Oclusión Ro Neuroclusal

DEFINICIÓN DE LA
«REHABILITACIÓN
NEURO-OCLUSAL» Y
CONCEPTO
DE LO NORMAL EN FORMA,
FUNCIÓN Y TIEMPO
Rehabilitación neuro-oclusal nosotros tienen todas un común
(RNO): «Es denominador. Este denominador
la parte de la medicina se llama equilibrio oclusal, el cual
estomatológica que estudia la es para la RNO el ser o no ser de la
etiología y génesis de los función masticatoria y de la salud
trastornos funcionales y del sistema estomatognático. Todas
morfológicos del sistema estas especialidades, desde el punto
estomatognático. Tiene por objeto de vista de la RNO, forman parte de
investigar las causas que los una verdadera estomatología
producen, eliminarlas tanto como integral. Son una misma materia
sea posible y rehabilitar o revertir que se sucede e intercala en el
estas lesiones lo más precozmente transcurso de la edad.
posible y si es preciso desde el Dentro de esta definición de
nacimiento. Las terapéuticas no RNO, una cosa debe quedar bien
deberán perjudicar en absoluto los sentada, y es la total eliminación de
tejidos remanentes del sistema.» De la clásica frase: «Hay que
la definición dada se desprende que esperar.» En medicina, una vez
dtchas terapéuticas se aplicarán hecho el diagnóstico, se actúa
desde el nacimiento hasta la rápidamente; nunca se espera, salvo
senectud. rarísimas excepciones que
Odontopediatría, odontología confirman la regla.
conservadora, parodoncia, Lo más importante en todo lo que
ortodoncia, ortopedia, prótesis, etc., nos rodea de la naturaleza, y
son especialidades que para siempre que ha existido progreso, es
el conocimiento de lo normal, pues
14 Rehabilitación neuro-oclusal (RNO)
de su comparación se diagnosticará nuestro sistema es conocer

lo anormal o patológico. exactamente cómo debe ser en
Así en agricultura, por ejemplo, estado normal, tanto en relación a
un fruto o árbol consideraremos la forma como también en
que es anormal por comparación relación al tiempo. Y esto en
con el que es normal o perfecto. cualquier edad, puesto que en la
En ingeniería se dirá que una boca lo normal en un niño de 3
máquina funciona mal, por años es patológico a los 5 años; lo
comparación con la que funciona
bien. 13
Si no se conocen las condiciones normal a los 15 es patológico a los 25;
del fruto normal, ni del lo normal a los 30 será patológico a los
funcionamiento de la máquina, no 60.
podremos establecer comparación, Así, por ejemplo, en la figura 2-1
y estaremos expuestos al error de se puede ver una boca normal
aceptar lo malo por bueno. alrededor de los 3 años, con una
Lo mismo sucede en medicina. buena oclusión céntrica (figura 2-1
Lo primordial e imprescindible A) y perfectas posiciones de
para poder hacer un diagnóstico equilibrio tanto en trabajo como
de cualquier estado patológico de en balanceo hacia ambos lados
Fig. 2 1
Definición de la «rehabilitación neuro-
oclusal»
(fig. 2-1 B y C) con un esmalte Ambos casos son normales en

íntegro (y ángulos funcionales función de su edad, aunque, como
masticatorios normales e iguales, puede observarse, muy distintos
derecho e izquierdo, cuya entre sí.
descripción se ofrece en el cap. La figura 2-3 es una boca
3). asimismo normal a los 13 años
Pero la figura 2-2 es otro caso aproximadamente, con un perfecto
normal, alrededor de los 6 años, equilibrio para ambos lados, tanto
muy distinto del anterior, pues en trabajo como en balanceo
tiene abrasionados (ángulos funcionales normales e
fisiológicamente los incisivos y idénticos en ambos lados) y
molares, con movimientos de esmalte sin abrasionar.
lateralidad equilibrados (y ángulos
funcionales casi en 0).
Fig. 2-2
Fig. 2-3
Fig. 2-4
La figura 2-4 es una boca normal erupcionado (fig. 2-6 A), pero a los
alrededor de los 25 años con 40 años, si ha cumplido su misión y
abrasiones fisiológicas de incisivos función fisiológica y ha estado en
y molares, perfectamente equilibrio, poseerá, por abrasión y
equilibrada (y ángulos funcionales desgaste funcional, la vertiente
más reducidos), pero distinta de la mesial mucho más larga que la
anterior. distal (fig. 2-6 B).
En la figura 2-5 se trata de una Si no la posee, esto es síntoma de
boca de un adulto de alrededor de que el sistema no ha funcionado o
unos 60 años, completamente ha funcionado mal, y, por
normal en esta edad, con una consiguiente, su forma anatómica
magnífica abrasión fisiológica, será patológica funcionalmente.
equilibrio en trabajo y balanceo en En la figura 2-6 A se puede ver
ambos lados funcionales (y ángulos una tablilla de dientes tal como se
funcionales muy re- ofrece en el comercio y en la figura
ducidos). 2-6 B, la misma tablilla con el
Todas estas bocas son normales tallado mínimo necesario para hacer
en su edad correspondiente, pues si una prótesis a partir de los 25 años
en la boca de la figura 2-5 decimos de edad.
que tiene 13 años de edad, Este ejemplo de canino que
estaremos frente a una patología, y acabamos de exponer se puede
lo mismo sucederá si en el caso de aplicar a todos y cada uno de los
la figura 2-3 decimos que tiene 60 dientes de nuestro sistema estoma-
años de edad.
A través de los años que llevamos
en nuestra profesión hemos podido
darnos cuenta de que, en general, no
se tiene concepto de lo que es
normal según la edad del individuo
ni de la función que debe realizar.
Así, por ejemplo, la descripción
anatómica que se hace de los
caninos superiores es que poseen un
borde oclusal con dos vertientes,
una mesial corta y una distal larga,
aparte otras características
anatómicas. Esta descripción
corresponde a un canino recién
Definición de la «rehabilitación neuro-oclusal» 17
Fig.
2-5
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Fig. 2-9
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Definición de «rehabilitación neuro-oclusal» 237
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Fig. 2-12
Fig. 2-13 Fig. 2-14
Fig. 2-15 RESUMEN
Si se ofrece como normal lo patológico, se
En la figura 2-15 se ve la posición inversa, lleva la profesión al confusionismo. Estos
modelo original inferior y set-up superior; se modelos, que pretenden serlo de bocas
aprecia el contacto prematuro anterior y falta adultas, tienen unos modelados en sus caras
de oclusión posterior. oclusales totalmente patológicos para su edad,
En la figura 2-16 de los modelos en set-up pues no existen facetas de desgaste
se aprecia oclusión céntrica (fig. 2-16 A) y fisiológico, pero sí una llamada protección
posiciones laterales derecha (fig. 2-16 B) e canina asimismo patológica y curvas
izquierda (fig. 2-16 C) perfectamente disfuncionales de sus arcadas.
equilibradas con contactos en trabajo y Todo esto conduce a engaño a la clase
balanceo simultáneo. odontológica, porque es lo más antifisiológico
que existe y, si tomamos aquella imagen
Fig. 2-16 la
Definición de «rehabilitación neuro-oclusal» 239
Fig. 2 17
como normal y perfecta y pretendemos llevar
las bocas de nuestros enfermos a aquella
situación, lo que conseguiremos es
arruinarlas.
Esto no es rehabilitación neuro-oclusal, es
el total desconocimiento de lo normal en
forma, función y tiempo.
La perfección de la boca de la figura 2-17
en salud, estética y función confirma todo
lo dicho en este capítulo, pues se trata de una
chica de 17 años de ambiente rural con
perfectas situaciones de equilibrio, tanto en
posición céntrica (fig. 2-17 A) como en
trabajo y en balanceo por ambos lados (figura
2-17 B y C), desde el borde a borde incisivo
hasta llegar a los últimos molares, como se
puede apreciar perfectamente en la figura 2-
17 D y E.
A esta perfección llegó esta boca
porque desde el nacimiento recibió los
estímulos neurofuncionales necesarios y
suficientes para su justo desarrollo.
Con la RNO procuramos diagnosticar lo
más precozmente posible la falta de algún
estímulo a fin de proporcionarlo
rápidamente, o suprimirlo si es exagerado,
o mantener los estímulos fisiológicos en el
transcurso del desarrollo del individuo, en
definitiva, la aplicación de la verdadera
medicina al sistema estomatognático.
LEY PLANAS DE LA MíNlMA
DIMENSIÓN
VERTICAL Y ÁNGULO
FUNCIONAL
MASTICATORIO PLANAS
Todas las bocas tienen, según casi De esta posición de reposo o relación
todos los autores, una «relación céntrica se pasa, cerrando la boca muy
céntrica» que es la posición relativa lenta y relajadamente, a un primer
entre mandíbula y maxilar, cuando contacto oclusal, con lo que hemos
la boca está en estado de reposo. «disminuido la dimensión vertical del
Esto conlleva la existencia de un tercio inferior de la cara». Esta posición
espacio libre entre las superficies será la «oclusión céntrica», que puede
oclusales y el hecho de que los coincidir, además, con la máxima
cóndilos articulares estén lo más intercuspidación, y en tal caso esta
atrás posible y sin compresión en la oclusión céntrica será la oclusión
cavidad articular. Es la llamada funcional.
«posición postural». Es decir, en esta Pero puede darse el caso, que es
posición postural o relación céntrica, muy frecuente, de que el primer
los cóndilos están en el fondo de sus contacto que condiciona la oclusión
cavidades y sin comprimir. Los céntrica no sea la máxima
dientes de ambas arcadas no contactan intercuspidación, y la mandíbula se
entre sí y el espacio que queda entre desplaza hacia delante, derecha o
ellos se llama «espacio libre». izquierda hasta encontrar la
La posición postural está máxima intercuspidación siempre a
condicionada por el equilibrio de los base de ir reduciendo la dimenSión
músculos elevadores y depresores, vertical, aunque sea en un
cuyo tono está, a su vez, infinitamente poco, y ésta será la
condicionado neuralmente por los oclusión funcional.
receptores parodontales. Es un tono Cuando la oclusión céntrica
antagónico llamado «tono postural», coincide con la oclusión funcional,
basado en el reflejo extensor miotático. nos encontramos ante un caso
Ley Planas de la mínima dimensión vertical y ángulo funcional masticatorio Planas
normal de oclusión. Normalidad que normal. Y éstas son las causas de

