Está en la página 1de 28
TERRITORIO E MULTITERRITORIALIDADE: UM DEBATE ' ROGERIO HAESBAERT Universidade Federal Fluminense Este trabalho esta ligado ao prosseguimento de diversos trabalhos PTilcos come Remco eat oke (ok ee sR etree abrver eke roe Me RCove (Corer e tel amcy que culminaram com a proposta da nogao de “multiterritorialidade” (HAESBAERT, 1997, 2001a, 2002a, 2004a). Trata-se de um debate sobre o desdobramento desta Roce ie RMT CORON ccc PR MRNA Cone! Feorcs COR maT TT Cem cnr Cr Ramee na RUS Rae ercee renter Ete TT emetic CTvTe Tinta coue Coe CUCe elon A multiterritorialidade, como ja enfatizamos anteriormente (HAESBAERT, PEE emo TMP MEN Orne MeCN TC TEV RCC tre MITT relent) denominado por muitos como “desterritorializago”. Muito mais do que perdendo ou destruindo nossos territérios, ou melhor, nossos processos de territorializagio (PETE RSM ELA er OME Re ETN eee EMU ETO Thee eRe AOE TITE Cod a intensificagéo e complexificagado de um processo de (re)territorializagéo muito PETS UIU (el COMTI Ee Cate Cer RCC OM MCS ccs eM NCCT Ze CMe TOM OS FASS) (7S) 4 ME PAU PAU DE Om emilee Om eemeL ABST TCC LCL) exista’” desterritorializagao, mas de que se trata de um processo indissociavelmente ligado a sua contraface, os movimentos de (re)territorializagao. Como ja afirmavam em seu “primeiro teorema” da desterritorializagdo os autores cléssicos nesta tematica, Deleuze e Guattari (ainda que numa conotagao filoséfica muito ampla): ', Uma primeira versio deste artigo, intitulada “Dos miltiplos territ6rios & multiterritorialidade” foi apresentada no I Seminério Nacional sobre Miltiplas Territorialidades, promovido pelo Programa de P6s-Graduagao em Geografia da UFRGS, Curso de Geografia da ULBRA e AGB-Porto Alegre, ROE ee! 19 os aha Se SRR eae RT Lee ee termos (...). E cada um dos dois termos se reterritorializa sobre o outro. ee RE eae aaa eg ec a uma territorialidade primitiva ou mais antiga: ela implica Tee RTT a era Da aa ge aa ae eg ea também perdeu a sua. (DELEUZE E GUATTARI, 1996[1980]:40-41) eR ea rN EEN ETT COME ECM Mar Ca Ea tr Cm eMC aCe ORS Or ck TR MAM ReUTT verte aa Cl “territorializador”, como afirmou 0 socidlogo Yves Barel). O que existe, de fato, € TO ORO Coca ee OEM Eze OMe eS NTE RON eee een TE de diversos territ6rios — configurando uma multiterritorialidade, ou mesmo a construgao de uma territorializagdo no e pelo movimento (HAESBAERT, 2004a). Por outro lado, é na dimensao mais propriamente social da desterritorializagao, to pouco enfatizada, que o termo teria melhor aplicagdo, pois quem de fato perde Cr MCC ce crite Crem ttee cert Cne Prt nce eC OTA MMSE TAT ence Pence cR Tr Tat Om Assim, afirmamos que, especialmente para os mais privilegiados, ditos por muitos “desterritorializados”, “mais do que a desterritorializagao desenraizadora, manifesta-se um processo de reterritorializagdo espacialmente descontinuo e extremamente complexo”. (HAESBAERT, 1994:214) Estes Pea CME er EEE Te CM cont Mca emer rete Oe especialmente pelo potencial de perspectivas politicas inovadoras que eles exigem renoretat SERV ETM Tr CTEM ECM ccs Ce MCC eT Cocos Teta esclarecer 0 que entendemos por territ6rio e por territorialidade. Desde a origem, PRC CCR rR CcmCe mre ME MCCn Tan terCmmettctr) Meant tell er Mester etimologicamente aparece tao préximo de terra-territorium quanto de terreo- territor (terror, aterrorizar), ou seja, tem a ver com dominagao (juridico-politica) CCR O ERO en OR Cr mn ORC mecr cor ence cet ttS cattcn RO neCme Oe RC CMC mar Crmmc emt tin Cm te OR ORCI OM Ome TCO ECM et enCORUe corm oem tecReTtte enter Ent ace ene CMC crt er ernie te et cnet (positiva) e a efetiva “apropriagio”. Territério, assim, em qualquer acepgdo, tem a ver com poder, mas nao apenas ao tradicional “poder politico”. Ele diz respeito tanto ao poder no sentido At) Pree e Cn enr ere cm enn er RS CR CR COILS OMC UCU Sr cae ORC OREO oe AO mC ee Ce Oo Tee NT a ee OR CACO) (“possessio”, “propriedade”), o primeiro sendo um processo muito mais simbélico, UOMO MT CTR ORT COMM CORT oat ROMO teTn Ome mece Tact funcional ¢ vinculado ao valor de troca. Segundo 0 autor: ORO eee ee ean ee een Lem NMRA OR Ok Re Dg MCT OKO Cae ea implica tempo e tempos, um ritmo ou ritmos, simbolos e uma pratica. SE eRe Ler eae Oren Sen a RTT nT eg ee ed ee @ apropriacao. Por qué? Porque ele se coloca fora do tempo vivido, Pa Ma Le Re aS Kee Cre 412, grifo do autor) MN SOE ree rence carer meen Gy eee OR OMRON CCRC CeO TT TN OMRT RRC Cnt? Prot ORT COTCRMMT SCO Ma cee Oka cone Tat OR OPN Cite ReT Tel RIry hegemdnica, especialmente através da figura do Estado territorial moderno, defensor de uma légica territorial padrao que, ao contrdrio de outras formas de ordenagio territorial (como a do espago feudal tfpico), ndio admite multiplicidade/ Reenter easement errr C ET be eRe Meee etd cian eM ener enc cen Contre) OR CT Ce eC SCE Cer COMER et er eee OM TSC eM ATT CRETE OnTER CE COM COTM TCM Racer tocar Mc Teter Mary EORTC EMS TC MST OTe Man srs os eC IE EN SEC] Segundo Lefebvre, dominagio e apropriagdo deveriam caminhar juntas, ou melhor, Coemd CTEM OnE Mraz) ccm oe Meets MMe Me einem eterno) EVEN Cree TCM ETT Beco NIC CeRe TENOR Oe Com mera Te AT ce OES ess al CeCe CRC t Rae onetime Otay em Onn ad pelo aparato estatal-empresarial e/ou completamente transformados, pelo valor contabil, em mercadoria. SE Re RCS TTR Ce Ro Cn OREM Crt crc TC Tol Fee tM HORS RCE EMC Rory Mem TRS SUE COR le eee See OTTO TL CelS de um espago natural-concreto. Trata-se, isto sim, de um espago-processo, um ORCS RCO DTT ren ence CMC CONOR CT CTT CCRC OM te Re RRSs COR Ceen rc RCM Mes cot Ce Crt prima” para os processos de territorializagéo, como se 0 espago antecedesse a construgao do territério, para Lefebvre o espago, em sua triplice constituigao CL RCC OM rece CLR MTOM ACI cae ce nce tras De certo modo, 0 que diferencia a produgdo do espago lefebvreana das dinamicas aa Cel eee ea OU Oconee and Peer eer Re CeCe RST eee crn oe rrcemmen ar rat Cd PEVOMeT Me ten cern omen mee eet te ease) Saosin cer cick ita cree Recht errs assim, ser trabalhado de forma genérica, o territério e as dindmicas de des- eee OR Cone CAT EN Ren mcm Tenant Or ncn Reet que efetivamente exercem poder, que de fato controlam esse(s) espago(s) e, Coe eee CR cee esr Oncor ccct estar center ae Pome Ret ener mre Crcnt eet en nmr hecsat poder — e como todas elas sao, de algum modo, numa perspectiva foucaultiana, ORR eee nce tr ict Om Oten cet Om em rita te! nem ccm nme ne cam mater Creer tart Rene Sant el tcem STEM ETM COR CRT ORCC COTTE ORLY apropriagao, 0 territério e a territorializagéo devem ser trabalhados na PT CER RRR Caro eT RRM on Mel cent MTT CT TST de poderes, neles incorporados através dos