Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
AU TO APRENDIZ
APRENDIZAJ
AJE
E
5
la ficción.
ficción.
El libro
libro conti
contiene,
ene, adem ás, una am plia selección de
textos
textos críticos
críticos y d e creación literaria: literaria: unu n a antología
comentada qu q u e interes
interesará,ará, sin du d a, a profprofesoesoreres,
s,
estudia
estu diantesntes y lectores
lectores en general
general..
(S8N;8MÍ4410
44109-
9-88
u i.n w ju m in n
CÓMO
CÓMO LEER
LEER
TEXTOS
LUERARDS
E L B Q U IP A JE D a LECTOR
Julián
Ju lián M oreiro
u i.n w ju m in n
CÓMO
CÓMO LEER
LEER
TEXTOS
LUERARDS
E L B Q U IP A JE D a LECTOR
Julián
Ju lián M oreiro
58 Cómo leer a u r a l a r r a n o t
(GABRIEL G a r c í a M á r q u e z : Ñ o la s de
d e pre
p re n sa . 1 9 8 0 -19
-1 9 8 4 .
M ondadori, Madrid, 1991, págs. 53-54]
53-54]
SEGUNDA PARTE
No s e e s escrit
esc ritor
or por
po r haber
ha ber decidi
deci dido
do deci
de cirr cierta
cie rtass
cosas, sino por haber decidido decirlas
decir las de cieñ
ci eñaa manera
anera..
JEAN-PAUL Sa r t r e : ¿Qué
¿Q ué es la liter
literatura?
atura?
L a Oveja negra
s e n t id o d e e s e c u e n t e c i ll o e x i g e s o l a m e n t e u n a l e c t u r a c o n s c i e n te y
atenta.
Q s e gu n d o te x t o q u e a n a li za m o s a p e l a m á s a b ie r ta m e n t e a ú n a la
c o m p l i ci d ad d e l l e c t o r
H a e s t ad o f u er a d e c a s a u n a s e m a n a . A l v o l v e r , p a r e c e o tro .
Cua ndo no s acostamos, me ha acariciado con mucha ternura. Me ha
dicho que no volverá a atormentarme con lo de m is ronquidos, y
m e h a e x t r a ñ a d o q u e a h o r a s e l e o c u r r a e s a i de a . D e s de q u e n os
casamos — será m is exacto decir desde un p ar de años después de
habernos casado— su ele despertarme , zarandeándom e, varias veces
ca da noche: «ya e stás roncando otra vez. roncando com o una bestia;
qu e pena que no puedas oírte». Y yo jam ás hice otra cosa que pedir
l e p e rd ó n. M u c h a s v e c e s m e e c h a ba a l lo ra r, l o q u e s e r v ía p a ra u n -
tarte más aún: «cállate ya: primero, ronquidos y ahora, lloros. ¿Es
que n o v oy a poder dormir tranquilo?» A sí una y otra noche desde
h a c e c i n c o a ñ o s . Y y o n u n c a ro e q u e ja b a , s ó l o l e p e d í a p er dó n .
Hasta fui al m édico, a ver si eso de los ronquidos tenía algún reme-
dio, y me d ijo que no.
Ahora, e sta noche, m e ha acariciado, me h a ped ido perdón, me ha
dicho que soy una santa y él un b ruto. Y que nunca se perdonará
haberme h echo sufrir tantas y tantas noches. E l viaje lo ha cambiado
extrañamente. Ha estado fuera una sema na, en n o sé qu é congreso al
que asistió por cuenta de su em presa. «P or Ib menos —dijo al mar-
charse— estaré una semana sin escu char tu orquesta. Dormiré a pier-
na suelta». Eso e s lo que me dijo. Y aho ra, al volver, m e pide perdón
p o r to do lo que me ha hecho sufrir. Y por todo l o q u e h e callado.
«Porque tú —m e dice— podías haberme dicho que yo ronco también,
no sé si tan escandalosamente c o m o tú. pero ron co toda la noche». Es
cierto qu e ronca. Y que nunca s e l o d i j e p o r n o humillarlo. P e r o ahora
é l sabe que ronca, y m e pid e perdón, y todo se ha arreglado. Y me
abraza, y m e dice que soy una santa y él un miserable.
