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ETEC

TAKASHI MORITA

Administração

Flávia Cecília Lemes Martins

Jenifer Vitória dos Santos Pereira

Jhenyffer Lopes Pires

Kauã Bezerra Brito

Luiza Freitas Barros da Silva

Maria Eduarda de Paiva Santos

FILOSOFIA: Pré-Socráticos

São Paulo

2023
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Flávia Cecília Lemes Martins

Jenifer Vitória dos Santos Pereira

Jhenyffer Lopes Pires

Kauã Bezerra Brito

Luiza Freitas Barros da Silva

Maria Eduarda de Paiva Santos

FILOSOFIA: Pré-Socráticos

Trabalho apresentado ao Curso Técnico


em Administração da ETEC Takashi
Morita, orientado pelo Prof. Leonardo,
como requisito para obtenção de nota.

São Paulo

2023
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Sumário
Introdução...........................................................................................................................................4
As Escolas e os Filósofos Pré-socráticos..................................................................................7
Escola Jônica.................................................................................................................................7
Tales de Mileto...........................................................................................................................7
Anaximandro de Mileto............................................................................................................8
Anaxímenes de Mileto..............................................................................................................8
Heráclito de Éfeso.....................................................................................................................9
Escola Pitagórica...........................................................................................................................9
Pitágoras de Samos..................................................................................................................9
Escola Eleática/Eleata............................................................................................................10
Xenófanes de Cólofon............................................................................................................10
Parmênides de Eléia...............................................................................................................10
Zenão de Eléia..........................................................................................................................11
Escola Atomista...........................................................................................................................11
Leucipo de Abdera..................................................................................................................12
Demócrito de Abdera..............................................................................................................12
Empédocles de Agrigento.....................................................................................................12
Anaxágoras de Clazômenas.................................................................................................13
Conclusão.........................................................................................................................................14
Bibliografia........................................................................................................................................17
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Introdução

Assim como nas principais religiões conhecidas, os gregos clássicos recorriam a


lendas e mitos para compreender a gênese dos seres humanos e da natureza. Essa
tradição era conhecida como cosmogonia, de onde derivam os mitos e deuses
conhecidos até hoje na cultura popular: Zeus, Atena, Afrodite, etc.

De maneira resumida, a cosmogonia estabelecia que o mundo foi criado a partir das
relações “sexuais” entre esses deuses e forças primitivas. Elementos abstratos
como a própria terra (Gaia) e o tempo (Chronos) eram traduzidos socialmente como
entidades com características humanas e singulares.

Os pré-socráticos foram os primeiros a propor uma separação entre esses campos,


iniciando o que podemos descrever como uma visão cosmológica da realidade.

Em vez de recorrer as explicações abstratas, eles passaram a procurar na natureza


observável os fundamentos do mundo em que viviam. Por isso, são também
conhecidos como os filósofos da natureza. A própria palavra cosmologia nos ajuda a
entender essa passagem. O sufixo logos (lógica, razão) presente no termo aponta
para esse uso racional do pensamento para explicar tanto a origem do mundo
quanto do próprio ser.

Os estudos acadêmicos convencionam que o período pré-socrático foi o primeiro


período da Filosofia ocidental. Os primeiros filósofos surgiram na Grécia, há mais ou
menos 2600 anos. Uma série de fatores levou os gregos a criarem um modo de
pensar autônomo e racional. Entre tais fatores, estão:

 a necessidade de contrapor as ideias mitológicas acerca da origem do


Universo;
 a pluralidade de povos que compunha a região da Grécia Antiga;
 o florescimento do comércio e da navegação;
 o contato com povos egípcios e babilônicos.

Com o passar dos quatro grandes períodos da história da sociedade grega ocorreu
diversos avanços na sociedade como o surgimento da moeda, a invenção do
calendário, o desenvolvimento de novas técnicas, aparecimento de uma rica classe
de comerciantes, etc. Com isso a sociedade grega vai-se tornando urbana e a
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cultura vai evoluindo, e as formulações míticas-religiosas vão cedendo a explicações


mais racionais, cujo nome será, afinal, filosofia.

