Bibliografia indicada
→ Mazzuoli declínio do sistema feudal
TEORIA DO DIREITO INTERNACIONAL
Evolução do direito com a ciência
→ não se contentava a situações
limitadas às fronteiras territoriais
→ isso porque não existia a figura do
Estado
ex: organizações sem estado,
anfictionias gregas, regras comuns aplicadas
entre cidades vizinhas, pois na antiguidade
clássica não existia direito internacional
Direito romano
Ius civile; direito aplicados aos
romanos
Ius gentium: direito aplicável aos
demais
→ passa a tolerar a prática da usura
queda de roma: 476 d.C.
→ Quando Roma dominava os povos,
se aplicava a legislação de roma
→ senado e igreja católica sobrevivem
a queda de roma
→ Na queda, os bárbaros libertam os
povos que tinham sido dominados pelos
romanos.
→ retira obrigações de usar
determinada roupa, etc.
→ Logo em seguida a igreja estabelece
o poder temporal, administrativo e espiritual
Idade média
→ feudos, alianças para proteção,
casamentos dinásticos (essa era a fase inicial
do direito internacional)
→ Ordem hierarquizada da Igreja
católica
→ próximo do ano de 1200 houve o início do
→por conta de dois fatores:1. peste
negra (dizima ⅓ da população europeia) e 2.
Desenvolvimento do mercantilismo (surgem
as cidades - burgos - em razão da
superprodução de grãos)
Burgos, Cidades-estado italianas
→ o desenvolvimento dos burgos
→ Igreja proibia a usura (auferir lucro)
→ então se desenvolvem empresas
ocultas de mercadores, que financiaram
investidas marinhas para buscas de
especiarias
→ os burgos são os ambientes que
estão fora do feudo,
→ Após a reforma luterana Lutero
→os mercadores passam a financiar a
construção de catedrais
→ a contrarreforma quis recuperar os
territórios de evangelização luterana
Guerra dos trinta anos (eclodiu em 1918)
→ conflito bélico religioso envolvendo
soberanos católicos e protestantes
→ mercadores eram financiadores do
protestantismo
→ guerra terminou em 1648, que é o
mesmo ano do surgimento formal do direito
internacional, com a assinatura de dois
tratados escritos que definem os limites
transfronteiriços e a liberdade de sujeição dos
soberanos a uma ou outra confissão religiosa.
→ antes deste tratado as relações
entre soberanos eram de casamentos
dinásticos(dote) e alianças militares
 → os tratados estabelecem o
surgimento do estado moderno, por aplicação
de um novo princípio: princípio da igualdade
formal.
→ Agrupamentos ligados a igreja
católica
→ portanto, antes de 1648, existia
vínculo entre poder temporal e espiritual
→antes dessa data era tudo vinculado
ao papa, e depois dos tratados deixou de ser
Tratados de paz firmados em westfália
Consequências
1) Para encerrar a guerra dos 30
anos
2) surgimento do direito
internacional
3) surgimento do estado moderno
4) surgimento do princípio da
igualdade formal
5) criação da sociedade
internacional
→ Antes de Westfália não existia
direito internacional propriamente dito. Marca
o surgimento do estado moderno e o princípio
da igualdade formal dos estados no plano
internacional. Criam um sistema pluralista e
secular de uma sociedade de Estados
independentes em substituição à ordem .
→ é plural pois abrange todos os
países e secular por está dissociada da igreja.
→O reino passa a ter status diferente
em relação a sujeição ao papa
→ em 1648 há a separação total entre
o poder temporal e o poder espiritual
→ As unidades politicamente
organizadas (reinados) passarão a ser
consideradas iguais, independente do
tamanho geográfico e poderio militar
Revolução industrial
Revolução Americana
Revolução Francesa
Convenção de Viena
Independência do Brasil
Proclamação da república Brasileira
1 Guerra Mundial
2 Guerra mundial
FUNDAMENTO DO DIREITO
INTERNACIONAL
→ Existe uma única sociedade
internacional no mundo inteiro. É diferente de
comunidades internacionais
Sociedade internacional
→ A sociedade é diferente da
comunidade internacional. A sociedade tem
base na vontade de participar ou não das
finalidades comuns
→Os estados se suportam
mutuamente.
