le
confiscó toda su inmensa fortuna. F u e d e s t e r r a d o después y
n u n c a más volvió de su exilio. C o m o el E m p e r a d o r había r o t o
definitivamente con su tío abuelo, m a n d ó d e r r u i r el monasterio

208
ilc San Basilio q u e éste h a b í a f u n d a d o en C o n s t a n t i n o p l a y
declaró q u e las leyes p r o m u l g a d a s p o r él q u e n o estuviesen ul-
irriormente autorizadas, carecían d e validez.
En posesión ya d e t o d o el p o d e r del E s t a d o , Basilio I I p u d o
dedicarse a sus campañas e n los Balcanes. E n Bulgaria, q u e
luán Zimisces había r e c o n q u i s t a d o para Bizancio, se produjo
una nueva insurrección. A la cabeza de ésta estaban los c u a t r o
hijos del g o b e r n a d o r d e la provincia macedónica, el komes
Nicolás. E s t o s condujeron con s o r p r e n d e n t e éxito la guerra de
liberación contra Bizancio, q u e en poco t i e m p o p e r d i ó el d o m i n i o
sobre una p a r t e esencial de la península balcánica. El zar búl-
garo Boris I I , q u e estaba p r i s i o n e r o en C o n s t a n t i n o p l a , i n t e n t ó
huir con los sediciosos j u n t a m e n t e con su h e r m a n o R o m a n o .
Sin e m b a r g o Boris m u r i ó en la h u i d a y R o m a n o , al q u e los
bizantinos h a b í a n castrado, n o p u d o reclamar sus derechos a
la corona. P o r ello, la dirección d e la insurrección pasó a m a n o s
de Samuel, u n o de los c u a t r o q u e la iniciaron. E r a el más
joven de ellos y h a b i e n d o fallecido ya d o s , asesinó al tercero.
Samuel, tras atacar Salónica y Serres varias veces, c o n q u i s t ó
t i año 986 la ciudad de Larisa, en la zona oriental d e Tesalia.
Basilio I I , en su contraofensiva, p e n e t r ó en Sardica a través del
valle del Maritza y de las p u e r t a s de T r a j a n o , para « d e r r i b a r
de u n golpe a los enemigos» (León el D i á c o n o , 1 7 1 , 3). Sardica
no p u d o ser t o m a d a y tras v e i n t e días de ocupación t u v o q u e
iniciar la retirada. Los bizantinos fueron perseguidos y alcanzados
por las tropas d e Samuel, q u e con esto consiguió la paz q u e
necesitaba para reforzar su p o d e r y resucitar el antiguo es-
plendor d e su reino.
U n a segunda revuelta interior i m p i d i ó q u e Basilio intentara
de n u e v o d e r r o t a r a los búlgaros. Bardas Esclero había vuel-
to de su exilio y estaba o t r a vez a la cabeza d e esta sublevación.
También volvió a ser Bardas Focas el q u e r e p r i m i ó la conspi-
ración, pese a q u e h a b í a p e r d i d o sus funciones militares p o r
la ayuda prestada al proedros Basilio. F i n a l m e n t e traicionó la
causa del E m p e r a d o r , c o m o los d e m á s . E n aquel m o m e n t o con-
taba con la ayuda de los más i m p o r t a n t e s generales del ejército
y las familias de terratenientes nobles le a p o y a b a n . Ya antes
había p a c t a d o con Bardas Esclero u n a división del I m p e r i o , en
la que los territorios e u r o p e o s c o r r e s p o n d í a n a Focas y Asia
Menor a Esclero. Sin e m b a r g o , p r o n t o p u d o d o m i n a r a éste y
se p r e p a r ó entonces u n decisivo a t a q u e sobre la ciudad.
La situación de Basilio I I ante el poder d e Bardas Focas
y la imposibilidad d e vencer a Samuel era desesperada. P i d i ó
ayuda al príncipe V l a d i m i r o d e Kiev y en efecto éste le m a n d ó
una c o m p a ñ í a d e 6.000 h o m b r e s bien e q u i p a d o s , c u a n d o en

209
primavera de 988 el conflicto con Bardas Focas llegó a su
p u n t o máximo. Esta ayuda exigía a cambio q u e el E m p e r a d o r
concediese la m a n o de su h e r m a n a Ana al príncipe Vladimiro,
sobre t o d o p o r q u e los rusos q u e r í a n recibir con ello las bases
para u n a futura cristianización. C o n f o r m e a esto, el arzobispo
m e t r o p o l i t a n o Teofilacto de Sebaste se convirtió en el primer
arzobispo de Rusia. Antes de reunirse la princesa con su pro-
metido, los rusos realizaron u n ú l t i m o a t a q u e contra Q u e r s o n y
los territorios de Crimea q u e faltaban por recobrar para los
bizantinos. La influencia bizantina, que se afianzó en Rusia
como consecuencia d e esta alianza, es u n o de los más impor-
tantes resultados del reinado d e Basilio I I .
Gracias a la ayuda rusa, el m o n a r c a p u d o e m p r e n d e r de n u e v o
la lucha contra los sediciosos, q u e se habían instalado en la
costa asiática del Bosforo y a las ó r d e n e s de León Meliseno
ocupaban t a m b i é n A b i d o s , en la costa oriental del estrecho de
D a r d a n e l o s . E n u n i ó n de su h e r m a n o C o n s t a n t i n o , logró Basilio
vencer al h e r m a n o de Focas en Crisópolis. P e r o la primera
batalla decisiva fue la de A b i d o s , d o n d e el E m p e r a d o r , con la
espada en la diestra y en la izquierda la imagen d e la Nicopoia
( q u e aseguraba la victoria), desafió p e r s o n a l m e n t e a Bardas
Focas. Sin e m b a r g o , éste cayó r e p e n t i n a m e n t e d e su caballo.
Con esto Basilio I I se veía libre d e los aspirantes a su corona,
pues t a m b i é n Bardas Focas t u v o q u e desistir de su tercer i n t e n t o
de conseguir la p ú r p u r a imperial y, tras reconciliarse con el
E m p e r a d o r , volvió a sus tierras, d o n d e p r o n t o falleció.
Basilio I I sabía p e r f e c t a m e n t e q u e con la victoria sobre los
u s u r p a d o r e s n o h a b í a n desaparecido las causas de las dos guerras
civiles, que c o n m o v i e r o n el I m p e r i o hasta sus cimientos. Con
gran decisión i n t e n t ó cambiar la situación social. Los grandes
propietarios n o b l e s se estaban e n r i q u e c i e n d o a costa d e las
otras clases sociales. A d e m á s , c o n t r o l a b a n en gran p a r t e el ejér-
cito, lo q u e les hacía muy peligrosos para el p o d e r central.
Las m e d i d a s q u e el m o n a r c a t o m ó en este s e n t i d o eran opues-
tas a las de sus antecesores, p e r o paralelas a las d e R o m a n o
L e c a p e n o . D e f e n d i ó con firmeza la conservación d e las propie-
dades d e los estratiotas y l a b r a d o r e s y no d u d ó en recurrir
a las familias d e magnates y a los patricios, como en la caída
de E u s t a q u i o M a l e i n o , cuya c a p t u r a fue provocada ú n i c a m e n t e
por su riqueza, a u n c u a n d o en algunos casos no tuviera dere-
cho para hacerlo.
E n este s e n t i d o t u v o especial importancia u n a constitución
imperial dada en 996. En ella el E m p e r a d o r elevó a cuarenta
años el plazo para restituir toda finca a d q u i r i d a legalmente.
D i s p u s o t a m b i é n q u e se podía a n u l a r toda adquisición q u e

210
hubiese llegado a la nobleza de manos de los p o b r e s , siempre
que éstas se h u b i e s e n efectuado a partir del t i e m p o de R o m a n o
l . n a p e n o . J u n t o a estas m e d i d a s , la limitación de los gastos
públicos t a m b i é n c o n t r i b u y ó al saneamiento d e las finanzas del
listado. Con ello su r e n t a se a u m e n t ó en la s o r p r e n d e n t e suma
• l«- .100.000 talentos. El E m p e r a d o r simplificó también la admi-
nistración, lo cual p r o d u j o un fortalecimiento del p o d e r central
v un a u m e n t o de su prestigio.
(lomo e l e m e n t o de esta lucha política e n t r e Basilio I I y los
magnates, hay q u e situar su n u e v a reglamentación sobre el pago
ild allelengyon. A los grandes propietarios les c o r r e s p o n d i ó
n i primera línea pagar los i m p u e s t o s q u e la población rural
I r n i a p e n d i e n t e s . Esta práctica aseguraba a la administración
ilc Iinanzas estatal u n c o b r o d e i m p u e s t o s m á s regulado, p e r o
l>ui o t r o lado provocaba la oposición de los g r a n d e s terrate-
nientes. E s t a oposición empezó a manifestarse incluso en perso-
nas como el patriarca Sergio I I . E s t o n o d e s c o n c e r t ó la política
ilii monarca; pidió al patriarca Teófilo de Alejandría q u e le
diera su dictamen s o b r e esta n u e v a reglamentación. C o m o éste
tomó p a r t i d o a su favor, recibió el cargo d e juez de la Eco-
iii unía.
Basilio I I t a m b i é n luchó contra el i n c r e m e n t o de los bienes
de la Iglesia a costa d e los campesinos. Los p e q u e ñ o s mo-
nasterios provinciales fueron s u b o r d i n a d o s a los correspondien-
tes municipios y n o a los o b i s p o s , q u e se d e b í a n o c u p a r sólo de
problemas espirituales. T a m b i é n se p r o h i b i ó a los g r a n d e s con-
ventos con más d e siete monjes la ampliación de sus t e r r e n o s .
Verdad es q u e se vio o b l i g a d o a conceder al m o n a c a t o u n pri-
vilegio: t u v o q u e revocar la ley de Nicéforo Focas sobre fun-
daciones de n u e v o s m o n a s t e r i o s (quizá p o r influencia de h o m b r e s
M U D O Focio d e Salónica, q u e a c o m p a ñ ó al E m p e r a d o r en las
campañas c o n t r a los búlgaros y q u e había f u n d a d o más de u n
convento en Salónica). Los p r o f u n d o s s e n t i m i e n t o s religiosos
de Basilio I I se manifestaron c u a n d o en o c t u b r e de 986 u n
terremoto d e r r u m b ó el ábside occidental d e Santa Sofía y d a ñ ó
gravemente el t e m p l o . I n m e d i a t a m e n t e l l a m ó al m a e s t r o Tiri-
dates, q u e se había a c r e d i t a d o en la construcción de la catedral
de Ani en A r m e n i a , y le encargó los trabajos d e reconstrucción,
entregándole elevadas sumas d u r a n t e los seis años q u e d u r ó
ésta.
N o fue sólo la actividad i n t e r i o r la q u e le i m p i d i ó r e a n u d a r
los a t a q u e s c o n t r a el m a c e d o n i o Samuel; t a m b i é n el califato
fatimí creía llegado el m o m e n t o de r e c u p e r a r los territorios
perdidos en Siria en tiempos d e J u a n Zimisces. En 994 los
musulmanes vencieron en O r o n t e s a los b i z a n t i n o s y amenaza-

211
ron las ciudades d e A n t i o q u í a y A l e p o . P o r ello el p r o p i o
Basilio I I t u v o q u e acudir a la frontera oriental. Llegó a Alepo
y p u d o o c u p a r Rafanea y E m e s a . P e r o a los pocos años tuvo
que volver a intervenir en Siria para defender al d u q u e de
A n t i o q u í a del n u e v o a t a q u e fatimí. Lo consiguió sin dificultad,
pero n o p u d o avanzar más en territorio árabe, ni conquistar
Trípoli, f u e r t e m e n t e defendida. P o r ello el a ñ o 1001 tuVo q u e
firmar u n t r a t a d o con el califa H á k i m , q u e obligaba a los dos
a diez años de paz. E n el a ñ o 1003, la destrucción de la
iglesia de la Resurrección d e Jerusalén y d e otras iglesias de
Tierra Santa s u p u s o la r u p t u r a de las b u e n a s relaciones e n t r e
cristianos y m u s u l m a n e s . E l m o n a r c a b i z a n t i n o esperó hasta
1015 y en ese a ñ o dispuso cancelar las relaciones comerciales
con los árabes. E s t o s provocaron a ú n varios conflictos armados
y sólo con g r a n d e s esfuerzos se p u d i e r o n conservar, y no en
todas p a r t e s , las fronteras q u e h a b í a m a r c a d o J u a n Zimisces.
Pacificado el interior del I m p e r i o y aseguradas sus fronteras,
p u d o Basilio o c u p a r s e de las campañas contra los búlgaros, q u e
fueron las q u e le dieron fama p a r a la posteridad. La expansión
del reino del zar Samuel se había c o n v e r t i d o en u n auténtico
peligro para Bizancio. E n 997 Samuel había avanzado hasta el
P e l o p o n e s o , a t r a v e s a n d o el c e n t r o d e Grecia, y si bien al volver
fue h e r i d o por sorpresa p o r Nicéforo I r a n o s , no p u d o ser
d e t e n i d o . Samuel t o m ó D i r r a q u i o , de g r a n importancia estra-
tégica, y p u d o ocupar también Rascia y Dioclea. E n 991 el
príncipe de estas ciudades, V l a d i m i r o , h a b í a firmado con Bi-
zancio u n t r a t a d o de defensa c o n t r a los búlgaros.
C u a n d o Basilio volvió a t o m a r la dirección de las operaciones
contra Samuel, se dirigió a Sardica a la q u e consideraba im-
p o r t a n t e vínculo e n t r e el r e i n o de Samuel y las regiones entre
el D a n u b i o y los Balcanes. E s t a vez t o m ó Sardica, las fortalezas
de los alrededores y el acceso al valle del Morava. La siguiente
meta fueron las ciudades de Plisca y G r a n y P e q u e ñ a Preslavia,
q u e t a m b i é n cayeron mientras se i n t e n t a b a conquistar la propia
Macedonia. Con la toma de Berea y Servia podía dominar la
confederación d e Tesalia y M a c e d o n i a . E n 1004 siguió la con-
quista de V i d i n en el D a n u b i o , con la q u e se privaba a Sa-
muel de la base de su poder e n M a c e d o n i a . El avance d e Samuel
hasta A d r i a n ó p o l i s y la destrucción y s a q u e o d e la ciudad no
cambiaron n a d a las cosas. Basilio, en u n avance r á p i d o hacia
el Sur, le obligó a retirarse h a s t a el río V a r d a r , j u n t o a Skopie,
y le venció. Skopie pertenecía a R o m a n o , h e r m a n o del ú l t i m o
zar búlgaro Boris, q u i e n la t u v o q u e ceder al E m p e r a d o r , conce-
diéndole éste a cambio los cargos de patricio y strategos de

212
A hielos. Sin d u d a , con esta inteligente m e d i d a Basilio quería
«liviar la oposición de u n i m p o r t a n t e aliado de Samuel.
ha victoria d e Skopie cerró el p r i m e r capítulo de la guerra
entre Basilio I I y el príncipe Samuel. Pese al arrojo d e éste
y de su general Niculica, en c u a t r o i n i n t e r r u m p i d o s años d e
Ki ierra p u d o el E m p e r a d o r hacerle retroceder hasta el oeste de
Macedonia. El i n v i e r n o de 1004 Basilio p e r m a n e c i ó en Constan-
tinopia y al a ñ o siguiente las fuerzas a r m a d a s bizantinas ini-
i iaron n u e v a m e n t e la batalla.
íil año 1005 trajo, con la p é r d i d a d e D i r r a q u i o , el p r i m e r
éxito i m p o r t a n t e de Samuel en el c a m p o d e batalla. P e s e a
que la descomposición d e su I m p e r i o era cada vez mayor, p u d o
uíirmarse todavía d u r a n t e años en la i n t r a n s i t a b l e Macedonia.
A final d e julio de 1014 se llegó al final d e esta lucha e n la
legión de las fuentes del E s t r u m a en la cordillera Belásica. Los
liombres del ejército d e Samuel fueron cercados y tras sufrir
Inertes p é r d i d a s , fueron hechos prisioneros p o r los bizantinos.
Id E m p e r a d o r , en u n a t a q u e d e crueldad, vació los ojos de
miles de sus prisioneros y guiados cada cien p o r u n t u e r t o los
envió a su zar Samuel, q u e había h u i d o a P r i l e p o . Samuel m u r i ó
el 6 de o c t u b r e de 1014 dos días d e s p u é s de la llegada d e sus
hombres, cuya vista le hizo caer al suelo d e s m a y a d o .
Bulgaria sobrevivió m u y poco t i e m p o a tal desastre. El hijo
de Samuel, G a b r i e l R a d o m i r , m u r i ó víctima d e u n a t e n t a d o de
su primo, q u e se a p o d e r ó del p o d e r . T a m p o c o J u a n Ladislao
pudo c o n t e n e r el avance de los bizantinos en el resto de sus
lerritorios. Sobre t o d o en la zona griega se vio atacado p o r
rusos y soldados de San E s t e b a n de H u n g r í a . C u a n d o final-
mente m u r i ó en 1018 en u n a campaña contra D i r r a q u i o , Basilio
ocupó el castillo de los zares sin grandes esfuerzos. T r a s la
reconquista de Castoria y tras algunas últimas batallas en las
Termopilas y en el c e n t r o de Grecia, el E m p e r a d o r había r e u n i d o
bajo su cetro t o d o el s u r de los Balcanes. Era consciente de la
grandeza de este éxito, conseguido a los treinta años de edad.
Celebró su victoria en A t e n a s y en C o n s t a n t i n o p l a e hizo in-
mortalizarla con o b r a s d e arte, c o m o el p a ñ o d e seda del tesoro
de la catedral d e B a m b e r g , q u e una generación más tarde fue
llevado allí desde el Bosforo p o r el o b i s p o G u n t e r i o .
Por ú l t i m o , se i m p u s o en el reino c o n q u i s t a d o una adminis-
tración bizantina. P a r a complacer a sus h a b i t a n t e s y t e n i e n d o
en c u e n t a la situación económica del país, p e r m i t i ó el pago d e
los i m p u e s t o s en especie. A continuación se pasó a reorganizar
los nuevos t e r r i t o r i o s : M a c e d o n i a , con su principal p u e r t o , Sko-
pie, formó el thema b ú l g a r o p r o p i a m e n t e d i c h o , q u e fue enco-
m e n d a d o al patricio David Areianites en calidad de strategos

213
con rango de c a t e p á n y más t a r d e d e d u q u e . E l m i s m o proceso
e x p e r i m e n t ó el thema P a r a d o u n a v o n o P a r i s t r i o n , en la orilla
sur d e la d e s e m b o c a d u r a del D a n u b i o , p a s a n d o Silistria a ser
su c e n t r o a d m i n i s t r a t i v o . Sirmio lo fue d e las regiones q u e
estaban al oeste d e la p u e r t a de h i e r r o del D a n u b i o y del
Save, mientras q u e en la costa Adriática c o n t i n u ó existiendo
el thema dálmata. Sólo en el c e n t r o del país algunas regiones
conservaron u n a cierta i n d e p e n d e n c i a : Croacia, Bosnia, Dioclea,
Z a h u m l i a y Rascia. Estas se c o n v i r t i e r o n en naciones vasallas
a las ó r d e n e s d e príncipes aborígenes.
C o n la a n e x i ó n del reino de Bulgaria se tenía q u e reglamentar
t a m b i é n la incorporación del p a t r i a r c a d o búlgaro a la Iglesia
griega. Basilio rebajó el p a t r i a r c a d o de la capital búlgara a la
categoría de a r z o b i s p a d o , pero en cambio lo hizo i n d e p e n d i e n t e .
A su diócesis p a s a r o n a pertenecer todos los obispados de la
anterior Iglesia búlgara y t a m b i é n los de Berea y Salónica y
los arzobispados m e t r o p o l i t a n o s d e Larisa y D i r r a q u i o . A d e m á s ,
el E m p e r a d o r se reservó el d e r e c h o d e designar los arzobispos
d e esta diócesis. C o n ello dejaba de lado al p a t r i a r c a d o d e
C o n s t a n t i n o p l a p e r o podía ejercer su influencia sobre la vida
espiritual y política d e los eslavos.
D u r a n t e casi t o d o su r e i n a d o Basilio se m a n t u v o inactivo
frente al I m p e r i o de O c c i d e n t e , d e b i d o q u e la guerra en los
Balcanes le tenía c o m p l e t a m e n t e absorbido,- A c e p t ó gustoso los
proyectos expansionistas de O t ó n I I I , quizá p o r q u e con ello
a u m e n t a b a p r o g r e s i v a m e n t e la influencia griega en Italia. Llegó
incluso a conceder a O t ó n I I I la m a n o de u n a doncella de
sangre real, la d e la hija d e su h e r m a n o C o n s t a n t i n o . P e r o
la m u e r t e de O t ó n i m p i d i ó q u e se llevara a cabo este hecho
hasta entonces i n a u d i t o , c u a n d o el o b i s p o A r n u l f o de Milán,
en su calidad de embajador de O t ó n , se disponía a conducir a
Bari a la princesa.
El ú l t i m o e m p e r a d o r de la dinastía o t ó n i d a , E n r i q u e I I , re-
nunció a los proyectos de su antecesor y n o t u v o q u e insistir
en u n a u n i ó n m a t r i m o n i a l d e las dos casas reales, ya q u e , pese
a no tener descendencia, estaba ya casado. E n unas conversa-
ciones políticas m a n t e n i d a s en F r a n k f u r t , poco t i e m p o después
de la coronación d e E n r i q u e , se p u s o de manifiesto la igualdad
de los p u n t o s de vista de ambas p a r t e s . E s t a compenetración
no podía ser sino beneficiosa en el estado en q u e se hallaba
Bizancio, e m p e ñ a d o en la lucha contra Samuel. Más t a r d e se
enfriaron algo las relaciones e n t r e Bizancio y el e m p e r a d o r ger-
m a n o . E n r i q u e I I e m p e z ó a dirigir su atención hacia Italia y
e n c o n t r ó en I s m a e l d e Bari u n i m p o r t a n t e p a r t i d a r i o antibi-
zantino. E n 1017 le n o m b r ó caballero n o r m a n d o c o n t r a los

214
Plisca % Varn
Mesembria
¿, -Develtos^JISlSozópol
v F
Prizren' 'TS» ilipápolis
^ • •' -S" Pernik
S Skopie\g> MACÍDOMA
/- • "masía Colonia ^rP fT Manzicerta /
\ ~> V. » \ - A V e r s i n i c i a J - ^ " Taímí d . , 1
VDacimo» Ss^ráa-^S . , W Q ^ - ' « « ÍT a t /
tn . - > l « O ^ i d a E«'^^TRIMON "¿nOPr/MATÉs / ^-Sedaste X¿> ^ T / S ^ ' v a n /
3
' \ / Barí Brindis! r" ° W y \ ^V^ sosV»
x J&»T" ^N¡comedía
T a
; y v • Ankara (Angora) Tefricia' MS-A-—»
Ñapóles CARSIANO / V ^ M E S O P O T £ ^ ' ' Martirópolls
í ¿' Tarento/%Avlona ' •. ...:v
,, 0 N_^_Cesárea* f
" í'>fteS' ¿I—O
Catepanato / V Lemnos
de Italia V / » R « s a n o C o r f , •ansa ._ . „ * • ,.„„„* - V í J í O E S 0 t r ' A Amida (desde 1032)
Cosenia Ar
«Amorío % U
« / * > l J f e % ¿ Nfalbe"'
Nicópoiis^b, G R E * A_
M A B E G E
° C > S , , d e s oi,,
£ « % A Í á b í z a / ,c N(/ W A Harén
a

Cefalonia^SíCS^.^Í- . V < ^ ~ . «Iconio " » *


y / " >* CILICIA ' - Telu
Mesina ,e0Mlleto i c B1HH A V_ a»r s o Adana /
'aormina
Zante Í\ A , a l í a -
«LEUCIA L - ' CT"^ •
OSL^T» V"* ^ V A n t i o
<l u í a
/» A l e
rWesárea p 0

egíf^lK T ^ X ^ S e l e u c i a í ' ANlfoQUIA


* /Qi
Cos '
Mediterráneo V , «Rodas
Va^, J
5
«<< r-^Z Haronea
Trípol
. ? .6 /
Fronteras imperiales en 843. 's^ X—*~ Creta Chipre

Fronteras imperiales en 912. ••— • — S i d ó n


Fronteras imperiales en 1025. Conquistas de Juan Zimisces.
W////A Adquisiciones posteriores a 1025. ibre de los themas [en tiempos de Basilio ¡
b i z a n t i n o s , q u e h a s t a e n t o n c e s sólo acudían al sur d e Italia
como peregrinos hacia el m o n t e G a r g a n o . La concentración d e
todos los territorios griegos del sur d e Italia, así c o m o el some­
t i m i e n t o d e C a p u a p o r el rey Boyan hizo m u y fuerte la posición
bizantina en estas regiones, hasta el p u n t o d e q u e en 1025 el
p r o p i o E m p e r a d o r quiso p o n e r en m a r c h a u n a gran ofensiva
contra los sarracenos sicilianos d e s d e esta p a r t e d e su I m p e r i o .
Basilio I I n o llegó a c o n s u m a r este proyecto, pues m u r i ó
el 15 d e diciembre d e 1 0 2 5 . F u e este m o n a r c a el más impor­
t a n t e d e su dinastía y el q u e elevó el I m p e r i o al p u n t o cul­
m i n a n t e d e su p o d e r í o . A su m u e r t e , t o d a la península balcánica
se hallaba en m a n o s de los b i z a n t i n o s y Asia M e n o r estaba
asegurada frente a a t a q u e s m u s u l m a n e s . Sobre t o d o , el E m p e r a ­
d o r p u d o i n t e r v e n i r en los conflictos surgidos en A r m e n i a al
final d e su r e i n a d o y con ello aseguró a su I m p e r i o futuras con­
quistas en esta región. A d e m á s , estabilizó la situación interior
y reorganizó las finanzas p ú b l i c a s . D e esta m a n e r a p e r d í a Bi­
zancio con la m u e r t e d e Basilio I I u n s o b e r a n o q u e , como
g o b e r n a n t e , h a b í a g o b e r n a d o con m a n o firme y c o m o h o m b r e
ha p a s a d o a la historia de los e m p e r a d o r e s bizantinos como
u n a personalidad única.
5. La época de los Comneno

I, Desde los emperadores macedónicos hasta los Comneno

La m u e r t e del e m p e r a d o r Basilio I I n o trajo en principio


para sus c o n t e m p o r á n e o s n i n g ú n c a m b i o n o t a b l e en la vida
del I m p e r i o b i z a n t i n o . Su h e r m a n o y sucesor, C o n s t a n t i n o V I I I ,
no veía amenazada la posición d e d o m i n i o m u n d i a l d e los
bizantinos p o r n i n g u n a p a r t e , p o r lo q u e no consideró necesa-
rio seguir con la política grandiosa de sus antecesores. Al ancia-
no s o b e r a n o le atraían con más fuerza los b a n q u e t e s y los
juegos en el H i p ó d r o m o , en los q u e gastaba m u c h o d i n e r o , y
no c o n t i n u ó la responsable política financiera d e su h e r m a n o .
Pero con el r e i n a d o del ú l t i m o varón de la dinastía macedó-
nica comienza también, ai p r i n c i p i o i m p e r c e p t i b l e m e n t e , p e r o
cada vez con mayor claridad, el h u n d i m i e n t o de la e s t r u c t u r a
social y de la o r d e n a c i ó n política del E s t a d o , cuyas bases fue-
ron puestas p o r el e m p e r a d o r Heraclio y defendidas con férrea
energía p o r Basilio I I . E n este m o m e n t o d e su progresiva di-
solución aparecieron las fuerzas feudales, cuyo éxito fue creciendo
r á p i d a m e n t e . Estas fuerzas influyeron sobre sus propios plan-
e a m i e n t o s y forzaron la marcha d e los asuntos estatales, ante-
poniendo a t o d o sus intereses, m e d i a n t e intrigas recíprocas y
simultáneas de dimensiones difícilmente imaginables. El pro-
gresivo a u m e n t o de p o d e r de la aristocracia latifundista y do-
minadora d e todos los cargos t u v o finalmente como consecuen-
cia la desaparición de los bienes de los campesinos y soldados,
sobre los cuales h a b í a n f u n d a d o los primeros e m p e r a d o r e s el
potencial militar y la fuerza impositiva del I m p e r i o .
P e r o éstas no eran las preocupaciones del e m p e r a d o r Cons-
tantino. Si algo le p r e o c u p a b a en realidad era el p r o b l e m a d e
su sucesión, para lo cual contaba con sus hijas Z o é y T e o d o r a ,
ya n o m u y jóvenes. A pesar de ello y poco a n t e s d e su m u e r t e
casó a Zoé con R o m a n o A r g i r o , eparca d e C o n s t a n t i n o p l a .
D e esta b o d a resultó u n a situación peculiar al llegar el Im-
perio a su m á x i m o e s p l e n d o r : en u n o de los mosaicos impe-
riales están r e t r a t a d o s la emperatriz Z o é y su tercer m a r i d o
C o n s t a n t i n o M o n ó m a c o , con las galas d e los soberanos bizantinos.
Pero se p u e d e c o m p r o b a r fácilmente q u e el rostro del empe-
rador fue a ñ a d i d o u l t e r i o r m e n t e en el mosaico, r e e m p l a z a n d o
la cara de Miguel I V , d o n d e a su vez cabe s u p o n e r estaría ori-
g i n a r i a m e n t e el r e t r a t o d e R o m a n o I I I Argiro. T a m b i é n el hecho
d e q u e la figura d e C r i s t o , e n t r e a m b o s g o b e r n a n t e s , dirija
su m i r a d a hacia la E m p e r a t r i z y no hacia el E m p e r a d o r , como
e n las demás r e p r e s e n t a c i o n e s , indica además q u e u n a de las
principales c o n s t a n t e s en la política interior bizantina d u r a n t e
aquel a ñ o fue m a n t e n e r su fidelidad a los m i e m b r o s de la
e x t i n g u i d a m o n a r q u í a macedónica. La otra c o n s t a n t e d e b i ó d e ser
sin d u d a alguna la posición d o m i n a n t e de la nobleza de funcio-
n a r i o s de esta época.
C o m o jefe d e t o d a la administración imperial en Constanti-
n o p l a y asimismo c o m o r e p r e s e n t a n t e m á x i m o d e la nobleza
d e funcionarios, R o m a n o A r g i r o o b t u v o , j u n t o con la ma-
no d e la cincuentenaria Z o é , la diadema de e m p e r a d o r bizantino.
A pesar de sus sesenta años c u m p l i d o s , el s o b e r a n o tenía u n
aspecto agradable y e d u c a d o . La vanidad del E m p e r a d o r , j u n t o
con sus caprichos, parecen h a b e r d a d o b a s t a n t e q u e b r a d e r o s
de cabeza a q u i e n e s se e n c o n t r a b a n a su alrededor. P e r o en t o d o
caso, a ú n había h o m b r e s en las altas posiciones del I m p e r i o ,
c o m o J o r g e M a n i a c e s , capacitados para e n m e n d a r los errores
d e su e m p e r a d o r . C o n la invasión d e Edesa en el a ñ o 1032,
R o m a n o I I I ganó gran prestigio, pues también bajo su reinado
el I m p e r i o h a b í a a u m e n t a d o en extensión.
Si bajo el e m p e r a d o r R o m a n o se r e a n u d ó la política exterior
d e Basilio I I , t a m b i é n se p e r d i ó por completo la directriz de
los grandes e m p e r a d o r e s macedónicos. R o m a n o I I I liberó a los
latifundistas de los i m p u e s t o s q u e d e b í a n pagar p o r terri-
torios no o c u p a d o s . C o n esta abolición de la epibole el E m -
p e r a d o r dio a las clases acomodadas la o p o r t u n i d a d de a u m e n t a r
sus posesiones a expensas d e los campesinos, m i e n t r a s q u e éstos
e m p o b r e c í a n i n e v i t a b l e m e n t e y, poco a poco, pasaban a d e p e n d e r
d e los grandes señores. El h e c h o de q u e con esto las posibilida-
des d e vida d e los campesinos, y en consecuencia el potencial
militar y la fuerza c o n t r i b u t i v a del I m p e r i o se vieran amenazados
d e u n d e r r u m b a m i e n t o incontenible, sólo p r e o c u p a b a a unas
pocas personas inteligentes en aquel E s t a d o , cuyos fondos eco-
nómicos parecían inagotables y cuyo ejército era temido desde
la frontera persa hasta Italia.
N o fue su política interior, falta de perspectiva, sino la re-
lación con su esposa Z o é , lo v e r d a d e r a m e n t e funesto para Roma-
no I I I . Aquella mujer, d e s a t e n d i d a por su m a r i d o , se e n a m o r ó
del h e r m a n o m e n o r del e u n u c o J u a n O r f a n o t r o p o , p o d e r o s o y
falto de escrúpulos, a l d e a n o d e Paflagonia. El 11 d e abril d e
1034 Zoé o r d e n ó m a t a r al E m p e r a d o r en el b a ñ o y aquel mismo
día el a m a n t e de la E m p e r a t r i z subía al t r o n o imperial como
Miguel I V .

218
El d e s t i n o d e R o m a n o I I I fue u n a lección para el - nuevo
E m p e r a d o r . T a m b i é n él se a p a r t ó d e su esposa d e s p u é s d e subir
al t r o n o , p e r o la p u s o bajo la severa tutela d e su h e r m a n o
J u a n O r f a n o t r o p o . Así se r e u n í a n todos los hilos d e la admi-
nistración del I m p e r i o , lo q u e el e u n u c o , hábil político, apro-
vechó para enriquecerse i m p ú d i c a m e n t e . Los a u m e n t o s de los
impuestos llevados a cabo p o r él, t a m b i é n a tener en cuenta
en este c o n j u n t o d e acontecimientos, recayeron p r i n c i p a l m e n t e
sobre la nobleza militar, hasta el p u n t o s o r p r e n d e n t e d e que
su p r o t e g i d o haya pasado a la historia precisamente c o m o vale-
roso general.
La o p o r t u n i d a d para esto le fue b r i n d a d a , sobre t o d o , j u n t o
a las luchas en la costa del A d r i á t i c o , p o r u n a sublevación que
se e x t e n d í a p o r los territorios eslavos en los Balcanes, desde
Belgrado hasta el n o r t e d e Grecia. E s t a se p r o d u j o c u a n d o J u a n
O r f a n o t r o p o hizo extensivo el a u m e n t o d e los i m p u e s t o s a los
territorios c o n q u i s t a d o s p o r Basilio I I , al t i e m p o q u e n o m b r a b a
a un griego arzobispo d e O c r i d a , ciudad q u e sería n u e v a m e n t e
el c e n t r o espiritual d e los eslavos de los Balcanes. La sublevación
de P e d r o O d e l i a n , s u p u e s t o nieto del zar b ú l g a r o Samuel, había
puesto al E m p e r a d o r en graves a p u r o s en los mismos alrede-
dores d e Salónica, p e r o M i g u e l I V la reprimió en pocas se-
manas en 1 0 4 1 . E n este m i s m o a ñ o m u r i ó el E m p e r a d o r , q u e
sufría graves ataques d e epilepsia.
D e forma s o r p r e n d e n t e Miguel V, sobrino de su antecesor
e hijo a d o p t i v o d e la e m p e r a t r i z Z o é , hizo frente en p r i m e r
lugar al p o d e r d e J u a n O r f a n o t r o p o y e n v i ó después al d e s t i e r r o
a su tío, j u n t o con o t r o s familiares. P u e d e d a r n o s u n a idea de
cómo fue acogido en C o n s t a n t i n o p l a el h e c h o d e q u e obse-
quiase a los senadores y funcionarios d e la dapital con u n a
liberalidad sin par hasta e n t o n c e s , y liberase de la cárcel a los
enemigos de su d e s t i t u i d o tío como J o r g e Maniaces o Constan-
tino D a l a s e n o . Salta a la vista sin e m b a r g o q u e el e m p e r a d o r
Miguel sobrestimó su p o p u l a r i d a d c u a n d o en la Pascua de 1042,
tras cinco meses d e r e i n a d o , despojó a su m a d r e a d o p t i v a Zoé
de sus títulos y dignidades haciéndola ingresar como monja en
el c o n v e n t o de la M e t a m o r f o s i s , s i t u a d o en la isla del P r í n c i p e .

El p u e b l o d e C o n s t a n t i n o p l a n o s o p o r t ó esta evolución de
los acontecimientos y se l e v a n t ó , t r a y e n d o a la h e r m a n a d e Z o é ,
T e o d o r a , de su solitaria villa en P e t r a , y al patriarca Alejo el
E s t u d i t a de Santa Sofía, p a r a q u e les condujeran en el asalto
al palacio imperial. Miguel V , al ver la gravedad de su situación,
h u y ó al m o n a s t e r i o d e E s t u d i o , d o n d e fue h e c h o prisionero
y poco después cegado.

219
Zoé y T e o d o r a , r e s p a l d a d a s p o r los círculos eclesiásticos es-
p e c i a l m e n t e , g o b e r n a r o n en c o m ú n , p e r o tras pocas semanas y
d a d a la m u t u a a n t i p a t í a d e las dos h e r m a n a s , se m o s t r ó imposi-
ble u n a regencia m e d i a n a m e n t e razonable. P o r ello, el 11 de
j u n i o d e 1042 se casó Z o é p o r tercera vez con el s e n a d o r Cons-
t a n t i n o M o n ó m a c o , m i e n t r a s q u e T e o d o r a volvía a la vida pri-
vada.
D u r a n t e trece a ñ o s , en los q u e p e r m a n e c i ó j u n t o a Z o é ,
C o n s t a n t i n o I X fue e m p e r a d o r . R e s u l t ó u n mediocre gober-
n a n t e , s i e n d o m á s b i e n u n simple r e p r e s e n t a n t e del p a r t i d o d e
los funcionarios. P a r a Z o é , T e o d o r a , e incluso para él m i s m o ,
las diversiones t e n í a n m u c h a m á s i m p o r t a n c i a q u e las obliga-
ciones del g o b i e r n o y los d e b e r e s d e la regencia. J u n t o s despil-
farraron el t e s o r o del E s t a d o , y Z o é h u b o de s o p o r t a r q u e su
m a r i d o sostuviera relaciones con la sobrina d e su segunda es-
posa, la bella e i n t e l i g e n t e Esclerina. E n su calidad d e sebaste,
p u d o e n t r a r en el p r o t o c o l o d e la C o r t e . T r a s su t e m p r a n a m u e r t e
t u v o c o m o sucesora a u n a h e r m o s a princesa alana.
La fácil vida d e la capital, con su esplendor cultural, y su
variada vida cotidiana, a la q u e el E m p e r a d o r creía d a r u n a
nota especial con su afición p o r los juegos y espectáculos d e
animales, seguía ejerciendo, al igual q u e antes, u n a gran fuerza
d e atracción. Los negocios m á s i m p o r t a n t e s de todas las pro-
vincias afluían p o r e n t o n c e n a la capital, c e n t r o d e la reno-
vación d e la c u l t u r a espiritual, d o n d e se relacionaban funcio-
narios y cortesanos, p u d i e n d o éstos ascender a las categorías
más altas q u e el I m p e r i o podía ofrecer en el terreno civil.
La figura más sobresaliente en la vida espiritual d e esta época
es Miguel Psellos, cuyo p a p e l en el desarrollo político de Bi-
zancio difícilmente p u e d e ser v a l o r a d o en lo q u e merece. Psellos,
nacido el a ñ o 1018 en el seno d e u n a familia m e d i a d e Cons-
t a a t i n o p l a , realizó u n o s brillantes estudios y trabajó temporal-
m e n t e como funcionario en la administración d e la provincia.
J u n t o con sus amigos J u a n Sifilino, J u a n M a u r o p o y Constan-
t i n o Leicudes volvió a elevar la ciencia bizantina p o r lo m e n o s
hasta la m i s m a altura e n q u e se e n c o n t r a b a antes d e la época
d e Basilio I I , t o t a l m e n t e fundada en el militarismo. Precisa-
m e n t e el a b a n d o n o en q u e se e n c o n t r a b a la vida espiritual,
parece h a b e r sido p a r a Psellos u n e s t í m u l o para i n t e n t a r , con
e n t u s i a s m o , enlazar d e n u e v o con pasadas épocas de e s p l e n d o r ,
a u n q u e h u b o d e reconocer la s u p e r i o r i d a d de la cultura árabe
c o n t e m p o r á n e a , d e total sobriedad. A s í p u e d e explicarse tam-
b i é n la a m p l i t u d d e la cultura d e Psellos, q u e aparece en sus
n u m e r o s a s cartas, en su o b r a histórica titulada Cronografía,
en t r a t a d o s , c o m e n t a r i o s , trabajos científicos o filosóficos, epi-

220
gramas, sátiras y escritos d e t o d o t i p o , cuyo n ú m e r o a ú n sigue
a u m e n t a n d o gracias a n u e v o s d e s c u b r i m i e n t o s . Ya fuera metafí-
sica, teología, física, m a t e m á t i c a , o b i e n a s t r o n o m í a , música,
medicina, topografía, incluso política, d e r e c h o , estrategia, gra-
mática o retórica, n o h a b í a n i n g ú n sector d e la ciencia en el
q u e Psellos n o destacase, y c i e r t a m e n t e no tenía r e p a r o en
hacerlo: tan discreto e i n s t r u i d o c o m o era en su faceta de
p r i m e r filósofo del I m p e r i o , celebrado profesor d e estudios su-
periores, e d u c a d o r de príncipes y m i n i s t r o c o m p e t e n t e , se des-
tacó igualmente en varias ocasiones como vanidoso sabelotodo
e intrigante de carácter sospechoso.
U n i d o al n o m b r e d e Psellos se e n c u e n t r a el renacimiento de
los estudios superiores en C o n s t a n t i n o p l a , d o n d e en el año 1045
se crearon centros p a r a la enseñanza del d e r e c h o y la filosofía.
La organización d e los estudios d e filosofía servirá d e ejemplo
a las universidades, q u e se desarrollarán en E u r o p a cien años
d e s p u é s . Se trata d e la división d e los estudios en el Trivium
— g r a m á t i c a , retórica y dialéctica—, como etapa p r e p a r a t o r i a , y
el Quadrivium — a r i t m é t i c a , geometría, música y a s t r o n o m í a — ,
c o m o etapa superior. Esta división fue t o m a d a del sistema de
enseñanza escolástico. A u n q u e con la construcción d e a m b o s
centros los círculos d o m i n a n t e s en Bizancio p o d í a n d e f e n d e r
más fácilmente su posición social, sobre t o d o p e n s a n d o en el
f u t u r o , lo q u e no d e b e olvidarse es q u e Bizancio cimentaba
así, para largo tiempo, su p r e t e n s i ó n d e ser el c e n t r o espiritual
más i m p o r t a n t e del m u n d o .
Bajo el e m p e r a d o r C o n s t a n t i n o I X se consiguieron t a m b i é n
algunos éxitos bélicos. Es cierto q u e los ejércitos bizantinos
no p u d i e r o n c o n t e n e r e n Schach a los pechenegos, quienes desde
la orilla n o r t e del D a n u b i o hacían constantes incursiones en
el territorio del I m p e r i o . T r a s varias d e r r o t a s tuvieron q u e re-
fugiarse al sur del río, c o m o solución d e emergencia contra
los i n t r u s o s . P e r o , en cambio, la defensa a n t e u n a t a q u e d e la
flota rusa c o n t r a la p r o p i a capital resultó afortunada e impre-
s i o n a n t e . / P o r el E s t e se a m p l i a r o n las fronteras, r e b a s a n d o in-
cluso las posiciones alcanzadas con Basilio I I , y en el a ñ o 1045
se i n c o r p o r ó el I m p e r i o de A n i al territorio b i z a n t i n o . Igual-
m e n t e favorable fue el desarrollo en el e x t r e m o occidental del
I m p e r i o , d o n d e el genial J o r g e Maniaces, desde la Baja Italia,
d i s p u t ó a los árabes el d o m i n i o sobre Sicilia. C o n su ejército,
en el cual la guardia n o r m a n d a s u p e r a b a n o t a b l e m e n t e e n nú-
m e r o a los tradicionales regimientos bizantinos, pasó a la isla
y tornó, j u n t o con las ciudades Mesina y Siracusa, la mitad
oriental d e la misma, d e gran importancia económica. P e r o
m i e n t r a s sus tropas seguían a v a n z a n d o , Maniaces fue d e s t i t u i d o

221
del m a n d o p o r el E m p e r a d o r , al ser injustamente c a l u m n i a d o .
El general i n t e r r u m p i ó con este m o t i v o sus operaciones y deci-
dió m a r c h a r c o n t r a C o n s t a n t i n o p l a . Sin chocar con seria resis-
tencia, avanzó d e s d e el A d r i á t i c o hasta Salónica, p e r o en u n a
batalla contra el ejército imperial cayó en p o d e r del sebasto-
phoros E s t e b a n , a dos días d e marcha de la ciudad, después
de h a b e r casi v e n c i d o a su f u t u r o o p o n e n t e , ciego tras u n
fracasado golpe d e estado.
Más peligroso fue el m o t í n de León Tornices, e m p a r e n t a d o
con el E m p e r a d o r . D e s p u é s de q u e el antiguo c o m a n d a n t e de la
ciudad d e M e l i t e n e — a p o y a d o por el ejército y por la postura de
las provincias contra la capital — s e a p o d e r ó de toda Tracia,
desde A d r i a n ó p o l i s hasta R e d e s t o , y venció a los sarracenos
d e s t e r r a d o s , fieles al E m p e r a d o r , a n t e las murallas d e Constan-
tinopla, al igual q u e en Cipsela a los búlgaros, llamados por el
E m p e r a d o r en su ayuda, fracasó r e p e n t i n a m e n t e . Sus soldados
c o m e n z a r o n a pasarse a las tropas d e C o n s t a n t i n o M o n ó m a c o ,
superiores en n ú m e r o , q u e h a b í a v e n i d o m i e n t r a s t a n t o desde el
E s t e del i m p e r i o .
La influencia d e C o n s t a n t i n o I X en la vida eclesiástica apenas
alcanzó la q u e los e m p e r a d o r e s bizantinos a c o s t u m b r a b a n a
t e n e r en este t e r r e n o . A l r e d e d o r de 1050 fundó el monasterio
de San J o r g e , en el b a r r i o de M a n g a n o de la capital, y lo decoró
ricamente, d a d a su afición a las construcciones lujosas con dis-
tintas edificaciones y zonas ajardinadas. Es también digno de
mención en la época de este e m p e r a d o r , el gran monasterio
de E n e r g i t e s , de C o n s t a n t i n o p l a , f u n d a d o en 1048, q u e s u p e r ó
en importancia para el futuro a la propia fundación imperial
c o n t e m p o r á n e a , a u n q u e las normas fundamentales para poste-
riores construcciones d e otros m u c h o s monasterios fueron dadas
por el m o d e l o de su estilo particular.
Miguel Cerulario, 'el h o m b r e q u e marcó la vida religiosa de
los q u i n c e años siguientes, era u n amigo político del E m p e r a d o r ,
que i n t e r v i n o con él en una conspiración contra Miguel I V .
tras cuyo fracaso decidió hacerse monje. A la sombra de su
fuerte personalidad se desarrolló el principal acontecimiento
del g o b i e r n o de C o n s t a n t i n o , p o r su transcendencia histórica y
su p r o f u n d a tragedia: la separación definitiva e n t r e la cristian-
dad de O r i e n t e y la d e O c c i d e n t e . R e a l m e n t e , ya desde el pa-
triarca Sergio I I la separación d e las dos Iglesias eta un h e c h o
irrefutable, p e r o el Cisma no se p r o d u j o hasta 1054.
El n u e v o conflicto surgió p o r u n a diferencia de opiniones,
q u e se manifestó en las regiones fronterizas entre las esferas
eclesiásticas d e C o n s t a n t i n o p l a y R o m a . La postura fanática y
falta de perspectiva d e los o p o n e n t e s d e ambos b a n d o s — e n

222
Roma figuraron c o m o r e p r e s e n t a n t e s del m o v i m i e n t o cluniacense
el cardenal H u m b e r t o d e Silva C a n d i d a y Federico d e Lorena;
en Bizancio, en p r i m e r lugar, el patriarca Miguel C e r u l a r i o —
hizo q u e desacuerdos sobre p r o b l e m a s teológicos, como las dis-
cusiones ya antiguas sobre el e m p l e o del pan ácimo en la misa,
el m a t r i m o n i o de los sacerdotes, el ayuno de los sábados y el
origen del E s p í r i t u Santo, d e s e m b o c a r a n en u n a enemistad cada
vez mayor, acrecentada d e forma publicitaria p o r ambas partes
en u n a medida s o r p r e n d e n t e para aquella época. La crisis al-
canzó su p u n t o álgido al viajar a C o n s t a n t i n o p l a el cardenal
H u m b e r t o , e n v i a d o p o r el papa León I X para actuar como in-
termediario a n t e C o n s t a n t i n o . P e r o solamente consiguió em-
peorar el a n t a g o n i s m o con el patriarca Miguel, a pesar de todos
los esfuerzos del E m p e r a d o r y del patriarca P e d r o I I I de Antio-
quía. F i n a l m e n t e la embajada latina formuló u n a d u r a bula
de e x c o m u n i ó n contra Cerulario y sus seguidores el 16 de julio
del a ñ o 1054, e s t a n d o r e u n i d o el clero y el p u e b l o en el altar
mayor de Santa Sofía. P e r o el p a r t i d o o p u e s t o n o permaneció
impasible: Cerulario, llevado por la disposición del p u e b l o ,
consiguió arrastrar al vacilante E m p e r a d o r e inducirle a a p r o b a r
una e x c o m u n i ó n c o n t r a los latinos. A u n c u a n d o los contem-
poráneos apenas se dieron cuenta del efecto de estos aconte-
cimientos, su consecuencia fue la separación e n t r e la religión
o r t o d o x a y la religión cristiana occidental, separación todavía
hoy sin superar.

El comienzo del cisma fue el ú l t i m o acontecimiento impor-


tante q u e vivió el e m p e r a d o r C o n s t a n t i n o I X M o n ó m a c o . El 11
de e n e r o d e 1055 m u r i ó el E m p e r a d o r , q u e al final de su reinado
se había hecho i m p o p u l a r e n t r e los funcionarios y la Iglesia,
por agravar los métodos d e vigilancia de los impuestos.
La emperatriz T e o d o r a siguió a su c u ñ a d o a la t u m b a veinte
meses después, a primeros de s e p t i e m b r e de 1056. La última
representante de la gran dinastía macedónica volvió a gobernar
con gran acierto, y, ya en su lecho m o r t u o r i o , accedió al deseo
de quienes la rodeaban, de designar como e m p e r a d o r a un
m a d u r o funcionario militar, quien llevaría el n o m b r e de Mi-
guel V I . N u n c a en la historia bizantina parece h a b e r sido tan
p o d e r o s o el p a r t i d o civil como bajo su breve reinado. Los
ascensos de los funcionarios se sucedían sin interrupción, y
los miembros del S e n a d o apenas podían eludir honores y re-
galos.
El t e s t a m e n t o de E u s t a q u i o Boilas, e x c e l e n t e m e n t e redactado
en 1059, da la explicación de las condiciones de vida de la tropa,
m u c h o m e n o s favorables. Este magnate, p r o c e d e n t e de una
familia búlgara, a u n q u e p l e n a m e n t e helenizada, llegó a ser miem-

223
b r o del S e n a d o c o m o d i g n a t a r i o de Capadocia. P e r o se vio en-
v u e l t o en una conspiración y fue trasladado a la frontera de
I b e r i a , c o n s t a n t e m e n t e amenazada p o r los selyúcidas. Allí con-
siguió, con d u r o trabajo, convertir los once p e q u e ñ o s fundos q u e
le h a b í a n sido asignados en u n a tierra civilizada., P e r o sólo
p u d o disfrutar d e u n a p a r t e del é x i t o : el c o m a n d a n t e de la
frontera, q u e pertenecía a la nobleza d e aquella región, q u i t ó
a E u s t a q u i o Boilas c u a t r o de las p r o p i e d a d e s q u e le habían sido
cedidas, para ponerlas bajo su propia dirección. F i n a l m e n t e ,
E u s t a q u i o sólo disponía d e u n a p e q u e ñ a p a r t e d e sus bienes
— y d e u n a biblioteca d e n o v e n t a v o l ú m e n e s — c u a n d o a su
m u e r t e r e p a r t i ó su f o r t u n a e n t r e sus dos hijas. Sus posesiones
se r e d u c í a n a dos m o n a s t e r i o s fundados por él y cinco esclavos
dejados en l i b e r t a d . E l q u e h o m b r e s c o m o Boilas, q u e habían
llevado toda la carga d e la defensa de la frontera y la primitiva
situación de los límites del I m p e r i o , p r e t e n d i e r a n bajo tales
condiciones alcanzar u n a m a y o r influencia en la política, es per-
fectamente c o m p r e n s i b l e .
La nobleza militar n o se c o n f o r m ó con su situación. El Em-
p e r a d o r p r e p a r ó u n r e c i b i m i e n t o muy frío a u n a delegación de
altos oficiales, q u e bajo el m a n d o d e l katakalon Cecaumeno,
q u e r í a n e x p o n e r al E m p e r a d o r sus deseos. E n la llanura d e
G u n a r i a , en el C a s t a m ó n , los generales descontentos eligieron
a Isaac C o m n e n o c o m o E m p e r a d o r y organizaron u n a t a q u e
c o n t r a C o n s t a n t i n o p l a . La victoria d e los rebeldes sobre las
u n i d a d e s fieles al E m p e r a d o r a b r i ó a C o m n e n o el camino hacia
la capital, m i e n t r a s q u e Miguel VI aún i n t e n t ó convencer al
caudillo de los insurrectos de q u e aceptara el t í t u l o d e César
y renunciara a su rebelión. Al colocarse t a m b i é n M i g u e l Ceru-
lario e n t r e los p r e t e n d i e n t e s al t r o n o , y comenzar a trabajar
p a r a conseguirlo d e s d e S a n t a Sofía, n o le q u e d ó a Miguel V I
más r e m e d i o q u e abdicar y e n t r a r en el m o n a s t e r i o q u e el pa-
triarca le asignó.
E l n u e v o E m p e r a d o r h a b í a conseguido el t r o n o c o m o caudillo
del p a r t i d o militar, p e r o n o cayó en el error d e m o s t r a r de-
m a s i a d o a b i e r t a m e n t e su a n t i p a t í a hacia los senadores y altos
funcionarios del régimen e l i m i n a d o . E n m u y poco t i e m p o recom-
p e n s ó a sus c o m p a ñ e r o s de batalla, e, i n e s p e r a d a m e n t e , envió a
las tropas q u e h a b í a n e n t r a d o con él en la capital d e vuelta
a sus posiciones en las provincias. T o d o s los q u e habían ayu-
d a d o al u s u r p a d o r a hacerse con el p o d e r fueron t o m a d o s por
el E m p e r a d o r a su servicio, siempre q u e resultaran aptos. Así
p o r ejemplo, Psellos y su amigo Leicudes o b t u v i e r o n también
bajo los C o m n e n o s altos cargos. Sin e m b a r g o , en el t e r r e n o d e
la política interior, el E m p e r a d o r trazó sin vacilar nuevos cami-

224
nos: p o r todos los medios posibles i n t e n t ó llenar d e n u e v o las
arcas del E s t a d o , casi vacías, r e c u r r i e n d o incluso a la expropia-
ción por la fuerza. N i las p r o p i e d a d e s eclesiásticas q u e d a r o n
libres de esta m e d i d a , a u n c u a n d o Isaac C o m n e n o , inmediata-
mente después d e subir al t r o n o , concedió a Santa Sofía u n a
administración financiera i n d e p e n d i e n t e , haciéndolo constar en
un d o c u m e n t o .
E n t r e t a n t o Miguel C e r u l a r i o no p e n s a b a ceder en su pos-
tura respecto a las posesiones d e la Iglesia ni respecto a otros
conceptos, a n t e el E m p e r a d o r , a q u i e n había p r o p o r c i o n a d o la
corona. P a r a Miguel C e r u l a r i o el poder eclesiástico estaba por
encima del laico, c o m o p r u e b a su cruz patriarcal hallada recien-
temente. E n esta o b r a d e a r t e se r e p r e s e n t a , j u n t o al milagro
del arcángel Miguel y el e n c u e n t r o d e J o s u é con el ángel antes
de la e n t r a d a en Jericó, al p a p a Silvestre p r e s e n t a n d o los ico-
nos de los apóstoles P e d r o y P a b l o al E m p e r a d o r , r e s p e t u o s a m e n t e
arrodillado a n t e él: bajo la influencia del m o d e l o d e u n papa
romano, el patriarca más i m p o r t a n t e d e la n u e v a R o m a hace
plasmar en u n c u a d r o en el siglo x i su c o n c e p t o de la primacía
de la Iglesia sobre el E s t a d o . Y si ya no p e n s a b a en subordi-
narse a! o b i s p o de R o m a , m u c h o m e n o s se podía esperar d e
él q u e estuviera d i s p u e s t o a reconocer al e m p e r a d o r bizantino
como h o m b r e clave del I m p e r i o .
Cerulario parece h a b e r s u b e s t i m a d o el p o d e r del primer Com-
n e n o q u e subió al t r o n o imperial. Las amenazas d e excomunión
lanzadas p o r el jefe d e la Iglesia no i m p r e s i o n a r o n demasiado
a Isaac. E n el o t o ñ o de 1057 éste le hizo p r e n d e r p o r su
guardia, al a b a n d o n a r la ciudad para visitar u n m o n a s t e r i o .
P e r o t a m p o c o en su d e s t i e r r o d e I m b r o s Miguel C e r u l a r i o se
m o s t r ó d i s p u e s t o a r e n u n c i a r a su cargo. P o r la gran populari-
dad del patriarca en C o n s t a n t i n o p l a , el S í n o d o t u v o q u e ser
convocado en Sestos, e s c r i b i e n d o Psellos el a u t o d e procesa-
m i e n t o c o n t r a su antiguo amigo. E s t a era la única forma d e
destituir a C e r u l a r i o sin correr peligro. Sin e m b a r g o , el a c u e r d o
d e destitución no llegó a t o m a r s e en este S í n o d o , pues Miguel
Cerulario m u r i ó y C o n s t a n t i n o Leicudes resultó ser u n o d e los
más fieles partidarios del E m p e r a d o r .
Ya con la destitución d e C e r u l a r i o el e m p e r a d o r Isaac había
llegado m u y lejos. N a d a p u d o resultarle entonces más inopor-
t u n o q u e el r e p e n t i n o fallecimiento del expatriarca. A u n c u a n d o
el E m p e r a d o r consiguió pacificar c o m p l e t a m e n t e la frontera orien-
tal del I m p e r i o , resolvió el p r o b l e m a de los h ú n g a r o s y en 1059
rechazó u n a t a q u e d e los pechenegos, sufriendo grandes pér-
didas, la i n q u i e t u d del p u e b l o b i z a n t i n o a n t e la m u e r t e d e Miguel
Cerulario, la a n t i p a t í a d e los funcionarios hacia el «emperador-

225
soldado» y la oposición d e la Iglesia, o c u p a r o n t o d a su política
interior. E n f e r m o y en u n m o m e n t o d e h o n d a resignación, el
E m p e r a d o r abdicó a finales d e n o v i e m b r e del 1059 y se hizo
monje en el m o n a s t e r i o d e E s t u d i o , d o n d e ya h a b í a vivido
p a r t e d e su j u v e n t u d con su h e r m a n o J u a n , q u i e n rechazó el
poder.
Decisión de gran trascendencia fue la determinación del em-
p e r a d o r Isaac d e n o m b r a r a C o n s t a n t i n o D u c a s como su suce-
sor antes d e abdicar. El h e c h o d e q u e C o m n e n o e n c o m e n d a r a
especialmente el c u i d a d o d e su familia al n u e v o E m p e r a d o r es-
taba d e s t i n a d o a conseguir u n a u n i ó n política, q u e como lazo
e n t r e la principal familia d e la nobleza funcionaria de la capital,
y u n a d e las más i m p o r t a n t e s familias del círculo de los mili-
tares, p e r m i t i e r a a la dinastía d e los C o m n e n o t o m a r el poder.
La s u b i d a al t r o n o d e Alejo I en el a ñ o 1081 es difícil d e
imaginar sin la regulación h e r e d i t a r i a llevada a c a b o en 1059.
A u n c u a n d o C o n s t a n t i n o D u c a s fue p r o p u e s t o para e m p e r a d o r
p o r Isaac C o m n e n o , n o d u d ó , sin e m b a r g o , en p r o p o r c i o n a r a la
nobleza funcionaria la misma posición d o m i n a n t e en el Im-
perio d e q u e gozaba antes d e 1057. A h o r a Psellos y sus ami-
gos tenían t o d o el p o d e r en sus m a n o s , y las esferas eclesiás-
ticas q u e habían p e r m a n e c i d o fieles a Cerulario volvieron a
tener gran influencia, pues C o n s t a n t i n o X se había casado con
una sobrina del gran patriarca.
La nobleza civil d e la capital i n t e n t a b a con ahínco asegurarse
para siempre su recobrada posición. E s t e deseo fue por fin
alcanzado al abrirse el círculo d e los senadores a varios grupos
de la burguesía, q u e de este m o d o p u d i e r o n identificarse en
gran m e d i d a con la esfera más alta del E s t a d o . O t r a s m e d i d a s
de política interior, c o m o el a r r e n d a m i e n t o d e i m p u e s t o s , casi
c o n v e r t i d o en ley, y la aparición de la v e n t a de cargos hasta
en lo más alto de la administración financiera del I m p e r i o ,
c o n t r i b u y e r o n a restar estabilidad i n t e r n a a las instituciones
estatales.
H a b i d a c u e n t a d e q u e con las m e d i d a s expuestas el E s t a d o
no p o d í a conseguir ya más fondos y de q u e , al m i s m o tiempo,
se h a b í a n gastado grandes sumas d e dinero en m a n t e n e r la
corte imperial, en la Iglesia y en los príncipes de las tribus
vecinas, e m p e z ó a a h o r r a r s e sobre t o d o en el ejército. Este
h e c h o t u v o graves consecuencias, pues la favorable situación
de la política exterior, en q u e se hallaba el I m p e r i o bajo el
sucesor i n m e d i a t o de Basilio I I , hacía t i e m p o q u e se h a b í a
perdido.
E n la Italia del sur, d o n d e los bizantinos h a b í a n l u c h a d o re-
c i e n t e m e n t e , éstos fueron p e r d i e n d o sus territorios a causa de

226
los ataques d e R o b e r t o G u i s c a r d o . E n la frontera del D a n u -
bio los h ú n g a r o s consiguieron en 1064 ocupar Belgrado, y en el
curso inferior del río, pechenegos y uzos acosaron d u r a m e n t e
al ejército b i z a n t i n o . F u e u n a s u e r t e para el I m p e r i o q u e las
bandas de uzos, tras llevar a cabo devastadoras incursiones de
pillaje, fueran e x t e r m i n a d a s , incluso las del interior d e Grecia,
por u n a epidemia, e n t r a n d o las fuerzas restantes d e esta tribu
al servicio del E m p e r a d o r .
A n t e el peligro de los turcos en la frontera oriental del Im-
perio, q u e ese a ñ o e n t r a r o n p o r primera vez en contacto con
los bizantinos, fue c u a n d o más claramente se manifestó la de-
bilidad del g o b i e r n o de C o n s t a n t i n o . D e s p u é s de la ocupación
del I m p e r i o de A n i p o r los b i z a n t i n o s , s o b r e v i n o en éste u n
cambio r e p e n t i n o y f u n d a m e n t a l con respecto a la situación
del p o d e r . Con increíble rapidez se h a b í a n asentado, p r i m e r o
en Persia y después en M e s o p o t a m i a , unas tribus turcas proce-
dentes d e Asia interior, las cuales en 1048 p e n e t r a r o n también
en t e r r i t o r i o b i z a n t i n o con u n gran ejército. El terrible saqueo
q u e sufrió Teodosiópolis y otras incursiones en el hinterland
de T r e b i s o n d a , d e m o s t r a r o n c u a n peligroso era el n u e v o ene-
migo. El I m p e r i o se vio c o n s t a n t e m e n t e i n v a d i d o por nuevos
contingentes turcos, y las fuerzas armadas, q u e habían sido
descuidadas por el g o b i e r n o , sólo p u d i e r o n o b t e n e r , muy a d u r a s
penas, éxitos defensivos. Da la impresión de que la defensa
frente a la invasión de los p u e b l o s turcos hacia el O e s t e fue
llevada en su mayor p a r t e p o r los georgianos y por los príncipes
cristianos de Iberia. P u e d e darnos u n a idea de la situación el
hecho de que al tener lugar la victoriosa rebelión de Isaac Com-
n e n o en 1057 poderosas u n i d a d e s del ejército fueran moviliza-
das hacia C o n s t a n t i n o p l a , lo q u e llevó consigo devastadores
saqueos de las ciudades de M e l i t e n e y Sebaste. Bajo Constan-
tino X , Bizancio prefirió la negociación, a pesar de que el ge-
neral turco Togrul-Beg había a n u n c i a d o a b i e r t a m e n t e en 1058
la reanudación de la campaña invasora m u s u l m a n a en los terri-
torios cristianos. T a m p o c o fue necesario a u m e n t a r los esfuerzos
defensivos al entregar el príncipe de Cars, ya sin esperanzas,
su país a los bizantinos. Así sobrevinieron con toda fuerza los
ataques turcos a las provincias orientales a finales del r e i n a d o
del e m p e r a d o r C o n s t a n t i n o . E n vez d e atacar ú n i c a m e n t e la re-
gión fronteriza bizantina como había hecho antes, Alp-Arslan,
sucesor de Togrul-Beg, o c u p ó A n i en el a ñ o 1065 y dirigió
u n a expedición hacia Cesárea en 1067. E n el a ñ o 1068 tu-
vieron lugar numerosas correrías y saqueos hasta la región de
A m o r í o , ttas u n a batalla contra la ciudad siria de Neocesárea.

227
C o n s t a n t i n o X D u c a s h a b í a m u e r t o e n t r e t a n t o . La difícil cri-
sis e n q u e se e n c o n t r a b a la política exterior del I m p e r i o t u v o
como consecuencia el q u e , tras varios meses de i n t e r r e g n o con
E u d o c i a , viuda del E m p e r a d o r , el r e p r e s e n t a n t e del p a r t i d o
militar, el general R o m a n o D i ó g e n e s , n a t u r a l del este d e Ana-
tolia, consiguiera la diadema imperial, a pesar de todas las
precauciones t o m a d a s p o r el d i f u n t o E m p e r a d o r . El 1 d e e n e r o
d e 1068 fue c o r o n a d o p o r el patriarca J u a n Jifilino, q u e le
había a y u d a d o en la lucha p o r el p o d e r .
Si con R o m a n o I V Diógenes fue posible q u e u n m i e m b r o del
p a r t i d o militar llegara a ser e m p e r a d o r , en contra de la fuerte
oposición d e los influyentes círculos cortesanos formados e n
torno a M i g u e l Psellos, se d e b i ó solamente a q u e se esperaba
d e él q u e t e r m i n a r a con la amenaza d e los selyúcidas en el Este
del I m p e r i o , d a d o q u e se le consideraba u n general capacitado
p o r su actuación e n las luchas frente a los pechenegos. E l
e m p e r a d o r R o m a n o se hizo cargo de este p r o b l e m a y pareció
h a b e r l o r e s u e l t o r e a l m e n t e tras las victoriosas operaciones en
Siria d u r a n t e los años 1068 y 1069. Al p e n e t r a r en 1070 grupos
devastadores d e turcos hasta Coni y la p a r t e alta del valle
del M e a n d r o , se p r e p a r ó p a r a el año siguiente un n u e v o com-
b a t e c o n t r a el enemigo oriental, para acabar d e u n a vez p o r
todas con tal amenaza. D e s p u é s d e q u e el E m p e r a d o r h u b o
r e u n i d o en Dórilea u n gran ejército, c o m p u e s t o p o r francos,
armenios, n o r m a n d o s , uzos y pechenegos, salió de Capadocia
en dirección al lago V a n . T r a s las primeras victorias de los
bizantinos, se hizo cada vez más p a t e n t e la s u p e r i o r i d a d táctica
del enemigo t u r c o . El grueso del ejército griego, del cual el
E m p e r a d o r sólo había separado u n c u e r p o para la toma de Jilat,
fue atacado c o n t i n u a m e n t e , sin q u e las fuerzas del E m p e r a d o r
p u d i e r a n siquiera p o n e r en peligro la posición o la resistencia
del e n e m i g o . C u a n d o a finales de agosto el E m p e r a d o r q u i s o
forzar el desenlace en p l e n o c a m p o d e batalla, los selyúcidas
sacaron al ejército bizantino d e su c a m p a m e n t o fortificado de
Manzicerta, cercaron con su caballería las dos alas y lo aniqui-
laron; A n d r ó n i c o D u c a s , c o m a n d a n t e de la retaguardia bizantina,
i n t e n t ó correr en ayuda d e las u n i d a d e s acorraladas, p e r o sin
gran éxito. E l E m p e r a d o r , a pesar de su valentía, cayó h e r i d o
en m a n o s del e n e m i g o y fue llevado m a n i a t a d o a n t e el sultán
Alp-Arslan.

La catástrofe d e Manzicerta pareció leve en u n principio, te-


n i e n d o en c u e n t a sus consecuencias: R o m a n o I V firmó con el
sultán u n t r a t a d o por el q u e se c o m p r o m e t í a a pagar u n rescate
y a devolver los prisioneros turcos, al t i e m p o q u e contraía la
obligación de p r o p o r c i o n a r en el f u t u r o u n c o n t i n g e n t e militar

228
para el ejército d e los v e n c e d o r e s . Sin e m b a r g o , el I m p e r i o bi-
zantino q u e d ó libre d e p é r d i d a s territoriales.
C u a n d o R o m a n o I V , d e s p u é s de algunos días, fue liberado d e
la cautividad selyúcida, llegó a la capital la noticia de lo ocu-
r r i d o en Manzicerta. La plantilla de altos funcionarios del Im-
perio, a n t e la noticia d e la d e r r o t a del E m p e r a d o r , t o m ó inme-
d i a t a m e n t e la decisión d e destituirle. T r a s obligar a la emperatriz
E u d o x i a a e n t r a r en u n c o n v e n t o , Miguel V I I , discípulo d e
Psellos, t o m ó el p o d e r estatal en sus m a n o s . El d e s t i t u i d o Ro-
m a n o I V no se resignó a este desenlace d e los acontecimien-
tos. Gracias a la ayuda armenia le fue posible organizar u n
ejército y o p o n e r u n a considerable resistencia, p r i m e r o en Ama-
sia y después en Cilicia, a los ejércitos enviados contra él bajo
las ó r d e n e s d e C o n s t a n t i n o y A n d r ó n i c o D u c a s . C u a n d o final-
m e n t e se r i n d i ó a los nuevos g o b e r n a n t e s , fue cegado en el ca-
m i n o a C o n s t a n t i n o p l a , m u r i e n d o p o r las h e r i d a s sufridas el 4
de agosto d e 1072.
F u e entonces c u a n d o M a n z i c e r t a se convirtió v e r d a d e r a m e n t e
en u n a catástrofe. Los turcos, q u e h a b í a n a p o y a d o al e m p e r a d o r
R o m a n o en su i n t e n t o de volver al t r o n o , a n u l a r o n los acuerdos
firmados con el desgraciado E m p e r a d o r e invadieron de n u e v o
el t e r r i t o r i o b i z a n t i n o . Miguel V I I y sus consejeros no estaban
ya en condiciones d e levantar o t r o d i q u e contra el t o r r e n t e
selyúcida. T o d a Asia M e n o r sería en los p r ó x i m o s años u n a
presa fácil para los invasores t u r c o s .
Varias fueron las causas q u e llevaron no sólo a la derrota
de Manzicerta, sino t a m b i é n , a consecuencia de ésta, a la pér-
dida d e m u c h o s territorios en Asia M e n o r . P e r o no se p u e d e
tratar d e e n c o n t r a r estas causas sólo en el desarrollo político
del I m p e r i o y d e su frontera oriental desde Basilio I I . E n pri-
mer lugar, y d u r a n t e el t r a n s c u r s o de las luchas, se hizo p a t e n t e
la superioridad técnica de los selyúcidas, p u e s , en contraste con
éstos, los bizantinos h a b í a n d e s c u i d a d o desde hacía t i e m p o el
cuerpo de arqueros a caballo. E n el t e r r e n o político sobrevino
así el progresivo h u n d i m i e n t o del famoso sistema de los es-
tratiotas. R e s u l t ó decisivo el e x t e r m i n i o del ejército armenio
bajo C o n s t a n t i n o M o n ó m a c o , u n a vez disuelta su poderosa mi-
licia, sin q u e d e s d e entonces Bizancio fuera capaz o siquiera
tuviera la intención d e organizar la defensa eficaz del I m p e r i o .
En lugar de esto, los territorios controlados p o r los akrit o
los gázis, de ascendencia turca, acusaron cada vez más la in-
fluencia del sultán d e los selyúcidas, cuya t o l e r a n t e política causó
cierta sensación e n t r e la población de la Anatolia más occidental,
d o n d e se habían avenido, sin gran diticultad, a la nueva domi-
nación m a h o m e t a n a .

229
M i g u e l V I I n o era el h o m b r e de q u i e n p u d i e r a esperarse
u n a solución a los p r o b l e m a s d e la política exterior e interior
del E s t a d o , p u e s ya en los comienzos d e su gobierno la luchas
solapadas contra R o m a n o Diógenes absorbían c o m p l e t a m e n t e
las m o d e s t a s fuerzas del p a r t i d o d o m i n a n t e en la capital. A par-
tir d e 1 0 7 3 , tras sucesivas invasiones, Asia M e n o r cayó en p o d e r
d e los selyúcidas. C u a n d o en 1071 R o b e r t o G u i s c a r d o t o m ó
Bari, el ú l t i m o p u n t o d e apoyo bizantino en Italia, el I m p e r i o
t a m b i é n se vio a m e n a z a d o p o r este lado, p o r el progresivo au-
m e n t o del p o d e r n o r m a n d o . N i siquiera el d o m i n i o bizantino
sobre los Balcanes q u e d ó a salvo. Sólo con el empleo d e todas
sus fuerzas, el general Nicéforo Brienio p u d o hacer frente a
u n a sublevación. E s t e general, originario d e la costa adriática,
alcanzó su mayor éxito con la proclamación de u n n u e v o zar en
P r i z r e n , en el c e n t r o d e los territorios del zar Samuel. Sin
e m b a r g o , la situación en Croacia n o q u e d ó paralizada. Su prín-
cipe h a b í a liberado al país, desde hacía ya t i e m p o , de la su-
premacía bizantina i m p u e s t a p o r Basilio I I , y en 1076, al igual
q u e u n a ñ o más tarde el s o b e r a n o d e Z e t a , actual M o n t e n e g r o ,
recibió la corona imperial de m a n o s d e u n legado del p a p a
G r e g o r i o V I I . La debilidad del ú l t i m o e m p e r a d o r de la dinastía
D u c a s fue debida a q u e la e n e m i s t a d de su g o b i e r n o con el papa,
q u e era consciente de su p o d e r y de su misión, se transformó
en brusca oposición, en u n ruego de ayuda y u n a oferta d e
restablecimiento d e la u n i d a d eclesiástica.
E n el t e r r e n o de la política interior, el l e n t o e m p o b r e c i m i e n t o
económico p r o d u j o u n a v e r d a d e r a crisis. Especialmente el au-
m e n t o del precio del trigo, a l i m e n t o básico d e m u c h o s sectores
de la población, acarreó u n a catastrófica carestía de vida. E s t a
a u m e n t ó al tomar el Logoteta Niceforizes el p u e s t o d e Miguel
Psellos y nacionalizar éste el comercio d e cereales. P e r o en vez
d e bajar los precios, el p o d e r o s o m i n i s t r o los elevó, p a r a au-
m e n t a r los ingresos del E s t a d o , p r o v o c a n d o la oposición airada
de la nobleza de la capital. P e r o a u n antes h a b í a a r r e m e t i d o
ya contra los latifundios, al reservar al E s t a d o el comercio de
cereales y sancionar con d u r o s castigos las infracciones de los
distintos decretos. P e r o p r o n t o naufragó la política de economía
centralizada. T a m b i é n los salarios de los obreros fueron subien-
do, como consecuencia del alza general de los precios y el
p o d e r o s o Niceforizes fue d e s t i t u i d o poco d e s p u é s q u e el p r o p i o
E m p e r a d o r y m u r i ó en el t o r m e n t o . El inmenso almacén d e
R e d e s t o , en el mar d e M á r m a r a , d o n d e se g u a r d a b a el cereal
estatal d e s t i n a d o a C o n s t a n t i n o p l a , fue asaltado y d e r r i b a d o
bajo Miguel V I L

230
E r a previsible q u e t a m b i é n bajo Miguel V i l hubiera levan-
tamientos militares, ya q u e el E m p e r a d o r era m i e m b r o d e la
aristocracia d e funcionarios en lugar d e p r o c e d e r del ejército
c o m o su antecesor. Sin e m b a r g o , fue u n o d e sus propios pa-
rientes q u i e n , j u n t o con el cesar J u a n D u c a s , le d i s p u t ó prime-
r a m e n t e el t r o n o desde Bitinia en el o t o ñ o d e 1073. Ursel de
Bailleul, caudillo de los n o r m a n d o s e n el ejército b i z a n t i n o , q u e
habría de llevarle al p o d e r , fue d e r r o t a d o sin e m b a r g o por
Alejo C o m n e n o , fiel al E m p e r a d o r , q u i e n h a b í a reforzado con
gran n ú m e r o d e turcos las u n i d a d e s bajo su m a n d o .
E n el i n v i e r n o del a ñ o 1077 se rebelaron los altos oficiales
contra el E m p e r a d o r . E l a b u e l o del cesar e historiador del m i s m o
n o m b r e , Nicéforo Brienio, se sublevó como c o m a n d a n t e de
D i r r a q u i o y, en los p r i m e r o s días de n o v i e m b r e de 1077, t o m ó
su ciudad p a t e r n a , A d r i a n ó p o l i s . Pocas semanas después Nicé-
foro Botaniates, strategos d e Anatolia, n e g ó su obediencia al
E m p e r a d o r y dirigió los ejércitos de la nobleza militar d e Asia
M e n o r contra C o n s t a n t i n o p l a . C o n apoyo d e los selyúcidas, Bo-
taniates se a d e l a n t ó a su rival en la mitad oriental del I m p e -
rio: c u a n d o en marzo d e 1078 o c u p ó Nicea, t u v o lugar e n Bi-
zancio u n a revolución q u e costó el t r o n o a Miguel V I I y llevó
a la destitución d e su h o m b r e d e confianza, Niceforizes. Mi-
guel V I I se hizo monje — l l e g a n d o más tarde a ser incluso
arzobispo de E f e s o — y el general d e Asia M e n o r e n t r ó en la
capital haciéndose coronar con el n o m b r e d e Nicéforo I I I y
casándose con M a r í a d e Alania, la bella esposa del d e s t i t u i d o
Emperador.
Sobre el g o b i e r n o de Nicéforo Botaniates hay poco q u e decir.
Siguiendo el ejemplo d e sus predecesores, comenzó p o r colmat
de regalos y títulos a sus partidarios n a d a m á s t o m a r el p o d e r ,
sin pararse a considerar q u e con su política d e acercamiento a
los selyúcidas d i s m i n u í a n c o n s i d e r a b l e m e n t e los ingresos del Im-
perio, tras la ocupación casi total d e Asia M e n o r y la fundación
allí del s u l t a n a t o de I c o n i o p o r Solimán, p r i m o de Alp-Arslan.
La g e n e r o s i d a d del E m p e r a d o r hacia sus partidarios n o fue
igual en todos los casos. A esto se d e b i ó q u e t a m b i é n bajo el
reinado d e Botaniates estallaran l e v a n t a m i e n t o s en diversos p u n -
tos del I m p e r i o . Nicea y D i r r a q u i o fueron focos d e estos en-
frentamientos, q u e p u d i e r o n ser sofocados en poco t i e m p o p o r
el general más hábil del E m p e r a d o r , Alejo C o m n e n o . D e s d e el
a ñ o 1080 C o m n e n o dejó ver c l a r a m e n t e q u e estaba d i s p u e s t o
a arriesgarse p a r a conseguir la d i a d e m a imperial. C o m o político
inteligente, Alejo n o t r a t ó d e llevar a c a b o sus planes por
m e d i o d e las a r m a s , sino q u e s u p o hacer q u e sus competidores
r e n u n c i a r a n a la dignidad imperial, d u r a n t e u n a entrevista en

231
Z u r u l ó n , n e g á n d o s e también a aceptar la p r o p u e s t a d e dividir
el I m p e r i o en dos p a r t e s , u n a e u r o p e a y otra asiática. C o n la
ayuda d e m e r c e n a r i o s g e r m a n o s , C o m n e n o consiguió e n t r a r per-
s o n a l m e n t e en C o n s t a n t i n o p l a , q u e fue saqueada d u r a n t e tres
días. E l 4 d e abril del a ñ o 1081 el patriarca C o s m e H i e r o s o -
limites c o r o n ó a Alejo C o m n e n o , d e s p u é s d e enviar a Nicéfo-
ro I I I al c o n v e n t o de P e r i b l e p t o s .

II. Los éxitos del Imperio de los Comneno

El e m p e r a d o r Alejo I era m i e m b r o d e u n a familia originaria


del valle d e T u n d s a , en las cercanías de A d r i a n ó p o l i s . E s t a fa-
milia h a b í a conseguido a d u e ñ a r s e de grandes territorios, sobre
t o d o en la región d e C a s t a m ó n , y bajo Basilio I I h a b í a ascendido
a la clase social d o m i n a n t e del I m p e r i o b i z a n t i n o . E n el a ñ o
1057, con el e m p e r a d o r Isaac, n o h a b í a n i n g u n a posibilidad
política de q u e u n C o m n e n o aspirara a la diadema imperial, y
ahora con Alejo I en el poder, las opiniones y suposiciones
a u m e n t a r o n en n ú m e r o y variedad. Varios m i e m b r o s d e la
familia C o m n e n o se h a b í a n iniciado en la v i d a política y dis-
t i n g u i d o en el ejército tras la m u e r t e del p r i m e r g o b e r n a n t e
p e r t e n e c i e n t e a esta familia, la cual estaba f u e r t e m e n t e vinculada
por n u m e r o s o s m a t r i m o n i o s a los demás linajes dirigentes. D e
este m o d o Alejo I , además d e los C o m n e n o , tenía d e su p a r t e
a varios g r u p o s de la nobleza griega, g o b e r n a n t e s del I m p e r i o
b i z a n t i n o . T o d o esto explica q u e los C o m n e n o conservaran en
su p o d e r la corona imperial d u r a n t e más de cien años.
A u n c u a n d o se p u e d e calificar d e positiva la situación del
p o d e r d u r a n t e el r e i n a d o de Alejo, al margen de la política fa-
miliar b i z a n t i n a , la situación del I m p e r i o p o r lo q u e se refiere
a la política exterior era en 1081 sencillamente catastrófica.
Los c o n t i n u o s golpes de estado y, en consecuencia, los d i s t u r b i o s ,
semejantes a guerras civiles, llevaron al E s t a d o b i z a n t i n o al b o r d e
d e la q u i e b r a , n o sólo p o r la situación de su economía, sino
t a m b i é n p o r las difíciles condiciones sociales. La m i s m a estabi-
lidad del I m p e r i o pareció estar en peligro p o r los i n i n t e r r u m -
p i d o s a t a q u e s enemigos en t o d a s las fronteras. E l control de
esta grave crisis, así c o m o el h e c h o de h a b e r d a d o al I m p e r i o
u n a firme estabilidad, c o n v i r t i é n d o l o n u e v a m e n t e e n u n a po-
tencia militar, y t o d o ello p o r m e d i o s diplomáticos, es el gran
m é r i t o del e m p e r a d o r Alejo. N o es posible valorar esta o b r a
c o m o m e r e c e , p u e s d e b e recordarse q u e al comenzar su g o b i e r n o
t o d a Asia M e n o r , h a s t a las mismas p u e r t a s d e C o n s t a n t i n o p l a ,
estaba i n v a d i d a p o r los selyúcidas, q u e los pechenegos g o b e r n a b a n

232
las provincias al sur d e l D a n u b i o y q u e los n o r m a n d o s h a b í a n
llegado a E p i r o con el p r o p ó s i t o d e a p o d e r a r s e d e la corona
imperial de Bizancio.
E n estas circunstancias la lucha d e Alejo I debía dirigirse en
p r i m e r lugar c o n t r a los n o r m a n d o s . P a r a m a n t e n e r libre su
retaguardia, entregó a los selyúcidas el territorio i n v a d i d o p o r
ellos, para q u e se establecieran en él. C o n esto conservaba al
m e n o s la supremacía b i z a n t i n a sobre el t e r r i t o r i o p e r d i d o , p u e s
c o m o ocurriera ya a n t e r i o r m e n t e con los pechenegos, t a m b i é n
los turcos e n c o n t r a r o n acogida en el I m p e r i o b i z a n t i n o .
C o n los n o r m a n d o s n o valían las negociaciones. A m e n a z a r o n
D i r r a q u i o , p a r a d e s d e allí seguir a v a n z a n d o hacia el E s t e . Alejo
t u v o q u e r o m p e r ' r á p i d a m e n t e el cerco d e la frontera en peligro,
no p u d i e n d o enviar u n ejército al A d r i á t i c o , sencillamente por­
q u e le faltaban los m e d i o s económicos p a r a tal empresa.
E n esta difícil situación, Alejo d e m o s t r ó su sensatez política.
A u n q u e para subir al t r o n o se h a b í a apoyado p r i n c i p a l m e n t e
en los círculos religiosos, n o d u d ó ahora en confiscar los bienes
d e la Iglesia e incluso e n m a n d a r q u i t a r a los iconos sus ador­
nos d e oro y plata. A d u r a s penas consiguió el E m p e r a d o r q u e el
S í n o d o a p r o b a r a tal m e d i d a , ya q u e el arzobispo L e ó n d e
Calcedonia c e n s u r ó al E m p e r a d o r y a sus o b e d i e n t e s patriarcas
p o r su decisión respecto a los iconos. P o r largo t i e m p o pareció
así q u e iba a volverse a la lucha iconoclasta d e los p r i m e r o s
t i e m p o s del I m p e r i o b i z a n t i n o .
P e r o t a m b i é n p o r la vía diplomática, C o m n e n o hizo t o d o lo
posible p a r a debilitar la presión n o r m a n d a sobre su E s t a d o ,
casi indefenso al p r i n c i p i o . E n t r ó en contacto con el p a p a G r e ­
gorio V I I y con el e m p e r a d o r alemán E n r i q u e I V . Ú n i c a m e n t e
la alianza con Venecia, q u e n o quería s o p o r t a r el h e c h o d e q u e
los n o r m a n d o s se a p o d e r a r a n de ambas orillas del A d r i á t i c o y
p u d i e r a n obstaculizar con ello la salida a aquel mar d e los co­
merciantes venecianos, se m o s t r ó d e v e r d a d e r a utilidad en la
lucha contra los n o r m a n d o s . F u e t a m b i é n la flota veneciana
q u i e n ocasionó u n a sensible d e r r o t a a la a r m a d a naval nor­
m a n d a , y consiguió con ello levantar el b l o q u e o m a r í t i m o d e
D i r r a q u i o . E n el c o n t i n e n t e , sin e m b a r g o , los n o r m a n d o s ven­
cieron al ejército imperial, en el q u e servían sobre t o d o merce­
narios extranjeros, y en o c t u b r e de 1081 e n t r a r o n en la d i s p u t a d a
c i u d a d . D e s p u é s , n a d a i m p i d i ó ya el avance de los n o r m a n d o s ,
sus ejércitos i n u n d a r o n E p i r o , Tesalia y M a c e d o n i a , asolaron
Castoria y consiguieron cercar Larisa. F u e u n a suerte p a r a el
m a n d o del ejército b i z a n t i n o q u e g r u p o s a favor de los griegos
desataran u n a revolución contra R o b e r t o G u i s c a r d o en el sur
de Italia, obligándole a a b a n d o n a r el escenario de la batalla.

233
B o h e m u n d o , hijo de R o b e r t o G u i s c a r d o , se encargó del m a n d o
sobre los ejércitos n o r m a n d o s en Tesalia, pero la defensa bi­
zantina fue g a n a n d o más y más terreno. Los venecianos pudie­
ron r e c o n q u i s t a r D i r r a q u i o , y c u a n d o R o b e r t o G u i s c a r d o regresó
a los Balcanes en 1085, la iniciativa en las negociaciones mili­
tares q u e d ó t a m b i é n en m a n o s de los bizantinos. E l ejército de
G u i s c a r d o q u e d ó d i e z m a d o r á p i d a m e n t e a causa de u n a epide­
mia; t a m b i é n el caudillo n o r m a n d o fue víctima de ésta. C u a n d o
estallaron en el sur de Italia las luchas por su sucesión, los
n o r m a n d o s n o d u d a r o n en a b a n d o n a r t o d o el territorio q u e
ocupaban.
J u n t o al creciente p o d e r militar de su I m p e r i o , Alejo I debió
esta victoria sobre t o d o a sus aliados venecianos. Estos, sin
e m b a r g o , n o l u c h a r o n del t o d o d e s i n t e r e s a d a m e n t e y consiguieron
del E m p e r a d o r , en el p e r í o d o de más grave a p u r o de los bi­
zantinos, la firma de u n t r a t a d o , en el q u e no sólo les hacía
unas concesiones m u y ventajosas para el futuro con respecto al
E s t a d o b i z a n t i n o , sino q u e , a la larga, llegaron a ser u n a carga
para éste. E n él se ratificaba que el dogo debía recibir el título
de sebastos, con su c o r r e s p o n d i e n t e pensión anual, el patriarca
de G r a d o la d i g n i d a d de hypertimos y San Marcos de Venecia
u n a ofrenda anual de veinte libras d e o r o ; p e r o el h e c h o de
q u e los venecianos o b t u v i e r a n t a m b i é n el permiso d e libre co­
mercio en el I m p e r i o bizantino iba claramente en contra de los
intereses comerciales y económicos de los bizantinos. N o cambió
n a d a el h e c h o d e q u e Venecia reconociera la superioridad del
e m p e r a d o r b i z a n t i n o sobre la república de San Marcos, pues con
la creación en C o n s t a n t i n o p l a de u n b a r r i o veneciano con alma­
cenes, arsenales y d e s e m b a r c a d e r o s , el E m p e r a d o r , incomprensi­
b l e m e n t e , favorecía d e n u e v o en gran m a n e r a a sus aliados, en
c o n t r a de los comerciantes de su p r o p i o país. H a b r á que suponer
q u e la gravedad de la situación bizantina fue lo q u e le impulsó
en 1082 a cumplir todas las exigencias de los venecianos, a
condición d e q u e éstos p e r m a n e c i e r a n fieles a la causa bizantina
d u r a n t e la lucha contra los n o r m a n d o s .
Venecia vio en peligro su p r o p i a posición en la orilla oriental
del A d r i á t i c o p o r los ataques n o r m a n d o s , hecho q u e r e s p o n d í a
a los deseos de los demás p u e b l o s limítrofes con el mar Adriá­
tico. Sobre t o d o el rey C o n s t a n t i n o B o d i n d e Zeta aprovechó
la ocasión p a r a e x t e n d e r sus dominios hasta Rascia, a costa d e
los bizantinos, u n a vez rota, con la r e a n u d a c i ó n de hostilidades,
la n e u t r a l i d a d con Bizancio y Venecia, al principio sincera, para
desde allí t o m a r otros territorios bizantinos. Se c o m p r e n d e q u e
el e m p e r a d o r Alejo n o viera n i n g u n a posibilidad de intervenir
con energía d u r a n t e la lucha c o n t r a los n o r m a n d o s .

234
M u c h o más u r g e n t e q u e cualquier otra actividad en los Sai-
canes occidentales era la defensa ante la amenaza d e los pechene-
gos. E n la primavera de 1087 Chelgan, caudillo d e los peche-
negos, había p e n e t r a d o con sus huestes en territorio griego,
e n c o n t r a n d o allí el apoyo de los herejes bogomilitas. Alejo I
se vio obligado a m a n t e n e r negociaciones con el enemigo aun
en agosto del a ñ o 1087 y a firmar el p r i m e r t r a t a d o . P e r o con
. e s t o no se había conseguido m u c h o . C u a n d o Zachas, emir sel-
yúcida d e E s m i r n a , e n t r ó en contacto con los pechenegos, se
produjo la v e r d a d e r a crisis para el I m p e r i o b i z a n t i n o . Al mismo
tiempo q u e los pechenegos se rebelaban d e n u e v o y m a r c h a b a n
hasta las murallas de C o n s t a n t i n o p l a , el emir amenazaba con su
flota por mar a la ciudad en el C u e r n o d e O r o . N u e v a m e n t e
i n t e n t ó Alejo I e n c o n t r a r u n a salida a esta delicada situación
m e d i a n t e negociaciones con los pechenegos. Sólo tras u n d u r o
asedio invernal p u d o liberar la ciudad imperial, aliado con los
cumanos del sur de la estepa rusa. I g u a l m e n t e consiguió q u e
este p u e b l o n ó m a d a , d e lengua e m p a r e n t a d a con el turco, atacara
a los pechenegos, a c u d i e n d o en auxilio de los bizantinos, gra-
v e m e n t e acosados. El 29 d e abril del año 1091 las fuerzas con-
juntas bizantinas y cumanas d e r r o t a r o n definitivamente a los
pechenegos al pie d e los m o n t e s d e L e v u n i o n . Zachas de Es-
mirna, q u i e n se vio igualmente obligado a r o m p e r el cerco
d e la ciudad de C o n s t a n t i n o p l a , fue p u e s t o fuera d e c o m b a t e
por la diplomacia imperial de la siguiente m a n e r a : A b u l Kasim,
emir de Nicea en Bitinia, t o m ó las armas contra sus vecinos
m a h o m e t a n o s en el sur p o r o r d e n del e m p e r a d o r b i z a n t i n o .

