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FILOSOFIA DEI. DERECHO.

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DERECHO NATURAL
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FILOSOFIA DEL DERBCHO

COK A R R E G L O A L E 8 T A O O DE E S T A CIENCIA

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* LIDItEHIA DE ROSA Y UOURET.

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Núm. Au
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Feche
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Catalogó.
T7~ PREFACIO DEL AUTOR.

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I uonitKKí.*,«

El C a r e o d e D e r e c h o N a t u r a l q u e p r c w r i t a m o s a l p ú -
blico, t i e n e p o r o b j e t o s a t i s f a c e r la n e c e s i d a d q u e sien-
t e n la F r a n c i a y la Bélgica d e u n a o b r a m e l ó d i c a p a r a
la e n s e ñ a n z a , e s c r i t a e n f r a n c é s y p u e s t a al nivel d e las
n u e v a s i d e a s filosóficas, d e s e n v u e l t a s e n l o s ú l t i m o s
tiempos con m u c h a exactitud y profundidad. Sensible
e s q u e la F r a n c i a n o h a y a c o o p e r a d o c o n s u i n t e l i g e n c i a
AC6BV0 JURIDICO á la c u l t u r a d e e s t a d o c t r i n a . La o b r a d e B u r í e m a q u i .
a u n q u e p e r t e n e c e á la a n t i g u a e s c u e l a d e W o l f , h a c e
136520 u n siglo q u e se p u b l i c ó y h a c a d u c a d o p o r el f o n d o y
p o r la f o r m a , lo c u a l h a d e b i d o a c e l e r a r s u c a i d a e n la
e n s e ñ a n z a , se b a s o s t e n i d o e n F r a n c i a sin e m b a r g o ,
por no tener en su lengua otra mejor, y á despecho de
los adelantos q u e d e c u a r e n t a a ñ o s a c á h a h e c h o é n
A l e m a n i a la d e n d a del D e r e c h o . A l g u n o s f r a n c e s e s
distinguido», es cierto, se h a n familiarizado r o n los
t r a b a j o s publicados s o b r e esta m a t e r i a p o r los filósofos
y jurisconsultos alemanes d e esta última época, pero
t a m b i é n lo e s q u e m a s q u e n a d a h a fijado s u a t e n c i ó n
la Historia d e la Filosofía del Derecho, y q u e en vez de
h a c e r u n a e x p o s i c i ó n m e t ó d i c a , ú n i c a c a p a z d e d a r á la
j u v e n t u d estudiosa nociones precisas, y de habituarla
á t r a t a r las materias c o n ó r d e n y e n c a d e n a m i e n t o , se
h a c o n t e n t a d o con apropiarse a l g u n o s resultados im-
portantes de esta ciencia (I).
En la exposición d e los principios del Derecho N a t u -
ral h e m o s p a r t i d o de l a s o b r a s d e los p r i n c i p a l e s filó-
sofos y j u r i s c o n s u l t o s , q u e h a n escrito s o b r e la m a t e r i a ,
s i g u i e n d o la dirección q u e a b r i ó el célebre K a n t ; y prin-
cipalmente h e m o s seguido la teoría de Krause p o r ser
e n n u e s t r o c o n c e p t o el q u e h a c o n o c i d o y p r o f u n d i z a d o
m a s la Filosofía del Derecho : sus o t r a s doctrinas filosó-
ficas l a s h e m o s d a d o A c o n o c e r e n o t r a o b r a ( 2 ) . C o m p á -
r e n s e sin e m b a r g o los d i f e r e n t e s p r i n c i p i o s filosóficos,
p r e s e n t a d o s en la r á p i d a o j e a d a histórica q u e damos
s o b r e las teorías del Derecho N a t u r a l , y júzguese despues
del valor científico de c a d a u n o d e ellos. E n c u a n t o á
l a f o r m a d e la e x p o s i c i ó n n o h e m o s c r e í d o c o n v e n i e n t e
a d o p t a r e n u n t o d o el m é t o d o s e g u i d o e n A l e m a n i a e n
e s t a c l a s e d e o b r a s . E s t e m é t o d o e s c o m p l e t a m e n t e sin-
t é t i c o ; p r o c e d e p o r el d e s e n v o l v i m i e n t o r i g u r o s o d e l o s
p r i n c i p i o s g e n e r a l e s , y e s t o , e s s e g u r o , n o s a t i s f a c e la
necesidad d e análisis q u e siente el géuio francés. P o r
e s o , p u e s , h e p r o c u r a d o a c e r c a r m e t o d o l o p o s i b l e al
método analítico, que también presenta muchas venta-
j a s q u e le s o n p e c u l i a r e s .
La t e o r í a d e l D e r e c h o , q u e e x p o n e m o s e n e s t e c u r s o ,
c o n s i d e r a el principio d e l D e r e c h o c o m o distinto é i n d e -
p e n d i e n t e d e t o d o s los o t r o s p r i n c i p i o s q u e gobiernan
el m u n d o m o r a l y s o c i a l ; y s o b r e t o d o d i s t i n g u e con
c l a r i d a d el D e r e c h o d e l a m o r a l , c o n l a q u e f r e c u e n t e -
m e n t e se le c o n f u n d e ; c o n f u s i o n q u e n o s o l o e s f a l s a
e n t e o r í a , s i n o q u e e n l a a p l i c a c i ó n p r o d u c i r í a el mas
o d i o s o d e s p o t i s m o , si e l s e n t i d o p o s i t i v o y r e c t o d e l o s
h o m b r e s v e r s a d o s e n el e j e r c i c i o d e l D e r e c h o n o s e o p u -
siesen á é l ; pues es indudable que á su s o m b r a aboca-
r í a á s í el f o r o d e l D e r e c h o ó d e la j u s t i c i a t o d o s I03 a c t o s
q u e p e r t e n e c e n á la conciencia, ú n i c o t r i b u n a l c o m p e -
t e n t e . S i n e m b a r g o , a u n q u e el D e r e c h o e n c u a n t o á s u
p r i n c i p i o , s e a i n d e p e n d i e n t e y l l e n e p o r s í s o l o el c u a d r o
d e u n a ciencia, n o p o r eso deja de estar en í n t i m a rela-
ción con las otras ciencias, q u e e x a m i n a n b a j o a l g ú n
a s p e c t o la v i d a i n d i v i d u a l y s o c i a l d e l h o m b r e . E n la
i n t r o d u c c i ó n d a m o s á c o n o c e r las r e l a c i o n e s q u e exis-
t e n e n t r e e l D e r e c h o N a t u r a l y la filosofía, é indicamos
t a m b i é n la r a z ó n p o r q u é e n l o s p o r m e n o r e s y a p l i c a c i ó n
d e l p r i n c i p i o del D e r e c h o se r e f l e j a la i n f l u e n c i a d e las
doctrinas filosóficas, p r o f e s a d a s p o r el a u t o r . C o n t o d o ,
el principio general del D e r e c h o q u e e s t a b l e c e m o s p u e d e
s e r a d o p t a d o p o r t o d a s las o p i n i o n e s , p o r t o d o s los p a r -
tidos, y esto es u n a p r u e b a d e que es un principio j u s t o ,
un v e r d a d e r o p r i n c i p i o s o c i a l , q u e m a n t i e n e el ó r d e n
i n t e r i o r en t o d a s las t e n d e n c i a s de la s o c i e d a d , q u e ase-
g u r a la c o e x i s t e n c i a y el d e s a r r o l l o pacífico á t o d o s los
i n t e r e s e s q u e se f u n d a n en l a n a t u r a l e z a h u m a n a , del
m i s m o m o d o que á t o d a s las opiniones establecidas ó
q u e t i e n d e n á e s t a b l e c e r s e p o r el c a m i n o d e l a r a z ó n y
d e la d i s c u s i ó n .
En u n ¿ápítulo especial i n d i c a m o s las relaciones y
l a d i f e r e n c i a q u e e x i s t e n e n t r e la filosofía del Derecho
y la p o l í t i c a ; y e s p e r a m o s p o r c o n s i g u i e n t e q u e n o s e
juzgue que en concepto nuestro, t o d a s las d o c t r i n a s
e x p u e s t a s en este C u r s o s o n d e u n a aplicación y de u n a
realización i n m e d i a t a s en la v i d a social. La Filosofía del
Derecho debe establecer el principio de j u s t i c i a , y des-
envolverle rigurosamente e n s u s c o n s e c u e n c i a s ; m a s la
política, t o m a n d o s u p u n t o d e a p o y o en la Filosofía, de-
b e c o n s i d e r a r t a m b i é n e l e s t a d o a c t u a l d e la s o c i e d a d ,
y. e x a m i n a r h a s t a q u é p u n t o p u e d e l l e v a r s e l a r e f o r m a ,
s i n q u e s e v i o l e la l e y d e l a c o n t i n u i d a d y d e l p r o g r e s o
s u c e s i v o e n el d e s a r r o l l o s o c i a l . E n e l m u n d o i n t e l e c t u a l
d e las i d e a s s u c e d e lo m i s m o q u e e n el m u n d o f í s i c o :
e n e s t e l a v i s t a d e s c u b r e los o b j e t o s á u n a l a r g a E s t a n -
c i a y m a s si e s t á n e l e v a d o s ; p e r o p a r a a l c a n z a r l o s f r e -
c u e n t e m e n t e tiene el h o m b r e q u e a n d a r m u c h o t i e m p o .
De la m i s m a m a n e r a e n el m u u d o d e l a i n t e l i g e n c i a ,
p u e d e e s t a c o n o c e r c l a r a m e n t e las i d e a s m a s e l e v a d a s ,
los principios generales; m a s para realizarlos, p a r a h a c e r
q u e a d q u i e r a n el d e r e c h o d e c i u d a d , y p a r a a p l i c a r l a s
á las condiciones sociales existentes, se necesita m u c h a s
veces la c o o p e r a c i o n d e los siglos. El m u n d o social ca-
m i n a a c t u a l m e n t e con m u c h a velocidad, y su m a r c h a
e s m a s a c e l e r a d a á m e d i d a q u e a d e l a n t a ; sin e m b a r g o ,
á, n i n g u n a é p o c a e s p e r m i t i d o d e s c o n o c e r la d i s t a n c i a
q u e s e p a r a l a t e o r í a d e l a p r á c t i c a y las m o d i f i c a c i o n e s
q u e esta p u e d e i m p o n e r á la p r i m e r a .
E n l a p a r t e general d e l C u r s o h e m o s p r o c u r a d o fijar
b i e n el p r i n c i p i o d e l D e r e c h o ; d a r d e é l u u a n o c i o n
exacta, y desenvolverle en sus priucipales propiedades.
A l g u n o s e s p í r i t u s s u p e r f i c i a l e s c o u s i d e r a n q u e la i n v e s -
t i g a c i ó n d e l o s p r i u c i p i o s , s o b r e t o d o c u a n d o se t r a t a
del ó r d e n social, n o contiene m a s q u e u n interés teórico
e s p e c u l a t i v o ; p e r o es f á c i l p e r s u a d i r s e q u e m a l p u d i e -
r a u c l a s i f i c a r s e l o s h e c h o s s o c i a l e s c o n e l fin d e d a r á
l a s o c i e d a d u n a b u e n a d i r e c c i ó n , si d e a n t e m a n o n o se
c o n o c e n l o s d i f e r e n t e s p r i n c i p i o s q u e los d o m i n a n y c a -
r a c t e r i z a n . A d e m a s , es g r a v e e r r o r c r e e r q u e el m u n d o
m o r a l y social n o e s t á r e g i d o p o r l e y e s t a n c i e r t a s c o m o
las del m u n d o físico. Los principios sociales t i e n e n , e s
s e g u r o , o t r o c a r á c t e r ; e n vez d e h a c e r q u e s u a c c i ó n s e
s i e n t a f a t a l m e n t e , n o se p r o d u c e s i n o b a j o las c o n d i c i o -
nes de la inteligencia y l i b e r t a d h u m a n a s ; m a s n o p o r
e s o d e j a n d e s e r v e r d a d e r a s l e y e s q u e rigen la c o n d u c t a
i n d i v i d u a l y s o c i a l d e los s e r e s r a c i o n a l e s . Si e s t o s p r i n -
c i p i o s , p u e s , n o se e s t a b l e c e n c o u b a s t a n t e p r e c i s i ó n , la
c i e n c i a s o c i a l e l e v a r á s u s r a m a s s o b r e el a i r e , s i n t e n e r
a p o y o ni f u n d a m e n t o . A n t e s q u e Copérnico, Kepler y
N e w t o n h u b i e s e n d e s c u b i e r t o las p r i m e r a s l e y e s q u e
r i g e n el m u n d o f í s i c o , s e p u e d e a s e g u r a r q u e n o e x i s t i a
l a c i e n c i a s o b r e e s t a m a t e r i a . L o m i s m o a c o n t e c e e n el
m u n d o m o r a l y social.
D e t e r m i n a d o con t o d a precisión el principio del De-
r e c h o y s u s principales c a r a c t e r e s , p a s a m o s en la p a r t e
especial á h a c e r aplicación de él á l a s diferentes m a t e -
r i a s q u e f o r m a n el c u a d r o d e l a c i e n c i a d e l D e r e c h o .
Hemos procurado con gran cuidado mantener intacto
en esta aplicación el principio del D e r e c h o , e v i t a n d o la
c o n f u s i o n de h e r m a n a r l e con otros principios ó consi-
deraciones h e t e r o g é n e a s , confusion perjudicial al Dere-
c h o , c o m o á las o t r a s ciencias, p o r q u e solo e n c e r r á n d o s e
d e n t r o d e l c i r c u í « q u e f o r m a el d e s e n v o l v i m i e n t o d e l
p r i n c i p i o q u e l a s s i r v e d e b a s e , es c o m o p u e d e n p r o m e -
t e r s e p r o g r e s o s . E n la c l a s i f i c a c i ó n d e D e r e c h o h e m o s
p a s a d o r e v i s t a g e n e r a l á las r e l a c i o n e s q u e t i e n e el D e -
r e c h o c o n t o d a s l a s e s f e r a s d e la v i d a , d e l a a c t i v i d a d
social, q u e b a j o u n o ú o t r o aspecto e n t r a n en s u d o m i -
n i o . La c u c s t i o u d e l a p r o p i e d a d l a t r a t a m o s e n la p a r t e
especial con b a s t a n t e extensión. H e m o s a d o p t a d o e n
l.
e s t a m a t e r j a l a t e o r í a d e l o s p r i n c i p a l e s filósofos y j u r i s -
c o n s u l t o s d e A l e m a n i a , q u i e n e s h a c e n la c o n v e n i e n t e
d i s t i n c i ó n e p t r e l a s o l u c i o n filosófica, y l a s o l u c i o n h i s -
tórica y política d e esta c u e s t i ó n . Hacernos ver, en opo-
s i c i ó n c o n l a m a y o r p a r t e d e los j u r i s c o n s u l t o s f r a n -
c e s e s ó i n g l e s e s , q u e la p r o p i e d a d n o es u n p u r o h e c h o
d e c o n v e n c i ó n social, s i p o q u e está f u n d a d a en la n a t u -
raleza del h o m b r e , y q u e es p o r esto de Derecho Natu-
r a l . S i n e m b a r g o , n o p u d i e n d o d e m o s t r a r el D e r e c h o
Natural m a s q u e el principio genera) de la p r o p i e d a d ,
principio que, atendida su base no basta á explicar lodo
l o n e c e s a r i o , l a o r g a n i z a c i ó n d e la p r o p i e d a d t i e n e n e c e -
sidad d e r e c u r r i r á la política, p a r a q u e esta i n t r o d u z c a
e n e l l a , s i n s u p r i m i r ni a l t e r a r la b a s e d e l a p r o p i e d a d ,
las modificaciones que h a g a n necesarias las exigencias
d e la v i d a social. I m p o r t a m u c h o n o c o n f u n d i r e s t o s
d o s p u n t o s d e vista, p o r q u e d e lo c o n t r a r i o p o d r i a n
a t r i b u i r s e á u n a u t o r o p i n i o n e s q u e él c o n s i d e r a c o m o
a b s u r d a s . D a m o s c a b i d a e n el D e r e c h o N a t u r a l á la e x p o -
s i c i ó n d e los principio-» g e n e r a l e s d e l Derecho Público, y
e n e s i o n o h a c e m o s m a s q u e s e g u i r el e j e m p l o u n á n i m e
d e los a u t o r e s a l e m a n e s , q u e c o n r a z ó n h a n a d v e r t i d o
la u n i ó n í n t i m a q u e existe e n t r e e s t o s principios y los
d e l D e r e c h o N a t u r a l . E n e f e c t o , el E s t a d o , q u e e s el
objeto del Derecho Público, r e c o n o c e c o m o p r i m e r prin-
c i p i o d e s u a c t i v i d a d y d e s u o r g a n i z a r o n el del D e r e c h o
ó d e la j u s t i c i a ; d e c o n s i g u i e n t e las m a n e r a s d e c o n c e b i r
l a s f u n c i o n e s d e l E s t a d o , la e x t e n s i ó n y l í m i t e q u e d e b e
t e n e r s u i n t e r v e n c i ó n e n las d e m á s e s f e r a s d e l a a c t i v i -
d a d s o c i a l , n e c e s a r i a m e n t e d e p e n d e n d e la t e o r í a q u e
s e e s t a b l e z c a s o b r e el p r i n c i p i o dpi D e r e c h o q u e f o r m e
el fin d e l E s t a d o .
A p l i c a n d o á la o r g a n i z a c i ó n del E s t a d o el p r i n c i p i o
m a s c o m p l e t o d e l D e r e c h o , t a l c o m o K r a u s e l o h a esta-
b l e c i d o , c r e e m o s h a b e r c o m p l e t a d o la d o c t r i n a d e l Dere-
cho Público con algunas ideas nuevas, exactas, y según
n u e s t r o juicio, i m p o r t a n t e s . El Derecho Público se h a
o c u p a d o h a s t a el d i a c o n e s p e c i a l i d a d e n el e x á m e n d e
los diferentes p o d e r e s públicos, su o r g a n i z a c i ó n , y las
d i f e r e n t e s f o r m a s d e g o b i e r n o : estos o b j e t o s s o n sin
d u d a d e la m a y o r i m p o r t a n c i a , p e r o c r e e m o s q u e s e
c o m i e n z a y a á s e n t i r , s o b r e t o d o e n los E s t a d o s c o n s t i -
tucionales, la i m p o t e n c i a d e e s t a s d o c t r i n a s p a r a resol-
v e r las c u e s t i o n e s q u e s e p r o m u e v e n e n los ú l t i m o s
t i e m p o s , las c u a l e s a d q u i e r e n cada dia m a y o r i m p o r -
t a n c i a e n la v i d a s o c i a l . S e h a e s p e r a d o t o d o d e l a s f o r -
m a s e x t e r i o r e s , y e s t o h a p r o d u c i d o la p o c a a t e n c i ó n
q u e se h a p u e s t o e n e x a m i n a r el f o n d o , la n a t u r a l e z a
v a r i a d a y el v e r d a d e r o fin d e l a s o c i e d a d . Al l a d o d e l a s
f o r m a s s o c i a l e s d e b e t a m b i é n p o n e r s e la d e las f u n c i o -
n e s y fines s o c i a l e s , d e t e r m i n a n d o l o s d e r e c h o s q u e les
conciernen.
Antes de terminar, nos atreveremos á rogar que no
s e p i e r d a d e v i s t a q u e la o b r a q u e o f r e c e m o s al p ú b l i c o
n o es m a s q u e u u r e s ú m e n d e l o s p r i n c i p i o s d e l a Filo-
s o f í a d e l D e r e c h o , d e s t i n a d o á q u e s i r v a d e Manual p a r a
l a e n s e ñ a n z a ; si t i e n e b u e n a a c o g i d a , n o s p r o p o n e r n o s
publicar mas tarde una obra m a s extensa sobre esta
m a t e r i a , la c u a l , f o r m a el o b j e t o d e n u e s t r o s e s t u d i o s
h a c e c e r c a d e d i e z a ñ o s . C o m o privat docentem l a h e m o s
e n s e ñ a d o en la u n i v e r s i d a d d e G o t i n g a , y h a c e t r e s a ñ o s
n o s o c u p a e n la u n i v e r s i d a d l i b r e d e B r u s e l a s .
B r u s e l a s , S i d e d i r é f n b r e d e 1837.
 OBRAS PRINCIPALES
DE

a s a s ® « ! ® a ^ i r i í a ^ i ,

TRATADOS SOBRE E l . P R I N C I P I O GENERAL DEL IIEREi:HO.

F . Baconii. Exemplum tractalui de j ulti Ha mutatali lice de fonti-

bmtjnru, extractum ex ejutdem opere : de dignitate el augmentii tcien-
tiarum. Parisiis, I 7 S 2 .
E tía i d'un traite de la juitice uni renelle par Bacon, traduit par
Decanxcllei, aree le texle en regard. l'ari.«, 1 0 5 4 . ( E n u j o d r un tratado
s o b r e la justicia universal por Bacon , traducido por Detauxelles con el
t e x t o ai Trente.)
LCIBNITZII. De principiii jurii obierralionei. Yra.se Leibtnizii opera,
edìe. D o t e u i , loon. I V , part. 3 .
GOT. HuTELANO. ùber den Grnndiatz del Nalurrechti. Leibzig,
1 / 8 5 . (Sobre el principio del Derecho N a t u r a l . )
GE.NZ Iiber den Urtprung and die alletlen Principien des Rechti ;
in der Berliner Monatuchrifl. Aprii, 1791. (Sobre el origen y ma» an-
tiguos principios del Derecho r a el periódico mensual d e Berlin.)
R . HElDENHEiTCtI Entrrurf der Grundialse del abiolulcm Natur-
rtchh. (Bosquejo del Derecho N a t u r a l absoluto.) Véate leí originalideen
iber die Krititche Philoiophie. L e i b z i g , 1773. (Véase sus ideas origi-
nales sobre la Filosofìa critica.)
P . J . A . FECERBACH. Ver I neh líber den Begriff dei Rechts;in Fich-
tei und Nielhammert l'In tot. Jonrnale. (Ensayo sobre la idea del Dere-
c h o en el periódico filosofico de Fichte« y Niethammer , cuaderno
C . 1795.)
ID. Kritikdei naturlichen Bechli. Aliona, 1796. (Critica del Derecho
N a t u r a l . Aliona 1 7 9 6 . ;
G . HENRICI. Ideen ZH einer Wiuemchaft lichen begrundung der
 — 14 — - <5 -sr
J . BABBEVRAC Le droit de la guerre el de la paite, traduit /«/,„
Reehtlchre oder uber den Begriff und die lelzten Gntnde dtt Rrchts.
de II. Grotius, a ret des remarque!. A m s t e r d a m , " 7 2 4 ; n u e r a »die. Ba-
H a n n o v e r , I g t O ; 2 theile, nene a u s g . , 182X. ( I d e a s que pueden servir
silea, 1 7 0 S , 2 vol. (Derecho de la guerra y de la paz, traducido del lalin
d e base cientifiea & la e n s e ñ a n z a del D e r e c h o , o ideas y ultimas razones
d e I I . Grocip con notas :¡
del Derecho. H a n n o v e r , 2 l « « . n u e v a edic. 1 8 2 2 . )
SAW PCFFESDORF. Elementa Jurisprudentice universalis methado
G . TH- WELEBR. Dle letzlen Orunde ron Reeh, Slaat und Strafe,
matemática, 1600.
Gietten, 1813. (Ultimas razones del D e r e c h o , del E s t a d o V d e las P e n a s . )
L . A . WAKKEOEHIG. Yertuch einer Begrunduug det Rcchtt durch l o . f - Jure natura et gentium, libri VIII Llond, S c a n d , 1673, cum
rínc Yernunftidee. B o n n , 1 8 1 9 . ( E n s a y o s o b r e el f u n d a m e n t o del D e r e - nolis rariorum, F r a n c f u r t i et L i p » » , 1 7 4 4 .
c h o , deducido d e una idea racional.) J . BARBEYHAC. Le droit de la nature et des gen,, traduit du lalin de
Sam. de Puffendorf, acec des remarques. A w s t e i d I7CK1, nueva edic.
A . BAUBBÍCH- Einleitung in dat Saturrccht ais eint R o U s t k u m h c h e Ban lea, 1 7 7 1 , 2 vol. (Derecho N a t u r a l y de G e n t e s , traducido del latin de
Reckls píilotophie, 1 8 2 3 . (Introducción al Derecho N a t u r a l , considerado P u f f e n d o r f pon n o t a s . )
como Fikwofia p o p u l a r ) .
ID. De officio hominis el chis nolis Bo'beyracrí. L u g d . Bal. 1 7 6 9 ,
LERHIMER- Inlroduction a la philosophie du Droit 1 8 7 9 , (intro-
2 vol.
ducción á la Filosofía del Derecho).
T r a d o c c i o n francesa d e esta o b r a : Det devoirs de rhomme el du ci-
J . A . BRCCKSER. Estai surla na ture et rorigine det droiti, ou dé-
toyen. A m s t e r d . 1707 ; nueva edic. P a r i s , 1 6 3 0 . (Deberes del hombre y
dichón det principo de la tcience philotophique du Droit, 2 ' edil. Leib-
del ciudadano.)
zig, 1 8 1 8 . ( E n s a y o s o b r e la n a t u r a l e z a y o n g e n de los Derecho», ó d e -
ducción de los principios de la ciencia filosó6ca del D e r e c h o . ( E s la J . J . BCRLVMAQCI. Principes de Droit Nature!, ( P r i n c i p i o s de D e r e -
primera obra escrita en f r a n c é s , que h a tenido presente los progresos que cho Natural.) Genova, 1747.
e n los tiempos modernos ha hecho la ciencia filosófica del Derecho. Su III. Principe, Ju Droit de la nature et des gent, p u b U í par dp F e -
l»oe. (Principios d e D e r e c h o N a t u r a l y d e Genle», publicado por F c M . )
a u t o r pertenece á la escuela d e K a n t ) .
1766— 1 7 6 8 .
ANOMMO. Vebtr da» obertte lUchltprxnop al» Grundlag* der Reehl-
ID. Elements du Droit Nature/, ouvrage postbume, 1 7 7 4 , C . (Ele-
switttcntchajl im Allgemeinen. L e i b z i g , 1 8 2 5 . ( S o b r e el principio supe- mentos d e Derecho N a t u r a l . )
rior del Derecho, como f u n d a m e n t o de la ciencia del D e r e c h o e n ge-
ncral.
M . ' G . HEPP- (Profesor en la facultad d e Strasborgo). P»a¡ tur la B
Théoríe de la vit tociale el du gourernement repreientalif pour tertir
tf inlroduction a l'ilude de la tcience tociale ou du Droit el det tciencet Obras de la escuela de Thomasius.
pohliquet; P a r i s , L e v r a u t t , 1 vol. 1833- ( E n s a y o sobre la Teoría de 1»
»ida social y del gobierno representativo, como introduce«»! al estudio CHR. TOÜASIDS. Fundamenta juris natura el gentium. Halae, 1704 •
de la ciencia social ó del Derrcbo y d e las ciencia« políticas). E«te voly- a u c t a ibid. 171«.
meu e n su pr.inera p a r l e contiene la deducción fiiosolic» del principio E f B GEKRABDI. Delintalie jurit naluralit, tice de principiit justi.
del Derech... E l autor s e ciñe en lo principal a la l e o n a c o n t e n i d a en la libri I I I , Jenae, 1712. '
obra pilada W'El-KEB. H.KOEBLERI. Juris naluralit, ejusque imprimis eogentis exercitatio-
n e s J e n a e , | 7 2 8 , nueva edic. 1 7 4 0 .
N- G I NDBNCII. Jut natura el gentium. Haiae, 1714.
II
OBRAS SISTEMATICAS L»E HERTXHO K A T U I A L . c

A Obras de la escuela de Wolf.