miiltiplos sujeitos envolvidos (tanto PORT SER TeMCn Roc ster OC MCR RCC nce TET BIT Pete ee ET OMe CMO CCST ee eet omar ee ee TEM CR MeO CMe COCO taste tact cate hrs teat takes ere eee tenn cen mene cena ements sociais/culturais, o Estado, empresas, instituigdes como a Igreja etc. Os objetivos CO Feo ive ee CEE Nake RCM COC Pz etm E eC MMO Oan oe Bee ec oeelty cultura, 0 grupo e, muitas vezes, com o proprio individuo (no caso da diferenca de género, por exemplo). Controla-se uma “frea geogrdfica”, ou seja, cria-se 0 Por OMT U CREST orm Ceci Reenter ae Cunt e relacionamentos” (SACK, 1986:6). OCC UEC OCs UCC MO OMICS Steed POLI Mn RTS NST OMT CUM CECO Lemont Te emcmen tne Tam TI RmCNtT} Seater Orie ecceeneeme cer mec tracert se organizam no espaco e como elas do significado ao lugar”. Sack afirma também: Waa RCM RL LR ea meio para criar e manter a ordem, mas é uma estratégia para criar e- Lee ee On Tee gece ea ae Cae experimentamos 0 mundo e o dotamos de significado. (1986:219) 2, Enquanto autores como Castoriadis propdem uma nogdo muito ampla de poder, envolvendo toda Pt On sc me Cee Roemer CORR etc eroncy Pee et ee ee ea RS ee CO eck cd Pe Cae cee ec cet eN eee RIO ema Ca esc eae Reece eee ese eMC eI EDD) vrs eer caal ogee om OL Nc Portanto, todo territério é, ao mesmo tempo e obrigatoriamente, em Cerro STE TCoocm TTS OTR Tero COMM OSES EcCorcea Meteo Con BT CORRS enn Ce nT NST NORE CMs Tze to Canin coscane tetany PCR Cm NMA OM Coarse Mae Meron tcc Tan re OCCT TT] POET OR TOT SCO ht CATE MCS ECC CMC MOMG TEC OMe CoO TT Toa Sr eT CM TORE RSMT ere UtSe Mm Ce teertoRcer COM sto sociedade(s) vigente(s) — como € 0 caso do petréleo no atual modelo energético COTE Uc Pew CTE e enka Ree hr MCR e COU EAS am A UTLEY RSP MCNTeRC CVA ler am ceyera eer Cm Cece eM Mee Tar ter ORs Pee REL Se Rec nen Ce Cc eC ieta nie nua geen) ee aa rae 10 estavel, pois surge e desaparece na historia das técnicas e da conseqiiente Pree CSCC YT OTTO Oem eRe rceUN PU CRT Re Csr Cs OXON OM rece AEN REC Ced emt € 0 territério como abrigo, dos “atores hegemonizados” (Santos et al., 2000:12). Name ROCmOn Mac R COTM Lc Rae oom ae ere CR CEL rec EMC CTI Te RCo MeN econ We (tease CC Rem Re Cente eC Om Cn omer mat Tiny CORSO Cae CS MENT Mase mccne ar Crk Mme Terns men nT de um sentido, “desaparecer”, como propuseram Bonnemaison e Cambrézy (1996). Sores ecentonttat came mcm rcetrtteMn ont mt territério adquire muitas vezes tamanha forga que combina com igual intensidade funcionalidade e identidade. O territério, neste caso, como defendem Bonnemaison Coen AMO LS) MOR A oor ee wie COR TER CnC cae SC CROC Neer ceen cnt mcr Tr Crate tey PCE EMC Ccae con cr nor CnC R cca Mone een eRe Tg exemplo, é entre aqueles que esto mais destituidos de seus recursos materiais eT eect COS MEM CURR Te cer Mem) COMM Cela Cee (ous TCe) Ba usloet insite PSS ee ORM CMa nee CRMC CoCr Soe Cae ROR Tec MmCeemen Cr CnC reenter PEAT OR EMP Om TCR EN cette McMe OMEETRRST nT TOT OMT TOR Cert impondo em importncia nos tiltimos tempos. Enquanto “tipos ideais” eles nunca se manifestam em estado puro, ou seja, todo territ6rio “funcional” tem sempre PIM eee MSTA Cer Mn mente TMs rrr Me CRN MCMC Ore aT) SO CMm CT eT mmc te cm eh Mme eee rat Okemos Num esquema genérico dos extremos deste j4 aludido continuum entre funcionalidade e simbolismo, podemos caracterizé-los da seguinte form: Tet Pere eC ERR ke em eee kere hd yx} cee ee eae BC er eee Processos de Dominagao sore nce tow Berm creme Cormeen ict) ae Ok Rent Cones ones teen tS) Per Orr nee Om EIR Cnty (controle fisico, produgao) Lr BCE en me Oe ae NO Ce ee aren estar) Se renee este STEEN ECR RCT OOM Sia ec Beier Mme Om eat) Princfpio da multiplicidade (2) (no seu extremo: miltiplas identidades) Pen CRM OR OOM E TR TT Te (“abrigo”, “lar”, seguranga afetiva) SR CRM LS Sn sss ee eerie ORC aa oa OR eR nen nnn rR Ok cas rm Mere econ cn cecum COTE EMS ORC CO CORTE MCRC CRM Cn rec TE CCocoMees OTIC or uTC) Ronen a Crk ete cece cre Rh Cheri idealista” de territ6rio Para os ge6grafos Bonnemaison e Cambrézy (1996), por exemplo, vivemos hoje sob uma “I6gica culturalista” ou “p6s-moderna” de base identitéria e reticular que se impde sobre a légica funcional ¢ zonal (estatal) moderna. Por isso, “o territ6rio é primeiro um valor”, estabelecendo-se claramente “uma relagao forte, MRSC CR sn mcc ncn cem CCCMN TR tnt) bastante questiondvel, 0 proprio “territério cultural” precederia os territérios SOT Comme ona eM NERO CE RCO GS eR COR Remar Ucar e Trl Rents cone a ilha de Tanna, no arquipélago de Vanuatu (Bonnemaison, 1997), trata-se mais de uma territorialidade —ou mesmo, em suas palavras, de uma “ideologia do territério” —do que do territério em sentido estrito, Cabe aqui, entio, distinguirmos territério re eec cn ence eRe cern Rent ret cn cna Per Me mn OCU Ret eR Cean taconite Rete omen nM teenie Tce Che const sna) territ6rio, mas se identificam com ele. Todos os conflitos, antigos ou recentes, sio POR OM emt RCC COCR CMa Cc ost R cnr ran enone Remand See oon a RU em OR hen een ian sen influéncias sociais muito diverso das sociedades tradicionais, teriamos hoje um certo retorno as “ideologias territorialistas” que, em pleno mundo globalizado, Pe ee ne oe Coe eee Re ees ay TRC can Ren RO ee eer eT ec COR en ce Se ee eee eee eT eM ect Renee ee ee en yo ‘Territ6rio e Multiterritorialidade: Um Debate PEE COO MT One Me Mee Te CTICeCC CAML MECNE COD simb6lico, impondo-se como argumento para a construgio efetiva do territério ou 0 territério tornando-se, provavelmente, como afirmam Bonnemaison e Cambrézy (1996:14), 0 mais eficaz de todos os construtores de identidade. INO TTOMT Cene TSO TOM rete NCO Rt CRITE OCMC SCC TG Ta Ter ee ear Ce Come CORO RT MHC USOC OCMC CRITE RETO UCOOIE MRC CCOTTCS CO SCCORCCM eee OCR LTS MON Cae Tate) SLO eR OCC Om CE Cee CUT Cm mS MIT ne CTT aT ete CeCe Co ereRe OC ROMA ORO eSATA DROOL Sth ET Celera Ms CM Cree Coe COm ome CM CuuCelarieLte (om PUTCO CM OMT ke Lc CeIn EM RSLS Ce LCoS CRON GN come UME COd oer CeCOMSM CTE CCR RTT SR Te Ne rr oon de identificagao territorial. Na maioria das vezes, porém, eles nao fazem esta CIT OMRON Rent Ren ce REL Tet Caen rece eT Po rconte Cite cern Corte TI ORC CR Lea RCE erm core Os RCT Cie TOMA STZ TO Rs ME rcs eee ee ear These ies ema teens Eons ncaa Cee On ORR CAIN Re CKO CEO ORO ROR ORS CME COLORS estivermos partilhando. A territorialidade, no nosso ponto de vista, nao € apenas “algo abstrato”, num sentido que muitas vezes se reduz ao carater de abstragao analitica, epistemoldgica. Ela é também uma dimensio imaterial, no sentido ontolégico de Peer CMTE Co TMMROTTRRS TTT OC CCRT CCoreT rg COMM TS CORCM et OMT Recrr ToS eficazmente como uma estratégia