puede o no coincidir con lo que muchas lesiones agudas y crónicas
vulgarmente se entiende en de la ATM.
ortodoncia como ocluSión normal o Todo lo que dejamos dicho es de
neutrooclusión. Lo que acabamos de gran importancia en parodoncia, y ni
exponer se puede dar en una hay que decir la que tiene en
distoclusión e incluso en una oclusión ortodoncia y ortopedia, así como para
cruzada o una mesioclusión. sus terapéuticas.
La oclusión funcional es, pues, la Partiendo de una posición
que establece el máximo de mandibular en oclusión funcional y
contactos intercuspídeos entre las obligando a realizar movimientos que
dos arcadas, y cualquier ex cursión, resbalen hacia ambos lados lenta y
lateral o protrusiva de la relajadamente, obtendremos en
mandíbula, partiendo de esta recorrido inverso los movimientos que
posición, producirá un aumento de esta mandíbula realiza durante el acto
la dimensión vertical del tercio masticatorio. Partiendo de la oclusión
inferior de la cara, aunque este funcional hacia las posiciones laterales
aumento sea infinitamente pequeño. extremas asimismo funcionales, habrá
Lo que con frecuencia ocurre es siempre un aumento, mayor o menor,
que, al llegar la mandíbula a su de la dimensión vertical del tercio
oclusión céntrica, no todos los inferior de la cara, aunque sea
dientes entran en contacto, en infinitamente pequeño, por uno o
particular los premolares y molares, ambos lados.
es decir, las llamadas zonas de Ya que, si por uno de los lados
sostén. La mandíbula a partir de este hubiese más disminución de la
contacto prematuro de dimensión vertical, estaríamos en un
error, pues ésta sería la oclusión
27 funcional y de máxima
su oclusión céntrica, que es la intercuspidación, y desde donde
posición a la que le lleva tendríamos que partir para realizar
inconscientemente su sistema neural, movimientos de lateralidad, por ser
se ve obligada a desviarse hacia ésta la mínima dimensión vertical (fig.
delante, derecha o izquierda, para 3-6, letra H, donde el asterisco
llegar a una intercuspidación máxima correspondería a la funcional).
y a una «dimenSión vertical mínima», Si en estas dos excursiones
o sea, a la oclusión funcional. funcionales, también llamadas
En esta situación siempre hay un bordeantes, el aumento de la
cóndilo o los dos que están fuera del dimensión vertical es el mismo a
fondo de la cavidad, o bien un derecha que a izquierda, podremos
cóndilo que comprime más de lo asegurar que el individuo mastica
por ambos lados indistinta y alternativamente.

Fig. 3-1
29
Fig. 3-2
Pero lo más frecuente es que el de la dimensión vertical en ambos
aumento de la dimensión vertical lados de los movimientos
sea distinto en cada lado, y en tal funcionales de lateralidad.
caso podemos afirmar, sin miedo a En la figura 3-2 se muestra otra
equivocarnos, que el individuo en boca con mayor dimensión
cuestión come por el lado que el vertical del lado izquierdo que del
aumento es menor, o sea el de la lado derecho.
«mínima dimensión vertical».
En la figura 3-1 se puede ver
una boca con el mismo aumento
Fig. 3 plano
frontal
3 con un
En la figura 3-3 se observa otra boca simple aparato que consiste en una
con más aumento de dimensión placa transparente sujeta al
vertical del lado izquierdo que del soporte de unos lentes (fig. 3-4).
derecho. Por tanto, esta parte va sujeta al
Podemos afirmar que tanto este cráneo cefálico.
último caso como el anterior comen Se construye un estilete de
por el lado derecho, el lado de la acero inoxidable, que se sujetará
mínima dimensión vertical. a la mandíbula, adheriéndolo a
Esta ley de la mínima dimensión los incisivos inferiores con un
vertical se cumple en el ser poco de godiva y adhesivo de
humano de la misma forma que en cianocrilato (fig. 3-4 A).
nuestro planeta se cumple la ley de Al mover la mandíbula a un
la gravedad. Las leyes y los lado y al otro nos graba en un
principios fundamentales en plano vertical frontal y con
ciencia ya existen desde antes de relación a la horizontal dos
ser enunciados. Apenas alguien los ángulos, uno derecho y otro
observa, los comprende y los pone izquierdo (fig. 3-5), Éstos son los
de manifiesto. llamados por nosotros ángulos
Para poder observar fácilmente en funcionales masticatorios
el enfermo esta trayectoria derecho o izquierdo, que en
mandibular, que nos determina esta adelante representaremos por
ley de la mínima dimensión vertical, las siglas AFMP (ángulo
nosotros hemos registrado esta funcional masticatorio Planas).
trayectoria mandibular en un
Fig. 3-4
Fig. 3-5
DE PLANAS
Fig. 3 6
En la figura 3-6 se ven distintos El estudio y observación de estos
registros de AFMP. En A, B, C y D AFMP es una de las primeras
se pueden apreciar ángulos de 700, exploraciones que hacemos a nuestros
300, 150 y 00, pero iguales de ambos enfermos, y es muy importante para
lados, lo cual es prueba de una ayudar a establecer el diagnóstico
masticación alterna bilateral. El caso funcional.
D de ángulos 00 pertenece a una boca En realidad el aparato descrito no es
totalmente abrasionada. E, F y G necesario. A simple vista puede
son casos de ángulos diferentes, y apreciarse la diferencia o igualdad de
puede afirmarse que las bocas recorrido de un punto mandibular
correspondientes sólo funcionan del hacia uno u otro lado. Este punto
lado del ángulo más pequeño. El puede ser el interincisivo inferior, justo
caso G posee una céntrica larga por debajo del borde del incisivo
hacia un lado y no tiene fija la superior. Nos apoyaremos con una
oclusión funcional. La H no puede pinza o estilete romo, obligando al
existir, pues la posición izquierda, enfermo a mover la mandíbula sin
por ser más baja que la marcada perder contactos dentarios hacia uno y
como céntrica, sería la verdadera otro lado (fig. 3-7). Es el método
posición funcional, desde donde empleado generalmente por nosotros
deberían partir las excursiones de en la clínica diaria.
lateralidad por ser la más baja
(punto asterisco).
En el articulador registraremos La exploración del AFMP derecho e