Todo ha cambiado, ya lo dije, a la vuelta d e su viaje. Estuvo en
un congreso en Palma de Mallorca. Viene más moreno, más alegre y
hermoso, más tierno. N unc a le preguntaré q u i é n l e ha d icho que
i
i 4.2. C o m p l i c i d a d i d e o l ó g i c a
Uno de los medios más eficaces para que lis cosas no cambien
nunca por dentro es renovarlas —o removerlas— constantemente por
fuera. Por eso —d ec ía mi maestro— los originales ahorcarían si
pudieran a lo s novedosos, y los novedosos apedrean cuando pueden
sañudamente a los originales.
[AMONIO MACHADO: Juan d e M ainna.
Castalia, col. Clásicos Castalia, Madrid, 1971, pág. 168)
* * *
l
iosa
Al fin de la batalla,
y muerto el combatiente, vino ha da él un hombre
y le dijo: «¡No mueras, te amo tanto!»
Pero el cadáver, ¡ay!, «guió muriendo
68 Cómo lee r textos literarios
Cuando te vi señero, dulce, firme,
qué ansiedades sentí de diluirme
y ascender como tú. vuelto en cristales,
| * * *
L a impronta personal con q ue un escritor m ira la realidad condi-
ciona el significado d d texto y aporta una dosis elevada de informa-
ción al lector. Pero a veces no resulta fácil descu brir d valor de esa
mirada: al traducirse en palabras, en ocasiones éstas cob ran sentidos
a
muy peculiares, estrictamente ligados a l texto e n q ue aparecen y ale-
ja dos d e l o q u e tales térm in os s ig nific an p a ra lo s dem ás. q
70 Cémg leer u ito i literarios
I m p o s ib l e tr a d u cir e l s ig n if ic a d o d e e s c v e r d e . I m p o s ib l e p o n e r
e n le n g u a j e ló g i c o u n t e x t o q u e . d e p r i n c ip io a f in . d e s tila in c e r ti
d u m b r e . A b s u r d o , a d e m á s , p r e t e n d e r l o , p u e s e s o s i g n i fic a r í a a ca b a r
c o n la m is m a p o e s ía .
C u a n d o l a le n g u a lit e r a r ia s e o s c u r e c e , c u a n d o m ir a h a c ia s u s
r e c o v e c o s m á s s e c r e t o s , e l l e c t o r d e b e r en u n c ia r , m á s q u e n u n c a , a l
in t e n t o d e p i n t a r c o n c o lo r e s c o n o c i d o s l o q u e e l t e x to d ib u ja c o n
g a m a p r o p ia . C u a n d o s e a lc a n z a e l I fm i le d e l a n á l is is r a c io n a l s ó l o
c a b e d e j a r s e s e d u c ir p o r lo q u e n u n c a v e re m o s, q u e e s c o m o G e ra rd o
D i e g o d e f in i ó , s a b ia m e n te , la p o e s ía .
4.4. E L J U E G O D E FAROL
L a s u b j e tiv i d a d d e l n a r r ad o r p u e d e m o str a rs e d e m u c h a s m a n e
r a s ; q u e r e m o s l la m a r la a te n c i ó n a q u í s o b r e u n a d e e ll a s , b asa d a e n e l
u s o d e u n r e cu r s o p e c u l ia r . S u c e d e c u a n d o e l n a r r a do r v a d e fa r o l ( s i
s e n o s p e r m it e d e c i r lo a s í ) , c o m o l o s j u g a d o r e s d e p ó q u e r p reten de
h a c e r c r e e r a l le c t o r q u e ju e g a c o n u n a s ca r ta s c u a n d o tie n e o tr as.
