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Modalidades de culpa

Depois que os elementos desse tipo de irregularidade foram analisados, começamos


agora a analisar a sua forma, que na verdade é uma forma de ignorar esse dever de
cuidar, que está previsto no artigo 28, inciso II do Código Penal: imprudência,
negligência e imperícia.

Ao estabelecer as modalidades de culpa o legislador brasileiro esmerou-se em


preciosismos técnicos (distinguindo imprudência, negligência e imperícia), que
apresentam pouco ou quase nenhum resultado prático. Tanto na imprudência quanto na
negligência há a inobservância de cuidados recomendados pela experiencia comum no
exercício dinâmico do quotidiano humano. E a imperícia, por sua vez, não deixa de ser
somente uma forma especial de imprudência ou de negligência.

Da Imprudência

Quem pratica atitudes imprudentes, são tidos como aqueles agentes ousados, que
contraria com atitudes imprudentes que as demais pessoas deveriam adotar para uma
vida social em segurança. Aqui o agente tem atitudes e modos de agir que não são
recomendadas, sem o mínimo de cautela. De acordo com Bitencourt:

Imprudência é a prática de uma conduta arriscada ou perigosa e tem caráter comissivo.


É a imprevisão ativa (culpa in faciendo ou in committendo). Conduta imprudente é
aquela que se caracteriza pela intempestividade, precipitação, insensatez ou imoderação
do agente. Imprudente é o exemplo, o motorista que, embriagado, viaja dirigindo seu
veículo automotor, com visível diminuição de seus reflexos e acentuada liberação de
seus freios inibitórios. Na imprudência há visível falta de atenção, o agir descuidado não
observa o dever objetivo a cautela devida que as circunstâncias fáticas exigem. Se o
agente for mais atento, poderá prever o resultado, utilizando seus freios inibitórios, e
assim não realizar a ação lesiva.

Da Negligência

Quem pratica a negligência é aquele agente que deixa de tomar as cautelas necessárias
para que a sua conduta não venha a lesar um bem jurídico de um terceiro. Aqui o agente
deixa de fazer algo que deveria. Conforme o doutrinador Cezar Roberto Bitencourt:
Negligência é a displicência no agir, a falta de precaução, a indiferença do agente, que,
podendo adotar as cautelas necessárias, não o faz. É a imprevisão passiva, o desleixo, a
inação (culpa in ommittendo). É não fazer o que deveria ser feito antes da ação
descuidada. Negligente será, por exemplo, o motorista de ônibus que trafegar com as
portas do coletivo abertas, causando a queda e morte de um passageiro. Nessa hipótese,
o condutor omitiu a cautela de fechar as portas antes de movimentar o coletivo,
causando o resultado morte não desejado.

Da Imperícia

Decorre do conhecimento de uma regra técnica profissional. Assim, se o médico, após


fazer todos os exames necessários, dá diagnóstico errado, concedendo alta ao paciente e
este vem a óbito em decorrência dessa alta concedida, não há negligência, pois o
profissional médico adotou todos e quaisquer cuidados necessários, mas se em
decorrência de sua falta de conhecimento técnico, não conseguiu verificar qual o
problema desse paciente, o que acabou por ocasionar seu falecimento.

Espécies de culpa

Culpa consciente

Será quando apresenta a culpa com previsão. O agente prevê o resultado, mas acredita
piamente na sua não ocorrência, dando continuidade á sua conduta.(MASSON, 2020)

Culpa inconsciente

Na qual o resultado não é previsto pelo agente, embora objetivamente previsível. Ou


seja, aquela culpa comum, normal, manifestada pela imprudência, negligência ou
imperícia.( MASSON, 2020)

Culpa imprópria

No qual o agente quer o resultado, estando sua vontade viciada por erro que poderia
evitar, observando o cuidado necessário. (MASSON, 2020)

Culpa própria

É aquela quando o agente não quer o resultado nem assume o risco de produzi-lo. É, por
assim dizer, a culpa propriamente dita.( MASSON, 2020),
Hipóteses de aplicação do perdão judicial em homicídio culposo

O perdão Judicial é reconhecido pelo Direito Pátrio e tem como papel extinguir a
punibilidade do agente. Por sua vez, os crimes que permitem a cominação do perdão
judicial são: homicídio culposo e delito de lesão corporal culposa. No entanto, sempre
que a repercussão do homicídio ou lesão corporal (ambos culposos) forem com
gravidade e relevantes de modo atingirem o autor de maneira intensa e grave tornará a
punibilidade dispensável.

O perdão judicial como forma de extinção da punibilidade e a súmula 18 do Superior


Tribunal de Justiça, perdão judicial quanto a sua admissibilidade no delito de homicídio
culposo, admissibilidade de perdão judicial no delito de lesão corporal culposa, delitos
de trânsito e a admissibilidade de perdão judicial. São todas hipóteses que o juiz poderá
deixar de aplicar a pena.

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