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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB

DISCIPLINA: FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DO ENSINO DA


MATEMÁTICA
DISCENTE: TAIANE DE CARVALHO SANTANA
PROFA: CLAUDENE RIOS

RESUMO: ESPAÇO, FORMAS GRANDEZAS E MEDIDAS: CONCEITOS E


ABORDAGENS

Espaço, formas, grandezas e medidas constituem dois eixos diferentes para o ensino da
matemática. Porém, é possível explorar aspectos próximos com crianças pequenas,
trabalhando a medida de figura plana ou comprimento de lados de um polígono por exemplo,
cabendo ao professor propor atividades que abrangem este assunto.

Segundo Eves (2004), existem diversas teses sobre as primeiras representações


matemáticas criadas pelo homem. Há autores que acreditam que elas estariam nas
representações artísticas, outros em rituais religiosos, além dos que entendem que teria
originado no Oriente Antigo como uma ciência prática para as atividades agrícolas e de
engenharia.

Apesar das divergências, é consensual que as necessidades levaram a produção de


sistemas de peso e medidas para a agricultura, estratégias geométricas para divisão de terras e
aritmética para a arrecadação de impostos. Diante a matemática vai se constituindo como
ciência de medida.

SOBRE ESPAÇO E FORMAS: POR ONDE COMEÇAR?

Com a necessidade de compreender o mundo, desde pequena a criança age


intencionalmente sobre os objetos deslocando-os no espaço. Apropriação essencial para a
noção do pensamento geométrico, podendo-se introduzir o estudo das formas, grandezas e
medidas em situações cotidianas. Para isso, o professor pode começar a explorar situações
que envolva movimento e deslocamento do corpo da criança, tendo como ponto de referência
o seu próprio corpo, utilizando brincadeiras referentes a trajetos ou mapas, para criar noção
de acima/abaixo, esquerda/direita, perto/longe, movimentos como girar, andar, quantidade de
passos e etc. Em outros momentos, recursos como desenho ou a oralidade podem ser
utilizados para mostrar um trajeto que ela tenha percorrido.

Explorar as características de diferentes objetos e formas é de grande importância.


Características como aberto ou fechado, todo ou parte, interior ou exterior são as primeiras a
serem percebidas pelas crianças para terem uma percepção do espaço.

Eves (2004) apresenta um resumo onde a geometria antiga se originou de observações


da capacidade humana de reconhecer configurações físicas e comparar formas e tamanhos
seria a geometria subconsciente. Logo após, veio a geometria cientifica ou experimental,
mais tarde, no período grego ela evoluiu para a geometria demonstrativa ou dedutiva.

Para crianças lidar com as formas e sólidos geométricas deve se trabalhar com situações
concretas, explorando o espaço e fazer representações dos mesmos, desenvolvendo assim, a
capacidade de representar objetos ausentes. No início, o professor não deve trabalhar a
classificação das formas. A utilização de dobraduras, recortes, modelagem em argila,
construção de maquetes e entre outros são propostas onde as crianças reconhecem a
existência de formas “achatadas”, como o Tangram e outras que “ocupam espaço” como
caixa de leite. Ou seja, formas bidimensionais.

Embora o trabalho de geometria com as crianças seja menos formal, é importante que o
professor introduza a nomenclatura corretas das formas e termos geométricos em sala,
estimulando-as a compreender as definições de cada forma geométrica. Uma proposta
interessante para esse desenvolvimento, é desafiarem a escrever partes de objetos que estão
ocultos no seu campo de visão.

FIGURAS GEOMÉTRICAS

Na exploração de figuras geométricas, observando suas características a criança pode


propor diversas formas de agrupamento dos objetos, com isso o professor deve estar
disponível para discutir os critérios utilizados pelo aluno, nesse caso, é comum que esses
critérios seja a separação entre figuras planas e espaciais, e critérios como “redondo”, “reto”,
“tem pontas” etc.
Na Matemática, os sólidos geométricos são organizados em poliedros e os corpos
redondos. Os prismas são sólidos que possuem bases paralelas congruentes. Paralelepípedo e
o cubo são exemplos de prismas retangulares. O cubo é um prisma retangular especial,
possuindo todos os lados iguais. As pirâmides apresentam apenas uma base e faces que se
unem em um vértice fora da base. As pirâmides e prismas são nomeados de acordo com o
polígono que forma sua base.