Porém esse foi um processo demorado para que os gregos cedessem seus
costumes e hábitos para ter outras ideias mais racionais como a filosofia. Esse
processo só aconteceu por conta da queda dos regimes inspirados no oriente - nos
quais os reis-sacerdotes detinham o poder político e religioso, além de serem
responsáveis pela manutenção da ordem através de rituais inspirados nas narrativas
míticas. A característica dessa ordem pode ser percebida no campo da política,
onde desaparece a figura do rei-sacerdote para que surjam as cidades-estados,
muitas alicerçadas sobre regimes democráticos.

Assim a nova ordem política permite aos cidadãos esse "encontro" de ideias, que se
defrontam e provocam nos homens a necessidade de um esforço intelectual mais
intenso, seguem-se, então as concepções referentes à natureza. Já que olhando
para a natureza, o homem vê que existe a necessidade de prolongar sua nova
experiência intelectual até seus domínios. Além de ser preciso buscar respostas na
razão, na questão de confronto de raciocínios, na formulação e refutação de teses
em seus trabalhos.

Assim existe, pois, um vínculo forte entre a sociedade e a natureza. Antes, ambas
estavam reunidas sob o véu dos mitos. Neste contexto, os cidadãos gregos tomam,
então, o modelo contestatório e analítico de pensamento, pois não faria o menor
sentido um povo "adotar" um regime democrático, onde a divulgação e o debate de
ideias são essenciais, se permanecesse agarrado exclusivamente ao mito no que
concerne as explicações cosmogônicas.

Então, os primeiros pensadores eram os Pré-Socráticos isso se deu tanto pela data
de nascimento anterior, quanto pelo objeto de estudo a que se dedicaram. Para ser
mais preciso, alguns filósofos conhecidos como pré-socráticos nasceram depois de
Sócrates, mas são classificados neste grupo por estarem dentro desta tarefa
filosófica embasada no entendimento da Natureza.

São denominados por pré-socráticos porque, estão antes de Sócrates, o qual


modificou os rumos da Filosofia grega. (porém não é uma regra geral já que alguns
filósofos que nasceram depois de Sócrates também são denominados de pré-
socráticos devidos seus pensamentos).
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Tales de Mileto considerado o primeiro filósofo, faz parte do grupo de pensadores


denominados de Filósofos da Natureza, pois o foco do pensamento estava em
buscar a origem e o entendimento do universo com uma teoria cosmológica baseada
em fenômenos observáveis da natureza a fim de encontrar o elemento que tinha
dado origem a tudo.

Somente depois, com a chegada de Sócrates (469 a.C – 399 a.C), é que se abre na
filosofia o campo de pensamento embasado no Ser Humano.
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As Escolas e os Filósofos Pré-socráticos

Segundo o foco e o local de desenvolvimento da filosofia, o período pré-socrático


está dividido em Escolas ou Correntes de pensamento, a saber:

Escola Jônica
Desenvolvida na colônia grega Jônia, na Ásia Menor (atual Turquia), seus principais
representantes são: Tales de Mileto, Anaximandro de Mileto, Anaxímenes de Mileto
e Heráclito de Éfeso.

Tales de Mileto
Tales de Mileto (624 a.C. - 548 a.C.) nasceu na cidade de
Mileto, região da Jônia. Considera-se o ano de 585 a.C. como
o período de seu amadurecimento intelectual, quando,
provavelmente, ele propôs, pela primeira vez, uma teoria
cosmológica. Tales, em oposição ao que diziam as
cosmogonias gregas, que narravam o surgimento do Universo
com base em histórias fantasiosas que envolviam deuses,
observou a natureza e propôs uma possível origem racional
para tudo, com base na sua observação, sendo essa origem a
água, ou seja, Tales acreditava que a primeira substância era a água, a água era a
origem única de todas as coisas. Ele acreditava que era possível ver a água em
tudo. A partir disso, ele fundou um novo modo de pensar baseado na razão.

