Cómo hacer unidades

didácticas innovadoras

José Fernández González

Nicolás Elortegui Escartín
Teodomiro Moreno Jim énez
José Fernando Rodríguez García
Colección: Investigación y Enseñanza
Director de la colección: Ralael Porlan Anza
Serie: Práctica n9 16. Cómo hacor unidades didácticas innovadoras
José Fernández González
Nicolás Elorlegui Escartin
Teodomiro Moreno Jiménez
José Fernando Rodríguez García

©DiADA EDITORA S.L.

Polígono Industrial Pineda. Calle D, nave 2-8;
41012 Sevilla
1* edición. Octubre 1999
Medición. Enero2002

ISBN: 84-87118-80-1
Depósito legal: SE-2350-99

Diseño y maquetación: Diada Editora

Impresión y encuademación: Kadmos
El contenido de este trabajo puede considerarse
incompleto, superfluo; incluso puede que el lector
se sienta abrumado ante lo desconocido.
Esta última posibilidad es la que más
nos preocupa y por ello queremos señalar
que la tensión, el stress por no saber,
causa más problemas que asumir
con tranquilidad que nuestra práctica
es mejorable.

Por tanto ... ante todo, mucha calma.

En este documento hemos intentado reflejar

nuestra experiencia en la tarea de elaborar
unidades didácticas. Al hacerlo, no tenemos
la intención de proporcionar ningún tipo
de receta mágica o método formal,
sino de sugerir una paula de trabajo abierta.
Tampoco queremos ser exhaustivos,
sino ofrecer una visión general,
con la pretensión de abrir horizontes
y de proponer posibles líneas de trabajo
y estudio.
 ÍNDICE

1. In t r o d u c c ió n ....................................................................................... 9

2 . ¿ C o m o e s tá c a m b ia n d o la e d u c a c ió n ? ............................. 11

2 .1 . ¿ Q u é c a m b io s im plican para el d o cen te

las in n o v a c io n e s edu cativas?
H a c ia un n u e v o perfil p ro fesio n al ..................................... 11

2 .2 . ¿ Q u é es u n a unidad didáctica
p a ra la investigación /inn ovación ?
D e fin ició n d e la hipótesis d e t r a b a j o ................................ 17

3 . ¿ C ó m o s e h a c e u n a u n id a d d i d á c t i c a ? ................................ 20

3 .1 . ¿ Q u é se d e c id e prim ero?
E l c o m ie n z o d e la p la n ific a c ió n ........................................... 21

3 .2 . ¿ S o b re q u é tópico se tra b a ja ?
L a e le c c ió n d e la u n i d a d ........................................................ 24

3 .3 . ¿ D e q u é m a n e ra s e h a c e un se g u im ie n to
d e la u n id ad did áctica? L a e v a lu a c ió n ........................... 27

3 .4 . ¿ Q u é p ie n s a n los profesores
a c e rc a del tó p ico y d e c ó m o e n s e ñ a rlo ?
L as c o n c e p c io n e s d e los p r o fe s o r e s ................................ 35

3 .5 . ¿ Q u é p ien san los n iñ o s y los a d o le s c e n te s ?

L a s id e a s d e los a lu m n o s ..................................................... 37

3 .6 . ¿ Q u é id e a s -fu e rz a tie n e n q u e regir el proceso

d e e n s e ñ a n z a a p re n d iza je ?
L a filo so fía d e la unidad ........................................................ 41

3 .7 . ¿ C u á le s son las m e ta s d e la unidad?

Principios, ob jetivos, intencio nes
y fin a lid a d e s ................................................................................ 42

3 .8 . ¿ D e q u é in fra estru ctu ra se d isp o n e?

Los co n d ic io n a n te s m a t e r i a l e s ............................................ 44
 3 .9 . ¿ Q u é c o n te n id o s s e d e b e n incluir?
C o n c e p to s , p ro ced im ien to s y a ctitu d es ........................ 46

3 .1 0 . ¿ C ó m o s e e stim u la el in terés del alu m n o

e n el tópico? L a m o tivació n ................................................ 48

3 .1 1 . ¿ Q u é p ro b le m a s h a y q u e p la n te a r p a ra guiar
la u n id ad ? El hilo con du cto r ................................................ 51

3 .1 2 . ¿ Q u é ta re a s s e d e b e n p ro p o n er p ara resolver
los p ro b lem as? L a s e c u e n c ia d e a c t iv id a d e s 53

3 .1 3 . ¿ C u á n to tie n e q u e d u ra r la unidad?
L a te m p o ra liza c ió n .................................................................. 60

3 .1 4 . ¿ C ó m o c o n ju g ar to d o lo anterior?
L a p r o g r a m a c ió n ....................................................................... 61

4 . ¿ Q u é e s n e c e s a r io s a b e r p a ra h a c e r
u n a u n id a d d id á c tic a ? .................................................................. 65

4 .1 . S o b re los a lu m n o s , s u s in tereses
y su visión del m u n d o .................... 67

4 .2 . S o b re el d o c e n te y su n u e v o perfil
p r o fe s io n a l..................................................................................... 70

4 .3 . S o b re la e n s e ñ a n z a c o m o interacció n social.
E l a u la , el cen tro y la s o c i e d a d ........................................... 72

4 .4 . S o b re el c o n o c im ie n to cotidiano,
el discip lin ar y e l e s c o l a r ........................................................ 74

4 .5 . S o b re la e n s e ñ a n z a , el curriculo
y la d i d á c t i c a ................................................................................ 76

4 .6 . ¿ P o r d ó n d e e m p e z a r ? ............................................................. 83

5 . B ib lio g r a fía c o m e n t a d a — ..................................................... 84

1. Introducción

En el ám b ito d e la e n s e ñ a n za se suele hablar d e u n id ad es didác­

ticas com o si hubiera un consenso sobre el significado del térm ino y,
por tanto, tuviera el m ism o sen tid o p ara todos. S in e m b a rg o , al in­
ten tar profundizar sobre cóm o h acer u n a unidad didáctica, o q u é in­
cluir e n ella, o cóm o evaluarla, surgen fuertes discrepancias. En re a ­
lid ad , p a re c e h a b e r ta n ta s c o n c e p c io n e s c o m o d o c e n te s e n u n a
n u eva visión del refrán “c a d a m aestrillo tiene su librillo"

L a ¡d ea d e lo q u e e s u n a u n id ad d id áctica, c o m o ta n ta s otras
c o s a s en la e n s e ñ a n z a , e s tá p ro fu n d am en te lig a d a al p e n s a m ie n ­
to del profesor. Las c o n c e p c io n e s so b re la e n s e ñ a n z a , el m odelo
d id áctico q u e s u b y a c e en e lla s , son e le m e n to s d e te rm in a n te s d e
lo q u e c a d a d o c e n te e n tie n d e por e s ta expresión .

V a m o s a h acer un s o m ero rep aso d e a lg u n a s d e las principa­

les po sicion es did ácticas p a ra ver su efecto s o b re c ó m o s e conci­
b e n las u n id a d e s d id ácticas y su e la b o ració n .

D e s d e un m o d e lo did áctico transm isor, el p u n to d e p artid a de

u n a u n id ad d id áctica v e n d rá d a d o p o r los co n ten id o s c o n c e p tu a ­
les, a su v e z fijados por la e s tru c tu ra trad icio nal d el c o n o cim ien to
científico. U n a a m p lia y b ien s e le c c io n a d a co lecció n d e ejercicios
s e rá la aplicación práctica d e la te o ría d e la unidad.

U n m o d elo did áctico tecn oló gico s e b a s a rá e n u n a p e d a g o g ía

por o b jetivo s, partien do d e é s to s a la h o ra d e d is e ñ a r la unidad.
P u e s to q u e la e fic a c ia e n la e n s e ñ a n z a d e p e n d e d e u n a b u en a
p lan ificación , se e s ta b le c e rá n -e n p rim er lu g ar- lo s o b jetivo s d e to ­
do o rd en n e c e s a rio s p ara lo g rar una b u e n a c a lid a d d e la e n s e ñ a n ­
z a . A c o n tin u ació n , se s e le c c io n a rá n los c o n te n id o s a d e c u a d o s a
e s o s objetivos y. con ellos, lo s ejercicio s p a ra la a p lic a c ió n prácti­
c a d e los m ism os.

9
¿C óm o hacer u n id a d e s d id á c tic a s in n o v a d o ra s ? / J. F e rn á nd e z y otros

Sin e m b a rg o , el p u n to d e p artid a d e un m o d elo didáctico a rte ­

s a n o -h u m a n is ta s e rá m u y d ife re n te . D e s d e e s te m o d elo , se consi­
d era q u e lo q u e los a lu m n o s a p re n d e n e s a q u e llo q u e les in teresa
o lo q u e c o n s id e ra n n e c e s a rio o útil. P o r ta n to , la m otivación d e
los a lu m n o s s e rá el punto d e p artid a d e la e la b o ra c ió n d e la uni­
d a d d id áctica, b u s c a n d o u n p ro y e c to in te re s a n te o un le n ó m e n o
lla m a tiv o y c e rc a n o q u e p ro v o q u e p re g u n ta s en los a lu m n o s . A
partir d e a h í, se s e le c c io n a rá n las a ctiv id a d e s sobre las q u e g irará
la e n s e ñ a n z a , sin s e p a ra r tra b a jo p ráctico y c o n c e p tu a l, pero su ­
ped itan do s ie m p re la s e c u e n c ia c ió n a lo q u e p u d iera su ced er en el
a u la. P a ra e llo , se d isp o n d rá d e u n a a m p lia b a te ría d e ac tivid ad es
a ltern ativas q u e p erm itan v a rio s desarro llos d iferen tes en función
d e la interacció n con los a lu m n o s.

O tra posibilidad e s e la b o ra r u n id ad es d e s d e el p u n to d e vista

d e un m o d elo didáctico p o r descu brim iento , en el q u e se considera
q u e lo q u e s e a p re n d e e s lo q u e c a d a c u al red e s c u b re por sí m is­
m o. En e s te c aso , la u n id ad d id áctica e m p e z a rá por la selección d e
proyectos d e investigación a s e q u ib le s p ara el alu m n o , m u ch as v e ­
ces e xtraíd o s d e la historia d e la disciplina, q u e perm itan vo lver a
descubrir las leyes y c o n c e p to s g e n e ra le s q u e se es co n d en tras el
problem a investigad o. E ste m o d e lo con sidera el p lacer d e d e s c u ­
brir c o m o la principal m o tivació n , y la im ag inación y la creatividad
d e los a lu m n o s c o m o el m o to r del trabajo. L a planificación d ejará
m arg en a las in v e s tig a c io n es p ro p u e s ta s por los alum nos.

P a ra term inar, d e s d e u n m o d e lo didáctico constructivista, m uy

influido por la psicología d e l a p re n d iz a je , el punto d e partida e s lo
q u e los a lu m n o s y a s a b e n . P o r tan to , el conocim iento d e las teo rías
d e los a lu m n o s y d e sus id e a s p revias d eterm in ará u n a secuen cia
d e a c tivid ad es en la q u e d ic h a s id e a s se irán poniendo e n cuestión
y reelab o ran d o . E l trab ajo práctico a v a n za rá en p aralelo con el te ó ­
rico, sin una s e p a ra c ió n d e fin id a y bajo la g u ia d el profesor.

N o e s p o sib le in clin arse to ta lm e n te , y sin m atic e s , p o r uno sólo

d e e sto s m o d e lo s . D ife re n te s historias p ers o n a le s y visiones d e la
d o c e n c ia h a rá n p re fe rir u n o s u otros. Y to d o s ello s, e n m a y o r o
m e n o r m e d id a , tie n e n a s p e c to s ú tile s p a ra el p erfil p ro fe s io n a l
e m e rg e n te en los n u e v o s s is te m a s e d u cativo s y en los a v a n c e s e
in n o vacio n es d e la e n s e ñ a n z a .

10
2. ¿Cómo está cambiando
la educación?

2.1. ¿Q ué cam bios im plican para el do cente las

innovaciones ed u cativas? H acia un nuevo
perfil profesional

D u ra n te la p ráctica totalidad d e la historia d e la e d u c a c ió n en

E s p a ñ a , los d o c e n te s h a n tra b aja d o b a jo d iseñ o s c u rricu lares ela­
b o rad o s por el M in isterio d e E d u cació n , c a ra c te riza d o s p o r fijar el
1 0 0 % -o m á s - del tiem po d isp o n ib le. A partir d e la id ea d e q u e to ­
d o s los c iu d a d a n o s d e b e n p a s a r p o r la m ism a ed u cació n , s e fija­
ba n la to talid ad d e los c o n ten id o s curriculares, las “p ro g ram acio ­
n e s oficiales”, que todo d o c e n te d e b ía seguir.

Los c a m b io s q u e s u p o n e la L ey O rg á n ic a d e O rd e n a c ió n del
S is te m a E d ucativo d e 1 9 9 0 (L O G S E ) m odifican e sta situación: bajo
u n a filosofía d e d e s cen tralizació n y diversificación, se reco n o ce ins­
titu cio nalm ente q u e c ad a p e rs o n a e s distinta d e otra, q u e a p re n d e
d e d iferen te m a n e ra y q u e tie n e u n a particular posición d e partida.
E n c o h e re n c ia con lo anterior, tam b ién s e e s ta b le c e q u e c a d a c e n ­
tro d o c e n te es diferente, tan to por las personas q u e lo com po nen
c o m o por el entorno social e n q u e se sitúa. D e e s ta form a, s e ab re
p aso la id ea d e la a u to n o m ía d e los centros q u e d e ja en s u s m a ­
nos, en tre otras cosas, la d ete rm in ac ió n d e p arte d el currículo.

C o n e llo , se p lan tea un p ro b le m a h asta a h o ra d esco n o cid o en

nuestro s is te m a educativo: e l p ro feso rad o , e n g e n e ra l, n o d o m in a
las ta re a s d e d iseñ o curricular, p o rq u e no se h a ten id o q u e d ed icar
a ellas h a s ta el m om en to. E s ta s ta re a s s e a ñ a d e n por iniciativa (y

11
 ¿ C ó m o hucev u n id a d e s d id á c tic a s in n o v a d o ra s ? / J. Fernánde? y o tro s

c o n p re s ió n ) institucional, a la labor p ro fesio n al h a b itu al. E s lógico

q u e su rja la p re o c u p a c ió n p o r c o n o c e r m á s a fondo q u é es el d is e ­
ñ o curricular.

El d iseñ o curricular c o n te m p la los fines q u e p ersig u e la e d u c a ­

ción esco lar, e s decir, a q u e llo s a s p e c to s d el desarro llo d e los e s tu ­
d ia n te s q u e s e tratan d e im pulsar. E n él s e co n cretan y lo m an c u e r­
po los principios, criterios, p la n te a m ie n to s y con dicio nan tes d e todo
tip o (e c o n ó m ic o s , id e o ló g ic o s , p o lític o s , p s ic o p e d a g ó g ic o s , e tc .)
q u e c o n trib u yen a dar u n a d e te rm in a d a orientación a la e n s e ñ a n z a .
P a ra e llo , s e rá n e c e s a rio to m a r d e c is io n e s q u e co m p a g in e n a s p e c ­
tos c o n tra p u e s to s y fre c u e n te m e n te e n conflicto. Por e je m p lo , se
in ten ta a lc a n z a r un equilibrio e n tre la e n s e ñ a n z a -a p re n d iz a je d e los
c o n cep to s y d e los p ro c e s o s , en tre co m p ren sivid ad y selectividad y
e n tre u n ifo rm id ad y d iversid ad .

El d is e ñ o curricular p ro p o n e un p la n d e a c c ió n p ara lle v a r a la

p rá c tic a sus princip ios, re s o lv ie n d o las in te rro g a n te s q u é, quién,
có m o , c u án d o , d ó n d e y p a ra q u é e n s e ñ a r y evalu ar. H a d e c o n c re ­
tar, p u e s , o b jetivo s a c titu d in a le s y p ro c e s u a le s , c o n ten id o s, m e to ­
d o lo g ía . e la b o ra c ió n d e m a te ria le s did áctico s, ac tiv id a d e s , o rg a n i­
z a c ió n d e l c e n tro , d e l c iclo , d el á re a , fo rm a c ió n d el p ro fe s o ra d o , el
tipo y g ra d o d e los a p re n d iz a je s q u e tie n e q u e re a liza r el a lu m n o ,
e tc.

D e b id o a la c o m p le jid a d d e lo s fa c to re s q u e a fe c ta n a l d iseñ o
c u rric u la r y a la d ife re n te e x te n s ió n d e c a d a uno, s e s u e le articular
e n tres n iveles d e m e n o r a m a y o r co n creció n : ,

E l p r im e r n iv e l a b a r c a la s c o m p e te n c ia s e s ta ta le s y te rrito ria ­
les p a ra e s ta b le c e r el m a r c o g e n e r a l e n el q u e se d e b e rá n in ­
s e rta r to d a s la s d e c is io n e s e d u c a tiv a s . E n e s te n ivel se d e fin e n
lo s a s p e c to s g e n e r a le s , h a b itu a lm e n te m á s m a rc a d o s por r a z o ­
n a m ie n to s p o lític o s y e c o n ó m ic o s q u e d id á c tic o s (titu la c io n e s ,
e s tru c tu ra d el s is te m a e d u c a tiv o , d is trib u c ió n d e a s ig n a tu ra s por
c u rs o s , e tc .). E n lo q u e s e r e fie re a lo s a s p e c to s d id á c tic o s , e s te
n ivel q u e d a a b ie rto , lo q u e d e p o s ita s o b re el p ro fe s io n a l d e la
e n s e ñ a n z a u n a m a y o r lib e rta d y u n a g ra n re s p o n s a b ilid a d s o b re
su tr a b a jo , r e d e lin ie n d o , c o m o a n te s s e c o m e n ta b a , su p erfil
p ro fe s io n a l.

12
 ¿C ó m o está c a m b ia n d o la e d u ca ció n ?

L a e x is te n c ia d e e s te p rim er nivel, ju n to co n la e stru ctu ra d o ­

c e n te p ú b lica o p riv a d a , d e te rm in a n u n a in n eg ab le intluencia d e lo
institucional e n e l tra b a jo d o cen te. E s te factor institucional, co n una
e s tru c tu ra ríg id a y b u ro c rá tic a , tie n d e a la u n ifo rm id ad , m ie n tra s
q u e lo s fa c to re s m á s c e rc a n o s a c e n tro s , p ro fe s o re s y a lu m n o s
tien d en a la d iversid ad , con el c o n s ig u ie n te conflicto de intereses.

E n el s e g u n d o n iv e l es d o n d e se p erfilan las lín e a s directrices

d e c ó m o se a rticu la el d is e ñ o curricular e n el cen tro d o c e n te . Por
tanto, se p lan ifican las á re a s , m a te ria s , e tc . en un p ro yecto a s u m i­
d o p o r el colectivo e d u cativo d el c e n tro y q u e con stituye el “Plan
d e C e n tro " o "P ro y e c to d e C e n tro ”, d o n d e a p a re c e q u é e n s e ñ a r
(lo s b lo q u e s te m á tic o s ), c ó m o , c u á n d o , d ó n d e y p a ra qué.

E l P ro y e c to o P lan d e C e n tro s u e le co n star d e tres e le m e n to s

b ie n d ife re n c ia d o s: el R e g la m e n to d e R é g im e n Interior, el P ro y e c ­
to E d u c a tiv o y el P ro y e c to C u rricu lar. L o s p ro y e c to s c u rricu lares
ilustran c o n c re ta m e n te la m a n e ra d e utilizar el curriculo o ficial bajo
d e te rm in a d o s s u p u e s to s . T ie n e n una fu n ció n ilustrativa y e je m p lili-
c a d o ra , c a re c e n d e valo r prescrip tivo y d e b e n e s ta r fu e ra d el á m ­
bito d e la o rd e n a c ió n e d u c a tiv a .

1o NIVEL Prescriptivo.
Autoridades estatales Decreto de curriculo
y territoriales

Planificación del área, materia, disciplina

29 NIVEL Desarrollado en el Plan de Centro
centro de enseñanza

Planificación de
3° NIVEL Desarrollado por
unidades didácticas
á re a /d e p a rta m e n to /
profesores

Diseño de
actividades/experiencias

Figura 1. Niveles de concreción del Diseño Curricular.

13
¿ C ó m o hacer u n id a d e s d id á ctica s in n o v a d o ra s ? / J . F e rn á nd e z y otros

Q u e d a un te rc e r n iv e l q u e a ta ñ e ya a los p ro feso res d e u n m is­

m o c u rso , á re a , etc. y q u e e s el m á s c e rc a n o al trab ajo d iario . Es
a q u í d o n d e s e p u e d e o p ta r p o r la o rg a n iza c ió n d el proceso d e e n ­
s e ñ a n z a -a p re n d iz a je a lre d e d o r d e u n id a d e s didácticas. El eq u ip o
d e p ro fe s o re s e la b o ra rá los m a te ria le s d id áctico s c o n c re to s q u e
utilizará e n la u n id ad , s ie n d o é s ta el punto d e co n flu en cia e n tre la
te o ría y la p ráctica, p u e s to q u e lleva tra s d e si to d a u n a reflexión
s o b re el “m o d e lo didáctico" q u e q u e re m o s p la s m a r e n el au la.

A la h o ra d e d ar c u e rp o a u n a u n id a d d id áctica se d e b e ten er
p re s e n te la “fu n d a rn e n tac ió n te ó ric a ” q u e sirve d e g u ia. E n la p rá c ­
tica d o c e n te a c tu a l, la a u s e n c ia d e e s ta fu n d a rn e n ta ció n teó rica
e s , p ro b a b le m e n te , u n a d e las p rin c ip a les c a u s a s d e la b a ja cali­
d a d d e la e n s e ñ a n z a . P ro p ic ia la tran sm isió n d e g ran c a n tid a d d e
c o n te n id o s d e to d o tipo, n o re fle x io n a d o s , justificad os fre c u e n te ­
m e n te co n un "siem pre s e h a h e c h o a s í” y q u e p u e d e n s e r in c o h e ­
ren tes co n la te o ría d o c e n te y el discurso profesion al d e q u ie n e s lo
llevan a c ab o . Esto p u e d e llevar a a lg u n a s reflexio n es s o b re la d i­
d á c tic a . c a m p o d e c o n o c im ie n to fre c u e n te m e n te m al visto p o r los
d o c e n te s , tal v e z co rn o c o n s e c u e n c ia d e u n a a p licació n p o co a fo r­
tu n a d a en las a u la s y d e u n a tran sm isió n d e sus con ten ido s a los
p ro fe s o re s b a s ta n te d e s g ra c ia d a .

A c o n tin u ació n , se in te n ta rá e x p o n e r u n a c o n c e p c ió n d e la d i­
d áctica corno disciplina q u e se o c u p a d e e x p lic a r los p ro c e s o s de
la e n s e ñ a n z a y del a p re n d iz a je escolar, y d e c o n c re ta r m o d e lo s de
tra b a jo d o c e n te .

H a s ta h a c e m uy poco tiem p o la didáctica tratab a d e explicarle

te ó ric a m e n te al profesor "com o d e b ía n h a c e rs e las cosas", "¿cóm o
s e d e b ía e n señ ar, planificar, etc. ?" S u fin alid ad e ra tratar d e h acerle
ver las con dicio nes id e a le s en q u e d e b ía n desarro llarse las situ a­
c io n e s d e e n s e ñ a n z a p a ra q u e el a p re n d iza je fuera e ficaz. H o y va
a b rié n d o s e p aso la id e a d e q u e la “d id á ctica ' d e b e ten er u n e n fo ­
q u e distinto en c u a lq u ie ra d e las situ acio n es en las que s e h a g a
uso d e e lla , sin e x c e p c ió n . E sta n u e v a ó p tica p a rte d e n o q u e re r lle­
var al profesor a ningún e s ta d o idílico, q u e ni siquiera tien e p o r q u é
conocer; sino co n sid erar q u e lo im p ortan te es q u e reflexio n e s o b re
s u c o n cep ció n d e la e n s e ñ a n z a y a d o p te u n a a c titu d critica y a n a lí­
tica co n re s p e c to a s u q u e h a c e r {¿ c ó m o planifico?, ¿ c ó m o tra b a ­

14
 ¿C o m o e stá c a m b ia n d o la e d ucación?

jo ? ). L a d id áctica o lre c e recursos, capacitació n e n el análisis, infor­

m ación. form ación y e je m p lo s d e situ acion es p ara q u e el d o cen te
las incorpore a su a c ervo profesional y s e a él m ism o, d e s d e su con­
c ep ció n y postura fren te a la profesión, quien d ecid a su evolución.

L a d id á c tic a h a e v o lu c io n ad o , h a p a s a d o d e o fre ce r u n a s p re s ­
crip cio n es s o b re c ó m o tra b a ja r ( l a s c o s a s s e d e b e n h a c e r así", l a
re c e ta e s ....') a s e r v e h íc u lo d e reflexió n s o b re la p ráctica, llevada
a cab o p o r el propio d o c e n te (¿ p o r q u é tra b a jo a s í? ) p ara decidir,
c o n o c ié n d o s e a si m ism o , h acia d ó n d e m o v e rs e .

U n a p a rte d e la d id áctica, q u e e s tá c re c ie n d o en im p ortan cia

e n los ú ltim o s tie m p o s , es la q u e e stu d ia el “p en s a m ie n to d el pro­
feso r". E n e lla se c o n s id e ra q u e los d o c e n te s son p ro fes io n a le s
c o n id e o lo g ía , c re e n c ia s tren te al m u n d o y la vid a, e x p e rie n c ia s y
p la n te a m ie n to s p e d a g ó g ic o s y v ita le s q u e , in e v ita b le m e n te , tienen
u n a rep e rc u s ió n e n u n a p a ite tan im p o rta n te d e su vida c o m o es
su in te rv e n c ió n p ro fe s io n a l. S e e n s e ñ a e n fu n c ió n d e c ó m o se
p ien sa.

D o n d e m e jo r se refleja el p e n s a m ie n to d el p ro feso r a c e rc a d e
lo q u e e s e n s e ñ a r y a p re n d e r, e s e n su tra b a jo d o c e n te en el a u la ,
y co n los a lu m n o s . P ero , a n te la diticultad d e e s ta o b s e rv a c ió n di­
re c ta d e la p ráctica, s e p u e d e e m p e z a r por e l a n á lis is d e la planifi­
c a ció n d e la c la s e d ia ria , y a q u e e s te n ivel d e d e c is io n e s tam b ién
e s tá im p re g n a d o d e lo q u e p ie n s a el profesor. A q u í se p u e d e n o b ­
s e rv a r los c a m b io s p a u la tin o s q u e s e p ro d u c e n e n su p e n s a m ie n to
a c e rc a d e c ó m o e s y c ó m o d e b e lle v a rs e a c a b o el p ro c e s o d e e n ­
s e ñ a n z a -a p re n d iz a je .

L a p la n ific a c ió n e s u n p ro c e s o d e refle xió n -p re visió n -p ro p u es ta

d e a c ció n d el p ro feso r con sus propias lim itacion es: p e n s a m ie n to
d e l p ro fe s o r, c o n te x to d e la e n s e ñ a n z a , re a lid a d d e l a u la , e tc.
T a m b ié n p o d e m o s v e rla c o m o u n p ro y e c to d e a c c ió n d e n tro d e
u n a d e te rm in a d a re a lid a d s o cial y cultural, q u e p a rte d e la s e x p e ­
rien cias d e a lu m n o s y p ro fe s o re s y q u e p re te n d e m e jo ra r el a p re n ­
d iz a je d el e s tu d ia n te y la función d el e d u c a d o r. Im p lic a un con jun to
d e d e c is io n e s c u rric u la re s , p e ro ta m b ié n d e n a tu ra le z a s o cio -cu l­
tural y p o lítica. L a a d o p c ió n d e u n a fo rm a d e p lan ificar significa e
im plica a s u m ir un d e te rm in a d o m o d e lo didáctico.

15
¿C ó m o h a c e r u n id a d e s d id á c tic a s in n o v a d o ra s ? / .1. F e rn á n d e z y o tro s

D e s d e n u e s tro p u n to d e v is ta , el tra b a jo d e p la n ificació n del

p ro fe s o r d e b e a d o p ta r princip ios ta le s c o m o :

"La planificación no es la aplicación de una técnica o procedimiento

universal establecido o reconocido desde fuera del aula
"No es la marcha de la clase la que se adapta a la programación, sino
que es la programación la que se adapta al ritmo de la clasen.
“La planificación no es pensar lo que se debe hacer, sino pensar en lo
que se puede hacer" {Salinas. 1990).

L a a rtic u la c ió n total d el p ro yecto d e a c c ió n (la p lan ificació n ) en

d e te rm in a d o s p r in c ip io s /c o n c e p to s /p ro b le m a s , a s í c o m o la s e ­
c u e n c ia d e a c tiv id a d e s e n u n a unidad d id á c tic a d e te rm in a d a , es a
lo q u e a trib u im o s el té rm in o “prog ram ació n ".

A s i, la p ro g ra m a c ió n e s la p re p a ra c ió n p revia d el p ro fe s o ra d o
(e n un p ro y e c to d e to d o s ) s o b re lo q u e v a a h a c e r, d ó n d e lo h ará,
c ó m o lo v a a h a c e r y p a ra q u é sirve. E s ta p ro g ra m a c ió n s u e le te ­
n e r un re fle jo e n p arrillas, e s q u e m a s o p lan tillas q u e rec o g e n o rd e ­
n a d a m e n te to d o s e s to s propósitos.

L a e v a lu ació n o cu p a u n lugar especial dentro d e la planificación.

E s el a s p e c to d el trabajo d o cen te q u e m ejo r refleja la form a d e p e n ­
s a r profesional (y p erso n al) del e n s e ñ a n te , al m ostrar la concepción
q u e s e tien e d e lo q u e e s y d e b e s e r su función y su trabajo en la so­
c ie d a d . E n la p ro p u esta d e tra b a jo d e los próxim os capítulos, la fo r­
m a d e ver la e v a lu a c ió n o c u p a un lugar p referen te a lo largo d e todo
el p ro ceso d e e la b o ra c ió n y p u esta en práctica d e la unidad didácti­
ca: lo q u e e s tá b ien , lo e v a lu a d o positivam ente, c a m b ia cqn las cir­
c u n stan cias (tem p o rales, es p a c ia le s , sociales, e tc.), por lo q u e todo
e le m e n to del trabajo d e b e ser reevalu ad o periód icam ente. E n c o n s e ­
c u en cia, ningún proceso tie n e final, ú n ic a m e n te e tap as d e a v a n c e .

T o d a s e s ta s refle x io n e s llevan a c o n te m p la r la im plantación del

n u e v o s is te m a e d u cativo e s p a ñ o l d e s d e u n punto d e vista diferente
al q u e p u e d e te n e r la s o c ie d a d en g e n e ra l. S i p a ra é s ta su p o n e “un
c a m b io d e p la n e s d e estu d io ” o "una n u e v a estructura d el sistem a
educativo", p a ra el p ro feso r s u p o n e u n a reco nversió n d e la p ro fe­
sión d o c e n te , la redefinición del perfil profesion al q u e h a d e asum ir
a corto p la z o n u e v a s ta re a s y re sp o n s ab ilid a d e s p ara las q u e, en
g e n e ra l, n o h a sid o p re p a ra d o .