estos AFMP en la platina incisiva izquierdo nos permite rápidamente
(fig. 3-8). diagnosticar las anomalías funcionales
Solamente en el caso de que masticatorias, bien sea en apertura y
deseemos llevar un control gráfico cierre o unilateralmente.
para adjuntar a la historia clínica del Nuestra terapéutica será la de igualar
enfermo, lo registraremos con el los AFMP, empleando diferentes
aparato anteriormente descrito. técnicas según el caso y la edad, a base
En el capítulo siguiente veremos la de tallados selectivos, pistas directas,
importancia del AFMP en el desarrollo pistas indirectas, prótesis. Lo
equilibrado del sistema importante es igualar los AFMP, pues
estomatognático y en la función al cumplirse la ley de la dimensión
masticatoria, que debe realizarse ver-
alternativamente por ambos lados.
33
Fig. 3-7
Fig. 3-8
tical mínima el enfermo pasará nuestro enfermo que mueva la
espontáneamente a masticar por ambos mandíbula hacia la derecha y la
lados alternativamente, única forma izquierda, es muy posible que no lo
para llegar a conseguir un desarrollo sepa hacer por no comprendernos o
normal y un equilibrio oclusal. por no poder realizarlo.
Habrá que aplicar una de las Deberemos efectuar nosotros el
terapéuticas precoces que, realizada a movimiento deseado, mostrándole con
su debido tiempo, a los 2, 3 0 4 años, detalle el movimiento que debe llevar
servirá para que se mantenga o a cabo, muy especialmente sin perder
recupere el equilibrio que se estaba contactos oclusales al hacerlo.
perdiendo. Enseñar a realizar estos
Antes de terminar este capítulo, es movimientos a nuestro enfermo puede
muy interesante formular la exigirnos bastante tiempo. Prestarle un
observación siguiente: al solicitar a espejo para que se vea puede ayudarle
a realizar estos movimientos de espontánea mueva la mandíbula hacia

lateralidad. donde antes le era imposible.
Cuando los ángulos masticatorios También tenemos que decir que el
corresponden a los de la figura 3-6 D, tallado selectivo bien hecho es la
C y B, el enfermo rápidamente o de mejor terapéutica que empleamos para
manera espontánea realizará los la RNO, pero precisamente hemos
movimientos deseados y podremos dedicado a esto un capítulo muy
controlarlos a simple vista. importante.
Pero si se trata de un caso con
ángulos
exagerados, como el de la figura 3-6
A, le será totalmente imposible
realizarlos espontáneamente y
deberemos indicar al enfermo que se
relaje y sin esfuerzo deje resbalar la
mandíbula alternativamente hacia
ambos lados. No puede realizar estos
movimientos porque, antes de llegar al
final de estos recorridos, se pierde el
contacto de molares y, al ocurrir esto,
se pierde el. reflejo de movimientos de
lateralidad.
Lo mismo sucede en los casos E, F y
G, en los que nos será imposible que el
paciente realice espontáneamente los
movimientos hacia el lado del ángulo
mayor masticatorio, puesto que no
emplea este lado para masticar y tiene
los reflejos anulados por pérdida de
contacto oclusal al intentar comer por
este lado. Debemos aplicar la misma
técnica y 'tener la misma paciencia que
en el caso A.
Ahora bien, si sólo con un tallado
selectivo eliminamos el material
dentario, generalmente los caninos,
que obliga a estas bocas a disminuir
este ángulo masticatorio, podremos
conseguir que el paciente de manera
LEYES PLANAS DE
DESARROLLO
DEL SISTEMA
ESTOMATOGNÁTICO
El conocimiento de estas de acuerdo a las necesidades de
leyes es imprescindible para la RNO.
poder interpretar y aplicar la Los estímulos paratípicos
RNO. sumados al factor genotipo
El desarrollo de nuestra proporcionan el fenotipo del
economía se realiza individuo.
fundamentalmente bajo la Si pudiéramos separar dos
influencia del factor genotipo, gemelos univitelinos al poco
que proporciona al individuo tiempo de su nacimiento y
características peculiares, tales ofrecerles dos hábitats
como las inherentes a la raza, completamente diferentes, uno
los rasgos familiares, etc. La mediterráneo y el otro andino,
modificación de dicho factor es por ejemplo, podríamos
imposible, y el desarrollo que observar cómo su sistema
proporciona, inmutable, de respiratorio, su metabolismo y,
forma que sólo puede ser en definitiva, su desarrollo,
perturbado por trastornos diferirían seriamente el uno del
genéticos. Tal vez la ingeniería otro.
genética logre, algún día, poder Si además de cambiar el
intervenir sobre este terreno. medio ambiente, intervenimos
A las directrices del en la función masticatoria
desarrollo genotípico se suman proporcionándoles regímenes
los estímulos paratípicos que alimenticios muy distintos,
proceden del medio ambiente y habremos obtenido dos
de la función. Sobre ellos sí que fenotipos diferentes, a pesar de
podemos intervenir y, si es haber partido de dos genotipos
necesario, los modificaremos idénticos. El sistema
estomatognático de ambas
Leyes Planas de desarrollo del sistema estomatognático 249
criaturas presentará que nuestra mandíbula está

características de desarrollo formada por dos segmentos
totalmente diferentes, y esto no embrionarios simétricos, el
hubiera ocurrido así de haber derecho y el izquierdo, que se
crecido en igualdad de unen en la sínfisis mentoniana.
circunstancias ambientales, Cada una de estas
funcionales y alimenticias. hemiarcadas, con sus dientes
Asimismo, un campeón de correspondientes desde el central
tenis posee el brazo con el que al
sujeta la raqueta mucho más
desarrollado que el otro, lógica 35
respuesta al estímulo paratípico cordal de cada lado, están
producido por la hiperfunción inervadas por sus troncos
de dicha extremidad. Podríamos nerviosos respectivos, pero
afirmar que a ésta le sobra independientes para uno y otro
excitación y, tal vez, a la otra le lado. Es decir, la mandíbula
falte. posee dos vías aferentes,
En nuestra RNO sólo nos derecha e izquierda, claramente
interesa conocer cuál es la diferenciadas que terminan en
excitación paratípica que los receptores neurales situados
proporciona la función en los parodontos de las
respiratoria y masticatoria al hemiarcadas correspondientes.
sistema estomatognático, y Como el acto masticatorio se
cuáles son, durante dichos realiza unilateral y
actos, las terminaciones alternativamente, la recepción
neurales receptoras de esta o excitación neural mandibular
excitación. Así podremos se hará a través de los dientes
excitarlas o frenarlas, con el fin de la mitad derecha o
de conseguir un estímulo izquierda, según sea el lado por
paratípico normal que nos el que se mastique.
proporcione un fenotipo En los maxilares no sucede
perfecto. lo mismo. La parte superior del
Expuestas estas aparato masticatorio tiene tres
generalidades, pasaremos a orígenes embrionarios distintos:
estudiar más detalladamente lo el mamelón maxilar derecho, el
que ocurre en el sistema mamelón maxilar izquierdo y el
estomatognático. mamelón interincisivo. La
Revisando cualquier tratado recepción neural a través de los
de embriología recordaremos dientes superiores se hace por
tres vías distintas e aproximadamente. La respuesta

