Está en la página 1de 56

F r i e d e r i k e Bauiann

T e r r a t e n i e n t e s , campesinos
y l a expansión de l a a g r i c u l t u r a c a p i t a l i s t a
e n Chiapas, 1896-1916

La integración de América Latina en e l sistema económico mundial, des-


pués de 1870, t r a j o cambios fundamentales a l a sociedad rural. Lr>snuevos
mercados e x t e r n o s e i n t e r n o s para l o s productos agrlcolas estimularon e l
crecimiento del capiralisno agrario, e l cual llevó a grandes cambios en el
uso de l a t i e r r a y l a fuerza de trabajo. Estos cambios afectaron profun-
damente l a s condiciones materiales de l a población r u r a l , tanto l a s de l o s
residentes de l a s haciendas cano l a s de l o s campesinos en l a s aldeas.
En s u s esfuerzos por amentar l a producción, l o s terratenientes u t i l i -
zaron d i v e r s o s métodos para adquirir t i e r r a s y trabajadores, a menudo con
el a p o p de l o s gobiernos nacionales y l o c a l e s . Dependiendo de l a s condi-
c i o n e s en una determinada región, l o s métodos i n c l d a n l a apropiación de
l a s t i e r r a s de l a s aldeas, e l reclutamiento forzado de mano de obra y l a
r e t e n c i ó n de l o s trabajadores, aunento en l a carga de trabajo y una d i m i -
nución en l a s caopensaciones no monetarias, pero también un crecimiento de
l o s incentivos en efectivo. l
F r i e d r i c h Katz dtimostró que l a s condiciones r u r a l e s en México, después
de 1880, variaban de acuerdo a l a demanda de trabajo, densidad de l a pobla
c i ó n y a l t e r n a t i v a s económicas disponibles para l o s trabajadores. ~ s t a ;
podían ser desde un s a l a r i o por e l trabajo l i b r e , en el norte, hasta l a
v i r t u a l esclavitud, en el sur. A s l , mientras en e l norte l o s terratenien-
t e s tensan que competir por l o s trabajadores con l a s oportunidades que a
e s t o s l e s ofrecPan l a s minas y la industria en l o s EE.UU., l o s hacendados

A u s t r l a c a nacionalizada estadounidense, Friederike Bamann e s can-


didata al doctorado en historia r l a U n i v e r s i t o f C a l i f o r n i a , Davis.
P" Y
Actualmente s e encuentra real zando investigac ones en México, gracias a
una beca Fulbright.
1 Véase, por ejemplo , Kemeth Duncan y Ian Rudledge, eds., Land and
Labor in Latin America: Essays on the Developsent of Agrarian Ca i t a l i a m
i n the Nineteenth and TíRmtieth Centuries (Cambridge: Cambridge iversi-
t y 1977). Arnold J. Bauer, 'Rural Workers i n Spanish America: Problems
e,
o$ Peonage and Op r e s s i o n " , H4üR 59 (1979): 3: 34-63, revisaala reciente
g
l i t e r a t u r a acerca el tema. Véase también: Belli e r i Marco Del peonaje
al salario: e l caso de San Antonio Tochatlaco d~?~1880 a 1$20", R e v i s t a
Mexicana de C i e n c i a s P o l l t i c a s y Sociales 29 (1978): 121-36; y Gufllermo
Náílez Falcón, "Erwin Paul D i e s e l d o r f f , German Enterpreneur i n the Alta
Verapaz o f Guataala, 1889-1937" (disertación de doctorado, Tulane Univer
s i t y , 1970)s
La expansión de la agricultura capitalista en Chiapas 9

en Morelos podfan disponer de una raapr y desenipleada fuerza de trabajo en


a l d e a s que dependían de ingresos suplementarios para su supervivencia. En
l a s r e g i o n e s t r o p i c a l e s d e l sudeste, donde l a población era e x a s a y l a
demanda de t r a b a j a d o r e s aumentó súbitamente con l a producción de frutos
tropicales destinados al mercado mundial, l o s hacendados emplearon duros
métodos c o e r c i t i v o s para hacerse de l a fuerza de trabajo que necesitaban.
Cuando l o s hacendados contaban con l o s servicios de una red de empleados
p ú b l i c o s y c o n t r a t i s t a s , l o s trabajadores enganchados fueron reducidos a
l a e s c l a v i t u d , como sucedió en l a s plantaciones de hene&n y tabaco vi-
s i t a d a s por K. Turner en 1909. Semejantes condiciones existfan en l a s
z o n a s d e e x t r a c c i ó n de madera de l a s s e l v a s de Tabasco, Campeche y
chiapas.
Las condiciones económicas, demogrsficas y p o l í t i c a s , y el grado de
c o n t r o l que tenPan l o s t e r r a t e n i e n t e s sobre e l mercado de trabajo, no
fueron l o s únicos f a c t o r e s que detezlainaron las condiciones del trabajo
r u r a l . Aigunos autores han sesalado que también eran muy importantes l o s
v a l o r e s y l a s a c t i t u d e s de l o s terratenientes, aldeanos y trabajadores. 3
A menudo, sabemos de e l l o s sólo por l o s informes de l o s observadores ex-
t r a n j e r o s . ML a r t f c u l o presenta una perspectiva diferente, ya que t r a t a
de l o s problemas de l a s relaciones terratenientes-trabajadores, t a l y como
fueron v i v i d o s por l o s m i m o s protagonistas históricos, en una época de
r á p i d a expansión de l a econa~líaagraria en Chiapas, S x i c o . Dos grupos de
t e r r a t e n i e n t e s , l o s miembros de l a é l i t e local y l o s empresarios a l m m e s ,
d e j a r o n testimonios en l o s que analizan l o s problanas de trabajo que twie
ron que confrontar. Esto nos permite estudiar más de cerca l a s opiniones,
actitudes y acciones de l o s representantes de l a s c l a s e s p r o p i e t a r i a s de
tierras, y obtener un mapr conocimiento de l a realidad social de Chiapas,
el e s t a d o que t i e n e l a reputación de contar qui&s con l a s peores condi-
ciones de trabajo en S ~ i c o . ~
Chiapas, en 1896, s e encontraba aislada del resto de %xico, estando
a t r a s a d a en BU desarrollo económico. Este desarroilo se vela obstaculizado
por e l t e r r e n o extremadamente áspero y l a f a l t a de vPas de comunicación.
Solamente l o s rPos Usumacinta y Grijalva, en l a s regiones tropicales, po-

2 F r i e d r i c h Katz "Labor conditions on Haciendas in Porfirian Mexi-


co: Some Trends and 'fendencies", MüR 54 (1974): 1: 1-47. Véase también
Thomas Ben jamin, "El trabajo en f a s monterfas de Ghiapas y Tabasco, 1870-
1946" (manuscrito inédito).
3 Bauer, "Rural Workers", p. 48.
4 Mois6s González Navarro, E l P o r f i r i a t o : La vida social (México:
E d i t o r i a l Hennes, 1955, v o l . I V de l a H i s t o r i a moderna de México), pp.
226-28.
,:
.,,
.-
.-,
5,
*, 10 Friederike Baumann
..~,
.,,
.:,.,
i
:, t
:
5: d í a n s e r u t i l i z a d o s para e l transporte. E l puerto de San Benito era-uno
..'I
j: de l o s peores que había en l a costa occidental americana. Por e l camino
~:
. que conectaba Tuxtla Gutiérrez con e l tren del istmo de Tehuantepec 610
..
~,,
%,

podían t r a n s i t a r carretas de bueyes (ver Mapa 1). Las demás caminos 1610
.
:,,
, ,, podían ser utilizados por recuas de mulas y cargadores indígenas, y muchos
de e s t o s únicamente eran transitables durante l a época seca del De
un t o t a l de aproximadamente 300,000 habitantes con que contaba e l e s t a d o ,
más de l a mitad e r a n i n d ~ g e n a s . ~Un 99 por ciento de l a población vivía
de l a agricultura. Las grandes haciendas eran escasas: l a mayoría de l a s
propiedades e r a n de tamaíío mediano y por l o menos e l 40 por ciento de l a
población vivía en comunidades independiente^.^ La rama más importante de
l a economía e r a l a crianza de ganado vacuno, mulas y cerdos para l a venta
en Tabasco y exportación a Guatemala. De l o s productos agrarios, e l a&
c a r e s t a b a d e s t i n a d a a l consumo l o c a l y para l a elaboración del famoso
a g u a r d i e n t e "Comiteco". En algunas regiones del estado se producían &u-

5 Unicamente b a r c a z a s odían entrar al puerto de San Benito. Karl


Kae e r en su obra LandwirtacEa f t und Kolonisation im Spanf achen Amerika
( ~ e ? p z $ ~ , 1901), 11: 556-57, menciona l o s roblemas que se o r i inaban del
B E
r a n o l e a j e l o s fuertes vientos que azota an l a costa. A menu%o se daña-
Ea o s e per í a l a carga que era transportada del puerto a l a s eabarcacio-
nes que se encontraban mar adentro. B. Traven, en s u s n o v e l a s d e l c i c l o
de l a caoba, da una detallada descri ión de l a s horribles condiciones en
F
que s e encontraban l o s caminos en Ch apas y l o s roblemas que estos cami-
?
nos representaban para hombres y b e s t i a s en e l S stema de t r a n s o r t e de
c a r r e t a s y de bueyes recuas de mulas y cargadores indígenas.
e.emplo, La c a r r e t a ( ~ e x i c o : Compañía General de Ediciones 1962) y Mar
4' ease, por
4
c a a l imperio de l a caoba (Mexico: E d i t o r i a l D i a n a , 1473).
6 Los censos de 1890 dan una wblación t o t a l de 276.789 Dersonas. de
l a s cuales el 42 por ciento son consideradas blancas o m e s t i z a s ( l a d i n o s )
e l 58 o r c i e n t o indígenas. Vease W i l l i a m W. B am, A Sketch of thé
L a t e o f C h i a p a s (Los Angeles. 1897) 22. J. f.iI García Soto, en su
d i
Geo r a f í a g e n e r a l de Chiapas k x i c o , 'l<P6'9), p. 3 ofrece l a s siguientes
c i r a s d e población: en 18 9, 299,941; en 1895, 319,599; en 1900,
360,799; y en 1910, 438,843.
7 E l anuario estadístico de 1903 enunera 4,794 haciendas y ranchos, y
1,571 ropiedades s i n c l a s i f i c a r ; mencionado en Alicia Hernández Chávez
,!'
"La de ensa de l o s finqueros en Chiapas: 1914-192OW, Historia Mexicana 24
(1979): 336. La misma autora c i t a un tmaSo promedio de 385 hectáreas
r a l a s f i n c a s a g r a r i a s y de 3,575 hectáreas para l a s de ganado (p. 33 ). Y-
Muchas de l a s grandes propiedades eran concesiones de t i e r r a s en l a s r
n e s s e l v H t i c a s de Palenque, Comitán, Pichucalco, etc., y algunas de el a s
yii"
estaban abandonadas (nota 2 p. 337). No existen datos sobre l a s t i e r r a s
pertenecientes a l a s comunidades indtgenas, aunque Frank Tannenbaum afirma
que en 1910 e l 36.2 por ciento de l a población t o t a l de Chiapas vivía en
comunidades independientes, 4.1 por ciento en "otras cmunidades r u r a l e s "
(población i n f e r i o r a 4,000 habitantes 59.7 r ciento en haciendas;
Mexican Agrarian Revolution (New York: 1%
r c n Boo , 1929), p. 467.
La expansión de la agricultura capitalista en Chiapas
Friederike Baumann

t o s t r o p i c a l e s para l a exportación, entre e l l o s v a i n i l l a , cacao, tabaco y


c a f é ; e s t e Último especialmente a todo l o largo de l a frontera del lado
d e l P a c l f i c o con Guatemala. También se exportaban maderas preciosas y
t i n t ó r e a s (palo t i n t o y caoba) .8
Desde 1880 deseaban l a s autoridades de Chiapas promover e l desarrollo
económico en su estado. Despds de haberse resuelto e l problema de 1f.mi-
t e s con Guatenrala en 1882, e l gobierno chiapaneco vendió grandes extensio-
n e s de t i e r r a s públicas a compañlas de desarrollo agrario y colonización.9
Se h i c i e r o n c o n t r a t o s para l a construcción de l l n e a s férreas, a s í cano
p a r a e l establecimiento de un banco agrPcola.lo Chiapas también participó
en l a Exposición I n t e r n a c i o n a l de P a r l s en 1889, con e l f i n de a t r a e r
i n v e r s i o n i s t a s extranjeros.ll En 1891, e l joven gobernador Emilio Rabasa,
un p r o t e g i d o de P o r f i r i o Dlaz, i n t e n s i f i c ó el programa de desarrollo a
t r a v é s de reformas fiscales, l a construcción de carreteras, l a ampliación
de l a r e d de telégrafjos y teléfonos y l a educación pública. Rabasa t r a s
l a d ó l a c a p i t a l de San Cristóbal, en e l altiplano, a Tuxtla Gutiérrez, e l
c e n t r o de l a actividad económica a l o largo de l a parte a l t a del r l o G r i -

8 Datos d e l congreso r l c o l a (Tuxtla Gutiérrez 1896) p. 45; k o


"li
Waibel " D i e Sierra Madre de Ch apas" Mitteilungen der &o r a h s c Ge-
s e l l s c h a f t 43 (1933): 98-99; H. J. &ewig Zwanzig Jahre <ieu!scher Kolo-
~
nisationsarbeit und d i e Kaf feekul t u r im Soconusco", Tropenpfianzer 16
(1912): 139-40. Byam, en The S t a t e of Chiapas, ofrece un corto resumen
sobre l a producción agraria de cada d i s t r i t o en 1897.
9 La l l n e a fronteriza fue establecida en e l terreno, en l a r e ión del
P a c l f i c o en 1893 (véase Waibel, Die S i e r r a Madre, pp. 113-149. A l o
l a r g o d e i r l o Usumacinta, donde estaban involucrados intereses de monte-
r l a , hablan controversias todavfa en 1894. Véase Staatsarchiv de Hamburgo
Handelspolitische Abteil C . 1 1 1 C.39, P-II14/94, c a r t a de Minoclas a
Caprivi (15 de octubre d 3 & 9 4 J .
Solamente l a Compañía e Colonización Mexicana, de Chiapas recibió
200,000 h e c t á r e a s d e t e r r e n o s a l o l a r o de l a costa del ~ a c ~ f j c oLuis
.
Nicolau d s O l w r e t . al, E l Porfiriato: f a vida econbmica, 2 tomos (Méxi-
co: E d i t o r i a l Hermes, 1965, vol. VI1 de tlistoria moderna de México), 11:
1108-09. Sin embargo, ya en 1896 se encontraba e1 gobierno muy insatis-
fecho con e s a s concesiones. Todo parece i n d i c a r que solamente muy pocas
compakías hablan cumplido con l a s estipulaciones de sus contratos. A pesar
de e s t o , e l gobierno no se encontraba en sibilidad de revocarlos y ven-
!?
d e r c o n t r a t o s a nuevas em resas; vOase b s é s T. de l a Peka Chispas Eco-
nómico (Tuxtla Gutiérrez: fjepartamento de Prensa y Turiano, 19511, p. 335.
10 Ninguno de e s t o s r o y e c t o s se m a t e r i a l i d . E l ferrocarril a l o
l a r g a de l a c o s t a d e l ~ a c f f i c ono fue construido sino hasta 1908. Véase
&moría del Gobierno del Estado de Chiapas, 1888 y 1889.
11 E l pabellón mexicano e x h i b l a 1.9 f i g u r a de un indPgena chamula,
s e Ún e l comentario de Henri Favre, e l símbolo de una fuerza de trabajo
E
l a o r i o s a y g r a t u i t a en busca de un empresario"; Changeaent e t contfnuité
chez les Mayas du Mexique (Paris: Editions Anthropos, 1971) , p. 12. E l
obernador e s t a t a l se lamentó más tarde de que, pese a e s t e esfuerzo u
P
h i c i t a r i o , n i una s o l a empresa f r a n c e s a habla i n v e r t i d o en l a reg ón
hasta entonces.
-
La expansión de la agricultura capitalista en Chiapas 13

jalva.12 Entre 1892 y 1894 emitió Rabasa una s e r i e de decretos con e l f i n


de reorganizar l a tenencia de l a t i e r r a en el estado, l a llamada " l e y de
e j i d o s " . E s t a l e y fue concebida para establecer l a propiedad de la t i e
r r a , r e u b i c a r en a l d e a s a l a s familias que vivlan en caserlos dispersos,
y, l o inás importante, para convertir l a s t i e r r a s e j i d a l e s de l o s i d g e n a s
en propiedad privada13
En diciembre de 1895, e l e l e c t o s u c e s o r de Rabasa, Francisco León,
d e c i d i ó abordar un problema de "importancia trascendental": convocó a l a
reunión de un Congreso Agrario, con e l f i n de investigar todo l o c o n c e r
n i e n t e a l a situación laboral en Chiapas, e l "sistema de mozos o sirvien-
tes adeudados" .14 Independiente de su e s p í r i t u reformista, l a acción de
León e s t a b a motivada por e l deseo de cambiar l a imagen de Chiapas p r o p o r
cionada por l a prensa mexicana, l a imagen de un estado a t r a s a d o , en donde
l a s condiciones laborales rayaban en l a esclavitud.15
Ochenta y ocho representantes de municipios de l o s once departamentos
d e l e s t a d o s e reunieron en Tuxtla G u t i é r r e z durante veinte dSas, en l a
primavera de 1896, para d i s c u t i r e l problema en un congreso y aportar su-
g e r e n c i a s r e s p e c t o a l a s medidas que debía adoptar e l gobierno e s t a t a l .
Tres cue s t i o n a r i o s preliminares fueron presentados a l o s delegados, quie-
n e s e l i g i e r o n cinco preguntas como base para l a discusión. Fueron e l e c t a s
dos comisiones, l a s que presentaron s u s c o n c l u s i o n e s a l o s miembros d e l
Congreso. Como resultado, fue redactada una l e y preliminar sobre el si-
tema d e mozos adeudados, que aprobaron l o s delegados por votación.16 Los

1 2 Thomas Benjamin, en su obra "Passages t o Leviathan: Chiapas and


t h e Mexican S t a t e , 1891-1947" (desertación de doctorado Michigan State
U n i v e r s i t y , 1981), canenta l a s intenciones y l o ros de Ra6asa corno r e f o r
Y&.
mador l i b e r a l
finqueros", p.
ii
41-54). Mase tambi& Hernán ez C., "La defensa de l o s

13 Memoria, t. 28 (1891-97 Benjamin i n v e s t i a l a división de las


t i e r r a s canunaies en "Passages t o k v i a t h a n " , pp. d.
6
14 C i r c u l a r neÚm. 6 7 de dicianbre de 1895) en Memoria, 1898. Ben-
jamin comenta e l intento el gobernador León, las a c t a s del congreso y e l
papel de DSaz en su resultado; "Passages to Leviathan", pp. 67-72.
15 J o s é María Lozano, un famoso abo ado se r e f i r i ó a las
diciones laborales en Chiapas en su traba$ "El k r e e h o d e l Hombre
mias
. con-
Los
r i ó d i c o s de l a ciudad de México tomaron parte de esa información
f e i c i a r su campaiía de prensa. Véase Peña, Chiapas Económico, p. 3 5 r y
Benjamin, "Passages to Leviathan", pp. 65-66.
16 Las a c t a s d e l Congreso Agrlcola, efectuado del 23 de marzo al 21
de a b r i l de 1896, e s t % n impresas en Datos del Congreso Agrlcola (Ttnrtla
G u t i é r r e z , 1896), contenidos en Archivos de Chiapas, Biblioteca "Orosco y
Berra", "Docunentos relativos al Congreso Agrlcola de Chiapas", t. IX. ik
a uP en a d e l a n t e citareotos E A y l a página correspondiente e n t r e pareite-
4
s s. E l mencionado material consiste de cwstionarios, discursos prepara-
dos por l o s miembros de las dos canisiones y sus conclusiones; una apasio-
Friederike Baumann

participantes eran e l l o s mimos terratenientes o personas i n t e r e s a d a s e a


e l problema (DCA, p. 30). Dieciocho de e l l o s eran abogados; por l o menos
seis e r a n propietarios de fincas de caiía de azúcar.17 Las discusiones se
c e n t r a r o n en: 1) si e l sistana de mozos adeudados realmente merecfa ser
considerado como e s c l a v i t u d y violaba l a constitución; 2) si e l sistema
e r a antieconómico; y 3) s i ya e r a hora de eliminar e l sistana y de q d
manera podfa e s t o llevarse a cabo (=A, pp. 19 y 20).
Todos l o s miembros de l a comisión se mostraron de acuerdo en que por
r a z o n e s morales, económicas y sociales, e l sistana de mozos adeudados que
t o d o s empleaban e r a "un positivo mal para l o s intereses generales de Chia-
p a s " , l 8 rechazando rotundamente l a s acusaciones de l a prensa mexicana de
que en Chiapas e x i s t l a l a esclavitud, pese a que diferlan en su evaluación
de l o cercano que e l sistana se asemejaba en l a práctica a l a esclavitud.
Según uno de e l l o s , "sólo e l desconocimiento de l o s hechos legales" podla

nada p e t i c i ó n de acción por parte de uno de l o s secretarios del Congreso,


