Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
del
Fondo de C ultura E c o n ó m ic a
326
Revisada por
A lberto Ci'K
C A R O L C. G O U L D
ONTOLOGÍA
SOCIAL DE MARX
Individualidad y comunidad en la
teoría marxista de la realidad social
Título original:
Xlarx’s Soi'ial ΟηίοΙομγ. Inrli\idualilv and Community
in Marx’s Theor\ of Social Realit\
Φ 1978, The Massachusetts Institute of Technology
Publicado por The M IT Press. Cambridge
ISBN 0-262-07071-5
ISBN 968-16-1348-1
Impreso en México
A mi madre y en m em oria de mi padre
AGRADECIMIENTOS
5
6 A G R A D E C IM IE N T O S
25
26 D ESA R R O LL O DE LA CO M U N ID A D
D E S A R R O L L O H IS T Ó R IC O
to m o d e p e n d ie n te , y fo r m a n d o pa rte de u n to d o
m ay or (p. 4).
e n tra n en v in c u la c ió n recíproca s o la m e n te c o m o i n d i
viduos con u n carácter d e te r m in a d o , com o señor fe ud a l
y vasallo, p r o p ie ta r io te r r ito r ia l y siervo de la gleba,
etc., o b ie n co m o m ie m b r o de u n a casta, etc., o ta m
b ié n co m o p e r te n e c ie n te a u n e sta m e n to , etc. (p. 91).
La d e p e n d e n € ia m u tu a y g e n e ra liza d a de los in d iv i
d uo s re c íp ro c a m e n te in d ife r e n te s c o n s titu y e su nexo
social (p. 84).
In te r c a m b io u n iv e rs a l de los p ro d u c to s ... L a e x p lo ra
c ió n de la tie rra e n to d as d ire cc io n e s p a ra d e s c u b rir
D ESA R R O LLO DE LA CO M U N ID A D 53
en la m a q u in a r ia , la m a n o de o b ra ya n o aparece c o m o
la u n id a d q u e rige el proceso de p r o d u c c ió n ; esta
u n id a d m ás b ie n está en la m a q u in a r ia viva (activa),
la cual se pre se nta fre n te al o b re ro , fre n te a la a c tiv i
d a d in d iv id u a l e in s ig n ific a n te de éste, c o m o u n p o d e
roso o rg a n is m o (t. 2, p. 219).
P ero in fa c t , si se d e s p o ja a la r iq u e z a de su lim it a d a
fo rm a b u rg u e s a , ¿ q u é es la r iq u e z a sin o la u n iv e r s a li
d a d de las necesidades, ca pa c id a d es, goces, fuerzas
p ro d u c tiv a s , etc., d e los in d iv id u o s , creada en el in
te r c a m b io u n iv e rs a l? [¿Q u é, sino] el d e s a rro llo p le
n o d e l d o m in io h u m a n o sobre las fuerzas n a tu ra le s ,
ta n to las de la así lla m a d a n a tu r a le z a c o m o sobre su
p r o p ia n a tu ra le z a ? [¿Q u é, sino] la e la b o ra c ió n ab so
lu ta de sus d ispo sicio n e s creadoras sin o tro p re su
pu e sto q u e el d e s a rro llo h is tó ric o p re v io , q u e c o n
vierte en o b je to a esta p le n it u d to ta l d e l d e s a rro llo , es
d e c ir, al d e s a rro llo de to d as las fuerzas h u m a n a s en
c u a n to tales, no m e d ia d a s con u n p a tr ó n p re e s ta b le
c id o ? (t. 1, p p . 447-448).
La o n to lo g ía de lo s in d iv id u o s kn r e la c ió n
18 Aristóteles, Categorías.
66 D ESA RRO LLO DE LA C O M U N ID A D
T o da p ro d u c c ió n es u n a a p r o p ia c ió n de la n a tu ra le z a
po r p a rte del in d iv id u o en el seno y p o r in te r m e d io ,
de u n a fo rm a de sociedad d e te r m in a d a (t. 1, p. 7).
O nuevamente:
P or eso, c u a n d o se h a b la de p r o d u c c ió n , se está h a
b la n d o s ie m p re de p r o d u c c ió n , en u n estadio d e te r
m in a d o del d e s a rro llo social, de la p r o d u c c ió n de
in d iv id u o s en sociedad (t. 1, p. 5).