Obras que pertenecen á la escuela de Grecia y Puffendorf. CHRIST. WOLF. Jut natures methodo identifica pertractatunf. Uo.
s i « , « t o r n . 4. 1 7 4 0 - 1 7 4 8 . "
H ü G . GROTII. De jure Belli el París, l i b r . I I I , P a r i s i i s , 1 6 2 5 ; * ulti- | p . Institutionet juris natura el genlium. H a l a e , 1 7 5 4 . Traducción
ma e d i c . L a u s a n n a . 1 7 5 1 . francesa d e esta o l r a p o r l . u z a r , | 7 4 2 , 4 vol. 1 2 .
HEKBI. PE COCCEJI. Grotiut illuitratus, etc., 5 rol. 1 7 4 4 - 1 7 4 . . F o R N E l . Principes du Droit dt la nature el des gens extrails d(
S A » . DE COCCEJI- Inlroduclio ad llenr. dt Cocceji Grotium iUuttra- Wolf. ( P r i n c i p i o s del D e r e c h o n a t u r a l y de G e n t e s , e x t r a c t a d o s de W o l f . )
tum. Genova, 1 7 5 5 , 3 vol. A m s t e r d . 175Ó, 3 vol. "
 G. HEINECCI. Elementa juri* natura el gentium Halae 1738. H. GROS. Lehrbuch der philosophische* Rechtneistensehafl oder des
G. DARIES. In'titutiones jurisprudentia- natnralis. Jenae, 1740, Natmrrehts, 1802 ; 2a ,,ugu.«. 1829. (Jurisprudencia filosófica ó Derecho
N a t u r a l , 2a cdic. 1829.)
7 . edil. 1776.
DA*. NETTF.LBLADT. Systema eicmentaris jurisprudentia naluralis. C a z . WEISS. Lehrbuch der pùilosophie des Bechts ; 1804. (Filosofia
del Derecho.)
Halae, 1 7 4 8 - 1 7 8 5 .
PH. M. ZACBARI£. Philosophie Rechtslehre, oder Naturrecht und
J . C H R . F R I E D . M E I S T E R . Lchrbuch del Naturrechts. 1800. (Derecho
Staastchre, 1 8 1 9 ; 2a Augus. 1825. (Filosofía del Derecho, o Derecho
nalara I ) natural y Derecho público, 2a edic. 1825.)
L. J FREE HOF.PFNER. Naturrecht der cinzelnen Menchen, der Gcsel- A. BAUER. Lehrbuch da Naturrecht*, 1808 ; 3» ausg. 1825. Derecho
Uchatten und der Volker. 1806. (Derecho Natural de los individuos, de las natural, 3« edic. 1825.)
sociedades y d é l o s pueblos.) W . F . KRCC. Philosophische Rcchslchrc ; 1817. (Filosofia del
Los autores de estas dos obras han tenido presente la teoría de Kant. Derecho.)
G. DE RAYUEVAL. Initilntioni du Droit de ta Sature, et des geni. S . BECH Lehrbuch des Xaturrechts ; 1820. (Derecho Natural.)
Paris 1803. (Instituciones de Derecho N a t u r a l y de Gentes.) J . HALS. Elementa Doclrimc philosophica tice inris naluralis,
( • a n d a t i , 1854.
I» A. VON DROSTE-HUI.SHOPF. Lehrbuch de» Naturrecht*, 3a ausg. 18
(Derecho Natural, 3» edic. 18.)
Obras de la escuela de Kant. L. VOS ROTTECK. Lehrbuch dei Vermtntrechü und der SlaaUrris-
sente haj ten, 2 th. 1829. (Derecho racional y de las ciencias políticas.)
IHHAN. KAST. Grundlegung zur Mctaphgsik der Sitien. «787. (Base
para la metafísica de las oostumbres.)
ID. Metaphisik der sitien, i. Th. Rechtslchere, 2• ausg. 1798. E
(Metafísica de las costumbres, tomo 1 ' . Filosofía del Derecho, 2» edic.)
La misma obra en latín, Imm. Kant,i metaphiseca juris doctrina, (Mrras que contümen una teoria mos o mrnos diferente d las de
latine certil L. Kocnig. Amstelodaini. 1809. Principes metaphysiques du las escuelas precedentes.
Droit de Kant. traduit de rallemand par Tissot. P a r i s , 1837. ( P r i n -
cipios metafisicos del Derecho de K a n t , traducido del alemán por
J. G . FlCBTE. Grundlage des Naturrechts nach Principien der
rvitse*nchafl,lehre ; 2 th. 1792, 2a ausg. 1797. (Fundamentos del
G°HarELAI(D. Lchrsalztdes Naturrechts, T ausg. 1795. (Teoremas
Derer Im Natural con arreglo a los prinöpios filosofioos, 2» edic. 1797.)
del Derecho Natural.) *
J . II ABICHT. Neues IfStern eines aus der Menschheil enliccikelten
PH. SCHNALZ Rccht der Natur. 1795. (Derecho de la Naturaleza.)
Naturreehts. (Nuevo »¡Steina filosofico del Di recbo N a t u r a l , deducido de
Id. Erklarung der Rechte det Menschen und Burgert. 1798. (Declara- la humanidad ) *
ción de los derechos del huinbie y del ciudadano.)
ID. Hurze Darstellung des Natur-und Völkerrecht*, zum Gebrauche
CHZ. HOFFBAGER- Naturrecht aus den Begriffe des Rechts entreee- bei Vorlesungen, 1 7 y j . (Breie represeutaciuu del Derecho Natural y de
kell, 3* ausg. 1804. (Derecho Natural deducido de la idea del Derecho, Gente» para usarle tu la» esplicaciones.)
tercera edic.) ««_•»• i o • G. HCCO. Lehrbuch des Naturreehts als einer philosophie des positi-
K II HEIDENREICO. System des Naturrechts nach kn luchen Prin- ven Rechts, IT'.l'J, ¿o a u s g . I » 2 0 . (Deiecho Natural cousiderado como
cipien, 11 P b . l-eibzig, 1795. (Sistema del Derecho Natural, con arreglo la filo-ofia del Dcre<ln> pusitivo.)
a sus principios críticos. II lom.)
C. F . KRAUSE. Grundlage de* Naturrechts, oder philosophischer
L. N . JACOB. Philosophische RechUlchre, 2- ausg. 1802. (Tratado Grundriss des Ideals des Rechts, prim. th. 1803. (Fuudamento del
filosófico del Derecho.) Derecho Natural o compcndio filosobeo del ideal del Derecbo, tomo
A. MELUK. Grundlegun zur Metaphisik der Rechte oder der positi • 1°. 1803.)
ten Getef.gcbung, 1796. ( B a w para la metafísica de los Derechos o de la G . E . SCRILLZE. Leitfaden der Enlctikelnng der philos. Principien
legislación positiva.) de* bürgerlichen und peinlichen Rechts -, 1813 (Guia del desenvoWi-
H. STEPBAÜI. Grundlinien der Rechltvrusenschafl oder des soge- m i e n t o d e los principios filoioficos del Derecbo civil y penal.)
nannten Naturrechts, 1797. ( L i n é a m e l o s fundamentales de la j u r i s p r u - F . BOITERHECE. Dir Abichnilt über das yalurrechts in seinen
dencia, o del Derecho llamado comunmente Derecho Natural.) Lehrbuche rf.r philosophsechen Wissenschaften. 2a ausg. 1870. (La
L. BEKDAVID. Versucheiner Rechtslchre ; 1802. (Ensayo de un tratado parte del Derecho en sus obras sobre las ciencias filosoficas, 2a edicioo )
del Derecho )
 L. A . E I C H E N M A Y E R . Normal-Rfch,
lotophischi Rechtslehrt,
ti tb. 18J0. TROXLER
1820. (Derecho Nono»I, 11 tom. T R O X L E R ,
phi-
PRINCIPIOS
Derecho filosófico )
W . F . HEGEL. Nalurreehl und Slaatstrissenschafl, oder Orundliuien DE
der Philotophie der Rechit; I M I . (Derecho natural y c e n c i » del Es-
tada. ó l i n e a m e l o » fundamentales de la filosofia del Derecho )
G . W . GERLACII. Grundrtss der phitosophichen
(Compendio del Derecho filosófico.)
Rtchlilehrt; 1824.
FILOSOFIA DEL DERECHO
C. F-KRAOSE. Abriti detsyttemet der Reehsphilotophie odor des
Naturrechlt ; 1825. (Bosquejo del sistema de la filosofìa del Derecho, ó ó
del Derecho N a t u r a l . )

DE DERECHO N A T U R A L .
Ili

OBRAS QL'F. T R A T A S DK LA HISTORIA DE L A S DOCTRINAS DEL DERECHO

NATURAL.

J . F . LODOVICI. Delinealio historia jurit divini, naluralit et positivi

unirertalit. Halae, 1714.
a a í í u i i a a s / o <a a © s r .
HDBNER. Essai sur Fkittoire du Droit Saturel. Londres, 1757,
2 TOI. (Ensayo sobre la historia del Derecho N a t u r a l . ) UNIVEKI.U-.T
G. HEKRICI. La obra antes citada, tomo 1.
K. V o s RAOÜEB. Veber die geschichtlerkc Entvticktlung der B*- BIBLIOTECA l; :¡Vf.5 - i
grife van Rechi, Staad und PoliIil ; 1825. (Desarrollo histórico de las
«f.i rr."<!.'» Rt-Yi v "
ideas del Derecho, del estado y de la politila.)
LERNIKIER. Inlroduction genérale a Chistoiredu Droit. Paris, 1829. CAPITULO l ^ i s f c , »«MI
(Introducción general a la historia del Derecho.)
REFLEXIONES PRELIMINARES SOBRE EL DERECHO
NATURAL.

La ciencia d e l D e r e c h o N a t u r a l , c u l t i v a d a en t o d a s las
épocas, y en t o d o s l o s paises, e n q u e el e s p í r i t u h u m a n o ha
empezado á manifestarse y desenvolverse libremente, debe
s u origen & la n e c e s i d a d q u e e x p e r i m e n t a la ratón d e
s o m e l e r á e x a m e n t o d o lo q u e e x i s t e e n la vida, y d e b u s c a r
c ó m o d e b e r í a n e s t a b l e c e r s e las r e l a c i o n e s e n t r e los h o m -
b r e s , p a r a q u e s e a n c o n f o r m e s á la v e r d a d , al b i e n , y á la
justicia. El o r i g e n d e esta c i e n c i a es, p u e s , c o n t e m p o r á n e o
c o n ol n a c i m i e n t o d e l e s p í r i t u filosófico, q u e e s el d e la
libre investigación ó e x a m e n d e los p r i m e r o s p r i n c i p i o s , y
d e las r a z o n e s de t o d o lo q u e existe e n la n a t u r a l e z a y en
la vida social. Si c o n s u l t a m o s la historia, v e m o s t a m b i é n
 L . A. ElCHENMAYER. Normal-Rfch,
tosopki^k. Recklslekre,
t i tb. 1 8 J 0 . T R O X L E R pki-
1820. (Derecho Normal, 11 tom. T R O X L E R , PRINCIPIOS
Derecho filosófico )
W . F . HEGEL. Nalurreehl und Slaatsvrissenschafì, oder Orundliuien DE
der Philotophie der Recklt; I M I . (Derecho natural y c e n c i » del Es-
tada. ó l i n e a m e n t i fundamentales de la filosofia del Derecho )
G . W . GERLACII. Grundrlti
(Compendio del Derecho filosófico.)
der philosopkiche» Rechtslehre; 182*.
FILOSOFIA DEL DERECHO
C. F-KRAOSE. Abriss detsyttemet der Reehsphilotophie odor des
Nalurrechlt ; 1825. (Bosquejo del sistema de la filosofìa del Derecho, ó ó
del Derecho N a t u r a l . )

DE DERECHO N A T U R A L .
Ili

OBRAS Ql'F. T R A T A S DK LA HISTORIA DE L A S DOCTRINAS DEL DERECHO

NATURAL.

J . F . LODOVICI. Delinealio hiilori<e jurit divini, naturalit et positivi

universali!. Halae, 1714.
a a í í u i i a a s / o <a a © s r .
HOBNER. Essai sur l'histwe du Droit Nalurel. Londres, 1757,
2 TOI. (Ensayo sobre la historia del Derecho N a t u r a l . ) UNIVEÍ: i.u-.t YUVJ -v*
G. HEKRICI. La obra antes citada, tomo 1.
K. V o s RACÜEB. Veber die geschichtlerkc Entvvickelung der Be- BIBLIOTECA l; :¡Vf.5 - i
grife van Rechi, Staad und Polilik ; 1825. (Desarrollo histórico de las
«F.I RR."<!.'» RT-YI V "
ideas del Derecho, del estado y de la politila.)
LEBNIKIER. Inlroduction genérale a Chistoiredu Droit. Paris, 1829. CAPITULO
(Introducción general a la historia del Derecho.)
REFLEXIONES PRELIMINARES SOBRE EI. DERECHO
NATURAL.

La ciencia d e l D e r e c h o N a t u r a l , c u l t i v a d a en t o d a s las
épocas, y en t o d o s l o s paises, e n q u e el e s p í r i t u h u m a n o ha
empezado á manifestarse y desenvolverse libremente, debe
s u origen á la n e c e s i d a d q u e e x p e r i m e n t a la razón d e
s o m e l e r á e x a m e n t o d o lo q u e e x i s t e e n la vida, y d e b u s c a r
c ó m o d e b e r í a n e s t a b l e c e r s e las r e l a c i o n e s e n t r e los h o m -
b r e s , p a r a q u e s e a n c o n f o r m e s á la v e r d a d , al b i e n , y á la
justicia. El o r i g e n d e esta c i e n c i a es, p u e s , c o n t e m p o r á n e o
c o n ol n a c i m i e n t o d e l e s p í r i t u filosófico, q u e e s el d e la
libre investigación ó e x a m e n d e los p r i m e r o s p r i n c i p i o s , y
d e las r a z o n e s de t o d o lo q u e existe e n la n a t u r a l e z a y en
la vida social. Si c o n s u l t a m o s la historia, v e m o s l a m b i e n

