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Los Incas o La Destruccion Del Imperio de Peru. (T 1) PDF
Los Incas o La Destruccion Del Imperio de Peru. (T 1) PDF
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LA DESTRUCCION
D E L IM P E R IO D E L P E R U
P · O # F # DE c »
U LTIM A ED IC IO N *
TO M O I.
BARCELONA,
IMPRENTA. DE JU A N O L IV E R E S,
CALLE DE E S C U D I L L E I S , N . 25.
1 8 3 .7 .
A L B E Y D E S I E C IA .
S eror ,
SEÑOR,
DE UESTRA M A G ESTA Pj
E l m aí h u m ild e j ma»
obediente servidor.
MARMOJíTEL.
PJBCMLQGO
yi ) Tsicolas Ovando.
T omo 1
o
%Xïl PR Ó LO G O '
d o s , q u e v i v i r c o n c r i s t i a n o s q u e Ies e n s e ñ a b a n
s u r e l i g i ó n ; c o m o si e s t u v i e s e n o b l i g a d o s , oh*
serv a Las C a sa s , d e a d iv in a r q u e ex istia u n a
nueva ley.
La reina cayó en el lazo ; ig n o rab a
q u e c u a n d o los isle ñ o s b u l a n d e los espa
ñoles, e ra p o rq u e m ira b an a e sto s, com o á
s u s m as c ru e le s tir a n o s ; n o sabia tam p o co q u e
p a r a s e rv ir c ir a i e n c u e n tr o d e estos am o s
b á r b a r o s , tenían q u e a b a n d o n a r sus ch o zas ,
su s m u g e r e s , su s hijos y sus b ie n e s, y p re
s e n ta rs e a i p a n t o q u e se les i n d i c a b a , a t r a
vesando desiertos in m e n s o s , esp aesto s á p e
r e c e r d e h a m b r e y d e fatig a* I s a b e l m a n d ó
q u e se Ies o b l i g a s e á v i v i r e n s o c i e d a d y c o m -
p a ñ ia d e los e s p a ñ o l e s , y q u e c a d a u n o d e
sus caciques e s ta r ia o b lig a d o á co n trib u ir
c o n u n c ie rto n ú m e r o d e h o m b r e s p a r a los
tra b a jo s á q u e se les d estin a se .
E s to b astó á los tira n o s s u b a lte r n o s p a ra
asegurar su im p u n id ad , para sorprender
ó rd e n e s v a g a s , q u e s ir v e n e n caso d e n e c e
s i d a d d e s a l v a g u a r d i a al c r i m e n , e s t o e s , c o
m o si lo h u b i e s e n a u t o r i z a d o * E l g o b e r n a d o r ,
despues de h a b e rs e d e s h e c h o , p o r la m as
i n f a m e p e r f i d i a d e l s o l o p u e b l o d e la i s l a q n e
h u b ie ra podido d e fe n d e rse (1 ), los dem as
( i) E l pueblo de X aragua.
PRO LO G O . i·iin
fu éro n o p rim id o s (1); y pereció un m im e ro
t a n c o n s : c l e r a b l e e n la s m i n a s d e C i b a o , q u e
s u pals n a ta l se t r a n s f o r m o en d esierto .
E s t o f u e , p o r d e c i r l o a s í el m o d e l o d e c o n
d u c t a d e to d o s ios españoles e n el N u e v o
M u n d o ; d e f o r m a q u e el e j e m p l o se liizo u n a
co stu m b re, y d e la c o s t u m b r e u n d e r e c h o
p a r a e s te r m in a r to d o viviente.
Y c o m o e n e s t o s p a í s e s , así q r . e e n ^ c u a l -
q n iera o t r o s , e l f u e r t e d o m i n a a¡ d é b i l , y
p a r a o b t e n e r el o r o s e lia d e r r a m a d o s a n g r e ,
r e s u l t a q u e la p e r e z a y la c o n c u p i s c e n c i a
h a n e s c l a v i z a d o los p u e b l o s q u e e r a n i n c l i n a
d o s n a t u r a l m e n t e al r e p o s o , p a r a f o r z a r l o s á
los tra b a jo s m as d u r o s : estas son v e r d a d e s ,
p e r o v e rd a d e s m u y a m a rg a s. E n e fe c to , todo
«1 m u n d o s a b e q u e e) a m o r d e la s r i q u e z a s
y la o c i o s i d a d s o n e l o r i g e n d é l o s f a c i n e r o s o s ,
y deqae á g r a n d e s d is ta n c ia s , las ley es están
s i n a p o y o , l a a u t o r i d a d s i u f u e r z a , Ia d is c i-
(0 C hasca, cabelluda*
LOS IKCAS. 3
R epentinam ente un torrente de luz se une al o ri-
zonte ; el astro que la com unica se levanta mages-
tuoso, y la cima ti el C ayam buro ( i ) es coronada de sus
ravos.
v
E n este crítico m om ento es cuantioso abre el
tem p lo , y la im agen del S o l, en lám ina de o ro ,
colocada en ío in terio r del santuario, aparece resplan
deciente d Ta vista del Dios que la toca con su inm or
tal claridad. Entonces todos se postran , todos le ado
r a n , y el pontífice (2 ), en m edio de los Incas y del
coro de las vírgenes sagradas, entona el him no solem
n e , el him no augusto, que en un m ism o instante es
repetido por m illones de voces , v que de m ontaña
en m ontaña se com unica, y retum ba desde Pam pam ar-
ca hasta el P o tis i, y aun mas lejos.
ti pontífice , solo»
COBO D E tk $ VÍRGENES.
( i ) N o s q u ed a u n h im n o p e r u a n o d ir ig id o á u n a
v ir g e n c e le s tia l q u e , e n la m ito lo g ia d e l p a í s , h a
cia e l o fic io de la s H y a d e s- V a á verse en este him no
c u a l e r a e l e s tilo y e l c a r á c te r de la p o e sia de los
P e r u a n o s : B ella h i j a , tu p ica ro h erm an o acaba de
ro m p e r tu p eq u eñ a u rn a d o n d e estab an en cerrad o s el
re lá m p a g o , el tru e n o y e l ra y o , y de donde estos tres
vienen d e escaparse; p ero t ú , no d erram as jam as sobre
nosotros m as q ue b lan d a níeve’y ’dulce lluvia, pues tal es
e l cu id ad o q u e te h a confiado el q ue g o b ie rn a e l u n i
verso*
LOS INCAS. 5
la n a tu ra le z a , c u a n d o ta 3a a lu m b ra ste * por la p rim e
ra vez! L ila se a c u e rd a , y jam as t e v e r á sin esperi -
m e n ta r aquel noble m o vim iento, a q u e lla ag itació n re
p e n tin a y loable, que tien e una h i j a a m o ro sa a l reto r
n o de u n padre a d o ra d o , v en c u v a au sen cia ella ha
gozado de m u y poca s a lu d , te n ie n d o u n to rm e n to
le n to .
E L P O N T Í F IC E 3 S o l o *
¡ A lm a d et universo ! ¡O S o l ! ¿ e r e s tu s o lo , el a u
to r de todos los Lienes que nos h aces ? ¿ó n o eres m as
que el efecto de u na causa p rim e ra , de u na in te li
g e n c ia , de u n a sustancia p u ra m e n te esp iritu al que te
m an d a á tí ? Si tu no obedeces á n a d i e , re c íb e lo s vo
tos de nu estro rec o n o c im ie n to ; p e ro si eres el m i
n istro ejecutor de la le y de u n e n te in v isib le y supre-
fí L O S JISCA S.
m o ( t ) , preséntale estos n u estro s v o to s, pues que él
d eb e aleg rarse d e ser a d o ra d o e n su m as b rilla n te im á-
gea.
EL PUEBLO-
¡A lm a d e l u n iv erso ! P a d re d e M an co , p a d re de
nuestros reyes. ¡ O S o l ! p ro te g e tu p u eb lo , y lias pros
p e ra r tus hijos.
( j ) E s t e D io s desconocido se lla m a b a P a c b a -c a -
m a o , esto e s , el q ue a n im a e l m undo* L o s In c a s
h a b ía n co n serva d o su te m p lo y c u lto , e n e l v a lle de su
nom bre á \tr e s le g u a s de L i m a , d o n d e e r a a d o ra d o
a n tig u a me n le ; p e r o lo s in d io s m o d e rn o s no le q ue
r ía n a d o r a r , p o r q u e d e c ía n q ue n o p o d ían d a r ado
ració n á u n D ios que n o h a b ía n n u n c a v isto.
LOS INCAS. 7
CAPÍTULO II.
F ie s t a l l a m a d a d e l tía c im ieítto , c e l e r a d a e n b l m is
LAS L E Y E S .
(1 ) Se lla m a b a n q u ip o s, y lo s q ue los g u a r d a
ban qui paca m es.
LOS IKCÁS. 9
le recom ienda u n a m o r generoso, u n sa n to respeto á
la verdad» que es la guia de la ju stic ia , y d e ten er
constantem ente u n desprecio h o rrib le á la m e n t i r a ,
cóm plice de la iniquidad* E lla leecso rta a c o n q u is ta r
lo s corazones, á d o m in a r á fuerza de b u en as o b ra s ,
á a h o rra r la sangre de los h o m b res , á u s a r de p r u
dencia , de a te n c ió n , de consideración y d e paciencia
co n lo s súbditos re b e ld e s, y d e clem en cia con los
vencidos.
L a m ism a le y concierne á la fam ilia r e a l: ella les
o b lig a á dar* el ejem plo de obediencia y d e z e lo ; á h a
c e r uso co n m odestia d e los privilegios d e su c alid ad ;
á n o ser orgullosos n i holgazanes, p o rq u e e l h o m b re
ocioso es in ú til en el m u n d o , y e l o rg u llo so le hace
padecer-
L a tercera im pone á los pueblos el m as p ro fu n d o ¿
inv io lab le respeto p o r la fam ilia del S o l; u n a obedien*
cia ciega y sin lim ite s hacia aquel de sus hijos que
re in a y m an d a en su n o m b re ; y u n a fe c to religioso
p o r el b ien com ún de su im perio.