D e a c u e r d o c o n la e x p e r ie n c ia m á s f r e c u e n te , u n a s u n t o tr is te o
d r a m á t ic o s e n a i ra d e u n a c ie r ta fo r m a a d e c u a d a a l te m a , m u y d i fe
r e n t e . d e s d e l u e g o , d e l a fo r m a q u e e l ig e e l n arr ad or p ara c on ta r a lg o
d iv e r t id o o lig e r o . D ig a m o s q u e a u n a s u n t o y to n o d e l p rim er tip o ,
c o rr e s p o n d e u n t e x to x y q u e a u n a s u n to m á s d i ste n d id o y u n to n o
e n c o n s o n a n c ia c o rr e s p o n d e u n t e x t o y . S í e l e s c r i t o r r ec u r r e a l e s t i lo
c a r a c t e r í s tic o d e y p a ra a b o rd a r u n a h i sto r ia q u e p o r s u c o n t e n id o e s
p r o p ia d e x ( o a l r e v é s ) , s e p r o d u c e u n a r u p tu ra d e la s ex p e c t a tiv a s
d e l le c t o r , e l te x t o r e s u l ta n t e p r o d u c e u n e f e c t o p a r tic u la r , q u e p o d e
m o s d e n o m in a r z .
L a f a l ta d e a c o m o d a c ió n e n tr e l o n a rr ad o y e l t o n o c o n q u e s e
n a rr a p r o v o c a e x tr a f ie z a y lla m a l a a te n c ió n d e q u ie n le e : a l g o e n e l
* # *
5.1. Na r r a c io n e s
d i c t a (reíalo d e h e c h o s ), la d e s c r ip c ió n (p in t a r a d e p e r s o n a j e s ,
a m b ie n te s o lu g a r e s) y e l d iá l o g o (c o n v e r s a c ió n e n tr e personajes q u e
su ele reprod ucirse textualmente}. L a s tr es fo r m s h a c en progresar Ja
ac ción y tien en , po r tan to, valor narrativo.
B e s cr ito r c o m b i n a n a rr a ció n , descripción y d i á l o g o d e m a nera
d i fe r en t e s e g ú n e x i g e n c i a s d el relato; son ingredientes q u e s e sirven
e n d o s is m á s o m e n os e l e va d a s p a r a d a r c a rá c te r y sabor a u n t e x to , y
w m a y o r o m e n o r p r e se n c ia i nf lu y e d e m a n e ra n o ta b le e n e l ri tm o y
l l o r g a n i z a c i ó n de l escrito.
V e a m o s , a t ít u l o d e e j e m p l o , c ó m o u t il iz a I g na c io A l d e a s n arra
c i ó n , d e s c r ip c i ó n y d i á l o g o e n e s t e f r ag m e n to d e u n o d e s u s c u e n t o s
E l a u t o r q u i e r e h a c e r u n c u a d r o a n im a d o , d a r la s e n s a c ió n d e u n
a m b i e n t e . P a r a e l l o e m p l e a d iá l o go s vi v a c es y r á pid o s; e l n a r r ad o r d a
b r e v e s p i n c e l a d a s d e s c r ip t i v a s y n a r r a t iv a s , s e l i m i ta a m o v e r l a
c ám a r a p a ra p o n e r u n a n o ta d e c o l o r o p a r a su b ra y ar el t o n o o e l se n
t id o d e la s d iv e r s a s intervenciones. El resultado p a r e c e p ró x im o a
u n a s e c u e n c i a cinematográfica:
Pilar y Manuel han pasado el bar del buen café y d bar de la gran
tapa. Entran en R n rrtito . Tienen que reñir un poco, deben reñir un
p o c a Es el amor.
—¿Por qué tienes que estar a las ocho en tu casa. Pilar?
—T e lo he dicho tres veces. Manuel.
Manuel se pone flamenco, porque e s pane del juego.
—N o m e vale, Pilar.
(Ig n a c io A t a c o * O tanos am pU m .
Alfaguara. Madrid. 1995. p igs. 398-400]
Geo grafía d e l tex to literario 79
Describir, com o narrar, e s una actividad lingü ística que todos rea
lizamos a diario; lo habitual e s qu e ambas se den a la vez. dentro de
mensajes de tono n arrativo general.
E n los textos literarios tam bién a p a r e c e n jun ta s, co m o h em os
visto. Pero los pasajes decriptivos c o b r a n a veces tal importancia
que destacan en el conjunto del texto y merecen atención por pane
del lector. L as descripciones son frecuentes en los texto s narrati
v o s y también e n cierto tipo de ensayos y e n lo s libros de viajes:
en este últim o caso, pueden ju stificar p o r s í m is m as la to ta lidad
d e l e s c r ito .
