Está en la página 1de 78

Matthew Lipman

Elfie

T r a du c c ión
Pilar Pe draza Mor e no

M a d r id , 2 0 0 0
Eífle es una de las novelas que compone n el currículum F ilo s o f ía

dis e ñado para proporcionar a los niños y jóve ne s un


p a r a N iñ o s ,

pe ns amie nto crítico, reflexivo y solidario. Oc upa el prime r lugar en


u na serie de siete novelas y está de s tinado fundame ntalme nte a
niños entre las edades de cuatro y seis años (Educación infantil y
1.° y 2 .° de primaria).

Proyecto Didáctico Quirón


P r o g r a m a F ilo s o fía p a r a N iñ o s
Coo r dina do r : Félix Ga r c ía Mor iyón

De l te xto: Ma tt h e w L ip m a n
De la t r a d uc c ión : P ila r P e d r a za Mo r e n o
De e s ta e d ic ión : E D IC IO N E S D E LA T O RRE
So r g o , 4 5 - 2 8 0 2 9 Ma d r id
Tel. y Fax: 91 3 1 5 5 5 6 6
T ORRE JM @ s a n t a n d e r s u p e r n e t .e s
www. e d ic io n e s d e la t o r r e . c o m
ET I n d e x : 4 5 7 D Q F 2 2
P r im e r a e d ic ión : o c t ubr e d e 2 0 0 0
IS BN : 84 - 7960- 286- 4
De p ós it o le gal: M- 3 8 .1 3 0 - 2 0 0 0
Im pr e s o e n E s p a ña / P r inte d in S p a in
Gr áfic a s Co fás
P r a d o de Re g o r d o ñ o
Mós to le s (Ma d r id )

E l s igno © (copy right: de re cho de copia) es un s ím bo lo inte rnacional que representa la


pro pie dad de aut or y e ditor y que pe rm ite a quie n ¡o os tenta ¡a copia o m ultiplicación de
un original. Por cons iguie nte esta publicac ión no p ue d e ser re producida, ni en todo, ni en
parte , registrada o trans m itida p o r un s is tema de re cupe ración de inform ación, en ning u­
na fo rm a ni p o r ningún me dio, sea me cánico, fotoquím ico, electrónico, magnético, elec-
troóptico, p o r fotocopia o cualquie r otro, sin el pe rm is o pre v io p o r escrito de la editorial.
De acue rdo con lo anterior, la fotocopia n o autoriz ada de este libro o parte de él está
e x pre s am e nte prohibida p o r la ley y p ue de cons tituir delito.
E p is o d io 1

o l a ! Me g us ta ría s a be r vue s tros no m br e s .

H
Me d a m ie d o pre gunta r. Qu izás si os d ig o
m i n o m b r e , m e diréis los vue s tros . Mi
n o m b r e es Elfie .
Es m uy raro que a lg un a ve z le pre gunte algo a alg uie n. 5
N o sé p o r q ué . N o te ngo u n a b u e n a razón. Sim ple m e nte
m e d a mie do.
Me d a m ie d o p o r q u e la ge nte p o d r ía dars e c ue nta de
q u e n o sé nada. Lo ve s , ese es m i secreto. O u n o de mis
s e cre tos . U n o de mis te rrible s , terribles s e cretos. 10
De v e r d a d , ¡no sé nadal Ex c e pto eso, de s de lue go.
Es o es la ún ic a co s a q u e s é. La ún ic a cos a.
Qu izás n o e s té ta n m a l. Alg uno s n iño s creen q ue
s a b e n m u c h o y e n r e a lid a d n o s a b e n n a d a . C o m o S e th .
Y a lg un o s n iño s de la clase s on re alm e nte br illante s . 15
T ie ne n re s pue s tas p a r a to do . C o m o Dia n a .
Y lue g o e s tá S o fía . N o d a m uc h a s re s pue s tas , pe r o
p u e d e ha c e r las pre gunta s m ás m ar avillos a s .
Me gus ta ría p o d e r ser c o m o S o fía . Pe ro n o p ue d o .
S ó lo s oy u n a n iñ a b o b a . 20
El a ñ o p a s a d o c a s i m e s u s p e n d e n e n In fa n t il. Lo
q u e m e s a lv ó fu e q u e e r a m u y b u e n a c o n la p la s ti-
lin a .

E p is o d io 2

H o y S e th d ijo : «Elfie cas i n u n c a h a b la . ¡Quizás n o es


de v e r d a d !»
10 C o n e s o te ba s ta p a r a da rte c ue nta de lo e quiv ocado
q u e p u e d e estar. Quizás n o hablo m uc h o , pe r o pie ns o
to d o e l tie m p o . P ie ns o in c lus o c u a n d o e s toy d o r m id a . -
N o te ng o s u e ño s fa ntás tic o s . S ó lo p ie n s o , c u a n d o e s toy
d o r m id a , las mis m as cos as que p ie ns o c u a n d o e s toy des-
15 pie r ta .
El o tr o d ía m e d e s p e r té a m it a d d e la n o c h e y m e
d ije a m í m is m a : «E lfie , ¿e s tás d o r m id a ? » Me t o q u é
lo s o jo s y e s t a b a n a b ie r t o s , p o r e s o d ije : «N o , n o
e s to y d o r m id a ». P e ro p o d ía h a b e r m e e q u iv o c a d o .
20 Q u iz á s una pe rs ona pue de d o r m ir con lo s o jo s
a b ie r t o s .
Lu e g o m e d ije a m í m is m a : «¿De ve r as m e p r e g u n to
si e n e s te m o m e n to e s toy pe ns ando ?»
Y m e r e s p o n d í y o s o la : «¡T o nta ! S i p u e d e s pre-
25 g u n t a r t e a lg o , tie ne s q u e e s ta r p e n s a n d o . Y s i e s tás
p e n s a n d o , e n to n c e s , d ig a lo q u e d ig a S e t h , t ú e re s
r e a l.»

30
E p is o d io 3

— C u a n d o s e a m a y o r , v o y a s e r p ilo to de p r u e b a s
— d ijo e s ta m a ñ a n a Es te b a n .
— Y y o v o y a s e r u n fa m o s o a c to r de cine — d ijo 5
Ric a r d o .
— Yo v o y a s e r d o c to r a — d ijo D ia n a .
Me d ije a m í m is m a : «¿P o r q u é t ie n e n t a n t a p r is a
p a r a s e r m a y o r e s ? A m í m e gus ta la e d a d q u e te n g o ,
s e a c u a l s e a . Y n o q u ie r o h a c e r m e m a y o r h a s t a q u e 10
no haya pe ns ado e n to d o lo q u e me e s tá o c u ­
r r ie n d o .»
C o m o e s ta b a s e n ta d a a l la d o de S o fía , m e v o lv í
h a c ia e lla y le dije :
— Alg u n o s n iño s s ólo p ie n s a n e n e l m a ñ a n a , p e r o 15
n u n c a e n e l hoy.
— Ya lo s é — m e d ijo .
— P or e je m p lo — le d ije — , m e inte re s a m i c ue r p o .
Q u ie r o s a b e r c óm o fu n c io n a .
— S í — d ijo e lla . 20
— Y m i m e n te . T a m b ié n lo q u ie r o s a be r to d o s obre
e lla , y c óm o fu n c io n a .
— S í, lo sé — m e d ijo .
— Y m i v id a — d ije — . N o m e inte re s a m u c h o lo q u e
se rá. Qu ie r o s a be r ahora lo q u e es. Q u ie r o ser c a p a z d e 25
pe ns ar e n e lla y de e x am inarla d e la m is m a m a n e r a e n
q u e e x a m in o m i c u e r p o y m i m e n te .
— S í — d ijo S o fía — , p o r q u e de o tr a m a n e r a , si n o
p u d ie r a s , ¿m e r e c e r ía la p e n a vivir ?
¿Te d a s c u e n ta de lo q u e q u ie r o de c ir ? S o fía n o es 30
s ólo in te lig e n te . E s ..., e s ... ¡Vaya! ¡Sé lo q u e q u ie r o
de cir, p e r o n o m e s ale la p a la b r a p a r a de c ir lo!
De to d a s fo r m a s , s e a lo q u e s e a lo q u e ha c e q u e
S o fía s e a ta n dife r e nte , e s o es lo q u e m e ha c e s e ntir p o r
5 e lla a lg o m u y d is tin to a lo q u e s ie nto p o r los d e m ás .

E p is o d io 4

10 ¡Es ta m a ñ a n a , e n clas e , h e m o s h e c h o p o m p a s de
ja b ó n ! ¡Eno r m e s , co n los colo re s de l ar co iris!
Vo lví a pe ns a r e n las p o m p a s de ja b ó n e n la h o r a de
re pos o. Es táb a m o s tu m b a d o s e n nue s tras c o lc ho ne ta s , y
y o e s ta ba m e d io d o r m id a . Er a c o m o si e s tuvie ra s o ña n d o
15 c o n la clas e lle n a d e gra nde s p o m p a s c o n los colore s de l
arco iris, y de ntro de c a d a u n a de las p o m p a s e s ta ba u n o
de los n iño s de la clas e . E s táb a m o s to do s flo ta n d o e n la
h a b ita c ión y de re pe nte , ¡PLAF!, e s talla ro n to da s las p o m ­
pa s a la ve z y se fo r m ó u n a s ola p o m p a e no r m e , c o n
20 to d o s nos otros de ntro, in c lu id a la s e ño r ita T ripp.
Lu e g o h u b o otr o ¡P LAF! q u e s o n ó m u y fue rte , m e
de s p e r té y m e e n c o n tr é fr o tán d o m e los o jo s y m ir a n d o
a lr e d e d o r a to d o s los n iño s de la clas e .
S e g u í p e n s a n d o e n S o fía , e n s u p r e c io s a p o m p a bri-
25 lia n te flo ta n d o ce rca d e l te c ho .

E p is o d io 5

30 S ie m pr e que a lg uie n m e hac e u n a p r e g unta , n o sé la


re s pue s ta. Es c o m o si m i c a be za e s tuvie ra lle na de co pos
de a v e n a .
¡Si al m e nos pudie r a pe ns ar con claridad!
¡Oh, n o sé lo q u e quie r o ! ¿Qu ie r o te ne r p e ns a m ie nto s
claros o q uie r o te ne r p e ns a m ie nto s q ue e s tén claram e nte 5
re lacionados u n o s c o n otros ?
Ves, si ha g o pre guntas c om o esas, ¡la ge nte se d a r á c u e n ­
ta de lo to n ta q u e s oy!
E p is o d io 1

A S EÑORA T ripp es nue s tr a profe s ora. — Elfie


— dice la s e ñorita T ripp— , ¿d ónd e e s tán hoy'
tus libros? T odo el m u n d o tie ne libros m e nos tu.
— S u p o n g o q u e los d e jé e n c a s a — d ig o a g a c h a n d o
5 la c a b e za .
E m p e za m o s a p r e pa r a r no s p a r a ía fie s ta de c u m p le a ­
ño s de Lin d a . Lin d a tie ne u n a b o ls a lle n a de g o lo s ina s .
Mir o d e ntr o de la b o ls a y ve o u n a g o lo s in a de c ho c o la te .
La s ac o y e m p ie zo a c o m é r m e la , ante s de q u e los d e m ás
10 e m p ie c e n a come r.
— ¡Elfie ! — m e dic e a l o íd o la s e ño r ita T r ipp— .
¿ D ó n d e e s tán tus m o d a le s ?
— S e los d e jó e n ca s a c o n los lib r o s — dic e S e th q u e
h a b ía e s ta d o e s c u c h a n d o .
15 Me q u e d o m ir a n d o al s ue lo y m e froto la na riz c o n el
do r s o de la m a n o . Me d ig o a m í m is m a : «Elfie , si tuvie ras
m o d a le s , n o te los ha br ía s d e ja d o e n cas a. Pe ro e s o es
ju s ta m e n te lo q u e has he c ho. ¡Los de jas te e n cas a!»
Y s igo: «Elfie , ¿p o r q u é tie ne s q u e h a c e r lo to d o
20 m al?»
De s p u é s m e a c u e r d o de la p r im e r a ve z q u e m e d ie ­
r o n u n p lá t a n o . N o e s pe r é a ve r c óm o se lo c o m ía n los
d e m ás . M o r d í u n g r a n p e d a zo , c o n p ie l y to d o , y lu e g o
lo e s c up í.
«Elfie — m e d ig o — , ¡qué desastre eres! ¿N o p u e d e s 5
h a c e r n u n c a n a d a bie n ? ¡Es ig u a l q u e lo q u e h a g a s s e a
b u e n o o m a lo , a l fin a l lo hac e s todo m a l!»

E p is o d io 2 10

— H o y v a m o s a r e c ibir u n a v is ita d e l s e ño r S p r o c k e tt
— d ic e la s e ño r ita T ripp.
El s e ño r S p r o c k e tt es e l d ir e c to r d e n ue s tr o c o le g io .
Alg o m ás ta r d e , p o r la m a ñ a n a , se e s c uc h a u n a lia- 15
m a d a e n la p u e r ta . ¡Toe, toe , toe ! Se a br e la p u e r ta .
¡Oh , a q u í e s tá!
El s e ño r S p r o c k e tt lle v a u n tr aje a zul, c o n u n a c o r ­
b a t a v e r d e y za p a to s m a r r o n e s . S o n r íe y se fr o ta las
m anos . 20
— N iñ a s y n iño s — dic e e l dire ctor.
C in d y y Br uc e s ig ue n c u c h ic h e a n d o . La s o nr is a d e l
s e ño r S p r o c k e tt se h a c e u n p o c o m ás p e q u e ñ a .
— ¡ N IÑ OS Y N IÑ AS ! — dic e .
C in d y y Br uc e se c a lla n . 25
— T e ngo q u e de c ir o s u n a co s a — dic e e l s e ño r
S p r o c k e tt. Es pe r a . S ig u e e s p e r a nd o .
T odos e s ta m o s m uy , m u y c a lla d o s . P ie ns o p a r a m í:
«Quizás e s o e ra lo q ue te nía que de cirnos y a h o r a se m a r ­
c h a r á s in de cirnos n a d a m ás .» ¡Pero no! Nos dice : 30
— ¿ Q u é os p a r e c e r ía s alir e n la te le v is ión ?
A p la u d im o s y d e c im o s : «¡Bie n! ¡Bra vo !»
— ¿T odos no s o tr o s ? — p r e g u n ta Cin d y .
— N o — dice el s e ñor Sprocke tt— . S ólo los ganadore s .
5 — ¿Lo s g a n a d o r e s de qué? — p r e g u n ta Ric a r d o .
— Lo s g a n a d o r e s d e l c o nc ur s o — le c o nte s ta e l s e ño r
S p r o c k e tt.
— ¿ Q u é clase de c o nc ur s o , s e ño r S p r o c k e tt? — p r e ­
g u n ta Ste ve .
10 — A d iv in a d lo — dic e e l s e ño r S p r o c k e tt.
— ¡Ya lo sé! Bus c a r u n te s o r o — dic e S e th . P e ro e l
s e ño r S p r o c k e tt dic e q u e n o c o n u n m o v im ie n t o d e s u ^
c a b e za .
— ¿U n c o nc ur s o de o r to g r a fía ? — p r e g u n ta D ia n a .
15 T odos los d e m ás no s p o n e m o s m u y c o n te n to s c u a n ­
d o e l s e ño r S p r o c k e tt le dice q u e no .
— ¿ Q u é ta l u n a fie s ta de dis fr ac e s , c o n u n p r e m io
p a r a e l q u e v a y a c o n e l m e jo r dis fr a z? — dic e P a q u ita .
U n a ve z m ás e l s e ño r S p r o c k e tt dic e q u e n o c o n la
20 c a b e za .
— Os lo d ir é m a ñ a n a — d ic e . U n s e g u n d o d e s p ué s
se v a .

25 E p is o d io 3

Es la h o r a de ca nta r y nos s e nta m o s e n e l s ue lo fo r­


m a n d o u n círculo, y los rayos de l s ol cr uza n la h a b ita c ión ,
y los p ája r o s c a n ta n le jos , m u y le jos .
30 Es la ho r a de cantar, y la s e ñorita T ripp le d e ja a He nr y
s e ntars e e n s u re gazo, y e l g lo b o p la te a d o se b a la n c e a
s uje to p o r u n corde l, y los p ája r o s c a n ta n le jos , m u y le jos .
— ¿Qué vam os a c a nta r ? — p r e g un ta la s e ño r ita
T ripp— . ¿ Q u ié n se s abe u n a c a nc ión?
— Yo m e sé Tengo un arbolito — dice Bruce . 5
— Yo ta m b ié n m e la sé — dice Es te ban— . T rata de la
N a v id a d .
— No, no es esa — dice Bruce .
C a n ta la c a n c ión y lue g o la ca nta m o s to do s junto s :
10
T e ngo u n a r bo lito
q u e lo he de re gar
c o n a g u a de los cie los;
¿c u án d o llo ve rá?
Es ta es la t o n a d a 15
q u e se c a n ta e n m i lugar;
m a c h ác a la , c h ác a la Pe dro
m a c h ác a la , c h ác a la , Ju a n .
¡Qué pa la br ita s vie ne n,
q u é pa la br ita s v a n !; 20
e s ta es la to n a d a
q u e se c a n ta e n m i lugar.
Ve rde s s on sus ho ja s
y b la n c a la flor,
quis ie r a ve rle p r o n to 25
m ás a lto q ue yo.

