Está en la página 1de 126

W \G & r?

S t9 '

IN T R O D U C C IÓ N

I. APRO XIM ACIÓ N A LA TAREA DE LA FILOSOFÍA JURÍDICA

La actividad filosófica es una realidad cultural cuyos cultivadores a d o p ­


tan en cada m o m en to histórico u n a diferente au to co m p ren sió n que
tiene con secu en cias im p o rta n te s en el re su lta d o d e sus reflexiones.
La Filosofía del D erecho no escapa a esto: al respecto, bastará rep arar,
p o r ej em plo, en que los perfiles de la concepción del universo ju ríd ico
que ofrece u n a Filosofía autoconcebida com o análisis lingüístico difie­
ren n o tab lem en te de aquellos que p u ed e p ro p o rcio n ar una Filosofía
de in sp ira c ió n m etafísica.
En n u e s tro caso, la c o n cep ció n g e n e ra l d e l tra b a jo filosófico
es, m uy s o m e ra m e n te , la que a c o n tin u a ció n se e x p o n e . El p e n s a ­
m ie n to filosófico n o se ejerce en el vacío. La Filosofía p re su p o n e
n e c e s a ria m e n te la H isto ria d e la F ilo so fía.1 El p e n s a r h u m a n o se
co n stituye d e s d e la tra d ic ió n , p o rq u e los p ro b lem as a los q u e ha de
en fren tarse son hered ad o s, com o lo son los conceptos y el in stru m e n ­
tal teó rico y epistem o ló g ico disponible p ara el investigador, al m enos
en el m o m e n to inicial de su tarea. Ello se tra d u c e en q u e cu alq u ier
co n cep ció n , glo b al o p articu lar, d e la Filosofía d e l D erech o o de
a lg u n o d e sus p ro b lem as, sólo será p le n a m e n te in te lig ib le a la luz
del d e te rm in a d o co n tex to h istó rico en que nace y d e la e sp e c u la ­
ción p re c e d e n te . Esto significa que no se p u e d e h a c e r Filosofía del
D erecho sin tom ar en cuenta la H istoria de la Filosofía del D erecho.

i P oco s a u to r e s lia n in s is tid o ta n to c o m o H e g e l e n la c o n s titu c ió n h is tó r ic a clel


p e n s a r filosófico. A u n q u e .sus ideas al resp ecto se e n tie n d e n p le n a m e n te en el m arco d e su
siste m a filo só fic o , n o es n e c e s a rio a c e p ta r é ste p a r a .suscribir u n a ¿dea c e n tr a l: “ (...) T o d a
Filosofía re p re s e n ta u n a fase especial d e evolución d e n tro d e la to ta lid a d d e la trayectoria y
o cu p a en ella u n d e te rm in a d o lugar, en el que esa Filosofía tiene u n v alo r v erd ad ero y u n a
s ig n ific a c ió n p r o p ia (...). T o d a F ilosofía, p re c isa m e n te p o r ser la e x p o s ic ió n d e u n a fase
especial d e ev o lu ció n , form a p a rte d e su tiem po y se halla p risio n e ra d e las lim itaciones p ro p ias
d e éste. (...) T o d a Filosofía es la Filosofía de su tiem po , un eslab ó n e n la g ran ca d e n a d e la
evolución e s p iritu a l”. G. W. F. I-Iilc/.i'.l, Leer iones sobre la H istoria de la Filusojía, trad u cció n de
W. Roces, M éxico, FCE, 1977, p. 48. P u ed en verse otros lugares d e la m ism a obra, com o las pp.
4 i -45. E n g e n e r a l, so b re la h is to r ic id a d d e la c o m p r e n s ió n e n las C ie n c ia s h u m a n a s , cfr.
H . G. Gauamkii, V erda d v método. F undam entos de una herm enéutica filo só fic a , trad u cció n d e A.
A g u d A p a ric io y R. de A g a p ito , S a la m a n c a , S íg u e m e , 1984, c a p ítu lo 9, e s p e c ia lm e n te
p p . 3 6 0 -3 7 0 y 3 7 8 -3 8 3 .

i
2 INTRODUCCIÓN

T am poco sin H isto ria del D erech o . Más a ú n , que las C iencias d el
e sp íritu so n histó ricas se co m p ru eb a p a rtic u la rm e n te en el D e re ­
cho, d o n d e no se d a n ru p tu ra s, d o n d e a p e n a s se p u e d e n d e scrib ir
so lu cio nes de co n tin u id a d : la e x p e rie n c ia ju ríd ic a q u e está d e trá s
d e nuestro D erecho vigente es m ilenaria, tan m ilen aria com o nuestra
cultura. En nuestro caso, pues, lo afectado p o r la historicidad no son
sólo los problem as y el instrum ental epistem ológico y conceptual, sino
el objeto m ism o de co n ocim iento.
En p a rte a causa de lo anterior, la Filosofía del D erecho n o p u ed e
tam poco asp irar a un punto de p a rtid a absoluto, a ser un a “Filosofía
p rim e ra ” en el sentido de Perelm an y G onseth.- No hay u n a realid ad
física, disponible de form a indiscutible com o objeto de experiencia
sensitiva, a p a rtir de la cual quepa iniciar el discurso lilosóFico-jurídi-
co; dicho de otro m odo, el D erecho no es u n a cosa en tre las cosas: Por
ello, sólo p u e d e hacerse Filosofía del D erecho a p a rtir d e las ideas reci­
b id as sobre él y, p o r supuesto, d e las ideas m ás g e n e ra le s recib id as
acerca de la realidad. A p artir de ahí, la Filosofía del D erecho p u ed e
configurarse en form a de “ Filosofía regresiva”, y vólver u n a y o tra vez
sobre sus propio s supuestos, sobre las aludidas ideas, ab an d o n án d o las
o poniéndolas en cuestión, redefm iéndolas o m odificándolas, sin n ece­
sidad alguna de a b an d o n ar la discusión sobre los p u n to s de p a rtid a
p a ra en carar “el cam ino seguro de la C iencia”, com o hubiese p referi­
do K ant.y’ Pero ello sólo es posible p artien d o de lo transm itido p o r un a
tra d ició n de p e n sa m ie n to .
El antihistoricism o de los ilustrados o neoi lustrados es im posible
de satisfacer incluso p ara ellos mismos, pues su pensam iento se enm arca
e n sus p ro p ia s c o o rd e n a d a s h istó ricas ta n to com o el de q u ien e s
a d m itén la historicidad del p en sar filosófico y de su objeto. E n este
sentido, p e n sa r el p ro p io tiem po es tarea d e la Filosofía4 p recisam en ­

2 L os té r m in o s c o n tr a p u e s to s “F ilo so fía p r i m e r a ” y ’‘F ilo so fía r e g re s iv a ” s o « e m p le a ­


d o s p o r C u . Pkkki.man, “ P h ilo s o p h ic p r é m ie rs e t p h ilo s o p h ic r e g re s s iv e ”, D ialéctica III,
1949. pp. 175-191, re c o g ie n d o ei p en sam ien to d e G o n setli, q u ie n so stien e la n ecesid ad d e
" d ia le c tiz a r ” la F ilo so fía, a l n o p o d e r s e h a lla r e n su b a se id e a s n e c e s a ria s , sin o lin'is b ie n
id e a s p ro v is io n a le s , es d e c ir, id e a s q u e so n p u e s ta s a p r u e b a a llí d o n d e ellas se c o m p r o ­
m e te n , sie n d o p o s ib le , e n c o n s e c u e n c ia , d e s m e n tir la s . Cfr. F. G o n s u tii, " C o n s id e r a tio n s
finales, discussions. II E n tre tte n s d e Z urich”, Dialéctica II, 2, 1948, p p . 2 9 5 -3 0 3 ; y “ M o tiv a tio n
e t s tr u c tu r e d ’u n e p h ilo s o p h ic o u v e rte " , D ialéctica V I, 1, 1 9 5 2 , p. 10. U n c o m e n ta r io
r e c ie n te ai tr a b a jo c ita d o d e P erelm an e n D. A- F ra n k y M. K. B o i.n u c, “ C o m m e n ta r y a n d
T r a d u c tio n o f « F irst p h ilo s o p h ie s an d re g re ssiv e p h ilo s o p h y » ”, P hilosophy a n d R etkoric
3f> (3), 2 0 0 3 , p p . 1 7 7 -1 8 8 .
Cfr. I. K a n t. K ritik d er reinen V e rn u n ft, 2* e d ., e n K a n ts gesammelte. S c h r ifte n , B e rlin ,
R eim er, 1911. B a n d III, p. 7. H ay traducción esp añ o la, C rítica de la ra zó n p u r a , d e P. R ibas,
M a d rid , A lfa g u a ra , 1988, p . 15.
* Cfr. M. F d i-c a u i.t, '‘S e m in a rio s o b re el te x to d e K a n t «Was ist A u f-k la ru n g ? » ”, en F.
J a h a u ta (ed .), La crisis de la ra zó n , M urcia, S e c r e ta r ia d o d e P u b lic a c io n e s d e la 'U n iv e rs i-
d a d , 1986, p p . 13-24.
M L OS O FÍA DICI. D E R E C H O V PARADIGMAS EPIS'l EM O L Ó G K ¡OS

te po rque la realidad es actual, y las realidades históricas y culturales


como el D erecho tam bién lo son, y dejan de ser realidades en l^i mech
d a que a b a n d o n a n el p re s e n te h istó rico . Ese p e n s a r no p u e d e sin
e m b arg o , p re s c in d ir de la d im e n sió n h istó rica p o rq u e esa re a lid a d
actual no da cuenta de sí m ism a p o r sí misma, sino que h u n d e sus
raíces en lo no p re s e n te , e n el d o b le sen tid o de u n a n o -p re se n cia
ontològica -causas y principios que no com parecen en la e x p e rie n ­
cia in m e d ia ta - y de u n p asad o h istó ric o -te m p o ra l.
Si se tom a en cuenta suficientem ente lo anterior, se co m p ren d erá
p o r qué u n a visión de la Filosofía del D erecho no resulta inteligible
p len am en te si se prescinde de lo que podríam os d e n o m in a r su en-
cu ad ram ien to histórico. El pi'opósito fu n d am ental de estas páginas es
p o n e r en o rd en una serie de ideas en to rn o a los p u n to s d e p a rtid a de
un proyecto iusfilosófico. Más concretam ente, constituye el escenario
en el que dicho proyecto ha de construirse, pues no p o d ría llevarse a
cabo en m odo alguno sin hacer explícitos los presupuestos que consti­
tuyen su u rd im b re teó rica, sobre todo si q u ien se p ro p o n e llevarlo a
cabo, com o es el caso de q u ien escribe, está convencido d e que el
pen sam iento filosófico se constituye históricam ente, y tam b ién de que
el objeto de dicho pensam iento, el Derecho, está fu ertem en te afectado
p o r la h isto ric id a d .
A llora bien, que la tarea de p en sar el propio tiem po constituya el
com etido específico d e la Filosofía del D erecho, y que ello sólo resulte
p o sib le si se p a rte d e la tra d ició n , del statu quo recib id o , n o d eb e
confundirse con u n a profesión de fe tradicionalista, que en absoluto
se c o m p a rte aquí. La tra d ició n se p u e d e , y en m u ch os casos tam ­
b ién se d e b e , su p e ra r, p e ro no p arece posible p re s c in d ir d e ella, al
m enos en el p u n to de p artid a. Al m enos, no es posible volver la cara a
los problem as, ni prescindir del lenguaje y de los conceptos, que son
sie m p re colectivos, públicos, n o susceptibles de ser rec re ad o s cada
vez m e d ia n te actos p u ra m e n te in d iv id u ale s.r’
C ualquier p ro g ram a de trabajo iusfilosófico exige, en v irtu d de lo
expuesto, situarse en u n d eterm in ad o contexto de pensam iento. A ho­
ra bien, la perspectiva histórica plantea, como es sabido, el problem a
de la determ in ació n del p u n to de p artid a de la reflexión. ¿D ónde debe

Cfr. L. W rrrcK .vsri'lN , P hilosophical In v e stig a tio n s (G erm a n -E n g lish p a ra lle i ta x i), ed.
a ca rg o d e G. E. M. A n sc o m b e y R. R liees, tra d u c c ió n d e G. E. M. A n sco m b e, O x fo rd ,
IMackweil, 1953, I, §§ 243 y, sobre la im p o sib ilid ad d e l leguaje p riv a d o , §§ 258 y 261, Hay
tra d u c ció n c a s te lla n a , In vestig a cio n es filosóficas, a c a rg o d e A. G arcía S u á re z y U, M o u lin es,
B arcelona, In stitu to de In v estig acio n es Filosóficas d e la U N A M /C rítica, 1988. Cfr. tam b ién P.
R i v a s , “A cerca d e l v a lo r d e l c a r á c te r social d e l se r h u m a n o . U n a a r g u m e n ta c ió n d e s d e la
e v id e n c ia y la in c o n s is te n c ia p ra g m á tic a " , Persona y Derecha 37 (1 9 9 7 /2 ), p p , 2 2 0 -2 3 3 ,
q u ie n p r o p o n e f u n d a r e n e s ta id e a d e W ittg e n s f e in la ju s t if i c a c i ó n d e la s o c ia lid a d
n a tu r a l d e l s e r h u m a n o .
4 INTRODUCCIÓN

situarse dicho com ienzo o p unto d e arran q u e? N o parece viable esta­


blecer uina única respuesta correcta p ara esta cuestión. Aquí se h a o p ­
tado p o r p a rtir d e lo que podría llam arse el p arad ig m a d o m in an te, la
visión m ayoritaria de la realidad y de los saberes jurídicos, es decir, el
positivism o ju ríd ic o y su crisis actual. Las razones p a ra a d o p ta r ese
p u n to de p a rtid a son, en cierto m odo, contingentes, y tien en m ucho
que ver con la trayectoria intelectual e investigadora de quien esto
escribe. P robablem ente adopte otro p u n to q uien se haya iniciado en
las disciplinas filosófico-jurídicas con u n a investigación sobre algún
aspecto del pen sam ien to jurídico del siglo XVI. En todo caso, adem ás
de este m otivo contingente, está el dato de la p ro p ia existencia cultu­
ral e histórica del Derecho: sea lo que sea, el D erecho es u n a realidad
histórica, no u n objeto de la naturaleza, y cualquier concepto que de
él se tenga no p u e d e pensarse como in d ep e n d ien te de la m ediación o
influencia de la visión dom inante en la época en la que se piensa.
N uestras ideas, acertadas o erróneas, constituyen en buena p arte n u e s­
tra re a lid a d , n u e s tra actualidad.
Por ello, la ta re a de m o strar el escen ario d e l p e n sa m ie n to j u r í ­
dico actu al se h a asu m id o aquí c o n fo rm e al sig u ie n te itin e ra rio . En
p rim e r lugar, conviene p artir de la crisis del positivism o ju ríd ico ; a n a ­
lizando a co n tin u ació n sus actuales reform ulaciones e in te n to s de
puesta al día. Acto seguido conviene exam inar las teorías d e la arg u ­
m e n ta c ió n q u e h a n surgido en b u e n a m e d id a p a ra d a r re sp u e sta al
p ro b lem a de la decisión jurídica, que no lo g ra resolver el positivismo;
Estas teo rías n o a g o ta n su v irtu a lid ad en e l p la n o e stric ta m e n te
m etodológico, sino que llevan aparejado, en los casos m ás destacables,
el g erm en de u n a visión global de lo ju ríd ico , o incluso u n a v erd ad era
y com pleta T eoría del Derecho, de cuyas diferentes se tra tará asim is­
mo, al m enos en sus líneas m aestras. Por últim o, se rep a ra rá en la
crítica de la H erm en éu tica al positivismo y, m ás g en eralm en te, al ex­
cesivo optim ism o de las m etodologías, así como e n los problem as que
p lantea la p ro p ia visión herm enéutica, cuya vía de solución se a p u n ta ­
rá en el últim o capítulo, aunque su exposición m ás com pleta y d etalla­
da d e b e rá q u e d a r p a ra otro m o m e n to .
Esta travesía represen ta fielm ente el itinerario de p ensam iento que
h e seguido d u ra n te los últimos veinte años, y que tiene como resu lta­
do mi actual visión de la realidad ju ríd ica. En las páginas que siguen
no he p re te n d id o trazar un p an o ram a com pleto y global del p e n sa ­
m ie n to ju ríd ic o d e l siglo XX, sino el m ás m o d esto p a n o ra m a d e las
estaciones del alud id o itinerario personal. Desde luego, la secuencia
trazada no es m ás que u n a de las posibles, de m an era que otro estu­
dioso del p en sam ien to jurídico, con una trayectoria intelectual diver­
sa y otros intereses vitales, o yo m ism o d en tro de u n tiem po, esbozaría
F ILOS OF ÍA OKI. D E R E C H O Y PARADIGMAS EPISTEM OLÓGICOS 5

u n m a p a d ife re n te e ig u alm e n te acep tab le. Esto n o p la n te a , a mi


juicio, d e m a siad o s p ro b lem as: m u e stra sim p lem e n te que- n u e stra
co m p re n sió n es h istó rica -a s u n to que se tra ta rá con cierto d etalle
en los capítulos III y IV, en relación con la H e rm e n é u tic a - y que la
razón y el lenguaje hu m an o s n o están dotados p a ra co n sid erar in actu
la totalidad de lo real, sino ú n icam en te objetos particulares, p u d ien d o
construir visiones panorám icas sólo desde u na p articu lar co m p ren ­
sión y m e d ia n te u n a a c u m u lac ió n sucesiva d e e le m e n to s, n u n ca
m e d ia n te visiones in te le c tu ale s in sta n tá n e a s y a la vez globales, ni
p re s c in d ie n d o de u n p u n to de vista p a rticu la r: no se p u e d e ver
d e sd e n in g ú n p u n to de vista, ni desde todos los p u n to s d e vista, pues
tratándose de puntos de vista “todos” equivale a n in g u n o de ellos.
Sin em bargo, pienso que, a p esar de esta lim itación, el p an o ram a
que aquí se expone da b u en a cuenta de cuáles son los problem as cen tra­
les del pen sam ien to ju ríd ico en el m om ento presente. En ese sen tid o ,
rec o rre r el itinerario de estas páginas p u ed e llegar a' servir d e algún
m o d o a otros, pues la Filosofía, a p esar de no revestir el carácter
institucion al de la C iencia n i conform ar sus cultivadores u n a com uni­
d ad análoga a la com unidad científica, tam poco se p u e d e d esarro llar
en la soledad com pleta, y en ella existen m odelos o paradigm as p o r re ­
ferencia a los cuales se p lan tean las principales cuestiones d e cada
época y se tra ta de e n c o n tra r u n a resp u esta p a ra ellas. Parece, pueSj
legítim o, in te n ta r aproxim arse a los diferentes m odelos del p resen té y
evaluarlos c rític a m e n te.

II. PARADIGMAS CIENTÍFICOS Y “PARADIGMAS”


FILOSÓFICOS

Lo que se acaba de e x p o n e r no debe inducir a p en sar que cuando


hablam os de “paradigm as filosóficos” estam os h aciéndolo e n el m is­
m o sentido que el que u su alm en te suele darse a los p arad ig m as cien­
tíficos. Por ello, conviene efectuar unas últim as consideraciones antes
de a c o m e te r d ire c ta m e n te la a n u n c ia d a tarea.
Suele decirse que h acer Filosofía es estudiar la realid ad p a ra tratar
de acceder a sus últim as causas y principios (p lan team ien to clásico
hasta la Ilustración); o estu d iar el pensam iento que condiciona tras­
c e n d e n ta lm e n te n u e stro co n o c im ie n to de a q u e lla re a lid a d (giro
c o p e rn ic a n o de K ant); o an alizar el lenguaje que co n d icio n a el p e n ­
sam ien to (tra n sfo rm a c ió n de la Filosofía tra s c e n d e n ta l en Filosofía
analítica). Los tres objetos son objetos posibles de la especulación filo­
sófica, de m o d o que, en m i o pinión, es correcta cualquiera de las tres
a firm acio n es, y tam b ié n la sum a de dos de ellas o d e las tres. Com o
6 INTRODUCCIÓN

ya se ha dicho, n in g ú n filósofo y m ucho m enos u n científico, d e sarro ­


lla su reflexión sin instrum entos conceptuales p rev iam en te ad q u irid o s
y sin u n a visión igualm ente previa. No se p u e d e p e n sa r desde el vacío
ni cabe, en este sentido, u n saber o rig in ariam en te individual p o rq u e
los p rin c ip a le s p ro b le m as son h e re d a d o s, com o lo es n u e s tro m o d o
de acercarnos a ellos, y los conceptos que nos son transm itidos a tra ­
vés d el lenguaje, el cual es una posesión esencialm ente colectiva, com o
ha m o stra d o m a g istra lm e n te W ittg e n stein .5 Por esta ra z ó n p u e d e
afirm arse que, si b ien está en la m ano de u n científico individual, y
más aún de un filósofo, m odificar u n concepto o teoría preced en tes, o
elab o rar uno nuevo, no lo está trabajar sin n in g ú n concepto o teoría
previos.
Los o ríg e n e s m ism os del p e n sa m ie n to filosófico c o n stitu y e n el
m ejo r ejem plo de lo anterior. La tesis h isto rio g ráfica q u e vincula
el o rig e n de la Filosofía a la superación del p en sam ien to m itológico?
im plica que ni siquiera el pensam iento de los m ilesios p u e d e conside­
rarse autoconstituyente. Los diálogos platónicos, p o r su p a rte , son
discusiones acerca de la realidad, o del p en sam ien to , o del lenguaje,
que sin e m b a rg o p a rte n siem p re de afirm a c io n e s p a rtic u la re s d e
alguien. Y el propio Aristóteles inicia su M etafísica (libro I, caps. 3-6)
ex p o n ie n d o “brevem ente y a g ran d es rasgos q u ién es y de qué m odo
han h a b la d o de los p rin c ip io s y d e la v e rd a d ”^8 e x p o sic ió n que sin
d u d a co n stitu y e la p rim e ra H isto ria d e la Filosofía. Es a p a r tir de
esta exposición o relación de cuestiones y problem as, y precisam ente
p o rq u e las respuestas disponibles n o satisfacen p o r com pleto a quien
las recibe, cuando com ienza la especulación. De h echo, y siguiendo
con el e je m p lo d e A ristóteles, ese breve repaso d e sd e Tales a P lató n
es lo que le p erm ite concluir que “los antiguos” sólo se h a n ocupado
de a lg u n o s aspectos de la cau salid ad , y de a lg u n o s tip o s d e en tes,
m ie n tra s q u e o tro s asu n to s no los h a n tra ta d o o lo h a n h e c h o de
m an era insuficiente, confusa o erró n ea, siendo tales deficiencias lo
que ju stific a la e m p re sa in telectu al que aco m ete a c o n tin u a c ió n ,9
y que com ienza ex am inando las posibles dificultades que p resen tan
esas te o r ía s .10
E llo n o c o n tra d ic e , en m i o p in ió n , la tesis clásica seg ú n la cual
el m o to r de la Filosofía es la adm iración an te la realid ad . S im p lem en ­

'' C fr. L. WrnT.KNSTBiN, In vestig aciones filo só fica s, cit-, §§ 2 4 3 , 2 5 1 , 2 5 3 , 2 5 6 , 2 5 8 ,


2 61, 2 6 5 .
‘ C fr. \V. N iís tlk , Von M ythos zum Logos. Dei S e lb ste n tfa ltu n g des griechischen D enkens
■uon H o m er bis a u f die Sophistih u n d Sokrates, A alen , S c ie n tia , 1966.
H A r i s t ó t e l e s , M eta física , I, 7, S 88a 19-20, Se p u e d e c o n s u lta r el te x to d e ia e d ic ió n
tr ilin g ü e a c a rg o d e V. G a rc ía Yebva, M a d rid , G re d o s, 1982, 2 a ecl., p . 5 0 .
S) C fr. Ib id ., 9 8 S a 2 1 , ecl. cit., p. 50.
111 C fr, I b id ., 9 8 8 b 2 0 -2 2 , p. 53.
FILOSOFÍA DEL DERECHO Y PARADIGMAS EPISTEMOLÓGICOS 7
te añ ad e a ella que, p a ra que la actividad filosófica se p o n g a en m ar­
cha, es precisa tam bién u n a cierta insatisfacción an te las respuestas
p reced en tes, a lo cual se debe que quien acepta la au to rid ad com o
fuente d e conocim iento teorético y se da p o r satisfecho con las respues­
tas que p u e d e ofrecer dicha au to rid ad no p u ed e h acer Filosofía;1! lo
cual vale tam bién p a ra o tras disciplinas teoréticas, com o la Teología,
incluso la T eología dogm ática, pues sólo u n in terés p o r conocer más
de lo que la form ulación oficial del dogm a afirm a p u e d e d a r o rig e n a
la activ id ad teo lógica.
H acer Filosofía es, pues, un in ten to de acceder a u n a im agen d e la
re a lid a d , p e ro no al m o d o en q u e el esp ejo refleja la im ag en d e los
ob jeto s,12 sino e n form a aporética, identificando problem as y tra tan d o
d e darles u n a respuesta que supere o, al m enos, com plete la ofrecida
p o r las im ágenes disponibles en u n d eterm in ad o m o m en to , tanto en
lo que se refiere a su consistencia o coherencia in te rn a com o desde el
p u n to d e vista de su confrontación con esa realid ad que no deja de
existir p o r m ás que n u estro acceso a ella esté m ed iad o p o r un in stru ­
m en tal conceptual, m etodológico y teórico recibidos o h e re d a d o s.13
El p e n s a r filosófico es, p u es, u n p e n s a r q u e no cabe in iciar
a isla d a m e n te , a u n q u e tal vez su p ro secu ció n m e ra m e n te in d iv id u al
sí resulte posible. Algo sem ejante p u ed e decirse d e la Ciencia, que se
realiza esencialm ente en com unidad, y tam bién de la dogm ática, v er­
sión c o n te m p o rá n e a de la Ciencia ju ríd ica, que o p e ra in stitu c io n a l­
m en te, al m enos en algunos países y sistemas ju ríd ic o s.14 A unque no

!l A sí, se h a e s c rito q u e " e n la R e p ú b lic a , la d is c u s ió n s o b r e e | D e r e c h o n a tu r a l


c o m ie n z a m u c h o d e s p u é s d e q u e e í viejo C é fa lo , e l p a d r e , el je f e d e la c a sa , se h a a le ja d o
p a ra o c u p a rse d e los sacrificios: la ausencia d e C éfalo, o d e aq u ello que él re p re se n ta , p a re c e
in d isp e n sa b le p a r a la b ú sq u e d a d e l D erecho n atu ral. (...) [H jo in b re s d e i tipo d e C éfalo 110
ad v ie rte n la n e c e s id a d d e co n o cer el D erecho n a tu ra l”. El tex to p e rte n e c e a u n m a n u sc rito d e
q u ie n f u e r a m i a d m ir a d o p r o f e s o r A. Rui?. R k te g u j, sin títu lo , f e c h a d o e n 1999. El e p is o ­
d io , e n P l a t ó n , R e p ú b lic a I , 3 3 1 d -e .
12 C fr. R. R o r ty , L a F ilosofía y el espejo de la n a tu r a le z a , tr a d u c c ió n d e J. F e rn á n d e z
Z u ía ic a , M a d rid , C á te d r a , 199 5, p p . 323 ss.
| -t E n e s te s e n tid o , u n p u n to d e vista h e r m e n é u tic o c o m o e l q u e a q u í se s o s te n d r á no
e q u iv a le a n e g a r la e x is te n c ia in d e p e n d ie n te d e la re a lid a d . Lo q u e se n ie g a es q u e esa
r e a lid a d e s té d is p o n ib le c o m o o b je to p u r o , co m o u n a lg o q u e y ace f r e n te a u n su je to ,
c o m p le ta y d ir e c ta m e n te a c c e sib le p a r a él, sin m e d ia c io n e s d e ín d o le a lg u n a . D ich o de
o tr o m o d o , la h e r m e n é u tic a c o n te m p o r á n e a n o es in c o m p a tib le n e c e s a r ia m e n te c o n la
o n to lo g ía . E n c o n tr a d e e sta p o s ic ió n , C . I, Massinü, “H e r m e n é u tic a clásica y o b jetiv ism o
j u r í d i c o ” , e n E l D erecho n a tu r a l y sus dim ensiones a ctuales, B u e n o s A ire s, A baco, 1999,
p p . 1 26-136. N o o b sta n te , e x iste n po siciones h e rm e n é u tic a s a n ti-o n to ló g ic a s, en p a rtic u la r
a q u e lla s q u e p r o p u g n a n u n a h e r m e n é u tic a to ta l, h o lis ta , q u e d is u e lv e n e c e s a r ia m e n te
to d a d if e re n c ia e n t r e lo v e r d a d e r o y lo falso. Cfr. F. I n c i a r t e , “ H e r m e n é u tic a y sistem as
filo s ó fic o s” , e n AA. W ., B iblia y H erm en éutica, P a m p lo n a , E u n s a , 1 9 8 6 , p p . 94 ss.
14 C fr. R. A i .f .x y , Teoría de la a rg u m en ta ció n ju r íd ic a , tr a d . cast. d e ¡Vi, A tie n z a e I.
E sp e jo , M a d r id , C e n tr o s d e E stu d io s C o n s titu c io n a le s , 1989, p . 2 4 5 .
C fr. T. S. IÍL'UN, L a estru ctura de las revoluciones cie n tífic a s, M éx ico , FC E , 1986,
p p . 34 y 2 7 9 -2 8 0 ; y F. G ox/Á i,!•./. N av arro , "L a teoría g en eral de sistem as com o m atriz d isc ip li-
9 INTRODUCCIÓN

se p u e d e decir que la com unidad de los filósofos sea exactam en te del


m ism o tipo que la de los científicos, e incluso p u ed e razo n ab lem en te
a fu m a rs e q u e dich a c o m u n id a d n i existe, n i p u e d e existir, n i sería
deseable que las cosas fueran de otro m odo, no debe dejarse d e lado
que sí existe u n a com unidad académ ica de ios cultivadores d e la T eo­
ría y d e la Filosofía del Derecho, que guarda ciertas analogías con la
c o m u n id a d científica.
La Ciencia co m parte con la Filosofía su condición de saber o rie n ta ­
do a la resolución de problem as (teóricos). La respuesta a u n problem a
o c o n ju n to d e p ro b le m as es u n a teo ría. Las teo rías a s p ira n c ie rta ­
m en te a reflejar la realidad o el sector de la realid ad a cuyo estudio se
aboca la d isciplina co n creta en que dichas teo rías se e n m a rca n , pero
to m ando como p u n to de partida otras teorías precedentes, so m etiéndo­
las a crítica y, al advertir aspectos insatisfactorios, p ro ced ien d o a recti­
ficarlas parcialm ente, o a sustituirlas p o r com pleto. En el caso d é las
d en om inadas Ciencias prácticas, las teorías se p u e d e n d irig ir tam bién
a p ro p o n e r m odelos de o p e ra r en o rd en a la tom a de decisiones o a la
reso lu c ió n de p ro b le m a s n o rm ativ o s.
N o todas las teo rías tie n e n la m ism a fu erza explicativa n i el
m ism o p o d e r de reso lu ció n de cu estio n es p rácticas; p o r tan to , no
todas d esem p eñ an idéntica función en el conjunto de saberes en que
co n siste u n a d e te rm in a d a C ien cia en u n d e te rm in a d o m o m e n to .
A lgunas consisten e n desarrollos o aplicaciones de alguna teoría más
g en eral, capaz de articular u n conjunto co h eren te de respuestas y de
servir como m arco d e referencia a la co m u n id ad de los cien tíficos en
u n d e te rm in a d o m om ento tem poral. K uhn llam a paradigm as a estas
últim as, o tam b ién teo rías m atrices o m atrices d isc ip lin a re s,15 y cien-
cia norm al a las teo rías m en o res. U n p a ra d ig m a es aq u ella teo ría
que, p o r su virtualidad, atrae un grupo d u rad ero de partidarios y sim ul­
tán eam en te es lo suficientem ente incom pleta p ara p e rm itir el desa­
rrollo de nuevos trabajos en su in terio r. ]ñ En o p in ió n d e K uhn, los
paradig m as o btienen su estatus específico po rq u e tienen m ás ékito
que sus com petidores a la h o ra de resolver los problem as que el g rupo
de profesionales reconoce como ag u d o s.17 Por su p arte, la ciencia n o r ­
mal es la “investigación basada firm em ente en u n a o m ás realizaciones
científicas p asad as, realizaciones que a lg u n a c o m u n id a d científica
p articu lar reconoce d u ran te cierto tiem po com o fu n d am en to p ara su

liar y co m o m éto d o ju r íd ic o ”, en Persona, y Derecho 21 (1989), p p . (50-101. La trad u cció n citada