independientes que de desarrollo aparecerá en los
corresponden a los dos intervalos de reposo. Podríamos
segmentos laterales de establecer comparación con una
premolares y molares, derecho e batería que iría proporcionando
izquierdo, y a la zona central descarga durante las 23 horas
incisiva. consecutivas de forma lenta y
El aparato masticatorio sólo se con muy poco consumo,
pone en funcionamiento durante el después de la hora de haber
acto de la masticación, lo que dura recibido la carga.
alrededor de una hora al día Durante esta hora de
aproximadamente, pues cambia en funcionamiento intenso en el
el tiempo. Desde el recién nacido ejercicio del acto masticatorio,
que emplea unas 3 horas, hasta el las distintas estructuras se
senecto que emplea menos de una emplearán a fondo, pero de
hora. En este acto se alternan los distinta forma según sea el lado
movimientos de lateralidad, los que mastique. La recepción
cuales proporcionan el neural y la excitación paratípica
deslizamiento de la parte superior o carga de la batería, por así
de la ATM en el lado de balanceo llamarlo, se harán por puntos o
y un frote oclusal, más potente en zonas separadas, que a su vez
el lado de trabajo, generado por el proporcionarán respuestas,
sistema neuromus- cular. también por separado. Vamos a
estudiarlas a continuación.
Las restantes 23 horas del día
la boca está en reposo funcional
y mantiene un espacio libre 1-a LEY: DESARROLLO
fisiológico que impide el POSTEROANTERIOR Y
contacto de las caras oclusales TRANSVERSAL
de los dientes inferiores con los
superiores. Sólo contactan en (HUESOS Y DIENTES)
céntrica, y a intervalos Para nosotros, el punto de
regulares, para realizar la arranque o de excitación neural
deglución salival. del desarrollo del sistema
Deducimos, pues, que la estomatognático se halla en la
excitación neural paratípica que parte posterior de la ATM, ya
proporciona la función que ésta funciona desde el
masticatoria sólo se produce y nacimiento, en ausencia de los
recibe durante una hora, dientes y sin la excitación que
éstos producen. La primera trabajo, contra sus antagonistas

excitación se produce con el superiores, a partir de su
movimiento de la ATM durante erupción, produce una ex-
el acto fisiológico de la
amamantación, y es provocada
por la tracción que la cabeza del
cóndilo, en su desplazamiento
posteroanterior, ejerce sobre el
menisco articular.
La parte posterior del menisco,
que es la traccionada en los
movimientos de avance y
retroceso del cóndilo, posee una
inervación y vascularización
muy particular, que consiste en
una red de vasos en espiral que
actúan como una sobreirrigación
de bombeo durante los citación paratípica neural que
movimientos de tracción y tiene como respuesta el
contracción, sobreexcitando esta ensanchamiento y avance del
zona, considerada maxilar superior de este lado.
particularmente neurógena (fig. Los parodontos, al igual que
4-1 las ATM, poseen una inervación
Durante la amamantación a y vascularización similar, con
pecho este movimiento de una red espiral que, con el frote
deslizamiento y tracción del oclusal, bombean y sobreexcitan
menisco posteroanterior se las terminaciones neurales de los
realiza simultáneamente por los parodontos (fig. 4-2).
dos lados produciendo una Así pues, la masticación, por
respuesta de desarrollo ejemplo, unilateral izquierda
mandibular in toto, pero desde el proporciona una excitación que
momento que se empieza a tendrá como respuesta el
masticar, sólo se excita el lado de desarro110 posteroanterior de la
balanceo produciéndose mandíbula del lado derecho, y el
respuesta de desarrollo de la desarrollo hacia fuera y hacia
mitad mandibular de este lado. delante del maxilar izquierdo. Y
Simultáneamente, el frote si nos hallamos ante un caso
oclusal de los dientes, de la normal, con masticación
hemiarcada inferior del lado de alternativa por los dos lados,
durante el mismo tiempo y con el Fig. 4-2

mismo esfuerzo, el desarrollo del
conjunto se hará de forma
simétrica. transmitida, mediante el frote
De esta forma se desarrolla oclusal, a los maxilares, los
posteroanterior y cuales, a su vez, la utilizan
transversalmente nuestro para su ulterior desarrollo.
sistema, pero no olvidemos que, Colaboran en el proceso el
para que estos fenómenos se sistema muscular y la
sucedan es imprescindible que peculiar disposición
exista un equilibrio oclusal, con anatómica de las caras
movimientos de lateralidad oclusales de los dientes
extensos (no golpeteo en superiores que recubren los
céntrica) y contacto oclusal tanto inferiores en forma de tapa.
en trabajo como en balanceo, Sobre todo lo que
pues la excitación se recibe y acabamos de exponer
transmite, a través de las desarrollaremos un ejemplo
inervaciones parodontales y de gráfico, Imaginemos una
las tracciones de los meniscos mano de almirez que da
articulares, solamente si existe vueltas dentro de un almirez
dicho equilibrio y frote oclusal, de material deformable. Con
habrá respuesta de desarrollo. el tiempo éste se irá
Queda expuesto, pues, que la ensanchando y agrandando.
energía producida en la Si a esto añadimos el hecho
mandíbula en su desarrollo de que la mano también se
posteroanterior, consecuente a la vaya agrandando, iremos
excitación de la parte deslizante transformando todo este
de las ATM, debe ser conjunto en otro mayor.
Colocándolo boca abajo,
fácilmente podemos
comparar este conjunto con la
boca, identificando la mano
de almirez con la mandíbula
y el almirez con los
maxilares.
Si la mano de almirez sólo
golpea, en vez de dar vueltas,
o la mandíbula sólo realiza
movimientos de apertura y
cierre, no obtendremos
ensanchamiento ni desarrollo por cuanto se refiere a la

y, por el contrario, podemos RNO, no olvidando que estos
estropear el sistema. Por ello procesos de desarrollo se
insistimos en la necesidad del producen en cantidades
movimiento de lateralidad infinitamente pequeñas y que
mandibular y del frote oclusal sólo se pueden apreciar
como condición macroscópicamente a través
imprescindible en la de los años.
obtención de un desarrollo Esta ley sobre el desarrollo
fenotípico normal. posteroanterior y transversal y de
Esto es cuanto podemos los huesos basales se
decir, de forma simplificada, 4. Todas estas excitaciones y
sobre el desarrollo respuestas de desarrollo
posteroanterior y transversal únicamente se producirán en el
del sistema estomatognático, caso de que la boca funcione de
y creemos que es suficiente forma equilibrada.
puede exponer en la forma siguiente: Con fines didácticos, y para
mejor comprender lo
expuesto, hemos
seleccionado el
1. La excitación o tracción posteroante- caso de un cráneo en el que
se puede aprerior de la ATM del lado de balanceo produce ciar el
cumplimiento de nuestras leyes.
como respuesta el desarrollo en longitud de Se trata del cráneo de la
figura 4-3, con una la rama mandibular de este lado. neutroclusión del
lado derecho (fig. 4-4) y una 2. El frote oclusal funcional del lado de
distoclusión del lado izquierdo (fig. 4-5). Éste trabajo produce en la
mandíbula su engro- ha sido precisamente durante bastantes samiento
y, en el maxilar, su desarrollo años el lado de trabajo.
transversal y hacia delante de este hemima- La mandíbula tiene la
rama derecha (lado xilar. de balanceo) más larga que la rama izquier3.
Este frote oclusal del lado de trabajo da, que es el lado de trabajo (fig.
4-6). A su también produce la expansión mandibular vez el lado de
trabajo es más alto que el lado
de este lado. contrario, en especial a nivel de molares, tal
Fig. 4-3
Fig. 4-4
Fig. 4-6 Fig. 4-7

como puede apreciarse en la relativamente fisiológica en este
radiografía panorámica de la mismo lado.
figura 4-7. El AFMP del lado derecho es
Analizando el maxilar superior muy grande debido a un
se aprecia fácilmente un desvío impedimento y protección
hacia delante y hacia fuera del caninos totalmente patológicos,
maxilar izquierdo (lado de lo que impide de forma
trabajo) en relación con el del importante la función
lado derecho, así como un desvío masticatoria por este lado (fig. 4-
hacia la derecha del bloque 9 B).
interincisivo y línea media, por El cóndilo del lado de
presión y empuje del balanceo está más
hemimaxilar izquierdo (lado de funcionalizado y posee una
trabajo) (fig. 4-8). vertiente más normal (fig. 4-4).
Los movimientos de Por el contrario, en el lado de
lateralidad nos permiten observar trabajo, la vertiente es más
que el AFMP izquierdo (figura exagerada (fig. 4-5) y el cóndilo
4-9 A) es más bajo que el AFMP más voluminoso.
derecho (fig. 4-9 B), lo que La causa de todas estas
permite un acoplamiento deformaciones y asimetrías
funcional bastante equilibrado en reside en un trastorno funcional.
el lado izquierdo que es el de El individuo, al que pertenece el
trabajo y, en consecuencia, la cráneo, masticó y se desarrolló
realización de una masticación muy normalmente hasta los 8 0
10 años. A partir de esa edad, la
masticación pasa a ser unilateral lógicas consecuencias, tal como