O ato de observar a natureza, a fim de propor uma possível origem racional para
tudo, fez de Tales o primeiro filósofo e impulsionou o objetivo que se tornaria comum
entre todos os pré-socráticos: formular uma possível origem racional para o mundo
por meio da observação empírica da natureza e do uso da faculdade racional
humana.

Diz a História que Tales era um exímio matemático, astrônomo e estrategista. Ele
previu, no ano de 585 a.C., o acontecimento de um eclipse total do Sol, por meio de
cálculos matemáticos e previsões astronômicas.
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Além disso, elaborou uma teoria para explicar as inundações no Nilo, e atribui-se a
Tales a solução de diversos problemas geométricos (exemplo: teorema de Tales).
Tales viajou por várias regiões, inclusive o Egito, onde, segundo consta, calculou a
altura de uma pirâmide a partir da proporção entre sua própria altura e o
comprimento de sua sombra. Esse cálculo exprime o que, na geometria, até hoje se
conhece como teorema de Tales.

Anaximandro de Mileto
Discípulo de Tales, Anaximandro (610 a.C. - 547 a.C.),
nascido em Mileto, acreditava que o universo tenha sido
criado por modificações de um princípio originário. Esse
princípio era o ápeiron (infinito). Esse primeiro princípio
tinha de ser naturalmente não-gerado, pois aquilo que foi
gerado tem necessariamente um fim. Logo esse princípio
era o princípio de todas as coisas, mas não teve um
princípio próprio, ou seja, seria um elemento feito de
“matéria infinita e atemporal”.

Anaximandro tinha um argumento contra Tales: o ar é frio, a água é úmida, e o fogo


é quente, e essas coisas são antagônicas entre si, portanto o elemento primordial
não poderia ser um dos elementos visíveis, teria que ser um elemento neutro, que
está presente em tudo, mas está invisível.

Anaxímenes de Mileto
Discípulo de Anaximandro, nascido em Mileto,
para Anaxímenes (588 a.C. - 524 a.C.), o princípio de todas as
coisas estava no elemento do ar, pois considerava que a alma é
fluída então o mundo teria um espírito fluido que também originou e
conecta tudo.
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Heráclito de Éfeso
Considerado o “Pai da Dialética”, Heráclito (540 a.C. - 476 a.C.)
nasceu em Éfeso e explorou a ideia do devir (fluidez das
coisas). Para ele, o princípio de todas as coisas estava contido
no elemento fogo.

Heráclito também acreditava que tudo é contínua mudança, isto


é, estamos numa constante alteridade. Daí surge o clássico
exemplo do rio: quando nos banhamos no rio, somos uma coisa e o rio outro;
quando banharmo-nos novamente, seremos outra coisa e o rio outra. O ser está em
constante mudança, tudo está em constante mudança.

Escola Pitagórica
Também chamada de "Escola Itálica", foi desenvolvida no sul da Itália, e recebe
esse nome visto que seu principal representante foi Pitágoras de Samos.

Pitágoras de Samos
Filósofo e matemático nascido na cidade de
Samos. Pitágoras (570 a.C. - 497 a.C.) afirma que os
números foram seus principais elementos de estudo e
reflexão, do qual se destaca o “Teorema de Pitágoras”.

Ele também foi responsável por chamar de "amantes


do conhecimento" aqueles que buscavam explicações
racionais para a realidade, dando origem ao termo filosofia ("amor ao
conhecimento").

Pitágoras de Samos acreditava na unidade entre todos os seres existente. Sua


percepção matemática levou-o a estabelecer o que unia todos os seres, a arithmós
(no caso, a matemática), ou seja, que a origem de todo o Universo estaria
em relações matemáticas, mais especificamente naquilo que dá origem a tudo
na Geometria — o ponto — junto à ideia de unidade proposta pelo algarismo 1, que
é o início por excelência. Os números são, portanto, a alma das coisas. O esforço
intelectual conseguiria unificar numericamente todas as coisas.
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Escola Eleática/Eleata
Desenvolvida no sul da Itália, sendo seus principais representantes: Xenófanes de
Cólofon, Parmênides de Eléia e Zenão de Eléia.