D espues de esta ley venia la que co n so lid a lo s lazos
d e sangre y de m a trim o n io , y q u e , b a jo d e penas
g ra v ísim a s, a s e g ú ra la fe co n y u g al ( i ; y la a u to rid a d
p a te r n a l; dos cosas que son precisam ente lo s apoyos
d e las buenas costum bres.
L a le y sobre el rep artim ien to de la s tie rra s p rescri
b ía al m ism o tiem p o el tr i b u to , á saber d e tres par
tes iguales de terre n o cultivado , la u na pertenecía
a l S o l, la o tra ol In ca y la tercera a l p u e b lo . Ca
d a fam ilia ten ia u na p o rc ió n ; a m ed id a q u e aquella
se au m en tab a, se le estendían los lím ites- E s so lo á es
to s bienes que se red u cían las riquezas de un p u eb lo ven
(1) A cada n iñ o se le d a b a u n a p o r c ió n de te r
ren o ig u a l a l de su p a d r e , y á c a d a n in a la m ita d .
(2) L a la n a de lo s re b a ñ o s d e l S o l y de lo s d e l
In c a se d is tr ib u ía a l p u e b lo , y lo m ism o se h a c ia
d e l a lg o d ó n en lo s p a íse s donde la te m p e r a tu r a p e r -
m id a i r vestid o s m a s lig e r a m e n te .
( 3) Cuando e l p u eb lo se o cu p a b a de esto s tr a b a
j o s , se m a n te n ia á su costa»
LOS INCAS. ii
sobre la s arm as, se le cultivaba su tie r r a ; sus hijos g o
zaban los derechos en fav o r tic los h u érfan o s, sus m u
je re s los de las v iu d as; y $Í él m oria en la g u e rra , el
estado m isino tom aba p o r ellos los cuidados de un pa-
v de u n esposo.
E l pueblo c u ltiv ab a , p rim e ra m e n t* , el terren o que
pertenecía al S o l; despues el de las viudas, el del huér
fano v *1 d e l enferm o; seguidam ente cada uno se ocu-
paba d el suyo p ro p io , y las tierras del Inca te rm in a
b a n los tr a b a jo s , á los cuales los pueblos iban en m a
s a , y esta co n cu rren cia era pora el m o n arca u n dia
d e fiesta. A d o rn ad o com o los dias solem nes , él no ce
saba de c a n ta r ( i) .
La tarea de los trab ajo s públicos estaba d istrib u id a
co n ta n ta eq u id ad q ue á n ad ie era pesada. N inguno
estaba dispensado , y todos cooperaban con un m ism o
relo. Los tem plos y los castillos, los puentes de m im
b res que atraviesan los rto s , las vi as públicas q ue se
« tie n d e n desde el c en tro del im perio hasta los fro n te
ra s , to d o era m o n u m e n to s, n o de la esclav itu d , si
n o de la obediencia y d e l a m o r m as lib re y p in o . Los
in d io s a n ad ian o tro tr ib u to , q ue era el cíe las arm as,
de las cuales fo rm ab an espantosos m ontones para el
servicio de la guerra , á s a b e r , d e bachos , porras,
lan zas , flechas , arcos y b ro q u e le s : ah ! vana defensa
c o n tra esos rayos europeos q ue vieron bien p ro n to b ri
lla r .
T o d o cuanto co n cern ía n las costum bres estaba
pvescripto p o r las leyes , las cuales castigaban la pere
za y la ociosidad {2) d e ln m ism a m anera que lo h a - 1
'i ) C u c u i r i c o c , lo s q u e to d o lo ve.n»
LOS INCAS-
CAPÍTULO III.
A o o R A C IO * A L SOL E K $ 0 M BO IO OIA. — P R E S E N T A C IO N 0 6
P C ES DB L A F I E S T A »
(i) E l (jue p ro d u c e e l a lg o d ó n .
jC, LO S INCAS'
a llí c a n d o r, pues q u e , á lo s ojos d e l a inocencia, nadá
puede esta tem er»
C u an d o estos coros d a n z a n a l red e d o r d e los colum
n a s , ellos se e n tre la z a n con sus g u irn a ld a s , y esta ca
d e n a m isteriosa sig n ific a las d u lzu ras d e q ue goza una
sociedad d o n d e la s ley es fo rm a n sus eslabones.
M as c u a n d o las c o lu m n as s e ilu m in a n , entonces
nuevos c án tico s d e a d o ra c ió n y d e jú b ilo resuenan eti
el te m p lo , y el I n c a , a rro d illa d o a l pie d e a q u e lla
d o n d e está relu cie n d o el tro n o d e oro de su p a d r e , d i
c e : F u e n te in ag o tab le de to d o s lo s b ie n e s , ¡ ó S o l! ¡ó
p a d re m ió ! es Im p o sib le q ue tu s h ijo s te p u e d m ofre*
cer a lg u n a cosa q ue n o venga d e t í . L a o fre n d a m is
m a d e tu s beneficios es ta n in ú til á tu p rovecho com o
á tu gloria» P a ra c o n se rv a r e te rn a m en te tu saludable
lu z , n o tien es n e ce sid a d n i de los vapores d e n u estro s
ofertorios , n i d e los perfum es d e nuestros sacrificios*
L as cosechas a b u n d a n te s q u e tu c a lo r p ro d u c e , los
frutos q u e tu s royos sazonan ; lo s reb añ o s y m anados
á q u ien es tu regalas con el ju g o de y e rb a s y d e flo
res , to d o , to d o es u n teso ro para n o so tro s. D is tri
b u irlo s es p ro p ia m e n te im ita rte } pero el a n cian o e n
ferm o , la v iu d a y el h u é rfa n o , son ú n ic a m e n te lo s que
los recib en en tu n o m b re ; es e n e l seno d e estos in
d iv id u o s desgraciados d o n d e , c o m o sobre u n a lta r
debem os d e p o sita r nuestros hom enages* M ira el t r i
b u to q u e voy á o fre c e rte co m o una c o rta s e ñ a l, pero
u n a p ru eb a solem ne d e m i re c o n o c im ie n to y a m o r ;
p o iq u e , e n cunnto á m í to c a , esto es un e m p e ñ o ; por
p a rte de los desgraciados es u n a o b lig a c ió n , y la ga
ra n tia in v io lab le d e lo s derechos q u e e llo s tie n e n á
m is bondades*
A cabada esta o ra c ió n , el p u eb lo rin d e gracias al Sol,
p id ié n d o le q u e le d e sie m p re buenos rev es; y el m o
n a rc a , p reced id o d e l p o n tífice, de io s sacerdotes y de
LOS INCAS. 1 7
*
T omo í . o
20 LOS INCAS*
|W V V W \ W U W V \ ^
C A P ÍT U L O IV.
C A P ÍT U L O Y .
C A P ÍT U L O V I.
C A P ÍT U L O vn.
P r o sig u e la n a bd a c io n àktem o r .
f i ) B a rto lo m é Je L a s C a s a s , después de h a b e r
hecho á C a rla s V . la p i n tu r a m as n e q r a J e la s c r u e l
dades co m etid a s en e l A u e v o M u n d o : « l·'ed a q u í, d i-
« ce é l , c u a l es la c a u sa ú n ic a de que lo s in d io s se
« b u r la n d el D io s que a d o ra m o s , y p e r sis te n o b s ti
ti fiadam ente en su in c r e d u lid a d : e llo s creen q ue el
« D io s de los C r is tia n o s , es e l m a s m a lig n o de todos
« los d io se s, p o rq u e los c r is tia n o s que le sirv e n y'
« a d o ra n , so n lo s m a s in icuos de todos lo s h o m b re s. »
( Descubrimiento d e las Indias occidentales • p.
180 )
LOS INCAS. 4 3
T omo L 7
41 L O S IJsC A S .
CAPITULO VIII.
CAPÍTULO IX.
CAPÍTULO X.
SíGÜE LA RELACION*
( i ) Lo4 Oíomies.
LOS INCAS. C>i
r u aoves
6* LOS INCAS.
Lia en cent! ¡a lio, so c o m u n ic a d fuego ya á este. Los si
tiados se hallaban envueltos en un torbellino de humo;✓
las llamas penetran pcn* medio de el, consumen los m a
deros de cedro, y$e estienden por todas partes, asolando
y abrasando cuanto encuentran.
Solo el peligro de mi hermana era lo que ocupaba el
animo de mi ami^o : d la Lusca en medio de las lia-
mas, y en aquel palacio solitario, cuyo racinto defen
dían por todos los lados sus soldados, do gritos dolo
rosos, llamando á su querida Amatite. Hállala, en fin,
despavorida, coi riendo sin cabellera y b u f á n d o l e pa
ro abrazarle antes de perecer en el fuego. ¡Oh mitad
adovada de mi alma! la dice, asiéndola de la mano y
estrechándolo entre sus brazos: no hnv *
otro remedio
que m orir ó ser esclavos* Yo te doy á escoger: solo
nos queda un instante.——Muramos, le respondió mi
hermana, v sin tardanza saca el de su carcaj una fle
cha para atra ve V' rse el seno* Detente, le dijo ella, de
tente, y empieza por mí, poique yo desconfio de mi
inano, y quieto morir por la tu v a ----
Acabando estas palabras se deja caer en sus brazos, v al
acercársela boca á la de su a triante para dejar en ella su
último aliento, ella le descubre su seno. ¡Ay! ¡que m or
tal no b ilm a desmayado en aquel momento1 Mi ami
go trémulo la mira, y encuentra en olla unos ojos cu
y a languidez hubiera desarma Jo al dios del mal. É l
vjelve los suyos , y levanta su brazo sobre ella ; mas
este temblando cae sin herilia. P o r tres veces le insta
su amante, pero todas se n¡&ga su mono á atravesar un
corazón que le adora. Este combato le da el tiempo de
variar de determinación* No. no, dicela, yo no puedo
acabar. — Mas ¿no ves, le replica ella, 1« s llamas que
nos rodean? ¿no ves lo esclavitud y la vergüenza delan
te de nosotros, si carecemos de ánimo pira m oni? —
También veo, prosiguió él, la libertad, la gloria si po-
LOS INCAS. (53
demos escaparnos. Al punto, l la m a n d o á sus soldados-
Amigos , les dice , s e g u id m e ; voy á «abriros un paso.
Hace guardar á m i herm ano, m a n d a que le abren las
puretas del alcázar, y se m ete en m edio d e l tropel de
sus enemigos asombrados.