— ¿Lo s cie lo s ? — g r ita P a q u ita — . ¿ C u á n t o s cie los


h a y ? ¿U n o o m u c h o s ?
N o e s toy p e n s a n d o e n la p r e g u n ta de P a q u ita . Es toy 30
p e n s a n d o e n q u e m e g us ta n m ás las flore s q u e los
m e lo n e s .
Pe ro la pre gunta de P a quita n o se m e olvida . ¿P ue d e
ha be r m uchos cie los y s e guir s ie ndo u n s olo cie lo?
5 Ha y m uc has niñas y m uchos niño s e n m i clase, pe ro hay
u n a s ola clase.
Ha y m uchos pe ns a mie ntos e n m i me nte , pe ro te ngo
u n a s ola me nte .
Me pre gunto c óm o se ría te ne r m ás de u n a me nte .
10 ¿T e ndría que te ne r ta m b ié n dos cabe zas ? N o m e lo p u e d o
imaginar.

E p is o d io 4
15
— Se ño r ita T ripp, ¿c u án d o nos dir á el s e ñor Sprocke tt
algo m ás s obre el concurs o? — dice Jo h n .
— M a ña n a — dice la s e ñorita T ripp.
¡Ma ña na ! ¡No p o d r é a g u a n ta r ta nto ! Es pe ro q ue p o r
20 lo m e no s n o s e a u n co nc urs o e n el q u e h a y a q u e pe ns ar.
Me dig o a m í mis ma: «Elfie , ¿q ué es lo que te pre oc upa ?
¡Tú n o podrías ganar, sea cual sea el concurs o!»
Entonce s m e digo: «Elfie , si n o tie ne s c uid a do , n o vas a
pa s ar a prime ro, ig ual que casi n o pas as te e l a ño pas ad o .»
25

E p is o d io 5

De s p ué s de la c e n a p a p á y m a m á m e p r e g u n ta n q u é
30 ta l m e fue h o y e n e l co le gio .
— B ie n — d ig o .
— N o pa r e c e q u e te gus te m u c h o .
— E s tá b ie n — d ig o de n ue v o .
— N o tie ne s q u e q u e d a r te a llí. S i pre fie re s , p o d e m o s
e n v ia r te a o tr o c o le g io — dic e p a p á . 5
— T ú d e c id e s — dic e m a m á .
N o s é q u é de cir, y p o r e s o n o d ig o n a d a .
— C u a n d o d e c id a s lo q u e q uie r a s hace r, no s lo dice s
— d ic e p a p á .
S u b o c o r r ie n d o a m i h a b it a c ió n y m e tir o s obre la 10
c a m a e s c o n d ie n d o la c a b e za b a jo la a lm o h a d a .
U n ra to de s pués p ie ns o e n m i co ne jo. Mi c o ne jo
im a g in a r io . Se lla m a s e ñor Blurp. Es ne gro co n los ojos
azule s y tie ne las ore jas largas y la co la p e q u e ña . P ie ns o
e n lo s uave s q ue s on sus ore jas . P ie ns o e n lo m u c h o q ue 15
le gus ta q u e le d é le c hug a . Le c h ug a im a g in a r ia .
iVa y a , y a m e s ie n to m e jo r !
E p is o d io 1

nn ■ o c , TOC, TOC. ¡Co no c e m o s ese s o nid o ! ¡Es el


■ s e ñor Sprocke tt! H o y lle va pue s to u n traje
gris, c o n za pa to s ne gros y c o rb a ta roja .
— ¿Nos v a a de cir ho y de q u é tr ata e l concurs o, s e ñor
5 Sproc ke tt? — dice Se th.
¡Qué va lo r tie ne Se th p r e g u n tán d o le de e s a fo r m a al
s e ño r Sprocke tt!
— S í — conte s ta el s e ñor Sprocke tt— . H a b r á do s c o n ­
curs os . Los ga na do r e s de l pr im e r co ncurs o s e r án a que llo s
10 q u e h a g a n las me jore s dis tinc ione s .
— ¿De q u é tr ata e l s e g und o conc urs o? — pr e g unta
Bruce .
— Os diré a lg o m ás s obre el s e g un d o m ás ta r de — dice
e l s e ño r Sprocke tt.
15 — S e ño r Sp r o c k e tt, y o n o sé q u e es u n a d is t in c ión
— dic e Ric a r d o .
De s pués de de cir e s to Ric a r d o se d a la vue lta p a r a
h a b la r co n Ste ve , s in e s cuchar al s e ñor Sprocke tt.
— P r im e r o d e c id m e q u e es lo q ue vos otros pe ns áis
20 q u e es u n a d is tin c ión — dice el s e ñor Sprocke tt.
Dia n a le vanta la m a n o y dice:
— Hace s u n a dis tinción c ua n d o pue de s dis tinguir u n a
cos a de otra.
A ú n tie ne la m a n o le v a n ta d a . Ah o r a la b a ja .
Lin d a se frota la na riz co n e l do rs o de la m a n o y dice : 5
— Hace s u n a dis tinción c ua ndo pue de s s e parar las cosas.
La s e ño r ita T ripp le d a u n p a ñu e lo de p a p e l y e lla se
s u e n a la nariz.
— Ha ce s u n a d is tin c ión c u a n d o dice s e n q u é se d ife ­
r e nc ia n do s cos as — dic e Jo h n . 10
— Ha ce s u n a d is tin c ión c u a n d o dice s c óm o u n a cos a
n o es ig u a l a otr a — dice He nry.
— Es o es lo q ue y o he d ic h o — dice Jo h n r a s c ándo s e
la ca be za.
Me digo: «Elfie , quizás a h o r a s e pas u n p o c o m e jo r q u é 15
es ha c e r u n a d is tin c ión , pe r o s e guro que n o s abe s lo que
es hac e r u n a bue na d is tin c ión.»

E p is o d io 2 20

Lle go a cas a y vo y dire cto a la c ocina. Me e nc ue ntro


a m i h e r m a n a Kathy b u s c a n d o a lg o p a r a co m e r e n el fri­
gorífico.
— Ka th y — le d ig o — , v a a h a b e r u n conc urs o p a r a ve r 25
q u ie n ha c e la m e jo r d is tin c ión.
Kathy tie ne la b o c a lle na de c o m id a . Parece u n a ardilla.
— ¿Sabe s algo s obre dis tincione s , Kathy? — le digo.
— Sé u n cue nto — dice — . Quizá s e a sobre dis tincione s .
— Cué nta m e lo , po r favor — le rue go. 30
De s pués de tragárs e lo todo, Kathy dice :
— De acue rdo; e s cucha. Érase u n a ve z dos ge me los . Sus
nombre s e ran T we e dle dum y T we e dle de e . Pare cían e xacta­
me nte iguale s .
5 — ¡Oh, y a sé! El pr o ble m a es c óm o dis tinguirlos . Y la res­
pue s ta es po r sus nombre s .
— ¡Calla, Elfie! — me re plicó Kathy— . ¡Déjame te r mina r
el cue nto! En s u c um ple año s , sus padre s re galaron a T we e d­
le d um u n gran p o n í rojo y a T we e dle de e u n a ove jita blan-
10 ca. Pero los ge me los no p o d ía n dis tinguir los animale s . Por
ta nto pus ie ron u n a cinta azul alre de dor de l cue llo de l p o n i y
u n a cinta ve rde alre de dor de l cue llo de la ove jita. De s pués
de eso, p o d ía n dis tinguirlos pe rfe ctame nte .
— Kathy, ¡qué cue nto ta n tonto! — dije le va nta ndo la
15 voz— . ¿C óm o m e v a a e ns e ñar u n cue nto c o m o ese lo que
es u n a b u e n a dis tinción?
— Q u izá te e ns e ñe lo que no es u n a b u e n a d is tin c ión
— dice Kathy.
Mue vo la cabe za.
20 —- Kathy, si e llos h u b ie r a n pue s to la c inta a zul a
T w e e dle d um y la cinta ve rde a T we e dle de e , h a b r ía s ido
u n a b u e n a fo r m a de dis tinguirlos , ¿ve r d a d ? Entonce s ,
¿p o r q u é n o fu n c io n ó c o n la o ve ja y co n e l p o n y ?
Ka thy s ólo me m ir a c o m o si fue r a a de cir «¿P or q u é
25 te ng o q ue te ne r s e m e jante b o b a p o r h e r m a n a ?»

E p is o d io 3

30 Mi p a d r e e s tá p in t a n d o m i h a b it a c ió n c o n u n r o d illo
y y o le e s toy a y u d a n d o . Es to y m o n t a n d o a c a b a llito e n
s u e s p a ld a , c o n los br a zo s a lr e d e d o r de s u cue llo .
— P a p á — digo— , e s tamos ha c ie ndo u n concurs o e n el
cole gio.
— ¡Oh! — dice — . ¿Quie re s de cir u n concurs o p a r a ve r 5
q u ié n p in ta m e jor con los de dos ?
Se a g a c ha p a r a pinta r cerca de l s ue lo y casi me caigo. Le
golpe o s uave m e nte con el p u ño y digo:
— ¡Oh, p a p á , no ! Es u n co nc urs o de pe nsar. ¡T e ne mos
q u e ve r q u ié n p u e d e hac e r la m e jo r dis tinc ión! ¡Y e l gana- 10
d o r s a ld r á e n la te le vis ión!
P a p á e m p a p a el rodillo e n la pintura .
— Sa lir e n la te le vis ión — dice — . Es o es u n a gran dis tin­
c ión. Quie r o decir, u n gran honor.
Me b a jo de s u e s palda y con las m a no s e n las cade ras le 15
digo:
— ¡Papá, n o te ng o ni idea de lo que me estás h a b la nd o !
— Lo s ie nto — es to d o lo que dice . Coge la br o c ha y
e m pie za a pinta r el alféizar de la ve ntana.
Gir o el rodillo e n la cube ta. Inte nto pintar la pare d. La 20
p intur a gote a e nc im a de p a p á.
— ¡Elfie! — dice .
Vue lvo a po ne r el rodillo e n la cube ta.

25
E p is o d io 4

El n o m b r e de m i h e r m a n o es C h u c k . Es tá e n e l
In s tituto . Mi h e r m a n a Ka th y e s tá e n s e xto.
C h u c k s ie m pre lle va el pe lo s obre los ojos , y s ie m pre 30
se p o n e las m is m as zapatilla s , los m is m o s va que r o s y la
m is m a cam is e ta . N o cre o q ue se los h a y a c a m b ia d o
nunca.
Cr uzo la e ntr a d a p a r a ir al c ua r to de b a ñ o a la v a r m e ,
5 y C h u c k d a u n s alto de s de e l a r m a rio . ¡Lle va p ue s ta u n a
care ta de v a m p ir o , c o n uno s co lm illo s e no r m e s , y m ue v e
s us garras h a c ia mí! ¡Chico, q u é s us to! Me v ue lv o c o rr ie n­
d o y g r ita nd o h a c ia d o n d e e s tá p a p á p in ta n d o . Me e s c o n­
d o d e b a jo de l tr a po q ue p a p á h a c o lo c a d o e n el s ue lo
10 p a r a prote ge r la a lfo m br a .
— ¡Eh! — dice p a p á — . ¡Cre o q ue h a y u n pe r ro v a g a ­
b u n d o q ue de a lg ún m o d o se h a c o la d o e n cas a! ¡Es tá
d e b a jo de l tr a po p a r a ta p a r la a lfo m b r a ! ¡T ranquilo, pe rro,
tr a n q uilo !
15 Salgo gate ando y p a p á dice:
— ¡Vaya Elfie , e ras tú! ¿ Q u é e s tabas h a c ie n d o a h í
d e b a jo ?
¡Com o si él n o lo s upie ra de s de el principio!
P a p á m e b a la n c e a e n el aire y frota s u b a r b a , que
20 ra s pa , co ntr a m i cara. Me río, c hillo y trato de s olta rm e de
s us m a n o s .
— ¡Mam á! — grito, y s algo c o r r ie ndo de la h a b ita c ión
h a c ia la e ntr a da .
En ese m o m e n to la p ue r ta de l a r m a r io se abre y
25 C h u c k s alta s obre m í b a tie n d o de n u e v o s us garras de
Dr ác u la . ¡Chico! ¡Se rán to do s los h e r m a no s c o m o este!
— Ch u c k — le d ig o — , ¿pue de s de cirm e q u é es u n a
d is tin c ión ? T e ngo q ue s abe rlo.
— Ve y dile a m a m á que e lla te quie re — es to d o lo que
30 m e dice .
Voy a la co c ina .
— M a m á, tú m e quie re s — digo.
Se in c lin a y m e abr a za.
— Cla r o q ue sí — m e dice a l oído .
De p r o n to e m pie zo a pe ns a r a q u é cole gio d e b o ir. 5
¿Q u é p a s a si e n e l cole gio d o n d e e s toy n o m e quie r e n? Y
si n o m e quie r e n, ¿d e b o q ue d a r m e ?
«¿P or q u é de be rían que r e r m e ?» m e pre gunto . «N un c a
inte rvie ne s e n clas e . N i s iquie r a hace s pre gunta s . N o
hace s n a d a . Eres ta n in útil c o m o u n a ga ns a .» 10
«In útil c o m o u n a ga ns a », e s o m e gus ta. He y, p o d r ía
e s cribir u n a h is to r ia s obre e s o y lla m a r la “La ga ns a in út il” .
S e r ía s obre u n a p e q u e ña gans a a la q ue n a d ie que r ría.
E m p ie zo a pe ns a r e n la his toria. Me p r e g unto c óm o va
a te rm ina r . 15
E p is o d io 1

HH ■ OC, TOC, TOC. ¡Llaman a la pue r ta otra vez! Cin d y


I corre ha c ia la pue rta. La abre de pa r e n pa r y
JL se cue lga de l picaporte . El s e ñor Sprocke tt se
q u e d a de pie m ir ánd o la .
5 — U n a p ue r ta n o es u n c o lu m p io — le dice .
Entra e n la clase. Traje m a r r ón, zapatos marrone s ,
co rbata m a r rón.
Nos mira, lo miramos .
N o dice n a d a . N o de cimos na d a .
10 Co nte ng o la re s piración. ¿Qu é nos v a a de cir? ¿Qu e el
concurs o se h a s us pe ndido? ¿Que es el fin de l cole gio? ¿Qu e
es el fin de todo ?
Por fin habla:
— Bie n, ¿q uié n p u d e de cirme q u é es u n a dis tinción?
15 — Es c o m o c ua n d o de cimos que u n a cos a n o es otra
cos a — dice Jo h n .
— ¿P ue d e s p o n e r m e u n e je m plo ? — dice e l s e ño r
Sprocke tt.
— U n a pue r ta n o es u n c o lum p io — dice Cin d y de s pués
20 de ha be r le vanta do la m ano.
¡El s e ño r Sprocke tt s onríe ! ¡Re alm e nte s onríe !
C u a n d o se d a la vue lta p a r a salir, tr o pie za co n la p a ta
de la m e s a de los tr a ba jo s m a nua le s . La la ta de h a r in a se
ta m b a le a . El s e ño r Sproc ke tt in te nta agar rar la, pe r o la
la n za p o r e l aire . La la ta se vue lc a y to d a la h a r in a cae
s obre e l traje d e l s e ño r Sprocke tt. ¡Parece que h u b ie r a
e s ta do p in ta n d o cas as !
El s e ño r S p r o c k e tt se c e p illa la h a r in a de l tr a je . De s ­
p u é s d e q u e él se h a id o , C in d y se p a r te d e ris a.
— S ó lo fue u n a c c id e n te y n o e s tá b ie n re írs e c u a n ­
d o a lg u ie n tie n e u n a c c id e n te — dic e la s e ño r ita T ripp.
— Es cie rto , C in d y , n o tie n e g r a c ia — dic e D ia n a .
Me d ig o a m í m is m a : «No está bien. N o tuv o gracia.»
A
¿Es tas s e r án t a m b ié n dis tinc io ne s ? ¡Estoy ta n c o n fu n d id a !
¡Re a lm e nte aún n o sé lo q ue es u n a dis tinc ión!