L. ibmlnlruez. de Comitán: e l texto de l a l e y redactada Y l o s comentarios
de s u arrocinador M. Cruz, de Pichucalco; una propuekta para e l esta-
b1ecimf)ento de un banco r a r i o por F. Rincon, de Mexcalapa. La primera
"1
comisión emitió una conclus ón conjunta; l a segunda estaba dividida y cada
miembro presentó su propia conclusión. E l l i c . Clemente Robles, e l mi-
.
bro más conservador de l a se unda comisión, representaba a San Cristóbal y
Ci
a municipios en Chiapa Ch 1Ón Y Simo iovel . b s demás miembros de l a s
Mexcalapa
iY
frutos trop cales.
P"
comisione's r e resentaban a l o s de rtamen'tos de Soconusco Pichucalco y
P a s r e g i o n e s p e r i é r i c a s de Chilón, en donde se cosechaban
17 Sus nombres aparecen en e l Directorio o f i c i a l de haciendas y ran-
chos d e l a RepGblica Mexicana (México, 1901) de John R. Southúarth, quien
para Chiapas solamente menciona fincas de caha de azúcar. De l o s tres re-
p r e s e n t a n t e s de Soconusco, uno posePa una finca de c a E , l o s o t r o s dos
una f i n c a d e caña de azúcar y o t r a de ganado; Anuario ~ s t a h t i c o(Tuxtla
*
Gutiérrez, 1908).
18 Robles enumera s i e t e d i s t i n t o s tipos de contratos de mozos: 1)
9 d
b a l d l o s , aquellos ue adeudaban t r e s dPas de traba o a l a semana, a cambio
de l a v i v i e n d a , t e r r a y l i b r e explotación de pro uctos del bosque (miel,
c e r a , madera, c a l , caucho, piedra, e=.); 2) mzos, l o s que recibfan c i e r
t a cantidad de dinero adelantado a cambio de trabajo, y anaban un s a l a r i o
y r e c i b l a n r a c i ó n de comida de acu~irdocon l a c a l i da i y l a cantidad del
t r a b a o realizado e l clima del 1 ar; 3) mozos semaneros, quienes vivían
d 1 '?
(pul an) en pob aciones" y t e n an que t r a b a j a r para el terrateniente
cuando é s t e l o s n e c e s i t a r a o pagarle 9 reales
r
trabajo; 4) quinceros o meseros, aquellos que t r a ajaban medio tiempo para
su propio beneficio, deveiigando un determinado salario y l a ración; 5) me-
semana cuando no habla

dio mozos, l o s que trabajaban medio tiempo o media tarea ganando l a mitad
d e l s a l a r i o y de l a ración (algunos trabajaban 3/4 de f a "tarea" estable-
c i d a , con l a aprobación de otros "mozos"); 6) jornaleros a quienes se l e s
pagaba diariamente o a l final de l a un s a l a r i o de 1 8 a 50 centavos
y 72 emeleados de mapr c a t e o r l a , t a l e s como "caporales", "p-
teros ,
por ci!aj,
caud 110s "m rdomts"
d" adhnistradores", quienes deven aban
s a l a r i o s que dependían e l a l o c d i d a d , suelo, clima, mercado laboraf,etc.
La expansión de la agricultura capitalista en Chiapas 15

l l e v a r a l a prensa a hacer semejantes acusaciones (DCA, p. 22). Robles,


argumentando desde e l punto de v i s t a jurldico, consideraba e l sistema can-
pletamente dentro de l a tradición l i b e r a l y constitucional, cano un simple
acuerdo contractual. Los mozos adeudados eran ciudadanos i g u a l e s a todos
l o s o t r o s mexicanos; l a única diferencia e r a " l a ignorancia, l a pobreza, y
alguna deuda más o menos exagerada, que e s común, no sólo a l a raza indf-
gena, sino a l a civilización de l a República también" (EX,p. 36). Manuel
Cano, de bxcalapa, consideraba i l e g a l l a forma en que eran hechos l o s con -
t r a t o s , porque ocasionaban la pérdida de l a libertad del hombre (=A, p.
28). L. Domlnguez, e l m á s fuerte c r l t i c o del sistema y autonombrado re-
p r e s e n t a n t e de l o s oprimidos, quienes "por su ignorancia no podlan mandar
delegados", llamó a l sistema "monstruoso, una enfermedad social y una
negación d e l progreso", "contra l a civilización y el principio moral", y,
"en l a p r á c t i c a e s t á f u e r a de l a libertad del hombre". Existlan abusos
"que de hecho nos hacen volver l a v i s t a con horror", pero no constituían
l a r e g l a (DCA, p. 22). M f e s t a c i o n e s e x p l f c i t a s acerca de abusos, s i n
embargo, solamente se haclan en referencia a l o s comí'tidos por l o s mozos
(por ejemplo, se decla que abusaban de su derecho de p a t r i a potestad y da-
ban en contrato a sus h i j o s con tal de ganar dinero para g a s t o s urgentes,
y que con e s t e mimo propósito l o s indlgenas otorgaban con mucha facilidad
a s u s h i j a s ) . Se consideraba que no sólo l o s mozos eran l o s oprimidos por
e l s i s t e m a l a b o r a l . b n u e l Cruz decfa que l a vlctima e r a e l propietario,
no s ó l o porque t e n l a que hacer adelantos de grandes s w s de dinero s i n
percibir intereses y estaba expuesto a perder parte d e l c a p i t a l i n v e r t i d o
e n l a c o n t r a t a c i h de trabajadores si alguno de l o s mozos morfa, sino t a w
b i e n porque e l mow, una vez contratado, consideraba que tenla "derecho a
reclamar de quien l e acomodaba todo cuanto un h i j o exigente y desconsi-
derado e s capaz de exigir de su padre" (m, p. 96).
Más f u e r t e y unánime fue condenado e l sistema en e l campo económico
(DCA, p. 21). Todos l o s participantes al cougreso l o encontraron un de-
trimento para e l progreso, para e l bienestar del estado y para l a r i q u e z a
p ú b l i c a , pues inmobilizaba grandes sumas de dinero y reducla l a producti-
vidad de l o s trabajadores. E l peor aspecto e r a e l drenaje de c a p i t a l . La
deuda e r a c a p i t a l estancado que no podía ser invertido en el desarrollo
económico, como, por ejemplo, l P n e a s f é r r e a s ( K A , pp. 69 y 113). Se
estimó que c i n c o m i l l o n e s d e pesos s e encontraban i n e r t e s cmo c a p i t a l
muerto, "ya que l a deuda e s e l principal elemento de vida en l a s f i n c a s y
e l 99 por c i e n t o de quienes pagan impuestos trabajaban en l a agricultura"
Friederike Baumann

( E A , pp. 32, 69 y 134) .19 E s t a swna incluía deudas que variaban desde
menos de c i e n pesos h a s t a " t r e s c i e n t o s y más, y hasta ochocientos y mil
como en e l departamento de Pichucalco" ( E A , p. 145). Los motivos para
e s t a amplia e s c a l a e r a n l a e s c a s e z de trabajadores en algunas regiones,
d i f e r e n c i a s en l a s necesidades de l o s t r a b a j a d o r e s y variedad en l o s
c o s t o s de vida.20 E l capital invertido en mano de obra no estaba seguro.
En c u a l q u i e r momento podían perderse grandes sumas por muerte o fuga de
mozos. E l p e l i g r o de pérdidas de dinero a causa de l a muerte de un mozo
e s en f a t i z a d o repetidamente, l o que implica que l a s deudas no eran trans-
mitidas a l a siguiente generación (EA, pp. 30 y 148).
E l c a p i t a l invertido en costos de mano de obra no producfa suficientes

19 Para Pichucalco da Cruz l a c i f r a de 2,000 m z o s con una deuda de


500,000 pems, o si se incluye a sus f a m i l i a r e s , de 10,000 personas
una pob a c i ó n t o t a l de 21 391, según Byam; The S t a t e of Chiapas, p. 4 )
Para todo e l estado, Cruz calcula l a cantidad de 100,000 e r s o n a s o sea
(id:
aproximadamente una tercera parte de l a población t o t a l $EA, p. 104). ~i
r i s t r o de deudas en 1898 muestra un t o t a l de 34 093 m z o s que deben 3.3
"K
m i l o n e s de pems; Peña, Chiapas Económico, p. 361. González N. en La vi-
da social, p. 232, da l a c i f r a de 31,512 mozos adeudados en 5,837 f i n c a s ,
s i n i n c l u i r e l Soconusco. Para e s t e Último d i s t r i t o
2,365 "peones de campo" en 1898 (Menioria del Estado de Chiapas,
s e toma l a c i f r a de una población t o t a l de 319,000 permnas
c á l c u l o de Cruz de cinco rmnas por familia se l l e g a a l a
que más de l a mitad de
sistema de trabajo.
E población ( e l 52 por ciento) vivía bajo e s t e
-
20 1 u a l e s razones fueron dadas para rechazar repuestas de estable-
$
c e r un safario mínimo. Cruz explicó que únicamente a o f e r t a y l a demanda
podían r e u l a r l o s s a l a r i o s : a h í donde hubiera muchos "brazos" y pocas
J
c tura y l a
p.
em r e s a s o s s a l a r i o s serían bajos, mientras que donde floreciera l a agri-
b l a c i ó n fuera escasa subirían l o s salarios. Otro factor
regulador de Es s a l a r i o s l o constituía e l modo de vida de l a población y
el clima imperante; por ejemplo, en aquellas regiones donde l o s indígenas
v i v í a n en forma primitiva, comiendo por l o general sólo t o r t i l l a s y usando
por toda ropa un saco que les duraba cinco años o más, e r a natural que l o s
s a l a r i o s fueran bajos comparados a l o s de l o s mozos que t r a b a j a b a n a l o
l a r g o de l a c o s t a , quienes coniían mejor estaban acostunbrados a v e s t i r
r o a confeccionada en ffibricas modernas. &uz comparó l o s s a l a r i o s deven-
d o s en ambas zonas con e l f i n de subrayar su punto de v i s t a ( E A , pp.
f08-09) :
Pichucalco Las Casas
Interés en l a deuda (2 por ciento mensual) 6.00 2.00
Salario en efectivo 1.50
6
ñaciones 400 mazorcas de maíz y 12.5
l i b r a s e f r i -i o l v sal
Renta de casa
1.00
0.25
Renta de t i e r r a (mapa) 0.25
Total 5.00
E l a n t i c i p o promedio en Pichucalco era 300 pesos en Las Casas, 100 pe-
s o s ; mientras e l salario diario era 50 centavos y b 2 / 3 centavos, respec-
tivamente.
La expansión de la agricultura capitalista en Chiapas 17

b e n e f i c i o s (DCA, pp. 28 y 69). E l consenso general era que l a productivi-


dad de l o s t r a b a j a d o r e s e r a b a j a pero sólo pocos delegados consideraron
que l a innata "indolencia" de l o s trabajadores f u e r a l a causa de su poca
disposición para el trabajo. Li mayorla culpó el "estado no libre" de l o s
mozos o l a manera de l o s mozos de hacer uso del sistema d e adeudamiento,
e s t a n d o convencida de que un sistema de trabajo l i b r e incranentarfa l a
productividad. Algunos pensaban que l a condición permanente de f a l t a de
l i b e r t a d desuoralizaba al trabajador: s i n libertad de movimiento, el tra-
b a j a d o r e r a un paria en vez de un ciudadano; convencido de l a imptsibili-
dad de pagar su deuda, se tornaba indolente o en un criminal, abandonaba a
su f a m i l i a o h u l a a l extranjero (DCA, p. 27). Otros declan que l a deuda
podla q u i t a r l e e l incentivo al trabajo de una persona, ya que simplemente
pidiendo a d e l a n t o s podla v i v i r por encima de sus posibilidades (U,p.
150). Según Cruz, en Pichucalco un moza raso "610se cree obligado á
t r a b a j a r y 6 a c e p t a r l a s c o n d i c i o n e s c o r r i e n t e s que se imponen a l mozo
raso, cuando su deuda pasa de $400 a 500, no siendo r a r o e l caso d e que
deba a l g o más" (DCA, p. 102) La responsabilidad moral de l a deuda no
afectaba su conducta laboral, siendo "espoleados en el t r a b a j o , meno S que
por e l deber, por l a voz imperativa del hacendado" (DCA, p. 95). Cruz se
quejó de que l o s mozos reciblan fuertes cantidades de dinero en adelanto,
su s a l a r i o regular, v i v i e n d a , r a c i o n e s acostumbradas, t i e r r a para sus
c u l t i v o s y medicinas; todo l o c u a l pese a ser "gravoso al que recibe e l
servicio, se apresura en concederlas por e l temor de d i s g u s t a r a l mozo,

21 Según Byam, en 1898 tenla Pichucalco l o s más a l t o s valores de l a


propiedad en el estado. Accesible por v l a s fluviales desde Tabasco, con-
taba Pichucalco con l a s mejores haciendas de anado y una mina d e oro,
producPa c a f é , azúcar y cacao; The S t a t e of Chapas pp. 40-41. Le mayor
a r t e del palo t i n t o procedPa de sus regiones aelvádcas, se ún se r e f i e r e
$e£ía. En 1896 l a producción a l c a n 6 su unto & & n o de 1 9,000 tonela-
d a s bajando m h s t a r d e a aproxiaiademente !0,000 toneladas anuales; Peña,
8
a
en (thia as econ6nticol 111: 619, menciona e s t a s c i f r a s para Chiapas
en E s t a Psticas economicas d e l P o r f i r i a t o , comercio exterior de
1877-1910 (México, 1960), p. 406 se dan l a s micjanas c i f r a s para l a produc-
&f;T
c i ó n t o t a l en México. En 190d Pichucalco p r o d i d a aproxiaiadaaente l a
mitad de toda l a cosecha de maiz d e Chiapas (Anuario estadlstico). En
1893 una c m a i lega i n i c i ó en l a r ión una gran plantación de hule,
'8
que despilés P a b a n g d a ; v h s e Peña. C apas r o n W c o . 111: 631.
González Navarro, en La vida e i a l , p. 226, escribe acerca de l a s
pésimas condiciones laborales en Pichucalco y da ejan l o s de raozos meti-
g
dos a t o r t u r a s y a emprisionantientos (se les coloca an g r i l l e t e 6
n a s , y se l e s ponla en el cepo), mencionando e l clima insalubre. fn%&
que h a c i a 1885, p a r a c o n t r a t a r 40 mozos, un propietario tuvo que desem-
bolsar 8 000 pesos, con e l rave riesgo de perder su d i n e r o por muerte o
fuga de i o s contratados (d, pp. 229-30).
Friederike Baumann

que cuando menos s e piensa, con r a d n ó s i n e l l a , pide su c a r t a cuenta y


abandona e l trabajo" (U, p. 103). F. Rincón recapituia l o que cree que
e s e l efecto del sistema en la mentalidad d e l trabajador:
Como l a formación de l a deuda ha sido progresiva y lenta, e l mozo
h a s t a o l v i d a l a inversión que ha dado al dinero que ha recibido y
h a s t a f o r j a l a i d e a de que e s una víctima de su propio destino,
condenada á s e r v i r á un amo de quien no ha recibido n i disfrutado
ningún d i n e r o y á quien considera como%nemigo de su libertad; no
hay en é l incentivo, l a esperanza de r e c i b i r en numerario el pro-
ducto de su trabajo, e s t á simplemente pagando l o que debe; llega á
perder l a noble ambición de l i b e r t a d , s e resigna y no aspira á
nada, se hace e l cargo de v i v i r y morir en aquella condición y
a c a r i c i a l a i d e a de que a l f i n y al cabo dejará de pagarle á su
amo l a c a n t i d a d que l e deba a l morir, y por consiguiente no in-
tenta n i procura diminuir su adeudo, s i n o muy por e l c o n t r a r i o
pide siempre más con l a conciencia de que no ha de desquitar y sl
disfrutará de aquel dinero. (=A, pp. 149-50)
Según e s t a manera de v e r l a s i t u a c i ó n , habían sombrías predicciones
para e l f u t u r o de continuar e l sistema de mozos adeudados. Con l a expan-
s i ó n de l a agricuitura, previó Cruz un aumento en e l tamaño de l a s deudas
h a s t a 10 a 15 millones de pesos en l o s siguientes veinticinco años, perma-
neciendo e l t e r r a t e n i e n t e l a víctima de l a circunstancia, ya que "el que
q u i e r a labrar t i e r r a s , no l e queda más recurso que acomodar a sus sirvien-
t e s , sea cual fuese e l gravamen que sufra" (EA, p. 104).
Pese a l consenso e x i s t e n t e respecto a 10s males del sistema, no hubo
acuerdo sobre s i ya e r a tiempo de su a b o l i c i ó n . Robles previó peores
males e n c a s o de abolición. Podía arruinarse l a agricuitura, ya que l o s
t r a b a j a d o r e s , s i s e l e s daba opción, no continuarían trabajando en l a s
- haciendas y s e h a r í a n vagos, y no e x i s t í a o t r a fuente de mano de obra
capaz de brindar substitutos (EA, p. 44). Robles consideraba que primero
deblan cambiar l a s condiciones externas: Chiapas debla tener un sistema
de c r é d i t o agrario, desarrollar su comercio, construir su red de transpor-
t e s y educar a mi población. Esto era una tarea d i f í c i l y prolongada; s i n
timbargo, después de realizada, e l sistema desaparecería por sí solo ( E A ,
pp. 45-46). Esta opinión no fue tomada en cuenta. En nombre del progre-
s o , l a mayoria de l o s delegados optaron por l a abolición inmediata del
s i s t m a de adeudamiento de mozos y su reemplazo por e l de j o r n a l e r o s , o
s e a , por e l de trabajadores que devengaran un jornal diario. Futuros ade-
l a n t o s de d i n e r o a t r a b a j a d o r e s s e limitarPan a pequeñas cantidades y a
c r é d i t o s de emergencia (expresamente para gastos médicos) Como jornale-
r o , e l t r a b a j a d o r s e r l a pagado semanal o mensualmente ( s i n e x i s t i r l a
La expansión de la agricultura capitalista en Chiapas 19

o b l i g a c i ó n de d á r s e l e r a c i ó n ) . La deuda e x i s t e n t e sería cancelada, ya


que, como d e c í a Cruz, no había motivo para que " l o s propietarios que son
s i m p l e s a c r e e d o r e s de s u s s i r v i e n t e s perdieran sus c r é d i t o s por l a sen-
c i l l a razón d e que s u s deudores son insolventes" (DCA, p. 97). Por l o
t a n t o , l a deuda ser1a amortizada gradualmente. Parte del s a l a r i o en di-
n e r o d e l t r a b a j a d o r s e r í a destinada a l a amortización de su deuda, en una
proporción que podía v a r i a r de 1/3 a 2/3 p a r t e s del s a l a r i o (EA, pp. 24 y
3 3 ) . Sólo Robles se opuso a e s t a propuesta, ya que no se podía imaginar
cómo podPan v i v i r l o s mozos con menos de l o que camonrÚinuente devengaban, si
con l o que ganaban apenas podían sobrevivir (EA, p. 51). Pero sus oponen -
t e s t e n í a n ya una s o l u c i ó n para este problema, l a cual, al mimo tiempo,
e l e v a r í a l a productividad: l a s esposas y l o s niilos de l o s trabajadores
s e r í a n i n c o r p o r a d o s a l a producción y de l o que ganaran se les pagarían
l a s deudas de l o s esposos (EA, p. 112).
F. Rincón sugirió o t r a manera de amortizar l a deuda: todas las deudas
s e r í a n transferidas a un banco, del cual todos l o s acreedores eran socios.
Los p r o p i e t a r i o s d e d u c i r í a n un determinado porcentaje de l o s s a l a r i o s de
s u s t r a b a j a d o r e s , el cual l o t r a n s f e r i r í a n al banco en calidad de amorti-
zación. A s í , las pérdidas personales por deuda no a f e c t a r í a n al propieta-
r i o s i n o que serían absorbidas por el banco. Las fugas dejarían de ser un
problema, ya que todos l o s propietarios tendrían un i n t e r é s c d u n en per-
s e g u i r a l f u g i t i v o . E l banco también p o d r í a encargarse de l a atención
médica g r a t u i t a e incluso de construir hospitales, ya que el costo de 10 a
15 p e s o s por persona para gastos médicos s e r í a para e l banco "como un gra-
no de arena" (U,p. 148). Aunque el motivo o r i g i n a l para l a e x i s t e n c i a
d e l banco d e s a p a r e c e r í a después d e pagadas todas las deudas, podIa éste
c o n v e r t i r s e en banco de ahorro para l o s trabajadores, quíenes continuarían
haciendo pagos y acmulando recursos que les permitiría proporcionarles a
sus N j o s un futuro mejor (EA, pp. 145-52).
Una comisión e l a b o r ó una l e y provisional que reducía l o s contratos a
tres aEos y l o s a d e l a n t o s e n d i n e r o a s ó l o un m e s s a l a r i a l , fijando l a
c a n t i d a d d e amortización en un t e r c i o del salario. Las deudas debían ser
anotadas por parte de las autoridades l o c a l e s , m i e n t r a s que i n s p e c t o r e s
debfan s u p e r v i s a r e l manejo correcto de l o s l i b r o s de cuentas. En casos
de desacuerdo, l o s t r a b a j a d o r e s d i s p o n d r í a n de recuraos legales. Cada
t r a b a j a d o r t e n d r í a su propio l i b r o d e c u e n t a s y además una t a r j e t a de
buena conducta, l o c u a l portaría consigo al cambiar su lugar de trabajo.
Las a u t o r i d a d e s l o c a l e s y l o s p r o p i e t a r i o s serían castigados si no c m
p l l a n con l a l e y . Una s e c c i ó n f u e diseñada para mejorar l o s hábitos de
t r a b a j o . Las o f e n s a s s e r í a n castigadas con multa y cárcel. La l e y pro-
v e í a ciertas obligaciones. Por ejemplo, el mozo debía t r a t a r con respecto
20 Friederike Baurnann

a l p r o p i e t a r i o y a s u s f a m i l i a r e s , y obedecerles dentro de l o s límites


i m p u e s t o s por l a l e y y el contrato; debla efectuar su trabajo con l e a l t a d
y t o d a l a d i l i g e n c i a d e que fuera capaz; debfa ser cuidadoso con l a pro-
piedad de su patrón y pagar por l o s daños que l e causara; y en caso de que
cambiara de lugar de trabajo al concluir su contrato, debla pagar su deuda
pendiente dentro de un acordado plazo (DCA, pp. 133-34).22
La l e y no provela l a conversión inmediata al sistema de trabajo l i b r e
a s a l a r i a d o , tal y como l o demandaban algunos delegados, pero sf reguló las
v i e j a s deudas y l i m i t ó l a s nuevas, facilitando l a movilidad de l o s tra-
b a j a d o r e s adeudados y proveyendo medidas p a r a m e j o r a r l o s h á b i t o s de
trabajo .
La s o l a conversión a un sistema de trabajo de s a l a r i o l i b r e no se con-
s i d e r a b a s u f i c i e n t e para una mejora permanente de l a situación laboral en
Chiapas. Los delegados al congreso exigieron una p o l f t i c a a largo plazo
adicional. Con el f i n de p r o t e g e r a l o s t r a b a j a d o r e s d e l o s u s u r e r o s ,
d e b f a n instaurarse fuentes de crédito barato ( i n s t i t u c i o n e s de ahorro) as1
como d e b e n e f i c i e n c i a (DCA, p. 71). Pero, más importante, se exigieron
medidas d e l gobierno que, en primer l u g a r , cambiaran l a a c t i t u d d e l o s
mozos respecto al trabajo, y, en segundo lugar, abrieran nuevas fuentes de
trabajo .
P a r a l o g r a r e l primer o b j e t i v o , l a población r u r a l necesitaba una
educación. La falta de educación fue considerada l a causa principal "del
e s t a d o de abyección y e s t u p i d e z e n que s e e n c u e n t r a n , y que les hace
f i g u r a r como una p i e z a e x t r a E a e n c a j a d a por fuerza en el organismo del
Estado" (U,p. 104). Por falta de instrucción, l o s mozos
[. ..] no pueden formarse c o n c i e n c i a e x a c t a d e s u s d e r e c h o s y
o b l i g a c i o n e s , no comprenden que e l trabajo es una fuente inago-
t a b l e de b i e n e s , c r e e n por l o comm
' que es un padrón de infamia,
una m a l d i c i ó n d e l c i e l o , una imperfección de l a naturaleza; y si
es que se dedican a c i e r t a s determinadas ocupaciones, sólo l o
hacen con e l f i n d e a d q u i r i r l o necesario, para llenar las exi-
g e n c i a s d e l d l a , p e r o nunca con l a esperanza halagqüeíía de con-
quistarse un porvenir (m, p. 46).