16
 ¿C ó m o está c a m b a n d o la e d u ca ció n ?

Los m e d io s q u e perm itirán solu cion ar e s le p ro b lem a so n su e x ­

p e rie n c ia d o c e n te , su c a p a c id a d d e reflexión y la form ación q u e sea
c a p a z d e adquirir por d iferen tes procesos d e desarro llo profesional.

A M O D O DE S ÍN T E S IS

D iseño cu rricu lar

Se configura como una de las nuevas tareas profesionales docentes

debido a la descentralización establecida por el nuevo sistema edu­
cativo. El tercer nivel de concreción, el más cercano a la tarea diaria,
implica la elaboración, por parte de equipos de profesores, de pro­
puestas curriculares adaptadas al contexto que tengan en cuenta el
pensamiento y los intereses del propio grupo.

D idáctica

C am po de conocimiento orientado a la descripción y teorización de

los procesos de enseñanza-aprendizaje con el fin de fundamentarlos
y facilitar la toma de decisiones acerca de lo que se debe hacer.

P e n s a m ie n to d el profesor

Conjunto de conceptos, procedimientos y actitudes que determinan

la práctica docente y el desarrollo profesional, cuya explicitación,
evaluación y modificación sirve como base para el cambio del m ode­
lo profesional.

2.2 . ¿ Q u é e s una unidad d id á c tic a

p ara la in v e s tig a c ió n /in n o v a c ió n ?
D e fin ic ió n de la h ip ó tesis de tra b a jo

A n te lo s p la n te a m ie n to s q u e h a c e n los d is tin to s m o d e lo s d i­
d á c tic o s . p e rfe c ta m e n te d e fe n d ib le s d e s d e c a d a u n o d e e llo s , d e ­
b e q u e d a r c laro q u e no h ay u n a “re c e ta ” p a ra e la b o ra r u n id a d e s
d id á c tic a s . E s ta ta re a no p re s e n ta u n a te c n o lo g ía d e fin id a p o r u n a
s e c u e n c ia a c e p ta d a d e p a s o s y d e a lta e fic a c ia .

17
 ¿ C ó m o hace» u n id a d e s d id á c tic a s in n o v a d o ra s ? / J. I e rn á n d c z y o tro s

L o s c rite rio s y la s fo rm a s d e e la b o ra r u n id a d e s d id á c tic a s van

a d e p e n d e r, c o m o s e h a d ich o , d e la s p e rs o n a s im p licad as e n el
p ro c e s o y d e la g e s tió n d el m ism o . A d e m á s , c a m b ia a lo larg o del
tie m p o , s e g ú n la d in á m ic a d el g ru p o y la ev o lu ció n d e la form ación
d e sus c o m p o n e n te s .

L a e la b o ra c ió n d e u n id a d e s d id á c tic a s d e b e partir d e la in te­

g ra c ió n d e lo s s ig u ie n te s a s p e c to s : los p ro c e s o s d e investigación
e d u c a tiv a c o m o lín e a d e tra b a jo , la in n o v a c ió n e d u c a tiv a c o m o
a p o rte d e n u e v a s p e rs p e c tiv a s y el tra b a jo e n e q u ip o c o m o d in á ­
m ic a d e in te ra c c ió n s o c ia l y to m a d e d e c is io n e s . L a e x p e rie n c ia
m u e s tra q u e la s u n id a d e s d id á c tic a s e la b o ra d a s d e e s ta fo rm a
son a p lic a b le s e n s u in te g rid a d ú n ic a m e n te p o r lo s c o m p o n e n te s
d el g ru p o d e tra b a jo (y n o s ie m p re ). P a r a lo s d e m á s d o c e n te s
p u e d e n s e r u n a b u e n a re fe re n c ia p ero ra ra m e n te u n a g u ía a d a p ­
ta d a a sus n e c e s id a d e s . P o r ta n to , u n a d e las c a ra c te rís tic a s m ás
im p o rta n te s d el p la n te a m ie n to q u e s e p ro p o n e e s la id ea d e q u e la
u n id a d v a a e s ta r m u y c o n d ic io n a d a p o r la m a n e ra d e p e n s a r d el
e q u ip o d e p ro fe s o re s q u e la va a e la b o ra r y p o n e r e n p ráctica.

L a u n id a d d id á c tic a tie n e su origen e n la n e c e s id a d d e e n c o n ­

trar u n a e s tra te g ia c a p a z d e o rg a n iz a r la e n s e ñ a n z a y e l a p re n d i­
z a je d e m a n e r a q u e a m b a s c o m p e te n c ia s resu lten e fic ie n te s . S e
in fiere q u e to d o c u rs o d e e s tu d io s p u e d e y d e b e o rg a n iz a rs e en
p a r c e la s o e je s p o r a lg ú n p ro c e d im ie n to a d e c u a d o (p ro y e c to s ,
c e n tro s d e in te ré s , le c c io n e s , a n á lis is d e c a s o s , u n id a d e s d id á c li-
.c a s , m ó d u lo s , á re a s , c iclo s, e tc .).

E s p o s ib le q u e n o to d a s la s m a te ria s d e u n m is m o c u rs o s e
p u e d a n o rg a n iz a r p o r la té c n ic a d e u n id a d e s , ni s iq u ie ra to d o s los
a s p e c to s o tó p ic o s d e u n a m is m a m a te ria , sino só lo a q u e llo s q u e
p o r su e p is te m o lo g ía y n a tu ra le z a h a c e n p o sib le la c o n fig u ració n
d el e s q u e m a d e “u n id a d ”.

L a u n id a d d id á c tic a e s un co n ju n to d e id eas, u n a h ip ó te s is d e
tra b a jo , q u e in c lu y e n o só lo los c o n te n id o s d e la d iscip lin a y los re ­
c u r s o s n e c e s a r io s p a r a el tr a b a jo d ia rio , s in o u n a s m e ta s d e
a p re n d iz a je , u n a e s tra te g ia q u e o rd e n e y reg u le e n la p rá c tic a e s ­
c o la r los d iv e rs o s c o n te n id o s d e l a p re n d iz a je . T a m b ié n incluirá la
fo rm a d e p e n s a r d e l e q u ip o d e d o c e n te s q u e im p re g n a to d o el

18
 ¿C ó m o e s tá c a m b ia n d o la e d u ca ció n ?

c o n ju n to co n su filo so fía y s u s m é to d o s d e tra b ajo , casi s ie m p re

im p líc ito s p e ro d e te rm in a n te s . T o d o e llo d e b e s e r a c o rd e , e n la
m e d id a d e lo p o sib le, co n las n u e v a s in v e s tig a c io n e s en el c a m p o
d e la e d u c a c ió n y con los principios q u e s e h an v e n id o d e s a rro ­
lla n d o a lre d e d o r d e l n u e v o s is te m a ed u cativo .

U n a d e la s ta re a s p rio ritarias, q u iz á s la p rim e ra p reo cu p ació n

al in te n ta r p la n ific a r un c u rso , e s id en tificar o re c o n o c e r los tópicos
o c u e s tio n e s q u e p u e d e n ser o rg a n iz a d o s p o r el p ro c e d im ie n to d e
u n id a d e s . A s í p u e s , u n a p rim e ra ta re a s e rá la d e lim ita c ió n d e las
u n id a d e s .

T ra d ic io n a lm e n te h a sid o u n e n fo q u e d iscip lin ar el q u e h a d e ­

te rm in a d o la s e le c c ió n d e u n id a d e s , a ju s tá n d o s e a u n a estru ctu ra
y a u n a c ie rta s e c u e n c ia d e c o n te n id o s , c u y a ló g ic a s e b a s a m ás
e n la d iscip lin a d e re fe re n c ia q u e en su a p lic a c ió n o u tilid ad en la
v id a re a l. S e r ía é s ta u n a fo rm a “vertical" d e d e lim ita c ió n d e u n id a ­
d e s , e n la q u e u n a u n id ad p re p a ra el te rre n o a la s ig u ie n te co n los
o jo s p u e s to s e n la e s tru c tu ra a c a d é m ic a . B ajo e s ta p e rs p e c tiv a , la
s e le c c ió n d e las u n id a d e s e x ig iría a n a liz a r ló g ic a m e n te la m ate ria ,
b u s c a n d o los princip ios, los c o n c e p to s y la s g e n e ra liz a c io n e s m ás
im p o rta n te s . S in e m b a rg o s e v a a b rie n d o p a s o o tro e n fo q u e m ás
c e n tra d o en e l m u n d o d e l a lu m n o q u e e n el d e la d is c ip lin a , q u e
p o d e m o s d e n o m in a r "h o riz o n ta l” o "tra n s v e rs a l” y e n el q u e las
u n id a d e s v e n d rá n o rg a n iz a d a s p o r el e s tu d io d e u n c e n tro d e in te­
ré s d e s d e m ú ltip le s p u n to s d e v is ta y e n el q u e c o n v e rg e n c o n o c i­
m ie n to s d e v a rio s c a m p o s a c a d é m ic o s .

A M O D O DE S ÍN T E S IS

La u n id ad didáctica

- Es un conjunto de ideas en forma de hipótesis de trabajo.

- Está m uy condicionada por la m anera de penssar del equipo de pro­
fesores que la elabora.
- Busca organizar la práctica de la enseñanza y el aprendizaje de
m anera eficiente.
- Es difícilmente transferible de un equipo d e profesores a otros.
- P uede ser disciplinar o transversal.

19
3. ¿Cómo se hace una unidad
didáctica ?

E n e s te c a p ítu lo se d e s a rro lla n las e ta p a s q u e se p u e d e n s e ­

gu ir p a ra e la b o ra r u n a u n id a d d id á c tic a . E n c a d a a p a rta d o se h a ­
c e u n a d e s c rip c ió n d e la s d e c is io n e s q u e se h a n d e to m a r y, p a ra
u n a m e jo r c o m p re n s ió n , se cita a l fin al un e je m p lo en u n re c u a d ro
d e texto .

P o r ta n to , el d e s a rro llo d e c a d a a p a rta d o s e s u s te n ta e n dos

e le m e n to s : u n a d e s c rip c ió n teó rica fu n d a m e n ta d a a c e rc a d e c ó m o
e la b o ra r u n a u n id a d d id á c tic a y u n a e je m p lificació n p ráctica.

L a e je m p lific a c ió n se c e n tra e n la c o n ta m in a c ió n d e la s a g u a s
y e s tá o rie n ta d a a a lu m n o s d el s e g u n d o ciclo d e la E d u c a c ió n S e ­
c u n d a ria O b lig a to ria ( 1 4 - 1 6 añ o s).

C o m o s e h a in d ic a d o , la s id e a s q u e tie n e n d is tin to s c o le c ti­

v o s , a d m in is tra c io n e s , g a b in e te s , p ro fe s io n a le s d e la d id á c tic a ,
g ru p o s d e tra b a jo , e tc ., s o b re ¿ q u é e s y c ó m o s e h a c e u n a u n i­
d a d d id á c tic a ? so n d iv e rs a s . M á s q u e h a c e r u n a n u e v a a p o rta ­
c ió n , s e p re te n d e d e s a rro lla r u n m a rc o g e n e ra l a te n d ie n d o , s o ­
b re to d o , al p ro c e d im ie n to . C o n e s to , n o se in te n ta d a r n in g u n a
re c e ta c e rr a d a , y a q u e la fo rm a e s p e c ífic a d e d is e ñ a r u n a u n id a d
d id á c tic a c o n c re ta n o tie n e p o r q u é o b e d e c e r a u n m o d e lo o fo r­
m a to único.

S e p re te n d e u n ificar d e n tro d e la d iv e rs id a d , esto e s , ap o rtar

u n o s criterios a b ie rto s y re m o d e la b le s q u e fu n c io n e n c o m o h ip ó te ­
s is p ro ced í m e n ta l, te n ie n d o c o m o re fe re n c ia la s c o n c e p c io n e s d e
lo s p r o fe s o r e s (c o n o c im ie n to s d e la m a te r ia , d e la e n s e ñ a n z a ,
e tc ...), las id e a s d e los a lu m n o s , y las in n o v a c io n e s q u e s e v a y a n
p ro d u c ie n d o e n la in v e s tig a c ió n s o b re la p ráctica.

20
 ¿ C o m o s e h a ce una u n id a d d id á ctica ?

P o r ta n to , n o s e p re te n d e n a p o rta r g ra n d e s n o v e d a d e s a la
e s tru c tu ra d e u n a u n id a d d id á c tic a , sin o s e ñ a la r a lg u n o s fu n d a ­
m e n to s te ó ric o s q u e d e b e n reg ir lo s p ro c e d im ie n to s p a ra su r e a ­
liz a c ió n .

E n re la c ió n co n e s te a s p e c to , u n o d e lo s p ro b le m a s m á s o p e ­
rativos q u e se e n c u e n tra co n fre c u e n c ia el p ro fe s o r s e p u e d e re­
sum ir e n la c u estió n : "d esp ués d e c o n o c e r todo lo re la tiv o a una
u n id a d d id á c tic a , ¿ c ó m o s e h a c e ? ". Lo ra z o n a b le e s p la n te a rs e
u n a s e rie d e in te rro g a n te s q u e p e rm ita n ir a c o ta n d o e l p ro b le m a ,
p a s a n d o d e la s itu ació n inicial -e n q u e la p ro p u e s ta d e tra b a jo es
to ta lm e n te a b ie rta - a u n á m b ito c a d a v e z m á s restrin g id o , en el
q u e la c o n c re c ió n p e rm ita lle g a r a b u e n puerto.

3.1. ¿ Q u é se d e c id e p rim ero ? El co m ien zo

de la p lan ificació n

P a ra c o m e n z a r la p lan ificación h a y u n m e c a n is m o m u y e x te n ­
dido y fá c ilm e n te o b s e rv a b le e n tre los d o c e n te s , a ú n en a q u e llo s
con e x p e rie n c ia , q u e s e m u e s tra e n la fig u ra 2: p rim e ro s e le c cio -

conceptuales experiencias

Selección de Selección de
las actividades tos conceptos
abarcados por
Selección o formulación las actividades
de los objetivos
asociados a la unidad

Figura 2. Primeros pasos para comenzar la planificación a través de dos itine­

rarios alternativos.
¿ C ó m o h a c e r u n id a d e s d id á c tic a s in n o v a d o ra s ? / J . F e rn á n d e z y o tro s

n a n e l te m a ; d e s p u é s , e n u n o s c a s o s s e le c c io n a n lo q u e se lla m a
"la m a te ria " , e s d e c ir lo s c o n te n id o s c o n c e p tu a le s (a e s to s e le
s u e le lla m a r "lo q u e h a y q u e s a b e r"), y e n o tro s s e le c c io n a n un
c o n ju n to d e a c tiv id a d e s y e x p e rie n c ia s . L u eg o , los p rim e ro s e n tr e ­
s a c a n las a c tiv id a d e s q u e posibiliten a los a lu m n o s el a p re n d iz a je
d e lo s c o n o c im ie n to s s e ñ a la d o s o , e n el c a s o d e a q u e llo s q u e s e ­
le c c io n a n las a c tiv id a d e s p re v ia m e n te , a h o ra re la c io n a n lo s c o n ­
c e p to s q u e e l a lu m n o d e b e a p re n d e r co n d ic h a s a c tiv id a d e s . M á s
ta rd e s e le c c io n a n lo s o b je tiv o s , p e ro d e s c o n e c ta d o s d e l p ro c e s o
d e e d u c a c ió n s is te m á tic a , y e n m u c h o s c a s o s , h a s ta d e s lig a d o s
d e l c o n te n id o d e la u n id a d .

E sto s p ro c e d im ie n to s p la n te a n u n a s e rie d e p ro b le m a s q u e n o
se p u e d e n s o slayar.

R e s p e c to a la p rim e ra te n d e n c ia , “lo q u e h a y q u e s a b e r" no

p u e d e e s ta r c e n tra d o só lo e n los c o n te n id o s c o n c e p tu a le s , c o m o
si ra z o n a r, e s tu d ia r, d e s a rro lla r h a b ilid a d e s , p ro c e s o s , a c titu d e s ,
e tc . n o tu v ie ra q u e e n s e ñ a r s e ta m b ié n , y por c o n s ig u ie n te a p r e n ­
d e r s e . P r o g ra m a r e x c lu s iv a m e n te d e s d e lo s c o n c e p to s s u p o n e
tra n s m itir m e c á n ic a m e n te la a s ig n a tu ra sin c u e s tio n a rs e p a ra q u é
s e e n s e ñ a . E s ta c o n c e p c ió n re s p o n d e a u n a p la n ificació n d e s d e la
a s ig n a tu ra , p rim a n d o la e s tru c tu ra d e é sta.

R e s p e c to a la te n d e n c ia d e d e c id ir p rim e ro las a c tiv id a d e s sin

p la n te a r s e lo s c o n c e p to s q u e s e d e s a rro lla n al h a c e rla s , la c o n ­
s e c u e n c ia in m e d ia ta e s e l a c tiv is m o . P ro g ra m a r d e s d e la s a c tiv i­
d a d e s s u p o n e a c tu a r s in c u e s tio n a rs e q u é s e q u ie re e n s e n a r y
p o r q u é.

E s m á s ló g ico e s ta b le c e r u n a e s tru c tu ra b a s a d a e n e l a p re n d i­
z a je . Ello im p lica c o m e n z a r por la d e te rm in a c ió n d e u n a s e rie d e
m e ta s , a la v ista d e la s c u a le s p o d e r s e c u e n c ia r y te m p o ra liz a r las
a c tiv id a d e s e n fu n ció n d e lo s d ife re n te s fa c to re s im p licad o s.

D e s d e n u e s tro p u n to d e vista, la e la b o ra c ió n d e u n a u n id a d d i­
d á c tic a e s a lg o d e m a s ia d o co m p le jo c o m o p a ra p ro p o n e r u n a s e ­
c u e n c ia lin e a l d e tra b a jo . D ife re n te s p a rte s d el p ro c e s o ¡n teraccio -
n a n c o n la s d e m á s , c o m p o n ie n d o un s is te m a q u e h a d e a b o rd a rs e
e n su co n ju n to .

22
 ¿ C ó m o s e h a ce una u n id a d d id á c tic a ?

Elección d e tópico

Figura 3. Esquema general de elaboración de una unidad didáctica desde una

perspectiva sistémica.

D e fo rm a re s u m id a , s e p ro p o n e n u n a s s u g e re n c ia s d e p lan ifi­
c a c ió n d e u n id a d e s d id á c tic a s e n la fig u ra 3, en la q u e , p a rtie n d o
d e los c o n c e p to s d e a lu m n o s y p ro fe s o re s , y tras la e la b o ra c ió n d e
la s id e a s -fu e rz a , s e tra b a ja n s im u ltá n e a m e n te en u n a p rim e ra e ta ­
p a , p rin c ip io s , o b je tiv o s , c o n te n id o s y p ro b le m a s p a ra , d e s p u é s ,
e s ta b le c e r u n a re la c ió n d e a c tiv id a d e s s e c u e n c ia d a s , u n a p ro g ra ­
m a c ió n y u n a e x p e rim e n ta c ió n .

S e lla m a n id e a s -fu e rz a a un p e q u e ñ o conjunto d e m e ta s (o d e

c o n te n id o s d e c u a lq u ie r tipo) y a s u s a p lic a c io n e s p rá c tic a s , q u e
con stituyen el n ú cleo d e los a p re n d iza je s q u e p re ten d e m o s c o n s e ­
guir. E s ta s id e a s -fu e rz a s ie m p re e s tá n p re s e n te s c u a n d o e n s e ñ a ­
m o s , a u n q u e m u ch as v e c e s n o lo e s tá n ex p líc itam e n te , p o r lo q u e
e s m u y im p o rtan te p o n erlas d e m an ifiesto y an a liza rla s c ríticam en te.

E n n u e s tra p ro p u e s ta c o n c e b im o s d o s e ta p a s , u n a d e c o n c e p ­
c ió n , d e re fle x ió n y d e a n álisis c ritico d e 7o q u e s e q u ie re h a c e r ”, y

23
¿ C ó m o h a c e r unida<ies d id á c tic a s in n o v a d o ra s ? / J . F e rn á nd e z y otros

o tra d e re a liz a c ió n p ráctica y fo rm a ü za c ió n , en la q u e se a d a p ta lo

a n te rio r a 7o q u e s e p u e d e hacer".

Y to d o e llo a c o m p a ñ a d o p o r u n a e v a lu a c ió n a lo la rg o d e to d as
las e ta p a s , d e m a n e ra q u e el e s q u e m a n o es s e c u e n c ia l, ya q u e
s e re a lim e n ta c o n tin u a m e n te , y d u ra n te to d o el p ro c e s o las d e c i­
s io n e s p o s te rio re s m o d ific a n la s a n te rio re s .

3 .2 . ¿ S o b re qué tó p ic o se trab aja?

La elecció n de la unidad

L a e le c c ió n d el tó p ic o d e la u n id a d s u e le e s ta r d e te rm in a d a por
las n e c e s id a d e s d el g ru p o d e p ro fe s o re s q u e la a b o rd a n . L a s m o ti­
v a c io n e s s o n m u y v a ria d a s . E n tre la s m o tiv a c io n e s in te rn a s , es
fre c u e n te q u e la in s a tisfacció n q u e p ro d u c e un m ate ria l co n el q u e
se e s té tra b a ja n d o lle v e a re e la b o ra rlo a partir d e otro e n lo q u e , o a
a ñ a d ir un n u e v o b lo q u e d e a p re n d iz a je q u e lo c o m p le m e n te .

E n o tra s o c a s io n e s , la e le c c ió n d e la u n id a d e s tá p ro v o c a d a
p o r m o tiv a c io n e s e x te rn a s , c o m o c a m b io s e n la leg islació n e d u c a ­
tiva, c a m b io s e n el p ro y e c to d e c e n tro , la re a liza c ió n d e p rá c tic a s
d e un c u rso d e fo rm a c ió n d e l p ro fe s o ra d o , etc.

A l e le g ir el tó p ico s o b re el q u e s e va a tra b a ja r s e tie n e q u e

a n a liz a r si e s id ó n eo p a ra la e d a d y la d iv e rs id a d d e n iv e le s d e d e ­
s a rro llo d e lo s a lu m n o s . T o d o e s to req u iere:

a ) C o n o c e r los in te re s e s q u e tie n e n los a lu m n o s y lo s q u e se

p u e d e n s u s c ita r co n dicho tópico.

b ) T e n e r in fo rm a c ió n d e lo s c o n o c im ie n to s , h a b ilid a d e s , d e s tre ­
z a s d e los a lu m n o s c o n los q u e s e v a a trabajar.

c) C o n o c e r los re c u rs o s m a te ria le s y did áctico s co n lo s q u e se

p u e d e c o n tar.

d ) A n a liz a r la s itu ació n d e la u n id a d d e n tro d e los d istin to s ni­

v e le s d e c o n c re c ió n cu rricu lar, re c o g ie n d o su re la c ió n c o n o tra s

24
 ¿ C ó m o s e h a c e una u n id a d d id á ctica ?

u n id a d e s , o tra s a s ig n a tu ra s y co n e l p ro y e c to d e c e n tro . C o m o los

d ife re n te s n iv e le s d e c o n c re c ió n d e l c u rríc u lo s u e le n re c o g e r la
m a te ria a g ru p a d a e n b lo q u e s te m á tic o s (p o r e je m p lo : lu z y sonido,
lite ra tu ra c a s te lla n a d el siglo X V II, la II R e p ú b lic a E s p a ñ o la , etc.)
h a b rá q u e c o n s id e ra r si la u n id a d re c o g e u n o só lo d e e s to s blo­
q u e s o si a g ru p a p a rte s d e d ife re n te s b lo q u e s y é s to s se v a n a n a ­
liz a n d o e n d is tin to s m o m e n to s d el curso.

A l e le g ir el tó p ico , s e p u e d e n o b s e rv a r d o s v ía s n ítid a m e n te di­

fe re n c ia d a s .

L a p rim e ra e s la v ía disciplinar, q u e tie n d e a s e le c c io n a r tópi­

c o s d e te rm in a d o s p re v ia m e n te p o r la e s tru c tu ra d e la disciplina en
la q u e s e tra b a ja . A sí, se p u e d e n e la b o ra r u n id a d e s d id á c tic a s so ­
b re el te a tro d e L o p e d e V e g a , la g u e rra c o n tra N a p o le ó n o el m o ­
v im ie n to re c tilín e o , e s q u e m a d e tra b a jo fre c u e n te e n los libros d e
te x to y m u y c e rc a n o a la definició n d el p rim e r nivel d e c o n creció n
cu rricu lar d e las a d m in is tra c io n e s e d u c a tiv a s .

U n a s e g u n d a o p c ió n e s a p ro x im a rs e a los c o n o c im ie n to s d e
los a lu m n o s y al e n to rn o d e la vid a d ia ria (e s d ecir, el a c e rc a m ie n ­
to d el c o n o c im ie n to e s c o la r al c o n o c im ie n to c o tid ia n o ). E s ta o p ­
ción e s tá a n im a n d o n u evo s e n fo q u e s m e n o s d iscip lin ares. P o d e ­
m o s e la b o ra r u n id a d e s d id á c tic a s q u e a b o rd e n te m a s tra n s v e rs a ­
les, c e n tro s d e in te ré s , e s tu d io d e c a s o s , etc.

U n t e m a tra n s v e rs a l c o m o el q u e u s a m o s e n las ejem p lificacio -

n e s d e e s te libro, la c o n ta m in a c ió n d e la s a g u a s , p e rm ite trab ajar
c o n te n id o s d e v a ria s d is c ip lin a s c o m o la s C ie n c ia s S o c ia le s , la
M e te o ro lo g ía , la B io lo g ía o la Q u ím ic a .

U n a u n id a d s o b re la fig u ra d el ‘'p ic a ro ” p u e d e ro m p e r c o n la
e s tru c tu ra te m p o ra l en la L ite ra tu ra , o u n a u n id ad s o b re “la s c o m u ­
n ic a c io n e s ” p e rm ite v e r su e fecto s o b re la e s ta b ilid a d d e los im p e ­
rios e in tro d u cir la te c n o lo g ía e n la s C ie n c ia s S o c ia le s .

U n c a s o d e d is trib u c ió n te m p o ra l d is c o n tin u a p u e d e s e r una

u n id a d d id á c tic a s o b re “m ed ició n y u n id a d e s ” o s o b re “el m é to d o
c ie n tífico ”, q u e a p a re c e rá n p rá c tic a m e n te e n c a d a tó p ico d e física
o q u ím ic a q u e s e e s tu d ie a lo larg o d e u n cu rso .

25
¿ C o rn o h a c e r u n id a d e s d id á c tic a s in n o v a d o ra s ? / J . I e m á n d e z y o tro s

P o d e m o s v e r v ario s m é to d o s p a ra e n fo c a r unos m ism o s c o n te ­

n id o s e n el s ig u ie n te c u ad ro :

D isciplina N ú cleo s de interés E studio de casos

Cinemática. Física del deporte. Estudio de una c a ­

Energía mecánica. rrera de 100 m lisos.
Estudio del sallo de
altura.

Calor. Física de la cocina. Estudio de un calen­

tador de gas.

Electricidad. La electricidad en Estudio de una coci­

casa. na eléctrica.

Ondas. Física de varar olas Estudio de las olas

(o de surfear). en la playa de ...

O tro s e je m p lo s d e u n id a d e s d id á c tic a s o rg a n iz a d a s d e fo rm a
m e n o s lig a d a a la e s tru c tu ra d e la d is c ip lin a p u e d e n s e r los si­
g u ie n te s :

N ú c le o s d e interés E stu d io d e casos

#
Ciencia de los materiales. Estudio de la calidad de diferen­
tes marcas de aguafuerte.

Reciclado de residuos sólidos. Estudio de la reutilización de pa­

pel del centro.

Energías alternativas. Construcción de un aerogenerador.

O tr a fo rm a d e e la b o ra r u n id a d e s e s la d e c o n d ic io n a rla s a la
m e to d o lo g ía . A s i, u n a u n id a d tra b a ja d a m e d ia n te reso lu ció n d e si­
tu a c io n e s p ro b le m á tic a s p u e d e te n e r la s ig u ie n te estructura:

26
 ¿ C ó m o s o h a c e u n a u n id a d d id á ctica ?

Problema 1 ¿Por qué muchas especies de animales acuáti­

cos no pueden vivir en aguas estancadas?

Problema 2 Puesto que el petróleo flota y se mantiene en

la superficie, ¿por qué es tan dañina una m a­
rea negra para los animales sumergidos?

Problema 3 ¿Cóm o funciona una estación depuradora de

aguas?
Subproblema 3.1 ¿En qué se diferencia una estación depurado­
ra de una potabilizadora de agua?
Subproblema 3.2 Si et agua que sale de la depuradora no es po­
table, ¿para qué sirve? y ¿cómo es que dicen
que aum enta la disponibilidad de agua para
beber?

Problema 4 ¿Qué electo causa tirar al suelo el aceite usa­

do de los coches?

Problema 5 ¿Por qué se cambió la gasolina con plomo por

gasolina sin plomo?
Subproblema 5 ¿Para qué sirve el catalizador del tubo de es­
cape de los coches?

Problema 6 ¿Qué sucede con las basuras de nuestros do­

micilios?
Subproblema 6.1 ¿Cómo se hace el reciclado del vidrio?
Subproblema 6.2 ¿Qué ventajas y problemas da el reciclado de
papel?

3 .3 . ¿ D e q u é m a n e ra se h ace un s e g u im ie n to
d e la u n id ad d id á c tic a ? La ev a lu a c ió n

E n la e v a lu a c ió n s e s u e le n p o n e r d e m a n ilie s to m u c h a s p a r a ­
d o ja s . U n a d e e lla s e s q u e , ta n lo si s e h a b la co n los p ro fe s o re s
c o m o si s e o b s e rv a u n a p ro g ra m a c ió n , se e n c u e n tra n o b je tiv o s de

27
¿ C ó m o h a c e r u n id a d e s d id á c tic a s in n o v a d o ra s ? / J . F e rn á n d e z y o tro s

ra z o n a m ie n to , c o m p re n s ió n , a p lic a c ió n d e c o n c e p to s , in te rp re ta ­
c ió n d e d a to s , tra b a jo co n g rá fic a s , fo rm u la c ió n d e h ip ó tesis d e
h e c h o s o b s e rv a b le s , d e s a rro llo d e a c titu d e s , e tc. P ero , a u n q u e to ­
d o e s to s e tra b a je e n c la s e (q u e n o s ie m p re e s a s í), lo q u e el p ro ­
fe s o r s u e le e v a lu a r, a fin d e c u e n ta s , e s el v o lu m e n d e c o n o c i­
m ie n to s c o n c e p tu a le s q u e el a lu m n o p o s e e , fre c u e n te m e n te a tra ­
v é s d e u n " e x a m e n " . N o s e s u e le n e v a lu a r o tro s o b je tiv o s , a ú n
c u a n d o e s té n p ro g ra m a d o s , ni la s e c u e n c ia d e a ctiv id a d e s s e g u i­
d a s , ni la p ro g ra m a c ió n d e la u n id a d , ni el in te ré s y a c titu d e s d e
los a lu m n o s , ni la a c tu a c ió n d el profesor, ni las re p e rc u s io n e s d e
lo a p re n d id o , e tc.