Sólo ahora podía Alejo C o m n e n o marchar contra Servia. P e r o


la c a m p a ñ a contra el z u p á n V u c a n de Rascia h u b o d e ser in-
t e r r u m p i d a al saberse q u e los c u m a n o s , bajo el m a n d o d e u n
p r e t e n d i e n t e al t r o n o q u e se hacía pasar p o r C o n s t a n t i n o Dio-
genes, hijo del d e s a f o r t u n a d o e m p e r a d o r R o m a n o , hacían pe-
ligrar el I m p e r i o . Sin gran esfuerzo fue posible dispersar las
huestes cumanas, después de h a b e r hecho prisionero al aspirante
al t r o n o q u e las m a n d a b a .
La derrota de la rebelión de C o n s t a n t i n o Diógenes cerró pro-
visionalmente la etapa de pacificación de la p a r t e e u r o p e a del
I m p e r i o . El e m p e r a d o r Alejo h u b i e r a p o d i d o ahora dedicarse
ú n i c a m e n t e a la política b i z a n t i n a en Asia M e n o r , pues allí la
situación política invitaba a intervenir. Las disensiones de los
emires de Nicea y E s m i r n a , h á b i l m e n t e manejadas por el Em-
p e r a d o r , no fueron en m o d o alguno u n episodio aislado, sino
u n suceso más en la cadena de luchas q u e se produjeron p o r
toda Asia M e n o r a consecuencia de la d i s p u t a por la herencia
del sultán Solimán. Alejo I n o consiguió ver realizadas sus as-

235
piraciones políticas al o t r o lado del Bosforo, p o r q u e la primera
C r u z a d a , q u e t u v o lugar p o r estos mismos años, fue u n acon-
t e c i m i e n t o para el I m p e r i o b i z a n t i n o , q u e solamente con el em-
p l e o d e t o d o su p o d e r p o d í a llegar a u n r e s u l t a d o m e d i a n a m e n t e
satisfactorio. Ú n i c a m e n t e en los años posteriores a 1094 consi-
g u i e r o n los bizantinos r e c o n q u i s t a r p a r a su I m p e r i o T m u t o r a k a n ,
situada e n el e s t r e c h o d e K e r c h , d e gran importancia para el
comercio con Rusia.
L a p r i m e r a C r u z a d a trajo p a r a Bizancio p r o b l e m a s d e í n d o l e
desconocida hasta ahora. P r e s c i n d i e n d o d e q u e el I m p e r i o orien-
tal tuviera q u e a b a n d o n a r forzosamente su orientación política,
t u v o q u e llevar a cabo la difícil e m p r e s a d e escoltar a grandes
masas d e extranjeros a r m a d o s lo m á s r á p i d a m e n t e posible a
través d e su p r o p i o t e r r i t o r i o , al m i s m o t i e m p o q u e evitar en
lo posible c h o q u e s con la población indígena y d o m i n a r políti-
c a m e n t e a los occidentales h a s t a el p u n t o d e q u e no comenzaran
a actuar c o n t r a los intereses griegos u n a vez a b a n d o n a d o el te-
r r i t o r i o b i z a n t i n o . P u e d e reconocérsele al e m p e r a d o r Alejo el
m é r i t o d e h a b e r r e s u e l t o estas difíciles empresas con gran tacto,
incluso si lo c o m p a r a m o s con o t r o s e m p e r a d o r e s posteriores a él.
L a m a r c h a d e las C r u z a d a s fue el r e s u l t a d o d e las circuns-
tancias en q u e se e n c o n t r a b a E u r o p a y la consecuencia d e las
p o s t u r a s occidentales d u r a n t e la l u c h a de las I n v e s t i d u r a s . E n
este c o n t e x t o fue p r e d i c a d a la p r i m e r a C r u z a d a p o r el p a p a
cluniacense U r b a n o I I , al cual el e m p e r a d o r b i z a n t i n o había
p e d i d o r e p e t i d a m e n t e mercenarios, p e r o n u n c a para u n a cruzada,
c o m o d e h e c h o o c u r r i ó . Así, en C o n s t a n t i n o p l a q u e d a r o n muy
s o r p r e n d i d o s c u a n d o , tras el decisivo Sínodo de Clermont-Fe-
r r a n d , llegó al I m p e r i o u n a e n o r m e m u l t i t u d de gente vulgar,
mal a r m a d a y p o c o disciplinada, con P e d r o el E r m i t a ñ o a la
cabeza, q u e siguió a v a n z a n d o hacia el E s t e . E n Asia M e n o r estos
cruzados fueron a n i q u i l a d o s sin c o m p a s i ó n p o r los turcos y se
p u d i e r o n d a r p o r satisfechos con q u e el e m p e r a d o r b i z a n t i n o
les p e r m i t i e r a cruzar el Bosforo en su h u i d a .
A finales de 1096 llegaron a C o n s t a n t i n o p l a los grandes se-
ñores con sus comitivas. N o es difícil imaginar lo q u e sentiría
el e m p e r a d o r Alejo c u a n d o e n t r e los caudillos de esta «noble»
C r u z a d a , j u n t o a G o d o f r e d o de Bouiílon, el c o n d e R a i m u n d o
de T o u l o u s e , el c o n d e R o b e r t o d e F l a n d e s , H u g o de V e r m a n d o i s
y R o b e r t o de N o r m a n d í a , e n c o n t r ó t a m b i é n al caudillo d e los
n o r m a n d o s , B o h e m u n d o , a q u i e n se h a b í a e n f r e n t a d o en la ba-
talla d e D i r r a q u i o . P o r esta razón el e m p e r a d o r C o m n e n o exigió
a los cruzados el j u r a m e n t o y la firme p r o m e s a d e cederle, tras
su invasión, aquellas ciudades y territorios q u e en o t r o t i e m p o
h a b í a n p e r t e n e c i d o al I m p e r i o b i z a n t i n o . Los b a r o n e s del O e s t e ,

236
incluidos R a i m u n d o d e T o u l o u s e y T a n c r e d o , hijo de Bohe-
m u n d o , hicieron el deseado j u r a m e n t o con g r a n pesar d e su
corazón y se alegraron m u y poco c u a n d o el e m p e r a d o r griego
anunció q u e se p o n d r í a a la cabeza d e la C r u z a d a tan p r o n t o
como se lo p e r m i t i e r a n las circunstancias políticas.
Según el acuerdo, los cruzados cedieron a Alejo su p r i m e r a
conquista, la ciudad d e Nicea, tras cruzar el estrecho. E l empe-
rador bizantino se esforzó p e r s o n a l m e n t e , p a r t i e n d o de esta
base, p o r seguir e x t e n d i e n d o el p o d e r í o griego p o r Asia M e n o r .
Sus tropas o c u p a r o n las ciudades d e E s m i r n a , Efeso y Sardes,
y con ello p u s i e r o n de n u e v o bajo el d o m i n i o d e su E m p e r a d o r
al m e n o s la p a r t e d e Asia M e n o r q u e lindaba d i r e c t a m e n t e
con el m a r E g e o . Los cruzados, e n t r e t a n t o , h a b í a n avanzado
a través de Anatolia en c o m p a ñ í a de u n a sección del ejército
bizantino, no sin antes h a b e r r e n o v a d o el ya p r e s t a d o jura-
m e n t o al E m p e r a d o r , d u r a n t e u n a entrevista en Pelecano. T r a s
el paso del T a u r o se r o m p i ó sin e m b a r g o la a r m o n í a e n t r e los
aliados: B a l d u i n o de Bouillon y el n o r m a n d o T a n c r e d o se pelea-
ron por la ciudad de Cilicia, hasta q u e B a l d u i n o e m p r e n d i ó la
marcha en dirección al E u f r a t e s , sin entregar al e m p e r a d o r
griego sus conquistas en aquel lugar, lo q u e tampoco T a n c r e d o
pensaba hacer con Cilicia. E l grueso del ejército d e los cruzados
p u d o e n t r e t a n t o t o m a r A n t i o q u í a , después d e lo cual sólo Rai-
m u n d o d e T o u l o u s e , al n o p o d e r i m p o n e r s e al n o r m a n d o Bo-
h e m u n d o , q u e r í a entregar esta c i u d a d a Alejo I . T r a s la r u p t u r a
de sus obligaciones hacia Bizancio, los cruzados m a r c h a r o n solos
hacia Jerusalén, q u e c o n q u i s t a r o n el 15 d e julio de 1099, sin
ninguna ayuda griega. N a d i e p e n s a b a a h o r a en dar u n a p a r t e
de las conquistas conseguidas al e m p e r a d o r griego. Sólo Rai-
m u n d o de T o u l o u s e , el único caudillo de los cruzados q u e en
principio n o había p r e s t a d o el j u r a m e n t o a Alejo I , p u s o algunas
d e las ciudades sirias conquistadas p o r él bajo la soberanía del
e m p e r a d o r Alejo I . Así t u v o la política bizantina en los siguien-
tes decenios la misión d e p o n e r n u e v a m e n t e bajo la soberanía
imperial bizantina los estados cristianos fundados a principios
del siglo X I I en la orilla oriental del mar M e d i t e r r á n e o .

El efecto de la primera C r u z a d a en las relaciones e n t r e Occi-


d e n t e y Bizancio fue el de enfrentar y enemistar a estos dos
m u n d o s más q u e n u n c a , y aquel latino q u e , según la leyenda
chipriota, se retirara a la soledad d e la isla con 300 de sus
c o m p a t r i o t a s bajo Alejo I, bajo el n o m b r e de religión d e Anas-
tasio A l a m a n o , p o r h a b e r s e d a d o cuenta de q u e la cruzada
estaba dirigida t a m b i é n contra la religión o r t o d o x a , fue con
toda seguridad u n caso ú n i c o .

237
El p r i m e r enemigo de los bizantinos en el transcurso de esta
separación fue el n o r m a n d o B o h e m u n d o como caudillo de An-
tioquía. A los griegos les favoreció el h e c h o de q u e t a m b i é n
los t u r c o s v i e r a n con d e s c o n t e n t o la creación d e u n estado
cristiano en la zona, d e s d e el cual se podía controlar la comu-
nicación con E g i p t o . E n el a ñ o 1101 B o h e m u n d o fue h e c h o
prisionero p o r los turcos y tras ser rescatado, resultó d e r r o t a d o
y a n i q u i l a d o j u n t o con su ejército en H a r á n en el a ñ o 1104.
Los bizantinos a p r o v e c h a r o n esta o p o r t u n i d a d para apoderarse
d e la fortaleza cilicia de T a r s o , así como d e las d e A d a n a y
M a m i s t r a , m i e n t r a s sus fuerzas navales o c u p a b a n en la costa
siria de Laodicea y todos los p u e r t o s desde C h i p r e hasta T r í p o l i .
B o h e m u n d o decidió i n t e n t a r d e n u e v o u n a t a q u e directo con-
tra el I m p e r i o b i z a n t i n o . D e s p u é s q u e h u b o p r e d i s p u e s t o a casi
t o d o el O c c i d e n t e en contra d e Bizancio, el n o r m a n d o a r r e m e t i ó
contra O t r a n t o en u n a lucha p r e v e n t i v a , c o m o hiciera su p a d r e
en E p í r o , e i n t e n t ó d e r r o t a r a los bizantinos desde esta cabeza
de p u e n t e . E n o c t u b r e de 1107 desembarcó en Avlona, p e r o fue
d e t e n i d o a n t e los m u r o s de D i r r a q u i o y d e r r o t a d o p o r el ejér-
cito del E m p e r a d o r , precisamente en el mismo lugar d o n d e los
n o r m a n d o s h a b í a n v e n c i d o al ejército de Alejo I veinticinco
años antes. E s t a vez la victoria fue para los griegos, y Bohe-
m u n d o cayó en p o d e r del e m p e r a d o r C o m n e n o . E n 1108 h u b o
d e p r o m e t e r al vencedor, m e d i a n t e u n t r a t a d o , q u e en el f u t u r o
guardaría incondicional fidelidad como vasallo y prestaría su
ayuda a los bizantinos contra t o d o enemigo del I m p e r i o . Antio-
q u í a , p o r la q u e h a b í a n l u c h a d o los griegos, q u e d ó como feudo
del e m p e r a d o r b i z a n t i n o . Alejo I se dispuso a recoger los frutos
de su é x i t o : B o h e m u n d o m u r i ó en el a ñ o 1111 y T a n c r e d o ,
su sucesor en A n t i o q u í a , n o p e n s ó en cumplir las obligaciones
contraídas p o r su tío. Así Alejo e m p r e n d i ó la difícil tarea d e
restablecer el p o d e r bizantino sobre Asia M e n o r , en la forma
m á s amplia posible. D u r a n t e su r e i n a d o , Alejo I ya n o se preocu-
p ó más de los acontecimientos en A n t i o q u í a .
M i e n t r a s Alejo C o m n e n o seguía t r a t a n d o de tener las m a n o s
libres p a r a m a r c h a r c o n t r a los selyúcidas en Asia M e n o r , ocu-
p á n d o s e así desde 1108 ú n i c a m e n t e d e la reconquista de las
provincias p e r d i d a s , lo q u e p u d o hacer sin demasiadas i n t e r r u p -
ciones, o c u r r i ó , sin m o t i v o alguno, u n grave suceso. E n Anatolia
los selyúcidas atacaban cada vez con mayor fuerza y la pobla-
ción griega c o m e n z ó a r e t r o c e d e r a n t e ellos. E s t o o c u r r i ó pri-
m e r o en las ciudades y d e s p u é s en la costa, para acabar aban-
d o n a n d o casi t o d a Anatolia. T a m b i é n el desarrollo político
favoreció sin d u d a esta situación, hasta el p u n t o d e q u e parecía
i m p r o b a b l e , al m e n o s p o r u n t i e m p o , u n a nueva conquista del

238
país p o r p a r t e de los bizantinos. P o r esto n o es nada e x t r a ñ o
el d e s t i n o d e C r i s t ó d u l o de P a t m o s , q u e a b a n d o n ó el c o n v e n t o
de Estilo, sobre el L a t m o s , j u n t o a M i l e t o , y p a s a n d o p o r Cos
llegó a P a t m o s , d o n d e con ayuda de A n a Dalasena, m a d r e
de Alejo I , fundó el c o n v e n t o de San J u a n Teólogo. P e r o
tampoco el hecho de q u e su fundación en la isla de D o d e c a n e s
fuera colmada de privilegios y regalos imperiales p u d o impedir
que C r i s t ó d u l o c o n t i n u a r a hasta E u b e a , d o n d e m u r i ó en marzo
del año 1093.
O t r a consecuencia del avance selyúcida en Asia M e n o r fue
también la h u i d a de miles de armenios hacia la p a r t e occidental
del I m p e r i o . E n ciudades como C o n s t a n t i n o p l a , Salónica, Ma-
glena y V a r n a aparecen desde este m o m e n t o colonias armenias
con u n gran n ú m e r o de h a b i t a n t e s . E l c e n t r o del m u n d o arme-
nio, desplazado de su p a t r i a , fue c i e r t a m e n t e Filipópolis con
el m o n a s t e r i o d e A t m a n , q u e d e s e m p e ñ ó u n i m p o r t a n t e papel
en la época d e los C o m n e n o c o m o p u n t o d e contacto para el
acercamiento teológico-político e n t r e bizantinos y armenios. E n
las p r o x i m i d a d e s de Filipópolis, en el m o n a s t e r i o d e Bachcovo,
también los georgianos e n c o n t r a r o n u n n u e v o c e n t r o p a r a su
p u e b l o . El genera! J o r g e P a c u r i a n o , descendiente de u n a familia
armenia, q u e se consideraba a sí mismo u n grusinier, fue quien
fundó este m o n a s t e r i o , m a n d á n d o l o decorar con frescos, p i n t a d o s
p o r artistas de la capital. El h e c h o de estar e m p a r e n t a d o por
m a t r i m o n i o con la familias más distinguidas del I m p e r i o , igual
que su p a r i e n t e S e m p a d P a c u r i a n o , destacado benefactor del
m o n a s t e r i o d e I b e r o en el A t o s , m u e s t r a la fuerza con que
en poco t i e m p o e s t u v i e r o n integrados en la sociedad bizantina
los m i e m b r o s p e r t e n e c i e n t e s a la aristocracia de los dos pueblos
desplazados d e la m i t a d oriental del I m p e r i o .
El e m p e r a d o r Alejo n o i m p i d i ó el desplazamiento de la po-
blación bizantina hacia el O e s t e , sino q u e incluso lo f o m e n t ó .
Al regresar d e sus campañas p o r Asia M e n o r , condujo a m u c h o s
bizantinos, q u e no d e s e a b a n seguir viviendo allí, a la p a r t e eu-
ropea del I m p e r i o . T a m b i é n llevó a monjas georgianas a Cons-
tantinopla y les dio u n a n u e v a misión en el c o n v e n t o de San
P a b l o , en el b a r r i o cortesano de la capital, c o n v e r t i d o en c e n t r o
social para la población huida del Este. Sin d u d a alguna hay q u e
atribuir esta política d e C o m n e n o , a q u e éste sabía muy bien
lo difícil q u e era reparar las pérdidas sufridas d u r a n t e los pasa-
dos decenios en Asia M e n o r . El E m p e r a d o r se esforzó p o r con-
seguir a q u í algunos éxitos militares aplastantes. A pesar d e la
implantación de diversas innovaciones en la organización y el
paso a u n a táctica más propicia para c o m b a t i r al enemigo, el
ejército b i z a n t i n o consiguió sólo en contadas ocasiones p e n e t r a r

239
e n el i n t e r i o r d e A n a t o l i a desde su b a s e d e operaciones, la
franja d e t e r r e n o e n t r e L o p a d i o y Nicea. I g u a l m e n t e difícil
r e s u l t ó el i n t e n t o d e E u m a c i o Filocales, d e establecer comuni-
cación p o r tierra con A t a l i a y con los p u n t o s d e apoyo griegos
e n la costa s u r d e Asia M e n o r , p o r o r d e n del E m p e r a d o r de
E s m i r n a . A pesar d e los éxitos indiscutibles, el avance q u e d ó
paralizado c u a n d o las plazas fuertes d e Frigia y Caria sólo pu-
d i e r o n ser r e c o n q u i s t a d a s tras penosos asedios. E n 1116, sin em-
b a r g o , el p r o p i o E m p e r a d o r consiguió la liberación d e u n im-
p o r t a n t e paso p a r a el ejército e n t r e el Sangario y Dorilea, y
p u d o t a m b i é n t e n e r voz decisiva e n las discusiones tras la
m u e r t e d e l sultán M a l i k s a h . T r a s ser c o n t r o l a d o el l e v a n t a m i e n t o
d e G r e g o r i o T a r o n i t e s en T r e b i s o n d a el a ñ o 1103, Bizancio n o
volvió a ser el p o d e r d o m i n a n t e en Asia M e n o r , p e r o en t o d o
caso m u c h o s t e r r i t o r i o s d e la m i t a d oriental del I m p e r i o vol-
v i e r o n a estar bajo el p o d e r griego d e forma p e r m a n e n t e , d u r a n t e
los doscientos años siguientes.
E n política i n t e r i o r , el e m p e r a d o r Alejo m o s t r ó cierta prefe-
rencia p o r los p r o b l e m a s d e política eclesiástica. E n este terre-
n o , al igual q u e en o t r o s , manifestó u n a s ideas c i e r t a m e n t e
d u r a d e r a s . C o m n e n o se dejó influir u n p o c o p o r la actitud de
u n teólogo t a n a c r e d i t a d o c o m o J u a n O x e i t e s , q u e en su
calidad d e patriarca d e A n t i o q u í a se o p u s o a él sin n i n g ú n
t e m o r en la c u e s t i ó n d e la confiscación de bienes a la Iglesia
d u r a n t e la guerra con los n o r m a n d o s . E n esta misma época el
estricto p r o c e d e r del E m p e r a d o r cae t a m b i é n sobre el p a r t i d a r i o
d e los Ducas, J u a n í t a l o , s i e n d o c o n d e n a d a su doctrina inspi-
r a d a en P l a t ó n y Aristóteles. Al n o aceptar J u a n esta sentencia,
el E m p e r a d o r hizo excomulgar a aquel e r u d i t o , n o d e m a s i a d o
sobresaliente en su faceta d e teólogo. C o n m á s fuerza todavía,
a r r e m e t i ó contra los bogomilitas, cuya secta, cercana al mani-
q u e í s m o , h a b í a arraigado p r o f u n d a m e n t e en los Balcanes a
comienzos del siglo XII: el E m p e r a d o r hizo q u e m a r en u n a ho-
guera a sus cabecillas, al médico imperial y a m u c h o s de sus
correligionarios, p e r o a pesar de esto n o p u d o evitar q u e la he-
rética doctrina sobreviviera y e n c o n t r a r a p a r t i d a r i o s , incluso en-
tre el e p i s c o p a d o o r t o d o x o y en los monasterios de Constanti-
nopla.
E n la m e n t e del patriarca Nicolás I I I el G r a m á t i c o n o cabía,
sin e m b a r g o , esta forma d e actuar de Alejo I con respecto al
r e s t a b l e c i m i e n t o d e la u n i d a d eclesiástica con R o m a . C u a n d o , en
esta situación, llegó a Bizancio el arzobispo milanés P i e t r o G r o s -
solano en 1112 p a r a discutir con los r e p r e s e n t a n t e s de la Iglesia
griega, el E m p e r a d o r dejó ver c l a r a m e n t e a sus teólogos que los
a r g u m e n t o s e x p u e s t o s p o r el latino le h a b í a n i m p r e s i o n a d o pro-

240
f u n d a m e n t e . A esto o b e d e c i ó t a m b i é n el q u e Alejo hiciera gra­
bar en los dípticos el n o m b r e del P a p a y q u e permitiera, con
t o d o agrado, q u e los occidentales c o n s t r u y e r a n monasterios en
su I m p e r i o .
El E m p e r a d o r , q u e t a m b i é n escribía textos teológicos, fue
famoso precisamente c o m o p r o m o t o r d e los m o v i m i e n t o s monás­
ticos, d e b i e n d o recordársele p o r su apoyo al m o n a s t e r i o d e
T e ó l o g o en P a t m o s y p o r la dotación del m o n a s t e r i o d e Eleusa
en E s t r ú m i c a , M a c e d o n i a . E n la p r o p i a capital h a b í a oposición
a la acción d e la e m p e r a t r i z I r e n e D u c a s , q u e espoleaba los
esfuerzos imperiales en esta dirección. J u n t a m e n t e c o n su es­
posa, Alejo I f u n d ó dos m o n a s t e r i o s , d e los cuales el de Cristo
F i l á n t r o p o acogió la s e p u l t u r a del E m p e r a d o r . Tales fundaciones,
con sus ricos decorados, t i e n e n gran significación en el r e i n a d o
d e u n e m p e r a d o r q u e , p o r o t r a p a r t e , se vio obligado a recurrir
más d e u n a vez a la devaluación del nómisma d e o r o p a r a re­
mediar la c o n s t a n t e falta d e d i n e r o del fisco.
El ú l t i m o acto político d e Alejo I, q u e m u r i ó el 15 d e agos­
to d e 1118, s e g u r a m e n t e d e u n infarto de miocardio p r o d u c i d o
p o r la artritis, fue transferir el I m p e r i o a su hijo, el sebastokra-
tor J u a n . I r e n e D u c a s , esposa del p r i m e r e m p e r a d o r C o m n e n o ,
i n t e n t ó p o r todos los medios q u e Alejo, ya e n su lecho mor­
tuorio, diera el p o d e r al César Nicéforo Brienio, esposo d e la
h i s t o r i a d o r a A n a C o m n e n o . P e r o el m o r i b u n d o E m p e r a d o r n o se
dejó d i s u a d i r de la d e t e r m i n a c i ó n q u e h a b í a t o m a d o y n o de­
signó para h e r e d e r o s a su hija y su esposo, q u e en 1097 h a b í a
hecho su aparición en el p u e s t o de C o n s t a n t i n o D u c a s , designado
en principio h e r e d e r o del t r o n o , j u n t o a A n a C o m n e n o . D e s p u é s
d e algún t i e m p o A n a C o m n e n o cedió d e mala gana, mas n o al
ú l t i m o deseo d e su p a d r e sino a n t e la superior capacidad po­
lítica de su h e r m a n o .
M i e n t r a s el e m p e r a d o r Alejo I luchaba con la m u e r t e en el
palacio de M a n g a n a , su hijo J u a n comenzó a hacer los prepa'-
rativos para t o m a r el m a n d o . Se a p o d e r ó del sello imperial y
e n t r e el j ú b i l o d e sus partidarios se dirigió al gran palacio. Al
impedírsele e n t r a r , hizo levantar las p u e r t a s del palacio p o r los
goznes, y se abrió paso v i o l e n t a m e n t e . Su posición era a ú n
m u y insegura, y p o r ello m a n d ó cerrar d e n u e v o las p u e r t a s ,
para n o dar o p o r t u n i d a d al círculo p a r t i d a r i o de A n a C o m n e n o ,
su esposo y su h e r m a n o A n d r ó n i c o de expulsarle n u e v a m e n t e de
la jefatura del I m p e r i o . A p o y á n d o s e en el consejo de su her­
m a n o Isaac y de su amigo de la j u v e n t u d J u a n A x u c o , u n
joven turco de distinguida procedencia caído en m a n o s bizan­
tinas d u r a n t e la c o n q u i s t a d e Nicea, el n u e v o E m p e r a d o r no
asistió t a m p o c o al e n t i e r r o d e su p a d r e , p a r a lo cual h u b i e r a

241
t e n i d o q u e a b a n d o n a r el palacio fortificado. El acierto d e esta
precaución q u e d ó confirmado p o r u n a conjura, cuya finalidad
era a r r e b a t a r la corona al n u e v o E m p e r a d o r en el p r i m e r a ñ o
de su r e i n a d o . S e g u r a m e n t e la clemencia con q u e J u a n I I
t r a t ó a los conspiradores afianzó su d o m i n i o hasta el p u n t o
d e q u e el n u e v o E m p e r a d o r p u d o demostrar a sus c o n t e m p o -
ráneos q u e él n o estaba en m a n e r a alguna p o r debajo de su
p a d r e en c u a n t o valor y energía.
U n a vez q u e J u a n I I t u v o bajo control la situación en la
C o r t e d e C o n s t a n t i n o p l a , m a r c h ó en la p r i m a v e r a de 1119 a su
p r i m e r a c a m p a ñ a c o n t r a los selyúcidas en Asia M e n o r . E s t o s
h a b í a n r o t o los últimos t r a t a d o s firmados con el e m p e r a d o r
Alejo. Sin g r a n esfuerzo, el ejército b i z a n t i n o t o m ó la ciudad
d e Laodicea y el E m p e r a d o r p u d o , en u n a segunda campaña,
avanzar hasta Frigia y hasta las fronteras de Panfilia. J u n t o
a m u c h a s plazas m e n o r e s , fueron r e c o n q u i s t a d a s las ciudades
de Sozópolis y Hieracocorifitis. Es p r o b a b l e que el E m p e r a d o r
h u b i e r a dirigido u n a t a q u e hacia el E s t e , si los acontecimientos
en los Balcanes n o h u b i e r a n exigido su presencia en la p a r t e
e u r o p e a del I m p e r i o .
E n 1122, y d e s p u é s de treinta años d e intervalo, los peche-
negos h a b í a n v u e l t o a cruzar el D a n u b i o , llegando hasta Ma-
cedonia y Tracia, d o n d e r o b a r o n y asesinaron. E l E m p e r a d o r ,
q u e ya h a b í a l u c h a d o j u n t o a su p a d r e contra este peligroso
enemigo a las orillas del D a n u b i o , p u d o contener a los peche-
negos, en u n p r i n c i p i o con negociaciones y d e r r o t á n d o l o s más
t a r d e en la fortaleza de Berea de forma total, d e j a n d o los pe-
chenegos de existir como p u e b l o .
I n m e d i a t a m e n t e después de las luchas con los pechenegos,
t a m b i é n fue necesario u n a t a q u e bizantino en Servia. Los servios
se h a b í a n revelado contra la a u t o r i d a d d e los bizantinos y ha-
b í a n conseguido apoderarse de la i m p o r t a n t e fortaleza griega
d e Rascia. E l e m p e r a d o r J u a n m a r c h ó hacia ese país, q u e se
h a b í a l e v a n t a d o en armas, sitió al enemigo y lo d e r r o t ó comple-
t a m e n t e . T r a s esta victoria, el z u p á n de Servia fue llevado a
C o n s t a n t i n o p l a en triunfo y u n a p a r t e de sus c o m p a t r i o t a s se
a s e n t a r o n en N i c o m e d i a . A q u í , y t a m b i é n en otros lugares d e
la orilla oriental del mar de M á r m a r a , el E m p e r a d o r llevó a
cabo u n gran p r o g r a m a de reorganización q u e , j u n t o a la cons-
trucción de fortalezas en p u n t o s como L o p a d i o o A q u i r o , pre-
veía la nueva utilización de franjas de tierra despobladas y
su protección militar, p a r a lo cual se trajo a prisioneros d e
guerra pechenegos, q u e h a b í a n de vivir con los servios.
P o r su m a t r i m o n i o con u n a princesa h ú n g a r a , el e m p e r a d o r
J u a n t u v o u n a relación especialmente estrecha con los aconte-

242
cimientos políticos en este país del D a n u b i o . El desarrollo de la
política interior en H u n g r í a hizo a ú n más fuerte este contacto
d u r a n t e el tercer decenio del siglo x n . E n este m o m e n t o los
partidarios de los dos p r e t e n d i e n t e s al t r o n o , Salomón y Geza I ,
se e n f r e n t a r o n en u n a sangrienta guerra civil en el país de los
magiares, a c u d i e n d o el p a r t i d o de Geza al e m p e r a d o r Ducas,
m i e n t r a s Salomón se p o n í a en contacto con el e m p e r a d o r E n -
r i q u e I V ; así p u e s , se p r o d u j e r o n otra vez violentos e n c u e n t r o s
en la zona del D a n u b i o , sobre el fondo de antagonismo e n t r e
Bizancio y O c c i d e n t e . A l m o s , h e r m a n o d e E s t e b a n I I , que es-
taba en el p o d e r , fue cegado j u n t o con su hijo y ambos bus-
caron refugio en C o n s t a n t i n o p l a , d o n d e se e n c o n t r a b a n otros
nobles h ú n g a r o s . C o n este m o t i v o E s t e b a n I I declaró la guerra
a Bizancio, d e s t r u y ó Branicevo y avanzó hasta Sofía, p o r q u e en
el I m p e r i o b i z a n t i n o n o se esperaba u n a t a q u e a la frontera
n o r t e realizado p o r los h ú n g a r o s . E n el o t o ñ o de 1128 J u a n
r e s p o n d i ó al a t a q u e h ú n g a r o con u n a acción conjunta de su
ejército de tierra y la flota griega, bajo el m a n d o de su her-
m a n o A n d r ó n i c o C o m n e n o , el cual m u r i ó d u r a n t e el combate.
El ejército griego p u d o cruzar el D a n u b i o , ocupar el territorio
e n t r e este río y el Save, con la fortaleza clave de Z e u g m i n o y
ocasionar n u m e r o s a s p é r d i d a s a los magiares en C r a m o s , m u y
en el interior d e la llanura h ú n g a r a . La paz q u e se firmó des-
p u é s , m u y favorable para Bizancio, aseguró en 1131 la subida
al t r o n o del ciego Bela I I , q u i e n volvió d e su exilio en Cons-
t a n t i n o p l a para asumir el g o b i e r n o en su patria d u r a n t e más
de diez años.
F i n a l m e n t e , la victoria sobre los h ú n g a r o s p e r m i t i ó a J u a n
c o n t i n u a r en Asia M e n o r la política ofensiva q u e se h a b í a visto
obligado a i n t e r r u m p i r en 1122 p o r la i m p o r t a n c i a d e los acon-
tecimientos en los Balcanes. Las campañas q u e el E m p e r a d o r
p r e p a r a b a p o r aquel entonces en L o p a d i o se concentraron hasta
1135 sobre Paflagonia, situada en el Sur, d o n d e el E m p e r a d o r
t u v o q u e t o m a r la c i u d a d d e C a s t a m ó n p o r dos veces, antes d e
retenerla en su p o d e r , igual q u e otras plazas fuertes, fracasando
finalmente a n t e G a n g r a . La firmeza d e la posición bizantina
en Asia M e n o r p o r e n t o n c e s , y a pesar de t o d o , se d e d u c e d e
q u e , en las m e n c i o n a d a s luchas, las tropas turcas del sultán
d e Iconio l u c h a r o n al lado de los griegos contra el emir danis-
m a n i d a ( d a n i s m e n d í ) de M e l i t e n e . E n u n a campaña posterior
en Capadocia y el P o n t o , el e m p e r a d o r C o m n e n o consiguió en
1139 n o sólo llegar h a s t a las murallas d e Neocesárea, sino tam-
bién hacer s u b d i t o del I m p e r i o bizantino a C o n s t a n t i n o G a b r a s ,
en T r e b í s o n d a .

243
A u n c u a n d o los deberes militares q u e imponía su cargo e r a n
prioritarios p a r a el E m p e r a d o r , o c u p á n d o s e m e n o s de la política
eclesiástica, dio u n gran i m p u l s o a su I m p e r i o en otros t e r r e n o s .
Así, encargó a Alejo A r i s t e n o , alto dignatario d e la administra-
ción eclesiástica, q u e escribiera u n c o m e n t a r i o sobre el d e r e c h o
canónico. E s t a o b r a , titulada Synopsis canonum, fue tan apre-
ciada p o r lo fácil q u e resultaba d e c o m p r e n d e r , q u e n o sólo
influyó en la v i d a jurídica bizantina, sino q u e t a m b i é n en-
c o n t r ó gran acogida en la l i t e r a t u r a jurídica de los servios.
La e m p r e s a social más i m p o r t a n t e del E m p e r a d o r fue, sin
d u d a alguna, la fundación del m o n a s t e r i o del P a n t o c r á t o r , en la
misma C o n s t a n t i n o p l a . Llevado p o r el ejemplo p a t e r n o y apo-
yado p o r la e m p e r a t r i z I r e n e , J u a n C o m n e n o creó u n a institu-
ción, q u e p o r su grandeza t r a t a b a d e igualar a aquéllos. E l
m o n a s t e r i o , con su biblioteca y otras instalaciones culturales,
se hallaba j u n t o a u n hospital, en el cual se t r a t a b a n incluso
e n f e r m e d a d e s c o m o la lepra y la epilepsia. P e r o j u n t o a los
enfermos, t a m b i é n viudas y h u é r f a n o s , p o b r e s y ancianos, en-
c o n t r a b a n siempre u n a p u e r t a abierta en aquel m o n a s t e r i o . La
influencia de la pareja imperial en esta fundación q u e d ó refle-
jada en el h e c h o de q u e en la cripta q u e u n í a ambas iglesias
del m o n a s t e r i o del P a n t o c r á t o r m a n d a r a n colocar su última
morada.
C o n el a t a q u e al e m i r a t o d a n i s m á n i d a de M e l i t e n e , J u a n I I
comenzó la fase final d e su r e i n a d o , q u e es el símbolo d e la
última e x p a n s i ó n bizantina hacia el E s t e . Sólo resulta sorpren-
d e n t e q u e el E m p e r a d o r prefiriera i n c o r p o r a r d e n u e v o a su
I m p e r i o la floreciente A n t i o q u í a en vez de atacar p r i m e r o el
s u l t a n a t o d e R u m , i n t e r i o r m e n t e d e b i l i t a d o . D e cualquier m o d o ,
antes d e atacar Siria tenía q u e volver a m a n o s d e los b i z a n t i n o s
Cilicia, g o b e r n a d a ahora p o r los armenios. E n la p r i m a v e r a d e
1137 y en u n a b r e v e p e r o terrible campaña, el e m p e r a d o r J u a n
t o m ó el país j u n t o con las fortalezas d e T a r s o , M a m i s t r a , A d a n a
y A n a b a r z a . E l caudillo a r m e n i o L e ó n I fue d e p u e s t o y al caer
p r e s o u n a ñ o m á s tarde fue llevado a C o n s t a n t i n o p l a . Su ma-
t r i m o n i o con u n a hija de Isaac C o m n e n o , h e r m a n o del E m p e -
r a d o r , hace pensar q u e su situación en la capital n o fue m u y
difícil.
E n el v e r a n o d e 1137 t u v o lugar el a t a q u e griego c o n t r a
A n t i o q u í a , lo q u e llevó en p o c o t i e m p o a la ocupación del prin-
cipado. C o n su solemne e n t r a d a en la capital siria, el E m p e r a d o r
b i z a n t i n o m o s t r ó d e forma i m p r e s i o n a n t e su poder, incluso a n t e
los estados latinos de los cruzados, m i e n t r a s q u e el arzobispo
J u a n C o m n e n o de O c r i d a aseguraba a c o n t i n u a c i ó n , y de m a n e r a
diplomática, el gran avance b i z a n t i n o hacia el S. E .

244
E n la p r i m a v e r a d e 1 1 4 1 , con su m i r a d a p u e s t a en los estados
d e los cruzados, inició J u a n I I u n a campaña aún más impor-
t a n t e . A c o m p a ñ a d o p o r sus hijos Alejo, A n d r ó n i c o y M a n u e l ,
el E m p e r a d o r se dirigió con su ejército hacia Atalia, p a r a d e s d e
allí p o n e r p r i m e r a m e n t e en o r d e n la situación d e Panfilia. Se
t r a t a b a , sobre t o d o , d e p o n e r n u e v a m e n t e bajo el cetro imperial
a la población d e la costa y d e las islas del m a r de Caralis,
turca casi en su t o t a l i d a d , a u n q u e con algunos cristianos, lo
q u e t a m b i é n consiguió tras grandes esfuerzos. Víctima d e la
malaria m u r i ó Alejo C o m n e n o , hijo del E m p e r a d o r y designado
h e r e d e r o suyo, a q u i e n el E m p e r a d o r h a b í a r e p r e s e n t a d o c o m o
tal en u n mosaico d e Santa Sofía. P a r a mayor desgracia, m u r i ó
t a m b i é n A n d r ó n i c o C o m n e n o c u a n d o a c o m p a ñ a b a a Constan-
t i n o p l a el cadáver d e su h e r m a n o p o r o r d e n del E m p e r a d o r .
A pesar d e estos sucesos, el E m p e r a d o r n o i n t e r r u m p i ó su
acción. R e a l m e n t e parece q u e e n la c a m p a ñ a del año 1142 J u a n
C o m n e n o n o sólo i n t e n t ó hacer p a t e n t e d e m o d o enérgico la
recuperación del p o d e r del I m p e r i o a n t e u n a población q u e ,
en 1137, se h a b í a a p a r t a d o d e las obligaciones contraídas p o r
los diversos t r a t a d o s , p o r culpa d e la o p r e s i ó n del clero nobi-
liario l a t i n o , sino q u e t a m b i é n t u v o en la m e n t e la r e c o n q u i s t a
d e t o d a P a l e s t i n a p a r a Bizancio.
La m a r c h a d e las fuerzas imperiales a través d e Isauria y
Cilicia t r a n s c u r r i ó sin dificultades. E n Siria, sin embargo, n o
fue posible i m p o n e r s e c o m o h a b í a imaginado el E m p e r a d o r en
sus planes grandiosos. P o r esta razón, p r e p a r ó en la primavera
d e 1143, en la frontera d e Cilicia y del p r i n c i p a d o d e A n t i o q u í a ,
u n a n u e v a batalla c o n t r a .los estados d e los -cruzados. P e r o el
8 d e abril d e 1143 el E m p e r a d o r resultó h e r i d o en u n acci-
d e n t e d e caza, y n o en u n a t e n t a d o , m u r i e n d o pocos días d e s p u é s .
P e r o antes C o m n e n o designó c o m o n u e v o e m p e r a d o r a su hijo
m e n o r M a n u e l , a q u i e n sus c o n t e m p o r á n e o s c o n s i d e r a r o n c o m o
el g o b e r n a n t e m á s i m p o r t a n t e d e su dinastía.
La toma del p o d e r en C o n s t a n t i n o p l a fue el p r i m e r d e b e r
político q u e j e p l a n t e ó M a n u e l C o m n e n o tras la m u e r t e d e su
p a d r e . Confió esta tarea a J u a n A x u c o y Basilio Zinziluces,
q u i e n e s se p u s i e r o n en c a m i n o hacia la capital con la o r d e n
d e c a p t u r a r a Isaac, el h e r m a n o m a y o r d e M a n u e l , y llevar al
E m p e r a d o r las insignias y el t e s o r o d e la corona. Los d o s
h o m b r e s d e confianza d e M a n u e l consiguieron p r e n d e r a Isaac
y m e t e r l e en el m o n a s t e r i o del P a n t o c r á t o r . A l m i s m o t i e m p o se
esforzaron en conseguir el favor d e la guardia del palacio, del
p u e b l o y, sobre t o d o , d e los altos dignatarios de la Iglesia, a
quienes A x u c o p u s o a favor del E m p e r a d o r m e d i a n t e u n docu-

245
m e n t ó en el q u e les p r o m e t í a i m p o r t a n t e s aportaciones finan-
cieras.
E n t r e t a n t o , el E m p e r a d o r o r d e n ó el traslado d e los restos
mortales de su p a d r e a C o n s t a n t i n o p l a . E l mismo m a r c h ó desde
Cilicia en dirección a la capital. D u r a n t e la marcha a través
de los territorios del s u l t a n a t o de I c o n i o , cayeron m u c h o s e
i m p o r t a n t e s m i e m b r o s del ejército griego en m a n o s de los sel-
yúcidas, m u e s t r a de lo insegura q u e era todavía la comunicación
p o r tierra desde el E g e o hasta las provincias bizantinas de Siria
y Cilicia, abierta por J u a n I I . P e r o , finalmente, p u d o el sucesor
de J u a n t o m a r d e n u e v o la c i u d a d isáurica d e Pracana en Ca-
lleadnos, en su marcha hacia Bizancio.
T r a s la s u n t u o s a coronación d e M a n u e l , el n u e v o E m p e r a d o r
se o c u p ó d e c a m b i a r la organización s u p r e m a del E s t a d o bizan-
tino. E l t r o n o d e l patriarca fue o c u p a d o por u n a nueva persona,
designada en el transcurso de estas m e d i d a s . N o m e n o s im-
p o r t a n t e fue p a r a M a n u e l I e n c o n t r a r el m e d i o de reconciliarse
con su h e r m a n o , p o s t e r g a d o en la sucesión del t r o n o . P e r o en los
primeros t i e m p o s de su gobierno faltó u n a ley t a n t o sobre
los i m p u e s t o s c o m o sobre la organización militar del I m p e r i o .
Siguiendo los consejos de J u a n d e P u t z e , seguramente u n latino,
M a n u e l desistió de la idea de establecer su flota en las dis-
tintas islas y territorios costeros del I m p e r i o . E n lugar d e esto,
hizo pagar u n o s i m p u e s t o s , con lo q u e la flota podía entonces
ser financiada d i r e c t a m e n t e p o r el fisco según sus necesidades.
Sin n i n g u n a d e m o r a , el E m p e r a d o r prosiguió las luchas, q u e
h a b í a n o c u p a d o a su p a d r e p o r c o m p l e t o d u r a n t e sus últimos
años. E n v i ó a los h e r m a n o s J u a n y A n d r ó n i c o Contostéfano
a Cilicia p a r a d e f e n d e r allí las posiciones bizantinas, sobre t o d o
contra el p r í n c i p e R a i m u n d o d e A n t i o q u í a . El p r o p i o E m p e r a d o r
aseguró el t e r r i t o r i o en t o r n o a la ciudad d e Melangea, cerca
d e Dorilea, q u e h a b í a sido arrasada p o r h o r d a s de selyúcidas.
E n e n e r o de 1146 el e m p e r a d o r M a n u e l se casó con la cu-
ñ a d a del e m p e r a d o r alemán, Berta de Schulzbach. Con esto ve-
mos esbozada p o r p r i m e r a vez la directriz q u e seguirá d u r a n t e
sus treinta y siete años largos de r e i n a d o : relaciones con el
O e s t e latino y separación del I m p e r i o occidental.
P e r o en 1146 a ú n n o era ésta su p o s t u r a : M a n u e l se p r e p a r ó
p a r a u n a c a m p a ñ a m a y o r hacia Asia M e n o r . A través de Frigia,
condujo el ejército hacia el s u l t a n a t o d e R u m y obligó a su
g o b e r n a n t e M a s ' ú d a a b a n d o n a r su residencia d e Iconio. P e r o
las fuerzas d e los bizantinos n o b a s t a r o n para tomar Iconio, y,
finalmente, el E m p e r a d o r h u b o d e e m p r e n d e r el regreso, b a s t a n t e
peligroso, hacia su I m p e r i o . Sin e m b a r g o , lo q u e sí consiguió
con esta c a m p a ñ a fue darse cuenta d e q u e los griegos p o d í a n

246
p e r f e c t a m e n t e combatir el d o m i n i o t u r c o sobre Anatolia, e in-
cluso tal vez eliminarlo. P e r o M a n u e l n o tenía p o r el m o m e n t o
las manos libres p a r a p o d e r llevar a cabo sus planes, p u e s
desde E u r o p a occidental llegaba la noticia d e u n a nueva e
i n m i n e n t e cruzada hacia C o n s t a n t i n o p l a . T r a s las experiencias
del m a n d a t o de Alejo I con los cruzados, era m u y n a t u r a l q u e
el E m p e r a d o r pusiera toda su atención en este h e c h o .
Tras la pérdida de Edesa, q u e cayó en p o d e r del sultán d e
Mosul, los esfuerzos del p a p a E u g e n i o I I I y la entusiasta pre-
dicación de B e r n a r d o de Claraval llevaron a las principales po-
tencias de E u r o p a occidental a participar en esta n u e v a cruzada.
Son fáciles de imaginar los s e n t i m i e n t o s con q u e se enfrentaba
Bizancio a la cruzada, d e s p u é s de saberse q u e en esta ocasión
el rey Luis V I I d e Francia y C o n r a d o I I I d e Alemania con-
ducirían p e r s o n a l m e n t e a sus caballeros hacia Palestina. L o
fundado de los temores griegos q u e d a confirmado p o r el h e c h o
de q u e , p o r lo m e n o s en el círculo de Luis V I I , se pensara en
u n a t a q u e a la ciudad imperial. E l j u r a m e n t o d e r e s p e t o y de
cesión de todas las conquistas q u e exigió el e m p e r a d o r M a n u e l
a los cruzados n o mejoró la situación r e i n a n t e . D e esta forma
e n t r e latinos y griegos c u n d i ó u n a m u t u a desconfianza y el go-
b i e r n o b i z a n t i n o se a p r e s u r ó a trasladar p r i m e r o a los alemanes,
e n t r e los q u e t a m b i é n se e n c o n t r a b a Federico Barbarroja como
d u q u e de Suabia, y d e s p u é s a los cruzados franceses a la costa
de Asia M e n o r , desde d o n d e los occidentales consiguieron unas
c a m p a ñ a s de éxito relativo, q u e poco después llevaron a la com-
pleta separación de a m b o s ejércitos.
El fracaso de esta segunda C r u z a d a restituyó p o r completo
la soberanía bizantina en el M e d i t e r r á n e o oriental. E l e n c u e n t r o
de los occidentales con el e s p l e n d o r de C o n s t a n t i n o p l a elevó en
consecuencia el prestigio del I m p e r i o oriental, como p o d e m o s
deducir de las entusiastas descripciones de E u d e s de D e u i l ,
y t a m b i é n imaginar en la m e n t e de C o n r a d o I I I , a q u i e n sus
caballeros dejaron enfermo en Efeso, siendo a t e n d i d o médica-
m e n t e en C o n s t a n t i n o p l a p o r el p r o p i o E m p e r a d o r bizantino,
con gran éxito.

III. El Imperio de los Comneno en la cumbre de su poder

La segunda C r u z a d a vio el I m p e r i o de los C o m n e n o en su


m o m e n t o de mayor p o d e r . Bajo u n e m p e r a d o r joven, enérgico y
lleno de ideas, q u e r e s p o n d í a y quería t a m b i é n r e s p o n d e r a los
ideales de la caballería occidental, el I m p e r i o b i z a n t i n o r e t o r n ó
a u n a época de e s p l e n d o r , c o m o la q u e viviera en t i e m p o s

247
d e los e m p e r a d o r e s macedónicos. Se h a b í a c o n t e n i d o a los sel-
yúcidas, se h a b í a n rechazado todos los ataques en la frontera
n o r t e del I m p e r i o j u n t o al D a n u b i o , se había h e c h o fracasar
el i n t e n t o de los invasores n o r m a n d o s d e apoderarse del Im-
perio, y a h o r a , tras el fracaso de los cruzados, se veía clara-
m e n t e q u e p o r el m o m e n t o n o h a b í a n i n g u n a o t r a potencia,
a p a r t e d e los griegos, q u e estuviera en condiciones d e hacer
frente al Islam en O r i e n t e . Y p r e c i s a m e n t e , al t i e m p o que re-
conocían su p e n o s a d e r r o t a en la Cruzada, los europeos occi-
dentales vieron p o r sí m i s m o s q u e n i n g u n o d e sus países ni
d e sus c i u d a d e s p o d í a c o m p e t i r con el I m p e r i o oriental y su
capital. Bizancio a d q u i r i ó d e n u e v o p o d e r y dignidad, q u e la
s i t u a b a n c o m o c e n t r o del m u n d o , más allá d e sus propias fron-
teras y hasta en el interior del I m p e r i o m a h o m e t a n o .
El h e c h o d e q u e bajo los C o m n e n o el I m p e r i o volviera a
u n a n u e v a época de e s p l e n d o r se d e b i ó sobre todo al esfuerzo
de la p r o p i a p o b l a c i ó n del país, q u e sin e m b a r g o h u b o de
sufrir u n n o t a b l e e m p e o r a m i e n t o en su situación social. Mien-
tras q u e con J u a n I I el c a m p e s i n o sólo se veía algo a m e n a z a d o
y perjudicado p o r los peligros d e la guerra, bajo Alejo I e igual-
m e n t e bajo su n i e t o M a n u e l I , esta clase social h u b o de sufrir
m u c h o bajo las luchas q u e ocasionaron las incursiones d e los
« b á r b a r o s » en casi todas las provincias del I m p e r i o . P e r o los fi-
nes políticos del i m p e r i o de los C o m n e n o r e q u e r í a n , t a n t o de
ellos c o m o d e todas las fuentes d e riqueza existentes, u n apro-
v e c h a m i e n t o sin consideración alguna. E l E s t a d o n u e v a m e n t e
echó m a n o del a r r e n d a m i e n t o de i m p u e s t o s , cuyo a u m e n t o pe-
saba cada vez m á s s o b r e la población d e las provincias agríco-
l a m e n t e más ricas. C o n t i n u a m e n t e se crearon nuevos i m p u e s t o s
especiales, q u e afectaban sobre t o d o a las esferas sociales, sobre
las q u e recaían ya los anteriores i m p u e s t o s . J u n t o a los im-
puestos a pagar a las a u t o r i d a d e s centrales y provinciales, el
c a m p e s i n o b i z a n t i n o t a m b i é n tenía la obligación d e p r o p o r c i o n a r
alojamiento y a l i m e n t o s al ejército, y r e s p o n d e r del abasteci-
m i e n t o d e p r o v i s i o n e s a las fortalezas. N o p u e d e e x t r a ñ a r el
detalle d e q u e las personas q u e se o c u p a b a n d e recaudar y
a u m e n t a r los i m p u e s t o s h u b i e r a n d e ser m a n t e n i d o s d u r a n t e
su trabajo p o r los c o n t r i b u y e n t e s . F i n a l m e n t e la exención de
i m p u e s t o s a los m o n a s t e r i o s , p o r m e d i o de u n o s decretos im-
periales, ocasionó u n a u m e n t o todavía mayor de la suma q u e
debía ser a p o r t a d a por los c a m p e s i n o s .

E s p e c i a l m e n t e perjudicada r e s u l t ó la clase de p e q u e ñ o s pro-


pietarios, a juzgar p o r los textos de la discutida pronoia, q u e bajo
el e m p e r a d o r M a n u e l I fue e v o l u c i o n a n d o hasta q u e d a r siste-
matizada y c e n t r a d a en el t e r r e n o militar. Según el E m p e r a d o r ,

248
ésta debía p r o p o r c i o n a r al servicio en el ejército tina mayor
fuerza d e atracción y, al m i s m o t i e m p o , sanear las finanzas del
Estado.
P o r desgracia sabemos m u y poco sobre el m o d o en q u e
fue e m p l e a d a la pronoia. P o r los datos del historiador Nicetas
Coniates cabe s u p o n e r q u e el E m p e r a d o r ya n o pagaba a los
soldados su s u e l d o t o m a n d o el d i n e r o d e l fisco c o m o antes,
sino q u e e x t e n d í a u n d o c u m e n t o en el q u e les concedía te-
rritorios con u n d e t e r m i n a d o n ú m e r o de campesinos, q u e estaban
obligados a servirle y a pagarle i m p u e s t o s . P a r a disfrutar de
esta oferta d e b í a a n t e s el i n t e r e s a d o dar p a r t e a n t e las auto-
ridades c o r r e s p o n d i e n t e s p a r a ser inscrito en u n a lista, previa
presentación de u n caballo o u n a c a n t i d a d de dinero equiva-
lente. D e s p u é s , los q u e gozaban d e esta pronoia vivían e n las
tierras q u e se les h a b í a n concedido en c o n c e p t o de m a n u t e n c i ó n
y c u m p l í a n su servicio al frente d e la provincia, según las ne-
cesidades.
Parece q u e el sistema de a p r o v i s i o n a m i e n t o a las tropas de
M a n u e l I fue d e ! agrado general. C o n s t a n t e m e n t e llegaban al
ejército d e M a n u e l nuevos refuerzos, p r o c e d e n t e s sobre todo
de los g r u p o s de artesanos, q u i e n e s d e s d e el a u m e n t o del co-
mercio b i z a n t i n o t r o p e z a b a n con la fuerte competencia d e los
latinos. La pronoia ofrecía al fisco la posibilidad de o b t e n e r
u n o s beneficios m u c h o mayores d e los bienes a d q u i r i d o s q u e
los q u e p o d í a n alcanzarse a través d e los i m p u e s t o s especiales,
cuyo a u m e n t o h a b r í a d e realizarse de m a n e r a centralizada. Na-
t u r a l m e n t e , los campesinos afectados sintieron en seguida el
peso d e aquellos i m p u e s t o s . A pesar de sus quejas, n o p u d i e r o n
i m p e d i r q u e su d e p e n d e n c i a fiscal con respecto a los pronoiare
llegara a c o n v e r t i r s e , con el transcurso del t i e m p o , en u n a de-
pendencia jurídica. L a pronoia no llegó a alcanzar su definitiva
forma, al igual q u e su carácter feudal, en la época d e los
emperadores Comneno.
Las tendencias feudalizantes t a m b i é n afectaron, con algunas
excepciones, a los gremios, ya q u e éstos n o p o d í a n c u b r i r t o d o
el mercado d e la capital frente a los señores feudales, e q u i p a d o s
con más m e d i o s económicos, y más a ú n sin tener ya asegurada
su posición p o r el a p a r a t o burocrático estatal. La clase de los
artesanos se convirtió para los bizantinos acomodados en «agua
de cloaca» (Nicetas C o n i a t e s , 304, 6), s i e n d o considerados g e n t e
insegura en el aspecto político. P o r esta razón, p r e o c u p a b a
m u c h o q u e la legislación bizantina, m e d i a n t e u n sistema de
aranceles preferentes y otras m e d i d a s a favor de los comer-
ciantes extranjeros, favoreciera a éstos en c o n t r a d e los artesanos
y comerciantes del p r o p i o país. Así o c u r r i ó que amalfitanos,

17 249
venecianos, písanos, genoveses y comerciantes d e otras proce­
dencias p u d i e r o n t e n e r en C o n s t a n t i n o p l a su p r o p i o b a r r i o , con
almacenes y muelles, en un e m p l a z a m i e n t o a p r o p i a d o El h e c h o
d e q u e ya a m e d i a d o s del siglo x n d o m i n a r a n sucesivamente n o
sólo ciudades y m e r c a d o s , c o m o el m e r c a d o d e Salónica d u r a n t e
la feria de San D e m e t r i o , sino t a m b i é n la vida económica del
I m p e r i o en su c o n j u n t o , fue algo lógico, d a d o el apoyo estatal.
Al c o n t r a r i o q u e los campesinos y artesanos, el clero bizan­
tino del siglo x n no p u e d e ser considerado u n g r u p o social
c e r r a d o . Los m i e m b r o s d e la clase espiritual vivían d e a c u e r d o
con su categoría d e n t r o d e la jerarquía eclesiástica, ejerciendo
la actividad q u e les correspondía, en unas condiciones materia­
les c l a r a m e n t e diferenciadoras. Los inconvenientes de este sis­
tema a u m e n t a r o n c o n t i n u a m e n t e e n t r e el clero d e la capital
d u r a n t e la época d e los C o m n e n o . A u n en la segunda m i t a d
del siglo x i los m e t r o p o l i t a n o s h u i d o s d e Asia M e n o r a n t e
los árabes y los selyúcidas, así c o m o del O e s t e del I m p e r i o
a m e n a z a d o por los latinos, se dirigieron a C o n s t a n t i n o p l a , ejer­
ciendo una influencia decisiva sobre el S í n o d o —la Endemusa—,
sobre los patriarcas y en cierto m o d o sobre la curia imperial,
al igual q u e sobre la vida estatal. Así fue como u n siglo des­
pués surgió el clero catedralicio, q u e con la protección imperial
fue a p o d e r á n d o s e del p u e s t o o c u p a d o p o r el episcopado, q u e en
la Endemusa h a b í a estado r e p r e s e n t a d o p o r más de treinta
obispos, pertenecientes a territorios ya p e r d i d o s .
Los clérigos de Santa Sofía — e n t r e los que se encontraba,
j u n t o al chartophylax, los beneficiarios d e diez p r e b e n d a s de
diáconos, m u y b i e n d o t a d a s , y algunos otros clérigos— estaban
en gran p a r t e e m p a r e n t a d o s con las familias dirigentes de la
capital, destacándose por su alta formación h u m a n í s t i c a y clasi­
cista. Estos clérigos e r a n t a n i m p o r t a n t e s para los metropoli­
tanos p o r sus conocimientos jurídicos c o m o p o r su actividad
p r e d i c a d o r a , o r d e n a d a por los e m p e r a d o r e s C o m n e n o . Proba­
b l e m e n t e e s t o e x p l i q u e por q u é fueron tan favorecidos p o r el
E m p e r a d o r en el siglo x n , en contra del p r o p i o m e t r o p o l i t a n o :
con ayuda d e la predicación p o d í a n influir con mayor fuerza
en la masa del p u e b l o , p r e d i s p o n i é n d o l a a favor de los objetivos
imperiales o de los imperativos políticos. Sin e m b a r g o , hay q u e
tener t a m b i é n en c u e n t a q u e su influencia sobre los patriarcas
d e p e n d í a d e la procedencia de estos altísimos dignatarios d e
la Iglesia bizantina: del m o n a c a t o , del clero de Santa Sofía,
o d e círculos cercanos a los m e t r o p o l i t a n o s q u e c o m p o n í a n la
Endemusa.
E n la época de los C o m n e n o el m o n a c a t o e x p e r i m e n t ó cierto
retroceso en c u a n t o a su importancia, a u n q u e no en c u a n t o

250
a su n ú m e r o . Miles d e monjes p o b l a b a n las orillas del Bosforo,
vivían en el m o n t e A t o s , e n el Papicio, en el O l i m p o d e Bitinia
o en el L a t m o s d e M i l e t o ; del mismo m o d o i m p o r t a n t e s pa-
triarcas procedían d e las filas d e los monjes, y t a m b i é n teólogos
y h o m b r e s como Cirilo d e Filea, C r i s t ó d u l o d e P a t m o s o Leoncio
d e J e r u s a l é n , y los monasterios d e la capital, como el del P a n -
tocrátor, el del P e r i b l e p t o s o el del P a n t o p o p t e s , estaban diri-
gidos p o r estos monjes, lo q u e les hacía ser factores impor-
tantes en la vida política del I m p e r i o .
E n u n a época e n la q u e «educación» se escribía con ma-
yúscula, podía esto tener su origen en las distintas tendencias
educativas q u e los propios m i e m b r o s d e la clerecía bizantina
creían ver en el m o n a c a t o . T o d o ello llevó a q u e bajo los
C o m n e n o t a n t o el e m p e r a d o r como las grandes familias del
I m p e r i o fundaran n u m e r o s o s m o n a s t e r i o s , cuya función, sin
embargo, n o estaba relacionada con la vida religiosa. E l mo-
nasterio d e la época d e los C o m n e n o , q u e c o m p r e n d í a u n hos-
pital, u n orfanato y u n c o m e d o r para los p o b r e s , llegó a con-
vertirse en la institución social más i m p o r t a n t e del medievo
b i z a n t i n o . P e r o los monjes estaban m u y o c u p a d o s con sus
deberes administrativos y no siempre p o d í a n dedicarse lo nece-
sario a sus obligaciones religiosas.
D e la concepción de los monasterios como meras instituciones
sociales surgió u n n u e v o i n c o n v e n i e n t e : los abusos eclesiásticos.
F u e necesario incluso q u e se escribieran t r a t a d o s para acabar
con los distintos p u n t o s d e vista sobre si los laicos p o d í a n
d i s p o n e r o n o d e posesiones monásticas. D e esta relación p u e d e
deducirse q u e el ingreso en u n m o n a s t e r i o suponía escapar a
ciertas exigencias d e l e s t a d o b i z a n t i n o , lo q u e aclara, p o r ejem-
plo, la elección abacial del chipriota Neófito Eucleisto única-
m e n t e para librarse del r e c l u t a m i e n t o en el ejército.
El E m p e r a d o r hizo u n gran esfuerzo por resolver el p r o b l e m a
de los monjes y e r m i t a ñ o s . E n marzo d e 1158 M a n u e l Com-
n e n o p r o h i b i ó a todos los monasterios, t a n t o de la capital c o m o
d e sus alrededores, a u m e n t a r sus p r o p i e d a d e s . Más tarde o t o r g ó
a los monjes u n a « r e n t a » estatal d e c u a t r o nomismata. D e este
m o d o , libres ya d e toda preocupación m u n d a n a , los monjes
d e b í a n concentrarse por c o m p l e t o en su vida religiosa y o b r a r
así en p r o v e c h o del I m p e r i o . P e r o no sabemos con exactitud
hasta q u e p u n t o llegó a realizar M a n u e l estos planes. L o q u e
sí sabemos con seguridad es q u e , a u n q u e el m o n a c a t o n o fuera
u n g r u p o social uniforme, fue sin e m b a r g o posible en tiempos
de los C o m n e n o , el paso sin grandes dificultades de sus miem-
b r o s desde estratos más bajos a otros más elevados en la socie-
dad bizantina.

251
L a flor y n a t a d e la sociedad bizantina estaba formada p o r
u n g r u p o d e u n a s v e i n t e familias. C o n s t i t u í a n , al m e n o s desde
el p u n t o d e vista d e sus condiciones d e vida, u n g r u p o b a s t a n t e
c e r r a d o . L o s a n t a g o n i s m o s e n t r e la nobleza de funcionarios y l a
aristocracia militar, se h a b í a n r e d u c i d o e n t r e t a n t o a unas cuan­
tas rivalidades familiares. A m b o s tipos d e aristocracia t u v i e r o n
a ú n e n el siglo x n u n p a p e l i m p o r t a n t e . Así es c o m o las fami­
lias d e los D a l a s e n o , D u c a s , Brienio, C a m a t e r o y Paleólogo do­
m i n a r o n la política interior, j u n t o con los C o m n e n o . P e r o sólo
a u n a s pocas familias c o m o la d e los Ángel, originaria d e Fila-
delfia, les fue posible la e n t r a d a e n esta esfera privilegiada.
P a r e c e q u e r e s u l t a b a m á s fácil e n t r a r en esta elevada clase
bizantina s i e n d o m i e m b r o d e la nobleza extranjera, c o m o fue el
caso de los Roger d e Sicilia o d e los selyúcidas A x u c o . Sin
e m b a r g o , e n la época d e los C o m n e n o , estas distintas familias,
a m e n u d o e m p a r e n t a d a s e n t r e sí, n o aparecen c o m o u n g r u p o
unificado, sino q u e a m e n u d o están enemistadas, según la rama
a la q u e p e r t e n e z c a n . E l h e c h o d e q u e d u r a n t e esta dinastía
aparezcan con más claridad las distensiones, internas (pensemos
en la separación e n t r e A n a C o m n e n o y J u a n I I , e n t r e M a n u e l I
y su h e r m a n o Isaac, así como su p r i m o , el f u t u r o e m p e r a d o r
A n d r ó n i c o I ) , p u e d e d e b e r s e a circunstancias q u e existían desde
mucho antes.
Las familias dirigentes del I m p e r i o d e los C o m n e n o poseían,
j u n t o a los latifundios en las provincias, palacios en Constan­
tinopla, parcialmente fortificados. Al igual q u e en sus haciendas
familiares, tenían t a m b i é n en la capital u n a «casa-convento», o al
m e n o s u n a iglesia, d o n d e se e n c o n t r a b a el p a n t e ó n familiar.
P r e c i s a m e n t e la u n i ó n d e la «ciudad-castillo» y el monasterio re­
sultó ser la base desde la cual u n a familia n u m e r o s a (en t i e m p o
d e los C o m n e n o se calculan en u n o s cien m i e m b r o s el n ú m e r o
1
n o r m a l d e h a b i t a n t e s del palacio imperial) podía influir sobre
la corte p o r t i e m p o indefinido, c o n t a n d o con el apoyo de su
séquito. S o r p r e n d e b a s t a n t e la frecuencia de los golpes d e estado,
t e n i e n d o en c u e n t a la dureza con q u e se castigaba tal delito.
P e r o los m i e m b r o s de las principales familias nobles i n t e n t a b a n
u n a y otra vez a p o d e r a r s e d e la d i a d e m a imperial, a pesar de la
amenaza d e ser cegados y d e s t e r r a d o s a u n monasterio lejano.
E n la mayoría d e los casos se t r a t a b a de personas p r e p a r a d a s ,
sin d u d a alguna, para tal h o n o r , pues los hijos d e las familias
principales g e n e r a l m e n t e h a b í a n o c u p a d o con anterioridad pues­
tos i m p o r t a n t e s en la administración o en el alto m a n d o del
ejército, d u r a n t e más o m e n o s t i e m p o . P o r el c o n t r a r i o resulta
s o r p r e n d e n t e el h e c h o d e q u e sólo en contadas ocasiones encon­
tremos m i e m b r o s d e la alta nobleza d e n t r o d e la jerarquía ecle-

252
siástica, y q u e , con A d r i a n o C o m n e n o , tengamos noticia d e u n
solo príncipe d e la Iglesia p e r t e n e c i e n t e a la familia imperial.
D u r a n t e la época d e los C o m n e n o la nobleza t u v o gran impor-
tancia para la vida artística y literaria. E s t a , al igual q u e los em-
p e r a d o r e s , traían poetas y artistas a su corte, p r e o c u p á n d o s e de
estar c o n s t a n t e m e n t e r o d e a d o s p o r u n círculo d e h o m b r e s erudi-
tos, q u e al m i s m o t i e m p o t u v i e r o n u n espíritu artístico.
La literatura llega a su mayor esplendor bajo los C o m n e n o ,
siendo f o m e n t a d a por la nobleza y p o r los m o n a s t e r i o s , a u n q u e n o
fueron ellos los únicos en ctearla. A m e n u d o se le r e p r o c h a su
alejamiento d e la realidad, u n clasicismo casi rígido y u n a mezcla
excesiva d e motivos paganos y cristianos. Sin d u d a alguna estos
reproches n o son t o t a l m e n t e infundados. C o m o c o n t r a p a r t i d a , se
p u e d e afirmar q u e la l i t e r a t u r a b i z a n t i n a d e este m o m e n t o se dis-
tingue p o r u n gran realismo, como sólo lo e n c o n t r a m o s aislada-
m e n t e en siglos anteriores o posteriores, lo q u e se p u e d e com-
p r o b a r c o n s i d e r a n d o desde u n p u n t o d e vista histórico, la novela,
la poesía y la historiografía. E s t o p u e d e d e b e r s e a q u e los escritores
bizantinos del siglo x n utilizaban estos géneros casi indistinta-
m e n t e . T e o d o r o P r ó d r o m o , p o e t a sobre el q u e n o sabemos
d e m a s i a d o , es u n claro ejemplo d e esta tendencia.
M i e n t r a s q u e en el t e r r e n o de la novela aparecen j u n t o a Pró-
d r o m o los n o m b r e s d e E u s t a q u i o M a c r e m b o l i t e s , N i c e t o E u g e n i a n o
y C o n s t a n t i n o M a n a s e s , cuya p r o x i m i d a d con la realidad en los
términos alegóricos y simbólicos va a u m e n t a n d o progresivamente,
es sencillamente imposible n o m b r a r a todos los retóricos y poetas
d e las m i s m a s características, para quienes la corte imperial d e los
C o m n e n o era u n p u n t o de atracción irresistible. P e r o , aun c u a n d o
alguno d e / e l l o s llegó a ser t a n famoso q u e su n o m b r e pasó a la
p o s t e r i d a d u n i d o a u n estilo m u y d e t e r m i n a d o , como es el caso
de Nicéforo Basilikates, n i n g u n a o b r a llegó a alcanzar la impor-
tancia d e la Alexiada, de A n a C o m n e n o , escrita d u r a n t e los pri-
meros años del i m p e r i o d e M a n u e l . A n a C o m n e n o , q u e m u r i ó
poco antes d e 1154, a los setenta y u n años d e e d a d , hace d e
esta o b r a u n d o c u m e n t o histórico d e gran importancia, c e n t r a d o
en t o r n o al p a d r e d e la a u t o r a , el e m p e r a d o r Alejo I . El realismo
en la valoración de u n material vivo, r e l a t i v a m e n t e extenso, así
como el esfuerzo p o r conseguir u n a objetividad, apenas ensom-
b r e c e n la temática d e la o b r a . T a m b i é n el h e c h o d e q u e la prin-
cesa C o m n e n o interviniera en la vida política del imperio bizan-
tino, varios años a n t e s de escribir su Alexiada, r e d u n d a en
provecho d e los juicios emitidos p o r ella. Sus s o r p r e n d e n t e s
conocimientos sobre geografía, historia y literatura, hacen, e n
c o n j u n t o , d e la Alexiada u n a d e las obras m á s grandiosas d e la
vida intelectual b i z a n t i n a d e entonces, y e n c o m p a r a c i ó n con ella

253
las crónicas m u n d i a l e s de u n J u a n Z o n a r a s o de u n Miguel Glicas
r e s u l t a n inferiores, al igual q u e la o b r a inacabada del m a r i d o
d e A n a C o m n e n o , Nicéforo Brienio, y la crónica de la época
a n t e r i o r a los C o m n e n o de Miguel Ateliates, escritor q u e t a m b i é n
se destaca en la l i t e r a t u r a jurídica. La Alexiada da testimonio d e
la alta educación humanística q u e distinguía a t o d a la familia im-
perial, d e n t r o d e la cual precisamente se p o d r í a n mencionar a
diversas mujeres d e u n a g r a n c u l t u r a .
T a m b i é n la l i t e r a t u r a teológica vivió u n gran m o m e n t o en el
Bizancio del siglo x i l . E s p e c i a l m e n t e en el c a m p o de la dogmá-
tica surgieron extensas e i m p o r t a n t e s o b r a s . E u t i m i o Zigabeno,
Neilos D o x o p r a t e s y A n d r ó n i c o C a m a t e r o escribieron en esta
época sus o b r a s , en las q u e d e e n t r a d a e x p o n í a n la doctrina orto-
doxa y llegaban d e s p u é s a la crítica de otras doctrinas «heréticas»
cristianas y del I s l a m . Tales obras d e b e n su nacimiento al enfren-
t a m i e n t o político y a las disputas teológicas e n t r e bizantinos y
m i e m b r o s d e la cristiandad latina, los monofisitas armenios, los
bogomilitas y los m a h o m e t a n o s . G r a n importancia t u v o el h e c h o
de q u e los e m p e r a d o r e s q u e estaban a la cabeza del I m p e r i o
t u v i e r a n g r a n d e s conocimientos teológicos, y q u e intervinieran en
r e p e t i d a s ocasiones, p a r t i c u l a r m e n t e en las diferencias de opinio-
nes sobre cuestiones relativas a la Santísima T r i n i d a d .
E l e n c u e n t r o d e la vida espiritual bizantina con la cultura oc-
cidental c o n t e m p o r á n e a es de tanta importancia para la historia
d e la c u l t u r a del I m p e r i o de los C o m n e n o en su época de esplen-
dor, q u e merece al m e n o s u n a b r e v e mención, a u n q u e es evi-
d e n t e q u e Bizancio fue la q u e más a p o r t ó . E n r i q u e A r í s t i p o ,
u n griego q u e en 1165 llegó a ser arzobispo de Catania, t e n d r á
u n a gran i m p o r t a n c i a para los bizantinos y occidentales, q u e en
estos años aparecen como p o r t a d o r e s del intercambio cultural.
A r í s t i p o , con la traducción de Los Diálogos — e l Fedón y el
Menón—, d e P l a t ó n , da a la filosofía occidental nuevas ideas
apenas valoradas. T a m b i é n fue él quien, como enviado del rey
G u i l l e r m o I , o b t u v o del e m p e r a d o r griego el Almagesto, o libro
d e a s t r o n o m í a d e P t o l o m e o , q u e llevó a O c c i d e n t e , d o n d e en 1162
se tradujo p o r p r i m e r a vez al latín. Sin d u d a alguna estos acon-
tecimientos resultaron de decisiva i m p o r t a n c i a para el nivel cul-
t u r a l d e la corte d e Federico I I o p a r a el desarrollo del p r i m e r
Renacimiento.
Las bellas artes de la época de los C o m n e n o merecen la misma
atención q u e la literatura. H a s t a el siglo x n , permanece como
símbolo de renovación del clasicismo macedónico, cerrado en sí
m i s m o . Lo q u e v i n o a sustituirlo fue u n estilo que hoy se tiene
en gran p a r t e como b i z a n t i n o . Se define p o r u n a solemnidad, u n a
elevación y u n a h o n d a religiosidad, p o r u n a delicada forma d e

254
trazar sus líneas y p o r la transparencia en el colorido. D e s d e el
punto de vista de la temática se p u e d e observar u n progresivo
alejamiento de la antigua ideología. P o r o t r o lado, nos encon-
tramos con u n a p o s t u r a defensiva a n t e las corrientes culturales
del m o m e n t o en el resto de E u r o p a , q u e p o r su p a r t e presentan
un cierto a p e r t u r i s m o con respecto a las influencias selyúcidas.
A finales del desarrollo histérico-artístico, en la época d e los
(lomneno, hay u n cierto a m a n e r a m i e n t o q u e denota u n a fuerte
actividad interior, al t i e m p o q u e u n a cierta i n t r a n q u i l i d a d .
Del arte en la época d e los C o m n e n o sólo tenemos algunos
testimonios en E s t a m b u l . O b r a s de arte como el mosaico del
emperador J u a n I I y su esposa, I r e n e , en Santa Sofía, o la
iglesia del m o n a s t e r i o del P a n t o c r á t o r , conservada como monu-
mento, con su suelo en opus sectile de pórfido rojo y verde,
permiten hacerse u n a clara idea del lujo con que los e m p e r a d o r e s
C o m n e n o y otros dignatarios de su reino a d o r n a b a n iglesias y
monasterios en la ciudad del C u e r n o de O r o . P o r lo demás h a b r á
que imaginarse q u e t a m b i é n las casas de Dios en la capital desta-
carían por el esplendor d e sus mosaicos, semejantes quizá a las
extensas series conservadas en la iglesia del m o n a s t e r i o d e D a p h n i
en A t e n a s , construida en colaboración con artistas de Constanti-
nopla, y a la i m p r e s i o n a n t e representación del juicio final de la
catedral de Torcello; mientras q u e se p u e d e vislumbrar la grande-
za de los frescos realizados en las iglesias de la capital, como es el
caso de la capilla de la m o n t a ñ a de Nerezi o el p a n t e ó n de Bats-
covo. Hallazgos de fragmentos de cristal u n i d o s con plomo proce-
dentes de C o n s t a n t i n o p l a dan idea de la importancia de la cons-
trucción de iglesias en Bizancio, p o n i e n d o en relación con ésta
la p i n t u r a en cristal de las catedrales góticas.
Del m i s m o m o d o q u e en las iglesias rusas — c o m o la catedral
de Sofía, la iglesia del Arcángel en Kiev, la catedral y el monas-
terio de M i r o s en P s k o w y otras iglesias en Kiev, N o v g o r o d o
P o l o z k — p o d e m o s seguir el desarrollo del arte bizantino, a partir
de 1150 p o d e m o s hacerlo t a m b i é n p o r m e d i o del arte occidental,
gracias a las influencias q u e se hacen p a t e n t e s desde entonces:
algunas construcciones, como la capilla Palatina de P a l e r m o , nos
permiten tener u n a idea d e la a r q u i t e c t u r a y del arte profano
en la corte de los C o m n e n o . P r e c i s a m e n t e los reyes n o r m a n d o s ,
y con ellos también sus generales y almirantes, hicieron a d o r n a r
las grandiosas edificaciones de su joven i m p e r i o — l a M a r t o r a n a
de P a l e r m o , así como las catedrales de M o n r e a l e y Cefalú— p o r
artistas griegos. La evidencia más clara de la i m p o r t a n t e posición
del arte b i z a n t i n o en el m u n d o es el h e c h o de q u e precisamente
los n o r m a n d o s , los enemigos políticos más poderosos del i m p e r i o
bizantino, llevaran artistas griegos p a r a realizar tales trabajos.

255
E n c u a n t o a la p i n t u r a , p u e d e seguirse su desarrollo con bas-
t a n t e facilidad gracias a los iconos conservados d e la época de los
C o m n e n o , cuyo n ú m e r o es b a s t a n t e c o n s i d e r a b l e ; ya q u e las mi-
n i a t u r a s y la p i n t u r a d e iconos, el mosaico y los frescos están en
estrecha relación, sería incorrecto tratar estas ramas de la p i n t u r a
p o r separado. D e s d e luego los iconos d e m u e s t r a n claramente q u e
hasta m e d i a d o s del siglo x i i m p e r ó el R e n a c i m i e n t o macedónico,
p e r o d e s p u é s se i m p u s o la tendencia hacia u n a forma más abstracta
en la r e p r e s e n t a c i ó n , con excepción d e los m o n a s t e r i o s . U n a vez
q u e la p i n t u r a h u b o t r a t a d o ya d e u n m o d o n u e v o , los temas
utilizados desde s i e m p r e , incluso en la iconografía, e n c o n t r a m o s
u n n u e v o estilo en los u m b r a l e s del siglo XII, q u e trata de con-
seguir u n a mayor cohesión litúrgica. Sus características permane-
cen c o m o m o d e l o s del a r t e b i z a n t i n o en la época de los Com-
neno, e incluso t a m b i é n en el f u t u r o .
La m i n i a t u r a parece c e n t r a r s e en el siglo x n en los monasterios
y en la capital y la C o r t e . Así, los manuscritos del m o n t e A t o s
de esta época, t i e n e n u n o s rasgos m u y conservadores y marcada-
m e n t e ascéticos, q u e irán evolucionando a u n q u e c o n s e r v a n d o siem-
p r e u n a t e n d e n c i a esquemática. Sin e m b a r g o , las m i n i a t u r a s d e
J a c o b o d e Cocinobafo se r e m i t e n al estilo de C o n s t a n t i n o p l a .
E s t a s van a c o m p a ñ a d a s d e u n o s comentarios llenos d e fantasía
sobre la predicación y el evangelio, apócrifo d e J a c o b o , escritos
con gran viveza y d e m a n e r a m u y avanzada. Y con cierta segu-
ridad el O c t a t e u c o conservado en E s t a m b u l , y p e r t e n e c i e n t e al
sebastocrator Isaac C o m n e n o , p u d o t a m b i é n h a b e r surgido de u n a
escuela d e escribanos bizantina.
N o sólo para el desarrollo artístico de la p i n t u r a , sino t a m b i é n
para el d e otras artes cortesanas, la producción de iconos alcanza
u n a gran i m p o r t a n c i a . E l marfil desaparece casi p o r c o m p l e t o como
material d e trabajo, pues p o r razones políticas Bizancio ya n o
tiene acceso al país d e d o n d e procede este material. E n su lugar
aparece ahora la v e r d e y t r a n s p a r e n t e esteatita. T a m b i é n alcanza
gran importancia, y n o s o l a m e n t e para la p r o d u c c i ó n d e iconos, la
técnica del f u n d i d o , a base p r i n c i p a l m e n t e de b r o n c e y cobre, q u e ,
según la finalidad, p u e d e recubrirse con o r o o plata. P r e c i s a m e n t e
en el siglo x n llegaron a O c c i d e n t t , en el transcurso d e la cuarta
C r u z a d a , n u m e r o s a s tablas, dípticos y trípticos realizados con esta
técnica. E n esta m i s m a época se funden grandes obras p o r artistas
griegos, d e lo q u e s o n ejemplo las magistrales p u e r t a s d e la iglesia
d e San M i g u e l en el m o n t e G a r g a n o , o el pórtico d e la catedral
d e Susdal, q u e h u b i e r o n de ser r e s t a u r a d a s p o r el d e t e r i o r o su-
frido a causa d e la corrosión.
E n c u a n t o a trabajos de joyería en la época d e los C o m n e n o ,
t e n e m o s la Pala d'Oro, q u e el dogo veneciano Ordefallo Falier

256
encargó en C o n s t a n t i n o p l a e n t i e m p o s d e Alejo I , u n signo más
d e la gran fama d e q u e gozaban p o r entonces los artistas bizan-
tinos en el m u n d o e n t e r o . Su h a b i l i d a d brilla t a m b i é n en la
corona de E s t e b a n , realizada p o r encargo de Bela I I I de H u n g r í a ,
en la q u e se utilizaron piezas anteriores. J u n t o con la Pala d'Oro
ésta se destaca p o r sus valiosos esmaltes, realizados m e d i a n t e la
técnica d e celdillas. P o r otras reliquias realizadas d e m o d o seme-
jante, q u e h a n llegado h a s t a n o s o t r o s , se p u e d e imaginar la im-
portancia q u e t e n d r í a n los d i s t i n t o s talleres d e la capital del I m -
perio griego. N o d e b e olvidarse en este c o n j u n t o el e m p l e o d e
piedras semipreciosas c o m o la m a l a q u i t a , el ónice, la serpentina
y el alabastro, trabajados n o sólo p o r los joyeros.
A p a r t e d e los artesanos q u e trabajan con p i e d r a s y metales no-
bles, destacaban p o r su h a b i l i d a d los tejedores d e seda y los alfa-
reros. M i e n t r a s q u e éstos a d o r n a b a n su cerámica con u n a deco-
ración d e animales y plantas m u y estilizadas, y perfeccionaban su
arte hasta el p u n t o d e ser llamados p a r a decorar la fachada d e
iglesias y realizar t a m b i é n r e t r a t o s para los selyúcidas, los tejedores
de seda bizantinos alcanzaron tal importancia, q u e Roger I I , du-
r a n t e sus c a m p a ñ a s en territorio griego, se a p r e s u r ó a llevar a
Sicilia artesanos d e los c e n t r o s d e la seda c o m o eran T e b a s y
C o r i n t o . E s t o s artesanos hacían sobre t o d o tejidos adamascados,
p e r o t a m b i é n terciopelo, con lo q u e q u e d a b a r o t o el m o n o p o l i o
b i z a n t i n o d e la seda. T a m b i é n los artesanos griegos, como en otras
ocasiones, t u v i e r o n habilidad para realizar g r a n d e s trabajos, d e
los q u e son ejemplo las capas adamascadas d e seda, c o m o la q u e
d e b i ó llevar B e r n a r d o d e Claraval.
E l gran e m p e ñ o del e m p e r a d o r M a n u e l I era añadir al esplendor
c u l t u r a l d e l I m p e r i o d e los C o m n e n o , d i f u n d i d o en 1148 p o r los
cruzados, u n a política i g u a l m e n t e grandiosa. E l e m p e r a d o r Comne-
n o , firme a pesar d e t o d o s los reveses, y a m e n u d o sin u n juicio
o b j e t i v a m e n t e j u s t o sobre las posibilidades d e su e s t a d o , perseguía
el s u e ñ o d e crear n u e v a m e n t e u n i m p e r i o q u e abarcara toda la Oi-
comene. E s t a idea universalista anticipada a su época, semejante al
sistema estatal d e ios t i e m p o s m o d e r n o s b a s a d o e n el p o d e r , tenía
casi seguro q u e fracasar, pues d u r a n t e decenios se h a b í a rechazado;
p e r o M a n u e l n o parece q u é p e n s a r a en esta posibilidad. Salta a
la vista, q u e el E m p e r a d o r t u v o u n a idea equivocada de los fines
políticos d e sus aliados y t a m b i é n d e sus enemigos, p o r lo q u e
c o m e t i ó graves errores en el t r a t o con éstos. P r i s i o n e r o d e u n a
ideología, d e s c u i d a n d o u r g e n t e s d e b e r e s d e l I m p e r i o , c o m o eran
el d e resolver las desavenencias i n t e r n a s y, en el exterior, eliminar
d e forma total el peligro t u r c o , M a n u e l I sufrió u n v e r d a d e r o fra-
caso c o m o político, a pesar d e q u e a u m e n t ó tas posesiones terri-
toiiales d e su i m p e r i o . Los errores qu<s M a n u e l cometió d u r a n t e

257
su i m p e r i o t u v i e r o n u n a s consecuencias fatales para el futuro des-
arrollo del I m p e r i o b i z a n t i n o .
El d o m i n i o sobre Italia, fue d e la máxima importancia p a r a
llevar a cabo la política del e m p e r a d o r M a n u e l . P o r la misma
razón, el e n t e n d i m i e n t o en esta cuestión resultó más difícil en las
conversaciones q u e M a n u e l C o m n e n o sostuvo con C o n r a d o I I I en
el i n v i e r n o d e 1149. F i n a l m e n t e se firmó u n a c u e r d o en Salónica,
q u e preveía u n a acción conjunta de ambos aliados en Italia y el
a s e n t a m i e n t o d e los b i z a n t i n o s en la península A p e n i n a . D a d o q u e
los m a t r i m o n i o s políticos se convirtieron en el siglo x n en el
m e d i o más usual p a r a conseguir intereses y objetivos comunes
en el t e r r e n o político, se acordó casar a u n a sobrina del E m p e r a d o r
con E n r i q u e , el hijo d e C o n r a d o , celebrándose con esta ocasión
la b o d a del d u q u e d e B a b e n b e r g , E n r i q u e J a s o m i r g o t t , con Teo-
dora C o m n e n o , otra p a r i e n t e del e m p e r a d o r griego. El mismo
M a n u e l , m e d i a n t e este a c u e r d o , vio c u m p l i d o su deseo de conse-
guir el p o d e r universal, t o m a n d o Italia como p r i m e r paso en este
sentido.
M i e n t r a s q u e la atención de los bizantinos se sentaba p o r com-
p l e t o en la segunda C r u z a d a y en t o d o s los acontecimientos ocu-
rridos en t o r n o a ella, el rey n o r m a n d o Roger I I de Brindisi lanzó
u n a t a q u e contra el i m p e r i o griego. Su p r i m e r objetivo fue Corfio,
d o n d e consiguió establecerse sin n i n g u n a dificultad, p o r q u e los
h a b i t a n t e s de la isla estaban descontentos con los impuestos que
las a u t o r i d a d e s bizantinas les h a b í a n d e c r e t a d o . Roger I I c o n t i n u ó
su empresa, q u e en el f o n d o era u n a campaña pirática, p e r o sufrió
u n a d e r r o t a en el P e l o p o n e s o ante la fortaleza d e M o n e m b a s i a .
Más suerte t u v o d e s p u é s , c u a n d o p e n e t r ó en el golfo de C o r i n t o ,
o c u p a n d o T e b a s y la misma Acrópolis de C o r i n t o , fuertemente
defendida. T e b a s y C o r i n t o fueron saqueadas y p a r t e de la pobla-
ción de ambas ciudades fue hecha prisionera. T e n e m o s noticia de
q u e Roger h a b í a previsto crear en Sicilia su propia i n d u s t r i a d e
seda, d a n d o trabajo a tejedores, h i l a n d e r o s de seda o fabricantes
de b r o c a d o s .
El e m p e r a d o r M a n u e l no estaba d i s p u e s t o a p e r m i t i r las pre-
tensiones n o r m a n d a s . E n el a ñ o 1148 m a n d ó a Corfú u n a pode-
rosa flota, bajo el m a n d o de su c u ñ a d o E s t e b a n Contostéfano,
y u n ejército con J u a n A x u c o al frente, para empezar por recon-
q u i s t a r la isla. P e r o a pesar de la ayuda veneciana, no consiguió
alcanzar su m e t a de u n golpe.
T o d a v í a bajo la influencia d e las recientes negociaciones, lleva-
das a cabo con gran éxito, con C o n r a d o I I I y tras la victoriosa
c a m p a ñ a c o n t r a los c u m a n o s en territorio d e Filipópolis, Ma-
nuel I consiguió en 1149 t o m a r Corfú, como primera medida en
la línea de la política c o n v e n i d a en Salónica. Bajo su m a n d o les

238
fue a r r e b a t a d o a los n o r m a n d o s el castillo d e Corfú, c o n v e r t i d o en
una resistente fortaleza, e n t r a n d o su guarnición al servicio d e los
griegos. Sólo u n a s o m b r a cayó sobre este triunfo: en el transcurso
de las enconadas luchas se p r o d u j e r o n desacuerdos e n t r e las tropas
bizantinas y los soldados venecianos, q u e fueron en a u m e n t o .
Roger I I n o ignoraba los planes del rey alemán y d e su c u ñ a d o
bizantino. Se esforzó entonces en conseguir, p o r su p a r t e , u n a
alianza con Luis V I I de Francia, con el rey h ú n g a r o G e z a I I , con
los güelfos y con el p a p a E u g e n i o I I en contra de los m i e m b r o s
del t r a t a d o de Salónica. P e r o si bien E u g e n i o I I I , q u e se encon-
traba bajo la influencia del canciller alemán W i b a l d o d e E s t a b l o ,
no p u d o ser g a n a d o para los planes n o r m a n d o s , los güelfos plan-
tearon a su rey tales p r o b l e m a s en su p r o p i o país q u e h u b o d e
ser el p r i m e r o en aplazar la ejecución de lo proyectado d u r a n t e su
estancia en el I m p e r i o b i z a n t i n o .
La m u e r t e de C o n r a d o I I I y la subida al p o d e r d e Federico
Barbarroja trajeron u n a h o n d a transformación en las relaciones
germano-bizantinas. C o m o quiera q u e el rey C o n r a d o no p u d o
cumplir la promesa hecha a Bizancio de declarar la guerra a los
n o r m a n d o s , el s o b r i n o del difunto planeó, c o m o p r i m e r a m e d i d a
de su r e i n a d o , u n a campaña contra R o m a y t a m b i é n la lucha p o r
la Italia del Sur. E n el t r a t a d o d e Constanza, firmado en 1153
con la curia y referente a este particular, se fijó d e m a n e r a explí-
cita que ambas partes debían i m p e d i r en cualquier caso q u e el
«rey griego» se a p o d e r a r a de territorios italianos. P e r o dicha
prescripción había sido m o t i v a d a p o r distintas razones en el caso
del E m p e r a d o r y en el caso del P a p a . M i e n t r a s q u e Anastasio I V
temía el poder del herético e m p e r a d o r de C o n s t a n t i n o p l a , el em-
perador H o h e n s t a u f e n olvidó la idea del honor impertí, así como
de la restauratio impertí, p o r considerar q u e el único hecho con-
creto era q u e el I m p e r i o debía conservar intacto el territorio de Ita-
lia. A u n c u a n d o se m a n t u v o p r o v i s i o n a l m e n t e el i n t e r c a m b i o de
embajadas entre Bizancio y el I m p e r i o germánico, y Barbarroja se
mostró d i s p u e s t o incluso a consolidar la unión de ambos estados
p o r m e d i o d e u n a b o d a con u n a princesa griega, e n t r e a m b o s
I m p e r i o s se desarrolló u n a rivalidad cada vez mayor.
C u a n d o M a n u e l se dio cuenta de que bajo Federico I sería
imposible llevar a cabo u n a empresa conjunta germano-bizantina
en Italia, en 1155 t o m ó la decisión paralela a la c a m p a ñ a de Barba-
rroja contra Roma, de hacer valer los intereses bizantinos en el
Sur d e Italia p o r m e d i o d e u n a intervención militar. El E m p e -
rador m a n d ó a Miguel Paleólogo al Adriático, después de h a b e r
r e n u n c i a d o a su primitivo deseo de intervenir p e r s o n a l m e n t e en
aquel lugar. Con a b u n d a n t e s medios económicos el general impe-
rial viajó p r i m e r o a Venecia, d o n d e organizó u n ejército. A con-

259
t i n u a c i ó n , m a r c h ó al Sur d e I t a l i a y en u n a i m p r e s i o n a n t e victoria
a r r e b a t ó a los n o r m a n d o s la mayoría d e las ciudades d e A p u l i a ,
llegando a n t e las m i s m a s p u e r t a s d e T a t e n t o ; la oposición interior
n o r m a n d a , c o n el c o n d e A l e j a n d r o d e C o n v e r s a n o a la cabeza, le
p r e s t ó valiosos servicios. Así p a r e c e q u e los deseos del e m p e r a d o r
M a n u e l h a b í a n d e llegar todavía a t i e m p o d e cumplirse antes d e
q u e Barbarroja, c o m o e m p e r a d o r d e O c c i d e n t e , p u d i e r a levantar
d e n u e v o el I m p e r i o d e C a r l o m a g n o .
La reacción n o r m a n d a a n t e el avance de M a n u e l en la Italia
del Sur, n o se hizo esperar m u c h o t i e m p o . A pesar d e q u e el
e m p e r a d o r M a n u e l e n v i ó c o n s t a n t e m e n t e tropas de refuerzo al es-
cenario d e la g u e r r a , y, u t i l i z a n d o considerables m e d i o s financie-
ros, t r a t ó de hacer p r o p a g a n d a e n t r e sus enemigos a favor de la
causa griega e n Italia, la contraofensiva del n u e v o rey n o r m a n d o
G u i l l e r m o I afectó tan d u r a m e n t e a los bizantinos en el asedio d e
Brindisi, q u e en u n b r e v e espacio d e t i e m p o p e r d i e r o n todos los
territorios y c i u d a d e s q u e p o s e í a n a m a n o s d e los n o r m a n d o s .
C u a n d o los n o r m a n d o s , bajo las ó r d e n e s d e su almirante M a i o n e ,
atacaron p o r sorpresa las c i u d a d e s p o r t u a r i a s bizantinas, y dispa-
r a r o n flechas con p u n t a s d e p l a t a d e s d e sus naves, incluso contra
el p r o p i o palacio imperial d e C o n s t a n t i n o p l a , Miguel se vio obli-
gado a firmar u n a paz con ellos en 1158.
Sin desistir en p r i n c i p i o d e u n a e x p a n s i ó n bizantina en direc-
ción a Italia, p e r o h a b i e n d o reconocido su imposibilidad, p o r el
m o m e n t o , d a d a la decidida política de los Staufen y la fuerza del
estado n o r m a n d o , M i g u e l C o m n e n o c e n t r ó sobre H u n g r í a toda
su actividad política y militar d e s d e el t r a t a d o de paz con los
n o r m a n d o s . E l h e c h o de q u e su m a d r e fuera h ú n g a r a p e r m i t i ó al
E m p e r a d o r c o n t a r con el a p o y o d e u n g r u p o pro-bizantino, q u e
en t o d o m o m e n t o p o d í a tener e n jaque a sus enemigos orientales
p o r la política d e l e m p e r a d o r Staufen. A l igual q u e o c u r r i ó en la
Italia del Sur, t a m b i é n en el t e r r e n o eclesiástico h u b o , p o r el
m i s m o m o t i v o , q u i e n e s , c o m o el arzobispo de Clocza, se sentían
m á s atraídos hacia C o n s t a n t i n o p l a , m i e n t r a s q u e o t r o s , partidarios
d e la Iglesia latina, se a g r u p a b a n en t o r n o al arzobispo d e G r a d o .
F i n a l m e n t e , v i n o a favorecer a Bizancio el h e c h o d e q u e el rey
b o h e m i o Vladislav se hiciese vasallo del e m p e r a d o r r o m a n o d e
O r i e n t e d u r a n t e la s e g u n d a C r u z a d a y además la existencia d e rela-
ciones dinásticas con la C o r t e d e los B a b e n b e r g , en Viena, q u e
en caso d e necesidad p o d í a n ser a p r o v e c h a d a s .
U n a conspiración t r a m a d a en los años cincuenta e n t r e el coman-
d a n t e griego d e las fortalezas de Belgrado y Branicevo y los h ú n -
garos c o n t r a el e m p e r a d o r M a n u e l , así c o m o los diversos contra-
t i e m p o s bélicos sufridos en la frontera húngaro-bizantina y las
d i s p u t a s p o r el t r o n o a la m u e r t e d e G e z a I I b r i n d a r o n al empe-

260
rador griego u n a o p o r t u n i d a d s u m a m e n t e propicia p a r a llevar su
p o d e r h a s t a el D a n u b i o m e d i o c o n u n aparatoso despliegue d e
fuerzas. M a n u e l confiaba en conseguir p o r lo m e n o s la cesión del
territorio c o m p r e n d i d o e n t r e el Save y el D r a v e , con la impor-
t a n t e fortaleza d e Z e u g m i n o (Semlin) y el p a g o d e algunos tri-
b u t o s del r e i n o h ú n g a r o . P a r a p o d e r conseguir su objetivo más
fácilmente, el e m p e r a d o r C o m n e n o i n t e n t ó q u e la corona d e H u n -
gría pasara a E s t e b a n I I , casado con su sobrina M a r í a . P e r o el
c a n d i d a t o b i z a n t i n o al t r o n o n o p u d o afirmarse en su patria y
M a n u e l , colocado en u n a situación c o m p r o m e t i d a en la frontera,
h u b o d e realizar esfuerzos e x t r a o r d i n a r i o s p a r a defenderse, incluso
en t e r r e n o b i z a n t i n o , consiguiendo finalmente invadir Frangocorio
m e d i a n t e u n a contraofensiva.
Y a antes el e m p e r a d o r M a n u e l h a b í a conseguido, m e d i a n t e ne-
gociaciones con E s t e b a n I I I , q u e su h e r m a n o Bela fuera reco-
nocido h e r e d e r o del t r o n o y q u e pasaran a su p o d e r los te-
rritorios h ú n g a r o s d e Dalmacia, Bosnia y Croacia. E n 1165
p r o m e t i ó al príncipe h ú n g a r o , cuyo n o m b r e h a b í a sido c a m b i a d o
en C o n s t a n t i n o p l a p o r el d e Alejo, con M a r í a , su única hija,
y le concedió el r a n g o d e « d é s p o t a » , con lo cual se e n c o n t r a b a
s i t u a d o i n m e d i a t a m e n t e d e s p u é s del e m p e r a d o r en la escala d e
categorías bizantina. P o r t o d o esto cabía esperar q u e Bela-
Alejo llegaría a u n i r el I m p e r i o b i z a n t i n o con H u n g r í a . Los
i n t e n t o s p o r p a r t e d e los h ú n g a r o s d e e n t r o m e t e r s e en los po-
sibles resultados de la política del e m p e r a d o r M a n u e l fracasaron
p o r c o m p l e t o . E n el v e r a n o del a ñ o 1167 M a n u e l pasó el Da-
n u b i o en c o m p a ñ í a d e A n d r ó n i c o Contostéfano, el general bizan-
tino más i m p o r t a n t e d e aquel siglo, y el 8 d e julio venció a u n
p o d e r o s o ejército h ú n g a r o . La importancia a t r i b u i d a p o r el Em-
p e r a d o r a esta victoria se reflejó en su m a r c h a triunfal, u n a d e
las más lujosas q u e vivió C o n s t a n t i n o p l a d u r a n t e la época d e los
Comneno.
Los resultados d e la política h ú n g a r a , s u m a m e n t e favorables
a Bizancio, n o q u e d a r o n c o n t r a r r e s t a d o s p o r acciones proceden-
tes del exterior, sino a causa d e las decisiones del E m p e r a d o r
respecto a su sucesión. Al nacer u n hijo v a r ó n de su s e g u n d o
m a t r i m o n i o , deshizo en 1170 el c o m p r o m i s o d e su hija con Alejo-
Bela, siendo p o r ello d u r a m e n t e criticado p o r el p u e b l o bizan-
t i n o y, sobre t o d o , p o r A n d r ó n i c o C o m n e n o . F u e u n a v e r d a d e r a
s u e r t e q u e M a n u e l p u d i e r a , tres años m á s t a r d e , p r o p o r c i o n a r
la corona de San E s t e b a n al p r í n c i p e h ú n g a r o , haciéndole jurar,
antes d e volver a su p a t r i a , q u e n u n c a e m p r e n d e r í a ninguna
acción contra los intereses b i z a n t i n o s , a pesar de q u e el actual
Bela I I I había t e n i d o q u e ceder al E m p e r a d o r sus derechos
sobre Croacia y Dalmacia.