El que m e refirió aquel com bate se horrorizaba el
mismo. Cual una e n o rm e roca que se desprende y rueda
d e l o a í t ) d e los montes , se estrella cor.tro las o la s , y
se abre en el m a r u n «abismoen m edio de su rabia f o -
rihundn ; así se precipita sobre las filas enemigas el for
midable Telaseo, saliendo del alcazar de m i padre. La
m uchedum bre de los contrarios carga sobre él , él los
rechazo todavía con una pesada p o r ra : rompe á dere
cha v á izquierda las espadas y lanzas, y , semejante
d u n furioso torbellino , d e r r i b a todo c u í n t o encuentra.
M¡ amigo, c ubierto de heridas y m a n c h a d o cor» la san
gre que corria p or a r r o y o s , se defiende en medio de
los c a d a v tre s , y pelea hasta que le faltan las últimas
fuerzas. Al fin cáensele d e la m ano la porra v d e s h í l
elo, y fatigado cae. £1 respiraba todavía; cogiéronle
vivo, y m i h e rm an a siguió la suerte de mi amigo. Yo
rio be podido averiguar s i , m u e ito el u n o , la otra ha
tenido la fuerza y la desgracia de sobrevivirle. ¡ O
cielos! Acaso en este m o m e n to gime bajo la esclavitud
de un orno inflexible. Quizá mi h e r m a n a . ... ¡Ay! lejos
de mi ta n espantoso pensam iento: ella m e reanima el
fuego devorador de la rabia y atorm enta m i corazón.
Observando el Inca que Orozimbo comprimia sus
sollozos y l á g r i m a s , le rogaba que interrumpiese esta
relación aflictiva. ISo , dijo el cacique, acabemos: ya
que be podido sobrevivir á m i desventura, es m e
nester que tengo la fuerza de sobrellevar su imagen*
Forzados todos nuestros puestos, quedaba la ciudad
entregada
O á la furia del vencedor, t i rev V no tenia ✓va
otro asilo que su p a lu d o , bajo jas ruinas del cual su
í>4 LOS INCAS.
nobleza le ofrecía sepultarse. Con la esperanza tic
vencer, se retiñió á los indios que el espanto y la con*
fusión de la fug.e había dispersado por los montos.
El pensó venir a su t u r n o á sitiar y c o n fu n d ir su ene
migo. Iba atravesando la laguna en tanto que, con el
objeto de fav o re c e r su fuga, nuestras canoas oc u p a
ban á la flota d e C o rtés en un combate desesperado.
Pero , ¡ay! toda la sangre prodigada por él n o fue bas
tante para salvarle: el desventurado m onarca fue preso.
Aquí otra vez desfallece m i e s p ír it u __ E n to n ce s no
delirio estúpido se apodera del alm a de Orozinvbo:
enmudece su l e n g u a , y sus ojos inmóviles señalaban
el h o r r o r y el espanto- P o r ú l t i m o , esclnma ¡O G n a ti-
mozin, ó el m as m a g n á n i m o y grande de los reves! un
brasero , una c am a de ascuas ardientes te estaba p re
parada : tal fue la pom pa del lecho en que inhumana-»
m ente te c o lo c a r o n .... ¡Oh b arbarie atroz! gritó el I n
ca estremecido de h o r ro r . A guarda, dice el cacique,
aguarda: todavía los conocerás m e j o r . . . . Mientras que
el fuego consumia hasta la m é d u b desús huesos. C o r
tés , con una serenidad de hielo, observaba los progre
sos del dolor , v dccia al rey : si estás cansado de su*
i r ir , declara en donde has ocultado tus tesoros.
Ya porque no tuviese nada o c u l t o , ó porque creye-
se vergonzoso el cedei á la violencia, el héroe mejicano
h o n r ó á su patria por sn constancia en los tormentos.
El fijó la vista con indignación sobre el t i r a n o , y le
dijo, hom bre feroz y sanguinario, ¿ conoces tú para
mi un to r m e n to igual al de verte? No se le escapó en
fin, ni que ja , ni súplica, ni palabra que implorase la
piedad por medios humillantes.
Estaba igualmente que él sobre las ascuas un fiel
amigo de este príncipe : p *ro> mas débil, no podio so
brellevar el d o l o r , v hallándose para espirar, volvía
*ti$ ojos H ojosos b á c h el m o n a r c a : ¿ Y y o 9 gritóle
LOS INCAS. 65
f í m t i m o z i n , esto y acaso sobre e lg u n lecho de i'osas?
Tales palabras fueron bastantes para c o m p r i m i r los so
llozos del am igo ( i).
Esta relación te estremece, Inca ; pero t o d o lo que
has o ¡do no es nada todavía. T ú no has podido con
siderar á esos barbaros sino en el a rd o r d e la c arn ic e
ría. Mas paro juzgarlos, es menester que los veas en
el regazo de la p a z , en medio de los pueblos que»han
desarmado , cuando los unos cam inan á su encuentro
con una a l e s n a p u r a , y los otros con la t im id e z v el
ruego. Uno les presenta su propia v o lu n ta d ? cuanto
tiene de mas precioso, otro se esmera en servirles
franqueándoles su choza: aquí se ven los que sobre
llevan en su obsequio l u s t r a bajos mas duros y mas pe-
tu>so$; allí se agobian sin que puse del peso de la
carga con que les a b r u m a n ; m uchos su c u m b e n á los
golpes con que les lúcren, y algunos se dejan poner
con un r e n o ardiente la marca de esclavitud. Aquí
es donde se echa de ver la crueldad d é l o s castellanos.
Todo lo que tu puedes im a g in a rte acerca de los csce-
sos de la t i r a n í a , no es aun nada respecto de los males
que esos monstruos hacen sufrir á los hom bres mas d ó
ciles e inocentes.
Atemorizados estos al contem plar el suplicio de su
rev , el saqueo de su ciudad y sus campos . no se ocu
paban sino en solicitar la piedad de los vencedores ; á
la fiereza de los tigres, oponían la mnnscdumbve de
tos corderos. P e r o ni sus caricias, ni sus l á g r i m a s , ni
el abandono voluntario de los pocos bienes que j>osei-
T o m o I.
63 LOS I2SCAS.
C A P ÍT U L O X I.
SO DE M O L I N A , L L E V A N D O EN SU COMPAÑIA Á BARTO*
(i) F e rn a n d o y C arlos V.
I O S irsCA S. 09
licencia; y entonces l a a m b ic ió n sacudió el yugo que
$s taquería p ' n e r y bajo unos rey vs q u e c o n d e n a b a n la
opresión v la esclavitud) el indio fue s i e m p r e e s c l u s a
y vi e sp in o \ o p r e s o r . B a r to l o m é , s ie m p r e bueo minis»
tro de la eterna s a b id u r ía , llo ra b a á los m á r g e n e s
d d Ozama . i ) la im p o te n c ia de sus esfuerzos.
?\o o b s ta n te, el Itsm o estaba en p o d e r del m as in
hu m an o de tudos los tiranos. Este b á t baro se llam aba
Davüa- Vox sus crueldad es logró s u b y u g a r los pueblos de
las montañas que unen las dos Amé) ¡cas. Atravesan
d o las s ie n a s y los bosques, y s u p e ra n d o Unios los
precipicios, sus soldados y sus perros devoradores fue
ron echados contra los indios s a l v a o s , indios pacífi
cos, indios d esarm ados, v que p i r a (Lstuiírlos n o
tuvieron mas trabajo que el d e peí seguí ríos v dego
llarlos. íle aquí corno se a b rió el pnsage v c o m u n i
cación del Oceano d'd norte con el m a r pacífico.
Desde allí nuevas tierras se d e s c u b r e n , v la ,>mb¡-
ciou de conquistar encontró un grande objeto- Balboa
(2 \ dis*no precursor del sanguinario D a v ü a , había y a
querida penetrar en las regiones m e r i d i o n a l e s , y las
playas donde él desembarcó fueron i n u n d a d a s de s a n
gre indiana. Dcspins d" Daviln , nuevos facinerosos
han penetrado mas en lo i n te r i o r de aquellos paUes;
( i ) S a n to D o m in g o .
7a LOS INCAS.
el de haber perdido á su patria y arruinado l a de estos
infelices.
Y liicn, ¿no os este el m e j o r m o m e n to d e in stru ir
l o s , de sacarlos del e rror en que viven^Yo n o conoz
co a Pizarro sino p or su fam a; pero m e aseguran que
es magnánimo* \ O h mi buen am igo ! el es d i g n o de
escuchar de vuestra boca mismo la voz de la h u m a n i
dad. ¿ P o r q u e no pedís la licencia de a c o m p a ñ a r le
en su conquisto? V e n i d ; vuestros consejos y el zelo
que mostráis siempre en favor del desdichado os
liaron ton respetable a m is ojos c om o á los d e mis
componeros de armas.