22 Hablan d o s clases d e o f e n s a s . E n t r e l a s ofensas más serias ( a


ser c a s t i g a d a s con m u l t a s de 5 a 10 pesos o de 8 a 20 d l a s de prisión, o
s e a , haciendo trabajos públicos) estaban: desobediencia a las órdenes del
a t r ó n . f a l t a d e r e s e t o a l pro i e t a r i o o a l o s miembros de su familia;
8
g o r r a c h e r a s e n d l a s e trabajo; atandono del
d a e m iio, cambio o venta de instrunentos de
sin causa j u s t i f i c a -
maltrato a l o s ani-
maies t r a b a j o ; y perturbación del orden de ( E A , pp. 141-44).
La expansión d e la agricultura capitalista en Chiapas 21

Por consiguiente, l o s miembros de l a comisión exigieron un sistema de


e s c u e l a s p r i m a r i a s r u r a l e s y eacuelas para enseñar a maestros, para que
l o s h i j o s de l o s mozos aprendieran a l e e r y e s c r i b i r , adquirieran nociones
elementales de l a s instituciones del pals, y conocieran sus obligaciones y
derechos. Cruz recomendó el sistema norteamericano de instrucción clvica
(m, pp. 46, 126 y 127).
Muy cercano a l a educación se encontraba e l problema del alcoholismo.
Cruz dibujó un cuadro de alcoholibmo universal en l a sociedad rural: "be-
be é l , bebe su mujer, beben sus hijos" (EA, p. 128). Era de l a opinión
de que e s t o s h á b i t o s de beber canibiaban l a naturaleza humana, arruinaba
s u s h a b i l i d a d e s y aumentaba sus i n s t i n t o s más ofensivos, causando crimi-
nalidad en l a s futuras generaciones. Cruz pensaba que l a causa p r i n c i p a l
d e l beber en exceso e r a l a imitación: el h i j o que imitaba a1 padze, e l
amigo que imitaba a otro, y, finalmente, e l t r a b a j a d o r que imitaba l a s
b o r r a c h e r a s de l a g e n t e de c a l i d a d , l a c l a s e dominante rural. Por l o
t a n t o , propuso que l a l e g i s l a c i ó n l e impusiera penas más elevadas por
i n g e r i r l i c o r en exceso a l o s caballeros que a l o s simples peones ( E A ,
pp. 128 y 129).
Para a l c a n z a r e l segundo objetivo, un incremento de l a mano de obra,
deblan de encontrarse v i a s y medios para integrar a l mercado laboral a l a
población indígena que vivla independiente en sus c ~ i n u n i d a d e s . ~Miembros ~
d e l a comisión s e n t i a n que existPa una necesidad urgente de trabajadores
a d i c i o n a l e s . Por una p a r t e , temllan que l o s mozos que trabajaban en l a s
haciendas l a s abandonaran si se l e s ofrecTa l a oportunidad. Por o t r a par-
t e , l a a g r i c u l t u r a en expansión necesitaba más y más trabajadores y l a s
f u e n t e s e x i s t e n t e s pareclan haberse agotado.24 Se argmentó que debido a
l a predominante importancia del desarrollo e c o ~ c para o e l bienestar de

23 E l problema d e l papel del indlgena en l a sociedad habla sido in-


troducido o r i i d m e n t e en el cuestionario preliminar, as%: "&Es l a raza
indlgena en ef e s t a d o un elemento refractario al progreso? Caso afirma-
t i v o 'puede e l Gobierno obligarlo a que entre en relaciones con l a clase
c i v i l i z a d a ? &Quémedios drian usarse a esos fines sin v i o l a r n i \ma a-
r a n t l a i n d i v i d u a l ? " (& p. 13). Después de una prolongada d scus ón
e n t r e Robles, quien e s t a h a en contra de la inclusión del problema en l a
=? 5
plataforma d e l con r e s o , Cruz, Be areno y Mallén, ue estaban a favor,
B J 4
se eliminó el cuest a r i o ?EA, p. 1 ). El texto de a discusión no apa-
rece en l o s Datos.
24 Robles lamenta que en l a s poblaciones hubieran pocos 'ornaleros
t e n c i a l e s y que l o s que habian no quisieran traba'ar en l a s Lc
iendas.
gente de i o s pueblos independientes no trabajaba vojuntariamente en l a s
haciendas y no podla s e r obligada por l a s autoridades, por ser contra l a
l e y ( E A , p. 40).
Friederike Baurnann

l a s o c i e d a d , serla constitucionalmente posible mi tir leyes que obligaran


a l indlgena a e n t r a r "en relaciones con l a c l a s e i l u s t r a d a y laboriosa del
pafs" (EA, p. 129), o sea, forzarlos a trabajar fuera de sus comunidades.
E s t o era particularmente c i e r t o , según Rincón, ya que "nuestros indlgenas
1 por r e g l a general ocupan l o s terrenos más fecundos de nuestro estado y s i n
embargo t i e n e n por d e s t i n o vegetar únicamente, s i n aspiraciones n i espe-
ranzas" (EA, p. 152).
E l g o b i e r n o d e b l a intervenir, cano sigue: forzando a l o s indlgenas a
t r a b a j a r fuera de sus comunidades, reprimiendo sus f i e s t a s , l a s c u a l e s no
e r a n c o n s i d e r a d a s o t r a cosa que un pretexto para no t r a b a j a r , y destru-
yendo sus e j i d o s , "refugio para a r b i t r a r i a libertad" (EA, p. 129). E s t a
i n t e g r a c i ó n de l o s indlgenas a través del trabajo mezclarla todos l o s ele-
mentos d e l a s o c i e d a d , beneficiarla al estado, y provisionarla a Chiapas
con millones de nuevos trabajadores (U, p. 152).
De l a s d i s c u s i o n e s de l o s delegados al Congreso Agrario m g e un cua-
dro de extensamente variables condiciones de trabajo. Sin duda, l o s mozos
adeudados s u f r l a n abusos que iban desde l a pobreza a l a s cuentas manipu-
l a d a s y a s e v e r o s m a l t r a t o s f l s i c o s . E l hecho que l a l e y provisional
i n c l u y e r a una c l á u s u l a en donde se prohibía a l o s propietarios el uso de
t o r t u r a s p a r e c e una indicación de que ocurrlan t e r r i b l e s abusos, percisa-
mente el t i p o de abusos que e s p a n t a r o n a uno d e l o s d e l e g a d o s ( E A , p.
144). Los s a l a r i o s de l o s trabajadores eran demasiado reducidos cano para
s a t i s f a c e r sus necesidades y l a s de sus familiares; e l n i v e l d e v i d a e r a
b a j o , pese a que l o s jornaleros tenlan acceso a sus m i l p a s . La gente era
a n a l f a b e t a e i g n o r a n t e y t e n l a pocas distracciones además de l a bebida,
s i n e s p e r a r que s u s h i j o s fueran a t e n e r una v i d a d i s t i n t a . También
p a r e c e e v i d e n t e que l a mayoría de l o s mozos adeudados, especialmente en
- l a s r e g i o n e s p e r i f é r i c a s de Chiapas, e s t a b a n agobiada con deudas tan
g r a n d e s que nunca podrían pagar por el r e s t o de sus vidas. La mayorla de
l o s mozos t e n l a n que resignarse a t r a b a j a r para un t e r r a t e n i e n t e toda su
vida, s i n tener l a posibilidad de s e r campesinos i n d e p e n d i e n t e s como l o s
indlgenas que permanecían en sus canunidades.
El adeudamiento e r a el medio de mantener al trabajador en su posición
dependiente. Pero e l hecho de que e l mozo estaba endeudado no e l i m i n a b a
t o d a s sus p o s i b i l i d a d e s de acción, aunque l a deuda hiera elevada. S i el
mozo v i v l a en una región cano Pichucalco, donde habla c a r e s t l a de mano de
o b r a y l o s t e r r a t e n i e n t e s cmpetlan por l o s trabajadores para expander su
producción, podla aprovechar para su beneficio l a situación del mercado de
t r a b a j o . En a l g u n o s c a s o s , e l mozo pod'ia, incluso, derrotar al sistena,
La expansión d e la agricultura capitalista en Chiapas 23

cobrando a d e l a n t o s y evadiendo e l servicio laboral .25 E l mozo tenfa un


grado de movilidad: hay e v i d e n c i a de que una deuda no era un obstáculo
para que un mozo cambiara su l u g a r de trabajo. Parece que era común el
que terratenientes emplearan rmms adecuados y l e s cancelaran sus deudas a
s u s a n t i g u o s patrones. La proyectada l e y tenla l a finalidad de f a c i l i t a r
t a l e s transacciones y prevenir a l o s finqueros de enga?iarse mutuamente con
c u e n t a s f a l s i f i ~ a d a s . ~ 6Tambih parece que l o s terratenientes que estaban
desesperados por adquirir trabajadores no tenfan inconvenientes en engan-
char fugitivos de o t r a s haciendas. E l temor a perder trabajadores a favor
de un competidor e s posible que al menos haya abstenido a algunos propie-
t a r i o s de abusar de sus dependientes.
Una vez e l mozo adeudado h a b l a aceptado el hecho d e que tenía que
v i v i r en s i t u a c i ó n de dependencia y no podfa obtener su libertad a través
d e l pago de s u s obligaciones, podfa u t i l i z a r e l sistema de adeudo para su
propia ventaja. En anergencias cano en e l caso de una enfermedad, e l mozo
s a b f a dónde obtener e l dinero que necesitaba. Más importante aun, podla
e x p l o t a r l a dependencia del patrón en su trabajo para s o l i c i t a r o r e c i b i r
aumentos de s a l a r i o i n d i r e c t o s , comprando al crédito en l a tienda de l a
hacienda a r t l c u l o s que no podía adquirir con su reducido salario, o pre*
tando dinero. Y, en algunos casos, podfa, de esa manera, adquirir incluso
prendas consideradas de lujo, cano ropa bonita.27 Finalmente, las quejas

25 Cruz c i t a s e ún dice, corno un caso corriente el hecho que indi-


viduos s e aprovechen %e l a s e s c a s e z de mano de obra ofreciendo sus ser-
v i c i o s a cambio de f u e r t e s a d e l a n t o s de dinero. Jae o simularfan e s t a r
fi
dispuestos a cunplir con sus obligaciones contrafdas, 1 mando a sus fami-
l i a r e s y muebles a l a finca; aceptarlan malz y o t r o s a r t í c u l o s d d propie-
t a r i o , y al primer descuido de é s t e se fugarfan "burlando sus esperanzas",
sin siquiera s e r perseguidos ( E A , pp. 121-22).
26 Cruz c i t a é s t a camo una v1i.a costcnnbre, c a s i nunca violada (EA,
p. 107). Esto indica l a oosibilidad $e aue alrrunos t e r r a t e n i e n t e s havan
aeseado e l e v a r el monto-de l a deuda pof medios fraudulentos no para eki-
t a r aue e l mozo l a pudiera -ar
ccanpetidor pudiera pagarla y Be l l e v a r a al m&.
-
sino oara aue fuera tan a i t a aue nitirrún
27 F. Rincón e s t á l l e n o de indignación por l a posibilidad de que e l
mozo pudiera s a t i s f a c e r todos sus deseos a través del crédito, sin tener
que esforzarse r esos a r t l c u l o s por medio del trabajo arduo. Se resien-
te de que el trat'a ador g a s t e d i n e r o en t r a j e s cono l o s d e l amo", s i n
preocuparse d e l Lturo. Retóricamente pr unta si con tal sistema huóie-
ran existido l o s Vanderbilts o l o s Goulds (&,p. 1%).
Herbert J. Nickel, en diversos estudios, ha investigado e s t o s pro-
blemas a r a l a región de Puebla-Tlaxcda. En su último trabajo, "Peonaje
E
e inntov idad de l o s trabajadores r l c o l a s en Kéxico",
l í e n 1 f 1980), afirma que una de 3
3 F0rsc9-t
elevada c m l e s a t a b a l a d aainuci6n
P
de l o s s a l a r i o s reales, dándole a l hacendado a oportunidad de mostrar
aprecio por las capacidades de un t r a b a j a d o r , s i n t e n e r que e l e v a r e l
n i v e l general de l o s s a l a r i o s . Una deuda elevada también aunentaba e l
s t a t u s socfal del trabajador (DCA, pp. 53-55).
24 Friederike Baumann

de l o s delegados al congregt acerca de l o s malos hábitos de trabajo de l o s


mozos son t a n numerosas que parece como que si l o s trabajadores tenían,
por l o menos a veces, é x i t o en su resistencia pasiva contra tareas labo-
r a l e s que no querian realizar.
Cuando finalmente e l gobernador Francisco León emitió una l e y sobre e l
peonaje por deudas, en mayo de 1897, fue completamente obvio que e s t a l e y
no cambiaba sustancialmente l a s condiciones de l o s 34,000 mzos adeudados
y l a s de sus familias. La l e y no contemplaba l a amortización de l a deuda,
l o que significaba que l a s deudas existentes concluirian sólo con l a muer
t e d e l mozo. Todo l o que l a l e y hizo fue e s t a b i l i z a r l a s deudas existen-
t e s , exigiendo que cada p r o p i e t a r i o r e g i s t r a r a e l nombre y l a c a n t i d a d
adeudada por cada mozo en el r e g i s t r o o f i c i a l de l a s jefaturas politicas.
Para e v i t a r l a acumulación de nuevas deudas, l a l e y f i j ó e l limite de dos
meses de s a l a r i o , pero no había provisión que garantizara e l cunplimiento
de e s o s llimites.28 Por consiguiente, no e x i s t i ó legislación laboral que
pudiera r e g u l a r e l mercado laboral en l a rápida expansión econÍjmica d e s
pués de 1895. Estos fueron l o s aííos en que e l sistwa de mozos adeudados
fue modificado para i n c l u i r l a contratación de un gran número de nuevos
t r a b a j a d o r e s provenientes de l a s comunidades ind'ígenas, d'ándose el na-
cimiento de l a s economias de exportaciijn de l a s dispersas y populosas
regiones tropicales de Chiapas.
Para 1895, muchos empresarios europeos y estadounidenses hablan comen-
zado a d e s a r r o l l a r l o s bosques virgenes de l a s regiones tropicales en l a
c o s t a d e l PacPfico, en e l Atlántico oriental (Palenque, Chilón, Pichucal-
co) y a l o l a r g o de l o s r i o s Grijalva y Ustnnacinta. Los empresarios sem-
braron -y luego cosecharon- frutos de exportación en t i e r r a s nacionales,
p a r c e l a d a s y vendidas a e l l o s por cwpaElias de desarrollo. E l producto
para l a exportación más importante e r a e l c a s . Otros productos eran e l
caucho ( l a mitad de l a producción t o t a l de México provenia de Chiapas y
Tabasco) y caoba. Las c i f r a s del Cuadro 1 dar& una idea de l a extensión
de l a expansión del sector exportador.

28 Decreto núm. 8 (25 de ma de 1897) en Memoria 1898. Unicamente


e s t a deuda oficialmente registra% e r a considerada v a l d a Se
otorgaba un c e r t i f i c a d o , como l a única prueba válida de a deuda
persona. S i e l mozo cambiaba de lugar de trabajo, e l certificado asaba a
por de una
la ley.
manos d e l nuevo patrón. Le cuenta de toda persona tenia que i n i c a r l a s
condiciones del contrato y e l salario.
B
Benjamin afirma que l a razón rincipal de que e l gobernador León
e m i t i e r a l e p s débiles fue e l veto del L e s i d e n t e Díaz contra l a importan-
t e reforma l a b o r a l . Dlaz estuvo en contacto con León antes 2 durante l a
c e l e b r a c i ó n d e l congreso no dejó duda acerca de su o p s i c i o n a cambios
3
del s t a t u s quo ( E A , pp. 69- 0).
La expansión de la agricultura capitalista en Chiapas

Cuadro 1
Produccidn nacionrml d e s e c t o r exportador, en t o n e l a d a s

Hule 85 189 1,450" 6,015 7,429


Maderas finas 40 70 76 105 112
Café Xhiapas 395 - - 11,110 -
-Soconusco 230 - - 9,200 -
* Hule de plantación

FUENTES: Producción de h u l e y de maderas finas tomadas de Estadísticas


económicas d e l P o r f i r i a t o , pp. 378 y 398; producción cafetera de Chiapas
en 1895, de Peña, Chiapas económico, 111: 973; de Soconusco en e l miano
año d e H. J. Ludedg , "Kaf feekul tur im Soconusco"; y de ambas regiones en
190d, del Anuario estadístico, 1909.

De l o s t r e s millones de cafetos sembrados hacia 1895, un millón se en-


c o n t r a b a en producción ( s e necesitan seis años para que un cafeto llegue a
su máxima producción; a l cuarto año solamente produce l a mitad) .29 La re-
g i ó n d e l P a c l f i c o de Soconusco, en l a s dos vertientes de l a s i e r r a Madre,
tuvo l a expansión más dramática: e n t r e 1895 y 1908, o sea, en trece años,
l a producción de c a E aunentó cuarenta veces, de acuerdo a c i f r a s existen-
t e s (ver Cuadro 2) .30
E s t a r e g i ó n también producla azúcar, cacao, bananos y, a p a r t i r de

29 Peña, Chiapas económico, p. 974. Para 1895 proporciona Peña l a s


s i u i e n t e s c i f r a s de árboles de café existentes en i a s regiones ba'as de3
~ t f á n t i c o : m b a i a , % alón y E l W t o , .%lo3MX) semiiieros, 5~0,d cafe-
d
t o s l a n t a d o s y 50)00 en reducción; Chilon, 75 000 cafetos plantados y
50 080 en produccion. ~ e l g i gs o s t i e n e que en 1895 Soconusco tenla dos
m i i l o n e s de c a f e t o s srembrados y el resto de Chiapas un millón; véase Karl
Helbig, "Bbe Landschaft Soconusco in Staat Chia S Süd-Hexiko und ihre
Kaf feezone" , Deutsche Geographische Bltitter 49 ( 1 E l j : 86.
30 La c i f r a de más de 9,000 toneladas producidas en 1908 que da e l
Anuario e s t a d f s t i c o nos parece exagerada en ccan ración con e3 dato que
Ip
hemos dado a r r i b a . Aun suponiendo que l a producc Ón de café en Soconusco
s e incrementó de sólo 230 a 5,000 toneladas en poco más de diez años, esto
s i g n i f i c a r l a una expansión de más del 2,000 por ciento.
Friederike Baurnann

Cuadro 2
La producción d e café en Soconusco, 1895-1930 31

producción producción
Mo en toneladas Aao en toneladas

* erupción del volcán Tacaná y terremotos


** efectos de l a s cenizas volcánicas
*** efecto de problemas laborales

31 Ludewig enumera l a s c a n t i d a d e s de a n t e s de 1908,. l e fueron


proporcionadas por l a s autoridades del puerto de San Benito, Kaf feekul-
t u r i m Soconusco", p. 193. Las c i f r a s posteriores a 1908 se l a s dió a l
eógrafo alemán Leo Waibel e l consdado alemán en Tapachda; M e Sierra
fladre, p. 134. Antes de 1886 sólo se producla café en el d i s t r i t o ünión
J u á r e z , a l o largo de l a fronterii con Guatemala (10 por ciento del t o t a l ) .
En e l segundo d i s t r i t o , Las Chicharras, se sembró cak? hasta despues de
t
1886 28 por ciento). en e l tercero, Ar ovia, principios de l a década de
1890 35 por ciento) ; e n e l c u a r t o , %o ueron, d e s ués de 1895 15 por
I
c i e n t o ) ; e n e l uinto d i s t r i t o Huirtla, % e s p 6 s de lb8 (12 P Q ~c a t o ) .
En e l d i s t r i t o &1 lado del ~ t i á n t i c ode l a s i e r r a Madre se p antó café a
partir de 1912; Waibel, D i e S i e r r a Madre, . 129-35.
diplomático alemán (Akten der Gesandscha8: AA, Bonn, Paket 41, despacho
De acuerdo a un
de Schulze del 3 de marzo de 1916), una t e r c e r a p a r t e de l a cosecha s e
p e r d i ó debido a l a e s c a s e z d e mano de obra y fuertes l l w i a s durante l a
temporada de cosecha de 1915.
La expansión de la agricultura capitalista en Chiapas 27

1900, hule .32 De 1908 en adelante, un ferrocarril conectó l a región con


el r e s t o d e l p a l s y con l o s p u e r t o s d e l Atlántico (Coatzocoalcos). E l
f e r r o c a r r i l a b r i ó las v e r t i e n t e s o r i e n t a l e s de l a s i e r r a Madre a l a
producción de c a f é y a l e n t ó a l o s hacendados dedicados a l a crianza de
ganado de l o s l l a n o s a volcarse a l a producción del maíz que necesitaban
l a s regiones productoras de café.33
La a l t a c a l i d a d d e l c a f é producido en Chiapas proviene de l a dedica-
c i ó n i n t e n s i v a que s e l e otorga al fruto, e l cual necesita de un cuidado
muy e s p e c i a l . Las p l a n t a s de café son muy sensibles y no rinden adecua-
damente cuando no se atiende su c u l t i v o . Para l a cosecha e s n e c e s a r i o
c o n t a r con b a s t a n t e fuerza de trabajo, ya que l a s cerezas tienen que ser
r e c o l e c t a d a s a mano.34 E l e x p e r t o en a g r i c u l t u r a alemán Karl Kaerger,

32 E l Anuario e s t a d í s t i c o da para e l año de 1908 l a s siguientes ci-


f r a s de produccion para e l Soconusco: café, 9,200 toneladas; cacao, 33
toneladas; hule 460 toneladas; azúcar, 726 toneladas; bananos, 30 tonela-
d a s ; malz, 64,& hectolitros. Las extensivas lantaciones de hule comen-
fH P
zaron a desarrollarse a l a vuelta del s l o ; He en H. Seargeant, San Arito-
n i o Nexapa (México, 1971) p. 224. La p antacian "Zacualpa", pro iedad de
un estadounidense, e r a f a más rande d e l mundo empleando a 860 traba-
producción prácticamente se
B
j a d o r e s permanentes, 200 de e l o s de o r i en chino. Después de 1914 l a
&apas económico, p. 632.
El valor de l o s ro ructos a l i z 6exportados
; por e l puerto de San Benito
también es un lndice def auge económico de Soconusco desde mediados de l a
década de 1890 en adelante: en 1885 105 000 eaos a roximadamente. 1890,
280,000 1894 825 600; 1896 1 608 5bO; lb98
1902 1 , 1 9 9 , h ; f905 1,954,&;
5 282 &O. 1900, 1,33>3,500a
1907, 1,643,560; d s d s t i c a s economica;
d e l f'orfiriato, p. M&. Estas c i f r a s s61o dan una idea aproximada del au-
mento de l a reducción, ya que no toman en cuenta l a tendencia descendente
l'
de l o s prec o s d e l c a f e en e l mercado mundial: e l auge del café, que
a l e n t ó o r i g i n a l m e n t e su cultivo, duró hasta 1896; luego cayeron l o s pre-
c i o s en c a s i dos terceras partes (de 100 a 36 marcos), y para 1910 aún no
s e h a b l a n r e c u p e r a d o ; Ludewig, - - "Kaffeekultur i m Soconusco".
33 Waibel I)ie ~ i é r r aMadre 108-09. Karl M. Helbig, La cuenca
s u p e r i o r d e l r f o Grijalva (Tuxtla bu?&rrez: b s t i t u t o de Ciencias y Ar-
t e s de México, 1964), p. 188 y finales.
34 Tal y como 1; explica e l finquero alemán Furbach l a caficultura
e s un c u l t i v o de IardPn que necesita trabaiadores con ha6ilidad f4sica Y
c a a c i d a d de comprensiónmental; véase Paul Furbach, "Me A r b e i t e r v e r
P 4
ha t n i s s e i n den Kaf fee lantagen Süd-Mexikos" disertación de doctorado,
K
V o l k s w i r t s c h a f t l i c h e Fa u l t a t , Ueidelberg, 1 12), p. 7. Los c a f e t a l e s
t i e n e n que ser desyerbados de una a cuatro veces al añc. Durante l a E p c a
de cosecha. cada arbol tiene aue ser recolectado cuatro veces. ya aue l a s
c e r e z a s no maduran todas al mibmo t i e m s i un árbol no es co&Chado ade-
cuadamente, l a cosecha siguiente no e s fP&. Durante l a cosecha, un g r a n
número de traba adores son también empleados para el secado y proceaamien-
1
t o de grano en o s beneficios y para e l t r a n s r t e . La época de cosecha en
Soconusco dura de agosto a febrero: a baja af' tura, de agosto a diciembre,
28 Friederike Baumann

A Arúcnr
C cacao

T Tabaco

X Palo tinto

Crianza de ganado
- - - --- - Camino para carretas de bueyes
,

Figum 2. Bosquejo de l a e c o n d a de Chiapas en 1896.

quien e s t u d i ó l a industria del café en Soconusco en 1900, calculó que una


finca promedio (de 3,000 a 4,000 cuerdas de cafetales) empleaba de 40 a 50
t r a b a j a d o r e s permanentes, 200 más para l a cosecha, y de 20 a 40 para
desyerbar. Para l a cosecha de 1,003 cuerdas se necesitaban por l o s menos
unas 50 personas (hombres, mujeres y niíSos) y o t r a s 75 para e v i t a r que se

m i e n t r a s que a a l t u r a s más a l t a s , de o c t u b r e a febrero; Karl Kaerger,


Landwirtschaft und k l o n i z a t i o n im spanisthen Amerika" en Me südenwri-
canischen Weststaaten und Mexiko (Leipzig, 1901), 11: 54123.
La expansión d e la agricultura capitalista en Chiapas

U Hule

X Psio tinto

F i g u m 3 . Bosquejo del sector de exportaciones, aprox. 1910.

daEara l a cosecha del año siguiente. Según Waibel, en l a década de 1920,


cuando l a f r a n j a de c a f 6 en Soconusco alcanzó su lsmite n a t u r a l , s e
encontraban laborando en s u producción aproximadamente de 5,000 a 6,000
trabajadores
- permanentes y de 15,000 a 18,000 estaciona le^.^^
La mayor parte de l a s fincas de cañ? fueron establecidas en l a s selvas
v'lrgenes. Por consiguiente, l o s empresarios tensan que encontrar formas y
medios para reclutar grandes c a n t i d a d e s de t r a b a j a d o r e s permanentes y
e s t a c i o n a l e s de l e j a n a s regiones con densa población indígena, como por
ejemplo, del altiplano central d e l i n t e r i o r (departamentos Las Casas y
Comitán) y de l o s a l t o s de l a s i e r r a Madre ( t i e r r a f r l a ) , en e l d i s t r i t o
de Mariscal y al otro lado de l a frontera con Guatemala. Las f i n c a s d e l

35 Kaerger, "Landwirtschaft und Kolonisation", p. 543; Waibel, Die


Sierra Medre, p. 125.
30 Friederike Baumann

l a d o d e l A t l á n t i c o dependlan en gran medida de trabajadores indígenas d e l


a l t i p l a n o c e n t r a l , especialmente de chamulas. En Soconusco, l a s f i n c a s a
l o l a r g o de l a f r o n t e r a se abasteclan con un número s u f i c i e n t e de guate-
m a l t e c o ~ . En l o s demás d i s t r i t o s h a b l a que obtener trabajadores en l a
t i e r r a f r l a d e l a s i e r r a Madre, e n t r e l o s llamados t a c a n e ~ o s . ~ D ~e s p k s
d e 1904, cuando, según Pozas, e l p r o p i e t a r i o más importante, Guillernio
Kahle, procuró r e c l u t a r indlgenas en e l a l t i p l a n o c e n t r a l , un número cada
v e z mayor l l e g ó a l a s zonas c a f e t a l e r a s d e l i n t e r i o r , caminando a p i e
jornadas de s i e t e a diez dlas. 37
E n t r e l o s e m p r e s a r i o s e x t r a n j e r o s dedicados a l a producción de c a f é ,
b a s t a n t e s de e l l o s e r a n alemanes. En Soconusco poselan aproximadamente
una t e r c e r a p a r t e de las fincas. Puesto que o t r o s p r o p i e t a r i o s a menudo
c o n t r a t a b a n a d m i n i s t r a d o r e s alemanes, c a s i tres c u a r t a s p a r t e s de todas
l a s f i n c a s t e n l a n alemanes e n s u dirección a p r i n c i p i o s de l a década de
1900. 38
Podemos conocer de cerca las relaciones e n t r e e m p r e ~ r i o sy sus traba-
j a d o r e s si tomamos en cuenta tres fuentes de información: 1) l o s informes
de l o s expertos agrarios v i s i t a n t e s Kaerger y Ludewig, comisionados por
l o s g o b i e r n o s alemán y mexicano, respectivamente; 2) l a d i s e r t a c i ó n doc-
t o r a l s o b r e l a s i t u a c i ó n l a b o r a l , e s c r i t a p o r e l finquero alemán Paul
Furbach en l a Universidad de Heidelberg en 1912; y 3 ) l a c o r r e s p o n d e n c i a
c o n f i d e n c i a l e n t r e finqueros, sus representantes diplomáticos en Chiapas y
el cónsul general alemán en l a ciudad de México.