Por lo que h ace a su estructura, hay que distinguir dos grandes
tipo s d e textos descriptivos: lo s caracterizados por el o rden , e l detalle
y el afán á c p in ta r a l v ñ o , d e manera detallista, y los que obedecen a
una técnica m ás impresionista. E l escritor o pta p ar un os u otros en
función d e l carácter general d el tex to q u e tiene entre manos en una
novela realista abundaran los primeros, mientras que en uní novela
costumbrista o en un libro de viajes serán frecuentes los parajes
impresionistas. La eficacia expresiva d e u nas descripciones y otras es
grande, pero tienen un aire notablemente d istinto, que se observa en
su ritmo y e n s u estructura.
GtOgrafia de l WUO huraño 81
En e ste o tro ejem plo. C am ilo José C ela comp one u na descripción
más dinámica, que aspira a crear la sensación d e un am biente a base
d e anotar detalles sign ificativo s, corno quien pinta un cuadro con
trazo grueso. N otem os que e l texto no obed ece a un orden determina
d o p o r la realidad descrita, sin o a un orden sub jetivo, establecid o por
e l propio escritor co n la intención d e q ue dom ine e l e fecto expresivo.
E l resaltado, ahora, e s una escena animada, en la que d lector alcan
za a w r los movimientos perezosos d d atardecer en la p laza de un
pueblo:
viajen» le da una palada, y elpciTO huye, con e l rabo entre las piernís.
Se ve que es un pen o acostumbrado a recibir paladas. Una niña juega
con un galo blanco y negro, y otra niña la ve jugar, con cara de mala
uva y sin quitarle el ojo de encima. Un burro pasa. solo, camino de la
cuadra; empuja la puena con el hocico y se cuela dentro.
* * *
B iH fiem o
t * *
Underwood
Querido Ramiro:
Tunei que perdó nam e Perdí e l a \ió n e l viernes. Ir é la próxima
semana, un falta. Ya le avisari. Te amo Debes creerme
(En r i q u e J a r a m iu o Le v i : Duplicaciones.
Joaquín M oni/, México, 1973, pigs. 100-102)
5.2. T e x t o s p o é t i c o s
sólo e s terrible pa
p a ra quien no deje m emori
emoria
a de s í en este mundo; que
e s u n paso inevitable, pues lo fue incluso para Dios hombre; que. en
sí, la muerte n o es buena n i mala, l o son los hombres; que no es la
m uerte, en fin. lo triste, sino la vida:
A la muerte
La muerte
muerte para aquél se rá terrible
terrible
con cuya
cuy a vida acabe su memoria,
memoria,
no para aquel cuya alabanza y gloria
gloria
con la muerte morir es imposible.
imposible.
Sueño es la muerte,
muerte, y paso irremisible,
irremisible,
que en
e n nuestra universal humana
human a historia
historia
pasó con felicísima vitoria
vitoria
un hombre
hombre qu e fue Dios inco mi libk.
Nunca
Nunc a de suyo
su yo fue mala
mal a y culpa ble
la muerte, a qu ien l a vida n o resi
resist
ste:
e:
al malo, aborrecible; a l bueno, amable.
No la miseria
miseria en el morir
mo rir consiste;
sólo el cáramo es triste y mis
miserable,
y si e s v hir. la vida
vida sol
sola
a es triste.
triste.
Mar rizada,
ñ a s de tres
tres metr
metro
os.
QNf d r ocho i «hez
«hez metros
metros
If O ü D LES INSTANT* COHHE
COHHE UNE HOM-
HOM-OG
OGE%
E%
S ,
E t
I ,
V J
O
N
A
L
> ;> T
WLl /
D
E E
D S
C
R
N A
I I
N
L S
U A
O U
M Í
f
l
T M
A O
O U
L
M I
N
A D
E
L
L
A
E
D M
Í
L
A
N
I N
L C
U O
L
O IL FAIT L A F LU I t I f I K I C A U T C H F J I
M IL rA IT iC I ^ Ü A T M JA I J O N i I
VicaHe H ü i d o h r o , EX m oli
olin o
^ Cómo leer
leer u xim hU tariot
ariot
Olas
Ola s que sobrepasan
sobrepasan los quince
quince metros
metros
Olas de alrededor
alrededor de s eis
ei s met
metro
ros.
s.
Olas d e hasta cuatro metro
metros.s.
Marejada.