L a e v a lu a c ió n d e b e refe rirs e al p ro c e s o d e a p re n d iz a je c o m ­
p le to y, d a d o q u e é s te d e p e n d e ta n to d el a lu m n o co m o d e l p ro fe ­
sor, d e l a u la y d e los d e m á s fa c to re s d el e n to rn o , e s el co n ju n to lo
q u e d e b e s e r e v a lu a d o .

S e p ie n s a q u e la e v a lu a c ió n e s u n p ro c e s o d e re fle x ió n s o ­
b re la p rá c tic a q u e o r ie n ta la to m a d e d e c is io n e s e n la e n s e ­
ñ a n z a - a p r e n d iz a je . P r o p o r c io n a a l a lu m n o y al p ro fe s o r in fo r ­
m a c ió n s o b re c ó m o e s tá n , a d ó n d e h a n lle g a d o y q u é p u e d e n
h a c e r.

D e s d e e s ta p o s ic ió n , e s c o n v e n ie n te a d o p ta r el e n fo q u e d e la
e v a lu a c ió n fo rm a tiv a , e n el q u e la in fo rm a c ió n q u e s e re c o g e e n
la e v a lu a c ió n s e u tiliz a p a r a re c o n d u c ir c o n tin u a m e n te a q u e llo
q u e n o v a a d e c u a d a m e n te . T o d a la p la n ific a c ió n d e la u n id a d a d ­
q u ie r e el c a rá c te r d e h ip ó te s is q u e s e c o n tra s ta co n su p u e s ta e n
p rá c tic a .

P o r e s ta s ra z o n e s e s p o r lo q u e s e s e ñ a la e n la fig u ra n 5 3 q u e
la e v a lu a c ió n e s a lg o q u e n o v a al final d el p ro c e s o , sino q u e e s tá
p re s e n te d e s d e el principio y e n to d o m o m e n to , p a ra reco n d u cir la
s itu a c ió n y o rie n ta r la m a rc h a . E s u n a e s tra te g ia p a ra o b te n e r in ­
fo rm a c ió n s ig n ific a tiva q u e m e jo re el p ro c e s o , e n to d o s lo s á m b i­
to s y e n to d o m o m e n to .

A l c o n s id e ra r la e v a lu a c ió n d e b e m o s te n e r en c u e n ta , al m e ­
n o s, d o s p e rs p e c tiv a s : la e v a lu a c ió n d e la p ro p ia u n id ad y la e v a ­
lu a c ió n d e l a p re n d iz a je d e los a lu m n o s .

28
 ¿ C o rno s e h a c e u n a u n id a d d id á c tic a ?

P a ra h a c e r u n a e v a lu a c ió n d e la u n id a d , h a y q u e c o n s id e ra r
q u e , c o m o y a s e h a d ich o a n te rio rm e n te , u n a u n id a d d id áctica es
u n a “h ip ó tesis d e tra b ajo " con la q u e se e s p e ra q u e , m e d ia n te una
s e c u e n c ia d e a c tiv id a d e s , s e a lc a n c e un a p re n d iz a je significativo
d e las h a b ilid a d e s , a c titu d e s y c o n c e p to s q u e se c o n s id e ra n d e ­
s e a b le s p a ra los a lu m n o s . P o r ta n to s e d e b e c o n tro lar la m arc h a
d e e s ta h ip ó te s is y re a lim e n ta rla c o n tin u a m e n te co n la inform ació n
q u e la e v a lu a c ió n sum inistra.

P a ra lle v a r a c a b o la e v a lu a c ió n d e la u n id a d h a y q u e d isp o n er
d e in d ic a d o re s e in s tru m en to s q u e p ro p o rcio n en d a to s y o b s e rv a ­
c io n e s s o b re su m a rc h a en c la s e p a ra ree s tru c tu ra rla . Al m ism o
tie m p o , e s ta in fo rm a c ió n p e rm itirá to m a r d e c is io n e s so b re futuras
s e s io n e s , s o b re el p a p e l c o m o d o c e n te s , s o b re el c lim a d e re la c io ­
n e s y s o b re las o rie n ta c io n e s q u e s e d e b e n d a r a los a lu m n o s p a ­
ra re c o n d u c ir su p ro c e s o d e a p re n d iza je .

E n la e v a lu a c ió n d e la u n id ad p o d e m o s u tilizar in d ic a d o re s c o ­
m o los s ig u ien tes:

R e s p e c to a la id o n e id a d d e los p lan tea m ie n to s de la unidad:

a) La investigación de aspectos concretos dol proceso de aprendizaje.

b) La eficacia de las actividades respecto al aprendizaje.

R e s p e c to a la id o n e id a d d e la p lan ificació n :

a) La puesta en marcha de la unidad.

b) La temporalización prevista y la real.
c) La idoneidad de los materiales.

R e sp ecto a la a d e c u a c ió n a lo s a lu m n o s:

a) La valoración del diseño por parte de los alumnos.

b) La actitud de los alumnos.
c) El interés manifestado por ellos.
d) Las dificultades de comprensión.
e) Las dificultades de manipulación.

29
¿ C ó m o h a c e r u n id a d e s d id á c tic a s in n o v a d o ra s ? / J . F e rn á nd e z y o tro s

P a r a s e g u ir e s to s a s p e c to s n e c e s ita re m o s in s tru m e n to s d e
e v a lu a c ió n p e rtin e n te s . L o s p ro fe s o re s p u e d e n u tilizar p la n tilla s
d e o b s e rv a c ió n q u e le s p e rm ita n c o n tro la r a lg u n o s a s p e c to s c la ­
v e o u tiliza r lo re fle ja d o por lo s a lu m n o s e n su s c u a d e rn o s d e c la ­
s e (v e á s e e n e s ta m is m a s e rie el libro d e lo s c u a d e rn o s d e los
a lu m n o s ). T a m b ié n s e s u e le n u tiliz a r c u e s tio n a rio s q u e c u m p li­
m e n ta n ta n to lo s a lu m n o s c o m o los p ro fe s o re s . P e ro d e e n tr e las
h e rra m ie n ta s p a ra la e v a lu a c ió n d e u n id a d e s d id á c tic a s m á s h a ­
b itu a le s q u e re m o s d e s ta c a r, por su e fic a c ia , el d iario d e c la s e d el
p ro fe s o r y lo s p ro c e s o s d e tria n g u la c ió n .

E l diario d e c la s e d el profesor consiste b á sicam en te en u n archivo

o u n a m em o ria d e lo o b s e rv a d o por el profesor en el aula. S e rá utili­
z a d o c o m o u n a g u ía d e reflexión so b re la práctica, favoreciendo tanto
la to m a d e c o n cien cia d el profesor s o b re su evolución y so b re sus
m odelos d e re fe re n c ia co m o el establecim iento d e conexion es signifi­
cativas en tre su con ocim iento práctico y el conocim iento disciplinar,
p a ra a s i poder fu n d a m e n ta r s u s decisiones (P o rlán y M artín, 1 9 9 1 ).

L a in fo rm a c ió n q u e s e s u e le re c o g e r e n el diario d e c la s e del
p ro fe s o r s e re fle ja e n e l s ig u ie n te cu ad ro .

D iario de clase del profesor

• La puesta en acción de la Unidad.

• El tiempo previsto y dedicado a cada actividad.
• Las situaciones imprevistas incorporadas.
• Las ideas previas d e los alumnos: extensión, obstáculos,
modificación, etc.
• La actitud d e los alum nos y alumnas.
• El interés que han mostrado.
• La ilusión del prolesor y las gratificaciones recibidas.
• Las dificultades estructurales: centro, aulas, recursos.
• Las dificultades manipulativas.
• La idoneidad de cada aspecto diseñado: alternativas posibles.
• Las opiniones extem as a los alumnos y los profesores que
participan en el proceso.

Esquema del seguimiento de la unidad mediante el diario de clase.

30
 ¿C o m o se h a ce u n a u n id a d d id á c tic a ?

P a ra h a c e r u n a e v a lu a c ió n to tal d e la u n id ad d id áctica e s co n ­
v e n ie n te h a c e r u n a tria n g u la c ió n e n la q u e in te rv e n g a n co rn o e le ­
m e n to s u n o b s e rv a d o r in tern o , el p ro feso r y los a lu m n o s.

L a tria n g u la c ió n c o n siste e n in c o rp o ra r al a u la u n o b s e rv a d o r
(h a b itu a lm e n te , o tro p ro fe s o r o u n e s tu d ia n te en p ra c tic a s ) q u e no
in te rv ie n e e n los p ro c e s o s q u e tie n e n lu g a r e n el a u la , lo q u e le
p e rm ite d e d ic a rs e a reg istrar to d o a q u e llo q u e c o n s id e re s ig n ifica­
tiv o p a ra e v a lu a r.

R eg istros d el observad or

Respecto a lo planiticado:

• Modificaciones del guión respecto a lo planificado, hipótesis de

partida inadecuadas, situaciones no previstas, situaciones de des­
concierto anto una actividad, etc.

Respecto al profesor:

• Habilidades de comunicación: entonación, presentación, claridad

en la exposición de objetivos, vocabulario, etc.
• Habilidades en la dinámica de grupos: modera, deja tiempo para
reflexionar, lacilita el debate entre alumnos, monopoliza el debate.
• Modelo didáctico personal: uso de las ideas de los alumnos, trata­
miento de los contenidos, enloque metodológico, estrategia e v a ­
luadora, etc.

Respecto a los alumnos:

• Dinámica de los grupos: lideres, tensiones, quién habla y quién no,

intervenciones fuera de contexto, distribución del trabajo, actitudes
hacia el profesor y hacia los compañeros, etc.
• Ideas previas de los alumnos: cómo se manifiestan, cuál es su ex­
tensión entre ellos, cómo y cuándo se modifican, etc.

Aspectos que suele analizar el observador.

O tr a p o s ib ilid a d e s s e r ía tr ia n g u la r s ó lo e n tr e p r o fe s o r e s y
a lu m n o s (c a d a u n o co n su re s p e c tiv o d ia rio ) o h a c e r o b s e rv a c io ­
n e s c ru z a d a s e n tre c o m p a ñ e ro s d e u n m is m o e q u ip o o s e m in a rio .

31
¿ C ó m o hace» u n id a d e s d id á c tic a s in n o v a d o ra s ? / J F e rn á nd e z y o tro s

S o n tres lo s e le m e n to s q u e in te rv ie n e n en la triang ulació n, c o ­

m o s e m u e s tra en la fig u ra 4 : el profesor, c o m o prim er v é rtic e de
ella; el a lu m n o , c o m o s e g u n d o vértice; y el o b s e rv a d o r interno c o ­
m o te rc e ro . El p ro c e s o d e b e e s ta r a v a la d o p o r un d o c u m e n to -in ­
fo rm e q u e p e rm ita h a c e r u n a in te rp re ta c ió n d el c o n te n id o d el triá n ­
g u lo . e s to e s , d e lo p la n ific a d o y d e lo s h e c h o s a c a e c id o s , inclu­
y e n d o s ie m p re el p u n to d e v ista d e to d o s los im plicados.

I igura 4. Los elementos de la triangulación.

P a ra h a c e r la e v a lu a c ió n d e lo s a lu m n o s te n e m o s q u e c o n s id e ­
rar q u e , p a ra é s to s (y p a ra p a rte d el p ro fe s o ra d o ) la e v a lu a c ió n e s
sin ó n im o d e c a lific a c ió n . E s n e c e s a rio c a m b ia r e s a visión, h a c ié n ­
d o le s p ro ta g o n is ta s d e l p ro c e s o . La e v a lu a c ió n , h a b itu a lm e n te , no
e s e n te n d id a c o m o d ia g n ó s tic o d e lo q u e los a lu m n o s h a n a p re n ­
dido; sin o c o m o la v a lo ra c ió n cu a n tita tiv a d el “nivel" a lc a n z a d o con
re s p e c to a u n a s e x ig e n c ia s d e c o n o c im ie n to e s ta b le c id a s p re v ia ­
m e n te . E s ta visión e s c o h e re n te co n u n a co n cep ció n s e le c tiv a efe
la e d u c a c ió n .

A s i, el m o d e lo d e e v a lu a c ió n m á s fre c u e n te en los c e n tro s es

e l s u m a tiv o y c rite ria l. D e s d e e s te e n fo q u e s e tra ta d e m e d ir la
c o n s e c u c ió n d e las m e ta s o fin a lid a d e s , co n u n o s criterios e s ta b le ­
c id o s p re v ia m e n te . N o rm a lm e n te s e re a liz a al final d e u n p erio d o
d e a p re n d iz a je y m id e a to d o s los a lu m n o s co n un m is m o b a re m o ,
c o m o si p a rtie ra n d e l m is m o sitio y tu v ie ra n q u e lle g a r al m ism o
p u n to . E n e s te m o d e lo , lo s a lu m n o s p ie n s a n q u e c u a n d o s e les
p re g u n ta , s e le s c o rrig e n ta re a s , s e les p ro p o n e n tra b a jo s o s e les
d e s a p ru e b a a lg o , s e le s e s tá v a lo ra n d o y c a lific a n d o . E s to p ro vo ca
u n a a c titu d n e g a tiv a h a c ia la e v a lu a c ió n , q u e s e c o n v ie rte e n un
g r a v e o b s tá c u lo p a r a el a p re n d iz a je significativo.

32
 ¿C ó m o s o h a ce u n a u n id a d d id á ctica ?

S in e m b a rg o , lo s n iv e le s o b lig ato rio s d e la e d u c a c ió n no d e b e n

te n e r u n a fu n c ió n s e le c tiv a , p o r lo q u e la e v a lu a c ió n d e b e ir por
otros d e rro te ro s . P o r e llo , fre n te a a q u e l m o d e lo , p ro p o n e m o s una
e v a lu a c ió n fo rm ativa, e n la q u e el profesor s e p re o c u p e m á s del
"c ó m o ” q u e d el "qué" e s tá n a p re n d ie n d o los a lu m n o s . S u s princi­
pios g e n e ra le s son:

a ) E s u n in stru m en to d e a y u d a y no d e c e n s u ra , q u e a p re c ia lo
a p re n d id o por lo s a lu m n o s d e a c u e rd o a su situación d e p artid a y
los o b s tá c u lo s q u e a p a re c e n e n el proceso.

b ) N o e s u n fin en si m is m a ; no s e e v a lú a p a ra c o m p e n s a r o
c a stig ar, sin o p a ra m e jo ra r el p ro g re s o g e n e ra l d el a lu m n o . D e b e n
c o n te m p la rs e tre s a s p e c to s :

- El p u n to d e p artid a.
- L a s m e ta s p ro p u e s ta s p a ra el final d el a p re n d iz a je .
- El m o m e n to en q u e s e re a liz a la ev a lu a c ió n .

c) Es integral. N o sólo se valo ra la adquisición d e conocim ientos

sino, a d e m á s , otros a s p ecto s fu n d a m e n ta le s del aprend izaje: actitud
crítica, c a p a c id a d c reativa, razo n a m ie n to lógico, habilidades, etc.

d ) T ie n e un a lto c o m p o n e n te sub jetivo, por lo q u e es n e c e s a rio

el d iá lo g o e n lr e p ro fe s o re s , p a d re s y a lu m n o s .

D e e s t a fo r m a , el a lu m n o to m a c o n c ie n c ia d e s u s p ro p io s
a v a n c e s , e s ta n c a m ie n to s y re tro c e s o s en re la c ió n a s u s e s fu e r­
z o s . S u p a rtic ip a c ió n en la e v a lu a c ió n só lo p u e d e p ro p o rcio n arle
v e n ta ja s : a u to e s tim a , in d e p e n d e n c ia y c o n o c im ie n to d e la s m e ta s
y d ific u lta d e s e d u c a tiv a s .

P a ra e v a lu a r s e p u e d e n utilizar, e n tre otros, lo s a s p e c to s que

a p a re c e n e n el c u a d ro d e la p á g in a s ig u ien te.

E s to s in d ic a d o re s n e c e s ita n in s tru m e n to s a d e c u a d o s e n los

q u e b a s a rs e . A lg u n o s d e e llo s p u e d e n s e r los siguientes:

a ) T a b la s d e o b s e rv a c ió n d ire c ta del tra b a jo en clase.

b) E x p o s ic io n e s o ra le s d e tra b a jo s d el a lu m n o .

33
¿ C o m o h a c e r u n id a d e s d id á c tic a s in n o v a d o ra s ? / J . F e rn á n d e z y o tro s

A sp ecto s q u e se e v a lú a n en la unidad:

S e Irala de ver en qué m edida los distintos elementos de la unidad

son coherentes y adecuados a los alumnos.
Los aspectos evaluados fueron:

- Flexibilidad y realismo d e la planificación.

- Elección de la unidad.
• Motivación de los alumnos.
Adecuación de principios, objetivos, intenciones, finalidades.
* Adecuación de los materiales y la infraestructura.
- Adecuación de la selección de contenidos.
- Relevancia de los problemas-guía y cercanía a los conocimientos
buscados.
- Adecuación de la secuencia de actividades.
- La temporalización prevista y real.

A sp ecto s para la e v a lu a c ió n de los alum nos:

Para evaluar a los alum nos se observan los siguientes aspeclos:

- Aclitud de los alumnos hacia el lópico elegido.

- Interés manifestado por la problemática.
- Evolución de sus ideas y obstáculos de aprendizaje.
- Capacidad de análisis de las siluaciones problemáticas.
- Capacidad de síntesis d e la información manejada.
- Capacidad de emisión de hipótesis.
- Implicación del alumno en el desarrollo de las actividades.
- Organización del cuaderno del alumno.

Aspeclos para la evaluación.

c ) E x p lic a c io n e s d e p ó s te rs s o b re el te m a .
d ) In fo rm e s d e in v e s tig a c ió n .
e ) C u a d e rn o d el a lu m n o .
f) A u to e v a lu a c ió n .
g ) P ru e b a s e s c rita s .

L a e v a lu a c ió n e s u n o d e los te m a s m á s controvertidos e n e d u ­
c a c ió n . P o r ta n to , e s u n o d e los a s p e c to s d e la didáctica e n el q u e
s e d e b e p ro fu n d iz a r, o rie n ta n d o las in v es tig a cio n e s e n to rn o a la
o b je tiv id a d -q u e c o n s id e ra m o s e n trañ a dificultad- p o r la p ro p ia im ­
plicación d el d o c e n te e n el p ro ceso e v a lu a d o r

34
 ¿C ó m o s o h a ce una u n id a d d id á ctica ?

3.4 . ¿ Q u é pien san los p ro feso res acerca del

tó p ic o y de có m o en señ arlo ? Las
c o n c e p c io n e s de lo s profesores

L a p ro fe s ió n d o c e n te s e d e s a rro lla en un s is te m a c o m p le jo en
el q u e s e ¡n te ra c c io n a co n o tras p e rs o n a s (p a d re s , a lu m n o s , c o m ­
p a ñ e ro s , e tc ), co n los c o n o c im ie n to s científico s d e la d iscip lin a d e
re fe re n c ia (q u e s e d e b e a d a p ta r al co n o cim ien to e s c o la r y re la c io ­
n a r c o n e l c o n o c im ie n to c o tid ia n o ), y co n un s is te m a e d u c a tiv o
q u e in c lu y e m a rc o s le g a le s , te m p o ra le s , e s p a c ia le s y e x ig e n c ia s
s o c ia le s . E s ta s in te ra c c io n e s se filtran a tra v é s d e la s c o n c e p c io ­
n e s (id e o ló g ic a s ) p e rs o n a le s d el d o c e n te , c o n d ic io n a n d o m u c h o
su ju icio s o b re el p ro c e s o d e e n s e ñ a n z a -a p re n d iz a je

El tra b a jo d o c e n te tie n e un c a rá c te r e m in e n te m e n te práctico,

a u n q u e n o d e b e id e n tific a rs e só lo con la ac ció n d e e n s e ñ a r. D e ­
trá s d e la p rá c tic a d e b e h a b e r u n c u e rp o te ó rico q u e la fu n d a m e n ­
te , p u e s “n o h a y n a d a m á s p rá c tic o q u e u n a b u e n a teoría".

El e s tu d io d e los p rin c ip a le s a s p e c to s a s o c ia d o s al p e n s a m ie n ­
to d o c e n te y a la p rá c tic a e d u c a tiv a p e rm ite n c a ra c te riz a r d iverso s
m o d e lo s d id á c tic o s . É s to s s o n , e n e s e n c ia , d is tin ta s fo rm a s d e
a b o rd a r e l p ro c e s o d e e n s e ñ a n z a -a p re n d iz a je y p o s e e n e le m e n to s
q u e p u e d e n a c tu a r c o m o in d ic a d o re s d e d ife re n te s c o n c e p c io n e s
y p rá c tic a s d o c e n te s . E n tra b a jo s rec ie n te s (F e rn á n d e z y E lo rte -
g u i, 1 9 9 6 ) s e h a n d e s c rito los distintos m o d elo s d id áctico s s e ñ a ­
la n d o lo s e le m e n to s q u e a fe c ta n a la te o ría y a la p ráctica d o c e n te
y q u e se re s u m e n e n el s ig u ie n te cuadro:

Teoría - Concepciones sobre el conocimiento científico.

- Concepciones sociológicas.
- Concepciones psicológicas.

P ráctica - Ideas metodológicas.

- Ideas sobre la planificación.
- Ideas sobre la formación.
- Ideas sobre la evaluación.

35
¿ C ó m o hacer u n id a d e s d id á c tic a s in n o v a d o ra s ? / J. F e rn á nd e z y otros

A l e la b o ra r u n a u n id a d d id á c tic a c o n c re ta , lo q u e p ie n s a n los
p ro fe s o re s d e te rm in a el resu ltad o ; p o r ello, e s im p o rta n te re fle x io ­
n a r s o b re lo s tip o s d e c o n c e p c io n e s d el p ro fe s o ra d o a c e rc a d el tó ­
pico q u e s e v a a e n s e ñ a r, c o m o p o r e je m p lo los siguientes:

a ) L a im p o rta n c ia c ie n tífic a d e l te m a y la incid encia q u e tie n e

re s p e c to al resto d el c u rs o , a s í c o m o su opinión s o b re los
c o n te n id o s q u e d e b e a b a r c a r la e n s e ñ a n z a .
b) L a utilidad y v a lo ra c ió n so cial d el tópico e leg id o .
c) La a d a p ta c ió n a lo s a lu m n o s co n lo s q u e se va a trabajar.
d ) El m é to d o d e tra b a jo q u e se va a e m p le a r en el a u la : so la-
p a m ie n to o s e p a ra c ió n d el tra b a jo teórico y el tra b a jo p rá c ti­
co . fo rm a s d e a c c e s o a la in fo rm ació n por p a rle d e lo s a lu m ­
n o s, s is te m a s d e c o m u n ic a c ió n e n tre lo s a lu m n o s , e n tre el
p ro fe s o r y los a lu m n o s , etc.
e ) C ó m o d e b e o rg a n iz a rs e el te m a
f) L a fu n ció n d e la e v a lu a c ió n .

E n re s u m e n , e s c o n v e n ie n te e x p lic ita r a q u e llo s s ig n ific a d o s

e p is te m o ló g ic o s y d id á c tic o s q u e tien en los p ro fe s o re s s o b re el te ­
m a p a ra d e lim ita r m e jo r el s e n tid o e d u c a tiv o d e la unidad.

E JE M P LO
D iferentes concepciones d e tos profesores sobre la contam inación

1. S e dice que existe contaminación cuando un cambio en las condi­

ciones físicas, químicas y biológicas del medio afecta gravemente
a la calidad de vida, incluyendo efectos sobre industrias,, elem en­
tos culturales y estéticos.

2. H ay contaminación cuando cualquier alteración del medio creada

por el hombre puede tener efectos perjudiciales y ocasionar mo­
lestias, teniendo presente el estado actual de los conocimientos
científicos.
3 . La contaminación del agua es la alteración de su calidad natural
por la acción hum ana, que hace que no sea apta para el uso al
que se destina.

¿Con cuál de estas ideas se está más de acuerdo?

C o n tin u a e n la p á g /n a s ig u ie n te

36
 ¿C ó m o s e h a ce u n a u n id a d d id á ctica ?

V ie n e d e la p á g in a a n le r io i

Y a lg u n a s pregu ntas p ara la reflexión:

- Sobre la tdea n9 1: ¿Hem os de preocuparnos de la contaminación

en zonas deshabitadas o sin utilidad económica, cultural o estética?

- Sobre la idea n9 2: El D D T o los C F C se emplearon masivamente

cuando el estado del conocimiento científico no los consideraba co ­
mo dañinos; ¿cóm o hem os de contem plarlos según esta idea?
¿una fatalidad, un accidente, una irresponsabilidad?, ¿es lícito con­
tam inar por desconocimiento?

Desde la expansión de su uso. el PVC no era claramente perjudicial

para la salud, y aún hoy se debale su uso. ¿Cómo hemos de con­
templarlo desde el punto de vista de la contaminación?

- Sobre la idea n? 3; ¿Puede la naturaleza producir contaminación?,

¿por qué no crece nada debajo de un pino?, ¿está la conlamina-
ción del agua ligada a su uso?, ¿tiene menor importancia la conta­
minación de un agua no utilizada por el hombre? (por ejemplo, la
contaminación radioactiva en las islas árticas de Nueva Zembla res­
pecto a la contaminación química del Mediterráneo).

3.5. ¿ Q u é piensan los ninos y ado lescen tes?

Las id eas de los alum nos

P a ra la p u e s ta e n p ráctica d e la unidad didáctica se h a n d e c o ­

n o c e r y te n e r a disposición las distintas e s tra te g ia s d e d e te c c ió n d e
id e a s d e lo s a lu m n o s . E s b á sico d isp o n er d e una reco p ilació n d e
las p u b lic a c io n e s q u e p u e d a n existir s o b re e s te te m a , p o rq u e resu l­
ta rá m u y o rie n ta tiv o p a ra a c e rc a rs e a las id e a s d e los e s tu d ia n te s *.

L o s a lu m n o s a p re n d e n a partir d e lo q u e y a s a b e n y. p o r lo ta n ­
to . sus id e a s p re v ia s con dicio nan fu e rte m e n te sus a p re n d iz a je s . El
d is e ñ o d e u n a p re n d iz a je significativo exig irá h a c e r u n a hipótesis de
io q u e p ie n s a n los a lu m n o s resp ecto al te m a q u e s e v a a trab ajar,

O Ver libro de Rosario Cubero Cómo trabajar con las ideas de Jos alumnos en
esta misma serie.

37
¿ C o m í) h a c e r u n id a d e s d id á c tic a s in n o v a d o ra s ? / J. F e rn á nd e z y o íro s

ta n to e n lo q u e s e refiero «a sus co n ten id o s c o m o a sus intereses.

P o r ta n to , s o n d e a r las id e a s p re v ia s so b re los con ceptos, actitudes,
v a lo re s y d e s tre z a s q u e los a lu m n o s p o s e e n a c e rc a d e la u n id ad
e le g id a e s prioritario p a ra te n e r u n a visión d e lo q u e ya s a b e n .

E s ta id e a , re la tiv a m e n te n u e v a , h a e m e rg id o e n el s is te m a e d u ­
c a tivo e s p a ñ o l co n e x trao rd in aria fu e rza , tal v e z d eb id o a la facilidad
con q u e s e p u e d e n d e te c ta r las id e a s d e los alu m n o s y lo in m ed iato
d e su e fe c to s o b re lo q u e a p re n d e n . E s to ha p ro vo cad o u n a tortísi­
m a m o d a resp ecto a las "ideas previas” q u e co rre el riesgo d e s a ­
c a rla s d e su c o n texto , d e m a n e ra q u e p a re c e q u e la utilización d e
los p la n te a m ie n to s constructivistas c o n siste sólo en d etectar y usar
lo q u e p ien san los a lu m n o s c o m o núcleo d e la e n s e ñ a n za .

H a y b a s ta n te c o n s e n s o e n q u e u n a c o n c e p c ió n co n stru ctivista
im p lic a ta m b ié n la b ú s q u e d a d e l c a m b io c o n c e p tu a l d e lo s a lu m ­
n o s m e d ia n te la re s o lu c ió n d e s itu a c io n e s p ro b le m á tic a s . É s ta s
s e p la n te a n p a ra lo g rar un a p re n d iz a je en c o n d ic io n e s d e in terés
p a r a lo s a lu m n o s y n o p a ra m o d ific a r, m e c á n ic a m e n te , sin m á s ,
s u s id e a s . E s d ecir, lo q u e p ie n s a n los a lu m n o s e s u n a con dició n
d e p a rtid a q u e tie n e g ra n im p o rta n c ia , p e ro n o e s el o b jetivo d e la
e n s e ñ a n z a . S e d a c o n d e m a s ia d a fre c u e n c ia la s itu a c ió n e n la
q u e . d e s p u é s d e d e te c ta d a s g ran c a n tid a d d e id e a s , ta n to e n el
a u la c o m o e n la b ib lio g ra fía , n o se s a b e m u y b ie n q u é h a c e r con
e lla s .

L a s id e a s p re v ia s d e los a lu m n o s , a u n q u e im p o rta n te s , n o lo
s o n m á s q u e o tro s e le m e n to s d e l p ro c e s o d e e n s e ñ a n z a -a p r e n d i­
z a je , si n o e s p o rq u e h a b itu a lm e n te n o s e h a n ten id o é n c u e n ta .
N o s o n el e je a lre d e d o r d el c u a l g ira to d o , c o m o e n lo s últim os
tie m p o s s e h a q u e rid ó h a c e r v er, sin o u n o m á s d e los e le m e n to s
q u e p e rm itirá n lo g rar la m e jo ra d e lo s e s q u e m a s c o n c e p tu a le s d e
los a lu m n o s . Al fin y al c a b o , jm á s m e d ia tiz a d o ra s so n las id e a s
p re v ia s d e lo s p ro fe s o re s !

H a y q u e te n e r e n c u e n ta c u á le s so n la s lim ita c io n e s bib liog ráfi­

c a s s o b re id e a s p re v ia s . E n la b ib lio g ra fía s e s u e le n e n c o n tra r g e ­
n e ra liz a c io n e s s o b re las ¡d eas d e los a lu m n o s , lo q u e n o d e s c a rta
q u e d e te rm in a d o s e s tu d ia n te s c o n c re to s te n g a n o tra s d ife re n te s .
P u e d e d a rs e el c a s o d e q u e u n a id e a d e un a lu m n o n o só lo s e a

38
 ¿C ó m o se h a c e u n a u n id a d d id á c tic a ?

difícil d e e rra d ic a r, sin o q u e s e a m u y c o n ta m in a n te , e x te n d ié n d o s e

e n tr e s u s c o m p a ñ e ro s c o n fa c ilid a d , a l e s ta r m á s c e r c a n a d el
p la n te a m ie n to d e los a lu m n o s q u e d e las id e a s q u e el p ro fe s o r
p re te n d e d esarro llar.