D E SA R R O LLO DE LA C O M U N ID A D 67
T o da p r o d u c c ió n es u n a o b je tiv a c ió n d el in d iv id u o
(t. I, p. 161).
los in d iv id u o s se re p ro d u c e n c o m o in d iv id u o s pero
com o in d iv id u o s sociales (t. 2, p. 395).
u n a re la c ió n social co m o u n d e te r m in a d o v ín c u lo
e n tre los in d iv id u o s (t. 1, p. 177);
O b je t iv a c ió n y e n a je n a c ió n
1 Esto no quiere decir que Marx pasó por alto las dim ensio
nes políticas y económicas de la enajenación en sus primeras
obras. De hecho, yo afirm aría que esta dim ensión es funda
mental tam bién en sus primeros análisis. El punto aquí es que
la enajenación llega a estar plenamente detallada como una
categoría política y económica en las obras posteriores.
76 LA D IA LÉCT ICA D EL T IE M P O
T o d a p r o d u c c ió n es a p r o p ia c ió n de la n a tu r a le z a po r
p a rte del in d iv id u o en el seno y p o r in te r m e d io de
u n a fo rm a de sociedad d e te r m in a d a (t. 1, p. 7).
la fu e n te viva de valor.
fo rm a c o m o á r b o l (la m a d e ra se conserva co m o á r b o l
en d e te r m in a d a fo rm a , p o r q u e esta fo rm a es u n a
fo rm a de la m a d e ra ; m ie n tra s qu e la fo rm a co m o mesa
es a c c id e n ta l para la m a d e ra no es la fo rm a in m a n e n te
de su sustancia).
3 Aristóteles, Física.
4 Aristóteles, Metafísica.
82 LA D IA LÉC T IC A D EL T IE M P O
La a p r o p ia c ió n d el tr a b a jo vivo a través d el tr a b a jo
o b je tiv a d o — de la fu e rza o a c tiv id a d v a lo riz a d o ra a
través d el v a lo r q u e es p a ra sí m is m o — , im p líc it a en
el c o n c e p to d el c a p ita l, está, en la p r o d u c c ió n f u n d a
da en la m a q u in a r ia , pu esta c o m o el carácte r del
proceso de p r o d u c c ió n m is m o ...E l proceso de p r o
d u c c ió n ha cesado de ser proceso de tr a b a jo en el
s e n tid o de ser c o n tr o la d o p o r el tr a b a jo c o m o u n i
d a d d o m in a n te . E l tr a b a jo se p re se n ta , antes, b ie n ,
sólo c o m o ó rg a n o c o n c ie n te , d ispe rso b a jo la fo rm a
de diversos o brero s vivos presentes en m u c h o s p u n
tos d el sistem a m e c á n ic o , y s u b s u m id o en el proceso
to ta l de la m a q u in a r ia m is m a , sólo c o m o u n m ie m
b ro del sistem a cuya u n id a d n o existe en los obrero s
vivos, sino en la m a q u in a r ia viva (activa), la cu al se
pre se nta fre n te al o b r e r o , fre n te a la a c tiv id a d in d i
v id u a l e in s ig n if ic a n te de éste, co m o u n po d eroso
o rg a n is m o (t. 2, p. 219).
LA D IA LÉC T IC A D EL T IE M P O 89
E L T R A B A J O Y LA C R E A C IÓ N OKL T I E M P O
Luego prosigue:
De m o d o q u e el proceso de p r o d u c c ió n s im p le im p lic a
q u e la e ta p a p o s te rio r de la p r o d u c c ió n conserve la
a n te rio r y q u e , a través de la cre a c ió n d el v a lo r de uso
s u p e rio r se conserve el a n te r io r o q u e sólo se le m o d i
fiq u e en la m e d id a e n q u e se a u m e n ta c o m o valor
de uso (t. 1, p. 307).
