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Preparo de amostras
Luan Fonsêca
Mestrando em Química Analítica - UFC
fluan.fonseca@gmail.com
1
Traços?
2
Gladstone, 1876
5
Vandecasteele & Block
Elementos-traço: < 100 µg / g
Ultra-traço: < 10 ng / g
6
Lobinski & Marczenko
QA Clássica: C > 0,01%
Howard e Stathan
“Qualquer procedimento analítico que requer etapas especiais devido à baixa
concentração do(s) analito(s)”
8
Análise de Traços
“Minutos de preucações, maníacos por limpeza, pureza com oito zeros, são
coisas que me fazem sofrer. Eu sei muito bem que, em alguns dos casos, é
uma questão de medidas necessárias, mas também sei que, mais do que
muitas vezes, a mania prevalece sobre o senso comum...”
10
8
Conc (ug/L)
5 Cd (x100) Zn
4 Pb (x100)
Hg (x100)
Cu
Ni
Variação dos teores de
3
0 marinhas profundas
1965 1970 1975 1980 1985 1990
Ano
Afetam a Afetam a
Exatidão Precisão
11
Exatidão versus Precisão
12
Resultado das Medidas
Determinação de As em tecido de Ostra
6,05 ppm
Erro da
medida =
0,94 ppm
13
A sequência analítica
Definição do
Problema
Escolha do Método
Medida
Calibração
Amostragem/ Pré-
tratamento
Validação
Avaliação
Preparo da amostra
Quantificação*
14
Erros sistemáticos em análise de traços
Amostragem inapropriada, manuseio da amostra e armazenamento, homogeneidade
inadequada;
Contaminação da amostra e/ou solução da amostra por ferramentas, aparelhos, frascos,
reagentes e poeira durante o procedimento analítico;
Efeitos de adsorção e dessorção nas paredes interna dos frascos e fases sólidas.
Perdas de elementos e compostos por volatilização;
Reações químicas incompletas ou indesejáveis;
Influências da matriz na geração dos sinais analíticos, como atomização incompleta,
“background”
Calibração incorreta;
15
Tipos de erros sistemáticos
Erros devido a contaminação
Pelo ar
Por impureza dos reagentes
Por impureza dos materiais
Erros devido às perdas de elementos
Por volatilização
Por adsorção
Erros devidos à decomposição/dissolução incompleta das amostras
16
Fontes de contaminação
# Poeira (urbana): mg/kg
Fe – 48300 Ni – 380 Zn - 2400
Co – 147 Pb – 2360 Cu – 406
# No ambiente de trabalho: mg/kg
Fe – 3200 Al – 3000 K - 8000
Pb – 2150 Zn – 1600
# Em cosméticos: mg/kg
Fe – 1100 K – 250 Zn – 35000
# Na pele: mg/kg
Fe – 10 K – 3000 Zn – 620
17
Fontes de Contaminação
Cuidado!!!!
Concentração mg/kg – ppm: Zn Fe Sb outros
Toalha de papel 49 1000 - Cr – 0,5
Fita adesiva 1,5 5000 - -
Tubo PVC 7 270.000 2,7 Cu – 0,6
18
Fontes de Contaminação
Determinação de Mn no plasma sanguíneo: 12 voluntários
- sem controle de contaminação: 6,8 6,6 g/l
- com controle de contaminação: 0,63 0,10 g/l
19
Limpeza de vidrarias para análise de
traços
20
21
Branco Analítico X Branco de
Instrumento X Branco de Calibração
Branco É a resposta do instrumento na ausência da amostra. ( Efeito de
Instrumental memória, radiação espúria, etc.)
22
DESVIO PADRÃO DO BRANCO, O QUE FAZER COM ELE?