E p is o d io 2

Es e l d ía s ig uie nte y e s toy de vue lta e n el cole gio. S o ­


fía y y o s o m o s las prim e r as e n llegar. Enc o ntr a m o s dos
s itios q u e e s tán re s paldo c o n re s pa ldo pe r o nos s e nta m o s
ca ra a cara.
S o fía m e mir a. Es la prim e ra ve z que m e fijo e n que
tie ne los ojos viole ta.
— Elfie , ¿q ué ha y m ás a llá de l cole gio? — dice Sofía.
Parece u n a pre gunta tonta, pe ro So fía e s tá seria.
— La c iud a d, s upo ng o — contesto.
— ¿Y q ué h a y m ás a llá de la c iudad? — pre gunta de
nue vo.
— El c a m p o — digo.
— Bie n, e l c a m p o e s tá e n la T ie rra, ¿y q u é h a y m ás
a llá? — dice .
— T odos los de m ás plane tas y estrellas — dig o — . Más
5 a llá de la T ierra, caray, m ás a llá de la T ierra e s tá todo.
— ¿Y q ué ha y más allá de to do ? — quie re s abe r Sofía.
Miro fijame nte u n a parte de s u pe lo. Miro fijam e nte sus
ojos viole ta.
Los d e m ás chicos de la clas e se s ie nta n a nue s tro alre-
10 de do r, pe r o nos otras p e r m a ne c e m o s s e nta da s , s in m o v e r ­
nos . «¿Qu é h a y de trás de l cie lo? — m e p r e g unto — . Y s e a
lo q ue s e a, ¿qué hay de trás de eso?»
De s pués m e a c ue r do de lo c o n fu n d id a q ue e s ta ba el
otro d ía . La p a la b r a q ue de s cribe a S o fía , ¿c u ál s e rá?
15 ¿Inte lig e nte ? No. ¿Brilla nte ? No. ¿Lis ta? No.
— ¿ C u á l es?

E p is o d io 3
20
De s pués de l cole gio m a m á tie ne que ir al ultr am ar ino s ,
p o r e s o nos lle va a Kathy y a m í c on e lla. C u a n d o pa s a m o s
p o r las vías de l tre n ve o a So fía . Es tá s e nta da e n u n p e q u e ­
ño tabure te e n m e d io de este gran c a m p o de hie r ba ver-
25 d a d e r a m e nte alta. Y a llá le jos e s tá e s a cas a vie ja y e no r m e ,
co n sus os curas ve nta nas y u n gran porche os curo r o d e án ­
d o la co m ple ta m e nte . S o fía e s tá e s cribie ndo alg o e n su
c ua de rno . Un m in u to de s pués la he m o s p e r d id o de vis ta.
— ¿B ie n , Elfie , ha s v u e lto a p e n s a r si q uie r e s ir a
30 o tr o c o le g io ? — d ic e m a m á .
— ¿A q u é o tr o c o le g io ? — p r e g u n to .
— Es u n c o le g io p r iv a d o — dic e m a m á — . E s tá d ir i­
g id o p o r u n a m ig o d e tu p a d r e . Q u izás e s ta r ía s m e jo r
a llí. P e ro t ú e lige s .
N o d ig o n a d a . iN o s é q u é de cir! Ad e m ás , ¿ q u é sig- 5
n iñ e a c u a n d o a lg u ie n d ic e «tú e lige s »?

E p is o d io 4
10
C u a n d o m ir o p o r la v e n ta n a p u e d o ve r las ho ja s
c a y e n d o de los árbole s .
Me d ig o a m í m is m a : «¿Por q u é las cos as s ie mpre c ae n
h a c ia abajo? ¿P or q u é n o p u e d e n cae r a lg u n a ve z h a c ia
arriba?» 15
P ie ns o e n los árb ole s co n sus ra m a s de s nud a s y m o n ­
to ne s de h o ja s a s u a lr e de do r e n e l s ue lo. Entonce s , de
p r o nto , las ho ja s e m p ie za n a flotar h a c ia ar riba. ¡Ahora se
e s tán p e g a n d o a las ra m a s de los árbole s ! ¡Y a h o r a , e n
ve z de ser rojas , a m a r illa s y m ar ro ne s , se e s tán v o lv ie n d o 20
ve rde s !
Le d ig o a Jo h n lo q ue e s toy p e ns a nd o . T odo lo que
dice es: «¿P ue d e e l tie m p o vo lve r h a c ia atrás ?»
¿ Q u é clas e de p r e g unta to n ta es ésa?
25

E p is o d io 5

H o y la s e ño r ita T ripp no s h a e n s e ña d o c óm o fu n ­
c io n a n los im a n e s . ¡P ue d e n m o v e r trozos de h ie r r o s in 30
p

to c a r lo s ! Me p r e g u n to c óm o p u e d e n h a c e r lo a e s a d is ­
ta n c ia .
— S e ño r ita T ripp, y o p u e d o m o ve r mis bra zos y mis
p ie r na s s in tocarlos — le digo.
5 — ¿Quie re s de cir q u e to d o lo q ue tie ne s q u e ha c e r es
pe ns a r q ue te gus taría m o ve r tu brazo, y tu br a zo se
m ue v e ? — dice la s e ño rita T ripp.
Mue v o la ca be za p a r a de cir q u e sí. «¡Entonce s es as í
c o m o fu n c io n a m i m e nte ! ¡Ex actame nte ig ua l q u e u n
10 im án !», m e d ig o a m í m is m a .
N o le c ue nto m i id e a a n a d ie . S ólo se re ir ía n d e m í.
E p is o d io 1

#
A % n o c h e , tuvim o s u n a vis ita de la tía Ma ría.
C u a n d o se fue , nos d io a Chuc k, Ka thy y a
JL JL m í u n d óla r a c a d a uno.
Más tarde , Ch uc k nos lle vó a Kathy y a m í aparte , y nos
pre guntó: 5
— ¿Os gus taría ve r algo que nadie e n el m u n d o h a visto
ante s , y que na die de s pués de vos otras volve rá a ve r?
— ¿De ve rdad , Chuck? — dijo Kathy.
— iDé ja m e lo ver, d é ja m e lo ver! — dije yo.
— ¡No tan r ápido ! — dijo Chuc k— . Os cos tará u n dóla r 10
a c a d a un a .
As í pue s le p a g a m o s con el dine ro que la tía Ma ría nos
h a b ía d a d o , y de s pués lo mir am os ate ntame nte . S a c ó u n a
nue z de u n bols illo de sus vaque ros y u n cas canue ce s de l
otro bols illo. De s pués a br ió la cás cara de la nue z y s acó la 15
s e milla.
— ¡Veis! — dijo le v a ntánd o la — . ¡Nadie h a vis to esto
ante s !
Kathy y yo nos miramos . T e níamos que a dm itir que
na d ie h a b ía vis to la s e milla de la nue z ante s que nos otras . 20
De s pués se la m e tió e n la b o c a de re pe nte y se la tragó.
Kathy y yo nos m ira m os de nue vo y tuvimo s que a d m i­
tir que nadie volve ría a ve r esa s e milla otra vez.
N o le dijim os n a d a a Chuck. S ólo nos fuimos a la ca m a.
5 Pe ro él nos lla m ó:
— ¡Tienes que admitir, Kathy, que h a s ido u n a e x pe rie n­
cia ún ic a e n tu vida!
— ¡Una nue z! — fue to d o lo que dijo ella.
— ¡Kathy, s ólo fue u n dóla r! Lo que nos otras he m os vis to
10 h a s ido algo que na die h a b ía visto ante s y que na d ie volve ­
r á a ve r otra ve z — dije yo.

E p is o d io 2
15
T odos los días te ne mos tie m po de re pos o. La s e ñorita
T ripp b a ja las pe rs ianas y a p a g a las luces. Nos tum b a m o s e n
las colchone tas . P ode mos habla r bajo, pe ro sin mole s tar.
La s e ñorita T ripp se p o n e los de dos s obre los labios , de
20 e s ta m ane r a, y dice:
— ¡Bie n, a h o r a to do el m u n d o a reposar, s hhh!
Ric a r d o y S te ve se e s tán h a c ie n d o c o s q u illa s y
s ig u e n r ié n d o s e . La s e ño r ita T ripp los m ir a y lo d e ja n .
He nry se s aca el de do gordo de la b o c a y dice:
25 — ¿S e ño r ita T ripp, p o dr ía s c o nta r no s u n c ue nto , p o r
fa vor ?
— T ranquilo He nry, tú n o ne ce sitas u n cue nto — dice la
s e ñorita T ripp riéndos e .
— ¡Claro que sí! — dice He nry— . ¡De ve rda d que lo
30 ne ce s ito!
Vue lve a me te rs e el d e d o e n la b o c a . Se lo vo lv e r á a
s acar c u a n d o a c a b e el tie m p o de re pos o. H e n r y se q u e d a
tr a n q uilo .
— Se ño r ita T ripp — dice Jo h n — , an o c he vi la Lu n a y
u n a estrella juntas ; e s taban abs oluta me nte s olas e n el cielo.
— Yo ta m b ié n lo vi — dice D ia n a — . La Lu n a e ra s ólo
u n p e q u e ño p u n to p la te a d o .
— ¿S e ño r ita T ripp, s abe s a lg u n a c a n c ión s obre estre ­
llas ? — dice He nry.
La s e ño r ita T ripp e s boza alg o as í c o m o u n a s onris a.
Nos p o n e m o s a s u a lr e de do r y tira m o s de e lla dic ie nd o :
«¡Cán ta la ! ¡Cánta la !» Ento nce s canta:

Din , d o n , d in , d o n , d a n ,
las estre llas b r illa r án
d in , d o n , d in , d o n , d a n ,
y a los n iño s ve la r án.
Cie r r a los ojos
y d ué r m e te y a
p o r q u e la no c he
m u y p r o n to v e n d r á,
d in , d o n , d in , d o n , d a n ,
las estre llas br illa r án.

Es toy s e n ta d a ju n to a la s e ñorita T ripp mie ntras c a nta


y c u a n d o a c a b a , p o n g o m i ca be za s obre s u rodilla.
S o fía y D ia n a se m ir a n y s onríe n. ¡Es ta n e s tupe ndo
c u a n d o tus a m ig a s s on am igas !
— ¡La L u n a es u n a e s tre lla, p o r e s o ta m b ié n b r illa !
— d ic e L in d a m ie n tr a s se fr o ta la nariz.
— ¡No, no, la Lu n a n o es u n a es tre lla! ¡El S o l es u n a
e s tre lla, pe r o la Lu n a no! — dice D ia n a in m e d ia ta m e n te .
N in g u n o dice n a d a m ás ha s ta q ue a c a b a el tie m p o de
re pos o.
5

E p is o d io 3

— ¿S e ño r ita T ripp, n o va m o s a s e guir c o n e l concurs o?


10 Yo q uie r o s alir e n la te le — dice Se th.
— De a c ue r do , Se th. ¿P ue de s hace r u n a o r a c ión c o n
la p a la b r a distinción?
Se th p ie ns a dur a nte u n ins ta nte y de s pué s n ie g a co n
la cabe za.
15 — Bie n, ¿p ue de s hace r u n a o r a c ión u s a n d o la p a la b r a
dis tinguir?
— El b o m b e r o us a a g u a p a r a dis ting uir e l fue g o — dice
Se th.
Dur a nte uno s cua nto s m in uto s la s e ño r ita T ripp y Se th
20 h a b la n e ntre e llos . Q u izá e lla le e s té d ic ie n d o c óm o s e rá
c u a n d o s a lga e n la te le vis ión.
— S e ño r ita T ripp, dis tincione s s on c u a n d o dice s n o es
o no son — dice He nry.
La s e ño rita T ripp e s cribe e n la pizar ra , “n o e s ” y “n o
25 s on” . De s pué s le p id e a He nr y e je m plo s .
— La Lu n a no es u n a e s tre lla. Y las lu na s no son e s tre ­
llas — dic e He nry.
— Muy b ie n , He nry. ¿Alg uie n m ás ? — dice la s e ño rita
T ripp.
30 — P ue d e s hace r u n a d is tinc ión c o n la p a la b r a ningún
— dice D ia n a — . Por e je m plo , p o dr ía s de cir: «N inguna
lu n a es u n a e s tre lla.»
La s e ño r ita T ripp e s cribe e n la pizar ra lo q ue h a d ic h o
Dia n a .
— ¿ Q u é tal «las lu na s s on dife re nte s de las estre llas »? 5
— dic e Jo h n .
La s e ño r ita T ripp p o n e ta m b ié n la frase de Jo h n e n la
piza r ra .
— ¿Alg u n a m ás ? — pre gunta .
N a d ie dic e n a d a . 10
— Lo h e m o s h e c ho m u y b ie n. H e m o s e n c o n tr a d o
c ua tr o fo r m a s dife re nte s de hace r dis tincione s — dice
Dia n a .
— He m os dis tinguido cuatro form a s dife re nte s de
ha c e r dis tinc io ne s — dic e S o fía . 15
U n a ve z m ás trato de pe ns a r e n la p a la b r a a p r o p ia d a
p a r a S o fía . «Dia n a es inte lige nte , pe r o S o fía e s ...», me
d ig o a m í m is m a . N o fu n c io n a . ¿Qué es lo q ue e lla es?
P ie ns o e n s u lar go p e lo ne gro y e n sus ojos viole tas , pe r o
n o s irve d e m uc h o . ¡Es s ólo q ue n o do y co n la p a la b r a 20
e x acta!

E p is o d io 4
25
C o n la p u n ta de l lapice ro h a g o u n a p e q u e ña m a r c a e n
u n trozo de p a p e l. Ju s to u n punto .
S i m u e v o e l p u n to , se fo r m a u n a lín e a . «¡Oh , u n
p u n t o e n m o v im ie n to fo r m a u n a lín e a !», m e d ig o a m í
m is m a . 30
De s pué s le va nto el trozo de p a p e l y m e lo ace rco a los
ojos . «¿Qu é fo r m a u n a lín e a c u a n d o se m ue ve ?» m e p r e ­
gunto .
— ¿Elfie , n o es e l s e ñor Sprocke tt algo ? — m e dice
Cindy .
— Cla r o q ue s í — digo.
— ¡Es ta n altol — dice C in d y — . ¿ C óm o te e x plicas que
s e a ta n alto ?
— S u p o n g o q ue p o r q u e s u c a be za e s tá m u y le jos de
s us pie s — conte s to.
C in d y se lim ita a m ir a r m e fija m e nte .
— ¿Elfie , cuántas patas tie ne u n pe rro? — m e dice Se th.
— Cu a tr o — le digo.
— No , tie ne o c h o — dice S e th— . Do s a la izq uie r d a ,
do s a la de re c ha , dos de lante r as y do s tras e ras . S úm a la s
tú m is m a , Elfie . Do s y dos y do s y do s h a c e n oc ho.
Las s um o m e nta lm e nte . H a c e n ocho. «¿Pe ro c óm o es
po s ible ? — m e pre g unto — . Ap a r e nte m e nte s ólo tie ne
cuatro.»