— ¿o — cion, y que a u n e n el caso de que h u b i e s e realmente exis-
q u e los primeros sistemas filosóficos, a l g o d e s e n v u e l t o s ,
e x a m i n a n el principio de justicia e n las diversas condi-
ciones de l a vida humana', y llegan h a s t a deducir de la
ciencia que establecen, acerca de la naturaleza del h o m b r e ,
principios d e c o n d u c t a y organización sociales, q u e v a n m a s
allá del espíritu d e la época.
Cuando se sigue el d e s a r r o l l o de la ciencia, q u e se o c u p a
d e los primeros principios del Derecho, se e n c u e n t r a , q u e
al progreso constante de la Filosofía se debe el q u e los
principios del Derecho y de la j u s t i c i a s e h a y a n d e t e r m i -
nado m e j o r , se h a y a n a m p l i a d o y r e u n i d o en u n c u e r p o d e
doctrina.
Esta u n i ó n histórica, q u e se n o t a e n t r e la Filosofía y la
c u l t u r a de los p r i m e r o s principios del Derecho, indica el
c a m i n o q u e debe seguirse, para c o m p r e n d e r el verdadero
carácter d e la ciencia del Derecho Natural, y conocer la
f u e n t e de d o n d e d e b e n tomarse s u s principios.
P e r o e x a m i n e m o s p r i m e r o las d i f e r e n t e s m a n e r a s c o n q u e
se h a tratado y concebido el Derecho N a t u r a l .
Cualquiera significación q u e se h a y a dado á las palabras
Derecho Natural, s i e m p r e se h a e n t e n d i d o por ella u n Dere-
cho i n d e p e n d i e n t e del Derecho establecido : m a s p a r ü e n d o
de esta distinción g e n e r a l m e n t e adoptada, se p r e s e n t a n á
n u e s t r a vista las m a s e n c o n t r a d a s opiniones, acerca de la
f u e n t e de donde d e b e n t o m a r s e los principios de este Dere-
cho, que e n n i n g u n a parte está reconocido c o m o tal, y q u e
sin e m b a r g o se p r e t e n d e f o r m u l a r en u n c u e r p o c o m p a c t o
de d o c t r i n a . Algunos c o n s i d e r a n d o la vida social c o m o u n a
degradación del estado primitivo, llamado estado de la na-
turaleza, h a n pretendido q u e era preciso r e m o n t a r s e á este
p r i m e r estado p a r a d e s c u b r i r en él los verdaderos p r i n c i -
pios de la organización de la vida h u m a n a , y h a n a c o n -
s e j a d o á s u s c o n t e m p o r á n e o s , q u e se d e s p r e n d i e s e n , c u a n t o
les fuese posible, de las r e l a c i o n e s sociales e x i s t e n t e s , y
volviesen á la vida primitiva d e la naturaleza, la cual a d e m a s
cada u n o se ha figurado á s u modo. Otros sostienen por el
contrario, q u e tal estado de la n a t u r a l e z a es u n a p u r a fic-
— 21 — , -
tido, de nada serviría p i r a llegar á descubrir el m o d o de
establecer las relaciones e n t r e los h o m b r e s , en c o n f o r m i d a d
con la justicia : y p r e t e n d e n , que del estudio p r o f u n d o de
la naturaleza del h o m b r e , d e b e n deducirse los principios de
su c o n d u c t a privada y social, d e s c u b r i e n d o todos los ele-
m e n t o s c o n s t i t u t i v o s de la n a t u r a l e z a h u m a n a , p a r a a p o y a r ,
sobre estos cimientos p e r m a n e n t e s , u n s i s t e m a de Derecho,
q u e solo asi d i m a n a r a d e la naturaleza m i s m a del h o m b r e
y de la h u m a n i d a d : o t r o s , en fin, h a n buscado e n u n a a u -
toridad exterior, ó en la de l a razón, u n principio m a s ó
m e n o s g e n e r a l , p a r a ' d e t e r m i n a r , s e g ú n él, lo q u e h a y de
j u s t o e n las relaciones q u e existen e n t r e los h o m b r e s .
Sin e n t r a r en p o r m e n o r e s acerca d e estas opiniones, p u e d e
s e n t a r s e sin e m b a r g o , c o m o regla g e n e r a l , que t o d o e x á m e n ,
c u y o objeto sea descubrir los principios del Derecho, p a r a
q u e n o sea estéril, é incapaz de aplicación, d e b e f u n d a r s e
m a s ó m e n o s e n el estudio p r o f u n d o de la n a t u r a l e z a del
h o m b r e , tal cual la vemos desarrollada e n los diferentes
estados ó condiciones de la vida. Aun los q u e a d m i t e n el
e s t a d o de la naturaleza, parten e v i d e n t e m e n t e de esta supo-
s i c i ó n ; porque se figuran q u e en él la n a t u r a l e z a 3el hom-
b r e se p r e s e n t a m a s p u r a , m a s despejada de los e l e m e n t o s
h e t e r o g é n e o s , q u e la falsa c u l t u r a h a podido i n t r o d u c i r e n
ella. Pero este p e n s a m i e n t o e n v u e l v e un grave e r r o r , porque
desconoce la ley del d e s a r r o l l o de la naturaleza h u m a n a .
Los otros s é r e s a n i m a d o s , r o m o no están destinados á per-
feccionarse, e n t r a n por lo g e n e r a l , i n m e d i a t a m e n t e d e s p u e s
de s u nacimiento, en el goce de t o d o s los d o n e s q u e h a n
recibido de la n a t u r a l e z a ; y asi es, q u e c u a n d o s e ha obser-
vado u n o d e ellos, d u r a n t e a l g ú n t i e m p o , se conoce toda s u
vida, y también toda la especie á q u e p e r t e n e c e . P e r o n o
sucede lo m i s m o con el h o m b r e : la capacidad, las ideas y
los s e n t i m i e n t o s de u n h o m b r e adulto son e n t e r a m e n t e
d i f e r e n t e s d e los de u n n i ñ o , y es imposible s e ñ a l a r e n la
vida del h o m b r e u n estado n o r m a l al que pueda arreglarse
toda s u vida pasada y f u t u r a . La infancia n o es este e s t a d o ;
 Vemos pues q u e n o se p u e d e escoger n i n g u n a época d e
la edad m a d u r a es cicrlamenlo u n eslado m a s perfecto, pero ' la vida h u m a n a , para proponerla como modelo, ó c o m o u n
n o e s el eslado n o r m a l , p o r q u e n o podría servir d e regla d e estado normal, a l que d e b a n arreglarse todos los estados f u -
c o n d u c t a y de actividad, ni para la i n f a n c i a , ni para la vejez. t u r o s , y en el q u e p u e d a n descubrirse los principios del D e r e -
Y lo quo e s v e r d a d e r o respecto del h o m b r e , se aplica igual- cho y de la justicia n a t u r a l e s . La historia n o puede, p u e s , s e r
m e n t e á la h u m a n i d a d e n t e r a . La h u m a n i d a d es u n g r a n d e la f u e n t e del Derecho Natural, p o r q u e presenta u n a s é r i e c o n -
h o m b r e , que t i e n e s u s épocas sucesivas de desarrollo, c a d a t i n u a de h e c h o s , de sucesos, de i n s t i t u c i o n e s diversas, m a s
u n a de las cuales e s t á m a r c a d a con la aparición d e aquellas n o de principios, los cuales sin e m b a r g o son i n d i s p e n s a b l e s
g r a n d e s ideas n u e v a s q u e t r a n s f o r m a n , p r i m e r a m e n t e la para poder j u z g a r de la bondad y justicia de lo q u e pasa e n
vida del pueblo q u e las h a visto nacor, y d e s p u e s se e s p a r - la vida.
c e n por do q u i e r a q u o e n c u e n t r a n la inteligencia b a s t a n t e
El derecho tiene u n f u n d a m e n t o m a s d u r a d e r o y m a s s e -
desarrollada para p o d e r c o m p r e n d e r l a s , se e n s a n c h a n y e n -
g u r o que la base I n c o n s t a n t e de la historiH, c u a l es, la natu-
noblecen los s e n t i m i e n t o s ; y c o m o se manifiestan e n los dife-
raleza dtl hombre, tal c o m o se manifiesta e n s u s disposi-
r e n t e s brazos d é l a actividad social n u e v a s f a c u l t a d e s , n u e v a s
ciones y f a c u l t a d e s f u n d a m e n t a l e s . Debe n o t a r s e con espo-
f u e r z a s , la vida h u m a n a se hace m a s variada, m a s rica, pero
cial cuidado, q u e ' la naturaleza h u m a n a , á p e s a r de todas las
t a m b i é n mas complicada, á la vista do tan diversos i n t e r e s e s ;
t r a n s f o r m a c i o n e s q u e puedo recibir, c o n t i e n e no o b s t a n t e
m a s difícil do reglar, p o r q u e han crecido las probabilidades e n
ciertos e l e m e n t o s f u n d a m e n t a l e s , quo s o n siempre los m i s -
favor del mal y del vicio : pero esto 110 es u n motivo para re-
m o s , y forman la base de s u desarrollo. E n la n a t u r a l e z a del
n u n c i a r á este estado m a s rico e n e l e m e n t o s de d e s a r r o l l o ,
h o m b r o , lo m i s m o q u e en la de todos los d e m á s seres, la
y para volver á la r u d a é inculta simplicidad del estado pri-
constitución n a t u r a l ó i n n a t a de c a d a s e r , es la q u e le traza
mitivo, q u e representa la infancia d e la h u m a n i d a d . Existe
el círculo d e su desarrollo, y la q u e le s e ñ a l a al m i s m o t i e m p o
u n a especie de s e n t i m i e n t o , q u e con frecuencia se complace
limites q u e j a m á s podrá t r a s p a s a r . En toda la progresión d e
e n t r a n s p o r t a r s e á la edad de la i n f a n c i a , ensalzando su
s e r e s , d e s d e l a p l a n t a bastó el h o m b r e , q u e es por decirlo asi la
dulce y dichosa simplicidad : p e r o este s e n t i m i e n t o no hace
corona de la creación, cada s e r ha sido o r g a n i z a d o de u n a m a -
sino c o m p r o b a r , q u e cada condicion del h o m b r e , por simple
n e r a particular, y predestinado s e g ú n ella á u n d e s a r r o l l o
q u e sea, contiene s u dicha particular. Asi q u e t a m b i é n h a
correspondiente. Por m e d i o d e esta constitución y p r e d e s t i n a
habido s e n t i m e n t a l i s t a s políticos, q u e a s u s t a d o s por las
cion d é l a s cosas, l a n a t u r a l e z a m a n t i e n e e l ó r d e n y la a r m o n í a
complicaciones tan variadas d e la sociedad m o d e r n a , q u e
que, en m e d i o d e esta i n m e n s a variedad deseres, c o n t i n u a m e n -
ciertamente solo e s dado c o m p r e n d e r y conciliar á las in
te seria t u r b a d a , si á c a d a u n o fuese dado d e s a r r o l l a r s e d e u n a
teligencias d e s e n v u e l t a s , h a n deseado q u e la h u m a n i d a d
m a n e r a i l i m i t a d a , ó invadir la naturaleza y la e s f e r a progresiva
retrocediese á s u s p r i m e r o s tiempos, a b a n d o n a n d o s u s a m -
d e los otros. E n t r e todas las n a t u r a l e z a s , la del h o m b r e es la
biciones de desarrollo y de progreso, y quo solo p e n s a s e en
m a s complicada, y capaz do m a y o r d e s a r r o l l o ; sin e m b a r g o ,
vivir e n la d u l c e simplicidad del p r i m e r estado, q u e procura
se llega á conocerla, b u s c a n d o los e l e m e n t o s p r i n c i p a l e s d e
estar cual n i ñ o s en el s e n o m a t e r n a l d e la naturaleza : pero
q u e se c o m p o n e . C u a n d o s e conocen estos e l e m e n t o s , s e
estas son aberraciones d e la imaginación q u e la razón c o n -
posee, por decirlo así, las c i f r a s primitivas, las cuales c o m -
dena. La vida de la h u m a n i d a d n o m a r c h a hácia a t r a s . El
binadas de diferentes m a n e r a s , f o r m a n la s u m a total de la
progreso es u n a ley f u n d a m e n t a l d e los s e r e s d o t a d o s de
vida h u m a n a . Pero es evidente q u e toda ciencia q u e se r e -
razón y de libertad.
^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ — 24
liere á la vida, sea privada, sea social, del h o m b r e , debe
f u n d a r s e e n el conocimienlo de esta n a t u r a l e z a ; y c o m o la
vida de u n ser, según lo q u e h e m o s dicho, n o es m a s q u e
el d e s a r r o l l o d e su n a t u r a l e z a i n n a t a , e v i d e n t e m e n t e este
•conocimiento e s el q u e debe presidir á todo juicio que s e
q u i e r a f o r m a r acerca de s u s acciones. Conociendo s u n a t u -
raleza, e s c o m o se puede t a m b i é n preveer u n estado f u t u r o
de desarrollo, e n el que se halle la vida o r g a n i z a d a de u n
m o d o m a s c o n f o r m e á las exigencias de esta n a t u r a l e z a .
S e g ú n es la idea que se t i e n e de la naturaleza de u n ser, asi
se juzga s i e m p r e de s u vida, d e c l a r a n d o q u e tal cosa, tal
acción e s ó n o conformo á ella, q u e e s b u e n a ó m a l a , j u s t a
ó i n j u s t a . La ciencia del Derecho debe, p u e s , deducir s u s
principios del estudio p r o f u n d o d e la naturaleza h u m a n a ;
porque el juicio sobre lo q u e e s j u s t o ó i n j u s t o debe f u n -
d a r s e en la c o n f o r m i d a d ó n o c o n f o r m i d a d de u n a acción
c o n esta n a t u r a l e z a (3).
Para precisar m e j o r l a expresión u n poco vaga, de q u e
el Derecho debe f u n d a r s e en el conocimiento de la n a t u r a -
leza del h o m b r e , m e n e s t e r e s d e t e r m i n a r al m e n o s l o s a s p e c -
tos principales, b a j o los q u e debe considerarse esta n a t u r a -
leza del h o m b r e . Cada cosa y cada ser p u e d e s e r considerado,
p r i m e r a m e n t e , en sí mismo, y d e s p u e s con relación á otros
objetos y oíros s e r e s , con los q u e se e n c u e n t r a en contacto.
Del m i s m o m o d o debe considerarse al h o m b r e ; p r i m e r a -
' m e n t e e n sí m i s m o , en s u actividad propia, y d e s p u e s en
s u s relaciones con s u s s e m e j a n t e s y con o t r o s objetos a q u e
extiende su actividad. Mas c u a n d o s e considera al h o m b r e
e n si m i s m o , aislándole por el p e n s a m i e n t o de todas las
r e l a c i o n e s exteriores, se descubren las facultades de q u e
e s t á dotado, y los diversos motivos q u e le hacen o b r a r . Sin
e m b a r g o , no solo se trata de conocer s u s f a c u l t a d e s , q u e i o
s o n m a s que s u s i n s t r u m e n t o s ; es preciso d e t e r m i n a r , t a m -
bién el uso q u e debe h a c e r de ellos e n las relaciones c o n
el m u n d o q u e le rodea. Consistiendo la vida en u n a apli-
cación c o n t i n u a de las facultades n a t u r a l e s á los objetos ya
a n i m a d o s , y a i n a n i m a d o s del m u n d o exterior, preciso es,
para adquirir u n a ciencia completa de la vida del h o m b r e ,
c o n o c e r los s e r e s y los objetos principales, c o n los q u e
p u e d e e n c o n t r a r s e e n relación.
Este conocimiento es t a n t o m a s necesario, c u a n t o q u e el
h o m b r e e s precisamente el s e r á q u i e n n a d a e s e x t r a ñ o ,
siendo capaz, como lo es, de e x t e n d e r s u facultad intelectiva
á todos los ó r d e n e s de c o s a s ; y de dirigir s u actividad moral
y física á todos los d o m i n i o s d e la existencia. Pero a d m i -
tiendo provisionalmente las tres g r a n d e s divisiones, q u e de
o r d i n a r i o se hacen de las relaciones e n que está el h o m b r e ,
á saber, relación c o n el Ser s u p r e m o , relación con sus
s e m e j a n t e s , y en lin relación c o n todos los d e m á s seres
a n i m a d o s ó i n a n i m a d o s de la naturaleza, se ve que la ciencia
d e las relaciones del h o m b r e e s u n i v e r s a l , q u e alcanza á
todos los s e r e s , á todas las cosas, al m e n o s por lo q u e con-
cierne á la vida del h o m b r e . Pero cualquiera q u e sea el l u g a r
q u e ocupa la ciencia del derecho, e n t r e las doctrinas q u e
tienen por objeto al h o m b r e y s u vida, m e n e s t e r e s siempre
q u e esté f u n d a d a , por u n a parte, en el conocimiento de las
facultades q u e le h a c e n o b r a r , y por o t r a , e n la ciencia de
las relaciones q u e sostiene con el m u n d o a n i m a d o é i n a n i -
mado.
Hemos, pues, llegado al p u n t o en q u e p o d e m o s d e t e r m i -
n a r m a s e x a c t a m e n t e la u n i ó n q u e existe e n t r e la ciencia
del Derecho y otra ciencia m a s general y m a s vasta, la
Filosofía.
Seria ponerse en oposicion con todas las ideas q u e h a s t a
a q u í se h a n f o r m a d o acerca del Derecho, bien positivo, bien
natural, el q u e r e r q u e la ciencia del Derecho considere la na-
turaleza de todos los seres, analice todas las cosas c o n las q u e
el h o m b r e puede e s t a r en relación, y conozca todas las leyes
m o r a l e s , q u e deben s e g u i r s u vida indi%idual y social. Bajo
cierto aspecto, el d e r e c h o está e n c o n t a c t o con todas las
relaciones del h o m b r e : n o es e x t r a ñ o á las relaciones reli-
giosas, m a s n o por e s o es la ciencia d e la religión. Está e n
contacto con la actividad h u m a n a , e n c u a n t o se refiere á la
explotación d e la n a t u r a l e z a e x t e r i o r ; pero n o es por esto la
•2
 — ¿R —
ciencia de la naturaleza. El derecho se refiere todavía m a s a
h o m b r e concebir y p r o p o n e r l e . Y admitiendo u n a vida f u -
las relaciones sociales q u e los h o m b r e s tienen entre s í ; sin
t u r a , difícilmente se c o n c e b i r á o t r o fin para el h o m b r e , f u e r a
e m b a r c o , n o es t a m p o c o la ciencia d e t o d a s e s t a s relacio-
del desenvolvimiento continuo d e su naturaleza interior, y
nes- n o expone, por e j e m p l o , en q u é consisten las relacio-
el e n g r a n d e c i m i e n t o c o n s t a n t e del círculo de s u vida en
nes d e la a m i s t a d , del a m o r , etc. En fin, n o es la ciencia del
s u s relaciones con el u n i v e r s o . La perfección y e x t e n s i ó n
h o m b r e moral y físico. No o b s t a n t e , c o m o el Derecho e s t a
de n u e s t r a s facullades y relaciones con el universo e s , pues,
en contacto con todas estas relaciones, b a j o cierto p u n t o de
n u e s t r o fin, f u n d a d o e n n u e s t r a naturaleza, inteligible p a r a
vista, presupone c o m o base u n a ciencia m a s vasta, q u e trata
todos, y susceptible de u n a aplicación g e n e r a l . De consi-
de las relaciones q u e a c a b a m o s de indicar. Esta ciencia e s
g u i e n t e , el derecho q u e la Filosofía e n s e ñ a deducido de la
la Filosofía; porque á ella c o r r e s p o n d e b u s c a r l o s p r i n c i -
naturaleza del h o m b r e , y c o n f o r m e al destino q u e debe
pios de todas las cosas, e x a m i n a r las relaciones que existen
c u m p l i r , es el que se llama Derecho N a t u r a l ; expresión q u e
e n t r e todos los s e r e s , y d e t e r m i n a r p a r t i c u l a r m e n t e el l u g a r
d e b e reemplazarse c o n v e n t a j a por la de Filosofía ó Ciencia
que el h o m b r e o c u p a e n el universo, v el fin para q u e h a
filosófica del Derecho, que le d e s i g n a , a t e n d i e n d o al origen de
«ido criado. En efecto, la Filosofía ha tratado siempre las
d o n d e s e derivan s u s principios. De a q u í se d e d u c e la razón
cuestiones m a s elevadas y m a s graves q u e p u e d e n i n t e r e s a r
porqué la cultura d e este Derecho ha seguido siempre paso
& la h u m a n i d a d . Sus investigaciones se dirigen a c o n o c e r
á paso el d e s e n v o l v i m i e n t o progresivo de la Filosofía, y
las relaciones q u e u n e n al h o m b r e con el Ser s u p r e m o , c o n
porqué los g r a n d e s sistemas filosóficos de la a n t i g ü e d a d y
la naturaleza, y con s u s s e m e j a n t e s ; h a desenvuelto ideas
de los tiempos m o d e r n o s , como los d e Pltágoras, Platón,
cada vez m a s s u b l i m e s y p r o f u n d a s acerca del h o m b r e y d e
Aristóteles, Lribnitz, W o l f , K a n t y otros, h a n introducido
su fin individual y social, despues de h a b e r adquirido u n
c o n s t a n t e m e n t e en la ciencia del Derecho p r i n c i p i o s m e j o r
conocimiento m a s claro y e x t e n s o de su n a t u r a l e z a . La
probados, m a s vastos y m a s s u b l i m e s . Siempre q u e la Filo-
Filosofía, en v e r d a d , no p u e d e p r e s e n t a r todavía, sobre
sofía h a desenvuelto un c o n o c i m i e n t o n u e v o ó m a s e x a c t o
todos estos g r a n d e s p r o b l e m a s , u n a solucion completa, q u e
acerca del h o m b r e , s u naturaleza, y s u relación con su d e s -
a r r a n q u e por si sola el a s e n t i m i e n t o d e t o d o s ; m a s sin
tino, i n m e d i a t a m e n t e se ha c o m u n i c M o á las ciencias que se
e m b a r g o , los p r o g r e s o s q u e h a h e c h o s u c e s i v a m e n t e en la
rozan con la vida social del h o m b r e . Queda p u e s d e m o s t r a d o ,
solucion de e s t o s p r o b l e m a s son incontestables, y le a s e -
q u e las investigaciones sobre el Derecho y la Justicia deben
g u r a n el titulo d e ciencia f u n d a m e n t a l , universal, q u e e x -
f u n d a r s e en el conocimiento de la n a t u r a l e z a y fin del h o m -
p o n e al mismo tiempo el fin y destino d e l h o m b r e .
bre. La ley i n m u t a b l e de la n a t u r a l e z a h u m a n a e s el f u n -
Acabamos d e indicar el origen científico de d o n d e la d a m e n t o del Derecho filosófico; n o u n a ley positiva, pro-
ciencia del Derecho debe s a c a r s u s p r i m e r o s principios. El veniente d e u n a autoridad i n c o n s t a n t e ó a r b i t r a r i a , sino u n a
derecho debe f u n d a r s e e n el conocimiento filosófico d e l ley q u e es t a n c o n s t a n t e c o m o la naturaleza m i s m a del
h o m b r e , tal cual se d e s e n v u e l v e e n s u s facultades interiores hombre.
v e n s u s relaciones con el ó r d e n general de los seres e n t r e Hemos, p u e s , d e t e r m i n a d o el p u n t o de partida q u e debe-
ios cuales ocupa el l u g a r m a s elevado. El bien del h o m b r e m o s t o m a r en n u e s t r o s estudios. No n o s colocaremos e n u n
está en este desenvolvimiento; e n él se f u n d a n s u s deberes estado imaginario, ficticio, l l a m a d o estado d e la n a t u r a l e z a ;
v s u s d e r e c h o s , y e n esto e s e n lo que consiste el fin de su c o n s i d e r a r e m o s la naturaleza general del h o m b r e para d e -
vida. Este fin e s el m a s cierto y mas g e n e r a l que puede el t e r m i n a r los principios del d e r e c h o . Entendido en otro
sentido, podríamos decir m u y bien q u e p a r t i m o s de u n es-
tado natural del h o m b r e , e s decir, de u n estado social, tal
cual debiera existir para s e r conforme á la naturaleza del
h o m b r e Pero este estado n a t u r a l n o e s t á detrás de nosotros,
sino delante, y d e b e m o s llegar á él por el desarrollo social,
f r u t o de los esfuerzos individuales.
C A P I T U L O 11.
DE ALCONAS DOCTRINAS QUE NIEGAN O DESECHAN EL DERECHO
NATURAL (A).
§ I-
De la escuela llamada histórica.
Por u n a reacción c o n t r a las teorías exclusivas é imperfec-
t a s que la filosofía del siglo xvin h a b i a esparcido sobre el
Derecho Natural, se ha llegado á desconocer y n e g a r todos
los principios g e n e r a l e s del D e r e c h o , f ú n d e n s e donde se
q u i e r a , sea en el pretendido estado de la naturaleza, sea e n la
razón h u m a n a , y á p r e t e n d e r q u e t o d a s las leyes é institu-
ciones e x i s t e n t e s tiene» s u r a z ó n y justificación e n el d e s -
envolvimiento precedente, y c o s t u m b r e s d e l p u e b l o q u e las
h a establecido.
En vez de a v e r i g u a r el o r i g e n y principio d e la justicia en
las relaciones sociales de los p u e b l o s y justificar las r e f o r -
m a s q u e debieran h a c e r s e en su vida social, solo se h a n he-
c h o deducciones históricas; y p a r a p r o b a r la b o n d a d de u n a
n o se h a n explicado ni d a d o á c o n o c e r m a s que las c a u s a s
y c i r c u n s t a n c i a s que* las h a b i a n producido. Desconociendo
e n el h o m b r e y e n los p u e b l o s toda espontaneidad y toda
libertad en s u desenvolvimiento, c o m o lo hace este sistema,
s e les r e p r e s e n t a , n o c o m o s e r e s m o r a l e s q u e o b r a n c o n li-
b e r t a d , y con a r r e g l o á la inteligencia de lo que h a n reco-
nocido como b u e n o y j u s t o , s i n o c o m o s e r e s o r g á n i c o s , físi-
e o s , desenvolviéndose f a t a l m e n t e , c o n f o r m e al p r i m e r ger-
m e n q u e en ellos se b a d e p o s i t a d o .
Este modo de ver adoptado por la escuela llamada histó-
rica, ba producido el b u e n resultado de r e a n i m a r el estudio
de las leyes é i n s t i t u c i o n e s pasadas, y de h a c e r c o m p r e n d e r
m e j o r q u e la vida presente está m a s ó m e n o s f u n d a d a e n
la p a s a d a . No o b s t a n t e , esta escuela desconoce la verdadera
ley del desarrollo d e la naturaleza h u m a n a . El h o m b r e , y
p o r c o n s i g u i e n t e la r e u n i ó n de h o m b r e s q u e se l l a m a p u e -
blo, es u n s e r inteligente y m o r a l , q u e por u n lado e n s a n -
c h a sucesivamente la esfera de s u s ideas, y por otro c o n t r a e ,
por el desenvolvimiento de su naturaleza, n u e v o s lazos, y
manifiesta n u e v a s n e c e s i d a d e s , q u e d e b e n o c a s i o n a r un c a m -
bio mas ó m e n o s g r a n d e e n la organización de las relacio-
n e s sociales. A proporcion que u n p u e b l o adelanta e n s u
c u l t u r a , va p e r d i e n d o su c a r á c t e r de m a s a inerte y pasiva,
y e j e c u t a , con u n a conciencia m a s ó m e n o s clara, los c a m -
bios q u e h a n llegado á s e r necesarios.
C o m o el h o m b r e , y los p u e b l o s no s o n séres o r g á n i c o s ,
q u e crezcan f a t a l m e n t e sin e s p o n t a n e i d a d , sin libertad y s i n
r a z ó n , 6 i n o q u e están s u j e t o s al error, y son c a p a c e s de h a -
c e r mal, la vida d<- todo p u e b l o p r e s e n t a , e n el c u a d r o de
s u d e s e n v o l v i m i e n t o , ciertas instituciones m a l a s é i n j u s t a s ,
n o solo c o n respecto á un estado m a s a d e l a n t a d o en c u l t u r a ,
s i n o también á la época m i s m a e n que han e x i s t i d o ; testigo
de esto el t o r m e n t o . I'ara j u z g a r lo q u e es b u e n o y j u s t o
en la vida, ya pasada, ya presente, de u n pueblo, e s preciso
p o s e e r u n principio, u n c r i t e r i u m , que no s e a abstraído d e
lo pasado ó de lo p r e s e n t e ; sino q u e se establezca en visLi
del m a s p r o f u n d o conocimiento de la naturaleza h u m a n a
en general.
Las r a z o n e s q u e b a l d a n c o n t r a toda deducción histórica
d e los principios del Derecho, se p u e d e n r e a s u m i r e n los
p u n t o s siguientes :
I o Es preciso no c o n f u n d i r la explicación d e u n h e c h o ó
de u n a institución c o n el juicio que se debe f o r m a r sobre
s u bondad y s u justicia. La explicación consiste e n el enlace
de u n h e c h o c o n o t r o s q u e le h a n d a d o o r i g e n , p e r o q u e P o r q u e , si la vida a c t u a l n o e s t o d a v í a la m a s perfecta q u e
pueden ser igualmente buenos ó malos, justos ó injustos. p u e d e c o n c e b i r la r a z ó n , y si l o s Estados t a m p o c o corres-
P u e d e n c o n o c e r s e p e r f e c t a m e n t e t o d a s las c i r c u n s t a n c i a s p o n d e n c o m p l e t a m e n t e á l o q u e e x i g e n el Derecho y la j u s -
q u e han p r o d u c i d o y motivado el e s t a b l e c i m i e n t o de u n a ticia, e s inevitable q u e en u n d e s a r r o l l o m a s e x t e n s o y
l e y ; y u n a ley, ó u n legislador, p u e d e e n c o n t r a r u n a e x c u s a c o m p l e t o del h o m b r e se m a n i f i e s t e n n u e v a s n e c e s i d a d e s ,
e n e s t o s h e c h o s p r e c e d e n t e s ; p e r o la b o n d a d y la j u s t i c i a s e e n s a n c h e n l a s r e l a c i o n e s sociales e x i s t e n t e s , y q u e por
n o r e s i d e n en l o s h e c h o s e x t e r n o s q u e h a n producido u n a c o n s i g u i e n t e s e m o d i f i q u e n y d e s e n v u e l v a n las i n s t i t u c i o -
ley, sino e n la ley m i s m a , e n c u a n t o e s c o n f o r m e con los n e s del D e r e c h o , para que estén e n a r m o n í a con las n u e v a s
principios q u e d e b e n p r e s i d i r á t o d a o r g a n i z a c i ó n d e la vida necesidades y relaciones.
S u c e d e con el c u e r p o social lo m i s m o q u e con el c u e r p o
social del h o m b r e .
físico del h o m b r e . Mientras q u e e s t e n o ha l l e g a d o á su d e s -
T a m b i é n e s e v i d e n t e q u e las c i r c u n s t a n c i a s n o s o n s i e m -
arrollo c o m p l e t o , s u s diferentes partes, sus diferentes
p r e las m i s m a s ; las l e y e s p u e s d e b e n t a m b i é n c a m b i a r , por-
m i e m b r o s , n o se e n c u e n t r a n e n j u s t a s r e l a c i o n e s . Eq la
q u e toda i n s t i t u c i ó n pierde s u s e n t i d o y d e r e c h o c o n el c a m -
i n f a n c i a , la d e s p r o p o r c i ó n e s m a y o r ; desapareciendo á
bio de l a s r e l a c i o n e s q u e la h a n establecido.
m e d i d a q u e el c u e r p o se d e s a r r o l l a . Del m i s m o m o d o p p ja
2° No p u e d e d e r i v a r s e el c o n o c i m i e n t o del d e r e c h o y d e
infancia de la sociedad, c i e r t a s p a r t e s d e l c u e r p o social tie-
la j u s t i c i a d e la e x p e r i e n c i a , ó d e la h i s t o r i a , p o r q u e e s t a
n e n u n a p r e p o n d e r a n c i a e x c e s i v a s o b r e las o t r a s , p r e p o n -
experiencia e s c o n t r a d i c t o r i a . Se e n c u e n t r a n leyes é i n s t i t u -
d e r a n c i a q u e s i e m p r e va e n d i s m i n u c i ó n , á m e d i d a q u e el
c i o n e s d i f e r e n t e s e n c a d a u n o d e los d i f e r e n t e s p u e b l o s . No
c u e r p o a d e l a n t a en s u d e s a r r o l l o . El c u e r p o físico y el social
hay n i n g u n a m a t e r i a de d e r e c h o civil y político, q u e esté
es indudable q u e siempre se desarrollan en todas s u s partes
a r r e c i a d a de la m i s m a m a n e r a e n t o d o s ellos, ni a u n en los
sin e x c e p c i ó n ; pero s u c e d e esto d e u n a m a n e r a d e s i g u a l , y
civilizados. P a r a q u e f u e s e g e n e r a l la n o c i o n del d e r e c h o ,
s o l o en el e s t a d o d e m a d u r e z e s c u a n d o s e e n e p e n t r a n e n
d e b e r í a a b r a z a r la v i d a de t o d o s los p u e b l o s ; pero e s i m p o -
s u s v e r d a d e r a s y j u s t a s r e l a c i o n e s . P e r o en el c u e r p o social
sible d e d u c i r d e e s t o s d a t o s históricos u n p r i n c i p i o g e n e r a l ,
n o se p u e d e d e m o s t r a r p o r la e x p e r i e n c i a la existencia d e
p o r la c o n t r a d i c c i ó n q u e e x i s t e e n t r e l o s o b j e t o s m a s i m p o r -
e s t e e s t a d o d e p e r f e c t o d e s e n v o l v i m i e n t o . Si c o n s i d e r a m o s
t a n t e s c o m o e n la o r g a n i z a c i ó n del m a t r i m o n i o , d e r e c h o
toda la h u m a n i d a d c o m o u n solo c u e r p o del q u e c a d a m i e m -
d e p r o p i e d a d , f o r m a de g o b i e r n o , e t c . , e t c . Si s e quisiese
b r o e s i á d e s t i n a d o á l l e n a r u n a f u n c i ó n particular, s e r á p i e -
h a c e r u n a e l e c c i ó n , era p r e c i s o c o n o c e r d e a n t e m a n o los
ciso c o n o c e r p r e l i u i i n a r m c n t e t o d a la n a t u r a l e z i h u m a n a ,
p r i n c i p i o s g e n e r a l e s n e c e s a r i o s q u e h a b í a n d e s e r v i r para
el desarrollo d e que e s s u s c e p t i b l e , p a r a s a b e r c u á n d o h a b r á
d i s t i n g u i r en las leyes ó i n s t i t u c i o n e s e x i s t e n t e s , lo q u e es
llegado á su e s t a d o maS p e r f e c t o ; y r e s p e c t o á cada p u e b l o
b u e n o ó m a l o , y e s t o s p r i n c i p i o s no p o d r í a n s a c a r s e d e es-
en p i r í c u l a r , s e r á preciso c o n o c e r s u g e n i o , s u s disposi-
tas instituciones, tan variadas y frecuentemente opuestas.
c i o n e s , y el g r a d o m a s a l t o d e s u desarrollo para p r e c i s a r el
3° L o s q u e c o n s i d e r a n el d e r e c h o positivo c o m o el origen
t é r m i n o d e su m a d u r e z . La historia y la vida a c t u a l n o p u e -
d e los principios g e n e r a l e s del Derecho, p r e t e n d e n implíci-
d e n s e r v i r de p r u e b a s d e e s t a m a d u r e z , p o i q u e la e x p e r i e n -
t a m e n t e q u e la vida de los p u e b l o s h a llegado al m a s alto
cia n o e n s e ñ a s i n o lo que e x i s t e , y n o lo q u e puede existir
g r a d o d e su d e s e n v o l v i m i e n t o , y q u e los e s t a d o s , t a l e s c o m o
e n lo s u c e s i v o . Para resolver esta c u e s t i ó n , »>s p r e c i s o p u e s
s e h a l l a n constituidos, s o n b a s t a n t e s ¿ s a t i s f a c e r t o d a s las
c o n s i d e r a r y p r o f u n d i z a r la n a t u r a l e z a del h o m b r e y d e la
n e c e s i d a d e s d e la n a t u r a l e z a i n d i v i d u a l y social d e l h o m b r e .