23
Expressando seus resultados
Média ± Desvio Padrão
24
Cuidados Necessários
2. Vidraria; frascos
3. Reagentes
4. Água
25
Cuidados Necessários
Ambiente de trabalho
26
27
Capela de Fluxo Laminar
28
Cuidados Necessários
Frascos
Concentração g/kg:
PE PS PP PVC PE: polietileno
# Mn 10e frascos
Limpeza de vidraria 20 20 -
Reagentes
30
Cuidados Necessários
# Água (g/L)
31
Limite de detecção: menor quantidade de um analito em
uma amostra que pode ser detectada, mas não
necessariamente quantificada como um valor exato
20 % RSD
concentração
Lim. det. Lim. quant.
(precisão)
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Resumindo:
Cuidado:
# limpeza de frascos e vidrarias
# pureza de reagentes
# ambiente de trabalho
33
Secagem da amostra
Grande parte das amostras contém certa quantidade de água, a secagem do material é
indispensável para acurácia e reprodutibilidade das pesagens. Dois tipos de secagem podem ser
avaliados:
34
Liofilização
35
Moagem da amostra
Existem diversos motivos para se moer amostras antes de se analisar.
A redução do tamanho da partícula aumenta a área de contato o que facilita o ataque durante
os procedimentos de digestão.
36
Tipos de Moinhos
37
Moagem Criogência
38
Por que preparar a amostra?
A maioria das técnicas analíticas necessitam da amostra na forma de solução aquosa
39
Definições
Dissolução: Significa que a amostra, sólida,
líquida ou gasosa é dissolvida em líquidos
sob baixas temperaturas (Bock, 1979). Isso
é, a transformação direta da amostra em
uma solução, envolvendo ou não uma
reação química. (Anderson, 1991)
40
Procedimento ideal de dissolução
Capaz de dissolver a amostra completamente, sem deixar nenhum resíduo;
Razoavelmente rápido para ser executado;
Os reagentes utilizados não devem interferir na determinação do analito, ou, devem
ser facilmente removíveis da solução.
Os reagentes deverão existir em alto grau de pureza para evitar a contaminação da
amostra;
Tanto reagentes como amostra não devem reagir com o recipiente de preparo da
amostra;
41
Como escolher o ácido?
A força do ácido
O ponto de ebulição
O poder oxidante do ácido e/ou dos seus produtos de decomposição
Poder complexante do ânion do ácido
A solubilidade dos sais correspondentes
Grau de pureza e/ou facilidade de purificação
Segurança para o analista durante a manipulação
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Ácidos minerais utilizados em preparo
de amostras
A concentração do Ácido Clorídrico (HCl) é de
Ácido Clorídrico HCl
aproximadamente 12 mol L-1; Quando aquecido HCl
gasoso é liberado até a formação de uma solução
azeotrópica(6 mol L-1) com ponto de ebulição 109 ºC
HCl não possui capacidades oxidantes altas, contudo o
íon Cl- é um excelente complexante. A maioria dos
cloretos é solúvel, com exceção de Hg2+2, Ag+, Tl+ e Pb+2
que é soluvel apenas em água quente.
44
Ácidos minerais utilizados em preparo
de amostras
Ácido Sulfúrico H2SO4
O ácido sulfúrico concentrado comercial, contém, aproximadamente
98 % m m-1. O ponto máximo de ebulição de 339 ºC é alcançado no
sistema água-ácido a 98,3%.
É um ácido de forte e um agente oxidante poderoso. Quase todos os
compostos orgânicos são parcialmente, ou mesmo, totalmente
destruídos pelo ácido concentrado à quente.
OS sulfatos dos metais são em sua maioria solúveis, com exceção
dos sulfatos de Ca, Ba, Sr, Pb e alguns metais com alto estado de
oxidação e terras raras podem formar sais duplos que são difíceis de
solubilizar.
45
Ácidos minerais utilizados em preparo
de amostras
O ácido perclórico forma uma azeótropo com 72%, com ponto de
ebulição de 203 ºC. O ácido concentrado 100% é extremamente Ácido perclórico HClO4
instável e pode explodir mesmo em repouso.
