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MEU LUGAR NA CIDADE

INTRODUÇÃO A ARQUITETURA E
URBANISMO
Jefferson Freire Ribeiro e Josué Calebe
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo analisar a poligonal de um bairro para a
disciplina de introdução à Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Ceará.
Fomentada pelo Prof. Doutor Romeu Duarte Júnior, a pesquisa tem como finalidade a
compreensão de termos introdutórios relacionados a urbanização da cidade.

A poligonal a ser estudada se localiza no bairro do Pici, disposta na parte sul, em que
foram analisadas seus aspectos urbanos, sua história e seus conflitos, para a
compreensão da atual região e como se relaciona com os aspectos trabalhados na
disciplina, de forma que no final da pesquisa será apresentado um projeto urbano para a
solução dos problemas encontrados no bairro.
METODOLOGIA
Com o objetivo de se ter uma análise adequada da poligonal trabalhada, dois autores
foram de imensa importância para o decorrer do presente trabalho, Kevin Lynch, com
seu livro "A Imagem da Cidade” e Jeff Speck, com o livro "Cidade Caminhável".

Ademais, se foi utilizado fotografias, desenhos seriais, mapas, reportagens, mapas


topográficos, trabalhos de pesquisa na área, artigos e instrumentos jurídicos para um
maior embasamento e enriquecimento do trabalho.
BAIRRO
O bairro está localizado no lado oeste de
Fortaleza, e se estende a sudoeste. Por conta
de sua composição de residências informais
suas fronteiras não são claras. Há presença
de ocupações irregulares e suas ruas se
assemelham a vielas, pouco assistidas pelo
poder público contrastando fortemente com
o campus da UFC.
ÁREA DE PESQUISA

Localizada no sudoeste do bairro


do Pici, a poligonal está situada
entre as principais ruas do bairro,
Rua Pernambuco e Rua Coronel
Matos Dourados.
A área em pauta foi escolhida por ter um
aspecto de grande densidade, e por seu
processo de formação, além de possuir
barreiras que dificultam a relação do bairro
com outras áreas. Ademais revelam o
contraste existente entre uma urbanização
informal e desordenada, diferente de seu
vizinho com quadras regulares e
padronizadas.
FORMAÇÃO HISTÓRICA DO
BAIRRO
A história da origem do nome “Pici” é conhecida por duas vertentes,
uma popularmente conhecida, em que o nome se deu da abreviação
da expressão “Post Command” -PC- em relação a base
norte-americana que foi construída na segunda Guerra Mundial, que
na pronúncia inglesa se assemelha muito a “pici”, e a verdadeira
origem do nome, devido a paixão de Antônio Braga pelo romance “O
Guarani” de José de Alencar, batizando seu sítio em homenagem aos
personagens principais da obra, “Pery” e “Cecy”, assim foi dado o nome
de “Pecy” para o sítio, nome que posteriormente foi sendo adotado
por outros sítios da região, inclusive o do pai da escritora Raquel de
Queiroz, e com o passar do tempo foram acontecendo pequenas
mudanças na sua escrita até se tornar Pici.
Com a chegada da base militar norte americana um
contingente de pessoas foi atraída para a área com o objetivo
de fazer comércio e se estabeleceram na região. Com isso
teve um crescimento desordenado de casas com gabarito
simples, de maneira informal nas proximidades da base, o que
pode ser percebido na parte sul do Pici atualmente, com uma
grande densidade de residências sem a presença de áreas
verdes, contrastando com o campus da UFC.
GEOGRAFIA DA REGIÃO
Localizada em uma área relativamente Mapa de relevo da
alta, principalmente na parte sul, onde região do Pici.
fica a parte mais elevada - que inclusive
já foi uma pista de pouso militar devido a
sua altitude -, possuindo uma cobertura
vegetal centralizada principalmente no
campus do Pici da UFC, em outras áreas
de maior densidade populacional a
cobertura vegetal é praticamente
inexistente devido a forma da ocupação
dessas áreas. Local da pista de
pouso da base
Americana