em p lea “d isc ip lin a ria ” e n lu g a r de “d iscip lin ar”. Pienso q u e so n equivalentes, y uso e sta ú ltim a
p o r q u e c a r e c e d e o t r o s sig n ific a d o s q u e . sin e m b a rg o » sí tie n e “ d i s c ip l i n a r i a ” e n u n
c o n te x to j u r íd i c o .
C fr. T. S. IvL'iiN, L a estructura de las revoluciones c ie n tífic a s, cit., p. 33.
17 Cfr. Ibi.d., p. 52.
FILOSOFÍA DEL DERECHO Y PARADIGMAS EPISTEMOLÓGICOS

p ráctica p o s te rio r” .18 La ciencia n o rm a l no a sp ira a o b te n e r n o v e­


d a d e s im portantes, sino a resolver enigm as o “acertijos” d en tro del
m arco teórico proporcionado p o r el p arad ig m a.10 Ello otorga u na p rio ­
rid a d a éste últim o sobre la ciencia norm al; p rio rid a d que se traduce,
p o r ejem plo, e n que son los paradigm as com partidos lo que se expontí
e n los libros de texto, tanto elem entales como avanzados,^’ y e n que es
su estudio, y no el d e la ciencia norm al, el m edio com o a p re n d e n su
profesión los científicos.-1 A hora bien, sucede que a veces u n p ro b le­
m a p a rtic u la r se c o n fig u ra com o u n a anom alía, es decir, com o un
á m b ito d o n d e el p a ra d ig m a n o se m u estra capaz d e a p o rta r u n a
solución sin m odificarse a sí mism o: “producidas d e m an era in ad ­
v e rtid a com o u n ju e g o llevado a cabo bajo un co n ju n to d e reglas,
su asim ilación req u ie re la elab o ració n de o tro c o n ju n to . D espués
de convertirse en partes de la Ciencia, la em presa, al m enos la de los
especialistas en cuyo cam po particular caen las novedades, no vuelve
a ser nunca la m ism a” .-2 C uando los científicos percib en que algo va
m al, que la ciencia en la cual h an sido form ados no es capaz de res­
p o n d e r satisfactoriam ente en un nivel fundam ental, se provoca una
rem oción de los fun d am en to s y la aparición de nuevos p a ra d ig m a s.23
Estos nuevos parad ig m as se in co rp o ran a la Ciencia sustituyendo
a los a n te rio rm e n te vigentes, aunque ello no siem pre significa n e g a r­
los, sino que e n ocasiones in teg ran algunos de sus elem entos. Así, p o r
ejem p lo, la teoría corpuscular newtoniarta fue, desde 1666, el m odelo
que sirvió a la física como base p a ra el estudio de la luz. Las deficien­
cias de explicación que poco a poco fu ero n d escu b rién d o se m otivaron
que fuese discutida, desde casi sus orígenes, p o r otro m odelo, el de la
teoría on d u lato ria d e H uighens, que acabó im p oniéndose a p artir de
1801 com o consecuencia d e los ex p erim en to s de Young. A hora bien,
la nueva teoría fue capaz d e hacer frente a algunos de los problem as
plan tead os p o r la anterior, pero no a todos los que fueron surgiendo
con posterio rid ad , d e m odo que hubo de ser com pletada en 1900 por
la teoría cuántica de Planck, y m ás tarde, en 1905, E instein verificó la
existencia de los cuantos y afirm ó que la luz se desplazaba p o r el esp a­
cio en fo rm a cu án tica (el fo tó n ) de m o d o que resucitó la teo ría
corpuscular sin n e g a r la ondulatoria. De este y otros ejem plos infiere
K uhn que, e n el ám bito de un a ciencia, p ara ser in no v ad o r es preciso

i* Ib id ., p . 3^.
1!> Cfr. Ib id ., p p . 68 ss. Cfr. ta m b ié n T. S. K u iin , La tensión esencial. E studios selectos
sobre la tradició n y el cam bio en el ám bito de la C iencia, M éxico, FC E , 1983. p. 257.
C fr. T. S. Ivuh.n, L a estru ctu ra de las revoluciones c ie n tífic a s, cit., p. 33.
- 1 C fr. Ibid., p. 80.
^ Ib id ., p . 92 .
C fr. Ib-id., p. 141-
10 INTRODUCCIÓN

ser conservador, esto es, desenvolver el p ro p io trabajo en el m arco de


u n a m atriz disciplinar o p arad ig m a.24
En estos últim os aspectos la Ciencia se distancia n o tab lem en te de
Ips saberes hum anísticos, que no o p e ra n p o r sustitución de unas teo­
rías p o r otras, sino que lo hacen n o rm alm en te en la fo rm a d e acum u­
lación. La Filosofía se parece m ucho m ás a las h u m an id ad es que a las
ciencias en este p u n to , pues si bien es posible que dos sistemas filosó­
ficos sean incom patibles en tre sí, sucede a m en u d o que no lo son en
to d as sus afirm aciones, o que algunas de las tesis de u n sistem a p u e ­
d en incorporarse a otros form ulados con p o sterio rid ad . En el caso
específico de la Filosofía del D erecho, esto se co m prueba, p o r ejem ­
plo, en la posibilidad de incorporar, d eb id am en te corregidos, m uchos
e le m e n to s p ro c e d e n te s de la T e o ría d e la n o rm a ju ríd ic a o de la
T eoría del o rd en ju ríd ico elaboradas p o r la Teoría general del D erecho
positivista, a m odelos que no suscriben, e incluso nieg an , los p resu ­
p u e sto s e p istem o ló g ico s u o n to ló g ico s d el positivism o.
N o o b sta n te , es obvio que no se p u e d e tra s la d a r sin m atices a la
Filosofía lo a firm a d o sobre el m o d o en q u e se c o m p o rta la ciencia
n o rm al, ni siquiera e n su vertiente académ ica. En la actividad filosófi­
ca n o se pro d u ce necesariam ente el fen ó m en o d e convergencia que
tiene lugar en el ám bito de la Ciencia, p o r diversas razones, en tre las
cuales no d e b e p e rd e rs e de vista qu e la co n fig u rac ió n in stitu c io n a l
de la C iencia es n o tab lem en te mayor, es decir, que la co m u n id ad de
los filósofos es m u ch o m ás difusa, y e n c ie rto m o d o aje n a a los
asp ecto s de co n tro l y d e p o d e r que g ira n en to rn o a la C ie n c ia ,^
incluida la dogm ática jurídica. Esta m ayor lib ertad es, sin duda, u n o
de los facto res que h a n im p o sib ilitad o a la Filosofía e n fila r el cam i­
no seguro de la Ciencia como “saber co nvergente”.20 Pero hay otro, a
mi m o d o d e ver m ás fu n d a m e n ta l, que es la au sen cia de u n o b jeto
d e te rm in a d o o d eterm in ab le inequívocam ente com o fu n d am en to y
térm in o de la reflexión filosófica. No hay u n p u n to de p a rtid a absolu­
to p a ra la Filosofía; e n m uchas ocasiones, tam p o co está d isp o n ib le
una instancia de verificación o falsación a la que rem itirse en form a
convergente. Antes bien, p arte esencial del trabajo filosófico consiste
p recisam en te en la d eterm in ació n de su p ro p io objeto. Esto se cum ple
a la letra en el caso de la Filosofía del D erecho, cuyo p rin cip al p ro b le ­
m a es precisam ente la delim itación del concepto de D erecho, que al­
gunos p re te n d e n situar al com ienzo de la especulación filosófica, en

-4 C fr. T S. K u iin , La tensión esen cia l..., c it., p p . 261 -262.


Cfr. P. FKYF.KAiH-.Mn, “T esis a fav o r d el a n a r q u is m o ”, e n ¿Por qué no P la ió n ?, tr a d u c ­
ció n d e M. A. A lb isu A p a ric io , M a d rid , T e c n o s, 1993 . p. ló .
La e x p r e s ió n es d e K u h n n u e v a m e n te . Cfr. T. S. K u h n , L a ten sió n e s e n c ia l..., cit.,
p p . 248 ss.
FILOSOFÍA DEL DERECHO Y PARADIGMAS EPISTEMOLÓGICOS

mi o p in ió n e rró n e a m e n te ; an tes b ien , sin p e rju ic io de noeioitwsa


m ás o m enos provisionales o difusas de las que se d isp o n e inm edía
tam en te a m odo d e precom prensión, el concepto, o la id ea (en sentido
hegeliano) d el D erecho com parece com o uno de los resultados más
acabados de la T eoría ju ríd ica, y no como su p u n to d e p artid a. Esta
pecu liaridad de la actividad filosófica perm ite c o m p re n d er p o r qué la
Filosofía se e n c u e n tra , e n cierto m od o , c o m e n z a n d o siem p re, p o r
qué cada cultivador suyo p u e d e cuestionar la to talid ad de los p untos
de p a rtid a d e sus antecesores, y p o r qué se p u e d e seguir trabajando
en el seno de una concepción después de que tal concepción haya
d e sap a re cid o com o p a ra d ig m a o m o d elo d o m in a n te , o tam b ién
antes de q u e lleg u e a serlo.
Tal vez p o d ría p e n sa rse que lo a n te rio r c o n d u c e, si se q u iere
ser c o h e re n te , a n e g a r la ex isten cia d e u n a c o m u n id a d sensu stricto
d e los filósofos y, p o r tan to , tam b ién de los filósofos d e l D e re c h o .27
N o hay p ro b le m a e n a d m itir esto, siem p re q ue n o se p ie rd a d e vista
la ex istencia de u n a c o m u n id a d académ ica, y q u e se c o m b in e n los
datos q u e avalan esta co n clu sió n con lo ya e x p u e sto acerca d e l ca­
rá c te r n e c e sa ria m e n te h istó rico d el p e n sa m ie n to filosófico. A d e­
m ás, la in flu e n cia d e l positivism o, que id en tifica C ien cia p o sitiv a y
ra c io n a lid a d , ha p ro d u c id o e n la H isto ria rec ien te d e n u e stra d is­
ciplin a u n c ie rto fo rta le c im ie n to de sus asp ecto s c o m u n ita rio s e
institu cio n ales, m a rc a n d o e n la investigación filosófico-jurídica u na
te n d e n c ia a c o m p o rta rs e de m a n e ra an álo g a a la d e la “ciencia n o r ­
m a l” (te n d e n c ia a c o n s tru ir u n a “d o g m átic a ” filosófica, d e sin te ré s
p o r los p u n to s de p artid a, afición a los tem as m onográficos, incluso
m inúsculos y de escaso calado, etc.). Si se to m an e n cu en ta todos estos
factores, lo m ás razonable será concluir que en el ám bito filosófico hay
tam bién ciertos m odelos o paradigm as y que en el plano académ ico
existe incluso u n a cierta com unidad, más difusa y, d esd e luego, m e ­
nos in stitu c io n a l q u e la de los científicos.
¿Cuáles son las teorías m atrices o los p aradigm as d el pensam iento
ju ríd ic o c o n te m p o rá n e o ? N o p a re c e m uy a rr ie s g a d o s e ñ a la r ai
iusnaturalism o com o el p arad ig m a o m odelo inicial, p ro ced en te de la
Edad M oderna, y a la disciplina académ ica d e n o m in a d a “D erecho
n a tu ra l” com o su reflejo académ ico. Su crisis d e te rm in ó que el p osi­
tivismo juríd ico se alzara com o paradigm a, en g e n d ra n d o p o r un a parte
a la T eoría g eneral del D erecho (Allgemeine Rechtslehre), y p o r o tra a
u n a Filosofía del D erecho de perfiles peculiares. Finalm ente, la crisis
- 7 Cfr. A. O u,i'.no, ¿Tiene ra zó n td Derecho? E ntre método científico y v o lu n ta d política,
M a d rid , C o n g r e s o d e los D ip u ta d o s , 1996, p. 120, q u ie n a firm a s ig u ie n d o a K u h n q u e “la
F ilo so fía se d ir ig e a u n a u d ito r io q u e d e s b o rd a lo p ro fe s io n a l, c o n lo q u e d e s a p a r e c e u n
d ecisiv o p u n to d e r e fe re n c ia p a r a c a lib r a r su c a r á c te r c ie n tíf ic o ” .
12 INTRODUCCIÓN

del positivism o h a d a d o lu g ar a ú n a serie de m o d elo s teó rico s, com o


las teorías de la argum entación, la H erm en éu tica o ciertas versiones
d é la Filosofía analítica, que tratan d e alzarse com o p arad ig m as y de
g e n e ra r en to m o a sí mismas nuevas disciplinas académicas* a las qu e
se suele llam ar T e o ría d el Derecho, para diferenciarlas de la Teoría
general y de la Filosofía del Derecho.
A co n tin u ació n se estu d iarán críticam ente algunos d e los p a ra ­
digm as o m o d elo s epistem o ló g ico s que, su p e rp u e sto s d e sd e el p u n ­
to de vista cronológico, aunque con u n a voluntad supera d o ra p o r p a rte
de los m ás recientes sobre los m ás antiguos, configuran el te rre n o de
ju e g o d e l p e n s a m ie n to ju ríd ic o actual.
C a p í t u l o P r ime r o

ELAGOTAMIENTODELPOSITIVISMOJURÍDICO
I. EL POSITIVISMO JURÍDICO COMO TRA D IC IÓ N

Com o es sabido, e n tre los autores que se califican a sí m ism os de


positivistas no existe u n an im id ad acerca de lo que sea concretam en te
el positivism o ju ríd ic o . S on m uchos los in te n to s d e clarificar esta
cue.sdón y, a u n q u e p u e d e n e n c o n tra rse e le m e n to s co m u n es e n las
d istin ta s d e scrip cio n e s, tam p o co es a c ep ta d o c o rrie n te m e n te que
esos elem entos vengan a constituir la esencia del positivism o: quienes
alzan la voz d isc re p a n te en este p u n to , com o H a rt, so stie n e n que,
en realidad, no existe dicha esencia,28 sino más b ien u n em pleo de la
e x p re sió n , n o e x e n to d e a m b ig ü e d ad e s en la m e d id a e n q u e a p a re ­
ce asociado a doctrin as heterogéneas, que sólo en algunos casos -y ni
siquiera todos ellos s im u ltá n e a m e n te -h a n sido so sten id as de m o d o
conjunto y u nitario. N o obstante esto, H art reconoce la posibilidad de
adscribir alg u n a dé las tesis consideradas positivistas a la que puede
llam arse tradición utilitarista o positivista anglosajona, y acaba dis^
tin g u ien d o dichas tesis en virtud de su mayor o m en o r pro x im id ad al

2!4 E n efecto , p a ra este a u to r solí diversas las d octrinas qu e se a trib u y e n o h an recib id o el


calificativo d e p ositivistas. T res d e ellas, a saber, la teoría im perativista d e la n o rm a ju ríd ic a , la
teo ría d e la se p ara ció n c o n c e p tu a l e n tre el D erecho y la m o ral, y la teo ría a n a lític a d e s c rip tiv a
(a-valorativa) d e ia C iencia ju ríd ic a , constituyen la "tradición u tilita rista en la J u r is p r u d e n c ia ”.
A h o ra b ien , se tra ta tie tesis d istin tas y tam bién in d e p e n d ie n te s ló g icam en te e n tre sí, y m u ch o
m ás co n resp e c to a o tra s d e las tesis q u e p a sa n p o r ser positivistas, com o ei uo-cognitivism o é ti­
co y la te o r ía d e la a p lic a c ió n ló g ic o -m e c á n ic a de las n o rm a s , v in c u la d a a la te o r ía d e la
p le n itu d lógica del o rd e n a m ie n to ju ríd ic o . Ello im pide h a b la r d e u n a “esen cia” d el positivis­
m o j u r íd ic o ; lo q u e hay es u n a tr a d ic ió n , en la cual el e le m e n to c e n tr a l es la s e p a ra c ió n
c o n c e p tu a l e n tr e e l D erech o que es y el D erecho que d e b ería ser, el an álisis c o n cep tu al no
valorativ o y la te s is de las f u e n te s sociales. Cfr. H . L. A. H a r t , El concepto de Derecho,
trad tic ció n d e G. G arrió , M éxico, E d ito ra N acional, 1961, p. 321; d e l m ism o autor, “L egal
P o sitiv ism ", e u P. E d w a r d s (e d .), T he E n cyclopaedia o f P h ilo so p h y, v o l. ‘1, N u ev a York-
L o n d res, M acM illan, L967, p p . 4 1 9 ss; y d e l m isin o a u to r, “ El n u e v o d e s a fío a l p o sitiv ism o
j u r íd i c o ”, e n Sistem a 3 6 ( ¡ 9 8 0 ) , p p . 4 ss. U n a e x p o s ic ió n m ás c o m p le ta , en C. O k rk i;d , H.
L. A. H a r t , A hogado del p o sitivism o ju ríd ic o , P am plona, E unsa, 1997. p p . 15-32. S obre 1a
evolución d e la co n cep c ió n b a r d a n a d e l positivism o ju ríd ico , cfr. p p . 3 92-397 d e esta e x c e le n ­
te m o n o g r a fía .
14 EL AGOTAM IENTO DLL POSITIVISMO JURÍDICO

positivism o. En esta línea, otro s au to res, com o O liv e c ro n a 29 y m ás


explícitam ente Ross, tan poco dados com o H a rt a reco n o cer esencias
y otras cosas p o r el estilo, no d u d an a p esar de ello en acusar de pseudo-
positivistas a quienes recurren a d eterm in ad o s conceptos, com o el de
validez, p a ra la exp licació n del D e re c h o ,^ 1
A m i m o d o d e ver, es N o rb e rto B obbio q u ien h a e la b o ra d o la
c a ra c te riz a ció n m ás co m p leta en lo relativ o a n u e s tro te m a .SI Tal

C fr. K. O u v ü c r o n a , E l Derecho como hecho, F e d ., tr a d u c c ió n d e G . C o r té s F u n es,


B u en o s A ires, D ep alm n, 1959, especialm ente la crítica d e la n o ció n d e “fu e rz a o b lig a to ria ” o
validez, q u e se reco g e en la intro d u cció n , p p . 1-15, y q u e O livecrona p e rso n ifica en K elsen
[ p a rtic u la rm e n te p p . 7 -10], Se cita p o r la p rim e ra e d ic ió n p o rq u e , com o es sab id o , las d os
e d ic io n e s d e e s te lib ro m a n tie n e n la u n id a d d e p e n s a m ie n to , p e r o su c o n te n id o a p e n a s
coincide m ás allá d el título. No ob stante, en este p u n to co n creto la se g u n d a e d ic ió n c o n tie n e
a f irm a c io n e s a n á lo g a s . C fr. K. O u v e i:k o n a , E l Derecho como hecho, 2 a e d ., tr a d u c c ió n d e L.
L ó p ez G u e rra , B a rc e lo n a , L abor, 1980, p p . 127-1 33. Ai re sp e c to , p u e d e v e rse e l re c ie n te
e s tu d io d e O . V k r g a ra L auau.i;, E l Derecho como fe n ó m en o psicosocial. U n estudio sobre el
p en sa m ien to de K. O livecrona , G ran ad a, G om ares, 2004 , e sp ecialm en te p p . 250 -2 6 4 d o n d e se
an aliza c rític a m e n te este a s p e c to d el p e n s a m ie n to d e l iu sfiló so fo e s c a n d in a v o .
30 Cfr. A. Ros.s, “El co n cep to de validez y el co nflicto e n tre el p o sitiv ism o ju ríd ic o y el
D erech o n a tu r a l”, en E l concepto de va lid ez y oíros ensayos, tr a d u c c ió n cíe G. R. G a rrió y O.
P aschero, B u e n o s A ires, C e n tro E ditorial d e A m érica L atin a , 1969, p p . 7-32 La crítica del
“cu as¿p o sitiv ism o ” y su e q u ip a ra c ió n al D e re c h o n a tu r a l se d irig e e s p e c ífic a m e n te c o n tr a
K elsen, p o r m a n te n e r el co n cep to n o rm ativ o de validez. Es c o n o cid a la p o sic ió n k elseniana
so b re las p r in c ip a le s te sis d e Ross, en p a r tic u la r s o b r e la s u p r e s ió n re a lis ta d e l c o n c e p to
d e v a lid e z y su s u s titu c ió n p o r el de v ig e n c ia o eficacia. Cfr. H . Kii[..SEN,;‘'E in e « re a listisc h e ?
u n d d ie r e in e R e c h ts le h r e . B e m e rk u n g e n 2 u A lf R o ss On L au' a n d J u stic e", e n Österreichische
Z eitschrift f ü r öffentliches R ech t 9 (1 9 5 9 ), p p . 1-25. E sta c rític a de. K e ls e n n o c o n s titu y e
u n a r e s p u e s ta al tra b a jo c ita d o d e A lf R ó ss, p u e s Fue p u b lic a d a c o n a n t e r io r i d a d , co m o
c o m e n ta rio crítico a On L a w and, Ju stice. N o o b stan te, reco g e las posibles o b serv acio n es que
cab e d i r ig ir líi im p u g n a c ió n re a lis ta d e l n o rm a tiv is m o d e s d e e s te ú ltim o .
" , !,! C fr. N. B'ob'bio, H p ositivism o g iu rid ic o , T u rin , G iap p ich eü i, 1979, tra d u c c ió n d e R.
d e Asís y A. G r e p p i, E l p o sitivism o ju ríd ic o . Lecciones de F ilosofía del Derecho re u n id a s por
el doctor N e llo M o rr a , M a d rid , D ebate, 1993. E ste a u to r se h a o c u p a d o d e l tem a en otro s
m uchos lu g a re s d e su o b ra , a u n q u e con carácter m o n o g ráfico destaca, ju n to al lib ro citado,
G in sn a tu r a lism o e p o sitivism o g iu rid ico , M ilán, E d iz io u i d i C o m m iitá , 1977, 3“ ed . E n ?.
S f.rna, P ositivism o con cep tu a l y fu n d a m e n ta c ió n de los derechos h u m a n o s, P a m p lo n a , E u n sa,
1990, p u e d e v e rse m i p o sic ió n sobre su p en sam ien to ,, e s p ecialm en te e n p p . 17-27, 31-62 y
137-164. S o b re el p ositivism o ju ríd ico d el p e n s a d o r ita lia n o h e te n id o o c a s ió n d e d ir ig ir
re c ie n te m e n te la tesis d o c to ra l de M. Sü.va A b b o it, E l p o sitivism o ju ríd ic o de N orberto Bolsbio,
P a m p lo n a . U n iv e r s id a d d e N a v a rra , 2 0 0 5 , d o n d e se tr a ta e stá c u e s tió n c o n d e ta lle , e n
especial en las p p . 237 -6 83, P ara o tras caracterizacio nes del positivism o ju ríd ic o cfr. A. Ross,
“ G iu s n a tu ra lís m o c o n tr o p o sitiv ism o g iu r id ic o ”, R iv is ta trim estrale d i D iritto e p ro ced u ra
civile (1 9 7 9 ), p p . 7 0 1 -7 2 3 ; H . Kki.sf.n, “La d o c trin a d e l D erech o n a tu r a l y e l p o sitiv ism o
ju r íd ic o ”, e n C on trib uciones a la Teoría P ura del D erecho, trad u cció n d e E. B ulygin, M éxico,
F o n ta m a ra , 1995, p p . 119-137; H. L. A. H a r t , El concepto de D erecho, cit., p. 321; “ Legal
P ositivtsm ”, c it., p p . 4 1 9 ss.; “ El n u ev o d e s a fío al p o sitiv is m o j u r íd i c o ” , cit., p p . 4 ss.; U.
S carp k u .i, Cos'é il p o sitivism o giuridico , M ila n o , E d iz io n e d i C o tm u ü tá , 1965, p a ss im ; C. S.
N i ñ o , In tro d u c c ió n a i a n á lisis del Derecho, B a rc e lo n a , A rie l, 1983, p p . 3 0 -4 3 ; La va lid ez del
Derecho, B u e n o s A ires, A s tre a , 1985, p p . 1 4 6 -1 4 8 ; E. B ui.ycin, “S o b re el s ta tu s o n to ló g ic o
d e los d e re c h o s h u m a n o s ”, Doxa 4 (1987), p p . 82-84; D. L y o n s , Ética y Derecho, tra d u c c ió n de
M. S e r ra R a m o n e d a , B a rc e lo n a , A riel, 1986; Aspectos morales de la Teoría ju r íd ic a . E n sa ­
yos sobre la ley, la ju s tic ia y la responsabilidad p o lítica , tr a d u c c ió n d e S. A iv arez, B a rc e lo n a ,
G e d is a , 1 9 9 8 , p p . 9 6 -1 4 1 ; y R. H e rn á n o k z M a rín , H isto ria de la F ilosofía del D erecho
FILOSOFÍA DEL DERECHO Y PARADIGMAS EPISTEMOLÓGICOS m
vez m uchos -positivistas y no positivistas- p rotestarían a causa d e la
am plitud de su descripción. En efecto, es prácticam ente im posible
e n c o n tra r to d o s los rasg o s que B obbio id en tifica com o p ro p io s del
positivism o en el p en sam ien to de cada u n o de los autores que en n u es­
tros días son c o rr ie n te m e n te c o n sid e ra d o s o se a u to c o n s id e ra n
positivistas. A nte esta situación p o d ría n adoptarse tres actitudes; la
p rim era, que parece sim ultáneam ente la más sencilla y la m enos realis­
ta, consiste en exigir la concurrencia de tod&$ las tesis en el p e n sa ­
m iento de un a u to r p a ra identificarlo com o positivista; ello llevaría a
concluir que h a n sido en realidad muy pocos lo§ verdaderos positivistas.
La segunda actitud viene a ser la opuesta: p ara que u n au to r p u ed a
recibir el co n sab id o calificativo, b a sta ría que so sten g a alguna d e las
tesis del positivism o. E sto co n v ierte la d escrip ció n d e Bobbio e n u n
sim ple catálogo de doctrinas sostenidas p o r el positivismo, sin u n id ad
in tern a y, en el fondo, da la razón a quienes afirm an que positivistas
son aquellos que se co n sid eran a sí m ism os como tales, o son conside­
rados así p o r otros. En tal caso, la expresión “positivismo ju ríd ic o ” no
significaría n a d a realm en te. La tercera actitud es la que se ad o p tará
aquí: tra ta r de establecer si hay algunas tesis en tre las expuestas p o r
Bobbio que p u e d a n ser consideradas nucleares, de m odo que las res­
tantes p e rte n ec e ría n a u n ám bito más periférico. EUo p e rm itirá tal vez
distin guir diversos tipos d e positivismo jurídico, sin d ejar d e recono­
cer e n ellos u n a esencia com ún. Este cam ino lo han seguido precisa­
m ente m uchos teóricos del D erecho positivistas, guiados no tanto p o r
u n afán de clarificación conceptual cuanto p o r la in tención de desem ­
barazarse de tesis cuya sustentación se h a ido haciendo incóm oda con
el paso d el tiem po. A m i juicio, ese in ten to de soltar lastre p a ra m an te ­
n e r a flote la nave p o n e de relieve, con tanta claridad como el exam en
directo de su verdad o falsedad, la inconsistencia de las tesis positivistas,
y obliga a abandon arlas, o a seguir sosteniéndolas de form a p u ra m e n ­
te v o lu n ta rista .
A ntes de seguir avanzando en esta dirección conviene, au n q u e no
sea m ás que som eram en te, recordar la aludida descripción d e Bobbio,
a la que m e voy a referir e n sus líneas m ás generales. N o se seguirá en
detalle, salvo en sus rótulos. La exposición correrá, pues, p o r mi p ro ­
pia cuenta. Algunas d e las referencias que se efectuarán a co n tin u a ­
ción no están en Bobbio. Este p ro ce d e r es, a mi juicio, legítim o, p o r
cuanto lo que interesa ah o ra no es discutir lo acertado o e rró n e o del
e stu d io p a rtic u la r llev ad o a cabo p o r el au to r italian o , sino la afin i­
d ad in te rn a y la consistencia global de u n conjunto de tesis que él ha
co n tem p o rá n ea , M a d rid , Tecnos, 1989, 2 2 ed., p p . 238-248. U n a selección c o m p l e t a d e los
textos clásicos más representativos, e n C . G r b :;<x ”/ y k , F. M i u i a u t y M . T r o p k r (eds.), Le positivism o
juridiq-ue, Par is, L G D J , 1992.
10 EL AGO IAM IKN TO 13KL POSITIVISMO JURÍDICO

pu esto en conexión del m odo m ás abarcante y com pleto en tre los qu e


te n g o n o ticia.
P ara B obbio, el positivism o ju ríd ic o es b á sic a m e n te tres cosas.
En p r im e r lu g a r u n a aproximación epistemológica no-valarativa al
estudio del D erecho, un m odo d e afrontarlo que distingue n e ta m e n te
e n tre el Derecho que es y el Derecho que debería ser.32 U n a cosa es el
D erecho realm en te existente, y o tra es el D erecho ideal o el D erecho
justo. E n tre am bos no existe un a conexión conceptual; esto es, la m o ­
ralid ad, y m ás concretam ente la justicia, n o constituyen u n in g re d ien ­
te necesario del Derecho m ás allá de las coincidencias que de hecho
p u e d a n producirse; p o r tanto, la definición del D erecho p u e d e y debe
establecerse prescindiendo de su justicia o injusticia,33 y el estudio del
D erecho debe llevarse a cabo m ed ian te u n m o d elo d e análisis c o n ­
c e p tu a l n o -v alo rativ o .34
Esta aproxim ación se p rete n d e científica, y se lleva a cabo de acuer­
do con las exigencias epistemológicas de la Teoría positivista cíe la C ien­
cia, que p a rte de la dualidad y separación netas en tre objeto y sujeto
del conocim iento, y sostiene que todo conocim iento, p a ra ser a u té n ti­
cam ente científico, debe q u ed ar som etido a u n doble requisito: p o r
u n a p a rte , el rigor científico y la coherencia formal, q u e e x ig e n a su
vez p re c is a r con a b so lu ta c la rid a d , y d e fo rm a c o m p le ta m e n te
unívoca, el significado de los térm inos lingüísticos em pleados en el
discurso científico, así como las reglas p a ra su uso y la transform ación
de los en u n c ia d o s que lo co m p o n en ; p o r o tra p a rte , la v$rificabilidád

;' 2 Cfr. N. B o r b i o , El positivismo ju ríd ico ..., cit., p p . 145 ss. C o m o es s a b i d o , la d i s t i n ­


ción e n t r e “ D e r e c h o q u e e s ” y “D e r e c h o q u e d e b e r í a s e r " se r e m o n t a a B e n t h a m , a u n q u e
B o b b i o ve e n M a rs i l io d e P a d u a 1.111 claro p r e c u r s o r d e la c o n c e p c i ó n l a c tic a d e lo j u r í d i c o
q u e d e s p u é s s u s t e n t a r á n , se g ú n él, H o b b e s , A u s ti n o K els en (cfr. El positivism o ju ríd ic o ...,
cit., p p . 1 5 0 -1 5 1 ). El cas o d e H o b b e s , c o m o e x p o n d r é m ás a d e l a n t e , r e s u l t a p r o b l e m á t i ­
co d e s i t u a r e n u n c o n t e x t o e p i s t e m o l ó g i c o e x c l u s i v a m e n t e faetteista p o r lo q u e a la
d e f i n i c i ó n d e l D e r e c h o se r e f i e r e , a u n q u e es i n o b j e t a b l e q u e el s uy o es u n c o n c e p t o
p o s i t i v i s ta .
™ Cfr. Ib id ., p p . 141, 145-148.
: \ 4 “[j-jjay u n a r a m a i m p o r t a n t e d e e s t u d i o j u r í d i c o q u e se d i s t i n g u e p o r do s c a r a c t e ­

rísticas: q u e n o se o c u p a d e n i n g ú n sis te m a j u r í d i c o o D e r e c h o ideal, s i n o s o l a m e n t e d e l