O HClO4 é um agente oxidante poderoso, capaz de dissolver todos os
metais com exceção de metais nobres e alguns não-metais como o
fósforo. Seus sais são geralmente solúveis, com exceção dos
percloratos de K, Rb e Cs.
Mesmo diluído, quando aquecido, pode explodir de forma
imprevisível, por isso, seu uso em preparo de amostra é
desaconselhável.
46
Ácidos minerais utilizados em preparo
de amostras
O ácido fluorídrico forma uma mistura azeótropica com água à 36%
e tem temperatura de ebulição de 111ºC. É um ácido fraco e não Ácido Fluorídrico HF
oxidante, mas o íon fluoreto é um excelente complexante formando
diversos fluoretos estáveis e fluorocomplexos.
Seu uso necessita de cautela, uma vez que nenhuma vidraria pode
ser utilizada, somente materiais de PTFE e outros polímeros.
Há riscos severos ao analista quando manipulado incorretamente o
ácido. Sempre que possível é ideal que não se faça uso dele,
contudo, é o único ácido capaz de solubilizar silicatos.
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Misturas ácidas
A água régia é uma mistura oxidante formada da reação entre HCL e
HNO3 na proporção de 3:1. Essa mistura forma produtos Água Régia
extremamente oxidantes e é bastante utilizada na decomposição de
metais nobres. O ideal é que espere-se a reação por torno de 15
min, para o uso.
49
Utilizou ácido fórmico para solubilizar
tecido de castanha-do-Pará.
Determinação por ICP-MS de elementos
traços.
Preparo de amostra total de 12h
Interferência do ácido fórmico na
determinação de Fe e Cr
50
Decomposição por Via Seca
Esse método é empregado para materiais que não são dissolvidos em ácidos
minerais concentrados à quente, ou são atacados lentamente ou formam soluções
ácidas instáveis com tendência a precipitar.
1.Cimentos
2.Aluminatos
3.Silicatos
4.Minérios de Ti, Zr; Minérios mistos de Be, Si, Al
5.Óxidos de Cr, Si e Fe; Óxidos mistos de W, Si e Al
51
Decomposição por via seca
Relação entre massa de amostra e volume final é muito flexível
52
Decomposição por via seca
Perda de elementos por volatilização
53
Fusão
A fusão é explicada pelos seguintes motivos (Anderson,
1991)
54
Fusão
1.A amostra finamente moída é mistura a um eletrólito ácido ou
base, um agente oxidante pode ser adicionado.
2.A proporção entre amostra e eletrólito pode variar entre 1:2 e
1:50
3.A amostra é colocada em um cadinho de níquel ou platina na
forma de um “sanduíche” de amostra; Então a amostra é pré-
aquecida em bico de busen e levada ao forno mufla.
4.A amostra fundinda é então resfriada e solubilizada em água ou
ácido diluído
55
Fusão
1.Os métodos de fusão requerem alta habilidade e experiência
técnica do analista.
2.As soluções fundidas apresentam alto teor de sólidos dissolvido e
por consequência alta força iônico o que é um problema para
técnicas espectroanalíticas.
3.O fundente é uma fonte de contaminação, principalmente uma
vez que é colocado em altas quantidades junto à amostra.
56
Características dos principais fundentes
Carbonato de Sódio (Na2CO3) Tem ponto de fusão de 853ºC, é um fundente básico
utilizado na abertura de silicatos e outros compostos refratários. Pode-se utilizar
oxidantes auxiliares para materiais contendo (S, As, Sb ou Cr)
Hidróxido de Sódio (NaOH) ou potássio (KOH) Tem ponto de fusão de 318ºC e
360ºC, são fundentes básicos poderosos para silicatos, aluminossilicatos, carbetos de
silício entre outros
Peróxido de Sódio (Na2O2) decompõe-se quando aquecido e age como um poderoso
fundente básico oxidante para sulfetos e ligas metálicas insolúveis em ácido.