261
En estrecha relación con las guerras h ú n g a r a s del e m p e r a d o r
M a n u e l d e b e considerarse t a m b i é n la política de los C o m n e n o
frente a Servia. D u r a n t e todas estas polémicas, los magiares
n o d e s c u i d a r o n la ocasión de liberarse d e la opresión bizantina,
apoyados todas las veces p o r los renovados anhelos servios d e
i n d e p e n d e n c i a . E n 1168 el ejército del E m p e r a d o r consiguió
c o n t e n e r a los servios, p e r o t a n p r o n t o como las t r o p a s griegas
a b a n d o n a r o n el país, m u y difícil d e controlar, h u b o u n a n u e v a
rebelión c o n t r a los bizantinos, q u e en 1155 h u b i e r o n de en-
frentarse n u e v a m e n t e contra los insurrectos búlgaros a n t e el
arco de T r a j a n o . Sólo c u a n d o M a n u e l e n t r ó en Servia en el
a ñ o 1172 y sometió al z u p á n E s t e b a n N e m a n i a , fundador de la
dinastía d e los n e m á n i d a s , al t i e m p o q u e se hacía ilusoria toda
esperanza servia d e ayuda p r o c e d e n t e del o t r o lado del D a n u -
bio, p o r la s u b i d a al t r o n o de Bela I I I d e H u n g r í a , el país,
j u n t o con sus p r í n c i p e s , se sometió al p o d e r bizantino. H a s t a
el final del r e i n a d o del e m p e r a d o r M a n u e l e n c o n t r a m o s , a partir
d e este m o m e n t o , j u n t o a u n i d a d e s h ú n g a r a s , otras servias en
el ejército b i z a n t i n o . A d e m á s , el E m p e r a d o r p o b l ó el I m p e r i o ,
en especial la localidad d e Sofía, con gran n ú m e r o de campesinos
servios.
El e m p e r a d o r M a n u e l p u d o así c o n t i n u a r la victoriosa política
d e su p a d r e c o n t r a los estados del O c c i d e n t e cristiano. E n 1158
el e m p e r a d o r C o m n e n o m a r c h ó hacia Cilicia e invadió T a r s o
y A d a n a . P e r o e n vez de d e r r o t a r al príncipe armenio T o r o s ,
q u e g o b e r n a b a este territorio, se p r o p u s o asegurar la supremacía
bizantina p o r m e d i o de negociaciones. Parece q u e el príncipe
T o r o s s u p o conseguir u n a redacción de aquel t r a t a d o q u e en
el fondo dejaba su posición t o t a l m e n t e intacta. Así, fue nece-
sario q u e t r o p a s bizantinas p e r m a n e c i e r a n c o n s t a n t e m e n t e en
el país, viéndose m á s de u n a vez envueltas en ruinosas batallas
contra el n o b l e a r m e n i o .
D e s d e Cilicia, M a n u e l C o m n e n o m a r c h ó en 1159 hacia A n -
tioquía, para i m p o n e r la supremacía bizantina en el p r i n c i p a d o
de R e i n a l d o de Chátillon. C o n antipatía, p e r o conscientes d e su
inferioridad militar con respecto a Bizancio, los h a b i t a n t e s d e
A n t i o q u í a d i s p e n s a r o n al E m p e r a d o r u n costoso recibimiento.
Su príncipe t u v o q u e reconocer las prerrogativas d e los griegos
y p r o m e t e r a p o r t a r tropas para el ejército imperial. M a n u e l
C o m n e n o o b t u v o además el d e r e c h o d e n o m b r a r a los patriarcas
de la c i u d a d del O r o n t e s , con lo q u e A n t i o q u í a pasó a d e p e n d e r
también eclesiásticamente de C o n s t a n t i n o p l a . La relación e n t r e
ambos poderes q u e d ó clara c u a n d o al e n t r a r el E m p e r a d o r en
A n t i o q u í a , el p r í n c i p e R e i n a l d o , a pie, t u v o q u e llevar las
riendas del caballo d e aquél.

262
E n la e n t r a d a d e l e m p e r a d o r griego en A n t i o q u í a t a m b i é n
t o m ó p a r t e el rey B a l d u i n o I I I d e J e r u s a l é n . E s t e había mar-
c h a d o r á p i d a m e n t e a Siria p a r a p o n e r s e , j u n t o con t o d o su
r e i n o , bajo el p a t r o c i n i o del E m p e r a d o r . C o n esto Bizancio fue
reconocido c o m o p r i m e r a potencia e n t r e los estados de los cru-
zados, y r e s p o n d í a a la realidad política el h e c h o de q u e su
g o b e r n a n t e fuera n o m b r a d o en p r i m e r lugar en la inscripción,
q u e se g r a b ó en la iglesia del N a c i m i e n t o d e Belén en 1169,
v u e l t a a decorar con mosaicos. El e m p e r a d o r M a n u e l aseguró
los triunfos conseguidos m e d i a n t e m a t r i m o n i o s políticos: ya
en 1158 B a l d u i n o I I I se h a b í a casado con T e o d o r a C o m n e n o ,
sobrina del E m p e r a d o r ; en 1167 lo hizo el rey Amalarico d e
J e r u s a l é n con su sobrina-nieta A n a C o m n e n o ; en 1169 el p r o p i o
M a n u e l se casó, tras la m u e r t e d e su p r i m e r a esposa, con M a r í a
d e A n t i o q u í a , y el p r í n c i p e B o h e m u n d o I I I d e A n t i o q u í a ,
h e r m a n o de ésta, contrajo m a t r i m o n i o en 1175 con otra T e o d o r a
C o m n e n o . E n el v e r a n o d e 1169 el p o d e r b i z a n t i n o en O r i e n t e
h a b í a alcanzado ya su p u n t o m á s alto, c u a n d o A n d r ó n i c o Com-
n e n o condujo a E g i p t o u n g r a n ejército griego p o r vía m a r í t i m a
y e n u n i ó n d e u n c o n t i n g e n t e del reino d e J e r u s a l é n sitió la
fortaleza d e D a m i e t a .
A pesar de h a b e r i m p u e s t o el d o m i n i o b i z a n t i n o en los Bal-
canes y los estados d e los c r u z a d o s , el e m p e r a d o r M a n u e l n o
desistió d e sus p l a n e s d e r e c o n q u i s t a r las antiguas provincias
imperiales en Italia. El e m p e r a d o r C o m n e n o lo i n t e n t ó en u n
p r i n c i p i o p o r vía diplomática y exigió a Barbarroja que se re-
tirara p o r lo m e n o s d e la P e n t á p o l i s de A p u l i a y d e su costa.
E n 1160, y d e s p u é s de llegar a u n acuerdo con los n o r m a n d o s ,
M a n u e l se p a s ó a b i e r t a m e n t e al b a n d o d e los enemigos del
e m p e r a d o r alemán, q u e n o q u e r í a discutir d e n i n g u n a m a n e r a
la cesión d e territorios italianos a favor d e Bizancio. D u r a n t e
más d e diez años el I m p e r i o b i z a n t i n o , como pilar secundario,
d e s e m p e ñ a r á u n p a p e l en la alianza anti-Staufen q u e el p a p a
A l e j a n d r o I I I l e v a n t ó en t o r n o al I m p e r i o d e Federico Barba-
rroja, tras el n o m b r a m i e n t o del a n t i p a p a Víctor I V .
Llegamos así a la conclusión d e q u e la política del e m p e r a d o r
M a n u e l contra los Staufen n o fue p r e c i s a m e n t e afortunada, sobre
t o d o p o r q u e t a m p o c o sus aliados, en especial los n o r m a n d o s
y el p a p a d o , p e n s a b a n p e r m i t i r q u e Bizancio volviera a tener
posesiones en Italia. T a m p o c o recibió M a n u e l la corona impe-
rial d e O c c i d e n t e c u a n d o e n 1167 y con esta finalidad ofreció
al P a p a u n a n u e v a u n i ó n d e las Iglesias. P o r eso M a n u e l Com-
n e n o fue el p r i m e r o en financiar la lucha de la liga l o m b a r d a
contra Barbarroja y desde la base bizantina de A n c o n a alcanzó
t a m b i é n éxitos militares sobre los alemanes — e n 1179 el can-

264
ciller Cristian de Maguncia fue h e c h o p r i s i o n e r o en C a m e r i n o
y desde A n c o n a fue llevado a C o n s t a n t i n o p l a — , p e r o n o p u d o
impedir q u e Bizancio fuera t r a t a d o p o r sus aliados como u n
m e r o i n s t r u m e n t o político, m á s q u e c o m o u n c o m p a ñ e r o con
los mismos derechos, y m e n o s a ú n , q u e la diplomacia d e los
Staufen colocara a Bizancio bajo la o p r e s i ó n de u n círculo d e
potencias aliadas, desde Rusia hasta E g i p t o . C u a n d o el empe-
r a d o r Federico I consiguió finalmente p o n e r de su parte a
sus enemigos, u n o tras o t r o , o b i e n q u e p e r m a n e c i e r a n neutrales,
se llegó a la Paz de Venecia. E l E s t a d o b i z a n t i n o q u e d ó aislado
y p e r d i ó los medios necesarios para luchar contra sus enemigos
tradicionales en el E s t e .
P o r fin M a n u e l se dio cuenta de q u e sus aliados le h a b í a n
a b a n d o n a d o en su i n t e n t o de e x t e n d e r su I m p e r i o hacia el
O e s t e . E n t r e 1170 y 1172 b u s c ó de n u e v o el acercamiento
al I m p e r i o de los Staufen. A Cristian de Maguncia y E n r i q u e
el L e ó n , sus más altos dignatarios, les fueron confiadas las ne-
gociaciones, q u e se llevaron a cabo en el C u e r n o de O r o . P e r o
tampoco entonces se llegó a u n a c u e r d o e n t r e a m b o s I m p e r i o s ,
p o r q u e Barbarroja, igual q u e antes, no estaba d i s p u e s t o a per-
mitir u n avance griego en territorio italiano. P o r el contrario,
los contactos germano-bizantinos p r o v o c a r o n u n a total desave-
nencia con G u i l l e r m o I I de Sicilia, q u e desde entonces no cesó
en su política contraria al e m p e r a d o r C o m n e n o .
A la larga tampoco estableció unas relaciones amistosas con
Venecia, d e gran importancia t a n t o para la política comercial
bizantina como para los contactos del I m p e r i o griego con Occi-
d e n t e . El m o t i v o fue q u e los grandes negociantes venecianos
d o m i n a b a n casi p o r completo el mercado bizantino. P u e d e su-
ponerse q u e d e h a b e r a c e p t a d o el E m p e r a d o r esta situación, hu-
biera t e n i d o asegurado el apoyo d e su política imperial y de
sus luchas por p a r t e d e los venecianos, como compensación.
P e r o la ciudad del Ríalto no quiso dejarse utilizar c o m o simple
i n s t r u m e n t o político del e m p e r a d o r bizantino y se o p u s o abier-
t a m e n t e a los intereses griegos, p o r ejemplo en Dalmacia. Con
este m o t i v o , M a n u e l se p r o p u s o expulsar a los venecianos del
I m p e r i o , para en el f u t u r o servirse en su lugar d e los comer-
ciantes genoveses y p í s a n o s ; p o r u n a p a r t e , Pisa y G e n o v a n o
disponían de los m i s m o s m e d i o s q u e la república d e San M a r c o s ,
p e r o , p o r o t r a , se h a b í a n d e f e n d i d o de los griegos con mayor
decisión q u e los venecianos, a u n q u e no sin tener q u e aceptar
algunas condiciones. D e esta forma G e n o v a o b t u v o en 1169 su
p r i m e r t r a t a d o comercial con Bizancio y Pisa firmó u n o n u e v o ,
m á s ventajoso q u e el a n t e r i o r d e 1136.

265
E n m a r z o de 1171 se p r o d u j o la gran batalla contra los ve-
necianos. E n u n solo día fueron detenidos todos los venecianos
del I m p e r i o y todas sus p r o p i e d a d e s confiscadas. I n m e d i a t a m e n -
te el dogo Vi tale Michiel m a n d ó u n a flota a r m a d a al mar Egeo,
q u e t o m ó E u b c a , Lesbos y Q u í o , pero t u v o q u e r e t r o c e d e r ante
los griegos, al m a n d o del famoso A n d r ó n i c o Contostéfano, p o r
aparecer la peste a b o r d o , sin h a b e r conseguido ayudar a los
venecianos d e t e n i d o s . La consecuencia del d u r o golpe bizantino
fue sin d u d a , el a c u e r d o firmado e n t r e la señoría y los norman-
dos en 1175 y u n a política veneciana encaminada a aproximarse
a las potencias q u e c o m b a t í a n en Italia. Así, el e m p e r a d o r Ma-
n u e l tuvo q u e ceder de b u e n a o mala gana y aceptar el pago
de u n a indemnización d e 15 centenarios d e oro p o r los bienes
e x p r o p i a d o s y la liberación de los h o m b r e s q u e h a b í a n sido
c a p t u r a d o s . El proceder d e M a n u e l en 1171 llevó a u n enfren-
t a m i e n t o en el mar, lo q u e n o hizo sino reforzar las antipatías
en V e n e c i a q u e h a b r í a n d e tener sus máximas consecuencias en
;

la C r u z a d a d e 1204.
Las luchas e n t r e los hijos d e l sultán M a s ' ú d de Iconio p o r
conseguir la herencia d e su p a d r e p e r m i t i e r o n q u é d u r a n t e
m u c h o t i e m p o los b i z a n t i n o s n o h u b i e r a n de temer nada por
p a r t e de Asia M e n o r y q u e tuvieran las m a n o s libres para
desarrollar su política en Italia, los Balcanes y el occidente la-
t i n o . M a n u e l s u p o a p r o v e c h a r h á b i l m e n t e la rivalidad entre los
diferentes p a r t i d o s d u r a n t e esta guerra y o b t e n e r así u n a situa-
ción favorable para los griegos en los territorios fronterizos de
su I m p e r i o . E n 1162 el sultán Kilids-Arslan se d e t u v o en
C o n s t a n t i n o p l a y tras la victoria sobre sus h e r m a n o s se vio
o b l i g a d o a firmar u n t r a t a d o p o r el q u e se c o m p r o m e t í a en lo
f u t u r o a acudir al l l a m a m i e n t o del E m p e r a d o r y, sobre todo, a
retirarse d e la ciudad d e Sebaste, j u n t o al río H a l i s , así como
d e t o d o s sus territorios. R e a l m e n t e el sultán s u p o eludir su
p r o m e s a , p e r o a u n así el e m p e r a d o r M a n u e l consiguió asegurar
la n u e v a organización económica y militar en el territorio d e
C h a r a , P é r g a m o y A d r a m e c i o , p o b l a n d o el I m p e r i o con turcos
cristianizados, así como la frontera del E s t e m e d i a n t e diversas
c a m p a ñ a s triunfales, lo q u e mereció los elogios de sus contem-
poráneos.
P e r o el e m p e r a d o r C o m n e n o n o se interesó p o r m u c h o tiem-
p o en la eliminación del peligro selyúcida, y así en el a ñ o 1175
volvió a enemistarse con el s u l t a n a t o de Iconio. P a r e c e q u e fi-
n a l m e n t e Bizancio y los selyúcidas decidieron j u n t o s el siguiente
p l a n : venciendo a Kilids-Arslan, q u e confiaba en el apoyo po-
lítico d e los enemigos occidentales de los bizantinos y esperaba
recibir ayuda militar de sus correligionarios m u s u l m a n e s en Asia

266
M e n o r , el e m p e r a d o r M a n u e l lograría ver realizado su deseo
de dar un n u e v o e s p l e n d o r a su política, consiguiendo u n éxito
r o t u n d o en O c c i d e n t e y a c t u a n d o t a m b i é n como defensor de la
causa cristiana. D e este m o d o dispuso en 1176 u n a t a q u e c o n t r a
el territorio d o n d e se e n c o n t r a b a e m p l a z a d o el s u l t a n a t o d e
Asia M e n o r , tras h a b e r l e v a n t a d o las fortalezas fronterizas de Do-
rilea y Subleo, con lo q u e la soberanía bizantina se i m p u s o
n u e v a m e n t e sobre Anatolia y el camino hacia T i e r r a Santa debía
q u e d a r definitivamente libre.
M i e n t r a s q u e u n ejército griego, p a r t i e n d o de Paflagonia y
atravesando Amasia, p e n e t r a b a en el territorio selyúcida, el Em-
p e r a d o r c o n c e n t r ó las tropas en la localidad de Coni. Su ejército,
c o m p u e s t o p o r u n gran n ú m e r o de cruzados, rusos, servios, hún-
garos, c u m a n o s y gentes d e casi todos los países de O c c i d e n t e ,
p r e t e n d í a avanzar d i r e c t a m e n t e sobre I c o n i o llevando incontables
artefactos y pesadas armas de guerra para la toma de la capital
selyúcida. P e r o ya en sus comienzos aquella e m p r e s a t a n pre-
p a r a d a se vino abajo. El 17 de s e p t i e m b r e de 1176 los bizan-
tinos fueron s o r p r e n d i d o s d u r a n t e su avance en la garganta
d e u n desfiladero al E s t e d e Miriocéfalo y sólo con g r a n es-
fuerzo p u d i e r o n evitar u n a d e r r o t a semejante a la q u e sufrió
el e m p e r a d o r R o m a n o D i ó g e n e s el año 1071 en Manzicerta.
La política exterior d e expansión del e m p e r a d o r M a n u e l , q u e
sólo fue posible a costa de d u r o s sacrificios económicos del
I m p e r i o , recibió con esto u n golpe tan d u r o q u e aquella po-
lítica ya n o p u d o ser c o n t i n u a d a en n i n g u n a dirección. Tal
d e r r o t a hizo ver q u e el potencial militar del I m p e r i o n o era
suficiente p a r a alcanzar los objetivos del e m p e r a d o r M a n u e l ,
n i siquiera d e lejos. El d e s t i n o d e Bizancio como potencia m u n -
dial q u e d ó decidido en la batalla de Miriocéfalo.

IV. De Miriocéfalo a la cuarta Cruzada (1176-1204)

C o n la d e r r o t a de Miriocéfalo q u e d ó definitivamente d e mani-


fiesto q u e Bizancio h a b í a d e r e n u n c i a r a su plan de r e c o n q u i s t a r
la p a r t e interior de Asia M e n o r . El h e c h o de que u n a ñ o más
t a r d e las potencias occidentales se r e u n i e r a n en Venecia p a r a
llegar a u n a c u e r d o q u e p e r m i t i e r a a sus ejércitos llevar a cabo
u n a confrontación c o n t r a el I m p e r i o oriental resultó en este
m o m e n t o d o b l e m e n t e grave. Bizancio había p e r d i d o la iniciativa
en el juego de potencias y se vio así obligada a enfrentarse a
las pretensiones de sus vecinos, q u e sólo h u b i e r a n conseguido
alcanzarlas a su costa. La restauración del I m p e r i o justinianeo

267
era, c o m o p r o g r a m a político, algo r e a l m e n t e inalcanzable por
entonces.
El e m p e r a d o r M a n u e l t u v o q u e i n t e n t a r p r i m e r a m e n t e asegu-
rar las posesiones bizantinas contra los selyúcidas. T a n t o sus
generales como él m i s m o o b t u v i e r o n tales éxitos en el valle
del M e a n d r o y en Claudiópolis d e Bitinia q u e los efectos d e la
d e r r o t a d e Miriocéfalo solamente se hicieron sentir después del
a ñ o 1180, a ñ o en q u e m u r i ó el e m p e r a d o r M a n u e l .
T a m b i é n en la política occidental del e m p e r a d o r influyeron
aquellos éxitos. N a t u r a l m e n t e Federico Barbarroja n o desapro-
vechó la o p o r t u n i d a d de señalar al e m p e r a d o r griego d e r r o t a d o
a n t e Kilids-Arslan c o m o «amigo» de los Staufen. P e r o t o d o
q u e d ó en eso. M a n u e l consiguió incluso a p u n t a r s e p o r su p a r t e
éxitos s o r p r e n d e n t e s en su política occidental. Las provincias
balcánicas p e r m a n e c i e r o n firmemente en m a n o s de los griegos,
e i n m e d i a t a m e n t e d e s p u é s d e la Paz de Venecia, p o r la q u e
Barbarroja q u i s o reafirmarse frente a sus enemigos, se creó en
Italia u n a liga pro-bizantina — e n la q u e se e n c o n t r a b a n agru-
padas la c i u d a d d e A n c o n a , el c o n d e de M o n t f e r r a t o , la familia
d e los F r a n g i p a n e de R o m a e influyentes grupos de Pisa y
G e n o v a — y se consiguió u n n u e v o acercamiento a Venecia.
C o n esta liga y con las dinastías r e i n a n t e s en Francia y la
P r o v e n z a aragonesa, e m p a r e n t a d a s e n t r e sí p o r m e d i o d e ma-
trimonios políticos, se cerró en t o r n o al I m p e r i o Staufen u n
cerco c o m p l e t a d o en el N o r t e por los condes de Flandes e
I n g l a t e r r a , y p o r los güelfos. La b o d a del h e r e d e r o del t r o n o ,
Alejo, con I n é s d e Francia, hija de Luis V I I , celebrada con
g r a n e s p l e n d o r a finales de marzo de 1180, fue u n claro signo
d e aquellas gestiones políticas con las q u e Bizancio se había
p r o p u e s t o conseguir u n control efectivo sobre el I m p e r i o occi-
d e n t a l , cada vez más p o d e r o s o . P e r o tampoco esta m e t a p u d o
ser alcanzada: el e m p e r a d o r M a n u e l m u r i ó en el o t o ñ o de aquel
mismo año.
La m u e r t e del e m p e r a d o r M a n u e l fue u n d u r o golpe p a r a el
m u n d o b i z a n t i n o . P e r o también en O c c i d e n t e y en los países
m a h o m e t a n o s la noticia de la m u e r t e del e m p e r a d o r C o m n e n o
causó g r a n impresión. Los h o m b r e s d e su t i e m p o no supieron
ver q u e con su m u e r t e Bizancio dejaba de ser en realidad u n a
potencia m u n d i a l .
M i e n t r a s d u r a b a n a ú n las celebraciones del d u e l o p o r M a n u e l ,
estalló en la C o r t e bizantina u n a e n c o n a d a lucha p o r el p o d e r .
Alejo I I , hijo de M a n u e l , era todavía u n n i ñ o y no estaba pre-
p a r a d o en m o d o alguno para afrontar las exigencias del mo-
m e n t o . La v i u d a d e M a n u e l , la e m p e r a t r i z X e n e , n o tenía inten-
ción d e seguir los deseos de su difunto esposo, y en lugar d e

268
retirarse a u n m o n a s t e r i o ejerció u n a considerable influencia
sobre la marcha del g o b i e r n o . Su h o m b r e d e confianza era el
protosebastos Alejo C o m n e n o , sobrino del e m p e r a d o r M a n u e l ,
que se i m p u s o en poco t i e m p o en el consejo de regencia, insti-
t u i d o p o r M a n u e l , y t o m ó en su m a n o las riendas del gobierno.
Sus enemigos se r e u n i e r o n en t o r n o a M a r í a C o m n e n o , hija
del primer m a t r i m o n i o de M a n u e l , y a su esposo, Rainiero d e
M o n t f e r r a t o . Estos fueron apoyados por el patriarca y sobre t o d o
por A n d r ó n i c o C o m n e n o , q u e desde Paflagonia seguía con gran
atención el desarrollo de los acontecimientos en la capital. A u n -
que el protosebastos no p u d o i m p o n e r s e en las provincias del
I m p e r i o d o n d e sus enemigos h a b í a n c o n c e n t r a d o sus fuerzas en
las grandes ciudades, fue a f i r m a n d o su posición en la capital,
despacio, p e r o de forma segura. T r a s u n fracasado a t e n t a d o p o r
parte de sus enemigos, éstos fueron procesados y hasta el m i s m o
patriarca, m u y apreciado p o r todos, h u b o de retirarse al monas-
terio del P a n t e p o p t e s , p o r n o apoyar íncondicionalmente al re-
gente.
Pero con este proceder el protosebastos h a b í a llegado dema-
siado lejos. Se p r o d u j e r o n luchas callejeras e n t r e la guardia de
palacio y los partidarios de la hija de M a n u e l , María, la cual
se había a t r i n c h e r a d o en Santa Sofía. Las tropas del E m p e r a d o r
n o p u d i e r o n aplastar este l e v a n t a m i e n t o , d a d o q u e el p u e b l o
de la capital m o s t r a b a a b i e r t a m e n t e su simpatía por María Com-
n e n o t o m a n d o p a r t e en las luchas. La situación p a r a el proto-
sebastos empeoró por momentos cuando Andrónico Comneno,
desde O i n e a , comenzó a m a r c h a r sobre C o n s t a n t i n o p l a . Al atra-
vesar el Sangario d e r r o t ó a u n ejército e n v i a d o contra él, y
d a n d o u n r o d e o a n t e Nicea y Nicomedia, t o m ó posiciones en la
orilla asiática del Bosforo, desde d o n d e vio a la flota imperial,
q u e debía cerrar el estrecho, pasarse a su b a n d o .
Pocas semanas d e s p u é s d e la m u e r t e del e m p e r a d o r M a n u e l ,
antes de q u e las luchas p o r su sucesión llegaran a su m o m e n t o
álgido, el I m p e r i o t u v o q u e sufrir sensibles p é r d i d a s territo-
riales. Bela I I I d e H u n g r í a o c u p ó en el i n v i e r n o d e 1181 los
territorios bizantinos d e Croacia y Dalmacia, registrándose sola-
m e n t e u n a oposición local. Los selyúcidas, cuyo sultán h a b í a
firmado u n t r a t a d o d e paz con M a n u e l I e n la p r i m a v e r a d e
1180, t o m a r o n Sozópolis y Cotiea en Asia M e n o r , y en Atalia
llegaron hasta la costa del m a r M e d i t e r r á n e o . U n a ñ o después,
dos posiciones bizantinas, la costa Sur de Asia M e n o r y la p a r t e
occidental de la p e n í n s u l a balcánica, por cuyo afianzamiento los
C o m n e n o , desde Alejo, se h a b í a n p r e o c u p a d o c o n s t a n t e m e n t e ,
se vieron en peligro, si n o p e r d i d a s .

269
A pesar d e sus m u c h a s ocupaciones p o r el desarrollo de los
asuntos i n t e r n o s , el protosebastos Alejo n o descuidó la política
exterior. Se m a n t u v i e r o n relaciones diplomáticas con el reino d e
J e r u s a l é n . P e r o el p a r t i d o bizantino apoyó a los I b e l i n d u r a n t e
las luchas i n t e r n a s en aquel lugar, y los jacobitas y maronitas,
fieles h a s t a ahora a la Iglesia griega, se s u b o r d i n a r o n al patriarca
l a t i n o de J e r u s a l é n . Bizancio se p u s o en contacto son Saladino,
-el p r i n c i p a l enemigo d e los cruzados.
A u n q u e e n f r e n t á n d o s e con las repúblicas marítimas de Pisa y
G e n o v a , Bizancio p u d o c o n t i n u a r la política del e m p e r a d o r
M a n u e l . A h o r a fueron fortalecidos los contactos o p o r t u n o s , so­
b r e t o d o p o r q u e a ú n n o se había llegado a la solución pacífica
d e las diferencias con Venecia. T a m b i é n las relaciones con la
curia fueron r e a n u d a d a s , con la i n t e n c i ó n d e ejercer sobre
el patriarca, en la m e d i d a d e lo posible, u n a presión político-
eclesiástica, d a d o q u e n o h a b í a disimulado su antipatía p o r el
régimen del protosebastos. U n influyente príncipe del I m p e r i o
d e los Staufen, el d u q u e L e o p o l d o V d e Austria, se u n i ó poco
d e s p u é s al legado del P a p a , el cardenal J u a n d e Santangelo, sin
saber en q u é consistía su marcha hacia C o n s t a n t i n o p l a en la
primavera d e 1182.
S e g u r a m e n t e fue la marcada simpatía hacia O c c i d e n t e de su
política exterior, lo q u e ocasionó la caída del protosebastos.
E n las negociaciones con písanos y genoveses, la gran masa de
la p o b l a c i ó n se sintió perjudicada p o r la política comercial de sus
respectivos países. P o r este m o t i v o Alejo C o m n e n o se vio obliga­
d o a confiar cada vez m á s a mercenarios latinos las funciones
defensivas, así c o m o la estabilidad d e su régimen.
D e s p u é s de q u e los nobles partidarios del protosebastos huye­
r a n cada vez en mayor n ú m e r o al c a m p a m e n t o d e A n d r ó n i c o ,
y la regencia tuviera q u e ser cedida casi p o r completo a los
latinos, su caída era sólo cuestión de t i e m p o . F i n a l m e n t e la guar­
dia varega le p r e n d i ó u n a noche, m i e n t r a s el p u e b l o de la capital
asaltaba el b a r r i o latino de C o n s t a n t i n o p l a , e n f r e n t á n d o s e a los
m e r c e n a r i o s extranjeros. T a m b i é n los t r o p a s de A n d r ó n i c o entra­
r o n en c o m b a t e y en poco t i e m p o d o b l e g a r o n la resistencia de
los latinos. M i e n t r a s el grueso d e las fuerzas armadas d e Alejo
e m p r e n d í a la h u i d a en los barcos latinos, en los barrios de los
písanos y genoveses, así como en los de otros comerciantes occi­
dentales, se p r o d u j e r o n escenas estremecedoras. Las casas, alma­
cenes, e incluso el h o s p i t a l de San J u a n , fueron incendiados,
cerca d e 30.000 p e r s o n a s , j u n t o con el legado del P a p a , cruel­
m e n t e pasadas a cuchillo y más de 4.000 hechas esclavos. Los
latinos fueron a n i q u i l a d o s tan d e s e n f r e n a d a m e n t e que los mismos
espectadores b i z a n t i n o s vieron en estas crueldades el m o t i v o de

270
las atrocidades q u e h u b o de sufrir la santa c i u d a d de Constan-
tinopla d u r a n t e la c u a r t a Cruzada.
La e n t r a d a de A n d r ó n i c o en C o n s t a n t i n o p l a , e n t r e las aclama-
ciones del p u e b l o , t e r m i n ó con los asesinatos y saqueos del
barrio latino, p e r o n o consiguió d e t e n e r las luchas e n t r e los
distintos grupos en la capital. P r o n t o se dieron cuenta los círcu-
los en t o r n o a la hija d e M a n u e l , M a r í a , d e q u e A n d r ó n i c o no
p e n s a b a más q u e en t o m a r en sus m a n o s la dirección del gobier-
n o . J u n t a m e n t e c o n la e m p e r a t r i z X e n e , a q u i é n había t e n i d o
hasta ahora como declarada enemiga. María y su esposo llegaron
a enfrentarse con A n d r ó n i c o p o r la influencia sobre Alejo I I .
A q u é l eliminó sin compasión a sus antiguos amigos y a sus
n u e v o s c o m p e t i d o r e s , según i b a n apareciendo. La hija de M a n u e l
m u r i ó e n v e n e n a d a j u n t o con el César Rainiero d e M o n t f e r r a t o ;
a finales d e 1182 fue estrangulada la m a d r e d e la emperatriz,
y Alejo I I en o c t u b r e de 1183. M e d i o a ñ o antes A n d r ó n i c o se
había h e c h o coronar c o m o co-emperador con aquél. Con esto
q u e d a b a libre p a r a A n d r ó n i c o el camino hacia el t r o n o del em-
p e r a d o r M a n u e l , d e s p u é s de q u e ya sólo los patriarcas d e Cons-
tantinopla y J e r u s a l é n , T e o d o s i o Boradiotes y Leoncio I I I , osa-
ran enfrentarse a él.
P a r a el n u e v o E m p e r a d o r la política interior era d e especial
importancia. A pesar d e ello h u b o m u y pocas innovaciones insti-
tucionales bajo su reinado, a u n q u e sí u n gran n ú m e r o de cambios
en los p u e s t o s , sobre t o d o en el sistema a d m i n i s t r a t i v o del
I m p e r i o . P r e c i s a m e n t e en este aspecto el E m p e r a d o r procedió
de forma tan decidida y sin contemplaciones, q u e consta como
u n hecho r e a l m e n t e único en la historia del estado de los Com-
n e n o . Según los d o c u m e n t o s , sólo pocos meses d e s p u é s , se p u d o
constatar q u e , por u n lado, el fisco volvía a tener u n a consi-
derable cantidad de d i n e r o , a pesar de q u e A n d r ó n i c o tuvo q u e
emplear d u r a n t e su r e i n a d o m e d i o s b a s t a n t e costosos para ven-
cer los peligros q u e a m e n a z a b a n desde fuera a su estado, y q u e ,
p o r o t r o lado, las capas m á s h u m i l d e s de la población p u d i e r o n por
fin respirar, m i e n t r a s q u e el E m p e r a d o r se enfrentaba dura-
m e n t e a las familias t e r r a t e n i e n t e s , que hasta ahora habían man-
d a d o a su antojo en las provincias, e incluso a sus propios parti-
darios. A n d r ó n i c o p r e s t ó especial atención a la subida de los
i m p u e s t o s , que habían llegado a semejar, en varias partes del
I m p e r i o , extorsiones organizadas.
P e r o no debe olvidarse q u e bajo A n d r ó n i c o t a m b i é n se p u e d e n
observar i n t e n t o s de reforma de las leyes, como por ejemplo
la preocupación m o s t r a d a p o r el E m p e r a d o r por la transformación
de la ley marcial, vinculada al derecho c o n s u e t u d i n a r i o . P o r
noticias de su tiempo se tiene en general la impresión de q u e

271
el E m p e r a d o r se p r e o c u p ó c o n s t a n t e m e n t e p o r las clases m á s
bajas d e la p o b l a c i ó n , m a n d a n d o construir u n a n u e v a instalación
para u n a c o n d u c c i ó n d e agua a la capital. El h e c h o d e q u e
este p r o y e c t o n o fuera acogido con demasiado e n t u s i a s m o se
d e b i ó p r o b a b l e m e n t e a q u e , en vista d e las posibilidades econó-
micas del e s t a d o b i z a n t i n o , A n d r ó n i c o se h a b í a p r o p u e s t o llegar
n u e v a m e n t e a u n arreglo con u n a de las repúblicas marítimas
de Italia, c o m o m e t a d e su política exterior.
Al t o m a r el p o d e r A n d r ó n i c o C o m n e n o , la política exterior
atravesaba u n m o m e n t o crítico. El u s u r p a d o r había conseguido,
desde l u e g o , estabilizar las relaciones en la frontera oriental del
I m p e r i o , m e d i a n t e amplias concesiones hechas al sultán Kilids-
Arslan d u r a n t e su marcha hacia la capital, p e r o el rey Beia I I I
había cruzado el D a n u b i o y p e n e t r a d o p r o f u n d a m e n t e en el te-
rritorio b i z a n t i n o . A esto había q u e sumar las d u r a s batallas con
las q u e los pisanos y genoveses se t o m a r o n venganza.
El p r i m e r éxito q u e p u d o a p u n t a r s e A n d r ó n i c o fue la defensa
c o n t r a el a t a q u e h ú n g a r o , en el q u e t a m b i é n t o m a r o n p a r t e los
servios bajo el m a n d o de E s t e b a n N e m a n i a . El ejército bizan-
tino consiguió o c u p a r de n u e v o las ciudades de Sofía y N i s ,
y llegar hasta el D a n u b i o p o r Belgrado. El rey h ú n g a r o había
a b a n d o n a d o el escenario de la batalla p r o b a b l e m e n t e para t o m a r
p a r t e en las luchas p o r Zara en el Adriático e n t r e sus compa-
triotas y Venecia, y parece q u e el e m p e r a d o r C o m n e n o aseguró,
m e d i a n t e u n t r a t a d o d e paz, el territorio o c u p a d o p o r los bizan-
tinos.
D á n d o s e c u e n t a A n d r ó n i c o de q u e en principio no podía pen-
sarse en r e a n u d a r las relaciones con G e n o v a y Pisa, concedió la
mayor atención a las relaciones con Venecia. T r a s largas nego-
ciaciones, firmó en la p r i m a v e r a del año 1185 u n a c u e r d o con
la Señoría, p o r el cual se regularizaban g e n e r o s a m e n t e las indem-
nizaciones para los venecianos perjudicados en 1171 y se reno-
vaban sus derechos comerciales. Ya antes se h a b í a n m a n t e n i d o
nuevas conversaciones con la curia, d e s p u é s d e q u e ésta enviara
u n n u e v o r e p r e s e n t a n t e a Bizancio en el año 1183.
M i e n t r a s se esforzaba para mejorar la situación del I m p e r i o
en política exterior, los l e v a n t a m i e n t o s de diversos grupos de
nobles en el E s t e del I m p e r i o causaron considerables dificultades
al e m p e r a d o r A n d r ó n i c o . E n 1182 J u a n Vatazes se rebeló contra
el g o b i e r n o d e A n d r ó n i c o en Filadelfia y venció a u n ejército
e n v i a d o c o n t r a él en T r a t e i r a , antes de q u e su p o d e r se viniera
abajo. E n el a ñ o 1183 fueron los Ángel y los Ducas quienes
a b a n d o n a r o n Bizancio y l e v a n t a r o n contra A n d r ó n i c o las ciudades
de P r u s a , Nicea y L o p a d i o en Bitinia. A p e n a s se h a b í a tranquili-
zado la situación en la frontera del I m p e r i o con H u n g r í a en

272
1184, c u a n d o el E m p e r a d o r m a r c h ó a Asia M e n o r y aplastó a
los rebeldes en u n a terrible c a m p a ñ a , p e r o sin p o d e r evitar q u e
algunos de sus generales h u y e r a n y e n c o n t r a r a n refugio en cortes
occidentales, d o n d e instigaron la lucha contra el « t i r a n o » A n d r ó -
nico. D a d o q u e los selyúcidas h a b í a n a p o y a d o también los levan-
tamientos en Bitinia, parece q u e se p r o d u j o u n enfriamiento en
las relaciones con el s u l t a n a t o d e Iconio, y al mismo t i e m p o
u n acercamiento d e los bizantinos a Saladino (Salah al-DIn).
P e r o t a m p o c o con esta estratagema p u d o evitarse q u e Isaac Com-
n e n o se i n d e p e n d i z a r a en C h i p r e , la avanzada bizantina en el
S. E . y se aliara con los n o r m a n d o s .
Las consecuencias d e la b o d a en A u g s b u r g o del rey E n r i q u e
con C o n s t a n z a , h e r e d e r a d e Sicilia, es decir, la reconciliación de
los n o r m a n d o s y los Staufen y la r e a n u d a c i ó n de la paz en toda
Italia, r e s u l t a r o n fatales p a r a A n d r ó n i c o C o m n e n o y p a r a el
I m p e r i o oriental. T r a s u n a minuciosa p r e p a r a c i ó n desembarcó
en E p i r o , en junio de 1185, u n p o d e r o s o ejército n o r m a n d o con
más de 100.000 h o m b r e s , y, en el m i s m o mes, D i r r a q u i o , fuer-
t e m e n t e defendida, se vio obligada a r e n d i r s e . Al c o n t r a r i o que
en tiempos d e la invasión n o r m a n d a bajo Alejo I, el ejército
enemigo m a r c h ó hacia el E s t e , e n c o n t r a n d o u n a débil resisten-
cia bizantina en la Via Egnatia, mientras q u e las fuerzas navales
o c u p a b a n las islas de Corfú, Cefalonia y Z a n t e , así como también,
según parece, la isla d e Creta. E n agosto se u n i e r o n el ejército
y la flota n o r m a n d a para cercar n u e v a m e n t e la ciudad de Saló-
nica. T r a s u n cerco m u y b r e v e , la segunda ciudad del I m p e r i o
fue t o m a d a y saqueada ferozmente p o r los invasores. Lps sici-
lianos siguieron a v a n z a n d o hacia C o n s t a n t i n o p l a , o c u p a r o n Serres,
y cercaron la localidad de M o s i n ó p o l i s , m i e n t r a s el e m p e r a d o r
A n d r ó n i c o , con toda rapidez, m a n d a b a d e s t a c a m e n t o s de Asia
M e n o r , Bulgaria y el P e l o p o n e s o al escenario de la batalla que
se estaba sosteniendo en Tracia, para así p o d e r atacar a los
enemigos desde todos los p u n t o s , a u n q u e la aparición de una
epidemia h a b í a d i e z m a d o c o n s i d e r a b l e m e n t e su n ú m e r o .
A p r e m i a d o por sus consejeros, el e m p e r a d o r A n d r ó n i c o in-
t e n t ó en esta situación hacer p r i s i o n e r o en su p r o p i o lecho a u n o
de sus adversarios, cuyas relaciones con el enemigo extranjero
eran bien conocidas. P e r o esto h a b r í a de ser fatal para aquél.
D u r a n t e la d e t e n c i ó n de Isaac Ángel, q u e ya en 1184 h a b í a
p e r t e n e c i d o en Bitinia a los dirigentes revolucionarios, resultó
m u e r t o E s t e b a n Hagiocristoforito, u n o de los pocos h o m b r e s de
confianza del E m p e r a d o r . Isaac Ángel fue llevado a Santa Sofía,
siendo* llamado a la n o c h e siguiente a presencia del E m p e r a d o r .
E n t r e t a n t o , A n d r ó n i c o había llegado al palacio imperial, proce-
d e n t e de u n a d e las villas imperiales situada en la orilla oriental

273
del Bosforo. Su i n t e n t o de controlar la rebelión d e Isaac Án-
gel fracasó. C u a n d o sus enemigos políticos fueron liberados de
los cárceles, el p u e b l o comenzó a atacar el palacio, a pesar de las
m e d i d a s defensivas t o m a d a s con gran rapidez, rechazando el
ofrecimiento d e dimisión p o r p a r t e del E m p e r a d o r . A n d r ó n i c o
C o m n e n o a b a n d o n ó a p r e s u r a d a m e n t e la ciudad p a r a marchar al
exilio en u n b a r c o r u m b o a G e o r g i a . P e r o p r o n t o fue c a p t u r a d o
p o r los esbirros d e l n u e v o E m p e r a d o r , llevado otra vez a Cons-
t a n t i n o p l a , cegado, m u t i l a d o y, tras u n b r e v e encarcelamiento,
h o r r i b l e m e n t e a t o r m e n t a d o en el H i p ó d r o m o p o r el p o p u l a c h o de
la capital a m e d i a d o s de s e p t i e m b r e de 1185.
El n u e v o e m p e r a d o r Isaac I I , p r o v e n í a de u n a familia d e la
ciudad d e Filadelia, en Asia M e n o r , q u e hasta ahora no se había
destacado d e m a s i a d o . D e él se esperaban dos cosas: q u e termi-
nara con el t e r r o r q u e había oscurecido los últimos meses de su
antecesor, y q u e consiguiera u n a victoria sobre los n o r m a n d o s .
E n a m b o s casos Isaac I I r e s p o n d i ó a las esperanzas del p u e b l o
y de la nobleza. E l terror, p o r el q u e al final se había visto
amenazado el p r o p i o Isaac, no volvió a darse, a u n c u a n d o algu-
no d e los n u m e r o s o s partidarios del e m p e r a d o r d e s t i t u i d o fuera
cegado y p e r d i e r a su p u e s t o en la organización del estado. P e r o ,
con t o d o , las camarillas d e las familias poderosas combatidas por
A n d r ó n i c o alcanzaron en poco t i e m p o t a n t a influencia sobre el
gobierno q u e las relaciones sociales, en cierta m e d i d a algo mejo-
radas, volvieron a e m p e o r a r r á p i d a m e n t e .
Gracias a los p r e p a r a t i v o s llevados a cabo por el ú l t i m o em-
p e r a d o r C o m n e n o , la guerra contra los n o r m a n d o s p u d o por fin
ser t e r m i n a d a con éxito en pocas semanas. E n la Tracia occiden-
tal, en E s t r i m ó n y Salónica, los sicilianos fueron d e r r o t a d o s , y
aquellos q u e n o fueron apresados p o r los bizantinos tuvieron
que retroceder hasta el Adriático. T a m b i é n en sus relaciones con
H u n g r í a , Isaac p u d o alcanzar u n éxito i m p o r t a n t e inmediata-
m e n t e d e s p u é s de t o m a r el g o b i e r n o en sus manos, gracias a su
m a t r i m o n i o con Margarita, la cual llevó al m a t r i m o n i o como dote
los territorios c o n q u i s t a d o s p o r los h ú n g a r o s . P o r esta razón
casi pareció posible, tras el p r i m e r a ñ o de gobierno del E m p e r a -
dor, c o n t i n u a r la política exterior del gran M a n u e l .
La razón d e q u e n o se llegara a conseguir fue la situación
política i n t e r n a d u r a n t e el reinado del p r i m e r E m p e r a d o r de la
dinastía de los Ángel. D e s d e el p r i m e r día en q u e el gober-
n a n t e c o m e n z ó a ejercer su cargo, esta situación se vio agravada
por el h e c h o de q u e , mientras él subía al poder, el p u e b l o de
C o n s t a n t i n o p l a saqueaba el gran palacio de la capital, así como
las reservas de d i n e r o g u a r d a d a s en él. T r a s la firma de tratados
con Pisa y G e n o v a , en los que se preveían fuertes indemniza-

274
d o n e s p a r a compensar los d a ñ o s sufridos p o r los italianos en
1182, la falta de d i n e r o en las arcas públicas se agravó consi-
d e r a b l e m e n t e . A esto había q u e sumar los constantes encuen-
tros bélicos y pagos tributarios a los enemigos del I m p e r i o en
el E s t e , que redujeron aún más los fondos recaudados p o r la
contribución, de los q u e se disponía l i b r e m e n t e . E l d e s m e d i d o
afán de lujo del g o b e r n a n t e , así como su g u s t o p o r las edifica-
ciones e m p e o r a r o n a ú n más la situación.
P o r ello Isaac I I i n t e n t ó conseguir el d i n e r o necesario p a r a
sostener al gobierno m e d i a n t e u n n u e v o a u m e n t o de los impues-
tos y la venta de cargos. E s t a s medidas afectaron d o b l e m e n t e
a la población de la capital y de las provincias, p o r q u e al mismo
t i e m p o el E m p e r a d o r favoreció en este s e n t i d o a los terrate-
nientes, a unas cuantas ciudades y sobre t o d o a los ricos mo-
nasterios. A l n o o b t e n e r el g o b i e r n o , a pesar d e esta política, el
éxito deseado, se redujo la c a n t i d a d de plata en las m o n e d a s
bizantinas y con ello las finanzas imperiales e x p e r i m e n t a r o n
m o m e n t á n e a m e n t e u n n u e v o desahogo. Tales m e d i d a s n o sólo
impulsaron las tendencias hacia u n a economía natural, sino q u e
t a m b i é n fortalecieran el separatismo de los magnates locales en
territorios económicamente casi a u t á r q u i c o s .
Isaac t e r m i n ó sin g r a n esfuerzo con los levantamientos en
Asia M e n o r del pseudo-Alejo y de T e o d o r o Mancafas, y gracias
a la construcción de la fortaleza de Angelocastro en el S.O. de
Frigia p u d o m a n t e n e r en jaque a los selyúcidas. P e r o la rebelión
de los h e r m a n o s P e d r o y Asen, dos acaudalados nobles búlgaros,
t o m ó u n curso peligroso. M i e n t r a s los generales bizantinos in-
t e n t a b a n conjurar el peligro n o r m a n d o , los dos h e r m a n o s habían
organizado en su patria u n l e v a n t a m i e n t o , al que se u n i e r o n
los búlgaros, cumanos y valacos, quienes finalmente llevaron el
peso principal de la lucha. E n Bizancio, creyéndose en u n prin-
cipio q u e se podría aplastar r á p i d a m e n t e esta revolución, se
envió al lugar del l e v a n t a m i e n t o a Alejo Branas, q u e había
vencido a los n o r m a n d o s . Sin e m b a r g o Branas fue proclamado
anti-emperador en su cuartel general de A d r i a n ó p o l i s y en vez
de llevar sus tropas hacia Bulgaria, las hizo retroceder hasta las
murallas de C o n s t a n t i n o p l a . E l u s u r p a d o r venció a los partidarios
de Isaac Ángel en u n a batalla decisiva, pero e n t r e t a n t o el n u e v o
estado b ú l g a r o había p o d i d o consolidarse y se p r o p u s o a u m e n t a r
su d o m i n i o a costa de los bizantinos, apoyándose principalmente
en los territorios al N o r t e del D a n u b i o .
A pesar de t o d o , los bizantinos consiguieron en el verano
de 1186 p o n e r en dificultades a los rebeldes. P e r o P e d r o y
Asen no se dieron p o r vencidos y, tras violentos combates,
o b t u v i e r o n en 1188 p o r la fuerza u n acuerdo p o r el que se les

273
cedía el t e r r i t o r i o e n t r e el D a n u b i o y la cordillera balcánica.
T i r n o v o se c o n v i r t i ó en la capital de su I m p e r i o . Según la leyen-
da, ésta era la ciudad a la que había h u i d o San D e m e t r i o a n t e
los n o r m a n d o s . A s e n hizo q u e u n arzobispo búlgaro colocara
sobre su cabeza la corona d e zar en la iglesia de San D e m e t r i o
d e su capital.
La escisión d e la nueva Bulgaria fue i n t e r r u m p i d a p o r la ter-
cera Cruzada. Federico Barbarroja quiso, como culminación d e
su vida, m a r c h a r a Tierra Santa, casi t o t a l m e n t e conquistada p o r
Saladino tras su victoria d e H a t í n en el año 1187. Para p o d e r s e
c o n c e n t r a r al m á x i m o en su gran objetivo d e reconquistar Pa-
lestina, Barbarroja hizo grandes preparativos diplomáticos con
vistas a su cruzada. Estos p r e p a r a t i v o s hicieron creer a Bizancio
que Barbarroja, consciente de su poder, i n t e n t a b a hacer u n a
guerra contra el imperio griego. N i siquiera las negociaciones
llevadas a cabo en N u r e m b e r g en el a ñ o 1188 convencieron al
E m p e r a d o r d e lo contrario.
C u a n d o el ejército de los cruzados llegó a territorio b i z a n t i n o ,
los griegos c o m e n z a r o n a causar t o d o tipo de dificultades a los
caballeros alemanes. A u n q u e r e a l m e n t e Barbarroja no p e n s ó en
a b s o l u t o atacar la ciudad imperial de O r i e n t e , se dio cuenta
d e q u e ésta era u n a postura demasiado comedida en vista d e las
n u m e r o s a s provocaciones de las q u e eran responsables los man-
datarios del e m p e r a d o r griego. El e m p e r a d o r Staufen t u v o q u e
o c u p a r Filipópolis y A d r i a n ó p o l i s como ciudades enemigas antes
d e q u e Isaac I I permitiera, en febrero de 1190, dejar marchar al
ejército cruzado sin dificultades a través de Asia M e n o r y orga-
nizar su abastecimiento de provisiones. P a r a llegar a este acuerdo
fue necesario el avance sobre C o n s t a n t i n o p l a de las fuerzas del
e m p e r a d o r Staufen y la aparición de u n a flota bajo el m a n d o
de E n r i q u e , hijo de Barbarroja.
A p e n a s se h a b í a alejado el ejército de los cruzados de la fron-
tera del I m p e r i o en Asia M e n o r , apenas se s u p o la m u e r t e de
Federico I , c u a n d o Isaac t u v o q u e empezar a preocuparse en
mayor m e d i d a d e los intereses bizantinos en los Balcanes. E l
apoyo abierto de servios y búlgaros al E m p e r a d o r occidental al
paso de los cruzados alemanes, d e b i ó convencer al E m p e r a d o r
griego de q u e era necesario restablecer la supremacía de su I m p e -
rio en los Balcanes. La p r i m e r a batalla fue contra los servios,
q u e sufrieron u n a grave d e r r o t a j u n t o al M o r a v a . Sin embargo,
la existencia del p r i n c i p a d o servio fue reconocida pacíficamente,
a u n c u a n d o las primeras invasiones de E s t e b a n N e m a n i a cayeron
d e n u e v o sobre los bizantinos. Sin embargo, el hecho de q u e
E s t e b a n , hijo d e N e m a n i a , se casara con la sobrina del E m p e r a d o r
y recibiera el t í t u l o d e sebastocrátor, m u e s t r a q u e Servia se ha-

276
liaba n u e v a m e n t e integrada en el sistema de poder b i z a n t i n o .
Este éxito se r e m o n t a b a a la estrecha colaboración tanto diplo-
mática como militar m a n t e n i d a e n t r e el e m p e r a d o r Isaac y
Bela I I I de H u n g r í a .
Bulgaria d e m o s t r ó ser u n enemigo tenaz. C i e r t a m e n t e las tro-
pas imperiales consiguieron en 1190 avanzar hasta los m u r o s de
Tirnovo, p e r o , c u a n d o ya iban d e regreso, el enemigo les causó
considerables p é r d i d a s en el desfiladero d e Sredna G o r a . E n los
años siguientes casi todos los generales bizantinos i n t e n t a r o n
imponerse en Bulgaria, p e r o sin n i n g ú n éxito, hasta que en 1194
los griegos consiguieron en Arcadiópolis, a sólo 200 kilómetros
de su capital, vencer definitivamente a las gentes de Asen. Los
constantes saqueos a q u e estaban sometidos los eparcados de
Sofía, Filipópolis y Adrianópolis, y la ocupación d e los búlgaros
de las ciudades de A n q u i a l o y V a r n a , movieron al E m p e r a d o r a
realizar u n n u e v o i n t e n t o a gran escala contra éstos en 1195, en
el cual, y con ayuda húngara, debía ser definitivamente des-
t r u i d o el I m p e r i o de A s e n .
P e r o esto no llegó a conseguirse. C u a n d o Isaac aguardaba en
el Sur de Tracia, en la d e s e m b o c a d u r a del Maritza, la concentra-
ción de su ejército, su h e r m a n o Alejo a t e n t ó contra su vida en
una cacería, le destituyó y le m a n d ó cegar.
Al tomar Alejo I I el p o d e r pareció, en un principio, q u e la
posición bizantina en los Balcanes se había consolidado de n u e v o .
E s t e b a n N e m a n i a abdicó en la primavera de 1196 a favor de
su hijo del mismo n o m b r e y se hizo monje en el monasterio d e
Estudénica. El h e r e d e r o de E s t e b a n , casado con la hija del Em-
p e r a d o r bizantino, no p u d o sin e m b a r g o consolidar el poder
bizantino en esta zona. V u c a n , h e r m a n o de E s t e b a n , procedente
de la zona costera del Adriático, e n t a b l ó u n a batalla por el tro-
no de su p a d r e , en la q u e se vio apoyado por los húngaros y la
curia r o m a n a . U n a vez q u e consiguió expulsar a E s t e b a n de
Servia, reconoció las prerrogativas de H u n g r í a sobre su país y
la supremacía de R o m a s o b r e la Iglesia servia. Con ayuda búl-
gara, no bizantina, E s t e b a n , q u e e n t r e tanto había repudiado
a su mujer, p u d o recuperar el m a n d o p e r d i d o , señal de que
ahora más q u e nunca Bulgaria y H u n g r í a luchaban por el domi-
nio en los Balcanes, c o m o hasta pocos años antes lo había hecho
Bizancio con éxito.
A u n c u a n d o el e m p e r a d o r Alejo no pudiera pensar en hacer
realidad las pretensiones bizantinas de d o m i n a r los países bal-
cánicos, sin e m b a r g o se vio obligado a c o n t i n u a r la guerra con
Bulgaria para defender las posesiones que todavía le q u e d a b a n
a su I m p e r i o . El E m p e r a d o r no p u d o d e r r o t a r al enemigo ni por
medios diplomáticos ni en el c a m p o de batalla. Los búlgaros

277
se a p o d e r a r o n de la comarca en t o r n o a Serres y vencieron a
Isaac C o m n e n o j u n t o con el ejército llamado a detenerles. Bi-
zancio n o vio otra salida q u e el apoyo a la oposición interior
búlgara, de cuyo a t e n t a d o fue víctima Asen en 1196. Pero la
situación surgida d e estos acontecimientos n o p u d o ser apro-
vechada, p o r q u e el ejército b i z a n t i n o se amotinó. Así no q u e d ó
más r e m e d i o q u e volver a ponerse en contacto con algunos bo-
yardos búlgaros, quienes en 1197 eliminaron también a P e d r o ,
h e r m a n o de A s e n .
I v a n c o , el asesino del g o b e r n a n t e b ú l g a r o , h u y ó a la ciudad
imperial y se estableció como g o b e r n a d o r en los territorios fron-
terizos con Bulgaria a ú n d o m i n a d o s por los bizantinos. N o t a r d ó
m u c h o en crear en R ó d o p e u n principado i n d e p e n d i e n t e y en
ceder en su sumisión al E m p e r a d o r . Siguió su ejemplo D o b r o m i r
Clisos, quien r e u n i ó bajo su m a n d o grandes territorios del
V a r d a r y E s t r i m ó n , e incluso o b t u v o el reconocimiento de Cons-
tantinopla j u n t o con la m a n o de u n a p a r i e n t e de Alejo I I I .
P e r o mientras q u e el p r i n c i p a d o de D o b r o m i r , q u e se extendía
hasta el interior de Grecia, cayó en las m a n o s de los búlgaros,
el reino de I v a n c o p u d o finalmente ser conservado p o r Bizancio.
E n la ciudad del C u e r n o de O r o las cosas no estaban m u c h o
mejor. E n julio del a ñ o 1200 J u a n C o m n e n o el G o r d o i n t e n t ó
apoderarse de la diadema imperial. E n 1201 tuvieron lugar los
golpes de estado de Camitzo, S p i r i o d o m a q u e , Miguel C o m n e n o y
J u a n i t z e , q u e sólo p u d i e r o n ser aplastados con gran esfuerzo.
Los acontecimientos ocurridos en las provincias no p u d i e r o n ser
controlados, sin e m b a r g o , por el p o d e r central. Sometido a cons-
tantes pagos de impuestos, y acosados por piratas y ejércitos
enemigos, la población del I m p e r i o vivía en tal deseperación,
que Miguel C o n i a t e s , arzobispo de Atenas, se sintió obligado a
llamar la atención al E m p e r a d o r sobre estas desoladoras circuns-
tancias en u n escrito q u e causó gran impresión. P e r o no parece
q u e el E m p e r a d o r prestase atención a tales palabras, p u e s era
del d o m i n i o p ú b l i c o su apoyo a aquellos piratas, q u e s a q u e a b a n
los barcos d e los comerciantes bizantinos. N o p u e d e s o r p r e n d e r
que ante tal c o m p o r t a m i e n t o n u m e r o s o s subditos del E m p e r a d o r
huyeran a territorio selyúcida c u a n d o se s u p o con qué libera-
lidad habían sido establecidos 500 prisioneros bizantinos en la
región de Filomilio.
Las aportaciones literarias y científicas de los bizanfinos du-
r a n t e estos años no se vieron alteradas, a pesar de la crisis in-
terna y externa de p o d e r del I m p e r i o de los C o m n e n o . Nicetas
Coniates, en aquel entonces u n o de los más altos dignatarios de
la organización estatal, escribe p o r esta época su obra histórica,
q u e destaca t a n t o por su colorido y autenticidad, como p o r su

278
s o r p r e n d e n t e capacidad crítica. Al igual q u e el historiador Cin-
n a m o , c o n t e m p o r á n e o suyo, o q u e su h e r m a n o mayor Miguel
Coniates, Nicetas fue u n o de los más celebrados oradores en la
C o r t e de los Ángel. E s t a se consolaba de todos los fracasos de
la política imperial p o r m e d i o de u n a brillante retórica. P e r o en
lo q u e se hace más p a t e n t e la cultura enciclopédica de Coniates
es en su extensa o b r a dogmática Thesauros tes ortbodoxias. Su
amigo E u s t a q u i o , p r i m e r o m e t r o p o l i t a n o d e M y r n a y después
arzobispo d e Salónica, se había p r e o c u p a d o igualmente de adqui-
rir u n a amplia formación. T a m b i é n él escribió i n n u m e r a b l e s dis-
cursos y, sobre todo, ha dejado comentarios sobre las obras de
H o m e r o y P í n d a r o q u e h a n conservado hasta hoy su valor filo-
sófico. H a y q u e citar por ú l t i m o en esta redacción a otra figura
q u e , como Miguel Coniates o E u s t a q u i o , pertenecía a la clase
d e los clérigos, q u i e n c i e r t a m e n t e n o poseía la fuerza caracte-
rística de las dos figuras m e n c i o n a d a s a n t e r i o r m e n t e , p e r o que,
en su calidad d e diácono d e Santa Sofía y p o s t e r i o r m e n t e de
patriarca d e A n t i o q u í a , escribió, j u n t o a ocasionales obras poé-
ticas, u n c o m e n t a r i o d e leyes en el q u e aspiraba a concertar
distintos cánones del derecho eclesiástico e imperial.
T a m b i é n el arte bizantino creó grandes obras en los años ante-
riores a 1204. M i e n t r a s q u e , en el terreno político, se produjeron
tendencias separatistas en los territorios fronterizos del I m p e r i o ,
el arte de la capital influyó sin i n t e r r u p c i ó n alguna sobre las pro-
vincias fronterizas y llegó hasta el interior d e los países vecinos.
Los frescos de los Santos Anargiros en Castoria y de la capilla
de C u r b i n o v o son t e s t i m o n i o d e esta influencia en Macedonia,
d o n d e al m i s m o t i e m p o los servios N e m á n i d a s asumieron progre-
sivamente el papel de mecenas del arte. E n C h i p r e , q u e en 1184
q u e d ó desgajada del I m p e r i o , trabajó T e o d o r o A p s e u d e s i n , j u n t o
con artistas del país, en la p i n t u r a d e la celda del monje ermi-
taño Neófito, realizada al estilo del arte cortesano b i z a n t i n o . E n
el transcurso del siglo XIII p i n t ó en la catedral de San D e m e t r i o
de Vladimir u n artista de C o n s t a n t i n o p l a con ayudantes rusos
al servicio del p r í n c i p e Vsevolod I I I . Resulta s o r p r e n d e n t e y
digno d e destacar, q u e este artista utilizara p r e f e r e n t e m e n t e ele-
m e n t o s artísticos manieristas, en lugar d e los moldes clásicos uti-
lizados hasta entonces.
E n t r e t a n t o la situación política en general se hizo visiblemente
más grave para Bizancio. E n la frontera oriental, el I m p e r i o
griego t u v o q u e soportar d a ñ o s , como la p é r d i d a de la ciudad
d e D a d i b r a , a pesar d e q u e las fuerzas selyúcidas estaban p o r este
t i e m p o m u y atareadas con las luchas de los diversos pretendien-
tes a la herencia del sultán Kilids-Arslan I I . P e r o el v e r d a d e r o
peligro estaba en O c c i d e n t e . Bizancio, consciente de ello, i n t e n t ó

279
dificultar la acción d e E n r i q u e V I hacia 1193, a p o y a n d o al o t r o
rey n o r m a n d o T a n c r e d o , e igualmente más tarde al p o d e r con-
j u n t o d e sicilianos y g e r m a n o s , en u n i ó n del p a p a Inocencio I I I .
P e r o desde este m o m e n t o las posibilidades de la política bizan-
tina en el t e r r e n o italiano fueron cada vez más limitadas, d e
forma que el e m p e r a d o r E n r i q u e V I p u d o afirmar su p o d e r y
desarrollarlo l i b r e m e n t e , y el e m p e r a d o r Staufen, p o r su p a r t e ,
agudizó c o n s c i e n t e m e n t e el a n t a g o n i s m o con el I m p e r i o vecino
de Oriente.
E n r i q u e V I , antes d e la subida al t r o n o en 1195, había exigido
la cesión del t e r r i t o r i o c o n q u i s t a d o diez años antes por los nor-
m a n d o s , así como u n fuerte t r i b u t o y la contribución bizantina
en u n a cruzada p l a n e a d a por él. Tras la destitución de Isaac I I ,
suegro de su h e r m a n o , volvió a insistir enérgicamente en sus
pretensiones e hizo ver q u e pensaba llevar a cabo las amenazas
hechas al d e p u e s t o E m p e r a d o r , incluso utilizando las armas.
C u a n d o E n r i q u e V I aisló a Bizancio también de los estados cris-
tianos d e C h i p r e y de A r m e n i a M e n o r , en el M e d i t e r r á n e o orien-
tal, valiéndose d e su gran diplomacia, el g o b i e r n o de Alejo I I I
se a p r e s u r ó a cumplir las exigencias financieras de los Staufen
y t a m p o c o d u d ó en despojar de sus valiosos adornos las t u m b a s
imperiales d e la iglesia de los Santos Apóstoles para pagar el
t r i b u t o anual de 16 centenarios de o r o exigido por el E m p e r a d o r
occidental. Se p u e d e imaginar la alegría q u e p r o d u j o en t o d o s
los círculos d e la capital bizantina la m u e r t e de E n r i q u e , q u e
quería e m p r e n d e r p o r aquel entonces su cruzada. La grave ame-
naza política y financiera, q u e pendía sobre el I m p e r i o , desapa-
reció d e n u e v o .
P e r o e n t r e t a n t o se predicó otra vez en E u r o p a u n a cruzada.
P o r la experiencia q u e los bizantinos h a b í a n t e n i d o con Federico
Barbarroja, se p o d í a c o n t e m p l a r con t o d a t r a n q u i l i d a d la marcha
hacia T i e r r a Santa de aquel n u e v o g r u p o , sobre t o d o p o r q u e se
s u p o n í a q u e éste llegaría hasta Palestina p o r m a r sin molestar en
a b s o l u t o a la p o b l a c i ó n del I m p e r i o .
M i e n t r a s q u e venecianos, l o m b a r d o s y franceses se i b a n reu-
n i e n d o poco a p o c o en Venecia a partir del a ñ o 1201 p a r a
m a r c h a r a T i e r r a Santa, t u v o lugar u n acontecimiento q u e quizá
n o d e t e r m i n ó decisivamente el transcurso d e la prevista cruzada,
p e r o q u e sin e m b a r g o resultó m u y o p o r t u n o para el dogo vene-
ciano E n r i q u e D á n d o l o d u r a n t e los preparativos d e la opera-
ción. E n el o t o ñ o de 1201 Alejo Ángel, hijo del d e s t i t u i d o
e m p e r a d o r Isaac, consiguió escapar d e prisión. D e s d e Constanti-
n o p l a m a r c h ó al e n c u e n t r o d e su c u ñ a d o Felipe d e Suabia y
en la N a v i d a d d e aquel m i s m o a ñ o se r e u n i ó con Bonifacio de
M o n t f e r r a t o , q u i e n c o m o r e p r e s e n t a n t e d e los Staufen estaba al

280
corriente de los planes d e la cruzada. E s t e d e b i ó d e ser quien
sugirió la posibilidad d e apoderarse n u e v a m e n t e del I m p e r i o
oriental d u r a n t e el transcurso de la i n m i n e n t e operación, para
dárselo a Isaac Á n g e l . A pesar d e la negativa del p a p a Inocen­
cio I I I , la r e c o n q u i s t a d e C o n s t a n t i n o p l a p a r a Isaac siguió siendo
el objetivo d e la cruzada, lo q u e r e s p o n d í a perfectamente a los
planes políticos del dogo de Venecia.
Alejo Ángel se u n i ó a ellos en Z a r a , q u e los cruzados con­
q u i s t a r o n p a r a Venecia. E n m a y o d e 1203 se c o n v i n o formal­
m e n t e en Corfú como siguiente m e t a p o n e r r u m b o a la ciudad
imperial en el C u e r n o d e O r o , p a r a obligar a Alejo I I I a aban­
d o n a r el t r o n o imperial. E l sobrino del E m p e r a d o r , Alejo Ángel,
a p o r t ó e n o r m e s s u m a s d e d i n e r o y la ayuda bizantina p a r a q u e
continuara la cruzada prevista. E l 13 d e abril d e 1204 los caba­
lleros cruzados e n t r a r o n en C o n s t a n t i n o p l a , d o n d e el pillaje, los
asesinatos y los homicidios se sucedieron d u r a n t e tres días. E n
poco t i e m p o el e s p l e n d o r d e la c i u d a d desapareció. Su población
se vio e x p u e s t a a las más terribles vejaciones, sus tesoros y ri­
quezas fueron m a l b a r a t a d o s y d e s t r u i d o s en u n a b a r b a r i e sin
límite. La q u e p o r aquel entonces era la mayor ciudad del
m u n d o y con ella t o d o el I m p e r i o b i z a n t i n o , fue h u m i l l a d a , y
herida e n su p u n t o neurálgico. La superación, u n a vez m á s , d e
esta catástrofe d e b e ser considerada c o m o u n o de los mayores
méritos del E s t a d o b i z a n t i n o .

281
6. La cuarta Cruzada y sus consecuencias

I. La cuarta Cruzada, 1198-1204

U n a vez q u e el m u n d o árabe, bajo el m a n d o del sultán Sala-


d i n o , h u b o p u e s t o cerco a los territorios d e los cruzados, p u d o
aquél dar el golpe decisivo a los odiados intrusos. E n H a t í n ,
cerca del lago de G e n e s a r e t , d e s t r u y ó en ^ 1 8 7 al grueso d e las
fuerzas a r m a d a s del O r i e n t e latino, c o n q u i s t ó Jerusalén, la ciudad
santa del Islam, y t o d o el territorio de d o m i n i o franco, excepto
tres ciudades costeras y algunos castillos. A causa del impacto
q u e esta noticia ocasionó en O c c i d e n t e , organizaron la tercera
C r u z a d a (1189-92) los tres soberanos más poderosos de Occi-
d e n t e : Federico Barbarroja, Ricardo Corazón de L e ó n y el rey
Felipe A u g u s t o I I d e Francia. P e r o el E m p e r a d o r m u r i ó en la
m a r c h a a través de Asia M e n o r y prácticamente el ejército ale-
m á n se disolvió. La oposición e n t r e los francos indígenas y los
caballeros de la C r u z a d a y las rivalidades i n t e r n a s de estos grupos
d e b i l i t a r o n el p o d e r de los latinos y, en consecuencia, sólo se
r e c o n q u i s t a r o n la c i u d a d de A o r e y una estrecha faja costera.
Así, esta magna e m p r e s a sólo consiguió, aparte del estableci-
m i e n t o del p o d e r franco en C h i p r e , que hasta 1191 había sido
b i z a n t i n o , la supervivencia de los territorios de los cruzados.
T a m b i é n el ejército q u e envió el n u e v o e m p e r a d o r E n r i q u e V I
en 1197 a T i e r r a Santa resultó ineficaz; el E m p e r a d o r mu-
rió en el mismo a ñ o , y, a causa de esto, los alemanes regresaron
a Europa.
Con la m u e r t e de E n r i q u e fracasaron los proyectos de las
grandes potencias occidentales. La soberanía alemana en Sicilia
se d e r r u m b ó . D e este m o d o se liberó el P a p a d o del d o m i n i o
de los Staufen, e Italia se p u s o de n u e v o bajo el influjo de
R o m a . E n s e g u i d a el n u e v o p a p a Inocencio I I I (1198-1216) en
cuya imagen jerárquica del U n i v e r s o la idea de las Cruzadas
o c u p a b a u n elevado p u e s t o , aprovechó la recién conseguida li-
b e r t a d de m o v i m i e n t o de la Curia y anunció una nueva guerra
contra los paganos. A ejemplo de la primera Cruzada, que
había sido en realidad la única eficaz, debería tener ésta lugar
bajo la sola responsabilidad del P a p a y sin la participación d e
los m o n a r c a s .
E n el verano d e 1198 se hizo a la cristiandad u n llamamiento
a la Cruzada. El sufrimiento del Señor p o r la h u m a n i d a d , la

282
violación d e los Santos Lugares, el orgullo d e los m u s u l m a n e s
y la miseria del O r i e n t e latino fueron c o m p a r a d o s p o r Inocencio
con la frivolidad de los reyes y soberanos del O c c i d e n t e , q u e
vivían en pecado, en m e d i o del lujo y las guerras civiles. E l
P a p a amenazó a quienes n o quisieran ayudar a la liberación del
Santo Sepulcro con castigos en el Juicio Final, al t i e m p o q u e
p r o m e t í a p e r d ó n total de sus pecados y la salvación e t e r n a a los
q u e p a r t i c i p a r a n en la Cruzada.
Ya en la p r i m a v e r a siguiente d e b e r í a n p r e s e n t a r condes, baro-
nes y ciudades, según sus fuerzas, contingentes p a r a dos años.
La p r o p i e d a d privada de los combatientes peregrinos fue colo-
cada por el P a p a , d u r a n t e su ausencia, bajo la protección de la
Iglesia, asegurándoles u n aplazamiento general d e sus d e u d a s .
Más l e n t a m e n t e de lo p r e v i s t o se manifestaron las consecuen-
cias de la actividad papal, sobre t o d o en el n o r d e s t e d e Francia.
A q u í había encargado P e d r o d e C a p u a , legado del cardenal, la
predicación de la Cruzada al eficaz predicardor Fulco de Neuilly,
cuya grandiosa elocuencia y r u d a agudeza luchaban con éxito
desde hacía años cerca de París contra prestamistas y mujerzue-
las. Fulco se dirigía sobre t o d o a las clases bajas, cuyo impe-
tuoso e n t u s i a s m o disminuía en general r á p i d a m e n t e . El fervor
de la Cruzada t a m b i é n se e x t e n d i ó p a u l a t i n a m e n t e e n t r e los
nobles. Los p r i m e r o s votos se efectuaron en u n o d e los r u d o s
torneos, d u r a m e n t e c o m b a t i d o s p o r la Iglesia, al q u e el p o d e r o s o
conde T e o b a l d o de C h a m p a ñ a h a b í a invitado en su castillo d e
Ecry-Sur-Aisne, en n o v i e m b r e de 1199, al conde Luis de Blois,
n u m e r o s o s b a r o n e s y caballeros del n o r t e de Francia.
A éstos se u n i e r o n m u c h o s m i e m b r o s de su s é q u i t o , en p a r t e
p o r fidelidad; e n t r e ellos se e n c o n t r a b a n G o d o f r e d o d e Ville-
h a r d o u i n y el mariscal de C h a m p a ñ a , q u e d e s e m p e ñ a r í a u n papel
primordial en toda la historia de la cuarta Cruzada y los co-
mienzos del I m p e r i o latino en C o n s t a n t i n o p l a . Su crónica en
antiguo francés, escrita en prosa, La conquista de Constanti-
nopla, es casi el informe oficial y la más detallada H i s t o r i a
de los tan complejos acontecimientos. E n Ecry se formó el
núcleo del ejército. A c o n t i n u a c i ó n t o m a r o n r á p i d a m e n t e las
armas el conde B a l d u i n o d e Flandes y su h e r m a n o E n r i q u e , los
condes H u g o de Saint P a u l y G o d o f r e d o de P e r c h e con sus
vasallos y los obispos de T r o y e s y Soissons. U n vasallo de H u g o ,
R o b e r t o de Clarí, escribió a su regreso de la cuarta Cruzada
la Historia de los conquistadores de Constantinopla. E n el relato
d e esta expedición se n a r r a n los acontecimientos d e s d e el p u n -
to de vista d e u n simple caballero, p e r o , sobre todo, el descon-
certado a s o m b r o de u n latino m e d i o d e la época ante las mara-
villas d e Bizancio. T o d a v í a las convicciones religiosas desempe-

283
ñ a b a n u n p a p e l i m p o r t a n t e en la participación en las Cruzadas
p o r q u e «La indulgencia era m u y g r a n d e » *, como escribe Ville-
h a r d o u i n , p e r o los m o t i v o s profanos y m u n d a n o s se h a b í a n vuel-
to cada vez m á s decisivos. E l deseo de aventuras y el ansia p o r
el b o t í n h a b í a n i m p u l s a d o ya la p r i m e r a Cruzada. D e s d e enton-
ces las C r u z a d a s se h a b í a n convertido en u n a especie de trabajo
familiar, como en el caso d e ios condes d e C h a m p a ñ a . A h o r a
f o r m a b a n incluso p a r t e del código de h o n o r ; C u n o d e B é t h u n e ,
Señor d e A r r a s y vasallo de B a l d u i n o de F l a n d e s , cantaba en
h o n o r de su d a m a : «Si el cuerpo sirve a n u e s t r o Señor Jesu-
2
cristo, el corazón e n t e r o permanecerá en su p o d e r » .
U n o s 10.000 g u e r r e r o s , según las apreciaciones q u e se en-
c u e n t r a n en los datos de VUlehardouin y R o b e r t o de Clarí, ha-
b í a n t o m a d o las armas ya el i n v i e r n o d e 1200 a 1 2 0 1 , y se
esperaba q u e este n ú m e r o se triplicara hasta la partida. P o r esto
los delegados d e los condes ofrecieron u n ejército de 4.500 ca-
balleros, 9.000 escuderos y 20.000 soldados d e infantería c u a n d o
en la p r i m a v e r a siguiente cerraron u n c o n t r a t o de t r a n s p o r t e
con el dogo d e Venecia. A cambio de u n a r e m u n e r a c i ó n d e
85.000 marcos d e plata se c o m p r o m e t í a n los venecianos desde
j u n i o d e 1202 y d u r a n t e u n a ñ o a proporcionarles víveres. P o r
el a r m a m e n t o de 50 galeras o b t u v i e r o n el d e r e c h o a la m i t a d
del b o t í n y las conquistas. E n secreto se decidió seguidamente
ir a E g i p t o y alcanzar allí el c e n t r o del p o d e r islámico, a u n q u e
la mayoría de los peregrinos deseaban dirigirse d i r e c t a m e n t e a
J e r u s a l é n . Ú n i c a m e n t e se t u v o en cuenta al P a p a después d e
cerrar el c o n t r a t o , y tan sólo p a r a p e d i r su confirmación. E l
c o n c e p t o de Inocencio d e u n a C r u z a d a bajo la responsabilidad
papal no r e s p o n d í a al proceder d e los b a r o n e s ; pero el P a p a
no quería d e n i n g ú n m o d o malograr la empresa q u e acababa de
ser puesta en m a r c h a y dio su c o n s e n t i m i e n t o . C u a n d o volvie-
r o n los enviados de Venecia, e n c o n t r a r o n m o r i b u n d o al conde
T e o b a l d o , designado para ser el general. E n su lugar los condes
y b a r o n e s n o m b r a r o n al margrave Bonifacio de M o n t f e r r a t o , se-
ñor d e extensos territorios en el noroeste de Italia. La elección
d e este extranjero p o d r í a extrañar. Sin embargo, el n o m b r e d e
M o n t f e r r a t o estaba e s t r e c h a m e n t e ligado desde la generación
anterior a la historia de la guerra en defensa de Palestina.

E n junio d e 1202, t é r m i n o c o n v e n i d o para la partida en el


c o n t r a t o , se p r e s e n t a r o n casi t o d o s los cruzados en la comarca
de Venecia. C u a n d o los jefes de la isla de San Nicolo di L i d o
pasaron revista al ejército, c o m p r o b a r o n q u e la fuerza efectiva
h a b í a a u m e n t a d o m u y poco desde finales del año anterior. Sin
einbargo, m u c h o s h a b í a n t o m a d o las armas; a pesar de los dis-
turbios p o r el t r o n o en Alemania, se h a b í a constituido allí u n

284
p e q u e ñ o c o n t i n g e n t e dirigido p o r el a b a d cisterciense de Alsacia
M a r t í n d e Pairis, en el q u e figuraban, e n t r e o t r o s , el c o n d e d e
Katzenellenbogen y el o b i s p o d e H a l b e r s t a d t ; a ellos se u n i e r o n
caballeros borgoñeses y provenzales j u n t o con los l o m b a r d o s al
m a n d o d e Bonifacio. P e r o n u m e r o s o s peregrinos organizaban
ellos mismos su travesía y se dirigían desde otros p u e r t o s di-
r e c t a m e n t e a T i e r r a Santa. J u n t o a la falta d e disciplina, fatal
para algunos d e estos ejércitos v o l u n t a r i o s , t a m b i é n t u v o im-
portancia el público conocimiento d e q u e E g i p t o constituía
el d e s t i n o del viaje. P e r o a u n q u e todos los cruzados se h u b i e s e n
e n c o n t r a d o en Venecia, se h u b i e r a alcanzado a lo s u m o la m i t a d
del n ú m e r o calculado. P o r eso t u v i e r o n q u e dejar u n a tercera
p a r t e d e la suma del c o n t r a t o en d e u d a , mientras q u e los ve-
necianos exigían la paga completa, i n d i c a n d o q u e la flota estaba
p r e p a r a d a para p a r t i r . F i n a l m e n t e el dogo E n r i q u e D á n d o l o ,
casi ciego y ya e n t r a d o en años, p e r o d e espíritu vivo, ofreció
a los caballeros, c o m o única salida, u n a n u e v a proposición. A
cambio del aplazamiento d e la d e u d a d e b e r í a n ayudar a recon-
quistar Zara, ciudad costera d e Dalmacia, q u e desde hacía u n o s
años pertenecía a H u n g r í a . E r a u n e n o r m e c o m p r o m i s o , sobre
t o d o p o r q u e el m i s m o rey h ú n g a r o participaba en la Cruzada.
P o r esto m u c h o s , c o m o el obispo d e H a l b e r s t a d t y el a b a d
M a r t í n de Pairis, p i d i e r o n al legado P e d r o d e Capua, q u e tenía
q u e a c o m p a ñ a r a la C r u z a d a como r e p r e s e n t a n t e del P a p a , q u e
les eximiera de su v o t o . N o q u e r í a n levantar la espada contra
los cristianos. P e r o P e d r o se negó con el a r g u m e n t o d e q u e
«el P a p a prefería ignorar la grave situación antes q u e disolver
3
esta Cruzada» .
La mayoría de los peregrinos, a los q u e los venecianos ra-
cionaban el abastecimiento en su c a m p a m e n t o del L i d o , se so-
m e t i e r o n finalmente a la v o l u n t a d d e D á n d o l o ; t e m í a n p e r d e r
las sumas ya pagadas y sufrir la vergüenza d e volver a casa
s i n , l o g r a r su p r o p ó s i t o . Sin e m b a r g o , la influencia del P a p a
sobre los venecianos era todavía m u y g r a n d e ; el dogo negó
t o t a l m e n t e p o r esto la participación d e P e d r o de C a p u a en la
Cruzada en su calidad de legado apostólico y así volvió
el cardenal i n d i g n a d o a R o m a . E n t o n c e s fue c u a n d o t a m b i é n el
dogo y m u c h o s venecianos t o m a r o n las armas, y la p o d e r o s a
flota d e u n a s 60 galeras y 150 barcos d e t r a n s p o r t e p u d o zarpar
a principios d e o c t u b r e d e 1202.
D e l a n t e de Zara se p r o d u j e r o n grandes discusiones sobre la
legalidad del a t a q u e , c u a n d o el P a p a o r d e n ó en u n escrito, bajo
amenaza d e e x c o m u n i ó n , q u e dejaran la ciudad. P e r o sin é x i t o ;
Zara fue o c u p a d a a finales d e n o v i e m b r e y los conquistadores
se alojaron allí d u r a n t e el i n v i e r n o . D e este m o d o fue exco-

285
m u l g a d o t o d o el ejército d e los cruzados. Esta grotesca situa-
ción p r e o c u p a b a p o c o a los venecianos, p e r o los príncipes de
la iglesia francesa y alemana q u e formaban p a r t e del ejército
se esforzaron p o r o b t e n e r la absolución papal. C o n tal de q u e
c o n t i n u a r a la C r u z a d a , I n o c e n c i o n o d u d ó en concedérsela, ex-
c e p t o a los venecianos, p e r o a condición d e q u e n o fuera atacado
otra vez u n t e r r i t o r i o cristiano, pues mientras t a n t o en Roma
se debía d e temer q u e la lucha contra Zara fuese u n p r e l u d i o
para u n p l a n m á s o s a d o : el desvío d e la cuarta Cruzada a
Constantinopla.
Allí estaba el p r í n c i p e Alejo, hijo del d e s t r o n a d o Isaac I I
Ángel, q u e , h u y e n d o d e su tío, el e m p e r a d o r Alejo I I I , había
llegado en u n barco p i s a n o p a r a buscar en O c c i d e n t e apoyo
en sus pretensiones al t r o n o . Viajó desde Italia a la C o r t e d e
su c u ñ a d o Felipe de Suabia. E s t e n o estaba en condiciones
d e a y u d a r l e p o r sus luchas con el p r e t e n d i e n t e al t r o n o , O t ó n de
B r u n s w i c k , p e r o le r e m i t i ó al ejército d e los cruzados. A finales
del a ñ o 1202 apareció en Zara u n a delegación alemana q u e
llevaba al ejército la oferta del joven Alejo. Despreocupada-
m e n t e , el p r e t e n d i e n t e al t r o n o hacía p r o m e s a s irrealizables:
s u b o r d i n a r la Iglesia d e O r i e n t e a R o m a , pagar a los cruzados
la entonces fabulosa s u m a d e 200.000 marcos de plata, participar
él m i s m o en la C r u z a d a con 10.000 h o m b r e s y p o n e r a su dis-
posición 500 caballeros p a r a la lucha en Palestina.
Los venecianos a c e p t a r o n r á p i d a m e n t e la p r o p u e s t a y tam-
bién los jefes d e los caballeros, sobre t o d o Bonifacio de M o n t -
ferrato, i n t e n t ó convencer a los cruzados. O t r a vez se mani-
festó la fuerte oposición; el a b a d cisterciense G u i d o de Les
Vaux-de-Cerray y el b a r ó n Simón d e M o n t f o r t e , q u e más tarde
sería el jefe de la C r u z a d a contra los albigenses, fustigaban la
i m p i e d a d d e u n a t a q u e a C o n s t a n t i n o p l a y r e c o r d a b a n a los
cruzados la prohibición del P a p a . P e r o m u c h o s de los simples
g u e r r e r o s se e n c o n t r a b a n en u n a situación parecida a la d e Ve-
necia, p u e s desde el i n v i e r n o p a s a d o en Zara h a b í a n comenzado
ya sus dificultades económicas y veían en la oferta del príncipe
b i z a n t i n o la única salvación para n o i n t e r r u m p i r su peregrinaje.
E n su lenguaje sencillo nos refiere R o b e r t o de Clari esta dis-
cusión: « ¡ B a h ! ¿ Q u é v a m o s a hacer nosotros en Constantino-
pla? N o s o t r o s h e m o s de hacer n u e s t r a peregrinación, n u e s t r o
p l a n es ir a Babilonia ( = El Cairo) o a Alejandría y nuestra
flota sólo nos seguirá u n a ñ o y ya ha pasado m e d i o . Y los otros
dijeron en contra: ¿ Q u é vamos a hacer en Babilonia o Alejan-
dría si n o tenemos ni provisiones ni d i n e r o con los q u e poder
ir allí? Será mejor para nosotros q u e consigamos p r i m e r o pro-
visiones y d i n e r o . . . , antes q u e ir allí para morir d e h a m b r e » ' .

286
T a m b i é n la o p i n i ó n del clero estaba d i v i d i d a ; algún caballero
recibiría de los sacerdotes, en contestación a sus conflictos
de conciencia, la respuesta de q u e p o r a m o r al prójimo h a b í a
q u e ayudar a subir al t r o n o al p r í n c i p e Alejo. ¿Acaso n o era
justo q u e la legendaria y rica Bizancio contribuyese p o r fin a
la liberación del Santo Sepulcro, ya q u e hasta ahora sólo h a b í a
p u e s t o obstáculos a las cruzadas? ¿ H a b í a n merecido r e a l m e n t e
los griegos, cuyo rey era infiel y cuya Iglesia era cismática, al-
bergar en su capital el mayor tesoro de reliquias del m u n d o ?
Con la vista p u e s t a en tales tesoros m u n d a n o s y morales, ga-
naron los b a r o n e s y obispos al ejército p a r a su marcha a
C o n s t a n t i n o p l a . Casi 20 b a r o n e s y el dogo firmaron finalmente
u n c o n t r a t o con los enviados alemanes. A u n así se p r o d u j o en
Corfú u n n u e v o conflicto, q u e t e r m i n ó con la división d e l ejér-
cito; la m i t a d d e los peregrinos, e n t r e ellos m u c h o s b a r o n e s ,
se negó a ir a C o n s t a n t i n o p l a y se s e p a r ó del resto. Sólo con
la promesa d e q u e d e s p u é s de s e p t i e m b r e se d i s p o n d r í a d e
barcos p a r a c o n t i n u a r el viaje se volvió a r e u n i r el ejército.
Una p a r t e d e los cruzados ya se imaginaba q u e las cosas n o
se d e t e n d r í a n con la restauración de Alejo en el t r o n o , e in-
tentaron asegurarse u n a p r o l o n g a d a estancia en C o n s t a n t i n o p l a .
A d e m á s , todos los prelados del ejército eran conscientes d e q u e
la p r o m e t i d a u n i ó n de las Iglesias n o sería tan fácil de realizar.
La crónica anónima de H a l b e r s t a d t , q u e se escribió según las
indicaciones del o b i s p o d e esta ciudad, informa d e la sarcástica
declaración del arzobispo o r t o d o x o d e Corfú, de q u e « n o conocía
o t r o m o t i v o para el p r i m a d o . . . del e p i s c o p a d o r o m a n o , excepto
el de q u e h a b í a n sido soldados r o m a n o s los q u e h a b í a n cruci-
5
ficado a Jesucristo» .

Pocos p r o b l e m a s de la E d a d Media h a n sido tan exhaustiva-


m e n t e discutidos como la razón d e q u e la cuarta C r u z a d a se
desviara a C o n s t a n t i n o p l a . Los partidarios d e la teoría d e la
casualidad afirman q u e este a c o n t e c i m i e n t o d e b e ser r e m o n t a d o
a u n a cadena de hechos fortuitos e imprevisibles; los represen-
tantes d e la teoría d e las intrigas culpan al P a p a , a los vene-
cianos, a Bonifacio de M o n t f e r r a t o o Felipe d e Suabia de h a b e r
p l a n e a d o de a n t e m a n o el a t a q u e a Bizancio. E n realidad es m u y
difícil imaginarse q u e u n proyecto tan i m p o r t a n t e fuese decidido
en ú l t i m o m o m e n t o . Sin e m b a r g o , tal interpretación s u p o n e
negar la exactitud d e u n a decisiva afirmación d e V i l l e h a r d o u i n :
el p r í n c i p e Alejo llega a Italia en agosto de 1202, es decir,
poco antes d e la p a r t i d a de los cruzados de Venecia. E s t e t i e m p o
no h u b i e s e sido suficiente p a r a i m p o n e r este i m p o r t a n t e c a m b i o
en el objetivo de su a t a q u e . D e h e c h o , u n d a t o del historiador
bizantino Nicetas Coniates y algunas fuentes latinas afirman

287
q u e el p r e t e n d i e n t e al t r o n o había h u i d o d e su tío ya antes
y apareció en O c c i d e n t e e n el a ñ o 1202. E n este caso h u b i e r a
h a b i d o suficiente t i e m p o p a r a el c o m p l o t ; p e r o n o es seguro
q u e éste tuviese v e r d a d e r a m e n t e lugar. N o s o t r o s sólo p o d e m o s ,
p a r t i e n d o d e la p r e g u n t a cui bono, s u p o n e r u n a acción con-
j u n t a d e Bonifacio d e M o n t f e r r a t o , Felipe d e Suabia, E n r i q u e
D á n d o l o y e v e n t u a l m e n t e I n o c e n c i o I I I . P e r o en el fondo «la
c u e s t i ó n d e los m o t i v o s del d e s v í o está todavía sin contes-
s
tar» .
Casi n i n g ú n investigador m o d e r n o ha s u b e s t i m a d o el papel
d e Venecia en este a s u n t o . P e r o del papel d e s e m p e ñ a d o por esta
c i u d a d en realidad sólo sabemos q u e la d o b l e v e r t i e n t e d e los
' a c o n t e c i m i e n t o s c o r r e s p o n d i ó exactamente a las ventajas político-
comerciales o b t e n i d a s . H a c i a finales del siglo x n las ciudades
italianas d e la costa t e n í a n beneficiosas relaciones comerciales
con E g i p t o , el objetivo originario de la Cruzada. P o r o t r o lado,
Venecia tenía ya sólo u n a p e q u e ñ a p a r t e en el comercio de
Bizancio. H a s t a la d e t e n c i ó n masiva de los venecianos en el
a ñ o 1171 sus barcos h a b í a n realizado casi t o d o el t r a n s p o r t e
d e mercancías d e s d e C o n s t a n t i n o p l a y otras ciudades griegas
a O c c i d e n t e : d e s d e 1183 p u d i e r o n o c u p a r d e n u e v o su recinto
comercial d e la capital, p e r o el e m p e r a d o r Alejo I I I favorecía
v i s i b l e m e n t e a sus rivales, G e n o v a y Pisa. A d e m á s , los comer-
ciantes occidentales en general ya no se e n c o n t r a b a n seguros
en las ciudades b i z a n t i n a s , sobre t o d o en C o n s t a n t i n o p l a , desde
las matanzas de los latinos en 1182. U n a conquista d e ia capital
y la entronización de u n e m p e r a d o r vasallo restituiría en cambio
el m o n o p o l i o de Venecia y lo aseguraría d u r a n t e m u c h o tiempo.
P a r a el P a p a eran s e d u c t o r a s las promesas del príncipe Alejo
p o r dos m o t i v o s : la imposición ambicionada, desde hacía siglos,
del p r i m a d o r o m a n o sobre la Iglesia griega era para Inocen-
cio I I I la condición previa de la segunda finalidad de su política
con r e s p e c t o a O r i e n t e : la participación de Bizancio en la lucha
p o r la r e c o n q u i s t a del Santo Sepulcro. Ya h a b í a i n t e n t a d o con-
seguir d i p l o m á t i c a m e n t e ambas cosas de Alejo I I I . Por lo me-
nos el s o b e r a n o b i z a n t i n o , a u n q u e con m u c h a s reservas y a
pesar d e su disposición antilatinista, h a b í a aceptado la celebra-
ción d e u n concilio en su país, cuya finalidad era la unión
d e las Iglesias. Si el E m p e r a d o r hacía estas concesiones era
sólo p o r m i e d o al r e s t a b l e c i m i e n t o del p o d e r de los Staufen
en Italia y a la c o n t i n u a c i ó n d e la política d e expansión nor-
m a n d a ; p e r o más todavía temía q u e el P a p a apoyase las pre-
tensiones al t r o n o b i z a n t i n o de Felipe d e Suabia p o r su matri-
m o n i o con la hija del E m p e r a d o r , I r e n e Ángel. P e r o Inocencio
estaba tan a m e n a z a d o c o m o C o n s t a n t i n o p l a p o r u n fuerte Im-

288
p e r í o alemán, a cuya política a n t i b i z a n t i n a no estaba d i s p u e s t o
a prestar ayuda. P o r eso negó t a m b i é n su apoyo al príncipe
Alejo y p r o h i b i ó el a t a q u e d e los cruzados q u e a c a m p a b a n en
Zara a C o n s t a n t i n o p l a . P e r o la carta q u e c o n t e n í a esta indica-
ción fue escrita s e g u r a m e n t e en junio del a ñ o 1203, en u n
m o m e n t o en el q u e la flota d e los cruzados h a b í a h e c h o su
aparición en el Bosforo, a u n q u e Inocencio h a b í a i n t e n t a d o ya
en n o v i e m b r e d e 1202 atemorizar a Alejo I I I con la amenaza
de q u e la C r u z a d a podría estar dirigida contra él. N o se p u e d e
por ello rechazar la sospecha de q u e el P a p a l u c h a b a contra
u n o s acontecimientos q u e ya no podía controlar y de q u e la
Cruzada se le había escapado definitivamente de las manos desde
q u e Bonifacio de M o n t f e r r a t o y E n r i q u e D á n d o l o dirigían la
empresa.
Es posible, p e r o i n d e m o s t r a b l e , q u e Bonifacio de M o n t f e r r a t o
cambiara la dirección d e la C r u z a d a p o r intereses personales.
D e s d e luego sabemos q u e los M o n t f e r r a t o tenían estrechas re-
laciones familiares con Bizancio: el p a d r e de Bonifacio había
apoyado ocasionalmente la política del e m p e r a d o r M a n u e l en
Italia. D e los dos h e r m a n o s casados con princesas bizantinas,
R a n i e r o fue asesinado p o r intrigas cortesanas y C o n r a d o se
salvó quizá d e u n d e s t i n o parecido gracias a la h u i d a . Q u e el
margrave quisiera vengarse de sus h e r m a n o s al t o m a r el m a n d o
de la C r u z a d a y q u e ambicionase el t r o n o imperial griego, sólo
son simples suposiciones. Lo ú n i c o seguro es q u e , más tarde,
Bonifacio fue u n o d e los q u e más abogó p o r el desvío de la
Cruzada, y q u e , d e s p u é s de la rendición de la ciudad en 1204,
se esforzó p o r ser elegido e m p e r a d o r .
D e todos m o d o s , con la elección de Bonifacio e n t r ó en juego
u n nuevo poder, p o r q u e el m a r g r a v e era u n fiel vasallo y pa-
r i e n t e de Felipe de Suabia. Éste tampoco había o l v i d a d o los
ambiciosos proyectos d e su h e r m a n o E n r i q u e V I contra Bi-
zancio y hasta podía hacer valer, como yerno del d e s t r o n a d o
Isaac I I , sus legítimas a u n q u e débiles pretensiones al I m p e t í o
de C o n s t a n t i n o p l a . Si es cierto q u e el príncipe Alejo había
llegado ya a O c c i d e n t e en el a ñ o 1201, había h a b i d o tiempo
suficiente d u r a n t e el i n v i e r n o d e 1201 a 1202 de discutir en
la C o r t e d e Felipe en H a g u e n a u la sucesión del trono bizantino
y de proyectar la desviación de la Cruzada.
El a c u e r d o definitivo e n t r e el príncipe Alejo y los cruzados
fue firmado en Corfú y, a finales de mayo de 1203, levó anclas
la flota para dirigirse al Bosforo. El E m p e r a d o r de Constanti-
nopla había reconocido ya, con la h u i d a de su sobrino, los
peligros q u e a m e n a z a b a n a su I m p e r i o si u n a d e las potencias
d e O c c i d e n t e acogía al p r e t e n d i e n t e al t r o n o . T a m b i é n le eran

289
conocidas a finales del a ñ o 1202 las relaciones del joven Alejo
con Venecia y la Cruzada, p e r o la política bizantina en Occi-
d e n t e h a b í a decaído d e tal forma a principios del siglo x m q u e
Alejo I I I ya sólo p o d í a confiar en la ayuda del P a p a . C u a n d o
éste n o p u d o i m p e d i r el cambio de dirección, le q u e d a r o n al
E m p e r a d o r , s i e n d o ya i m p o t e n t e la flota bizantina, en o t r o tiem-
p o t a n p u j a n t e , sólo los m u r o s d e C o n s t a n t i n o p l a para defender
su t r o n o . Situada e n u n a p e n í n s u l a triangular, protegida al
N o r t e p o r la b a h í a del C u e r n o de O r o y al Sur p o r el m a r
a b i e r t o del M á r m a r a y p o r unas murallas costeras, la c i u d a d
era sólo accesible p o r tierra p o r el O e s t e , e s t a n d o defendida
allí p o r u n a m u r a l l a fortificada d e la época d e T e o d o s i o d e
7 kilómetros d e longitud. N u n c a había sido c o n q u i s t a d a la ciu-
d a d , y t a m b i é n a los cruzados les pareció a primera vista inex-
p u g n a b l e . P e r o ellos tenían la esperanza d e q u e los h a b i t a n t e s
esperaban s o l a m e n t e la presencia d e u n príncipe legítimo para
d e s t r o n a r al u s u r p a d o r Alejo I I I , tal como h a b í a dicho el joven
Alejo. Se i n t e n t ó provocar u n alzamiento nacional p r e s e n t a n d o
al p u e b l o d e C o n s t a n t i n o p l a el «legítimo s o b e r a n o » ; a poca
distancia d e la costa las galeras r o d e a r o n las murallas con el pre-
t e n d i e n t e del t r o n o a b o r d o . P e r o la única reacción de la ciudad
fue u n a lluvia d e proyectiles. Así empezó la lucha. El 5 de julio
de 1203 p u s i e r o n los latinos en fuga al ejército imperial en su
d e s e m b a r c o en la costa occidental del Bosforo. U n o s días d e s p u é s
o c u p a r o n la t o r r e d e la localidad de G á l a t a , a la q u e estaba
sujeta el e x t r e m o d e la cadena q u e cerraba la e n t r a d a al p u e r t o .
La flota veneciana tenía así el camino libre p a r a t o m a r o des-
truir allí los pocos barcos griegos.