Bartolomé enmudece á las pnhibrns de A l o n s o : p n o
en el fondo de su cor .zon , eomiensa á sentir m u y vi
vamente aquella actividad benefico que p i o d u c e l a es
peranza de ser útil á los hom bres Así pensaba Los
C a s a s e n el p rim er m o m e n t o ; p e r o la r e f le x ió n , la
triste previsión del d a ñ o que a m e n a z a , le desalienta,
y dice al joven Alonso : Vos conocéis mi c o ra z ó n : j a .
m a s veré con paciencia hacer m a l á loe i n d io s ; y o
h a b h r é siempre en favor suyo, si ti m edio y sin consi
deración h u m a n a , de forma que vos m ism o os .bariaís
p or mi amistad , el objeto de la rabia de esos á quie
nes mí consejo pudiese h a b e r o fe n d id o , y entonces os
quejaríais, quizá, de mi zelo. — Venid, le d i c e A l o n
s o , y no pensemos en o tra cosa que en el bien que
puede hacer vuestra presencia. ¡ Quien sabe d e c u a n
tos males libertoreis al m u n d o , y cuan terribles se
rian vuestros re m o rd im ie n to s si n o lo Hicieseis ; sa
biendo que vuestra sola presencia hubiera bastado pa
ra salvar la vida á millones de h o m b r e s ! N o es m e
nester que digáis m a s , in te rru m p ió Las C a sa s; vo tío
os daré tnolívo p«ra que creáis que lie podido r e n u n
c ia r , por debilidad , á !i esperanzo de ser útil á es*¡s
des ver,tu r «dos. Estov pronto á seguiros. ¡Q uiera el
cielo que Pízarro se digne escucharme*
LOS INCAS. 71
Al instante ambos se e m b a rc a n , y pronto la nave
los lleva <i lus riberas del Istmo* Saltan á tierra á la
embocadura del rio d e los L agattos ( i ) , y sóbenle
en canoas formadas d e las cortezas del c e d r o , cada una
con veinte indios ram ero sa l m a n d o de un español s a ñ u
do. Mas estos, a u n q u e con buena intención y confia
dos en su juventud fogosa , se esfuerzan en vano en ir
contra la corriente; porque su r a p i d tz es tanta que no
pueden adelantar s in o con m uellísim o trabajo , y con
una len titu d estreñía. Su com a n d a n te Ies imputa a d e
lito la violencia de las a g u a s , y en su b arbarie bace
que á fuerza do palos su sangro se tríesele al sudor de
la fatiga. Sufocados los infelices, v casi al m o m e n to
de e s p ir a r , sufren los males sin quejarse; solo algunas
lágrimas mudas caen sobre sus reinos, y t i e n e n á
mezclarse con las gotas de sudor que m anan ele su se
no , levantando de c uando en cuando sobre el que
les maltrata unos ojos doloridos y tiernos con los
cuales im ploran su c l e m e n c i a , d ic i e n d o : sed h u
m ano.
Las C a s i s , testigo d e t a n t a b a r b a r i e , esperímenta
el torm ento d e un padre que ve despedazar á sus L·í'·
jos : Cesad, crueles , les dice , cesad de a to r m e n t a r á
esos infelices que se consum en en esfuerzos p or servi
ros. ¿Queréis verles espirar ? Ellos son hom bres; son
herm anos vuestros , é hijos de un mismo dios. E n t o n
ces, dirigiéndose el mas joven y débil de los vameros.
Amigo m ió , le dice , descansad u n m o t n e n t i ; j o m e
pondré é rem ar en vuestro lugar.
Los jóvenes e s p a ñ o l 's , sensibles a tal a c c ió n , se
fi L l i m a d o h o r l z C h a g r e , que , descendiendo de
las m o n t a ñ a s d^l is tm o , e n t r a e n el m a r del A o r t e ;
su co rrie n te ¿ a c e u n a legua ca stella n a p o r h o r a •
LOS INCAS.
esmeran a porfía en a liviar á los i n d i o s , los cuales ,
levantando las manos hacia el h o m b r e benéfico que les
pro cu rab a estos m om entos d e reposo, le c olm aban de
b e n d ic io n e s , d á n d o le el tierno n o m b re de p a d r e > que
había ta n bien merecido*
E n t o n c e s , M o l i n a , acercándose á Las C a s a s , le
d i j o , en tono bajo y transportado d e alegría: Y bien ,
padre , ¿ os arrepentis ahora de haber venido con no*
sotvos? Miróle Bartolomé con ojos l a s t i m o s o s , y no
le respondió sino cotí u n gran suspiro.
Hay un pueblecito bajo el n o m b r e d e Cruces, en
donde el rio deja de ser navegable. De allí fue de d o n
d e , obligados á a b a n d o n a r las canoas , siguieron por
m edio d e los bosques * un cam ino largo y penoso*
P e r o , p or penosa que ella sea, la fatiga es d u lc ifi
cada c uando desde lo alto de las c u m b r e s , la vista
se pasea p o r los valles que la naturaleza se deleita á
com poner con sus propios m a n o s : d o n d e la variedad
de ios á rb o les y f r u t o s , y l a m u ltitu d de los pájaros
pintados de los colores mas brillantes, fo rm a n u n
golpe de vista encantador. ¡ A y de m i ! en estos c l i
mas ta n hermosos, todo es infelicidad. El h o m b re
o p rim id o , sufriendo , es miserable \ gime bajo el y u
go de o tro h o m b re , y llena de quejas los demás so
litarios que le ocultan á su tirano.
D e m o n ta ñ a en m o n t a ñ a sucesivamente se sube
hasta á l a c u m b re que los dom ina , y donde la vista
se estiende hasta el uno y o tro lado d e l abismo i n m e n
so de las aguas.
De otra parte se descubre á la ver ( i ) el Océano del
n o r t e , d e l otro el m ar pacifico, cuya superficie, en
4A
C A P Í T U L O X II.
CAPITULO X III.
( O U n la h 'H o r ia g e n e r a l de lo s V ia g e s , se lee
que los tig r e s de V en ezu ela son t a n t e r r i b ^ s que no
es r a r o verlo s e n tr a r en la s to ld e ría s de lo s indios,
h a c er p r e sa de u n h o m b re , y llevá rsele en su boca-
za con tu n ta f a c i l i d a d com o u n g a to á u n r a tó n .
94 LOS INCAS.
los m a n te s , y de ella d escu b ren la lla n u ra . R epenti
n a m e n te Las Casas descubre ta m b ié n un fecundísim o
v a l l e , c u y a fertilid a d ,le e n c a n ta . E n el centro de él
se hallaba u n a a l d e a , e n m edio «lela cual se percibía
la cab an a del cacique* A l m i r a r B a rto lo m é , se siente
co n m o v id o d e gozo y de piedad, j P o b re pueblo ! es-
ciam u con e n t e r n e c i m i e n t o , ¡ q u ie r a el cielo que tu
asilo sea siem pre in p e n e tra b le I
Al acercarse los in d io s , c o rre n sus c o m p a ñ e ro s k
su e n cu e n tro p o r la im paciencia d e saber la nueva que
ib a n á anunciarles* Os tra e m o s á n u e stro p a d r e , les
dieen con el m a y o r alborozo. V edle aqui , este es Las
Casas. A l o ír este n o m b r e , n a d a puede e s p lic a re l j ú
b ilo de aquel pueblo reco n o cid o . Los brazos d e cada
cu al se d is p u ta n la gloria d e te n e rle e n c im a y d e lle
varse e n triu n fo hasta la aldea , d o n d e y a el cacique
sab ia l a venida d e l aposto) , y d o n d e sn n o m b re
e ra ya rev e re n c ia d o y a m a d o com o el íd o lo de todos
los corazones.
A d elán tase el c a c iq u e , tié n d e le los brazos y le d i
c e : V e n , p u l re m ió * ven á consolar tus h ijo s d e to
do s los m ales que se les han h e c h o : basta solo el verte
p ú a q u e to d o s s e o lv id e n . Las Casas gozaba el p lacer
m a s dulce que puede h a la g a r sobre la tierra á un co-
yv/ort sensible y v irtu o so . ¿O am igos míos* les dijo
a b ra z án d o lo s á su t u r n o } si m e atnais tie rn a m e n te ,
c u a n d o v o n o os he b c c h o bien a lg u n o , ¿cual no s e
ria vuestro a m o r p o r u n pueblo que hubiese puesta su
g lo ria e n daros artes ú tile s , leyes s a b ia s , buenas c o s
t u m b r e s , y un cu lto a g ra d a b le al Dios del universo?
— ¡A h padre m ío ! d ijo el c a c iq u e , a d o ra ría m o s á ese
pueblo generoso* P ero dejem os inútiles discursos: na*
d a debem os se n tir cuando poseemos cd única h o m b re
q u e entre <>$os bárbaros ha sido justo y benéfico* Y o no
q u ie ro ocupar ahora vuestra a te n c ió n m as que d e núes*
LOS INCAS. 95
tivi alegría actual. Llévale á sn c a b a ñ a ; mas cual fue la
sorpresa de Bartolom é al v e r e n e l l a , sobre un a l t a r ,
una estatua d e cedro * en q u e sus facciones estaban es
tam padas. m íra le d ice el c a c i q u e ; ella te representa,
s í , ella es tu m ism a figuro. U n o d e nuestros indios , que
te había visto y tenía s ie m p re p re s e n te , m e ha hecho
tu áerne,afua; ella nos sigue á to d a s partes ; ella es la
q u *invocamos en tocias n u e s tra s em presas , y desde que
la poseemos to d o nos ha s a li d o b i e n .
Las C a s o s , que e n un p r in c ip i o no babjn podido
prescindir d e u n m o v im ie n to d e g r a titu d , se echó eu
cai'3 á sí m ism o este t a n n o b le s e n tim ie n to , y h a b la n
d o al cacique con un to n o d e voz dulce y severo: d e s
t r u i d , le d i j o , destruid esa i m a g e n , un sim ple m o rtal
n o es d ig n o que le veneréis. A c a b a n d o d e p ro n u n ciar
estas p a la b ra s, iba él m ism o á r o m p e r la e sta tu a , mas
el cacique La defendió c o m o h u b i e r a n p o d id o defender á
su m ugir-v á sus h ijo s. tAv! e sel a m ó , déjanos esta sombra
q u e rid a de tí m ism o. C u a n d o t u hayas dejado de exi
stir , ella recordará á n u estro s h ijo s y nietos el único
am igo que hemos te n id o e n m e d io d e nuestros opreso
res crueles-
T o d o el pueblo se junta al re d e d o r de la cabaña ,
y pide ver á Las Casas: él se m u e s tra , y al aire re
suena con ecos de a le g r ia , e n q u e se oyen estas d u h e s
palabras. V e d lo , a h í , ¡ese es el h o m b re justo y be
néfico, ese e s ! E l nos am a , nos com padece , y viene á
ver sus amigos. Quédese con n o s o tro s ; nuestro bien y
nuestros corazones son suyos-
¡O Dios de lo naturaleza ! esc! a m ó L as C asas, j pu
diera ser que unos corazones t a n c á n d id o s , tan dulces,
ton sencillos, ta n sensibles y verdaderos, n o luesen
inocentes delante de tí !
