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Dedicacao Delta - Semana 07
Dedicacao Delta - Semana 07
DELTA/PR
SEMANA 07
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Larissa Sertorio de Souza Moura - larissa.sertorio@outlook.com
PRÉ EDITAL - DELTA PR
SEMANA 07
SUMÁRIO
SUMÁRIO ........................................................................................................................................... 2
META 01 ............................................................................................................................................. 4
DIREITO PENAL: CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA ........................................................................................... 4
QUESTÕES SOBRE O TEMA ..................................................................................................................................... 16
DIREITO PENAL: CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA ............................................................................................ 33
QUESTÕES SOBRE O TEMA ..................................................................................................................................... 77
META 02 ........................................................................................................................................... 87
DIREITO PROCESSUAL PENAL: LIBERDADE PROVISÓRIA, FIANÇA E QUESTÕES PREJUDICIAIS,
EMENDATIO E MUTATIO LIBELI .......................................................................................................................... 87
QUESTÕES SOBRE O TEMA ................................................................................................................................... 135
META 03 ......................................................................................................................................... 158
MEDICINA LEGAL: PSICOLOGIA FORENSE ....................................................................................................... 158
QUESTÕES SOBRE O TEMA ................................................................................................................................... 186
DIREITO CONSTITUCIONAL: ORGANIZAÇÃO DO ESTADO .......................................................................... 191
QUESTÕES SOBRE O TEMA ................................................................................................................................... 219
META 04 ......................................................................................................................................... 233
DIREITO ADMINISTRATIVO: RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO ...................................................... 233
QUESTÕES SOBRE O TEMA ................................................................................................................................... 254
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL: CRIMES FALIMENTARES............................................................................. 264
QUESTÕES SOBRE O TEMA ................................................................................................................................... 274
CRIMINOLOGIA: CONCEITO, CARACTERÍSTICAS, OBJETO, MÉTODO, FINALIDADE, FUNÇÕES E
CLASSIFICAÇÃO DA CRIMINOLOGIA E HISTÓRIA DA CRIMINOLOGIA .................................................... 279
QUESTÕES SOBRE O TEMA ................................................................................................................................... 308
META 05 ......................................................................................................................................... 324
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL: LEI DE TORTURA.......................................................................................... 324
QUESTÕES SOBRE O TEMA ................................................................................................................................... 332
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL: CRIMES DA LEI DE LICITAÇÕES ................................................................ 344
QUESTÕES SOBRE O TEMA ................................................................................................................................... 354
CRIMINOLOGIA: SOCIOLOGIA CRIMINAL – AS ESCOLAS SOCIOLÓGICAS DO CRIME ........................... 359
QUESTÕES SOBRE O TEMA ................................................................................................................................... 408
META 06 - ASSERTIVAS CORRETAS: ....................................................................................... 420
DIREITO PENAL: CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA ....................................................................................... 420
DIREITO PENAL: CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA .......................................................................................... 429
DIREITO PROCESSUAL PENAL: LIBERDADE PROVISÓRIA, FIANÇA E QUESTÕES PREJUDICIAIS,
EMENDATIO E MUTATIO LIBELI ........................................................................................................................ 435
MEDICINA LEGAL: PSICOLOGIA FORENSE ....................................................................................................... 446
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META 01
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Fato criminoso: deve ser fato passado, pois se for futuro é instigação ao crime. Não cave
se for contravenção penal.
Autor de crime: conforme a doutrina majoritária, deve ser alguém condenado com
trânsito em julgado pela prática de crime. Também não vale contravenção, tampouco
pessoa acusada / investigada, mas não condenada definitivamente, haja vista o princípio
da presunção de inocência e a redação do artigo.
Embora exista o direito à liberdade de expressão, ela não deve englobar elogios a
crimes ou criminosos, que isso caracteriza uma incitação indireta à prática de delitos.
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http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=182124
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Além disso, o ministro considerou que o evento possui caráter nitidamente cultural,
já que nele são realizadas atividades musicais, teatrais e performáticas, e cria espaço para o
debate do tema por meio de palestras, seminários e exibições de documentários
relacionados às políticas públicas ligadas às drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas.
Celso de Mello explicou que a mera proposta de descriminalização de determinado
ilícito penal não se confunde com o ato de incitação à prática do delito nem com o de
apologia de fato criminoso. “O debate sobre abolição penal de determinadas condutas
puníveis pode ser realizado de forma racional, com respeito entre interlocutores, ainda que
a ideia, para a maioria, possa ser eventualmente considerada estranha, extravagante,
inaceitável ou perigosa”, ponderou.
Sujeito ativo: Qualquer pessoa (pelo menos três – tratando-se de crime plurissubjetivo,
de concurso necessário de condutas paralelas).
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Ademais, o tipo exige fim específico para cometer CRIMES, no plural. Se for apenas
um crime, será um concurso eventual de pessoas, não caracterizando associação criminosa.
Importa dizer que é crime AUTÔNOMO, que além de não depender da prática dos
demais crimes para ser punido, caso estes efetivamente ocorram, os agentes responderão
por eles em concurso material com associação criminosa.
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No tipo da organização o legislador ainda limitou os crimes aos que possuem pena
máxima superior a 4 anos ou que sejam de caráter transnacional.
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* Lembrar que o crime de extorsão mediante sequestro cometido por associação criminosa
é qualificado (e conforme já explicamos, não é bis in idem condenar pelos 2).
Art. 8º: Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista no art.
288 do Código Penal, quando se tratar de crimes hediondos, prática
da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins ou
terrorismo.
Parágrafo único. O participante e o associado que denunciar à
autoridade o bando ou quadrilha, possibilitando seu
desmantelamento, terá a pena reduzida de um a dois terços.
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Veja que são vários os núcleos, desde apenas integrar até custear.
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Se diferencia da associação criminosa por restringir o objetivo aos crimes do CP (se for da
legislação extravagante, pode caracterizar outro delito, como o do 288); não demanda o
número mínimo de pessoas; e se direciona, pelo seu teor, a grupos de maior gravidade,
visando, sobretudo, impedir a figura de “justiceiros” na forma de grupos de extermínio,
por exemplo.
Milícia privada:
É um grupo armado de pessoas (civis ou não), que diz ter como objetivo a devolução da
segurança que é retirada sociedade, sobretudo, das comunidades mais carentes,
restaurando a paz. No entanto, se utiliza de violência e grave ameaça para isso, ignorando
o monopólio estatal de controle social. (Direito Penal Paralelo)
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Organização paramilitar:
Organização paralela de civis armados, como se fosse um exército, ou seja, “imitando” a
corporação militar oficial.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
- Direito Penal – Parte Especial – Volume 2 – 12ª edição – Cleber Masson;
- Manual de Direito Penal – Parte especial – 11ª edição – Rogério Sanches Cunha.
- Curso de Direito Penal – Parte especial – Vol. 3 – Arts. 213 a 361 do Código Penal – 3ª
edição – Guilherme de Souza Nucci.
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a)Sua configuração exige a associação de mais de três pessoas para o fim específico de cometer crimes,
consumando-se independentemente de prévia condenação de quaisquer de seus membros pela prática de
quaisquer dos crimes para os quais a associação foi estabelecida.
b)Sua configuração exige a associação de mais de três pessoas para o fim específico de cometer crimes e
a condenação de ao menos um de seus membros por, no mínimo, um desses crimes para os quais a
associação foi estabelecida, ainda que não se comprove a reiteração criminosa.
c)Sua configuração exige a associação de três ou mais pessoas para o fim específico de cometer crimes e
a condenação de ao menos um de seus membros por, no mínimo, um desses crimes para os quais a
associação foi estabelecida, ainda que não se comprove a reiteração criminosa.
d) Sua configuração exige a associação de três ou mais pessoas para o fim específico de cometer crimes,
consumando-se independentemente de prévia condenação de quaisquer de seus membros pela prática de
quaisquer dos crimes para os quais a associação foi estabelecida.
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Nesse ato, evidenciou-se, em uma degravação, que José havia solicitado certa quantia em dinheiro
a um comerciante, Pedro, para não interditar seu estabelecimento comercial, e que José havia combinado
encontrar-se com Pedro para realizarem essa transação financeira. Na interceptação, foram captadas,
ainda, conversas em que José e outros quatro fiscais não identificados discutiam a forma de solicitar
dinheiro a comerciantes, em troca de não autuá-los, e a repartição do dinheiro que seria obtido com isso.
No dia combinado, Pedro encontrou-se com José, e, pouco antes de entregar-lhe o dinheiro que
carregava consigo, policiais que haviam instalado escuta ambiental na sala do fiscal mediante autorização
judicial prévia deram voz de prisão em flagrante a José, conduzindo-o, em seguida, à presença da
autoridade policial.
Em revista pessoal, foi constatado que José portava três cigarros de maconha. Questionado, o
fiscal afirmou ter comprado os cigarros de um estrangeiro que trazia os entorpecentes de seu país para o
Brasil e os revendia perto da residência de José. A autoridade policial deu andamento aos procedimentos,
redigiu o relatório final do inquérito policial e o encaminhou à autoridade competente.
Caso José seja denunciado pelo crime de associação criminosa, ele poderá valer-se, antes ou após a
prolação da sentença, da colaboração premiada para identificar os demais fiscais que participaram do
delito. Se a colaboração for posterior à sentença, será admitida a progressão de regime prisional ao
colaborador, ainda que ausentes os requisitos objetivos para a sua concessão.
( ) Certo ( ) Errado
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pelo direito. É um bem jurídico tutelado no delito de Associação Criminosa previsto no artigo 288 do
Código penal:
a)fé pública.
b)patrimônio público.
c)costumes.
d) paz pública.
e)incolumidade pública.
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azar, bem como panfletos de propaganda das atividades que ali se iniciariam em uma semana, além de
mais de 20 máquinas caça-níqueis.
No caso de três ou mais pessoas associarem-se com a intenção de cometer um único assalto a banco,
estará configurado o crime de associação criminosa.
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( ) Certo ( ) Errado
Os tipos penais definidos como incitação ao crime e apologia de crime são espécies de crimes contra a
paz pública.
( ) Certo ( ) Errado
a)A incitação ao crime, nos termos do artigo 286 do CP, destina-se ao estímulo de um número
indeterminado de pessoas à prática de crime determinado e futuro, sendo que a apologia ao crime e ao
criminoso, nos termos do artigo 287 do CP, diz respeito ao delito passado, haja vista que se faz
publicamente elogio ou exaltação a fato criminoso ou a autor de crime.
b)A associação criminosa do artigo 288 do CP pune a associação de 04 ou mais pessoas, as quais se unem,
com hierarquia e estabilidade, à prática de diversos crimes.
c)A constituição de milícia privada, crime do artigo 288-A do CP, é a mesma associação criminosa do
artigo 288 do CP, diferenciando-se apenas no número de integrantes.
d)Tanto a associação criminosa quanto a constituição de milícia privada exigem o número de dois
integrantes apenas a sua configuração, sendo irrelevante se a prática de crimes condiz com os previstos
no Código Penal ou em Leis Especiais Penais.
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e)A associação criminosa encontra previsão legal na Lei de nº 12.850/2013, a qual definiu organização
criminosa.
a)É possível haver esse tipo de associação criminosa para a prática de crimes preterdolosos.
b)A finalidade consiste na prática de crimes previstos no Código Penal e na legislação penal extravagante,
para a subsunção ao artigo 288-A do Código Penal.
c)Tendo em vista que o tipo penal não exige o número mínimo de participantes, é possível o crime de
constituição de milícia privada com mais de um agente.
d)Em que pese o fato de o tipo penal não exigir um número mínimo de participantes, tampouco os
requisitos da estabilidade e da permanência, a doutrina e a jurisprudência têm sustentado que a quantidade
mínima de 3 (três) pessoas, além da estabilidade e da permanência, são requisitos ínsitos ao tipo do artigo
288-A do Código Penal, tal como sucede em relação ao artigo 288 do mesmo diploma legal.
e)A consumação exige a efetiva prática de crimes por parte de organização paramilitar, milícia particular,
grupo ou esquadrão.
( ) Os crimes definidos no Código Eleitoral são exclusivamente dolosos. Em alguns deles, no preceito
secundário, não há previsão da pena mínima em abstrato, somente a cominação da sanção máxima
aplicável. Em tais circunstâncias, a pena mínima será de 15 dias para a pena de detenção e de um (1) ano
para a de reclusão.
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( ) A corrupção eleitoral, em sua modalidade ativa, é crime comum e de conduta livre, direcionada a
eleitor determinado ou determinável, que abrange a compra do voto, no que se incluem o voto em branco
e o voto nulo, e a compra da abstenção ou promessa de abstenção de voto.
( ) Crime de perigo abstrato, a associação criminosa, diferentemente do crime de milícia privada, exige
o ajuntamento mínimo de três pessoas, ainda que nem todas se conheçam reciprocamente, para o fim
específico de cometimento de crimes, no plural, embora não seja necessário que estes efetivamente
ocorram. O abandono ou voluntário recesso de qualquer associado não o eximirá de pena, e se a sua
retirada fizer descer o quorum mínimo, cessará a permanência, mas não se apagará o crime, devendo
todos os associados responder pelo delito. A tentativa é inadmissível.
( ) Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 anos, com ele praticando infração penal ou
induzindo-o a praticá-la, previsto no art. 244-B do ECA, realizável também por quaisquer meios
eletrônicos, inclusive sala de bate-papo na internet, é crime formal.
a)V – F – F – F.
b)F – F – V – V.
c) F – V – F – V.
d) F – V – V – F.
e)V – F – V – V.
a)não caracteriza crime de associação criminosa, pois, havendo mais de três agentes, caracteriza-se a
organização criminosa, dado o princípio da especialidade.
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b)só poderá ser caracterizada como crime de organização criminosa se a pena máxima prevista pelos
delitos praticados for igual ou superior a quatro anos e se estes tiverem caráter transnacional.
c)configura crime de roubo em concurso de pessoas, em face da associação transitória dos agentes, já que
não houve divisão de tarefas nem hierarquia entre eles.
d)só poderá ser caracterizada como crime de associação criminosa se os outros agentes forem maiores
de idade ou praticarem pelo menos um roubo.
e)configura crime de associação criminosa, ainda que os agentes sejam quatro e a pena máxima prevista
para a prática do crime de roubo seja superior a quatro anos.
a)A conduta de constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização paramilitar, milícia
particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos no CP
configura crime contra a paz pública, sendo considerada como crime vago, uma vez que o sujeito passivo
é a coletividade.
b)A doutrina e a jurisprudência são unânimes ao afirmar que configura crime de desacato quando um
tenente da polícia militar, no exercício de sua função, ofende verbalmente, em razão da função exercida,
um de seus subordinados.
c)Amolda-se no tipo legal de calúnia, previsto nos crimes contra a honra, a conduta de instaurar
investigação policial contra alguém, imputando-lhe crime de que se sabe ser inocente.
d)Constituem crime de corrupção ativa, praticado por particular contra a administração geral, as condutas
de dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer outra vantagem a testemunha, perito, contador,
tradutor ou intérprete, para fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade em depoimento, perícia,
cálculos, tradução ou interpretação.
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e)A fraude processual será atípica, se a inovação artificiosa do estado de coisa, de pessoa ou de lugar, com
o fim de induzir a erro o juiz, ocorrer antes de iniciado o processo penal.
14 - 2016 - CESPE - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - Área Judiciária
Acerca dos crimes contra a fé pública e dos crimes praticados por associações ou organizações
criminosas, assinale a opção correta.
a)Aquele que falsifica documento para, em seguida, usá-lo em procedimento subsequente comete os
crimes de falsificação de documento e de uso de documento falso, haja vista a presença de dolos distintos
e autônomos em relação a cada conduta praticada.
b)A falsidade ideológica é configurada pelo dolo genérico de se omitir, em documento público ou
particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa
da que devia ser escrita, mesmo que não enseje proveito ilícito ou prejuízo a terceiros.
c)A estabilidade e a permanência nas relações entre os agentes reunidos em conjugação de esforços para
a prática reiterada de crimes são essenciais para que se configure a associação criminosa, diferenciando-
se essa do simples concurso eventual de pessoas para realizaram uma ação criminosa.
d)A associação criminosa, denominação atual do antigo crime de quadrilha ou bando, por ser crime
material, só se realiza quando mais de três pessoas se reúnem, em caráter estável e permanente, para o
cometimento de crimes, consumando-se com a prática efetiva de um delito.
e)A conduta de se colocar em circulação uma única cédula falsa, no valor de cinquenta reais, não pode
ser reputada como algo que efetivamente perturba o convívio social, sendo admissível enquadrá-la como
materialmente atípica pela incidência do princípio da insignificância.
a)deve ter a pena aumentada até o dobro, se houver a participação de criança ou adolescente.
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b)consiste na associação de mais de três pessoas para o fim específico de cometer crimes.
c)deve ter a pena aumentada até a metade, se houver a participação de criança ou adolescente, não
retroagindo tal disposição.
d)conduz à aplicação da pena em dobro, se a associação é armada.
e)deve ter a pena aumentada até a metade, se a associação é armada, não retroagindo tal disposição.
a)A conduta de custear milícia privada para a prática de homicídios é tipificada como crime de associação
criminosa.
b)No crime de associação criminosa, incide causa de aumento de pena o fato de a associação ser armada
ou haver participação de criança ou de adolescente.
c)Constitui crime incitar terceira pessoa a praticar conduta punida pela lei como contravenção penal.
d)Funcionário público que fizer apologia de fato criminoso praticará, na forma qualificada, delito de
apologia de crime ou criminoso.
e)O crime de associação criminosa caracteriza-se pela união de duas ou mais pessoas com o fim específico
de cometer crimes.
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a)III e IV.
b)I e III.
c)II e IV.
d)I.
e)II.
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a)O art.288-A do Código Penal brasileiro constitui um tipo penal aberto, posto que o legislador deixara
de definir o que se pode entender por “organização paramilitar”, “milícia particular”, “grupo” e
“esquadrão”.
b)Para configuração do crime de associação criminosa não se exige a realização do fim visado, mas tão
somente o simples fato de figurar como integrante da associação
c)Como a nova redação do tipo penal previsto no art.288 do Código Penal brasileiro exige a associação
de apenas três pessoas, esta se caracteriza como norma mais severa e, assim, irretroativa neste aspecto.
d)O crime de constituição de milícia privada caracteriza-se como delito plurissubjetivo ou de concurso
necessário.
e)O crime de constituição de milícia privada não exige, para sua configuração, um elemento subjetivo
especial, podendo a prática recair sobre qualquer crime previsto no ordenamento jurídico brasileiro.
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a)O agente que faz uso de selo público destinado a autenticar atos oficiais de Estado sujeita-se à pena de
reclusão de dois a quatro anos e multa
b)No caso da prática de peculato culposo, se reparar o dano que causou à administração pública após ser
sentenciado, o agente poderá beneficiar-se da extinção da punibilidade, caso ainda não tenha ocorrido o
trânsito em julgado da sentença condenatória.
c)Causar incêndio, expondo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem só é punível na
modalidade dolosa.
d)A prática de constituir, organizar ou manter milícia particular sujeita o agente à pena de reclusão de três
a oito anos e multa.
e)A prática de falsificar papel de crédito público que não tenha curso legal sujeita o agente à pena de
reclusão de dois a oito anos e multa.
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Em cada uma das opções a seguir, é apresentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser
julgada, acerca de crimes contra a fé pública, contra a incolumidade pública e contra a paz pública.
Assinale a opção em que a assertiva está correta.
a)O veículo de um funcionário de determinada empresa de digitação que havia deixado, em seu interior,
material de trabalho sigiloso consistente em cópias de provas e gabaritos a serem utilizados em concurso
público para o preenchimento de cargos de determinado município, foi furtado, tendo o agente subtraído,
além de objetos de cunho patrimonial, as referidas cópias. Nessa situação, se o conteúdo do material
sigiloso for divulgado, o funcionário por ele responsável responderá pela prática de crime de fraude em
certame de interesse público, na modalidade culposa.
b)João, penalmente imputável, utilizando a rede mundial de computadores, incitou determinado grupo
de pessoas à prática de determinado crime. Dos vários destinatários que receberam a mensagem por ele
enviada, um cometeu o delito, tendo os demais restado inertes. Nessa situação, João será considerado
partícipe da infração estimulada.
c)Marcos, penalmente imputável, falsificou cartão de crédito e débito fazendo nele constarem dados
falsos, de modo a facilitar futuras fraudes. Nessa situação, a falsificação do cartão de crédito equipara-se,
para fins penais, à falsificação de nota promissória e de cheque, títulos de crédito equiparados a
documento público.
d)Manoel, penalmente imputável, adquiriu e guardou em depósito material explosivo destinado à
fabricação de uma bomba, que ele pretendia utilizar para explodir um edifício público. Antes de levar a
cabo seu intento, o material foi apreendido pela autoridade policial competente. Nessa situação, a conduta
de Manoel caracteriza meros atos preparatórios para o delito de explosão, não podendo Manoel ser
punido.
e)Armando, penalmente imputável, visando instruir processo seletivo para determinado cargo público,
falsificou diploma de conclusão de curso superior de uma universidade federal, entretanto, na fase de
apresentação de documentos, desistiu da seleção e não apresentou o diploma. Nessa situação, ainda que
não tenha apresentado o documento, Armando responderá pela prática do crime de falsificação de
documento público.
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I - É muito comum na entrada dos estádios de futebol, principalmente em grandes jogos, a presença de
pessoas popularmente conhecidas como cambistas, ou seja, sujeitos que vendem ingressos para o evento
esportivo por preço superior ao estampado no bilhete oficial. Às vésperas da realização de uma Copa do
Mundo no Brasil, o país ainda não conta com um tipo penal específico para criminalizar esse tipo de
conduta.
II - O homicídio praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, é
conduta que já encontra previsão específica quanto à tipicidade no ordenamento penal brasileiro vigente.
III - A exigência de cheque-caução, nota promissória ou qualquer outra garantia como pressuposto para
o atendimento médico-hospitalar de emergência, independentemente do resultado naturalístico
produzido, configura infração administrativa, porém não configura crime por falta de previsão legal.
IV O crime de poluição é um dos mais graves contra o meio ambiente: “Causar poluição de qualquer
natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem
a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora." Então, o caput do artigo 54. da Lei n°
9.605/98, consiste em um crime de dano ou de perigo à saúde humana e, necessariamente, de dano à
fauna e à flora.
a)Apenas a I .
b)Apenas a I e a II.
c)Apenas a II e a III .
d)Apenas a II e a IV.
e)Apenas a I, a III e a IV.
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a)Caracteriza bis in idem a condenação por crime de quadrilha armada e roubo qualificado pelo uso de
armas e concurso de pessoas.
b)Para a caracterização do crime de falsificação parcial de documento público, exige-se a produção de
dano a terceiro.
c)Não cometerá o crime de falsidade ideológica o indivíduo que deixar de declarar a verdade para a
formação de documento, se o servidor público que receber a declaração estiver adstrito a averiguar,
propiis sensibus, a veracidade desta
d)Ocorre a continuidade delitiva entre os crimes de estelionato, de receptação e de adulteração de sinal
identificador de veículo automotor praticados pelo mesmo agente, no mesmo contexto fático.
e)Para a configuração do crime de favorecimento real, a pessoa a quem o agente auxiliar já deverá ter
consumado o crime anterior, sendo-lhe assegurada a fuga
a)a tentativa é teoricamente possível, desde que o meio de fazer apologia não seja o oral.
b)se trata de contravenção penal.
c)se trata de crime conta a incolumidade pública.
d)se trata de crime próprio.
e)se trata de crime material.
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a)A modificação das penas da associação ao tráfico, trazidas pela nova lei de drogas, interfere nas penas
do crime de quadrilha voltada à prática dos demais crimes hediondos.
b)O vínculo estável entre agentes com a finalidade da prática de uma série indeterminada de crimes
consuma o delito de associação ao tráfico, independentemente da prática de qualquer realização concreta
de tráfico ou financiamento ao tráfico de entorpecente, evidenciando o caráter autônomo e formal do
delito associativo.
c)Não há na nova lei de drogas previsão da associação eventual como causa de aumento de pena do crime
de tráfico, o que anteriormente era extraído pela jurisprudência da redação do antigo art. 18, III, da Lei
nº 6.368/76. Assim, é forçoso reconhecer que, neste ponto, a nova lei é mais benéfica, não retroagindo,
contudo sobre os processos já julgados.
d)A configuração do delito de associação criminosa independe da realização ulterior dos delitos
compreendidos no âmbito de suas projetadas atividades, bastando que se impute a todos eles as infrações
praticadas por determinados membros da societas sceleris.
Respostas: 01: D 02: C 03: D 04: B 05: B 06: C 07: E 08: C 09: A 10: D 11: E 12: E 13: A 14:
C 15: C 16: B 17: D 18: C 19: B 20: E 21: D 22: C 23: E 24: E 25: D 26: C 27: A 28: B 29:
D
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Inicialmente, devemos elencar aqui alguns requisitos que devem estar presentes em todos
os crimes de falso, quais sejam:
Imitatio veri (imitação da verdade): Deve haver imitação ou modificação do
verdadeiro objeto do crime;
Dano potencial: A falsificação deve ser convincente, apta a enganar um número
indeterminado de pessoas – não há necessidade de prejuízo concreto;
Dolo: não há crimes contra a fé pública culposos.
COMPETÊNCIA DE JULGAMENTO:
2 - Em se tratando de uso de documento falso, que não seja pelo mesmo agente
responsável pela falsificação do documento (já que o uso será post factum impunível), é
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irrelevante a verificação do órgão expedidor desse documento (se federal ou estadual) para
fins de competência, já que esta será determinada em virtude da pessoa física ou
jurídica prejudicada pelo uso, ou seja, a qual foi apresentado o documento (Súmula 546
do STJ)
3 - Em caso de uso de documento falso pelo próprio autor da falsificação, pelas razões
já explicadas no tópico anterior (aplicação do princípio da consunção), a competência será
determinada pela natureza do documento, já que o crime, na verdade, será apenas o de
falso, e assim independerá de quem foi a pessoa física ou jurídica prejudicada pelo seu uso.
CAPÍTULO I
Bem jurídico tutelado: a fé pública, no tocante à emissão de moeda de curso legal, sendo
que a proteção recai não apenas sobre o interesse dos particulares, mas também do Estado,
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2
Manual de Direito Penal – Parte Especial.
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Sujeito ativo: crime comum, qualquer um pode ser sujeito ativo do presente delito. Por
sua vez, na figura qualificada do §3º, o sujeito ativo é o funcionário público, diretor,
gerente ou fiscal de banco de emissão (crime próprio). É possível participação.
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Jurisprudência:
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CONDUTA EQUIPARADA:
§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou alheia, importa ou exporta,
adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa.
ATENÇÃO! Somente poderá ter sua conduta subsumida ao disposto neste parágrafo o
agente que não concorreu, de qualquer modo, para a falsificação (se concorreu será post
factum impunível).
FIGURA PRIVILEGIADA
3
https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2019/06/25/certo-ou-errado-utilizacao-de-papel-moeda-
grosseiramente-falsificado-pode-configurar-o-crime-de-estelionato/
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§2º - Quem, tendo recebido de boa-fé (senão será o § 1º), como verdadeira, moeda falsa
ou alterada, a restitui à circulação, depois de conhecer a falsidade (NÃO SE ADMITE
O DOLO EVENTUAL), é punido com detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
Assim, caso o agente só saiba da falsidade depois de transmitir a moeda, não responderá
pelo delito, nem mesmo caso se recuse a receber de volta ou a indenizar o recebedor após
a descoberta. No máximo, isso deve ser solucionado no campo cível.
Quem apenas guarda a moeda, sem intenção de restituir à circulação também não o
comete.
STJ entendeu cabível a aplicação das agravantes "contra ascendente, descendente, irmão
ou cônjuge" ou "contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida".
(HC 211.052-RO, Rei. Min. Sebastião Reis Júnior, Rei. para acórdão Min. Rogerio Schietti
Cruz, julgado em 5/6/2014).
CRIME FUNCIONAL
§ 3º - É punido com reclusão, de três a quinze anos, e multa, o funcionário público ou
diretor, gerente, ou fiscal de banco de emissão que fabrica, emite ou autoriza a
fabricação ou emissão:
I - de moeda com título ou peso inferior ao determinado em lei;
II - de papel-moeda em quantidade superior à autorizada. Nota-se que a lei não
menciona a moeda metálica, sendo atípica a conduta nesse sentido.
§ 4º - Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz circular moeda, cuja circulação não
estava ainda autorizada.
Crime comum.
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Os 2 parágrafos acima são normas penais em branco, vez que outra lei é que determinará
o título ou o peso e que a quantidade também deve ser autorizada por outra norma.
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Emitir, sem permissão legal, nota, bilhete, ficha, vale ou título que contenha promessa de
pagamento em dinheiro ao portador ou a que falte indicação do nome da pessoa a quem
deva ser pago:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único - Quem recebe ou utiliza como dinheiro qualquer dos documentos
referidos neste artigo incorre na pena de detenção, de quinze dias a três meses, ou multa.
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CAPÍTULO II
DA FALSIDADE DE TÍTULOS E OUTROS PAPÉIS PÚBLICOS
III - vale postal; este inciso foi revogado pelo art. 36 da Lei 6.538/78 que pune, de forma
especial, o crime de falsificação do vale postal.
IV - Cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa econômica ou de outro
estabelecimento mantido por entidade de direito público;
Tratando-se de caderneta de depósito referente a estabelecimento privado, outro será o
crime (arts. 297 ou 298, conforme as circunstâncias do caso).
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O alvará expedido para outros fins – que não o levantamento de determinada quantia -
(como por exemplo, entrada de menores em estabelecimentos de diversão), configurará o
delito do art. 297 do CP.
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§2º - Suprimir, em qualquer desses papéis, quando legítimos, com o fim de torná-los
novamente utilizáveis, carimbo ou sinal indicativo de sua inutilização:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. (Médio potencial ofensivo)
Exige especial fim de agir, porém, dispensável que venha a efetivamente ocorrer para a
consumação, por tratar-se de crime formal.
§ 3º - Incorre na mesma pena quem usa, depois de alterado, qualquer dos papéis a que se
refere o parágrafo anterior. (Como você já deve saber, se quem suprimiu o carimbo ou
sinal indicativo de inutilização é aquele que o usa em conduta subsequente, será punido
somente pela primeira prática criminosa).
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§ 4º - Quem usa ou restitui à circulação, embora recibo de boa-fé, qualquer dos papéis
falsificados ou alterados, a que se referem este artigo e o seu § 2º, depois de conhecer a
falsidade ou alteração, incorre na pena de detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos,
ou multa. (menor potencial ofensivo)
§ 5o Equipara-se a atividade comercial, para os fins do inciso III do § 1o, qualquer forma
de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em vias, praças ou outros
logradouros públicos e em residências.
Este crime (art. 294) ficará absorvido pelo art. 293, caso o agente, ao adquirir o objeto
destinado a falsificar, efetivamente contrafaça algum dos papeis de que trata este último
dispositivo.
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CAPÍTULO III
DA FALSIDADE DOCUMENTAL
Não tipifica o delito do art. 296, II, do CP, quando o acusado falsifica o carimbo
para reconhecimento de firma em tabelionato. Esse carimbo não é sinal público
(RT571/394).
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Tentativa: Admite.
(E note que este capítulo não prevê o crime autônomo de petrechos para falsificação).
Pune-se aqui a falsidade material, que é aquela que diz respeito à forma do
documento.
A falsificação pode ser total, hipótese em que o documento é inteiramente criado,
ou parcial, adicionando-se, nos espaços em branco da peça escrita, novos (e relevantes)
elementos. Já na conduta alterar, o agente modifica documento público existente (e
verdadeiro), substituindo ou alterando dizeres inerentes à própria essência do documento.
O uso do documento falsificado pelo agente falsificador é post factum impunível, em
razão do princípio da consunção;
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É preciso, ainda, que seja o documento público. Nesse tanto, a doutrina o classifica
de duas formas:
a) documento formal e substancialmente público: emanado de agente público no
exercício de suas funções e seu conteúdo diz respeito a questões inerentes ao interesse
público (atos legislativos, executivos e judiciários);
b) documento formalmente público, mas substancialmente privado: aqui, o
interesse é de natureza privada, mas o documento é emanado de entes públicos (atos
praticados por escrivães, tabeliães etc).
Segundo o STF, Prefeito que, ao sancionar lei aprovada pela Câmara dos
Vereadores, inclui artigo que não constava originalmente no projeto votado pratica o
crime de falsificação de documento público (art. 297, § 1º do CP).
Tem doutrina que argumenta que a cópia reprográfica, ainda que autenticada, não
constitui documento público. Sanches discorda, pois se trata de documento autenticado
por oficial público ou cartório.
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Há necessidade de perícia.
Segundo o STF, Prefeito que, ao sancionar lei aprovada pela Câmara dos
Vereadores, inclui artigo que não constava originalmente no projeto votado pratica o
crime de falsificação de documento público (art. 297, § 1º do CP).
Neste caso, o fato de o réu ser prefeito e, logicamente funcionário público, não
pode ser utilizado como circunstância desfavorável apta a aumentar a pena base, mas tão
somente como causa de aumento de pena, sob pena de configurar bis in idem.
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Vale relembrar:
Para o STJ, nos termos de sua súmula 17, quando o falso é utilizado como meio para a
prática de estelionato e se exaure neste sem mais potencialidade lesiva, é por este
absorvido. Hipótese em que o crime-meio é de gravidade igual (caso seja falsificação de
documento particular) ou mais grave (caso seja falsificação de documento público) que o
crime-fim, mas é por este absorvido.
Contudo, para o STF o agente deve responder em concurso formal pelos dois delitos,
justificando que há violação a bens jurídicos diversos (no entanto, já aplicou a súmula 17
do STJ também, de modo que o entendimento sumulado prevalece, mas é bom saber).