D e r e c h o y los sis t e m a s j u r íd i c o s r eales o e x i s t e n t e s ; y q u e su i n t e r é s e n e l D e r e c h o es
p o l í t i c a , m o r a l y e v a l u a t i v a m e n t e n e u t r a l . El o b j e t o d e e s t a f o r m a d e e s t u d i o j u r í d i c o
es la c l a r ific a c ió n d e l sig n ificad o d e l D e r e c h o , la i d e n t i f i c a c i ó n d e la e s t r u c t u r a c a r a c t e ­
rística d e u n si s t e m a j u r í d i c o , y el an ális is d e n o c i o n e s j u r í d i c a s o m n i p r e s e n t e s y f u n ­
d a m e n t a l e s , c o m o d e r e c h o , d eb er, p r o p i e d a d , o p e r s o n a l i d a d j u r í d i c a . B e n t h a m , A u stin
y K elsen , t e n í a n i n t e r é s e n d i s t i n g u i r esta T e o r í a j u r í d i c a «analítica» [...] d e los es tu d io s
crític os o e v a lu a tiv o s d e l D e r e c h o , y h a n e n f a t i z a d o la i m p o r t a n c i a d e esta d istin c ió n . Sin
e m b a r g o , n i n g u n o d e es to s es tu d io s o s - a u n q u e a veces se i n s i n ú e lo c o n t r a r i o - c o n s i d e ­
r a b a q u e la T e o r í a j u r í d i c a a n a l í t i c a e l i m i n a b a los e s t u d i o s c r í t i c o s o e v a l u a t i v o s
del D e r e c h o , o q u e los c o n v e r t í a en p o c o i m p o r t a n t e s ” . H . L. A. H a i i t , “ L e g a l p o s i t i v i s m ”,
cit., p . 4 1 9 .
FILOSOFÍA DLL DERECHO Y PARADIGMAS EPISTEMOLÓGICOS m
empírica del objeto q u e se e n tie n d e susceptible d e ser estu d iad o cien­
tíficamente A'»
En se g u n d o lugar, el positivism o es la Teoría del Derecho q ue
p u ed e obtenerse en concordancia con los postulados ep istem o ló g ico s
recién d e s c r i t o s . E s a teo ría c o m p re n d e b ásicam en te seis a firm a ­
ciones o tesis:
a) La tesis coactiva,*7 o m ás e n g e n e ra l, la tesis de las fuentes
s o c i a l e s según la cual el D erecho qu ed a definido en función de Ja
vigencia social y, p o r tanto, en últim o extrem o, de la coacción, y con-
siste de m odo preciso en u n o rd en coactivo vinculado al p o d e r social,
c o n c r e ta m e n te al E s ta d o e n la M o d e r n i d a d .39 S u e le m e n to
especificador sería, según el positivism o decim onónico, el recurso a la
fuerza p a ra g arantizar la eficacia de las n o rm as;40 más radicalm ente,
en el siglo XX se identificará al D erecho en tero con las reglas p ara el
uso social de la fuerza m ism a. Dicho de otro m odo, la fuerza deja de
ser vista com o un recu rso p a ra co n v e rtirse en el c o n te n id o m ism o
de aquellas reglas que llam am os ju ríd icas,41 y el D erecho se convierte
en fuerza organizada. C on la expresión “fuentes sociales” se p rete n d e
re sa lta r p re c isa m e n te esta vinculación d e las reglas ju ríd ic a s a su
origen histórico concreto, ya sea el p o d e r político o la co m u n id ad que
g e n e ra n o rm a s c o n s u e tu d in a ria s ;4- e n fo rm a n eg ativ a, se rech aza

C fr. F. V i o l a , “La critica d ell’érm e n e u tic a alia filosofía analítica ita lia n a del d íritto ”, en
M. J o r í (e d .), E rm en eu tica e filo so fía a n a lítica . D ue concezioni del díritto a confronto, T u rín y
G ia p p ic h e lli, 1 9 9 4 , p . 7 6 [6 3 -1 0 4 ].
3fi C f r N . B onm o, E l p o sitivism o j u r í d i c o c it., p p . 1 4 1 -1 4 3 .
37 C fr. Ib íd ., p p . 1 5 7 -1 6 8 , e s p e c ia lm e n te 1 5 7 -1 5 8 . E n e s te p u n t ó , la p o s ic ió n d e
B dbbio ha e x p e rim e n ta d o a lg u n o s cam bios q u e reflejan ciertas vacilaciones. Cfr. N, Boiuuo,
Teoría g e n e ra l d&l D erecho, tra d u c c ió n d e £. Rozo A cuña, M ad rid , D ebate, 1991, pp. 118 ss.
E n la te rm in o lo g ía d e Raz, a cep tad a p o r H a rt. Cfr. I-I. L . A. H a r t , “ EL nuevo desafío al
p o sitiv ism o j u r íd ic o " , cit-, p. 5 ; y H . L . A. H a r t , Essays on B cntham . S tu d ies ¿n Ju risp ru d e n c e
and P olitical Theory, O x f o rd , C la r e n d o n P re ss, 1 982, p. 26.
3° C fr. N . B o u n io , E l p o sitiv is m o j u r í d i c o ..., c it., p. 157. El p o sitiv ism o ju r íd ic o se
c o n fig u ra así com o la T eoría ju r íd ic a m ás co n so n an te con la im ag en d e l E stad o c o n te m p o rá ­
neo. N o es e x tra ñ o , p o r ta n to , q u e ia crisis del positivism o en La c o m u n id a d d e los ju ris ta s se
asocie a la crisis m ism a d e l E stad o en la e ta p a final del siglo X X y co m ien zo s d e l actual. Los
p a r a le lis m o s q u e p o d r ía n tr a z a r s e so n m u c h o s . B a ste a h o r a m e n c io n a r só lo el d e l á m b ito
p o lític o d e lo ju r íd ic o . E n e fe c to , el E sta d o h a c e d id o s o b e ra n ía e n b e n e fic io d e c o m u ­
n id a d e s su p ran ac io n a le s q u e e m a n a n su p ro p io o rd e n a m ie n to y p o se en su p ro p ia estru ctu ra
ju risd iccio n al, v in cu lan te p a r a los E stados m iem bro s; p e ro tam b ién d e o rg a n ism o s in te rn a c io ­
nales en carg ado s, p o r ejem p lo , d e la p ro tecció n reg io n al d e los d erech o s h u m an o s. P a ra le la ­
m e n te , e n e l D e re c h o se h a id o a b r i e n d o p a s o c a d a vez m á s u n a j u r i s p r u d e n c i a d e
p rin c ip io s , c e d ie n d o te r r e n o la j u r is p r u d e n c ia d e p u r a s re g la s.
'l0 C fr., p o r e je m p lo , R. v. Iiierin c., D er Zwec.k im R ech t, N u ev a Y ork, G e o rg O lm s
V erlag, 1970, e s p e c ia lm e n te p p . 2 4 9 y 196.
n Es la tesis d e O liv ecro n a. K elsen y Ross, e n tre o tros. S obre el te m a cfr. N. Boum o,
“D iritto e f o rz a ”, R ü n sta de D íritto civile (n u ev a é p o c a ) 12 (1 9 0 6 ), p p . 5 3 7 -5 4 8 ; E l p o siti­
vism o ju r íd ic o ..., c it., p p . 1 6 4 -1 6 8 .
En este se n tid o , el h isto ric ism o ro m á n tic o , y las d ife re n te s v isio n e s d e la re a lid a d
ju ríd ic a a q u e d io lu g ar, p u e d e n s e r vistos co m o u n a p e c u lia r fo rm a d e p o sitiv is m o .
18 EL. AGOTAM IENTO DEL 'POSITIVISMO JURÍDICO

que las norm as jurídicas ten g an u n o rig en m etasocial o su p rap o sitiv o ,


ta n to divino com o n a tu ra l (racio n al).4^
b) La teoría im perativa de la norma ju ríd ica , se g ú n la cual las
n o rm as que com ponen la totalidad del o rd en a m ie n to ju ríd ic o tienen
la estru ctu ra de m an d ato s.44 Las norm as constituyen necesariam en te
m andatos -positivos o negativos- según el positivismo d e c im o n ó n ic o ;45
p ara el positivism o del siglo XX p u e d e n consistir tam b ién en p e rm i­
sos y, e sp e c ia lm e n te en a u to rizacio n es a cierto s su jeto s p a ra que
p u e d a n p ro d u c ir o tra s n o rm a s y (p a ra le la m e n te ), p o r ta n to , e sta ­
blecer nuevos d e b e r e s . E n rigor, la división cen tral d e las norm as
jurídicas sería ésta que distingue en tre las qu e im p o n e n d eb eres y las
que o to rg an p o deres y com petencias o, al decir de H art, las que con­
fieren potestades, públicas o privadas.4,7 La diferencia aquí estará en
que algunos consideran que am bas clases son reconducibles a im p e ra ­
tivos y, en consecuencia, se m an tien en en el dom inio de la noción de
deber, m ientras que para otros am bas clases son irreductibles.48 Sin
em bargo, la idea de deber, si desea m an ten erse com o co n ten id o o cons­
titutivo form al de las norm as, com o p re te n d e Kelsen, h a d e d ilu irse o
am pliarse notablem ente, hasta alcanzar tam bién a las conductas p e r­
m itidas y las autorizaciones o poderes, com o insiste el a u to r checo,
tra ta n d o de s u p e ra r en este p u n to la ju ris p ru d e n c ia a n a lític a de
J o h n A u stin .40
c) L a tesis legalista, que afirm a que la ley, com o p a ra d ig m a de las
n orm as ju rídicas, esto es, la n o rm a g e n e ra l y a b stra cta , co n stitu y e la

E s ta id e a se e n c u e n tr a ya c la r a m e n te , e n su e x p r e s ió n m á s g e n é r ic a y g lo b a l, en el
p e n s a m ie n to d e T. H o b b e s , com o se v erá.
'*'* C fr. N . Bohemo, E l positivism o ju r íd ic o ..., c it., p p . 187 ss-
•*5 “E v ery law o r ru le (ta k e n w ith th e la rg e s t s ig n ific a tio n w h ic h c a n b e g iv e n to th e
te rm p ro p erly) is a c o m m a n d . O r, r a th e r, laws o r r u le s , p r o p e r ly so c a lle d , a re a species o f
c o m m a n d s (...) I f you e x p re ss o r in tim ate a wish th a t I shall do o r fo rb e a r fro m so m e act, an d
if you will visit m e a n evil in case I com ply n o t w ith y o u r w ish, th e e x p ressio n o r in tim a tio n of
y o u r w ish is a c o m m a n d ”. J . A u s t i n , The P rovince o f J u risp ru d e n c e D eterm ined, 2 i e d ., p a r te
p r im e r a d e las Lectures on J u risp ru d e n c e , vol. 1, N u ev a Y ork, B. F ra n k lin , 1970, re im p re s ió n
d e la p u b lic a c ió n o r ig in a l d e 1861, le c c ió n I, p . 5. L o s s u b r a y a d o s so n d e l a u to r.
'lf’ C fr. H . Kkl.skn, Teoría p u ra del Derecho, tr a d u c c ió n e s p a ñ o la d e la ed . a le m a n a
d e R. J . V e rn e n g o , M é x ico , U .N.A..M ., 1993, § 4 d ), p p . 2 8 -3 0 ,
',7 C fr. H . L, A. H a r t , E l concepto de Derecho, cít., cap s. I l l y V, i. E llo , p o r c ie r to , le
p e r m ite s u p e r a r las a p o r ía s d e l c rite rio d el o r ig e n d e las n o r m a s c o m o fa c to r d e u n id a d
e id en tifica ció n d e l sistem a ju ríd ic o , asp ecto éste e n el qu e K elsen co in cid e sustazicialm ente con
la j u r is p r u d e n c i a a n a lític a d e A u stin . Cfr. Ib id ., cap . V, 3.
•IH E n e s te p u n to la d is c u s ió n es a m p lísim a y e l a c u e r d o c o m ie n z a a h a c e r s e m ás d é b il.
Cfr, N. B o ü b i o , E l pos ilivisvio ju r íd ic o . .., c it., p p . 1 9 1 -2 0 0 . P ara K e ls e n , O liv e c r o n a , y
R oss las n o r m a s ju r íd ic a s so n sie m p re im p e ra tiv o s , a u n q iie “ im p e r a tiv o ” p o s e e d if e r e n te
.significación en el p e n s a m ie n to cíe los tres au to res. S in e m b a rg o , H a r t critica d u ra m e n te la
p r e te n s ió n d e re d u c ir las n o rm a s que co n fiere n potestacies a im p erativ o s. Esta ir re d u c tib ilid a d
es la b a s e d e su d is tin c ió n e n tr e re g la s p rim a ria s y re g la s s e c u n d a r ia s , c o m o es sa b id o .
Cfr. H . L. A. H a r t , El concepto de Derecho, cit., p p . 33-61 y 9 9 -1 0 2 .
C fr. H . K k l s k n , T e o ría p u r a del D erecho, cit., § 4 b), p p . 18-19.
FILOSOFÍA OKI- DERECHO Y PARADIGMAS EPISTEMOLÓGICOS

fu ente exclusiva de calificación ju ríd ica.50 Esta tesis n ieg a que existan
asuntos o m aterias d e suyo jurídicas, o actos dotados de sen tid o ju r í­
dico p e r se. Es la n o rm a su p erio r y, en últim o extrem o, la C onstitu­
ción, la in sta n c ia que d o ta de ju rid ic id a d a c u a lq u ier o tra n o rm a o
acción, tan to de órganos com o de individuos particulares; dicho de
otro m odo, la norm a legal es la fuente de atribución objetiva de senti­
do ju ríd ic o .51 De ah í p a re c e n ecesario co n clu ir q u e esta tesis com ­
p o rta , d e sd e o tro p u n to d e vista, la afirm ació n d e la u n id a d d el
D erecho, que p u ed e entonces configurarse como u n cierto sistem a u
ord en am ien to , no n ecesariam ente en el sentido institucionalista de
R om ano, sino e n tan to q u e co n stitu id o p o r n o rm a s cuya ex isten cia
ju ríd ica (pertenencia al o rd en jurídico) se funda en que los actos p o r
los q u e h a n sid o cread as, h a n recibido a su vez su se n tid o ju ríd ic o
de o tras n o rm a s /’2 De esta suerté, el o rd en ju ríd ico sé configura dé
m o d o p reciso , e n el po sitiv ism o m ás c o h e re n te , com o c o n ju n to
de norm as que guard an en tre sí u n a relación de d e p e n d en c ia y tam ­
bién de je ra rq u ía . La relevancia de esta tesis p o d ría fácilm ente pasarse
p o r alto, y se r c o n sid e ra d a com o u n a sim ple c o n creció n d e las dos
anteriores. Sin em bargo, reviste en mi o p in ió n u n e n o rm e interés én
o rd e n a s u p e ra r el po sitiv ism o d esd e su in terio r, com o se p u e d e
co m p ro b a r si se tien e en c u en ta el alcance global del reco n o cim ien to
de los p rin c ip io s. Sobre este p u n to h e d e volver m ás a d e la n te .

‘r,° Cfr. N . B obíjio, El. po sitivism o ju r íd ic o ..., cit., p. 173. Al resp ec to , B obbio d istin g u e lo
sig u ie n te : “Las fu e n te s d e l D e re c h o q u e están en u n p la n o je r á r q u ic a m e n te su b o rd in a d o
tien en u n c a rá c te r y u n sign ificad o ju ríd ic o d iferen tes al que tie n e n las que e stá n en el nivel
je r á r q u i c a m e n t e s u p e r io r : las p r im e r a s p r o d u c e n re g la s q u e no p u e d e n s e r c a lific a d a s en
sí m ism as co m o n o rm a s ju r íd ic a s y q u e recib en d ich a c a lific a c ió n ,e n v irtu d d e u n a fu en te
d ife re n te , su p e rio r a a q u élla q u e las h a p ro d u c id o ; las o tra s, e n cam b io , no sólo p ro d u c e n
re g la s, sin o q u e Iüs a tr ib u y e n d ir e c ta m e n te y p o r sí m ism as la c a r a c te r ís tic a d e se r n o rm a s
j u r íd i c a s . P o r e llo las f u e n te s s u b o r d in a d a s se d e n o m in a n fu e n te s de co n o cim ien to de
Derecho y las su p e rio re s/w e ? i¿ e í de calificación ju ríd ic a . A h o ra b ie n , el p o s itiv is m o ju r íd ic o ,
a p e s a r d e a d m itir la ex iste n cia d e u n a p lu ra lid a d d e fuentes d e c o n o c im ie n to , sostiene la
ex isten cia de u n a sola fu en te d e calificación q ue sería la ley: p o r tan to , si usa m o s el térm in o
«fuentes d e l D erech o» en se n tid o estricto p a ra in d icar exclusivam ente las fu en tes d e c a lifica­
ción, e l O rd e n a m ie n to ju ríd ic o tal com o es concebido p o r e! iuspositivism o no se p re se n ta ya
co m o c o m p le jo , sin o co m o s im p le " (Ibidem ).
51 Cfr. H . K elsg n , Teoría p u r a del Derecho, cit., § 4 a}, p. 17: “El a co n tecim ien to e x tern o
que, p o r su sig n ificació n o b jetiv a co n stitu y e u n acto c o n f o rm e a D e r e c h o (o c o n t r a r io a
D e re c h o ) es, p u e s , e n to d o s los caso s, e n c u a n to su ceso q u e se d e s a r r o lla e n el tie m p o y en
el esp acio, se n sib le m e n te p e rc e p tib le , u n trozo d e la n a tu raleza y, en cu an to tal, d e te rm in a d o
p o r leyes cau sales (...) Lo q u e h a c e d e ese aco n tecim ien to u n acto c o n fo rm e a D erech o (o
c o n tra rio a D erech o ) n o resid e en su facticidad, en su ser n a tu ra l - e s decir: e n su ser d e te rm i­
n a d o p o r leyes causales, e n c e rra d o en el sistem a de la n a tu ra le z a -, sino en el se n tid o objetivo
lig ad o al m ism o , la sig n ificació n con q u e cu en ta. El a c o n te c im ie n to e n c u e s tió n lo g ra su
se n tid o esp ecífica m e n te ju ríd ic o , su significación p ro p ia en D erech o , a través de u n a n o rm a
qu e se refiere a él co n su c o n ten id o , q u e le o to rg a significación e n D erech o , d e su e rte que el
acto p u e d e s e r e x p lic ita d o s e g ú n esa n o r m a ”.
32 Cfr. H . K e ls e n , Teoría p u r a del Derecho, cit., § 34, e s p e c ia lm e n te p p , 2 0 1 -2 3 2 .
20 EL AGOTAM IENTO DEL POSITIVISMO JURÍDICO

d) La tesis de la p lenitud del ordenamiento, q u e a firm a que el


o rd en configurado en la form a recién expuesta p u e d e resolver y re­
suelve todos los problem as jurídicos que de h ech o se p rese n ten , no
tanto p o rq u e sea e n sí m ism o co m pleto y p le n a m e n te racio n al, com o
p re te n d ió el iu sn atu ralism o de la Ilu stra c ió n , c u a n to p o rq u e , sie n ­
do la realid ad ju ríd ic a algo exclusivam ente creado p o r las norm as, és­
tas d e te rm in a n lo que q u e d a d e n tro y fu e ra d e l D erech o . Se n ieg a
la existencia de lagunas.53 El o rd en am ien to ju ríd ic o es todo el D ere­
cho; el o rd en am ien to ju ríd ico es todo él D erecho; no hay e n él no
D erecho, p o d ría afirm arse, p arafrasean d o la síntesis del legalism o que
efectú a L o m b ard i V allauri.54
e) La tesis de la coherencia del ordenamiento ju ríd ico , según la
cual tam poco son posibles las antinom ias, las norm as c o n tra d ic to ria s
en tre sí, no p rec isam e n te p o rq u e-to d as las n o rm a s h a y a n sido p r o ­
d u cidas p o r u n leg islad o r c o h e re n te y racio n al, que conozca al d e ta ­
lle todo el sistem a, dom ine a la perfección la técnica legislativa y esté
c a p a c ita d o p a ra p ro d u c ir u n c u e rp o ac ab a d o d e leg islació n . En
p rin c ip io se acep ta que p u e d e d arse d e h e c h o la a n tin o m ia . A h o ra
bien, cuand o eso se produce, al m enos u n a d e las n o rm as e n conflicto
será in v álid a o in ap lic a b le.50 El m o d elo p re s u p u e s to p o r esta tesis
está form ad o exclusivam ente p o r reglas de tipo todo/n ad a, o reglas ele
form a disyuntiva,50 esto es, reglas dotadas de la estru ctu ra lógica, más
o m enos cerrada, que vincula u n supuesto de hecho a u n a consecuen­
cia ju ríd ica. La tesis de la coherencia, en su versión m ás radical, está
asociada a u n m odelo del o rd en am ien to que excluye los principios y,
en consecuencia, introduce obstáculos difícilm ente salvables e n o rd en
a lo g rar la p len itu d del ord en am ien to , siquiera sea en sentido laxo.57
f) Tesis de la aplicación mecanicista (o logicista) de las normas.
El o rd en ju ríd ico configurado según el m odelo que se viene ex p o n ie n ­
do es aplicado po r el juez m ed ian te u n silogismo d e subsunción, que
reduce al m ínim o su aportación estrictam ente p e rso n a l.58 La resolu­
ción de conflictos consiste en u n proceso de aplicación deductiva, más
que en u n a d e te rm in a c ió n o co n creció n d e las n o rm a s.
H asta aquí la exposición de las tesis que configuran el positivismo
com o T e o ría del D erecho. F in alm en te, en te rc e r lugar, el positivis-

CfY- i b i d . , p p . 2 1 0 - 3 1 3 .
r' 1 C fr. L. L o\ip.arui V ai.i.auki, Corso d i Filosofía del D irilto , P a d u a , C e d a m , 1981, p. 29:
“ La ley es to d o el D e re c h o /la ley es to d a ella D e r e c h o ” .
C fr. N. B uum o. E l p o s i t i v i s m o j u r í d i c o . . . , cit., p p . 142 y 2 0 5 -2 1 0 .
r>(1 C fr. R. D -w ok ki n, L o s derechos en se ri a, trad . d e M. G uastavino, B arcelo n a, Ariel, ed,
1989, p p . 7 Í-7 6 .
',7 S o b re el p a p e l de los p rin cipios en o rd e n a la su p e rac ió n de las lagunas d e a p e r tu r a lia
in s is tid o R. Ai.i-xy, “S iste m a j u r íd i c o y ra z ó n p r á c tic a " , en E l concepto y la v a lid e z del
FILOSOFÍA DF1. DERECHO Y PARADIGMAS EPISTEMOLÓGICOS 21

jilo ju ríd ic o es tam b ié n u n a ideología sobre el Derecho que se asienta


sobre la “creencia en ciertos valores y, sobre la base de esta creencia,
confiere al D erech o q u e es, p o r el solo h e c h o de existir, un valor
positivo, p re s c in d ie n d o d e to d a c o n sid e rac ió n acerca de la co rres­
p o n d en cia con el D erecho ideal. Esta atribución de u n valor positivo
al D erecho existente se realiza a m en u d o a través de dos diversos tipos
de argum entaciones: 1) el Derecho positivo, p o r el solo hecho d e ser
positivo, esto es, de ser la em anación de u n a vo lu ntad d o m in an te, es
justo; o sea, el criterio p a ra ju zg ar la justicia o injusticia de las leyes
coincide perfectam en te con el que se a d o p ta p a ra ju z g a r su validez o
in v alid e z ;119 2) el D erech o , com o co n ju n to d e reglas im p u estas p o r
el p o d e r q u e ejerce el m o n o p o lio d e la fu erza en u n a d e te rm in a d a
sociedad, sirve con su m ism a existencia, in d e p e n d ie n te m e n te del
valor m o ral de sus reglas, p ara la obtención de ciertos fines deseables,
tales com o el o rd e n , la paz, la certeza y, e n g e n e ra l, la ju stic ia legal-
De am b as p o sicio n es se d e d u c e la consecu en cia d e q ue las n o rm as
ju ríd icas d e b e n ser obedecidas p o r sí mismas, en cuanto tales; con
otras palabras, la obediencia a las norm as ju ríd icas es u n d e b e r moral*
e n te n d ié n d o se p o r d e b e r m oral un a obligación in tern a o de concien­
cia; e n o tro s té rm in o s, la o bligación d e b id a por respeto a las leyes en
contraposición a aquella obligación externa o por temor a la sa n ció n ”.(i0
El positivism o com o id eo lo g ía sostiene, p o r ta n to , la tesis de la obe­
diencia .Ü1

Esta p o sic ió n recibe eí n o m b re d e positivism o ético, y e n tró en u n a crisis casi co m p leta


d e s p u é s d e 1 94 5, d e ln q u e p a r e c e e s ta r r e c u p e r á n d o s e ú ltim a m e n te . C fr. T. D. Cam pueu.,
The L eg a l T heo ry o f E th ica l P ositivism , A ld ersh o t, D a rtm o u th , 1996. E ste a u to r apoya su
defen sa d e l p o sitivism o ético e n la relevancia m o ral del g o b ie rn o p o r m e d io de reglas (p. 64),
qu e se fu n d a a su ju icio en u n a serie de razones m o rales, e n tre las que m en cio n a “la lib ertad
relev an te, la e q u id a d , ei logro eficiente de ios bienes públicos y d e la felicidad g e n e ra l y, d o n d e
es aplicable, el re sp e to al p o d e r d em o crático ” (p. 10i). A p ro p ó sito de esto ú ltim o, algunas
teorías d e la d e m o cracia se a p ro x im a n hoy al positivism o ético. Cfr., p o r eje m p lo , C. S. N iño,
C onsideraciones sobre la dem ocracia d e lib e ra tiv a , B arcelona-, G e d is a , 1997, p p . 181-182; y
S. Bi.amcm Mk'.UIÍI.KZ, P ositivism o m etodológico y ra c io n a lid a d p olítica. U na interpretación de
la Teoría ju r íd ic a de Carlos S. N iñ o , G ra n a d a , G om ares, 2002, p p . 151-156. C a m p b e ll m a n ­
tien e las m ism as tesis en su m o n o g ra fía m ás r e c ie n te P rescriptive L eg a l P ositivism . Law,
R ig h ts a n d D em o cra cy, L o aclo n , U C L Press, 200 4. U n e s tu d io en p r o f u n d id a d so b re el
positivism o ético a c tu a l e n P. Rivas, E l retorno a los orígenes de la tradición p o sitivista , Chía
ap ro xim a ción a. la F ilosofía ju r íd ic a del positivism o ético contem p o rá n eo , A C o r u ñ a , 2 0 0 5 ,
p ro m an it scrip lo.
(ií) N. Bobhio, E l problema del positivismo juríd ico, trad u cció n d e E. G arzó n Valdés, B uenos
Aires, E u d eb a, 1965, p p . 4 6 -47. Cfr. El positivism o j u r íd ic o ..., cit., pp. 227-235 y 239-240.
,SI Cfr. N- B o b b io . E l problem a del po sitivism o ju ríd ic o , cit., p p . 4 6 -4 7 ; y ta m b ié n , El
p o sitivism o j u r íd i c o ..., cit., p. 143. La cuestión d e la o b ed ien cia h a sido objeto d e polém ica
e n tre a u to re s positivistas esp añ o les hace alg u n o s años. U n p a n o ra m a co m p leto , en E. F e r n á n d e z
Gaucha, L a ob ediencia al D erecho, M a d rid , C iv itas, 1987, e s p e c ia lm e n te p p . 7 3 -1 2 6 .
22 LI. AGOTAMIENTO HIT. POSITIVISMO JURÍDICO

II. LAS PRINCIPALES DEBILIDADES DE LA TEO R ÍA


JURÍDICA POSITIVISTA

1. S o b r e e l c o n c e p t o d f . D e r e c h o y l a s u p u e s t a in d e p e n d e n c ia e n t r e
EL M É T O D O , LA TEORÍA Y EL E LE M E N TO ID E O L Ó G IC O

C om o se ha señalado, algunos autores p e rten ecien tes según ellos


m ism os a la tra d ició n p o sitiv ista h a n ido d e sm a rc á n d o se p ro g re s i­
vam ente de algunas de las tesis enunciadas. C onviene a h o ra ad v ertir
el d ato siguiente: si se sigue el o rd en de la exposición d e los d ife ren ­
tes aspectos y d o ctrin as q u e c o m p o n e n el p o sitiv ism o ju ríd ic o , q ue
es e x a c ta m e n te el seg u id o p o r B obbio, el g ra d o d e d iscu sió n o d e s­
a c u e rd o d e las d ife re n te s tesis ex p u estas crece d e p rin c ip io a fin
h asta producirse en nuestros días u n rechazo am p liam en te g e n erali­
zado -d e sd e 1945 sobre to d o - d e la tesis de la obediencia. Inversam ente,
el acuerdo es prácticam ente com pleto en el otro extrem o, esto es, e n lo
re fe re n te al positivism o m eto d o ló g ic o y a la tesis d e las fu e n te s so-
c-iales, y algo m e n o r sobre las tesis leg alista e im p e rativ ista . C om o
es sab id o , el p ro p io B obbio h a a firm a d o la im p o sib ilid a d d e se g u ir
sosteniendo la tesis de la obediencia, es decir, el positivismo com o ideolo­
gía, p asan d o entonces a co nsiderarse él m ism o como iusnaturalista en
lo ideológico y positivista sólo en lo c i e n t í f i c o h a insistido tam b ién
en la conveniencia de a b a n d o n ar las tesis de la p len itu d , coherencia y
aplicación m ecanicista de las norm as, al m enos en su form a trad icio ­
nal, p a ra conservar no obstante un núcleo duro de p en sam ien to , que
estaría constituido p o r las tres prim eras tesis del positivism o com o
T eoría ju rídica, y el principio epistem ológico o p u n to de p artid a, al
que no afectaría sustancialm ente el ab an d o n o de las re s ta n te s .<3S
A hora bien, ¿es verd ad que p u e d e n m an ten erse unas y rechazarse
otras? En rigor, ello no es posible, no tanto porque unas fo rm u lacio n es
se d e d u z c a n n e c e sa ria m e n te d e o tras, es decir, p o rq u e exista e n tre
ellas u n a c o n e x ió n lógica, cu an to p o rq u e las razo n es que o b lig a n a
ab an d o n arlas tam bién p e rm ite n cuestionar las que, a ju ic io d e algu­
nos, constituirían el m en tad o núcleo duro.
A m i parecer, esta o p eració n de descarga de lastre constituye u n a
tendencia uniform e en el positivismo ju ríd ico desde 1945, tan ac en tu a ­
da q u e , e n ocasiones, lo decisivo p arece ser el seg u ir s ie n d o p o s iti­
vista, m ás que las tesis sustantivas que se e n tie n d e n c o m p re n d id a s
bajo dicho ró tu lo .154 De ello es posible inferir que en m uchos casos se

Cfr. p p . 12-13.
N . B o n i n o , l u n u t i n a l i s m o e p o s i t i v i s m o g i u r i d i c o , cit.,
[i:ì Cfr. N. Boni'.in, E! positivism o ju r id ìc o _ cit., p p . 2 3 7 -2 4 1 .
<>'i Cfr. C. O u ri« ,n , H .L .A . H a rt. A bogado del po sitivism o ju rv lic o , cir... p p . 3 8 5 -4 0 3 y
4 2 4 -1 2 5 .
FILOSOFÍA DEL DERECHO Y PARADIGMAS EPISTEMOLÓGICOS m
es positivista, es decir, se recu rre a u n a concepción “ científica*’ del
Derecho, p o r razones m orales, es decir, no científicas desde u n p u n to
de vista positivista; razones que vienen proporcionadas p o r u n a trad i­
ción.05 Pero si esto acontece a la p a r que se rechaza la dim ensión id eo ­
lógica del positivism o ju ríd ico , d o n d e estam os rea lm e n te es a n te la
su stitu ción d e u n a id e o lo g ía q u e a b ie rta m e n te se p re s e n ta com o
tal, p o r o tra que com parece revestida con ropajes científicos. La d im en ­
sión ideológica no desaparece en absoluto, com o sucede en realidad
con to d o s los cientificism os.
La ideología “científica” rechaza la teoría de la obediencia p o r ra ­
zones h eterog éneas, p ero confluy entes. P o ru ñ a p arte, a p a rtir de 1945
np resulta socialm ente adm isible la defensa de la ob lig ato ried ad y el
correlativo d e b e r de obediencia a cualquier o rd en am ien to ju ríd ico £on
in d ep en d en cia de cuáles sean los valores (o antivalores) que consagra
o preserva. Los valores form ales (orden, seguridad, etc.), no bastan
hoy p a ra que un o rd en a m ie n to m erezca la obediencia de los ciu d ad a­
nos, si ataca, o desconoce, p o r ejem plo, la libertad p erso n al o la no-
discrim inación p o r m otivos de raza. Por otra, la tesis de la obediencia
ap arece com o u n a tesis d e ín d o le m o ral y, en co n secu en cia, u n a
teo ría científica q u e d e see se g u ir sién d o lo , d eb e ev itar p ro n u n c ia r­
se acerca de ella. El positivism o, como teoría científica, no afirm a ni
niega, d irá Kelsen, el d e b e r de obediencia al D erecho. C ualquier refe­
ren cia al p ro b le m a d e la leg itim ació n d e l o rd e n ju ríd ic o cae fu era
de la com petencia d e u n a disciplina científica.150 Es m ás, p ara m uchos
positivistas co n tem p o rán eo s la tesis de la obediencia es e n realidad u n
postulado iusnaturalista; el positivismo legalista, en consecuencia, no
sería m ás q u e u n a v e rsió n e p ig o n a l del iu sn a tu ra lism o rac io n alis­
ta.07 Son las doctrinas del D erecho natu ral las que realm en te procla­
m an el d e b e r de o b e d ie n c ia al D erecho. En co n secu en cia, p o d ría
rechazarse el positivism o ideológico sin que en absoluto sufra la cons­
tru cció n te ó ric o -ju ríd ic a d e l m ism o n o m b re.
En rig o r, las cosas n o so n tan sencillas, p u esto q u e h istó ric a ­
m en te es posible d e te c ta r n o ya u n a a d h e sió n de los p e n sad o re s

br' Cfr. Ib id ., c a p . 4 y p p . 3 7 2 -4 2 5 ; y ta m b ié n R. A. F a lk y S. I. S hum an, “T h e B e llag io