h u m a n i d a d , y f u n d a r en la ciencia de la h u m a n i d a d la del
Derecho. Este p r o b l e m a es filosófico, y n o histórico.
De la doctrina de Bentham.
Para p o n e r u n t é r m i n o á t o d a s las discusiones sobre el
estado y el Derecho d e la Naturaleza, y reducir las investi-
g a c i o n e s , respecto á las leyes, á u n principio claro, preciso
y aplicable á t o d a s las condiciones de la vida, u n célebre
filósofo y j u r i s c o n s u l t o , J e r e m í a s B e n t h a m , h a establecido
la utilidad, c o m o la base d e toda la c o n d u c t a social del h o m -
b r e , y d e t e r m i n a d o la bondad y j u s t i c i a de u u a l e y , s e g ú n
los efectos s a l u d a b l e s que p r o d u c e en la m a y o r p a r t e de los
hombres.
Este principio que bajo d i f e r e n t e s t e m a s le h a n procla-
m a d o los filósofos d e la a n t i g ü e d a d y de l o s tiempos m o -
d e r n o s c o m o base d e la m o r a l , y q u e e n el f o n d o e s el
m i s m o q u e el principio egoista del interés, ó del interés bien
e n t e n d i d o , lo h a aplicado B e n t h a m , m a s m e t ó d i c a m e n t e a
la legislación ; y el m é r i t o de B e n t h a m , c o m o lo h a n o t a d o
u n o de s u s p a r t i d a r i o s (5) no c o n s i s t e en el e n u n c i a d o del
principio que s i e m p r e se h a conocido, sino e n la aplicación
q u e ha h e c h o , y m o d o de proceder q u e ha establecido para
d e t e r m i n a r l e d e u n a m a n e r a rigurosa. En g e n e r a l , es preciso
c o n o c e r q u e esta d o c t r i n a de B e n t h a m ha ejercido y puede
todavía e j e r c e r u n a dichosa influencia en los e s t u d i o s de
legislación, q u e h a tenido sobre todo el b u e n resultado de
m o s t r a r lo fútil de las hipótesis del estado llamado déla na-
turaleza, y lo a r b i t r a r i o d e los contratos y convenciones
q u e h a n i m a g i n a d o , f o r m a d a s por los h o m b r e s al salir de
e s t e e s t a d o ; q u e e n fin, h a traido los e s p í r i t u s á la conside-
ración d é l a vida real, y á la investigación d e los principios
r a c i o n a l e s aplicables á todas las condiciones d e la vida
social.
No o b s t a n t e , este principio n o p u e d e s e r la base del De-
recho, á causa de lo vago q u e e s su e n u n c i a d o , y d e la in-
c e r t i d u m b r e q u e d e j a subsistir acerca del v e r d a d e r o fin in-
dividual y social del h o m b r e , q u e es lo q u e a n t e todas cosas
s e debe d e t e r m i n a r .
La nocion de la utilidad e s un t é r m i n o relativo. La utilidad
expresa u n a relación e n t r e dos cosas, d e las cuales se halla
la u n a colocada al f r e n t e d e la otra, de tal m o d o , q u e es
u n a condicion de la existencia d e aquella ó que favorece s u
desarrollo. Es pues evidente q u e , p a r a d e t e r m i n a r la utili-
d a d , es preciso c o n o c e r los dos t é r m i n o s , las dos cosas que
se e n c u e n t r a n en esta relación, y q u e es necesario, a n t e
todo, c o n o c e r y d e t e r m i n a r bien la cosa, á la q u e se r e l a -
c i o n a la otra c o m o útil.
Es preciso s a b e r q u e la p r i m e r a es la q u e merece e s t a
preferencia, p o r q u e d e otro m o d o podría u n o e n g a ñ a r s e y
sacrificar u n a cosa m a s i m p o r t a n t e á o t r a d e m e n o s valor.
Esto s u c e d e m u y f r e c u e n t e m e n t e e n la vida actual de la socie-
d a d , en la que la opinion vulgar ha establecido, por decirlo
asi, u n precio corriente e n t r e las cosas, q u e m u c h a s veces
invierte el ó r d e n verdadero.
Por eso el vulgo considera o r d i n a r i a m e n t e las m e j o r a s
m a t e r i a l e s , c o m o m u c h o m a s útiles q u e los progresos inte-
lectuales y m o r a l e s del h o m b r e y de la sociedad. Cuando
u n o , pues, se c o n t e n t a c o n erigir la utilidad en principio
de legislación, sin d e t e r m i n a r d e a n t e m a n o el v e r d a d e r o
bien del h o m b r e y de la sociedad, hácia el q u e d e b e n diri-
girse todos s u s esfuerzos, y sin d e m o s t r a r la p r e f e r e n c i a
que el u n o de estos bienes tiene sobre el otro, n o podrá
j a m á s establecer u n sistema de Derecho y d e justicia. E n
vez de ilustrar la opinion vulgar acerca de las ideas de lo
q u e es b u e n o y j u s t o , y de corregirla en s u s ideas falsas,
se c o n f o r m a r á , c o n s u l t a n d o el principio de utilidad, con las
ideas recibidas, ó lo q u e e s peor, se medirá todo, s e g ú n las
i d e a s personales q u e cada u n o se h a y a f o r m a d o de la b o n d a d ,
partiendo de la utilidad de las cosas. En todos los casos,
lejos de f u n d a r u n verdadero sistema de justicia c o m o m o -
delo de toda organización social, se llegarán á justificar f á -
 verdadero bien del h o m b r e n o e s n a d a d e contrario y hetero-
c i l m e n t e por el principio abstracto d e la utilidad la m a y o r
g é n e o á s u n a t u r a l e z a , las a c c i o n e s c o n f o r m e s á esta n a t u -
parte de los a b u s o s q u e existen e n la sociedad, y a u n quizá
raleza d e b e n e n general traer consigo el placer y la felicidad.
á multiplicarlos por la aplicación general d e este principio
Pero la felicidad no puede s e r otra cosa q u e el resultado ó la
t a n mal definido, y q u e p o r consiguiente se presta tan f á -
consecuencia de u n a b u e n a a c c i ó n ; lo c u a l no s i e m p r e sucede
cilmente á u n a interpretación a r b i t r a r i a .
en las sociedades que a u n n o e s t á n organizadas.segun las ver-
Quizá no se e n c u e n t r e n dos h o m b r e s q u e t e n g a n la m i s m a
daderas ideas de justicia. El h o m b r e debe b u s c a r la felicidad
idea sobre lo q u e e s útil, p o r q u e no están d e acuerdo sobre
en el c u m p l i m i e n t o del fin q u e se le ha s e ñ a l a d o ; e s t e e s s u
c u á l e s el verdadero bien q u o el h o m b r e y la sociedad d e b e n
bien y su d e b e r , el q u e d e b e y p u e d e c u m p l i r en todas las
realizar e n la vida. Lo principal es fijar el espíritu de los
circunstancias d e la vida, y q u e p o r c o n s i g u i e n t e e s el b i e n
h o m b r e s , sobre lo q u e d e b e n m i r a r c o m o el verdadero fin de
m a s s e g u r o q u e puede h a c e r . Asi, e n todas las teorías a c e r c a
l a vida y de la sociedad.
de la organización de la vida social c o n arreglo á las ideas
Bontham, q u e conoce con f r e c u e n c i a q u e el principio de de justicia, es n e c e s a r i o elevarse b a s t a el verdadero fin indi-
utilidad es u n t é r m i n o vago, y q u e p a r a precisarle debe de- vidual y social, q u e el h o m b r e d e b e c o n s e g u i r .
t e r m i n a r s e e n qué consiste el bien p a r a el h o m b r e , dice que
La utilidad n o e>tá e n oposicion necesaria c o n la justicia,
bien y felicidad para el h o m b r e es lo q u e le c a u s a m a y o r
como la felicidad no lo e s t á con el b i e n . Pero en todas las
placer; mal, lo q u e le c a u s a m a s pena.
c u e s t i o n e s , e s n e c e s a r i o i n t e r r o g a r p r i m e r a m e n t e la j u s t i c i a ;
Sin c o n s i d e r a r el lado i n m o r a l de esta principio, q u e erige y e x a m i n a n d o bien s u s resultados, se e n c o n t r a r á , q u o l o q u e
e n motivo de acción los placeres ó las p e n a s q u e le acom- es justo, e s al m i s m o t i e m p o lo m a s útil. Se p u e d e , pues, decir,
p a ñ a n , e s fácil ver, q u e estos t é r m i n o s de placer y pena son q u e hay u n a especie d e a r m o n í a preestablecida e n t r e la j u s -
t a n relativos c o m o el de utilidad, y q u e por consiguiente es ticia y la utilidad, el b i e n y la f e l i c i d a d ; pero do m o d o , q u e
imposiblo establecerlos c o m o principios g e n e r a l e s de Dere- la justicia, c o m o cansa, produce s i e m p r e los efectos m a s ú t i -
c h o y de legislación. L a s afecciones del placer y de la pena les para el bien de los h o m b r e s q u e viven e n sociedad (6).
están m u y lejos d e ser l a s m i s m a s e n todos los h o m b r e s .
El h o m b r e q u e h a cultivado s u s ideas y s e n t i m i e n t o s , e n -
c u e n t r a placeres e n diferentes cosas, y es afectado de dis-
tinto m o d o que el h o m b r e grosero y e m b r u t e c i d o . Los pla- CAPITULO III.
ceres y p e n a s cambian, pues, con la c u l t u r a y el desarrollo
m a s ó m e n o s elevado á q u e h a llegado el h o m b r e y la so- I>K LAS RELACIONES DE LA FILOSOFIA DEL DERECHO CON
ciedad, y por consiguiente, n o puedtín llegar á s e r los prin- LA HISTORIA DÉL DERECHO V LA POLITICA.
cipios c o n s t i t u t i v o s de las leyes q u e d e b e n ser aplicables á
todos los h o m b r e s . El verdadero bien del h o m b r e no es u n a
E n todas las d o c t r i n a s q u e tienen relación c o n la vida del
cosa t a n i n c o n s t a n t e y capaz de modificarse c o m o el placer
h o m b r e v con s u d e s e n v o l v i m i e n t o individual y social, so
y la p e n a . El bien del h o m b r e consisto e n el desarrollo com-
pueden distinguir ires partes principales, que f o r m a n o t r a s
pleto y a r m ó n i c o d e su n a t u r a l e z a ; y es necesario conocer
t a n t a s r a m a s distintas de u n a m i s m a ciencia. Exponiendo
esta naturaleza, para d e t e r m i n a r y c o n o c e r en q u é consisten
la u n a el fin q u e el h o m b r e debe proponerse, respecto á s u
la bondad y justicia de las a c c i o n e s del h o m b r e , y d e las
vida e n g e n e r a l , ó á las dos e s f e r a s de s u actividad, d e s e n -
leyes q u e tienen relación con ellas. Sin e m b a r g o , c o m o el
 — 3b —
vuelve al m i s m o tiempo los principios s e g u u los cuales de-
b e arreglarse y organizarse la vida, para c o n s e g u i r el fin que
se le h a p r o p u e s t o ; la o t r a , por el contrario, traza el c u a d r o
d e los diversos g r a d o s de d e s e n v o l v i m i e n t o , por los q u e h a
pasado la sociedad h u m a n a , e n las d i f e r e n t e s e s f e r a s de s u
v i d a ; hace c o n o c e r , por medio de u n a estadística detallada
d e todos los h e c h o s sociales i m p o r t a n t e s , el estado actual á
q u e h a llegado la vida e n su d e s a r r o l l o progresivo. La ter-
cera parte, e n fin, que es la intermediaria e n t r e las d o s pri-
m e r a s , las r e ú n e y c o m b i n a d e u n a m a n e r a particular; por-
q u e a p o y á n d o s e por u n a parte en los principios generales,
q u e h a c e n c o n o c e r el fin que el h o m b r e debe realizar e n su
vida individual y social, y c o n s u l t a n d o por otra lo pasado y
el estado actual d e c u l t u r a , indica las m e j o r a s q u e p u e d e n
introducirse a c t u a l m e n t e en l a vida, c u a n d o s o n r e c l a m a d a s
por el nacimiento de n u e v a s necesidades, y por las n u e v a s
ideas, m a s e x a c t a m e n t e concebidas a c e r c a del fin g e n e r a l , ó
d e u n a institución particular d e la vida h u m a n a . Esta parte
índica, pues, las r e f o r m a s q u e d e b e n hacerse s u c e s i v a m e n t e ,
y da á conocer los m e d i o s de conciliarias, atendido el estado
presente de la sociedad.
Según esta clasificación, h a y tres ciencias principales, q u e
t i e n e n relación c o n la vida del h o m b r e e n g e n e r a l . La cien-
cia q u e d e t e r m i n a el fin y d e s t i n o g e n e r a l de la vida h u m a -
n a , y que desenvuelve los principios que deben presidir á
su c o n d u c t a individual, y á la organización de la vida social;
esta e s la Filosofía q u e , r e l a t i v a m e n t e al h o m b r e , .puede de-
finirse la ciencia d e s u d e s t i n o . La ciencia qué traza el c u a -
dro del desarrollo pasado y del estado actual d e la sociedad
h u m a n a , e s la Historia, q u e c o m p r e n d e c o m o u n a parte s u y a
que r e ú n e los h e c h o s principales del estado actual, la estadís-
tica (6). La ciencia, e n fin, q u e r e u n i e n d o la Filosofía y la
Historia, juzga la vida pasada, y el estado presente d e los
diferentes pueblos, s e g ú n las ideas generales e x p u e s t a s por
la Filosofía a c e r c a del fin de la vida y las leyes de s u d e s a r -
rollo, y q u e por l a c o m p a r a c i ó n del estado actual de c u l t u r a
con el estado m a s perfecto concebido por la Filosofía, hace
sobresalir las r e f o r m a s q u e pueden y deben hacerse e n el
porvenir m a s c e r c a n o , c o m o c o n t i n u a c i ó n de desenvolvi-
miento, y s e g ú n los m e d i o s s u m i n i s t r a d o s por el presente
es la Filosofía de la Historia. Esta ciencia a c a b a de n a c e r , y
e s preciso no c o n f u n d i r l a , c o m o se h a h e c h o m u c h a s veces,
c o n u n r a z o n a m i e n t o vago y a r b i t r a r i o sobre la Historia v
q u e no está f u n d a d o en la ciencia filosófica del d e s t i n o del
h o m b r e . Mas la aparición de la sola idea de esta ciencia es
u n testimonio evidente del deseo que la h u m a n i d a d siente
a c t u a l m e n t e d e llegar á la conciencia de sí m i s m a , del ca-
m i n o q u e ha recorrido e n s u desenvolvimiento, d e las f u e r -
zas que e n él h a a d q u i r i d o , y d e las q u e puede a h o r a dispo-
n e r para el c u m p l i m i e n t o d e su destino ulterior.
Conforme á esta clasificación g e n e r a l , á la q u e s e comete
toda ciencia particular, relativa á la vida h u m a n a , la ciencia
general del Derecho se divide t a m b i é n en t r e s r a m o s prin-
cipales, cada u n o d e los c u a l e s f o r m a u n a ciencia particular
P r i m e r a m e n t e la Filosofía del Derecho, parte integrante de
la Filosofía e n g e n e r a l , e x p o n e los principios f u n d a m e n t a l e s
del derecho, tales cuales r e s u l t a n de la naturaleza del h o m -
b r e , c o n s i d e r a d o c o m o s e r razonable, y d e t e r m i n a el m o d o
c ó m o deben establecerse las r e l a c i o n e s e n t r e los h o m b r e s
p a r a q u e sean c o n f o r m e s á la idea de la justicia. Crea a s í '
n o u n estado quimérico, s i n o u n estado ideal, al q u e d é t e
acercarse cada dia m a s la vida social por u n desarrollo pro-
gresivo. Por o t r o lado, la Historia del Derecho hace c o n o c e r
los cambios q u e las leyes é instituciones d e u n pueblo h a n
s u f r i d o e n las diferentes épocas de su civilización El dere
cho positivo es la parle estadística del Derecho, p e r o c o m -
prendido en la Historia, porque c a m b i a c o n t i n u a m e n t e c o n
la c u l t u r a de u n p u e b l o . En fin, la ciencia intermediaria
e n t r e la Filosofía y la Historia del Derecho, q u e d i m a n a de
a s dos, e s la ciencia política q u e , a p r e n d i e n d o por u n lado de
a Filosofía del Derecho el fin y los principios generales de
la organización de la sociedad civil, y c o n s u l t a n d o por o t r o
en la Historia los a n t e c e d e n t e s d e un pueblo, el c a r á c t e r v
c o s t u m b r e s q u e ha m a n i f e s t a d o en s u s instituciones, y e x a -
3
 — —
m i n a n d o el estado actual d e 6u c u l t u r a , y s u s r e l a c i o n e s
exteriores con los oíros pueblos, indica las r e f o r m a s á q u e
está p r e p a r a d o por s u a n t e r i o r desarrollo, y q u e s e g ú n los
d a l o s d e s u e s t a d o p r e s e n t e puede realizar.
CAPITULO IV.
DE LA UTILIDAD DE LA CIENCIA DEL DERECHO NATURAL.
Siendo las ciencias filosóficas, de las q u e f o r m a parte el
Derecho Natural, el producto d e la necesidad p r o f u n d a q u e
siente la inteligencia h u m a n a d e b u s c a r los p r i m e r o s p r i n -
cipios de todas la» co6as, d e darse c u e n t a d e los s u c e s o s é
instituciones d e la vida refiriéndolos á la c a u s a q u e los ha
producido, y b u s c a n d o la razón que justifica su existencia,
e s t a s ciencias adquieren a n t e todo s u importancia, no sola-
m e n t e de la utilidad q u e p u e d e n t e n e r e n la aplicación, sino
d e la satisfacción q u e procuran á un deseo verdadero y e l e -
vado de la inteligencia del h o m b r o ; y a u n q u e el Derecho
N a t u r a l no tuviese otro resultado q u e el hacer m a s c l a r o el
origen d e la idea del Derecho, y el d e t e r m i n a r m e j o r los
p r i m e r o s principios g e n e r a l e s , q u e s o n el f u n d a m e n t o d e la
j u s t i c i a , su estudio s e n a y a en 6uino g r a d o digno del h o m -
b r e q u e , e s t a n d o d o t a d o d e la facultad superior d e la razón
y del r a z o n a m i e n t o , a s p i r a á conocer t a m b i é n las razones de
las leyes é instituciones d e la sociedad. Pero asi c o m o toda
ciencia filosóüca, p o r abstracta q u e s e a , y l e j a n a q u e parezca
d e toda aplicación, manifiesta s u lado práctico e n él m o -
m e n t o q u e se la p r o f u n d i z a , d e s c e n d i e n d o del principio á las
c o n s e c u e n c i a s m a s d e t a l l a d a s ; asi t a m b i é n el Derecho Na-
tural ejerce y ha ejercido s i e m p r e g r a n d e influencia e n el
estudio y d e s e n v o l v i m i e n t o del Derecho positivo.
Eu p r i m e r lugar, la Filosofía del Derecho, e x p o n i e n d o los
primeros, principios del D e r e c h o y d e las leyes, e s la sola
capaz de i n t r o d u c i r la unidud y H órden e n el estudio del
Derecho positivo; el cual aparecería c o m o utia m a s a contusa
— —
d e disposiciones a i b u r a h o » , ¡ j | a inteligencia , l o s e apode
rase del principio d e u n a m a t e r i a , 6 d e u n c o n j u n t o de
leyes, b u s c a n d o en la naturaleza del h o m b r e y de fe socie-
dad la causa q u e las h a estabíeeido. Sin la Filosofía del Dere-
c h o n o llegaría á f o r m a r s e ni el p r i m e r principio de todo
Derecho, ni nocion a l g u n a v e r d a d e r a m e n t e g e n e r a l sobre
u n a materia d e legislación, porque siendo las leyes existen
l e s acerca de u n a m a t e r i a m u y variadas, y f r e c u e n t e m e n t e
o p u e s t a s e n t r e los d i f e r e n t e s pueblos, y c a r e c i e n d o así del
c a r á c t e r de unidad y de g e n e r a l i d a d , n o pueden d a r la idea
general del derecho y d e la justicia. Por o t r o lado, las leves
e x i s t e n t e s * * « m a s O m e n o s i m p e r f e c t a s ; p e r o el p n n c p k ,
del Derecho d e b e n e c e s a r i a m e n t e e n c e r r a r u n a regia 6 c r i -
l e r i u m , por m e d i o del c u a l se p u e d a j u z g a r d e la l i n d a d y
perfección relativa d e las leyes establecidas.
Para evitar U necesidad d e buscar e n u n principio general
d e d e r e c h o y d e justicia el f u n d a m e n t o d e l a s leves e s t a b l e -
c i d a s , c o n frecuencia se las hace d i m a n a r de la autoridad del
Estado, cual si f u e r e s u ú l t i m o origen ; pero c o n e s t o n o se
hace m a s q u e r e t a r d a r la dificultad, e n vez d e resolverla
¡ ^ U f , ' " n j , f l a « » « * » « presenta r e l a t i v a m e n t e al Es-
t a d o . El Estado con t o d a s u o r g a m z a c . o n y a d m i n i s t r a c i ó n
d e b e e s t a r íundado sobre la idea d e ta justicia, v p o r consi-
g u i e n t e . para oonocer « su organización es j u s t a 0 injusta
es preciso t e n e r u n medio d e apreciación, medio q u e solo e l
p n n c . p . o d e la j u s t i c i a puede s u m i n i s t r a r . Así la idea g e n e -
ral deí Derecho, lejos d e derivarse de la de la ley 6 del Fs-
lado, e s a n t e r i o r y s u p e r i o r á ellas
Pero la f ilosofía del Derecho t i e n e a d e m a s u n a utilidad
P ^ c a r e l a t i v a m e n t e al ejercicio del Derecho positivo E n
^ n c u ^ t í r ^ d e S ° n v o , v e r - » »«Par <!"" la inteli-
S m U m e n ,
S T Í L J L 1 " ° d " 'o J " t o e n el corazón
^ h o m b r e , é i n s p i r a r el noble deseo d e t r a b a j a r e n f a v o r
de la a p h c a c o n y defensa d e los verdaderos principios d e
f i a r e n segundo lugar, e s t e e s t u d i o es e m i n e n t e m e n t e
propio para d e s e n v o l v e r é i l u m i n a r e ! juicio acerca de l a s
leyes y cosas positivas. Sin la Filosofia del Derecho se puede
m u y bien a d q u i r i r cierta habilidad e n la aplicación formal
y e n t e r a m e n t e mecánica de las leyes á los casos particulares
q u e s e presentan e n la vida, haciendo sobre ellas u n t r a b a j o ,
m a s bien de m e m o r i a , q u e de inteligencia, se puede llegar
à ser b u e n legista; pero no t e n i e n d o esclarecido el juicio
acerca de las razones y la justicia de las leyes establecidas
sobre u n a materia, y por c o n s i g u i e n t e , poseyendo u n a inte-
ligencia incapaz d e elevarse á consideraciones g e n e r a l e s en
las cuestiones de m e y o r importancia, ó e n los casos n o pre-
vistos por la ley, y los cuales e s preciso s u p l i r con el razona-
m i e n t o , no será digno d e l nombre d e jurisconsulto q u i e n no
conozca las leyes, por su razones, y olvide el Derecho, el jus,
acerca de la ley, la lex: estas razones de la ley solo las puede
e n s e ñ a r la Filosofía del Derecho.
Ademas, esta ciencia e s , respecto á la interpretación d e las
leyes, u n a f u e n t e tah f e c u n d a , c o m o la historia del Derecho.
C u a n d o se trata de i n t e r p r e t a r u n a ley, s e p u e d e sin duda
r e c u r r i r con v e n t a j a á las disposiciones anteriores, q u e se
h a n establecido sobre u n a materia, y explicar la n u e v a ley,
f u n d á n d o s e on s u identidad ú oposicion c o n la a n t i g u a dis-
posición; p e r o n o es m e n o s esencial r e m o n t a r s e á la razón,
al motivo q u e ha g u i a d o al legislador en el establecimiento ó
modiücacion de u n a ley ; y partiendo d e la suposición de
q u e el legislador ha q u e r i d o lo q u e es c o n f o r m e á l a s ver-
daderas necesidades 6 i n t e r e s e s de la sociedad, se v e r á u n o
obligado á e n t r a r en c o n s i d e r a c i o n e s generales, d e b i d a s m a s
ó m e n o s á l a Filosofía del Derecho. Este estudio de la razón
de u n a ley será f r e c u e n t e m e n t e m a s instructivo, que el re-
c u r r i r á las consideraciones sacadas de la analogía, q u e solo
se a p o y a n e n la s e m e j a n z a d e a l g u n a s disposiciones, por lo
regular m u y d i f e r e n t e s b a j o otras relaciones, y q u e por
c o n s i g u i e n t e n o p o d r á ser u n guia s e g u r o para p e n e t r a r e n
el espíritu d e u n a ley. Por o t r o l a d o , c o m o cada legislación
positiva, por perfecta q u e s e a , ofrece s i e m p r e a l g ú n vacío,
sea por oscuridad, sea por falta d e decisión e n casos n o
previstos, y c o m o el j u e z debe poseer un medio para d e c i d i r
todos los casos q u e se p r e s e n t e n , el Derecho Natural puede
e n t o n c e s llegar á s e r u n m e d i o subsidiario para la decisión
judiciaria. Ciertamente n o le e s permitido á u n j u e z decidir
u n caso c o n t r a la letra d e la ley escrita, p o r q u e esto seria
q u i t a r á la ley su c a r á c t e r general y u n i f o r m e , y ponerlo todo
a merced de las o p i n i o n e s personales y f r e c u e n t e m e n t e i n -
constantes d e los j u e c e s ; pero c u a n d o la lev calla, la c o n -
ciencia y la razón d e los j u e c e s d e b e n hablar, y las opinio-
n e s q u e estos se h a y a n f o r m a d o en el estudio do la Filosofía
del Derecho, son e n t o n c e s n e c e s a r i a m e n t e motivos m o r a l e s
de decisión. Esta verdad ha parecido tan evidente, q u e m u -
d a s legislaciones (7) h a n reconocido e x p r e s a m e n t e el Dere-
cho Natural, c o m o u n a f u e n t e subsidiaria del Derecho po-
sitivo. ^
Pero si por un lado, la Filosofía del Derecho es d e g r a n d e
utilidad para la interpretación y aplicación d e la ley escrita,
s u importancia e s todavía m a y o r c u a n d o se trata de la ley
por escribir. C o m o las leyes n o son inmutables, sino q u e
c a m b i a n con las condiciones, las necesidades y los intereses
d e la sociedad que les h a n producido, y c o m o m u c h a s veces
se trata de modificar las leyes existentes, por e j e m p l o las hi-
potecas, las s u c e s i o n e s ; ó de introducir principios n u e v o s
c o m o la divisibilidad de la propiedad, el divorcio, etc., ó lo
q u e e s m a s . d e f o r m a r todo u n Código, es m e n e s t e r , para
e f e c t u a r estos cambios, apoyarse en u n a doctrina filosófica
del D e r e c h o ; y e f e c t i v a m e n t e , todos los Códigos que se
h a n e s t a b l e a d o en los tiempos m o d e r n o s (8) se h a n resenti-
d o m a s ó m e n o s de las doctrinas filosóficas profesadas por
s u s autores.
En el Derecho positivo h a y sobre todo dos p a r t e s que
están m a s í n t i m a m e n t e ligadas, q u e las d e m á s , á la Filoso-
fía del Derecho; estas son el Derecho penal y el Derecho pú-
blico. La Filosofía deL Derecho es la q u e j d e t e r m i n a n d o
m e j o r el fin de la pena, su m e d i d a , la gravedad d e los crí-
m e n e s y los grados de culpabilidad, h a provocado esta re-
l o r m a de legislación p e n a l , que felizmente h a empezado e n
n u e s t r o s días, pero cuya conclusión está a u n l e j a n a . La
s o e - ? )
 — 4 2 —

Filosofía del Derecho n o i n f l u y e m e n o s en el D e r e c h o

público : c o m o este n o es m a s q u e la aplicación d e la t e o -
ría del Derecho y de la justicia á la organización del Estado
y de la sociedad, su f u n d a m e n i o e s la Filosofía del D e r e c h o ;
y las t e o r í a s d e s e n v u e l t a s por l o s a u t o r e s acerca del Derecho
público, si parten d e los verdaderos principios, y n o d e
razonamientos vagosé incoherentes, siempre guardan con-
formidad con l o » principios q u e h a n adoptado e n l a Filoso-
fía del D e r e c h o .
Vemos q u e 110 h a y parle a l g u n a del Derecho, q u e n o
sienta m a s ó m e n o s la influencia saludable d e la Filosofía
del Derecho. S u estudio e s , pues, de u n a utilidad i n c o n t e s -
table ; e s sobre todo u n a necesidad de n u e s t r a é p o c a , e n la
q u e se trata, por u n a parte, de consolidar y desenvolver l a s
r e f o r m a s que se h a n h e c h o en los d i f e r e n t e s r a m o s de la
legislación civil y política; y p o r o t r a , de a b r i r al progreso
n u e v o s c a m i n o s , de introducir a l g u n a s r e f o r m a s a r r e g l a d a s
á las n u e v a s necesidades, á las ideas m a s e x a c t a s q u e s e
PKIMMU MKTB GKXEaAL.
h a n h e c h o c o m u n e s , acerca del fin d e la vida social. Do la
inteligencia m a s perfecta, y cada día m a s popular de las
d o c t r i n a s del Derecho Natural, d e p e n d e e n g r a n parte el por-
venir de la sociedad civil y político.
 — 4 2 —

Filosofía del Derecho n o i n f l u y e m e n o s en el D e r e c h o

público : c o m o este n o es m a s q u e la aplicación d e la t e o -
ría del Derecho y de la justicia á la organización del Estado
y de la sociedad, su f u n d a m e n i o e s la Filosofía del D e r e c h o ;
y las t e o r í a s d e s e n v u e l t a s por l o s a u t o r e s acerca del Derecho
público, si parten d e los verdaderos principios, y n o d e
razonamientos vagosé incoherentes, siempre guardan con-
formidad con l o » principios q u e h a n adoptado e n l a Filoso-
fía del D e r e c h o .
Vemos q u e 110 h a y parle a l g u n a del Derecho, q u e n o
sienta m a s ó m e n o s la influencia saludable d e la Filosofía
del Derecho. S u estudio e s , pues, de u n a utilidad i n c o n t e s -
table ; e s sobre todo u n a necesidad de n u e s t r a é p o c a , e n la
q u e se trata, por u n a parte, de consolidar y desenvolver l a s
r e f o r m a s que se h a n h e c h o en los d i f e r e n t e s r a m o s de la
legislación civil y política; y p o r o t r a , de a b r i r al progreso
n u e v o s c a m i n o s , de introducir a l g u n a s r e f o r m a s a r r e g l a d a s
á las n u e v a s necesidades, á las ideas m a s e x a c t a s q u e s e
PKIMMU MKTB GKXEaAL.
h a n h e c h o c o m u n e s , acerca del lili d e la vida social. Do la
inteligencia m a s perfecta, y cada día m a s popular de las
d o c t r i n a s del Derecho Natural, d e p e n d e e n g r a n parte el por-
venir de la sociedad civil y político.
 PARTE GENERAL
DE LA

FILOSOFIA DEL DERECHO

QCK COMNLEXDC

ZL A N A L I S I S V BBSKiSVOLViaiSnTO

DEL PRINCIPIO D E L D E R E C H O .
. i „ ii

BIBLIOTECA U.MVERSIT ™

^ ^ "ALFC
Afá». 1625 M O N l U t e f , M c W

CAPITULO I.

ANALISIS DE LA NOCION DEL DERECHO.

La n o c i o n del Derecho y d e h j u s t i c i a e s u n a de a q u e l l a s
ideas f u n d a m e n t a l e s q u e se e n c u e n t r a n e n la c o n c i e n c i a d e
todos las h o m b r e s , p r o d u c i d a , n o p o r u n d e s e o d e m e r a e s -
pcculacion, s i n o por l a s n e c e s i d a d e s u r g e n t e s d e la vida co-
m ú n y q u e sin e m b a r g o , á pesar d e un t r a b a j o práctico d e
m u c h o s siglos, n o se ha p r o f u n d i z a d o todavía e n su e s e n c i a
no s e ha c o m p r e n d i d o e n toda su e x t e n s i ó n , y recopilado e n
u n a definición exacta y c o m p l e t a . El s e n t i d o o r d i n a r i o de
los h o m b r e s ha c o n c e b i d o , a u n q u e s u p e r f i c i a l m e n t e , la idea
del D e r e c h o , b a j o u n o ú o t r o d e s u s aspectos m a s n o t a b l e s
pero n o ha llegado á a p o d e r a r s e d e todos s u s r a s g o s c a r a c -
terísticos, y á r e c o g e r l o s d e n t r o del c u a d r o d e u n a b u e n a d e -
h n i c i o n . Esto d i m a n a d e q u e e s t e s e n t i d o vago, l l a m a d o
s e n t i d o c o m ú n , e s insuficieute p a r a establecer u n p r i m e r
principio, y con él una teoría c i e n l i f i c i . E n c u a l q u i e r m a t e -