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§ 3o Nas mesmas penas incorre quem INSERE ou FAZ INSERIR: Nota-se que há aqui,
bem como no §4º) exceções em que a falsidade, na verdade, não é material, mas
sim ideológica, tendo em vista que o documento é verdadeiro, mas as informações
inseridas não.
I - na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer
prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado
obrigatório;
II - na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que
deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria
ter sido escrita;
III - em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as
obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que
deveria ter constado.
- Tratando-se de autor funcionário público, não incidirá a causa de aumento do §1º, tendo
em vista sua posição topográfica, de modo que se aplica apenas ao caput.
§ 4o Nas mesmas penas incorre quem omite (modalidade omissiva) nos documentos
mencionados no § 3o, nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência
do contrato de trabalho ou de prestação de serviços. STJ (Inf. 554): compete à Justiça
Federal processar e julgar o crime caracterizado pela omissão de anotação de
vínculo empregatício na CTPS (art. 297, § 4º);
STJ: A simples omissão de anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS)
não configura, por si só, o crime de falsificação de documento público (art. 297, § 4º, do
CP). Isso porque é imprescindível que a conduta do agente preencha não apenas a
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tipicidade formal, mas antes e principalmente a tipicidade material, ou seja, deve ser
demonstrado o dolo de falso e a efetiva possibilidade de vulneração da fé pública. (REsp
1.252.635-SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 24/4/2014) (Informativo nº
539).
Tentativa: Admite.
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O conceito de documento particular deve ser feito por exclusão, sendo todo aquele
que não seja público ou equiparado a público.
Segundo Mirabete, são documentos particulares os atos públicos nulos como tais,
por serem feitos por oficiais incompetentes ou por não se revestirem das formalidades
legais.
Ademais, a circunstância de ser o documento particular destinado à autoridade
pública não o transforma em público (RTESP 57/358).
Não há necessidade que o documento saia da esfera de poder do falsário. Mas, por
óbvio, para que seja iniciada a ação penal, deve ter sido encontrado com o agente ou
exibido por ele.
Segundo Hungria, caso após intentar a falsificação ou alteração, o falsário suprime
o objeto material do delito, extingue-se a punibilidade pelo arrependimento eficaz, até
porque, terá desaparecido o objeto do crime, impossibilitando que se faça prova de forma
indireta.
O cheque só deve ser considerado como documento particular quando já tiver sido
apresentado ao banco e recusado por falta de fundos, visto não ser mais transmissível por
endosso.
Para a configuração do delito, é preciso que o documento tenha algum interesse
jurídico. Se for totalmente irrelevante para o direito, é objeto absolutamente impróprio.
Falsificação de cartão
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Nucci lembra que, enquanto a nota promissória e o cheque são títulos de crédito
igualados a documento público, pois podem circular no comércio, gerando maiores danos
a terceiros, o cartão de crédito e débito é equiparado a documento particular, cuja pena é
menor. Aduz ainda que a diferença é consistente, pois o cartão não circula.
Relembrando:
Clonagem de cartão + saques na conta bancária da vítima por meio do caixa
eletrônico: furto mediante fraude.
Clonagem de cartão + saques na conta bancária da vítima ou compras em lojas
por meio de atendimento no balcão por funcionário: estelionato.
Além disso, prevalece que, em se exaurindo o falso na conduta do furto ou do estelionato,
aquele será consumido por um destes, em razão da consunção (súmula 17 do STJ, que,
embora o STF tenha decisões em sentido contrário, também a aplica).
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LEMBRE-SE:
FALSIDADE MATERIAL ALTERA-SE O DOCUMENTO;
FALSIDADE IDEOLÓGICA ALTERA-SE AS INFORMAÇÕES INSERIDAS.
Na falsidade material, o documento é perceptivamente falso, ou seja, ao menos para as
autoridades é possível identificar por vias externas que não é verdadeiro.
Já na falsidade ideológica, não há falsidade sensivelmente perceptível, pois é verdadeiro na
forma, mas apenas seu conteúdo que não corresponde à realidade.
Se o agente, além de falsificar ou alterar a forma, ainda insere nele informações falsas, não
responderá por falsidade ideológica, mas apenas pelo falso material, por força do princípio
da consunção.
Prevalece que, em regra, inexiste o crime quando a falsa ideia recai sobre documento
(público ou particular) cujo conteúdo está sujeito à fiscalização da autoridade, como, por
exemplo, na falsa declaração em requerimento de atestado de residência (RT525/349),
declaração de pobreza para obter justiça gratuita, declaração cadastral em geral como em
hotéis, por ex., dentre outros.
STJ: Não é típica a conduta de inserir, em currículo Lattes, dado que não condiz com a
realidade.
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Nos termos do art. 130 da lei n° 7.210/84 (LEP), constitui o crime de falsidade ideológica
declarar ou atestar falsamente prestação de serviço para fim de instruir pedido de remição
de pena.
Acusada, movida por vaidade feminina, foi absolvida pelo fato de haver promovido novo
registro de nascimento, buscando parecer mais jovem do que o namorado com quem ia
casar-se (RT 447/367) (Não houve o elemento subjetivo do tipo).
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Como a falsidade ideológica afeta o documento tão somente em sua ideação e não
a sua autenticidade ou inalterabilidade, os tribunais superiores entendem que é
desnecessária a realização de perícia.
Reconhecer, como verdadeira, no exercício de função pública, firma ou letra que o não
seja:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público; e de um a três
anos, e multa, se o documento é particular.
De toda forma, é de médio potencial ofensivo.
Trata-se de crime próprio, que só pode ser praticado por quem exerça função pública,
com poderes para reconhecer firmas ou letras (tabelião de notas, oficial do Registro Civil,
os cônsules etc).
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Se o agente pratica o ato fora do exercício de sua função, ou se não tem legítima competência para o
reconhecimento, não se consuma o crime do art. 300, por deficiência do elemento material.
NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO PÚBLICA É DIFERENTE DE EM RAZÃO DA
FUNÇÃO PÚBLICA!!!!!
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É crime próprio, que restringe sua aplicação ao médico. Assim, dentistas, veterinários,
enfermeiros etc, caso deem atestados falsos no exercício da profissão, incorrerão nas penas
previstas para o delito do art. 299 (falsidade ideológica), que são bem mais gravosas, razão
pela qual há muitas críticas na doutrina em relação ao crime do art. 302, por haver um
desarrazoado privilégio ao médico, violando a proporcionalidade.
A falsidade deve versar, segundo doutrina majoritária, sobre fato relevante (como a
existência ou não de alguma enfermidade ou condição especial de saúde do indivíduo, por
exemplo), e não sobre opinião ou prognóstico do profissional.
Assim, mera opinião emitida pelo profissional, mesmo que equivocada, não
configurará o crime.
Atestar o médico fato ou circunstância, na dúvida, pode caracterizar o dolo
eventual.
Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.
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Reproduzir ou alterar selo ou peça filatélica que tenha valor para coleção, salvo
quando a reprodução ou a alteração está visivelmente anotada na face ou no verso do selo
ou peça:
Pena - detenção, de um a três anos, e multa. O crime em comento agora está previsto na lei
6.538/78. Manteve-se o preceito primário, entretanto, reduzindo-se a pena máxima para 2 (dois) anos,
tornando a infração de menor potencial ofensivo.
É imprescindível que o objeto tenha valor para coleção, sob pena de incidir no art.
293, I.
Parágrafo único - Na mesma pena incorre quem, para fins de comércio, faz uso do selo
ou peça filatélica.
O uso pelo próprio agente falsificador constituirá post factum impunível. Não
admite a tentativa, por se tratar de crime unissubsistente.
Também não se configura o ilícito se, não tendo sido feita a anotação visível a
respeito da reprodução ou alteração, o vendedor anuncia que se trata de selo reproduzido
ou alterado. A essência do delito é a fraude, que não ocorre em tal caso.
Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 297 a
302:
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patrimônio na forma de “dano” (art. 163); se for subtraído para ocultação, por ser valioso
em si mesmo (como um documento histórico), trata-se de delito contra o patrimônio na
modalidade “furto” (art. 155).
Na modalidade ocultar, trata-se de delito permanente.
CAPÍTULO IV
DE OUTRAS FALSIDADES
Art. 306 – Leitura do Código.
Veja que, diferentemente do delito de uso de documento falso, aqui não há apresentação
de documento falso. A falsa identidade se caracteriza pela a atribuição a si mesmo ou a
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É de crime comissivo, de modo que não pratica este crime o agente que se silencia
acerca da qualidade equivocada que lhe atribuem.
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Note que o tipo pune tanto quem usa, como quem cede.
Qualquer documento de identidade alheia carteira de identidade, carteira de
trabalho, CNH etc.
Ao contrário do delito antecedente, não se exige nenhuma finalidade especial.
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Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa. (Médio potencial ofensivo)
Norma penal em branco.
A doutrina menciona que justifica o crime em comento pelo fato que de certas atividades
são vedadas a estrangeiros, como, por exemplo, serviços jornalísticos e radiodifusão,
exploração de jazidas, recursos minerais, potenciais de energia.
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CAPÍTULO V
DAS FRAUDES EM CERTAMES DE INTERESSE PÚBLICO
(Incluído pela Lei 12.550. de 2011)
A doutrina faz forte crítica em relação à inserção do presente capítulo dentro de crimes
contra a fé pública, entendendo, boa parte dos autores, que deveria ter sido inserido no
título “dos crimes contra a administração pública, por tutelar, na verdade, a credibilidade
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Antes da Lei 12.550 de 2011, que incluiu o presente capítulo no Código Penal, a "cola
eletrônica" (utilização de aparelho transmissor e receptor em prova), uma das formas
mais corriqueiras de fraudar os certames de interesse público, era considerada atípica
pelos Tribunais Superiores, vez que a conduta embora fosse próxima de estelionato, não
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preenchia todos os elementos do tipo, de modo que, em face do princípio da reserva legal
e da proibição de aplicação da analogia in malam partem, não poderia ser punido o agente.
Embora haja divergência, a doutrina majoritária entende que, com o artigo em questão, o
problema está plenamente sanado, vez que é impossível obter as respostas às perguntas se
estas não forem divulgadas a terceiros, que não fazem parte do certame, em momento
inadequado. A cola “tradicional” também está inclusa aqui.
§1o Nas mesmas penas incorre quem permite ou facilita, por qualquer meio, o acesso de
pessoas não autorizadas às informações mencionadas no caput.
§ 2o Se da ação ou omissão resulta dano à administração pública:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
§ 3o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o fato é cometido por funcionário
público. Nesse caso, porém, apesar do silêncio da lei, não basta ser servidor
público, mas deve o agente valer-se da sua condição profissional, o que não
significa dizer que o conteúdo sigiloso do certame deva estar entre as suas
atribuições.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
- Direito Penal – Parte Especial – Volume 2 – 12ª edição – Cleber Masson;
- Manual de Direito Penal – Parte especial – 11ª edição – Rogério Sanches Cunha.
- Curso de Direito Penal – Parte especial – Vol. 3 – Arts. 213 a 361 do Código Penal – 3ª
edição – Guilherme de Souza Nucci.
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b)Luiz, delegado de polícia civil, lotado em uma determinada delegacia de polícia, deixou, por indulgência,
de responsabilizar o inspetor Amâncio após tomar conhecimento de que este teria praticado uma
determinada infração. Nesse contexto, pode-se afirmar que o delegado praticou, em tese, o crime de
condescendência criminosa.
c)No crime de incêndio, aumenta-se a pena em dois terços se o delito for praticado em galeria de
mineração.
d)Aquele que dolosamente retém documento de identidade de terceira pessoa responde pelo delito de
supressão de documento.
e)No crime de Falsa Identidade, o agente não apresenta nenhum documento de identidade para se
identificar.
Os livros comerciais, os títulos ao portador e os transmissíveis por endosso equiparam-se, para fins
penais, a documento público, sendo a sua falsificação tipificada como crime.
( ) Certo ( ) Errado
I. Larapius foi preso em flagrante pela prática de um crime de roubo. Ao ser apresentado na Delegacia
de Polícia para ser autuado, atribui-se identidade falsa. Nessa hipótese, de acordo com o entendimento
do Superior Tribunal de justiça, estará cometendo o crime de falsa identidade.
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II. Isolda, ao chegar no edifício aonde reside, chamou de “Matusalém” o porteiro Agostinho, 72 anos de
idade, porque ele demorou para abrir o portão. Isolda praticou o crime de injúria qualificada, art. 140,
parágrafo 3º do Código Penal e agravada pelo fato de ter sido praticada contra idoso.
III. Padarício, visando obter vantagem econômica para si, adulterou a balança de pesagem de produtos
de sua padaria. Alguns meses depois, fiscais estiveram no estabelecimento comercial e constataram a
fraude. Nesse caso, o Delegado de Polícia deverá indiciar Padarício pelo crime de estelionato.
IV. Na farmácia de Malaquias, durante fiscalização, foi constatado que havia medicamentos em depósito,
para venda, de procedência ignorada. Nesse caso, Malaquias poderia ser enquadrado em crime contra a
saúde pública, porém de acordo com o Superior Tribunal de Justiça, a pena prevista para esse crime,
reclusão de dez a quinze anos e multa, seria desproporcional e, portanto, não poderia ser aplicada.
a)Apenas I.
b)Apenas II.
c)Apenas I e IV.
d)Apenas I, II e III.
e)I, II, III e IV.
a)resta caracterizado quando uma pessoa adultera um atestado verdadeiro, a fim de ampliar seus dias de
afastamento do trabalho.
b)exige, em sua forma simples, especial fim de agir
c)além de exigir uma falsidade material, é classificado como crime comum.
d)é uma forma de falsidade ideológica, tipificado de forma autônoma devido à especialidade.
e)está arrolado entre os crimes contra a saúde pública.
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a)Para caracterização do crime de uso de documento falso, é necessário que o documento falso seja
efetivamente utilizado em sua destinação específica.
b)A falsidade é material quando o vício incide sobre o aspecto físico do documento, a sua forma.
c)O crime de moeda falsa não prevê qualquer modalidade culposa.
d)No crime de falsificação de documento público, se o agente é funcionário público e se prevalece do
cargo para cometê-lo, sua pena será aumentada em um sexto.
e)A denominada “cola eletrônica” consistente na utilização de conteúdo sigiloso em certames de interesse
público não pode ser considerada crime.
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A falsa atribuição de identidade só é caracterizada como delito de falsa identidade se feita oralmente, com
o poder de ludibriar; quando formulada por escrito, constitui crime de falsificação de documento público.
( ) Certo ( ) Errado
A falsa atribuição de identidade só é caracterizada como delito de falsa identidade se feita oralmente, com
o poder de ludibriar; quando formulada por escrito, constitui crime de falsificação de documento público.
( ) Certo ( ) Errado
a)Na conduta de fazer inserir, mesmo que o funcionário público tenha conhecimento da inverdade
declarada, este não responde pelo crime.
b)Trata-se de um crime material, estando o crime consumado no momento em que a falsidade produz
prejuízo a terceiro.
c)Promover a inscrição de nascimento inexistente aumenta a pena da sexta parte nos moldes do Parágrafo
Único do Art. 299 do Código Penal, por se tratar de assento de registro civil.
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d)No crime de falsidade ideológica de documento público, as condutas de omitir ou inserir demandam a
participação de funcionário público na condição de sujeito ativo.
e)Se o sujeito ativo for funcionário público, a pena é aumentada da sexta parte, mesmo que este não se
tenha prevalecido de seu cargo.
I. Houve o crime de falsidade ideológica praticado por Túlio, mas que restará absorvido pelo princípio
da especialidade.
II. Trata-se de crime próprio, sendo coautores Joana e Paulo, primos de Túlio.
III. A anulação do casamento de Túlio com Claudia pelo motivo da bigamia, tornaria inexistente o crime
de bigamia.
IV. O objeto material desse crime é Claudia.
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Entre as hipóteses a seguir consignadas, assinale aquela que corresponde a crime de falsidade ideológica
(art. 299 do CP).
a)Rildo, desempregado, tencionando trabalhar como motorista, após obter um espelho de Carteira
Nacional de Habilitação não preenchido, embora verdadeiro, nele consigna seus dados pessoais e
imprime sua foto, passando-se por pessoa habilitada para conduzir veículo automotor, sem de fato o ser.
b)Aderbal, de forma fraudulenta, consigna, na Carteira de Trabalho e Previdência Social de um
empregado de sua empresa, salário inferior ao efetivamente recebido por ele, visando a reduzir seus gastos
para como INSS.
c)Magnólia, com intenção de integrar à sua família o filho de outrem, registra a criança em seu nome,
como se sua mãe fosse, valendo-se, para tanto, da desatenção do funcionário do Cartório de Registro
Civil das Pessoas Naturais, que deixa de exigir a documentação pertinente ao ato.
d)Tibúrcio, funcionário público do instituto responsável por manter atualizados os registros de
antecedentes criminais em determinado Estado-Membro, aproveitando-se de sua atribuição funcional,
entra com sua senha no sistema informatizado do órgão e inclui, fraudulentamente, na folha de
antecedentes de seu vizinho, crime por ele não praticado, em vingança por conta de uma rixa antiga.
e)A fim de auxiliar uma amiga a contratar financiamento para aquisição de eletrodomésticos, Alberico,
sócio-gerente em uma empresa têxtil, valendo-se de sua posição, assina declaração afirmando que tal
pessoa trabalha de forma remunerada naquele estabelecimento empresarial, o que não condiz coma
realidade.
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a)configura crime de estelionato, na forma tentada, pois o delito foi interrompido por circunstâncias
alheias à sua vontade.
b)se amolda ao tipo penal da apropriação indébita, na forma tentada, pois o delito foi interrompido por
circunstâncias alheias à sua vontade.
c)é tipificada como crime de furto mediante fraude, na forma tentada, pois o delito foi interrompido por
circunstâncias alheias à sua vontade.
d)caracteriza crime de falsificação de documento público, pois, havendo desistência voluntária, o autor
só responde pelos atos até então praticados.
e)é atípica, pois ocorreu a desistência voluntária e a falsidade existente resta absorvida pela finalidade
patrimonial.
Em crimes de moeda falsa, a jurisprudência predominante do STF é no sentido de reconhecer como bem
penal tutelado não somente o valor correspondente à expressão monetária contida nas cédulas ou moedas
falsas, mas a fé pública, a qual pode ser definida como bem intangível, que corresponde, exatamente, à
confiança que a população deposita em sua moeda.
( ) Certo ( ) Errado
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III. A reprodução ou alteração de selo ou peça filatélica que tenha valor para coleção constitui modalidade
criminosa, independentemente dessa reprodução ou a alteração estar visivelmente anotada no verso do
selo ou peça.
Assinale:
Respostas: 01: B 02: E 03: C 04: C 05: D 06: B 07: A 08: E 09: C 10: D 11: E 12: E 13: D
14: C 15: E 16: A 17: C 18: B
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META 02
LIBERDADE PROVISÓRIA
Art. 5º, LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a
liberdade provisória, com ou sem fiança;
É considerada uma medida de caráter precário, pois pode ser revogada a qualquer tempo.
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No caso do parágrafo único do art. 310, a liberdade provisória deve ser concedida sem
fiança e sem a imposição de qualquer outra restrição que não seja a obrigação de
comparecer a todos os atos do processo. Trata-se da denominada liberdade provisória
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O que deve fazer o juiz quando verificar pelo APF que não há necessidade da
decretação da prisão preventiva do agente?
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ATENÇÃO: Como o objetivo da lei foi revitalizar a fiança, o juiz concede a liberdade
provisória com ou sem fiança, mas se for dar sem fiança, que aplique uma das medidas
cautelares diversas da prisão.
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Ademais, vedar a liberdade provisória com fiança apenas para alguns crimes considerados
de maior gravidade faz com que eles tenham tratamento mais brando do que os demais
delitos (menos graves), já que para estes pode ser imposta a liberdade com fiança.
A lei 12.403/11 é geral, portanto não revoga a legislação esparsa em contrário. Todavia,
deve-se lembrar que as vedações abstratas à restituição da liberdade são inconstitucionais,
conforme já declarado em controle difuso pelo STF.
CLASSIFICAÇÃO
Veremos aqui o seguinte:
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Note-se que, no caso de eventual substituição da prisão preventiva por outra cautelar
menos gravosa, não se poderá falar em liberdade provisória, mas sim de substituição entre
cautelares (art. 282, § 5°).
Art. 282, § 5o. O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a
falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões
que a justifiquem.
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Senão, vejamos:
São os casos onde a liberdade provisória é concedida sem fiança, mas o acusado fica
vinculado a comparecer aos atos processuais bem como outras medidas cautelares que o
juiz entender adequadas, caso em que, descumpridas, poderá ser decretada a preventiva,
com base no descumprimento das cautelares (282, §4 CPP).
Vale lembrar que essa hipótese de liberdade provisória cabe até mesmo quanto aos crimes
inafiançáveis.
a) Nos casos em que couber fiança, por motivo de pobreza do acusado (art. 350);
Art. 350. Nos casos em que couber fiança, o juiz, verificando a situação econômica do
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Malgrado o art. 350, CPP, preconiza que a liberdade provisória sem fiança só possa ser
fixada pelo juíz, parcela da doutrina entende que esse dispositivo seria inconstitucional,
pois violaria o princípio da isinomia e o princípio pro homine. Nesse sentido é o enunciado
nº 6 do congresso dos Delegados de Polícia RJ:
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conceder a isenção da fiança. Portanto, a hipótese aponta para a adição do que foi omitido,
para que a norma se torne conforme a Constituição.” (Processo Penal e Constituição).
Diante do exposto, o Delegado de Polícia poderá isentar a fiança do preso pobre para não
recolhê-lo ao cárcere. Referências: - Código de Processo Penal, art. 3°; 322, 325, 327, 328
e 350;
Art. 327. A fiança tomada por termo obrigará o afiançado a comparecer perante a
autoridade, todas as vezes que for intimado para atos do inquérito e da instrução criminal
e para o julgamento. Quando o réu não comparecer, a fiança será havida como quebrada.
Art. 328. O réu afiançado não poderá, sob pena de quebramento da fiança, mudar de
residência, sem prévia permissão da autoridade processante, ou ausentar-se por mais de 8
(oito) dias de sua residência, sem comunicar àquela autoridade o lugar onde será
encontrado.
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Art. 310, Parágrafo único. Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente
praticou o fato nas condições constantes dos incisos I a III do caput do art. 23 do Decreto-
Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, poderá, fundamentadamente,
conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento a todos os
atos processuais, sob pena de revogação.
Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva, o juiz
deverá conceder liberdade provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares
previstas no art. 319 deste Código e observados os critérios constantes do art. 282 deste
Código.
Lei 9.099/95 Art. 69, Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavratura do termo,
for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele
comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso de
violência doméstica, o juiz poderá determinar, como medida de cautela, seu afastamento
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Art. 283, § 1o As medidas cautelares previstas neste Título não se aplicam à infração a que
não for isolada, cumulativa ou alternativamente cominada pena privativa de liberdade.
Renato Brasileiro não concorda com isso! Cadê a previsão legal desta liberdade provisória
sem fiança? Não há previsão neste sentido. A única previsão que há é de liberdade
provisória sem fiança no caso de presença de excludentes de ilicitude.
Aqui temos:
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Ocorre quando a lei ordena a concessão da liberdade provisória. São os casos dos crimes
de menor potencial ofensivo (desde que o réu se comprometa a comparecer ao JEcrim);
e dos crimes onde não exista cominação de pena de prisão. Art. 283, §1º CPP.
Art. 283, § 1o As medidas cautelares previstas neste Título não se aplicam à infração a que
não for isolada, cumulativa ou alternativamente cominada pena privativa de liberdade.
Ocorre quando a lei faculta a concessão, desde que preenchidos os requisitos legais.
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CPP);
c) a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a
prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo
e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os
executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem (CF, art. 5º, XLIII, c/c art.
323, II, do CPP);
d) a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e
o Estado Democrático, com moldura na Lei nº 7.170/83, que define os crimes
contra a segurança nacional, a ordem política e social, constitui crime
inafiançável e imprescritível (CF, art. 5º, XLIV, c/c art. 323, III, do CPP);
e) o art. 2º, inciso II, da Lei nº 8.072/90, em sua redação original, vedava a
concessão de liberdade provisória, com ou sem fiança, aos crimes hediondos e
equiparados. Posteriormente, a lei dos crimes hediondos foi alterada pela Lei nº
11.464/07, passando a vedar tão somente a concessão de liberdade provisória
com fiança (art. 2º, inciso II, da Lei nº 8.072/90);
f) o art. 7º da revogada Lei nº 9.034/95 vedava a concessão de liberdade
provisória com ou sem fiança aos agentes que tenham tido intensa e efetiva
participação na organização criminosa: a propósito, a nova Lei das Organizações
Criminosas (Lei nº 12.850/13) não traz nenhum dispositivo expresso quanto à
vedação da liberdade provisória;
g) o art. 1º, § 6º, da Lei nº 9.455/97, veda a concessão de liberdade provisória
com fiança ao crime de tortura;
h) o art. 3º da Lei nº 9.613/98, em sua redação original, vedava a concessão de
liberdade provisória com e sem fiança aos crimes de lavagem de capitais. Ocorre
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Para o STF, regra prevista no art. 44 da Lei de Drogas é incompatível com inúmeros
princípios constitucionais, como o princípio da presunção de inocência e do devido
processo legal. Segundo o Min. Gilmar Mendes, o empecilho apriorístico de concessão de
liberdade provisória estabelecido pela Lei é incompatível com estes postulados.
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FIANÇA:
Fiança é...
uma caução em dinheiro ou outros bens (garantia real)
prestada em favor do indiciado ou réu
para que ele possa responder o inquérito ou o processo em liberdade
devendo cumprir determinadas obrigações processuais
sob pena de a fiança ser considerada quebrada
e ele ser preso cautelarmente.
A fiança pode ser fixada isoladamente ou em conjunto com outras medidas cautelares
previstas no art. 319 do CPP, a fim de que seja evitada a prisão preventiva.
Art. 330. A fiança, que será sempre definitiva, consistirá em depósito de dinheiro, pedras,
objetos ou metais preciosos, títulos da dívida pública, federal, estadual ou municipal, ou
em hipoteca inscrita em primeiro lugar.
Segundo já decidiu o STJ, “o instituto da fiança tem por finalidade a garantia do juízo,
assegurando a presença do acusado durante a persecução criminal e o bom andamento do
feito. Interpretando sistematicamente a lei, identifica-se uma finalidade secundária na
medida, que consiste em assegurar o juízo também para o cumprimento de futuras
obrigações financeiras.” (STJ. 6ª Turma. RHC 42.049/SP, Rel. Min. Maria Thereza de
Assis Moura, julgado em 17/12/2013).
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Natureza Jurídica:
Ao contrário do que ocorria antes da Lei n. 12.403/2011, atualmente, a fiança não é
concedida apenas nos casos em que o agente foi preso em flagrante. Assim, hoje em dia
é possível o arbitramento de fiança como forma de substituir a prisão preventiva
ou até para evitar que esta seja decretada.
Dessa forma, é plenamente possível que a fiança seja imposta para um indiciado ou réu
que esteja em liberdade. Ex: o Ministério Público requer a prisão preventiva do acusado
sob o argumento de que há indícios de ele pretende fugir (risco à aplicação da lei penal);
o juiz, analisando as circunstâncias, entende que os elementos apontados são frágeis e que
é possível desestimular eventual fuga impondo uma fiança alta; com isso, evita-se a
decretação da prisão, por ser esta medida extrema e excepcional.
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Assim, se a pessoa for presa em flagrante e o crime tiver pena máxima de 4 anos, o próprio
Delegado poderá arbitrar fiança e o flagranteado será solto. Vale mencionar que não
importa se o crime é punido com detenção ou reclusão. Tanto faz. Sendo a pena de até 4
anos, a autoridade policial tem legitimidade para arbitrar a fiança.
Por outro lado, se o crime tiver pena superior a 4 anos, o flagranteado deverá requerer a
concessão da fiança ao juiz, que decidirá o pedido em até 48 horas (art. 322, parágrafo
único).
Para saber se poderá ou não conceder a fiança, o Delegado de Polícia deverá levar em
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Valor da Fiança:
Para calcular o valor da fiança segundo esses patamares de pena, a autoridade deverá levar
em consideração eventual concurso de crimes, causas de aumento e de diminuição. Ex: o
agente tiver praticado dois crimes em concurso (ambos com pena máxima de 4 anos), o
valor a ser arbitrado será de 10 a 200 salários mínimos.
a) Dispensar a fiança.
b) Reduzir em até 2/3 os valores da tabela acima;
c) Aumentar em até mil vezes os valores da tabela acima.
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Atenção ao CDC:
Art. 79. O valor da fiança, nas infrações de que trata este Código, será fixado pelo juiz, ou
pela autoridade que presidir o inquérito, entre cem e duzentas mil vezes o valor do Bônus
do Tesouro Nacional - BTN, ou índice equivalente que venha substituí-lo.
Parágrafo único - Se assim recomendar a situação econômica do indiciado ou réu, a fiança
poderá ser:
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Crimes inafiançaveis:
a) Racismo;
b) Tortura;
c) Tráfico de drogas;
d) Terrorismo;
e) Crimes hediondos;
f) Crimes cometidos por ação de grupos armados, civis ou militares, contra a
ordem constitucional e o Estado Democrático.
O art. 324 do CPP prevê algumas situações nas quais não se pode conceder fiança:
Obrigações Processuais:
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O juiz poderá determinar que o afiançado, além da fiança, tenha que cumprir outras
medidas cautelares (art. 319, § 4º).
Nas varas criminais e delegacias de polícia deve haver um livro especial para que o
afiançado assine o termo de fiança.
Esse livro deverá conter um termo de abertura e outro de encerramento e deverá ser
numerado e rubricado em todas as suas folhas pela autoridade.
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assinado pela autoridade e por quem prestar a fiança. Depois, deverá ser feita uma certidão
para ser juntada aos autos (art. 329).
Quebramento da Fiança:
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processo.
Segundo o § 3º do art. 584 do CPP, esse RESE terá efeito suspensivo unicamente quanto
à perda da metade do valor da fiança. Em suma, enquanto não for julgado o RESE, não
se pode determinar a perda desse valor, mas as outras consequências do quebramento não
ficarão obstadas pelo simples fato de ter sido interposto o recurso.
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Se a decisão que julgar quebrada a fiança for proferida no bojo da sentença penal
condenatória, o réu terá que impugnar o quebramento por meio de apelação.
Perda da Fiança:
Vale ressaltar que a perda ocorre mesmo que a pena imposta tenha sido restritiva de
direitos ou de multa. Não compareceu para cumprimento da pena (qualquer que seja ela),
haverá a perda do valor integral da fiança.
Cassação:
Quando a fiança é cassada, diz-se que ela foi julgada inidônea ou sem efeito.
A cassação somente pode ser determinada pela autoridade judiciária.
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Hipóteses:
Segundo o CPP, a fiança será cassada quando, depois de ter sido concedida:
a) percebeu-se que houve um equívoco e que a fiança não era cabível naquele
caso (art. 338). Ex: concedida fiança para réu acusado de tráfico de drogas.
b) houve uma inovação na classificação do delito e este passou a ser um crime
inafiançável. Ex: autoridade policial indiciou o réu por determinado delito e o
Promotor de Justiça o denunciou por outro mais grave e inafiançável.
c) houve um aditamento da denúncia, fazendo com que a concessão da fiança
passasse a ser inviável. Ex: réu foi denunciado por homicídio simples;
posteriormente, o MP adita a denúncia para incluir uma qualificadora, passando
a ser um caso de crime hediondo.
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Reforço da Fiança:
Hipóteses:
Se o réu não reforçar a fiança quando exigido, a fiança outrora concedida ficará sem efeito
e o juiz poderá decretar outras medidas cautelares, até mesmo a sua prisão preventiva.
Qual o recurso cabível contra a decisão que julga sem efeito a fiança?
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Destinação da Fiança
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Execução da Fiança:
Nos casos em que a fiança tiver sido prestada por meio de hipoteca, a execução será
promovida no juízo cível pelo órgão do Ministério Público (art. 348).
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a) Características:
b) Classificações:
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c) Prejudiciais obrigatórias:
Art. 92. Se a decisão sobre a existência da infração depender da solução de
controvérsia, que o juiz repute séria e fundada, sobre o estado civil das pessoas, o
curso da ação penal ficará suspenso até que no juízo cível seja a controvérsia dirimida
por sentença passada em julgado, sem prejuízo, entretanto, da inquirição das
testemunhas e de outras provas de natureza urgente.
Parágrafo único. Se for o crime de ação pública, o Ministério Público, quando
necessário, promoverá a ação civil ou prosseguirá na que tiver sido iniciada, com a
citação dos interessados.
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III. Sistema recursal: A decisão sobre a suspensão processual desafia recurso em sentido
estrito. A denegação é irrecorrível, e comporta habeas corpus ou mandado de segurança.
d) Prejudiciais facultativas:
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defesa.
§ 2o Do despacho que denegar a suspensão não caberá recurso.
§ 3o Suspenso o processo, e tratando-se de crime de ação pública, incumbirá ao
Ministério Público intervir imediatamente na causa cível, para o fim de promover-
lhe o rápido andamento.
III. Sistema recursal: A decisão sobre a suspensão processual desafia recurso em sentido
estrito. A denegação é irrecorrível, e comporta habeas corpus ou mandado de segurança.