C o n fe re n c e 011 L e g a l P o sitiv ism ” , J o u r n a l o f L egal E ducation 14 (1 9 6 1 ), p p . 2 1 3 -2 2 8 .
li(i C fr. H . Kei.si’.n, Teoría p u r a d e l Derecho, cit., § 13, p p . 8 0 -8 2 ; y, d e l m ism o a u to r,
“ L a T e o ría p u r a d e l D e re c h o y la J u r is p r u d e n c ia a n a lític a ”, e n P. C a s a n o v a s y J . J . M o r e s o
(ed s.), El ám bito de lo ju ríd ic o . L ecturas de p en sam iento ju r íd ic o contem poráneo, B a rc e lo n a ,
C rítica, 1994. p. 203. E ste ú ltim o tra b a jo c itad o es la tra d u c c ió n , d e E. A. C o g h la n , d el
p u b licad o o r ig in a lm e n te p o r K elsen e n H a r v a rd L aw R euiew LV/1 (1941), titu lad o “T h e
P u ré T h e o ry o f Law a n d Analy tical ju r is p r u d e n te " .
(i7 Cfr. A. R o ss, “ El c o n c e p to d e v a lid e z y el co n flic to e n tr e el p o sitiv is m o ju r íd ic o y
el D e re c h o n a t u r a l ”, cit., p p . 2 1 -2 5 y, r e fir ié n d o s e e n c o n c re to a K elsen , q u e n o p u e d e
s e r c a lif ic a d o c o m o le g a lis ta e n s e n t id o e s tr ic to , p p . 2 7 -2 9 . C fr. ta m b ié n G. R o b l k s ,
In tro d u cció n a la Teoría d e l D erecho, M a d rid , D e b a te , 1987, p. 42.
24 EL AGOTAM IENTO DEL POSI TIVISMO JURÍDICO

p o s itiv is ta s a la tesis d e la o b e d ie n c ia (H o b b e s ,68 B e n th a m ,


A u stin ),70 sino u n a c o n ex ió n teó rica e n tre la tesis de la o b e d ie n c ia
y aquella o tra según la cual el D erecho se vincula en exclusiva con el
fe n ó m e n o d e la coacción, esto es, con el p o d e r social (te o ría co acti­
va o teoría d e las fuentes sociales). Esta últim a tesis, que constituye el
n ú cleo del pensam ien to positivista, no es u n a tesis autó n o m a, ni cien­
tífica. Aquí radica el p u n to central d e esta reflexión: se p re te n d e aq u í
m o s tra r c la ra m e n te la a fin id a d in te rn a d e la tesis d e las fu en te s
sociales respecto de las tesis ideológicas, ya sea la tesis d e la o b ed ien cia
o cualquier o tra que cum pla su función.
¿Por qué p u e d e afirm arse que la tesis d e las fuentes sociales consti­
tuye la a firm a c ió n básica d el positivism o ju ríd ic o ? A m i ju ic io , esto
resulta obvio con respecto a las restantes tesis d el positivism o com o
teoría, p o rq u e todas ellas la p resu p o n en , aunque n o d eriv en d e ella de
m o d o n e c esa rio . Así, e sta b le c e r que la ju rid ic id a d a d v ie n e á ciertas
co n d u c ta s, h e c h o s o situ a c io n e s e x clu siv am en te e n v irtu d d e lá
n o rm a legal p resup o n e la tesis de las fuentes sociales, p u esto que no
h a b ría ra z ó n p a ra c o n sid e ra r com o fu e n te ú n ica, o p rim e ra , de
atrib ución de relevancia ju ríd ic a dicha n o rm a legal si se adm itiese u n a
fu en te m etasocial o suprapositiva. Algo sim ilar p u e d e decirse de la
teo ría im p e r^ tiv ista de la n o rm a ju ríd ic a , ta n to en la v e rsió n que
rem ite a im perativos históricos, com o en aquella otra que h ab la de
“im p e rativ o s in d e p e n d ie n te s ”.71 Lá ra z ó n e strib a en q u e u n a fu e n ­
te “ra c io n a l” o m etaso cial d el D erech o p u e d e c o n fig u ra rse com o
u n d e b e r ser, pero no n ecesariam ente com o u n “m a n d a to ”. Salvo que
la idea de m an d ato se diluya hasta identificarse con la de norm atiV idad,
m ás a m p lia m e n te aún, co n la d e “d e b e r s e r”.
La tesis d e las fu en te s sociales actúa, p ues, com o c o n d ic ió n de
p o sib ilid a d d e las tesis im p erativ ista, leg alista y d e los p rin c ip io s
de c o h e re n c ia y p le n itu d d e l o rd e n a m ie n to ju ríd ic o tal y com o son

,i8 C fr. T. H o b b e s , L e v ia th a n , cap s. 21 y 26. H o b b e s in tr o d u c e in c lu so e l d e b e r d e


o b e d ie n c ia e n la d efin ició n m ism a d e D erecho: “E n tie n d o p o r leyes civiles aq u ellas leyes q u e los
h o m b re s están o b lig a d o s a observar, no p o r p e rte n e c e r a este o a a q u e l E stado en p a rtic u la r,
sin o p o r el h ech o d e se r m iem b ro s d e u n E sta d o ” (ed. y tra d u c c ió n de C. M ellizo, L e v ia tá n ,
M a d rid , A lia n z a , 1 99 6, p. 215).
ü!> C fr. J . B e n t h a m , A F ragm ent on G o vern m en t, e n A C om m ent on the C om m entaries a n d
A F ra g m en t on G o vern m en t, e d . a c a rg o d e H . L. A. H a r t y J . B u rn s, L o n d re s , A th lo n e
P re ss , 1 9 9 7 , p. 3 9 9 : “ U n d e r a g o v e r n m e n t o f laws, w h a t is th e m o tto o f a g o o d c itiz e n ?
To obey p u n c tu a lly ; to censure fre ely. T h u s m u ch is certain : th a t a system th a t is n ev er to be
c e n s u re d , will n e v e r b e im p ro v e d ” . S o b re el a lc a n c e d e e s te p r in c ip io e n el p e n s a m ie n to
d e J . B e n th a m , cfr. L. M. C r u z , "L a C ie n c ia d e l D e re c h o d e J e r e m y B e n th a m " , P ersona y
Derecho 37 (1 9 9 7 /2 ).
7,1 C fr. J . A u s t i n , T he P rovince o f Ju risp ru d e n ce D eterm in ed , cit-, lección V I, p p . 232-234.
71 C fr. K. O l i v k c .r o n a , El Derecho como hecho. L a e stru ctu ra d el ordenam ien to ju ríd ic o ,
2 1 e d ., p p . 1 27 -1 30 .
FILOSOFÍA DEL DERECHO Y PARADIGMAS EPISTEMOLÓGICOS i§
en ten d ido s p o r el positivismo, así como de la tesis d e la aplicación
m ecánica de las n o rm as. N o p a re c e n n ecesarias m ás p recisio n es
e n este p u n to .72
Algo sim ilar cabe afirm ar respecto de la aproxim ación epistem oló­
gica p re te n d id a m e n te a-valorativa. En efecto, señalar que el Derecho
que es y el D erecho que d eb ería ser no coinciden, y que la m o ra lid a d
o in m o ra lid a d no fo rm a n p a rte de la d e fin ició n d e l D erech o , sólo
pu ed e hacerse si se cuenta, aunque sea tácita e inconfesa dam ente,
con u n concepto previo d e Derecho, como el p ro p o rcio n ad q p o r Iq
tesis d e las fuentes sociales, es decir, con u n concepto de D erecho que
p erm ite identificar y describir a u n d eterm in ad o co n ju n to norm ativo
como “el D erecho que es”. Dicho concepto será p recisam ente el que
a u to riz a rá a e fe c tu a r las d istin cio n es que se e s ta b le c e n e n v irtu d
de la a p ro x im a c ió n ep istem o ló g ica.
Por lo señalado, no parece muy discutible que la tesis central del
positivismo es precisam ente aquella de las fuentes sociales, la que vin­
cula el D erecho con la voluntad socialm ente d o m in an te. Pero lo que
tam bién se acaba de afirm ar es que esta tesis 110 constituye, p o r cierto,
u n a a firm a c ió n a u tó n o m a . Esto se m o strará , se g ú n e sp ero , a p a rtir
de lo siguiente. En efecto, a la identificación del D erecho com o o rd en
resp ald ad o p o r la fuerza, o como o rden de la fuerza, p u e d e llegarse, o
bien p o r la observación d e lo que sucede en la realidad, o bien p o r u na
convención, p o r u n a estipulación. Dicho de otro m o d o , ese concepto
del D erecho p u ed e p rete n d erse científico, fruto d e la observación de
la re a lid a d social, o p u e d e a d o p ta rse com o u n a c o n v e n ció n , lo cual
no im p lica n e c e s a ria m e n te a rb itra rie d a d , p u e s cabe e n p rin c ip ió
a p o y arla en razo n es.
K elsen h a p r e te n d id o que el suyo es u n c o n c e p to d e D erecho
p ro c e d e n te d e la o b serv ació n de la realid ad . S eg ú n él, la a d ecu ad a
ca ra c te riz a ció n del o rd e n ju ríd ic o exige e stu d ia r los rasg o s q u e los
diferentes o rd en am ien to s históricos p resen tan en com ún, y tratar de
d e te rm in a r cuáles son aquellos que se o b se rv a n d e m a n e ra m ás
constante a lo largo del tiem p o .73 Esta sería la actitud v erd ad eram en te
científica se g ú n el a u to r vienés. Sin em b arg o , q u e el D erech o es un
o rd e n n o rm a tiv o , y que d e ahí debe p a rtirs e p a ra el an álisis dé los
d ife re n te s e le m e n to s q u e lo co m p o n en , se afirm a e n la T eo ría P ura
com o u n d a to in o b je ta b le que constituye u n v e rd a d e ro p u n to de
p a rtid a , n u n c a so m e tid o a discu sió n .74 E n rigor, m e p a re c e que los

M á s d e t a l l e s ai r e s p e c t o , e n P. S k r n a , Prólogo a C, O r u i í c o , H . L. A. H a rt. Abogado


del p o sitivism o ju r íd ic o , cit., p p . X IX -X X .
7:1 C fr. H . K klsk n, Teoría p u r a del Derecho, cit., § 6 a), p . 44.
7/1 E n efecto, e n el co m ien zo m ism o d e esa im p o n e n te ca d e n a d e razo n es q u e constituye
ía Teoría p u r a d e l Derecho, señala su a u to r lo siguiente: “El c o n o cim ien to ju ríd ic o está d irig i­
do, p u es, hacia n o rm a s q u e p o se e n la característica de ser n o rm as ju ríd ic a s; q u e o to r g a n a
26 I\L AGOTAM IENTO DEL POSITIVISMO JURÍDICO

p u n tos de p a rtid a de la T eoría P u ra son tres: a) la identificación del


D erecho com o o rd en no rm ativ o ;75 b) la noción de d e b e r com o cuali­
dad sim ple, n o analizable, al m o d o com o la fo rm u la M oore, a q u ien
Kelsen se rem ite expresam ente;'76 y c) la n ecesid ad de h a c er del D e re ­
cho u n a ciencia pura, es decir, u n a ciencia sin conexiones sustantivas
con d isc ip lin a s d ife re n te s.77
A m i ju icio , esta últim a exigencia de cientificidad, que O llero no
d u d a en calificar como p ro d u cto de u n com plejo de in ferio rid ad de
p a rte de la J u ris p ru d e n c ia fre n te a las ciencias p o sitiv as,78 o d u ras,
es lo que conduce a Kelsen a afro n tar la em presa de establecer u n a
d eterm in ació n precisa del ám bito de lo ju ríd ico , u n a definición del
D erech o q u e se constituye n o com o el fru to d e u n a T e o ría ju ríd ic a
o d e la C ien cia ju ríd ic a , sino m ás b ien com o su p u n to d e p a rtid a .
La identificación del D erecho com o sistem a de norm as positivas no
tiene, en rigor, otro origen que éste en la obra de Kelsen. Es más, al
estar fo rm u lad a desde u n a T eoría de la Ciencia que m arg in a los ele­
m entos no em píricam en te verificables del objeto científico, el acceso
d escrip tiv o q u e se lleva a cabo in ic ia lm e n te q u e d a in co m p le to , o
excluye positivam ente de la definición del D erecho algunos factores
que ta m b ié n se p re se n ta n en la p rác tic a to ta lid a d d e los ó rd e n e s
ju ríd ic o s , co m o es el d a to d e la o b e d ie n c ia p o r ra z o n e s m o ra les, la

c ie r to s a c o n te c im ie n to s e l c a rá c te r ele actos c o n fo rm e a D e re c h o {o c o n tr a rio a D erech o )


p u e s to q u e el D e re c h o , q u e c o n stitu y e el o b je to d e ese c o n o c im ie n to , es u n a o r d e n a c ió n
n o rm a tiv a d el c o m p o rta m ie n to h u m a n o ; lo q u e significa; es u n sistem a d e n o rm a s q u e re g u la n
el c o m p o rta m ie n to h u m a n o ” (§ 4 b), p. 18). E n con secu encia, a la h o ra d e e sta b le c e r las “n o tas
c o m u n e s1’ d e lo q u e h ab iiu a lm e n ie se d esig n a co n la p a la b ra D erech o , se m ira rá exclusivam en­
te en la d irecció n d e los sistem as no rm ativ o s: “[p u esto q ue] si c o m p a ra m o s e n tr e sí los objetos
q u e, e n los m ás v a ria d o s p ueblos, y e n los m ás d istin to s tiem p o s, fu e ro n d e s ig n a d o s com o
«D erecho», re su lta p o r d e p ro n to q u e to dos a p a re c e n co m o o rd e n a m ie n to s d e la c o n d u c ta
h u m a n a . U n « o rd e n » es u n sisiem a d e n o rm a s cuya u n i d a d ha sid o c o n s titu id a en c u a n to
to d a s tie n e n el m ism o f u n d a m e n to d e v a lid e z " (§ 6 a), p. 4 4 ).
7r> Cfr. loes, c its., e n n o ta a n te r io r.
7,1 C fr. Ib id ., § 4 b), p . 19 y n o ta 1.
77 Ib id ., § 1, p . 15: “Al c a r a c te r iz a r s e co m o u n a d o c tr in a « p u ra» c o n r e s p e c to d e l
D erech o , lo h ace p o r q u e q u iere o b te n e r so la m e n te u n co n o cim ien to o rie n ta d o h acia el D e r e ­
c h o , y p o r q u e d e s e a r ía e x c lu ir d e ese c o n o c im ie n to lo q u e n o p e r te n e c e al o b je to p r e c is a ­
m en te d e te rm in a d o com o ju ríd ic o . Vale decir: q u iere lib e ra r a la C iencia ju r íd ic a d e to d o s los
e le m e n to s q u e le so n e x tr a ñ o s . E ste es su p r in c ip io f u n d a m e n ta l en c u a n to al m é to d o .
P areciera tra ta rs e d e algo co m p ren sib le d e suyo. Sin e m b a rg o , la c o n sid e ra c ió n d e la C ien c ia
j u r íd i c a tr a d ic io n a l, tal co m o se h a d e s a r r o lla d o e n e l c u rs o d e lo s sig lo s X IX y X X ,
m u estra c la ra m e n te qué lejos esa C iencia h a estad o d e satisfacer la ex ig en cia d e p u re z a . En
m a n e ra e n te r a m e n te acrítica, la J u ris p ru d e n c ia se ha c o n fu n d id o con la Psicología y la S ocio­
lo g ía, co n la E tic a y ia T e o ría p o lític a . Esa c o n fu s ió n p u e d e e x p lic a r s e p o r r e f e r ir s e esas
c ie n c ia s a o b je to s q u e, in d u d a b le m e n te , se e n c u e n tr a n e n e s tre c h a re la c ió n co n el D e r e ­
cho. C u a n d o la Teoría p u ra del Derecho e m p re n d e la tarea d e d elim ita r el co n o cim ien to del
D e re c h o fre n te a esas d isc ip lin as, no lo h ace, p o r c ie rto , p o r ig n o ra n c ia o re c h a z o d e la
r e la c ió n , sin o p o r q u e b u sc a e v ita r u n sin c re tis m o m e tó d ic o q u e o s c u re c e la e s e n c ia de
la C ien c ia ju r íd i c a y b o r r a los lím ite s q u e le tra z a la n a tu r a le z a d e su o b je t o ”.
7K Cfr. A. O u .k iu ), ¿Tiene razón el D erecho?..., cit., p p . 2 4 -3 9 .
FILOSOFÍA DEL DERECHO Y PARADIGMAS EPISTEMOLÓGICOS 27

conciencia y apelación a la obligatoriedad, la p reten sió n de valor mor


A j u s t i c i a y necesidad de obediencia que todo o rd en a m ie n to jurídico
exhibe s ie m p re .7'1
M arg in ar esos elem en to s supone, a m i juicio, n o sólo se p ara r
co nceptualm ente el D erecho y la m oral, el D erecho real y el Derecho
justo , el D e re ch o que es y el D erecho que debe ser; m ás allá d e esto,
significa e sc in d ir el D erech o , tal y com o éste a p a re c e fen o m e n o -
lógicam ente, de u n a supuesta esencia del D erecho que coincide sólo
p arcialm ente con la experiencia jurídica. La definición del D erecho,
pues, acoge sólo algunos de los elem entos que ofrece la experiencia, y
excluye otros p o r no considerarlos objeto de tratam ien to científico.
Este p ro c e d e r n o resu lta fácilm ente leg itim ab le d esd e p o stu lad o s
p u ram e n te em piristas. En rigor, el realism o escandinavo se m uestra
en este p u n to m ás co h eren te que el norm ativism o, to d a vez que no
m argina el h ech o de la o b ligatoriedad del D erecho (Olivecrona, Ross),
sino que trata de explicar su presencia en el universo ju ríd ico , aunque
sea e n té rm in o s e m p irista s y p u ra m e n te psicológicos, esto es, sin
d e te n e rse siq u ie ra a c o n sid e ra r la p o sib ilid a d d e q u e el p u n to de
vista in te rn o se e n c u e n tre fu n d ad o só lid a m e n te. La d e lim itac ió n
kelseniana del concepto de D erecho se ha construido, pues, siguiendo
u n a reg la, en el sen tid o w ittgensteniano, que consiste precisam ente
en las exigencias de la C iencia tal y com o ésta es co n ceb id a p o r la
Teoría pura. Lo im p o rta n te es a d v e rtir q u e la reg la d e la recreació n
teó rica ofrece u n a im a g e n d e la re a lid a d ju ríd ic a q u e no coincide
con la re a lid a d existen cial d e l D erech o , con la re a lid a d d e la vida.
D icho de o tro m o d o , el positivism o n o rm a tiv ista estab lece la
p rev alen cia d e l p rin c ip io d e c ie n tific id a d sobre el p rin c ip io de re a ­
lid ad , de a p e rtu ra a lo real. El precio a p a g a r p o r la p u reza, p o r la
cien tificid ad , es p rec isam e n te el d ista n c ia m ie n to relativ o e n tre las
disciplinas científicas del D erech o y el D erech o tal y com o se d a en

7!) C fr. Teoría p u ra del Derecho, cit., § 6 c), p p . 6 1 -6 3 : “L a s e g u r id a d c o lectiv a o la paz


son fu n cio n es qu e - c o m o ya se e sta b le c ió - ios ó rd e n e s coactivos d e sig n a d o s com o D erecho
p o se e n re a lm e n te en cierto m o m e n to d e la evolución, si b ie n e n g ra d o s d iferen tes. Esa función
es u n h e c h o o b jetiv am en te verificable” (p. 61). Sin em b arg o , “[R ]esulta d el c a rá c te r re la tiv o
d e l ju ic io d e v alo r, se g íin el cu al u n siste m a so c ial es a x io ló g ic a m e n te a d e c u a d o , q u e La
ju s tic ia n o p u e d e s e r a n a n o ta d is tin tiv a d e l D e re c h o f r e n te a o tr o s ó r d e n e s coactivos.
(...) Si se a d o p ta la ju s tic ia com o c rite rio d e l o r d e n n o rm a tiv o d e s ig n a d o co m o D erech o ,
te n d re m o s q u e los ó rd e n e s coactivos capitalistas del m u n d o occidental, n o son D erecho d esd e
el p u n to d e vista d el ideal co m u n ista d e la justicia; y el o rd e n coactivo co m u n ista, ig u alm en te,
d e s d e e l p u n to d e v ista d e l id e a l c a p ita lis ta d e la ju s tic ia . U n c o n c e p to d e l D e re c h o q u e
cond u zca a tal con secuencia no p o d ría ser acep tad o p o r u n a C iencia d e l D erech o p o sitiv ista”
(p. 6 2 ). A c tu a lm e n te , este p u n to d e v ísta ha sid o r e c h a z a d o e n fo rm a c o n tu n d e n te p o r
a lg u n o s au to res, e n tre los que destaca R. Ai.r.xv, p a ra q u ien la p re te n sió n d e co rrecció n es p a rte
i n t e g r a n t e d e i c o n c e p to d e D e re c h o , d e m o d o q u e sin e lla no es p o s ib le c o m p r e n d e r
c o r re c ta m e n te u n siste m a ju r íd ic o . Se v o lv erá s o b re e ste p u n to m ás a d e la n te .
28 EL AGOTAMIENTO DEL POSITIVISMO ] U RÍ DIGO

la realid ad . A hora bien , la d ecisión d e refleja r “c ie n tífic a m e n te ” u n


objeto, aun a costa de d efo rm ar su im agen, n o p u ed e ser sino u na
decisión voluntaria, m ejor aún, voluntarista.' Es el valor, real o supues­
to, de la C iencia lo que conduce hasta ahí. Ese carácter voluntario se
m u estra en autores com o B entham y A ustin con m ayor claridad to d a ­
vía que e n Kelsen, pues am bos, p ara definir el D erecho com o m an d ato
del soberano, tuvieron que violentar su p ro p ia experiencia y n e g a r la
ju rid ic id a d del common law, que era la form a p rim o rd ial de lo ju ríd i­
co observable en la In g laterra d e su época.
A hora bien, si en la base de la ciencia así constituida se sitúan
estrategias interesadas, su defensa a u ltran za no p u e d e sino constituir
u n a o p eració n ideológica, sobre todo desde el p u n to de vista de la
T eoría de la Ciencia d el positivismo, que n o reconoce en lo valorativo
d im en sió n cognoscitiva alguna. En todo caso, la definición “científi­
ca” del D erecho resulta d e p e n d ie n te de previas tom as de p o stu ra, no
som etidas a discusión, au n q u e expresam ente presen tad as com o fru to
de u n a a sp ira ció n a la p u rez a . Su a c e p ta b ilid a d d e p e n d e r á e n to n ­
ces de que se consideren adm isibles tales prejuicios u objetivos p re ­
vios. Sin e m b arg o , no hay p a ra ello v e rd a d e ra s raz o n e s que a p o rta r
desde el positivismo. Si el p en sad o r positivista in ten ta ap o rtarlas in ­
cu rrirá necesariam ente, en tre otras, en la contradicción vital o p ra g ­
m ática de la tesis teó rica p o r él d e fe n d id a , se g ú n la cual n o ex isten
razones p a ra la actividad valorativa, es decir, n o hay razón práctica.
Se h a señalado más arrib a que el concepto positivista del D erecho
p u e d e e stab lecerse tam b ié n d e m o d o co n v en cio n al y a lte rn a tiv o a
la p re te n d id a observación de la realidad. Esta segunda posibilidad no
es científica, sino política. Sería la rep resen tad a p o r H obbes, fu n d a d o r
d el positivism o ju ríd ic o .K(1 Para el filósofo inglés, la d e fin ició n d el
D erecho en térm inos d e voluntad del p o d e r soberano no constituye
u n a a firm a c ió n científica, fru to de la ap licació n de los p o stu la d o s
m etodológicos em piristas y m atem atizantes que, p o r lo dem ás, él tam ­
bién sostiene. Por el contrario, dicha definición se inscribe en el m arco
de u n a Filosofía política! Es la necesidad de g aran tizar aquellos valores
p o r los que existe la co m unidad política, p rin cip alm en te el o rd en , la

80 M ucho s n ieg an q u e se d e b a calificar a H obbes com o p e n s a d o r positivista, fu n d á n d o se


b á s icam en te en qu e el positivism o ideológico no sería, en rigor, u n a d o c trin a positivista. Sin
e m b a r g o , e ste a r g u m e n to n o to m a en c u en ta d os c irc u n sta n c ia s q u e to r n a n in e v ita b le la
d is c u tid a calificació n . E n p r im e r lu gar, H o b b e s id en tifica el D e re c h o con el m a n d a to del
so b e ra n o y, p o r tanto , suscribe, tal vez p o r p rim e ra vez en la H isto ria, la tesis de las fu en tes
sociales. En se g u n d o lugar, el a u to r ing lés rechaza la existencia d e form a alg u n a d e ju sticia
objetiva in d e p e n d ie n te del D erecho legal. Cfr. T H o b iie s , A D ialogue between a P hilosopher
a n d a S tu d e n t o f the. Common L aw s o f E n g la n d , e n The E nglish Works o f T hom as H obbes,
e d . a c a rg o d e W. M o le sw o rth , vol. VI, p p . 4, 2 2 -2 3 .
•S1 Ib idem .
fihO SO FÍA DEL DERECHO Y PARADIGMAS EPISTEMOLÓGICOS

seg u rid ad p e rso n a l y la su p erv iv en cia d e los ciudadanos* lo q ue


exige, según H obbes, rechazar u n a idea del D erecho que lo vincule a
Ja justicia o injusticia -m á s precisam ente, a la eq u id ad o iniquidad,
puesto que p a ra él no hay justicia con carácter previo a la ley.*H Más
Im portante aún, la necesidad d e que el Derecho sea obedecido con
vistas a g arantizar efectivam ente los m encionados valores es lo que
conduce a expulsar del concepto de D erecho, esto es, del conjunto de
las reglas que deben ser obedecidas p o r los ciudadanos, la referencia a
la racionalidad o a cualquier otro elem ento m etapositivo que, al no ser
objeto de acuerdo universal, a rru in aría la p reten sión inicial. ^ De este
m odo, el concepto de D erecho de H obbes se establece p o r exigencias
prácticas, e n virtud de u n objetivo político, antes que com o fruto de
u na observación p reten d id am en te em pírica, aunque no n ecesariam en­
te en contradicción con ella. En la Filosofía de H obbes, el concepto
del D erecho no es u n p u n to d e p artid a, sino el corolario d é otras tesis
previas, no m eram en te form ales. En virtud de esto, su génesis p u e d e
ser objeto de discusión y aun d e rechazo, pero tam bién cuenta con
razones q u e es posible e sg rim ir en su d efen sa. No n ecesita, pues;
au to p resen tarse como u n a descripción científica de la realidad, pero
resulta m ás d e fe n d ib le q u e la su p u e sta e la b o rac ió n d e la C iencia.
En resum en, el concepto d e D erecho de H obbes, que se reduce a una
de las versiones posibles d e la tesis d e las fuentes sociales, no es des­
criptivo, ni siquiera p rete n d id a m en te , sino norm ativo, y se establece
en fu n ció n de la tesis d e la o b e d ie n c ia , que a su vez se a sie n ta sobre
la necesidad de garantizar ciertos valores sociales. En consecuencia, si
se rechaza esta tesis, o se m atiza de algún m odo, resulta afectado tal
co n cep to , e n m ayor o m e n o r m ed id a .
Estam os, pues, ante u n a noción filosófico-política del D erecho que
nos lo p re s e n ta com o u n a re a lid a d no a u tó n o m a , n o aislada, ni
aislable. Y, d a n d o u n paso m ás, nos p erm ite ap reciar la índole cultural
del D erecho, que lo vincula estrecham ente en sus configuraciones con­
cretas a u n a d ete rm in a d a Filosofía social y, m ás aún, a las exigencias
de u n a p ra x is social. E n este se n tid o , las in te rp re ta c io n e s n eo-
institucionalistas más recientes recuerdan el carácter d e p e n d ie n te del
D erecho, a c e rta d a m e n te a m i parecer. Sería, p o r e jem p lo , el caso
de M acC orm ick, m a tiz a n d o a H a r t.83

82 / b i d p . 4.
8:4 C fr . N . M a c C o r m i c k , “T h e C o n c e p t o f Law a n d T he C oncept o f L a w ”, e n R. P,
G icorck (ed .), The A uion om y o f L a w . Essays an L eg al P ositivism , O x fo rd , C la re n d o n Press,
1996, p p . 163-193 (esp. 181-186). El p ro p io Raz h a rech azad o e x p líc ita m e n te la viabilidad d el
e s tu d io a u tó n o m o d e l D e r e c h o . A sí, e n e l “ P re fa c io ” a la e d ic ió n e n e s p a ñ o l d e The
Concept o f a L e g a l System p ro c la m a su p re te n sió n d e salir al p aso de este equívoco: el análisis
de los sistem as ju ríd ic o s n o p u e d e ser p a trim o n io exclusivo d e los ju ris ta s, e n tr e o tra s ra z o n e s
p o rq u e “los lím ites tem p o rales d e u n sistem a ju ríd ic o , i.e. el m o m en to d e su co m ien zo y el de
30 EL AGOTAMIENTO DEL POSITIVISMO JURÍDICO

La d e fin ic ió n h o b b e sia n a del D erech o es u n e je m p lo d e lo que


K elsen, al c o m ien zo d e la General Theory o f Law and S ta te, 84 llam a
conceptos o definiciones políticas del D erecho, sin referirse expresa­
m ente a n in g u n a. Kelsen rechaza los conceptos políticos del D erecho
p o r su c a rá c te r no -cien tífico . A h o ra b ien , a la luz d e lo e x p u e sto , el
concepto que él m ism o nos ofrece resulta tan ideológico com o aq u é­
llos, y tal vez m enos justificado. H obbes co m parte con los positivistas
posteriores la línea general de epistem ología y m eto d o lo g ía filosóficas,
que p u ed e caracterizarse como antim etafísica, em p irísta y m aterna-
tizante. T am bién suscribe la teoría de las fuentes sociales. E n rigor, es
el p ad re de la m ism a, incluso históricam ente. La diferen cia fu n d a ­
m en tal con Kelsen, que inequívocam ente le otorga ventaja sobre él,
estriba p recisam en te en que el suyo es u n em pirism o v erd ad ero , y eso
no le p erm ite, en consecuencia, identificar en la realid ad n in g ú n obje­
to d a d o so b re el cual c o n stru ir u n a ciencia p u ra m e n te d e scrip tiv a
del D erecho. El objeto de la Ciencia descriptiva del D erecho h a d e ser
delim itado, pues, en este plan team ien to , de m odo convencional. No
pu ed e b ro ta r de la sim ple observación de la realidad, com o u n o b jeto
p u ro , e n te ra m e n te se p a ra d o del sujeto que ob serv a y d e su p rax is
vital. Por ello, H o b b es establece u n a d e lim itac ió n d isc u tib le , p e ro
defendible. Kelsen, en cam bio, p rete n d e construir u n a ciencia sobre la
base de u n o b jeto d elim itad o a rb itra ria m e n te . E n su caso, hay u n
in ten to de acudir a los datos de la experiencia, p ero la p rete n sió n de
pureza, de separación de la Ciencia ju ríd ic a respecto de la Sociología y
de la M oral, y su co n cep ció n d e la v e rd a d científica, a c tú a n e n él
com o regla previa que le lleva a to m ar en cuenta sólo u n a p a rte d e esa
ex p e rien c ia , a no aco g er to d o lo que ella o frece.8"»

su d e s a p a r ic ió n n o p u e d e n s e r d e te r m in a d o s p o r c rite rio s ju r íd ic o s , sin o q u e d e p e n d e n


d e c o n s id e ra c io n e s so c iales y p o lític a s". J . R.vz, E l concepto de sistem a ju r íd ic o . U na in tro ­
ducción a la teoría d el sistem a ju r íd ic o , tr a d . cast. (cíe la 2* ed . in g le s a ), p r ó lo g o y n o ta s de
R. T a m ay o y S a lm o v á n , M éx ico , U N A M , 1986, p . 6.
,s'1 Cfr. H . K e i .s e n , Teoría g en era l d el Derecho y del E stado, tr a d u c c ió n d e E. G arcía
M áy n ez, M é x ic o , U N A M , 1969, p p . 4-6.
A e s te r e s p e c to , r e s u lta p a r a d ig m á tic o e! t r a ta m ie n to d e las r e la c i o n e s e n t r e
D e re c h o y m o r a l q u e d e s a rr o lla K elsen e n el c a p ítu lo II d e la Teoría p u r a , (§§. 7 -1 3 ). A hí
se reco n o ce q u e es fre c u e n te v in c u la r D erech o y m o ra l y que ex iste la c reen cia, no m enos
frecu ente, d e u n a fu n ció n ju stificato ria d el D erech o llevada a cabo p o r la m o ral. S in e m b a rg o ,
a firm a K elsen: “L a tesis, re c h a z a d a p o r la T e o ría p u r a d e l D e re c h o , p e ro a m p lia m e n te
c o rrie n te en la C ien cia ju ríd ic a trad icio n al, d e que el D erecho tiene q u e ser, c o n fo rm e a su
n a tu ra le z a , m o ra l; d e q u e un o r d e n social in m o ra l no c o n stitu y e D e re c h o , p r e s u p o n e u n a
m o ral ab so lu ta, es decir, u n a m o ral válida p a ra todo tiem p o y d o n d e q u ie ra . D e o tra m a n e ra no
p o d ría alcan za r su ob jetivo de estab lecer u n p a tró n firm e, in d e p e n d ie n te d e c irc u n sta n c ia s
tem p o rales y locales, so b re qué sea lícito o ilícito, y ap licab le a los sistem as sociales” (p. 81). “ La
tesis d e q u e e l D e re c h o p o r su n a tu r a le z a , es m o ra l; es d ecir, q u e só lo u n s is te m a so cial
m o ral es D erecho , n o es re p u d ia d a p o r la T eo ría p u r a d e l D erecho ú n ic a m e n te p o rq u e im p li­
q u e p r e s u p o n e r u n a m o r a l a b s o h ita , sin o ta m b ié n p o r q u e , e n sus a p lic a c io n e s d e h e c h o ,
a través de la C ien c ia ju ríd ic a d o m in a n te en una d e te rm in a d a c o m u n id a d ju ríd ic a , c o n d u c e
FILOSOFÍA DHL DERECHO Y PARADIGMAS m STF.M O LÓGICOS SI