36 Waibel, Die S i e r r a Madre pp. 129-31. Cuando Furbach, Kaer e r y


Ludewir? hablan de "indios del a l t i d a n o " se r e f i e r e n a t r a b a i a d o r e s f e l a
sierra Madre, no del i n t e r i o r . Furbach distingue a l o s h á b i l e s indlgenas
d e l a l t i p l a n o d e l o s "chamulas" a quienes sólo emplea en trabados rudos,
como d e s y e r b e ; "Me ~ r b e i t e r v e r h l t n i s s ei n den Kaffeeplantagen , p. 7.
37 R i c a r d o Pozas Arciniegas, "El t r a b a j o en l a s piantaciones de café
Y e l cambio s o c i o c u l t u r a l d e l indio". Revista Mexicana de Estudios Antro-
p o l ó g i c o s 13 (1952): 1: 34-35. S e g g k n j a m i n , el gobernador Pimentel l e
d i o a l o s finqueros permiso r a enganchar indlgenas d e l a l t i p l a n o en vez
P"
d e e x i m i r l e s d e l impuesto a e a % que tan ansiosamente hablan s o l i c i t a d o ,
a r a l z d e l derrinibe de l o s precios d e l c a f é en el mercado mundial después
de 1897; "Passsges t o Leviathan". p. 88.
38 ~ u d e & , " ~ a f f e e k u l t k&u Soconusco", p. 193. Waibel afirma que
e n 1927 h a b í a n en Soconusco 32 f i n c a s alemanas, de un t o t a l de 94; da l a
nacionalfdad d e t o d o s l o s p r o p i e t a r i o s como s i g u e : e l 34-por c i e n t o
alemanes, q u i e n e s produelan un 5 3 por ciento de l a produccion t o t a l ; 27
p o r c i e n t o mexicanos, produciendo 21 por c i e n t o ; 14 por c i e n t o españoles,
produciendo 6 por ciento; 11 por c i e n t o estadounidenses, produciendo 7 por
c i e n t o ; 8 por ciento franceses, produciendo 4 por ciento; 4 por c i e n t o in-
g l e s e s , roduciendo 7 porciento' y 2 por c i e n t o suizos, produciendo 2 por
c i e n t o ; g i e S i e r r a Madre, p. 125.
La expansión de la agricultura capitalista en Chiapas 31

E n t r e l a s m ú l t i p l e s d i f i c u l t a d e s que t w i e r o n que confrontar l o s em-


p r e s a r i o s alemanes, e l problema laboral fue e l que más l e s ocupb. Amarga
y constantemente se quejaban: primero, de l a permanente e s c a s e z de mano
de obra; segundo, d e l a l t o costo del misno; y tercero, de l a inseguridad
d e l aprovisionamiento de mano de obra durante e l perlodo crucial de l a
cosecha. Uno de l o s primeros finqueros aleaanes en l l e g a r a l a región y
q u i z á e l d e mayor experiencia, dec'la en 1909 que el problema de l o s tra-
bajadores constituía para l o s finqueros un problema v i t a l . "El sistema de
c o n t r a t a c i ó n y de d a r d i n e r o a d e l a n t a d o , basado en l a s costumbres y
exigencias de nuestros trabajadores, e s para nosotros como un t o m i l l o s i n
f i n y nos compromete a gastar anualmente cuantiosas sumas de dinero en l a
c o n t r a t a c i ó n de t r a b a j a d o r e s , de l a s c u a l e s desgraciadamente una buena
p a r t e se pierde para siempre. Todo e s t e dinero podrla invertirse con gran
v e n t a j a para ampliar l o s c a f e t a l e s y para elevar l a producción. Son s w s
de d i n e r o que nos vanos obligados a desembolsar s i n ninguna o t r a garantfa
que l a poca disposición de l o s trabajadores a cumplir sus compromisos, ya
que e l gobierno e s t a t a l no o b l i g a a l o s t r a b a j a d o r e s a cumplir con l a s
c o n d i c i o n e s d e su contratación, pese a que l o s contratos son hechos ante
las autoridades locales y observándose todas l a s indicaciones legales. -39
Furbach expresaba sentimientos aun más fuertes:
E l mozo e s tan poco esclavo, que todo aquel familiarizado con l a s
condiciones escucha con sorpresa e l por desgracia divulgado per-
j u i c i o de l a "explotación inescrupulosa del pobre indio ignorante"
y d i r á que más bien e l explotado e s e l propietario. El e s e l ver-
dadero esclavo de l a s tristes condiciones l a b o r a l e s . Para poder
hacer se de t r a b a j a d o r e s , no l e queda otro camino que u t i l i z a r el
sistena de adelantos, t a l y como se acostumbra en Guatemala. Hasta
hoy ha t e n i d o l a esperanza, en vano, de que el gobierno mexicano
l e g a r a n t i c e que e l poco confiable indio cunplirá con la obliga-
c i ó n d e l a d e l a n t o , viéndose en l a impotencia y condenado a hacer
concesiones y sacrificios. S i , por ejemplo, el t r a b a j a d o r -quien
por s e r escaso e s muy cortejado- exige tanto dinero adelantado que
el propietario llega a dudar de que e s t e alguna v e z s e l e pague
aunque s e a con t r a b a j o esporádico, se l o tiene é s t e que dar, ya
que pese a que sabe e l r i e s g o que c o r r e , e s p e r a , por l o menos,
poder p r e s i o n a r moralmente al mozo por medio de l a existencia de
l a deuda. Al pago del dinero anticipado tiene que r e n u n c i a r a n t e
l a p e r s p e c t i v a de por l o menos poder proveerse del número necesa-
r i o de trabajadores. Por supuesto que tampoco piensa c a l c u l a r l o s

39 Ludewig "Kaffeekultur i m Soconusco", pp. 146-47.


32 Friederike Baumann

i n t e r e s e s que ganaría e l dinero anticipado a l indio, aunque é l mis


mo t e n a que p a g a r e l i n t e r é s usual en e l p a i s d e l 12 p o r
ciento. &O

Desde l a p e r s p e c t i v a de l o s finqueros alemanes, l a s "costumbres existen-


t e s " s i g n i f i c a b a n que tenñan que pagar grandes sumas de dinero en adelan-
t o , antes de tener incluso l a esperanza de conseguir t r a b a j a d o r e s . Los
a d e l a n t o s y l o s c o s t o s d e l enganche de t r a b a j a d o r e s representaban un
f u e r t e desembolso de c a p i t a l , e l cual l a m a p r í a de e l l o s tenían que pres
t a r a l 12 por c i e n t o de interés. Kaerger calculó que e l costo mínimo de
un trabajador de 50 centavos diario aumentaba de un 50 a l 100 por c i e n t o
por l o s c o s t o s de reclutamiento (incluyendo adelantos y pérdidas). Los
h a b i l i tadores perciblan un salario mensual de 100 pesos y sus ayudantes de

Cuadro 3
Costos de una finca de caf6. 1907-08

Medicina 312.97 pesos


Impuestos 682.90
Edificios 74.66
Construcción de caminos 229.40
Correo y telegramas 135.19
Costos de oficina 200.75
Mano de obra 10,626.03
Cosecha
Reclutamiento y adelantos
Salarios
Cambio y cheques
Transporte a l puerto
6,583.53
2,944.88
3,986.34
375.12
7,622.67
}24,140.78

Gastos menores 408.04


Viajes, e t c . 568.74
Animales (mantenimiento) 462,72
Beneficio 1,139.47
Gastos domésticos 2,242.33
Total 38,595.74
Venta de cueros y manteca 120.76
Costos de producción 38,474.98

FUEm: Ludewig, "Kaffeekultur i m Soconusco", p. 194.

40 Furbach, "Die Arbeiterverh8ltnisse" , p. 9.


La expansión de fa agricuttura capitalista e n Chiapas 33

1 5 a 20 pesos, más comida. Era raro que hubiera un trabajador que no debie -
r a por l o menos de 100 a 150 pesos, y un gran número de mozos tenia deudas
de 300 a 400 pesos. Grandes cantidades de d i n e r o e s t a b a n p a r a l i z a d a s a
causa de l o s a d e l a n t o s ; por ejemplo, 60,000 pesos en una finca con 6,000
c u e r d a s de c a f e t a l , o 46,000 pesos en una finca que empleaba 75 trabajado-
res permanentes y 300 más durante l a cosecha. Los costos de l a fuerza de
t r a b a j o representaban más d e l 60 por c i e n t o del t o t a l de l o s costos de
producción. Los costos que da Ludewig de producción de una finca que pro-
d u c l a 3,000 q u i n t a l e s de c a f é en oro en l a temporada 1907-08 se presen-
tanen e l Cuadro 3.
Peor que l a s grandes sumas de capital dadas en adelanto era e l hecho
d e que l o s finqueros no podian contar con que l o s trabajadores contratados
(especialmente d u r a n t e e l perlodo de cosecha) llegaran a cumplir con su
compromiso de trabajo. Grandes sumas de d i n e r o s e perdieron. Furbach
c i t a sumas d e 40,000 a 50,000 marcos ( a p r o m d a m e n t e de 20,000 a 25,000
pesos) s ó l o para una finca.41 La administración racional de una finca ee
consideraba muy d i f i c i l bajo e s t a s circunstancias, y algunos propietarios
de p l a n t a c i o n e s e s t a b a n muy d e s a l e n t a d o s cuando Ludewig l o s v i s i t ó en
1909. 42 Karl Dahse , administrador de l a nueva gran finca "Prusia" , si-
tuada en l a v e r t i e n t e o r i e n t a l de l a s i e r r a Madre, denotaba frustración
años más tarde, cuando escribla:
Le hago notar, que en e s t e caso no se t r a t a de v i e j a s deudas here-
dadas de l o s padres, sino que toda esa gente ha recibido dinero de
m l desde e l l o . de enero de 1912 en adelante. Les p a g d todo l o
que debían en las tiendas y l e s d l dinero en efectivo con e l cual

41 Furbach, "Die Arbeiterverhaltnisse", p. 10.


42 A l t a s t a s a s de i n t e r é s por e l c r é d i t o agrario, a l t o s costos de
t r a n s p o r t e y ba precios de mercado se s w b a n a e s t o s problanas. Pre-
cisamente en l a que hablan esperanzas de una recuperación financiera
debido al alza precios en e l mercado i n t e r n a c i o n a l un terremoto
daííó l o s t i o s secadores mató o hizo huir a l o s trabajadores Otro te-
rremoto z a f i o siguiente ( 903
r
ron l o s e d i f i c i o s ue recien &: l a erupción del volcán Santa &aria daña-
Pan sido reparados. Tal y cano l o expuso
un ropietario, "muc%iosfueron a 1a bancarrota cuando l o s precios ba o s no
B
po l a n c u b r i r l o s i n t e r e s e s del ca ital que habla sido acmulado urante
I d
e l e r l o d o a n t e r i o r d e a l t o s prec o s , mientras que o t r o s trabajaban, a
f
dec r verdad, 8610 inspirados por e l tid do del honor gema, a r a pre-
s e r v a r e l c a p i t a l de s u s a c r e e d o r e s ; véase Ludewig, KaffeeL t u r im
-
Soconueco" , pp. 144-45.
E l cónsul alemán informaba e l 29 de marzo de 1910, despités de una
v i s i t a d e reconocimiento por Cyapas: "Faltan trabajadores, c h i n o s via-
b l e s y bancos que otorguen c r e d l t o s a g r a r i o s . Por l o tanto, cualquier
p r o p i e t a r i o s e r l a f e l i z de der vender, con tal de recuperar, por l o me-
nos. el c a ~ i t a linvertido": & ~ r p u e r St a a t s a r c h i v . Handel. S c h i f f a h r t
Friederike Baumann

compraron t i e r r a s , caballos, ganado y mujeres, según su costtanbre.


Siempre l e pagué bien a l a g e n t e , pudiendo ganar 60 c t s . y más,
por c o n t r a t o o por t a r e a , según l o prescribe l a ley; gente que
l l e g ó aquí en harapos y en desgracia, se l e ve ahora pasar cabal-
gando con l a frente en a l t o , en caballos comprados con e l d i n e r o
que l e s d l , dinero que, según l a ley, no debo obligarles a devol-
verme. Siempre se habla de esclavitud. Esta &lo h a existido en
l a cabeza de l o s agitadores, o quizás en una de l a s fincas propie-
dad de mexicanos, nunca, s i n embargo, en B a f i n c a alemana, l o
cual l a misna competencia no l o permitirla.
Precisamente l a competencia por l o s trabajadores e n t r e l o s finqueros
hizo surgir o t r o problema:
Y s i ha e x i s t i d o esclavitud, no ha sido e l trabajador e l esclavo,
s i n o e l finquero, ya que si uno no querla darle adelanto a un tra-
b a j a d o r , no t e n l a é s t e empacho en d e c i r l e a uno en su cara: "Si
Ud. no me l o da voy a o t r a finca, dinero hay donde quiera". S i no
s e q u e r l a perder e l hombre y e l dinero que debía, habla que darle
e l adelanto que exigía. O un trabajador se hacía dar una detenni-
nada cantidad de dinero con e l compromiso de i n i c i a r s u s l a b o r e s
en l a f i n c a en una fecha dada, r e p i t i e n d o l a maniobra con o t r a
media docena de finqueros más, para luego no trabajar con ninguno.
S i finalmente lograba hacerlo trabajar para é l uno de l o s finque-
r o s a f e c t a d o s , t e n l a que p a g a r l e a l o s o t r o s s e i s l o s adelantos
otorgados. De t a l manera que si a l principio cre$ que &lo desem
b o l s a r f a como adelanto de 10 a 50 pesos, al f i n a l l e costó de 166
a 200 pesos. Después de esto, l o s nobles amigos del trabajador no
podían canprender cómo era posible que un pobre mozo llegara a en-
deudarse t a n t o , y l o único que se l e s ocurría e r a acusar a l fin-
quero de haber engañado a l trabajador, mientras é s t e derrochaba
h a s t a e l último c u a r t i l l o en borracheras y parrandas. De todo l o
r e f e r i d o e s t B completamente claro que e r a más esclavo e l finquero
del trabajador, que é s t e esclavo del finquero". 44
Parece que l o s finqueros no tenlan medios efectivos para hacer que l o s
t r a b a j a d o r e s cumplieran sus obligaciones, si é s t o s rehusaban efectuarlas
voluntariamente. En todo caso, l o s finqueros alemanes no tuvieron e l apo-
yo d e l a e s t r u c t u r a de poder p o l f t i c o en e l estado, y &Sta e r a l a causa

43 C a r t a s d e l 15 de enero y del 11 de eeptiembre de 1915, a Enrique


Rau, vice-cónsul alemán en San Cristóbal; Politisches Archiv des Auswiirti-
en A m t s , Bonn, Akten der Früheren Deutschen Gesandschaft i n Mexico, 1825-
f945, "Revolutionsakten", Paket 40, San Cristobal, 1910-1916.
44 C a r t a s a Enrique Rau, "Revolutionsakten" , Paket 40.
La expansión de la agricultura capitalista en Chiapas 35

inmediata de s u s problemas. Kaerger cmenta que a diferencia de Guatema-


l a , Yucatán o Veracruz, Chiapas no d i s p o n l a de l e p s que reguiaran l a s
obligaciones de trabajo y a l contrario de l a s autoridades d e e s t a d o s como
Tabasco, l a s a u t o r i d a d e s chiapanecas no pareclan dispuestas a u t i l i z a r
s u s poderes extra lega le^.^^ La "auto-ayuda", cortu~llama Kaerger a l a
p o l i c l a privada, parece que tampoco funcionaba muy bien. E l carácter
e s t a c i o n a 1 de l a s demandas de mano de obra hacla que l a s evasiones se fa-
c i l i t a r a n . Los t r a b a j a d o r e s sollan retornar a sus hogares después de l a
cosecha, generalmente ya con dinero adelantado para trabajar en l a próxima
cosecha. A menos que fueran a t r a b a j a r voluntariamente, habla que r a s
t r e a r l o s en s u s poblados. Los habilitadores y sus a u x i l i a r e s tenlan l a
t a r e a de garantiuir l a llegada de l o s trabajadores, pero l a mayor p a r t e de
l a s v e c e s l o s mismos p r o p i e t a r i o s o administradores tenlan que i r e l l o s
misrnos a buecar a l o s delincuentes. Las cosas se complicaban por e l hecho
de que independientemente de que l o s trabajadores ya estuvieran canprome-
t i d o s con un propietario, eran enganchados por o t r o a cambio de un nuevo
adelanto. 46
Aunque l a cooperación del gobierno hubiera podido eliminar l o s peores
a s p e c t o s , l a r a l z del problema laboral, desde e l punto de v i s t a del empre-
s a r i o , s e g u l a siendo l a mentalidad de l o s indlgenas, o sea, su indolencia
y s u f a l t a d e i n t e r é s por l a s c o s a s materiales (su Bedürfnislosigkeit).
SegGn l o velan l o s finqueros alemanes, l a mayorla de l a poblacidn indlgena
t e n f a pocos i n c e n t i v o s para buscar trabajo en l a s plantaciones de c a E .
P a r e c í a n e s t a r s a t i s f e c h o s con l a s más simples necesidades de l a vida
("que les eran dadas por l a abundancia de l a naturaleza con poco t r a b a j o " )
y e r a imposible "enseliarles nuevas necesidades y deseos*'.47 Su único

45 Kaer e r , "Landwirtschaft und Kolonisation", p. 546; Furbach, "Me


Arbeiterverhdtnispe" , p. 10.
4 6 Kaer e r , "Landwirtschaft und Kolonisation", pp. 454 y 548. Un
anti uo engm%ador entrevistado por Robert Wasserstrom l e d i j o que no
H ir
sol a a buscar a l o s d e l i n c u e n t e s a s u s chozas rque "uno c o r r e r l a
Véase Robert Wasserstrom, White Pathers, Bef;"Souls: Ethnic Re-
G::1Zin c e n t r a i Chiapas, 1528-1975 (en prensa), ms. pp. 328-49.
47 Furbach, "Dáe Arbeiterverhaltnisstt", p. 12. La ausencia de una
mentalidad consumiste entre l o s indfgenas fue un motivo de mucha preocupa-
c i d n para muchos mexicanos que estudiaron l o s roblemas económicos y so-
c i a l e s de México a principios de l a década de 1800, especialmente e l pro-
blema a g r a r i o . Lo consideraban e l obstáculo 6 s grande para e l r o reso.
Esto fue d i s c u t i d o extensivamente durante el Segundo Congreso f g r f c o l a
e f e c t u a d o en Tulancingo en 1906, siendo alabado e l indlgena za teca def
Tehuante e c como un "magnlfico el~snentocultor", porque, a d i erencia de
X
o t r o s i n lgenas respondPa a incentivos monetarios y gustaba de gastar sus
P"
i n g r e s o s no s b i o en a l c o h o l , s i n o también en b i e n e s de consiano ( c m ,
Friederike Baumann

deseo -y Gnico incentivo para buscar un ingreso adicional- parecfa ser e l


a l c o h o l , y é s t e tenia consecuencias negativas para l a ejecución de mi tra-
bajo s Según Furbach, e l alcohol cambiaba l a personalidad del indlgena,
l o s h a c i a pendencieros y descuidados, y reducía drásticamente su fuerza y
espectativas de vida. 48
Los f i n q u e r o s estaban convencidos de que sólo l a necesidad muy grande
podia impulsar a l o s indigenas a buscar trabajo. Karl Setzer, un adminis-
t r a d o r , informaba que "la mayoria de l o s indios de e s t a región trabaja por
poco tiempo en l a s plantaciones, sólo cuando se ve obligado por e l hambre
a hacerlo". Karl Dahse decia que en l a región donde se encontraba l a fin-
c a "Prusia" solamente podlan tomarse en cuenta "dos t i p o s de trabajadores,
y ninguno de ambos trabaja por cuestión de principio. Unos son l o s 'bal-
d40s1 de l a s haciendas, que no tienen necesidades porque viven del ganado,
c a f é , e t c . , que roban de l o s propietarios de l a s haciendas; l o s o t r o s son
l o s tacanecos, quienes, cada vez que l e s e s ventajoso, se llaman a si
mitnnos mexicanos o guatemaltecos". En o t r a c a r t a , d i c e Dahse que l o s
tacanecos no trabajan "como l o supuso e l legislador, sino que están senta-
dos en s u s milpas sin hacer nada, s i n pensar en absoluto en trabajar aqu9
o en o t r a finca".49 Furbach opinaba que cuando e l indlgena se vela obli-
gado por l a necesidad a s o l i c i t a r adelanto del finquero, comprometiéndose
a t r a b a j a r en l a próxima cosecha, "busca de cualquier forma para escapar
d e l trabajo, ya sea escondiéndose o cruzando l a frontera. S i no l o logra,
l l e g a por l o menos a l a f i n c a , buscando h a s t a donde l e sea p o s i b l e no
hacer e l t r a b a j o a l c u a l no e s t á acostmbrado, diciendo que se encuentra
enfermo, haciendo l o que l e da l a gana, o algo por e l e s t i l o " . 50

e 'em l o , b o n i t a r o a a r a s u s esposas); véase E l Economista Mexicano 51


d' !' 8
(?2 e noviembre de 91 ): 134.
Por o t r a p a r t e , e l e s c r i t o r B. Traven, uien observó a l o s i n d l e
9
n a s en l o s a l t i p l a n o s de C h i a p s durante sus v a j e s en l a década de 1950;
v i 6 en su "Bedürfnislosigkeit , o sea, en su f a l t a de ambición y codicia,
l a s a l v a c i ó n para e l futuro de México, si lograran t r a n s n i t i r su mentali-
dad a o t r o s mexicanos (por medio de l a mezcla r a c i a l con no indigenas).
S610 entonces podría escapar México de l a destrucción yue l e tienen depa-
rada l a s sociedades c a p i t a l i s t a s de Europa y EE.UU; vease Land des Frtih-
l i n g s ( J k r l i n , 1928), p. 216 y finales.
48 Furbach, "Me Arbeiterverhaltnisse", pp. 4 y 12.
49 Furbach, "Die Arbeiterverhaltnisse", p. 5 ; Setzer a Rau, agosto
de 1915, "Revolutionsakten", P a h t 40; Dahse a Rau, 11 de s e tiembre de
1915, y Dahse a Schulze, 15 de enero de 1915, "Revolutionsa ten", Paket
41. Dahse insinúa que l o s tacanecos encontraban suficientes terrenos para
K
sembrar productos alimenticios de acuerdo a sus necesidades y ue haclan
r o z a s en l o s a l t o s de l a s i e r r a Fladre. Lsunenta l a destrucción J e l bosque
ue é s t o provocaba se preocupa del efecto que pudiera tener en su finca
S 1
e r o s i ó n d e l sue o , agotamiento de l a s f u e n t e s d e agua, e t c . ) .
50 Furbach, "Die Arbeiterverhiltnisse" , p. 6.
La expansión de la agricultura capitalista en Chiapas 37

