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Trabalho prático nº5

IDENTIFICAÇÃO DO REAGENTE LIMITANTE NUMA REAÇÃO DE


PRECIPITAÇÃO

Realizado por: LICENCIATURA EM BIOTECNOLOGIA

- Miguel Rodrigues - 202200944 LABORATÓRIOS I


- David Santos – 202200301
Docente: Rui Antunes
- Tiago Neves – 202200275

Índice
Resumo ........................................................................................................................ III
1. Introdução teórica ................................................................................................... 1 e 2
2. Descrição experimental ............................................................................................3
2.1. Material laboratorial ............................................................................................ 3
2.2. Equipamento .........................................................................................................3
2.3. Reagentes ............................................................................................................. 3
2.4. Segurança ............................................................................................................. 4
2.5. Procedimento experimental ................................................................................ 4
2.5.1. Precipitação do sulfato de Bário, Ba2SO4 .......................................................... 4
2.5.2. Determinação do reagente limitante e do reagente em excesso ..................... 5
2.5.2.1. Teste para o excesso de Ba2+ ......................................................................... 5
2.5.2.2. Teste para o excesso de SO42- ........................................................................ 5
3. Resultados experimentais ...................................................................................... 5
4. Tratamento dos resultados .................................................................................... 6
5. Discussão de resultados ..........................................................................................7
Bibliografia ...................................................................................................................7
Anexos ..........................................................................................................................8

Resumo

Este trabalho prático teve como principal objetivo a determinação do


reagente limitante e do reagente em excesso numa reação de precipitação entre
duas soluções de Cloreto de Bário di-hidratado (BaCl 2.2H2O) e Sulfato de Sódio
(Na2SO4). Para isso, foram preparadas duas soluções aquosas de BaCl2.2H2O e
Na2SO4, juntamente com HCl que, mais tarde, foram misturadas e colocadas no
mesmo tubo de ensaio em banho de água quente. Após isto, verificou-se a formação
de um precipitado no fundo do tubo de ensaio. De seguida, procedeu-se à filtração a
quente, onde o precipitado ficou retido no papel de filtro e o líquido sobrenadante,
devido à ação da gravidade, passou para o matraz. Por fim, transportou-se o papel
de filtro, numa caixa de Petri, para a estufa a 100°C, onde ambos secaram.

Partindo dos resultados experimentais, foi possível realizar o cálculo do


quociente entre o número de moles de cada reagente e o seu respetivo coeficiente
estequiométrico, concluindo que o reagente limitante foi o BaCl 2.2H2O e o reagente
em excesso o Na2SO4 . O rendimento da reação foi de 360% o que pode ser
considerado um resultado incorreto devido a um erro no processo de secagem na
estufa, pois o papel ainda estava humido.

III

1. Introdução teórica
As reações químicas são representadas pelas equações químicas e ocorrem quando
os reagentes interagem entre si, dando origem aos produtos da reação. A estequiometria
indica-nos as quantidades químicas (n) teóricas dos reagentes e dos produtos da reação,
sendo denominados por coeficientes estequiométricos os valores que representam as suas
proporções mínimas (n). Os cálculos estequiométricos permitem prever as quantidades,
massas ou volumes dos reagentes e produtos da reação.

Quando a proporção estequiométrica entre os reagentes da reação não está correta,


teremos o reagente em excesso e o reagente limitante. O reagente limitante é aquele que
vai limitar a quantidade de produto na reação química. Isto deve-se ao facto do reagente
limitante se encontrar em menor proporção relativa, em função dos coeficientes
estequiométricos da equação química. Logo, quando o reagente limitante é totalmente
consumido, a reação termina, mesmo tendo ainda outros reagentes. O reagente em excesso
será, então, o que sobrar dessa reação química.

O rendimento (η) de uma reação é definido pela relação entre o que é gasto (valor
real) e o que se deveria idealmente gastar (valor teórico), de um reagente. Pode também ser
a relação entre o que é obtido (valor real) e o que se deveria idealmente obter (valor
teórico), de um produto. Quando as quantidades de reagentes não se encontram em
proporções estequiométricas (reagente limitante), não se obtém o total de produtos
teoricamente previsto pela estequiometria da reação, pelo que se terá de calcular o
rendimento. Há ainda outros fatores que podem alterar a quantidade de produtos, tais
como impurezas nos reagentes (grau de pureza), entre outros.