Pista de pouso
DESENHO URBANO
O bairro do Pici, historicamente conhecido por já ter
sido uma base militar norte americana, teve seu
processo de ocupação sem um planejamento urbano,
com quadras irregulares e de formas diversas.
Fenômeno visível principalmente ao sudoeste do Pici -
entre as ruas Pernambuco e Coronel Matos Dourados -
isso acontece devido a sua formação, em que se tem
uma ocupação da população de forma desordenada e
um desenvolvimento sem um devido controle.
LOTES E GABARITOS
Na poligonal escolhida, os lotes são visivelmente
pequenos e quase sempre desordenados, tendo
uma predominância de gabaritos baixos, sendo
quase inexistente a presença de construções
com mais de 3 pavimentos, assim fazendo com
que o bairro do Pici tenha uma baixa
verticalização, presente em grande parte de
Fortaleza.
QUADRAS
Ao comparar as quadras do bairro com seu
vizinho pode-se perceber a grande diferença
no padrão entre ambos, em que Dom Lustosa
possui um rigor a mais no formato de suas
quadras, com ruas paralelas e perpendiculares
com caminhos próximos, divergindo das ruas
do Pici, que cresceram ao longo do
surgimento de novas casas, apresentando
uma desordem ao longo de seus percursos.
Apesar de existir uma organização por parte dos próprios ocupantes
para que houvesse uma boa infraestrutura no bairro, como o desenho e
o nome das ruas, o improviso ocasionou a formação das ruas estreitas
que existem hoje. Os moradores se consideram conscientes, visto que
sempre houve a luta por algum serviço básico, como água, saneamento
e transporte (O POVO, 2013).
USOS E OCUPAÇÕES
Há uma grande presença de
construções residenciais na área de
estudo, contudo é evidente o forte
comércio de pequeno porte, devido
principalmente aos sobrados
comerciais, entretanto boa parte
desses comércios só funcionam
durante o dia, acarretando na “Praga da
Monotonia”, pois pelo fato das ruas
terem uma menor movimentação ela
os seus vigilantes naturais, os
moradores, propiciando um aumento
da criminalidade no bairro.
USOS E OCUPAÇÕES
Em relação às residências, em geral, são
de classe média baixa e de situações de
pobreza, e embora se faça presente, a
arquitetura do medo não é tão forte no
bairro, devido principalmente às
construções, em sua grande maioria,
serem feitas nos limites do lote, devido a
isso, a uma maior relação entre a
comunidade do bairro, acarretando
numa forte relação entre as pessoas, o
que é de grande importância em uma
sociedade.
LIMITES POR KEVIN LYNCH
Os limites são elementos lineares não usados nem considerados pelos
habitantes como vias. São as fronteiras entre duas partes, interrupções
lineares na continuidade, costas marítimas ou fluviais, cortes de
caminho-de-ferro, paredes, locais de desenvolvimento.

LYNCH, 1960, pag 58


LIMITES E BARREIRAS
● Rua Coronel Matos Dourado
● Campus UFC

No bairro do Pici, é notório a atuação de


barreiras, que delimitam e isolam o bairro e sua
parte mais populosa dos bairros vizinhos, o que
prejudicou seu desenvolvimento e marginalizou
a comunidade ,em que boa parte é desassistidas
pelo Estado. O que gera áreas de insegurança e
o desenvolvimento de construções irregulares.

Muro do Campus da
UFC
BARREIRAS

Dentre as barreiras que se destacam, o Pici


possui duas que bloqueiam a interação do bairro
com os demais, que é a Rua Coronel Matos
Dourado que divide o bairro do Pici com o
bairro Dom Lustosa e o Campus da UFC com
seu muro que impede a integração da parte
urbana com o campus.
PERFIL
SOCIOECONÔMICO
É interessante ressaltar que sua ocupação
inicial em sua maioria era de famílias de
trabalhadores da base militar, além dos
residentes rurais dos sítios próximos, e a
medida que a população foi crescendo o
comércio se expandia junto, com o
fechamento da base a população continuou
presente e houve um barateamento das
terras, sendo alvo de mais pessoas com baixa
renda em busca de moradia se estabelecendo
de maneira irregular, o que reflete hoje o
crescimento das favelas na região e como
consequência um baixo IDH de apenas 0,22
de acordo com o censo de 2010 pelo IBGE.
CONFLITOS URBANOS
De acordo com o Observatório de Conflitos Urbanos de Curitiba, conflito
urbano é definido como “confrontos ou litígios, manifestos ou não, relativos
às condições de vida urbana, que reivindicam reconhecimento ou incidam
sobre a produção e/ou o consumo da cidade, opondo pelo menos dois
agentes sociais. Para efeito deste trabalho, os protestos urbanos são suas
manifestações empíricas e seu georreferenciamento permite sobrepor
informações acerca das condições urbanas nas quais os conflitos emergem,
como acesso aos serviços e infraestruturas públicas”
CONFLITOS URBANOS
É notório a presença de conflitos
urbanos na divisa entre a
universidade e a parte urbana, que
evidencia a falta do poder público
na área, com o contraste entre o
maior campus da UFC e as favelas
da área. Ademais é perceptível o
não cumprimento do plano diretor
do local, com invasões as áreas da
universidade .