E l hecho de e s t a r endeudado parece no haber atizonado a l t r a b a j a d o r a


i n t e n t a r ganar más cuando e x i s t l a tal oportunidad, especialmente durante
l a época de cosecha. Furbach dice que no era culpa del finquero e l que el
t r a b a j a d o r e s t u v i e r a endeudado sino de é s t e mimo, ya que era demasiado
perezoso para t r a b a j a r más a r d ~ a m e n t e . ~Kaerger
~ rechaza l a posibilidad
de que l o s s a l a r i o s bajos fueran l a causa del adeudamiento de l o s indige-
nas. Considera que l a t a r e a d i a r i a e s tan liviana que l o s trabajadores
f á c i l m e n t e podrlan hacer más de una. En vez de aprovechar e s t a posibili-
dad para s a t i s f a c e r s u s necesidades, l o s trabajadores gastan sólo, o un
poco más, de l o que ganan. 52
Los finqueros hicieron todo l o posible por corregir l a conducta de sus
trabajadores. Como hanos visto, intentaron v e l a r e l l o s mismos porque se
cumplieran las obligaciones del contrato. También idearon estrategias con
e l f i n de reducir l a s deudas de l o s trabajadores, crear incentivos para e l
t r a b a j o , y a t r a e r trabajadores a sus fincas. Debido a que l o s mozos so-
14an p e d i r adelantos cada vez que se l e s haclan sus cuentas, dos veces al
mes, l o s finqueros d e c i d i e r o n hacer l a s cuentas sólo una vez al mes, l o
que c o n t r i b u y ó a r e d u c i r l a c a n t i d a d de l a deuda acumulada por l o s
t r a b a j a d o r e s . Una razdn por l a cual l o s trabajadores estacionales sollan

5 1 Furbach d i s t i n g u e t r e s categorias de trabajadores: 1) A uellos


que v i v l a n -o como é l dice, "deberlan vivir"- permanentemente en a fin-
ca. Estos ganaban M centavos d i a r i o s teniendo vivienda g r a t i s y t i e r r a s
4
a r a sembrar suficiente malz y f r i j o i e s para e l l o s y sus familias por 6 a
meses asf como tiempo l i b r e para traba-arlas. 2) Trabajadores que l l e -
& l o durante l a cosecha. 3) "~hamdas", que sollan exigir en su al-
$,"a%elantos del habilitador, y que eran llevados a la f i n c a a d e s q u i t a r
l a deuda por un perlodo de uno a dos meses. Reciblan 40 cenmvos d i a r i o s
más comida (café y t r e s t o r t i l l a s en l a madrugada; 5 t o r t i l l a s , f r i o l e s y
"pochol" para e l d e s a y u n o l a misma r a c i ó n para l a cena, a l a s de l a
t a r d e , exce t o dos veces a f a sernana, que l e s daban carne y arroz). Agre-
3
ga que l o s cfmmulas son torpes y pesados, y que solamente eran em l e a d o s
a r a t r a b a j o s pesados como desyerbar. Véase Furbach, "Die Arbe terver-
[?4ltnisse" , pp. 6 y 7. Calcula el siguiente presu uesto
P
r a l a primera
c a t e g o r l a : de l o s 3 pesos de salario semanal y vivfenda %a, implemen-
t o s y t i e r r a l i b r e para stllnbrar productos alimenticios, 2 pesos se gasta-
r l a n en maíz, f r i j o l , s a l , carne, jabón, quedando 1 abonar a l a s
deudas. Para o t r a s necesidades, l a esposa y l o s h
nando a l g o d e dinero. Serla f á c i l ganar 4 pesos
al destajo. Ahorros adicionales pueden hacerse al
e l d z cosechado (p. 20).
52 Kaerger, "Landwirtschaft und Kolonisation", p. 545. Kaerger in-
forma que l o s t r a b a j a d o r e s e s t a c i o n a l e s solían comprar su comida en l a
f i n c a . Los f i n q u e r o s podian obtener una ganancia adicional con l a venta
de carne y f r i j o l e s . Estas anancias sin embargo, e r a n c o n t r a r r e s t a d a s
fi
por l a s p é r d i d a s que o c a s onaban f a s v e n t a s de maPz a l ireCio Y
a
t r a d i c i o n a l de 50 centavos por almud. Calculó ue a causa e l a fluctua-
c i ó n en e l mercado, l a s f i n c a s t e n d l a n a per e r de 1.25 a 5 pesos por
saco.
38 Friederike Baumann

aumentar s u s deudas e r a por e l hecho de que solian t r a e r consigo a sus


f a m i l i a r e s , a quienes no podian mantener con su salario. Por consiguiente,
s e t r a t ó de c o n t r a t a r a hombres solteros o s i n su esposa, dándoseles co-
mida c a l i e n t e . Pese a que é s t o s i n i f i c a b a más trabajo, según Kaerger
e s t a estrategia dio buenos resultados. 5 3
Con e l f i n de estimular l o s incentivos a l trabajo, l o s finqueros daban
de p r e f e r e n c i a t a r e a s . Los trabajadores s i n deuda (gañadores) recibian
s a l a r i o s más elevados que l o s trabajadores deudores (o sea, 5 reales en
vez de 4, en 1900). Premios especiales eran otorgados durante l a cosecha:
a l o s gaíiadores s e l e s pagaba dos veces más por tarea que a l o s deudores
(80 centavos en vez de 40 centavos por r e c o l e c t a r una c a j a de 100 a 120
l i b r a s ) . Esto l o haclan para alentar a l o s trabajadores a quedarse en l a
p l a n t a c i ó n durante todo e l periodo de l a cosecha, después de haber pagado
s u deuda. Pero parece que sólo muy pocos trabajadores respondieron a e s
t o s incentivos. Ludedg comenta que l o s trabajadores preferPan regresar a
su c a s a a l a mitad de l a cosecha, después de haber desquitado e l dinero
que s e l e s habla dado adelantado trabajando t r e s meses, a quedarse como
"gaíiadores", "no s i n antes haber tomado un adelanto para l a próxima cose-
cha". Tampoco haclan e l esfuerzo de recolectar más de una tarea a f i n de
pagar s u s deudas más rápido, pese a que "un buen trabajador y su familia
podlan r e c o l e c t a r de 3 a 4 cajas diarias". Otro observador, Otto Peust,
informa más bien indignado que l a mayorla de l o s trabajadores no tomaban
en cuenta l o s salarios a l t o s , y que en vez de trabajar e l doble procuraban
hacer s ó l o l a mitad del trabajo. Grupos de cuatro a seis trabajadores se
ponPan de acuerdo para trabajar cada uno e l turno de un dla, mientras l o s
o t r o s se entregaban al "dolce far niente". 54
Los trabajadores respondieron favorablemente a l a s condiciones de
t r a b a j o que l e s daba más tiempo para dedicarse a l a recolección de café.
Algunas fincas alemanas hicieron h r t e s inversiones de capital para c o n s
t r u i r acueductos que l e s pennitfan transportar e l café reunido en diversos
puntos de l a p l a n t a c i ó n y a h o r r a r l e a l o s t r a b a j a d o r e s su conducción.
Furbach d i c e que e l hecho de que l o s mozos estacionales gustaran de tra-
b a j a r en fincas que t w i e r a n t a l e s facilidades "hacia decisiva l a instala-

53 Kaerger, "Landwirtschaft und Kolonisation", p. 546. Afirma que


l o s t r a b a j a d o r e s tenlan familias numerosas, con niílos pequeños ue no ga-
naban nada y v i e -j o s y esposas que ganaban sólo en l a recolecc Ón. 9
54 Furbach, " ~ i ~ .
é r b e i t e r v e r h k t n i s s e " 10- Kaer e r "Landwirt-
schaft und Kolonisation" ,
6'. 543; Ludewig , "Ka>ffeekuit u r Bm ~oconusco'',
196 y 250-51; O t t o e u s t , Mexico und d i e Landarbeiterfrage (Mexico,
Pgi21, p. 61.
La expansión de la agricultura capitalista en Chiapas 39

ción general de t a l e s acueductos" .55


E l t r a t o decente y justo a l o s trabajadores fue o t r a de l a s p o l l t i c a s
seguida por l o s empresarios. Ludervlg menciona viviendas sólidas y salu-
b r e s para l o s trabajadores. Furbach da una l i s t a de distracciones ofreci-
d a s a l t r a b a j a d o r : una f i e s t a de cosecha especial, música de gramófono
l o s domingos, a s 2 como una vacación anual que l e s permitla a l o s traba-
jadores permanentes regresar a sus l u g a r e s de nacimiento para ocasiones
s o c i a l e s . Lo más importante, s i n embargo, e r a que l o s trabajadores reei-
b l a n medicinas g r a t i s para e l l o s y s u s familiares; que el maPz les e r a
vendido a b a j o p r e c i o , aun cuando l o s precios en e l mercado eran más al-
t o s ; que l a s cuentas eran llevadas correctamente; y que no hablan castigos
f l s i c o s . Dahse e x p l i c a que e l i n t e r é s personal de l o s mismos finqueros
h a c l a darles buen t r a t o a su gente, "de tal manera que e s t w i e r a n dispues-
t o s a r e g r e s a r a l a finca al término de su contrato e, inclusive, a t r a e r
algunos amigos l a próxima vez".56
Se hicieron intentos por encontrar nuevas fuentes de mano de obra, por
ejemplo, importando trabajadores de afuera de Chiapas, con r e s u l t a d o s que
d e j a r o n a l o s empresarios "más r i c o s en amargas experiencias pero más po-
b r e s en m i l e s d e pesos".57 Los trabajadores traldos de Oaxaca y Tehuan-
tepec huyeron al poco tiempo. Los esfuerzos para establecer colonos japo-
n e s e s que t r a b a j a r l a n en l a s fincas en su tiempo l i b r e fracasaron porque
"abren una t i e n d a en cuanto han ganado dinero, como l o s chinos, perdién-
dose para l a a g r i c u l t u r a " . La importación de c o o l i s chinos se pensó que
s a l d r l a muy cara, a pesar de que l a s plantaciones de huie de l a región, de
propiedad norteamericana, podSan hacer l o s gastos necesarios. La importa-
c i ó n de i t a l i a n o s , como en B r a s i l , fue rechazada por l o s a l t o s costos y
porque l o s i t a l i a n o s eran inapropiados para e l pesado trabajo de campo en
el Otro experimento hecho por algunos finqueros, con resultados
poco s a t i s f a c t o r i o s , fue comprar propiedades y entregarlas a l o s traba-
j a d o r e s a cambio de su obligación de trabajar en l a s fincas por un número

55 Furbach, "Me Arbeiterverhalmisse", p. 8.


56 Ludewi , "Kaffeekul t u r i m Soconusco", p. 259; Furbach "Die Ar-
?
b e i t e r v e r h d l t n s e " , p. 8; Dahse a Rau, 11 de septiembre de 1915.
57 Furbach, "~ie ArbeiterverhBltnisseS'
schaft und Kolonisation". D. 545. Iái intento h&
10; Kaerger "Landwirt-
alrededor de 1890 por
unos finqueros inglese%Ó norteamericanas, de im rtar 300 kanakas de h-
wai, t e n n h 6 en un desastre: al no más a r r i b a r z p u e r t o de San Benito se
enfermaron de v i r u e l a s , muriendo a l o s co dlas. Varios miembros de l a
Searneant. San Antonio Nexapa, - - P.
- 67.
P"
familia de un propietario e x t r a n j e r o f a 1 e c i e r o n de l a misma epidemia;
-
58 Furbach, "Die Arbeiterverhaltnisse", p. 11; Peña, Chiapas eco&
mico, p. 632.
40 Friederike Baurnann

determinado de dias. 59
En 1910, algunos finqueros miembros de l a "Unión Cafetera de Chiapas"
( l a mayorla de e l l o s alemanes) intentaron regular e l mercado laboral por
medio de una acción conjunta. Invitaron a todos l o s finqueros a mantener
voluntariamente un contrato que, en primer lugar, reducirla l a competencia
por t r a b a j a d o r e s e n t r e e l l o s mismos y , en segundo lugar, reduciría l o s
a d e l a n t o s pagados. Los finqueros debllan respetar mutiiamente l o s derechos
d e cada quien al trabajo de un moza, media vez l e hubieran dado un adelan-
to. S i un finquero directa o indirectamente l e daba a d e l a n t o a un mozo
endeudado, p e r d e r í a todos sus derechos a e s t e trabajador, todo e l tiempo
que l a s obligaciones previas existieran. En casos en que l o s trabajadores
l e debieran a d i s t i n t o s patrones, é s t o s decidirian amigablemente con quien
deblan quedarse e s o s trabajadores. Por o t r a parte, l o s adelantos deblan
l i m i t a r s e a l a suma de 60 pesos. Los finqueros acordarlan que no exigi-
r í a n pagos de deudas mayores de 60 pesos. Los trabajadores que debieran
m6s de 100 pesos s e r l a n obligados a permanecer en l a finca después de l a
cosecha e n calidad de "rancheros". Sus deudas l a s pagarian hasta l a sma
de 100 pesos.60
Furbach, en su disertación, propone más que medidas prácticas inmedia-
t a s . Quiere que e l gobierno i n s t i t u y a una p o l l t i c a que elimine l a r a i z
d e l problema de l a mano de o b r a , cambiando l a actitud de l o s indígenas
frente al trabajo (por ejemplo, l a mano de obra asalariada en l a s f i n c a s ) .
Propone d i v e r s a s acciones que i n c r a e n t a r i a n e l abastecimiento de mano de
o b r a ; que h a r l a n que l o s t r a b a j a d o r e s cumplieran con sus obligaciones
c o n t r a t a l e s ; y que l e s enseiíarla a l o s indigenas a adoptar una conducta
c o r r e c t a a n t e e l trabajo. Según Furbach, a l o s indlgenas habla que ense-
l i a r l e s a cumplir sus compromisos, teniendo que aprender e l significado de

59 Furbach, "Me Arbeiterverh%iltnisse", 10. Una hacienda de pro-


piedad de uno de l o s empresarios almanes más !&ortantes, Adolf Gieseman,
udo por l o menos a r c i a l m e n t e s e r utilizada con pr6positos semejantes.
Y
e! encontraba l o c a i z a d a en l a densamente poblada regxón de Mariscal, en
Amaltenango, y e s t a b a destinada a l a rodcrción de azúcar y a l a crianza
de anado. HabPa una fuerza de trabafo permanente de 500 mozos, ijuienes
en H914 deblan 16 700 esos; véase e l expediente 26, "Rechtswesen , 28a,
Y,
Abteilung 111, ~ o i i t i s ce s Archiv des Aussrtigen A n i t s , Bonn (reciamacidn
de daiíos s u f r i d o s d u r a n t e l a revolución). Henri Favre informa que l o s
f i n q u e r o s com r a r o n ranchos y terrenos con caseríos en l a s cercanlas de
P
Chamula, estab eciendo en e l l o s ranchos rivados ue no tenlan o t r o pro$-
! 9
s i t o que s e r v i r c m o centros de mano de o r a para a s fincas; "Le t r a v a i l
s a i s o n n i e r des Chamda", Cahiers de 1 ' I n s t i t u t des Hautes Etudes de 1'AmP
rique 7 (1965): 112.
60 E l Economista Mexicano 50 (27 de agosto de 1910): 473.
La expansión de la agricultura capitalista en Chiapas 41

l a p a l a b r a " d e b e r " .61 Gradualmente, por medio d e l t r a b a j o , s e r l a n


educados h a s t a c o n v e r t i r s e en ú t i l e s ciudadanos (Furbach, p. 16). Esta
educación s e r i a iiblo para su propio bien y l a única manera de adquirir una
moral m 8 s a l t a . Los i n d i g e n a s aprenderlan el derecho de convertirse en
p l e n o s ciudadanos, dejando de ser l o s "parásitos" que habían sido hasta
entonces (Furbach, p. 15). Furbach estaba convencido de l a s h a b i l i d a d e s
i n n a t a s de l o s i n d l g e n a s . Dice que s a b i a , por propia experiencia cano
f i n q u e r o , que l o s indlgenas eran potencialmente buenos y capaces trabaja-
dores, que eran "buen material de trabajo". Habla eon mucho entusiasmo de
s u s habilidades f í s i c a s y mentales. Afirma que l a civilizadora influencia
d e v i d a en las fincas hizo de l o s indigenas no 610l o s mejores trabajado-
res d e p l a n t a c i ó n que se pudieran desear, sino también "personas devotas,
r e s p e t u o s a s y d i s c r e t a s " , refiriendo unas anécdotas para probar su punto
de v i s t a (Furbach, p. 5).
La condición previa para una exitosa educación de l o s indigenas era l a
eliminación del alcoholiano. Furbach describe el a l t o grado de consuno de
a l c o h o l e n t r e l o s indígenas, lamentando que siendo "infitil emborracharse,
es p o r a h o r a e l g u s t o m 6 s grande que conoce el indio, sirviéndole a tai
f i n cualquier ocasión, cualquier f i e s t a familiar, nacimiento, casamiento y
entierro" (Furbach, p. 5). Dice Furbaeh que en e l a l t i p l a n o pensaba a
v e c e s e n e s e "rebaño s i n pastor", "cuando en mis v i a j e s por estas lejanas
r e g i o n e s v e í a bambolearse por l a embriaguez en medio del polvo del camino
ese m a g n l f i c o material de trabajo" (Furbach, p. 5). Informa Furbach que
a l g u n o s f i n q u e r o s t r a t a r o n de combatir el aleoholisno mezclando eméticos
(BrechmitteZ) en el l i c o r que se v e n d í a e n l a s f i n c a s , con e l f i n de
convertir en "desagrado l a d e l i c i a d e l l i c o r " , logrando buenos r e su1 tado s
cuando l o s trabajadores cooperaban por propia conviccidn (Furbach, p. 8).
Furbach abogaba, como primer paso de una acción gubernamental, por medidas
que restringieran severamente el consuno de alcohol (Furbach, pp. 13-14).

61 Furbach,, " D i e A r b e i t e r v e r h x l t n i s s e " , pp. 18-19. Siguientes


r e f e r e n c i a s de ~ a e i n a slas colocaranos en el texto. Furbach declara desde
el princigio que* sÜs p r o p u e s t a s no e s t a b a n motivadas por l a moral d e l
a t r ó n ( l i e r r e n m r a l ') , sino que por su reocupación por el i n d l ena y el
!
aesee de hacer algo por e l l o s Su plan e parecla justo: a cm i o de su
t r a b a j o en e l d e s a r r o l l o del pals, el i n d l ena a rendería a encontrar su
f f
p r o p i o r o r e s o y prosperidad. E l desarrol o de a plantacidn y l a buena
m o r a l Be f a población caminarían de l a mano (Furbach, pp. 1 y 26).
Furbach demuestra aquí su creencia en el progreso huoiano, que no estH muy
a l e j a d a d e l a s buenas i n t e n c i o n e s d e l a Corona e s a s o l a después de l a
4 3
c o n q u i s t a , ue creia que e l s i s t e m a d e encomien a i n s t r u i r í a a l o s
i n d l enas en a f e cristiana a cambio de su trabajo en las empresas de l o s
espaífoies.
42 Friederike Baumann

Fiqu.m 4 . Centros de población indlgena r e l a c i o n a d o s con e l s e c t o r


cafetalero (adaptación a p a r t i r de Favre, "Le t r a v a i l saissonier").

Como segundo paso d e l a acción d e l gobierno recomienda Furbach l a


"coerción educacional". Para l o g r a r é s t o , l o s indlgenas que vivlan en
asentamientos muy dispersos deblan ser trasladados a aldeas, con e l f i n de
controlar su trabajo; una medida que nos hace r e c o r d a r l a s "reducciones"
de i n d l g e n a s hechas por l a s autoridades españolas en e l s i g l o XVI. Cada
hombre debla portar m l i b r e t o de jornalero y ser obligado a trabajar ocho
meses a l a50 en l a s f i n c a s , con excepción de aquellos que produjeran más
d e l mlnimo de e x i s t e n c i a en su propia t i e r r a . Las autoridades locales
r e m i t i r l a n t r a b a j a d o r e s a l a s plantaciones, garantizándoles buen t r a t o ,
La expansión de la agricultura capitalista e n Chiapas 43

comida abundante, dinero para e l v i a j e de ida y vuelta, s a l a r i o s acostuñ-


brados, a s i s t e n c i a médica y cuentas exactas. Con e l f i n de enseñarles a
l o s indlgenas e l significado de l a palabra "deber", l a s autoridades debfan
s e r también responsables del retorno de l o s trabajadores delincuentes a su
l u g a r de t r a b a j o . E l l i b r e t o de jornalero f a c i l i t a r l a el control de si
una persona habla cmplido con sus obligaciones o no.62 En e l perlodo de
t r a n s i c i ó n , l a mitad del salario s e r l a pagado adelantado, mientras que l a
o t r a mitad a l concluir e l trabajo. En cuanto concluyera l a "educación" de
l o s i n d l g e n a s , algunos de e l l o s podlan ser establecidos en l a s t i e r r a s de
l o s l a t i f u n d i s t a s como pequeños csmpesinos, para luego ser ocupados en el
trabajo de l a s fincas en sus horas l i b r e s (Furbach, pp. 14-16). Furbach
v i o s u s propias t e o r l a s apoyadas por el estudio de Otto Peust, sociólogo y
j e f e d e l departamento de agrfcultura del Ministerio de Fomento. Las con-
v u l s i o n e s p o l l t i c a s posteriores a 1910 desalentaron su esperanza, pese a
que e l reconocimiento d e l a necesidad de "coerción edwacional" para l o s

4
i n d l g e n a s s e r l a incluido en l a legislación del traba o agrario, en l a que
Peust estaba trabajando en e l perlodo de 1911 a 1912.~
Los cambios r e v o l u c i o n a r i o s en México después de 1913 hicieron que
cambiaran l a s i n q u i e t u d e s acerca de l a legislación laboral en una direc-
c i ó n completamente d i s t i n t a a l a p r e v i s t a por Furbach y a l a que habla
trabajado Peust. En e l verano de 1914, l a s tropas de Carranza tomaron el