E ntre tanto la juventud cazadora se va hacía las lla
nuras : uno atraviesa las aves con sus Hechas. otro
9 r> LOS INCAS.
obliga á la H ebre m enos agi! q u e e l , á p recipitar sn
c arre ra . Afluye d e todas partes la c a z a , y el festín se
prepara •
Las C asas, sentado al lado di*l caciq u e, y en me*
“d io de so f a m ilia , se instruye d e sus leyes, costum
bres y policía. L a naturaleza es lo guía v el legislador
de estos pueblos. A m arse , ayudarse m u tu a m e n te , evi
t a r el hacerse d a ñ o , h o n rar á sus p a d res, obedecer á
su rey , u n irs e á u n a m uger que les consuele y de hi-
•jos, sin que i r a u n la sospecha de infidelidad p e r tu r
be esta unión pacífica, c u ltiv a r sus campos en co m ú n ,
y distribuirse sus frutos, ta l era su sociedad.
Y b i e n , les d ijo Las C a s a s , esa es la le y d e mi
D i o s , y la que él m is m o ha gravado en vuestros c o ra
zones. Vosotros le servis «in c o n o c e rle , y su voz es la
que os conduce.
¿ T u D ios! ese es nuestro e n e m ig o , d ijo el c a c iq u e ,
pues que él es el dios de los españoles. — El dios de
los españoles n o es vuestro e n e m ig o , respondió Las
'Casct6, pues que el es el dios d e la naturaleza . y r o s o -
tros somos todos sus hijos. — ¡ A h ! si eso es v e u la d ,
d ijo el c a c iq u e , nosotros buscamos u n dios que nos
a m o ; y pues que el de Las Casas debe ser justo y bue
n o , nosotros querem os adorarle. D á n o slo pronto á co
nocer.
Entonces el fiel a m ig o , Las C a s a s , m o v id o d e sa
z e l o , les hizo una p in tu ra ta n a h g ü e ñ a y s u b l i m e d e
su D io s , que el c a c iq u e , a rreb a tad o de a le g ría , se le
v a n t ó , y e sc la m ó : ¡ O Dios de Las C asas, recibe
nuestros votos ¡ T o d o su pueblo repitió seguidam ente
estos m is m o s acentos.
E n este in sta n te , el cacique, m ir a n d o al so lita rio ,
crevó ver sobre su rostro una b r illa n te z d i v i n a : ¡Mas
q u e ! di jóle el c a c iq u e , ¿ es que tu dios no se d^ja
nunca vei de los h o m b re s ? — E llo s le han visto., le
LOS INCAS. S7
respondió Las Casas, y aun ¿I se ha dignado h a b ita r
f?itre’ellos* — ¿ Bajo fjuc figura ? Bajo la de un h o m b re .-
Acaba de una vez, y di nos si eres tú m ism o ese dios
que viene á consolam os. — ¡ Y o ! — ¿Si tu lo e r e s ? ce
sa de ocultarnos lo que resp lan d ece en tanta viiliuL
Halda, nosotros vamos á a d o ia rte .
C o i , fundióse Bartolomé en su h u m a n i d a d m ism a , y
destelló lejos de si tal e rro r. P e r o , antes de esponef
las sublimes verdades que exigía l a in c re d u lid a d de
aquellos espíritus débiles, quiso saber c u a l era su culto.
¡ Ay! dijo el caciq u e, nosotros a d o ra m o s vil tigre >com o
mus te rrib le de todos los a n im a le s ; m as que por es-
to n o tenga celos tu d io s , pues este n o es el cu lto del
a m o r : es el culto del m ie d o .— V a y a , v a m o s, dijo Las
•Casas, destruyam os ese h o rrib le í d o l o ; y los indios,
anim ados d e l zelo que él les h a b ía i n s p ir a d o , c o r n a a
a l te m p lo siguiendo sus huella^.
98 LOS ESCÁS.
CAPÍTULO XIV.
S i c c e la waruacion db e st e v i Ag b .
CAPÍTULO XV.
C A P ÍT U L O X V í
CAPÍTULO X V II.
C A P IT U L O X V I i l .
CORROS EN EL LA ; P E R O , ANTES DE R E CI BI R L OS , ES L L A
MADO Á ESPAÑA.
V > V % V W W V V V V
CAPÍTULO XIX.
P f Z Á R R O , A NTE S D E R E T Í B A P S E DE LA OORGONA, VA A
RECONOCER LA C"»STA Y É L P OE R T O D E T U M B E S . - A c O -
OIDA Q Ü B R E C Í R E A t » u . — M O L I N A S E $ E J » A 0 A DB ¿ L , Y
ÇLB L E AMENAZA*
CAPÍTULO XX.
CAPÍTULO XXI.
D S MOLINA Á Q UITO.
CAPÍTULO X X II.
bernador DE LA P R O V I N C IA DE G U A T E M A L A > EN BL
DE CONSIGUIENTE UN R E T A R D O EN EL V IA G E-
CAPÍTULO XXIII.
CAPÍTULO XXIV.
EN L A ISLA CRISTINA*
CAPÍTULO XXV.
V D E L V E LA NAVB AL P B R Ú , Y H A C E N A U F R A G I O A LA VIS
TA DEL P UE RT O DE T C M B E S . — Los DOS MEJICANOS SE
SALVAN N A D A ND O, Y E N C U E N T R A N A O R O Z I M B O .
PJ.N DEL T O M O P R I ME R O.
T<>Mu 1 .
INDICE
D E LOS CAPITULOS CONTENIDOS EN
E S TE TOM O PRIMERO.
Pág.
C arta d e d i c a t o r i a ............................................................................. v
P rologo . . . . . . . . . . . . . . * .......................................x t i i
CAP. I. S itu a c ió n p o lític a del re in o
de los I n c a s , e tc ................... t
C A P . IT. F iesta lla m a d a de! n a cim ien
to , e tc ....................................... 7
C A P . III. A d o ra c ió n a l S o l en su m e
d io d ía . ..................................... j5
CAP. IV . Juegos c e ic b 'e s que seguían
a l g r a n f e s t ín ........................ 2o
CAP. V. P o s tu r a d e l S o l , e tc ............... 25
C A P- V I . O r o z im b o , unn de tos c a c i
ques M e jic a n o s , cu en* a a l
I n c a la s d e sg ra c ia s de su
p a t r i a ........................................ 3 o
CAP. V II. P ro sig u e la n a r r a c ió n a n
te r io r ..................................... . 38
C A P- V I I I - C ontinuación del c a p itu lo a n
t e r i o r ........................................ 44
CAP- IX . C o n tin u a ció n d e l c a p itu lo a n
t e r i o r .......................................... m
CAP- X . S ig u e la r e la c ió n .....................
CAP. XI. E x tie n d e n los españoles sus
e s tr a z7a s a l m ediodía de la
u INDICE.
Pág.
A m e r i c a . ............................... 68
C A P . X II. Consejo <¡ue hubo antes de la
p a r t i d a de P i z u r r o ............. 78
CAP. X II I. h a s Casas, de regreso de la
I sla española, va á ver á
los s a b a g e s .......................... 9 i
C A P . XIV. Sigue la narración de este
vía g e ......................................... 98
C A P . XV . Sigue la relación de lo ocur
r i d o en este v w g e. . . . . i o 5
C A P - XVT. Sigue la relación de este viage- 110
C A P . XVII. P a r t e P i z a r r a del puerto de
P a n a m á , etc. . . . . . . . . 117
CAP. XVIII. Desembarca P¿zorro sobre la
costa de Cata mes, eic. . .
CAP. XIX. P i z a r r o , antes de retirarse
de la Gorgona, va á reco
nocer la costa y ei puerto
de 7 timbes. . ....................... tU¡
C A P - XX. Via ge de Alonso Molina de
Tumbes á Quito.................... >4 *
C A P . XXI. Sigue la velación de este
vía g e .....................*................ i 5 i
CAP • XXTI. P i z a r r o , de 7'egreso á Pana
m á , toma Id, resolución de
ir á E s p a ñ a , etc............. i .77
CAP . XXIII. Arribada a la isla Cristina. »67
CAP . XXIV. Mansión de los españoles y
de los dos Mejicanos en la
i slu Cristina.......................... 17.3
CAP . XXV. Vuelve la nave cil P e r ú , y
hace na.ujiagio, etc• . • «
TOSIO I U
////.i fs// /v w tja s A ' /Z ^ t/y ta u s w s.i, zw /zy /r/·
w / a / z / f^ Y s ï,/ & r / / / f /m u s /-/* * /< //?
z>'- /
vVWV>/>'
/> / / / /
% rYU */,//? y / z s //¿s r //*-•)/isx>. /top • o
f
L A D E S T R U C C IO N
D E L IM P E D IO D E L P E R L
P. D. F. DE C.
Antiguo oficial-general, a u t o r d e l D i a n o e ru d ito de
L i m a , del Telégrafo de B u e n o s - A ir^ e , y de l a G r a
m átic a S inóptica; d i ie tt o v principal d é l a nueva ofi
cina de interpretación ge nera l d e l e n g u a s , etc*
Ú LTIM A ED ICIO N *
TOM O H.
BARCELONA,
IMPRENTA D E J U A N O L I V E R E S ,
calle Dt escu ;>s l l l : r s , K . ^5«
1857.
LOS INCAS.
CAPÍTULO XXVI.
EN PAZ* C o n e s t e m o t i v o l e r e f i e r e d e s d e ü n p r i n
ACRECENTAMIENTO DE S ü P O D E R Y R I Q U E Z A S , Y DE C O
PADRE*
cocha, 1 ° P achacctec, 6 o
r e y ; r e y ;V upafguk 9 °
r e y ; T c p a c - ych'An c u e , í o q r e y ; H uaica C a p a c ,
p a d r e de lo s d o s In c a s rein a n tes»
c a re c ía n de su b siste n c ia s; y s i e n c o n tra b a n lo s s i
la b a n b en i y lo s h a c ía n r e to r n a r co n su s fa m ilia s ,
c a r g a d o s de v ire re s, o fre c ié n d o le s la p a z y la a m is
ta d .
