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P a r a A m é r i c o Castro, el cautiverio fue «el más transcendental h e c h o e n su carrera espi-
ritual»; véase El pensamiento de Cervantes, M a d r i d , I m p r e n t a d e la L i b r e r í a y Casa Editorial H e r -
n a n d o , 1925, p. 386; asimismo el n o t a b l e ensayo d e J u a n Bautista Avalle-Arce, « L a captura d e
Cervantes», Boletín dela Real Academia Española (1968), p p . 237-280; A l o n s o Z a m o r a Vicente, « E l
cautiverio e n la o b r a d e Cervantes», Homenaje a Cervantes, 2 vols., ed. Francisco Sánchez-Casta-
ñer, M a d r i d , M e d i t e r r á n e o , 1950, II, p. 239. Luis Astrana M a r í n sugiere q u e la « m e m o r i a fija»
d e la cautividad a r g e l i n a r e a p a r e c e e n n u m e r o s a s o b r a s d e Cervantes; Vida ejemplar y heroica de
Miguel de Cervantes Saavedra, 7 vols., M a d r i d , Instituto Editorial Reus, 1949-52, II, p. 465, n. 1.
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M a r í a A n t o n i a Garcés, Cervantes in Algiers: A Captive's Tale, V a n d e r b i l t University Press,
2002; 2 e d . revisada, 2005. H a y e d i c i ó n e s p a ñ o l a , revisada y a m p l i a d a : Cervantes en Argel: His-
a
toria de un cautivo ( M a d r i d , G r e d o s , 2 0 0 5 ) .
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S o b r e el cautiverio d e Cervantes, véase Astrana M a r í n , Vida ejemplar y heroica de Miguel
de Cervantes Saavedra, V o i . II y III; J e a n C a n a v a g g i o , Cervantes: en busca del perfil perdido, M a d r i d ,
Espasa-Calpe, 1992, p p . 84-108; y M a r í a A n t o n i a Garcés, Cervantes en Argel, C a p s . 1 y 2.
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S o b r e los cautivos cristianos e n A r g e l , véase Garcés, Cervantes in Algiers, p p . 45-50.
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El d o c t o r A n t o n i o d e Sosa h a sido identificado c o m o el a u t o r d e la Topographia, e His-
toria general de Argel, p u b l i c a d a p o r D i e g o d e H a e d o e n 1612; véase D i e g o d e H a e d o (sic, A n -
tonio d e S o s a ) , Topografía e historia general de Argel, ed. I g n a c i o B a u e r y L a n d a u e r , 3 voi., M a -
d r i d , S o c i e d a d d e Bibliófilos Españoles, 1927. C o m o h a n d e m o s t r a d o varios críticos, esta o b r a
fue c o m p u e s t a p o r el d o c t o r A n t o n i o d e Sosa d u r a n t e su cautiverio e n A r g e l , e n t r e 1577 y
1581. V é a s e G e o r g e s C a m a m i s , Estudios sobre el cautiverio en el Siglo de Oro, M a d r i d , G r e d o s , 1977;
E m i l i o Sola y José F. d e la P e ñ a . Cervantes y la Berbería: Cervantes, mundo turco-berberisco y servi-
cios secretos en la época de Felipe II, M é x i c o , F o n d o d e C u l t u r a E c o n ó m i c a , 1995; y Garcés, Cer-
vantes en Argel, e s p e c i a l m e n t e cap. 2.
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V é a s e M a r í a A n t o n i a Garcés, « L o s avatares d e u n n o m b r e : Saavedra y Cervantes», Re-
vista de Literatura 65, 130, ( 2 0 0 3 ) , p p . 351-374.
7
D i d i e r A n z i e u , Le corps de l'oeuvre, París, G a l l i m a r d , 1981, p. 44.
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D e s d e l u e g o , m u c h a s o b r a s d e Cervantes, c o m o la historia d e Z o r a i d a , e n Don Quijote,
están a n i m a d a s p o r u n a alegría especial q u e sugiere la existencia d e u n a historia d e a m o r en-
tre el autor y sus creaciones. P a r a u n análisis d e la naturaleza poética y festiva del lenguaje d e
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V é a s e el n o t a b l e estudio d e B a r t o l o m é y Lucile Bennassar acerca d e los r e n e g a d o s q u e
r e g r e s a b a n al s e n o d e la Iglesia, Los cristianos de Alá. La fascinante aventura de los renegados, trad.
José Luis Aristu, M a d r i d , N e r e a , 1989.