E p is o d io 5

Es el final de la jo r n a d a .
— Lin d a quie re de cirnos algo — dice la s e ñorita Tripp.
¿Qu é ocurrirá? Nos q ue d a m o s m uy callados .
— T engo que irme a otro cole gio — dice Lin d a — . N o e n
s e guida, pe ro pronto.
— ¡Oh! ¡Oh, no! — de cimos .
— Te e c ha re m os de m e no s , Lin d a — dice S o fía .
Me d ig o a m í m is m a : «Yo ta m b ié n la e char é de m e no s .
Y s ólo m ir a n d o s u ca ra sé que e lla ta m b ié n nos e c h a r á de
m e no s . Pe ro s u p o n g a m o s q ue fue r a y o la q ue se m a r c h a ­
ra, ¿se a c o r d a r ía a lg uie n de m í? S i y o m e fue ra, n o s e ría
m u y dife re nte a pe r de r u n a g o ta de le che de u n c a r tón de
le che . ¡Ni s iq uie r a n o ta r ía n q ue m e h a b ía id o !»
Me g us ta r ía ir ju n t o a L in d a y a b r a za r la , pe r o n o lo
hago.
Por la no c h e , ante s de ir a la c a m a , llo r ó u n po c o , pe r o
n o sé p o r q u é .
E p is o d io 1

T "*
st a m a ñ a n a , la s e ño r ita T ripp no s d ijo q u e
I íb a m o s a r e pre s e nta r u n a o b r a p a r a la
JLm m ÉÉ As o c ia c ión d e P adre s y Ma dr e s . C u a n d o
r e p a r tió los p a p e le s e s ta b a s e g ur a d e q u e n o cons e gui-
5 r ía n in g u n o .
— ¡Y a h o r a , Elfie , u n p a p e l p a r a ti! — d ijo e nto nc e s .
— ¡Yupiii! iAc túo ! ¡ Gu a u ! ¡Bie n! ¡ E s tup e n d o ! ¡Actúo
e n la o b r a ! — m e d ije .
— T ú s e rás la p u e r ta — d ijo .
10 Ante s d e q u e p u d ie r a de c ir u n a s o la p a la b r a , S e th
d ijo :
— S e ño r ita T ripp, ¿ p u e d o d a r u n p o r ta zo ?
Es o es lo q u e m e fa lta b a .
C o le g io ... ¡aggg!
15

E p is o d io 2

A la ho r a de come r m e s e nté s ola e n u n a e s quin a


20 d a n d o la e s palda a to do el m u n d o p a r a que n o vie ran mis
lág r im a s c a y e n d o s obre m i s án d w ic h de e n s a la d a de
p o llo .
C u a n d o lle gué a cas a, de s pués de l colegio, to d o e s taba
tr a nquilo y agra dable . Me s e nté e n m i silla, abracé a mi
cocodrilo de trapo y me bala nc e é . 5
«¡Elfie — me dije — , tie ne s u n serio pro ble m a ! ¡Será
me jo r que pie ns e s algo! ¿Vas a que dar te e n ese vie jo cole ­
gio o vas a ir a u n o dife re nte ?»
Me ba la nc e é u n rato y de s pués dije : «¡Elfie, s e rá me jor
que te hagas pre guntas m ás difíciles !» De m o d o que e s o 10
hice . Por lo me nos lo inte nté. T ambién traté de conte s tarlas .
Estas s on las pre guntas que me hice y mis respuestas:
— ¿ C ó m o te s ie nte s ?
— ¡Fatal! N o s é a d ó n d e pe r te ne zc o .
— ¿ Q u é va s a h a c e r a h o r a m is m o ? 15
— ¿Ah o r a m is m o ? N a d a . Qu izás s ólo s e n ta r m e y
p e n s a r . S ó lo s e n ta r m e a q u í y b a la n c e a r m e y p e n s a r
y pr e g unta r m e s obre m í y el cole gio.
— ¿De q u é te s ie nte s s e g ura ?
— De n o m u c h o . 20
— E s p e c ia lm e n te , ¿d e q u é n o e s tás s e g ura ?
— De q u e e se c o le g io s e a e l a p r o p ia d o p a r a m í.
— ¿E n q u é te fija s m ie n tr a s e s tás e n clas e ?
— E n e l d ib u jo de l la g a r to m e d io d o r m id o q ue la
s e ño rita T ripp h a p ue s to e n c im a de la pizar ra . En los ojo s 25
vio le ta de S o fía . E n lo jus ta q u e es norm alm e nte la s e ño ­
rita T ripp. En la m a n e r a ta n r uid o s a e n q ue Lin d a se s orbe
los m o co s . En e l o lo r de la piza r ra de s pués d e lim p ia r la .
En q ue y o n o d ig o n a d a e n clas e . E n q ue los otros chicos
s ie mpre tie ne n r a zón y y o s ie mpre e s toy e q u iv o c a d a . E n 30
lo br illa nte q ue es D ia n a y lo os c ura q ue pare ce a l la d o de
Cin d y . E n los in c lina d o s rayos de l s ol al atarde ce r. En la
fo r m a e n q ue Bruce c h in c h a a to d o e l q u e se s ie nta a s u
la do . E n e l r u id o q ue h a c e n to do s e n e l re cre o. E n la tran-
5 q u ilid a d q u e h a y d ur a nte e l tie m p o de re pos o, c o n He nr y
c h u p án d o s e e l d e d o g o r d o y a b r a za n d o s u m a n ta . En
c óm o nos ve s timos to do s p a r a s alir a l fin a l de l d ía . E n
c óm o s a lim os de l co le g io lle v a n d o las cons truccione s de
p a p e l q u e h e m o s he c ho. E n lo de s a g r a da ble q u e p u e d e
10 ser Se th a lg una s ve ce s . En c óm o la m ita d de l tie m p o q u e
e s toy e n e l co le g io p ie ns o e n cas a, y la m ita d d e l tie m p o
q u e e s toy e n cas a p ie ns o e n e l cole gio.
— ¿C u a n d o estás e n e l cole gio, q ué pre guntas te hace s a
ti m is m a c on m ás fre cue ncia?
15 — ¿Por qué estoy aquí? y ¿es éste el lugar donde y o
de bo estar?
— ¿Qu é quie re s de ve rda d, de ve rdad ?
— Afr o nté m o s lo . N o s oy n a d ie . ¡Para lo ún ic o q u e
s irvo es p a r a ha c e r de p ue r ta ! ¡Quie ro ser tr a ta d a c o m o
20 u n a pe r s o na!
— ¿Es o es to do ?
— ¡No, e s o no es to d o ! ¡Quie ro ser alguie n! N o cual­
quie r cos a, n o u n a p e r s o na cualquie ra, s ino alguie n !
F ue e n to n c e s c u a n d o C h u c k e n tr ó c o r r ie n d o y
25 p r e g u n t ó s i p o d ía c o g e r p r e s ta d a s m is p in t u r a s . N i
s iq u ie r a e s p e r ó a q u e le c o n te s ta r a . La s c o g ió y s a lió
c o r r ie n d o .
¡H e r m a n o s ! ¡T odos s o n ig ua le s ! P or lo m e n o s e l
m ío .
30
E p is o d io 3

Aye r llo vió. H o y hay charcos .


En el patio, Se th m e gritó:
— ¡Eh, Elfie ! ¿Lle vas zapatos nue vos ? 5
— S í — dije .
— ¿Ca la n ? — m e pre guntó.
— ¿C óm o quie re s que lo s e pa? — conte s té.
— Me tié ndo te e n u n charco — dijo.
Me m e tí e n u n charco 10
— S í — le dije — . Ca la n.
y
El se vo lv ió y les dijo a los otros chicos:
— iElfie lle va zapatos nue vos y calan! ¡Elfie lle va zapatos
nue vos y calan!
¿C óm o me p ue d e n pa s ar s ie mpre este tipo de cos as? 15
S ó lo c o n o zc o u n a fo r m a de s e ntir m e m e jo r . P ie ns o
e n e l s e ño r B lu r p . T ie ne u n o s pre c io s o s o jo s ve rde s y
u n a s la r g a s ore ja s b la n c a s y u n a p e q u e ñ a c o la ne g r a .
Rá p id o , d e ja d m e in v e n ta r u n a z a n a h o r ia p a r a d a r le de
co m e r . ¡Ah, a llí e s tás , s e ño r Blur p ! ¿N o e s tá bue na? 20
E p is o d io 1

YR " *
h h h ^ S T IE M P O de re pos o. T odo e l m u n d o e s tá tum-
I b a d o e n el s ue lo e x ce pto yo. Yo m e he que-
l i .mrf d a d o s e nta da , he c h a u n ovillo.
Es toy e m p e za n d o a d o r m ir m e . Mis p e n s a m ie n to s v a n
a la de riva fue r a de la clas e .
P ie ns o e n u n e s tudio de te le vis ión. Es toy s e nta d a
e nfre nte de S o fía , ¡y a d iv in a q ué ! ¡Es tamos e n e l aire !
Y lo q ue es m ás , ¡estoy h a c ié n d o le pr e gunta s a S o fía !
¡Es toy e ntre v is tándola ! ¿P ue d e s im a g in ár te lo ?
— S o fía , ¿po r q u é vas al c ole g io? — le pre gunto .
— ¿T ú q ué crees? — p r e g unta e lla.
— Es o no es jus to, S o fía — d ig o — . Se s u p o n e q ue yo
hago las pre gunta s y que tú las contestas.
— De a c ue r d o — dice S o fía — . Te dir é p o r q u é cree­
mos q u e v a m o s al cole gio. Va m os p o r q u e cre e mos q ue el
cole g io es e l ún ic o luga r a l q ue p o d e m o s ir p a r a re cibir
u n a e d u c a c ión .
— Oh , pe r o e s o es v e rdad , ¿n o ? — digo.
S o fía hace u n a m ue c a .
— Yo quie r o s abe r q u é s e ntido tie ne n las cos as , y m e
fig uro q u e m e e d u c o e n c ua lq uie r lug a r e n el q ue p u e d a
d e s c u b r ir e l s e n tid o de las cos as , n o s ólo e n e l c o le g io
— d ic e .
Alg u ie n m e d a u n a p a lm a d ita e n el h o m b r o y me
s us urra: «Elfie , e l tie m p o de re pos o h a te r m in a d o .» Es la 5
s e ño r ita T ripp. ¡Jus to c u a n d o S o fía ib a a de cirm e p o r q u é
v a m o s a l cole gio! O h , ¿po r q u é n o h a b r á p o d id o d e ja r m e
re pos ar s ólo u n p o q u ito m ás ?
Ento nc e s m e d ig o a m í m is m a : «¡Es lo m is m o , h a s ido
u n s u e ño pre cios o! ¡Eso es lo que y o quie r o, ser a m ig a de 10
S o fía y h a b la r c o n e lla!» Y lue g o a ña d o : «Y si e s o p a s a e n
la te le vis ión, jus to c u a n d o e s tamos de la nte de to d o el
m u n d o , ¿a q u ié n le im p o r ta ?»

15
E p is o d io 2

— Ve am os , ¿te néis pre pa r a da s vue s tras dis tinc ione s ?


— dice la s e ño rita T ripp.
Alg un o s de c im o s q u e sí, otros dic e n que n o y otros n o 20
dic e n n a d a .
Lin d a es la p r im e r a q ue le v a nta la m a n o y a la que
p r e g unta n.
— La s c hule ta s de c orde r o n o s o n c hule ta s de ce rdo
— dic e . 25
Me pare ce q u e c u a n d o e lla hace u n a o r a c ión c o n s u
d is tin c ión , to do s los d e m ás de c id e n hac e r lo mis mo .
La s e ño rita T ripp e s cribe la o rac ione s e n la pizarra,
co n los no m br e s de trás de c a d a u n a . Así:
«El cole gio n o es u n a cas a.» (Bruce ) 30
«La s b a lle n a s azule s y las b a lle n a s gris e s n o s o n
ig u a le s .» (Ste ve )
«Si n o h a y n o tic ia s , b u e n a s n o tic ia s .» (P a q u ita )
«Los n úm e r o s pare s s o n dife re nte s d e los n úm e r o s
im p a r e s , p e r o y o n o sé c óm o d is tin g u ir lo s .» (Ric a r d o )
«Las p e r s o n a s n o s o n co s a s .» (Vale rie )
«C o n ta r n o es lo m is m o q u e m e d ir .» (H e nr y )
«Los c a b a llito s de m a r n o s o n c a b a llo s .» (C in d y )
«C a m b ia r n o s ig nific a s e r m e jo r ; cre ce r s í.» (Jo h n )
«El G a to co n bo ta s n o es La Ra tita p r e s um id a .» (Se th)
«Yo n o s oy Ric a r d o .» (T omás )
«Las cos as n o s o n s ie m pr e lo q u e p a r e c e n .» (Dia n a )
«Mi m a d r e n o p u e d e ser m i p a d r e .» (S o fía )
Ju s to c u a n d o la s e ño r ita T ripp te r m in a de e s cr ibir la
o r a c ión d e S o fía , e l s e ño r S p r o c k e tt e ntr a s in lla m a r . Va
de p u n tilla s h a s ta e l fin a l d e la clas e y se s ie n ta e n u n a
s illa v a c ía . La s illa hace “C- R- A- C- K” y e l s e ño r
S p r o c k e tt se le v a n ta r áp id a m e n te . T odos no s v o lv e m o s
y le m ir a m o s .
— S e ño r ita T ripp, Elfie n o h a d ic h o n in g u n a o r a c ión
— dic e S e th.
P o d r ía m a ta r lo .
— ¿T ie ne s u n a o r a c ión , Elfie ? — m e p r e g u n ta la
s e ño r ita T ripp.
Dig o q u e n o c o n la c a be za .
El s e ño r S p r o c k e tt v a a la p iza r r a y p o n e u n a g r a n
e s tre lla de tr ás de los n o m b r e s d e S e th , Vale rie y He nr y .
De s p ué s dice :
— Lo s g a n a d o r e s , S e th , H e n r y y Vale r ie , ir án al p r o ­
g r a m a de te le v is ión .
S e th ve q u e te n g o lág r im a s e n los o jo s . N o p u e d e
d e ja r de inte ntar po ne r las cosas peor.
— N o pue de s ga na r u n concurs o si no te pre se ntas, Elfie
— dice .
¡Es ta n listo! ¡Algún d ía le ajus taré las cue ntas , s ólo espe- 5
ra y ve rás !
De s pué s o í p o r c a s ua lid a d a Dia n a de cirs e a sí m is m a :
«¿Qu é es lo q ue hac e q u e sus frases s e an me jore s ?»

10
E p is o d io 3

Es tá bie n, y a p u e d o olvidar m e de l pr o g r a m a de te le vi­


s ión. ¿Q u é p u e d o e s pe rar? ¿La o br a p a r a la As o ciac ión de
Padre s y Madre s d o n d e haré de pue rta? ¡Jo,tío! 15
¿Y q u é vo y a elegir, que da r m e e n este cole gio o ir a
otro? Cre o que p a p á y m a m á quie re n que va y a a otro cole ­
gio. Pe ro e s o s ignificaría de jar a So fía y a Dia n a y a la s e ño ­
rita T ripp y a todos los de m ás .
S in e mbargo, si m e que do , sé que pas ará: ¡no pas aré el 20
prim e r curs o ig ua l que casi n o m e d e ja n pa s a r e n Infantil!
¡Oh!, ¿q ué d e b o hace r?

E p is o d io 4 25

Alg un a s cos as v a n me jor, otras v a n pe or.


C o m o aye r p o r la ta r de , c u a n d o e s taba s a lie nd o de l
co le gio y Se th se ace rcó y m e pr e guntó:
— Eh, Elfie , ¿quie re s a tu padr e ? 30
— Cla r o — dije
Ento nce s gritó a to d o el m u n d o :
— ¡Eh, mirar! ¡Aquí h a y u n a c hic a q u e dice q u e e s tá
e n a m o r a d a de s u padr e !
5 Es o e s tuvo ba s ta nte m a l. Es ta ta r de m e a r r in c o n ó de
nue vo .
— ¿Quie re s a tu pa dr e , Elfie ? — q uis o s abe r.
— N o — dije .
«Se g uro q ue le he d e ja d o c o r ta do !», m e d ije a m í
10 m is m a .
— ¡Oh, vo y a de cirle a tu pa d r e q u e has d ic h o q u e n o
lo quie re s !
Me gus ta ría arras trarme d e b a jo de l po rc he y q u e d a r ­
m e a llí d ur a nte u n a s e m a na .
E p is o d io 1

IANA, S o fía y y o v a m o s ju n ta s a n d a n d o h a c ia

D
e l cole gio. ¡Me s ie nto ta n fe liz c u a n d o e s toy
c o n e llas ! ¡Soy m u y a fo r tu n a d a p o r te ne r­
las c o m o a m igas !
D ia n a y S o fía v a n de la m a n o . Es e s tup e nd o c u a n d o 5
tus a m ig a s s on a m ig a s . Ya sé que dije e s o ante s , ¡pe ro es
q u e s igo p e n s án d o lo ! Es otro de mis s e cretos, pe r o n o es
m u y im p o r ta n te .

10
E p is o d io 2

Más ta r de , p o r la m a ña n a , c u a n d o y a nos he m o s s e n­
ta d o y c a lla do , la s e ño rita T ripp nos dice :
— ¿ C ó m o lla m a r ía m o s a u n a o r a c ión q u e dic e q u e 15
u n a c o s a n o es o tr a c os a?
— ¡UNA DIS T IN C IÓN ! — conte s tamos to do s a la ve z.
— ¿Y c óm o lla m a r ía m o s a u n a o r a c ión q u e dic e q u e
a lg u n a s cos as no son otras cos as ?
— ¡UNA D IS T IN C IÓN ! — g r ita m o s to d o s . 20
— ¿Y si u n a o ra c ión e m pie za co n la p a la b r a no , c óm o
se lla m a ? — pre gunta la s e ñorita T ripp.
— ¡UNA DIS T IN CIÓN ! — de cim os to do s junto s .
— ¿Y si de cimo s que algo es diferente de otra cos a,
c óm o se lla m a ? — dice la s e ñorita T ripp.
— ¡UNA DIS T IN CIÓN ! — de c imos otra ve z.
— ¡Muy bie n! — dice la s e ñorita Tripp.
Vale rie le vanta la m a n o y dice :
— Se ño r ita T ripp, s e guimos h a b la n d o de que a lg unas
cos as no s on otras cosas, pe ro ¿po r q u é n o h a b la m o s
n u n c a de que alg unas cos as son otras cos as?
— Es a es u n a b u e n a pre gunta , Vale rie — dice la s e ñor i­
ta T ripp— . ¿Ha y alg uie n q ue p u e d a a y ud a r a Vale rie ?
Se th b a ja la m a n o y dice :
— De c im os s on c ua n d o las cos as s on iguale s . C o m o
c u a n d o dig o «los m uc ha c ho s s on niños », p o r q ue la p a la b r a
“m uc h a c h o s ” y la p a la b r a “n iño s ” s ignifican lo mis mo.
Vue lve a le va ntar la m a no .
He nr y se e nrolla la m a n ta alre de do r de l cue llo y dice :
— De c im o s s on c u a n d o las cos as p e r te n e c e n a u n
g r u p o . C o m o si d ije r a : «T odos no s o tr o s s o m o s d e p r im e r
curs o.» Q u ie r o d e c ir q u e p e r te n e c e m o s a la clas e de p r i­
me ro.
— ¿ Q u é p a s a co n la s e ño rita T ripp? — dice Bruce , pe r o
He n r y n o conte s ta.
— De c im o s s on c u a n d o a lg u n a cos a pe rte ne ce a a lg u ­
n a otra, c o m o c u a n d o digo: «Es tas canic a s s on mía s »,
p o r q u e las canica s me pe r te ne c e n. Y ta m b ié n , «los lim o ­
ne s s on am ar illos », p o r q ue el color a m a r illo pe rte ne c e al
lim ón — dic e Jo h n .
— Jo h n , n o e s toy s e gura de q ue te nga s r a zón — dice
S o fía .
— P ue s de m ue s tr a q ue e s toy e q u iv o c a d o — es to d o lo
q u e dic e Jo h n .
S o fía c o n tin úa :
— Tal c o m o tú lo dice s , las canicas s on de tu propie ­
dad y e l a m a r illo es u n a p r o p ie d a d de l lim ón . Pe ro y o lo
ve o de o tr a m a n e r a . C u a n d o yo digo: «Los lim o ne s s on
am a r illo s », q uie r o de cir q ue los lim o ne s s on e je m plos de
cos as a m a r illa s .
— Es o es cie rto, Jo h n — dice D ia n a — m ir a , es c o m o si
y o d ig o «He nry y Lin d a s on e s tudiante s », lo q u e r e a lm e n ­
te q uie r o de cir es q u e He nr y y Lin d a s on e je m plos de
e s tudiante s .
— Y la s e ñorita T ripp es u n e je m plo de profe s ora — dice
Lin d a .
La s e ño r ita T ripp n o dice n a d a . S ólo e s cribe e n la
piza r r a lo q ue h e m o s dic ho, y to do s lo m ir a m o s d ur a n te
u n rato.

