Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
D iseñ o gráfico
Gustavo M acri
Fo tografía
Ju lio César D íaz
Im presión
Grafikari
Ediciones
IS B N 987-97320-0-6
Im preso en Argentina
Printed in Argenti n e
M e m o r i a s d e un i l u s i o n i s t a
E xp reso mi sincero y profundo agradecim iento a mi am igo NICO D EM O
V ICEN TE MAZZONE, quien — enterado de mi inquietud— evitó la inter-
vención de editoriales com erciales y - p or propia decisión y en un im pul-
so de sincera am istad— posibilitó la puesta en escena de “ B arajando
R ecuerdos.”
G racias a él, recibo este hom enaje al cum plir
m is setenta prim averas.
Su am igo agradecido
I n dice
PR Ó LO GO ...................................................................................................................11
R EN É: E L HA CED O R D E MARAVILLAS ......................................................13
LA RAZÓN D E E S T E LIBRO .............................................................................15
BU EN O S AIRES- ZE PPELIN - CH A N G ...........................................................17
U N C R U E L A C C ID E N T E .................................................................................... 19
C O N O C IÉN D O M E ................................................................................................. 21
MI P A D R E ....................................................................................................................25
LO S D E PO R TES E N MI V I D A ............................................................................ 26
ROMPER L O S C Á N O N ES ................................................................................... 27
SO BR E CÓM O NACE MI E ST IL O ...................................................................28
Y D E JÉ E L JU E G O PARA SIEM PRE .................................................................30
GRACIAS... MI N IÑ O C I E G O ...............................................................................33
¡Q U É PARADOJA! ....................................................................................................35
LO S G RA N D ES ........................................................................................................ 38
POR LAS C A L LE S D E M ÉXICO L IN D O Y Q U E R ID O ...............................41
N U N C A FUI H O M BRE D E C A B A R E T .............................................................49
A V ENTU RÁN DO M E HACIA LA VIEJA E U R O P A ........................................ 51
LA MÍA... U N E ST IL O D E V I D A ........................................................................ 54
M O T IV A C IO N E S ...................................................................................................... 57
LO SIM PL E ................................................................................................................... 59
FILO SO FA ND O ........................................................................................................61
E S T E ARTE Q U E P R A C T I C O .............................................................................63
ESPEC TA D O R ES D E LA I L U S I Ó N ................................................................... 65
LIBERTAD DE E L E C C IÓ N ................................................................................. 68
UNA H ISTO RIA PARA JÓ V E N E S AFICIONADOS ......................................70
E NGAÑAR SIN ENGAÑAR ..................................................................................71
LA VERDAD DE LA M E N T IR A ...........................................................................73
JU G A N D O A LO S PIRATAS .................................................................................. 75
LO S ARTISTAS NO T R A B A JA M O S....................................................................76
MIS CUATRO N O C H E S E N C A L I ...................................................................... 78
LA BARAJA E SP A Ñ O L A ........................................................................................... 89
M A G IA D ER ÍA S........................................................................................................... 91
APR EN DER A A P R E N D E R .................................................................................... 93
E L L EN G U A JE E N E L ARTE D E L IL U SIO N ISM O ...................................95
LAS PAUSAS .............................................................................................................104
E L A U T O A SO M B R O .............................................................................................106
C O N G R E SO S Y CO N TR A TO S ........................................................................ 107
EL C A ST ILLO MÁG IC O ................................................................................. 115
D U EL O EN E L O E S T E ........................................................................................118
JU G A D O R E S D E VENTAJA ...............................................................................120
TRAMPAS Y T R A M P O S O S ................................................................................. 132
LO S C U EN TO S... MIS COM PAÑEROS DE SIEM PRE ............................ 138
PIG M A L IÓ N ............................................................................................................ 143
LO S TAZO N ES DE ARROZ ...............................................................................144
EPÍLOG O .................................................................................................................148
PARA R ENÉ .............................................................................................................. 150
CO N V ERSA CIO N ES CO N R EN É
por Tina Lenert ....................................................................................................... 152
D edico este libro a N ora, mi mujer,
que al decir de O rtega y G asset, es
la labradora de mi alma.