politico-cultural, mesmo que 0 territ6rio ao EVR ce MONS Recor e nen RET ar CMe Con Takeo rete oer tnt ta da “Terra Prometida” dos judeus, territorialidade que os acompanhou e impulsionou através dos tempos, ainda que nao houvesse, concretamente, uma construgio territorial correspondent AT OM a ORC CR OR CC OC CaCO mT concepgao de territorialidade foi proposta, podemos sintetizar através do seguinte eee ee ners tere PPM Sr OC Ca Ren Ce mee Recenter Stree MC eM ear eM COs ete MMe cuter MICO cnet et) (dependendo, assim, do conceito de territ6rio proposto) 2) Territorialidade num sentido mais ontolégico: a. Como materialidade (ex. controle fisico do acesso através do Core CORT em ocr mcr Te 3) b. Como imaterialidade (ex. controle simbélico, através de uma SCOT Ce rte CoM Coun Cec) Mel MMUOO LIT Ter Tem Coen CO eHT mnt Tarr RST CORES COAT OME TCS CROSS Coe Cc CCT territ6rios, formais-institucionais), conjugando materialidade RES ECO ca is} GEOgraphia - Ano IX - N° 17 - 2007 ORCS Como essas concepgdes devem estar sempre associadas a concepgdes ee ot uenca mem CTO rao CURE rr aM SORT etS SSS DCCs RRC MOLE Be ere US Com Cae (Cele COMM Cone Cee CTI CeLeCeCeame LUC ROCs Car mE OIELLL A Menrnny eM te teiteMe tres cme ear Te estas leituras teriamos desde a territorialidade como uma concepgiio mais ampla do que territ6rio até a territorialidade como algo mais restrito, uma simples Ree OMn ON cr CLO eet NEMO en mt Ccua nlc Ten trie! distingue claramente territorialidade e territ6rio. Daf: a) MW USeatcosrl Cen CiCmee ene Cee er ORIEN OE Me Com Coae [Cela Ceomme Coa Steere crest trent DTM Oe ETE NICOLL MIMS TUTTO CMU CES LOE) tee CReuInonm nt Mert inrter eee mcr rtrd efetivamente construidos quanto como “condigado” (teérica) para PREM oE MSCS COM ern CCR RST Ces cocina) acima aludidas). b) Territorialidade praticamente como sinénimo de territério: a territorialidade como qualidade inerente a existéncia, efetiva, do territério, condigao de sua existéncia. 1} Territorialidade como concep¢ao claramente distinta de territério, one Ht Ces 1 territorialidade como dominio da imaterialidade, como Perec nen a cri cntm sccm enn crt Ts rol ecm Cs COerV CCM COTO M Ime er as concepgées | e 2b, acima, ou seja, enquanto ‘abstracdo” analitica e enquanto dimensao imaterial ou pe Te anne Pere ee teeter rma het Oma (cots P29) ou do nao institucionalizado, frente ao territério como PO Oe OT TIMT NTSC Een CRC eet One TmTTTEY visio mais estrita de territ6rio, a partir de sua dimensio Racecar) v d) Pr ere C Cee Micon Cre T eC) simbélica (ou a “identidade territorial”), conforme utilizado algumas Sree OR OREM Mirco ae Clee Mtcrer Goer ICLT Reet Tone PMS Ce Conte) e 26 Pear oR Cee oem One Pret Assim, quando falamos em “territorialidade sem territ6rio” devemos tomar MCE OR TER ncoe Ree cee on econ ee Ronee ace hte trent territ6rio ¢ territorialidade estamos nos referindo. Optamos aqui por tratar a Pern e CCRC ORME TCR Ce caer Orns Om Deon cc com 0 cuidado de identificar, a cada momento, se estamos nos referindo 4 Remon e et Reon neen ener re Ee Re CoerR CR Tn orm Ey CROCS RS CROTON Conc DMCC ICM omc Tne) CTO ON Conco eC RRR UNUM OR rer Orc tes ee OeLa) ode eg rene ore er ia Oem Ten Cer OCR mOR Onan tes Cine en ke te tecree teem em rer Orn cantare Rar internet simbélica — ao contrario da territorialidade, ele sempre envolve uma dimensao material-concreta. Assim, distinguimos duas dimensées principais do territério, uma mais funcional e outra mais simbélica. Por isso, no quadro em que propusemos “territério de dominancia funcional” e “territ6rio de dominancia simbélica”, identificamos como possibilidade, num extremo (pois 0 esquema deve ser visto dentro de um continuum), a territorialidade “sem territério”, embora, no outro Cece Cte CeO Cte EEC MMR OLe er MeCN Coe OT Cer Col Preece COM eR RCs eC MRM eR ee inn teint rt Sm Cons (Cee OMNULNE LCOReRee TLE ee SNe Na OMNI cae Cente CM on emma Cana om ene Reiter ween territ6rio também inclui o poder no seu sentido simbélico (tal como proposto por Bourdieu, 1989). E justamente por fazer uma separag’io demasiado rigida entre ere Os ORM eT RU CRC ORCUas Ce et om Tmt OR ET Rc Toca Tite to rt Mat eer EN eens ncn het ean itemn oer ec atre ment tte) das miltiplas territorialidades em que estamos mergulhados. Propusemos assim Cia one once (NNR On Oe ee ee ee aR a ee ee ee ee ie ee aR RT Ta eR em ag Te Cn CORAM een aac Rm ere od RY MLTR Le RL Cd CL Pree RR CLR SCOR LLCO ECO CY a [na acepgdo de Jean Gottman], ou 0 que melhor nos aprouver. (...) 0 earn RLM gia Ra eee CT Paar politicas ao poder mais simbélico das relagées de ordem mais estritamente cultural. (Haesbaert, 2004a:79) Na verdade, hoje, mais do que nunca na hist6ria do capitalismo, a “sociedade do espetaculo” (na famosa expresso cunhada por Guy Débord) instituiu 0 POM Me cet Re CC Meme eM ccceenre tre de identificagio e (re)criagdo de identidades. Compramos um produto muitas vezes 22) Celerra LOC mais pela sua imagem (valor simbélico) do que pela sua “funcao” (material). O “marketing” em torno destas imagens criadas sobre os objetos ampliou-se de tal Oe eer eMC t em mercadoria e vendido, como ocorre no “mercado de cidades” (e de regides, deveriamos acrescentar) global. O “territério simbélico” invade e refaz as “fungdes” Ree om een CORR eee Ren Ce cere BUULICU COLT CeceCe eae (Osea ecu COS Cr PMR Conti tcl Sm Cur Cre mncree CCRT Ce mete Mr COTtery RETR ecm CoM RECHT Con ORC at Mm MTT Emerg Ree OnT CUES MUON CRMC nO m Tesco ed Mais importante, portanto, do que esta caracterizagao problematica, porque ROR nee CNC ae rco eee NCSC ree Cn cr Crm] RETIRES OTOH Crammer ts meat CS TRC TO ressaltamos, dentro das diversas fases do capitalismo. Os objetivos dos process Cr Cre UNSER CR Onn eT erect ke eee CUC ETTORE COM OM CT COM OSC Tee CTT Mere ome rear enreTsr Fd Free oCMARCT UNECE coer ea te MR kas Cost kcern Es) Se acre mont et Ciniiete er Tearce carmen een referentes simbélicos fundamentais 4 manutengao de sua cultura. JA na sociedade Seinen nrtaan cer Ren RCo eh enre enter TMT ame eS resTentea Os T dissociada, é claro, da construgao das identidades-suporte da modernidade, a do individuo e a da nag&o (ou da “nagdo[enquanto]-Estado”). Mais recentemente, nas sociedades ditas “de controle” ou, para nés, “de seguranca’” (e, para outros, num outro sentido, “pés-modernas”), vigora 0 controle e/ou a contengao da mobilidade, dos fluxos (redes) e, conseqiientemente, das conexdes — 0 territ6rio passa entio, gradativamente, de um territ6rio mais “zonal” ou de controle de dreas (I6gica tipica do Estado-nagao) para um “territ6rio-rede” ou de controle de redes (Iégica tipica das grandes empresas). Ai, 0 movimento ou PRC e Cee eMC RS ens TEV ICT Meer Ran ected Mere