E p is o d io 3

A h o r a e s toy e n ca s a, e n m i m e c e d o r a .
«Ho y a p r e n d í m u c h o — m e d ig o a m í m is m a — y a sé lo
q ue q uie r o de cir c u a n d o us o las pala bra s : es y s on.
Ento nc e s la o r a c ión apare ce de p r o n to e n m i me nte :
«Se th es u n a r a ta .»
Me d ig o a m í m is m a : «¿ C óm o es p o s ib le ? S e th n o es
u n m ie m b r o d e l g r u p o d e las ratas . Y s in e m b a r g o , es
u n a r a ta , p o r q u e s ie m pr e te n g o m ie d o de q u e se a r r a s ­
tre h a c ia m í s ig ilo s a m e n te y m e m u e r d a .»
Me p r e g unto si e s ta n o es u n a fo r m a m ás de utilizar las
p a la b r a s es y son.
Sig o b a la n c e án d o m e y e m p ie zo a s o ña r de s pie rta .
S u e ño u n m u n d o d o n d e cas i to da s las pe r s o nas s on ratas .
S u e ño q u e e s toy otra ve z e n la clas e . H a y do s ratas
m ir a n d o . Oig o a la p r im e r a ra ta de cir:
— ¡Mira, n o s on ratas ! ¡Son pe rs onas !
Y la s e g un d a r a ta dice :
— ¡Es ve r d a d , to do s m e no s Se th!
S u p o n g o q ue los de u n a m is m a e s pe cie se re c o no c e n
e ntre sí.

E p is o d io 4

— ¡Dia n a , n o p u e d o r e c o r d a r tu d is tin c ión ! — d ig o .


— La s cos as n o s o n s ie m pr e lo q u e p a r e c e n — dic e
D ia n a .
— ¡Oh, sí! Ah o r a re cue rdo. Pe ro Dia n a , m uc h a s cos as
son e x actam e nte lo que par e ce n — digo.
— ¿ C o m o q u é ? — p r e g u n ta D ia n a .
— ¡C o m o e l S o l! — d ig o — . Le v e m o s s alir p o r la
m a ñ a n a y p o ne r s e p o r la ta r d e , y r e a lm e n te o c urr e de
la m a n e r a e n q u e no s o tr o s v e m o s q u e oc urr e .
— ¿De ve ra s ? — p r e g u n ta D ia n a .
S a c a s us p in tu r a s y e m p ie za a d ib u ja r .
Alg u n a s ve ce s m e p r e g u n to si D ia n a es ta n in t e li­
g e nte c o m o p a r e c e . T odo e l m u n d o ve a l S o l cr uza r el
cie lo. T o do e l m u n d o s abe q u e es as í. Jo , ¿n o s a be e lla
q u e ver es creer?

E p is o d io 5 5

La s illa de Lin d a h a e s tado v a c ía to d o el d ía . Me


pr e g un to si e s tar á e n s u n ue v o cole gio y si s e rá fe liz allí.
Re c ue r d o lo e n fa d a d a q u e se p o n ía c u a n d o Se th le tir a ba
d e las tre nzas . Re c ue r d o lo o rg ullo s a q ue e s ta ba de los 10
d ib u jo s q u e h a c ia c o n los de do s .
La e c ho de m e no s .
E p is o d io 1

n
STA m a ñ a n a un a u to b ús e s colar c h o c ó c o n u n
■ coche . Alg uno s n iño s s a lie ro n de s p e d id o s de
sus as ie ntos , pe r o n a d ie s ufr ió he r idas de
c o ns id e r a c ión.
— Do y gracias p o r n o ha be r id o e n ese a u to b ús — dice
Ste ve .
— Yo ta m b ié n — dic e Ric a r d o — . De b e r ía m o s de cir
p o r q u é e s tam os ag ra de cido s .
— Yo d o y gra c ia s p o r te ne r s ie m pr e c o m id a e n cas a
— dic e T omás .
— Yo d o y gracias p o r te ne r u n a c a m a a g r a d a b le y
c a le ntita — dice Bruce .
— Yo p o r ser ta n inte lige nte — dic e Se th.
S o fía m ir a a l s ue lo. De s pué s pre gunta :
— ¿Es tá b ie n q ue e s te mos a q u í d ic ie n d o lo b ie n
a lim e n ta d o s q ue e s tamos , c u a n d o h a y n iño s q u e vie ne n
al c o le g io c o n ha m b r e ?
— ¿Y c u a n d o h a y n iño s q ue s o n m a ltr a ta d o s ? — dice
Dia n a .
— ¿Y n iño s q u e ne c e s itan o pe ra c io ne s que sus fa m ilia s
n o p u e d e n p a g a r ? — dice Jo h n .
— ¿Y n iño s a los q u e ha c e n s e ntirs e a ve rg o nza do s s in
m o tiv o ? — dice He nry.
iC óm o de s e aría ha be r s ido yo la que hubie ra dic ho lo 5
que dijo He nry!

E p is o d io 2
10
— H a y u n e nc ue ntr o c o n los padr e s e n e l otro cole gio,
Elfie — dic e m i p a d r e — . ¿Te gus taría ir a vis itarlo y ve r
c óm o es?
P ie ns o p a r a m í m is m a : «No vo y a pas ar este a ño .
S e g ur o q u e re pe tiré. Se th es u n a rata. Y Dia n a y S o fía se 15
g us ta n m ás e ntre e llas de lo que y o les gus to.»
Por e s o le dig o a m i padre :
— De acue rdo. Se g ur o que pue do.
¿Q u é m ás d a ? U n cole gio dife re nte no s e rá m u c h o m e ­
jor. S o y e x actame nte lo que s ie mpre m e lla m a Chuc k: ¡una 20
p e q u e ña e s túpida!, ¡que s ólo sirve p a r a hace r de pue rta!

E p is o d io 3
25
Es o fue ayer. Es ta m a ña n a , el s e ñor Sprocke tt e ntra e n
clase. N o llama. Va to do de azul. Es tamos ta n quie tos c om o
ratone s .
— ¡Bue nos días niño s y niñas ! —dic e e l s e ñor Sprocke tt.
— ¡Bue no s d ía s , s e ño r Spr o c ke tt! — d e c im o s to d o s . 30
— L a s e ño r ita T ripp m e h a d ic h o q u e h a b é is h e c h o
o r a c io n e s c o n es y s o n. ¡Es o e s tá m u y b ie n ! Es toy o r g u ­
llo s o d e vo s o tr o s — dice .
N o d e c im o s n a d a . Yo e s toy p e n s a n d o : «Bie n, e s as s on
5 las b u e n a s no tic ia s , y a h o r a ¿cuále s s on las m a la s ?»
El s e ño r S p r o c k e tt dice :
— Us a m o s es y s on p a r a e s table ce r re lacione s , ig ua l
q u e us a m o s no es y no son y n o p a r a hace r dis tinc io ne s .
— Es c ie rto, s e ño r S p r o c k e tt. Lo d e s c u b r im o s ay e r
10 — dic e S e th .
— B ie n — d ic e e l s e ño r S p r o c k e tt— . A h o r a os d ir é
a
u n a c o s a . P o d e m o s c e le br a r o tr o c o nc ur s o . Es ta ve z los
g a n a d o r e s s e r án a q u e llo s q u e h a g a n las m e jo r e s o r a ­
c io ne s u s a n d o es y s o n.
15 — ¿Y los g a n a d o r e s ir án a la te le v is ión ? — p r e g u n ta
D ia n a .
— Natur alm e nte — conte s ta el s e ñor Sprocke tt.
— ¡Bie n, de acuerdo ! — dice Dia n a .
Oig o e l dé b il e co de las palabr as de Dia n a e n m i cabe-
20 za: «¡Bie n, de acuerdo !»

E p is o d io 4

25 La s e ño r ita T ripp m e lle va a pa rte .


— Elfie — dice — , quie r o h a b la r c o ntig o s obre tu p a p e l
e n la o b r a p a r a la As o c ia c ión de Padre s y Madre s .
— Sí, la pue r ta — digo.
— Ex acto, la p u e r ta — dic e — . Pe ro es im p o r ta n te e n la
30 o b r a . S i c ua lq uie r a inte nta m ir a r p o r e l a g uje r o de la
ce r ra dura , la p u e r ta se a br ir á d e re pe nte . S i a lg uie n que
n o de b e tr ata de e ntr ar e n la h a b ita c ión , la p u e r ta se
ce rra rá c o n fue rza. ¡Es u n a p ue r ta dive r tida!
Entonce s n o seré s ólo u n a pue r ta cualquie ra. ¡Seré u n a
pue r ta div e rtidd ¡Me gusta la ide a! Qu ié n s abe , quizás aca- 5
pare la a te nc ión de todos . ¡Al me nos es lo que intentaré !

E p is o d io 5
10
El s e ño r Spro cke tt e ntr a. C u a n d o a n d a es c o m o si
d ie r a bote s .
— ¿N o es u n a m a ña n a pre cios a, chicos y chicas ? — dice .
Ap e n a s co nte s ta m os . Me pare ce q ue e s tamos d e m a ­
s ia d o d o r m id o s p a r a n o ta r q u e clas e de d ía hace . 15
— ¿T e néis listas vue s tras orac ione s c on es y s on? — dice
e l s e ñor Sprocke tt.
Bruce m u r m u r a algo, pe r o n o p u e d o de cir q u é . N o h a
s id o m u y a g r a d a b le . Los d e m ás m o v e m o s la c ab e za
a fir m a tiv a m e n te . 20
¿P or q u é e s toy m o v ie n d o la c abe za? N o te ng o p r e p a ­
r a d a n in g u n a o r a c ión . Pe ro és ta ve z vo y a inte ntarlo.
S in e m ba r g o , ¿q u é p u e d o de cir? P ie ns o e n la cas a
d o n d e vivo. P ie ns o e n e l ja r d ín de atrás . P ie ns o en el
s auce y e n e l a r bus to de lilas . ¡Elar bus to de lilas !¡ C u án d o 25
flore ce tie ne un a s flore s m o r a d a s ta n bo nita s ! ¡Y esas
r a m a s ta n os curas !
N o q u e d a tie m p o p a r a pe ns ar. La s e ño rita T ripp ya
e s tá e m p e za n d o a e s cribir e n la pizarra. Es to es lo que
e s cribió: 30
«Los crios s on niño s .» (Se th)
«El cés pe d es ve rde .» (Ric ar do )
«Los favore s s on b ue na s ac cione s .» (Sofía)
«Los e le fante s s on a nim a le s .» (He nry)
«Yo s oy u n a pe r s o na .» (Dia n a )
— Ella h a us a d o la pa la b r a s oy. S ólo p o d ía ser es o s on
— dice Se th.
— No, s oy e s tá b ie n — dice el s e ñor Spro cke tt— . S ig a
e s c r ibie ndo s e ño rita T ripp.
La s e ño rita T ripp n o dice n a d a pe r o e s bo za u n a
p e q u e ña s onris a. Es cribe :
«Las p o m p a s de ja b ó n s on bo la s de aire .» (T omás )
«Los gatitos s on gatos jóv e ne s .» (P a quita )
«Las pe líc ula s de e xtraterrestres s on e s tupe nda s .»
(Bruce )
«Las pe lículas s on lo m is m o que fotos e n m o vim ie nto .»
(Cindy)
«Mi cabe za es parte de m i cue rpo.» (Jo hn)
«Los be bés s on niño s o niña s .» (Valerie)
La s e ñorita T ripp se d a la vue lta, m e m ir a y dice :
— ¿Y tú q u é , Elfie ? ¿T ie ne s u n a o r a c ión c o n es o son
p a r a de cirla?
Mi ca ra e s tá a r die nd o . De s e a ría s alir c o r r ie nd o y
e s c o nde r m e . F ina lm e nte , tr ago s a liva y digo, a p e n a s lo
ba s ta nte a lto p a r a q ue to do s lo o ig a n:
— Sí.
— ¿Podrías de cirnos c uál es? — pre gunta la s e ñorita
T ripp.
Las p a la br a s n o m e s ale n d e m a s ia d o b ie n , pe r o fin a l­
m e nte m e las arre glo p a r a de cir:
— Alg uie n q ue co no zc o es u n a r a m a de lila.
La clas e e s tá e n s ile nc io m ie n tr a s la s e ño r ita T ripp
e s cribe m i fras e e n la p iza r r a .
Me d ig o a m í m is m a : «¡Podrías habe r te q u e d a d o
m u d a ! ¡Mira la fras e ! ¡No tie ne n in g ún s e ntido! ¡Todo el 5
m u n d o se e s tá r ie n d o d e ti pe r o s on d e m a s ia d o b ue no s
p a r a de m os tr ar lo !»
— ¿Se ño r Sprocke tt, a ho ra p ue de de cirnos q uié n h a
g a n a d o ? — dice Se th.
El s e ño r Spro cke tt te r m in a de e s cribir nue s tras frases 10
e n u n a h o ja de p a p e l. Do b la la h o ja y se la me te e n un
bols illo. De s pué s dice :
— No, to d a v ía no. T e ngo que e s tudiarlas m ás de s pacio.
Quie r o pe ns arlo.
Va h a c ia la pue r ta , e ntonce s se d a la vue lta y nos dice : 15
— Os diré quie ne s s on los g anador e s de ntr o de uno s
día s .
De s pué s de eso, se va.
¿U no s día s ? ¿ C ó m o p o d e m o s e s pe rar un o s días ?
¿P e ro p o r q u é e s toy p r e o c u p a d a ? ¡Sé q u e n o he 20
ganado!
H a r ía m e jo r e n p e n s a r e n e l s e ño r Blur p . Es c o m p le ­
ta m e n te b la n c o , c o n u n o s e no r m e s ojo s ros as . ¡En q u é
i
c o n e jo ta n e n o r m e se e s tá c o n v ir tie n d o ! ¡Es ta n g r a nd e
c o m o la m e s a de la s e ño r ita T ripp! ¡Es tá lle n a n d o la 25
h a b ita c ión ! ¡ Gu a u , te ne m o s q ue a p r e tu ja r n o s c o n tr a las
e s q uin a s p a r a h a c e r s itio al s e ño r Blur p! ¡T e ndría q ue
h a c e r a lg o c o n él! ¡ Ráp id o ! O h , a h o r a e s tá b ie n , se e s tá
h a c ie n d o m ás p e q u e ño o tr a ve z. ¡Chico , fa ltó p o c o p a r a
q u e se a r m a r a ! 30
E p is o d io 1

YER p o r la ta r de fu im o s a l o tr o c o le g io p a p á ,
m a m á , Ka th y y yo. Ka th y d ijo q u e q u e r ía
v e n ir y «ve r m i n u e v o c o le g io .»
P r im e r o fu im o s a u n a h a b it a c ió n q u e e s ta b a lle n a de
g e nte m a y o r . T odo e l m u n d o e s ta b a de p ie b e b ie n d o
c a fé . ¡Café, p u a f!
De s p ué s v is ita m o s a lg u n a s clas e s . La s ún ic a s q u e a
m í m e in te r e s a b a n e r a n las de p r im e r o y s e g u n d o .
E n p r im e r o h a b ía u n pro fe s or. N o s e n s e ñó los d ib u ­
jo s q u e los n iño s h a b ía n h e c h o y los p o e m a s y c ue nto s
q u e h a b ía n e s crito. N o le im o s los p o e m a s n i las h is to ­
ria s . De to d a s fo r m a s , e l p r o fe s o r e s tuvo h a b la n d o t o d o
e l tie m p o q u e e s tuv im o s a llí.
E n la clas e de s e g u n d o h a b ía u n a p r o fe s o r a . N o s
e n s e ñó la p e c e r a , la c a ja de a r e n a y los a d o r n o s d e las
v e n ta n a s , p e r o n o h a b ló m u c h o .
P a p á y m a m á h ic ie r o n a los d o s pro fe s ore s t o d o tip o
d e p r e g un ta s . Yo n o e s c uc hé . Me d e d iq u é a im a g in a r
c ó m o s e ría ir a e s e c o le g io .
De s p ué s , c u a n d o v o lv ía m o s a cas a, p a p á d ijo :
— B ie n , Elfie , ¿q u é p ie n s a s ? ¿Te g us tó? ¿Te g us ta r ía
ir a u n cole gio c o m o és e ?
— N o lo sé, m e gus taría pe ns arlo — dije .
Veis, a pr e ndí es o de l s e ñor Sprocke tt.
5

E p is o d io 2

Alg u n o s de no s o tr o s e s ta m o s ju g a n d o c o n c o n s tr u c ­
c io ne s , otr os e s tán le y e n d o libro s c o n d ib u jo s , otros 10
e s tán p in t a n d o c o n los d e d o s y a lg u n o s e s tán p e r d ie n ­
d o e l tie m p o c o n los títe re s .
— Elfie , he c o m p r a d o u n libro p a r a q ue lo ve as — dice
la s e ño r ita T ripp— . Es s obre pue r ta s . P ue r tas corre de ras ,
p ue r ta s ple g a ble s y pue r ta s giratorias , e inclus o un a s que 15
se lla m a n “pue r ta s h o la n d e s a s ” , co n u n a par te s upe rior y
u n a pa rte infe rior. Ves, p o d r ía s ser m uc h a s pue r ta s d ife ­
re nte s .
— ¿P o d r ía s e r to d a s ? — p r e g un to .
— Es o tie ne s q u e d e c id ir lo tú — dic e la s e ño r ita 20
T ripp.