En el a t a q u e a la ciudad el 17 de julio, los caballeros lucha-


r o n en v a n o c o n t r a la guardia varega j u n t o a los m u r o s teodo-
sianos. Más éxito t u v i e r o n los venecianos, q u e avanzaron mien-
tras t a n t o en sus barcos contra la muralla costera del C u e r n o
de O r o , m á s débil. H a b í a n h e c h o de sus barcos con plataforma
sobre los mástiles de las galeras u n a s torres d e asedio, desde
los cuales p o d í a n luchar a la misma altura q u e los defensores
en lo alto de las torres. P r o t e g í a n sus galeras del t e m i d o fuego
griego con pieles h ú m e d a s . Bajo el m a n d o del dogo consiguieron
los venecianos acercar sus barcos en fila a la costa, c o n q u i s t a r o n
unas 25 torres de la ciudad desde las plataformas y escaleras
de asalto y hasta p e n e t r a r o n a través de los m u r o s . Allí sólo se
p u d i e r o n m a n t e n e r ante la s u p e r i o r i d a d de fuerzas bizantinas
p r e n d i e n d o fuego a las casas más cercanas. El fuego se e x t e n d i ó
r á p i d a m e n t e p o r la ciudad y fue el p r i m e r gran incendio q u e
causaron los latinos y q u e d e s t r u y ó barrios e n t e r o s de las ciu-
dades. E n t o n c e s Alejo atacó a los cruzados. P e r o n o se atrevió

290
a luchar contra el o r d e n de batalla de los francos y se retiró a
la c i u d a d sin conseguir su p r o p ó s i t o . C u a n d o los venecianos
se e n t e r a r o n del peligro en el q u e estaban sus aliados, D á n d o l o
r e t i r ó a su gente d e las murallas y las torres y se la envió a
los caballeros como refuerzo.
Así, el p r i m e r a t a q u e a C o n s t a n t i n o p l a pareció h a b e r fraca-
sado. P e r o Alejo I I I recogió esa noche r á p i d a m e n t e sus alhajas
y h u y ó con su hija predilecta a Tracia. Los bizantinos sacaron
al d e s t r o n a d o e m p e r a d o r Isaac I I d e la cárcel y a pesar d e su
ceguera le elevaron al t r o n o , i n f o r m a n d o del acontecimiento a
los desconcertados cruzados antes del amanecer. Estos enviaron
p o r lo p r o n t o r e p r e s e n t a n t e s a palacio p a r a exigir el nombra-
m i e n t o del príncipe Alejo y, sobre todo, para o b t e n e r d e Isaac
la confirmación de las promesas hechas p o r su hijo. M u y a su
pesar, el s o b e r a n o concedió ambas cosas, y el ejército d e la
Cruzada a c o m p a ñ ó al joven Alejo a la ciudad d o n d e el 1 de
agosto de 1203 fue c o r o n a d o en presencia de barones latinos.
A h o r a había q u e conseguir q u e el n u e v o e m p e r a d o r , Ale-
jo I V , cumpliera el t r a t a d o y, sobre todo, el c o n t r a t o financiero.
C o m e n z ó a pagar su d e u d a a costa del tesoro público, hizo
fundir valiosos objetos d e la Iglesia y confiscó p r o p i e d a d e s d e
ricos c i u d a d a n o s ; p e r o a pesar de todas estas medidas no o b t u v o
ni de lejos los 200.000 marcos p r o m e t i d o s . T u v o q u e pedir a los
cruzados, con nuevas promesas, q u e se q u e d a s e n hasta la ' p r ó -
xima primavera, época para la q u e h a b r í a r e u n i d o toda la suma
y consolidado su g o b i e r n o .
O t r a vez accedieron los venecianos al m a n d o del dogo y los
capitanes del ejército, y otra vez se p u d o , con gran trabajo,
vencer la oposición d e los peregrinos sinceros. P e r o el t i e m p o
trabajaba contra Alejo; si su situación, c o m o p r o t e g i d o d e los
odiados latinos, era en el f o n d o insostenible desde el principio
de su soberanía, lo fue m u c h o más ahora q u e creció el peligro,
con los choques e n t r e cruzados y bizantinos, c u a n t o más t i e m p o
se q u e d a b a el ejército. Y a el aspecto de los orgullosos caballeros
francos, c u a n d o inspeccionaban la ciudad y se las d a b a n d e
c o n q u i s t a d o r e s , irritaba a los bizantinos. A d e m á s el clero orto-
d o x o negó a b i e r t a m e n t e al E m p e r a d o r su conformidad a some-
terse al P a p a d e R o m a .
E n el transcurso del verano y el o t o ñ o de 1203 se hicieron
cada vez más tensas las relaciones e n t r e latinos y griegos. Mien-
tras q u e el joven Alejo i n t e n t a b a asegurar su p o d e r en Tracia,
su p a d r e Isaac ajustó las cuentas poco a poco con los cruzados.
El p o p u l a c h o b i z a n t i n o s a q u e ó el b a r r i o rico d e los italianos,
mientras que la soldadesca latina arrasaba los pueblos cercanos
a la capital. Fanáticos flamencos e italianos i n t e n t a r o n destruir

291
la mezquita d e los comerciantes sarracenos, p e r o p r o n t o se en­
c o n t r a r o n frente a u n a fuerza superior de m u s u l m a n e s y griegos
y sólo p u d i e r o n c u b r i r su h u i d a con la ayuda del fuego; el
incendio p r o d u c i d o de esta forma causó estragos d u r a n t e varios
días, d e s t r u y ó d e n u e v o u n a gran p a r t e de la ciudad con iglesias
y c o n v e n t o s y h a s t a d e t e r i o r ó p a r t e de Santa Sofía.
P r o n t o se dio c u e n t a Alejo I V , a su regreso a la capital,
de q u e n u n c a p o d r í a c u m p l i r las promesas hechas a los cruzados.
Siempre volvía a p e d i r u n a p r ó r r o g a y finalmente r o m p i ó com­
p l e t a m e n t e sus relaciones con los cruzados. P e r o los latinos, y
al frente de ellos el dogo veneciano, sostenían implacablemente
sus acuerdos y m a n d a r o n finalmente u n a delegación al palacio
imperial d o n d e se e n c o n t r a b a n Isaac y Alejo. C o n d u r a s pala­
bras le r e p r o c h ó C u n o d e B é t h u n e a Alejo su infidelidad, exigió
d e i n m e d i a t o la liquidación de las d e u d a s y amenazó con l a
guerra si n o lo hacía. E n f a d a d o r e s p o n d i ó el E m p e r a d o r q u e ya
les h a b í a d a d o d e m a s i a d o y q u e a b a n d o n a r a n el país, y los en­
viados se t u v i e r o n q u e c o n t e n t a r con salir sanos y salvos de la
ciudad.
D e s d e entonces ya no se s u p o d e t e n e r la guerra. Alejo y su
sucesor h a b í a n confiado en q u e los latinos se darían p o r satis­
fechos con lo conseguido y proseguirían su camino. P e r o d u r a n t e
el invierno la flota n o se atrevía a salir a m a r a b i e r t o ; además,
el frío y la i n c i p i e n t e escasez d e víveres p r e o c u p a b a al ejército.
M i e n t r a s barcos venecianos d e v a s t a b a n las costas del Bosforo,
se p r o d u c í a n en el p u e r t o constantes escaramuzas. E l i n t e n t o
griego d e d e s t r u i r t o d a la flota d e los cruzados con ayuda del
fuego se frustró a n t e la vigilancia d e los marinos venecianos.
E n t r e t a n t o , el o d i o del p u e b l o contra Alejo había a u m e n t a d o .
Excitados los á n i m o s p o r el p a r t i d o antilatinista de la C o r t e ,
se p r o d u j o a finales d e e n e r o u n l e v a n t a m i e n t o nacional contra
los e m p e r a d o r e s d e la dinastía Ángel, lo q u e aprovechó el proto-
vestarios Alejo D u c a s M u r z u f l o , y e r n o de Alejo I I I , p a t a des­
t r o n a r a Isaac y a su hijo y proclamarse él mismo E m p e r a d o r .
E s t o significaba la guerra abierta. El n u e v o e m p e r a d o r Alejo V
hizo reconstruir y reforzar las murallas de la ciudad a lo largo
del p u e r t o y él m i s m o t o m ó p a r t e en las escaramuzas contra
los caballeros forajidos. Los latinos, p o r su p a r t e , n o tenían
otra elección q u e atacar p o r segunda vez y p o r cuenta propia
la ciudad. M i e n t r a s t a n t o los obispos y los abades del ejército
aseguraron a los g u e r r e r o s la legitimidad de la lucha, ya q u e
h a b í a q u e vengar el asesinato d e Alejo I V y someter al reino
b i z a n t i n o a la obediencia p a p a l . E n m a r z o d e 1204 firmaron
p o r u n lado el d o g o veneciano y p o r o t r o Bonifacio de M o n t -
ferrato y los c o n d e s d e Blois y d e Saint P a u ! u n c o n t r a t o q u e

292
constituía el p r i m e r d o c u m e n t o del I m p e r i o l a t i n o d e Constan-
tinopla. D e s p u é s d e conquistar la c i u d a d se reuniría t o d o el b o t í n
en u n lugar y d e allí se pagaría p r i m e r o el resto de las d e u d a s
de los cruzados a los venecianos. La suma r e s t a n t e se repartiría
e n t r e venecianos y no venecianos. T o d o s los privilegios conce-
didos hasta e n t o n c e s y las p r o p i e d a d e s comerciales permanece-
rían intactos. El reino y la capital se dividirían en tres p a r t e s ;
una cuarta estaría d e s t i n a d a al e m p e r a d o r latino electo en Cons-
tantinopla y el resto p a r a los venecianos y los demás cruzados.
A u n a comisión c o n s t i t u i d a a partes iguales p o r venecianos y
no venecianos se le confió la tarea de encargarse d e esta re-
partición y adjudicar los feudos a los caballeros. Los propietarios
podrían d i s p o n e r l i b r e m e n t e d e sus feudos, a excepción del ejér-
cito r e c l u t a d o para el E m p e r a d o r . La defensa del I m p e r i o estaría
así sólo bajo la responsabilidad del E m p e r a d o r . Su elección se
confió a u n consejo c o m p u e s t o d e seis venecianos y seis n o
venecianos. El p a r t i d o perjudicado por la elección de s o b e r a n o
sería i n d e m n i z a d o a través d e sus sacerdotes, q u e formarían el
cabildo d e la catedral d e Santa Sofía y elegirían u n t a m b i é n
nuevo patriarca latino de C o n s t a n t i n o p l a . E n t o d o el reino los
clérigos d e b e r í a n tener posesiones d e acuerdo con lo q u e nece-
sitasen para su n o b l e subsistencia. El resto d e la gigantesca
fortuna de la Iglesia griega, j u n t o con el b o t í n s o b r a n t e , se
repartiría e n t r e los laicos. El dogo q u e d ó e x e n t o d e sus deberes
frente al E m p e r a d o r , y sólo sus s u b d i t o s , a los q u e concedió
derechos y feudos, t e n d r í a n los mismos deberes q u e los señores
feudales francos.
A u n s i e n d o este c o n t r a t o tan defectuoso y en p a r t e b o r r o s o ,
encierra casi t o d o s los p r o b l e m a s f u n d a m e n t a l e s del posterior
I m p e r i o latino d e C o n s t a n t i n o p l a . La base financiera del I m -
perio latino q u e d ó debilitada d e s d e u n p r i n c i p i o p o r la nece-
sidad d e saquear p r i m e r a m e n t e el I m p e r i o b i z a n t i n o antes d e
p o d e r establecer sobre sus ruinas el gobierno franco. La posición
del E m p e r a d o r era d e m a s i a d o e n d e b l e ; tenía q u e defender u n
país del q u e sólo c o n t r o l a b a u n a cuarta p a r t e . Sólo los venecianos
p o d í a n estar satisfechos de su é x i t o ; a ellos les correspondían
3 / 8 del I m p e r i o y la capital, y sus antiguos privilegios mer-
cantiles se c o n v i r t i e r o n en derechos públicos. U n i m p o r t a n t e
aspecto d e la organización eclesiástica fue d e t e r m i n a d a d e ante-
m a n o p o r los laicos y las p r o p i e d a d e s d e la Iglesia pasaron a
convertirse en p r o p i e d a d e s laicas. Parece u n sarcasmo q u e los
q u e firmaron el c o n t r a t o se c o m p r o m e t i e r a n a p e d i r al P a p a q u e
castigara con la e x c o m u n i ó n las infracciones d e los d e m á s , te-
n i e n d o en c u e n t a q u e la e x c o m u n i ó n en la q u e se e n c o n t r a b a n

293
los venecianos d e s d e la t o m a d e Zara todavía n o había sido
anulada.
Los cruzados p r e p a r a b a n u n n u e v o a t a q u e a C o n s t a n t i n o p l a .
T r a s las experiencias del a ñ o anterior se decidieron a atacar
sólo desde el C u e r n o d e O r o . E l p r i m e r i n t e n t o del 8 de abril
fracasó y los p e r e g r i n o s d u d a r o n de la victoria con este fra-
caso. D e n u e v o t u v i e r o n los clérigos ...que levantar la moral de
la lucha, las mujerzuelas fueron expulsadas del c a m p a m e n t o
y el ejército se confesó y comulgó. E l 12 d e abril se repitió
el a t a q u e . U n v i e n t o favorable empujó la flota hacia la costa,
d e m o d o q u e se p u d i e r o n c o n q u i s t a r algunas torres desde las
plataformas d e los mástiles del barco. M i e n t r a s t a n t o u n o s fran-
ceses consiguieron, a pesar de la granizada de piedras q u e arro-
jaban los defensores desde las almenas, forzar u n a p u e r t a d e
salida q u e estaba t a p i a d a y abrir d e s d e d e n t r o algunas p u e r t a s .
Los caballeros e n t r a r o n a caballo en la ciudad, h u y e n d o los
defensores y t e n i é n d o s e q u e retirar el E m p e r a d o r a palacio.
P e r o la oscuridad impedía una inmediata invasión, de m a n e r a
q u e los cruzados l e v a n t a r o n su c a m p a m e n t o cerca d e las mura-
llas. D e n o c h e algunos p r e n d i e r o n fuego, p o r m i e d o a u n a t a q u e
griego, a las casas situadas ante ellos y p r o d u j e r o n así el tercer
gran incendio d e C o n s t a n t i n o p l a , q u e se m a n t u v o hasta la t a r d e
siguiente.
El e m p e r a d o r Alejo M u r z u f l o i n t e n t ó i n ú t i l m e n t e reorganizar
la resistencia b i z a n t i n a . F i n a l m e n t e desistió de su i n t e n t o y se
u n i ó a la riada d e ricos fugitivos, q u e salían corriendo p o r la
« P u e r t a de O r o » . C o n esto se q u e b r ó la v o l u n t a d de defensa
y los cruzados al día siguiente ya n o e n c o n t r a r o n resistencia
alguna.
Los capitanes del ejército se alojaron en los palacios impe-
riales y a la soldadesca, según la ley d e la guerra, se le p e r m i t i ó
saquear la c i u d a d . P o r fin los caballeros y los soldados, u n a vez
pasados los t e m o r e s y penalidades del largo viaje y las ten-
siones d e la l u c h a d e ciego salvajismo, dejaron salir el odio
tradicional de los latinos a los griegos. R o b o s , asesinatos y vio-
laciones se sucedieron en la ciudad. El n ú m e r o de las víctimas
griegas no pasó d e las 2.000 y no p u d o repararse n u n c a la
pérdida de los tesoros de arte q u e había r e u n i d o Bizancio d e n t r o
de sus murallas a lo largo de su casi milenaria historia. Biblio-
tecas e n t e r a s fueron q u e m a d a s , robadas las p i e d r a s preciosas d e
los objetos d e las iglesias, f u n d i d o s el o r o y la plata y pisoteado
el marfil. Los g u e r r e r o s , q u e h a b í a n comenzado su viaje como
cruzados, no r e s p e t a r o n la religión: las monjas fueron violadas
en sus c o n v e n t o s ; en Santa Sofía soldados borrachos arrancaron
las cortinas d e seda y destrozaron con martillos y hachas la

294
chapa del altar y la iconostasis d e plata, u n a p r o s t i t u t a se sentó
en la silla del patriarca c a n t a n d o canciones francesas, mientras
se usaban c o m o copas los vasos sagrados. O t r o s , sobre t o d o los
sacerdotes, o p i n a b a n q u e «es i n d i g n o robar los bienes de las
iglesias, excepto los bienes sagrados» ', es decir, las reliquias
de las q u e la c i u d a d h a b í a r e u n i d o u n tesoro incalculable. El
abad M a r t í n d e Pairis amenazó en la iglesia del P a n t o c r á t o r a
u n sacerdote o r t o d o x o con la m u e r t e si n o le enseñaba el resto
del tesoro d e las reliquias. « F n c u a n t o lo t u v o d e l a n t e , el a b a d
m e t i ó r á p i d a m e n t e las dos m a n o s con avidez y c o m o sus ropajes
8
eran amplios, llenó su cogulla con el b o t í n d e la i g l e s i a » .
Sangre de C r i s t o , m a d e r a de la v e r d a d e r a Cruz, p a r t e s d e San
J u a n Bautista, u n brazo, u n pie, u n a cabeza, u n d i e n t e d e
diversos santos, en total 52 reliquias trajo M a r t í n a Alsacia
de su viaje. U n a lista parecida p u d i e r o n m o s t r a r orgullosos los
obispos d e H a l b e r s t a d t y s e g u r a m e n t e t a m b i é n los clérigos d e
Langres y Soissons.
Los venecianos consiguieron u n b o t í n más acertado. Su pieza
más fastuosa es la clásica cuadriga d e b r o n c e , q u e el e m p e r a d o r
A u g u s t o de Alejandría envió a R o m a y q u e C o n s t a n t i n o el
G r a n d e trasladó a su nueva capital, y q u e corona hoy la e n t r a d a
principal d e San Marcos. «Es tan incalculable la a b u n d a n c i a
[ d e caballos, oro, plata, seda, valiosas telas, p i e d r a s preciosas
y otros objetos valiosos] q u e t o d o el m u n d o latino n o posee
3
t a n t o » , escribe t r i u n f a l m e n t e al P a p a el e m p e r a d o r B a l d u i n o
de F l a n d e s , d e s p u é s d e su elección; y G o d o f r e d o d e Villehar-
d o u i n anuncia q u e en n i n g u n a ciudad, d e s d e la creación del
m u n d o , se ha recogido un b o t í n d e tal categoría. A u n q u e los
saqueadores no h a b í a n c u m p l i d o lo acordado de entregar t o d o al
d e p ó s i t o , el valor de éste ascendió a 400.000 marcos de plata,
el d o b l e d e lo q u e había p r o m e t i d o el p r í n c i p e Alejo en Zara,
que fueron repartidos según el c o n t r a t o . P a r a los cruzados
había valido la pena la m a r c h a a C o n s t a n t i n o p l a . A los bizan-
tinos les parecía q u e sobre su ciudad h a b í a n caído los precur-
sores del Anticristo y había aparecido el fantasma de la devas-
tación. Nicetas Coniates, q u e vivió los furores de los latinos,
lo describía con inconsciente a m a r g u r a y agitadas palabras, com-
p a r á n d o l o con la ocupación de Jerusalén en 1187 por los sa-
rracenos, q u e al m e n o s n o violaron el Sepulcro del Señor y
dejaron salir t r a n q u i l a m e n t e a los cristianos con sus bienes.
Los griegos n u n c a olvidaron el s a q u e o de C o n s t a n t i n o p l a . El
sueño de la Iglesia occidental d e poner bajo la soberanía roma-
na al O r i e n t e o r t o d o x o llegó con esto a su fin. P o r ú l t i m o se
p r o d u j o el Cisma. I n o c e n c i o I I I parece ser q u e lo intuía c u a n d o
escribía en el verano de 1205 a Bonifacio d e M o n t f e r r a t o que

295
los cruzados h a b í a n causado tales estragos en las iglesias « q u e
la Iglesia g r i e g a . . . rehusa volver a la obediencia de la Sede
Apostólica; n o h a visto en los latinos m á s q u e ejemplos de
corrupción y malas obras, d e m o d o q u e se acobardan con más
1 0
razón a n t e éstos q u e a n t e los p e r r o s » .

II. Los Imperios latino y griego, 1204-1261

El acto c o n s t i t u y e n t e del n u e v o I m p e r i o latino de Constan­


tinopla fue ia elección del e m p e r a d o r . Bonifacio d e M o n t f e r r a t o ,
p o r ser el jefe oficial del ejército de los cruzados, contaba con
mayores posibilidades. E s t o era lo q u e esperaban también ios
griegos rezagados en C o n s t a n t i n o p l a , c u a n d o en sus e n c u e n t r o s
con los latinos se s a n t i g u a b a n y decían « S a n t o e m p e r a d o r mar-
grave». P e r o m u c h o s cruzados favorecían al c o n d e B a l d u i n o d e
F l a n d e s . Y c o m o el dogo E n r i q u e D á n d o l o contaba con seis
electores venecianos y se inclinaba p o r un e m p e r a d o r personal­
m e n t e más débil, en su t e m o r a n t e u n posible a u m e n t o d e
p o d e r d e su rival, G e n o v a , a través de Bonifacio, consiguió
imponer la elección del flamenco. Una semana más tarde, el
16 d e mayo d e 1204, el n u e v o e m p e r a d o r Balduino I fue coro­
n a d o en Santa Sofía por los obispos d e la expedición.
La ceremonia, a pesar d e algunos elementos griegos, fue la
reproducción d e u n a coronación occidental, sobre t o d o francesa,
como les era familiar a la mayoría de los barones. I g u a l m e n t e
el título y los símbolos imperiales del I m p e r i o latino eran oc­
cidentales, con formalismos griegos, como el prolovestiarios en
lugar del g e n t i l h o m b r e d e cámara. Los e m p e r a d o r e s firmaban
sus d o c u m e n t o s latinos con letras griegas en tinta roja. D e es­
pecial significación son los sellos imperiales d e o r o o p l o m o .
Así, en la p o r t a d a de una bula d o r a d a del e m p e r a d o r E n r i q u e ,
sucesor de B a l d u i n o , aparece u n a mezcla d e los emblemas oc­
cidental y o r i e n t a l : griegas la corona y la leyenda, occidentales
la capa, el t r o n o del león, el cetro y la insignia imperial; el
reverso, p u r a m e n t e occidental, presenta al E m p e r a d o r encora­
zado sobre un caballo galopante, con la espada desenvainada y
el león flamenco en el escudo. Estas escasas concesiones de la
tradición bizantina en los símbolos oficiales corresponde al
carácter del d o m i n i o extranjero en tierra griega.
Sin tener en c u e n t a la población, se repartió el país e n t r e
los vencedores. Ya en u n principio se produjo con esto un
conflicto e n t r e los dos caballeros más poderosos. Antes de la
elección de B a l d u i n o se c o n v i n o en c o m p e n s a r al c a n d i d a t o
vencido con la soberanía sobre Asia M e n o r y el Peloponeso,

296
para q u e se q u e d a r a en el país. P e r o Bonifacio, tras su d e r r o t a ,
exigió en lugar d e esto Salónica y sus alrededores, s e g u r a m e n t e
d e b i d o a q u e mientras t a n t o se h a b í a casado con María, viuda
del e m p e r a d o r Isaac y h e r m a n a del e m p e r a d o r h ú n g a r o , y
deseaba estar cerca d e su y e r n o . B a l d u i n o n o estaba d i s p u e s t o
a consentir esto y amenazaba con u n a guerra abierta entre ambos
príncipes. Sólo la enérgica actuación del dogo llevó a a m b o s
combatientes a s o m e t e r s e a u n p a r l a m e n t o m i x t o , q u e se decidió
p o r Bonifacio. S e g u r a m e n t e se había asegurado éste los v o t o s
decisivos v e n d i e n d o la isla de C r e t a , q u e le había p r o m e t i d o
Alejo I V , a la ciudad de Venecia. D e s p u é s de este juicio q u e
dejaba a Bonifacio la región e n t r e Salónica y M o s i n ó p o l i s , se
repartió, p o r el a c u e r d o de o c t u b r e d e 1204, el I m p e r i o bizan­
tino e n t r e el E m p e r a d o r , los caballeros y los venecianos. Bal­
d u i n o recibió, j u n t o a la p a r t e principal de C o n s t a n t i n o p l a en
E u r o p a , los territorios c o m p r e n d i d o s e n t r e Agatópolis en el Nor­
te y HeracJea en el m a r d e M á r m a r a , a c a m b i o d e t o d o el
Asia M e n o r bizantina y las islas adyacentes. Los venecianos re­
cibieron, además d e u n a p a r t e considerable d e C o n s t a n t i n o p l a ,
la zona costera desde Heraclca hasta la p u n t a d e la península de
Gallípolis y el territorio en t o r n o a A d r i a n ó p o l i s hasta el mar
de Mármara-, a p a r t e les pertenecía toda la costa occidental
griega y el interior hasta la cima del m o n t e P i n d ó , d e D i r r a q u i o
hasta el golfo d e P a t r a s , incluidas Corfú y las islas jónicas, j u n t o
a la mayor p a r t e del P e l o p o n e s o ( M o r e a , c o m o lo d e n o m i n a b a n
los latinos), las islas de A n d t o s , Salamina y Egina y las partes
n o r t e y sur de E u b e a ( N e g r o p o n t o ) . A los caballeros franceses
les q u e d a r o n las restantes regiones e n t r e los territorios del Im­
perio y Salónica, j u n t o con la p a r t e occidental d e Macedonia
entre el V a r d a r y el lago Prespa, Tesalia y Ática. E n este
s e g u n d o c o n t r a t o de repartición no se n o m b r a r o n la parte central
de E u b e a , Beocia, C o r i n t o y la Argólida, así c o m o las Cicladas.
P o r lo m e n o s los territorios c o n t i n e n t a l e s , c o m o el este de
Macedonia, parece q u e se reservaron a Bonifacio d e M o n t f e r r a t o .

P o s i b l e m e n t e los tres p a r t i d o s recibieron territorios cerca d e


C o n s t a n t i n o p l a con el fin d e q u e colaboraran en la defensa
d e la capital, que se veía amenazada sobre t o d o por el O e s t e .
Es e v i d e n t e el influjo de los m i e m b r o s venecianos de la co­
misión de r e p a r t o ; tenían sobre los cruzados la ventaja de
poseer u n o s conocimientos geográficos m u y exactos de la Ro­
manía, que era c o m o se d e n o m i n a b a al territorio del i m p e r i o
bizantino, y por eso sabían lo q u e q u e r í a n . Los territorios q u e
c o r r e s p o n d i e r o n a Venecia r o d e a b a n casi t o t a l m e n t e la Grecia
de los franceses y aseguraban a los venecianos la comunicación
por mar e n t r e su ciudad natal, C r e t a y C o n s t a n t i n o p l a , y el

297
acceso a los c e n t r o s comerciales griegos más i m p o r t a n t e s . Los
territorios e n t o r n o a C o n s t a n t i n o p l a se r e p a r t i e r o n en feu-
dos poco después d e la firma del a c u e r d o ; E n r i q u e , h e r m a n o
de Balduino, recibió A d r a m e c i o , en Asia M e n o r ; G o d o f r e d o de
Villehardouin la soberanía sobre la p a r t e occidental de la des-
embocadura del Maritza. P e r o la mayoría del antiguo I m p e r i o
bizantino estaba p o r conquistar.
El n u e v o E m p e r a d o r era sobre t o d o d e v o t o y valeroso; tam-
poco sus b a r o n e s manifestaban unas capacidades especiales para
la administración del n u e v o I m p e r i o . E n lugar de aliarse con
los enemigos tradicionales d e los bizantinos en los Balcanes y
Asia M e n o r , los búlgaros y los turcos selyúcidas, fueron recha-
zados u n o s como s u b d i t o s rebeldes y otros como infieles. E l
p o d e r o s o zar b ú l g a r o Caloyán se había s o m e t i d o a R o m a , p o r
lo m e n o s en teoría, en lo concerniente a su política eclesiástica,
y ofreció a los franceses u n a alianza. P e r o B a l d u i n o exigió or-
gullosamente la entrega de todos los territorios bizantinos ahora
en manos de los búlgaros. La consecuencia de esto fue q u e Ca-
loyán se alió con los griegos descontentos contra los latinos.
I g u a l m e n t e incapaces se m o s t r a r o n el E m p e r a d o r y la mayoría
de los latinos en el t r a t o con los griegos. La c o n t i n u a disolución
del p o d e r central b i z a n t i n o había favorecido, ya antes de la cuar-
ta C r u z a d a , a la aristocracia local, q u e se h a b í a h e c h o con el
p o d e r en m u c h a s partes del país. Estos arcontes estaban dis-
puestos en p a r t e a colaborar con los extranjeros si eran confir-
mados en su posición. P e r o m u c h o s caballeros franceses q u e r í a n
el d o m i n i o total y los señores locales griegos se c o n v i r t i e r o n en
encarnizados enemigos de los latinos.
N o o b s t a n t e , los francos o b t u v i e r o n en u n principio éxitos
considerables. Se c o n q u i s t ó casi t o d a Tracia y extensas partes
de Bitinia. Bonifacio p u d o , gracias a las relaciones d e su es-
posa, la viuda del e m p e r a d o r , establecerse r á p i d a m e n t e en el
I m p e r i o de Salónica, q u e le h a b í a sido asignado, y m a r c h a r con
u n ejército d e caballeros r e p a r t i e n d o feudos por toda Grecia
central, a través de T e b a s y A t e n a s hasta C o r i n t o y N a u p l i a .
Sólo L e ó n E s g u r o , arconte d e C o r i n t o y de la Argólida, resistió
t e n a z m e n t e , siendo r á p i d a m e n t e vencido en las T e r m o p i l a s , p e r o
c o n t e n i e n d o d u r a n t e más t i e m p o a los latinos ante N a u p l i a y la
ciudadela de C o r i n t o . M i e n t r a s t a n t o comenzó ya la conquista
del P e l o p o n e s o con G u i l l e r m o de C h a m p l i t t e y G o d o f r e d o d e
V i l l e h a r d o u i n , sobrino del historiador.
A l r e d e d o r de C o n s t a n t i n o p l a se p r e p a r a b a n ya los caballeros
para organizar sus feudos, c u a n d o en febrero de 1205 invadió
el zar búlgaro Caloyán con sus tropas cumanas los territorios
latinos. Los griegos, m a l t r a t a d o s en los territorios de los vene-

299
cíanos, se u n i e r o n a él entusiasmados. T o d a Tracia se encon-
traba en rebeldía y D e m ó t i c a y A d r i a n ó p o l i s cayeron en manos
d e los sublevados. P r e s u r o s a m e n t e llamó B a l d u i n o a sus tropas
dispersas y, sin esperar la llegada de los caballeros d e Asia
M e n o r , sitió A d r i a n ó p o l i s . E n el a t a q u e d e las tropas de socorro
búlgaras, en abril d e 1205, no p u d i e r o n los caballeros hacer
frente a la táctica de los c u m a n o s , p u e b l o t u r c o de la estepa
rusa. E s t o s , l i g e r a m e n t e a r m a d o s , atraían con una falsa h u i d a
a los franceses cubiertos de pesadas corazas y deshacían sus
formaciones, dejaban cansados al caballo y a su jinete en la
persecución y se lanzaban después sobre los debilitados enemi-
gos. D e este m o d o fue d i e z m a d o el ejército latino, el conde Luis
de Blois e n c o n t r ó la m u e r t e , el E m p e r a d o r cayó prisionero. G o d o -
fredo d e V i l l e h a r d o u i n , j u n t o con el dogo D á n d o l o , p u d o con-
ducir trabajosamente al resto del ejército francés a Constanti-
nopla, d o n d e m u r i ó D á n d o l o a finales de mayo a causa d e estas
marchas forzadas. A h o r a d o m i n a b a Caloyán sobre toda Tracia,
y los griegos p u d i e r o n o c u p a r de n u e v o los territorios de Asia
M e n o r . A p a r t e de C o n s t a n t i n o p l a , sólo les q u e d a b a n a los la-
tinos las ciudades d e R e d e s t o y Selimbria en el litoral n o r t e
y u n a cabeza d e p u e n t e cerca d e Pegai en el litoral sur del
mar de M á r m a r a . S o b r e t o d o se p e r d i ó la r e p u t a c i ó n de las
armas d e los franceses. Los latinos, q u e hasta hacía poco pasaban
por invencibles, veían ahora amenazada su soberanía.
Salvaron la situación eligiendo a E n r i q u e , h e r m a n o d e Bal-
d u i n o , p r i m e r o c o m o regente y d e s p u é s como e m p e r a d o r (20 de
agosto de 1206), al conocerse la m u e r t e en la prisión del Em-
perador. E n r i q u e salió enérgicamente al e n c u e n t r o d e las tropas
enemigas, p e r o los búlgaros se convirtieron en los d u e ñ o s de
Tracia. Sólo p e n o s a m e n t e p u d o m a n t e n e r s e .el rey Bonifacio en
sus posesiones d e Salónica, h a b i e n d o a c u d i d o r á p i d a m e n t e desde
Nauplia. Se p r o d u j o u n c a m b i o r e p e n t i n o c u a n d o los griegos,
q u e habían sufrido i g u a l m e n t e la devastación y las crueldades
d e las tropas búlgaras, d e n o m i n a d a s orgullosamente por Calo-
yán los asesinos de los griegos, se aproximaron a los franceses
y aceptaron a u n m a g n a t e griego al servicio de los latinos
c o m o s o b e r a n o d e A d r i a n ó p o l i s y Demótica. Con !a ayuda de
los vasallos griegos p u d o rechazar E n r i q u e los repetidos ataques
y hasta devastar los territorios fronterizos búlgaros al n o r t e
de A d r i a n ó p o l i s . E n s e p t i e m b r e de 1207 m u r i ó Bonifacio, q u e
el m i s m o a ñ o había p r e s t a d o homenaje a E n r i q u e y d a d o a su
hija c o m o esposa. P e r o sólo u n mes más tarde m u r i ó Caloyán,
seguramente asesinado, d e l a n t e de Salónica, que había sitiado
a p r o v e c h a n d o la m u e r t e de Bonifacio. El reino b ú l g a r o , n o con-
solidado i n t e r i o r m e n t e y sólo u n i d o en la persona del p o d e r o s o

300
e m p e r a d o r Caloyán, fue presa de las luchas i n t e r n a s p o r la
sucesión al trono. El legítimo h e r e d e r o , I v á n Asen, era dema-
siado joven para i m p o n e r sus derechos y h u y ó a Rusia. Boril,
sobrino de Caloyán, recibió el t r o n o y la capital, T i r n o v o , mien-
tras q u e otros parientes constituían sus propias soberanías,
Alejo Slav cerca de Melnik y D o b r o m i r Strez en el valle m e d i o
del V a r d a r con el apoyo del príncipe servio. E s t a desunión e n t r e
los búlgaros fue r á p i d a m e n t e aprovechada por el e m p e r a d o r
latino. En agosto de 1208 venció a Boril en Filipópolis, a ori-
llas del Maritza; Slav se convirtió en vasallo latino y recibió
corno esposa a la hija de E n r i q u e , y algo más t a r d e fue también
vencido Strez.
E n r i q u e impidió la constitución de u n I m p e r i o búlgaro, sal-
vando así el I m p e r i o latino. P e r o el acuerdo firmado en o c t u b r e
d e 1205 e n t r e el podestá y el jefe d e la colonia veneciana au-
m e n t ó en cierta medida la debilidad constitucional del E m p e -
rador. A u n q u e los venecianos se c o m p r o m e t i e r o n , en vista del
peligro búlgaro y al igual que los vasallos del reino, a acudir
al llamamiento del ejército desde principios d e junio hasta fi-
nales de s e p t i e m b r e , las decisiones sobre las guerras del r e i n o
e m a n a b a n ahora del Consejo Real, c o n s t i t u i d o p o r seis b a r o n e s
del podestá y sus seis consejeros. El E m p e r a d o r presidía esta
asamblea, pero estaba vinculado a sus resoluciones. T a m p o c o
podía proceder por sí solo contra los desertores del ejército,
sino q u e las infracciones a este a c u e r d o eran tratadas a n t e ca-
balleros venecianos y franceses que n o m b r a b a el Consejo Real.
Estos acuerdos d e mayo y o c t u b r e de 1204, q u e cada n u e v o
e m p e r a d o r debía d e jurar en su coronación, procuraron tal
influencia a los venecianos en el reino q u e el podestá repre-
sentaba una especie de vice-emperador. El p r i m e r o c u p a n t e de
este cargo fue M a r i n o Z e n o , sobrino de D á n d o l o , el q u e h a b í a n
elegido los venecianos de C o n s t a n t i n o p l a sin contar con su
ciudad natal. Este firmaba, c o m o el E m p e r a d o r , en letras griegas
y con tinta roja y se llamaba o r g u l l o s a m e n t e señor d e la cuarta
parte de la Romanía. Con su administración propia, según el
modelo veneciano, y sus tribunales e iglesias i n d e p e n d i e n t e s ,
que no estaban s u b o r d i n a d a s a los patriarcas d e C o n s t a n t i n o p l a
sino a los de Venecia, los venecianos constituían casi u n E s t a d o
d e n t r o del E s t a d o . Bajo Z e n o el barrio veneciano de Constan-
tinopla, q u e se extendía hasta el palacio de Blaquerna, se
separó incluso del resto d e la ciudad con u n a muralla; el m i s m o
podestá o r d e n ó , poco d e s p u é s de su elección, q u e t o d o veneciano
q u e hubiese conseguido u n a posesión en territorio griego sólo
podía vender ésta a o t r o veneciano, bajo pena. Este a b u s o de
poder del podestá intranquilizó al poco t i e m p o en la misma Ve-

J01
necia. P e d r o Ziani, sucesor d e D á n d o l o y elegido dogo en agosto
de 1205, sometió d i r e c t a m e n t e a la Señoría los territorios occi-
dentales griegos p r o m e t i d o s a Venecia y él mismo t o m ó el título
de señor d e tres octavos del territorio de la Romanía. D e s d e
1207 el podestá d e Venecia se vio obligado a prestar j u r a m e n t o
al dogo y al consejo veneciano. La limitación de su permanencia
en el cargo iba e n c a m i n a d a a evitar el peligro de separación
e n t r e los venecianos de C o n s t a n t i n o p l a y su ciudad natal.
La catastrófica d e r r o t a de Adrianópolis se debió a q u e los
latinos, q u e h a b í a n c o n c e n t r a d o casi todas las fuerzas militares
contra los búlgaros, n o p u d i e r o n evitar la formación de centros
d e resistencia en la costa griega occidental.
E n la m i s m a noche antes del s a q u e o de C o n s t a n t i n o p l a , cuan-
do el e m p e r a d o r Alejo V Murtzuflos ya h a b í a h u i d o , algunos
nobles n o m b r a r o n e m p e r a d o r en Santa Sofía a C o n s t a n t i n o Las-
caris, q u e se h a b í a destacado ya en la lucha contra los inva-
sores; p e r o tras inútiles intentos de organizar, j u n t o con el
patriarca J u a n C a m a t e r o , la última resistencia contra los latinos,
aquél huyó t a m b i é n por el Bosforo a Asia M e n o r . El e m p e r a d o r
C o n s t a n t i n o Lascaris se nos m u e s t r a c o m p l e t a m e n t e ensombre-
cido por su h e r m a n o T e o d o r o , yerno de Alejo I I I . T e o d o r o
Lascaris había escapado también a O r i e n t e y en difíciles cir-
cunstancias, «sin a r m a s , sin d i n e r o , sin ejército, sin n a d a »
se había establecido p r i m e r o en Brusa y después en Nicea, que
era estratégicamente más favorable, d o n d e p u d o formar u n ejér-
cito.
Nicea era al principio u n o de tantos reinos griegos de Asia
M e n o r , formado ya en p a r t e d u r a n t e los disturbios q u e se pro-
dujeron en el I m p e r i o bajo los últimos e m p e r a d o r e s d e las
dinastías C o m n e n o y Ángel. E n la costa del sureste del m a r
N e g r o se había o c u p a d o en abril d e 1204, poco antes de la
caída de C o n s t a n t i n o p l a , el i m p o r t a n t e c e n t r o comercial d e Tre-
b i s o n d a p o r Alejo y David C o m n e n o , nietos del e m p e r a d o r
A n d r ó n i c o I. P a r a ello h a b í a n recibido el apoyo de u n a pa-
r i e n t e , la reina T á m a r a de Georgia, en cuya corte se h a b í a n
p o d i d o salvar, c o m o únicos m i e m b r o s de la familia de los
C o m n e n o , en su h u i d a p o r el l e v a n t a m i e n t o nacional del a ñ o
1185. M i e n t r a s Alejo permanecía en T r e b i s o n d a y tomaba el
título de gran e m p e r a d o r C o m n e n o , D a v i d , más joven, empren-
d e d o r y enérgico, recorrió la costa oriental, c o n q u i s t a n d o Sinope
y a v a n z a n d o p o r Paflagonia hasta Eregli. Más tarde se alió con
los latinos, p e r o sus tropas fueron d e r r o t a d a s en 1205 p o r
T e o d o r o Lascaris en su i n t e n t o p o r tomar Nicomedia. E n el
sur, cerca d e Filadelfia, se había establecido T e o d o r o Manca-
fias con ayuda de los turcos; en el valle del M e a n d r o p u d o

302
Manuel Mavrozomes establecer u n reino, y, Sebastián Asideno,
en Samos y M i l e t o . T a m b i é n se había hecho i n d e p e n d i e n t e el
gobernador de la isla de Rodas, León G a b a l a s .
F r e n t e a estos reinos griegos en Asia M e n o r , los d e los
Lascarís en Bitinia eran al principio d i m i n u t o s , Pero por su
proximidad con C o n s t a n t i n o p l a , Nicea se convirtió en el p u n t o
de reunión de muchos dignatarios religiosos y seglares del an-
tiguo I m p e r i o , que no q u e r í a n vivir bajo el yugo latino. T e o d o r o
dispuso por esto p r o n t o de u n I m p e r i o y una corte q u e imi-
taban fielmente a los del antiguo Bizancio. Sobre t o d o se había
salvado, con la presencia de C o n s t a n t i n o X en Nicea, el título
imperial y T e o d o r o Lascaris se hizo n o m b r a r también e m p e r a d o r
a la m u e r t e de su h e r m a n o (principios de 1205 en u n a batalla
contra los franceses o poco después). Al principio t u v o q u e
renunciar a la coronación, ya q u e el patriarca C a m a t e r o se negó
a venir a Asia M e n o r desde Tracia, a d o n d e había h u i d o . Sólo
después de la m u e r t e de éste p u d o elegir T e o d o r o un n u e v o
patriarca, Miguel A u t o r i a n o , q u e le c o r o n ó y ungió en la Se-
mana Santa del año 1208. Con esto tuvo la Iglesia o r t o d o x a
de nuevo un jefe ecuménico y los griegos un basiletis y auto-
krator. Bizancio seguía existiendo en el I m p e r i o exiliado de
Nicea, q u e también era reconocido por los griegos de la parte
europea. Miguel Coniates, el antiguo m e t r o p o l i t a n o de Atenas,
escribió con emocionadas palabras al E m p e r a d o r , desde su vo-
luntario exilio de Keos: « E s t o . . . es lo q u e todos confían y
anhelan: que tú restablezcas el trono d e C o n s t a n t i n o el G r a n d e
en el lugar q u e le c o r r e s p o n d e desde su origen por v o l u n t a d
divina, y q u e se recupere toda la ciudad [es decir, Constanti-
n o p l a ] » '-.
Pero este programa no se podía realizar tan p r o n t o . Ya desde
los primeros m o m e n t o s d e la constitución del I m p e r i o d e Nicea
tuvieron q u e defenderse T e o d o r o Lascaris y los suyos d e los
franceses, q u e en n o v i e m b r e de 1204 comenzaron a conquistar
los feudos q u e se les habían p r o m e t i d o . E n las batallas de Pe-
m a n e n o y A d r a m e c i o (diciembre de 1204 y marzo de 1205) las
tropas de Lascaris n o p u d i e r o n resistir a los caballeros y casi
toda Bitinia y T r ó a d e cayeron en m a n o s de los latinos. Sólo
la llamada de socorro d e Adrianópolis y la retirada d e casi
todas las tropas d e los franceses en defensa d e los búlgaros
salvaron el I m p e r i o de Nicea, q u e se p u d o e x t e n d e r hasta la
costa del mar de M á r m a r a , p o r q u e las d u r a s batallas contra
las tropas de Caloyán no le p e r m i t i e r o n al e m p e r a d o r E n r i q u e
invadir Asia M e n o r .
E n t r e t a n t o T e o d o r o Lascaris p u d o someter los p e q u e ñ o s rei-
nos griegos del sur y en 1207 llegó incluso a un a c u e r d o con

303
los turcos del s u l t a n a t o selyúcida de Iconio. Estos habían apro-
v e c h a d o los d i s t u r b i o s producidos bajo el reinado de los Ángel
y sobre t o d o d e s p u é s de 1204 en las provincias bizantinas de
Asia M e n o r , para anexionarse algunos territorios del M e a n d r o
superior y conseguir u n p u e r t o en el M e d i t e r r á n e o después d e
atacar Atalta ( a c t u a l m e n t e Antalya). P e r o el nacimiento de un
p o d e r o s o reino griego en Nicea impidió la expansión turca hacia
el O e s t e . El sultán Kaijosru I se alió en 1209 con el e m p e r a d o r
l a t i n o , q u e no tenía n i n g ú n escrúpulo en colaborar con infieles
y hasta en enviar c o n t i n g e n t e s auxiliares latinos. El sultán in-
vadió en la primavera d e 1211 el territorio de Nicea con el
p r e t e x t o de devolver al antiguo e m p e r a d o r Alejo I I I , que había
h u i d o a Iconio, su legítimo I m p e r i o . E n la batalla de Antio-
q u í a , j u n t o al río M e a n d r o , e s t u v o a p u n t o de ser aniquilado
el ejército de T e o d o r o , n u m é r i c a m e n t e inferior, c o m p u e s t o casi
en su mitad por soldados latinos, c u a n d o m u r i ó el sultán, quizá
l u c h a n d o contra el p r o p i o T e o d o r o Lascaris. E n t r e los prisio-
n e r o s se e n c o n t r a b a Alejo I I I , q u e fue i n t e r n a d o en u n con-
vento.
A s í t e r m i n ó con el ú l t i m o e m p e r a d o r bizantino que le podía
d i s p u t a r el t r o n o . D e este m o d o T e o d o r o Lascaris se deshacía
al mismo t i e m p o del peligroso vecino. Con la m u e r t e del so-
b e r a n o se p r o d u j e r o n en el s u l t a n a t o diferencias en t o r n o al
t r o n o . El efecto psicológico q u e causó a los griegos, no sólo
en Asia M e n o r , fue i m p r e s i o n a n t e , pues el E m p e r a d o r , en de-
fensa de su I m p e r i o , había r e a n u d a d o la tradición bizantina de
la lucha contra los m u s u l m a n e s .
L i b e r a d o s del peligro turco, se p u d i e r o n dirigir de n u e v o los
griegos contra los latinos. P e r o e n t r e t a n t o también el e m p e r a d o r
E n r i q u e había a s e g u r a d o hasta cierto p u n t o su segundo frente
y poseía ahora fuerzas disponibles para luchar contra T e o d o r o
Lascaris. E n o c t u b r e del 1211 infligió u n a sensible derrota a
los griegos en R i n d a c o , cerca de Brusa, y avanzó p o r Misía
hasta P é r g a m o y Ninfea. P e r o el E m p e r a d o r latino se h a b í a d a d o
c u e n t a q u e no p o d r í a m a n t e n e r las e n o r m e s fronteras del Im-
perio con las escasas t r o p a s disponibles, p o r q u e m u c h o s cru-
zados h a b í a n regresado a su patria después de la conquista d e
C o n s t a n t i n o p l a , otros h a b í a n caído en guerra y los refuerzos
q u e llegaban de O c c i d e n t e eran escasos a pesar de las cons-
tantes peticiones. C o m o las fuerzas de los griegos en Asia M e n o r
estaban también exhaustas, firmaron ambos e m p e r a d o r e s , se-
g u r a m e n t e en el a ñ o 1214, el a c u e r d o d e Ninfea. Los latinos
recibieron T r ó a d e , con toda la costa sur del m a r de M á r m a r a ,
incluida una gran p a r t e del interior, mientras a Nicea se le ad-
judicaba Brusa y a los griegos el resto d e los territorios hasta

504
la frontera turca. A pesar d e la gran pérdida de territorios y al
penoso acceso al mar de M á r m a r a este a c u e r d o era una victo-
ria de T e o d o r o . El reconocimiento m u t u o y efectivo de ambos
Imperios establecía u n statu quo, p e r o a la larga los empera-
dores de Nicea tenían mayores posibilidades para reanudar la
lucha por C o n s t a n t i n o p l a q u e se iba a p r o d u c i r de nuevo algo
más tarde, ya q u e su I m p e r i o era, d e n t r o de unas fronteras
relativamente seguras, un E s t a d o religioso y nacionalmente u n i d o .
Del mismo m o d o q u e p o r el Este h a b í a n e n c o n t r a d o los la-
tinos una resistencia organizada, también se había constituido
en el O e s t e un fuerte I m p e r i o griego. Miguel C o m n e n o Ducas,
p r i m o de los e m p e r a d o r e s Isaac I I y Alejo I I I , sirvió p r i m e r o
a Bonifacio de M o n f e r r a t o en su marcha por el n o r t e de Grecia,
pero más tarde acudió a la llamada d e socorro de un g o b e r n a d o r
bizantino d e la. costa del E p i r o , a cuya m u e r t e casó con su
esposa y h e r e d ó su reino. Miguel I levantó el reino de E p i r o
con su capital en A r t a . Se e x t e n d í a desde D i r r a q u i o hasta e)
golfo de P a t r a s y se convirtió, como el I m p e r i o de Nicea, en
un p u n t o d e r e u n i ó n de la tradición griega. P r o t e g i d o al este
por el macizo del m o n t e P i n d ó y al n o r t e p o r altas m o n t a ñ a s ,
el territorio sólo estaba a b i e r t o al m a r en las amplias desem-
bocaduras d e sus ríos. A pesar d e todo Miguel se t u v o q u e
someter en el verano de 1209 al e m p e r a d o r latino y confirmar
el acuerdo m e d i a n t e el m a t r i m o n i o de su hija con E u s t a q u i o ,
h e r m a n o de E n r i q u e . Los venecianos, a los q u e se había adju-
dicado en el s e g u n d o a c u e r d o de 1204 la costa jónica, no tenían
fuerzas militares suficientes para conquistar el territorio. Así,
se c o n f o r m a r o n con q u e Miguel Ducas reconociera su soberanía
en u n pacto firmado en junio d e 1210. E l rey de E p i r o era
un d i p l o m á t i c o acomodadizo, acaso retorcido, a u n q u e desde lue-
go nosotros poseemos sólo sobre él y sus sucesores fuentes pro-
cedentes de Nicea, es decir, d e sus enemigos. El utilizaba esta
retaguardia en el O e s t e para recortar la soberanía del e m p e r a d o r
E n r i q u e , reconocida u n a ñ o antes, y atacar los territorios latinos.

A q u í , a la m u e r t e de Bonifacio en el a ñ o 1207, habían in-


t e n t a d o los barones lombardos del I m p e r i o de Salónica d i s p u t a r
a D e m e t r i o , hijo de Bonifacio y María de H u n g r í a , de dos años
de edad, los derechos al t r o n o y poner en peligro la soberanía
del E m p e r a d o r sobre Salónica. Bajo la dirección del regente Ro-
b e r t o de B i a n d r a t e q u e r í a n independizar el reino de Constanti-
nopla e invitaron a venir a Grecia a G u i l l e r m o I V de Montfe-
r r a t o , hijo d e u n anterior m a t r i m o n i o de Bonifacio. Este recibi-
ría «el reino de Salónica y alguna otra fortaleza sin necesidad
a
de h o n d a ni c a t a p u l t a » . P e r o , como decía en Grecia bur-
lándose d e él el trovador francés Elias Cairel, prefería «tener

305
en M o n t f e r r a t o dos bueyes y u n a r a d o q u e ser en o t r o lugar
e m p e r a d o r » '*. E n r i q u e salió enérgicamente al e n c u e n t r o d e los
rebeldes. C o n astucia se a p o d e r ó de Salónica, coronó a D e m e t r i o
en el a ñ o 1209 y d e r r o t ó a la nueva resistencia en Tesalia.
E n el « p a r l a m e n t o » de Ravénica, en el valle del E s p e r q u i o
(mayo de 1209), recibió el j u r a m e n t o de fidelidad de G o d o f r e d o
de V i l l e h a r d o u i n , señor de Morca, y O t ó n de la R o c h e , d u q u e de
A t e n a s . El victorioso asedio del castillo d e Tebas y la mar-
cha sobre E u b e a t e r m i n a r o n con los m o t i n e s l o m b a r d o s . E n r i q u e
era señor de t o d a la Grecia francesa.
P e r o el E m p e r a d o r t a m p o c o olvidó la parte europea de su
I m p e r i o . P o c o d e s p u é s del a c u e r d o con Venecia en el año 1210
Miguel I de E p i r o invadió Tesalia. E n su ejército participaban
por p r i m e r a vez mercenarios latinos, d i r e c t a m e n t e llegados d e
Venecia o traídos con u n a paga más elevada p o r los señores
franceses. T r a s considerables éxitos al principio — 1 . 0 0 0 comba-
tientes fueron hechos prisioneros por el condestable A m a d e o
Buffa y c r u e l m e n t e m a l t r a t a d o s — Miguel fue rechazado por el
ejército imperial a finales del a ñ o 1210. P e r o en los años
siguientes las t r o p a s de E p i r o y los mercenarios latinos atacaron
con más éxito el r e i n o de Salónica, en cuya parte meridional
el I m p e r i o latino estaba f u e r t e m e n t e debilitado a consecuencia
de los m o t i n e s l o m b a r d o s . E n el v e r a n o de 1212 p u d o Miguel
e x t e n d e r su I m p e r i o hasta Larisa y los alrededores y cortar así
d e f i n i t i v a m e n t e la comunicación p o r tierra e n t r e los territorios
franceses de Grecia del N o r t e y del Sur. La n u e v a fuerza d e la
posición de los latinos frente a los búlgaros parece haberle impe-
d i d o llevar a c a b o u n a nueva ofensiva frente al monarca d e
Salónica. Así la siguiente m e t a de Miguel fueron los territorios
venecianos al O e s t e de su r e i n o . E n cambio, a causa de la rup-
tura del acuerdo de soberanía, c o n q u i s t ó en el año 1213-14
D i r r a q u i o y Corfú.
Sin e m b a r g o , en el n o r t e los latinos consiguieron asegurar
su I m p e r i o frente a los búlgaros. E n 1211 fue e x p u l s a d o Strez
de Macedonia y la posición interna del zar Boril era tan inse-
gura q u e éste, q u e acababa d e hacer la guerra a los franceses,
ofreció la paz y a su hija como esposa al E m p e r a d o r reciente-
m e n t e e n v i u d a d o . Algo vacilante, aceptó E n r i q u e .
Así, tras el rechazo del peligro b ú l g a r o y el a c u e r d o con
T e o d o r o Lascaris el I m p e r i o latino estaba, hasta cierto p u n t o ,
asegurado en su política exterior, c u a n d o m u r i ó de r e p e n t e
E n r i q u e en Salónica en j u n i o de 1216. El hecho de q u e los
latinos hubiesen sobrevivido en Grecia a la catástrofe de Adria-
nópolis fue u n a g r a n suerte para ellos. N o sólo era un valiente
soldado, sino t a m b i é n un d i p l o m á t i c o capacitado, que c o m b a t i ó

306
incansablemente a los enemigos d e todos los p u n t o s cardinales
y reforzó su I m p e r i o contra los enemigos con alianzas y ma-
trimonios dinásticos. S o b r e t o d o fue, gracias a sus vasallos grie-
gos, c o m o creó la base p a r a su política exterior y el modus
vivendi e n t r e latinos y griegos, q u e quizá h u b i e s e p o d i d o llegar
a la consolidación política interna del I m p e r i o latino. E n r i q u e
asentó a sus vasallos griegos, c o m o T e o d o r o Branas en 1205 y
Jorge Teofilópulos en 1214 en Tracia y Asia M e n o r , respec-
t i v a m e n t e . T a m b i é n defendió a los clérigos griegos contra los
abusos de los fanáticos políticos eclesiásticos y los codiciosos
latinos. C u a n d o p o r ejemplo el legado cardenalicio Pelagio de
A l b a n o quiso colocar en 1214 a los griegos d e C o n s t a n t i n o p l a
bajo la obediencia al Papa y a los patriarcas latinos, e n c e r r a n d o
a los sacerdotes, el E m p e r a d o r m a n d ó abrir de n u e v o las iglesias
y liberar a los clérigos. Asimismo devolvió a los monjes orto-
doxos el c o n v e n t o de C o r t e t o , cerca d e Salónica, o c u p a d o y
saqueado por los cistercienses italianos. La p o p u l a r i d a d d e E n -
r i q u e e n t r e los griegos se manifiesta en el recibimiento entu-
siasta, en 1209, del p u e b l o de Grecia central y en el juicio del
historiador c o n t e m p o r á n e o J o r g e el Acropolita: « E n r i q u e , a
pesar d e su origen francés, se .ganó la más gustosa aceptación
d e los griegos y d e los h a b i t a n t e s de C o n s t a n t i n o p l a . Acogió a
muchos de ellos e n t r e los grandes del reino, a otros en el ejér-
1 5
cito, y trató al p u e b l o en general como a su propia g e n t e » .
P e r o t a m p o c o p u d o E n r i q u e de Flandes corregir la principal
debilidad del I m p e r i o latino. A la cabeza de u n estado feudal
d é b i l m e n t e e s t r u c t u r a d o , con i n d e p e n d e n c i a comercial en las co-
lonias, había u n e m p e r a d o r c o n s t i t u c i o n a l m e n t e débil. La clase
d o m i n a n t e instalada desde hacía pocos años era demasiado escasa
y carecía de una p r o f u n d a conciencia nacional. P a r t i c u l a r m e n t e
producía u n efecto fatal la falta d e u n p o d e r protector en Oc-
cidente, q u e hubiese p o d i d o enviar c o n s t a n t e m e n t e soldados y
dinero a la R o m a n í a latina. E l P a p a d o era sólo u n a débil com-
pensación.

Casi al mismo t i e m p o q u e E n r i q u e m u r i ó el p a p a Inocen-


cio I I I en el a ñ o 1216, en P e r u s a . La impresión q u e produjo
sobre Inocencio la p r i m e r a noticia de la destrucción de Constan-
tinopla, del p o d e r b i z a n t i n o en general, y el alzamiento del
I m p e r i o latino fue i m p o n e n t e . D e u n golpe parecían estar al
alcance de su m a n o la realización de los dos g r a n d e s objetivos
de la política de la curia occidental: la unión d e las Iglesias y
la liberación de T i e r r a Santa. P o r q u e el P a p a creía también que
con el d o m i n i o d e los latinos sobre Bizancio sería cosa fácil la
d e r r o t a de los m u l s u m a n e s . P e r o en seguida surgió la desilusión,
c u a n d o llegaron a R o m a las noticias de las terribles escenas del

307
saqueo d e C o n s t a n t i n o p l a ; n i n g ú n juicio c o n t e m p o r á n e o sobre
la atrocidades d e los latinos es tan severo como el del P a p a .
A d e m á s , p r o n t o se dio cuenta Inocencio de q u e la conquista d e
t o d o el territorio b i z a n t i n o sólo se efectuaría, si es q u e se
efectuaba, con m u c h o trabajo. Poco a poco desaparecieron sus
ilusiones sobre la continuación de la Cruzada. H a s t a el a ñ o 1207
consideraba todavía a los caballeros como cruzados y los exhor-
taba una y otra vez al a t a q u e contra los infieles.
T a m b i é n en su o t r o objetivo, la superación del Cisma, fra-
casó Inocencio. Al igual q u e el d o m i n i o francés, el poder de la
Iglesia romana se extendía sólo sobre una parte del I m p e r i o
b i z a n t i n o . Y fue precisamente allí d o n d e se dictaron las prime-
ras i m p o r t a n t e s decisiones político-eclesiásticas sin el Papa. Con-
forme al a c u e r d o político, los venecianos n o m b r a r o n , en 1204
desde sus líneas, al cabildo catedralicio de Santa Sofía, que eligió
contra el d e r e c h o canónico al s u b d i á c o n o veneciano Tomás Mo-
rosini, patriarca latino de C o n s t a n t i n o p l a . Inocencio protestó
contra esto, p e r o todavía necesitaba a los venecianos para sus
proyectos de la Cruzada. P a r a salvar las apariencias de la auto-
ridad papal, n o m b r ó él por su p a r t e a Morosíni, le unió bajo
j u r a m e n t o a ia Santa Sede y otorgó al patriarca de Constanti-
nopla el s e g u n d o lugar en Roma, delante de todas las sedes
episcopales de O r i e n t e . En su camino hacia O r i e n t e Morosini
fue obligado en Venecia a proceder, bajo j u r a m e n t o , conservar
el m o n o p o l i o de sus c o m p a t r i o t a s en el cabildo catedralicio. Sólo
unos años después p u d i e r o n llegar a ser canónigos también los
q u e no eran venecianos, bajo la fuerte presión del P a p a . La deci-
sición de los venecianos de conservar el patriarcado como domi-
nio p r o p i o provocó diferencias d e n t r o del clero latino y largas
vacantes en el p a t r i a r c a d o . A d e m á s , algunos de los primeros
poseedores de este cargo eran inadecuados, pendencieros y ansio-
sos de prestigio c o m o Morosini (1205-1211), o codiciosos y par-
tidistas, como M a t e o (1221-1226). La curia i n t e n t ó o b t e n e r una
influencia a través d e la intervención directa y por medio de los
legados pontificios, d e b i l i t a n d o sin e m b a r g o con esto toda la
institución del patriarcado e i n d i r e c t a m e n t e también el I m p e r i o
latino.

Del mismo m o d o q u e frente al a t a q u e d e los venecianos, tuvo


I n o c e n c i o que p r o t e g e r a la Iglesia latina en tierra griega frente
a los barones franceses. En el primer c o n t r a t o de participación,
en 1204, ya se había fijado q u e al clero sólo le correspondían
las pertenencias necesarias para «su a d e c u a d o nivel de vida».
N a t u r a l m e n t e con esto las necesidades de la Iglesia se estimaron
m u y reducidas, de manera q u e en C o n s t a n t i n o p l a y Tracia casi
todas las antiguas p r o p i e d a d e s de la Iglesia bizantina se repar-

308
licron e n t r e venecianos y franceses. El Papa se negó a reconocer
el c o n t r a t o d e repartición, sobre t o d o en lo q u e se refería al
a s u n t o de las propiedades de la Iglesia. T r a s penosas negociacio-
nes se p u d o llegar a un a c u e r d o en marzo de 1206, según el cual
u n a quinceava p a r t e de todas ías posesiones y beneficios fuera
de C o n s t a n t i n o p l a serían para la Iglesia. P e r o los venecianos
se negaron a ratificar el c o n t r a t o ; así empezó la lucha, q u e du-
raría varios años, por la participación del patriarca en estas
fuentes de beneficios.
En el reino de Salónica y en Grecia central los laicos apenas
u s u r p a r o n las posesiones de la Iglesia. A q u í los enfrentamientos
empezaron con los motines d e los barones l o m b a r d o s y finali-
zaron c u a n d o en 1210 fueron secularizados casi todos los bienes
eclesiásticos. P o r la presión del P a p a se llegó también aquí a
una solución, por la q u e , a diferencia d e la d e Tracia, todas las
tierras e ingresos d e b í a n ser restituidos a las iglesias y con-
v e n t o s ; para eso el clero, incluido el latino, se c o m p r o m e t í a a
pagar a los señores laicos el a n t i g u o i m p u e s t o bizantino.
Si bien Inocencio consiguió regular las cuestiones de d e r e c h o
canónico d e n t r o del clero latino en Romanía, las dificultades con
la Iglesia griega le resultaron insuperables. A d e m á s , el Papa, q u e
en el Languedoc p e r m i t i ó ia inexorable persecución d e los herejes
cataros, manejó con m u c h o c u i d a d o el p r o b l e m a de la unión de las
Iglesias. El deseaba cambiar lo m e n o s posible la antigua organi-
zación y jerarquía canónica y sólo exigía de los obispos griegos
el reconocimiento del p r i m a d o r o m a n o a través d e un j u r a m e n t o
al Papa y a sus legados. T a m b i é n deberían ser revocados d e su
cargo, tras un largo proceso, los príncipes de la Iglesia q u e se
negasen a hacerlo. Pero casi t o d o s los príncipes d e la Iglesia
ortodoxa huyeron de! I m p e r i o l a t i n o ; Miguel Coniates d e Atenas
y Manuel de T e b a s se refugiaron en las islas d e Keos y An-
d r o s , y el arzobispo d e Creta en la corte de T e o d o r o Lascaris, en
Nicea. O t r o s sacerdotes griegos fueron desalojados de sus puestos
por barones franceses, siendo s u s t i t u i d o s por clérigos latinos. P o r
esto fueron muy pocos los obispos o r t o d o x o s q u e , como T e o d o r o
de E u b e a , conservaron sus puestos bajo el d o m i n i o francés.
El mayor i m p e d i m e n t o para conseguir q u e los clérigos o r t o d o -
xos quisieran colaborar, era el establecimiento del patriarcado lati-
no en C o n s t a n t i n o p l a . El patriarca griego J u a n C a m a t e r o había
h u i d o en 1204. S e g u r a m e n t e Inocencio hubiese preferido ver la
sede patriarcal vacante, para utilizarla en las negociaciones para
la unión de las Iglesias; la elección de Morosini resultó compro-
metedora para él. P o r eso no podía — o no q u e r í a — aceptar el
ofrecimiento de los clérigos o r t o d o x o s en el t e t r i t o r i o del I m p e r i o
latino d e q u e ellos reconocerían su supremacía a condición q u e

309
les dejaran elegir su p r o p i o patriarca. C o m o consecuencia de esto,
t a m b i é n los sacerdotes o r t o d o x o s bajo el d o m i n i o francés favore-
cieron la elección d e u n n u e v o patriarca griego en Nicea. P o r
el contrario, t a m p o c o p o d í a ayudar a los bizantinos u n a cierta
tolerancia de I n o c e n c i o en c u a n t o a la diferencia de credo y d e
r i t o ; esta liberalidad fue defendida sobre t o d o p o r el legado
p a p a l , el cardenal Benedicto de Santa Susana, q u e llegó en 1205 a
C o n s t a n t i n o p l a y discutió con e m i n e n t e s teólogos bizantinos como
los h e r m a n o s J u a n y Nicolás M e s a n t e s y Miguel Coniates. P e r o
el patriarca veneciano, la jerarquía latina y el n u e v o legado papal
Pelagio d e A l b a n o , e n v i a d o en 1213 a C o n s t a n t i n o p l a , agravaron
las tensiones. M o r o s i n i i n t e r r u m p i ó el culto en las iglesias griegas
p o r q u e se dejó de rezar p o r él; q u e r í a bendecir de n u e v o a los
obispos griegos según el rito l a t i n o . Así fueron desplazados los
dirigentes espirituales griegos a Nicea y E p i r o , si es q u e n o h a b í a n
h u i d o ya.
Allí la soberanía bizantina c o n s t i t u í a el escudo de la resistencia
clerical, p o r q u e en la directa confrontación con los latinos la or-
todoxia se h a b í a c o n v e r t i d o en confesión nacional. Se despreció
t o d a posibilidad de u n a m u t u a c o m p r e n s i ó n , de u n intercambio
c u l t u r a l , si es q u e alguna vez existió r e a l m e n t e alguna. Tras cada
c a m b i o d e m a n o s de las Iglesias, d e u n a dirección religiosa a otra,
se purificaron los altares. M i g u e l d e E p i r o , p o r deber patriótico,
hizo m a t a r a todos los sacerdotes latinos q u e cayeron en sus
m a n o s ; I n o c e n c i o llamó a los magistrados y escolares d e París
16
« p a r a ir a Grecia y reformar el e s t u d i o d e la ciencia» . Miguel
Coniates calificaba a los b á r b a r o s occidentales de incapaces, in-
cluso de e n t e n d e r a los clásicos griegos ni siquiera en traducciones;
«antes p e r c i b i r á n los b u r r o s la a r m o n í a de la lira y los escara-
bajos la fragancia del m i r t o , q u e ellos la a r m o n í a y la gracia
11
d e la lengua» .
C o n la m u e r t e de E n r i q u e finaliza el m o m e n t o d e esplendor
del I m p e r i o latino en tierra griega. Sin e m p e r a d o r en algunos
m o m e n t o s , o en otros regidos p o r e m p e r a d o r e s incapaces o efí-
m e r o s , se fue r e d u c i e n d o el I m p e r i o latino poco a poco a Cons-
t a n t i n o p l a y sus alrededores, m i e n t r a s en t o r n o a él el I m p e r i o
d e Nicea, el d e s p o t a d o d e E p i r o y el r e i n o de los búlgaros, diri-
gidos p o r hábiles príncipes, se hacían cada vez más poderosos
a costa d e los franceses.
El p r i m e r golpe a los latinos se lo dio T e o d o r o D u c a s , her-
m a n o y sucesor de M i g u e l I d e E p i r o , q u e p r o b a b l e m e n t e fue
asesinado en el a ñ o 1215. T r a s asegurar su frontera septen-
trional p o r acuerdos con los albanos y los servios y q u i t a r a los
búlgaros dispersos las ciudades d e P r i l e p o y O c r i d a , consiguió
coger p r i s i o n e r o en las m o n t a ñ a s al sucesor del e m p e r a d o r Enri-

310
que. C o m o E n r i q u e h a b í a m u e r t o sin dejar sucesión, los baro­
nes h a b í a n elegido a su yerno P e d r o d e C o u r t e n a y , c o n d e d e
Nevers y A u x e r r e . C o r o n a d o a m e d i a d o s d e abril de 1217 p o r
el p a p a H o n o r i o I I I en la basílica de San L o r e n z o E x t r a m u r o s
y n o en San P e d r o , como los e m p e r a d o r e s occidentales, se dirigió
con 6.000 h o m b r e s a G r e c i a e i n t e n t ó sin éxito conquistar
D i r r a q u i o para los venecianos, c o n t i n u a n d o d e s p u é s con su ejér­
cito y los legados papales a través d e A l b a n i a en dirección a
C o n s t a n t i n o p l a . A q u í , en este territorio inhospitalario, consiguió
T e o d o r o t e n d e r l e u n a t r a m p a . P e d r o fue e n c e r r a d o con su gente
en u n a prisión, d e la q u e , como en o t r o t i e m p o B a l d u i n o , n u n c a
más saldría. Sólo ante la amenaza del P a p a de dirigir contra él
la cruzada r e c i e n t e m e n t e formada p a r a atacar E g i p t o , l i b e r t ó
T e o d o r o p o r lo m e n o s a los legados. La e m p e r a t r i z Y o l a n d a ,
que h a b í a c o n t i n u a d o el viaje en b a r c o desde D i r r a q u i o , llegó
mientras t a n t o a C o n s t a n t i n o p l a , dio a luz al más tarde empera­
dor B a l d u i n o I I y t o m ó la regencia del r e i n o . C u a n d o m u r i ó
Y o l a n d a en 1219 y su hijo mayor Felipe d e N a m u r rechazó la
difícil herencia de C o n s t a n t i n o p l a , su h e r m a n o m e n o r , el incapaz
R o b e r t o d e C o u r t e n a y , se c o n v i r t i ó en E m p e r a d o r (1221-1228).
M i e n t r a s t a n t o , el s o b e r a n o d e E p i r o , a n i m a d o p o r el éxito
de Albania, había comenzado su aparatoso a t a q u e c o n t r a Saló­
nica. Gracias a las conquistas d e su h e r m a n o en Tesalia central
y a su parentesco con la familia de los Petrafilas, q u e antes d e
1204 había t e n i d o grandes posesiones en el N o r t e de Tesalia,
contaba con u n a base de p a r t i d a p a r a conquistar e n t r e 1218 y
1222 todas las plazas fuertes a l r e d e d o r de Tesalia, desde Plata-
monia y Servia e n el Sur hasta Serres y D r a m a e n el N o r o e s t e ,
y así cerrar u n círculo en t o r n o a la c i u d a d . La organización
defensiva del r e i n o de Salónica estaba considerablemente debili­
tada ya q u e n u m e r o s o s b a r o n e s italianos, a consecuencia d e los
m o t i n e s l o m b a r d o s , h a b í a n a b a n d o n a d o el país y se h a b í a rea­
n u d a d o la antigua lucha e n t r e los partidarios y los enemigos del
rey D e m e t r i o , q u e era m e n o r d e edad. A d e m á s , la reina m a d r e
María h a b í a h u i d o a H u n g r í a y D e m e t r i o salió hacia Italia p a r a
organizar con el P a p a y su h e r m a n a s t r o G u i l l e r m o de M o n t -
ferrato u n a «cruzada» contra T e o d o r o . E n 1223 comenzó el ase­
dio de Salónica y los sitiados, al m a n d o d e l r e g e n t e G u i d o d e
Pallavicini, se v i e r o n obligados a defenderse p o r sus propios
medios, sin n i n g ú n apoyo exterior. Las t r o p a s d e socorro d e
C o n s t a n t i n o p l a t u v i e r o n q u e ser retiradas p a r a luchar contra
Nicea, m i e n t r a s q u e las tropas l o m b a r d a s h a b í a n desembarcado
en 1225 en Tesalia, d o n d e m u r i ó G u i l l e r m o de M o n t f e r r a t o a
causa d e la peste, dispersándose así su ejército. P e r o ya a finales

311
de 1224 c a p i t u l a r o n los sitiados y T e o d o r o se trasladó a Saló-
nica.
El d e s p o t a d o d e E p i r o h a b í a sido en los primeros tiempos d e
su c o n s t i t u c i ó n u n o d e tantos centros de la supervivencia na-
cional, religiosa y c u l t u r a l griega. P e r o ahora, q u e E p i r o se había
c o n v e r t i d o en el p a l a d í n d e los griegos gracias a sus éxitos sobre
los latinos y la liberación de Grecia septentrional, p u d o T e o d o r o
t o m a r la p ú r p u r a . A pesar d e las pretensiones d e Nicea d e ser
el único sucesor del I m p e r i o b i z a n t i n o , a m b o s estados se h a b í a n
e n f r e n t a d o en Grecia occidental y Asia M e n o r d e s d e hacía m u c h o
t i e m p o . Ya M i g u e l I d e E p i r o se sentía c o m p l e t a m e n t e inde-
p e n d i e n t e frente a T e o d o r o Lascaris y t a m p o c o el h e r m a n o y
sucesor de T e o d o r o reconocía la supremacía del s o b e r a n o d e
Nicea, a u n q u e a n t e s de su salida hacia A r t a h a b í a p r e s t a d o a
Lascaris j u r a m e n t o d e fidelidad. A causa d e la estrecha relación
e n t r e la Iglesia y el E s t a d o en Bizancio, h a b í a q u e consti-
tuir u n a Iglesia occidental griega casi i n d e p e n d i e n t e . E n reali-
dad n u n c a se discutió la supremacía nominal del Patriarca orto-
d o x o de Nicea, cuyo n o m b r e se incluía d i a r i a m e n t e en las
oraciones de todas las iglesias y c o n v e n t o s de t o d a la R o m a n í a
no latina. P e r o ya M i g u e l I n o m b r ó obispos en las ciudades
recién c o n q u i s t a d a s , q u e sólo u n o s años d e s p u é s fueron confir-
mados en sus p u e s t o s p o r el patriarca de Nicea. J u s t a m e n t e ahora
a p r o v e c h a b a el ambicioso T e o d o r o las dificultades d e comu-
nicación e n t r e G r e c i a y Asia M e n o r , ya q u e el único camino
atravesaba el Egeo, o c u p a d o p o r los venecianos. E n 1217 y 1219
encargó a los Sínodos de sus territorios imperiales, c o m p u e s t o s
sólo p o r clérigos, la ratificación d e sus proposiciones p a r a la
ocupación de las sedes episcopales de O c r i d a y Corfú. E l n u e v o
arzobispo de O c r i d a , D e m e t r i o C o m a t i a n o , u n o de los grandes
canonistas b i z a n t i n o s , era u n defensor incondicional d e la in-
dependencia d e la Iglesia d e E p i r o y p o r esto envió al famoso
arzobispo de N e o p a c t o J u a n A p o c a u c o c o m o p o r t a v o z del clero
griego occidental. J u a n era el ú n i c o m e t r o p o l i t a n o o r d e n a d o
antes d e 1204 p o r el patriarca de C o n s t a n t i n o p l a q u e q u e d a b a
vivo y e n c a r n a b a p o r esto la legítima sucesión d e esta época,
ya q u e ni el e m p e r a d o r griego ni el patriarca d e Nicea p o d í a n
apelar a sus antecesores d e C o n s t a n t i n o p l a . P e r o el m e t r o p o -
litano d e N e o p a c t o n o estaba d i s p u e s t o , a pesar de su leal-
tad a T e o d o r o , a a r r o s t r a r las consecuencias político-religiosas
d e las ambiciones del E m p e r a d o r : el cisma e n t r e las Iglesias de
E p i r o y Nicea. T r a s la negativa del m e t r o p o l i t a n o de Salónica,
r e c i e n t e m e n t e n o m b r a d o , fue el arzobispo C o m a t i a n o de O c r i d a
q u i e n c o r o n ó a T e o d o r o c o m o e m p e r a d o r d e los griegos en
1227 o 1228, en Salónica.

312
El patriarca G e r m á n d e Nicea, q u e se sentía ofendido p o r n o
ser t e n i d o en cuenta su privilegio de coronar al e m p e r a d o r , co-
m e n t ó i r ó n i c a m e n t e q u e el aceite sagrado de esta ceremonia ha-
bía sido e x t r a í d o de olivos salvajes, p e r o de hecho había dos
patriarcas o r t o d o x o s . L o que sobre todo p r e t e n d í a n ahora los dos
e m p e r a d o r e s era la herencia bizantina. La alianza d e los dos po-
derosos estados griegos contra el p o d e r decreciente d e los fran-
ceses en C o n s t a n t i n o p l a era p o r esto i m p o s i b l e ; las guerras q u e
se p r o d u j e r o n i n e v i t a b l e m e n t e e n t r e Nicea y Salónica fueron
las q u e permitieron q u e el I m p e r i o latino d u r a r a una generación
más.
Tras la conquista de Salónica T e o d o r o o c u p ó casi t o d o el
sur de Tracia, incluida A d r i a n ó p o l i s , y su ejército avanzó hasta
las murallas d e C o n s t a n t i n o p l a . La posición d e los latinos en
el Bosforo era d e s e s p e r a d a ; expulsados casi t o t a l m e n t e de Asia
M e n o r p o r las t r o p a s de Nicea en 1224-25, sólo conservaban
la capital y sus a l r e d e d o r e s . La p o s t u r a de su e m p e r a d o r Ro-
b e r t o , calificado incluso p o r el lejano cronista franco-occidental
Alberico d e T r o i s - F o n t a i n e s d e «quasi rudis et idiota» '", era
tan débil que los b a r o n e s q u e t o m a r o n p a r t e en el a s u n t o del
m a t r i m o n i o desigual d e R o b e r t o con la hija de u n simple ca-
ballero n o fueron castigados. I n d i g n a d o s sobre todo p o r q u e el
E m p e r a d o r se había e n c e r r a d o con ella en el palacio, h a b í a n
e n t r a d o en las habitaciones del E m p e r a d o r y cortado a la joven
la nariz y los labios. Enfurecido el E m p e r a d o r m a r c h ó a Roma
para quejarse al P a p a , p e r o éste sólo le o t o r g ó su consuelo
espiritual y al regreso a su patria R o b e r t o m u r i ó en Morea
en 1228.
Los latinos estaban otra vez sin e m p e r a d o r , por lo q u e bus-
caron un enérgico extranjero para la regencia de B a l d u i n o I I ,
que tenía sólo once años. A tal fin se les ofreció el p o d e r o s o
soberano búlgaro I v á n I I Asen, q u e en 1228 había d e s t r o n a d o
con ayuda rusa al débil u s u r p a d o r Boril. C o m o el zar Simeón
en el siglo x, I v á n p r e t e n d í a fundar un gran reino búlgaro-griego
con capital en C o n s t a n t i n o p l a por vía diplomática, por lo q u e
ofreció la m a n o de su hija a B a l d u i n o ; a cambio reconquistaría
para los latinos todos los territorios q u e habían p e r d i d o a m a n o s
de los griegos. P e r o a los caballeros y clérigos latinos les pa-
reció sospechosa tal alianza y así eligieron en 1229 c o m o n u e v o
e m p e r a d o r a J u a n d e Brienne.
J u a n , héroe y en p a r t e jefe de la cruzada a E g i p t o (1218-21)
d e s t r o n a d o como rey de Jerusalén por el e m p e r a d o r Federico I I ,
era todavía, a pesar de su e d a d ( e n t r e loa cincuenta y cinco y
sesenta años), un hábil y valeroso soldado. P e r o a p a r t e del P a p a ,
cuyas tropas dirigió c o n t r a Federico I I en el sur de Italia, sólo

21 513
tenía el débil apoyo de los reyes d e Francia y d e Castilla.
A d e m á s , t a r d ó dos años en llegar a C o n s t a n t i n o p l a . Allí, u n a
vez c o r o n a d o E m p e r a d o r , casó a su hija con el sucesor del t r o n o
B a l d u i n o , q u e u n a vez alcanzada la mayoría d e edad sería co-em-
p e r a d o r con él. P e r o el ejército de 5.000 soldados y 500 caba-
lleros q u e J u a n había t r a i d o de E u r o p a n o llegó a e n t r a r en
c o m b a t e . Los soldados se volvían a su patria o se dejaban con-
tratar p o r los enemigos d e los latinos, y c u a n d o éstos comen-
z a r o n el asedio de C o n s t a n t i n o p l a en 1235, J u a n contaba sólo
con 160 caballeros y u n a p e q u e ñ a tropa d e infantería.
C o n las negociaciones franco-búlgaras q u e d ó lógicamente con-
t r a r r e s t a d a la alianza q u e I v á n había firmado e n t r e t a n t o con el
e m p e r a d o r T e o d o r o . C u a n d o en la p r i m a v e r a de 1230 parecía
q u e el e m p e r a d o r griego iba a dar el golpe definitivo contra
C o n s t a n t i n o p l a , dirigió sus t r o p a s hacia el N o r t e , al territorio
b ú l g a r o , d o n d e fue d e r r o t a d o por I v á n A s e n en Clocónica,
j u n t o al Maritza superior. T e o d o r o , cayó prisionero, recibiendo
al principio b u e n t r a t o , p e r o c u a n d o q u i s o u r d i r u n complot
c o n t r a el s o b e r a n o b ú l g a r o , fue cegado. El p o d e r de T e o d o r o
se d e r r u m b ó en pocos meses. Casi todos los latinos despojados
en los últimos años de sus territorios se s o m e t i e r o n a I v á n Asen
sin n i n g u n a oposición p e r o , al c o n t r a r i o q u e su tío Caloyán, t r a t ó
a los nuevos vasallos griegos a m a b l e m e n t e y les dejó en p a r t e
la administración de sus posesiones.
P e r o el v e r d a d e r o v e n c e d o r d e Clocónica fue el reino d e
Nicea. El e m p e r a d o r T e o d o r o Lascaris se h a b í a c o m p o r t a d o pací-
ficamente frente a la C o n s t a n t i n o p l a latina d u r a n t e su primera
época, d e s p u é s de la paz d e Ninfea (1214). P e r o para eso había
a r r e b a t a d o en el año 1214 a D a v i d C o m n e n o , aliado del e m p e r a d o r
E n r i q u e , los territorios al O e s t e de Sinope y conseguido los
p u e r t o s de Heraclea y A m a s t r i s y con ellos el acceso al m a r
N e g r o . La misma Sinope y los territorios al este de ella se asig-
n a r o n al sultán de I c o n i o , q u e estableció a Alejo, h e r m a n o
mayor de D a v i d , c o m o vasallo en el i m p e r i o de T r e b i s o n d a , re-
d u c i d o ahora a u n a p e q u e ñ a faja costera. E s t e estado comercial
sobrevivió incluso a la p é r d i d a definitiva d e C o n s t a n t i n o p l a en
1453, p e r o n o t u v o i m p o r t a n c i a en la historia bizantina posterior.
E n 1219 T e o d o r o Lascaris firmó con los venecianos u n trata-
do en el q u e se les o t o r g a b a n sus antiguos privilegios mercantiles
en el I m p e r i o b i z a n t i n o ; lo i m p o r t a n t e en este a c u e r d o era
sobre t o d o el m u t u o r e c o n o c i m i e n t o de los dos p o d e r e s : el dogo
fue designado señor de los tres octavos del I m p e r i o griego y
T e o d o r o e m p e r a d o r d e los griegos. Sobre t o d o fue reconocida
Nicea t a m b i é n ahora p o r Servia c o m o c e n t r o de la ortodoxia
griega y en el mismo a ñ o el patriarca consagró al primer arzo-

314
bispo a u t ó c t o n o d e los eslavos del sur. M i e n t r a s T e o d o r o d e
E p i r o quería expulsar a los latinos p o r la fuerza, T e o d o r o Las-
caris confiaba en c o n q u i s t a r C o n s t a n t i n o p l a p o r la diplomacia.
La posibilidad se la iba a ofrecer el m a t r i m o n i o con María, hija
de la emperatriz Yolanda, dichosa de estar libre p o r lo m e n o s en
parte tras la captura d e su m a r i d o en 1217 en Albania. T r a s
la llegada del n u e v o e m p e r a d o r R o b e r t o de C o u r t e n a y en el
año 1221, quiso T e o d o r o reforzar la relación dinástica a través
del m a t r i m o n i o de su hija con R o b e r t o . P e r o el patriarca M a n u e l
S a r a n t e n o , q u e ya había aceptado a disgusto la u n i ó n de T e o d o r o
con M a r í a d e C o u r t e n a y , p u s o inconvenientes jurídicos y canó-
nicos, y a m i t a d de las negociaciones, m u r i ó T e o d o r o el a ñ o 1222.
Su sucesor y y e r n o J u a n I I I D u c a s Vatazes (1222-1254) p u d o
centrar su actividad sobre la base establecida p o r T e o d o r o a lo
largo de los años d e su r e i n a d o y convertir a Nicea en la p r i m e r
potencia absoluta d e R o m a n í a . D o s de los h e r m a n o s de T e o d o r o
Lascaris, sintiéndose p o s t e r g a d o s en sus derechos al t r o n o , lla-
m a r o n en su ayuda a los latinos. P e r o el e m p e r a d o r R o b e r t o era
tan i m p r u d e n t e q u e n o envió u n ejército en su auxilio, y fueron
d e r r o t a d o s tan d u r a m e n t e en 1224 en P e m a n e n o q u e h a s t a tuvie-
ron q u e ser retiradas t r o p a s del frente contra T e o d o r o d e E p i r o .
P e r o lo más i m p o r t a n t e q u e o b t u v o Vatazes d e la paz d e 1225
fue la casi totalidad d e los territorios de los franceses en Asia
M e n o r , a los q u e sólo q u e d ó la p e n í n s u l a en frente d e Constan-
tinopla, con la ciudad d e N i c o m e d i a . A n i m a d o p o r este é x i t o
consiguió el e m p e r a d o r de Nicea, con la ayuda de la flota recien-
t e m e n t e creada, conquistar las islas de Samos, Q u í o y L e s b o s ,
atacar la p e n í n s u l a de Gallípolis y, m e d i a n d o u n a petición d e
socorro de los h a b i t a n t e s d e A d r i a n ó p o l i s , ocupar t a m b i é n esta
ciudad. P e r o u n a vez allí sus tropas se tuvieron q u e retirar a n t e
el ejército superior de T e o d o r o d e E p i r o .
La afrenta q u e para I v á n A s e n fue la elección de J u a n d e
Brienne, convirtió al s o b e r a n o d e los búlgaros en u n encarnizado
enemigo de los latinos. I v á n se separó en 1232 de la Iglesia
romana y ofreció a J u a n Vatazes u n a alianza q u e se firmó en
1235 en Gallípolis, r e c i e n t e m e n t e a r r e b a t a d a a los venecianos,
y c o m o de c o s t u m b r e , reforzada a través de u n m a t r i m o n i o en-
tre familias reales: el f u t u r o e m p e r a d o r T e o d o r o I I Lascaris
recibió p o r esposa a E l e n a , hija de I v á n , q u e en otra ocasión
e s t u v o destinada a B a l d u i n o I I . A l mismo t i e m p o reconocieron
los griegos a la Iglesia búlgara, o r t o d o x a de n u e v o , como patriar-
cado a u t ó n o m o . E n el mismo a ñ o e m p r e n d i ó el ejército con-
j u n t o greco-búlgaro el asedio a C o n s t a n t i n o p l a , mientras la flota
de Nicea atacaba p o r m a r . G r a c i a s a la intervención de barcos
venecianos y a la valerosa defensa de- J u a n de B r i e n n e , con u n a s

315
fuerzas b a s t a n t e inferiores, se salvó la c i u d a d . Al a ñ o siguiente
se r e p i t i ó el a t a q u e ; esta vez el p r í n c i p e franco de M o r e a , G o -
dofredo I I de V i l l e h a r d o u i n a p o r t ó la ayuda decisiva con u n a
flota y 1.000 caballeros. P e r o los medios del e m p e r a d o r latino
se a g o t a r o n d e s p u é s d e esto, p u e s faltaban soldados y d i n e r o ;
y p o r ello en 1232, B a l d u i n o , sucesor del t r o n o , e m p r e n d i ó u n o
d e sus largos viajes d e petición de ayuda a O c c i d e n t e . El papa
G r e g o r i o I X convocó u n a n u e v a cruzada para defender la ase-
diada C o n s t a n t i n o p l a , y hasta concedió a los voluntarios las in-
dulgencias d e un viaje a P a l e s t i n a ; p e r o ya d u r a n t e los prepa-
rativos m u r i ó J u a n de B r i e n n e en 1237.
M i e n t r a s t a n t o , I v á n A s e n se h a b í a d a d o cuenta de q u e el
expansionista reino griego de Asia M e n o r era para él u n rival
m u c h o más peligroso q u e el débil I m p e r i o d e C o n s t a n t i n o p l a .
P o r eso p i d i ó a Nicea la devolución de su hija, volvió a ser u n
«fiel hijo» de la Iglesia católica y p e r m i t i ó el paso p o r su reino
a los c u m a n o s q u e , h u y e n d o de los mongoles, fueron c o n t r a t a d o s
p o r los franceses. I n c l u s o dirigió u n ejército de búlgaros y
latinos en el asedio de Z u r u l o n , fortaleza de Vatazes, estraté-
g i c a m e n t e m u y i m p o r t a n t e , en la Tracia oriental. P e r o c u a n d o en
su capital, T i r n o v o , se p r o d u j o u n a epidemia, p o r cuya causa
m u r i e r o n su mujer, su hijo y el patriarca, i n t e r p r e t ó este hecho
c o m o u n a venganza de D i o s p o r su traición a los griegos y d e
n u e v o se a p r o x i m ó a Nicea. E n v i ó de n u e v o a su hija a Asia
M e n o r y r e n o v ó la alianza con el e m p e r a d o r griego (1237).
A n t e s de atacar d e n u e v o a C o n s t a n t i n o p l a , Vatazes quiso pri-
m e r o e x t e n d e r su poder sobre el estado griego occidental. A q u í ,
tras la catástrofe d e Clocónica, h a b í a c o n s t i t u i d o el déspota
M a n u e l , h e r m a n o d e T e o d o r o y yerno d e Asen, u n reino con
los restos del de Salónica, gracias al apoyo de A s e n ; p e r o en
1237 fue e x p u l s a d o p o r T e o d o r o Ducas, q u e había sido liber-
t a d o tras el m a t r i m o n i o de su hija con Asen. A causa de su
ceguera T e o d o r o no podía reinar y p u s o en el t r o n o a su hijo
J u a n , q u e quería ser m o n j e . Vatazes i n t e n t ó p o r lo p r o n t o apo-
d e r a r s e de Salónica e n v i a n d o allí, j u n t o con u n ejército expedi-
cionario, a M a n u e l , q u e al ser d e s t r o n a d o , h a b í a h u i d o a su lado.
Sin e m b a r g o éste, tras u n feliz d e s e m b a r c o en Tesalia, llegó a
a u n a c u e r d o con su h e r m a n o T e o d o r o . Más efectivo fue el
s e g u n d o a t a q u e . E n 1241 m u r i ó I v á n I I Asen d e Bulgaria,
d e j a n d o u n sucesor m e n o r d e edad. E n el mismo año cayó Teo-
d o r o D u c a s , q u e h a b í a c o m e t i d o la i m p r u d e n c i a de aceptar u n a
invitación a Nicea, en m a n o s d e Vatazes. Con T e o d o r o como
p r i s i o n e r o y u n g r a n ejército, invadió el E m p e r a d o r t o d o el
t e r r i t o r i o costero h a s t a las p u e r t a s de Salónica. Allí le llegó la
noticia d e la invasión d e los m o n g o l e s en el vecino sultanato de