C o n fre c u e n c ia , las in v e s tig a c io n e s s o b re c o n c e p c io n e s “e rró ­

n e a s " d e ja n la im p re s ió n d e q u e é s ta s sig u en típ ic a m e n te el curso
d e la e v o lu c ió n h is tó ric a d el p e n s a m ie n to c ie n tilic o , d e m a n e ra
q u e la m e c á n ic a a risto télica m a rc a las id e a s p re v ia s e n m e c á n ic a
o las ¡d e a s p re a tó m ic a s m a rc a n las id e a s p re v ia s e n q u ím ic a . Sin
e m b a rg o , h a y g ra n c a n tid a d d e id e a s e rró n e a s d e o tro tip o , con
fu e rte in flu e n c ia s o b re la fo rm a e n q u e los a lu m n o s a p re n d e n .

A sí h a y id e a s e rró n e a s q u e p ro v ie n e n d e l sig n ificad o q u e d a ­

m o s a las p a la b ra s ; el s ig n ificad o científico y el s ig n ificad o c o tid ia ­
n o d e u n a p a la b ra no tie n e n por q u é coincidir E s c lá s ic o e l e je m ­
plo d el s ig n ificad o d e p e s o e n la vida c o tid ia n a y la d ificu ltad para
c a m b ia r su sign ificad o por u n o m á s c ie n tífic o . C o tid ia n a m e n te lla­
m a m o s v a p o r a la n ie b la q u e se v e so b re el a g u a c a lie n te , a u n q u e
el v a p o r d e a g u a e s un g a s invisible. D e c im o s q u e el a g u a s a le del
grifo co n fu e rz a y n o con v e lo c id a d y e s difícil e n te n d e r q u e un v e ­
lo c ím e tro m id e la ra p id e z , no la v elo cid ad .

O tra fu e n te d e e rro re s e s la tradición cultural. S e d ic e q u e las

p la n ta s q u ita n el o x íg e n o por la n o c h e y q u e h a y q u e s a c a rla s de
la h a b ita c ió n ; sin e m b a rg o no p a re c e h a b e r ningún p e lig ro d e a sfi­
xia por d o rm ir en un b o s q u e o en c o m p a ñ ía . L a trad ició n d e p o n er
e l polo N o rte h a c ia a rrib a e n los m a p a s h a c e n in in telig ib les la s fo­
tos d e la T ie rra o lo s m a p a s en q u e no s e c u m p la e s e c o n v e n io .

E n o c a s io n e s , lo s e rro re s p ro v ie n e n d e la p ro p ia e s c u e la . H a y
libros d e te x to y d o c e n te s q u e e x p lic a n q u e las n u b e s e s tá n h e ­
c h a s d o v a p o r d e a g u a , e s decir, so n g a s e o s a s ; o s e ñ a la n q u e la
L u n a s e m a n tie n e e n ó rb ita por el eq u ilib rio e n tre la a tra c c ió n t e ­
rrestre y la fu e rza c e n trífu g a . A lg u n o s d ib u ja n la T ie rra m á s c erca
d el Sol e n v e ra n o q u e en invierno (d el h e m is fe rio n o rte ) a u n a e s ­
c a la to ta lm e n te in a d e c u a d a .

E n o tro s c a s o s , im á g e n e s m u y fre c u e n te s s e in te rp re ta n m a l o
s e d a n p o r c iertas. L a s fo to s d e lo s c o m e ta s s ie m p re d a n la irnpre-

39
¿ C ó m o h a c e r u n id a d e s d id á c tic a s in n o v a d o ra s 7 / J. F e rn á n d e z y o tro s

sión d e g ra n v e lo c id a d en el c ie lo a c a u s a d e su c o la Los rayo s

lá s e r d e la s p e líc u la s dol e s p a c io s e p u e d e n v e r c u a n d o viajan d e
u n a n a v e a o tra y las e x p lo s io n e s son p e rfe c ta m e n te a u d ib le s . Los
v a q u e ro s s e tiran d el c a b a llo c u a n d o o y e n u n d isp aro p a ra e s q u i­
v a r la b a la , a u n q u e é s ta v a y a a u n a v e lo c id a d superior a la d el so ­
nido. E l á c id o sulfúrico d is u e lv e al m o m e n to la c a ra d el m a lv a d o
q u e lo m a n ip u la b a . Y el c o y o te d e los dibujos a n im a d o s , al p e rs e ­
g u ir al c o rre c a m in o s y s a lta r a un p recip icio , p ie rd e v e lo c id a d h a s ­
ta d e te n e rs e a n te s d e e m p e z a r a c a e r v e rtic a lm e n te .

T o d a s e s ta s fu e n te s d e e rro re s tie n e n un p u n to e n c o m ú n : e s ­
tán b a s a d o s e n la falta d e a n á lis is critico d e los h e c h o s y s u s c o n ­
s e c u e n c ia s . H e a h í el p u n to d e p a rtid a p a ra co m b atir el error.

E n c u a n to a las e s tra te g ia s d e d e te c c ió n d e las id e a s d e los

a lu m n o s , s e p u e d e n a g ru p a r e n p ru e b a s d e p a p e l y lá p iz (test,
p ru e b a s p re v ia s e n g e n e ra l, re p re s e n ta c io n e s g rá fic a s ) y o ra le s
(d e b a te s , to rb e llin o s d e id e a s , e n tre v is ta s ). P e ro u n a fu e n te e s e n ­
cial e s la e x p e rie n c ia d el profesor. P o r e llo e s re c o m e n d a b le c o n ­
s e rv a r un reg istro e s c rito d e lo s u c e d id o y lo d e te c ta d o e n las o c a ­
s io n e s en q u e s e tra b a jó el tópico.

EJEMPLO: Id eas previas m ás fre cu en tes en lo s alum nos

s o b re la co n tam in ació n d e las ag u as

- La pnncipal utilidad del agua es el consumo humano y cuando no

es apto para este uso. está contaminada.
- El agua contam inada tiene aspecto sucio, turbio. Si el agua está
limpia, clara, transparente, no está contaminada.
- El agua contaminada no permite la vida.
- La contaminación del mar la ocasionan los derram es de petróleo.
- La contaminación ocasiona la destrucción de la naturaleza.
- El agua que más se contamina es la del mar.
- Muestran sensibilidad por la proporción de los contaminantes.

- S e suelen relerir sólo a los contaminantes químicos.

- La contaminación os un problema de taita de cultura.

40
 ¿C ó m o s o h a c e una u n id a d d id á ctica ?

3.6. ¿Q ué ideas-fuerza tienen que regir el proceso

de en señ anza-aprend izaje? La filosofía
de la unidad

E l n ú c le o d e la u n id ad o las “id e a s fu erza" d e é s ta n o so n m ás

q u e lo s p e n s a m ie n to s c e n tra le s s o b re los q u e se b a s a rá n to d a s
las a c tiv id a d e s y e x p e rie n c ia s d e a p re n d iz a je . T a m b ié n s e le s ha
d e n o m in a d o "el e je d e la u n id a d ” o "los c o n te n id o s estru ctu ra n tes "
y a c tú a n c o m o n ú cleo o rie n ta d o r d e todo el p la n d e tra b a jo . S u s e ­
le cció n y re d a c c ió n so n a s u n to s q u e se d e b e n c u id a r m u c h o . S e
d e b e p ro c u ra r e n c o n tra r u n in te ré s , u n prop ósito, u n a n e c e s id a d ,
u n a in lo rm a c ió n , u n a situación o u n a c o n te c im ie n to s u g e s tiv o q u e
resu lte a p ro p ia d o c o m o b a s e d e la u n id ad . P o r e llo h a n d e s e r una
s ín te s is d e las id e a s d e los p ro fe s o re s (m a p a c o n c e p tu a l) y d e las
id e a s o in te re s e s p revio s d e los a lu m n o s (c o rre c ta s o no). E s d e ­
cir, h a n d e im b ric a r lo q u e e l p ro feso r d e s e a e n s e ñ a r c o n lo q u e ya
s a b e el a lu m n o y c o n lo q u ie re a p re n d e r.

P o r ta n to , d e b e n a p a re c e r d o s o tres id e a s q u e rec o ja n la s in ­
te n c io n e s fin a le s d e lo q u e ha d e q u e d a r en los a lu m n o s al te rm i­
n ar el p ro c e s o , s ie n d o a g lu tin a d o ra s d el " p e n s a m ie n to d el p ro feso r
s o b re e l tóp ico " y d el “p e n s a m ie n to d e los a lu m n o s ”. L a s id e a s -
fu e rz a s e a c e rc a n m á s a u n a filo so fía d e la u n id a d q u e a u n objeti
v o . d e fin e n p a ra q u é s ervirá lo q u e se va a trabajar.

A la h o ra d e fijar las id e a s -fu e rza es frecu en te q u e surjan dificul­

ta d e s . D u ra n te el in te rc a m b io d e p a re c e re s e n tre los p ro fe s o re s ,
s u e le p o n e rs e en e v id e n c ia q u e el título d e la u n id ad e incluso unos
objetivos m á s o m e n o s g e n e ra le s so n interp retado s d e m a n e ra m uy
d iferen te por c a d a uno d e ellos. A la hora d e c o n cretar la u n id ad , to ­
d o el tie m p o e m p le a d o e n la definición d e e s ta s id e a s -fu e rza s u p o n ­
d rá un g ran ah o rro d e e s fu erzo .

41
¿ C ó m o h a c e r u n id a d e s d id á c tic a s in n o v a d o ra s ? / J. F e rn á n d e z y o tro s

EJEMPLO: Id eas fu erza para una unidad

s o b re la c o n tam in ació n de las aguas

■ El agua de calidad es un bien inapreciable para los seres vivos y

para la salud humana.

- La contaminación no puede justificarse ni por desconocimiento ni

por su aparente inocuidad.

- Los recursos de agua dulce son escasos y agotables, tanto si son

subterráneos como si son superficiales. El ahorro y el reciclado son
una necesidad.

3 .7. ¿ C u áles son las m etas de la unidad?

P rin cip io s, o b je tiv o s , in ten cio n es y
fin a lid a d e s

C u a n d o u n p ro fe s o r p re p a ra su c la s e y e n tra en el a u la a tra ­
b a ja r tie n e e n m e n te u n a id e a m á s o m e n o s c la ra d e lo q u e p re ­
te n d e q u e s u s a lu m n o s a p re n d a n . U n e le v a d o g ra d o d e reflexión
s o b re e s ta p re te n s ió n d a u n a m a y o r co n c ie n c ia d e lo q u e se e stá
h a c ie n d o y, co n e llo , u n a m a y o r c a p a c id a d d e d e c is ió n a n te los
im p re v is to s q u e s u rg e n e n el a u la .

L a n e c e s id a d d e to m a r d e c is io n e s s o b re lo q u e s e p re te n d e ,
h a lle v a d o a p ro fe s o re s e in v e s tig a d o re s a d e s a rro lla r d ife re n te s
p ro c e d im ie n to s d e ta lla d o s d e c o n c re c ió n y e x p lic ita c ió n , u san d o
p a ra e llo u n a te rm in o lo g ía m u y a m p lia . S o b re e s to s m é to d o s y sus
te rm in o lo g ía s n o h a y a c u e rd o , sino b a s ta n te p o lé m ic a y con fu sión .

H a s ta h a c e m u y p o c o e ra fre c u e n te e n c o n tra r un d e s a rro llo

m u y p o rm e n o riz a d o d e o b jetivo s: g e n e ra le s , c o m u n e s , d e ciclo, de
á r e a , d e e ta p a , d e m a te ria , e s p e c ífic o s , te rm in a le s , e tc . T o d o ello
lo r m a b a p a rte d el p o d e ro s o a p a ra to tecn o ló g ico d el q u e h a e s ta d o
c a rg a d a la e n s e ñ a n z a , s ig u ie n d o co n e llo un d e te rm in a d o m o d e lo
o c o n c e p c ió n d el q u e h a c e r en el a u la . E s ta p ro fu n d id a d e n el d e ­

42
 ¿ C ó m o s e trace u n a u n id a d d id á ctica ?

ta lle n o p a r e c e a d e c u a d a , p o rq u e s u p o n e u n e n c o rs e ta rn ie n to de
la c la s e , al c o n s id e ra r q u e to d o s e p u e d e a ju star a u n a estru ctu ra
previa c e rra d a . Im p lica q u e todos los a lu m n o s y a u la s so n p a re c i­
d o s. tie n e n los m ism o s in te re s e s y los m is m o s n iv e le s d e d e s a rro ­
llo, y d e s v ía la a te n c ió n d el p ro feso r d e lo q u e s u c e d e a n te sus
o jo s, o c u p a d o e n llevar a la p ráctica d e m a n e ra e fic a z lo q u e p la n i­
ficó p re v ia m e n te .

E s m e jo r explicitar, sin ta n to fo rm a lis m o , los p rin cip io s e in ten ­

c io n e s q u e se tie n e n d e la fo rm a m á s lla n a p o s ib le . El profesor
te n d rá a s í la lib ertad d e m a n io b ra s u fic ie n te p a ra a d a p ta rs e a las
c irc u n s ta n c ia s d el a u la , n u n c a p revisib les e n su to ta lid a d .

L as m e ta s o principios d e b e n e n g lo b a r los p ro c e d im ie n to s , los

c o n c e p to s y las a c titu d e s , y se d e b e n fo rm u lar c o m o o b je tiv o s d i­
d á c tic o s . c o m o c a p a c id a d e s q u e h a y q u e d e s a r r o lla r o c o m o
o rie n ta c io n e s . S e tra ta d e re c o g e r to d as las p re te n s io n e s q u e se
h a n fijad o e n la u n id ad .

U n a m e jo r y m á s o p o rtu n a explicitació n d e to d a s las in te n c io ­

n es e id e a s im p lícitas s e re c o g e en las o rie n ta c io n e s p a ra el "p lan­
te a m ie n to d e los p ro b le m a s ” q u e tra ta re m o s p o s te rio rm e n te (a p a r ­
ta d o s 3.11 y 3 1 2).

E s m u y fre c u e n te q u e , al a n a liz a r u n a s e c u e n c ia d e a c tiv id a ­

d e s , é s ta n o re s p o n d a a la fo rm u lació n d e o b je tiv o s e in te n c io n e s
q u e se fo rm u la ro n in ic ia lm e n te . ¿ P o r q u é o c u rre e s to ? P ro b a b le ­
m e n te p o rq u e no c o in cid en los o b jetivo s c o n s id e ra d o s c o m o "id e a ­
les" co n los q u e e n re a lid a d s e tie n e n e n m e n te y, p o r e llo , so n é s ­
to s ú ltim o s los q u e s e e x te rio riz a n e n la p ráctica. E s ta e s u n a fo r­
m a d e c u rríc u lu m oculto q u e v ie n e d e te rm in a d a por e l p e n s a m ie n ­
to tá c ito d e l p ro feso r, v e rd a d e ro c o n tro lad o r d e la s itu ació n .

43
¿ C ó m o h a c e r u n id a d e s d id á c tic a s in n o v a d o ra s ? / J . F e rn a nd e z y o tro s

EJEM PLO : P r in c ip io s , o b je t iv o s , in t e n c io n e s y / o fin a lid a d e s

q u e d e b e n p r e s id i r u n a u n id a d s o b r e
la c o n t a m in a c ió n d e la s a g u a s

P a ra s u fo rm u la c ió n s e tie n e n e n c u e n ta la s id e a s p re v ia s d e te c ta ­
d a s . la s id e a s lu e r z a p r o p u e s ta s y la s o r ie n ta c io n e s d e l P ro y e c to C u -
rric u la r.

- P o te n c ia r a c titu d e s d e r e c h a z o a n te to d o lo q u e p u e d a c o n ta m in a r.
- D e s a rro lla r h á b ito s d e re s p e to y c o n s e rv a c ió n d e l m e d io n a tu ra l.
- P r o m o v e r la s e n s ib iliz a c ió n a n te a q u e lla s a c tiv id a d e s h u m a n a s
tra n s fo r m a d o r a s d e l m e d io n a tu ra l y d e re c h a z o d e lo s ta c to re s re s ­
p o n s a b le s d e la c o n ta m in a c ió n y d e g ra d a c ió n d e l m is m o .
A d q u ir ir u n a v is ió n g lo b a l d e lo s a s p e c to s q u e a b a rq u e n la c o n ta m i­
n a c ió n d e la s a g u a s .
- C o n o c e r la s s u s ta n c ia s y fa c to re s q u e c o n ta m in a n e l a g u a ( in d u s ­
tria le s y d e la v id a c o tid ia n a ).
- D e s a rro lla r e n e l a lu m n a d o s u c a p a c id a d d e a n á lis is p a ra p re v e n ir
lo s e fe c to s d e la c o n ta m in a c ió n .
- V a lo ra r c r itic a m e n te e l e fe c to d e las s u s ta n c ia s c o n ta m in a n te s p re ­
s e n te s e n e l e n to rn o , s o b re la s a lu d , la c a lid a d d e v id a y s o b re e l
p a tr im o n io n a tu ra l y a rtís tic o .
- A p r e c ia r la im p o rta n c ia q u e tie n e e l a g u a p a ra lo s s e r e s v iv o s .
- C o n o c e r e l e fe c to d e la d ilu c ió n d e lo s c o n ta m in a n te s .
- A p re c ia r q u e e l a g u a d u lc e n o e s re n o v a b le .
- P ro m o v e r u n a a c titu d p o s iliv a h a c ia e l u s o d e l a g u a d e p u ra d a .
- P ro m o v e r u n a a c titu d fa v o r a b le h a c ia la p a rtic ip a c ió n e n in ic ia tiv a s
q u e te n g a n p o r o b je tiv o la c o n s e n /a c ió n y m e jo ra d e l m e d io n a tu ra l.
- V a lo ra r e l e q u ilib rio e n tr e la a c tiv id a d in d u s tria l (d e s a rro llo ) y c a li­
d a d d e v id a (c o n s e rv a c ió n ). ,

3.8. ¿D e q u é in fra e s tru c tu ra s e dispone?

Los c o n d ic io n a n te s m ateriales

E l tra b a jo d o c e n te s e re a liz a h a b itu a lm e n te en u n lu g a r físico y

co n un m a te ria l d id á c tic o q u e e n m u ch o s c aso s n o es el m á s id ó ­
n eo . S e rá n e c e s a rio c o n o c e r las c a ra c te rís tic a s d e los m ate ria le s y
d e la s in s ta la c io n e s y, d e n tro d e lo posible, a d a p ta rla s a la s n ecesi-

44
 ¿C ó m o s e h a ce u n a u n id a d d id á c tic a ?

d a d e s d o l profesor. E n c u a lq u ie r caso , los c o n d icio n an tes m a te ria ­

le s v a n a d e te rm in a r u n a b u e n a p a rte d e lo q u e s e p u e d e hacer.

P o r o tra p a rle , la c o n c e p c ió n m eto d o ló g ic a q u e te n g a el p ro fe ­

s o r p la n te a rá las n e c e s id a d e s d e d e te rm in a d o s recursos.

E n g e n e ra l s e d e b e n te n e r en cu en ta los re c u rs o s q u e a p a r e ­
c e n en el c u a d ro siguiente:

T IP O S DE R E C U R S O S D ID Á C TIC O S

R e la c io n a d o s c o n la s f u e n t e s d e in f o r m a c ió n :

- D o c u m e n to s y b ib lio g ra fía d e l n iv e l d e l a lu m n o . E s p re c is o d is p o n e r
d e u n a b ib lio te c a d e a u la , p o r m u y ru d im e n ta ria q u e s e a .

- M a te ria l a u d io v is u a l: tr a n s p a re n c ia s , d ia p o s itiv a s , m u ra le s , v id e o s ,
p e líc u la s , p r o g r a m a s in fo rm á tic o s , e tc .

R e la c io n a d o s c o n la d in á m ic a d e tr a b a jo :

- R e c u rs o s m e to d o ló g ic o s a d a p ta d o s a l lip o d e in te rv e n c ió n q u e s e
p r e te n d e fa v o re c e r e n lo s a lu m n o s (m é to d o s d e p u e s ta e n c o m ú n ,
d e to r b e llin o s d e id e a s , d e e x p o s ic ió n d e r e s u lta d o s , e tc ).

- M a te ria le s n e c e s a rio s p a ra la d in á m ic a d e g ru p o p re v is ta (c a rtu lin a

p a ra p ó s ie r s , ro tu la d o re s , tra n s p a re n c ia s , e tc .).

- M a te ria le s e s p e c ífic o s p a ra lo s tra b a jo s p rá c tic o s .

- In s tru m e n to s q u e s e n e c e s ita n p a ra e v a lu a r to d o e l p ro c e s o : a lu m ­
n o s , m a te r ia le s , p ro fe s o r, d is e ñ o , e tc . ( p la n tilla s d e o b s e r v a c ió n ,
d ia rio d e l p ro fe s o r, v íd e o s , g r a b a d o r a s , e n c u e s ta s , e tc .).

• M o b ilia rio d e l a u la q u e p o s ib ilite e l tra b a jo e n e q u ip o , la o r g a n iz a ­

c ió n d e d e b a te s , e l a lm a c e n a m ie n to d e m a te ria le s , la u b ic a c ió n d e
la b ib lio te c a d e a u la , etc.

- T ra b a jo s v ia b le s a lte r n a tiv o s p a ra lo s e q u ip o s d e a lu m n o s q u e e n ­
tre n e n u n c a lle jó n s in s a lid a a l d is e ria r s u s ta re a s .

45
¿ C ó m o h a c e i u n id a d e s d id á c tic a s in n o v a d o ra s ? IJ F e rn á n d e z y o tro s

3.9. ¿Q ué c o n te n id o s s e deben incluir?

C o n c e p to s , p ro c e d im ie n to s y actitudes

D e s p u é s d e d e fin ir los princip ios y las id e a s -fu e rz a s e h a n d e

d e s a rro lla r los c o n o c im ie n to s q u e se in fie re n d e las d o s p la ta fo r­
m a s a n te rio re s . C o m o y a se h a s e ñ a la d o , e s fre c u e n te q u e el d i­
s e ñ o d e la u n id a d d id á c tic a s e e m p ie c e p o r los c o n cep to s, d á n d o ­
le u n a e s p e c ia l p re p o n d e ra n c ia a la disciplina d e refe re n c ia . E s te
e n fo q u e es el p ro d u c to d e la e n s e ñ a n z a a c a d é m ic a a q u e h em o s
e s ta d o s o m e tid o s e n n u e s tra fo rm a c ió n y q u e h a c e q u e el profesor
s e s ie n ta m u c h o m á s c ó m o d o e n el te rre n o d e lo s c o n te n id o s c o n ­
c e p tu a le s "de s ie m p re " q u e e n c u a lq u ie r otro c a m p o S i se p u d ie ra
lle v a r un c o n tro l d e la s p á g in a s m á s fo to c o p ia d a s o le íd a s d e l cu-
rricu lo oficial, la s q u e d e s c rib e n lo s c o n c e p to s g a n a ría n co n gran
v e n ta ja : e s lo p rim e ro q u e m ira m o s todos.

Ello no q u ie re decir q u e la d e te rm in a c ió n d e la parte con ceptual

n o te n g a im p o rta n c ia , q u e la tiene; e s s im p le m e n te que h ay q u e si­
tu a rla e n su ju sto térm in o . T a m p o c o s e d e b e n con siderar c o m o v á li­
d a s a q u e lla s p o s tu ra s q u e re c h a z a n los c o n te n id o s "de siem p re "
c o m o a lg o q u e n o s e n e c e s ita , ya q u e los con ten ido s se fijan en la
p ro p ia d in á m ic a del a u la y s e g ú n los in te re s e s d e los a lu m n o s.

E l p ro fe s o r d e b e d irig ir el a p re n d iz a je , o rie n ta rlo y facilitar a los

a lu m n o s su a v a n c e . P o r ta n to , e s re s p o n s a b ilid a d d el p ro feso r d i­
s e ñ a r c o h e re n te m e n te lo s c o n te n id o s . H a y b a s ta n te c o n s e n s o e n
s e p a ra r los c o n te n id o s e n tre s grupos: c o n c e p tu a le s , p ro c e d im e n -
ta le s y a c titu d in a le s , c o m o s e m u e s tra e n la fig u ra 5. E á ta c lasifi­
c a c ió n p e rm ite te n e r p re s e n te q u e n o sólo los c o n c e p to s tie n e n
im p o rta n c ia . A u n a s í, e n el a u la e s fre c u e n te q u e el tiem p o y el é n ­
fa s is d e d ic a d o a é s to s s e a m u y s u p e rio r al d e los p ro c ed im ien to s
y a c titu d e s .

¿ P u e d e n a b o r d a r s e e n el a u la lo s c o n te n id o s a c titu d in a le s ? .
D e s d e lu eg o , p u e d e n a p re n d e rs e , y la propia actitud d el p ro feso r es
fu n d a m e n ta l p a ra q u e e s to o cu rra. D ifícilm en te se p u e d e p ro m o ver
e n los a lu m n o s u n a a ctitu d q u e u n o m ism o n o m an tie n e . P o r e s o e s
ta n im p o rta n te la e x p licitació n p revia d el p e n s a m ie n to d el profesor,
p a ra q u e h a y a c o h e re n c ia e n tre é ste, la planificación y la acción.

46
 ¿ C ó m o s o h a ce u n a u n id a d d id á c tic a ?

H echos
P rincipios

C O N T E N ID O S
P R O C E C IM E N T A L E S A C T IT U D IN A I E S
Procedimientos A ctitu d e s
Habttdades Valeres
D e s lio ; «as N orm as

F ig u ra 5. T ip o s de co n te n id o s.

E JE M P LO : C o n t e n id o s d e u n a u n id a d s o b r e
la c o n t a m in a c ió n d e la s a g u a s

C o n c e p t u a le s :

- C ic lo d e l a g u a e n la n a tu ra le z a .
• T ip o s d e a g u a s .
• A p ro v e c h a m ie n to y u s o s d e l agua.

- Im p o rta n c ia d el a g u a p a ra los s e re s vivos.

• A g u a fis io ló g ic a .
• A g u a m e d io d e v id a .

- C a lid a d d e l a g u a : fa c to r e s p o r lo s q u e s e v e a fe c ta d a .
• P ro d u c io s q u ím ic o s .
• R e s id u o s u rb a n o s y a g ríc o la s .
• G é rm e n e s

- T ra ta m ie n to y m a n ip u la c ió n d e lo s c o n ta m in a n te s .
• D e p u ra c ió n d e a g u a s .

P roced im en tales:

- A n á lis is d e la s c o n s e c u e n c ia s q u e s e d e riv a n d e la u b ic a c ió n d e in ­
d u s tria s y p la n ta s d e tra ta m ie n to y p ro d u c c ió n d e m a te ria le s y s u
re p e rc u s ió n s o b re la c o n ta m in a c ió n d e la s a g u a s .

- U tiliz a c ió n d e d iv e rs a s té c n ic a s e in s tr u m e n to s d e m e d id a , ta le s c o ­
m o b a la n z a , p ro b e ta s , te r m ó m e lr o s , a s i c o m o d e d iv e rs a s té c n ic a s
d e s e p a r a c ió n d e m a te ria le s y p u r ific a c ió n d e l a g u a .

- A n á lis is d e la u tiliz a c ió n q u e h a c e la s o c ie d a d a c tu a l d e d e te rm in a ­
d o s m a te ria le s , y e s p e c ia lm e n te d e l tr a ta m ie n to d e lo s re s id u o s .

C o n tin ú a e n la p á g in a s ig u ie n te

47
¿ C ó m o hacer u n id a d e s d id á c tic a s in n o v a d o ra s ? / .1 F e rn á nd e z y o tros

V ie n e d e ¡a p á g in a a n im io /

- C o n s u lta d e d iv e rs a s fu e n te s d e in fo rm a c ió n , lib ro s , v id e o s , e tc .

- F o rm u la c ió n d e h ip ó te s is o e x p lic a c io n e s d e fe n ó m e n o s r e la c io n a ­
d o s c o n la c o n ta m in a c ió n .

A c t it u d in a le s :

- V a lo ra c ió n c rític a d e l e fe c to d e lo s p ro d u c io s q u ím ic o s c o n ta m in a n ­
te s d e u s o c o tid ia n o s o b re la s a lu d p e rs o n a l, la c a lid a d d e v id a y el
p a trim o n io n a tu ra l y c u ltu ra l.

- S e n s ib ilid a d a n te la s a c tiv id a d e s h u m a n a s tra n s fo rm a d o ra s d e l m e ­

d io n a tu ra l a c u á lic o y r e c h a z o d e lo s fa c to re s c a u s a n te s d e la c o n ­
ta m in a c ió n y d e g r a d a c ió n d e l m is m o .

- V a lo ra c ió n p o s iliv a d e l u s o d e l a g u a d e p u ra d a .

- A c titu d fa v o r a b le a p a r tic ip a r e n in ic ia tiv a s d e d e fe n s a y c o n s e r v a ­

c ió n d e l m e d io n a tu ra l.

- P o te n c ia c ió n y re s p e to d e l e n to r n o a c u á tic o .

- V a lo ra c ió n d e l e q u ilib r io e n tre a c tiv id a d in d u s tria l (d e s a rro llo ) y c a li­

d a d d e v id a (c o n s e rv a c ió n ).

3.10. ¿ C ó m o se e s tim u la el interés del alu m n o

en el tó p ico ? La m otivació n

D e l in te ré s y la m o tiv a c ió n q u e m u e s tre n to d o s los p a rtic ip a n ­

te s e n la p u e s ta e n p rá c tic a d e la p la n ificació n , d e p e n d e e n gran
p a rte el é xito d e é s ta , c o m o s u c e d e e n todo p ro c e s o d e a p r e n d iz a ­
je . El d o c e n te d e b e p ro cu rar, c o n un ta c lo e xq u isito y u n a h a b ilís i­
m a d is c re c ió n , q u e la m o tiv a c ió n d e la u n id ad n o sólo s e a el punto
d e p a rtid a p a ra el d e s a rro llo d e la s a c tiv id a d e s , sino u n a p a u ta
p e rm a n e n te d e a c tu a c ió n d id á c tic a .

P a ra lo g rar la c u rio s id a d s e h a d e c o n s e g u ir u n e n fo q u e in te re ­
s a n te , un titu lo s u g e s tiv o , un d e s a rro llo con "suspense*’ y u n final
c o n u tilid ad E s d ecir, s e u s a n tá c tic a s d e c in e.

48
 ¿ C ó m o se h a c e una u n id a d d id á c tic a ?