9 Aristóteles, Física.
LA D IA LÉCT ICA D EL T IE M P O 99
se reduce a u n m ín im o el c u a n to de tr a b a jo necesario
para la p r o d u c c ió n de u n o b je to d a d o , pero sólo para
q u e u n m á x im o de tr a b a jo se valorice en el m á x im o de
tales o bje to s. E l p r im e r aspecto es im p o r ta n te , p o r
q u e a q u í el c a p ita l — de m a n e ra to ta lm e n te im p r e m e
d it a d a — reduce a u n m ín im o el tr a b a jo h u m a n o , el
gasto de energías. Esto r e d u n d a r á en b e n e fic io del
tr a b a jo e m a n c ip a d o y es la c o n d ic ió n de su e m a n c ip a
c ió n (t. 2, p. 224).
L a C A U S A LI DA D D E L M E D I O D E AC CIÓ N
3 Aristóteles, Metafísica.
4 Idem .
120 LA O N T O LO G ÍA SO C IA L DE M ARX
C o m o su p u esto , el p r o d u c to no es u n a re la c ió n del
o b je to con el tr a b a jo , d ife re n te de la m a te ria p r im a
y el in s tr u m e n to de tr a b a jo , ya q u e estos ú ltim o s ,
por ser en sí sustancia de valores, son ya tr a b a jo o b je
tiv a d o , p ro d u c to s (t. 1, p. 239)
La ac c ió n de te je r conserva el v a lo r de uso q u e te n ía
el a lg o d ó n en c u a n to tal y q u e h a b ía co nse rvad o es
p e c ífic a m e n te en el h ilo , y lo hace tr a n s fo r m a n d o el
h ilo en te jid o (y el h ilo sólo tie n e v a lo r de uso c u a n
d o se le teje), tr a tá n d o lo c o m o m a te r ia p r im a d el
acto de te je r (u n tip o p a r tic u la r de tr a b a jo vivo).
C onserva el p r o d u c to d e l tr a b a jo al c o n v e r tir lo en
m a te r ia p r im a de n u e v o tr a b a jo (t. 1, p p . 307-308).
Lo conserva... p o n ié n d o lo n u e v a m e n te co m o o b je tiv i
da d m a te r ia l del tr a b a jo vivo o r ie n ta d o a u n fin
(t. 1, p. 308).
lo en m a te ria p r im a de n ue vo tr a b a jo , p o n ié n d o lo
n u e v a m e n te co m o o b je tiv id a d m a te r ia l del tr a b a jo
vivo o r ie n ta d o a u n fin , se da en el proceso de p r o
d u c c ió n s im p le . C o n respecto al \alor de uso el tr a b a
jo posee la c a lid a d de q u e al conservar el valor de uso
existente lo a u m e n ta , y lo a u m e n ta al c o n v e r tir lo en
o b je to de u n n u e v o tr a b a jo d e te r m in a d o p o r la f in a
lid a d ú lt im a (t. 1, p. 308).
L a C A US A LI DA D C O M O l NA R E L A C IÓ N IN T E R N A
La a p a r ie n c ia d e cai s a l id a d c o m o
I NA R EL AC IO N E X T E R N A B A JO EL C A P IT A L IS M O
los in d iv id u o s se e n fr e n ta n a su p r o p io c a m b io y a su
p r o p ia p r o d u c c ió n c o m o si se e n fre n ta ra n a u n a re la
c ió n m a te r ia l, in d e p e n d ie n te de a m b o s (t. 1, p. 89).
A u n q u e a h o ra el c o n ju n to de este m o v im ie n to se
presente c o m o proceso social, y a u n q u e los d is tin to s
m o m e n to s de este m o v im ie n to p ro v ie n e n de la vo
lu n ta d c o n c ie n te y de los fine s p a rtic u la re s de los
in d iv id u o s , sin e m b a rg o , la to ta lid a d d el proceso se
pre se n ta c o m o u n nexo o b je tiv o q u e nace n a tu r a l
m e n te , q u e c ie r ta m e n te el re s u lta d o de la in te ra c
c ió n recíproca de los in d iv id u o s co ncien tes, pe ro no
está [presente) en su c o n c ie n c ia , n i, c o m o to ta lid a d ,
es s u b s u m id o en ella. Su m is m a c o lis ió n recíproca
p ro d u c e u n p o d e r social a jen o s itu a d o p o r e n c im a de
ellos; su a c ción es recíproca c o m o u n proceso y u n a
fue rza in d e p e n d ie n te s de ello s (t. 1, p. 131).