y exclusiva del lado izquierdo, puede apreciarse en la
pues aparece una caries distal en radiografía de la figu-
el primer molar inferior del lado 4—10.
derecho con la típica La función exclusiva por el
consecuencia de atascamiento de lado izquierdo se efectuó
fibras proximales, dolor al frío durante unos 10 años, ya que al
cráneo se le atribuyen unos 20
años de edad. Durante aquellos
años el lado izquierdo se
equilibró «en trabajo» debido a
la función (fig. 4-9 A), pero
simultáneamente fue
desequilibrándose el lado
derecho, por no haber tenido sus
correspondientes períodos de
trabajo alternativos con los del
otro lado. La deformación
adquirida en el lado derecho es
tal que, aun deseándolo, la
masticación por ese lado
hubiera resultado imposible. La
máquina se desajustó totalmente
y la función derecha no pudo
realizarse debido al
impedimento del canino y a la
situación patológica del plano
oclusal (fig. 4-9 B).
Fig. 4-8
Fig. 4
9
y al calor, molestias frente a los
alimentos dulces, hasta llegar a
la muerte pulpar con todas sus
Fig. 4-10 causas por la que tampoco la

Durante este tiempo, y empleamos.
cumpliéndose nuestras leyes de Pero podemos añadir aún
desarrollo, la mandíbula del algo más respecto al caso que
lado de balanceo (derecho) se estábamos estudiando. Si
desarrolló «resucitáramos» el cráneo, que
posteroanteriormente, por lo calculamos tardó unos 10 años
que se situó en neutroclusión en crear aquellas lesiones en un
(fig. 4-4). La otra mitad período favorable de su
Fig. 4 11 c
izquierda (lado de trabajo) desarro110, y le obligáramos
aumentó en grosor vertical (fig. durante 20 años más a comer
4-7), pero quedó en posición solamente por el lado derecho,
distal por no haber sido previa eliminación del
excitada la parte superior de la impedimento canino y tal vez
ATM de ese lado de trabajo de algún otro con un tallado
(figura 4-5). El maxilar selectivo, podemos asegurar
izquierdo (lado de trabajo) se que adquiriría la simetría
ensanchó y avanzó llegando a perfecta. Se lograría la
desviar la línea media (fig. 4- neutroclusión bilateral, la
8). simetría de los maxilares
Fácilmente comprendemos superiores, la igualdad de las
que si esta boca hubiese pendientes articulares y de los
trabajado siempre tamaños de las ramas
alternativamente por ambos mandibulares. Todo esto con la
lados, la mandíbula del lado única salvedad de que, por
izquierdo no se hubiera haber disminuido la intensidad
quedado en distoclusión, y la de desarro110 debido a la edad,
del lado derecho se hubiera el período de tiempo necesario
engrosado verticalmente. El para conseguir la reversibilidad
maxilar del lado izquierdo no de la deformación debería ser
hubiese avanzado tanto y sería mucho mayor.
simétrico al de lado derecho. Vamos a estudiar esta 1. a ley
Este diagnóstico funcional, sobre los movimientos dentarios.
tan importante para nuestra El caso de la figura 4-11 A es el
RNO, no sabemos ni podemos de una boca adulta en la que se
realizarlo mediante la puede apreciar el desvío de la
telerradiografía, otra de las línea media inferior hacia el lado
izquierdo, por haber sido éste el Fig. 4-13

lado de trabajo durante bastantes
años. El AFMP del lado derecho
(fig. 4-11 B) es mayor que el del perfecta neutroclusión, a
lado izquierdo (fig. 4-11 C), pesar de haber perdido el
siendo precisamente este AFMP primer molar (fig. 4-15 A). El
menor la razón que justificó el lado de trabajo está en ligera
predominio de la masticación distoclusión (fig. 4-15 B).
por el lado izquierdo. Los Todo lo expuesto está
modelos gnatostáticos muestran referido al desarrollo de las
asimismo el desvío de la línea
bases óseas.
media inferior hacia la izquierda
Por otro lado, si tomamos en
(fig. 4-12). En la fig. 4-13 se ve
consideración que las
la zona de sostén lateral
extracciones de los dos molares
izquierda, que corresponde a la
de los 6 años fueron hechas casi
de trabajo, sensiblemente más
simultáneamente y analizamos
avanzada que la del lado
el movimiento dentario en el
derecho. La figura 4-14 muestra
modelo de la figura 4-14 y en la
la cara oclusal mandibular en la
panorámica de la figura 4-16,
que el lado derecho (balanceo) se
podemos observar que el
halla más avanzado que el
diastema o espacio de
izquierdo y en
extracción se
Fig. 4-14
cerró casi totalmente en el lado

de trabajo (izquierdo) (fig. 4-15
B) y se mantuvo en el lado de
balanceo (fig. 4-15 A).
Como este hecho clínico se
repite en todas las bocas en las
que se dan parecidas
circunstancias, podemos afirmar
que «el desarrollo óseo se
produce en el lado de balanceo»
y «el movimiento dentario en el
lado de trabajo».
Otro ejemplo que confirma
Fig. 4 12 esta ley es el de la figura 4-17 A
a E. Se trata de los modelos de un enfermo de 12 años, que,

antes de
Fig. 4-15
Leyes Planas de desarrollo del sistema
estomatognático
Fig. 4-
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Otro ejemplo es el de la figura 4-20. Se El frote oclusal de lado de trabajo