As reações de precipitação são caracterizadas pela formação de um precipitado


(sólido pouco solúvel) a partir de uma solução aquosa de duas substâncias. Isto é, ao juntar
duas soluções aquosas de duas substâncias diferentes obtém-se a formação de novas
substâncias, sendo que uma delas precipita por ser menos solúvel.

A filtração é um processo usado em laboratório para separar um sólido de um


líquido ou de um gás. Para tal, o líquido (ou o gás), denominado por filtrado, com as
partículas em suspensão deve atravessar um material poroso. No fim, obtém-se o sólido
retido, também designado por resíduo. A filtração sólido-líquido pode ser do tipo filtração
simples.

A filtração simples é realizada com o auxílio de um funil e material poroso, como por
exemplo, papel de filtro. O líquido (filtrado), com as partículas em suspensão, deve passar
pelo papel de filtro para um recipiente, de modo a que o sólido (resíduo) fique retido no
papel de filtro. É importante destacar que o tamanho do papel de filtro deve ser adequado
ao tamanho do funil usado.

Este tipo de filtração funciona graças à gravidade, dividindo-se ainda em dois tipos:
filtração por gravidade a quente e filtração por gravidade a frio.

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A filtração a quente é normalmente utilizada em processos de purificação de sólidos.


Este tipo de filtração baseia-se no princípio da solubilidade diferente em diferentes
temperaturas. Isto é, uma substância pode ser solúvel a quente num solvente e, no entanto,
não ser solúvel nesse mesmo solvente à temperatura ambiente. Na filtração recorre-se ao
uso do papel de filtro, pelo que tem de se ter em atenção o tipo de dobragem utilizada. Este
pode ser dobrado de dois modos diferentes: em cone ou em pregas. O tipo de dobragem
mais adequada para uma passagem de líquido mais rápida é a dobragem em pregas, pois
verifica-se uma maior área de papel exposto. Antes de se proceder à filtração, deve-se
molhar o papel de filtro com uns mililitros do solvente da solução a filtrar, para melhorar a
sua aderência ao funil.
A decantação líquido-sólido é uma técnica laboratorial que permite separar um
líquido de um sólido depositado, com o auxílio de um gobelé e uma vareta de vidro.
Primeiramente, deve-se deixar a mistura a repousar durante algum tempo, de modo a
facilitar a deposição do sólido no fundo. De seguida, após o repouso da mistura, o líquido
sobrenadante é então vertido, cuidadosamente, para outro recipiente. Relativamente ao
tempo de repouso, este depende da densidade e/ou do tamanho dos sólidos. Quanto maior
a densidade e/ou o tamanho, maior será o tempo de repouso da mistura.

Para determinar o reagente limitante é necessário recorrer à estequiometria das


equações químicas que se seguem:
𝐼) 𝑁𝑎2𝑆𝑂4(𝑠) ⟶ 2𝑁𝑎+(𝑎𝑞) + 𝑆𝑂42−(𝑎𝑞)

𝐼𝐼) 𝐵𝑎𝐶𝑙2(𝑠) ⟶ 𝐵𝑎2+(𝑎𝑞) + 2𝐶𝑙2−(𝑎𝑞)

𝐼𝐼𝐼) 𝑁𝑎2𝑆𝑂4(𝑠) + 𝐵𝑎𝐶𝑙2 • 2𝐻2𝑂(𝑠) ⟶ 𝐵𝑎𝑆𝑂4(𝑎𝑞) + 2𝑁𝑎𝐶𝑙(𝑎𝑞) + 2𝐻2𝑂(𝑙)

I) Dissociação do Na2SO4 em água

II) Dissociação do BaCl2 em água

III) Junção das equações I) e II)

Foi necessária ainda a utilização das seguintes fórmulas:


𝑚
Número de moles: 𝑛 = onde m é a massa (g) e M é a massa molar (g/mol).
𝑀

Em termos de quantidade química (n), a fórmula do rendimento da reação é a seguinte:

𝑛𝑜𝑏𝑡𝑖𝑑𝑜
Ƞ= × 100
𝑛𝑝𝑟𝑒𝑣𝑖𝑠𝑡𝑜

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2. Descrição experimental
2.1. Material laboratorial
 Funil de plástico
 2 gobelés (marca Normax, 50mL)
 1 pipeta graduada (marca Normax ,(5±0,03)mL )
 1 caixa de Petri
 4 tubos de ensaio
 Vareta de vidro
 Pipeta de Pasteur
 Papel de filtro
 Mola
 Garra
 Espátula
 Pompette
 Suporte para tubos de ensaio
 Garrafa de esguicho

2.2. Equipamento
 Estufa
 Balança analítica
 Banho-maria

2.3. Reagentes
 𝐵𝑎𝐶𝑙2 •2𝐻2𝑂
 𝑁𝑎2𝑆𝑂4
 𝐻𝐶𝑙

2.4. Segurança PÁGINA 3


O HCl é corrosivo, podendo causar danos à saúde, tais como lesões oculares,
queimaduras na pele e irritação das vias respiratórias. Como tal, é necessário o uso de
proteção ocular e luvas de proteção para o seu manuseamento.

O Na2SO4 pode provocar causar danos à saúde, tais como lesões respiratórias, caso
ocorra a sua inalação, pode também causar lesões oculares e na pele, e, caso o mesmo
ocorra, deve-se enxaguar cuidadosamente com água durante vários minutos. Para este tipo
de situações não ocorrerem é necessária a utilização de proteção ocular e luvas de proteção
para o seu manuseamento.

O BaCl2.2H2O é uma solução tóxica que pode causar irritação quando exposto, pode
causar lesões oculares e respiratórias, ou até mesmo cerebrais, caso o mesmo seja inserido
ou inalado pode causar desordem intestinal, sendo mesmo necessário contactar um médico,
por isso para o seu manuseamento devem também ser utilizadas luvas de proteção e
proteção ocular.

O uso de bata é também recomendado para a utilização de todos os reagentes.

2.5. Procedimento experimental


2.5.1. Precipitação do sulfato de Bário, Ba2SO4
1. Pesou-se aproximadamente 0,40 g de BaCl2. 2H2O num vidro de relógio e
transferiu-se para um tubo de ensaio, onde se adicionou 10 ml de água.
2. Pesou-se aproximadamente 0,30 g de Na2SO4 num vidro de relógio e transferiu-se
para outro tubo de ensaio, onde se adicionou 10 ml de água. Adicionou-se ainda 10
gotas de HCl concentrado na hotte.
3. Agitou-se ambos os tubos de modo a dissolver o sólido.
4. Juntou-se o conteúdo de um dos tubos ao outro e observou-se o resultado.
5. Aqueceu-se um banho de água a 70-80°C e colocou-se o tubo no banho de água
quente durante cerca de 15 minutos. Removeu-se o tubo e deixou-se repousar o
precipitado.
6. Decantou-se 2 tomas de cerca de 5 ml do líquido sobrenadante para 2 tubos de
ensaio. Rotulou-se com as designações T1 e T2 e colocou-se de parte.
7. Pesou-se um papel de filtro de porosidade fina e registou-se o valor da sua massa.
Colocou-se o mesmo num funil e molhou-se com alguns mililitros de água destilada.
8. Efetuou-se a filtração por gravidade, e enquanto a solução ainda estava quente,
transferiu-se o precipitado para o funil.
9. Removeu-se o resto do precipitado das paredes do tubo com água morna. Lavou-se
o precipitado que estava no papel de filtro com 2 porções de água destilada morna.
10. Secou-se o precipitado do papel de filtro num estufa a 100°C e, quando o filtro e o
precipitado se encontravam secos tomou-se nota do valor da sua massa.
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2.5.2. Determinação do reagente limitante e do reagente em excesso
2.5.2.1. Teste para o excesso de Ba2+
1. Adicionou-se 2 gotas de Na2SO4 0,5M aos 5 mL de solução contida no tubo T1.
2. Registou-se o foi observado.
2.5.2.2. Teste para o excesso de SO42-
1. Adicionou-se 2 gotas de BaCl2•2H2O 0,5M aos 5 mL de solução contida no tubo
T2.
2. Registou-se o que foi observado.