¿ Q u é e s lo q u e m o tiv a ? U n a s itu a c ió n in e s p e ra d a , im p a c ta n ­
te , c o n a lg o d e e s p e c tá c u lo , g a r a n tiz a la a te n c ió n y la c u rio s i­
d a d . Al m is m o tie m p o , v e r r á p id a m e n t e c u á l e s la a p lic a c ió n
p rá c tic a , lo q u e n o s p u e d e fa c ilita r la v id a d e c a d a d ía , la a p lic a ­
c ió n a u n p r o b le m a h a b it u a l, g a r a n t iz a la f u n c io n a lid a d d el
a p r e n d iz a je .

U n a d e las fo rm a s m á s in m e d ia ta s p a ra p ro v o c a r y m a n te n e r
la m o tiv a c ió n a lo la rg o d e to d o el d e s a rro llo d e la u n id a d c o n s is ­
te e n in te re s a r a lo s a lu m n o s en su c o n te n id o y e n el logro d e los
p ro p ó s ito s p r e v ia m e n te s e ñ a la d o s . P a ra é s to e s n e c e s a rio p la n ­
te a r u n a “s itu a c ió n p ro b le m á tic a " in te re s a n te . S e d e b e n o fre c e r
o p o rtu n id a d e s d e c o n e x ió n co n e x p e rie n c ia s a n te rio re s , s itu a r a
lo s e s c o la r e s e n fo rm a s d e a g ru p a c ió n v a ria b le s , p erm itir y fo rta ­
le c e r e l n a c im ie n to d e la s in ic ia tiv a s , c re a r e n las a u la s los p u n ­
to s d e in fo rm a c ió n n e c e s a rio s y p ro cu rar, fin a lm e n te , la p a rtic ip a ­
ció n a c tiv a d e to d o s lo s e s c o la r e s y su in te rv e n c ió n o p o rtu n a e
in te lig e n te .

E n lo p o sib le, s e h a d e v in c u la r e l te m a d e estu d io co n el e n to r­

n o c u ltu ra l, social, e c o n ó m ic o y fís ic o en el q u e se d e s e n v u e lv e la
v id a e s c o la r. La im p licació n d e las u n id a d e s d id ácticas en la p ro ­
b le m á tic a d el e n to rn o e s n e c e s a ria p a ra la fo rm a c ió n d el individuo
c o m o c iu d a d a n o , e x p lo ta n d o lo s re c u rs o s q u e b rin d a el m u n d o
c e rc a n o a l a lu m n o y p ro y e c ta n d o e n él co n c lu sio n es , c o n o c im ie n ­
tos p a ra s u a p lic a c ió n y e s p íritu crítico.

E l p rim e r c o n ta c to d e lo s a lu m n o s co n la u n id ad v e n d rá d a d o
p o r el títu lo d e la m is m a q u e , b ie n e le g id o , d e b e rá o fre c e r u n a
id e a c la ra d e las fin a lid a d e s y d e los c o n te n id o s d e la u n id a d . S e r á
n e c e s a rio e n c o n tra r e p íg ra fe s a tra c tiv o s q u e d e s p ie rte n su a te n ­
ció n e in te ré s . El títu lo h a d e in d ic a r d e a lg u n a m a n e ra q u e n o se
tra ta d e u n m e ro a p re n d iz a je d ife re n c ia d o por a s ig n a tu ra s in d e ­
p e n d ie n te s .

H a y q u e re s a lta r q u e la p re s e n ta c ió n c o n s titu y e la p rim e ra a cti­

v id a d d o c e n te d e la u n id a d , y a q u e el p ro feso r es el re s p o n s a b le
d e m o s tra r los prop ósitos e in te n c io n e s in iciales, p ro c u ra n d o que
los a lu m n o s no c o n c ib a n id e a s e q u iv o c a d a s re s p e c to al tra b a jo
q u e v a n a d e s a rro lla r. S e d e b e s itu a r la u n id a d en el c o n te x to del

49
¿ C ó m o h a c e r u n id a d e s d id á c tic a s in n o v a d o ra s ? / J . F e rn á nd e z y o tro s

cu rso d e e s tu d io s q u e s e tra te , v a lo ra r su in terés d es c rib ie n d o a n ­

te lo s a lu m n o s su a lc a n c e fo rm a tiv o , su im p o rta n c ia cu ltu ral, las
a c tiv id a d e s q u e se re a liz a rá n , el tie m p o disp on ible, los m ate ria le s
p o s ib le s , e tc.

S e d e b e te n e r p re s e n te q u e la u n id a d h a d e e s ta r u b ic a d a en
la p la n ific a c ió n d el c u rs o , co n u n id a d e s q u e la p re c e d a n y o tras
q u e la s ig u an .

L a p re s e n ta c ió n n o d e b e d a r a los a lu m n o s la im p resió n d e q u e
la u n id a d e s lá lo ta lm e n te c e rra d a y q u e h ay q u e d esarro llarla in fle­
x ib le m e n te c o n fo rm e al e s q u e m a p ro yectad o . P o r el con trario, u n a
b u e n a p re s e n ta c ió n d e b e in citar a los a lu m n o s p a ra q u e . e n su m o ­
m e n to . s e a n c a p a c e s d e con tribuir d ire c ta m e n te a su desarro llo.

L a im p re s ió n d e q u e n o to d o e s tá d efin id o , se logra, e n p arte,

m a n te n ie n d o el “s u s p e n s e ", e s decir, n o h a c ié n d o le s s a b e r d e s d e
el p rin cip io c u ál e s la s o lu ció n m e jo r al p ro b le m a p la n te a d o . Ello
n o s m u e s tra d o s c o n c e p c io n e s m u y d ife re n te s d e la e n s e ñ a n z a ,
q u e s e re fle ja n e n la s s ig u ie n te s m o d a lid a d e s d e p re s e n ta c ió n d e
u n a c la s e d e c ien cias:

P r e s e n t a c ió n 1. P r e s e n t a c ió n 2 .

E s te p ro b le m a y a s e r e s o lv ió e n
e l s ig lo X IX . L a c o n c lu s ió n fu e la
e x p r e s a d a p o r e s ta le y , r e s u m i­
d a e n e s ta e c u a c ió n . V a m o s a
r e a li z a r é s ta p r á c t ic a q u e n o s
p e r m ita c o m p ro b a rla .
V a m o s a in v e s tig a r e s te p ro b le ­
m a . P rim e ro d is c u tire m o s la s v a ­
r ia b le s a fe c ta d a s , b u s c a r e m o s
in f o r m a c ió n y h a r e m o s a lg u n a
e x p e r ie n c ia q u e c r e a m o s n e c e ­
s a r ia . (Y s ó lo a l fin a l d e la u n i­
d a d s a c a re m o s a r e lu c ir q u ié n y
c ó m o re s o lv ió e l p ro b le m a la p r i­
m e r a v e z y c u á le s f u e r o n la s
c o n c lu s io n e s o le y e s d e s a r ro lla ­
d a s a p a rtir d e l m is m o ).

E s ta s d o s p re s e n ta c io n e s llevan im p líc ita s d e te rm in a d a s c o n ­

c e p c io n e s d e l tra b a jo c ie n tífic o , q u e se d e ja n al a n á lis is d e l lector.
Al re s p e c to , sólo u n a p re g u n ta : ¿ q u ié n s a b e , al e m p e z a r a in v e s ti­
g ar, el lu g a r e x a c to al q u e v a a llegar?

50
 ¿C ó m o s e h a c e una u n id a d d id á c tic a ?

P o r ú ltim o , s e d e b e lleg ar a u n a con clusió n e n el estudio, cuya

utilidad d e b e v e r el a lu m n o , s o p e n a d e c o n s id e ra r su e s fu e rz o (y
el d e to d o s ) c o m o inútil. El e n to rn o del a lu m n o , los m ed io s d e co ­
m u n ic a c ió n , la te c n o lo g ía , e tc. b rin d an a b u n d a n te s p o sibilidad es
d e h a c e r v e r la a p lic a c ió n d e lo e s tu d ia d o , b u s c a n d o s ie m p re q u e
q u e d e e n e l a ire la s e n s a c ió n d e q u e , tras el e stu d io , e n tie n d e m e ­
jo r alg o d e lo q u e le ro d e a .

A c t iv id a d e s d e m o t iv a c ió n e n u n a u n id a d
s o b r e la c o n t a m in a c ió n d e la s a g u a s

- V is ita r u n e s p a c io n a tu ra l d o n d e h a y a a g u a s c o n ta m in a d a s , d is c u ­
tie n d o lo s e le c to s b io ló g ic o s , e s té tic o s y e c o n ó m ic o s d e la s itu a c ió n .
- F a c ilita rle s u n te x to im p a c ta n te s o b re la c o n ta m in a c ió n .
- V e r u n v íd e o s o b re e l te m a . U tiliz a r s e c u e n c ia s d e u n a p e líc u la , o
d e v a r ia s , q u e p re s e n te n s itu a c io n e s c r itic a s y q u e e s tim u le n e l po-
s ic io n a m ie n to d e l c h ic o o d e la c h ic a s o b re e l p ro b le m a .
- E la b o r a c ió n /p a r tic ip a c ió n e n u n d e b a te s o b r e e l te m a c o n re p a rto
d e ro le s .

3.11. ¿ Q u é p ro b le m a s hay que plan tear para

g u ia r la u n id a d ? El hilo c o n d u c to r

El a p r e n d iz a je e n la v id a n o e s c o la r e s tá b a s a d o e n la re s o lu ­
ción d e d ific u lta d e s , e n e n fre n ta rs e a situ a c io n e s a n te las c u a le s
n o s e s a b e , d e e n tra d a , c ó m o a ctu ar. T ra s e s tu d ia rla s , s e e la b o ­
ran p a u ta s d e c o m p o rta m ie n to q u e p e rm ite s u p e ra rla s , co n lo que
a partir d e e s e m o m e n to y a n o s e rá n d ific u lta d e s y se h a b rá p ro ­
du cid o u n c ierto a p re n d iz a je .

E n la v id a e s c o la r n o s e s u e le a c tu a r a s í, sino q u e , en el m ejo r
d e los c a s o s , p rim e ro se e s tu d ia la solución (la te o r ía ) y lu e g o se
p la n te a el p ro b le m a , en fo rm a d e e je rc ic io d e ap lic a c ió n . El a lu m ­
n o a p re n d e a re a c c io n a r a n te situ acio n es c o n o c id a s (lo h e c h o en
c la s e ), p e ro q u e d a in e rm e a n te lo d es co n o c id o , a n te lo n u e v o . O b ­
s é rv e s e el e fe c to d e p ro p o n e r a los a lu m n o s un e je rc ic io q u e no
s e h a y a tra b a ja d o a n te rio rm e n te o d e d a r v ario s d a to s inútiles.

51
¿ C ó m o h a c e r u n id a d e s d id á c tic a s in n o v a d o ra s ? / J . F e rn á n d e z y otros

V ivir fuere* d e l e n to rn o e s c o la r req u ie re e s ta r p re p a ra d o p a ra lo

q u e n o s e c o n o c e , d e a h í la s e n s a c ió n d e a lu m n o s y p ro fe s o re s
d e q u e el m u n d o e s c o la r y el e x tra e s c o la r se a le ja n c a d a v e z m ás.

T o d o el p ro ceso d e e n s e ñ a n z a -a p re n d iz a je se h a d e g estio n ar
e n torno a la resolución e investigación d e p ro b le m a s , situ acion es o
d ificu ltad es a b ie rta s a c o rd e s con las ¡d e a s -fu e rza m e n c io n a d a s a n ­
te rio rm e n te . L a principal dificultad con q u e se en c o n tra rá el d o cen te
e s la d e la e le c c ió n d e lo s p ro b lem as, y a q u e h a n d e ser su ficien te­
m e n te re le v a n te s con res p e c to a la construcción d el con ocim iento
y. al m is m o tie m p o , h a n d e m o tivar e im plicar a los alum nos.

C o m o ya s e e x p lic ó e n e l a p a rta d o 3 .7 . la reso lu ció n d e p ro b le ­

m a s a tra v é s d e u n a s e c u e n c ia d e a c tiv id a d e s v a a conducir a tra ­
b a ja r los c o n te n id o s y a in te n ta r cubrir lo s principios p ro g ram ad o s ,
to d o s b a jo el te c h o d e la s id e a s -fu e rz a . La e n s e ñ a n z a por re s o lu ­
c ió n d e p ro b le m a s re q u ie re p a ra c a d a u n o d e ellos:

a ) E la b o ra r u n a s e c u e n c ia d e a c tiv id a d e s d e a c u e rd o co n las
id e a s -fu e rz a p a ra a te n d e r los princip ios y los c o n ten id o s q u e e n fo ­
q u e n la re s o lu c ió n d e c a d a u n o d e lo s p ro b le m a s p la n te a d o s . S e
h a d e b u s c a r u n titu lo a tra c tiv o p a ra c a d a a c tiv id a d .

b ) D e s a r r o lla r c a d a u n a d e la s a c tiv id a d e s , p o rq u e s u m e ro
e n u n c ia d o n o e s sign ificativo y p u e d e ocurrir q u e bajo distintos tí­
tu lo s s e e n c u b ra n a c tiv id a d e s a n á lo g a s y, al re v é s , q u e a c tiv id a ­
d e s m u y d ife re n te s p u e d a n e n c u a d ra rs e b ajo la m is m a d e n o m in a ­
c ió n . E s fre c u e n te por e je m p lo , q u e, b ajo el m is m o título, d o s p ro ­
fe s o re s in te rp re te n a c tiv id a d e s b a s ta n te d iferen tes.

E JE M P LO : S it u a c io n e s p r o b le m á t ic a s e n u n a
u n id a d s o b r e c o n t a m in a c ió n d e la s a g u a s
P r o b le m a 1tf.
¿ C ó m o in flu y e la c a lid a d d e l a g u a e n lo s s e re s v iv o s y e n la s a lu d
hum ana?

P r o b le m a 2?.
¿ Q u é h a c e r a n te to d o a q u e llo q u e c o n ta m in a a la s a g u a s ?

P r o b le m a 3 9.
¿ S o n a g o ta b le s lo s re c u rs o s d e a g u a d u lc e ?

52
 ¿C ó m o s e h a c e u n a u n id a d d id á ctica ?

3.12. ¿Q ué tareas se deben proponer para resolver

los problem as? La secuencia de actividades

S u e le h a b e r confusión a c e rc a del significado d e lo q u e es u n a ac-

tividad. C o n frecu en cia, e s te térm in o se a so cia al m ovim ien to d e los
a lu m n o s p o r el a u la , o fuera d e é sta, y a cierto nivel d e ruido y d eso r­
d en , por contraposición a la quietud y al o rd en d e la lección m ag is­
tral. T a m b ié n se a so cia al “activism o”, a la acción por sí m ism a, lle­
g a n d o a te n e r el térm ino, en ciertos casos, un significado peyorativo.

A c tu a lm e n te s e c o n s id e ra a c tiv id a d c a d a u n a d e las a c c io n e s
e n c a m in a d a s a l d e s a rro llo d e u n a u n id ad d id á c tic a . P o r ta n to , c a ­
d a a c tiv id a d s u p o n e u n a o v a ria s ta re a s re a liz a d a s p o r los a lu m ­
n o s y el p ro fe s o r d e n tro d e u n a s e c u e n c ia o rg a n iz a d a . L as a ctivi­
d a d e s so n u n m e d io p a ra g u ia r el a p re n d iz a je , n u n c a un fin e n si
m is m a s , y n o re q u ie re n n e c e s a ria m e n te u n a e je c u c ió n m a n ip u la ti-
v a o u n a s a lid a d el recin to aula.

L a s a c tiv id a d e s

E l c o n c e p to d e a c tiv id a d e s m u y g e n é ric o y n o n e c e s a ria m e n te lle v a

a p a r e ja d o u n a c to m a n ip u la liv o o e l e je rc ic io d e u n a h a b ilid a d p o r
p a rte d e l a lu m n o . P a ra n o s o tro s u n a “a c tiv id a d " e s c u a lq u ie r a c to o
a c c ió n q u e n o s lle v a a fa c ilita r e l p ro c e s o de e n s e ñ a n z a -a p re n d iz a je .

S i s e h a c e u n a relació n (n o e x h a u s tiv a ) d e las p o s ib le s a ctivi­

d a d e s , e n fu n c ió n d e la s ta re a s q u e en ellas s e re a liz a n , o b te n d re ­
m o s co n fa c ilid a d u n a g ra n diversidad:

A c t iv id a d e s d e o b s e r v a ­ In fo rm e s y m e m o ria s .
ción. O b s e r v a c ió n d e v íd e o s y
A c tiv id a d e s d e lá p iz y p a ­ d iap o sitivas.
pel. D e b a te s y p u e s ta s en com ún.
E x p e rie n c ia s . C la s e s m ag is tra le s.
R e s o lu c ió n d e ejercicios. P ru e b a s .
L e c tu ra s . V isitas.
P l a n t e a m i e n t o y a n á lis is S a lid a s fu e ra d el ce n tro .
d e p ro b le m a s . To rb ellino s d e ¡d eas.
J u e g o s e d u c a tiv o s . B ú s q u e d a s b ib lio g rá ficas.

53
¿ C ó m o h a c e r u n id a d e s d id á c tic a s in n o v a d o ra s ? / J . I e m é n d e ? y o tro s

S e g ú n s e a el m o d e lo didáctico q u e se p ractiq u e, se p refieren

u n a s a c tiv id a d e s a o tras. C a d a v e z e s m á s e v id e n te q u e uno d e los
p a p e le s del p ro feso r es seleccio n ar la a ctivid ad m á s idónea m a n te ­
n ie n d o u n a d iv e rs id a d q u e fa v o re zc a la m otivación del alu m n ad o .
Por tanto, el p ro feso r d e b e conocer las virtudes y dificultades d e c a ­
d a uno d e e sto s tipos d e activid ades en su p u e s ta e n práctica.

A l p re p a ra r u n a re la c ió n d e a c tiv id a d e s se h a d e s e g u ir u n a
e stru ctu ra ló g ica p a ra la "resolución d e los p ro b le m a s ” p la n te a d o s .
P a ra c a d a p ro b le m a s e s u e le n e s c o g e r a c tiv id a d e s d e iniciación ,
d e s a rro llo , a c a b a d o y e v a lu a c ió n *. E n la fig u ra 6 se m u e s tra un
e s q u e m a c o n e s to s tip o s d e a ctiv id a d e s .

L a s a c tiv id a d e s d e in iciació n o p re s e n ta c ió n se utilizan p a ra si­

tu a r al a lu m n o e n el p ro b le m a , p a ra re la c io n a r d ich o p ro b le m a con
lo q u e él y a s a b e y, a m e n u d o , p a ra s a c a r a relucir su visión e s ­
p o n tá n e a s o b re él m is m o . L as ta re a s p u e d e n ser m u y v a ria d a s ,
d e s d e a n á lis is d e v íd e o s o articu lo s p erio d ís tic o s h a s ta la r e a liz a ­
ción d e e x p e rie n c ia s d e labo ratorio, p a s a n d o p o r la p re s e n ta c ió n
d ire c ta d e u n a in fo rm a c ió n , a p o d er ser, in trig a n te y rnotivado ra.
P e ro e n to d o s lo s c a s o s s e b u sca lle g a r a u n a p u e s ta e n co m ú n
en la q u e q u e d e n p la n te a d o s los térm in o s g e n e ra le s d e l p ro b le ­
m a , d e m a n e ra q u e s irv a d e punto d e p a rtid a y d e e v a lu a c ió n d e
la s itu a c ió n e n q u e s e e n c u e n tra n in ic ia lm e n te los a lu m n o s .

L as a c tiv id a d e s d e desarro llo se orientarán a la recopilación d e

inform ación significativa, d e m a n e ra q u e perm ita a los a lu m n o s for­
m a rs e u n a im a g e n d el problem a contrastable con su posición inicial.
S e b u scará el a n álisis cualitativo, la em isión d e hipótesis, el diseño
e x p e rim e n ta l y, e n to d o caso, el conflicto en tre lo q u e el alu m n o p ien ­
s a y el e s q u e m a c o n cep tu al q u e el profesor d e s e a desarrollar.

L a s a c tiv id a d e s d e a c a b a d o o ree stru ctu ra ció n se o rie n ta rá n a

la c o n s tru c c ió n , por p a rte d el a lu m n o , d e u n a n u e v a im a g e n del
p ro b le m a q u e in c lu y a c o n ten id o s, p ro c e d im ie n to s , a ctitu d es y d e s ­
tre z a s re la c io n a d o s c o n las id e a s -fu e rz a p re v ia m e n te d e ta lla d a s .
E s ta e ta p a p re te n d e la a m p lia c ió n , m o d ifica ció n , o sustitu ción d e
las c o n c e p c io n e s q u e el a lu m n o te n ía in ic ia lm e n te . P o r ta n to , se

* Ver libro de J . E d u a rd o G a rcía y F rancisco. F. G a rcía Aprender investigando.

S e rie P rá ctica n° 2.

54
 ¿C óm o s e h a ce u n a u n id a d d id á ctica ?

salidas plan de
discusiones
\ trabajo
dossíer
búsqueda ^ V-L
bibliográfica Q E S A R R C L U ) > ------- Puesla a punió
r— X de técnicas

salida ’X actividad
experimental
al campo aucjiovisuales
debate

lectura

observación^^NICIACIÓN
planteam iento /
de hipótesis

P R O r iJ N D IZ A C IÓ N ^ )

murales

resúmenes

autoevaluación 'A C A B A D O } informes

elatx>raclón de
encuestas memoria j audiovisuales

diario debates
de clase
trabajo _ informes
escrilo"~
observación cuaderno
directa del pruebas - de liabajo
trabajo de y/o campo
objetivas j con litaros
clase abiertas

F ig u ra ne 6. T ip o s d e a c tiv id a d e s s e g urt s u fin a lid ad .

b u s c a rá la s ín te s is , la o b te n c ió n d e co n c lu s io n e s y la e la b o ra c ió n
d e e s q u e m a s y m o d e lo s q u e d e n solución al p ro b le m a p la n te a d o .
P ro b a b le m e n te son la s a c tiv id a d e s m ás d ifíciles d e c o n c lu ir con
é x ito , p o r c u a n to e x ig e n d el a lu m n o u n a ree s tru c tu ra c ió n d e sus
e s q u e m a s cog nitivos.

L as a c tiv id a d e s d e e v a lu a c ió n so n a q u e lla s q u e p e rm itirá n al

a lu m n o y al p ro fe s o r c o m p ro b a r el a v a n c e re a liza d o p a ra , e n su c a ­
s o , co rreg ir o re o rie n ta r el proceso. L a principal fu n c ió n d e e s ta s

55
¿ C ó m o h a c e r u n id a d e s d id á c tic a s in n o v a d o ra s ? / J . F e rn á nd e z y o tro s

a c tiv id a d e s e s la d e in fo rm a r al a lu m n o d e c ó m o v a su a p re n d iza je ,
s e ñ a la n d o los p u n to s e n q u e tie n e dificultades y h a c ié n d o le v e r en
q u é c o n o c im ie n to s h a a v a n z a d o s atis fa cto ria m en te. E n los n iveles
d e la e d u c a c ió n o b lig a to ria , es m u y im p o rtan te lograr q u e el a lu m ­
no v e a e s ta s a c tiv id a d e s co m o u n a inform ación q u e d e b e u sar y no
c o m o u n a ta s a c ió n d e su valía o u n a fiscalización d e su trabajo.

Al h a c e r e s ta s e c u e n c ia d e a c tiv id a d e s p a ra c a d a p ro b le m a es
c o n v e n ie n te te n e r en c u e n ta q u e n o to d o s los a lu m n o s a v a n z a n
d e igual fo rm a . H a b rá a lu m n o s q u e te n g a n dificultades p a ra seguir
y c o m p re n d e r las a c tiv id a d e s p ro p u e s ta s y n e c e s ita rá n a c tiv id a ­
d e s d e re fu e rz o . T a m b ié n h a b rá a lu m n o s q u e a v a n c e n m u y d e p ri­
s a , q u e d á n d o s e sin tra b a jo y a b u rrié n d o s e m ie n tra s lo s d e m á s te r­
m inan; in d e p e n d ie n te m e n te d e q u e é s to s a y u d e n a lo s d e m á s , es
c o n v e n ie n te d is p o n e r d e a c tiv id a d e s d e p ro fu n d iz a c ió n q u e les
p e rm ita n a v a n z a r por s í m is m o s . U n a lu m n o a b u rrid o distorsiona
ta n to c o m o u n a lu m n o d e s c o lg a d o , y p a ra e llo s d e b e re m o s ten er
a c tiv id a d e s a d e c u a d a s . E n g e n e ra l, la n e c e s id a d d e re fu e rz o y de
p ro fu n d iza c ió n s e s u e le d a r al tra b a ja r las ac tiv id a d e s d e d e s a rro ­
llo y d e a c a b a d o , y a q u e a fe c ta n al c u e s tio n a m ie n to y re e s tru c tu ­
ració n d el co n o c im ie n to .

P o r o tro lad o , p a re c e a p ro p ia d o y c o n v e n ie n te c la s ilic a r las a c ­

tiv id a d e s e n tre s tip o s, e n fu n ció n d e la d in á m ic a d e tra b a jo q u e se
utilice:

a ) A c tiv id a d e s d e g ra n g ru p o (in tro d u cc io n e s, e s tím u lo s , e x p li­

c a c io n e s , p la n e s , e n riq u e c im ie n to s , g e n e ra liz a c io n e s , v a lo ­
ra c io n e s , e tc .).
b ) A c tiv id a d e s e n p e q u e ñ o s g ru p o s (d e b a te s , tra b a jo s , s o lu ­
ció n d e d ific u lta d e s /p ro b le m a s , p u n to s d e a c u e rd o y d e s a ­
c u e rd o , m e jo ra d e la s re la c io n e s in te rp e rs o n a le s , e s tu d io
d e s itu a c io n e s , e tc .).
c) A c tiv id a d e s d e tra b a jo ind ividual (lectu ras, v a lo ra c io n e s p ro ­
p ia s , a u d ic ió n d e m a te ria l, o b s e rv a c io n e s , a n á lis is , reflexió n ,
re d a c c ió n , m e m o riz a c ió n , in d a g a c ió n , e s tu d io , e tc .).

C u a n d o un g ru p o d e p ro fe s o re s p re p a ra u n a u n id a d d id á c tic a ,
h a y q u e p ro p o n e r u n a s p a u ta s p a ra e la b o ra r las a c tiv id a d e s . S i se
e s ta b le c e p re v ia m e n te el fo rm a to p a ra c a d a tipo d e a c tiv id a d se

56
 ¿C ó m o se h a c e u n a u n id a d d id á c tic a ?

e v ita rá la te n d e n c ia q u e tie n e el profesor a utilizar el su yo propio

p u e s no h a y d o s p ro fe s o re s q u e h a g a n las c o s a s igual.

Al e s ta b le c e r el fo rm a to es útil h a c e rs e a lg u n a s d e e s ta s p r e ­
g u n tas:

a ) ¿ Q u é in fo rm a c ió n s e v a a su m in istrar al a lu m n o y c u á l d e b e
e n c o n tra r por s u s m ed io s?
b ) L a a c tiv id a d , ¿ s e ra m u y c e rra d a y g u ia d a o s e d e ja rá m a r ­
g e n al a lu m n o p ara su propia iniciativa?
c ) ¿ Q u é d in á m ic a s e u tilizará p a ra re a liza r la ac tivid ad ?
d ) ¿ E n te n d e rá el a lu m n o el v o cab u lario q u e se e s tá u tilizan d o ?
¿ Q u é v o c a b u la rio n u e v o se v a a incluir?
e ) ¿ E s tá la a c tiv id a d a l a lc a n c e d e todos los a lu m n o s o s e n e ­
c e s ita rá n c o m p le m e n to s ?

La p u e s ta e n p rá c tic a d e la u n id a d d e m a n d a la e la b o ra c ió n de
d o c u m e n to s o m a te ria le s d id á c tic o s en los q u e se re c o ja c la r a ­
m e n te la d e s c rip c ió n d e c a d a a c tiv id a d tan to p a ra los a lu m n o s c o ­
m o p a ra el profesor. C o m o m ín im o , s e d e b e e la b o ra r u n a G u ía d el
P ro fe s o r y u n a G u ía d e l A lu m n o . L a p rim e ra c o n te n d rá ta n to el
m a te ria l d e l a lu m n o c o m o las a n o ta c io n e s e in fo rm a c ió n c o m p le ­
m e n ta r ia n e c e s a r ia s p a r a su p u e s ta e n p r á c tic a . L a G u ía d el
A lu m n o c o n te n d rá las h o jas d e o rien tació n d el tra b a jo d el a lu m n o .

P o r e je m p lo , a l p re p a ra r e x p e rie n c ia s d e la b o ra to rio , los e le ­

m e n to s d o c u m e n ta le s y m a te ria le s p u e d e n ser:

a ) T ítu lo a tra y e n te .
b ) P re s e n ta c ió n m o tiv a n te q u e s o n d e e e n las id e a s p re v ia s d e
los a lu m n o s y los lleve a la p a rte c en tral d e la e x p e rie n c ia .
c ) M a te ria l e s p e c ífic o .
d ) D e s c rip c ió n d el p ro c e d im ie n to e xp e rim e n ta l.
e ) G u ió n co n p re g u n ta s q u e s e p u e d e n in te rc a la r a lo la rg o d e
la e x p e rie n c ia .

M ie n tra s s e tra b a ja la u n id a d d id á c tic a , s e d e b e e la b o r a r un

c u a d e rn o d e c la s e d e l a lu m n o q u e recoja to d o lo tra b a ja d o y un
d ia rio d e c la s e d e l p ro fe s o r c o n sus im p re s io n e s , y c o n d a to s p ro ­
c e d e n te s d e la e x p e rie n c ia , p a ra su u so futuro.

57
¿ C ó m o hacer u n id a d e s d id á c tic a s in n o v a d o ra s ? / J . F e rn á n d e z y otros

3.13. ¿ C u á n to tien e q u e d u ra r la unidad?

La te m p o ra liza c ió n

E s te e s u n facto r c la v e y c o n d ic io n a n te d e to d a la p u e s ta en
p rá c tic a d e la u n id ad d id á c tic a . S u e le oscilar e n tre dos extrem o s:
u n id a d e s q u e a b s o rb e n to d o e l c u rs o y u n id a d e s q u e p u e d e n ser
c u lm in a d a s e n u n p a r d e jo rn a d a s d e tra b a jo P a re c e q u e co n fo r­
m e la m a d u re z d el a lu m n o a u m e n ta , c o m o c o n s e c u e n c ia d e su
e s c o la riz a c ió n , las u n id a d e s p u e d e n a fro n ta rs e c o n u n fo rm a to
m á s b reve.

