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JOSEFA ADÃO ANTÓNIO

Definição do conceito de avaliação


Avaliação é uma reflexão sobre o nível de qualidade do trabalho escolar tanto do professor
como dos alunos. Avaliar é perceber-se do rendimento/aproveitamento escolar dos alunos e
traduzi-lo em dados qualitativos e quantitativos. É perceber-se da incorrecção ou correcção do
trabalho desenvolvido pelo professor para ver se é ou não é necessário uma revisão do PEA.
Em suma, graças a avaliação é possível saber se a aprendizagem está a efectuar-se conforme o
previsto ou não.

PROCEDIMENTOS AUXILIARES DE AVALIAÇÃO


a- A Observação
A génese da observação acompanha o ser humano desde os primórdios da espécie. De facto,
o Homem sempre se socorreu da observação como instrumento de garantia da sua subsistência
e evolução (e.g., aprendizagem por observação). Observar é algo mais que olhar, é captar
significados diferentes através da visualização (cf. SARMENTO, 2004).
Portanto, quem observa atribui necessariamente um sentido significativo ao que vê,
incutindo-lhe um cariz intrínseco que é subjetivo por ser inerente a cada observador. Esse
processo de observação é um instrumento afinado ao ambiente ecológico da ação, permitindo
detetar informações que posteriormente são recolhidas, organizadas, compreendidas e
relatadas. Essas informações proveem necessariamente do foco atencional e do afinamento da
observação em relação ao objetivo do observador.
Atenda-se ao facto de que observadores distintos, perante a mesma realidade, poderem
encontrar-se mais ou menos afinados perante determinado objetivo (e.g., Proença, 1982;
Sarmento, 1991; SARMENTO, 2004). Este fenómeno é influenciado por distintos fatores, entre
os quais se destacam a experiência do observador à realidade observada, a atenção seletiva, o
acoplamento com o objetivo e o ambiente em que se observa.
A individualidade é um constrangimento que actua activa e dinamicamente no decorrer do
processo de observação, não sendo expectável um afinamento totalmente homogéneo intra e
interobservadores, mas apenas um afinamento relativo, que vai aumentando proporcionalmente
à experiência na observação e/ou treino específico de observação (SARMENTO, 1991). O
observável é estritamente humano e espaço-temporal, i.e., o que é recolhido pela observação
emerge da necessidade do conhecimento, mas também pela compreensão das suas acções
particulares (SARMENTO, 2004). Consequentemente, observar não faculta apenas uma
perceção. Observar advém de um conjunto de expectativas intrínsecas do observador (e.g.,
objetivo, experiência) que consequentemente resultam em hipóteses, confirmações ou
reformulações.
A observação desempenha um papel fundamental na melhoria da qualidade do ensino e da
aprendizagem, constituindo uma fonte de inspiração e motivação e um forte catalisador de
mudança na escola.
A observação assume-se como uma capacidade essencial para o uso, sendo fulcral na
análise e avaliação das prestações dos alunos ou e como tal, na própria actividade do docente.
(Aranha, 2007). As funções essenciais da observação estão associadas à identificação de
prestações/rendimentos menos eficazes permitindo ao professor fornecer informação de retorno
sobre a performance ou sobre o resultado ao aluno, i.e., o feedback pedagógico o que contribui
para o aperfeiçoamento da sua prestação e, como tal, produz efeitos benéficos no processo de
aprendizagem.
Nestes contextos, a observação é utilizada como suporte à formação do docente,
permitindo-lhe uma melhor adequação e qualidade do feedback pedagógico a fornecer ao aluno,
já que este momento de prescrição depende da qualidade da observação realizada pelo
professor. Para além dos factores mencionados possibilita, igualmente, a constituição e
adequação dos grupos de nível de proficiência da turma, bem como, a análise do rendimento e
evolução dos alunos proveniente das actividades prescritas, permitindo a regulação do processo
de ensino.
Aranha (2007) enuncia três momentos de observação distintos:
 Pré-observação;
 Obse-rvação e;
 Pós-observação.
A pré-observação caracteriza-se pelo exercitação e preparação para o acto de observar, onde se
exige ao docente a tarefa de planear o que pretende observar, as formas e os momentos da
aplicação. No essencial caracteriza-se pelo plano avaliativo.
Na observação, como acção real no espaço de uma aula, identifica-se a observação directa ou
indirecta quando resultante de um registo de vídeo ou similar. Como principal e crucial
momento para registar e consequentemente avaliar em função dos dados recolhidos, deverão
ser respeitados três princípios: a) objectividade; b) fidelidade e; c) validade.
No princípio da objetividade é enaltecida a importância do observador ser transparente, rigoroso
e pertinente pelo que o seu comportamento dever-se-á caracterizar por se manter imune a um
conjunto de influências ou efeitos;
O princípio da fidelidade relaciona-se com a aplicação do instrumento por diferentes
observadores.
O princípio da validade reporta-se ao facto dos instrumentos utilizados deverem medir aquilo a
que se propõem.
A pós-observação relaciona-se com a análise efetuada sobre os elementos recolhidos,
salientando-se o facto de ser crucial na avaliação (Aranha, 2007).
Os dados recolhidos são muito relevantes pois as informações que deles derivam são
significativas e podem ser utilizados pelo professor para encetar alterações ao processo de
ensino. Deverá ser cumprido o ciclo de recolha, identificação, conjugação de soluções e
verificação da utilidade das soluções preconizadas. É importante não só (re)conhecer o erro,
analisá-lo e emitir uma resposta congruentemente estratificada, mas igualmente, observar e
avaliar essa mesma resposta. A observação permite recolher dados com menor ou maior grau
de precisão usados pelo professor para proceder à avaliação.