3.
ría q u e sea, e s necesaria u n a m a r c h a melódica, investiga-
ción filosófica p r o f u n d a , para e s t a b l e c e r l a s ideas f u n d a m e n -
tales, para h a c e r c o n o c e r s u o r i g e n , y d e s e n v o l v e r l a s e n s u s
consecuencias. Solo c u a n d o u n severo m é t o d o filosófico s e
apodera d e la idea del Derecho, sale e s t a de la vaguedad d e
la concepción o r d i n a r i a , y s u c e s i v a m e n t e se la d e t e r m i n a de
u n a m a n e r a m a s rigurosa y c o m p l e t a .
E n la investigación del Principio y de la nocion del Dere-
cho que v a i n o s á formular, d e b e m o s interrogar p r i m e r a m e n t e
á n u e s t r a propia conciencia, para justificar q u e poseemos e n
nosotros m i s m o s la facultad de conocer lo q u e es j u s t o , y
para ponernos por medio del a n á l i s i s psicológico en c a m i n o
de e n c o n t r a r el Principio del Derecho. Pero c o m o el Dere-
c h o n o es s o l a m e n t e u n hecho de conciencia, c o m o se refiere
á las relaciones exteriores de la vida, f u n d a d a s e n la n a t u r a -
leza del h o m b r e , es necesario e x a m i n a r t a m b i é n c ó m o r e -
sulta el Derecho de e s U naturaleza, y cuál es el conjunto de
relaciones d e la vida h u m a n a expresado i»or esta idea.
§ I-
Análisis de U idea del Derecho tal cual se manifiesta en la
conciencia.
En el a n á l i s i s psycológico del Derecho, d e b e m o s n o t a r e n
p r i m e r l u g a r , q u e cualquier h o m b r e que hace uso de su i n -
teligencia, forma, a u n q u e s e a i n v o l u n t a r i a m e n t e , acerca d e
lodos los actos d e la vida h u m a n a , u n juicio d e justicia ó d e
injusticia : esle h e c h o s u p o n e otros tres.
1° Cada u n o reconoce e n si m i s m o la facultad general d e
conocer y de j u z g a r lo que e s j u s t o ó i n j u s t o . Este h e c h o e s
incontestable, y se manifiesta en todos los grados del des-
envolvimiento intelectual, e n el n i ñ o y el salvage, lo m i s -
m o que e n el h o m b r e adulto y civilizado. Sin e m b a r g o ,
a u n q u e lodos los h o m b r e s poseen la facultad de c o n o c e r l o
q u e es j u s t o , las ideas que s e f o r m a n d e la justicia p u e d e n
ser, y son en efecto, m u y divergentes, y f r e c u e n t e m e n t e
o p u e s t a s , lisio consiste e n q u e la verdadera nocion d e l De-
recho n o resulla i n m e d i a t a m e n t e de la existencia y ejercicio
d e esta facultad q u e , c o m o toda facultad h u m a n a puede
s e r bien ó m a l a p l i c a d a ; siuo q u e e s necesario, para conce-
birla, h a b e r adquirido ideas j u s t a s sobra la m a n e r a con que
el h o m b r e d e b e o b r a r conforme á s u naturaleza racional- y este
c o n o c i m i e n t o no s e a d q u i e r e s i n o s u c e s i v a m e n t e y después
d e largas tareas. Por esta razón las ideas acerca del Derecho
ó la justicia c a m b i a n y se d e s e n v u e l v e n , á medida q u e las
ideas g e n e r a l e s sobre el h o m b r e y s u fin social se rectifican v
e n y r a u d e c e u . Sin e m b a r g o , sin la Cucultaü general que a c a '
b a m o s d e hacer patente, y q u e p r i m u i v a m e n l e s e ha dado
al h o m b r e por m e d i o de s u naturaleza racional, seria incon-
cebible cualquiera idea del Derecho. Esta facultad d e c o u c e -
«» í > e " e r a ' la idea de l a justicia, n o es u n a facultad par-
ticular, d i s t i n t a ; es idéntica á la de concebir la nocion de la
verdad y del bien. La facultad d e concebir lo verdadero lo
b u e n o y lo j u s t o , ideas q u e expresan relaciones g e u e r a l e s de
los h o m b r e s e n t r e si, y c o n los séres y objetos del u n i v e r -
s o , es u n a facultad originaria, n o derivada, i n n a t a , c o m o se
dice, y e s u n c a r á c t e r distintivo d e la n a t u r a l e z a h u m a n a (»)
El a n i m a l no tiene n i n g ú n c o n o c i m i e n t o do estas r e l a c i o n e s -
lo que p r u e b a q u e la diferencia e n t r e el h o m b r e y el a n i m a l
n o so f u n d a , bajo esle aspecto, e n u n d e s e n v o l v i m i e n t o
m a y o r ó m e n o r , s i n o e n u n a n a t u r a l e z a por s u cualidad di-
fcrenle. Existe, p u e s , en el h o m b r e u n a facultad general da
j u z g a r lo que e s j u s t o , y do esta focultad primitiva resulta
la nocion g e n e r a l del Derecho, noción quo e s tan originaria
e n el h o m b r e , como la f a c u l t a d de d e u d o se deriva p e m
q u e necesita, p a r a s e r c o m p l e t a , q u e s e la desenvuelva7>or
u n trabajo intelectual, m e t ó d i c o .
D f r e s t a observación debe sacarse la c o n s e c u e n c i a , q u e n o
debe ne ar a
« " ¡ D S"«> h o m b r e la capacidad general de
conocer y j u z g a r lo q u e e s j u s t o e n las r e l a c i o n e s d e la vida
h u m a n a y q u e es preciso a d m i t i r , q u e c u a l q u i e r h o m b r e
p u e d e elevarse por la instrucción h a s t a concebir l a s verda-
des f u n d a m e n t a l e s d e l Derecho. Pero a l m i s m o tiempo, es
 necesario íambieD o p o n e r s e á la pretensión vulgar de q u e r e r
j u z g a r las relaciones, m u c h a s veces m u y complicadas de la
vida, s e g ú n u n p r i m e r s e n t i m i e n t o indefinido y n o d e s e n -
vuelto d e justicia, s e g ú n el sentido vago, llamado b u e n s e n -
tido, c u y a precisión difiere t a n t o , s e g ú n es l a c u l t u r a de los
hombres.
Como todo juicio s u p o n e u n a c t o intelectual que viene de
la razón, y c o m o es necesario c o n o c e r a n t e r i o r m e n t e bien
l a s cosas q u e s e q u i e r e juzgar, el c o n o c i m i e n t o y l a ciencia
del Derecho se a d q u i e r e n por la aplicación d e la i n t e l i g e n -
cia, y n o por e l s e n t i m i e n t o , el i n s t i n t o , ó el buen sentido.
Es preciso, p u e s , d e s t e r r a r de las discusiones sobre el Dere-
c h o todo l l a m a m i e n t o al s e n t i m i e n t o ó al b u e n sentido, q u e
cada u n o interpreta á s u modo, y que n o hace j a m á s a v a n -
zar u n a c u e s t i ó n . La razón es la ú n i c a facultad apta p a r a d i s -
c u t i r y resolver u n a c u e s t i ó n ; s e n t i m i e n t o y sentido c o m ú n
deben s o m e t e r s e á e l l a .
2° Pero no solo n o s a t r i b u i m o s la f a c u l t a d de c o n o c e r lo
q u e es j u s t o ; c a d a u n o se cree t a m b i é n con la de j u z g a r las
l e y e s é i n s t i t u c i o n e s establecidas, s e g ú n las ideas verdaderas
ó falsas q u e se h a f o r m a d o de lo j u s t o ; y en vano s e prohi-
biría al e n t e n d i m i e n t o el q u e tales juicios h a g a , porque n o
obedecería, asi c o m o despreciaría el precepto de s o m e t e r s e
al juicio de u n a autoridad c o n s t i t u i d a , á u n a opinion d e t e r -
minada. Se podría prohibir la expresión e x t e r i o r de estos
juicios, pero n o por e s o dejaría el h o m b r e d e hacerlos i n t e -
r i o r m e n t e . Este h e c h o p r u e b a q u e el h o m b r e n o considera la
ley existente c o m o la ú l t i m a razón de la justicia, sino q u e
somete, v o l u n t a r i a m e n t e , ó con i n t e n c i ó n , t o d o lo q u e existe
al juicio de su r a z ó n . En definitiva solamente á su razón obe-
dece el h o m b r e l i b r e m e n t e . P o r q u e mientras n o mira las leyes
como justificadas por la razón, n o se somete á ellas, sino por
fuerza ó necesidad social. De aquí resulta la necesidad de ilu-
m i n a r la razón y el j u i c i o d e los h o m b r e s sobre l o q u e e s j u s -
to, y de hacerles c o m p r e n d e r la b o n d a d d e las leyes é institu-
ciones existentes, c u a n d o s o n c o n f o r m e s á l o q u e r a z o n a b l e -
m e n t e s e puede pedir en u n estado d a d o de desarrollo social-
3 o Por u n a consecuencia necesaria se pide q u e lo q u e la
razón ha reconocido como j u s t o , e n c u e n t r e su aplicación e n
la vida, v llegue á s e r la medida de las modificaciones q u e
se deben i n t r o d u c i r en las leyes éxistentes, y el f u n d a m e n t o
de las leyes é instituciones n u e v a s .
Estos t r e s h e c h o s a t e s t i g u a n , q u e el h o m b r e reconoce
la razón c o m o el verdadero origen d e d o n d e d i m a n a n los
principios de la justicia. Este origen, respecto á la m a y o r
parte de los h o m b r e s , n o es m u y c l a r o ; l a s ideas q u e t i e n e n
son c o n f u s a s , y los juicios q u e f o r m a n m u c h a s veces son
falsos; sin e m b a r g o , e s el solo guia s e g u r o q u e se puede
s e g u i r para c o n o c e r los principios invariables del D e r e c h o .
Es preciso , pues, f u n d a r el Derecho en la razón, y de este
modo llega á ser el Derecho de la razón ó el Derecho racio-
nal (40).
D e s p u e s d e h a b e r probado la facultad q u e n o s hace c o n o -
cer los Principios del Derecho, p a s e m o s al a n á l i s i s de la
nocion del Derecho.
En todas las ideas q u e e x p r e s a n relaciones c o m u n e s é
i m p o r t a n t e s de la vida social, d e b e m o s b u s c a r la etimolo-
gía de la p a l a b r a con que e x p r e s a m o s l a idea q u e que-
r e m o s dar á c o n o c e r ; p o r q u e g e n e r a l m e n t e el espíritu h u -
m a n o , tal c o m o se r e v e l a en las l e n g u a s d e los p u e b l o s , h a
conocido estas relaciones, al m e n o s b a j o u n lado parcial-
m e n t e verdadero y j u s t o , y les lia u n i d o u n a expresión cor-
r e s p o n d i e n t e . No o b s t a n t e , esta c o n s u l t a á las l e n g u a s n o
puedo ser m a s q u e un medio auxiliar s u b o r d i n a d o para
d i s t i n g u i r l o verdadero y lo falso en las e x p r e s i o n e s del l e n -
g u a j e ; v p a r a l l e g a r á u n a nocion completa, e s necesario
considerar l a s cosas y las relaciones á las que se aplica la
nocion.
Si c o n s u l t a m o s las l e n g u a s de los pueblos civilizados, en-
c o n t r a m o s q u e e n m u c h o s la palabra Derecho significa u n a
dirección, la relación e n t r e las cosas, c u a n d o e s t á n coloca-
d a s la u n a e n f r e n t e de la o t r a , de tal suorte, q u e a m b a s
se hallan e n u n a relación directa. Asi es c o m o la f r a n c e s a
droti, la a l e m a n a recht, la inglesa right, e x p r e s a n la relación

m a s di rucia e u l r e las c o s i s . Derecho e s lo q u e v a directa-
m e n t e al fin. El g e n i o de los pueblos q u e h a n adoptado e s t a
e x p r e s i ó n , ha q u e i i d o e v i d e n t e m e n t e indicar por e s l o q u e el
Derecho ó lo j u s t o consiste en las r e l a c i o n e s m a s próximas
y p r o p o r c i o n a d a s e n t r e los s e r e s ú objetos q u e se refiere ;
q u e u n a acción es j u s t a c u a n d o se refiere á un s e r , de tal
m o d o , q u e e s , ó l a c o n d i c i o n a n t e c e d e n t e , ó la consecuencia
i n m e d i a t a de u n a d e s u s a c c i o n e s ; y al m i s m o tiempo el
genio p o p u l a r parece h a b e r querido e x p r e s a r por esto, q u e
l o q u e e s Dei echo, se debo hacer sin o t r a consideración q u e
el s e r l o ; que u n a acciou d e Derecho ó de justicia debe di-
rigirse t a n i n m e d i a t a m e n t e á su fin, c o m o la m a r c h a de u n a
línea r e c t a q u e , c o m o s e dice, e s el c a m i n o m a s corto de u n
p u n l o á otro ( t i ) .
Todas estas deducciones» sacadas del l e n g u a j e , s o n d e m a -
siado vagas para h a c e r conocer la naturaleza m a s particular
de las r e l a c i o n e s d e s i g n a d a s por la nocion del Derecho. Es
preciso, p u e s , i n t e r r o g a r n u e s t r a propia conciencia, y con-
siderar d e s p u e s la naturaleza d e l h o m b r e para e n c o n t r a r
esta n o c i o n .
E x a m i n a n d o n u e s t r a c o n c i e n c i a , e n c o n t r a m o s q u e desig-
n a m o s por la palabra Derecho, u n a relación unire los s e -
res vivientes, y sobre todo e n t r e a q u e l l o s q u e e s t á n dotados
de razón y do libertad. El Derecho se m u e s t r a así, c o m o u n a
cualidad de relación e n la vida, y no c o m o u n a cualidad
simple, c o m o lo son, por e j e m p l o , la b o n d a d , la v i r t u d , la
moralidad. Porque e s i a s ú l t i m a s p r o p i e d a d e s no p r e s u p o -
n e n n e c e s a r i a m e n t e u n a coexistencia d e m u c h o s h o m b r e s ;
u n o puede s e r b u e n o , virtuoso, moral por sí solo, e n su in-
terior, e n c u a n t o á la cualidad d e sus intenciones, y de las
acciones que s o n s u r e s u l t a d o ; pero n o p u e d e s e r j u s t o ,
s i n o c u a n d o e s t á en relación c o n u n a ó m u c h a s p e r s o n a s .
C i e r t a m e n t e , a l g u n a s veces d e c i m o s , que u n o e s i n j u s t o
consigo m i s m o ; pero a u u e n este caso el h o m b r e e s consi-
d e r a d o c o m o u n a doble persona : es á l a vez el ser que f o r -
ma el falso juicio, y a q u e l sobre quien recae. Así q u e pode-
m o s ya n o t a r a q u í u n a diferencia esencial e n t r e el Derecho
— :ÍI —
y la moralidad. La moralidad e x p r e s a u n a cualidad simple
del s e r i n t e l e c t u a l , m i e n t r a s q u e el Derecho designa u n a c u a -
lidad d e r e l a c i ó n e n t r e m u c h a s p e r s o n a s .
Por lo c o m ú n n u e s t r a c o n c i e n c i a atribuyo los derecho«
ú n i c a m e n t e á los s e r e s dotados de inteligencia y de libertad
á aquellos q u e se e n c a m i n a n á fines r a c i o n a l e s e n s u vida',
á los h o m b r e s . Sin e m b a r g o , u n s e n t i m i e n t o í n t i m o n o s lle-
va á reconocer a l g u n o s derechos, a u n e n los seres q u e s o l o
están dotados de sensibilidad, y q u e n o poseen la facultad
de la r a z ó n . Se dice q u e sea j u s t o c o n los a n i m a l e s , q u e n o
s e l e s trate de u n a m a n e r a c o n t r a r i a á su naturaleza sensi-
ble. La legislación de u u g r a n pueblo civilizado h a recono-
cido e x p r e s a m e n t e e*tos derechos, y en eslo h a o b r a d o c o n -
f o r m e a u n sentimufflto íntimo, q u e e x p e r i m e n t a todo
h o m b r e bien educado. Sería necesario p u e s a f i r m a r , q u e
todos los s e r e s q u o están dolados d e razón, ó al m e n o s d e
sensibilidad, que Sienten placar ó p e n a d e l tialamientD q u e
reciben de parle de los o t r o s s e r e s , p u e d e n poseer d e r e -
chos. Pero c o m o los a n i m a l e s n o p u e d e n e j e r c e r por su
parle la jusUcia p a r a c o n los h o m b r e s , y , 1 0 se e n c u e n t r a n
por e s o en la m i s m a l í n e a de D e r e c h o q u e los s e r e s ra-
cionales, s u s derechos, a u n q u e los reconozca la conciencia,
n o e n t r a r a n en el cuadro de n u e s t r a investigación, q u e s o l o
s e o c u p a del Derecho y de l a j u s t i c i a de los h o m b r e s
Estas observaciones n o s h a c e n v e r , sin e m b a r g o , q u e el
Derecho consiste en cierta relación de c o n f o u m d a d e n t r e
los a c t o s v o l u n t a r i o s d e u n s e r racional y la naturaleza m i s m a
del s e r á q u . c n estos actos se r e f i e r e n . Para precisar m e j o r e l
T U ,VlaC10"' a h o r a la n a t u r a -
leza del h o m b r e e n general, y b u s c a r e m o s cu ella el f u n d a -
m e n t o del Derecho.
§ II.
Deducción del Derecho sacada de la naturaleza humana.
El h o m b r e , c o m o lodo s e r v,viente, tiene u n d e s t i n o , u n
fin particular que c u m p l i r en osle m u n d o . Como esle fin re-
s u l t a de su organización física é intelectual, es necesario
c o n o c e r esta n a t u r a l e z a en s u s disposiciones y facultades, y
e n el d e s a r r o l l o sucesivo q u e e x p e r i m e n t a , á fin do saber
cuál es el bien q u e el h o m b r e debe realizar, c u á l la c o n d u c t a
q u e debe tener, y c u á l la q u e los d e m á s d e b e n observar c o n
él p a r a c o n f o r m a r s e c o n el c a r á c t e r de la naturaleza h u m a n a
en g e n e r a l . El Derecho debe n e c e s a r i a m e n t e c o m p r e n d e r u n a
parte de la c o n d u c t a del h o m b r e , que s e refiere á s u desar-
rollo, á s u bien, y á s u fin ; mas n o abraza la m a n e r a c o m -
pleta de c o n d u c i r y arreglar t o d a la vida y desarrollo del
h o m b r e , y es por consiguiente distinto del bien general, al
cual concierne toda la vida física, intelectual y moral del
h o m b r e . El Derecho n o es n i u n a ciencia ó u n arte que e n -
s e ñ e el desarrollo de la vida fisica, ni u n a educación inte-
lectual ; tampoco está á s u c a r g o la moralidad, q u e es u n
hecho interior de la conciencia del hombre. Conviene p u e s ,
p a r a señalar la diferencia q u e existe e n t r e el Derecho y la
ciencia del bien en g e n e r a l , ó la Moral, ciencias q u e se h a n
c o n f u n d i d o m u y f r e c u e n t e m e n t e , d e t e r m i n a r m a s rigu-
r o s a m e n t e en qué consiste el b i e n , é indicar e n seguida
s u relación con el D e r e c h o .
El bien de todo s e r viviente ú n i c a m e n t e puede consistir
e n el d e s e n v o l v i m i e n t o c o m p l e t o de todas l a s f a c u l t a d e s y
disposiciones c o n t e n i d a s e n su n a t u r a l e z a . El bien n o es
u n i f o r m e en todas las clases de seres vivientes, varía con su
organización, con s u naturaleza. Asi los a n i m a l e s 110 siendo
m a s q u e s e r e s dotados d e sensibilidad, lo q u e j u s t a m e n t e
se puede l l a m a r su bien, s e l i m i t a á l a s afecciones s e n s i b l e s ;
e x p e r i m e n t a n placer c u a n d o pueden a b a n d o n a r s e á las im-
pulsiones de su naturaleza, y dolor c u a n d o n o pueden satis-
facerlas, y c u a n d o las a f e c c i o n e s que s i e n t e n son c o n t r a r i a s
á ellas. Para cada g é n e r o de a n i m a l e s hay todavía un bien
particular, á causa de esta variedad d e organiz-icion que im-
pele cada especie á la satisfacción de i m p u l s i o n e s ó i n s t i n -
tos particulares. Pero para los h o m b r e s n o l u y m a s q u e un
solq b i e n c o m ú n , porque el género h u m a n o e s u n o , p u e s no
s o n especies diferentes l a s distintas r a z a s de h o m b r e s , c o m o
sucede en el reino a n i m a l . La n a t u r a l e z a f u n d a m e n t a l de los
h o m b r e s es e n todos la m i s m a , y h a y , á c a u s a d e esta iden-
tidad de naturaleza, identidad d e b i e n . Sin embargo, el bien
del h o m b r e es todavía por su cualidad distinto del bien sen-
sible del a n i m a l , p o r q u e el h o m b r e n o e s s o l a m e n t e u n ser
sensible, s i n o también u n s e r racional, y solo por esto s u s -
ceptible de moralidad. El animal, c o n respecto á la inteli-
g e n c i a , está limitado á la percepción de lo q u e c a e b a j o s u s
sentidos, m i e n t r a s que el h o m b r e se eleva sobre los hechos
individuales y sensibles ; abraza con su p e n s a m i e n t o las re-
laciones generales q u e existen entre las c o s a s , c o m p r e n d e
el o r d e n , la a r m o n í a , la c o n f o r m i d a d , las l e y e s , estima su
valor respectivo, s e g ú n el lugar que o c u p a n en el .'míen ge-
neral del m u n d o , cuya unidad y a r m o n í a revelan u n Ser
s u p r e m o q u e solo el h o m b r e puede c o n c e b i r . El s e n t i m i e n t o
del h o m b r e denota la m i s m a superioridad sobre la sensibili-
dad a n i m a l ; el h o m b r e n o es solo f í s i c a m e n t e a f e c t a d o se
ve también movido por las relaciones generales q u e existen
e m r e todos los s e r e s . S o l o él tiene s i m p a t í a con todos los
ó r d e n e s de v.da, p o r q u e solo él puede c o m p r e n d e r y sentir
el bien que r e ú n e á todos los seres vivientes. El h o m b r e ex-
tiende as. su inteligencia y s e n t i m i e n t o sobre todos los sé-
res, sobre todas las relaciones ; se alegra del ó r d e n que per-
cibe en el m u n d o , de la belleza q u e en él brilla, v d e la
verdad que e n él d e s c u b r e . Estando el h o m b r e , por"su na-
turaleza superior, e n relación con el m u n d o e n t e r o , tiene
t a m b i é n la misión y el d e b e r de desenvolverse e n e.stas rela-
d C P e n e , r a r 0 0 0 SU
en todos
los ó r d e n e s d e cosas, p a r a e n g r a n d e c e r s u s m i r a s , e l e v a r
s u s sentimientos, y s o m e t e r por la razo,, todas las f u e r z a í
d é l a naturaleza, con el fin d e emplearlas en facilitar su
Y a ü m e n l a r la s u m a
r r ° ' »ien Y de su
felicidad. Pero p r e c i s a m e n t e porque el h o m b r e no se ve limi-
í n n Z T i8" ' n f , e , i g e n c i a - n i e n s e n t i m i e n t o s , ni e n su
^ ^ 6 U i n d i v i d ü a l i d a 1 . es por lo q u e no
° b r a r * * m 0 t Í V 0 S P u r j m e n l e Personales, in-
dividuales, egoístas. P u e s t o q u e concibe u n V r d e n general
 — 34 —
de cosas, debe o b r a r c o n f o r m e á este ó r d e n universal, y tra-
t a r á cada ser, á s u s s e m e j a n t e s , y á los otros s e r e s anima«
dos, c o m o conviene á su n a t u r a l e z a , q u e es u n e l e m e n t o del
órden general (42).
Si el h o m b r e considerase todas las cosas s o l a m e n t e c o n
relación á si misino, á s u propia personalidad, abdicaría su
noble prerogativa. q u e consiste e n poder c o n s i d e r a r todas
las cosas en si mismas, y e s t i m a r y t r a t a r á cada u n a s e g ú n
el lugar q u e le corresponde on el ó r d e n g e n e r a l , e n el cual
él m i s m o no o c u p a m a s q u e u n lugar particular, a u n q u e el
m a s elevado. El egoismo e s n e c e s a r i a m e n t e p a t r i m o n i o de
la naturaleza a n i m a l . El h o m b r e puede y debe o b r a r c o n f o r -
1110 al Orden general d e las cosas, y por solo el motivo de q u e
este ó r d e n lo exige así. De este m o d o el h o m b r e s e eleva á
la verdadera moralidad, al bien moral y á los motivos m o -
rales. N o liará ol bien por consideración p e r s o n a l , lo h a r á
p o r q u e e s bien en s í , porque h a reconocido q u e la acción
q u e va á ejecutar, e s c o n f o r m e á los principios, á la n a t u r a -
leza, y al d e s e n v o l v i m i e n t o del c o n j u n t o d e los s o r e s . Así,
pues, t e n e m o s dos b i e n e s d i s t i n t o s relativamente á los dos
ó r d e n e s d e s e r e s vivientes, el bien sensible, con respecto al
m u n d o a n i m a l , el bien racional y moral, con respecto al h o m -
b r e . El h o m b r e puede y debe h a c e r el bien por s e r b i e n ; e n
e s t o consiste s u moralidad, que se f u n d a en la //ureza de los
molivos. El h o m b r e m o r a l se i n f o r m a ante todas cosas d e si
lo que va á hacer e s b u e n o respecto al ser q u e es objeto de
s u acción, sin considerar las v e n t a j a s q u e de ella p u e d e n
resultarle. Hay en verdad acciones q u e t i e n e n relación con
la propia p e r s o n a l i d a d , y que por e s t a razón pueden ser
m a s ó m e n o s v e n t a j o s a s ; pero estas m i s m a s accioues las
h a c e el h o m b r e m o r a l , s o b r e todo, |>or la c o n s i d e r a c i ó n de
q u e lo s o n m a n d a d a s por s u n a t u r a l e z a de h o m b r e , q u e tiene
misión d e desenvolver, Por eso el h o m b r e d e b e desenvolver
s u inteligencia-en las ciencias y las a r t e s , no solo p o r q u e las
ciencias y las artes Son útiles á la vida, sino t a m b i é n porque
se siente dolado de la facultad d e conocer, facultad que d e b e
desenvolver e n toda su e x t e n s i ó n . Debe t a m b i é n cultivar la?
— .>5 —
ciencias y las artes, q u e n o se p u e d e n a p r e c i a r por los cál-
c u l o s de uliliddad, p e r o q u e s m e m b a r g o s o n u n objeto dig-
no de la actividad intelectual del h o m b r e , p u e s se tundan
en las relaciones reales e n t r e los s e r e s ó las cosas del mundo.
Así l a c i e n c i a d e las relaciones del h o m b r e con el S e r S u p r e m o ,
ciencia q u e c o n s t i t u y e la religión, no tiene utilidad propia-
m e n t e dicha (13) ; pero está f u n d a d a en relaciones s u p e r i o r e s
q u e el h o m b r e , c o m o s e r racional, d e l « n e c e s a r i a m e n t e cono-
cer. Lo m i s m o sucede con las bellas a r l e s . Deben ser cultiva-
das. no a causa de u n a utilidad c u a l q u i e r a , s i n o p o r q u e s o n
la expresión de la forma d e lo I ello, q u e e s u n aspecto parti-
cular. b a j o el cual se manifiestan el ó r d e n y a r m o n í a del
m u n d o , q u e interesa al h o m b r e r e p r e s e n t a r e n s u s o b i a s Las
ciencias y l a s a r l e s tienen u n valor absoluto, s o n n e c e s a r i a s
para el desenvolvimiento c o m p l e t o del espíritu del h o m b r e
El fin ó desuno (14) del h o m b r e , c o r r e s p o n d i e n d o al bion
q u e resulta do s u naturaleza, consiste e n el desenvolvimien-
to integral de todas s u s f a c u l t a d e s , y e n s u aplicación á t o -
dos los ó r d e n e s do cosas, c o n f o r m e al ó r d e n general v á la
naturaleza do c a d a cosa en p a r t i c u l a r . Tal es el fin del h o m -
bre. fin q u e debe c u m p l i r individual y socialmente. L o s d r -
•*Ji " r ° 8 0 Í U n , J a n e n e l c u m p l i m i e n t o de esle fin
en todas s u s p a r t e s . Y como su destino n o es instintivo co-
mo el del a n i m a l , sino racional y m o r a l , q u e debe c u m p l i r s e
por la libre voluntad, lus d e b e r e s del h o m b r e s o n l o d o s d ü
^ m o r a l e s . Por consiguiente toda su vida física ó , n l e l e c -
lual debe revestirse del c a r á c t e r d e moralidad, portiue la
: « r t e t l r n ! ? T ' Y n ° "uedl! 8eParar8® enmuchas
p a r t e s de las c u a l e s a l g u n a se s u s t r a i g a á la razón v á I ,
cienicu» M* hf"1 C , C , , C , a d d b , e " «I h o m b r e es
homtir t ? m ° r * 1 ' , a m o r a l c » «»• a b r a z a la vida del
h o m b r e e n todas s u s p a r l e s y en todas s u s relaciones. Sin
e m b a r g o , n o c o m p r e n d e e n estas relaciones sino u n solo
dmaiinZi a q u e l l o que e s su
K f u l ™ ^ * 8 . 0 0 ' m p 0 n e n - Di 8 6 hacen ejecutar
por la tuerza ó la violencia, q u e les haría perder todo s u va-
lor. S u p o n g a m o s por e j e m p l o el d e b e r del reconocimiento,
cumplido por violencia; es evidente que e n este caso la a c -
ción n o tendría n i n g ú n valor m o r a l . Lo m i s m o s u c e d e con
las acciones q u e n o se h a c e n por m o t i v o s p u r o s , d e s i n t e r e -
s a d o s ; p u e d e n producir el b i e n , pero n o llevan el c a r á c t e r
moral. Así, c u a n d o u n h o m b r e socorre á u n desgraciado, n o
con la sola intención d e h a c e r b i e n , s i n o con objeto de o s -
tentación, este h o m b r e hace c i e r t a m e n t e un bien respecto
al d e s g r a c i a d o ; pero c o m o n o obra d e s i n t e r e s a d a m e n t e , s u
acción no e s m o r a l . La moral exige por u n lado la b u e n a
voluntad, la ausencia d e toda violencia, y por o t r o la pureza
de los motivos, el desinterés. De esto p o d e m o s inferir q u e
las obligaciones d e la moral n o pueden s e r idénticas c o n las
del Derecho. P a r a la ejecución de l a s obligaciones del Dere-
cho e s permitido el e m p l e o d e la fuerza ; se hace t a m b i é n
abstracción de la pureza de los motivos, basta q u e se e j e c u t e
la acción, reclamada s e g ú n D e r e c h o . La ciencia del Derecho
no puede pues s e r un capitulo de la m o r a l , no e s ni la moral
privada, ni la m o r a l pública ó social. El Derecho y la moral
se f u n d a n e n relaciones de u n carácter e n t e r a m e n t e d i f e -
rente.
La consideración del d e s e n v o l v i m i e n t o h u m a n o respecto
al fin que el h o m b r e debe c o n s e g u i r , n o s h a conducido á
d e t e r m i n a r , en q u é consiste el b i e n , y p a r t i c u l a r m e n t e el
bien moral para el h o m b r e ; réstanos todavía c o n s i d e r a r el
d e s e n v o l v i m i e n t o h u m a n o h i j o o t r o p u n t o d e vista, d e don-
de, como v e r e m o s , resultará la nocion precisa del D e r e c h o .
El desenvolvimiento del h o m b r e en las diferentes faculta-
des de q u e está d o l a d o , y e n las diversas relaciones q u e e s
capaz de c o n t r a e r , no puede efectuarse sin n u m e r o s a s condi-
ciones. Y c o m o d e este desenvolvimiento d e p e n d e la realiza-
ción del b i e n , q u e es el fin del h o m b r e , es necesario q u e
todos los h o m b r e s b u s q u e n y se p r o c u r e n r e c í p r o c a m e n t e
las condiciones q u e p u e d e n s e r los medios n e c e s a r i o s para
el c u m p l i m i e n t o de s u fin individual y social. Estos m e d i o s
6 condiciones s o n de dos especies. Por u n a parte hay condi-
ciones q u e se e n c u e n t r a n fuera d e la v o l u n t a d h u m a n a , 6
e n la que esta voluntad np i n t e r v i e n e sino s u b s i d i a ! i a m e n t e ;
estas son las condiciones físicas d e la v i d a del h o m b r e ; la
naturaleza las s u m i n i s t r a : tales s o n por ejemplo los dife-
r e n t e s elementos, y e n general todo lo q u e m i r a á la exis-
tencia física del h o m b r e .
C o m o el Derecho expresa u n a relación e n t r e los s e r e s vi-
vientes y personales, estas condiciones no p u e d e n e n t r a r
en el d o m i n i o del Derecho, s i n o c o n respecto á otro h o m b r e
que deba s u m i n i s t r a r l a s . P o r q u e el h o m b r e n o está en r e -
lación de Derecho con la n a t u r a l e z a ; n o tiene d e i e c h o res-
pecto á ella. Hay otro g é n e r o de condiciones necesarias al
desenvolvimiento, las c u a l e s d e p e n d e n de la voluntad y acti-
vidad de los h o m b r e s , q u e se p u e d e n l l a m a r condiciones vo-
luntarias ó libres. Desde el n a c i m i e n t o h a s t a la m u e r t e , e n
todas las s i t u a c i o n e s d e la v i d a , el desenvolvimiento físico
é intelectual d e p e n d e d e n u m e r o s a s c o n d i c i o n e s de este gé-
n e r o . Ante todo e s necesario c u i d a r de la vida física del niño;
vienen en seguida la educación é instrucción, y en fin la vi-
da social y pública, c o n s u s obligaciones recíprocas, q u e
c o n s t i t u y e n otras t a n t a s c o n d i c i o n e s p a r a el desenvolvimien-
to social c o m ú n . Este lado condicional de la vida h u m a n a e s ,
p u e s , do la m a y o r i m p o r t a n c i a . Y este c o n j u n t o de c o n d i -
c i o n e s d e p e n d i e n t e s d e la v o l u n t a d h u m a n a , y que tienen
por e s o u n carácter propio, f o r m a u n a ciencia p a r t i c u l a r . La
ciencia moral d e t e r m i n a el fin del h o m b r e , le indica el bien
que debe hacer, la perfección á q u e debe aspirar, y los d e -
b e r e s q u e á ella se refieren ; le m a n d a h a c e r todo lo q u e
puede c o n t r i b u i r á e s t a p e r f e c c i ó n , y por c o n s i g u i e n t e le
i m p o n e el d e b e r de buscar las condiciones n e c e s a r i a s para
c o n s e g u i r este fin. Sin e m b a r g o , la exposición d e e s t a s con-
diciones e s el objeto d e u n a ciencia particular. Porque asi
c o m o la moral m a n d a a l h o m b r e t e n g a c u i d a d o de la vida
y del desarrollo d e su c u e r p o , a b a n d o n a n d o s i n e m b a r g o
a a higiene y medicina la exposición de los preceptos de la
s a l u d , del m i s m o m o d o que le prescribe el desenvolvimien-
to de su inteligencia en las ciencias y a r t e s , sin a b r a z a r e n
si las ciencias y las a r t e s ; d e la m i s m a m a n e r a o r d e n a al
 — 58 —
h o m b r e q u e b u s q u e todAs l a s condiciones n e c e s a r i a s á s u
fin, sin s e r p o r e s l o la ciencia de e s t a s c o n d i c i o n e s . La moral
es la ciencia general d e la c o n d u c t a del h o m b r e ; interviene
en todas las ciencias, y e n todas las a r t e s q u e tienen r e l a -
ción con s u vida. S e m e j a n t e al sistema nervioso, q u e e n el
c u e r p o h u m a n o esui u n i d o por medio d e filamentos con to-
d o s los o t r o s s i s t e m a s , la moral s e i n t r o d u c e en todas las
ciencias sin q u i t a r á n i n g u n a BU especialidad. Hay p u e s u n a
ciencia particular q u e e x p o n e el conjunto de las coaliciones
dependientes de la ixtluritad humana que son necesaria« para el
cumplimiento del fin asignado al hombre por su naturaleza ra-
cional, y esta ciencia e s la del Derecho q u e q u e d a asi defini-
do exncta y r i g u r o s a m e n t e .
P e r o r é s t a n o s a u n p r o b a r q u e esta definición e s en u n
lodo c o n f o r m e con lo que e n la vida e n t e n d e m o s por De-
recho. En efecto, l l a m a m o s Derecho todo lo que es u n a
condicion del d e s e n v o l v i m i e n t o h u m a n o , e n c u a n t o e s t a
condicion d e p e n d e d e la v o l u n t a d d e los h o m b r e s . Decimos
q u e el i n f a n t e tiene d e r e c h o á s e r e d u c a d o respecto al c u e r p o
y al espíritu, p o r q u e esta e s una condicion de s u desarrollo,
y u n a condicion q u e n o d e p e n d e de él, sino d e la v o l u n t a d
de los o t r o s . La p r o p i e d a d , u n o de los objetos principales
del Derecho, e n c i e r r a también u n c o n j u n t o d e c o n d i c i o n e s
n e c e s a r i a s al desenvolvimiento ílsico é intelectual d e l h o m -
bre. Se exige i g u a l m e n t e c o m o d e Derecho N a t u r a l , q u e la
sociedad ofrezca á c a d a u n o los m e d i o s y l a s condiciones
q u e le permitan a b a n d o n a r s e l i b r e m e n t e á la vocacion á q u e
se h a inclinado, c o n f o r m e & las disposiciones de su n a t u -
raleza. Se pide q u e la sociedad no p o n g a embarazos al
ejercicio d e u n a profesión : las p a t e n t e s , las c o r p o r a c i o n e s
con n ú m e r o fijo de individuos, l a s i n v e s t i d u r a s hereditarias
de f u n c i o n e s sociales son c o n s i d e r a d a s c o m o c o n t r a r i a s á la
justicia, p o r q u e p o n e n e m b a r a z o s al d e s e n v o l v i m i e n t o s o -
cial. Cada u n o tiene el d e r e c h o de i n s t r u i r s e en el estado
social, p o r q u e s i e n d o un m i e m b r o de la sociedad, todo lo
q u e la c o n c i e r n e , le toca también m a s ó m e n o s d i r e c t a m e n t e .
Así la publicidad y la libre c o m u n i c a c i ó n por medio de la
— 5» —
palabra y de la e s e n t u r a M > I I Derechos, porque son u n a
condicion de d e s e n v o l v i m i e n t o individual y social. Estos
ejemplos, q u e f á c i l m e n t e se p o d r í a n multiplicar, prueban
q u e el Derecho consiste e n la r e u n i ó n de condiciones n e -
cesarias al d e s e n v o l v i m i e n t o individual y social del h o m b r e .
Vamos a h o r a á indicar los p u n t o s p r i n c i p a l e s q u e c a r a c -
terizan e s t a nocion d e l Derecho.
Según esta nocion^ el Derecho se d i s t i n g u e c l a r a m e n t e
d e la moral (15). Esta i m p o n e á cada h o m b r o el d e b e r in-
terior de c u m p l i r su fin,que consiste e n el d e s e n v o l v i m i e n t o
de las facultades d a d a s por la n a t u r a l e z a ; le i m p o n e t a m -
bién el d e b e r d e ser j u s t o , de o b r a r c o n f o r m e al Derecho,
es decir, d e llenar, respecto á sí m i s m o y á los otros, las
c o n d i c i o n e s n e c e s a r i a s al desenvolvimiento c o m ú n ; pero á
esto se reduce s u precepto: se dirige s i e m p r e á la c o n c i e n -
cia, á la b u e n a voluntad, m i e m r a s q u e el Derecho tiene u n
carácter, por decirlo asi, e n t e r a m e n t e exterior. Haciendo
abstracción de la intención, de los motives q u e p u e d e n d e -
t e r m i n a r u n a a c c i ó n , el Derecho n o se refiere s i n o á las
relaciones condicional,* de la vida h u m a n a ; y s i e n d o estas
condiciones u n hecho exterior, se m a n d a n c u m p l i r y rea-
lizar sin q u e se t e n g a consideración á la b u e n a ó m a l a v o -
luntad del que debe hacerlas El Derecho se debe e j e c u t a r
de g r a d o ó por fuerza, pues lo q u e e s u n a condicion do la
vida y del desarrollo d e todos, n o debe d e j a r s e al arbitrio
de n a d i e . Si desapareciese e n t e r a m e n t e la moralidad de las
acciones, la justicia d e b e r í a ejecutarse todavía, y a u n e n
este caso p r e s e n aria al m u n d o social de s u r u i n a Fiat
justa,a ne pereat mundu< (J6). La justicia regla las acciones
y relaciones exteriores del h o m b r e , a b a n d o n a la moralidad
á la conciencia, c u y o s secretos n o t i e n e q u e escudriñar, y
a la educación á la q u e s u m i n i s t r a las condiciones de s u
organización. F u n d a n d o así el Derecho e n la condicionali-
dad e x t e n o r de la vida h u m a n a , s e llega á u n criterium d e
justicia q u e p u e d e r e c o n o c e r todo el m u n d o , y por consi-
guiente a d o p t a r toda legislación. B e n t h a m , reconociendo el
vicio de todos los principios morales respecto á la legisla-
 1 — tíl —
c i o n , establecía la utilidad c o m o criterium de la b o n d a d y
de la justicia d e las acciones del h o m b r e ; pero por u n a parte Derecho se refiere c o m o condicion á los fines m a s elevados
este principio e s , c o m o h e m o s visto, d e m a s i a d o vago, y por del h o m b r e , n i n g u n a autoridad e x t e r i o r tiene el Derecho d e
otra, Benlham, definiendo la utilidad, lo q u e produce m a s conducir al h o m b r e á este fin á p e s a r s u y o , cada u n o e s
placer, cae en las m i s m a s dificultades d e aplicación q u e los d u e ñ o de s u d e s t i n o : s u d e b e r moral consiste e n c u m p l i r l e ;
partidarios de los p r i n c i p i o s m o r a l e s ; p o r q u e las p e n a s y pero s u Derecho consiste s o l a m e n t e en q u e se le s u m i n i s -
los placeres s o n afecciones i n t e r n a s , m u y difíciles d e c o n o - tren las condiciones e x t e r i o r e s q u e h a n d e llevarle á la con-
c e r , m u y variables e n los individuos, y por consiguiente im- secución de este fin. Esta acción del Derecho h a c e imposible
propias p a r a llegar á servir de principios generales en la le- todo despotismo q u e i m p i d a la libertad p e r s o n a l de c u a l -
gislación. q u i e r g é n e r o q u e sea, religioso, m o r a l ó físico, d e s p o t i s m o
2° La nocion del Derecho que a c a b a m o s de desenvolver es q u e b a j o el pretexto d e g u i a r y r e g u l a r i z a r del desenvolvi-
universal; se e x t i e n d e á t o d a la vida h u m a n a , á todas las miento, i m p o n e f r e c u e n t e m e n t e á la vida social fines q u e
relaciones físicas intelectuales, s e refiere á todos los fines están m u y lejos d e ser los q u e la n a t u r a l e z a a s i g n a al hom-
r a c i o n a l e s , individuales ó sociales, c o m p r e n d i e n d o las c o n - b r e , y que le revela la r a z ó n .
diciones necesarias para c o n s e g u i r l o s . El Derecho s e refiere
también á los fines r e l i g i o s f t , científicos, artísticos, comer-
CAPITULO II.
ciales del h o m b r e y de la sociedad ; sin e m b a r g o , solo los
toca por un lado, por el lado condicional, es decir, e n c u a n t o
UISTORIA DEL DESENVOLVIMIENTO DE LAS NOCIONES DEL
d e p e n d e n de l a s condiciones que deben cumplirse para q u e
DERECHO Y DE LA JUSTICIA.
puedan existir y d e s a r r o l l a r s e . Esta verdad será i m p o r t a n t e
p i r a d e t e r m i n a r las relaciones del Estado, q u e es la i n s t i -
El espíritu h u m a n o s e ha elevado lenta y s u c e s i v a m e n t e
tución social del Derecho, con l o s o l i o s r a m o s de la acti-
á las ideas m a s exactas y e x t e n s a s d e l Derecho, como prin-
vidad h u m a n a . Veremos q u e el Estado, a u n q u e e s t á en r e -
cipio r e g u l a d o r de las r e l a c i o n e s sociales e n t r e los h o m b r e s .
lación c o n todos los fines del h o m b r e , y con todas las e s f e -
Bsla idea existe m u y v a g a m e n t e e n el espíritu d e todos los
r a s de la actividad social, no debe s i n embargo, para n o
h o m b r e s , y son n e c e s a r i a s u n a l a r g a c u l t u r a ó investiga-
traspasar los límites trazados por el Derecho, intervenir e n
ciones sostenidas para que s e manifieste c l a r a m e n t e e n la
su organización i n t e r i o r , s i n o limitarse á dar las condiciones
conciencia, y se f o r m u l e c l a r a m e n t e en el l e n g u a j e . L i s
de s u e x i s t e n c i a y desarrollo.
investigaciones científicas sobre la idea del Derecho, c o m o
3 o A c a u s a d e este carácter, el Derecho, s e g ú n la nocion
principio general d e la vida social, n o h a n empezado hasta
d a d a , respeta e n todos sentidos la libertad individual, e n
la época e n que s e n o t ó por la Filosofía, quQ podían r e f e -
c u a n t o se aplica á la vida y c o n d u c t a p e r s o n a l . Cada u n o e s
rirse todas las cosas á principios s i m p l e s y primeros, y q u e
libre de servirse de l o s medios q u e la sociedad y el Estado
así c o m o h a y p a r a el o r d e n físico p r i m e r o s principios y
e n particular le o f r e c e n p a r a existir y desarrollarse e n s u
leyes g e n e r a l e s , e x i s t e n t a m b i é n p a r a el ú r d e n moral y so-
cualidad de h o m b r e , s i e m p r e que el no uso d e estos m e d i o s
cial, principios y leyes q u e lejos d e ser u n a creación a r b i -
n o s u p o n g a u n a lesión d e Dereeho, respecto á los o t r o s
traria de la voluntad h u m a n a , resultan de la naturaleza
m i e m b r o s du la sociedad. El Derecho n o obliga á n i n g ú n
m i s m a del h o m b r e , y s o n las reglas j u s t a s y s a l u d a b l e s á
h o m b r e á hacer lo q u e es u n bien p a r a él solo. A u n q u e el
las q u e d e b e c o n f o r m a r todas s u s acciones. E l e v á n d o s e ,
4