E p is o d io 3
25
Bruce y Ric a r d o e s tán de pie co n las e s paldas junta s .
— Elfie , ¿q u ié n es m ás alto, Ric a r d o o yo?
Los m ir o u n ins tante y de s pués digo:
— N o p o d r ía de cirlo. P o ne d u n libro s obre vue s tras
cabe zas . 30
Se c o lo c a n u n libro s obre la cabe za.
— Bu e n o , a h o r a p u e d o de cirlo. Ric a r d o es m ás a lto
— dig o .
— P ue s va y a — dice Bruce .
5 — «Ric ar do es m ás alto que Bruce », es u n a o r a c ión c o n
es — le dig o a Vale rie .
Vale rie te r m in a de atars e el za p a to y dice :
— Sí, pe r o n o es c o m o las otras o rac io ne s co n es. Es
u n a ..., es u n a ...
10 La s e ño rita T ripp que h a e s tado e s c uch ando , dice :
— Es u n a com paración.
— ¿P o de m o s hac e r a lg una s , s e ño r ita T ripp? — dice
Vale rie .
La s e ñorita Tripp dice que sí. Le dice al resto de la clase
15 que h a g a n oracione s c o m o la que yo le he dic ho a Valerie.
Las escribe e n la pizarra, así:
«Las go m ino la s s on m ás dulce s que la pa s ta de die nte s .»
(Steve )
«Los os os s on m ás grande s que los pe rros .» (He nry)
20 «Las chicas s on tan inteligentes c om o los chicos .» (Valerie)
«Los pe rros s on m ás pe que ño s que los os os .» (Se th)
«Las hojas s on parte s de los árbole s .» (Cindy)
«Las motos s on m e nos pe s adas que los coche s .» (Bruce )
«N a da es me jor que ser feliz.» (Dia na)
25 «Las ar aña s s on m ás de s agradable s que las mos cas .»
(P a q u ita )
«El S o l es d e l m is m o t a m a ñ o q u e la L u n a .» (T omás )
«Es cr ibir es m ás p e s a d o q u e le e r.» (S o fía )
«M a ña n a e s tá m a s ce rca q u e aye r.» (Jo h n )
30 «Alg o es m e jo r q u e n a d a .» (Ric a r d o )
La s e ñorita T ripp m ir a lo que e s tá e s cribie ndo y dice:
— ¿Os g us ta r ía h a b la r de las o r a c io ne s ?
— S í m e g u s ta r ía — dic e P a q u ita — . M ir a d las o r a ­
c io ne s d e Va le r ie y T om ás , ¿s o n c o m p a r a c io n e s ? Dic e n
q u e a lg o es igual a a lg o . 5
— Es cie rto, pe r o ta m b ié n s on c o m p a r a c io ne s — dice
la s e ño r ita T ripp.
— P e ro la o r a c ión de T o m ás , ¡no es v e rdade ra ! ¡El
S o l es m ás g r a n d e q u e la Lu n a ! — dic e Bruce .
— ¿ Q u ié n h a d ic h o q u e nue s tr a s o r a c io n e s tu v ie r a n 10
q u e s e r v e r d a d e r a s ? — d ic e T omás .
— Ad e m ás — dic e D ia n a — , e l S o l y la L u n a p a r e c e n
d e l m is m o t a m a ño .
— S e ño r ita T ripp, ¿ q u é le pa re c e la o r a c ión de
C in d y ? ¿Es u n a c o m p a r a c ión ? ¡A m í n o m e lo pa r e c e ! 15
— dic e He nr y .
— T ie ne s r a zón , la o r a c ión de C in d y n o es u n a c o m ­
p a r a c ió n — d ic e la s e ño r ita T ripp.
— ¿E n to n c e s q u é e s ? — q uie r e s a be r Cin d y .
— B ie n — dic e la s e ño r ita T ripp, m ir a n d o c o m o si n o 20
s u p ie r a p o r d ó n d e e m p e za r — . Mir a , las c o m p a r a c io n e s
s o n u n a clas e d e re lación. P e ro las c o m p a r a c io n e s n o
s o n la únic a clas e de r e la c ión . H a y otras m u c h a s . Lo
q u e dic e C in d y «s on parte s de», n o es u n a c o m p a r a ­
c ió n , es u n a p a r te de u n to d o . 25
— S e ño r ita T ripp, ¿ a lg ún d ía p o d e m o s h a b la r m ás
s obr e o tr as clas e s de r e la c io ne s ? — p r e g u n ta D ia n a .
— ¿ O h ? P e ns é q u e p o d r ía m o s v o lv e r a las o r a c io n e s
c o n es y s on — dic e la s e ño r ita T ripp.
— ¡Ba h, e s o s o n n iñe r ía s ! — dic e S e th . 30
Ba la n c e a r m e m e hac e pe ns ar. No , n o es corre cto.
S ie m pr e pie ns o. Lo q ue q uie r o de cir es q u e b a la n c e a r m e
5 m e ha c e p e ns a r mejor.
Es u n m ila g r o q u e a ú n n o m e h a y a n lle v a d o a l otro
cole gio. S u p o n g o q u e e s tán e s p e r a nd o a q u e m e d e c id a .
Pe ro a ú n n o e s toy p r e p a r a d a p a r a de cidir.
S i p a p á m e dice : «Elfie , e l cole gio n u e v o ^s m e jo r q ue
10 e l q u e tie ne s a h o r a », y o le diré:«¡P a pá, a c a b a s de hac e r
u n a c o m p a r a c ión !»

E p is o d io 5
15
— S e ño r ita T ripp, ¿p o d e m o s m e d ir dife re ncia s ? — pre ­
g u n ta Dia n a .
— N a tur a lm e n te — dice la s e ño r ita T ripp— . Co g e e s a
h o ja de p a p e l de tu me s a . P ue de s m e d ir e l a n c h o y pue-
20 de s m e d ir el largo. Lo m e dir ía s c o n u n a re gla.
— N o m e h a b ía d a d o c ue nta de q u e las dife re ncias
p o d ía n me dirs e — le d ig o a So fía .
— Bue n o , a lg una s s í — dice .
— O h , e s toy s e gura de q ue todo se p u e d e m e d ir — le
25 dig o.
— ¿ C ó m o vas a m e d ir la dife re nc ia e ntre u n c e n tím e ­
tro y u n m in u to ? — es to d o lo q ue S o fía dice .
Apue s to a q u e p o d r ía hace rlo. Es toy s e g ura d e q u e lo
ún ic o q u e hac e fa lta es a lg ún tip o de re gla e s pe cial.
E p is o d io 1

o
e ñ o r it a T ripp, ¿ c u á n d o v a a s e r e l p r o g r a m a
- de te le v is ión ? — dice Vale rie .
— El 1 4 d e fe bre ro, p o r la ta r d e — d ic e la
s e ño r ita T ripp.
— ¿Y c u á n d o es la o b r a p a r a la As o c ia c ión de P adr e s 5
y Ma d r e s ? — p r e g u n ta He nr y .
— El 1 4 de fe bre ro, p o r la m a ñ a n a — dic e la s e ño r i­
ta T ripp.
— ¡El m is m o d ía ! — d e c im o s to d o s .
— S í, e l m is m o d ía , p e r o a dife re nte s h o r a s — d ic e la 10
s e ño r ita T ripp.
S e th e s tá m ir a n d o e l m e s d e fe bre ro e n e l c a le n d a ­
rio. De p r o n to , dice :
— ¡S e ño r ita T ripp! ¡El 1 4 d e fe bre ro es e l D ía d e S a n
Va le n tín ! 15
Me p r e g u n to c óm o p o d r á n o c ur r ir las tres cos as e n
e l m is m o d ía . De a lg u n a m a n e r a , n o pa re c e p o s ib le . ¡Es
d e m a s ia d o p a r a u n s o lo d ía !
¡E n c im a , e l 1 4 de fe bre ro e s tá a la v u e lta de la
e s q u in a ! 20
De s pués de la ce na trato de m a rc har me de la me s a,
pe r o m a m á dice:
5 — Un m inuto , Elfie.
Me s ie nto de nue vo . Me im a g in o lo q ue v a a ocurrir.
— ¿Ha s p e n s a d o e n el c a m b io de cole gio, Elfie ? — pre ­
g u n ta p a p á.
— S í — digo.
10 — ¿Y q u é has de cidido ? — pre gunta m a m á.
— N o he d e c id id o . Ne c e s ito u n p o c o m ás de tie m p o
— dig o .
— ¿Has ta c u án d o ? — pre gunta p a p á.
¿Has ta c u án d o ? N o te ngo ni ide a. S ólo ha y u n a fe cha
15 e n m i me nte , p o r e so digo e n voz alta:
— ¡El 14 de febrero!
— De a c ue r d o , e l 1 4 de fe bre ro. ¡Pero n o m ás ta r de !
— dic e p a p á .
C u a n d o m e cruzo co n Ch u c k e n el pa s illo, m e dice :
20 — ¿P o n ie n d o tu v id a e n o rd e n, Elfie ?
¡Me p r e g unto q u é quis o de cir c o n e s o!

E p is o d io 3
25
M a m á e s tá c o s ie n d o u n b o t ó n d e s u je r s e y y y o
e s toy m ir a n d o . P e ro e s toy p e n s a n d o e n otras cos as .
De r e p e nte dig o : «S o fía ». Me s a le de fo r m a in e s p e ­
rada.
3 0 — ¿Q u é dijis te , c a r iño ? — p r e g un ta m a m á .
— N a d a — le digo, pe r o sé pe r fe ctam e nte lo q u e he
dic ho.

E p is o d io 4

¡Toe, toe , toe ! ¡Es e s a lla m a d a ! ¡Es él! ¡Es el s e ñor


Sprocke tt!
Lle v a p u e s to u n tr a je ve r de c o n u n a c o r b a ta b la n c a .
¡Y u n a flo r e n e l o ja l!
P or s upue s to , S e th le v a n ta la m a n o .
— ¿N o s v a a de c ir los g a n a d o r e s d e l s e g u n d o c o n ­
c urs o ? — p r e g u n ta .
— B ie n , n o e x a c ta m e n te — dic e e l s e ño r S p r o c k e tt.
— ¡ M m m m m .J — d e c im o s to d o s .
— Veréis — e m pie za el s e ñor Sprocke tt— , c u a n d o c opié
las oracione s que la s e ñorita T ripp p us o e n la pizarra, o lvi­
d é p o n e r los nombr e s ju n to a ellas. Por e s o p u e d o de ciros
las dos oracione s ga nadora s , pe ro n o q uie n las e s cribió.
— N o im po r ta , s e ñor Sprocke tt. ¡Nosotros se lo dire mos !
— dice Ricardo.
— De acue rdo, e ntonce s — dice el s e ñor Sprocke tt— las
dos oracione s g anador as h a n s ido:
— «Los favore s s on b ue na s a c c io ne s ...»
Inte rr um pim os y gritamos :
— ¡Es de Sofía! ¡Es de Sofía!
So fía n o dice na d a . S ólo s onríe u n poco.
— Y la o tr a o r a c ión g a n a d o r a , la o tr a o r a c ión
g a n a d o r a ... ¿ D ón d e la he p ue s to ? La te n ía a q u í ha c e u n
m in u t o — dice e l s e ño r Spro cke tt.
— O h , n o p o d e m o s e s pe rar, s e ñor Sprocke tt — le r o g a ­
m o s — . Enc ué ntr e la , p o r favor.
— ¡Oh, a q u í e s tá! — dice fina lm e nte .
De s d o b la u n trozo de p a p e l de la nte de él y, le ntame n-
5 te , lee:
— «Alg uie n q u e co no zc o es u n r a m o de lilas .»
Es c o m o si to d o e x plotara a m i alre de dor, y to d o el
m u n d o e s tá fe licitándome : «¡Elfie! ¡Elfie!». La s e ñorita T ripp
m e abra za y m e abraza, y y o lloro e nc im a de s u ve s tido. Me
10 acaricia el pe lo y m e d a u n be s o e n la cabe za y dice :
— Fe lic idade s , Elfie . ¡Me re cías g a na r !
La s e ño rita T ripp m e d a u n p a ñu e lo de p a p e l y m ie n ­
tras lo e s toy us a nd o , ve o a u n m o n t ón de chicos a lr e de ­
d o r de S o fía .
15 Entonce s So fía vie ne ha c ia m í y m e aprie ta el brazo y
dice :
— ¿N o es ma ra villo s o, Elfie ? ¡Es tare mos ju n ta s e n el
p r o g r a m a de te le vis ión!
De re pe nte u n p e n s a m ie n to cruza m i m e nte : «¿Qu é
20 p a s a si to d o e s to es s ólo u n s ue ño ?» Ento nc e s m e d ig o a
m í m is m a : «¡Bie n, si es as í, es el m e jo r s u e ño q ue he te n i­
d o n u n c a !»
S o fía y y o nos m ir a m o s y nos re ímos , y sé q ue n o es
u n s ue ño.
25

E p is o d io 5

— S e ño r ita T ripp — dice S o fía — , s e g uim o s co mpara n-


30 d o cos as e ntre sí, c o m o c u a n d o c o m p a r a m o s pe rs onas
c o n gigante s y a vio ne s c o n cohe te s y cos as as í, ¿pe r o s ólo
p o d e m o s c o m p a r a r cos as c o n otras cos as ?
La s e ño r ita T ripp pare ce c o n fu n d id a .
— N o lo sé. ¿ Q u é pe ns áis los d e m ás ? — dice .
La m a n o de to d o e l m u n d o e s tá le v a n ta d a y to d o s di- 5
ce n: «Yooo» y «yoo, y o o », y «lo sé, y o lo s é.»
Pe ro n o e s toy e s c uc h a n d o lo q ue dic e n. Es toy p e n ­
s a ndo : «¡Oh, q u é p r e g unta h a h e c h o S o fía ! ¡Qué p r e g u n ­
ta ta n e s tup e nd a !»
Y de s pué s m e d ig o a m í m is m a : «¿Qu é otras cos as 10
p o d r ía m o s c o m p a r a r ? T e ne mos q u e c o m p a r a r u n a cos a
c o n otr a cos a. Pe ro e s pe ra, ¿n o p o d r ía m o s c o m p a r a r
cos as c o n ide as ?»
N o le v a n to la m a n o . S ig o p e n s a n d o e n la pr e g un ta de
S o fía y e n m i re s pue s ta. Y sé q ue s e guiré p e n s a n d o e n 15
e llo ha s ta lle gar a cas a, y p o r la no c he c u a n d o m e v a y a a
do r m ir . S u p r e g un ta y m i re s pue s ta. ¡Qué b ie n q u e d a n
jun ta s !
E p is o d io 1

IVI %
K
# I E DESPIERT O y m ir o e l c a le nd a r io q u e te ng o
I I ce rca de la c a m a . ¡12 de fe bre ro! ¡Sólo
JL JL q u e d a n do s días !
H e m o s e s tado e n s a y a n d o to d o s los día s p a r a la o b r a
de la As o c ia c ión, pe r o n o he m o s e n s a y a d o n a d a p a r a el
p r o g r a m a de te le vis ión.
La s e ño rita T ripp nos dice q ue n o nos p r e o c upe m o s ,
p e r o y o e s toy p r e o c u p a d a . N o le d ig o n a d a a la s e ño rita
T ripp. P o dr ía pe ns a r que s oy u n a n o v a ta .