Las ideas de B en th am se sitúan en u n a posición in term ed ia en tra


las de H obbes y las de Kelsen. Com o este últim o, tam bién el filosofo
lo n d in e n se p o stu la la n e c esid ad d e c o n stru ir u n a C iencia ju ríd ic a
rigurosa a p a rtir de u n objeto claram ente delim itado desde u n p rin ci­
pio en aras de h a c er p o sib le d ich a C iencia, id ea e n la cual le sigue
sú discípulo J. A ustin.8tí Lo que le aleja de Kelsen y, en cierto m odo, íe
acerca a H o b b es, es q u e e n B e n th a m la C iencia, y el c o n c ep to de
D erecho que le sirve d e base, no son reivindicados p o r sí mism os, sino
como p re s u p u e s to p a ra h a c e r viable u n id ea l p o lítico y m o ral, a
saber, el cálculo de las expectativas individuales, que en el universo
intelectual del au to r inglés se identifican con la acción racio n al.87
La co n clu sió n cabe o b te n e r a la luz d e lo a n te rio r es que la tesis
de las fu en te s sociales d e l D erecho, d e la q u e d e p e n d e n la s e p a ra ­
ción conceptual en tre D erecho y m oral y los restantes elem entos de la
T e o ría ju ríd ic a positiv ista, no constituye un v e rd a d e ro p u n to de
p a rtid a , ni e n H o b b es, ni e n B en th am , ni en K elsen. La p o sib ilid a d
de e s ta b le c e rla co m o tal d e p e n d e fo rz o s a m e n te d e p o sic io n e s
vaíorativas, com o la tesis d e la o b ed ien cia e n el caso d e H o b b es. Es
posible re c h a z a r esta ú ltim a d e n tro de la tra d ic ió n positivista, p ero
en m o d o a lg u n o p re s c in d ir de a lg u n a o tra tesis - d e id é n tic a n a tu ­
raleza v a lo ra tiv a - q u e cu m p la su fu n ció n d e lim ita d o ra del ám bito
ju ríd ic o ; a u n q u e ella p o d rá m uy b ien o p e ra r d e m o d o no siem p re
explícito. La delim itación, que supone un a restricción d e la e x p e rien ­
cia ad m itida, será siem pre valorativa, porque cuando hablam os de
D erecho no nos referim os a realidad alguna del m u n d o físico. La co­
n ex ió n en tre la T eoría ju ríd ic a y las otras dos dim ensiones dei positi­
vismo no es, p o r ta n to , p u ra m e n te accid en tal.

a .a n a le g itim a c ió n a c ritic a d e l o r d e n co activ o e s ta ta l c o n s titu tiv o d e esa c o m u n id a d . (...)


D esd e e l p u n to ele v ista d e la C ie n c ia , es in a c e p ta b le . P u e sto q u e 110 c o r r e s p o n d e a la
C ie n c ia j u r íd ic a le g itim a r a l D e re c h o , no tie n e p o r q u é ju s tif ic a r e n fo rm a a lg u n a - s e a
m e d ia n te u n a m o r a l a b s o lu ta , o sólo a tra v é s d e u n a m o r a l r e l a t iv a - el o r d e n n o rm a tiv o
q u e só lo d e b e c o n o c e r y d e s c r ib ir ” (p p . 81-82).
8(1 S o b re la c o n c e p c ió n d e la C ien c ia ju r íd ic a en B e n th a m y A u s tin , cfr. J. B e n t h a m ,
F ra g m en t on G o vern m en t, cit., p, 3 9 7 -3 9 8 ; A n In tro d u ctio n lo the P rinciples o f M orals and
L e g isla tio n , e d . a ca rg o d e H . L. A. H a r t, J . B u rn s y F. R o sen , O x f o rd , O x f o rd U n iv e rsity
P re ss, 1 99 6, p p . 2 9 4 -2 9 5 ; J . A u s t i n , The P rovince o f J u risp ru d e n c e D eterm ined, cit., p p . 1,
2, 114; The P rovin ce o f Ju risp ru d e n c e D eterm ined, cit., p. iix -lx ; L ectures on J u r is p r u d e n c e ,
vol. I ll, p p . 3 4 9 -3 5 3 . S ob re la delim itació n que estos au to res h acen del D erech o com o objeto
d e la C iencia ju r íd ic a así co n ceb id a cfr. J. B e n t h a m , O f L aw s in G eneral, ed . a cargo ele H . H. A.
H a r t, L o n d re s , A th lo n e P re ss , Í97Ü , p p . 9 3 -1 3 2 ; J . A u s t i n , The P rovince o f J u risp ru d e n ce
D eterm in ed , cit., p p . 1-25, 3 1 6.
R7 Cfr. L. M. C kuz, Derecho y e x p e c ta tiv a . U na interpretación de la Teoría, ju r íd ic a de
Jerem y B e n th a m , P a m p lo n a , E iu isa. 2 0 0 0 , p p . 2 0 9-281 y p a ssim .
32 EL AC.O'I AM IK N I O DEL POSITIVISMO JU R ÍDIO O

2. El. PR O B LE M A DE LA A PLICA CIÓ N DHL D E R E C H O . IN S U F IC IE N C IA S


DINÁ M ICA S DE LA T E O R ÍA PO SITIV ISTA

Pero la teo ría positivista n o plantea problem as sólo p o r su m odo de


ab o rd a r el c o n c e p to d e D erech o , y p o r el re s u lta d o d e d ich o a b o r­
daje, sino tam bién cuando se a considera desde la perspectiva d e la
práctica del D erecho, a la que aquí nos referirem os con la ex p resió n
“dinám ica ju ríd ic a ”. Eñ efecto, la p reten sió n de o b ten e r u n a ciencia
descriptiva, p o r u n a parte, rigurosa, p o r otra, y analítica, p o r otra, no
tiene m ás rem edio que traducirse en la reducción d e su objeto a u n a
e n tid a d ob serv ab le y an alizab le con i'igor, es decir, a u n a e n tid a d
estática. En este sentido, los frutos del positivism o son muclao m ás
apreciables en el análisis de las norm as jurídicas, su clasificación, es­
tructura lógica, e tc .; y en el estudio del ordenam iento o sistem a contem ­
p lado pasivam ente, que en lo relativo a la aplicación d e l D erech o .
A p ro p ó sito d e esto últim o, el positivismo legalista de la Escuela de
la E xégesis c o m p a rtió con o tras escuelas fo rm alistas d el siglo XIX
u n a visión in g en u a de la in terp retació n j u r í d i c a , y u n a T eoría de la
aplicación del D erecho que giraba en torno a la d o ctrin a d e la subsun-
ción, es decir, a u n m odelo logicista, que se ex ten d ía tam bién a su
c o n cep ció n de la C iencia ju ríd ic a .m
No tiene sentid o rep ro d u cir aquí en detalle la crítica del legalis-
m o y del logicism o ju ríd ico que se inició en la segu n d a m itad d el siglo
XIX y se p ro lo n g ó a lo largo de casi to d o el XX, de la m ano d e d iferen ­
tes autores y co rrien tes.90 Sin em bargo, p u ed e resu ltar de u tilid ad re­
c ordar a h o ra sus p rin c ip ale s líneas d e fuerza.
La d o ctrin a de la ju risp ru d en cia m ecánica se relaciona estrecha­
m ente con el dogm a de la separación de poderes, que lleva aparejad a
- e n la fo rm u la c ió n a c ep ta d a d u ra n te la C o d ific a c ió n - u n a visión
de la tarea judicial como u n a tarea m eram ente aplicativa. El juez de
M ontesquieu se reduce a ser, recordém oslo, la boca m u erta que p ro n u n ­
cia las palabras de la ley.91 A hora bien, p ara que esto resulte po sib le, es

C fr. J- Bonn'i-oasi:, La Escitela de la E xégesis en D erecho' C iv il, tr a d u c c ió n - d e la


se g u n d a e d ic ió n fra n c e s a p o r J. M. C ajica J r., P u e b la , E d ito r ia l J . M. C a jica J r ., s. f., p p .
1 4 3 -1 5 8 ; y B, W iniisí’.hkiii, D iritto delle P a ndette„ tra d u c c ió n al ita lia n o d e C. F a d d a y P. E.
B e n sa , T o rin o , U .T .E .T ., 1950, p p . 6 8 ss.
Al r e s p e c to , cfr. K. L arknz, M etodología de la C iencia del D erecho, 4~ e d ., tr a d u c c ió n
d e M. R o d r íg u e z M o lin e r o , B a rc e lo n a , A riel, 1994, p p . 3 2 -5 6 . U n e je m p lo d ir e c to , B.
W in bucinili). D iritto d elle P andette, voi. 1, cif., p p . 74 ss.
!,1> U n p a n o r a m a decallaclo, en L. Lombakui V au.au ri. Saggio su l d iritto g iu r is p ru d e n z ia le ,
M ilano, GiuiTrè. 1975, cap. IH, ep íg rafe s 1 y 2 (pp. 240-334); Corso d i F ilosofìa del D iritto ,
eie., p a r te I, c a p . I {pp- 2 5 -1 1 5 ).
st 1 Cfr. M o n 'te n q lik ij, De V esprit des lois, X I, 6, e n Oeux>res co m p letes, t. II, P a ris,
G a llim a r d , 1 9 5 1 , p. 4 0 4 .
f il o s o f ìa d i :i , d e r e c h o y p a r a d ig m a s e p is t e m o l ó g ic o s 33

preciso que el o rd en am ien to legal ofrezca u n a respuesta unívoca p ara


to d o p ro b le m a p la n te a d o en la p ráctica, y que n o haya e n él co n tra­
dicciones o am b ig ü ed ad es que fuercen u n a elección en tre diversas
posibilidades, es decir, que aboquen a u n a participación activa del in ­
té rp re te . D icho d e o tro m o d o , la c o n c ep c ió n m ec a n ic ista d e la
sübsunción exigía p a rtir d e otros dos postulados dogm áticos: la p len i­
tud y la coherencia del ordenam iento. Por eso los autores vinculados
al D erecho L ibre y a la p rim e ra sociología d e la d ecisió n ju d ic ia l
in ic ia ro n su crítica d e l logicism o p o n ie n d o d e relieve la ex isten cia
de lagunas -y, com o u n a variante de las m ism as, de an tin o m ia s- en las
leyes, no sólo e n el pro p io texto sino tam bién en perspectiva dinám ica
(el paso de lo g e n e ra l a lo individual) e h istó rica.
En respuesta al pro b lem a de las lagunas h ab ían surgido -c o n an ­
terio ridad a la prom ulgación del Código civil fra n c é s- instituciones
como el référé legislatif, que sé inspiraba en u n a fu en te tardía del
Derecho ro m an o clásico,93 y que p ro n to hizo ver su inviabilidad políti­
ca y técnica,94 y otros intentos de solución que se añ a d ie ro n m ás tard e
por obra de la C iencia ju ríd ica, como la negación lógica d e las lagunas
llevada a cabo m ed ian te el recurso a u n a n o rm a de clausura del o r­
d en am ien to , u n a n o rm a d e cierre, no explícita ni positiva, cuyo efecto
sería la e q u ip a ra c ió n en el tra ta m ie n to de to d o lo n o p rev isto p o r
las n o rm as singulares estableciendo su irrelevancia jurídica,-)r>o uina
perm isión g e n e r a l . P e r o lo único rea lm e n te capaz d e reso lv er el
p ro b le m a acabó sie n d o la m odificació n del sistem a d e fu en tes, in ­
troduciendo en él fuentes subsidiarias (los llam ados principios ju ríd i-

í,a Cfr. E. Z itelm an n , “Las lag u n as d el D erecho", trad u cció n d e C. G. S. Posada, en AA.VV.,
La C iencia del D erecho, B u e n o s A ires, L osada, 1949, p p . 2 8 9-322, passim-, cfr. H. Kan i oikiwk:/,
"La lu ch a p o r la C ie n c ia d e l D e r e c h o ” , tr a d u c c ió n d e W. G o ld s c h m id t, e n AA.VV., La
C iencia del D erecho, cit,, p p . 3 2 7 -3 7 1 , e s p e c ia lm e n te p p . 3 3 6 -3 4 0 ; cfr. H . Rkichki., La ley
y la s e n te n c ia , tr a d u c c ió n d e E. M a ñ a n a V illa g ra s a , M a d rid , R e n s, 1 9 2 1 , p p . 9 0 -1 1 8 ;
cfr. L. B n ü'rr, Die K u n st dar R ech tsa n w en d u n g , B erlín, J. G u tten tag , 1907, p p . 73-84. Para una
visión g e n e ra l p u e d e aciid irse a L. L om bardi-V allauri, Saggio su l d iritto g iu r is p r u d e n z ia le , cit.,
p p . 2 4 2 -2 6 3 , y Corso di Filosofìa, del D iritto, cit., p p . 3 1 -3 9 .
1,3 Se tra ta d e los rescrip to s im periales, m e d ia n te los cuales se resolvían cuestiones ju ríd ica s
ex a u cto rita te p r in c ip is . Cfr. A. cl’Olus, Derecho p riv a d o rom ano, 9 1 e d ., P a m p lo n a, Eli lisa,
1 997, § 46.
1,1 Cfr. F. G en y , M éth ode d 'in terp rela lio n et so urces en droit p riv é positi/: essai critique
(2 vo ls.), ( I a e d . 1 8 99 ; 2* 1919), p ró lo g o d e R. S aJeilies, P arís, L. G. D . J . , 1989. Se u sa la
e d ic ió n c a s te lla n a M étodo de interpretación y fu e n te s en Derecho p riv a d o p o sitivo . G ra n a d a ,
C o m a re s , 2 0 0 0 , §§ 4 0 -4 5 , p p . 5 8 -7 6 . C fr. ta m b ié n L . L o m h a ri> i V a i . l a u r i , Corso di Filosofía
del D iritto , c it., p p . 4 1 -4 2 .
yr> C fr. K. B Kiu, lsohm , J u risp ru d en z u n d R e chis ph dos op itie . K ritische A b h a n d iu n g e n , voi.
I, (1 8 9 2 ), r e im p r., G la s n ü tte n im T a u ru s , D etlev A u v e n n a n n , 1973, p p . 3 7 5 -3 8 0 . U n a
c rític a e n L. L o m b a rd i V a i.la u r i, S aggio su l diritto g iu r is p r u d e n z ia le , cit., p p . 2 6 3 -2 6 5 ;
Corso d i F ilosofia del D iritto , cit., p. 45.
'■'*> Cfr. H . K k l s e n , Teoria p u r a del Derecho, cit., p p . 2 5 4 -2 5 8 . U n a c rític a en L. L o m b a r d i
v a l i . a u r i , Corso d i Filùsofìa del D iritto , cit., p p . 4 5 -5 1 .
34 El. AGOTAMIENTO DEL POSITIVISMO JURÍDICO

eos n a tu ra le s d e l C ódigo civil au stríaco d e 1812/17 y los p rin c ip io s


generales del D erecho del C ódigo italiano,9* precedid o s p o r el fallido
in ten to de Portalis de convertir al ju e z civil en ju e z d e eq u id ad e n los
casos de oscuridad, silencio o insuficiencia de la ley, d u ra n te la e la b o ­
ració n del p ro y ec to de Code Napoleón) w C o n esa m o d ific a c ió n , y
aun antes de su consagración legislativa, se hacía im prescindible o,
mejor, inevitable, rehabilitar la tarea interpretativa de los ju eces, qu e
había llegado a estar prohibida, p o r razones políticas, en los inicios de
la R evolución fra n c e sa .1(H)
Más allá del problem a político con ios jueces, lo cierto es que los
legalistas de fines del XVIII tenían razones m uy fundadas p a ra d e s­
confiar de su actividad interpretativa, po rq u e la in terp retació n dista
m ucho de ser u n a actividad p u ram e n te técnica, confinable d e n tro de
los m árgenes de la lógica, o capaz de llegar a resultados ciertos, seg u ­
ros, p len a m en te intersubjetivos. De en trad a, el in té rp re te n o d isp o n e
de u n ún ico “m é to d o ” o m o d o d e co n ceb ir la in te rp re ta c ió n y su
o b jeto .101 Por u n a parte, el pluralism o m etodológico resulta inevitable,
pues no es o tra cosa que la otra cara de la m o n ed a de la p lu ra lid a d de
tipos de la g u n a s;1()y por otra p arte, las razones que su sten tan la elec­
ción de u n o u otro m étodo no son p rin cip alm en te de ín d o le técnica,
sino p o lítica y axiológica (fid elid ad al leg islad o r, fu n c io n a lid a d o
ad aptabilidad a la vida, se g u n d ad ju ríd ica, etc.).103 Hay, pues, m uchos
m étodos de interpretació n disponibles, los cuales pu ed éri com binarse
en tre sí de m últiples m aneras, pues rio todos resultan co ntradictorios
o incom patibles en tre sí; dicha com binación p u e d e , adem ás, efectu ar­
se sig u ie n d o secuencias d ife re n te s .104
La aplicación de cada u n o de estos m étodos, o secuencias de m é ­
todos, no conduce necesariam ente a u n único resultado o proposición

C fr. C ó d ig o C ivil a u s tria c o , § 7. C ita d o p o r G . l i e l V e c c h i o , L o s p r i n c i p i o s g e n e r a l e s


del D e r e c h o , tr a d u c c ió n d e j . O s so rio M o ra le s , B a rc e lo n a , B o sch , 19 7 1 , p, 4 6 , n o ta 6.
-m Cfr. a r tíc u lo 12, c o n el p r e c e d e n te d e l C ó d ig o C ivil a lb e r tin o , a r t. 15, cit. p o r G.
liei. V k c c i- iio , L o s prin c ip io s generales del D erecho, cit., p, 4 6 , n o ta 7.
!H) C fr . J . E. M. P o i í t a i . is , D iscurso p r e lim in a r del proyecto de C ódigo C iv il fr a n c é s ,
tra d u c c ió n ele M. R iv ac o b a, V a lp araíso , E d ev al, 197S, p. 4 3 .
11,(1 La p ro h ib ic ió n se m aterializó en los artículo s 10 y 11 d e l D ecreto d e 16-19 d e ag o sto d e
1790. C fr . P. C a l a m a n d r e i , L a casación c iv il, vol. I, 2, trad u cció n d e N. A lcalá-Z aniora, B uenos
A ires, E d ito ria l B ib liog ráfica A rg en tin a, 1956, ed., p p . 29 ss.; E. G a r c í a d e E n t e r r í a , La
leng u a de los derechos. L a fo rm a c ió n del Derecho púb lico europeo tras la R e v o lu c ió n F rancesa,
M a d rid , A lia n z a , 1994, p p . 167 ss.
1,11 C fr. L . L o m b a r d s v a l l a u r i , Corso di Filosofía del D iritto , cit., p p . 5 5 -6 5 ; J . E s s e r ,
V orverständnis u n d M etko d en w a h l in der R e c h ts fin d u n g . F ra n k fu r t, F ish e r/A te n ä u n i, 1972.
Se e m p le a la e d ic ió n ita lia n a , Precomprensionn e scclla del metodo nel processo di in d ivid u a zio n e
del d iritto , a cu ra d i P. P eriingiert, N apoli, E dizioni S cientifiche Italia n e, 1983, p p . 1 20-i 24.
1(12 C fr. L. L om bard i v a l l a u r i , Corso d i Filosofia del D iritto , cit., p. 70.
|t):i C fr. i b i d . , p p . 7 3 -7 9 .
i()i D e a h í la im p o s ib ilid a d d e e la b o r a r s iq u ie ra u n e le n c o c o m p le to d e los m é to d o s
in te r p r e ta tiv o s o se c u e n c ia s m e to d o ló g ic a s e x is te n te s . Cfr. Ib id ., p. 75.
FILOSOFÍA » E L DERECHO Y PARADIGMAS EPISTEMOl.ÓGICOS m
interp retativa, sino a varias, lo cual supone que desd e el p u n to d e vista
estrictam en te lógico resulta posible una notable m ultiplicidad d e p ro ­
posiciones in terp retativ as.105 Ello acontece p o rq u e la in terp retació n
de un texto norm ativo, la form ulación de u n juicio o proposición in ­
terp reta tiv a , con siste e n u n acto de comprensión, 1(Hi al igual qué la
in terp retació n de la conducta hum ana; no p u ed e, p o r tanto, ser obje­
to de d em ostración en sentido estricto.107 Más aú n , aun q u e las p ro ­
posiciones in te rp re ta tiv a s fuesen susceptibles d e d e m o stra c ió n , la
in terp retació n norm ativa se aleja de la in terp retació n m eram en te tex­
tual o Filológica e n q u e n o p u e d e acabar en la m e ra c o m p re n sió n
del texto en sí m ism o, sino que h a de proyectarse sobre el caso de la
vida que se p re te n d e d e c id ir to m an d o pie de é l,108 lo cual in volucra
nuevos factores de in ce rtid u m b re .109 A ello debe añ ad irse que la in te r­
pretación, en tanto form a d e com prensión, es histórica, es decir, se ve
afectada no sólo p o r las pre-com prensiones o prejuicios del in térp rete,
sino tam b ié n p o r la h isto ric id a d m ism a de la d isp o sició n n o rm a ti­
va, y de la “p reg u n ta” que aquél dirige a ésta, es decir, p o r la historicidad
o sin g u laridad del caso m ism o .110 Todo este conjunto de factores no-
lógicos, incluso subjetivos, im pide p en sar la actividad interpretativa
com o u n a activ id ad m e ra m e n te ló g ic a .111
Pero esto n o es todo. De lo an terio r se puede concluir que el in té r­
p rete h a de elegir no sólo en tre los diversos m étodos de in terp retació n
posible, sino tam bién e n tre los diferentes resultados a que se p u ed e
llegar siguiendo cada u n o d e esos m étodos, o sea, en tre las diferentes
proposiciones in terp retativ as .112 Com o ya se h a ap u n tad o , dicha elec­
ción no p u e d e fundarse en criterios de índole técnica o lógica, pues la
necesidad de efectuarla es precisam ente una consecuencia de la insu­
ficiencia de lo técnico y de lo lógico. Son valoraciones de orden éti­
co y político las que dan lugar a la elección de uno u. otro método, y
de u n a u otra pro posición interpretativa', v alo racio n es que, com o ha

i(,r’ Si, d e h ech o , esa m u ltip lic id a d d e las p ro p o sicio n es ló g icam en te posibles se red u c e a
u n as p o cas -c a s i n u n ca a u n a s o la -ju r íd ic a m e n te aceptables, ello no tiene lu g a r en v irtu d d e
ra z o n e s o causas lógicas, sino p o r ía in fluencia d e ele m e n to s ex traió g ico s, com o la relativa
h o m o g e n e id a d del c o n tex to social y científico en que o p e ra el in té rp re te , q u ie n a través d e su
" s e n tid o c o m ú n ” d e s c a rta , o n i s iq u ie ra se p la n te a , d e te r m in a d a s s o lu c io n e s in te rp re ta tiv a s .
Cfr. I b i d p p . 6 5 -6 6 .
|(,(i S o b re el c o n c e p to d e c o m p r e n s ió n se v o lv e rá in fra , c a p ítu lo III. 1.
1(17 Cfr. L. L om iiaruí V a u .a u ri, Corso di Filosofía del D irítto, cit., p. 67.
|0S Cfr. E. B ií tt i, Teoría gene-rale della ín te r p re la zio n e, vol. 1, § 2 l * (p p . 3 4 7 -3 4 9 ) y vol.
II, § 5 4 (p p . 8 0 1 -8 0 S ), M ila n o , G iu ffré , 1955.
|,)!l C fr. L. Lombaium V a u .a u u i, Corso d i Filosofía del D iritto , cit., p p . 6 8 -6 9 .
11(1 Cfr. Ib id ., p . 68 .
111 C u a n d o , eti el p re s e n te tex to se h ab le d e “lógica” se e s ta rá h a c ien d o refe ren cia a la
lógica fo rm al, ta n to p ro p o sicio n al com o cuantificacional, salvo q u e se in d iq u e o tra cosa,
112 Cfr. Ibid., p p , 65 y 83.
36 KL AGOTAM lENTO OKI. POSITIVISMO JURÍDICO

m o stra d o L o m b ard i Vallauri, acab an sie n d o ju ic io s d e v a lo r so b re


el re su lta d o q u e se d e riv a ría de la elecció n en el c a so .nii
La interp retació n ju ríd ica es, pues, u n a actividad d o n d e el e le m e n ­
to subjetivo y los juicios valorativos tienen u n a presencia inevitable. Si
se tom a en cu en ta que la d en o m in ad a lógica ju ríd ic a y la C iencia del
D erecho p re su p o n e n necesariam en te la in te rp re ta c ió n ,1*** hay q u e
c o n c lu ir que lo subjetivo y lo valorativo a tra v ie sa n to d o el e sp ec tro
d e la dinám ica ju ríd ica y que, en consecuencia, n o sólo el legislador
o el constituyente ad o p tan decisiones, sino que Iq s órganos ju risd ic ­
cionales son tam bién auténticos decisores, n o m eros aplicadores a los
casos de decisiones previam ente adoptadas con cará c -te r g e n e ra l p o r
o tro s ó rg an o s.
N o es de e x tra ñ a r que el p ro p io positivism o ju ríd ic o h ay a ido
e v o lu c io n an d o d e sd e el logicism o inicial, c o m p a rtid o co n el iu sn a-
tu ra lism o racio n alista, y e n cierto m o d o (sólo e n c ie rto m o d o ) 115
h e re d a d o de él, hacia u n abierto irracio n alism o .[ltí Por ejem plo, p a ra
K elsen la sentencia da lu g ar a u n a n o rm a ju ríd ic a individual, la cual,
com o toda n o rm a, es el resultado de u n acto de vol unt ad. 1 La ap lica­
ció n del D erecho es, ante todo, u n acto voluntario, irracional, pu esto
q u e no es p osible h a b la r de razó n p ráctica (la raz ó n , o es ra z ó n o es
práctica, dirá Bobbio co m p aran d o a Kelsen con P eielm an ).118 D esde
esta p ostura es im posible que la Teoría p u ra del D erecho p u e d a o fre ­
c e r u n a teoría acerca de lo que debe ser la in terp retació n y aplicación
d el D e re ch o .119
H art, p o r su parte, no va m ucho m ás allá. Es en el Postscript, a
seg u n d a edición de The Concept o f Law, publicado p ò stu m am en te,
d o n d e se contiene la últim a posición de H a rt sobre la adjudicación. El
texto resulta, en cierto sentido, d ecepcionante, pues su respuesta a las

lis C fr. Ibid., p. 83.


i ' 1 Cfr. Ibid., p p . 53, 97 y 104.
' i ' 1 E n e fecto , el iu s n a tu r a lis m o r a c io n a lis ta e ra siste m á tic o y lo g ic ista . Cfr. F. C a r p i n ­
t e r o B i’. n í t r z , H istoria, del Derecho n a tu ra i. U n ensayo, M éx ico . U .N .A .M ., 1999, p p . 185-
1 89. Pero e l logicism o en teoría d e la in te rp re ta c ió n ad v ien e al positivism o legalista n o sólo de
a q u é l, sino tam b ién y so b re todo de p o stu la d o s políticos reiativos a la fu n ció n ju d ic ia l ( s e p a r a ­
c ió n de p o d e re s) y a la ley com o e x p re sió n d e la v o lu n tad g e n eral (sa n tid a d d e la ley).
m i C fr. M . G . L o s a n » , “La Teoría Pura, del Derecho: elei lo g ic ism o al ir r a c io n a lis m o ”,
D o xa 2 (1 9 8 5 ), p p . 55 ss.
i 17 C lr. H. K e l s i í n , T eo ría P u ra d e l D erecho, cit., § 46, p p . 353-355. E n este se n tid o , O llero
h a lla m a d o la a te n c ió n so bre los dilem as que c o m p o rta esta altern ativ a e n tr e c o n o c im ie n to y
d e c is ió n . Cfr. A. O l l e r o , “G iu d ic a re o d e c id e re : il se n so d e lla fu n z io n e g iu d iz ia r ia ” , eli
S.C o i t a (ed .). C onoscenza e n o rm a tiv ità , M ila n o , G iu ffrè , 1995, p p . 127 ss.
m Cfr. N. Boniiio. “P erelm an e K elsen”, en G. Haarsciii-:u y L. I n <.im-;r (e d s.), J astice et
a rg u m e n ia tio n . Essais à la mi-moire de C im ivi P erelm an, B ru x e lle s , F a cu lté d e D ro it, 1 9 8 6 ,
p. 165 .
H!l EsLa es, d e h ech o , u n a d e las críticas q u e se h a n d irig id o co n tra la p r e te n s ió n d e la
T eo ría P u ra d e c o n s titu ir s e e n u n a te o r ía “ g e n e r a l” d e l D e re c h o . Cfr. G. R c j ih . e s , L as
lim ita cio nes de la Teoría P ura del Derecho, M éxico, U N A M , 1989, p p . 14 ss.
FILO S O FÍA D FL DERECHO Y PAR AD I(.M A S E PISTEM O LÓ C ICOS m
tesis de D w orkin c o n tra la d iscrecio n alid ad ju d ic ia l y a favor d e tá
única re sp u e sta c o rre c ta se lim ita a a firm a r que c u a n d o u n caso
cae fu e ra d e l ám b ito d e u n a regla, el ju e z ejerce la d isc re cio n a lid a d ,
e n te n d ien d o p o r tal u n a actividad que es a la vez aplicativa y cread o ra
de D erecho.120 El alcance de esta propuesta, es decir, e n qué sentido
habría aquí que e n te n d e r la “aplicación”, n o recibe m ayor tra tam ie n to
ni ju stific a c ió n .121
Y Raz parece hacernos volver a las posiciones ingenuas del p rim e r
positivismo decim onónico cuando establece la “tesis de la in tención
autoritativa” que afirm a que “como el D erecho deriva d e u n a cons­
trucción deliberada, su in terp retació n debe reflejar las intenciones d el
que lo h iz o ” .122 Algo sim ilar d efien d e el positivism o ético c o n te m p o ­
ráneo de C am pbell, p a ra quien el ideal interpretativo p resu p o n e que
las reglas p u e d e n leerse com o proposiciones form adas p o r térm in o s
que p o se e n u n sig n ificad o litera l o claro, gracias a lo cual es p o si­
ble a p licarlas se g ú n la in te n c ió n del p ro p io te x to .12S
El b ala n c e de c u a n to se lleva ex p u esto es que la T eo ría d e la
aplicación d e l D e re ch o d el p rim e r positivism o es n a i f y, e n g ra n
m ed id a , falsa, p o r u n a p a rte ; y que el positivism o m ás re c ie n te no
va m u ch o m ás le jo s .124
A ntes de p a s a r a la sig u ien te crítica, in te re sa d e ja r claro qu e
cuan to llevam os d ich o sobre la p resen cia de e le m e n to s no lógicos

,2(í C fr. H . L .A, H a r t , T h e Concept o f Laxe, 2n ecl., O x fo rd , C la r e n d o n P re ss, 1994,


“ P o stS c rip t” , p p . 2 7 2 - 2 7 3 . <
121 C o m o lo m u e s tr a n a lg tm a s ex é g e sis re c ie n te s. Cfr., a l r e s p e c to , S. J . Si u n no, “ O n
H a r t's Way O u t ” , e n J . C o le m a n (e d .), H a r t ’s PostScript. Essays on tlíe PostScript lo The
Concept o f L a w , O x f o rd , O x f o rd U n iv e rsity P ress, 2 0 0 1 , p p . 16 3 -1 6 4 .
12‘- j . R a z , “I n te n tio n in In te rp re ta tio n " en R. P. Gkouc.k (ed.), The A u to no m y o f Law,
O x f o rd , O x f o r d U n iv e rs ity P re ss , 1996, p. 259.
la:1 C fr. T. D. Cami’HiU.l., The L egal Theory o fE t h i c a l P ositivism, cit., p. 129 y Prescriptive
Legal Positivism. Law, R ig h ts a n d Dem ocr acy, cit., p p . 89-91.
12/1 Cfr. C. M. S tam atis, A r g u m e n t e r en droit. Une théori-e critique de l'a rg u m e n la tio n
ju r i d i q u e , P u b lisu d , 1995, p p . 5 2-56 . A título d e ejem plo, la conclusión a q u e llega R. d e Asís en
su lib ro J uece s y n orm as. L a decisión j u d i c i a l desde el O rd en a m ien to v ie n e a r e p r o d u c ir
e x a c ta m e n te e l p la n te a m ie n to kelseniano. Así, el e p íg rafe final del trab ajo , titu la d o “O r d e n a ­
m ie n to , n o r m a s , j u e c e s ” , se lim ita a c o n c lu ir q u e : “ E n e l O r d e n a m i e n t o , los ju e c e s se
co n stitu y en e n u n cen tro m ás d e p ro d u cció n norm ativ a, igual q u e el P arlam en to , el ejecutivo,
etcétera. Se tra ta d e u n a c a d e n a n o rm ativ a m ás. Incluso p u e d e d escrib irse la e x is te n c ia d e un
su b sistem a, co n u n a s n o rm a s básicas q u e lo p re s id e n . Las n o rm a s q u e e n e ste c e n tr o se
o r ig in a n so n ta n to g e n e r a le s c o m o in d iv id u a le s. L as in d iv id u a le s n o r m a lm e n te se id e n ti­
fican co n el fallo, si b ien éste p u e d e p o se e r tam bién u n alcance g en eral. Las gen erales, p o r su
p a r te , s u e le n a p a r e c e r e n lo s f u n d a m e n to s ju r íd ic o s (a u n q u e ta m b ié n e n e l fa llo ). La
validez d e estas n o rm as d e p e n d e d e su co n fo rm id ad con ios criterio s d e validez del O r d e n a ­
m ien to . Su p ro c e s o d e c r e a c ió n e stá su je to a u n a s e rie d e re g la s y c o n c a r á c te r g e n e r a l al
O r d e n a m ie n to . P o r su p a r te , su c o n te n id o ta m p o c o p u e d e c o n tr a d e c ir e l d e las n o rm a s
s u p e rio re s. La situacióji je r á rq u ic a d e estas n o rm as d e p e n d e rá del ó rg a n o q u e las d ic tó ”. R. he
A s ís , J uece s y no rmas. L a decisión j u d i c i a l desde el O rd en a m ien to, M a d rid , M a rcial P ons,
1995, p p . 3 0 0 -3 0 1 .
38 El. a g o t a m i e n t o d e l p o s i t i v i s m o j u r í d i c o

e n la a p lic ac ió n del D erecho n o es sin ó n im o d e u n a au sen cia to tal


de lo ló g ico -fo rm al en esta actividad. La lógica fo rm a l d e s e m p e ñ a
u n p a p e l d e sta c a d o en el p ro ceso d e ap licació n d e l D erech o ,* 25 e
incluso aquellos razonam ientos d o n d e lo valorativo está p resen te con
c la rid a d , co m o la an alo g ía, se d e sa rro lla n s ig u ie n d o u n a fo rm a ló ­
gica q u e p u e d e calificarse d e im pecable.