p u e s , s o b r e los datos de la experieucia á los principios ge-
n e r a l e s , e s c o m o el espíritu h u m a n o p u e d e e s t a b l e c e r una
distinción e n t r e l a s l e y e s positivas y variables d e la socie-
dad, y los principios c o n s t a n t e s , e t e r n o s de la naturaleza
h u m a n a , c o n c e b i d o s p o r la r a z ó n ; y r e f o r m a r las leyes
positivas y toda la vida social s e g ú n el principio de justicia
establecido por la razón.
La filosofía de Pitágoras e s la q u e , e l e v á n d o s e e n t r e las
c o s a s sensibles á principios g e n e r a l e s , a b r i ó la p u e r t a á las
i n v e s t i g a c i o n e s s o b r e el principio d e la justicia. La justicia
consiste, s e g ú n este filósofo, en el trato igual d e todos los
h o m b r e s , b u e n o ó m a l o , s e g ú n s u s méritos. Pitágoras h a
concebido el primero, a u n q u e v a g a m e n t e , la igualdad c o m o
principio del d e r e c h o ; sin e m b a r g o , este principio n o tiene
e n su doctrina s i n o u n a importancia s e c u n d a r i a . El p r i m e r
principio de toda v i d a y d e toda organización, bien del m u n d o
físico, bien del m u n d o m o r a l e s , s e g ú n Pitágoras, la a r m o n í a .
Asi c o m o la virtud privada consiste en l a coordinacion de
todas las f u e r z a s ó f a c u l t a d e s individuales, así la virtud
social consiste en la organización de todas las f u e r z a s y de
t o d a s las r e l a c i o n e s sociales s e g ú n el principio de la a r m o n í a .
Con arreglo á estas ideas Pitágoras e m p r e n d i ó e n su tiempo
la r e f o r m a d e la vida social, i n s t i t u y e n d o u n a asociación en
l a q u e cada m i e m b r o o c u p a b a el l u g a r q u e le e r a asignado
por s u vocacion n a t u r a l .
Platón volvió á ocuparse d e las investigaciones sobre el
principio d e la justicia con m a s e x t e n s i ó n y p r o f u n d i d a d .
Este filósofo, r e m o n t á n d e s e al p r i m e r principio d e todos los
s e r e s , á Dios, y haciéndolo t o d o derivar d e él, consideraba
l a s i d e a s g e n e r a l e s c o m o los p r o t o t i p o s d e m u n d o , existiendo
desde l a eternidad e n el e n t e n d i m i e n t o divino, y sirviéndose
Dios de ellas para f o r m a r todas las c o s a s . La idea de justicia
f o r m a con l a s ideas de lo verdadero, de lo b u e n o y d e lo
bello, la reunión de estas ideas generales, d e estos prototipos
d e l ó r d e n moral del m u n d o .
La j u s t i c i a consiste, e n c u a n t o al h o m b r e privado, e n q u e
todas l a s f a c u l t a d e s y todas l a s virtudes s e hallen en él en
— b á -
tales relaciones, q u e c a d a u n a e n c u e n t r e s u propia satisfac-
ción sin c o n t r a r i a r las d e m á s , y q u e todas p u e d a n , b a j o la
dirección de la razón, realizar su bien s u p r e m o ; de s u e r t e ,
q u e cada u n a haga por su parte lo q u e debe c o n d u c i r á u n
bien s u p r e m o c o m ú n á todas, la s e m e j a n z a con la Divinidad.
Por lo que toca á la vida social, la justicia consiste, e n q u e
todos los c i u d a d a n o s y todas las r a m a s d e la autoridad e s -
tén U n bien c o o r d i n a d a s , q u e p u e d a n realizar s o c i a l m e n t e
todo lo q u e es verdadero, b u e n o y bello, e n u n a p a l a b r a ,
todo l o q u e os divino. Platón, s i g u i e n d o el e j e m p l o de Pitá-
goras, ha colocado t a m b i é n la justicia e n la coordinacion
de todos los esfuerzos individuales y sociales, para o b t e n e r
y realizar el b i e n divino. L a justicia e s , s e g ú n él, el bien
a r m ó n i c o q u e enlaza y coordina todas las virtudes p a r t i c u -
lares, prescritas por la m o r a l .
Aristóteles, discípulo d e Platón, pero c u y o espíritu so
dirigía m é n o s liácia lo ideal q u e hácia la realidad, d i s t i n g u e
o p o r t u n a m e n t e la justicia n a t u r a l tuvuw de la j u s -
ticia positiva v ^ ; pero la justicia, ó el derecho
n a t u r a l n o e s , s e g ú n é l , el resultado de la naturaleza racional
del h o m b r e y de la naturaleza de las c o s a s ; llama s o l a m e n t e
con este n o m b r e el derecho q u e se refiere á toda la especie
h u m a n a , sin distinción de sexo y clase, c o n s i d e r a n d o n o
obstante a l h o m b r e tal cual se m a n i f e s t a b a e n t o n c e s e n la
sociedad, con las d i f e r e n c i a s y d e s i g u a l d a d e s q u e c o n s a -
graba. Así e s c o m o Aristóteles ha podido c o n s i d e r a r la escla-
vitud c o m o de derecho n a t u r a l . Hay, s e g ú n Aristóteles, u n a
tercera especio d e d e r e c h o el d e r e c h o ; de equidad quo se debo
aplicar c u a n d o e l d e r e c h o positivo n o e s t á c o n f o r m e con el
derecho n a t u r a l , e n t o n c e s la equidad sirve de t é r m i n o medio,
como j u s t o medio e n t r e el d e r e c h o y la ley.
Se ha c o n t i n u a d o d i g n a m e n t e el d e s e n v o l v i m i e n t o de las
ideas filosóficas a c e r c a del d e r e c h o por los Estoicos, c u y a s
o b r a s h a n ejerrido, por m e d i o de los a u t o r e s latinos, p r i n -
cipalmente do Cicerón, u n a influencia m u y notable e n el
desenvolvimiento de la j u r i s p r u d e n c i a y legislación r o m a
ñas. En tiempo de Augusto s e f o i m ó e n R o i n a e n t r e los j u r i s
c o n s u l t o s u n a escuela con u n a t e n d e n c i a filosófica m a r c a d a ,
q u e se adhirió principalmente á la d o c t r i n a estóica, c u y o s
principios i n t e n t a b a introducir e n la j u r i s p r u d e n c i a , e n con-
traposición á la escuela histórica que, rechazando los prin-
cipios filosóficos, queria a t e n e r s e al c o n o c i m i e n t o é i n t e r -
pretación del derecho positivo. Cicerón fué principalmente
q u i e n t u v o el mérito de p r o p a g a r con s u s n u m e r o s a s o b r a s
l a s ideas de Platón y de los Estóicos acerca de la justicia,
y apoyado en ellas apelar c o m o estos del d e r e c h o positivo
al derecho c o m ú n n a t u r a l , q u e deriva d e la n a t u r a l e z a
h u m a n a , cuyos principios están depositados en la c o n c i e n -
cia y razón de todos los h o m b r e s (17).
El desenvolvimiento de los principios filosóficos del Dere-
c h o no p a s a e n la a n t i g ü e d a d d e los Estóicos Romanos.
La filosofía escolástica de la edad media h a c o n t r i b u i d o
m u y poco á los progresos del derecho n a t u r a l , c u y o s p r i n -
cipios, en vez de desenvolverlos racionalmente, los subor-
d i n ó á d o g m a s religiosos vagos y m u c h a s veces c o n f u s o s .
La m á x i m a cristiana : no hagas á otro lo q u e n o quieras q u e
h a g a n c o n t i g o ; m á x i m a q u e m u c h a s veces se h a estable-
cido c o m o r e g l a d e conducta e n las relaciones del h o m b r e
c o n s u s s e m e j a n t e s , demasiado vaga para ser u n a regla
moral, e s todavía m e n o s propia para servir d e principio de
derecho y de legislación, p u e s t o que e n l u g a r de e n u n c i a r
u n a regla general y precisa, lo a b a n d o n a todo á la a p r e c i a -
ción y s e n t i m i e n t o personal de cada u n o .
Unicamente en los tiempos m o d e r n o s e s c u a n d o los
principios del derecho se h a n desenvuelto d e u n a m a n e r a
metódica en u n a ciencia especial.
Hugo Grotius (<583—4643) e s el r u n d a d o r del Derecho
Natural c o m o ciencia s i s t e m á t i c a . El principio de justicia
proviene, s e g ú n él, de la sociabilidad, y pretende que las
acciones son justas c u a n d o son c o n f o r m e s á la n a t u r a l e z a
social del h o m b r e . Este principio es el q u e aplica p a r t i c u -
l a r m e n t e al derecho de g e n t e s , d o m i n i o en el que la idea de
sociabilidad debia m a n i f e s t a r s e m u y f e c u n d a en resultados.
Pero este principio e s m u y vago y circunscrito á la vez p a r a
servir de principio al d e r e c h o , q u e n o s e refiere s o l a m e n t e
á la n a t u r a l e z a social del h o m b r e , s i n o t a m b i é n á todos los
fines de la vida racional, c u y a s c o n d i c i o n e s de desenvolvi-
m i e n t o debe s u m i n i s t r a r . A d e m a s , ' e l d e r e c h o no a t i e n d e
s o l a m e n t e á las acciones, s i n o t a m b i é n á las cosas, por
ejemplo, la propiedad e n c u a n t o las cosas pueden s e r con-
diciones d e vida y de desarrollo.
P u f f e n d o r f (4632—4694) n o ha h e c h o m a s q u e desenvol-
ver el principio d e Crotius d e u n a m a n e r a m a s s á b i a y m a s
rigurosa. La escuela q u e estos d o s h o m b r e s célebres h a n
f u n d a d o d e Derecho Natural, e s la escuela social, c u y o s p a r -
tidarios se h a n llamado socialistas.
Pero estos sistemas c o n f u n d i e r o n t a m b i é n los principios
de la moral y los del D e r e c h o .
C. T h o m a s i u s (1653—1728) f u é el p r i m e r o q u e i n t e n t ó
distinguir estas dos ciencias. Creia e n c o n t r a r el c a r á c t e r
distintivo e n t r e las obligaciones m o r a l e s y las del d e r e c h o
e n la n o c i o n d o la sujeción e x t e r i o r , aplicable al dominio del
Derecho y n o al d e la Moral. La Moral, dice, c o n t i e n e c o m o
el Derecho o b l i g a c i o n e s ; pero las d e la Moral s o n obligacio-
nes i n t e r i o r e s y libres, q u e n o 6e pueden forzar, y q u e a u n
c u a n d o se pudiese n o s e debia h a c e r , por e j e m p l o , el r e c o -
n o c i m i e n t o . El Derecho ( ; » ) , al c o n t r a r i o , encierra obliga-
c i o n e s e x t e r n a s , cuya ejecución d e b e s e r independiente d e
la b u e n a ó mala voluntad de los h o m b r e s , y por esto es n e -
cesario establecer u n a institución d e sujeción exterior, d e
suerte q u e el q u e no q u i e r a llenar sus o b l i g a c i o n e s j u r í d i -
c a s , sea obligado á ello por el t e m o r de u n castigo i n f a l i b l e .
T h o m a s i u s llama á las obligaciones j u r í d i c a s obligaciones
perfectas, p o r q u e pueden s e r f o r z a d a s : las de la Moral s o n
obligaciones imperfectas, porque si no se c u m p l e n v o l u n t a
r i a m e n t e , q u e d a n sin e j e c u t a r s e . Esta distinción de obliga-
c i o n e s introducida p o r T h o m a s i u s en el Derecho N a t u r a l ,
se h a sostenido por m u c h o tiempo, y a u n h a pasado é los
tratados d e j u r i s p r u d e n c i a positiva.
T h o m a s i u s h a tenido razón en distinguir las obligaciones
jurídicas d e las d e la moral, y en s o s t e n e r q u e las p r i m e r a s
BIBLIOTECA UN i.
 deben s e r i n d e p e n d i e n t e s d e la b u e n a ó m a l a voluntad de
los h o m b r e s ; p e r o ñ o l a h a t e n i d o e n n o indicar, q u e los
medios de fuerza q u e s e p u e d e n e m p l e a r , deben s e r j u s t i -
ficados por la razón y el dereoho, y q u e n o se p u e d e admi-
tir, q u e tolo medio de f u e r z a exterior, p o r el q u e se puede
obligar á u n h o m b r e á c u m p l i r s u s o b l i g a c i o n e s d e d e r e c h o
s e a j u s t o ; e s preciso q u e esta fuerza s e a lal, q u e esté de
a c u e r d o con la razón y la justicia. E s necesario p u e s d e t e r -
m i n a r p r i m e r a m e n t e en q u é consiste el d e r e c h o para sal>er
distinguir la f u e r z a j u s t a de la i n j u s t a . El c a r á c t e r principal
q u e d i s t i n g u e el d e r e c h o de la m o r a l , no p u e d e p u e s residir
e n la fuerza.
Despues d e T h o m a s i u s , WoJf e s q u i e n por medio d e su
g r a n d e obra titulada Jus naturaU, propagó y popularizó los
principios del Derecho Natural, q u e d e d u c i a , c o m o s u s pre-
decesores, d é l a n a t u r a l e z a social del h o m b r e , c o r r o b o r á n d o -
los sin e m b a r c o c o n principios m a s elevados de metafísica.
El Derecho N a t u r a l debe, s e g ú n él, i n d i c a r los medios nece-
sarios para l a conservación, la felicidad y la perfección d e la
vida d e l h o m b r e . Esto sistema, c o m b i n a d o por m u c h o lieinpo
con el de H u g o Grocio y Puflendorf, s e ha a d o p t o d o por un
gran n ú m e r o de j u r i s c o n s u l t o s y d e publicistas del último
siglo.
El s i s t e m a filosófico d e Kant (1724—1«04) hizo u n a gran
r e f o r m a en el Derecho N a t u r a l . K a n t , d e s e c h a n d o por un
lado l a hipótesis inútil d e u n estado de naturaleza, y por
o t r o l a d o la a n t i g u a doctrina d e Grolius, q u e hace derivar
el derecho del instinto d e sociabilidad, sin precisar m a s los
principios, ha sido el primero q u e h a f u n d a d o el Derecho
Natural sobre principios racionales, q u e r e s u l t a n del e s t u -
dio de l a naturaleza y de la sociedad h u m a n a .
K a n t hizo notar p r i m e r a m e n t e q u e las acciones d e los
h o m b r e s son de d o s clases c l a s u n a s i n t e r n a s q u e p e r t e n e -
c e n al dominio do la c o n c i e n c i a ; las o t r a s e x t e r n a s , que
c o n c i e r n e n á las r e l a c i o n e s e x t e r i o r e s de los h o m b r e s e n t r e
si. Las primeras s o n regidas por leyes morales, q u e s o n las
d e la c o n c i e n c i a ; las o l í a s por leyes exteriores, las leyes
positivas de la sociedad. Pero, dice K m i , c o m o los h o m b r e s
d e b e n vivir e n c o m ú n e n la sociedad, e s necesario e n c o n -
t r a r u n a ley general por la q u e la libertad do acción de
c a d a u n o pueda coexistir con la libertad de todos. De este
m o d o la libertad d e cada u n o e n c o n t r a r á s u s j u s t o s limites
e n la libertad de todos los otros. E n s u consecuencia, Kant
deline el derecho : el conjunto de condiciones bajo las cuales
¡a libertad exterior de cada uno puede coexistir con la libertad
de todos; y llama j u s t a toda acción q u e , h e c h a por todos,
n o pone i m p e d i m e n t o á la libertad d e n a d i e .
Esta definición encierra u n a g r a n verdad. Se la puede m i r a r
c o m o la verdadera f ó r m u l a científica del liberalismo político
m o d e r n o , q u e quiere f u n d a r u n s i s t e m a político, e n q u e la
libertad de c a d a u n o sea afianzada y conciliada c o n la liber-
tad de todos. V por este principio, liberal e n el v e r d a d e r o
sentido de la palabra, e s por lo q u e el sistema de K a n t ha
ejercido u n a g r a n d e y feliz i n f l u e n c i a eu todas l a s r a m a s
del Derecho privado y público.
Sin e m b a r g o , esle principio es d e m a s i a d o estricto. El Dere-
c h o n o p u e d e reducirse á la libertad e x t e r i o r ; n o se refiere
s o l a m e n t e á la libertad, q u e n o e s m a s q u e u n a facultad
h u m a n a , sino á todos los fines racionales q u e e l h o m b r e
puede y debo llenar por medio de la libertad interior y ex-
terior. El Derecho n o c o n s i s t e s o l a m e n t e en las condiciones
de coexistencia de la libertad de lodos, encierra también
las condiciones p a r a q u e la libertad p u e d a nacer, y estable-
cerse d o n d e u o existe todavía, y desenvolverte d o n d e ya
existo. P o r q u e hay u n a e d u c a c i ó n progresiva para todas las
f a c u l t a d e s h u m a n a s ; p i r a establecerla n o basta decretarla.
El Derecho d e b e indicar los medios q u e p u e d e n c o n d u c i r á
los pueblos á hacer buen u s o d e ella.
Ademas, la definición d e K a n t es negativa y limitativa.
La faltan, pues, las cualidades d e u n a b u e n a deliuicion, q u e
debe s e r afirmativa y e n c e r r a r u n c o n t e n i d o positivo. S e g ú n
e s t a nocion q u e exige q u e los h o m b r e s , viviendo en sociedad,
limiten recíprocamente s u libertad exterior para la coexis-
tencia d e la libertad de todos, el d e r e c h o se e n c u e n t r a redu-
 — r>8 — — bit —
cido á u n a f o r m a de limitación de la libertad, y se reviste
asi de u n carácter negativo. Pero la limitación d e la libertad
no puede h a c e r s e , sino c u a n d o se conoce ya la latitud, el
contenido positivo q u e debe dejarse á la libertad d e cada
u n o . Por o t r a p a r t e , la limitación de la libertad n o puede
s e r m a s q u e u n acto s e c u n d a r i o , el derecho debe s u m i n i s -
trar ante todo las condiciones generales para el desenvolvi-
m i e n t o de la libertad, y de todas las facultades h u m a n a s .
E n fin, el principio de Derecho establecido por Kant e s
todavía d e f e c t u o s o , porque considera la libertad de u n a m a -
n e r a m u y a b s o l u t a , y p o r q u e n o indica el fin individual y
social q u e t r a t a de realizar la libertad. P u e s es evidente
que todas las acciones producidas por la libertad deben t e n e r
u n fin r a c i o n a l ; y es m u y i m p o r t a n t e q u e este fin sea e n u n -
ciado en la nocion del Derecho. Este defecto del principio
de Kant e s i g u a l m e n t e u n defecto del s i s t e m a liberal
q u e , en s u s j u s t a s reclamaciones d e libertad p a r a todos y e n
todo, olvida indicar el u s o que se debe h a c e r , y deja d e
d e t e r m i n a r los fines racionales q u e el h o m b r e y la sociedad
d e b e n p r o s e g u i r y realizar por el libre d e s e n v o l v i m i e n t o d e
s u s facultades. Estos fines, e s verdad, no deben s e r i m p u e s t o s ;
su elección d e b e ser libre; s i n e m b a r g o , es i m p o r t a n t e hacer
c o m p r e n d e r q u e la libertad n o es el fin e n si, que n o es m a s
q u e el medio por el que el h o m b r e d e b e r e a l i z a r l o s fines
q u e le s o n a s i g n a d o s por s u naturaleza racional.
La doctrina de K a n t sobre el d e r e c h o ha sido m a s d e s e n -
vuelta por Fichte(l762—1814) c u y o sistema do Derecho Natu-
ral se d i s t i n g u e sobre todo por la gran precisión en los prin-
cipios, y por el e n c a d e n a m i e n t o q u e existe entre todas las
partes.
La doctrina de K a n t e n c o n t r ó g r a n n ú m e r o de partidarios
a s í e n t r e los filósofos c o m o e n t r e los j u r i s c o n s u l t o s m a s
distinguidos, y provocó u n a multitud d e o b r a s de teoría y
práctica, en l a s c u a l e s f u e r o n m e j o r aplicados y precisados
á todas las partes del derecho los principios que ella había
establecido.
Muchos, s i n e m b a r g o , poco satisfechos d e la deducción
q u e K a n t había dado del d e r e c h o , h a n propuesto otros
principios, sobre u n a base m a s ó m e n o s d i f e r e n t e , haciendo
e n t r a r no obstante la nocion del d e r e c h o d e K a n t , e n todo
ó en parte, e n el n u e v o principio q u e h a n establecido.
Los adversarios de la doctrina d e Kant se dividen e n dos
clases.
La primera clase c o m p r e n d e los filósofos y j u r i s c o n s u l t o s
q u e , n o admitiendo la distinción rigurosa establecida por
Kant, entre el Derecho y la Moral, refieren m a s ó n . e n o s el
Derecho á la Moral y retroceden así e n este p u n t o hasta
Grotius y Puflendorf.
El filósofo m a s d i s t i n g u i d o de esta clase e s fíouterovecl
(1829). En su t r a t a d o de Derecho Natural (1813) define el
d e r e c h o : el conjunto de las condiciones exteriores para la
vida moral del hombre. F o r m u l a d o asi el c a r á c t e r esencial del
Derecho q u e consisto e n la condicionalidad, n o c o n f u n d e
e n t e r a m e n t e el Derecho con la Moral, pero ha hecho mal e n
referir el Derecho á l a Moral como á su fin, haciéndole con-
sistir en las condiciones e x t e r i o r e s del d e s e n v o l v i m i e n t o
moral, siendo así q u e se refiere á t o d o s los fines racionales
f u n d a d o s e n la naturaleza del h o m b r e , á los fines morales,
religiosos, científicos, artéticos, industriales. Algunos otros
filósofos h a n a d o p t a d o este modu do c o n s i d e r a r el Derecho;
pero h a n e n c o n t r a d o poco acceso e n los j u r i s c o n s u l t o s q u e ,
p u d i e n d o apreciar m e j o r por el c o n o c i m i e n t o del d e r e c h o
positivo la diferencia q u e existe e n t r e el Derecho y la Moral,
h a n q u e d a d o fieles al principio d e Kant.
La segunda clase s e c o m p o n e d e los q u e a d m i t e n l a distin-
ción e n t r e la Moral y el Derecho, pero m i r a n c o m o dema-
siado limitado el principio q u e c o n s a g r a el sistema d e Kant,
y b u s c a n por c o n s i g u i e n t e u n a n o c i o n d e Derecho m a s c o m -
pleta. La reconvención g e n e r a l q u e esta clase d i r i g e a l s i s t e m a
de Kant, e s el n o establecer m a s q u e u n principio p u r a m e n -
te formal, d e t e r m i n a n d o s o l a m e n t e la f o r m a ó m a n e r a s e g ú n
la cual la libertad de cada u n o p u e d e coexistir con la liber-
tad de todos.
Abicht notó el primero e n su Derecho Natural (t792), q u e
 — 70 —
el Derecho no puede reducirse á )a f o r m a d e la coexistencia
do la libertad de lodos, s i n o q u e debe referirse á los fines
g e n e r a l e s de la naturaleza h u m a n a , y de c o n s i g u i e n t e defi-
ne el Derecho Natural, c o m o « la ciencia d e los derechos
e n c u a n t o se d e d u c e n de la naturaleza del h o m b r e , c o n f o r m e
á la n a t u r a l e z a de todas las cosas de q u e el h o m b r e necesita
c o m o medios y condiciones para llenar los fines p r e s c r i t o s
por la razón. » Abichl, d e d u c i e n d o asi el d e r e c h o d e la n a -
turaleza del h o m b r e , y r e f i r i e n d o á 61 todas las cosas q u e
s o n necesarias c o m o m e d i o s y condiciones del fin racional
d e la vida h u m a n a , n o i n c u r r e e n el defecto de la nocion
d e Kant, que n o precisa el fin p a r a q u e existe el Derecho.
Sin e m b a r g o , e n e s t a nocion d a d a por Abicbt, c o m o limita
el carácter del Derecho á las condiciones necesarias p a r a
a l c a n z a r el fin racional del h o m b r e , n o e s t á c l a r a m e n t e e x -
presado, y por consiguiente no s e e n c u e n t r a bastante distin-
g u i d o d e la moral.
Urause (1781—1832) e s q u i e n principalmente ha adqui-
rido g r a n m ó r i t o p o r e l d e s e n v o l v i m i e n t o y la rigurosa deter-
m i n a c i ó n del principio del D e r e c h o . En su r e s ú m e n de
Derecho Natural (1802/ habia y a definido el d e r e c h o , t el
c o n j u n t o dn las condiciones e x t e r i o r e s de que d e p e n d e el
destino racional del h o m b r e y d e la h u m a n i d a d , » y de este
m o d o fué el p r i m e r o q u e e x p r e s ó el carácter particular del
Derecho, q u e consiste e n la condicionalidad. Esle principio
h a sido puesto i n m e d i a t a m e n t e en relación con los princi-
pios g e n e r a l e s de la filosolla, y d e s e n v u e l t o rigurosameriie
e n todas s u s p a r t e s en s u obra posterior sobre la Filosofía
del Derecho (1828) e n la q u e s e define el derecho, el conjunto
de las condiciones externas e internas dependientes de la liber-
tad, y necesarias al desenvolvimiento y cumplimiento del des-
tino racional, individual y social del hombre y de la huma-
nidad.
Esta definición del principio del Derecho e s la m a s com-
pleta y la m a s satisfactoria d e todas las q u e se han dado.
Abraza lodo lo que las o t r a s e n c i e r r a n de verdadero, sin
participar d e s u s defectos. Se refiere a la sociabilidad c o m o
— 71 —
la d«; l i r o i i u s ; pero prescribe a d e m a s las condiciones del
desenvolvimiento de la vida social. Separa el Derecho de la
láoial, c o m o la d o c t r i n a d e Thomasius, n o por el carácter
s e c u n d a r i o de la fuerza, s i n o d i s t i n g u i e n d o la Moral y el
Derecho c o m o fin y medio. Garantiza la coexistencia d e la li-
bertad d e todos, c o m o la definición d e K a n l , p o r q u e la li-
bertad e s la facultad h u m a n a , por c u y o medio d e b e n c u m -
plirse los fiues r a c i o n a l e s ; pero n o se umita á la facultad
de libertad, s e refiere á lodas las facultades y á lodos los
fines del h o m b r e . Esta definición satisface e n fin las exigen-
cies d e la lógica, porque e s posiUva y g e n e r a l , y n o h a y c a s o
a l g u n o d e Derecho q u e n o eslé c o m p r e n d i d o e n ella (18).
CAPITULO III.
DESENVOLVIMIENTO DEL PRINCIPIO DEL DERECHO EN SUS
ELEMENTOS PRINCIPALES.
§1-
El Urreeho considerado cvn relación á I JS ¡personas y á las
cosas, ó drl snyeto y del objeto del derecho.
Como el Derecho tiene s u razón en la necesidad del desar-
rollo del h o m b i e , considerado c o m o s e r moral y racional,
el ú n i c o suyrto del Derecho es el h o m b r e , y el ú n i c o
fin á q u e se refiere el Derecho, es al c u m p l i m i e n t o del fin
racional del h o m b i e y d e la sociedad h u m a n a . Un ser q u e
ü e u e la conciencia de si m i s m o , y q u e está dolado de razón
y d e l i b e r t a d , se llama u u a p e r s o n a ; e s u n a p e r s o u a -
Iklad(IV).
El Derecho se refiere p u e s eu s u f u n d a m e n t o y e n s u fin
á las p e r s o n a s , e s decir, el Derecho tiene u n c a r á c t e r e s e n -
c i a l m e n t e p e r s o n a l ; y por esta razón n o e s j u s t a la división
q u e o r d i n a r i a m e n t e se hafle en¡¡ierecho personal y e u Derecho
real, c o m o d o s p a r t e s c o o r d i n a d a s . Todo Derecho e s primero
y a n t e todo personal.
 El Derecho puede r e f e r i r s e á las cosas e n c u a n t o estas
cosas son condiciones físicas para el desarrollo del h o m b r e ;
pero este Derecho relativoá l a s cosas n o forma s i n o u n a parte
s u b o r d i n a d a del Derecho p e r s o n a l .
El sugeto, es decir, el s e r poseedor del Derecho es el h o m -
bre, q u e p o r esta cualidad se llama persona jurídica.
El objeto ó el c o n t e n i d o del Derecho es todo lo q u e es u n a
condicion d e p e n d i e n t e de la v o l u n t a d , p a r a que el h o m b r e
pueda desenvolverse y c u m p l i r s u s fines racionales.
Estas condiciones s o n por u n a p a r l e las cosas del m u n d o
exterior, l a s c u a l e s sin e m b a r g o tienen q u e s e r t r a n s f o r m a -
das por la actividad del h o m b r e p a r a q u e p u e d a servirse
de ellas.
Por otra, las condiciones del e s p í r i t u , por e j e m p l o las
acc«o»»fs intelectuales, la i n s t r u c c i ó n , la e d u c a c i ó n , e t c . T o -
das estas condiciones, ya físicas, y a intelectuales, f o r m a n el
objeto ó el contenido del Derecho. Asi el Derecho real
q u e abraza las cosas exteriores, n o f o r m a mas q u e u n a parte
del objeto del D e r e c h o ; la o t r a parte está formada por las
acciones m a s ó m e n o s intelectuales.
E n el fondo todo d e r e c h o está f u n d a d o en las acciones,
porque todas las condiciones que son s u contenido, y a u n
las m i s m a s q u e se refieren á las cosas exteriores, deben lle-
n a r s e por una actividad cualquiora del h o m b r e , sea e x t e r i o r
6 interior.
E n c u a n t o á las r e l a c i o n e s e n t r e el sugeto y el objeto del
Derecho, el u n o , el p r i m e r o , es y debe s e r siempre conside-
r a d o c o m o el fin, y el otro c o m o el medio. V seria t r a s t o r n a r
e n t e r a m e n t e el órden en los principios del Derecho, envi-
lecer la personalidad h u m a n a hasta el p u n t o de h a c e r d e
ella solamente u n objeto d e Derecho, e s decir, el considerar
al h o m b r e ú n i c a m e n t e c o m o medio, c o m o cosa útil á los
otros h o m b r e s ; ó el colocar el objeto sobre el sugeto, po-
n i e n d o l a s p e r s o n a s al servicio de las cosas, en vez de h a c e r
servir l a s cosas e n provecho de las p e r s o n a s . Esta violacion
de la personalidad h u m a n a s e la ve a u n sostenida p o r algu-
n a s legislaciones f o c o a d e l a n t a d a s . P e r o el progreso de la
inteligencia del Derecho Natural la h a r á d e s a p a r e c e r suce-
s i v a m e n t e . Cada h o m b r e tiene u n fin p r o p i o ; por e s t o tiene
también u n valor a b s o l u t o en el q u e se f u n d a t a m b i é n
la dignidad h u m a n a , q u e exige q u e el h o m b r e , a t e n d i d o e s t e
carácter, s e a respetado de sus s e m e j a n t e s . Cada u n o e s
d u e ñ o de s u persona, y nadie tiene derecho sobre la perso-
na d e sus s e m e j a n t e s . El h o m b r e n o d e b e j a m á s ser t r a t a d o
c o m o c o s a ó c o m o u n p u r o m e d i o , y p o r e s t a razón
el s i s t e m a penal q u e aplica á un h o m b r e la p e n a d e
m u e r t e , á fin de i n s p i r a r á los o t r o s el terror, descansa e n
u n a violacion del principio f u n d a m e n t a l del Derecho N a -
tural, porque h a c e de la persona un m e d i o d e t e r r o r para
las o t r a s .
Los h o m b r e s p u e d e n servirse v o l u n t a r i a m e n t e e n t r e sí
c o m o medios, n o obligando s u s p e r s o n a s , sino s u s a c c i o n e s ,
sus prestaciones r e c i p r o c a s ; n u n c a su p e r s o n a e n t e r a , c u y a
dignidad d e b e s e r respetada y q u e d a r inviolable.
§ U-
Déla razón ó del titulo del Derecho.
No p u e d e haber Derecho sin u n a razón, sin u n título e n
que se f u n d e . Esta razón de Derecho ó Ululo, ratio juris, f¿-
tulus, es d o b l e ; e s general ó especial.
La razón general del Derecho e s t á respecto al h o m b r e e n
su n a t u r a l e z a h u m a n a , para cuyo d e s e n v o l v i m i e n t o puede
a s p i r a r á las condiciones e s e n c i a l e s que le s o n n e c e s a r i a s ;
este titulo g e n e r a l del D e r e c h o exige que el h o m b r e e n c u e n -
tre, e n medio de la sociedad en q u e vive, las c o n d i c i o n e s
p r i m e r a s y esenciales d e existencia y d e d e s a r r o l l o físico é
intelectual. El título general del Derecho se refiere así á los
derechos g e n e r a l e s primitivos que r e s u l t a n i n m e d i a t a m e n t e
de la n a t u r a l e z a h u m a n a , y q u e p o r esta razón h a n sido lla-
m a d o s derechos n a t u r a l e s por excelencia (40). Estos dere-
chos, el h o m b r e los posee respecto á todos, e s decir, r e s -
5
pecio á la sociedad c o m o tal, q u e debe reconocerlos y ga-
rantirle«.
Pero a d e m a s de e s i e titulo y d e estos d e r e c h o s g e n e r a l e s ,
h a y litulos e s p e c i a l e s q u e se refieren á d e r e c h o s particulares
q u e el h o m b r e a d q u i e r e y p o s e e , n o respecto á la sociedad
e n g e n e r a l , s i n o á las p e r s o n a s particulares. Este lítulo y
estos d e r e c h o s po s e a d q u i e r e n e n general, s i n o por contra-
to ó c o n v e n c i ó n . E s cierto t a m b i é n q u e se refieren siempre
m a s ó m e n o s á u n d e r e c h o g e n e r a l , primitivo ó n a t u r a l , el
c u a l q u e d a d e t e r m i n a d o y precisado por la c o n v e n c i ó n , )
llega á ser la base de la relación j u r í d i c a , individual. Asi
q u e los derechos g e n e r a l e s y primitivos del h o m b r e c u a n d o
constituyen d e p a r t e de los d e m á s , n o o m i s i o n e s , sino ac-
c i o n e s p o s i t i v a s , n o p u e d e n e n g e n e r a l llegar á realizarse
Sino por medio de la c o n v e n c i ó n , ú n i c a f o r m a q u e sirve á
loa seres libres y r a z o n a b l e s p a r a e n t r a r e n u n a relación ju-
rídica p e r s o n a l . No o b s t a n t e , hay a l g u n a s acciones q u e , par-
tiendo e n t e r a m e n t e de u n a p e r s o n a , p u e d e n considerarse
c o m o acciones sociales, p o r q u e la sociedad como tal e s la
q u e las hace c u m p l i r por a l g u n o s de sus m i e m b r o s . Asi es
c o m o el h o m b r e t i e n e u n derecho primitivo g e n e r a l á e n -
c o n t r a r en la sociedad los m e d i o s de i n s t r u i r s e , y la socie-
dad á q u e se c u m p l a esta obligación para c o n 61 por medio
de u n a instrucción, á c u y a existencia provee. Pero c u a n d o
u n h o m b r e q u i e r e q u e tal ó tal p e r s o n a de su elección le
i n s t r u y a , n o p u e d e exigirlo s i n o a d q u i r i é n d o s e u n titulo
qspecial por u n a c o n v e n c i ó n .
El titulo especial se f u n d a s i e m p r e e n el titulo general del
Derecho que le e s s u p e r i o r y a n t e r i o r , y q u e el h o m b r e no
p u e d e perder p o r n i n g u u h e c h o , por n i n g u n a acción, p u e s
le es i n h e r e n t e á c a u s a de s u n a t u r a l e z a h u m a n a . S e r á n
n u l a s por derecho las c o n v e n c i o n e s q u e t i e n d a n á destruir
este lítulo e n todo ó en parle.
§ IU.
El Derecho considerado como facultad ó capacidad de Derecho
que se divide en p r e t e n s i o n e s y obligaciones.
La facultad ó la capacidad de Derecho es el p o d e r de po-
s e e r derechos ó de e n t r a r en u n a relación jurídica. Esta facul-
tad se f u n d a c o m o el titulo del Derecho e n la cualidad de
h o m b r e , considerado c o m o ser razonable, y c o m o esta c u a -
lidad es innata al h o m b r e , y no puede j a m á s p e r d e r s e , el
h o m b r e e n n i n g u n a c i r c u n s t a n c i a y por n i n g ú n h e c h o pier-
de la facultad de Derecho. El hombre e s siempre u n ser sus-
ceptible de desenvolverse y perfeccionarse, y el d e r e c h o
existe para s u m i n i s t r a r l e las c o n d i c i o n e s . Hay h o m b r e s á
q u i e n e s les falla la razón propiamente dicha, como los ni-
ños, los l o c o s ; pero tienen y c o n s e r v a n la naturaleza h u -
m a n a ; la razón puede nacer ó r e n a c e r , y el Derecho exige
q u e la sociedad c u m p l a , respecto á eslos s e r e s h u m a n o s ,
las condiciones necesarias para q u e se desarrollen ó vuel-
van á s u razón. La facultad de Derecho, lo m i s m o que la
n a t u r a l e z a h u m a n a del individuo, n o puede perecer.
Aquellos filósofos y j u r i s c o n s u l t o s q u e deducen el Dere-
cho, 110 i n m e d i a t a m e n t e d e la naturaleza del h o m b r e , s i n o
del consentimiento de la voluntad general ó de u n c o n t r a t o ,
niegan la facultad de Derecho á los h o m b r e s q u e lian falla-
d o á s u s obligaciones ó q u e no p u e d e n c u m p l i r l a s . Mas el
Derecho n o es u n a creación de la v o l u n t a d de los h o m b r e s ,
y n o se f u n d a t a m p o c o en la reciprocidad de las obligacio-
nes. Hay u n a justicia q u e debe ejercerse respecto á todos
los s e r e s h u m a n o s e n cualquier estado que se e n c u e n t r e n ,
y a sea de debilidad, y a de d e p r a v a c i ó n . Y estos derechos
los reconoce toda conciencia un poco e l e v a d a .
La facultad general de Derecho se divide, s e g ú n q u e u n a
persona b a de recibir ó cumplir las obligaciones j u r í d i c a s ,
e n pretensiones y obligaciones.
El Derecho p r e s e n t a así un doble aspecto. Contiene por