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M a r í a A n t o n i a Garcés, « Z o r a i d a ' s Veil: T h e ' O t h e r ' Scene o f The Captive's Tale». Revis-
ta de Estudios Hispánicos 23. 1 ( 1 9 8 9 ) , p p . 65-98; y, p o r la m i s m a autora, u n a versión revisada
d e este ensayo, «Cervantes's V e i l e d W o m a n » . The New Norton Critical Edition of D o n Quijote,
trad. B u r t o n Raffel, a c a r g o d e D i a n a d e A r m a s W i l s o n , N e w York, N o r t o n , 1998, p p . 821-30.
Véase también, H e l e n a Percas d e Ponsetti, Cervantes y su concepto del Arte, M a d r i d , G r e d o s , 1975,
p p . 243-57; y A l i s o n W e b e r , « P a d r e s e hijas: u n a lectura intertextual d e La historia del cautivo»,
Actas d e l S e g u n d o C o l o q u i o Internacional d e la Asociación d e Cervantistas, A l c a l á d e H e n a -
res, 1989 ( I I - C I A C ) , B a r c e l o n a , A n t h r o p o s , 1991, p p . 425-431.
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C o m o sugiere M i c h e l M o n e r , La historia del cautivo c o m i e n z a c o m o u n c u e n t o y termi-
n a c o m o u n a leyenda; véase « D u conte m e r v e i l l e u x à la p s e u d o - a u t o b i o g r a p h i e : le récit d u
C a p t i f ( D Q , I, 39-41 ) » , Écrire sur soi en Espagne: Modèles et écarts. Actes du XII Colloque Internatio-
nal dAix-en-Provence, Université d e P r o v e n c e , 1988, p p . 57-71.
dándole «poner un cordel a la garganta y atar las manos atrás, como que
le querían ahorcar» {Información 56-57). La intervención del renegado
español Morat Arráez, Maltrapillo, gran amigo del Bajá, salvó al esclavo
de la muerte. Hasán lo recluyó, sin embargo, por cinco meses, en la cár-
cel para delincuentes que tenía en su palacio, una sórdida prisión don-
de los presos estaban todos tendidos en el suelo, como afirma Antonio
de Sosa, «con los pies en algunos cepos metidos, o con grillos y cadenas»
(Topografía I, p. 208).
Más interesante es la alusión velada, en el pasaje anteriormente cita-
do, al tercer intento de fuga de Cervantes, ocurrido en marzo de 1578.
En esa ocasión, Cervantes envió un moro a Oran, con una carta para Don
Martín de Córdoba, gobernador de esa plaza, rogándole que enviase al-
gunos espías que lo sacaran del baño de Hasán, junto con otros tres cau-
tivos españoles. El moro fue apresado a las puertas de Oran, esculcado y
devuelto a Hasan Bajá, quien lo hizo empalar. En la Información de Argel,
presentada en 1580, después de su liberación, Cervantes declara que el
moro murió valientemente, sin revelar nada. Añade el ex-cautivo que «al
dicho Miguel de Cervantes», Hasán le «mandó a dar dos mil palos» (In-
formación 54-55), lo que equivaldría a una sentencia de muerte. Esta sen-
tencia no se ejecutó porque «hubo buenos terceros» (Información 60).
Muy distinta es la afirmación que hace el Cautivo cuando, hablan-
d o de Saavedra, declara que, a pesar de su crueldad, Hasán Agá «jamás
le dio palo, ni se lo mandó dar, ni le dijo mala palabra». Si la frase an-
terior reconstruye un momento crítico del cautiverio de Cervantes, la
que sigue alude veladamente a la terrible muerte sufrida por el moro
amigo: « p o r la menor cosa de muchas que hizo [Saavedra] temíamos to-
dos que había de ser empalado, y así lo temió él más de una vez» (I, 40). Según
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V é a s e el d o c u m e n t o c o n o c i d o c o m o la « I n f o r m a c i ó n d e A r g e l » , suscrito e n A r g e l e n
o c t u b r e d e 1580, c u a n d o Cervantes ya h a b í a sido l i b e r a d o : Información de Miguel de Cervantes
de lo que ha servido á S. M. y de lo que ha hecho estando captivo en Argel, y por la certificación que aquí
presenta del duque de Sesa se verá como cuando le captivaron se le perdieron muchas informaciones, fees
y recados que tenía de lo que había servido á S. M. (Documentos), ed. P e d r o Torres Lanzas, M a d r i d ,
El Á r b o l , 1981, p p . 56-57.
de los alcaides más ricos y respetados de Argel en la tercera parte del si-
glo XVI, y que estuvo envuelto en negociaciones secretas con Felipe II,
en 1573 y 1577, para establecer la tregua con el Turco que se concluiría
en 1579-1580 . Otros esclavos cristianos y espías, en los 1570 y 1580, con-
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V é a s e t a m b i é n E m i l i o Sola y José F. d e la P e ñ a , Cervantes y la Berbería: Cervantes, mundo
turco-berberisco y servicios secretos en la época de Felipe II, p. 236.