LA O N T O LO G ÍA SOCIAL DE M ARX 137
144
S U R G IM IE N T O D EL IN D IV ID U O SOCIAL 145
o b je tiv o s q u e no es sino el in d iv id u o m is m o el q u e
po n e , o sea, com o a uto - re a liza c ió n , o b je tiv a c ió n del
suje to , p o r e n d e , lib e rta d real, cuya acción es precisa
m e n te el tr a b a jo (t, 2, p. 119).
la e la b o ra c ió n a b s o lu ta de sus d is p o s ic io n e s c re a d o
ras sin o tro p re su p u e s to q u e el d e s a rro llo h is tó ric o
154 S U R G IM IE N T O D EL IN D I V ID U O SOCIAL
L A L I B E R T A D C O M O P R E S U P O S IC IÓ N
Y P R O D U C T O DE LA A C T IV I D A D
El h a m b re es h a m b r e , pero el h a m b re q u e se satis
face con carne g u is a d a , c o m id a con c u c h illo y te n e
d o r, es u n h a m b r e m u y d is tin ta del q u e devo ra carne
c ru d a con a y u d a de m ano s, uñ a s y d ie n te s (t. 1, p. 12).
DK D E S A R R O L L O SO CIA L
R e l a c io n e s s o c ia l e s , e n a je n a c ió n y las formas
DE R E C I P R O C I D A D
E n la re la c ió n de e sc la v itud y s e rv id u m b re ... u n a
p a rte de la sociedad es tr a ta d a p o r la o tra precisa
m e n te co m o m e ra c o n d ic ió n inorgánica y natural de
la re p ro d u c c ió n de esta o tra parte . E l esclavo no está
e n n in g u n a re la c ió n con las c o n d ic io n e s o b je tiv a s de
su tra b a jo , sino q u e el trabajo m is m o , ta n to en la
fo rm a d e l esclavo c o m o en la d el siervo, es coJocado
c o m o c on d ición inorgánica de la p r o d u c c ió n d e n tr o
de la serie de los otro s seres n a tu ra le s , j u n t o al g a na
d o o co m o accesorio de la tie rra (t. 1, p. 449-450).
C o m o m ie m b r o n a tu r a l de la e n tid a d c o m u n ita r ia
p a r tic ip a de la p r o p ie d a d colectiva y tie n e u n a parte
p a r tic u la r en posesión... Su p r o p ie d a d , es decir la
relación con los presupuestos naturales de su producción
com o pe rte ne c ie n te s a él, c o m o su yos , es m e d id a a tra
vés del hecho de ser él, m ie m b ro natural de una e ntid ad
c o m u n ita r ia (t. 1, p. 450).
E n la re la c ió n esclavista el tr a b a ja d o r pe rte ne ce al
p r o p ie ta r io in d ivid ual , pa rticu la r , es su m á q u in a de
tra b a jo . C o m o to ta lid a d de m a n ife s ta c ió n de e n e r
gía, co m o c a p a c id a d de tr a b a jo , ese tr a b a ja d o r es u n a
cosa [sache] p e r te n e c ie n te a o tro y p o r e n d e no se
c o m p o rta c o m o s uje to a n te la m a n ife s ta c ió n de su
e n ergía p a r tic u la r o a n te la a c ció n viva d el tra b a jo .
E n la r e la c ió n servil el tr a b a ja d o r aparece co m o u n
e le m e n to de la p r o p ie d a d de la tie rra , es u n acceso
rio de la tie rra , e n te r a m e n te al ig u a l q u e los a n im a
les de tiro . (t. 1, p. 426).
e. de la p r o d u c c ió n — p re s u p o n e u n a existencia d e
te r m in a d a d el in d iv id u o c o m o m ie m b r o de u n a e n t i
d a d c o m u n ita r ia o tr ib a l (de la cual él m is m o es
hasta cie rto p u n to p r o p ie d a d ) (t. 1, p. 456).