Rene Lavand
Prólogo
R o l a n d o C h ir ic o
Buenos Aires, enero / 88
R ené : el h a ce d or de M a r a v i l l a s
Re n é L av a nd
B u enos Aires Z eppelin. C h ang
17
R ené Lavand
18
U n cru e l
A c c id e n te
19
1935, a los siete años, en Buenos Aires
20
Co
n ociéndome
21
R en é Lavand
Semiprofesional, 1953
23
R ené Lavand
24
M i P adre
25
L o s d e p o rte s
26
R omper los
C á n o n e s
29
Ydejéeljuego
p a ra S ie m p re
31
R e n é L a v a n d
32
¡ G r a c i a s ...m i niño C i e g o !
33
R e n é L avand
34
Para mi quehacer, p or razones de elegancia, es im pres
cindible que cada m ovim iento se realice delicadam ente.
Ello m e significó, tam bién, un esfuerzo; de niño, ¡qué
digo de niño...! tam bién a los veinte años, fui bastante to rp e y
atropellado. R ecuerdo que mi padre m e decía:
“— ¡Q ué b ru to eres, hijo m ío...!” con ese am or vestido
de h um or m elancólico.
Recuerdo, en tre tantas anécdotas de bancario, que un
día de m ucho calor, se resolvió colocar grandes ventiladores
de pie a lo largo de la sección C o n tad u ría. P o r su tam año,
eran bien visibles y no significaban ningún riesgo para nadie,
excepto, claro, según mi com pañero Rivera, para mí. S eñalan
do un gran reloj antiguo de núm eros rom anos, que o stentaba
la sucursal, recostado en la pared, mi am igo Rivera dijo sen
tenciosam ente a todos con el m ayor volum en que pudo d ar a
su voz:
— ¡A este v entilador lo atropella Lavandera (tal mi v e r
dadero apellido) antes de las once de la m añana!
N o había transcurrido media hora, el reloj m arcaba las
10 y 55. M e dirigía yo apresuradam ente a la G erencia p en san
do, com o siem pre, en el clímax para un juego cuando, de
p ronto, retum b ó en toda la sucursal el estru en d o de un v en ti
lador que, acostado sobre el suelo, ¡refrescaba el techo!
Rivera, m uy serio y haciendo gala de vidente, señaló el
reloj y gritó:
— “ ¿Q ué les dije?”
Se escuchó la colectiva carcajada de los cuarenta y dos
em pleados, incluyendo la mía.
Es evidente que, con el c o rre r de los años, ap ren d í a m a
nejar mi torpeza: nadie puede decir que alguna vez, actuando,
haya tropezado y caído del escenario o volteado mi m esa de
trabajo. M is progresos se acentuaron: aquel fue el ú ltim o ven
tilador que volteé en mi vida (en la sucursal, pusieron aire
acondicionado). Así tran scu rriero n mis diez años de em p lea
do de Banco: trabajando no dem asiado con papeles y balances
R ené Lavand
Q uerido J u a n Carlos:
Tenía U sted ra zó n , y a estoy en Brodw ay.
Con la alegría de ser tu am igo, te deseo una fe l i z N a vidad.
R ené
36
B a r a ja n d o R e c u e r d o s
37
L o s G ra n d e s
38
Ba r a j a n d o R e c u e r d o s
39
Re n é L a v a n d
40
P o r l as c a I l e s d e
M é x i c o , lin d o y q u e r ido
41
B a r a ja n d o R e c u e r d o s
43
R e n é L a v a n d
* CUATE: amigo
Cantar XXXI I de La Vuelta de Martin Fierro, obra Martín Fierro, del escritor ar
gentino José Hernández.
44
B a r a j a n d o R e c u e r d o s
45
R e n é L a v a n d
48
N u nca fui h o m b r e de
Cabaret
49
R e n é L a v a n d
50
A v en t ur ánd o me hacia
la vieja E u ropa
51
R ené Lavand
52
B a r a ja n d o R e c u e rd o s
53
L a mía... un estilo
de V
i da
54
Ba r a j a n d o R e c u e r d o s
“P O N G O L O M E JO R D E M I P R O F E S IO N A L IS
M O E N M I TA REA , Y L O M E JO R D E M I I N T E L E C T O
E N M I VID A. ”
55
M o tivaciones
57
R e n é L a v a n d
58
LoSimple
59
F i losofando
61
R ené L avand
til
E ste arte
q u e P ractico
63
R ené L avand
64
E spcetadores de
la I lusión
65
R ené L avand
verdades, o bien n o les in teresa ten erlas para una lucha en que
el sentido de la m ism a sería m a tar ellos m ism os las ilusiones
que fueron a com prar, p o r m o m e n to s creo ten e r ya la resp u es
ta buscada y em p ezar a ap u n ta r de m anera definitiva, pero no
me decido aún y sigo analizando, escudriñando, p ro fu n d izan
do y m etién d o m e cada vez m ás en este tem a que creo todos
han dejado a un lado para que to d o co n tin ú e com o es, com o
fue siem pre y quizás com o seguirá siendo, p o r la sim ple y se n
cilla razón que este arte que practico, así d eterm in an los h e
chos en form a irreversible.