3. La p r o y e c c ió n d e ia s d e f ic ie n c ia s m e t o d o l ó g ic a s s o b r e el r est o

d e l a T e o r ía j u r íd ic a p o s it iv is t a

La faz voluntarista del positivismo que se señaló a pro p ó sito de sú


co n c ep to de D erech o se p o n e d e relieve ta m b ié n en la n eg ativ a a
m odificar ciertas tesis de su T eoría jurídica, a p esar d e que la crítica
d irig id a co n tra otras obliga a a b an d o n ar aquéllas o, al m enos, a revi­
sarlas, com o se in te n ta rá m o stra r a c o n tin u a ció n .
De lo expuesto en el epígrafe p reced en te se concluye con claridad
la falsedad de las tesis de la Teoría ju ríd ica del positivism o qué desig­
n adas con las letras D, E y F. Por u n a p arte, parece inobjetable que no
se p u e d e h ab lar de ju risp ru d en cia m ecánica si el ju e z se ve o b lig ad o a
efectuar diversas valoraciones de o rd en m oral y político en m últiples
m om entos d e l proceso de aplicación de las norm as. Por lo que se refie­
re a los principios de plenitud y coherencia del o rd en a m ie n to , parece
claro que no p u e d e n sostenerse si existen lagunas y antinom ias, y si los
cam inos p a ra resolverlas n o se p u e d e n tran sitar sin efectu ar las alu d i­
das valoraciones. A hora bien, que el órgano de aplicación o adjudica­
ción to m a v e rd a d e ra s d ecisio n es, sin lim ita rse a u n p a p e l d e m ero
“o p e ra d o r técnico ”, significa que en rigor no cabe h ab lar d e auto in te ­
gración del o rden am ien to . La integración es llevada a cabo haciendo
in te rv e n ir e le m e n to s ajenos al sistem a n o rm ativ o .

125 S o b re el p a p e l d e la ló g ica f o rm a l cfr. G. K.u.iN'OW.SKt, In t r o d u c c i ó n a la lógica


ju r í d i c a . E le mentos de semiótica j u r í d i c a , lógica de las no rm a s v lógica j u r í d i c a , B u e n o s
A ires, E u d e b a , 1 9 7 3 ; E. G a rc ía Máyniíz, Lógica del raciocinio j u r í d i c o , M é x ic o , F o n ta m a ra ,
1 99 4 , p p . 7 -1 5 y passini', A . M u n to iio B a i.lk stf.k o s, “ N ocas s o b re e l r a z o n a m ie n to ju r íd ic o
y la p o s ib ilid a d , s ig n ific a c ió n y lím ite s d e la ló g ica j u r íd i c a ” , Persona y Derecho 12 (1 9 8 5 /
1), p p . 6 7 -1 0 9 , d o n d e se in c lu y e n a b u n d a n te s r e fe re n c ia s b ib lio g rá f ic a s . V er e s p e c ia l­
m e n te las p p . 9 5 -1 0 2 d e este tra b a jo . P o r su p a r te , R . Hi-ünAndmz M a rín , Interp retación,
su b s u nción y a plica ció n del Derecho, M a d rid , M a rcial P o n s, 1999, c a p ítu lo IV, p p . 2 1 5 -2 3 9
o fre c e u n a i n t e r e s a n t e c rític a d e la c o n c e p c ió n ló g ica d e la a p lic a c ió n d e l D e re c h o , y
d e f ie n d e u n a c o n c e p c ió n se m á n tic a d e la a p lic a c ió n .
1215 Cfr. L. L o m h a i í d i V a l i . a u iii, Corso di Filosofía del Diritto, ctt.., p . 9 6 , q u ie n re m ite a
la fo rm a liz a c ió n ló g ic a d e l a r g u m e n to a n a ló g ic o e f e c tu a d a p o r N . Bom sio, L an a lo g ía
nella lógica del d iritto , M e m o rie d e ll’ Is tim to G iu rid ic o , X X X V I, T o rm o , 1938. U n a n á li­
sis p o r m e n o r i z a d o d e los e le m e n to s ló g ic o s y v a lo ra tiv o s p r e s e n te s e n el r a z o n a m ie n to
j u r íd ic o p o r a n a lo g ía , en M. A t i k n z a , Sobre La a nalogía un el Derecho. E nsayo de análisis de
u n ra z o n a m ie n to j u r í d i c o , M a d rid , C iv itas, 1986.
FILO SO FÍA DEL D E R E C H O Y PARADIGMAS E PIST E M O L Ó G IC O S

En nuestros días, la p len itu d del o rd en am ien to sólo p u e d e conce­


birse en un sentido muy lato, vinculado a la am pliación del sistema
jurídico p a ra d a r cabida d e n tro de él no sólo a las reglas, s iró tam bién
a los principios y a los criterios y norm as de razó n práctica, au n q u e
sean d e ín d o le p u ra m e n te p ro c e d im e n ta l. ^ Ello, a su vez, exige
m o d ificar la visión tra d icio n a l d e la co h e re n c ia , p u es p rin c ip io s
contradictorios p u e d e n ser válidos sim ultáneam ente; la idea d e cohe­
rencia se traslada, así, d esde la perspectiva estática a la perspectiva
dinám ica o aplicativa, y las tensiones se resuelven en esa sede m ed ia n ­
te la p o n d e ra c ió n de los p rin c ip io s. La p o te n c ia lid a d extensiva de
los p rin c ip io s p e rm ite tra ta r d esd e el sistem a, y d e a c u e rd o con él,
casos q u e u n m o d elo fo rm a d o ex clu siv am en te p o r reg las no p o d ría
en m odo alguno afro n tar,128 aun q u e g en era lagunas de in d eterm in a-
c ió n 120 que sólo se p u e d e n colm ar m ed ian te u n a tarea d e valoración
en o rd en a la cual el sistem a m ism o sólo proporciona los puntos de
p a rtid a , e n el m ejo r d e los casos.
U n a posible síntesis de lo afirm ado hasta ah o ra a resultas de la
crítica al positivism o ju ríd ic o es que la co m p o n en te m oral del D erecho
parece inevitable, tanto en el concepto del D erecho - p o r la referencia á
la justicia o p reten sió n d e corrección que exhiben y form ulan todos los
o rd e n a m ie n to s h is tó ric o s -130 com o en la d in ám ica ju ríd ic a , p o r la
im posibilidad de elu d ir los juicios de valor en el proceso, de adjudica­
ción. Esto últim o com prom ete los principios de p len itu d y coherencia
del o rd e n a m ie n to , y d e stru y e el d e ap licació n m ecan icista d e las
n o rm a s. Pero e n m i o p in ió n es p o sib le lleg ar m ás lejos, y p la n te a r ­
se si p u e d e n se g u ir m a n te n ié n d o s e las resta n te s tesis q u e in te g ra n
el po sitivism o com o T e o ría d e l D erech o , y la p ro p ia d o c trin a de la
aproxim ación avalorativa, que constituyen el núcleo d u ro de dicha
c o rrien te de p e n sa m ie n to .

127 C fr, R . A lu x v , “ S is te m a ju r í d i c o y r a z ó n p r á c t i c a ”, c i t ., p p . 1 7 2 -1 7 7 ; y, m ás
e x te n s a m e n te , d e l m ism o a u to r, T e o r í a de l a a r g u m e n t a c i ó n j u r í d i c a , cit., p p . 2 9 1 -3 1 1 y
p a s sim .
I2a C fr. R. A i. i’.x y , “S iste m a ju r íd ic o y r a z ó n p r á c tic a ” , cit-, p p . 1 6 7 -1 7 2 .
I2!l Cfr. I b i d e m . , p p . 1 7 0 -1 7 2 .
|;!(1 Cfr. R. A l k x y , E l c o n c e p t o y la v a l i d e z d e l D e r e c h o , c it., p p . 4 1 -4 5 , B u ly g in ha
c ritic a d o la tesis d e Ja p r e te n s ió n d e c o rre c c ió n , in ic ia n d o u n d e b a te c o n Alexy. Cfr. E.
B u i .v h í n . “A lexy u n d d as R ic h tig k e its a rg iu u e n t” , e n A . A a h n i o , S . L . P a u l s o n , O . W k í n b i í r c ; k u ,
G . H . v. W k i c . h t , D . WvnL'CKKi,, Rer.h tsno nn. a n d R e c h t s w i r k l i c h k e i t . F e st s c hr ift f ü r W erner
K raunetz, B e rlín , D u n c k e r & H u m b lo t, 199:1, p p . 19 ss.; R. A l k x y , “ B u ly g in s K ritik des
R ic h tig k c u - s a rg u m e n ts ” , en E. G a r z ó n V a i. oils, W. K k a w ii í t z , G. H . V . W k i c . i i t , R. Zimmi'.uling,
N o rm a tiv e Systems i n L e g a l a n d M o r a l T h e ory . Festschrift f o r Carlos £. A l c h o u r r ó n and
E ugenio B u ly g in , B e rlin , D u n c k e r Se H u m b lo t, 1997, p p . 2 3 5 -2 5 0 ; E. B u l y g i n , "A lexy’s
T h e s is o f th e N e c e ssa ry C o n n e c tio n b e tw e e n Law a n d M o ra lity ” , R a t i o J u r i s 13 (2 0 0 0 /2 ),
p p . 133-137; R. A l e x y , '“O n the T h esis o f a N ecessary C o n n e ctio n betw een Law a n d M orality:
B u ly g in ' s C r itiq u e ” , R a t i o J u r i s 13 (2 0 0 0 /2 ), p p . 1 38-147.
40 EL AGOTAM IENTO DEL POSITIVISMO JURÍDICO

A m i ju ic io , cae la tesis legalista, p u es los p rin c ip io s, al m en o s


algunos de ellos, n o reciben d e las norm as su calificación ju ríd ica, sino
d e l em pleo práctico p o r p a rte de los órganos de adjudicación. Más
am pliam ente, debe desecharse el normativísimo, pues el carácter in ­
evitable de lo valoratjvo y la necesidad d e ad m itir que la adjudicación
consiste e n u n a v e rd a d e ra d ecisió n su p o n e n q u e la n o rm a leg al y
las re s ta n te s n o rm a s positivas n o b a sta n p a ra la so lu ció n d e los
casos. La n o rm a positiva co n stitu y e u n o d e los e le m e n to s que c o n ­
d icionan la adjudicación, p ero no el único. Por tanto, si se a d o p ta la
perspectiva del “m om ento aplicativo” d el D erecho, éste no se p u e d e
red u cir al conjunto de las norm as generales. Podría seguir m a n te n ié n ­
dose la noción de o rd enam iento como conjunto d e norm as generales,
p e ro sin id e n tific a r e n to n ces D erecho y o rd e n a m ie n to ju ríd ic o .
Algo a n á lo g o quiso d e c ir J o s e f E sser e n Principio y norma en la
elaboración jurisprudencial del Derecho p r iv a d o .131 Para este au to r,
los principios (G rundsätze) no se red u cen a los principios generales
d el D erecho, ni a otros principios particulares co nten id o s en las n o r ­
m as positivas o ded u cib les d e ellas, sino que c o m p re n d e n ta m b ié n
los diferentes tipos d e juicios valorativos que se form ulan en el p ro ce ­
so de elaboración de la decisión ju risp ru d e n c ia l o de las soluciones
d o g m átic a s a p ro b lem as p ráctico s. Los p rin c ip io s, al m en o s a lg u ­
nos de ellos, no se extraen de las norm as.1^ N o se trata, pues, d e q ue
el sistem a ju ríd ico esté com puesto no sólo p o r reglas, sino tam b ién
p o r prin cip io s, com o han so sten id o p o s te rio rm e n te DworkinJ-1^ y
Alexy.134 Lo que añrm a más bien Esser es que las norm as, no im p o rta
d e qüé clase sean (él no habla de reglas p o r oposición a principios,
sino que em plea la palabra Norm, n o rm a , e h p lu ra l N orm en)}n o co n s­
tituyen n ecesariam en te la fuente, ni siquiera e n sentido rem o to o
m ediato, de las valoraciones conform e a las cuales se resuelven los
p ro b lem as j u r í d i c o s , l o cual significa que el D erecho no se identifica
con el sistem a no rm ativ o .
Kelsen se ha ocupado de las ideas de Esser en el capítulo XXVIII
d e la Allgemeine Theorie der N o r m e n . ^ En ese lu g ar a d m ite q u e

ISI Cfv. J . Eskiír, Principio y n o rm a en la. elaboración j u r i s p r u d e n c ia l del Derecho p r i v a ­


do, cit., p . 124.
1:12 C fr. I bid., p . 117, e n tr e o tra s.
,:l;> Cfr. R . D w o r k i n , Los derechos en se rio , cit., p p . 7 2 -8 0 , 134 -1 4 5 y 1 5 8 -1 7 1 .
,:1‘1 Cfr. R. A l i í x y , "S istem a ju r íd ic o y ra z ó n p r á c t ic a ”, c it., p p . 1 6 1-174.
1:ìr> C fr. J . Esaliti, Principio y ñor ma en la elaboración j u r i s p r u d e n c ia l del Derecho p r i v a ­
d o , cit., p p . 19 ss. U n c o m e n ta rio d e ta lla d o a las te sis d e E sse r s o b r e los p r in c ip io s , p u e d e
v e rs e e n G. Z accak ja, Erm en eu tica e G iu ris p ru d en z a . Sa ggio s u lla metodología di J o s e f Esser,
M ila n o , G iu ffrè , 1 98 4, p p . 72 -1 0 2 . S o b re e l a lc a n c e d e tales te sis en c o n f ro n ta c ió n c o n
las d e D w o rk in , p u e d e v erse d e i m ism o a u to r R a zó n j u r í d i c a e interpretación, M a d r id ,
C iv itas, 2 0 0 4 , p p . 3 5 3 -3 9 7 .
13,1 Cfr. H. Kiíi.skn, A llgemeine Theorìe der N o r m e n , W ien, M a n z, 1979. Se h a te n id o a
la v ista la tr a d u c c ió n ita lia n a d e M. L o s a n o , Teoria generale delle norme (T o rin o , E in a u d i,
FILOSOFÍA DEL DERECHO Y PARADIGMAS EPISTEMOLÓGICOS 41

“la p ro d u c c ió n de n o rm a s ju ríd ic a s g e n e ra le s e in d iv id u ale s estáf


influenciada p o r los principios de la m oral, de la política y de las
costum bres”, 137 y que “las norm as jurídicas generales, cuyo contenido
se co rresp o n d e con los principios de la m oral, de la política o de las
costum bres, no p u e d e n producirse sólo m ed ian te la actividad legisla­
tiva sino tam bién m ed ia n te la práctica reiterad a creada p o r la continua
actividad ju d icial de los tribunales. La sentencia sobre u n caso concre­
to, que n o es aplicación d e u n a n o rm a ju ríd ica g en eral, m aterialm en te
d e te rm in a d a y ya e n vigor, p u e d e e sta r in flu e n c ia d a p o r u n p rin c i­
pio de la m oral, de la política o d e las costum bres, que hasta ah o ra no
ha influido todavía en m odo alguno en la producción del D erecho’’.
Sin em bargo, en su o pinión, “el hecho de que influyan en la p ro d u c­
ción de las n o rm a s ju ríd ic a s n o significa, com o so stie n e Esser, que
se «positivicen», es decir, que se conviertan en elem entos constitutivos
del D erecho positivo. «Positivizadas», es decir, D erecho positivo, son
sólo d e te rm in a d a s n o rm a s que estatu y en actos coercitivos esp ecífi­
cos y q u e son p ro d u c id a s en la fo rm a d e te rm in a d a p o r el D erecho
m ism o”.1S9 Kelsen n o n ieg a que los principios p o sean carácter n o rm a ­
tivo, sino que sean n o rm as jurídicas, aunque d e te rm in e n la creación
d el D e re c h o .140 Esto resu lta m uy im p o rta n te a su ju ic io , p o r ra z o ­
nes d e econom ía co n cep tu al.141 Dicho de otro m odo, Kelsen critica
que se llam e D erecho positivo a lo que, sin duda, influye e n el D erecho
positivo, pero p erten ece a otro tipo de n orm atividad. Así como no sé
llam a D erecho a la econom ía o a las ideologías políticas que influyen
en los c o n te n id o s d e la legislación, tam p o co d e b e n c o n sid e rarse
D erecho los juicios m orales y políticos que, se sitúan en la base de los
ju ic io s de v alo r que in flu y en e n las sen ten cias ju d ic ia le s.
En mi opinión, esta posición resulta objetable p o r dos razones. Por
u n a p a rte , Kelsen ad m ite que el D erecho no existe en form a aislada de
otras realidades, com o la política, las costum bres sociales o la m oral.
Ello d eb ería llevarle a p en sar que u n a Ciencia del D erecho que p res­
cinda de la conexión en tre éste y esas otras realidades p ro p o rcio n ará
forzosam ente una im agen sesgada, e incluso d efo rm e, d e lo ju ríd ico .
Por ello, su pro p u esta de u n a C ienciajurídica pura, “d e sc o n ta m in a d a ”
d e m o ra l y de Sociología, c o n d u c irá a u n co n ju n to de e n u n c ia d o s
precisos q u e c o m p o n d rá n tal vez u n a im ag en m ás exacta, p e ro tam ­
bién m ás alejada de la realidad, como se h a expuesto m ás arriba. En
1985) p o r q u e la c a s te lla n a , Teoría g e n e r a l de las norm as, d e H . C. D a lo ry Ja c o b s , M éxico,
T rilla s, 1 99 4, es m uy p o c o rig u ro s a .
IS7 H . K e ls e n , A ligem ein e Theorie der N o r m e n , cic., p. 92,
¡a» Ibid. p p . 9 2 -9 3 .
i™ Ibid., p . 94.
11,1 Cfr. Ibidem, y p. 95.
141 C fr. Ibid., p. 95.
42 EL AGOTAM IENTO DEL POSITIVISMO JURÍDICO

m i opinión, u n a C iencia ju ríd ica realista h a de te n e r e n cuenta las


im purezas del D erecha, la versatilidad y p o ro sid ad de las fro n teras del
sistem a juríd ico , com o reconoce hoy u n sector del positivism o cuya
p o sició n se e s tu d ia rá m ás a d e la n te .142
J u n to a lo an te rio r hay u n segundo aspecto que no resulta satisfac­
torio e n la posición de Kelsen, y es la p reten sió n en o rd e n a d efin ir lo
ju ríd ico de o to rg ar el m ism o alcance a la influencia de la econom ía, la
m oral, las costum bres o las ideologías políticas sobre la legislación, y a
la influencia de los principios sobre las valoraciones que d e te rm in a n
e n p a rte la d ecisió n ju d ic ia l. A m i ju ic io , am bas n o p u e d e n e q u ip a ­
ra rse , p o rq u e u n a vez tra z ad o el lím ite que d e fin e el ám b ito de lo
ju ríd ic o , tal delim itación debería estar en condiciones d e explicar el
fu n cion am iento del D erecho en todos sus aspectos. U n a vez defin id o
el D erecho com o sistema nominativo, todo lo relativo a su funciona­
m ien to deb ería p o d e r explicarse a p a rtir de ahí y con la sola referencia
a d ich o sistem a. A h o ra b ien , si la sen te n c ia , p a ra ser p ro d u c id a , o
la ley p a ra ser ap licad a, n o co n tie n e en su in te rio r to d o s los e le ­
m en to s, sino q u e necesita recu rrir a juicios valoratívos, conscientes q
inconscientes, de índole política o m oral, es decir, necesita trascen d er
el lím ite que se h a trazado previam ente, h ab ría que acep tar q u e los
confines del D erecho se h an trazado m al, que el D erecho no se reduce
al sistem a norm ativo, que la realidad de este últim o es porosa, y que en
la práctica no cabe trazar u n a separación radical e n tre el sistem a de
n o rm a s positivas, que sería el D erech o , y el c o n ju n to d e las v alo ­
raciones que interv ien en en su operatividacl. N o.habría in conveniente
a lg u n o en a c e p ta r la d e lim itac ió n d e l ám b ito d el D erech o tra z a d a
p o r K elsen y sus seg u id o res, a co n d ició n d e que resu lta se po sib le
m a n te n e r dich a delim itación a la h ora de explicar el fu ncionam iento
del sistem a q u e se co n stru y e a p a rtir de ella.
En d efin itiv a, la razó n que h a b ía c o n d u c id o a n e g a r las tesis de
la p le n itu d , c o h e re n c ia y aplicación m ecan icista de las n o rm a s, la
in ev itab le p re se n c ia d e lo v alo rad v o en la tare a d e a d ju d ic ac ió n ,
exige tam b ién desech ar la tesis de la ley com o ú n ica o p rim e ra fu en te
d e calificación ju ríd ic a .
A lgo m uy sim ilar p u e d e a firm arse resp e c to d el imperativismo.
Así, au n q u e se p u e d a m a n te n e r una teoría im perativísta de la no rm a
ju ríd ic a , no to d o lo n o rm ativ o en el D erech o p o se e u n a e stru c tu ra
im p e rativ a , p u e s las alu d id as valo racio n es no son m a n d a to s , ni los
p rin c ip io s son e x a cta m e n te m a n d a to s :143 p o d ría n c o n sid e ra rse así

C fr. iuf ia, c a p ítu lo 1. e p íg r a fe III.


C o n tr a r ia m e n te , A l e x y s o s tie n e q u e los p r in c ip io s so n m a n d a to s d e o p tim iz a c ió n .
Cfr. R. A lu x y , " S iste m a ju r íd ic o , p r in c ip io s ju ríd ic o s y ra z ó n p r á c t ic a ” , e n Doxa 5 (1 9 8 8 ),
p . 143; y M . A t i e n z a y J . R u í z M a ñ e r o , Las piezas del Derecho. Teoría de los enunciados
f il o s o f ía d el d e r s c m o y p a r a d ig m a s e p is t e m o l ó g ic o s

los principios que se o b tien en del o rd en am ien to positivo, si s© salvan


las críticas que con tra la teoría im perativa de la norm a ju ríd ic a se hatx
dirigido. Sin em bargo, no se ve cómo p u ed en ser m andatos (¿de quién?)
aquellos principios que el ju zg a d o r “descubre” y form ula e n conexión
con las necesidades de u n caso d eterm in ad o . C onviene, pues, no p e r­
der de vista la im portancia de distinguir en tre valoraciones y actos de
v o lu n ta d im p e rativ a ; n o to d o lo que su p o n e u n a v alo ració n es tam ­
b ién u n im p erativ o .
Por lo que se refiere a Ya aproximación epistemológica, reco rd em o s
que, según se vio, dab a lu g ar a u n d eterm in ad o concepto de Derecho,
c o n stru id o sobre la separación conceptual e n tre éste y la m o ral, y a
u n m od elo descriptivo de Ciencia y T eoría ju ríd ica, u n m odelo de
análisis conceptual no valorativo. En m i opinión, del carácter necesa­
rio de lo valorativo en la dinám ica del D erecho se d esp ren d e que no
cabe m a n te n e r la c o m p le ta irrelev an cia de la re fe re n c ia a la m o ra l a
la h o ra de d e fin ir el D erecho. A lgunos e le m en to s d e m o ra lid a d
form an p a rte claram ente del Derecho en su dim ensión d in ám ica,144 y
u n concepto de D erecho, incluso uno descriptivo, h a de h acer lugar a
este h e c h o . E n este se n tid o , es preciso rec o n o c e r que las c o rrie n te s
de ju ris p ru d e n c ia sociológica se m u estra n m u ch o m ás realistas que
los fo rm alism o s, al p re s e n ta r un a im ag en d e l u n iv erso ju ríd ic o en
la q u e a p a re c e n no sólo las n o rm as positivas, sino tam b ié n otros
m a te ria le s n o rm a tiv o s d e diversa ín d o le, las técnicas p ro p ia s d e los
ó rg a n o s e n c a rg a d o s d e l d esarro llo y ap licació n d e tales p recep to s,
y el cuerpo de ideales recibidos como finalidad o propósito del o rd en
ju ríd ic o q u e p re s id e n su ap licació n -145 T am b ién d e sd e la Filosofía
an alítica del lenguaje ordinario se ha acogido esta am pliación de la
perspectiva, aunque sin aceptarla en todas sus consecuencias. Así, N iño
reconoce la conexión justificatoria en tre la m oral y el D erecho, en el
p lan o de las razones p a ra la acción, que se p ro lo n g a p o r ello mismo,
de m o d o necesario, com o conexión in terp retativ a en el m om ento de
las d ecisio n es ju d ic ia le s, que son acciones d e sujetos h u m a n o s ;l4(»
pero se niega a adm itir que ello, p o r m ás que resulte inevitable, con-

j u r í d i c o s , B a rc e lo n a , A riel, 1996, p p . 9-10, q u ien es a c e p ta n esta c o n c e p c ió n del p rin c ip io


com o m a n d a to , si b ie n critic an la teoría de Aiexy sobre la g raduabiliclad en el cu m p lim ie n to de
lo s p r in c ip io s .
M/| S obre el carácter m o ra l d e los p rin cip io s insiste esp ecialm en te R. D w o k k i n , Los dere­
chos en serio, cif... p p . 7 2 -9 4 ; ta m b ié n , a u n q u e m u y c rític o c o n D w o rk in , L. P h i k t o S a n c h í s ,
Sobre p rinc ipio s y normas. Problemas del razonamiento ju r í d i c o , M a d rid , C e n tro de estudios
c o n s titu c io n a le s , 1 992, c a p ítu lo 2.
|,'lA Clásica al resp ecto la caracterización del D erecho llevada a cabo p o r Roscoe P o u n d .
C fr. R. P o u n d , J u r i s p r u d e n t e II, St. Paul, M in n ., W est P u b lis h in g , 1959, p p . 104-132.
Mfi C fr. C. S. N i* o , Derecho, moral y política. U n a revisión de la Teoría g eneral del
Derecho, B a rc e lo n a , A riel. 199 4, c a p ítu lo s 2 y 3.
44 EL AGOTAMIENTO DEL POSITIVISMO JURÍDICO

duzca a la n e c e s id a d d e rec o n o c e r u n a co n ex ió n c o n c e p tu a l e n tre


am bos órdenes, n o rm a tiv o s .147
Por lo que se refiere a la Ciencia ju ríd ic a m eram en te descriptiva, al
análisis c o n c e p tu a l n o valorativo, d e sd e luego resu lta p o sib le , p ero
p a g a n d o u n elev ad o precio: el de su c o m p le ta irre le v a n cia p a ra la
p ráctica d e l D e re c h o .148
¿ Q u e d a en p ie la tesis de las fuentessociales} C o m o h a m a n te n i­
do Esser, el p rin c ip io descansa sobre sí m ism o. Su v alid ez - e n el
sentido de pertenencia al sistema ju ríd ic o - no d e p en d e necesariam ente
d e su prom ulgació n e inclusión en textos legales; radica m ás bien en
que de f a d o es c o n sid e ra d o p o r el a p lic a d o r d e l D e re c h o ,149 si vale
em p le ar esta expresión, como hábil p a ra constituir u n p u n to d e p a rti­
da de la decisión, que d eb erá ser p o n d e ra d o y arm o nizad o con o tro s
principios y aplicado a la solución concreta del pro b lem a e n el m arco
definido p o r los restantes elem entos del sistem a ju ríd ic o (reglas, téc­
nicas, p ro ce d im ie n to s, valores in stitu cio n alm en te reco n o cid o s, etc.).
En el principio p u e d e , p o r tanto, descubrirse u n a sim ultánea doble
faz: p o r u n a p arte, su pro p ia e intrínseca razonabilidad, corxección o
aceptabilidad; p o r otra, la d ep en d en cia respecto del ó rg an o que lo
introduce de hech o en el proceso jurídico, en la vida del D erecho.
D esde cierto p u n to de vista, los principios p o seen u n a validez de
n atu raleza estrictam ente racional y, en ese sentido, m etasocial; desdé
otro, su e n tra d a e n la vida ju ríd ica sigue siendo estrictam en te fáctica;
si no se in co rp o ran a la práctica del D erecho en u n m o m en to histórico
o singular, no pasan de ser u n m ero juicio o saber p riv a d o ,150 y ni
siquiera esto si n o son form ulados p o r nadie. Ello p e rm ite concluir