57
Características dos principais fundentes
Monohidrogenosulfato de potássio (KHSO4) e pirossulfato de potássio (K2S2O7), são
na realidade o mesmo fundente que quando aquecidos formam SO3 que funciona
como ácido de Lewis. Utilizados a 500ºC para a decomposição de óxidos de Al, Be, Fe
(III), Cr(III), Mo, Ti, Zr, Nb e Ta(V) eu são convertidos a sulfatos solúveis.
Ácido Bórico (H3BO3) tem ponto de fusão de 450ºC e é um fundente ácido para
silicatos, sendo usado como alternativa quando se quer quantificar metais alcalinos.
58
Combustão
A combustão é um processo simples que
envolve a completa queima da amostra
orgânica. Existem diversos métodos que
utilizam esse princípio.
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Combustão em Forno Mufla
O uso do forno mufla para combustão é um
dos métodos mais simples para isso e consiste
em colocar a amostra em um cadinho de
porcelana e levada ao forno mufla até a
completa combustão da amostra, as cinzas
são então solubilizadas. Em geral, as
temperaturas variam entre 450 a 550 ºC.
60
Volatilizaçã
Elemento 400 ºC 450 ºC 500 ºC 550 ºC 600 ºC 700 ºC o de
As
Ca
+++
++
+++
0
0; +++
0
+++
0 0
+++
0
elementos
Cd 0 0 ++
Co +++ 0; +++ 0; +++ 0 0;+++ 0;+++
Cr 0 0 0 0 +++ ++
Cu 0 0;+++ 0;++ 0;+++ 0;+++
Fe ++;+++ 0;+ 0;+++ 0;+++ 0;+++
Hg +++ +++ +++ +++
K +++ +++ 0,+ + +++
Mo 0 0;+++ 0;+++ 0 ++
Ni 0 0;+ 0 0
Pb 0 0;+ 0;+++ 0;+ 0;+ 0;++
Sb +++ ++ + +++
Zn 0 0;++ 0;+++ 0;+++ 0;+ 0;+++
0 – sem perda; + 2 a 5%; ++ 6 a 20%; +++ >20% de perda Adaptado de Bock, 611979
Aditivos Utilizados para a Combustão
Em muitos casos, os procedimentos de combustão são mais efetivos quando alguns
aditivos são adicionados a amostra antes de serem decompostas. Em geral, usa-se
aditivos com a intenção de:
1.Acelerar a oxidação;
2.Prevenir a volatilização de alguns compostos das cinzas;
3.Prevenir reações entre a amostra e o material do cadinho.
62
Modificadores Químicos
O uso desses aditivos é extremamente utilizado em espectrofotometria de absorção
atômica em forno de grafite (GFAAS), nesse caso chama-se de modificadores
químicos e são utilizados para se manter a estabilidade térmica do composto na
etapa de pirólise. Em geral, usa-se soluções de Mg ou Pd para esse fim
63
Frascos de Combustão de
Schöniger
A técnica de combustão de Schöniger surge pela
dificuldade das técnicas convencionais de
combustão, nas quais as perdas por volatilização
são frequentes. Nessa técnica, que ocorre em
tubos fechados, os produtos perdidos por
volatilização são coletados da fase gasosa.
64
Frascos de Combustão de
Schöniger
A técnica consiste em confinar a amostra em um
envoltório que fica suspenso em uma atmosfera
de O2 e uma solução absorvedora, adequada para
o elemento que se tem interesse em analisar. Em
seguida é iniciada a combustão que dura cerca de
5 a 15s para uma massa de 50 a 60 mg.
A técnica envolvida nesse processo e complicada
e a aparelhagem complexa.
65
Frascos de Schöniger
Os tubos utilizados devem ser resistentes
a pressão, uma vez que iniciada a
combustão a pressão interna aumenta. O
fio para colocar a amostra em geral é de
platina e o tamanho do frasco depende da
massa de amostra utilizada. Por exemplo,
um frasco de 500 mL é utilizado para
massas entre 50 e 60 mg.