LOS ESCÀS. 7
vió t r e s , la una hacia el n o r t e , y las otras al m e d io
d í a . Las estremidades remotas n o estaban ya bajo los
ojos del m o n a rc a . P o r la parte d e l oriente servia de
límites la alta b a rrera de los A n d e s ; tocábase al
m a r por la d e l occidente ; el n o r t e y m e d io d ía nos
quedaban a u n que penetrar p o r desiertos dilatados;
en fin, el plan de nuestras conquistas abrazaba todo
este continente. Era pues necesaria una p a rtic ió n de ter
reno entre los hijos del Sol»
« Luego que m i padre h u b o conquis ado esta vasta
y rica provincia, creyó que ya era tiem po d e efec
tuarla* El se había casado con dos m u g e i e s : una de
ellas era O c e llo , su h e r m a n a , y la o t r a Z u l m a , de
la sangre de los r e y e s ( i ) . Huáscar es el primogénito
de los hijos <le O c e ll o , y posee el C u z c o , ciudad del
Sol é imperio de nuestros antepasados* Yo soy el m a
y o r de los hijos d e Z u l m a ; y la p r o v in c ia de Quito ,
f r u t o de las hazañas d e m i p a d r e , es l a herencia que
m e dejó.
« ¿ H a p o d id o , m i p a d r e , disponer d e u n bien q u e
era suyo propio, ganado p or s u v a l o r ? He aquí lo que
causa, entre m i h e rm a n o y y o , u n a s contestaciones
que serán s a n g r i e n t a s , si m e o b lig a ¿ t o m a r las a r
mas.
« Mi h e rm a n o es altivo y s o b e rb io . S u orgullo frío
nu n c a se h a sugetado á n a d i e . E n desprecio de la
voluntad y m e m o ria de un p a d re v i r t u o s o , exige de
mí que y o descienda del t r o n o , y inc constituya
su vasallo. Bien conoces q u e y o no p u e d o resolverme
á ello. Y o amo á m i h e r m a n o , y e n c u e n t r o h o r r i
ble el ver que su odio m e p e rs ig u e ; m e es Qolovosí-
(t) R io en el re in o de C hile.
(2 ) A m a r y m q y u , q ue h o y se conoce p o r R io de
la P la ta .
LOS INCAS. 9
A lo m o sintió la im p o r ta n c ia y las dificultades de
semejante m e d i a c i ó n ; m a s n o t u r o reparo en cousen-*
t i r , y t o d o fue al instante prep a ra d o para d a r ¿ su
«mi ja jada n n esplendor que fuese d i g n o d e l a mages-
tad de a m b o s r e j e s .
10 LOS INCAS.
í » \ V V W V \
CAPÍTULO XXVII.
D ID O '
m a íz ■
LOS INCAS. II
CAPÍTULO XXVIII.
A BL.
CAPÍTULO XXIX.
U n c a m in o in m e n su ra b le q u e re c o rre r d e una ¿
O t r a ex trem id ad del im p e r i o , j o r m e d io de e n c a m
bradas sierras cortadas d e to rre n te s y de despeñade
ros ( i ) , m o n u m e n to p ro d ig io so d e la grandeza de los
I n c a s ; v sobre este c a m i n o , los arsenales distribuidos
de distancia en d ista n c ia ; los hospicios siem pre a b i e r
tos á los viageros; las fo rtale za s, los t e m p lo s , los ca-
nnlej que d e rra m a b a n sobre las c am p iñ as las aguas
de los rios * ) 9 las m aravillas d e la n atu raleza en c l i -
( i ) E l c a m in o r e a l d s J e Q u ito a l Cuzco e r a de
5oo le g u a s c a s te lla n o s , h ech o d u r a n te e l re in a d o
de Hnaiiia Capac B a jo la d o m in a c ió n de este m is
m o In c a y se h ito o tr a ig u a l e n lo s v a lle s del
im p e r io , y o tr a s que lo a tra v e s a b a n desde e l cen
tr o h a s ta sus e stre m id a d e sj e n c u y a o p era ció n jii¿
p re c iso le v a n ta r e l te r r e n o , e n m u ch a s p a r te s m a s
de c u a ren ta p ie s p a r a p o n e r lo a l n ivel de la s c o lin a *•
(a Uno de estos c a n a le s , q ue c ru za b a la s lla n a *
r a s del p o n e n te , te n ia i5o le g u a s d e l s u r a l norte*
T om o I L 3
*8 LOS INCAS,
m as nuevos para é l , nada podía b o rra r en la m en te
de Alonso la Im agen d e su C o ra ; y por mas que q u i
siese apartarla de e lla , siem pre se le volvía á repre
sentar con m a v o r viveza.
H íz is e , en iin , o ir la voz im periosa de l a a m is ta d ,
y cediendo á ella, A lo n so , com o si saliese de un pro
longado d e lirio , comienza á ocuparse del objeto de su
m i s i ó n , desde que descubrió los alrededores del Cuz -
co. Anuncióse al m onarca , p o r m edio de tres caci
ques que le precedían de o rd e n s u y a , en estos t é r
m inos. « U n h o m b re nacido m i s a llá de los m a r e s ,
« y hacia las riberas e n que am anece el S ol, u n cas-
« t e l l a n o , á quien t u herm ano ha adm itido en su
« c o rte , viene á verte y á h a b la rte d e paz. »
L a fama de los castellanos habia penetrado hasta
el C u z c o , y este n o m b r e , que se había hecho t e r
r ib l e , escitó h soberbia de Huáscar. M andó pues al
encuentro d e Alonso una p a rte d e su c o rte , y r e c i
b ió le é l m ism o con todo el esplendor de la magestad
d e los I n c a s , elevado sobre u n t r o n o d e o r o , en un
palacio cuyos u m b ra le s, cuyos m u ro s m ism os e sta
ban revestidos de este m etal resplandeciente, te n ie n d o
á sus píes veíate caciques, y á sus costados veinte t r i
b u s de Incas descendientes de M anco.
A lo n so , que n u n ca habia visto cosa tan a u g u s ta , n o
pu lo m enos d e m aravillarse al c o n te m p la r tal espec
tá c u lo . El príncipe, c o n u n a bondad m a je s tu o s a , le
hizo señal para que se acercase á h a b la iie .
— I n c a , le dijo A lo n s o , u n h e rm a n o v irtu o s o y
tie rn o , y un verdadero a m ig o , son dos dones que r a
r a vez concede el cielo* É l te h a otorgado uno y o tr o
e n el re y de Q uito. Regocíjate pues. Y o conozco su
a lm a , y m í corazón , que nunca supo m e n t i r , te res
p o n d e del suyo. A am bos os amenaza un enem igo for
m id a b le y c r u e l , que viene deí oriente* T e n é is nece-
LOS INCAS. o7
s¡dad el uno d e l o tro p ara resistir á sus esfuerzos*
Reunidos, podéis vencerle; d iv id id o s , sois perdidos.
El in c a tu h e rm a n o pid e tu a u s ilio , y te ofrece el
de sus armas. T a i es el objeto de l a em b ajad a con
que m e h o n ra cerca de t í.
— Aunque enviado p o r un re b e ld e , le respondió
el I n c a , ves q u e m e he d ig n a d o de o irte. P e r o , a n
tes de to d o , di m e . ¿ n o eres tu m is m o uno de a q u e -
líos estrangeros aparecidos recientem ente en nuestras
costas, y que e n los valles han s e m b ra d o el espan
to? T u te dices c astellan o , y , si n o m e e n g añ o , este
es el n o m b re q u e se les da? ellos v ie n e n , com o t u ,
de la parte d e l oriente.
— Sí, y o soy del n ú m e r o d e aquellos estrangeros,
le dijo Alonso. S í , siguiendo su p » r t i d o , y o busca
ba la gloria; m as n o he visto e n ellos sino d e lito s , y
les he abandonado- Yo gusto de la buena fe, a m o
la r e c titu d , y sé h o n r a r l a grandeza de a lm a : he
aquí lo que m e ha hecho u n ir m e con el príncipe g e
neroso que te habla aquí p o r m i voz. Nacidos tu y
él de una m ism a sa n g re, bijos d e u n m ism o p a d re ,
os debéis a m a r m u tuam ente y vivir en p a z , si q u e
réis ser felices, si am bos queréis ser poderosos.
— Si se acuerda, replicó H uáscar, de q u e padre
hemos nacido, que piense tam bién cuales rangos nos
señaló el nacim ien to . E l Sol no ha dado sino u n m o
narca á este im p erio ; en consecuencia, el reinado
de su hijo debe ser la im á g e n del s u j o ; es d e c i r ,
que, así com o el Sol no tiene igual e n el c íelo , yo
tampoco le quiero ten e r en la tierra#
— E n hora b u e n a , In ca , le respondió Alonso : yo
quiero hablar tu lenguage, y suponer lo que tu crees#
P e r o d i m e : ¿no a m as tu bastante á los h om bres, y
no estimas tam bién bastante las leyes de tus abuelos,
para desear que el universo sea colocado b ajo l a sal
vaguardia de leyes tan apacibles ?
*$ LOS INCAS.
— Es positivo, respondió el l a c a , y o lo deseo, y
aun lo espero: así lo quiere el S o l , y los tiempos ve
r á n su v o luntad cu m p lid a.
— Y e n to n c e s , prosiguió A lo n s o , el m u n d o no ten
d r á m as que u n r e y , así com o n o tiene mas que on
sol. L a sab id u ría de un h o m b re tolo podra estender
tus m iradas ta n lejos com o el astro d e l día estieude
el resplandor de su luz. T ú no lo creerías; confiesa,
p u e s , que así com o tu vigilancia tiene límites, así d e
be ta m b ié n tenerlos tu p o d e r , y que sería injusto el
q u e re r in v a d ir lo que no se puede gobernar.
— Es trun ge FO, le d ijo el l ú e a , ¿ co m o osas señalar
m e los límites de m i poder?
— N o soy y o , díjole A lonso, es l a naturaleza quien
lo s ha señalado: yo no*digo sino lo que ella ha h e th o -f
pero te advierto que tú eres h o m b re por tu debilidad ,
cu indo pretendes erigirte en dios por tu ambición.
— Soy h o m b re , pero soy r e y , repitió el I n c a ; j
este solo n o m b re te ensena el respeto que m e es de
bido*
— S á b e te , le dijo Alonso, que m is iguales hablan á
los reyes sin a d u la rlo s , y les respetan sin temerlos.
N o pende sino de tí el verm e á tus pies; pero em pie
za p o r ser justo, y por h o n ra r la m e m o ria de un padre
que fue rey . De sus m anos recibió tu herm ano el ce
t r o que tú le d isp u tas, y por oponerte á este d o n , tú
le insultas en el sepulcro. —
Estrem ecióse el I n c a ; m as su o rg u llo superó á su
piedad. — Mi p a d re , d i jo , había envejecido, y en el
estado del desfallecim iento el h o m b re es c r é d u l o , y
*
CAPÍTULO XXX.