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questão prejudicial pertencente a outro ramo do direito, devendo esta ficar a cargo do
juízo que seria competente para apreciar a questão caso ela fosse proposta de maneira
autônoma;
IV. Sistema Eclético (misto): é o adotado pelo CPP. Resulta da fusão do sistema da
prejudicialidade obrigatória com o sistema da prejudicialidade facultativa. Assim, em se
tratando de questão prejudicial homogênea relativa ao estado civil das pessoas, vigora o
sistema da prejudicialidade obrigatória, sendo o juízo penal obrigado a remeter as partes
ao juízo cível para solução da controvérsia. Por outro lado, tratando-se de questão
prejudicial heterogênea que não diga respeito ao estado civil das pessoas, vigora o sistema
da prejudicialidade facultativa, ou seja, caberá ao juízo penal deliberar se enfrentará ou não
a controvérsia.
Exceções:
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I - suspeição;
II - incompetência de juízo;
III - litispendência;
IV - ilegitimidade de parte;
V - coisa julgada.
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a) Exceção interna: pode ser formulada no bojo dos autos em que o acusado
está sendo demandado.
b) Exceção instrumental: ocorre quando o legislador impõe determinada
forma para o exercício da exceção, implicando em processamento autonomo,
com autuação própria. Segundo o art. 111 do CPP, as exceções serão processadas
em autos apartados e não suspenderão, em regra, o andamento da ação penal.
Não obstante, de acordo com Renato Brasileiro (2017, p. 1112), as matérias de
defesa elencadas no art. 111 do CPP podem ser apreciadas pelo juiz ainda que
não arguidas por meio de petição autônoma.
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c) Incompatibilidade: são as razões que afetam a imparcialidade do juiz, e que não estão
elencadas entre as causas de suspeição e impedimento, estando previstas nas leis de
organização judiciária. É nulidade absoluta.
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b) Recursos cabíveis:
Se o juiz declara a sua incompetência de ofício: RESE (art. 581, II, CPP).
Se o juiz julgar procedente a exceção de incompetência: RESE (art. 581, III, CPP).
Se o juiz julgar improcedente a exceção de incompetência: Não cabe recurso. Pode
se valer de HC, ou a renovar da questão em sede de preliminar de apelação.
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b) Recursos:
Se o juiz reconhece litispendência de ofício (decisão definitiva): APELAÇÃO (art.
593, II, CPP).
Se o juiz julgar procedente a exceção de litispendência: RESE (art. 581, III, CPP).
Se o juiz julgar improcedente a exceção de litispendência: Não cabe recurso. Pode
se valer de HC, ou a renovar da questão em sede de preliminar de apelação.
a) Recursos:
Se o juiz reconhece a ilegitimidade de ofício, rejeitando a denúncia: RESE (art. 581,
I, CPP).
Se juiz anular o processo por ilegitimidade (art. 564, II, CPP): RESE (art. 581, XIII,
CPP).
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Se o juiz julgar procedente a exceção de incompetência: RESE (art. 581, III, CPP).
Se o juiz julgar improcedente a exceção de ilegitimidade: Não cabe recurso. Pode
se valer de HC, ou a renovar da questão em sede de preliminar de apelação.
a) Requisitos:
Decisão de mérito definitiva;
Novo processo, com o mesmo fato veiculado, independente da tipificação legal
apresentada;
Mesmo réu;
Mesmo pedido.
b) Recursos:
Se o juiz reconhecer a coisa julgada de ofício: APELAÇÃO (art. 593, II, CPP).
Se o juiz julgar procedente a exceção de coisa julgada: RESE (art. 581, III, CPP).
Se o juiz julgar improcedente a exceção de coisa julgada: Não cabe recurso. Pode
se valer de HC, ou a renovar da questão em sede de preliminar de apelação.
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processado e julgado por fato diverso daquele que foi lhe imutado na acusatória.
EMENDATIO LIBELLI:
Ocorre quando o juiz sem modificar a base fática da imputação, atribui classificação
diversa a ela, atribui classificação distinta, ainda que mediante aplicação de pena mais
grave. (ex furto qualificado pela fraude {pena de 2 a 8 anos} e o promotor classificou
como estelionato {pena de 1 a 5 anos}). O juiz não fica vinculado a classificação feita pelo
MP nesse caso, pode ele proferir uma sentença pelo crime de furto, mesmo que seja um
crime mais grave.
Iuria novit curia – o juiz ou tribunal conhecem o direito. Narra mihi factum dabo tibi ius
– narra-me o fato que lhe dou o direito.
Obs. Nos casos de emendatio libelli não é necessário o aditamento, pois o acusado se
defende dos fatos, nem tampouco a oitiva da defesa.
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1a corrente: majoritária - deve ser feita pelo juiz apenas no momento da sentença,
sob o argumento da posição topográfica, está no título XII “da sentença”. Ao juiz
não é dado alterar a classificação do fato delituoso por ocasião do recebimento da
peça acusatória.
2a corrente: Antônio Scarance Fernandes, Aury Lopes Jr, Gustavo Badaró, André
Nicolitt – quando houver excesso da acusação privando o acusado de institutos
despenalizadores ou de liberdade provisória, é possível, no limiar do processo uma
desclassificação incidental e provisória. (ex o promotor entendeu que é tráfico e o
juiz entende que é uso).
1a corrente majoritária não há necessidade de oitiva das partes. Uma vez que o
acusado se defende dos fatos. (STF AP 461 AgR – terceiro).
2a corrente: minoritária, Aury Lopes Jr – o contraditório aplica-se tanto as
questões de fato quanto as de direito. Até porque não haveria prejuízo algum a
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oitiva do acusado.
Emendatio Libelli nas diferentes espécies de ação penal: Pode ser feita na ação penal
pública (condicionada ou incondicionada) como na ação penal privada (propriamente dita,
personalíssima ou subsidiária da pública).
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Elementares: são dados essenciais da figura típica, cuja ausência pode acarretar
atipicidade absoluta (atipicidade) ou relativa (desclassificação). Segundo Cézar Roberto diz
que para saber se é elementar é olhar se sua retirada é absoluta ou relativa.
Circunstância: são dados periféricos que gravitam ao redor da figura típica básica. Podem
aumentar ou diminuir a pena, mas não interferem no crime (causas de aumento,
qualificadoras, causas de diminuição)
Obs. As agravantes (arts. 61 a 64 CP) – O CPP em seu art. 385 diz que o juiz pode
reconhecer agravantes, mesmo que não constem da peça acusatória (doutrina critica
ferrenhamente), mas os tribunais dizem que esse artigo pode ser aplicado. (STF).
Distinção de fato novo e fato diverso: O primeiro, fato novo, ocorre quando seus
elementos de seu núcleo essencial constituem acontecimento criminoso completamente
distinto daquele resultante dos elementos do núcleo essencial da imputação. Nesse caso o
fato novo nada agrega a imputação inicial, mas a substitui por completo. Nessa hipótese
como não há qualquer relação com o fato inicialmente imputado ao acusado não se aplica
a mutatio libelli, devendo ser instaurado novo processo criminal.
O segundo, fato diverso, ocorre quando de seus elementos de seu núcleo essencial
correspondem parcialmente aos fatos da imputação originária, porém com o acréscimo de
alguma elementar ou circunstância que o modifique. É para o fato diverso que se reserva
a mutatio libelli.
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na peça acusatória, deve ser feito o aditamento, pouco importando o quantum de pena
cominado a imputação diversa.
Aditamento provocado e aditamento espontâneo: antes da lei 11.719/08 era o juiz que
baixava (provocado) o processo a fim de que o MP aditasse a peça acusatória. Depois da
lei o MP deverá aditar a denúncia ou queixa (espontâneo). Se o MP não fizer o aditamento
espontaneamente o juiz deverá remeter os autos ao PGJ nos termos do art. 28 adotando
o princípio da devolução.
Obs. Gustavo Badaró, Aury Lopes Jr e André Nicolitt dizem que esse § 1o do art. 384 é
inconstitucional, pois quando o juiz se manifesta pela remessa dos autos se inclina pela
condenação.
Ao receber os autos:
a) o PGJ faz o aditamento;
b) o PGJ não faz o aditamento; ao juiz não restará outra opção, senão julgar o acusado
com base na imputação originária. Nicolitt e Aury criticam essa posição dizendo que caso
o PGJ não adite a peça o juiz deve absolver o acusado por estar na dúvida ou não sendo
o fato concreto ocorrido, aplicando assim o in dubio pro reo.
Procedimento da mutatio libelli: MP faz o aditamento espontâneo: pode ser feito por
escrito ou oralmente (reduzido à termo na audiência de instrução) – no prazo de 5 dias.
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preliminar (apontar para o juiz as causas do art. 395 CPP) combinado com resposta à
acusação (buscar uma absolvição sumária), devendo convencer o juiz sobre essas duas
defesas. Prazo para oitiva 5 dias.
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Mutatio libelli na segunda instância: Não é possível pois haveria violação ao duplo
grau de jurisdição diante da supressão da primeira instância. (STF súmula 453). Isso, no
entanto, não impede que o tribunal anule o processo em face da inobservância do art. 384.
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a)Na audiência de custódia é obrigatória a presença e oitiva dos agentes policiais responsáveis pela prisão
ou pela investigação.
b)A audiência de custódia ainda não está regulamentada por lei no Brasil. A concretude desse instinto se
deu em razão da previsão na Convenção Americana de Direitos Humanos e por ato normativo do CNJ.
c)A audiência de custódia não é compreendida como um direito humano nos estatutos internacionais.
d)A audiência de custódia está devidamente regulamentada, na lei 12.850/13, no Brasil.
e) Para o STJ a alegação de nulidade da prisão em flagrante em razão da não realização de audiência de
custódia no prazo legal não fica superada com a conversão do flagrante em prisão preventiva.
( ) Certo ( ) Errado
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( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
Situação hipotética: A polícia foi informada da possível ocorrência de crime em determinado local. Por
determinação da autoridade policial, agentes se dirigiram ao local e aguardaram o desenrolar da ação
criminosa, a qual ensejou a prisão em flagrante dos autores do crime quando praticavam um roubo, que
não chegou a ser consumado. Foi apurado, ainda, que se tratava de conduta oriunda de grupo organizado
para a prática de crimes contra o patrimônio. Assertiva: Nessa situação, o flagrante foi lícito e configurou
hipótese legal de ação controlada.
( ) Certo ( ) Errado
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a)magistrado.
b)Ministro de Estado.
c)pessoa maior de setenta anos.
d)pessoa portadora de diploma de ensino superior.
e)homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até doze anos de idade incompletos.
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e)ao condutor de veículo, no caso de homicídio culposo na direção de veículo automotor, que prestar à
vítima pronto e integral socorro.
a)A prisão temporária, presentes os seus requisitos, poderá ser decretada no curso da ação penal.
b)A Constituição da República Federativa do Brasil prevê a incomunicabilidade do preso durante o estado
de defesa.
c)Nos crimes hediondos, a prisão temporária tem, em regra, a duração de trinta dias.
d)Após a alteração legislativa promovida pela Lei n. 12.403, de 2011, é possível a decretação de prisão
preventiva pelo juiz, de ofício, durante a investigação penal.
e)É causa de revogação da prisão preventiva o extrapolamento, pela autoridade policial, do prazo de
conclusão do inquérito policial.
a)A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa de
liberdade máxima não seja superior a 2 anos.
b)O delito putativo por obra do agente provocador é contemplado na lei e mesmo na doutrina como
espécie do chamado quase-flagrante.
c)Para existir a prisão em flagrante nas hipóteses de perseguição é necessário que o agente seja preso em
até 24 horas após o fato.
d)A atribuição para a lavratura do auto de prisão em flagrante é da autoridade policial do local em que
ocorrer a prisão-captura, mesmo que esta se dê em local diverso do da prática do crime.
e)Chama-se flagrante impróprio a situação de prisão em que o agente é surpreendido quando acabou de
cometer o delito.
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a)quando imprescindível para as investigações do inquérito policial nos crimes, entre outros, de latrocínio
e epidemia com resultado morte, pelo prazo de trinta dias, prorrogável por igual período em caso de
extrema e comprovada necessidade.
b)quando imprescindível para as investigações do inquérito policial nos crimes, entre outros, de latrocínio
e roubo, pelo prazo de trinta dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada
necessidade.
c)quando imprescindível para as investigações do inquérito policial ou instrução processual, nos crimes,
entre outros, de latrocínio e sequestro ou cárcere privado, pelo prazo de trinta dias, prorrogável por igual
período em caso de extrema e comprovada necessidade.
d)quando imprescindível para as investigações do inquérito policial ou instrução processual, nos crimes,
entre outros, de latrocínio e roubo, pelo prazo de trinta dias, prorrogável por igual período em caso de
extrema e comprovada necessidade.
e)quando imprescindível para as investigações do inquérito policial, decretada de ofício pelo magistrado
ou a requerimento do Delegado de Polícia, nos crimes, entre outros, de latrocínio e estupro, pelo prazo
de trinta dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
a)O juiz poderá suspender a ação penal a depender tão somente da prévia propositura da ação cível pelo
acusado.
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b)O juiz deverá suspender a ação penal até que se dirima no juízo cível a questão da legitimidade da posse.
c)O juiz criminal pode resolver, incidenter tantum, a questão da posse sem que seja necessária a suspensão
da ação penal.
d)A resolução da questão prejudicial pelo juiz criminal faz coisa julgada.
e)Não há possibilidade de suspensão da ação penal.
a)A cassação da fiança poderá ocorrer com a inovação da classificação do delito tido, inicialmente, como
afiançável.
b)Não poderá haver reforço da fiança mediante inovação da classificação do delito.
c)O pagamento da fiança poderá ser dispensado pela autoridade policial, em face da situação econômica
do preso.
d)O quebramento injustificado da fiança importará na perda da totalidade do seu valor.
a)Poderá ocorrer prisão em flagrante após 24 horas, desde que seja demonstrado que o autor do crime
foi perseguido e preso neste período. Neste caso não há necessidade de entrega da nota de culpa.
b)A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante.
c)As autoridades policiais, seus agentes e qualquer do povo deverão prender quem quer que seja
encontrado em flagrante delito.
d)No momento em que o juiz recebe o auto de prisão em flagrante, ele tem duas opções apenas. Deve
decidir de forma fundamentada pelo relaxamento da prisão ilegal ou converter a prisão em flagrante em
preventiva.
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e)O juiz pode decretar a prisão preventiva como garantia da ordem pública, da ordem financeira, por
conveniência da instrução do inquérito, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova
da existência do crime ou indício suficiente de autoria.
a)Comparecimento periódico em juízo, até o dia 10 (dez) de cada mês e nas condições fixadas pelo juiz,
para informar e justificar atividades.
b)Monitoração eletrônica.
c)Proibição de acesso ou frequência a determinados lugares, quando, por circunstâncias relacionadas ao
fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações.
d)Proibição de manter contato com pessoa determinada, quando, por circunstâncias relacionadas ao fato,
deva o indiciado ou acusado permanecer distante.
e)Proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para a
investigação ou instrução.
a)Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz competente o
auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para
a Defensoria Pública e ao Ministério Público.
b)Da lavratura do auto de prisão em flagrante deverá constar a informação sobre a existência de filhos,
respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos
cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.
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c)Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município ou comarca, o executor poderá
efetuar-lhe a prisão no lugar onde o alcançar, apresentando-o imediatamente à autoridade do local do
início da perseguição para a lavratura do auto de flagrante.
d)Nos termos da Lei nº 9.099/1995, ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente
encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em
flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso de violência doméstica, o juiz poderá determinar, como medida
de cautela, a realização de audiência de conciliação.
e)Em se tratando de delito de descumprimento de medida protetiva, havendo a prisão em flagrante do
suspeito, caberá à autoridade policial o arbitramento de fiança.
a)Representar por medida cautelar diversa da prisão, uma vez que o delito foi praticado sem a utilização
de violência ou grave ameaça à pessoa.
b)Representar pela prisão preventiva, demonstrando, fundamentadamente, a insuficiência e a
inadequação de outras medidas cautelares diversas da prisão, bem como a presença dos requisitos
autorizadores da segregação cautelar.
c)Arbitrar fiança, de imediato, sob pena de constrangimento ilegal ao autuado.
d)Representar pela prisão preventiva, ainda que seja suficiente medida cautelar diversa da prisão, tendo
em vista estarem presentes os requisitos previstos no art. 312 do Código de Processo Penal.
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e)Após a lavratura do auto de prisão em flagrante, remeter os autos ao Poder Judiciário, independente de
representação por prisão preventiva, sendo permitido ao juiz decretá-la de ofício, conforme Art. 311 do
Código de Processo Penal.
a)É cabível medida cautelar diversa da prisão a crime cuja pena cominada seja de multa.
b)A prisão temporária será decretada pelo Juiz, de ofício, em face da representação da autoridade policial
ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período
em caso de extrema e comprovada necessidade.
c)Ausentes os requisitos da prisão preventiva, é cabível liberdade provisória para o crime de tráfico de
drogas.
d)É constitucional a expressão "e liberdade provisória", constante do caput do artigo 44 da Lei nº
11.343/2006, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal.
e) A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa de
liberdade máxima seja inferior a 4 (quatro) anos.
a)Segundo jurisprudência dos Tribunais Superiores, não cabe habeas corpus em sede de inquérito policial.
b)A prisão domiciliar poderá ser concedida a homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do
filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos.
c)O dinheiro ou objetos dados como fiança servirão ao pagamento das custas do processo, ainda que o
réu seja absolvido.
d)É possível o recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga, ainda que o investigado
ou acusado não tenha residência e trabalho fixos.
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e)Nos crimes de abuso de autoridade, a ação penal será instruída com inquérito policial ou justificação,
sem os quais a denúncia será considerada inepta diante da ausência de lastro probatório mínimo.
I A concessão da liberdade provisória pela autoridade policial não impede a decretação da prisão
preventiva de ofício pelo juízo, se presentes os seus requisitos.
II Nos crimes hediondos, o tempo da prisão preventiva varia segundo o limite da pena estabelecida para
o tipo penal imputado ao indiciado.
III Aplicada medida cautelar diversa da prisão, será vedado ao juiz substituí-la por outra ou impor nova
medida cumulativamente.
IV Lavrado o auto de prisão em flagrante por crime de estupro, a autoridade policial poderá conceder ao
preso liberdade provisória mediante fiança.
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a)a prisão requerida apenas poderá ser decretada para se inquirir o indiciado, devendo a autoridade
policial, após o ato, representar pela sua soltura.
b)mesmo que a autoridade policial não tivesse requerido a prisão temporária, o juiz poderia tê-la
decretado de ofício.
c)caso se trate de crime hediondo, o prazo máximo da prisão eventualmente decretada será de noventa
dias.
d)a prisão não poderá ser decretada após a fase inquisitória da persecução penal.
e)decretada a prisão temporária, o inquérito policial deverá ser concluído no prazo máximo de dez dias.
I- A gravidade em abstrato do crime justifica a prisão preventiva com base na garantia da ordem pública,
representando, por si só, fundamento idôneo para a segregação cautelar do réu.
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II- As medidas cautelares pessoais são decretadas pelo juiz, de ofício ou a requerimento das partes, no
curso da ação penal, ou no curso da investigação criminal, somente por representação da autoridade
policial ou a requerimento do MP.
III- Em razão do sistema processual brasileiro, não é possível ao magistrado determinar, de ofício, a
prisão preventiva do indiciado na fase de investigação criminal ou pré-processual.
IV- A inafiançabilidade dos crimes hediondos e daqueles que lhes são assemelhados não impede a
concessão judicial da liberdade provisória sem fiança.
V- A fiança somente pode ser fixada como contracautela, ou seja, como substituição da prisão em
flagrante ou da prisão preventiva anteriormente decretada.
a)I, II e V.
b)I, III e IV.
c)I, IV e V.
d)II, III e IV.
e)II, III e V.
a)o descumprimento de medida cautelar diversa da prisão aplicada cumulativamente com a fiança pode
gerar o quebramento da fiança.
b)é vedada a aplicação da fiança em crimes cometidos com violência ou grave ameaça contra a pessoa.
c)a situação econômica da pessoa presa é irrelevante para a fixação do valor da fiança, que deve ter relação
com a gravidade do crime e os antecedentes criminais.
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d)a fiança será prestada em dinheiro, sendo vedada a prestação por meio de pedras preciosas.
e)a concessão de fiança é ato exclusivo da autoridade judicial, visto que implica em decisão sobre a
liberdade da pessoa.
a)é ato exclusivo da autoridade policial nos casos de perseguição logo após a prática do delito.
b)deve o delegado de polícia representar pela prisão preventiva, quando o agente é encontrado, logo
depois, com instrumentos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração, dada a impossibilidade
de prisão em flagrante.
c)é vedada pelo Código de Processo Penal, em caso de crime permanente, diante da possibilidade de
prisão temporária.
d)a falta de testemunhas do crime impede a lavratura do auto de prisão em flagrante, devendo a autoridade
policial instaurar inquérito policial para apuração do fato.
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e)o auto de prisão em flagrante será encaminhado ao juiz em até 24 horas após a realização da prisão, e,
caso não seja indicado o nome de seu advogado pela pessoa presa, cópia integral para a Defensoria
Pública.
a)deve ser cumprida em Casa de Albergado ou, em sua falta, em outro estabelecimento prisional similar.
b)pode ser concedida à mulher grávida, desde que comprovada a situação de risco da gestação.
c)é medida cautelar diversa da prisão que pode beneficiar mulheres de qualquer idade, mas o homem
apenas se for idoso.
d)pode ser concedida à mulher que tenha filho de até 16 anos de idade incompletos.
e)é cabível em caso de pessoa presa que esteja extremamente debilitada em razão de doença grave.
a)A autoridade policial, para determinar o valor da fiança, terá em consideração a natureza da infração,
as condições pessoais de fortuna e vida pregressa do acusado e as circunstâncias indicativas de sua
culpabilidade.
b)A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa de
liberdade não seja superior a 4 (quatro) anos.
c)A autoridade policial poderá dispensar a fiança, a depender da situação econômica do réu ou reduzi-la
até o máximo de 1/3 (um terço).
d)Caso a autoridade policial retarde a concessão da fiança, o preso, ou alguém por ele, poderá prestá-la
mediante simples petição, perante o juiz competente, que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas.
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e)O valor da fiança que será fixado pela autoridade policial será nos limites de 1 (um) a 200 (duzentos)
salários- mínimos.
a)O fato de o réu estar sendo processado por outros crimes e respondendo a outros inquéritos policiais
é suficiente para justificar a manutenção da constrição cautelar.
b)A entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é lícita, mesmo em período noturno, quando
amparada em fundadas razões, devidamente justificadas a posteriori, que indiquem que dentro da casa
ocorre situação de flagrante delito.
c)É nulo o inquérito policial instaurado a partir da prisão em flagrante dos acusados, quando a autoridade
policial tenha tomado conhecimento prévio dos fatos por meio de denúncia anônima.
d)Ante o princípio constitucional da não culpabilidade, existência de inquéritos policiais ou de ações
penais sem trânsito em julgado pode ser considerada como mau antecedentes criminais para fins de
dosimetria da pena.
e)A constatação de situação de flagrância, posterior ao ingresso, justifica a entrada forçada em domicílio
sem determinação judicial, sendo desnecessário o controle judicial posterior à execução da medida.
a)é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele
autor da infração, ou seja, flagrante impróprio.
b)acaba de cometer a infração penal, ou seja. flagrante próprio.
c)é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa em situação que faça
presumir ser autor da infração, ou seja, flagrante presumido.
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a)O descumprimento de medida cautelar imposta ao acusado para não manter contato com pessoa
determinada é motivo suficiente para o juiz determinar a substituição da medida por prisão preventiva,
já que a aplicação de outra medida representaria ofensa ao poder imperativo do Estado além de ser
incompatível com o instituto das medidas cautelares.
b)Concedida ao acusado a liberdade provisória mediante fiança, será inaplicável a sua cumulação com
outra medida cautelar tal como a proibição de ausentar-se da comarca ou o monitoramento eletrônico.
c)Compete ao juiz e não ao delegado a concessão de liberdade provisória, mediante pagamento de fiança,
a acusado de crime hediondo ou tráfico ilícito de entorpecente.
d)Caso, após sentença condenatória, advenha a prescrição da pretensão punitiva e seja declarada extinta
a punibilidade por essa razão, os valores recolhidos a título de fiança serão integralmente restituídos
àquele que a prestou.
e)Ofenderá o princípio constitucional da ampla defesa e do contraditório a defesa que, firmada por
advogado dativo, se apresentar deficiente e resultar em prejuízo comprovado para o acusado.
I estelionato;
II latrocínio;
III estupro de vulnerável.
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a)A prisão temporária poderá ser decretada pelo juiz de ofício ou mediante representação da autoridade
policial ou requerimento do Ministério Público.
b)Conforme o STJ, a prisão temporária não pode ser mantida após o recebimento da denúncia pelo juiz.
c)São três os requisitos indispensáveis para a decretação da prisão temporária, conforme a doutrina
majoritária: imprescindibilidade para as investigações; existência de indícios de autoria ou participação; e
indiciado sem residência fixa ou identificação duvidosa.
d)É cabível a prisão temporária para a oitiva do indiciado acerca do delito sob apuração, desde que a
liberdade seja restituída logo após a ultimação do ato.
e)A prisão temporária poderá ser decretada tanto no curso da investigação quanto no decorrer da fase
instrutória do competente processo criminal.
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Considerando-se os crimes cometidos pelos presos, a autoridade policial poderá conceder fiança a
a)Joaquim somente.
b)Pedro somente.
c)Pedro, Joaquim e Sandra.
d)Pedro e Sandra somente.
e)Joaquim e Sandra somente.
I. As duas últimas hipóteses do art. 302 do CPP [...] é perseguido, logo após, pela autoridade em situação
que faça presumir ser autor da infração; [...] é encontrado, logo depois, com instrumentos que façam
presumir ser ele autor da infração] não são flagrante, por isso que o legislador consignou; “considera-se
em flagrante...”. Assim, não se pode permitir que o legislador diminua a garantia constitucional da
inviolabilidade do domicílio, ampliando as situações que não são de verdadeiro flagrante. Assim, o
ingresso no domicílio sem mandado só pode ocorrer diante de flagrante delito efetivo e real, o que exclui
o presumido.
II. A autoridade policial, no âmbito de uma investigação representa pela busca domiciliar apresentando
fundamentos fáticos e jurídicos. O Ministério Público manifesta-se favoravelmente. O juiz defere o pleito
e expede mandado de busca e apreensão. A ordem do juiz só pode ser cumprida durante o dia.
III. Policiais militares amparados em fundadas razões advindas de denúncia anônima que dá notícia de
situação de flagrante delito ingressam de maneira forçada no domicílio sem mandado durante a noite. A
prova é lícita se justificada a posteriori.
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a)O juiz não pode decretar a prisão por não haver hipótese legal de cabimento, vez que sendo dada pelo
delegado a capitulação de um crime doloso (art. 306 CTB), com pena inferior a 04 anos, somado a um
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crime culposo (art. 303 CTB), a pena deste último não pode ser considerada na soma para autorizar a
prisão, o que se extrai do art. 313, I do CPP, ao exigir para a medida extrema a ocorrência de crime doloso
punido com pena superiora 04 anos.
b)O juiz deveria, à luz doe argumentos do MP e da comunicação do delegado de polícia, decretar a prisão
preventiva, pois estavam presentes os requisitos legais para tanto.
c)Tem razão o Ministério Público, pois diante da dúvida sobre o dolo eventual e a culpa, nesta fase não
se aplica a presunção de inocência que é uma regra que vincula apenas o juiz na hora do julgamento.
Apesar da eficácia horizontal dos direitos fundamentais, a eficácia vertical não alcança todos os órgãos e
agentes do Estado, sendo a presunção de inocência direcionada ao juiz para impor ao julgamento final o
in dúbio pro reo.
d)O delegado, diante da gravidade do fato, deveria ter, não apenas comunicado a prisão mas também
representado pela prisão preventiva.
e)A manifestação do MP está correta, pois diante da gravidade dos fatos, a prisão afigura-se necessária
para a garantia da ordem pública.
a)As medidas cautelares diversas da prisão podem ser designadas de “medidas alternativas" à prisão. Isto
porque, nos termos do art. 310, II do CPP, para o juiz existe a discricionariedade para decretar a prisão
e as cautelares diversas.
b)No artigo 387, 2 do CPP, que dispõe que o tempo de prisão preventiva deve ser considerado pelo juiz
ao fixar o regime da penas introduz no ordenamento jurídico uma verdadeira progressão cautelar do
regime. Com efeito, se o tempo de prisão cautelar, em um caso de roubo qualificado, for inferior a 1/6
da pena, referida prisão será indiferente para a fixação do regime.
c)O STF entende, com repercussão geral, que inquéritos arquivados ou ações penais em curso não podem
ser considerados como maus antecedentes, mas podem ser considerados para elevar a pena com
fundamento na conduta reprovável.
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d)O principio da duração razoável do processo não incide sobre o inquérito policial.
e)O Supremo Tribunal Federal concedeu a possibilidade da execução provisória da pena. Para a Corte, o
instituto não viola a presunção de inocência. A decisão não unânime reflete um debate teórico que
remonta a tensão entre a escola clássica e a escola técnico-jurídica da Itália. Esta última marcada por uma
visão democrática do processo e a primeira afinada com os ideais do regime autoritário fascista.
a)O flagrante diferido que permite à autoridade policial retardar a prisão em flagrante com o objetivo de
aguardar o momento mais favorável à obtenção de provas da infração penal prescinde, em qualquer
hipótese, de prévia autorização judicial.
b)Para a admissibilidade de prisão temporária exige-se, cumulativamente, a presença dos seguintes
requisitos: imprescindibilidade para as investigações, não ter o indiciado residência fixa ou não fornecer
dados esclarecedores de sua identidade e existência de indícios de autoria em determinados crimes.
c)Configura crime impossível o flagrante denominado esperado, que ocorre quando a autoridade policial,
detentora de informações sobre futura prática de determinado crime, se estrutura para acompanhar a sua
execução, efetuando a prisão no momento da consumação do delito.
d)Havendo conversão de prisão temporária em prisão preventiva no curso da investigação policial, o
prazo para a conclusão das investigações, no âmbito do competente inquérito policial, iniciar-se-á a partir
da decretação da prisão preventiva.
e)Havendo mandado de prisão registrado no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a autoridade policial
poderá executar a ordem mediante certificação em cópia do documento, desde que a diligência se efetive
no território de competência do juiz processante.
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Acerca das alterações processuais assinaladas pela Lei n.º 12.403/2011, do instituto da fiança, do
procedimento no âmbito dos juizados especiais criminais e das normas processuais pertinentes à citação
e intimação, assinale a opção correta.
a)Se o acusado, citado por edital, não comparecer nem constituir advogado, será decretada a revelia e o
processo prosseguirá com a nomeação de defensor dativo.
b)Em homenagem ao princípio da ampla defesa, será sempre pessoal a intimação do defensor dativo ou
constituído pelo acusado.
c)O arbitramento de fiança, tanto na esfera policial quanto na concedida pelo competente juízo,
independe de prévia manifestação do representante do MP.
d)Nos procedimentos previstos na Lei n.º 9.099/1995, em se tratando de ação penal pública condicionada
à representação e não havendo conciliação na audiência preliminar, caso o ofendido se manifeste pelo
não oferecimento de representação, o processo será julgado extinto de imediato, operando-se a
decadência do direito de ação.
e)No caso de prisão em flagrante, a autoridade policial somente poderá conceder fiança se a infração
penal for punida com detenção e prisão simples; nas demais situações, a fiança deverá ser requerida ao
competente juízo.
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d)o juiz poderá decretar, de ofício, a prisão temporária de Pedro mas não a de João.
e)o juiz poderá decretar, de ofício, a prisão temporária de João e de Pedro.
d)A segunda demanda ordem judicial e prévio parecer favorável do Ministério Público.
e)A terceira pode ser decretada de ofício pelo Juiz durante o inquérito policial.
Respostas: 01: B 02: C 03: C 04: E 05: E 06: E 07: E 08: D 09: C 10: D 11: A 12: C 13: A 14:
B 15: A 16: B 17: B 18: C 19: B 20: B 21: A 22: D 23: D 24: A 25: C 26: E 27: E 28: D 29:
B 30: B 31: E 32: C 33: B 34: A 35: A 36: A 37: B 38: D 39: C 40: A
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META 03
1. CONCEITOS
2. IMPUTABILIDADE
Para que alguém seja condenado a cumprir uma pena após um processo penal, é necessário
que sua conduta tenha sido típica, antijurídica e que tenha sido possível caracterizar a
sua culpabilidade.
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Assim, a imputabilidade pode ser definida como uma capacidade de compreensão e uma
vontade de agir; e a capacidade civil como uma aptidão para gerir sua pessoa e seus bens.
A responsabilidade, por sua vez, é uma consequência jurídico-penal de quem tinha pleno
entendimento de que estava praticando um delito. Isto é, a responsabilidade leva em conta
o grau de imputabilidade de cada pessoa e é de competência judicial.
Nesse sentido, a lei penal isenta de pena, ou importa em causa de diminuição desta, o
agente que ao tempo da ação ou da omissão não possuía inteira capacidade de entender o
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
1) Critério Biológico:
Considera apenas o desenvolvimento mental do agente (doença mental ou idade),
independentemente se tinha, ao tempo da conduta, capacidade de entendimento e
autodeterminação.
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Conclusão: basta ser portador de anomalia psíquica ou menor de 18 anos para ser
inimputável.
Esse critério é usado no art. 27 do CP. Ou seja, se o agente tiver menos de 18 anos à época
da conduta, é inimputável; se tiver mais de 18 anos, é imputável.
2) Critério Psicológico:
Considera apenas se o agente, ao tempo da conduta, era capaz de ter o entendimento
da ilicitude ou de determinar-se de acordo com esse entendimento,
independentemente de ser, ou não, mentalmente são ou desenvolvido.