66
Frascos de Schöniger
É uma técnica rápida (5 a 15s) contudo a
massa é limitada, além do risco para o
analista.
As combustões nem sempre são completas ,
uma vez que podem formar fuligem insolúveis
na solução absorvedora.
Devido a formação de CO e CO2 não é possível
realizar análise de carbono por essa técnica.
67
Digestão por via úmida
Em geral, a decomposição de materiais
orgânicos ou biológicos por via úmida
implica em aquecimento da amostra na
presença de um ácido oxidante mineral
concentrado, mistura de ácidos oxidantes
ou mistura de ácido com peróxido de
hidrogênio
68
Digestão por via úmida
Utiliza temperaturas bem menores que
aquelas utilizadas em decomposições por
via seca o que diminui as perdas por
volatilização
Necessita de mais atenção do analista do H2SO4 seria o ácido ideal para esse
que às técnicas por via seca método devido sua alta temperatura
de ebulição, contudo, devido sua
alta viscosidade é desadequado seu
uso para métodos de nebulização
Quando submetidas a decomposições em pneumática
sistemas abertos, limita-se a temperatura de
decomposição àquela de ebulição do ácido,
assim, sistemas unicamente de HNO3 não
costumam ser eficientes para todas as
amostras
69
É um método
Método
clássico utilizado na
de Kjeldhal
determinação de nitrogênio amoniacal.
Baseia-se na oxidação do carbono a CO2 e
redução do ácido sulfúrico a SO2, ao mesmo
tempo que o nitrogênio orgânico é convertido
a amônio. A solução é então alcalinizada com
NaOH e a NH3 formada é destilada para uma
amostra de HCl padronizado e então por
titulação com uma base padrão determina-se
a concentração de N
70
Método de Kjeldhal
A amostra é adicionada com H2SO4 na
presença de K2SO4 para elevar o ponto de
ebulição e um catalisador (CuSO4, HgSO4,
Se, etc. ) O uso do Se como catalisador é
preferencial frente ao uso de CuSO4, e o
uso de Hg é desaconselhável devido a
toxicidade. Em geral, adiciona-se H2O2 para
se aumentar a eficiência da digestão.
71
Método de Kjeldhal
Ao final da digestão ao se obter uma
solução límpida, a amostra é
cuidadosamente resfriada e alcalinizada
com NaOH. O íon NH4+é convertido para
NH3
A solução é destilada em um sistema
fechado. A NH3 é coletada em uma
solução ácida padrão.
72
Método de Carius
O método consiste em colocar a amostra em um
tubo de vidro de paredes grossas junto com HNO3 e
selar a amostra em um tubo de aço. A mistura é
então aquecida por algumas horas. O tubo é então
resfriado e cuidadosamente aberto (a amostra pode
estar pressurizada).
73
Digestões em Bombas de PTFE
Não há perdas por volatilização dos elementos;
Reações com duração relativamente curta podem ser
realizadas utilizando temperaturas acima do ponto de
ebulição do reagente;
Reduzem-se a quantidade de reagentes o que diminui os
valores de branco;
Não há risco de contaminação de fontes externas
74
Digestões em Bombas de PTFE
75
High Pressure Asher® Anton Paar
(HPA)
É um equipamento para decomposição de amostras a
300ºC. Em 2h de digestão o teor de carbono
resultante na solução é praticamente 0 (>0,1%).
O sistema alcança temperaturas de 320 ºC e chega a
130 bar de pressão interna que é equilibrada por uma
pressão externa de N2.
O Tubo de digestão é feito de quartzo e fechado com
uma tampa de quartzo com um anel de vedação de
PTFE
76
High Pressure Asher® Anton Paar
(HPA)
Todos os materiais biológicos e alimentícios são
decompostos totalmente sem uso de ácido perclórico.