La p r o p ie d a d , en ta n to es sólo el c o m p o r ta m ie n to
c o n c ie n te — y pu e sto p a ra el in d iv id u o p o r la e n t i
d a d c o m u n ita r ia y p r o c la m a d o y g a ra n tiz a d o c o m o
ley— con las c o n d ic io n e s de p r o d u c c ió n c o m o con
c o n d ic io n e s suyas y en ta n to la existencia d e l p r o d u c
to r aparece c o m o u n a existencia d e n tr o de las c o n d i
ciones obje tiv as a él p e r te n e c ie n te s , sólo se efectiviza
a través de la p r o d u c c ió n m ism a. La a p r o p ia c ió n
efectiva n o o curre p r im e r a m e n te en la re la c ió n p e n
sada con estas c o n d ic io n e s , sino en la re la c ió n activa,
real, el p o n e r e fectivo de éstas co m o las c o n d ic io n e s
de su a c tiv id a d s u b je tiv a (t. 1, p. 454).
T o d a p r o d u c c ió n es u n a a p r o p ia c ió n de la n a tu r a le
za p o r p a rte d e l in d iv id u o en el seno y p o r in te r m e
d io de u n a fo rm a de sociedad d e te r m in a d a . E n este
s e n tid o , es u n a ta u to lo g ía d e c ir q u e la p r o p ie d a d (la
a p r o p ia c ió n ) es u n a c o n d ic ió n de la p r o d u c c ió n . P e
ro es r id íc u lo sa lta r d e a h í a u n a fo rm a d e te r m in a d a
de la p r o p ie d a d , p o r e je m p lo , la p r o p ie d a d p r iv a
da... L a h is to ria nos m u e s tra m ás b ie n q u e la fo rm a
p r im ig e n ia es la p r o p ie d a d c o m ú n ... fo rm a q u e , co
m o p r o p ie d a d c o m u n a l, d e s e m p e ñ a d u r a n te largo
tie m p o u n p a p e l im p o r ta n te ... P ero d e c ir q u e n o se
p u e d e h a b la r de u n a p r o d u c c ió n , n i ta m p o c o de u n a
s ocied ad , en la q u e n o exista n in g u n a fo rm a de p r o
p ie d a d , es u n a ta u to lo g ía . U na a p r o p ia c ió n q u e no se
a p r o p ia n a d a es u n a co n tra d ictio in su b jec to (t. 1,
pp . 7-8).
el p r im e r s u p u e s to [del sistem a b u rg u é s de p r o d u c
ción] [es| el de q u e haya sido a b o lid a la re la c ió n de
e sc la v itud o s e rv id u m b re . La c a p a c id a d viva de tr a
b a jo es p r o p ie ta r ia de sí m is m a y d is p o n e , a través
del in te r c a m b io , de la m a n ife s ta c ió n de su p r o p ia
energía. A m b a s partes se e n fr e n ta n c o m o personas.
F orm a lm en te es la suya u n a re la c ió n lib r e y de ig u a
les.... R e su lta claro q u e ésta n o es su r e la c ió n con la
existencia del c a p ita l en c u a n to c a p ita l, es d e c ir, con
la clase c a p ita lis ta . Q u ie r e d e c ir, s im p le m e n te , q u e
en lo q u e c o n c ie rn e a la p e rso n a real, in d iv id u a l, se
le d e ja u n a m p lio c a m p o p ara su e lec c ión , su a lb e
d r ío y, p o r ta n to , p ara su lib e r ta d fo r m a l...E n su
p le n it u d , la c a p a c id a d de tr a b a ja se le pre se n ta al
tr a b a ja d o r lib r e c o m o su p r o p ie d a d , c o m o u n o de
sus m o m e n to s al q u e él co m o s u je to , a b arc a , y q u e
conserva al e x te r io r iz a rlo (t. 1, p p . 425-426).