rr CIRC meee TCC RTM Oey CERO TZ TeOMe eer oMmCeTT EC OMe RC TEN SRC OTAt Oe) longo do tempo: PEO OTR RCO EET ts Concer (tc BECO ee CRO RS Ate OR ra CAA ccs ote StI Cd Con ete sc eR TER te Oh Chr cnr CON ROR ee EMA CEO OR COR oe enon CECT de individuo através de espagos também individualizados, no caso do Pent) Bree een cos ORC COMMS TT CTO E Od Ca Seer Moree ERNIE ts E importante que ressaltemos agora, ent&o, dentro dessa multiplicidade territorial em que estamos mergulhados, quais os tragos fundamentais que 28 Sonesta POT Tam ECON CAC ta Once Cen Territ6rio © Multiterritorialidade: Um Debate distinguem a atual fase des-reterritorializadora de cardter dito mais flexivel do OVEN OMRON Te cernte eT OMT ME TT SMa GR Ce oerT TL CMM TEC TTS “modernidade radicalizada” [Giddens, 1990] ou “liquida” [Bauman, 2001]). Entendemos que uma marca fundamental é, ao lado da existéncia de miiltiplos fey eee Cees CONOR he nar mer CRC MO eve LT Ome Teme CoOL U Ce multiterritorialidade. Pee a POOP VRC eee eMC RT Sar Ome me Cn Ten cman TT CT territ6rios” e “multiterritorialidade” — a multiplicidade de territérios como uma Coen TCM c TCU Cnt CCm TR Mrincatctc ny multiterritorialidade. Rompendo com o dualismo entre fixidez e mobilidade, Soe ey ee ea ma nc constituigao dos “miiltiplos territérios” do capitalismo, entre territ AOC tradicionais, e territérios-rede, mais envolvidos pela fluidez e a mobilidade. Mais do que suas formas, entretanto, importa o tipo de poder e os sujeitos neles oe hates Ee oer ATOR CRM ee CR Re scent) Re CMC een Ca ROT ma ct naa cnr Ore Reet en TTS TR CMCC Rare ctor Man cere Mc RRO RT TRCCe Tee} controle de areas, quase sempre continuas e de fronteiras claramente definidas; outro mais relacionado a légica empresarial, também controladora de fluxos, porém PICONET CTE RUE RACUEL Tee Came RCN Toe OMe eae tene tone redes), de alcance, em Ultima instancia, global. Arrighi (1996), de forma geograficamente questiondvel, distinguiu dois “modos opostos de governo ou de enon Common ernie wsncre re Cesc tense See U IEAM OREN CSTC RTS MCCOMS TTOm TO ls CMM UCM geopoliticas (e geo-econdmicas) que ele denomina de “capitalismo” e ba Coast Oec lI One Os governantes territorialistas identificam 0 poder com a extensdo e a ECS COE OM COST TS CONT Re OMS M OTTVT Noite fee ot OME Ma eI tterz Teer TEN SCOT um meio ou um subproduto da busca de expansio territorial. Os governantes EVENT E MME TOMS tr Te TOMMTCCOTTT Cec Tn MRO etter mrcern Be Wend oe edte MRT MSCOT COC Rr nC erectus crt errinatn in tetra SOR renner certs mt mce)) ee eRe Oe No Cen ec Raa Oo se simultaneamente nos dois espagos. No espaco-de-lugares (...) ele triunfou ao se identificar com ee On eee Cem ORC ee eT Cee aa ecco ee eee CeCe Cree oe ce Pena DD 29 eee Rogério Haesbaert aE aon Se eRe a ened Py een aE See CCC OER En Conta UCR Seat Cen oC ORS SH ORS OMS MUI Cer Mele cette OB ued COM) ree OSB UTES EAC (o) organizagdes empresariais, enquanto a outra, o “territorialismo”, marcado pela eM STRUT an OM Cont TOR RRcS Ot Oe eta O autor destaca, contudo, que so duas légicas naio-excludentes, pois historicamente funcionariam em conjunto, “relacionadas entre si num dado contexto CONC OCI MEL OE DSR CR COM Oe Cre nme TCT tnt) BEATE CeleRers yee MME Merz eC Rew OL te ml (Cele Meme MY ere Steno} norte italiano, percebe-se com clareza a constituigdo de “territérios-rede” onde o ete eee CORCH One oC mere Remote Rs Cae ERSTE eis CROCE om SET OME OS TET TERI CCR Cee ercee Te eeTCUTE Toren tee ETT Cy ROMS M Ce a CRETE TOMMY MEUM CTV COm IccCOMOT MET Teco (no comércio) sobre outras reas (territérios-zona) e 0 dominio das rotas maritimas Ce SEEMS Tce Bourdin (2001), comentando Balligand e Maquart, afirm: Re ne en One ee Cn era eT balcées, os das peregrinagées e de suas igrejas de romaria, aang Ree aR eg cee me eee eT ilustragdo. Hoje, este tipo de territério domina, dando um outro TO RMR AME OCR eT OUT eC CY) Assim, dentro da diversidade territorial do nosso tempo devemos levar em OTE ELTON Ue RRO ET er (eke renee eRe eR IEW Cel erm CUNO EAOIE | e uma l6gica territorial reticular*. Elas se interpenetram, se mesclam, de tal modo PLoS eee ten Cece anere nee Rar nt Lee ry de retalhos politica, pretensamente uniterritorial (no sentido de sé admitir a forma estatal de controle politico-territorial) do mundo moderno, vé-se obrigada, hoje, a CONT mc Cee eet caret cen Mee ese ee centre rts em geral na forma de territérios-rede, como € 0 caso das territorialidades do narcotrafico e do terrorismo globalizado. MOMS aT Ce MCS CU TOME MEM Caer Mota Eta TOTTI) inexoravelmente dentro de uma “sociedade em rede”, e que defendamos, de forma ST MEMS ot eM M Cem E MR CRNrenirA tee rrr mew tate wane PEO ECR Cer itec Rene Ra Rc Cen cree Co RR rr Tens rT PRTC EN RRC ROTM CROP cme r ee noe Cottey Sn ec Oe tn eee en Rn con er eer © item 7.1 (Tertit6rios, redes e territ6rios-rede) em Haesbaert, 2004a, pp. 279-311 RU eee ec nr eet Or ee Se ne eee cy em processos de uma renovada “reclusdo” ou, num termo provavelmente mais consistente, “contengao” territorial (Haesbaert, 2004b), por referir-se mais a un Coe ken er Once! CRMC crane it) Bere CRY cree CY om TPS Qe TN Rs ORTON STINE ORO Reka rts Meer Teton aero LOT ea CUT MUA MCAS CON Cee aOMME CRU ECLA TCU Mo I Core Comoe TOM Cie sabem, nunca preenchem 0 espago social em seu conjunto, inserindo-se, portanto, “naturalmente”, dentro de dinamicas sociais excludentes. A defesa de um “espago de todos” (ou 0 “espaco banal” de Milton Santos), de um territ6rio efetivamente a ad (COR t Ce MOOR RCM CMH ee LEZ Cer OME OM see MLTR TO LaLa PSM teen aerate ee Dre MCS CRC ROC et OR Tee TE ACR RCTS elementos fundamentais constituintes do territério (para Raffestin, duas das trés “invariantes” territoriais — a terceira seriam os p6los ou nds, que no nosso ponto de vista sao, juntamente com os “dutos” e/ou fluxos, constituintes indissocidveis das redes), devemos destacar a enorme variedade de tipos e niveis de controle e/ou contengdo territorial. Se 0 territ6rio é moldado sempre dentro de relagdes de poder, em sentido lato, ele envolve sempre, também, no dizer de Robert Sack, o controle de uma area pelo controle da sua acessibilidade. Este controle, contudo, dependendo CMTC TN Tce ROTC TRMSTIn Tc) comm cermsncenTy OO MoR MTT Ter onal ca promovem (a grande empresa, 0 Estado, grupos étnico-culturais, etc.), adquire PTAC Re CRT CSITS Ces CROMER S RRO OCIS TCO Mor ean Me eee Trea (Haesbaert, 2002b e 2004a), propomos identificar “muiltiplos territérios” — ou melhor, “miiltiplas territorializa UMMC NMC UOO TCO eC ED) MLSs ez Creen eee Ur Red Cle ETN eed Cl oR RAO HELO oe COL ARNO CCN ONT MME one Ecce OMe da ordem vigente) mais desterritorializantes, “desidentificadoras” (“espacos