316
Iconio, q u e m a n t u v o en secreto y firmó la paz. J u a n d e Salónica
fue despojado d e todas las insignias imperiales y obligado a
prestarle j u r a m e n t o de fidelidad, p e r o p u d o seguir r e i n a n d o en
calidad de déspota.
Las h o r d a s mongólicas, tras la ocupación de Kiev y Ucrania
en 1240, h a b í a n avanzado hacia Silesia y, a través de H u n g r í a ,
hasta el Adriático, d e v a s t a n d o a su regreso los territorios de la
península de los Balcanes, d o n d e hicieron tributarios a los búl-
garos y los eslavos del sur. El P r ó x i m o O r i e n t e estaba igual-
m e n t e a m e n a z a d o ; casi al mismo t i e m p o invadieron los mongoles
Armenia, c o n q u i s t a r o n en 1242 E r z e r u m y siguieron avanzando
hacia Asia M e n o r . E n 1243 vencieron al sultán Kaijosru I I en
la batalla de Kóse-Dag, en Anatolia oriental, s a q u e a r o n la cer-
cana Sebaste y d e s t r u y e r o n Cesárea, en Capadocia. E l sultán
tenía q u e pagar t r i b u t o s y el e m p e r a d o r de T r e b i s o n d a se con-
virtió en u n o d e los m u c h o s vasallos del I m p e r i o , q u e se ex-
tendía hasta Corea. C o n t r a este peligro general se aliaron e n el
mismo a ñ o Nicea e I c o n i o . P e r o con la misma velocidad que
vinieron, se r e t i r a r o n los mongoles, para invadir d e n u e v o
Asia en 1256. Los mongoles n o invadieron el territorio de
Nicea, y la causa de Vatazes ganó u n n u e v o prestigio gracias
a sus estrechas relaciones con el e m p e r a d o r germano-siciliano
Federico I I . T r e s veces excomulgado, el e m p e r a d o r occidental se
había c o n v e r t i d o en el aliado lógico d e los griegos frente al P a p a ,
p r o t e c t o r de la C o n s t a n t i n o p l a latina. Federico m a n t e n í a u n a activa
correspondencia con el e m p e r a d o r de Nicea, en la q u e aseveraba
sus simpatías hacia los griegos y su o d i o hacia el P a p a , «ese
llamado arcipreste q u e d i a r i a m e n t e excomulga a Su Majestad y
a sus vasallos griegos y q u e califica d e s v e r g o n z a d a m e n t e d e he-
rejes a los griegos o r t o d o x o s , de los q u e procede la fe en
Cristo, q u e h a n e x t e n d i d o hasta los últimos límites del m u n -
do» P o r o t r o lado, Federico I I estaba e m p a r e n t a d o con Bal-
d u i n o , el e m p e r a d o r de C o n s t a n t i n o p l a , sirviendo de interme-
diario decisivo en sus infructuosas negociaciones d e paz c o n el
papa Inocencio I V (1244-1254), mientras p o r su parte o b t e n í a
con Vatazes en 1241 y 1244 u n alto el fuego entre C o n s t a n t i -
nopla y Nicea. P e r o los sentimientos de Federico a favor d e los
griegos y su inclinación hacia Vatazes eran m á s fuertes, y en
1244 le dio a su hija n a t u r a l , C o n s t a n z a , c o m o esposa, h e c h o
q u e provocó los reproches del p a p a Inocencio, p o r cuya causa
fue declarado vacante el t r o n o de Federico I I en el concilio de
Lyon d e 1245. Constanza d e H o h e n s t a u f e n sólo tenía doce años,
y el E m p e r a d o r tuvo relaciones con u n a d a m a d e la C o r t e q u e
se p o r t a b a a n t e la indignación del clero griego c o m o u n a mai-

317
iresse en titre. L a a m i s t a d e n t r e el e m p e r a d o r griego y el alemán
no sufrió p o r esto, p e r o t a m p o c o a p o r t ó ventajas a Nicea.
E l I m p e r i o griego h a b í a salido airoso d e la invasión d e los
mongoles, p e r o p a r a e s o h a b í a estado p r e s o el E m p e r a d o r varios
años e n Asia M e n o r . U n a n u e v a crisis e n el r e i n o d e Bulgaria
a causa d e la m u e r t e d e C a l o m á n , sucesor d e I v á n Asen, le ofre-
ció e n 1246 la o p o r t u n i d a d d e a p o d e r a r s e d e t o d o s los territo-
rios búlgaros al s u r d e la línea d e l Maritza superior y d e ver
confirmadas estas c o n q u i s t a s p o r la r e g e n t e d e M i g u e l A s e n
(1246-1257), q u e era m e n o r d e e d a d . A finales d e ese a ñ o , u n
c o m p l o t e n t r e los h a b i t a n t e s p u s o Salónica e n sus m a n o s . E l
d é s p o t a J u a n h a b í a sido sucedido e n 1244, con el asentimiento d e
Vatazes, p o r D e m e t r i o , su h e r m a n o m e n o r ; éste se h a b í a h e c h o
odioso e n t r e los h a b i t a n t e s a causa d e su licenciosa vida. E n las
ciudades macedónicas se establecieron guarniciones y al r e i n o d e
Nicea se i n c o r p o r a r o n los territorios r e c i e n t e m e n t e o b t e n i d o s p o r
el g o b e r n a d o r A n d r ó n i c o Paleólogo, p a d r e del e m p e r a d o r pos-
terior. E n 1247 volvió Vatazes t r i u n f a l m e n t e a Asia M e n o r c o n
D e m e t r i o como p r i s i o n e r o .
T e o d o r o D u c a s p u d o sin e m b a r g o p e r m a n e c e r e n sus domi-
nios, cerca d e V o d e n a , al oeste d e Salónica, sin a b a n d o n a r sus
ambiciones, todavía g r a n d e s , a pesar d e su ceguera y d e su
edad. E n t r e t a n t o se h a b í a n v u e l t o a i n d e p e n d i z a r del estado
griego occidental los territorios d e E p i r o , Acarnania y Etolia,
tras la catástrofe d e Clocónica, bajo Miguel I I , hijo d e l fun-
d a d o r d e l E s t a d o . M i e n t r a s el d e s p o t a d o d e Salónica se debilitaba
p r o g r e s i v a m e n t e , M i g u e l conseguía cada vez m á s p o d e r y consi-
deración. E n 1241 se h a b í a a p o d e r a d o d e t o d a Tesalia, d o n d e
m i e n t r a s t a n t o se h a b í a n establecido los venecianos en V o l ó y
A l m i r o , y en 1246 a p r o v e c h ó la debilidad d e Bulgaria, como
J u a n Vatazes, p a r a r e c o n q u i s t a r A l b a n i a , D i r r a q u i o y los terri-
torios al O e s t e d e M a c e d o n i a .
A s í p u e s Vatazes tenía q u e contar, tras la eliminación d e l dés-
p o t a d e Salónica, c o n M i g u e l I I , q u e , i n d e p e n d i e n t e d e Nicea,
se o t o r g ó el t í t u l o d é s p o t a p o r l o m e n o s desde 1237. P o r esto
p r o p u s o u n a alianza m a t r i m o n i a l e n t r e Nicea y E p i r o ; su nieta
d e b e r í a casarse c o n Nicéforo, hijo m a y o r d e M i g u e l . E n la devota
T e o d o r a Petralifina, esposa d e l d é s p o t a , e n c o n t r ó u n activo
apoyo y el c o m p r o m i s o se llevó a cabo ' e n 1249. P e r o bajo
la influencia d e l i n t r i g a n t e T e o d o r o D u c a s e n 1251 M i g u e l rom-
pió la alianza e i n v a d i ó los territorios macedónicos d e Nicea.
La esperanza d e u n arreglo pacífico e n t r e los estados griegos se
volvió a desvanecer a causa d e esto. A l a ñ o siguiente apareció
Vatazes e n Salónica. R á p i d a m e n t e e x p u l s ó las tropas d e Miguel
a E p i r o . U n a traición l e p e r m i t i ó alcanzar el territorio d e la for-

318
taleza d e Castoria y avanzar hasta A l b a n i a ; M i g u e l t u v o q u e
p e d i r la paz q u e le i m p u s i e r o n en 1252 en Larisa los enviados
imperiales, e n t r e ellos el historiador J o r g e el Acropolita. Miguel
p e r d i ó las regiones griegas occidentales, arrebatadas a los búl-
garos, así c o m o P r i l e p o y C r u y a en A l b a n i a ; a c a m b i o recibió
oficialmente, j u n t o con su hijo, el título de déspota y p u d o
seguir r e i n a n d o bajo la soberanía d e Nicea. T e o d o r o D u c a s fue
e n t r e g a d o y c o n d u c i d o a Nicea, d o n d e t e r m i n ó su vida e n la
prisión.
C o m o su antecesor T e o d o r o Lascaris, también el e m p e r a d o r
J u a n Vatazes t u v o e n f r e n t a m i e n t o s religiosos con la C u r i a p o n -
tificia p o r causas políticas. Q u i z á ello se d e b i ó a u n cierto t e m o r
de Vatazes a n t e J u a n de B r i e n n e , el n u e v o regente y empe-
rador d e C o n s t a n t i n o p l a , q u e h a b í a e n v i a d o al P a p a en 1235
u n aviso del patriarca d e Nicea G e r m á n I I , a través d e u n o s
franciscanos q u e iban d e p a s o , d e q u e en Nicea e s t a b a n dis-
puestos a discutir la cuestión de la u n i ó n d e las Iglesias. E n
efecto, al año siguiente apareció u n a legación de p a d r e s domi-
nicos y franciscanos d e R o m a , y en Nicea, y más t a r d e en
el s í n o d o general de Ninfea, t u v i e r o n lugar discusiones sobre el
origen del E s p í r i t u S a n t o y la utilización del p a n ácimo e n la
eucaristía. P e r o estas discusiones fracasaron p o r la intransigencia
t a n t o de los sínodos — a l igual q u e en los días de M i g u e l Ceru-
lario y H u m b e r t o de Silva C a n d i d a — como de los monjes lati-
nos, y t e r m i n a r o n en m u t u a s acusaciones de heréticos. M i e n t r a s
t a n t o h a b í a c a m b i a d o la situación política, J u a n d e B r i e n n e
sólo h a b í a h e c h o , en su avance hacia los D a r d a n e l o s , escasas
conquistas, sus mercenarios, traídos de E u r o p a , habían deser-
tado a causa d e la insuficiencia en la paga, y su prestigio militar
se había p e r d i d o . Vatazes hizo p o r esto u n a p r e g u n t a a los en-
viados papales q u e sugería t o d a la política religiosa del I m p e r i o
frente a R o m a con respecto a la eliminación del I m p e r i o latino
y el p a t r i a r c a d o en C o n s t a n t i n o p l a . ¿ E s t a b a d i s p u e s t o el P a p a
a establecer al p a t r i a r c a d o de Nicea e n C o n s t a n t i n o p l a si éste
se sometía a la Senta Sede? Tal p r e g u n t a d e s b o r d a b a con m u c h o
la competencia d e los legados, q u e c o n t e s t a r o n con evasivas.
Desilusionado Vatazes firmó poco d e s p u é s u n a alianza m a t r i m o -
nial con los búlgaros y sitió en 1235-36 C o n s t a n t i n o p l a . L a
consecuencia fue u n perceptible enfriamiento de las relaciones
e n t r e Nicea y R o m a . El p a p a G r e g o r i o I X a m e n a z ó al E m p e -
r a d o r griego, al q u e ya ofendió en su carta con el t r a t a m i e n t o
d e Nobitis Vir, con u n a «cruzada» contra el I m p e r i o , p e r o la
lucha contra J u a n d e B r i e n n e c o n t i n u ó . I g u a l m e n t e agresiva y
poco bizantina fue la r e s p u e s t a del e m p e r a d o r : « N o s o t r o s n o
dejaremos nunca de luchar y d e hacer la guerra contra aquellos

319
q u e m a n t i e n e n a C o n s t a n t i n o p l a ocupada, deshonrada, despojada
t o t a l m e n t e de su fama originaria y convertida en albergue de
asesinos y cueva de ladrones» -".
Al final de su escrito a G r e g o r i o I X Vatazes reiteraba el ofre-
cimiento de declararse hijo del P a p a , si se reconocían sus dere-
chos en C o n s t a n t i n o p l a . P e r o sólo los siguientes papas, Ino-
cencio I V (1243-1254) y Alejandro I X (1254-1261) lo t o m a r o n
en c u e n t a , p o r q u e ya se habían d a d o cuenta hacía tiempo de q u e
el I m p e r i o latino no ofrecía ninguna base para las operaciones
de la C r u z a d a , sino q u e , p o r el contrario, sustraía fuerzas y
d i n e r o del O r i e n t e latino. E n t o n c e s la Curia pontificia se hizo
cargo de q u e para el o t r o gran objetivo de ¡a política romana
en O r i e n t e , la separación del Cisma, era igualmente inútil el
I m p e r i o latino, r e p r e s e n t a n d o j u s t a m e n t e su existencia un impe-
d i m e n t o para ella. N o valía la pena seguir a p o y a n d o al d e c a d e n t e
estado. En los p r i m e r o s años de su pontificado Inocencio I V se
m a n t u v o firme en el apoyo tradicional del P a p a a los latinos
del Bosforo; en el concilio de Lyon se concedió al e m p e r a d o r
B a l d u i n o I I un p u e s t o de h o n o r , el P a p a calificó al Cisma griego
c o m o u n o d e sus cinco grandes sufrimientos y en u n o de los
acuerdos del Concilio se decretó un i m p u e s t o general sobre la
cristiandad latina para apoyar a los franceses acosados en Cons-
t a n t i n o p l a . P e r o desde 1249 se llevaron a cabo nuevas negocia-
ciones en t o r n o a la u n i ó n , en las q u e ya en 1254 se hallaba
en perspectiva un a c u e r d o e n t r e Nicea y Roma. A m b a s partes
habían hecho concesiones considerables: la Iglesia o r t o d o x a se
sometería a Roma, los clérigos prestarían j u r a m e n t o de obedien-
cia al P a p a ; para ello Inocencio no impediría la toma de Cons-
tantinopla por los griegos y d e s p u é s la restauración allí del
patriarca de Nicea. Sin e m b a r g o , a finales de 1254 murieron
J u a n Vatazes e I n o c e n c i o I V . A u n q u e el nuevo papa Alejan-
d r o I X p e n s ó en proseguir las negociaciones sobre esta base, al
sucesor del t r o n o griego, T e o d o r o I I Lascaris, le parecieron
s e g u r a m e n t e d e m a s i a d o amplias las concesiones de su p a d r e ; él
no consideraba a b s o l u t a m e n t e necesario el apoyo del P a p a para
la reconquista de C o n s t a n t i n o p l a tras los éxitos militares de
Nicea. Los e n o r m e s esfuerzos militares, q u e casi duplicaron el
territorio del I m p e r i o bajo el d o m i n i o de J u a n I I I Vatazes, sólo
fueron posibles m e d i a n t e la lealtad d e la burocracia de Nicea,
la formación de u n ejército, en p a r t e nacional, y una política
económica a d a p t a d a a las circunstancias. Gracias sobre t o d o al
archivo del c o n v e n t o d e L e m b o s en E s m i r n a , d e s t r u i d o por los
latinos y t e c o n s t r u i d o y ricamente d o t a d o por Vatazes, tenemos
u n a idea de la política imperial agraria, que constituía, a causa

320
del papel d o m i n a n t e de la agricultura, el f u n d a m e n t o del sistema
administrativo y, en p a r t e , t a m b i é n del militar.
T e o d o r o Lascaris ya h a b í a confiscado territorios del patriar­
cado y algunos c o n v e n t o s d e C o n s t a n t i n o p l a adjudicándolos c o m o
pronoiai, j u n t o con p r o p i e d a d e s d e la corona, a los nobles fugi­
tivos q u e le a y u d a r o n c o m o altos funcionarios administrativos a
erigir y establecer su I m p e r i o . E s t a política fue c o n t i n u a d a por
J u a n Vatazes; h o m b r e s c o m o C a l a b a s , jefe d e la flota, reci­
bieron latifundios constituidos p o r varios p u e b l o s . T a m b i é n se
confiscaron grandes p r o p i e d a d e s —al m e n o s en los alrededores
de E s m i r n a — repartidos y adjudicados luego e n t r e oficiales in­
feriores de baja procedencia social como pronoiai militares. C o n
esto se hizo m e n o s costosa la formación d e u n ejército móvil,
y el E m p e r a d o r p u d o pagar a sus mercenarios, sobre t o d o a los
franceses. La defensa fronteriza fue organizada p o r Vatazes a la
manera d e los g r a n d e s e m p e r a d o r e s macedónicos del siglo x, me­
d i a n t e la concesión de tierras a soldados-campesinos. Se sabe q u e
adjudicó tierras en la región fronteriza tracio-macedónica y en
Asia M e n o r a los c u m a n o s , q u e habían h u i d o a n t e el avance
de los mongoles p o r el D a n u b i o . Gracias a este sistema defen­
sivo, reforzado con la construcción d e fortalezas, se m a n t u v o
estable la frontera contra los selyúcidas d e s d e 1214 hasta final
del exilio de Nicea. Sólo su a b a n d o n o bajo los e m p e r a d o r e s
Paleólogo posibilitó una nueva penetración d e los turcos en el
Asia M e n o r bizantina.
Los Lascaris h u b i e r o n d e tener en cuenta, en su política eco­
nómica, q u e el I m p e r i o bizantino ya no r e p r e s e n t a b a u n p o d e r
m a r í t i m o , como en el siglo a n t e r i o r . Las g r a n d e s ciudades comer­
ciales, C o n s t a n t i n o p l a y d u r a n t e m u c h o t i e m p o Salónica, estaban
fuera de sus fronteras. El I m p e r i o era un territorio agrícola con
pocas ciudades g r a n d e s . Tenía escasas relaciones comerciales con
el exterior y vivía por esto de sus propios recursos. P o r eso
favoreció Vatazes la agricultura, la viticultura y la ganadería.
Se volvieron a cultivar los campos q u e estaban yermos a causa
de la guerra y d e los i m p u e s t o s , y el mismo E m p e r a d o r daba
ejemplo d e una explotación intensiva con la instalación d e gran­
jas m o d e l o , q u e abastecían a la C o r t e . C o n sus ganancias obte­
nidas de la producción d e h u e v o s , m a n d ó hacer para la empe­
ratriz la por él llamada «corona de h u e v o s » . El h a m b r e a con­
secuencia de la devastación q u e los mongoles hicieron en el
s u l t a n a t o de I c o n i o ofreció a los bizantinos la posibilidad de
v e n d e r allí a altos precios sus excedentes agrícolas. Los metales
nobles que llegaban de esta forma al país a u m e n t a r o n la pros­
peridad privada y pública. A pesar de t o d o , u n a de las mayores
preocupaciones del E m p e r a d o r era la m o n e d a ; bajo su r e i n a d o

V2\
el c o n t e n i d o d e o t o del hyperpyron se redujo en dos tercios
y las m o n e d a s d e o r o bizantinas, en otros tiempos «el dólar de
la E d a d M e d i a » (López), fueron arrinconadas e n el comercio
internacional p o r las emisiones m o n e t a r i a s d e las ciudades ita-
lianas. La aristrocracia d e Nicea apreciaba también las joyas y
los tejidos italianos y orientales q u e traían, libres d e i m p u e s t o s , los
comerciantes venecianos desde el a c u e r d o d e 1219. M e d i a n t e
leyes sobre los i m p u e s t o s d e lujo i n t e n t ó Vatazes i m p e d i r e s t o ;
aquel q u e llevase vestidos extranjeros sería castigado con la des-
h o n r a pública y la p é r d i d a de su posición social, p o r q u e los
s u b d i t o s « d e b e r í a n estar satisfechos con lo q u e les ofrecía la
21
tierra y la m a n o d e o b r a griegas» . E l éxito de esta política es,
desde luego, d u d o s o .
Vatazes m a n t u v o b u e n a s relaciones con la aristocracia, q u e
sólo se t u r b a r o n en sus últimos años d e r e i n a d o a causa d e la
confiscación d e bienes. P e r o t a m b i é n se ocupó de la jurisdicción
y el o r d e n a d m i n i s t r a t i v o y, j u n t o con la e m p e r a t r i z I r e n e , se
p r e o c u p ó de los socialmente más débiles, c o n s t r u y e n d o hospita-
les, orfelinatos y asilos de ancianos. El p u e b l o y la Iglesia, a los
q u e o b s e q u i ó i g u a l m e n t e , se lo agradecieron haciéndole santo
d e s p u é s de su m u e r t e y d e n o m i n á n d o l e «el misericordioso».
E n los últimos años de su vida, J u a n padeció frecuentes ata-
q u e s epilépticos; su hijo y sucesor T e o d o r o I I Lascaris (1254¬
1258) sufrió esta e n f e r m e d a d d e m o d o más d u r o . E s t o hay q u e
tenerlo en c u e n t a a la hora d e enjuiciar su política interior.
A u n q u e n o h a b í a p a r t i c i p a d o en los asuntos oficiales hasta su
s u b i d a al t r o n o , era u n o de los más grandes eruditos del Im-
p e r i o ; h a b í a sido e d u c a d o sobre t o d o p o r el teólogo Nicéforo
Blemides y el h i s t o r i a d o r J o r g e el Acropolita, y se había dedi-
cado a los estudios filosoficoteológicos, q u e c o n t i n u ó siendo ya
Emperador.
T a m p o c o en política exterior p u d o T e o d o r o servir la causa del
i r r e d u c t i s m o griego. D e todas formas, no se p e r d i ó bajo su
r e i n a d o la consideración ni la extensión territorial del I m p e r i o
de Nicea. Se r e n o v ó la alianza con los selyúcidas; en E u r o p a ,
d o n d e quiso el zar Miguel A s e n sacar p a r t i d o a la sucesión e n
Nicea i n v a d i e n d o Tracia y M a c e d o n i a , el E m p e r a d o r salió al en-
c u e n t r o de los búlgaros. T r a s dos difíciles campañas (1255 y
1256) forjó a Asen a u n arreglo de paz sobre la base d e las
fronteras anteriores. E l zar fue asesinado en 1257 por los bo-
yardos, y su sucesor, C o n s t a n t i n o Tich, r e n o v ó la alianza con
Nicea p o r m e d i o de su m a t r i m o n i o con u n a hija de T e o d o r o .
N o t u v o tanto éxito en la r e a n u d a c i ó n de la lucha con E p i r o .
I m p r e s i o n a d o p o r las victorias d e T e o d o r o sobre los búlgaros,
el d é s p o t a M i g u e l I I h a b í a e n v i a d o a su mujer T e o d o r a y al

322
heredero del t r o n o Nicéforo para realizar p o r fin el m a t r i m o n i o
confirmado hacía tiempo, e n t r e Nicéforo y María, otra hija del
(imperador. A n t e s de la boda, celebrada en Salónica en el año
1256, exigió T e o d o r o de la d e s a m p a r a d a T e o d o r a la retirada de
Servia y D i r r a q u i o . C o m o su esposa y su hijo estaban en m a n o s
de T e o d o r o , el déspota de E p i r o t u v o q u e ratificar este acuerdo,
pero al a ñ o siguiente invadió Macedonia y se t r a b ó de n u e v o
la lucha e n t r e los reinos griegos. Su posición se vio reforzada
por las alianzas matrimoniales con el rey M a n f r e d o , sucesor del
emperador Federico I I en Sicilia, y con G u i l l e r m o d e Ville-
hardouin, príncipe d e Morea.
T e o d o r o Lascaris se e n e m i s t ó cada vez más con los aristó-
cratas griegos, a los q u e , según decía, «les bastaba su título
22
noble y h o n o r í f i c o » . L l a m ó a su C o r t e gente d e talento, a
menudo de baja procedencia. Su favorito era su c o m p a ñ e r o d e
estudios J o r g e M u z a l ó n , q u e llegó a ser Alegas Domestikos y
Megas Stratoperdachos; también sus h e r m a n o s recibieron cargos
reales. La crítica p o r parte de la nobleza irritaba p r o f u n d a m e n t e
al E m p e r a d o r , q u e llevó a cabo crueles procesos, cegando a
miembros d e aquélla y arrancándoles la lengua. T e o d o r o Las-
caris podía amenazar a los aristócratas en c u a n t o a sus bienes
y privilegios y arrebatárselos hasta cierto p u n t o , p e r o n o tenía
poder para obligarles a obedecer, siendo en parte d e p e n d i e n t e
de ellos. N o en vano procedían de este círculo los mejores jefes
militares. E s t o s se vengaron en tiempos de T e o d o r o , pasándose a
los turcos o a Miguel de E p i r o . P e r o el E m p e r a d o r arriesgaba
así la sucesión de su hijo J u a n , p u e s al fallecer T e o d o r o en 1258
de una grave e n f e r m e d a d , dejó u n h e r e d e r o m e n o r de e d a d b a j a
la regencia de M u z a l ó n , muy o d i a d o por la nobleza. A pesar de
los solemnes j u r a m e n t o s de todos los dignatarios del I m p e r i o ,
el regente fue asesinado en los actos fúnebres en h o n o r del
fallecido E m p e r a d o r . C o m o n u e v o regente llegó al p o d e r Miguel
Paleólogo, jefe de la aristocracia y el soldado más hábil del
I m p e r i o . A finales del mismo a ñ o o principios del siguiente fue
coronado e m p e r a d o r j u n t o con J u a n I V Lascaris, que tenía en-
tonces siete años.

F u e Miguel V I I I Paleólogo, y no u n o de los emperadores


Lascaris, q u e h a b í a n hecho posible la supervivencia del estado
bizantino y el restablecimiento del poder griego, q u i e n e n t r ó
triunfalmente en C o n s t a n t i n o p l a p o r fin reconquistada, tras ha-
ber sido d e r r o t a d a s las tropas d e E p i r o en 1259 en la batalla
de Pelagonia.
M i e n t r a s los reinos griegos l u c h a b a n p o r la hegemonía de
Romanía, el d i s m i n u i d o I m p e r i o latino había p e r d i d o t o t a l m e n t e
su importancia. C o n u n ú l t i m o esfuerzo consiguieron los fran-

323
ceses la toma d e Z u r u l ó n en el a ñ o 1240, c u a n d o tras la muerte?
de J u a n de Brienne en 1237 se c o n t r a t a r o n tropas de socorro;
d i m a n a s , y B a l d u i n o I I , ahora E m p e r a d o r absoluto, volvió de;
E u r o p a con u n ejército de 30.000 h o m b r e s . P e r o las tropas lati-
nas se volvieron a dispersar, al no ser pagadas, y Z u r u l ó n j u n t a
con Vicie volvieron a ser conquistadas en 1247 por Nicea, c o d
lo q u e el territorio de los latinos se redujo ahora definitivamente
a C o n s t a n t i n o p l a y sus alrededores.
La pobreza del I m p e r i o era cada vez más angustiosa. Mientras
Balduino permanecía mucho t i e m p o en O c c i d e n t e , sobre todo
en la C o r t e de Luis I X el Santo y de su m a d r e , Blanca de
Castilla, sacando d i n e r o de los territorios de C o u r t e n a y en Cham-
paña y del d u c a d o de N a m u r y p i d i e n d o como siempre ayuda,
se vendieron u n a tras otra las valiosas reliquias de Constanti-
nopla. La corona de espinas y otras reliquias de la pasión llega-
ron así a la C o r t e parisiense, y para albergarla hizo construir
Luis el Santo la Santa Capilla en la lie de la Cité. T a n angus-
tiosa era su necesidad de d i n e r o q u e el E m p e r a d o r llegó a em-
peñar a su p r o p i o hijo Felipe a comerciantes venecianos y vendió
el plomo de los tejados de su palacio. D e s p u é s q u e los mismos
papas a b a n d o n a r a n la causa latina, el I m p e r i o debió los últimos
años de su existencia a la p o t e n t e s fortificaciones de la ciudad
y a la flota de los venecianos. Estos planeaban incluso asentar
en C o n s t a n t i n o p l a u n ejército de 1.000 h o m b r e s , que serían
pagados p u n t u a l m e n t e p o r los estados venecianos y franceses del
sur y de las islas griegas. P e r o este proyecto ya no se p u d o llevar
a cabo.
En julio de 1261, cayó C o n s t a n t i n o p l a en manos de los griegos,
después de cincuenta y siete años de d o m i n i o latino. Tras la
gran victoria de Pelagonia contra las fuerzas unidas de Grecia
y Sicilia, el e m p e r a d o r Miguel V I I I había i n t e n t a d o i n ú t i l m e n t e
conseguir la ciudad por traición. Las tropas griegas desplegadas
se tuvieron q u e conformar o c u p a n d o los últimos lugares fran-
ceses y la capital, excepto G á l a t a , q u e resistió el asedio. A h o r a
había que d e t e r m i n a r los preparativos para u n asedio organizado.
El E m p e r a d o r aseguró su posición en E u r o p a y Asia sobre t o d o con
tratados, pero le faltaba una flota para m a n t e n e r a raya al poder
m a r í t i m o veneciano. La suya propia era insignificante, p e r o los
genoveses estaban dispuestos a ofrecer su ayuda y colaborar en
la eliminación del d o m i n i o latino en el Bosforo y alcanzar así a
sus rivales venecianos. En el trascendente tratado de Ninfea
en marzo de 1261 sólo se c o m p r o m e t í a n los genoveses a p o n e r
a disposición del E m p e r a d o r una escuadrilla de 50 barcos de
guerra, cuyas tripulaciones d e b e r í a n ser pagadas y aprovisio-
nadas por el fisco de Nicea. La república de G e n o v a recibía p o r

324
rxlo lodos los privilegios q u e antes tuvieron los venecianos, es
ilirir, el libre acceso al I m p e r i o , barrios propios en C o n s t a n t i
impla y las ciudades portuarias más i m p o r t a n t e s , y sobre todo
l.i confirmación del paso al mar N e g r o y con ello el acceso al
provechoso comercio de cereales con Rusia meridional.
1.1 10 de julio del 1261 fue ratificado este t r a t a d o en G e n o v a .
IVro la ayuda de la flota genovesa, comprada a tan alto precio,
luc innecesaria. Sólo catorce días más tarde Alejo E s t r a t e g ó p u l o ,
mi general del E m p e r a d o r , que iba hacia Tracia para asustar a
los latinos ante las murallas de C o n s t a n t i n o p l a con la sola pre-
sencia de sus tropas, se enteró de que casi todos los defensores
habían salido con una flota veneciana en una expedición contra
Dafnusio, p e q u e ñ a isla cerca del Bosforo, en el mar Negro. Sin
dudarlo aprovechó Alejo la ocasión, y h a b i e n d o b u r l a d o a los
guardianes, e n t r ó en la ciudad p r o t e g i d o por la oscuridad. En
la m a ñ a n a del 25 d e julio d e 1261 caía C o n s t a n t i n o p l a sin
ninguna lucha en m a n o s de los griegos. El e m p e r a d o r Balduino
huyó con su séquito al p u e r t o y de allí, en un barco veneciano,
a Eubca. C u a n d o atraída por esta noticia, la flota volvió apre-
suradamente de Dafnusio, los latinos estaban ya apiñados e n el
puerto, p o r q u e mientras t a n t o los griegos habían p r e n d i d o fuego
al centro comercial. Los soldados venecianos sólo pudieron subir
a bordo a la m u c h e d u m b r e y por mar llevarla a salvo a la Grecia
francesa.

525
7. La caída de Bizancio
(La dinastía de los Paleólogo)

I. Miguel VIII Paleólogo y la Restauración del Imperio,


1261-1282

Entre 1231 y 1453, el Imperio fue gobernado por una serie


de emperadores que, con una sola excepción, pertenecieron a la
dinastía de los Paleólogo. En tiempos anteriores, una estabilidad
dinástica tan prolongada sirvió a menudo para asegurar la admi-
nistración y llevar a cabo una política más coherente; pero en
estos años finales, no pudo detener el declive del Imperio. Las
causas de este declive fueron muchas: la fragmentación del Im-
perio como consecuencia de la cuarta Cruzada; la imposibilidad
de reconstruir el gobierno centralizado que antes existiera en
Constantinopla; el colapso económico y el monopolio del comer-
cio bizantino por los italianos; la pérdida de toda el Asia Menor
ante los turcos, y, finalmente, la invasión por los servios y los
croatas de las pocas provincias europeas supervivientes. Ninguna
de estas causas hubiera bastado aisladamente para terminar con
el Imperio. Pero el efecto acumulado de todas ellas produjo
en los bizantinos una desconfianza y una inquietud que se ma-
nifestaron en forma de una revolución social y política descono-
cida hasta entonces y en una serie de guerras civiles que dila-
pidaron los recursos que heredaron del siglo xiv.
El Imperio de los Paleólogo tenía como origen la sólida base
creada por los emperadores de la dinastía de Lascaris en Nicea,
en el noroeste de Asia Menor, durante los años de dominio
latino en Constantinopla, a partir de 1204. Fue en Nicea donde
Migue! Paleólogo fue proclamado regente por el presunto here-
dero, Juan IV Lascaris, cuyo padre, Teodoro II, había muerto
en agosto de 1258. La familia Paleólogo pertenecía a la aristo-
cnacia latifundista de la que Teodoro II había desconfiado. El
acceso al poder de Miguel se debió en parte a la reacción de esta
aristocracia. Pero muchos se dieron cuenta que el Imperio de
Nicea necesitaba un soldado para dirigirlo y no un emperador
niño como Juan Lascaris; de momento, se dispuso a arrebatar
Constantinopla a los latinos. Miguel Paleólogo era un soldado
de gran experiencia, aunque también un político ambicioso y
a veces de pocos escrúpulos. Muy a finales de 1258, fue procla-
mado Emperador y coronado con el nombre de Miguel V I I I .

326
Constantinopla
Nicomedia
Nicea
Brusa
A kara
*».^:.r.,-„ " ( A
"9° R A L

M
I PEROI DE NC
I EA
PÉRGAMO ,

l» ¿^(C^ESMIRNA
e
(
1
oiioSd«=> • Ni
"'«= a
r n.
Antioquía ¿ ' ^ " - ^ ^
ULTANATO DE ICONIO IRUM)
(Morea)
!
Modón Hieeraca *p &©N¿
Corón ^onembasia ™
Monembasia
m
Maina £

Principado de NAXOS
Candía
Creta t
¡Ñ^N^J Imperio latino Y estados feudales Conquistas de Iván II Asen
K \ \ V N 1 de él dependientes en 1214. (1218-1241).

| Posesiones venecianas Reino de Salónica Y Despotado


de Epiro en 1230.
Conquistas de Juan II Vatazes
Tlf]]Í l m p e r í 0
búlgaro arites de 1230. (1222-1254).

Fig. 10. El Imperio bizantino en el siglo XIII.


D u r a n t e algún t i e m p o se m a n t u v o la ficción de q u e el joveí
J u a n Lascaris compartía su a u t o r i d a d .
El gobierno latino de C o n s t a n t i n o p l a había llegado en estl
m o m e n t o a su descomposición casi completa. P e r o no era el
I m p e r i o de Nicea el único aspirante a su sustitución. El princi'
p a d o bizantino rival de E p i r o , en el n o r t e de Grecia, aspirabí
a la conquista, p r i m e r o de Salónica y más tarde de la mismí
C o n s t a n t i n o p l a ; y su regente, el déspota Miguel I I Ducas, habíí
formado una poderosa coalición con este p r o p ó s i t o . En ell<
e n t r a r o n M a n f r e d o , monarca H o h e n s t a u f e n de Sicilia, y Guiller-
mo de Villehardouin, príncipe francés de M o r e a , en el sur de
Grecia. La reconquista de C o n s t a n t i n o p l a de manos de los latí'
nos tenía que esperar, pues, a q u e los dos principados bizantinos
en el exilio h u b i e s e n s o l v e n t a d o sus diferencias en el campo de
batalla. Miguel V I I I r e u n i ó un gran ejército que envió a M a c e
donia al m a n d o d e su h e r m a n o J u a n Paleólogo. El déspota de
E p i r o pidió ayuda a sus aliados y, en el verano de 1259, los
dos ejércitos se enfrentaron en Pelagonia, al oeste de Salónica,
Resultó victorioso J u a n Paleólogo, y, por t a n t o , el I m p e r i o di
Nicea. El p r i n c i p a d o bizantino de E p i r o sufrió u n a momentánea
humillación; su coalición q u e d ó deshecha, y Villehardouin fue
hecho prisionero por el ejército de Nicea.
La batalla de Pelagonia fue el prólogo de la reconquista de
C o n s t a n t i n o p l a y de la restauración del I m p e r i o bizantino. La
conquista se retrasó otros dos años, en los que Miguel V I I I
llevó a cabo sus preparativos diplomáticos y militares. Los únicos
defensores eficaces del I m p e r i o latino en sus últimos días fueron
los venecianos, q u e tanta influencia habían tenido en su estable-
cimiento. Para hacer frente a la potencia de la flota veneciana,
Miguel V I H aceptó el apoyo de la República de G e n o v a , la
inveterada rival d e Venecia. En marzo d e 1261, los genoveses
firmaron un t r a t a d o con el E m p e r a d o r , en Ninfea, en Asia Menor.
En caso de victoria, heredarían legalmente todos los privilegios
comerciales de q u e antes disfrutaban los venecianos en Constan-
tinopla y en las aguas bizantinas.
El tratado de Ninfea iba a tener una gran importancia para el
futuro de G e n o v a y del I m p e r i o b i z a n t i n o ; y no necesitó for-
marse nunca, pues solamente c u a t r o meses después, en julio
de 1261, las tropas bizantinas e n t r a r o n en C o n s t a n t i n o p l a sin
apoyo y casi por casualidad, mientras la guarnición latina y la
flota veneciana se hallaban ausentes. El ú l t i m o de los empera-
dores latinos, B a l d u i n o I I , huyó por mar. Los venecianos vol-
vieron p r e c i p i t a d a m e n t e y e n c o n t r a r o n sus almacenes y muelles
incendiados. Miguel V I I I se hallaba en Asia M e n o r , cuando
recibió tan inesperadas noticias. I n m e d i a t a m e n t e se dispuso a

328
trasladar la sede de su gobierno d e Nicea a C o n s t a n t i n o p l a , en
»ii condición de « E m p e r a d o r d e los r o m a n o s » . El 15 de agosto
ilr 1261, e n t r ó en solemne comitiva en la capital, no como héroe
iiinquistador sino como agradecido recipiendario del especial
favor divino. El patriarca Arsenio llevó a cabo una segunda
intimación en Santa Sofía; p e r o esta vez, Miguel Paleólogo
luc c o r o n a d o solo y su hijo A n d r ó n i c o , aún niño, fue procla-
mado p r e s u n t o h e r e d e r o . El joven J u a n Lascaris había q u e d a d o
rn Nicea. Poco tiempo después fue cegado y encerrado en pri-
MÓn. Así fue como empezó el gobierno de la dinastía Paleólogo
n i Constantinopla.
Los ciudadanos de C o n s t a n t i n o p l a n o habían visto u n E m p e -
tndor griego desde hacía cincuenta y siete años. P o d í a n estar
predispuestos p o r t a n t o a considerar a Miguel V I I I como un
usurpador. Miguel t u v o gran c u i d a d o de conseguir y conservar
mi fidelidad. R e p a r ó las defensas de la ciudad y los edificios e
iglesias, q u e los latinos habían dejado convertirse en ruinas. H i z o
ievivir las instituciones y a u m e n t ó la población ofreciendo la
posibilidad de volver a los h u i d o s y a reclamar sus p r o p i e d a d e s
hereditarias e hizo concesiones especiales a los m i e m b r o s de la
aristocracia q u e le habían a p o y a d o . A n i m ó a los mercaderes
Hcnoveses, q u e habían llegado según lo acordado en el t r a t a d o
de Ninfea, a reactivar el tráfico y el comercio, y al poco t i e m p o
se les o t o r g ó la autorización p a r a establecerse al o t r o lado del
Cuerno de O r o , en G á l a t a o Pera, d o n d e sus descendientes per-
manecerían y p r o s p e r a r í a n . T a m b i é n se p e r m i t i ó la permanencia
a otros comerciantes italianos, e incluso a los venecianos q u e
habían q u e d a d o , con la condición de q u e el g o b e r n a d o r de cada
comunidad se responsabilizara a n t e el E m p e r a d o r .
M e d i d a s como éstas c o n t r i b u y e r o n a estimular la reconstruc-
ción de la C o n s t a n t i n o p l a bizantina. P e r o el I m p e r i o había su-
frido una irreparable fragmentación con la rivalidad entre E p i r o
y Nicea; además, m u c h a s de las provincias e islas que en u n
liempo habían obedecido al g o b i e r n o central de C o n s t a n t i n o p l a
estaban ahora en m a n o s de señores franceses o italianos o, como
Servia y Bulgaria, eran i n d e p e n d i e n t e s desde hacía dos gene-
raciones. Los sedicentes e m p e r a d o r e s de T r e b i s o n d a , en el mar
Negro, cuyos antecesores habían reclamado el título imperial en
1204, se negaron lógicamente a reconocer la superioridad de
Miguel V I I I . El d é s p o t a de E p i r o , p o r su parte, cuya situación
había m e j o r a d o r á p i d a m e n t e después de la d e r r o t a de Pelagonia,
nunca quiso reconocer a Miguel como legítimo E m p e r a d o r . In-
cluso los griegos de Asia M e n o r , q u e habían alcanzado u n a gran
p r o s p e r i d a d con los e m p e r a d o r e s de Nicea, se dieron cuenta
p r o n t o d e que el traslado de la capital a C o n s t a n t i n o p l a les

329
había perjudicado. Los impuestos q u e ahora pagaban no revetÉ
tían en su propia defensa y prosperidad, sino en las de la p a r t í
e u r o p e a del I m p e r i o .
P o r t a n t o , a pesar del regocijo general por la recuperación de
C o n s t a n t i n o p l a como ciudad bizantina y ortodoxa, había tana
bien muchos síntomas de d e s c o n t e n t o y disensión. La p r o p i i
temeraria acción de Miguel al cegar y d e h e r e d a r al último mienW
b r o d e la dinastía d e ios Lascaris le enemistó con muchos que
d e otra manera h u b i e r a n sido leales partidarios suyos. El patriar»
ca Arsenio le excomulgó, y todos los griegos de Asia Menor,;
cuyas simpatías estaban del lado de la familia Lascaris, q u e habíií
g o b e r n a d o el I m p e r i o en el exilio, empezaron a considerar »
Miguel no sólo un u s u r p a d o r , sino también un criminal. E a
1264, Miguel e n c o n t r ó una excusa para d e p o n e r al patriarcf
A r s e n i o , pero al hacerlo p e r d i ó la lealtad de muchos obispos y
monjes q u e h o n r a r o n al Patriarca como a u n mártir. D u r a n t e
casi m e d i o siglo, la Iglesia y la sociedad bizantinas se vieron
t u r b a d a s por el cisma de los arsenitas, cuya actividad e s t u v o •
m e n u d o muy d i r e c t a m e n t e conectada con la de los partidario»
d e los Lascaris.
P o r t a n t o , el p u e b l o bizantino no respaldaba d e u n a manera
u n á n i m e , ni m u c h o m e n o s , al E m p e r a d o r q u e les había devuelto
su capital. H a b í a enemigos de p u e r t a s para a d e n t r o , como los
arsenitas; y había enemigos, tanto griegos como extranjeros, en'
lo q u e era legítimo suelo bizantino en Grecia y en las islas
griegas. G u i l l e r m o de V í l l e h a r d o u i n , q u e había sido hecho pri-
sionero en Pelagonia, fue liberado y volvió a su p r i n c i p a d o de
G r e c i a del Sur, con la condición de devolver al gobierno bizan-
tino las estratégicas fortalezas de Mistra y M o n e m b a s i a , pero
olvidó su c o m p r o m i s o tan p r o n t o como volvió a Grecia, y Miguel
t u v o q u e recurrir a una guerra de reconquista en M o t e a , con
escaso éxito. Al mismo tiempo tuvo q u e emplear la fuerza para
someter al déspota de E p i r o en el n o r t e d e Grecia. El coste de
estas campañas, j u n t o con el de reconstruir y conservar la ca-
pital, hizo estragos en el capital acumulado por los emperadores
de Nicea. P e r o incalculablemente mayores fueron las sumas que
d e b i ó buscar para defender el nuevo I m p e r i o frente a sus enemi-
gos de E u r o p a occidental.
La pérdida de C o n s t a n t i n o p l a en 1261 fue u n d u r o golpe
para O c c i d e n t e y se acariciaba la idea ferviente apoyada por los
papas de organizar una nueva versión de la cuarta Cruzada para
recuperarla. El E m p e r a d o r latino d e p u e s t o , Balduino, se había
refugiado en Italia y era q u i e n impulsaba este proyecto. El rey
M a n f r e d o de Sicilia estaba interesado en el a s u n t o y poseía ya
bases en la costa d e Albania q u e podrían servir para una inva-

do
muí por tierra del I m p e r i o . P e r o M a n f r e d o era enemigo del
Pupa, sin cuyo apoyo no se podía dar a la invasión el califica-
llvi'i de (.'tuzada. A s t u t a m e n t e , Miguel V I I I i n t e n t ó ganarse el
liiviu del Papa ofreciéndole la r e a n u d a c i ó n de las conversaciones
inlire el d e b a t i d o tema de la reunificación de las Iglesias griega
v romana. Sin e m b a r g o , en 1266, Carlos de Anjou, h e r m a n o de
luis IX de Francia d e r r o t ó a Manfredo y recogió su t í t u l o . E n
• •.<• m o m e n t o , la amenaza occidental contra Bizancio se hizo
más seria, pues Carlos era el gran campeón de la causa papal y
deseaba desencadenar una invasión contra el I m p e r i o bizantino,
lili mayo de 1267 estableció u n a serie de alianzas con el E m p e -
i.ulor ' a t i n o Balduino y con G u i l l e r m o de V i l l e h a r d o u i n . Las
negociaciones se desarrollaron en el palacio papal de V i t e r b o y
MI objetivo manifiesto era restaurar en C o n s t a n t i n o p l a un gobierno
latine y católico. Se acordó q u e , como muy tarde, se reuniría u n
ejército en 1274 y q u e la ofensiva tendría como base Albania,
I|IR- (.arlos había h e r e d a d o por conquista d e M a n f r e d o .
1.1 P a p a era la única a u t o r i d a d capaz de ejercer un freno moral
sobre ('arlos de Anjou. Para ello debía estar p l e n a m e n t e seguro
ilc la intención de Bizancio de r e n u n c i a r al cisma q u e separaba
.i su Iglesia de la de Roma. La política de Miguel V I I I con
respecto a O c c i d e n t e estaba basada en estas premisas. E r a u n a
política q u e se hacía cada vez más i m p o p u l a r entre sus s u b d i t o s ,
pues debía hacer cada vez mayores concesiones para convencer
i los papas de que sus motivaciones eran sinceras. En el inte-
rregno entre los pontificados d e Clemente I V y G r e g o r i o X .
entre 1268 y 1271, solicitó la intercesión de Luis d e Francia,
v d u r a n t e algún t i e m p o Carlos d e Anjou se dedicó a ayudar a
Luis en su cruzada en el n o r t e de África. Pero en 1271 volvió
.i sus preparativos. .Se alió con los g o b e r n a n t e s de Servia y
Bulgaria, los albanos le proclamaron rey y los príncipes inde-
pendientes de E p i r o y Tesalia a u t o r i z a r o n el libre paso de sus
ejércitos por su territorio a causa de su enemistad hacia el usur-
pador de C o n s t a n t i n o p l a , Miguel.
Miguel V I I I a d o p t ó cuantas medidas diplomáticas y militares
lenía a su alcance en m o m e n t o tan crucial, p e r o finalmente no
tuvo más rem e dio q u e olvidar los prejuicios antilatinos de sus
subditos y c o n t i n u ó b u s c a n d o el favor del p a p a d o . El p a p a
Gregorio X estaba d i s p u e s t o a proteger a los bizantinos si su
Iglesia reconocía su obediencia a la de R o m a . Esperaba q u e de esta
manera podrían participar en u n a nueva cruzada en T i e r r a Santa.
Anunció la celebración de u n concilio en Lyon en 1274 e invitó
a Miguel a asistir o enviar legados a él. Los preparativos mili-
tares d e Carlos d e Anjou le p e r m i t i r í a n atacar Bizancio en ese
mismo a ñ o . P o r t a n t o , el E m p e r a d o r tenía q u e elegir e n t r e man-

331
tener u n a guerra defensiva frente a u n enemigo bien e q u i p a d o
y decidido a vencer o aceptar los t é r m i n o s del P a p a . Eligió esta
última alternativa. P e r o le resultó más difícil de lo q u e había
s u p u e s t o convencer a su clero y p u e b l o de q u e era el mejor ca-
m i n o d e salir de la encrucijada.
H u b o q u e reducir al silencio al patriarca José, que dirigía la
oposición de C o n s t a n t i n o p l a . Los monjes c o n d e n a r o n enérgica-
m e n t e lo q u e ellos i n t e r p r e t a b a n como u n a traición a su fe orto-
doxa, e incluso los arsenitas, que formaban u n grupo cismático
con respecto a los o r t o d o x o s , se u n i e r o n a las críticas contta la
política del E m p e r a d o r . P e r o éste tenía algunos partidarios, entre
los q u e destacaba J u a n Becco, teólogo y archivero de Santa
Sofía, y finalmente p u d o reunir u n a p e q u e ñ a delegación para
asistir al Concilio de Lyon d e 1274. E s t a b a compuesta por el G r a n
L o g o t e t a , J o r g e el Acropolita, por el ex patriarca G e r m á n y por
el o b i s p o d e Nicea, Teófanes. Llevaban consigo u n a profesión
escrita de la fe cristiana en los términos exigidos por el Papa,
firmada p o r el E m p e r a d o r y p o r su hijo A n d r ó n i c o .
C u a n d o s u p o q u e esta delegación estaba en camino, el Papa
o r d e n ó a Carlos de Anjou q u e retrasara sus preparativos du-
r a n d e o t r o a ñ o . E l s e g u n d o Concilio de Lyon se inauguró en
m a y o de 1274. La delegación bizantina se vio retrasada p o r un
naufragio y no llegó a Francia hasta fines d e junio. P e r o el 6 de
julio, tras h a b e r sido leídos a los obispos los d o c u m e n t o s y des-
pués de q u e Jorge el Acropolita, en n o m b r e del E m p e r a d o r ,
h u b o p r e s t a d o u n j u r a m e n t o de obediencia a Roma, se proclamó
s o l e m n e m e n t e la reunificación de las Iglesias católica y orto-
doxa. Parecía q u e la diplomacia de Miguel V I I I había g a n a d o
la p a r t i d a y q u e la amenaza de u n a nueva cuarta Cruzada estaba
conjurada.
M i g u e l a p r o v e c h ó este respiro conseguido para intentar recu-
perar algunos de los territorios q u e habían pertenecido a su
I m p e r i o . Sus t r o p a s de Macedonia atacaron el reino angevino d e
Albania. U n ejército y u n a flota invadieron Tesalia para someter
al p r í n c i p e griego rebelde, m i e n t r a s que otra flota al m a n d o de
Licario, u n pirata italiano r e n e g a d o , conseguía algunos éxitos
p a r a los bizantinos en las islas del Egeo. P e r o ninguna de estas
acciones t u v o efectos d u r a d e r o s , y en C o n s t a n t i n o p l a la oposición
a la u n i ó n de Lyon creció de tal m a n e r a q u e llegó u n m o m e n t o
en q u e el E m p e r a d o r ya no podía controlar la situación más q u e
p o r la fuerza. A l perseguir a los a n t i u n i o n i s t a s , los convirtió en
mártires q u e se refugiaron, h u y e n d o de su reinado de terror,
en las ya desafectas provincias del n o r t e de Grecia, T r e b i s o n d a
e incluso Bulgaria. Los papas q u e sucedieron a G r e g o r i o X ,
q u e m u r i ó en 1276, m o s t r a r o n aún mayor escepticismo sobre ¡a

332
realidad d e la u n i ó n e exigieron con mayor decisión su cum-
plimiento, b l a n d i e n d o en t o d o m o m e n t o la amenaza de la C r u z a d a
contra C o n s t a n t i n o p l a dirigida p o r Carlos de Anjou.
D u r a n t e casi veinte años, tras la restauración imperial, los bi-
zantinos tuvieron q u e dedicar la mayor p a r t e de sus energías y
de su atención a conjurar el peligro p r o c e d e n t e d e E u r o p a oc-
cidental. N o p u d i e r o n ocuparse, más q u e de manera superficial,
de los graves problemas d e su frontera oriental. E n Asia M e n o r ,
el traslado de la sede del g o b i e r n o de Nicea a C o n s t a n t i n o p l a
rompió el equilibrio político logrado antes de 1261. Miguel V I I I
intentó restablecer este equilibrio m a n t e n i e n d o relaciones diplo-
máticas con todas las potencias orientales: los mamelucos de
ligipto, los mongoles de Persia, los tártaros de la H o r d a de
Oro en el sur de Rusia y los turcos selyúcidas (silyquíes). P e r o
la invasión de los mongoles en el siglo x n i había alterado com-
pletamente la situación en Asia M e n o r . E n 1258, los mongoles
habían t o m a d o Bagdad. Los sultanes selyúcidas se hicieron vasa-
llos suyos. P e r o n u m e r o s o s g r u p o s de turcos n ó m a d a s d e zonas
más orientales p e n e t r a r o n en territorio selyúcida en su h u i d a de
los mongoles. Los sultanes los desviaron hacia el oeste, hacia
la frontera bizantina. La e n c o n t r a r o n m u y p r o b r e m e n t e defen-
dida por h a b e r retirado el E m p e r a d o r gran p a r t e de sus efectivos
hacia E u r o p a , para proteger su territorio de los ataques occi-
dentales de Carlos de Anjou.
Los turcos recién llegados, a u n q u e no tenían u n objetivo co-
mún, se inspiraban todos en el tradicional celo de los gázis
musulmanes, o sea en el espíritu de la G u e r r a Santa contra
los cristianos. D e s p u é s de 1261, comenzaron a hacer incursiones
en diferentes p u n t o s de la frontera, en o t r o t i e m p o bien defen-
dida, e n t r e el I m p e r i o de Nicea y el s u l t a n a t o salyúcida, pene-
trando en los fértiles valles d e la p a r t e occidental de Asia M e n o r .
Una parte de la población griega, olvidada p o r el gobierno de
C o n s t a n t i n o p l a y sometida a durísimos i m p u e s t o s , manifestó su
odio colaborando con los turcos. Las tropas fronterizas q u e aún
q u e d a b a n d e s e r t a r o n a causa del retraso en la percepción de sus
soldadas. Las ciudades bizantinas, p r e c a r i a m e n t e defendidas p o r
sus murallas, vieron p r o n t o cortada la posibilidad de comuni-
carse entre ellas' y con C o n s t a n t i n o p l a a m e d i d a q u e llegaban
más guerreros turcos a la zona. El E m p e r a d o r envió a todas las
tropas q u e p u d o retirar de E u r o p a para q u e d e t u v i e r a n el avance
turco. Su hijo A n d r ó n i c o o b t u v o algunos éxitos m o m e n t á n e o s
contra las incursiones turcas en el valle del M e a n d r o . P e r o en
1280, los turcos habían invadido ya t o d o el sudoeste d e A n a t o -
lia y organizaban sus conquistas en p r i n c i p a d o s . E n el n o r o e s t e
la situación era m u y parecida, a u n q u e a q u í el E m p e r a d o r t u v o

333
gran c u i d a d o en fortificar los p u n t o s cercanos a Constantinoplaa
P e r o n o p u d o d i s p o n e r d e soldados suficientes para luchar effl
dos frentes a la vez y, al producirse finalmente la invasión poN
O c c i d e n t e , fue allí d o n d e c o n c e n t r ó sus ejércitos.
E n agosto d e 1280 m u r i ó el papa Nicolás I I I , q u e había mat
nifestado grandes reservas sobre la actitud bizantina con respecü)
a la u n i ó n de Lyon. Carlos de Anjou tuvo entonces las m a n o i
libres y o r d e n ó el comienzo de la gran ofensiva para el otoficj
de ese m i s m o a ñ o . E l ejército, c o n c e n t r a d o en la costa de Alba/,
nia, p e n e t r ó en el interior p a r a sitiar la fortaleza clave de B e r a t
Miguel V I I I envió refuerzos a la zona, y, en la primavera de
1 2 8 1 , el ejército angevino fue d e r r o t a d o p o r los bizantinos y su
jefe fue hecho prisionero. La victoria de Berat devolvió la con-
fianza a los bizantinos. P e r o ello n o significaba el final de la
lucha, pues en febrero de 1281 Carlos de Anjou consiguió que
fuera elegido P a p a el francés M a r t í n I V , q u i e n finalmente le
n o m b r ó jefe de u n a cruzada dirigida contra C o n s t a n t i n o p l a . En
julio se hicieron los planes d e esta segunda y más importante
invasión de Bizancio en el palacio papal de O r v i e t o . Esta vejj
la expedición se hacía p o r m a r y Venecia suministraría algunos
de los barcos. El n u e v o P a p a hizo p a t e n t e su simpatía p o r la
causa, excomulgando . a Miguel V I I I . La unión de Lyon, que,
n u n c a había sido aceptada p o r la mayor p a r t e de los ortodoxos,
fue ahora rechazada p o r los católicos. Carlos de Anjou contaba
ya no sólo con el apoyo moral del P a p a sino también con la
ayuda material d e Venecia, Servia y Bulgaria, de los príncipes
d e E p i r o y Tesalia y d e los señores franceses d e A t e n a s y de
Morea.
T o d a la península balcánica parecía estar en contra del em-
p e r a d o r Miguel. P e r o éste seguía teniendo amigos en otros pun-
tos. El rey de H u n g r í a era su aliado, el sultán mameluco de
E g i p t o le ofreció su flota, y el jan de la H o r d a de O r o de Rusia
estaba d i s p u e s t o a p r o t e g e r a Bizancio contra cualquier ataque
d e los búlgaros. T a m p o c o estaba Miguel v e n c i d o diplomática-
m e n t e . E s t a b a en b u e n a s relaciones con el rey P e d r o I I I de
A r a g ó n , tradicional enemigo d e los Anjou, y sus agentes agitaban
a los rebeldes sicilianos en el mismo corazón del reino de Car-
los. La invasión planeada e n O r v i e t o tenía que comenzar en
1 2 8 3 . P e r o en m a r z o d e 1282, c u a n d o los preparativos estaban
m u y avanzados, estalló en P a l e r m o la revuelta conocida con el
n o m b r e de Vísperas Sicilianas. La flota q u e Carlos estaba equi-
p a n d o para su cruzada fue destruida, y todos sus planes que-
d a r o n d e s b a r a t a d o s . E n agosto llegó a Sicilia P e d r o de Aragón
y el francés fue e x p u l s a d o .

334
La participación de Miguel VIII en las Vísperas Sicilianas
es difícilmente demostrable pero fácilmente imaginable. El mismo
confesó haber sido el instrumento de la liberación de los sici-
lianos, cuya rebelión debió ser financiada con oro bizantino, lo
mismo que la intervención de Pedro de Aragón. Pero quizá
sea el momento en que los hechos se produjeron lo que hace
que su afirmación pueda admitirse como cierta, pues la rebelión
estalló precisamente en el momento crítico para evitar la nueva
caída de Constantinopla en manos de los latinos.
Algunos meses más tarde, el 11 de diciembre de 1282, murió
Miguel. En los últimos años de su vida se había visto con gran
i laridad que los turcos constituían la nueva amenaza para el
Imperio. La frontera de la provincia de Bitinia, próxima a Cons-
tantinopla, seguía resistiendo. Pero los guerreros turcos se ha-
bían apoderado de otras zonas de Asia Menor. Estas pérdidas
nan, en parte, el precio de la defensa del Imperio frente a sus
enemigos occidentales. Pero no eran solamente pérdidas terri¬
toriales. El coste de detener a Carlos de Anjou y financiar a
sus enemigos había sido demasiado elevado para las posibilida-
des del Imperio en aquel momento. Miguel se vio obligado a
devaluar la moneda de oro para salir adelante e igualmente a im-
poner fuertes tributos a sus subditos. El coste de la consecución
del favor del Papa a de medirse en otros términos. Significó el
enfremamiento del Emperador con su pueblo y su clero, lo cual
agravó las ya ondas disensiones en el seno de la sociedad bizan-
tina, provocadas por la usurpación del trono.
Miguel VIII pudo ufanarse de haber situado de nuevo a
Constantinopla en una posición prominente dentro del marco
político general. Pero para la mayor parte de sus subditos, y no
solamente para los de Asia Menor, cuyo futuro era ahora muy
incierto, el precio pagado había sido demasiado alto. A pesar
de todos sus sacrificios, murió como un hereje y la Iglesia
bizantina se negó a otorgarle un entierro cristiano.

1.1. Bizancio como potencia de segunda fila: Andrónico II


Paleólogo, 1282-1321

Andrónico II sucedió como Emperador a su padre en diciem-


bre de 1282, a la edad de veinticuatro años. Heredaba un
imperio que mostraba ya muchos síntomas de irreversible deca-
dencia. Pero esperaba ganarse la confianza de sus subditos
modificando la equivocada política de su padre en relación con
los latinos. Su primera medida de gobierno fue rechazar la
unión de Lyon y proclamarse defensor de la ortodoxia. El pa-

335
triarca Juan Becco, partidario de la unión, fue detenido y sustis
tuido por su antecesor, el anciano José. Las víctimas del terrolí
de Miguel VIII se convirtieron ahora en héroes o mártires y se
convocaron varios concilios en los cuales Becco y sus amigos
latínófilos fueron condenados como herejes. La viuda del Em-
perador tuvo que hacer una profesión pública de fe ortodoxa
y jurar que no pediría nunca la celebración de unos funerales
oficiales para su esposo.
Estas medidas significaron un importante paso para el resta-
blecimiento de la confianza. Pero las heridas que el gobierno
de Miguel VIII había infligido a la sociedad eran demasiado
profundas como para que pudieran curarse inmediatamente. Los
extremistas o zelotas eclesiásticos se apoyaban en el principio
de que la fe estaba por encima de los decretos imperiales. Los
arsenitas no quedaron satisfechos con el restablecimiento de la
ortodoxia, pues se negaban a aceptar a José como Patriarca de
Constantinopla y veían en Andrónico II al hijo del usurpador
excomulgado, Miguel V I I I coronado por José, que les persi-
guiera de manera tan encarnizada. Su propaganda, difundida
desde uno de los monasterios de la capital, adquirió un tono
aún más político. Las cuestiones eclesiásticas que en Bizancio
fueron siempre cuestiones de Estado, iban a dominar la política
interior del Imperio durante muchos años, y el Emperador
Andrónico estaba tan personalmente comprometido con los pro-
blemas de la Iglesia que no podía ignorarlos ni resolverlos. La
tragedia radicó en que este renacimiento de la fe ortodoxa en su
forma más independiente, separó a Bizancio del mundo católico
occidental en un momento en que la cooperación entre los cris-
tianos orientales y occidentales hubiera permitido frenar el em-
puje de los turcos; y las disensiones en el seno de la sociedad
bizantina minaron la vitalidad del Imperio y desviaron su aten-
ción en el momento preciso en que necesitaba presentar un frente
unido ante el mundo musulmán.
La política exterior de Miguel VIII había sido económica-
mente ruinosa. Andrónico pronto comprendió que era insoste-
nible el mantenimiento de Constantinopla como potencia mun-
dial. Redujo el ejército y licenció toda la marina. Para su de-
fensa por tierra, el Imperio dependía casi completamente de los
mercenarios extranjeros. Para la defensa por mar, de los geno-
veses. Fueron medidas poco previsoras que condujeron de forma
inevitable al incremento de la intervención y explotación extran-
jeras. Pero el Imperio se hallaba en una gravísima situación
económica y Andrónico no pudo adoptar sino soluciones drásti-
cas para sus problemas financieros. El mantenimiento de la gran
capital que era Constantinopla significaba una constante sangría

336
pata el tesoro. La riqueza seguía siendo grande, tanto en la
i api tal como en las provincias, pero en gran parte estaba con-
centrada en manos de unas pocas familias aristocráticas. Era
frecuente la compra y venta de cargos administrativos, y los
propietarios de los grandes latifundios provinciales se oponían
,i dar cuenta de sus fortunas al gobierno central.
Ln el reinado de Miguel VIII había llegado a ser un prin-
cipio de carácter generalmente aceptado el que la tierra poseída
cii proiioia, o sea, por favor imperial, que originariamente volvía
.1 la corona a la muerte del beneficiario pasara por herencia a la
familia, Al mismo tiempo, se había extinguido la obligación
¡leí terrateniente de prestar servicio militar. Ello no impidió que
ilichos terratenientes y sus descendientes organizasen ejércitos
privados compuestos por sus vasallos, para la defensa de sus
propiedades. De esta manera, la estructura de la sociedad en Asia
Menor, Tracia, Macedonia y Grecia se fue feudalizando progresi-
vamente y desinteresando de las exigencias y necesidades de la
ulministración central de Constantinopla. La fragmentación del
Imperio provocada por la cuarta Cruzada se hizo mayor a causa
del creciente separatismo de sus propios habitantes. Andrónico II
intentó doblegar el poder de los grandes terratenientes impo-
niendo nuevos tributos sobre sus latifundios. Pero los beneficios
obtenidos fueron insignificantes.
Sus dificultades económicas se agravaron aún más al conceder
,i los genoveses el monopolio de la navegación en Constantino-
lila. La manifiesta prosperidad de la colonia mercantil genovesa
<le Gálata provocó la envidia y la ambición de Venecia. En
1285, los venecianos arrancaron del Emperador la confirmación
de sus posesiones en las islas griegas de Negroponte y Creta
v la concesión de nuevos privilegios comerciales en Constanti-
nopla y Salónica. Pocos años más tarde, al caer Acre en poder
de los 'mamelucos, Venecia perdió el último de sus, en otro
liempo, lucrativos mercados de Palestina, y sus mercaderes co-
menzaron a trasladar su campo de operaciones hacia el norte,
en aguas bizantinas. El inevitable conflicto entre los intereses
venecianos y genoveses estalló en 1296, produciéndose una serie
de batallas navales delante de Constantinopla. Los principales
perjudicados fueron los bizantinos, pues el Emperador se vio
obligado a tomar partido y a pagar una compensación por los
daños que los genoveses habían infligido a las propiedades ve-
necianas en la ciudad. La cuestión no se solucionó hasta 1302,
en que Andrónico firmó un nuevo tratado con Venecia. Pero
los genoveses obtuvieron el derecho de fortificar su asentamien-
to de Gálata, con lo que en el futuro podrían defender sus
intereses tanto frente a los bizantinos como frente a los ve-

337
necianos. Hubo otros mercaderes aventureros genoveses muy ac-
tivos en otras zonas del Imperio. En 1304, la familia Zacearía,
a la que Miguel VIII le había concedido la explotación de
las minas de alumbre de Focea, cerca de Esmírna, se apoderó
de ¡a isla de Quío, cercana a la costa. Según hicieron notar
correctamente, no había ninguna flota bizantina para defenderla
de los inminentes ataques de los piratas turcos, pero sus here-
deros conservaron Quío hasta 1329, con lo que Bizancio se vio
privada de otra fuente de ingresos.
En 1282 pareció desaparecer el temor ante una invasión pro-
cedente de Italia. Pero continuaba el peligro de los príncipes
bizantinos separatistas del norte de Grecia que habían apoyado
esta posible invasión. El emperador Andrónico estaba emparen-
tado por su matrimonio con el déspota de Epiro y durante
algún tiempo pareció que su hijo y heredero Miguel IX se
casaría con Támara, hija del déspota, con lo que Epiro se hu-
biera unido al Imperio. Pero el proyecto naufragó y poco des-
pués Támara casó con Felipe de Tarento, nieto de Oírlos de
Anjou, que de esta manera se convirtió en señor de los terri-
torios angevinos de Epiro y Albania. Esta renovación de la
alianza entre sus enemigos griegos e italianos produjo, como era
lógico, cierta inquietud en el Emperador. Pero la seguridad de
las posesiones angevinas en Grecia dependía del control sobre
el principado francés de Morca, que también había pasado a
ser feudo del reino de Ñapóles, y en él, desde la muerte de
Guillermo de Villehardouin en 1278, la anarquía reinante había
sido aprovechada por los bizantinos. El enclave bizantino del
sur de la península, que desde 1262 había sido defendido por
gobernadores militares nombrados anualmente, fue ahora colo-
cado bajo el control de los delegados imperiales y comenzó a
asumir la condición de provincia y a constituirse en base de
operaciones para la reconquista de ulteriores territorios griegos.
De todas formas, pronto mostraron su debilidad !os lazos entre
Epiro e Italia, mientras que la facción pro-bizantina de Epiro
comenzaba a ganar terreno. En 1304, Tomás, presunto heredero
del despotado, casó con una nieta de Andrónico II. Los prín-
cipes de Tesalia por su parte se mostraron más reacios a llegar
a un acuerdo con Constantinopla. Pero a comienzos del siglo xiv
se vislumbraba ya la posibilidad de que al menos parte del norte
de Grecia se reincorporase al Imperio a base de negociaciones
diplomáticas.
La rápida expansión del reino de Servia suponía un problema
mucho más acuciante en esta zona. En los últimos años del
reinado de Miguel VIII los servios habían comenzado a infil-
trarse en la Macedonia bizantina, amenazando la seguridad de

338
Salónica, la segunda ciudad del I m p e r i o b i z a n t i n o . Skopie había
caído e n sus manos en 1282. A n d r ó n i c o I I , siguiendo el con-
sejo d e sus generales, contrarios a una confrontación militar,
ofreció la m a n o de su h e r m a n a Eudocia al rey servio E s t e b a n
Milutin. El ofrecimiento fue a c e p t a d o y se iniciaron los prepa-
rativos, pero Eudocia negó a b i e r t a m e n t e su c o n s e n t i m i e n t o . An-
drónico no podía volverse atrás y en m e d i o de su desesperación
propuso f u e su propia hija primogénita, Simónida, q u e contaba
cinco años, fuera p r o m e t i d a a Milutin en sustitución. El ma-
trimonio se celebró en 1300. F u e u n gran escándalo, c o n d e n a d o
enérgicamente por el Patriarca. La dote q u e Simónida a p o r t ó
a su marido c o m p r e n d í a todos los territorios griegos p r e v i a m e n t e
conquistados. P e r o este arreglo s u p u s o veinte años d e paz entre
Bizancio y Servia y colaboró al a u m e n t o de la influencia bi-
zantina en el reino servio.
En su política europea, A n d r ó n i c o t u v o p o r lo menos p o d e r
suficiente para enfrentarse a todas las crisis a medida q u e se
iban p r o d u c i e n d o y evitar así u n desastre total. P e r o en Asia
la situación 1c d e s b o r d ó c o m p l e t a m e n t e . D u r a n t e los primeros
años de su reinado, autorizó a los recientes invasores turcos a
penetrar en la p a r t e occidental d e Asia M e n o r , hasta q u e hacia
1300 sólo seguían siendo griegas unas cuantas ciudades aisladas
de lo q u e fuera en un t i e m p o la zona más floreciente y prós-
pera del m u n d o b i z a n t i n o . El h u n d i m i e n t o de la resistencia
bizantina no se d e b i ó e n t e r a m e n t e a causas militares. Se hicie-
ron i n t e n t o s de fortalecer las defensas e incluso de llevar a
cabo acciones ofensivas. D e s d e 1290 a 1293 el mismo Empe-
rador t o m ó el m a n d o en Bitinia y se esforzó por restabléce-
la fuerza defensiva fronteriza. P e r o sus esfuerzos se estrellaron
contra las rebeliones locales y los motines e n t r e los oficiales,
a m e n u d o instigados por los arsenitas y por partidarios de la
familia Lascaris. U n o de sus más gloriosos generales, Alejo
F i l a n t r ó p e n o , q u e rechazó a los turcos en el valle del M e a n d r o ,
fue proclamado e m p e r a d o r por los griegos de la región en 1296.
La revuelta fue r á p i d a m e n t e sofocada, pero era un síntoma de
la i n q u i e t u d y enemistad de la población griega de Asia M e n o r ,
explotada al máximo por los turcos. A medida q u e iban ca-
yendo en sus m a n o s nuevos territorios, los bizantinos iban
p e r d i e n d o su potencial demográfico y el n ú m e r o d e refugiados
despavoridos q u e llegaban a la costa o a C o n s t a n t i n o p l a alcanzó
proporciones alarmantes y creó nuevos p r o b l e m a s . Algunas de
las ciudades griegas mejor fortificadas, c o m o Filadelfia, orga-
nizaron su propia defensa frente a los invasores, p e r o faltaba
u n ejército con fuerza suficiente para expulsar al enemigo de
las zonas próximas.

339
A comienzos de 1302, varios miles de alanos solicitaron la
autorización del E m p e r a d o r para atravesar el D a n u b i o en su
huida de los tártaros. A n d r ó n i c o los acogió como u n refuerzo
providencial para su ejército. Se recaudaron nuevos impuestos
para equiparles con caballos y a r m a d u r a s y el hijo del E m p e -
rador, Miguel I X , se puso i n m e d i a t a m e n t e al ftente de u n
c o n t i n g e n t e q u e e n t r ó en c o m b a t e contra los turcos en Magnesia.
Los alanos no se m o s t r a r o n leales y desertaron tras los primeros
combates. O t r o c o n t i n g e n t e l u c h ó y fue d e r r o t a d o en Bafea,
cerca d e Nicomedia, en Bitinia, en julio del mismo 1302. Los
turcos r e m a t a r o n su victotia d e v a s t a n d o todo el territorio en
t o r n o a las ciudades amuralladas de Nicomedia, Nicea y Brusa
y a r r o j a n d o a miles d e refugiados hacia el H e l e s p o n t o y el Bos-
foro en dirección a C o n s t a n t i n o p l a .
La conquista turca de la parte occidental de Anatolia comen-
zaba entonces a consolidarse con la creación de unos principados
con sus emires locales al frente. La batalla de Bafea fue ga-
nada p o t u n emir gazi llamado O s m á n , cuyos guerreros comen-
zaron p r o n t o a c o n q u i s t a r Bitinia, y q u e fue el p a d r e del p u e b l o
o t o m a n o u osmanlí. P e r o todavía a comienzos del siglo XIV
los osmanlíes t e n í a n menos fama q u e los emiratos gazis de
otras zonas. En el sudoeste, al o t r o lado del río M e a n d r o , la
conquista fue culminada por un emir llamado Mentese. Sus
guerreros fueron los primeros de estos nuevos turcos q u e se
dedicaron a la piratería en el mar. En 1300 atacaron la isla de
Roelas, a u n q u e ésta fue p r o n t o recuperada p o r los caballeros
de San J u a n , q u e la c o n v i r t i e r o n en su cuartel general. Al n o r t e
del M e a n d r o los hijos de un tal Aydin, cuyos ataques se di-
rigían contra E s m i r n a , crearon o t r o e m i r a t o . Los emires de
Aydin, al igual q u e los de M e n t e s e , se aprovecharon de la
ausencia de fuerzas navales bizantinas y se dedicaron a ' la pi-
ratería en el Egeo. Más al n o r t e todavía se instalaron los emi-
ratos de Saruján, en la región de Lidia, y de Karasi, al sur
del H e l e s p o n t o . H a b í a otros, p e r o nadie hubiera p r e d i c h o q u e
el e m i r a t o de O s m á n , relativamente insignificante y sin salida
al mar, iba a convertirse en el más d u r a d e r o y poderoso de
todos los principados turcos.
T r a s los dos desastres de 1302, en Bafea y Magnesia, c u a n d o
la situación del E m p e r a d o r era casi desesperada, surgió una nueva
esperanza. U n a b a n d a d e mercenarios profesionales, conocida
como la C o m p a ñ í a Catalana, le ofreció sus servicios. H a b í a
l u c h a d o d u r a n t e algunos años a las ó r d e n e s del rey aragonés
de Sicilia contra Carlos I I de Anjou, p e r o en 1302 sus h o m b r e s
fueron licenciados y su jefe, Roger de Flor, vio en Bizancio u n a
n u e v a posibilidad de empleo. Sus condiciones eran exorbitantes,

340
pero el E m p e r a d o r accedió de b u e n grado a pagarles c u a t r o
meses de soldada p o r a d e l a n t a d o y a otorgar la m a n o de su
sobrina a su jefe.
La C o m p a ñ í a Catalana a p o r t ó dudosos beneficios. E n septiem-
bre de 1303 llegaron a C o n s t a n t i n o p l a u n o s 6.500 h o m b r e s y
casi i n m e d i a t a m e n t e p r o v o c a r o n desórdenes y saqueos. E n 1304
descendieron hacia Anatolia y l e v a n t a r o n el sitio de Filadelfia.
Pero en adelante, las operaciones contra los turcos fueron lle-
vadas más bien en beneficio p r o p i o que de los bizantinos.
El E m p e r a d o r se dio c u e n t a d e q u e era m u c h o más manejable
una b a n d a de mercenarios al m a n d o de u n griego q u e u n g r u p o
de soldados q u e no obedecían ó r d e n e s más q u e de su p r o p i o
jefe. Roger de Flor p l a n e ó establecer u n p r i n c i p a d o p r o p i o en
Asia M e n o r y sólo m u y a disgusto hizo volver sus tropas a los
cuarteles d e invierno de Gallípolis. E n esta ciudad recibieron
refuerzos p r o c e d e n t e s de E s p a ñ a . Se negaron a empezar otra
nueva campaña hasta q u e n o se pusiese al día el pago de sus
soldadas, y el E m p e r a d o r se vio en dificultades para e n c o n t r a r
el dinero. Su hijo Miguel I X p r o c l a m ó a b i e r t a m e n t e su des-
confianza hacia los catalanes, n o incluyéndoles en el ejército
que formó para hacer frente a los búlgaros. F i n a l m e n t e , Roger
accedió a volver al c o m b a t e a comienzos de 1305. A n t e s de partir
visitó el c a m p a m e n t o de Miguel I X en A d r i a n ó p o l i s , y e s t a n d o
en él fue asesinado p o r u n alano del ejército de Miguel. J u n t o
con él fueron asesinados trescientos h o m b r e s de su ejército.
Los restantes catalanes achacaron a los bizantinos el crimen.
Eligieron u n n u e v o jefe y organizaron u n p r e t e n d i d o estado
hispánico i n d e p e n d i e n t e en la p e n í n s u l a de Gallípolis. D u r a n t e
más de dos años t u v i e r o n en jaque a la región situada al oeste
de C o n s t a n t i n o p l a y todos los esfuerzos d e Miguel I X para
desalojarlos por la fuerza y d e su p a d r e para llegar a u n acuerdo
con ellos fueron inútiles. Q u i s i e r o n ganar a su causa a u n
gran n ú m e r o de turcos, invitándoles a atravesar el H e l e s p o n t o .
Una vez q u e h u b i e r o n agotado t o d o s los recursos en Tracia, se
trasladaron hacia occidente, en dirección a Salónica. E n 1308
llegaron a Calcídtca y saquearon los monasterios del m o n t e
Atos. P e r o las murallas de Salónica resistieron y en 1309
descendieron a Tesalia y de allí a A t e n a s . El d u q u e francés d e
Atenas, G u a l t e r i o d e Brienne, les t o m ó a su servicio, dándose
cuenta más tarde que n o p o d í a librarse de ellos; en marzo
de 1311, el d u q u e y m u c h o s de sus caballeros m u r i e r o n en u n a
batalla contra los catalanes, a orillas del río Cefiso, en Beocia.
El d u c a d o francés de A t e n a s y T e b a s , u n a de las reminiscencias
de la cuarta Cruzada, pasó así a estar d u r a n t e u n o s setenta años
bajo dominación catalana.

341
Los catalanes, cuyos servicios habían sido requeridos para
salvar al I m p e r i o b i z a n t i n o , causaron graves perjuicios no sólo a
los territorios imperiales de Tracia y M a c e d o n i a , sino también
a la economía del I m p e r i o . Para hacer frente a los gastos q u e
ocasionaban, el E m p e r a d o r se vio obligado a devaluar una vez
más el n u m e r a r i o en 1304. El c o n t e n i d o de o r o del hyperpyron,
q u e cien años antes había sido del 90 % , fue reducido al
50 %. Al ser r e c a u d a d o s la mayor parte de los derechos adua-
neros genoveses y venecianos, h u b o que recurrir a otras for-
mas de i m p u e s t o s sobre el pueblo bizantino, especialmente
en las provincias occidentales. Una tercera parte de todas las
tierras poseídas en calidad de pronoia fueron confiscadas p o r
el E s t a d o , y m u c h o s latifundios q u e hasta el m o m e n t o h a b í a n
disfrutado de la exención fiscal, y e n t r e ellos algunos perte-
necientes a los g r a n d e s monasterios, fueron ahora cargados d e
i m p u e s t o s . A d e m á s se i n t r o d u j o u n n u e v o tipo de i m p u e s t o e n
especie, p a g a d o p o r los agricultores: el sitokritkon, q u e se recau-
daba en trigo y cebada en c a n t i d a d proporcional a la extensión
de tierra d e cada agricultor.
Tales medidas p e r m i t i e r o n al m e n o s pagar a los catalanes e
incluso p r o p o r c i o n a r o n cierta p r o s p e r i d a d adicional para el te-
soro después de q u e éstos se h u b i e r o n i d o . P e r o no p u d i e r o n
paliar la miseria de aquellos a quienes habían despojado los
turcos o los catalanes. D e s d e 1305 C o n s t a n t i n o p l a estaba llena
d e refugiados p r o c e d e n t e s de Tracia y de Asia M e n o r . Escasea-
b a n los alimentos y había un p r ó s p e r o mercado negro d e trigo.
E l patriarca A t a n a s i o organizó la ayuda a los pobres y ham-
b r i e n t o s y presionó al E m p e r a d o r para que estrechara el control
sobre la compra y venta de trigo y la fabricación de pan. P e r o
la agricultura d e la región en t o r n o a C o n s t a n t i n o p l a estaba
c o m p l e t a m e n t e a r r u i n a d a , al h a b e r estado viviendo de la tierra
en Tracia los turcos atraídos p o r los catalanes. Algunos de ellos
se p u s i e r o n al servicio de M i l u t i n d e Servia, p e r o u n o s 2.000 se
hicieron fuertes e n Gallípolis y hasta 1312, con la ayuda de
los servios y los genoveses, no p u d i e r o n los bizantinos cercarlos
y d e r r o t a r l o s . U n i m p o r t a n t e granero era el n o r t e d e Tracia,
q u e en su mayor p a r t e no h a b í a llamado la atención de cata-
lanes y turcos, y d e s d e cuyos p u e r t o s a orillas del m a r N e g r o
los barcos genoveses cargaban el trigo con dirección a Constanti-
nopla. P e r o incluso allí era la situación poco clara, pues los
búlgaron crearon graves p r o b l e m a s al I m p e r i o . T e o d o r o Sve-
toslav, q u e h a b í a iniciado en 1300 la liberación de Bulgaria
de m a n o s de los tártaros, o c u p ó los p u e r t o s bizantinos del
m a r N e g r o y e n 1307 obligó al e m p e r a d o r A n d r ó n i c o a firmar
un t r a t a d o cediéndolos a Bulgaria.

342
Los turcos seguían su inexorable conquista de la parte oc-
cidental de Asia Menor. Durante algún tiempo el Emperador
mantuvo la esperanza de una intervención de los mongoles por
el este y llegó a un arreglo con su jan, que envió un ejército
a Bitinia en 1307. Consiguió escasos resultados, salvo el de
espolear aún más a Osmán, y tras la partida de los catalanes
no había una resistencia debidamente organizada ni frente a
los osmanlíes ni frente a los otros emiratos ¿azi del sur. Al final,
Andrónico II hizo un tardío intento de revitalizar la marina
bizantina. Se impusieron nuevos tributos para construir una
ilota de veinte navios de guerra y sostener un contingente de
1.000 jinetes en Bitinia y 2.000 en Europa.
La fuerza material del Imperio fue declinando rápidamente
en tiempos de Andrónico, pero los asuntos de la Iglesia nunca
dejaron de ocupar su atención. En 1310 tuvo la satisfacción
de presidir el acto de reconciliación formal entre los arsenitas
y la Iglesia ortodoxa. Su causa, como la de los partidarios de
los Lascaris, había perdido gran parte de su fuerza con la
ocupación turca del antiguo Imperio de Nicea. En 1312 ordenó
que los monasterios del monte Atos, que siempre habían estado
bajo el control imperial, en el futuro estuvieran sometidos a
la autoridad del Patriarca de Constantinopla. El Emperador ela-
boró también una nueva lista del orden de prioridad de los
obispados. El patriarca Atanasio, que desempeñó el cargo en
dos ocasiones durante el reinado de Andrónico, se ganó muchas
enemistades debido a su puritanismo y a su rigurosa obser-
vancia de los principios cristianos. Pero ejercía una gran in-
fluencia sobre el Emperador y colaboró en la reafirmación del
status de la sede de Constantinopla como cabeza indiscutible
de todas las Iglesias ortodoxas dentro y fuera de los límites
del Imperio. Entre los mismos bizantinos era evidente que,
en tiempos de Andrónico II, la Iglesia consiguió todo el pres-
tigio y autoridad que había perdido el Imperio.
Pero hubo un aspecto en el que el reinado de Andrónico II
fue testigo de notable renacimiento: el de las artes y las cien-
cias. Es una paradoja en la historia bizantina que la decadencia
material del Imperio en el siglo xiv fuera acompañada de un
renacimiento de la literatura, la cultura y el arte. Este proceso
había comenzado durante los años del exilio en Nicea. En el
campo de la literatura se manifestó sobre todo en un renovado
interés por la erudición e historiografía griegas. Jorge el Acro-
polita, el historiador del período de Nicea, que llegó a ser Gran
Logoteta en tiempos de Miguel V I I I , fue un continuador cons-
ciente de la tradición de Tucídides. Desde 1261, el Emperador

343
le p u s o al frente de la restablecida Universidad de Constan­
tinopla. J o r g e P a q u i m e r o , q u e nació en Nicea y m u r i ó en
C o n s t a n t i n o p l a en 1310, escribió también la historia d e este
p e r í o d o , pero se interesó además por la filosofía, las matemá­
ticas y la a s t r o n o m í a . Sus c o n t e m p o r á n e o s gustaban de c o m p a r a r
a C o n s t a n t i n o p l a con la A t e n a s d e la antigüedad y a la C o r t e
de A n d r ó n i c o I I con el Liceo y la Síoa. Los sabios q u e la
frecuentaban o b t e n í a n la mayor parte de sus conocimientos de
fuentes antiguas. Sobresalieron en los comentarios eruditos y
en las paráfrasis de los clásicos. P e r o su cultura carecía d e ori­
ginalidad, e x c e p t u a n d o quizá el campo de las matemáticas. E n
él, el monje M á x i m o P l a n u d o abrió nuevos cauces al a d o p t a r
los n ú m e r o s árabes, a u n q u e P l a n u d o sea más famoso p o r sus
traducciones al griego de algunas obras de San Agustín, Boecio
e incluso O v i d i o . E s t o s sabios manifestaron en p a r t e su v a n i d a d
en su afán enciclopedista. Q u i e n e s estuvieron más cerca de este
p r o p ó s i t o fueron T e o d o r o M e t o q u i t o , G r a n Logoteta de An­
drónico I I , y su discípulo el historiador Nicéforo G r é g o r a s . Me­
t o q u i t o había leído todas las o b r a s filosóficas y científicas del
m u n d o a n t i g u o . Sus conocimientos enciclopédicos se p u e d e n
apreciar leyendo la serie de ensayos q u e ha llegado hasta noso­
tros. P e r o su gran afición, q u e t r a n s m i t i ó a su discípulo G r é g o r a s ,
quizá el sabio más i m p o r t a n t e de su época, era la astronomía.
Nicéforo G r é g o r a s , q u e vivió y escribió la historia de las dos
guerras civiles y la de la controversia teológica que agitó a la
sociedad de su época, escribió también un t r a t a d o acerca de
la construcción del astrolabio, observó y predijo eclipses y pro­
p u s o u n a reforma del calendario juliano. F u e un gran expo­
sitor, a u n q u e no creador, de la filosofía, a u n q u e estuvo más
inclinado hacia el platonismo y neoplatonismo q u e hacia la dia­
léctica de Aristóteles. Consideraba las matemáticas y la astro­
nomía como la quintaesencia de la sabiduría h u m a n a . P e r o para
G r é g o r a s , lo m i s m o que para la mayor parte de sus contem­
poráneos, a pesar de su e n t u s i a s m o ante el r e d e s c u b r i m i e n t o
de la cultura griega antigua, la teología seguía siendo la reina de
las ciencias. Al final de su vida, d u r a n t e la d i s p u t a sobre la
doctrina de los hesicastas, G r é g o r a s se o c u p ó exclusivamente
de cuestiones de teología, o l v i d a n d o sus otras aficiones, y mu­
rió en 1360, mártir de sus convicciones religiosas.

Este renacimiento de la cultura en C o n s t a n t i n o p l a y Salónica


fue en parte impulsado por la creciente helenización de los
bizantinos y p o r el orgullo de monopolizar la herencia de la
sabiduría helénica. T e o d o r o M e t o q u i t o se enorgullecía de no
tener n i n g u n a d e u d a con la c u l t u r a latina ni con n i n g u n a otra

344
cultura extranjera. Esta identificación de lo b i z a n t i n o con lo
griego era c o m p r e n s i b l e en u n m o m e n t o en q u e el I m p e r i o se
veía r á p i d a m e n t e r e d u c i d o a sus provincias específicamente grie-
gas. P e r o h a b í a quienes consideraban esta actitud como una
mera p e d a n t e r í a retórica, y e r u d i t o s , como P l a n u d o , a d m i r a b a n
cuanto conocían de la c u l t u r a occidental. E n t r e éstos destacó
Demetrio C i d o n i o , q u e viajó por el extranjero c o m o estadista
a mediados del siglo x i v y q u e sirvió d u r a n t e m u c h o s años
en calidad de p r i m e r m i n i s t r o a los e m p e r a d o r e s J u a n Canta-
cuceno y J u a n V. C i d o n i o fue u n o de los pocos bizantinos
que a d m i r ó a T o m á s de A q u i n o , cuyas obras tradujo al griego
y fue el precursor del selecto g r u p o de bizantinos, sobre todo
intelectuales, q u e abrazaron la fe de la Iglesia d e Roma y se
volvieron hacia O c c i d e n t e para i n t e n t a r salvar a su I m p e r i o
de la ruina. C i d o n i o dejó también escrita una amplia colec-
ción de cartas, q u e , a u n q u e a m e n u d o son solamente meros ejerci-
cios literarios, arrojan m u c h a luz sobre la historia de la segunda
mitad del siglo x i v . P u e s , cosa extraña, los acontecimientos
de este p e r í o d o no fueron n a r r a d o s p o r n i n g ú n historiador bi-
zantino c o n t e m p o r á n e o . El ú l t i m o de los historiadores griegos
del siglo x i v , y u n o de los h o m b r e s más cultos d e su época,
fue el e m p e r a d o r J u a n VI C a n t a c u c e n o , q u e escribió sus me-
morias tras su abdicación en 1354. Se trata d e u n a de las obras
más literarias y cuidadas de toda la historiografía bizantina.
Pero nadie recogió el hilo de los hechos d o n d e Cantacuceno
lo había dejado hasta mediados del siglo xv. Hacia 1360 da la
impresión d e h a b e r p e r d i d o la mayor p a r t e d e su fuerza el
movimiento d e renacimiento cultural bizantino.
El renacimiento artístico que a c o m p a ñ ó al literario conservó,
sin embargo, su fuerza. El ejemplo s u p r e m o del arte del siglo xiv
está c o n s t i t u i d o p o r los mosaicos y pinturas al fresco d e la
iglesia de Cora (Kabrie-Djamie) de C o n s t a n t i n o p l a , que fue res-
taurado a expensas de T e o d o r o M e t o q u i t o antes de 1332. O t r o s
ejemplos de mosaicos de esta época se p u e d e n encontrar en la
misma C o n s t a n t i n o p l a , en la Kilisse Djamie y en Salónica, en
la iglesia de los Santos Apóstoles. P e r o fue en la p i n t u r a de
frescos más m o d e s t o s o en la de iconos en las ciudades provin-
ciales, como Mistra, en Morea, en la que se p u e d e n hallar
algunas de las más hermosas obras del arte tardío b i z a n t i n o ,
o en el I m p e r i o de T r e b i s o n d a , d o n d e los artistas bizantinos me-
jor se expresaron. Y fue m e d i a n t e la c o n t i n u a vitalidad de la
Iglesia en t a n t o q u e factor c o m ú n en los países ortodoxos como
las influencias artísticas y culturales bizantinas se e x t e n d i e r o n
a Servia, Bulgaria, R u m a n i a y Rusia en este p e r í o d o .

345
III. La época de las guerras civiles: Andrónico III y
Juan VI (1321-1354)

La vida familiar d e A n d r ó n i c o I I e s t u v o llena de desgracias*


Su hijo Miguel I X , nacido d e su primera mujer, fue coronadtjj
co-emperador en 1294. Su segunda mujer, I r e n e de MonferratO|l
le dio otros tres hijos y p r e t e n d i ó q u e su esposo dividiera e í
I m p e r i o en u n a serie d e principados. A n d r ó n i c o se negó, sin
e m b a r g o , a a d o p t a r u n a m e d i d a tan inusitada e I r e n e le a b a n d o n ó
refugiándose en Salónica. La sucesión pareció asegurarse aún
más al convertirse en co-emperador en 1316 el mayor de los
dos hijos d e Miguel I X , A n d r ó n i c o I I I . El joven A n d r ó n i c o ,
q u e era en principio el favorito de su abuelo, t u v o u n a disoluta
j u v e n t u d . C o m o consecuencia de una d e sus aventuras amorosas
se convirtió en agente i n v o l u n t a r i o de la m u e r t e d e su h e r m a n o
m e n o r . La impresión fue demasiado fuerte para su p a d r e Mi-
guel I X , q u e cayó e n f e r m o y m u r i ó en 1320. Parecían frus-
t r a d o s todos los planes dinásticos hechos p o r A n d r ó n i c o I I ,
q u e d e s h e r e d ó a su n i e t o .
E s t o s fueron los acontecimientos q u e d e s e n c a d e n a r o n la pri-
mera de las guerras civiles q u e iban a agitar al I m p e r i o d u r a n t e
el siglo x i v . P e r o las causas eran más p r o f u n d a s . E n 1320 hacía
ya casi c u a r e n t a años q u e A n d r ó n i c o I I ocupaba el trono.
P a r t e d e la joven generación aristócrata se dio cuenta de que
carecía d e directrices políticas y de q u e su época había pasado.
E s t e s e n t i m i e n t o d e b i ó de ser c o m p a r t i d o p o r los q u e a ú n
tenían latifundios en Macedonia y en el n o r t e d e Tracia, cuyas
calamidades hasta el m o m e n t o se habían r e d u c i d o al a u m e n t o
d e sus i m p u e s t o s y a la pérdida d e su i n m u n i d a d . Al ser des-
h e r e d a d o A n d r ó n i c o I I I en 1320, su causa fue defendida por
varios d e sus amigos, q u e le convencieron p a r a defender sus
derechos sucesorios. E n t r e ellos destacaban J u a n Cantacuceno,
Sirgiano Paleólogo y T e o d o r o Sinadeno. Cantacuceno, al igual
q u e Sirgiano, era d e la misma e d a d q u e el joven A n d r ó n i c o y
p r o v e n í a de u n a familia m u y b i e n relacionada, que poseía ex-
tensas p r o p i e d a d e s en M a c e d o n i a , Tracia y Tesalia. Su carrera
política y militar, q u e se inició de m a n e r a efectiva con la
p r i m e r a guerra civil, le conduciría finalmente al t r o n o , y gran
p a r t e d e la historia bizantina del siglo x i v 'Estuvo conformada
p o r su política y fue descrita p o r su p l u m a en las memorias
q u e más tarde escribió. Sirgiano estaba e m p a r e n t a d o con las
familias de los Paleólogo y los C a n t a c u c e n o , a u n q u e era de
origen extranjero. S i n a d e n o pertenecía también a la aristocracia
t e r r a t e n i e n t e y o c u p a b a u n cargo militar en Tracia. El cuarto

346
cómplice era u n a v e n t u r e r o sin escrúpulos llamado Alejo Apo-
rauco, q u e debía su fortuna a J u a n C a n t a c u c e n o .
Cantacuceno y Sirgiano p r e p a r a r o n el t e r r e n o para la rebelión
en Tracia, a l i m e n t a n d o la e n e m i s t a d del p u e b l o , d i s p u e s t o ya a
enfrentarse a los recaudadores d e i m p u e s t o s del E m p e r a d o r .
El dinero se empleó para reclutar ejércitos. E n Pascua de 1321,
Andrónico I I I h u y ó de C o n s t a n t i n o p l a y se unió a sus parti-
darios en A d r i a n ó p o l i s . Los acontecimientos futuros tuvieron
tres fases. E n junio de 1321 el anciano E m p e r a d o r t u v o q u e
aceptar q u e su nieto reinara c o m o E m p e r a d o r en A d r i a n ó p o l i s .
La guerra estalló de n u e v o , sin e m b a r g o , al cambiar d e p a r t i d o
Sirgiano, celoso de la posición d e C a n t a c u c e n o . U n s e g u n d o
arreglo se consiguió en 1322. D u r a n t e algún tiempo, los dos
emperadores acordaron reinar c o n j u n t a m e n t e y en 1325 A n d r ó -
nico I I I fue s o l e m n e m e n t e c o r o n a d o E m p e r a d o r en Constanti-
nopla. P e r o había u n a atmósfera d e sospechas e intrigas. Sir-
giano fue d e s c u b i e r t o en u n complot para asesinar al anciano
Emperador y e n c e r r a d o en prisión. El g o b e r n a d o r d e Salónica,
Juan Paleólogo, se proclamó príncipe i n d e p e n d i e n t e , con la
ayuda del rey servio E s t e b a n D e c a n s k i . Parecía haberse d e t e n i d o
la actividad n o r m a l d e g o b i e r n o , mientras se olvidaban casi
completamente las necesidades militares del I m p e r i o . G r u p o s
de piratas turcos s a q u e a r o n las costas d e Tracia, y a u n q u e se
hicieron algunos nuevos i n t e n t o s para expulsar a los turcos de
Filadelfia, en abril de 1326 los osmanlíes se a p o d e r a r o n d e la
ciudad d e Brusa, en Bitinia.