VIERNO-
Y c i n c o años, y l a s m u j e r e s v e i n t e .
LOS INCAS. 35
solo que está dispensado. Si bay a lg u n o en tre vosotros
á quien le pese el v i v i r , levante la v o z , y d íg a m e l o ;
porq u e á m i m e toca o í r sus quejas. Mas si cada cu al
de vosotros goza apaciblem ente d e los beneficios d e l
Sol m i p a d r e , venid d á n d o o s una fe m u t u a , y haced
voto d e reproduciros y a u m e n ta r el n ú m e ro de los
afo rtu n ad o s.
N o se oyó una q u e ja ; y m il p a r e ja s , cada una p o r
su t u r n o , se presentaron an te él. A m a o s , observad
las le y e s , a d o ra d al S o l m i p a d r e , les dijo el p r i n c i -
pe. P o r sím b o lo de los trabajos y cuidados q u e van á
c o m p a r tir en tre s í , les hacia t o c a r , al darse la m a n o ,
el azadón a n tig u o d e M an co y la rueca d e O e lla ,
su laboriosa c o m p a ñ e ra .
A lo n s o , re c o rrie n d o c o n sus ojos aquel c ír c u lo d e
jóvenes h e rm o s a s , suspiró y se d ijo e n sí m is m o : j Ah!
h e rm o sísim a C o r a , hija del c ie lo , si tú t : aparecieses un
esta fiesta, b o rra rla s con tus encantos todos los suyos.
U n a de aquellas jóvenes esposas, al acercarse al I n
c a , ten ia sus ojos anegados en lá g rim a s . El príncipe
lo a p e r c ib e , y l e p re g u n ta . ¿Q u e te aflige? E l l a , triste
y s ile n c io s a , n o osaba responder. E l In c a se d ig n a
tranquilizaría* — ¡ A y ! d ijo e l l a , y o esperaba consolar
al a m o n te d e m i h e r m a n o , q u e , p o r ser t o n b e l l a , la
reservan p i r a el t e m p l o ; y e l desventurado I r c i l o , á
q u ie n la niega m i p a d r e , llo r a s ie m p re al lad o m ío .
El ¡ n a , di jom e u n d í a , t ú n o eres t a n b e ll a ; m a s tú
eres ig u a lm e n te d u l c e , t u corazón es b u e n o y s e n s ib le ,
tú am as tie rn a m e n te á M e lo é : y o se q u e ella te a d o r a :
y o c re e ré v e r l a v ie n d o á su h e rm a n a m i s m a : concé
d e m e p o r com pasión el l u g a r de ella* Y o m e negué
e n u n p rin cip io . M eloé llorosa m e instó porq u e se lo
concediese. ¿ Q u ie n le consolará sin o t ú , m e d ijo e l l a ?
¿ V e s c o m o él se a f l ig e ? — M uy b i e n , y o lo haré si
eso es capaz de a liv ia r su d o l o r . — É l lo c r e i a , y lo
36 LOS INCAS.
p r o m e tió ; pero a h o ra acaba de confesarm e que nunca
p u ed e a m a r sino á e l l a , y que la llo ra rá siem pre.
E l Inca hizo lla m a r al padre de Elina y de Meioé.
T r í e m e d M e lo é , le d ijo . T ú la reservas para el tem
p l o , mas el Sol quiere corazones lib r e s , y el suyo no
lo es* E lla a m a á ese jo v e n , y y o q u ie ro que él sea
su esposo. C u a n to á E l i n a , yo tendré cuidado d e es-*
cogerle u n o q u e fea d ig n o de ella.
Obedeció el p a d re . Meloé se ad ela n ta afligida y
t r é m u l a ; m a s d e sfle q u e vio á IrcÜ o y oye que es
él á quien se concede su m a n o , su hermosura se re a
n i m a , un d u lc e enageoa m ien to resplandece en su fre n
t e , y levantando e n te rn e c id a sus ojos sobre los de su
tie r n o a m a n t e , ¡Y a cesará tu aflicción! le dijo ella.
Hé aquí por lo q u e y o suspiraba.
Preséntase una nueva p a re ja , y d e repente u n jo
ven despavorido atraviesa e l t r o p e l , se arro ja e n tre
los dos esposos, y , prosternado á los pies del In c a ’:
H ijo del S o l , e x c la m ó , im p id e á Osai el faltar á la
íé q u e m e h a ju r a d o . Y o soy aquel á q u ie n ella a m a .
E lla va ¿ hacer su In felic id a d al m is m o tiem p o que
la m ía .
E l r e y , so rp re n d id o d e su audacia y conm ovido
de su desesperación, le p e rm itió que se explicase ;
I n c a , d íjó le , era el tie m p o de la siega, y o hacia l a
d e l cam po d e m i p i d r e , cuando se anunció la del
suyo.! i A y ! d íjem e y o , m a ñ a n a se recogen las del
c a m p o de O s a i; m is rivales c o rre rá n á él en t r o
p e l . ¡q u e desgracia para m i sino estoy a l l í ! A presu
rándonos, redoblam os el a rd o r para aeabnr d e recoger
las mazorcas del rnaísal de m i p a d re . C onseguilo en
efecto; p e ro , exausto por la Artiga, yo fui á reposar
m e u n ra to ; el sueño me e n g a ñ ó , y cuando m e des
p e r té , ya tu padre ilum inaba el m undo. Desconsolado ,
l i e g o , y m e encuentro á Osai en los campos con el
LOS INCAS. 57
jóven M a y ó t e , que desde el alba habla estado tra b a
ja n d o con ella. A nda , m e dijo e l l a , v ete, N e lti, tu
n a m e am as, ni ta m p o c o quieres á mi p a d r e , el a m o r
y la am istad d e b e ría n h a b e r sido mas diligentes^ Ella
no quiso o i r m e , y despues n o ha cesado de h u ir de
m í . Pero ella me a m a aun ; sí , está seguro que m e
a m a , pues ella, q u e jam as en gaña m e ha d ic h o m u
chas veces: N e t t i , y o no a m a r é sino á tí-
^ - O s a i , p re g u n tó el p r ín c ip e , ¿ e s verdad es
t o ? — S i , es positivo; n u n c a hubiera y o a m a
do sino á é l ; pero el i n g r a t o , descuidóse en ve
n ir á segar el e am p o de m i p- d r e , que le q u e ría
corno su hijo* A estas palabras ella se enterneció.
T ú le am es y tú le p e r d o n a s , iv-pitió el In ca ;
recibe su m a n o . Y t ú , d ijo á M ayobé, cédela á
su a m a n te , y p ara c o n s o la ite m ira á esotra, ¿ n o
es bastante lin d a ? ¡ A h ! e s h e rm o s ís im a , d ijo el
j o v e n , y tan to que Osai m is m a n o obscurece á
tnis ojos su h e r m o s u r a .— Pues b ie n , si tú la a e r a
das yo te la d o v , dijo el príncipe. ¿ L o c o n sien
tes , E lina? S í , d ijo e l l a , con tal que n o se afli
j a ; pues que el gozo del m a rid o es lo que hace
ta m b ié n la gloria ¿ e la m u g er. Mi m a d re m e
lo decía a s í, y m i corazón m e lo repite.
T ales eran e n tre este b u e n pueblo los sinsabo
res del a m o r á cada instante.
E n m edio d e los cantares y de las danzas que
precedían ni sacrificio, apareció en el aire u n p r o
digio Vióse una águila acom etida y despedazada
p o r m ilan o s, que alternativam ente se abalanzaban
á ella con aceleradísim o vuelo. El á g u ila , d e s
pues de habet, forcejado i n ú t i l m e n t e , cae toda e n
sangrentada al pié d e l tr o n o del I n c a , y en medio
d e su familia. E l r e y , así com o el p u e b lo , pas
móse y atem orizóse al p r o n t o ; pero con aquella
8 LOS IN C A S,
firmeza que nunca le a b a n d o n a b a : pontífice, d i jo ,
inm ola sobre el a lta r d e l Sol m i padre ese p á
jaro!, im ágen patente del enem igo que nos a m e
naza.
El pontífice invitó al principe á ¡r con él al
santuario. Y o te sigo, le d ijo Huáscar; pero t
advierto que ocultes el m iedo que está pintado en
tu ro stro ; porque p araque e l vulgo tie m b le n o es
preciso avisarle*
Antes de e n tra r e n el te m p lo , le d ijo el p o n
tífice: M ira esos tres círculos señalados sobre la
frente pálida d e la esposa d e l Sol. L a l u n a se
levantaba entonces sobre el o riz o n te , y él d is
tinguió evidentemente tres círculos e n su ó r b i t a ,
el uno d e color sa n g u ín e o , otro n e g r o , y el t e r
cero tu rb io y sem ejante á una fogarada de h u m o .
P r í n c i p e , le d ijo el sacerdote, n o ocultem os
la verdad de estos presagios* Ese circulo d e san
g re es l a g u e rra ; el negro an u n cia los reveses;
y esa fogarada de h u m o , mas espantosa to d a v ía ,
es el presagio de la ru in a .
P o r ventura el S o l , d íjo le el m o n a r c a , ¿te
h a revelado ese porvenir h o r r i b l e ? — Y o lo e n tre
veo, respondió el pontífice; m a s el Sol n o m e
ba hablado.
Pues siendo a s í , replicó el I n c a , déjam e el
ú ltim o de los bienes que quedan al h o m b r e , la
esperanza, que le alien ta y sostiene en sus des*
gracias. T o d o lo que puede no ser sino un fue
g o , ó u n accidente d e la n a tu ra le z a , n o debe ja
m as tom arse p o r u n signo p r o d ig io s o , á menos
q u e n o sea o p o rtu n o p ara in tim id a r al vulgo. N o
es este el m o m e n to d e a m e d re n ta rle .
LOS INCAS. 39
CAPÍTULO XXXI.
Q O I t N SA L L Ó LABRANDO LA T t E h A A .
CAPITULO XXXII.
fi) A s i s e l l a m a b a n l a s m u g e - v e s d e l a f a m i l i a
rjtal.