A interferência pelos resíduos orgânicos são
eliminados.
O sistema é fechado, então, elimina-se as perdas por
volatilização
Baixa frequência analítica
A maioria dos materiais de interesse tecnológicos
podem ser decompostos: grafite, óleos minerais,
polímeros não fluoretados e fibra de carbono.
77
O autores propõe um novo método para
decomposição de amostras de tintas
utilizando bloco digestor.
Há a comparação com o método oficial.
(Combustão em forno mufla).
O método proposto é estatisticamente
semelhante ao método oficial, mas com
tempo de preparo de 3 h (contra ~6h do
padrão) e desvios menores
78
200 mg de amostra + 2mL de 5 mL de HCl + 1 mL de HF
HNO₃
Diluir para 25 mL
Quantificação por ICP-
OES
79
80
Considerações gerais sobre o ultrassom
O ultrassom são ondas mecânicas que se
propagam em meios materiais em ciclos
consecutivos de compressão e rarefação a
frequências maiores de 16kHz
81
Considerações gerais sobre o ultrassom
82
Considerações gerais sobre o ultrassom
Um dos principais fenômenos da química do Ultrassom é a cavitação. Isso ocorre
quando líquidos são exposto à ondas ultrassônicas, provocado devido ao estresse
induzido no líquido quando uma é atravessado por uma onda acústica de alta
potência.
A cavitação produz bolhas que se formam e explodem em ciclos de compressão e
rarefação as quais podem ocorrer até 80.000 inversões por segundo quando
utilizado ondas ultrassônicas de potência de 40kHz
O colapso de bolhas formadas pelo efeito de ultrassom resulta em produção de
temperaturas instantâneas de 5200 K na fase gasosa e 1900 K na interface do meio
líquido. A taxa de aquecimento e resfriamento está na faixa de 10 10 K s-1 e a pressão
na interface bolha solvente pode chegar a 1000 atm no momento do colapso.
83
É uma consequência da cavitação ou em próximo a qualquer
superfície sólida grande, a bolha resultando em colapso.
Assimetricamente, um jacto de líquido é formado que implode sobre
Microjetting: superfícies das partículas e colisões entre partículas de
cisalhamento,alisar e pit superfície das partículas, diminuindo assim o
seu tamanho
84
Extração por ultrassom
A massa da amostra amostrada, em geral, é
menor do que aquela utilizada em digestões
em sistemas abertos
86
Uso do Infravermelho no preparo de
amostras
A radiação infravermelha é conhecida como a zona quente do espectro, e age
diretamente sobre a amostra fazendo com que as ligações químicas se flexionem ou
estirem, além de rotacionar e assim gerando calor.
Seu uso em preparo de amostras é recente, mas, vem apresentando resultados
satisfatórios.
87
Introdução
Utilizaram três lâmpadas de IV em uma
câmara de pirohidrólise.
Atingiram temperaturas de 1110ºC
Determinação de Hg por
Espectrofotometria de Vapor Frio (CV
AAS)
Amostras de sedimento
Magalhães, C. E. C.; Krug, F. J.; Fostier, A. H.; Berndt, H. Direct determination of mercury in sediments by atomic absorption
spectrometry. Journal of Analytical. Atomic Spectrometry, 12, 1231-1235, 1997 88
Introdução
Utilizaram três lâmpadas de
halogênio para digestão parcial de
amostras;
Utilizaram material de referência
Lâmpada de certificado de folhas de maça e
IR
fígado bovino;
Frasco de
reação
Gouveia, S.T.; Fatibello-Filho, O.; Nóbrega, J.A.; Infra-red heating as na alternative technique for fast sample preparation,
Journal of the Brazilian Chemical Society, 11, 261-265, 2000 89
Determinação de Cu, Mn, Zn e Sr
Lâmpada de
IR
por Espectrofotometria de
absorção atômica em forno de
grafite (GFAAS).