Para aclararm e un poco el torbellino m ental de tantas
dudas, sólo tengo una respuesta certera, concreta, sin lugar a
la m enor duda posible a esta pregunta:
— ¿A qué tipo de público pertenezco yo? Sentado yo en
una butaca frente a un colega, ¿qué pretendo?
— Señores... sólo deseo gozar la ilusión. Estoy desarm a
do, deliberadam ente, para aclarar los hechos que oscurecerían
mi propio placer de espectador.
Pero ésa, mi única respuesta hasta ahora, no m e c o n d u
ce a nada positivo en mi em peño.
Quizás sea esta misma obnubilación la que m e im pulsa a
escribir, con el fin de lograr ayuda de mis lectores que m e p e r
mita dilucidar mi inquietud.
Quizás consideres innecesario este análisis, y debam os
dejar las cosas com o son, p erm itiendo que p o r siem pre el A R
T E D E L IL U S IO N IS M O cum pla arrancando las más d iver
sas reacciones y sólo debam os c o n tin u ar prep arán d o n o s p e r
m anentem en te para el logro del estím ulo que será agresivo
para unos y sim plem ente estim ulante para otros.
Y co ntinúo el análisis...
H ay públicos que desde su butaca expresan un estado de
tensión frente al ilusionista, están com o preparados para d es
cubrir el secreto, listos com o para no dejarse engañar, ven al
artista com o un co n trin can te que lo desafía así:
— Si descubre la tram pa, gana, usted; si no la descubre,
gano yo.
N o se dan cuenta que han venido a ganar una batalla a
lo Pirro*. Yo les pregunto:
— ¿Desean m atar su propia ilusión?
¡G ran error!
— ¿H an venido a gozar la tern u ra de la m ario n eta o a
descubrir los hilos que le dan vida?
PIRRO: Guerrero griego que en el año 2 8 0 venció a los romanos en H eraclea, y a l año
siguiente en Asculum, pero experim entó tantas bajas, que hubo de exclamar: “¿Con otra
victoria como ésta, estoy perdido!”
66
B a r a j a n d o R e c u e r d o s
¡Q ué postura m ediocre!
Si alguien escribió sobre có m o gozar de la m úsica, yo
quiero m arcar algo sobre cóm o go zar el ilusionism o:
Deja a un lado p reconceptos y a rrellán ate en tu butaca
logrando una relajación total, que p erm itirá al a cto r co m u n i
carse gratam ente.
Esta postura favorecerá tu sen tid o del oído p e rm itié n d o
te escuchar m ejor y más aten tam en te el p arlam en to , sabo
reando las pausas. La vista, te p erm itirá el goce del efecto en
el engaño sutil.
Trata de gozar com o un niño, sabiendo que piensas co
m o adulto.
Los públicos m ás elevados que m e tocó p o r s u erte c o n o
cer en este m undo, no fueron para m í conjuntos de fu lgencios,
sino que su especial expectativa parecía decirm e:
— N os estás ilusionando, ¡gracias! querem os ser niños
otra vez, lo que n o querem os, es saber cóm o lo haces.
Los buenos efectos de las buenas ilusiones de los buenos
artistas, suelen p erd u rar por años.
67
L ib e rt a d de
E lección
68
69
U na h i s t o r i a p a r a
jóvenes A ficionados
D on JA V IE R V IL L A FA Ñ E es un bohem io titirite ro
que viajó por el m un d o con sus m uñecos, tan hum anos com o
él, y con sus libros tan profundos, tam bién com o él.
L legó a viajar en carreta y en ella m isma improvisaba sus
actos para grandes y chicos; y así se com unicaba con g ente de
distintas latitudes.
M ien tras volcaba en ellos su filosofía, continuaba a p ren
diendo tam bién del cam ino, de la m ontaña, del valle y alguna
vez tam bién, del hom bre.
D e niño, Villafañe quiso ser tro tam u n d o s y, no sólo lo
fue sino que, logró un prestigio m uy m erecido.
Hasta no hace m ucho tiem po radicaba en Zaragoza, ya
m ayor, lo hizo en la provincia de Buenos Aires, d onde m urió
hace un par de años.