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V é a s e , al respecto, el clásico ensayo d e J a i m e O l i v e r A s í n , « L a hija d e A g i M o r a t o » , Bo-
letín de la Real Academia Española 27 (1947-48): p p . 245-339. A s i m i s m o , A n t o n i o d e Sosa afir-
m a q u e HájjT M u r a d era el p r i m e r o y más rico d e los alcaides d e A r g e l e n 1581; su casa e r a u n a
d e más lujosas d e la c i u d a d (Topografía I , p p . 57-58). U n a ñ o después, el a g e n t e e s p a ñ o l J u a n
P e x ó n lo d e s c r i b e c o m o « h o m b r e m u y p r i n c i p a l entre ellos, y rico, y d e q u i e n se h a c e m u c h a
cuenta e n A r g e l » . V é a s e C a n a v a g g i o , « L e 'vrai' visage D ' A g i M o r a t o » , Hommage à Louis Urru-
tia. Les Langues Néo-latines 239 ( 1 9 8 0 ) , p p . 23-38.
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M i g u e l d e Cervantes, Los baños de Argel, e d . F l o r e n c i o Sevilla A r r o y o y A n t o n i o R e y
H a z a s . V o l . 14 d e Obra completa de Miguel de Cervantes, 18 vol., M a d r i d , A l i a n z a , 1998, III. v.
425-426.
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El P a p a P i ó V estableció la fiesta d e N u e s t r a S e ñ o r a d e la Victoria, e n 1573, p a r a cele-
b r a r la d e r r o t a d e los turcos e n L e p a n t o p o r los cristianos ( 1 5 7 1 ) . S o b r e las batallas presidi-
das p o r la V i r g e n M a r í a , véase M a r i n a W a r n e r , Alone of all her Sex: The Myth and Cult of the Vir-
gin Mary, N e w York, Knopf, 1976, p. 236-54.
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U n pasaje n o t a b l e e n el Persiles c o n f i r m a este p u n t o : las p a r e d e s del M o n a s t e r i o d e G u a -
d a l u p e a l b e r g a n « l a santísima i m a g e n d e la e m p e r a d o r a d e los cielos; la santísima i m a g e n , otra
vez, que es libertad de los cautivos, lima d e sus hierros y alivio d e sus p a s i o n e s » ; M i g u e l d e Cer-
vantes, Los trabajos de Persiles y Sigismunda, e d . J u a n Bautista Avalle-Arce, M a d r i d , Castalia, 1970,
III, 5, p. 305 (las itálicas son m í a s ) .
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S o b r e la d e v o c i ó n d e Cervantes a la V i r g e n , véase A m é r i c o Castro, El pensamiento de Cer-
vantes, p p . 245-328; A g u s t í n G. d e A m e z u a y M a y o , Cervantes: creador de la novela corta española,
2 vols., M a d r i d , C o n s e j o S u p e r i o r d e Investigaciones Científicas, 1957,1, p p . 122-26; A l b a n F o r -
cione, Cervantes and the Humanist Vision: A Study ofFourExemplary Novéis, Princeton, Princeton
University Press, 1982, p p . 327-33; y Á n g e l V a l b u e n a Pratt, «Cervantes, escritor católico», Es-
tudios de literatura religiosa española, M a d r i d , 1964, p p . 127-42.
BIBLIOGRAFÍA
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Julia Kristeva, «Freud and Love: Treatment and its Discontents», en Tales of Love, trad.
Leon Roudiez, Nueva York, Columbia University Press, 1987, pp. 21-56; la cita es de la pâg. 37;
la traducción es mìa.
22
Sigmund Freud, «A Connection between a Symbol and a Symptom» [1916]. The Stan-
dard Edition of the Complete Psychological Works of Sigmund Freud, trad, de James Strachey, Lon-
dres, Hogarth Press, 1974, Vol. 14: pp. 339-40.