E n c u a lq u ie r c a s o , la d istrib u ció n d e l tie m p o n o es ta re a fácil y

s e v e c o n d ic io n a d a por fa cto re s c o m o los sigu ientes:

a ) L a s d ific u lta d e s c o n c e p tu a le s d el te m a , q u e s u p o n d rá n un
m a y o r o m en o r n ú m e ro d e a c tiv id a d e s .

b ) L a d in á m ic a d e tra b a jo y lo s tip o s d e a c tiv id a d e s . U n torbelli­

n o d e ¡d e a s tie n e u n a d u ra c ió n m e n o r q u e un tra b a jo e x p e rim e n ta l
y un d e b a te co n p u e s ta e n c o m ú n s u e le d u ra r m á s q u e u n a e x p li­
c a c ió n d el profesor.

c) L a m a d u re z d e los a lu m n o s y e l estilo d e trab ajo al q u e e s ­

tá n a c o s tu m b ra d o s . U n a m is m a ta re a al principio y al final del cu r­
so s u e le im p lic a r tie m p o s b a s ta n te d ife re n te s .

E s tu d io s re c ie n te s in d ic a n q u e la o rg a n iz a c ió n d e la jo rn a d a
e s c o la r e n seis s e s io n e s , co n c in c u e n ta o s e s e n ta m inutos d e tr a ­
b a jo e n c a d a u n a d e e lla s , n o e s la m á s id ó n e a . T a m p o c o m a n te ­
n e r d u ra n te to d o el d ía , y m e n o s a ú n d u ra n te to d o s los d ía s , la
m is m a d in á m ic a d e tra b ajo . C o n la p re m is a d e q u e el a p re n d iz a je
s e re a liz a e n el interior d e c a d a u n o d e los a lu m n o s , y d e q u e . por
ta n to e s un p ro c e s o m e n ta l p e rs o n a l, h a y q u e b u scar to d o s los
e le m e n to s e x te rn o s q u e a y u d e n a “excitar" e s a a c tiv id a d in te le c ­
tu a l. P a r a e llo e s in te re s a n te te m p o ra liz a r la u n id a d e n a g ru p a -
m ie n to s fle x ib le s \

■ Ver lib ro ü e M ig u e l A n g e l S a n to s Agujpam ientos flexibles. Sevilla- D ia d a .

60
 ¿C ó m o s e h a c e u n a u n id a d d id á ctica ?

E n c u a lq u ie r c a s o , h e m o s d e te n e r s ie m p r e p r e s e n t e q u e
a p r e n d e r s ig n ific a tiv a m e n te e s len to , e n s e ñ a r "m ás c o s a s " n o im ­
p lic a q u e s e a p re n d a n "m u c h a s " c o sas.

T e m p o r a liz a c ió n d e la u n id a d s o b r e
la c o n t a m in a c ió n d e la s a g u a s

A titu lo o r ie n la tiv o u n a d is trib u c ió n d e l tie m p o p o d ría ser:

P ro b le m a 1:
¿ C ó m o in flu y e la c a lid a d d e l a g u a e n lo s s e re s v iv o s y e n
la s a lu d h u m a n a ? 1 0 h o ra s

P ro b le m a 2 :
¿ Q u é h a c e r a n te to d o a q u e llo q u e c o n ta m in a la s a g u a s ? 10 h o ra s

P ro b le m a 3 :
¿ S o n a g o ta d le s lo s re c u rs o s d e a g u a d u lc e ? 0 h o ra s

3.14. ¿ C ó m o c o n ju g a r to d o lo anterior?
La p ro g ram ació n

L a p ro g ra m a c ió n s e refleja e n un d o c u m e n to q u e re c o g e to d a s
la s e ta p a s a n te rio re s d e fo rm a re la c io n a d a a g ru p a d a p a ra perm itir
c o n tro la r su c o h e re n c ia . E n u n p ro c e s o co m p lejo c o m o el q u e se
h a id o d e s c rib ie n d o es fácil d e s v ia rs e d e los p ro p ó s ito s iniciales.

P o r ta n to , al h a c e r la p ro g ra m a c ió n s e tra ta d e c o n ju g a r los
p rin c ip io s , a c tiv id a d e s , c o n te n id o s y o tra s o b s e rv a c io n e s e n u n a
ta b la d e v a ria s e n tra d a s c o m o la m o s tra d a e n la fig u ra 7, d o n d e se
p o n g a d e m a n ifie s to q u e to d a s la s id e a s -fu e rz a , lo s p rin cip io s y
lo s c o n te n id o s q u e d a n c u b ie rto s co n a lg u n o d e lo s p ro b le m a s p ro ­
p u e s to s y s u s a c tiv id a d e s , y q u e c u a lq u ie r a c tiv id a d e s tá re la c io ­
n a d a co n a q u ello s.

61
¿ C ó m o tia c e r u n id a d e s d id á c tic a s in n o v a d o ra s ? / J . F e rn á nd e z y o tro s

IDEAS-FU ER ZA

P 19 P r o b le m a 3 9 P r o b le m a c
H 0
A c t. 1 A c t. 1
I N
N A c t. 2 A c t. 2 T
C A c t. 3 A c t. 3 E
I 29 P r o b le m a 4 C P r o b le m a N
P A c t. 1 A c t. 5 A c t. 1 A c t. 5 1
I A c t. 2 A c t. 6 A c t. 2 A c t. 6 D
O O
A c t. 3 A c t. 3 A c t. 7
s S

F ig u ra 7 H oja d e p ro g ra m a c ió n .

L o s princip ios, c o n te n id o s e id e a s -lu e rz a c u m p le n el p a p e l d e

g u ía p a ra s e le c c io n a r la s e c u e n c ia d e p ro b le m a s y las a c tiv id a d e s
q u e lo s a c o m p a ñ a n , p e ro su rela c ió n n o es lin e a l, ya q u e e s p o si­
b le q u e u n a m ism a a c tiv id a d s e re la c io n e co n vario s d e los p ro b le ­
m a s p ro p u e s to s .

U n a v e z e la b o ra d a la s e c u e n c ia d e a c tiv id a d e s a s o c ia d a a c a ­
d a p ro b le m a , no s e n e c e s ita e s ta r tan p e n d ie n te d e los principios,
c o n te n id o s e id e a s -fu e rz a , p u e s to q u e la a d e c u a d a s e le c c ió n d e
los p ro b le m a s y d e s u s a c tiv id a d e s g a ra n tiz a q u e q u e d e n c o rre c ­
ta m e n te a te n d id o s A d e m á s , e s ta s e le c c ió n p e rm ite c o n c e n tra rs e
e n el d e s a rro llo d e las a c tiv id a d e s en el a u la y e n el a p re n d iz a je
d e los a lu m n o s .

U n a v e z q u e se te n g a es tru ctu rad a la program ación, se d e b e n

o rg a n iz a r los d o c u m e n to s s ig u ie n d o la s e c u e n c ia prevista A sí se
e la b o ra u n a “G u ia del Profesor'* q u e , a d e m á s d e to d as las a c tiv id a ­
d e s d el a lu m n o , incluye a lg u n a s s u g e re n c ia s y la planificación g e n e ­
ral q u e se h a h ech o . El profesor d e b e d isp o n er a d e m á s d e u n a co ­
le cció n d e a c tiv id a d e s a lte rn a tiv a s p a ra profundización, p a ra re fu e r­
z o o s im p le m e n te q u e n o h a n e n c a ja d o en la unidad. E l p a p e l d e
e s te m a te ria l c o m p le m e n ta rio es perm itir el c a m b io d e alg u n a d e las
a c tiv id a d e s incluidas e n u n principio p o r otras alternativas. E s ta fle ­
xibilidad p e rm ite a te n d e r tan to c a m b io s d e dirección p ro vo cad as por
la d in á m ic a d el a u la c o m o las n e c e s id a d e s individuales d e a lu m n o s
cu yo a p re n d iz a je e s m á s rápido o m á s le n to q u e el d e los d e m á s .

62
 ¿ C o m o s e h a c e u n a u n id a d d id á ctica ?

T e rm in a d a la g u ía d el p ro feso r s e p u e d e h a c e r u n m a te ria l q u e
s irva d e “G u ia d el A lum no", c o n te n ie n d o la s e c u e n c ia d e a c tiv id a ­
d e s q u e s e d e ta lla b a n e n la p ro g ra m a c ió n

U n a ¡d e a q u e s e d e b e te n e r s ie m p re p re s e n te e s q u e la unidad
d id á c tic a e s u n a "hipótesis d e trab ajo ". D u ra n te su p u e s ta e n p rá c ­
tica en u n s is te m a c o m p le jo c o m o e s el a u la sufrirá in e v ita b le m e n ­
te m o d ific a c io n e s d e m a y o r o m e n o r e n v e rg a d u ra . N o o lv id e m o s
q u e , por e n c im a d el c u m p lim ie n to rig u ro so d e lo p ro g ra m a d o , el
o b je tiv o e s q u e los a lu m n o s a p re n d a n .

E JE M P LO : P r o g r a m a c ió n d e la u n id a d s o b r e
la c o n t a m in a c ió n d e la s a g u a s

Id e a s - fu e r z a

- E l a g u a d e c a lid a d e s u n b ie n in a p re c ia b le p a ra lo s s e r e s v iv o s y p a ­
ra la s a lu d h u m a n a .
- L a c o n ta m in a c ió n n o p u e d e ju s tific a r s e n i p o r d e s c o n o c im ie n to n i
p o r s u a p a re n te in o c u id a d .
- L o s re c u rs o s d e a g u a d u lc e s o n e s c a s o s y a g o ta b le s , ta n to s i s o n
s u b te r r á n e o s c o m o s i s o n s u p e rfic ia le s . E l a h o r r o y e l re c ic la d o s o n
u n a n e c e s id a d .

P r in c ip io s P r o b le m a s C o n t e n id o s

- P o te n c ia r A E . C u e s tio n a rio in ic ia l s o b re C onceptuales:

a c titu d e s d e
re c h a z o a
to d o a q u e llo
que pueda
c o n ta m in a r.
- D e s a rro lla r
h á b ito s d e
re s p e to y
c o n s e rv a ­
c ió n d e l m e ­
d io n a tu ra l.
la c o n ta m in a c ió n d e l a g u a y a ) C ic lo d e l a g u a
s u s e fe c to s . e n la n a tu ra le z a .
1° c C óm o influye la calidad b ) T ip o s d e a g u a s .
d e l agua en los se re s vivos y c J A p ro v e c h a m ie n -
e n la s a lu d h u m a n a ? to y u s o s d e l
A l. O b s e rv a c ió n d e u n v id e o agua.
s o b re la c o n ta m in a c ió n d e u n
rio , b a rra n c o , p la y a , etc. P rocedim entales:
A l. L e c tu ra d e la “C a r la e u r o ­ a) A n á lis is d e las
p e a d e l a g u a ” , p ro c la m a d a c o n s e c u e n c ia s
p o r e l C o n s e jo d e E u ro p a e n q u e s e d e riv a n de
1968. la u b ic a c ió n de

C o n tin ú a e n la p á g in a s ig u ie n te

63
¿ C ó m o h a c e r u n id a d e s d id á c tic a s in n o v a d o ra s ? / J . F e rn á n d e z y otros

\'¡e n e ríe la p á g in a a nte rio r.

- A d q u irir A D . C r e c im ie n to d e p la n ta s c o n in d u s tria s y
u n a v is ió n a g u a s d e d ife r e n te s c a lid a d e s (...) p la n ta s de tra ­
g lo b a l d e ta m ie n to y p ro ­
lo s a s p e c ­ 2 B. ¿ O uó h a c e r a n te todo aquello d u c c ió n d e m a ­
to s q u e que co n ta m in a e l agua? te ria le s y s u re-
a b a rc a n la A l. O b s e r v a c ió n c rític a d e fo to g ra ­ p e rc u s ió n s o ­
c o n ta m i­ fía s d e a g u a s c o n ta m in a d a s (...) b re la c o n ta m i­
n a c ió n d e A l. O b s e rv a c ió n d e v íd e o s q u e n a c ió n d e las
la s a g u a s . m u e s tre n e l e fe c to d e la c o n ta rn i aguas.
n a c ió n d e la s a g u a s s o b re la flora
- C onocer y la fa u n a m a rin a (...) A ctitudinales:
la s s u s ­ a ) P o te n c ia r a c ti­
ta n c ia s y 3 9 ¿ S o n a g o ta b le s los recursos tu d e s d e re ­
fa c to r e s de agua dulce? c h a z o a n te to ­
que con­ A l. In v e s tig a c ió n : ¿ C u á n la a g u a d o lo q u e p u e ­
ta m in a n p o ta b le s e u tiliz a c a d a d ía e n tu d a c o n ta m in a r.
el agua casa? ü ) D e s a rro lla r
( in d u s tr ia ­ AL). V is ita a u n a d e p u r a d o r a de h á b ito s d e
le s y d e la a g u a s y o b s e r v a c ió n d e re s p e to y c o n ­
v id a c o t i­ ja r d in e s r e g a d o s c o n a g u a s s e rv a c ió n d e l
d ia n a ) d e p u r a d a s (...) m e d io (...)

64
4. ¿Q ué es necesario saber para
hacer una unidad didáctica?

H a c e r u n id a d e s d id á c tic a s s u p o n e m a n e ja r c o n o c im ie n to s a p a ­
re n te m e n te a le ja d o s d el a u la o , al m en o s , d e la d iscip lin a e n la
q u e se tra b a ja . M u c h o s d e e s o s co n o c im ie n to s s e utilizan d e fo r­
m a s u p e rfic ia l e im p lícita; e s m á s co rrecto e xp licitarlo s, a n a liz a r ­
lo s, p o n e rlo s e n te la d e ju ic io y a ctu a liza rlo s .

H o y y a n a d ie d is c u te q u e s a b e r e n s e ñ a r va m u c h o m á s allá
q u e s a b e r la a s ig n a tu ra . E n la a c c ió n d e e n s e ñ a r h a y u n a c o m p o ­
n e n te m u y im p o rta n te d e c o m u n ic a c ió n e n tre p ro fe s o re s y a lu m ­
n o s , en la q u e fa c to re s c u ltu ra le s , p e rc e p c io n e s s o c ia le s o re la c io ­
n e s d e p o d e r c o n d ic io n a n la e fic a c ia d e e s a c o m u n ic a c ió n . Los
a lu m n o s tie n e n m u c h a s fo rm a s d e a p re n d e r, lo q u e e x ig e e n c o n ­
trar y d o m in a r p a u ta s g e n e ra le s d e a s im ila c ió n d e lo s c o n o c im ie n ­
to s q u e p e rm ita n m e jo ra r el re n d im ie n to g lo b a l del p ro c e s o . E n la
fo rm a d e e n s e ñ a r la s discip lin as e s c o la re s h a y m últiples e n fo q u e s
d e te rm in a d o s p o r d ife re n te s filo so fías, por la historia, por la fo rm a
e n q u e se in tro d u jero n e n la e s c u e la . Esto o c a s io n a q u e c a d a d o ­
c e n te p e rc ib a las m a te ria s d e d ife re n te m a n e ra .

L a ta re a d o c e n te e x ig e q u e el p ro feso r d o m in e , a un c ierto nivel

u n a s e rie d e c a m p o s d e c o n o cim ien to p ara integrarlo s en su c o n o ­
c im ien to p ro fe s io n a l. T o d as e s ta s cu e s tio n e s e m p ie z a n a lle g a r al
a u la d e fo rm a p a rc ia l, d e fo rm a d a y co n m u ch o "ruido d e fondo".

L a p rá c tic a p ro fe s io n a l s e p u e d e d e s c rib ir c o m o el e s q u e m a
d e tra b a jo q u e se re fle ja e n la fig u ra 8 y q u e s e d e s c rib e a c o n ti­
n u ació n :

a) Io d o d o c e n te tie n e u n a id e a d e lo q u e h a y q u e h a c e r e n c la ­
s e , u n a c o n c e p c ió n te ó ric a (m o d e lo d id á c tic o ) d e c ó m o d e b e ser

65
¿ C ó m o h a c e r u n id a d e s d id á c tic a s innovadoras*? / J F e rn á n d e z y o tro s

lo q u e s u c e d a e n el a u la . E s ta c o n c e p c ió n e s tá m e d ia tiz a d a por
los fu n d a m e n to s s o c io ló g ico s, p sico ló g ico s y e p is te m o ló g ic o s im ­
p lícito s d e su p e n s a m ie n to d o c e n te .

b ) E s te m o d e lo d id á c tic o e s tá c o n d ic io n a d o tam b ién p o r el e n ­

to rn o (ratio , re c u rs o s , tra d ic io n e s , n o rm a tiv a , c e n tro s , c o m p a ñ e ­
ros, e tc .) y. c o m o c o n s e c u e n c ia d e esto , c u a n d o s e tra b a ja en la
c la s e s e a d a p ta n las id e a s a la re a lid a d . E sto c o n stitu ye u n e s q u e ­
m a d e a c tu a c ió n (m o d e lo d e p lan ifica ció n ) q u e se p u e d e traducir
e n u n a u n id a d d id á c tic a (p ro p u e s ta d e tra b a jo ).

c ) U n a v e z en la p rá c tic a , la p u e s ta e n e s c e n a d e la u n id a d d i­
d á c tic a s u e le diferir d e lo p revisto , en p arte por la in te ra c c ió n con
lo s a lu m n o s , e n p a rte p o r c ó m o la ó p tica p e rs o n a l distorsion a la v i­
s ió n d el p ro leso r. D e tal m a n e ra q u e s u e le h a b e r c ierta d istan cia
e n tre lo q u e p ie n s a , lo q u e d ic e q u e h a c e y lo q u e re a lm e n te h a c e ,
tal y c o m o p u e d e v e r u n o b s e rv a d o r e x te rn o .

F u n d a m e n to s psicx p e d a g ó g ic o s

66
 ¿Q ué os n e c e s a rio s a b o r p a ra h a c e r u n a u n id a d d id á c tic a ?

Por e llo , s e v a n a re s a lta r e n las p ró xim as p á g in a s a lg u n o s tó ­

p ic o s d id á c tic o s q u e c o n v ie n e c o n o c e r p a r a la e la b o r a c ió n d e
c u a lq u ie r m a te ria l d e a u la; tópicos a c o rd e s con las a c tu a le s te n ­
d e n c ia s e in v e s tig a c io n e s e d u c a tiv a s . A u n q u e so n m u c h o s m ás
q u e los q u e se m e n c io n a n , sólo se h a rá re fe re n c ia a a q u e llo s q u e
m á s h a n c a m b ia d o y q u e , por c o n s ig u ie n te , e x ig e n m a y o r e s fu e r­
z o d e a c tu a liz a c ió n p a ra te n e rlo s e n cu en ta a d e c u a d a m e n te e n la
p la n ificació n .

4 .1 . S o b r e lo s a lu m n o s , s u s in t e r e s e s
y s u v is ió n d e l m u n d o

¿ C ó m o a p re n d e n los a lu m n o s ? , ¿ q u é , c ó m o , c u á n d o y d ó n d e
s e a p re n d e ? , ¿ c ó m o c re e n los p ro fe s o re s q u e a p re n d e n lo s a lu m ­
n o s? , ¿ q u é d ific u lta d e s a p a re c e n e n la c o m p re n s ió n sign ificativa
d e los c o n c e p to s ? L a re s p u e s ta a e s ta s p re g u n ta s e s o b je to d e
u n a a fa n o s a b ú s q u e d a p o r p arte d e psicó log os y p e d a g o g o s . La
e v o lu c ió n e n lo s últim os tiem p o s ha sido b a s ta n te n o ta b le , a b a n ­
d o n á n d o s e las te o ría s c o n d u c tis ta s al uso e n la p rim e ra m ita d del
siglo X X y e m e rg ie n d o te o ría s m á s c o m p le ja s q u e e x p lic a n fa c e ­
ta s d e l a p re n d iz a je co n m a y o r o m e n o r v a lid e z . D e s d e las te o ría s
s o b re el d e s a rro llo h u m a n o d e P ia g e t, h a s ta c o n c e p to s c o m o el d e
'z o n a d e d e s a rro llo próxim o" d e V igotsky, p a s a n d o p o r las a p o rta ­
c io n e s d e la s te o ría s d el p ro c e s a m ie n to d e la in fo rm a c ió n d e s a rro ­
lla d a s p o r in g e n ie ro s c ib ern ético s y d e la te o ría g e n e ra l d e s is te ­
m a s d in á m ic o s (e s p e c ia lm e n te d e s is te m a s d in á m ic o s n o lin e a ­
le s ), s e v a fo rm a n d o u n a im a g e n c a d a v e z m á s c o m p le ja d e los
p ro c e s o s d e a p re n d iz a je .

P u e s to q u e el a lu m n o es u n a p a rte fu n d a m e n ta l d el p ro c e s o de
e n s e ñ a n z a -a p r e n d iz a je , p a ra to m a r d e c is io n e s a d e c u a d a s e n el
a u la h a b r á q u e c o n o c e r las p a u ta s d e s u c o m p o rta m ie n to y los
m e c a n is m o s p o r lo s q u e v a n e v o lu c io n a n d o las re la c io n e s co n sus
c o m p a ñ e ro s , co n los a d u lto s y co n la s o c ie d a d e n g e n e ra l. L a s re­
la c io n e s d e p a n d illa , lo s lid e ra zg o s y s u b o rd in a c io n e s , lo s c o n flic ­
to s p la n te a d o s p o r la p u b e rta d , las re la c io n e s e n tre s e x o s , la a u to ­
e s tim a y lo s m e c a n is m o s d e m o tivació n s o n , e n tre o tro s, e le m e n ­

67
¿ C ó m o lia c e r u n id a d e s d id á c tic a s in n o v a d o ra s ? / J. F e rn á nd e z y o tro s

to s d e g ra n im p o rta n c ia p a ra e s ta b le c e r u n a co m u n ic a c ió n c o rre c ­
ta c o n el a lu m n a d o .

D e s d e u n p u n to d e v ista m á s c o n c e p tu a l, n o e s difícil c o m p ro ­
b a r q u e lo s a lu m n o s , a n te s d e lle g a r a la instrucción fo rm al, ya tie­
n e n s u s p ro p ias c o n c e p c io n e s s o b re lo q u e se les va a e n s e ñ a r y
s o b re lo s fe n ó m e n o s d e l m ed io ; e s te co n ju n to d e c o n o cim ien to s
e s lo q u e s e d e n o m in a n id e a s p r e v ia s \ S o b re e lla s p o d e m o s p re ­
g u n tarn o s:

¿ C u á l e s e l o rig en ? , ¿ q u é c a ra c te rís tic a s tie n e n ? , ¿ c ó m o d e ­

te c ta rla s ? , ¿ s e re s is te n a l c a m b io ? , ¿ c ó m o in te rfie re n en el a p re n ­
d iz a je ? , ¿ c ó m o so n y c ó m o c a m b ia n los e s q u e m a s los a lu m n o s ? ,
¿ h a y d ife re n te s e s tra te g ia s p a ra el c a m b io c o n c e p tu a l? , ¿ d e q u é
fo rm a s e e la b o ra n m o d e lo s c o n c e p tu a le s e n el au la?

P e ro la s itu a c ió n e s c o m p le ja , p u e s to q u e s e h a c o m p ro b a d o
q u e e n la m a y o ría d e los c a s o s la s id e a s p re v ia s no se m odifican
d e s p u é s d e u n p e rio d o d e in s tru c c ió n n o rm a l. E s d e c ir, el q u e
a p re n d e tie n e u n o s e s q u e m a s m e n ta le s p revio s, q u e son lo s q u e
u tiliza p a ra in te rp re ta r to d o lo q u e p e rc ib e , incluso lo q u e s e le e s ­
tá e n s e ñ a n d o y q u e filtran d e m a n e ra d e c is iv a to d o el c o n o c im ie n ­
to q u e le lle g a .

El d o c e n te n e c e s ita c o n o c e r lo q u e el a lu m n o ya s a b e , c u áles
so n s u s id e a s p re v ia s a n te c u a lq u ie r te m a . D e b e ser co n s c ie n te d e
las c a ra c te rís tic a s d e e s ta s c o n c e p c io n e s y d e su s c a u s a s p a ra p o ­
d e rla s p o n e r e n c u e stió n y, si e s n e c e s a rio , p ro vo car u n conflicto
cog nitivo q u e s irva d e p rim e r p a s o p a ra e l c a m b io . S ó lo las ¡deas
p u e s ta s e n d u d a p u e d e n sustitu irse p o r o tras m á s a p ro p ia d a s . E ste
c a m b io e s lo q u e s e d e n o m in a c a m b io c o n c e p tu a l

P a r a c u a lq u ie r p ro fe s io n a l c o n e x p e rie n c ia , e l e s tu d io d e las
id e a s d e lo s a lu m n o s le p e rm ite h a lla r e x p lic a c ió n a s itu a c io n e s
m u c h a s v e c e s o b s e rv a d a s e n el a u la y a n te las c u a le s n o s u e le
h a b e r re fle x io n a d o .

* V e r lib ro d e R o s a rio C u b e ro . Cómo trabajar con las ideas de los alumnos.

D ia d a E d ito ra . S e n e P rá c tic a n°1.

68
 ¿ Q u é e s n e c e s a rio s a b e r p a ra h a c e r u n a u n id a d d id á ctica ?

H a y a lg u n o s e rro re s c o n c e p tu a le s d e lo s p ro fe s o re s y d e los
a lu m n o s q u e el s is te m a e d u c a tiv o n o c o n s ig u e e lim in a r. T ra s e s ta
re s is te n c ia a l c a m b io s u e le h a b e r lo q u e s e d e n o m in a u n o b s tá c u ­
lo d e a p r e n d iz a je .

L a p e rs is te n c ia d e e s to s e rro re s y la s té c n ic a s p a ra d e te c ta r
las id e a s p re v ia s y e s q u e m a s a ltern ativo s s e h a n c o n v e rtid o e n los
últim os a ñ o s en u n te m a d e g ran a c tu a lid a d e n tre los p ro fe s io n a ­
le s d e la e n s e ñ a n z a . Los e s tu d io s en todos lo s c a m p o s y d iscip li­
n a s se m u ltip lic a n , h a s ta el p u n to d e s e r tre c u e n te s las re c o p ila ­
c io n e s y lis ta d o s d e a rtícu lo s s o b re e s te te m a .

S in e m b a rg o , e sto s e s tu d io s p a re c e n e s ta r d e ja n d o d e la d o el
p ro b le m a q u e s e s u scita in m e d ia ta m e n te d e s p u é s : u n a v e z c o n o ­
c id o s lo s e rro re s , ¿ c ó m o s e c o m b a te n ?

E s te e s un te rre n o e n el q u e la in v e s tig a c ió n d e lo s propios d o ­

c e n te s tie n e m u c h o q u e decir: d e s ta c a r a q u e llo s e rro re s m á s fre ­
c u e n te s , b u s c a r s u s c a u s a s y su p o s ib le tra ta m ie n to d id á c tic o ,
e v a lu a r la s d ife re n te s a lte rn a tiv a s d id ácticas p a ra un m e jo r c a m b io
c o n c e p tu a l o s e ñ a la r las c o n d ic io n e s d e a p licació n .

U n a d e la s fin a lid a d e s b á s ic a s d e la in te rv e n c ió n e d u c a tiv a e s

g a ra n tiz a r la c o n s tru c c ió n d el a p re n d iz a je d e fo rm a sig n ificativa,
e s to es, a p re n d e r d e fo rm a q u e trascien d a.

El a p re n d iz a je sign ificativo e s a q u e l e n el q u e el a lu m n o , d e s d e
lo q u e y a s a b e , y a tra v é s d e la g u ía por p a rte d el p ro teso r h a c ia
n u e v a in fo rm a c ió n , re o rg a n iz a su c o n o c im ie n to d e l m u n d o . D e e s ­
ta fo rm a e n c u e n tra n u e v a s d im e n s io n e s y a p lic a c io n e s , tra n sfie re
e s e c o n o c im ie n to a o tras s itu a c io n e s , d e s c u b re lo s p ro c e s o s y los
princip ios q u e la s e x p lic a n , etc. A si logra u n a m e jo ra e n su c a p a c i­
d a d d e o rg a n iz a c ió n y a s im ila c ió n d e ¡deas.

E s to le v a a s e r útil p a ra o tro s c a s o s , o tra s e x p e r ie n c ia s y

o tra s s itu a c io n e s . E l a p r e n d iz a je d e b e ser lo s u fic ie n te m e n te v e r ­
s á til, e x tra p o la b le , tra s la d a b le , p o liv a le n te ( e s d ecir, s ig n ific a tivo )
c o m o p a r a q u e p u e d a te n e r a p lic a c ió n fu e r a d e l a u la . E s ta es
u n a c o n c e p c ió n d e l a p r e n d iz a je q u e s o b r e p a s a al a p r e n d iz a je
tra d ic io n a l.

69
¿ C ó m o h a c e r u n id a d e s d id á c tic a s in n o v a d o ra s ? / .1 í e rn á n tíe z y o tro s

A m o d o d e s í n t e s is

¿ Q u é e s n e c e s a r io s a b e r s o b r e lo s a lu m n o s ,
s u s in t e r e s e s y s u v is ió n d e l m u n d o ?

a ) Teorías co g n itiva s del b ) P sicología d e l niño y del

a p re n d iz a je adolescente

- c o n d u c lis m o .
- e v o lu c io n is m o d e P ia g e l.
- z o n a d e d e s a rro llo p ró x im o d o
V ig o ts k y .
- te o r ía s d e p ro c e s a m ie n to
d e la in fo rm a c ió n .
- r e la c io n e s d e g ru p o .
- c o n flic lo s d e p u b e rta d .
- re la c io n e s e n tre s e x o s
- a u to e s tim a .
- m o tiv a c ió n .

c) Id e a s p re via s d) A p re n d iza je significativo

- e rro re s c o n c e p tu a le s . - A p re n d iz a je p ro p io d e l a lu m n o .
- o b s tá c u lo s c o g n itiv o s . - T r a n s fe re n c ia a o tra s .
- c o n flic to c o g n itiv o . s itu a c io n e s .
- c a m b io c o n c e p tu a l.

4 .2 . S o b r e el d o c e n t e y s u n u e v o p e rfil
p r o f e s io n a l

¿ Q u é c o n c e p c io n e s tie n e n lo s p ro fe s o re s s o b re to d o e s to ? ,
¿ q u é e s e n s e ñ a r? , ¿ c ó m o e s q u ie n e n s e ñ a ? , ¿ p o r q u é e s m e c e s a -
ricf re fle x io n a r s o b re la p ráctica e d u c a tiv a ? , ¿ a q u é se d e b e n las
d ife re n c ia s e x is te n te s e n tre lo q u e un p ro fe s o r q u ie re h a c e r, lo q u e
c re e h a b e r h e c h o y lo q u e re a lm e n te h a c e ?