La tercera y última fase d e la lucha comenzó en o t o ñ o d e


1327 y esta vez la guerra alcanzó mayores proporciones, pues
intervinieron en b a n d o s o p u e s t o s Servia y Bulgaria. P e r o en
enero d e 1328 Salónica se p u s o d e p a r t e de A n d r ó n i c o I I I y
en mayo del mismo año, a y u d a d o p o r Cantacuceno y p o r sus
partidarios d e d e n t r o d e la ciudad, el joven E m p e r a d o r e n t r ó en
C o n s t a n t i n o p l a . A n d r ó n i c o I I se vio obligado a abdicar. M u r i ó
en 1332, en u n m o n a s t e r i o . Su G r a n Logoteta, el sabio T e o d o r o
M e t o q u i t o , fue exiliado. E l triunfo de A n d r ó n i c o I I I fue, en
cierto m o d o , el d e nuevos h o m b r e s con nuevas ideas. P e r o los
años de luchas h a b í a n a r r u i n a d o d e nuevo la economía y la
agricultura y los vecinos y enemigos del I m p e r i o , servios, búl-
garos, italianos y turcos se h a b í a n a p r o v e c h a d o de la confusión
reinante. La m a n o derecha del n u e v o E m p e r a d o r era J u a n
Cantacuceno, q u e se c o n t e n t ó con el cargo de G r a n D o m é s t i c o ,
declinando el ofrecimiento d e c o m p a r t i r el p o d e r imperial. Gra-
cias a su mediación fue p u e s t o en libertad el traidor Sirgiano.
Sinadeno fue n o m b r a d o prefecto d e C o n s t a n t i n o p l a y a Alejo
le fue confiado el tesoro.

347
El I m p e r i o b i z a n t i n o estaba bajo el control de h o m b r e s má*
jóvenes y decididos. C o m o p r u e b a de ello, el E m p e r a d o r y si*
G r a n D o m é s t i c o iniciaron una campaña en Bitinia a comienzoi
d e 1329. P e r o también los osmanlíes c o n t a b a n con nuevo jefe;
O s m á n h a b í a m u e r t o en 1326 y había sido sucedido p o r SU
1
hijo O r j á n . E n junio d e 1329 este primer ejército bizantina
fue d e r r o t a d o p o r O r j á n y sus guerreros, p r i m e r o en Pelecano,
cerca d e Nicomedia, y más t a r d e en Filocrene, en la costa. Eli
E m p e r a d o r fue h e r i d o , p e r o C a n t a c u c e n o cubrió su retirada y
trajo de vuelta a C o n s t a n t i n o p l a los restos del ejército. La ba-
talla de Pelecano significó el principio del fin de la dominación
bizantina sobre Bitinia. O r j á n se a p o d e r ó de Nicea en marzd
de 1331 y de Nicomedia en 1337. N o se veía otra alternativa
q u e llegar a u n acuerdo con los c o n q u i s t a d o r e s . E n 1333 A n d r ó -
nico I I I firmó el p r i m e r t r a t a d o de Bizancio con los osmanlíes
y accedió a pagarles u n t r i b u t o anual.
Una política semejante se a d o p t ó en relación con los otros,
emiratos turcos de Asia M e n o r . E n o t o ñ o de 1329 los habitantes
de Q u í o se rebelaron c o n t r a sus d o m i n a d o r e s genoveses. El
E m p e r a d o r acudió p r e s t a m e n t e en su ayuda y la isla volvió bajo
la dominación bizantina, j u n t o con Focea, en el continente.
Allí estableció A n d r ó n i c o su p r i m e r contacto directo con U m u r ,
emir de A y d i n . La actividad de U m u r había ya llegado a oídos'
del m u n d o occidental, pues ya en 1332 controlaba el p u e r t o
de E s m i r n a y sus navios piratas llegaban en sus incursiones
hasta la isla de N e g r o p o n t e , en p o d e r de Venecia, y el litoral
griego. Los italianos, y sobre t o d o los caballeros d e Rodas y
el rey francés de C h i p r e , p e n s a b a n formar u n a liga para su
defensa c o m ú n frente a los piratas de Aydin y M e n t e s e . El
p a p a J u a n X X I I quiso transformar esta liga en una cruzada.
P e r o la actuación de los m i e m b r o s de la liga inclinó a Bizancio
a fortalecer a ú n más su alianza con los turcos. E n 1335 los
genoveses, ayudados por los caballeros de R o d a s , o c u p a r o n la :

isla de Lesbos e i n t e n t a r o n recuperar Q u í o . A n d r ó n i c o I I I , im-


p u l s a d o por Cantacuceno, llamó i n m e d i a t a m e n t e en su ayuda
a los turcos. U m u r d e Aydin acudió a su e n c u e n t r o en Kara
B u r u n , frente a Q u í o , y allí, en 1335, se firmó un n u e v o
t r a t a d o . U m u r cedió barcos al E m p e r a d o r p a r a recuperar Lesbos,
recibiendo a c a m b i o una gran suma de d i n e r o . E n el t r a t a d o
se especificaba el reconocimiento p o r parte d e los bizantinos
de la i n d e p e n d e n c i a del e m i r a t o d e Aydin. P e r o a cambio
s u p u s o la paz en este sector d u r a n t e bastantes años y garantizó
al E m p e r a d o r u n constante refuerzo de tropas turcas para apo-
yar la causa bizantina.

348
Mientras t a n t o en los Balcanes había estallado la guerra e n t r e
S i r v i a y Bulgaria. E n 1330 los servios d e r r o t a r o n a los búl-
garos en Velbuzvd ( K u s t e n d í l ) . Se trataba de un conflicto que
MÍIO d e manera indirecta afectaba a Bizancio, pero sus conse-
cuencias fueron alarmantes al surgir en él u n n u e v o rey d e Servia,
Ksteban U r o s , conocido p o r D u s a n , q u e iba a d o m i n a r los
ucontecimientos en los Balcanes d u r a n t e muchos años. D u s a n
unió Servia y Bulgaria al casar con una h e r m a n a del zar b ú l g a r o
Iván Alejandro y comenzó a planear la conquista de todas las
provincias europeas de Bizancio y de la misma C o n s t a n t i n o p l a .
Ivn un principio le a n i m ó a e l l o la defección a su propia C o r t e
ile Sirgiano, al q u e A n d r ó n i c o había n o m b r a d o g o b e r n a d o r de
Salónica. Sirgiano fue finalmente asesinado por u n sicario del
limperador y el a s u n t o t e r m i n ó con u n n u e v o t r a t a d o e n t r e An-
drónico y D u s a n , firmado en 1334. P e r o D u s a n había visto
la posibilidad d e q u e otros bizantinos p u d i e r a n servir a sus
planes.
C i e r t a m e n t e , el I m p e r i o en t i e m p o s de A n d r ó n i c o I I I inspiró
algo más d e respeto a sus vecinos. Se h a b í a visto obligado a
hacer concesiones a los turcos, a u n q u e era mejor tenerlos como
aliados q u e como enemigos, pero los servios, búlgaros e italianos
habían c o m p r o b a d o que los bizantinos seguían teniendo cierta
capacidad de resistencia. T a m b i é n se llevaron a cabo ciertas
reformas internas. La economía estaba en u n a situación muy
m a l a , a u n q u e se o b t u v i e r o n las grandes sumas necesarias para
pacificar a los turcos, y h o m b r e s como Cantacuceno estaban dis-
puestos a arriesgar su fortuna personal para apoyar a u n go-
bierno e n . el q u e tenían cierta confianza. A n d r ó n i c o I I I a d o p t ó
también medidas para erradicar la corrupción, n o m b r a n d o c u a t r o
jueces s u p r e m o s encargados d e supervisar la aplicación d e las
leyes. Su abuelo había fracasado en su i n t e n t o de crear, en 1296,
un alto t r i b u n a l de apelación. La reforma de A n d r ó n i c o no t u v o
mucho más éxito, pues se vio q u e los propios jueces supremos
eran también corruptibles. N o es casualidad que en el siglo x i v
fuera recayendo en la Iglesia un n ú m e r o creciente de cuestiones
judiciales. E n todos los casos, los querellantes preferían la im-
parcialidad de un t r i b u n a l patriarcal o episcopal a la venalidad
de su tribunal local. P e r o la institución de los jueces supremos
sobrevivió e incluso fue ampliada más tarde con el nombra-
miento de jueces en otras ciudades, igualmente con amplios po-
deres. Ya era algo llevar a cabo u n i n t e n t o de reforzar el
aparato legal en un m o m e n t o tan caótico.
Sin e m b a r g o , el mayor logro d e este r e i n a d o fue, evidente-
m e n t e , la recuperación para el I m p e r i o de las provincias d e
Epiro y Tesalia, t a n t o t i e m p o separadas de él. E n Tesalia, el

349
ú l t i m o d e s c e n d i e n t e d e la dinastía griega i n d e p e n d i e n t e , muriá
en 1 3 1 8 sin dejar descendencia. E n el país se produjo u n í
fragmentación d e t i p o feudal o la simple anarquía. Los bizarM
tinos comenzaron la penetración p o r el n o r t e , desde SalónicaJ
y los catalanes p o r el sur, desde T e b a s , mientras q u e alguna»
familias albanesas comenzaron a p e n e t r a r sin oposición en lai
llanuras d e Tesalia. P e r o e n 1 3 3 3 , al morir el más i m p o r t a n t e
de los magnates locales, el E m p e r a d o r , q u e se hallaba en Mao^i
donia, a p r o v e c h ó la o p o r t u n i d a d para enviar algunas tropas y:
reivindicar Tesalia c o m o provincia imperial. Los h a b i t a n t e s , ira
cluso los inmigrantes albaneses, accedieron gustosos y fue nom-
b r a d o u n g o b e r n a d o r imperial.
La r e c o n q u i s t a d e E p i r o se p r o d u j o algunos años más tarde,
T a m b i é n aquí m u r i ó en 1318 el ú l t i m o h e r e d e r o directo d e la
dinastía griega i n d e p e n d i e n t e , el déspota T o m á s . E p i r o pasó
entonces a m a n o s d e la familia italiana d e los O r s i n i , q u e du-
r a n t e m u c h o t i e m p o había g o b e r n a d o en la cercana isla df
Cefalonia. J u a n O r s i n i (1323-1335) recibió d e A n d r ó n i c o I I I el
título bizantino d e d é s p o t a . P e r o en 1335 fue asesinado por
su mujer, A n a , griega, q u e g o b e r n ó en calidad d e regente díf
su hijo Nicéforo, y buscó u n mayor acercamiento a Bizancio.
D o s años m á s tarde, A n d r ó n i c o y J u a n Cantacuceno, q u e estaban
en u n a c a m p a ñ a p o r Albania, visitaron E p i r o y aceptaron la
sumisión d e A n a . P e r o n o todos los h a b i t a n t e s d e E p i r o se mos-
traron d e a c u e r d o con esta medida y su hijo Nicéforo fue llevado
secretamente a la C o r t e d e Catalina d e Valois, en Italia. Catalina,
como h e r e d e r a del I m p e r i o latino d e Constantinopla, vio grandes
posibilidades en el apoyo a u n a rebelión contraria a la impo-
sición del g o b i e r n o directo d e Bizancio, y volvió a enviar a
su patria a Nicéforo, a c o m p a ñ a d o d e u n a flota italiana. Sin
e m b a r g o , la revuelta n o t u v o gran eco y fue p r o n t a m e n t e aplas-
tada al aparecer de n u e v o A n d r ó n i c o I I I y Cantacuceno con un
ejército. A finales d e 1340 Nicéforo fue trasladado a Constan-
tinopla, d o n d e m á s tarde casaría con la hija de Cantacuceno,
M a r í a . E l p r i m o d e Cantacuceno, J u a n Ángel, fue n o m b r a d o
g o b e r n a d o r d e la recién establecida provincia d e E p i r o , mientras
q u e su amigo T e o d o r o Sinadeno pasó a ser gobernador d e Sa-
lónica.

La recuperación d e toda la parte n o r t e d e Grecia fue u n


gran triunfo. P u d o h a b e r marcado el resurgimiento de Bizancio
como gran potencia europea, tras la pérdida de sus territorios
en Asia M e n o r . P e r o sólo algunos años más tarde, t a n t o E p i r o
como Tesalia, fueron incorporadas al I m p e r i o en expansión d e
E s t e b a n D u s a n d e Servia, q u e parecía tener toda la vitalidad
q u e Bizancio había p e r d i d o . E s t e triunfo, c o m o la mayor parte

350
ilr los éxitos diplomáticos y militares d e A n d r ó n i c o I I I , fue
ni gran p a r t e o b r a de J u a n C a n t a c u c e n o . Su fuerza y su in-
lluencia sobre el E m p e r a d o r fueron causa d e envidia e n t r e sus
(niegas, y su r e s e n t i m i e n t o llegó al límite al morir A n d r ó n i -
ro I I I el 15 de junio d e 1341 sin haber t o m a d o disposiciones
sucesorias. E l mayor de sus hijos, J u a n Paleólogo, contaba so-
lamente n u e v e años. M u c h o s e n c o n t r a b a n lógica la regencia de
Juan C a n t a c u c e n o , el e t e r n o amigo del ú l t i m o E m p e r a d o r . P e r o
hubo otros q u e creyeron llegado el m o m e n t o d e provocar la
caída del rival político. La E m p e r a t r i z viuda y m a d r e de J u a n ,
rl niño E m p e r a d o r , A n a d e Saboya, había o d i a d o siempre a
Cantacuceno. O t r o o p o n e n t e declarado era el patriarca J u a n
(ialecas, pues p r e t e n d í a también la regencia del I m p e r i o . P e r o el
hombre que más agudizó la crisis fue el advenedizo Alejo Apo-
cauco, q u e recientemente había añadido a sus lucrativos títulos
el d e G r a n D u q u e o alto almirante. F u e él q u i e n atizó las
llamas del r e s e n t i m i e n t o contra C a n t a c u c e n o e intrigó contra
él ante la E m p e r a t r i z y el Patriarca.
La i n c e r t i d u m b r e sobre la sucesión dio nuevas alas a los ene-
migos del I m p e r i o . T a n t o D u s a n de Servia como Iván Alejandro
de Bulgaria explotaron la situación y los piratas turcos asola-
ron de nuevo las costas de Tracia. P e r o Cantacuceno les d e m o s t r ó
que seguía siendo d u e ñ o d e la situación. Se llegó a u n acuerdo
con servios, búlgaros y turcos, lo mismo q u e con Orján, el emir
osmanlí. La fama de C a n t a c u c e n o era tan g r a n d e que incluso
algunos señores franceses d e M o r e a le ofrecieron someter su
principado. E s t o h u b i e r a significado la vuelta a Bizancio de casi
toda Grecia. Era u n a o p o r t u n i d a d demasiado clara para desapro-
vecharla. E n s e p t i e m b r e de 1341 Cantacuceno marchó d e Cons-
tantinopla para reclinar u n ejército. Pasarían más de cinco años
antes de q u e volviese.
E n c u a n t o h u b o m a r c h a d o , sus rivales, dirigidos p o r Alejo
Apocauco, organizaron un golpe d e E s t a d o . El patriarca J u a n
Calecas fue proclamado regente y A p o c a u c o prefecto de la ciu-
dad. La E m p e r a t r i z firmó u n a o r d e n de deposición contra Can-
tacuceno. El 26 d e o c t u b r e de 1341 Cantacuceno aceptó la
proclamación como E m p e r a d o r q u e hicieron sus partidarios en
sus cuarteles generales en Demótica, en Tracia. La decisión, ar-
güyó, le había sido i m p u e s t a . P e r o insistió en q u e seguía siendo
u n simple guardián de los derechos del h e r e d e r o legítimo, J u a n
Paleólogo, y nunca se desvió d e este principio. La regencia d e
C o n s t a n t i n o p l a vio, sin e m b a r g o , la cuestión de otra manera y
estalló u n a segunda guerra civil. El Patriarca excomulgó a
C a n t a c u c e n o y en n o v i e m b r e d e 1341 llevó a cabo la coronación
de J u a n Paleólogo c o m o el e m p e r a d o r J u a n V .

351
La segunda guerra civil fue incluso más asoladora q u e la
p r i m e r a . D i o pie para la intervención extranjera hasta u n o i
límites m u c h o mayores; pero además desencadenó unas tensiones
sociales y políticas d e n t r o de la sociedad bizantina que tuvieron
consecuencias sin p r e c e d e n t e s . Los pobres y desposeídos sabían
perfectamente q u e Cantacuceno representaba los intereses de la
rica clase latifundista, q u e era su principal apoyo. Apocauco
explotó su r e s e n t i m i e n t o en su p r o p i o beneficio, ofreciéndose
como su defensor e incitando una revuelta en C o n s t a n t i n o p l a
para destruir las p r o p i e d a d e s de la aristocracia. Ello p r o n t o de-
generó en una revolución. Es significativo que el movimiento
afectase más a las ciudades que a los centros rurales. T o d a s las
ciudades del I m p e r i o habían t e n d i d o a desarrollar su propio
g o b i e r n o municipal a m e d i d a q u e se debilitaban sus lazos con
la capital. E n algunas de las más remotas ciudades del I m p e r i o ,
como M o n e m b a s i a y J a n i n a , este proceso había sido favorecido
por la propia política imperial, y los emperadores habían con-
cedido a sus c i u d a d a n o s cartas de privilegios. La población más
p o b r e de las ciudades d e Tracia rechazó la protección imperial
t o m á n d o s e la ley por sus propias manos.
Al poco t i e m p o de la proclamación de Cantacuceno como
E m p e r a d o r en D e m ó t i c a , las poblaciones de las proximidades de
Adrianópolis se levantaron contra su aristocracia e implantaron
un gobierno revolucionario. El ejemplo fue p r o n t o seguido por
otras ciudades. Las clases acomodadas fueron condenadas con
el estigma de «cantacucenismo» y desposeídas en todo el Im-
perio. E n Salónica, la revolución adquirió una forma peculiar,
pues se organizó u n a especie de p a r t i d o político con u n pro-
grama d e reformas. Se llamaron a sí mismos zeloias y se hicieron
con el poder al saber q u e Cantacuceno avanzaba contra su
ciudad llamado por la aristocracia. El g o b e r n a d o r Sinadeno fue
e x p u l s a d o y d u r a n t e algunos días h u b o un gran t u m u l t o en la
ciudad, hasta que los zelotas lograron controlar la situación.
A q u í , como en todas partes, la regencia de C o n s t a n t i n o p l a se
a p r e s u r ó a reconocer al nuevo régimen. A p o c a u c o n o m b r ó a
su p r o p i o hijo J u a n delegado en la ciudad, como había hecho
antes con su o t r o hijo, M a n u e l , en A d r i a n ó p o l i s .
Tales acontecimientos no hicieron a J u a n Cantacuceno aban-
d o n a r la lucha. P e r o en los dos años siguientes sus posibilidades
de éxito parecían muy escasas. Sin comunicación con Tracia y
alejado de Salónica, su primera medida fue refugiarse en la
corte d e E s t e b a n D u s a n de Servia en 1342. D u s a n era, sin
e m b a r g o , un amigo poco fiel, y al proclamarse a favor de Can-
tacuceno la provincia de Tesalia y algunas ciudades de Mace-
donia, le a b a n d o n ó y se pasó al lado contrario. Cantacuceno

352
si ilícito también la ayuda de U m u r de Áydin, que en dos oca-
siones acudió en su socorro, p e r o ni siquiera con un ejército
di- ó.000 h o m b r e s p u d o conquistar Salónica. Su apoyo le per-
mitió, sin e m b a r g o , abrirse camino hasta Dcmótica, en Tracia,
desde d o n d e podía concentrar sus fuerzas para dominar a sus
oponentes d e C o n s t a n t i n o p l a . Al hacer esto, a b a n d o n ó Mace-
donia a su propia suerte, en manos de los servios. El ejército
de Dusan rodeó r á p i d a m e n t e Salónica y en septiembre de 1345
se apoderó de la ciudad clave de Serres. El 16 de abril de 1346,
Dusan se a u t o c o r o n ó E m p e r a d o r de servios y griegos, desbara-
tando así las pretensiones de los dos p r e t e n d i e n t e s al trono
bizantino.
La regencia d e C o n s t a n t i n o p l a o b t u v o muy pocos beneficios
de sus alianzas, tanto con los servios como con los búlgaros.
La emperatriz A n a i n t e n t ó interesar al P a p a en su causa y en
1343 o b t u v o algún d i n e r o e m p e ñ a n d o en Venecia las joyas de
la corona. P e r o a comienzos de 1345 Adrianópolis se rindió a
Cantacuceno y p r o n t o fue d u e ñ o de la mayor p a r t e de Tracia.
Alejo Apocauco, temiendo u n a reacción en C o n s t a n t i n o p l a , adop-
tó medidas aún más represivas, hasta q u e en junio d e 1345
fue asesinado por u n o de sus prisioneros políticos. El asesinato
de Apocauco, q u e había sido el principal p r o m o t o r de la guerra
civil, hizo entrever el final de ésta. Su hijo J u a n i n t e n t ó or-
ganizar una contrarrevolución en Salónica. F u e d e r r o t a d o en
medio de gran d e r r a m a m i e n t o de sangre por los zelotas, cuyo
régimen en adelante se volvió cada vez más dictatorial y autó-
nomo.
D u r a n t e los últimos años de la lucha, Cantacuceno se vio
privado de la ayuda de su aliado turco U m u r de Aydin, pues
en o c t u b r e d e 1344 la liga d e potencias cristianas d e O c c i d e n t e ,
reorganizada por el papa C l e m e n t e V I , se a p o d e r ó del p u e r t o
de E s m i r n a . U m u r moriría en su intento de recuperarlo en
1348. P e r o para entonces Cantacuceno había conseguido el apo-
yo de los osmanlíes de Bitinia, q u e estaban cercanos al escenario
de los hechos. E n 1346 concedió a Orján en matrimonio a
su p r o p i a hija T e o d o r a y aquél le proporcionó soldados para
luchar en Tracia. El 21 de mayo del mismo año, Cantacuceno
fue c o r o n a d o E m p e r a d o r en Adrianópolis por el Patriarca de
Jerusalén. E r a ya E m p e r a d o r tanto de hecho como de derecho.
F i n a l m e n t e , el 2 de febrero de 1347, consiguió p e n e t r a r en
C o n s t a n t i n o p l a por la noche, con un p e q u e ñ o g r u p o de h o m b r e s .
E n el último m o m e n t o la emperatriz Ana hizo un gesto conci-
liatorio forzando a la dimisión al patriarca J u a n Calecas. P e r o
una semana más tarde se vio obligada a negociar. Las condi-
ciones impuestas eran q u e Cantacuceno, con el n o m b r e de

353
J u a n V I , reinase c o m o E m p e r a d o r j u n t o cor» el joven J u a n V
d u r a n t e diez años, y q u e J u a n V casase con su hija Elena. N o
habría juicios ni represalias, se liberaría a todos los prisioneros
políticos y el pasado se olvidaría.
Un arreglo tan generoso prometía b u e n o s augurios para el
futuro. P e r o las heridas de la guerra no p o d í a n ser cerradas
tan fácilmente. Los efectos sociales y económicos d e ésta habían
sido desastrosos. Salónica era aún una república i n d e p e n d i e n t e
y lo siguió siendo d u r a n t e tres años más. Las tropas turcas de
U m u r y Orján habían exigido u n precio terrible por sus servi-
cios en Tracia. P e r o el conflicto tenía también connotaciones
religiosas. La teología y la política nunca estuvieron completa-
m e n t e separadas en Bizancio. Hacia 1330 se había p r o d u c i d o
una controversia acerca de las prácticas místicas de u n p e q u e ñ o
p e r o influyente g r u p o de monjes del m o n t e A t o s . Se les conoció
con el n o m b r e de hesicastas y e m p l e a b a n u n a técnica d e medi-
tación q u e , según p r e t e n d í a n sus iniciados, les permitía percibir
la luz divina con ojos mortales o llegar a estar iluminados con la
luz d e la Transfiguración. Sus m é t o d o s , e x t r a ñ a m e n t e afines a
los del yoga, les c o n v i r t i e r o n en presa fácil del ridículo. F u e r o n
calificados d e charlatanes p o r un griego italiano llamado Barlaam
de Calabria, q u e había conseguido cierta fama como filósofo
en su visita a C o n s t a n t i n o p l a . Los monjes de A t o s salieron en
defensa de sus místicos con u n manifiesto c o m p u e s t o p o r G r e -
gorio Palamas, el principal r e p r e s e n t a n t e d e la doctrina hesicasta.
P a l a m a s fue a p o y a d o p o r J u a n C a n t a c u c e n o , q u e , a u n q u e admi-
raba la inteligencia d e Barlaam, consideraba a b s o l u t a m e n t e or-
todoxa la teología de los hesicastas. El 10 de junio de 1341 el
Patriarca convocó u n concilio de obispos presidido por el em-
p e r a d o r A n d r ó n i c o I I I . Barlaam d e Calabria fue c o n d e n a d o y
regresó a Italia.
La cuestión podía h a b e r t e r m i n a d o así d e no h a b e r com-
p a r t i d o algunos teólogos bizantinos los recelos de Barlaam.
E n agosto d e 1341 t u v o q u e celebrarse u n s e g u n d o concilio
en el que fue c o n d e n a d o el portavoz d e las ideas de Barlaam,
G r e g o r i o Acidino, y en el q u e Palamas y su teología fueron
absueltos de n u e v o . Este s e g u n d o concilio fue presidido por
J u a n C a n t a c u c e n o , pues para entonces había m u e r t o ya A n d r ó -
nico I I I . La controversia hesicasta, q u e era u n d e b a t e pura-
m e n t e teológico, se convirtió de este m o d o en p a r t e de la riva-
lidad política e n t r e C a n t a c u c e n o y el patriarca Calecas. A lo
largo de la guerra civil, e n t r e 1341 y 1347, la cuestión teológica
estuvo siempre p r e s e n t e . Palamas, amigo y p r o t e g i d o d e Canta-
cuceno, fue d e t e n i d o y excomulgado por el Patriarca. Los anti-
hesicastas se a g r u p a r o n en t o r n o al Patriarca y a la emperatriz

354
Ana, destacando e n t r e ellos A c i d i n o y el historiador Nicéforo
(irégoras. P e r o los monjes d e A t o s o t o r g a r o n a J u a n Cantacu-
ceno t o d o el peso d e su a u t o r i d a d moral y la definitiva victoria
de éste significó i n e v i t a b l e m e n t e el triunfo d e la doctrina hesi-
casta. En febrero d e 1347 el Patriarca fue d e p u e s t o p o r sus
propios obispos. E n su lugar fue elegido un monje hesicasta
llamado I s i d o r o , y Calecas y todos los anti-hesicastas fueron con-
denados por otros dos concilios d e n t r o del mismo a ñ o . Palamas
fue designado obispo d e Salónica. F i n a l m e n t e , en u n concilio
presidido p o r Cantacuceno y celebrado en C o n s t a n t i n o p l a en
1351, d o n d e se reconoció la ortodoxia de los hesicastas, la
doctrina d e Palamas fue declarada c o m p l e t a m e n t e d e a c u e r d o
con la teología mística de anteriores P a d r e s d e la Iglesia bizan-
tina. Y tal era su prestigio, q u e el m i s m o Palamas, poco t i e m p o
después de su m u e r t e , ocurrida en 1359, fue canonizado y co-
locado j u n t o a estos P a d r e s . P e r o muchos hesicastas a b u s a r o n
de su triunfo, y algunos d e sus o p o n e n t e s , sobre t o d o G r é g o r a s ,
fueron c r u e l m e n t e perseguidos p o r negarse a traicionar sus
creencias.
El 21 d e marzo d e 1347 J u a n C a n t a c u c e n o fue c o r o n a d o p o r
segunda vez por el n u e v o Patriarca, I s i d o r o , y poco más tarde
su hija Elena casó con J u a n Paleólogo. La intención d e Canta-
cuceno seguía siendo m a n t e n e r los derechos d e J u a n V , por
lo q u e se dio o r d e n a todos los funcionarios d e jurar fidelidad
a a m b o s e m p e r a d o r e s . E s t a decisión fue criticada n o sólo p o r
los partidarios de la dinastía Paleólogo, q u e consideraban a
Cantacuceno un u s u r p a d o r , sino también por el hijo primogé-
nito de éste, M a t e o , q u e deseaba tener preferencia sobre J u a n V .
Por ello el I m p e r i o seguía d i v i d i d o políticamente, mientras per-
duraba la división social e n t r e la clase dirigente y el p u e b l o .
Es posible, sin e m b a r g o , q u e J u a n V I h u b i e r a solucionado
algunos de los p r o b l e m a s del I m p e r i o si las circunstancias le
h u b i e r a n p e r m i t i d o p o n e r en práctica su política. E n 1341 había
concebido la idea, con la rendición del p r i n c i p a d o francés de
Grecia, de reconstruir el I m p e r i o como u n a u n i d a d compacta
y manejable de territorios e u r o p e o s . E n 1347 el m o m e n t o había
pasado ya. E n este m i s m o a ñ o , C o n s t a n t i n o p l a y o t r a s ciudades
sufrieron el azote d e la p e s t e negra, traída de Crimea por los
barcos genoveses. N o conservamos estadísticas fidedignas del
n ú m e r o de víctimas. Los historiadores bizantinos, Cantacuceno
e n t r e ellos, se refieren a la epidemia s i m p l e m e n t e como a u n a
gran catástrofe, p e r o debió de producir entre los bizantinos a ú n
mayor desesperación y pesimismo. U n a víctima ilustre fue el pri-
mo de C a n t a c u c e n o , J u a n Ángel, g o b e r n a d o r de Tesalia y E p i r o .
Su m u e r t e volvió a dejar el n o r t e de Grecia desorganizado, y

355
en 1348 Esteban Dusan envió dos ejércitos servios a esta zona
de nadie. En el plazo de unos pocos meses ambas provincias
griegas habían sido incorporadas a su Imperio servio, que ahora
se extendía desde el Danubio y el Adriático hasta el golfo de
Corinto. En extensión y ritrueza, el Imperio servio bajo el do-
minio de Dusan era muy superior a los restos del Imperio
bizantino.
Sin embargo, Dusan no había triunfado completamente, pues
en 1350 Cantacuceno arrebató Salónica a los zelotas. Su revo-
lución estaba ya en descomposición y sus jefes enfrentados. Can-
tacuceno se presentó allí antes que Dusan, aunque difícilmente
hubiera podido triunfar de no haber sido por el gran ejército
turco enviado por su yerno Orján. Arrebató también a los ser-
vios otras varias ciudades. Dusan tuvo que ponerse a la defen-
siva, aunque sólo fuera por un tiempo. En 1351 Salónica,
vuelta ya al Imperio, pasó a ser la capital del segundo Empe-
rador, Juan V. Uno de los aspectos de la política de Canta-
cuceno fue el intento de coordinar los fragmentos dispersos del
territorio imperial concediéndolos de manera feudal a miembros
de las familias dirigentes. En 1349 envió a su segundo hijo
Manuel a hacerse cargo de la provincia bizantina de Morea con
la categoría de déspota. Su hijo primogénito, Mateo, recibió
un principado en Tracia. Ahora que Asia Menor se había vir-
tualmentc perdido a manos de los turcos y el norte de Grecia
a manos de los servios, Tracia y Morea eran las dos provincias
más importantes. El sistema, en cierto modo feudal, de con-
vertirlas en concesiones de la corona, que Andrónico II se
había negado a adoptar, fue conservado por los sucesores de
Cantacuceno, y al menos en Morea funcionó bastante bien, pues
la administración de Manuel trajo un nuevo hálito de vida a la
Grecia bizantina.
También en otros aspectos consiguió Cantacuceno cierta re-
cuperación. La lucha era muy dura. La misma Constantinopla
se estaba derrumbando. La iglesia de Santa Sofía, dañada por
un terremoto, no pudo emplearse para su coronación y el dinero
generosamente enviado para su reparación por el Gran Duque
de Moscú tuvo que ser destinado al pago de los mercenarios
turcos. La pobreza se reflejaba en la disminución del boato de
la Corte. Las joyas de la corona seguían empeñadas a los ve-
necianos, y en el banquete de bodas de Juan V las vajillas
de oro y plata fueron sustituidas por loza. Los venecianos, de
manera significativa, solicitaron la fijación de sus deudas no
ya en el byperpyron, devaluado ahora hasta el límite, sino en su
propio numerario de ducados, que había suplantado al nume-
rario de oro bizantino en el comercio internacional. En un lugar

?56
preferente ^ntre sus objetivos, Cantacuceno situó la reconstruc­
ción de una flota poderosa, no sólo para defender a Constanti­
nopla de los ataques de Esteban Dusan, que intentaba en vano
conseguir barcos de Venecia, sino para aminorar la dependencia
con respecto a los genoveses, que habían ayudado económicamen-
ic a la regencia durante la guerra civil y continuaban apoyando
a los enemigos de Cantacuceno. En 1346 se apoderaron nueva­
mente de Quío, y los ingresos anuales que percibían de su
colonia de Gálata se calculaban en siete veces los de la misma
Constantinopla.
Para alejar a los barcos mercantes del puerto de Gálata,
Cantacuceno rebajó los aranceles de las importaciones a Cons­
tantinopla. Pero le resultó más difícil conseguir el dinero para
construir una nueva flota, pues aquellos a quienes les quedaba
alguna riqueza eran reacios a invertirla en una aventura tan
incierta. También a los genoveses les preocupaba la posibilidad
de perder, en caso de tener éxito la tentativa, parte de su lu­
crativo comercio en el Bosforo. En agosto de 1348, estando el
Emperador ausente, salieron de Gálata y atacaron Constantino­
pla. Fueron rechazados, pero su tentativa impulsó a los bi­
zantinos a apoyar el plan del Emperador de construir naves.
Se recaudaron impuestos y en la primavera de 1349 se hizo a
la mar la flota bizantina, dispuesta a humillar a los genoveses.
Fue rápidamente destruida, en parte debido a la inexperiencia
de sus jefes, y el Emperador se vio obligado a concluir un nuevo
acuerdo con Genova.
Pero no cambió su política. Las exacciones de impuestos fue­
ron aún más duras, algunos de ellos en forma desconocida an­
teriormente, para mejorar la balanza comercial y conseguir fon­
dos para la construcción de una nueva flota. Los genoveses
estaban asustados. Aceptaron reconocer a Cantacuceno como Em­
perador, e incluso llegaron a un acuerdo sobre Quío, por cuya
posesión pagarían a partir de ahora una renta anual. También
los venecianos creyeron llegado el momento de reanudar su
tratado con Bizancio. El Emperador debió de pensar que de esta
manera se protegía de los italianos. No se dio cuenta de
que eran ellos los que le estaban mezclando en sus luchas.
En 1351 apoyó, contra su voluntad, a Venecia en la guerra
contra Genova, que tuvo lugar en aguas bizantinas, fuera del
control ya del comercio bizantino. Se alcanzó el punto culmi­
nante en febrero de 1352, en que tuvo lugar una batalla naval
en el Bosforo. No hubo un resultado claro, pero la flota ve­
neciana levó anclas, obligando al Emperador a firmar con los
genoveses un nuevo tratado en mayo de 1352.

357
Bizancio estaba cada vez más a merced d e sus enemigos ex-
tranjeros, a q u i e n e s resultaba muy fácil provocar y explotar las
rivalidades latentes e n t r e las familias imperiales. Salónica, d o n d e
tenía su capital el e m p e r a d o r J u a n V, se convirtió en el c e n t r o
d e la facción anti-Cantacuceno. Los venecianos se ofrecieron a
financiar una rebelión contra él. E s t e b a n Dusan deseaba tam-
bién participar. C a n t a c u c e n o p u d o , d u r a n t e algún tiempo, man-
tener la paz c o n c e d i e n d o a J u a n V u n señorío en Tracia. Su
p u e s t o en Salónica recayó en su m a d r e , A n a d e Saboya. P e r o
a M a t e o C a n t a c u c e n o le disgustó la vecindad en Tracia de
J u a n V. E n el o t o ñ o d e 1352 se inició la guerra e n t r e ambos
y M a t e o fue sitiado en Adrianópolis. Su padre le rescató con
ayuda de las tropas enviadas p o r Orján, q u e devastó la región.
J u a n V r e a n u d ó la lucha con soldados q u e le enviaron Servia
y Bulgaria, financiados por los venecianos. E n este m o m e n t o
la lucha por el t r o n o bizantino tenía como protagonistas a los
servios y turcos llegados en ayuda de los p r e t e n d i e n t e s griegos.
Los turcos d e m o s t r a r o n ser soldados más avezados y eficientes.
A comienzos d e 1353 C a n t a c u c e n o c a p t u r ó a J u a n V y le de-
p o r t ó a la isla de T e n e d o s . M a t e o fue d e s p u é s proclamado co-
e m p e r a d o r . El Patriarca p r o t e s t ó y d i m i t i ó de su cargo. E n
febrero d e 1354 fue c o r o n a d o sucesor M a t e o .
Parecía q u e la dinastía C a n t a c u c e n o iba a sustituir a la de
los Paleólogo. P e r o la o p i n i ó n pública se oponía al cambio.
La causa de C a n t a c u c e n o había p e r d i d o muchos a d e p t o s al lla-
mar a los turcos para luchar p o r él en E u r o p a , pues estaban
siempre d i s p u e s t o s a convertir sus campañas en guerras santas
y cada vez resultaba más difícil hacerles regresar a su patria
u n a vez t e r m i n a d a s sus intervenciones. La relación de parentesco
e n t r e C a n t a c u c e n o y Orján había sido en cierto m o d o u n a
garantía, p e r o el hijo de O r j á n , Solimán (Sulaymán), parecía
menos inclinado a respetar los acuerdos. E n 1352 las tropas
d e Solimán o c u p a r o n la fortaleza de Z i m p e , cerca de Gallípolis.
F u e el p r i m e r a s e n t a m i e n t o p e r m a n e n t e de los turcos osmanlíes
en suelo e u r o p e o . C a n t a c u c e n o negoció con Orján su retirada.
P e r o en marzo d e 1354, tras la destrucción y d e s p o b l a m i e n t o
d e la misma Gallípolis p o r u n t e r r e m o t o , Solimán o c u p ó las
ruinas y r e c o n s t r u y ó la ciudad. E r a u n p u n t o clave d e control
del paso p o r el H e l e s p o n t o e n t r e Asia y E u r o p a . Ni siquiera
Orján p e n s ó en a b a n d o n a r este emplazamiento, y muy p r o n t o
inmigrantes turcos se instalaron allí en grandes cantidades.
El r e s e n t i m i e n t o p o p u l a r c o n t r a C a n t a c u c e n o llegó en este
m o m e n t o a su p u n t o c u l m i n a n t e . E n n o v i e m b r e de 1354 J u a n V,
q u e ya había llevado a cabo u n i n t e n t o d e marchar sobre Cons-
tantinopla, se e m b a r c ó en T e n e d o s y de noche p e n e t r ó secre-

358
lamente en Constaírtinopla. Según u n a fuente, c o n t ó con el
apoyo del a v e n t u r e r o genovés Francisco G a t t i l u s i o , al q u e más
tarde recompensaría con la m a n o de su h e r m a n a y con la do-
nación de la isla d e Lesbos. J u a n V recibió una entusiasta
acogida por p a r t e de la población d e la capital. D u r a n t e tres
semanas aceptó reinar c o n j u n t a m e n t e con su suegro. P e r o este
acuerdo era inviable. El 10 de diciembre Cantacuceno abdicó
y se retiró a u n m o n a s t e r i o de C o n s t a n t i n o p l a . E n su calidad
de monje Joasaf, y no en la de e m p e r a d o r J u a n V I , escribió
sus memorias y sus varias obras teológicas, algunas en defensa
de los hesicastas. P e r o su impacto sobre la administración bi-
zantina había sido demasiado i m p o r t a n t e para p e r m a n e c e r en
condición d e prisionero, y su influencia, directa o indirecta,
iba a dejarse sentir d u r a n t e m u c h o s años.
T a m b i é n su familia c o n t i n u ó siendo influyente. Su segundo
hijo, M a n u e l , c o n t i n u ó en su cargo de déspota de Morea. Su
hijo p r i m o g é n i t o , M a t e o , q u e había o s t e n t a d o la corona y el
título de E m p e r a d o r , prosiguió la guerra civil tras la abdicación
de su p a d r e . D u r a n t e más de dos años h u b o hostilidades en
Tracia e n t r e J u a n V y M a t e o , e n t r e Paleólogos y Cantacucenos,
hasta q u e M a t e o fue d e r r o t a d o por u n ejército servio y entre-
gado a su rival. E n v i a d o a M o r e a j u n t o con su h e r m a n o , a la
m u e r t e de M a n u e l , en 1380, o c u p ó el d e s p o t a d o d u r a n t e u n
corto t i e m p o . F u e t a m b i é n allí, en Mistra, q u e los h e r m a n o s
Cantacuceno h a b í a n c o n v e r t i d o en la ciudad provincial más
próspera del I m p e r i o , d o n d e m u r i ó a avanzada edad, en junio
de 1383, su p a d r e , el e m p e r a d o r - m o n j e J u a n Joasaf.

IV. Bizancio, Estado vasallo de los turcos: Juan V y Manuel II


(1354-1402)

El a ñ o 1354 señala u n p u n t o crucial en la historia del Im-


perio b i z a n t i n o . E n él se produjo la abdicación forzosa del
único h o m b r e q u e podía a p o r t a r soluciones constructivas para
los problemas internos y externos del I m p e r i o . E n él se produjo
también el p r i m e r a s e n t a m i e n t o p e r m a n e n t e de los turcos en
Europa. J u a n V Paleólogo c o n t a b a veintidós años al convertirse
en único E m p e r a d o r . O c u p ó el t r o n o , con i n t e r r u p c i o n e s , duran-
te treinta y siete años, p e r o la situación era peor al final de este
largo r e i n a d o que al principio. E n 1354 la potencia más fuerte
del este de E u r o p a y la única q u e en ú l t i m o caso podría haber
contenido a los turcos, era el I m p e r i o de Servia. E s t e b a n DuSan
llegó a estar b a s t a n t e cerca de ver c o l n a d a s sus ambiciones,
pero m u r i ó en diciembre de 1355 y su extenso I m p e r i o , como

359
el de Alejandro el Grande, fue dividido y deshecho entre sus
sucesores.
Juan Cantacuceno había intentado mantener lazos de paren­
tesco y de amistad con los jefes turcos. Esta política, aunque
pudiera ser viable para cualquier otro Emperador, cayó en des­
crédito al producirse la ocupación de Gallípolis por los osman-
líes. Juan V pensó que la única esperanza de ayuda era apelar
a los sentimientos cristianos de Occidente. Era la persona indi­
cada para hacerlo, pues por su madre, Ana de Saboya, estaba
emparentado con varias importantes familias de Europa occi­
dental. Pero decidió apelar al Papa. El 15 de diciembre de 1355
pidió al papa Inocencio VI que enviara una flota de veinte
barcos y un ejército de 1.500 hombres a Constantinopla. A cam­
bio, prometía la conversión casi inmediata de los bizantinos a
la fe romana y enviar a su hijo Manuel en condición de rehén
de la curia romana. Eran promesas exorbitante.- y el Papa las
encontró comprometedoras.
El papa Inocencio VI, y sobre todo su antecesor Clemente VI,
habían tenido algunos contactos con Juan Cantacuceno. Canta­
cuceno había visto en la liga de naciones cristianas organizada
por Clemente, que tomó Esmirna en 1344, una fuerza poten-
cialmente hostil a los intereses bizantinos. Sus negociaciones
con el Papa se encaminaron a convertir a la liga en aliada.
Inevitablemente en ellas se abordó el problema de la unión
de las Iglesias y en este punto Cantacuceno no se mostró dis­
puesto a hacer otra concesión que proponer la celebración de
un Concilio verdaderamente ecuménico, y no como el Segundo
Concilio de Lyon, para solucionar la cuestión. Por tanto, Can­
tacuceno había negociado con los papas, pero en condiciones
de igualdad y no de inferioridad. La propuesta hecha en 1355
por Juan V era de naturaleza bastante diferente. Pero Inocen­
cio VI conocía la poca estabilidad de los asuntos bizantinos, por
lo que no podía tomar la propuesta muy en serio. Dio instruc­
ciones a su legado, Pedro Tomás, que estaba en Servia, para
que se dirigiera a Constantinopla y se entrevistara con Juan V,
y así quedó la cuestión.
Juan V continuó, sin embargo, basando sus esperanzas en
alianzas con los latinos más que en cualquier forma de acuerdo
con los turcos. Había ya cedido Lesbos a su yerno, el genovés
Gattilusio. Finalmente entregó también Quío a los genoveses.
En 1357 renovó el tratado bizantino con Venecia. Pero los
turcos ampliaban constantemente sus conquistas en Europa. No
eran solamente osmanlíes. Había bandas de turcos merodeando
por Tracia, llegados en incursiones piráticas de los emiratos
de Saruján y Aydin. Sus jefes unieron su suerte a la de Soli-

360
man, hijo d e Orján, u n a vez q u e se h u b o consolidado la base
turca d e Gallípolis. En 1359 algunos d e ellos llegaron hasta las
mismas murallas de C o n s t a n t i n o p l a . Solimán murió en ese mismo
año. O r j á n , en 1362. Para entonces, Demótica, una de las dos
mayores ciudades de Tracia, había ya caído en manos de los
turcos, y en 1363 t o m a r o n Filipópolis, en el alto valle del
Maritza. Orján fue sucedido c o m o E m i r d e los osmanlíes p o r
M u r a d , q u e d u r a n t e algunos años t u v o q u e defender sus terri-
torios asiáticos frente a sus propios h e r m a n o s . Los ataques turcos
contra Tracia n o a m a i n a r o n , p e r o carecieron de una dirección
unificada, y un c o n t r a a t a q u e bien organizado hubiera p o d i d o
producir efectos positivos.
J u a n V i n t e n t ó p o r t o d o s los medios generalizar el interés
por expulsar a los turcos d e E u r o p a . En 1363 el Patriarca di-
rigió u n a embajada a Servia. P e r o d e E u r o p a occidental llegó
la noticia d e q u e se p r e p a r a b a u n a nueva cruzada en defensa
del rey francés de C h i p r e , P e d r o de L u s i ñ á n . E n 1364, el Em-
perador se p u s o en contacto con el p a p a U r b a n o V en A v i ñ ó n .
Sin d u d a sabía q u e su p r i m o , A m a d e o de Saboya, planeaba
intervenir en la cruzada, lo mismo q u e el rey de H u n g r í a , Luis
el G r a n d e . Tales consideraciones empujaron a J u a n V a visitar
H u n g r í a en 1366. N i n g ú n e m p e r a d o r anterior había rebajado su
dignidad hasta el p u n t o de visitar la C o r t e de u n monarca ex-
tranjero para pedir auxilio, p e r o Luis de H u n g r í a era el vecino
católico más cercano a Bizancio y podía ser también consciente
del peligro de la presencia turca en E u r o p a . Sin e m b a r g o , en
este m o m e n t o Luis se hallaba más o c u p a d o en su guerra contra
los búlgaros y a d e m á s , en n i n g ú n caso se h u b i e r a p l a n t e a d o
ayudar a los bizantinos en t a n t o permaneciesen en situación
de cisma con respecto a la Iglesia romana. P o r ello el E m p e r a d o r
volvió a C o n s t a n t i n o p l a sin h a b e r conseguido nada positivo.
En su camino de vuelta fue d e t e n i d o en la frontera p o r las
autoridades b ú l g a r a s , q u e le negaron autorización para cruzar
su t e r r i t o r i o .

Sin e m b a r g o , d u r a n t e su ausencia, había llegado inesperada-


mente a C o n s t a n t i n o p l a su p r i m o A m a d e o de Saboya con un
p e q u e ñ o ejército y u n a reducida flota. Alcanzó el H e l e s p o n t o
en agosto de 1366 y se a p o d e r ó de Gallípolis antes de marchar
a C o n s t a n t i n o p l a . Una vez llegado, se e n t e r ó de q u e su p r i m o
se hallaba r e t e n i d o en la frontera búlgara. A m a d e o n a v e g ó in-
m e d i a t a m e n t e por el mar N e g r o y consiguió asustar a los búl-
garos, que liberaron al E m p e r a d o r . Estos fueron todos sus éxi-
tos militares, pues sus escasos recursos se habían ya agotado.
Pero tenía otra misión q u e cumplir. Con él viajaba un legado
papal, P a b l o , antiguo o b i s p o de Esmirna y ahora Patriarca

361
latino d e C o n s t a n t i n o p l a . El y A m a d e o q u e r í a n convencer al
e m p e r a d o r J u a n d e las ventajas de la u n i ó n con la Iglesia
r o m a n a , y, en 1367, se celebraron negociaciones acerca del m o d o
y p r o c e d i m i e n t o s a e m p l e a r p a r a conseguirla. J u a n V fue fácil­
m e n t e convencido, p e r o sabía q u e su Patriarca y el p u e b l o se
o p o n d r í a n a cualquier idea d e sumisión al P a p a . H a b í a u n
p r o b l e m a de p r i o r i d a d e s . Al iniciar su aproximación al P a p a
en 1355, J u a n h a b í a indicado q u e la u n i ó n se produciría después
d e q u e el P a p a enviara ayuda militar. Los papas consideraron
h a b i t u a l m e n t e q u e la u n i ó n era u n requisito imprescindible para
q u e llegase la ayuda militar. P e r o en este m o m e n t o la acción
d e A m a d e o , al devolver Gallípolis a los griegos, era u n claro
inicio de la v o l u n t a d d e negociación de O c c i d e n t e . Sin embargo,
el E m p e r a d o r hizo salir d e su r e t i r o monástico a J u a n Canta­
cuceno para p l a n t e a r a n t e el legado papal el p u n t o d e vista
b i z a n t i n o , y C a n t a c u c e n o volvió a afirmarse en su antigua idea
de q u e la v e r d a d e r a u n i d a d religiosa no podía ser u n a cuestión
d e o p o r t u n i s m o político. D e b í a d e buscarse p o r m e d i o de u n
concilio ecuménico. P a b l o d e E s m i r n a aceptó p l a n t e a r esta pro­
posición al P a p a . P e r o A m a d e o fue más realista. A n t e s d e volver
a Italia hizo p r o m e t e r al E m p e r a d o r q u e se convertiría y con­
siguió d e él algunas p r e n d a s concretas q u e recuperaría en el
caso de q u e viajara a R o m a a ofrecer su sumisión al P a p a .

El proyecto de convocar u n concilio n o tuvo r e s u l t a d o prác­


tico alguno, a pesar d e q u e el Patriarca d e C o n s t a n t i n o p l a lo
t o m ó muy en serio y lo notificó a los otros dirigentes d e la
Iglesia o r t o d o x a . Las persuasiones o chantajes de A m a d e o de
Saboya resultaron más eficaces. E n agosto d e 1369 J u a n V viajó
a R o m a y en o c t u b r e hizo profesión de fe romana, abjurando
de sus errores o r t o d o x o s . P e r o con él no se hallaba presente
ni u n solo r e p r e s e n t a n t e d e la Iglesia bizantina. Su conversión
fue, p u e s , un a s u n t o p r i v a d o y los bizantinos la interpretaron
c o m o u n a cuestión d e conciencia d e su E m p e r a d o r , q u e de nin­
g u n a manera afectaba a su Iglesia.
Los resultados fueron d e c e p c i o n a n t e s . E n su viaje de vuelta
en 1370 J u a n se d e t u v o en Venecia para i n t e n t a r conseguir
o t r o e m p r é s t i t o . Los venecianos le recordaron q u e sus deudas
eran ya muy elevadas y le retuvieron hasta conseguir alguna
seguridad. E n esta grave situación, accedió a venderles la es­
tratégica isla d e T e n e d o s , cuya o b t e n c i ó n también perseguían
los genoveses. E n v i ó instrucciones a su hijo mayor Andró­
nico I V , q u e se había h e c h o cargo del g o b i e r n o en Constan­
tinopla, para arreglar el t r a t o , p e r o A n d r ó n i c o , presionado
p r o b a b l e m e n t e p o r los genoveses, se negó a obedecerlas. Final­
m e n t e , J u a n t u v o q u e ser rescatado por su s e g u n d o hijo, Ma-

362
nuel, g o b e r n a d o r a la sazón d e Salónica, q u e navegó hasta
Venecia con d i n e r o suficiente para pagar el rescate d e su p a d r e .
El p r o b l e m a d e T e n e d o s p e r m a n e c i ó sin solución. P e r o J u a n V
volvió a C o n s t a n t i n o p l a en o c t u b r e d e 1371.
La consecuencia más i m p o r t a n t e d e la cruzada d e A m a d e o
fue la conquista a los turcos d e Gallípolis en 1366. P e r m a n e c i ó
en manos d e los bizantinos d u r a n t e u n o s diez años, lo q u e c e r r ó
el paso a la llegada d e refuerzos y d e emigrantes turcos de Asia
M e n o r . P e r o los n u m e r o s o s turcos q u e se hallaban ya en E u r o p a
no cesaron d e ampliar sus c o n q u i s t a s . E n 1369 cayó en sus
manos Adrianópolis, la principal ciudad d e Tracia, y d e s d e
ella c o m e n z a r o n a p e n e t r a r en Macedonia. Los guerreros turcos
luchaban mejor c u a n d o e n c o n t r a b a n resistencia. D e las ruinas
del I m p e r i o servio d e DuSan, los dos h e r m a n o s V u k a s i n y
Juan Uglés, h a b í a n formado u n n u e v o reino en el este d e Ma-
cedonia. F u e r o n ellos y n o los bizantinos quienes organizaron
la contraofensiva contra los turcos. E n s e p t i e m b r e de 1371
tuvo lugar de batalla d e C í r n o m e n , a orillas del Maritza, cerca
de Adrianópolis. A m b o s jefes servios m u r i e r o n en ella y su ejér-
cito fue d e s t r u i d o . Para los turcos fue u n a victoria más im-
p o r t a n t e q u e todas las a n t e r i o r m e n t e conseguidas en E u r o p a ,
ya q u e les abrió el paso d e toda M a c e d o n i a y les p e r m i t i ó exigir
un t r i b u t o o servicio militar a los restantes príncipes servios.
El zar d e Bulgaria sufrió la misma s u e r t e , y, al poco t i e m p o , se
convirtió en vasallo d e los turcos.

T a m b i é n los bizantinos sintieron los efectos de la batalla del


Maritza. J u a n V volvió d e Venecia sólo u n mes más t a r d e
del suceso. Su hijo M a n u e l , q u e h a b í a regresado a Salónica, apro-
vechó la d e r r o t a servia a p o d e r á n d o s e d e Serres, d o n d e había
residido J u a n Uglés. P e r o la situación llegó a ser tan crítica
que J u a n V recurrió a la confiscación con fines militares d e los
predios monásticos, hasta entonces intocables. Era consciente
d e q u e C o n s t a n t i n o p l a estaba a p u n t o de q u e d a r aislada por
tierra y de q u e sus esperanzas d e recibir ayuda de E u r o p a occi-
dental eran p r o b a b l e m e n t e vanas. D e h e c h o , el E m p e r a d o r no
tenía más opción q u e llegar a u n a c u e r d o con los turcos.
En 1373 se convirtió en vasallo del sultán M u r a d y se u n i ó a
su ejército de Asia M e n o r . P u d o ser la actitud de su hijo pri-
mogénito A n d r ó n i c o lo que le e m p u j ó a esta situación. A n d r ó -
nico se había m o s t r a d o poco p a r t i d a r i o d e la cooperación, p e r o
mientras su p a d r e estaba a u s e n t e de la capital, en 1373, orga-
nizó u n a conspiración con u n hijo del sultán M u r a d , llamado
Sauzi Celebi, q u e t a m b i é n estaba e n e m i s t a d o con su p a d r e . Am-
bos príncipes u n i e r o n sus fuerzas en u n a extraña rebelión turco-
bizantina, q u e fue r á p i d a m e n t e aplastada. M u r a d m a n d ó d e t e n e r

363
y cegar a su hijo y o r d e n ó a J u a n V hacer lo mismo con el
suyo. Sauzi m u r i ó , p e r o A n d r ó n i c o , a u n q u e encerrado en prisión,
sobrevivió, r e c u p e r ó la vista y recomenzó la lucha. Sin e m b a r g o ,
fue desposeído del t í t u l o en favor d e su h e r m a n o m e n o r Ma-
n u e l , q u e fue c o r o n a d o co-emperador en s e p t i e m b r e de 1373.
M á s q u e en n i n g ú n o t r o m o m e n t o , la posesión de Constanti-
nopla d e p e n d í a del apoyo de sus enemigos y d e las amenazas y
ayudas económicas q u e éstos pudieran ofrecer a los diferentes
p r e t e n d i e n t e s al trono b i z a n t i n o . E n 1376 A n d r ó n i c o I V escapó
d e la prisión y cruzó a G á l a t a . D e s d e allí se p u s o en contacto
con M u r a d y con la ayuda de los genoveses y d e los turcos se
abrió paso hacia C o n s t a n t i n o p l a , d o n d e hizo prisioneros a su
p a d r e J u a n V y a sus h e r m a n o s M a n u e l y T e o d o r o . P e r o n o era
el típico golpe d e e s t a d o resultante d e un conflicto de familia.
A n d r ó n i c o no h u b i e r a p o d i d o escapar sin la ayuda de los ge-
noveses ni e n t r a r en C o n s t a n t i n o p l a sin la d e u n ejército turco.
Era a un t i e m p o agente y d e u d o r de a m b o s p a r t i d o s . Los ge-
noveses exigían c o m o recompensa la isla de T e n e d o s , q u e se
había c o n v e r t i d o en e l e m e n t o de discordia e n t r e G e n o v a y Ve-
necia. P e r d i e r o n la partida, pues los venecianos o c u p a r o n la
isla en o c t u b r e d e 1376. A n d r ó n i c o se vengó d e t e n i e n d o a todos
los venecianos residentes en C o n s t a n t i n o p l a , mezclando otra vez
a Bizancio en u n n u e v o capítulo de la guerra entre las dos re-
públicas italianas. Las principales batallas de esta guerra iban
a tener c o m o escenario, sin e m b a r g o , las aguas italianas, hasta
q u e se firmó la paz en T u r í n , en 1382. Los turcos, por su parte,
exigieron como recompensa no sólo el a u m e n t o de los tributos,
sino también la devolución d e Gallípolis. De esta manera, tras
diez años de g o b i e r n o bizantino, Gallípolis volvió a m a n o s de
los turcos. En 1377 el j u l t á n M u r a d estaba ya tan seguro
de su control sobre los estrechos, q u e estableció en Adrianópolis
su primera capital europea.

A n d r ó n i c o I V g o b e r n ó como E m p e r a d o r en C o n s t a n t i n o p l a
d u r a n t e tres años, p e r o n o fue más d u e ñ o de la situación que
su p a d r e . En junio d e 1379 unos agentes venecianos prepa-
raron la huida d e la prisión de J u a n V y de M a n u e l , quienes
a su vez o b t u v i e r o n rápida ayuda de los turcos para poder tomar
C o n s t a n t i n o p l a . Se dice q u e M u r a d dio a los ciudadanos la op-
ción e n t r e tener a J u a n c o m o E m p e r a d o r o a él como sultán.
A n d r ó n i c o h u y ó j u n t o a sus amigos de G á l a t a , llevando con
él como rehenes a su m a d r e y al anciano padre de ésta, J u a n
C a n t a c u c e n o . D u r a n t e más d e u n a ñ o h u b o una nueva guerra
civil, de características diferentes, e n t r e C o n s t a n t i n o p l a y Gálata,
entre J u a n V, a p o y a d o por los venecianos y los turcos, y An-
drónico I V , a p o y a d o por los genoveses. T e r m i n ó solamente

364
cuando J u a n V accedió a reconocer n u e v a m e n t e a A n d r ó n i c o
y a su hijo J u a n V I I como h e r e d e r o s al t r o n o y concederles
posesiones en Tracia. Manuel tomaría posesión de Salónica en
calidad de E m p e r a d o r , y no ya como heredero p r e s u n t o . Su
h e r m a n o T e o d o r o fue e n v i a d o a M o r e a a sustituir en el des-
potado a M a t e o C a n t a c u c e n o .
P o r t a n t o , teóricamente, en 1383 los fragmentos del I m p e r i o
b i z a n t i n o eran una vez más g o b e r n a d o s por m i e m b r o s d e la
misma familia: J u a n V, en C o n s t a n t i n o p l a ; A n d r ó n i c o I V , en
Tracia; M a n u e l I I , en Salónica, y T e o d o r o , en M o r e a . P e r o
todos, en mayor o m e n o r g r a d o , eran muñecos en m a n o s de
italianos o turcos. Solamente M a n u e l d e m o s t r a b a tener cierta
libertad d e acción. D u r a n t e casi cinco años se esforzó por hacer
de Salónica u n núcleo de resistencia frente a los turcos y p o r
reafirmar la autoridad bizantina en Macedonia y Tesalia. E r a u n a
acción heroica, pero se p r o d u j o demasiado tarde, pues con
Gallípolis de n u e v o en su poder y con Adrianópolis como cen-
tro a d m i n i s t r a t i v o , M u r a d podía hacer cruzar a E u r o p a más
tropas y consolidar sus conquistas anteriores. Los turcos fueron
poco a poco p e n e t r a n d o más p r o f u n d a m e n t e en la M a c e d o n i a
bizantina y en Servia y Bulgaria. M u r a d t u v o u n a gran capa-
cidad administrativa. F u e él q u i e n p u s o los cimientos del p o d e r
o t o m a n o en E u r o p a , sobre el que se basarían sus sucesores.
La población osmanlí de los Balcanes fue a u m e n t a n d o , en p a r t e
debido a los deliberados asentamientos d e nobles turcos q u e se
dividían la tierra según moldes feudales, y en p a r t e gracias a
la asimilación de los griegos y eslavos nativos. Los guerreros
gázT de M u r a d podían seguir l u c h a n d o contra los infieles en
los p u n t o s extremos de sus dominios europeos. P e r o en el
centro de ellos iban surgiendo u n a sólida base de g o b i e r n o ,
una administración y unas instituciones religiosas m u s u l m a n a s . Lo
que distinguió a los osmanlíes de los otros turcos fue esta ca-
pacidad para transformar u n e s t a d o g u e r r e r o y n ó m a d a en u n a
institución p e r m a n e n t e .

E n c u a n t o a C o n s t a n t i n o p l a , M u r a d creía q u e se hallaba ya
v i r t u a l m e n t e bajo su control. Su conquista podía esperar. Le
causaba i n q u i e t u d el desafío de M a n u e l en Salónica, p e r o esta
ciudad podía ser aislada. Serres cayó en p o d e r de los turcos
en 1 383, y el general d e M u r a d , H a i r e d í n Pacha, p u s o sitio
a Salónica d u r a n t e tres años, hasta q u e M a n u e l no t u v o más
remedio que entregar la ciudad y escapar p o r mar. E n abril
de 1387 la ciudad estaba ya en p o d e r de los turcos. E n otras
zonas, el avance t u r c o siguió el curso de los ríos. U n ejército
remontó el V a r d a r , al n o r t e de Salónica, hasta O c r i d a y P r i l e p o ,
y de allí hasta Albania; o t r o r e m o n t ó el Maritza más allá de Fi-

365
, < :
Tasos ^ * (genovesa desdéV" "" "^^ ^'Ni ,
^mediados del siglo X V l / V ^ V / /
Lemn<,s
- 7 7 . - - ' » T e r a í d o s masta 138*),
iA , * \ ../¿sr/- ' -
Lesbos'*(qenovésa', 1 3 5 5 ) ^ f k
[ » • (veneciana, 1453,
T N u e v a
Esclno^} / Q ¡ Focea (genovesa desde 135Í
L I 0
1
2¿¡% / U m ^ [ f ° c e a "¡desde 1351. genovesa]
S»> \ S a / W n » /->>>>>¡laHelf¡a,>>J
„ f smirna atiesta 1390) ' A x

¡l.^?»-. (genovesa-V////>?>ri

rVtodonTjjf«®TOtra M e | o s -¿JS

MaliuyS- S a „ t o n n l a *
y Cerigo (desde 1363. veneciana)

Mar Mediterráneo i Escarpante

Territorios bizantinos en:

• '«0 ^ "SO m | | ™ - —
¿í#?£ Posesiones angevlnas.
vNNS Conquistas de Dusan despuó3 de 1340. 'SS'"-
P o 9 C S i o n e s
lililí fllillllill! catalanas.
Conquistas búlgaras en 1344. """"""
' B B Posesiones del principado de Naxos
*f S Territorios turcos en 1350. (archipiélago).

Conquistas turcas en 1354 1402. Estados dependientes feudalmente


. , , VKBBB ^ N (Amorgos, Termia).
a x o s

•¿yaSE Emplazamientos venecianos.


=yA Estados feudales dependientes de Venecia.=S= Posesiones de la Orden de San Juan
H
- - - (Corinto. 1400-1404).

Fig. 11. £/ avance turco en el siglo XIV.


lipópolis, p r i m e r o hasta Sofía, en 1385, y luego hacia N i s , q u e
fue arrebatada a los servios en 1386. P e r o en este m o m e n t o
los servios iniciaron su réplica. Su jefe era el príncipe Lázaro,
quien ya en 1371 había formado u n a coalición con los otros
príncipes servios y se había aliado con T v r t k o , príncipe de Bos­
nia. Consiguieron d e t e n e r la ofensiva turca en 1388, y las no­
ticias de su victoria generalizaron la revuelta. Los albanos, búl­
garos y valaquios rechazaron sus t r a t a d o s con los turcos. El
Sultán se e n f r e n t ó a ellos aisladamente. E n p r i m e r lugar, los
búlgaros sufrieron la represalia de la toma de T i r n o v o y Nicó-
polis, a u n q u e su zar, J u a n Sisman, p u d o por el m o m e n t o per­
manecer en Bulgaria en calidad de rey vasallo. M á s t a r d e ,
M u r a d llegó a E u r o p a y dirigió p e r s o n a l m e n t e su ejército contra
Servia, r e u n i e n d o a su paso c o n t i n g e n t e s de sus vasallos cris­
tianos. El 15 de j u n i o de 1389 a m b o s ejércitos se enfrentaron
en la llanura de K o s o v o , al n o r t e de Skopie. M u r a d m u r i ó , p e r o
el m a n d o fue a s u m i d o r á p i d a m e n t e p o r su hijo Bayaceto (Bá-
yazid), q u e condujo a los turcos a la victoria. Lázaro fue h e c h o
prisionero y ejecutado. La batalla d e Kosovo fue el ú l t i m o
i n t e n t o unificado d e los p u e b l o s eslavos frente a los turcos.
El folklore servio la idealizó enseguida, p e r o sus consecuencias
fueron claras. Servia estaba sometida a los turcos. El hijo d e
Lázaro, E s t e b a n Lazarevic (1389-1427) fue reconocido como prín­
cipe legítimo, pero t u v o q u e pagar t r i b u t o al n u e v o sultán
Bayaceto y conducir a sus h o m b r e s al c o m b a t e j u n t o a los turcos,
como s u b o r d i n a d o d e aquél.

La d e r r o t a de Kosovo dejó a C o n s t a n t i n o p l a aislada p o r tierra.


Cualquier ayuda q u e pudiera a h o r a venir de O c c i d e n t e tendría
p r i m e r o q u e abrirse camino. Los osmanlíes habían conseguido
q u e b r a r la resistencia d e sus enemigos e u r o p e o s con más éxito
q u e la de los asiáticos. T o d a s las ciudades y provincias cris­
tianas sometidas al Sultán tenían ahora q u e pagar el joray o
i m p u e s t o territorial. Recayó con particular dureza en la Iglesia
y en los monasterios del m o n t e A t o s , q u e pasaron a estar bajo
jurisdicción turca en 1386.
Para Bayaceto, la conquista d e C o n s t a n t i n o p l a era la con­
clusión lógica del proceso iniciado por su p a d r e . Era incluso
más hábil q u e M u r a d en el arte d e debilitar la resistencia bi­
zantina e n f r e n t a n d o e n t r e sí a los diferentes p r e t e n d i e n t e s al
t r o n o . A n d r ó n i c o I V había m u e r t o en 1385. Su hijo J u a n V I I
recogió las pretensiones de su p a d r e contra J u a n V y M a n u e l
y se convirtió en ejecutor gustoso d e los planes de Bayaceto.
E n abril d e 1390 el Sultán le p r e s t ó ayuda para apoderarse de
C o n s t a n t i n o p l a . Los venecianos esperaban d e u n m o m e n t o a o t r o
q u e Bayaceto se presentase en la ciudad y asumiese él mismo

367
el gobierno de la ciudad, pero en septiembre, Manuel consiguió
expulsar a su sobrino y restaurar a Juan V como Emperador.
Bayaceto restableció inmediatamente la situación aumentando el
tributo que pagaban los bizantinos y ordenó a Juan V demoler
las fortificaciones que estaba levantando. Manuel tuvo que pre-
sentarse en el compamento de Bayaceto en calidad de rehén
y vasallo, y así se dio el caso de que los dos pretendientes ri-
vales al trono, Manuel II y su sobrino Juan VII, tuvieron
que ayudar finalmente al sultán Bayaceto en el sitio y captura
de la última posesión bizantina en Asia Menor, la ciudad de
Filadelfia. Era la humillación final.
El anciano Juan V murió en febrero de 1391. Manuel escapó
inmediatamente del campamento del Sultán y corrió hacia Cons-
tantinopla, para adelantarse a la acción de su sobrino. Bayaceto
se enfureció. Aumentó las restricciones y cargas que pesaban
sobre el pueblo bizantino y recordó a su Emperador que, aunque
reinase dentro de las puertas de la ciudad, carecía de poder
fuera de ellas. En los meses siguientes se hizo más fuerte la
presión turca en los Balcanes. Bayaceto se dio cuenta de que
podía llegar ayuda de Hungría. En 1393 Sisman de Bulgaria,
animado por el rey de Hungría, intentó recuperar su indepen-
dencia. El intento fue implacablemente aplastado. Sisman fue
hecho prisionero y Tirnovo ocupada por los turcos. Bulgaria
cesó así de ser un reino vasallo del Sultán. Se convirtió en la
primera provincia propiamente dicha del Imperio otomano en
Europa.
Para que quedase bien claro quién era el dueño de la situa-
ción, Bayaceto convocó a los otros príncipes cristianos a com-
parecer ante su presencia en Serres en el invierno de 1393-94.
Era una forma de guerra psicológica. En la conferencia estu-
vieron presentes el Emperador de Constantinopla, Manuel; su
sobrino Juan V I I ; su hermano el déspota de Morea, Teodoro;
Esteban Lazarevic de Servia y el príncipe servio Constantino
Dagras, suegro de Manuel. En un momento dado, el Sultán
concibió la idea de asesinarlos a todos, pero finalmente los dejó
en libertad, excepto a Teodoro, que fue obligado a sumarse
a la invasión turca de Grecia. Sin embargo, consiguió escapar
y marchó rápidamente para organizar la defensa de Morea.
En 1394 Bayaceto comenzó el primer asedio real de Cons-
tantinopla. En' la ciudad cundían el hambre y la desesperación.
Lo ocurrido en Serres había convencido a Manuel de que los
turcos ya no estaban dispuestos a negociar. La única esperanza
de liberación parecía estar en Europa occidental. El rey de
Hungría, Segismundo, se había dado finalmente cuenta del pe-
ligro otomano con la conquista de Bulgaria-, En 1395 apoyó al

568
príncipe d e Valaquia, situada al n o r t e del D a n u b i o , en una in-
vasión de Bulgaria. T u v o lugar u n a batalla en Rovine, cuya única
consecuencia fue convertir a Valaquia en E s t a d o t r i b u t a r i o del
Sultán. P e r o en 1396 Segismundo organizó la mayor contra-
ofensiva contra los turcos q u e jamás lanzaran los cristianos.
El Papa la bendijo c o m o cruzada. Los principales participantes
fueron H u n g r í a y Francia. Carlos V I d e Francia envió u n o s
10.000 h o m b r e s ; también intervinieron los Caballeros T e u t ó -
nicos y los Caballeros d e San J u a n . Los genoveses d e Lesbos y
Q u í o se u n i e r o n a la cruzada, e incluso Venecia, tras ciertas
dudas, proporcionó algunos barcos para patrullar por el Heles-
ponto. El principal objetivo de la cruzada era la defensa del
reino católico de Flungría y no la liberación de C o n s t a n t i n o p l a .
Fue un t r e m e n d o desastre cristiano. El 25 de s e p t i e m b r e de
1396 los turcos, a y u d a d o s por E s t e b a n Lazarevic y por otros
vasallos cristianos, destrozaron el ejército cristiano en Nicópo-
lis, en el bajo D a n u b i o . S e g i s m u n d o logró escapar, p e r o la
mayor p a r t e d e los otros jefes fueron c a p t u r a d o s o m u e r t o s .
La batalla de Nicópolis fue la primera p r u e b a de fuerza e n t r e
las naciones de E u r o p a occidental y el I m p e r i o o t o m a n o . Pro-
dujo solamente u n alivio m o m e n t á n e o para C o n s t a n t i n o p l a . Ba-
yaceto r e e m p r e n d i ó el asedio d e la ciudad en c u a n t o p u d o . P o r
otra p a r t e , la d e r r o t a d e los cruzados h a b í a s e r v i d o para mos-
trar a los occidentales la verdadera fuerza del enemigo, y Ma-
nuel I I esperaba q u e sus peticiones de ayuda e n c o n t r a r a n ahora
una respuesta más favorable y generosa. E n v i ó embajadas al
Papa, a Venecia y a los reyes de Francia, Inglaterra y Aragón,
así como al G r a n D u q u e de Moscú.
El rey de Francia tenía ahora un mayor interés por la causa
de C o n s t a n t i n o p l a al h a b e r s e c o n v e r t i d o en 1396 en S e ñ o r d e
la República de G e n o v a y, por t a n t o , de las colonias genovesas
en O r i e n t e . E n 1397 se llegó incluso a r u m o r e a r q u e el em-
perador J u a n V I I había ofrecido vender sus derechos al trono
bizantino al rey francés. U n o de los más distinguidos prisione-
ros franceses en la batalla d e Nicópolis era el mariscal de Bou-
etcaut. F u e rescatado y a su vuelta a O c c i d e n t e describió con
tintas sombrías la situación de C o n s t a n t i n o p l a . El rey Carlos V I
le autorizó a volver con un c o n t i n g e n t e de 1.200 h o m b r e s , y
en 1 399 Boucicaut, como en o t r o tiempo A m a d e o de Saboya,
rompió el b l o q u e o turco y llegó a C o n s t a n t i n o p l a . H u b o un
gran regocijo en la ciudad y este p e q u e ñ o ejército consiguió
una serie d e victorias menores sobre los turcos. P e r o la situa-
ción exigía u n esfuerzo m u c h o mayor. P o r ello, el mariscal
convenció a M a n u e l de q u e le acompañara en su viaje de vuelta
a O c c i d e n t e . Manuel llegó a la conclusión de que el contacto

369
personal con los m o n a r c a s occidentales podría p r o d u c i r mejores
efectos, y J u a n V I I , t e m p o r a l m e n t e reconciliado con su tío, ac-
cedió a asumir el m a n d o en C o n s t a n t i n o p l a . E l 10 de diciembre
de 1399 M a n u e l e m p r e n d i ó viaje hacia Italia con el mariscal de
Boucicaut. Pasarían más de tres años hasta su vuelta.
El e m p e r a d o r M a n u e l tenía mejor carácter y presencia q u e
su p a d r e . I n c l u s o los turcos estaban impresionados por su as-
p e c t o y su valor. T e n í a inclinaciones literarias y artísticas y a
veces se l a m e n t a b a d e q u e sus obligaciones le impidieran culti-
var su talento creador. La suya era la personalidad idónea para
d e s p e r t a r simpatías en el i l u s t r a d o O c c i d e n t e , d o n d e se había
d e s p e r t a d o un n u e v o interés p o r los bizantinos como custodios
de la cultura griega. E n 1396 su amigo M a n u e l Crisoloras, como
él discípulo de D e m e t r i o C i d o n i o , fue c o n t r a t a d o para enseñar
griego en Florencia. E l viaje del E m p e r a d o r a O c c i d e n t e n o
podía dejar d e estimular este interés. F u e u n viaje d e caracte-
rísticas muy diferentes al e m p r e n d i d o por su p a d r e a H u n g r í a
y a Roma, p u e s no h a b í a n i n g u n a indignidad en las súplicas
de M a n u e l , ni ofreció c o m o compensación su conversión o la d e
su p u e b l o al credo r o m a n o .
Su primer objetivo era Venecia. D e s d e allí, p o r P a d u a , Vi-
cenza y Pavía, llegó a París en j u n i o de 1400. El rey Carlos V I ,
con quien había ya m a n t e n i d o correspondencia, le acogió con
grandes h o n o r e s , y en diciembre pasó a Inglaterra, d o n d e el
rey E n r i q u e I V le recibió con igual cortesía. En todas partes
M a n u e l e n c o n t r ó u n a acogida respetuosa, y tenía la esperanza
d e q u e , si bien sus anfitriones no p o d r í a n proporcionarle un
ejército, por lo m e n o s volvería a su patria con gran cantidad
de d i n e r o . El Papa había ofrecido indulgencias a quienes diesen
d i n e r o para la defensa de C o n s t a n t i n o p l a . Sin e m b a r g o , a me-
d i d a q u e pasaba el t i e m p o , M a n u e l se dio cuenta d e q u e
incluso en este aspecto había sido excesivamente optimista.
D e s d e L o n d r e s volvió a París en febrero d e 1401 y se instaló
en Francia en condición d e h u é s p e d de Carlos V I , como si no
se atreviera a enfrentarse a la idea de volver a su asediada
ciudad.
M i e n t r a s t a n t o , su s o b r i n o J u a n V I I dirigía la defensa de
C o n s t a n t i n o p l a con la ayuda del c o n t i n g e n t e francés q u e había
dejado el mariscal d e Boucicaut. P e r o el año 1400 llegaron no-
ticias de q u e los mongoles habían i r r u m p i d o en Asia M e n o r por
el Este. H a c í a t i e m p o q u e Bayaceto sabía q u e el I m p e r i o mongol
estaba siendo r e c o n s t r u i d o p o r su más i m p o r t a n t e jefe desde
G e n g i s J a n . Su n o m b r e era T a m e r l á n ( T i m u r L e n k ) . Era medio
turco m e d i o t á r t a r o y d e religión m u s u l m a n a . T a m e r l á n esta-
bleció su capital en S a m a r c a n d a y desde allí dirigió sus con-

370
quistas en todas direcciones, c o n t r a la H o r d a d e O r o d e Rusia
y hasta la I n d i a . H a c i a 1390, T a m e r l á n , tras conquistar Geor-
gia y A r m e n i a , t u v o su p r i m e r contacto con los o t o m a n o s . L u e g o ,
en 1400, su ejército c o n q u i s t ó Sivas, q u e estaba defendida p o r
el hijo de Bayaceto. N o fue sino u n aviso para el Sultán. Los
mongoles se dirigieron entonces c o n t r a Siria y luego contra Bag-
dad, q u e cayó en su p o d e r en julio de 1 4 0 1 .
Los mongoles h u b i e r a n dejado p r o b a b l e m e n t e en paz a los
turcos d e no h a b e r p r o v o c a d o Bayaceto a T a m e r l á n . P o r otra
parte, los bizantinos y los occidentales consideraron a T a m e r l á n
un aliado potencial e i n t e r c a m b i a r o n embajadas con él. E n la
primavera d e 1402, molesto p o r las b u r l a s d e Bayaceto, Ta-
merlán avanzó hacia Anatolia, p a s a n d o de n u e v o p o r Sivas.
El Sultán arriesgó t o d o en u n a sola batalla a c a m p o abierto,
y el 2 8 de julio d e 1402 los ejércitos o t o m a n o y mongol se
enfrentaron cerca d e A n k a r a ( A n g o r a ) . La lucha fue larga y
dura, p e r o el r e s u l t a d o constituyó u n a clara victoria de los
mongoles. Bayaceto fue h e c h o prisionero y m u r i ó sin ser
liberado. C u a t r o de sus hijos consiguieron escapar y se dispu-
taron la sucesión e n t r e ellos. P e r o el I m p e r i o o t o m a n o , p o r lo
menos en Asia, q u e d ó a r r u i n a d o y d e s m e m b r a d o p o r los mon-
goles, q u e avanzaron hasta la costa e incluso arrebataron Es-
mirna a los Caballeros de San J u a n .
Así se acabaron las operaciones de T a m e r l á n en Asia M e n o r .
Se retiró tan r e p e n t i n a m e n t e c o m o había llegado, y en 1405,
murió. Su presencia había c i e r t a m e n t e desequilibrado a los turcos
y d a d o nuevos ánimos a los cristianos. H a s t a la misma Ingla-
terra llegó la leyenda de q u e u n gran señor oriental se había
c o n v e r t i d o al cristianismo y d e s t r u i d o a los infieles. P e r o tras
la batalla de A n k a r a d e 1402, la cuestión era si los bizantinos
y sus aliados occidentales p o d r í a n aprovechar la desintegración
del I m p e r i o o t o m a n o .

V. El último medio siglo y la caída de Constantinopla


(1402-1453)

Las b u e n a s noticias d e la batalla d e A n k a r a llegaron al em-


perador M a n u e l e s t a n d o en París en s e p t i e m b r e de 1402, p e r o
tardaría casi un a ñ o en volver a C o n s t a n t i n o p l a . Mientras t a n t o ,
su sobrino J u a n V I I había t o m a d o sus propias m e d i d a s para
afrontar la situación, tan d r a m á t i c a m e n t e cambiada. H a b í a ter-
m i n a d o el b l o q u e o d e C o n s t a n t i n o p l a y m u e r t o el sultán Baya-
ceto. P e r o el mayor d e sus hijos, Solimán, llegó a Gallípolis en
agosto d e 1402 para hacerse cargo d e las provincias o t o m a n a s

371
en Europa. Fue con Solimán con quien hicieron nuevos tratados
Juan V I I , los genoveses, los venecianos y demás partes intere-
sadas. Los bizantinos se vieron particularmente favorecidos.
Salónica, con el monte Atos, les fueron devueltos, así como una
parte importante de la costa del mar Negro; se abolió el tributo
y Solimán juró hacerse vasallo del Emperador. A cambio debía
ser reconocido dueño de los dominios otomanos en Rumelia, o
Europa, con capital en Adrianópolis. Las tornas habían cambiado.
Los bizantinos habían pasado de ser subditos de los turcos a
ser sus señores. Este acuerdo fue ratificado por Manuel II en
junio de 1403 en todos los puntos, excepto en uno. Juan V I I
debía de abandonar Constantinopla y reinar en Salónica. Allí
permaneció hasta su muerte en 1408.
Solimán fue lo bastante inteligente para ser el primero de
los hijos de Bayaceto en reclamar las provincias otomanas en
Europa, que habían sido seriamente afectadas por la batalla de
Ankara. Pero no fue el único pretendiente al título de Bayaceto.
Era inevitable que sus hermanos, una vez que hubieron agru-
pado algunos de los dispersos fragmentos del sultanato en Asia
intentaran unirlos a los territorios europeos y era también in-
evitable que los bizantinos, llegado el momento, se vieran obli-
gados a tomar partido en la lucha por el poder de los turcos.
El primer encuentro tuvo lugar entre Solimán y su hermano
Muza (Müsá). En 1410 Solimán fue derrotado y muerto en
Adrianópolis. Muza estaba decidido a castigar a los cristianos
que habían ayudado a su rival. Denunció el acuerdo de 1403,
atacó Salónica y reanudó el asedio de Constantinopla. Pero la
ciudad se hallaba ahora bien preparada para un sitio y podía
defenderse por mar; además Manuel llamó a Mohamed, herma-
no de Muza, que estaba en Asia Menor, proporcionándole trans-
porte y hospitalidad. En julio de 1413, sirviéndose de Constan-
tinopla como base, Mohamed derrotó a Muza cerca de Sofía,
y de esta manera, por eliminación, Mohamed se convirtió en
sultán del Imperio otomano reunido de nuevo. Ello había sido
posible gracias a los bizantinos y él les estaba sinceramente agra-
decido. Todos los privilegios otorgados por Solimán les fueron
de nuevo reconocidos, y durante el tiempo que Mohamed I
fue sultán, desde 1413 a 1421, fueron respetados. Mohamed
empleó la mayor parte de sus energías en restablecer la situación
en Asia, lo que dejó libres a los bizantinos para disfrutar y
explotar su último respiro.
Manuel II no se hizo nunca ninguna ilusión de que este
respiro fuera a durar ni de que la derrota de Ankara hubiera
quebrado para siempre la fuerza de los turcos. Mantuvo estre-
chas relaciones con el mundo occidental, especialmente con

372
Francia, y Manuel Crisoloras fue un activo embajador encargado
de que Occidente no olvidase a Constantinopla. Manuel se
esforzó también por centralizar el control de las regiones que
había conservado o recuperado por el tratado con Mohamed.
Desde 1408, su hijo Andrónico fue déspota de Salónica. Otro
de sus hijos, Teodoro II, fue nombrado déspota de Morea en
1407. Sucedió al hermano de Manuel, Teodoro I, que en sus
veinticinco años de administración había conseguido mantener
unida esta última provincia bizantina. Atenas había pasado de
manos de los catalanes a otra banda de aventureros, la Com-
pañía Navarra, y luego a la familia florentina de los Acciajuoli.
Pero en 1394 recayó en Carlos Tocco de Cefalonia, que había
sucedido a la familia Orsini en la posesión de Epiro y las islas
jónicas. Fue Tocco quien provocó o ayudó a la primera invasión
turca del centro y sur de Grecia. Pero no permanecieron en ella,
y, a finales del siglo xiv, el despotado bizantino de Morea pa-
recía más próspero y seguro que ninguna otra región del Im-
perio.
En 1414 Manuel se sintió lo suficientemente seguro para
dejar Constantinopla una vez más e inspeccionar en persona
la situación y las defensas de sus pocas provincias. Marchó
primero a Salónica y de allí a Morea. Nadie sabía cuanto tiempo
tardarían los turcos en invadir Grecia de nuevo. Manuel ordenó
la construcción de una muralla, llamada el Hexamilión, a lo
largo del istmo de Corinto. Su visita sirvió también para re-
cordar a los terratenientes locales y al príncipe navarro de Aca-
ya que la palabra del Emperador seguía teniendo fuerza de
ley en Morea. Tras su vuelta a Constantinopla en 1416 envió
a su hijo primogénito Juan a reunirse con su hermano Teodoro
en Grecia, y Morea disfrutó de una precaria prosperidad durante
algunos años más.
Su capital, Mistra, fue una especie de versión reducida de
Constantinopla y el centro del último renacimiento cultural y
artístico de Bizancio. La Corte de sus déspotas, como lo había
sido la de Andrónico II cien años antes, se convirtió en un
refugio de intelectuales. El hecho de que estuviese en suelo
griego y cerca de la antigua Esparta dio alas a la ilusión de
que podía ser la base de un nuevo helenismo, de un renaci-
miento de la filosofía e ideales griegos, capaz de infundir nueva
vida al cadáver de Bizancio. El principal protagonista de esta
idea romántica fue el sabio platónico Jorge Gemisto Pletón, que
se había instalado en Mistra. Pletón consideraba a Grecia no
como una provincia del Imperio bizantino, sino como el lugar
de aparición de la antigua filosofía griega y la cuna del idioma
en que dicha filosofía estaba escrita. Por ello propuso una serie

373
d e detalladas m e d i d a s y reformas para convertir al P e l o p o n e s o
en u n p r i n c i p a d o a u t ó n o m o en el q u e p u d i e r a florecer de n u e v o
el helenismo. Sus ideas políticas no eran del t o d o impracticables.
P e r o sus o p i n i o n e s acerca d e la religión cristiana resultaban casi
inaceptables, pues P l e t ó n p r e t e n d í a q u e los bizantinos recha-
zasen su fe y volviesen a la creencia en los antiguos dioses
griegos. Su t r a t a d o sobre esta cuestión fue q u e m a d o por el pa-
triarca d e C o n s t a n t i n o p l a , y p o r lo m e n o s en este aspecto, el
profeta P l e t ó n fue claramente rechazado en su p r o p i o país.
El n ú m e r o de iglesias y monasterios d e n t r o del límite de las
murallas de M i s t r a a u m e n t ó en vez de disminuir, d a n d o testi-
monio d e la i n q u e b r a n t a b l e fe d e los bizantinos en su cristia-
nismo o r t o d o x o .
La paz firmada e n t r e M a n u e l y M o h a m e d sufrió algunos
q u e b r a n t a m i e n t o s . E n 1415, u n p r e t e n d i e n t e al sultanato, lla-
m a d o Mustafá, q u e se decía hijo d e Bayaceto, mezcló a los
bizantinos en sus a v e n t u r a s . Los venecianos y los servios tam-
bién le apoyaron, y c u a n d o M o h a m e d le acorraló, Mustafá
recibió asilo del E m p e r a d o r . Paradójicamente, el incidente t u v o
escasas consecuencias sobre las relaciones del E m p e r a d o r con
M o h a m e d . P e r o C o n s t a n t i n o p l a n o podía esperar sobrevivir siem-
pre con tan escasas garantías, p u e s M o h a m e d , como sabía per-
fectamente M a n u e l , estaba llevando a cabo u n a c o n s t a n t e labor
de reconstrucción del I m p e r i o o t o m a n o en Asia, sobre unas bases
a ú n más firmes q u e antes.
E n e n e r o de 1421, M a n u e l , q u e contaba ya setenta y u n años
y cuya salud era escasa, confió la mayor p a r t e d e sus poderes
a su hijo p r i m o g é n i t o J u a n V I I I , al q u e hizo venir d e Grecia.
Al poco t i e m p o m u r i ó M o h a m e d . Su hijo M u r a d I I le sucedió
como sultán y en u n principio fue reconocido como tal por
M a n u e l . P e r o en Bizancio h a b í a u n p a r t i d o , encabezado por
el joven J u a n V I I I , que creía c o n v e n i e n t e promover disensiones
e n t r e los turcos reconociendo c o m o sultán al p r e t e n d i e n t e Mus-
tafá. E s t e no d u r ó m u c h o t i e m p o , y tan p r o n t o como M u r a d
le h u b o vencido se vengó d e los bizantinos, q u e habían res-
p a l d a d o el c o m p l o t . E n j u n i o d e 1422 p u s o sitio a Constanti-
nopla. Los e m p e r a d o r e s veían ya de m a n e r a terroríficamente
clara q u e había t e r m i n a d o su e n t e n d i m i e n t o con los turcos,
pues M u r a d , sultán ya d e E u r o p a y Asia, consideraba Constan-
tinopla como el ú l t i m o eslabón q u e le faltaba para completar
la cadena de su I m p e r i o . P o r ello e m p r e n d i ó el sitio d e 1422
con todos los m e d i o s a su alcance. P e r o la defensa fue tenaz
y en s e p t i e m b r e M u r a d t u v o q u e retirarse para ocuparse d e
o t r o u s u r p a d o r aparecido en Asia. E n febrero d e 1424 firmó otro
t r a t a d o con Bizancio, q u e significó la paz para el I m p e r i o , pero

374
los e m p e r a d o r e s tuvieron d e n u e v o q u e pagar t r i b u t o al Sultán
y su a u t o r i d a d estaba casi limitada a los suburbios de su capital.
El l e v a n t a m i e n t o del sitio de C o n s t a n t i n o p l a n o significó tam-
poco que la paz se extendiese a otras partes del I m p e r i o . E n
1423 los ejércitos de M u r a d invadieron Albania, pusieron sitio
a Salónica y p e n e t r a r o n en Grecia. El m u r o H e x a m i l i ó n de Co-
rinto resultó ineficaz y los turcos se lanzaron sobre M o r e a y de-
vastaron la región. J u a n V I I I , c o n v e r t i d o ya en E m p e r a d o r vir-
tual, decidió hacer u n n u e v o llamamiento personal al m u n d o
occidental. E n n o v i e m b r e de 1423 dejó C o n s t a n t i n o p l a para vi-
sitar Venecia, Milán y H u n g r í a . Volvió u n a ñ o más tarde
con pocos resultados positivos. Sólo los venecianos, alarmados
ante la amenaza q u e r e p r e s e n t a b a n los turcos frente a sus
intereses en A l b a n i a y M o r e a , se m o s t r a r o n activamente intere-
sados. A comienzos del mismo 1423, al p o n e r los turcos sitio
a Salónica, A n d r ó n i c o , hijo d e M a n u e l , h a b í a ofrecido entregar
la ciudad a Venecia. Se t r a t a b a de u n a cesión más que de u n a
venta, y en s e p t i e m b r e , los venecianos enviaron g o b e r n a d o r e s
para administrar Salónica. T e n í a n la esperanza d e convertirla
en u n a segunda Venecia. P e r o el Sultán frustró sus intenciones.
Exigió un t r i b u t o aún mayor y sus tropas c o n t i n u a r o n sitiando
la ciudad. Su posesión llegó a ser más u n riesgo q u e u n a ven-
taja, y sus h a b i t a n t e s griegos, h a m b r i e n t o s y e m p o b r e c i d o s , se
volvieron contra sus d u e ñ o s italianos. E n m a r z o de 1430 M u r a d
en persona dirigió el asalto final que q u e b r ó sus defensas.
Los venecianos se alejaron y la segunda ciudad del I m p e r i o bi-
zantino cayó en m a n o s d e los turcos por segunda y defini-
tiva vez.