Entrevista
Tais questões serão respondidas a partir dos estudos de Miguel (2012), Minayo e Costa
(2018) e Paula (2021).
De acordo com Miguel (2012, p. 12):
A entrevista, nas suas diversas aplicações, é uma técnica de
interação social, interpenetração informativa, capaz de quebrar
isolamentos grupais, individuais e sociais, podendo também servir à
pluralização de vozes e à distribuição democrática da informação. Em
seus mais diversos usos das Ciências Humanas, constitui-se sempre um
meio cujo fim é o inter-relacionamento humano.
MINAYO e COSTA (2018, p. 141), corrobora ao dizer que:
A entrevista, tomada no sentido amplo de comunicação verbal e no
sentido estrito de construção de conhecimento sobre determinado objeto,
é a técnica mais utilizada no processo de trabalho qualitativo empírico.
Constitui-se como uma conversa a dois ou entre vários interlocutores,
realizada por iniciativa de um entrevistador e destinada a construir
informações pertinentes a determinado objeto de investigação.
Para estes autores, a entrevista pode ser categorizada em três tipos, a saber:
 Levantamento de opinião, quando é mediada por um questionário totalmente estruturado,
no qual a escolha dos interlocutores está condicionada às respostas a perguntas formuladas
pelo investigador;
 Entrevista semiestruturada, que combina um roteiro com questões previamente formuladas
e outras abertas, permitindo ao entrevistador um controle maior sobre o que pretende saber
sobre o campo e, ao mesmo tempo, dar espaço a uma reflexão livre e espontânea do
entrevistado sobre os tópicos assinalados (...);
 Entrevista aberta ou em profundidade, que consiste numa interlocução livre, balizada pelos
parâmetros do objeto de estudo. (MINAYO; COSTA, 2018, p.142).
E por fim, Lombardi, Ávila e Paula (2021, p. 17), reforçam que “tradicionalmente, nas
Ciências Sociais, costuma-se definir entrevista como uma situação em que pesquisador e
entrevistado se interrelacionam com o propósito de, respectivamente, coletar e fornecer
informações sobre as mais variadas temáticas”.
As autoras também agrupam a entrevista em três categorias, a saber:
As entrevistas abertas permitem a mais livre expressão dos sujeitos; quando há a presença
de um roteiro, a entrevista é conhecida como entrevista com roteiro semiestruturado ou
entrevista semiestruturada, a condução é feita mediante um formulário com perguntas,
usualmente abertas, ou um roteiro que oriente as perguntas que o pesquisador fará ao
entrevistado durante a conversa face a face.; [...] entrevistas estruturadas são as conduzidas
mediante um formulário de questões fechadas com alternativas de respostas predeterminadas e
pré decodificadas, que também podem conter questões abertas [...] (LOMBARDI; ÁVILA;
PAULA, 2021, p. 17 – grifo nosso).
Sendo assim, a entrevista é vista como um instrumento útil, seja para as ciências humanas
ou ciências sociais, também visto como uma forma de se entender mais sobre um determinado
objeto. Em nosso relato de experiência, tal objeto reside no trabalho do professor em tempos de
pandemia e as diferenças entre as diversas infâncias, promovendo uma oportunidade de troca
de experiências e de reflexão.
Em suma, entrevista de avaliação no processo de Ensino e Aprendizagem é uma das tarefas
que mais exigem atenção do professor, pois do contrário pode não apenas prejudicar o
desempenho do aluno, mas de todo Processo de Ensino e Aprendizagem. Na hora de selecionar
É fundamental que o processo de entrevista seja planificado e adequado às necessidades da
instituição.

Ficha sintética de dados dos alunos


Em conformidade com o site: http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=375 , a
ficha sintética de dados dos alunos é criada a partir da necessidade de se obter informações
específicas dos alunos que frequentam a escola no período noturno, bem como de atender à
necessidade de se registrar, na forma de relatório, a vida escolar do aluno. Na ficha é possível
encontrar dados importantes para o diagnóstico pedagógico do aluno, como:
 Idade.
 Série/turma.
 Nome dos pais e/ou responsáveis.
 Endereço com telefones para contatos.
 Qual é a profissão, onde trabalha e qual é o horário que desenvolve suas atividades.
 Faz curso, qual? Onde e horário?
 Faz acompanhamento médico com especialistas?
 Faz uso de medicamentos controlados?
 É casado?
 Possui filhos?
Todo início de ano, essa ficha individual é preenchida com os dados básicos do aluno, sendo
separadas por turmas e turnos. Os registros acontecem de acordo com a demanda do dia. Nela
são registradas situações como: atrasos, faltas em excesso, gazeteamento de aulas, saídas
antecipadas, desentendimentos com colegas e professores, solicitação de comparecimento dos
pais ou responsáveis, encaminhamentos ao conselho tutelar entre outros, bem como alunos que
se destacam de forma positiva durante o trimestre/semestre.
Tal instrumento tem facilitado o andamento das actividades pedagógicas, pois por meio
dele é possível o acesso a informações importantes que interferem no processo de ensino e
aprendizagem dos alunos. É utilizada, ainda, para registrar o comparecimento da família no
ambiente escolar. Também é um documento de apoio à escola no que diz respeito ao registro e
acompanhamento disciplinar dos alunos.