→ Dentro da sociedade internacional
há sujeitos e atores, mas o direito
internacional é produzido apenas pelos
sujeitos de direito internacional
→ O estado é o clássico sujeito de
direito internacional.
→ não é possível que os estados
“saiam” da sociedade internacional. Só pode
sair dela se deixar de ser estado
→ Isso porque a sociedade
internacional surge pela interação jurídica
entre estados. O estado é parte fundante da
sociedade internacional, que só existe porque
existem os estados.
→ A partir de 1648 a interação entre
estados é que produz direito internacional,
através dos tratados internacionais. Ou seja, o
direito internacional é consequência do
movimento do estado na sociedade
internacional
→Obrigatoriedade:: Para participar da
sociedade internacional basta que seja estado.
Não há necessidade de ter vontade de
integrar a sociedade internacional
São sujeitos de direito internacional:
1. Estados
2. Organizações internacionais (ex: ONU)
3. Blocos econômicos.
Comunidade internacional
→ a formação de uma comunidade
pressupõe um laço espontâneo e subjetivo de
identidade entre os seus partícipes
→ É necessário que os Estados tenham
vontade em comum (desejo de interagir entre
si)
→ é possível que os estados saiam a
qualquer momento
ex: ONU. OTAN
Problemas de definição
→ o direito internacional público é
também chamado de direito das gentes (law
of nations)
→ o conceito clássico é “direito capaz
de reger as relações interestatais, num
complexo de normas que regulam as
condutas recíprocas dos estados.
→ Existem outros sujeitos de direito
internacional além dos Estados, como
organismos internacionais e blocos
econômicos com personalidade jurídica
internacional.
→ adjetivo internacional surge em
1780, jurista inglês Jeremias Bentham usou o
termo para distinguir a lei das relações dos
estados (international law) do direito nacional
(national law) e o direito municipal (municipal
law)
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E
PRIVADO
→ Posteriormente adicionou-se o
termo “público à expressão para diferenciar do
conflict of laws,
→ normas estatais que resolvem
conflitos de leis no espaço em casos sub
judice com conexão internacional: direito
internacional privado
Direito internacional público: internação na
sociedade internacional dos sujeitos de direito
internacional sim
→ o instrumento de aplicação do
direito internacional público é principalmente
o tratado internacional
→ Relação estado com estado
Direito internacional privado é a amplitude
internacional da relação entre estado e o seu
nacional (indivíduo
→ relação de norma interna
→o instrumento de aplicação do direito
internacional privado é a lei interna dos
estados (também chamadas regras de
conflito)
→ relação estado com indivíduo
O indivíduo não é sujeito de direito
internacional. É sujeito apenas das normas de
direitos humanos, mesmo que sejam de direito
internacional

Todos os sujeitos de direito internacional têm
regras de conflitos? Não, somente os estados.
1. Estados
2. Organismos internacionais (vontades
de estado que desejaram criar o
organismo: ex: OIT - organismo
internacional do trabalho
3. Blocos econômicos
De onde vem a legitimidade e obrigatoriedade
do direito internacional público?
→ várias teorias tentam demonstrar o
fundamento jurídico do direito internacional
→ Jusnaturalista
→doutrina voluntaristas
→ doutrina não voluntarista
(objetivista)
→ Pacta sunt servanda
a) Jusnaturalismo
→ direito natural (ao uso da razão)
→estado da natureza: homem possui
direitos fundamentais que devem ser
protegidos pelo soberano, sob dois aspectos
a) Coloca a razão humana como
fundamento do sistema das relações
internacionais
→ apenas a razão era capaz de
impor determinadas regras de
comportamento aos estados na
ausência de uma entidade
supranacional
→ a sociedade surge pelo
querer coletivo dos indivíduos
→ apenas a razão humana era
capaz de impor regras de comportamento aos
estados na ausência de uma entidade
supranacional
→ necessidade de substituir o
sistema papal diante da igualdade e
pluralidade jurídica dos Estados, aos quais
faltavam regras de convivência
→ Higo grócio é o principal expoente
b) teoria voluntarista (positivista)
→ contrapõe a jusnaturalista.