E! 21 d e julio d e 1425 m u r i ó M a n u e l , q u e d a n d o J u a n V I I I
como E m p e r a d o r único. Poco t i e m p o antes d e su m u e r t e , M a n u e l
había aconsejado a su hijo q u e n o p r o m e t i e r a la u n i ó n d e las
Iglesias c o m o acicate para inclinar a las potencias occidentales
a p r e p a r a r una nueva c r u z a d a . ' M a n u e l se h a b í a m o s t r a d o siempre
escéptico sobre los beneficios q u e ello reportaría, pues cualquier
acercamiento e n t r e los cristianos orientales y occidentales eno-
jaría a ú n más a los turcos, y la mayoría d e los bizantinos, a u n
en una situación extrema, seguirían rechazando la idea de so-
meterse a la a u t o r i d a d papal y al c r e d o r o m a n o . P e r o J u a n V I I I
no veía otra alternativa. Lo mejor q u e se le ocurrió para suavizar
la oposición de su p u e b l o fue insistir en q u e , si b i e n la unión
de las Iglesias era u n requisito previo a cualquier cruzada que
acudiera en su ayuda, d e b í a hacerse según u n p r o c e d i m i e n t o
a p r o b a d o p o r los teólogos b i z a n t i n o s y no ser i m p u e s t a como
en el caso de la unión de Lyon. Se celebraría u n concilio ecumé-
nico. Las circunstancias favorecían sus planes, pues en esta
época estaba e x t e n d i d a en la Iglesia occidental la creencia en
la s u p e r i o r i d a d del concilio sobre el P a p a . D u r a n t e algún tiempo
pareció q u e los bizantinos se p o d r í a n e n t e n d e r mejor con los
partidarios de la teoría conciliar, en Basilea, q u e con el P a p a
en Italia.
F i n a l m e n t e , sin e m b a r g o , el p a p a E u g e n i o I V accedió a con-
vocar un concilio en Italia e invitó al E m p e r a d o r a asistir j u n t o
con sus obispos. J u a n hizo venir d e Morea a su h e r m a n o Cons-
t a n t i n o para q u e se hiciera cargo del gobierno d u r a n t e su ausen-
cia, y en n o v i e m b r e d e 1437 e m p r e n d i ó viaje hacia Ferrara
d o n d e debía celebrarse el concilio. C o n él marcharon el pa-
triarca José y los obispos Besarión de Nicea, Isidoro de Kiev
y Marco E u g é n i c o d e Efeso, delegados de los otros patriarcas
orientales y n u m e r o s o s dignatarios. F u e un a s u n t o muy diferente
al concilio d e Lyon d e 1274 y a la sumisión d e J u a n V a
Roma en 1369. E n los últimos años, el g r u p o unionista había
g a n a d o terreno en Bizancio. Intelectuales, como Besarión e Isi-
d o r o , tenían un alto c o n c e p t o de la cultura latina y de la teo-
logía católica. P e r o seguían siendo u n a minoría. Las discusiones
y enfrentamientos de Ferrara, y luego de Florencia, a d o n d e se
trasladó el concilio en 1439, fueron largas y a veces violentas.
P e r o el 6 de julio d e 1439 se llevó finalmente a cabo la pro-
clamación d e la unión de las Iglesias por Besarión y el cardenal
Cesarini. Los delegados bizantinos habían defendido su dignidad
y sus posiciones teológicas hasta el límite de sus fuerzas. El
E m p e r a d o r regresó a C o n s t a n t i n o p l a confiando en q u e la re-
compensa sería la organización' d e una cruzada.
La reacción en C o n s t a n t i n o p l a fue inmediata y violenta. F u e
encabezada por el o b i s p o M a r c o Eugénico de Efeso, q u e se
había negado a firmar el decreto d e unión de Florencia. O t r o s
que lo habían firmado cambiaron de o p i n i ó n . U n o d e ellos
fue el filósofo J o r g e Escolario, q u e sería más tarde el primer
Patriarca de C o n s t a n t i n o p l a bajo g o b i e r n o o t o m a n o . Se q u e d a r o n
en Italia algunos unionistas c o m o Besarión, al q u e luego seguiría
Isidoro de Kiev, acusado p o r los rusos d e traidor a la orto-
doxia. T a m b i é n el sultán M u r a d estaba enojado y desconfiaba
de este e n t e n d i m i e n t o entre O r i e n t e y O c c i d e n t e . P o r tanto,
el Concilio de Florencia dividió a la sociedad bizantina en el
m o m e n t o en q u e la u n i d a d era más necesaria, y, a u n q u e tuvo
ciertas consecuencias sobre la historia d e la Iglesia, sus efectos
políticos fueron el alejamiento de los rusos o r t o d o x o s y el enojo
d e los turcos.
M u r a d se dio cuenta de que la contraofensiva podía venir de
H u n g r í a . Jorge B r a n k o v i c , que había sucedido a su tío Esteban
Lazarevic en el cargo de d é s p o t a d e Servia en 1427, había

576
concedido a su hija en matrimonio al Sultán. Pero era conocida
su alianza de aquel momento con Hungría y había erigido una
gran fortaleza en Smederevo, a orillas del Danubio. En 1440,
al predicar el papa Eugenio su prometida cruzada, fueron estas
regiones las que respondieron a la convocatoria. Fue organizada
por Ladislao í l l de Hungría, al que se unieron Jorge Brankovic
y Juan Ilunyadi, voivoda de Transilvania, que se había distin-
guido anteriormente en sus luchas contra los turcos. Era un
momento propicio por haber tenido que marchar el Sultán a Asia
Menor, y el espíritu de revuelta era contagioso. En Albania
se produjo una rebelión, instigada por un renegado musulmán,
llamado Jorge Castrioto, al que el mismo Murad había dado
el nombre de Alejandro o Skanderberg. Incluso en la Morea
bizantina, el hermano del Emperador, Constantino, hizo con gran
optimismo reconstruir el Hexamilión y obligó al señor italiano
de Atenas a pagarle tributo.
En medio de circunstancias tan prometedoras, la cruzada hún-
gara avanzó desde Smederevo por el Danubio, penetrando en
Bulgaria. Allí se le unieron refuerzos al mando del legado papal,
cardenal Cesarini. Eira un ejército impresionante y Murad pre-
firió esperar. lio 1444 volvió precipitadamente a Europa y en
junio recibió en Adrianópolis emisarios de Ladislao, Brankovic
y Hunwidi. Se firmó una tregua de diez años, que fue ratificada
por Ladislao en Szegedin, en el mes de julio. Brankovic se in-
clinaba a respetar la tregua, pero los otros jefes no estaban de
acuerdo y el cardenal insistía en que la cruzada debía proseguir.
Absolvió a Ladislao del juramento prestado al Sultán y en sep-
tiembre el ejército continuó su marcha a través de Bulgaria en
dirección al mar Negro, donde esperaban hallar una flota vene-
ciana de apoyo. Murad, que había vuelto a Anatolia, quedó
impresionado por la perfidia de los cristianos. Condujo rápida-
mente su ejército al norte del Danubio. El 10 de noviembre de
1444. la cruzada sufrió una aplastante derrota en Varna. Ladislao
de Hungría y el cardenal Cesarini murieron. Solamente Juan
Hunyadi consiguió escapar.
La cruzada de Varna fue el último esfuerzo conjunto de la
Cristiandad occidental para liberar Constantinopla. Pero no
llegó a la ciudad. El Emperador bizantino no había participado
en ella y gran parte de sus subditos no sintieron en absoluto
que acabase en un desastre, pues no estaban dispuestos a re-
nunciar a su fe para ser salvados. Además, muchos cristianos
que habían vivido bajo gobierno musulmán durante una o más
generaciones preferían la justicia y tolerancia de los turcos a
la ¡ncertidumbre de una liberación. Es cierto que Murad había
reorganizado su fuerza de choque de jenízaros obligando a las

377
familias cristianas a entregar a sus hijos varones. Pero estas
c
exigencias ya no eran muy grandes y a pe ar de éstas y otras
cargas, muchos griegos pensaban y afirmaban que les resultaba
preferible el sometimiento a los turcos que la dependencia con
respecto a los latinos.
Murad se tomó rápida venganza sobre los que habían acudido
a la cruzada o elegido ese momento para la rebelión. En 1446
sus tropas invadieron Grecia, destruyeron la muralla del istmo
y por segunda vez penetraron en Morca, si bien no se llevó a
cabo la ocupación turca y el déspota Constantino pudo seguir
gobernando en calidad de vasallo. Después, los turcos ajustaron
cuentas con Hunyadi y Skanderberg. Hunyadi fue derrotado en
Kosovo en octubre de 1448. La resistencia en los Balcanes
estaba casi llegando a su fin. Entre los jefes originarios de la
cruzada, solamente sobrevivió Jorge Brankovic como vasallo de
los turcos, hasta su muerte en 1456. Pero Skanderberg pudo es-
capar a los turcos y resistió en las montañas de Albania hasta 1467.
En octubre de 1448 moría el emperador Juan VII. sin he-
redero y sin esperanzas. Vino de Morea su hermano Constantino
para hacerse cargo de la damnosa hereditas de Constantinopla.
El sultán Murad se lo permitió de buen grado. Había ya dele-
gado su autoridad en su hijo Mohamed, quien, una vez conju-
rada la amenaza de la última cruzada, podía esperar heredar
un tranquilo y floreciente Imperio otomano, al que sólo restaba
para estar completo la ciudad de Constantinopla. En febrero
heredó el Imperio a la muerte de su padre, y desde el mismo
momento de su acceso manifestó claramente que su principal
objetivo era la conquista de Constantinopla. Los bizantinos
creían que estaban a punto de cumplirse todas las teorías acerca
del Anticristo. Vieron cómo a lo largo del Bosforo, en el lado
europeo, se construía una gran fortaleza, llamada Rumeli Hissar,
desde la que podrían lanzar el ataque. Cerraron el Cuerno
de Oro con una cadena. Apenas podían hacer otra cosa que
permanecer vigilantes y confiar en que los muros de su ciudad,
que habían desafiado a tantos agresores, podrían resistir ante
este último enemigo.
Aún había alguna débil esperanza en la llegada de ayuda
desde Occidente. El emperador Constantino recordó al Papa que
el Concilio de Florencia no había sido inútil, y en diciembre
de 1452 Isidoro de Kiev, convertido en cardenal de la Iglesia
romana, proclamó solemnemente en Santa Sofía la unión de las
Iglesias. La mayor parte de los bizantinos lo consideraron la
última indignidad. Pero tampoco tuvo una respuesta signifi-
cativa por parte del mundo católico. El único monarca occidental
que demostró algún interés por Bizancio fue Alfonso V de

378
Aragón y Ñapóles, cuya ambición era restablecer el Imperio
latino. Este proyecto carecía de todo realismo y los sueños del
rey español carecían de relevancia para los ciudadanos de Cons-
tantinopla. Sin embargo, al llegar el ultimo momento, los vene-
cianos do la ciudad se sumaron con todas sus fuerzas a la de-
fensa, y el soldado genovés Juan Giustiniani, con setecientos
hombres, se hizo cargo de la defensa de las murallas de tierra.
Era una tardía recompensa por todos los perjuicios que los
italianos habían causado a Bizancio en tiempos pasados.
El sultán Mohamed II inició el asedio de la ciudad el 7 de
abril de 1453. Los barcos turcos, que intentaron forzar la en-
trada a pesar de la cadena del Cuerno de Oro, fueron recha-
zados en medio del regocijo de los defensores. Pero el Sultán
ordenó entonces transportar por tierra los barcos desde el Bos-
foro al Cuerno de Oro, operación que los genoveses de Gálata,
que se habían proclamado neutrales, hicieron muy poco por di-
ficultar. La ciudad quedó así sitiada por tierra y por mar y sus
viejas murallas tuvieron que sufrir el continuo bombardeo de
la artillería pesada que Mohamed había hecho fabricar. El 29
de mayo se extendió la noticia de que iban a ser asaltadas las
murallas de tierra. El Emperador y su pueblo, tanto griego como
latino, rezaron juntos por última vez en Santa Sofía y ocuparon
sus posiciones. El ataque comenzó bastante antes del amanecer.
Los defensores resistieron durante algún tiempo, hasta que al-
gunos jenízaros se abrieron paso por una pequeña puerta en
las murallas. En las escaramuzas que siguieron, Giustiniani cayó
tnortalmente herido y las noticias hicieron cundir la confusión
y el pánico. El emperador Constantino fue visto por última
vez luchando a pie firme en una de las puertas de la ciudad.
Su cadáver no pudo ser identificado con seguridad. Los turcos
penetraron en la ciudad.
Después de tres días y tres noches de saqueo por parte de
sus tropas, Mohamed II entró en la ciudad e hizo su paseo
triunfal hasta la catedral de Santa Sofía para dar gracias, no
a la Sagrada Sabiduría de Cristo, sino a Allah. El Imperio
bizantino había por fin sucumbido ante el Imperio otomano.
El Suhán-Basileiis reinó como jefe supremo en la ciudad de
Constantino. Fuera de la ciudad quedaban aún algunos focos
de resistencia, pero una vez dueño de la capital, Mohamed pensó
que podía esperar. Atenas fue tomada por sus tropas en 1456.
Cuatro años más tarde, los dos déspotas de Morea, hermanos
del último Emperador, fueron obligados a abandonar la provincia
por cuya posesión habían luchado entre sí. Tomás Paleólogo
huyó a Italia y Demetrio a la Corte del Sultán. En 1461 el
Imperio de Trebisonda, que había mantenido su precaria exis-

379
tencia a orillas del mar N e g r o plegándose tanto a los turcos
como a los mongoles, cedió en la lucha; y con el final some­
t i m i e n t o de los últimos locos de resistencia en Servia, Bosnia y
Albania, se c o m p l e t ó finalmente la transformación del m u n d o
bizantino en el o t o m a n o , q u e había d u r a d o más de un siglo.

380
LISTAS DE EMPERADORES

I. E M P E R A D O R E S TARDORROMANOS 969-976. Juan 1 Zimisces.


Y BIZANTINOS 976-1025. Basilio II.
1025-1028. Constantino VIII.
1028-1034. Romano III Argiro.
324-337. Constantino I. 1034-1041. Miguel IV.
337-361. Constancio. 1041-1042. Miguel V.
361-363. Juliano. 1042. Zoé v Teodora.
363-364. Joviano. 1042-1055 Constantino IX Monó-
364-378. Valente maco.
379-395. Teodosio I. 1055-1056. Teodora (2.* vez).
395-406". Arcadio. 1056-1057. Miguel VI.
408-450. Teodosio II. 1057-1059. Isaac I'Comneno.
450-457. Marciano. 1059-1067. Constantino X Ducas.
457-474. León I. 1068-1071. Romano IV Diógenes.
474. León II. 1071-1078. Miguel VII Ducas.
474-475. Zenón. 1078-1081. Nicéforo III Botaniates.
475-476. Basilisco. 1081-1118. Alejo I Comneno.
476-491. Zenón (2.' vez). 1118-1143. Juan II Comneno.
491-518. Anastasio I. 1143-1180. Manuel I Comneno.
518-527. Justino I. 1180-1183. Alejo I I Comneno.
527-565. Justiniano I. 1183-1185. Andrónico I Comneno.
565-578. Justino II. 1185-1195. Isaac II Ángel.
578-582. Tiberio I Constantino. 1195-1203. Alejo III Ángel.
582-602. Mauricio. 1203-1204. Isaac II (2.» vez) y Ale­
602-610. Focas. jo IV Ángel.
610-641. Heraclio. 1204. Alejo V Murzuflo..
641. Constantino III y Heracleo- 1204. Constantino Lascaris.
nas. 1204-1222. Teodoro I Lascaris
641. Heracleonas. 1222-1254. Juan I i l Ducas Vatazes
641-668. Constante II. 1254-1258. Teodoro II Lascaris.
668-685. Constantino IV. 1258-1261. Juan IV Lascaris.
685-695. Justiniano II. 1259-1282. Miguel VIII Paleólogo.
695-698-, Leoncio. 1282-1328. Andrónico II Paleólogo.
698-705. Tiberio II. 1328-1341. Andrónico III Paleólogo.
705-711. Justiniano II (2.» vez). 1341-1391. Juan V Paleólogo.
711-713. Filípico. 1347-1354. Juan VI Cantacuceno.
713-715. Anastasio II. 1376-1379. Andrónico IV Paleólogo!.
715-717. Teodosio III. 1390. Juan VII Paleólogo.
717-741. León III. 1391-1425. Manuel II Paleólogo.
741-775. Constantino V. 1425-1448. Juan VIII Paleólogo.
775-780. León IV. 1449-1453. Constantino XI Paleólo­
780-797. Constantino VI. go.
797-802. Irene.
802-811. Nicéforo I.
811. Estauracio.
811-813. Miguel I Rangabe.
813-820. León V. II. DÉSPOTAS DE E P I R O

820-829. Miguel II.


829-842. Teófilo.
842-867. Miguel III. 1204-1215. Miguel I.
867-886. Basilio 1. 1215-1230. Teodoro.
886-912. León VI. 1237-1271. Miguel II.
912-913. Alejandro. 1271-1296. Nicéforo I.
913-959. Constantino VII. 1296-1318. Tomás.
920-944. Romano I Lecapeno. 1318-1323. Nicolás Orsini.
959-963. Romano II. 1323-1335. Juan Orsini.
963-969. Nicéfono II Focas. 1335-1340. Nicéforo II.

381
III. SALÓNICA 596-606. Ciriacu.
607-610. Tomás I.
610-638. Sergio I
1224-1230. Teodoro. 638-641. Pirro.
1230-1237. Manuel. 641 653. Paulo II.
1237-1244. Juan. 654. Pirro (2.» vez).
1244-1246. Demetrio 654 666. Pedro.
667-669. Tomás II.
669-675. Joan V
675-677. Constantino I
677-679. Teodoro I
IV. f Ml'ClilO LATINO 679-685. Jorge I.
686-6S7. Teodoro I (2.-' ve/.t.
688-694. Paulo III.
1204-1205. Balduino I de Flandes. 694-706. Calinico.
1206-1216. Enrique de Flandes. 706-712. Ciro.
1217. Pedro de Courtenay. 712 715. Juan VI'.
1217-121'). Yolanda. 715 730. Germán I.
1221-1228. Roberto de Courtenay. 730-754. Anastasio.
1231 1237. Juan de Brienne. 754 766. Constar.lino II.
1228-1261. Balduino II de Courtc 766 780. Nicelas I.
nay. 780-784. Paulo IV.
784 806. Tarasio.
806-81 = . N k c t u r o 1.
815-821, Teodoio I Mcliscno.
821-837. Antonio 1 Casímans.
V. OíasrOS V 1'ATR1 \ W iS 837-843. Juan VII el Gramático.
OH CONSTWTIXUl'I.A 843-847. Metodio 1.
847-858. Ignacio..
858-867. Focio.
M5-327. Metrófanes. 567-877. Ignacio (2. vez).a

327-340. A l e j a n d r o .
340-341. Paulo I. 877 886. Focio (2.= vez).
341-342. p.usebio. 886 893. Esteban 1.
342 344. Paulo I (2.» vez). 893 901. Antonio II Canicas.
Í42-346. Macedonio I. 901 907. Nicolás I el Místico.
346-330. Paulo 1 (3.» ve/.). 907-912. Eutinwi.
350-360. Macedonio (2.' vez). "12 925. Nicolás 1 el Místico (2.-
360-369. Eudocio. vxv.).
w j 179. Demonio. "25-"27. Esteban II
369-370. Evagrio. 927-931. Tritón.
379-381. Gregorio I Noclanceno. 933-956. Teofilaclo.
381. Máximo I. '•5i.-970. Polieucio.
381 397. Nectario. 970-973. Basilio I el Escarnandria-
398 404. Juan I CrisóMomo. UII.

404-405. Arsacio. 973-976. Antonio 111 el F.studita.


406-425. Alieo. 980-992. Nicolás 11 Ctisoberges.
426 427. Sisinio I. 996 998. Si.sinio 11.
428-431. Mestorio. 1001-1019. Sergio II.
431-434. Maximiano. 1019-1025. Eustacio.
434 446. Proelo. 1025-1043. Aleio el l'.siudüa.
446-449. Flaviano. 1043 1058. Miguel 1 Celulario.
449 458. Anatolio. 1059-1063. Constantino III Uncu-
45X 471. Genadio I. des.
472 488. Acacio. 1064-1075. Juan VI11 Jililino.
488-489. Fravitas. 1075-1081. Cosmas I llierosolimiles.
489-495. Eufemio. 1081-1084. Eustacio Gandas.
495-511. Macedonio II. 1084-1111. Nicolás III el Gramá­
5I1-51R. Timoteo I. tico.
518-520. Juan II de Capadocia. 1111-1134. Juan IX Agapito.
520-535. Epifanio. 1134-1143. León Estipes.
535-536. Antimo I. 1143-1146. Miguel II Curcuas Ojei-
536-553. Menas. tes.
552-565. Eutiquio. 1146-1147. Cosmas II el Ático.
565-577. Juan III Escolástico. 1147-1151. Nicolás IV Muzalón.
577-582. Futiquio (2." vez). 1151-1153/4. Teodoto II.
582-595. Juan IV Nesteules. 1153/4-1154. Neófito.

382
U54-1I57. Constantino IV Cliarcno. 644-656. Dlmán ('Utman).
1157-1170. Lucas Crisoberges. 656-661. Alí CAIi).
1170-1178. Miguel Til Anquiaí;,
1178-1179. Cariton Eugeniotes.
1179-1183. Teodosio I Boradiotes. Omeyas
1183-1186. Basilio II Camatero.
Ü86-1189. Nitelas II Muntanes. 661-680. Muhawiva I (Mu'awiya).
1189. Dositeo de Jerusalén. 680-683. Yazid (Vazíd).
! 189. Leoncio Teotoquites. 683-684(?) Muhawiva II.
1189-1191. Dosilco de Jerusalén (2." 684-685. Marwán (Marwán).
6S5-705. Abd al-Malik ('Abad al-
! 191-1198» Jorge II Jifilino. Malik).
1198-1206. Juan X Camatero. 705-715. Walid I.
1208-1214. Miguel IV Autoreíano. 715-717. Solimán (Sulaymani.
!'14 1216 Teodoro I I Eirénico. 715-720. Ornar II.
1240. MeU.dio II. 720-724. Yazid II.
1217-1222. Manuel I Saranteno. 724-743. Hisám (Hisam).
1222-1240. Germán II. 743-744. Wabd II.
i :4fi Metodio I I . 744. Yazid III.
1244-1255. Manuel I I . 744-75(1. Marwán II.
1255-1259. Arsenio Autoreíano. 744. Ibrahirn.
1260-1261. Nicéforo I I .
1261-1264. Arsenio Autoreíano 12."
vez). Abasidas t'Abbasies) (hasta 1075)
1265-1267 Germán III.
1267-1275 José I . 750-754. al-Safar (al-Saffar).
1275-1282. Juan X I Becco. 754-775. Almanzor fal-Mansür).
!.282-1283. José I (2.' vez). 775-785. al-Mahdi (al-Mahdl).
¡283-1289. Gregorio I I de Chipre. 785-786. al-Hadi (al-Hadl).
1.289-129?. Alanaslo I. 786-809. Hai-un al-Rasid (Harün al-
1294-1303. Juan X I I Cosmas. a
Rastd).
1303-1310. Atanasio I (2. vez). 809-813. al-Amin (al-Amin).
¡310-1314. Ncfón. 813-833. nl-Mamun (al-Ma'mCín).
1315 1319. Juan XIII Gliquis. 833-842. al-Mutasim (al-Mutasim).
1320-1321. Gcrásimo I. 842-847. al-Watik (al-Watik).
1323-1334. Isaías. 847-861. al-Mulawaki! (al-Mutawak-
1334-1347. Juan XIV Caleeas. kil).
1347 1350. Isidoro. 861-862. al-Mustansir (al-Mustan-
1350-1.353. Calista I. sir).
1353-1354. Piloteo Caquino. 862-866. al-Mu'tazz.
1355-1363. Caliste I (2.» vez). 866-869. al-MuStadT.
¡364 1376. Filoleo Coquino 869-892. al-Mu'tamid.
¡376-1379. Macario. 892-902. al-Mu'iadid.
1379-1388. Neilo. 902-908. al-Muqtafí.
1389-1390. Antonio IV.
1390 1.391. Macario (2.« vez). 912-932. al-Muqtadir.
1391-1397. Antonio IV (2.* vez). 932-934. al-Qáhir.
1397. Calisto II Jantópulo. 934-940. al-Rñdl.
¡397-1410. Maleo. 940-943. al-Multaql.
1410-1416. F.utimio II. 943-946. ai-Muslaqfl.
1416-1439. José II. 946-974. al-Muti.
1440-144.3 Mctrófanes II. 974-991. al-Ta'i.
¡443-1451. Gregorio III Meliseno 991-1031. al-Qridir.
Estrategópulo. 1031-1075. al-Qá'im.
1450. Atanasio II.
1453-1456. Genadio II Escolario.

vii. L O S SULTANES SELYÚCIDAS


(SILYUÜÍES) DE ICONIO

VI CALIFAS ( H A S T A 1075)

1077'8-1086. Solimán (Sulayman) I.


Las sucesores inmediatos ¡092-1107. KilidS Arslan I.
del Profeta 1107-1116. Malik Sab.
1116-1156. Mas'íid I.
623-634. Abu Bakr (Abü Bakr). 1156-1192. KilidS Arslan II.
634-644. Ornar I f'Umarl. 1192-1196. Kaikosru I.

383
1196-1204. Solimán II. Imperio macedonio
1204. KilidS Arslan II.
1204-1210. Kaikosru I (2." vez). 976-1014. Samuel.
1210-1220. Kaikaus I. 1014-1015. Gabriel Radomir.
1220-1237. Kaikubad I. 1015-1018. Juan Ladislao.
1237-1245. Kaikosru II.
1246-1257. Kaikaus II.
1248-1265. KilidS Arslan IV. Segundo Imperio búlgaro
1249-1257. Kaikubad II.
1265-1282. Kaikosru III. 1187-1196. Asen I.
1282-1304. Mas'üd II. 1196-1197. Pedro.
1197-1207. Calován.
1284-1307. Kaikubad III. 1207-1218. Boril.
1307-1308. Mas'üd III. 1218-1241. Iván Asen II.
1241-1246. Calimán Asen.
1246-1257. Miguel Asen.
1257-1277. Constantino Tich.
1277-1281. Ivailo.
1279-1280. Iván Asen III.
VIII. S U L T A N E S O S M A N L I E S 1280-1292. Jorge I Terter.
( H A S T A 1481) 1292-1298. Smiletz Interregno.
1299 Caka
1300-1322. Teodoro Svetoslav.
1288-1326. Osmán. 1322-1323. Jorge II Terter.
1326-1362. Orján. 1323-1330. Miguel SiSman.
1362-1389. Murad I. 1330-1331. Iván Esteban.
1389-1402. Bavaceto (Bayazid) I. 1331-1371. Iván Alejandro.
1402-1421. Mehmed I (monarca des­ 1371-1393. Iván SiSman.
de 1413). (1365-1396 en Vidin: Iván Straci-
1402-1410. Solimán (SulaymSn). mir).
1411-1413. Musa.
1421-1451. Murad II.
1451-1481. Mehmed II el Conquis­
tador.
X . PRINCIPADO SERVIO

Mediados del siglo ix Vlastimir.


I X . E M P E R A D O R E S BÚLGAROS
Hasta 891 Mutimir.
891-892. Prvoslav.
892-917. Pedro Gojnikovic.
912-920. Pablo Branovic.
Primer Imperio búlgaro 920-924. Zacarías Prvoslavljevic.
680-701. Asparuch. 927-950. Caslav Klonimirovió.
701-718. Tervel.
718-724. Desconocido.
724-739. Sevar. Zeta
739-756. KormisoS. Finales del siglo x-1016 Juan Vla­
756-762. Vinech. dimiro.
762-764. Teletz. 1040-1052. Esteban Voislav.
764-766. Sabin. 1052-1081. Miguel, rev desde 1077.
766. Ornar, Oktu. 1081-1101. Constantino Bodin.
767-770. Pagan.
770-777. Telerig.
777-803. Kardam. Rascia
803-814. Krum.
814. Dokum, Dicevg. 1083-1114. Vukán.
814-831. Omurtag. 1167-1196. Esteban Nemania.
831-836. Malomir. 1196-1228. Esteban NemanjiC, rey
desde 1217.
836-853. Presiam (quizá identifica- 1228-1234. Esteban Radoslao.
ble con el anterior). 1234-1243. Esteban Ladislao.
852-889. Boris I Miguel. 1243-1276. Esteban UroS I.
889-893. Vladimiro. 1276-1282. Esteban Dragutin.
893-927. Simeón. 1282-1321. Esteban Uros II Milutin.
927-969. Pedro. 1321-1331. Esteban UroS III Decan­
969-972. Boris II. ski.

384
1331-1355. Esteban Dusan. zar des- 1196-1205. Emmerich.
de 1435. 1205. Ladislao III.
1355-1371. zar Esteban UroS. 1205-1235. Andrés II.
(1366-1371 rey Vukasin). 1235-1270. Bela IV.
1371-1389. Príncipe Lázaro. 1270-1272. Esteban V.
1389-1427. Esteban Lazarevic, dés- 1272-1290. Ladislao IV.
pota desde 1402. 1290-1301. Andrés III.
1427-1456. Jorge Brancovié.
1456-1458. Lázaro Brancovic.
Casa de Anjou
1308-1342. Carlos Roberto.
1342-1382. Luis el Grande.
1382-1385. María.
X I . PRINCIPADO H Ú N G A R O 1385-1386. Carlos III de Ñapóles.

Dinastía de los Arpad Casos de Luxemburgo,


Habsburgo y otras
972-997. Príncipe Geza.
997-1038. Esteban I el Santo. 1387-1437. Segismundo.
1038-1041. Pedro. 1437-1439. Alberto II.
1041-1044. Aba. 1440-1457. Ladislao V el Postumo.
1044-1046. Pedro (2.= vez). 1458-1490. Mateo I Corvino.
1046-1060. Andrés I.
1060-1063. Bela I.
1063-1074. Salomón.
1074-1077. Geza I.
1077-1095. Ladislao I el Santo. XII. P R Í N C I P E S N O R M A N D O S
1095-1115. Colomán el Sabio. DF SICILIA

1116-1131. Esteban II.


1131-1141. Bela II.
1141-1162. Geza II. 1061-1101. (Conde) Roger I.
1162. Esteban III. 1101-1154. Roger II.
1162-1163. Ladislao II. 1154-1166. Guillermo I.
1163-1165. Esteban IV. 1166-1189. Guillermo II.
1165-1172. Esteban III (2.' vez). 1189-1194. Tancredo de Lecco.
1172-1196. Bela III. 1194. Guillermo III.
Notas

PROLOGO

La obra de S. N. Eisenstadt, Los sistemas políticos de los Im-


!

pelios, Madrid, Revista de Occidente, 1966, constituye un buen aná-


lisis comparativo, en el que se incluye Bizancio.
J
N. H. Baynes, Byzantmn sutdies and other essays, 1960.
'• ¡lisiaría Universa! Si y, lo XXI, vol. 9, p, 2. El autor, que es el
mismo que el del volumen 9 de la Historia Universal Sifrlo XXI, ha
resumido en el capítulo I d e l presente volumen iodo lo relativu
¡i cuestiones y problemas uccict.cn tales, trillados de manera más
extensa en el aliado volumen 9

introducción

!. ijibbon, l he JUstury tif thc. i)>-<:!iite and i'all of the. Román


I tupín . ed. de J. H. Bury, lomo, ] , ¡9ü0.
W. I.. :i. Leckv, ¡Usiury uf I-.nropean Moráis ¡rom Augustus ta
t'httrteutu£iití, tomo'2, 1869, p. 13 S N .
Aeerqa cíe .los avances de la investigación respecto a la historia
bizantina en los primeros tiempos, los estudios sobre la cuestión
publicados por F. Dolger y A. M. Schneider, Byzanz, 1952, así como
eJ fascículo 3 de los Hisiorische Zeiíschnfl de'P. Vv'irth, 1969, pági-
na* 575-MU.
;
í a.-, mas modernas investigaciones acerca de la demografía son
las de J. C. P.ussell, -(Late Ancient and Medieval Populalion», en
Transad ¡ans (>}' íhc American Plülosophical SOL id y, 48, parle 3. . a

1358, Sus cálculos, que no difieren en mucho de los de von Beloch,


son: 1 >I millones para ¡a parte occidental, 23,9 para la orienta];
dé < 'los, • en Grecia y los Ha'cañe.;, 3 en Egipto, 4,3 en Siria y 11,6
en Ás!a Menoi.
• Ibn JaJdün I 292 (The Muqaddimah. traducido por F. Rosen-
íhal. lomo 1. 1958. p. 329)
6
?. Noaiiles y A. Dain, Les NouvélleS de Léon le Saee, 1944, No-
vela 47. ' •
7
Ouistantini! VII Porfirogéneta, De eaeremoniis autae byzanti-
nae. I, 3.
» D. l'iliiui Rice, The Byzamines, 1962. pág, 128.
,;
H. Cí. Bcck. Kirchc und theologische Lilcratur zm Bvzaníinis-
¿•¡ten R-'ich 1954, p. I - Saeculum 5, 1944, p. 94 y ss.
10
F. Dülger Bvzan: und die europaisché Staaíenwelí 2.- ed.
1964. pág, 77.
Agathias. IX, 15.
" 1. B. Bury, Cambridge Ancient History. IV. 2, 1967. pág. XIII
(prólogo original para ia edición de 19231.

C a p . 1. F U N D A M E N T O S Y C O M I E N Z O S D E L A HIS-
TORIA BIZANTINA: L A É P O C A D E J U S T I N I A N O
Y H E R A C L I O (518-717)
:
La estructura y evolución ele la época tardorromana están más
extensamente tratadas en el volumen 9 de la Historia Universal Si-
tí.'., XXI pp. 16-174.

386
- Procopio, De Aedif, I, 5, 10.
1
H . G. B e c k , " K o n s t a n t i n o p e l . Z u r S o z i a l g e s c h i c h l e e i n e r friih-
m i t t e l a l t e r l i c h e n H a u p t s l a d t » , en Vortrdge und Porschrmgen, X I ,
1966, p p . 321-356, h a s e ñ a l a d o d e t e r m i n a d o s m o m e n t o s a t í p i c o s cu
í;i e s t r u c t u r a social d e C o n s t a n t i n o p l a c o m o c a p i t a l d e l I m p e r i o .
A p a r t i r d e la p . 364, s i g u e n s u s n u e v a s i n v e s t i g a c i o n e s a c e r c a d e ia
c u e s t i ó n de los Demos.
4
E s t e b a n d e N o v g o r o d (siglo X I V ) , en T. S a j a r o v , Révits du peu-
ple rus.se, I I , 1849, p . 52.
• P r o c o p i o , Anekdota, V I I , 8-15.
¿
P r o c o p i o , Bell. Pers.. I . 24. 33 y s s .
'• C o n s t i t u t i o Deo a u c t o r e ( C o r p u s I n r i s Civilis, I. e d . M i i m m s e n -
K r ü g e r , 1928, p . 8 ) .
* Novela 111 (541).
Cocí, de Just.. 1, 14. 12.
»> Novela 28 (31 i 5,
" Novela 8 (16) 8.
P. L a b e y G. V C o s s a r l , Sacrosanta conciha. t o m o 5. 1672,
n. 61 ( E l P a t r i a r c a M e n a s en el s í n o d o de 536).
" S ó c r a t e s . Hist. Bccl., I I I . 16.
•* Novela 24. 1.
>5 P. C h a r a n i s , « E c o n o m i c F a c t o r s in t h i ' Decline OÍ (he B y z a m i m -
Ivmpirc», e n Journal of Fconomic History, 13, 1953, p. 414.
16 ;
í .s i n s e g u r o el m o m e n t o en q u e se p o n e e n m a r c h a la r e f o r m a
do los ¡¡¡anata. M i e n t r a s q u e p a r a S i e i n , B r e h i e r , Ostrogorsfcy y,
m á s r e c i e n t e m e n t e , B a i k e r se h a b í a i n i c i a d o ya c o n H e r a c l i o , p a r a
Piehl., V r y o n i s , P e r t u s i , C h a r a n i s , L e m e r l e , y" í C a r a y a n n u p o u l o s lo
sería a finales del siglo V I I . Cf. p o r e j e m p l o , el r e c i e n t e a r t i c u l o
du J . K a r a y a n n o p o u l o s , « O b e r d i r v e r m e i n t l í e h e R e f o r m t S l i g k c i t d e s
fCaiSers H e r a k l e i o s ' ' , en Jahrbuch der Ósterrcichischen Bvz.ant:
nischen Gesellschaft. 10. 1961. p p . 53-72.

CAP. 6 . LA C U A R T A CRUZADA Y SUS CONSECUEN-


CIAS

1
V i l l c h a r d o u i n , l.a Conquéte de Constantinople. e d . E. F a r a ] .
• ovtv) 1. 2.» e d . , P a r í s . 1961, p . 4.
:
A. W a l l e n s k o l d . Les CJiansous de ('onon de Bétliune, 2.¿ c d . ,
1
Paríi. , 1921, p . 6. E s t e I V P o e m a s e o c u p a s o b r e t o d o cíe la t e r -
rera C r u z a d a .
?
P. Riarit. fixuviae sacrae Constantinopolitanae. t o m o I, G i n e b r a ,
L877, p . 12.
< R o b e r t de C l a r i , " L a C o n q u é t e d e C o n s í a n t i n o p l e " , en A. P a u p h i -
!.oí y E. B o g n o n , Historiens eí Chroniqueurs du Moyen Age. P a r í s ,
1952. p . 28.
5
P. R i a n l , Exuviac..., l o m o I, p . 14.
6
E . H . M c N c a l y R. L. Wolff. « T h e F o u r t h C r u s a d e » , e n la o b r a
de K. M. S e t t o n , A History of the Crusades, t o m o 2, 2.* e d . , M a d i -
s o n . 1969. p . 172.
7
G u n t h e r d e P a i r i s , Die Geschichte der Eroberung von Konstan-
tinopel. p u b l i c a d a p o r E. A s s m a n n , C o l o n i a , 1956, p á g . 85 (Colección
''Die G e s c h i c h t s s c h r e i b e r d e r d e u t s c h e n V o r z e i t » , t o m o 101),
8
Ibidem, p p . 85 y s s .
' G. F . L. Tai'el y G. M. T h o m a s , Urkunden zur alteren Hande's-
und Stadtgeschichte van Venedig, t o m o I, V i e n a , 1856, p . 507 (Co-
a
lección « F o n t e s R e r u m A u s t r i a c a r u m » , P a r t e 2 . , v o l . X I I ) .
!n
M i g n e , Patrología Latina, t o m o 215. col. 712.
, !
Michaelis Acominati Opera, e d . d e S. P . L a m p r o s . t o m o 2,
A t e n a s , 1880, p . 354.
" Ibidem, p . 355.
» H . J a e s c h k e , Der Trouhador Elias Cairel, B e r l í n , 1921, p . 150
(Col. « R o m a n i s c h e S t u d i e n » , n ú m . 20!.
;
' Ibidem. p . 150.
]S
Georgii Acropolitae Opera, e d . de A. H e i s e n b e r g , t o m o 1.
Leipzig, 1903, p . 28.

387
Ip
Migne, Patrología Latina, l o m o 215, c o l . 637.
17
Miehaelis Acominati Opera, t o m o 2, p . 295 y s s .
;,;
Monumeuta Germatiiae Histórica, Scriptores, vol. 23, p . 910.
19
" L e L e t t e r e g r e c h e di Friclerigo I I " , e d . d e N. F e s t a , en Archivio
Starico Italiano, s e r i e 5, 13, 1894, p . 22.
20
A. M e l i a r a k e s , Istoria loa basiiikoa les Nikaias kai toa des
¡Huatou tes Epeirou (¡204-126!). A t e n a s - L e i p z i g , 1898. p . 278. Cf. G r u -
ine! en Echos d'Oricni. 29, 1930, p p . 450-458; se p u e d e e n c o n t r a r
a h í t a m b i é n el texto l a t i n o d e la c a r t a d e G r e g o r i o a V a t a z e s y. en
t r a d u c c i ó n f r a n c e s a , la d e ! E m p e r a d o r al P a p a .
Niccphori (ireaorae 8\:antiaa Hislario. e d . de ).. S c h o p e n
l o m o I, B o n n , 1829, p . 4 3 .
" P a c h v m e r e s . 1. p . 37. ed. I R e k k e r . C S H B

388
Bibliografía

O B R A S D E C O N J U N T O

I. CUESTIONES GENERA],ES

AMANTOS, K.. Geschichle des Brzanlinischen Reuhes Vol. [ (1953)


Vol. I I . Atenas. 1947.
B,rYNRS, ti. H. — H. ST. L. B. M O S S , Bviantium. Oxford, 1948.
B R I ' I U P R . I.., Le monde byzantm. S vols. París, 1947-1950. Hay tra-
ducción española: El mundo bizantino. México, U.T.E.H.A., 1955,7
3 vols. I.* . Vida y muerte de Bizancio; 2. . Las instituciones bi-
1

zantinas; 3.°. La civilización bizantina).


CAMBRIDGE MEDIEVAL HISTORY. Vol. I (1924). vol. II (1926), vol. IV
1966-1967) (compilado por J . M. Hussey).
D I R H L , C , — G . M A R C Á I S . Le monde oriental dt 395 á 10S1 París
1944.
D I E H L , C , R . GCILLIND, L. OiKo.NOMOs, R . G R O U S S E I , L'Europe orién-
tale de I0S1 a 1453. París, 1945.
D I E H L , C , Byzance: Grandeur et Décadence. París, 1919. Hay traduc-
ción española: Grandeza y servidumbre de Bizancio. Madrid, Es-
pasa-Calpe, 1963, 263 pp.,' vol. 1.324. Col. Austral.
DVORNTK, F . , The Making oí Central and F.astern Europe. Londres,
1949.
GIUBON, E., The History of the Decline and Fall of the Román Em-
pire. Londres, 1776-1788 (nueva edición de J . B. Burv, Londres,
1896-1900).
H I L L , G . . History of Cyprus. Vols. I - I I I . Cambridge. 1940-1945.
H U S S E Y , J. M., Die byzantinische Welt. Stuttgart, 1958.
ISTORIA V I Z A N T I I (Historia de Bizancio), S. D . Skazkin, V . N . Laza-
rev, N . V, Pigulevskaja. 3 vols. Moscú, 1967.
J O R G A . N., Histoire de la vie byzantine. Empire et civilisation. 3 vols.
Bucarest, 1934.
L E M F R L E , P., Histoire de Byzance. París, 1956.
OSTROGORSKY, G-, Geschichte des Byzantinischen Staates. Munich,
1963.
R U N C I M A N , S-, History of the Crusades. 3 vols. Cambridge, 1951¬
1955. Hay trad. española: "Historia de las Cruzadas". Madrid, Re-
vista de Occidente. 1957, 3 vols. (Reimpresión Alianza Univer-
sidad.)
SETTON, K. M . (comp), A History of the Crusades. Vols. I y 2, 1955¬
1962.
TALBOT R I C E , D.. The Byzantines. Londres, 1962.
VASILIEV, A. A., History of the Byzantine Empire, 324-1453 . 2 vols.
Madison, 1958. Hay trad. española: Historia del Imperio bizan-
tino. Barcelona, Ed. Iberia-Gil, 1946, 2 vols.
B A Y N E S ,
N . H., Byzantine Studies and Other Essays. Londres, 1955.
BECK, H, G . , Ideen und Realitdten in Byzanz. Londres, 1922.
C., Les grands problémes de ¡'histoire byzantine. Taris, 1947.
D I E H L ,
DÓLGER, F . , Byzanz und die europaische Slaatenwelt. Ettal, 1953 (Re-
impresión: Darmstadt, 1964).
GEANAKOPLOS, D . J., Byzantine East und Latin West. Oxford, 1966.
Lor, F., L'art militaire et les armées au moyen age en Europe et
dans le Proche Orient. 2 vols. París, 1946.
NERSESSIAN, S. D E R , Armenia and the Byzantine Empire. Cambridge
(Mass.), 1945.
OOOLENSKY, D., The Byzantine Commonwealth. Londres, 1971,

389
O H N S O R G E . W., Konsiantinopel uncí der Okrjdcnt. Darmstadt, 1966.
—, Abendland und Byz.anz. Darmstadt. 1958.
VRYONMS, S., Byzantium. and Euro pe. Londres, 1967.
—, Byzantium: its ínter nal Hisiory and Relations with the Muslim
World. Londres, 1972.
H O N T G M A N N , E . , Díe Ostgrenze des byzantinischen Reiches vori 363
bis ¡071. Bruselas, 1935.
P H I I . I P P S O N , A . , Das byzantinische Reich ais geographische Erschein-
úug. Leiden, 1939.
R A M S A Y , W . M . , The Histórica! Geograohx of Asia Minar. Londres
1890.

II. H I S T O R I A ECONÓMICA Y SOCIAL

A I I R W E T L E R , Eludes sur les structures administrativas et socia-


H . ,

les de Byzancc. Londres, 1 9 7 ! .


B A R K E R , E . , Social and Political Thought in Byzantium. Oxford, 1 9 5 7 .
B R A T T A N V , G . I., Études byzantines d'histoire économique et sociale.
París, 1 9 3 8 .
A
TE-IE C A M B R I D G E E C O N O M I C H I S T O R Y OF E U R O P E . Vol. I ( 2 . ed. 1 9 6 6 ) ;
vol. II, 1 9 5 2 ; vol. III ( 2 . ed. 1 9 6 3 ) . Hay trad. española: Historia
J

Económica de Europa (Universidad de Cambridge). Madrid, Edi-


torial Revista de Derecho Privado, s/a.. 3 vols.
C H A R A N T S , P., "The Monastic Properties and fhe Slate in the By-
zantine Empire", en Dumbarton Oaks Papers 4 ( 1 9 4 8 ) , pp. 5 1 - 1 1 9 .
—, "Economic Factor s in the Decline of the Byzantine Empire", en
Journal of Economic History 1 3 ( 1 9 5 3 ) , pp. 4 1 2 - 4 2 5 .
—, Studies on the Demography of the Bvzantine Empire. Londres,
1972.

D A N S T R U P , G . , "The State and Landed Property in Byzantium to


en Classica et Mediaevalia 8 ( 1 9 4 6 ) , pp. 2 2 1 - 2 6 7 " .
1 2 5 0 " .

G R I E R S O N , P., "Coinage and Money in íhe Byzantine Empire 4 9 8 - c .


1 0 9 0 " , en Settimania di Studi del Centro di Studi suü'Alto Me-
dioevo VIII ( 1 9 6 1 ) , pp. 4 1 1 - 4 5 3 .
HADJNICOLAOU - MARAVA, A., Recherch.es sur la vie des esclaves dans
le Monde Byzantin. Atenas, 1 9 5 0 .
HF.YD, W . , Histoire du Comrnerce du Levan! au Moyen Age. 2 voJs.
Leipzig, 1 9 2 3 .
KOUKOUI.ES, P-, Das Privatleben der Byzantiner. 6 vols. Atenas, 1 9 4 8 ¬
1 9 5 7 (reimpresión).
LEMERI.E, P., "Esquisse pour une histoire agraire de Byzance: les
sources et les problémes", en Revue historique 2 1 9 ( 1 9 5 8 ) , pp. 3 2 ¬
74 , 2 5 4 - 2 8 4 , 2 2 0 ( 1 9 5 8 ) , pp. 4 2 - 9 4 .

LEWIS, A. R . , Naval Power and Trade in the Mediterráneas A. D.


500-1100. Princeton, 1 9 5 1 .
R O U U . L A R D , G . , La Vie rurale dans l'Empire byzantin. París, 1 9 5 3 .
SF.TTON, K . M., "On the Importance of Land Tenure and Agrarian
Taxation in the Byzantine Empire, from the Fourth Century to
the Fourth Crusade", en American Journal of Philotogy 7 4 ( 1 9 5 3 ) ,
pp. 2 2 5 - 2 5 9 .

Z A C H A R Í A VON L I N G E N T H A L , K . E . , Geschichte des Griechisch-romis-


chen Rechtes, 3 . " ed. Berlín, 1 8 9 2 .

III. IGLESIA Y TEOLOGÍA

A T T W A T E R , The Christian Churches of the East. 3 vols. Nueva


D . ,

edición. Londres, 1 9 6 1 .
BECK, H. G . , Kirche und theologische Literatur im byzantinischen
Reich. Munich, 1 9 5 9 .
DVORMIK, F., Early Christian and Byzantine Political Philosophy.
2 vols. Washington, 1 9 6 6 .
E . N Í S S L I N , W., Gottkaiser und Kaiser von Gottes Gnaden. Sitz. berichte
Bayer. Akad. Wiss., Phil.-Hist. Abt., Heft 6 , 1 9 4 3 .

390
EYERY, G . , The Byzantine Patriarchate (451-1204). 7..* ed. Londres,
1962.
FESTUGIERE, A.-.T., Les Moines d'Orient. 4 vols. París, 1961-1965.
FoRTESCUE, A. K . , The Orthodox Eastern Church. Londres, 1927.
GRABAR, A., L'empercur dans Tari byzantin. París, 1936.
H U S S E Y , J. M., Church and Learning in the Byzantine Empire. Lon-
dres, 1937.
IVANKA, E . VON, Rhom'aerreich und Goitesvotk. Friburgo, 1968.
JUGIE, M., Theologia dogmática Christianorum orientalium ah eccle-
sia catholica dissidentium. 5 vols. París, 1926-1935.
LOSSKY, V., Essai sur la théologie mvstique de l'église d'orient.
París, 1944.
MrCHEL, A . , Die Kaisermacht in der Ostkirche (843-1204). Daimstadt,
1959.
PEETERS, P., Le tréfonds oriental de l'hagiographie hyzantine. Bru-
selas, 1950.
TRBtTINGER, O., Die Ostromische Kaiser- und Reichsidee nach ihrer
Gestaltung im hófischen Zeremoniell. Jena, 1938.

IV. CULTURA Y ARTE

H.AXJSSIG, H.-W., Kulturgeschichte von Byzanz. Stuttgart, 1959.


H U N G E R , H., Reich der neuen Mitin. Der christliche Geist der by-
zantinischen Kultur. Graz-Colonia, 1965.
R U N C I M A N , S., Byzantine Civilization. Londres, 1953. Hay trad. espa-
ñola: La civilización bizantina. Madrid, Pegaso, 1942, 285 pp.
BECK, H. G . , Geschichte der byzantinischen Volksliteratur. Munich,
1971.
COLONNA, M. E., Gli storici bizantini dal IV al XV secólo. Vol I,
Ñapóles, 1956.
K R U M B A C H E R , K . , Geschichte der byzantinischen Literatur von Jus-
tinian bis zum Ende des Ostromischen Reiches (527-1453) 2. ed. a

Munich, 1897.
SOYTER, G. (comp.), Byzantinische Dichtung. Atenas, 1938,
TATAKIS, B . , La philosophie byzantine. París, 1949. Hay trad. españo-
la: Filosofía bizantina. Buenos Aires, Ed. Sudamericana 1952,
301 pp.
WELLESZ, E., A History of Byzantine Music and Hymnography. 2. ed. a

Oxford, 1961.

B E C K W I T H , J., Early Christian and Byzantine Art. Harmondsworth,


1970.
B R É H I E R , L., La sculplure et les arts mineurs byzantines. París, 1936.
C H A T Z I D A K I S , M. - A. G R A B A R , Byzantine and Earlv Medieval Painting.
Londres, 1965.
DALTON, O. M., Byzantine Art and Archaeology. Oxford, 1911.
D E M U S , O., Byzantine Mosaic Decoration. Aspects of Monumental
Art in Byzantium. Londres, 1948.
D I E H L , C , 'Manuel d'art byzantin. 2 vols., 2.' ed. París, 1925-1926.
EBERSOLT, J., Les arts somptuaires de Byzance. Étude sur Tari im-
perial de Constantinople. París, 1923.
—, Orient et Occident. 2." ed. París, 1954.
GOODACRE, H . , A Handbook of the Coinage of the Byzantine Empire.
3 vols. Londres, 1928-1933.
GRABAR, A., Bizantine Painting, Genf, 1953.
—, L'arr byzantin chez les Slaves. 2 vols. París, 1930.
H A M I L T O N , J. A., Byzantine Architecture and Decoration. 2." ed. Loa
dres, 1956.
KRAUrHEiMtíR, K . , Early Christian and Byzantine Architecture. Har
mondsworth, 1965.
L E M E R L E , P . , Le Style byzantin. París, 1943.
P E I R C E , H . - R . T Y L E R , í'^rf byzantin. 2 vols. París, 1932-1934.
S C H W E I N F U R T H , P., Die byzantinische Form. 2." ed. Mainz. 1954.
TALBOT R I C E , D . - M. H I R M E R , Kunst aus Byzanz. Munich, 1959.

391
TALBOT RTCE, D . , Art of the Byzantine Era. Londres, 1 9 6 3 .
—, Byzantine Art. 3 . ed. Harmondsworth, 1 9 6 8 .
3

W F . I T Z M A N N , K . , lllustration in Roll and Codex. Princeton, 1 9 4 7 .


—, Greck Mythology in Byzantine Art. Princeton, 1 9 5 1 .
Wt'i.rr, 0 . , AltcJiristliche und bvzantinische Kunst. 2 vols. Berlín,
1 9 1 6 - 1 9 1 8 .

1. F U N D A M E N T O S Y COMIENZOS DE LA H I S T O R I A BIZANTINA: LA ÉPOCA DE

JUSTINIANO V H E R A C L I O ( 5 1 8 - 7 1 7 )

Cuestiones generales
B R O W N ,P., The World of Late Antiquity. Londres, 1 9 7 1 .
J. B. History of the Laíer Román Empire from the Death
B U R Y , (

of Theodosius 1 to the Death of Justinian. 2 vols. Londres, 1 9 2 3 .


GOUBERT, P., Byzance avant VIslam. 2 vols. París, 1 9 5 1 - 1 9 5 6 .
JONE., A . H . M . , The Later Román Empire. 3 vols. Oxford, 1 9 6 4 .
Moss, II. S T . L. B., The Birth of the Muidle Ages, 395-814. Oxford,
1935.

STEIN. E., Histoire du Bas-Empire. Vol. I, 2. A


ed., 1 9 5 9 ; vol. I I , Bru­
selas, 1 9 4 9 .

Constantinopla: centro del mundo y espejo del Imperio


BFCK, H. G., "Konstantinopel. Zur Sozialgeschichte einer frühmittel-
allL'iiichen Hauptsladl", en Vortraga u. Forschwigen 1 1 ( 1 9 6 6 ) ,
pp. 3 2 1 - 3 5 6 .

BKIKWHFÍ. j _ , The Art of Constantino pie. Londres, 1 9 6 8 .


DOWNEV, O . . Constantinople in the Age of Justinian. Oklahoma, 1 9 6 3 .
J w i w R.., Coustütiiinople byzantine. Développement urbain et réper-
toire tppographique. 2 . ed. París, 1 9 6 4 . A

S C I I N E I D E R , A . M . , Byzanz. Vorarbeiten zur Topographie und Archao-


logie der Stadl. Berlín,' 1 9 3 6 .
Swnr, E. H., Hagia Sophia. Nueva York, 1 9 4 C .
TALBOT R I C E , D., Constantinople: Byzantium-istanbul. Londres, 1 9 6 5 .
W11 Í T T E M O R K , T., The Mosaics of St. Sophia at /stanbul. 4 vols.
Londres, 1 9 3 3 hasta 1 9 5 2 .
Wt.i.ziNGEK, K., Byzaniinische Baiidenkmaler zu Konstantinopel. Han-
no ver. 1 9 2 5 .

Justiniano y su época: el papel del soberano


BARKER, J. W., Justinian and the Later Román Empire. Madison-
Londres, 1 9 6 6 .
B R O W N I N G ,
R . , Justinian and Theodora. Londres, 1 9 7 1 .
CHASSIN. L. M., Bélisaire, généralissime byzantin Í504-565). París,
1957.

D I E H L , C, Justinien et la civilisation byz.antine au VIe sieele. 2 vols.


París, 1901.
R U B Í N , B., Das Zeitaltcr Justinians. Vol. 1 . Berlín, 1 9 6 0 .
S C H U B A R T , W., Justinian und Theodora. Munich, 1943.
U R E , P. N . , Justinian and his Age. Harmondsworth, 1 9 5 1 .
VASILIEV, A . A . , Justin the First: An Introduction to the Epoch of
Justinian the Great. Cambridge (Mass.), 1 9 5 0 .

Tradición y reforma de la sociedad en el siglo VI


BHCK, H. G . , Se.nat und Volk van Konstantinopel. Baver. Akad. der
Wiss., 1 9 6 6 , p p . 1 - 7 5 .
Boui N O I S . L . , La Route de la soie. P a r í s , 1 9 6 3 .

CHARANIS. P., "On the Social Structuie of the Later Román Empi­
re", en Byzanüon 1 7 ( 1 9 4 4 - 4 5 ) , pp. 3 9 - 5 7 .

392
CLAUDE, D., Die byzantinische Stadt im 6. Jahrhundert. Munich, 1 9 6 8 *
COLUNET, P., Eludes historiques sur le droil de Justinien. 3 vols.
París, 1 9 1 2 - 1 9 2 5 .

D I E H L ,
C , Étitdes sur Vadministra!ion bvzantine dans l'exarchat
de Ravenne (568-751). París, 1 8 8 8 .
GRIERSOX, P., "Commerce in the Dark Ages: A Critique of Eviderí-
ce", en Transactions Royal Historical Societv. 5 . serie, vol. 9 A

( 1 9 5 9 ) , pp. 1.23-158.

G R O S S E ,
R . , RÓmische Militar geschichte von Gallienus bis zum Beginn
der byzantinischen Themenverjassitng. Berlín, 1 9 2 0 .
HARDY, E. R . , The Large Estates of Bvzantine Egvpt. Nueva- York,
1 9 3 1 .

A. C. - L. C. W E S T , Bvzantine Egvpt. Economía Studies.


J O H N S O N ,
Princeton, 1 9 4 9 .
KARAYANNOPOULOS, 3., Das Finanzwesen des frühbvzantinischen Staa-
tes. Munich, 1 9 5 8 .
OSTROGORSKY, G., "Byzantine Cities ín the Early Middle Ages", en
Dumbarton Oaks Papers 1 3 ( 1 9 5 9 ) , pp. 4 7 - 6 6 .
ROUILI.ARD, G., L'administration civile de l'Égvpte bvzantine. 2 . ed, A

París, 1 9 2 8 .
STOCKLE, A., Spatrómische und byzantinische Zünfte. Leipzig, 1 9 1 1 .
TCHALENKO, G., Villüges antiques de la Svrie du Norcl. 3 vols. Pa-
rís, 1 9 5 3 - 1 9 5 8 .

TEALL, J. L., "The Grain Supply of the Empire, 3 3 0 - 1 0 2 5 " , en Dum-


barton Oaks Papers 1 3 ( 1 9 5 9 ) , pp. 8 7 - 1 3 9 .
WOLSKA, W . , La íopographie chrétienne de Cosmas ¡ndikopleustés:
théologie et science au Vl'e siécle. París, 1 9 6 2 .

Emperador e Iglesia: problemas de la política eclesiástica


AuvtSATOS, H. S., Die kirchuche Gesetzgebung .lustinians. Leipzig,
1 9 1 3 .

C H A R A N I S , Church and State in the Later Román Empire. The


P . ,

Religious Policy of Anastasius the First, 491-518. Madison, 1 9 3 9 .


COLEMAN-NORTON, P. R . , Román State and Christian Church. A Col-
lection of legal documents to A. D. 535. 3 vols. Londres, 1 9 6 6 .
D U C H E S N E , L., L'Église au VIe siécle. París, 1 9 2 5 .
F L I C H E , A . - V. M A R T I N (comp.). Historie de l'Église. Vol. 4 : De ta
morí de Théodose ¿i l'élection de Grégoire le Grand. París, 1 9 3 7 .
Vol. 5: Grégoire le Grand, les états barbares et la conquéte árabe
590-737. París, 1 9 3 8 .
H A R D Y , E . R . , Christian Egypt: Chrurch and Peo pie. Christianity and
Nationalism in. the Patríarchate of Ah'xandria. Nueva York, 1 9 5 2 .
K A D E N , E . , "L'Église et I'état sous justinien", en Mémoires publiés
par la Faculté de Droit de Geneve 9 ( 1 9 5 2 ) , pp. 1 0 9 - 1 4 4 .
PARGOIRE, J., L'Église byzantine de 527 a 847. París, 1 9 0 5 .

Síntomas de renovación: Cultura y Arte


B Ü V I N I , Die Mosaiken von Ravenna. 3 . ed. Würzburg, 1 9 5 6 .
G . , A

CAMERON, A., Agatinas. Oxford, 1 9 7 0 .


D\GRON, G . , "Aux origines de la civiíisation byzantine: langue de
culture et langue d'État", en Revite Historique 2 4 1 ( 1 9 6 9 ) , pp. 2 3 - 5 6 .
D E I C H M A N N , F. W., F>-iihchristliche Bauten und Mosaiken in Raven-
na. Baden-Badcn, 1 9 5 8 .
D O W N E Y , G . , "Cuplic Culture in the Byzantine World: Nationalism
and Religious Independence", en Greek, Rotna>i and Bvzantine
Stttdies 1 ( 1 9 5 8 1 , pp. 1 1 9 - 1 3 5 .
GRABAR, A., Die Kinisl im Zeitalter Jusiiuians. Munich, 1 9 6 7 .
—, Byzantium. ¡•'rom Theodosius tu islam. Londres, 1966.
H U X L H Y , G . L., Anthemius of Traites: a Stucly in Later Greek Geo-
metry. Cambridge (Mass.i, 1 9 5 9 .
IVANKA, E . VON. Hellenisches und Christliches im ftühbvzantinischen
Geisieslebcn. Viena, 1 9 4 8 .

393
M O R EY , C .R . , Early Christian Art. Princeton, 1 9 5 3 .
R U B Í N , B., Prokopios von Kaisarea. Stuttgart, 1 9 5 6 .
VOLU\cH, F. W . - M. H I R M F . R . F'riihchristliche Kunst. Munich. 1958.

" Renovalio Imperii": Ideología y realidad


CHRISTFNSEM. A.. VIran sous les Sassanides. 2. cd. Copenhague-
a

París, 1944.
DiEHL, C , L'Aírique bvzantine. Histoire de la d.omination bvzanti-
ne en A frique (533-709), París, 1896.
G I R S H M A N , R., Irán. Parther und Sassaniden. Munich, 1962.
LI.EWI-XI.YN, P., Rome in the Dark Ages. Londres, 1971.
T H O M P S O N , E. A.. The Goihs in Spairt. Oxford, 1969. Hay trad. espa-
ñola: Los godos en España. Madrid, Alianza Editorial. 1971.
WAI-LACE-HADRILL, J. M., The Barbarían West: Earlx Muidle Ages,
4. D. 400-1000. Londres. 1952.

La desintegración del sistema justinianeo


P., "The Transfer of Population as a Policy in the By-
C H A R A N I S ,
zantine Empire", en Compara!. Stud. in Soctetv and II i star v 3
(1961), pp. 140-154.
H E A Ü , C , Jnstinian II of Byzantium. Wisconsin, 1972.
HIGGINS, M. J., The Persian War of the Emperor Man rice. Washing-
tun, 1939.
—, "Internationa! Relations at the Cióse of the Sixth Century". en
Catholic Histórica! Review 27 (Í941), pp. 279-315.
STEIN, E., Studien zur Geschichte des byzantinischen Reiches, vor-
nehmlich linter dem Kaiser Justinas U. und Tiberias Constan-
tinas. Stuttgart. 1919.

El siglo de la crisis: Bizancio y la expansión de! ¡shan


BARISIC, F., "Le siége de Constantinople par les Avares et les Slave.s
en 6 2 6 " , en Byzantion 2 4 ( 1 9 5 4 ) , pp. 3 7 1 - 3 9 5 .
E I C K H O F F , E . , Seekrieg und Seepolitik zwischen Islam und Abend-
land. Berlín, 1966-.
OSTROGORSKY, G . , "The Byzantine Empire in the World of the Sc-
venth Century", en Dumbarton Oaks Papers 1 3 ( 1 9 5 9 ) , pp. 1 - 2 1 .
PARTINGTON, J. R., History of Greek Pire and Gunpowder. Cam-
bridge, 1 9 6 0 .
BROCKELMAN,
A
C , Geschichte der islamischen Vólker und Staaten.
2 . ed. Munich, 1 9 4 3 .
CAETANI, L. C , Annali dell'Islam. 1 0 vols. Milán, 1 9 0 5 - 1 9 2 6 .
C \ H E N , C . , Der Islam I. Vom Ursprung bis zu den An fungen des
Osmanen-Reiches. Frankfurt, 1 9 6 8 . Hay trad. española: Historia
Universal siglo XXI. Vol. 1 4 . El Islam I. Desde los orígenes hasta
el comienzo del Imperio otomano. Siglo xxr. Editores, S. A.
2 . - cd. 1 9 7 2 . Madrid, 1 9 7 2 .
HiTTt, P H . K., History of the Arabs. 7.-' ed. Londres, 1 9 6 1 . Hay tra-
ducción española: Historia de las árabes. Madrid, Razón y Fe,
1 9 5 0 . 6 2 8 pp.
L ^ M M E N S , H-, Eludes sur le siécle des Ommayades. Beirut, 1 9 3 0 .
L E W I S , B . , The Arabs in History. 5 . ed. Londres, 1 9 6 0 . Hay trad. es-
A

pañola: Los árabes en la Historia. Madrid, Espasa-Calpe, 1 9 5 6 ,


2 3 5 pp.
M O N N E R E T DE V I L L A R D , V . , Introduzione alio studio dell'archeologia
islámica. Venecia, 1 9 6 6 .
SPULER, B., Geschichte der islamischen Lander. Die. Chalifenzeit,
Leiden, 1 9 5 2 - 5 3 .

Desafío y réplica: consolidación del Imperio mediante reformas


GELZER, H., Díe Génesis der byzantinischen Themenverfassung. Leip-
zig, 1899,

394
A . , Régionalisme et indépendence dans Vempire bviantin
G U I L L O U ,

au Vite siécle. Roma, 1969.


K A RAYAN'N O F G ULO S , J., Die Entstehung der byzantinischen Themenord-
nung, Munich. 1959.
—, "Contribution au probléme des 'Thémes' byzantins", en L'Hellé-
nisme Contemporain, Ser. 2, 10 (1956), pp. 455-502.
—, "Über die vermeintliche Reformtátigkeit des Kaisers Heraklios",
en Jahrb. der ósterr. byzant. Geseltschaft 10 (1961), pp. 53-72.
LEMERLIÍ, P., "Quelques remarques sur le régne d Heraclius", en
Sttidi Medievali Ser. III, 1 (1960), pp. 347-361.
L Ó P E Z , R. S., "The Role oí' Trade in the Economic Readjustment of
Byzantium in the Seventh Century", en Dumbarton Oaks Papers
13 (1959), pp. 67-85.
OSTROGORSKY, G . , "Die Chronologie des Theophanes im 7. und 8.
Jahrhundert", en Bvzantinisch-Neugriechische Jahrbücher 1 (1930),
pp. 1-56.
PERNICE, A., Vimperatore Eraclio. Florencia, 1905.
PERTUSI, A. Constantino Porfirogenito, De Thematibus. Roma, 1952.
f

—, "La formation des thémes byzantins", en Berichte zum XI. In-


ternat. Byz-Kongress. Munich, 1958, pp. 1-40.

La cultura del siglo VII: identidad de Imperio y ortodoxia


KITZINGER, E., "The Cult of Images in the Age'before Iconoctasm"
en Dumbarton Oaks Papers 8 (1954), pp. 83-150.
—, "Byzantine Art in the Period between Justinian and Iconoclasm",
en Berichte zum XI. Internat. Byz-Kongress, IV 1. Munich, 1958.

2. LA CRISIS DE LA ICONOCLASTIA

Obras de conjunto
ANASTOS, M . , "The Ethical Theory of Images formulated by the Ico-
noclasts in 754 and 815", en Dumbarton Oaks Papers 8 (1954(, pá­
ginas 151-160.
A H R W E I L E R , H., Byzance et la Mer. La Marine de guerre, la politi-
que et les institutions maritimes de Bvzance aux VII-XV siécles.
París, 1966.
B R É H I E R , L., La Querelle des Images (VlII-IXe siécles). París, 1904.
B U R Y , J, B . , History of the Eastern Román Empire {rom the Fall
of Irene to the Accession of Basil I. (802-867). Londres, 1912.
CANARD, M . , "Les Expéditions des Árabes contre Constantinople dans
l'histoire et dans ía légende", en Journal Asiatique CCVIII (1926),
pp. 61-121.
GRABAR, A., L'iconoclasme byzantin. Le dossier archéologique. Pa-
rís,1957.
G R U N E B A U M , G . v., Byzantine Iconoclasm and the Influence of the
Islamic Environment. History of Reíigions 2, 1962, pp. 1-10.
KAEGI, W , , "The Byzantine armies and Iconoclasm", en Bvzantinos-
lávica 27 (1966), pp. 48-70.
L A D N E R , G. B., "Origin and Significance of the Byzantine Iconoclastic
Controversy", en Medieval Studies II (1940), pp. 127-149.
—, "The Concept of the Image in the Greek Fathers and the By­
zantine Iconoclast Controversy", Dumbarton Oaks Papers 7 (1953),
pp. 1-34.
LEMERLE, P., Le premier humanisme byzantin. París, 1971.
M A R T I N , E. J., History of the Iconoclastic Controversv. Londres,
1930.
OSTROGORSKY, G., Studien zur Geschichte des byzantinischen Bilders-
treites. Breslau, 1929.

El primer período iconoclasta:? 17-775


"The Farmers' Law", en Journal of Hellenic Stu­
A S H B U R N E R ,
W . ,

dies XXX (1910), pp. 85-108, e ibid. XXXII (1912), pp. 68-95.

395
BAYNES, N. H., "The Icons before Iconoclasm", en Byzantine Stu-
(lies and Other Essays, Londres, 1955, pp. 226-239.
DER N E R S E S S I A N , S., "Image Worship in Armenia and its Opponents",
en Artnenian Quarterly I (1946), pp. 67-81.
D I E H L , C , "Le Sénat et le Peupíe bvzantin aux Vlle et VIlIc sié-
cles", en Byzantion 1 (1924), pp. 20Í-213.
GOUILI.VRD, J., "Aux origines de l'iconoclasme: le témoignage de
Grégoire II", en Travaux et 'Mémoires 3 (1968), pp. 243-307.
G R I E R S O N , P., "Monetary Reforms of Abd al-Malik", en Journal o/
Economic and Social History of the Orient III (1960), pp: 241-263.
G R U M E L , V., "L'annexation de rillyricum oriental et de la Sicile et
de la Calabre au Patriarchat de Constantinople", en Recherches de
sciences religieuses XL (1952), pp. 191-200.
Gi'iLMND, R., "L'expédition de- Maslama contre Constantinople (717¬
718)'", en Études Byzantines. París, 1959, pp. 109-133.
LOMBARD, A., Consíantin V., empereur des Romains (740-775). París,
1902:
MASAI, F., "La politique des empereurs Isauriens et la naissance
d'Europe", en Byzantion 33 (1963), pp. 191-221.
OSTROGORSKY, G., "Les debuts de la querelle des images", en Mé-
langes C. Diehl I. París, 1930, pp. 235-255.
—, "Über die vermeintliche Reformtátigkeit der Isaurier", en Byz
Zeitschr. 30 (1929-1930), pp. 394^00.

Consecuencias de la reanudación del culto a las imágenes -.175-802


D I E H L , C , "Irene", en Figures Byzantines. París, 1906-08, pp. 77-110.
—, "Une bourgeoise de Byzance au 8e siécle", en ibid, pp. 111-132.
DOLGER, F-, "Europas Gestaltung im Spiegel der fránkisch-byzanti-
nischen AuseinanderseUung des 9. Jahrhunderts", en Byzanz und
die Furopaische Staatenv.'elt. Ettal, 1953, pp. 282-369.
DVORNIK, F., "La lutte entre Byzance et Rome á propos de l'HIyri-
eum au IXe siecle", en Mélanges C. Diehl I. París, 1930, pp. 61-80.
M A S L E V , S-, "Die staatsrechtliche Stellung der byzantinischen Kaiser-
innen", en Byzantinoslavica 27 (1966), pp. 308-343.
O H N S O R G E , W . , Das Zweikaiserprobletn im früheren Míttelalteri Hild-
esheim 1947.
—, "Das Kaisertum der Eirene und die Kaiserkronung Karls des
Grossen",- en Saeculum 14 (1963), pp. 221-247.

Consecuencias de la supremacía búlgara en los Balcanes: 802-813


ALEXANDER, P. J . , The Patriarch Nicephorus of Constantinople. Eccle-
siastical Poiicy and Image Worship in the Byzantine Empire. Ox­
ford, 1958.
B R A T I A N U , G., "La politique fiscale de Nicéphore (802-811) ou Ubu
roi á Bvzance", en Eludes byzantines d'histoire économique et so-
cialc. París, 1938, pp. 183-216.
DuJCfiv, I., "La Chronique byzantine de 3'an 811", en Travaux et Mé­
moires 1 (1965), pp. 205-254.

El segundo período iconoclasta: 813-842


ALEXANDER, P. J., "The Iconociastic Coimcil of St. Sophia (815) and
its Definition (Horus)", en Dumbarton Oaks Papers 7 (1953),
pp 35-66.
D V U R N I K , F., La Vie de S. Grégoire le Décapoliie et les si aves ma-
cédoniens au IXe siécle. París, 1926.
FAI.KF.NHAUSEN, V. v., Untersuchungen über die byzantinische Herr-
schaft in Siid-ilalie}i vom 9. bis ins II. Ih. Wiesbaden, 1967.
GotiLURD, J.. "Le Synodikon d'Orthodoxie: édition et commentai-
rc", en Travaux et Mémoires 2 (1967), pp. 1-316.
G R É G O I R E , H., "Un nouveau fragment du «Scriptor incerlus de Leone
Armenio»", en Byzantion XI (1936), pp. 417-427.

396
LEMERLE, P., "Thomas le Slav", Travaux et Mémoires I (1965).
pp. 255-297.
LEROY, I., Studitisches Mónchstum. Spiritualitat und Lebensform.
Graz-Viena-Colonia, 1969.
VASILTEV, A . A . , Byzance et les Árabes. I., La dynastie d'Amorion.
Bruselas, 1935.

3. BIZAS;;o Y LOS ESLAVOS

Obras de conjunto
ANGELOV, D., Podbrani izvori za istorijata na Vizantija. Sofía, 1963.
DUJCEV, I., Medioevo Bizantino-slavico. 2 vols. Roma, 1965-1968 ( = Sto-
ria e lelleralura 102, 103).
—, Les slaves el Byzance. Eludes historiques á l'occasion du Xle
Congres íles Sciences historiques. Sofía, 1960.
DVORNIK, F., The Slavs in European History and Civilization. New
Brunswick, 1962.
—, Les Slaves. Histoire et civilisation de i Antiquite aux debuts de
l'époque eontemporaine. París, 1970.
FERJANCIC, B., "Bizantski izvori o Slovenima", en Enciklopedija Ju­
goslavije I. Zagreb, 1955, pp. 599-602.
KASANIN, M., "Bizantska umjetnots i Ju2ni Sloveni", en Enciklope­
dija Jugoslavije I. Zagreb, 1955, pp. 602-603.
LEVCENKO, M. V. (comp.), Vizantijskij sbornik. Moscú-Leningrado,
1945.
OSTROGORSKY, G . , "PolitiCki odnosi", en Enciklopedija Jugoslavije I.
Zagreb, 1955, pp. 591-599.
SOLOVIEV, A . V., "L'influence du droit byzantin dans les pays ortho-
doxes", en X Congreso Internazionale di Scienze Storiche. Rela-
zioni VI. Florencia, 1955.
SNEGAROV, I., Kratka istorija na savremennite pravoslavni cürkvi
{Bálgarska, ruska i srübska). Sofía, 1946.
ST.ADTMÜLLER, G . , Geschichte Südosteuropas. Munich, 1950.
S T O K L , G., Geschichte der Slavenmission. Die Kirche in ihrer Geschi­
chte. Vol. 2, Gottingen, 1961.
UDAL'COVA, Z. V., Sovetskoe vizantinovedenie za 50 leí. Moscú, 1969.

Asentamiento eslavo
B R A U N , M., Die Slawen auf dem Balkan. Leipzig (s. d.).
B U L Í N , II.. " A propos des formations politiques des Slaves á la
périphét ie méridionale du bassin du Moyen Danube au cours
du IXe siécle", en Byzantino-slavica 29 (1968), pp. 360-378.
D E R Í A V I N , N. S . , Slavjane v drevnosti. Moscú, 1946.
D V O R N I K , F R . , Les Slaves, Byzance et Rome au IXe siécle. París,
1926.
F A L L M E R A Y E R , .1. P H . , Geschichte der Halbinsel Morea. 2 vols. Stut-
tgart, 1830-1836.
—, Fragmente uus dem Orient. Stuttgart, 1845.
FERJANCIC, B., Vizantiia i jutni Sloveni. Belgrado, 1966.
KAZD.AN, A . P. U. G . G . L I T A V R I N , OCerki istorii Vizantii i juínych
Slavjatv. Moscú, 1958.
LEMERLE, P., " Immigrations et migrations dans les Balkans", en Re-
vne historique 211 (1954), pp. 265-308.
L I P S I C , E . , Byzanz und die Slaven. Beitrage zur byzantinischen Ges­
chichte des 6.-9. Jahrhunderts. Weimar, 1951.
N I E D E R L E , L., Manuel de l'antiquité slave. París, 1923.
STANOJEVIC, S T . , Vizantiia i Srbi. 2 vols. Novi Sad, 1903-1906.
TRET'JAKOV, P. N., VostoCnoslavjanskie plemena. 2. ed. Moscú, 1953.
a

V . A S M E R , M., Die Slaven und Griechenland. Berlín, 1941.

El reino de Gran Moravia


G R I V E C , F R . Konstantin und Method. Lehrer der Slaven. Wiesbaden
1960.

397
O N A S C H , K., "Der Cyrillo-methodianische Gedanke in der Kircheng-
eschichte des Mittelalters", en Wiss. Ztschr. der Martin-Lnther-
Universitcit Halle-Wiltenberg 6 (1956), pp. 27-40.
P A U L O V A " , M., "L'Empire byzantin et les Tchéqucs avant la chute de
Constantinople", en Byzantinoslavica 14 (1953), pp. 158-225.
—, "Die tschechisch-byzantinischen Beziehungen und ihr Einfluss",
en Byzantinoslavica 19 (1958), pp. 195-205.
SALAC, Á . (comp.), Konstantin - Kyrill aus Thessalonike. Würzburg,
1969.
—, "Prag u. Konstantinopel im Jahre 1452 (Verhandlungen über eine
Kirchenunion)", en Aus der byzantinist. Arbeit d. T schechoslo-
wakischen Republik, comp. por Von Joh. Irmscher y A. SalaC.
Berlín, 1957.
SYDORUK, J. P., Ideology or Cyrillo-Methodians and its Origin. Win-
nipeg, 1954 (-Slavistica 19).

Bulgaria
ANGELOV, D-, B. P R I M A , G . BataKUEV, Bogomilstovoto y Bálgarija,
Vizantija i zapadna Evropa v izvori. Sofía, 1967.
ANGELOV, D., Bogomilstvoto v Bálgarija. Sofía, 1961.
DER2AVIN, N. S-, Istorija Bolgarii. V. 2: Bálgarija v vremeni per-
vogo i vtorogo carstv (679-1393). Moscú-Leningrado, 19 6. 4

ELDAROV, G . , "Der hl. Kliment von Ochrida in gesamteuropáischer


Sicht", en Bulg. Jahrbiicher. Vol 1 (1968), pp. 13-26.
FILOV, B., Geschichte der altbulgarische.n Kunst bis zur Eroberung
des bulgarischen Reiches durch die Türken. Berlín, 1932.
GJUZELEV, V., Knaz Boris pürvi. Bálgarija prez vtorata polovina na
IX vek. Sofía, 1969.
JIRECEK, C. J., Geschichte der Bulgaren. Praga, 1876.
K A L U Í M A C K I , E., Werke des Patriarchen von Bulgarien Euthvmias.
Viena, 1901.
K L I M E N T O H R I D S K I , Sábrani sáfinenija. Vol. I , comp. por B. St. An-
gelov, K . M. Kuev, Chr. Kodov. Sofía, 1970.
K O S E V , G . , C H . , C H R I S T O V , D. A N G E L O V , Kratka istorija na Bálgarija.
Sofía, 1966.
K U E V , K . M., Cernorizec Chrabar. Sofía, 1967.
L I T A V R I N , G . G . , Bolgarija i Vizantija v XI-XII vv. Moscú, 1960.
M U S T A F Í I E V , P . , Istorija na bñlgarskija narod. 2 vols. Sofía, 1943.
—, "Der Byzantinismus im mittelaiterlichen Bulgarien", en Byz.
Zeitschr. 30 (1929-30), pp. 387-394.
P A S T U C H O V , I., Bálgarska istorija. 2 vols. Sofía, 1943.
R U N C I M A N , S., History of the First Bulgarian Empire. Londres, 1930.
S C H M A U S , A., "Der Ñeumaníchaismus auf dem Balkan", en Saecu-
lum 2 (1951).
S C H W E I N F U R T H , P H . , Die Fresken von Bojana. Mainz, 1966.
STATKOV, D., "Zeit der Entzweiung. Die altbulgarische Literatur", en
Bulg. Jahrbücher 1 (1968), pp. 27-67.
STOIKOV, G . , Die Kirche von Bojana. Sofía, 1954.
ZLATARSKT, V. N., Geschichte des Bulgarenstaates im Mittelalter. So-
fía, 1934.
—, Istorija na Bálgarskata dárlava prez srednite vekove. 3 vols.
Sofía, 1918-40.

Servia
B R A U N , M. (comp.), Lebensbeschreibung des Despoten Stefan Laza-
revio von Konstantin dem Philosophen. Wiesbaden, 1956.
CLISSOLD, S T . , A Short History of Yugoslavia from Early Times to
1966. Cambridge, 1968.
H A F F N E R , S T . (comp.), Serbisches Mittelalter. Altserbische Herrscher-
bíographien. Vol. I , Graz-Viena-Colonia, 1962.
HODINOTT, F . R., Early Byzantine Chinches in Macedonia and Sout-
hern Serbia. Londres, 1963.

398
JIRICEK, C , Geschichte der Serben. Gotha, 1911.
RADOjCIC, S., Geschichte der serbischen Kunst. Von den Anfangen
bis zum Ende des Mitlelalters. Berlín, 1969.
S C H M A U S , A-, "Zur Frage der Kulturorientierung der Serben im
Miltelalter", en Südostforschungen. Vol. 15 (1956), pp. 179-201.
Si.in~pCr.vic, R . Istanja srbske pravoslavne crkve. Vol. I. Munich.
1962.
Soinvii-v. A. V., "Greceskie archonty v serbskom carstve XIV veka",
en Byzantinoslavica 9 (1930), pp. 275-287.
-—, Zakonodavstvo Stefana Dusan a cara Srha i Grka. Belgrado, 1928.

Base bizantina de la cultura rusa


AI.PATOV, M. y N. B R U N O V , Geschichte der altrussischen Kunst. Augs-
burgo, 1932.
A M M A N N , A . M-, Ostslawische Kirchengeschichte. Viena, 1950.
B A R S O V , E . V., Drevne-russkie pamjatniki svjaSCennogo venfanija ca-
rej na carstvo. Moscú, Í883 (reimpresión, 1969).
B A R S O V , T... Kon s / an tino peí ski j patriar ch i ego vlast' nad russkuju
cerkoviju. 1878.
D . W I D S , A . J. M . "Mil Sorskij und der Hesychasmus in Russland".
en Jhb, d. osterr. Byzantinistik 18 (1969).
D'JAKONOV, M., Vlast' Moskovskich gosudarej. OPerki iz istorii poli-
ticeskich idej drevnej Rttsi do konca XVI veka. 1889 (reimpresión,
1966).
DÓPMANNj H.-D., Der Einfluss der Kirche auf die moskowitische Sta-
atsidee. Slaats- a. Gesellschaftslehre bei Josif Volockij, Nil Sorskij
and Vassian Patrikeev. Berlín, 1967.
Ü R E M F N , J. P . , Literatura drevnej Rusi (Etjadv i charakteristiki).
Moscú, 1966.
F L O R O V S K U , A.. "K izuCeniju istorii russko-vizantijskich otnoSenij".
en Byzantinoslavica 13 (1952-53), pp. 30-311.
G Ó T Z , L . K., Das Kiever Hohlenkloster ais Kulturzentrum des vor-
mongolischen Rttsslands. Pa.ssau, 1904.
GRF.KQV, B . D. y M . L . , A R T A M O N O V , Geschichte der Kultur des alten
Rus', 2 vols. Berlín, 1959.
G R F . Y , J., /van III. and the Unif ¡catión of Russia. Nueva York, 1967.
LETTENBAUER, W . , Moskau, das Dritte Rom, Zur Geschichte einer po-
litischen Idee. Munich, 1961.
LEVCFNKO, M. V., OCerki po istorii russko-vizantijskich otnoSenij.
Moscú, 1956.
LILIENFELD, F. V O N , Nil Sorskij und seine Schriften. Die Krise der
Tradition im Russland Ivans 111. Berlín, 1963.
MOSIN, V., "Russkie na Afone i russko-vizantijskie otnoSenija v
X J - X I I vv", en Byzantinoslavica 9 (1947-48), pp. 55-85.
—, "Russkie na Afone i russko-vizantijskie otnoSenija", en Byzanti-
noslavica 11 (1950), pp. 32-60,
OBOLENSKY, D., "Russia's Byzantine Heritage", Oxford Slavonic Pa-
pers 1 (1950), pp. 37-63.
O N A S C H , K., Grundziige der russischen Kirchengeschichte. GÓttingen.
1967.
PI-IÍLIPP, W . , Ansátze zum ge schichtlichen und politischen Denken
im Kiever Russland. Breslau, 1940 (reimpresión: Darmstadt, 1967).
R O I I L I N G , H., "Die Bedeutung des Athos in der russischen Kircheng-
eschichte", en Hellenica 1970, I - I I , pp. 36-52,
SAVVA, C , Moskovskie cari i vizantijskie vasilevsy. K voprosu o
vlijanii Vizantii na obrazovanie idei carskoj vlast i Moskovskich
gosudarej. Charkoy, 1901 (reimpresión: Slavistic Printings and
Reprintings 127, 1969).
S C H A E D E R , H., Moskau, das Dritte Rom. Studien zur Geschichte der
politischen Theorien in der slawischen Welt. Bad Homburg, 1963.
S C H U L T Z E , B . , Maksim Grek ais Theologe. Roma, 1963 (-Orientalia
Chrisliana Analecla 116).
SEVCENKO, I., "A Byzantine Source of Muscovite Ideology", en Har-
vard Slavic Studies II (1954).

399
SOLOVIEV, A . , Le nom byzantin de la Russie. S'Gravenhage, 1957
STREMOUKHOFF, D., " M O S C O W the Third Rome. Sources of a Doctri­
ne", en Speculum 28 (1953), pp. 84-101.
S T U P P E R I C H , R., "Kiev-das zweite Jerusalem", en Zeitschr. für sla-
vische Philologie 12 (1935), pp. 332-354.
SZEFTEL, M., "Joseph Volotzky's Political Ideas in a New Historical
Pcrspective", en Jahrbiicher f. Ge.sc//. Osteuropas, N. F. 13 (1965),
pp. 19-29.
T I C H O M I R Ü V , M. N., IsioriPeskie svjazi Rossii so slavjanskimi stra-
nami i Vizantiej. Moscú, 1969.
VAL'DENBERC, V . , Drevnerusskie ufenija o predelach carskoj vlasti.
Petrugrado, 1916 (reimpresión, 1966).
V E R N ADSKY, G. V . , "Die kirchlich-pulitische Lehre der F.panagoge
und ihr Einfluss auf das russische Leben in XVII. Jahrhundert",
en Byzantinisch-Neugriechische Jahrbiicher 6 (1928), pp. 119-142.
ZUZEK, I., Korrndaja kniga. Síudies orí the Chief Code of Russian
Canon Law. Roma, 1964 ( —Orientalia Christíana Analecta 168).
ZYZYKIN, M-, Patriarch Nikon, ego gosudarstvennyja i kanoniCeskija
idei. Warsehau, 1934.
DI'JCEV, I., "Centry vizantijsko-slav janskogo obíccnija i sotrudni-
ccstva", en Trudy Otdela drevnerusskoj literaturv 19 (1963),
pp. 107-129.
PROCIIORÜV. G. M., "Isichazm i obíCestvennaja mysl' v Vostocnoj
Evrope v XIV v", en Trudv Otdela drevnerusskoj literaturv 23
(1968),pp. 86-108.

4, EL R E N A C I M I E N T O MACEDÓNICO

Los comienzos del Imperio bizantino medio


ADONTZ, N., "L'áge et I'origine de l'empereur Basile I", en Bvzan-
tion 8 (1933), pp. 475-550 y B. 9 (1934), pp. 223-260.
A H R W E I L E R , H., "Sur la carriére de Photius avant son patriarcat",
en Byz. Zeitschr. 58 (1965), pp. 348-363.
DVORNIK, F., "Patriarch Photius, Schoiar and Statesman", en Clas-
sical Folia 13 (1959), pp. 3-18 y 14 (1960), pp. 3-22.
—, "The Patriarch Phoitus and Iconoclasm", en Dumbarton Oaks
Papers 7 (1953), pp. 67-97.
—, The Phoiian Sclúsm. History and Legend. Cambridge, 1948.
FERLÜGA, J . , Vizantiska uprava un Dalmaciji. Belgrado, 1958.
GRÉGOIRE, H-, "Etudes sur le neuviéme siécle", Bvzantiau 8 (1933),
pp. 515-550.
H E R G E N R Ó T H E R , I., Photius, Patriarch von Konstantinopel. 3 vols.,
Regensburg, 1864-69 (reimpresión, Darmstadt, 1966).
J U G I E , M., "Photius et la primauté de saint Pierre et du pape", en
Bessarione 23 (1919), pp. 121-130; 24 (1920), pp. 16-76.
LAURENT, J., L'Arménie entre Byzance et VIslam depuis la conquéte
árabe jusqu'en 886. París, 1 9 1 9 .
LIPSIC, E. E., Oferki istorii vizantijskogo obscestva i kultury, VIH-
pervaja polovina IX veka. Moscú-Leningrado, 1961.
Loos, M., "Deux contributions a l'histoire des Pauliciens", en Bv-
zantinoslavica 17 (1956), pp. 19-57.
RADOJIÍIC, G . S-, "La date de la conversión des Serbes", en Bvzan-
tion 22 (1952), pp. 253-256.
S C H A R F , J., "Photios und die Epanagoge", en Bvzantion 49 (1956),
pp. 384-400.
S C H E I D W E I I . E R , F., " Paulikianerprobleme", en Byz- Zeitschr. 43 (1950),
pp. 10-39 y pp. 366-384.
VASILIEV, A . , The Russian Attack on Constantinople. Cambridge
(Mass.), 1946.
VOGT, A . , Basile I, empereur de Bvzance, et la civílisation bvzantine
á la fin du IXc siécle. París, 1908.
W E I T Z M A N N , K., Die bvzantinische Buchmalerei des 9. und. 10. Jahr-
hunderts. Berlín, 1935.

400
Los emperadores macedónicos. Consolidación interna
y apogeo cultural
BRAND, C W . M., " T W O Byzantine Treatiscs on Taxation", en Tradi-
tio 25 (1969), pp. 35-60.
C A N A R D , M., Les relations politiques de Byzance et des Árabes á
l'époque de la dynastie niacédonienne de 867 á 959. Bruselas, 1969
( - A . Vasiliev, By/.ance et les Árabes II, 1).
G R A N I C , B., "Das Klosterwesen in der Novcllengesetzgebung Kaiser
Leons des Weisen", en Byz. Ztschr. 31 (1931), pp. 61-69.
I M I T U . I / . / . E R Í , S., "L'umanesimo bizantino del IX secólo et la gcnesi
dclla 'Biblioteca" di Fozio", en Studi storici in onore di Gabriele
1

Pepe. Bari, 1969, pp. 1-56.


JENKINS, R . J. H . , "The peace with Bulgaria (927) celebrafed by
Theodore Daphnopates", en Polxchronion. Festschrift F. Dólger.
Heidelberg, 1966, pp. 287-303.
KARLIN-HAYTER, P., "Arethas Choirosphaetes and the Saracen Vi-
zir", en Byzantion 35 (1965), pp. 455-481.
—, "Le synode á Constantinople de 886 á 912 et le.role de Nicolás de
Mvstique dans 1 'affaire de la tétragamie", en Jahrb. der Óste-
rreich. Byzant. Gesellschaft 19 (1970), pp. 59-101.
—, "The Homily on the Peace with Bulgaria of 927 and the 'Corona-
tion' of 913", en Jahrb. der Ósterreich. Bvzant. Gesellschaft 17
(1968), pp. 29-39.
—, "When militarv affairs were in Leo's hands. A note on byzan­
tine foreign polícy (886-912)", en Traditio 23 (1967), pp. 15-40.
O I K O N O M I D E S , N. A., "Constantin V I I Porphyrogénéte et les thémes
de Céphalonie et de Langobardie", en Revue des études byzanti­
nes XXIII (1965), pp. 118-123.
RÜMCIMAN, S., The cmperor Romanos Lecapenus and his reigri. A
study of Xth-century Byzantium. Londres, 1964.
S E V C E N K O , í., "Poems on the deaths of Leo VI and Constantine VII
in the Madrid manuscript of Scylitzes", en Durnbarton Oaks Pa-
pers 23-24 (1969-1970), pp. 185-228".
VASILIEV, A., "The life of Petcr of Argos and its historical signifi-
cance", en Traditio 5 (1947), pp. 163-190.
V O J N O V , M., "Promjana v bulgaro-vizantijskite otnosenija pri car Si­
meón", en Izvestija Instituía Istorii 18 (1967), pp. 147-202.
WEITZ.UASN, K..,Geistige Grundlagen und Wesen der Makedonischen
Renaissance. Colonia, 1963.
—, The Joshua Roll. A work of the Macedonian renaissance. Sttt-
dies in Manuscript Illumination 3. Prinqeton N. J. 1948.

El Imperio bizantino medio en la época de máximo


poderío exterior
ADONTZ, N . , "Samuel l'Arménien, roi des Bulgares", en Mémoires
de VAcadémie Royale de Belgique, Classe des Lettres 38 (1938),
pp. 1-63.
A N T O U A K , S., Samuilovata drtava. Skopje, 1969.
BANESCU, N., Les Duches byzantins de Paristrion (Paradounavon)
et de Bulgarie. Bucarest, í946.
B L A G O E V A , B., "Za proizchoda na zar Samuil", en IstoriCeski pregled
XXli (1966), pp. 79-96.
C A N A R D , M., "La destruction de l'église de la Résurrection par le
calife Hákim et l'histoire de la deséente du feu sacre", en By­
zantion XXXV (1965), pp. 16-43.
—, " La date des expéditions mésopotamiennes de Jean Tzimiscés",
en Mélanges H. Grégoire II. Bruselas, 1950, pp. 99-108.
DOLGER, F., "Die Chronologie des grossen Fetdzuges des Kaisers
Johannes Tzimiskes gegen die Russen", en Byz. Zeítschr. 32 (1932),
pp. 275-292.
—, "Wer war Theophano?", en Historisches Jahrb. 62-9 (1949),
pp. 646-658.
HIESTAND, R . , Byzanz und das regnum italicum im 10. Jahrhundert.
Zurich, 1964.

401
H U F F M A N N , H . , "Die Anfánge der Normannen in Süditalien", en
Quéllen und Forschungen mis italienischen Archiven und Biblia-
thcken 49 (1969), pp. 95-144.
—, Le Millénaire du Mont-Athos 963-1963. Études d Mélanges /, //.
Chevetogne-Venecia, 1963-1964.
L E R O Y - M O L I \ G H E N , A., "Les «Comélopoules et l'État de Samuel»",
en Byzantion 39 (1969), pp. 497-500.
L O P E / . , R. S.. "La crise du bésant au Xv siécle et la date du livre
du Préfet", en Mélanges H. Grégoire Bd. II, Bruselas, 1950,
pp. 403-418.
MII.ES, G . C , "Byzantium and the Arabs: Relations in Crete and the
Aegcan Área", en Dumbarton Oaks Papers 18 (1964), pp. 1-32.
O H NSORGK, W . , "Die Legar ion des Kaisers Basi Icios II. an Hein-
rich II", en Mistar, Jahrb. der Gónesgesellschaft 73 (1954),
pp. 61-73.
—, "Otto I. und Byzanz"., en Mit le ilungen des Instituís für Os ier-
re i cliisvhe Geschichisforschung (1962), pp. 107-121.
S e H i . u M B E R G E R , G., L'épopée byzantine ¿i la fin du Xe siécle. Vols. 11,
III. París, 1900-1905 (reimpresión, 1925).
—, L'épopée byzantine a la fin du Xe siécle. Vol. í. 1896.
—, Un empereur bvzanlin au Xe siécle: Nicéphore Pbocas. París,
1890 (reimpresión," 1923).
S C H R A M M , P. E., "Kaiser, Basileus und Papst im Zeitaltcr der Ol-
tonen", en Historische Zeitschr. 129 (1924), pp. 424-475.
TAPKOYA-ZAIMOVA, V., "Autour de la pénétration de Samuel dans les
regio ns de la Gréce proprement di te", en Bvzantiuobulgarica ¡¡
( 1966), pp. 237-241.
TIYCEV, P., "Nouvelles donneés sur les guerres des Bulgares contre
Byzance au temps du tsar Samuel", en Bvzantinobulgarica 3
(19691, pp. 37-48.
VouLGARAKis, U., "Nikon Metanoeite und die Rechristianisierung der
Kreter vom Islam", en Zeitschr. für Missionswissenschaft und Re-
ligionswissenschafi 47 (1963), pp. 192-204 y pp. 258-269.