Exemplo de uma Ficha sintética de dados do alunos

COLÉGIO ESTADUAL OLINDAMIR MERLIN CLAUDINO. ENSINO


FUNDAMENTAL E MÉDIO.

ALUNO(A):__________________________________________________________Nº_________
SÉRIE:____TURMA:____ ANO:__________ DATA DE NASC:___/___/___.IDADE:________
PAI:______________________________________________________Tel:___________________
MÃE:_____________________________________________________Tel:__________________
RESPONSÁVEL:___________________________________________Tel:__________________
ENDEREÇO:____________________________________________________________________
TRABALHA:( )SIM ( )NÃO PROFISSÃO:_______________________________________
LOCAL:______________________________________HORÁRIO:Das_________às__________
FAZ CURSO(S):( ) SIM ( ) NÃO QUAL:_______________________________________
LOCAL:______________________________________HORÁRIO:Das_________às__________
FAZ ACOMPANHAMENTO COM ESPECIALISTAS? QUAL?__________________________
TOMA MEDICAMENTOS? ( ) SIM ( ) NÃO ____________________________________ É
CASADO: ( ) SIM ( ) NÃO TEM FILHO(S): ( ) SIM ( ) NÃO ____________

RELATÓRIO DO ALUNO DO NOTURNO


DATA RELATÓRIO RESP. PELO REGISTRO
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Rua: Guiana, Bairro: Nações nº 544. Tel: 041- 3604.11.97. E-
mail: colegio_olindamir@hotmail.com Fazenda Rio Grande.
Paraná.

Fonte:http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/fichaindvaluno.pf

Atribuição de notas ou conceitos


Em conformidade com o site: https://documentation.brightspace.com/pt-br/le/grades/instructor/grading_concepts.htm ,
percebe-se que o sistema de atribuição de notas determina como as notas do livro
de notas contribuem para as notas finais dos usuários. São três opções: Notas são calculadas
como uma porcentagem de uma nota final que vale 100%. As notas podem valer certo número
de pontos, que são totalizados para dar a nota final.
Entretanto, as notas demonstram de forma abreviada os resultados do processo de
avaliação. Esta avaliação tem também uma função de controle, expressando o resultado em
notas e conceitos. O autor fala também da importância de se valorizar todas as formas de
avaliação, ou instrumentos, e não apenas a prova no fim do bimestre como grande nota absoluta,
que não valoriza o processo. Propõe uma escala de pontos ensinando como utilizar médias
aritméticas para pesos diferentes, por fim, mostra como se deve aproximar notas decimais.

Bibliografia
ALVES, L. Educação Remota: entre a ilusão e a realidade. Interfaces científicas. v.8, n.3,
p. 348 – 365, 2020.
FONSECA, L. A. M. Metodologia científica ao alcance de todos. Manaus: Editora Valer,
2010. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002.
LOMBARDI, M. R.; ÁVILA, M. A.; PAULA, M. A. B. de. O prazer da entrevista em
pesquisas qualitativas. Curitiba : CRV, 2021.
MINAYO, M. C. de S.; COSTA, A. P. Fundamentos teóricos das técnicas de investigação
qualitativa. Revista Lusófona de Educação, v. 40, p. 130-153, 2018.
MIGUEL, F. V. C. A entrevista como instrumento para investigação em pesquisas
qualitativas no campo da linguística aplicada. Revista Odisseia, v. 5, n. 2, jul. 2012.
NEGRÃO, F. C.; MORHY, P. E. D. O cenário da educação pública no Amazonas em
tempos de pandemia. In: MARTINS, G. Estratégias e Práticas para Atividades a Distância.
Quirinópolis, GO: Editora IGM, 2020.
RAYS, O. A. Planejamento da ação pedagógica. Revista Espaço Pedagógico, Passo Fundo,
v. 3, n.1, 1996.
RESTE, C. D. O potencial da entrevista em contexto educativo: uma experiência
investigativa. Educação em Revista [online]. v. 31, n. 4, 2015.
SANTOS, P. K. dos. Avaliação da aprendizagem. Porto Alegre: SAGAH, 2017.
Aranha, A. (2007). Observação de aulas de Educação Física. Vila Real: Universidade de
Trás-os-Montes e Alto Douro.
Bento, J. (1998). Planeamento e avaliação em educação física. Lisboa: Livros Horizonte.

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