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Assim, a inimputabilidade deve ser provada, não podendo ser presumida. Como também
deve restar claro que sua existência impedia o agente de compreender o caráter criminoso
do seu gesto e de determinar sua ação a partir desse entendimento.
Art. 28(..)
§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente
de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão,
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-
se de acordo com esse entendimento.
§ 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por
embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao
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Como nesse ponto o objeto de estudo são as psicopatologias, será dado especial enfoque
aos transtornos mentais e de comportamento e aos transtornos da personalidade.
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Vale dizer que não existe uma conceituação adequada para o termo doença mental e que
não existe um padrão para a normalidade mental. Assim, o conceito de normalidade,
relativo, apresenta conotação que implica fatores sociais, culturais e estatísticos.
Dito isso, será apresentado a seguir a conceituação clássica, das síndromes mais comuns,
da psiquiatria médico-legal, ciência do comportamento que busca desvendar os fatos
obscuros da mente e as razões implicativas da criminogênese, além de avaliar os limites da
capacidade de cada um:
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SONO PATOLÓGICO:
IVILIZAÇÃO
IDADE SONAMBULISMO E DOENÇAS MENTAIS (SILVÍCOLAS)
HIPNOTISMO
EMBRIAGUEZ
TOXICOMANIAS
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2) EMOÇÃO E PAIXÃO
A diferença fundamental entre elas é a duração fugaz da emoção e longa da paixão. Além
disso, a repercussão psíquica e orgânica são diferentes.
A emoção cria um estado agudo e intenso de alteração mental e física, com sinais de
descarga de adrenalina.
A paixão cria um estado afetivo continuado que traz um potencial de eclosão de surtos
emocionais, tornando o limiar de excitação mais baixo para o rompimento das barreiras
da censura.
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Art. 121, §1º e 129, §4º (homicídio e lesão corporal privilegiados). Aqui a perturbação tem
que ser mais intensa, pois o agente tem que ficar sob o domínio de violenta emoção.
3) SONO/SONAMBULISMO/HIPNOTISMO
Apesar de Delton Croce citá-los como modificadores da imputabilidade, esta não chegará
sequer a ser analisada, posto que não há fato típico, por ausência de consciência da
conduta. Como não há consciência, encontra-se ausente um dos elementos do dolo, não
podendo haver responsabilização criminal.
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4) SURDEZ-MUDEZ
A ausência de sensações auditivas afeta o contato com o meio exterior e a aquisição de
noções que dependem da linguagem falada, comprometendo o discernimento,
principalmente quando a deficiência for de nascença. No entanto, a surdo-mudez, por
si só, não é suficiente para determinar a inimputabilidade de alguém.
Podem ser inimputáveis, semi-imputáveis ou imputáveis, dependendo do grau de
ajustamento social e de desenvolvimento mental que conseguiram alcançar.
5) DOENÇA MENTAL
Não existe uma definição para doença mental, deve-se atentar às manifestações que
refletem anomalias do pensamento, do sentimento e da conduta. Mas é preciso que a
doença esteja ativa e incapacitante no momento do crime.
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Todas essas doenças, quando em atividade no momento do ato delituoso, pelo fato de
privarem o agente de sua capacidade de entendimento, o tornam inimputável.
a) PSICOSE:
As psicoses em geral são transtornos mentais em que o doente perde o juízo da realidade,
passando a perceber o mundo por uma ótica distorcida.
É caracterizada por:
Distúrbios graves da percepção, como alucinações
Distúrbios do pensamento, como ideias delirantes, desagregação e roubo do
pensamento;
Distúrbios da vida afetiva, como estados depressivos, paratimias, neotimias e
ambitimias.
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b) DEMÊNCIA
Demência é o relaxamento de todos os setores do psiquismo, tendo como exemplos:
demência senil, Alzheimer, trauma craniano...
c) EPILEPSIA
Para Genival Veloso França e doutrina majoritária, a epilepsia é uma doença neurológica,
de modo que a mera ocorrência de convulsões não é doença psiquiátrica, não
configurando inimputabilidade penal.
Nas palavras de França: “Assim, a privação dos direitos civis, o internamento compulsório e a alegação
da insanidade mental dos epilépticos como defesa legal justificadora do delito não podem ser aceitos pela
consciência hodierna. Sua capacidade civil deve ser preservada. Sob o prisma penal, peca-
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se ao rotular o epiléptico como grave problema, por considerarem o caráter e a conduta alterados,
exacerbados em seus instintos, e autores de crimes violentos, sanguinários, intempestivos e selvagens. Isso é
falso. O argumento dessa alta periculosidade começa a ser desmascarado, pois os valores estatísticos atuais
assinalam cifras bem elevadas para os casos em que esse estado nada tem a ver com o delito cometido. Por
essas razões, somos favoráveis à imputabilidade dos epilépticos.”
A crise caracteriza-se basicamente pela perda da consciência, que acompanha uma série de
fenômenos motores, sendo o mais flagrante as convulsões.
Nos casos de epilepsia, se o criminoso for preso pouco depois do crime é possível verificar
se estava em crise por causa da má escolha da vítima, da amnésia completa, da violência
inusitada da agressão etc.
Para que se considere alguém retardado mentalmente tem que ter uma deficiência
acentuada da capacidade de adaptação em, pelo menos, 2 das seguintes áreas:
comunicação; cuidados pessoais; vida doméstica; habitualidade no relacionamento social;
autodeterminação; aprendizagem; trabalho; lazer; saúde e segurança.
As oligofrenias não são uma doença com sinais e sintomas característicos. Formam um
grupo heterogêneo no qual se encontram pessoas acometidas por vários tipos de doenças
de diversas etiologias, cuja ação patogenética se faz antes do nascimento, durante o parto
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As psicopatias diferem das doenças mentais porque os seus sintomas são mais leves,
não levando o paciente à perda do juízo de realidade.
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Redução de pena
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o
agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por
desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era
inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento.
DPC-GO/2018
O Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais da Associação Americana de
Psiquiatria (DSM-V) é um guia de critérios adotado pericialmente para a verificação das
doenças e dos transtornos mentais. O artigo 26 do Código Penal Brasileiro é aquele que
trata das questões voltadas para a imputabilidade e a responsabilidade penal dos agentes
agressores. Levando-se em conta os conhecimentos da Psiquiatria Forense, deve-se
entender que:
A) O Transtorno de Personalidade Antissocial é o correspondente ao que se denomina
de serial killer.
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b) NEUROSES:
São distúrbios da saúde mental relacionados à angústia e à ansiedade. Na neurose, ora são
pensamentos que invadem a mente sem que o sujeito possa evitar, ora é a compulsão para
realizar certos atos repetitivamente.
Não se tratam de características do modo de vida do sujeito, como é o que ocorre nos
transtornos da personalidade. Conforme o tipo de delito praticado, podem ter, ou não,
relação com o fato.
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DPC-MA/2018
Revisando o prontuário de um suspeito no sistema prisional, a autoridade policial deparou-
se com um laudo psiquiátrico que apontava a seguinte conclusão: “CID10: F60.2 –
Transtorno de personalidade dissocial (psicopática ou sociopática): possui ciência do
caráter ilícito dos atos praticados e sérias dificuldades no controle de seu impulso sexual
exacerbado, que só consegue satisfazer com a subjugação da vítima mediante a imposição
de comportamento violento”.
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DPCE-PE/2016
Psiquiatria forense é o ramo da medicina legal que trata de questões relacionadas ao
funcionamento da mente e sua interface com a área jurídica. O estabelecimento do estado
psíquico no momento do cometimento do delito e a capacidade de entendimento desse
ato são dependentes das condições de sanidade psíquica e desenvolvimento mental, que
também influenciam na forma de percepção e no relato do evento, com importância direta
para o operador do direito, na tomada a termo e na análise dos depoimentos. A respeito
de psiquiatria forense e dos múltiplos aspectos ligados a essa área, assinale a opção correta.
A) A surdo-mudez é motivo de desqualificação do testemunho, da confissão e da
acareação, pois, sendo causa de desenvolvimento mental incompleto, impede a
comunicação
B) Nos atos cometidos, pode haver variação na capacidade de entendimento, por doente
mental ou por indivíduo sob efeito de substâncias psicotrópicas ou entorpecentes, do
caráter ilícito do ato por ele cometido; cabe ao perito buscar determinar, e assinalar no
laudo pericial, o estado mental no momento do delito.
C) A perturbação mental, por ser de grau leve quando comparada a doença mental, não
reflete na capacidade cível nem na imputabilidade penal
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4. PERÍCIA
O exame de sanidade mental pode ser necessário em qualquer fase do processo penal,
inclusive depois da sentença, quando o agente está cumprindo a pena que lhe foi imposta.
Nesse caso, cabe ao juiz da execução penal determinar a sua realização. Os dispositivos
legais que estabelecem as normas a serem seguidas são:
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CP – Art. 41
CPP – 152, 154 e 682.
LEP – 183.
O perito incumbido de fazer o exame terá que determinar, com relação ao réu:
Existência de transtorno mental
O tipo de transtorno
O nexo de causalidade entre o transtorno e o fato delituoso
A capacidade de entendimento
A capacidade de autodeterminação
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O CP exige que, além de entender a ilicitude, o agente tem que poder autodeterminar-se
conforme as normas. Isso significa que, uma vez estabelecido que o agente era capaz de
saber que agia contrariamente as normas jurídicas, era capaz de se refrear para não as
violar. É o típico caso da cleptomania.
2) CESSAÇÃO DA PERICULOSIDADE:
Constatado que o agente delinquiu em função do transtorno mental, será declarado
inimputável e submetido à medida de segurança adequada.
Tal medida tem duração mínima de três anos (art. 97) findo o prazo decretado pelo juiz, é
obrigatório a realização de novo exame para o fim de ser constatado se o agente continua
a ser um perigo para a sociedade.
Médico Legista-RS/2017
Sobre as avaliações periciais para aferição da Responsabilidade Penal (RP), assinale a
alternativa correta.
A) São realizadas na fase de execução da pena para determinar se o periciado é capaz de
assumir a responsabilidade pelo delito cometido.
B) Têm por objetivo avaliar as capacidades cognitivas e volitivas do agente ao tempo do
delito e o nexo causal entre doença mental e delito.
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C) Estão entre as perícias criminais chamadas prospectivas, pois têm por objetivo avaliar
o risco futuro de reincidência delitiva do agente após o cumprimento da pena, desde
que tenha se estabelecido nexo causal entre a doença mental e o delito cometido.
D) Um diagnóstico de doença psicótica grave e ativa, por ocasião da entrevista pericial
para fins de aferição da Responsabilidade Penal, leva o periciado a ser considerado
inimputável, nos termos do art. 26 do Código Penal Brasileiro.
E) O Código Penal Brasileiro determina que os indivíduos portadores de algum grau de
Retardo ou Deficiência Mental, desde que comprovado por testes psicométricos, são
inimputáveis.
Gabarito: Letra B
( ) Certo ( ) Errado
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Acerca dessa situação, assinale a opção que apresenta, respectivamente, as características do suspeito com
referência a: entendimento; controle dos impulsos; imputabilidade.
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cometimento do delito e a capacidade de entendimento desse ato são dependentes das condições de
sanidade psíquica e desenvolvimento mental, que também influenciam na forma de percepção e no relato
do evento, com importância direta para o operador do direito, na tomada a termo e na análise dos
depoimentos. A respeito de psiquiatria forense e dos múltiplos aspectos ligados a essa área, assinale a
opção correta.
a)preordenada.
b)habitual.
c)culposa.
d)acidental.
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e)fortuita.
Sobre a ótica da medicina legal relacionada à imputabilidade penal, assinale a alternativa correta.
a)São considerados inimputáveis aqueles com doença mental e que são inteiramente incapazes de
discernir o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com o entendimento.
b)São considerados inimputáveis aqueles que são relativamente incapazes de discernir o caráter ilícito do
fato ou de determinar-se de acordo com o entendimento, como os que apresentam desenvolvimento
mental incompleto ou retardado.
c)A presença de paixão, emoção, agonia, cegueira ou surdomutismo não é modificadora de
imputabilidade penal em nenhuma situação.
d)Estados demenciais, oligofrenias ou psicoses mentais geram estados de semi-imputabilidade, mas nunca
geram inimputabilidade.
e)Os estados de personalidade antissocial em que existem uma baixa tolerância à frustação e um baixo
limiar de descarga de agressividade geram um estado de inimputabilidade penal.
a)Síndrome de abstinência.
b)Psicossíndrome orgânica.
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c)Síndrome amnésica.
d)Síndrome de Korsakov.
e)Intoxicação patológica.
a)dipsomania.
b)riparofilia.
c)cibomania.
d)amusia.
e)oniomania.
( ) Certo ( ) Errado
a)Confusão.
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b)Comatosa.
c)Excitação.
d)Sono.
Respostas: 01: C 02: C 03: C 04: B 05: D 06: A 07: B 08: E 09: C 10: A
b) Fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
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c) objetivos:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e
regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.
2. FEDERAÇÃO
- Se origina nos EUA (1787), através de um movimento centrípeto, de fora para dentro,
pois os Estados soberanos, cedendo parcela de sua soberania, em verdadeiro movimento
de aglutinação, formaram a federação dos EUA.
- No Brasil, a formação resultou de movimento centrífugo, de dentro para fora, em que
o Estado unitário centralizado descentralizou-se.
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Estado agora federativo, passando a ser autônomos entre si. Ex: EUA, Alemanha
e Suiça.
Federalismo por desagregação: a federação surge a partir de um determinado
Estado Unitário que resolve descentralizar-se, a exemplo do Brasil.
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Resposta: Certo.
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre:
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Resposta: Certo.
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre:
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.
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II. Formação dos Estados- Membros: Embora os Estados não possam declarar asua
própria independência, o art. 18, §3º da CF estabelece regras para fusão, cisão e
desmembramento dos Estados. Assim, é vedada a secessão, mas é possível criar novos
estados, ou dividir um estado já existente, ou unir um a outro.
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Hipóteses:
Fusão: ocorre quando dois ou mais estados se unem, formando um novo estado.
Os estados originários deixam de existir.
Cisão: um Estado subdivide-se, fazendo com que o Estado originário desapareça,
surgindo dois ou mais novos Estados;
Desmembramento: acontece quando um ou mais Estados cedem parte de seu
território. Podem acontecer dois fenômenos distintos:
o Desmembramento formação: quando a parte desmembrada cria novo
ente;
o Desmembramento anexação: quando a parte desmembrada anexa-se a
outro Estado. Não se confunde com a cisão, pois na anexação o Estado
primitivo continua existindo.
Requisitos:
Realização de consulta às populações diretamente interessadas, através de
plebiscito: Na ADI 2.650/DF, no que se refere à população diretamente
interessada, o STF entendeu que no caso de desmembramento para a formação de
novos estados ou territórios federais, a expressão abrange as duas populações:
tanto da área desmembrada, quanto à da remanescente);
Sendo favorável a consulta popular, poderá ser proposto um projeto de lei
complementar em qualquer das Casas do Congresso Nacional, devendo-se
proceder à audiência das Assembleias Legislativas das áreas envolvidas (CF,
art. 48 VI), cujo parecer não é vinculante, mas apenas opinativo;
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O projeto de lei complementar deve ser aprovado pela maioria absoluta dos
deputados e senadores, conforme art. 69 CF/88;
Aprovação pelo Congresso Nacional.
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o
interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da
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III. Bens públicos dos Municípios: Não existe normatização sobre os bens públicos
de titularidade dos Municípios no âmbito da Constituição Federal de 1988. Assim, é
conferida maior flexibilidade às variadas leis orgânicas municipais para disciplinar essa
matéria. Importante ressaltar que o fato de os bens públicos de titularidade dos
Municípios não estarem enumerados na Constituição Federal não significa que esses
bens inexistam. Pelo contrário, sendo exemplos de bens municipais os logradouros
públicos (praças, ruas, jardins, etc.), os imóveis que compõem seu patrimônio e a dívida
ativa municipal.
7. Intervenção Federal: Segundo José Afonso da Silva, é ato político que consiste na
incursão da entidade interventora nos negócios da entidade que a suporta. É
instrumento constitucional de combate às crises, possuindo natureza jurídica de
elemento de estabilização constitucional.
a) Regra: A União NÃO intervirá nos Estados, e os Estados NÃO intervirão nos
Municípios, SALVO hipóteses constitucionalmente previstas.
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Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
I - manter a integridade nacional;
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos,
salvo motivo de força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição,
dentro dos prazos estabelecidos em lei;
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais,
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento
do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
HIPÓTESES PROCEDIMENTO
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* Atenção:
STF: Não basta, para a promoção da intervenção federal, o não pagamento do
precatório no prazo estabelecido, é preciso também, além disso, demonstrar o
elemento subjetivo, que é o Estado ter condições e não querer pagar.
NÃO pode haver controle judicial sobre a conveniência e oportunidade da
intervenção da União em um Estado Federado.
Súmula 637, STF: NÃO cabe recurso extraordinário contra acórdão de Tribunal
de Justiça que defere pedido de intervenção Estadual em Município.
Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios
localizados em Território Federal, exceto quando:
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I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a
dívida fundada;
II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e
desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;
IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a
observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a
execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.
Referências Bibliográficas:
Pedro Lenza. Direito Constitucional Esquematizado.
Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino. Direitos Constitucional Descomplicado.
Compete à União estabelecer normas gerais sobre a organização das polícias civis.
Certo ( ) / Errado ( )
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É concorrente a competência da União e dos estados para legislar sobre a organização, os direitos e os
deveres das polícias civis dos estados.
Certo ( ) / Errado ( )
a) representa uma forma de Estado que possui um centro único dotado de capacidade legislativa,
administrativa e política, que é direcionado às unidades locais e regionais.
b) representa um sistema de governo, que analisa as relações de poder existentes no âmbito da federação.
c) ocorreu no Brasil por meio de um movimento centrífuga (por segregação).
d) ocorreu no Brasil mediante um movimento centrípeta (por agregação).
e) representa uma forma de governo, que leva em consideração a quantidade de titulares que estão no
poder.
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c) Em se tratando de competência legislativa concorrente, caso um Estado X legisle de forma plena sobre
normas gerais e específicas, e, posteriormente, sobrevenha lei federal sobre normas gerais, a lei estadual
será abrogada no que lhe for contrário.
d) Compete à União, Estados-membros e Distrito Federal legislar concorrentemente sobre custas dos
serviços forenses.
e) É competência comum da União, Estados-membros e Distrito Federal legislar sobre populações
indígenas.
a) será constitucional desde que a proposta seja aprovada pela população diretamente interessada, por
meio de plebiscito, e, cumulativamente, pelo Congresso Nacional, por lei complementar.
b) será constitucional se aprovada diretamente pela população interessada, por meio de referendo, e do
Congresso Nacional, por meio de lei ordinária.
c) é automaticamente inconstitucional, pois a unidade federativa é cláusula pétrea imutável nos termos
da Constituição.
d) é automaticamente inconstitucional, uma vez que a Constituição Federal veda tanto a separação como
a criação de novos Estados-membros, ante a já estabelecida simetria federal.
e) será constitucional desde que aprovada pela Assembleia do Estado mediante lei estadual e,
cumulativamente, pelo Congresso Nacional, por meio de lei complementar.
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a) Com base no princípio da simetria, as Assembleias Legislativas devem autorizar, por dois terços de
seus membros, a instauração de ação penal contra o Governador por crimes comuns.
b) O recebimento de ação penal contra Governador de Estado pelo Superior Tribunal de Justiça acarreta
o seu afastamento automático do cargo.
c) Os estados-membros têm competência para legislar sobre crimes de responsabilidade.
d) Os estados-membros não têm competência para editar normas que exijam autorização da Assembleia
Legislativa para que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) instaure ação penal contra Governador de
Estado.
a) A União intervirá em seus municípios, quando deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois
anos consecutivos, a dívida fundada.
b) A Intervenção Federal será espontânea, quando o Presidente decretar intervenção para assegurar o
cumprimento dos “princípios constitucionais sensíveis”.
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c) Cessada a intervenção, em nenhum caso as autoridades afastadas retornarão aos seus cargos.
d) A invasão de um Estado-membro por outro não caracteriza hipótese de intervenção federal, mas sim
decretação de estado de sítio pelo Presidente da República.
e) A Intervenção Federal será espontânea, quando o presidente a decretar para manter a integridade
nacional.
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entes federados, desde que não fossem criados conselhos ou tribunais municipais, devendo ser observado
o modelo federal, com ao menos um órgão de controle externo. É possível, portanto, a extinção de
tribunal de contas responsável pela fiscalização dos Municípios por meio da promulgação de Emenda à
Constituição estadual, pois a CF não proibiu a supressão desses órgãos.
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de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos
em lei; VI – prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; VII – assegurar a observância
dos seguintes princípios constitucionais: a) forma republicana, sistema representativo e regime
democrático; b) direitos da pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da
administração pública, direta e indireta; e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos
municipais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino
e nas ações e serviços públicos de saúde.
d) A Constituição não poderá ser emendada na vigência de estado de defesa ou de estado de sítio, mas
somente no caso de intervenção federal.
e) A decretação da intervenção, conforme o caso, dependerá tão somente de: solicitação do Poder
Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal.
a) constitucional, pois, apesar de tratar de matéria de competência privativa da União, o estado legislou
sobre procedimentos de âmbito estadual.
b) constitucional, pois trata de matéria de competência comum da União, dos estados, do DF e dos
municípios.
c) constitucional, pois trata de matéria de competência concorrente da União, dos estados e do DF.
d) inconstitucional, pois o estado legislou sobre direito processual, que é matéria de competência privativa
da União.
e) inconstitucional, pois o estado legislou sobre normas gerais de matéria de competência concorrente da
União, dos estados e do DF.
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a) A invasão de um Estado-membro por outro não caracteriza hipótese de intervenção federal, mas sim
decretação de estado de sítio pelo Presidente da República.
b) Nas intervenções espontâneas, o Presidente da República deve ouvir o Conselho da República e o de
Defesa Nacional, embora não esteja obrigado ao parecer destes.
c) A intervenção do inciso VII do artigo 34, CRFB/88 (descumprimento de princípio sensível) é hipótese
de atuação exofficio do Presidente da República, ou seja, pode decretar a intervenção sem a provocação
de ninguém.
d) De acordo com o entendimento jurisprudencial do STF, a insuficiência de recursos financeiros pelo
Estado não caracteriza fundamento razoável para se indeferir pleito de intervenção federal.
e) A hipótese do artigo 34, I, CRFB/88 (manter a integridade nacional), depende de solicitação do Poder
Legislativo ao Presidente da República.
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a) Denomina-se cisão o processo em que dois ou mais estados se unem geograficamente, formando um
terceiro e novo estado, distinto dos estados anteriores, que perdem a personalidade originária.
b) Para o STF, a consulta a ser feita em caso de desmembramento de estado-membro deve envolver a
população de todo o estado-membro e não só a do território a ser desmembrado.
c) A CF dá ao estado-membro competência para instituir regiões metropolitanas e microrregiões, mas
não aglomerações urbanas: a competência de instituição destas é dos municípios.
d) Conforme a CF, a incorporação, a subdivisão, o desmembramento ou a formação de novos estados
dependerá de referendo. Assim, o referendo é condição prévia, essencial ou prejudicial à fase seguinte: a
propositura de lei complementar.
e) Segundo o STF, os mecanismos de freios e contrapesos previstos em constituição estadual não
precisam guardar estreita similaridade com aqueles previstos na CF.
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a) Todos os anos, as contas dos municípios devem ficar, durante sessenta dias, à disposição de qualquer
contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar a legitimidade dessas contas, nos termos
da lei.
b) O DF, como ente federativo sui generis, possui as competências legislativas reservadas aos estados,
mas não aos municípios; entretanto, no que se refere ao aspecto tributário, ele possui as mesmas
competências que os estados e municípios dispõem.
c) As polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, exercem as funções de polícia judiciária
e de apuração de infrações penais, sejam elas civis ou militares.
d) Dirigidas por delegados de polícia, as polícias civis subordinam-se aos governadores dos respectivos
estados, com exceção da polícia civil do DF, que é organizada e mantida pela União.
e) Os territórios não são entes federativos; assim, na hipótese de vir a ser criado um território federal, ele
não disporá de representação na Câmara dos Deputados nem no Senado Federal.
a) federal, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão de plebiscito.
b) estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e submetidos a referendo
popular.
c) federal, dentro do período determinado por lei complementar estadual, e submetidos a referendo
popular.
d) estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão de plebiscito.
e) estadual, dentro do período determinado por lei complementar estadual, e dependerão de plebiscito.
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Respostas: 01:C 02:C 03:C 04:D 05:A 06:C 07:D 08:E 09:A 10:D 11:B 12:D 13:A
14:B 15:B 16:B 17:B 18:E 19:A 20:D 21:C
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META 04
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- A vítima deve apenas comprovar que o serviço foi mal prestado ou prestado de forma
ineficiente ou ainda com atraso, sem necessariamente apontar o agente causado.
- NÃO se baseia na culpa do agente (culpa individual), mas do serviço como um todo
(Culpa Anônima).
- Verifica-se quando:
O serviço NÃO funcionou;
O serviço funcionou mal;
O serviço funcionou com atraso.
- Fundamento: Legalidade.
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- Elementos:
i. Conduta lícita ou ilícita do agente;
ii. Dano (usuário ou não do serviço);
iii. Nexo de causalidade
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Cuidado.
a) Conduta (= fato administrativo) – Deve ser de determinado agente público que atue
nesta qualidade ou se aproveite da qualidade de agente para causar dano (Teoria da
Imputação) – A conduta que enseja a responsabilidade objetiva é a conduta
comissiva. Em caso de omissão, a responsabilidade é subjetiva. A conduta pode ser ilícita
ou lícita.
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b) Dano – Indispensável o dano jurídico, ou seja, dano tutelado pelo direito, ainda que
exclusivamente moral.
Danos decorrentes de atos lícitos: Deve comprovar que os danos são anormais e
específicos;
Risco Social: Danos normais, genéricos, que decorram de condutas lícitas do Poder
Público => NÃO ensejam responsabilidade civil do Estado.
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- Doutrina diverge sobre a natureza da responsabilidade civil nos casos de omissão estatal.
Há 03 entendimentos:
1ª Corrente: Responsabilidade objetiva, pois o art. 37 NÃO faz distinção entre
condutas comissivas e omissivas;
2ª Corrente: Responsabilidade Subjetiva, com presunção de culpa do poder
público, tendo em vista que na omissão o Estado NÃO é causador do dano, mas
atua de forma ilícita (com culpa) quando descumpre o dever legal de impedir a
ocorrência do dano.
3ª Corrente: Nos casos de omissão genérica, relacionadas ao descumprimento do
dever genérico de ação, a responsabilidade é subjetiva. Porém, em casos de omissão
específica, quando o Estado descumpre dever jurídico específico, a
responsabilidade é objetiva.
- Rafael Oliveira entende ser a responsabilidade por omissão objetiva, pois o art. 37, §6º,
CRFB NÃO faz distinção entre responsabilidade por ação e omissão, bem como a inação
do Estado colabora para a consumação do dano. No entanto, somente será possível
responsabilizar o Estado nos casos de omissão específica, nos casos em que o Estado tem
a possibilidade de prever e evitar o dano. Nas omissões genéricas, não há responsabilidade
estatal, na medida em que o Estado NÃO é segurador universal.
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- Elementos:
Comportamento omissivo do Estado;
Dano;
Nexo de causalidade;
Culpa do serviço Público
- DANO EVITÁVEL – Surge quando era possível ao ente público fazer algo para
impedir o prejuízo, mas ele não o fez. Ex: Segurança pública/ danos decorrentes de
enchentes.
* Princípio da reserva do possível: para a prestação do serviço, deve haver
compatibilidade com o orçamento público e sua estruturação na prestação dos
serviços, não podendo o ente público se furtar de oferecer o mínimo existencial.
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6) Indenização
- Art. 37, §6º CF – Responsabilidade Extracontratual;
- Lei 8.666/93 – Responsabilidade Contratual
- Art. 5º, XXIV e XXV – Sacrifício de Direito – Atuação que só indiretamente causa dano
ao particular.
7) Responsabilidade do Agente
- O art. 37, §6º, CRFB consagra dois regimes jurídicos distintos de responsabilidade:
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- Agentes: engloba toda e qualquer pessoa no exercício da função pública, e deve haver
ligação direta entre o dano e o exercício da função pública, ainda que o servidor esteja fora
de sua jornada de trabalho.
Se agentes putativos, a responsabilidade funda-se na teoria da aparência;
Quanto aos agentes de fato necessários, justifica-se a responsabilidade pelo
funcionamento inadequado do serviço que contribuiu para a situação emergencial.
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STJ: Vem admitindo a denunciação, mas o Estado NÃO está obrigado a fazê-la.
9) Prazo Prescricional
- NCC/02: 03 ANOS – Alguns defenderam ser esse prazo, por ser mais benéfico à
Fazenda. A partir daí surgiram algumas correntes:
1ª Corrente: Prescrição quinquenal das ações de ressarcimento em face do Estado,
ante o critério da especialidade para resolver o conflito normativo. Di Pietro, Marçal
Justen, Odete Medauar.
2ª Corrente: Prescrição trienal, em razão de dois argumentos:
o Em interpretação sistemática e histórica, a intenção do legislador ao fixar o
prazo quinquenal era proteger a segurança jurídica e beneficiar o Estado;
o O próprio art. 10 do Decreto 20.910/1932 estabelece que o prazo
quinquenal NÃO altera as prescrições de menor prazo, o que revelaria a
aplicação do prazo de 03 anos.
- STJ: Manutenção de 05 anos, pois o CC é lei geral e não poderia alterar lei especial.
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- O prazo prescricional é de 05 anos, na forma do art. 206, §5º, I, do CC, se créditos não
tributários.
- Prevalecia a tese da imprescritibilidade, com fulcro no art. 37, §5º, CRFB. No entanto,
em 2016 houve julgado do Plenário do STF, em repercussão geral, pelo qual entende que
o prazo prescricional seria quinquenal, ressalvados os atos de improbidade, estes
imprescritíveis.
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b) Responsabilidade pelo fato da obra – A obra causa dano sem que tenha havido
culpa. Ocorrendo prejuízo, há a responsabilidade objetiva do Estado.
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- Nos casos em que a própria Constituição estabelece prazo para o exercício do dever de
legislar, o descumprimento do referido prazo, independente de decisão judicial anterior,
já é suficiente para a caracterização da mora legislativa inconstitucional a ensejar a
responsabilidade estatal. Nos demais casos, a inexistência de prazo impõe a necessidade
de configuração da mora legislativa por decisão proferida em Mandado de injunção ou
ADI por omissão.
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O Estado possui responsabilidade civil direta, primária e objetiva pelos danos que notários
e oficiais de registro, no exercício de serviço público por delegação, causem a terceiros.
STF. Plenário. RE 842846/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 27/2/2019 (repercussão
geral) (Info 932).
- Em regra, os danos causados por atos de multidões NÃO geram a responsabilidade civil
do Estado, ante a ausência do nexo de causalidade, inexistindo omissão estatal causadora
do dano.
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Referências Bibliográficas:
Rafael Carvalho Resende Oliveira. Curso de Direito Administrativo
Matheus Carvalho: Manual de Direito Administrativo
Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino. Direito Administrativo descomplicado.
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a) A teoria do risco integral obriga o Estado a reparar todo e qualquer dano, independentemente de a
vítima ter concorrido para o seu aperfeiçoamento.
b) A responsabilidade civil do Estado é subjetiva, podendo o cidadão propor ação diretamente contra o
servidor que tenha lhe provocado prejuízo.
c) Em caso de responsabilidade decorrente de ato praticado por servidor público, a obrigação de reparar
o dano limita-se ao próprio servidor público.
d) As entidades da administração indireta responderão objetivamente pelos danos que nessa qualidade
causarem a terceiros, mesmo quando os danos por elas provocados decorrerem da atividade econômica
de natureza privada.
e) O servidor público somente responde regressivamente ao Estado pela indenização que este tiver que
pagar a terceiros por danos que aquele tiver causado por dolo.
Certo / Errado
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que lhe fosse permitido se comunicar com parentes, foi trancafiado em uma cela da delegacia. A ação dos
agentes foi levada ao conhecimento do delegado, que determinou a abertura de processo administrativo
disciplinar contra eles para se apurar a suposta ilicitude nos atos praticados.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item seguinte.
A apuração de eventual responsabilidade civil dos agentes dispensa a presença de conduta dolosa ou
culposa.
Certo / Errado
A responsabilidade civil do Estado pela morte de detento sob sua custódia é objetiva, conforme a teoria
do risco administrativo, em caso de inobservância do seu dever constitucional específico de proteção.
Certo / Errado
O Estado não será civilmente responsável pelos danos causados por seus agentes sempre que estes
estiverem amparados por causa excludente de ilicitude penal.
Certo / Errado
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Um numeroso grupo de pessoas se reuniu no centro comercial de determinada cidade para protestar
contra a precarização dos hospitais locais. A agitação e a hostilidade dos manifestantes fizeram que lojistas
do local acionassem o órgão de segurança pública competente para a necessária assistência. Os agentes
não apareceram e vitrines de lojas do centro comercial foram apedrejadas.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
Certo / Errado
a) A sentença condenatória no âmbito penal somente gerará efeitos na esfera administrativa se imposta
pena privativa de liberdade.
b) Eventual absolvição no âmbito penal por insuficiência de provas não autoriza a condenação do
servidor nas esferas cível e administrativa.
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a) Sua aplicação não é admitida com relação às leis de efeitos concretos constitucionais.
b) É aplicável aos casos de omissão no dever de legislar e regulamentar.
c) É admitida com relação às leis declaradas inconstitucionais.
d) É aceita nos casos de atos normativos do Poder Executivo e de entes administrativos com função
normativa, mesmo em caso de vícios de inconstitucionalidade ou de ilegalidade.