Xenófanes de Cólofon
Nascido em Cólofon, Xenófanes (570 a.C. - 475 a.C.) foi um
dos fundadores da Escola Eleática. Sua teoria foi dedicada
a combater o místico como forma de explicação e a ideia de
antropomorfismo (atribuir características humanas aos
animais e coisas). Para Xenófanes, o princípio de tudo
estaria na unidade e na imutabilidade. Se concebêssemos
os seres como essencialmente mutáveis, não poderia haver,
segundo o pensador, uma unidade restauradora e criadora de tudo.

A unidade restauradora e criadora era a sua concepção divina: um ser uno e


imutável, que teria criado tudo e acompanhado todas as transformações. A partir
dessa ideia, era possível pensar que as mudanças eram apenas aparências e que
tudo, no fim, estaria impregnado de apenas uma essência que definiria todas as
existências correlatas.

Parmênides de Eléia
Discípulo de Xenófanes, Parmênides (530 a.C. - 460 a.C.)
nasceu em Eléia. Focou nos conceitos de “aletheia” e “doxa”,
onde o primeiro significa a luz da verdade, e o segundo, é
relativo à opinião.

Parmênides afirmara que o ser não está em contínua


mudança, mas em estado de permanência. Parmênides
entrara em duas noções: “o que é” e “o que não é” – o
segundo revelar-se-á impossível segundo o pensamento de
Parmênides. O ser é, foi e sempre será o mesmo. O não-ser não é e nunca será. O
ser não pode vir a tornar-se outro ser, pois para ser outro ser ele teria de ser o não-
ser – e isto é uma impossibilidade lógica. Quando um ser é criado, ele já tem dentro
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de si todas as potencialidades que o definirão. Logo ele nunca se torna o que ele
não poderia vir a ser, tudo já está delimitado em sua potencialidade.

Zenão de Eléia
Discípulo de Parmênides, Zenão (490 a.C. - 430 a.C.) nasceu
em Eléia. Foi grande defensor das ideias de seu mestre,
filosofando, sobretudo, acerca dos conceitos de “Dialética” e
“Paradoxo”.

Zenão era um filósofo considerado “louco” por muitos, e até


hoje. Isso porque ele adorava formular paradoxos e fazer
jogos de lógica.

Sua teoria mais famosa é “Aquiles vs. Tartaruga – O


Paradoxo de Zenão”. Ele dizia que, por dedução lógica, Aquiles jamais alcançaria
uma tartaruga se ambos estivessem em movimento. 

Ele argumentava que a cada passo de Aquiles, a tartaruga já teria dado outro passo.
Então, independentemente do tamanho entre eles, a primeira posição da Tartaruga
(naquele exato momento e instante de tempo) já teria se modificado depois de seu
passo e seria inalcançável.

É claro que a realidade é diferente, mas Zenão valoriza o exercício da lógica. Por


mais que o pensamento estivesse errado por não corresponder aos fatos, pelo
exercício da lógica é realmente possível chegar a essa conclusão.

Escola Atomista
Também chamada de “Atomismo”, foi desenvolvida na região da Trácia, sendo seus
principais representantes: Leucipo de Abdera, Demócrito de Abdera, Empédocles de
Agrigento e Anaxágoras de Clazômenas.
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Leucipo de Abdera
Para Leucipo, existiam seres invisíveis por serem
microscópicos, indivisíveis e conhecidos apenas pelo
raciocínio. Esses seres eram, na verdade, os verdadeiros
elementos que formavam tudo o que existe por meio
da agregação. Demócrito, que estudou com Leucipo na
Escola de Abdera, foi o responsável por nomear e dar
maiores detalhes à proposta de seu mestre. Segundo
Demócrito, a palavra que melhor definia a teoria de Leucipo
era átomo, que significa, a rigor, indivisível.