P a r a p o d e r m e jo ra r la p ráctica e s n e c e s a rio re c a p a c ita r s o b re

p o r q u é s e lle v a a c a b o u n tipo d e e n s e ñ a n z a d e te rm in a d o y sobre
c u á l e s a c tu a lm e n te el p a p e l d e los p ro fe s o re s . T o d o d o c e n te tie n e
u n a s a s p ira c io n e s , p e ro a v e c e s e s a c la ra p e rs p e c tiv a te ó ric a no
e s a c o rd e co n la p ráctica d ia ria . L as c re e n c ia s , la s id e a s s o b re la
e n s e ñ a n z a , la a ctitu d a n te el c o n o c im ie n to y la s c o n c e p c io n e s s o ­
b re la e s c u e la y s o b re el a p re n d iz a je , d e te rm in a n u n m o d o d e h a ­

70
 ¿Q ué es n e c e s a rio s a b e r pa ra hacer una u n id a d d id á c tic a ?

c e r p e c u lia r q u e , co n Ire c u e n c ia , s e e n c u e n tra p e rtu rb a d o p o r fa c ­

to re s a d v e rs o s (in tern o s o a je n o s al d o c e n te ), lo c u a l m o tiva c o n ­
tra d ic c io n e s q u e n o son a b o rd a d a s c o m o p ro b le m a s sino a c e p ta ­
d a s s in c u e s tio n a m ie n to . E n c ie rto sentido, to d a s e s a s id e a s , c re ­
e n c ia s y a c titu d e s c o n d icio n an al p ro le s o r d el m is m o m o d o q u e a
los a lu m n o s les m e d ia tiz a n las s u y a s . L o s d o c e n te s ta m b ié n tie­
n e n id e a s p re v ia s .

• E s d e g ra n im p o rta n c ia e x p lic ita r las id e a s q u e s e tie n e n s o ­

b r e la p r á c tic a d o c e n te , p a r a r e v is a r lo s m o d e lo s p e r s o n a le s
s u b y a c e n te s . A l m a n ife s ta r las in q u ie tu d e s p e r s o n a le s o la s c o n ­
tra d ic c io n e s s e p u e d e in iciar un p ro c e s o d e re fle x ió n in d iv id u a l y
d e g ru p o s o b re e l v a lo r y la c o h e re n c ia d e la s id e a s p re v ia s s o ­
b re la e n s e ñ a n z a y el a p re n d iz a je . S ó lo si s e e s c o n s c ie n te d e la
p ro p ia p rá c tic a s e p o d rá te o riz a r y o rie n ta r d e fo rm a m á s a d e ­
cuada.

E s te p ro c e s o d e a n á lis is e s d ifíc ilm e n te r e a liz a b le d e fo rm a in­

d ividual. y a q u e e x ig e el in te rc a m b io d e id e a s y p u n to s d e v is ta y
d u d a r d e a s p e c to s q u e p a re c e n in c u e s tio n a b le s , p o r lo q u e es
m u y útil d is p o n e r d e q u ien s e ñ a le la vig a e n e! o jo d e c a d a cual.
P a r a e s to , la tra d ic ió n p ro fesio n al e s u n o b s tá c u lo : e l in d ivid u alis­
m o p ro fe s io n a l, el tab ú d e ab rir el a u la a o tro s c o m p a ñ e ro s , e s la
p rincipal dificultad.

E s fácil o b s e rv a r la s d ife re n te s fo rm a s d e p la n te a r s e la e n s e ­
ñ a n z a e n tre p ro fe s o re s co n d is tin ta e x p e rie n c ia . S i e n el c o m ie n ­
z o d e la c a rr e ra p ro fe s io n a l lo s p la n te a m ie n to s s o n “d e s u p e rv i­
v e n c ia ", lu e g o s e d e s a rro lla n , e n e ta p a s p o s te rio re s , ru tin a s d e
tra b a jo . A lo la rg o d e lo s a ñ o s , e n e ta p a s m á s o m e n o s a v a n z a ­
d a s d e d o c e n c ia , se v a n m o d ific a n d o e s ta s ru tin a s e n lu n c ió n d e
m u c h o s fa c to re s . L a e v o lu c ió n d e las a c titu d e s h a c ia e l tra b a jo
e n e q u ip o co n o tro s p ro fe s o re s , la b ú s q u e d a d e u n a m a y o r e fic a ­
c ia d o c e n te , la a c titu d h a c ia la in n o v a c ió n d id á c tic a y la in v e s ti­
g a c ió n e d u c a tiv a , el a u to p e rfe c c io n a m ie n to , e tc ., c o n fig u ra n un
p erfil p ro fe s io n a l d o c e n te e n e v o lu c ió n d el q u e , a m e n u d o , n o se
e s c o n s c ie n te .

T e n e r c o n o c im ie n to s s o b re e s ta ev o lu ció n p e rm ite co n tro la rla ,

p la n ific a rla y lo g rar un d e s a rro llo p ro fesio n al s atis fa c to rio .

71
¿ C ó m o h a c e r u n id a d e s d id á c tic a s in n o v a d o ra s ? / J F e rn á n d e z y otros

A m o d o d e s í n t e s is

¿ Q u é e s n e c e s a r io s a b e r s o b r e e l d o c e n t e
y s u n u e v o p e r f i l p r o f e s io n a l?

a ) P e n s a m ie n to d e l p ro fe s o r
- Id e a s s o b re la e n s e ñ a n z a .
• A c titu d a n te e l c o n o c im ie n to .
- C o n c e p c ió n d e la e s c u e la .
• C o n c e p c io n e s s o b re e l a p re n d iz a je .

b ) D e s a rro llo p r o fe s io n a l d o c e n te
- E ta p a s d e la c a rre ra p r o fe s io n a l.
• T ra b a jo e n e q u ip o d e d o c e n te s
- In n o v a c ió n d id á c tic a
- In v e s tig a c ió n d id á c tic a .
- P e r fe c c io n a m ie n to d e l p ro fe s o ra d o .

4 .3 . S o b r e la e n s e ñ a n z a c o m o in t e r a c c ió n
s o c ia l. E l a u la , el c e n t r o y la s o c ie d a d

El d e c o ra d o d el m u n d o e n q u e v ivim o s c a m b ia c o n tin u a m e n te
y. c o n s e c u e n te m e n te , la e s c u e la d e b e a d a p ta rs e a e s to s c a m b io s
y d a r re s p u e s ta a la s n u e v a s n e c e s id a d e s . P a ra ello , d e b e c u e s ­
tio n a rs e la c o n c e p c ió n a c a d é m ic a d e la c u ltu ra y a n a liz a r el p ap el
y e l valo r d e la c u ltu ra c ie n tífic a n o a c a d é m ic a e ri el m o m e n to a c ­
tu al p la n te á n d o s e a s í c u a le s s o n las e x ig e n c ia s q u e la s o c ie d a d
tie n e en e s te m o m e n to s o b re la e s c u e la .

P o r e llo , el a n á lis is d e l c o n te x to s o cial y a n tro p o ló g ic o d e la e s ­

c u e la , d e l p a p e l s o c ia l q u e ju e g a a c tu a lm e n te y el q u e d e b e ría ju ­
g ar, d e su fu n c ió n id e o ló g ic a , e tc ., s e rá el p u n to d e p a rtid a p a ra
a b o rd a r el re s to d e lo s p ro b le m a s , y a q u e e n é s te e s tá n im p lica­
d o s los d e m á s . H a y m u c h a s c u e s tio n e s fu n d a m e n ta le s q u e no se
s u e le n m a n ife s ta r: q u é s e e n tie n d e al h a b la r d e fo rm a c ió n d e ciu ­
d a d a n o s , c ó m o fo rm a la e s c u e la p ara el tra b a jo y c ó m o fo rm a p a ­
ra el o cio , q u é s e e n tie n d e por c u ltu ra, c u á l e s e l p a p e l s o c ia liz a n ­
te d e la e s c u e la , q u é v a lo re s y a c titu d e s s e d e b e n tran sm itir y q u é
id e a s p o lític a s s e d e b e n p ro m o v e r y c u á le s evitar.

72
 ¿O ué es n e c e s a rio saber para h a c e r u n a u n id a d d id á c tic a ?

S e d e b e e xp licitar la c o n c e p c ió n del h o m b re , d e la s o c ie d a d y
d e la re a lid a d , p a ra e x te rio riza r la d im e n s ió n id e o ló g ic a d e la e d u ­
c a c ió n y la s fa c e ta s o c u lta s d e l currículo, p a ra v e r e n q u é m e d id a
s e re p ro d u c e n lo s v a lo re s q u e im p e ra n en la s o c ie d a d , p a ra a n a li­
z a rlo s c rític a m e n te y p ro p o n e r a lte rn a tiv a s .

La e n s e ñ a n z a tam b ién tie n e un co m p o n e n te sociocultural sexis­

ta. E s te e s un p ro b le m a cultural, d el q u e fre c u e n te m e n te n o s e es
c o n s c ie n te , y s o b re el q u e hay in te re s a n te s in v estig acio n es e n las
q u e s e re fle ja n las diferencias q u e tran sm iten los libros d e te x to s o ­
b re el rol d e h o m b re s y m u jeres y los m e n s a je s s e x is ta s d el s istem a
e d u c a tiv o e n g e n e ra l. El h e c h o d e q u e q u ie n e m ita e l m e n s a je ,
h o m b re o m ujer, p u e d a n o com partir esa s e g re g a c ió n d e ro les s e ­
ñ a la h a s ta q u é p u n to son p a u ta s d e c o m p o rtam ien to a s u m id a s cul­
tu ra lm e n te por n u estra s o cied ad q u e se d e b e n vigilar con a ten ció n

P a ra m u e s tra , d o s e je m p lo s : el p ap el d e la m u jer e n la historia

e u ro p e a o e n el d e s a rro llo c ien tífico . Si s e p re g u n ta a los a lu m n o s
y a las a lu m n a s p o r la im a g e n d e u n a p e rs o n a q u e s e d e d ic a a la
in v e s tig a c ió n o a g o b e rn a r u n p a ís , un a ltís im o p o rc e n ta je d e re s ­
p u e s ta s m o s tra rá n v a ro n e s s e g ú n e s te re o tip o s m u y e x te n d id o s .

P e r o el a n á lis is s o c io ló g ic o n o n o s in te re s a s ó lo d e s d e una
p e rs p e c tiv a d e “m a c ro ” (re la c io n e s e s c u e la -s o c ie d a d ) s in o ta m ­
b ié n d e s d e u n a p e rs p e c tiv a “m e s o ’' s e g ú n la c u al la e s c u e la y el
a u la so n e n sí m is m a s s is te m a s s o c ia le s . P o r e llo , u n a v e z q u e se
h a re fle x io n a d o s o b re los princip ios d e u n d is e ñ o cu rric u la r y so b re
to d o lo q u e ello c o n lle v a (id e a s p re v ia s , a p re n d iz a je , m o d e lo s d i­
d á c tic o s , e tc .) h a y q u e p la n te a rs e las e s tra te g ia s d e in te ra c c ió n
q u e s e p u e d e n u tilizar p a ra p ro m o v e r el c a m b io c o n c e p tu a l. H a b rá
q u e a n a liz a r c ó m o c o n e c ta r co n la s id e a s q u e los a lu m n o s tie n e n
y e s tu d ia r q u é a c tiv id a d e s e in te ra c c io n e s s e p u e d e n e s ta b le c e r
e n e l a u la p a ra facilitar el a p re n d iz a je y q u é c a p a c id a d e s (in te le c ­
tu a le s o p rá c tic a s ) o q u é a c titu d e s (c ie n tífic a s , s o c ia le s , c u ltu rales,
e tc .) in te re s a p o te n c ia r e n lo s a lu m n o s .

A n te lo s p o s ib le s p ro b le m a s q u e s e p u e d e e n c o n tra r un p ro fe ­
s o r se n e c e s ita n e s tra te g ia s d e a u la , e s d ecir, un co n ju n to d e h a b i­
lid a d e s , y té c n ic a s d e a c tu a c ió n p a ra c o n s e g u ir s u s p ro p ó sito s d e
e je c u c ió n d e la p lan ificación .

73
¿ C ó m o hacer u n id a d e s d id á c tic a s in n o v a d o ra s ? / J. F e rn a nd e z y oíros

Al m ism o tiem po, to d a la lab o r d o cen te s e lleva a cab o interaccio-

n a n d o co n los a lu m n o s, tan to ind ividu alm ente co m o d e form a grupal,
e s ta b le c ié n d o s e g ran c a n tid ad d e relacio n es com plejas. S e d an si­
tuaciones a n te las q u e el profesor se ve obligado a tom ar rápidas d e ­
cisiones sobre la m arch a. Si s e q u iere m a n te n e r el interés del grupo
y llevar a cab o u n a clase ágil y con rendim iento, se h a d e desarrollar
cierta habilidad p ara g estio n ar la c la s e d e form a satisfactoria y d e m o ­
c rá tic a . S u b d ivid ir la c la s e e n p e q u e ñ o s eq u ip o s, por ejem p lo , re ­
quiere te n e r con ocim ientos prácticos d e d in ám ica d e grupos. C ó m o
controlar un torbellino d e id eas, có m o h acer u n a puesta en com ún
d e p e q u e ñ o s equipos, c ó m o utilizar un ju e g o d e rol o có m o lograr
q u e los grupos d e a lu m n o s s e au to o rg an icen por ta re a s p u e d e ap o r­
tar h e rra m ie n ta s q u e faciliten e s a d elicad a y com plicad a labor.

U n a lu m n o d e te rm in a d o a p re n d e e n el g ru p o en c u a n to co n tri­
b u ye a q u e a p re n d a n s u s c o m p a ñ e ro s d e grupo. El g ru p o no es
u n a s u m a d e in d iv id u a lid a d e s , sin o u n a a c tu a c ió n d e e q u ip o q u e
f a v o r e c e la s r e la c io n e s d e c o m u n ic a c ió n . L a c o n c e p c ió n d e l
a p re n d iz a je e n g ru p o , p o lo o p u e s to d e l tra d ic io n a l a p re n d iz a je in ­
d iv id u a l, in c lu y e la p o te n c ia c ió n d e la c o m u n ic a c ió n e n tre a lu m ­
n o s, la c o n c e p c ió n d el g ru p o c o m o a lg o m á s q u e la s u m a d e indi­
v id u a lid a d e s , el r e c o n o c im ie n to d e lo s p ro p io s a lu m n o s c o m o
fu e n te s d e a p r e n d iz a je p a ra s u s c o m p a ñ e ro s (e l le n g u a je y los
c o n c e p to s p ró xim o s d e u n c o m p a ñ e ro p u e d e n ser m as a s e q u ib le s
q u e lo s d el p ro fe s o r), y el e s fu e rz o d e e x p lic a r a un c o m p a ñ e ro
p u e d e s e r m u c h o m á s p ro d u ctivo q u e m u c h a s h o ra s d e e stu d io .

4 .4 . S o b r e e l c o n o c i m i e n t o c o tid ia n o ,
el d is c ip lin a r y el e s c o la r

E n el a u la s e m a n ifie s ta n distintos tip o s d e c o n o c im ie n to s , in ­

te rv in ie n d o to d o s e llo s e n el p ro c e s o d e e n s e ñ a n z a -a p re n d iz a je .
S e p u e d e d is tin g u ir e l c o n o c im ie n to c o tid ia n o , el c o n o c im ie n to
c ie n tífic o y el c o n o c im ie n to esco lar.

P o r c o n o c im ie n to c o tid ia n o s e e n tie n d e el c o n o c im ie n to p o p u ­
lar, el d e la p e rs o n a d e la c a lle . E stá fo rm a d o p o r re p re s e n ta c io ­

74
 ¿ Q u é es n e c e s a rio s a b e i pa ra h a c e r u n a u n id a d d id á c tic a ?

n e s o te o ría s im p lícitas q u e s u s te n ta n los p u n to s d e vista d e cad a

p e rs o n a s o b re el m u n d o , las to m a s d e d e c is io n e s y la a c tiv id a d
d ia ria . N o son id e a s a is la d a s y, g e n e ra lm e n te , n o s e p re s e n ta n d e
fo rm a c o n s c ie n te por lo q u e a p o rta n u n a visió n d el m u n d o s e g ú n
la c u a l las ¡d eas p ro p ias so n u n reflejo cierto d e la "realidad".

P o r c o n o c im ie n to c ie n tífico s e e n tie n d e el c o n o c im ie n to a c a d é ­
m ico d e las d ife re n te s d iscip lin as, q u e e s tá a fe c ta d o , e n tre otras
c o s a s , p o r la c o n cep ció n e p is te m o ló g ic a d e c a d a u n a d e e lla s y
p o r los m é to d o s q u e u tiliza. D e s d e u n a p o s tu ra a c tu a liz a d a , las
n u e v a s c o rrie n te s d el p e n s a m ie n to y la filo so fía d e la c ie n c ia p la n ­
te a n d u d a s s o b re las p o sicio n es m á s fre c u e n te s h a s ta a h o ra p ara
c a ra c te riz a r a la ciencia: e m p iris m o , positivism o, cie n tific is m o , e tc.
E s ta c o n c e p c io n e s c riticas a c tu a le s p la n te a n que:

a ) L o s d a to s n o re s u lta n ú n ic a m e n te d e la o b s e rv a c ió n , sino
q u e se b u s c a n a la lu z d e te o ría s e x p líc ita s o im p lícitas.

b) L as te o ría s so n c re a c io n e s h u m a n a s , id e a d a s p a ra e n te n d e r
el m u n d o y no so n a c u m u la c io n e s d e h e c h o s o e n u n c ia d o s d e f e ­
nóm enos.

c ) L o s d a to s , su s is te m a tiza c ió n , clasificació n , ta b u la c ió n , tra ta ­

m ie n to m a te m á tic o , y s u s e n u n c ia d o s in fe re n te s e n le y e s so n re la ­
tiv a m e n te s e c u n d a rio s tre n te al a n á lis is te ó rico d e l p ro b le m a . E ste
p o s ic io n a m ie n to a n te u n a in ve stig a ció n , o b s e rv a c ió n o e s tu d io es
la c la v e d e la fiabilidad posterior.

d ) L a in v e stig ació n c ie n tífic a n o e s e s tric ta m e n te o b je tiv a y v ie ­

n e c o n d ic io n a d a p o r las te o ría s p re e x is te n te s y las c o n v ic c io n e s y
e x p e c ta tiv a s d el propio in vestig ad o r. A v a n z a p a s a n d o p o r s u c e s i­
v a s re a lim e n ta c io n e s y n o a c a b a n u n ca.

P o r c o n o c im ie n to e s c o la r s e e n tie n d e el c o n o c im ie n to q u e se
e la b o ra e n la e s c u e la y q u e tra s c ie n d e las e x p lic a c io n e s c o tid ia ­
n a s d el m u n d o e x tra e s c o la r. N o e s u n c o n o c im ie n to discip lin ar, p e ­
ro im p lic a u n a c ie rta e la b o ra c ió n d el c o n o c im ie n to d e la s d iscip li­
n a s . T o m a c o m o s u s tra to y m a rc o el s a b e r c ie n tífic o a d a p ta d o a
la s c a ra c te rís tic a s p ro p ia s d e l c o n te x to e s c o la r. S o n los c o n o c i­
m ie n to s q u e a p re n d e n los a lu m n o s , e s decir, la fo rm a c ió n d iscip li­

75
¿ C ó m o h a c e r u n id a d e s d id á c tic a s in n o v a d o ra s ? / J . F e m á n d e 7 y otros

nar e s c o la r. A s í p u e s , h a b ría q u e p re g u n ta rs e : ¿ q u é disciplina e s

la q u e s e p u e d e e n s e ñ a r? y ¿ c u á l e s la q u e s e d e b e e n s e ñ a r? , o
e n o ir á s p a la b ra s : ¿ e n q u é c o n siste el c o n o c im ie n to e s c o la r?

4 .5 . S o b r e la e n s e ñ a n z a , el c u r r íc u lo
y la d id á c t ic a

E n el tra ta m ie n to d e u n currículo h a y id e a s e x p líc ita s e im p líc i­

ta s a c e rc a d e a s p e c to s c o n c re to s d e la m ate ria (c o n te n id o s , o b je ­
tiv o s ...) y d e l p a p e l q u e ju e g a n en un d iseñ o curricular. L a n u eva
re s p o n s a b ilid a d d e lo s d o c e n te s d e in te rv e n ir e n el P ro y e c to d e
C e n tro y e n la a d a p ta c ió n d el m is m o al a u la , h a c e n e c e s a ria la ex-
plicitació n y revisión d e e s ta s ideas.

E n e s te s e n tid o , a lg u n a s c u e s tio n e s d e in terés so n las s ig u ie n ­

tes: ¿ q u é significa un d is e ñ o curricu lar? , ¿ e n q u é p ila re s s e fu n d a ­
m e n ta n s u s d is tin to s n iv e le s d e c o n creció n ? , ¿ c u á l e s el p a p e l del
p ro fe s o r? , ¿ q u é re la c ió n tie n e to d o e llo co n el c u rrícu lo oficial?,
e tc . A d e m á s , s e d e b e te n e r e n c u e n ta la e x is te n c ia d e a lg u n a s
id e a s p re v ia s d e lo s p ro fe s o re s , ta le s c o m o id e n tific a r el d is e ñ o
cu rric u la r co n u n a p ro g ra m a c ió n o q u e re r v e r u n a im a g e n d e los
a n tig u o s p ro g ra m a s o fic ia le s e n el currículo ren o v a d o .

P o r otro la d o , d e s d e un p u n to d e vista m eto d o ló g ic o , a v e c e s ,

a los p ro fe s o re s les p a r e c e im p osible q u e u n a s itu ació n d e c la s e
s e p u e d a a b o rd a r d e u n a fo rm a distinta a la h a b itu a l. S in e m b a rg o ,
u n s o n d e o d e las m e to d o lo g ía s , m é to d o s y té c n ic a s q u e c o n o c e n
y p ra c tic a n un g ru p o d e p ro fe s o re s m u e s tra g e n e ra lm e n te q u e h ay
n o ta b le s d ife re n c ia s e n tr e los usos d e u n o s y o tro s. L a trad icio n al
falta d e c o m u n ic a c ió n e n tre d o c e n te s s o b re la s in n o v a c io n e s q u e
h a c e n e n c la s e y la e s c a s a circu lació n d e in v e s tig a c io n e s y d e s ­
c rip c io n e s s o b re el te m a , h a c e q u e c a d a u n o p ie n s e q u e su m é to ­
d o e s el ú n ic o s e rio e x is te n te y q u e , p o r ta n to , to d o s los c o m p a ñ e ­
ros u tilizan e l m is m o q u e él.

L a s á r e a s y e t a p a s e d u c a tiv a s a p o rta n d ife re n te s e n fo q u e s

m e to d o ló g ic o s . C o n o c e r m e to d o lo g ía s c o m o la re s o lu c ió n d e s i­
tu a c io n e s p ro b le m á tic a s , e s tu d io d e c a s o s , c e n tro s d e in te ré s , te ­

76
 ¿ Q u é e s n e c e s a rio s a b e r pa ra h a c e i u n a u n id a d d id á c tic a ?

m a s tra n s v e rs a le s , e n s e ñ a n z a s o c rá tic a , e n s e ñ a n z a por d e s c u b ri­

m ie n to , el u s o d e m a p a s c o n c e p tu a le s , e tc ., p e rm ite al d o c e n te
u tiliza r d ife re n te s p o s ib ilid a d e s y, por ta n to , d is p o n e r d e m á s re ­
c u rs o s p e rs o n a le s e n su a u la .

S in e m b a rg o , los cam bios curriculares y m etodológicos n o tienen

sen tid o si no se p la n te a el p ro b lem a central: ¿ q u é m odelos didácti­
c o s s u b y a c e n en d e te rm in a d a s p ro p u e s ta s curriculares?, ¿ y e n la
práctica habitual? Todo d o cen te, a u n q u e lo h a g a inco nscientem en te,
p ractica u n d e te rm in a d o m o d elo didáctico q u e o b e d e c e a distintas
te o ría s s o b re el a p re n d iz a je y la e n s e ñ a n z a . M u y fre c u e n te m e n te ,
e s te m o d elo lo h a desarro llad o a partir d e su exp erien cia profesional
y d e su instinto didáctico, m á s q u e a partir d e teo rías o hipótesis e la ­
b o ra d a s y reflexion adas c o n s cien tem en te, p o r lo q u e a d o le c e d e in­
c o h e re n c ias y lag u n as q u e m e rm a n su posible eficacia didáctica.

P o r o tra p a rte , en c u a n to q u e so n m o d e lo s , la a d o p c ió n d e uno

u o tro v a ria ta m b ié n en fu n ció n d e la situación d e e n s e ñ a n z a en
q u e se e n c u e n tre el profesor. E l e s tu d io d e los m o d e lo s e x is te n te s
m á s g e n e ra liz a d o s q u e s e d e s c rib ie ro n e n el c a p ítu lo uno (tra n s ­
m isor, te c n o ló g ic o , a rte s a n o , p o r d e s c u b rim ie n to y con structivista)
su c rítica ra z o n a d a y el a n á lis is d e l m o d e lo p e rs o n a l, n o s p u e d e
p e rm itir lle v a r a c a b o u n a p rá c tic a d o c e n te m e n o s intuitiva, m ás
ra c io n a l y por e llo , m á s e fic a z - .

En c u a n to a la función social d e la e s c u e la , a lg u n o s s is te m a s
e d u c a tiv o s se d e c a n ta n por la e n s e ñ a n z a com prensiva en las e ta p a s
ob ligatorias, lo q u e s u p o n e a b a n d o n a r el p ap el d e filtro social. L a e n ­
s e ñ a n z a c o m p re n s iv a n o d e te rm in a la v a lía d el e s tu d ia n te ú n ic a ­
m e n te por sus resultados e sco lares, sino q u e lo q u e a d q u ie re im p o r­
ta n c ia e s “lo a v a n za d o " por c a d a individuo y no el punto alcan zad o .

L a e n s e ñ a n z a c o m p re n s iv a p re te n d e o fre c e r la m is m a e d u c a ­
ció n a to d o s lo s a lu m n o s , p a rtie n d o d e q u e u n a s e le c ció n te m p r a ­
n a e s in o p o rtu n a . B u s c a la ig u a ld a d d e a c c e s o p a ra to d a s la s c la ­
s e s s o c ia le s y tie n d e a u n a e s c u e la c o m ú n , un ificada.

4 P a ra a m p lia r in fo rm a c ió n s o b re lo s m o d e lo s d id á c tic o s y la s c re e n c ia s de
lo s p ro fe s o re s a s o c ia d a s a d ic h o s m o d e lo s , e s im p re s c in d ib le el lib ro d e R a­
fa e l P c rlá n Constructivismo y escuela óe esta e d ito ria l.

77
¿ C ó m o h a c e r u n id a d e s d id á c tic a s in n o v a d o ra s ? / J . F e rn á nd e z y otros

A lg u n a s c a ra c te rís tic a s d e e s ta e n s e ñ a n z a son:

a ) T ra ta d e c o m p ro m e te r a la s o c ie d a d e n la q u e e s tá in m e rs a
p a ra q u e la re la c ió n s o c ie d a d -e d u c a c ió n s e a un b in o m io in s e p a ra ­
ble.
b ) O fre c e u n c u rríc u lo c o m ú n y p o liv a le n te.
c ) T ra ta d e e v ita r la s e le c c ió n d e los a lu m n o s a n te s d e lle g a r a
u n a e ta p a fo rm a l a v a n z a d a .
d ) L a d iversificació n , o p c io n a lid a d , o p tativ id a d o flexib ilid ad so n
e s tra te g ia s (d e lic a d a s d e tra ta r) p e n s a d a s p a ra “n o s e g re g a r”.
e ) T r a ta d e re tra s a r lo m á s p o s ib le la e le c c ió n d e itin e ra rio s
irre v e rs ib le s p o r p a rte d e l a lu m n o .

U n o d e lo s p rin c ip a le s p ro b le m a s q u e p la n te a la e n s e ñ a n z a
c o m p re n s iv a es el d e c ó m o a te n d e r la d iv e rs id a d d e los a lu m n o s
e n u n a m is m a a u la y co n u n m is m o nivel.

Tal v e z s e a é s te uno d e lo s p ro b le m a s d o c e n te s q u e m á s p r e o ­
c u p a e n re la c ió n c o n la m e jo ra d e la c a lid a d d e las e n s e ñ a n z a s no
u n iv e rs itaria s . L a e lim in a c ió n d el c a rá c te r se lectivo d e las e ta p a s
d e e n s e ñ a n z a o b lig a to ria , la c o n s ta ta c ió n d e las d ife re n c ia s e n tre
ind ividu os y las e x ig e n c ia s e d u c a tiv a s q u e ello s u p o n e , a s i co m o
los p ro c e s o s d e in te g ra c ió n d e n iñ o s c o n d e fic ie n c ia s , s u p o n e n
q u e el d o c e n te no p u e d e s e g u ir a c tu a n d o b ajo la m á x im a d e q u e
“to d o s los a lu m n o s so n ig u a le s ”. A d e m á s , e n fo q u e s c o m o el d e la
e v a lu a c ió n fo rm a tiv a s u p o n e n u n c a m b io rad ical e n la a te n c ió n d i­
fe re n c ia d a a los a lu m n o s . E n el futuro s e h a n d e im p o n e r ta re a s y
e x ig e n c ia s d iv e rs a s , n o e n v a n o “c a d a a lu m n o e s u n m undo”.

U n a e s tra te g ia m e to d o ló g ic a a d e c u a d a p a ra a te n d e r la d iv e rs i­
d a d e s la reso lu ció n d e s itu a c io n e s p ro b le m á tic a s . C o m o y a s e h a
c o m e n ta d o a n te rio rm e n te , el a p re n d iz a je d e b e situ ar a los a lu m ­
n o s a n te d ific u lta d e s y s itu a c io n e s p ro b le m á tic a s q u e e x ija n , p a ra
su reso lu ció n , s e g u ir p a u ta s s e m e ja n te s a la s q u e s e g u im o s p a ra
re s o lv e rla s en la v id a n o e s c o la r*. E s te tip o d e a c tiv id a d e s s u p o n e
u n tra b a jo d e in v e s tig a c ió n e n e l a u la , q u e re a liza el a lu m n o y q u e

* V e r lib ro d e J E. G a rc ía y F.F. G a rc ía . Aprender investigando . S e rie P rá ctica

n* 2 . D ia d a E ditora.

78
 ¿ Q ue es n e c e s a rio s a b e r pa ra h a c e r u n a u n id a d d id á c tic a ?

le p e rm ite a c e rc a rs e a los p ro c e d im ie n to s y situ a c io n e s d e in vesti­

g a c io n e s re a le s . P o r o p e ra tiv id a d s e p u e d e n s e ñ a la r d ife re n te s
m o d a lid a d e s : la reso lu ció n d e e je rc ic io s , la reso lu ció n d e p ro b le ­
m a s y la reso lu ció n d e tra b a jo s prácticos.

E n la re s o lu c ió n d e e je rc ic io s s e m u e s tra la e s tr a te g ia d e r e ­
s o lu c ió n e n u n o s c a s o s tip o y s e p ro p o n e n o tro s c a s o s s im ila ­
r e s p a r a su e je r c it a c ió n h a s t a q u e r e s u lte n f a m ilia r e s a lo s
a lu m n o s . S e s a b e q u e h a y s o lu c ió n , y q u e e x is te u n a re s p u e s ta
a d e c u a d a s ig u ie n d o u n c a m in o ru tin a rio . J u e g a un p a p e l im p o r­
ta n te e n el a p r e n d iz a je d e h a b ilid a d e s y té c n ic a s q u e s o n la b a ­
s e p a ra la re s o lu c ió n d e e je rc ic io s m á s a b ie rto s (e je r c ic io s -p r o ­
b le m a s ).