^ Cómo leer
leer u xim hU tariot
ariot
Olas
Ola s que sobrepasan
sobrepasan los quince
quince metros
metros
Olas de alrededor
alrededor de s eis
ei s met
metro
ros.
s.
Olas d e hasta cuatro metro
metros.s.
Marejada.
Maren
Mar en calma.
calma.
(P e d r o Pr o v e n g o : Deslinde.
Ave del
de l Paraíso. Madrid. 1995.1995. pág.
pág . 74)
74)
Pero al margen
margen de la estrofa elegida, el poema presenta siempre
un lenguaje muy estructurado. Examinamos ahora algunos modelos
organizativos que aportan mucha informació
informaciónn a l lector,
lector, ya qu e con-
tribuy
tribuyen
en a definir el contenido temátic
temático.
o. A unque no son exclusivos
exclusivos
de la poesía, adquieren may or relevancia en este g enero literari
literario.
o.
5.2.1
5.2.1.. Esqu ema s de reiteraci
reiteración
ón
A ) Pa ralelism o. E s un recurso
recurso expresivo de larga
larga tradic
tradición
ión poé-
poé-
tica,
tica , presente
presente tanto en l as manifestaciones
manifestaciones m ás antiguas de la cultura
cultura
popular com o en los textos vanguardist
vanguardistas
as más audaces. Supone la
repetición d e estructuras sintácticas y semánti
semánticas El conten ido del
po emaa nos
poem no s lleg
lleg a a través
través de frases
frases y sugerenc
sug erencias
ias reiteradas
reiteradas,, compara
ciones o contrastes,
contrastes, enfrentamienk»
enfrentamienk» de reali
realidades
dades,, ele.
O r cg
c g ra
r a fi
fia J t ¡ tf
t f it
it o l a r t m o 95
V at ejemplo,
ejemplo, la rima
rim a de las golondrina
golondrinass de Bécquer
Bécquer (puede releerla
releerla
volv
volvie
iend
ndo o a la págs. 5 5-56) está organizada
organizada en to m o a la repeti
repetición
ción
de dos pares de estrofas: «Volverán...» «Pero aquéllas... no volve
rán».
rán». Además,
Además, l a estructura sintáctica
sintáctica de cada
cad a estrofa
estrofa e s idéntica, con
excepción de la última. Precisamente por diferenciarse de las otras,
deja subrayado el mensaje central del texto: a sí no te querrán. Por lo
demás, a esas alturas el lector ha tomado nota de la contundencia
expresiva
expresiva de los abundantes
abundantes futuros,
futuros, de m odo que l a afirmación del
poet
po etaa adquiere
adqu iere un
u n ton
to n o inapel
ina pelabl
ablee refo
re forz
rzad
ado
o p o r la
l a s reiteraciones.
En soma ( y puede lectorlector profundizar
profundizar en el a nálisi
nálisiss pa
p a ra con
c onst
stat
atar
ar
la perfecta arquitectura
arquitectura del texto), l o s p a r a le is m o s s o n la clave
le l is
estruc
estructur
tural
al del poema, y sirven a la ve z de justificación
justificación temática: d
aserto
aserto final d d poeta, qu e evidencia
evidencia un orgullo despechado, resulta
rla impertinente
impertinente s i n o estuviera arropado por las afirmaciones ante
riores.
riores. que la experiencia
experiencia demuestra irrefutables: nada lv e r á a ser
v o lv
com o ha sido
sido..
Examinemos abora este hermoso poema de L uis Cem ada:
Tequien).
Te lo he dicho con el
e l agua,
agua,
Vida luminosa que vela un fondo
fon do de sombra;
sombra;
C á n o l e t r I ft to t l U fm n o s
a n á f o r a s y a l g u n o s p a r a le l is m o s a c u m u l a n p é r d i d a s v i ta l e s , l o q u e
exp lica la tristeza del poeta:
H a y p o e m a s q u e s e e st ru c tu ra n e n l o m o a l c o n t r a s t e d e c o n c e p -
tos, s u b r a y a d o c a s i siempre p o r m e d io s fo rm ales. E s e l tip o d e o rg a -
nización que e n c o n t r a m o s e n e l R o m a n c e d e l p r is io n e ro ( p á g . 5 2 ) ,
d o n d e s e contraponen d o s realidades y s e marca el contraste con la
c o n j u n c i ó n l in o .