C o m o he m o s visto, en la c ir c u la c ió n s im p le co m o tal
(en el va lo r de c a m b io en su m o v im ie n to ) la acción
recíproca de los in d iv id u o s es, desde el p u n to de
vista d el c o n te n id o , sólo u n a m u tu a e in teresad a sa
tis fa c c ió n de sus necesidades, y desde el p u n to de
vista de la fo rm a de in te r c a m b io , u n p o n e r co m o
iguales (eq uivale n te s). De tal m o d o la p r o p ie d a d ta m
b ié n es puesta a q u í ú n ic a m e n te c o m o a p r o p ia c ió n
d el p r o d u c to d el tr a b a jo a través del tra b a jo y del
p r o d u c to d el tr a b a jo a je n o a través del p r o p io tr a b a
jo , en c u a n to el p r o d u c to d el tr a b a jo p r o p io es c o m
p r a d o m e d ia n te el tr a b a jo a je n o . La p r o p ie d a d del
tr a b a jo es m e d ia d a p o r el e q u iv a le n te del p r o p io tra
196 EL ID E A L DE LA R E C IP R O C ID A D
E l in d iv id u o A satisface la necesidad d el in d iv id u o B
p o r m e d io de la m e rca n c ía a, sólo en ta n to q u e y
p o r q u e el in d iv id u o B satisface la nece sid ad d e l in d i
v id u o A m e d ia n te la m e rca n c ía b y viceversa. C ada
u n o sirve al o tro p ara servirse a sí m is m o ; cada cual
se sirve del o tro , y re c íp ro c a m e n te c o m o de u n m e
d io . E n la c o n c ie n c ia de a m b o s in d iv id u o s están p re
sentes los s ig uien te s p u n to s : 1) q u e cada cual alcanza
su o b je tiv o sólo en la m e d id a en q u e sirva d el o tro
c o m o m e d io ; 2) q u e cada u n o se vuelve u n m e d io
para el o tro (ser para o tro ) sólo en c u a n to fin para sí
m is m o (ser para sí); 3) q u e es u n fa cí necesario la
re c ip ro c id a d según la cual u n o es s im u ltá n e a m e n te
m e d io y f in y sólo alcanza su fin al volverse m e d io , y
sólo se vuelve m e d io en ta n to se u b iq u e co m o fin
para sí m is m o ; cada u n o , pues, se p o n e c o m o ser para
el o tro c u a n d o es ser para sí, y el o tro se p o n e c o m o
ser p a ra a q u é l c u a n d o es ser p ara sí. Esta re c ip ro c i
d a d es el s u p u e s to , la c o n d ic ió n n a tu r a l d el in t e r
c a m b io , pe ro en c u a n to tal es in d ife r e n te a cada u n o
de los sujetos del in te r c a m b io . A cada u n o de esos
sujetos sólo le interesa la re c ip ro c id a d en la m e d id a
en q u e satisface su in terés, q u e excluye al d el o tro y
no tie n e r e la c ió n con él (t. 1, p. 182).
M e d ia n te el in te r c a m b io con el o b re ro , el c a p ita l se
ha a p r o p ia d o del tr a b a jo m is m o ; éste se ha c o n v e rtid o
en un o de sus elem entos y opera ahora, como vitalidad
fru c tífe ra , sobre la o b je tiv id a d del c a p ita l, m e r a m e n
te existente y p o r lo ta n to m u e rta (t. 1, p. 238).
KL IDK AL DK LA R E C IP R O C ID A D 203
el p r o d u c to se le pre se n ta c o m o u n a c o m b in a c ió n de
m a te ria l a je n o , in s tr u m e n to a je n o y tr a b a jo ajeno:
c o m o p r o p ie d a d a je n a (t. 1, p. 424).