Para os antigos, o átomo seria a menor partícula possível e, segundo Demócrito, o


agregado de átomos formaria tudo o que existe. Para o pensador atomista, os
átomos juntavam-se por afinidade. Nesse sentido, objetos de uma determinada cor
eram formados por átomos daquela cor, ou objetos com um determinado formato
seriam formados por átomos com aquele formato.

Demócrito de Abdera
Nascido na cidade de Abdera, Demócrito (460 a.C. - 370 a.C.)
foi discípulo de Leucipo. Ele acreditava que todas as coisas eram formadas por uma
infinidade de "pedrinhas minúsculas, invisíveis, cada uma delas sendo eterna,
imutável e indivisível". A estas unidades mínimas deu o nome de ÁTOMOS. Átomo
significa indivisível, cada coisa que existe é formada por uma infinidade dessas
unidades indivisíveis. Desenvolvendo assim, a “Teoria Atômica”.

Empédocles de Agrigento
Empédocles acreditava que a Natureza consistiria em quatro
elementos, ou “raízes”, como os denominou. Essas quatro raízes
seriam a terra, o ar, o fogo e a água.

Todas as coisas seriam misturas de terra, ar, fogo e água, mas em


proporções variadas. Assim as diferentes coisas que existem
seriam os processos naturais gerados pela aproximação e à separação desses
quatro elementos.
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Anaxágoras de Clazômenas
Anaxágoras de Clazômenas (500 a.C. - 428 a.C.),
filósofo grego do período pré-socrático. Nascido
em Clazômenas, na Jônia, fundou a primeira escola
filosófica de Atenas, contribuindo para a expansão do
pensamento filosófico e científico que era desenvolvido
nas cidades gregas da Ásia.

Afirmava que o universo se constitui pela ação


do Nous (νοῦς), conceito que geralmente é traduzido
por espírito, mente ou inteligência. Segundo o filósofo, o Nous atua sobre uma
mistura inicial formada de sementes que contém uma porção de cada coisa. Assim,
o Nous, que é ilimitado, autônomo e não misturado com nada mais, age sobre estas
sementes ordenando-as e constituindo o mundo sensível. 
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Conclusão

A filosofia nascida com esses primeiros filósofos deu origem a toda uma produção
de conhecimento e de representação da realidade. Toda essa construção serviu
como base para o desenvolvimento da cultura ocidental. As ideias dos pré-
socráticos impulsionaram, por exemplo, as ciências da natureza, ao mostrarem que
a resposta para as perguntas naturais não se encontra fora deste mundo, mas na
própria natureza.

Além da importância científica, há também uma importância histórica que valoriza o


período Pré-Socrático devido à sua relevância para a constituição de toda a Filosofia
posterior.

Como os objetivos dos pré-socráticos eram os mesmos, as suas principais ideias


eram parecidas. Todos eles estavam buscando a formulação de um raciocínio para
o surgimento do Universo por meio da cosmologia. Há uma dificuldade de
estabelecimento preciso e aprofundado acerca das ideias dos pré-socráticos, pois
muitos deles deixaram poucos escritos, e muitos escritos sumiram, foram destruídos
ou se encontram, hoje, em confusos fragmentos.

Com base no que foi apresentado ao longo do trabalho, vemos que por mais que
todos esses filósofos estivessem tentando solucionar uma mesma pergunta “qual a
origem do universo?”, todos eles tinham teorias diferentes sobre ela. Não existe
nenhuma que seja comprovada que de fato seja a resposta para tal dúvida, porém
através de seus pensamentos podemos refletir por possíveis explicações.

Sendo assim, para resumir suas teorias em uma só palavra, podemos falar que
Tales acreditava que a água que tenha sido a origem do universo; Anaximandro, o
ápeiron; Anaxímenes, o ar; Heráclito, o fogo; Pitágoras, os números; Xenófanes, a
imutabilidade; Parmênides, ser ou não ser; Leucipo, seres microscópicos;
Demócrito, Átomos; Empédocles, quatro elementos; Anaxágoras, A mente cósmica
(Nous)

O grupo chegou à conclusão que o filosófico que melhor explica a origem do


universo, é Pitágoras. Para Pitágoras, o Universo é um todo organizado e
numericamente compreendido. Os números estão na origem de tudo, desde a
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configuração espacial das coisas até a sua composição. Os números naturais são
toda a origem e logicamente existentes e infinitos.