Divisa imaginária
PATRIMÔNIO NATURAL
No bairro do Pici, tem presente um dos
poucos resquícios da vegetação nativa de
Fortaleza, a mata de tabuleiro, também
conhecida como matinha do Pici. É uma
área pequena, 82,59 hectares, e é uma
Área de Relevante Interesse Ecológico
(ARIE), que tem por objetivo prover a
manutenção do ecossistema da região, além
de administrar seu uso e proibir atividades
que possam pôr em risco o ecossistema do
local.
PATRIMÔNIO NATURAL:
DOCUMENTO OFICIAL
I – Garantir a permeabilidade do solo no III – Subsidiar atividades didáticas e
respectivo setor da microbacia do Açude Santo científicas da Universidade Federal do Ceará,
Anastácio, contribuindo para a manutenção do bem como atividades de lazer e ecoturismo
sistema natural de drenagem e oferecendo para a sociedade fortalezense;
resiliência geoecológica e urbanística contra
eventos extremos de precipitação pluviométrica; IV – Mitigar os efeitos das “ilhas de calor” e
do aquecimento gerado pela
II – Preservar espécimes de flora e de fauna impermeabilização e o adensamento urbano
presentes nos remanescentes de mata de indiscriminado no município de Fortaleza;
tabuleiro conhecido como Matinha do Pici – um
dos poucos fragmentos testemunhos da vegetação V - Manter os meios de subsistência das
original do município de Fortaleza; pessoas que vivem da pesca artesanal no
Açude Santo Anastácio.

(Projeto de Lei 0196/2011 – Câmara Municipal de Fortaleza, Gabinete do Vereador João Alfredo).
FOTOS DA MATINHA DO PICI
PATRIMÔNIO CULTURAL
O Pici num passado recente já foi um bairro bem maior, tendo a maioria de
suas terras pertencentes a Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza e à Legião
Maçônica de Fortaleza. Com leilões de terras e a expansão dos bairros
próximos o bairro “perdeu” parte de seus principais patrimônios culturais, pois
embora não façam mais parte das delimitações do bairro, ainda carregam sua
importância e história para o mesmo.
PATRIMÔNIO
CULTURAL
Um dos grandes patrimônios culturais que fazem
parte da história do pici é a casa da escritora Raquel
de Queiroz, “adquirida pelo pai da escritora em 1927
para facilitar o acesso aos estudos dos filhos em
Fortaleza. Aos 10 anos, ela ingressou no curso
Normal do Colégio Imaculada Conceição, já morando
na casa, que, à época, tinha vistas para a Lagoa da
Parangaba. Também chamada de Sítio Pici, a autora
cearense permaneceu no local até partir para o Rio
de Janeiro em 1939. Historiadores e pesquisadores
asseguram que foi nesta residência que a escritora
cearense escreveu, aos 20 anos, seu primeiro e mais
popular romance, O Quinze, em 1930.”
Apesar do seu tombamento em
Anuário do Ceará outubro de 2009, a casa apresenta um
estado precário de conservação.
PATRIMÔNIO
CULTURAL
Outro patrimônio cultural de grande
importância está espalhado por todo o
bairro, os resquícios da base militar
americana, algumas construções e galpões
são usados até os dias atuais, pela Cagece
(Companhia de Água e Esgoto do Ceará),
UFC e pela própria população do bairro,
que moram em algumas dessas antigas
construções, geralmente descendentes
dos trabalhadores da base, em destaque
um paiol localizado na rua dos monarcas,
local usado na época da base para
armazenamento de armamento, se
-imagem ilustrativa-
encontrando nos dias atuais praticamente
intacto.
PATRIMÔNIO
CULTURAL
O Centro Excelência Alcides Santos,
também conhecido como leão do Pici, é
um grande marco para o bairro, e
demonstra a forte ligação da população
com o esporte e o amor pelo futebol,
inaugurado em junho de 1962, foi feita
uma ampliação em 2010, atualmente
com capacidade para até oito mil
pessoas.
PATRIMÔNIO CULTURAL
O Maracatu Nação Pici, Associação Cultural
Afro-brasileira, “Fundado em 2009, tornou se um
ícone na comunidade na qual está inserido, além
da participação ativa no Carnaval de Rua de
Fortaleza desde 2009, Sob a coordenação de
Francisco Carlos Lima Brito, o grupo que nasceu
de um projeto de uma escola do bairro Planalto
Pici ganhou a Avenida Domingos Olímpio e conta
com a participação de outros bairros adjacentes e
possui uma média de duzentos (200)
componentes. Esta idéia nasceu da própria
comunidade de brincar no período carnavalesco,
com a participação ativa de crianças, adolescentes,
jovens e adultos. O grupo adquiriu uma sede
provisória e fica localizada na rua Alagoas, 2267
Pici e em parceria com outras entidades do bairro
realiza atividades o ano inteiro, sendo estas, de
cunho sócio-culturais e educativas.”
Mapa Cultural do Ceará
TRANSPORTE
PÚBLICO
Os pontos de ônibus do Pici
estão distribuídos no perímetro
das favelas presentes, próximas
ao campus da UFC e da divisa
com o bairro Dom Lustosa,
dificultando principalmente o
acesso da população do bairro
ao transporte, e explicitando a
dificuldade do Estado em se ter
presente em algumas áreas.
VIAS E CAMINHOS
As ruas podem são caracterizadas pelo Código Brasileiro de Trânsito como:

“VIA URBANA – ruas, avenidas, vielas, ou caminhos e similares abertos à


circulação pública, situados na área urbana, caracterizados principalmente por
possuírem imóveis edificados ao longo de sua extensão.”

● Via de trânsito rápido: São vias que possuem acesso especial, além de não
apresentarem local de passagem para pedestres e ligação com os lotes.
● Via arterial: São responsáveis por ligar duas regiões de uma cidade. Possuem
semáforos ao longo de seu percurso e acesso a outras vias e lotes.
● Via coletora: Vias que coletam e distribuem o trânsito pela cidade, São ligadas
as vias de trânsito rápido e arterial.
● Via local: São as vias que permitem o acesso aos lotes e a locais privados, são o
tipo mais comum de vias das cidades.
VIAS E CAMINHOS
Rua Matos Dourado - arterial

rua Pernambuco - Coletora

Rua Alagoas - Coletora

Rua Vitória e Rua Carlos


Jereissati - Locais
Rua Matos Dourado
● Via Arterial:
Rua que separa o Pici do bairro Dom Lustosa é
caracterizada como via arterial, pois ao longo do
percurso tem a presença de semáforos
distribuídos ao longo da via e dão acesso a vias
locais para o interior do bairro, sua
infraestrutura está em bom estado, com poucas
problemas com desníveis e buracos.
Ela é focada principalmente no trânsito de
veículos, com pouco foco nos pedestres, com
variações no tamanho das calçadas dificultando o
trajeto de pessoas, com alguns trechos de focos
de depósito de lixo próximo a postes da rua.
Rua Pernambuco
● Via Coletora:

Uma das principais ruas do bairro, começando na Av.


Américo Barreira com apenas um sentido, até na
EMEIEF José Bonifácio de Souza onde a rua passa a ter
dois sentidos até o seu final, durante sua extensão
existem duas entradas para o Campus do Pici da UFC,
apesar de ser uma das principais ruas do Pici sua
infraestrutura é precária, eventualmente se encontra
buracos e desníveis.

Há uma grande falta de espaço para os pedestres, pois


as calçadas são curtas, além de muitas vezes a calçada
do lado do Muro do Campus ser usada para despejo de
resíduos, o que acaba afetando ainda mais a circulação
nas calçadas, único ponto positivo é a arborização na
via.
Rua Alagoas
● Via Coletora:

Começando na rua Dra. Sara Mesquita como via de mão


dupla e terminando na Av. Américo Barreira como via de
uma mão, a rua é focada principalmente no comércio,
principal rua comercial da poligonal, tendo uma grande
circulação de pessoas principalmente durante o dia,
ficando nítido a precariedade da rua em relação aos
pedestres, pois pelo fato das calçadas serem estreitas,
irregulares e de difícil locomoção, é comum ver os
pedestres andando na rua, apresentando um perigo
tanto para os pedestres quanto para os automóveis.
Rua Vitória e Rua
Carlos Jereissati
● Rua Local

São ruas que se estendem, dando


prosseguimento uma a outra e ligam as
duas extremidades internas do bairro,
chegando até a rua Pernambuco, são ruas
estreitas assim como as calçadas, no
entanto é de perceptível movimento de
pessoas por estar no centro da
comunidade local.
Por ter ruas estreitas, além do não
CIDADE cumprimento de recuo em muitos