62 Furbach hace una c l a r a distinción e n t r e el sistema laboral exis-


t e n t e en Guatemala y s u propio proyecto, diciendo ue no utilizarlla colno
%
ejemplo condiciones d e t r a b a j o forzado ("Zwangsar e i t e r v e r w l t n i s s e " ) ,
donde e l indlgena e r a sólo un objeto de explotación y nadie estaba inte-
resado en su progreso económico (Furbach, p. 14).
- 63 O t t o Peust realizó un v i a e por l a s regiones del sur de México en
1
1903, por encargo del obierno mex cano, con e l f i n de estudiar l a s condi-
c i o n e s de l o s t r a b a ja8ores. En 1912 estaba trabajando en una legislación
a g r a r i a que s e b a s a r l a , cano c r e l a , en estudios socio16 icos c i e n t l f i c o s
h:
acerca de l a s diferencias i n n a t a s de l a productividad e acuerdo a l a s
razas. Peust e s t a b a t r a t a n d o d e determinar e l porcentaje de individoos
" a c t i v o s " en cada r a z a . A diferencia de Furbach que c r e t a que l a f a l t a
de educación era el factor determinante en l a indoiencia de l o s i n d í enas,
v e l a Peust l a indolencia" como parte inherente de l a naturaleza s e l a s
r a z a s no blancas. Peust calculaba que entre l o s indlgenas solamente del 5
@ 6 por ciento eran u i k t i v o s "y por l o tanto, capaces de c o n v e r t i r s e en
t r a b a ' a d o r e s libres". Trató de elaborar un sistema de cuestionarios que
2
p e m i t r l a a l a s autoridades locales determinar en cada d i s t r i t o l a iden-
tidad de e s t a s personas "activas", a f i n de ue e l gobierno e s t a t a l l e s
pudiera o f r e c e r t i e r r a s para
Y
comerciales. Para e l resto de a población indígena, a parte
4
se convirt eran en r q u e ñ o s %icultores
dolente",
no v e l a otro remedio ue forzarla al trabajo para hacerla roductiva- véa-
4
s e Estadística egrlco a (México, 1910) Mexfko und die &arbeiterf;.age
Memoria d e l a Secretarla de Fomento, i 9 l l a 1912, pp. 497-511.
y
44 Friederike Baumann

control del gobierno de Chiapas. E l 30 d e o c t u b r e de 1914, e l gobierno


m i l i t a r e m i t i ó l a "Ley de Obreros", que daba por canceladas l a s deudas
e x i s t e n t e s . Los s a l a r i o s debian ser pagados semanalmente y l o s trabaja-
d o r e s podian e x i g i r en a d e l a n t o l a mitad d e l s a l a r i o por cada d i a que
hubieran laborado. 64 Se h i c i e r o n concesiones para circunstancias espe-
c i a l e s en l a s fincas de hule y café, "para f a c i l i t a r l e a l o s trabajadores
p a r t i c i p a r en e s t a s ramas de l a agricultura, donde l o s s a l a r i o s eran más
elevados, a f i n de ' m o r a l i z a r ' a l a c l a s e p r o l e t a r i a y e s t i m u i a r l a a l
t r a b a j o y a l ahorro". Los patrones debian pagarles e l 50 por ciento de su
t r a b a j o sananal y depositar e l resto en un banco designado para tal pro$-
s i t o por l o s inspectores gubernamentales, en donde l o s trabajadores podian
reclamar e l dinero d e s p d s de l a cosecha.65 Estas estipulaciones podian,
por c i e r t o , s e r v i r también como medidas coercitivas para hacerles cumplir
s u s contratos a l o s trabajadores. De una plumada, el gobierno de Carranza
d e c r e t ó e l mercado de trabajo l i b r e , l i b e r ó a l o s finqueros de l a necesi-
dad de pagar adelantos a posibles trabajadores y ofreció un mecanisno para
reforzar e l cmplimiento de l a s obligaciones c o n t r a c t u a l e s . Pero, t a l y
como l o mostró l a experiencia de l o s finqueros en l o s dos años siguientes,
l a puesta en vigor de l a "Ley de Obreros" &lo intensificó sus problenas.
Desde un principio se notó que fue un e r r o r e l esquema del gobierno de
f o r z a r a l o s trabajadores a permanecer en l a s fincas reteniéndoles l a mi-
t a d de s u s a l a r i o durante e l periodo de l a cosecha. Los trabajadores de

64 Hernández C . , "La defensa de l o s f i n ueros", p. 353. La l e l a


1920 ( e x i c o , 1960). pf. 15-26.
9
c i t a Prudencia Moscoso Pastrana en su obra El P nediano e . Chiapas, 1Jl.6-
Estipulaciones adicionales prescribian
s a l a r i o s minimos según a r e ión (un peso para Soconusco y por el trabajo
en l a s monterias de Pichuca co, Palenque 9 $ Chilón); canpensaciones
l o s t r a b a j a d o r e s ; regulación de l a s horas e trabajo feriados y t r a ajo r-
e x t r a . Debian de establecerse escuelas para l o s traiajadores y aboliras
l a " t i e n d a de raya". Los trabajadores tendrian l i b r e accem a agua, leRa
y v i v i e n d a , y s e l e s permitirla tener un n b r o determinado de animales,
s i n que t u v i e r a n pagar por ello. A l peón debPa proporcionársele tie-
r r a , teniendo derec a r e c o l e c t a r f r u t o s . Las a u t o r i d a d e s e s t a t a l e s ,
bajo amenaza de despido fuertes multas, estaban obligadas a observar l a
i-
e s t r i c t a ejecución de l a ey y a escuchar cuidadosamente l a s quejas de l o s
trabajadores.
55 E l trabajador r e c i b i r l a un recibo o f i c i a l del saldo de su cuenta,
pudiendo r e t i r a r e l t o t a l de l a suma durante l o s primeros d i a s de marzo, O
a n t e s , s i l a cosecha ya habla concluido. Los recibos no serian transfe-
r i b l e s . Debían tomarse medidas de precaución con e l f i n de e v i t a r que l o s
r e c i b o s fueran falsificados. Los propietarios debian enviar l i s t a s de sus
c u e n t a s a l banco a l o s i n ctores, y l o s l i b r o s de contabilidad deblan
1 77
e s t a r a b i e r t o s a a inspecci n. Los propietarios debian e n t r e a r un cal-
culo de l a cantidad a roximada de l a cosecha a n t e s d e l 15 de iciembre. 8
F u e r t e s multas, de 7
que no cumplieran con i a s leyes.
O00 a 5,000 pesos, se impondrian a l o s propietarios
La expansión d e la agricultura capitalista en Chiapas 45

l a s plantaciones alemanas amenazaron con abandonarla si no s e l e s pagaba


todo su s a l a r i o a l f i n a l de cada semana. Los finqueros no t w i e r o n o t r a
a l t e r n a t i v a que ceder a sus demandas.66
La c a n c e l a c i ó n de l a s deudas t w o que hacerse en v a r i a s regiones por
medio de l a fuerza militar, habiendo casos en que l o s trabajadores tenlan
que s e r o b l i g a d o s a abandonar l a s haciendas.67 Las fincas del lado del
A t l á n t i c o y l a s de l a s v e r t i e n t e s o r i e n t a l e s de l a s i e r r a Phdre fueron
a f e c t a d a s de d i s t i n t a manera a l a s de Soconusco. E l vice-cónsul Enrique
Rau informó que en su d i s t r i t o c a s i todas las empresas agrarias sufrlan de
f a i t a de mano de obra, pero que estaban tratando de solucionar e l problema
h a s t a donde e r a posible s i n ayuda de l a s autoridades. Parece que un buen
número de t r a b a j a d o r e s (tanto permanentes cano estacionales) abandonaron
l a s f i n c a s , y e r a muy d i f i c i l reemplazarlos. "No solamente perdl 30 m i l
pesos en deudas de mozos", escribla üahse e:> 1915, "sino que también todos
m i s t r a b a j a d o r e s , ya que después d e t e n e r más de 200 sólo me quedaron
tres".68 Los he-os Kortüni en Yajalón (Chilón), temiendo perder su tra-
b a j o de t r e i n t a aíios s e quejaron directamente a l gobernador m i l i t a r
Corral :
Cuando se di6 l a Ley de Libertad de l o s sirvientes, se separa-
ron de e s t a finca c a s i todos l o s trabajadores. Con l a ayuda y re-
comendación de l o s SeKores Villapanda y Oroeco hemos podido conse-
g u i r en l o s pueblos vecinos algo de gente para l o g r a r a l menos l a
mitad de nuestra cosecha de café. Después de l a cosecha hemos se-
guido trabajando con l o s pocos trabajadores que vienen voluntaria-
mente, pero últimamente se nos e s t á dificultando mucho conseguir
e l número n e c e s a r i o para atender nuestros más urgentes trabajos.
Los t r a b a j a d o r e s , quienes vienen de San Cristóbal y pueblos ve-
c i n o s , s e e s t á n acostumbrando a irse despiÉs de haber trabajado
apenas dos d l a s l l e v h d o s e herramientas, machetes, piedras de mo-
l e r y todo l o que se l e s procura para t r a b a j o , naturalmente s i n

66 C a r t a d e l cónsul al& al ministro mexicano de Relaciones Exte-


r i o r e s , 30 de noviembre de 1915, Archivo Histórico de Relaciones Exterio-
res, expediente 16-14-145. La ironía de e s t e episodio fue que l a s autori-
dades condenaron a todos l o s finqueros alemanes a pagar a l t a s multas por
no cumplir con l a l e , o sea, por no depositar l a mitad de l o s s a l a r i o s de
1
l o s trabajadores en o s bancos. Sólo después de l a s quejas o f i c i a l e s y de
una s o l i c i t u d personal del cónsul alemán al ministro mexicano de Relacio-
nes Exteriores l e s fueron devueltas a l o s f i n ueros l a s multas pagadas.
Schulze a v. Eckardt, 14 de septiembre deP915; Relaciones Exteriores,
expediente 16-14-145.
67 Benjamín, e s to Leviathan", pp. 140-41; Wasserstrom, White
Fathers, Red Souis, %
"i:
3.
68 Rau a v. Eckardt, 15 de osto de 1915, "ñevolutionsakten", Paket
40; Dahse a Rau, 13 de enero de 191
46 Friederike Baumann

pagarlo. Y en l o s pueblos vecinos Tila, Petalcingo y Yajalón no


s e .consigue n i un trabajador voluntario, más que ahora empieza l a
cosecha nueva de malz, y teniendo malz no trabaja nadie.6g
Una p e t i c i ó n semejante fue hecha por l o s hermanos ühlig de l a misma
r e g i ó n . E l mimo Rau, propietario de t r e s fincas en Mexcalapa, sólo nece-
s i t a b a de 120 a 200 trabajadores para completar una secuencia de cosechas
e n l a f i n c a "Las Palmas" (cacao, café y hule). Tenla l a esperanza de en-
c o n t r a r l a gente que necesitaba, reclutándolos personalmente en San Cristó -
bal , por medio del enganche y e l pago antes de que se i n i c i a r a l a cosecha
e n Soconusco. 70 Karl Setzer escribió desde l a finca "Hanover", cerca de
Yajalí>n, que de 40 t r a b a j a d o r e s permanentes sólo hablan quedado seis, y
que e r a imposible encontrar nuevos mozos que quisieran laborar c m traba-
jadores permanentes. 71
De l a región de Soconusco e x i s t e solamente un informe sobre que l o s
t r a b a j a d o r e s se e s t u v i e r a n yendo. La preocupación más inmediata e r a e l
p o s i b l e efecto de l a l e y sobre l o s arreglos hechos para l a contratación de
mano d e obra para l a cosecha de 1914. A l decretarse l a l e y , l a cosecha s e
encontraba en su mayor apogeo en l a s t i e r r a s bajas y apenas canenzando en
l a s r e g i o n e s más a l t a s . E l vice-cónsul Schulze en Tapachula informó que
l a mayor preocupación de l o s propietarios doce d l a s después de la promul-
gación de l a l e y e r a l a posible pérdida del dinero adelantado y l a s s e r i a s
r e p e r c u s i o n e s que é s t o tendrla en l a situación financiera de algunas em-
p r e s a s . E l dinero en efectivo desembolsado en forma de adelantos ascendla
en algunas fincas a sumas de 50,000 a 150,000 marcos (aproximadamente de
25,000 a 75,000 pesos). Pese a que no hablan muchas esperanzas de éxito,
e s t a b a por e n v i a r s e una delegación de finqueros a ver al gobernador, con
e l f i n de s o l i c i t a r l e que pospusiera l a l e y hasta e l f i n de l a cosecha. 72
Después d e l primer informe alarmante, no escribe Schulze nada acerca de
d i f i c u l t a d e s o daRos durante l a cosecha de 1914. Según l e escribió más

69 C a r t a a l gobernador Corral, 16 de julio de 1915, "Revolutionsak-


ten". En una carta p s t e r i o r e s c r i t a a Rau e l 27 de agosto de 1915 usaban
p a l a b r a s f u e r t e s : "Pero no sólo l a f a l t a de gente e s l o que d i f i c u l t a e l
t r a b a a r , s i n o también e l mal material de trabajo que se consigue. Los
1
que 1 egan aqul están medio muertos de b b r e y por consiguiente con poca
capacidad de rendimiento; en cuanto han sanado y hartado l o s u f i c i e n t e , se
l a r g a n e l d l a menos pensado, llevándose l o s instrianentos de trabajo. A
causa de que l a l e y l e ha arrebatado todo poder a l propietario, es imposi-
ble hacer orden".
70 Hermanos Uhlig a Rau, 23 de agosto de 1915; Rau a v. Eckardt, 8
de agosto de 1915.
71 Karl Setzer a Rau, 14 de septiembre de 1915.
72 Schulze a v. Eckardt, 11 de noviembre de 1914.
> La expansión de la agricultura capitalista en Chiapas 47

t a r d e von Eckhardt a l m i n i s t r o alemán de Relaciones Exteriores, habla


sabido de un comerciante de c a E alemán en l a ciudad de México, "que l o s
f i n q u e r o s de Soconusco no hablan encontrado muy d i f l c i l adaptarse a l a s
nuevas condiciones creadas por l a ieym.73
No e s de sorprender que l o s finqueros alemanes no h i c i e r a n demandas
o f i c i a l e s d e s p d s de su pSnico i n i c i a l sobre l a cancelación de l a s deudas,
l a c u a l , en noviembre de 1914, l e s pareció ser una pelfgrosa violación de
l o s derechos d e propiedad. La cosecha habla sido terminada s i n pérdidas.
Ya que, de acuerdo a sus propias cuentas, las deudas mtis importantes con-
s i s t l a n principalmente en adelantos hechos a posibles trabajadores esta-
c i o n a l e s , e s t a s deudas hablan s i d o canceladas a l término de l a coracha.
La prueba más grande sobre l a s nuevas condiciones vino a presentarse al
siguiente verano, al reclutarse l o s trabajadores para l a cosecha de 1915,
en v i s t a de que ahora estaba prohibido dar dinero adelantado.
En agosto de 1915 envió Schuize un informe optimista sobre l a s pers-
p e c t i v a s de l a próxima cosecha, en donde expresaba que "en l a s grandes
plantaciones alemanas se ve e l desarrollo de l a s c o s a s con t r a n q u i l i d a d ,
m i e n t r a s algunos de n u e s t r o s paisanos se preocupan pensando si será po-
s i b l e conseguir l a fuerza de trabajo necesaria para l e v a n t a r l a cosecha.
La d i f e r e n c i a en ambas actitudes se explica del hecho de que l a s grandes
empresas, actuando en contra de l o que prescribe l a ley, han dado pequeRos
adelantos a l o s cosecheros de l o s d i s t r i t o s de trabajadores, contando con
que esta gente no l e s defraudará. Retener a l o s trabajadores por supuesto
que ya no pueden, pero en l o s lugares en donde sean t r a t a d o s bien y con
j u s t i c i a es seguro que permanecerán".
Pero l a mayor ventaja para l o s finqueros s e r l a l a extraordinaria esca-
s e z de maíz y el hecho que todos l o s finqueros alemanes hablan pedido maPz
- de l o s Estados Unidos. En v i s t a que o t r o s empresarios no podlan darse e l
l u j o de comprar e l c a r o malz de l o s EE.UU., l o s indlgenas del i n t e r i o r
(Comitsn y San C r i s t ó b a l ) s e r f a n l l e v a d o s por l a necesidad de buscar
t r a b a j o en Soconusco, una migración que anteriormente e r a r e a l i z a d a
solamente a costa de fuertes gastos hechos por l o s f i n q u e r ~ s . ~ ~
Pero ya pocos d l a s más tarde, e l optimiano de S c h u l z ~fue desbaratado
porque e l gobierno prohibió l a reunfbn de trabajadores en el i n t e r i o r y su
t r a n s p o r t e en grupos e s c o l t a d o s a l a s fincas. Schulze protestó por e l
malentendido de l a s autoridades, de que e l dinero pagado a l o s trabajado-
r e s p a t a hacer e l v i a j e se consideraba "deuda" a desquitarse. Rau señaló
48 Frieaerike Boumann

que l o s i n d l g e n a s d e l i n t e r i o r s u f r l a n hambre y que l o s trabajadores


c o n t r a t a d o s dependfan de pequeilos adelantos para e v i t a r que l o s miembros
d e su familia que quedaban a t r á s murieran de hambre durante su ausencia. 75
Pocos d l a s después, l a Cámara de Comercio de Tapachuia intentó aclarar l a
i n t e n c i ó n de l o s finqueros en e l i n t e r i o r , en un telegrama dirigido al
gobernador. La cámara s u g i r i ó que l o s cmisionados agrarios propagaran
dónde habla t r a b a j o y a r r e g l a r a n l o s gastos del v i a j e ; e l trabajo s e r l a
aceptado libremente; l o s gastos del transporte serlan pagados aparte del
s a l a r i o ; l a gente s e r l a l i b r e de trabajar donde gustara en l a s fincas; l o s
a r t l c u l o s de primera necesidad l e s serlan vendidos a una décima parte de
l o s precios corrientes del mercado; l o s trabajadores serlan acompañados en
e l v i a j e por representantes de l a s fincas para ayudarlos, pero estarlan en
l i b e r t a d para regresar cuando l o desearan.76
Para octubre, l a s autoridades todavla mantentan l a prohibición de con-
t r a t a r i n d l g e n a s en e l altiplano y su transporte a l a s fincas de café. 77

75 13 de agosto de 1915. En una c a r t a posterior, Schulze alega que


e l t r a n s p o r t e de l o s trabajadores escoltados e r a en i n t e r é s de éstos, ya
ue e l intento era procurar que no se perdieran d u r a n t e e l v i a ' e de ocho
3.
k a s , ue recibieran una alimentación n u t r i t i v a y fueran proteg dos contra
toda c a s e de p e l i g r o s . "Pero las autoridades se empeñan en ver en e s t a
s o l i c i t u d una infracción de l a l e de trabajadores", escribía Schulze a v.
Eckardt e l 2 de octubre de 1915. & e s t a oportunidad, como en una c a r t a
p o s t e r i o r , ex res5 su sospecha de que todas e s t a s acciones gubernamentales
f
t e n l a n l a so a i n t e n c i ó n de c h a n t a j e a r a l o s finqueros, para que se
m o s t r a r a n d i s p u e s t o s a p a g a r i m p u e s t o s d e produccion más a l t o s .
76 Tele rama del 17 de agosto de 1915 al gobernador Corral, "Revolu-
%
tionsakten", aket 40. E l gobernador Corral envió una c a r t a en donde con-
firma que t a l e s a r r e g l o s no e s t a r l a n en conflicto con l a ley. E l vice-
c6nsul Rau comenta con esce ticisno que e l texto del telegrama muestra l o
poco que l o s f i n q u e r o s de kconusco pedlan del gobierno, pero que estaba
convencido de que nunca se encontrarlan trabajadores con t a l e s ofertas.
R e p e t i d a m e n t e a f i r m a que Einicamente e l sistema de a d e l a n t o s y l a
p r o t e c c i ó n de l a l e y a l o s contratos podlan remediar l a situación (Rau a
v. Eckardt, 31 de agosto de 1915).
77 Karl Dahse hizo cuatro intentos en e l verano de 1915 de anchar
g r u o s de chamuias,
!
su i n c a "Prusia". primera cuadrilla se vió oblfgada a regresar de San
9
que sólo tenla 20 personas a t a s para e l t r a a j o en
Bartolomé (aproximadamente l a mitad d e l camino). en v i s t a de que l a s
a u t o r i d a d e s no l e s permitieron cruzar e l rlo. A .la segunda cuadrilla no
se l e permitió s a l i r de San CristSbal. (En e s t a ocasion Dahse w r d i ó el
desenbolso en efectivo, l o s gastos del v i a j e y a d e l a n t o s de 5 a 1 5 pesos
para cada uno. ) E l tercer grupo, de más o menos 50 hombres, arribó medio
muerto de hambre, ya que tuvo ue hacer un amplio clrcuio alrededor de San
L6,
Bartoloaé. Finalmente su a inistrador, un alemán, fue personalmente a
San C r i s t ó b a l y enganchó a c i e n c h u l a s más. Para poder pasar por San
Bartolomé l e tuvo que regalar al comandante t e l a para dos t r a j e s . ~ h o s
miembros del último grupo abandonaron l a finca poco despues de haber comi-
do muy bien, llevando consigo l o s implementos de t r a b a j o ; C a r t a a Rau, 9
de septiembre de 1915.
La expansión de la agricultura capitalista en Chiapas 49

Finalmente, e l cónsul alenán l e hizo una solicitud directa por telégrafo


a l g e n e r a l Carranza para que, haciendo uso d e s u s b u e n o s o f i c i o s ,
r e s o l v i e r a e l problana de l a f a l t a de mano de obra en ~ h i a p a s Esta
. ~ ~ peti
c i ó n seguramente movió a Carranza a intervenir en favor de l o s finqueros,
ya que cambió l a actitud del gobierno de Chiapas. Schulze informó en no-
viembre que l o s artPculos r e s t r i c t i v o s de l a l e y ya no eran impuestos a l a
f u e r z a . Las autoridades en l a s aldeas de l a s montañas a menudo ayudaban a
l o s propietarios en l a obtención de trabajadores. Nuevamente fueron dados
adelantos, y l a gente del i n t e r i o r era reunida en c u a d r i l l a s y l l e v a d a a
l a s fincas bajo custodia.79
Los problemas de l o s finqueros, s i n anbargo, no hablan aím concluido.
En e l d i s t r i t o consular de Rau p e r s i s t i ó l a gran escasez de trabajadores.
Rau s e quejó de que s ó l o s e podla c o n t a r con l a mitad de l a fuerza de
trabajo normal. Agentes enganchadores que normalmente reclutaban de 100 a
200 t r a b a j a d o r e s para l a s fincas alemanas, ahora tenlan probleaa para en-
contrar diez. & era p s i b l e conseguir trabajadores permanentes y a l o s
j o r n a l e r o s estacionales hab& que pagarles s a l a r i o s altos.m En Soconusco
e l problema más grande s u r g i ó de l a f i e r a competencia e n t r e finqueros y
t r a b a j a d o r e s . Lo S enganchadores competlan con promesas y seducciones en

78 "Según informes nuevamente recibidos seHor gobernador Chia S si-


gue d i f i c u l t a n d o r e c o e r San Cristóbal y d i s t r i t o s vecinos trabagdores
2
voluntariamente o f r e c endo servicios en cosecha caf@ del estado y condu-

poderosa
de 1915. En
a

79 Schulze a v. Eckardt, 3 de marzo de 1916.


80 Rau a v. Eckardt 3 de noviembre de 1915; 26 de noviembre de
1915. El 3 de enero de 1916 informa Rau que: "Los s a l a r i o s se han eleva-
do de manera colosal y s i n embar o no se *de conseguir
8 iente.
des a n t i c i m s no va nadie a l t r a ajo. as% aue tienen que arse. M sinás fieran-
mitad de los anticipas se pierde Grque el gobierno n6 obliga a l o s traba-
la
a d o r e s a cumplir con sus canpromisos, sino que más bien l o s a l i e n t a a l a
desobediencia. En Tapachula se l e s e s t á pagando a l a ente actualmente
5i
h a s t a 4 pesos diarios, más l a comida. En "Las Palmas" [ p antación de Rau]
me e s t á costando l a gente $1.12 plata a l dPa".
50 Friederike Baumann

e l i n t e r i o r , y l o s finqueros intentaban desviar con o f e r t a s halagtieiias a


grupos de t r a b a j a d o r e s que s e d i r i g l a n a una finca determinada. Estas
a c c i o n e s , según l a s palabras de Schuize, "tenlan efectos deanoralizantes
e n l o s trabajadores, ya que entre más se l e s cortejaba, más se extralimi-
taban sus exigencias". E l efecto fue un a l z a tremenda en l o s s a l a r i o s .
Se l l e g ó a pagar h a s t a c i n c o pesos y r a c i ó n de malz g r a t i s ( e l salario
mínimo prescrito por l a l e y e r a de un
Mientras l a situación para l o s finqueros alemanes del lado del A t l á n -
t i c o y de l a vertiente oriental de l a s i e r r a se hacla cada vez más d i f í c i l
por s a l i r a f e c t a d o s d e l a lucha e n t r e diferentes grupos de revolwiona-
r i o s , l a s i t u a c i ó n en Soconusco retornó a l a normalidad. Schulze informó
que e l abastecimiento de mano de obra era suficiente para l a limpieza y e l
mantenimiento en e l verano de 1916. Hablan suficientes trabajadores de l a
r e g i ó n , de l a s aldeas de l a montaña y del interior. En diciembre, e l nuevo
gobernador Villanueva emitió un decreto que permitla l a contratacción de
i n d l g e n a s d e l i n t e r i o r . Llegaron grandes transportes de trabajadores de
San C r i s t ó b a l , y hablan en todas partes suficientes trabajadores para l a
cosecha de 1 9 1 6 . ~ ~
Desde l a perspectiva de l o s finqueros, l a sola cancelación de l a s deu -
das fue una medida inefectiva de crear un sistema de mano de obra l i b r e ,
ya que pasó por a l t o l a r a l z del problema: l a actitud de l o s trabajadores.
No objetaban l a demanda de anticipos per se. E l vice-cónsul Rau canprendla
l a s demandas de l o s trabajadores, ya que tenlan que abastecer a sus fami-
l i a s durante su ausencia. E l problema c r w i a l era l a informalidad de l o s
t r a b a j a d o r e s , t a l y como l o describe Furbach, su f a l t a de sentido del de-
ber, que l o s llevaba a romper sus obligaciones contratales. Según Dahse:
E l que l a g e n t e en general no debla tener deudas no era tan malo
para l o s finqueros, sino todo l o contrario, pero también debla de
s e r c a s t i g a d o todo trabajador que pidiera o tomara anticipos. So-
b r e t o d a s l a s c o s a s necesitamos una l e y que comprometa a l traba-
jador por algún tiempo, que no debe de ser menos de t r e s meses y
pudiera prolongarse h a s t a l o s doce meses. E l trabajador deberla
comprometerse a trabajar todo ese tiemp, en l a finca y no abando-
n a r l a s i n o s ó l o por motivos muy poderosos. La empresa agraria no

8 1 Schulze a v. Eckardt 3 de marzo de 1916; 14 de junio de 1916.