trata de un enfermo con una malformación produce desarrollo transversal y
por falta de desarrollo con sintomatología posteroanterior de este lado del maxilar
de endognatia sobremordida y distoclusión. superior y contacto proximal de todos los
El análisis funcional confirmaba que sólo dientes de este lado.
comía por el lado derecho, y lógicamente Masticando alternativamente por ambos
poseía una marcada distoclusión de este lados, se desarrollará el sistema simétrica y
lado (fig. 4-20 D). Asimismo presentaba equilibradamente.
desvío a la izquierda de la línea
interincisiva superior (fig. 4-20 A). 2.a LEY: DESARROLLO
Neutroclusión izquierda (fig. 4-20 E). La VERTICAL DE PREMOLARES
masticación por el lado derecho hizo
avanzar el maxilar superior derecho. Con el
Y MOLARES
tratamiento se distaló y colocó en relación Ya hemos dejado dicho que la boca está
neutral con la mandíbula de este lado. en «reposo» la mayor parte del tiempo y,
Asimismo se alinearon las arcadas y se en esta posición, los dientes no contactan
corrigió la sobremordida, pero lo más con sus antagonistas. El contacto en
importante, a fin de obtener un resultado céntrica se realiza durante los movimientos
estable, equilibrado y permanente, fue de deglución; pero solamente hay contacto
cambiar el lado funcional masticatorio, o funcional con frote oclusal de los dientes
sea, funcionalizar el lado izquierdo. La inferiores, «activadores», contra los
figura 4-20 G a J muestra la boca del superiores, «receptores», durante el acto
enfermo, a los 10 años de finalizado el masticatorio y siempre que se interponga
tratamiento, perfectamente equilibrada en entre ellos algo duro y fuerte que se deba
trabajo y balanceo, a ambos lados y sin triturar o moler y exija el empleo de todos
recidivas. los músculos del sistema. En este acto se
excitan las ATM, según sea su turno de
trabajo o de balanceo, y los parodontos, a
Resumen través de su inervación correspodiente.
Además, habrá una intrusión y luxación en
La distoclusión, o subdesarrollo los parodontos infinitamente pequeña y una
mandibular fisiológico del recién nacido, se abrasión en las caras oclusales de los
deberá corregir asimismo fisiológicamente, dientes que toman parte en la masticación,
por las tracciones posteroanteriores que se es decir, los del lado de trabajo, asimismo
realizan simultáneamente en las dos ATM, infinitamente pequeña.
provocadas por la amamantación al pecho Este microtrauma fisiológico es
materno. compensado por una respuesta también
Una vez que han hecho erupción los fisiológica y regenerativa de crecimiento
primeros dientes temporales, las tracciones igualmente pequeña, durante las 23 horas
en las ATM dejan de ser simultáneas y en que la boca permanece en reposo y sin
pasan a ser unilaterales, pues la contactar los dientes inferiores con los
masticación, que se inicia en este superiores. Este fenómeno mantiene la
momento, empieza a diferenciar el lado oclusión; en equilibrio, la oclusión céntrica
de trabajo y el lado de balanceo. y la dimenSión vertical.
En la mandíbula y durante el período de Estas excitaciones y sus respuestas
balanceo, se mantiene el desarrollo correspondientes en el sentido vertical se
posteroanterior y en el lado de trabajo su producen en la forma siguiente:
engrosamiento.
Embriológicamente la mandíbula Fig. 4-21
procede de dos mamelones, derecho e
izquierdo, y la excitación funcional de uno
o más dientes de una hemiarcada produce
una respuesta de crecimiento en todos los
dientes de esta hemiarcada, que quedará
neutralizado por el contacto oclusal con sus
antagonistas del maxilar.
En los maxilares, las respuestas a
excitaciones masticatorias se darán en tres
grupos distintos, ya que,
embriológicamente, son tres los
mamelones que lo forman: el maxilar
derecho, el maxilar izquierdo y el
interincisivo. Así, la excitación de una de
las piezas dentarias del maxilar de un lado
dará una respuesta de crecimiento a todas
las
Rehabilitaciön neuro-oclusal (RNO)
piezas de este mismo lado, y la excitación de
una de las piezas de grupo interincisivo dará
respuesta de crecimiento a todas las piezas
que derivan de este grupo, que es totalmente
independiente de los dos procesos maxilares
restantes.
Los casos siguientes sirven para aclarar lo
que acabamos de exponer.
La figura 4-21 A corresponde a la boca de
un enfermo adulto con clara función
unilateral izquierda (fig. 4-21 C). La dimensión vertical del lado izquierdo, o sea el AFMP,
es mucho menor que la del derecho, lado en Equi-Plan «A» para equilibrador el que la
función está completamente impo- Fig. 4-22 sibilitada por la apertura y pérdida de
contactos oclusales a que le obliga la disposición dentaria de este lado derecho (fig. 4-21
una lámina de acero que se interpone libreB). El paciente, en su día, perdió el 2. 0 molar
mente entre los incisivos superiores e infey el cordal inferior izquierdos y el 2. 0 premo-
riores, levantando la oclusión y mantenienlar y l.er molar inferior derechos (fig. 4-21 do
durante su uso una sobremordida incisiA). Observamos que el 2. 0 molar superior del va de
1 mm (fig. 4-22). A su vez permite que lado funcional, o sea el izquierdo, ha creci- la
mandíbula se mueva libremente a ambos do a pesar de no haber sido excitado por su lados.
oponente, ya que no existe. Lo que ha suce- En esta situación sucede lo siguiente: en dido
es que fueron excitados todos sus veci- la parte superior del sistema no hay contacnos, y la
respuesta de crecimiento vino a to- to molar, tanto en el maxilar derecho como das las
piezas de este lado funcional incluido en el izquierdo; por consiguiente, no hay exel 2. 0
molar, el cual, al no tener oponentes, citacióñ funcional ni respuesta de creciha crecido
hasta tropezar con la encía (figu- miento. En la zona interincisiva, todos los ra 4-21 H).
dientes están excitados por el Equi-Plan, En el lado de balanceo sucede lo contra- pero a su
vez resultan frenados por él. En rio. Los molares superiores se han manteni- resumen, el
maxilar, en su totalidad, no sudo relativamente en su plano oclusal (fig. 4-21 frirá reacción
alguna en el sentido vertical.
F) y no han descendido, ya que no hubo ex- En la mandíbula, el Equi-Plan excita
tocitación funcional en las piezas vecinas y no dos los incisivos, derechos e izquierdos.
Sase produjo, en consecuencia, respuesta de bemos que la excitación de uno o más
incicrecimiento. sivos produce respuesta de desarrollo a toOtro fenómeno muy interesante
y muy di- dos los dientes de su lado, por lo que todos dáctico es el que aparece en los casos
de ellos crecerán, a excepción de los incisivos grandes sobremordidas tratadas con Equi-
que están frenados por el Equi-Plan.
Plan. Éste es un aparato discurrido por no- De esta manera, la curva oclusal patológisotros
y que será descrito en el capítulo te- ca de la mandíbula, tan clásica, de las sobrerapéutico,
en el que se cumplen fielmente mordidas se aplana por crecimiento de las nuestras leyes de
desarrollo en el sentido zonas molares, equilibrando y corrigiendo vertical. En términos
generales consiste en la lesión.
Fig. 4-23
50
El siguiente caso ilustra lo expuesto. Se 3.a LEY: DESARROLLO
trata de una enferma adulta (35 años) con
grave sobremordida (fig. 4-23 A y B), en la VERTICAL DE LOS
que se puede apreciar la profundidad de la INCISIVOS
curva oclusal inferior de cada lado (fig. 4- Según la ley diagonal de Thieleman, la
23 inflamación repetida de la zona de un
cordal crea una lesión parodontal del
C y D). En la figura 4-23 E y F vemos la lateral superior del lado opuesto (diagonal),
sobremordida corregida en su visión por elongación y trauma oclusal de dicho
frontal, y la figura 4-23 G y H nos muestra incisivo. Según el autor, el enfermo
la nivelación del plano oclusal a pesar de la mastica por el lado inflamado, siendo éste
edad. Deseamos insistir en el hecho el lado de trabajo. Si pretende
curioso, y que se repite en todo tratamiento transformarlo en lado de balanceo, a fin de
con Equi-Plan, de la «invariabilidad» de comer por el otro lado, al avanzar la rama
los maxilares, que no sufren prácticamente mandibular en el movimiento de balanceo,
modificación alguna, y la gran la zona del cordal inflamada tropieza con
modificación sufrida en la mandíbula la del cordal superior y el dolor se agudiza,
confirmando una vez más la veracidad de por lo que el enfermo sigue comiendo por
nuestras leyes. Debemos hacer constar que el lado afectado.
esta enferma acudió a nosotros por Sin embargo, nosotros llamamos a este
problemas parodontales, pues fenómeno «ley disfuncional», ya que
estéticamente no los presentaba; pero los cualquier causa que nos impida una
problemas parodontales fueron resueltos masticación bilateral puede producir a la
con este tratamiento. larga esta misma lesión. No solamente la
inflamación de la muela del juicio obliga a
adquirir una masticación unilateral del lado
inflamado, sino que causas más frecuentes,
como caries, prótesis mal instaladas o
desequilibradas, obturaciones deficientes,
etc., pueden provocar la misma patología y sobrecarga en todos sus trayectos (fig. 4-
producir idéntica lesión. 24).
Sucede que la masticación de un lado
excita sólo los incisivos superiores de este
lado masticante, correspondiente al mismo
lado de trabajo, pero produciéndose la
consiguiente respuesta de crecimiento en
todos ellos. Si la boca funciona
normalmente, el trabajo simultáneo y
alternativo por el otro
Fig. 4-24
Debemos recordar el movimiento

funcional de los incisivos, que
fisiológicamente debe ser como sigue.
Partiendo de una ocluSión céntrica
funcional y con una sobremordida de 2 0 3
mm deben resbalar los incisivos inferiores
por las inclinaciones linguales de los
incisivos superiores a manera de tijera
siguiendo un trayecto hacia abajo, hacia
delante y a uno u otro lado
simultáneamente, según actúen en trabajo o
balanceo, y sin pérdida de contacto ni
lado compensará los estímulos Fig. 4-25