La historia que te cuento, m e la co n tó él m ism o una n o
che:
“René ... mi hijo m ayor vino a decirm e que piensa dejar
sus estudios de abogacía. L e p reg u n té qué iba a hacer y m e
c ontestó que lo m ism o que hice yo: reco rrer el m u n d o a p re n
diendo, viviendo... L e dije que m e parecía bien, que yo había
hecho lo m ism o y que hiciera lo que realm ente él deseara.
L uego fue a darle la noticia de su decisión a mi m adre.
É sta le dijo lo m ism o que le había dicho yo, sólo que
luego de m editar un m om ento, agregó:
— M e parece m uy bien... tu padre hizo lo m ism o. D ebes
hacer en esta vida, lo que realm ente te guste. Sólo que... ¿por
qué no te recibes prim ero de abogado? Así... cuando te des
pierte un policía estando tú d o rm id o en una alcantarilla y te
pida docum entos, puedas decirle:
— Tenga usted... soy Villafañe, abogado...”
Y m irándom e m uy p ro fundam ente y con un brillo espe
cial en su m irada, Jav ier dio p o r finalizado este relato, aco tan
do:
— “Inteligente, mi m ad re”
70
E n g a ñ ar si n
E n gañar
71
72
La verdad de la
M entira
73
R e n é L a v a n d
74
J u g a n d o a los
P i r a t as
Pienso que sí, que debe ser así nom ás, y p o r esa razón de
im pulso incontenible, es que seguiré p reparándom e p e rm a
n entem ente para mis públicos, sin m edir los esfuerzos que,
reitero, no sé si lo son, hasta lograr la simbiosis: m anipula-
ción-poesía, m anipulación-juego; com posición al fin, para
g ritar en mi m odesta m edida, igual que A rquím edes: “ ¡eure-
ka! ¡lo he logrado!”
76
B a r a j a n d o R e c u e r d o s
77
M i s c u a t r o n o c hes
en C a li
M IS C U A T R O N O C H E S E N C A L I
79
R e n é L a v a n d
80
B a r a j a n d o R e c u e r d o s
81
R e n é L a v a n d
82
Ba r a j a n d o R e c u e r d o s
83
R e n é L a v a n d
84
B a r a j a n d o R e c u e r d o s
rían los m ism os coches con los m ism os choferes. Pero... ¡todo
no había term inad o aún!
C am inábam os hacia los coches, cuan d o se escuchó un
disparo y se olfateó un “aquí no pasó n a d a ...”
El organizador del show sintió calo r y se q u itó la cha
queta, pudiendo observarse que iba arm ad o con revólver. D os
h om bres arm ados sacaban, hacia no sé d ó nde, un h o m b re , y
detrás de ellos otro s dos, tam bién arm ados, soliviaban el a n
dar de una m ujer herida.
P o r fin... el coche arrancó y traspasó la m ism a tra n q u e
ra, que se abrió y cerró con la m isma cerem onia con que an
tes lo había hecho.
Al tom ar la carretera, pasam os la velocidad de cien kiló
m etros y cruzam os un coche de la policía que se dirigía en
sentido c ontrario hacia la residencia. Pudim os observar que el
patrullero pasó de largo la “ fiesta” a una velocidad m u ch o m a
yor que la nuestra.
Así llegamos al hotel, sin el m en o r deseo de descansar,
pues la tensión de todo lo vivido nos im pulsó a seguir juntos
hasta el am anecer, com entándolo. C u an d o al fin, el sueño nos
venció en nuestras herm osas suites, sólo nos acom pañaba un
pensam iento: ¡¡¡A L O S D O S DÍAS H A BRÍA U N A FIE ST A
SIM ILAR!!!
El segundo día, al m enos, tran scu rrió en treten id o , g o
zando del confo rt de un hotel cinco estrellas, pero con la
preocupación sobre qué nos depararía el día siguiente. ¿Q ué
pasaría? Sólo sabíamos que esta vez, la actuación sería para un
g rupo de familias, pero no se sabía dónde. P o sterio rm en te, me
e nteré que hasta últim o m om ento, jamás lo co m entaban a n a
die, ni siquiera a los allegados, para no trascender con los lu
gares de referencia que pudieran com prom eterles. La consig
na de todos ellos: discreción, no ser detectados jam ás. ¡¡¡Tris
te vida!!!... pensé.