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por criminosos que, instantes antes, praticaram um assalto a uma agência bancária, com emprego de
explosivos. Ao longo da perseguição, os policiais se veem obrigados a não parar na praça de pedágio,
rompendo a respectiva cancela, de propriedade de empresa concessionária de serviço público, como única
forma de não perderem os criminosos de vista. Graças a essa atitude, a equipe se manteve no encalço dos
criminosos, logrando êxito em prendê-los em flagrante. Relacionando o caso acima com a
responsabilidade extracontratual do Estado, analise as seguintes assertivas:
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.
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a) se o condutor da viatura empregou toda a diligência e prudência necessárias para afastar negligência,
bem como se estava devidamente capacitado para o desempenho de suas funções, a fim de verificar
eventual ocorrência de imperícia.
b) a origem dos recursos que possibilitaram a aquisição dos materiais elétricos e eletrônicos, para
comprovar se o Município efetivamente sofreu prejuízos qualificáveis como indenizáveis para fins de
configuração de responsabilidade civil.
c) apenas o valor dos danos materiais constatados, tendo em vista que se trata de responsabilidade
objetiva, modalidade que, para sua configuração, dispensa qualquer outro requisito.
d) o nexo de causalidade entre a colisão causada pela viatura estadual e os danos emergentes sofridos,
para demonstrar que decorreram do acidente e não de outras causas e viabilizar a apuração correta da
indenização, prescindindo, no entanto, de prova de culpa do condutor.
e) a propriedade do imóvel onde funcionava a escola, tendo em vista que caso se trate de bem público
estadual cedido à municipalidade para implantação da escola, descabe qualquer indenização, seja pelo
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muro, seja pelos danos nos aparelhos elétricos, uma vez que o funcionamento da própria unidade
depende do ente estadual.
a) Para a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o Estado não responde civilmente por atos
ilícitos praticados por foragidos do sistema penitenciário, salvo quando os danos decorrem direta ou
imediatamente do ato de fuga. Também entende o Superior Tribunal de Justiça que o Estado pode
responder civilmente pelos danos causados por seus agentes, ainda que estes estejam amparados por
causa excludente de ilicitude penal.
b) Segundo o Supremo Tribunal Federal, é obrigação do Estado ressarcir os danos, inclusive morais,
comprovadamente causados aos detentos em decorrência da falta ou insuficiência das condições legais
de encarceramento. Para fundamentar esta tese, a Corte Excelsa invocou a teoria do risco administrativo
do tipo integral.
c) Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o Estado não deve ser condenado a indenizar
servidores na hipótese de posse em cargo público determinada por decisão judicial, sob fundamento de
que deveria ter sido investido em momento anterior, ainda que seja comprovada situação de
arbitrariedade flagrante. Para o Supremo Tribunal Federal, nas hipóteses de arbitrariedade flagrante, a
indenização deve ser substituída pelo reconhecimento do tempo de serviço.
d) Segundo o Supremo Tribunal Federal, caso um detento seja encontrado morto nas dependências de
estabelecimento penitenciário e seja comprovado que se tratou de um suicídio, à luz da teoria do risco
administrativo entende-se que não há como se imputar qualquer responsabilidade ao Estado.
e) O Superior Tribunal de Justiça, em conflito com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, firmou
entendimento no sentido de que o Estado deve ser responsabilizado civilmente caso o inquérito policial
instaurado por delegado de polícia seja arquivado judicialmente após pedido do Ministério Público.
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a) É admissível a responsabilidade civil do Estado por atos lícitos, com fundamento no princípio da
igualdade, e não há óbice jurídico ao seu reconhecimento na via administrativa.
b) responsabilidade civil do Estado no Direito Administrativo Brasileiro é regida pela teoria do risco
integral. Assim, o Estado não pode alegar caso fortuito ou força maior para eximir-se de sua
responsabilidade perante os administrados.
c) As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de
regresso contra o responsável. Este direito de regresso há de ser exercido em uma dem anda em que a
responsabilidade do agente público é objetiva, sendo, assim, desimportante a verificação de sua culpa ou
dolo.
d) O servidor público estatutário é aquele que tem seu vínculo jurídico com a Administração Pública
regido por um contrato de trabalho.
e) Um Deputado Estadual não pertence à categoria de agentes públicos denominada “agente político”,
pois apenas vota projetos de lei, sem que represente a unidade do Poder Legislativo Estadual. Esta visão
torna-se ainda mais acentuada quando há divergência na aprovação dos projetos de lei.
a) A responsabilidade civil do Estado é sempre de natureza contratual, uma vez que há entre o Estado e
o cidadão um verdadeiro contrato social, pacto este implícito que deve ser cumprido por ambas as partes.
b) A teoria do risco administrativo responsabiliza o ente público de forma objetiva pelos danos causados
por seus agentes a terceiros de forma comissiva. Esta teoria admite causas de exclusão da
responsabilidade, entre elas a culpa exclusiva da vítima.
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a) A teoria do risco administrativo responsabiliza o ente público de forma objetiva pelos danos causados
por seus agentes a terceiros de forma comissiva. Esta teoria admite causas de exclusão da
responsabilidade, entre elas a culpa exclusiva da vítima.
b) A teoria do risco integral foi adotada pela Constituição Federal de 1988, porém em casos específicos,
como os danos decorrentes de atividade nuclear ou danos ao meio ambiente. Tal posição é pacífica na
doutrina, havendo causas de exclusão da responsabilidade estatal, como o caso fortuito e a força maior.
c) A teoria adotada na Constituição Federal Brasileira, notadamente no artigo 37, §6°, é a teoria do risco
suscitado ou risco criado, em que o Estado por seus atos comissivos cria o risco de dano com suas
atividades, não admitindo causa de exclusão desta responsabilidade.
d) A responsabilidade civil do Estado será subjetiva em casos de omissão, adotando o ordenamento
jurídico, nestes casos, a teoria civilista, restando necessário a comprovação de dolo ou culpa do servidor
que se omitiu no caso específico.
e) A responsabilidade civil do Estado é sempre de natureza contratual, uma vez que há entre o Estado e
o cidadão um verdadeiro contrato social, pacto este implícito que deve ser cumprido por ambas as partes.
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a) A teoria do risco integral foi adotada pela Constituição Federal de 1988, porém em casos específicos,
como os danos decorrentes de atividade nuclear ou danos ao meio ambiente. Tal posição é pacífica na
doutrina, havendo causas de exclusão da responsabilidade estatal, como o caso fortuito e a força maior.
b) A teoria do risco administrativo responsabiliza o ente público de forma objetiva pelos danos causados
por seus agentes a terceiros de forma comissiva. Esta teoria admite causas de exclusão da
responsabilidade, entre elas a culpa exclusiva da vítima.
c) A teoria adotada na Constituição Federal Brasileira, notadamente no artigo 37, §6°, é a teoria do risco
suscitado ou risco criado, em que o Estado por seus atos comissivos cria o risco de dano com suas
atividades, não admitindo causa de exclusão desta responsabilidade.
d) A responsabilidade civil do Estado é sempre de natureza contratual, uma vez que há entre o Estado e
o cidadão um verdadeiro contrato social, pacto este implícito que deve ser cumprido por ambas as partes.
e) A responsabilidade civil do Estado será subjetiva em casos de omissão, adotando o ordenamento
jurídico, nestes casos, a teoria civilista, restando necessário a comprovação de dolo ou culpa do servidor
que se omitiu no caso específico.
Respostas: 01:A 02:E 03:E 04:C 05:E 06:E 07:C 08:D 09:A 10:E 11:E 12:D 13:B
14:D 15:D 16:A 17:A 18:B 19:A 20:B
Lei nº 11.101/2005
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Disposições comuns
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No que pese tratar-se de norma redundante, uma vez que “Quem, de qualquer
modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua
culpabilidade”, é plenamente possível a imputação aos referidos sujeitos, desde que
demonstrada a conduta criminosa de cada concorrente.
Logo, no que pese a possibilidade de o fato ser típico, ilícito e culpável em função
das condições em concreto, não haverá punibilidade objetiva, se não se encontrarem
presentes as referidas decisões.
Fique atento!
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Quanto aos efeitos da condenação por crime previsto na lei 11.101, podemos
enumerar:
A inabilitação para o exercício de atividade empresarial
O impedimento para o exercício de cargo ou função em conselho de
administração, diretoria ou gerência das sociedades sujeitas a esta Lei
A impossibilidade de gerir empresa por mandato ou por gestão de negócio.
Art. 181. São efeitos da condenação por crime previsto nesta Lei:
I – a inabilitação para o exercício de atividade empresarial;
II – o impedimento para o exercício de cargo ou função em conselho de
administração, diretoria ou gerência das sociedades sujeitas a esta Lei;
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Art. 182. A prescrição dos crimes previstos nesta Lei reger-se-á pelas
disposições do Código Penal, começando a correr do dia da decretação da
falência, da concessão da recuperação judicial ou da homologação do plano
de recuperação extrajudicial.
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Do Procedimento Penal
Art. 183. Compete ao juiz criminal da jurisdição onde tenha sido decretada a
falência, concedida a recuperação judicial ou homologado o plano de
recuperação extrajudicial, conhecer da ação penal pelos crimes previstos nesta
Lei.
Art. 184. Os crimes previstos nesta Lei são de ação penal pública
incondicionada.
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Parágrafo único. Decorrido o prazo a que se refere o art. 187, § 1º, sem que
o representante do Ministério Público ofereça denúncia, qualquer credor
habilitado ou o administrador judicial poderá oferecer ação penal privada
subsidiária da pública, observado o prazo decadencial de 6 (seis) meses.
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Art. 170. Divulgar ou propalar, por qualquer meio, informação falsa sobre
devedor em recuperação judicial, com o fim de levá-lo à falência ou de obter
vantagem:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Indução a erro
Art. 171. Sonegar ou omitir informações ou prestar informações falsas no
processo de falência, de recuperação judicial ou de recuperação extrajudicial,
com o fim de induzir a erro o juiz, o Ministério Público, os credores, a
assembléia-geral de credores, o Comitê ou o administrador judicial:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Favorecimento de credores
Art. 172. Praticar, antes ou depois da sentença que decretar a falência,
conceder a recuperação judicial ou homologar plano de recuperação
extrajudicial, ato de disposição ou oneração patrimonial ou gerador de
obrigação, destinado a favorecer um ou mais credores em prejuízo dos
demais:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre o credor que, em conluio, possa
beneficiar-se de ato previsto no caput deste artigo.
Desvio, ocultação ou apropriação de bens
Art. 173. Apropriar-se, desviar ou ocultar bens pertencentes ao devedor sob
recuperação judicial ou à massa falida, inclusive por meio da aquisição por
interposta pessoa:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
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a) Delton pode ajuizar uma Ação Penal Privada subsidiária da Pública, já que superado o prazo de 15
dias, disposto no art. 187, § 1° da Lei 11.101/05, qualquer credor habilitado está apto para fazê-lo.
b) Delton pode ajuizar uma Ação Penal Privada, já que a discriminação causada pela obrigação
supostamente fraudulenta, para além de gerar atraso no pagamento, causa danos a sua honra.
c) Delton pode ajuizar uma Ação Penal Privada subsidiária da Pública, já que superado o prazo de 45
dias, disposto no art. 187, § 1° da Lei 11.101/05, qualquer credor habilitado está apto para fazê-lo.
d) Delton poderá ajuizar uma Ação Penal Privada subsidiária da Pública após a superação do prazo de
120 dias disposto no art. 187, § 1°, já que qualquer credor habilitado ou administrador oficial está apto
para fazê-lo.
e) Delton não pode ajuizar uma Ação Penal Privada subsidiária da Pública, já que apenas o Administrador
Judicial é capaz de fazer isto na hipótese da superação do prazo disposto no art. 187, § 1°da Lei 11.101/05.
O condenado por crime falimentar fica impedido de atuar como empresário individual ou mesmo de ser
sócio em sociedade limitada, ainda que não exerça função de gerência ou de administração.
Certo / Errado
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e) Favorecimento de credores.
a) O princípio da bagatela aplica-se aos crimes de responsabilidade praticados por prefeitos no exercício
do mandato.
b) A Lei n.º 11.101/2005 aplica-se às sociedades de economia mista detentoras de capital público e
privado.
c) Findo o mandato de prefeito, veda-se a instauração de processo criminal com base em conduta
tipificada no Decreto-Lei n.º 201/1967, sendo incabível o oferecimento de denúncia.
d) Em se tratando de recuperação judicial, extrajudicial e falência do empresário e da sociedade
empresária, aplicam-se as normas do Código de Processo Penal, inexistindo fase de investigação judicial.
e) Os vereadores, assim como os prefeitos municipais, respondem como autores ou sujeitos ativos das
condutas penais definidas no Decreto-Lei n.º 201/1967.
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Assinale a opção correta em relação aos delitos de corrupção de menores e de trânsito, à Lei Antidrogas
e aos crimes falimentares.
a) Constitui efeito da condenação por crimes de natureza falimentar a inabilitação para o exercício de
atividade empresarial. Esse efeito, entretanto, não é automático, devendo ser motivadamente declarado
na sentença. A inabilitação pode perdurar por até cinco anos após a extinção da punibilidade, havendo a
possibilidade de que cesse antes, pela reabilitação penal.
b) No delito de corrupção de menores previsto no CP, se o crime é cometido com o fim de obter
vantagem econômica, além da pena privativa de liberdade, aplica-se também a pena de multa ao agente.
c) Tratando-se de delitos de trânsito, em qualquer fase da investigação ou da ação penal, havendo
necessidade para a garantia da ordem pública, pode o juiz, como medida cautelar, de ofício ou a
requerimento do MP ou ainda mediante representação da autoridade policial, decretar, em decisão
irrecorrível, a suspensão da permissão ou da habilitação para dirigir veículo automotor ou a proibição de
sua obtenção.
d) Segundo a Lei Antidrogas, para determinar se a droga apreendida sob a posse de um indivíduo destina-
se a consumo pessoal, o juiz deve-se ater à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e
às condições em que se desenvolveu a ação, desconsiderando as circunstâncias sociais e pessoais e
também a conduta e os antecedentes do agente, sob pena de violação do princípio da presunção de
inocência.
e) Como a Lei Antidrogas não prevê a aplicação de medida educativa a agente apenado por portar drogas
para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar, devem ser aplicadas as regras pertinentes do CP.
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e) os efeitos da condenação perdurarão até 5 (cinco) anos após a extinção da punibilidade, salvo se antes
concedida a reabilitação penal.
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“ Foi mérito de Franz von Lizst ter criado entre os vários pensamentos
do crime uma relação que poderia ser denominada de modelo tripartido
da “ciência conjunta” do direito penal. “Uma ciência conjunta, esta que
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1.2 Conceito
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1.3 Características
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1.4 Objeto
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O autor afirma ainda, que esses são elementos básicos para uma sociedade
criminalizar uma conduta, sendo que toda a legislação criminal e suas eventuais reformas
deveriam estar assentadas nessas premissas.
Já o conceito de criminoso pode ser dividido em perspectivas: para os clássicos,
criminoso é uma pessoa que optou cometer o delito, embora pudesse e devesse obedecer
a lei – tudo com base na ideia do livre arbítrio, e de que o mal causado pelo criminoso
deveria ser punido de forma proporcional (equivalência entre crime e pena); para os
autores positivista, o criminoso, na verdade, é “um prisioneiro de sua própria patologia
(determinismo biológico), ou de processos causais alheios (determinismo social)”,
considerando a noção de livre arbítrio uma ilusão, de modo que a consequência jurídica
do crime pode estar mais associada à cura, restabelecimento ou contenção do indivíduo,
mas não necessariamente à uma punição proporcional (medida de segurança), embora
houvesse também positivistas que defendem-se a aplicação da pena proporcional; para a
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a) 1ª fase: “idade de ouro”, que vai desde os primórdios da civilização até o fim da alta
idade média, período em que se destaca a autotutela e composição;
4
A classificação das vítimas e os níveis de vitimização serão abordados em capítulo próprio.
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Sobre a importância deste estudo, vale colacionar o seguinte trecho (Shecaria, 2014):
5
Cifra negra de criminalidade será abordada posteriormente.
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controle social formal opere de forma articulada com o informal – exemplo das polícias
comunitárias – e baseado no direito penal mínimo (pena, principalmente a privativa de
liberdade, como ultima ratio).
Segundo (Filho, 2012), Método é o meio pelo qual o raciocínio humano procura
desvendar um fato, referente à natureza, à sociedade e ao próprio homem. No campo da
criminologia, essa reflexão humana deve estar apoiada em bases científicas, sistematizadas
por experiências, comparadas e repetidas, visando buscar a realidade que se quer alcançar.
A criminologia se utiliza dos métodos biológico e sociológico. Como ciência
empírica e experimental que é, a criminologia utiliza-se da metodologia experimental,
naturalística e indutiva para estudar o delinquente, não sendo suficiente, no entanto, para
delimitar as causas da criminalidade. Por consequência disso, busca auxílio dos métodos
estatísticos, históricos e sociológicos, além do biológico.
Convém mencionar que (Shecaria, 2014) segue uma postura não positivista, ou seja,
assume que as ciências humanas podem ser influenciadas pelos concepções e pré-
compreensões que subjazem no pesquisador, de modo que deve ser reconhecido que todo
estudo pode ou será afetado por esses fatores subjetivos. Quer dizer, inexiste um estudo
puramente objetivo.
Quanto ao método, convém citar o seguinte trecho (páginas 65 a 66):
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1.6 Funções
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(Filho, 2012)
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O código de Hamurabi dispõe que a pena dos ricos deve ser mais severa que a dos
pobres, pois os ricos têm melhores oportunidades, intuindo que a pobreza pode
contribuir, de alguma forma, para que alguém cometa crimes.
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7
Estudo externo das aparências do crânio
8
Tais autores autorizaram o surgimento de consequências na esfera jurídica de medidas evidentemente discriminadoras.
Um juiz napolitano conhecido como Marquês de Moscardi, decidia em última instância os processos que até eles
chegavam, e criou o conhecido Edito de Valério que afirmava: quando se tem dúvida entre dois presumidos culpados,
condena-se sempre o mais feio. A pena que sempre aplicara era a de morte ou perpétua, terminando sempre suas sentenças
com o bordão: “ouvidas acusação e defesa e examinadas a cabeça e a face do acusado, condeno-o”.
9
Método de medição da cabeça para adivinhar faculdades mentais e morais.
10
“A frenologia regia-se pelas seguintes proposições: (I) toda faculdade mental tem um território; (II) a forma do crânio
é a impressão fiel da composição cerebral; e (III) existem ligações entre o cérebro e as faculdades psíquicas, pelo que
qualquer alteração da constituição orgânica corresponde a uma alteração da função psíquica, tal sendo detectado pela
análise da morfologia craniana”.
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se refere ao atavismo, que seria uma tendência criminosa herdada de ascendentes, numa
espécie de retorno ao homem primitivo, o qual era caracterizado por muitos como um
ser bruto e violento. Em sentido assemelhado, Herbert Spencer utilizou-se de
conceitos da biologia sobre evolução trazidos Charles Darwin e Lamark para defender
a existência de seres humanos mais aptos e menos aptos, bem como de raças superiores
e inferiores, devendo aquelas prevalecerem (dominarem) sobre estas. Também é
preciso atentar-se que o estudo da cabeça, face e crânio teve influência relevante nas
conclusões da escola positivista italiana.
11
Este presídio esse construído de uma forma circular, de forma a permitir que os presos fossem vigiados a todo momento
sem saber que estivessem sendo vigiados. Por outro lado, era construído sobre a presunção de que haveria os presos
fariam trabalho diaturnos.
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Tarde, por sua vez, discordou de Emile Durkheim a respeito do fato delituoso ser algo
normal; também discordou do atavismo ou clima como fator criminógeno. Ele
defendeu que fatores sociais é que afetam a criminalidade, a exemplo do fato de
crianças passarem seu tempo fora da escola, isto é, em outros locais como ruas e praças,
o onde, em verdade, teriam a oportunidade de aprender (imitar) comportamentos
ilícitos com aqueles que já praticavam (contato social deletério) – e, neste aspecto,
Tarde foi precursor da teoria da associação diferencial, o que será estudado
posteriormente.
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(Filho, 2012), nos adverte que não existiu propriamente uma Escola Clássica, que
foi assim denominada pelos positivistas em tom pejorativo (Ferri).
Neste aspecto, destaca-se Cesare Bonesana, Marquês de Beccaria, com seu livro
Dos Delitos e Das Penas (1764), não por sua originalidade, mas por sintetizar as ideias
sobre o Direito Penal de sua época. Ele defendeu que a existência de leis simples, de
conhecimento comum – assim, essa lei poderia ser obedecida por todos os cidadãos;
defendeu que só a lei deveria fixar penas, e não o juiz, que, em geral, o faziam de modo
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arbitrário; foi contra penas de confisco, cruéis e de capital, e além das que recaíssem sobre
a família do condenado; afirmou que o mais importante é a efetividade da lei (certeza da
aplicação da pena), e não o rigor da mesma (dureza da pena); criticou aspectos do direito
probatório, tais como tortura, testemunhos secretos, juízos de Deus, não admissão do
testemunho da mulher e ausência de atenção à palavra do condenado.
Outro expoente é Francesco Carrara, que também sintetizou os pensamentos da Escolas
Clássica, defendendo que “o crime não é um ente de fato, é um ente jurídico; não é uma
ação, é uma infração. É um ente jurídico porque sua essência deve consistir
necessariamente na violação de um direito. Com tal pensamento queria se dizer que o
crime é a violação do direito como exigência racional e não como norma do direito
positivo, em uma clara alusão ao pensamento contratualista. Se o crime é uma exigência
racional, ele só pode emanar da liberdade de querer como um axioma fundamental para o
sistema punitivo. Advém daí o chamado livre-arbítrio, base da atribuição de uma pena
proporcional [...]” (Shecaria, 2014).
Outro aspecto importante da Escola Clássica é que a pena era entendida como uma
forma de reparação pelo dano causado pelo crime, e, como consequência, caracterizava-
se por defender penas certas e determinadas.
Percebe-se que o método de estudo da Escola Clássica é lógico-abstrato ou
dedutivo. Outrossim, tem o enfoque de estudo no conceito de crime e de pena, tendo
como pressuposto absoluto a racionalidade de todos os indivíduos e o livre-arbítrio. Isso,
contudo, não foi suficiente para explicar alguns fenômenos sociais, o que, aliado ao não
alcance das expectativas quanto ao capitalismo diante de uma criminalidade crescente,
abriu espaço para florescimento da Escola Positivista.
Como bem resume (Joerge de Fgueiredo Dias; Manuel da Costa Andrade, 1997):
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a) O crime é um ente jurídico; não é uma ação, mas sim uma infração (Carrara);
b) A punibilidade deve ser baseada no livre-arbítrio;
c) A pena deve ter nítido caráter de retribuição pela culpa moral do delinquente
(maldade), de modo a prevenir o delito com certeza, rapidez e severidade e a
restaurar a ordem externa social;
d) Método e raciocínio lógico-dedutivo.
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Advindas da religião, da fé e da mitologia.
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O sucessor de Lombroso foi Enrico Ferri, contudo este detinha uma “compreensão mais
larga da criminalidade, evitando o reducionismo antropológico”, reconhecendo a
complexidade do fenômeno da criminalidade decorria também de fatores físicos e sociais,
sendo que estes preponderariam sobre os demais. De todo modo, critica o livre arbítrio
como fundamento da imputabilidade (não há como fundamentar a pena em algo que não
existe), de modo que a responsabilidade moral deveria ser substituída pela
responsabilidade social – quer dizer, a pena serve como defesa da sociedade, e não como
repreensão ao que comete crime. Ferri classificou o criminoso em cinco categorias:
Louco: comete o crime não só pela enfermidade mental, mas também pela atrofia
do senso moral.
Criminoso habitual: pessoa cuja origem é marcada pela miséria moral e material,
e inicia a carreira criminosa com a pequenos delitos, mas que progride até alcançar
patamares mais graves. É um tipo urbano, perigoso e de difícil readaptabilidade.
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Criminoso passional: pessoa que pratica o crime por causa paixões pessoais,
políticas ou sociais.
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(Filho, 2012)
2.5 Escola de Política Criminal ou Moderna Alemã
Como bem explica (Filho, 2012), A também denominada Escola Sociológica Alemã,
e teve como principais expoentes Franz von Lizst, Adolphe Prins e Von Hammel,
criadores, aliás, da União Internacional de Direito Penal, em 1888.
Von Lizst ampliou na conceituação das ciências penais a criminologia (com a
explicação das causas do delito) e a penologia (causas e efeitos da pena).
Os postulados da Escola de Política Criminal foram:
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Bibliografia
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a)A vitimologia ocupa-se, sobretudo, do estudo sobre os riscos de vitimização, dos danos que sofrem as
vítimas como consequência do delito assim como da posterior intervenção do sistema legal, dentre outros
temas.
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b)A criminologia tradicional desconsiderou o estudo da vítima por considerá-la mero objeto neutro e
passivo, tendo polarizado em torno do delinquente as investigações sobre o delito, sua etiologia e
prevenção.
c)Os pioneiros da vitimologia compartilhavam uma análise etiológica e interacionista, sendo que suas
tipologias ponderavam sobre o maior ou menor grau de contribuição da vítima para sua própria
vitimização.
d)A Psicologia Social destacou-se como marco referencial teórico às investigações vitimológicas,
fornecendo modelos teóricos adequados à interpretação e explicação dos dados.
e)O redescobrimento da vítima e os estudos científicos decorrentes se deram a partir da 1ª (Primeira)
Guerra Mundial em atendimento daqueles que sofreram com os efeitos dos conflitos e combates.
a)do “dever ser”; logo, utiliza-se do método abstrato, formal e dedutivo, baseado em deduções lógicas e
da opinião tradicional.
b)empírica e teorética; logo, utiliza-se do método indutivo e empírico, baseado em deduções lógicas e
opinativas tradicionais.
c)do “ser”; logo, serve-se do método indutivo e empírico, baseado na análise e observação da realidade.
d)do “dever ser”; logo, utiliza-se do método indutivo e empírico, baseado na análise e observação da
realidade.
e)do “ser”; logo, serve-se do método abstrato, formal e dedutivo, baseado em deduções lógicas e da
opinião tradicional.
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a)O incremento dos índices de criminalidade registrada (tese do volume constante do delito) mantém
correspondência com as demonstrações das pesquisas de vitimização já que seus dados procedem das
mesmas repartições do sistema legal.
b)A população reclusa oferece uma amostra confiável e representativa da população criminal real, já que
os agentes do controle social se orientam pelo critério objetivo do fato cometido e limitam-se a detectar
o infrator, qualquer que seja este.
c)O fenômeno do medo ao delito não enseja investigações empíricas na Criminologia por tratar-se de
uma consequência trivial da criminalidade diretamente proporcional ao risco objetivo.
d)O medo do delito pode condicionar negativamente o conteúdo da política criminal imprimindo nesta
um viés de rigor punitivo, contrário, portanto, ao marco político-constitucional do nosso sistema legal.
e)As pesquisas de vitimização constituem uma insubstituível fonte de informação sobre a criminalidade
real, já que seus dados procedem das repartições do sistema legal sendo condicionantes das estatísticas
oficiais.
a)A criminologia tradicional examina a pessoa do infrator como uma realidade biopsicopatológica,
considerando o determinismo biológico e social.
b)A criminologia tradicional examina a pessoa do infrator como um incapaz de dirigir por si mesmo sua
vida, cabendo ao Estado tutelá-lo.
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c)A criminologia tradicional examina a pessoa do infrator como uma unidade biopsicossocial,
considerando suas interdependências sociais.
d)A criminologia tradicional examina a pessoa do infrator como um sujeito determinado pelas estruturas
econômicas excludentes, sendo uma vítima do sistema capitalista.
e)A criminologia tradicional examina a pessoa do infrator como alguém que fez mau uso da sua liberdade
embora devesse respeitar a lei.
a)indireta.
b)secundária.
c)primária.
d)terciária.
e)direta.
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Ana de Jesus foi à polícia reclamar que Mário, seu ex-namorado, alcoólatra e usuário de drogas, lhe fez
ameaça de morte e ainda lhe deu umas refregas (sic), ao que se seguiram a comunicação do fato e o pedido
de medida protetiva. É lamentável que a mulher não se dê ao respeito e, com isso, faça desmerecido o
poder público. Simplesmente decidir que o agressor deve manter determinada distância da vítima é um
nada. Depois que o sujeito, sentindo só a debilidade do poder público, invadir a distância marcada, caberá
à vítima, mais uma vez, chamar a polícia, a qual, tendo ido ao local, o afastará dali. Mais que isso,
legalmente, pouco há que fazer. Enfim, enquanto a mulher não se respeitar, não se valorizar, ficará nesse
ramerrão sem fim — agressão, reclamação na polícia, falta de proteção. Por outro lado, ainda vige o
instituto da legítima defesa, muito mais eficaz que qualquer medidazinha (sic) de proteção. Intimem-se,
inclusive ao MP.
Texto 1A9-II
No Brasil, a edição da Lei Maria da Penha retratou a preocupação da sociedade com a violência doméstica
contra a mulher, e a incorporação do feminicídio ao Código Penal refletiu o reconhecimento de conduta
criminosa reiterada relacionada à questão de gênero. Mesmo com tais medidas, que visam reduzir a
violência contra as mulheres, as estatísticas nacionais apontam para um agravamento do problema. No
caso do estado de Sergipe, de acordo com dados do Panorama da Violência contra as Mulheres no Brasil
(2016), a taxa de violência letal contra mulheres é superior à taxa nacional, enquanto a taxa de estupros é
inferior, o que pode ser resultado de uma subnotificação desse tipo de violência.
Considerando os textos apresentados, julgue o item que se segue, pertinentes aos objetos da criminologia.
De acordo com estudos vitimológicos, a diferença entre os crimes sexuais praticados e os comunicados
às agências de controle social é de aproximadamente 90%, o que estaria em consonância com os dados
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do Panorama da Violência contra as Mulheres no Brasil (texto 1A9-II), que indica a ocorrência de
subnotificação nos casos de estupros praticados em Sergipe. Esse fenômeno, de apenas uma parcela dos
crimes reais ser registrada oficialmente pelo Estado, é o que a criminologia chama de cifra negra da
criminalidade.
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
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( ) Certo ( ) Errado
a)Ciência que tem como finalidade o estudo do criminoso-nato, sob seu aspecto amplo e integral:
psicológico, social, econômico e jurídico.
b)Ciência que explica a correlação crime-sociedade, sua motivação, bem como sua perpetuação.
c)Busca, precipuamente, explicar e justificar os fatores psicológicos que levam ao crime.
d)Tem como objetivo maior, a ressocialização do preso, estabelecendo estudos de inclusão social.
e)Ciência que estuda as relações entre as pessoas que pertencem a uma comunidade, e se ocupa em
estudar a vida social humana.
a)De acordo com a classificação das vítimas, formulada por Mendelsohn, a vítima simuladora é aquela
que voluntária ou imprudentemente, colabora com o ânimo criminoso do agente.
b)É denominada terciária a vitimização que corresponde aos danos causados à vítima em decorrência do
crime.
c)De acordo com a ONU, apenas são consideradas vítimas as pessoas que, individual ou coletivamente,
tenham sofrido lesões físicas ou mentais, por atos ou omissões que representem violações às leis penais,
incluídas as leis referentes ao abuso criminoso do poder.
d)O surgimento da Vitimologia ocorreu no início do século XVIII, com os estudos pioneiros de Hans
Von Hentig, seguido por Mendelsohn.
e)É denominada secundária a vitimização causada pelas instâncias formais de controle social, no decorrer
do processo de registro e apuração do crime.
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a)Desde a Antiguidade, o Direito Penal, em concreto, passou a ser compilado em Códigos e âmbitos
jurídicos, tal qual como nos dias de hoje, entretanto, algumas vezes eram imprecisos.
b)O Código de Hamurabi (Babilônia) possuía dispositivos, punindo furtos, roubos, mas não considerava
crime, a corrupção praticada por altos funcionários públicos.
c)Durante a Antiguidade, o crime era considerado pecado, somente na Idade Média, é que a dignidade
da pessoa humana passou a ser considerada, e as punições deixaram de ser cruéis.
d)Em sua obra “A Política”, Aristóteles, ressaltou que a miséria causa rebelião e delito. Para o referido
filósofo, os delitos mais graves eram os cometidos para possuir o voluptuário, o supérfluo.
e)Da Antiguidade à Modernidade, o furto famélico (roubar para comer) nunca foi considerado crime.
a)Criminoso louco: é o tipo de criminoso que tem instinto para a prática de delitos, é uma espécie de
selvagem para a sociedade.
b)Criminoso nato: é aquele tipo de criminoso malvado, perverso, que deve sobreviver em manicômios.
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c)Criminoso por paixão: aquele que utiliza de violência para resolver problemas passionais, geralmente é
nervoso, irritado e leviano.
d)Criminoso por paixão: este aponta uma tendência hereditária, possui hábitos criminosos influenciados
pela ocasião.
e)Criminoso louco: é o criminoso sórdido com deficiência do senso moral e com hábitos criminosos
influenciados pela situação.
a)O linchamento do autor de um crime por populares em uma rua pode ser classificado como uma
vitimização secundária e terciária.
b)A chamada da vítima na fase processual da persecução penal para ser ouvida sobre o crime, por
inúmeras vezes, é denominada de vitimização secundária.
c)A longa espera da vítima de um crime em uma delegacia de polícia para o registro do crime é
denominada de vitimização terciária.
d)A vítima só passa a ter um contorno sistemático em sua abordagem criminológica a partir do fim da
primeira guerra mundial, na segunda década do século XX.
e)As pesquisas de vitimização têm por objetivo principal mensurar a vitimização secundária.
a)O Direito Penal é condicionante e moldura da criminologia, visto que esta tem por objeto o estudo do
crime e, assim, parte em suas diversas correntes e teorias, das definições criminais dogmáticas e legais
postas pelo Direito Penal, e a elas se circunscreve.
