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Analise descritiva do texto Tempo livre de Theodor, W, Adorno, feita por Harley Pacheco de

Sousa, aluno do curso de psicologia da universidade São Marcos.

O tema tempo livre não pode ser tratado como abstrato, pois é algo diretamente ligado ao
homem. Antigamente tempo livre era tratado como ócio e era um privilégio da vida folgada
que era muito mais grato do ponto de vista qualitativo por se tratar do oposto ao tempo de
trabalho, podemos ainda afirmar que é o tempo fora deste, esta oposição mostra traços
essenciais e fundamentais para o sujeito.

O tempo livre mantém as pessoas sob um fascínio que nem em seu trabalho nem em sua
consciência dispõe de tanta liberdade pois é nesse momento que as pessoas podem ser quem
realmente são ou podem ser.

Obviamente não podemos dividir tão simplista mente as pessoas de seus papeis sociais,
porque esses penetram tão intimamente nas pessoas em sua constituição mais intima. Numa
época como a nossa é difícil estabelecer o que resta nas pessoas algo que não esteja
estabelecido pelas funções e isso pesa muito sobre as questões essenciais do tempo livre.

Isso significa que mesmo quando as pessoas estão voltadas de encantamento não diminuem o
nível de falta de liberdade, pois pensam agir de vontade própria e estarem livres, porém a
vontade é modelada pelo que desejam estar livres fora do trabalho. Porem de fato as pessoas
não usa seu tempo livre livremente, mas o utilizam sob a relação do que já nascem inseridas e
que lhes prescrevem as regras de sua existência.

O tempo livre aumentou por conta das invenções ainda não completamente utilizadas, porem
o tempo livre corre no caminho oposto ao de seu próprio conceito. Nele se prolonga a não
liberdade tão desconhecida a maioria das pessoas não livres como a sua não liberdade em si
mesma.

Nesse ponto o autor fala de sua experiência, que a mídia divulga hobby de figuras
reconhecidas e ele (autor) fica apavorado com o não ter hobby, pois tudo que ele faz em seu
tempo livre é tão serio para ele que jamais trataria como hobby, portanto ele não usa seu
tempo fazendo qualquer coisa apenas para matar o tempo. Tempo livre deve ser substituído
por coisas gratas e maravilhosas e não deve ser tratado como tempo livre obviamente como as
pessoas comuns fazem.

Se apegarmos a idéia de Marx que diz que o trabalho foi coisificado então a palavra hobby
conduz ao paradoxo de que aquele estado que se entende como o contrário de coisificação,
como reserva de vida imediata em um sistema total completamente mediado, é, por sua vez,
coisificado da mesma maneira que a rígida delimitação entre trabalho e tempo livre.
Coisificar o trabalho e coisificar o tempo livre, nisso se encontra a critica de Adorno.

Por assim ser, o autor afirma que os fenômenos do tempo livre estão estruturados em volta do
lucro, e o tempo livre foi inserido nas pessoas seguindo a moral do trabalho vigente, na qual o
tempo que se esta ausente do trabalho serve para restaurar as forças para o trabalho, isso
porque o tempo livre é parte do trabalho que se separa deste por mero puritanismo.

Por um lado deve-se estar concentrado no trabalho a fim de evitar erros, por outro deve o
tempo livre deve preparar o sujeito para que trabalhe melhor, no momento do tempo livre
não lembrar em nada o trabalho, essa é a razão da imbecilidade de muitas ocupações do
tempo livre. De modo escondido, porém, as pessoas são submetidas ao contrabando das
formas de comportamento próprios do trabalho, o qual não dá folga às pessoas.

Ideologia do hobby tem quer estar subentendido a ter um enquadrado e já escolhido de


acordo com a oferta do negócio do tempo livre. Liberdade organizada é coercitiva. Ai de ti se
não tens um hobby, se não tens ocupação para o tempo livre então tu és um pretensioso ou
antiquado, um bicho raro, e cais em ridículo perante a sociedade, a qual te infringe o que deve
ser o teu tempo livre a integração do tempo livre é alcançada sem maiores dificuldades as
pessoas não percebem o quanto não são livres lá onde mais livres se sentem, porque a regra
de tal ausência de liberdade foi abstraída delas e porque a indústria se ocupa de vender o
necessário ao tempo livre.

O tédio existe em função da vida sob a coação do trabalho e sob a rigorosa divisão do trabalho.
Não teria que existir. Sempre que a condutano tempo livre é verdadeiramente autônoma,
determinada pelas próprias pessoas enquanto seres livres são difícil que se instale o tédio;
tampouco ali onde elas perseguem seu anseio de felicidade, ou onde sua atividade no tempo
livre é racional em si mesma, como algo em si pleno de sentido.

A falta de fantasia, implantada e insistentemente recomendada pela sociedade, deixa as


pessoas desamparadas em seu tempo livre. Sob as condições vigentes, seria inoportuno e
insensato esperar ou exigir das pessoas que realizem algo produtivo em seu tempo livre, uma
vez que se destruiu nelas justamente a produtividade e a capacidade criativa ou aquilo que
produzem no tempo livre.

Tempo livre só existe porque existe o trabalho em excesso e mecanizado cansativo, se não
existisse o trabalho nesse desenho não existiria o tempo livre para recuperação das forças de
trabalho.

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