La desunión y f a l t a de organización entre l o s finqueros ya habla sido un
problema antes. La cooperación en é s t a época e n t r e finqueros de d i s t i n t a s
nacionalidades se hacla aun más d i f í c i l por sus mutuas enemistades a causa
de l a 1 Guerra Mundial.
82 Schulze a v. Eckardt, 14 de junio de 1916; 2 de diciembre de
1916.
La expansión de la agricultura capitalista en Chiapas 51

s o p o r t a que e l t r a b a j a d o r simplemente s e largue cuando más se l e


n e c e s i t a y c o n t r a e s t o deberPa de e s t a r protegido el finquero por
medio d e l a l e y , e l i m i n á n d o s e d e l a Ley de Obreros su declarada
p a r c i a l i d a d . Está en propio i n t e r é s de l o s finqueros t r a t a r bien
a s u gen te p a r a que no huyan a n t e s de l a culminación de su con-
t r a t o , vuelvan con g u s t o a l a f i n c a y , d e s e r p o s i b l e , t r a i g a n
amigos. La pequeíia r e s t r i c c i ó n de l i b e r t a d que debe contener e l
contrato no es o t r a cosa d i s t i n t a a l a que nosotros mimos, que no
vivimos p r e c i s a m e n t e de n u e s t r a s r e n t a s , tenemos que soportar,
comprometiéndonos generalmente por un tiem considerablemente
mayor a l que proponemos para l o s trabajadores. rR"
En 1919, e l vice-cónsul en Tapachula expresó l a esperanza de que l o s
problemas d e l abastecimiento y contratación de mano de obra fueran final-
mente eliminados. Los finqueros acordaron pagar una suscripción voluntaria
d e 25 centavos por cada 100 kilogramos de café que produjeran, prometiendo
el gobernador, a cambio, brindar extensiva a s i s t e n c i a en e l r e c l u t a m i e n t o
de t r a b a j a d o r e s d e l i n t e r i o r . Ademas, un grupo d e c a p i t a l i s t a s t e n l a
p l a n e s de establecer una "Bolsa de Trabajo" en San Cristóbal. Los finque-
r o s podrlan ordenar e l número de trabajadores que necesitaran y l a "Bolsa"
s e r l a r e s p o n s a b l e d e l e n v l o d e l o s t r a b a j a d o r e s y de las deudas de l o s
f u g i t i v o s . Los g a s t o s tenlan que pagarse hasta después d e l envlo. Para
1930, e l g o b i e r n o h a b l a tomado un i n t e r s s d i r e c t o en l a contratación,
cobrando un impuesto por cabeza. Todavla continuaron l o s problemas con
l o s t r a b a j a d o r e s que no cumpllan con sus contratos, pero para entonces, a
e x p e n s a s d e " d i n e r o y a g r a v a c i ó n " , l o s f i n q u e r o s podPan l o g r a r que e l
gobierno i n t e r v i n i e r a a su favor. En 1935, finalmente, el mismo g o b i e r n o ,
p o r medio de o f i c i n a s e s p e c i a l e s , s e encargó de l a contratación de l o s
trabajadores en San ~ r i s t ó b a l . ~ ~
E l a n á l i s i s por p a r t e de l o s empresarios alemanes de l a situación de
l a mano d e o b r a hacfa eco de las inquietudes de l o s delegados de regiones
p e r i f é r i c a s , especialmente de Pichucalco y Mexcaiapa, al Congreso Agrario
de 1896, Ambos g r u p o s s e v e l a n confrontados con l a escasez de trabaja-
d o r e s , l a competencia de o t r o s finqueros por l a mano de obra, y e l insu-
f i c i e n t e control sobre su fuerza de trabajo. En v i s t a de que ninguno de
l o s g r u p o s e r a c a p a z de a p l i c a r s u f i c i e n t e coacción extraeconbmica para
c o n t r o l a r el mercado laboral, no tuvieron o t r a a l t e r n a t i v a que s a t i s f a c e r

83 Dahse a Rau, 11 de septiembre de 1915.


84 Hinze a Magnus, 23 de enero de 1919; Waibel, D i e S i e r r a Madre, p.
226; Favre, "Le t r a v a i l saisonnier", pp. 114-15.
52 Friederike Baumann

l a s demandas de l o s t r a b a j a d o r e s y darles amplios créditos y anticipos.


Mientras l o s delegados a l Congreso se quejaban de l o s malos hábitos de
trabajo de sus m w s , l o s empresarios alemanes mostraron a p r e c i o por l a s
h a b i l i d a d e s de sus trabajadores indígenas, pero se sentían constantemente
f r u s t r a d o s por l a i r r e s p o n s a b i l i d a d de é s t o s en e l cumplimiento de sus
obligaciones.
¿En qué medida e l sistema de mows adeudados, t a l como se desarrolló
en e l sector cafetalero en Chiapas alrededor de 1916, se d i f e r e n c i a de l a
manera como se dió en 1896? Existen t r e s diferencias principales: 1) l a
mayoria de l o s mows adeudados reclutados para l a economla de exportación
e n t r a r o n a l mercado de trabajo como "mozos rasos", e s decir, como traba-
j a d o r e s r e c i é n c o n t r a t a d o s , indígenas que vivian en sus propias comuni-
dades; 2) l o s intermediarios entre finqueros y t r a b a j a d o r e s p o t e n c i a l e s
empezaron a desempefíar un papel destacado en l a contratación de l a fuerza
de trabajo: se trataba de agentes empleados por l o s finqwros, contratis-
t a s privados (habilitadores), o bien a u t o r i d a d e s municipales o de rango
p o l i t i c 0 más elevado. E l negocio de contratar trabajadores (enganche) se
transformó en un campo de grandes oportunidades en Chiapas (ésto debe
diferenciarse de l a asistencia prestada por individuos o autoridades en l a
" r e t e n c i ó n " de siervos adeudados en haciendas o fincas); 3) por l o menos,
dos t e r c i o s de l a fuerza de trabajo empleada en l a economía cafetalera era
ocupada s ó l o parcialmente durante e l aEo, de t r e s a cuatro meses. Esto
s i g n i f i c a que l a mayoria de l o s t r a b a j a d o r e s seguian un c i c l o laboral
anual que consistía de un período de t r e s a cuatro meses de trabajo en una
f i n c a , y otro de ocho a nueve meses en sus comunidades. También significa
que e l c o n t r a t o tenia que ser hecho cada año, siendo e l enganche ahora un
negocio permanente. 85

85 Se debe e n f a t i z a r que l a ocupación de l a fuerza de trabajo


períodos cortos e r a una caracteristica exclusiva de l a industria cafeta e-
r a . E l hule necesitaba una fuerza de trabajo mucho más estable. Rau. por
f"
ejemplo, i n d i c a que en "Las Palmas" diez h k b r e s eran empleados permank-
temente en l a t a r e a de extraer e l látex ( " G d z a p f e n " ) . Véase l a carta
de Rau a v. Eckardt, d e l 8 de agosto de 1915. La l a n t a c i ó n de hule
8
Z a c u a l ~ a "t e n í a una fuerza de trabajo ~ermanentede 8 O hombres. En l a s
monterías, que por su importancia con8tikuían l a tercera rama de l a econo-
mia, encontramos exigencias de fuerza de trabajo opuestas a aquellas de l a
i n d u s t r i a c a f e t a l e r a . En e f e c t o , en l a s monterias l o s requerimientos
laborales eran similares a l o s de l a industria: e l corte de l a caoba e r a
r e a l i z a d o continuamente 7 d í a s a l a semana 12 meses a l año ( e l único
r'
cambio en e l ritmo de trabajo estaba dado por a flotación de l o s maderos
La expansión de la agricultura capitalista en Chiapas 53

En l o s casos en que l o s trabajadores no pudieran o no quisieran c u b r i r


s u s deudas en una temporada de cosecha, tenian que regresar a pagarlas con
s u t r a b a j o l a temporada s i g u i e n t e . S i no l o hacian voluntariamente, se
les obligaba a hacerlo. Ya hanos v i s t o que, en todo c a s o , l o s finqueros
alemanes no siempre t e n l a n é x i t o en l o g r a r e l r e t o r n o de t a l e s traba-
jadores.
Según l a manera en que l o s finqueros explicaban l a situación laboral,
parece claro que hubieran preferido un sistema de s a l a r i o l i b r e , en e l que
e l t r a b a j o f u e r a pagado después de haber sido realizado. También parece
s e r que l a s deudas no les pareclan un medio ú t i l para proveerse de traba-
jadores, pero fueron forzados, por circunstancias f u e r a de su c o n t r o l , a
pagar anticipas de un monto variable. 86 De acuerdo a l o s finqueros ale-
manes, l o s trabajadores tenian una ventaja decisiva en e l mercado laboral.
Hacian acuerdos c o n t r a t a l e s libremente, recibian considerables suuas de
d i n e r o a n t i c i p a d o , encontraban buenas condiciones de trabajo y tenian l a
oportunidad de ganar mHs dinero si eran laboriosos. Sacando ventaja de la
e s c a s e z de mano de obra, l o s trabajadores demandaban -y recibian- cantida-
d e s de dinero mayores que l a s que podian pagar en una temporada. S i eran
t r a b a j a d o r e s permanentes podian manipular deudas en su propio beneficio,
como h i c i e r o n algunos mows en Pichucalco, según informes que reflejan l a
f r u s t a c i ó n de miembros d e l Congreso Agrario. En algunos casos, podian
inclusive estafar a l o s finqueros impunemente, s o l i c i t a n d o a n t i c i p o s de
v a r i o s finqueros para l a misma temporada de cosecha, o evadiendo e l pago

r í o aba o durante l a estación l l u v i o s a ) . Bajo e s t a s condiciones l e con-


venia & empresario prolongar l o s contratos de l o s trabajadores inaividua-
l e s mediante e l incremento de sus deudas. La p e l i rosidad de l a selva ha-
- 9
c l a c a s i imposible para l o s trabajadores huir de a s monterias, y quienes
l o i n t e n t a r a n podlan s e r perseguidos por l o s caminos que conducian a l
e x t e r i o r de l a selva. La ccanbinacibn del sistema de deudas con l a s duras
condiciones de trabajo en l a selva redu eron al trabajador al peor t i p o de
esclavitud. Sin embargo, como señala d. Traven, quien c o n s t i t u p l a única
f u e n t e extensa sobre l a s condiciones en l a s monterias. l o s acuerdos con-
t r a t a l e s fueron nominalmente s o s t e n i d o s , l a s c u e n t a s fueron usualmente
manejadas correctamente, v si e l trabaiador sobrevivia a l a s duras condi-
c i o n e s e r a l i b e r a d o d e s p d s de pagar s Ü deuda. Por l o tanto, en l a s mon-
t e r i a s , aunque por rawnes diferentes que en l a s fincas cafetaleras, había
también una demanda permanente de fuerza de trabajo. Véase B. Traven, Lbr
Marsch i n s Reich der Caoba, Trozas, (Miínchen: W. Heyne 1974) La rebe-
l i ó n de l o s colgados (México: Compañia General de ~ d i c i o n e s ,1 74). B
86 Rau reconoce que l o s a n t i c i S, en contratos de b b r e s s i n sus
EX'
f a m i l i a s , jugaban una función eco& c a v i t a l : permitian a l a s familias
sobrevivir en c a s a m i e n t r a s s u s hombres e s t a b a n a u s e n t e s ; c a r t a a v.
Eckardt, 31 de agosto de 1915.
54 Friederike Baumann

de l a s deudas.87
¿De qué manera corresponde este cuadro de l a s condiciones laborales a
l o s informes de l o s acontecimientos consecutivos a l a implementación de l a
Ley de Obreros durante l a cosecha de 1914, cuando todas l a s deudas fueron
canceladas, y un poco más tarde, cuando e x i s t í a en San Cristóbal un merca-
do de t r a b a j o l i b r e ? Los trabajadores de fuera de l a región de Soconusco
abandonaron l a s fincas masivamente. ¿Significa ésto que l o s trabajadores
de Soconusco pennaneclan a l l í voluntariamente, o bien, que l a "auto-ayuda"
de l o s finqueros funcionaba mejor de l o que l o s finqueros alemanes estaban
dispuestos a reconocer?
En 1915, s e podía c o n t r a t a r a pocos trabajadores en l a región de San
C r i s t ó b a l , a pesar de l o s a l t o s salarios ofrecidos. ;Indica esto que l a
demanda de indlgenas en e s t a región se incrementó tan súbitamente que
é s t o s no eran suficientes para proveer todos l o s trabajadores necesarios?
¿O acaso é s t o s i g n i f i c a que a pesar de l o s a l t o s s a l a r i o s y de l a gran
e s c a s e z de maPz &lo unos cuantos chamulas y o t r o s indígenas del altiplano
trabajarían voluntariamente en l a s fincas cafetaleras?
Con e l propósito de t r a t a r e s t a s i n t e r r o g a n t e s , debemos distinguir
e n t r e trabajadores permanentes y temporales. Fuera de Soconusco, l o s
t r a b a j a d o r e s permanentes parecen haber s i d o reclutados y sea de o t r a s
haciendas de l a región o de l a s comunidades indígenas. Sabemos que en e l
c a s o de "Prusia", que fue establecida solamente en 1912, Karl Dahse se pro
v e l a de trabajadores de otras haciendas mediante e l pago de sus deudas en
l a s tiendas. La única información sobre l a región de Palenque proviene de
una p l a n t a c i d n de hule, propiedad de un estadounidense: en esta hacienda
l a fuerza de t r a b a j o permanente consistfa de miembros de casi todas l a s

87 Peust d e c l a r ó ue una gran parte de l a blación en e l d i s t r i t o


alemanes sin c m l i r sus obligaciones; "Landsrbeiterfrage",
!?
de Motozintla ( t i e r r a I r f a ) v i v f a de l o s a n t i c pos de l o s pro i e t a r i o s
t.
$60 En
P
algunos casos, os chamulas dían darle a l habilitador un nom r e faiso al
!?
momento de aceptar e l antic po y, más tarde, cuando partlan l o s t r a n s r-
t e s h a c i a l a cosecha no se l e s o d í a perseguir; véase Wolfang Cor an,
L
Ma yakreuz und Rote ~ r d e :unter den dios i n M c o (Ziirich-Stutt a r t : W.
a"
Classen, 1960). Robert Wasserstrom entrevistó a un ex-engancha o r de l a
finca "Las Maravillas" (cu
3
primer p r o p i e t a r i o fue G. Pohlenz y h a c i a
T'
1942 Juan Luttmann) en 19 5. Este ex-enganchador afirma que muchas deudas
uedaron sin ser reembol@as y que é l no entraba en l a s aldeas a buscar a
Pos d e l i n c u e n t e s por ue uno correría peligro"; White Fathers, Red Souls,
p. 346, y el a g n d i c e 11, pp. 348-49.
La expansión de ¿a agricultura capitalista e n Chiapas 55

t r i b u s i n d l g e n a s de ~ h i a ~ a s . 8 8En l a canunidad de Zinacantan, en e l al-


t i p l a n o , l o s aldeanos recuerdan e l año de 1914 cano e l perlodo en e l cual
algunos de sus padres regresaron con sus familias de l a s t i e r r a s b a j a s y
t u v i e r o n que mendigar por t i e r r a y alojamiento a sus compatriotas que no
hablan abandonado l a comunidad para ir a trabajar a l a s haciendas.89 Al
menos en l a r e g i ó n de Montecristo, donde estaba localizada "Prusia", l a
cancelación de l a s deudas no fue l a única razbn de l a partida de l a gente.
Un f a c t o r que contribu* a e l l o fue l a agitación revolucionaria de perso-
n a s v i n c u l a d a s a l a s a u t o r i d a d e s p o l l t i c a s locales, quienes, como Dahse
informa, incitaban a l a gente a partir, mediante una combinación de prome-
sas y amenazas.90
E x i s t e e v i d e n c i a de que en Soconusco l o s trabajadores permanentes no
permaneclan necesariamente en l a s fincas durante muchos años. Helen Sear-
geant , una norteamericana cuya f a m i l i a posela una pequeiía finca en l a
r e g i ó n , informa que sus muy estimados trabajadores tenacos conservaban sus
propiedades en l a s montafías y descendlan a trabajar por perlodos continuos
d e 6 meses a un año de duración.91 Otros trabajadores eran guatemaltecos
que hablan huido de su p a l s o emigrado a l norte.9Z Parece ser, además,

88 Karena S h i e l d s . The Channine Winds (New York: J. Murrav. 1960).


164. En 1910, l o s t r a b a a d o f e 8 v e s t í a 1 i sus t r a j e s t r a d i c i ó a e s 2
& r l e l a bienvenida al nuevo admin i s t r a d o r norteamericano y su f a m i l i a .
udiendo S h i e l d s apreciar entre e l l o s l o s t r a j e s de c a s i tódas l a s t r i b u s
e! Chiapas. También seiilala Shields aue Dara l a s celebraciones navidefias
l o s t r a b a j a d o r e s olvidaban e l espaiilol hablaban sus numerosas 1
i n d l enas. Amigos y parientes de un radio de 50 millas venlan a c e l e r a r
5
con e los.
Tuas
89 George A. C o l l i e r : F i e l d s o f T a o t z i l (Austin: üniversity of
Texas, 1975), p. 149. Estas familias tuvieron que trabajar durante muchos
años cano empleados de l o s otros aldeanos.
90 Dahse informa que un a g i t a d o r venido de f u e r a , quien se habla
derado de algunas funciones p o l l t i c a s en Montecristo, amenaza con cas-
t g a r físicamente a l o s trabajadores
1"""r m e c i e r o n , viéndose obligados
a p a r t i r e l l o s también. E l mimo i n i v i uo les d i V o ue ya no tenlan ue
t r a b a ' a r m ~ t sen l a s f i n c a s y que l a s t i e r r a s de ?os ..ricos.* s e r an P
d i s t r i i u i d a s e n t r e e l l o s ; c a r t a s a Rau del 15 de enero y del 11 de sep-
tiembre de 1915.
91 Seargeant, San Antonio Nexapa, pp. 139 y 284.
92 Los ebgrafos alemanes estudiaron e s t o s movimientos de
Waibel, Die t i e r r a Madre, y iielbig, La cuenca superior. Véase ambien d
t r a b a o de Ricardo Pozas Arciniegas, "Los mames" (México, 1962, minieogra-
PblTión.
f i a d d . La m i g r a c i l n de guatemaltecos devino una importante h e n t e de
mano e obra para l a s fincas. En l a a c t u a l i d a d , t r a b a j a d o r e s migrantes
i l e g a l e s de Guatemala constituyen hasta e l 90 por ciento de l o s trabaja-
d o r e s empleados para l a cosecha de a l ~ u n a sfincas- véase Gloria Amtímann,
"Tierra de trabajadores guatemal tecos' , Razones (septiembre-oc t u b r e de
1980): 45.67.
56 Friederike Baumann

que en e l caso de l o s chamulas, e l trabajo permanente en l a s fincas cafe-


t a l e r a s de Soconusco era l a alternativa adoptada cuando tenlan que huir de
Chamuia por razones personales, como por ejemplo, cuando hablan cometido
un agravio.93
E s p o s i b l e que l a cancelación de l a s deudas ofreciera una verdadera
a l t e r n a t i v a s ó l o para l o s trabajadores permanentes que podlan r e t o m a r a
s u s comunidades de origen, establecerse en l o profundo de l a s i e r r a como
i n t r u s o s , o r e c i b i r t i e r r a s por medio de l a a c t i v i d a d revolucionaria.
E s t o podrla e x p l i c a r , a l menos parcialmente, porqué en Soconusco, donde
una buena parte de l a f w r z a de t r a b a j o permanente e s t a b a compuesta de
personas que trabajaban en fincas por perlodos relativamente cortos o que
no podlan r e g r e s a r a sus lugares de origen, l a gente no abandonó l a s fin-
c a s repentinamente en gran número.
¿Qué sucedió respecto a l o s trabajadores temporales potenciales? iCuá
l e s fueron l a s razones de l a aparente brecha e n t r e l a o f e r t a y l a demanda
de t r a b a j o en el a l t i p l a n o en 1915, cuando l o s p o s i b l e s mecanismos de
c o e r c i ó n no funcionaban fácilmente y habla escasez de malz en l a s pobla-
c i o n e s ? Para entender mejor l a situación de l o s trabajadores temporales,
debemos c o n s i d e r a r de qué manera velan e l l o s mismos sus posibilidades de
t r a b a j o en l a i n d u s t r i a d e l c a f é y s u s opciones en e l sistema laboral.
Debemos considerar también e l papel del enganche. Hay unas pocas fuentes
que pueden proporcionarnos información directa sobre cómo l o s indlgenas
p e r c i b l a n su s i t u a c i ó n . E s t a s son l a s i n v e s t i g a c i o n e s antropológicas
sobre l o s indlgenas d e l a l t i p l a n o , particularmente sobre l o s chamulas.
Hay también informaciones a d i c i o n a l e s provenientes de observaciones de
novelistas, especialmente de l o s trabajos de B. Traven. 94

--

93 Gary H. Gossen, Chamdas in the World o f the Sun: Tinmi and S


Oral Tradition (Cambri e: Harvard üniversity ,9741, PP. 2 P f ;
%:' información proviene3e narraciones de chamufas co ecc onadas y
seleccionadas por antropalogos.
94 Dentro de e s t a l i t e r a t u r a podemos encontrar además de l o s rime-
r o s o s estudios sobre Zinacantán y Chamda hechos r i o s miembros del Pro-
yecto Harvard, l o s trabajos de Frank Cancian, G. d?Gossen, G. A. C o l l i e r
e l t r a b a o más temprano de Pozas Arciniegas sobre l o s chamulas. Henri
d
{avre e s t u i Ó l a s comunidades tzotzil-tzetzal coma una totalidad y ambos
Favre y Pozas, tratan también e s p f ffc-te sobre e l traba 'o tenipral de
l o s chantulas en Soconusco. Mas importantes son dos estud o s recientes:
e l trabajo ya mencionado de Robert Wasserstrom, Whlte Fathers, Red Souls,
i
ue hace é n f a s i s en Zinacantán, y l a disertación de Jan Rus "Great San
Quan, Great Patron: Social Kfstory o f a Maya Communit 180&1976", con
é n f a s i s en Chamula. Aparte del c i c l o de l a caoba de B. gaven, en e l cual
l o s protagonistas son indligenas, uno de l o s principales rsonajes en Ofi-
c i o de Tinieblas (México: J. kbrtiz, 1962), de Rosario astellanos, e s un !?
La expansión d e la agricultura capitalista en Chiapas 57