unilaterales de crecimiento
proporcionados anteriormente a todo el lado de balanceo tropieza con el borde del
grupo incisivo. Así se mantendrá el incisivo inferior y es expulsado hacia
desarrollo y el equilibrio de dicho grupo vestibular (fig. 4-25).
incisivo superior con el frote y contacto Durante el recorrido fisiológico de los
alterno a derecha e izquierda. incisivos, que va desde el borde a borde
Si por cualquier causa, la masticación lateral, derecho o izquierdo, según sea el
pasa a ser unilateral durante un período lado de trabajo, hasta la oclusión céntrica,
de tiempo lo suficientemente largo, los no debe haber pérdida de contacto incisal ni
incisivos superiores, y en especial el existir momentos de sobrecarga.
lateral del lado opuesto al funcional, Simultáneamente, los premolares y molares
tienden a crecer. Esto es así por el hecho pasarán, desde una doble intercuspidación
de que, como recordamos, la excitación vestibular y lingual en el lado de trabajo, y
de un solo incisivo superior da respuesta de un contacto de cúspides vestibulares
de crecimiento a todos los restantes y, inferiores con linguales superiores, en el
por otro lado, dada su forma anatómica, lado de balanceo, hasta una oclusión de
cada vez que se ocluye en céntrica, y máxima intercuspidación céntrica bilateral.
ello ocurre al final de cada recorrido Deseamos hacer notar que los caninos
masticatorio, la cara lingual del lateral son las piezas más fuertes del sistema y que
del ellos son los que conducen y guían la
trayectoria mandibular en el momento de
trabajo, tanto en lo que se refiere al
movimiento de Bennet como al trayecto del
AFMP. Es la pieza que soporta mayor
esfuerzo durante su período de trabajo, y
precisamente la única (isabia naturaleza!)
que queda totalmente libre de oclusión en el
tiempo de balanceo. De esta forma puede
recuperarse y emprender nuevamente su
potente acción de trabajo cuando le llegue
su turno. En definitiva, el canino no sirve ni
para disocluir ni para ejercer la protección
canina, sino, muy al contrario, para guiar
los movimientos de lateralidad mandibular
Fig. 4-26
funcionales y fisiológicos, especialmente El caso de la figura 4-26 A trata de un
los referidos a los trayectos Bennet y a los enfermo que sólo podía comer por el lado
AFMP. izquierdo. La mandíbula realizaba
Continuando con la ley de desarrollo equilibradamente el movimiento de
vertical de incisivos y a propósito de la ley trabajo izquierdo, desde la posición
disfuncional presentaremos algunos casos céntrica a la lateral izquierda, llegando, en
que servirán para mejor comprender y, al esta posición, a un borde a borde incisal
mismo tiempo, confirmar nuestros (fig. 4-26 C). Por el lado derecho existía
principios. una disoclusión, provocada por una
prótesis mal instalada, con la consiguiente
pérdida de contacto incisivo (fig. 4-26 B).
Evidentemente, el enfermo no podía unos meses. El resultado fue el cierre

comer por ese lado y la disfunción creó espontáneo del diastema, la curación de la
una leSión parodontal con diastema y lesión parodontal, de etiología traumática
crecimiento vertical de los incisivos como en el caso anterior, y la desaparición
central y lateral del lado «no funcional». del trauma por haber podido equilibrar la
Fig. 4 ocluSión tanto en
trabajo como en
27 balanceo (figura
La terapéutica consistió en un tallado 4-29).
selectivo y reconstrucción de la prótesis que
provocó la disfunción. El resultado puede
apreciarse en la figura 4-27 B; pero
observemos cómo se procuró que el AFMP
derecho fuese algo más bajo que el
izquierdo, para que el paciente, de forma
inconsciente, cambiara su lado funcional
(fig. 4-27 B y C). Así pues, junto al cierre
del diastema quedaba la boca equilibrada y
la función restablecida. Por supuesto que
todo ello se hizo previa limpieza de sarro y
legrado de las bolsas producidas por la
lesión.
En el caso de la figura 4-28, muy
didáctico, se aprecia la relativa eficacia
masticatoria que el enfermo posee por el
lado izquierdo (fig. 4-28 C) y la total
imposibilidad de realizar esta función por el
lado derecho (fig. 4-28 B).
Simultáneamente aparece la lesión de «la
ley disfuncional» del lado opuesto al
masticante, con lesión parodontal del lateral
superior derecho (fig. 4-28 B). Pudimos
hacer un tallado selectivo intenso para
equilibrar el lado derecho y reducir su
AFMP con controles sucesivos y durante
Fig. 4-28
Fig. 4-29
55
Fig. 4-30
El caso de la figura parodontal. Aquí, el
4-30 presenta la lesión trauma ha recaído
en el incisivo central sobre el central
superior derecho, pues derecho que es el lado
la mínima dimensión no funcional, y es un
vertical y el AFMP ejemplo más de las
son menores en el lado múltiples variaciones
izquierdo, aunque con que puede presentar la
poca diferencia, que ley disfuncional
en el lado derecho. El unilateral.
rendimiento
masticatorio es
máximo en el lado 4-a LEY:
izquierdo con AFMP SITUACIÓN
menor, como pue de
apreciarse en la figura DEL PLANO
4-30 C, en cuya OCLUSAL
posición llega a un
borde a borde de Hemos visto cómo
lateral y canino, por lo se desarrolla el
que estas piezas no sistema
han creado lesión estomatognático en el
sentido indisoluble, de forma

posteroanterior, que la desaparición de
transversal y vertical, uno de ellos acarrea
bajo unos estímulos la desaparición de los
paratípicos creados otros dos. Así, la
por las tracciones del desaparición del
menisco articular de diente trae consigo la
las ATM, el frote pérdida del ligamento
oclusal de los dientes y del hueso alveolar;
inferiores contra los la desaparición del
superiores durante el ligamento significa la
acto funcional del diente y del hueso
masticatorio y la alveolar, y la
interposición oclusal desaparición del
de un alimento de hueso alveolar es
características de seguida por la pérdida
dureza determinada. del diente y del
Sin embargo, lo ligamento. En los tres
más importante para casos, lo único que
nosotros consiste en queda es el hueso
conocer cómo se sitúa basal.
y modela el plano Esta unidad
oclusal fisiológico. orgánica, diente-
Ya quedó expuesto, y ligamentohueso
no nos cansaremos de alveolar, se mueve al
repetir en el unísono y en función
transcurso de esta de los estímulos
obra, que el equilibrio externos recibidos a
oclusal depende través de las caras
fundamentalmente de oclusales, que han
la situación del plano sido dotadas por la
oclusal y de su curva naturaleza de unas
de despegue, que son formas muy
la 2.a y 4.a de las leyes especiales para que,
de Hanau que rigen física y
dicho equilibrio (cap. biológicamente, esta
2, pág. 20). recepción y
Sabemos que los fenómenos se
distintos elementos realicen. Podríamos
anatómicos: diente, decir que existe una
parodonto o «unidad sellada» en
ligamento la que las caras
alveolodentario y oclusales actúan
hueso alveolar como receptores de
forman una unidad los estímulos
funcional y biológica producidos durante
los contactos con sus contrario, bloqueado
antagonistas. El por el arco y demás
parodonto, con su aparatología. En
inmensa inervación, y consecuencia no
a su vez el hueso existen, ni pueden
alveolar recogerán llegar, las respuestas
dicha excitación. Por de desarrollo. Con
último, el hueso basal tales métodos
acompañará al hueso reconocemos, pues, la
alveolar en sus necesidad de recurrir
movimientos, a las extracciones
siempre que el para solucionar
estímulo sea problemas de índole
proporcionado estético.
biológicamente y a La estructura ósea
través de las caras y alveolar de la
oclusales. Así mandíbula es mucho
comprendemos cómo más fuerte y
con nuestras compacta que la de
terapéuticas podemos los maxilares.
obtener expansiones Podríamos decir que
maxilomandibulares «el martillo o mano
de 10 mm o más, de almirez
hecho que niegan mandibular» es
muchos
ortodoncistas. La
realidad es que los
métodos terapéuticos
que utilizan (arcos y
bandas), olvidan los
movimientos de
lateralidad
mandibular, con lo
que suprimen la
excitación inicial de
las ATM. Pero no
solamente dejan de
excitar el sistema por
su punto más
importante, sino que
bloquean la recepción Fig. 4-31
de estímulos por parte
del diente que, en más sólido y fuerte
principio, debería que «el yunque o
estar completamente almirez maxilar». La
libre durante el acto mandíbula, para
masticatorio y se desarrollarse, sólo
encuentra, por el necesita moverse
lateralmente a fin de pequeña en su parte