4$ LOS INCAS»
su decadencia y su ruina ; la sa n a re habrá -perdido sus
derechas , y el p rim e r ejemplo de este cobarde aban
d o n o , ¡s e r á mi hijo q u ie n le h a b rá d a d o ! ¿E s eso
b o n r a r la m em o ria -de u n padre? y para ellos, para
t u s a b u e lo s, y para -esc D ios m is m o de quien sois des
c e n d ie n te , ¿ n o es el m a s culpable xle los ultrages, el
d e envilecer su sangi*e? Si tu padre tu v o virtudes, im í
t a l a s ; si tu v o u n m o m e n to de d e b ilid a d , confiesa que
él fue h o m b r e , frágil y seducido .uno vez por lo sa la -
g€s d e u n a m u g e r ; y despues d e hecha esto confe
s i ó n , haz ceder á las leves, que son siem pre sa
bias y justas., la pasión, que es c ie g a , v el capri
cho pasuge-ro, que él «sentimiento desoprueba y con
dena .
Quiso insistif el In ca sobre los m ales que acarrea
l a guerra civil. No» n o , dijole e ll a ; ve y s u s c r
á esa paz deshonrosa que te im pone el u su rp a d o r; y si
esto no bastase á a p la c a rle , pon -tu cetro á sus
pies. O desventurado n i ñ o , exclamó abrazando ai
joven p r ín c ip e , ¡ que lástima m e causas! ¡q u ie n me
hubiera dicho que u u día tú tendrías que avergon
zarte de tu ¡padre! esto d i jo , y se fue.
Afectado m ortalm eirte, el I n c a , con tales reprehen
siones, salióse t a m b ié n , y -mandó decir al instante al
em bajador de-Quito q u e la guerra estaba -declarada , y
que se diese prisa á p a rtir. Pidióle A loi.so que le perm i
tiese verle otra vez; mas fueron en vano sus instancias;
y aquella m ism a noche fue conducido hasta inusaJlá-ds!
Abaraji.
LOS INCAS. 49
C A P ÍT U L O X X X III.
C A P ÍT U L O X X X I V .
pueblos. — Bata la db t u m ib a m b a . — Es v en c id o
B L E J E R C I T O DE Q U IT O . — A t á U B A ES HECHO P R IS IO
N E R O , Y ESCÁPASE DB L A P R ISIO N •
E n t r e t a n t o , el re y del C u z c o , se apresuraba á ju n
t a r sus tropas; y todos los pueblos circunvecinos a b a n
d o n a b an sus c a m p o s , volaban á las a r m a s , y se colo
caban bajo sus estandartes.
D e las riberas de aquel lago f i ) celebre en que M a n
co descendió, los pueblos de A s i l o , A vanean i , U r n a ,
U r c o , C a y a v i r , M u l l a m a , A t a n , Caneóla y H i l l a v i ,
com prendidos bajo e l n o m b r e de C o l l a s , d e ja n sus
risueñas d e h e s a s , en d o n d e adoraban en o tro tiempo
á u n carnero b l a n c o , como el dios de sus rebaños y la
fuente d e sus riquezas. Ellos se dicen nacidos de aquel
lago que circunda sus cabañas , y es el Leteo á d o n d e
v a n l a s almas despues de esta v i d a , para volver u n día
á ver la luz p a sondoá nuevos cuerpis.
P o r su Lado, se avanza la altiva y valerosa nación
de los Charcas. L a razón es la que la h a som etido,
(i) L a la g u n a d e l Cb//ao.
58 LOS INCAS,
y no la fuerza de las arm as. C u a n d o los Incas la anun*
c ia ro n que v e n ía n á d ic ta rla leyes, sus jóvenes guer
r e r o s , llenos de a r d o r 9 pidieron todos pelear y m o
r i r , si era necesario, en defensa de su libertad. Los vie
jos les elogiaron la sabiduría de los Incas y su bondad
generosa ; cayéronseles entonces las a r m a s de las m a
n o s , y fueron todos en tropel á prosternarse á las plan
tas del hijo del Sol que quería r e i n a r sobre ellos.
Mas s a b io , a u n , había sido el valeroso pueblo de
C h n y a n ta ; su reducción voluntario bajo el poder de los
I n c a s es el modelo de los buenos consejos. El príncipe
que iba á som eterle le m a n d ó decir que le traia leyes,
c o s tu m b r e s , p o l í t i c a , c ulto y u n m o d o de vivir m a s
racional y feliz-Si así e s, respondieron los C havantas
á los diputados, tu rey n o necesita ningún ejercito para
reducirnos. Que le deje , pues , en la frontera ; que ven
ga y nos persuada , y nosotros nos som eterem os á é l,
pues que el mas sabio es el que siempre debe m a n d a r ;
pero que prometa t a m b ié n dejarnos en paz, s í, despues
d e haberle escuchado, n o tenem os el m ism o m o d o de
ver que é l , en cuanto á las ventajas que nos anuncia
con l a m udanza d e culto y de costumbres. A ta n jus
tas c o n d ic io n e s , vino el I n c a casi sin escolta, h a b l ó ,
escuchósele, y en c u a n t a c o m p r e n d ió el pueblo que le
seria útil el colocarse bajo las leyes de los I n c a s , se
sometió y le dió gracias. Tales eran aquellos salvajes,
q u e los europeos creyeron n o poder c o n q u i s t a r sino
p o r la esclavitud y la sangre.
E n mas corto número se a d ela n ta n ios pueblos que
hacia el oriente cultivan la falda de las montañas
inaccesibles de los Antis. Sus abuelos a d o ra b a n unas
enormes culebras ( i ) de que a b u n d a aqael país agreste.
( i ) E n t r e e lla s h a y a lg u n a s de 25 á 3o p ie s de
largo.
LOS INCAS- 59
Adoraban así m is m o al tig r e , á causa d e su crueldad.
Ellos h a n abjurado su antiguo c u lt o , pero se bocen
aun gloria d e conservar sus restos, y su corazón no ha
olvidado todavía la ferocidad d e el. E n t r e los A n tis
do quienes son d e sce n d ie n tes, la m a d r e , antes de p re
sentar el pecho á su h i j o , le empapa en sangre h u
mana , á fin de que h a b ie n d o m a m a d o la sangre al
mismo tiempo que la le c h e , ten g a n sus hijos una a n
sia eterna de beber aquella.
A la parte d e l norte se replegan hacia las rib e ra s
del A p u r i m a c , los pueblos de T u m i b a m b a , de Casa-
m a r c a , de Z a m o r a , y aquella nación (lera cuyos m u
ros han conservado el n o m b r e de C ontorno (i)-, el
Dios de sus padres. U n m o r r ió n de plumas de este
pájaro te r rib le (2) distingue á los hijos de sus a d o r a
dores, y fluctúa sobre sus orgullosas cabezas.
Despues viene lo m as selecto de los pueblos de S u
ra , país f é r t i l , v en d onde nace el o r o ; de R u c a n a . en
d onde la belleza parece ser u n o de los dones del cli
m a ; y de los campos de P u m a h c t a (3 ) , en o tro t i e m
po receptáculo de los leones que adoraba el h o m b re .
D e las pampas ó lla n u ra s del p o n ien te, se ju n ta n
en tropel los valientes pueblos de I m a r a , de C o lla -
p o m p a , d e Que va p or quienes se liberto el imperio de
(1) E r a u n p á ja r o lla m a d o C u n t u r - M a r c a .
(1' E ste p á ja r o es banco y n e g ro com o la u r r a
c a - L a n a tu r a le z a le h a rehusado la s p r e s a s ó u ñ a s
de un h íleo n , p e r o le h a Jado u n p ic o ta n d u r o y
f u e r t e , (jue de u n solo p ic o ta z o a h u g e rea la p iel de
u n to ro S u s a la s tie n en m a s de v e m te p ie s de e ste n -
5ion- D o s d - esto s p á /a t'o s b a sta n p a r a m a ta r u n
to ro y d e v o r a r le •
D ep ó sito d e l le ó n *
6 o LOS INCAS,
la rebelión de los Chancas i) y que conservan non ía*
señales d e su g l o r i a , seniles que son las mismas para
ellos que las d e los hijos del Sol
F i n a lm e n t e , venían los habitantes de los ricos valles
de Y c a , P i s c o , A c a r i , Nasca, R i m i c , sometidos sin
t r a b a j o , y los d e H u a tn a n , q u e , a u n q u e m as rebel
d e s , h ibtan sido reducidos a su tu rn o . C u a n d o se les
propaso p r im e ro el recibir el culto y las leyes de los
In ca s, r o 'p l u d i e r o n , que adoraban al m a r , divinidad
fecunda y l ib e r a l ; que n o impedían á los pueblos de
1.15 montañas que adorasen al s o l , que les hacia b i e n ,
y cuyo calor tem plaba la aspereza dr- sus helados cli
m a s ; p ro que cu an to a ellos, c om o él consumía y
quemaba sus c a m p o s , jamas lo adorarían c om o su
d i o s ; que estaban contentos con su r e y , c om o con su
d i v in i d a d , y que □! aprecio d e su s m g f e estaban r e
sueltos a defender uno y otro. F u e la guerra larga y
t e r r i b le ; m as el e n e m i g o , para r e d u c ir l e s , hizo cortar
los canales que regaban sus ávidos surcos : la necesidad
hizo la l e y , y ta dulce e quidad del tro n o de los Incas
justificó su violencia.
Apenas estas naciones se hahian juntado bajo las m u
rallas del C u z c o , c u a n d o se supo que el r e y d r Quito
avanzaba hacia T u m i b a m b a . Hunscar q u e ría ir á es
perarlo al piso del rio que baña sus c a m p o s ; mas la
fortuna le sirvió m e j o r que la prudencia y los conse
jos mismos.
Atalíba había pasado el rio» y sobre la colina
opuesta quería establecer su acarnp cuento. E l <lía
C A P ÍT U L O X X X V .
n a u in o s . — B atalla d e sascahana ; e s v en c id o e l
(x) X a i r a .
T omo II. 7
?4 LOS INCAS.
v V \ v iv
C A P ÍT U L O X X X V I .
L l e v a n EL CADAVER d b l j o v e n p r í n c i p e a sc p a d b b . —
E n t r e v i s t a c e ataliba t d e huasca * j u p r i s i o n e r o
THERMANO.