Se d e ja ver a q u í c ó m o el m u n d o o b je tiv o de la r iq u e za
se a m p lía pro g re s iv a m e n te p o r la acción d el tr a b a jo y
se e n fre n ta a éste c o m o u n p o d e r a jen o ; c ó m o alcanza
u n a existencia cada vez m ás a m p lia y p le n a , de tal
suerte q u e re la tiv a m e n te , en p r o p o r c ió n a los valores
p r o d u c id o s o a las c o n d ic io n e s reales de la cre ación de
valoree, la m enesterosa s u b je tiv id a d de la c a p a cid a d
210 EL ID E A L DE LA RE C IP R O C ID A D
L le g am os al e x tra ñ o re s u lta d o de q u e el d e re ch o de
p r o p ie d a d se trastru eca d ia lé c tic a m e n te : del la d o
d el c a p ita l, en el d e re ch o al p r o d u c to a je n o o en el
d ere ch o de p r o p ie d a d sobre el tr a b a jo a je n o , en el
dere ch o a a p ro p ia rs e de tr a b a jo a je n o sin e n tre g a r
u n e q u iv a le n te ; y d el la d o de la c a p a c id a d de tr a b a jo
en el d e b e r de c o m p o rta rs e fre n te a su p r o p io tr a b a
jo o su p r o p io p r o d u c to c o m o si e stuviera a n te u n a
p ro p ied a d ajena. E l d e re ch o de p r o p ie d a d se tras
trueca p o r u n la d o en el d e re ch o de a p ro p ia rs e de
tr a b a jo a je n o y p o r el o tro en el d e b e r de respetar,
c o m o valores p e rte n e c ie n te s a o tro , el p r o d u c to del
tr a b a jo p r o p io y el m is m o tr a b a jo p r o p io . P ero el
in te r c a m b io de e q u iv a le n te s -el c u a l se pre se n ta b a
c o m o la o p e ra c ió n o r ig in a r ia q u e expresaba ju r íd ic a
m e n te el d e re ch o de p ro p ie d a d - se ha tr a s to r n a d o
EL ID E A L DE LA R E C IP R O C ID A D 213
E n el p r im e r caso, q u e d e riv a de la p r o d u c c ió n a u t ó
n o m a de los in d iv id u o s a u n q u e estas p ro d u c c io n e s
a u tó n o m a s se d e te r m in e n y se m o d if iq u e n p ost fes-
tum a través de sus relacio nes recíprocas-, la m e d ia
c ió n tien e lu g a r a través del c a m b io de las m ercancías,
a través del v alor de c a m b io , d el d in e r o , q u e son
todas expresiones de u n a ú n ic a y m is m a re la c ión . E n
el seg un d o caso, es m ed iad o el su p u esto m ism o; o sea
está pre su p u e s ta u n a p r o d u c c ió n colectiva, el carác
ter colectivo co m o base de la p r o d u c c ió n . E l tr a b a jo
del in d iv id u o es pu esto desde el in ic io c o m o tr a b a jo
social. C u a lq u ie r a q u e sea la fo rm a m a te r ia l d el p r o
d u c to q u e él crea o a y u d a a crear, lo q u e ha c o m p r a
d o con su tr a b a jo no es u n p r o d u c to p a r tic u la r y
d e te r m in a d o , sino u n a d e te r m in a d a p o r c ió n de la
p r o d u c c ió n colectiva. N o tie n e e ntonce s p r o d u c to
p a r tic u la r a lg u n o para c a m b ia r. Su p r o d u c to no es
u n valor d e cam bio... E n el p r im e r caso el carácter
social de la p r o d u c c ió n es p u es to s o la m e n te a través
de la e le v a c ión de los p r o d u c to s a valores de c a m b io ,
y el c a m b io de estos valores de c a m b io es p u e sto p ost
218 KL IDEAL DE LA R E C IP R O C ID A D
E L S I G N I F I C A D O DE LA JUS TIC IA Y SI R E L A C IO N
CON LA L IB E R T A D
235
236 BIBLIOGRAFÍA
c ió n , n o ta s e in tr o d u c c ió n de L. K r ä d e r , Assen, V a n
G o r c u m , 1972.
----- , G rundrisse: F ou n d a tion s o f th e C ritiq u e o f P oli
tical E c o n o m y , tr a d u c c ió n M . N ic o la u s , N u e v a Y o r k ,
V in ta g e B o oks, 1973 [L in cam ien tos fu n d a m en ta les
para la crítica d e la econ om ía p o lítica (G ru n d ris s e ),
1857-1858, F C E , tra d . W e n ceslao Roces, en: O bras fu n
d am en tales, vols. V I y V I I.
----- , G ru n drisse d er K ritik d er P olitisch en Ö k o n o
m ie, B e r lin , D ie tz , 1953 [L in ea m ien tosfu n d a m en ta les
para la crítica d e la econ om ía p o lítica (G ru n d ris s e ),
1857-1858, F C E , tra d . W e n ceslao Roces, en: O bras fu n
d am en tales, vols. V I y V I I.
----- , T he M arx-E ngels R ea d er, e d ita d a p o r R. T u c k e r,
N ueva Y o r k , W . W . N o r to n a n d C o., 1972.