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b)A Criminologia, especialmente em sua vertente crítica, tem como incumbência a explicação e
justificação do Sistema de Justiça Criminal que tem por finalidade a implementação do Direito Penal e
consequente prevenção criminal.
c)A Política Criminal é uma disciplina que estuda estratégias estatais para atuação preventiva sobre a
criminalidade, e que tem como uma das principais finalidades o estabelecimento de uma ponte eficaz
entre a criminologia, enquanto ciência empírica, e o direito penal, enquanto ciência axiológica.
d)A Política Criminal é condicionante e moldura da criminologia, visto que esta tem por objeto o estudo
do crime e, assim, parte em suas diversas correntes e teorias, das definições criminais dogmáticas e legais
postas pela Política Criminal, e a elas se circunscreve.
e)As teorias criminológicas da integração ou do consenso apontam o sistema de justiça criminal como
fator que pode aprofundar a criminalidade, deslocando o problema criminológico do plano da ação para
o da reação.
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João nutria grande desejo por sua colega de turma, Estela, mas não era correspondido. Esse desejo
transformou-se em ódio e fez que João planejasse o estupro e o homicídio da colega. Para isso, ele passou
a observar a rotina de Estela, que trabalhava durante o dia e estudava com João à noite. Determinado dia,
após a aula, em uma rua escura no caminho de Estela para casa, João realizou seus intentos criminosos,
certo de que ficaria impune, mas acabou sendo descoberto e preso.
Com relação à situação hipotética descrita no texto 1A14AAA e às funções da criminologia, da política
criminal e do direito penal, assinale a opção correta.
a)O direito penal tem a função de analisar a forma como o crime foi cometido, bem como estudar os
meios que devem ser adotados com relação à pena e à ressocialização de João.
b)O direito penal é o responsável pelo diagnóstico do fenômeno dos crimes cometidos contra as
mulheres.
c)A criminologia deverá analisar a conduta de João, subsidiando o juiz quanto ao arbitramento da pena.
d)A política criminal tem a função de propor medidas para a redução das condições que facilitaram o
cometimento do crime por João, como a urbanização e a iluminação de ruas.
e)A criminologia deverá indicar os trajetos que precisam de rondas policiais ou os locais para se instalarem
postos policiais.
a)A criminologia tem como objetivo estudar os deliquentes, a fim de estabelecer os melhores passos para
sua ressocialização. A política criminal, ao contrário, tem funções mais relacionadas à prevenção do crime.
b)A finalidade da criminologia em face do direito penal é de promover a eliminação do crime.
c)A determinação da etimologia do crime é uma das finalidades da criminologia.
d)A criminologia é a ciência que, entre outros aspectos, estuda as causas e as concausas da criminalidade
e da periculosidade preparatória da criminalidade.
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e)A criminologia é orientada pela política criminal na prevenção especial e direta dos crimes socialmente
relevantes, mediante intervenção nas manifestações e nos efeitos graves desses crimes para determinados
indivíduos e famílias.
a)O modelo positivista analisa os fatores criminológicos sob a concepção do delinquente como indivíduo
racional e livre, que opta pelo crime em virtude de decisão baseada em critérios subjetivos.
b)O objeto de estudo da criminologia é a culpabilidade, considerada em sentido amplo; já o direito penal
se importa com a periculosidade na pesquisa etiológica do crime.
c)A criminologia clássica atribui o comportamento criminal a fatores biológicos, psicológicos e sociais
como determinantes desse comportamento, com paradigma etiológico na análise causal-explicativa do
delito.
d)Entre os modelos teóricos explicativos da criminologia, o conceito definitorial de delito afirma que,
segundo a teoria do labeling approach, o delito carece de consistência material, sendo um processo de
reação social, arbitrário e discriminatório de seleção do comportamento desviado.
e)O modelo teórico de opção racional estuda a conduta criminosa a partir das causas que impulsionaram
a decisão delitiva, com ênfase na observância da relevância causal etiológica do delito.
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e)vítimas passivas em relação ao criminoso … vítimas prestativas … vítimas ativas em relação aos
criminosos
24 - 2014 - VUNESP - PC-SP - Delegado de Polícia
Tendo o Direito Penal a missão subsidiária de proteger os bens jurídicos e, com isso, o livre
desenvolvimento do indivíduo, e, ainda, sendo a pena vinculada ao Direito Penal e à Execução Penal,
após a reforma do Código Penal Brasileiro, em 1984, é correto afirmar que a finalidade da pena é
a)repreensiva e abusiva.
b)punitiva e reparativa.
c)retributiva e preventiva (geral e especial).
d)ressocializadora e reparativa.
e)punitiva e distributiva.
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
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Respostas: 01: E 02: C 03: D 04: A 05: B 06: C 07: E 08: C 09: E 10: B 11: E 12: A 13: D 14:
C 15: B 16: C 17: A 18: D 19: D 20: D 21: E 22: B 23: C 24: C 25: E 26: E 27: C 28: B 29:
D
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META 05
Inicialmente, podemos definir tortura como qualquer ato pelo qual dores ou
sofrimentos agudos, físicos ou mentais, são infligidos intencionalmente a uma pessoa a
fim de obter, dela ou de uma terceira pessoa, informações ou confissões; de castigá-la por
ato que ela ou uma terceira pessoa tenha cometido ou seja suspeita de ter cometido; de
intimidar ou coagir esta pessoa ou outras pessoas; ou por qualquer motivo baseado em
discriminação de qualquer natureza; quando tais dores ou sofrimentos são infligidos por
um funcionário público ou outra pessoa no exercício de funções públicas, ou por sua
instigação, ou com o seu consentimento ou aquiescência..
Tal conceito é extraído da convenção internacional contra a tortura e outros
tratamentos ou penas cruéis e degradantes, recepcionado em nosso sistema jurídico por
meio do decreto 40 de 1991.
Não obstante, a própria Declaração Universal dos Direitos do Homem prevê que
ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante, nesse
sentido está o artigo quinto da declaração:
Art. 5º Ninguém será submetido à tortura nem a tratamento ou castigo cruel,
desumano ou degradante.
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Como não poderia ser diferente, a Constituição de 88, também eu seu artigo quinto,
fez previsão semelhante, estabelecendo um verdadeiro mandado de criminalização para
o legislador:
Podemos perceber que a constituição equipara a tortura, assim como o tráfico ilícito
de entorpecentes e o terrorismo aos crimes Hediondos, logo, estes são também
inafiançáveis e insuscetíveis de graça, anistia e indulto, tendo sido a inviabilidade de induto
estabelecida por força da legislação ordinária.
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Aqui temos o que a doutrina conceitua como “tortura castigo”, nessa modalidade
de tortura, a violência ou grave ameaça são empregadas como forma de castigar a vítima,
ou aplicar medida de caráter preventivo, trata-se de:
Crime próprio, exige-se que o agente ativo tenha relação de guarda, poder ou
autoridade em relação a vítima, o sujeito passivo também exige propriedade,
vez que trata-se do tutelado pela relação de guarda, poder ou autoridade.
Quanto ao sofrimento físico e mental, exige-se que esse seja “intenso”, uma
vez que as relações de autoridade preveem em certo grau algum quantum de
“sofrimento”, vez que o guardião tutela o interesse e as possibilidades do
tutelado, como ocorre entre professor e aluno, carcereiro e preso e etc.
Exige-se especial fim de agir de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter
preventivo, sobre pena de atipicidade da conduta.
Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade,
guarda ou vigilância, para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia,
quer privando-a de alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-
a a trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de meios de correção
ou disciplina.
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necessariamente pretende causar intenso sofrimento físico ao agente passivo, mas apenas
priva-lo de meios adequados, quer pela ausência de educação, ensino, alimentação, ou
sujeitando-o a trabalho excessivo e inadequado.
Podemos dizer que também comete tortura, o agente que, por meio de ato ilegal
aplica ao preso sanção ilegítima, sem amparo jurídico, sujeitando o apenado a sofrimento
físico e mental
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de
evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos.
.
No parágrafo segundo, podemos ver o que a doutrina conceitua como sendo
“tortura omissão”. Ocorrendo quando o agente deixa de realizar um fazer a qual estava
obrigado. O agente, que deveria evitar ou apurar a prática dos delitos descritos não o faz.
Trata-se de crime próprio, exigindo do sujeito ativo o dever de evitar ou
apurar a ocorrência da prática do crime de tortura, já quanto ao sujeito
passivo, não há nenhuma exigência em especial.
A doutrina faz duras críticas ao tratamento legal dado a tortura omissão, uma vez
que em atendimento a regra geral do código penal, aquele que se omite tendo o dever de
evitar o resultado estará, por meio de um vínculo normativo, afeto a aplicação da pena do
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crime a qual foi realizada a omissão, como orienta o art. 13 do código penal, em seu
parágrafo segundo.
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Cinco guardas municipais em serviço foram desacatados por dois menores. Após breve perseguição, um
dos menores evadiu-se, mas o outro foi apreendido. Dois dos guardas conduziram o menor apreendido
para um local isolado, imobilizaram-no, espancaram-no e ameaçaram-no, além de submetê-lo a choques
elétricos. Os outros três guardas deram cobertura. Nessa situação, os cinco guardas municipais
responderão pelo crime de tortura, incorrendo todos nas mesmas penas.
Certo / Errado
a) cinco anos
b) dez anos
c) doze anos
d) vinte e quatro anos
e) trinta e seis anos
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tortura e as tentativas de praticar atos dessa natureza são coibidos. Marque abaixo a alternativa
CORRETA quanto ao crime de tortura.
a) Comete o crime de tortura aquele que, tendo o dever de evitar a conduta, se mantém omisso ao tomar
ciência ou presenciar pessoa presa ser submetida a sofrimento físico ou mental, por meio da prática de
ato não previsto legalmente.
b) A autoridade policial pode praticar a ação controlada — que consiste no retardamento da intervenção
policial para aguardar o momento mais eficaz à formação de provas e obtenção de informações —
independentemente de prévia comunicação ao juiz competente.
c) Será interditado do exercício da atividade pública por igual período ao da pena privativa de liberdade
prevista no Código Penal para o crime de lavagem de dinheiro o indivíduo que, exercendo cargo ou
função pública de qualquer natureza, for condenado pela prática de tal crime.
d) Sendo o servidor público condenado por crime de abuso de autoridade, será decretada a perda do
cargo e a sua inabilitação para o exercício de qualquer outra função pública pelo prazo de até cinco anos.
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e) Em qualquer hipótese, configura-se o crime de disparo de arma de fogo disparar arma de fogo com a
finalidade de praticar outro crime.
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a) A condenação de policial civil pelo crime de tortura acarreta, como efeito automático,
independentemente de fundamentação específica, a perda do cargo público e a interdição para seu
exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
b) A ausência de intimação da expedição de carta precatória para a inquirição de testemunhas gera,
segundo entendimento sumulado do STF, nulidade absoluta, por cerceamento de defesa e violação do
devido processo legal.
c) Para impugnar decisão do juiz da execução penal que unifique as penas impostas ao sentenciado, é
cabível a interposição de recurso em sentido estrito.
d) A ação de revisão criminal deve ser ajuizada no prazo decadencial de dois anos, contados do trânsito
em julgado da sentença condenatória.
e) Segundo o entendimento do STJ, à DP, quando ela atua na qualidade de assistente de acusação,
representando a vítima de determinado crime em uma ação penal, não se aplica a prerrogativa
institucional da concessão de prazo em dobro para a realização de atos processuais.
Caracteriza uma das espécies do crime de tortura a conduta consistente em, com emprego de grave
ameaça, constranger outrem em razão de discriminação racial, causando-lhe sofrimento mental.
Certo / Errado
a) se a vítima da tortura for criança, a Lei nº 9.455/97 deve ser afastada para incidência do tipo penal
específico de tortura previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (art. 233 do ECA).
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a) Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 21 (vinte e um) anos ou pessoa
portadora de deficiência motora se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua
propriedade, sujeita o agente a uma pena de um a dois anos de detenção e multa.
b) Violar direitos de autor de programa de computador que consista na reprodução, por qualquer meio,
de programa de computador, no todo ou em parte, para fins de comércio, sem autorização expressa do
autor ou de quem o represente, sujeita o agente a uma pena de seis meses a dois anos de detenção ou
multa.
c) Constitui crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-
lhe sofrimento físico ou mental, com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou
de terceira pessoa.
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O delegado não pode ser considerado coautor ou partícipe da conduta do policial, pois o crime de tortura
somente pode ser praticado de forma comissiva.
Certo / Errado
Certo / Errado
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a) nos crimes contra a ordem tributária, o pagamento do tributo, antes do recebimento da denúncia,
caracteriza causa extintiva de punibilidade.
b) motorista de táxi que se distrai conversando com passageiro e atropela pedestre, causando-lhe lesões
corporais e é induzido pelo acompanhante a deixar de prestar socorro à vítima, responde pelo crime de
lesão corporal culposa, funcionando a omissão de socorro e a circunstância de estar no exercício da
profssão como causas especiais de aumento de pena, conforme a Lei nº 9.503/97, respondendo o
passageiro pelo crime de omissão de socorro, previsto no art. 135 do Código Penal.
c) a Lei de Tortura prevê exceção, ao princípio da territorialidade, determinando a aplicação da lei
brasileira a crimes ocorridos fora do território brasileiro, sempre que a vítima for brasileira.
d) para o crime de tráfco ilícito de entorpecentes, a associação eventual constitui causa de aumento de
pena, sendo a associação para o tráfco, prevista no art. 35 da Lei nº 11.343/2006, delito autônomo que
demanda comprovação da estabilidade e permanência da societas sceleris.
a) constitui crime de tortura a conduta de constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento fisico ou mental com o fim de obter informação, declaração ou confissão da
vítma ou terceira pessoa, bem como para provocar ação ou omissão de natureza criminosa, dentre outras
hipóteses;
b) constitui também crime de tortura, a submissão de alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com
o emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar
castigo pessoal ou medida de caráter preventivo, dentre outras hipóteses;
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c) a pessoa que se omite em face das condutas definidas como crime de tortura, quando tenha o dever
de evitá-las ou apurá-las, responde por crime também e está sujeito às mesmas penas previstas para o
crime de tortura;
d) a condenação por crime de tortura praticado por funcionário público acarreta a perda do cargo, função
ou emprego público, bem como a interdição para o seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada;
e) os crimes de tortura são inafançáveis e insuscetiveis de graça e anistia.
Pela lei que define os crimes de tortura, o legislador incluiu, no ordenamento jurídico brasileiro, mais uma
hipótese de extraterritorialidade da lei penal brasileira, qual seja, a de o delito não ter sido praticado no
território e a vítima ser brasileira, ou encontrar-se o agente em local sob a jurisdição nacional.
Certo / Errado
a) Caio será punido por sua omissão na forma da Lei nº 9.455/1997 e Antônio não responderá por crime
algum, por ser seu subordinado.
b) Caio não praticou crime algum e Antônio cometeu o crime de tortura.
c) Caio responderá pelo crime de constrangimento ilegal em concurso de agentes com Antônio.
d) Caio não praticou crime algum e Antônio responderá pelo crime de abuso de autoridade.
e) Caio será punido por sua omissão na forma da Lei nº 9.455/1997 e Antônio responderá pelo crime de
tortura.
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d) crime de tortura por submeterem pessoa sujeita a medida de segurança a sofrimento físico e mental,
omitindo-se, quando tinham o dever de evitá-lo.
e) crime de omissão de socorro qualificada pelo resultado.
a) A condenação por crime de tortura acarreta a perda do cargo, função ou emprego público, mas não a
interdição para seu exercício.
b) Não se aplica a lei de tortura se do fato definido como crime de tortura resultar a morte da vítima.
c) O condenado por crime previsto na lei de tortura inicia o cumprimento da pena em regime semiaberto
ou fechado, vedado o cumprimento da pena no regime inicial aberto.
d) Aquele que se omite em face de conduta tipificada como crime de tortura, tendo o dever de evitá-la
ou apurá-la, é punido com as mesmas penas do autor do crime de tortura.
e) Pratica crime de tortura a autoridade policial que constrange alguém, mediante emprego de grave
ameaça e causando-lhe sofrimento mental, com o fim de obter informação, declaração ou confissão da
vítima ou de terceira pessoa.
a) Passou a ser previsto como crime autônomo a partir da entrada em vigor da Constituição Federal de
1988 que, no art. 5o , inciso III afirma que ninguém será submetido a tortura, nem a tratamento desumano
e degradante e que a prática de tortura será considerada crime inafiançável e insuscetível de graça ou
anistia.
b) É praticado por qualquer pessoa que causa constrangimento físico ou mental à pessoa presa ou em
medida de segurança, pelo uso de instrumentos cortantes, perfurantes, queimantes ou que produzam
stress, angústia, como prisão em cela escura, solitária, submissão a regime de fome etc.
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c) É cometido por quem constrange outrem, por meio de violência física, com o fim de obter informação
ou confissão da vítima ou de terceira pessoa, desde que do emprego da violência resulte lesão corporal.
d) Os bens jurídicos protegidos pela 'tortura discriminatória' são a dignidade da pessoa humana, a
igualdade, a liberdade política e de crença.
e) É praticado por quem se omite diante do dever de evitar a ocorrência ou continuidade da ação ou de
apurar a responsabilidade do torturador pelas condutas de constrangimento ou submissão levadas a efeito
mediante violência ou grave ameaça.
a) qualquer pessoa que submete alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência
ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida
de caráter preventivo.
b) o agente público que submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança, a sofrimento físico ou
mental, ainda que por intermédio da prática de ato previsto em lei ou resultante de medida legal.
c) qualquer pessoa que constrange alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe
sofrimento físico ou mental, em razão de discriminação de qualquer natureza.
d) o agente público que constrange alguém, com emprego de violência ou grave ameaça, com o fim de
provocar ação ou omissão de qualquer natureza.
e) qualquer pessoa que se omita diante de constrangimento ou submissão a ato de tortura.
a) representar ao órgão do Ministério Público que tiver competência para iniciar processo crime contra a
autoridade culpada.
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Como forma de punir um ex-membro de sua quadrilha que o havia delatado à polícia, um traficante de
drogas espancou um irmão do delator, em plena rua, quando ele voltava do trabalho para casa. Nessa
situação, o referido traficante praticou crime de tortura.
Certo / Errado
Certo / Errado
Respostas: 01:C 02:D 03:E 04:A 05:B 06:A 07:C 08:B 09:E 10:C 11:E 12:E 13:D
14:C 15:C 16:E 17:C 18:D 19:E 20:E 21:A 22:A 23:E 24:C
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Lei nº 8.666/1993
Portanto, o bem jurídico tutelado pelo direito penal nos crimes previstos na lei 8.666
é a moralidade administrativa e a probidade, uma vez que em razão desses dois valores o
constituinte optou pelo processo licitatório para orientar as obras, serviços, compras e
alienações realizadas pelo Estado.
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Os crimes previstos na lei 8.666 são todos de ação penal pública incondicionada a
representação do ofendido, nesse sentido;
Art. 100. Os crimes definidos nesta Lei são de ação penal pública
incondicionada, cabendo ao Ministério Público promovê-la.
Trata-se de norma desnecessária, uma vez que a regra geral dos crimes é que sejam
de ação penal pública incondicionada, como orienta o mesmo artigo 100, só que dessa
vez, do código penal.
Art. 100 - A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara
privativa do ofendido
Em seguida, e mais uma vez sendo redundante, o legislador previu que a qualquer
pessoa caberia provocar o ministério público, para fornecer informações sobre fato e
autoria.
Art. 101. Qualquer pessoa poderá provocar, para os efeitos desta Lei, a
iniciativa do Ministério Público, fornecendo-lhe, por escrito, informações
sobre o fato e sua autoria, bem como as circunstâncias em que se deu a
ocorrência.
Parágrafo único. Quando a comunicação for verbal, mandará a
autoridade reduzi-la a termo, assinado pelo apresentante e por duas
testemunhas.
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Portanto, cabe ação penal privada subsidiaria da pública se ela não for intentada em
5 dias, no caso de réu preso, e de 15 dias no caso de réu solto, podendo o Ministério
Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os
termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no
caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal, como orienta o
Código de Processo Penal;
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Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta
não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a
queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os
termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo
tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte
principal.
Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo
caberá intentar a ação privada.
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Art. 89. Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei,
ou deixar de observar as formalidades pertinentes à dispensa ou à
inexigibilidade:
Parágrafo único. Na mesma pena incorre aquele que, tendo
comprovadamente concorrido para a consumação da ilegalidade,
beneficiou-se da dispensa ou inexigibilidade ilegal, para celebrar contrato
com o Poder Público.
Há ainda orientação jurisprudencial que exige especial fim de agir por parte dos
agentes, que devem praticar a conduta com fim de causar dano ao erário ou gerar
enriquecimento ilícito.
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STJ – O tipo subjetivo do injusto do art. 92 da lei 8.666 se esgota no dolo, sendo
despiciendo qualquer outro elemento subjetivo diverso (REsp 702628/PR 05/09/2005).
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É importante salientar que a lei 8.666 inovou na cobrança da pena de multa nos
crimes dos artigos 89 a 98 da presente lei. O pagamento será calculado em índices
percentuais a partir do valor da vantagem auferível ou potencialmente auferível pelo
agente.
Art. 99. A pena de multa cominada nos arts. 89 a 98 desta Lei consiste
no pagamento de quantia fixada na sentença e calculada em índices
percentuais, cuja base corresponderá ao valor da vantagem efetivamente
obtida ou potencialmente auferível pelo agente.
§ 1o Os índices a que se refere este artigo não poderão ser inferiores a
2% (dois por cento), nem superiores a 5% (cinco por cento) do valor do
contrato licitado ou celebrado com dispensa ou inexigibilidade de licitação.
§ 2o O produto da arrecadação da multa reverterá, conforme o caso, à
Fazenda Federal, Distrital, Estadual ou Municipal.
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Alfredo foi acusado pelo MPF de cometer crime de fraude em licitação realizada por órgão federal. Após
regular processamento da ação penal, o juiz reconheceu Alfredo como autor material da conduta. Nessa
situação, além da pena privativa de liberdade, Alfredo estará sujeito, cumulativamente, à pena de multa,
à proibição de contratar com o poder público, à suspensão temporária dos direitos políticos e à obrigação
de ressarcir o erário pelos danos causados.
Certo / Errado
I Dispensa de licitação em situação estranha às hipóteses taxativas previstas em lei constitui crime passível
de punição com pena de detenção e multa fixada na sentença a ser revertida à fazenda federal, distrital,
estadual ou municipal, conforme o caso.
II Em casos de crimes previstos na lei em apreço, a ação penal é pública incondicionada e a sua promoção
cabe ao MP.
III Em relação aos crimes previstos na lei em questão, não será admitida ação penal privada subsidiária
da pública.
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IV Quando os autores dos crimes previstos na referida lei forem ocupantes de cargo em comissão ou
exercerem função de confiança em órgão da administração pública direta ou indireta, a pena imposta será
acrescida da terça parte.
a) O fato é típico penal, mas não prevê detenção, apenas medidas educativas como a obrigação de assistir
palestras sobre ética na Administração Pública e prevenção de fraudes em licitações.
b) No processamento e julgamento das infrações penais definidas na Lei de Licitações, assim como nos
recursos e nas execuções que lhes digam respeito, ficam afastadas as regras previstas na Lei de Execução
Penal.
c) Nicodemus responde por afastar ou procurar afastar licitante, mas Caio não responde, mesmo que
tenha aceitado a vantagem oferecida.
d) O fato é atípico, tendo em vista tratar-se de crime próprio e, portanto, não podendo ser praticado por
particular.
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e) Qualquer pessoa que tiver conhecimento do fato poderá provocara iniciativa do Ministério Público,
fornecendo-lhe, por escrito ou verbalmente, informações sobre o fato e sua autoria, bem como as
circunstâncias em que se deu a ocorrência.
Certo / Errado
I. O art. 89 da Lei que trata das condutas criminosas de dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses
previstas em lei ou deixar de observar as formalidades necessárias aos respectivos atos pode ser
considerado uma norma penal em branco, uma vez que somente se compreende seu alcance consultando-
se a parte extrapenal da lei e especificamente, no caso, o disposto em seu art. 24;
II. O núcleo do tipo penal previsto no art. 90 da lei é constituído por condutas mistas alternativas,
expressas pelos verbos frustrar (malograr, não alcançar o objetivo esperado) ou fraudar (enganar, burlar),
cujo objeto é o caráter competitivo do procedimento licitatório, sendo exigida à espécie normativa a
presença de elemento subjetivo específico, consistente no intento de obter para si ou para outrem,
vantagem decorrente da adjudicação do objeto da licitação;
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III. Constitui-se requisito para a configuração do ilícito penal do tipo previsto no art. 91, que trata do
patrocínio de interesse privado perante a Administração que gera licitação ou contrato futuramente
invalidado pelo Poder Judiciário, o fato do agente aproveitar-se da sua condição privilegiada de
funcionário público, utilizando de seu prestígio perante os colegas de trabalho ou pelo fácil acesso a
informações sigilosas, na forma preconizada pelo art. 321 do Código Penal;
IV. Na conduta típica criminosa prevista no art. 95, descrita como afastar ou procurar afastar licitante,
por meio de violência, grave ameaça, fraude, ou oferecimento de vantagem de qualquer tipo, não incide
o sistema da acumulação material, ou seja, apenas deve-se considerar a violência praticada para efeito de
gerar o próprio delito previsto na Lei de Licitações, não se exigindo que o juiz aplique, em cumulação, a
pena referente ao crime compatível com a violência praticada;
V. O crime previsto no art. 93 da Lei, consistente em impedir, perturbar ou fraudar a realização de
qualquer ato de procedimento licitatório, pode ser classificado como comum, formal, praticado de forma
livre, comissivo, instantâneo, unissubjetivo e plurissubsistente.
l - Constitui crime o ato de frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro
expediente, o caráter competitivo do procedimento licitatório, com o intuito de obter, para si ou para
outrem, vantagem decorrente da adjudicação do objeto da licitação.
ll - Constitui crime o ato de abster-se ou desistir de licitar, em razão da vantagem oferecida.
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Ill - Constitui crime o ato de admitir à licitação ou celebrar contrato com empresa ou profissional
declarado inidôneo.
lV - Comete crime aquele que, declarado inidôneo, venha a licitar ou a contratar com a Administração.
a) Apenas a afirmação I está correta.
b) Apenas II e IV estão corretas.
c) Apenas I e III estão corretas.
d) Apenas I, III e IV estão corretas.
e) Todas as afirmações estão corretas.
Certo / Errado
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Teoria do Consenso:
13
(Shecaria, 2014, p. 128)
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14
(Viana, 2018, p. 210)
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Teoria do Conflito:
As teorias do conflito, por sua vez, afirmam que a ordem social se estabelece pela
força e pela coerção, numa relação de dominação, onde muitas vezes os reclamos pelas
mudanças são encarados de forma negativa, quando, na verdade, são as formas pelas quais
uma sociedade evolui, avança. Daí surge o contraponto à relativa persistência e
estabilidade da sociedade, uma vez que esta deveria ser tida como algo flexível, mutável,
na medida em que o conflito é inexorável. Interessa ainda notar que até mesmo o crime
tem um papel nesse devir por trazer conflito dentro da sociedade, o que, em alguma medida,
pode ser encarado a semente de uma mudança.
15
(Viana, 2018, pp. 210, 211)
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Podem ser classificados como teorias do conflito a teoria do Labelling approach (ou
interacionista ou da rotulação social) e a teoria crítica.
Em resumo:
16
(Shecaria, 2014, p. 131)
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17
(Shecaria, 2014)
18
Nota socioeconômica é um valor (que varia de 0 a 10) proporcional à qualidade de vida experimentada pelos habitantes
de determinado bairro de uma cidade.
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a) A Cidade
Por outro lado, com o crescimento da cidade, esta passa a ser dividida em diferentes
bairros, zonas, que são como se cidades dentro da cidade, diferenciando-se não só pela
infraestrutura, mas também culturalmente. Essa repartição é marcante na
Escola de Chicago, uma vez que com base nela é que se estabelece seus conceitos
fundamentais, tanto é assim que afirmaram que a cidade de Chicago era entendida como
formada por cinco grandes zonas divididas em círculos concêntricos, indo do centro
(Loop) até as quatros zonas periféricas, sendo dotadas de características específicas,
inclusive por índices de criminalidade distintos.
No mais central desses anéis estava o Loop, zona comercial com os seus grandes
bancos, armazéns, lojas de departamento, a administração da cidade, fábricas, estações
ferroviárias, etc. A segunda zona, chamada de zona de transição, situa-se exatamente entre
zonas residenciais (3ª zona) e a anterior (1ª zona), que concentra o comércio e a indústria.
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Como zona intersticial, está sujeita à invasão do crescimento da zona anterior e, por isso,
é objeto de degradação constante.19
Assim, a 2ª zona favorece a criação de guetos, a 3ª zona mostra-se como lugar de
moradia de trabalhadores pobres e imigrantes, a 4ª zona destina-se aos conjuntos
habitacionais da classe média e a 5ª zona compõe-se da mais alta camada social.
Teoria das zonas concêntricas:
20
É preciso observar que essa divisão existe também por outro motivo: muitos
indivíduos se estabelecem na cidade em locais onde se identificam moral e culturalmente,
como forma de proteção e afirmação da individualidade (ex.: bairro chinês, bairro italiano,
zona de prostituição, zona de usuários de drogas etc.).
c) Urbanidade
19
(Shecaria, 2014)
20
(Filho, 2018)
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d) A multidão
Por fim, mas não menos importante, é a noção multidão. Pois bem, no seio da
multidão, o indivíduo pode desfrutar (ou sofrer) os efeitos do anonimato – em cidades
grandes é impossível que todos se conheçam, mas apenas convivam, ignorando as
individualidades alheias, o que é acentuado pela fluidez da cidade, mas acima de tudo,
mobilidade social (possibilidade das pessoas mudarem de emprego, de residência, de status
social – decadência e ascensão do indivíduo). Isso reduz ou anula a possibilidade de haver
um vínculo moral entre as pessoas, e, novamente, do espírito de vizinhança.
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21
(Clifford R. Shaw; Henry D. McKay, 1969)
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Diante desses fatores, a Escola de Chicago afirma que a forma correta de tratar, de
prevenir (reduzir) a criminalidade não é pela abordagem individual (a pena sobre o
condenado), mas sim através uma macrointervenção sobre a comunidade e através dela.
Ora, se a desorganização social é um vetor criminógeno, é preciso dela tratar, o que não
pode ser efetuado individualmente:
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22
(Shecaria, 2014, pp. 154 - 156)
23
(Shecaria, 2014)
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pichar ruas, mendicância, jogar lixo no chão etc.) da mesma forma como se faz com os
graves, repressão essa que, como regra, é destinada pessoas pobres, marginalizadas,
desajustados, etc. – e isso serve apenas para acentuar a exclusão social que essas pessoas
já sofrem.
24
(Viana, 2018, p. 221)
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Dito isso, é preciso entender que esta corrente de pensamento não é excludente. É
possível adotar ideias desta escola sem deixar de absorver as ideias das demais.
25
O nome dos autores de cada uma das escolas é cobrado em prova.
26
(Shecaria, 2014, p. 187)
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Tudo isso é aprendido e promovido principal mente em grupos tais como gangues
urbanas ou grupos empresariais que fecham os olhos a fraudes, sonegação fiscal ou uso
de informações privilegiadas no mercado de capitais.27
A teoria da associação diferencial parte da ideia segundo a qual o crime não pode
ser definido simplesmente como disfunção ou inadaptação das pessoas de classes menos
favorecidas, não sendo ele exclusividade destas. Em certo sentido, ainda que influenciado
pelo pensamento da desorganização social de William Thomas, Sutherland supera o
conceito acima para falar de uma organização diferencial e da aprendizagem dos valores
criminais.
A vantagem dessa teoria é que, ao contrário do positivismo, que estava centrado no
perfil biológico do criminoso, tal pensamento traduz uma grande discussão dentro da
perspectiva social. O homem aprende a conduta desviada e associa-se com referência nela.
Segundo Molina e Gomes 28 , a teoria da associação diferencial de Sutherland é
resumida com nove proposições.
27
(Johnson, 1997, p. 19)
28
(Luiz Flávio Gomes; Antônio Garcia-Pablos de Molina, 2008)
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5) A direção específica dos motivos e dos impulsos se aprende com as definições mais
variadas dos preceitos legais, favoráveis ou desfavoráveis a eles. A resposta aos
mandamentos legais não é uniforme dentro do corpo social, razão pela qual o
indivíduo acha-se em permanente contato com outras pessoas que têm diversos
pontos de vista quanto à conveniência de acatá-los. Nas sociedades pluralistas, dito
conflito de valorações é inerente ao próprio sistema e constitui a base e o
fundamento da teoria sutherlaniana da associação diferencial.
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Anomia é uma palavra de origem grega, podendo ser traduzida como ausência de
normas. Shecaira29 explica que a palavra anomia tem três importantes acepções para este
estudo:
29
(Shecaria, 2014)
376
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Nos três casos, o foco é ausência de normas, que causa a ruptura dos padrões sociais
de conduta.
De todo modo, toda a sociedade teria consciência coletiva: sua inexistência não
chega a ser fonte de preocupação. O problema é que, na sociedade contemporânea, existe
uma tendência para que a divisão (anômica) do trabalho seja acompanhada por uma
coordenação imperfeita das partes da “máquina social”, redução da solidariedade social e
conflitos entre as classes sociais. Essa seria uma divisão patológica do trabalho, gerada pela
anomia, a qual potencializa o aumento do índice da criminalidade.