de indistingo”) e destituidoras PERCE MCORe Mon Ce ORM Oar atc ORt rman Ly PMSA COPTER Cae MP Ccrtnl vo eX Oa) Cente et refugiados e outros espagos através dos quais se tenta conter a PN CASO hare oe Creat orn ee centrtectenrorcon ty “campos” (tendo no seu extremo o efetivo fechamento dos ere emer centre) ie DS) Dore Ca com roe ECM EMRE Corre COT Came) RONEN CMT ors MEMS rcs ent ee MC Tom er Cam tte identidade cultural, ligadas ao fenémeno do territorialismo, CSO SM TE OTTO S T SM COMTETT COCTeer ie (TS PSC nme TEN ONC errs MME CReT ttn OMTTTEY pluralidade territorial de poderes e identidades. Se Tee Re OE RT CONOR ene mnt e a me RCT sido realizado, no qual o poder tem diante de si sendo a pura vida nua, sem qualquer mediagao” (2002) 31 GEOgraphia - Ano IX - N° 17 - 2007 aR ua 1) BLT rz Tee re) ce CEST SR eer Ci Seve nen) do Estado-nagao que, pelo menos quando referido mais ao territério do que ao “sangue” (do contrario equivaleria ao caso Poe eRe HOR ene Ome ar mele lieve Ran te) meee Prem CRIT Mts cTMare Ye Mme tee TCC Te Remen en OR MT On EMRE Ue onme Ce) mre CeT nor) PETE eM te tee? ro) Bor NE EY Ae Reem COMERS co rent et) territorial, seja sucessiva (como nos territérios tempordrios ou espagos multifuncionais na drea central das grandes cidades) MR ene eR COME MC nc rte-tomner terete Cua territorialidades politico-administrativas relativamente aut6nomas). e) Des COS TNICAT RS eR TON CMO TST SENS ine) Ser Or CmeUne eC ec oecannC eT rogsted em erm Rene One oR mene rent PUTT Centr eet cnt mecont PRR Caner Cc Precisamos entao, a partir dai, distinguir entre “miltiplos territ6rios” e “multiterritorialidade”. O antropélogo colombiano Zambrano (2001), numa perspectiva semelhante, traz contribuig6es interessantes. Ele distingue entre “territ6rios plurais” e “pluralidade de territérios”®. Com base na complicada realidade sécio-politica e cultural da Colémbia, Zambrano reconhece a POTS cMe rer Ce NTE N TCO OSM TCC eC TOUT Ton Co iRerer Tea EN TES ONE EMR me Sco men eT NT UCC TREN TTT RS No dmbito politico o pertencimento gera o sentido de dominio sobre TM LRA CO aT ie ee Cg an ee nL ee Oe perspectiva territorial: percepgdes de atores diversos, geralmente alheios aos contornos territoriais locais (Estado, guerrilhas, ONGs CON ar Om On eee CMa ey OR RSM Rae ee Coe ae OC Ca CY era ee legitimamente 0 dominio ou estabelecé-lo com as pautas de Pea en Re ne ee ee Rea autor parte de uma definigao de territério como “o espago terrestre, real ou [2] imaginado, que um povo (etnia ou nagGo) ocupa ou utiliza de alguma maneira, sobre 0 qual gera sentido de pertencimento, que confronta com o de outros, e organiza de acordo com os padrées de diferenciagao PEAR Cec Cm CCR Nk ROR Rt ere ed een eect eet eee Ee) Ryd Territ6rio e Multiterritorialidade: Um Debate oar CON LCL CoRR Ra de meee Rea eae ae a gana on ee ate oT Re Oe CM Og ge a TT eM Ry ee eae OT eee as distintas representagdes que legitimam as agdes de dominio sobre ORO eran YR [TT CM AMR LPC LO LLL mL LLL LC ELD pela qual o sentido de dominio se translada com os atores que deixam RR ee CRM Le Ye ea Re RL Ree aaa Pe oan ed Tae Re a eR NT an eam a eR ea (p. 17, traducdo livre) PUNO R TR NTO CRC Te Comme Nn TOE ITZ OMeCR TT erreue CONN e eC TCO ema E VCC CM aT ert na andlise do autor, a multiplicidade de territ6rios — e também, num sentido mais ECM CUE Ore Cet met nr RCO ANCmTn mn ON seme Tn Te CECE CS URS Oca Ce Cm RN TO OATH UNC ome e nem TE TREC TET Cs CT ON ee eee CORR Ree ae rrr eres PNR Ce eee CURR OM TCT ECO MT COC or MS) CRO Cer Crd CON CCM CER mer OTC OTT NaRe CMTE PONT eRe OMe RCO ET AMNrS CIRM renee Cen Tad SENSO UPR MCC OM RCO Cee em nr cmt CR CET territorial” (p. 18), um pouco como se todo territério (formalmente instituido) FD eR OR CRT ERR ORE TICE Distingue-se assim “pluralidade de territ6rios” e “territorios plurais”, que, RCO TEESE er MA orn CRC re TeancetTORUE TT OOeane TE CTE ieee ROUTES Wed a aa COM Le CM ace. RR terrestre como suporte estd sujeita a um processo permanente de Cage ee eR LE ge Me ge) sistémica. (...)” Os territérios plurais, além de conceberem a PTT Dae eR Rag eee ea Cn aa ocupado por distintas representagées sobre ele, que tendem a legitimar aE ROR OC a aay ec RT ed eee Ee eee age Oe Re oar eee Ran oR Rae LR CR a ea em aa Cg mag Cao Pe a Ma ea On Taree eee ee Rea eee eer aM ee RR RE kOe ed 33 GEOgraphia - Ano IX - N° 17 - 2007 SRC as progressiva agao dos movimentos sociais]. (p. 29-30) LOTT Coe Beye Cece Ried ue Cera OCMOR UST COeCOBy ERLE LTTE TEENY POOR RTE E Oreo md Ds TMC EC Ms Maer Or Crem core Orem Tey meen CMCC CRTs ross eM Ce un eCl CH ome recechie ee lace lad SCC Reece Om UT ar nen rcmtccertcd PS Reus htcoy ec Gees tC rate os tes tetOM PRET Reem ere Cog eter emer mee sree ewe ee eNO Tn ToS Deere COME UC MRC CRE UTT ME her CME MECC Cece CoC multiterritorialidade) — uma, vista a partir do “territério plural” como conjunto justaposto de diversos territ6rios compreendidos no seu interior, outra, a partir do Sea OeCh rl MeO Lee ORI way res le eleanor eC onecl erty} CO renter eee Cease oun Comets aries SCO CSTR ECE rose CRE TECH Metta MeN) tance mais dos limites do “territério plural” para o seu interior, na segunda o olhar PCE METRO Tee OCCURS METIS me Ree Con nen Tre men “acima” dele. Tanto num caso como no outro o convivio de miltiplas territorialidades implica sempre disputas. Como afirma Zambrano, “o territ6rio se conquista”, sendo assim “luta social convertida em espago”. (2001:31) Trata-se, PAR RCT Cote tce me eT ORCI Coreen tM OM Iceni) “multiterritorialidade” — tanto pela justaposigao (sucesso) quanto pela Pal ree ee OR CM ema tc SMe Co cV RR Cre eR Ae MRCS tl amen eC) “conquista pelo espago”, como indica Zambrano, ela envolve sempre, como ja Cee MORRO MSMET Cerne Ter TMCR er CoM RST NT OTT Cemrees RP eieerrere UCL Para entendermos a multiterritorialidade contemporanea é preciso remontar CMON RCM erence amnion keen stemtecnccstt territ6rio e de territ6rios multiplos anteriormente discutidas, podemos afirmar que sempre vivemos uma multiterritorialidade: Re aan Rae en Re Cea menos no sentido de experimentar varios territérios [e/ou territorialidades] ao mesmo tempo e de, a partir dai, formular uma Pana eres aa aT a a cee Pan ae ae aR eRe eee oe eee nae en Aen ae eae ae ee a eR eR ea interagao territorial, um entrecruzamento de diferentes territ6rios. Em cay Penne Cree Cn meer em aL RC ea CECA ag PAL ee) eC Ree ne CMC CR CR RT remot tos Ue RU CRMC TCO SOM TCCM MC) CCC CMC a rcrmey multiplicidade territorial (que, por sua vez, faz eco 4 “multiplicidade” do espaco, no SIAN ELLA TO ue w AAPA EC MSU Le LCousT Cac Ieee rH RS aUs Cen TST n CON ene Retrercer Ree nemtia tener Cerne rater