E p is o d io 2

Mie ntr as e s táb a m o s c o lg a n d o los abr igos e n e l a r m a ­


rio, Ste ve e m p u jó s in que re r a Bruce . Bruce dijo:
— Te crees m u y lis io, ¿ve r da d, Ste ve ?
— ¿Q u é p a s a contigo , s a b ih o n d o ? — d ijo Ste ve .
N o se pe le a ron, pe ro s e guí p e n s a n d o e n lo que h a b ía n
dic ho. De s pués m e vo lví ha c ia Dia n a y le dije :
— Dia n a , ¿q u é s ignifica ser s a bio ?
— N o lo sé. Qu izás ser p r o fu n d o — d ijo Dia n a .
As í q ue a h o r a e s toy p e ns a nd o : ser s a bio es ser p r o ­
fund o , c o m o u n o c é a n o es pro fundo . U n a pe r s o na p u e d e
ser lis ta y e s o es to do . Pe ro otr a pe r s o na p u e d e ser p r o ­
fu n d a y e nto nc e s se le lla m a sabia. ¿Es e s o lo q ue es 5
S o fía ? ¿Y es p o r e s o p o r lo q u e m e gus ta ta nto ?

E p is o d io 3
10
¡ES 1 4 DE F E B RE RO! T odo e l co le gio e s tá e n e l s a lón
d e ac to s , p e r o n ue s tr a clas e e s tá e n e l e s c e nar io , de trás
d e l te lón . L a s e ño r ita T ripp dice :
— ¡S h h h h h !
Y to d o s nos otros s us urramos : 15
— ¡S h h h h h !
Ento nc e s se abre el te lón.
P a q u ita es e l fue g o d e la c h im e ne a , p o r e s o m a n tie n e
s us m a n o s le v a nta d a s , c o m o si fue ra n llam as .
Bruce e s tá de ntr o de u n a ca ja a bie rta . Es u n progra- 20
m a de te le vis ión. T odos los d e m ás e n la h a b ita c ión lo
e s tán m ir a n d o . Es u n la d r ón . Ah o r a , a q u í lle ga Ric a rd o.
T a m bié n e s tá e n la caja . Es p o lic ía . T odo e l m u n d o m ir a
c o m o Ric a r d o s im u la q ue e s tá pe r s ig uie ndo a Bruce .
Yo t a m b ié n m ir o . S ó lo s oy u n a p u e r ta , p e r o e s toy 25
m u y n e r v io s a y m e m u e v o h a c ia atr ás y h a c ia d e la n te .
El p r o g r a m a de te le vis ión se h a a c a b a d o . S o y u n a
p u e r ta ce r ra da. De re pe nte m e a br o y to d o el m u n d o
p u e d e ve r a S e th, ¡que h a e s tado m ir a n d o p o r el a g uje r o
de la ce r ra dura ! ¡P ue d o oír al p úb lic o reírse! 30
Ah o r a lle g a H e n r y al e s ce nar io, ve s tid o c o m o u n
la d r ón . O b lig a a to d o s a q u e le d e n e l d in e r o d e la
c o m id a .
C u a n d o corre h a c ia la p ue r ta p a r a e s capar, m e cie rro
c o n fue rza y le co jo p o r la pie r na .
— ¡Hurr a! — g r ita n to d o s — . ¡La p u e r ta h a c a p tu r a d o
a l la d r ón !
E n to n c e s cae e l te lón y e s c uc h a m o s a l p ú b lic o
a p la u d ir .
La s e ño rita T ripp m e dice q ue s alg a y s a lude . N o e s toy
m u y s e gura de c óm o hace rlo; pe r o he e s tado e n s a y a n d o
q u e e ra u n a p u e r ta h o la n d e s a , p o r e s o vo y de la nte de l
te lón y c olo co las pie r na s m u y de re chas y m e d o b lo has ta
q u e m i c ab e za p r ác tic a m e nte to c a el s ue lo. ¡T odos se ríe n
de m i s a lu d o e s tilo p ue r ta h o la nd e s a !
Du r a n te e l re s to de la m a ñ a n a , h a b la m o s de lo b ie n
q u e no s h a s a lid o la o b r a . Pe ro a ú n e s toy p r e o c u p a d a .
¿ Q u é h u b ie r a p a s a d o si to d o s ale m a l? La g e nte le d ir ía
a C h u c k : «¡T e nías r a zón ! ¡Tu h e r m a n a es u n a to n ta !»

E p is o d io 4

— S e ño r ita T ripp, ¿n o nos te ne m o s q u e pr e pa r a r p a r a


e l p r o g r a m a de te le vis ión? — digo.
La s e ño r ita T ripp se ríe y dice :
— Nos d ir án lo que te ne mos que hace r c u a n d o e s te mos
allí, Elfie .
— ¡Elfie h a h e c ho u n a pr e gunta ! Ate n c ión to d o el
m u n d o , ¡Elfie h a h e c ho u n a pre gunta ! — grita Se th.
— ¡Se th es ta n ape s tos o! — le d ig o a So fía . Pe ro lo que
h a d ic h o e ra ve r d a d . ¡Es la p r im e r a ve z que he h e c h o u n a
p r e g un ta de s de q ue vo y al cole gio!
— T e ngo la s e ns a c ión, Elfie , de que de s pués de e s to
n a d a v a a ser ig ua l — dice S o fía . 5

E p is o d io 5

S o lía de c ir m e a m í m is m a : «¡Sí al m e no s p u d ie r a pe n- 10
s ar c o n c la r id a d !» Es o e ra p o r q u e n o s a b ía n in g u n a res­
pue s ta .
Pe ro a h o r a p ie ns o q ue da r la re s pue s ta corre cta n o es
ta n im p o r ta n te .
Lo q u e es im p o r ta n te es hac e r las pre gunta s corre ctas . 15
¿O ser c a p a z de hac e r cor re ctame nte las pre gunta s ? ¿O
p o d r ía n ser a m b a s cos as ?
E p is o d io 1

HORA vo y a de ciros lo q ue s uc e d ió e n el e s tu­

A d io de te le vis ión. Pe ro p r im e r o d e ja d m e
de ciros c óm o lle g am o s allí. F uim o s to d o s
ju n to s e n el coche de la s e ño rita T ripp. Es u n coche m u y
p e q u e ño , p o r e s o He nr y tuv o q ue s e ntars e e n c im a de
Se th y yo e n c im a de Vale rie . S o fía se s e ntó s ola y la s e ño ­
rita T ripp c o n d uc ía .
— S e ño r ita T ripp, ¿h a y a lg o q ue p o d a m o s hace r p a r a
pre pa r a r no s ? — p r e g un tó Vale rie .
— ¿P or q u é n o pe ns áis a lg una s pre gunta s q u e os g us ­
ta r ía hace r? — d ijo la s e ño rita T ripp.
— De a c ue r d o — d ijo S e th— m i p r e g un ta es: ¿T ie ne n
ce jas los pe rros ?
— Y m i p r e g u n t a — d ijo He nr y — es: ¿ D ón d e v a tu
re gazo c u a n d o te po ne s de pie ?
— ¡Oh , e s a es u n a p r e g u n ta m uy vis ta ! — d ijo
Vale rie — . Mi pr e gunta es: ¿En q u é se pare c e u n re loj a u n
te r m óm e tr o ?
— Lo que y o quie r o s abe r es: ¿Si dos pe r s onas m o n ta n
e n u n caballo, tie ne u n a que m o n ta r de la nte ? — dije yo.
— Y yo quie r o s abe r: ¿C u a n d o llegas al final de l univ e r­
so, to d a v ía pue de s s acar la m a n o al otro la d o ? — d ijo Sofía.
Allí e s táb a m o s , s e nta do s uno s e n c im a de los otros , h a ­
b la n d o s obre nue s tras pre gunta s , y ante s de que nos d ié ­
r a m o s c ue nta e s táb a m o s e n el e s tudio de te le vis ión. 5
U n h o m b r e q u e lle v a b a a ur ic ula r e s s a lió de u n a s a la
d e c o n tr o l y d ijo :
— H o la , s oy Mik e . Os e x plic a r é lo q u e v a m o s a
hace r.
T e nía u n a b a r b a ta n g r a n d e q u e n o p u d e ve r lo q u e 10
e s ta b a d ic ie n d o . Er a r e a lm e n te s im p átic o , p e r o u s a b a
ta l c a n t id a d de p a la b r a s raras q u e n o fu im o s c a pa c e s de
e n te n d e r lo . C o m o im prov is ar. ¿ Q u é d e m o n io s s ig n ific a
e s o ? P or e s o dije :
— A ú n n o s a b e m o s q u é se s u p o n e q u e te n e m o s q u e 15
hace r.
— Es tá b ie n — d ijo Mik e — . N o p a s a n a d a . ¡Lo q u e
q u ie r o es q u e h a b lé is c o n fre s cural
P e ns é p a r a m í m is m a : «¡Bie n, de s d e lu e g o e s to es
d ife r e n te ! E n e l c o le g io y e n ca s a s ie m pr e no s d ic e n , 20
¡no seas fre s ca! ¡Pe ro a q u í es ju s to lo q u e quie re n que
s e a m o s !»
— ¡Sofía, s igue n c a m b ia n d o las re glas! — s us urré.
— Lo sé. ¡Es c o m o tratar de ju g a r a la lim a u s a n d o las
re glas de l e s condite ! — conte s tó. 25
— ¡Shhhh! — d ijo la s e ño rita T ripp.
Inte ntamo s que pare cie ra c om o si no hubié r a m o s e s ta­
d o ha bla ndo .
— Ahor a , Se th, quie r o que tú seas el que dirija — dijo
Mike . 30
Se th, se s e ña ló e l pe c h o co n e l d e d o y tr a g ó s a liva.
— ¿Yo? — d ijo .
Er a la p r im e r a ve z q u e v e ía a S e th c o n a s p e c to de
e s tar a s us ta d o .
— Y s e ño r ita T ripp — c o n t in u ó Mik e — , q u ie r o q u e
us te d h a g a e l p a p e l de M a m á Ga n s o . ¿Le pa r e c e b ie n ?
— ¡Cua! — fue t o d o lo q u e la s e ño r ita T ripp d ijo .
— ¡No, no! ¡Los patos ha c e n cua! ¡Los gans os ha c e n
ho nc ! Us te d es u n gans o, s e ño rita T ripp — d ijo Se th.
— Gr a c ia s , Se th. T rataré de r e co rd ar lo . ¡Ho nc ! — d ijo
la s e ño r ita T ripp.
— Ah o r a , los d e m ás , Elfie , S o fía , H e n r y y Vale r ie ,
h a b é is v e n id o a vis ita r a la fa m o s a M a m á Ga n s o . ¿Lo
h a b é is c o m p r e n d id o ? — d ijo Mike .
— S u p o n g o q u e s í — c o nte s tó H e n r y — . ¿ Q u é h a c e ­
m o s , e ntr e vis ta rla ?
— S i q u e r é is ... — d ijo Mik e — . Va m o s a e n s a y a r p r i­
m e r o . Volve r é a la s a la de c o ntr o l. ¡Se th, t ú dir ige s !
— De acue r do — dijo Se th— . M a m á Ga ns o , p o r favor
p o nte esta gorra y s iéntate e n esta b a n q u e ta alta. ¡Los
de m ás s e ntaos e n el s ue lo! ¡Valerie, m ir a a la c ám ar a, po r
favor! ¡Henry, s ácate el d e do gordo de la bo ca! ¿Elfie y
Sofía, tenéis que ir con las m a no s cogidas ?
— ¿P o r q u é n o ? S o m o s a m ig a s — d ijo S o fía .
— Es tá b ie n — d ijo S e th — . C u a n d o y o c ue nte tres
e m p e za r e m o s e l p r o g r a m a . Re c o r d a d , s ólo es u n e n s a ­
yo. E m p e záis p r e g u n ta n d o a M a m á G a n s o c u a lq u ie r
co s a q u e se os o c ur r a . ¡Uno, do s , T RES!
— M a m á Ga ns o, ¿podrías contarnos u n cue nto? — pre ­
g untó He nry.
— Alg o q u e tú h a y a s e s crito — a ñ a d ió Vale r ie .
— ¡Cuac ! Dig o , ¡honc! — d ijo M a m á Ga n s o .
— ¡ M a m á Ga n s o , p o r fa vo r! — g ritó S e th.
— ¿ Q u é os pa r e c e Ja c k y Jill? — d ijo M a m á Ga n s o .

Ja c k y Jill
s u b ie r o n a la c im a
p a r a tr a e r u n c án ta r o de a g u a .
Ja c k se c a y ó
y se r o m p ió la c r is m a
y d e s p ué s Jill c a y ó d a n d o tu m b o s .

— M a m á Ga n s o , n o lo e n tie n d o , ¿q u é s ig n ific a “c á n ­
ta r o ”? ¿P or q u é n o dic e s s im p le m e n te “c u b o ”? — d ijo
He nr y .
— ¡Ho nc ! — d ijo M a m á Ga n s o .
— ¿ M a m á Ga n s o , p o r q u é los c hic os v a n s ie m pr e e n
p r im e r lug a r ? ¿P o r q u é n o de c ir “Jill y Ja c k ” , y d e ja r q ue
Jill c a ig a p r im e r o ? — d ijo Vale rie .
— ¡Ho nc , h o n c ! — d ijo M a m á Ga n s o .
— ¿ M a m á Ga n s o , p o r q u é tie n e n q u e coge r u n c u b o
d e a g u a e n N a v id a d e s ? — dije .
— ¿ Q u é te h a c e p e n s a r q ue es N a v id a d , Elfie ? — m e
p r e g u n tó M a m á Ga n s o .
— P o r q ue se le r o m p ió e l “c r is m a s ” — le d ije .
E n e s e m o m e n to S e th e n tr ó c o r r ie n d o e n e l e s c e n a ­
rio, v o c ife r a n d o :
— ¡No, no , Elfie , lo ha s e n te n d id o m a l! N o es e s a
clas e de c r is m a , n o es u n a fe lic ita c ión de N a v id a d .
Ad e m ás h a d ic h o “la c r is m a ” , n o “el c r is m a s ” .
— S e th , p o r fa vor, n o te m e ta s . Ere s e l dire ctor,
¿r e c ue r da s ? — d ije yo.
P o d ía ve r a Mike e n la s a la d e c o n tr o l. E s ta b a
m o v ié n d o s e y a g a r r án d o s e la c a b e za . N o p o d r ía de c ir si
5 e s ta b a r ié n d o s e o llo r a n d o .
— Cris m a es u n a pa la b r a p o c o us a d a p a r a de s ignar a la
parte m ás alta de la cabe za de u n o — d ijo M a m á Gans o.
— ¡Jac k tie ne e l c r án e o roto ! ¡Va a te ne r q u e ir al
h o s p ita l! — d ije .
10 — Jill t a m b ié n v a a ne c e s ita r u n m é d ic o d e s p ué s de
r o d a r p o r e s a la d e r a — d ijo Va le rie .
— ¡Bo o p! Dig o , ¡honc! — fue to d o lo q u e d ijo M a m á
Ga n s o .
— M a m á Ga ns o , ¿no vas a conte s tarle s ? — d ijo Se th.
15 — Os c o n ta r é otr o c u e n to — d ijo M a m á Ga n s o .