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Dito isso, é de suma importância notar que Durkheim defende que o crime
é algo normal na sociedade, pois presente em todas as sociedades (desenvolvidas
ou não). O que é anormal (problemático) é: a ausência de crimes, o que é sintoma de uma
sociedade arcaica, isto é, que não evolui, e em que as liberdades não são garantidas; e o
súbito aumento da incidência de crimes, o que é o sintoma de anomia, ou seja, do
desmoronamento das regras sociais e da solidariedade (mecânica ou orgânica) entre os
indivíduos. Nisso, este autor se distancia consideravelmente das outras escolas,
principalmente a positivista, que tendem a encarar o crime como algo anormal.
Algo que também é normal é a punição dos crimes, pois a impunidade é vista de
modo desfavorável em todas as sociedades. Porém a pena, na verdade, não teria a função
precípua da prevenção especial (dissuadir o indivíduo ao cometimento de delito ou sua
reincidência) ou prevenção geral (dissuadir a coletividade ao cometimento do delito) – por
todos é conhecido que, quanto a estas finalidades, sua utilidade é medíocre. Sua finalidade
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Por outro lado, seria errado afirmar que pena teria perdido o caráter de vingança na
sociedade contemporânea. Na verdade, esse caráter permanece, na medida em que a pena
continua sendo a manifestação da reação passional da consciência coletiva, que a exige. O
que ocorre é que, nas sociedades contemporânea, ela é racionalizada para implicar numa
punição de menor intensidade, quando, nas sociedades arcaicas a pena costuma ter maior
intensidade (pena físicas e cruéis).
30
Durkheim também afirma que anomia também é catalisadora do aumento de índice de comportamento autodestrutivo,
no caso, aumento de suicídios.
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Cita-se como exemplo a cultura norte-americana, que tem como valor a ideia da
ascensão social (riqueza) – porém é notoriamente impossível que todas as pessoas
alcancem esse objetivo, o que cria uma tensão entre a estrutura cultural e a estrutura social,
ou seja, a anomia. Dito isso, Merton afirmar que, diante dessa tensão, existem 5 (cinco)
tipos de comportamentos:
b) ritualismo – pessoa que se adequa aos meios, mas não aos objetivos da
sociedade, pois ela se vê incapaz de alcançá-los. Ela não conteste ou ignora os objetivos
sociais, mas segue compulsivamente as normas da sociedade;
31
(Shecaria, 2014)
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(Shecaria, 2014)
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Algumas considerações críticas são dignas de nota. Um dos méritos da(s) teoria(s)
da anomia de Durkheim e Merton é demonstrar que o crime é um fenômeno normal, isto
é, comum em todas as sociedades, e que pode até mesmo ser útil por uma diversidade de
fatores. Todavia, é preciso reconhecer que, nos pensamentos de Merton, o crime deixa de
ser tão normal, em virtude que a anomia (discrepância entre estruturas cultural e social)
promove o comportamento inovador (criminoso) – o que ajuda a explicar o porquê de a
maioria dos crimes serem cometidos por pessoas das classes desfavorecidas (excluídos dos
meios de cumprir os ditames da estrutura cultural).
33
(Shecaria, 2014, p. 206)
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apenas o pensamento das classes dominantes, cuja validade é cada vez mais contestável na
medida em que a sociedade se torna mais plural e heterogênea.
A teoria da anomia também não explica muitas situações: criminalidade que não
persegue lucro (ex.: crimes passionais); pessoas que estão em classes desfavorecidas que
não deliquem; tratamento brando em relação aos crimes do colarinho branco etc.
O pensamento funcionalista influenciou muitos autores. Dentre eles, Niklas Luhmann,
que elaborou uma teoria dos sistemas sociais própria, a qual culmina numa aproximação
com a teoria da anomia nas explicações sobre o direito. Alerto o leitor que o próprio
Shecaira afirma a dificuldade em compreender a teoria de Luhmann.
Noutro viés, ele afirma que os seres humanos são dotados de diversas expectativas
em relação a si mesmo, como também em relação à natureza e aos outros seres humanos.
Essas expectativas variam em conformidade com a frustração a que se sujeitam: se ela
permanece frente a frustação, trata-se de uma expectativa normativa; se não permanece
(se ela cede), resultando em resignação e adaptação, trata-se de uma expectativa cognitiva.
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Por fim, temos que o pensamento funcionalista também serviu de base teórica para
dois grandes estudiosos do Direito Penal alemão:
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Direito. Esse tipo de pensamento é tido como autoritário, uma vez que ele
implica em tornar o Direito Penal em um fim em si mesmo, e tende a esvaziar a
importante função da culpabilidade na dosimetria da pena.
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culturais que diferem das seguidas pela comunidade geral, mas, ao mesmo tempo, sofrem
pressão para conformar-se, em certo grau, à cultura mais vasta na qual está enraizada a
subcultura.
O mesmo fato pode acontecer também em sistemas sociais menores, como grandes
empresas, departamentos do governo ou unidades militares, que se aglutinam muitas vezes
em torno de interesses especializados ou de laços criados por interações diárias e
interdependência mútua.
Três ideias básicas sustentam a subcultura:
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34
(Filho, 2018)
35
(Baratta, 2002)
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Essa ideia não inicia com os teóricos do labelling approach, teoria essa que se inicia nos anos 60. Uma
série de outros estudiosos já abordaram o tema: Jeremy Bethham; Cesare Lombroso; Clifford Shaw.
37
(Greco, 2005, p. 52)
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com uma brecha da lei. Ele tenta então dar um novo rumo à sua vida, mas seus ex-colegas
do crime, a polícia, sua família e o resto do sistema rotularam Carlito como “criminoso”.
Uma linha invisível vai conduzindo a vida de Carlito, até o mesmo se enquadrar
novamente em seu rótulo.
Surgida nos Estados Unidos por volta dos anos 70, o labelling approach privilegia, na
análise do comportamento desviado, o funcionamento das instâncias de controle social
(criminalização secundária), ou seja, a reação social aos comportamentos assim
etiquetados. Crime e reação social são, segundo esse enfoque, manifestações de uma só
realidade: a interação social. Não há como compreender o crime senão em referência aos
controles sociais.
De acordo com essa perspectiva interacionista, não se pode compreender o crime
prescindindo da própria reação social, do processo social de definição ou seleção de certas
pessoas e condutas etiquetadas como delitivas. Delito e reação social são expressões
interdependentes, recíprocas e inseparáveis. O desvio não é uma qualidade intrínseca da
conduta, senão uma qualidade que lhe é atribuída por meio de complexos processos de
interação social, processos estes altamente seletivos e discriminatórios.
Do ponto de vista metodológico, há que se realçar a importância da descoberta do
defasamento quantitativo e, sobretudo, qualitativo entre a delinquência potencial (ou
secreta) e a delinquência real.
Tal fato permitiu ao labelling, por um lado, contestar os fundamentos
epistemológicos da criminologia tradicional e, por outro lado, retirar a ideia de
delinquência de sua dimensão ontológica.
O que os delinquentes têm em comum, o que verdadeiramente os caracteriza, é
apenas a resposta das audiências de controle. Ou seja, não é o crime em si que vai ser o
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ponto central da visão criminológica, mas sim a respectiva reação social que é deflagrada
com a prática do ato pelo delinquente. Temos um giro nos sistemas que sai do crime para
a reação social ao mesmo.
A postura adotada pelo labelling implica na modificação dos questionamentos do
criminólogos. Enquanto antes perguntava-se o porquê do desviado praticar atos ilícitos,
pergunta-se o porquê do não desviado não os praticar. Howard S. Becker 38responde ao
novel questionamento:
38
(Shecaria, 2014)
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que não se pode compreender a criminalidade se não se estuda a ação do sistema penal
que a define e reage contra ela, começando pelas normas abstratas até as instâncias oficiais
(polícia, juízes, instituições penitenciárias que as aplicam), e que, por isso, o status social do
delinquente pressupõe, necessariamente, o efeito da atividade das instâncias oficiais de
controle social da delinquência, enquanto não adquire esse status aquele que, apesar de ter
realizado o mesmo comportamento punível, não é alcançado, todavia, pela ação daquelas
instâncias. Portanto, este não é considerado e tratado pela sociedade como delinquente.
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(Viana, 2018)
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[...]O homem, por sua vez, não tem o livre arbítrio que lhe atribuem,
pois está submetido a um vetor econômico que lhe é insuperável e
acaba por produzir não só o crime em particular, mas também a
criminalidade, como um fenômeno mais global, com as feições
patrimoniais e econômicas que todos conhecem. ”40
Ou seja, a lei penal nada mais seria um reflexo da dominação, sendo que, na
sociedade moderna, seria produto da relação entre burguesia (classe dominante) e
proletariado (classe dominada). E, nesse jaez, critica-se até mesmo a teoria da rotulação
social, pois esta evita discutir sobre as causas da desviação primária. Enfim, a abordagem
criminológica só poderia avançar se reestruturada ou reformulada a sociedade capitalista,
sendo um dos seus mais graves problemas a desigualdade social.
Merece destaque o paralelo entre as teorias funcionalista e crítica, o que foi
elaborado por William J. Chambliss no texto da coletânea intitulada Criminologia crítica:
40
(Shecaria, 2014)
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do trabalho, cada vez mais as leis vão crescendo e as leis penais vão,
refletir progressivamente, tendo que ser
disputas contratais e as lei penais vão aprovadas e aplicadas para manter
se tornar cada vez menos uma estabilidade temporária,
importantes. encobrindo
confrontações violentas entre as
classes sociais.
Sociedades socialista e capitalista Sociedades socialistas e capitalistas
deveriam ter a mesma quantidade de deveriam ter índices
crimes, uma vez que apresentam significativamente diferentes de
índices comparáveis de crimes, pois o conflito de classes será
industrialização e burocratização. menor nas sociedades socialistas, o
que acarreta na menor quantidade de
crimes.
O crime faz as pessoas mais Definir certas pessoas como
conscientes dos interesses que têm criminosas permite um controle
em comum e estabelece um vínculo maior sobre o proletariado. O crime
mais firme, o que leva a uma maior orienta a hostilidade do oprimido
solidariedade entre os membros da para longe da classe dominante
comunidade. (burguesia).
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Uma vertente diferenciada surge nos Estados Unidos, com a denominação lei e
ordem ou tolerância zero (zero tolerance), decorrente da teoria das “janelas quebradas”
(broken windows theory), inspirada pela escola de Chicago, dando um caráter “sagrado”
aos espaços públicos.
Alguns a denominam realismo de direita ou neorretribucionismo.
Parte da premissa de que os pequenos delitos devem ser rechaçados, o que inibiria
os mais graves (fulminar o mal em seu nascedouro), atuando como prevenção geral; os
espaços públicos e privados devem ser tutelados e preservados. Alguns doutrinadores
discordam dessa teoria, no sentido de que produz um elevado número de encarceramentos
(nos EUA, em 2008, havia 2.319.258 encarcerados e aproximadamente 5.000.000 pessoas
beneficiadas com algum tipo de instituto processual, como sursis, liberdade condicional
etc.).
Em 1982 foi publicada na revista The Atlantic Monthly uma teoria elaborada por
dois criminólogos americanos, James Wilson e George Kelling, denominada Teoria das
Janelas Quebradas (Broken Windows Theory).
Essa teoria parte da premissa de que existe uma relação de causalidade entre
a desordem e a criminalidade.
A teoria baseia-se num experimento realizado por Philip Zimbardo, psicólogo da
Universidade de Stanford, com um automóvel deixado em um bairro de classe alta de Palo
Alto (Califórnia) e outro deixado no Bronx (Nova York). No Bronx o veículo foi depenado
em 30 minutos; em Palo Alto, o carro permaneceu intacto por uma semana.
Porém, após o pesquisador quebrar uma das janelas, o carro foi completamente
destroçado e saqueado por grupos de vândalos em poucas horas.
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Nesse sentido, caso se quebre uma janela de um prédio e ela não seja imediatamente
consertada, os transeuntes pensarão que não existe autoridade responsável pela
conservação da ordem naquela localidade. Logo todas as outras janelas serão quebradas.
Assim, haverá a decadência daquele espaço urbano em pouco tempo, facilitando a
permanência de marginais no lugar; criar-se-á, dessa forma, terreno propício para a
criminalidade.
A teoria das janelas quebradas(ou broken windows theory), desenvolvida nos EUA e
aplicada em Nova York, quando Rudolph Giuliani era prefeito, por meio da Operação
Tolerância Zero, reduziu consideravelmente os índices de criminalidade naquela cidade.
O resultado da aplicação da broken windows theory foi a redução satisfatória da
criminalidade em Nova York, que antigamente era conhecida como a “Capital do Crime”.
Hoje essa cidade é considerada a mais segura dos Estados Unidos.
Uma das principais críticas a essa teoria está no fato de que, com a política de
tolerância zero, houve o encarceramento em massa dos menos favorecidos (prostitutas,
mendigos, sem-teto etc.).
Na verdade a crítica não procede, porque a política criminal analisava a conduta do
indivíduo, não a sua situação pessoal. Em 1990 o americano Wesley Skogan realizou uma
pesquisa em várias cidades dos EUA que confirmou os fundamentos da teoria. A relação
de causalidade existente entre desordem e criminalidade é muito maior do que a relação
entre criminalidade e pobreza, desemprego, falta de moradia.
O estudo foi de extrema importância para que fosse colocada em prática a política
criminal de tolerância zero, implantada pelo chefe de polícia de Nova York, Willian Bratton,
que combatia veementemente os vândalos no metrô. Do metrô para as ruas implantou-se
uma teoria da lei e ordem, em que se agia contra os grupos de vândalos que lavavam os
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para-brisas de veículos e extorquiam dinheiro dos motoristas. Essa conduta era punida
com serviços comunitários e não levava à prisão. Assim, as pessoas eram intimadas e
muitas não cumpriam a determinação judicial, cujo descumprimento autorizava, então, a
prisão. As prisões foram feitas às centenas, o que intimidava os demais, levando os nova-
iorquinos a acabar em semanas com um temor de anos.
Em Nova York, após a atuação de Rudolph Giuliani (prefeito) e de Willian Bratton
(chefe de polícia) com a “zero tolerance”, os índices de criminalidade caíram 57% em geral
e os casos de homicídios caíram 65%, o que é no mínimo elogiável.
Neorrealismo de esquerda
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preconceito em geral) tornam os pobres mais frágeis, pois são eles que mais
sofrem com a criminalidade, e, por isso são os que mais demandam uma
solução; esta, porém, nunca é alcançada pois os defeitos da sociedade nunca
são sanados – isto gera inconformidade da classe trabalhadora e o
esquecimento do “real inimigo” (o capitalismo);
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em face de alguns delitos cometidos, por entenderem que qualquer radical aplicação de
pena pode produzir consequências mais gravosas quanto aos benefícios que poderia
trazer”.
Nesse viés, reduz a relevância da criminalidade de massa ou de rua (furto, roubo
etc.), para destacar a “criminalidade dos oprimidos” (racismo, discriminação sexual,
criminalidade do colarinho-branco, crimes ecológicos, belicismo, etc.), elevando a
importância dos crimes contra interesse coletivo, revendo a hierarquia de bens jurídicos.
Aponta ainda para um garantismo em favor do réu que, se deve receber uma
punição, esta deve ser fruto de uma decisão racional imposta pelo Estado mediante um
processo justo, evitando a espetacularização do acusado ou punição emotiva – e, nesse
contexto, afirma a necessidade de assegurar os direitos humanos fundamentais, limitando
e regulando a atuação das agências de controle. O modo de alcançar esses objetivos seria
reconhecer o norte minimizador conforme três postulados: “caráter fragmentário do
direito penal; intervenção punitiva como ultima ratio; reafirmação da natureza acessória do
direto penal”.
1.7.3 O abolicionismo
401
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(Shecaria, 2014)
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b) ele é ineficiente (“o sistema é anômico”), pois, na prática, não consegue proteger
os bens jurídicos ou as relações sociais. Não há cumprimento a função de prevenção geral.
A realidade é que, com o passar dos anos, a criminalidade só aumenta e se sofistica;
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imaginam. Por outro lado, esse suposto consenso traduz o autoritarismo do sistema, o
qual nega o pluralismo das sociedades heterogêneas contemporâneas;
h) A vítima não recebe a devida atenção ao sistema penal, que apenas lhe vê apenas
como pessoa interessada na condenação, e, muitas vezes, não lhe tem garantindo o direito
à reparação;
i) A pena é produz um dor inútil, pois não ressocializa: apenas aniquila o condenado.
Por outro lado, segundo René Ariel Dotti, ela é ilegítima, pois a única pena legítima seria
a aquela aceita pelo condenado, produzida em um processo dialógico, construída através
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Bibliografia
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Rosa, P. S. (11 de 11 de 2019). Em que consistem as expressões cifra negra e cifra dourada? Fonte:
Jusbrasil: https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/1039612/em-que-consistem-as-
expressoes-cifra-negra-e-cifra-dourada-priscila-santos-rosa?ref=serp
Seelig, E. (1957). Manual de Criminologia. Coimbra: Arménio Amado.
a) Para o labelling approach, o controle social penal possui um caráter seletivo e discriminatório gerando
a criminalidade.
b)O labelling approach é uma teoria da criminalidade que se aproxima do paradigma etiológico
convencional para explicar a distribuição seletiva do fenômeno criminal.
c)Para o labelling approach, um sistemático e progressivo endurecimento do controle social penal
viabilizaria o alcance de uma prevenção eficaz do crime.
d)O labelling approach, como explicação interacionista do fato delitivo, destaca o problema hermenêutico
da interpretação da norma penal.
e)O labelling approach surge nos EUA nos anos 80, admitindo a normalidade do fenômeno delitivo e do
delinquente.
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“Os irmãos Batista, controladores da JBS, tiveram vantagem indevida de quase R$73 milhões com a
venda de ações da companhia antes da divulgação do acordo de delação premiada que veio a público em
17/05/2017, conforme as conclusões do inquérito da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O caso
analisa eventual uso de informação privilegiada e manipulação de mercado por Joesley e Wesley Batista,
e quebra do dever de lealdade, abuso de poder e manipulação de preços pela FB Participações”. (Jornal
Valor Econômico, 13/08/2018):
Com relação à criminalidade denominada de colarinho branco, pode-se afirmar que a teoria da associação
diferencial.
a)sustenta como causa da criminalidade de colarinho branco a proposição de que o criminoso de hoje era
a criança problemática de ontem.
b)entende que o delito é derivado de anomalias no indivíduo podendo ocorrer em qualquer classe social.
c)sustenta que o crime está concentrado na classe baixa, sendo associado estatisticamente com a pobreza.
d)sustenta que a aprendizagem dos valores criminais pode acontecer em qualquer cultura ou classe social.
e)enfatiza os fatores sociopáticos e psicopáticos como origem do crime da criminalidade de colarinho
branco.
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b)A criminalidade real corresponde à quantidade de delitos que chegou ao conhecimento do Estado. A
criminalidade revelada corresponde à totalidade de delitos perpetrados pelos delinquentes. A cifra negra
corresponde à ausência de registro de práticas antissociais do poder político e econômico.
c)A criminalidade real corresponde à quantidade de delitos que chegou ao conhecimento do Estado. A
criminalidade revelada corresponde à totalidade de delitos perpetrados pelos delinquentes. A cifra negra
corresponde à quantidade de delitos não comunicados ou não elucidados dos crimes de rua.
d) A criminalidade real corresponde à quantidade de delitos que chegou ao conhecimento do Estado. A
criminalidade revelada corresponde à totalidade de delitos perpetrados pelos delinquentes. A cifra negra
corresponde à violência policial, cujos índices não são levados ao conhecimento das corregedorias.
e)A criminalidade real corresponde à totalidade de delitos perpetrados pelos delinquentes. A
criminalidade revelada corresponde à quantidade de delitos que chegou ao conhecimento do Estado. A
cifra negra corresponde à quantidade de delitos não comunicados ou não elucidados dos crimes de rua.
a)São exemplos de teorias do consenso a Escola de Chicago, a teoria de associação diferencial, a teoria
da subcultura do delinquente e a teoria do etiquetamento.
b)São exemplos de teorias do conflito a teoria de associação diferencial a teoria da anomia, a teoria do
etiquetamento e a teoria crítica ou radical.
c)São exemplos de teorias do consenso a Escola de Chicago, a teoria de associação diferencial, a teoria
da anomia e a teoria da subcultura do delinquente.
d)São exemplos da teoria do consenso a teoria de associação diferencial, a teoria da anomia, a teoria do
etiquetamento e a teoria crítica ou radical.
e)São exemplos da teoria do conflito a Escola de Chicago, a teoria de associação diferencial, a teoria da
anomia e a teoria da subcultura do delinquente.
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a)As teorias conflituais partem da premissa de que o conflito expressa uma realidade patológica da
sociedade sendo nocivo para ela na medida em que afeta o seu desenvolvimento e estabilidade.
b) As teorias ecológicas partem da premissa de que a cidade produz delinquência, valendo-se dos
conceitos de desorganização e contágio social inerentes aos modernos núcleos urbanos.
c)As teorias subculturais sustentam a existência de uma sociedade pluralista com diversos sistemas de
valores divergentes em torno dos quais se organizam outros tantos grupos desviados.
d)As teorias estrutural-funcionalistas consideram a normalidade e a funcionalidade do crime na ordem
social, menosprezando o componente biopsicopatológico no diagnóstico do problema criminal.
e)As teorias de aprendizagem social sustentam que o comportamento delituoso se aprende do mesmo
modo que o individuo aprende também outras atividades lícitas em sua interação com pessoas e grupos.
a)se produz entre as pautas normativas dos diversos grupos sociais, cujas valorações são discrepantes.
b)é funcional porque assegura a mudança social e contribui para a integração e conservação da ordem e
do sistema.
c)é um conflito de classe sendo que o sistema legal é um mero instrumento da classe dominante para
oprimir a classe trabalhadora.
d)representa a própria estrutura e dinâmica da mudança social, sendo o crime produto normal das tensões
sociais.
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A pesquisa criminológica científica visa evitar o emprego da intuição ou de subjetivismos no que se refere
ao ilícito criminal, haja vista sua função de apresentar um diagnóstico qualificado e conjuntural sobre o
delito.
( ) Certo ( ) Errado
Tendo esse fragmento de texto como referência inicial, julgue o item a seguir, relativo a teorias
sociológicas em criminologia.
( ) Certo ( ) Errado
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Na inter-relação entre o direito penal, a política criminal e a criminologia, compete a esta facilitar a
recepção das investigações empíricas e a sua transformação em preceitos normativos, incumbindo-se de
converter a experiência criminológica em proposições jurídicas, gerais e obrigatórias.
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
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De acordo com a teoria da anomia, o crime se origina da impossibilidade social do indivíduo de atingir
suas metas pessoais, o que o faz negar a norma imposta e criar suas próprias regras, conforme o seu
próprio interesse.
( ) Certo ( ) Errado
( ) Certo ( ) Errado
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d)a responsabilidade social, tida como clássica, deveria ser substituída pela categoria da responsabilidade
moral para a imputação do delito.
e)a natureza objetiva do crime, mais do que a motivação, deve ser base para medida da pena.
a)Em seus primeiros estudos, Cesare Lombroso encontrou no atavismo uma explicação para relacionar
a estrutura corporal ao que chamou de criminalidade habitual.
b)A periculosidade, ou temeritá, tal como conceituada por Enrico Ferri, foi definida como a perversidade
constante e ativa a recomendar que esta, e não o dano causado, a medida de proporcionalidade de
aplicação da pena.
c)Para Raffaele Garófalo (1851-1934), a defesa social era a luta contra seus inimigos naturais carecedores
dos sentimentos de piedade e probidade.
d)Nos marcos do pensamento criminológico positivista, Enrico Ferri, embora discípulo de Lombroso,
abandonou a noção de criminalidade centrada em causas de ordem biológica, passando a considerar como
centrais as causas ligadas à etiologia do crime, sendo estas: as individuais, as físicas e as sociais.
e)Enrico Ferri e Cesare Lombroso, recorrendo à metáfora da guerra contra o delito, sustentaram a
possibilidade de aplicação das penas de deportação ou expulsão da comunidade para aqueles que
carecessem do sentido de justiça ou o tivessem aviltado.
a)a criminalidade se revela como o processo de anteposição entre ação e reação social.
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a)A partir dos estudos culturais (cultural studies), a criminologia clínica resgata os estudos do labelling
approach.
b)Os estudos culturais (cultural studies) permitiram o desenvolvimento da chamada criminologia cultural,
responsável pela classificação pormenorizada de grupos desviantes, tais como punks ou grafiteiros.
c)As vertentes criminológicas abarcadas sob a terminologia de saber criminológico pós-crítico, ainda que
assim possam ser denominadas enquanto legatárias da criminologia crítica, mantêm-se atreladas ao
projeto científico de um sistema universal de compreensão do crime.
d)Os estudos realizados por Howard Becker sobre grupos consumidores de maconha, na década de 50,
nos Estados Unidos, deram origem à perspectiva criminológica cultural, por meio da qual é possível
compreender a dimensão patológica do uso de drogas para os fins da intervenção estatal preventiva e
também repressiva sobre tráfico de entorpecentes.
e)A primeira referência teórica e metodológica para a realização de estudos criminológicos sobre formas
de ativismo político urbano identificados com o chamado movimento punk é a obra Outsiders: studies
in the sociology of deviance (Outsiders: estudo de sociologia do desvio), de Howard Becker, a partir dos
estudos que realiza entre grupos consumidores de maconha e músicos de jazz, na década de 50, nos
Estados Unidos.
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a)“Positiva” entende que o crime deriva de circunstâncias biológicas ou sociais, tendo sido defendida por
Feuerbach.
b)“Clássica” funda-se no livre-arbítrio e tem em Carrara um de seus maiores expoentes.
c)“Lombrosiana” acredita que o homem é racional e nasce livre, sendo o crime fruto de uma escolha
errada, concepção hipotetizada por Lombroso e também por Ferri.
d)“Clássica” entende que a pena é medida profilática, de cura, pensamento difundido por Carmignani.
e)“Positiva” nasce em contraposição às ideias de Lombroso, defende o naturalismo-racional e tem em
Garofalo um de seus doutrinadores.
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I. A luta das escolas (positivismo versus classicismo) pode ser traduzida como um enfrentamento entre
adeptos de métodos distintos; de um lado, os partidários do método abstrato, formal e dedutivo (os
clássicos) e, de outro, os que propugnavam o método empírico e indutivo (os positivistas).
II. Uma das características que mais se destaca na moderna Criminologia é a progressiva ampliação e
problematização do seu objeto.
III. A criminologia, como ciência, não pode trazer um saber absoluto e definitivo sobre o problema
criminal, senão um saber relativo, limitado, provisional a respeito dele, pois, com o tempo e o progresso,
as teorias se superam.
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Numere as seguintes assertivas de acordo com a ideia de criminologia que representam, utilizando (1)
para a criminologia positivista e (2) para a escola liberal clássica do direito penal.
a)1, 1, 2, 2, 1.
b)1, 2, 1, 2, 2.
c)2, 2, 1, 1, 1.
d)2, 1, 2, 2, 2.
Respostas: 01: A 02: D 03: E 04: C 05: A 06: C 07: C 08: E 09: E 10: E 11: C 12: C 13: E 14:
C 15: C 16: C 17: E 18: B 19: C 20: A
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d) Sua configuração exige a associação de três ou mais pessoas para o fim específico de cometer crimes,
consumando-se independentemente de prévia condenação de quaisquer de seus membros pela prática de
quaisquer dos crimes para os quais a associação foi estabelecida.
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Em revista pessoal, foi constatado que José portava três cigarros de maconha. Questionado, o
fiscal afirmou ter comprado os cigarros de um estrangeiro que trazia os entorpecentes de seu país para o
Brasil e os revendia perto da residência de José. A autoridade policial deu andamento aos procedimentos,
redigiu o relatório final do inquérito policial e o encaminhou à autoridade competente.
Caso José seja denunciado pelo crime de associação criminosa, ele poderá valer-se, antes ou após a
prolação da sentença, da colaboração premiada para identificar os demais fiscais que participaram do
delito. Se a colaboração for posterior à sentença, será admitida a progressão de regime prisional ao
colaborador, ainda que ausentes os requisitos objetivos para a sua concessão.
d) paz pública.
b)exige a demonstração do elemento subjetivo especial consistente no ajuste prévio entre os membros
com a finalidade específica de cometer crimes indeterminados.
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Em cumprimento a mandado de busca e apreensão em galpão mantido por João, Geraldo e Cleodomir
− que inclusive se encontravam em reunião no local quando da ação policial −, foram apreendidos
diversos cadernos em que os três preparavam a abertura e a contabilidade de uma central de jogos de
azar, bem como panfletos de propaganda das atividades que ali se iniciariam em uma semana, além de
mais de 20 máquinas caça-níqueis.
Os tipos penais definidos como incitação ao crime e apologia de crime são espécies de crimes contra a
paz pública.
a)A incitação ao crime, nos termos do artigo 286 do CP, destina-se ao estímulo de um número
indeterminado de pessoas à prática de crime determinado e futuro, sendo que a apologia ao crime e ao
criminoso, nos termos do artigo 287 do CP, diz respeito ao delito passado, haja vista que se faz
publicamente elogio ou exaltação a fato criminoso ou a autor de crime.
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d)Em que pese o fato de o tipo penal não exigir um número mínimo de participantes, tampouco os
requisitos da estabilidade e da permanência, a doutrina e a jurisprudência têm sustentado que a quantidade
mínima de 3 (três) pessoas, além da estabilidade e da permanência, são requisitos ínsitos ao tipo do artigo
288-A do Código Penal, tal como sucede em relação ao artigo 288 do mesmo diploma legal.
( ) Os crimes definidos no Código Eleitoral são exclusivamente dolosos. Em alguns deles, no preceito
secundário, não há previsão da pena mínima em abstrato, somente a cominação da sanção máxima
aplicável. Em tais circunstâncias, a pena mínima será de 15 dias para a pena de detenção e de um (1) ano
para a de reclusão.
( ) A corrupção eleitoral, em sua modalidade ativa, é crime comum e de conduta livre, direcionada a
eleitor determinado ou determinável, que abrange a compra do voto, no que se incluem o voto em branco
e o voto nulo, e a compra da abstenção ou promessa de abstenção de voto.
( ) Crime de perigo abstrato, a associação criminosa, diferentemente do crime de milícia privada, exige
o ajuntamento mínimo de três pessoas, ainda que nem todas se conheçam reciprocamente, para o fim
específico de cometimento de crimes, no plural, embora não seja necessário que estes efetivamente
ocorram. O abandono ou voluntário recesso de qualquer associado não o eximirá de pena, e se a sua
retirada fizer descer o quorum mínimo, cessará a permanência, mas não se apagará o crime, devendo
todos os associados responder pelo delito. A tentativa é inadmissível.
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( ) Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 anos, com ele praticando infração penal ou
induzindo-o a praticá-la, previsto no art. 244-B do ECA, realizável também por quaisquer meios
eletrônicos, inclusive sala de bate-papo na internet, é crime formal.
e)V – F – V – V.
e)configura crime de associação criminosa, ainda que os agentes sejam quatro e a pena máxima prevista
para a prática do crime de roubo seja superior a quatro anos.
a)A conduta de constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização paramilitar, milícia
particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos no CP
configura crime contra a paz pública, sendo considerada como crime vago, uma vez que o sujeito passivo
é a coletividade.
14 - 2016 - CESPE - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - Área Judiciária
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Acerca dos crimes contra a fé pública e dos crimes praticados por associações ou organizações
criminosas, assinale a opção correta.
c)A estabilidade e a permanência nas relações entre os agentes reunidos em conjugação de esforços para
a prática reiterada de crimes são essenciais para que se configure a associação criminosa, diferenciando-
se essa do simples concurso eventual de pessoas para realizaram uma ação criminosa.
c)deve ter a pena aumentada até a metade, se houver a participação de criança ou adolescente, não
retroagindo tal disposição.
b)No crime de associação criminosa, incide causa de aumento de pena o fato de a associação ser armada
ou haver participação de criança ou de adolescente.
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d)I.
e)O crime de constituição de milícia privada não exige, para sua configuração, um elemento subjetivo
especial, podendo a prática recair sobre qualquer crime previsto no ordenamento jurídico brasileiro.
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c)associação criminosa.
e)A prática de falsificar papel de crédito público que não tenha curso legal sujeita o agente à pena de
reclusão de dois a oito anos e multa.
e)Armando, penalmente imputável, visando instruir processo seletivo para determinado cargo público,
falsificou diploma de conclusão de curso superior de uma universidade federal, entretanto, na fase de
apresentação de documentos, desistiu da seleção e não apresentou o diploma. Nessa situação, ainda que
não tenha apresentado o documento, Armando responderá pela prática do crime de falsificação de
documento público.
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I - É muito comum na entrada dos estádios de futebol, principalmente em grandes jogos, a presença de
pessoas popularmente conhecidas como cambistas, ou seja, sujeitos que vendem ingressos para o evento
esportivo por preço superior ao estampado no bilhete oficial. Às vésperas da realização de uma Copa do
Mundo no Brasil, o país ainda não conta com um tipo penal específico para criminalizar esse tipo de
conduta.
II - O homicídio praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, é
conduta que já encontra previsão específica quanto à tipicidade no ordenamento penal brasileiro vigente.
III - A exigência de cheque-caução, nota promissória ou qualquer outra garantia como pressuposto para
o atendimento médico-hospitalar de emergência, independentemente do resultado naturalístico
produzido, configura infração administrativa, porém não configura crime por falta de previsão legal.
