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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
DISCIPLINA: FILOSOFIA DAS CIÊNCIAS
PROFESSORA: Crislane Azevedo PERÍODO: 2022.2 DATA: 27/10 /2022
DISCENTE: Leandro Augusto e Silva Miranda Cavalcante ( ) Mestrado (x) Doutorado
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FICHA DE LEITURA
Após leitura do texto indicado para a aula, preencha os campos abaixo:

REFERÊNCIA
BACHELARD, Gaston. A formação do espírito científico: contribuição para uma psicanálise do conhecimento;
tradução Esteia dos Santos Abreu. - Rio de Janeiro: Contraponto, 1996, p. 07-90.

OBJETIVOS
Mostrar o destino do pensamento científico abstrato fundado no entendimento de uma ciência não cumulativa, e que
precisa desenvolver um espírito científico que saia do concreto para o abstrato, enquanto pensamento e análise do
fenômeno de pesquisa, e para isso provar que todo saber científico deve ser reconstruído a cada momento.

PROBLEMAS
Como o processo epistemológico da ciência necessita de um espírito científico que se paute na abstração dos fenômenos
e na superação de obstáculos opinativos, dogmáticos e primários do concretismo na construção da realidade da
pesquisa? Sonolência do saber, prova da avareza do homem erudito que vive ruminando o mesmo conhecimento
adquirido, a mesma cultura, e que se torna, como todo avarento, vítima do ouro acariciado (BACHELARD,1996, p.07)

CONCLUSÃO
Bachelard como um novo racionalista propõe uma revolução científica que rompe com epistemologia tradicional, a
partir da ideia da relatividade de Eisntein no século XX, refutando o positivismo e evidenciando a distinção entre o
conhecimento comum opinativo do científico. Por meio de poéticas e exemplos das teorias newtonianas, e baconianas,
deixa claro que a ciência não se dá como saber permanente e cumulativo de um conhecimento já existente, e entendido
como verdade, pois para ele não existem verdades primeiras, e sim obstáculos e erros metodológicos que tornam a
verdade sempre aproximada a historicidade condicionante em um processo que sai de um realismo ingênuo, para o
empirismo e finda num racionalismo científico. Assim, divide o pensamento científico em três grandes períodos: estado
pré-científico (antiguidade clássica, Renascimento e XVI-XVIII); estado científico (fim do século XVIII até o início
do século XX); espírito científico (relatividade de Einstein rompe conceitos primordiais que eram tidos como fixos).
Divide o espírito científico em três estados: concreto (se ocupa com as primeiras imagens do fenômeno concreto e se
apoia numa literatura filosófica que exalta natureza); concreto abstrato (espírito ainda sem a natureza da essência do
saber que soma à experiência física esquemas geométricos e se apoia numa filosofia analítica em situação paradoxal,
da relação sujeito/objeto e das variáveis para formatar a compreensão, assegurada na abstração de uma intuição
sensível); e o abstrato (adoção de informações mais precisas, colhidas na observação do espaço real, como primeiro
estado subtraídas à intuição do espaço real, desligadas da experiência imediata da realidade primeira impura, e nunca
desligada da ideologia informacional do pesquisador). Propõe críticas ou obstáculos que tornam o procedimento de
pesquisa equivocado: caráter infantilizado do espírito, dado por sua ingenuidade curiosa diante de um fenômeno (sem
reflexão crítica e sistematizada chamado experiência primeira); o dogmatismo sujeitado ao espírito que o prende
numa série de repetições de questões dadas na formação do sujeito do conhecimento instruído (doutrina geral) e
entende que a concepção de um novo fenômeno na ciência se dá na crítica ao fenômeno de outros. O autor fundamenta
a cultura científica baseada em generalidades da: mecânica (todos os corpos caem); Óptica (todos os raios luminosos
se propagam em linha reta); biologia (todos os seres vivos são mortais). Estas colocariam no limiar de cada ciência
grandes verdades primeiras como definições intocáveis que caracterizam a doutrina, exemplificadas nos livros pré-
científicos de física do século XVIII (esforço de definição preliminar). A divisão entre teoria e aplicação ignora a
incorporação de condições de aplicação na essência da teoria sujeita às aplicações à sucessivas aproximações. Assim,
a objetividade se dá por exatidão e coerência de atributos e não por reunião de objetos análogos, definindo que
conhecimento não apresentado junto a condições de sua determinação precisa, não é conhecimento científico.

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