Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
b ié n . P o r su p u e sto q u e d e u n a m a n e ra m u c h o m enos d ra m á
tica q u e en E u ro p a . A fin de cuentas, C hile, a pesar de se r u n
país u n p o c o e u ro p e iz a d o , es en esen cia A m érica L atina.
U n a d e las p rim e ra s lecciones q u e m e enseñó el ex ilio ,
c u a n d o d a b a ruis p rim e ro s pasos en el co n te x to q u e m e h a
b ía a c o g id o , en el s e n tid o de vivir y n o sólo sobrevivir e n la
c o tid ia n id a d d ife re n te , fu e que las cu ltu ras, las)ex p resio n es
c u ltu ra le s n o so n m e jo re s ni peores, so n d ife ie n te s-e n tre .sí.
AÍ igual q u e n o so tro s, p o r un lado, la c u ltu ra no es sin o q u e
e stá s ie n d o y, a d e m á s, n o podem os o lvidar su carácter d e cla
se. E sta p rim e ra le c c ió n , q u e de las c u ltu ras no p u e d e d e c irse
q u e sean m ejo res o p e o re s , la a p re n d í e n Chile, c u a n d o c o
m e n c é a c o n o c e r c o n c re ta m e n te las fo rm as d iferentes h a sta
d e lla m a r al o tro . N o sé si reparaste, p o r ejem plo, en lo d ifí
cil q u e es llam ar al m o z o del re sta u ra n te e n u n a culLura q u e
n o s re s u lta e x tra ñ a . E n cad a cultura existe u n a form a esp ecial
q u e n o p u e d e ser tra n sg re d id a , existe u n cierto código, ¿no?
M e a c u e rd o de u n a vez, estan d o en C hile, e n el M inisterio d e
R e lacio n es E x te rio re s (n o sé si se llam a así o si es de A su n to s
E x te rio re s). T e n ía q u e resolver u n p ro b le m a vinculado c o n
u n d o c u m e n to n e c e s a rio p ara mi p e rm a n e n c ia en el país. Es
tab a e n la v e n ta n illa d e la oficina y n a d ie m e atendía. N a d ie
m ira b a e n d ire c c ió n a m í. De p ro n to , u n a p ersona lev an tó
la c ab eza y m e vio. L e hice u n a d e m á n para in d icarle q u e
yo e sta b a allí, q u e fo rm a b a parte. El e m p le ad o se a c e rc ó y,
c o n voz d e o fe n d id o , m e dijo que a q u e lla no era u n a m a n e
ra e d u c a d a de lla m a r a n adie. S o rp re n d id o , yo era, e n a q u e l
m o m e n to , p u ra in d e c is ió n , de alg u n a m a n e ra m e las in g e n ié
p a ra decirle: “N o te n ía n in g u n a in te n c ió n de o fen d e rlo , soy
b r a s ile ñ o ...”. “P e ro u s te d es un b rasile ñ o que está en C hile,
y e n C hile no se h a c e e so ”, dijo él, categórico. “Bien, e n to n
ces le p id o d iscu lp as d e nuevo, le p id o disculpas p o r lo q u e
le p a re c ió ofensivo e n m i gesto p e ro n o p o r la in te n c ió n d e
o fe n d e rlo , q u e n o existió. Q uiero decir: subjetivam ente n o
q u ise o fen d e rlo , p e r o objetivam ente lo o fen d í.” ¡Q ué m is
te rio la cultura! El e m p le a d o m e a te n d ió , a u n q u e n o sé si
Lo que enseña la diferencia cultural 45