Nós julgamos essa teoria, a partir do nosso conhecimento e forma de avaliação,


como a que demonstra maior sentido e mais coerência quando comparada com as
dos outros filósofos. Assim acreditamos, pois cada coisa, não é o que é por conta
dos seus elementos naturais, mas sim pela estrutura/forma e proporção os quais são
combinados. Isso pode ser explicado e interpretado numericamente e
matematicamente.

Se o universo é uma criação, então precisa ter princípios organizacionais


governando sua estrutura.

Com a ajuda da matemática foi possível descobrir, quantificar e sistematizar padrões


como: as quatro estações, os doze meses do ano, as vinte e quatro horas do dia,
entre muitas outras descobertas

São as leis numéricas que regulam os tempos da incubação do feto nos animais, os
ciclos do desenvolvimento biológico e vários fenômenos da vida.

Os pitagóricos fizeram muitas descobertas que hoje em dia ainda são válidas e
usadas no meio acadêmico, como por exemplo: razões e proporções, números
quadrados e cúbicos, proporção áurea, (conhecida como o número de ouro onde a
soma dos segmentos é dividida pela parte mais longa e obtido um resultado de
aproximadamente 1,618), o princípio dos triângulos retângulos, etc.

A partir da observação da natureza, descobrimos que ela é cheia de padrões, tais


como a sequência de Fibonacci – uma série de números em que cada um
representa a soma dos dois números anteriores. Muitas formas naturais, desde
alcachofras até galáxias, seguem esse padrão.

O mundo não vivo também se comporta de uma forma matemática. Se você jogar
uma bola de beisebol no ar, ela segue uma trajetória aproximadamente parabólica.
Planetas e outros corpos astrofísicos seguem órbitas elípticas.

Os números não explicam somente os componentes do universo, mas o universo


em si.

“A primeira equação de Friedmann descreve como, com base no que está no


universo, sua taxa de expansão mudará com o tempo. Se você quiser saber de onde
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o universo veio e para onde está indo, tudo o que você precisa medir é como está se
expandindo hoje, e o que está nele. Essa equação permite que você preveja o
resto.”

A matemática pura e a aplicada sempre impulsionaram juntas o desenvolvimento do


nosso entendimento do universo e quando dominamos o cálculo começamos a
dialogar com as leis universais e não mais apenas observá-las.
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Bibliografia

MENEZES, Pedro. Filósofos Pré-Socráticos. Toda Matéria. Disponível em:


https://www.todamateria.com.br/filosofospresocraticos/#:~:text=Os%20fil%C3%B3sofos%20pr

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mar. de 2023.

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DUTRA, Gabriel. Os Pré-Socráticos. Ítalo Brasileiro. Disponível em:


https://italo.com.br/blog/filosofia/os-pre-socraticos/ Acesso em 11 de mar. de 2023.

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https://mundoeducacao.uol.com.br/filosofia/presocraticos.htm Acesso em: 11 de mar. de 2023.

CONHEÇA OS FILÓSOFOS PRÉ-SOCRÁTICOS E ENTENDA AS SUAS TEORIAS!


Beduka, 2021. Disponível em: https://beduka.com/blog/materias/filosofia/filosofos-pre-

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https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/xenofanes.htm#:~:text=Para%20Xen%C3%B3fanes%2C%20a

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BATISTA, R.; BATISTA, R.; ALMEIDA, M. O NASCIMENTO DA FILOSOFIA OU


BREVE CRÔNICA HISTÓRICA DO PENSAMENTO ORIENTAL. Disponível em:
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Filósofos pré-socráticos: quem são, resumo e mais! Disponível em:


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CHAUI, M. INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA FILOSOFIA DOS PRÉ SOCRÁTICOS


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