En ocasiones, este tipo de e s t r u c t u r a e s u n a vanante del paralelis
mo; si no s referimos a e lla por separado, e s e n r a z ó n de su frecuencia y
su gran expresividad. E l p oeta, a l presentar do s realidades antagónicas,
l l a m a la a t e n c i ó n sobre e l d r a m a t i sm o de un sentimiento o una sitúa-
CMgnfb d e l H » h u r a ñ o 99
E t viaje definitivo
Peregrino
* * *
(P a b l o N e r u d a
Veinte poemas d e amor y un a canción
desesperada. Bruño, col. Anaquel. Madrid. 1994. págs 96-97].
Cumpleaños
Yo comprendo: he vivido
un año más, y eso es muy duro,
j Mover el corazón lodos los días
casi cien veces por minuto!
106 Cómo leer u x í o i hiéranos
* * t
6.1. E l p l a n o s o n o r o
6 .1 .1 . E l r itm o e n d v e rs o
L o q u e d if e re n c i a su s ta n c ia lm c n t c a l v e r so d e la p r o s a e s e l
ritm o, e s dec ir, la repetición d e fenó m eno s a intervalos regulares. Los
factores que m ás contribuyen a m arcar el ritm o en los versos son la
m edida, la rim a, las pau sas y el acento rítm ico. A unqu e no podem os
ocup am os aquí de realizar un estudio m étrico, no s interesa detener-
no s un m om ento, sobre todo en el fenóm eno de la acentuación.
Los acentos rítm icos de un verso pueden no coincidir con los
acentos prosódicos (los q ue corresponden a cad a p alabra d e acuerdo
Geografía d el texto literario 109
otro mamarracho
al mismo compás.
Toponimia hispánica
Tierra
de Campos, parda
tierra de tristes
campos.
Biografió
Nació.
Salió.
Se capacitó.
Regresó.
Abrió la puerta y la cenó.
Miró.
Salió.
Reflcxtooó.
Volvió.
Encendió
la luz que luego apagó.
Cuidadosamente cogió
112 Cémo Ife r u th » H ura ños
U m a n z an a q u e n o t e c o m ió .
___________________________ y e sc o g ió
S Ü E II Z IT r una tilla donde te sentó.
No miró:
recapacitó.
Marchó. Regresó.
Sopló
y desapareció
(CAR LOS B o u s o ñ o : A ntología p oétic a (1945 ¡973 ).
Plaza y Janes. Barcelona. 1976, pág. 307]
6.1.2. La aliteración
El diablo hocicudo.
oppclambrudo.
comicapncudo,
pcmiculimbrudo
y rabudo.
zonta.
pedí trompetea
por un embudo.
U
Vuojo. pirojo.
ifc^ln trampantojo
El diablo liebre,
M r .
y » comitiva
chiva.
estiva.
sipüipitnva.
cala.
««spala.
^«Aab
con n lavativa.
6.2. ELPLANODELSIGNIFICADO
6.2.1. Selección del léxico
_ 1.
i
|...J aquella nocturna y fantástica visión que se dibujaba confusa
mente en la penumbra de la capilla, com o esas vírgenes pintadas en
los vidrios de colores que habréis v isto alguna ve z destacarse a lo
lejos, blancas y luminosas, sobre el oscuro fon do d e las catedrales. Su
rostro ovalado, e s donde se veía impreso el sello de u na leve y espiri
tual d emacración; so s armoniosas facciones, llenas d e u na suave y
melancólica dulzura; su intensa palidez, la s purísimas líneas de su
contorno esbelto, su ademán reposado y noble, su traje Manco y flo-
tante. me traían a b memoria esas mujeres que yo soñaba cuando ca n
era un niño. ¡Castas y celestes imágenes, quim érico objeto del vago
amor de la adolescencia!
[G u s t a v o A d o l f o Bé c q u e x : Leyendas.
Bruño, co l. Anaquel. M adrid, 1991, pág. 86 ]
3.
