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TEXTO DO PROFESSOR

Aula 04
(continuidade)

d) Raio de aplicação
Segundo os artigos 1º e 2º da Lei de Responsabilidade
Fiscal estão sujeitos a tal legislação:
- União,
- Estados
- Distrito Federal
- Municípios
E destes entes, a Administração Direta e a Administração
Indireta.
Considerada a Administração Direta, pode-se lembrar dos
seguintes Poderes e Entidades:
- Executivo
- Legislativo e
- Judiciário
- Ministério Público
- Tribunais de Contas.
Já a Administração indireta, segundo a Lei, enquadrada
na Lei de Responsabilidade Fiscal:
- Fundos, Autarquias, Fundações e Empresas Estatais
Dependentes.

e) Definições legais
Para início, compete trazer a definição de ‘Dívida Pública’,
‘Dívida consolidada’ e ‘Dívida flutuante’, para tanto valemo-nos daquela
apontada no VOCABULÁRIO JURÍDICO de DE PLÁCIDO E SILVA1:

1
SILVA, De Plácido e. Vocabulário Jurídico. Atualizadores: Nagib Slaibi Filho e Gláucia
Carvalho. Rio de Janeiro: Forense. 2003. p. 488.
DIVIDA PÚBLICA. Denominação dada ao conjunto de
compromissos ou obrigações assumidas pelo governo
para fazer face aos déficits orçamentários ou para atender
a despesas de caráter extraordinário e urgente.
A dívida pública compreende a dívida consolidada e a
dívida flutuante.
A dívida consolidada, também dita de dívida fundada,
compreende as obrigações realmente assumidas pelo
Estado, a título de empréstimo.
Neste sentido pode ser interna ou externa, segundo é
contraída interiormente no país ou no estrangeiro.
A dívida flutuante, dita também de administrativa ou de
tesouraria, é a que o Tesouro contrai, por um breve ou
determinado período, para atender às necessidades
momentâneas ou para solver encargos, oriundos da
administração de bens de terceiros, confiados à sua
guarda.
O resgate da dívida pública é previsto pelo orçamento,
onde se fazem as necessárias dotações, seja para sua
amortização como para os serviços de juros.

e.1) Dívida pública fundada ou consolidada


A própria Lei nº 4.320/64 apresenta definição de dívida
pública fundada ou consolidada em seu art. 98 que preceitua:

“Art. 98. A dívida fundada compreende os compromissos


de exigibilidade superior a doze meses, contraídos para
atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de
obras e serviços públicos. (Veto rejeitado no D.O.
05/05/1964)
Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com
individuação e especificações que permitam verificar, a
qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem
como os respectivos serviços de amortização e juros.”
Por sua vez a Lei Complementar 101/2000 também
apresenta em seu bojo algumas definições importantes em seu art. 29, dentre
as quais a seguinte definição de Dívida Pública Fundada ou Consolidada (art.
29, I):

Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são


adotadas as seguintes definições:
I - dívida pública consolidada ou fundada: montante total,
apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do
ente da Federação, assumidas em virtude de leis,
contratos, convênios ou tratados e da realização de
operações de crédito, para amortização em prazo superior
a doze meses;
(...)
§ 3o Também integram a dívida pública consolidada as
operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas
receitas tenham constado do orçamento.

Dessa feita, pode-se deduzir que a dívida fundada


compreende as operações efetuadas pela instituição com prazo superior a 12
meses com o objetivo de atender a obra e serviços públicos, os quais tenham
sido concebidos em razão de contratos de operações de crédito com
instituições financeiras ou ainda pela emissão de títulos da dívida pública.
Compete frisar que também integra a dívida pública
consolidada as operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas
receitas tenha constatado do orçamento, bem como será incluída na dívida
pública consolidada da União a relativa à emissão de títulos de
responsabilidade do Banco Central do Brasil. Ou seja, há exceção à regra
geral. O fundamento legal de tal exceção encontra-se supracitado no § 3º do
art. 29 da Lei Complementar 101/2000.
Note-se que a Lei nº 4.320/64, aponta a dívida imobiliária
como parte integrante da dívida consolidada, contudo o legislador quando da
edição da Lei Complementar 101/2000 preferiu separá-las seguindo o molde da
Constituição Federal de 1988 que apresentou tal distinção.
Neste sentido o art. 52, incisos Vi e IX da Constituição
Federal dispõe:

“Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:


(...)
VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites
globais para o montante da dívida consolidada da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
(...)
IX - estabelecer limites globais e condições para o
montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios;”

Vale destacar que a dívida pública fundada segmenta-se


em dívida interna e externa.
A interna é aquela assumida dentro do país e realizada
por intermédio de colocação de títulos do governo, também por contratos de
financiamento.
Doutro lado, a externa compreende aos títulos do governo
e aos contratos de financiamento que foram assumidos fora do país, ou seja,
com entidades ou agentes financeiros sediados no exterior.
Quando o prazo da liquidação da dívida não é
determinado (mensurado), assevera-se que a dívida configura-se como
perpétua. Esta denominação se dá em virtude da impossibilidade ou da quase
impossibilidade de previsão. Salienta-se que nestes casos, vencem-se apenas
os juros.
Como sempre valioso, alvitra-se da Constituição da
República, a qual prevê no inciso VI do art. 52 que compete privativamente ao
Senado Federal fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais
para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios.
A título de ilustração, convém trazer uma curiosidade
exposta por FLÁVIO C. DE TOLEDO JR. E SÉRGIO CIQUEIRA ROSSI:

“(...) a dívida mobiliária federal é composta por títulos


emitidos, em sua maior parte, pelo Tesouro Nacional,
mas, também, pelo Banco Central. Esses papéis dividem-
se em três categorias:
- títulos pós-fixados que rendem juros ao investidor
segundo a taxa básica da economia (Selic); se a União
reduz essa taxa, o aplicador ganha menos; ao contrário,
se a política monetária da Nação determina elevação da
Selic, o investidor tem maior lucro;
- títulos pré-fixados, nos quais o rendimento não é
variável. O investidor, no momento da aplicação, já
conhece o tamanho do rendimento, que é algo muito
próximo da taxa Selic vigente no dia da emissão dos
papéis governamentais;
- títulos cambiais que pagam juros ao aplicador mais a
variação do dólar ante o real; esse tipo de correção
protege o investidor contra eventual desvalorização da
moeda nacional frente ao dólar.” 2

Para complementar, compete destacar que a confissão de


dívida que o Município faz junto ao INSS, FGTS e PASEP revela-se similar a
uma operação de crédito, classificando-se como passivo de longo prazo
(permanente).
Neste sentido o § 1o do art. 29 da LC 101/2000
estabelece: “Equipara-se a operação de crédito a assunção, o reconhecimento
ou a confissão de dívidas pelo ente da Federação, sem prejuízo do
cumprimento das exigências dos arts. 15 e 16.”
Razão pela qual esse procedimento deve submeter-se às
cautelas apontadas nos arts. 16 e 17 da Lei de Responsabilidade Fiscal, visto

2
TOLEDO JUNIOR, Flávio C. de; ROSSI, Sérgio Ciqueira. Lei de Responsabilidade fiscal:
comentada por artigo. 2ª ed. São Paulo: NDJ, 2002. p. 188-189.
que a confissão de dívida enquadra-se como despesa obrigatória de caráter
continuado.

e.2. Receita corrente líquida


A receita corrente líquida é o somatório das receitas
tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de
serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes,
deduzidos:
a) na União, os valores transferidos aos Estados e
Municípios por determinação constitucional ou legal, e as contribuições
mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e no art. 239 da
Constituição;
b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por
determinação constitucional;
c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição
dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência
social e as receitas provenientes da compensação financeira citada no § 9o do
art. 201 da Constituição.
Serão computados no cálculo da receita corrente líquida
os valores pagos e recebidos em decorrência da Lei Complementar n. 87, de
13 de setembro de 1996, e do Fundo previsto pelo art. 60 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias.
Não serão considerados na receita corrente líquida do
Distrito Federal e dos Estados do Amapá e de Roraima os recursos recebidos
da União para atendimento das despesas de que trata o inciso V do § 1º do art.
19.
A receita corrente líquida será apurada somando-se as
receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores, excluídas as
duplicidades.

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