u n a parte la pretensión ó facultad de solicitar que u n a per-
sona le procure la condicion necesaria para el desenvolvi-
miento de su vida, y por otra l a obligación de la persona
capaz q u e tiene facultad para s u m i n i s t r a r l a , y que, respecto
á o t r a p e r s o n a , se e n c u e n t r a p a r t i c u l a r m e n t e e m p e ñ a d a á
cumplirla.
Esta relación jurídica e n t r e d o s p e r s o n a s puede ser hija
de la naturaleza; por e j e m p l o , la relación de Derecho e n t r e
padres é h i j o s ; ó ser resultado de un empeño voluntario. El
Derecho se p r e s e n t a siempre b a j o estos dos aspectos, com-
p r e n d i é n d o l o s j u n t a m e n t e . Es verdad que en el l e n g u a j e
o r d i n a r i o se e n t i e n d e s o l a m e n t e por Derecho la pretensión,
y se o p o n e el Derecho á la obligación. Pero e s t a falta se c o
mete á c o n s e c u e n c i a de u n a n á l i s i s i n c o m p l e t o de la nocion
del D e r e c h o ; el Derecho e s el principio general objetivo q u e
se divide en p r e t e n s i ó n subjetiva por u n lado, y obligación
subjetiva por otro. Es m u y i m p o r t a n t e no desconocer esta
verdad, porque el q u e tiene que c u m p l i r una obligación puede
por su parte exigir q u e otro acepte esta obligación; y c o m o
la pretensión y la obligación se c o r r e s p o n d e n y e n c a d e n a n ,
puede s e r p e r j u d i c a d o en s u s d e r e c h o s por la no a c e p t a c i ó n .
Por ejemplo, el individuo p u e d e exigir q u e la sociedad le
proporcione l a s condiciones p a r a su d e s e n v o l v i m i e n t o inte-
l e c t u a l ; p u e d e p r e t e n d e r u n a i n s t r u c c i ó n . Mas por su parte
la sociedad puede exigir q u e acepte u n a instrucción cual-
q u i e r a ; p o r q u e el h o m b r e sin instrucción pone e n peligro
la sociedad b a j o u n o ú otro a s p e c t o ; es incapaz de c u m p l i r
con su obligación para c o n s u s c o n c i u d a d a n o s y la socie-
dad e n g e n e r a l . Lo m i s m o sucede con todas las obligaciones.
En el Derecho, c o m o e n la vida social, todas las partes
están í n t i m a m e n t e ligadas e n t r e s i ; cada parte, para f u n -
cionar bien, exige q u e todas las otras reciban lo q u e les es
debido. Así e s como en la sociedad todos los m i e m b r o s e s t á n
interesados e n que cada u n o s e sirva de lo que puede pre-
tender, que h a g a u s o de s u s d e r e c h o s ; porque la n o acepta-
ción ó el n o uso ocasiona siempre por s u s c o n s e c u e n c i a s
a l g ú n d e t r i m e n t o á las p r e t e n s i o n e s legítimas de los o t r o s .
Un elector, por ejemplo, q u e n o c o n c u r r e á i a elección o u e
es para él un derecho, se s u s t r a e á u n a obligación y torte
m a s ó m e n o s las relaciones sociales. El Derecho ¿ s i u ^
cas. e n t e r a m e n t e descuida m i r a r bajo este a s p e c t o i W p r e -
tonsiones jurídicas, pero de este m o d o se desconoce u n o
de los m a s i m p o r t a n t e s del Derecho, la reciprocidad de la
obligación y de la p r e t e n s i ó n , menosprecio q u e puede oca-
s i o n a r f u n e s t o s resultados en la vida social.
§ IV.
De la tnalienabilidad é imprescriptibilidad de los derechos.
Como el Derecho e x p r e s a u n a relación condicional e n t r e
d o s individuos, de los cuales u n o debe s u m i n i s t r a r las con-
diciones necesarias para el desenvolvimiento del o t r o , c o n -
diciones q u e pueden consistir e n cosas m a t e r i a l e s ó en a c -
ciones intelectuales; y c o m o este d e s e n v o l v i m i e n t o es u n a
necesidad de todo h o m b r e en c u a n t o s e r racional y moral,
nadie puede abdicar este derecho que constituye s u s pre^
tensiones y obligaciones; p o r q u e s e g ú n lo q u e se ha demos-
rado el no ejercicio, y con m a y o r razón, la abdicación e n -
lera de u n derecho, s u p o n d r í a lesión, no solo de parte d e
aquel q u e pod.a hacerle valer, sino t a m b i é n de todos los
otros m i e m b r o s de la sociedad. El e j e r c i d o d e los d e r e c h o s
es necesario tanto a l a sociedad c o m o al individuo q u e inme-
d i a t a m e n t e está revestido de ellos. Ademas, c o m o todos los
d e r e c h o s se refieren s.empre a un fin racional d e la vida
que debe c u m p l i r el h o m b r e , n o puede haber derechos su-
pé.fluos ó m u t i l e s ; los d e r e c h o s no son c o m o las cosas
que se pueden t e n e r de mas, y por c o n s i g u i e n t e enagenarse!-
los Derechos e s t á n f u n d a d o s en verdaderas necesidades del
h o m b r e e n c o n d i c o n e s n e c e s a r i a s para la conservación y
r L t n e n l 0 d e S V ' d a - E' Natural s e m o d i f i c l
pues, cambia y se pierde c o n las necesidades para c u y a s a -
tisfacción existe. Es verdad que el Derecho positivo, q u e
aun n o e s c o n f o r m e a l Derecho Natural, reconoce n o solo
 — 79 —

§ V.

IV/ rancurso ile Ion Derecho*.