5. LA ÉPOCA DE LOS C O M N E N O

Desde los emperadores macedónicos hasta los Comneno


AsroNiAiiis-BiBicou, H., "Démographie, salaires et prix á Bvzance
au Xle siécle", en Annales 27 (1972), pp. 215-246.
BRATIANU., G. I., "Une expérience d'économie dirigée: le monopole
de ble á Byzance au Xle siécle", en Byzantion 9 (1934), pp. 643-662.
B U R Y , J. B . , "Román Emperors from Basil II to Isaac Komnenos",
en English Historical Review 4 (1889), pp. 41-64 y 251-285.
C A H E N , C , "La campagne de Mantzikert d'aprés les sources musul-
manes", en Byzantion 9 (1934), pp. 613-642.
—, "La premiére pénétration turque en Asie Mineure", en Byzan-
tion 18 (1948), pp. 5-67.
CANARD, M., "La campagne arménienne du sultán salguqide Alp
Arslan et ¡a prise d'Ani en 1064", en R'evue des études arméniennes,
N. S. 2 (1965), pp. 239-259.
DENZLER, G., "Das sog. morgenlandische Schisma im Jahre 1054",
en Münchener Theologische Zeitschrift 17 (1966), pp. 24-46.
F U C H E S , F., Die hóheren Schulen von Konstantinopel im Mittelalter.
Leipzig-Berlín, 1926.
KAEGI J R . , W. E., "The contribution of archery to the Turkish con-
quest of Anatolia", en Speculum 39 (1946), pp. 96-108,
M u : H E L , A., Humbert und Kerullarios. Paderborn, 1925-1930.
N E U M A N N , C . Die Weltstellung des byzantinischen Reiches var den
Krcuzziigen. Leipzig, 1894.
OIKONOMÍDES, _\\. "Le serment de l'impératrice Eudocie (1067), Une
épisode de l'histoire dvnastique de Byzance", en Revue des étu-
des byzantines 21 (1963), pp. 101-128.
POLEMIS, D. I., "Notes on eleventh-century chronology (1059-1081)",
en Byz. Zeitschr. 58 (1965), pp. 60-76.

402
RÜNCIMAN, S.. The Easlern Schism. A Study of the Papacy and the
Eastern Churches during the XI th and Xllth Centuries. Ox-
ford, 1955.
STANESCU, E , . "La crise du Bas-Danube byzantin au cours do la
seconde moitié du XK* siécle", en Zhornik radova Vizantoloskog
instituía Beograd 9 (1966), pp, 49-73.
—, "Les reformes d'Isaac Comnéne", en £t. Sud-Est-Europ. 4 (1966).
pp. 35-69.
S V O R O N O S . N., "Socio té et organisation intérieure dans l'empire by-
zantin au Xle siécle: les principaux problémes", en XÍIlth Intcrn.
Congress of Byzantine Studies. Main Papers XII. Oxford, 1966.
VRVÜNUS, S., "By/anlium: The Social Basis oí Decline in the Eie-
venth Century", en Greek, Román and Bvzantine Studies 2 (1959),
pp. 157-175.
W E R N E R , E . , "Akritai und Gházi", en Studia Byzantina. Beitrage aus
der byzant. Forschung der Deutschen Deniokratischen Republik.
Halle-Wittenberg, 1966, pp. 22-47.
W I T T E K , R., " Deux ehapitres de l'histoire des Tures de Roum", en
Byzantion II (1936), pp. 285-319.

Los éxitos del Imperio de los Comneno


BROWNING, R., "The death of John II Comnenus", e n Bvzantion 31
(1961), pp. 229-235.
B U C K Í . I Z R , G., Anua Comnena* Londres, 1929.
C H A L A N D O N , F . , Essai sur le tégne d'Alexis Ier Comnéne. París, 1900.
F E R L G G A , I., "La ligesse dans í'Empire byzantin", en Zbornik radova
Vizantoloskog instituía Beograd 7 (1961), pp. 97-123.
GANSHOF, F.-L., "Robert le Fríson et Alexis Comnéne", en Byzan-
tion 3! (1961), pp. 57-74.
GAUTLER, P., ".lean V l'Oxite, patriarche d'Anlioche. Notice biogia-
phique", en Revue des eludes byzantines 22 (1964), pp. 128-157T
GRLMEL, V . , "L'affaire de Léon de Chalcédoine. L e chrysobulle
d'Alexis Ier sur les objets sacres", en Revue des études byzanti-
nes 2 (1944), pp. 126-133.
HERGES. A., " L e monastere du Pantocrator", e n Échos d'Orient 2
(1898-1899), pp. 70-88.
HOLTZMANN, W., " Die Unionsverhandlungen zwischen Kaiser Ale-
xios I. und Papst Urban II. im Jahre 1089", en Byz. Zeitschr. 28
(1928), pp. 38-67.
J O A M N O U , R., Christliche Metaphysik in Byzanz 1. Die Illuminations-
lehre des Michael Psellos und Joannes ítalos. Ettal, 1956.
K U R T Z , I., "Unedierte Texte aus der Zeit des Kaisers Johannes Kom-
nenos", en Byz. Ztschr. 16 (1907), pp. 69-119.
LAMMA, P., "La spedizione di Giovanni Comneno in Cilicia ed in
Siria ín un panegírico inédito di Michele Itálico", en Memurie
delVAccademia delle scienze di Bologna. Classe di scíence morali.
ser. V, vol. IV (1952), pp. 1-28.
—, "Manuele Comneno nel panegírico di Michele Itálico (Códice 2412
della Biblioteca Universitaria di Bologna)", en Atti dell VIII con-
gresso di Studi Bizantini a Palermo, vol. I. Roma, 1952, pp. 397¬
408.
L E I B , B., Rome, Kiev et Byzance a la fin du Xle siecle. París, 1924.
LiTAVRiN, G., "A propos de Tmutorakan", en Bvzantion 35 (1965),
pp. 221-234.
V A S I U E V S K I J , D., "Vizantija i Pecenegi", Trudy I (1908), pp. 1-175.
XANALMOS D., Beitrage zur Wirtschafts- und Soziaigeschichte Ma-
kedoniens im Mittelalter. Diss. phii. Munich, 1937.
Y E W D A L E , R. B., Bohemond I. prince of Antioch. Princeton. 1925.

El Imperio de los Comneno, en la cumbre de su poder


BROWNING, R., "A new source on byzanline-hungarian relations in
the twelfth century", en Balkan Studies 2 (1961), pp. 173-214.

403
—, "The Patriarchal School at Constantinople in the twelfth centu-
ry", en Byzantion 32 (1962), pp. 167-202 y 33 (1963), pp. 11-40.
C H A L A N D O N , F., Histoire de la domination normande en Italie et en
Sicilie H. París, 1907.
—, Les Comnénes II. París, 1912.
F R A N C É S , E., "La disparition des corporations byzantines", en Actes
du Xlle congrés intern. d'ét. bvzant. 1961, II. Belgrado, 1964,
pp. 93-101.
H E U - I G , K. J . , Ostrom und das deutsche Reich um die Mitte des 12.
Jahrhunderts. Kaisertum und Herzogsgewalt im Zeitalter Fried-
richs I. Leipzig, 1944, pp. 1-271 ( = Schriften der Monum. Germ.
histor. 9).
H E Y N E N , R . , Zur Entstehung des Kapitalismus in Venedig. Stuttgart,
1905.
HOHI.WEG, A . , Beitrage zur Venvaltungsgeschichte des ostromischen
Reiches unter den Komnenen. Munich, 1965 (=MisceLlanea Byzan-
tina Monacensia 1).
—, "Zur Frage der Pronoia in Byzanz", en Byz. Zeitschr. 60 (1967),
pp. 288-308.
H U N G E R , H . , "Die byzantinische Literatur der Komnenenzcit. Versuch
einer Neubewertung", en Anz. d. Ósterr. Akad. d. Wiss. Phil.-hist.
Kl. 105 (1968), pp. 59-76.
L\.viMA, P., Comneni e Staufer. Ricerche sui rapporti fra Btsanzio
e ¡'Occidente nel secólo XII. 2 vols. Roma, 1955-1957.
L E M E R L E , R., "Recherches sur le régíme agraire á Byzance. La terre
militaire a l'époque des Comnenes'', en Cahiers de civilisation
médiévale N.° 7 (1959), pp. 265-283.
OECONOMOS, L . , La vie religieusc dans l'empire byzantin au temps
des Comnénes et des Anges. París, 1918.
O H N S O R G E , W\, "Ein Beitrag zur Geschichte Manuels I. von Byzanz",
en Festschrift Albert Brackínann. Weimar, 1931, pp. 371-393.
—, " Die Byzanzpolitk Friedrich Barbarossas und der 'Landesver-
rat' Heinrichs des LÓven", en Deutsches Archiv für Geschichte
des Mittelaltets, Heft 1. 1943, pp. 118-149.
S V O R Ü N O S , N., "Les priviléges de l'église á l'époque des Comnénes:
un rescrit ineciit de Manuel Ier Comnene", en Travaux et Mémoi-
res 1 (1965), pp. 325-391.
—, "L'épibole á l'époque des Comnenes", en Travaux et Mémoires 3
(1968), pp. 375-395.
Tu-BOT R I C E , D. The twelfth century renaissance in Bvzantine art.
F

Hull, 1965.
—, Byzantine Painting and Developments in the West befare A. D.
1200. Londres-, 1965.
TIFTIXOGLU, V . , "Gruppenbildungen innerhalb des konstantinopolitan-
ischen Klerus wáhrend der Komnenenzcit", en Bvz. Zeitschr. 62
(1969), pp. 25-72.
WIDERA, B., "Byzanz und die Be/.iehungen zwischen Grossfürsten
der Rus', Staulern und den Papsten 1157-1207", en Sttidia Byzan-
tina. Wissenschafttiche Beitrage der Martin-Luther-Universitat
Halle-Wittenberg. Halle, 1966, pp. 13-26.

De Mariocéfalo a la cuarta Cruzada (1176-1204)


B R A N Ü , C H . M., "A Byzantine plan for Fourth Crusade", en Specu-
lum 43 (1968), pp. 462-475.
—, "Byzantium confronts the west (1180-1204). Cambridge (Mass.),
1968."
—, "The Bvzantines and Saladin, 1185-1192: Opponents ut" the Third
Crusade",'en Speculum 37 (1962), pp. 167-181.
COGNASSO, F., "Partiti politici e lotte dinastiche a Bisanzio alia mor-
te di Manuele Comneno'', en Memoria della Reale Accademia delle
Scienze di Torino. Serie seconda, t. LXII. Turín, 1912, pp. 213-317.
—, "Un imperatore Bizantino della decadenza: Isacco l Angelo",
en Bessarione, vol. XXXI (1915), pp. 29-60 y pp. 247-289.
D I E T E N , J. L. V A N , Niketas Choniates. Berlín-Nueva York, 1971.

404
FOLDA, J., "The Fourth Crusade, 1 2 0 1 - 1 2 0 3 . Some Reconsiderations",
en Byzantinoslavica 26 ( 1 9 6 5 J , pp. 2 7 7 - 2 9 0 .
GUILLAND, R . , Byzance et les Balkans sous le régne d'Isaak II Ange
( 1 1 8 5 - 1 1 9 5 ) " , en Actes du Xlle congrés intern. d'ét. byz. II. Bel-
grado, 1 9 6 4 , pp. 1 2 5 - 1 3 7 .
HECHT, W . , Die byzantinische Aussenpolitik zur Zeit der letzten
Komnenenkaiser (1180-1185). Neustadt-Aisch, 1 9 6 7 .
—, "Zur Geschichte der 'Kaiserin' von Montpellier, Eudoxia Kem-
nena", en Revue des études byzantines 26 ( 1 9 6 8 ) , pp-. 1 6 1 - 1 6 9 .
H E R R Í N , j . , "The Collapse of the Byzantine Empire in the Twelfth
Century: a Study of a Medieval* Economy", en Histórica! Journal
of the University of Birmingham. Vol. XII ( 1 9 7 0 ) , pp. 1 8 8 - 2 0 3 .
LAURENT, V . , "Rome et Byzance sous le pontiíicat de Célestin III
( 1 1 9 1 - 1 1 9 8 ) " , en Échos d'Orient 39 ( 1 9 4 0 ) , pp. 2 6 - 5 8 .
—, "La Serbie entre Byzance et la Hongrie á la veille de la qua-
triéme croisade", en Revue hist. du Sud-Est européen 18 ( 1 9 4 1 ) ,
pp. 1 0 9 - 1 3 0 .

MORAVCSIK, G., "Pour une alliance byzantino-hongroise", en Byzan-


tion 8 pp. 5 5 5 - 5 7 6 .
( 1 9 3 3 ) ,

RADOJCIC, N . , Dva posljednja Komnena na carigradskon prijestolu.


Zagreb, 1 9 0 7 .
STADTMÜLLER, G., "Michael Choniates, Metropolit von Athen", en
Orientalia Christiana XXXIII, 2, Nr. 9 1 ( 1 9 3 4 ) .
V A S I L I E V , A., "Manuel Comnenus and Henry Plantagenet", en Byz.
Zeitschr. 29 ( 1 9 3 0 ) , pp. 2 3 3 - 2 4 4 .
W I R T H , P., "Kaiser Manuel I. Komnenos und die Ostgrenze. Rücke-
roberung und Wiederaufbau der Festung Dorylaion", en. Byz. Zeits-
chr. 55 ( 1 9 6 2 ) , pp. 2 1 - 2 9 .

—, "Die Chronologie der Schlacht von Claúdiopolis im Lichte bisher


unbeachteter Quellcn", en Byzantinisclie Zeitschrift 50 ( 1 9 5 7 ) ,
pp. 6 8 - 7 3 .

—, Untersuchungen zur byzantinischen Rhetorik des 12. Jahrhun-


derts mit besonderer Berücksichtigung der Schriften des Erzbis-
chofs Eusthatios von Thessalonike. Munich, 1960.

6. LA C U A R T A C R U Z A D A Y S U S C O N S E C U E N C I A S

AHRWEILER, H., "La Politique agraire des empereurs de Nicée", en


Byzantion 28 ( 1 9 5 8 ) , pp. 5 1 - 5 6 y 1 3 5 - 1 3 6 .
—, "L'Histoire et-la géographie de la región de Smyrne entre deux
occupations turques ( 1 0 8 1 - 1 3 1 7 ) " . en Travaux et Mémoires 1 ( 1 9 6 5 ) ,
pp. 1-204.

CARILE, "Patritio terrarum imperii Romaniae", en Studi Vene-


A . ,

Ziani 7 pp. 1 2 5 - 3 0 5 .
( 1 9 6 5 ) ,

CHARANIS, P., "The Aristocracy of Byzantium in the Thirteenth Cen-


tury", en Studies in Honor of A. C. Johnson. Princeton, 1 9 5 1 ,
pp. 3 3 6 - 3 5 5 .

FROLOW, A . , Recherchcs sur la déviation de la ¡Ve croisade vers


Constantinople. París, 1 9 5 5 .
GARDNER, A., The Lascarids of Nicaea. Londres, 1 9 1 2 .
GHRLAND, E . , Geschichte des lateinischen Kaiser reiches von Konstan-
tinopel. Vol. I., 1 9 0 5 .
G R O U S S E T , R-, L'Empire du Levant. París, 1 9 4 9 .
GUILLAND. R., La Politique intérieure de l'empire de Bvzance de
1204 ¿i 1341. París [ 1 9 5 9 ] .
—, La Politique religieuse de l'empire byzantin de 1204 á 1341.
París [ 1 9 5 9 ] ,
H E N U Y , M . F . , Coinage and Money in the Bvzantine Empire 10S1-1261.
Washington, 1 9 6 9 .
KtNiHJMANN, S., Die Eroberung von Konstantinopel ais politische
Forderung des Westens im Hochmittelalter. Zürich, 1969.
L O N G N O N , J . , L'Empire latin de Constantinopíe et la principante de
Morée. París, 1 9 4 9 .
L U C H A I R E , A., Innucent III. La Question d'Orient. París, 1 9 0 7 .
M A Y E R , H. E., Geschichte der Kreuzzuge. Stuttgart, 1 9 6 5 .

405
MILLER, W . , The Latins in the Levant. A History of Frankish Greece,
1204-1566. Londres, 1 9 0 8 .
NORDEN, W., Das Papsttum und Byzonz. Berlín, 1 9 0 3 ' .
Q U E L L E R , D. E. (comp.), The Latín Conquest of Constantinople. Nue-
va York, 1971.
R O S C H E R , H., Innozenz 111. und die Krcuzzüge. Gottingen, 1969.
SCIIRAMM, P. E., "Das Lateinische Kaiseríum von Konstantinopel
(1204-1261) im Lichte der Staatssymbolik", en Herrschaftszeichen
und Staatssymbolik. Vol. III. Stuttgart, 1956, pp. 837-868.
S I N O G O W I T Z , B., Die abendlandische Politik der griechischen Staaten-
welt zur Zeit des Lateinischen Kaiserreiches (1204-1261). Maschin-
enschr. Diss. Munich, 1944.
—, "Über das byzantinische Kaisertum nach dem vierten Kreuzzuge
(1204-1205)", en Byz. Zeitschr. 45 (1952), pp. 345-356.
S T I E R N O N , L., "Les origines du Despotat d'Epire", en Revue des elu-
des byzantines 17 (1959), pp. 90-126.
—, "Les origines du Despotat d'Epire (suite)", en Actes du Xlfe
Congrés International d'Études Byzantines. Vol. II. Belgrado,
1964, pp. 197-202.
THIRIET, La Romaine vénitienne au moyen age. París, 1959.
WOLFF, R. L. y H . W . H A Z A R D (comp), The Crusades. 1189-1311.
Vol. II de: A History of the Crusades, comp. por: v. K. M. Set-
a
ton. 2. ed. Madison, 1969.
W O L F F , R. L., "The Organization of the Latín Patriarchate of Cons-
tantinople", en Trad. VI (1948), pp. 33-60.
—, "A New Document from the Period of the Latin Empire of
Constantinople: The Oath of the Venetian Podestá", en Annuaire
de VInstilut de Philologie et d'Histoire Slaves 12 (1952), pp. 539-573.
—, "Mortgage and Redemption of an Emperor's Son. Castile and
the Latin Empire of Constantinople", en Speculum 29 (1954),
pp. 45-84.
—, "Politics in the Latin Patriarchate of Constantinople", en Dum-
barton Oaks Papers 8 (1954), pp. 227-303.

7. LA CAÍDA D E B I Z A N C I O (LA DINASTÍA D E LOS PALEÓLOGO)

Miguel VIH Paleólogo, y la Restauración


del Imperio, 1261-1282
CHAPMAN, C., Michael Paléologue, restaurateur de Vempire byzantin.
París, 1926.
DADE, E., Versuche zur Wiedererrichtung der lateinischen Herrschaft
in Konstantinopel im Rahmen der abendhindischen Politik, 1261
bis etwa 1310. Jena, 1938.
FALLMERAYER, J. P . , Geschichte des Kaiserthums von Trapezunt.
Munich, 1827.
G R A N A K O P L O S , D . J . , Emperor Michael Palaeologus and the West 1258¬
1282: A study in Byzantine-Latin relations. Cambridge (Mass.),
1959.
MILLER, W . , Essays on the Latin Orient: Cambridge, 1921.
—.Trebizond. The Last Greek Empire. Londres, 1926.
N I C O L , D. M., The Despotate of Epiros. Oxford, 1957.
—, The Last Centuries of Byzantium. Londres, 1972.
PAPADOPOULOS, A. T H . , Versuch einer Genealogie der Palaiologen
1259-1453. Munich, 1938.
RAYBAUD, L.-P., Le Gouvernement et l'adtninistration céntrale de
l'Einpire bvzantin sous les premiers Paléologues (1258-1354). Pa-
rís, 1968.
ROBERG, B., Die Union zwischen der griechischen und der lateinis-
chen Kirche auf dem 11. Konzil von Lyon (1274). Bonn, 1964.
R U N C I M A N , S., The Sicilian Vcspers. A History of the Mediterranean
World in ihe Later Thirteenth Century. Cambridge, 1958. Hay
traducción española: Las Vísperas Siciliaitas. Un estudio del mun-
do mediterráneo a fines del siglo XIII. Madrid, Revista de Occi-
dente, 1961, 325 pp.

406
STEIN, E., "Untersuchungen zur spátbyzantinischen Verfassungs- und
Wirtschaftsgeschichte", en Mitteilungen zur osmanischen Geschi­
chte 2 (1923-1925), pp. 1-62 (reimpresión), Amsterdam, 1962'.

Bizancio corno potencia de segunda fila:


Andrónico 11 Paleólogo, 1282-1321
BECK, H.-G., Theodoros Metochites. Die Krise des byzantinischen
Weltbildes im 14. Jahrhundert. Munich, 1952.
GIBBO.NS, H. A., The Foundation of the Ottoman Empire. A History
of the Osmanlis up to the Death of Bayezid 1, 1300-1403. Oxford",
1916.
GUILLARÜ, R . , Essai sur Nicéphore Grégoras: l'homme et l'oeuvre.
París, 1926.
J O R G A , N., Geschichte des osmanischen Reiches. Gotha, í908.
L A I D U , A. E., Constantinople and the Latins. The Foreign Policv of
Andronicus U, 1282-1328. Cambridge (Mass.), 1972.
L A U R E N T , V., "Les grandes crises religieuses á Byzance. La fin du
schisme arsénite", en Académie Roumaine, Bulletin de la section
historique 26 (1945), pp. 225-313.
LEMERLE, P., L'Emirat d'Aydin, Byzance et TOccident. Recherches
Zur "La geste d'Umur Pacha". París, 1957.
NICOL, D . M., "The Byzantine Church and Hellenic Learning in the
Fourteenth Century", en Studies in Church History 5, ed. G. J .
Cuming. Leiden, 1969.
OSTROGORSKY, G., Pour l'histoire de la féodalité bvzantine. Bruse­
las, 1954.
RUBIO Y LLUCH, A . , La expedición y dominación de los catalanes
en Oriente. Barcelona, 1883.
ScHLU M B E R G E R , G-, Expéditions des "Amulgavares" ou routiers cata-
lans en Orient. París, 1902.
SETTON, K . M., Catalán Domination of Athens, 1311-1388. Cambridge
(Mass.), 1948.
TALBOT R I C E , D . , Byzantine Painting: The Last Phase. Londres, 1968»
U N D E R W O O D , P. A., The Kariye Djami. 3 vols. Nueva York, 1966.
VERPEAUX, J., Nicéphore Choumnos, homme d'état et humaniste by­
zantin (c. 1250/1255-1322). París, 1959.
W I T T E K , P., Das Fürstentum Mentesche. Studie zur Geschichte West-
kleinasiens im 13.-15. Jh. Estambul, 1934.
—, The Rise of the Ottoman Empire. Londres, 1938 ( = Royal Asiatic
Society Monographs 23).
ZAKYTHENOS, D . A., Crise monétaire et crise économique d Bvz.ance
du Xlllc au XVc siécle. Atenas, 1948.

La época de las guerras civiles: Andrónico III


y Juan VI (1321-1354)
BOSCH, U. V . , Kaiser Andronikos 111. Palaiologos. Versuch einer
Darstellung der byzantinischen Geschichte in den labren 1321-134!.
Amsterdam, Í965.
C M . A R A N J S , P., " ínternal strife in Byzantium durine the fourteenth
century", en Byzantion 15 (1940-1941), pp. 208-230."
G A Y , J . , Le Pape Ciernen! VI en les affaires d'Orient (1342-1352).
París, 1904.
MEYENDORH-, J., Introduclion a Vétude de Grégoire Palomas. París,
1959 ( = Patrística Sorbonensia 3).
N I C O L , D. M., The Byzantine Familv of Kantakouzenos (Cantacuze-
nus). arca 1100-1460. Washington' D.C.. 1968 (^Dumbarton Oaks
Studies 11).
—, Meteora. The Rock Monasteries of Thessaly. Londres, 1963.
SEVCENKO I., "Nicolás Cabasilas' 'Anti-Zealot' Discourse: a reinter-
pretation", en Dumbarton Oaks Papers II (1957i, pp. 81-171.
T A F R A L I , O,, Tliessalonique au quatorziéinc siecle. Pdrís, 1913.
ZAKYTHENOS, D. A., Le Despotat grec de Maree. 2 vols. París,1932-
1953.

407
Bizancio, estado vasallo de los turcos: Juan V y Manuel II (1354-1402)
ATIYA, A . The Crusade in the Later Middle Ages. Londres, 1 9 3 8 .
BABINGER, F . , Beitrage zur Frühgeschichte der Türkenherrschaft in
Rumelien (14-15 Jahrhundert). Munich, 1 9 4 4 .
B A R K E R , J, W., Manuel II Palaeologus (1391-1425). A Study in Late
Byzantine Statesmanship. New Brunswick ( N . J . ) 1 9 6 9 ( = Rutgers
Byzantine Series).
CHARANIS, P., "Tre strife among the Palaeologi and the Ottoman
Turks, 1 3 7 0 bis 1 4 0 2 " , en Byzantion 16 ( 1 9 4 2 / 1 9 4 3 ) , pp. 2 8 6 - 3 1 4 » .
DENNIS, G. '}'., The Reign of Manuel II Palaeologus in Thessalo-
nica 1382-1387. Roma, 1 9 6 0 .
H A E E C K I , O., Vn F.mpereur de Byzance a Rome. Vingt ans de travail
pour ¡'unión des églises et pour la défense de l Empire d'Orient:
1355-1375. Warschau, 1 9 3 0 .
J O R G A , N., "Latins et Grecs d'Orient et l'établissement des Tures
en Europe", en Byz. Zeitschr. 15 ( 1 9 0 6 ) , pp. 1 7 9 - 2 2 2 .
M E Y E N D O R F F , J., "Projets de concile oecuménique en 1 3 6 7 : Un dia-
logue inédit entre Jean Cantacuzéne et le légat Paul", en Dum-
barton Oaks Papers 14 ( 1 9 6 0 ) , pp. 1 4 7 - 1 7 7 .
S C H L C M B E R G E R , G., Un Empereur de Bviance a Paris et á Londres.
París, 1 9 1 6 .
W E I S S , G., Johannes Kantakuzenos - Aristokrat, Staatsmann, Kaiser
und Mónch - in der Gesellschaftsentwicklung von Byzanz im 14.
fahrbunderi. Wicsbaden, 1 9 6 9 .

F.l último medio siglo y la caída de Constantinopla (1402-1453)


ATIYA, A . The Crusade of Micopolis. Londres, 1 9 3 4 .
S..

BABINGER, F . , Mehmend der Eroberer und seine Zeit. Munich, 1963.


GEGAI, A . . L'Álbanié et ¡'invasión turque au XVe siécle. París, 1 9 3 7 .
G I L L , J., The Council of Florence. Cambridge, 1 9 5 9 .
—, Personaiities of the Council of Florence. Oxford, 1 9 6 5 .
H . A I . E C K I . O.. The Crusade of Varna. Nueva York, 1 9 4 3 ,
M A S A I , F . , Plethon el le Platonisme de Mistra. París, 1 9 5 6 .
RUNCIM.AN, S., The Fall of Constantinople 1453. Cambridge, 1 9 6 5 .
--, The Great Church in Captivity. A Study of the Patriarchate of
Constantinople frorrt the eve of the Turkish conques! to the
Greek War of Independence. Cambridge, 1 9 6 8 .
SETTON, K . M., "The Byzantine background to the Italian Renais-
sance", en Proceedings of the American Philosophical Socitty 100
( 1 9 5 6 ) , pp. 1-76.
SEVCENKO, I., "The Decline of Byzantiurn seen through the eyes of
its intellectuals", en Dumbarton Oaks Papers 15 ( 1 9 6 1 ) , pp. 1 6 9 - 1 8 6 .

408
í n d i c e alfabético

Abasgos, 117 36a, 567, 375. 377, 378, Ana Comneno, histor.,
Abasidas. 87, 120. 121 380 241, 252, 253, 234
Abd al-Rahman I I , 121 Albigenses, 145, 286 .'ina de Sabova, 351,
Abderramán I I I . 195 A l e j a n d r í a , 41, 51, 83. 353, 355, 358.'360
Abidos, 104, 185, 210, 159, 2S6 Anabarza, 201, 244
213 Alejandro, emperador, Anaslasio t, 58, 39. 45,
Absolutismo, 14. 16, 18, 187 -i2, 56. 39, 63
23, 34, 45, 49, 50, 65, Alejandro Magno, 29, Anastasio II, 83
74, 170 360 Anastasio IV, 259
Acre. 159, 207, 282, 337 Alejandro I I , p a p a , 155 Anastasio, patr.. 86, 9i
Acroino, 87 Alejandro I I I , p a p a . 264 Anatolia, anatoiios, 76,
Adana, 185, 201. 238, Alejandro I X , p a p a . 320 79. 80, 177, 184, 18a,
244, 262 Alejandro Iviicnailovic. 191, 229, 258, 24ü, 247.
Administración, 8, 10, / « r , 169 267, iíi, J4Ü, 341, 371,
¡7-23, J4, 39, 42, 44-52, Alejandro de V ral les, 377
65, 74, 75, 77, 82, 84, médico, 57 Anatolia, thema de, 77,
89, 99, 10l, 104, 105, Alejandro, novela de, 84, 87, 93, 100, 11/.
112, 115, US, 122-125, 152 115, 117. 120
iSl. 183, 194, 195, 218, Alejo i Comneno, 226, A Ancona, 264. 265, 268
¿19, 226, 252, 299, 301, 231-,!4¿. 247, 24a, 253, n d r é s Bogoljubski
337, 365 257. 269 166
Adramecio. 266 , 299 , 303 Alejo 11, Comneno, 268- Andrónico 1 Comneno,
¿4i, ¿4j, ¿n¿, ¿69-274,
Adriano, emperador ro- 271. 277
mano, 50 Alejo íri Ángel.. 147, Anürónico 302
Adriano I Comneno, 11 Paleólo-
253 27S, 280, 281, 286, 288- go. 160, 529. 552, 335,
292, 302, 304, 305 335, 336, 358, 559, ¿40.
Adriano I , papa, 96, Alejo IV Ángel, 280,
127 54¿, ¿45, 546 , 347, J36,
281, 286, 287, 289 -292, 373
Adriano ií, papa, 155, 295, 297
178 Andrónico l i l Paleólo-
Alejo V" Murzuflo, 292, go, 160, 161, 5-t6-5a0,
Adrianópolis, 109, 110, 294, 302
112, 129, 178, 188, 191, 354
Alejo Ápodauco, 347, Andrónico iv Paleólo-
206, 212, 222, 251, 252, 351-353
275, ¿76, 277, 297, 300, go, 562-567
Alejo Comneno, 302 Andrónico Contostéfa-
302, ¿03, 506, 513, 315, Alejo Estrategopulo, 325
341, 547, 53¿, 353, 358, no, 246, 261, 266
Alejo Fiiantrópeno, 339 Andrónico Paleólogo,
363, 365, 372, 377 Alejo Mosele. 97
Adriático, 67, 101. 113, hijo de Manuel I I ,
Alejo Slav, 301 373, 375
155, 179, 180, 219, 222, Alemania, alemanes, Anciros, ¿97, 308
230, 233, 234 247, 264, 276, 282. 284 Angei. dinastía. 272,
Aecio, general, 97, 98 Alepo, 200, 204 , 212
África, 7, 9, 51, 58, 62, 274. 279. 302. 304
Alexiada, 253, 254 Ani, ¿11, 221, 227
63, 67, 69, 72, 73, 79, Alfonso V* de Aragón, Ankara (Angora) 101,
90, 126 378, 379 177. 188, 371. 372
Agatias, 57 Alp-Arslan, sultán, 227, Anquialo, 277
Agatópolis, 297 228 Antemio de iviileto, ar-
Agnelio, Dogo, 113 Alta Edad Media, II, quitecto, 60
Agraria, Economía, 8, 12 Antemio de frailes,
19, 20, 50, 76, 320, 321. Alusian, 146 matemático, 57
342 Amadeo de Sabova, Antes. 129, 165
Akalhistos himno de, 361-363, 369 Antigüedad, 59, 170, 181
70. 130 Amatarico de Jerusa- Anlioquía, 91. 51. 118,
Akritai, 76 lén, 264 159. ¿04. ¿07, 211, 237,
Áksum, 53 Amastris, 314 258, ¿44, ¿45, ¿6¿, 264,
Alanos, 340 Amida, 177, 192 279, .304
Albania, aibanos, 161. Amisos, 177 Antonio Casimatas pa-
310, 311, 318. 319, 330, Amoriana. dinastía, 124 triarca, 113, 117
331. 332, 334, 338, 350, Amorio, 120, 227 Apulia, 260, 264

409
Aquileya, 133 Augusteo, 40 Belgrado, 140, 162 , 219,
Aquisgrán, 58, 96, 101, Augusto, 35 227, 260, 272
110 Autocracia, 17, 80 Belisario, 43, 57, 62
Árabes, Arabia, 11, 48, Avaco, arzobispo, 169 Benedicto de Sta. Su-
50, 51, 69, 71, 82, 83, Avaros, 67 , 70 , 72, 129, sana, 310
87, 98, 99, 107, 113, 130, 133, 138 Benevento, 202
117, 119, 120, 121, 131, Avinon, 361 Beocia. 341
134, 165, 173, 177, 185, Avlona, 238 Berat, 334
250 Aydin, 340, 348, 360 Berea, 99, 161, 214, 242
Aragón, 369 Azules, 42, 46 Bereberes, 62, 72
Arcontes, 123, 161, 299 Berta de Schuizbach,
Aristóteles, 58, 240, 344 246
Ariihmoi, 100 Baalbek, 207 Bitinia, 91, 192, 235,
Armenia, armenios, 8, Bafea, 340 251, 268. 272, 273, 303,
9. 11, 48, 55, 62, 70, Bagdad, 87, 180, 333, 3 3 5 , 339, 340, 343, 347,
90, 117, 191, 200, 211, 371 348, 353
228, 239, 244, 280, 317, Bagrátidas. 180 Blastares, 155, 164, 169
371 Baja Edad Media, 10, Boecia, 297
Armenia, thema de, 77, 11, 50 Boecio, 344
95, 117, 118, 123 Balcanes, 1, 7-13, 56. 62¬ Bogomil, 143
Arquitectura, 32, 34, 57, 73, 77, 79, 90, 99, 129, Bogomilitas, 143 - 148,
59, 60, 126. 152, 153, 133, 138, 145, 146, 149, 155, 158, 174, 186, 235,
163, 166, 169, 171, 196 157, 161. 162, ¡74. 176, 240, 254
Arsenio, patr., 329, 330 184, 185, 193, 206, 209, Bohemundo, príncipe,
Arsenitas, 330, 332, 336, 212-214, 219, 234, 235, 234-238
339, 343 240, 242, 243. 264, 266,
Arta, 305, 312 Bonifacio de Montfe-
276, 277, 299, 317, 349, rrato, 280, 284-289,
Artabasdo, 89, 95 365, 368, 378
Arte, II, 12, 34, 37, 39, 292, 295-305
Balduino I de Flan- Boril, zar, 301, 306, 313
42, 57-60, 63, 78, 89, des, 147, 28), 284, 295,
124, 126, 151, 152, 154, 296, 297, 299, 300, 311 Boris 1 Miguel, 139,
155, 164, 166, 180, 194, Baiduino li de Cour- 140, 152, 153, 155, 176
196-199, 254-257, 279. tenay, 313-317, 320, Boris II, 142, 143, 207,
343, 345 324/325, 328, 330 209 , 212
Artesanos, artesanía, Balduino III, rey de Bosforo, 9, 55, 4 0 , 41,
42, 51, 53, 54, 60, 190, 178, 201, 210, 215, 236,
205, 249, 250, 257. Jerusalén, 264 251, 269, 274, 289, 290,
Ban Kulin, 144 292, 502, 513, 520, 324,
Arrianismo. arríanos, Bárbaros, 80, 87, 130
55, 82 5 ¿ 5 , 340, 557, 378, 379
Bárbaros. invasiones Bosnia, 144, 145, 156,
Asia, 9 de los. 38, 43, 248
Asia menor, 7, 8, 9, 162, 214, 261, 380
Baidanio Turco, 100 Bován, Jan, 129
ii, si, 55, 56, 68, 70¬ Bardas, 172, 174-177
81, 87, 89, 93, 105, 118. Bardas Focas, 186, 192, Bovardos, 138, 139, 147,
119, 120, 131, 145, 173, 1*48, 278, 322
174, 177, Í80, 184. 200, 208-210 Branicevo, 245, 260
203. 216, 229, 230-247, Bari, 156. 202, 230 Brindisi. 260
250, 266. 267. 269. 273, Barjaam de Calabria, Brusa, 302. 304, 540, 347
275, 276. 282. 296, 597, 354 Bucelarios, thema de
299, 300, 302, 303, 304, Basilea, 376 los, 122, 123
307, 312, 313, 315-318, Basilika. 181, 182 Budva, 179
321, 326, 328, 329, 330, Basilike Küuratoria, Bug, 128
333, 335, 337, 339, 341, 104 Bulgaria, búlgaros, 12,
342, 343, 348, 350, 356, Basilio I el grande, 62. 63, 67, 7 1 , 73, 81,
363, 368, 370, 372, 377 122, 141, 177-181, 193, 82, 90, 94, 99, 103, 108¬
Asiria, asirios, 117 195, 199 112, 115, 118, 130, 131,
Astoifo, rev lombardo, Basilio II, 146, 165, 201, 137-139. ¡42-Í48, ¡51¬
91 207-219, 221, 226, 230, 156, 160, 162, 164, 165,
Ataba, 245, 304 232 166, 169, 174, 176, 178,
Atanasio, monje, 203 Batscovo, 255 . 179, 185, 187, 188, 191,
Atanasio, patr., 342, 343 Baviera, 134, 135 193, 201, 202, 205, 207,
Atenas, 94, 97, 213, 278, Bayaceto, sultán, 149, 209, 211-214, 222 262,
299, 303, 306, 334, 341, 367-374 273, 275-279, -301, 302,
373, 377, 379 Beirut, 58, 207 303, 306, 310, 315, 316¬
Ática, 297 Bela II, 253 319, 322, 329, 331, 332,
Atos, 149, 155, 158, 167, Bela III de Hungría, 334, 342, 347, 349, 351,
171, 203, 206, 239, 251, 257, 261, 262, 269, 272, 353, 358, 361, 363, 365,
256, 343, 354, 355, 367, 277 367-369, 377.
372 Belén, 264 Bulgarófigo. 141, 185

410
Burckhat'dt, Jacob, 11 Cesaropapismo, 27, 28, Constantino VI, 93, 94,
Bury, J., 35 54 96 , 97 , 99, 108, 111,
Cibirra, 87, 117, 119 126
Ciencias, 33, 57, 170, Constantino VII, 141,
Caballeros de S. Juan, 198, 220, 343 165, 186-188, 192-194,
Orden de los, 340, Cilicia, 200, 201, 229, 197-199, 205
369, 371 237, 244, 245, 246, 262 Constantino Vil!, 201,
Caballeros teutónicos, Cipriano, 151, 152 207, 210, 217
Orden de los, 369 Cipsela, 222 Constantino IX M O N Ó -
Calabria, 89, 179, 185 Cirenaica, 72 maco, 168, 217, 220¬
Calcedonia. 55, 68, 79, Ciriio II, metropolita- 223, 229
189 no, 169 Constantino A Ducas,
Calcídica, 341 Cirilo de Alejandría, 226-229
Caldea, caldeos, 117, 125 140 Constantino XI Paleó-
Califato, califas, 8, 34, Cirilo de Turov, 167 logo, 36, 376-379
63, 69, 71, 73, 81, 87, Cisma, 26-28, 56, 76, 82, Constantino (Cirilo),
99, Ül, 122, 173, 180, 86, 110. 122, 127, 169, apóstol de L O S es-
191, 211 222, 295, 308, 320, 331, lavos, 134-137, 176
Calimán 1, 148, 318 361 Constantino, patr., 92
Calínico, 72 Clasicismo, 33, 34, 58, Constantino Asen, zar,
Calován, zar búlgaro, 59, 194 148, 322
147', 154, 155, 299, 300, Clemente I, papa, 29 Constantino Bodin, zar
301, 303, 314 Clemente III, papa, búlgaro, 146, 156, 157,
156-157 234
Campesinos, campesi- Clemente IV, papa,
nado, 20-23, 50, 51, Constantino de Koste-
54, 69. 75-77, 105, 125, 331 nec, 152, 164
138, 190, 203, 205. 210, Clemente VI, papa, Constantino Manases,
211, 217, 218, 248-230, 353, 360 152
262, 321 Clemente el eslavo, 140 Constantino de Naco-
Clermont-Ferrand, 236 lia, 85
Cantacuceno, 346, 3:>3, Cliara, 266
359 Climata, 123 Constantino Porfirogé-
Capadocia, 95, 120, 123, Clicónica, 314, 316, 318 neta, 131, 133, 181,
228, 243, 317 Codex Justinianus, 49, 195, 198
Capua, 179, 202, 216 50, 182 Constantino de Presbi-
Caria, 240 Colonia, 123, 191 terio, 140
Cariomagno, 96, 97 98 Colonos, 54, 75, 77, 79, Constantinopla, 1, 3, 9¬
101, 102, 107, 110, 113, 103 13, 16, 24, 28, 30, 31,
127, 153. 138, 175, 260 Comneno, dinastía, 217, 35-38, 40^2, 53, 56, 57,
Carlos IV, 136 224, 226, 239, 247, 248, 61, 63 , 68 , 70-72 , 79¬
Carlos VI, 369, 370 250, 253-257, 269, 274, 86, 91, 93 , 94, 98. 100,
Carlos de Anjou, 331¬ 278, 302 105, 107-123, 129-131,
335, 338, 340 Comunidades rurales, 134, 136-142, 149, 152¬
Carlos Tocco de Cetalo- 22, 106, 125 162, 165-171, 174-180,
nia, 373 Concilio, (año 325), 27; 183, 186-197 , 200-209,
Cárpatos, 128 (451), 55; (553). 57; 213-247, 250, 252, 255¬
Carsiano, 120, 123 (680-81), 79; (692). 84; 262, 265-379
Cartago, 67, 68 (754), 86. 114; (787), Constanza, 151
Caslav Vladimirovic, 93, 96, 97: (1245), 317, Constanza de Hohens-
156 320; (1274), 531, 332, taufen, 317
Castamón, 243 376; (1341), 354; (1351), Córdoba, 119
Castilla, 314 355; (1418), 151; (1439), Corfú, 258, 259, 273, 281,
Castoria, 161, 213, 319 376 289, 297, 306, 312
Catalana, compañía, Coni, 228, 267 Corinto, 63 , 257 , 258,
340, 341 Conrado III de Alema- 297, 299, 356, 373, 375
Catalanes, 341-343, 350 nia, 247, 258, 259 Corpus iuris civilis, 43,
Catalina de Valois, 350 Constante II, 72 49, 50, 90
Cataros, 145, 179, 309 Constantino el Grande, Corte, ceremonial cor-
Cáucaso, 70 9, 16, 18, 23, 25, 27. tesano, 12, 15, 18, 47,
Cecaumeno, 31 35-37 , 40, 55 , 84, 168, 99, 182, 252, 253, 356
Cefalonia, 101, 273 , 350 295, 303 Cosmas indicopieustes,
Cefalú, 255 Constantino II, 90 53
Ceilán, 51 Constantino III, 89 Cosroes I, 61, 77
Centralismo, centrali- Constantino IV, 73 , 77, Cramos, 243
zación, 17, 18, 21, 47, 138 Cratero, 119
168 Constantino V, 84, 86, Creta, 119, 121, 130,
Cesárea, 201, 205, 207, 87, 89-94, 97, 99, 108, 173, 185 , 200, 203 , 273,
208, 227, 317 111, 113-115, 125, 126 297 , 309, 337

411
Crimea, 62, 126, 134, 146. 147. 149. 160. 202. 126, 194, 250, 249, 321,
165, 210, 355 206, 212, 214, 221, 227, 337, 342, 347, 349
Crisópolis, 210 233, 242, 245, 248. 261, Economía natural, 275
Cristiandad, cristianis- 272, 276, 540. 356, 369. Eüesa, 192, ¿04, ¿18, 247
mo, cristianización. 377 educación, enseñanza.
10, Í3, i4, 23-26, 35-37, Daphni, 255 124, 221, 251
44 45, 59, 79, la, 131, Dará, 192 Efeso, 41, 174, 251, 237,
l i s 140, 155, 155, 170, Dardanelos, 319 247
175, 222, 254 David Comneno, 302. Egeo, 9, 69, 72, 87, 107
Croacia, croatas, 12, 70, 314 119. 148, 185, 237, 246,
133, 141, 214, 261, 269, Decuriones, 52 312, 332, 340
326 Demetrias, 185 Egina, 297
Cruzadas, cruzados, 5. Demetrio Cidonio, 345 Egipto, 7-9, 59, 51, 55,
10, 70, 144-147, 157, Demetrio Comaliano, 56. 70, 71, 74, 78, 79,
'¿US, 236. 237, 245, 247, _ 312
¿48 258, 260. 264, 266. 90, 119, 126, 238, 243
Demetrio Paicóiogo, 379 264. 284, 285, 28o, 313.
267, 270, 271, 276, 280¬ Demetrio de Salónica, 333, 334
299, 304, 307, 311, 313, 305, 306, 311, 318
516, 320, 530-534, 337, Demótica, Í62, 300, 351, Ejército, 10, 16, 17. 19,
341, 361, 369, 378 353, 361 22, 23, 59, 47, 48, 51,
Cuerno de oro, 58, 40, Derecho, 17, 34, 56, 44¬ 52, 62, 66, 74-76, 93,
184, 235, 255, 265, 278, 46, 49. 50, 57, 66, 74, 95, 97. 98, 100, 103,
281, 290, 294, 329, 378, 75, 90, 97, 137, 154, 106, 109, 111, 115, 125,
379 155, 164, 169-171, 180¬ 181, 184, 192, 210, 213,
Cultura bizantina, 1, 5, 182, 195, 221, 244, 271, 218, 221, 222, 226-229,
7 11 12, 24, 29, 30, 279, 309, 322, 349 233, 237, 239, 240, 242,
35-39.' 51, 57-60, 78-80, 246, 248, 249, 252, 258/
Despotado, déspotas, 262, 267, 273, 278, 292,
122 124, 128, 136, 153, 338, 350, 356, 373 320, 321, 340
170 171, 180, 181, 191, Develtos, 110
194.199, 220, 221, 251¬ Diabasis, 118 Ekloga, 90, 154, 169
257, 278, 279. 343-345 Digenis el acrita, 73, Ekthesis, 78
Cultura búlgara, 139¬ 203 Elena, esposa de Teo-
141, 151-153 Digesto (Pandectae), 50, doro II Lascaris, 315
Cultu.-J griega, 11, 131 182 Ellwangen, 135
Cultura helenística, 10, Diócesis, 7, 47, 49, 178 Emesa, 207, 212
35, 58 Dioclea, 158, 212, 214 Endemusa, 250
Cultura rusa, 165-171_ Diocleciano, 16, 18 Enrique 1" de Flandes,
Cumanos, 147, 235, 258, Dioscórides, 193 283, 296, 299-301, 304¬
267, 275, 300, 316, 321 Dirhem, 89 307, 310, 311, 314
Cuno de Bethune, 284, Dirraquio (üurazzo), Enrique II, 214
292 101, 123, 129, 138, 142, Enrique IV, empera-
Curtea, 171 188. 212-214, 231-238, dor, 233, 243
Cutrigures, 129 273, 297, 305, 306, 310, Enrique I V de Ingla-
318, 323 terra, 370
Dniéper, 128, 165 Enrique VI, 280, 282,
Chaldia, 118 Dniéster, 128 289
Checos, 136 Dobromir Strez, 301, enrique Dándolo. Do-
Chilbuido, strategos, 306 go, 280, 285, 288, 239,
129 Dobrucha, 149 291, 296 , 300-302
Chino, imperio, 1, 28, Domestikos, 112, 184 Epanagoge, 170, 180
51, 53 Dominado, 47, 50 Epiro, 146, 159, 162,
Chipre, 180, 185 , 201, Don, 121 233, 273, 305, 306, 310¬
238, 273, 279, 280, 282, "Donación de Constan- 312, 318, 322, 323, 328,
348, 361 tino", 91 330, 331, 334, 338, 349,
Chrabr, monje, 141 Dorilea, 228, 240, 246, 350, 373
267 Erzerum, 317
Drac (Durazzo), 146, Escandinavia, 107, 165
Dacia, 7 161 Esclavinia, esclavínios,
Dagoberto, rey franco, Drama, 311 67, 90, 103, 131
130 Drave, 261 Escocia, 10, 38
Dalmacia, 101, 129, 130, "Dualismo", 32 Eslavo, asentamiento,
152, 179, 261, 265, 269, Ducas, dinastía, 230, 8, 12, 63, 67
285 272 Eslavos, 11, 12, 28.
Damasco, 51, 195, 207 Duklia (Dioclea), 155 62, 63, 67, 69, 72,
Damicta, 173, 177, 264 76, 79, 90, 91. 99, 117,
Dánico II, 164 128-141, 144, 151, 164,
Danubio, 7, 9, 38, 128¬ Economía, 19. 20, 46, 165, 176/ 181, 219, 315,
130, 133, 134, 133, 142 47, 51, 54, 89, 125, 317, 365

4Í2
Esiovaquia, eslovacos, Exarcado, exarcas, 49, 115, 124. 183, 194, 218,
129. 136 67, 68, 75, 77 220. 225, 225, 229, 252
bsmirna, ¿si, 237, 240, Excubilures, 100, 112,
S20. 321, 338, 348, 353. 116
360. 361, 371 Ezeritas, 131 Gabriel Raüomir, 142
esparta 7. 42. 38. 62. Gálata, 290, 324, 329,
63, 73, 12!, 341 337, 357. 364. 379
Esparta, 373 Fallmerayer, J. P., 131 Galia, 61. 80
Estambul, 255, 256 Fatimitas, fatimíes, 211, Galizia-Volinia. 166
Estauracio. emperador, 212 Gallípolis, 297, 315,
100, 101, 103, 109 Federico i Barbarroia, 341. 342, 358, 560-365
Estauracio, general, 97¬ 1D7, 247, 259, 260. 264, Gangra, 243
99 265. 268, 276, 280, 282 Gargano. 256
Esteban I el Santo, Federico I I , 313, 317 Gas in idas o gasanies,
213 Felipe Augusto II de 62
Esteban 11 de Hungría, Francia. 282 Gazis, 229, 3 3 2 , 340, 343,
243, 261 Felipe de Namur, 311 365
Esteban III, rey de Felipe de Suabia, 280, Gengis Jan, 370
Hungría, 261 286-2,59 Genikos Lugolhetes,
Esteban I I , papa, 91, Felipe de Tárenlo, .338 99. 104. 109
261 Feudalismo, 34 Genova, genoveses 10.
Esteban III, papa, 93 Filadclfia, 252, 272, 274, 250, ¿65; 268, 270, 272,
Esteban I, patr., 182 302. 359, 341, 368 274. 288, 296, 324, 325,
Esteban. Drungarios, Filipópolis, 143, 239, 3¿8, 529, 336-338, 342,
134 258, 27o, 277. 301, 361, 348, 357. 362, 364, 369,
Esteban Dusan, 160-64, 365-367 372, 379
349-359, 363 Filocrene, 348 Georgia, georgianos,
Esteban La/arcvié. 152, Filosofía, 35, 58, 181, 227. 274, 371
162-164, 367-369, 376 194. 221, 254 Gépidos, 48, 129, 130
tsteban Nemania, 158, Fioravanti. 169 Germán I, patr., 85,
159, 163, 262, 272, 276, Flandes. flamencos, 86, 92, 113
277 268. 291 Germán II, patr., 313,
Esteban Prvocencani, Florencia, 168, 370, 376, 319. 332
163 378 Germana, migración, 8
Esteban Kadosiao, 159 Finta, 18, 71, 72, 85, Germanicla, 83, 87, 94,
Esteban Uros I, 159 118, 119, 121, 165, 173, 193
Esteban Uros II Milu- 176. 179, 184. 185, 201, Germánico, Sacro Im-
tin, 160, 339 243. 246, 258, 266, 269,
Esteban UroS III De- perio, 202
273, 276, 290, 294, 325, Germanos, 10, 12, 38,
canski, 160, 162, 163. 357
347 Focas, emperador, 68, 39, 45, 61, 128
Esteban UroS V, 162 1.30 Geza I, 243
Esteban Vojislav, 156 Focea. 338. 348 Geza II, 259, 260
Estrimón, 103, 274, 278 Focio, patr.. 133. 134, Gibbon, H. A., 4, 5, 35
Estrúmica, 161, 241 137, 139, 165, 170. 175. Gibraltar, 60
Estuditas, 108, 110, 111, 178, 180, 181. 186. 197 Godofredo ue Bouition.
114, 116, 174 Foederati, 48, 112, 117 236
Etiopía, 51, 58 Francés, imperio, fran- Godofredo 1 de Ville-
Etolia, 318 ceses, 73.- 145, 268. hardouin, 299, 300,
Eubea (Negroponto), 280, 294, 297, 299, 300, 306
266, 297, 306 303, 306, 309, 310, 313¬ Godofredo II de Ville-
Eudocia, emperatriz, 316, 320, 321, 332, 369, hardouin, 316
esposa de Constan- 370, 373 Godos, 48, 129
tino X, 228, 229 Franco, imperio, tran- Gorazd, 140
Eudocia, esposa de cos, 81, 91, 93, 103, Gracánica, 163
León VI, 186 110, 113, 119, 120, 121, Grecia, griegos, 7, 12,
Eufrates, 9, 10, 60, 62, 127, 130, 131, 133, 134, 30, 55, 72, 76, 77, 85,
177, 180, 193, 237 135, 138, 228, 282, 291, 94, 95. 101, 131, 166,
Eugenio III, papa, 247. 299 19!, 228, 243, 297, 330,
259 Frangocorio, 261 538, 351. 373, 378
Eugenio IV, papa, 376, Frescos, 59, 153, 256, Gregorio i i , papa, 85,
377 279, 345 86
Eusebio de Cesárea, Frigia, 111, 140, 142. Gregorio VII, papa,
15, 25 275 156, 230, 233
Eustaquio, metropoli- Fulco de Neuilly, 283 Gregorio IX, papa,
tano, 279 Funcionarios, funcio- 316, 319, 320
Eutimio, patr., 149, nariado, 22, 30, 31, Gregorio X, papa, 331,
151, 186, 187 42 , 47 , 49 . 86, 99, 105, 332

413
Gregorio el Decapoli- Hexamilión, muralla, Iglesia de la Roca de
ta, San, 126 373, 375, 377 Jerusalén, 59
Gregorio de Nisa, 32 Hikanati, 100 Iglesia de Santa Ire-
Gregorio de Nun, obis- Hilario, metropolitano, ne de Constantino-
po, 156 167 pla, 89, 126
Gregorio de Otranto, Hipódromo, 40, 42, 99, Iglesia de Sta. Sofía
179 109, 200, 204, 217, 274 de Salónica, 126
Gregorio Palamas, 354 Hisam, califa, 87 Iglesia del Santo Se-
Gregorio de Sinaí, 151 Homero, 279 pulcro de Jerusalén,
Gremios, 20, 52, 183, Honorio, III, papa, 311 60
190, 249 Horda de oro, 333, 334, Iglesia de los Santos
Griego, fuego, 72, 83, 371 Apóstoles de Cons-
110, 118, 184, 290 Horos, 92, 114 tantinopla, 96, 111,
Gualterio de Brienne, Hugo de St. Paul, 283, 280
341 292 Iglesia de los Santos
Güelfos, 268 Hugo de Vermandois, Sergio y Baco en
Guerras civiles, 26, 68, 236 Constantinopla, 60
80, 117, 210, 326, 344, Hutniliores, 51 Iglesia del Panlocrátor
346, 351, 352, 353, 354, Hungría, húngaros, 12, en Constantinopla,
357, 359 141, 148, 157-159, 192, 295
Guido de Pallavicini, 225, 227, 243, 260, 261,
311 iglesias, unión de las,
Guillermo I, rey nor- 267, 272, 274, 277, 285, 264, 287, 288, 307,
mando, 260 311, 317, 334, 361, 368, 309, 319, 360, 375,
369, 370, 375, 377 376, 378
Guillermo IV de Mon-
ferrato, 305 , 311 Hunos, 48, 63, 129 Ignacio, patr., 139, 174,
Guillermo de Champlit- Hyperpyron, 322 , 342, 175, 178
te, 299 356 I g o r (Príncipe de
Guillermo II de Sicilia, Kiev), 165
265 Iliria, 86, 129
Guillermo de Villehar- Iberos, Iberia, 117, 191, Ilustración, 13
douin, 323, 328, 330, 224, 227 Imágenes, culto a las,
331, 338 Ibn Jaldún, 9, 11 82, 84-86, 116, 122, 127,
Iconio, 231, 243 , 246, 173, 174
266, 267, 273, 304, 314, Imágenes, guerra de
Hacienda, finanzas, 8, 317, 32! las, 30
10, 18, 19, 47, 48, 50, Iconoclastas, luchas, Imbros, 225
65, 70, 74, 76, 89, 99, 25, 28, 59, 79, 81, 125, Imperio, emperador, 8¬
104, 105, 127, 173 , 211, 131, 133, 134, 170, 175, 17, 21, 23, 27, 28, 39¬
216, 226, 241, 246, 248, 233 41, 45, 46, 54, 55, 98,
275, 293, 336 iconoclastia, iconoclas- 131, 171, ¡72, 182, 183,
Hakim, califa, 212 tas, 82-87, 91-98, 108, 214, 232, 246, 267, 271,
Halberstad, 285 , 287, 111-115, 117, 119, 121, 293
295 122, 124, 126, 127, 173, Impuestos, 17, 19, 31,
Hamdaníes, 191, 192 194 47, 51-53, 82, 91, 98¬
Harán, 193, 238 Iconodulia, ieonódu- 107, 118, 122, 123, 125,
Harün al-Rasid, 99-103 los, 82, 84-86, 92-99, 174, 190, 195, 204, 207,
Hatín, 276, 282 108-115, 121, !25, 126 213, 218. 226, 246, 248,
{{¿gira, 71 Iconos, 59, 85, 92, 95, 271, 275, 309, 330, 333,
Hélade, thema de, 77 152, 153, 163, 233, 256, 340, 342, 346, 347, 357
Helenismo, heleniza- 345 India, 51, 73, 370
ción, 29, 30, 34, 35, Iglesia, clero, II, 1?, Indico, océano, 53
55, 79, 80, 131, 145, 24-28, 37, 41, 44, 51¬ industria v Comercio,
373, 374 59, 82, 84, 86, 87, 93, 8, 10, 19', 20, 39, 41,
"Helenos", 28 96-98, 104, 106, 107, 51-53, 69, 105, 107, ¡13,
Helesponto, 85, 118, 109, 110, 112. 115, 122, 125, 126, 184, 190, 191,
340, 341, 358, 361, 369 127, 133, 136, 137, 140, 195. 230, 234. 236. 249,
Helladikoi, 85, 94 155. 158, 159, 164, 167, 258, 265, 288, 321, 322,
HeUencs, 80 171, 176, 178, 19!, 204, 325, 326, 329, 337, 357
Heraclea, 297, 314 205, 211, 222, 223, 225, Inglaterra, 268, 369, 370
Heráclida, dinastía, I2r> 226, 233, 240, 245, 250, Inocencio III, papa,
Heraclio, 16, 34, 37, 68, 287, 293, 308, 309, 312, 147, 280-289, 295, 307¬
70, 77, 78, 80, 89, 130, 336, 376 310
155, 217 iglesia de Blaquernas, Inocencio iV, papa,
Hérulos, 48 124 . 317, 320
Hesicasmo, hesicastas, Iglesia de la Resurrec- Inocencio , VI, papa,
149, 151, 155, 164, 170, ción de Jerusalén, 360
344 , 354 , 355 , 359 212 Instituciones, 50

414
Investiduras, lucha de Jorge Paquimero, 344 Kalenic, 171
las, 236 Jorge Pisidio, 78 Kaijosru 1, sultán, 304
Irene, emperatriz, 93¬ Jorge leofiiópolos, 307 Kaijosru li, sultán, 317
106, 115, 126, 131 Jorge Terter, 148 Kapnikon, 104, 118
Irene Ducas, empera- José, patriarca, 332, Karasi. 340
triz, 241, 244 336 Katzenelienbogen, con-
Trene de Monferrato, Juan I Zimisces, 142, de de, z&.i
emperatriz, 346 143, 165, 193, 201, 205¬ Keos. M¿. juy
Isaac I, Comneno, 224¬ 208, 211. 212 Kertch, 236
227, 232, 275, 277, 278 Juan II Comneno, 241¬ Kiev, 127, 14^, lal, 165¬
Isaac II Ángel, ¡47, 273, 248, 252. 255 168, 176. ZOl, 255, 317
274, 276, 280, 281, 286, Juan III Ducas Vata- JMÜds-Arsian, sultán,
289, 291, 292, 297, 305 ces, 159, 315-322 266, 268, 272, 279
Isauria, 245 Juan IV Lascaris, 323, Kilisse Djamie, 345
Isidoro, patriarca, 355 326, 328, 329 Kocel, 135
Isidoro de Kiev, 376, Juan V Paleólogo, 328, Kosovo, 159, 367, 378
378 345. 351, 354-368, 376 Kotor (Cataro), 155
tsidoro de Muelo, ar- Juan Vi, Cantacuceno, Krum, jan búlgaro,
quitecto, 57 161, 162, 345-364 100, 103, 110, 112, 138
Isidoro de Pelusio, 140 Juan VII Paleólogo,
Islam, 10, 11, 68, 71-73, 365-372, 378 _ Ladislao III, 377
80. 81, 87, 145, 207, Juan VIH paleólogo, Laodicea, 183, 258, 242
248. 254 373-376 Larisa, 214. 306
Ismael de Bari, 214 Juan VIII. papa, 135, Lascaris. 305, 321, 326,
Isócrates, 195 136, 156, 179 330, 559, 345
Isperich. Jan, 138 Juan XXII, papa, 348 Latifundios, propieda-
Estría, 101, 110 Juan Ángel, 355 des ruraies, 16, 20-23,
Italia, italianos, 9, 12, Juan Becco. 332, 336 54, 76, 77, 104, 189,
62, 63, 67, 72, 82, 85, Juan de Brienne, 313, 190, 210, 252, 321, 357.
86, 89, 91, 93. 96, 122, 315, 316, 319, 324 342, 346
127. 145, 169, 173, 177, Latino, imperio, de
179, 185, 193. 214, 216. Juan Caiecas, patr.,
351-355 Constantinopla, 158,
221, 226, 230. 233, 234, 285, 293, 296, 301, 306¬
257, 259. 260. 264, 266, Juan Camatero, patr.,
302, 303 310; 313, 319, 320, 323,
268, 272, 273. 282. 286. 328, 350, 379
287. 288, 291, 311, 313, Juan de Capadocia, 43,
48 Latinos, iib. ¡ 3 8 . 223,
326, 330, 338, 347. 348, 247-250, 270, 282, 283,
350, 357, 362, 365, 370, Juan Clímaco, 151, 289-320, 324-329, 335,
376, 379 164 360, 378
Iván III, 168, 169 luán Crisóstomo, 140, Lázaro, Príncipe, 161,
Iván IV Grozni, 169 141. 151 ¡6¿, 164, 367
Iván Alejandro, 148, Juan Curcuas, 191 Lazislán. 62
154, 155, 349, 351 Juan Damasceno 78, Lecky, William, 4
Iván 1 Asen, 147, 154, 92. 141 Legados, 86, 178, 186,
275-278 Juan de Efeso. hist.. 285, 307-311. 319
Iván II Asen, 148, 154, 130 Lejano Oliente, 107
155, 313-318 Juan el Exarca, 14! Lernnos, 19l
Iván III Asen, 148 Juan el Gramático, pa- León í . 16
Iván Sracimir, 149 triarca, 113, 122, 124, León i i l , 34 , 80, 83¬
134, 172-173 91. 9S, 108, 113. 125.
Juan Ladislao, 146 126
Jablónica (Esiovaquia), Juan Lido, 49 León IV, 93. 94, 99
129 Juan Orfanotropo, 218, León V, 112-119. 122.
Jacobitas. 270 219 124, 126
Janina, 161, 352 Juan Orsini, 350 León VI, 181-187, 193,
Jaroslao el Sabio, 166 Juan de Salónica 316¬ 198, 199
Jazan; janat). rizaros 318 León III, papa, 98. 110
107. 121. 134, 176 Juan Sisman, 148 567, León IX. papa. 223
Jenízaros, 377, 379 m León el Filósofo. 250
lerusalcn, 159 , 237 , 264, Justiniano I. 27. 28. 33. León Focas, 188, 204.
271, 284, 295, 313. 353 37-68, 73. 77-79, 84, 205
Jónicas, islas, 101, 125, 90. 1¡9. 129, 170. 172 León el Gramático, 134
297, 373 Justiniano II. 73 77, León el Matemático,
Jorasán, 73 80, 83. 126. 129. 138 124
Jorge e l Acropolita, lusliniano. Dogo, 113, León de frípoii. Í85.
307. 319, 322, 332, 343 118 186, 191
Jorge Brankovic. 163, Justino I, 38, 39, 44 Leopoldo V de Aus-
376-378 Justino II, 66 tria. 270

415
i.es Dos, ¿ U 5 , /tío, 315, Mamistra, 2.18, 244 Miguel I , 1 0 5 . uw-lli.
3 4 8 . J.SY, .líiU, 5 6 9 Mámun. calila. lie. 112. 114, 174
Líbano, 207 120 Miguel ¡ ue Lpiro, 505.
i.ibuniia, LUÍ, LIO ¡vianlreuo 11 de Sicilia. 1U11, .311). .312
Lícaonia, MI 325. 328. 531 Miguel 11 de Amonio,
Liceo, 344 Maniqueísmo, 24D 112. f 16-125. 131
Lidia, 340 Manuel i Comneno, .viiguel ll de Epiro,
ÍÁmiltttwi, 4 8 . 7 5 . 7 D 157, 245-270. 289 318. 319. 322, 328
Literal ura, ti, i.i, 57. Manuel il Paleólogo, Miguel III. 124. ¡34,
5o. 7o, 1 5 1 . | 5 ¿ , 155. 35-'-374 172, 175. |7(i, 177. 178.
164. 166, | 9 4 , ¿ S I , 254, .viamiei Cantacuceno, 180. ¡"5
343 .15(1, 359 Miguel l\ , 217-219, 222
I .¡inania. 151 Manuel de Salónica, Miguel V. 219
Liturgia, |2, ¡3, 24, 27, 316 Miguel VI, 223, 224
135, 136, 157, ¡ 5 5 . 157, Manuel ue lenas, 309 Miguel VII 229-231
170 Manzicerta, 22S, 229, Miguel VI11, Paleólogo,
Lugotela, gran ¡agóte- 267 ;
¡ '>. 323-338. 343
la, 74, 75, 160, 182, ,v¡ai I'u- Mármara, i92, Miguel IX. 338, 540,
552, 5 4 1 , 5 4 4 , 347 2 O 5 , u¿, 290, 297, 300¬ 341. 346
L O I M I A I lius. 9i, ¿8u 305 Miguel Asen, zar, 148,
Longonaiuos, 4 5 . 63, 6 7 Alar i\cgro, 7, y , 107, 318, 327
i.opaiiiu. 2 4 U . ¿ 4 _ ' , 243. i2l. I¿¡. 125. |26, 12v. Miguci Auloriáno, Pa-
272 ¡47-n9. i.s.I, ¡74. 177, inarca. 30.1
Lovec. U7 5Í4. 5 ¿ 5 , 529. 542, 561, ivitguej Celulario, 222¬
Luis 11, emperador, 372 377. 380 225, .319
177. 179 Mar Rojo, 53 Miguel Coniates. 278,
LUÍS \, 11 de i-rancia. Alaria de courtenav. 279. 303. 309. .310
247, ¿59. 268 Miguci 1 .acanodraco,
L U Í S I A el sanio. 324, Malino /.eiio. 301 92, 97
331 ivíaril/.a. 129, 162, 209, Miguel Psellos, 144,
LUÍS (¡c 15IOÍS, ¿IS.L, 2V2. '77. 299, 501, 5¡4. 3¡8, 220, 224 2.10
300 361, 365 165 Aliguel Sisman, 149,
Luis e¡ Grande de Hun- Maionllas, 270 ¡611
gría. 561 Martín IV. papa. 334
Luis ci Germánico. 155, Miguel Visevic, 156
iviarlín de P.ihis, 285, Miguel Vojislav, 156
139 29-r
Luis I-¡ ¡'¡adoso M.mío- Milán, 375
Marliiópoüs, 192 Mili-seva. 163
vico Pío), i b , 115. Ma tco Ca ntacuceno. Vlileto, 251, .103
US. IJO. 165
i.von. Lis, 5 1 7 . . 1 2 1 1 . 5 3 1 ¬
Mas'ud. sultán. 26o Miliuresstim, 69
355. 356. 358. 359 Milita!, t'iencia, 30
4.35, 5MI, ,37.-,, 57(I
Mauricio. emperador, Miniaturas, ¡iustr.icio-
66-68. 75. 77 ii.-s, s9 152. ¡61.
Máximo 1-1 1 onicsoí, 78 mi. 197. 198. 256
Macario, met < opolila- Aíuxtmo ei Griego 169 Mirion I.un. 267. 268
no, 16'' Máximo Planudo, 344
Maceooliia, 7. h7. 79, Mistra, .«.«. 545. 559,
Meandro. 226, 268. 502, <73, 374
9il, 99, lis, I'37. (38. 301. 3.11. .3.3'). 140
1+1, 1 4 ( 1 . 147. 1(7. IM). viohamed 1, Solían.
. \ i i - I A . 7¡ 372. .171, .174
161, I7d 202 2¡: 711 ,

241. 242, 297. 3(i(i. 318. VL.-I'!!'.rr.iiiii: 10 !5 Mollamed II Solían.


322. 121. 128 .132, 18. 39 378. 379
).!7, 5.I8, 3-12, Út 150, Melinguos. 131 Moiniii- I. 13.3. 134
152. 351. 3(1.3. li.s Meütcnc, 67. 12ñ. 174, Mimaste: I O S . 21, 24. 41,
Macedi mii .1 dinastía, 177. |80. 191, 222 227. l
Li, 98 100, I114. 106,
25, ¡14, 171', ¡SI, IS4. 243. 244 lili, 1(4, 121. ¡64,
217. 223 Alenlese, 541). 548 167. 21M. 21 i. 241,
Magiares. 136, 147. .'43. Merovingios, ni 248. 251, 2 5 5 . 255,
2*2 Mesábanos ( l.ullquia- :5o. 275. 342
Uauiv/rm, 182 uosl. I 4 I , ¡44 Monasterio de F.niaús
Maulen.1 142, 21') Mesemlii ia (,\ejebai !, de Praga, ¡36
Maullan! . 1 . 134. 140 110. ¡12 I4d, 155 .vionastei i<> de Estudio,
¡80. (94. U>5 Mesina. 221 *» luí. ¡14. t¡6. 219.
Magnesia 34(1 tViesopotaniia. "1. 207. 226
Manolita, 71 227 Moli.islel ¡o liu P.intó-
Mallksah. solían. 340 Mciouio. I , I ¡74. ¡54 italuí en Ci.inslantí-
Malta, 17'i l.4i 1 llopia. 244. 255
Mamelucos, 3.13., .1.14. Mezquita de Damasco. Monasterio üe Rila.
337 Gran. 59 143. 155

416
Monasterio del Sinaí. Ncmániaas. 160, 162. 234,240, 24», z5.5, 2 J V .
59 262 260, 275, 274. 275, 280
Monasterio cié /.olragu. Neocesárea, 227, 243 Navelae, 50, 189
155 Nerelva, 155 Novgorod, 145 166. 255
Moneda. 17, ¡y, a i , 39, Nerezi, 255
53, 69, Ui. U6, 204. Nestorianismo. Nesto-
275, 32i, 335 • rianos, 5.5, 57 Obispos, episcopado,
Monembasia, ¿58, 330, Nicea, ü, 96, 148, 208, 24. 27, 26. 84. 92, 93,
352 231, 235, 237, 240, 269, 96, ¡14, 124, ¡66, 178,
Mongoles, ¿», Si6, 317, 272, 302-553, 340, 345, 24Ü, 250, 287, 292
318, 321, 332. 343. 370, 348 Ocrida, 140, 142, 143,
371, 380 Nicéforo i, 95. 97, 99¬ 146, 155. 156, 159, 161,
Monjes, Monacato, 24, 110, ¡25, 138 2l9, JlO, 512, 565
32, 86, 93, 108, 110, Nicéforo 1 de Epiro, Odrin (Adrianópolis),
114, 115, 155, 159, 164, 323 147
167-171. 174, 203, 204. Nicefóforo ti t-ocas, Oieg ( P r í n c i p e cíe
211, 250, 251, 231, 354 16, 142, 165, 179, 185, Kiev), 165, 186
Monofisita, Cisma, 28, 193. 200-211 Oiga ( P r i n c e s a de
30, 39, 55 Nicéforo ¡ii, Botania- Kiev). 168, 194
Monofisitas. ivíonof¡sis- tes. 231. 232 Omcyas, 81, «7, 121
mo, 42, 43, 4 6 , 56, 66, Nicéforo, Patriarca. 92, Omurtag, Jan Búlgaro,
69, 71, 72, 78, 79, 82, 109, 112, 113. 116 113. 139
254 Nicéforo Biemidés, 322 Opsicio, 77. 69, 95, 109,
Monotelismo, 78 Nicéforo Brienio, 230, 117
Monreale, 255 231, 241 Opl imates, Thema de
Moruva, 212, 276 Nicéforo G r é g o r a s , los, 122
Moravia, Gran Mora- Histor, 344, 355 Orígenes, 29
via, Moravos, 129, Nicetas Bizancio, 173 Orján, sultán, 348, 351,
Nicetas Coniates, His- 555, 5 5 4 , 356, 358, 361
133-136, 139, 140, 152,
176 tor, 249, 278, 279, Orontes, 207, 211
Morea, 306. 313. 316, 287, 295 Ortodoxia, 12, 29, 34,
39, 45, 56, 57, 69, 78,
330, 334. 338, 345, 351, Nicolás i. Papa, 153, 84, 164, 166. 170, 175,
356, 359, 365, 368, 373, 135. 139. 175
Nicolás ¡II, Papa, 334 205, 310. 314, 335, 336
375-379 Orvieto, 3.34
Mosaicos, -t2, 59, 60, Nicolás III, el Gramá- Osmán. G:i:j. 340, 343,
¡97, 255, 256, 345 !ico, patriarca, 240
348
Moscú. 13, 16S, 169, 171, Nicolás L- Mis >r.:; pa- Osmanlí, imperio, Os-
356, 369 triarca. 141. 1S4. 186-
1S9 manlíes. 540, 347, 553,
Mosinópolis, 273 358, 360 161, 365. 567,
Mosul, 191 Nicomedia, 174, 242, 369. 371, 372, 374, 378,
Mu h aw i y a (M u 'á w iy a) 269, 302, 315, 3 4 0 , 348 S79
I. calila, 72 Nicopolis, 367, 369
Ostrogodos, 6¡. 62, 63
Murad í, sultán, 162, Nika, Revuelta de, 45, Otón I el Grande. ¡93.
361-367 46 202 206
Murad II, sultán, 374¬ Ninfea, 304, 314, 319, Otón ¡I, 165. 206
378 324, .328, 329 Utón n i , 214
Musulmanes, 85, 173, Nis, 145. 157, 159. 272, Ote; de Brunswick,
174, 177, 178, 184, 185, 367 285
193, 283, 292, 304 Nísibe, 192 Otones, 193, 206. 214
Mutasim. calila, 120. Nitra, 133 Otianto, 23S
173 Nobleza, Aristocracia, Ovidio, 344
Mutimir, 156 17, 21-23, 39 42, 51,
Muza (Musa), sultán, 54. 66. 80, 148, 161.
372 184, 190. 192, 20.\ 210, Pablo, patriarca, 93,
211, 217, 2i9, 224, 252, 94, 96
253, 272, 322, 323, 326, Pablo de Ancona, 135
Naissus (Nis), 129 346, 352 Pablo el Silenciario, 57
N'amtir, 524 Nogaj, Cark. 148 l'adua, 370
Ñapóles, 179, 558 Numisma (Solidus), 89, Paflagoniü. 123. 243,
Narbona, 73 241 2o7; 269. 302
Narsés, 62 Nomismata. 100, 101. P.uacio imperial, Gran
Naupiia. 299, 300 ¡05, ¡06, 251 Palacio. 4 0 . 115, 124,
N a v a r r a, compañía, Nümnkttnon. l.v, 154, 21'). 252, 292
373 159. lt.4. 169 Palác 10 de Biaquerna,
Na/aret, 207 .Vtíuíos CtL'OTgikos, 77 IOS. 301
Negroponte (Eubea), Normandos. 145, 147, Palacio cié Mangana,
337, 348 156, 165, 228, 231, 233, 241

41,
Paleólogos, 7. 34. 321, Persia, Persas, 48, 71. Quersoneso, 206
326, 329, J46. 353, 338, 107. 227. 332 Guío, 197, 208, 266, 315,
359 Pérsico, Golfo. 53 338, 348, 357, 569
Palermo, 255, 334 Petra, 62, 2i9
Palestina, 74, 139, 207 Petralifas. 311
245. 247, 276. 280, 286, Petronas. S/r ut e g o s, Ragusa, 179
316, 337 172, 177 Raimundo de louiouse,
Palmira, 62 Phollis, 89 236, 237, 246
Panlilia, 242 Phoroi PolitiKoi, 98, Rainiero de iviontferra-
Papas, papado, 86, 91, 104, 107 to, 269, 271, 289
110, 111, 122, 127, 133, Pindaro, 279 rtascia (RasKa), 157,
282, 307, 351, 352, 370 Pintura, 59, 124, 153, 159, 163, 212, 214, 234,
París, 115, 310, 370 167, 256 242
Partidos circenses, 42, Pipino, 91, 101, 102, 110 Ratislao, 134, 135. 139
45, 51, 66, 174, 183 Piratas, 107, 113, 278, Rávcna, 58. 59. 67, 91.
Pascual I, Papa, 116, 347, 348, 351 101, 202
118 Pisa, Písanos, 250 , 265, Ravénica, 306
Passau, 134 268, 270, 272, 274, 288 Recuperatio Imperii. 6 2
Patarinos, 145 Platamonia, 3)1 Redesto, 222
Pallena, 152 Platón, 58, 240, 254 Relormas, 33, 34, 36,
Palmos, 239. 241 Platón de Sacudió, 96 37, 46, 49, 62, 74, 75,
Pairas, 101, 13!, 297, Plinio el Viejo, 20 82 , 90, 100, 103, 104,
305 Plisca, I0J, 138-140, 177, 122, 125, 127
patriarcado, Patriarcas, 212 Renacimiento, 12. 13,
16, 17, 24, 27, 28, 40, Plolino, 58 169, 254
41, 55, 71, 78. 79, 85, Plovdiv, 146 Renacimiento Macedó-
86, 91, 92, 96, 110 111, Podestá, 301, 302 nico, 172, 191, 194,
114, 122, 133, 136, 148, Poesía, 58, 253 197, 206, 256
149, 154, 166, 169, 171, Polibio, 57 Renovalio Imperii, 39,
175, 178, 250, 307-319, Políticos, 109, 115 40, 44. 45. 65, 79
343, 353, 358, 361, 362 Polonia, 151 Kevolución industrial,
Polosz, 255 13
Patricios, Patriciado, Ponlifcx Maximus, 27 Rlunnaios, 80
103, 181, 192, 207. 210, Ponto, 243 Ricardo C o r a z ó n de
212 Potentes, 51 León, 282
Paulicianismo, Pauli- Preslavia, 140, 142, 143, Rindaco, 304
cianos, 122, 143, 174, 152, 154, 206, 212 Roberto de Clarí, 283,
180 Prespa, 142, 297 284, 286
Pavía, 370 Pribina, 133, 135 Roberto de Courtenay,
Pechenegos, 141, 146, Prilepo, 161, 213. 310, 311, 313, 315
221. 225, 227, 228. 232, 319, 365 Roberto de F I a n des,
233. 235, 242 Pripet, 128 236
Pedro el Grande, 170 Prisco, General, 130 Roberto Guis c a r d o ,
Pedro, zar búlgaro, 141¬ Prizren, 159, 230 227, 230, 233, 234
144. 189, 191 Proclo, 58 Roberto de Normandía,
Pedro III de Antio- Procopia. 109, 112 236
quía. patiiarca, 223 Procopio de Cesárea, Rodas, 303, 340, 348
Pedro I I I de Aragón, historiador, 33, 43, Rogcr Tí, rev norman-
334, 335 44, 57, 58, 130 do, 257, 258, 259
Pedro de Argos, 188 Procheiron, 154, 169, Roger de Flor, 340,
Pedro de Capua, 233, 180 341
285 Pronoia, 23, 145. 160, Roma, 8, 10, 12, 13, 58,
Pedro de Courtenay, 248, 249, 337 342 67, 86, 96. 111, 118,
311 Protospalfiarioi, 156, 122, 127, 128. 134-139,
Pedro Delvan, 146 182 147, 148, 156. 176-179,
Pedro ei Ermitaño, 236 Provenía, 58, 268 222, 223, 225, 240, 259,
Pedro de Lusiñán. 361 Provincias orientales, 268, 285, 286, 295, 299,
Pedro Plalris. 13ó 53, 62. 66, 69, 77 307, 313. 319, 320, 331,
Pcdru Ziaui, 302 Próximo Oriente, 69, 332, 345, 362, 370
Pelagonia, 159, 323, 81, 317 Romanía, 297, 301, 302,
324, 328-320 Prusa, 203, 272 307, 309, 312, 315, 323
Pelecano. 237, 348 Prut, ¡29 Rumano I Lecapeno,
Pcloponeso (Morea), 7, Pskow. 255 141, 181. 188. 189, 190,
99, 174. 177. 188. 191, Ptolcmeo, 254 191, 192, 210, 211
212. 258, 275, 296, 297. Rumano II, 153-198. 200.
374 202, 207
Pera. 329 Quadrivium, 221 Romano 111 Argiro,
Pérgamo, 266, 304 Querson, 107, 121, 123 217-219
Romano I V Diógenes, 20o, 208, 211, zT9, 223, Sínodos, 27 , 28, 54, 115,
228-230, 267 224 , 245 , 250 , 255 , 269, 116, 117, 135, 156, 170.
Romano, poeta, 58 279, 292-294, 296, 302, 225, 236
Romano, Imperio (¡m- 308, 329, 332, 336, 378, Sinope, 302, 314
perium romanum), 3, 379. Siracusa, 177, 221
4, 7, 10, 23, 28, 36-38, Santos, devoción de Siret, 129
45, 72 los, 24 Sirgiano Paleólogo, 346,
Romano Sacro Impe- Sarcel, 121 347, 349
rio, 93 Sardes, 237 Siria, sirios. 7, 8, 9, 11,
Romano Cristiano, Im- Sardica (Sofía), 103, 39, 51, 55, 70, 71, 72,
perio, 15, 16, 39. 45, 138. 139. 146 74, 80, 83, 85, 90, 120,
46 Sármatas, 129 185, 193, 204, 207, 21i,
Romano occici e n t a 1, Sarracenos, 179 , 201, 212, 228, 246, 264, 371
Imperio, 38, 111 202. 292, 295 Siria, Dinastía, 84, 87,
Romano oriental, Im- Saruján, 340, 360 93, 94
perio, 5, 29, 39, 128, Sasánidas, 8, 53, 61¬ Sirmio (Sremska Mi-
153 63, 68, 70, 71 trovica), 130, 214
Rotruda, hija de Car- Sava, 154, 158, 159, 164, Sivas, 371
lomagno, 96, 97 169 Skopic, 146, 159, 161,
Rovine, 369 Save, 129, 131, 138, 160, 212, 338, 367
Rumania, 171, 345 243, 261 Smederevo, 377
Rumeli Hissar, 378 Sázava, 136 Sofía, 142, 147, 149, 152,
Rumelia, 372 Scholac, 100, 184 !57, 243, 255, 262, 272,
Rusia, rusos, 11, 12, 13, Sebastc, 227, 26b, 317 277, 367, 372
58. 107. 148, 151, 165¬ Segismundo de Hun- Solimán (Sulay-man),
167. J70, 186, 192, 194, gría. 368, 369 califa. 83
206, 207, 210, 236, 267, Seleucia, 120, 123 Solimán I (Sulav-mán),
¿01, 333, 334, 345, 370, Selimbria, 300 sultán. 231, 235
376
"Rusia de Kiev". 166 Selyúcidas. 224, 228, Solimán II, sultán, 358,
230-233, 238, 242, 246, 360, 361
248, 250, 257, 266-269, Solimán, hijo de Ba-
273, 275, 279, 299, 321, yaceto, 372
Sahara, 10, 38 322, 333 Sopokani, 163
Saladino (Salan al-Din),
sultán, 270, 273, 276, Senado, senadores, 16, Split (Spalato), 156
282 17, 109-113, 182, 201, Staufen, 260, 264, 265,
Salamina, 297 223, 226 268, 270, 273, 276, 280,
Salomón, so b e r a n o Sergio I, patriarca, 78, 282, 288
húngaro, 243 130 Stoa. 344
Salónica, 41, 59, 63, 67, Sergio II, patriarca, Strategoi, 80, 83, 89,
77. 90, 101, 123, 130, 211 ¡00. 146, 184, 212
131, 134, 146, 147, 148, Servia (antigüe Dacia), Slraliotai (estratiotas),
159, 161, 185. 188, 195. 7. 144, 151-164, 171, 48, 75, 76, 193, 202,
209, 211, 214, 219, 222. 235, 242, 262, 511, 314, 203, 205, 210, 229
239, 250, 258, 259, 273, 323, 329, 334, 338, 339, Svatopluk, 135, 137
274, 279, 297, 299. 300, 345, 347, 349, 350, 351, Sviatoslav, 142, 202, 206
305. 306-318. 321, 323, 358-361, 365, 376, 380 Symagma, 154, 164, 169
328, 337, 339, 341, 344¬ Servios. 12, 70, 133, 141, Szegedin, 377
347, 349, 350, 352-354, 148, 149, 151, 155, 156,
356, 358, 365, 366, 372, 159, 166, 179, 242, 267,
373, 375 272, 276, 326, 344, 347, Tagmala, 75, 96, 100
Sa'zburgo, 134 351. 353, 356, 367, 374 112. 116. 184
Samarcanda, 370 Senes, 161, 273, 278, Talgeto, 131
Samo, 130, 133 311, 353, 365, 368 Tamerlán (Tiraur
Samos, 303, 315 Sicilia, sicilianos, 11, Lenk), 370, 371
Samosata, 120, 177, 180, 58, 77, 86, 89, 119, 121, Tancredo, prí n c i p e,
193 177, 185, 193, 201, 216, 237, 238, 280
Samuel i, zar búlgaro, 221, 257, 258, 273, 274, Taormina, 177, 185
142. 146, 153, 156, 209, 280, 282, 324, 334, 335, Tarasio. patriarca 96,
211-214, 219, 230 340 97. 99, 108
San Agustín, 344 Sidón, 207 ^Tardorromano, Impe-
San Marcos de Vene- Simeón, zar búlgaro, rio, 10, 33, 36, 49, 50
cia, 118, 234, 295 141. 149, 151-156, 161, Tarento, 121, 179
San Vital de Rávena, 166, 184, 185. 187, 188, Tarso. 201, 238, 244, 262
.60 191, 195, 313 Tártaros, 148, 166, 332,
Santa Capilla. 324 Simón de ivlontforte, 340, 342
Santa Sofía. 40. 42, 57, 286 Tauro, 9, 72. 73, 180,
60, 71, 99, 114. 186, Singidunum, 129 191, 237

419
Tenas 257, 258, 299, Teologia, 14, 16, 26, Ucrania, ucranianos,
306. 341 350 27, 31. 35, 57, 58, 78, 165, 317
Tenedos, 358, 363, 364 115, 166, 181, 344, 354, Umur de Aydin, 348,
Tcobaklo de Champa- 355 353. 354
ña, 283, 284 Termopilas, 213 Universidad de Atenas,
Teocracia, 15 Tervel, Jan, 138 56
Teocliste, 106 Tesalia, 162, 185, 212, Universidad de Cons-
íeootisto, Log o t e t a, 23-1, 297. 306, 311, 318, tantinopla, 43, 124,
172-174 331, .332. 334, 338, 349, 344
Teodata, 97, 98, 108 350, 352, 365 Urbano II, Papa, 236
rcodato, pat r i a r c a, Themas. 67. 74-80, 87, Urbano V, Papa, 361
_ 114, 116 89, 100, 103, 106, 123, UroS I. 157
125, 179, 183, 184 UroS II. 157
Feodora, empera l r i z,
43, 53. 56 Tiana, 101 Uzos, 146, 227, 228
Teodora, esposa de Tiberio I, 66
Teófilo, 121, 125, 172, Tigris, 62
Tirnovo, 147-153, 276, V a l a q u i a , Valaquios,
174 277, 301. 367, 368 275, 367, 369
Teodora, hija de Cons- Tisza, 70, 130, 133 Valdenses, 145
tantino VIII, 217, logrul-Beg, sultán, 227 Vándalos, 48. 61, 62
219. 220, 223 Tomás de Aquino, 345 Vardar, 297, 301, 365
Teodoro (Pedro), zar Tomás de Ciaudiópolis, Varega, Guardia, 270,
de Bulgaria, 147, 154, 85 290
275, 278 Tomás de Epiro, 338, Varegos, 165
Teodoro I Las c a r i s , 350 Varna, 239, 277, 377
159, 302-309, 312-315, Tomás el Eslavo, 112,
319, 321 VclzuZd (Kuste n d i 1),
116-119, 131 160, 349
Teodoro I de Epiro, Tomás Morosini, pa-
148, 310-312, 315, 316, Veleka, 140
triarca, 308, 310 Velehrad. 136
318, 319 Tomás Paleólogo, 379
Teodoro II Lascaris, Venecia, veneci a n o s ,
Toicello, 255 10, 12, 101, 102, 107,
315, 316, 320, 322, 323, Toynbee, Arnold, 4, 32
326 Tracesios, Thema de 110, 113, 118 121, 145,
Teodoro Branas, 307 los. 87 , 92 , 97. 109. 157. 158, 162, 23.3, 234,
Teodoro el Decapoli- 177 250, 259, 265, 266, 268,
ta, 192 Tracia, 7, 9, 77, 79, 83, 270, 272, 2S0, 281, 284,
Teodoro de Estudio, 90, 94, 95, 96, 110, 270, 272, 280, 281, 284¬
96, 106, 109-111, 115 112, 115, 118, 125, 129, 288, 290, 291. 293-295,
Teodoro de Eubea, 309 143, 147-149, 161, 174, 297, 301, 302, 305, 306,
Teodoro ivíet o q u i t o, 188, 222, 242, 273, 277, 308, 309, 311, 312, 314,
344, 345, 347 291, 299, 300, 303, 307¬ 315, 318, 324, 325, 328,
Teodoro M a n e e f I a s, 309, 313, 322, 337, 341, 329, 334, .337, 342, 353,
302 342, 346, 347, 351-365 356-358, 360, 362-364,
Teodoro Sinadeno, 346, Tracia, Thema de, 95 367, 369, 370, 372, 374,
347, 350, 352 Tragos, 206 375, 379
Teodoro Svetoslav, 149, Trajano, 129
Trajano, Puertas de, Verdes. 42, 46
342 Versinicia, 110. 111
209
Teodosia, Emperatriz, Travunia, 155, 156 Vicenza, .370
„ 1 1 5
Trebisonda, 41, 107, Víctor IV, Papa, 264
leodosianos, M u r o s , 203, 227, 240, 243, 314, Vidin, 149, 152
290 317, 329, 332, 345, 379 Vilna, 151
Teodosio I, 5 Tres Capítulos, Dispu- Visigodos, 63
Teodosio II, 41 ta de ios, 56 vísperas sici l i a n a s ,
Teodosio III, 84 Triboniano, 43, 57 334, 335
Teodosio d e Efeso, 92 Trípoli, 212, 238 Vistula, 128
Teodosiópolis, 87, 227 Tripolitania, 72 Viterbo, 331
Teófanes, Obispo de Trivium, 221 Vladimir Suzda!, 166
Nicea, 332 Troade, 303, 304 Vladimiro de Kiev, 165,
Teófano, esposa de Tueídides, 343 168, 209, 210, 212
León VI, 186 Turcos, 8. 11, 12, 131, Vladimiro II, 166
149, 160-163, 227-229, Vlastlmiro, 179
Teófano, esposa de 233, 236, 238, 266, 302,
Romano II, 200, 201, Vodena, 142
303, 321, 323, 326, 333, Voiga, 168
204, 205 335, 336, 339-549, 351,
Teofilacto, patriarca, 358-380 Voljov, 165
144-146, 189 Tvrtko de Bosnia, 367 Voló, 318
Teófilo, 119-126, 175 VscVolod III, 279

420
Vucan de Rascia, 158, Yolanda, Emperatriz, Zeta (Montenegro), 146,
315 155-157, 230
Vukasin, 162 Zeugmino (S e m i i ni,
243, 261
Ziea. 159 i 63
Wogastisburgo, 1,3(1 Zahumiia (Hercegovi- Zimpe, 358
na), 155, 156, 214' Zoé, Emperatriz, 141,
Zapetra. 120, 180 186-1.88
Xene, Emperatriz, 2''8, Zara, 272. 285, 286, 285, Zoé, hmperatt'iz, espo­
271 294 . 295 sa de Romano III.
Zelotas, 109, 115, 173¬ 217-220
175. 336. 352. 353, 356 Zonal as. 154
Yazid II, califa, 85 Zemun (Semlin), 153 Zurulón. 316, 324

425
í n d i c e de i l u s t r a c i o n e s

1. El I m p e r i o r o m a n o en su m o m e n t o de expansión má-
xima c o m p a r a d o con los territorios de] I m p e r i o bizan-
tino 6

2. Los territorios occidentales recuperados por J u s t i n i a n o 64

3. Las campañas del p e r í o d o 717-775 y la primitiva orga-


nización d e los themas de Asia M e n o r 88

4. Las campañas del p e r í o d o 790-814 y la situación de


los themas en t i e m p o s de Teófilo 102
5. A s e n t a m i e n t o eslavo en la P e n í n s u l a d e los Balcanes.
F o r m a c i ó n del P r i m e r I m p e r i o b ú l g a r o 132

6. El S e g u n d o I m p e r i o b ú l g a r o 150

7. El I m p e r i o macedónico 215

8. El I m p e r i o de los C o m n e n o 263

9. El I m p e r i o bizantino en 1214 298

10. El I m p e r i o bizantino en el siglo x m 327

11. El avance turco en el siglo XIV 366

422
HISTORIA UNIVERSAL SIGLO XXI

1. Prehistoria
2. Los Imperios del Antiguo Oriente
I. Del Paleolítico a la mitad del segundo milenio
3. Los Imperios del Antiguo Oriente
II. El fin de! segundo milenio
4. Los Imperios del Antiguo Oriente
III. La primera mitad del primer milenio
5. Griegos y persas
El mundo mediterráneo en la Edad Antigua, I
6. El helenismo y el auge de Roma
El mundo mediterráneo en la Edad Antigua, II
7. La formación de! Imperto romano
El mundo mediterráneo en la Edad Antigua, 111
8. £1 Imperio romano y sus pueblos limítrofes
El mundo mediterráneo en la Edad Antigua, IV
9. Las transformaciones del mundo mediterráneo. Siglos II I-VIU
10. La Alta Edad Media
11. La Baja Edad Media
12. Los fundamentos del mundo moderno
Edad Media tardía. Renacimiento, Reforma
13. Bizancio
14. El Islam
I. Desde los orígenes hasta el comienzo del Imperio otomano
15. El Islam
II. Desde la caída de Constantinopla hasta nuestros días
16. Asia Central
17. India
Historia del subcontinente desde las culturas del Indo hasta el
comienzo del dominio inglés
18. Asia Sudorienta)
Antes de la época colonial
19. El Imperio chino
20. El Imperio japonés
21. América Latina
I. Antiguas culturas precolombinas
22. América Latina
II. La época colonial
23. América Latina
III. De la independencia a la crisis del presente
24. El período de las guerras de religión, 1550-1648
25. La época de la ilustración y el Absolutismo, 1648-1770
26. La época de las revoluciones europeas, 1780-1848
27. La época de la burguesía
28. La época del Imperialismo
Europa, 1885-1913
29. Los imperios coloniales desde el siglo XVIII
30. Los Estados Unidos de América
31. Rusia
32. África
Desde la prehistoria hasta los Estados actuales
33. Asia contemporánea
34. El siglo veinte, I. 1918-1945
su

-he Docto-

http://thedoctorwhol967.blogspot.com.ar/

http://ell900.blogspot.com.ar/

http://librosrevistasinteresesanexo.blogspot.com.ar/

i m p r e s o en editorial r o m o n í , s,a.
p r e s i d e n t e s 142 - c o i . p o r t a l e s
d e í . b e n i t o Juárez - 08300 m é x i c o , d.f.
d o s mil e j e m p l a r e s y s o b r a n t e s
15 d e n o v i e m b r e d e 1983
Esta HISTORIA UNIVERSAL SIGLO XXI, preparada y
editada ¡nicialmente por Fischer Verlag (Alemania), la
publican simultáneamente Weidenfeld and Nicolson
(Gran Bretaña), Feltrinelli (ítalia), Bordas Éditeur
(Francia), Dell Publishing Co. (EE. UU.). Sigue un
nuevo concepto: exponer la totalidad de los
acontecimientos del mundo, dar todo su valor a la
historia de los países y pueblos de Asia, África y
América.
Resalta la cultura y la economía como fuerzas que
condicionan la historia.
Saca a la luz el despertar de la humanidad a su propia
conciencia.
En la HISTORIA UNIVERSAL SIGLO XXI han contribuido
ochenta destacados especialistas de todo el mundo.,
Consta de 34 volúmenes, cada uno de ellos
independiente, y abarca d e s d e la prehistoria hasta la
actualidad.

También podría gustarte