tnt ei Pree ea EE me EL eee ets eta ane LTS LOR ETT Te SRS TT CARERS MC Crane emer Te renter etn tent a territorial e multiterritorialidade foi o socidlogo francés Yves Barel. Ele parte de TOR ESET EMR No CWI CMRC CR COnE CLO CTT OMe TOG BL mrecr i COM RRR OS LM eM aCe me neon ente (Cro mC SS EIDE Ce nats or (I Re Oe aR ee me Cem aa LOO eC ome CCRC ett sce CMe ry nao ha homem sem territério, este como imanente ao cardter humano]. Diferentemente, talvez, de outras espécies animais, seu trabalho de ear e OR DCL COL ee gta Cia ea ee Poe eee ere eae een relagdo biunivoca. Isto significa que nada impede este individuo ou este FTN a ace ea ea ae CRT eg a CRN a CRRA ROT Lao ge aa aD Pea CTL aR aa Parr mC nnn Wo ene a MAT TTC de um grupo, de uma nacdo. Existe portanto multipertencimento Foal aa ae SD) Trata-se, contudo, daquilo que podemos denominar multiterritorialiade MMe eC mcceM ener aR teced tte nnn tne hierarquicamente articulados, “encaixados”. Os exemplos citados por Barel, um pouco como na espacialidade diferencial de Yves Lacoste, comentada a seguir, deixam claro que se trata de uma multitertitorialidade pelo “encaixe” de territ6rios Scan came oneal cer Se PASS Sr aes Ree oRos Cou OR MMT one Coleco Cem ee Cn Eee a politica de emprego — exemplo coerente com sua ampla concep¢ao de territ6rio. ERO Conn TOR Cn rtnictetcnrt he Cmnrsrttccnes cardter estatal-nacional, pois se trata de um fen6meno internacional ou mesmo, global. As politicas nacionais, assim, “se tornam politicas locais, freqiientemente ineficazes por causa de seu localismo”. (p. 137-138) 35 (eee ee eee ee Rogério Haesbaert Seria ent&o a multiterritorialidade uma questdo de escala ou, nos termos de Lacoste, uma questio de espacialidade diferencial? Neste sentido, é interessante CRMC eM CRC CME CCrmenn erm terre orev Eta CES EN hte me atone Le PREC RC CRM cee Retce Renner hw cee Rete ces a espacialidade urbana. Mesmo sem usar o termo, ele j4 antecipa a “compressiio tempo-espago” (Harvey, 1992), profundamente diferenciada conforme as Scam CCNA CEE Ren tasers tt otra trustee) afirmar que “nos dias de hoje, (...) tudo aquilo que est4 longe sobre a carta é bem perto por determinado meio de circulagao. (...) Hoje, nés nos defrontamos com omc tenn remeron Mere re ccm r tos eck Cte com mais razao ainda, se somarmos o aviao)”. Assim, na nossa vida cotidiana, referimo-nos, “mais ou menos confusamente, a representagdes do espaco de SET UUEU CoM COC SUE TULLE Coen tea niCea EE Lei OOO OTE LCL oe LCoS ROC OR eC re ONC Mere MRO ea eRe ORR cca PIES ORe NE Saad SRST TSCA TCE MRCS Te REA nce est TS CERAM UOT Oa ta Armen rena cco Teer te Beret SSE rea oats at monn ntee Vivemos, a partir do momento atual, numa espacialidade diferencial feita OR ee age deca re en eee diversas, que correspondem a toda uma série de praticas e de idéias, Pee rae eC MCL TC) OPM Na SN CCRC NR en OR CoE Tcusem Oc CnC eT nossa mobilidade mais restrita, cotidiana (a nivel de bairro, cidade, deslocamentos Cem Cone mCnTtrcse sc Om ECCT TSC Creme Rar sem e quais dependemos (redes administrativas, de comercializagao, de influéncia urbana financeiras); ¢ as representagdes espaciais de mais ampla escala, veiculadas pela midia e pelo turismo, e que fregiientemente abarcam o globo no seu conjunto. PCSST COP ae eae ge eC epee Re eT Oe OR Rem MTT TT Ler das preocupacées concernentes ao espaco (nem que seja por causa da multiplicagao dos deslocamentos). Mas esse espago do qual todo mundo SOMO CS aC Oe Lona Red aed a RAC ea global. (Lacoste, 1988:50) 36 Territério e Multiterritorialidade: Um Debate PCC ROME ca ma CME One Mn ence Re Tor Cem coe ims RCM cre mromcn mem Creo tra eg espagos — e dos territérios, organizados muito mais em rede do que em termos de reas. Provém dai um sério dilema politico, a ser retomado em outro trabalho: como organizar movimentos politicos de resisténcia através de um espago tio Prenat e ORCA LUC Cer Looe CoE COU eo Se para Lacoste PCOS ERC ETO Crag confusamente multiescalares” (p. 48-49), muitos de nés, contudo, encarregam-se felee lS evo Rei io deste novelo e, retomando seus fios, tecer sua propria rede, ou melhor, seu(s) proprio(s) territ6rio(s)-rede(s) — que implicam, sem diivida, assim, a vivéncia de uma multiterritorialidade, pois todo territério-rede resulta da erect ren Mh es cree MOOI OMRON NOM eR CR Ste OM CTC TCA OMe CLC COCs Pet ener nen CRC eM Toned tsrte CON Cen ota (ComT Coenen Meee estes Cearenn eee Cee eer CRT eee rene cu eo moO eMC neon ted ee aE AZ OC MME er MeO ACCS CCL e Cena Ue ets de alguma forma, integrando outros territérios. PREC Un eer nCme cen e emit tty OPT ito rs Cosa Lele AO ee ea ee angen zonal ou de territérios de rede. gg eae eae (eae ean aga Ce ee Lae a Fg ee aM ee eg ee T (Haesbaert, 2004a:348) PRE metre net Caen Connor tent TAPROOT Mente tT PIECE Memo CM IETOOMUR COSC CM Cone Orme ToMCoMeCO Leet BET) Pc oe CMTS CMM ORO Ccae Teme ta art) eer PICT MEM enone Roa ere Mca eet le cece sn rts TER ee B TOE Baro Rec BOSC MERC r Men CMO cy PE Rea eee Cato OEE CeO RU Cee Oar ICOL Coa PCE RCT OR on PMO RS TMT RUT Ccre Cnr E Co ae a mat a a ca eR ge ao rede em sentido estrito (...). Aqui, a perspectiva euclidiana de um espago- Aaa Coa RR ea Ne Ra ea aOR eee distinguir claramente onde comegam e onde terminam ou, ainda, onde irdo “eclodir”, pois formagdes rizomdticas também sao posstveis. (...) ees ELD) Cyd Celerra en LLL Esta flexibilidade territorial do mundo dito “pés-moderno”, embora ndo seja uma marca universalmente difundida (longe disso), permite que alguns grupos, eee ct Cm net mt oct ce center m Fer EM MORI C ORI CMT EOC es eC TUM enon rel ane Me RTE conexio em rede por varios pontos do mundo. Aqui podemos lembrar a Pree Cet eure Teo Ree treticatec cr eureev Rete mr eur etry PICO Cn soe ore Ly eM Cn Oct CEC Ce eC RST CEO rs ose wae OL ICZ PORN OM CMe Cnr OM Oe ao Pete Ene So Eee RTT Com Once CRt Cm TONE es PENSE Me ee OM CONOR CTR Ce er acre CRT er Ceca CO ORCS ee Re a Ome EM ORe CDE Ur IR Ce Raat csc (conceito polémico) contemporanea se reproduz ao mesmo tempo pela proximidade residencial (em bairros e/ou condominios seguros e plenos de amenidades) — Deere OME RCC OR eC mek ecm ter Coc iC e oma seja, pelo usufruto de miiltiplos territérios, reveladores de uma dupla inserg’io Ree Cnn Ron COR CREM OU C EM Cn oe eeC MMe Tee MCCA MTCI) COMIC CUE MEMO en ere CMCC Nn ERGOT oR Meteo CERO RECOM MOI ECOM EMT Cm Lote Cz eto CRRA CY POS CTE ROM econ ence eee RNR CU rc O sociélogo Ulrich Beck (1999) chega mesmo a forjar o termo “topoligamia” para se referir a este fendmeno de “casamento com diversos lugares”, para ele muito difundido, mas que aqui enfatizamos como um fendmeno mais eer OST ORT IS rahg aCe Cn OR Reon mune oe ke ts Ce eI ER CR ERC MCP CnC RRM eRe) TEMS a COE Nes ERMC a ee UR Ctee TEE ROORe Neocon excludentes, Africa e Tutzing. Topoligamia transnacional, estar casado com lugares Pree EMI ee ACRE MORK iene Wally ieee re MATEY de cada um (...)”