Ya tenía quince años y medio Inés. La cabellera dorada y lumino
sa a l so l era un tesoro. Blanca y levemente amapolada, su cara e n
una creación murillcsca si se veía de frente. A veces, contemplando
su perfil, pensaba en una soberbia medalla si raeusana, en un rostro de
princesa. El traje, coito antes, había descendido. El seno, firme y
esponjado, ere un ensueñ o oculto y supremo; la v oz . clara y vibrante,
las pupilas azu les inefab les, la boca llena d e fragancia, de vida y de
color púrpura. ¡Sana y virginal primavera!
6 .2 .2 . L a m e t á f o r a
r
t e s c o m o p o c as
6 .2 .4 . A n t í te s i s y p a r a d o j a s
C o m o ya hemos d i c h o , la a n t íte s is c o n s is t e e n c o l o c a r p r ó x i m o s ,
d e m o d o que contrasten, té r m in o s o f r a se s d e s e n t id o o p u e s to . L a
i d e a que s e expresa queda r e s a lla d a p o r e l a r t if ic i o l ó g i c o :
* * *
I
Conviene advertir que, si en la expresión oral contamo s con los
gestos y el tono para subrayar el efecto irónico de lo qu e decimos, la
¡lengua escrita puede dar lugar a equ ívocos o dudas interpretativas o
¡hacer que e l lecto r no entienda e l mensaje real. Porque hablamos de
p i recurs o com ple jo, q u e exige q ue autor y lector com partan una
■crie de experiencias y supuestos previos para que quien lee pueda
Sobrepasard nivel superficial de l texto y acceder al plano profundo.
f i n a e está el verdadero significado.
G togiufla 4 tl u n o hiriano 127
C on todo . la duda pu ede permanecer. La siguiente rima de Béc-
que r tiene un a interpretación equívoca; el problema ra dica en los dos
últimos versos, qu e hay quien entiende en sentido litera) y qu ien con
sidera cargados d e ironía sarcástica. Todo depende, en buena medida,
de la experiencia y las concepciones previas que te nga e l lector sobre
el asunto tratado po r el poeta:
Í
el tono irónico. Conocer el pensamiento del autor, sus costumbres y
. obsesiones, aclara alguna s veces u n pasaje ambiguo. En la mayo r parte
de los casos, no obstante, el contexto, el entorno lingüístico de la iro
nía, basta pa ra que poda mos reconocerla, c om o su ced e cu an do Cela
| escribe en s u Viaje a la Alcarria (ed. cit., pág. 116): «Pareja es u n pue-
, bk) donde la gente tiene ideas. Un rico, dos o tres año s atrás, plantó
ju días e n lugar d e cebada. Echó u n bando diciendo que a todo e l que
128 Cóma leer u a o t htm tnot
[Pfo B a r o j a D á r b o l é e la c ie n c ia ,
Caro Raggio-Cátedra. col. Letras Hispánicas.
Madrid. 1986. págs. 211-2121
0 * 0
A)
Carlos Ya na era un muchacho alio, delgado, de cara larga y
estrecha, fraile espaciosa, nariz neta y labios /Ino r. No llevaba barba
ni bigote, estaba siempre pálido, reía poco, casi nunca, tenía una
mirada fría y clara, una sonrisa irónica y un gran aplomo.
Era Carlos un tipo d e moro vascongado, huesudo y fu erte, de
esos que tienen algo de la esbeltez desgarbada de un caballo de carre-
ras y de la arrogancia en el andar d e un gallo
B)
Frisaba la edad de este excelente joven en los treinta y cuatro
años. Era d e complexión fuerte y un tamo hercúlea, con rara perfec-
ción formado, y tan arrogarte , que si llevara uniforme militar ofrece-
ría el más guerrero aspecto y talle que pueda imaginarse. Rubios el
cabello y la barba, no tenía en su rostro la flem ática 'imperturbabilidad
de los sajones, sino, por el contrario, una viveza tal que s us ojos pare
cían negros sin serlo. So p e rs o n bien podía pasar pee m hermoso y
acabado símbolo (...) El profundo sentido moral de aquel insigne
joven le ha cía muy sobrio de palabras...
(G e o r g e s Sím e n o s : a p en o amelo.
TusqucU. Barcelona. 1994. p ig s. 7-9]
A ) H ipérba ton
B ) A síndeton y polisíndeton
Lo fa ta l
desafié, desmentí,
vencí, acuchillé, maté.
Q Encabalgamiento