IV O crime de poluição é um dos mais graves contra o meio ambiente: “Causar poluição de qualquer
natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem
a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora." Então, o caput do artigo 54. da Lei n°
9.605/98, consiste em um crime de dano ou de perigo à saúde humana e, necessariamente, de dano à
fauna e à flora.
d)Apenas a II e a IV.
c)Não cometerá o crime de falsidade ideológica o indivíduo que deixar de declarar a verdade para a
formação de documento, se o servidor público que receber a declaração estiver adstrito a averiguar,
propiis sensibus, a veracidade desta
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a)a tentativa é teoricamente possível, desde que o meio de fazer apologia não seja o oral.
d)se configura mediante a associação de 3 (três) ou mais pessoas para o fim específico de cometer crimes.
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Henrique confessou que havia adquirido o documento com Marcos, seu vizinho, que atuava como
despachante, tendo pago R$ 2.000,00 pelo documento. Afirmou ainda que sequer havia feito prova no
DETRAN. Acrescente-se que, durante a instrução criminal, ficou comprovado que, de fato, Henrique
obteve o documento de Marcos, sendo este o autor da contrafação. Além disso, foi verificado por meio
de perícia judicial que, no estado em que se encontra o documento, e em face de sua aparência, pode
iludir terceiros como se documento idôneo fosse. Logo, pode-se afirmar que a conduta de Henrique se
amolda ao crime de
e)No crime de Falsa Identidade, o agente não apresenta nenhum documento de identidade para se
identificar.
Os livros comerciais, os títulos ao portador e os transmissíveis por endosso equiparam-se, para fins
penais, a documento público, sendo a sua falsificação tipificada como crime.
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I. Larapius foi preso em flagrante pela prática de um crime de roubo. Ao ser apresentado na Delegacia
de Polícia para ser autuado, atribui-se identidade falsa. Nessa hipótese, de acordo com o entendimento
do Superior Tribunal de justiça, estará cometendo o crime de falsa identidade.
II. Isolda, ao chegar no edifício aonde reside, chamou de “Matusalém” o porteiro Agostinho, 72 anos de
idade, porque ele demorou para abrir o portão. Isolda praticou o crime de injúria qualificada, art. 140,
parágrafo 3º do Código Penal e agravada pelo fato de ter sido praticada contra idoso.
III. Padarício, visando obter vantagem econômica para si, adulterou a balança de pesagem de produtos
de sua padaria. Alguns meses depois, fiscais estiveram no estabelecimento comercial e constataram a
fraude. Nesse caso, o Delegado de Polícia deverá indiciar Padarício pelo crime de estelionato.
IV. Na farmácia de Malaquias, durante fiscalização, foi constatado que havia medicamentos em depósito,
para venda, de procedência ignorada. Nesse caso, Malaquias poderia ser enquadrado em crime contra a
saúde pública, porém de acordo com o Superior Tribunal de Justiça, a pena prevista para esse crime,
reclusão de dez a quinze anos e multa, seria desproporcional e, portanto, não poderia ser aplicada.
c)Apenas I e IV.
d)é uma forma de falsidade ideológica, tipificado de forma autônoma devido à especialidade.
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e)A denominada “cola eletrônica” consistente na utilização de conteúdo sigiloso em certames de interesse
público não pode ser considerada crime.
d)a fé pública.
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d)No crime de falsidade ideológica de documento público, as condutas de omitir ou inserir demandam a
participação de funcionário público na condição de sujeito ativo.
I. Houve o crime de falsidade ideológica praticado por Túlio, mas que restará absorvido pelo princípio
da especialidade.
II. Trata-se de crime próprio, sendo coautores Joana e Paulo, primos de Túlio.
III. A anulação do casamento de Túlio com Claudia pelo motivo da bigamia, tornaria inexistente o crime
de bigamia.
IV. O objeto material desse crime é Claudia.
c)II, apenas.
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Entre as hipóteses a seguir consignadas, assinale aquela que corresponde a crime de falsidade ideológica
(art. 299 do CP).
e)A fim de auxiliar uma amiga a contratar financiamento para aquisição de eletrodomésticos, Alberico,
sócio-gerente em uma empresa têxtil, valendo-se de sua posição, assina declaração afirmando que tal
pessoa trabalha de forma remunerada naquele estabelecimento empresarial, o que não condiz coma
realidade.
a)configura crime de estelionato, na forma tentada, pois o delito foi interrompido por circunstâncias
alheias à sua vontade.
Em crimes de moeda falsa, a jurisprudência predominante do STF é no sentido de reconhecer como bem
penal tutelado não somente o valor correspondente à expressão monetária contida nas cédulas ou moedas
falsas, mas a fé pública, a qual pode ser definida como bem intangível, que corresponde, exatamente, à
confiança que a população deposita em sua moeda.
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Assinale:
b)A audiência de custódia ainda não está regulamentada por lei no Brasil. A concretude desse instinto se
deu em razão da previsão na Convenção Americana de Direitos Humanos e por ato normativo do CNJ.
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A inafiançabilidade nos casos de crimes hediondos não impede a concessão judicial de liberdade
provisória, impedindo apenas a concessão de fiança como instrumento de obtenção dessa liberdade.
e)homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até doze anos de idade incompletos.
d)à pessoa flagrada na prática de crime de furto simples de coisa avaliada em R$ 50,00 (cinquenta reais).
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c)Nos crimes hediondos, a prisão temporária tem, em regra, a duração de trinta dias.
d)A atribuição para a lavratura do auto de prisão em flagrante é da autoridade policial do local em que
ocorrer a prisão-captura, mesmo que esta se dê em local diverso do da prática do crime.
a)quando imprescindível para as investigações do inquérito policial nos crimes, entre outros, de latrocínio
e epidemia com resultado morte, pelo prazo de trinta dias, prorrogável por igual período em caso de
extrema e comprovada necessidade.
c)O juiz criminal pode resolver, incidenter tantum, a questão da posse sem que seja necessária a suspensão
da ação penal.
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a)A cassação da fiança poderá ocorrer com a inovação da classificação do delito tido, inicialmente, como
afiançável.
a)Comparecimento periódico em juízo, até o dia 10 (dez) de cada mês e nas condições fixadas pelo juiz,
para informar e justificar atividades.
b)Da lavratura do auto de prisão em flagrante deverá constar a informação sobre a existência de filhos,
respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos
cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.
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caracterizada, com a nova conduta, a reincidência dolosa de João em delitos da mesma espécie. Além
disso, o autuado apresenta extenso rol de maus antecedentes em delitos de receptação. Neste caso,
considerando o Código de Processo Penal, deverá o delegado de polícia:
c)Ausentes os requisitos da prisão preventiva, é cabível liberdade provisória para o crime de tráfico de
drogas.
b)A prisão domiciliar poderá ser concedida a homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do
filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos.
b)A primeira pode ser realizada pela autoridade policial, violando domicílio e sem ordem judicial, a
qualquer horário do dia ou da noite.
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I A concessão da liberdade provisória pela autoridade policial não impede a decretação da prisão
preventiva de ofício pelo juízo, se presentes os seus requisitos.
II Nos crimes hediondos, o tempo da prisão preventiva varia segundo o limite da pena estabelecida para
o tipo penal imputado ao indiciado.
III Aplicada medida cautelar diversa da prisão, será vedado ao juiz substituí-la por outra ou impor nova
medida cumulativamente.
IV Lavrado o auto de prisão em flagrante por crime de estupro, a autoridade policial poderá conceder ao
preso liberdade provisória mediante fiança.
d)a prisão não poderá ser decretada após a fase inquisitória da persecução penal.
I- A gravidade em abstrato do crime justifica a prisão preventiva com base na garantia da ordem pública,
representando, por si só, fundamento idôneo para a segregação cautelar do réu.
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II- As medidas cautelares pessoais são decretadas pelo juiz, de ofício ou a requerimento das partes, no
curso da ação penal, ou no curso da investigação criminal, somente por representação da autoridade
policial ou a requerimento do MP.
III- Em razão do sistema processual brasileiro, não é possível ao magistrado determinar, de ofício, a
prisão preventiva do indiciado na fase de investigação criminal ou pré-processual.
IV- A inafiançabilidade dos crimes hediondos e daqueles que lhes são assemelhados não impede a
concessão judicial da liberdade provisória sem fiança.
V- A fiança somente pode ser fixada como contracautela, ou seja, como substituição da prisão em
flagrante ou da prisão preventiva anteriormente decretada.
a)o descumprimento de medida cautelar diversa da prisão aplicada cumulativamente com a fiança pode
gerar o quebramento da fiança.
c)a prisão preventiva decretada por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da
lei penal possuem relação de cautelaridade com o processo penal.
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e)o auto de prisão em flagrante será encaminhado ao juiz em até 24 horas após a realização da prisão, e,
caso não seja indicado o nome de seu advogado pela pessoa presa, cópia integral para a Defensoria
Pública.
e)é cabível em caso de pessoa presa que esteja extremamente debilitada em razão de doença grave.
d)Caso a autoridade policial retarde a concessão da fiança, o preso, ou alguém por ele, poderá prestá-la
mediante simples petição, perante o juiz competente, que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas.
b)A entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é lícita, mesmo em período noturno, quando
amparada em fundadas razões, devidamente justificadas a posteriori, que indiquem que dentro da casa
ocorre situação de flagrante delito.
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e)Ofenderá o princípio constitucional da ampla defesa e do contraditório a defesa que, firmada por
advogado dativo, se apresentar deficiente e resultar em prejuízo comprovado para o acusado.
I estelionato;
II latrocínio;
III estupro de vulnerável.
b)Conforme o STJ, a prisão temporária não pode ser mantida após o recebimento da denúncia pelo juiz.
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a)Joaquim somente.
I. As duas últimas hipóteses do art. 302 do CPP [...] é perseguido, logo após, pela autoridade em situação
que faça presumir ser autor da infração; [...] é encontrado, logo depois, com instrumentos que façam
presumir ser ele autor da infração] não são flagrante, por isso que o legislador consignou; “considera-se
em flagrante...”. Assim, não se pode permitir que o legislador diminua a garantia constitucional da
inviolabilidade do domicílio, ampliando as situações que não são de verdadeiro flagrante. Assim, o
ingresso no domicílio sem mandado só pode ocorrer diante de flagrante delito efetivo e real, o que exclui
o presumido.
II. A autoridade policial, no âmbito de uma investigação representa pela busca domiciliar apresentando
fundamentos fáticos e jurídicos. O Ministério Público manifesta-se favoravelmente. O juiz defere o pleito
e expede mandado de busca e apreensão. A ordem do juiz só pode ser cumprida durante o dia.
III. Policiais militares amparados em fundadas razões advindas de denúncia anônima que dá notícia de
situação de flagrante delito ingressam de maneira forçada no domicílio sem mandado durante a noite. A
prova é lícita se justificada a posteriori.
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a)O juiz não pode decretar a prisão por não haver hipótese legal de cabimento, vez que sendo dada pelo
delegado a capitulação de um crime doloso (art. 306 CTB), com pena inferior a 04 anos, somado a um
crime culposo (art. 303 CTB), a pena deste último não pode ser considerada na soma para autorizar a
prisão, o que se extrai do art. 313, I do CPP, ao exigir para a medida extrema a ocorrência de crime doloso
punido com pena superiora 04 anos.
b)No artigo 387, 2 do CPP, que dispõe que o tempo de prisão preventiva deve ser considerado pelo juiz
ao fixar o regime da penas introduz no ordenamento jurídico uma verdadeira progressão cautelar do
regime. Com efeito, se o tempo de prisão cautelar, em um caso de roubo qualificado, for inferior a 1/6
da pena, referida prisão será indiferente para a fixação do regime.
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c)O arbitramento de fiança, tanto na esfera policial quanto na concedida pelo competente juízo,
independe de prévia manifestação do representante do MP.
a)se a prisão temporária de algum dos acusados for decretada, ela somente poderá ser executada depois
de expedido o mandado judicial.
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Acerca dessa situação, assinale a opção que apresenta, respectivamente, as características do suspeito com
referência a: entendimento; controle dos impulsos; imputabilidade.
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Psiquiatria forense é o ramo da medicina legal que trata de questões relacionadas ao funcionamento da
mente e sua interface com a área jurídica. O estabelecimento do estado psíquico no momento do
cometimento do delito e a capacidade de entendimento desse ato são dependentes das condições de
sanidade psíquica e desenvolvimento mental, que também influenciam na forma de percepção e no relato
do evento, com importância direta para o operador do direito, na tomada a termo e na análise dos
depoimentos. A respeito de psiquiatria forense e dos múltiplos aspectos ligados a essa área, assinale a
opção correta.
b)Nos atos cometidos, pode haver variação na capacidade de entendimento, por doente mental ou por
indivíduo sob efeito de substâncias psicotrópicas ou entorpecentes, do caráter ilícito do ato por ele
cometido; cabe ao perito buscar determinar, e assinalar no laudo pericial, o estado mental no momento
do delito.
d)acidental.
Sobre a ótica da medicina legal relacionada à imputabilidade penal, assinale a alternativa correta.
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a)São considerados inimputáveis aqueles com doença mental e que são inteiramente incapazes de
discernir o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com o entendimento.
b)Psicossíndrome orgânica.
e)oniomania.
a)Confusão.
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Compete à União estabelecer normas gerais sobre a organização das polícias civis.
É concorrente a competência da União e dos estados para legislar sobre a organização, os direitos e os
deveres das polícias civis dos estados.
d) Compete à União, Estados-membros e Distrito Federal legislar concorrentemente sobre custas dos
serviços forenses.
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a) será constitucional desde que a proposta seja aprovada pela população diretamente interessada, por
meio de plebiscito, e, cumulativamente, pelo Congresso Nacional, por lei complementar.
c) estados-membros.
d) Os estados-membros não têm competência para editar normas que exijam autorização da Assembleia
Legislativa para que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) instaure ação penal contra Governador de
Estado.
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e) A Intervenção Federal será espontânea, quando o presidente a decretar para manter a integridade
nacional.
d) O Município pode editar legislação própria, com fundamento na autonomia constitucional que lhe é
inerente (CF, Art. 30, I), com objetivo de determinar, às instituições financeiras, que instalem, em suas
agências, em favor dos usuários dos serviços bancários (clientes ou não), equipamentos destinados a
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b) Segundo o artigo 35 da Carta Maior, o Estado não intervirá em seus Municípios, exceto quando: I –
deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada; II – não
forem prestadas contas devidas, na forma da lei; III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita
municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; IV – o
Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados
na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. Isso posto,
as disposições descritas consubstanciam preceitos de observância compulsória por parte dos Estados-
membros, sendo inconstitucionais quaisquer ampliações ou restrições às hipóteses de intervenção.
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d) inconstitucional, pois o estado legislou sobre direito processual, que é matéria de competência privativa
da União.
a) I, II e III.
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b) Conforme já pronunciou o STF, é dever do Estado manter em seus presídios os padrões mínimos de
humanidade previstos no ordenamento jurídico, sendo de sua responsabilidade, nos termos do artigo 37,
§ 6°, da Constituição da República, a obrigação de ressarcir os danos, inclusive morais, comprovadamente
causados aos detentos em decorrência da falta ou insuficiência das condições legais de encarceramento.
b) Segundo o STF é inconstitucional lei estadual que disponha sobre bloqueadores de sinal de celular em
presídio, pois tal legislação invade a competência da União para legislar sobre telecomunicações.
b) Para o STF, a consulta a ser feita em caso de desmembramento de estado-membro deve envolver a
população de todo o estado-membro e não só a do território a ser desmembrado.
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e) compete a União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre direito financeiro,
tributário, urbanístico, penitenciário e econômico.
a) Todos os anos, as contas dos municípios devem ficar, durante sessenta dias, à disposição de qualquer
contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar a legitimidade dessas contas, nos termos
da lei.
d) estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão de plebiscito.
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a) A teoria do risco integral obriga o Estado a reparar todo e qualquer dano, independentemente de a
vítima ter concorrido para o seu aperfeiçoamento.
A responsabilidade civil do Estado pela morte de detento sob sua custódia é objetiva, conforme a teoria
do risco administrativo, em caso de inobservância do seu dever constitucional específico de proteção.
d) O servidor responderá pelo ato lesivo nas esferas cível, penal e administrativa.
a) Sua aplicação não é admitida com relação às leis de efeitos concretos constitucionais.
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e) I, II e III.
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d) subjetiva, porque a Constituição Federal expressamente prevê que a responsabilidade objetiva somente
se estende a pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos.
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e eletrônicos deixaram de funcionar a partir de então, tais como geladeiras, computadores e copiadoras.
Relevante apurar, para solucionar a responsabilidade do ente estatal,
d) o nexo de causalidade entre a colisão causada pela viatura estadual e os danos emergentes sofridos,
para demonstrar que decorreram do acidente e não de outras causas e viabilizar a apuração correta da
indenização, prescindindo, no entanto, de prova de culpa do condutor.
a) Para a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o Estado não responde civilmente por atos
ilícitos praticados por foragidos do sistema penitenciário, salvo quando os danos decorrem direta ou
imediatamente do ato de fuga. Também entende o Superior Tribunal de Justiça que o Estado pode
responder civilmente pelos danos causados por seus agentes, ainda que estes estejam amparados por
causa excludente de ilicitude penal.
a) É admissível a responsabilidade civil do Estado por atos lícitos, com fundamento no princípio da
igualdade, e não há óbice jurídico ao seu reconhecimento na via administrativa.
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b) A teoria do risco administrativo responsabiliza o ente público de forma objetiva pelos danos causados
por seus agentes a terceiros de forma comissiva. Esta teoria admite causas de exclusão da
responsabilidade, entre elas a culpa exclusiva da vítima.
a) A teoria do risco administrativo responsabiliza o ente público de forma objetiva pelos danos causados
por seus agentes a terceiros de forma comissiva. Esta teoria admite causas de exclusão da
responsabilidade, entre elas a culpa exclusiva da vítima.
b) A teoria do risco administrativo responsabiliza o ente público de forma objetiva pelos danos causados
por seus agentes a terceiros de forma comissiva. Esta teoria admite causas de exclusão da
responsabilidade, entre elas a culpa exclusiva da vítima.
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os credores da empresa que, assim como ele, tinham valores a receber, percebeu que havia a obrigação
de que, aqueles que moravam na cidade de São Paulo, seriam os primeiros a receberem, o que muito o
aborreceu, haja vista estar sediado em Curitiba. Certo de que havia algo errado, logo fora se informar
sobre o que poderia ter ocorrido, em especial se algum crime fora cometido. Com a leitura da legislação
especial, supôs de que a figura típica do “Favorecimento de Credores” era evidente, e começou a
armazenar documentos e trocas de email já pensando em ser testemunha do processo criminal que
apuraria tal fato, haja vista o Ministério Público também ter sido notificado no dia 20 de abril. Chega o
dia 06 de junho e nenhuma ação penal fora deflagrada, assim como alguns dos credores de São Paulo já
haviam começado a receber seus créditos. Com o sentimento de injustiça, Delton procura seus advogados
para tentar agir de alguma maneira, visando a responsabilização penal daqueles que supostamente
favoreceram outros credores.
Sobre as possibilidades de Delton, credor habilitado, é correto afirmar que:
a) Delton pode ajuizar uma Ação Penal Privada subsidiária da Pública, já que superado o prazo de 15
dias, disposto no art. 187, § 1° da Lei 11.101/05, qualquer credor habilitado está apto para fazê-lo.
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a) Constitui efeito da condenação por crimes de natureza falimentar a inabilitação para o exercício de
atividade empresarial. Esse efeito, entretanto, não é automático, devendo ser motivadamente declarado
na sentença. A inabilitação pode perdurar por até cinco anos após a extinção da punibilidade, havendo a
possibilidade de que cesse antes, pela reabilitação penal.
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Considerando as disposições de natureza processual penal contidas na Lei n.º 11.101, de 09.02.2005 (Lei
de Falência e Recuperação Judicial e Extrajudicial), aplicáveis aos crimes nela descritos, é incorreto
afirmar que
d) a impossibilidade de gerir empresa por mandato ou por gestão de negócio é um dos efeitos automáticos
da condenação.
c)do “ser”; logo, serve-se do método indutivo e empírico, baseado na análise e observação da realidade.
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d)O medo do delito pode condicionar negativamente o conteúdo da política criminal imprimindo nesta
um viés de rigor punitivo, contrário, portanto, ao marco político-constitucional do nosso sistema legal.
a)A criminologia tradicional examina a pessoa do infrator como uma realidade biopsicopatológica,
considerando o determinismo biológico e social.
b)secundária.
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Ana de Jesus foi à polícia reclamar que Mário, seu ex-namorado, alcoólatra e usuário de drogas, lhe fez
ameaça de morte e ainda lhe deu umas refregas (sic), ao que se seguiram a comunicação do fato e o pedido
de medida protetiva. É lamentável que a mulher não se dê ao respeito e, com isso, faça desmerecido o
poder público. Simplesmente decidir que o agressor deve manter determinada distância da vítima é um
nada. Depois que o sujeito, sentindo só a debilidade do poder público, invadir a distância marcada, caberá
à vítima, mais uma vez, chamar a polícia, a qual, tendo ido ao local, o afastará dali. Mais que isso,
legalmente, pouco há que fazer. Enfim, enquanto a mulher não se respeitar, não se valorizar, ficará nesse
ramerrão sem fim — agressão, reclamação na polícia, falta de proteção. Por outro lado, ainda vige o
instituto da legítima defesa, muito mais eficaz que qualquer medidazinha (sic) de proteção. Intimem-se,
inclusive ao MP.
Texto 1A9-II
No Brasil, a edição da Lei Maria da Penha retratou a preocupação da sociedade com a violência doméstica
contra a mulher, e a incorporação do feminicídio ao Código Penal refletiu o reconhecimento de conduta
criminosa reiterada relacionada à questão de gênero. Mesmo com tais medidas, que visam reduzir a
violência contra as mulheres, as estatísticas nacionais apontam para um agravamento do problema. No
caso do estado de Sergipe, de acordo com dados do Panorama da Violência contra as Mulheres no Brasil
(2016), a taxa de violência letal contra mulheres é superior à taxa nacional, enquanto a taxa de estupros é
inferior, o que pode ser resultado de uma subnotificação desse tipo de violência.
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Considerando os textos apresentados, julgue o item que se segue, pertinentes aos objetos da criminologia.
De acordo com estudos vitimológicos, a diferença entre os crimes sexuais praticados e os comunicados
às agências de controle social é de aproximadamente 90%, o que estaria em consonância com os dados
do Panorama da Violência contra as Mulheres no Brasil (texto 1A9-II), que indica a ocorrência de
subnotificação nos casos de estupros praticados em Sergipe. Esse fenômeno, de apenas uma parcela dos
crimes reais ser registrada oficialmente pelo Estado, é o que a criminologia chama de cifra negra da
criminalidade.
b)Ciência que explica a correlação crime-sociedade, sua motivação, bem como sua perpetuação.
e)É denominada secundária a vitimização causada pelas instâncias formais de controle social, no decorrer
do processo de registro e apuração do crime.
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d)Em sua obra “A Política”, Aristóteles, ressaltou que a miséria causa rebelião e delito. Para o referido
filósofo, os delitos mais graves eram os cometidos para possuir o voluptuário, o supérfluo.
c)Criminoso por paixão: aquele que utiliza de violência para resolver problemas passionais, geralmente é
nervoso, irritado e leviano.
b)A chamada da vítima na fase processual da persecução penal para ser ouvida sobre o crime, por
inúmeras vezes, é denominada de vitimização secundária.
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c)A Política Criminal é uma disciplina que estuda estratégias estatais para atuação preventiva sobre a
criminalidade, e que tem como uma das principais finalidades o estabelecimento de uma ponte eficaz
entre a criminologia, enquanto ciência empírica, e o direito penal, enquanto ciência axiológica.
João nutria grande desejo por sua colega de turma, Estela, mas não era correspondido. Esse desejo
transformou-se em ódio e fez que João planejasse o estupro e o homicídio da colega. Para isso, ele passou
a observar a rotina de Estela, que trabalhava durante o dia e estudava com João à noite. Determinado dia,
após a aula, em uma rua escura no caminho de Estela para casa, João realizou seus intentos criminosos,
certo de que ficaria impune, mas acabou sendo descoberto e preso.
Com relação à situação hipotética descrita no texto 1A14AAA e às funções da criminologia, da política
criminal e do direito penal, assinale a opção correta.
d)A política criminal tem a função de propor medidas para a redução das condições que facilitaram o
cometimento do crime por João, como a urbanização e a iluminação de ruas.
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d)A criminologia é a ciência que, entre outros aspectos, estuda as causas e as concausas da criminalidade
e da periculosidade preparatória da criminalidade.
d)Entre os modelos teóricos explicativos da criminologia, o conceito definitorial de delito afirma que,
segundo a teoria do labeling approach, o delito carece de consistência material, sendo um processo de
reação social, arbitrário e discriminatório de seleção do comportamento desviado.
b)vitimização secundária.
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vítimas menos culpadas que os criminosos; __________; vítimas mais culpadas que os criminosos e
__________.
c)vítimas ideais … vítimas tão culpadas quanto os criminosos … vítimas como únicas culpadas
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Cinco guardas municipais em serviço foram desacatados por dois menores. Após breve perseguição, um
dos menores evadiu-se, mas o outro foi apreendido. Dois dos guardas conduziram o menor apreendido
para um local isolado, imobilizaram-no, espancaram-no e ameaçaram-no, além de submetê-lo a choques
elétricos. Os outros três guardas deram cobertura. Nessa situação, os cinco guardas municipais
responderão pelo crime de tortura, incorrendo todos nas mesmas penas.
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e) Constitui crime de tortura: constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-
lhe sofrimento físico ou mental com o objetivo de obter alguma informação, declaração ou confissão.
a) Comete o crime de tortura aquele que, tendo o dever de evitar a conduta, se mantém omisso ao tomar
ciência ou presenciar pessoa presa ser submetida a sofrimento físico ou mental, por meio da prática de
ato não previsto legalmente.
b) A condenação por crime de racismo cometido por proprietário de estabelecimento comercial sujeita
o condenado à suspensão do funcionamento de seu estabelecimento, pelo prazo de até três meses,
devendo esse efeito ser motivadamente declarado na sentença penal condenatória.
a) A condenação de policial civil pelo crime de tortura acarreta, como efeito automático,
independentemente de fundamentação específica, a perda do cargo público e a interdição para seu
exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
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Em relação aos crimes contra a fé pública, aos crimes contra a administração pública, aos crimes de
tortura e aos crimes contra o meio ambiente, julgue o item a seguir.
Caracteriza uma das espécies do crime de tortura a conduta consistente em, com emprego de grave
ameaça, constranger outrem em razão de discriminação racial, causando-lhe sofrimento mental.
e) Pode ser aplicada a lei brasileira ao crime praticado por brasileiro no estrangeiro.
c) Constitui crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-
lhe sofrimento físico ou mental, com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou
de terceira pessoa.
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d) para o crime de tráfco ilícito de entorpecentes, a associação eventual constitui causa de aumento de
pena, sendo a associação para o tráfco, prevista no art. 35 da Lei nº 11.343/2006, delito autônomo que
demanda comprovação da estabilidade e permanência da societas sceleris.
c) a pessoa que se omite em face das condutas definidas como crime de tortura, quando tenha o dever
de evitá-las ou apurá-las, responde por crime também e está sujeito às mesmas penas previstas para o
crime de tortura;
Pela lei que define os crimes de tortura, o legislador incluiu, no ordenamento jurídico brasileiro, mais uma
hipótese de extraterritorialidade da lei penal brasileira, qual seja, a de o delito não ter sido praticado no
território e a vítima ser brasileira, ou encontrar-se o agente em local sob a jurisdição nacional.
e) Caio será punido por sua omissão na forma da Lei nº 9.455/1997 e Antônio responderá pelo crime de
tortura.
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d) crime de tortura por submeterem pessoa sujeita a medida de segurança a sofrimento físico e mental,
omitindo-se, quando tinham o dever de evitá-lo.
e) Pratica crime de tortura a autoridade policial que constrange alguém, mediante emprego de grave
ameaça e causando-lhe sofrimento mental, com o fim de obter informação, declaração ou confissão da
vítima ou de terceira pessoa.
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e) É praticado por quem se omite diante do dever de evitar a ocorrência ou continuidade da ação ou de
apurar a responsabilidade do torturador pelas condutas de constrangimento ou submissão levadas a efeito
mediante violência ou grave ameaça.
a) qualquer pessoa que submete alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência
ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida
de caráter preventivo.
a) representar ao órgão do Ministério Público que tiver competência para iniciar processo crime contra a
autoridade culpada.
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I Dispensa de licitação em situação estranha às hipóteses taxativas previstas em lei constitui crime passível
de punição com pena de detenção e multa fixada na sentença a ser revertida à fazenda federal, distrital,
estadual ou municipal, conforme o caso.
II Em casos de crimes previstos na lei em apreço, a ação penal é pública incondicionada e a sua promoção
cabe ao MP.
IV Quando os autores dos crimes previstos na referida lei forem ocupantes de cargo em comissão ou
exercerem função de confiança em órgão da administração pública direta ou indireta, a pena imposta será
acrescida da terça parte.
e) Qualquer pessoa que tiver conhecimento do fato poderá provocara iniciativa do Ministério Público,
fornecendo-lhe, por escrito ou verbalmente, informações sobre o fato e sua autoria, bem como as
circunstâncias em que se deu a ocorrência.
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PRÉ EDITAL - DELTA PR
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II. O núcleo do tipo penal previsto no art. 90 da lei é constituído por condutas mistas alternativas,
expressas pelos verbos frustrar (malograr, não alcançar o objetivo esperado) ou fraudar (enganar, burlar),
cujo objeto é o caráter competitivo do procedimento licitatório, sendo exigida à espécie normativa a
presença de elemento subjetivo específico, consistente no intento de obter para si ou para outrem,
vantagem decorrente da adjudicação do objeto da licitação;
V. O crime previsto no art. 93 da Lei, consistente em impedir, perturbar ou fraudar a realização de
qualquer ato de procedimento licitatório, pode ser classificado como comum, formal, praticado de forma
livre, comissivo, instantâneo, unissubjetivo e plurissubsistente.
l - Constitui crime o ato de frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro
expediente, o caráter competitivo do procedimento licitatório, com o intuito de obter, para si ou para
outrem, vantagem decorrente da adjudicação do objeto da licitação.
ll - Constitui crime o ato de abster-se ou desistir de licitar, em razão da vantagem oferecida.
Ill - Constitui crime o ato de admitir à licitação ou celebrar contrato com empresa ou profissional
declarado inidôneo.
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lV - Comete crime aquele que, declarado inidôneo, venha a licitar ou a contratar com a Administração.
a) Para o labelling approach, o controle social penal possui um caráter seletivo e discriminatório gerando
a criminalidade.
“Os irmãos Batista, controladores da JBS, tiveram vantagem indevida de quase R$73 milhões com a
venda de ações da companhia antes da divulgação do acordo de delação premiada que veio a público em
17/05/2017, conforme as conclusões do inquérito da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O caso
analisa eventual uso de informação privilegiada e manipulação de mercado por Joesley e Wesley Batista,
e quebra do dever de lealdade, abuso de poder e manipulação de preços pela FB Participações”. (Jornal
Valor Econômico, 13/08/2018):
Com relação à criminalidade denominada de colarinho branco, pode-se afirmar que a teoria da associação
diferencial.
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d)sustenta que a aprendizagem dos valores criminais pode acontecer em qualquer cultura ou classe social.
c)São exemplos de teorias do consenso a Escola de Chicago, a teoria de associação diferencial, a teoria
da anomia e a teoria da subcultura do delinquente.
a)As teorias conflituais partem da premissa de que o conflito expressa uma realidade patológica da
sociedade sendo nocivo para ela na medida em que afeta o seu desenvolvimento e estabilidade.
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c)é um conflito de classe sendo que o sistema legal é um mero instrumento da classe dominante para
oprimir a classe trabalhadora.
A pesquisa criminológica científica visa evitar o emprego da intuição ou de subjetivismos no que se refere
ao ilícito criminal, haja vista sua função de apresentar um diagnóstico qualificado e conjuntural sobre o
delito.
De acordo com a teoria da anomia, o crime se origina da impossibilidade social do indivíduo de atingir
suas metas pessoais, o que o faz negar a norma imposta e criar suas próprias regras, conforme o seu
próprio interesse.
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c)Para Raffaele Garófalo (1851-1934), a defesa social era a luta contra seus inimigos naturais carecedores
dos sentimentos de piedade e probidade.
e)A primeira referência teórica e metodológica para a realização de estudos criminológicos sobre formas
de ativismo político urbano identificados com o chamado movimento punk é a obra Outsiders: studies
in the sociology of deviance (Outsiders: estudo de sociologia do desvio), de Howard Becker, a partir dos
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estudos que realiza entre grupos consumidores de maconha e músicos de jazz, na década de 50, nos
Estados Unidos.
I. A luta das escolas (positivismo versus classicismo) pode ser traduzida como um enfrentamento entre
adeptos de métodos distintos; de um lado, os partidários do método abstrato, formal e dedutivo (os
clássicos) e, de outro, os que propugnavam o método empírico e indutivo (os positivistas).
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II. Uma das características que mais se destaca na moderna Criminologia é a progressiva ampliação e
problematização do seu objeto.
III. A criminologia, como ciência, não pode trazer um saber absoluto e definitivo sobre o problema
criminal, senão um saber relativo, limitado, provisional a respeito dele, pois, com o tempo e o progresso,
as teorias se superam.
c)I, II e III.
Numere as seguintes assertivas de acordo com a ideia de criminologia que representam, utilizando (1)
para a criminologia positivista e (2) para a escola liberal clássica do direito penal.
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( ) Objetivava uma política criminal baseada em princípios como os da humanidade, legalidade e utilidade.
( ) Pretendia modificar o delinquente.
a)1, 1, 2, 2, 1.
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