. (p. 135) Num sentido mais amplo do que o nosso para Pr OEIC CRS Ctr CRO Cee eCeCaa MRO CT Caer TCZ eo SN mer ROR OM OMT meme Ice 137) a OC ce eee Ce CROC i eRe Neon CCN Perera eRe nee eet Reen ecu met re ete ete teen sentido de mobilidade fisica, uma “multiterritorialidade sucessiva”, a sua BUTI CURA LEC MMO ETUC MUL CaslCOeC UOC Ut Como diz Bauman, a maioria das pessoas “est4 em movimento mesmo se fisicamente parada” (1999:85). Para estas, 0 espago enquanto distancia parece Pe OR CCM me OMENS GEMM ar itm Tren Cian Ree Tee ER SCM ECT se cee TRS EM STORM IRR Cad ern RCM Cat ner ROMER ESM CREM Cm Ren Nr Me eT 38 peer eORVUN Crnn ee eT COL TS ou informacionais, entre os multiplos territérios que, combinados, conformam a sua PTT Cccra a Ce CS Com Tal como afirmamos em trabalho anterior (Haesbaert, 2004a), dentro de: novas articulagdes espaciais em rede surgem territérios-rede flexiveis onde o que eee arte OME MTS CRM nT nme MT ETO eet cm ttt) dentro da(s) rede(s), ou aos pontos de conexéo que permitam “jogar” com as PUTT T DERBI eceH Cece CeaMe CA CoueOEEN CROCUS EI ORM Me TRU BION E Ca a ilec lentes Trata-se assim de vivenciar essas miiltiplas modalidades, de forma simultanea (no caso da mobilidade “virtual”, por exemplo) ou sucessiva (no caso da mobilidade fisica), num mesmo conjunto que, no caso dos individuos ou de PURE teen Ceca RTA Orn CRETE N Ceme en cri chet POMC OORT OR CRC orc OTRO orm Cert Was CMT TT) soar ee Roeroster ee CMnll elceetoer ict rane outer Com nie Te - uma dimensao tecnol6gico-informacional de crescente complexidade, CONCERT ON tee reat Conner ee turn rate Cha Raat re) CEC err etecmcnen ots Ran CMC Men ncn nT) PERLE CMO MeN Cem INCE LCC OLE RAST LCN CaN RCo Eee OTe Vec Ta Tenet CaCO OR oe - como decorréncia dessa nova base tecnolégico-informacional, uma RO CRC OM eR CRT ery nee ee tecener cere otra cere eam Cr Coenen Oren ce run C Renu Roe marr ears Mer nce Crs globais de alto grau de instabilidade e imprevisibilidade; BROLIN Ree RCCATETRS Teme Cn gested de territorializagio, com a identificagao territorial ocorrendo muitas vezes no/ One Te ORM RCT MCS Cre REM nM Em En TSC try como um todo (a “Terra-patria” de Morin e Kern, 1995). Nesse contexto: I ae Rn aaa ee ag Cen Om can OR ORR CORO ae FL eC exemplo) muito maior (e mais miiltipla) de acesso e transito por essas territorialidades — elas préprias muito mais instéveis e méveis Cea Ee ROAR ae le ON me ema RA Cea cea ae IUCR ED) = Oe eC MCC Ta ms orc toe mm er Cree PONG eRe ncn cnet tcc cm Fre s ee CROCE tos eMC U Tt Oe Cres Gis TC rR on SE ane 39 eee ee Ce Oc en OREM NCCC Cn MT Mer ea Ca Comm Tce RTO Ts COR ree Oo OPM Crem a MeO TCM essed POU aC Oc eM ret Re cee One reenter TCR snd CON eRe meen Tae oO) nee en ecu eerie cent nite Manner ert rn TB eHE MERE NOP UCB Nemo e MBN ENCE B i onirte Cried} Se eR eR CLL de mobilidade fisica. Trata-se de uma multiterritorialidade envolvida Oe oR CLC en ea Oger Pee Teele A LLCs AO Reece Ce CL OO territorios. (Haesbaert, 2004a:345) E importante distinguir af, claramente, a dimensio mais propriamente TEE RS ORS ee eMC EMEC CCC OCS ReeRee eared 0 territério dentro de um continuo do mais funcional ao mais simbélico (no extremo, TEM CousT CSTV COL RMS Mesos COM METI B LUTE set CODaTeUi CL em eee eR CoMILLLLY Crecente etn ke C Cn kate CRne Cr Rint tre ETI L Cae Ne CCR LILO mecrese MST Loe) ecco ee eRe Nome me TEEN Reece OM OCC OM CU tem Ue Oer Mestre teem OLE) TOT eRe CA Mee Mm oO OM TCR OM CCC MC CCT Ot iter CO (re)construgao territorial (a identificagio com “lugares hibridos”, multi- identitarios). eee ee eerie kc ie MaSTt emo RO Ce See RR Carrere cet talc et etek er rth na oec Cre Mee On OSU OSCE MM TLE Lee Ronee one ternt Pe OR Cae Ce mC ATS Co OM manana tat MTC Ron ta renee rts FEMS CSTR UTM CORE erg ere esc ORT Ee Nc EOE Ce Mtr LTC cee a diferenciagdes dentro da propria dindmica de “multiterritorializagao”. Mesmo zona (manifestados numa esi See eG eon cee nee nna emer cte - 08 agentes que promovem a imultiterritorializago e as profundas distingdes em termos de objetivos, estratégias ¢ escalas, sejam eles individuos, grupos, instituigdes, o Estado ou as empresas. Seem Ce SO CUES Ue RUE e COCs eee ey como no que se refere 3 definigao de territ6rio, ela aparece ora com uma maior carga simbélica (como no caso das grandes diésporas de imigrantes), ora com PETC MTSU COTO TORO CCM OM Ceee\ orcos hin teredCanr at PS Ren Len Can Re TmeM TSM Ca TT TERE CONIC Um CnrTCnrr Ty 40 Pree R OM ear Cc omen mS (territorialidades num sentido cultural) nela envolvidas. RM Ro eR ncn CRT cee aos Fre CMEC MIC ict COMO METRO TS COME conan Cc Caan eT compressao, bem como o sentido potencial ou efetivo de sua realizagao. SOT meee eel Recent COR C MUTT Lele NTE EVEL CMTC OP Msoncoe SEM Ter rote OM COTE territ6rios (ou, por outro lado, pela vivéncia de “territérios multiplos”), e até que ponto ela corresponde a conex Cee eC eT OM MET MN ome CRU tT Cod ‘40 de miiltiplos territérios, em rede (identificando entao, tal como na distingao entre territ6rios-zona e territérios-rede, uma multiterritorialidade “zonal” mais “tradicional” ou em sentido lato, e uma Taser ere MMLC EM SALE OLLIE) BOT r mae S OT RMmT rote MU errr tet ts —devendo-se discutir assim, também, de alguma forma, as implicages das miiltiplas err Oree rT CoETeM NE eR Sree COCR OR CT RECN CL) LTT OMeer een eet crr tees 4, (Nao) concluindo: implicagées politicas do conceito NER RTO CROC OME Ten COMET amr me tt Cette tet futuros, podemos afirmar que o mais importante neste debate diz respeito as implicagées politicas do conceito de multiterritorialidade, suas repercussdes em Ferg eT en ree OP Mcer Cte terse MeN Ren Mien tecmen tr coe caterer COMET Cee Scere CM a me aes OMT) Pelee ee ert Cm MeOH MEM OSS Ch Rie mmo mel Tete CLD) PP Muni telcree eet eMC MM Kers Sez As implicagdes politicas desta distingdo sao importantes, pois sabemos eR an ae ee cea coaT Od ee Ne Re ne ee Oa ccc Ceca a ee estrategicamente muito relevante na atualidade e, em geral, encontra- eT ae cae LY ca PALER REN AAO ae RON ga eR ae Poros Ia er nn aa COR eae oe Tre Lee ee ec ae ame ere RRL Be ORT Ore ec Oe cr ees enn em neon ca mest tanto no tempo quanto no espaco, ja que “cada varidvel hoje presente na caracterizagZo de um Ce eee Nn eek eee sR eee CeO On Es See ec RR CeO Cece aca cmc CT Ce eR eee Rec ecm ee eric eet ae Crome aD) cae GEOgraphia - Ano IX - N° 17 - 2007 rec ea eM ae eR eae reprodugao fisica cotidiana. (Haesbaert, 2004a:360) peo CORE eee OR