L a re s o lu c ió n d e p ro b le m a s re q u ie re q u e los a lu m n o s e la b o re n
su p la n te a m ie n to , e s d ecir, q u e in te n te n d e s a rro lla r su s p ro p ia s
e s tra te g ia s d e re s o lu c ió n , s a b ie n d o d e a n te m a n o q u e p u e d e no
h a b e r s o lu ció n o q u e p u e d e n s e r v a ria s las so lu cio n es. Los p ro b le ­
m a s s o n s itu a c io n e s n o v e d o s a s y d e c ie rta d ific u lta d p a r a los
a lu m n o s , e x tra íd a s a ser p o sib le d e la v id a c o tid ia n a o q u e e m a ­
n e n d e s itu a c io n e s re a le s .

L a re s o lu c ió n d e tra b a jo s p rá c tic o s s u e le s e r p ro g ra m a d a p ara

d e s a rro lla r h a b ilid a d e s y té c n ic a s rn a n ip u lativas , p e ro no s e d e b e
d e ja r d e la d o su u tilid ad p ara:

a ) Adquirir conocim ientos vivenciales d e los fen ó m en o s naturales.

b ) S e rv ir c o m o s o p o rte p ara la c o m p re n s ió n d e c o n c e p to s y
te o ría s .
c) A p re n d e r lo s p ro c e s o s y la s e s tra te g ia s d e in v e s tig a c ió n p ro ­
p io s d e u n a m e to d o lo g ía e m p irista.

E n fu n c ió n d el m o d elo d id áctico d el d o c e n te , los tra b a jo s p rá c ­

tico s p u e d e n ser o un c o m p le m e n to p re s c in d ib le d e la te o ría , o el
c o n te x to a partir d e l c u al s e fo rm a liz a n los co n o cim ie n to s , o uno
m á s d e los in s tru m e n to s q u e s e u tiliza n p a ra e la b o ra r lo s c o n o c i­
m ie n to s d el a lu m n o .

U n o d e los c o n c e p to s q u e a p a r e c e co n m á s fre c u e n c ia re la ­
c io n a d o c o n las n u e v a s fo rm a s d e e n s e ñ a r e s la te o ría c o n s tru c ti-

79
¿ C ó m o h a ce r u n id a d e s d id á c tic a s in n o v a d o ra s ? / J F e rn á n d e z y otros

v is ta d el a p re n d iz a je . E s ta te o ría d e s c rib e u n p ro c e s o d e a p re n d i­
z a je e v o lu tiv o , q u e p a rte d e la s itu a c ió n inicial d e c a d a in d ivid u o y
s e d e s a rro lla e n la in te ra c c ió n s ig n ific a tiv a y re le v a n te e n tre s ig n i­
fic a d o s in te rn o s d e l s u je to y s ig n ific a d o s e x te rn o s d e l m ed io . D e s ­
c rib e , p e ro n o e x p lic a c o m p le ta m e n te , ni m u c h o m e n o s p red ice,
e l re s u lta d o d el a p r e n d iz a je , si ta l c o s a e s p o sib le. N o o b s ta n te ,
e s c ie rto q u e a p o rta in fo rm a c io n e s y e s q u e m a s d e g ra n utilidad
p a ra e l p ro le s o r. p e rm itie n d o u n a p la n ific a c ió n m á s e fic a z d el tra ­
b a jo e n el a u la .

C a u s a c ie rta c o n fu sió n e l q u e n o h a y a u n a ú n ica v e rs ió n del

con structivism o ; y e s q u e n o s e d e b e con fundir la te o ría p s ico ló g i­
c a c o n la s d ife re n te s d id á c tic a s q u e d e e lla s u rg e n . El tra s v a s e de
la te o ría c o n stru ctivista al a u la v ie n e a fe c ta d o por las c o n c e p c io ­
n e s s o b re la e s c u e la y s o b re la a s ig n a tu ra d e la p e rs o n a q u e v a al
a u la : p u e d e n surgir a s i m u c h a s c o n c re c io n e s d ife re n te s .

P a rtie n d o d e la b a s e d e q u e el p ro c e s o d e e n s e ñ a n z a -a p re n d i­
z a je s e lle v a a c a b o en un s is te m a c o m p le jo c o m o e s el a u la y q u e
e n el m is m o h a y fre c u e n te s re tro a lim e n ta c io n e s q u e reo rie n ta n el
p ro c e s o , el p a p e l d e l p ro fe s o r q u e d a p ro fu n d a m e n te m o d ific a d o .
P a s a d e s e r u n tra n s m is o r d e c o n o c im ie n to s a in co rp o rar el p a p e l
d e in v e s tig a d o r d e un p ro c e s o q u e n o s e c o n o c e sino p a rc ia lm e n ­
te. L o s re s u lta d o s d e e s a in v e s tig a c ió n van a influir en sus a c c io ­
n e s e n e l a u la , s u rg ie n d o a s í el c o n c e p to d e "in v es tig ac ió n -a cc ió n ”
c o m o b a s e d e un rol p ro fesio n al m u c h o m á s a m p lio q u e el a c tu a l­
m e n te v ig e n te . E l p ro feso r, a l m is m o tie m p o q u e a y u d a a a p re n ­
d er, a p r e n d e d e s u s a lu m n o s , q u e le m u e s tra n las d ific u lta d a s de
su a p r e n d iz a je , lo q u e le p e rm ite la e x p e rim e n ta c ió n d e n u e v o s
e n fo q u e s d e e n s e ñ a n z a . E l p ro fe s o r, al e n s e ñ a r, y a l in v e s tig a r su
e n s e ñ a n z a , a p re n d e a e n s e ñ a r.

M u y v in c u la d o s al c o n c e p to d e in v e s tig a c ió n -a c c ió n s e e n ­
c u e n tra n la s n u e v a s c o n c e p c io n e s s o b re la e v a lu a c ió n . L a e v a lu a ­
ció n e s u n tó p ic o fu n d a m e n ta l d e la e n s e ñ a n z a . D e a lg u n a fo rm a ,
s e h a c o n v e rtid o en la v e n ta n a a tra v é s d e la c u al un s is te m a e d u ­
c a tiv o “s e a s o m a a l e x t e r io r , tra n s m ite su s re s u lta d o s al re s to d e
la s o c ie d a d , a los p a d re s , y a la s s ig u ie n te s e ta p a s e d u c a tiv a s ,
c o n lo q u e q u e d a c o n ta g ia d a d e la fie b re d e “q u e d a r bien". A falta
d e o tro tip o d e e v a lu a c ió n d el s is te m a , s e s u e le to m a r c o m o c rite ­

80
 ¿ Q u é e s n e c e s a rio s a b e r pa ra h a c e r u n a u n id a d d id á c tic a 9

rio e v a lu a d o r lo s re s u lta d o s c u a n tita tiv o s d el a lu m n o y, c o m o re s u ­

m e n d e é s to s , su c a lificació n , c o m o si é s ta e x p lic a ra la c a lid a d del
s is te m a e d u c a tiv o e n q u e ha e s ta d o in m e rs o U n a m u e s tra d e es­
ta fo rm a d e p e n s a r e s el c o n c e p to d e "Iracaso escolar" c o m o p o r­
c e n ta je d e s u s p e n s o s o d e a p ro b a d o s en la p ru e b a d e e n tra d a a
la u n iv e rs id a d .

E s te e n fo q u e d e la e v a lu a c ió n c o m o filtro social b u sca m á s la

s e le c c ió n d e lo s a lu m n o s q u e su a p re n d iz a je , c o n v in ie n d o la e s ­
c u e la e n u n lu g a r d e c la sificació n s o cial, m á s allá d e su p a p e l c o ­
m o á m b ito fo rm a tiv o .

D e s a fo rtu n a d a m e n te , los tra b a jo s a c e rc a d e la e v a lu a c ió n s u e ­

len p ro v o c a r c ie rto d e s e n c a n to e n tre los p ro fe s o re s , y a q u e su
tra ta m ie n to s u e le ser e x p o sitivo , teó rico y e n d e fe n s a d e p o sicio ­
n e s c o n c re ta s . P o r o tro la d o , s e s u e le p re s e n ta r c o n e x c e s iv o s
te c n ic is m o s sin e x p lic a r la s id e o lo g ía s y v a lo re s s u b y a c e n te s . La
id e a q u e p re s id e la e v a lu a c ió n e s la b ú s q u e d a d e u n a s u p u e s ta
“o b je tiv id a d ” q u e p e rm ita al e v a lu a d o r (o m ejo r, al c a lific a d o r) q u e ­
d a r fu e ra d e la rec rim in a ció n p e rs o n a l a q u e se v e ría s u je to por
u n a e v a lu a c ió n s u b jetiva.

A b u n d a n c a d a v e z m á s la s in v e s tig a c io n e s q u e p ru e b a n q u e
la s p ro p u e s ta s d e e x á m e n e s y las c a lific a c io n e s so n m u y s u b je ti­
v a s y q u e el “nivel" d e los a lu m n o s e s un c o n c e p to a m b ig u o y fá ­
c ilm e n te re b a tib le , ya q u e e s tá b a s a d o e n c o n c e p c io n e s p revias
d e l profesor.

P o r e llo , e s n e c e s a rio c o n o cer lo s d ife re n te s m o d e lo s d e e v a ­

lu a c ió n , ta n to d el a lu m n o c o m o d el p ro c e s o d e e n s e ñ a n z a -a p r e n ­
d iz a je , a s í c o m o las d ife re n te s e s tra te g ia s d is p o n ib le s p a ra e v a ­
lu a r no só lo c o n te n id o s , sino to d a s las m e ta s p ro p u e s ta s en la p la ­
n ificació n .

81
. c ó m o h a c e r u n id a d e s d id á c tic a s in n o v a d o ra s ? / J . F e rn á n d e z y oíros
A m o d o d e s ín te s is
¿ Q u é e s n e c e s a r io s a b e r s o b r e la e n s e ñ a n z a ,
e l c u r r ic u lo y la d id á c t ic a ?
a) Teoría y d ise ñ o cu rricu la r
- fu e n te s d e l c u rric u lo .
- n iv e le s d e c o n c re c ió n .
- c u r r ic u lo o fic ia l.
- p ro y e c to d e c e n tro .
b) M e to d o lo g ía s y técnicas
- c e ñ ir o s d e in te ré s .
- le m a s tra n s v e rs a le s .
- e s tu d io d e c a s o s .
- r e s o lu c i ó n d e s i l u a c i o n e s
p ro b le m á tic a s .
- e n s e ñ a n z a s o c rá tic a .
- e n s e ñ a n z a p o r d e s c u b r i­
m ie n to .
- m a p a s c o n c e p tu a le s .
c) M o d e lo s didácticos
- tra n s m is o r.
- te c n o ló g ic o .
- a rte s a n o .
- d e s c u b rid o r.
- c o n s tru c tiv is ta .
d) E n se ñ a n za com prensiva
- c o m o f in s o c ia l.
- n o s e le c tiv a .
- d iv e r s ific a d a y o p c io n a l.
e) A te n c ió n a las d ife re n c ia s de
los a lum nos
- e v a lu a c ió n fo rm a tiv a .
- d ife r e n c ia c ió n d e l tra b a jo de
lo s a lu m n o s .
- a g r u p a m ie n to s fle x ib le s .
82
f) R e s o lu c ió n de s itu a c io n e s
problemáticas
- e je rc ic io s .
- tr a ta m ie n to d e p ro b le m a s .
- p r á c t ic a s y t r a b a jo e x p e r i­
m e n ta l.
g) Constructivismo
- id e a s p re v ia s .
- c o n tr a s te e n lo in te r n o y lo
e x te rn o .
- e s tr u c tu r a c ió n y g e n e r a liz a ­
c ió n .
h) Investigación-acción
- p la n ific a c ió n c o m o h ip ó te s is
d e tra b a jo .
- a n a liz a r la p ro p ia p rá c tic a .
- r e o rie n ta r la p la n ific a c ió n .
i) Evaluación
- e v a lu a c ió n y c a lific a c ió n .
- e v a lu a c ió n d e lo s a lu m n o s ,
d e l p r o c e s o y d e l s is te m a .
- m o d e lo s y e s t r a t e g i a s d e
e v a lu a c ió n .
- c r i t e r i o s e in d ic a d o r e s d e
e v a lu a c ió n .
- in s tru m e n to s d e e v a lu a c ió n .
 ¿ Q u é e s n e c e s a rio s a b e r pa ra h a c e r u n a u n id a d d id á ctica ?

4 .6 . ¿ P o r d ó n d e e m p e z a r ?

T e rm in a a q u í la relación, s iem p re am p liab le, d e lo q u e s e ría c o n ­

v e n ie n te s a b e r p a ra h a c e r u n id a d e s didácticas. E n realid ad , todos
esto s s a b e re s e s tá n relacio n ad o s con un c u e rp o d e conocim ientos
e n con strucció n q u e d e fin e la profesión d o cen te h o y e n día*.

L a falta d e c o n c re c ió n d e e s te cu erp o d e c o n o c im ie n to s p ro fe ­
s io n a le s se re fle ja e n m u c h a s a c titu d e s d e la s o c ie d a d a n te la e n ­
s e ñ a n z a . S i p a ra s e r a b o g a d o s e e s tu d ia d e re c h o , o p a ra s e r p ro ­
g ra m a d o r d e o rd e n a d o re s se e s tu d ia in fo rm á tic a , p a r a s e r p ro fe ­
s o r n o s e a d q u ie re n u n o s c o n o cim ien to s c o n c re to s m á s a llá d e la
d is c ip lin a (e x c e p to e n el c a s o d e los p ro fe s o re s d e p rim a ria , y aú n
a s i h a b ría q u e discutirlo).

O tro re fle jo d e la s itu ació n e s la facilid ad y la a le g r ía c o n que

c u a lq u ie ra o p in a s o b re c ó m o s e d e b e e n s e ñ a r, d e s d e p a d re s h a s ­
ta p o lítico s o té c n ic o s . E s el reflejo social d e q u e p a ra e n s e ñ a r v a ­
le c u a lq u ie ra , si c o n o c e la discip lin a,

¿ P o r q u é los in fo rm e s s o b re el e s ta d o d e la e n s e ñ a n z a o s o b re
la s m o d ific a c io n e s q u e n e c e s ita , los e la b o ra n to d o tip o d e p ro fe­
s io n a le s e x c e p to lo s d o c e n te s d el n ivel e d u c a tiv o a fe c ta d o ?

E s te p a n o ra m a d e ja a los p ro fe s o re s a c tu a le s e n u n a situación
singular: el s is te m a e d u c a tiv o h a c a m b ia d o , las e x ig e n c ia s d e la
s o c ie d a d ta m b ié n , p e ro e llo s no h a n sido p re p a ra d o s p a ra su n u e ­
v o tra b a jo , y a ú n a s i se les e x ig e q u e lo re a lic e n y a p re n d a n sobre
la m a r c h a . L a re la c ió n d e c o n o c im ie n to s n e c e s a r io s p u e d e ser
a g o b ia n te y d e s c o ra z o n a d o ra .

N o in te n te m o s c a m b ia r la e d u c a c ió n en d o s d ía s . L a e d u c a c ió n
tie n e u n a in e rc ia d e v a rio s siglos. In n o v e m o s a b u e n ritm o, sin d e ­
te n e rn o s , p e ro sin v u e lc o s en la situación.

A n te to d o , m u c h a c a lm a . N u e stro s a lu m n o s , q u e co n fre c u e n ­
c ia a p re n d e n a p e s a r d e n o s o tro s, n o s lo a g ra d e c e rá n .

“ V e r e l lib ro d e R. P o rlá n y A. R ivero. El conocimiento de los profesores . S e­

rie F u n d a m e n to s n^9. D ia d a E ditora.

83
5 Bibliografía
.

B ib lio g r a f ía c o m e n t a d a

A c o n tin u a c ió n , s e c o m e n ta u n a b ib lio g ra fía d e le c tu ra a s e ­

q u ib le a c u a lq u ie r p r o fe s io n a l d e la e n s e ñ a n z a , c o n el fin d e
a m p lia r a lg u n a s d e las ¡d e a s m e n c io n a d a s a lo la rg o d e l libro.
L a v a r ie d a d d e tra b a jo s d e in v e s tig a c ió n e x is te n te s y la in te rp re ­
ta c ió n p e r s o n a l q u e el d o c e n te r e a liz a d e c a d a u n o d e e llo s , h a ­
c e d ifíc il la s is te m a tiz a c ió n . N o o b s ta n te , v a m o s a d e s ta c a r a l­
g u n o s a s p e c to s d e tra b a jo s p u b lic a d o s .

E n el c a m p o d e los fu n d a m e n to s n e c e s a rio s p a ra in ic ia r un
c a m b io a la h o ra d e o rg a n iz a r la p rá c tic a d o c e n te y te n ie n d o co m o
h o riz o n te la in c o rp o ra c ió n d e las in n o v a c io n e s so b re el p ro c e s o d e
e n s e ñ a n z a a p re n d iz a je :

G a rre t, R . ( 1 9 8 8 ) . A d a p ta c ió n c u rric u la r d el fin h a c ia el principio:

u n a tá c tic a a lte rn a tiv a p a ra el d e s a rro llo c u rric u la r In v e s tig a ­
ció n e n la E s c u e la , n9 5 . 3 -1 0 .
P o rlá n , R .; J im é n e z , M . P.; B a u tis ta , A . (1 9 9 2 ) . T eo ría y p rá c tic a
d e l c u rríc u lo : c u rso d e a c tu a liz a c ió n c ie n tífic a y d id áctica, c ie n ­
c ia s d e la n a tu ra le z a . M a d rid : S u b d ire c c ió n G e n e ra ! d e F o rm a ­
ción d el P ro fe s o ra d o , M .E .C .
P o rlán , R . (1 9 9 3 ). C o nstru ctivism o y E s c u e la . S evilla: D ia d a Editora.

P o r lo q u e re s p e c ta a lo s p ro fe s o re s y s u p e n s a m ie n to , c re e n ­
c ia s s o b re la e n s e ñ a n z a , a c titu d e s a n te el c o n o c im ie n to y la re fle ­
x ió n s o b re la p rá c tic a e d u c a tiv a :

84
 B ib lio gra fía

F e rn á n d e z , J. y E lo rteg u i, N . (1 9 9 6 ). Q u é p ie n s a n los p ro fe s o re s
a c e rc a d e c ó m o s e d e b e e n s e ñ a r E n s e ñ a n z a d e las C ie n c ia s ,
n * 1 4 (3 ), 3 3 1 -3 4 2 .
G il, D . ( 1 9 9 4 ) . R e la c io n e s e n tre c o n o c im ie n to e s c o la r y c o n o c i­
m ie n to c ie n tífic o . In v e s tig a c ió n e n la E s c u e la n * 2 3 , 1 7 -3 3 .
P é r e z , A . (1 9 8 7 ). E l p e n s a m ie n to d e l profesor: v ín c u lo e n tre la t e o ­
ría y la p rá c tic a . R e v is ta d e E d u c a c ió n , ny 2 8 4 , 1 9 9 -2 2 1 .
P o rlá n , R . y R iv e ro , A . (1 9 9 8 ). E l c o n o c im ie n to d e lo s p ro fe s o re s .
S e v illa : D ia d a E ditora.
R a b a d á n , L .M .y F lo r. J . l . ( 1 9 9 3 ) . In v e s tig a c ió n s o b r e e l p e n s a ­
m ie n to d e l p ro fe s o r. A n á lis is d e u n id a d e s d id á c tic a s ta n to e s ­
c rita s c o m o s u p u e s ta e n p rá c tic a . B a rce lo n a : P ó s te r. A c ta s del
IV C o n g re s o In te rn a c io n a l d e In ve s tig a c ió n en D id á c tic a d e las
C ie n c ia s y las M a te m á tic a s .
R o d rig o , M .J . (1 9 9 4 ). E l h o m b re d e la c a lle , e l c ie n tífic o y e l a lu m ­
n o ¿ u n so lo c o n stru ctivism o o tres? In v e s tig a c ió n e n la E s c u e la
n * 2 3 , 7 -1 5 .

U n a v e z q u e se h a reflexion ado so b re lo s principios d e un d is e ­

ñ o y lo q u e c o n lleva, h a y q u e p la n te a rs e las e s tra te g ia s q u e s e p u e ­
d e n utilizar p ara introducir co n cep to s científico s c o n e c ta d o s co n las
id e a s d e los a lu m n o s ; e s to es, h a c e r u n a p la n ific a c ió n aco rd e:

A lm e d a , L.F. (1 9 9 3 ) . E la b o ra c ió n d e u n id a d e s d id á c tic a s d e s d e el
p u n to d e vista d e la e n s e ñ a n z a e d u c a tiv a . Q u rric u lu m , n 9 6 -7 ,
1 75.
A n tú n e z , S . (1 9 9 2 ) . N e c e s id a d d e la p la n ific a c ió n e n los c e n tro s
e s c o la re s . A u la d e In n o v a c ió n E d u c a tiv a , n tt 1. 4 3 - 4 8 .
A n tú n e z , S .; d e l C a r m e n , L.; Im b e rn ó n , F. y c o l. (1 9 9 3 ) . D e l p r o ­
y e c to e d u c a tiv o a la p ro g ra m a c ió n d e l a u la . B a rc e lo n a : G ra ó .
C u b e ro , R . (1 9 8 9 ) . C ó m o tra b a ja r co n la s id e a s d e lo s a lu m n o s .
S e v illa : D ia d a E ditora.
C a a m a ñ o , A.; H u e to P é re z d e H e re d ia , A . (1 9 9 2 ). O rie n ta c io n e s
te ó ric o p rá c tic a s p a r a la e la b o ra c ió n d e u n id a d e s d id á c tic a s :
c u rso d e a c tu a liz a c ió n c ie n tífic a y d id áctica, C ie n c ia s d e la N a ­
tu ra le z a . M a d rid : S u b d ire c c ió n G e n e ra l d e F o rm a c ió n d e l P ro ­
fe s o ra d o , M .E .C .
C a rm c e r, J.; d e L a m a , D . (1 9 9 4 ). E stru ctu ra d e u n a u n id a d d id á c ti­
c a y su re la c ió n co n el P ro y e c to d e C e n tro : la u n id a d d id á c tic a
c e ro . A u la d e In n o v a c ió n , n Q 3 1 , 6 -1 5 .

85
¿C ó m o h a ce r u n id a d e s d id á c tic a s in n o v a d o ra s ? / J . F e rn a nd o ? y o tro s

G a rc ía , J .J .; P ro . A.; S a u ra , O . (1 9 9 5 ). P la n ific a c ió n d o u n a u n id ad
d id á c tic a : el e s tu d io d el m o v im ie n to E n s e ñ a n z a d e la s C ie n ­
cias. n v 1 3 (2 ), 2 1 1 -2 2 6 .
Ib a ñ e z , G . (1 9 9 2 ). P la n ific a c ió n d e u n id a d e s d id á c tic a s : u n a p ro ­
p u e s ta d e fo rm a liz a c ió n . A u la d e In n o v a c ió n E d u c a tiv a . n° 1,
1 3 -1 5 .
Im b e rn ó n , F. (1 9 9 2 ) . L a p ro g ra m a c ió n en el a u la , a y e r y hoy. A u la
d e In n o v a c ió n E d u c a tiv a . n ,} 1 , 6 - 8 .
J u a n , E . y C a b a lle r, M .J . (1 9 8 9 ). P ro g ra m a c ió n d e u n id a d e s d id á c ­
ticas. C u a d e rn o s d e P e d a g o g ía , n ° 1 6 9 , 3 0 -3 3 .
M a rtin , J. (1 9 9 3 ) . ¿ E s el d is e ñ o d e u n id a d e s d id á c tic a s u n a ta re a
al a lc a n c e d e to d o s lo s p ro fe s o re s ? : P ro p u e s ta d e Itinerario-
G u ía p a ra h a c e rlo p o s ib le . E n s e ñ a n z a d e la s C ie n c ia s . B a rc e ­
lona: A c ta s d el IV C o n g re s o In te rn a c io n a l d e In v e s tig a c ió n en
D id á c tic a d e las C ie n c ia s y d e las M a te m á tic a s .
P a rc e ris a , A (1 9 9 2 ). La p la n ific a c ió n d e las a c tiv id a d e s . A u la d e
In n o v a c ió n E d u c a tiv a . n ? 1, 3 7 -3 9 .
P rieto , T. y B la n c o . A . (1 9 9 7 ). L a s c o n c e p c io n e s d e lo s a lu m n o s y
la in v e s tig a c ió n e n D id á c tic a d e la s C ie n c ia s . U n iv e rs id a d de
M á la g a ; S e rv ic io d e P u b lic a c io n e s .
R u é , J. (1 9 9 2 ) . L a p ro g ra m a c ió n a e x a m e n A u la d e In n o v a c ió n
E d u c a tiv a , n * 1, 9 -1 2 .
S a lin a s , D . (1 9 9 0 ) . L o s p ro fe s o re s y la p la n ific a c ió n d e la e n s e ­
ñ a n z a ; ¿ q u é h a g o el lu n e s ? C u a d e rn o s d e P e d a g o g ía , n 2 184,
9 6 -1 0 0 .
S á n c h e z , G . y V a lc á rc e l, M V. (1 9 9 3 ). D is e ñ o d e u n id a d e s d id á c ti­
c a s e n e l á r e a d e la s C ie n c ia s E x p e rim e n ta le s . E n s e ñ a n z a d e
la s C ie n c ia s 1 1 (1 ), 3 3 -4 4 .
S a n to s . M .A . (1 9 9 3 ). A g ru p a m ie n to s flexibles. Sevilla: D ia d a Editora.

P a r a tra b a ja r s o b re p ro p u e s ta s d e e la b o ra c ió n d e u n id a d e s d i­
d á c tic a s y co n el fin d e c o n o c e r o tro s d is e ñ o s , c o n v ie n e a n a liz a r
o tra s p u b lic a c io n e s com o:

B a ra h o n a , S .; B u iz a , C .; N ie d a , J.; P u e n te , J. (1 9 8 0 ). U n a u n id ad
d id á c tic a . C u a d e rn o s d e P e d a g o g ía , n® 1 8 0 , 4 2 -5 0 .
R o d ríg u e z , M . ( 1 9 9 1 ) . L a s u n id a d e s d id á c tic a s y el a p re n d iz a je del
p ro feso r. S ig n o s , n® 3 , 4 -1 3 .
T a n n , S .C . (1 9 9 0 ) . D is e ñ o y d e s a rro llo d e U n id a d e s D id á c tic a s en
la E s c u e la P rim a ria . M a d rid : M o r a la -M E C .

86
 B ib lio g ra fía

U n s e g u im ie n to y e v a lu a c ió n d el p ro yecto , e s d ecir, d el p ro c e ­
s o d e e n s e ñ a n z a a p re n d iz a je , v a a e s ta r im p re g n a d o d e la id ea
q u e s e tie n e d e e v a lu a r. M á s a ú n , c u a n d o la e v a lu a c ió n tra n s m ite
su s re s u lta d o s al resto d e la s o c ie d a d .

P a ra a m p lia r p u n to s d e vista a c e rc a d e la e v a lu a c ió n e s c o n v e ­
n ie n te leer:

A r e a , M . (1 9 9 4 ). U n m o d e lo p a ra la p lan ificació n , d e s a rro llo y e v a ­

lu a c ió n d e U n id a d e s D id á c tic a s . G o b ie rn o d e C a n a ria s : C o n s e ­
je ría d e E d u c a c ió n .
P a c io s , A. y S u á r e z . L.A . (1 9 9 4 ) . C ó m o e v a lu a r el d is e ñ o , la e je c u ­
ción y los re s u lta d o s d e u n a u n id a d d id á c tic a . G o b ie rn o d e C a ­
n a ria s : A u la d e In n o v a c ió n , n * 3 1 . 2 6 -3 0 .
P o rlá n , R .y M a rtín , J. (1 9 9 1 ) . E l d ia rio d e l p ro fe s o r. S e v illa : D ia d a
E d ito ra .

E l p a p e l d el p ro fe s o r q u e d a p ro fu n d a m e n te m o d ific a d o al p a ­
s a r d e s e r la fu e n te d e c o n o c im ie n to a te n e r u n a fu n ció n d e a v e ri­
g u a d o r e in v e s tig a d o r d e u n p ro c e s o q u e s ó lo s e c o n o c e p a rc ia l­
m e n te . S e re q u ie re a d o p ta r la fu n ció n d e e s tu d io s o d e lo q u e s u ­
c e d e e n e l a u la , m e d ia n te u n a in ve s tig a c ió n q u e v a a retro a lim e n -
ta r las p ro p ia s a c c io n e s e n ella. S u rg e la n e c e s id a d d e la in v e s ti­
g a c ió n e n la a c c ió n c o m o b a s e d e l e jercicio p ro fesio n al:

A r e a , M . (1 9 9 3 ) . U n id a d e s d id á c tic a s e in v e s tig a c ió n e n e l a u la .
C o n s e je ría d e E d u c a c ió n C u ltu ra y D e p o rte s d el G o b ie rn o d e
C a n a ria s .
E llio t. J . ( 1 9 9 3 ) . E l c a m b io e d u c a tiv o d e s d e la in v e s tig a c ió n -
a c c ió n . M a d rid : M o ra ta .
G a rc ía , J .E . y G a rc ía F.F. ( 1 9 8 9 ) . A p re n d e r in v e s tig a n d o . S e v illa :
D ia d a E d ito ra.
P o rlá n , R y R iv e ro , A . (1 9 9 8 ) . E l c o n o c im ie n to d e lo s p ro fe s o re s .
S e v illa : D ia d a E ditora.

87
 l concepto de «unidad didácti­
E c a» se ha g en e ra liza d o en los
últim os tiem pos al intentar definir la
unidad de program ación del currí­
culum . La idea d e lo que es una unjr
dad didáctica., está profundam ente
ligada al pensam iento del profesor;
L as c o n c e p c io n e s ¿o bre la e n s e ­
ñanza, el m odelo didáctico que sub-
yace en ellas, son elem entos deter­
m in a n te s de lo q u e cada docente
entiende por esta expresión.

En este libro d e la serie práctica se

presenta una v isió n del diseño de
u n id ad es d id ác tica s que p reten de
favorecer la innovación y el cambio
educativo;

B asándose en los problem as prác­

tic o s de los profesores, los autores
p ro p o n e n ta re a s de p la n ific a c ió n
que im plican un «replanteam iento»
d e la e n s e ñ a n za tra d ic io n a l a p o r­
ta n d o in fo rm a c ió n q u e c u e s tio n a
los s u p u e s to s « im p líc ito s » d e ¡a
misma.