excitar las partes anterior y del lado
deslizantes y de trabajo.
superiores de las Simultáneamente,
ATM. Los maxilares en el lado de
y zona interincisiva balanceo, la
necesitan el estímulo mandíbula se ha
y el frote oclusal desplazado hacia
mandibular para abajo y hacia
ensancharse y delante en virtud del
avanzar, cerrando recorrido de la ATM
así el llamado por de este lado por su
nosotros «circuito de parte deslizante.
desarrollo» (fig. 4- Con esto se pierde
31). ligeramente el
Analizaremos contacto oclusal y se
ahora qué ocurre facilita que los
cuando una boca dientes superiores
equilibrada, con reaccionen de su
contacto bilateral de anterior trabajo y
trabajo y balanceo, erupcionen, por así
come por el lado decirlo, colocándose
izquierdo. Como la en situación de
mandíbula es equilibrio en la
dominante durante posición de
el acto de la balanceo que, a su
masticación, vez, está controlada
«hunde» en sus por la trayectoria
alveolos a los condílea. Este
dientes superiores pequeñísimo
del lado de trabajo, descenso del plano
en este caso el oclusal derecho
izquierdo. Esto producido por la
ocurre en una erupción de los
cantidad dientes superiores
infinitamente en busca del
pequeña, pero que contacto con los
va en aumento desde inferiores durante el
el último molar balanceo, sirve para
hasta el canino, que, al llegar el
pieza que recibe el turno de trabajo,
mayor esfuerzo por exista una ligera
ser el conductor del sobrecarga oclusal
Bennet y de los que permitirá un
AFMP. El plano buen frote oclusal y
oclusal levantará el arrastre hacia
otra cantidad fuera y hacia delante
infinitamente
del maxilar de dicho erupción definitiva,
lado de trabajo. alrededor de los 12
Podemos resumir años. La enferma
el desarrollo de la realizó controles
situación del plano sucesivos bianuales
oclusal de la forma hasta los 15 años,
siguiente: momento en que dejó
En el lado de de hacerlo. La
trabajo, el plano erupción
oclusal tiende a problemática de los
levantarse por su cordales hizo que
parte anterior y, apareciera de nuevo
simultáneamente, en nuestra consulta a
tiende a descender los 25 años de edad.
por la misma zona Tuvimos, entonces,
en el lado de la oportunidad de
balanceo. Con este observar que había
«sube y baja» adquirido el hábito
alternativo se va de comer por el lado
creando la situación izquierdo y pudimos
correcta y analizar las lesiones
equilibrada del que la masticación
plano oclusal, unilateral había
condición producido en una
imprescindible, y la boca perfectamente
más importante, equilibrada a los 18
para mantener un años. El trastorno
equilibrio ocasionado
permanente del confirmaba, una vez
sistema más, nuestras leyes
estomatognático, de desarrollo del
La observación del sistema
caso de la figura 4-32 estomatognático.
A es sumamente Así, la
didáctico, pues se masticación
trata de una boca izquierda produjo
adulta que fue tratada los siguientes
por nosotros hace efectos:
más de 20 años.
Llegó a nuestra 1. Avance del
consulta a la edad de maxilar superior del
5 años, padeciendo lado izquierdo (fig.
una endognatia y 4-32 B).
distoclusión que 2. El plano
fueron tratadas casi oclusal del lado
perfectamente, y izquierdo se elevó
dada de alta, al en su parte anterior
completar la (fig. 4-32 D y F).
3. Se mantuvo la La boca que sólo

corrección de la funciona con
distoclusión del movimientos de
lado derecho o de apertura y cierre en
balanceo, que céntrica durante el
presentaba una acto masticatorio es
perfecta como el individuo
neutroclusión que camina a saltos
(figura 4-32 E). con las dos piernas
4. El lado juntas.
izquierdo La boca que come
presentaba una falsa unilateralmente,
pequeña como el individuo
distoclusión por que camina a la pata
avance maxilar de coja.
ese lado y ligera La boca que
recidiva de la funciona bilateral,
corrección (fig. 4- alternada y
32 F). equilibradamente es
como la persona que
La foto de la figura camina con las dos
4-32 A presenta la piernas, primero una
cara. La figura 4-32 y seguidamente la
G a I es de la enferma otra. Ambas se
en la actualidad, con compensan y cada
claro desvío de la una depende de la
línea media. El otra, hacen el mismo
movimiento hacia la esfuerzo y emplean el
izquierda (fig. 4-32 1) mismo tiempo en
muestra un perfecto hacerlo.
equilibrio tanto en Para poder apreciar
trabajo como en estos trastornos
balanceo, y se refiere funcionales nos
al lado masticante. hemos valido de la
Por el lado derecho técnica gnatostática,
(fig. 4-32 H), que no de la
dejó de funcionar telerradiografía.
hace años, hay una No terminaremos
pérdida de equilibrio este capítulo sin
tanto en trabajo como destacar, de nuevo, la
en balanceo. importancia que en
Podríamos, para RNO tiene la función
resumir, hacer unos para el desarrollo del
comentarios que nos sistema, y cuando
parecen muy gráficos hablamos de función
en relación con el no nos referimos a
tema. «dar saltos con las
piernas juntas» ni a
«caminar con la pata en trabajo como en
coja», con lo que balanceo.
también se avanza, Debemos añadir
sino que hablamos de también que jamás
un contacto y frote podríamos
oclusal en los diagnosticar todos
movimientos estos trastornos
fisiológicos de funcionales, para
lateralidad poder aplicar una
mandibular durante el terapéutica biológica,
acto de la con la
masticación, y tanto telerradiografía.
Fi
g.
4-
32
Rehabilitación neuro-oclusal (RNO)
60
Nuestro diagnóstico será eminentemente unos modelos gnatostáticos y unos modelos

funcional y para ello nos valdremos de una montados en un articulador semiajustable y
minuciosa exploración clínica y funcional, una perfecta exploración del AFMP.

Oclusión Ro Neuroclusal

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Oclusión Ro Neuroclusal

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DEFINICIÓN DE LA

de su comparación se diagnosticará nuestro sistema es conocer

(fig. 2-1 B y C) con un esmalte Ambos casos son normales en

normal de oclusión. Normalidad que normal. Y éstas son las causas de

por ambos lados indistinta y alternativamente.

En el articulador registraremos La exploración del AFMP derecho e

a realizar estos movimientos de espontánea mueva la mandíbula hacia

criaturas presentará que nuestra mandíbula está

tres vías distintas e aproximadamente. La respuesta

éstos producen. La primera trabajo, contra sus antagonistas

durante el mismo tiempo y con el Fig. 4-2

ensanchamiento ni desarrollo por cuanto se refiere a la

Fig. 4-6 Fig. 4-7

masticación pasa a ser unilateral lógicas consecuencias, tal como

Fig. 4-10 causas por la que tampoco la

izquierdo, por haber sido éste el Fig. 4-13

cerró casi totalmente en el lado

a E. Se trata de los modelos de un enfermo de 12 años, que,

Otro ejemplo es el de la figura 4-20. Se El frote oclusal de lado de trabajo

Debemos recordar el movimiento

lado compensará los estímulos Fig. 4-25

Evidentemente, el enfermo no podía unos meses. El resultado fue el cierre

sentido indisoluble, de forma

lateralmente a fin de pequeña en su parte

3. Se mantuvo la La boca que sólo

Nuestro diagnóstico será eminentemente unos modelos gnatostáticos y unos modelos

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