Oe eS Om mel emer Le eae OR ecaCnn ne Omen rer Onn taints de certa forma, politicamente “imobilizante”, pois imagina-se que, num mundo globalmente mével, sem estabilidade, marcado pela imprevisibilidade e a fluidez Pera cet CR EMT OMG rere COCO M (eRe Cs ORE MEU SCeca CO POOR RS UME CR OE RCo aCe eee COTM Meer TCE mais extremada, nem mesmo eles podendo mais exercer, af, algum tipo de controle. NTO LORS CRs SOUS USE EZR ALESIS LeCMMECTe LITo Cy que pregam a destruicao de todo tipo de controle ou barreira espacial, ele claramente legitima a fluidez global dos circuitos do capital, especialmente do capital financeiro, PRR Re MeN Vee ene ReMi cor Oem CON TT OR CSS OnCR OM ERO een en One eme CeCe en Meret ON Cree erg exemplo, as teses de um “guru” da globalizacéo como Ohmae [1990, 1996] sobre o “fim das fronteiras” e o “fim do Estado-nagao”). IC ECMST UN CCM aan OnE Een Cao multiterritorialidade e territ6rios-rede, moldados no e pelo movimento, implica Coe RTT U rR CIT cstrm Git me OM cert rC tment tTie eT e Mere ser Mm CST ea om tear Te TM Tear Th Ome elt) econ iota proposto por Doreen Massey (2000[1991]). Criticando as visdes mais reacionarias Peo RR eT aR M Re eects Mee en nena en eo nn eC ena RCM CCM ORME TURE ence err eetTT CEC OMEN Me cM tT RT OMe ech Cte TAO COO CONSONANTS ECO TTR OMe eTEt OM Ce Merrie eaten src caer term tempo. MCC OM CNC NMC MRT neon ce eric! de “niveis” de multiterritorialidade vive a sociedade contemporanea. Velhas re oa eee cma re toe ne Cec V RECURS m meni RRS omn LTT Cele) bec ume Ce) BET Coe CR Rom Caras Re MECN (ou ele ome Kee MONRO UeRt or eee em Um CCU Me Mer rz CLO) ETN One ee cree rale else en ered us Mec BME lec Rerum t Ltt) Cincom See Cer CE Conn CR carer eC Re caer OP Toca aT Pre meee er Me OO ESCO ees nee eer my Peli ecem teers Hite) O territ6rio, como espago dominado e/ou apropriado, manifesta hoje um ROR ese ete Tere Renner encom ater eet eccert CG Cee es oR ei aet tem cmt Creme titre tet nets “miltiplos” (tipos) de territ6rio quanto da construgdo efetiva da multiterritorialidade. Toda ago que se pretenda efetivamente transformadora, hoje, C7] Territ6rio ¢ Multiterritorialidade: Um Debate Pres oe atc Er CMa ere mos eRe at eames catecler‘V eRe eeB une) (ey od CeCe te Co Ome TAC omen en ete WRU ont tet eT er Tits OOO nC er ont anton meri rtcon en tens Geograficamente falando, pensar multiterritorialmente significa pensar tanto em miiltiplos poderes (ou “governangas”) quanto em miiltiplas identidades (em espagos oT Cire a CAENRS Lae OS LACLEDE MST CeCoe eC MMT LITT Ce nlite Coa COO CCM CI Rc NORM OR EM sce cane nr tira Cote rare tcce ter enlace tener te etry CUTS HI ane ance Coren a OER MRO Coco Se TEA PU CUO CM Cee Mera ee St Cre Od PU eRe CC et RR CC OMe Oe Cm ne Cc Per eR OM COE OU cuT OR UML te ttm Ce OnE Pern ere ean Oe eee Palavras-chave: Tervit6rio — Territorialidade — Multiterritorialidade TERRITORY AND MULTITERRITORIALITY: A DEBATE. PCCM eek ae RUC Re ee ROa ctr Ao Ron Deemer ee cree Re emcee eased and “multiple territories”. In so doing, we stress the several manifestations of contemporary forms of multiterritoriality. Keywords: Territory ~ Tervitoriality - Multiterritoriality BIBLIOGRAFIA AGAMBEN, G. 2002. Homo Sacer: O poder soberano e a vida nua I. Belo Horizonte: Ed. UFMG. ANDERSON, B. 1989. Nagdo ¢ Consciéncia Nacional. Sio Paulo: Atica. ARENDT, H. 2004. Crises da Repiiblica. Sao Paulo: Perspectiva ARRIGHI, G. 1996(1994). O longo século XX. Rio de Janeiro: Contraponto; Sao Paulo: E(UNESP. BAREL, Y. 1986. Le social et ses territoires. In: Auriac, F, e Brunet, R. (orgs.) yee ee ee CNC OTe Poe BAUMAN, Z. 1999. Globalizagdo: as conseqiiéncias humanas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. BAUMAN, Z. 2001(2000). Modernidade Liquida, Rio de Janeiro: Jorge Zahar. BOURDIEU, P. 1989. O Poder Simbélico. Lisboa e Rio de Janeiro: Difel e Bertrand res CASTORIADIS, C. 1992. O Mundo Fragmentado: Encruzithadas do Labirinto III, Rio de Janeiro: Paz e Terra DELEUZE, G. e GUATTARI, F. 1996 (1980). Mil Platds: Capitalismo e 43 GEOgraphia - Ano IX - N° 17 - 2007 Ms Esquizofrenia. (vol. 2) Rio de Janeiro: Editora 34. GIDDENS, A. 1991. As Conseqiténcias da Modernidade. Sao Paulo: EAUNESP. HAESBAERT, R. 1994. O mito da desterritorializagao e as “regides-rede”. Anais Ree earn Ker at m One eC Tee dee a 1997. Des-territorializagao e Identidade: a rede “gaiicha” no Ren eM Tece LOD SI ERS MCR rere Ate OR MU creer Cet ay Urea Ee ae Encontro Nacional da ANPUR. Vol. 3. Rio de Janeiro: ANPUR 2001b. Le mythe de la déterritorialisation. Géographies et Cultures n. 40. Paris: L'Harmattan. 002a, A multiterritorialidade do mundo ¢ o exemplo da Al Qaeda. Terra Ae SOD UC rote CRON Cette NOR EST Toe 2002b. Fim dos territérios ou novas territorialidades? In: Lopes, L. ¢ Bastos, L. (org.) Identidades: recortes multi e interdisciplinares. Campinas: Mercado de Letras. SL EM ON CR ang eT eC CR multi-territorialidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil 2004b. Precarizagdo, reclusio e “exclusio” territorial. Terra Livre n. pr HARVEY, D. 1992. A Condigao Pés-Moderna. Sao Paulo: Loyola. LACOSTE, Y. 1988 (1976). A Geografia isso serve, em primeiro lugar, para Yee ee a LEFEBVRE, H. 1986(1974). La Production de l'Espace. Paris : Anthropos. LEVY, P. 1996. O que é virtual. Sao Paulo : Ed. 34. MGC el aa OR SURES MASSEY, D. 2004. Filosofia e politica da espacialidade. GEOgraphia n. 12. 2000 (1991) Um sentido global do lugar. In : Arantes, O. (org.) O espago da diferenga. Campinas : Papirus. ____ 1993, Power-geometries and a progressive sense of place. In : Bird, J. RUC CM NC an a eae eer men ig er mentee Roe oe Or ae Tn MORIN, E. ¢ KERN, A. 1995. Terra Patria. Porto Alegre : Sulina. OHMAE, K. 1990. The borderless world : power and strategy in the interlinked Pe eo eR ene MeN ee eR aR Tere ene etnt tn PINGON, M. e PINCON-CHARLOT, M. 2000. Sociologie de la Bourgeoisie. Paris : La Découverte. : 2001. La demiére classe sociale : sur la piste des nantis. Le Monde Pee en ae ee RAFFESTIN, C. 1993 (1980) Por uma Geografia do Poder. Sa0 Paulo : Atica. aad Territ6rio e Multiterritorialidade: Um Debate SNe ee MC M7 ie ar ogc ee ORCA OU et ek Oc DECC aon SANTOS, M. 1978. Por uma Geografia Nova. Sao Paulo : Hucitec. SANTOS, M. et al. 2000. O papel ativo da Geografia : um manifesto. Florianépolis Pe seen CR Ketan es SOUZA, M. 1995. O territério : sobre espago e poder, autonomia e desenvolvimento, In : Castro, I. et al. (orgs.) Geografia : Conceitos e Temas. Rio de Janeiro cnet e ZAMBRANO, C. 2001. Territorios plurales, cambio sociopolitico y gobernabilidad cultural. Boletim Goiano de Geografia 21(1): 9-49. jan.-jul. cs) Celso ee i Lec R Een Tatd 46

También podría gustarte