----- , T he P ov erty o f P h ilosop h y, tra d u c c ió n H . Q u elc h.
C h ic a g o , C h arle s H . K e rr a n d C o ., 1910 [M iseria d e la
filo s o fía , en: Obra» fu n d a m en ta les, vol. IV ].
M a rx , K a r l y E n g els, F r ie d r ic h , T h e G erm an I d eo lo g y ,
P artes I y I I I , e d ita d a p o r R. Pascal, N ueva Y o r k ,
In t e r n a t io n a l P u b lis h e rs , 1939 [La id eolog ía alem a
na; en: Obras fu n d a m en ta les, vol. I I I ] .
----- , H istorisch e-K ritisch e G esam tausgabe (M E G A ),
e d ic ió n de D . R ia z a n o v y V. A d o r a ts k ii, F r a n k f u r t y
B e r lin , M arx-Engels V e rlag , 7 vols., 1927-1932.
----- , M arx-E ngels W e r k e , B e r lin , D ie tz , 43 vols., 1956-
1968.
----- , W ritings on th e Paris C om m u n e, N u e v a Y o r k ,
M o n th ly R eview Press, 1971 [Se p u e d e ver: La In tern a
cional, vol. X V I I de O bras fu n d a m en ta les d e M arx
y E n g els, F C E , M éxico].
M c B r id e , W illia m , “T h e C o n c e p t o f Ju s tic e in M arx,
E n g els, a n d o th e rs” , E thics 85, 1975, p p . 204-208.
M észáros, Is tv á n , M a rx’s T h eory o f A lién a tion , L o n d re s,
M e r lin Press, 1970 [La teoría d e la alienación en M arx,
E ra , M é x ic o , 1978].
N ic o la u s, M a r tin , “T he U n k n o w n M a rx ”, N ew L e ft R e
v iew 48, 1968, p p . 41-62 [“E l M arx d e s co n o cid o ” , en:
242 BIBLIOGRAFÍA
ta d o p o r R . S. C o h é n , sobre la tr a d u c c ió n de O . W ojta-
siewicz, N ue v a Y o r k , M c G ra w - H ill, 1970.
S c h m id t, A lfr e d , T he C on cep t o f ¡Sature in M arx , L o n
dres, N ew L e ft B o oks, 1971 [El c o n c e p to d e naturaleza
en M arx , S ig lo X X I , M é x ic o , 1976].
S m ith , A d a m , A n In q u iry in to th e N atu re and Causes o f
th e W ealth o f N ation s , e d ita d a p o r E . C a n n a n , N ueva
Y o r k , M o d e r n L ib r a r y , 1937 [I w e s tig a c ió n s o b r e la
naturaleza y causas d e la riqu eza de las n acion es , sobre
la ed. de E d w in C a n n a n , con u n a In tr o d u c c ió n d e M ax
J e r n e r , F C E , M é x ic o , 1958, 2a. r e im p ., 1981].
S to ja n o v ic , Svetozar, B etiveen Id eals and R ea lity , N ueva
Y o r k , O x fo rd U n iv e rs ity Press, 1973.
T u c k e r, R o b e r t C ., T he M arxian R ev olu tion a ry Id ea ,
N ueva Y o r k , W . W . N o r to n a n d C o ., 1970.
W a lto n , P a u l, y G a m b le , A n d re w , F rom A lién a tion to
Surplus V alue , L o n d re s, S he ed a n d W a r d , 1972.
W o o d , A lle n , “T h e M a r x ia n C r itiq u e o f J u s tic e ” , en:
P h ilosop h y and P u b lic A ffa irs 1, 1972, p p . 244-282.
ÍN D IC E G E N E R A L
A gradecim ientos................................................. 5
In t r o d u c c ió n ....................................................... 7
I. La ontología de la sociedad: in d iv id uo s,
relaciones y desarrollo de la com un idad 25
Relaciones sociales en las tres etapas de
desarrollo histórico .............................. 28
La ontología de los individuos en rela
ción ............................................................ 62
CAROL
GOULD
VISÍTANOS PARA MÁS LIBROS:
https://www.facebook.com/culturaylibros