'•'7 C fr. Ibid., p p . 4 1 -4 2 . C fr. ta m b ié n S. Bi.amX) M ic . u é l k z , Positivismo metodológico y


ra cion alid ad p o l í t i c a ..., cit., p p . 5 2 -7 7 y 2 9 9 -3 0 3 .
>,|S S o bre la ten sió n e n tre la d e fe n sa d el positivism o m eto d o ló g ico y la a te n c ió n a lo que
su c e d e e n el m o m e n to a p lic a tiv o d e l D e re c h o , cfr. C. S. NiNO,yl/g-imo5 modelos metodológicos
de »Ciencia» j u r í d i c a , M é x ico , F o n ta m a ra , 1984, p p . 80, 9 l y p a s s i i / r , y S. B l a n c o M k ; u é l k z ,
Positivismo metodológico y racionalidad p o lítica ..., cit., c a p . III, p p . 1 6 2 -2 2 5 .
n 1-*A arn io ha insistido en este p u n to : “Si u n p rin cip io no ju ríd ic o es p a r te d e u n su strato
c o h e r e n te d e ju s tif ic a c ió n q u e in clu y e p o r lo m e n o s u n a fu e n te j u r íd i c a a u to r ita tiv a , p o r
e je m p lo u n a d is p o s ic ió n le g a l v á lid a , este p rin c ip ia recibe r e le v a n c ia j u r í d i c a A T C . U n
p rin c ip io n o -ju ríd ico «entra» e n el D erech o com o consecuencia d e u n d isc u rso ju ríd ic o a p r o ­
p iad o . El D erech o positiv o, pues, incluye no sólo reg las ju ríd ic a s d ad as y D erech o c o n s u e tu d i­
n a r io , sin o ta m b ié n p r in c ip io s j u r íd i c o s q u e s o n reconocidos como f u n d a m e n t o s p a r a la
praxis de toma de decisiones. Es p re cisam en te esto lo q u e acontece c u a n d o u n p rin cip io -v alo r
n o ju r íd ic o e.s c o n f irm a d o p o r vez p r im e r a p o r el T rib u n a l S u p re m o . E l p r in c ip io recib e
so p o rte in s titu c io n a l e n u n discu rso ju r íd ic o c o n tro la d o a p r o p ia d a m e n te , in c lu so a u n q u e
antes d e tal d iscu rso no existiese e n ab so lu to so p o rte in stitucional alg u n o p a r a e l p rin c ip io en
c u e s tió n ” . A . A a r n i o , “ R e g la s y p rin c ip io s e n e l ra z o n a m ie n to ju r íd ic o " , tr a d u c c ió n d e
P. S e rn a , A n u a r i o da Facultade de Dereito da JJniversidade da Cor-uña 4 (2 0 0 0 ), p . 6 0 1 .
E n fa s is e n el o rig in a l.
13« Cfr. Ib id ., p . 6 0 2 .
FILOSOFÍA DLL DERECHO Y PARADIGMAS EPISTEMOLÓGICOS
m
que la tesis de las fuentes sociales resulta fu ertem en te relativizada po®
los p rin c ip io s, cuya cualificación n o p ro c e d e de las n o rm a s, n i del
p o d e r coactivo, etc.; p e ro no c o m p le ta m e n te a b o lid a , p u e sto que
el principio, o es form u lad o p o r alguna de las fuentes d e producción
jurídica o no es, sencillam ente, nada. Esta relativización p u ed e q u edar
oscurecida en nuestro contexto ju ríd ico p o r el hech o de que n u estro s
sistemas constitucionales se configuran como un auténtico Derecho
de principios, y siendo la C onstitución u n a n o rm a ju ríd ic a positiva,
p u e d e p a re c e r que los p rin c ip io s no son m ás que n o rm a s d e caraca
terísticas d ife re n te s a las reglas, sin que tales características afecten
re a lm e n te a su p o s itiv id a d .ir,)
La conclusión a que se acaba de llegar resulta particu larm en te re­
levante e n o rd en a construir u n proyecto de Filosofía del Derecho*
puesto que a p u n ta a la necesidad de reconocer u n núcleo de verdad
en el positivism o ju ríd ico : la dim ensión institucional/histórica, “posi­
tiva” de lo juríd ico . Sin em bargo, a la luz de lo dicho parece que no es
posible seguir p en san d o el Derecho como u n conjunto de norm as sepa­
rables c o m p le ta m e n te d e la m o ral, sin que ello im p liq u e n e c e sa ria ­
m en te c o n fu n d ir u n o y o tra , com o se h a d ic h o .152

III. UN INTENTO DE REFUNDAR EL POSITIVISMO JURÍDICO


A FINES DEL SIGLO XX: EL INCLUSIVE LEGAL POSITIVISM

La crítica al positivism o que se. acaba de esbozar co m p ren d e en sus­


tancia dos argum entos. El p rim ero de ellos a p u n ta a que el acceso de
la Filosofía ju ríd ic a positivista al concepto de D erecho está condicio­
nado, b ien p o r u n a Filosofía política de cuya a c ep ta ció n d e p e n d e la
a c e p ta b ilid a d del c o n c ep to de D erech o re su lta n te , bien p o r u n a
ideología cientificista escasam ente justificada y, en mi opinión, escasa­
m en te ju stifica b le . E n to d o caso, am bos p u n to s d e p a rtid a chocan
fu e rte m e n te con el D erech o c o n te m p o rá n e o , lo cual im p id e que
los c o n c ep to s de D erech o que p ro p o rc io n a n refleje n “el D erecho
que es” en nuestros días, sobre todo a causa d e la exclusión de la re­
ferencia a la m oral, toda vez que los ord en am ien to s ju ríd ico s in co rp o ­
ran actualm ente conceptos m orales, valores y principios, especialm ente
a nivel co n stitucional,ir)íí lo cual lleva consigo que el exam en de validez

i S o b re la re v isió n d e l c o n c e p to d e p o s itiv id a d a cau sa p r e c is a m e n te d e la in flu e n ­


cia d e los p r in c ip io s , ci'r. in fra, c a p ítu lo I, e p íg r a fe I I I .3.
152 C fr. L. P lu m o Sam cuís, Sobre principios y n o rm a s..., c it ., p. 13.
153 S o b re el p a r a d ig m a n e o c o n s titu c io n a lis ta ci'r. p o r to d a s , L. M. Ciíuz, L a Constitu­
ción como orde n de valores: problemas ju rídicos políticos. Un estudio sobre los orígenes del
n eo-constitucionalism o, G r a n a d a , C o n ta re s , 2 0 0 5 , pa ssuu.
46 EI . AGO 1A MI ENI O D I T PO SITIVISM O ] U RIDICO

de las norm as, o la tom a de decisiones sobre casos concretos, p u e d e


en o casio n es d e p e n d e r d e esos factores m orales.
El segundo de los argum entos afirm a que la adm isión de la operati-
v idad de los principios -y, en general, de elem entos de o rd en valorativo
en la dinám ica ju ríd ic a - echa p o r tierra varias de las tesis cen trales de
la T eoría del D erecho positivista, y relativiza fuertem ente algunas o tras,
com o la tesis d e las fu en te s sociales,
La cuestión que co rresp o n d e p lan te ar ah o ra es si el positivism o j u ­
rídico de nuestros días p u e d e acep tar estas críticas sin que ello im p li­
que su disolución. Los autores que se sitúan en la línea del positivism o
clásico rechazan estas críticas, tal vez conscientes de la carga de p ro ­
fu n d id a d que llevan consigo. Pero hay o tros q u e tra ta n d e re fu n d a r
el positivism o ju ríd ic o h acien d o lugar a las m ism as, al m enos parcial­
m e n te . Estos ú ltim o s in te g r a n el d e n o m in a d o positivism o ju ríd ic o
in clu y e n te {Inclusive Legal P o s i ti v i s m ) .^

1. E l d e b a t e d e i. p o s it iv is m o in c l u y e n t e , ¿ r e n o v a c ió n o d e c a d e n c ia ?

N o es fácil precisar cuál es el objeto controvertido en el d eb ate en


to rn o al positivismo ju ríd ico incluyente. Sí lo es enu n ciar u n a serie de
p u n to s en discusión, pero u n observador externo, com o lo es sin d u d a
el a u to r de estas páginas, e n cu en tra m ás dificultades cuando lo que se
trata es de señalar el núcleo d el asunto. Si nos rem ontam os a sus o rí­
genes, lo que p re te n d ía n autores como S o p e r'r,r> o L yons,15ti que no
h a n vuelto a ocuparse con excesivo d eten im ien to del tém a, e ra ofrecer
u n a versión del positivism o ju ríd ico hai tiano que resultase com patible
o, al m en o s, in m u n e a las críticas d irig id a s c o n tra él p o r D w orkin.
C om o es bien sabido, estas críticas giran en to rn o a la inevitable p r e ­
sencia en el D erecho de pautas o criterios m orales (principios) y, en
relación con tal presencia, a la im posibilidad de sep arar D erecho y
m o ral, y a las d ificu ltad es d e la T eo ría y de la C ien cia ju ríd ic a p a ra
o p e ra r en fo rm a a x io ló g icam en te n e u tra l. P o ste rio rm e n te , a u n q u e

|!W El e s tu d io m ás co m p leto so b re e l I n c lu s iv e L egal Positivism , q u e p ro p o rc io n a u n


e sta d o d e la c u e s tió n c o n la p rá c tic a to ta lid a d d e la b ib lio g ra fía h a s ta e l p r e s e n te es J . B.
EtcíIIEVEKrv, El debate sobra el positivis m o j u r í d i c o incluyente. Un estado de la cuestión ,
M é x ic o , I n s titu to d e In v e s tig a c io n e s j u r íd ic a s d e la U N A M , 2 0 0 6 (e n p r e n s a ) .
|r,r’ Cfr. E. P. Sopi'.r, “L egal T h e o ry a n d th e O b lig atio n o f a Ju d g e : T h e H a r t/D w o rk in
D is p u te ” , M i c h ig a n L a w R eview 75 (1 9 7 7 ), pp. 473-519, tam b ién incluido en M. C o i i i í n (ed.),
R o n a l d D w orkin a n d Contem po rary J u r i s p r u d e n c e , L o n d o n . D uckw orth, 1983, p p . 3-27.
■su Cfr. D. Lyc )N.s, ‘'P rincip les, Positivism a n d L egal T h e o ry ”, Yale L a w J o u r n a l 87 (1 9 7 7 ),
p p . 4 1 5 -4 3 5 ; del m ism o autor, “ D erivability. D efeasibility a n d the Ju s tific a tio n o f J u d ic ia l
D e c is io n s ” , The M o n ist 68 (1 9 8 5 /3 ), p p . 325 y ss; del m ism o autor, “M oral A spects o f L e g a l
T h e o r y " , M idw est Studies in Philosoph y 7 (1 9 8 2 ). T a m b ié n p u b lic a d a s las se c c io n e s 3-6 e n
M. C o h k n (ed .), R o n a ld Dworkin a n d Contemporary J u r isp ru d e n c e , cit., p p . 4 9 -6 9 .
FILOSOFÍA DHL DERECHO V FARAD!(iMAS EPISTEMOLÓGICOS

esta in tención inicial fue reafirm ad a explícitam ente en los trabajos de


algunos autores, como p o r ejem plo C o lem an ,157 el d ebate se fue o rien ­
tando cada vez m ás hacia u n a discusión acerca de si la versión ofrecida
p ara afro n tar de u n o u otro m odo las críticas de Dw orkin se m an tien e
o no d e n tro de los lím ites del positivismo jurídico. C on el tiem po, la
d iscusión se acabó tra n s fo rm a n d o p o r m o m e n to s e n u n d e b a te
epistem ológico, m ás intuitivo que riguroso p o r p arte de los incluyentes,
acerca de las cualidades o valores que debe realizar u n a T eoría del
Derecho. Ello se debe, a m i m odo de ver, a dos m otivos principales:
por u n a p a rte cabe m en cio n ar el in ten to de algunos autores de afron­
t a r el a rg u m e n to d e la p re se n c ia in ev itab le d e v a lo racio n es en to d a
d escrip ció n teó rica re s p o n d ie n d o qué, en efecto, esas valo racio n es
existen, p e ro que se tra ta d e valores m eta te ó ric o s, y no m o ra le s .158
Por o tra parte, el giro m etodológico tiene algo que ver con el hecho de
que Raz ha ofrecido respuestas a los argum entos de Dworkin que nó
obligan a reform ular las tesis tradicionales del positivismo ju ríd ico m ás
cuestionadas ni, en consecuencia, a ofrecer n in g u n a versión d e p u ra ­
da o reform ulada del positivismo. O bviam ente, ante diferentes teorías
que ofrecen respuestas a los m ism os problem as y desafíos, es inevita­
ble p re g u n ta rs e cuál d e ellas resu lta m ás a d ecu ad a. Ello no tien e
p o r qué conducir necesariam ente a u n a discusión epistem ológica, pues
p o d ría sim p le m e n te resolverse la cu estió n p o r re fe re n c ia al valor
suprem o fuera de discusión en toda actividad científica y, en general,
teórica: la verdad. La cuestión p o d ría haberse plan tead o , pues, en los
térm in o s sig u ien tes: ¿cuál d e las dos resp u estas a D w orkin es m ás
v erd ad era (si es que alg u n a lo es): la d e Raz o la de los incluyentes?
Eso hubiese sido tan to com o m a n te n e r la controversia d en tro de los
lím ites de la Teoría del D erecho, pues el discurso se habría dirigido a
d e te rm in a r cuál de las repuestas refleja m ejor la realidad del Derecho.
S o rp ren d en tem en te, algunos de los m ás destacados representantes del
positivism o in clu y en te h a n desviado la a te n c ió n d e sd e la p re g u n ta
sim ple p o r la verdad, p o r la co rrespondencia o adecuación de sus tesis
con la realidad de la práctica social que es el D erecho, hacia u n p lan o
m eram en te conceptual, ad en trán d o se en razonam ientos y reflexiones
sobre o tro s valores que d e b e p o se e r u n a T eo ría del D erech o , con el
objetivo de ju stific a r q u e su v ersió n d e l positivism o resu lta p re fe ri­

157 Cfr. J. Coi.RM AN, “ N eg ativ e a u d Positive P ositivism ", J o u r n a l o f L ega l S tud ies 1 I
( 1 9 8 2 ) , p p . 13 9 - i 6 4 , t a m b i é n in c lu ic lo e n M. C o h e n ( e d .) , R o n a ld Din or k i n a n d
Contemporary J u r i s p r u d e n c e , cit., p p . 28-48; "O n the R elationship B etw een Law a n d M orality”,
Ratio Juris, 2 (19 8 9 ), p p . 6 6 -7 8 .
I5S C fr. W . W a l u c i itnv, I n c l u s i v e L egal P o sitivism , O x f o rd , C la r e n d o n P re ss, 1994,
p p . 19-21 y Cfr. j . C o lk MAfv, The Practice of Principle. In Defence o f a P ra g m atist Approa ch
to L egal Theory t O x fo rd , O x f o rd U n iv e rsity P ress, 2 0 0 1 , p p . 3-4.
48 EL AGOTAM IENTO DEL POSITIVISMO JURÍDICO

ble a la de Raz. Es lo q u e sucede con alg u n o s trab ajo s d e C o le m a n 159


y tam bién de Waluchow.101' Com o ya he ap u n tad o , desde este p u n to
d e vista los fru to s no son excesivam ente apreciables, pues falta rig o r
e n la m ay or p a rte de las afirm acio n es, que se s u ste n ta n sobre bases
m era m e n te intuitivas. En todo caso, el efecto final es que la a rg u m e n ­
tac ió n se d e sp la z a d e sd e el discurso acerca d e l D erech o h a c ia el
d iscurso acerca d e la teo ría, si b ien con d ife re n te s in te n sid a d e s.
W aluchow tra ta al m enos de afro n tar algunos problem as p lan te ad o s
p o r los m o d e rn o s sistem as ju ríd ic o s, p o r e je m p lo lo q u e él d e n o ­
m in a el “desafío de la C arta”, en referencia a la carta de derech o s de
las m o d ern as constituciones, m ás en concreto a la de su país, C an a­
d á .101 Sin e m b arg o , e n el caso de C o lem an se a d v ie rte u n a ex p lícita
ren u n c ia a discutir acerca de este tipo de cu estio n es p o r c o n s id e ra r­
las m e ra m e n te fácticas, y n o co n cep tu ales. 102 C om o h a m o stra d o
Rivas, no so rp re n d e , p o r ello, que sus p re te n s io n e s teó rica s a c ab e n
re d u c ié n d o s e a o frecer u n co n ju n to de a firm acio n es p lau sib les, es
decir, m eram en te defendibles o conceptualm ente posibles,103 au n q u e
-a ñ a d o yo a h o ra - no necesariam ente v erdaderas ni p articu larm en te
útiles p a ra co m p re n d er el D erecho real, el D erecho de n u e stra época.
A dem ás, com o h a m o stra d o E tcheverry, las d ife ren c ias p rácticas
e n tre la p o sició n de los positivistas in clu y en tes y la d e Raz, cuyo
positivism o recibe de aquellos el calificativo de “excluyente”, acaban
siendo prácticam ente irrelev an tes.ir>4 Más aún, las diferencias p rácti­
cas e n tre la posición de D w orkin y las teo rías a u to d e n o m in a d a s
positivistas que ad m iten la relevancia y la vinculación de los órganos
d e adjudicación p o r pau tas o criterios m orales (como sucede tanto
con Raz com o con los incluyentes) son tan escasas que el observador
e x te rn o a la p olém ica n o tien e m ás rem e d io q u e p e n s a r q u e b u e n a
p a rte de estos esfuerzos teó rico s se d irig e n a p o d e r se g u ir m a n te ­
n ie n d o el positivism o com o teoría, au n q u e en algunos casos n o se

lr>9 Cfr. J . C o l e m a n , “S e c o n d T h o u g h rs a n d O th e r F irst I n ip re s s io n s ” e n B. B ix (e d .),


A n a l y z i n g Laxo: N e w essays i n legal theory, O x fo rd , C ia r e n d o n P ress, 1998, p . 2 77.
lli,) Cfr. W. W a lu c h o w , I n c l u s i v e L eg a l Positivism, cit., p p . 140.
li;i Cfr. Ibid., p p . 140 y ss.
11,2 Cfr. J . C o l e m a n , The Practice o f Principie. I n Defence o f a P ra g m a tist A p proach to
L e g a l Theory , cit., p . 109.
Cfr. P. R i v a .s , “ El s e n tid o d e la T e o ría ju r íd ic a d e l I n c l u s i v e L e g a l P o s i t i v i s m " ,
C o m u n ic a c ió n p r e s e n ta d a al X X II C o n g re s o M u n d ia l d e F ilosofía d e l D e re c h o y F ilo so fía
S o c ia l ( G ra n a d a , 2 4 -2 9 d e m ayo d e 2 0 0 5 ), p r o m a n u s c rip to , e n p r e n s a e n las a c ta s d e l
m e n c io n a d o c o n g r e s o , J . J . M o r e s o (e d .), vol. 1: L e g a l Theory, B eiheft d e A r c h i v f ü r
R echts- u n d Sozialphilosopkie (2 0 0 6 ).
" ’■t Cfr. J . B. E t o n e v e h k y , " ¿ Q u é h a d e ja d o e l d e b a te IL P /E L P ? ” , C o m u n ic a c ió n p r e ­
s e n ta d a al X X II C o n g re s o M u n d ia l d e F ilo so fía d e l D e re c h o y F ilosofía S o c ia l ( G ra n a d a ,
2 4 - 2 9 d e m a y o d e 2 0 0 5 ), p r o m a n u s c r i p t o , e n p r e n s a en las a c ta s d e l m e n c i o n a d o
c o n g r e s o , J . J . M o r e s o (e d .), v ol. 1: L e g a l T heory , B e ih e f t d e A r c h i v f ü r R e c h t s - u n d
S ozialphilosopkie (2 0 0 6 ).
FILOSOFÍA DLL DERECHO Y PARADIGMAS EPISTEMOLÓGICOS

tenga muy claro qué significa exactam ente e sto ,íür> y en otros.se reduz­
ca la tesis de la separación a m era tesis de la separabilidad, es decir, a
una tesis cuya inadecuación al Derecho actual (vale decir, cuya falseo-
dad) se a d m ite , p e ro q u e se d e fie n d e com o ac ep ta b le a n a lític a m e n ­
te, es decir, com o v e rd a d e ra p a ra algún sistema ju ríd ico , au n q u e éste
no n e c e sa ria m e n te exista.
Lo a n te rio r p erm ite concluir, a m i juicio, que el positivism o, o u n a
buena p arte de él, se e n c u en tra en una fase de franca decadencia, casi
de d esco m p o sició n . Dos so n los signos m ás claros, e n o p in ió n de
quien escribe. E n p rim e r lugar, el h ab er pasado de efectuar, com o hace
explícitam ente K elsen,150 afirm aciones positivas que son (p re ten d i­
dam ente) verdaderas p a ra todo Derecho posible (lo cual abarca, com o
es obvio, a los D erech o s re a lm e n te ex isten tes) a c o n te n ta rs e con
so ste n e r que sus a firm a c io n e s resu ltan analítica o c o n c e p tu a lm e n te
aceptables, es decir, a fo rm u lar en algunos casos (como se verá, casos
im p o rta n tes) tesis qu e, a u n p re te n d ié n d o s e v e rd a d e ra s, n o tie n e n
n in g u n a consecuencia p a ra nuestra com prensión del D erech o .107 En
segundo lugar, la ten d en cia cada vez m ayor a llevar el discurso al p la ­
no de la m etateoría del D erecho, ab an d o n an d o la referencia u objeto
de la T eo ría ju r íd ic a .108 E n tre este proceso y la d eriv a d e la E scolás­
tica d e c a d e n te ex isten re a lm e n te pocas d iferen cias. Por eso, no es
e x tra ñ o q u e p a ra alg u n o s, Raz sea sin d u d a el ú ltim o esla b ó n d e la
tra d ició n p o s itiv is ta :169 lo q u e viene desp u és es d e c ad e n c ia .
La discusión acerca del positivismo incluyente,I7() in co rp o racio -
n ism o 171 o positivism o b la n d o 172 h a surg id o d e sd e el m o m e n to e n
que algunos autores au to d en o m in ad o s positivistas h a n ad m itid o que
la a trib u ció n de validez ju ríd ic a a las n o rm as, la d e te rm in a c ió n de
su contenido y su concreta influencia sobre la decisión ju d icial de u n
caso concreto p u e d e n d e p e n d e r de criterios m orales. Desde este p u n ­
to de vista, p a ra el positivism o ju ríd ico incluyente (en ad elan te, 1LP),
los p rin c ip io s y valores m o ra les fig u ra n e n tre los posibles c riterio s
que u n sistem a ju ríd ic o acepta para d eterm in ar la existencia y co n te­
nido d e las norm as ju ríd ic a s .l7s En este sentido, es característico de

1(13 Cfr. R. D w o rk in , " T h ir ty Y ears O n ”, H a r v a r d Larr R e v ie w 1 15 (5 0 0 2 ), p. 1656.


Cfr. H . K f.lsen, Teoría p u r a del Derecho, cif.., § ly 6, p p . 15, 4 4 , 46.
1157 Cfr. J . C o r g m a n , “ N e g a tiv e a n d p o sitiv e P ositivism ", cit., p. 31.
I,ia Cfr. P. R i v a s , “ El S e n tid o d e la T e o ría j u r íd i c a d e l In c lu siv e L e g a l P o sitiv ism ’', cit.
Il5!) Cfr. J . A. S [■'.<v\nK y P. R i v a s , El últim o eslabón del positivismo j u ríd ic o . Dos estudios
sobre Jo sep h R a z , G r a n a d a , G o m a re s , 2 0 0 5 , p a ssim .
170 E x p re s ió n a c u ñ a d a p o r W. YV a l u c u o h ', op. cit., p p . 1-3, 81-82-
171 Cfr. j . C o le m a n , “A u th o r ity a n d R e a so n ”, en R. P. G e o r g e (e d .), The A u ton om y o f
Law. Essays on L e g a l Positivism , c it., 1996. p p . 2 8 7 -2 8 8 ;
!72 H a rt a d o p ta la e x p re sió n «positivism o blando» {soft po sitivism ), C fr. H. L. A, H a r t ,
« P o stscrip t» , a The Concept o f L a w , 2 a ed . O x fo rd , O x fo rd U n iv e rs ity P re ss, 1994, p. 2 50.
17:1 C fr . J . C o l e m a n , The Practice o f Principle. I n Defence o f a P ragm atist Approach to
Legal Theory , c it ., p . 57 y W . W a l l c i lo w , op. cit., p . 8 2 .
50 El, AGOTAM IENTO DEI. POSITIVISMO.JURÍDICO

esta ten d en cia la adm isión de la posibilidad de que la regla d e reco n o ­


cim iento d e u n sistem a ju ríd ic o co n ten g a e x p líc ita m e n te criterio s
m o ra les d e los que d e p e n d a la validez n o rm a tiv a . Es obvio q u e, si
es p o sib le q u e la reg la d e rec o n o c im ien to c o n te n g a esto s criterio s,
entonces la validez ju ríd ica d e las norm as p u ed e v en ir d e te rm in a d a a
veces no sólo p o r su origen, es decir, p o r el hecho de su p ro m u lg a c ió n
y p o r la fo rm a e n que ésta h a ten id o lu g a r.174
A p esar de la notable tendencia en las filas positivistas a acep tar
esta c o n e x ió n e n tre D erech o y m o ra l que su g iere el ILP, hay a u to ­
res q u e la rech azan . D esde su posición* c o n o c id a com o Exclusive
Legal Positivism os (ELP), se co n sid e ra que la validez d e u n a n o rm a
ju ríd ic a sólo p u e d e d e p e n d e r de su procedencia de u n a fu en te au to ri­
zada; es decir, de una p u ra cuestión de hecho. A dem ás, estos au to res
c o n s id e ra n q u e el c o n te n id o de las n o rm a s ju ríd ic a s válid as p u e d e
ser d e te rm in a d o a p artir de la constatación de ciertos hech o s (accio­
nes o intenciones hum anas) que p u e d e n ser conocidos sin necesidad
de rec u rrir a consideraciones m orales. En definitiva, el ELP se caracte­
riza p o r m an te n erse fiel a u n a de las tesis tradicionales del positivism o
ju ríd ic o : la lla m a d a “ tesis social fu e rte ” . l7<>
En o p in ió n de algunos d e sus defensores, el ILP p re te n d e ser u n a
T e o ría ju ríd ic a capaz de explicar los m o d ern o s sistemas constitucio­
nales, que d a n en trad a a criterios sustantivos (incluidos los d e índole
ética) e n la id en tificació n (existencia y c o n te n id o ) d e las n o rm a s
ju ríd ic a s ; e n esta cap acid ad suya resid iría u n a d e sus p rin c ip a le s
ven tajas fre n te al ELP.177 Ello su p o n e, p o r u n a p a rte , m a n te n e r la
fid elid ad a los postulados teóricos del positivism o ju ríd ic o y, p o r otra,
to m ar distancia del positivismo d en o m in ad o excluyente. C on esta fi­
nalidad, los principales autores incluyentes h an in tentado re in te rp re ta r
el positivism o juríd ico en clave incluyente. Incluso, a tal efecto, Villa
h a p ro p u e s to a b o rd a r la cu estió n com o si se tra tase d e dos c o n c e p ­
ciones (incluyente y excluyente) de u n m ism o con cep to (positivismo
jurídico), y ha ensayado u n concepto de positivism o que p u e d a d ar
cabida tan to al ELP como al ILP. En este sentido, todos los incluyentes
e n tie n d e n q u e el ILP no sería o tra cosa q u e u n a c o rre c ció n d el
a n te r io r d e s tin a d a a h a c e r viable la c o n tin u id a d d e la d o c trin a p o ­

171 I d e a é s ta q u e ya fue a d m itid a p o r H a rt. Cfr. El concepto de Derecho, cit., p. 2 5 2 ;


" P o s ts c r ip t” , c it., p p . 2 5 0 -2 5 4 .
i7f> D e n o m in a c ió n a c u ñ a d a ta m b ié n p o r W. W a lu c h o w , (op. cit., p. 82) p a r a r e fe rir s e
a ia v e r s ió n d e l p o sitiv is m o d e f e n d id a p o r Raz.
I7ti Cfr. J . R a z , The Authority aj Law. Essays on L a w a n d M o ra lity. O x f o rd , C la r e n d o n
P ress, 1 9 7 9 , p p . 3 7 -5 2 ; d e l m ism o a m o r, “A u th o rity , Law a n d M o r a lity ”, The M o n i s t , 68
(1 9 8 5 ), p p . 3 1 1 -3 2 0 . U n a fo rm u la c ió n s im ila r se e n c u e n tr a en H . M i t i i o i ' i i a n h u s , "S o ft
P o sitiv ism ” , O xfo rd J o u r n a l o f L egal S t u d i e s , 17 (1 9 9 7 ), p. 62 4 .
177 C fr. W. W a LUCnow, op. e i t p. 102.
FILOSOFÍA DEL DERECHO y 1‘ARADI(.MAS EPISTEMOLÓGICOS m
sitivista. T o d o ello, seg ú n alg u n o s au to res, com o Villa, p ro d u c e uta
notable cam bio de escenario en la polém ica con el iushaturalism o,
sobre to d o si se a tie n d e a alg u n as d e sus v ersiones, com o la r e p r e ­
sentada p o r el pensam ien to de J o h n Finnis, hasta el p u n to de que, si
bien d eb e a d m itirse q u e p erv iv en im p o rta n te s diferen cias d e o rd e n
ontológico y epistem ológico, am bas posiciones p u e d e n d ialo g a r y
co o p erar en u n a tarea científica que tenga como objeto el análisis de
los m o d e rn o s sistem as c o n stitu c io n a le s.178

2. S o b r e e l c o n o e r r o d e p o s it iv is m o j u r íd ic o

En lo que p u ed e co nsiderarse u n intento de d esarro llar la p ers­


pectiva conceptual p rete n d id a p o r G olem an, Villa ha tra tad o de co n s­
truir u n a definición conceptual de positivismo ju ríd ico que ayude a
ver a am bas doctrinas (ILP y ELP) como dos concepciones d iferen tes
de u n m ism o co n cep to , y m u estre la u n id a d su stan cial d e to d o el
p ensam iento positivista.179 Esta construcción parece c ap tar las tesis
que d e fie n d e n tanto incluyentes como excluyentes. Esa definición
co n cep tual se c o m p o n d ría de los sig u ien tes elem en to s:
a) U na tesis ontológica, que vincula al Derecho con u n fenóm eno
norm ativo, positivo, co n tin g en te y convencional. (Aquí, convencional
se o p o n e a natural, a u n q u e según Villa es com patible con el positivis­
mo a d m itir u n enraizam ien to n atu ral y unos contenidos necesarios si
éstos son m uy g e n é ric o s ).im)
b) U na tesis epistem ológica, que sostiene que una cosa es describir
y o tra to m a r p a rtid o . No se id en tifica con la tesis d e la d escrip ció n
avalorativa, y p o r ello ahí no p u e d e situarse la diferencia e n tre positi­
vismo y iusnaturalism o, sino más bien en la índole de las valoraciones.
Según Villa, el positivismo pued e convivir con la índole necesariam ente
valorativa de la d e scrip ció n ju r íd ic a .181
c) A ju ic io d e Villa, las dos tesis no están c o n c e p tu a lm e n te co­
nectadas. 182
La interp retació n de la tesis positivista de la separación en tre el
Derecho y la m oral (denom inada p o r algunos, tesis de la sep arab ilid ad )