É importante que o professor perceba o tipo de critério utilizado pela criança para a
classificação, com isso, poderá iniciar com a nomenclatura correta para os sólidos e seus
elementos.

Os corpos redondos são esferas mais populares conhecidas pelas crianças como “bola”.
Os cilindros e os cones também são formados por alguns elementos especiais como os
prismas e pirâmides.

Um aspecto interessante é trabalhar planificação dos sólidos, permitindo o estudo de


figuras planas. Essas figuras são polígonos e os círculos. Polígono é uma figura limitada por
segmentos de retas que não se cruzam. O segmento de retas são os lados do polígono e o
encontro de dois lados consecutivos é chamado de vértice. Polígonos são nomeados de
acordo com o número de lados e ângulos que possui, os quadriláteros dependem das
características dos seus lados e ângulos e o quadrado é o quadrilátero que possui todos os
lados do mesmo tamanho e todos os ângulos retos.

Também existe a mesma classificação para os triângulos em relação aos seus lados e a
seus ângulos, porém, essa classificação não é explorada nos anos iniciais do Ensino
Fundamental, no entanto deve ser-lhes apresentados diferentes triângulos em diferentes
posições.

Ainda sobre figuras planas, enquanto a circunferência é um conjunto de pontos que


mantem a mesma distância de um ponto dado, o círculo é formado pela circunferência de
todos os pontos internos a ela.

SIMETRIA E TRANSFORMAÇÕES

A noção de simetria é muito relacionada com padrões artísticos, com ideia de beleza na
natureza. No real, duas figuras são simétricas quando matem a mesma forma, mesmo
tamanho e os mesmos ângulos, mesmo estando em posições diferentes no espaço. Elas são
geradas por transformações chamadas isométricas. Podendo ser trabalhadas a rotação,
reflexão e translação.

SOBRE MEDIDAS E GRANDEZAS: POR ONDE COMEÇAR?

No cotidiano está repleto de informações que se referem a medidas e grandezas.


Fazendo com que a criança já tenha alguma vivência sobre esses temas, tendo capacidade de
responder perguntas sobre peso, altura e horário.

Segundo Lorenzato (2009) a criança precisa desenvolver o senso de medida como mais
perto/mais longe, mais leve/mais pesado, situações que explorem tais noções favorecem o
desenvolvimento essencial aprender o conceito de medida.

Pode-se dizer que a criança só aprende medir medindo, sendo ela colocada diante da
necessidade real da mediação, e a partir dessas ações, vem a busca da resolução para um
problema concreto.

O ensino da medida deve começar pela apresentação dos instrumentos de medida


padronizados como metro, quilograma ou litro. A aprendizagem da medida se relaciona com
o processo de medição, sem a necessidade de aprendizagem prévia do conceito de número,
ambos os processos podem ocorrer simultaneamente.

A medição é uma estratégia de quantidade de grandezas contínuas, como o


comprimento, massa, tempo, capacidade, luz, entre outros. No início do Ensino fundamental,
é abordado apenas as quatro primeiras grandezas, já nos primeiros anos de escolaridade a
maior ênfase é dada só comprimento e ao tempo. O eixo “grandezas e medidas” aborda
também, o reconhecimento de moedas e cédulas.

A utilização de unidades de medidas não deve ser o ponto de partida na aprendizagem


das meninas, é importante que a criança as conheça, aprenda a comprar com eles e
compreenda o seu sentido.

Nos três primeiros anos do Ensino Fundamental, a ênfase não deve ser o uso de
medidas padronizadas, porém é possível apresentar a criança as quatro primeiras tabelas
explorando mais o comprimento e o corpo. Nesses anos se trabalha os múltiplos e
submúltiplos, mas utilizado apenas alguns deles, no caso do metro, também se trabalha com
centímetros, no tempo é possível explorar dias, semanas, mês e ano.

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