El tercer día, lo vivimos hasta las 21 horas com o el día
anterior, sólo que pensando que cada vez faltaba m enos para
la hora de la cena, la que tendríam os “el gu sto ” y “el h o n o r”
de c om partir con ellos y sus familiares.
A las 19 nos reconfirm aron el h o rario y a las 21 en p u n
to nos pasaron a buscar en dos coches con distintos choferes a
los de la noche anterior.
El trayecto, esta vez, fue co rto pues la gran m ansión p ar
ticular estaba ubicada en una zona residencial aledaña, toda
ella custodiada p or gente de arm as largas. M uy co rd ialm en te
y con la naturalidad de la guardia de un regim iento, nos hizo
pasar, atravesar los jardines y e n tra r al im p o n en te inm ueble
85
R e n é L a v a n d
86
B a ra ja n d o R e c u e r d o s
87
R e n é L a v a n d
88
L a baraja
E spañola
La baraja española
tiene su embrujo;
como C A R M E N , la tabacalera,
como la España entera.
Con ella aprendí m i prim er juego...
tenía yo siete años...
Es como un f rágil pájaro
que si lo aprieto de?nasiado, lo mato...
y si lo suelto por demás... se me vuela.
Nadie la pintó m ejor que Homero M anzi:
“Cuarenta cartones pintados
con palos de ensueño, de engaño y de amor;
la vida es un mazo marcado,
baraja las cartas ¡la mano de Dios!”
La baraja española
tiene su embrujo,
con ella, aprendí m i prim er juego...
tenía yo siete años...
¡ah!... y dos manos...
89
R ené Lavand
91
R ené L avand
92
A p r e n d e r a
A p ren d er
94
E l le nguaje en el arte
d e l Ilu s io n is m o
95
R e n é L a v a n d
96
B a r a ja n d o R e c u e r d o s
97
R ené L avand
98
B a r a j a n d o R e c ue r d o s
99
R e n é L a v a n d
100
B a r a j a n d o R e c u e r d o s
101
R ené L avand
102
B a r a ja n d o R e c u e r d o s
103
L as p ausa s
T odo juego, to d o acto, toda rep resen tació n , req u iere sus
pausas adecuadas. ¡Q ué necesarias y qué im p o rtan tes son!
Pero... ¡qué peligrosas, tam bién!
E stim o que las pausas, en la com posición de un juego,
son tan im p o rtan tes com o los silencios en la m úsica.
M úsica, no es sólo el arte de co m b in ar los sonidos, sino
tam bién los silencios. P ero claro, si estos no son de la m edida
justa, arruin an la m elodía y la arm onía.
T odo juego debe tener, p or ende, arm onía y tam b ién si
lencios que llam aré pausas. P ero... reitero: ¡qué peligrosas
pueden ser!
H ay un paisano am igo mío que de tan to en tan to m e vi
sita, sum ándose a la rueda de am igos para co m er to d o s juntos.
P or lo general, después de ab u n d an te cena y algún g e
neroso vino, p or razones de digestión, se in te rru m p e la c o n
versación en la rueda amiga, y se p roduce un silencio general.
É l no lo tolera y ¿sabes qué hace?, silba m uy suavem ente tres
veces, dice: “ ¡está b u en o ...!” y golpea con la bota tres veces en
el suelo. Siem pre hace lo m ism o, para la risa de todos...
En contraposición a esto, a m í me encanta el silencio
prolongado; sobre to d o si estoy con verdaderos am igos, fre n
te al fuego. E stam os juntos, pensam os, sabem os de n u e stro
m utuo cariño y com prensión... ¿para qué más...?
A Z O R ÍN ... “E L E S T IL O ”... le llam aban, n arra en un
breve cuento la historia de dos amigos: todos los sábados se
reunían a jugar ajedrez; y no cam biaban e n tre ellos ¡una sola
palabra!
La g ente gozaba de ese peculiar silencio, tan to com o de
la partida en sí.
U na tarde... llegó uno de ellos; se sentó... m ovió la p ri
m era pieza de una partida in terru m p id a y esperó...
Su am igo no llegó y el jugador, silenciosam ente, se puso
a llorar...
C uen ta A zorín que su am igo estaba m u erto . ¡Sólo m u e r
to podía fallarle!