CAMINHÁVEL estabelecimentos e residências, a cidade


não é muito convidativa para pedestres,
trazendo sensação de insegurança em
muitos de seus percursos. Ademais carece
de espaços públicos para convivência e
atividades recreativas, sendo uma massa
Caminhabilidade é, ao mesmo
de casas e comércios em toda sua
tempo, um meio e um fim, e
extensão.
também uma medida. Enquanto
as compensações físicas e sociais
do caminhar são muitas, talvez a
caminhabilidade seja muito mais
útil, já que contribui para a
vitalidade urbana, além de ser o
mais significativo indicador dessa
vitalidade.
PONTOS NODAIS
"Os pontos nodais são pontos, lugares
estratégicos de uma cidade através dos
quais o observador pode entrar, são os
focos intensivos para os quais ou a partir
dos quais ele se locomove”

Lynch, Kevin (p. 53)


Ao analisarmos a poligonal é perceptível
três pontos onde ocorre essa
convergência da população, como na
escola profissionalizante, em que
principalmente nos horários de entrada e
saída dos alunos é visto essa grande
concentração de pessoas, já que é uma das
principais escolas da rede estadual do
bairro.
PONTOS NODAIS
No caso do centro comunitário
Cesar Cals, é por ser um dos
principais locais de entretenimento
para os jovens por possuir uma
areninha e também disponibilizar
outras atividades, além de possuir
um dos principais postos de saúde
do Bairro, o que torna um local de
convergência para a comunidade.

Posto de saúde Areninha


PONTOS NODAIS
Ademais se tem a igreja São
Francisco, um importante ponto
nodal pelo fato de ser a única
igreja da religião católica da
região, tendo principalmente uma
grande concentração de fiéis.
MARCOS
Os marcos são outro tipo de referência, mas, nesse caso, o
observador não entra neles: são externos. Em geral, são um
objeto físico definido de maneira muito simples: edifício, sinal,
loja ou montanha. Podem situar-se dentro da cidade ou a uma tal
distância que desempenha a função constante de símbolo.

Lynch, Kevin (p. 59)


MARCOS
O campus da UFC no Pici foi fundado em
1954, sendo por um bom tempo o campus
de referência da UFC, sua presença é quase
que absoluta no bairro com pouco mais de
50 % de ocupação total , com uma relativa
cobertura vegetal e o destaque para o açude
presente próximo a entrada principal. Seu
destaque se dá pelo seu tamanho absoluto
que contrasta com a das demais edificações
ao seu entorno.
MARCOS
O posto de saúde Cesar,
inaugurado em 2019 se destaca
dos edifícios a sua volta, pois
tem uma aparência mais
moderna contrapondo as
demais residências do local.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Levando em consideração a análise feita no decorrer deste trabalho, é notório como o bairro do
pici sofre com uma falta de planejamento urbano, devido a diversos fatores, entre eles está a
falta de integração com o campus da UFC, que apesar de representar um pouco mais de 50% da
área do bairro, é praticamente inexistente essa integração, que faz se necessária para um
melhor aproveitamento do bairro. Ademais, é perceptível a falta da arborização do entorno
urbano do bairro do pici, devido a ausência de praças e parques nessas áreas.

Dessa forma, é nítido a carência de uma reestruturação dos pontos analisados no trabalho,
visando um melhor aproveitamento das áreas do bairro com a finalidade de construir um lugar
adequado e agradável para toda a população do bairro. Em seguida serão propostas algumas
intervenções no planejamento urbano com a finalidade de solucionar os problemas
supracitados.
PROJETO URBANO
Diante dos aspectos apresentado anteriormente, é notório algumas questões que nortearam
uma intervenção no local da poligonal como:

1. Integração do campus com o bairro: Como pode-se perceber é nítido a ausência da UFC
em seus arredores, muito por esta rodeada por muros que impedem a integração com o
resto do bairro, deixando aparelhos esportivos desvinculados com o resto de seu meio, e
que poderiam ser usados como auxiliares na integração com o bairro, ao serem usados
para atividades de pessoas que residem nas proximidades.
2. Criação de projetos de locais de convivência: Locais como praças e parques ajudam a
aumentar o movimento e desenvolver locais próximos, no entanto com a intensa
aglomeração de residências falta locais favoráveis para tais construções e atividades. O
que poderia ser revestido com o uso de espaços privados de grandes ocupações, além da
integração do campus para benefício da população
3. Arborização das vias: Para melhorar o bem estar da população local, é ideal um plano de
arborização local nas vias, que tenha o objetivo de mitigar o calor pela concentração de
edificações locais. Elas seriam alocadas em espaços nas extremidades das vias, onde o
espaçamento e o terreno permitisse tais feitos.
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