3 ¡ S E S = « s s S No puede concebirse e n Derecho Natural una rofístdft

e n t r e los derechos, «le tal m o d o q u e el u n o contradiga y
d e s t r u y a e n t e r a m e n t e el otro, porque siendo u n a m i s m a la
B0
a r
, , Mas e s *
s r « ^ s» ™ S¿ u n
Sd a r
S
i 0 ó
n a t u r a l e z a de los h o m b r e s e n la cual s e f u n d a el Derecho,
todos las necesidades y todos los derechos h a n de concillarse
e n t r e si. Verdad es q u e , atendida la copiosa variedad de
necesidades, y el g r a n n ú m e r o de individuos q u e tienen
necesidades s e m e j a n t e s , d e b e n n e c e s a r i a m e n t e estar limita-
dos el u n o por el otro para que todas s e a n i g u a l m e n t e sa-
tisfechas; pero el u n o n u n c a puede d e s t r u i r al o t r o ; n i n -
g u n a necesidad de n i n g ú n individuo d e b e sacrificarse á las
necesidades de otro. Es preciso pues que r e c i p r o c a m e n t e se
limiten, y en esto consiste el concurso de derechos quo existe
imP«-scnpUb,e, como te
d o n d e quiera q u e hay sociedad. Asi q u e , t o d o s los h o m b r e s
1
cesidades físicas, i n t e l e c t u a l e s ; , S o " ¿ J pueden p r e t e n d e r la c o n s e c u c i ó n de los medios m a t e r i a l e s
suceder , u e u n a v e c e r a necea, ad b q . - « para c o n s e r v a r su vida; p e r o estos medios d e b e n limitarse
á las necesidades de cada u n o , y e s t a r e n proporcion con lo
q u e exige la ley del c o n c u r s o . Y si n o so p u e d e n satisfacer
e n t e r a m e n t e las necesidades de cada u n o , |»or e j e m p l o , el
rPMd idcs f u n d a d a s en la naturaleza del h o m b r e . Pueoe su
hav falta de víveres, cada u n o debe s u f r i r reducciones p r o -
porcionadas. El concursa de derechos tiene pues l u g a r c u a n d o
^ r f f i t a K S S
¡22£ ,rrSa^Hodo e n e s « .gno-
m u c h o s individuos por necesidades a n á l o g a s pueden t e n e r
p r e t e n s i o n e s á la m i s m a cosa. E n t o n c e s esta6 p r e t e n s i o n e s
d e b e n limitarse la u n a por la otra, y esta limitación t i e n e
lugar e n lodos los d e r e c h o s sin excepción, a u n e n IOB dere-
c h o s llamados a b s o l u t o s ; puesto que siendo el h o m b r e u n
s e r finito y limitado, s u s d e r e c h o s son c o m o s u n a t u r a l e z a ,
i g u a l m e n t e l i m i t a d o s ; y c o m o lodos los h o m b r e s tienen á
S ! e n el estado social, la i n c e r t i d u m b r e del d e r e c h o .
c a u s a d e la Identidad de s u naturaleza los m i s m o s derechos
sociales, es necesario para que todos los ejerzan i g u a l m e n t e
q u e sean reciprocamente limitados.
Algunos a u t o r e s han pretendido q u e había en el concurso
 — 80
de d e r e c h o s , derechos de l o s c u a l e s el u n o e r a mas fuerte
y el otro m a s débil, y que el derecho m a s f u e r t e d e b i a do-
m i n a r á los demás. Pero las palabras fuerza y debilidad no
t i e n e n sentido e n el derecho : el Derecho es comparable á
la línea recta; n o hay gradación e n lo q u e es recto; todo lo
q u e se aparta de la línea recta n o e s recto.
I)e la distinción de los Derechos en Derechos primitivos y De-
rechos derivados.
La principal división establecida e n t r e los Derechos, e s
la q u e los divide en derechos primitivos, llamados t a m b i é n
derechos naturales, y e n derechos derivados Ó secundarios, lla-
m a d o s t a m b i é n condicionales ó hipotéticos.
La p r i m e r a clase c o m p r e n d e ios derechos que r e s u l t a n
i n m e d i a t a m e n t e de la n a t u r a l e z a del h o m b r e , y q u e so'i la
base y condicion para poder adquirir otros. Estos Derechos
primitivos n a c e n con el h o m b r e , y puede hacerlos valer e n
todas c i r c u n s t a n c i a s , a n t e quien sea. y sin necesidad, p a r a
hacerlos reconocer, d e u n acto de parte s u y a ó de parto de
los o t r o s . Son la condicion indispensable para que el h o m -
b r e p u e d a revelarse e n su carácter de persona j u r í d i c a . Se
llaman t a m b i é n estos derechos, derechos innatos y absolutos,
y se c u e n t a n e n t r e ellos, el derecho q u e cada u n o de los
h o m b r e s tiene, libertad, dignidad, h o n o r , etc.
Los d e r e c h o s derivados s o n los que n o resultan inmedia-
t a m e n t e de la Naturaleza del h o m b r e , sino q u e su a d q u i s i -
ción exige u n acto de su parle. La adquisición por s u activi-
d a d , y el acto que se los p r o c u r a lo hace el h o m b r e ó solo,
ó j u n t a m e n t e con otros h o m b r e s . Como estos derechos no
se adquieren s i n o e n ciertas c i r c u n s t a n c i a s , se les h a llama-
do t a m b i é n d e r e c h o s hipotéticos, contingentes ó eventuales.
R e g u l a r m e n t e se cita entre estos derechos el de propiedad,
c o m o r e s u l t a n d o de cierto acto, sea de la primera o c u p a c i o n .
sea del trabajo. Con mayor razón se pueden citar e n t r e estos
derechos todos los q u e se a d q u i e r e n por medio de los con-
tratos, porque el contrato s u p o n e de a n t e m a n o la acción y
libre disposición de m u c h o s individuos.
Esta clasificación e s verdadera e n parte, porque hay e n
efecto Derechos que r e s u l t a n i n m e d i a t a m e n t e de la n a t u r a -
leza de los h o m b r e s , c o m o por e j e m p l o , el derecho de dis-
poner de su actividad para los fines racionales de la vida,
el d e r e c h o á los medios físicos é intelectuales propios para
el desarrollo del h o m b r e : pero estos derechos, a u n q u e pri-
mitivos, n o son sin e m b a r g o a b s o l u t o s e n el verdadero sen-
tido d é l a p a l a b r a ; 110 se d e r i v a n , en verdad, de n i n g ú n
hecho, de n i n g u n a condicion anterior, pero no son ilimitados
ó a b s o l u t o s en su aplicación. ToJo derecho tiene límites, á
c a u s a del ejercicio de los d e r e c h o s análogos q u e c o r r e s p o n -
den á los otros : esto es lo q u e c o n s t i t u y e el c o n c u r s o de
derechos.
Aquellos derechos q u e se l l a m a n d e r i v a d o s ; por e j e m p l o ,
los q u e nacen de un c o n t r a t o , no s o n m a s q u e u n a aplicación
do los Derechos primitivos á c i r c u n s t a n c i a s ó casos particu-
lares. c o n v e n i d o s e n t r e m u c h o s i n d i v i d u o s ; pero las p r e -
t e n s i o n e s y obligaciones q u e n a c e n d e los coniratos s o n
j u s t a s s o l a m e n t e c u a n d o se c o n f o r m a n con los derechos
primitivos. Así, por e j e m p l o , los préstamos ó cesiones de
las c o s a s e s t i p u l a d a s e n u n c o n t r a t o n o son j u s t a s , sino en
c u a n t o tienen relación m a s ó m e n o s directa c o n un d e r e c h o
p r i m i t i v o ; y n u n c a e s dado á los c o n t r a t o s crear ó a n i q u i l a r
los Derechos primitivos; por e j e m p l o , u n individuo n o puede
obligarse por s u s c o n t r a t o s á hacerse esclavo, r e n u n c i a n d o
su libertad.
§ VII.
De la ley del Derecho, ó de la ley jurídica.
El Derecho n o se deriva de la ley. El Derecho es a n t e r i o r
á la ley, la cual no e s otra cosa q u e u n a e x p r e s i ó n mas ó
m e n a s general, mas ó m e n o s ju>la del Derecho.
 — 82 —
Las leyes s o n de d o s e s p e c i e s : unas e s t á n f u n d a d a s en la
m i s m a naturaleza de las cosas, bien en la naturaleza física,
bien en la n a t u r a l e z a del espíritu, c o m o por ejemplo, las
leyes físicas v las leyes lógicas, que se h a c e n obedecer i r -
resistiblemente. Y otras s o n producto de la razón y de la vo-
luntad de los h o m b r e s , cuya ejecución depende también de
la inteligencia v de la v o l u n t a d h u m a n a s . Tales son las leyes
de la Moral y del Derecho. Estas leyes, en verdad, e s t á n
f u n d a d a s e n la n a t u r a l e z a m i s m a del h o m b r e ; p e r o p a r a
q u e sean e j e c u t a d a s , es necesario que el h o m b r e adquiera
su conocimiento, y las obedezca v o l u n t a r i a m e n t e . Y c o m o
el c o n o c i m i e n t o de e s t a s leyes es f r e c u e n t e m e n t e incomple-
to y a l g u n a s veces e r r ó n e o , la declaración q u e de ellas se
hace en u n a sociedad, por u n o ó m u c h o s individuos reves-
tidos de esta f u n c i ó n , y l l a m a d o s por esto legisladores,
puede s e r t a m b i é n defectuosa y f a l s a .
Ademas, u n a ley s o l a m e n t e expresa la accton constante y
u n i f o r m e de u n principio e n u n a s&rie de h e c h o s q u e se ase-
m e j a n e n t r e sí. La ley es u n a regla g e n e r a l , c o n s t a n t e , q u e
d o m i n a u n ó r d e n de hechos y de f e n ó m e n o s , sea en el ó r -
d e n físico, s e a e n el órden m o r a l de l a s cosas. La ley p u e s
n o es otra c o s a q u e la e x p r e s i ó n de la constancia de ciertos
h e c h o s . Esta e s la razón porqué la f u e r z a de a t r a c c i ó n , o b r a n -
d o siempre del m i s m o m o d o , b a j o las m i s m a s c i r c u n s t a n -
c i a s se llama ley de atracción, y por esta razón el Derecho
c u a n d o se aplica á u n conjunto de relaciones socales análogas,
s e llama ley. . . .
La lev es p u e s el acto de p o n e r en acción el d e r e c h o «*» el
reconocimiento social, y la aplicación del d e r e c h o a u n con-
j u n t o de casos a n á l o g o s . Así la ley debe lomar su fuerza
del derecho, v no el derecho de la ley.
Los d e r e c h o s s o n primitivos; resultan i n m e d i a t a m e n t e
de la naturaleza h u m a n a . Las leyes s o n derivadas, y p u e d e n
s e r l a expresión m a s ó m e n o s completa, m a s ó m e n o s exacla
de los d e r e c h o s . . .
E x a m i n e m o s b r e v e m e n t e a l g u n a s oirás definiciones de la
palabra ley.
Montesquieu e n s u Espiritu de. las leyes, dice : « Las leyes
e n su m a s á m p l i a significación son las relaciones necesa-
rias q u e se derivan de la naturaleza d e las cosas. » Su co-
m e n t a d o r Destutt d e Tracy, dice : « E n t e n d e m o s por ley
u n a regla prescrita á n u e s t r a s acciones por u n a autoridad
á quien r e p u t a m o s con derecho de hacer esta ley. »
Esta ú l t i m a condicion es necesaria, p o r q u e c u a n d o falta
la regla prescrita n o es m a s q u e u n precepto a r b i t r a r i o , u n
aclo de violencia y o p r e s i o n .
Cárlos Comte e n su Tratado de Legislación d i c e : « C u a n d o
se habla de ley se indica solamente la relación q u e existe
entre d o s f é n o m e n o s , de los cuales el u n o es c o n s t a n t e m e n t e
producido por el otro. »
Esta definición es m u y i n c o m p l e t a .
Un a u t o r a n ó n i m o dice : « Considerada e n su principio,
la l e y e s la expresión de la fuerza social, ó m a s bien la
m i s m a fuerza social puesla e n acción, la cual se modifica
s e g ú n las necesidades de las g e n e r a c i o n e s que se s u c e d e n . »
Substituyendo en esui ú l t i m a definición á la palabra fuerza
el t é r m i n o tUrecho, la definición será verdadera.
§ VIII.
Del establecimiento social del Derecho 6 del Estado.
Como cada idea f u n d a m e n t a l que abraza u n c o n j u n t o de
hechos sociales exige u n a inslilucion social q u e prosiga su
aplicación y d e s e n v o l v i m i e n t o , es n a t u r a l q u e el Derecho,
q u e se refiere á las p r i m e r a s condiciones de la existencia,
haya e n c o n t r a d o bien p r o n t o - u n a a u t o r i d a d , y f o r m a s so-
ciales q u e h a y a n procurado su ejecución, s e g ú n el grado
d e civilización de cada época. En efecto, en todas partes
d o n d e los h o m b r e s h a n vivido r e u n i d o s , y h a n admitido
relaciones pacificas e n t r e si. h a n debido c o n v e n i r por u n a
parte e n las condiciones primeras de coexistencia, condi-
ciones q u e e n t r a n e n la noción del Derecho, y por o t r a re-
c o n o c e r u n a fuerza ó u n a autoridad cualquiera q u e velas«
 — 84 —
por s u m a n t e n i m i e n t o . P o r q u e los h o m b r e s , a u n viviendo
en el e s t a d o l l a m a d o s a l v a g e , r e c o n o c e n en s u s c i r c u i o s
limitados d e la vida c o m ú n e s t a s p r i m e r a s c o n d i c i o n e s d e
c o e x i s t e n c i a . El e s t a d o de d e r e c h o , por i m p e r f e c t o q u e sea,
es el p r i m e r e s t a d o n a t u r a l d e los h o m b r e s . A d e m a s , la n a -
turaleza m i s m a d e las c o s a s lleva á este e s t a d o . Los h o m b r e s ,
saliendo n e c e s a r i a m e n t e de u n a f a m i l i a , h a n debido recibir
en el s e n o de ella, ó d e p a r t e de u n o d e s u s m i e m b r o s , los
p r i m e r o s c u i d a d o s y l a s c o n d i c i o n e s i n d i s p e n s a b l e s a la vida
h u m a n a . Asi c o m o la familia e s el estado p r i m e r o y n a t u r a l
del g é n e r o h u m a n o , del m i s m o m o d o el d e r e c h o e j e r c i d o
por la familia, ó la j u s t i c i a f a m i l i a r f o r m a el p r i m e r g r a d o
del e s t a d o de Derecho e n t r e los h o m b r e s , ó d e l Estado p r o -
p i a m e n t e dicho. E s t a verdad la han d e s c o n o c i d o a q u e l l o s
q u e , haciendo d e p e n d e r el d e r e c h o d e la voluntad h a n c o -
locado el principio d e l e s t a d o d e Derecho e n la época e n
q u e los h o m b r e s , s a l i e n d o del e s t a d o l l a m a d o d e n a t u r a l e z a ,
h u b i e r a n establecido c i e r t a s c o n v e n c i o n e s , y estipulado c o n -
d i c i o n e s y o b l i g a c i o n e s r e c i p r o c a s para la vida c o m ú n . Pero
el d e r e c h o q u e c o n c i e r n e á las r e l a c i o n e s e s e n c i a l e s d e la
vida q u e la v o l u n t a d n o h a c r e a d o , e s s u p e r i o r y a n t e r i o r a
e s t a facultad é i n d e p e n d i e n t e d e e l l a , y el e s t a d o d e d e r e -
c h o por c o n s i g u i e n t e , h a e m p e z a d o e n t r e los h o m b r e s con
la existencia d e la f a m i l i a , la cual a b r a z a n d o toda la n a t u -
raleza h u m a n a , ha p r o c u r a d o t a m b i é n , c o m o p r i m e r a insti-
tución d e Derecho, l a s c o n d i c i o n e s de e x i s t e n c i a y d e d e s e n -
volvimiento.
Este p r i m e r e s t a d o de D e r e c h o , e n v e r d a d , lia sido m u y
i m p e r f e c t o . No se l l e n a b a n en él las c o n d i c i o n e s d e la vida
s i n o i n s t i n t i v a y p a r c i a l m e p t e . P e r o la n e c e s i d a d d e la
c o e x i s t e n c i a y del e n g r a n d e c i m i e n t o del c i r c u l o d e la vida
social, h a o b l i g a d o d e s p u é s á las f a m i l i a s á c o n s t i t u i r s e en
t r i b u s , r e c o n o c i e n d o u n a a u t o r i d a d c o m ú n q u e velase sobre
los i n t e r e s e s c o m u n e s , y decidiese como j u e z y á r b i t r o en
l o s c a s o s d e c o n t r o v e r s i a . Las p e q u e ñ a s p o b l a c i o n e s s e re-
u n i e r o n en s o c i e d a d e s m a y o r e s , l l a m a d a s c o m u n m e n t e Esta-
d o s c u a n d o s u vida f u é e s t a b l e , y fijada p e r m a n e n t e m e n t e
en un t e r r i t o r i o . Las r e u n i o n e s m a s g r a n d e s s e h a n ido f o r -
m a n d o s u c e s i v a m e n t e , y a por libre c o n v e n c i ó n , y a por el
p o d e r m a t e r i a l e j e r c i d o p o r un i n d i v i d u o , ó por u n a r a z a
m a s f u e r t e q u e las o t r a s . H i s t ó r i c a m e n t e (21) h a b l a n d o , la
f o r m a d e la c o n v e n c i ó n ha sido la m e n o s u s a d a .
Mas á p e s a r d e q u e los E s t a d o s e x i s t a n , y s e h a y a n desar-
rollado d u r a n t e m u c h o s siglos, a u n los m a s civilizados n o
h a n a d q u i r i d o t o d a v í a una i d e a c l a r a de su v e r d a d e r a m i s i ó n ,
de las v e r d a d e r a s n e c e s i d a d e s q u e d e b e n s a t i s f a c e r , d e la
esfera d e actividad q u e les e s propia, y de la j u s t a parte d e
influencia á que deben limitarse, cuando intervienen en
o t r o s n e g o c i o s h u m a n o s ; e n fin, todavía n o t i e n e n la c o n -
ciencia c l a r a del principio social q u e h a n d e r e p r e s e n t a r y
p o n e r en e j e c u c i ó n .
Este p r i n c i p i o e s el del Derecho y la j u s t i c i a . Los E s t a d o s
civilizados c o n v i e n e n en q u e este principio es su base d e
organización y el fin d e su actividad; pero p o r u n a parte l e
han c o m p r e n d i d o i m p e r f e c t a m e n t e en su c o n t e n i d o y e n
s u s c o n s e c u e n c i a s , y por o t r a n o le m a n t i e n e n i n t a c t o , ya
p o r q u e le s u b o r d i n a n á o t r o s fines, ya p o r q u e le m e z c l a n
c o n f u s a m e n t e con p r i n c i p i o s difeit-ntes d e los q u e f o r m a n
su n a t u r a l e z a , y q u e son r e p r e s e n t a d o s en la sociedad p o r
otras i n s t i t u c i o n e s . La i n s t i t u c i ó n civil y política l l a m a d a
E s t a d o , d e s p u e s de h a b e r s e e m a n c i p a d o de la i n s t i t u c i ó n
religiosa, d e la Iglesia, se h a a r r o g a d o y ha e j e r c i d o á su vez
u n a tutela sobre t o d o s los o t r o s negocios h u m a n o s . E s t a
t u t e l a h a podido ser l e g í t i m a lodo el l i e m p o q u e el d e s e n -
v o l v i m i e n t o d e l a s i n s t i t u c i o n e s m o r a l e s , científicas, c o m e r -
ciales, n o ha a d q u i r i d o la e n e r g í a n e c e s a r i a para p r o c u -
rársela p o r su propio motivo, y por l o s e s f u e r z o s libres y
r e u n i d o s d e los m i e m b r o s d e la s o c i e d a d ; p e r o h a c e m u c h o
t i e m p o q u e ha llegado á s e r , b a j o m u c h o s aspectos, o p r e s i v a ,
y h a d e t e n i d o el p r o g r e s o d e e s t o s b r a z o s de la actividad h u -
m a n a . Los Estados t i e n e n p u e s q u e p e n e t r a r s e a u n d e q u e el
principio del Derecho y de la j u s t i c i a e s su ú n i c o fin, y q u e
este principio e s b a s t a n t e vasto p a r a o c u p a r toda s u activi-
d a d . El D e r e c h o e s p o r otra parte u n a idea f u n d a m e n t a l q u e
 — Rfi
exige u n a institución social particular q u e pros.ga su a p h -
S n Al derecho público pertenece e x p o n e r la o r g a n i z a -
d o T y la a c c o n del Estado, b a s a d a sobre el p n n c p . o de lé
justicia.
IHvisionyclasifkaciongeneralesdel Derecho.
Las divisiones y clasificaciones del Derecho,
h a s t a el din. son m a s 0 menos d e f e c t u o s a s p o r q u e h a n « d o
h e c h a s sin consideración al fin del h o m b r e a que se refiere
e N ^ e r e c h o . Por esto la división ordinaria del Derecho, en
I r a c h o personal, real, y d e r e c h o de l a s
d a del Derecho r o m a n o , es viciosa, porque el derecho real y
' í e l e c h o de las obligaciones se e n c u e n t r a n en .gua Mne
que el derecho personal, siendo así q u e n o s o n m a s q u e
partes s u b o r d i n a d a s de este Derecho. P o r q u e todo d e r e c h o es
a n t e todas cosas personal ; p u e s expresa s i e m p r e u n a rela-
H o n de persona á persona, de h o m b r e á h o m b r e . Lo m i s m o
u ^ e c o r T l a d i v S o n del Derecho, en derecho privado y
de echo Público, división q u e , a u n q u e m a s general, n o de-
termina, sin e m b a r g o , b a s t a n t e m e n t e las m a t e r . a s c o m p r e n -
didas e n estas dos r a m a s .
orno el Derecho se refiere c o m o medio * condición a los
d i f e r e n t e s fines r a c i o n a l e s q u e el h o m b r e debe real,zar e n
s u vida individual y social, la única d i v i s i ó n M b u e n j M
Derecho, e s la q u e se hace, t e n i e n d o cons.deracion por u n a
o í r l e á estos d i f e r í s fines de la vida h u m a n a , y por otra,
considerando las diferentes personas individuales ó r e u n i d a s
oue deben realizar estos fines.
q
De aqui resultan dos series de derechos, de las c u a l e s cada
t é r m i n o se refiere á cada u n o de la otra s e n e .
T. Resperto nías diferentes personalidades^ cumplen los
fines racionales de la vida humana, el derecho ti •
^Vlrecho individuad, 6 Derecho que s e refiere al indiv.-
duo. Este Derecho es el q u e tiene cada h o m b r e c o m o h o m -
bre. El individuo es el primer grado de la personalidad.
2 o El s e g u n d o g r a d o e s el estado de familia, c r e a d o por
el m a t r i m o n i o . La familia exige u n d e r e c h o particular p a r a
su organización interior y la satisfacción d e sus necesidades
particulares. De a q u i resulta el Derecho familiar
3 o La reunión de m u c h a s f a m i l i a s constituye el común,
q u e es u n grado m a s elevado de asociación, y q u e también
exige para s u existencia y desenvolvimiento, condiciones
particulares, es decir, u n d e r e c h o particular, q u e e s el Dere-
cho comunal.
4° La r e u n i ó n de m u c h o s c o m u n e s f o r m a un pueblo m a s
ó m e n o s g r a n d e q u e . c u a n d o tiene el m i s m o origen de raza,
se llama p a r t i c u l a r m e n t e nación. Cada pueblo exige u n d e -
recho particular q u e se refiere á su organización interior, y
que concierne á lodos los individuos e n c u a n t o s o n m i e m -
bros de este pueblo. Este Derecho se llama Derecho nacional,
q u e c o m u n m e n t e se designa con el t é r m i n o d e m a s i a d o gene-
ral de D e r e c h o público.
Es necesario n o c o n f u n d i r este Derecho público con el
derecho polilico, c o m o casi siempre s u c e d e . El Derecho po-
lítico, ó la poliiica c o m o tal, liene un c a m p o de aplicaciones
m a s e x t e n s o . La política interviene e n todas las p a r t e s
del Derecho, en todas partes d o n d e hay r e f o r m a s q u e
hacer.
5° Los pueblos están también m a s ó m e n o s u n i d o s e n t r e
si, y a u n c u a n d o n o existe en la actualidad u n a confedera-
o s de pueblos, que reconozcan en s u s relaciones interiores
i n t e r n a c i o n a l e s u n a autoridad s u p r e m a , y u n derecho co-
m ú n c u y a s decisiones s e a n ejecutadas por u n poder c o n s t i -
t u i d o ; sin e m b a r g o , u n a confederación de tsLi clase será el
resultado necesario del progreso de la vida de los pueblos,
q u e e x p e r i m e n t a n la m i s m a necesidad de asociarse q u e los
individuos, las familias y los c o m u n e s . P e r o e s l a confedera-
c i ó n n o podrá existir, hasta q u e las n a c i o n e s q u e q u i e r a n
formarla reconozcan los m i s m o s principios de Derecho pú-
blico, y q u e estos principios se e n c u e n t r e n consolidados en
su vida e x t e r i o r .
 las á todas las relaciones e n que se e n c u e n t r a con el u n i -
E \ D e r e c h o q u e c o n c i e r n e » > a s r e , a c i o n e s e „ . r e l o s pueb.os verso, es preciso c o n s i d e r a r como fin principal cada c o n j u n t o
de relaciones f u n d a m e n t a l e s en q u e se d e s e n v u e l v e el h o m -
bre por la aplicación de s u s facultades.
6 o En fin se puede c o n c e b i r tm so elación de
I o El p r i m e r fin del h o m b r e e s desenvolverse e n todo s u
ración de - ^ f ^ ^ u T a e r ^ e n t o está todavía ser y en todas s u s facultades, en su relación con el Ser s u -
toda la human,dad, ^'«Cion q i d e r a r c o m o una p r e m o , c o m o s e r religioso. Religión e x p r e s a el vínculo, la
m u y distante, pero q u e n o por su naturaleza, es u n i ó n del h o m b r e , c o m o s e r finito, con el Ser infinito, por
q u i m e r a . Si el g é n e r o h u m a n o e , u n ^ gy e,pre. el p e n s a m i e n t o , el sentimiento y la v o l u n t a d .
preciso q u e e s u u n i d a d e n c u ^ U m h u m a n i d a d es
C u a n t o m a s se eleve el h o m b r e por su inteligencia á
L n e n l a vida soeia Esta h a b i l i d a d humana,
c o m p r e n d e r el ó r d e n y a r m o n í a q u e existen e n el u n i v e r s o
el último fin y el ú l t i m o grado d e la « K humani1ario ó
y c o n o c e r la razón y las c a u s a s de los seres y los f e n ó m e n o s
E, derecho q u e 4 eUa ^ f ^ ^ C e c h o cosmopolita. del m u n d o , tanto m a s se c o n v e n c e r á de la existencia de u n a
d e la h u m a n i d a d , l l a m a d o de asociación, inteligencia s u p r e m a , q u e s e g ú n u n p l a n providencial lo ha
Importa n o t a r q u e en e s t o s M e r a n ^ * ^ ó ,os
o r d e n a d o todo; y t a n t o m a s se p e n e t r a r á de la veneración
n u n c a se b o r r a n m d e b e n b o r r a j ^ ^
que se debe á este Ser, y se decidirá á c o n f o r m a r todas s u s
grados i n f e r i o r e s con los s u p e r o e, c o m u n ;
acciones á las leyes q u e e m a n a n de él, y q u e d o m i n a n el
n o se eclipsa en la f ^ ^ ^ S u a l i d a d e n la vida na- ó r d e n general de las cosas. Las convicciones religiosas deben
cí c o m ú n deberá c o n s e m r pn ,a vida confede- s e r concienzudas, i l u s t r a d a s y racionales. Cualquiera vio-
c i o n a l ; y los la raza y el origen de lencia física ó moral, haría perder e n t e r a m e n t e su valor mo-
r a t i v a . La individual ^ " ^ , i c n l 0 . c u a n d o las i n d j - ral á estas o p i n i o n e s religiosas, q u e d e b e n ser el f r u t o de la
d o n d e d i m a n a n l a vida y e m c o m ü sucede libre reflexión. Las ideas y o p i n i o n e s debidas á los propios
P
„ d u a l i d a d e s d e s a p a r e a ", 6 « e ( J o l o c a n e l poder en esfuerzos d e la inteligencia, son las que f o r m a n u n a v e r d a -
c n , o s sistemas ^ ^ u e s p o n t a n e i d a d de acción de dera convicción, y s o n m a s estables, p o r q u e están m e n o s
u n solo l u g a r , y d e s c o n v e n ía , v e r d a d c r 0 progreso
expuestas a caer por tierra á los a t a q u e s del escepticismo,
d e U e Q
losg r a d o s i n f e r i o r a s se ¿ ^ o d r d e una manera t i h o m b r e que h a adquirido sus o p i n i o n e s p o r s u s p r o p i o s
de u n pueblo. y del p r o g r e s o ; pero este esfuerzos, sabe también d e f e n d e r l a s m e j o r . Al m i s m o t i e m -
facticia el a s p e c t o á e ^ T T J x á o , porque la v o l u n t a d po está m a s decidido á c o n f o r m a r s u s acciones á s u s c o n -
progreso n o es « ' f " 6 ^ , puede hacerle desaparecer, vicciones, p o r q u e ha llegado á t o m a r l a s c a r i ñ o por el traba-
arbitraria ¿ "O h a c e n progresos n a - jo intelectual q u e ha debido e m p l e a r en a d q u i r i r l a s .
L o s pueblos, c o m o l o s nü» . . gu e s p o n u - La violencia e n las cosas religiosas e s pues contraria á la
l e s y duraderos, sino c u a n d o « o 1qs c s f u m o s y naturaleza moral del h o m b r e , y por consiguiente el d e r e c h o
n e i d a d de acción c u a n d o ^ ^ uberlad. q u e se refiere á la religión n o debe n u n c a sancionarla El
de los e n s a y o s d e su propia . m e ^ [(l v i d a Humana,
derecho debe s u m i n i s t r a r las condiciones, los medios para
que todos los h o m b r e s puedan desenvolverse b a j o el aspec-
to religioso; es decir, q u e es de d e r e c h o que todos a q u e l l o s
existen. „„„««¡te en el desarrollo d e todas que d a n la instrucción religiosa, reciban los medios para ello