3. Resultados experimentais

Tabela 1-Massas iniciais e massa total


Massa inicial (g) Massa final (precipitado seco)
g (Peso do material depois da
estufa - Caixa de Petri +papel
de Filtro)
Caixa de Petri 37,21 g
Papel de filtro 1,99 g
Amostra de BaCl2•2H2O 0,40 g
3,37 g
Amostra de Na2SO4 0,30 g
Peso Total do material depois 42,57 g
da estufa

Tabela 2-Registo da observação da formação de precipitado


Ensaio Houve/não houve formação de
precipitado
T1 Houve pouca formação de precipitado

T2 Houve muita formação de precipitado

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4. Tratamento dos resultados


Tabela 3- Quantidade química adicionada de BaSO 4 isolada, reagente limitante e em excesso,
rendimento da reação
Ensaio Nº de moles Nº de moles Reagente Reagente Rendimento
adicionados isoladas de limitante em excesso da reação (%)
(mol) BaSO4 (mol)
BaCl2•2H2O 1,64×10-3 mol 5.9 x 10-3 BaCl2•2H2O Na2SO4 360%
Na2SO4 2,11×10-3 mol

 Número de mol BaCl2•2H2O:

M molar (BaCl2•2H2O) = 137+35.45*2 = 243.9 g/mol


m (BaCl2•2H2O) = 0,4 g
n = 0.4 / 243.9
n= 1.64 x 10 -3 mol

Número de mol Na2SO4:

 M Molar (Na2SO4) = 23*2 + 32 + 16*4 = 142 g/mol

m (Na2SO4) = 0.3 g
n = 0,3 / 142
n = 2.11 x 10-3 mol

 Número de moles isoladas de BaSO4:


Massa de BaSO4 = 1.38 g
Massa Molar (BaSO4) = 137+32+64 = 233 g/mol

n = 1.38 / 233
n = 5.9 x 10-3 mol

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 Rendimento da Reação:

Rendimento quimico = ( Rend. Obtido / Rend. Previsto) x 100

Rendimento quimico = (5.9 x 10 -3 / 1,64×10-3) x 100

Rendimento quimico = 360%


5. Discussão de resultados
O reagente limitante na teoria, devido à estequiometria da equação III) e ao número
de moles de cada reagente adicionados, é o BaCl 2.2H2O e o reagente em excesso é o Na2SO4.
Na atividade prática isto foi comprovado, uma vez que ao adicionar BaCl 2•2H2O houve maior
formação de precipitado (Anexo 2) do que quando foi adicionado Na 2SO4 (Anexo 1). Isto é,
ao adicionar BaCl2•2H2O este reage com o Na2SO4 e forma um precipitado de sulfato de
bário, mostrando assim que é necessário adicionar uma certa quantidade de BaCl 2•2H2O
para que possa reagir e formar o produto de reação como foi verificado. Assim sendo, o
BaCl2•2H2O encontra-se em menor quantidade do que o outro reagente e por isso
condiciona a quantidade de produto formado, ou seja, é o reagente limitante.
Teoricamente, seria de esperar que o rendimento da reação fosse 100%. No
entanto, em termos práticos, o valor obtido foi de 360%, o que se deve ao facto de ter
ocorrido um erro no processo de secagem na estufa.

Bibliografia
 Sebenta Laboratório I
 Protocolo TP5
 http://fq.pt/laboratorio (Escrito por Miguel Neta) (Estequiometria, reagente
limitante, Filtração, decantação, etc)
 https://quiprocura.net/w/2019/05/28/filtracao-a-frio-e-filtracao-a-quente/

Figura 1 -Tubo de
ensaio T1 e T2

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Anexos
Figura 2- Papel de filtro com
precipitado

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