→ diz que só surge da razão humana
porque os líderes assim desejam.
→ a partir de 1648 é tudo por vontade
do soberano
→ em contraposição aos
jusnaturalistas, a teoria positivista nega a
existência de um direito natural fundado na
razão humana e passa a afirmar que o
ordenamento jurídico internacional existe
apenas enquanto expressão da vontade dos
estados
Base subjetivista: a obrigatoriedade do
DIP decorre do consentimento dos estados, ou
seja, da vontade expressa em tratados e
convenções internacionais ou da vontade
tácita decorrente da aceitação do costume
internacional
→ portanto, o seu fundamento
encontra suporte na vontade coletiva e
consentimento mútuo do estados
→ baseado no que o soberano deseja
para o Estado (ordem subjetiva)
→ para os teóricos voluntaristas, os
soberanos conduzem os estados conforme a
sua própria vontade e podem mudá-la a
qualquer tempo, estabelecendo completa
instabilidade nas relações internacionais.
→ A vontade expressa ou tácita
poderia alterar

Para Jelinski e outro, também serve a teoria
voluntarista
Críticas a doutrina voluntarista
→ gera Insegurança e instabilidade
→ isso porque o estado pode mudar
drasticamente a sua posição original,
ocasionando insegurança
c) Teoria não voluntarista (objetivista)
→ elaborada no fim do século XIX, em
razão da dificuldade de justificar o direito
internacional apenas com base na vontade e
soberania do estado
→ é um pouco mais estável pois as
decisões do estado começam a ser tratados
de forma escrita, não existindo mais o
consentimento tácito.
→ corrente objetivista
→ obrigatoriedade do DIreito
internacional a partir de princípios e normas
superiores aos do ordenamento estatal
→ tratados escritos
→ enfoque para o entendimento de
que há normas superiores.
→ na primeira e segunda guerra se
aplica esta teoria
→ tem base em razões de ordem
objetiva, w com suporte nos princípios do
direito natural, teorias sociológicas e
normativismo jurídico de Kelsen (norma
fundamental)
→ essas normas superiores são os
princípios reconhecidos por todos os estados
no mundo
→ a obrigatoriedade e a legitimidade
do DIP devem ser buscados fora da simples
manifestação de vontade dos estados, e sim
na realidade da vida internacional e nas
normas que disciplinam as relações
internacionais, que devem ser autônomas e
independentes de qualquer vontade estatal
→ da mesma forma que o tratado pode
ser escrito e vincular objetivamente, a
qualquer momento as partes podem
denunciar o tratado, ou seja, sair do tratado
sem necessidade de justificar motivos. Este
instrumento deve ser instrumento também
escrito, manifestando interesse em se
desvincular das obrigações
Crítica: minimiza a vontade soberano
dos estados que também tem o seu papel
contributivo na criação das normas de direito
internacional público
→ minimiza por o estado fica impedido,
entre outras coisas, de agir pelo costume, etc
→ o tratado petrifica a conduta do
estado naquele âmbito
d) Pacta sunt servanda
→ os tratados devem ser cumpridos
→ para os teóricos, os tratados
devem ser escritos formais e representar a
vontade dos estados que deve ser mantida
através do tempo de aplicação do tratado
→ ou seja, é a manifestação do querer
duradouro que vincula a vontade mútua
→ teoria objetivista temperada: sem
deixar totalmente de lado a manifestação de
vontade dos estados, o fundamento mais
correto de aceitação da obrigatoriedade e
legitimidade do direito internacional se baseia
em princípios juridicos alcançados a um
patamar superior dessa vontade
→ art. 26 da Conferência de Londres:
todo tratado em vigor obriga as partes e deve
ser cumprido por elas de boa fé
→também está no tratado de Viena de
1669
→manutenção do pactuado
(continuidade)
→ princípio da boa fé