Recuperações acima de 80% para
os elementos em estudo.
Frasco de
reação
Gouveia, S.T.; Fatibello-Filho, O.; Nóbrega, J.A.; Infra-red heating as na alternative technique for fast sample preparation,
Journal of the Brazilian Chemical Society, 11, 261-265, 2000 90
91
92
93
94
Os autores utilizam 2,0 g de amostra de
linhaça para extração de Cu, Fe, Mn e Zn
assistida por radiação infravermelha por 8 min
na presença de HNO3
Os autores encontraram recuperações de
100% para os elementos estudados
Os autores tentaram relacionar o mecanismo
de ação de infravermelho estudando o resíduo
de digestão da amostra.
95
96
Radiação Micro-ondas
97
Tipo de radiação Frequência (MHz) Energia Quântica (eV)
Raios-X 3 x 1013 1,24 x 105
Ultravioleta 1,36 x 109 5,6
Visível 6,0 x 108 2,5
Infravermelho 3,0 x 106 0,012
Micro-ondas 2450 1 x 10-5
99
Fundamentos do uso de micro-ondas
A energia das micro-ondas não é suficiente para
a quebra das ligações, contudo, o sistema de
aquecimento causado por micro-ondas envolve
absorção direta da energia do material e não de
forma condutiva.
100
Migração iônica
A migração iônica consiste no movimento
eletroforético dos íons dissolvidos em solução. O
movimento dos íons é causado pela interação
entre as espécies iônicas e o campo oscilante das
micro-ondas.
Toda solução iônica tem pelo menos duas
espécies iônicas. A contribuição de cada íon
depende de sua concentração e mobilidade
iônica.
101
Rotação de Dipolo
Esse fenômeno refere-se ao efeito que o campo
elétrico oscilante das micro-ondas causa às
moléculas da amostra que possui momento
dipolar induzido ou permanente.
Quando se utiliza a frequência de 2450 MHz
para o micro-ondas o alinhamento e o retorno
das moléculas ocorrem 4,9 x 109 vezes por
segundo.
102
Instrumentação
103
Micro-ondas com cavidade
Reduz erros sistemáticos
Consome menor quantidade de ácidos
Tempo de preparo é bem superior aos métodos não pressurizados
Alcança temperaturas acima da ebulição do ácido, o que permite, decomposições
completa utilizando apenas HNO3
104
Microondas
Trabalha em pressão atmosférica
com radiação Focalizada
Capacidade de digestão de até 10 g de amostra
Pode ser utilizado refluxo para diminuir as perdas
por volatilização
Pode-se adicionar reagente durante a etapa de
aquecimento
107
Combustão iniciada por micro-ondas
Baixo valores de branco
Economia de tempo
Emprego de materiais inertes e uso de frascos de alta pressão
Baixo teores de carbono residual
Uso de massas de até 500 mg
Apropriada para quantificação de não metais (especialmente Halogênios)
Mínimo consumo de reagentes
108
Combustão iniciada por micro-ondas
Instrumentação
109
Combustão iniciada por micro-ondas
Instrumentação
110
Combustão iniciada por micro-ondas
focalizado
Utiliza microondas com radiação focalizada no
intuito de aumentar a massa da amostra e
consequentemente determinar analitos em
baixíssimas concentrações.
Nesse sistema massas de até 10g são utilizadas.
111
112
Digestões em Câmara Única de Reação
(SRC)
https://www.youtube.com/watch?v=A8B7TFyctjc 113
Sistema combinado de radiação
infravermelha com radiação micro-
ondas (IR-MW)
Esse sistema consiste na junção da extração utilizando
radiação infravermelha, para o aumento da massa de
amostra, e digestão completa por forno de micro-
ondas.
Sistema de baixo custo;
Altas massas de amostras (até 2,0g)
Uso de amostras heterogêneas
114
Instrumentação para IR-MW
115
116
117
118
119