Co lo c a u n a c una
e n la c o p a de l ár b o l.
C u a n d o e l vie nto s ople
20 la c u n a se me ce rá.
C u a n d o la r a m a se r o m p a ,
la c u n a se cae r á
Al s ue lo ir án el be bé ,
la c u n a y to d o lo d e m ás .
25
— ¡ Ma m á G a n s o ! ¿Es q u é n o s abe s a lg ú n c u e n to
q u e n o s e a de n iño s c a y é n d o s e ? — d ijo He nr y .
— ¡Son s im ple m e nte estúpidosl — grité— . ¿P or q u é
s o n ta n to nto s c o m o p a r a p o n e r a u n b e b é e n la c o p a de
30 u n ár b o l? ¡Podría h a be r s ido u n asesinato si se cae de allí!
— Elfie tie ne r a zón — d ijo S o fía — . Es u n a e s tupide z
ha c e r eso. ¿Pe ro q u é m o tiv o tuvie r o n p a r a ha ce r lo?
Qu izás n a d ie te n ía tie m p o p a r a me ce r la c un a , p o r es o
p e n s a r o n q u e te n ía n q ue de ja r que lo hicie ra el vie nto .
— Lo q ue q u e r ía n hace r e ra bue no, pe r o e ligie r on un 5
m odo e quiv ocado de ha ce rlo — d ijo Vale rie .
— C o m o si quie re s quita r le las pulg a s a tu g a to ..., ¡no
le a ho g a s ! — d ijo He nry.
— Y si b a ña s a u n b e b é — dije y o — , ¡al fin a l n o tiras al
b e b é co n e l a g u a de la b a ñe r a ! 10
Ju s to c u a n d o a c a b a b a de de cir eso, Mike s a lió de la
s ala de c o ntr ol y nos dijo:
— ¡Bie n, e s o h a e s tado ge nia l! Muc ha s gracias a to do s .
— ¡Pero, pe ro pe ns é que s ólo e ra u n ensay o ! — dijo Se th.
— Lo s ie nto. N o te ne mos tie m po p a r a u n a re pe tición, 15
po r eso lo e mitire mos tal co m o lo habéis he c ho — dijo Mike .
— ¿Quie re s de cir que eso fue to do ? — dijo Vale rie
m ir a n d o a la s e ñorita T ripp.
— Sí, eso fue todo. Pero no os pre ocupéis , ¡todos lo
hiciste is m u y bie n! — d ijo la s e ñorita T ripp. 20
Es a es la his toria de l pr o g r a m a de te le vis ión, e x acta­
m e nte c o m o ocurrió.
Bue no , e n c ualquie r caso, as í es c o m o yo lo re cue rdo.

25
E p is o d io 2

A la m a ña n a s iguie nte a la ho ra de l de s ayuno, p a p á y


m a m á m e vue lve n a de cir lo m uc h o que les gus tó el pr o ­
g ra m a de te le vis ión. N o dig o na d a , e xce pto gracias. 30
— Y ah o ra , Elfie — dice p a p á — , ¿c uál s e rá el cole gio?
¿Has e le gido?
— P a pá, e n re alida d no tuve que elegir. C u a n to m ás
pe ns a b a e n lo que ocurría e n nue s tra clase, m ás m e d a b a
5 c ue nta de lo m uc h o que me gus taba — digo.
P a p á y m a m á se mir an, pe ro no dice n u n a pa la br a .
Voy a m i ha b ita c ión y m e s ie nto e n m i me ce dora.
Pie ns o e n So fía y, c ua n d o lo hago, e s a p a la b r a vue lve a m i
cabe za: sabia. ¡Eso es! Me digo a m í mis m a: «Si eres inteli-
10 gente , pie ns as e n lo m ucho que sabes; si eres sabia, pie ns as
e n lo poco que s abe s .»

E p is o d io 3
15
C u a n d o vue lvo a bajar, m a m á dice :
— Por cierto, Elfie , aye r lle garon dos cartas p a r a ti.
¡P ue do de cir lo que s on s ólo con verlas! ¡Son tarje tas de l
Día de S a n Vale ntín! ¿Pe ro q u ié n las e nvía?
20 Abro la prime ra. ¡Es de Sofía! ¡Sie nto que estoy flo ta n­
d o e n el aire!
Abr o la s e g unda , ¡Es d e ... es d e ... Se th!
¿Se th? «Oh , Elfie — m e dig o a m í m is m a — . ¿A hora
q ué ?»
NOT A ACLARAT ORIA

No s ole mos to ma r no s e n serio a los niños pe que ño s y pe ns a mos


que a pe na s tie ne n pr oble ma s de impor ta ncia , s obre to d o si los c o m ­
pa r a mo s con los que te ne mos los adultos . La infa ncia es vis ta c o mo
u n a e ta pa feliz y de s pr e oc upa da, e n la que el jue g o y la aus e ncia de
pr e oc upac ione s po r el futur o s on cons tante s . Al mis mo tie mpo, a pe s ar
de lo m u c h o que se h a a va nza d o e n el r e conoc imie nto de los de re chos
de la infa nc ia, s igue e s tando m uy a r r a iga da la cre e ncia p o p ula r de que
los niño s a pe na s pue d e n razonar, o que r azona n de for m a dis tinta a
los adultos ; de a h í se s igue inme dia ta me nte que no se pue de dia logar
e n serio con ellos y que la e duca ción de be centrarse sobre to do e n ge ne ­
rar unos hábitos de compor tamie nto que los niños de be n as umir sin
ne ce s idad de reflexionar sobre las razone s que jus tifican esos hábitos .
N a d a hay de to d o eso e n la infancia. Es u n a e ta pa de la v id a con
muc h o s pr oble ma s , dis tintos a los de los adultos , pe r o e n abs oluto más
s e ncillos o triviales . En cie rto s e ntido tie ne n pr oble ma s más grave s que
nos otros pue s e n s u cas o es el de s cubr imie nto de la pr o pia id e ntida d
lo que e s tá e n jue go, a de más de u n a fa miliar ización con todas las c o m ­
ple jas reglas que hac e n pos ible la vid a e n s ocie dad, e m pe za nd o por el
p r o p io le nguaje . Por otra parte , los niños pe que ño s s ue le n sentirse
d e m a s ia d o débile s ante la impo ne nte pre s e ncia de los adultos y eso les
lle va c on fr e cue ncia a te ne r más m ie d o al m u n d o exterior e n ge ne ral y
me no s confia nza e n s u p r o p ia c a pa c ida d pa r a hace r frente a sus p r o ­
ble ma s o p a r a a por tar ide as que p u e d a n ser te nidas e n cue nta.
El p u n t o de pa r tida de to do el pr o g r a ma de Filos ofía pa r a Niño s es
pre cis ame nte inve rtir es a s ituación y tomar s e a los niños e n serio.
Muchos niños , c o mo Elfie, tie ne n dificultade s , se s ie nte n ins e guros y
tie ne n que realizar u n e nor me esfuerzo pa r a ate nde r a las e xige ncias
que les pla nte a vivir con s u fa milia y con sus c ompa ñe r o s e n el cole ­
gio. T ie ne n u n a ve ntaja cons ide rable re s pe cto a los adultos con los que
convive n: su cur ios idad es e nor me , s u de s e o de apr e nde r de to d o lo
que les r ode a es ta m b ié n de s me s ur ado y s u c a pa c ida d de for mula r
pre guntas pa r a resolver las duda s que to do ello les pr ovo c a es igua l­
me nte inme ns a . Ade más , el he cho de que e s tén e m pe za nd o les pe r ­
mite abor dar todas esas cue s tione s c on u n a frescura e im a g in a c ión que
los adultos e n ge ne ral he mos pe r dido.
Por to do esto ma nte ne mo s que me re ce la p e n a c a mbia r r a dical­
me nte el e nfoque que con fre cue ncia se d a a la e duc a c ión de los niños .
De be mos e s timular es a c a pa c ida d de pr e guntar y as ombrars e ; d e b e ­
mos ta m b ié n to ma r no s muy e n serio sus pr oble ma s y conce de rle s un
lugar prioritar io e n la e duc a c ión de tal m o d o que se convie r tan e n
p unt o de pa r tida de l tr abajo que c on ellos r e alizamos e n el a ula . Y
de be mos e s cucharle s con m u c h a ate nc ión p a r a compr e nde r q ué y
c óm o pie ns a n, cuále s s on sus pr e ocupacione s y sus e xpe ctativas , sus
te more s y sus s ue ños . Co n pacie ncia, c on m u c h a pacie ncia , de be mos
tr abajar c on ellos e n el aula, e nc a m ina n d o todos nue s tros esfuerzos no
tanto hac ia la s oluc ión de esos pr oble mas y d uda s c ua nto al de s ar r o­
llo de las destrezas de to do tipo, cognitivas y afe ctivas , que les va n a
pe r mitir abor dar las e n me jore s condicione s .
Pode mos , c o mo el dire ctor de l colegio, de Elfie pr opo ne r a todos
nue s tros a lumno s un concurs o, cuya fina lida d s e rá me jor ar el r a zo na ­
mie nto y no el bus car ganador e s y pe rde dor e s . De ese mo d o , todos
los e s tudiante s se ve r án e ns e guida me tidos e n la tare a de e xplicar la
natur ale za de las or acione s , la re lación entre el s uje to y el pr e dicado,
la re alización de dis tincione s y el r e c ono cimie nto de cone xione s . Al
mis mo tie mpo, de s cubrir án mucha s dis tincione s funda me nta le s p a r a la
inve s tigación: las dife re ncias entre a par ie ncia y r e alidad, u n o y
muc hos , parte s y todo, s imilitud y dife re ncia, pe r m a ne nc ia y
ca mbio, c a m b io y cre cimiento.
Elfie v a dir igida a los a lumno s de l último a ño de e duc a c ión
infantil y de l pr ime r o y s e gundo cursos de pr imar ia. El pr ofe ­
s or a do que tr a baja e n estos niveles y e s tá bus c a ndo u n apr e n­
dizaje s ignificativo y re le vante se e ncontr ar á pos ible me nte m uy
a gus to con la nove la, al igual que le s uce de a las niña s y a los
niño s que y a h a n utilizado e n otros país e s este libro. Es tamos
ofr e cie ndo la pos ibilida d de or ganizar u n apr e ndizaje s imultá­
ne o de la lectura y la escritura — si bie n no s on el obje tivo priori­
tario e n infantil— , el diálogo y la reflexión, que no s on activida­
des s e paradas , s ino mome ntos diferentes de un mis mo proceso.
El pr ofe s or ado que se de cide a e mple a r la nove la Elfie e n el
a ula cue nta c on la a y ud a excelente de l m a n u a l Ponie ndo
nuestros pe ns am ie ntos en orde n, e n el que e ncontr ar á u n a
or ie nta c ión ace rca de los te mas filos óficos que va n apa r e cie n­
d o e n la nove la; al mis mo tie mpo p o d r á recurrir a las n u m e ­
ros as actividade s , plane s de dis cus ión y ejercicios que cons ti­
tuye n u n mate r ial de a po y o bás ico pa r a conve rtir el a ula e n
u n a c o m u n id a d de inve s tigación. C o m o e n otros manua le s , se
h a r e alizado u n a a d a p ta c ión al conte xto cultural pr opio, lo que
e n este cas o implic a recurrir a nume r os as cancione s y jue gos
típicos de l folklore e s pañol. Este m a n u a l pre te nde a y uda r a los
niño s a afrontar, re conoce r y e xplorar los as pe ctos p r o b le máti­
cos de s u e xpe rie ncia. Les a y ud a a for mular las pre guntas que
or ie ntan esa e x plor ación y al mis mo tie mpo les a y ud a a cue s ­
tionars e los as pe ctos apar e nte me nte no pr oble mátic os de l
m u n d o y de l le nguaje que utilizan par a ha bla r de ese m und o .
P r opor c iona, po r tanto, a los e s tudiante s muc ha s pos ibilidade s
de or ganizar s u e xpe rie ncia de u n a for ma narrativa, prerrequi-
sito impor ta nte p a r a apr e nde r a escribir. Les ofrece ta mbié n
muchos plane s de dis cus ión que el profe s orado e ncontr ar á muy
útiles par a favorecer y mante ne r el diálogo e n el aula. Pr opone a d e ­
más ejercicios dis e ñados par a ayuda r a los niños a dars e cue nta de
que las afir macione s cons tituye n e n r e alidad el comie nzo de un a
inve s tigación y no su final, pue s c ada afir mación se pue de e nte nde r
c omo u n a respuesta te ntativa a u n a pr e gunta implícita.
De s de que inic ió s u a n d a d u r a e n Es p a ña e n 1986, el cur r ículum
de Filos ofía pa r a Niños h a e x pe r ime ntado u n gr an cre cimie nto,
g o za nd o de u n a ma y o r ac e pta ción y s ie ndo utilizado e n nume r os os
ce ntros e ducativos y e n otros conte xtos de e ns e ñanza no for mal.
Or iginar ia me nte de s arr ollado por Ma tthe w Lip m a n y sus c o la bo r a ­
dore s , e n e s pe cial An n S h a ip , a comie nzos de los a ños s e te nta, el
pr o g r a ma se halla e xte ndido e n estos m o me nto s e n los cinco c o n ­
tine nte s y s on de ce nas de mile s los niños que dis frutan de la pos i­
b ilid a d de compar tir con Elfie, Kio, Gus s , Pixie ...., y todos los pe r ­
s onaje s de l curr iculum s u pr o pio proce s o de cre cimie nto pe r s onal.
En Es pa ña , u n o de los país e s e n los que el pr o g r a ma h a logr a do un
m a y o r arraigo, hay u n a fe de r ación de ce ntros e ncar gados de la
tar e a de difus ión de l pr o g r a ma y de fo r ma c ión de l profe s orado. La
Fe de r ac ión e s tá fo r m a d a por los Ce ntros que r e úne n a t o d o el p r o ­
fe s or ado que e n c a da Co m u n id a d Au t ón o m a se pr e o c upa po r la
a plic a c ión de l pr ogr a ma , pr o c ur a ndo me jor ar los as pe ctos p e d a g ó­
gicos , cr e ando nue vos mate riale s e inve s tigando s obre los re s ulta­
dos de la a plica ción. Par a pone rs e e n contacto, bas ta con dirigirse
a la Fe de r ación de Ce ntros de FpN, Sor go 45. 2 8 0 2 9 Ma dr id.
P ue de hace rs e igualme nte u n a cons ulta re cur r ie ndo al corre o e le c­
tr ónic o filolinos @ listserv.rediris.e s .
T odos los mate riale s de l currículum de Filos ofía pa r a Niño s e s tán
e ditados e n Es pa ña por Edicione s de la Torre, que ta mbié n publica
la revista semestral A pre nde r a Pensar cuyo cons e jo e ditorial está for­
m a d o por los Ce ntros Ibe roame ricanos de Filos ofía pa r a Niños .
y

Ind ic e

C a p ít u lo I ................................ 5 C a p ít u lo V I I I ......................... 4 3
E p is o d io 1 ......................... 5 E p is o d io 1 ........................ 4 3
E p is o d io 2 ....................... 6 E p is o d io 2 ........................ 4 3
E p is o d io 3 ....................... 7 E p is o d io 3 ........................ 4 5
E p is o d io 4 ......................... 8 E p is o d io 4 ........................ 4 6
E p is o d io 5 ......................... 8 E p is o d io 5 ........................ 4 7
C a p ít u lo I I ............................... 1 0 C a p ít u lo I X .............................4 8
E p is o d io 1 ........................ 1 0 E p is o d io 1 ........................ 4 8
E p is o d io 2 ........................ 11 E p is o d io 2 ........................ 4 9
E p is o d io 3 ........................ 12 E p is o d io 3 ........................ 4 9
E p is o d io 4 ...................... 1 4 E p is o d io 4 ....................... 5 0
E p is o d io 5 ...................... 1 4 E p is o d io 5 ....................... 5 1
C a p ít u lo III ............................ 16 C a p ít u lo X ...............................5 4
E p is o d io 1 ...................... 16 E p is o d io 1 ....................... 5 4
E p is o d io 2 ...................... 17 E p is o d io 2 ....................... 5 5
E p is o d io 3 ......................1 8 E p is o d io 3 ....................... 5 5
E p is o d io 4 ........................ 1 9 E p is o d io 4 ....................... 5 8
C a p ít u lo I V ............................ 2 2 E p is o d io 5 .......................5 8
E p is o d io 1 ........................2 2 C a p ít u lo X I ............................ 5 9
E p is o d io 2 ........................2 3 E p is o d io 1 .......................5 9
E p is o d io 3 ....................... 2 4 E p is o d io 2 .................... 6 0
E p is o d io 4 ....................... 2 5 E p is o d io 3 ...................... 6 0
E p is o d io 5 ..................... 2 5 E p is o d io 4 ...................... 6 1
C a p ít u lo V .............................. 2 7 E p is o d io 5 ...................... 6 2
E p is o d io 1 ....................... 2 7 C a p ít u lo X II............................ 6 4
E p is o d io 2 ....................... 2 8 E p is o d io 1 ...................... 6 4
E p is o d io 3 ....................... 3 0 E p is o d io 2 ...................... 6 4
E p is o d io 4 ....................... 3 1 E p is o d io 3 .................... 6 5
E p is o d io 5 ....................... 3 2 E p is o d io 4 ...................... 6 6
C a p ít u lo V I ............................3 4 E p is o d io 5 ...................... 6 7
E p is o d io 1 ....................... 3 4 C a p ít u lo X I I I .......................... 6 8
E p is o d io 2 ....................... 3 4 E p is o d io 1 ...................... 6 8
E p is o d io 3 ....................... 3 7 E p is o d io 2 ...................... 7 3
C a p ít u lo V II........................... 3 8 E p is o d io 3 ...................... 7 4
E p is o d io 1 ....................... 3 8
E p is o d io 2 ....................... 3 9 N o t a a c la r a t o r ia ................... 7 5
E p is o d io 3 ....................... 4 1
E p is o d io 4 ....................... 4 1

También podría gustarte