Gfr. V. V i l la , "Inclu sive L egal Positivism e u e o -g iiis iia tu ra iis tn o : lin e a m e n ti d i u n a


a n a lis i c o m p a r a tiv a ” . Persona y Derecho 43 (2 0 0 0 /2 ), p p . 3 3 -9 7 .
17(1 C fr. Ib id ., p p . 3 9 -4 0 . E n u n s e n tid o sim ila r, a u n q u e c o n c ie r ta v a r ia c ió n e n
c u a n to a las tesis q u e se c o n s id e r a n c a ra c te rís tic a s d e l p o sitiv is m o , cfr. }. C o l e m a n y B.
Ltrn-ilt, “ L eg al P o sitiv ism ’’, e n D. P a i i f . k s o n (ed .). A Companion to Philosophy o f L a w a nd
Legal Theory , O x f o rd , B lackw ell, 2 0 0 0 , p. 241.
|mi Cfr. V. V i l l a , op. cil., p p . 4 2 -4 3 ; J . C o l e m a n y B. Leituk, “L egal P ositivism ”, cit., p, 241.
li!l Cfr. V. V i i .i .a , op. cit., p. 44.
>H- Cfr. Ibid., p p . 4 9 -5 0 .
52 EL AGOTAM IENTO DEL POSITIVISMO JURÍDICO

c o n stitu y e u n e le m en to d e conflicto e n tre las d istin ta s v e rsio n e s


positivistas. En todo caso, esta tesis sería com patible con la n o -se p a ra ­
ción de h e c h o , que es lo que sucede o r d in a r ia m e n te .18'5
Si se sigue este plan team ien to , ILP y ELP son dos concepciones
posibles y discutibles del positivism o.184 Su p rin cip al elem en to de d ife­
renciación sería, en opin ió n d e algunos, su diferen te concepción de la
discrecionalidad ju d icial,5 m ientras que p ara otros el único elem en to
de diferenciación estable vendría a ser la diferente in te rp re ta c ió n que
hacen de la tesis de la separabiliclad.1*5 C oncretam ente, el ILP adm ite
que los criterios para identificar las norm as (existencia y contenido)
p u e d e n ser m orales, d en tro d e los lím ites p erm itid os p o r la n o rm a de
reconocim iento. Y p u e d e n ser directos o in d irecto s.1S7 Por su p arte, el
I7LP sólo a d m ite criterio s fácticos p a ra d e te rm in a r la v alid ez; p ara
él, la alusión a la m oral en cierra u n a auténtica creación del D erecho
p o r el ju ez , no una identificación del D erecho e x iste n te .188
A esto se añade que p a ra el ILP es posible u n a regla de reconoci­
m ie n to que n o ad m ita criterio s éticos p a ra d e te rm in a r la validez,
pero si los adm ite, eso no afecta a la sep arab ilid ad .líW Ello se vincula
con el reconocim iento de que la conexión en tre los criterios p a ra d e ­
te rm in a r la existencia de u n a n o rm a y aquellos p a ra d e te rm in a r su
c o n ten id o da lugar u n a noción más am plia de validez, que se estable­
ce d e h e c h o en los m o d e rn o s E stados c o n stitu cio n ales, p e ro n o es
n e c esa ria .
Las razones para considerar preferible el ÍLP‘al ELP p o d ría n ser
dos: su m ayor potencial explicativo y su m ayor atractivo teórico. El
m ayor potencial explicativo se refiere a la capacidad p a ra in te g ra r e n
su p a n o ra m a teórico, sin ren u n ciar al positivismo, la am pliación d e la
n o ción de validez que tien e lu g ar en los estados co n stitu cio n ales
co n tem p o rán eo s.190 Cierto que el ELP tam bién puede ofrecer una expli­

líi;l C h \ M. K r a mk r , I n Déjense o f L ega l Positivism, O x f o rd , O x f o rd U n iv e rsity P ress,


1999, p. 11 4 .
11,1 C fr. V. V i l l a , op. cit., p. 54; J . C o lem an y B. L icite r , "L e g a l P o sitiv ism ” , cit., p . 24 1 .
li4r> J . M o re s o , “ Eli d e f e n s a d e l p o sitiv is m o ju r íd ic o in c lu y e n te ” e n P. N a v a r r o y C.
R k d o n u o (ed s.), L a relevancia del Derecho: Ensayos de filosofia ju r íd ic a , moral y política,
B a rc e lo n a , G e d is a , 2 0 0 2 , p p . 9 4 -9 6 .
18,ì C fr. V. V i l l a , op. m . , p. 5 5 .
1A1 C fr . W . W a lü c :iio w , op. cit., p p . S I - 8 2 , p . 102; J. C o lk m a n , “A u th o r ity a n d R e a s o n ’’,
cit., p p . 2 87 -2 83 ; del m ism o anLor. “ N egative a n d Positive Positivism ", cit., p. 31; E. P. S o p k r,
“ L egal T h e o ry a n d th e O b lig atio n o f a Ju d g e : T h e H art/D w o rk in D isp u te ”, cit., p p . 16-23;
F. S c h a u k r , “Positivism T h ro u g h T h ic k a n d T h in ”, cit., p. 69; G.Postu m a , “C o o r d in a tio n a n d
C o n v e n tio n s a t th e F o u n d a tio n s o f Law", cit., p p . 1 6 8-169.
If!!í C fr . J. R a z , T i n A uth ority o f L a w , c it ., p p . 3 9 -4 0 , 4 8 - 5 0 , 7 5 .
l iW C f r . J. C o l i : m a s', “ N e g a tiv e a n d Positive P o sitiv ism ” , cit., p . 3 0 . C f r . ta m b ié n VV.
W a i . l ' c i i o w , op. cit., p p . 8 0 - 8 2 ; y V. V i l l a , op. cit., p . 5 6 .
11,11 Cfr. W. W a l u o i i o w , op. cit., p p . 166. S obre esta cu estió n cfr., G. Z a c ;r i :iìi : l s k i .El Derecho
diictil. Ley, derechos, ju sticia. T rad. cast, tie M. G ascón, M a d rid , T ro tta, 1995, pp. 33 ss.
FILOSOFÍA DEL DERECHO Y PARADIGMAS EPISTEMOLÓGICOS 53

cación d e esto, pero esta explicación no resultaría tan satisfactoria, a


Juicio de algunos incluyentes, sobre todo en relación con u n aspecto
concreto: la extrem a fluidez de las relaciones en tre lojurídico-form al y
los contenidos sustantivos que ingresan en el D erecho d u ran te el p ro ­
ceso interpretativo-aplicativo, que hace difícil d eterm in ar de m odo fijo
y preciso qué es lo in tern o y qué lo externo al sistem a ju ríd ic o .191

3. A l g u n a s in c o n s is t e n c ia s e n e i. p l a n t e a m ie n t o in c l u y e n t e

H asta aquí se ha esbozado la idea principal del ILP. C orresponde


ahora form ular, en a p re tad a síntesis, algunas referencias a lo que p a re ­
cen ser tesis in co n siste n te s en esta d o ctrin a.
A nte todo, conviene llam ar la atención sobre un p u n to im portan^
te, a saber, que e n g ra n m e d id a , la p ro p u e sta del ILP está g u iad a
p o r el p ro p ó sito de h a c e r co m p atib le el positivism o ju ríd ic o con el
constitucionalism o co n tem p o rán eo . Esto p u ed e ser afirm ado incluso
p a ra el caso de aquellos autores que lo rechazan expresam ente, como
sería el caso de C olem an, y no sólo para el caso de quienes lo recono­
cen, com o Waluchow y Villa, pues el intento de resp on d er a Dworkin,
que co n stituye su a d v e rsa rio com ún, no es o tra cosa que in te n ta r
u n a re sp u e sta al p u n to d e vista c o n stitu c io n a l.192 Y que tal p ro ­
pósito se alcanza red efin ien d o el positivismo ju ríd ico para d ar cabida
en él al ILP, lo cual su p o n e en b u e n a m e d id a u n a concesión a los
críticos d e l positivism o; y v o lv ien d o a re d e fin ir d esp u és el ILP, p a ra
po n erlo a salvo de las objeciones que todavía p u e d e n form ularse con­
tra él. A unque Villa es el único au to r que sigue esta estrategia explíci­
ta m e n te , tod os los in clu y en tes p re te n d e n m a n te n e rse d e n tro del
p ositivism o ju ríd ic o , a u n q u e tra n sfo rm a n d o el moclo de e n te n d e r
algunas de sus afirm aciones tradiciones, de moclo que, en mi opinión,
lo que acaba de señ alarse p u e d e ser afirm ad o de todos ellos.
La reform ulación p ro p u esta p o r el ILP es p ortad o ra, a mi juicio,
de elem entos analíticos que no conclicen con su pretensión de elim i­
n a r la rigidez en el tratam ien to de los conceptos básicos de la Teoría
ju ríd ic a positivista, com o p o r ejem plo el de positividad del Derecho.
En efecto, su estrategia consiste en fijar desde el com ienzo el terreno
de ju eg o , acotando con absoluta claridad los perfiles de lo que “d e b e ”

191 C fr . V. Vn.i.A. op. í i í . , p p . 6 3 - 6 3 .


I!)- D e s d e o t r a p e r s p e c t i v a , a j e n a □ e s t e d e b a t í : , t a m b i é n p r e t e n d e n e s t o L. P k i n o
S a n c h ís , Constihicicnalismo y p o s i t i v i s m o , M é x i c o , F o m a m a r a , 1 9 9 7 ; e l m i s m o a u t o r . J u s ­
t i c i a c o n s t i t u c i o n a l y d e re c h o s f u n d a m e n t a l e s , M a d r i d , T r o l l a , 12003; A. G.uu:¡.\ ti«.(.:hi«>A,
P r i n c i p i o s i) p o s i t i v i s m o j u r í d i c o . E l no p o s i t i v i s m o p r i n c i p i a lista de R o n a l d D w o r k i n )' R o b e r t
A l e x y , M a d r i d , C e n t r o d e E s t u d i o s PolÍLicos y C o n s t i t u c i o n a l e s , 1 9 9 S ; y S. San nik Aui za,
C ien cia j u r í d i c a positivista y neoconstiltiuion alism o, M a d r i d , M cG ra w -H ill, 1999.
54 KL AGOTAM IKNTO OKI. POSITIVISMO JURÍDICO

e n te n d e rse p o r positivismo jurídico, lo cual no p u e d e ser m ás co n tra­


rio a la re c e p c ió n d e la p ersp ectiv a h e rm e n é u tic a (que p a ra ellos se
reduce a Dworkin, olvidando p o r m om entos que todas las referencias
de H a rt al p u n to de vista in te rn o le convierten, en cierto sentido, en
un autor herm enéu tico ) que tratan de aceptar -n o lo g rán d o lo , obvia­
m ente, de m an e ra com pleta. Esta perspectiva es p recisam en te la que
postula la superación de u n a visión estrecha de la positividad, de las
fro n te ra s ríg id a s e n tre T eo ría ju ríd ic a y T eoría d e la ap licació n , y
d e las dicotom ías insalvables en tre descubrim iento y justificación, des­
c rip c ió n y v a lo ra ció n , v alid ez o e x isten cia ju ríd ic a y c o n te n id o
m ate ria l d e l D erech o . Por razo n es an álo g as, c u a n d o n o id én tic a s, a
las que c o n d u c e n a a d m itir que el len g u aje in fo rm a tiv o c o n tie n e
valoraciones, o q u e la p o sitiv id ad del D erech o n o es u n d a to , sino
el re su lta d o de u n proceso, p arece que d eb e a d m itirse el c a rá c te r
d in ám ico , circ u n sta n c ia d o e h istó rico del p e n sa m ie n to y, con él, la
insalvable dificu ltad d e o frecer u n a d efin ició n c o n c e p tu a l d e u n a
teoría al m arg en de lo sostenido p o r quienes h an sido sus p rin cip ales
e x p o n e n te s. E n este se n tid o , tan to u n a p e rsp e c tiv a h e rm e n é u tic a
de corte g e rm á n ic o , p o r ejem p lo g ad am erian o , com o el giro h e rm e ­
n éu tico a p re c ia b le en el análisis filosófico a p a rtir del lla m a d o se­
g u n d o W ittg e n stein , que id en tifica significado y uso , su p o n e n u n a
introducció n del elem ento histórico-pragm ático en el conocim iento
que, cu a n d o m en o s, choca con la p re te n sió n de e sta b lec e r u n a defi­
nición “co n cep tu al” de u n a teoría sobre el D erecho e n los térm in o s en
que se h ace d e sd e el ILP, cuyo in te n to de d e fin ir el po sitiv ism o
ju ríd ico incurre, a mi juicio, en u n e rro r idéntico al com etido p o r el
positivism o cuan d o p ro p o n e su definición de “D erecho”: p a rtir de
u n a definición en lugar de in te n ta r llegar a ella. Por tal m otivo, am bas
d efin icio n es ex h ib en u n a fu erte carga de a rtificio sid ad y, c o rre la ti­
v am en te, de a rb itra rie d a d . ^
D esde la perspectiva ap o rtad a p o r la evolución histórica del posi­
tivism o ju ríd ic o ap arece inexacto, o in su ficien te, c o n fo rm a rse con
“la rein terp retació n que el ILP hace del positivismo ju ríd ic o ”, porque
soslaya que la concepción del ILP se construye com o u n in te n to de
salvar el positivism o eludiendo los elem entos que m otivan la crítica
d irig id a contra el positivismo tradicional. Ello no p u e d e destacarse
con suficiente claridad si no es a d o p tan d o el p unto d e vista del a n á li­
sis histórico y pragm ático del conocim iento, es decir, la perspectiva de
la H istoria in te rn a y ex tern a del positivismo, y no el p u n to de vista
conceptual, que presenta u n a im agen plana, sin relieve. Adem ás, ese
m odo de construir el concepto produce u n efecto falsificador del diálo-

Hl:i U n d e s a rro llo m ayor sobre este p u n to p u e d e v erse su pra, c a p ítu lo I, e p íg r a f e II. 1
FILO
SO
FÍA DLL DERECHO Y PARADIGMAS EPISTEMOLÓGICOS M
gp científico y filosófico, b u scado o no , p u es su s tra e d e l analisis
algunos elem entos relevantes p ara la evaluación global d e un a d o c tn
na y de sus “redefiniciones”, como sería el caso de lo ya ap u n tad o : el
ILP no es u n a pro p u esta nacida de la propia evolución del p en sa­
m iento positivista, n i en el debate in tern o en tre diferentes posiciones
positivistas, sino que m ás b ie n es co n secu en cia d e la n e c e sid a d de
a d a p ta r las teo rías positivistas a las c o n tu n d e n te s críticas d irig id a s
desde fuera que p re te n d e n m ed ian te ellas estar im p u g n a n d o no el
“positivismo excluyente”, sino el positivismo en cuanto tal. En el caso
que nos o c u p a , esto re su lta su m a m e n te rele v an te p o rq u e p e rm ite
cap tar el auténtico valor epistem ológico de las pro p u estas “concep­
tuales” aportadas. En m i opinión, éstas no sería otra cosa que una
constru cción e la b o ra d a con el exclusivo fin d e in te n ta r u n a co m ­
p a tib ilid ad su m a m e n te p ro b le m átic a e n tre el po sitiv ism o ju ríd ic o
y algunos elem entos del D erecho constitucional co n tem p o rán eo , con­
tem plado ta n to d esd e las n o rm a s en sí m ism as com o d e sd e la p e rs ­
pectiva de su a p lic a c ió n .194
Si tal objetivo com patibilizaclor se alcanza, será a fuerza de acabar
llam an d o positivism o a algo d ife ren te d e lo que e ra c o n s id e ra d o tal
antes d e la red e fin ic ió n . P areciera, en to n ces, q u e lo decisivo no es
tanto a d h erirse a u n a teoría que se estim a v erdadera, sino preservar
una tradición y u n nom bre, un apelativo que se valora p o r otras razo­
n e s.195 Ello constituye u n p u n to de reflexión significativo, pero no el
más relevante. E n mi o p in ió n lo decisivo es que, precisam en te p o rq u e
esa redefinición del positivism o es artificiosa, no logra su objetivo.
La definición de positivism o ju ríd ico p ro p u esta p o r el ILP m ere­
ce, a d em ás de la o b serv ació n g e n e ra l que se acaba d e e x p o n er, las
siguientes críticas. En p rim e r lugar, p re te n d e ser c o n c ep tu a l, p ero
no se hace re fe re n c ia a cóm o se form a d icho c o n c e p to , que q u e d a
en co n secu en cia desp ro v isto d e ju stificació n . Se tra ta, pues, d e u n a
definición m era m e n te estipulativa, que no es el resultado o p u n to de
llegada de análisis o in v estig ació n alg u n a, sino d e u n a d ecisió n p u ­
ra m e n te d iscrecional y, al ser tal, se p u e d e situ a r en el inicio del
discurso. En segundo lugar, p rete n d e ser conceptual in te g ran d o dos
elem en to s, las d e n o m in a d a s tesis o n to lò g ica y ep iste m o ló g ic a , cuya
relación, p o r lo m enos algunos afirm an que no es de índole co n cep ­
tual. E n ese caso, ¿ p o r q u é in te g ra n am bos u n a m ism a d efin ició n
conceptual? ¿Qué es lo que u n e en u n concepto único dos posiciones
que no g u ard an entre sí relación conceptual alguna? La única respues­

l!H S o b re la re la c ió n e n t r e ej m o d e r n o c o n s titu c io n a lis m o y ía crisis d e l p o sitiv ism o


ju r íd ic o , cfr., p o r e je m p lo . G. Z acriíbiu.ski. El Derecho dúctil, cic., p p . 1 1 6 -1 1 9 .
Iíir> Cfy. C. OiiRKC.n. op. cit., loe. cit. e n n o ta 28 y p assim .
56 ki.a c o t a m i e n t o d k l p o s i t i v i s m o j u r í d i c o

ta posible es la que m ira a los hechos, alas coordenadas constantes de


la trad ició n positivista, pero entonces habría que acep tar dos conclu­
siones. P rim era, habríam os aban d o n ad o ya el p lano de la definición
conceptual. Segunda, q u ed aría fu ertem ente cu estionada la rectifica-
ción que la versión del ILP antes expuesta in tro d u ce sobre algunas
tesis, en p articu lar sobre la tesis epistem ológica. En efecto, acerca de
la tesis ep iste m o ló g ic a del positivism o realiza tal v e rsió n dos a fir­
m aciones. E n p rim e r lugar, que dicha tesis sostiene que describir y
valorar un o rd e n ju ríd ico son dos operaciones diferentes. En segundo
lugar, p u n tu a liz a que d ich a tesis no d eb e ser id e n tific a d a con la
doctrina de la descripción avalorativa, sostenida p o r algunos autores
positivistas. Pero ello n o p u e d e afirm arse d e sd e las c o o rd e n a d a s de
la tradición positivista, que en este p u n to es sencillam ente u n án im e
desde B en tham . Más aún, desde el p ensam iento de este últim o au to r
el sen tido que tiene distinguir en tre descripción y valoración es p re c i­
sa m e n te a s ig n a r a la C ien cia del D erecho u n a tare a d e d e scrip ció n .
Si la d escrip ció n p u e d e leg ítim am en te c o n te n e r v alo racio n es, com o
acaban sosteniendo algunas versiones del ILP, ¿cuál p o d ría ser el sentido
de la distinción? En B entham la tesis m etodológica p a rte p recisam en ­
te de la d istin ció n e n tre u n D erecho que es y u n D erecho que deb ería
ser, p a ra p r o p u g n a r com o tarea de la C ien cia ju ríd ic a la d e s c rip ­
ción del D erecho que es, reservando las valoraciones p a ra la Ciencia
de la le g is la c ió n .196 O m itir este d ato a p o rta d o p o r la p e rsp e c tiv a
histórica conduce al sinsenddo de afirm ar que u n a cosa es describir y
otra valorar, p e ro que las descripciones p u e d e n c o n te n e r valoraciones
y, p o r tanto, el análisis a-valorativo debe separarse c u id ad o sam en te de
la p rim e ra afirm ació n , que sería la v e rd a d e ra m e n te in te g ra n te del
positivism o juríd ico . La posición del positivism o ju ríd ic o clásico, q ue
d istin g u e n e ta m e n te e n tre d escrip ció n y v alo ració n , y p ro p u g n a
u n a C iencia ju ríd ic a a-v alo rad v a, p u e d e o no ser c o m p a rtid a , p ero
tie n e s e n tid o ; m ás difícil p arece e n c o n tra r se n tid o e n la a firm a ­
ción de la d ife ren c ia e n tre d escrib ir y valorar, p a ra ac ab a r a d m i­
tiendo u n discurso inform ativo sobre el D erecho que co n ten g a y sea
fru to de v aloracio n es. Y p a ra d e sh ac e r el sin se n tid o p ien so que no
basta el rec u rso a ju e g o s de p alab ras, com o el c o n siste n te en su sti­
tu ir “d e s c rip c ió n ” o “len g u a je d e scrip tiv o ” p o r “in fo rm a c ió n ” o
“discurso inform ativo”, como hacen algunos autores. En últim o ex tre­
m o, si el positivism o afirm a que u n a cosa es d e scrib ir y o tra v a lo ra r

111,1 C fr. J . B k n t u a m , A Fragme.nl on G overnm ent, cií.., p p . 3 9 7 -4 1 6 ; y /1h I n t ro d u c lio n lo


the Principies o f M o rá is a n d L egislatton, c it., p p . 2 9 3 -3 0 0 . C u e s tió n d is t i n t a es q u e esa
se p a ra c ió n está a su vez g uiada p o r u n p ro p ó sito práctico, jejos d e ser u n a p r o p u e s ta c o n sisten -
te e n la d e s c r i p c ió n p o r la d e s c r ip c ió n . Cfr. L. M. C ru z , Derecho y e x p e c ta tiv a . U n a
interpretación de la Teoría j u r í d i c a de }. Beulhaiu, ciL.. cap . (5.
flL O S O liA DEL DK.RLO! IO Y PARADICMAS liI*íSTEM t M.ÓGICOS

d tom ar partid o , y esa es una de las opiniones que in te g ran su d efini­


ción conceptual, ¿cómo p u e d e n reconocerse com o positivistas teorías
que acab an a d m itie n d o la p resen cia, en ciertas co n d ic io n es que
h abrá q u e especificar, d e juicios de valor en el in terio r d e ese tipo de
(discurso? En este p lanteam ien to , quien acepta el ILP afirm a, en tanto
que positivista, q u e d e scrib ir y v alo rar son cosas d istin ta s, y e n ta n ­
to que seg u id o r del ILP, que debe abandonarse la concepción descrip-
tivista y av alo rativ a d e l len g u aje. ¿Q ué alcance real p o see en tal
discurso la p rim e ra de las afirm aciones? A m i ju ic io , casi n in g u n o ,
porque se reduce a distinguir la descripción del rechazo, aprobación o
crítica d e l o rd e n a m ie n to , p ero a d m itie n d o a la vez la p o sib ilid a d
de que en el in te rio r d e l discurso acerca d e u n o rd e n ju ríd ic o se
em itan juicios valorativos. Lim itarse a decir que describir u n o rd en
ju ríd ic o es ta re a d ife re n te a to m ar p a rtid o resp ecto d e él, p e ro que
la C iencia ju ríd ic a p u e d e ser valorativa es e fe c tu a r u n a afirm ació n
tan leve q u e no sirve p a ra id en tifica r n in g u n a p o sició n teó rica, ya
que p u ed e ser sostenido p o r cualquiera, excepto, p aradójicam ente,
p o r el positivismo m ás ortodoxo o, si se prefiere, m ás coherente. Q uien
se adhiere a la segunda de las tesis sólo p u e d e seguir siendo positivista
en se n tid o m e to d o ló g ic o si esto no tien e n in g u n a co n secu en cia
m eto d o ló g ica. La re d e fin ic ió n del positivism o no alcanza, pues, el
objetivo p r e te n d id o p o rq u e sigue siendo in c o m p a tib le co n el ILP,
es decir, co n lo que el ILP se ve forzado a aceptar.
Algo sem ejante p o d ría decirse respecto de algunos de los elem en ­
tos d e la tesis o n to ló g ica , que afirm a la p o sitiv id a d com o rasgo
identificador del D erecho. Frente a la visión del positivism o clásico, el
ILP acepta que el D erecho no p u ed e pensarse actualm ente como algo
dado de u n a vez a 'p a rtir del acto creador de la n orm a, y que tam poco
tiene m u cho sentido trazar u n a fro n tera c o m p le ta m en te n ítid a entre
creación y aplicación/interpretación, pues el D erecho acaba siendo el
resultado de u n proceso interpretativo m últiple, en el cual se razona
tom an d o e n cuenta criterios éticos y valorativos de diversa índole, sin
que resulte posible hab lar aquí ni de deducción p u ra ni d e discrecio-
nalidad p u ra, es decir, sin que se pued a co n sid erar esa tare a com o
una actividad p u ra m e n te lógico-deductiva, p ero sin d e ja r sim ultá­
n e a m e n te de rec o n o c e rle u n estatu to cognoscitivo, no irra cio n a l. A
p a rtir d e a h í se p ro p o n e la n ecesid ad d e c o m p re n d e r d e form a
d istin ta la p o sitiv id a d . Pero, ¿qué p u e d e sig n ificar e x a c ta m e n te la
positividad si se la deform a hasta hacerla com patible con los elem en ­
tos que se acaban de m encionar? N uevam ente, la referencia histórica
ayuda a p o n e r u n poco de orden. En H obbes, com o e n Kelsen, la
referencia a la justicia es expulsada de la definición del D erecho no
porque estos autores desconozcan el dato de que los ord en am ien to s
58 F I. ACOTAM ! KNTO DFL POSITI VLSMO JU RÍD1CQ

ju ríd ic o s u n iv e rsa lm e n te se p re se n ta n com o ju sto s, y e x h ib e n u n a


p reten sió n de corrección,197 sino po rq u e al no ser ¡ajusticia objeto de
u n conocim iento seguro (H obbes),19H o d e u n v erdadero co n o cim ien ­
to (K elsen),199 resu lta im p o sib le id en tifica r el D erech o (en o rd e n a
obedecerlo, en el p lan team ien to de H obbes, en o rd e n a d esarro llar
u n a disciplina científica sobre él, en el de Kelsen) si 110 se prescinde
d el e le m e n to m o ral. Por ello p ro p o n e n am b o s a u to re s u n a d e fin i­
ción d e l D erecho que p erm ita identificarlo con base en elem en to s
fácticos. Esa y no o tra es la razón de la identificación d el D erecho
com o derech o positivo: la necesidad de excluir la referencia a la ju s ti­
cia, al elem ento m oral, ya sea con el objetivo de alcanzar u n g rad o de
obediencia suficiente p a ra garantizar la paz social, ya p ara construir
u n a C ien cia ju ríd ic a p u r a y rig u ro sa. En el caso d e H o b b e s, la
positividad del Derecho se p resen ta com o el rasgo identificador de u n
concepto de D erecho que se p ro p o n e com o corolario de u n a Filosofía
política, no com o un elem ento tom ado a p artir de la observación d el
D erecho real. E n K elsen es d ife ren te : hay u n a refe re n c ia al D erech o
tal y com o aparece en los órdenes ju ríd ico s históricam ente existentes,
aunque tal referencia m uestra algunos elem entos, com o la p rete n sió n
de ju stic ia o d e co rrecció n , que K elsen excluye c o n sc ie n te m e n te de
su análisis p o r co n sid erarlo s inm anejables e n térm in o s racio n ales.200
La p o sitiv id a d ap arece, p u es, com o in d iso lu b le m e n te lig a d a a los
problem as de o rd en epistem ológico que p lan tea la referencia a in sta n ­
cias éticas. A diferencia de esta tradición, se afirm a p o r el ILP que el
D erecho contem p o rán eo no p u ed e ser identificado co m p letam en te
con base en esos elem entos de o rd en fáctico, sino que la tarea d e id e n ­
tificación (exam en de validez) es e n alg u n o s casos in se p a ra b le d e la
tare a de determ in ació n del contenido, y que ésta últim a se lleva a cabo
raz o n a n d o desde el in terio r de valores m orales. Para ello, dicho r a ­
zo nam iento ha de p oseer valor cognoscitivo, h a de p o d e r co n sid erar­
se u n co n o c im ie n to objetivo, au n q u e haya q u e re fo rm u la r d e a lg ú n
m odo la noción de objetividad. Esto es advertido ú n icam en te p o r Vi­
lla, aunque soi'p ren d en tem en te no es ni siquiera m en cio n ad o p o r los
re sta n te s a u to res.
i!’7 La e x p re sió n es de R. A l .f .x y , “Z ur K ritik des R eclitspositivism us“ AR$F¡ B eih eft 37
(1990), p p . 9-26. Cfr. tam bién , e n tre otros, “ D erecho y co rre cció n ”, en La m s titu c ic n a liz a c ió n
de la ju s t i c i a , tra d . d e J o s é A n to n io S e o a n e ; E d u a rd o R o b e rto S e d e r o , G r a n a d a , C o m a re s ,
2 0 0 5 , p p . 3 9 -5 2 , o el d e b a te c o n E u g e n io B u ly g in : R. A l k x y ; E, B u l .y ( ; í n , L a pretensió n de
corrección del Derecho. L a polémica sobre la. relación entre Derecho y m o r a l, T racl. e i n t r o ­
d u c c ió n ríe P au la C a íd o , B o g o tá , U n iv e rs id a d E x te r n a d o ele C o lo m b ia , 2 0 0 1 .
1!,li C fr. T. H< jlíi',['.s, A Dialogue betxvcen a P h i l o s o p h e r a n d a S t u d e n t oj'the Co m i n a n Lazos
o f E n g l a n d , c it., p p . 4 y 25.
Cfr. H . K k l s e n , Teoría p u r a del Derecho, c ¡t., § 6 c), p p . 6 1 -6 3 .
21)0 M ás in dicacio nes sob re la posición de am b os au to re s en m i e stu d io “S o b re las re sp u e s­
tas al p o s itiv is m o j u r íd i c o ’, cit., p p . 2 9 9 -3 0 3 .
filo so fìa d el d e r e c h o y p a r a d ig m a s e p is t e m o l ó g ic o s 59

A d v iértase, ad em ás, q u e p e n s a r d e sd e los valores o p rin c ip io s


n o es u n a tare a p rin c ip a lm e n te d e d e d u c ció n lógica, sino m ás b ien
u n p ro c e so d e c o m p re n s ió n , e n el s e n tid o d e la h e rm e n é u tic a
c o n te m p o rá n e a , el cual n o p u e d e p e n sa rse a c a b a d a m e n te d e sd e el
esquema su jeto -o b jeto d e la te o ría d e l co n o c im ie n to clásica.201 La
p reg u nta, entonces, e n lo que respecta a nuestro tem a, es ¿qué p u ed e
significar e n to n c e s esa n u e v a p o sitiv id ad ? M ás aú n , ¿qué se n tid o
tiene m an te n erla com o rasgo identificador del D erecho, si los valores y
criterios éticos ya no p a re c e n ser obstáculo p a ra la id en tificació n
de un D erech o a o b e d e c e r y, en los p la n te a m ie n to s m ás com p leto s,
tam poco p a ra la o b jetiv id a d del co n o cim ien to ? La a d m isió n d e que
el Derecho no es algo d ad o d e u n a vez, sino el resultado de un proceso
com plejo de determ inaciones, m ás que a red efm ir la positividad, invi­
ta a descartarla como n o ta o rasgo identificador suyo, sustituyéndola
por otros elem entos, como la cualidad de ser un fenóm eno institucional
y dinám ico en cuyo in te rio r lo ético d esem p eñ a u n papel sum am ente
rele v an te a lo largo de to d o el proceso.
De lo a n te rio r se d e sp re n d e n dos conclusiones: en p rim e r lugar,
que ta m b ié n e n lo que re sp e c ta a la tesis o n to lo g ic a la red e fin ic ió n
rep resen tad a p o r el ILP resulta difícilm ente com patible en el fondo
con el positivism o, que sigue con sid eran d o la positividad como la cua­
lid ad c e n tra l d e l D erech o ; y, e n se g u n d o lugar, que la red e fin ic ió n
del positivism o p ro p u e s ta d e sd ib u ja la c o n e x ió n e n tre el e le m e n to
epistem ológico y la tesis ontologica, aunque esa conexión está p resen ­
te en la tra d ic ió n positiv ista.

C fr. A. K a u f m a n n , Filosofía del Derecho, 2 a e d ., tr a d . c a s t. d e L. V illar B o rd a y A.


M. M o n to y a , B o g o tá , U n iv e r s id a d d e l E x te r n a d o , 19 99, p p . 4 6 9 - 4 7 0 ; “ G e d a n k e n zu
e in e r o n to lo g is c h e n G r u n d le g u n g d e r ju r is tis c h e n H e r m e n e u tik ” e n A A .W ., Europäisches
Rechtsdenken in Geschichte u n d Gegenwart. Festschrift f ü r H e l m u t Coing zum. 70. G eburtstag,
Vol. 1. M unich, Beck, 1982, p. 542; “S obre la a rg u m e n ta c ió n circu lar en la d ete rm in a c ió n d el
D e re c h o ”, tr a d . d e R. R a b b i-B a ld i y M. E. G o n z á le z D o rta , Pers ona y Derecho 29 (1 9 9 3 /2 ),
p. 2 8 ; “ C o n c e p c ió n h e r m e n é u ti c a d e l m é to d o j u r í d i c o ” T r a d . d e J . Z a fra , Pers ona y
Derecho 35 ( 1 9 9 6 /2 ) , p . U4; y A. O l l e r o , ¿Tiene razón el Derecho? Entre método científico
y v o l u n t a d p o lítica , c it., p p . 2 3 9 -2 5 2 . Se v o lv e rá s o b re e s te p u n to i n f i a , c a p ítu lo III,
e p íg ra fe II.

También podría gustarte