En l o s c o n t r a t o s de trabajo temporal, e l trabajador tenía que desqui-


t a r l a deuda c o n t r a í d a con anterioridad. Esta deuda se componia de t r e s
elementos: 1) l a deuda i n i c i a l ; e s decir, e l anticipo pagado al trabajador
por e l p r o p i e t a r i o o por e l contratista; 2) l a deuda acumulada durante l a
e s t a d l a d e l t r a b a j a d o r en l a f i n c a ; y 3) l a deuda que permanece en e l
registro; o sea, el nuevo anticipo aceptado a cambio de t r a b a j o para l a
s i g u i e n t e temporada. E l trabajador tenía e l mayor control sobre e l tercer
componente de l a deuda: aparentemente, tenía l a posibilidad de permanecer
en e l trabajo como gañador , o de retornar a su casa con algunas semanas de
a n t i c i p a c i ó n , con e l compromiso de r e g r e s a r a l afío s i g u i e n t e ; t e n i a
también l a opción de encontrar maneras y medios de evadir esta obligación
f u t u r a durante l o s meses siguientes. E s discutible hasta qué punto e l se-
gundo componente, e l adeudo en l a finca, e r a contrafdo voluntariamente.
Un t r a b a j a d o r podPa v i v i r de sus ganancias d i a r i a s , especialmente si l l e -
gaba s i n su familia. Los trabajadores podían intentar u t i l i z a r e l sistema
de b e n e f i c i o propio, t a l y como l o hicieron algunos de l o s mozos en Pi-
chucalco.
E l primer componente -la contratación mediante e l anticipo inicial- e s
e l elemento más c r u c i a l para nuestra comprensión de l a manera en que e l
sistema de t r a b a j o era percibido por e l trabajador indígena. Las pregun-
t a s que deben plantearse son: 1) ¿Por qué razones buscarla é s t e un anti-
c i p o voluntariamente? 2) ¿Hasta qué punto e l pago de l o s anticipas podía
ser desviado por intermediarios implicados en e l enganche, o , en o t r a s
p a l a b r a s , qué cantidad del anticipo recibía en realidad e l trabajador en
e f e c t i v o ? 3 ) ¿De qué manera podía usarse un anticipo para forzar a una
persona a aceptar un contrato de trabajo contra su voluntad?
Para indagar l a s motivaciones de l o s indígenas para buscar (o no b u s
c a r ) voluntariamente trabajo en l a s fincas, e s ú t i l distinguir entre "ne-
cesidad" de pedir un anticipo y "deseo" de t r a b a j a r en l a s f i n c a s . Como
hemos v i s t o , l o s finqueros alemanes no consideran l a necesidad como l a

chamula quien traba'a tempordmente en l a finca cafetalera de un alemán en


rZ
Soconusco, h a c i a e decenio 1930-1940. Pozas ha e s c r i t o tambien Juan the
Chamúla (Berkeley: üniversity of California, 1962), l a h i s t o r i a resumida
de l a v i d a de un chamula. Aílf también, como en las novelas de Traven y
en e l libro de Castellanos, l a residencia temporal como trabajador en fin-
c a s cafetaleras de Soconusco e s un e isodio no demasiado desagradable en
f'
l a v i d a de l o s protagonistas. Los 1 bros de B. Traven, aun siendo novelas,
contienen observaciones minuciosas sobre e l trabajo de l o s conductores de
c a r r e t a s de bueyes y de mulas, o sobre l a organización
monterias. En Gobierno (Mexico: Compañía General de Ed ciones, 1 66
e l traba o en
Traven analiza muchos aspectos del sistema de trabajo y su relación con
f i1 1;
estructura de poder en Ghiapas.
58 Friederike Baumann

p r i n c i p a l razón por l a cual l o s indigenas buscan trabajo en l a s fincas. La


prioridad principal para cualquier aldeano era producir comida s u f i c i e n t e
en s u s propias t i e r r a s para alimentarse é l y su familia en e l transcurso
d e l aiío. La elección de l o que habria de hacer durante e l periodo del aiio
que su propio c i c l o a g r í c o l a l e dejaba l a s manos l i b r e s , 9 5 debla ser
determinada principalmente por e l grado de autosuficiencia que sus propias
cosechas l e permitieran.96
E x i s t e evidencia de que, en c i e r t a s regiones, l o s terrenos de cultivo
de l o s aldeanos e r a n más bien escasos. La implementación de l a Ley de
E j i d o s después de 1893, en combinación con e l crecimiento demográfico,
pudo haber sido un factor determinante de e s t a escasez.97 E l ataque a l a s
t i e r r a s comunales por l a Ley de Ejidos, en l a década de 1890, fue prece-
d i d a por una gran transformación en l a propiedad de l a t i e r r a durante l o s
primeros t r e i n t a años después de l a Independencia, como l o muestran Favre
y Wasserstrom. Favre destaca que un c i e r t o número de comunidades del
a l t i p l a n o fue desposeldo de sus t i e r r a s , mediante denuncias hechas hacia
f i n e s de l a década de 1840. Particularmente, l a legislación posterior a
1844, que hacia que toda l a t i e r r a cuya propiedad no pudiera ser probada
como adecuada para denuncias, f a c i l i t ó e l despojo agrario de l o s indigenas
por l o s l a d i n o s . En 1856, un c i e r t o níimero de comunidades del altiplano
l l e v ó un j u i c i o s i n é x i t o c o n t r a l o s nuevos p r o p i e t a r i o s , prominantes
ciudadanos de San ~ r i s t ó b a l . Wasserstrom~~ muestra que e l despojo de l o s
campesinos indlgenas, a p a r t i r de 1828, forzó a muchos a buscar l a vida en

95 Favre e s t u d i ó cómo e l c i c l o agrario de l o s chamulas complementa


l o s requerimientos de fuerza de trabajó en l a s fincas. La fecha-más im-
p o r t a n t e (como ya l o seiíala e l cónsul Rau) e s Todos Santos. e l fin de l a
Cosecha de malz én Chamula y e l apogeo de l a cosecha de café'en Soconusco.
Los chamulas deblan estar de regreso en sus campos en enero y febrero para
l a siembra, en mayo, septiembre para desyerbar, y en octubre para
1"" 2'
l a cosecha. La term n a c i n de l a c a r r e t e r a a Arriaga en 1950, ue l e s
p e r m i t í a a l o s indlgenas llegar a l a s fincas en 24 horas, l e s posqbilitó
i r a l a s f i n c a s más de una vez a l aRo por períodos cortos; "Le t r a v a i l
saisomier" 102-04. Para l o s campesinos de l a costa o d e l i n t e r i o r ,
en l o s 1 1 a h E por o t r a parte, e l periodo de mayores requerimientos labo-
r a l e s en sus pro i a s t i e r r a s coincidla con e l trabajo de l a s fincas; véase
5
Favre, "LE! travai saisomier, p. 11.
96 Arturo Warman, Y venimos a contradecir: l o s campesinos de More-
l o s y e l e s t a d o nacional (México: Centro de Investigaciones Superiores
del INAH, 1976).
97 ~ o i s e sde l a Peiía, Gkiapas y México 1 (1908): 338 y finales, con-
t i e n e una s e r i e de a r t í c u l o s e s c r i t o s por Manuel Pineda sobre leyes e j i -
dales. En e l tonia 4 (15 de febrero de 1911): 14-15, son comentados 19s
e f e c t o s de l a s leyes sobre l a población. Según Garcfa Soto, l a poblacion
creció de 319,599 personas en 1895 a 438,843 en 1910.
98 Favre, "Le travail saisonnier", pp. 60-61.
La expansión d e la agricultura capitalista en Chiapas 59

haciendas del v a l l e Grijalva como mozos aparceros; aproximadamente un ter-


c i o de l o s indlgenas del altiplano fue reducido a l a condición de baldlos.
O t r o s , como algunos zinacantecos, buscaron o t r a s a l ternativas para traba-
j a r , como por ejemplo de comerciante^.^^ De acuerdo a l censo de 1910, e l
36 por c i e n t o de l a poblacion v i v l a en municipios independientes, pero
s ó l o menos d e l 4 por ciento de todas l a s poblaciones en e l estado estaban
c l a s i f i c a d a s como pueblos.100 Zr>smismos chamuias explican en sus narra-
c i o n e s por qué iban a l a s plantaciones de café: "Poco a poco l o s chamulas
empobrecieron. Las l l u v i a s comenzaron a l l e g a r cada vez más tarde y e l
s u e l o s e empobreció, y fue menos capaz de producir buenas cosechas. La
s e q u l a s e v o l v i ó a l g o habitual y l o s c o p t e s estaban tan hambrientos que
venlan a comer l a s cosechas marchitas. Y de e s t a manera l a gente empobre-
c i ó . Empezaron a r e p a r t i r s u s t i e r r a s e n t r e sus h i j o s y a trabajar en
t i e r r a caliente para ganar dinero y comprar comida".
E l p e r i ó d i c o "Chiapas y México" informa en 1911 que en l a s regiones
m á s b a j a s de Soconusco l a Ley de Ejidos dió a l o s empresarios l a oportuni-
dad de convertir parte de l a s t i e r r a s comunales en plantaciones de hule y,
por l o t a n t o , desgastb l a base de l a subsistencia de l o s aldeanos. De
acuerdo con e s t e periódico, Twrtla Chico, que habla sido una comunidad de
3,000 habitantes, estaba a punto de desaparecer.101 Por o t r a parte, en l a s
regiones previamente inhabitadas de l a s i e r r a Madre, colonos emigrantes
guatemaltecos encontraron abundantes t i e r r a s donde establecerse y c d t i v a r

99 White F a t h e r s , Red Souls pp. 146-57. La l i s t a ue da Benjamin


de 63 comunidades que fueron afectadzs por l a Ley de Ejidos emuestra que, 3
a r t i r de 1892, e l ataque a l a s tierras comunales se desplazó del centro
lano h a c i a l a s regiones periféricas. En e l departamento de Las
o una comunidad, l a mima San Cris@bal, aparece en l a lista; en
Soconusco aparecen solamente 12 cmunidades; Passages to Leviathan , pp.
278-80.
100 Véase Tannenbam, The Nexican Agrarian Revolution, p. 467. Her-
nández C . , en "La defensa de l o s finqueros", pp. 342-43 anota una d i m i -
nución en e l porcentaje de pueblos del 16 r ciento del t o t a l de locali-
dades en 1877, a l 9 r ciento en 1900 y 3.69opor c i e n t o en 1910. E s t a s
T'
c i f r a s ueden expl c a r s e , parcialmente, por e l tipo de asentamientos en
l o s munr)cipios i n d l e n a s como Chamuia, l o s cuales consistlan en un ran
8
número de ranchos i n ividuales o
a" que%as aldeas con un centro ceremonfal;
Tannenbam, The Mexican rarian evolution, p. 501 E l cónsul daBán, en
Afi
e l informe de su g i r a de nspeccíón en Chia s en i20-1921 establece que
e l número de chamulas fluctuaba e n t r e 20,& y 24,000; ~ a L 28, t "Diens
treise", Gehmdschaftsakten, p. 25.
101 Chiapas y México del 15 de febrero de 1911 d
..
a que: "Hoy e s
frecuente ver a l o s h i j o s de todos l o s pueblos a n t e s f l o r e s c i e n t e s [. ]
pululando en l a s fincas cafeteras para que l e s den trabajo; y una vez que
.
s e acaba l a cosecha de c a f é , s e quedan con l o s brazos cruzados y siendo
una carga social"
60 Friederike Baurnann

milpas temporales. 102


Necesidades f i n a n c i e r a s o c a s i o n a l e s podían forzar a un individw a
buscar t r a b a j o . Podía n e c e s i t a r repentinamente dinero en efectivo para
g a s t o s médicos o f u n e r a r i o s , para comprar animales (mulas y bueyes), o
para contraer matrimonio. E l adelanto pagado por l o s habilitadores repre-
s e n t a b a una fuente de crédito, una alternativa a l o s préstamos privados o
a l a usura. 103
Pero suponiendo que l a necesidad obligaba a buscar trabajo fuera de l a
población, jcuán deseable era e l trabajo en l a s fincas de café? Respecto
a l o s chamulas, sabenos que participaban en una s e r i e de actividades eco-
nómicas además de l a agricultura: trabajaban como cargadores y a r r i e r o s
por todo e l estado, y producían instrumentos musicales, muebles, t e x t i l e s
y cerámica. Furbach reconoce que aunque e l trabajo en l a s fincas no era
pesado, a l menos e r a e x t r a 5 0 para l o s indígenas.lo4 Las condiciones de
vida para l o s trabajadores temporales eran muy diferentes a aquellas de su
medio de o r i g e n . Las hombres solos vivían juntos en largos cuartos comu-
nes llamados galeras, y l o s miembros de d i f e r e n t e s comunidades estaban
forzados a mezclarse. Además, habla por l o menos c i e r t o peligro de que
l o s trabajadores contrajeran en l a s t i e r r a s bajas enfermedades t a l e s como
paludismo u oncocerosis. 105
La distancia entre su hogar y e l lugar de trabajo en l a s fincas no era
un gran obstáculo para l o s indigenas de t i e r r a f r í a n i para l o s trabaja-
d o r e s migrantes guatemaltecos, puesto que sólo era un v i a j e de uno a dos
d í a s . Para l o s chamulas, empero, significaba un largo v i a j e , puesto que

102 Waibel, Die Sierra Madre, pp. 102-03;Helbig, La cuenca superior.


103 Véase Ricardo Pozas Arciniegas, "El trabajo en l a s plantaciones
de c a f é y e l cambio sociocultural del indio", Revista Mexicana de Estudios
Antropológicos 13: 1 (1952): 31-48.
104 Favre, "Le t r a v a i l saisonnier", pp. 186-88; Tannenbawn, The Me--
xican Agrarim Revolution, p. 48. Furbach, s i n embargo afirma que l a s
t a r e a s e r a n l i v i a n a s Y ~ o d í a nser concliudas antes de i a s 10 a.m.. antes
de que comenzaran l a s l f k i a s . Favre y Pozas, por o t r a p a r t e , destacan
l a s d u r a s condiciones laborales durante l a cosecha; véase Favre, "Le tra-
v a i l saisomier", p. 112, y Pozas "El t r a b a 'o en l a s l a n t a c i o n e s " ,
d B
40. En l a ~ r i m e r ahuelira aeneraf de trabaja ores. en 1 18. l a dianinucion
e.
de l a s tare& estaba entke Sus demandas; Fairre, " t e travai'l s a i s s o n i e r " ,
p. 113.
105 Favre, "Le travail saisonnier", p. 112. Este autor seilala en l a
p. 113 que l o s hombres de tribus diferentes eran agrupados en l a s g a l e r a s
según su o r i en é t n i c o , con e l g r o p ó s i t o de e v l t a r gue se pelearan unos
contra otros. %S chamulas, conoci o s por su i r r i t a b i l i ad, eran colocados
en l a s g a l e r a s más a i s l a d a s . Sobre l a s enfermedades véase Paul LaeR
Seeber, Informe general sobre l a ex loración sanitaria Ae l a zona cafeta-
l e r a de Argovia, Chiapas (México, 1840), pp. 49-64.
La expansión de la agricultura capitalista en Chiapas 61

deblan caminar de 7 a 11 dlas para l l e g a r a l a s fincas. En sus cuentos,


l o s i n d í g e n a s r e l a t a n l o s peligros a l o largo del camino, particularmente
a q u e l l o s debidos a l o s animales salvajes. 106 Además, hablan muchas posi-
bilidades de que l o s ladinos abusaran de e l l o s durante e l t r a y e c t o (por
ejemplo, haciéndolos pagar impuestos de caminos y puentes, o vendiéndoles
c a r a s l a s p r o v i s i o n e s ) . Quizás fue é s t a una razón más para que l o s fin-
queros alemanes i n s i s t i e r a n en que l a s c u a d r i l l a s e s c o l t a d a s e r a n en e l
i n t e r é s de l o s trabiijadores.107
Otro f a c t o r importante para l o s trabajadores era l a concertación del
enganche misno, e s decir, e l problema de cuán correctamente estaba hecho o
en qué medida eran estafados en l a transacción. En e l mejor de l o s casos,
l o s i n t e r m e d i a r i o s servlan simplemente como agentes: pagaban l o s adelan-
t o s y relacionaban con l o s finqueros de quienes hablan recibido dinero y
estaban dispuestos a cubrir l a deuda trabajando en l a s f i n c a s . Un t r a t o
j u s t o e r a más probable en aquellos casos en que e l finquero tenla control
sobre l a s t r a n s a c c i o n e s monetarias del habilitador a su servicio, o a11l
donde l a s a u t o r i d a d e s d e l poblado ( p r e s i d e n t e s municipales) podían ser
responsabilizados de sus acciones por l o s miembros de l a comunidad. Otro
e r a e l caso cuando e l habilitador era un comerciante independiente, traba-
jando solo o con un asistente y subcontratistas como tenderos o , i n c l u s o ,
hacendados. 108 En e s t e c a s o , l a r e l a t i v a honestidad de l a transacción
depende mucho de l a forma en l a que e l habilitador sacaba mayor provecho
económico. Aun as4 podla actuar predominantemente como un agente y s e n t i r
se satisfecho de l a s ganancias obtenidas recibiendo comisiones por haber
puesto en c o n t a c t o a l t r a b a j a d o r con e l finquero. Pero podía también
incrwentar sus ganancias estafando a ambos. Los numerosos informes de
abusos i n d i c a n que muchos habilitadores no r e s i s t í a n e s t a tentación y ma-
e
nipulaban l a s c u e n t a s y empleaban métodos deshonestos. E l hecho de que
muchos i n d l g e n a s fueran a n a l f a b e t o s y e l que l o s del altiplano hablaran
poco espaflol debe haber incranentado t a l e s tentaciones.

106 Gossen, Chamulas in the World of the Sun, pp. 287-88.


107 Traven, Gobierno; Favre, "Le t r a v a i l saissonier", pp. 112-13.
108 En s u s n o v e l a s d e l c i c l o de caoba Traven analiza diversos a s
p e c t o s del sistema de enganche, tanto desde e i punto de v i s t a del indlgena
como del enganchador. En Gobierno, el misno autor e s t u d i a l a s e t a p a s en
l a c a r r e r a de un habilitador, Con Gabriel: comerciante en ganado, tendero,
secretario municipal, ayudante, h a b i l i t a d o r , r i c o miembro de l a c l a s e
media de San Cristóbal. Encontramos descri fones del sistema de enganche
en Favre, "Le travail saisonnier" , pp. 110-E, y en Ricardo Pozas Arcinie-
a s , Chamulas (México, 1959), tomo 1. Traven menciona casos en que l o s
aacendados forzan a sus mozos a hacer contratos, con e l f i n de que repon-
gan con trabajo l a s deudas que tienen con ellos.
Friederike Baumann

Puesto que muchos miembros de l a estructura de poder polltico (secre-


t a r i o s municipales), autoridades regionales y policlas tenían también un
c i e r t o i n t e r é s económico en e l negocio del enganche, es f á c i l darse cuenta
de que e l sistema de enganche podPa ser eficaz en ambos extremos del mer-
cado l a b o r a l : abundancia y extrema escasez de fuerza de trabajo.lo9 E l
sistema podía fácilmente dejar de ser un servicio para convertirse en un
e f i c a z mecanirno de explotación y coerción de l o s indlgenas, y e s t o depen-
d í a de l o poco escrupuloso que fueran e l habilitador y sus asistentes, de
cuán rápido desearan enriquecerse, de cuán grande era l a cooperación de l a
e s t r u c t u r a de poder polltico, y de cuán grande o pequeíio fuera e l deseo de
l o s indtgenas de buscar anpleo voluntariamente.
Las p r i n c i p a l e s razones de l a escasez de trabajadores en San Cristb
bal en 1915 pueden haber sido: primero, que e l funcionamiento del sistema
d e enganche fue disoinuido tanto en su capacidad como servicio e institu-
c i ó n de c r é d i t o como en su capacidad como mecanismo coercitivo para sa-
t i s f a c e r l a s necesidades de fuerza de trabajo; y segundo, que pese a que
muchos chamulas necesitaban trabajo temporal en l a s fincas, un buen número
de e l l o s no quería i r voluntariamente, y a s í cubrir e l repentino incremen-
t o en l a demanda del mercado laboral.
E s p o s i b l e que l a coerción fuese un factor determinante para l a con-
t r a t a c i ó n de l o s t r a b a j a d o r e s de l a s monterías, puesto que l a s severas
c o n d i c i o n e s de t r a b a j o en e s t o s lugares no eran un secreto para l o s in-
dígenas. En l a c o n t r a t a c i ó n para trabajar en l a industria del café, l a
s i t u a c i ó n debió s e r de algún modo diferente, aunque &lo fuera porque en
e s t e caso l o s contratos eran anuales. Debido a l a constante demanda anual
de fuerza de trabajo, tenfan l o s finqueros i n t e r é s en tener bajo su servi-
c i o agentes de confianza. Los indlgenas de Chamula, por su parte, de cuya

109 Mis t r e s f u e n t e s sobre e l enganche destacan l a complicidad di-


r e c t a de l a s autoridades en l a coerción y l a e s t a f a de l o s indígenas,
ticularmente en su emprisionamiento baio carrtos inventados o por e b r i e ad 8".
Sus condenas a p r i s i d n e r a n convertidas en multas, que l&go tenían
Y
s e r c u b i e r t a s b a i o c o n t r a t o s de t r a b a j o . La Voz de Chiams. ueriód co
c a t ó l i c o de San ~ f i s t ó b a l ,en un ataquea1 gobierno de ~ a b a &e6 1911, de-
nuncia l a explotación de l o s i n d l enas por parte de l a s autoridades y 8ufi
f
agentes. E l mencionado periódico d c e que l o s pueblos de Caneve, Bachajón,
San Andrés, e t c .(en l a r u t a a l a s monterías), están desolados y que
e l furor de enriquecerse de l o s secretarios municipales han s i d o vendi 0s
i n n u a e r a b l e s h i o s de dichos pueblos a enganchadores"; r o tambign
tP""
h
ga: " m ~ ~ c m p r een R"
nios a todos pues nos es conocida l a o n o r a b i l i d a de
a l unos ; 1: 12 (9 de a b r i i de 1911). González N., La Vida Social, PP.
Te-
8
23 -31, d i c e que p r o p i e t a r i o s alemanes de plantaciones de c a S ( ? o l o ~ s
alemanes ) u e r l a n c o n t r a t a r trabajadores directamente, pero que fueron
inpedidos de 3,cerlo por l a s autoridades locales.
La expansión de la agricultura capitalista en Chiapas 63

comunidad tantos trabajadores iban a l a s fincas de caf6 cada año, debieron


d e haber conocido l o s tramposos métodos de que se vallan l o s habilitadores
p a r a engancharlos, l o que l o s movla a e l e g i r con prudencia al habilitador
menos c o r r u p t o de todos l o s a g e n t e s de c o n t r a t a c i ó n que hablan en San
Cristóbal.
Parece e v i d e n t e que l o s habilitadores y l a s autoridades locales te-
n l a n mucho más que ganar de l a contratación de trabajadores, que ayudando
a p e r s e g u i r delincuentes por v i e j a s deudas; ya que, según se quejaban em-
p r e s a r i o s alemanes, e r a n l o s finqueros quienes corrlan con l a s pérdidas
monetarias. Por o t r a parte, mientras l o s empresarios alemanes tenlan gran
i n t e r é s en reforzar l a s obligaciones de trabajo a l o s trabajadores, a quie
n e s hablan pagado por anticipado, e r a limitado su i n t e r é s en l o s métodos
empleados por l o s habilitadores para adquirir l a fuerza laboral necesaria,
dándose por satisfechos en l a medida en que l o s trabajadores fueran lleva-
dos a l a s fincas a tiempo para l a s cosechas.
En conclusión, puede decirse que e l sistema de trabajadores adeudados
e n e l s e c t o r de l a producción de caf6 llegó a aproximarse al sistema de
t r a b a j o l i b r e cada vez que l o s indlgenas tenla gran necesidad de ingresos
a d i c i o n a l e s , cuando sus comunidades estaban cercanas a l a s fincas, y siem-
p r e que l o s f i n q u e r o s tenlan control sobre l a contratación de sus traba-
jadores.
Una vez que e l gobierno comen6 a supervisar no solamente l a contra-
t a c i ó n s i n o además l a ejecución de l o s contratos de trabajo, l a s condi-
ciones en e l mercado de trabajo vino a p a r e c e r s e a l sistema l a b o r a l que
hablan p r e v i s t o l o s reformadores en el Congreso Agrario de 1896. Las
c o n d i c i o n e s tambi6n se aproximaron a l a situación laboral que l o s propie-
t a r i o s alemanes necesitaban para lograr una e f i c i e n t e producción de café.
Aun cuando sus esfuerzos para conseguir que el gobierno interviniera en su
b e n e f i c i o todavla l e s c o s t a b a "dinero y enfados" (Koliosta d ñrger) ,11°
e s t o s costos emocionales y económicos debieron parecer de poca importancia
a l o s v i e j o s finqueros, en caparación con l o s problemas que confrontaron
en l o s primeros aííos.

110 Waibel, Die Sierra Madre, p. 112.

También podría gustarte