104
B a r a j a n d o R e c u e r d o s
105
E I autoasom bro
ROLANDO C HIRICO
106
C on g res o s, y
C ontratos
107
R ené L avand
108
B a ra ja n d o R e c u e r d o s
109
R ené L avand
110
B a ra ja n d o R e c u e rd o s
La organización del C O N G R E S O M U N D IA L D E
IL U S IO N IS M O , llevado a cabo con bom bos y platillos en
111
R ené L avand
1 12
B a r a ja n d o R e c u e rd o s
cos com o su alma pura. H u b iera q u erid o traerle para siem pre
y reiterar mi deleite; pero todo term ina en esta vida y sólo pu
de darle un beso en la frente.
Al día siguiente, el para la India... yo para A ustria...
113
El C a s t i l l o M á g ic o
d e H ollywood
115
R ené L avand
116
B a r a ja n d o R e c u e rd o s
117
D u elo en el O este
118
B a r a ja n d o R e c u e rd o s
119
L os j ugadores
d e V e n ta ja
120
B a ra ja n d o R e c u e r d o s
121
R ené L avand
122
B a ra ja n d o R e c u e r d o s
123
R e n é L a v a n d
124
B a r a j a n d o R e c u e r d o s
125
R e n é L a v a n d
126
B a r a j a n d o R e c u e r d o s
127
R e n é L a v a n d
128
B a r a j a n d o R e c u e r d o s
129
R e n é L a v a n d
130
B a r a ja n d o R e c u e r d o s
Y de nuevo la voz...
— F.l S eñor gana porque está escrito, ¡que así sea!
Esta vez m e di vuelta y me en co n tré con la figura de un
alto, cetrino y delgado árabe que m e m iró p ro fundam ente.
Le desafié a jugar. M e dijo que su religión no le p erm i
tía beber ni jugar, pero que aceptaba el reto co n sid eran d o la
acción sólo filosóficam ente.
Mi asquerosa vanidad, me em pujó bien a fondo. M ezclé
librem ente y contro lé los cuatro ases para dárselos y ¡que g a
nara! ... rom piendo así su sentencia.
Di las diez cartas y le dije:
— ¡Gana usted, caballero!
Y volteé sus cinco cartas ¡poker!
— ¡No! ganas tú porque está escrito. D ebes asum ir tu
destino: serás incom parable para siem pre. Es p or eso que no
debes com pararte con nadie. Si lo haces y no resultas el m e
jor, te sentirás fracasado; y si resultas el mejor, serás un fatuo.
Al voltear mis cartas, me asom bré de ten er la escalera
m ayor de corazones.
El árabe, se retiró de la sala, dejando la sensación de no
haber participado para nada.
Y fue esa noche... cuando me hice artista para siem pre....
y supe... ¡por qué perdí mi m ano!
131
T rampas y T ramposos
132
B a r a ja n d o R e c u e r d o s
133
R e n é L a v a n d
134
B a r a j a n d o R e c u e r d o s
135
R e n é L a v a n d
136
137
Los cuentos, mis com pañeros
de S i e m pre
138
B a r a j a n d o R e c u e r d o s
139
R e n é L a v a n d
140
B a r a ja n d o R e c u e r d o s
141
R e n é L a v a n d
142
P igmalión
143
L o s t a z o n e s d e A rroz
144
B a r a j a n d o R e c u e r d o s
145
R e n é L a v a n d
146
B a ra ja n d o R e c u e rd o s
147
E p í logo
148
B a r a j a n d o R e c u e r d o s
149
P a r a R ené
150
C o n versaciones
con R ené
Por Tina Lenert
152
B a r a ja n d o R e c u e r d o s
153
R e n é L a v a n d
,
Ud. me ha contado que su casa la cual contiene su estudio es
,
un ambiente paradisíaco rodeado de un jardín botánico y con toda
,
clase de pájaros volando libremente. Ud. lo llama Milagro Verde un
lugar cerca del “Faro del Fin del Mundo”. ¿Es esto lo que lo moti
va?
154
B a r a ja n d o R e c u e r d o s
Al verle a Ud. enseñar sus técnicas noto que los alumnos tie
nen gran dificultad porque las cartas se despliegan sobre la mesa y se
caen al piso. Cuando Ud. aprendió al principio la técnica, ¿le suce
dió lo mismo? ¿Tiene Ud. paciencia con Ud. mismo o todo le resulta
fácil?
155
R en é L avan d
No hay atajos...
N o.
156
B a ra ja n d o R e c u e rd o s
P o r supuesto.
158
B a ra ja n d o R e c u e rd o s
159
Este Libro se terminó de imprimir
en los talleres gráficos de
el 1o de diciembre de 1998
Primera Edición
2000 Ejemplares